Moldagem de Acrílico

June 19, 2019 | Author: Goncalo Grosso | Category: Temperatura, Tinta, Combustão, Calor, Vácuo
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Moldagem de Acrílico

Como trabalhar com acrílico

PROCESSOS DE MOLDAGEM Moldagem por estiragem

Por este método a chapa acrílica é aquecida e depositada em cima de um molde positivo (macho) ou no interior de um molde negativo (fêmeo). Os moldes fêmeos são melhores,  pois compensam o encolhimento da chapa durante resfriamento, assim como ajudam a conservar a memória do material. Para que não apareçam marcas na peça, revista o molde com emborrachamento ou com feltro de mesa m esa de bilhar. Pela mesma razão, coloque a temperatura do molde alta e a temperatura de moldagem  baixa. Cubra a superfície da peça que estiver sendo moldada com tecidos grossos ou com uma manta de flanela para que o resfriamento aconteça em ambos os lados do molde. Moldagem por sopro ou vácuo

Muitos formatos podem ser obtidos com sopro e um anel de pressão ou vácuo com repuxo com o molde em uma caixa.

Peças com alta qualidade ótica devem ser produzidas com estes método, pois a superfície do material nunca toca nas paredes dos moldes. Desta maneira, não ocorrerão marcas ou resfriamentos localizados. Pode ser obtida enorme variedade de formas esféricas quando se utiliza este método, dependendo basicamente da geometria da moldura de retenção. A pressão ou vácuo desejado varia dependendo da altura ou da profundidade desejada da peça. A altura desejada da peça deve ser marcada com um barbante ou qualquer  material que não marque a peça moldada. A pressão ou o vácuo também podem ser  controlados automaticamente com sensores óticos. A ausência de contato da chapa com molde ou operadores proporciona uma vantagem na produção de peças com criticidade ótica. Moldagem por vácuo com assistência de molde fêmeo

Esta técnica é empregada para aperfeiçoar a uniformidade de espessura na peça final quando comparada com a opção de moldagem simples com vácuo em molde fêmeo.  Normalmente, um dispositivo (pino ou plug) é inserido na chapa já aquecida, empurrando-a em direção ao molde. Este procedimento é seguido pela aplicação de vácuo, sugando o material contra o molde fêmeo. Moldagem por vácuo com pré-encolhimento sobre molde macho

Comparado com métodos que empregam moldes fêmeos, a opção de sucção sobre um molde macho apresenta a vantagem do molde se transformar em ferramenta de préestiragem da chapa acrílica. Com esta técnica a qualidade da peça moldada pode ser aprimorada, pois somente uma superfície da chapa entra em contato com a ferramenta. O molde deve ser aquecido e os pontos de sucção ou ventilação devem ser posicionados nos pontos limites da peça. Moldagem com anéis e molde macho

Use este método para produção de bacias de comunicação visual, luminosos, difusores de iluminação ou qualquer peça que não seja submetida a uma moldagem profunda. O molde inclui a plataforma de moldagem, a base para os prendedores ou clipes e um molde macho. O contorno externo da peça moldada se adapta à plataforma de moldagem, no entanto a abertura desta base deve ser maior que a peça. Para proporcionar a liberdade de variação da espessura da chapa entre as partes macho e fêmeo do molde, o molde macho deve ser  gradualmente menor que a dimensão interna da plataforma de moldagem. O molde pode ser fixado em uma prensa de ar comprimido ou em uma morsa para peças  pequenas. Posicione a chapa aquecida na plataforma de moldagem e prenda-a na base utilizando os clipes. O molde macho é empurrado através dos clipes e dos anéis de moldagem até uma profundidade pré-determinada.

Moldagem por vácuo com rápido retorno da chapa

Moldagem por sopro ou vácuo produz formatos e bolhas através de tensão na superfície da chapa, sendo controlada somente da plataforma de moldagem. A moldagem por  vácuo com “retorno rápido” emprega um molde macho fixado a um cilindro por ar  comprimido. O molde é posicionado embaixo da bolha de vácuo-formagem e depois que o vácuo estica a chapa aquecida e forma a bolha, um molde macho é posicionado dentro da bolha. Gradualmente, a pressão do vácuo é liberada e a chapa aquecida, devido à sua “memória elástica”, repentinamente recupera-se e adere ao molde macho. O molde, normalmente feito de madeira resistente, deve ser facilmente removível depois do resfriamento e contração da peça, evitando assim o aprisionamento de ar entre a base do molde e a superfície da chapa. Este método possibilita a produção de peças com formas irregulares, desconectando-se a plataforma de moldagem e fazendo com que o formato do molde macho revele o contorno da peça final. Resfriamento

