Modelo Documento DGRV APAEB 1202

August 17, 2018 | Author: Philipp Teles von Hauenschild | Category: Solar Energy, Investing, Photovoltaics, Cooperative, Economics
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Descrição: Case de consultoria em Cooperativa de Energia Solar....

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Documentos DGRV

ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA

Salvador, Salvador, 08.02.2016 DGRV – Confederação Alemã de Cooperativas

ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA Ano 2016

Elaborado por:

Marco Nowak, Consultor

Com apoio de:

Philipp Teles von Hauenschild, Consultor

ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA Ano 2016

Elaborado por:

Marco Nowak, Consultor

Com apoio de:

Philipp Teles von Hauenschild, Consultor

ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA Ano 2016

Sumário Executivo Este pioneiro projeto é essencial para tornar as atividades da APAEB e possivelmente da cidade de Valente BA mais competitivas e sustentáveis, tanto financeiramente quanto em termos de desenvolvimento local. A forma técnica ideal de fornecimento de eletricidade para as atividades fabris da APAEB é um projeto SolarHíbrido. Isto se justifica através da economia em relação ao atual sistema de geradores

a diesel e as limitações provindas da atual relação com a COELBA. Sua viabilidade é otimizada via o financiamento por uma linha de crédito para projetos em energias renováveis, que poderá ser acessada acessad a de forma recorrente, tanto na execução do projeto, quanto em ampliações e eventuais manutenções. O projeto se apresenta como uma grande conquista para todos os envolvidos, ao se tratar de um projeto de geração de eletricidade solar pioneiro com alto potencial de aplicação em diversos gêneros de associações e cooperativas no Brasil e internacionalmente. A expansão do sistema fotovoltaico mais indicada, é através de uma nova cooperativa de energia solar com módulos de alta performance, onde a APEB, bem como os seus cooperados e outros residentes da cidade participariam. Esta forma, diluindo o investimento em taxas de investimento proporcionais para os cooperados, é justificada pela já existente habilidade de organização local.

ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA Ano 2016

Executive Sumary Dieses solare Pionierprojekt ermoeglicht der Sisal-Genossenschaft APAEB in Valente BA die Stärkung ihrer Wettbewerbsfähigkeit und erhoeht gleichzeitig deren Nachhaltigkeit im Produktionsproczess. Das gilt sowohl in finanzieller Hinsicht als auch bezüglich der Wirtschaftentwicklung der Region Valente BA. Basierend auf der aktuellen Situation der Stromgewinnung der APAEB thermische Stromerzeugung durch 2x Dieselgeneratoren und fehlender Stromanschluss an das öffentliche Stromnetz des lokalen EVUs (COELBA) - kommt die Studie zum Schluβ,

daβ

eine

Solar-Hybrid Lösung  (Photovoltaik

in

Kombination

mit

Dieselaggregat) die ideale Form der Stromproduktion für die Versorgung des Produktionsprozesses der APAEB darstellt. Es werden in Brasilien verschiedene Kreditlinien angeboten, die zur Finanzierung der Solarinvestition verwendbar sind. Die vorgestellte Solar-Hybrid Lösung ist grdstzl. auch anwendbar fuer weitere Energieverbände und -genossenschaften in Brasilien. Um die Nutzung von Solarenergie in Valente BA weiter auszubauen ist es sinnvoll eine neue Energiekooperative zu gruenden, an der die APAEB, ihre Mitglieder und die Stadt Valente BA beteiligt sein sollten. Die massgebliche Art der Stromgewinnung in diesem Kontext sind netzgebundene PV-Systeme (PV On-Grid). Die genossenschaftliche Struktur erlaubt es das notwendige Investitionsvolumen in proportionale Anteile ueber die Mitglieder zu verteilen und rechtfertigt sich durch die schon bestehende Expertise mit genossenschaftlichen Strukturen in Valente BA.

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Lista de Abreviaturas

 ABNT

Associação Brasilira de Normas Técnicas

 ANEEL

Agência Nacional de Energia Elétrica

 APAEB

 Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira

 APL

Arranjo Produtivo Local

BNB

Banco do Nordeste Brasileiro

BNDES

Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social

CDC

Crédito Direto ao Consumidor

COFINS

Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

DHYBRID FRS

DHYBRID Fuel Reduction System

DGRV

Confederação Alemã de Cooperativas

EPE

Empresa de Pesquisa Elétrica

FNE

Fundo constitucional de Financiamento do Nordeste

GTM

Green Tech Media

IPTU

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços Imposto Predial Territorial Urbano

KWh

Kilowatthora

kVA

Kilovoltampere

KWp

Kilowatt peak

NBR

Norma Brasileira

PIS

Programa de Integração Social

Prodecoop

Programa de Desenvolvimento de Cooperativas

PRODEEM

Programa de Desenvolvimento Energético de Estados e Municípios

Prodist

Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica

REN

Resolução Normativa

ROI

Retorno de Investimento

ICMS

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SIN

Sistema Integrado Nacional de Energia

SINAENCO

Sindicado dos Arquitetos e Engenheiros

Wp

Watt peak

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Conteúdo  Apresentação .......................................................................................................................... 8 1 Ambiente Atual da Energia Solar no Brasil  ..................................................................... 9 2 Ambiente Atual da Energia Solar no Estado da Bahia ............................................... 17 3 Viabilidade Técnica e Financeira  .................................................................................... 20 4 Possíveis Fontes de Financiamento  .............................................................................. 30 5 Possíveis Estruturas Organizacionais do Projeto  ........................................................ 33 6 Possível Extensão do Projeto para Fornecer Energia Solar a Micro e Pequenos Empresários da Cidade de Valente  ................................................................................... 36 Referências ............................................................................................................................. 38

