Modulo de Metodologia de Investigação Científica

July 31, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Metodologia de Investigação Científica

Manual do Curso de Administração Pública

2019 ENSINO ONLINE. ENSINO COM FUTURO 

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Direitos de autor (copyright) Este manual é propriedade do Instuto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), e contêm reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónico, mecânico, gravação, grava ção, fotocópia ou outr outros), os), sem permi permissão ssão expressa de endade endade edito editora ra (Ins (Instuto tuto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED)). A não observância do acima espulado, o infractor é passível a aplicação de processos judiciais em vigor no País.

Instuto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) Coordenação do Programa de Licenciaturas Rua Dr. Lacerda de Almeida. N o 211, Ponta - Gea Beira - Moçambique Telefone: 233235 23323501 01 Cel: +258 Fax: 23323501 E-mail: direcçã[email protected] Website: www.isced.ac.mz Agradecimentos O Instuto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) e o autor do presente manual agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e instuições na elaboração deste ii

 

manual:

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Pela Coordenação Pelo design

Direção Académica do ISCED

Direção de Qualidade e Avaliação do ISCED

Financiamento e Logísca

Instuto Africano de Promoção da Educação a Distancia (IAPED)

Pela Revisão

Dr Sergio Artur

Elaborado Por: Msc. Zacarias Mendes Magibire – Mestrado Prossional em Administração, pela Universidade Metodista de Piracicaba, São Paulo, Brasil.

 

Índice Visão geral

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Benvindo ao Módulo de Metodologia de Invesgação Cienca......................... Cienca.....................................1 ............1 Objecvos do Módulo.............. Módulo.................................... ............................................ ................................................................ ..............................................1 ....1 Quem deveria estudar este módulo............ módulo.................................. ............................................ ............................................. ..........................2 ...2 Como está estruturado este módulo........................ módulo.............................................. .......................................................... ....................................2 2 Ícones de acvidade.......... acvidade................................ ............................................ ............................................ .......................................... ............................... ...........3 3 Habilidades de estudo............. estudo................................... ............................................ .................................................................... ...............................................4 .4 Precisa de apoio?............... apoio?..................................... ............................................ ............................................ ............................................ ................................5 ..........5 Tarefas (avaliação e auto-avaliação)............................................. auto-avaliação).................................................................................... .......................................6 6 Avaliação.............................. Avaliação........ ............................................ ............................................ ............................................ ............................................ ...............................7 .........7 TEMA I: A INVESTIGAÇÃO COMO FORMA DE CONHECIMENTO

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UNIDADE TEMÁTICA 1.1. Iniciando os Estudos Universitários...... Universitários............................ .................................10 ...........10 Introdução................................ Introdução.......... ............................................ ............................................ ............................................ ...............................................10 .........................10 Sumário................................. Sumário........... ............................................ ............................................ ............................................ ..................................................13 ............................13 Exercícios de auto-avaliação... auto-avaliação......................... ............................................ ..................................................................... ...............................................13 13 UNIDADE TEMÁTICA 1.2. Ciência e Construção do Conhecimento..................... Conhecimento...................................14 ..............14 Introdução................................ Introdução.......... ............................................ ............................................ ............................................ ..............................................14 ........................14 Sumario................................. Sumario........... ............................................ ............................................ ............................................ ............................................ ...........................19 .....19 Exercícios de auto - avaliação....................... avaliação............................................. ............................................ ............................................ .........................19 ...19 UNIDADE TEMÁTICA 1.3. A Invesgação Cienca............. Cienca................................... ............................................. ........................21 .21 Introdução................................ Introdução.......... ............................................ ............................................ ................................................................... .............................................21 21 Sumário................................. Sumário........... ............................................ ............................................ ............................................ ..................................................27 ............................27 Exercícios de auto-avaliação... auto-avaliação......................... ............................................ ..................................................................... ...............................................28 28 UNIDADE Temáca 1.4. A estrutura de um Trabalho de Invesgação Cienca..............29 Introdução................................ Introdução.......... ............................................ ............................................ ............................................ ..............................................29 ........................29 Elementos pré-textuais....... pré-textuais............................. ............................................ ....................................................................... .................................................29 29 Elementos textuais....... textuais............................. ............................................ ............................................ ............................................ ...................................31 .............31 Exercícios de auto-avaliação... auto-avaliação......................... ............................................ ................................................................... .............................................33 33 TEMA II: A INVESTIGAÇÃO/ACÇÃO PERSPECTIVADA COMO FORMA DE RESOLVER PROBLEMAS 35 UNIDADE TEMÁTICA 2.1. Noção e Caracterísicas da Invesgação - Acção...................36 Introdução................................. Introdução........... ............................................ ............................................ ............................................ ...........................................36 .....................36 Sumário................................. Sumário........... ............................................ ............................................ ............................................ ............................................ ..........................40 ....40 Exercícios de auto - avaliação....................... avaliação............................................. ............................................ ............................................ ........................41 ..41 UNIDADE TEMÁTICA 2.2. Fases do Processo da Invesgação- Acção...............................42 Acção...............................42 Introdução................................ Introdução.......... ............................................ ............................................ ............................................ ............................................ .......................42 .42

 

Sumário....................................................... Sumário................................. ............................................ ............................................ .............................................45 .......................45 Exercícios de auto-avaliação... auto-avaliação......................... ............................................ .................................................................... ..............................................45 45 TEMA III: FASES DE PLANEAMENTO............ PLANEAMENTO.................................. ............................................ ........................................ ..........................46 ........46 Introdução da Temáca III............................ III.................................................. .................................................................... ..............................................46 46 Exercícios de auto - avaliação................... avaliação......................................... ............................................ ............................................. ............................54 .....54 UNIDADE Temáca Temáca 3.2. Citações e Referências em Traba Trabalhos lhos de Pesquisa............. Pesquisa.................. .....55 55 Exercícios de auto – avaliação........ avaliação.............................. ............................................ ............................................. .....................................62 ..............62 UNIDADE Temáca 3.3. Os Elementos de Pesquisa......................... Pesquisa.........................................................63 ................................63 Introdução............................ Introdução...... ............................................ ............................................ ............................................ ................................................63 ..........................63 Exercícios de auto - avaliação................... avaliação......................................... ............................................ ........................................... ...........................80 ......80 TEMA IV: O INVESTIGADOR

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UNIDADE Temáca 4.1. A Escolha do Método de Pesquisa......... Pesquisa............................... ...................................83 .............83 Introdução............................ Introdução...... ............................................ ............................................ ............................................ ................................................83 ..........................83 UNIDADE Temáca 4.2 Éca na Pesquisa........ Pesquisa.............................. ................................................................ ..........................................88 88 Introdução.............................. Introdução........ ............................................ ............................................ ............................................ ...............................................88 .........................88 Bibliograa............................. Bibliograa....... ............................................. ............................................. ............................................ ............................................ .........................93 ...93

 

Visão geral Benvindo ao Módulo de Metodologia de Invesgação Cienfca Caro estudante, bem-vindo ao Módulo de Metodologia de Invesgação Cienca. A Metodologia de Invesgação Cienca é um campo das ciências que se ocupa com o estudo das diferenes áreas de pesquisa e invesgação cienca. Estaa cadei Est cadeira ra permi permirá rá que o preza prezado do estu estudant dante, e, comp compreenda reenda,, conheça os trajectos percorridos para realização e elaboração de um trabalho de pesquisa. Neste módulo, serão discudos assuntos como: A losoa da ciên ciênci cia, a, os dife difere rent ntes es p pos os de conh conhec ecim imen ento tos, s, mé méto todo doss de pesquisa e passos para elaboração de trabalhos ciencos.

Objecvos do Módulo Ao terminar o estudo deste módulo de Metodologia de Invesgação Cienca deverás ser capaz de: aplicar diferentes métodos e técnicas de invesgação cienca; dominar diferentes estratégias de invesgação; construir e aplicar instrumentos de recolha de informação; analisar e interpretar os resultados obdos e propor soluções para as problemácas idencadas.

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Objecvos Propor soluções para problemas detectados. Quem deveria estudar este módulo Este Módulo foi concebido para estudantes do 1º ano de todos os cursos de licenciatura do ISCED. ocorrer, contudo, seus que haja leitores que queiram se Poderá actualizar e consolidar conhec con hecime imento ntoss nes nessa sa dis discip ciplin lina, a, ess esses es ser serão ão bem bem-vi -vindo ndos, s, não sendo necessário para tal se inscrever. Mas poderá adquirir o manual. Como está estruturado este módulo Este módulo de Metodologia de Invesgação Cienca, para estudantes do 1º ano dos cursos de licenciatura do ISCED, está estruturado como se segue: Páginas introdutórias  

 

Um índice completo. Uma visã doss cont conteú eúdo doss do mó módu dulo lo,, visão o gera gerall deta etalh lhaada do resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de começar o seu estudo, como co comp mpon onen ente te de ha habi bililida dade dess de es estu tudo dos. s. Con Conteú teúdo do des desta ta Disciplina / módulo

Este módulo está estruturado em quatro Temas. Cada tema, por sua vez comporta certo número de unidades temácas visualizadas por um sumário. Cada unidade temáca se caracteriza por conter uma introdução, introdução , objecvos objecvos,, conteúdos conteúdos.. No nal de ca cada da uni unidad dadee tem temác ácaa ou do pró própri prio o tem tema, a, são inc incorp orpora orados dos antes exercícios de auto-avaliação, só depois é que aparecem os  

 

exercícios teóricos, Problemas não resolvidos e acvidades prácas algumas, incluido estudo de casos. Outros recursos A equipa dos académicos e pedagogos do ISCED pensando em si, num cannho, mesmo recôndito deste nosso vasto Moçambique e cheio de dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, apresenta uma lista de recursos didáccos adicionais ao seu módulo para você explorar. Para tal o ISCED disponibiliza na biblioteca do seu centro de recursos mais material de estudos rela relaci cion onad ado o co com m o se seu u curs curso o como como:: lilivr vros os e/ou e/ou mó módu dulo los, s, CD CD,, CDROOM, CDRO OM, DVD. Para além deste mate material rial sico ou elect electrónic rónico o disponível disp onível na bibli biblioteca oteca,, pode ter aces acesso so a Plat Plataform aformaa digi digital tal moodle para alargar mais ainda as possibilidades dos seus estudos.

Auto-avaliação e Tareas de avaliação Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-se no nal de cada unidade temáca e de cada tema. As tarefas dos exercício exerc ícioss de auto-ava auto-avaliaçã liação o apres apresentam entam duas cara caracter cterisca iscas: s: prim primei eiro ro ap apre rese sent ntam am ex exer ercí cíci cios os re reso solv lvid idos os com com deta detalh lhes es.. Segundo, exercícios que mostram apenas respostas. Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de diculdades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. Parte das tarefas de avaliação será objecto dos trabalhos de campo a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de correcção e subsequentemente nota. Também constará do exame do m do módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os exercícios de avaliação é uma grande vantagem.

Comentários e sugestões Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados as aspe pect ctos os,, qu quer er de na natu ture reza za cien cien ca ca,, qu quer er de na natu ture reza za didáccopedagógica, etc Pode ser que graças as suas observações, o próximo módulo venha a ser melhorado.

 

Ícones de acvidade Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das folhas. Estes icones servem para idencar diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela especíca de texto, uma nova acvidade ou tarefa, uma mudança de acvidade, etc. Habilidades de estudo O prin princi cipa pall ob obje jec cvo vo deste capítulo é o de ensinar aprender a aprender. Aprender aprende-se. Durante a formação e desenvolvimento de competências, para facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará empe em penh nho, o, de dedi dica caçã ção o e di disc scip iplilina na no es estu tudo do.. Isto Isto é, os bo bons ns result res ultado adoss ape apenas nas se con conseg seguem uem com est estrat ratégi égias as ec ecien ientes tes e ecazes. Por isso é importante saber como, onde e quando estudar. Apresentamos algumas sugestões com as quais espera esp eramos mos que car caro o est estuda udante nte pos possa sa ren renta tabil biliza izarr o tem tempo po dedicado aos estudos, procedendo como se segue: 1º Pracar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de leitura. 2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação assimilaçã o críca dos conteúdos (ESTUDAR). 4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas acvidades prácas ou as de estudo de caso se exisr. IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo IMPORTANTE: modo-espaço-tempo,, respecvamente como, onde e quando ... estudar, como foi quando... referido no início deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo reicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo melhor em casa/biblioteca/ca casa/biblioteca/café/outro fé/outro lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de tarde/ns-de-semana/ao longo da semana? sema na? Estu Estudo do melho melhorr com músi música/nu ca/num m sío sossegad sossegado/num o/num sío barulhento!? Preciso de intervalo em cada 30 minutos, em cada hora, etc. É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido es estu tuda dado do du dura rant ntee um de dete term rmin inad ado o pe perí ríod odo o de temp tempo; o; De Deve ve

 

estudar cada

 

ponto da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar que já domina bem o anterior. Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e estudar, que saber tudo supercialmente! Mas a melhor opção é  juntar o úl ao agradável: Saber com profundidade todos conteúdos de cada tema, no módulo. DICA IMPORTANTE: não recomendamos estudar seguidamente por tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso (c (cham hamaa- se descan descanso so à mud mudanç ançaa de ac acvid vidade ades). s). Ou sej sejaa que durante o intervalo não se connuar a tratar dos mesmos assuntos das acvidades obrigatórias. Uma lon longa ga exp exposi osiçã ção o aos est estudo udoss ou ao tra trabal balho ho int intele electu ctual al obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento da aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado volume de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, tem po, criand criando o int interf erferê erênc ncia ia ent entre re os con conhec hecime imento ntos, s, per perde de sequênciacai lógica, por m ao perceber estuda tanto não aprende, em insegurança, depressãoque e desespero, por mas se achar injustamente incapaz! Não estude na úlma da hora; quando se trate de fazer alguma avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda sistemacamente), não estudar apenas para responder a questões de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobretudo, estude pensando na sua ulidade como futuro prossional, na área em que está a se formar. Organize na sua agenda um horário onde dene a que horas e que matérias deve estudar durante a semana. Face ao tempo livre que res resta ta,, dev deve e dec decidi idirrdedicado com como o oaoul uliza izarr produ pro vament ente, e, dec decidi idindo ndo quanto tempo será estudo e aduvam outras acvidades. É importante idencar as ideias principais de um texto, pois será umaa nece um necess ssid idad adee para para o es estu tudo do da dass di dive vers rsas as maté matéri rias as que que compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil idencar as partes que está a estudar e pode escrever conclusões, exemplos, vantag van tagens ens,, den deniçõ ições, es, dat datas, as, nom nomes, es, pod podee també também m u uliz lizar ar a margem para colocar comentários seus relacionados com o que está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; Ulizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo signicado não conhece ou não lhe é familiar;

 

Precisa de apoio? Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros ortográcos, falta de clareza, fraca visibilidade, páginas trocadas ou inverdas, etc). Nestes casos, contacte os seriços de atendimento e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, sms, E-mail, se ver tempo, escreva mesmo uma carta parcipando a preocupação. Uma das Uma das at atri ribu buiç içõe õess do doss Ge Gest stor ores es do doss CR e se seus us as assi sist sten ente tess (Pedagógico e Administravo), é a de monitorar e garanr a sua ap apren rendi diza zage gem m com com qual qualid idad adee e su suce cess sso. o. Da Daii a re rele levâ vânc ncia ia da comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se torn tornaa in inco cont ntor orná náve vel: l: entr entree es estu tuda dant ntes es,, es estu tuda dant ntee  – Tutor, estudante – CR, etc. As sessões presenciais/virtuais são um momento em que você, caro estudante, tem a oportunidade de interagir sicamente com sta do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do ISCED indigitada para acompanhar as sua sessões presenciais/virtuais. presenciais/virtua is. Neste período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza pedagógica e/ou administrava. O estudo em grupo, que está esmado para ocupar cerca de 30% do tempo de estudos a distância, é de muita importância, na medi me dida da em qu quee pe perm rmit itee-lh lhee si situ tuar ar,, em term termos os do gr grau au de aprendizag apren dizagem em com relação aos outr outros os coleg colegas. as. Dest Destaa manei maneira ra cará a saber se precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenv Des envolv olver er háb hábito ito de deb debate aterr ass assunt untos os rel relac acion ionado adoss com os conteú con teúdos dos pro progra gramá mácos cos,, con consta stante ntess nos dif diferen erentes tes tem temas as e unidade temáca, no módulo. Tareas (avaliação e auto-avaliação) O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, acvidades e auto avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues duas semanas antes das sessões presenciais/virtuais seguintes. Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classicação do estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de campo conta e é decisiva para ser admido ao exame nal da disciplina/módulo.

 

Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. Podem ser ulizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, cont contud udo o os me mesm smos os de deve vem m se serr de devi vida dame ment ntee re refe fere renc ncia iado dos, s, respeitando os direitos do autor. O plágio1 é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es). Uma transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do texto de um autor, sem o citar é considerada plágio. A honesdade, humildade cienca e o respeito pelos direitos autorais devem caracterizar a realização dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED). Avaliação Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, es esta tand ndo o el eles es s sic icam amen ente te se sepa para rado doss e mu muit ito o di dist stan ante tess do docente/turor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja uma avaliação mais ável e consistente. Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módu ódulo. lo. A ava vali liaaçã ção o do es esttud udaante nte con onssta de deta talh lhaada do regulamento da de avaliação. Os trab trabal alho hoss de ca camp mpo o po porr si re real aliz izad ados os,, dura durant ntee es estu tudo doss e aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de frequência para ir aos exames. Os exames são realizados no nal da cadeira disciplina ou modulo e decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, determinam a nota nal com a qual o estudante conclui a cadeira. A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) trabalhos e 1 (um) (exame). Algumas acvidades prácas, relatórios e reexões serão ulizados como ferramentas de avaliação formava. Durante a reali Durante realizaçã zação o das avaliaçõ avaliações, es, os estu estudant dantes es devem ter em consi con sider deraçã ação o a apr aprese esenta ntaçã ção, o, a coe coerên rência cia tex textua tual,l, o gra grau u de ciencidade, a forma de conclusão dos assuntos, as

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 Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização.

 

recomendações, a idencação das referências bibliográcas ulizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. Os objecvos e critérios de avaliação constam do Regulamento de Avaliação.

 

TEMA I: A INVESTIGAÇÃO COMO FORMA DE CONHECIMENTO Introdução da Unidade Temáca I – Estruturação da unidade

Caro estudante, na presente unidade temáca iremos nos debruçar em torno de quatro (4) itens fundamentais sobre a invesgação como forma de Conhecimento, como são apresentados a seguir:

• Unidade Temáca 1.1 Iniciando os Estudos Universitários; • Unidade Temáca 1.2 Ciência e a Construção do Conhecimento como Instrumento de Gestão; • Unidade Temáca 1.3 A invesgação Cienca; • Unidade Temáca 1.4 A estrutura de um Trabalho de Invesgação. Por isso, apelamos ao caro estudante, para que desenvolva uma postura diferente na construção do conhecimento. Seja bem vindo!

UNIDADE TEMÁTICA 1.1. Iniciando os Estudos Universitários Introdução Caro estudante, você ingressou-se no ensino superior onde a aquisição 10

 

de habilidades e atudes especícas da vida universitária e

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prin princi cipa palm lmen ente te a ca capa paci cida dade de de pa par rci cipa parr da cons constr truç ução ão do conhec con hecime imento nto cie cien nco, co, at atrav ravés és da inves invesga gação ção e da pesqui pesquisa, sa, é requerida. Por iss isso, o, nes nesta ta unida unidade, de, pre preten tendem demos os que voc vocêê des desenv envolv olvaa uma postura diferente na construção do conhecimento. Seja bem vindo! Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 









Idencar as competências requeridas para o estudante universitário; Compreender a tríade de um ensino superior: ensino, pesquisa e extensão; Diferenciar o paradigma padrão e reexivo no processo educavo Diferenciar a universidade de outros níveis de ensino.

 

Objectvos

1. O En Ensino sino Unive Universitár rsitário io Segundo Maar (2008, p. 100), a experiência da universidade é uma das mais marcantes na vida de um ser humano. O estudante passa, durante o período em que está cursando a universidade, por diversas mudanças, como mudanças de aprendizado e cognivas, de atudes e valores, psicológicos e sociais, além do desenvolvimento de senvolvimento moral.

Fig 1. Iniciando a vida universitária

Deste modo, a universidade, na sua essência, assume o papel de construtora de conhecimento, na sua tríade de ensino, pesquisa e

 

ex exte tens nsão ão.. A pe pesq squi uisa sa deve deve se serr en ente tend ndid idaa como como a pr prod oduç ução ão de conhecimento por uma comunidade de invesgação, a extensão é a forma de a universidade presta serviços à comunidade, oferecendo cursos e acvidades diversas, o ensino é em geral compreendido como o momento de transmissão do conhecimento.

No entanto, a forma de «transmissão» de conhecimento muda, na universidade. Não se trata mais de um processo em que o aluno, numa atude passiva do estudante deve simplesmente absorver, simplesmente, as informações transmidas pelo professor. No ensino universitário, o professor é visto como orientador de estudo, e do aluno universitário se espera uma postura acva e reexiva. O quadro que se segue compara o paradigmapadrão como o paradigma reexivo.

Quadro 1: Os paradigmas padrão e reexivo do processo educavo Paradigma-padrão

Paradigma reexivo



A educação consiste na transm transmiss issão ão de conhec conhecime imento ntoss daqueles que sabem para aqueles que não sabem. O profes professor sor desem desempen penha ha •

A educação é o resultado da parcipa par cipação ção em uma comunidad comunidadee de inv invesga esgação ção orientad orientadaa pelo professor; • O profes professor sor está pronto pronto a

um papel de autoridade no processo de ensino; • Noss Nosso o co conh nhec ecim imen ento to do mundo é inequívoco, explicável e não ambíguo. • Os alunos adquirem adquire m conhecimentos por intermédio da absorção de informações e dados sobre assuntos especícos; uma mente bem-educava é uma mente bem estruturada, estruturada, • Os conh conhec eciiment mentos os são são dis distri tribuí buídos dos entre entre as dis discip ciplilinas nas nãocoincidentes e que juntas

admi admir r er erro ros, s, nu numa ma po post stur uraa de falibilidade; • Os alunos são esmulados a pensar sobre o mundo quando o nosso conhecimento a seu respeito re reve vela la-s -see ambí ambígu guo, o, eq equí uívo voco co e inexplicável; • Os alunos pensam e reectem, desenvolvendo cada vez mais o usos da razão, assim como a capacidade de serem criteriosos; • As disciplinas em que ocorrem quesonamentos quesonamentos não são coincidentes nem completas, e suas



relações com os temas são bastantes problemácas.

 

completam

o universo a ser conhecido,

Fonte: Maar (2008, p. 101) A esse respeito, Sérgio Artur (2011) conclui qua a universidade deve ser um espaço de busca do saber (pesquisa), de mediação pedagógica (ensino) e que propicia o melhoramento da existência humana a parr da int interv ervenç enção ão na socied sociedade ade (ex (exten tensão são). ). Nes Nesta ta tr trípl íplice ice fun função ção da universidade acontece a produção, a transmissão e a aplicação do conhecimen conhe cimento. to. Neste contexto contexto,, as unive universida rsidades des ins instuem, tuem, na sua organização, a iniciação à invesgação cienca, a parr de programas ou disciplinas especícas. No caso presente, a disciplina de Metodologia de Invesgação Cienca reecte este propósito, o de esmular, desenvolver e viabilizar o aprender a aprender e aprender a pensar. A diferençareside de fundo ensino da universitário e o eensino nos níveis inferiores nestaentre tripleo função universidade na forma como o alun aluno o de dese senv nvol olve ve o se seu u conh conhec ecim imen ento to.. En Enqu quan anto to no noss ní níve veis is inferi inf eriore ores, s, pre predom domina ina o parad paradigm igmaa pad padrão rão,, na uni univer versid sidade ade dev devee predominar o paradigma reexivo, onde professor é visto como orientador de estudo, e do aluno universitário se espera uma postura acva e reexiva.