Após a moldagem, resfrie as peças abaixo de 60 a 70°C. Não resfrie somente a superfície – o interior também deve ser resfriado. Providencie resfriamento uniforme em todos os lados da peça visando prevenir estresses ou fissuras. Cubra completamente as  peças produzidas com chapas grossas com feltro ou manta para que o resfriamento se dê lentamente, visando prevenir deformações ou imperfeições.  Não existe regra ou fórmula para prever o tempo de resfriamento do interior das chapas. Dentre os fatores que influenciam pode-se relacionar a espessura do material, a temperatura do ar ambiente e o fluxo de ar de resfriamento sobre a peça  –  a experimentação é sempre o melhor ensinamento. Enquanto ocorre o resfriamento, a chapa encolhe, revertendo a expansão causada pelo aquecimento. Permita que a peça se ajuste livremente evitando estresses ou fissuras. É aconselhável remover a peça do molde logo que atinja sua estabilidade dimensional,  pois o encolhimento dentro do molde também pode causar estresse. NOTA

Chapa acrílica é um termoplástico combustível. Por isto, devem ser tomadas precauções  para proteger o material do fogo e de fontes de elevadas temperaturas. Caso pegue fogo e não seja extinto, a chapa acrílica queimará rapidamente até sua extinção. O produto da combustão, caso tenha ar suficiente no ambiente, são o dióxido de carbono e água. Entretanto, em muitos incêndios, não existe ar suficiente para a queima e consequentemente será formada fumaça tóxica de monóxido de carbono, como acontece com qualquer outro material combustível quando queimado. É fundamental o bom senso no uso de chapas acrílicas. Recomenda-se que as normas e códigos de construção sejam seguidos cuidadosamente visando assegurar o uso apropriado e seguro do material.

Alívio de Tensões (distencionamento) de Chapas Acrílicas O tratamento para “distencionar” o acrílico cast e extrusado é importante antes e depois

do processo de transformação, visando eliminar as fissuras ou crazing que aparecem. De acordo com o engenheiro Fábio Fiasco, proprietário da Sinteglas, especializada em colas, todas as chapas acrílicas, inclusive as extrusadas a partir da resina de PMMA, com diferentes graus de intensidade, carregam tensões internas ou residuais resultantes dos efeitos térmicos de seus processos de fabricação. Para aliviar as tensões do acrílico são empregados dois processos distintos: Normalização (normalizing)

Processo de tratamento térmico utilizado para chapas ANTES de serem transformadas (usinagem, moldagem ou colagem). Neste procedimento, as chapas (como fabricadas) são aquecidas uniformemente a uma temperatura acima de seu ponto de transição (entre 138 a 140°C) até que se garanta o completo relaxamento das tensões existentes. Depois, se dá o resfriamento lento até a temperatura ambiente em uma proporção que evite a reintrodução de tensões. Nas aplicações mais críticas exige-se a normalização independente da intensidade das tensões internas presentes no material.

Recozimento (annealing)

Processo de tratamento térmico utilizado para aliviar as tensões APÓS o material sofrer  qualquer transformação (usinagem, moldagem ou colagem). Para o uso comum das chapas cast, é permitido que o alívio das tensões presentes no material original, quando esse for de baixa intensidade, seja negligenciado dispensando o processo de normalização.  No entanto, as tensões térmicas e mecânicas decorrentes da transformação e usinagem do material, principalmente as que precedem a colagem, não podem ser desprezadas,  pois são justamente as responsáveis pelas falhas de aparência e resistência. Vale lembrar  que, por utilizarem solventes, a colagem e a impressão com tintas atacam a superfície do acrílico evidenciando e intensificando o efeito crazing. Neste caso, é necessário fazer  o recozimento. Esse tratamento térmico é realizado com temperaturas abaixo da temperatura de transição. São três etapas consecutivas: a) O componente é aquecido lentamente até a faixa de temperatura entre 87ºC e 93ºC.  b) Essa temperatura é mantida por um tempo “T” determinado (patamar). c) Depois o material é resfriado lentamente para evitar a reintrodução de tensões ou deformações térmicas.

a)

Aquecimento

Carregar a peça na estufa com temperatura ambiente. A temperatura do ar circulando dentro da estufa não deve aumentar mais que 18ºC/hora até atingir a temperatura selecionada (conf. tabela). Tabela para condições de recozimento de peças moldadas (conformadas por calor).