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Apresentação

Este estudo se propõe elaborar alternativas para um projeto de energia solar para a Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira,  APAEB, diante dos aspectos jurídicos, financeiros, organizacionais e técnicos viáveis. Inicialmente, uma abordagem descritiva sobre a indústria solar no Brasil e na Bahia estabelece as bases contextuais institucionais e legais deste estudo. Em seguida os aspectos técnicos operacionais são analisados, formando uma sólida estrutura para as propostas de financiamento do projeto, bem como as alternativas de organização e alternativas de expansão, visando assim a sustentabilidade e impacto social sistêmico da iniciativa proposta.  As fontes deste trabalho provêm de organizações de notoriedade na área de energia e cooperação, como o Instituto Ideal e a DGRV, para uma maior acuidade de dados. Dado a redução de custos em relação a atual situação, o estudo conclui que um sistema Solar-Híbrido para a APAEB é a forma mais recomendada de sustentar as atividades

fabris da associação. Através desta alternativa é possível trazer desenvolvimento econômico e sustentável para a cidade de Valente via a autossuficiência energética da  APAEB. Além disso, como alternativa a ampliar o impacto do projeto, é possível a capacitação de parte da população em instalações solares.

Instalação Solar Híbrida de 1.1 MW na Namíbia com sistema DHYBRID

1 Ambiente Atual da Energia Solar no Brasil O Brasil apresenta uma constante evolução dos incentivos e estruturação de mercado para o desenvolvimento da energia solar, guiada principalmente por crescente escala de mercado e atualizações nas legislações e normas relacionadas. Apesar disso, a capacidade instalada de energia solar, ainda se encontra muito distante do potencial do país como se apresenta no estudo da EPE, Inserção da Geração Fotovoltaica Distribuída no Brasil. Esta Nota Técnica utiliza a metodologia para o levantamento do Hohes Potential für PV-Lösungen in Brasilien

potencial técnico da geração distribuída através da energia fotovoltaica desenvolvida por LANGE (2012) e se baseia em três variáveis preponderantes: 1) mapeamento do recurso solar, i.e., os níveis de irradiação solar no país; 2) a área de telhado disponível para

Wettbewerbsfähige Preise der PVSysteme

instalação de sistemas fotovoltaicos; e 3) a eficiência na conversão do recurso solar em eletricidade. Os principais dados usados são a irradiação solar calculada pelo Instituto Nacional de Pesquisas

Klare PVRegulierung

Espaciais (INPE) e o censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A unidade básica da análise é o setor censitário 2 do IBGE.  A Nota Técnica conclui que somente no estado da Bahia o potencial representa o equivalente para um consumo de 40 a 69 GWh/dia. Quando contrastado com o consumo da potência instalada no país, 28 a 30 GWh/ano, percebe-se o quão distante a geração distribuída está do seu potencial. Desenvolvimento do mercado de energia fotovoltaica (FV) com Sistema de Compensação (Net-Metering)

 Ano 2013 2014 2015 (Estimado) Total

Sistemas Fotovoltaicos com Net-Metering 31 257 1.300

Potência Instalada (MWp) 0,2 3,6 15,0

>1.500

>18,5

FONTE: ANEEL 11/2015

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Potencial Técnico de geração fotovoltaica em telhados residenciais por Unidade da Federação (GWh/dia)

FONTE: EPE/GIZ 2012

Situação da Regulamentação PV-Regelwerk der Netzagentur ANEEL Steuervergünstigung und –anreize

Segundo o relatório “Renewable Energy in Latin America 2015: An Overview of Policies”, elaborado pela Agência Internacional de

Energias Renováveis, o Brasil inicia o apoio institucional à energia solar através dos Programas Nacionais e, em seguida, através das normas publicadas pela ANEEL. As Resoluções Normativas da

Normen

 ANEEL se iniciaram determinando a possibilidade de geração familiar de energia fotovoltaica ligada ou não ao SIN, Sistema Integrado Nacional, apoiando a instalação de sistemas em comunidades isoladas no âmbito do PRODEEM, Programa de Desenvolvimento Energético de Estados e Municípios. Em seguida, uma evolução da regulamentação brasileira se concretizou através da instauração dos leilões federais dedicados

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a este tipo de energia e iniciativas de isenção como o IPTU Verde (municipal), isenções de ICMS (estadual) e PIS / COFINS (federal).  Apesar deste início, é a partir da Resolução Normativa 482/2012 e sua recente atualização que a geração de energia solar em cooperativas e associações se torna juridicamente sustentada. Hoje, segundo a ANEEL e a ABNT, a energia fotovoltaica no Brasil é regulada por: Lei 9.429/1996  –  Estabelece as primeiras diretrizes de incentivo a energias renováveis e aufere a ANEEL a autoridade de regulamentação desse e dos outros tipos de energia.  ABNT NBR 11704 (2008)  – Tipifica os sistemas solares em puros ou híbridos, e em isolados ou conectados (à rede elétrica).  ABNT NBR 11876 (2010) – Especifica os requisitos para aceitação de módulos (módulos solares solares).  ANEEL Prodist – O Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional, Prodist, orienta a distribuição e instalação de sistemas de energia solares.  ABNT NBR IEC 62112 (2012)  – Orienta a avaliação das medidas de prevenção de ilhamento.  ANEEL REN 482 (2012) – Regula a micro e mini geração de energia, bem como o sistema de compensação de energia.  ABNT NBR 16149 (2013)  –  Requisitos e recomendações para conexão do sistema solar a rede de distribuição elétrica.  ABNT NBR 16150 (2013) – Orienta a verificação se a conexão entre o sistema e a rede de distribuição estão em conformidade com a  ABNT NBR 16149.  ABNT NBR 16274 (2014)  –  Documentação e requisitos para comprovação da segurança e operacionalidade da instalação solar.  ANEEL REN 687 (2015)  –  Atualiza a REN 482 e o Prodist para geração e distribuição de micro e mini geradores e sistema net-

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metering. Esta Norma detalha as formas de geração compartilhada e de utilização remota da energia gerada. Como se pode observar os órgãos regulatórios federais atualizam a estrutura normativa que favorece a geração solar em ritmo anual, restando somente, para um crescimento maior da indústria, mais iniciativas de incentivo fiscal e financeiro em níveis nacional, estadual e municipal.