Sumário A universidade, na sua essência, assume o papel de construtora de conhecimento, na sua tríade de ensino, pesquisa e extensão. A pesquisa deve ser entendida como a produção de conhecimento por

 

uma co uma comu muni nida dade de de in inve ves sga gaçã ção, o, a ex exte tens nsão ão é a form formaa de a universidade

 

prestarr ser presta serviç viços os à com comuni unida dade, de, ofe oferec recend endo o cur cursos sos e ac acvid vidade adess diversas, o ensino é em geral compreendido como um momento em que, qu e, o alun aluno, o, nu numa ma po post stur uraa ac acv vaa e re ree exi xiva va de dese senv nvol olve ve o se seu u conhecimento com a orientação do professor. Exercícios de auto-avaliação 1. Indiq Indique ue as pr pricipa icipais is tra transfor nsformaçõ mações es pela pelass quai quaiss o alun aluno o pass passaa numa universidade. Resposta: mudanças de aprendizado e cognivas, de atudes e Resposta: valores, psicológicos e sociais, além do desenvolvimento moral. 2. Quais são aass pr princip incipais ais ffunçõe unçõess de uma u univers niversidad idadee Resposta:: ensino, pesquisa e extensão. Resposta 3. O q que ue é p pes esqu quis isa. a. Resposta: A pesquisa deve ser entendida como a produção de Resposta: conhecimento através de um processo de invesgação. 4. Descr Descreva eva as ccarac aracterís teríscas cas d do o para paradigma digma p padrã adrão o do proc processo esso educavo. Resposta:: Resposta



A ed educ ucaç ação ão co cons nsis iste te na tran transm smis issã são o de conh conhec ecim imen ento toss daqueles que sabem para aqueles que não sabem. O professor desempenha um papel de autoridade no • processo de ensino; Nosso conhecimento do mundo é inequívoco, explicável e •

•não ambíguo. Os al alun unos os ad adqu quir irem em conh conhec ecim imen ento toss po porr in inte term rméd édio io da absorção de informações e dados sobre assuntos especícos; uma mente bemeducava é uma mente bem estruturada, Os conhecimentos são distribuídos entre as disciplinas não • coincidentes e que juntas completam o universo a ser conhecido, 5. Discuta a diferença entre en ensino sino universitário do ensino médio ou primário. Resposta: A diferença entre o ensino universitário e o ensino nos níveis Resposta: inferi inf eriore oress res reside ide tripla tripla fun funçã ção o da uni univer versid sidade ade (en (ensin sino, o, pes pesqui quisa sa e extensão) e na forma como o aluno desenvolve o seu conhecimento.

 

Enquanto nos níveis inferiores, predomina o paradigma padrão, onde o aluno, numa atude, espera absorver, simplesmente, as informações transmidas pelo professor. Na universidade predomina o paradigma reexivo, onde professor é visto como orientador de estudo, e do aluno universitário se espera uma postura acva e reexiva.

Exercícios

1. Dis Discut cutaa a tripla tripla fu funçã nção o da univers universida idade. de. 2. Coloque Coloque um eexemp xemplo lo de u uma ma si situaç tuação ão em q que ue a uni universi versidade dade 3. Discuta Discuta um ex exemplo emplo prác práco o de exten extensão são un univers iversitár itária. ia. 4. Estabeleça Estabeleça as d diferen iferenças ças en entre tre o parad paradigmaigma-padrã padrão oeo padrão reexivo 5. O qu quee si signi gnica ca a palav palavra ra pa parad radigm igma. a. 6. Dê ex exemp emplos los d de, e, pe pelo lo me menos nos 2 par paradi adigma gmas. s.

UNIDADE TEMÁTICA 1.2. Ciência e Construção do Conhecimento Introdução Pretende-se nesta unidade temáca que o estudante tenha o domínio dos conceitos de ciência, de conhecimento e pos de conhecimentos. Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 

 

Denir os conceitos de ciência e conhecimento; Idencar os principais pos de conhecimento Caracterizar os diferentes pos de conhecimento







Objecvos

1.

Conceitos d dee C Ciiência e de C Co onhecimento

A palavra ciência deriva do lam scire que signica «saber», oferecendo o mesmo conteúdo emológico que conhecimento, do lam cognosci, que signica «conhecer» (Vaz Freixo, 2011). O autor dene ciência como um conhecimento racional, sistemáco e vericável. Ele reconhece que o conceito de ciência foi se reco recons nstr trui uind ndo o ao long longo o do doss te temp mpos os e si sist stem ema aza za as pr prin inci cipa pais is denições dadas por diferentes autores (Idem, p.32):

• •

Ciência como a acumulação de conhecimentos sistemácos; Ciência é a acvidade que propõe demostrar a verdade dos factos experimentais e as suas aplicações prácas; Ciência caracteriza-s -see poelo cco onhecimento racional, • sistemáco exacto, vericável e, por conseguinte, ável;  ável;



Ciência como conhecimento certo do real pelas suas causas; Ciência é conhecimento sistemáco dos fenómenos da natureza e das leis que o regem, obdo pela invesgação, pelo raciocínio e pela experiência intensiva;

 



Ciência como o conjunto de lógicos e deduvamente juscada por outros enunciados;

enunciados

A esta síntese de conceitos e formulações, o autor citando Ander-Egg, conc conclu luii qu quee «ciê «ciênc ncia ia cons const tui ui um com com ju junt nto o de conh conhec ecim imen ento toss racionais, certos ou prováveis, obdos metodicamente, sistemazados sistemazados e ve veri ric cáv ávei eiss qu quee fa faze zem m re refe ferê rênc ncia ia a ob obje ject ctos os de um umaa me mesm smaa natureza».

Fig 2. A ciência e construção de conhecimento

Freixo (idem) classica as ciências em quatro grupos, a saber: Ciências Mate Ciências Matemácas mácas (ou lógico-matemácas) incluem a aritméca, geometria, álgebra, trigonometria, lógica, sica pura, astronomia pura, etc. Ciências Naturais que incluem a sica, química, biologia, astronomia, geograa sica e paleontologia, etc. inclui lui a psi psicol cologi ogia, a, soc sociol iologi ogia, a, Ciên Ciênci cias as Hum uman anas as ou Soci Sociai aiss  – inc antropologia, geograa humana, economia, linguísca, psicanálise. Ciências Aplicadas  – são todas as ciências que conduzem a invenção de tecnologias para intervir na natureza, na vida humana e nas so soci cied edad ades es,, como como po porr ex exem empl plo, o, di dire reit ito, o, en enge genh nhar aria ia,, me medi dici cina na,, arquitectura, informáca etc. Conhecimento pode ser entendido como o processo pelo qual se determina a relação entre o sujeito e o objeto (Idem). Edgar Morin (2003) arma que o conhecimento opera por selecção de dados dad os sig signi nica cavos vos:: sep separa ara (di (disn sngue gue ou des desun une) e) e une (a (asso ssocia cia,, idenca) iden ca);; hiera hierarquiz rquizaa (o princ principal, ipal, o secu secundári ndário) o) e centr centraliza aliza (em função ulizam de um núcleo de noções mestras). Estas operações, que

 

a lógica, são de facto comandadas por princípios de organização do pensamento ou paradigmas, princípios ocultos que governam a nossa visão das coisas e do mundo sem que disso tenhamos consciência. Para Serrano e Fialho (2005), o conhecimento é um recurso intangível, que possui a caracterísca de dinamismo e que mediante a formação connua das pessoas e a aprendizagem se renova e adapta a novas situa ituaççõe ões. s. Es Esttes aut utor ores es,, cita itand ndo o Non onaK aKaa (19 1994 94)); de ene nem m conhecimento como uma crença juscadamente verdadeira. O conhecimento representa um recurso valioso para as pessoas, para as organizações e para a economia em geral, na medida em que é praca pra camen mente te ilimit ilimitado ado o pot potenc encial ial par paraa eme emergi rgirem rem nov novas as e nov novo o conhecimento a parr daquele que já existe. O conhecimento cresce quando parlhado e não se deprecia com o uso. Enquanto os recursos materi mat eriais ais dec decres rescem cem à med medida ida que são ul uliza izados dos,, os recurs recursos os do conhecimento aumentam com o seu uso: ideias geram novas ideias e o conhecimento parlhado permanece com o transmissor, ao mesmo tempo que enriquece o receptor (Davenport e Prusak, 1998 citados por Serrano e Fialho, 2005).

2.

Tipos de con onh hecimentos

Segundo hp://pt.wikiversity.org hp://pt.wikiversity.org,,  en entr tree as pr prin inci cipa pais is form formas as de conhec con hecime imento nto hum humano ano pod podemo emoss des desta tacar car os seg seguin uintes tes:: o sen senso so comu comum, m, o conh conhec ecim imen ento to re reliligi gios oso, o, o conh conhec ecim imen ento to l los osó óco co,, o conhecimento empírico e o conhecimento cienco. Este site explica cada um destes pos de conhecimentos da seguinte maneira: 2.1 Sen Senso so Com Comum um O senso comum é o nome dado ao po de conhecimento humano que descreve crenças e proposições que uma pessoa acha correta, sem, no entanto obtê-la de um conhecimento esotérico, invesgação ou estudo. O senso comum é uma forma de conhecimento informal, espontâneo, adquirido do contato direto com o mundo, geralmente obdo por tentava ou erro. No senso comum são realizadas ações que achamos que produzem um resultado eciente, mas não temos como descrever a ca cade deia ia de ev event entos os qu quee le leva vam m a es este te re resu sult ltad ado. o. Es Esta ta form formaa de conhecimento é a primeira do ser humano, e acaba sendo ulizada pela grande maioria das pessoas nas avidades mais corriqueiras da vida codiana. Porém pelo fato de ser simples e supercial, o senso

 

comum

 

acaba sendo insuciente, pois é um conhecimento que depende dos sendo sen doss hum humano anos, s, que são lim limita itados dos e não pod podem em con contem templa plarr a realidade verdadeira das coisas. Maar (2008) arma que o senso comum é também denominado conhecimento popular ou empírico e dene-o como todo aquele que todo ser humano desenvolve no contacto directo e diário com a realidade e é ulizado, em geral, para objecvos prácos. 2.2 Conhe Conheciment cimentos os religioso religiososs A religião pode ser denida como um conjunto de crenças re rela laci cion onad adas as co com m aq aqui uilo lo que que a hu huma mani nida dade de cons consid ider eraa como como metasico, sobrenatural, divino, sagrado e transcendental, bem como o conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas crenças. O conhecimento religioso implica na crença de verdades obdas de forma divina ou sobrenatural, e desta forma são geralmente infalíveis e cujas evidências não podem ser comprovadas, sendo geralmente relegadas à fé ou crença pessoal. Desta forma, o conhecimento religioso se baseia em dogmas que não podem ser refutadas nem submedas à análise cienca. O conhecimento religioso ou teológico apoia-se na fé e tem sua origem nas rev revela elaçõe çõess do sob sobren renatu atural ral.. Na com compre preens ensão ão hum humana ana ess essas as manifesta manif estações ções são divin divinas as e traz trazem em a mensa mensagem gem de um ser super superior. ior. Quantas autoridades divinas e invisíveis já são nomeadas por nós, ex exem empl plos os:: Bu Buda da,, Ma Maom omé, é, Jeo Jeová vá e Je Jesu suss Cr Cris isto to.. O conh conhec ecim imen ento to Teológico parte do princípio de que as manifestações, verdades e evidências sobrenaturais não são vericáveis e, por serem obra do criador divino e conterem uma atude implícita de fé, são infalíveis e indiscuveis. Não é preciso ver para crer, e a crença ocorre mesmo que as ev que evid idênc ência iass apon aponte tem m no se sen ndo do cont contrá rári rio. o. As ve verd rdad ades es religiosas são registradas em livros sagrados ou são reveladas por seres espirituais, por meio de alguns iluminados, santos ou profetas. Essas verdades são quase sempre denidas e não permitem revisões median med iante te re reexã exão o ou exp experi erimen mentos tos.. Por Portan tanto to o con conhec hecime imento nto religioso é um conhecimento míco, dogmáco ou ainda espiritual, apoia-se em doutrinas que contem proposição sagradas. Não pode por sua origem, ser conrmado ou negado. Depende da formação moral das crenças de cada indivíduo.

 

2.3 Conhe Conheciment cimentos os flosófc flosófco o Filosoa modernamente é uma disciplina, ou uma área de estudos, que a invesgação, análise, discussão, formação e reexão de ideias (ou visõe isõess de mun und do) em um umaa situ ituaçã ação ger eral al,, abstra stratta ou fundamental. O conhecimento losóco é aquele que é obdo pelo ato de losofar, isto é, através de uma análise mental em busca de respostas para certa cer tass int interr erroga ogaçõe ções. s. O con conhec hecime imento nto lo losó sóco co dif difere erenci ncia-s a-see do conh conhec ecim imen ento to cien cien co co pe pelo lo fa fato to de ab abar arca carr id idei eias as,, re rela laçõ ções es conc concei eitu tuai aiss e ra raci cioc ocín ínio ioss ló lógi gico coss qu quee po porr ve veze zess nã não o po pode dem m se serr observados, nem mensurados e nem reproduzidos. 2.4 Conhe Conheciment cimentos os cienfc cienfco o O con conhec hecime imento nto cie cien nco co env envolv olvee uma des descri crição ção,, int interp erpret retaçã ação, o, explicação, ou uma vericação mais precisa de um conhecimento já existe exi stente nte,, a par parr r de um ux uxo o circul circular ar connu connuo o ent entre re realid realidade ade empírica e a teoria. Sumario Ciência pode ser denida como um com junto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obdos metodicamente, sistemazados sistemazados e vericáveis que fazem referência a objectos de uma mesma natureza. Elas podem ser classicadas em quatro grupos, a saber: Ciências Ciênc ias Matemáca Matemácass (ou lógico-matemácas), incluem a aritméca, geometria, álgebra, trigonometria, lógica, sica pura, astronomia pura, etc. Ciê quee in incl clue uem m a s sic ica, a, qu quím ímic ica, a, bi biol olog ogia ia,, Ciências cias Na Natu tura rais is qu astronomia, geograa sica e paleontologia, etc. Ciências Humanas ou Sociais  – inclui a psicologia, sociologia, antropologia, geograa humana, huma na, economia, economia, lingu linguísc ísca, a, psica psicanális nálise. e. Ciênc Ciências ias Aplic Aplicadas adas  – são to toda dass as ciên ciênci cias as qu quee cond conduz uzem em a in inve venç nção ão de tecn tecnol olog ogia iass para para intervir na natureza, na vida humana e nas sociedades, como por exemplo, direito, engenharia, medicina, arquitectura, informáca etc. Conhecime Conhec imento nto pod podee ser ent entend endido ido com como o o pro proces cesso so pelo pelo qua quall se determina a relação entre o sujeito e o objeto. Entre as principais formas de conhecimento humano podemos destacar os seguintes: o senso comum, o conhecimento religioso, o conhecimento losóco, o conhecimento empírico e o conhecimento cienco. Exercícios de auto - avaliação 1.

O conceito de Ciência deriva do:

 

a. Do lam; lam; b. Do Grego; c. Do Espanhol; d. Do Inglês.

2.

A Ciência é: a. Acumulação de conhecimentos sistemácos b. Acvidade que propõe demostrar a verdade dos factos

experimentais e as suas aplicações prácas; c. Conjunto de enunciados lógicos e deduvamente juscada

por outros enunciados; d. Todas as afrmações estão correctas

3.

Nã Não o az az pa part rtee d daa C Cla lass ssif ifca caçã ção o de de Ciê Ciênc ncia ia,, sseg egun undo do FFre reix ixo: o: a. Ciências Matemácas b. Ciências Naturais c. Ciências Humanas ou Sociais

d. Ciências Gastronomicas

Exercícios

1. 4. 5. 6.

De Den naa o co conc ncei eito to de ciên ciênci ciaa Clas Classi siqu quee ciê ciênc ncia ias, s, sseg egun undo do Va Vazz Fre Freix ixo. o. Indiqu Indiquee os po poss d dee co conhe nhecim ciment entos os que copnhe copnhece. ce. Discut Discutaa o sen senso so com comum, um, dan dando do exe exempl mplos os p prá rácos cos..

7.

Difere Diferenci nciee o conheci conhecimen mento to lo losó sóco co do co conhe nhecim ciment ento o relig religios ioso. o.

 

UNIDADE TEMÁTICA 1.3. A Invesgação Cienfca Introdução Pretende-se nesta unidade temáca que o estudante tenha o domínio sobre o papel da in invves es gação cienca na construção do conhecimento. Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 



Reconhecer o papel da invesgação cienca;



Reconhecer o papel do professor e do aluno universitário



na construção do conhecimento. Entender e aplicar os princípios da invesgação cienca.

Objecvos

1.

A pesquisa cienfca

 

Fig 3. A invesgação cienca

Vamos recorrer a Antônio Joaquim Severino (2007) para discurmos esta temáca. Para este autor, na Universidade, a aprendizagem, a docência, o ensino, só será signicava se forem sustentadas por uma permanente avidade de construção do conhecimento. Tanto quanto o aluno, o professor precisa da pesquisa para bem conduzir um ensino ecaz. Essa exigência decorre de duas injunções: primeiro quem lida com processos e produtos do conhecimento precisam car em permanente situação de estudo, pois o conhecimento é uma avidade histórica, que se encontra em connuo devir, e o mínimo que se exige de um professor é que ele acompanhe o desenvolvimento do saber de sua área; áre a; mas mas,, alé além m dis disso, so, imp impõeõe-se se a pos postur turaa inv inves esga gava va por porque que o conhecimento é um processo de construção dos objetos, ou seja, todos os produtos do conhecimento são consequências de processos de produção dos mesmos, processo que precisa ser refeito, sem o que não ocorre apropriação, o que se reforça pelas exigências da situação pedagógica de aprendizagem. São dois os movos pelos quais o professor precisa manter-se envolvido com a pesqu squisa: sa: primeiro, para acompanhar o desenv des envolv olvime imento nto his histó tóric rico o do con conhec hecime iment nto, o, seg segund undo, o, por porque que o conhecimento só se realiza como construção de objetos. objetos. Tendo bem presentes as nalidades do ensino superior, aos prof profes esso sore ress un univ iver ersi sitá tári rios os se impõ impõee o comp compro romi miss sso o com com um inves inv esmen mento to sis sistem temác áco o no pla planej nejame amento nto de sua suass dis discip ciplin linas as,, na qualicação de sua interação pedagógica com seus alunos e numa concepção do ensino e da aprendizagem como processo de construção do conhecimento bem como num cuidado especial com a avaliação.. O plano de ensino deve ser a expressão de uma proposta pedagógica quee dê um qu umaa visã visão o inte integgra rall do curs rso o pe pens nsaado com vis isttas ao desenvolvimento do aluno mediado pelos processos de aprendizagem.

 

Além de constuir o roteiro do trabalho docente e da caminhada do aluno, ele deve mediar a proposta educava visada pelo curso em geral e pela disciplina em parcular. Daí a importância que tem a  juscava para alicerçar as progra programações. mações. A interação comunicava, a capacidade de estabelecimento de uma relação prossional e democráca que se congure fundamentalmente pelo respeito mútuo, dimensão que tem a ver com o relacionamento humano e com a necessidade de um contrato entre as partes, de modo que a autoridade não se confunda com o autoritarismo nem a liberdade com libernagem. O que está em pauta é uma concepção da aprendizagem como processo de construção do conhecimento. Consequentemente tornase imprescin impr escindível dível a adoç adoção ão de estr estratég atégias ias diretament diretamentee vincu vinculada ladass de modo que experiências prácas possam ser mobilizadas para essa aprendizagem. Ou seja, que a própria práca da pesquisa seja caminho do processo de ensino e aprendizagem. Nessa linha, todas as disciplinas do curso devem se arcular, fazendo que ocorra envolvimento de todos os docentes. É necessária uma atude coleva conv conver erge gent ntee em te term rmos os de ex exig igên ênci ciaa de pa padr drão ão de pr prod oduç ução ão acadêmica. O cuidado críco com avaliação é exigência fundamental na práca docente universitária. Sem dúvida, este é aspecto delicado do processo educacional, dado o índice de poder que ele envolve. Porque quan qu ando do se torn tornaa um me meca cani nism smo o de op opre ress ssão ão es eso ola la toda toda a fecundidade pedagógica.. O critério a prevalecer aqui é o da medida da jusça, ou seja, que não se marque nem pela dominação nem pelo protecionismo. O ensi ensino no nã não o po pode de re real aliz izar ar-s -see de form formaa al alea eató tóri ria, a, di dile leta tant nte, e, espontaneiscamente conduzido, mesmo quando o professor tenha um domínio muito grande da matéria, adquirido por acúmulo de experiência. Toda aula, como intervenção pedagógica, exige, da parte do professor, um cuidadoso planejamento. Em primeiro lugar, o professor precisa planejar sua disciplina, com antecedência. Isso não deve ser feito apenas em função de obrigações buro bu rocr crá áca cass form formai aiss de re regi gist stro ro acad acadêm êmic ico, o, ma mass em fu funç nção ão da necessidade de um roteiro de trabalho. Este planejamento deve ser feito antes do início do exercício levo, quando deve ser distribuído e divulgado para todos os alunos. Em segundo lugar, a cada semana, a aula deve ser preparada, roteirizada, em consonância e coerência com o plano da disciplina e com a lógica temáca em desenvolvimento. No planejamento da disciplina, é preciso levar em conta o plano maior do curso, uma vez que a disciplina é uma parte de um todo,

 

organicamente arculado para que possa responder, adequadamente, ao projeto formavo do aluno.  A programação da disciplina deve conter os seguintes elementos:  Juscava, objevos, conteúdos temácos, metodologia de trabalho, avaliação, leituras complementares e cronograma. É por isso que a programação da disciplina deve começar com a  jusfcava; trata-se de mostrar aos alunos o lugar que ela ocupa, em função de seu conteúdo, no projeto formavo. Apresentar a  juscava é fundamental, pois todos precisamos saber a razão pela qual qu al um umaa a avi vida dade de é de dese senv nvol olvi vida da.. Não Não é vá válilido do us usar ar ap apen enas as argumentos de autoridade, de tradição ou de determinação legal. Qualquer que seja a disciplina cabe um esforço no sendo de mostrar aos alunos não só sua pernência, mas também sua relevância para a form formaç ação ão naqu naquela ela área área.. É o mome moment nto o de re ress ssal alta tar, r, ai aind ndaa qu quee sintecamente, a importância formava dos elementos constuvos da disciplina. Juscar é sempre uma maneira de expressar, de um lado, a razão de ser de uma avidade, sua validade, fundamentada em bases consistentes; de outro, o respeito pela liberdade e autonomia do aluno, que deve encontrar na juscava o porquê é válido cursar essa disciplina e essa programação, de tal modo que não tenha de agir de forma mecânica ou apenas por obrigação. Em seguida, a programação deve explicitar seus objevos, ou seja, o que ela visa alcançar com relação à formação do aluno. Os objevos são intrínsecos à própria natureza dos conhecimentos que estarão sendo sen do tra trabal balhad hados, os, a for forma ma com como o ele eless pod poderã erão o con contr tribu ibuir ir para para a formação do estudante. Os conteúdos temácos são as media ediaçõ ções es in info form rmaavas vas do conhec con hecime imento nto daq daquel uelee seg segmen mento to da áre áreaa est estuda udada. da. Con Const stam am da programação para apresentar a delimitação, o recorte temáco do conhecimento que se vai trabalhar ao longo do curso. Esses conteúdos devem ser expli explicita citados dos de manei maneira ra que não seja nem muito genérica (pois assim não diriam nada), nem muito detalhada (pois aí cariam hiperespecializados) e apresentados de forma coerente e arculada. 9 Antônio Joaquim Severino (USP - Faculdade de Educação). A me deve ve an anun unci ciar ar as mo moda dalilida dade dess das das meto todo dolo logi giaa de trab trabal alho ho de difere dif erente ntess av avida idades des que ser serão ão des desenv envolv olvida idass pel pelaa docênc docência ia do professor e daquelas que serão solicitadas dos alunos como formas de desempenho acadêmico. Deve então anunciar não apenas as formas de

 

at atuaç uação ão do pro profes fessor sor mas també também m as taref tarefas as que est estarã arão o sen sendo do atribuídas aos discentes. A avaliação deve antecipar os processos e os produtos que entrarão como matéria para apreciação e avaliação por parte do professor. Estes elementos precisam ser claramente antecipados e explicitados, sem ambiguid ambiguidade ades, s, para para que que bem clara clarass as reg regras ras do jog jogo, o, marcando bem a proporção que cabe à demonstração de empenho por parte do aluno bem como a seu efevo desempenho. O processo avaliavo é, sem dúvida, a dimensão mais complexa e delicada da avidade de docência. Seu critério maior há que ser a jusça. O professor deve ter bem presente que, em matéria de avaliação, a qualidade das tarefas é mais signicava do que sua quandade. Leituras recome Leituras recomendada ndadass são aquelas fontes que complementam e/ou desdobram a temáca da disciplina, ela representa uma sugestão de mais subsídios caso o aluno queira aprofundar o assunto do curso. Ao mesmo tempo, elas, como refer referência ênciass bibl bibliográ iográcas cas,, infor informam mam as fontes ulizadas pelo docente na preparação de sua proposta de curso. Finalmente, o cronograma distribui as avidades ao longo do exercício levo e discrimina as avidades especícas de cada aula. É muito importante elaborar e entregar esse cronograma logo no início das avidades levas, de forma a que o aluno possa também organizar seu trab trabal alho ho ao long longo o do curs curso. o. 0 En Ensi sino no e pe pesq squi uisa sa na do docê cênc ncia ia universitária: caminhos para a integração Antônio Joaquim Severino (USP - Faculdade de Educação).

