Mintzberg, Henry (2010) - Estrutura e Dinamica Das Organizacões. Lisboa - Dom Quixote
September 6, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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HENRY MINTZBERG
ESTRUTURA E DINÂMICA
DAS ORGANIZAÇOES Tradução de Amélia Salavisa Brooker Revisão Técnica de António Caetano Caetano 3.ª edição
ÍN ÍND DICE PREFÁCIO .........................
......... ... ... ....... .... .......... ... ................. .............. ....... ..... ...... ........................ ...... .
11
..... ... ........ ............ ........ ............... ...... ........ ........ .... ........ ...... ..................... ............. ...... ...... ..... NOTA AO LEITOR ......
15 15
Capítulo 1 - A essência d a estrutura ... .................. .............................. ........................ ...... ........... ........... ......... ............. .............. ......
19 19
PARTE I - O FUNCIONAME N NTO TO DA ORGANIZ ORGANIZAÇÃO .... ................ ..................... .............. .........
35 35
Capítulo 2 - As cinco componentes componentes bá bássicas da orga nização nização ......... ... ..................... ....... ......... ........ ........
37 37
Capítulo 3 - A orga nização nização como um sistema de flu fluxos............ xos.................. ..................... ............... ..................
55 55
PARTE 11 - OS PARÂMETROS DE CONCEPÇÃO CONCEPÇÃO ............... ................... ..... .... ... ...... .. .... ....... ............ . .
87 87
postoos de trabalho: a es esp peci ciaalização do tra trabalho balho... ........... .. Capitulo 4 - Concepção dos post
91 91
Capitulo 5 - A concepção dos postos de trabal traba lho: a formalização docomportamento do comportamento
105 105
Capitullo 6 - A con Capitu concepção dos pos postos de de trabal trabalho: formação e soci sociaali lizzação ação................. .................
119
Capitu Capitullo 7 - A concepção da sup uperest erestru ruttura: o agrupame agrupamento em emunidade unidades............ s.................. Capítulo 8 - A co concep ncepção ção da supere uperest strut rutu ura: a dimensão das unidades unidades ......................
127
159 159
Capítulo 9 - A concepção das das ligaçõ ligações es laterais: os sistema temass de contro controllo e de planeamento. neam ento............. ....... ......... ............. ........... ..................... ......................... ......................... ........................... ..............................
.
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dass liga ligações ções laterais: os mecan mecaniismos de li ligação gação ..... ................ Cap Capíítulo 10 - A concepção da Capitulo 11 - A concepção do sistema de tomada de d e deci decissão: a descentralizaç descentralização ão vert ertii-
187
call e hor ca horiizo zontal ntal......... ......................... ............... ............... ....... ............... ................. ............... ......... ........... ............... ........... ..........
209 209
PARTE IIl - OS FACTORES DE CONTINGÊNCIA ........ ........... .................................... ....
243 243
Capítulo 12 - A es trutu ração efi e ficaz caz da s or gan izações ......... ... .. ..... ... ...... .... ... . .. . ..... . . . ... ....... .
245
Capítulo 13 - A idad idadee e a dim dimensão ensão............. .............. ............... .... ............... ............................ .............. ...... ............................. ........ . Capítulo 14 écnico nico .. .......... ............ .... .......... ................. ..... ........ ............ ..... ............... ............ ........ ..... ............... . 14- O s iste ma téc
255 255 279 279
I
ambiente.......... ............... ........... ... .................. ................ .. ....... ......... ....... ..... ............ ....... ... ........ ..... ..... ......... ......... ......... ...... ... ........ Capí tu tullo 15 - O ambiente....
297
pode er .... .. ....... ..... .. ....... ..... ................................. ............................... ............ ............................... ........................ ..... ...... ..... .......... ......... .... Capítulo 16 - O pod
319
PARTE IV - AS CONF CONFIIGURAÇÕES ESTRUTURAIS............ ................. ......... ...................
329 .
Capítulo 17 - A es estru tru tur a simpl es.......................................... .............. ...... .... .... ... .... ...... .........