Desenvolvimento de Preços da Energia O preço médio da energia solar no Brasil foi influenciado nos últimos Strompreisentwick-lung

anos pela relação cambial do real, inflação e potência, como aponta o estudo O Mercado Brasileiro de Geração Distribuída Fotovoltaica,

Preisentwicklung von PVSystemen

elaborado pelo Instituto Ideal. Como afirma este estudo, apesar da variação média de preço de R$ 8,69/Wp para R$8,81/Wp, houve uma redução do preço real médio de 6,5% para instalações de menor escala. Este mesmo estudo ainda observa uma grande variação de preços de acordo com diferentes empresas entrevistadas, variação esta, mais observada na região sudeste, como demonstrado no gráfico a seguir.  A evolução de preços na Bahia, por sua vez, acompanhou a evolução nacional, porém geralmente com um ajuste um pouco abaixo da média nacional. Como observado no gráfico a seguir, apesar desta diferença em relação aos outros estados, a tendência continua ser de aumento do preço de energia nos anos seguintes, baseado na inflação e conjuntura econômica do país.

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Evolução do Preço Comercial da COELBA

Preço Comercial MWH (R$) 1200 1032,98

1000 890,5

800

774,35 673,35

600 400

426,44

448,06

2013

2014

200 0 2015

2016

2017

2018

Preço Comercial MWH (R$)

O fato do encarecimento da energia, se torna ainda mais positivo para o projeto, quando comparado ao preço médio global de instalações solares mostrado no gráfico a seguir. Custos de Instalação Global

FONTE: IRENA, 2014

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Pode-se concluir através deste gráfico que o preço da energia solar brasileira está competitivo com a média global. Enquanto a média internacional está em aproximadamente USD 2,20/Wp a média nacional está, valores cambiais atuais, em USD 2,21/Wp. Em termos regionais isto é ainda mais positivo enquanto o preço médio da região Nordeste se encontra abaixo da média global em USD 1,93/Wp.  Apesar do alto condicionamento do custo brasileiro de energia solar ao câmbio, percebe-se uma estabilidade do preço médio brasileiro através de sua competitividade ante a média global.

Tendências  As tendências do setor nacionalmente se dividem em tendências em regulamentações e de mercado, assim como se baseiam em determinados elementos. Como anteriormente citado o fator cambial Tendenzen der Marktentwicklung und der Regulierungen

e escala de mercado estão acompanhados, segundo estudo Transações e Tendências do Setor de Energia (2014), elaborado pela Ernst & Young, pela entrada de grandes atores no mercado como a maior participação de empresas internacionais no mercado brasileiro e futuras instalações de outras fábricas de componentes na região sudeste. Além dessas três variáveis, a crescente prática de incentivo através das isenções do PIS/COFINS, de parcela do IPTU através do IPTU Verde e da isenção de ICMS estadual se conformam como os fatores determinantes das tendências de mercado e regulatórias. Em termos de mercado, o setor tende a manutenção do crescimento e equilíbrio dos preços entre regiões, diante da estabilização do câmbio, bem como da execução dos projetos de maior porte existentes,

principalmente

aqueles

habilitados

pelos

leilões

realizados. Esta tendência positiva de mercado indica uma predisposição ao surgimento de mais linhas de crédito para o setor, acompanhando iniciativas como o FNE e FNE Verde alimentado pelo BNDES e operado pelo Banco do Nordeste. Em termos regulatórios e de políticas públicas, há uma tendência de continuidade de incentivo ao setor, principalmente em nível

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subnacional por meio de isenções tributárias. Diante deste contexto,  junto à tendência de maior resistência e pressão política das outras classes energéticas, uma tendência de menor incentivo do governo federal, porém ainda com continuidade no desenvolvimento regulatório através da ANEEL, se mostra significativamente provável.

Chances e Riscos para o Desenvolvimento do Setor Os riscos do setor no Brasil se baseiam na volatilidade da moeda, no alto custo de capital (linhas de financiamento privadas caras), e no Risiken und Chancen fuer den brasilianischen PV-Markt

alto grau de influência política de grandes produtores de energia existentes (risco político). Por outro lado, as oportunidades para o desenvolvimento da energia solar no Brasil se sustentam na

Hohe Kapitalkosten

tendência a regulamentação mais flexível, infraestrutura de distribuição amplamente estabelecida, apelo político subnacional e

Politische Unwägbarkeiten

regional, e na tendência de crescimento do mercado, impulsionado pela injeção de capital no setor através das execuções dos leilões de

Gut ausgebautes Stromnetz

PV Groβprojekte im

Ausschreibungsverfahren

energia vendidos.  Apesar de o Brasil ter sido, ao lado da Índia, o único país emergente a ainda não ter iniciado o gasto de sua reserva de dólares, as políticas econômicas junto a falta de reforma fiscal tributária levaram a uma desvalorização da moeda. Esta variação cambial negativa se continuar a se desenvolver, pretere as importações sobre as quais o setor é altamente dependente, anulando a vantagem do setor enquanto o aumento dos preços de energia praticados. O segundo fator de risco, como observado pela GTM em seu estudo sobre o setor na região latino-americana, está no alto custo do capital observado no Brasil. Apesar de existirem alternativas de financiamento no Brasil, uma eventual continuidade dos elevados  juros praticados pela maioria dessas alternativas desacelera o ritmo de crescimento do setor, principalmente enquanto as alternativas viáveis para projetos de médio e grande porte existentes ainda são em sua maioria de origem pública. Por fim, o risco político se dá através da reação dos players existentes no setor de energia em face às regulamentações mais flexíveis e