O envo envolv lvim imen entto dos al alu uno noss ai ain nda na fa fasse de gr graadua duação ção em procedimentos sistemácos de produção do conhecimento cienco, familiarizando-os com as prácas teóricas e empíricas da pesquisa, é o caminho mais adequado inclusive para se alcançar os objevos da própria aprendizagem. Aprender é necessariamente uma forma de pracar o conhecimento, é ap apro ropr pria iarr-se se de se seus us pr proc oces esso soss es espe pecí cíc cos os.. O fu fund ndam amen enta tall no conhecimento não é a sua condição de produto, mas o seu processo. Com efeito, o saber é resultante de uma construção histórica, realizada por um sujeito colevo. Daí a importância da pesquisa, entendida como processo de construção dos objetos do conhecimento e a relevância que a ciência assume em nossa sociedade.

 

Felizmente, a tomada de consciência da importância de se efevar o ensino dos graduandos mediante prácas de efeva construção do conhecimento só tem feito aumentar nos úlmos tempos. Em todos os se seto tore ress ac acad adêm êmic icos os,, es está tá se re reco conh nhec ecen endo do,, ca cada da ve vezz ma mais is,, a necessidade e a pernência de assim se proceder. As resistências cam porr co po cont ntaa da ac acom omod odaç ação ão de al algu guns ns ou da ausê ausênc ncia ia de pr proj ojet etos os cu cult ltur urai aiss e educ educac acio iona nais is de ou outr tros os ge gest stor ores es da dass in ins stu tuiç içõe õess universitárias. Mas é preciso lutar contras essas situações e consolidar se semp mpre re ma mais is es esta ta post postur ura. a. Nã Não o se tr trat ata, a, bem bem en ente tend ndid ido, o, de se tran transf sfor orma marr as in ins stu tuiç içõe õess de ens ensin ino o su supe peri rior or em in ins stu tuto toss de pesquisa, mas de se transmir o ensino mediante postura de pesquisa. Trata-se de ensinar pela mediação do pesquisar, ou seja, mediante procedimentos de construção dos objetos que se quer ou que se necessita conhecerem, sempre trabalhando a parr das fontes. Os procedimentos pernentes à modalidade da Iniciação Cienca são os mais pernentes para que se possa então realizar a aprendizagem signicava, preparando alunos que passamde por essa para edicação das basesos para a connuidade sua vidaexperiência cienca, cultural e acadêmica, de modo geral. Sem dúvida, para além das exigências instucionais que implicam, da part partee do doss gere gerenc ncia iado dore ress da ed educ ucaç ação ão no país país,, a vi viab abililid idad adee e a fecundidade da Iniciação Cienca exigem, da parte dos docentes, uma correspondente mudança de postura didáco-pedagógica. Uma primeira mudança diz respeito à própria concepção do processo do conhecimento, a ser visto como efeva construção dos objetos, ou seja, impõe-se que o professor valorize a pesquisa em si como mediação não só do conhecimento mas também, e integralmente, do ensino. Em segundo lugar, é preciso que os docentes se disponham a uma atude de um trabalho invesgavo comassumindo os iniciantes, cônscios das diculdades e limitações desse processo, a tarefa da orient ori entaçã ação, o, da coco-ori orient entaçã ação, o, do aco acompa mpanha nhamen mento, to, da ava avalia liação ção,, co comp mpar arl lha hand ndo o in incl clus usiv ivee su suas as ex expe peri riên ênci cias as e se seus us trab trabal alho hoss invesgavos, abrindo espaços em seus projetos pessoais. De seu lado, as instâncias internas da Instuição de ensino superior precisam assumir, não só a luta por maior número de bolsas de Iniciação Cienca junto às agências ociais, mas também aquela pela criaç criação ão de um sis sistem temaa pró própri prio o de con conces cessão são des dessa sass bol bolsas sas,, com Antônio Joaquim Severino (USP - Faculdade de Educação) recursos próp própri rios os,, apoi apoian ando do do doce cent ntes es e di disc scen ente tess que que se di disp spon onha ham m a desencadea desen cadearr o processo siste sistemác máco o de seu desen desenvolvi volvimento mento.. Na verdade, impõe-se toda uma

 

reformulação da mentalidade e da práca de se conceber e ministrar o ensino nas instuições universitárias. A aquisição, por parte dos estudantes universitários, de uma postura in inve ves sga gav vaa nã não o se dá es espo pont ntan anea eame ment ntee po porr osmo osmose se,, ne nem m ar arci cial alme ment ntee po porr um re rece ceit ituá uári rio o técn técnic ico, o, me meca cani nica came ment ntee incorporado. De acordo com as premissas anteriormente colocadas, a aprendizagem universitária tem muito mais a ver com a incorporação de um processo epistêmico do que com a apropriação de produtos culturais, em grande quandade. O que é exigido, então, como mediações necessárias são componentes curriculares, com conguração teórica e com desenvolvimento práco, que subsidiem o aluno nesse processo. O ensino/aprendizagem do proc proces esso so de cons constr truç ução ão do conh conhec ecim imen ento to pr pres essu supõ põe, e, po pois is,, um complexo invesmento. Primeiramente, é preciso garanr uma  jusfcava polícoeducacional do processo. Trata-se de mostrar ao aluno que o conhecimento é a única ferramenta de que o homem dispõe para cuidar da orientaçào de sua existência, sob qualquer ângulo que ela seja encarada. encarada. A habi habilidad lidadee em lidar com o conh conhecime ecimento nto como ferramenta de intervenção no mundo natural e no mundo social é prérequisito imprescindível para qualquer prossão, em qualquer área de atuação dos sujeitos humanos. Por isso mesmo, todos os currículos universitá univer sitários rios preci precisam sam cont contar ar com compo componentes nentes,, cert certament amentee de nature nat ureza za lo losó sóca ca,, cap capaze azess de ass assegu egurar rar o esc esclar lareci ecimen mento to cr críc íco o acerca das relações entre o epistêmico e o social. Em se segu guid ida, a, é prec precis iso o as asse segu gura rarr ig igua ualm lmen ente te um umaa undamentação epistemológ epist emológica, ica, ou seja, garanr ao aprendiz o domínio do próprio processo de construção do conhecimento, consolidando-se a convicção convi cção quanto ao cará caráter ter cons construv truvo o dess dessee proce processo, sso, superam En Ensi sino no e pe pesq squi uisa sa na do docê cênc ncia ia un univ iver ersi sitá tári ria: a: ca cami minh nhos os pa para ra a integração do-se todas as outras crenças epistemológicas arraigadas em nossa tradição losóca e cultural, de cunho representacionista, intuicionista etc. É pré-requisito imprescindível para que nos tornemos pesquisadores a explicitação dos processos básicos que emergem na relaçã rel ação o suj sujeit eito/o o/obje bjeto to qua quando ndo da avida avidade de cog cognos nosci civa. va. De nad nadaa va vale lerá rá en ensi sina narr mé méto todo doss e técn técnic icas as se nã não o se tem pr pres esen ente te a signicação epistêmica do processo invesgavo. Só sobre essa base ganha sendo a inclusão de componente curricular mediador de estratégia didáco-metodológica, que cabe se designar

 

como a metodologia do trabalho cienco, onde se tratará da ini inicia ciação ção às prá práca cass do tra trabal balho ho aca acadêm dêmico ico,, est estrat ratégi égiaa ger geral al de interesse de todos os estudantes, independentemente de sua área de formação. Fina Fi nalm lment ente, e, é prec precis iso o colo coloca carr à di disp spos osiç ição ão do doss es estu tuda dant ntes es uma uma metodologia técnico-cienfca para o trabalho invesgavo especíco de cada área. Com efeito, essa etapa não deve ser idencada ou confundida com a metodologia do trabalho cienco, pois ela trata dos meios de invesgação aplicada em cada campo de conhecimento. Desse modo, podemos concluir que a iniciação à práca cienca na universidade exige mediações curriculares que arculem, simultanea e eq equi uililibr brad adam amen ente te,, um umaa le legi gim maç ação ão po polílíc coo-ed educ ucac acio iona nall do conhecimen conhe cimento, to, sua funda fundamenta mentação ção epist epistemoló emológica, gica, uma estra estratégia tégia didáco-metodológica e uma metodologia técnica aplicada.

Sumário Na Uni Univer versid sidade ade,, a apr aprend endiza izagem gem,, a doc docênc ência, ia, o ens ensino ino,, só ser serão ão signicavas se forem sustentadas por uma permanente avidade de construção do conhecimento. Tanto quanto o aluno, o professor precisa da pesquisa para bem conduzir um ensino ecaz. Essa exigência decorre de duas injunções: primeiro, quem lida com processos proce ssos e produ produtos tos do conhe conhecimen cimento to preci precisa sa car em perma permanente nente situação de estudo pois o conhecimento é uma avidade histórica, que se encontra em connuo devir, e o mínimo que se exige de um professor é que ele acompanhe o desenvolvimento do saber de sua área; áre a; mas alé além m dis disso, so, imp impõeõe-se se a pos postur turaa inv inves esga gava va por porque que o conhecimento é um processo de construção dos objetos, ou seja, todos os produtos do conhecimento são consequências de processos de produção dos mesmos, processo que precisa ser refeito, sem o que não ocorre apropriação, o que se reforça pelas exigências da situação pedagógica de aprendizagem. Exercícios de auto-avaliação 1.

Nao aaz p paarte da invesgação ci cienfca aa:: a.

Juscava

b. Objevos c.

Conteúdos

d. Expeculação

 

2.

A est stra raté téggia didá didá co-m co-met etod odo ológ lógic icaa pre rete ten nde de:: a. Design Designar ar como como a metod metodolo ologia gia do do trabal trabalho ho cienf cienfco co b. O trabalho invesgavo especíco de cada área c.

O desenvolvimento do saber de sua área

d. Uma legimação políco-educacional do conhecimento

Exercícios

1. Jus Jusque que a necessi necessidade dade d daa pesq pesquisa uisa ccienc iencaa na univ universid ersidade. ade. 2. Apont Apontee os dois mov movos os pelo peloss quai quaiss o pro professo fessorr prec precisa isa ma manternter-se se envolvido com a pesquisa. 3. Indiq Indique ue os el element ementos os que a p progr rogramaç amação ão de um umaa dis discipli ciplina na deve conter. 4. Jus Jusq que ue a nec necess essida idade de da ju jus sca cava va.. 5. Indiq Indique ue os elem elementos entos q que ue deve con conter ter a pro program gramação ação da d discip isciplina, lina, numa universidade.

UNIDADE Temáca 1.4. A estrutura de um Trabalho de Invesgação Cienfca Introdução Pretende-se nesta unidade temáca que o estudante tenha domínio da es estr trut utur uraa de um tr trab abal alho ho de in inve ves sga gaçã ção, o, nome nomead adam ament entee monograa, dissertação e tese. Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 





Idencar os elementos de um trabalho de invesgação cienca; Caracterizar cada elemento de um trabalho de invesgação cienca.

 

Objectvos

3.

Es Estr trut utur uraa d dee u um m ttra raba balh lho od dee inv inves esg gaç ação ão ci cien enf fca ca (a (ass ttes eses es,, dissertações e TCC)

Fazemos a discussão desta temáca, aproveitando a sistemazação feita por Sergio Artur (2011) Se Segu gund ndo o es este te aut utor or,, os tra raba balh lhos os aca cadê dêm mico icos  – monograas, dissertaç diss ertações ões e teses teses,, rela relatório tórioss  – seguem estrutura mais ou menos homogênea, apresentada na ordem abaixo, com pequenas variações. Quando esses trabalhos são transformados em livros, a base é a mesma, mes ma, ape apenas nas com var variaç iações ões for formai mais. s. A ord ordem em dos ele elemen mentos tos prétextuais e pós-textuais varia eventualmente, segundo diferentes interpretações e orientações; não há uniformidade de critérios entre as diferentes instuições e normas. A.

Elementos p prré-textuais

Capa (ob Capa (obrig rigató atório) rio)  – elemento que deve constar entre as páginas in intr trod odut utór ória iass some soment ntee qu quan ando do a cobe cobert rtur uraa do cont conteú eúdo do for for transparente, deve ser impressa na cobertura quando ela for opaca, externamente; muitas vezes a capa interna é solicitada mesmo quando a cobertura é opaca, mas em minha opinião essa exigência não faz nenhum sendo. 1. Capa é, necessaria necessariamente, mente, o elemento externo, para idencaçã idencação o do

 

trabalho. A capa contém: a)

Nome do autor (na margem superior);

b)

Títu Título lo do ttra raba balh lho o (ma (mais is o ou um men enos os ccen entr tral aliz izad ado o na na fo folh lha) a);;

c)

In Ins stu tuiç ição ão o ond ndee o trab trabal alho ho ffoi oi eexxec ecut utad ado o (n (naa ma marg rgem em iinf nfer erio ior) r);;

d)

Cida Cidade de e an ano o de de ccon oncl clus usão ão do ttra raba balh lho o ((na na ma marg rgem em iinf nfer erio ior) r)..

Veja modelo de capa e folha de rosto na unidade VI deste módulo.

2.

Folha-de-rosto (obrigatório) - deve conter:

3.

As m meesmas iin nformações cco ondas n naa ccaapa;

4.

As in info form rmaç açõe õess es esse senc ncia iais is da or orig igem em do tr trab abal alho ho;;

5.

Er Erra rata ta (opci (opcional) onal)  – onde aparecem as correções descobertas após a impressão do trabalho;

6. Folha de aprovação (obrigatória) – é o local onde o examinador assina e coloca a data de avaliação do trabalho; Dedicatória (opcional) - tem a nalidade de oferecer o trabalho a alguém como homenagem de gradão especial. Este item é dispensável, mas usual. São preferíveis as mais formais;

7.

8.

Agradecimentos (opcional) - manifestação de gradão àqueles que con contri tribuí buíram ram na elabor elaboraç ação ão do tra trabal balho. ho. É out outro ro item item dispensável e usual, a formalidade aqui é também recomendada;

9.

Epígrae Epígra e (opcio (opcional) nal) - citação de um pensamento que, de certa forma, embasou ou inspirou o trabalho. Pode ocorrer, também, no início de cada capítulo ou partes principais;

10.

(obrig rigat atóri órios) os):: de gu guras ras,, map mapas, as, tab tabela elas, s, grá gráco cos, s, Ín Índi dice cess (ob fotograas;

11.

Lista de abreviaturas (obrigatória) – contém todas as siglas e abreviaturas ulizadas no texto;

12.

Resumo (obrigatório) - tem por objecvo dar visão rápida do cont conteú eúdo do ao le leit itor or,, pa para ra que que el elee po poss ssaa de deci cidi dirr sobr sobree a conveniência da leitura do texto inteiro. Deve ser totalmente el ao trabalho e não pode conter nenhuma informação que não conste do texto integral. A primeira frase do resumo deve ser

 

signica signi cava, va, exp explic licar ar o tem temaa pri princi ncipal pal do doc docume umento nto.. Não devem constar do resumo citação de autores, tabelas e guras. O resu resumo mo po pode de se serr pr prec ecedi edido do da re refe ferê rênc ncia ia bi bibl blio iogr grá áca ca comple com pleta ta do doc docume umento nto e dev deve, e, pr prefe eferen rencia cialmen lmente, te, est estar ar condo em único parágrafo e única página. De acordo com a norma, o resumo deve conter até 250 palavras para monograas e até 500 palavras para dissertações e teses. Para con onttar o núm úmer ero o de pal alaavr vras as do res esum umo o, us usee o menu enu Ferramentas e Contar palavras. O resumo deve ser verdo para o ing inglês lês,, por ser a lín língua gua de ma maior ior difus difusão ão da pro produç dução ão cien cie nca, ca, sen sendo do fac facult ultad ado o ain ainda da faz fazer er versõe versõess par paraa out outra rass línguas, o francês comumente, em caso de interesse especíco. Esse abstract e ou résumé são inseridos depois do resumo.

B.

Elementos textuais

Conjunto Conjun to de palavr palavras as e frases frases ar arcul culada adas, s, esc escrit ritas as sob sobre re qua qualqu lquer er suporte. É a parte em que todo o trabalho de pesquisa é apresentado e desenvolvido; deve expor raciocínio lógico, ser bem estruturado, fazer uso de linguagem simples, clara e objeva. 1. Introdução - apresenta o tema e indica aos leitores a linha do trabalho, sua movação e o plano da obra, com alguns elementos das conclusões alcançadas; menciona a importância do trabalho e jusca con onttex exttua uall e pe pess ssoa oalm lmen entte a nec eces esssid idaade da re reaali liza zaçção do empreendimento. A introdução deve ambientar o leitor. Cita fatos histór his tórico icoss imp import ortant antes es e tra trabal balhos hos clá clássi ssicos cos.. A car caract acteri erizaç zação ão do proble pro blema, ma, as jusc juscav avas as e as hipóte hipóteses ses pod podem em ser incluí incluída dass na introdução ou destacadas à parte, quando for o caso. Autores podem ser citados, mas não se trata de revisão; apenas trabalhos de relevância a caracterização doquatro contexto devem ser citados. A introdução para deve ter cerca de três ou páginas. Apresenta, no seu nal, o objevo do trabalho, de maneira clara e direta. É importante que o objevo apresentado tenha relação direta com o texto exposto no corpo da introdução. 2. Desenvolvimento - varia muito conforme o po do trabalho. Em pesquisas experimentais é comum subdividir essa parte em revisão da liter literatur atura, a, meto metodolog dologia, ia, resu resultado ltadoss e disc discussã ussão. o. Entr Entretan etanto, to, em pesquisas qualitavas, muitas vezes essa estrutura não é adequada. Em qualquer po de pesquisa é importante apresentar os trabalhos realiz rea lizado adoss por out outros ros pes pesqui quisa sador dores. es. A red redaçã ação o des desta ta rev revisã isão o da literatura normalmente é de grande diculdade, sobretudo pelos que se iniciam no universo cienco-acadêmico cienco-acadêmico.. Em face dessa diculdade,

 

muitos optam por apenas resumir os trabalhos lidos em um ou dois parágrafos e apresentá-los em ordem cronológica. Deve-se evitar esse po de redação, pois, além de tedioso, o texto escrito dessa forma não apresenta de maneira eciente o que já existe publicado sobre o tema. O texto deve apresentar as diferentes correntes de pesquisadores que estudaram a questão, deve ser uente e os parágrafos devem possuir arc arcul ulaç ação ão en entr tree si si,, ca cada da um cont conten endo do id idéi éias as qu quee ev evol oluí uíra ram m do parágrafo anterior e que preparam o seguinte. 3. conclu clusõe sõess ou rec recome omenda ndaçõe çõess apr aprese esenta ntam, m, Con Co nclus clusão ão - con objevamente, o desfecho do trabalho a parr dos resultados. É sempre sem pre imp import ortant antee apr aprese esentá ntá-la -lass de manei maneira ra rel relav ava. a. Evi Evitata-se se a redação do tipo “não houve influência do rádio na aculturação dos

povos indígenas…”, e se dá preferência a textos como “não foi possív pos sível el demonstrar a infuência do rádio na aculturação dos povos indígenas… indíg enas…”. ”. Colocam-se lado a lado os objevos e as conclusões, asseguran assegu rando-s do-see que não não ten tenham ham sid sido o citada citadass conclu conclusõe sõess que não foram objevos do trabalho.

C.

Elementos pós-textuais

1. (obr brig igat atór ória ia))  – ond ondee con consta stam m Ree Re erê rênc ncia iass bibl biblio iográ gráfca fcass (o todas as obras citadas no texto; 2. Apêndice (opcional) – conjunto de texto e documentos que ajudam no entendimento do trabalh, mas que são de autoria do pesquisador; 3. Anex An exos os (opc (opcional ional))  – conjunto de textos e documentos que auxiliam no entendimento do trabalho, mas que não são da autoria do pesquisador. 4. expl plic icaç ação ão do doss term termos os técn técnic icos os,, Glos Glossá sári rio o (o (opc pcio iona nal) l) - ex verbetes ou expressões que constem do texto ou que o complementem. Elemento facultavo, a ser inserido de acordo com necessidade, é uma lista em ordem alfabéca de palavras especiais, de sendo pouco conhecido, obscuro ou de uso muito restrito, ou palavras pala vras em língu línguaa estra estrangeira ngeira acompanhada acompanhadass de suas respecvas respecvas denições.

 

Estrutura Modelo de um Trabalho de Invesgação Cienfca

Fig. 4: Modelo de Estruturação de Trabalho de Invesgação Cienca

Exercícios de auto-avaliação 1.

A est estru rutu tura ra de um trab trabal alho ho de inve inves sga gaca cao o e comp compos osta ta po por: r: a. Elemen Elementos tos pre-tex pre-textua tuais, is, texto texto e elemento elemento pós-tex pós-textua tuais; is; b. Elementos pós-textuais, texto e glossario; c.

Apendice, texto e paragrafos;

d. Elementos pré-textuais, texto e folha de Rosto;

2. a.

Dedicatoria;

Nao aaz p paart rtee do dos El Elementos pré pré-t -teextuais:

 

b. Agradecimentos; c.