c) Resfriamento

O tempo de resfriamento não deve ser menor que o tempo utilizado no patamar, ou assegurar um gradiente de resfriamento de pelo menos 12°C / hora. A temperatura do ar  circulante na estufa deve permanecer dentro de uma variação não superior a ± 3ºC da temperatura selecionada na tabela acima. b) Patamar de temperatura constante

 Na prática, o tempo de recozimento (annealing) - “T” em horas, pode ser determinado como sendo igual a espessura da chapa - em mm. Assim, uma chapa de 3,0 mm deve  permanecer por 3 horas na temperatura descrita pela tabela a seguir: Considerações

Para as chapas extrusadas as condições de tempo e temperaturas para operações de alívio são diferentes e devem ser consultadas junto ao fabricante do material. As operações de alívio de tensões só devem ser realizadas em estufas de circulação de ar com controle preciso e com variações não superiores a ±3ºC para o diferencial de temperatura no espaço entre as prateleiras. As estufas adequadas devem possuir dutos com trocadores de calor ou resistências  blindadas. O ventilador deve ter capacidade de suprimento de ar a uma velocidade de aproximadamente 100m/min. Podem ser estufas elétricas ou a gás e, neste caso, com trocadores de calor para evitar circulação de produtos combustíveis no espaço aquecido.  No Brasil são raríssimos os casos em que são requisitados ou especificados alívio de tensões (recozimento) para produtos fabricados em acrílico. No exterior, entretanto, existem empresas especializadas em executar esse serviço. Para comprovar a eficácia do tratamento de recozimento utilizam-se placas Polaroid (ou o efeito de luz polarizada) e a conclusão é baseada na experiência prática do avaliador  sendo, portanto, um critério sem caráter científico que deve ser amplamente discutido entre fornecedor e cliente.

Colagem de Chapas Acrílicas

Chapas acrílicas podem ser facilmente coladas entre si ou com outros plásticos com colas a base de solventes. A colagem correta das chapas acrílicas é uma etapa vital no desenvolvimento de peças atrativas e de alta qualidade, que possam exibir uniões fortes, limpas e sem manchas. As informações abaixo são dadas como dicas de como atingir estas uniões. Equipamentos e materiais necessários

As colas de acrílico devem ser utilizadas somente em áreas bem ventiladas, com a adequada proteção de EPIs recomendada pelo fabricante. Antes de utilizar as colas reveja o boletim técnico de segurança do fabricante para cada produto específico. Colas viscosas devem ser utilizadas em uniões difíceis de encaixes ou para peças que não combinam com precisão. Itens adicionais necessários para a adequada colagem incluem um aplicador de colas como uma almotolia com ponta de agulha, fixadores ou pinos, e um recipiente para imersão de cola (utilizado na colagem por imersão ou absorção). Moldes, grampos e  pesos também podem ser úteis durante a colagem. Regras básicas para colagem

Quando manusear colas acrílicas a base de solventes trabalhe em uma área bem ventilada e não fume, pois alguns solventes são muito voláteis e podem incendiar. Sempre proteja a pele do contato de colas a base de solventes. A temperatura ideal de trabalho para colagem de chapas acrílicas é entre 20 e 25°C.  Não trabalhe em salas com temperaturas abaixo de 15°C ou acima de 37°C. Siga rigorosamente as recomendações de segurança dos fabricantes de equipamentos e materiais usados no processo de colagem de chapas acrílicas. Preparação

Prepare bem a área que será colada - as bordas devem ser limpas após o corte. Bordas queimadas ou lascadas deve ser o resultado do uso de lâmina sem fio durante o processo de corte com serra. O contato entre a borda lascada ou queimada e a cola deve causar o aparecimento de finos traços branqueados no interior da chapa, conhecido por crazing. Finalize ou retoque todas as bordas ásperas com plainas, fresas ou algum equipamento que elimine as ranhuras e consiga um bom acabamento.

Se não for possível o acabamento final com estes equipamentos, certifique-se de utilizar  uma serra limpa, com fio suave e que não danifique ou queime as bordas das chapas. Bordas cortadas em serras circulares ou serras de fita devem apresentar resultados aceitáveis, embora algumas marcas do corte possam ser visíveis. As bordas que serão coladas não devem ser polidas, pois o processo de polimento  provoca abaulamentos nas bordas das chapas e os resultados são uniões fracas, quebradiças e de má aparência. Bordas polidas com chama geralmente provocam fissuras finas ou crazing quando em contato com as colas. As fissuras também podem aparecer caso as forças internas de fabricação sejam altas. Para eliminar este estresse, aqueça o pedaço da chapas a ser  colada em torno de 80°C. O tempo de aquecimento e resfriamento, em horas, pode ser  correspondente à espessura da chapa em milímetros, até a espessura de 6,0 mm. Por  exemplo, para eliminar o estresse de uma chapa de 3,0 mm de espessura, deve ser  aquecida por três horas, e então resfriada gradualmente em outras três adicionais. Para chapas finas, o tempo de aquecimento deve ser pelo menos duas horas. Não é necessário aquecer chapas por mais de seis horas. Observe que cada hora de aquecimento necessita do mesmo numero de horas para resfriamento.

