Modelagem de Roupas

March 26, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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MODELAGEM DE ROUPAS 

 

MODELAGEM DE ROUPAS

 Assim como um um arquiteto o estilista p precisa recisa de apo apoio io técnico para que seus desenhos saiam do papel e se tornem realidade, e é o profissional roupas da modelagem deem   quem dá esse suporte interpretando transformando-os moldes e posteriormente em algo concreto, os oudesenhos seja, em roupas. Na teoria parece até que é bem simples, mas todo cuidado é pouco na hora de desenvolver esse gratificante trabalho que é a modelagem de roupas.

 A distância entre os seios a partir da medida do busto, por exemplo, em Modern Pattern Design, medíamos a distância entre os seios diretamente da pessoa, assim como todas as outras medidas. Até mesmo as medidas de busto, cintura e quadril eram tiradas separadamente para frente e para costas (figura abaixo).

Fonte: Modern Pattern Design, 1946.

Métodos proporcionais

 Antes de desenvol desenvolverem verem métodos, os alfaiates tinham moldes padrão, como bases, que tinham desenvolvido por tentativa e erro. Como o entendimento deles sobre o assunto era pequeno, um bom molde valia tanto, que era passado por herança. Isso antes do século XVIII.

 

Os primeiros métodos de modelagem eram proporcionais, e feitos através desses moldes que foram aperfeiçoados por tentativa e erro. Os métodos proporcionais ampliam e reduzem os moldes a partir da medida do tórax da pessoa, ou então criam um molde usando apenas medidas derivadas da medida de tórax. Muitos desses métodos foram publicados na forma de gabaritos, que só exigiam do operador que ajustasse para o seu tamanho e copiasse seu contorno. Como eram muito simples de usar, popularizaram o corte de roupas entre as donas de ccasa, asa, que antigamente er eram am excluídas da atividade: somente os alfaiates sabiam cortar roupas, e às mulheres sobrava a costura à mão. Vários métodos proporcionais podem ser encontrados hoje no Brasil, e alguns deles são: Corte de Ouro, Método Centesimal. Eles são ótimos para quem quer uma maneira fácil de fazer moldes, e que não tem muito tempo ou disposição para aprender métodos mais complicados. Não serve se você quer aprender a modificar os moldes, ou a fazer roupas com caimento perfeito.

Métodos diretos

Os métodos diretos foram feitos como resposta a alguns defeitos dos métodos proporcionais. Como nos proporcionais todas as medidas são derivadas a partir do busto, produzem roupas que só servem perfeitamente em pessoas proporcionais. E na prática, poucos de nós o somos. Como no fim do século XIX, as roupas femininas estavam ficando cada vez mais ajustadas, houve a necessidade de ter mais precisão no traçado de moldes.

 

 

Roupas ajustadas do fim do século XIX. Fonte: Domínio Público. Os métodos diretos usam medidas tiradas diretamente do corpo da pessoa, e transferidas para o papel por um conjunto de regras. A desvantagem desses métodos é que são mais complicados, e a pessoa precisa ser bem experiente para tirar todas as medidas com precisão. NãoPattern conheço métodos diretos em português, mas já recomendei o Modern Design. Esses métodos são ótimos para quem precisa fazer moldes sob medida muito precisos, como para vestidos de festa e alfaiataria. Como são um pouco mais complicados e demorados, não servem para quem procura uma maneira rápida e fácil de fazer moldes.

Métodos mistos

Os métodos usamhoje algumas diretas outras proporcionais. São os mistos mais usados em dia, medidas principalmente pelaeindústria do vestuário. Têm um pouco do bom e do ruim de cada um dos tipos. Geralmente, as medidas tiradas do torso são: circunferência do pescoço busto, cintura e quadril, altura da frente (do pescoço à cintura), altura das costas.  Alguns exemplos de métodos mistos em Portuguê Português: s: Gil Brandão, Modelagem Industrial Brasileira, Patrones de Moda Paso a Paso. Os métodos mistos são ótimos tanto para quem quer fazer modelagem como profissão, assim como para quem quer fazer roupas para si. É para quem está preocupado com o caimento da roupa, mas quer uma solução mais prática do que os métodos diretos. Recomendo também que iniciantes que tenham se interessado pelos métodos diretos comecem pelos mistos.