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incentivos subnacionais a energia fotovoltaica. Isto não se torna aparente ainda pois a participação do setor solar na matriz energética brasileira é ainda pouco significativa. Porém, regulamentações que favorecem micro e mini geradores compartilhados e net- metering estão diretamente relacionados a uma reação maior dos grandes produtores via lobby, como observado atualmente no mercado estadunidense.  As oportunidades, por sua vez, eclipsam os riscos ao se basearem em fundamentos sólidos, dada a infraestrutura e regulamentação estabelecidas, aliado ao potencial e histórico crescimento do setor na região. A rede de distribuição brasileira e a constante evolução de normas e regulamentos tornam o país mais competitivo para receber novos investimentos no setor fotovoltaico. Especificamente a Norma da ANEEL 687 (2015) expande as oportunidades para arranjos de geração de energia solar compartilhada até 5 MW, o que se traduz em soluções para Arranjos Produtivos Locais (APLs), cooperativas, Micro e Pequenas Empresas e associações como a APAEB em Valente BA. A oportunidade de descentralização em geração compartilhada da energia, vinda com esta última normativa da  ANEEL, tende a basear a maior parte do mercado em curto e médio prazo. Matrix DAFO Debilidades

Ameaças

Custo do Capital

Instabilidade Política

Moeda Desvalorizada

 Aumento de Juros Pressão de Consessionárias

Fortalezas

Oportunidades

Níveis Solarimétricos

Interesse Político

Infra-estrutura e Regulamentação

Economia Resultante

Estabelecidas Encarecimento da Energia Elétrica

Geração Compartilhada

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2 Ambiente Atual da Energia Solar no Estado da Bahia  Acompanhando o ambiente nacional, o setor se desenvolve no estado da Bahia, apesar das limitações de acesso ao capital e escala de mercado ainda reduzida. Em termos de regulamentação Zunahme von PV Installationen

estadual estão as relacionadas às isenções de ICMS e de parcela do IPTU. A escolha de estabelecer seu escritório no estado feita por

Neue Kreditlinien

empresas internacionais, como a AXITEC Solar do Brasil, fabricante alemã de módulos solares de alta performance, demonstra o potencial

Ansiedlung von PV Firmen

do

estado

e

fundamentos

econômicos

sólidos,

como

a

homogeneidade da rede de distribuição e um ritmo de crescimento econômico acima dos indicadores nacionais como apontado pelo IBGE.

Situação da Regulamentação Status der PV Regulierung

Steuerliche Vergünstigungen auf Bundes-, Landes- und Gemeindeebene

 A regulamentação sobre geração, consumo e distribuição de energia no Brasil é de responsabilidade do governo federal. Portanto, a regulamentação em nível estadual se limita versarem sobre os incentivos estaduais e municipais para o setor.  A isenção de ICMS sobre a energia gerada por sistemas fotovoltaicos significa uma isenção de 27% em imposto. Já a política do IPTU Verde é uma iniciativa municipal de alguns municípios brasileiros que oferecem um abatimento de 10% a 20% do IPTU do imóvel que possui soluções sustentáveis como a energia solar. Apesar de apenas 4 municípios baianos (Salvador, Camaçari, Ilhéus e Barreiras) praticarem o IPTU Verde atualmente, a tendência é que este número aumente nos anos seguintes.

COELBA COELBA – Monopol Stromversorger in Bahia

 A COELBA, única operadora da rede de distribuição de energia na Bahia, tem todos os processos para a conexão e habilitação de sistemas solares bem estabelecidos. Sua rede é amplamente distribuída e em área relativa superior quando comparado aos estados da região nordeste. O processo de conexão do sistema a

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rede de distribuição pode variar em áreas mais isoladas, porém na maioria dos casos ocorre em média em 3 meses. Como observado anteriormente, os preços praticados pela COELBA acompanham a tendência de alta observada nacionalmente.

Situação dos Impostos Na Bahia, assim como em todo território nacional, os módulos solares Besteuerung von Photovoltaikkompo-nenten

são isentos do ICMS e IPI. Este fato é significativo pois, apesar dos outros componentes serem tributados, o componente de maior custo em um sistema solar são os módulos. Esta situação irá se manter nos próximos anos, com eventual tributação sobre o transporte da energia.

Tendências Tendenzen der PV Entwicklung in Bahia

O mercado da energia solar no estado tende a superar o desenvolvimento observado entre os estados brasileiros. Esta tendência está principalmente fundamentada na conquista do estado

PV Groβanlagen

da maioria dos lotes no último leilão de energia solar. Uma tendência positiva em acesso ao capital se apresenta com mais instituições

Neue Krediangebote

financeiras abrindo linhas de crédito para o consumo no setor como, por exemplo, Itaú Personnalité e extensão das linhas FNE e FNE Verde. Também em termos de incentivos observa-se uma tendência positiva com mais municípios aderindo ao IPTU Verde.

Chances e Riscos para o Desenvolvimento do Setor na Bahia Entwicklungsperspektiven von PV in Bahia

Steigendes politisches Interesse

O potencial do estado observado através de seus níveis solarimétricos e um crescente interesse político aliado a maior acesso ao capital configuram as chances para o desenvolvimento do setor. Por outro lado, existe o risco político de novas leis estaduais que inviabilizem o projeto, e o risco de uma taxação exacerbada sobre a transmissão da energia.

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Förderung der Region Nordosten Brasiliens

Tradicionalmente, dado a prática de programas federais para promoção do desenvolvimento da região nordeste brasileira, esta região dispõe de uma variedade maior de linhas de crédito

Bedrohung durch steigende Duchlei-tungsgebühren

subsidiadas, com juros que tornam projetos do gênero mais competitivos.  Apesar do apoio político do governo do estado e federal, há ainda uma grande pressão do grupo político que representa os interesses das hidrelétricas e operadoras das redes de distribuição e transmissão que tende a ameaçar o desenvolvimento do setor na Bahia através de taxas de transporte e uso de energia (Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Distribuição e Transmissão) muito altas. Outra ameaça resultante da mesma pressão política é a reformulação ou aprovação de leis estaduais que inviabilizem a produção de energia elétrica solar.