Colagem por capilaridade

A colagem por capilaridade é o método mais comum para união de chapas acrílicas, obtendo uniões resistentes e transparentes. Trata-se de um método fácil de ser utilizado,  pois a cola, a base de solvente de baixa viscosidade, escorre entre os espaços e ocupa os interstícios pela ação da capilaridade. Antes de começar o processo, confirme se as partes a serem coladas se encaixam adequadamente e então utilize fitas adesivas ou gabaritos para afixá-las no local que devem se unir. Quando se cola chapas acrílicas por capilaridade, mantenha o local da união em um  plano horizontal. Para peças muito grandes, o escoamento da cola a base de solvente  pode ser agilizado com a ampliação do espaçamento entre as duas bordas, utilizando-se calços ou cunhas. Use cunhas de 1,0 mm para chapas de até 6,0mm de espessura e calços de 2,0 mm para chapas mais grossas que 6,0mm. Insira cunhas a cada 600 mm  para colagem de bordas extensas.

Deixe a cola penetrar entre as bordas por 45 a 60 segundos, para chapas com espessuras menores que 6,0 mm antes de remover os calços. As chapas com espessuras mais grossas exigem menos tempo. Aplique uma pequena pressão, entre 50 a 100 gr./sq.cm. durante três minutos até a união se fixar. Mantenha a pressão com cuidado, até que a área de união fique macia. Caso a cola não tenha escorrido completamente entre os espaços, incline levemente a  peça para posição vertical em torno de 1° em direção ao lado externo. Este  procedimento deve ajudar o solvente a escoar livremente para os espaços vazios da união, retornando-se posteriormente a peça de volta à posição horizontal. A colagem inicial se forma entre 5 a 10 segundos, no entanto, aguarde cerca de três horas antes de dar prosseguimento aos demais processos. A alta resistência da colagem é alcançada no período de 24 a 48 horas, entretanto, a força de união da colagem continuará se desenvolvendo ainda por algumas semanas.

Colagem por imersão ou absorção

Despeje uma quantidade moderada de cola a base de solvente dentro de um recipiente. Em seguida, mergulhe somente a borda de uma das partes a ser unida dentro do solvente. A exposição excessiva da borda ao solvente resultará em uma colagem fraca, com baixa fixação da união. Chapas finas devem permanecer imersas no solvente por 20 segundos, enquanto que as mais grossas devem ficar mergulhadas por 30 segundos. O tempo de permanência deve variar para diferentes tipos de solventes e para distintas forças de colagem exigidas. Retire a chapa e segure-a em um ângulo bem leve que possibilite o escoamento do excesso de solvente. Com cuidado, porém, com certa rapidez, coloque a borda impregnada de cola no local preciso onde deverá ocorrer a união. Segure as partes unidas por 30 segundos, sem pressioná-las, permitindo que o solvente trabalhe na superfície da peça que não foi banhada com a cola. Depois de 30 segundos aplique uma leve pressão para espremer e eliminar as bolhas de ar, pois pressão excessiva deverá comprimir e derramar a cola do local da união.

Quando as partes estiverem unidas, coloque um gabarito ou um calço para que o contato se mantenha firme durante 10 a 30 minutos. Não permita que as partes se movam durante este período crítico. A colagem inicial se forma entre 5 a 10 segundos, no entanto, aguarde cerca de três horas antes de dar prosseguimento aos demais processos. A alta resistência da colagem é alcançada no período de 24 a 48 horas, entretanto, a força de união da colagem continuará se desenvolvendo ainda por algumas semanas. Colagem com cola viscosa