 

 

 Antigamente (há décad  Antigamente décadas as e até séc séculos), ulos), quand quando o não havia gabaritos como esses para vender, os modelistas tinham que fazer os próprios. Um gabarito nada mais é do que uma regra, um modelo ou padrão que usamos como molde. esses profissionais o desenho queriam numde papel ou folhaEntão de madeira, e recortavamfaziam para uso próprio. que Nada te impede fazer o mesmo! Mas como também gostamos de coisas práticas, e nem todo mundo tem como fazer isso em casa, podemos comprá-los prontos. Vejamos quais são as réguas e gabaritos essenciais para modelagem do vestuário:

 

Esquadro

O esq esqua uadr dro o é uma uma régu régua a em forma de triângulo que serve para traçar cantos com com â âng ngul ulo o re reto to e qua quadr drad ados perfe perfeitos itos.. Ele é essenc essencial ial na mode modelage lage para traçar retas perpendiculares. Eu Eu pref prefiro iro os esqua esquadro dros s de acríl acrílico ico,, p plás lásttico transpar tran sparente ente,, ou metal, metal, poi poi esses duram mais. Os que são feitos de m material duro que parece c mpen pensa sado do co com m o te tem mpo ffic ica am co com as as po po tas gastas e arredondadas, o ue dificulta a precisão.

Régua Recomendo régua de pelo men menos os 60c 60cm m de compri comprimen mento, to, que que pode pode s r de acrílico, plástico ou metal.

Curva francesa

curva acentuada. Existem vários modelos  A curva francesa francesa é um gabarito de cur de curva francesa, e talvez esse seja o que mais causa confusão em ocês. Eu têm um um cab cabo o llon ongo go e que que fa faze zem m um um car cara a ol bem tenho tenh o prefer preferênc ência ia pelas pelas qu têm pequ pe que eno na ponta onta,, pois as im se encaixam na maioria das curvas de modelo, lo, pr prova ovave velme lmente nte vai servir servir,, en entt o use mode mo dela lage gem. m. Se Se voc você ê já te um mode por um tempo antes de de idir se precisa comprar outro.

 

co omplexas, co com vá vários de desenhos di diferentes,  Aquelas  curvas curvas francesas francesas uper c são ap apropriadas pa para dese ho. Na modelagem do vestuário, não precisamos de tantas curvas diferentes assim. Além disso, nossas curvas têm que ser em tamanho grande, ou seja, ão podem ser aquelas pequenas em escal a. Nesta loja online encontrei dois modelos legais que vocês podem ter omo referência: esta mais completa, e esta mais simples. Ambas são boas o bastante! para ra curv curvas as é o acr acríl ílic ico. o. Se Se voc você ê qui quise serr sa er como O material que recomendo pa usar essa régua na modelagem, leia este post.

Curva de alfaiate

Esta curva Esta curva é mais mais along alongad ad e ras rasa a, e se serv rve e par para a ttra raça çarr llat ater eral al de v ves esti tidos, calças, casacos, e outros detal etalhe hes s com com curv curvas as mai mais s suav suaves es.. Gera Geralm lme e te são bem parecida parecidas, s, então minh minha únic única a reco recome mend ndaç ação ão é qu que e seja seja de de acríl acrílii o. Realmen Rea lmente te ajuda ajuda poder ve o que tem debaixo da curva

Para o decote frontal:

Uso da Uso da cur curva va franc frances esa a pa pa a des desen enh har o d dec ecot ote e ffro ront ntal al:: p pos osic icio ione ne a p nta mais curvada nos pontos de eferência para o traçado. A parte menos c rvada aponta para cima, e o lado côncavo está ao lado do centro da fr  nte.

