MEU RELATÓRIO DE ESTÁGIO DA UNIASSELVI
Short Description
Download MEU RELATÓRIO DE ESTÁGIO DA UNIASSELVI...
Description
MEU RELATÓRIO DE ESTÁGIO DA UNIASSELVI
Não foi possível postar o relatório de acordo com as normas da ABNT.
SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................... ..................................04 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................05 3. ROTEIRO E REPOSTAS DAS ENTREVISTAS............................................09 4. ANÁLISE DAS ENTREVISTAS EM RELAÇÃO AO PROJETOPOLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............11 5. DESCRIÇÃO DA OBSERVAÇÃO E ROTINA DAS ATIVIDADES DE ORIENTAÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR................................................15 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................18 7. REFERÊNCIAS............................................................... .................................19
ANEXOS.......................................................................... .................................20 1. INTRODUÇÃO O relatório a seguir corresponde ao Estágio I e II, voltado às atividades desenvolvidas dentro da escola quanto a Gestão Escolar e os trabalhos executados pelo Orientador e Supervisor escolar. O mesmo foi realizado na EMEF. Gov. Fernando Guilhon, situada na Rua Goiânia, S/Nº no bairro Terra Prometida, um bairro de comunidade carente, onde as pessoas envolvidas no processo de ensino desta escola como: alunos, professores, supervisores, diretores e funcionários em geral não têm medido esforços para que de fato a educação aconteça. O estágio foi realizado em dupla pelos acadêmicos Arinaldo Néri Ferreira e Leila de Sousa Soares seguindo um cronograma do curso com leitura do manual de estágio, fundamentação teórica, conhecimento da escola campo e os projetos desenvolvidos pela mesma, observação dos trabalhos da gestão escolar, entrevistas, com os supervisores da escola, a qual como a maioria das escolas da rede municipal não possui orientador escolar e por fim a elaboração deste relatório. Durante este estágio orientado pela tutoria da UNIASSELVI com o objetivo de contribuir para o aperfeiçoamento de seus acadêmicos no curso de Pedagogia, observamos o quanto é importante o contato direto com situações diárias da rotina escolar para área em que pretendo atuar. A rotina escolar, expressa, através das suas dificuldades e das suas atividades realizadas com êxito, contribuições necessárias e essenciais para minha formação. É através desse contato com a instituição e com todos que fazem parte da mesma, que podemos constatar teorias estudas e constatar possíveis contradições entre teoria e pratica. O que é crucial e precisa ser detectado, pois primeiramente voltado ao nosso objetivo de estágio, somará para o nosso crescimento acadêmico e segundo voltado para a escola que nos recebeu de forma profissional e que com certeza aceitará e estarão abertas as contribuições analisadas e fundamentadas. 8.
Portanto, fará com que de forma eficaz nossos conhecimentos, somados aos da equipe atuante, possa fortalecer os saberes e experiências para uma práxis voltada ao permanente: refletir, agir e refletir. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Nunca foram tão disseminadas no contexto educacional as defesas de várias ideologias. É provável que a escola varia entre uma ou outra como várias escolas do Brasil. Acreditamos que ao contrario à busca por diversas teorias na tentativa de inovação é importante primeiramente que a escola não se desvie do seu contexto histórico, cultural e social, não se desvincule do seu referencial (leis educacionais). Mesmo considerando este atraso na educação, é notória a contribuição da legislação para os avanços e melhoria do ensino nas escolas brasileiras.( CELI TEREZINHA WOLFF: Supervisão Pedagógica, 2007) O princípio básico deste trabalho será em mostrar que o importante não é a busca por fundamentos desconhecidos, mas sim em aperfeiçoar o que já se tem como proposta, ou seja, que faça valer na pratica verdadeiramente às leis da educação e a proposta pedagógica que possibilite adequação a realidade da escola. Em síntese, não é a aprendizagem que deve se ajustar ao ensino, mas sim o ensino que deve potencializar a aprendizagem. (PCN’s -vol. 1, 1997) No decorrer do estágio, fez se necessário o embasamento fundamentado para garantir credibilidade e segurança à equipe, que mesmo tendo uma política administrativa e pedagógica organizada conseguiu rever algumas situações perfeitamente adaptáveis, porém de acordo com uma fundamentação que atende aos seus anseios e que sejam normas e propostas conhecidas, mas indiferentes devido à onda de ideologias que vem tomando conta da educação e provocando mudanças na organização e no planejamento educacional.