Lista de guras; d. Bibliografa

Exercícios

1. Jus Jusque que a neces necessida sidade de da es estrut truturaç uração ão de u um m tra trabalh balho o de pesquisa cienca. 2. Apont Apontee as rela relacao cao ent entre re os elem elementos entos p pré-te ré-textua xtuais is e pós-tex pós-textuai tuais. s. 3. Indiq Indique ue o oss el element ementos os prete pretextua xtuais is iimprec mprecisdiv isdivel. el. 4. de in inve ves sga gaçã ção. o.

TEMA II: A INVESTIGAÇÃO/ACÇÃO PERSPECTIVADA COMO FORMA DE RESOLVER PROBLEMAS

 

Introdução da Unidade Temáca II – Estruturação da unidade

Caro estudante, no presente segundo tema do nosso modulos iremos noss dis no discu cur r em torn torno o de do dois is (2 (2)) iten itenss fu fund ndam amen enta tais is sobr sobree a inves inv esgaç gação/ ão/acç acção ão com como o for forma ma de res resolu olução ção de pro proble blemas mas e sua importância: UNIDADE Temáca 2.1. Introdução. Noção e caracteríscas. UNIDADE Temáca 2.2. Fases do processo da Invesgação-acção Por isso, apelamos ao caro estudante, para que desenvolva uma postura diferente na construção do conhecimento. Seja bem vindo!

UNIDADE TEMÁTICA 2.1. Noção e Caracterísicas da Invesgação - Acção. Introdução Esta Esta un unid idad adee pret preten ende de do dota tarr ao aoss es estu tuda dant ntes es no conc concer erne nent ntee a

 

 – acção. Portanto ela fornece subsídios naquilo que tem a ver com a

inve sga ção

denição do conceito e a caracterização caracterização da invesgação. Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 

Denir o conceito de invesgaçãoacção. Caracterizar a invesgaçãoacção

Objectivos

1. Noção da Invesgação-acção - Mas afnal o que é a Invesgaçãoacção? Como o nome indica, são uma metodologia que tem o duplo objecvo de acção e invesgação, no sendo de obter resultados em ambas as vertentes:

• Acção – para obter mudança numa comunidade ou organização ou programa; • Invesgação – no sendo de aumentar a compreensão por parte do invesgador, do cliente e da comunidade (Dick 2000).

 

De uma forma simplicada podemos armar que a Invesgação-acção é uma metodolo metodologia gia de inv inves esgaç gação ão ori orient entada ada par paraa a mel melhor horia ia da práca nos diversos campos da acção (Jaume Trilla, 1998 e Ellio, 1996). Por conseguinte, o duplo objecvo básico e essencial é, por um lado obter melhores resultados naquilo que se faz e, por outro, facilitar o aperfeiçoamento das pessoas e dos grupos com que se trabalha. Esta met Esta metodo odolog logia ia ori orient enta-s a-see à mel melhor horia ia das prá práca cass med median iante te a muda mu danç nçaa e a ap apre rend ndiz izag agem em a pa par rrr da dass cons conseq equê uênc ncia iass de dess ssas as mudanç mud anças. as. Per Permit mitee ain ainda da a parci parcipaç pação ão de tod todos os os imp implic licado ados. s. Dese De senv nvol olve ve-s -see nu numa ma es espi pira rall de cicl ciclos os de pl plan ani ica caçã ção, o, acçã acção, o, observ obs ervaçã ação o e re reexã exão. o. É, por portan tanto, to, um pro proces cesso so sis sistem temác áco o de ap apre rend ndiz izag agem em orie orient ntad ado o para para a pr prax axis is,, ex exig igin indo do qu quee es esta ta se seja ja submeda à prova, permindo dar uma juscação a parr do trabalho, mediante uma argumentação desenvolvida, comprovada e ci cien en ca came ment ntee ex exam amin inad adaa (J (Jau aume me Tril Trilla la,, 1998 1998). ). É um po de invesgação qualitavo como um processo aberto e connuado de reexão críca sobre a acção (Ventosa (Ventosa Pérez (1996). O grande objecvo desta metodologia, é pois, a reexão sobre a acção a parr da mesma. Por outras palavras: a sua nalidade consiste na acção acç ão tra transf nsform ormado adora ra da rea realid lidade ade ou, na superação da realidade actual. (Cembranos, 1995). Brown e McIntyre (1981) citados por Chagas (2005), apresentam a Invesgaç Inves gação-ac ão-acção ção como uma metod metodologi ologiaa bastan apela lava va e ante te “ape motvadora”

porque se centra na prática e na melhoria das

estrat est ratégi égias as ulizadas, o que leva a uma ecácia da práca muito maior. Ana Terence, citando Haguete (1999) fala de pesquisa acção. Para esta autora aut ora pes pesqui quisa sa-aç -ação ão é, mui muita tass vez vezes, es, tra tratad tadaa com como o sin sinôni ônimo mo de pesquisa parcipante ou pesquisa colaborava. Tanto a pesquisa-ação quanto a pesquisa parcipante têm como origem a psicologia social e as limitações da pesquisa tradicional, dentre as quais se evidencia o distanciamento entre o sujeito e o objeto de pesquisa, fator que ress ressal alta ta a nece necess ssid idad adee de in inse serç rção ão do pe pesq squi uisa sado dorr no me meio io e a parcipação efeva da população invesgada no processo de geração de conhecimento.

8. Caracteríscas da Invesgação-acção

O invesgador/actor formula primeiramente princípios especulavos, hipotécos e gerais em relação aos problemas que foram

 

idencados; a parr destes princípios, podem ser depois produzidas hipóteses

 

quanto à acção que deverá mais provavelmente conduzir, na práca, aos melhoramentos desejados. Essa acção será então experimentada e reco recolh lhid idaa a info inform rmaç ação ão corr corres espo pond ndent entee ao aoss se seus us ef efei eito tos; s; es essa sass informações serão ulizadas para rever as hipóteses preliminares e para para iden iden ca carr um umaa acçã acção o ma mais is ap apro ropr pria iada da qu quee já re rei ict ctaa um umaa modicação dos princípios gerais. A recolha de informação sobre os ef efei eito toss dest destaa no nova va ac acçã ção o po pode derá rá ge gera rarr hi hipó póte tese sess po post ster erio iore ress e alterações dos princípios, e assim sucessivamente. Alguns autores cricam a invesgação – acção. Benavente et al (1990) considera que a Invesgação-acção, pelas caracteríscas que reúne e a imprecisão dos seus instrumentos e limites, limites , tanto pode ser encarada com um umaa  grande exigência, rigor e diculdade, como pode ser um caminho de facilidades, de supercialidades e de ilusões. ilusões . Chagas (2005) acrescenta que a Invesgação-acção, usada como uma modalidade de invesgação qualitava, não é entendida pelos tradicionalistas como “verdadeira” investigação, uma vez que está ao serviço de uma caus causa, a, a de “promover mudanças sociais e porque é um tipo de acvamente . investigação aplicada no qual o invesgador se envolve acvamente. Almeida (2001) defende que a Invesgação-acção tem sido “a parente pare nte pobre no ca campo mpo das ciências sociais” porque é pouco fala falada da,, insu insufi fici cien ente teme ment nte e pr praaca cada da,, da dada dass as suas uas gra rand ndes es potencialidades. Quando se uliza, raramente é divulgada nos meios ciencos cien cos.. Desde que, em 1948, Kurt Lewin lançou a ideia da acon research, tal proposta não foi bem aceite nos círculos ciencos. Segundo Almeida (2001) existem grandes vantagens na práca desta metodologia de invesgação, a saber: ela e la implica o abandono do pracismo não reexivo; favorece, quer a colaboração inte interp rpro ros ssi sion onal al,, qu quer er a pr prá áca ca pl plur urid idis isci cipl plin inar ar;; e pr prom omov ove, e, inegavelmente,, a melhoria das intervenções em que é ulizada. inegavelmente Se Segu gund ndo o Ba Bask sker ervi villllee (1 (199 999) 9) e Sant Santos os et al (2 (200 004) 4),, as pr prin inci cipa pais is caracteríscass da invesgação - acção metodologia, nomeadamente: caracterísca Desenvolve-se de forma cíclica ou em espiral, consisndo na • denição do âmbito e planeamento, antes da acção, seguido de revisão, críca e reexão; Facilita um misto de capacidade de resposta e de rigor nos • requisitos da invesgação e da acção; Proporciona uma ampla parcipação geradora de • responsabilidade e envolvimento; Produz mudanças inesperadas e conduz a • processos inovadores.

 

A gura apresenta-nos, através da espiral auto-reexiva lewiniana o processo cíclico das fases que estão presentes na Invesgação - acção referidas anteriormente. Podemos, assim, armar que a Invesgação-acção é uma metodologia dinâmica, uma espiral de planeamento e acção e busca de factos sobre os resultados das acções tomadas, um ciclo de análi lisse e re reco conc ncep eptu tual aliz izaç ação ão do pr prob oble lema ma,, pl plan anea eand ndo o a in inte terv rven ençã ção, o, implementando o plano, avaliando a ecácia da intervenção (Matos, 2004).

Figura nº 2 – Espiral auto-reexiva lewiniana. Fonte: SANTOS, Elci; MORAIS, Carlos; PAIVA, João (2004)

 

Ana Terence, recorrendo-se aos autores Eden; Huxham (2001); Lima, (2005); Maciel (1999); Thiollent (1997) e Vergara (2005) apresentam as princ pr incipa ipais is car caract acterí erísc scas as da pes pesqu quisa isa-aç -ação, ão, qua quando ndo u uliz lizada ada em organizações como método para geração de conhecimento:

• É exível, pois se delineia à medida que se desenrola, de modo que o pesquisador não conhece antecipadamente o caminho que irá percorrer para angir os objevos denidos por ele mesmo e pelos demais envolvidos na invesgação; • É um método adaptável, que auxilia os pesquisadores e usuários a lidarem com a inserção de conhecimentos na práca; Demanda o envo en volv lvim imen ento to in inte tegr gral al do in inve ves sga gado dorr na te tent nta ava va de mu muda darr a orga or gani niza zaçã ção; o; − pre precon coniza iza que o pro problem blemaa de pes pesqui quisa sa dev devee ser formulado com base nos dados coletados para o diagnósco e na discussão do tema com os sujeitos envolvidos, não, a priori, pelo pesquisador, o que faz pressupor a parcipação ava de pesquisadores e representantes dos grupos implicados bem como a existência de um diálogo aberto entre estes; • Resulta na interação do pesquisador com os sujeitos envolvidos, que colaboram na idencação dos problemas organizacionais e de sua possível solução, tendo, como princípio, a não pré-determinação e adaptação situacional, uma vez que as próprias relações estabelecidas no ambiente de pesquisa variam e não são totalmente previsíveis; • Está orientada para o futuro, pois facilita a criação de soluções voltadas para um futuro desejado pelos interessados, processo no qual o presente é considerado um momento de análise da situação vigente e o fu futu turo ro pr próx óxim imo o um umaa in inst stân ânci ciaa a se serr le leva vada da em co cont ntaa ao se delinearem as ações e suas chances de êxito; Esta tabe belec lecee qu quee os da dado doss co colet letad ados os rep repre rese sent ntem em a re real alid idad adee • Es orga or gani niza zaci cion onal al co como mo um to todo do e nã não o um umaa am amos ostr traa da me mesm sma, a, congurada estascamente, sendo, de forma geral, obdos por meio de técnicas implicavas e interavas, como entrevistas, discussões em grupo e observação parcipante; • Propõe que os dados sejam levantados, tendo em vista elaborar-se o diagnósco organizacional, ou seja, a idencação dos problemas e a formulação de alternavas de soluções, ajustadas às necessidades reais da organização, e, nalmente, • Demanda desenvolvimento teórico para informar um desenvolvimento de práca mais conável e consistente, de modo que ferr fe rram ament entas as,, té técn cnic icas as,, mo mode delo loss ou mé méto todo doss de dese senv nvol olvi vido doss sã são o possíveis expressões do resultado da pesquisa-ação.

Sumário A invesgação-acção é uma metodologia de invesgação orientada

 

p ar a a m el h or ia d a pr á  c a n o s

diversos campos da acção (Jaume Trilla, 1998 e Ellio, 1996). Por conseguinte, o duplo objecvo básico e essencial é, por um lado obter melh me lhor ores es resu result ltad ados os na naqu quililo o qu quee se fa fazz e, po porr ou outr tro, o, fa faci cililita tarr o aperfeiçoamento das pessoas e dos grupos com que se trabalha. Ela orienta-se pata a melhoria das prácas mediante a mudança e a aprendizagem a parr das consequências dessas mudanças e permite ainda a parcipação de todos os implicados. As princ principa ipais is car carac acter terís íscas cas da inv inves esgaç gação ão  – acçã acção o meto metodolog dologia, ia, nomeadamente: Desenvolve-se de forma cíclica ou em espiral, consisndo na • denição do âmbito e planeamento, antes da acção, seguido de revisão, críca e reexão; Facilita um misto de capacidade de resposta e de rigor nos • requisitos da invesgação e da acção; Proporciona uma ampla ampla parcipaç parcipação ão geradora de • responsabilidade e envolvimento; Produz mudanças inesperadas •

e

conduz

a

processos inovadores.

Exercícios de auto - avaliação 1.

O ccon once ceit ito od dee iinv nvees sga gaçã çãoo-aacção cção ree reere re-s -see aa:: a. Uma meto metodolog dologia ia d dee inv invesga esgação ção orien orientada tada para a descoberta da práca nos diversos campos da acção; b. Uma meto metodolog dologia ia de inves invesgaç gação ão or orienta ientada da pa para ra a melhoria da práca nos diversos campos da acção; c. Uma regr regraa de inves invesgaç gação ão or orienta ientada da pa para ra a melho melhoria ria d daa práca nos diversos campos da acção; d. Tod Todas as aass o opçõ pções es eestã stão o co corre rrecta ctass 2.

É a ccaaracterísc sca d daa iin nvesgação-a -accção: a. Dicultar Dicultar um mi misto sto d dee ca capacid pacidade ade d dee res resposta posta e de rigor nos requisitos da invesgação e da acção; b. Faci Facilita lita um mi misto sto d dee capa capacida cidade de de rrespos esposta ta e d dee rigo rigorr nos requisitos da invesgação e da acção; c. Ocultar Ocultar um mist misto o de capa capacida cidade de de respo resposta sta e de ri rigor gor nos requisitos da invesgação e da acção; d. Most Mostrar rar u um m mis misto to de respo resposta sta e de rig rigor or nos requi requisitos sitos da invesgação e da acção;

 

a. b. c. d.

Exercícios

3. A Acção visa: Orientar Orientar muda mudança nça n numa uma ccomun omunidade idade ou or organiz ganização ação o ou u programa Debat Debater er mu mudanç dançaa num numaa co comunid munidade ade ou orga organiza nização ção ou programa Obter muda mudança nça numa comun comunidade idade ou o organ rganizaçã ização o ou programa Recorrer a uma comunidade ou organização ou programa

1. Dena o conceito de invesgação-acção 3. Qual é o foc foco o desta met metodologia odologia de invesga invesgação ção 4. Discuta os ciclos da in invesgação-acçao vesgação-acçao 5. Quais são as ca caracteríscas racteríscas da inves invesgação-acção gação-acção

UNIDADE TEMÁTICA 2.2. Fases do Processo da Invesgação- Acção

Introdução Esta unidade pretende dotar os estudantes no concernente as fases da invesgação – acção. Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 



Idencar as fases invesgação- acção.



Analisar o papel da invesgação no processo educavo

 

Objectvos 4.

Fases d do op prroce ocesso d daa IIn nvesgação-a o-acção

A Invesgação-acção deve estar denida por um plano de invesgação e um plano de acção, tudo isto suportado por um conjunto de métodos e regr egras. São as chamadas fases neste processo mettod me odo ológi lógicco. Ass ssim im,, pa parra se con onccre re za zarr um pr proc oces esso so de Invesgação-acção, segundo Pérez Serrano (1994) apresentado por Jaume Trilla (1998) será necessário seguir quatro fases: 1. Diagn Diagnosc oscar ar ou de descobr scobrir ir uma preoc preocupaç upação ão temá temáca, ca, iisto sto é o

“problema”. 2. Con Constr struçã ução o do pla plano no d dee ac acçã ção. o. 3. Propo Proposta sta p prác rácaa do p plano lano e obser observaçã vação o de ccomo omo fun funciona ciona.. 4. Reex Reexão, ão, iinterp nterpreta retação ção e integ integraçã ração o dos resul resultado tados. s. Replanicação. Para Kuhne e Quigley (1997) apresentado por Almeida (2005), as fases da Invesgação-acção assumem a conguração apresentada na gura seguinte:

 

Figura nº 1 – Fases da Invesgação-acção apresentada por Kuhne, G. W., & Quigley, B. A. (1997). Fonte: Almeida (2005) Da co comp mpar araç ação ão da In Inve ves sga gaçã çãoo-ac acçã ção o com com as me meto todo dolo logi gias as quanta quan tavas, vas, torna torna-se -se clar claro o que a Inves Invesgaç gação-ac ão-acção ção suger sugeree uma intervenção que pode ser benéca quer para a organização quer para o invesgador e para a comunidade. O po de apr aprend endiza izagem gem pro propor porcio cionad nado o pel pelaa Inv Inves esga gação ção-ac -acção ção permite a compreensão e a vivência de um problema só sóci cioo oorg rgan aniz izac acio iona nall co comp mple lexo xo.. O do domí míni nio o id idea eall do mé méto todo do é

caracterizado por um “conjunto social” em que o investigador é envolvido acvamente, havendo benecios expectáveis quer para a organização, quer para o invesgador; o conhecimento adquirido pode ser imediatamente aplicado; e a invesgação é um processo que liga inmamente a teoria à práca. A invesgação para a acção e intervenção educava O cont contribut ributo o da Invesga Invesgação-a ção-acção cção na prác prácaa educa educava va pode e deve levar a uma parcipação mais acva do professor, como agente de mudança. Segundo Benavente et al (1990), “ os processos de mudanç mud ança a são pro proble blemá máca ca nuc nuclea learr da Inv Inves esgaç gaçãoão-acç acção ão”. Ao utilizar -se -se esta metodologia o que se pretende é a mudança na forma e na dinâmica da intervenção educava que realizamos no dia-a-dia no palc palco o da nos nossa sa acç acção ão  – a escola. É aquilo que Perrenoud (1989) apresentado por Benavente et al (1990) designa por “ Sociologia da

 

Intervenção”. Esta

 

intervenção capaz de produzir mudança só é possível quando nos implicamos todos (comunidade educava) num mesmo dinamismo de acção e intervenção. Mudar Mud ar imp implic licaa alt altera erarr men menta talid lidade ades, s, for formas mas de est estar ar e act actuar uar.. É complicado, porque, tendo como objecvo melhorar a vida das pessoas, pode estar a pôr em conito as suas crenças, eslos de vida e comportamentos. Para que essa mudança seja efecva, é necessário compreender a forma como os indivíduos envolvidos vivenciam a sua situação e implicá-los nessa mesma mudança, pois são eles que vão viver com ela (Sanches, 2005). Para o me mesm smo o au auto tor, r, a Inves Invesg gaç ação ão-ac -acçã ção o va vaii perm permi irr qu quee os desnatários também assumam as responsabilidades de saber e deci decidi dirr qu quai aiss as mu muda danç nças as qu quee pr pret eten ende dem. m. É da an anál ális isee de dest stas as deccisõ de isões qu quee po pode demo moss dar dar o pr pró óxi ximo mo pa pass sso o no pr proc oces esso so da Invesgação-acção. Deste processo resulta a qualidade e a ecácia desta metodologia. A estratégia mais ecaz para que ocorram as necessárias mudanças na comunidade educava será o envolvimento de todos os intervenientes, numa dinâmica de acção-reexão-acçã acção-reexão-acção. o. Neste sendo, a Invesgação- acção surge como uma metodologia ecaz. Nesta perspecva, e na opinião de a Invesgação-acção pode ajudar o professor/educador a “desenvolver estratégias e métodos” para que a sua actuação seja mais adequada, bem como, “ propiciar técnicas e instrument instrumentos os de análi análise se da realidade, assim como formas de re reco colh lha a e an anál ális ise e de da dado dos. s.”” O contributo desta metodologia é necessária para uma reexão sistemáca sobre a práca educava com o objecvo de a transformar e melhorar. E este é o grande desao que se impõe a todos nós, actores empenhados e envolvidos nesta dinâmica de acção na intervenção educava (Froufe Quintas, 1998), As Asso soci ciar ar para a In Inves vesg gaç ação ão-a -acç cção ão à pr prá áca ca ed educ uca ava va do pr prof ofes esso sorr signica, Matos (2004), tomar consciência das questões crícas relavas à aula, criar predisposição para a reexão, assumir valores e atudes e estabelecer congruência entre as teorias e as prácas. Moreira (2001) apresentada por (Sanches (2005) refere isso dinâmi mica ca cí cícl clic ica a de ac acçã çãoo-re ree exã xão, o, pr próp ópri ria a da mesmo: ““A A dinâ

invesgaç inves gaçãoão-acç acção, ão, faz com que os res result ultado adoss da re reex exão ão sej sejam am transforma trans formados dos em praxi praxiss e esta, por sua vez, dê origem a novo novoss objectos de reexão que integram, não apenas a informação recolhida, recol hida, mas tamb também ém o sistema sistema apreciav apreciavo o do professor em formação. É neste vaivém connuo entre acção e reexão que reside o potencia pote nciall da inve invesgaç sgação-ac ão-acção ção enquanto enquanto estra estratégia tégia de forma formação ção reexiva, pois o professor regula connuamente

 

a sua acção, recolhendo e analisando informação que vai usar no  processo de de tomada de decisões e de inter intervenção venção peda pedagógica.”  gógica.” 

Sumário Invesgação-acção deveisto estar denida por de invesgação eAum plano de acção, tudo suportado por um um plano conjunto de métodos e regras. São as chamadas fases neste processo metodológico. As principais fases desta metodologia resumem em fase de planicação, planicação, de acção acção e de reexão. A Invesgação-acção Invesgação-acçã o exerce um forte contributo na práca educava. os processos de mudança são problemáca nuclear da Invesgação-acção Invesgação-acção.. Ao ulizar-se esta metodologia o que se pretende é a mudança na forma e na dinâmica da intervenção educava que se realiza no dia-adia na escola. Exercícios de auto-avaliação 1. As as ases es da inve inves sga gaçã ção o – acção são: a. Planif Planifcaç cação, ão, acção acção e re reexã exão; o; b. Planicação orientação e implementação; c. Orientação, implementação e reexão; d. Acção, reexão e planicação. 2. Os ob obje jevos vos d daa inve invesg sgaçã ação-a o-acçã cção, o, visa visam: m: a. Construção do plano de acção; b. Execução do plano de acção; c. Avaliação do plano de acção d. Discur o plano de acção

Exercícios

1. Indiq Indique ue as fa fases ses da iinves nvesgaçã gação-acç o-acção, ão, seg segundo undo P Pérez érez Serr Serrano. ano. 2. O que impli implica ca a ffase ase da da pla planica nicação ção da inves invesgaç gação, ão, no 3. Quais são as acv acvidade idadess ment mentais ais da ffase ase d dee reex reexão ão segundo segundo Kuhne e Quigley 4. Disc Discuta uta o ccontri ontributo buto d daa inves invesgaç gação ão acç acção ão no p proces rocesso so educa educavo. vo.