Para colagem de uniões de difícil acesso ou bordas que não se encaixam adequadamente, use cola viscosa para unir partes de não podem ser coladas pelos métodos de capilaridade ou absorção. A cola viscosa é grossa e consegue preencher   pequenos espaços vazios, tornando as uniões fortes e transparentes, realizando colagens que as colas viscosas não conseguem. Remova a sujeira em volta da área a ser colada e cuidadosamente aplique uma pequena quantidade de cola viscosa em um dos lados da união utilizando uma espátula, uma escova ou um aplicador de cola. Ainda com cuidado, junte as partes como no processo de colagem por absorção. As colas viscosas estão disponíveis comercialmente ou podem ser elaboradas dissolvendo-se sobras ou aparas de chapas acrílicas cristais em solventes. Para tanto, deixe a solução em descanso durante uma noite em uma vasilha ou em um recipiente fechado. Fitas adesivas resistentes a solventes, como a fita #685 da 3M, pode ser usada para  proteger a área em volta da união. Remova a fita cuidadosamente após cinco minutos enquanto a cola ainda não estiver seca. Não toque na peça durante os três minutos iniciais, pois a união não se consolidará neste período crítico da colagem. Espere ao menos dez minutos para movimentar a peça, cuidadosamente. Colas Polimerizáveis

São colas que causam a adesão através de reações químicas, ou seja, ocorre a reação química de polimerização de dois componentes, como a cola S 330 da Sinteglas. Adesivos de dois componentes Adesivos ou colas polimerizáveis são polímeros dissolvidos em monômeros, os quais secam quando um catalizador é adicionado, ocorrendo uma reação química. As colas polimerizáveis preenchem melhor os interstícios, impondo menor trabalho para a acoplagem e precisão das partes. Estes adesivos devem ser utilizados quando a peça necessita de resistência nas uniões. Outros adesivos de dois componentes, como as resinas epóxi, resinas fenólicas e isocianatos (como poliuretano) não são próprias para colar chapas acrílicas entre si ou com outros materiais devido ao tempo de colagem ser  muito longo.

Equipamentos e materiais necessários

Para o processo de colagem de chapas acrílicas é necessária uma base de trabalho plana, além de forte ventilação ou remoção de vapor, pois os vapores dos solventes são mais  pesados que o ar. Também se deve cobrir a área de trabalho com vidro ou com filme de  poliéster, visando evitar que os solventes sejam aspirados pelos operadores durante a colagem. O método mais fácil para se utilizar cola polimerizável para unir duas partes em acrílico, se faz através de uma pistola especialmente preparada para esta finalidade. Estes dispositivos devem misturar automaticamente os dois componentes da cola, de carga substituível, e permitir relativamente fácil aplicação através da ponta do aplicador. Quando não se utiliza pistola ou aparelho de aplicação, então deve ser empregada uma escala de peso, um recipiente para mistura, um aspirador e aplicadores para a cola. A escala deve possuir precisão de um grama para avaliação do peso dos adesivos. Escolha um recipiente redondo, de vidro ou polietileno - desde que seja insolúvel, para a mistura dos componentes da cola. Para agitar uma pequena quantidade de cola, use uma haste de vidro ou polietileno. Também pode ser utilizada uma câmara de vácuo de metal, vidro ou plástico que pode segurar um recipiente de cola sobre vácuo, ou pressão entre 10 a 12 psi. Uma bomba de vácuo, capaz de esvaziar a câmara de vácuo até a pressão de 10 a 12 psi, também será necessária. Seringas descartáveis para aplicação da cola também são essenciais. Gabaritos de montagem e fixadores são usados constantemente como assessórios de colagem para produção em série. As partes que serão coladas podem ser presas com clips, grampos, pesos ou mesmo com pressão à vácuo. As marcas da união contendo cola podem ser eliminadas usando a fita especial #685 da 3M.

Colagem face a face

A colagem face a face pode ser realizada em áreas horizontais ou verticais. Chapas finas ou grossas podem ser coladas horizontalmente, contudo, blocos ou tarugos também  podem ser colados verticalmente. Para a colagem horizontal, a cola não deve conter bolhas e deve ser depositada sobre a superfície da chapa a aproximadamente 1/3 de distancia das bordas (figura 1). As bordas de um dos lados das chapas podem ser unidas com fitas adesivas de poliéster e as bolhas que se formam enquanto a cola é vertida deve ser removida. Comece a unir as chapas a  partir de uma das bordas, onde foram anteriormente aproximadas, abaixando  progressivamente a chapa superior de maneira a distribuir a cola uniformemente entre as chapas.