335 335
Capítulo 18 -
A burocracia mecani mecanicista .. ... ... .. ... ... ..... ... .. ... .. ... ..... ............. .......... ........ ........... ............. .......... ........... ....
345
Capítulo 19 -
A burocracia profi ss ssional.. ional.. ........ ........................................ .. ...................... .................... ...
379
Capítulo 20 -
............... ................ ................... ........ ............ ................. ... A es estru tru tur a divi sionali zada .. ..... ..... ... .. ... ............
409
Capítulo 21 - A adbocracia ................................................. ........ ..... .................................... ............................. Capitulo 22 - Um pentá ntág gono co conclu nclus sivo .............................. ....... ................................ .. ...... ....
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BIBLIO GRAFIA. BIBLIOGRAF IA. ............................... ...................................................................... ........................................................................... ................................................... ...............509 509 REMISS SIVO .................... ........................................... ............................................... ............................................... .............................................. ............................... ........ 52 5211 ÍNDICE REMIS
CAPÍTULO 1 1 A ESSÊNC IA DA ESTRUT ESTRUTURA URA A Sr.ª Raku tinha um estúdio de cerâmica na cave da sua casa. Esta activi dade envolvia um número de tarefas diferenciadas - a preparação do barro, barro , o moldar dos potes, potes, o trabalhá-los quando ainda meio-secos , a preparação e apli cação dos vidrados e a cozedura no forno. forno . A coordenação destas tarefas não apresentava qualquer problema: problema: a Sr ª .ª Raku encarregava-se de tudo tudo.. Mas a ambição e o sucesso das cerâmicas da Sr ª .ª Raku causavam um pro blema: as encomendas excediam excediam a sua capacidade de de produção. Por conseguinte conseguinte , a Sr. ª ª Raku contratou a Sr ,ª ,ª Bisque Bisque,, que tinha imens imenso interesse em aprender a fazer cerâmica. O que significava que a Sr.ª Raku tinha agora de dividir o tra balho entre elas elas.. Mas como as lojas de artesanato queriam cerâmicas feitas pel pela Sr .ª .ª Raku Raku,, foi decidido que a Sr. ª ª Bisque preparasse o barro e os vidrados e que a Sr ª .ª Raku fizesse o resto. Tudo isto requeria uma certa coordenação do traba lho,, de facto, lho facto, um problema mí nimo, nimo, quando só duas pessoas trabalham num estúdio de cerâmica: cerâmica: bastava bastava-l -lhes hes comunicarem de manei maneira informal. informal. E ª disposições f uncionaram funcionaram lindamente lindamente, , tão bem. que, que , passado pouco tempo,, tempo a Sr .ªstas Raku foi mais uma vez atolada em encomendas Tornou-se então necessá rio contratar mais assistentes: mas desta vez, vez , a Sr ª .ª Raku decidiu contratá-las directamente da esco la de cerâmica local , p pr r evend evendo o di diaa em que as mesmas teriam que moldar os potes. Assim , embora a Sr ª .ª Bisque tivesse levado um certo tempo a aprender , as tr ês novas assistentes , logo desde o princípio, princípio , sabiam exactamente o que fazer e adaptaram-se muito bem; bem; mesmo com cinco pessoas, pessoas , a coordenação não apresentava quaisquer p quaisquer pro ro b blemas lemas.. ando do se contrataram du duas novas assistentes, assistentes , os os p problemas roblemas de coorde Mas qu an nação começaram a surgir. Um dia a Sr ª .ª Bisque trop tr opeeçou num balde de vidrad vidra do e quebrou cinco potes; potes; noutro dia a Sr .ª .ª Raku abriu o forno e apercebeu-se apercebeu-se de que os vasos de suspensão para plantas tinham sido todos, todos , por engano, engano, vidrados v idrados com cor-de-rosa cíclamen. Nesse momento, momento , deu-se conta que sete pessoas a tra balhar num pequeno estúdio não conseguiam coordenar todo o trabalho através do simples me mecanismo de de comunicação informal. (E ( Exi xisstem 21 possí possíveis permu tas ou canais de comuni comunicação cação,, pelos quais duas pessoas podem comunicar , extraídas de um grupo de sete pessoas, pessoas , se tomarmos os membros dois a dois. dois .) Para agr agr avar avar a sit situação , acrescentava-se o facto de que a Sr ª .ª Raku, que agora agora