 

TEMA III: FASES DE PLANEAMENTO Introdução da Temática III

Caro estudante, no presente tema do nos modulo, vamos debater em torno de três (3) itens fundamentais sobre a fase de planeamento de uma pesquisa, como são apresentados a seguir: UNIDADE 3.1. Tipos de pesquisa UNIDADE 3.2. As citações e Referências Bibliograca Por isso, apelamos ao caro estudante, para que desenvolva uma

 

postura diferente na construção do conhecimento. Seja bem vindo!

UNIDADE Temáca 3.1. Introdução. Tipos de pesquisa

Introdução

Esta unidade pretende dotar os estudantes no concernente os pos de pesquisa. Ao terminar esta unidade temáca, o estudante deve ser capaz de:

 

Idencar os pos de pesquisa Caracterizars os diferentes pos de pesquisa 47

 

Objectvos

2.

Tipo de Pesquisa

Segundo Sérgio Artur (2011), a classicação dos pos de pesquisa pode ser feita quanto: a)

A abordagem – pesquisas qualitavas e quantavas;

b)

Ao nível de invesgação – pesquisa básica e aplicada;

c)

Aos objecvos – pesquisa exploratória, descriva.

d)

Aos procedimentos de recolha de dados  – pesquisas experimentais, quase experimentais e não experimentais e;

e)

As ontes de inormação – pesquisas de campo, de laboratório e bibliográcas.

A opção pelo po, método ou técnica de pesquisa, depende muitas vezes, “da natureza do problema que preocupa o investigador, ou do objecto que se deseja conhecer ou estudar (...) também, do domínio que o pesquisador tem no emprego destas técnicas. Isso signica que a escolha do po de abordagem nas pesquisas não é feita em vão, mas a parr dos objecvos que o pesquisador pretende alcançar com a sua invesgação (Idem). Em seguida, passamos a discur cada um destes pos de pesquisa (Sergiop Artur, 2011; Gil 2002)

Pesquisa quantava As pesquisas quantavas são aplicáveis em situações nas quais se exige um estudo exploratório, buscando-se um conhecimento mais profundo 52

 

do prob proble lema ma ou ob obje ject cto o de es estu tudo do.. Po Porr ex exem empl plo, o, na an anál ális isee de desempenho, relação de causa e efeito, incidências e índices. Nas pesquisas quantavas “as

informações são de natureza numérica.

O pesquisador busca classicar, ordenar ou medir as variávies para aprensentar estascas, comparar grupos ou estabelecer associações. Alguns exemplos podem ilucidar a abordagem quantava são: (1) as pesquisas de intenção de voto, na qual o pesquisador pergunta  – se a el elei eiçã ção o foss fossee ho hoje je,, em qu quee o el eleit eitor or vota votari ria? a? Ou (2 (2)) Qu Quan ando do um pesquisador/educador quesona  – qual é a incidências da evasão escola esc olar, r, con consid sidera erando ndo sex sexo, o, fai faixa xa etá etária ria e ren rendim diment ento o fam famili iliar ar nas escolas da cidade da Beira? No primeiro exemplo podem ser calculados os percentuais dos votos de cada candidato a parr da amostra, com a devida margens de erro o resultado pode ser generalizado para uma população maior e concluirse: “se a eleição fosse hoje venceria o candidato Y”. No segundo exemplo o pesquisador apura os dados do quesonário e calcula os percentuais por sexo, faixa etária e rendimento familiar e faz suas generalizações, dentro de uma margem de erro. Assim, pode-se ver que uma das principais caracteríscas da pesquisa quant qua ntav avaa é a gen genera eraliz lizaç ação, ão, a parr parr de uma amostra amostra é pos possív sível el estender, com certa margem de erro, o resultado da pesquisa para toda a população. Assim, a pesquisa quantava faz uso do raciocínio induvo, através do qual “pela observação dos fatos desprovida de preconceitos, pode-se

chegar a uma ‘lei geral’”.  A pesquisa quantitativa utiliza “a descrição matemática como uma linguagem, ou seja, a linguagem matemáca é ulizada para descrever as causas de um fenómeno e as relações entre variáveis, etc. e tc. Geralmente, nessas pesquisas o problema é formulado com a intenção de saber: a) A rela relaçã ção o en entr tree va vari riáv áveis eis (qual (qual é a re rela laçã ção o ent entre re idad idade, e, sexo sexo,, rendimento familiar na evasão escolar?); b) A cau causa sa (O q que ue pr provo ovoca ca a ev evas asão ão esc escola olar?) r?) c) O efe efeito ito o ou u con consequê sequência ncia (Qua (Quall é o efeito de mét métodos odos exposivos na aprendizagem de crianças da primeira de 4 a 7 anos?); d) A inci incidênci dênciaa (Qua (Quall é o númer número o de cas caso o novos de evas evasão ão em Bu Buzi zi em 2010); e) A prev prevalênc alência ia (Qu (Qual al é o núm número ero de ccasos asos d dee evasã evasão o escol escolar ar na 5ª classe, em Maringué entre 2 2005 005 a 2010?). Para concluir, a abordagem quantava faz a leitura dos factos a parr

 

dos princípios do posivismo de Augusto Comte, com base no empirismo

 

de Locke, Newton e Bacon. Todos estes defendem que as ciências humanas devem adoptar métodos das ciências naturais, que privilegiam a separação ou o dualismo entre o sujeito e o objecto de estudo, a neutralidade da ciência com relação a todos os valores e a regularidade dos fenómenos ou factos sociais (se acontece aqui assim, pode acontecer assim também em qualquer parte do universo).

Pesquisa qualitava

Diferentemente da primeira abordagem, a pesquisa qualitativa “o pesquisador procura reduzir a distância entre a teoria e dos dados, entre o contexto e a acção, usando a lógica da análise fenomenológica, is isto to é, da co comp mpre reen ensã são o do doss fe fenó nóme meno noss pe pela la su suaa de desc scri riçç ão e interpretação” (TEIXEIRA: 2000:124). Essas pesquisas são também denominadas de pesquisas interpretavas e elas privilegiam as experiências dos pesquisadores. O que está em jogo, na pesquisa qualitava é a busca ou o levantamento, por parte do pesq uisador, de “opiniões, as crenças, o significado das coisas nas palavras dos parcipantes da pesquisa (...) ela mostra as atudes e os hábitos de pequenos grupos, selecionados de acordo com perfis determinados” (VEIRA: 2009:7). Diferentemente, da pesquisa quantava, a pesquisa qualitava não generaliza as suas conclusões, elas servem apenas explicar situações referentes àquele grupo social. Alguns exemplos podem ilucidar a aplicação de pesquisas qualitavas:

(1) Por ocasião das eleições nos conselhos escolares o pesquisador pode quesonar quesonar as pesso pessoas as  – “que qualidade um membro do conselho deve ter?” ou “quais são os principais problemas que a escola enfrenta?”; Para ra sa sabe berr so sobr bree as de desi sist stên ênci cias as nu numa ma es esco cola la o pe pesq squi uisa sado dorr (2) Pa pergunta perg untaria ria  – “Por que é que as meninas ou meninos desistem da escola?”. Em ambos exemplos o pesquisador depois analisaria o conteúdo das respostas. Por isso, que pode-se considerar a pesquisa qualitava, segundo Te Teix ixei eira ra (2000:126) como o momento em que “o social é visto como um mundo de signicados passível de invesgação e a linguagem dos atores sociais e suas suas prát prátic icas as as ma maté téri rias as prim primas as dess dessaa abordagem”. Neste caso os problemas são formulados com a intenção de saber: A percepção (qual é a percepção dos alunos sobre o conhecimento recebido na escola?);

 

a) O signicado (o (o que signica para os pr professores ofessores o cu currículo rrículo local?);

 

b) O processo, a trajectória, o percurso ((quais quais são os aspectos que caracterizam caracteriza m os bons professores?); c) Os saberes, conhecimentos (que saberes os profess professores ores tem sobre métodos construvistas de ensino?); d) As prácas (o que fazem os professores para controla controlarr a discip disciplina lina em sala de aula?). Para Teixeira (2000) a invesgação qualitava é descriva, na qual se dá uma importância vital aos signicados do que é dito ou observado e os dados são colectados no seu ambiente natural. Hoje em dia existem pesquisas que são quali-quantavas, ou seja, que envolvem as duas abordagens, o que signica dizer que longe de se opor op orem em el elas as se co comp mple leme ment ntam am,, traz trazen endo do ma maio iorr ri riqu quez ezaa pa para ra os resultados das invesgações e a construção da ciência. Pesquisas Exploratórias Estas pes pesquis quisas as têm como objevo proporcionar m a i o r familiaridade com oproblema, com vis vi stas a tornatorna-lo mais explícito ou a constuir hipóteses. Pode-se dizer que est e stas as pesquis pesquisas têm como objevo principal o aprimoramento de ideias ideia s ou a descoberta de intuições.. Seu planeamento é , portanto, bastante exível, intuições exível , de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relavos ao facto estudado. Na maioria dos casos, esse po de pesquisas envolve: (a)) lev (a levant antame amento nto bib biblio liográ gráco co,, (b) ent entrev revist istas as com pes pessoa soass que veram experiencias pracas com oproblema pesquis pesqui sado ado;; e (c) analise de exemplos que “estimulem a compreensão”. Pesquisas descrivas A pesquisa descriva tem como objevo primordial a descricao das carac• terfscas de determinada populacao populacao ou fenomeno ou, entao, 0 estabelecimento de relacoes entre variaveis. Sao inumeros os estudos que pod odem em ser cla lass ssi ica cado doss sob est stee tu tulo lo e uma de sua uass carac ca racter terfs fsca cass mai maiss sig signi nica cavas vas est estaa na ul uliza izacao cao de tec tecnic nicas as padr pa dron oniz izad adas as de co colet letaa de da dad d os os,, ra rais is co como mo 0 qu ques eso ona nari rio o e a observacao sistemaca. Entre as pesqu Entre pesquisas isas descr descriva ivass, salientam salientam--se aquelas que têm têm por objevo estudar as caracterfscas de urn grupo: grupo : sua distribuicao por idade, sexo, procedencia, nivel de escolaridade, estado de saude sica e mental etc. etc. Outra Outrass pesquisas deste po sao as que se propoem a es estu tuda darr o ni nive vellcondicoes de at atend endim entto do doss de orga or gaos os habi publ pu blic icos os ,de umaa um comunidade, as deimen habilitacao seus hab itantes tantes, o indice de crimi• nalidade que ai se registra etc. Sao incluidas neste grupo as

 

pessquisas que tern por objevo levantar as opinioes, atudes e pe cren cr enca cass de ur urna na po popu pula laca cao o . Tar Tarnbe nbern rn sa sao o pes pesqui quisas sas des descr criv ivas as aquel aq uelas as qu quee vi visa sam m de desc scob obri rirr a ex exis isttenc ncia ia de as asso soci ciac acoe oess en entr tree variaveiss, como, por exemplo, variavei exemplo, as pesquisas eleitorais que indicam a relacao entre preferencia policopolico-pardaria e nive nivel de rendimentos ou de de escolaridade escolaridade..

Algumas pesquisas Algumas pesquisas descrivas descrivas vao alem da simples idencacao da existeencia de relacoes entre variaveis, exist variaveis , e pr preetendem determlnar determlnar a natureza des dessa relacao. relacao. Nesse caso, caso, tem-se uma pesquisa descriva que se aproxim aproximaa da explicava xplicava.. Ha Ha,, porem, pesqui pesquisas que, que, embora denidass com denida omo o de desc scri riv vas as com bas base em em seu euss objev objevos, os, acab acabam am servindo mais para proporcionar uma nova visao do problema, o que as aproximadas pesquisas exploratórias exploratória s. Pesquisas explicavas Essas pesquisas têm como preocupação central idencar os fatores que deterrninam a ai fenomenos. fenomenos . Esse éouo que po p o contribuem de pes esq qui uisa sa para quee m qu aisocorrencia s apr prof ofun unda dados o conhecimento da realidade, realidade, porque explica a razao, o porquê das coisas. Por isso mesmo, é o po mais complexo e delicado, ja que o risco de cometer erros aumenta consideravelrnente. Pode-see diz Pode-s dizer er que o con conhec hecime imento nto cie cien nco co est estaa as assen sentad tado o nos resultados oferecidos pelos estudos explicavos. Isso nao signica, signica, porem,, que as pesquisas exploratorias e descrivas tenham menos porem valor, porque quase sempre constuem etapa previa indispensavel para pa ra qu quee se po poss ssaa ob obte terr ex expl plic icac acoe oess ci cien en ca cas. s. Um Umaa pesquisa explicava pode ser a conrinuacao de outr ou traa descriva, posto que a idenn• cacao dos fatores fatores que determinam um fenomeno exige que este esteja sucientemente descr descrito ito e detalha detalhado do.. As pesquisa quisass explicava explicavass na nass ciencia cienciass naturai naturaiss val aleemm-se se qua quasse exclusivamen•• te do metodo expe exclusivamen experiment rimentaal. Nas cie cienci ncias as soci cials als,, a aplica apli cacao cao de dest stee metoda reves reveste• se de mui muittas di dicculdad uldades, es, razao pela qual se recorr orree tambem a outros outros met meto odos, sob sobre retudo tudo ao obse ob serva rvacio cional nal.. Nem se sem mpre se torn rnaa po possfv ssfvel el a re real aliz izac acaao de pes esqui quissas rigi rigidamen damente te expli expliccav avas as em ciencia nciass sociais sociais,, ma mass em algumass ar alguma areeas, sobretudo da psicologia, psicologia, as pes pesquis uisas as rev revesrem-se de elevado elevad o grau de de controle controle,, chegando mes mesmo a ser chamadas chamadas "qua quasse experimentais". Outra forma de clas Outra classic sicar ar pesquis pesquisaa é com base nos procedimentos técnicos ulizados, ulizados, para a colecta de dados. Deste modo, as pesquisas pesq uisas podem ser: pe pessquisa bibliográca, pes pesquisa documental, a

 

expe• rimental. A pes pesquisa expe• pesqu quis isaa ex-pos ex-postt facto e o estudo de caso. caso.

 

PESQUISA BIBLIOGRAFICA A pe pessquisa bibliográca é desenvolvi desenvolvid da c o m bas asee em material já elaborado, constuído constuído pri princi ncipal palmen mente te de livros e argos argos ci cien encos cos.. Embora em quase todos todo s os estudos estudos seja exigido algum po de trabalho d e s s a nature natur eza, há pesquisas desenvolvi desenvol vid das exclu clussivamente a parr de font fontes bibli bibliográ ográccas as.. Boas partes dos estudos exploratórios podem ser de den nid idas as co como mo pe pesq squi uisa sass bi bibl blio iogr grá áca cas. s. As pe pesq squi uisa sass so sobr bree ideo ide ologi ogiaas, bem como aquelas que se propõ prop õem a anali analisse das diversas posições ace rc rca de um pr pro oblema, também costumam se serr dese esen nvo volvida lvidass quase exclusivame exclusivament ntee media iante nte fo fonte ntess bibliográcas bibliográcas..

Fig 6. Etapas da pesquisa bibliograca

As fontes biblio bibliogr grá ácas cas são são em grande grand e núm númeero e podem ser assim assim class cl assicada icadas: s: Os lilivros vros cons onstu tuem em as fontes bibliográcas bibliográcas por excelên excelência. Em função de sua forma de de ulização, ulização, podem se serr cl class assi ica cad dos com como de lei eitura tura corren corre nte ou de de ref refeerenda. Os lilivros vros de leitur ituraa corrent correntee abr abrange angem m as ob obras refer referent ntes es aos di dive verrsos gen ge neros literarios (roman (romance ce,, poesia, teatro erc. erc.) e tam tambern as obr obras as de divul vulga gacao cao,, is istto e, as que obj bjeevam pro rop porcio orcion nar conh conheci ecim mentos ciencoss ou tecn cienco tecniicos cos.. Os lilivros vros de referencia cia,, tamb tambeem deno enomin minado adoss livros de consulta, sao aquelles que t êm aque êm por obj bjeevo poss ossibili ibilitta r a ra rapid pidaa obr breencao das info inf orm rmaaco coes es req equ uerid ridas, as, ou ou, entao, a local ocaliiza zaca cao o das obra brass qu quee as cont co nteem, Des essa sa fo form rmaa, podede-se se falar em doi oiss pos de lilivr vros os de refer re ferenda enda:: livros de re referenda informava informava,, qu quee co cont nteem a informaca informacao o que se bu busca, sca, e lilivros vros de referenda remiss remissiiva, que rem emeetem a outr outras as fontes. Os prin princi cipa pais is, anuario livr livros os s de re refe fere rend ndaa Os in info form rma ava vareferenda sa sao: o: di dici cion onar ario ios, s, anuarios e almanaques. livros de remissiva enciclopedias, enciclopedias podem ser globalmente designados como catalogos, catalogos , sao sao constufdos

 

por uma lista ordenada das obras de uma col co lecao publica ou privada. Ha varios pos pos de catalogos catalogos, que podem ser cla cl as• si ica cado doss de acordo com co m oc ocri rite teri rio o de di disp spos osic icaao de se seus us el elem emen ento toss; os p po os ma mais is importantes important es sao sao:: alfab alfabeeco por aut autore oress, alfabe alfabeco co por as assu sunt nto o e sistemaco.. Nes sistemaco Neste te ul ulmo mo,, as obr braas sao ordena nada dass se segu gund ndo o as refer fereencias 16 gicas de de seu conte conteudo. Publicacõe Publicac õess pe peri riód ódic icas as sa sao o aq aque uela lass ed edit itad adaas em fasciculo iculoss, em intervalos regulares regulares ou irregulares, irregulares, com a colaboracao de varies varies autoress, tratando de assuntos diversos, embora relacionados à urn. autore Objevo Obje vo mais ou menos denido. denido. As  As principais publicacoes periodicas sao os jomais e as revis re vistas tas.. Estas ulmas representam nos nos tempos atuais uma das mais importantes fontes fontes bibliog bliograca racas. s. Enqu Enquanto anto a materia dos jornais jornai s se caracteriza principalmente pela rapidez, rapidez , a das revistas tende a ser muito mals profunda e mais bern elaborada. A principal vantagem da pesquisa bibliograca reside no fato de penni pen nirr ao inv inves esga gador dor a cob cobert ertura ura de uma gam gamaa de fen fenome omenos nos rnuito mais ampla do que aquela qu q ue poderia pesquisar diretamente. Essa van anta tage gem m to torn rnaa-se se pa par rcu cula larm rmen ente te im impo port rtan ante te qu quan ando do o problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo espaco. espaco . Por exemplo xemplo,, seria impossivel a urn pes pe squi quissador percorrer todo o territorio brasileiro em bus busca de dados sobre populacao ou re r enda per capita; todavia,, se tern a sua di todavia disspo possicao uma bibliograa ade ad equada quada,, nao rera rera maioress ob maiore obssra racu culo loss pa para ra co cont ntar ar co com m as informa informaccoe oess requeridas queridas.. A pesquissa bibliog pesqui bibliogra raca ca tamb tambem em e ind indis isp pensave vell nos es estudo tudoss hi hisstorico toricos. s. Em muitas muitas situaco s ituacoees, na nao o ha outra maneira de conhecer os o s fatos pass pass adoss se ado se nao com base em dados biblio bibli ogracos gracos.. Essas vanta Essa ntagen genss da pes pesqui quisa sa bib biblio liogra graca ca ter tern n, no ent entant anto o, uma cont co ntra rapa par rda da qu quee po pode de co comp mpro rome mete terr em mu muit ito o a qu qual alid idad adee da pesquissa. Mu pesqui Muit itas as vez vezes es,, as fo font ntees secun secundaria dariass apres apresentam entam dados coletados ou proc pro cessados forma equivocada. equivocada . Assim Assim, , urna trabalho fundamentado nessas fontede fontes s tendera a reproduzirou mesmo amp liar essses erros. Para reduzir essa possibi es possib ilidade lidade,, convem aos pesquisadores assegurarem-se das condicoes em que os dados fo f oram obdos, analisar anal isar em pro fundidade fundidade cada informacao para descobrir possiv possi veis incoerencias ou contradicoes e ulizar fontes font es diver diverss as as,, cotejando-as cuidadossamente cuidado amente.. Exercícios de auto - avaliação 1. As pesquisas qualitativas e quantitativas define a pesquisa quanto

à:

a. A abord abordage agem m b. Ao nível de invesgação c. Aos objecvos

 

d. As fontes de informação 2. Quanto aos procedimentos de recolha de dados, defne-se:

a. Pesqu Pesquisas isas expe experiment rimentais, ais, quase expe experiment rimentais ais e não experimentais. b. Pesquisa básica e aplicada c. Pesquisa exploratória, descriva. d. Pesquisas de campo

1. Apont Apontee os dif diferente erentess pos de pesq pesquisa uisa eestud studados ados n nesta esta uni unidade? dade?

Exercícios

2. pesquisa. 3. Discu Discuta ta o term termo o pe pesquis squisaa q quant uanto o aos objec objecvos vos 4. Fal Falee dos dos ob obje jevos vos dum dumaa pe pesqu squisa isa.. 5. Esta Estabeleç beleçaa a relação relação ent entre re a pes pesquisa quisa bibl bibliogra iograca ca e a pesquisa pesquisa documental.

UNIDADE Temáca 3.2. Citações e Reerências em Trabalhos de Pesquisa.

Esta unidade pretende dotar os estudantes de conhecimentos sobre as citações, o po de citações e as diferentes formas de fazer uma citação. Ao completar esta unidade, você será capaz de:  



Denir o conceito de citação



Idencar os pos de citações



Explicar as diferentes formas de fazer uma citação.

 

Objectvos

1. Tipos de citações Segio Artur (2011), recorrendo a diferentes autores discute a temáca de citações no trabalho de pesquisa, da seuinte maneira: As citações podem ser: Litera Literais is ou tra transc nscric ricçõe çõess  – quando as palavras do(s) autor (es) são transcritas tal com aparecem na obras. Por sua vez estas, ao longo do trabalho escrito podem ser classicadas de: a) Citações Citações liter literais ais ou transc transcricçõ ricções es curtas  – são as que não ultrapassam ultrapassa m três linhas quanto inseridas no texto que está a ser escrito e sempre devem aparecer entre aspas. O(s) autor(es) citados pode(m) ser vinculado(s) no inicio ou no m da citação. Exemplos:

Fazenda (2001, p.48) afirma que “a vida académica deve favorecer tanto a construção como a socialização dos conhecimentos”. Ou Entenda-se que “a vida académica deve fav orecer tanto a construção

como a socialização dos conhecimentos” (FAZENDA, 2001, p.48). b) Citações literais ou ttranscricções ranscricções longas  – são as que ultrapassam três linhas quando inseridas no texto que está a ser escrito. Elas devem constuir um parágrafo isolado que é destacado com um recuo de 4 cm da ma marg rgem em es esqu queerd rdaa, com le lettra meno enor qu quee a do tex extto. Normal Nor malmen mente, te, não pre precis cisam am est estar ar ent entre re as aspas pas.. Igu Igualm alment ente, e, o(s o(s)) autor(es) pode(m) estar no inicio ou m da citação. Exemplos: Fazenda (2001, p.16) arma que: No conhecimento cienco há que se grifar a exigência da denição dos problemas que se têm em mente so soluc lucion ionar, ar, por porque que nes neste te pro proced cedime imento nto est estáá sem sempre pre presen presente te a intenc int encion ionali alidad dade, e, median mediante te a qua quall sã são o den denida idass cer certas tas for formas mas e processos de ação, cando claro que há sempre pretensão de se angir o melhor índice de validade e de delidade do conhecimento de um fenômeno.

 

Ou No conhecimento cienco há que se grifar a exigência da denição doss prob do proble lema mass que que se tê têm m em me ment ntee so solu luci cion onar ar,, po porq rque ue ne nest stee procedimento está sempre presente a intencionalidade, mediante a qual são denidas certas formas e processos de ação, cando claro que há sempre pretensão de se angir o melhor índice de validade e de delidade do conhecimento de um fenômeno (FAZENDA, 2001, p.16).