 Nas chapas finas, a relativa alta viscosidade da cola é suficiente para prevenir que seja espremida para fora da área a ser colada, devido ao peso da chapa superior. Chapas grossas ou tarugos devem ser separados da base para iniciar a colagem em espaços de aproximadamente 1,2 mm, com uso de espaçadores como cordões ou cabos de polietileno. Caso as bolhas se formem enquanto a cola é aplicada, devem ser extraídas com fios finos enquanto ainda estiverem úmidas. As bolhas presentes em grandes áreas de colagem também podem ser eliminadas perfurando-as com um fino fio de metal e removidas rapidamente para fora da massa do adesivo.  Nas colagens verticais, crie um espaço entre as chapas ou tarugos na parte superior, utilizando um cordão ou fio elástico macio, mantendo as bordas inferiores unidas. O adesivo preparado deve então ser despejado dentro deste espaço, como se fosse uma câmara. A distância mínima entre as bordas das chapas no topo desta câmara deve ser de 2,0mm,  permitindo assim que a cola escorra sem formar bolhas. A colagem vertical tem várias vantagens - uma delas é que o processo pode ser  realizado mesmo a cola apresentando bolhas. Durante a compressão das chapas as  bolhas sobem e são expelidas naturalmente, o que não ocorre na colagem horizontal. A colagem vertical também é vantajosa para uniões de chapas com elevada variação de espessura, que formam grandes interstícios vazios para ocupação do adesivo. As dificuldades de posicionamento da chapa superior no método de colagem horizontal são eliminadas, pois neste método as laterais das superfícies das chapas que se encontrarão são cobertas com filme adesivo. Ao se solidificar a cola, porém ainda macia, o filme  pode ser removido e os espaços vazios preenchidos.

Colagem de topo

Para criar uniões de topo, fixe as placas em uma base plana, deixando um espaço de  pelo menos 0,8 mm entre elas. Vede a parte de baixo cobrindo a abertura com uma fita adesiva sem adesivo na parte central (figura 2). Com uma seringa introduza as duas  partes da cola do lado de cima da união, evitando a formação de bolhas. A forma do espaço da colagem depende basicamente da espessura das placas que serão coladas de topo. União de topo em V, com ângulo de abertura de 60° possibilitam a maior força de resistência, porém ângulos com tal abertura somente são possíveis quando as chapas são finas. Recomenda-se ângulos menores para chapas grossas. A contração da cola durante a polimerização e o acondicionamento com calor é de cerca de 15 a 20% em volume. Para evitar que a face da colagem fique côncava, o espaço deve ser suficientemente preenchido com a cola.

Colagem em T

As uniões devem ser elaboradas utilizando-se gabaritos adequados para garantir que as  partes se fixem durante a colagem e a secagem. Quando se projeta uniões em T, é difícil conseguir folgas ou espaços uniformes para a colagem, especialmente quando as uniões são longas e em chapas finas. Além disso, existe uma massa de adesivo em ambos os lados da união. As colas a base de solventes são melhores para colagem de chapas finas com bordas ásperas e rombudas. Bordas esquadrejadas e regulares são adequadas para serem unidas com colas polimerizáveis de dois componentes, pois permite que a borda de uma das chapas seja posicionada diretamente na superfície superior da outra chapa. Para produzir uma união firme e resistente, deve-se deixar um pedaço da chapa de baixo de sobra em relação à borda da peça vertical visando escorar o preenchimento do excesso da cola. Depois da secagem, o excesso pode ser cortado e eliminado e a união lixada e polida (figura 3).

Acabamento das uniões

Recomenda-se armazenar com aquecimento as peças coladas antes que o adesivo finalize a união das partes. Caso contrário, a união pode apresentar contrações quando for condicionada a temperaturas mais elevadas. Estas constrições da união impactarão definitivamente a resistência da colagem. O excesso de cola endurecida ou ressaltos de  bordas podem ser removidos utilizando-se uma fresa equipada com uma broca afiada em bom estado e ponta de aço carbono. As superfícies podem ser acabadas com lixas finas, úmidas, papel abrasivo ou lã de aço,  para então ser polida, visando produzir uniões com alta qualidade ótica. A quantidade de cola usada na união deve ser suficiente para que somente um pouco dela se torne saliente após o condicionamento aquecido. Este procedimento ajuda a reduzir o trabalho de acabamento ao mínimo necessário. OBSERVAÇÕES: Chapas acrílicas são termoplásticos combustíveis, portanto, devem ser tomadas as devidas precauções para proteger o material de chamas e de fontes de elevadas temperaturas. As informações e instruções contidas nesta apostila não devem ser tomadas como garantia da qual o Instituto Nacional para o Desenvolvimento do Acrílico assuma responsabilidade legal, tampouco permissão ou recomendação de uso de alguma invenção ou patente sem licença. Os usuários devem fazer seus próprios experimentos e testes para determinar a adequação do melhor sistema de colagem para seu propósito ou aplicação específica. Siga expressamente as recomendações de segurança do fabricante dos equipamentos e materiais utilizados na colagem das chapas acrílicas.