ESTRUTURA E DINÂMICA DAS ORGANIZAÇ0ê ORGANIZAÇ0êS
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se intitulava presidente de Ceramics Liroited, dedicava agora cada vez mais tempo aos seus clientes; de facto, por essa altura, era mais pro provável vável encontrá-la ves tida com um vestido de um costureiro da moda, do que enfiada num par de jeans. Assim decidiu nomear a Sr.ª Bisque, gerente do estúdio, para que se ocu passe inte inteiramente iramente com a supervisão e coordenação do trabalho das cinco assis tentes que fabricavam a cerâmica. A empresa continuou a crescer. E mais uma vez ocorreram grandes mudan ças, quando um cons consultor ultor em organização foi chamado. Seguindo os se seuus con selhos, o estúdio foi completamente reorganizado em quatro linhas de produção - cada assis assistent tentee encarregando-se apenas de uma só tarefa dentro de cada linha de produção (potes, cinzeiros, vasos de suspensão para plantas e animais de de cerâmica) - a primeira pr eparava eparava o bar barro ro,, a segunda moldava, a terceira buri lava o barro e assim por diante. Consequentemente, a produção tomou a forma de quatro linhas de produção. Cada p pessoa essoa seguia um conjunto de normas pre cisas, elaboradas de antemão, que asseguravam a coordenação de todo o traba lho exigido. Claro que Ceramics Limited deixou de vender para lojas de artesa nato; a Sr.ª Raku passou a aceitar só encomendas por grosso, e a maioria das vendas redes de armazéns. Raku não tinha limites, e logo que teve a oportuni Mas daestinavam-se ambição da aSr.ª dade de diversificar, não hesitou. Primeiro foram azule azu le jos de cerâmica, depois acessórios para casa de banho e finalmente tijolos de argila. argila. A empresa foi sub sequentemente dividida em trê trêss divisões - produtos de consumo, produtos de construção civil, e produtos industriais. A Sr.ª Rak:u trabalhava agora num escritório no quinquagésimo quinquagésimo quinto andar da sua «To «Torre rre da Cerâmica», onde coordenava as actividades das divisões, revendo os resultados cada trimestre e actuando pessoalmente quando as taxas de cres cres cimento e de lucro não atingiam os números desejados. Um dia, a Sr.ª Raku estava sentada à sua secretária a examinar os orçamentos quando, ao olhar para os arranha-céus viz vizinh inhos, os, te teve ve uma súbita inspiração e decidiu mudar o nome da sua companhia companhia para para Ceramico. Toda a actividade humana organizada - desde a fabricação de cerâmica até ao acto de colocar um homem na Lua - dá lugar a duas exigências fundamen tais e opostas: a divisão do trabalho nas várias tarefas a serem desempenhadas e a coordenação das mesmas a fim de realiza realizarr a actividade em questão. A estru estru tura de uma organização pode ser definida simplesmente como o total da soma··dos meios utilizados para dividir o trabalho em tarefas distintas e em soma seguida assegurar a necessária coordenação entre as mesmas mesmas.. Na Ceramico Ceramico,, a di divisão visão do trabalho - preparação do barro, modelação, buri lamento, aplicação de vidrado e cozedura - foi largamente ditada pela tarefa a realizar e pela técnica utilizada para o conseguir. A coordenação, contudo, pro vou ser ser uma questão mais complicada, fazendo apelo a vários meios. Estes podem ser mecanismos referidos como de coordenação», se deva como notar que esses têm«mecanismos tanto a ver com o controlo e aembora comunicação com a coordenação.1 1
«Trabalhos r ecentes ecentes no domínio do controlo, ou cibernética, demonstraram (que o controlo e
a coordenação coordenação)) têm a mesma essência» (Litterer, 1965, pág. 1965, pág. 233) 233)..