As citações em parárase: parárase: quanto as ideias do(s) autor(es) de uma obra são misturadas com as de que escreve o texto. O(s) autor(es) citado(s) pode(m) ser vinculado(s) vinculado(s) no início ou nal da frase. Exemplos: Fazendaa (20 Fazend (2001) 01) ref refere ere que a vid vidaa aca académ démica ica tem a na nalid lidade ade de es esm mul ular ar no es estu tuda dant ntee a ca capa paci cida dade de de cons constr trui uirr e so soci cial aliz izar ar conhecimento. Ou A vida académica te a nalidade de esmular no estudante a capacidade de construir e socializa conhecimentos (FAZENDA, 2001).

Citação de uma citação: citação: é a transcricção ou a paráfrase de uma fonte intermediária, ou seja, de autor(es) citado(s) na obra que está sendo pesqui pes quisad sada. a. Es Esta ta pode pode obe obedec decer er as mes mesmas mas reg regras ras ref refere erente ntess às citações literais (curtas e longas) ou em paráfrases. O(s) autor(es) cita citado do(s (s)) po pode de(m (m)) se serr vi vinc ncul ulad ado( o(s) s) no in iníc ício io ou m da ci cita taçã ção. o. Normalmente, usa-se a expressão lana apud, que signica citado por. a)

Exem Exempl plo o de ci cita taçã ção o de um umaa cita citaçã ção o lit liter eral al e cur curta ta::

Pa Para ra Ja Japi pias assu su (apud FA FAZE ZEND NDA, A, 20 2001 01,, p.18 p.18)) “c “cad ada a en enfo foqu que e epistemológico elucidar a avidade cienca a seu modo. Cada um tem uma concepção particular do que seja ciência”. Ou

Para Japiassu apud Fazenda (2001, p.18) “cada enfoque epistemológico ilucida a avidade cienca a seu modo. Cada um tem uma concepção parcular do que seja ciência”. Ou

 

Por isso, “cada enfoque epistemológico elucidar a atividade científica a seu modo. Cada um tem uma concepção particular do que seja ciência” (JAPIASSU apud FAZENDA, 2001, p.18).

b)

Exe xemp mplo lo da ci cita taçã ção o de um umaa cita citaçã ção o lilite tera rall long longa: a:

Para Bastos & Kelle (apud ( apud FAZENDA, 2001, p.31) Decorar é reter a forma material e não o conteúdo inteligível de determinado conhecimento, ao passo que memorizar é reter a forma signi ignic ca ava va de um co cont nteú eúdo do in inte teliligí gíve vel, l, ou se seja ja,, re rete terr a su suaa compreens comp reensão. ão. A memor memorizaç ização ão poss possibili ibilita ta o refra refraseame seamento nto de algo conhecido e não sua simples repeção (...). Ou Para Bastos & Keller apud Fazenda (2001, p.31) Decorar é reter a forma material e não o conteúdo inteligível de determinado conhecimento, ao passo que memorizar é reter a forma signi ignic ca ava va de um co cont nteú eúdo do in inte teliligí gíve vel, l, ou se seja ja,, re rete terr a su suaa compreens comp reensão. ão. A memor memorizaç ização ão poss possibili ibilita ta o refra refraseame seamento nto de algo conhecido e não sua simples repeção (...). Ou Decorar é reter a forma material e não o conteúdo inteligível de determinado conhecimento, ao passo que memorizar é reter a forma signi ignic ca ava va de um co cont nteú eúdo do in inte teliligí gíve vel, l, ou se seja ja,, re rete terr a su suaa compreens comp reensão. ão. A memor memorizaçã ização o poss possibili ibilita ta o refra refraseame seamento nto de algo conhecido conh ecido e não sua simpl simples es repeção (... (...)) (BASTOS & KELLE KELLER R apud FAZENDA, 2001, p.31). c)

Exe xem mpl plo od daa ccit itaaçã ção od dee u uma ma ci cittação ção eem mp paará ráfr fraase

Bastos & Keller (apud (apud Fazenda, 2001) referem que a memorização ajuda a reter por mais tempo um determinado conhecimento que o acto de decorar. Ou Bastos & Keller apud Fazenda (2001) referem que a memorização ajuda a reter por mais tempo um determinado conhecimento que o acto de decorar. Ou

 

A me memo mori riza zaçã ção o ajud ajudaa a re rete terr po porr ma mais is temp tempo o um dete determ rmin inad ado o conhecimento que o acto de decorar (BASTOS & KELLER apud FAZENDA, 2001). Em suma, as citações fazem parte da vida acadêmica e são muito ulizadas nos trabalhos de pesquisa.

2.

As R Reeerências B Biibliográfcas

É importante sublinhar que as citações feitas ao longo do texto devem ser indicadas no m do trabalho na bibliograa nal ou referências bibliográcas. De igual modo, Sergio Artur (Idem), explica de forma didácca esta temátrica, como se segue: A referência bibliográca é composta de seguintes dados: autor, tulo do livro, livro, ediçã edição, o, loc local al de pub public licaçã ação, o, edi editor toraa e dat data. a. Est Estes es são os elementos essenciais para a caracterização de uma obra.

A - Exemplos de apresentação de reerências bibliográfcas: I – Obras publicadas por pessoais sicas. 1) Caso de um(a) um(a) autor autor(a) (a) TEIXEIRA, Eliza TEIXEIRA, Elizabeth. beth. As  As Três metodologias: académica, da ciência e da pesquisa.. 5 ed. Belém: UNAMA, 2001. pesquisa Importante observar: - O apelido do autor que inicia a referênc referência ia e é escrito em letras maiúsculas;; maiúsculas - O tulo da obra que apar aparece ece destac destacado ado (em itálic itálico, o, sublinh sublinhado ado ou em negrito/bordado) e cabe ao estudante a escolha de uma das formas para usar em todo o trabalho; - A edição só é indicad indicadaa a parr da 2ª; - Se o local da publicação nã não o aparecer na obra usa-se a abrev abreviatura iatura s.l. (sem local). - Se a data da publicação não ap aparecer arecer na obra usa a s.d. (sem data).

 

2) Caso de de vários aautore utoress a) Quando a obra é escrita por até três au autores, tores, todos eles constarão da referência, conforme a ordem que aparece na capa do livro e os nomes serão separados por ponto e vírgula. Ex.: RAPPAPORT, Clara Regina; FIORI, Wagner Rocha e DAVIS, Cláudia. Psicologia do Desenvolviment Desenvolvimento. o. v.4 v.4.. São Paulo: EPU, 1981. b) Quando a obra é escrita por mais de três autores, const constará ará apenas o primeiro e acrescenta-se a expressão «et al.» como forma de mencionar os demais. Ex.: BLOOM, Benjamin S. et al. Taxionomia de objevos educacionais: domínio cognivo. cognivo. Porto Alegre: Globo, 1973. c) Quando Quando a obr obraa é col colec ecva, va, com vár vários ios aut autore oress e organ organiza izado do ou coordenado por um deles, constará na referência apenas o nome do organizador ou coordenador e acrescenta-se entre parêntesis (org.) Ex.: SILVA, Marco (org.). Educação Online: teorias, prácas, legislação, formação corporava. corporava. São Paulo: Loyola, 2003. II – Obras publicadas por endades colecvas

1) No caso de serem serem endades colecva colecvas, s, como as associações, sociações, inst instutos utos e semelhantes, o nome delas aparece no lugar do nome do autor. Ex.: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Normalização da documentação no Brasil.

2) No caso de endades ligada ligadass a órgãos públicos, const constam am nesta ordem os seguintes elementos: país, órgãos, reparção. Ex.: Ex.: MOÇ MOÇAMB AMBIQU IQUE, E, Ass Assemb embléi léiaa da Rep Repúbl ública ica.. Sistema Nacional de Educação Educ ação (SNE). Reajuste e adequa as disposições condas na lei nº 4/83. Lei nº 6/92. INM, BR nº 19, I Série, 104, 1992. III – Referência de argos de revistas

a) Argos assi assinados nados obedece obedecem m à segui seguinte nte sequência sequência:: auto autor, r, tul tulo o do argo argo,, tu tulo lo da rev revist istaa com des destaq taque ue grá gráco co (it (itáli álico, co, neg negrit rito o ou sublinhado), local da publicação, volume ou tomo, páginas inclusivas, data, segundo a pontuação do exemplo abaixo:

 

BRAÇO, António Domingos e MORAES, Célia Ribeiro de. Uma reexão sobree as refor sobr reformas mas de ensino no Brasil. Trilhas. Revista do Centro de Ciências Humanas e Educação, Educação, Belém, v. 4, n. 2, p.79-84, dez. 2003. IV   – – Referência de argos de jornais

Citam-se autor, tulo do oerno, tulo doção jornal, data comple com pleta ta,,aonúm número ero oou tu tulo lo argo, do cad cadern o, sec secçã o ou cidade, sup suplem lement ento, o, indicação da página e eventualmente a coluna. a) Argo assinado: assinado: MUIANGA MUIANGA,, Francisco. 65% dos funcionários com nível elementar. Diário de Moçambique, 18 mar. 2009, p.5 b) Argo não assinado: assinado: RISO n não ão cura doença doença,, mas for fortalece talece o organismo. Diário de Moçambique, Moçambique, p.10, 18 mar. 2009. V   – – Referências de casos especiais

1. Enciclopédias, public publicações ações de congressos e outras obras similares: similares: a referência é o próprio tulo, em letras maiúsculas: DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO ILUSTRADO – LAROUSSE. 2. Teses não publicada publicadas: s: obedece-se a mesma referência do livro e indica- se a natureza, instuição, entre parênteses: BRAÇO, António Domingos Braço. Educação pelos Ritos de Iniciação: a contri con tribui buição ção da tra tradiç dição ão cul cultur tural al mama-sen sena a ao cur curríc rículo ulo forma forma das escolas esco las em Moça Moçambiqu mbiquee. 200 2008. 8. 151 p. Dis Disser serta tação ção (Mestrad (Mestrado o em Educação) PUCSP. São Paulo. 2008. 3. Escr Escritos itos mimeográ mimeográcos: cos: ROXO, Roberto M. História da losoa: losoa: pré-socrácos e Sócrates. São Paulo: Faculdades Associadas do Ipiranga, s.d. 53p. (Mimeo). VI – Referência bibliográca de documentos registrados em fontes electrónicas

1. Internet: indicar o n nome ome do autor do docum documento ento (quando existe), o tulo do documento, a página da Internet e a data do acesso: MOURA, Gevilacio A. C. De (1996). Citações e referências a documentos eletrônicos.

Disponível

em:

 

hp://www.elogica.com.br/user/gmoura/refere/html.. Acesso em: 15 hp://www.elogica.com.br/user/gmoura/refere/html dez. 2000. 2. Docum Documentos entos em C CD-ROM D-ROM a) Referência de todo o material d do o CD-ROM: Segredo Mágico.

Juceila. n. 11456 Sons d’África, s/l, 2004. 1 CD -

ROM. IV Simpósio Trabalho e Educação: Gramsci, políca e educação.

Belo Horizonte: FAE/UFMG, 2007. 1 CD-ROM. b) Referência de uma pa parte, rte, uma música música,, por exemplo: Casa Bamba. Marnho da Vila. Coração de Malandro. Faixa 6, n. 10.046 RCA, s/l, 1989. 1 CD-ROM. c) Referência Referência de mat material erial gra gravado vado em vídeo: Dança com Lobos. Lobos. Dir. Videolar. s/l, s/d.

Exercícios de auto – avaliação 1. Fazenda (2001, p.48) afirma que “a vida académica deve favorecer tanto a construção como a socialização dos conhecimentos”. O exemplo acima referese

a uma: a. Citação literal ou curta;

Citação de uma citação c. Citação em paráfrase d. Todas as alíneas sao correctas b.

2. Citação em pararase signifca: a.

Quanto as ideias do(s) autor (es) de uma obra não são misturadas com as de que escreve o texto.

b. Quanto as ideias do(s) autor(es) de uma obra são misturadas

com as de que escreve o texto. c.

Quanto o(s) autor(es) de uma obra são misturadas com as de que escreve o texto.

d.

Quanto a ideia doautorde uma obra é misturada com a de que escreve o texto.

3. Reerências bibliográfcas de documentos registrados em ontes

electrónicas não podem ser as encontradas na: a. Internet; b. CD-ROM

 

c. Em video; d. Em d docume ocumentos ntos sicos

1. Apont Apontee as dif diferenç erenças as e sem semelhan elhanças ças ent entre re as ci citaçõ tações es Lit Literais erais e

Exercícios

2. Indiq Indique ue os elemen elementos tos funda fundamenta mentais is de uma ccitaç itação. ão. 3. Jus Jusque que a difer diferença ença de uma uma cit citação ação em pa paráfr ráfrase ase Citação de uma citação 4. Fale da re relaçã lação o de u uma ma ccitaç itação ão e de um umaa refe referênci rência. a.

UNIDADE Temáca 3.3. Os Elementos de Pesquisa

Introdução

Esta unidade pretende dotar os estudantes no concernente aos elementos fundamentais de um projecto de pesquisa. Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 



Idencar os elementos de pesquisa



Caracterizar os diferentes elementos de pesquisa



Aplicar esses elementos em trabalhos de pesquisa

 

Objectvos

1. As ases d dee um proje projecto cto de pes pesquisa quisa Segundo Sergio Artur (2011), Temos que ter consciência que o ex exer ercí cíci cio o da pe pesq squi uisa sa come começa ça de desd sdee a pr prep epar araç ação ão dest destaa até até a produção do relatório nal. Nesse processo podemos idencar as seguintes etapas: 1. Pre Prepar paraçã ação o e deli delimit mitaçã ação o do pro proble blema; ma; 2. Cons Construçã trução o do plan plano o ou proje projecto cto de pe pesquis squisa; a; 3. Exec Execução ução do p plano lano (col (colecta ecta e an análise álise de da dados) dos) 4. Con(monograas, strução e aprde eseConclusão ntação dode Curso rela – tórTCC, io Trabalhos dissertações, teses). Nestaa un Nest unid idad adee se será rá da dado do de dest staq aque ue es espe peci cial al a pr prim imei eira ra etap etapaa da pesquisa: a preparação e a delimitação do problema de pesquisa. As outras etapas serão estudadas em unidades especícas, na disciplina de Metodologia Cienca, neste e nos próximos módulos.

1ª etapa: a preparação e delimitação do problema Muitos autores consideram que a pesquisa começa com a idencação do tema a ser pesquisado e por isso mesmo, induzem aos estudantes univer universit sitári ários os (pr (princ incipa ipalme lmente nte qua quanto nto est estes es cha chaga gam m no 4º ano ano)) a buscarem temas que, às vezes, nada têm a ver com as suas inquietações codianas. Por isso, Teixeira Teixeira (2000:107) propõ propõee que o primeiro passo a ser dado na inve inves sga gaçã ção o é a iden idenfc fcaç ação ão do pr prob oble lema ma da pe pesq squi uisa sa e a elaboração elab oração das ques questões tões norteado norteadoras, ras, “o problem problema a a ser estudado deverá ser o marco de referência para todas as decisões. Isso signica dizer que a escolha do tema a ser pesquisado, depende da idencação do problema de pesquisa. Como então, idencar e escolher um problema de pesquisa?

 

Magibire (2007) arma a denição de um problema de pesquisa é comentada através de diferentes enfoques. Gil (1999, p. 49) concebe um problema como uma questão não resolvida e que é objeto de discussão em qualquer domínio do conhecimento. Santaella (1999, p. 114) acrescenta que não há problema sem uma indagação central, umaa di um dic cul ulda dade de qu quee se qu quer er re reso solv lver er,, po port rtan anto to o pr prob oble lema ma de pesquisa é uma interrogação que implica em uma diculdade não só nos termos teóricos ou prácos, mas também é capaz de sugerir uma discussão que pode, em alguns casos, passar por um processo de mensuração, para terminar em uma solução viável por meio de um estudo sistemazado. Vergara (1997, p. 21) enfaza que uma questão não resolvida pode estar referida a alguma lacuna epistemológica ou metodológica percebida, a alguma necessidade de pôr à prova uma suposição, à interesses prácos, à vontade de compreender e explicar uma situação do codiano, ou outras situações. Máar Neto (2002, p. 143) acrescenta que um problema implica uma ou mais dúvidas ou diculdades em relação ao tema que se propõe, e, portanto, formulálo envolve perguntas que o trabalho procura responder. Portanto, não se pode propor um problema de pesquisa onde não há dúvida, um querer saber mais ou uma inquietação. Teixeira (2000) citado por Sérgio Artur sugere que para a denição de um problema, seja levada em conta a experiência do pesquisador: o que ele tem lido? Em quê trabalha? O que lhe preocupa nas suas experiências prossionais? Assim pode-se denir como requisitos para a escolha do problema: (a) conhecimento suciente sobre o problema e interesse pelo mesmo; (b) a experiência prossional e, (c) as leitura feitas pelo pesquisador. No campo de educação os problemas educacionais podem emergir dos processos de ensino-aprendizagem, da avaliação, gestão, da éca, das metodologias, etc. Um problema de pesquisa na educação é algo que está acontecer em algum lugar (o locus), envolve um aspecto do contexto educacional (o conceito) e nesta situação estão envolvidos pessoas (actores sociais). Uma situação problema apresentada na forma descriva e terminar com uma pergunta, denominada questão de pesquisa, ou norteadora. Todo o problema de pesquisa deve ser associado a um tema de invesgação, que é normalmente uma área de invesgação cienca. É importante referenciar que a idencação de um problema de

pesquisa é um “exercício mental” que culmina com a sua sistematização

 

 – delimitação. Vejamos abaixo o que é importante para a denição do problema de pesquisa: Breve des descri crição ção das das ca carac racter terís ísca cass sóc sócioio-eco económ nómica icass e Primeiro: Breve Primeiro: culturais; ideia do estado de saúde do sistema de saúde no local a pesquisar (país, distrito, localidade, bairro, etc.); se possível pode-se apresentar dados estascos; Umaa de desc scri riçã ção o conc concis isaa da na natu ture reza za do pr prob oble lema ma  – a Segundo: Um Segundo: descrepância entre o que é e o que deve ser  – e o tamanho, distribuição e severidade (que está afectado, onde, desde quando e quais são as consequências para os afectados e para os serviços). Terceiro: A co Terceiro: colo loca caçã ção o de um umaa pe perg rgun unta ta de pe pesq squi uisa sa,, ta tamb mbém ém denominada de questão norteadora, questão principal ou pergunta de base. Lembre-se que em pesquisas de graduação recomenda-se que seja apenas uma a questão que vai nortear a pesquisa. Exemplo da delimitação de um problema de pesquisa: Tem-se observado que nas escolas de ensino básico de Marromeu um alto índice de desistência de raparigas. raparigas . Por exemplo, ano lecvo de 2010, 18% das meninas matriculadas de 1ª a 5ª classe abandoram a escola. Normalmente, pais e encarregados de educação encarram a situação como sendo normal e não se quesonam sobre o impacto que isso pode ter na vida daquelas crianças. Perante esta situação coloca-se a seguinte questão (norteadora): - Qual é o signicado social construído em torno da presença o ou u ausência na rapariga na escola no distrito de Marromeu? Veja que nest nestee exemp exemplo lo estã estão o prese presentes: ntes: situa situação ção problema  – o alto índice de desistâncias da de raparigas, raparigas , que está relacionada com o tema – género e educação. educação . E ainda, um locus – distrito de Marromeu e, os actores sociais – as raparigas. raparigas. Lembre-se que um problema de pesquisa não é uma pergunta, mas sim si m a de desc scri riçã ção o de um umaa si situ tuaç ação ão qu quee in inqu quiet ieta, a, qu quee culm culmin inaa na elaboração de uma questão, que vai nortear a pesquisa. Em suma, os problemas devem ser sempre reais, o perigo de escolher temas antes da idencação do problema é de que o estudante/pesquisador acaba inventando problemas onde não existem, o que torna dícil a realização da pesquisa.

 

A revisão bibliográfca Porém, a delimitação precisa do problema somente acontece quanto o pesquisador possuir conhecimento sobre o tema relacionado com o problema. Neste caso, é pernente a revisão bibliográca, cujo objecvo é de

“aumentar o acervo de informações e de conhecimentos do

invesgador com as contribuições teóricas já produzidas pela ciência, para que, sustentando-se em alicerces de conhecimentos mais sólidos, possa tratar o seu objecto de investigação mais seguro” (KÖCHE: 1997:131). Pela revisão bibliográca é possível compreender, à luz das teorias os diferentes aspectos presentes no problema a ser invesgados. A revisão bibliográca é feita a parr de fontes primárias e secundárias é import important antee par paraa a mon montag tagem em do pla plano no de pes pesqui quisa sa (proje (projecto cto), ), principalmente para a componenete do referencial teórica.

2. Defniç Defnição ão dos objec objecvos vos de pesqu pesquisa isa Um do doss as aspe pect ctos os im impo port rtan ante te em um umaa in inve ves sga gaçã ção o ci cien en ca ca é a denição de seus objecvos, ou seja, Por que se pretende invesgar? O que se espera obter? Os objevos de uma pesquisa resumem o que se deverá alcançar com o estudo. Podemos disnguir numa pesquisa o objecvo geral e os objecvos especícos. O objecvo geral é o que orienta naquilo que se pretende alcançar em níveis nív eis gerais gerais.. Normalmente, o objecvo geral é denido a parr da pergunta ou questão norteadora. Exemplo  – A parr do problema delimitado na unidade anterior, relavo à desistência das mulheres na escola, foi formulada a seguinte questão norteadora: Qual é o signicado social construído em torno da presença ou ausência da rapariga na escola no distrito de Marromeu? Neste caso, o objecvo geral seria:  Analisar o signicado social construído em ttorno orno da presença ou ausência da rapariga na escolha no distrito de Marromeu. Veja que nesse exemplo, apenas substuiu-se a conjunção “qual” com o

verbo no infinitivo “analisar”.

 

Os obj objec ecvos vos esp especí ecífcos fcos de uma pesquisa abordam os diferentes componentes do problema, os factores chaves que se assumam e que possam causá-lo. As principais caracteríscas de objecvos especícos são: i)

Quancação do do p prroblema (necessário io)); iiii)

Cobertura os diferentes aspectos do problema; iii) Realíscos, que tenham em conta as condições locais; iv) Ulização de verbos de acção, que possam ser avaliados e medidos. Um exemplo de objecvos específcos relacionado com o objecvo geral dado acima: i)

Id Iden en ca carr os índ índic ices es de de desi sist stên ênci cias as es esco cola larr das rrap apar arig igas as no distrito de Marromeu, por idade e classe;

ii) ii)

Ve Veri ric car ar p pos ossí sívei veiss va vari riaç açõe õess nos d dis iscu curs rsos os so soci ciai aiss e cul cultu tura rais is que juscam a presenças e/ou ausências das raparigas nas escolas no distrito de Marromeu;

iii) iii)

Ide Iden nca carr fa fator tores es sóc sócioio-eco econom nomico icoss e cultu cultura rais is que que inu inuem em n naa presença e/ou ausência das raparigas na escola, no distrito de Marromeu.

Podemos notar que os objecvos especícos são denidos a parr de verbos de acção e que sejam mensuráveis, ou seja, é possível avaliar no nal da pesquisa se a acção foi ou não realizada. 9.