 

 Para o decote traseiro:

Uso da curva francesa para desenhar o decote traseiro: posicione a ponta mais curvada nos pontos de referência para o traçado, desta vez um pouco mais inclinada que no exemplo anterior. A parte menos curvada aponta para cima, e o lado côncavo está ao lado do centro das costas.

Para a cava frontal:

Uso da curva francesa para desenhar a cava frontal: Em alguns casos, a curva encaixa perfeitamente nos pontos de referência da cava. A parte menos curvada aponta para cima, e o lado convexo aponta para o centro da frente.

 

Para a cava traseira:

Uso da curva francesa para desenhar a cava traseira: Em outros casos, é necessário desenhar a curva em duas etapas. Encaixe primeiro os 3 pontos de cima, com a parte menos curvada apontando para cima, e o lado convexo apontando para o centro das costas. Em seguida, gire a parte menos curva em sentido anti-horário até encaixá-la nos 2 pontos de baixo. Para a lateral do vestido:

 

Uso da curva francesa para desenhar a lateral do vestido: Podem ser necessárias 2 ou 3 etapas. 1 – Primeiro, a parte menos curvada apoiada no ponto que indica a largura do busto, o meio da curva apoiado na cintura e a parte mais curvada apontada em direção ao quadril. Trace do busto até mais ou menos a metade do caminho entre cintura e quadril. 2 – Em seguida, gire a régua até que a parte menos curvada toque o ponto de referência do quadril. Trace uma linha que se encaixe com a linha anterior. Para reproduzir as posições em seu trabalho, observe a direção para que está apontada a curva, o lado para o qual está virada e também a altura em que se posiciona.

 A necessidade necessidade de pro proteger teger o corpo foi um dos fatore fatoress que culmin culminou ou na invenção das vestimentas e consequentemente na busca pelo melhor caimento, proporcionando conforto a quem as utilizassem.

O Período Paleolítico marcou o início das práticas de modelagem de roupas. Nessa época, o homem passou a curtir as peles de animais e a utilizar os ossos mais finos como agulhas, construindo assim proteções contra as condições adversas do ambiente.

 A modelagem modelagem de roupa roupass teve um salto ssignificativo ignificativo com a criação do tear, no Período Neolítico, permitindo assim, a manufatura dos tecidos. Diante dos tecidos produzidos, as civilizações antigas passaram a utilizá-los, prendendoos no corpo com auxílio de cordões, cintos e diversos outros acessórios.

Outro fator marcante na evolução da modelagem de roupas foi a invenção da tesoura no Oriente. A partir daí a modelagem começou a tomar forma, prezando mais pelo estético. As túnicas são os exemplos mais fortes de vestimentas dessa época.

 As túnicas com ornamento ornamentoss marcaram o início do Perío Período do Medieva Medieval.l. Esses ornamentos eram formas de demonstrar a condição social na época. Quanto mais pedras, broches, joias e bordados, mais alto era o escalão.

 As roupas, a partir partir daí, começar começaram am a ser mode modeladas ladas e costu costuradas radas no p próprio róprio corpo, já que perceberam que assim, o resultado final era mais satisfatório. Surgem nessa época também as associações de artesãos, que passaram a ser os responsáveis pela confecção das roupas. Esses profissionais eram muito

 

valorizados pelas classes mais altas. No século XV, com o Período Renascentista, houve uma revolução nos processos tecnológicos relacionados à modelagem de roupas. O aumento das fábricas fez com que surgisse a personalização da modelagem e com isso houve o surgimento do conceito de moda e a necessidade da especialização por parte dos alfaiates, para atenderem a demanda crescente. Mesmo diante da simplicidade de seus instrumentos, os alfaiates precisavam ter conhecimentos diversos para garantirem seus clientes. Diante desses acontecimentos, surge na França, em 1780, a primeira Escola de Moda. A partir daí vários fatores foram responsáveis pela evolução da modelagem de roupas. Dentre eles destacam-se: • A implantação das tabelas de medidas; • A utilização da padronização;  A invenção da da máquina d de e costura em 1 1846, 846, por Elia Eliass Howe • A criação da fita métrica em 1847 por Alexis Lavigne;  A criação do busto maneq manequim uim em 184 1849 9 também po porr Alexis Lavig Lavigne. ne. Charles Frederick Wort implanta em 1850, na França, a alta costura, que representou o marco da moda, utilizando a modelagem tridimensional, denominada Moulage, para confeccionar suas peças. Nessa técnica, o modelista utiliza o próprio corpo humano como manequim, proporcionando melhor caimento e acabamento às peças.

