Modelo de Valoração de Danos Ambientais - OEDEKOV

 

 

 

 

MODELO DE VALORAÇÃO AMBIENTAL –  OEDEKOVEN  OEDEKOVEN OEDEKOVEN , K. H.; SCHWAB, L. Ordenamento Florestal. FAO, 1968. 114 p. 

Introdução. Este modelo de valoração de danos ambientais foi e-

laborado por OEDEKOVEN E SCHUWAB da Universidade Federal do Paraná, em 1968, visando a valoração de danos às florestas. A metodologia consiste na avaliação ponderada de sete variáveis relacionadas às florestal da Mata Atlântica. Foram consideradas a) produção de madeira comercial; b) subprodutos; c) regime de águas; d) funções protetoras; e) efeitos sobre a saúde; f) abrigo da fauna; g) educação e recreação. Os autores adotaram uma escala de valoração para ponderar os parâmetros do modelo. MODELO DE VALORAÇÃO

Tabela 1. Variável - Produção de madeira comercial (W1) Produção de Madeira Escala de Valor

Sem produção

1,00

até 20 m3/ha

2,00

de 20 m³/ha a 40 m3/ha

3,00

de 40 m3/ha a 60 m3/ha

4,00

> 60 m3/ha

5,00 

 

 

Tabela 2. Variável - Subprodutos (W2)

Subprodutos

Escala de Valor

Sem subproduto

0

De um a quatro subprodutos

0,80

Com mais de quatro subrpodutos

1,00

Tabela 3. Variável - Regime das águas (W3)

Regime de águas

Escala de Valor

Alta importância

1,00

Média importância

0,80

Baixa importância

0,60

Sem importância

0,00

Tabela 4. Variável  –  Funções  Funções de Proteção (W4)

Funções protetoras

Escala de Valor

Alta importância

1,00

Média importância

0,80

Baixa importância

0,60

Sem importância

0,00

 

 

Tabela 5. Variável: - Efeitos sobre a saúde (W5) Efeitos sobre a saúde

Escala de Valor

Efeito, proteção a ruído e radiação

1,00

Médio efeito Baixo efeito

0,80 0,60

Sem efeito

0,00

Tabela 6. Variável - Abrigo da Fauna (W6)

Abrigo da fauna

Escala de Valor

Existência da fauna 

1,00

Sem fauna 

0,80

Tabela 7 Variável: Educação e Recreação (W7)

Educação e recreação

Escala Valor

Local de acampamento, turismo e recreação

1,00

Local de culto às florestas ou religião

0,80

Local não usado para cultos e recreação

0,60

 

 

Quadro 1. Avaliação e ponderação das variáveis do modelo Produção  Peso  Subproduto  Água  Proteção  Saúde  Fauna  Educação  TOTAL  Sem prod.

1

< 20 m3 

2

21 - 40 m3 

3

41 - 60 m3 

4

> 60 m3 

5

0,80

1,00

1,00

0,80

1,00

0,00

4,60

Quadro 2  –  Valoração  Valoração econômica da cobertura florística Parâmetro

Item

Valoração Unidade

Toras

50,00

R$/m3

Lenha Toras

4,00 3,00

R$/m3 m3/ha

Lenha

150,00

m3/ha

Área investigada

2,42

ha

Valor da madeira

1.815,00

R$

Valor da madeira

Estoque

X Fator de Ponderação

9,20

(2 x 4,6)

= Valor da cobertura flo16.698,00 rística

R$

 

 

CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DO MODELO DE VALORAÇÃO   Em 1968, quando o modelo foi construído as questões ambientais ainda eram pouco importantes para a sociedade dita “moderna”, tendo sido incluídos pelos autores os aspectos importantes das florestas, tais como: os serviços ambientais que os sistemas florestais fornecem à sociedade e a natureza. OEDEKOVEN e SCHWAB citam que as florestas trazem participam da conservação do solo, da regulação do clima e do regime hídrico, possibilitando possibilitando o descanso e o espairecimento do espírito, a recreação e as práticas religiosas. Os autores indicaram também que a cobertura florestal age como um fator de atenuação das temperaturas extremas. Em noites frias, as florestas protegem as pastagens e conservam as áreas de descanso dos animais, sobre a relva. Os pesquisadores citam que devem ser consideradas neste modelo as funções supra econômicas das florestas particulares, para que os administradores das propriedades onde se encontram localizadas as florestas recebem benefícios econômicos para manter tais sistemas naturais funcionando de maneira equilibrada. OEDEKOVEN, K. H; SCHWAB, L. Ordenamento Florestal: Um auxiliar para estudantes florestais. FAO, Curitiba, 1968.115p.