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3 Viabilidade Técnica e Financeira

Situação Atual da APAEB Solar-Hybrid Systeme

 Atualmente, a APAEB supre 100% do seu consumo de eletricidade através de um sistema de 2 geradores à diesel,

Amortisation in 5-7 Jahren

atendendo a carga diária descrita no gráfico abaixo. Os detalhes técnicos do sistema de geradores serão descritos no tópico seguinte.

Zügige Projektentwicklung

O fornecimento de eletricidade da COELBA está interrompido desde o ano de 2011 por questões financeiras. Perfil de Carga Diária APAEB (2015) Dados levantados pelo eletricista responsável pela APAEB em 11/2015

Para este estudo de viabilidade técnica e financeira foi tomado como referência, o consumo de eletricidade de 2010, o último consumo anual registrado na COELBA. Spezifisches Lastprofil der APAEB

Como pode-se perceber no gráfico abaixo, o consumo de eletricidade do ano de 2010, ainda consederando-se o preço praticado naquele ano, se encontra em 496 MWh, tarifa fora da ponta (FP). Para a substituição máxima deste fornecimento de

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Studie basiert auf Strompreisen des Jahres 2010, dem letzten kompletten Jahr

eletricidade da Coelba, levando somente em consideração a tarifa

mit Netzanschluβ

potência. Importante ressaltar que somente a tarifa fora da ponta é

fora da ponta, é necessária uma instalação solar de 295 KWp de considerada, pois sob a mesma que a energia solar é gerada.

Consumo APAEB 2010 60.000 40.000 20.000 0  janeiro fevereiro

março

abril

 janeiro- fevereiromarço-10 abril-10 10 10 KWh/ Mês Reais

55.440

43.104

44.112

45.612

maio

junho

julho

agosto setembro outubro novembrodezembro

maio-10 junho-10 julho-10 agosto-10 39.528

33.036

41.040

setembro outubro- novembr dezembr -10 10 o-10 o-10

44.016

39.288

36.828

39.000

35.000

9.327,78 7.252,25 7.421,84 7.674,22 6.650,59 5.558,31 6.904,98 7.405,69 6.610,21 6.196,31 6.561,75 5.888,75 KWh/ Mês

Reais

Descrição da Instalação Técnica O consumo energético da APAEB atualmente é suprido por um Beschreibung der technischen IST-Situation

sistema de geração térmica, constituído por dois geradores à diesel em regime de locação. O gerador Maquigeral ATEC MOD 04F 3505 é utilizado 7 horas por dia, consumindo 280 litros de diesel e gerando 750 kVA. O gerador principal Caterpillar GEP750-1, por sua vez, é utilizado 10 horas por dia, consumindo 900 litros de diesel e gerando 345 kVA.

Fabricante Modelo Potência (kVA) Corrente (A) Tempo em Operação (h/dia) Consumo de Combustível (l/dia)

MAQUIGERAL

CATERPILLAR

ATEC MOD 04F 3505

GEP750-1

750

345

1.140

524

7

10

280

900

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Reduções de Custos Possíveis Sistema Fotovoltaico com Ligação à Rede

Sistema solar conectado à rede elétrica (On-Grid) de potência instalada de 295 KWp, contém: PV-System On-Grid

  1.135 módulos solares policristalinos de alta performance



 AXITEC AXIpower 260P devidamente certificados no INMETRO e com Selo Procel 2015 de economia de energia. 

Inversores profissionais com monitoramento do sistema solar.

  Estrutura de montagem solar de alumínio com certificação



internacional. 

Área ocupada de 2.000 m².



Esta simulação de custo é baseada no preço da tarifa Horosazonal Verde A4, calculada em janeiro de 2016 em 0,3132 reais por kWh (FP).

Investimento em regime “Turn-Key”: R$2.360.090,00 (8,00 R$/Wp)

 A inflação anual prevista e o aumento do preço de energia numa estimativa conservadora somam 16%.

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O gráfico acima demonstra uma amortização do sistema solar em 7,6 anos. O sistema fotovoltaico On-Grid foi dimensionado para substituir o máximo do fornecimento de eletricidade da COELBA, baseado no consumo anual de 2010 (496 MWh/ano). A simulação financeira é feita através da ferramenta RETScreen, software profissional de análise para projetos fotovoltaicos, fornecida pelo Governo Federal do Canadá. Sistema Solar-Híbrido sem Ligação à Rede

PV-System Hybrid (PV + Diesel)

Um sistema Solar-Híbrido sem ligação à rede (Off-Grid), neste caso,

Off-Grid

é definido por uma instalação solar fotovoltaica combinada a um

2x Leistungs-varianten

sistema de geração termelétrica, o DHYBRID Fuel Reduction System (FRS).

Maquete de instalação solar híbrida Off-Grid

O sistema DHYBRID Power Systems é o líder global em soluções solares híbridas e fabricante do DHYBRID Fuel Reduction System. O

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DHYBRID FRS será integrado no sistema de geração elétrica atual e irá reduzir de forma significativa o consumo de combustível dos geradores a diesel. O tamanho do sistema fotovoltaico foi dimensionado e otimizado seguindo o perfil de carga diário da APAEB para atingir a melhor performance do sistema. Esta solução não requer baterias pois é desenvolvida para uma vida útil de mais de 25 anos. Para esta alternativa duas opções de instalação são apresentadas a seguir. Ambas as soluções reduzem o parque de geração termelétrica existente para um único gerador. O uso do gerador na primeira opção (496 MWh/ano) será com menor consumo de diesel que o uso do mesmo na opção 2 (350 MWh/ano).  A primeira opção, equivalente a substituição máxima do sistema atual de geração termelétrica por um sistema Solar-Híbrido, é calculada para um consumo de 496 MWh/ano, o que significa uma maior economia a partir do 6º ano.  A segunda opção é calculada para um consumo de 350 MWh/ano. Esta alternativa é de maior tempo de amortização do investimento quando comparada a opção 1. Os dois sistemas Solar-Híbridos estão calculados em regime TurnKey que significa: 

Vistoria Técnica Preliminar in Loco



Instalação do Sistema Fotovoltaico



Instalação do Sistema DHYBRID FRS



Laudo Técnico TÜV



Assistência Técnica Local

 As simulações de amortização e rentabilidade dos sistemas são baseadas no fato de 0,35 l de diesel geram 1 kWh, volume este calculado em janeiro de 2016 em R$ 1,05. Um aumento anual de 5% do diesel é considerado, assim como uma taxa de degradação dos módulos solares de 0,8% ao ano.