No cerne destas ideologias a escola pergunta-se pelo papel e função enquanto instituição e espaço do saber. Intensifica seu amplo contexto. por autonomia, gestão democrática e mais recursos. Como contrapartida imediata a estas reivindicações, é desafiada a assumir a responsabilidade no exercício de inúmeras ações, dentre as quais está à elaboração do seu Projeto Político Pedagógico em consonância com os planos de educação e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Portanto o que necessitamos na verdade não são as inúmeras ideologias ou metodologias as quais estamos acostumados a ouvir falar, mas sim a aplicação efetiva de leis coerentes com o nosso sistema de ensino e com o nosso período histórico como a LDB e os Planos de Educação. A aplicação sistematizada, refletida e principalmente praticada de uma proposta pedagógica definida comprovadamente eficaz para nossa época como os Parâmetros Curriculares. Os Parâmetros Curriculares Nacionais estão situados historicamente. Não são princípios atemporais. Sua validade depende de estarem em consonância com a realidade social, necessitando, portanto, de um processo periódico de avaliação e revisão. (PCN-vol. 1,1997)
A proposta dos PCNs. Precisa ser elaborada numa ação conjunta entre todos os profissionais da escola explicitando a proposta no Projeto Político Pedagógico da escola. Apesar de apresentar uma estrutura curricular completa, os Parâmetros Curriculares Nacionais são abertos e flexíveis, uma vez que por sua natureza, exigem adaptações para a construção do currículo. (PCN- vol. 1,1997) De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9394/96): Art. 14º Os Sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I- participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto político pedagógico da escola;
II- participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares e equivalentes.
Possibilitar a concentração das ideias em teorias e documentos que de fato devam ser obedecidos e reconhecidos pela equipe foi um dos objetivos do estágio. O qual não trouxe mais uma ideologia para escola, mas sim fez com que esta refletisse e buscasse dentro do seu próprio contexto, seu referencial como instituição redescobrindo sua passagem por um momento histórico, determinantemente capitalista com suas leis e diretrizes, com propostas que é inerente a esse período histórico. Nessa observação de estágio detecta-se uma variação entre uma proposta e outra, entre uma ideologia e outra, sem definir entre o que propriamente a escola pretende seguir. Isso é decorrente em especial, pela ausência de seu Projeto Político Pedagógico. Por tanto faz se necessário apenas o cumprimento de sua lei maior (planos e LDB), no tange ao âmbito pedagógico. A fundamentação teórica aqui expressa é de fato relacionada à LDB e os Parâmetros Curriculares Nacionais os quais precisam ser mais consultados dentro da escola em uma ação pedagógica entre direção, supervisão e equipe docente. Art. 13º Os docentes incumbir-se-ão de: I- participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II- eleborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; III- zelar pela aprendizagem dos alunos; (LDB 9394/96)
A proposta dos PCNS foi difundida no município há alguns anos. Apesar das criticas a maioria dos educadores conhecem a essência da proposta que é incrementar os trabalhos em sala de aula em todas as áreas do saber tradicionalmente consolidadas o qual é um rico material de apoio possível a ser utilizado a partir de nossas convicções, é necessário o melhor uso possível dos PCNS no cotidiano de nossa vida profissional. Os Parâmetros Curriculares Nacionais foi escolhido como fundamentação por vários motivos, entretanto cito quatro deles que são: O conhecimento que os educadores já têm sobre a