ESSÊNCIADA A ESSÊNCIA DA ESTRUTURA
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Parece que são suficientes cinco mecanismos de coordenação para expli car as maneiras fundamentais pelas quais as organizações coordenam o seu trabalho: ajustamento mútuo mútuo,, supervisão directa directa,, estandardização dos pro pro cessos de trabalho, estandardização dos resultados e estandardização das 1
qualificações dos trabalhadores. trabalhadores . Podemos considerá consi -los como os ele a cola mesmo derámentos fundamenta fundamentas si da estrutura, que aglutina as diferentes partes ga de uma organização. Tudo emerge destes elementos - a estruturação das or ga nizzações assim como os temas tratados neste livro. Pa ni Passemos ssemos a olh ol har para ca cada da um deles deles br br evement evemente, antes de determinarmos o rumo deste livro. O ajustamento mútuo O ajustamento mútuo realiza a coordenação do trabalho pelo simples processo de comunicação informal. informal . Graças ao ajustamento mútuo, o controlo do trabalho fica nas mãos mãos do operador, como indicado na figura 1-1 (a). Visto que se trata de um mecanismo coordenação simples imples,, o ajustamento naturalmente na turalmente utilizado na de mais simples das datão s organizações: por exemplo, exemplo,mútuo quandoé duass pes dua pessoas soas remam numa canoa ou várias tra b baalham num estúdio de cerâmica. Paradoxalmente,, é també Paradoxalmente ambém m usado nas situações mais complexas, porqu porque, e, como iremos ver mais tarde, é o único que funcio funcionna em ci circun rcunstâncias stâncias extrem extremam ameente dificeeis. Consideremos a organ dific organização ização responsável por enviar um homem à Lua pela primeira vez vez.. Tal actividade reque requerr uma divisão de trabalho in incrive crivelment lmentee elaborada, com mi millhar es es de especialistas desempenhando uma quantidade de tarefas espec específicas. íficas. Mas, ao princípio, ninguém sabe exactamente o que é neces sário fazer. Este conhecimento desenvolve-se à medida que o trabalho avança avança.. Em última anális análise, e, apesar de se utilizarem outros mecan mecanismo ismoss de coordenação, o sucesso da em presa de p pende ende es essencialme sencialment ntee da capacidade do doss especialistas se adaptarem uns aos outros ao longo de um caminho de desconhecido, sconhecido, que vai sendo descoberto descob erto à medida que se avança, o2 que em sum umaa não é muito diferente ·da situaçãoo de situaçã de dois remadores numa canoa.
A supervisão direct directaa À medida que uma organização cresce e de deiixa o se seuu estado estado de si simplicidade mplicidade primiti primi tiva va - ma maiis de cinco ou seis pessoas que trabalha trabalham m nu num m estúdio estúdio de cerâ mica, mic a, mais de quinze p pessoas essoas que remam numa canoa de gu guerra erra - vê-se apare cer um segu segundo ndo mecanis mecanismo mo de coordenação. coordenação. A supervisão directa é o meca meca nismo de de coordenação pelo qual um indivíduo se encontra investido de responsabilidade pelo trabalho dos outros. O res p ponsável onsável transmite transmite-l -lhhes ins- 1
Esta tipologia reflecte em parte, as co connclu lusões sões de Simon (1957) (1957),, March e Simon (1958) e Galbraith (1973) (1973)..
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Para uma exposição teór ica ica deta etalhada lhada acerca dos diversos modos de coordenação de acções or parte de decisor es es independentes, ver Lin Lindb dblom lom (1965 1965,, capítu capítulos los 2-5) 2-5).. O capitulo 14 do mesmo livro liv ro também examina como o ajust ajustame ament ntoo mútuo pode por vezes conseguir uma mel melhor coorde nação do que que a sup uperv erviisão directa ou certas formas de estandardização.