- FFo ormulação d daas h hiipóteses

Cooper e Schindler (2003) comentam que a hipótese é uma declaração sobre conceitos que podem ser julgados como verdadeiros ou falsos caso se reram a fenômenos observáveis. Pa Para ra Ma Marc rcon onii e La Laka kato toss (2 (200 007) 7),, a hi hipó póte tese se de deve ve ai aind ndaa pr prop opor or explicações para certos fatos e, ao mesmo tempo, orientar a busca de outras informações. Verga Ver gara ra (19 (1997) 97),, rec reconh onhece ecendo ndo que uma pes pesqui quisa sa qua qualit lita ava va não requer, necessariamente, e nem suposição, que, na práca, alguma intuição se hipótese tenha a respeito da respostaadmite ao problema.

 

Huot (2002, p.53) dene que a «hipótese de invesgação é a resposta tempor tem porári ária, a, pro provis visóri ória, a, que o inv inves esgad gador or pro propõe põe per perant antee uma interrogação formulada a parr de um problema de invesgação». Para Vaz Freixo (2011, p.164 - 165), «as hipóteses constuem um elemento úl para juscar o estudo e garanr- lhe uma orientação. (…) As hipóteses devem ser formuladas no presente, sob forma de declaração e descrevem a relação entre uma ou mais variáveis». Para Sérgio Artur (2011), numa pesquisa a hipótese é construída pela necess nec essida idade de de des desenv envolv olver er uma exp explic licaçã ação o par paraa o pro proble blema. ma. Uma hipótese é a previsão duma relação entre um ou mais factores e o problema em estudo, que pode ser testada. Por exemplo, do problema acima, pode-se ser construída da seguinte forma:  A presença da rapariga na escola (1), resulta de um processo de intervenção educava da escola que envolve a família (2). (2) . ou Se incrementarmos a o processo de intervenção educava da escola com o envo envolvime lvimento nto dos pais (2) entã então o a presença da rapar rapariga iga será maiss efe mai efec cva va (1). Podemos, no exemplo acima que há uma relação entre causa (2) e efeito

(1) , conect conectados ados pe pelas las exp express ressões ões “res “resulta” ulta” e “se.. “se.... então”. Podemos ulizar outras expressões para a construção das hipóteses: a) É d dire irecta ctamen mente te p prop roporc orcion ional; al; b) Est Estáá inv invers ersame amente nte rrela elacio cionad nado; o; c) Produz; d) Se Se.. .... EEnt ntão ão.. .... e) Resulta; f) Há rrel elaç ação ão ssig igni nic ca ava va en entr tre; e; g) Etc. Para a construção de hipóteses mais sólidas, é importante que o pesquisador tenha uma boa base teórica e um conhecimento profundo do tema a ser abordado.

 

10.

Variáveis d dee eesstudo

Segundo Vaz Freixo (p. 174), «uma variável pode ser denida como qualquer caracterísca da realidade que pode tomar dois ou mais va valo lores res mu mutu tuam amen ente te ex excl clus usiv ivos os.. Re Refe fere re-s -see ai aind ndaa «a qu qual alqu quer er ca cara ract cter erís ísc caa qu quee nu numa ma ex expe peri riênc ência ia é ma mani nipu pula lada da,, medi medida da ou controlada». Para o mesmo autor, uma variável pode ser classicada de diferente maneiras, conforme o po de ulização que dela se faz numa nu ma in inve ves sga gaçã ção. o. Algu Alguma mass po pode dem m se serr ma mani nipu pula lada das, s, outr outras as controladas. O autor enfaza a necessidade de denição e operacionalização de variáveis armando que «assim, uma variável é necessária depois de formular uma hipótese; o invesgador deve idencar e denir o estatuto das variáveis, tanto na hipótese como em qualquer outro ponto

da

invesgação».

O

mesmo

autor

considera

que

«oper «o perac acio iona naliliza zarr as va vari riáv ávei eiss si sign gni ica ca form formul ulaa-la lass numa numa form formaa observável e mensurável, convertendo-as em factores disponíveis para serem manipulados, controlados e examinados». (Idem) Segundo Sérgio Artur (2011), em alguma pesquisa há necessidade da denição deni ção das variá variáveis. veis. Uma variável “é uma caracterísca de um

indivíduo, objecto ou fenómeno, que pode tomar diferentes valores” (VARKEVISSER, 1988:92). Por exemplo: exemplo: idade, peso, distância (casa, hospital), salário, etc. As variáveis, em primeiro nível, podem ser classicadas em: a) Va Vari riááveis veis nu numé méri rica cass  – que são caracteríscas de indivíduos, objectos ou fenômenos que são expressas em números. Por exemplo: peso, salário, idade, altura, nota, etc. b) Va Vari riáv ávei eiss ca cate tegó góri rica cass  – que são caracteríscas de indivíduos, objectos ou fenómenos que são expressas em categorias. Por exemplo: cor, resultado da doença, po de comida, localização da escola, resultado nal, etc. Em, outro nível, podem ser classicadas em: i. Variável dependente – que é usada para descrever ou medir o

 

problema a estudar.

 

ii.

Variável independente  – que é ulizada para descrever ou medir os factores assumidos como causas ou que pelos menos inuenciam o problema.

Por exemplo, se um pesquisador invesga sobre a malnutrição entre crianças: Ser malnutrido – é variável dependente de estudo; Hábitos alimentares, educação da mãe, etc – são variáveis independentes. Há aquelas que são consideradas variáveis v ariáveis de base – que são as que estão presentes em todos os estudos, independentemente da sua natureza. natu reza. Por exemp exemplo: lo: idade idade,, sexo, estado civi civil,l, relig religião, ião, situação situação socioeconómica. Numa invesgação cienca a denição das variáveis de estudo ajuda na elaboração dos instrumentos de coleta de dados, pois as variávies oferecem os indicadores de análise.

5. Os instrumentos e técnicas de colecta de d dados ados Sérgio Artur (2011) sistemaza as principais técnicas e instrumentos de recolha de dados nas pesquisas ciencas, a saber: a entrevista, a observação e o quesonário. Um aspecto importante a considerar é que a escolha de cada um dos instrumentos ou técnicas depende o po e da nalidade da invesgação a ser realizada, das abordagens, das fontes de informações, entre outros factores. Seguidamente, vamos detalhar cada um dos instrumentos e técnicas vom forma de explictá-los para uma melhor compreensão. A. A obse observa rvação ção É um método de colecta de dados que se apropria da capacidade selecva da mente humana. Lüdke e André (1986:25) consideram que para que se to rne “um instrumento válido e dedigno de invesgação cienco, a observação

precisa ser antes de tudo controlada e sistemática”. A pla plani nica cação ção cui cuidad dadosa osa e rig rigoro orosa sa da obs observ ervaç ação ão é imp import ortant ante, e, sabendo-se que normalmente, as pessoas vêem sob os olhos da sua formação e das sua história de vida.

 Assim, planificar a observação significa “determinar com atencendência, ‘o quê’ e ‘como’ observar” (ibidem ibidem). ). Isso acontece com delimitação do objecto de estudo, do problema e do foco da invesgação.

 

Cabe, também, nesse sendo, o observador denir o grau de sua parcipação na observação designadamente: observação parcipante (no qual o observador ca face a face com o pesquisado e tem possibilidades de modicar as situações) ou não parcipante. A planicação da obsrvação não envolve apenas a denição do objecto e do foco foco da ob obse serv rvaç ação ão,, ma mass tamb também ém,, o pr prep epar aro o mate materi rial al,, s sic ico, o, intelectual e psciológico do observador/pesquisador observador/pesquisador.. A observação é um dos instrumentos da pesquisa qualitava e ela

permite que o pesquisador chegue mais perto da “‘perspectiva dos sujeitos’ [e] acompanhar as experiências diárias dos sujeitos, pode aprender a sua visão de mundo, isto é, o signicado que eles atribuem à realidade que os cerca e às próprias ações” (LÜDKE & ANDRE: 1986:26). Para Lüdke e André (1986) os principais conteúdos da observação são: 1. Descrição dos sujeitos – aspectos sicos, formas de vesr, falar, sentar, escrever, etc.; 2. Recon Reconstr struçã ução o dos suj sujeit eitos os  – suas mani manifesta festações ções nos gest gestos, os, depo de poim imen enttos qu quee de deve vem m ser re regi gisstado tados, s, ana nali lisa sado doss e interpretados; 3. Descriação de locais – ambientes sicos, localizações, forma de orga organi niza zaçã ção o do doss es espa paço ços, s, todo todoss os el elem emen ento toss dev devem em se serr registados; 4. De Desscr criç içãão de ev even enttos es esp pec ecia iais is  – ocorr ocorrência ênciass e resp respecvo ecvoss sujeitos envolvidos; 5. Descrição de acvidades – o registo do que foi realizado pelos observ obs ervado adoss e o com compor porta tamen mento to dos mes mesmos mos ao rea realiz lizar ar as acvidades; 6. Comp Compor orta tame ment nto o do ob obse serv rvad ador or  – o re regi gist sto o de a atu tude des, s, senmentos, acções e conversas durante a oservação. Um elemento que carece de uma atenção especial é o registo das observações. Hoje em dia, muitos meios tecnológicos permitem um maior registo, como por exemplo, o registo através de lmagens, gravaç gra vações ões de audito audito,, fot fotogr ograa aass entre entre tan tantos tos out outros ros,, mas há que destacar a importância da bloco ou caderno de anotações que deve acompanhar todo um bom observador. B. A eentr ntrevi evista sta A essência da entrevista é a palavra e a interacção, pois ela tem como principal alvo as comunicações verbais e não verbais. Ela é uma das principais técnicas nas pesquisas em ciências humanas e sociais.

 

Para Lüdke e André (1986) a entrevista deve ser permeadas por um clima de esmulação e de aceitação mútua, entre o pesquisador e o pesquisado, que facilita a uência das informações, podendo-se ser captadas de forma imediata assuntos pessoais e de natureza ínma ou temas complexos. Antes o pesquisador ir a uma determinada entrevista necessita elaborar o roteiro de perguntas, que podem orientar a sua invesgação. Estes roteiros permitem que as entrevistas sejam classicadas em: a) Ent Entrev revist istaa não est estutu uturad radaa ou não pa padro droniz nizada ada  – neste caso o instrumento é mais exível. Apesar de envolver um roteiro prévio, as questões podem ser ampliadas a medida em que o entrevistado fala, ou deixar que ele fale em perguntas aberta e amplas. Essas entrevistas são mais longas, no entanto, o entrevistado pode revelar informações importantes, sem necessidade de ser quesonado. b) Entr Entrevist evistaa

estru estrutura turada da ou padr padroniza onizada da  – “quanto o pesquisa pesq uisador dor tem que seguir muito de perto um roteiro de perguntas feitas a todos os entrevistados de maneira idêntica (ide dem, m, p.34 p.34). ). Isso Isso pe perm rmit itee um umaa e na na mes mesma ma orde ordem” m” (i comparação dos dados e melhor tratamento estasco, pois os resultados são uniformes.

Em ambos casos é importante que o pesquisador: ulize uma linguagem adequada, respeite o tempo e horários marcados para a realização da entrevista, as informações colhidas, que não podem ser distorcidas, a cultura e os valores do entrevistado. Nunca pode o invesgador forçar o entrevistado à uma resposta e deve ter sempre em mão um roteiro. O pesquisador deve decidir, também, sobre a forma para registar a entrevista – gravação, anotações em blocos ou ambos – todavia, toda a entrevista só pode ser gravada com a autorização expressa do entrevistado. Sugestões Sugest ões de plane planeament amento o Quem deve ser entrevistado Procuree sel Procur seleci eciona onarr pes pessoa soass que que rea realme lmente nte têm o con conhec hecime imento nto ne nece cess ssár ário io pa para ra sa sas sfa faze zerr su suas as ne nece cess ssid idad ades es,, ou se seja ja,, qu qual al é a população-alvo ou a amostra da pesquisa Magibi Mag ibire re (20 (2007) 07),, rec recorr orrend endo-s o-see a out outros ros aut autore oress ana analis lisee este este doi doiss

 

conceitos. Dene-se população-alvo (ou universo) como a coleção de

 

elemen ele mentos tos ou obj objeto etoss que pos possue suem m a inf inform ormaç ação ão pro procur curada ada pel pelo o pesquisador e sobre os quais devem ser feitas inferências (MALHOTRA, 2001, p. 302; COOPER; SCHINDLER, SCHINDLER, 2003, p. 150). A aamostra mostra é uma parte

do

universo

escolhida

segundo

algum

critério

de

representavidade (VERGARA, 2004, p. 50). Segundo esta autora, a amostra pode ser probabilísca ou não-probabilísca. A amostra probabilísca é baseada em procedimentos estascos. Nela, cada elemento da população tem uma chance xa de ser incluído na amostra, baseando-se no conceito de seleção aleatória. A amostra não-p não-prob robabi abilís lísca ca não ul uliza iza sel seleçã eção o ale aleató atória ria.. Ela é arb arbitr itrári ária, a, subjeva e, portanto, cona no julgamento pessoal do pesquisador (MALHOTRA, 2001; COOPER; SCHINDLER, 2003). Sellz et al. (1967, p. 584), comentam que se podem escolher cuidadosamente casos que devem ser incluídos na amostra e, deste modo, desenvolver amostras que são sasfatórias de acordo com as necessidades da pesquisa. Bauer e Gaskell (2003, p. 41) consideram que uma amostra representa a população se a distribuição de algum critério é idênca tanto na população como na amostra.

Figura: Denição da amostra (hps://pt.surveymonkey.com (hps://pt.surveymonkey.com))

Plano da entrevista e questões a serem perguntadas Prepare com antecedência as perguntas a serem feitas ao entrevistado e a ordem em que elas devem acontecer.

 

Pré-teste Procure realizar uma entrevista com alguém que poderá fazer uma críca de sua postura antes de se encontrar com o entrevistado de sua escolha.

Diante do entrevistado Es Esta tab bel eleç eçaa u uma ma rel elaaçã ção o am amis isto tosa sa e nã não o ttra rave ve um um d deb ebaate de idéias. Nã Não od dem emon onst stre re in inse segu gura ranç nçaa ou ou aadm dmir iraç ação ão ex exce cess ssiv ivaa d dia iant ntee do entrevistado para que isto não venha prejudicar a relação entre entrevistador e entrevistado. De Deix ixee qu quee as q que uest stõe õess su surj rjaam na nattur uraalm lmen entte, eevi vittand ndo o qu quee a en entr trev evis ista ta as assu suma ma um cará caráte terr de um umaa in inqu quis isiç ição ão ou de um inte interr rrog ogat atór ório io po polilici cial al,, ou ai aind ndaa qu quee a ent entre revi vist staa se torn tornee um "quesonário oral". Se Seja ja ob obje jev vo, o, já qu quee ent entre revi vist stas as mu muit ito o llon onga gass p pod odem em se tornar cansavas para o entrevistado. Proc Procur uree en enco cora raja jarr o eent ntre revi vist stad ado o pa para ra as re resp spos osta tas, s, ev evit itan ando do que ele se sinta falando sozinho. Vá an anot otan ando do as in info form rmaç açõe õess d do o eent ntre revi vist stad ado, o, se sem md dei eixa xarr q que ue ele que esperando sua próxima indagação, enquanto você escreve. Ca Caso so us usee u um m ggra rava vado dor, r, nã não od dei eixe xe de pe pedi dirr ssua ua pe perm rmis issã são o par paraa tal. Lembramos que o uso do gravador pode inibir o entrevistado. C. O qu ques esoná onário rio O Quesonário, numa pesquisa, é um instrumento ou programa de colet coletaa de dad dados. os. Se sua confe confecçã cção o é fei feita ta pel pelo o pes pesqui quisad sador, or, seu preenchimento é realizado pelo informante.

Vieira (2009:15) define o questionário como sendo o “instr “in strume umento nto de pesquisa constuído por uma série de questões so sobr bree de dete term rmin inad ado o tema tema”, ”, qu que e no norm rmal alme ment nte e é en entr treg egue ue ao aoss responde resp ondentes ntes para o preenchimento e as respostas transformadas em dados estascos. Por ser um instrumento mais barato é deveras ulizado nas pesquisas em ciências sociais, humanas e de saúde e podem produzir dados de bom nível. A linguagem ulizada no quesonário deve ser simples e direta para quee o res qu respo pond nden ente te comp compre reen enda da com com cl clar arez ezaa o qu quee es está tá se send ndo o

 

perguntado. Não é recomendado recomendado o uso de gír gírias, ias, a não ser que se se faça

 

necessário por necessidade de caracteríscas de linguagem do grupo (grupo de surstas, por exemplo). Todo quesonário a ser enviado deve passar por uma etapa de préteste, num universo reduzido, para que se possam corrigir eventuais erros de formulação.

Conteúdo de um quesonário: a) Carta Expli Explicação cação – que deve conter:

 – A proposta da pesquisa;  – Instruções de preenchimento;  – Instruções para devolução; – Incenvo para o preenchimento e; - Agradecimento. b) Itens de Ide Idenfcaç nfcação ão do Respond Respondente ente Para Para qu quee as re resp spos osta tass po poss ssam am ter ter ma maio iorr si sign gni ica caçã ção o é interessante não idencar diretamente o respondente com perguntas do po NOME, ENDEREÇO, TELEFONE etc., a não ser que haja extrema necessidade, como para selecionar alguns quesonários para uma posterior entrevista (trataremos das técnicas de entrevistas posteriormente). Normalmente, num quesonário podem ser feitas perguntas sobr sobree fa fact ctos os,, op opin iniõ iões es,, a atu tude des, s, pr pref efer erên ênci cias as,, gr grau au de sasfação, valores, razões, movos, esperanças, crenças, entre tantas. Exemplos de questões nos quesonários: Sobre factos: quantos professores trabalham na escola? Sobre opinião: você acha que a passagem semi-automáca contribui para a fraca qualidade do ensino e nsino em Moçambique? Sobre atudes: você bateria uma criança indisciplinada na sala de aula para se comportar melhor? Sobre preferências: prefere trabalhar sozinho ou em grupo? Sobre sasfação: em que medida está sasfeito com o rendimento da sua disciplina?

 

Tipos de aplicação dos quesonários Para Vieira (2009) são três as principais formas de aplicação dos quesonários: 1) Ques Queson onári ários os de aauto utoapl aplica icação ção – nas quais se entre entre o quesonário ao responde e este preenche e o envia depois. O envio pode ser feit feito o por correio correio,, pela intern internet et ou outr outras as formas. Tem algumas desvantagens: as respostas podem de demo mora rarr e mu muit itas as pe pess ssoa oass pode podem m nã não o re resp spon onde derr o ques qu es on onáário rio env envia iado do.. As pr prin inci cip pai aiss va vant ntaage gens ns do queso que sonár nário io de aut autoap oaplic licaçã ação o sã são: o: a pos possib sibili ilidad dadee do respondente responder na hora e espaço que quiser e a não inuência do pesquisador na colecta da informação; 2) Queso Quesonário nárioss apl aplicad icados os em eentrev ntrevistas istas por ttelefo elefone ne  – muito usados pelas empresas de markeng, de telefonia móvel e xa e nas pesquisas de marcado. 3) Queso Quesonário nárioss apl aplicad icados os em eentrev ntrevista ista fface ace a face  – estes são feitos por meio de entrevista na qual o pesquisador pree preenc nche he o form formul ulár ário io com com pe perg rgun unta tas, s, gera geralm lmen ente te,, estruturadas; Na elaboração dos quesonários há que planicar os objecvos e a es esco colh lhaa do doss resp respon onde dent ntes es e ou outr tros os el elem emen ento toss im impo port rtan ante tess qu quee constam no projecto de pesquisa. A criação dos itens formulário segue as regras abaixo. Itens sobre as questões a serem s erem pesquisadas. Formulário de itens sim-não, certo-errado e verdadeiro-also; Ex.: Trabalha? ( ) Sim ( ) Não Respostas livres, abertas ou curtas; Ex.: Bairro onde mora: Formulário de múlpla escolha; Ex.: Renda Familiar: ( ) Menos de 1 salário mínimo ( ) 1 a 3 salários mínimos ( ) 4 a 6 salários mínimos ( ) 7 a 11 sal salári ários os mín mínimo imoss ( ) Mais de 11 salários mínimos Questões mistas.

 

Ex.: Quem nancia seus estudos? ( ) Pai ou mãe ( ) Outro parent parentee ( ) Outra pessoa ( ) O próprio aluno Outro:

D. Fic Ficha ha docu documen mental tal A cha documental é um dos meios para a colecta de dados, principalmente nas pesquisas qualitavas. Sobre este assunto pode re reve verr a un unid idaade V des estte mó módu dulo lo,, re rela la va as Pr Práácas cas de documentação.

6 - Elaboração do projecto de pesquisa Um bom pesquisador elabora um projecto de pesquisa apenas depois: de ter ide iden ncad cado o o pro proble blema ma e de denid nido o a que questã stão o nor nortea teador dora, a, associando-o a um tema e de ter aprofundado o conhecimento sobre o problema a pesquisar a parr de uma revisão bibliográca. Ou seja, todos os aspectos vistos nas unidades anteriores fazem, directa ou indire ind irecta ctamen mente, te, par parte te do pro proces cesso so de ela elabor boraçã ação o do pr proje ojecto cto de pesquisa. Para Teixeira (2000), Köche (1997) e Severino (2007) um projecto de pesquisa é um plano escrito onde aparecem explícitos os seguintes itens: 1. Título – que expressa, com maior delidade possível, o conteúdo témaco do estudo. Normalmente, nos projectos de pesquisa o tulo é provisório e pode ser alterado no relatório nal; 2. Tema de estudo  – é a apresentação do tema e dos conceitos mais gerais do que vai ser invesgado. 3. Jusfcava – é a explicitação das razões que levam a pesquisar o tema, a movação e a importância ou relevância do estudo, (por que é invesgado?). pode ser destacada a contribuição dos resultados da pesquisa para a sociedade. Na juscava o pesquisador separa referir aos estudo anteriores já realizado sobre opode tema, assinalar suas limitações e destacar a necessidade de novos estudos. Neste

 

momento é importante mostrar a revisão literária, quem já pesquisou sobre o tema e a que conclusões chegou. 4. Situação Problema  – é a descriação da situação que está a ca caus usar ar inte intere ress ssee pe pela la pe pesq squi uisa sa,, como como po porr ex exem empl plo: o: um umaa ausência, uma diculdade, uma contradição (veja o exemplo da unidade anterior); 5. Questão Questão Norteado Norteadora ra  – que se refere a principal pergunta que deve ser respondida pela pesquisa. Nos estudos de graduação é aconselhável que o pesquisador iden id en qu quee ap apen enas as um umaa qu ques estã tão, o, para para da darr melh melhor or foco foco à pesquisa; 6. Hipó Hipóte tese sess  – é a ex expl plic icit itaç ação ão da dass po poss ssív ívei eiss re resp spos osta tass para para soluccionar o problema, já que todo o trabalho cienco é um raciocínio demonstravo de alguma hipótese. Essas podem ser divididas em: 6.1 – Hipóteses primárias – possíveis respostas mais plausíveis; 6.2 – Hipóstese secundárias – possíveis respostas mais distantes na solução do probemas. 7. Objecvos – os resultados que precisam ser alcançados para a construção de toda uma demonstração que podem ser expressos em dois grupos: 7.1 – Objecvo geral – o que se pretende alcançar com a pesquisa realizada (numa pesquisa cabe apenas um objecvo geral); Objecvos especícos – o que será feito ao longo do 7.2 – estudo para responder as perguntas;

8. Quadro téorico  – é a apr pres esen enttaçã ção o dos dos re refe ferrênc ência iais is teóricosmetodológicos, as categorias e os conceitos nas quais o pesquisa irá se fundamentar. É importante caracterizar e denir os aspectos referentes ao tema. 9. Metodologia (fontes, procedimentos e etapas)  – é a denição dos seguintes aspectos: 9.1 – Tipo de estudo – caracterísca caracteríscass e razões de escolha 9.2 – Local e contexto da realização da pesquisa 9.3

 – Fontes de informação  – denição da população e do universo da pesquisa e das amostras para a colecta de dados.