Decoração Os artigos acrílicos podem ser pintados pelos métodos comuns de pintura a pincel ou  por pulverização. As tintas não devem conter solventes que provoquem fissurações devido às tensões. As tintas a base de hidrocarbonetos alifáticos são preferidas para os materiais acrílicos. As tintas a base de celulose devem ser evitadas pelo inconveniente citado acima.

As chapas e as peças em acrílico podem ser decoradas de diversas maneiras: 

Lapidadas



Jateadas



Pantogravadas



Serigrafadas



Adesivadas



Espelhadas

A lapidação pode ser feita em ferramentas convencionais ou nos equipamentos laser ou CNC (Router ou Sculptor ® ). O efeito de jateamento das chapas acrílicas podem ser conseguidos a partir da fundição do monômero (MMA) em moldes ou vidros com efeito jateado, transferindo-se a imagem para um ou para os dois lados das chapas. Também se pode dar o efeito de jateada com os equipamentos laser ou CNC. A técnica de serigrafia possibilita excelente resultados de decoração multicor, com desenhos complexos, sendo recomendada para grandes quantidades. Na técnica de serigrafia utiliza-se matrizes gravadas em tecidos sintéticos. A pintura, normalmente empregando-se tinta vinílica, é aplicada com um rodo e para cada cor desejada utiliza-se uma matriz. As chapas acrílicas pintadas modificam o aspecto do acrílico, tornando-o muito mais atrativo e diversificando ainda mais suas opções de utilização. Qualquer gravação ou impressão em silk-screen, pode ser efetuada antes da moldagem, não sendo necessário o uso de tintas especiais resistentes. A técnica de Metalização por alto-vácuo é empregada para espelhar chapas acrílicas cristais e coloridas transparentes, apresentando diversas vantagens em relação aos espelhos convencionais, tais como maior resistência ao aparecimento de manchas, maior  resistência a quebra e menor peso. Além disso, devido à sua segurança e flexibilidade, o espelho de acrílico pode ser utilizado nos mais diversos segmentos, possibilitando inúmeras aplicações, como retrovisores, brinquedos, displays promocionais, painéis e outras.

Como conservar e limpar peças em acrílico

Por ser um material belo e delicado, que apesar de sua semelhança não é um plástico comum, se parecendo mais a um cristal. Relacionamos abaixo algumas dicas de como conservar o material, restaurar o seu brilho e eliminar riscos. Como limpar peças e chapas em acrílico

Deve-se limpar com um espanador de pó e, caso necessário, use um pano umedecido ou lave as peças com água e sabão neutro para eliminação de sujeiras. Evite o uso de substâncias abrasivas como sapólio ou solventes como álcool ou tíner  que danificam o produto. Como restaurar o brilho ou eliminar pequenos riscos

Para restaurar o brilho ou eliminar pequenos riscos no objeto deve-se polir  manualmente o local com panos limpos e macios impregnados com polidores para móveis ou específicas para plásticos. O polimento também consegue retirar com muito mais facilidade as sujeiras, como graxa, manchas e outras substâncias oleosas.

O que NÃO fazer ou utilizar para limpar o acrílico 

Em hipótese alguma se deve utilizar na limpeza esponjas ásperas, muito menos de aço.





É comum as pessoas passarem nas peças um pano já utilizado em outros objetos,  porém, isto deve ser evitado porque a poeira agarrada no tecido também risca o acrílico; Substâncias abrasivas como sapólio ou solventes como álcool ou tíner que danificam o produto

Como eliminar riscos mais profundos

Para eliminar riscos mais profundos procure uma empresa especializada em acrílico,  pois possuem conhecimento e recursos necessários para o polimento industrial. Caso queira tentar, o primeiro passo é lixar o local danificado com uma fixa fina (n° 180), e em seguida polir a área com discos de pano acoplado a uma politriz de alta rotação. O acabamento final também deve ser dado com discos de tecido conectados à  politriz, e em ambos os casos, uma massa para polimento é aplicada nos discos para ajudar na recuperação do brilho do acrílico.

Aquecer acrilico e em cima de uma chapa quente, pode-se colocar uma chapa metalica em cima do fogão mesmo que lica muito bom, mas atenção vc so consegue fazer oque quizer com o acrilico a partir dos 150º então tomem cuidado!!