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Sistema Solar-Híbrido Opção 1 (295kWp)

O sistema Solar-Híbrido Off-Grid de potência instalada fotovoltaica de PV-System Hybrid Leistung: 295 kWp

295 KWp (496MWh/ano), conta com:   1.135 módulos solares policristalinos de alta performance



 AXITEC AXIpower 260P devidamente certificados no INMETRO e com Selo Procel 2015 de economia de energia. 

Inversores profissionais com monitoramento do sistema solar.

  Sistema DHYBRID FRS



  Estrutura de montagem solar de alumínio com certificação



internacional. 

Área ocupada do sistema fotovoltaico de aprox.. 2.000 m².

O investimento para esta opção em regime “Turn-Key” é de

R$2.791.000,00 (9,46 R$/Wp). O gráfico abaixo demonstra a amortização em 5 anos.

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O sistema Solar-Híbrido Off-Grid de potência instalada fotovoltaica de

PV-

System Hybrid

208 KWp (350MWh/ano), conta com:

Leistung: 208 kWp 

800 módulos solares policristalinos de alta performance AXITEC AXIpower 260P devidamente certificados no INMETRO e com

Selo Procel 2015 de economia de energia. 

Inversores profissionais com monitoramento do sistema solar.

  Sistema DHYBRID FRS



  Estrutura de montagem solar de alumínio com certificação



internacional. 

Área ocupada do sistema fotovoltaico de aprox. 1.500 m².

O investimento para esta opção em regime “Turn-Key” é de

R$2.095.000,00 (10,07 R$/Wp). O gráfico abaixo demonstra a amortização em 5,3 anos. Sistema Solar-Híbrido Opção 2 (208kWp)

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Custos de Instalação e Amortização

Kosten der Installation und Amortisationszeiten

 A instalação dos sistemas acima mencionados compreende: 

Visita técnica preliminar.



Instalação dos sistemas.



Operação e Teste (Comissionamento).



Laudo Técnico TÜV.

  Treinamento.



Os cálculos de amortização do investimento são feitos com base em: 

Consumo de diesel atual



Valor da tarifa fora da ponta 2015 (sistema solar On-Grid)



Inflação prevista combinada ao aumento do preço de energia em 16% ao ano.



Câmbio de R$/€ 4,40.



Preço do diesel de 3,00 R$/l e aumento anual previsto de 5%.

Comparativo da Amortização do Investimento  19.000.000  17.000.000

Solar On-Grid 295kWp

 15.000.000

Solar-Híbrido Off-Grid 295kWp

 13.000.000

  a    d   a 11.000.000    l   u   m   u  9.000.000   c    A   a    i  7.000.000   m   o   n   o  5.000.000   c    E

Solar-Híbrido Off-Grid 208kWp

 3.000.000  1.000.000  (1.000.000) 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

(3.000.000)

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

Anos

É possível notar as variações de custo e benefícios no gráfico comparativo a seguir.

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Sistemas

Preço (R$)

Amortização

Solar-Híbrido Off-Grid (295kWp)

2.791.000,00

5 Anos

Solar-Híbrido Off-Grid (208kWp)

2.095.000,00

5,3 Anos

Solar On-Grid (295kWp)

2.360.000,00

7,5 Anos

 Aspectos Administrativos e Burocráticos Os aspectos administrativos e burocráticos, bem como o cronograma do projeto, se iniciam com o presente estudo e divergem de acordo com as alternativas On e Off-Grid. Vorgehensweise der Planung von PV On-Grid und Off-Grid System (Solar Hybrid)

Em se tratando de um sistema On-Grid se faz necessário a resolução das pendências financeiras com a COELBA, solicitação de acesso) à rede da COELBA como mini-geração (potência instalada de 75kWp até 5MWp seguindo a REN 687/15. Para as alternativas Off-Grid, os aspectos administrativos e burocráticos são resumidos a este estudo de viabilidade.

Passos Estudo de Investimento  Administrativos Viabilidade

Implementação do Sistema Solar

X

Resolução da Situação Financeira com a COELBA

Processo COELBA para Novas Ligações Solares (SM04.08-01.009): Conexão de Minigeração ao Sistema de Distribuição em Média Tensão

X

 Aprovação do Investimento em  Assembléia

Execução do Projeto de acordo com as normas técnicas e de segurança vigentes

Solar On-Grid

Solar-Híbrido Off-Grid

Manutenção e Suporte Técnico  As instalações solares propostas contam com baixa demanda de manutenção. A manutenção necessária é simples (basicamente a limpeza dos módulos solares). Todos os sistemas apresentados possuem assistência técnica local.

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Cronograma do Projeto Mês 1  Assinatura do Contrato Visita Técnica Projeto Executivo  Aquisição de Materiais Instalação Solar Operação e Teste (Comissionamento) Laudo Técnico TÜV e Treinamento

Mês 2

Mês 3

Mês 4

Mês 5

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4 Possíveis Fontes de Financiamento  As fontes de financiamento do projeto em longo prazo podem se configurar de diversas formas. A forma mais indicada para a primeira etapa do projeto, a implantação do sistema para as Finanzierungs-optionen

atividades da APAEB, é através de uma linha de financiamento especializada que otimize o retorno sobre o investimento. Além desta

Finanzierungs-institute

alternativa existem outros métodos que também satisfazem as necessidades de capitalização do projeto.