 

9.4 – Téc Técnic nicas as de colec colecta ta e análi análise se de dados dados  – denir se na pesquisa serão usado a entrevista, o quesonário e/ou a observação. Referir-se qual técnica será usada para quais sujeito, as etapas de análise dos dados. 10. 10.  Aspectos écos  – é re refe fere renc ncia iall como como se será rá ga gara ran ndo do o anonimato e o consenmentos dos informantes; 11. 11. Cronograma pesq squi uisa sado dorr de deve ve di dist stri ribu buir ir no temp tempo o rama  – o pe disponível as acvidades previstas pela pesquisa; 12. 12. Orçamento – a dinição dos recursos nanceiros necessários; ne cessários; 13. 13. Reerências bibliográfcas – assinalar de acordo com as normas técnicas aprendidas todas as fontes consultadas; 14. 14. Apêndices  – é todo o texto elaborado pelo pesquisador, tal como o guião da entrevista, observação e o quesonário. 15. 15. An todo do docu cume ment nto o não não el elab abor orad ado o pe pelo lo au auto torr da Anex exos os  – é todo pesqui pes quisa sade e regulamentos que pos possa sa ilucid iluecidar ar etc. o tra trabal balho, ho, tal como, como, ma mapas pas,, recortes leis, É bom lembrar que este esquema de um projecto de pesquisa pode variar, principalmente na sequência dos seus elementos, conforme as normas de cada instuição de ensino, no entanto, os ele elemen mentos tos presen presentes tes sã são o sem sempre pre com comuns uns em tod todos os os proejctos de invesgação.

Exercícios de auto - avaliação 1.

a. b. c. d. 2.

A 1ª Etapa na ase de elaboração de pesquisa é: Prepar Preparaçã ação o e de delimi limitaç tação ão d do o pro proble blema ma Construção do plano ou projecto de pesquisa Execução do plano Construção e apresentação do relatório

“é a apresentação do tema e dos conceitos mais gerais do que vai ser invesgado ”. A denição acima se refere a: a. Titulo b. Tema Tema de es estu tudo do;; c. Juscava; d. Metodologia de estudo.

 

Exercícios

3.

Jusque a necessidade da preparação de um projecto de

4.

Discuta o termo “projecto de pesquisa”.

5.

Aponte as fases de elaboração de um projecto de pesquisa.

6.

Indique os elementos de programação de uma pesquisa

7.

Jusque a necessidade da juscava.

8.

Fale da necessidade dos objevos numa pesquisa.

9.

Indique os elementos necessarios para elaboração de uma pesquisa.

TEMA IV: O INVESTIGADOR Introdução da Unidade Temáca IV

Caro estudante, na presente unidade temáca iremos nos debruçar em torn torno o de do dois is (2 (2)) iten itenss fu fund ndam amen enta tais is so sobr bree a in inve ves sga gaçã ção o e pesquisa, como são apresentados a seguir:

 

UNIDADE Temáca 4.1. A escolha do método de pesquisa UNIDADE Temáca 4.2. A éca na pesquisa Por isso, apelamos ao caro estudante, para que desenvolva uma postura diferente na construção do conhecimento. Seja bem vindo!

UNIDADE Temáca 4.1. A Escolha do Método de Pesquisa

Introdução Nesta unidade temáca, pretendemos que você tenha um domínio sobre os métodos de pesquisa. Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 

 



Idencar os métodos de pesquisa



Caracterizar os diferentes métodos de trabalho de pesquisa

Objecvos A. Os métodos de pesquisa Se Segu gund ndo o Ca Cara rava valh lho o (2 (2009 009), ), o jogo jogo da ci ciên ênci ciaa só é po poss ssív ível el se o invesgador ver uma ideia muito clara da ordem que espera da realidade observada. Fora desse quadro de ordem, os factos não têm signicação. Os invesgadores procuram os factos que são decisivos pa para ra a con conrm rmaç ação ão ou ne nega gaçã ção o da dass su suas as teor teoria ias. s. As teor teoria iass sã são o enunciadas acerca do comportamento dos objectos de interesse do invesgador. Para o mesmo autor, a capacidade do invesgador não é feita pelos instrumentos que uliza. Com efeito, os laboratórios não fazem o ciensta, as espingardas não fazem o caçador, as canas de pesca não fazem pescadores, as algemas não fazem os detecves, etc. O que torna os indivíduos cienstas, caçadores, pescadores e detecves é o conhecimento que possuem das endades que estudam (animal, peixe, gente) e os métodos que ulizam para pô-los em práca. O autor arma que método refere-se à especicação dos passos que devem ser dados, em certa ordem, para alcançar um determinado m Pa Para ra o au auto tor, r, há dife difere renç nçaa en entr tree mé méto todo do (a ab abor orda dage gem) m) e os procedimentos operacionais (as técnicas) ulizados no desenvolvimento da invesgação. O método é o caminho e os passos para se angir um determinado objecvo. A técnica é a parte material (os instrumentos) que fornece operacionalidade ao método. Assim, o

 

método caracteriza-se por uma abordagem mais ampla, em nível de abstracção mais elevado dos fenómenos observados; as técnicas ou procedimentos operacionais correspondem a operações com nalidade mais restrita em termos explicavos e geralmente limitados a um domínio parcula. Neste contexto, e no entendimento deste autor, oi invesgador pode valer-se para a sua pesquisa de dois pos de métodos, a saber: (1) Os métodos de abordagem e (2) os métodos de procedimentos. Sergio Artur, sistemaza esse dois grandes grupos de métodos: 1. Métod Método o de Abo Abordage rdagem m a) Dedu Deduv vo o: Parte de teorias e leis mais gerais para a ocorrência de fenômenos parculares. b) In Indu duv vo o: O estudo ou abordagem dos fenômenos caminha para plan planos os ca cada da ve vezz ma mais is ab abra rang ngen ente tes, s, in indo do da dass cons consta tata taçõ ções es ma mais is parculares às leis e teorias mais gerais. c) Hip Hipoté otéco co-de -dedu duvo vo:: que se inicia pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos acerca da qual formula hipóteses e, pelo processo deduvo, testa a ocorrência de fenômenos abrangidos pela hipótese. Esse processo pode ser mais bem compreendido a parr do esquema a seguir abaixo apresentado:

 

Figura 1- Método cienfco hipotéco-deduvo

Conhecimento prévio (referencial teórico) + Imaginação criava

Factos, fenômenos, situações

Observação (percepção signicava)

CONTEXTO DE DESCOBERTA

PROBLEMA (dúvida)

HIPÓTESES

Tesagem das hipóeses (observação descriva ou experimentação) Intersubjecvidade e falseabilidade

Inerpreação e avaliação da esagem das hipóeses

Rejeição das hipóteses

 

CONTEXTO DE JUSTIFICAÇÃO Não rejeição das hipóteses (corroboração)

Nova eoria

Novo problema

Fonte: Adaptado do Köche (1997:70), citado por Sérgio Artur (2011). Fonte: Köche (1997) mostra, a parr do esquema acima apresentado, que a in inve ves sga gaçã ção o ci cien en ca ca come começa ça a se serr de dese senv nvol olvi vida da a pa par rrr da necessidade de construção e testegem de possíveis soluções para um problema que decorre de um fenómeno, facto, situação ou de algum conhecimento teórico. O que se busca não são soluções elaboradas, mas modelos hipotécos capazes de explicar a realidade.

 

O método cienco hipotéco-deduvo decorre em dois contextos que se interligam: O primeiro, é o contexto da descoberta, descoberta , no qual à luz dos fenómenos e do conhecimento disponível é idencado o problema (aquela dúvida que não pode ser respondida com o conhecimento disponível) e a parr da competência do invesgador são formuladas as hipóteses, so solu luçõ ções es prov provis isór ória ias. s. É pr prec ecis iso o en enfa faz zar ar qu quee qu quan anto to ma maio iorr é o conh conhec ecim imen ento to prév prévio io (r (ref efer eren enci cial al teór teóric ico) o) do pe pesq squi uisa sado dor, r, su suaa imaginaçã imag inação o cria criava va e capa capacida cidade de de obser observar var a reali realidade dade (factos, situações, fenómenos, etc.) maior será a sua capacidade de idencar problemas e formular hipóteses. O segundo, é o con qual al as hi hipó póte tese sess contex texto to da jusfc jusfcaçã ação o, no qu formuladas são confrontadas e testados com dados empíricos, a parr da experimentação e com objecvid objecvidade. ade. Neste proce processo sso verica-s verica-see a interpret inte rpretação ação e ava avalia liação ção das hipóteses, quanto conrmadas geram novas teorias e posteriomente dão origem a novas dúvidas (problemas) ou que podem ser rejeitadas. Nessa perspecva o método cienco desenvolve-se sobre um co cont ntex exto to cí cícl clic ico, o, no qu qual al novo novoss conh conhec ecim imen ento toss (t (teo eori rias as)) sã são o su susc scep epv vei eiss de qu ques eso ona name ment ntos os,, ou se seja ja,, de gera gerare rem m no novo voss proble pro blemas mas e pos poster teriom ioment ente, e, nov novas as teo teoria rias. s. Iss Isso o por porque que a ciê ciênci nciaa con onttem empo porâ râne neaa é impregnada numa concepção de ser “uma connua ua const construçã rução o e recon reconstru strução, ção, invest inv estiga igação ção constan constante, te, em conn tanto das suas teorias quanto dos seus processos de investigação”

(KÖCHE, 1997:78). Do esquema 1 pode-se deduzir que os elementos do método cienco sã são: o: o prob proble lema ma,, as hi hipó póte tese ses, s, o re refe fere renc ncia iall teór teóric ico, o, test testag agem em,, interpretação e avaliação das hipóteses (que podem ser conrmadas ou rejeitadas) e os resultados (teorias). d) Dia Dialé léco co:: que penetra o mundo dos fenômenos através de sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno e da mudança dialéca que ocorre na natureza e na sociedade. 2. Métod Método o de proce procedimen dimento to a) Hist Históri órico co:: Parte do princípio de que as atuais formas de vida e de agir na vida social, as instuições e os costumes têm origem no passado, por isso é importante pesquisar suas raízes para compreender sua natureza e função. b) Mono Monogr gráf áfco co: Para Lakatos e Marconi (1996, p. 151) é “[...] um estudo sobre um tema especíco ou parcular de suciente valor

 

representavo e que obedece obedece a rigorosa metodo metodologia. logia. Invesga

 

determinado assunto não só em profundidade, mas em todos os seus

ângulos e aspectos, dependendo dependendo dos fins a que se destina”. c) Co Comp mpar ara avo vo:: Consiste em invesgar coisas ou fatos e explicá-los segundo suas semelhanças e suas diferenças. Geralmente o método comparavo aborda duas séries de natureza análoga tomadas de meios sociais ou de outra área do saber, a m de detectar o que é comum a ambos. Este método é de grande valia e sua aplicação se presta nas diversas áreas das ciências, principalmente nas ciências sociais. Esta ulização deve-se pela possibilidade que o estudo oferece de trabalhar com grandes grupamentos humanos em universos populacionais diferentes e até distanciados pelo espaço geográco. (FACHIN, 2001, p.37). d) Etnogr Etnográfc áfco o: Estu Estudo do e desc descri riçã ção o de um po povo vo,, su suaa lílíng ngua ua,, ra raça ça,, religião, cultura... e) Esta Estas sco co:: Método que implica em números, percentuais, análises estas est asca cas, s, pro probab babili ilidad dades. es. Qua Quase se sem sempre pre ass associ ociado ado à pes pesqui quisa sa quantava. Para Fachin (2001, p. 46), este método se fundamenta nos conjuntos de procedimentos apoiados na teoria da amostragem e, como tal, é indispensável no estudo de certos aspectos da realidade social em que se pretenda medir o grau de correlação entre dois ou mais fenômenos. Para o emprego desse método, necessariamente o pesquisador deve ter conhecimentos das noções básicas de estasca e saber como aplicá- las.

Exercícios

1. Defina o termo “Método”! 2. Discuta o conceito método de pesquisa. 3. Indique os elementos a observar no método de pesquisa. 4. Quais os métodos de pesquisa por si estudados? Estabeleça a

diferença de cada um deles. 5. O que é o Método cienco hipotéco-deduvo

UNIDADE Temáca 4.2 Éca na Pesquisa

 

Introdução Nesta unidade temáca, pretendemos que você tenha um domínio sobre os métodos de pesquisa. Ao completar esta unidade, você será capaz de:  



Idencar os principais factores da éca na pesquisa



Caracterizar os diferentes aspectos da éca na pesquisa

Objecvos

Éca e responsabilidade na pesquisa Segundo Teixeira (2000) as directrizes básicas em pesquisa cienca fora foram m es esta tabe bele leci cida daas as pe pela la pr prim imeir eiraa ve vezz em 19 1947 47,, no Có Códi digo go de Nure Nu remb mber erg, g, no qu qual al c cou ou de den nid ido o qu quee se seri riaa in indi disp spen ensá sáve vell o consenmento do parcipaente de pesquisa clínica. Este código nha com principal nalidade controlar atrocidades comedas pelo regime nazista. Em 1964, foi redigida a declaração de Helsinque pela Organização Médica Mundial que estabelece os princípios orientadores da pesquisa médi mé dica ca e em 1982 1982 as Dire Direct ctri rize zess Inte Intern rnac acio iona nais is para para pe pesq squi uisa sass Biomédicas, que envolvem seres humanos. A preocupação com as questões écas surge quanto a ciência, ou os seuss pes seu pesqui quisad sadore ores, s, ext extrap rapola olam mcom osseres lim limite ites s da dig dignid nidade ade hum humana ana,, principalmente nas experiências humanos.

 

Um dos grandes princípios na pesquisa é o consenmento esclarecido dos envolvidos, dos parcipantes. Tal deve ser feito com clareza e uma linguagem acessível. Normalmente, em todas as pesquisas no momento de colecta de da dado doss é impo import rtan ante te te terr em mã mãos os um umaa cart cartaa de ap apre rese sent ntaç ação ão (credenci (cr edencial). al). Se os infor informant mantes es for menor menor,, uma auto autorizaç rização ão expre expressa ssa do encarregado ou responsável. É preciso ter em conta que o pesquisador ao lidar com a pessoa humana deve preservar sempre a sua dignidade. Ademais, a ciência não é feita apenas de certezas, mas também de erros, que quanto comedos em humanos podem deixar sequelas graves. Hoje, o debate sobre a éca na pesquisa ange também outros seres animais. Os principais aspectos écos que devem fundamentar a realização das pesquisas ciencas são: 1. A legalidade legalidade:: a observância das normas dos comités de éca da área cienca em referência; 2. O profssionalismo profssionalismo:: manifestado na verdade racional e delidade aos factos e na busca de conhecimentos sólidos; 3. A confdencialidade e privacidade privacidade:: que consiste na não ulização dos dados/resultados em prejuízo das comunidades e pessoas pesquisadas; 4. A boa éé ou confança confança:: manifestada no consenmento livre e esclar esc lareci ecido, do, na liberd liberdade ade de parc parcipa ipação ção da dass pes pessoa soass sem represálias; 5. O respeito pela integridade das pessoas; 6. O retorno dos dados: dados: assumindo-se o compromisso de que os parcipantes sejam informados sobre os resultados da pesquisa; 7. O não plágio: plágio: em nenhum momento o pesquisador deve se apropriar do trabalho intelectual de outrem com sendo seu.

Importancia da Éca na Cesquisa Cienfca

“Ciência sem consciência – a importância da éca na pesquisa cienca”.

O analista do Kings College Fellipe Gracio em seu artigo “Scientists can’t claim to be neutral about their discoveries”publicado no

 

“The

 

Conversation” nos brinda com uma reflexão de visceral importância sobre a éca aplicada às pesquisas. Nesse argo ele quesona o quanto de isenção um ciensta pode alegar, quando por m suas descobertas são mal aplicadas e podem representar um perigo para a humanidade. Essa se Essa sens nsaç ação ão pe pers rseg egue ue a hi hist stór ória ia hu huma mana na,, de desd sdee qu quee in inven vento toss magnícos como o navio, o automóvel e o avião, foram transformados em máquinas de guerra. Ou mes mesmo mo ant antee as brumas brumas rad radioa ioava vass de Hir Hirosh oshima ima e Nag Nagas asaki aki — Oppenheimer — o pai da bomba atômica — num discurso emocionado se autodenominar “a morte, o destruidor de

mundos”.

Figura 1: "bomba_nuclear" Isso apenas para citar alguns poucos exemplos. À medida que a pesquisa cienca afeta o mundo convém carmos de sobreaviso. Isso por que a ciência é feita por pessoas. E todas as pessoas, pess oas, mesmo send sendo o cien cienstas stas,, possu possuem em inter interesses esses,, inten intenções ções e ambi am biçõ ções es.. Pa Para ra ag agra rava varr es esse se qu quad adro ro,, a ci ciên ênci ciaa é n nan anci ciad adaa po porr governos e por empresas — cujas polícas podem nem sempre visar o bem co com mum  – ent entend endend endo o ess essaa exp expres ressã são, o, em seu sen sendo do mai maiss amplo como sendo o bem, em sua essência, estendido para toda a humanidade. Fica cada vez mais claro que pesquisa cienca atual, em seus passos

mais decisivos, está condicionada às regras de nanciamento, às

 

expectavas sobre seus resultados e às forças sociais e de instuições que moldam seus rumos. Ora vejamos:

• •

Ninguém investe sem a expectava de ganhar dinheiro com seu invesmento; Mesmo moralmente condenadas, a ambição e a ganância connuam a ditar as regras do mercado também no século XXI.

Ou não? Na década década de 19 1950 50,, qu quan ando do Jo Jona nass Sa Salk lk — um dos cienstas que parcipou do desenvolvimento da vacina contra a poliomielite — foi quesonado sobre se ele patentearia a vacina. Ele respondeu com outra pergunta:

— Você poderia patentear o sol? Em outras palavras: Pod Po de um ci cien ens sta ta pro rop por ou ac aceeit itar ar a pr priv iva aza zaçã ção o de um conhecimento que benefciaria a todos? Existem duas linhas de pensamento sobre essa questão: O primeiro viés advém de empresas (e de governos) que comercializam ciência e tecnologia e são detentores de muitas patentes. Seu principal argumento pode ser assim resumido: Como o in Como inve ves sme ment nto o em pr prog ogra rama mass de pe pesq squi uisa sa cie ien nc caa é extremamente oneroso, tanto para empresas quanto para nações é natural oferecer garana para os invesdores de que ocorrerá o retorno desses invesmentos. E tais garanas passam invariavelmente pela reserva de mercado e obviamente a privazação das descobertas, protegidas por leis de propriedade intelectual. O argumento contrário à privazação dos resultados aponta que a restrição do uso de muitas descobertas atrapalha o aperfeiçoamento da própria descoberta, além de reprimir a inovação e o desenvolvimento de novos produtos. Além de que, ao negar o benecio a outro ser humano se estaria também pracando uma forma de desumanidade. Por exemplo, A indústria farmacêuca Novars tentou bloquear recentemente a fabricação na Índia de um medicamento genérico aplicado na terapia do câncer.

 

Joseph Sglitz, prêmio Nobel de Ciências Econômicas, tem uma posição radicalmente contra as leis de propriedade intelectual. Ele enfaza que essa práca visa apenas garanr lucros exorbitantes para as desenvolvedoras, que por congelamento do desenvolvimento cienco, cerca-se de não haver concorrência. Pela lei dos mercados é fácil observar o que se resulta de um mono mo nopó pólilio, o, se seja ja em qu quee ár área ea fo for. r. El Elee dá o ex exem empl plo o da My Myri riad ad Genec Gen ecs, s, uma emp empres resaa que ale alegou gou pro propr prieda iedade de int intele electu ctual al sob sobre re genes humanos. Este é um exemplo extremo, mas suas observações são amplamente aplicáveis . Ele explica que, neste caso:

Genecistas têm argumentado que o registro de patentes sobre os genes realmente realmente tende a imped impedir ir o aperf aperfeiçoa eiçoamento mento de vário várioss test testes es genécos (como prevenção de doenças genécas, por exemplo), e de modo geral, interferir com o avanço da própria ciência. Todo o progresso cienco é fundamento em conhecimento. Ao torn to rnar ar-- se es esse se co conh nhec ecim imen ento to me meno noss di disp spon onív ível el im impe pede de-s -see o progresso, ou na melhor das hipóteses, torna-o menos imediato. É fácil observar que o ciensta está no centro deste processo e ele não pode mais se furtar das questões écas envolvidas em seu trabalho. Não pode mais evadir-se das questões pernentes sobre a natureza do progre pro gresso sso cie cien nco, co, sob sobre re as dec decisõ isões es de na nanci nciam ament ento o de sua suass pesquisas, ou quais forças estão por trás dos ditos invesdores e quais são os interesses que servem. Eu mesmo, não canso de reper para meus alunos, que nossas decisões sobre as nossas carreiras afetam não só nossas vidas, mas também a dos que nos cercam. Eu como ciensta não posso alegar neutralidade em questões como esta. Nenhum ciensta pode. E se Jo Jona nass Sa Salk lk v ves esse se de deci cidi dido do tr trab abal alha harr pa para ra um umaa em empr pres esaa armacêuc arma cêucaa e pate patenteas nteasse se a vacin vacinaa cont contra ra a poliom poliomielit ielite? e? Quan Quantas tas pessoas morreriam, ou teriam sequelas por toda a vida? Considere-se uma questão relevante para o futuro: Se uma vacina contra a malária ou contra AIDS fosse desenvolvida, deveria ser protegida por registro de patentes, de tal forma que os

 

preçoss des preço desse se mon monopó opólio lio max maximi imizas zassem sem sua rec receit eita, a, ma mass não seu seuss resultados na saúde pública? De mod modo o mai maiss ger geral: al: os cie ciens nsta tass pod podem em rea realme lmente nte jus jusc car ar os resultados previsíveis dos projetos em que estão envolvidos? O que deve ser eito, então, para maximizar o benecio da ciência visando o bem comum? Para começar, podemos educar os cienstas e também scalizá-los. E para isso é necessário que o cidadão busque inteirar-se do que vem a ser ciência e de qual é o real trabalho do ciensta. É preciso que cada um busque entender as decisões tomadas tanto pelos cienstas quanto pelas instuições de pesquisa e querer fazer parte delas. É legímo e necessário pedir aos cienstas e aos acadêmicos, e também às instuições, que jusquem o uso que dão aos fundos de invesmentos em pesquisa; É justo scalizar as ações privadas e públicas nos programas sociais, e debater as prioridades polícas na esfera pública. E também submeter as decisões sobre a invesgação cienca e suas metas de trabalho ao escrunio da sociedade. A ciência é uma força incrivelmente poderosa que consome uma grande quandade de recursos, por isso precisamos ter certeza de que está sendo orientada numa boa direção e para tal é necessário que cada cidadão procure cumprir com o seu papel.

1. Aponte dois movos pelos quais a necessidade da introdução da éca na pesquisa.

Exercícios

2. Indique um facto real da ignorância total da éca na pesquisa. 3. realização das pesquisas ciencas. 4. Discu Discuta ta o termo “inte “intergrida rgridade de a acadé cadémica” mica”.. 5. Fale da importância da éca na invesgação cienca. 6. Que aspectos écos são importantes a observar na realização da 7.

pesquia?

 

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