Instruções

O que você precisará       

Secador de cabelos Luvas Cloroformio ou cola de acrílico Flanela Estufa Fogão industrial, pois as saídas de gás são maiores Placas de acrílico

1. Tem várias possibilidades de moldar o acrílico como, por exemplo: - Colocar as placas de acrílico numa estufa a 80º celsius cerca de 10 minutos; - Com o secador de cabelos aquecer a zona que quer dobrar a alta temperatura; - Acender um fogão industrial e colocar a zona que quer dobrar sob aquecimento.

2 - Depois, para moldar o acrílico ao seu gosto, dependendo do objetivo, coloque as luvas, ou utilizando uma flanela, pode fazer o que desejar. Para unir as duas ou mais peças utilize cola de acrílico. 3- Para esfriar o acrílico, coloque a peça num lugar seguro e assim ela ficará fria naturalmente.

Expansão e Contração  Assim como a maioria dos outros plásticos, a chapa acrílica extrudada se expandirá e contrairá de 3 a 8 vezes. O projetista deve estar ciente de seu coeficiente de expansão e fazer as provisões apropriadas. Um painel de 1,22m se expandirá e contrairá aproximadamente 0,51 mm para cada mudança de grau Fahrenheit na temperatura. No uso externo, com as temperaturas do verão e inverno diferindo em aproximadamente 38ºC, uma chapa de 1,22m se expandirá e contrairá aproximadamente 4,75 mm. Os encaixes das vidraças devem ter folga e apoio suficiente para permitir a expansão, bem como a contração.  A chapa acrílica extrudada pode absorver água quando exposta a umidade relativamente elevada, resultando em expansão da chapa. Em umidades relativas de 100%, 80% e 60%, as mudanças dimensionais são de 0.6%, 0.3% e 0.2%, respectivamente. Moldagem  A chapa acrílica extrudada irá amolecer quando a temperatura for aumentada acima de 91ºC. À medida que a temperatura é aumentada, a chapa passa do estado termoelástico para o estado termoplástico. A mudança é gradual. A série de temperatura de moldagem esta entre 143ºC e 160ºC. Devido à chapa tornar-se gradualmente termoplástica, certos procedimentos devem ser considerados durante a termoformagem. Se a chapa for pendurada em um forno, é necessário usar fixação contínua, ao invés de vários prendedores individuais. Se a chapa for aquecida em aquecedores de infravermelho enquanto estiver presa em uma estrutura horizontal, pode ser necessário controlar os aquecedores acima do centro da chapa. Isto prevenirá que o centro se torne muito aquecido e envergue-se sob seu próprio peso.  A chapa exibirá muito pouca memória após a modelagem e provavelmente não retornará à sua posição plana inicial se reaquecida.  A chapa acrílica extrudada encolherá na direção de seu sistema de fabricação quando aquecida sem uma estrutura. As espessuras de chapa de 3,00 mm ou maiores não encolherá mais que 3%. As espessuras mais finas podem encolher mais.

MOLDAR  O acrílico pode ser aquecido em estufas e o calor deve ser distribuido uniformemente sobre a superfície a ser moldada. Quando aquecido, o acrílico adquire uma consistência semelhante à da borracha, permitindo ser moldado. A temperatura de moldagem recomendada é entre 165º e 190ºC. Após o resfriamento torna-se rígido e mantém a forma que lhe foi dada durante a moldagem. Se a moldagem for efetuada com temperaturas abaixo de 140º C, o material poderá ficar  tencionado e ocorrer rupturas no mesmo. Com temperaturas acima de 190º C, corre-se o risco de degradar o material e rasgá-lo durante ou após a moldagem. Existem diversos processos de moldar o acrílico a quente. Usam-se moldes nos quais se  podem efetuar vácuo ou pressão de ar, o que ajuda o material a adquirir a forma desejada.

Moldar acrilico, dobrar (2 possibilidades ) 1) Colocar em uma estufa com 80 Graus Celsius por mais ou menos 10 minutos, a hora que vc tirar ele vai estar bem mole, ai com uma flanela vc da o formato que vc quiser a ele. 2) Soprar com um soprador de calor ou com um secador de cabelos bem forte na regiao em que vc quer fazer a dobra, quando vc sentir que ele esta mole vc faz a dobra que vc quiser, cuidado o acrilico guarda o calor por bastante tempo, por isso manusei com luvas ou com uma flanela. Após feita a dobra ou moldagem deixe esfriar naturalmente.. O acrilico é uma mistura de uma resina com um catalizador,se vc quiser fazer peças mais artisticas tente achar a resina acrilica e o catali zador, só que ja vou avisando, custa uma fortuna !!!! Para colar acrilico pode ser usado cloroformio, mas o acabamento com cloroformio fica horrivel, de preferencia a cola de acrilico mesmo !!

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