Fundos Próprios O financiamento através de fundos próprios não se configura como alternativa viável para o projeto dada o peso do investimento sobre as reservas da APAEB e diante das alternativas de linhas de financiamento atrativas no mercado.

Sicoob Coopere Como instituição financeira especializada na categoria que se insere a APAEB estabelecida tanto nacionalmente quanto em nível local, a Sicoob é observada como a entidade mais indicada para financiamento do projeto. Isto é observado a partir de fatores como a expertise já estabelecida em produtos de financiamento similares como o Prodecoop, presença local bem-sucedida na cidade de Valente, local da execução do projeto, e boa relação já estabelecida com a APAEB demonstrada pelo próprio objetivo da fundação da Sicoob Coopere em Valente na década de 70 e continuidade de parcerias até a atualidade.  Apesar de uma possível adequação do projeto ao Prodecoop, uma fonte de financiamento específica a este gênero de projeto, projetos em energias renováveis, é a solução financeira ideal para a viabilidade do mesmo, dada a alta probabilidade de uso recorrente da solução em médio e longo prazo baseado no alto potencial de expansão do sistema Solar-Híbrido (Off-Grid) e solar conectado à rede (On-Grid) para além das operações da APAEB. Uma solução específica para esse tipo de projeto potencializa o impacto sistêmico

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do mesmo através da possibilidade de outros tipos de agentes, como associados da APAEB, acessarem o capital necessário para obter sua independência energética individual enquanto associado e enquanto filiado ao Sicoob.

Banco do Nordeste Outras duas alternativas viáveis para este projeto por praticar juros atrativos e financiar 80% do projeto, o Banco do Nordeste já possui duas linhas de financiamento que se aplicam, o FNE e o FNE Verde, e prática no financiamento de sistemas solares. O FNE Verde foi a primeira linha de financiamento que o governo federal desenvolveu para explorar o potencial das energias renováveis no nordeste brasileiro. Esta linha se direciona exclusivamente a pessoas jurídicas. O FNE Verde financia até 80% do investimento com juros de aproximadamente 14% ao ano (2016) e carência de 2 anos. Uma garantia de 20% do financiamento é necessária.

Investidores Privados  A alternativa através de investidores privados é indicada neste caso através de um banco selecionado. Em se falando dos bancos mais atrativos, como o Sicoob Coopere Desenbahia, ou o Banco do Nordeste, um investidor privado é viável, desde que um rendimento de 20% do investimento seja alcançado. O financiamento privado diratemente para o projeto não é indicado para projetos em associações e cooperativas por, geralmente, resultar num desequilíbrio da psicologia da cultura organizacional das mesmas. Isto se dá, segundo Pierce et al. (2002), através da proximidade entre o sujeito e o objeto a partir do grau de esforço (neste caso o investimento) empenhado. Ou seja, neste caso há um alto risco baseado na proximidade do impacto psicológico do investimento e da percepção de propriedade. Por outro lado, esta alternativa se configura como viável em termos de cultura organizacional se uma parcela majoritária significativa dos cooperados alocarem quantidades equivalentes de capital ao longo

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do período do projeto em questão. Desta forma o risco é mitigado através da manutenção da cultura equitativa da cooperativa.

BNDES O BNDES se mostra como solução de financiamento para este projeto através da linha Prodecoop, que na localidade é oferecida pelo Sicoob Coopere. O Prodecoop é uma linha de financiamento destinada a otimização

da

competitividade

de

cooperativas

através

da

modernização dos sistemas produtivos. Esta alternativa financia até 90% do projeto, englobando a aquisição de equipamentos e despesas de importação de componentes, a juros de 8,75% ao ano com carência de até 3 anos e até 12 anos para pagar.

Bancos Comerciais Por conta do alto custo de capital no Brasil, esta alternativa se torna viável somente enquanto a associação ou cooperativa requerente não foi habilitada para usufruir de linhas de financiamento de origem subsidiada. As soluções de financiamento de bancos comerciais para projetos deste porte podem ser encontradas nos bancos: Banco do Brasil, Caixa Econômica, Santander, Itaú ou Bradesco. Segundo estudo elaborado pela SINAENCO, Sindicato da Arquitetura e Engenharia, a linha CDC Sustentável do Santander tem taxa média de 2,35% ao mês e prazo máximo de 5 anos para projetos de sistemas solares. O Itaú, por sua vez, oferece 2% de juros ao mês em média, adicionado a uma taxa de 2% do valor do financiamento sem a entrada em um prazo de até 48 meses. O Bradesco oferece a solução de Leasing Ambiental a uma tarifa de 2% ao mês e 60 meses de prazo máximo. Como é possível observar o custo de capital eleva significativamente o volume do investimento e, por consequência, o período para chegar ao ponto de ROI do projeto.

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5 Possíveis Estruturas Organizacionais do Projeto Como afirmado pelo módulo primeiro de Estruturas Organizacionais elaborado pela Pathfinder International, e senso comum entre os acadêmicos da área, a estrutura organizacional de um programa ou projeto está relacionada a como as decisões são tomadas, como os recursos são alocados e como é a interação entre os líderes e as equipes de trabalho. Dada a cultura cooperativa já existente tanto na APAEB, quanto na Sicoob Coopere, a estrutura organizacional mais indicada para a execução do projeto é a baseada Energiekooperative APAEB

Fallbeispiel GIZ: Projekt „Nova CERES“

em times de trabalho composta por integrantes da APAEB e Sicoob Coopere.