Nos anos 80 houve uma explosão de novos profissionais e técnicas de modelagem com o objetivo de atender a demanda crescente da indústria do vestuário.

O Corte Centesimal está há anos no mercado formando as melhores modelistas, mas o sistema que deu origem à empresa, tem uma tradição bem mais longa, iniciada praticamente por um acaso. Em 1933, a dona de casa Carmen de Andrade Mello Silva, uma mineira de Lavras, chegou a Andrelândia acompanhando o marido, o engenheiro Antônio de Mello Silva.  A necessidade necessidade de costu costurar rar para os qu quatro atro filhos e as dificuldad dificuldades es que encontrava nessa tarefa foram levando dona Carmen a adotar o hábito de fazer anotações em fichas para auxiliar a memória. Com o tempo, foram sendo acumuladas fichasaprimorar com desenhos, observações deduções que permitiram àinúmeras dona de casa suas atividades. Nãoehavia qualquer

 

pretensão além da que qualquer mãe tem, quando se dedica à família. Havia, porém, o objetivo de suprimir as provas das roupas, coisa que os filhos tinham horror.  A competência competência na confec confecção ção das roup roupas as traçou o de destino. stino. As amig amigas as sempre pediam os moldes para repetir. A vontade de ajudar levou Carmen a encontrar uma maneira prática de indicar como fazer o traçado de um determinado molde, de modo a atender os diversos pedidos e as diversas idades das crianças e também de adultos. Qual a proporção existente entre algumas medidas" era um dos questionamentos feitos por ela, sem qualquer pretensão, e que resultaram em moldes bastante exatos. Pessoas próximas insistiam que ela passasse para de seus conhecimentos para outras senhoras que viviam a mesma necessidade de aprender a costurar. Com o auxílio do marido engenheiro, ela criou o sistema de Escalas, resultado de suas anotações sobre as medidas do corpo humano. Para generalizar as indicações das medidas tomadas em volta do corpo, ele dividiu cada medida por 100, com a representação em escalas. Intitula-se, portanto, "Centesimal", porque as principais medidas para o traçado dos moldes foram divididas em 100 partes iguais. Surgiram então, as Escalas Centesimal, como representações de medidas do corpo. Essas “Escalas” são pequenas réguas que vão de 30 centímetros até 140 centímetros. Assim, ela batizou esse método de modelagem de roupas de “Método de Corte Centesimal.” Isso começou em 1934, quando dona Carmen ia transmitindo seu sistema de graça para suas amigas, ensinando pacientemente a leitura das suas anotações e fichas. Ou seja, mostrava para cada uma como interpretar os seus traçados.  A mudança para Barra Ma Mansa, nsa, no Estado do Rio de JJaneiro aneiro e, pos posteriormente teriormente,, para Belo Horizonte, em Minas Gerais, novamente acompanhando o marido, levaram a uma propagação do método de dona Carmen. Os pedidos dos livros foram só aumentando. Então, em 1937 foi feita a primeira cópia heliográfica.  Após alguns alguns anos, ela titinha nha registra registrado do cerca de mil nomes de pessoas qu que e foram suas alunas. O interesse pelo sistema acabou exigindo a formalização de uma empresa para a produção do material de ensino e administração da contabilidade, que já antes, era rigorosamente controlada.  Assim, em janeiro janeiro de 19 1952, 52, Carmen e o marido funda fundaram ram a empre empresa sa “Corte Centesimal Ltda.” Novas professoras e alunas se juntaram ao exército de pessoas que se encarregava de disseminar o método por todo país.

