Modelos pedagogicos

June 23, 2018 | Author: gazoile | Category: Pedagogy, Learning, Psychology & Cognitive Science, Cognition, Philosophical Science
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Descrição: Modelos pedagógicos...

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Formadora: Isabel Marçalo







Objetivos Identificar os modelos psicopedagógicos adequados a creches e jardins de infância. Identificar os fatores e reconhecer a importância da organização dos espaços e atividades pedagógicas.

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Conteúdos Percursores da educação pré-escolar Principais correntes pedagógicas no período contemporâneo ◦ ◦ ◦ ◦



Movimento educação nova Pedagogia da educação popular Pedagogia não diretiva Pedagogia construtivista

Modelos Pedagógicos e organização dos espaços educativos



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Na Grécia antiga distinguem-se dois grandes sistemas de ensino; Educação de Atenas e a Educação Espartana: A educação espartana, estava concentrada nas mãos do Estado e era uma responsabilidade obrigatória do governo. Objetivo: Fazer bons soldados Método educativo:

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Os recém-nascidos eram examinados por um conselho de anciãos que ordenava eliminar os que fossem portadores de deficiência física ou mental ou não fossem suficientemente robustos A partir dos 7 anos de idade, os pais (cidadãos) não mais comandavam a educação dos filhos. As crianças eram entregues à orientação do estado que tinha professores especializados para esse fim. Os jovens viviam em pequenos grupos, levando vidas muito austeras, realizavam exercícios de treino com armas e aprendiam as táticas de guerra



As mulheres recebiam educação quase igual à dos homens, participando dos torneios e atividades desportivas. O objetivo era dotálas de um corpo forte e saudável para gerar filhos sadios e vigorosos. Consistia na prática do exercício físico ao ar livre, com a música e a dança relegadas para um segundo plano.



Objetivo: Equilíbrio entre o desenvolvimento do corpo e do espírito: “Corpo são em mente sã”

Método educativo: - Em Atenas a educação da criança durante os primeiros 7 anos estava inteiramente a cabo da família.





Geralmente a criança era entregue aos cuidados de amas e escravos, logo que tivesse idade adequada era entregue aos cuidados de um pedagogo, (os pedagogos eram escravos ou servos a quem os Atenienses confiavam as crianças). De acordo com o seu estatuto social o menino ateniense era ensinado nas artes da retórica, dialética, música e ginástica.



Na Idade Média, a infância terminava para a criança ao ser esta desmamada, o que acontecia por volta dos seis a sete anos de idade. A partir dessa idade, ela passava a conviver definitivamente com os adultos. Acompanhava sempre o adulto do mesmo género e fazia o mesmo que eles: trabalhava, frequentava os mesmos ambientes.



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Objetivo: Educação para a moral e bons costumes, para que pudessem ser bons trabalhadores. Método educativo Era costume mandar os filhos para casa de amigos mesmo nobres, ou de um mestre em algum ofício, para aprenderem a ser adultos e a ter uma profissão. Acreditavam que as crianças aprendiam com a prática.







As meninas também eram trocadas entre as famílias para aprenderem a serem donas de casa até que casassem, por volta dos 13 a 14 anos. No decorrer da idade média generalizam-se as escolas internas, na sua maioria de cariz religioso, com ensinos diferenciados para menino e menina. Eram, na sua maioria, escolas muito rígidas não havia preocupação com a formação integral das crianças.





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Objetivo: desenvolvimento intelectual e espírito crítico, retorno das ideias gregas “corpo e mente sã” Método de ensino Valorização do “mundo infantil”, da inocência e do mimo. A Mãe passa a ser a principal cuidadora aliada do médico, trata da saúde e higiene da criança





Apesar de existirem várias orientações é privilegiada uma educação humanista, com cariz científico A educação da jovem deixa de ser um assunto secundário, uma vez que a Mãe adquire um estatuto fundamental na criação da criança.

Principais correntes pedagógicas no período contemporâneo



Modelo da Escola Tradicional



. Modelo da Escola Nova



. Modelo da Escola Ativa



. Modelo da Escola Construtivista

… E cria os homens do amanhã





Este modelo, inspirado nas organizações militares e fabris, desenvolveu-se ao longo do século XIX, e ainda hoje subsiste em muitas organizações escolares, sobretudo ao nível das práticas quotidianas.

Tipo de Gestão. A importância atribuída à ordem externa e à disciplina normativa são dois aspetos que caracteriza o modelo organizativo desta escola. Possui poucas e claras estruturas organizativas, sendo estas de tipo linear, verticais e normativas





A autoridade não se questiona, nem se discutem as decisões. O protótipo de gestor destas escolas, identifica-se com o burocrata autoritário, cuja principal preocupação é o controlo da aplicação dos programas e ordens emanadas do Estado. Relação Professor-Aluno. Trata-se de um modelo que centra as suas preocupações na submissão dos alunos, na memória destes para reter ordens, normas recomendações, mas também na disciplina, obediência e espírito de trabalho.