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ESTRUTURA E DINÂMICA DAS ORGANIZAÇÕE ORGANIZAÇÕES S
truções e controla as suas acções, como indicado na figura 1-1 (b) (b).. Co Com m efe efeit ito, o, um cérebro coor dena várias mãos, como no caso do supervi supervisor do estúdio de cerâmica ou no caso do remador de popa que ·marca a cadência das remadas na canoa de guerra.
futebol americano. Consideremos a estrutura do jogadores futebol americano. Aqui daedivisão Aqu trabalho bastante acentuad a; acentuada; temos onze seleccionados acordodo com o trabaé lho que desempenham em campo, e também com a sua respectiva localização e até mesmo com os seus atributos físi físicos. O ágil haljback 1 posicio posiciona-se na-se por detrás da linha de agl aglomeração dos jogador jogador es es e leva a bola; o jogador o jogador normal normal-- G
G Gestor
A
Analista Ana lista A 1 --------- f
o
o
o
Operacional Operacional
- - -1 -1
o
Operacionall Operaciona (b) Supervisão Directa
(a) Ajustamento Mútuo
G
- Z1ZIZZll $(o Qua a ilfi Qu cações cações
Processos de trabalho rabalho
Resultados Resultados
(c) Estandardização Estandardização
Figu Fig ura 1.1 1.1
OS CINCO MECANISMOS DE COORDENAÇÃO COORDENAÇÃO ' Haljback, jogador que assume assume a posição no sentido ofensivo de uma equipa equipa de futebol ame ame ricano que requer uma corrida sistemática com a bola. a bola. (N. T.)
A ESSt NCIA DA ESTRUTURA
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mente corpulento que bloqueia os movimentos da equipa contrária fica na linha e bloqueia. Os ajustamentos mútuos não são suficien suficientes para a coordenação desta tarefa, como tal é nomeado um capitão de campo, ao qual se chama quar lerback1, que coordena o trabalho dos jogadores comandando as jogadas. as jogadas.
estandardização ação A estandardiz O trabalho também pode ser coor denado por outros meios, que não apenas pelo ajustamento mútuo ou pela supervisão dir ecta. ecta. Pode ser estandardizado. estandardizado. «A coordenação das diversas partes partes é incorporada no programa (de trabalho) desde areduzida.» concepção, e a enecess necessid idade ade de, pág. comunicação contínua é consequentemente (March Simon, 1958, 1958 162.) A coor denação começa no estira dor, por assim dizer, antes mesmo do trabalho começar. Os trabalhadores na linha de montagem de automóveis e os ciru cirur r giões giões que trabalham numa sa sala la de operações não não precisam precisam de se se preocupar preocupar com a coordenação com os colegas em circunstâncias normais - sabem exactamente o que es p perar erar dos colegas e proce dem de acordo com esse conhecimento. A figura 1-1 (c) mostra quais são os três tipos fundamentais de estanda estandardi rdi zação, dentro das organizações. Os processos de trabalho propriamente ditos, os resul res ultados tados do trabalho, assim como as qualificações dos operacionais - podem, todos eles, ser concebidos de maneira a observar padrões observar padrões pré-determinados. pré-determinados.
A estandardização dos processos de trabalho Os processos de trabalho são estandardizados, estandardizados, quando o conteúdo do tra que me vem ao espírito é balho é especificado ou program programaado. Um exemplo qu o das instruções de montagem que acompanham um brinquedo de criança, ven dido em em peças peças so solltas tas.. Aqui, o fabricante, com efeito, estandardiza o processo o processo de trabalho dos progenitores. - «Pegar num parafuso de duas polegadas de cabeça redonda e inseri-lo inseri-lo no buraco BX, juntar este à parte XB com uma anilha e uma porca de parafuso hexagonal, ao mesmo tempo que se se pega pega » A estandardização pode ser imensamente desenvol desenvolvvida nas organizações, como no caso das quatro linhas de produção da «Ce «Ceramics ramics Limited», Limited», ou ainda
comoconc uma conch o recheador ha na grande de tartes vasilha que de observei recheio uma de vez tarte, numa numa pastelaria: enchendo pastelaria: basesmergulhava de tartes, literal mente milhares de vezes por dia - cereja, mirtil mirtilo ou maçã, não faz faziia a mais pequena diferença - as bases de tarte chegavam-lhe às mãos numa mesa rolante. O seu trabalh trabalhoo não pr ecisava ecisava de qualquer su su pervisão nem de comunicação infor infor ma mall com os seus cole colegas gas de trabalho (excepto a necessária para manter um certo equilíbrio mental). A coordenação do trabalho tinha sido realizada por quem havia oncebido a mesa rolante. O recheador de tartes tinha apenas de fazer seguir as mstruções à risca risca,, sem se preocupar ·com os outros trabalhadores, que co coloc locaa- 1
O futebol americano é jogado aos domingos. Na manhã da segunda-feira seguinte, os qua quarr- - terbacks analisam como é que o jogo o jogo deveria ter sido jogado com o b o beneficio eneficio da experiê experiência. ncia. (N. T.) T.)