 

 

Dona Carmen (sentada, a segunda, da esquerda para direita) com a turma do curso aperfeiçoamento de professoras do Método de Corte Centesimal Moldecópia, no antigo escritório da empresa na Edifício Helena Passig, no centro de Belo Horizonte. Década de 60.  Até o início da década de 70, o materia materiall do Método d de e Corte Cen Centesimal tesimal era vendido em estojos de madeira, fabricados pela própria empresa, que possuía uma marcenaria. Dentro do estojo havia o livro do Método, num formato de livreto, conjunto de Escalas, um par de Esquadro e Curva Francesa, além do porta escalas. Os outros espaços do estojo serviam para colocar giz, alfinetes, e outros apetrechos utilizados na confecção dos moldes.

Estojo completo Centesimal. N° do estojo: 14.419. 03 de Abril de 1950.

 

Os livros eram todos numerados, datados e assinados, um por um, por Carmen. Já os desenhos dos moldes nos livros eram coloridos com aquarela, também um por um, pelas filhas pequenas Dora e Júnia.

Esses estojos faziam parte das famílias mineiras e de outras famílias pelo Brasil. Naquela época, era costume as moças saberem costurar e muitas famílias, tinham em casa, a sua própria modelista, que era responsável em costurar para todos. Assim, várias histórias foram sendo costuradas também. Os estojos foram aposentados em virtude das mudanças e da evolução da sociedade. Hoje, são considerados uma relíquia e quem tem, guarda a sete chaves, com todo carinho. Para muitas famílias, esses estojos preservam muito mais do que apenas escalas, alfinetes e desenhos. Eles guardam também sentimentos, lembranças e saudades de um tempo que já passou. São recordações gostosas e que ajudaram a formar a história da moda no Brasil.

 Ao se aposentar, aposentar, Carmen d deixou eixou como continuado continuadora, ra, a filha Do Dora, ra, que desde mocinha, se mostrou interessada em aprender tudo sobre aquele ofício e que se dedicou à empresa, com a mesma dedicação e paixão da mãe. A empresária, profunda conhecedora dos segredos da modelagem, mantém há mais de 60 anos, o ritmo de trabalho das pessoas que promovem o aprendizado como um processo de crescimento e de geração de oportunidades.  A inserção do Corte Cente Centesimal simal na hi história stória da moda brasileira foi assegura assegurada da na atuação de Dora, que vivenciou as mudanças importantes no mundo e na sociedade. No início, na era de Carmen, as mulheres aprendiam para exercer melhor o papel de mães. Nos tempos atuais, mais pessoas aprendem com novos objetivos e, em especial, de ter uma atividade profissional. E, atualmente, a terceira e a quarta gerações já colaboram e participam da vida deste método de ensino.  Ao longo desses desses anos, foram mais de 500 500 mil livros ve vendidos, ndidos, o qu que e comprova

 

a eficácia do método e diz muito em relação à sua aceitação, ao seu sucesso: significa que quatro gerações de usuários tem prestigiado este excelente método de modelagem de roupas. A partir daí, o Centesimal criou família, gerando produtos funcionais e dinâmicos para atender aos mais diversos aspectos da modelagem do vestuário.

Historicamente, o vestuário evoluiu com a evolução da humanidade e se tornou Historicamente, um reflexo das questões sociais, políticas, religiosas e morais   de todas as fases vivenciadas pelo ser humano. Dessa forma, o estudo da história do vestuário  implica em um estudo de todos os aspectos da vida, nas diferentes épocas.