A instrução tende a ser magistral e a cultura transmite-se compulsivamente. A relação é a de superior-adulto que ensina a inferior-aluno que aprende mediante a instrução, e em clima de forte disciplina, ordem, silêncio, atenção e obediência em relação aos valores vigentes. Os programas são centralizados. O professor tem pouca capacidade de variação dos conteúdos programáticos. O controlo é feito através de exames nacionais, e por um conjunto de provas de seleção entre os diferentes níveis de ensino.





Materiais Didáticos. O modelo está centrado nos livros de texto repletos de conteúdos informativos e conceptuais, fragmentados de forma a serem mais facilmente memorizados.

Avaliação dos alunos. controlo da aprendizagem realiza-se unicamente mediante exames, que refletem a capacidade retentiva e acumuladora dos alunos.





Processo Didático. Preconizam-se os métodos dedutivos de ensino-aprendizagem, ora como nunca há tempo par concluir os programas, o aluno fica sempre numa fase abstrata, sem qualquer ligação com a sua vida. A preocupação central do professor concentra-se na memorização e a repetição dos conceitos.



Se o modelo de ensino em esparta criava guerreiros, em Atenas políticos no renascimento cientistas e curiosos… Que crianças criamos com o sistema tradicional?





A Escola nova, também chamada de Escola Ativa ou Escola Progressiva, foi um movimento de renovação do ensino, que surgiu no fim do sec. XIX e ganhou força na primeira metade do sec. XX . A melhor forma de a identificar é ver o modo como nela são valorizada as interações com o meio social e se procura enriquecer as vivências do alunos incorporando no curriculum a cultura circundante.

A escola deve ser laica e acessível a todos independentemente da classe social. Método de ensino - As escolas deviam deixar de ser meros locais de transmissão de conhecimentos e tornar-se pequenas comunidades. - Fala-se pouco em disciplina, mas muito em convivência, dando-se uma enorme importância à participação, autogestão e autorresponsabilidade. -





Tipo de Gestão. Requer um tipo de direção próximo do modelo de animador sociocultural, participativo e autogestionário. Relação Professor-Aluno. Parte-se do princípio que o aluno é o centro da escola, o protagonista principal do processo de ensino aprendizagem, em torno do qual se desenvolvem os programas curriculares e a atividade profissional do docente.





O professor é o orientador do processo educativo. Os princípios que regem as relações sociais na escola são: atividade, vitalidade, liberdade, individualidade e coletividade, estreitamente relacionados entre si. Processo Didático. O processo de ensinoaprendizagem tem como centro de interesse a atividade, no que coincide com o modelo da escola ativa. mas a experiência do aluno serve, neste caso, de base para a educação intelectual.





Materiais Didáticos: Diversificam-se, os livros não deixam de ser importantes, mas surgem outros materiais que podem ser experimentados uma vez que é introduzido o conceito de manipulação como princípio da aprendizagem. Reforçando a ligação entre a teoria e a prática é dada grande importância aos trabalhos manuais. Processo didático: O professor conduz o processo de aprendizagem partindo da experiência do aluno, da observação, da manipulação, de atividades sobre realidades concretas como forma de se atingir, através do método indutivo, a abstração.



Avaliação. A avaliação é de natureza qualitativa.

Esta escola surge como reação à escola tradicional, levando até às últimas consequências a escola nova, nomeadamente no modo como privilegia as atividades no processo educativo. Surgiu a partir dos anos 20.



Tipo de Gestão. Trata-se de um modelo escolar assente numa grande interação de todos os elementos que compõem a comunidade escolar. O poder está muito repartido. A discussão, torna-se num elemento essencial na gestão, na medida que se procura obter contínuos consensos. As estruturas organizativas são mínimas, funcionando sempre na perspetiva do apoio às várias atividades em curso. Requer uma direção apostada na animação e negociação. O controlo global é confiado a toda a comunidade escolar



Relação Professor-Aluno. O professor remete-se para uma posição de facilitador de um processo de aprendizagem que é da iniciativa do aluno. A criatividade, a iniciativa, a liberdade individual, a ação, a descoberta são valores que presidem a todas as relações de ensino - aprendizagem.



Relação Professor-Aluno. O professor remete-se para uma posição de facilitador de um processo de aprendizagem que é da iniciativa do aluno. A criatividade, a iniciativa, a liberdade individual, a ação, a descoberta são valores que presidem a todas as relações de ensino - aprendizagem.





Processo Didático. A aula é convertida numa oficina, onde os alunos aprendem destrezas, hábitos, técnicas para descobrir o mundo. A elaboração de quadros conceptuais são desta forma secundarizados face às atividades de realização de coisas. Materiais Didáticos. Como na escola nova não existe um livro de textos. Nesta escola são os próprios alunos que constroem os seus próprios recursos educativos, com a ajuda do professor.