Nova Cooperativa de Energia Para otimizar a capacidade de expansão do projeto para atender a demanda energética dos cooperados da APAEB e da Sicoob Coopere, uma estrutura de cooperativa independente de energia solar na cidade se mostra como alternativa mais indicada em médio e longo prazo. Uma nova cooperativa local para a geração de energia solar é uma estrutura simples, visto que o sistema de geração compartilhada não demanda processos de tomada de decisão complexos ou frequentes, e de alto impacto dada sua maior capacidade de expansão local para além da demanda energética da APAEB.  Através de um benchmarking do modelo cooperativo da Nova CERES, desenvolvido em parceria com a GIZ, a nova cooperativa de energia se estabelece através de duas vias: Através da distribuição do investimento de execução do projeto em uma taxa de investimento por cooperado; Através de um fundo de investimento fragmentado em cotas proporcionais para execução do sistema. Para a execução do projeto é recomendado a primeira opção. Isto se  justifica por conta que esta opção mantêm a equidade entre os membros iniciais e a cultura cooperativa, bem como a equidade em momento de investimento mais expressivo. Os passos a serem tomados para esta via, ainda segundo o modelo de negócios desenvolvido pela Nova CERES e GIZ, são:

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1.Inserir no estatuto da nova cooperativa a possibilidade de deliberação da taxa pelo conselho 2.Decisão sobre taxa de investimento no conselho (Custo do projeto proporcionalmente distribuído entre cooperados.) 3.Colocar informações sobre projeto em site 4.Apresentação do projeto em Assembleia Extraordinária 5.Realização do projeto 6.Inauguração na primeira Assembleia Ordinária após realização do projeto 7.Informação anual sobre os benefícios do projeto  A segunda via, indicada para expansão do sistema original, através de fundo de investimento dividido em cotas e rendimentos proporcionais, permite maior agilidade na tomada de decisões e na capacidade de expansão para novos cooperados uma vez que estabelecido o regimento em Assembléia. Esta se dá nos seguintes passos: 1.Convocação de Assembleia com pauta temática específica 2.Colocar informações sobre projeto em site 3.Apresentação do projeto na Assembleia Extraordinária 4.Proposta de criação e aprovação de regimento de fundo de implementação de energia solar 5.Decisão em Assembleia extraordinária 6.Chamada e adesão ao fundo 7.Diluição proporcional de investimento de cada cooperado na conta ou aporte direto dos cooperados 8.Realização do projeto 9.Inauguração na primeira Assembleia Ordinária após realização do projeto

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10.Informação anual sobre os benefícios do projeto 11.Devolução de aporte na conta de luz (mensalmente) Nas duas vias os cooperados compensarão sua energia através do sistema e usufruirão de energia sem qualquer custo a partir do 7º ano, uma economia financeira significativa.

 Alternativa Outra alternativa viável é a qualificação do projeto como investimento para aquisição de bem de capital da APAEB. Esta alternativa demanda de menor esforço burocrático e de articulação, porém limita a capacidade de impacto do projeto na cidade de Valente ao permitir a expansão do projeto somente para atender a demanda de associados da APAEB. O projeto executado através da diluição do investimento na APAEB em um sistema Off-Grid híbrido pode servir como projeto pioneiro para cooperativas da região, bem como cidadões da cidade de Valente. Apesar disso, a atual dívida da APAEB com a COELBA, impossibilitará a expansão do sistema para além das atividades fabris da mesma, uma vez que a expansão se torna viável somente via conexão à COELBA.

Instalação Solar Híbrida de 1.0 MW

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6 Possível Extensão do Projeto para Fornecer Energia Solar a Micro e Pequenos Empresários da Cidade de Valente Baseado nas soluções de estrutura organizacional propostas, especificidades de expansão para além da APAEB se mostram significativos. Esta expansão do fornecimento pode se dar, se Erweiterungsoption der Energie-kooperative APAEB

Netzgebundene PV für PV Entwicklung in Valente BA

considerarmos a estrutura organizacional de uma nova cooperativa, através de novas filiações e expansão gradual da estrutura para se adequar à nova demanda energética. Se inserida na segunda proposta de estrutura organizacional, o sistema como bem de capital da APAEB, um acordo sobre a dívida com a COELBA ou uma nova associação deve ser formada, para que um condomínio solar possa se configurar como alternativa.

Realização Técnica Para a execução do projeto através da formação de uma nova cooperativa se faz necessário material informativo sobre a cooperativa e o projeto, capacitação dos cooperados para a Technische Umsetzung

implantação, gestão e manutenção do sistema. Esta especificidade técnica pode ser suprida através de cursos in loco  por parte da empresa instaladora do sistema, ou por gradual capacitação dos cooperados por meio de bolsas. Para a execução do projeto inserido na estrutura organizacional da associação que substituirá a APAEB, ou através do acordo com a COELBA, se faz necessária a capacitação dos cooperados da APAEB nos mesmos moldes citados acima.

 Aspectos Administrativos e Burocráticos Enquanto uma nova cooperativa de energia compreende os mesmos processos burocráticos e administrativos de estabelecimento de qualquer cooperativa (Estatuto constitutivo registrado em cartório), os passos para possibilitar a execução do projeto são aqueles já descritos acima na seção de Estruturas Organizacionais Possíveis.

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Se inserido na estrutura da APAEB ou sua substituta, o projeto necessitará, além de uma liderança de projeto e processo burocrático de instalação citado na seção Viabilidade Técnica, de uma capacitação de equipe de vendas para os lotes do condomínio solar a serem alugados pelo preço da energia gerada por lote. Uma nova cooperativa de energia necessitará de pessoas e processos para admissão de novos cooperados, manutenção e expansão do sistema e gestão financeira da cooperativa. As questões burocráticas técnicas de expansão assumem a mesma forma da implantação do projeto. Se o projeto for inserido na APAEB, o condomínio solar será implementado através da delimitação da área a ser implantado o sistema e gestão da área buscando um posicionamento de preço em média 30% abaixo do preço de energia elétrica praticado atualmente pela Coelba, sem aumentos futuros. Esta alternativa demanda capacitação especifica em vendas para garantir a sustentabilidade de expansão do projeto .

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