Vestuário – adorno e proteção contra o frio

 A história da vestimenta começou com o uso de folhas, fibras vegetais e peles de animais, no período denominado de pré-história. Desde o início, o uso de roupas não est estava ava liligado gado soment somente e à necessidade de proteção contra as agressões externas e o frio, mas também constituía um adorno, que ajudava o homem, inclusive, a se impor sobre os outros animais. O vestuário na Pré-história

Segundo informações históricas, foram identificadas agulhas primitivas, feitas com ossos e marfim, datadas de mais de 30 mil anos atrás. Nessa época, chamada de Período Paleolítico Paleolítico,, utilizavam saiotes feitos de couro retirado dos animais que eles caçavam. Os seres humanos se reuniam em tribos, que eram nômades, pois viviam de caça, pesca e coleta de frutas, havendo necessidade constante de deslocamento para obtenção de alimentos. Ainda na Pré-história, no Período Neolítico, já se realizava o cultivo de cereais e a criação de rebanhos. Surgiram as primeiras civilizações no Crescente Fértil, região do Oriente entre o Irã e o Egito. Logo surgiram as civilizações da Mesopotâmia e do Oriente Próximo, que desenvolveram os tecidos de linho, e estes passaram a substituir as peles de animais.

 

  Na Pré-história,animais os nômades utilizavam saiotes de couro retirado dos que eles caçavam. Foto:feitos reprodução.

“À medida que o homem foi deixando de ser nômade, o vestuário foi evoluindo com a prát prática ica da agri agricultura. cultura. C Com om o linho, inicialmente, foram feitos tecidos pela técnica da feltragem”, afirmam os professores da escola de moda Sigbol Fashion, do curso Confecção de Saias, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas. O vestuário de 6.500 a 400 a.C.  Entre 3.000 e 400 a.C. estão as principais fontes de informações sobre o vestuário, na antiguidade. A informação vem de pinturas, vasos e esculturas, que dão uma ideia aos pesquisadores de como eram as roupas  e qual era o papel da costura c ostura em e m cada época. Há quase cinquenta anos foi descoberta a cidade de Çatal Huyuk na região Centro-sul da Turquia (entre os rios Tigre e Eufrates), datada de 6.500 a.C, considerada a primeira civilização a se preocupar com a vestimenta, por motivos também estéticos, valorizando muito a profissão de costureiro. Antes dessa descoberta, pensava-se que os sumérios e egípcios tivessem sido os primeiros a ter esse tipo de preocupação. Cerca de 4.000 anos a.C, na mesma região entre os Rios Tigre e Eufrates, chamada de Mesopotâmia, o povo sumeriano usava saiotes de pele. Os mesopotâmios já conheciam a tecelagem, mas ainda utilizam peles para se vestir. No apogeu da cultura desses povos, a fibra mais utilizada para fabricação dos tecidos era o algodão, além da lã e do linho. Nessa mesma época, no Egito, as roupas e os complementos cumpriam a função de diferenciadores sociais, distinguindo os nobres e as classes mais favorecidas dos pobres que, muitas vezes, andavam nus. No período faraônico, que durou cerca de 3.000 anos, poucas mudanças ocorreram no modo de vestir dos egípcios. Os tecidos eram feitos de fibra natural vegetal,principalmente o linho. O algodão era menos utilizado. As peças do vestuário  consistiam basicamente em tangas e túnicas.

 

Entre os anos de 1750 e 1400 a.C, período da Antiguidade Clássica, em Creta, eram utilizados os tecidos de linho, lã ou couro . As roupas femininas eram bem diferenciadas das masculinas. O vestuário entre os séculos VII e I a.C.

Na Grécia, cujo apogeu se deu entre os séculos VII e I a.C., a peça mais característica da indumentária era o quíton, a túnica dos gregos, um retângulo de tecido preso nos ombros e embaixo dos braços , com uma das laterais fechadas e outra aberta. Quíton significa  túnica de linho, sendo este o tecido mais usado para sua confecção, apesar de empregarem, também, a lã. No primeiro século a.C, em Roma, a vestimenta se constituía basicamente da Toga, que recebeu influência de vestimentas típicas da Grécia e da Etrúria . Usavam uma túnica e, sobre ela, a toga. Esta, por seu volume, evidenciava o status social de quem a usava. O vestuário na Idade Média

 A Idade Média (séculos V a XV d.C.) trouxe uma série de diferenciações no campo da costura. A habilidade dos artesãos fez com que as roupas  passassem a ser mais refinadas, costuradas de forma esmerada, com aplicação de joias e pedrarias. Muitas túnicas feitas de algodão, sobrepostas, faziam com que o nobre se sentisse confortável com os rigores do inverno europeu. Nessa época, os povos bárbaros utilizavam roupas feitas de linho, cânhamo e algodão, além do couro. Os tipos de vestimenta eram túnicas, mantos e espécies de calças.