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ESTRUTURA E DINÂMICA DAS ORGANIZAÇÕES ORGANIZAÇÕES
as bases bases de tartes debaixo e por cima do recheio. Claro que existem outros vam as postos de trabalho estandardizados que que proporcionam proporcionam uma maior margem de mano bra: pode bra: pode exigir-se a um comprador que obtenha obtenha pelo pelo menos três propostas para todas as compras que excedam 1O 000 dólares, mas, mas, por por outro lado, este é livre de de desempenhar sempenhar o seu trabalho como bem lhe aprouver.
A estandardização dos resultados Também é possível estandardizar os resultados do trabalho (por exem plo, especificando de antemão, as dimensões do produto, ou o desempenho a atingir). Os motoristas de táxi não recebem quaisquer instruções como con duzir ou que rota seguir; são apenas informados sõbre o destino dos fregueses. fregueses. O preparador de de barro não recebe instruções sobre como preparar a argila, ape nas a tem de de preparar em blocos de dois ceramista sabe que com essaque quantidade barro pode moldar potes,quilos; cujaso dimensões es pecificadas es constituem as normas da sua própria produção. própria produção. Assim que os resultados são estandardizados estandardizados,, as interfaces entre as tarefas são pré-determinadas, são pré-determinadas, como no caso do encadernador de livros que sabe que as páginas impressas que recebe de um colega e a capa que recebe de outro, vão conjugar-se perfeitamente. conjugar-se perfeitamente. Paral Paralelame elamente nte,, os directores das divisões da Ceramico articulavam-se com a direcção-geral da empresa em termos de padrões de desempenho, apenas lhes sendo exigido cada trime trimesstre que atingissem determi nados lucros e níveis de crescimento. Como atingi-los, o problema era deles.
A estandardização das qualificações Por vezes, nem o processo nem os resultados podem se serr estandardizados, embora se exija uma certa coordenação. Anthony Jay (1970) levanta esta ques tão no contexto dos impérios coloniais. Como é que os reis controlavam e coor denavam as actividades dos seus governadores na chefia de colónias distantes, quando a supervisão directa era impedida pela lentidão dos canais de comuni cação deficientes - que levava levavam m meses a dar a volta desde o princípio ao fim
- quando nem o trabalho nem os seus resultados eram susceptíveis de serem estan estan dardizados? A solução que adoptavam - usada pela Sr.ª Raku para contratar assistentes para assistentes para o estúdio de cerâmica - era a de estandardizar os operacionais, operacionais, se não o trabalho propriamente trabalho propriamente dito ou os seus resultados. As qualificações e o (conhecimento) são estandardizados logo que se especifica a formação daquele O rei tinha confiança nosvíduo seus governadores porque ele ele que executa o trabalho. mesmo os formava. De uma maneira geral, o indi indivíduo é formado mesmo antes antes de entrar na organização. A Sr.ª Raku contratava ceramistas acabados de sair da escola de cerâmica, exactamente como o fazem os hospitais, quando contratam contratam médicos. As instituições de formação introduzem os os programas programas de trabalho e as as bases de coordenação entre os futuros assalariados. Quando trabalham, trabalham, os tra balhadores parecem agir de maneira autónoma, exactamente como um um bom bom actor que,, quando no palco que palco,, parece representar espontaneamente, mas que, de facto, passou semanas a aprender o texto na perfeição. A estandardização das qual qualifi ifi--
A ESStNClA DA ESTRUTURA