Processo Didático. A aula é convertida numa oficina, onde os alunos aprendem destrezas, hábitos, técnicas para descobrir o mundo. A elaboração de quadros conceptuais são desta forma secundarizados face às atividades de realização de coisas. Materiais Didáticos. Como na escola nova não existe um livro de textos. Nesta escola são os próprios alunos que constroem os seus próprios recursos educativos, com a ajuda do professor.



Avaliação. Não existe esta função. O importante é o próprio processo de aprendizagem.



Avaliação. Não existe esta função. O importante é o próprio processo de aprendizagem.

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Construa um quadro síntese / comparativo tendo em conta os seguintes itens: Título do movimento Enquadramento Tipo de gestão Processos didáticos Materiais didáticos Avaliação Aspetos a destacar / inovações principais

Principais correntes pedagógicas no período contemporâneo A Educação Popular e o Modelo Construtivista



A Educação Popular é um método de educação que valoriza os saberes prévios do povo e suas realidades culturais na construção de novos saberes. Está implicada com o desenvolvimento de um olhar crítico, que facilita o desenvolvimento da comunidade que o educando está inserido, pois estimula o diálogo e participação comunitária, possibilitando uma melhor leitura de realidade social ,política e económica.





A principal característica da Educação Popular é utilizar o saber da comunidade como matéria prima para o ensino , valorizando todos os sujeitos sociais nesse processo.

A educação popular pode ser aplicada em qualquer contexto, mas as aplicações mais comuns ocorrem em assentamentos rurais, em instituições socioeducativas, em aldeias indígenas e no ensino de jovens e adultos.



Relação professor – aluno - Nesse modelo o professor é um auxiliar do aluno, um facilitador. O aluno é visto como independente no seu processo de aprendizagem e detentor de um conhecimento e/ou de habilidades a priori que determinam sua aprendizagem. O professor deve interferir o mínimo possível, o professor não ensina, o aluno é que aprende.



Relação professor – aluno - Nesse modelo o professor é um auxiliar do aluno, um facilitador. O aluno é visto como independente no seu processo de aprendizagem e detentor de um conhecimento e/ou de habilidades a priori que determinam sua aprendizagem. O professor deve interferir o mínimo possível, o professor não ensina, o aluno é que aprende.



Este modelo aparece associado às contribuições no domínio da psicologia cognitivista de Jean Piaget, mas também de Bruner, Novak, Ausebel, Eliot e outros. Irrompe nos anos 60, quando se começa a falar da necessidade de ensinar aos alunos o processo da sua própria aprendizagem, ensinar a aprender, o que implica diversificar os conteúdos do curriculum. E dar importância a aprendizagens significativas.



Este modelo aparece associado às contribuições no domínio da psicologia cognitivista de Jean Piaget, mas também de Bruner, Novak, Ausebel, Eliot e outros. Irrompe nos anos 60, quando se começa a falar da necessidade de ensinar aos alunos o processo da sua própria aprendizagem, ensinar a aprender, o que implica diversificar os conteúdos do curriculum. E dar importância a aprendizagens significativas.



Tipo de Gestão. Trata-se do modelo de uma escola cuja atividade se centra em torno de um projeto educativo comum, e de um projeto curricular que sistematiza a vida da escola. Todas as estruturas da escolas são envolvidas na aprovação dos seus documentos essenciais, assim como na sua avaliação. Esta gestão requer uma direção dirigida para a planificação, a animação do processo, a gestão dos recursos e estruturas, procurando suscitar permanentes consensos.



Relação Professor-Aluno. O professor é um mediador no processo de ensinoaprendizagem. Compete-lhe programar, orientar, organizar, proporcionar recursos, e animar as diferentes atividades prosseguidas pelos alunos; não é um mero instrutor, nem um simples avaliador. Ele ajuda o aluno a relacionar os novos conhecimentos com os anteriores, deixando que este controle todo o processo.



Processo Didático. O aluno avança no conhecimento com a mediação do professor através da planificação e organização dos recursos ( tempo, materiais, conhecimento das suas capacidades), a ação (atividades que conduzem à descoberta) e o controlo, que permite refletir e observar a própria prática. O processo didctico fundamenta-se na aprendizagem significativa e numa metodologia inspirada na investigação-ação.





Materiais Didáticos. Os manuais escolares e outros suportes de carácter instrumental são transformados em projetos curriculares a desenvolver na prática da aula. O aluno que enfrenta situações de aprendizagem diferentes necessita de materiais curriculares variados, e adequados às novas situações. Avaliação dos Alunos. Parte do pressuposto que, em educação, os progressos da aprendizagem amadurecem muito lentamente, não se manifestam de maneira imediata. Por conseguinte é necessário relativizar a avaliação como medida de um produto, importa mais o prosseguimento do processo, valorizamos capacidades adquiridas no processo.

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