Por volta do Século XI d.C., em Bizâncio, a seda era o principal tecido utilizado, sendo produzida na própria região, dispensando sua importação da Índia e da China. Era um tecido destinado exclusivamente aos nobres e ricos. A lã, o algodão e o linho também compunham a indum indumentária entária dos bizantinos. Como em outras culturas, a roupa também era um fator de diferenciação social. Quanto maior o prestígio, mais ornamentada ela era. Eram usadas túnicas com mangas longas, para os dois sexos. O manto usado sobre a túnica tinha influência romana.

 

O vestuário no Renascimen Renascimento to

O final da Idade Média e início do Renascimento foi um período muito importante para a história do vestuário, pois surgiu nessa época o conceito de moda. Os nobres da corte de Borgonha (na França) se incomodavam com as cópias de suas roupas feitas pela classe social mais abastada, os burgueses. Por isso, eles começaram a diferenciar cada vez mais as suas roupas, criando, assim, um ciclo de criação e cópia. A moda surgiu como um diferenciador social, diferenciador de sexos, pelo aspecto de valorização da individualidade e com o caráter da sazonalidade, ou seja, os modelos duravam até que não eram

mais copiados. Quando isto acontecia, deveriam ser criados novos modelos. No período do Renascimento, a indústria têxtil   se desenvolveu muito. Nas grandes cidades italianas foram elaborados tecidos de primeira qualidade, como brocados, veludos, cetins e sedas . As roupas tornaram-se mais requintadas, os ornamentos ganharam maior importância.  As roupas vinham costuradas com joias diversas. Nesse momento, a costura se torna um empreendimento muito lucrativo. O vestuário masculino e feminino acabou se igualando na riqueza de recortes e de ornamentos . O vestuário no período Barroco

O período Barroco, no Século XVII, caracterizou-se por excessos, com roupas volumosas, e pelo uso de rendas . No século XVIII, no período do Iluminismo, com a arte Rococó, as roupas se encheram de babados, lacinhos e flores.

As roupas femininas eram muito volumosas. Após a Revolução Francesa, no final do Século XVIII, as roupas passaram a ser mais práticas e confortáveis. Ricos e pobres se vestiam da maneira mais despojada possível. O gosto pelo retorno à natureza passou a ser uma constante. O vestuário e a Revolução Revolução Industrial

Com a Revolução Industrial, na Inglaterra, os burgueses passaram a se diferenciar das demais classes buscando roupas mais aprimoradas, e, para isso, contratavam pessoas especializadas para garantir exclusividades em suas roupas. No entanto, foi no período entre 1898 a 1910 que  a indústria do

 

vestuário evoluiu, passando a produzir em massa, tanto na Inglaterra como na

 América. Da mesma forma, houve um aumento do trabalho em domicilio domicilio,, pois, com as costureiras domésticas, as pessoas poderiam achar exclusividade, o que não era possível nas fábricas.

O vestuário e o setor de negócios da moda

 A Revolução Industrial fez com que surgisse o setor de negócios da moda, que vive hoje momentos de grande ebulição. Atualmente indústria da moda incorporou parte da diferenciação, mas a profissão de costureira persiste. Existe um grande número de pessoas que, por vários motivos, não abrem mão de ter as suas roupas feitas sob medida por esta profission profissional. al. Além da possibilidade de montar um ateliê, para fazer roupas sob medida, o costureiro tem a possibilidade de se empregar em confecções de diversos portes. O setor têxtil e de confecções é recon reconhecidamente hecidamente um dos g grandes randes gera geradores dores de empregos no Brasil. Dessa forma, aprender a modelar, cortar e costurar  pode  pode ser uma grande oportunidade para você se colocar no mercado de trabalho.

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