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cações realiza indirectamente o que a estandardização do doss processos de trabalho ou a estandardização dos resultados realiza directamente: o controlo e a coor denação do trabalho. Quando um anestesista e um cirurgião se encontram numa sala de operações para operar um apêndice, apêndice, mal têm de comunicar; por virtude da formação que cada um recebeu, sabem exactamente o que esperar do outro. A estandardização das suas qualificaçõ qualificações es assegura o essencial da coordenação.l
Um contínuo entre os mecanismos de coordenação Estes cinco mecanismos, de coordenação parecem pertencer a uma ordem um tanto ou quanto irregular. A medida que o trabalho de organização se torna mais complicado, os meios preferidos de coordenação parecem deslocar-se sucessivamente, como exemplificado na figura 1-2, 1-2, do ajustamento mútuo
paradea trabalho, sos trabalho supervisão , dedirecta preferência, e, em ou seguida, até à estandardização até à estandardização dos resultados dos proces ou das qualificações, para finalmente regressar ao ajustamento mútuo nas situações mais complexas. Um indivíduo que trabalha sozinho não tem grande necessidade de coorde coorde nação - tudo se se passa passa na sua su a própria cabeça. Co Contudo ntudo,, acrescente-se uma segunda pessoa, e a situação muda logo de figura. A coordenação agora deve-se efectuar através de dois cérebros. Geralmente, as pessoas que trabalham lado a lado em pequenos grupos adaptamadaptam-se se umas às outras outra s de uma maneira manei ra informal, tornando t ornando -se o ajustamento mútuo o principal mecanismo de coordenação. Mas à medida que o grupo aumenta, toma-se cada vez mais dificil coordená (1959) nota que os grupos de mineiros de car -lo de maneira informal. Miller (1 vão funcionam eficazmente sem supervisão, até um número máximo de 41 homens.
Mas, a pa a- parti rtirr desse número, ou diferentes, no caso de sdivisões mais diferenciadas de tra balho istemas técnicos mais complexos tu locais a supervisão torna-se absolutamente necessária: O adiar da introdução da função de direcção direcção para para além do estádio óptimo .... con con
duz ao declínio da eficiência do sistema .....A ..... A energia dos membros do grupo, em vez vez de ser consagrada à tarefa principal, é cada vez mais consagrada à ta tar r efa efa de manter o grupo unido .... (pág. (pág. 88). 88).
Como tal, existe assim uma necessid necessidade de liderança. O controlo do trabalho do grupo passa a um indivíduo único, ou seja, é transferido para um único cére bro que agora controla os outros: a supervisão directa torna-s torna-see então o meca nismo principal de coordenação. Mas à medida que o trabalho se torna mais complexo, uma outra transição parece ocorrer. Enquanto que, no exemplo anterior, uma parte do controlo do trabalho traba lho passava passava do trabalhador trab alhador ao supervisor, agora a estandardização toma a 1
O mes me smo se pode dizer dizer a respeito de de operaç operaçõões muito mais mais complexas complexas,, como uma operação de coração aberto, aberto, que durou cinco cinc o hora ras, s, ob obsservada do princípio ao fim por Go Gossselin (1978) - e na qual qual mal se observou qualquer comunicação informa informall entre os cirurgiões cardiovascul cardiovasculaares e o anestesista.
ESTRUTURA E DINÂMICA DAS ORGANIZAÇÕES
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Estandardização /
Ajustamento Mútoo
_
Supervisão / Oirecta
do Trabalho
--
Estandardização dos Resunados
/
Aju stame Ajusta mento nto Mútuo
Estandardização das Qualificações
Figura 1.2 OS MECANISMOS DE COORDENAÇÃO: UM CONTÍNUO IRREGULAR
r
DE COMPLEXIDADE
) 1 dianteira. Como se notou anteriormente, a organização tem três escolhas. Quando \L as tarefas são simples e rotineiras, a organização pode estandardizar estandardizar os seus pró pró
prios processos de trabalho trabalho.. Mas no caso de trabalho muito mais complexo, a organização é forçada a estandardiza.r...Q.S.. estanda rdiza.r...Q.S.. sult-ª
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