proposta, o valor histórico que possuem para nossa época, a flexibilidade para adequação com a realidade e principalmente por está em consonância a Lei de Diretrizes e base da Educação atual. Art. 3º São as seguintes Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino fundamental: IV- Em todas as escolas deverá ser garantida a igualdade de acesso para alunos a uma base nacional comum, de maneira a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional. A base comum nacional e sua parte diversificada deverão integrar-se em torno do paradigma curricular, que vise a estabelecer a V- relação entre a educação fundamental e: a) a vida cidadã através de vários aspectos como: 1.a saúde 2. a sexualidade 3. a vida familiar 4.o meio ambiente 5. o trabalho 6.a ciência e a tecnologia 7. a cultura 8. as linguagens. b)as áreas de conhecimento (LDB 9394/96)
Os Parâmetros Curriculares tem em suas vertentes temas similares e de possível aplicação. Fazer esse paralelo entre uma proposta e uma lei a ser cumprida é de fato crucial para o desenvolvimento de um trabalho pedagógico fundamentado e respaldado nacionalmente. Perder tempo com teorias fantasiosas ou de cunho regressivo não determinará a razão da existência da escola. O que determinará com certeza é o que é proposto e seguido pela escola, de acordo com seus valores sócio-culturais, no seu contexto histórico, econômico e atual. Os Parâmetros Curriculares Nacionais, ao propor uma educação comprometida com a cidadania, elegeram baseados no contexto constitucional, princípios segundo os quais orienta a educação escolar: Dignidade das pessoas humana, Igualdade de direitos, Participação e Co-responsabilidade pela vida social. (PCNS-vol. 8-1997).
Toda proposta pedagógica requer envolvimento de toda equipe e comunidade escolar, porém a ação da supervisão e orientação é de fundamental importância para a consolidação de determinadas propostas. A ação da supervisão e orientação dentro da escola e do sistema realiza incumbências diferentes estabelecidas nas diretrizes e bases da educação nacional. É evidente que a legislação e as
normas por si só nunca resolverão os problemas, cabe a quem é de direito e de dever, colocá-las em prática, para beneficiar a coletividade. A escola observada não possui serviço de orientação e nessa ausência de um profissional capacitado na área, não se desenvolve dentro da escola acompanhamento constante dos alunos através do serviço de orientação escolar (SOE) e o que é possível fazer é somente detectar alguns problemas por professores e equipe técnico-administrativo e participar aos pais tais dificuldade, não havendo assim uma sistematização nesse acompanhamento. A supervisão e a gestão por sua vez tem o grande compromisso de orientar, acompanhar, avaliar a implantação da legislação. Para tanto sua proposta político pedagógica deve ser solidificada e baseada em fundamentos aplicáveis e de conhecimento da equipe. Estamos certos de que os Parâmetros serão instrumentos útil no apoio às discussões pedagógicas em sua escola, na elaboração de projetos educativos, no planejamento das aulas, na reflexão sobre a prática educativa e na análise de material didático. E esperamos, por meio deles, estar contribuindo para sua atualização profissional-um direito seu e, afinal um dever do Estado. (PCNS, 1997)
3- ROTEIRO E RESPOSTAS DAS ENTREVISTAS Roteiro de questões sobre as funções que exercem na escola para Orientador e supervisor. Supervisor: Wenderk dos Santos Moraes Quais as funções que exerce na escola? Ações pedagógicas, voltadas professores, comunidade e aos alunos. E funções de orientador escolar devido à escola não ter esse profissional. Cite aspectos positivos e negativos em relação a sua função? Aspectos positivos são As ações realizadas com êxito; Experiência cada vez maior no contexto; Possibilidade de visualizar melhor e acompanhar de perto o desenvolvimento no que diz respeito ao aspecto pedagógico; Proporcionar momentos onde os pais tenham a oportunidade de participar da escola ativamente.
Aspectos negativos são Os anseios pela realização de atividades que você não tem possibilidade de realizar devido à falta de estrutura e material; Ausência da família no contexto escolar; Acumulo de funções pela ausência de profissionais como: orientador, psicólogo e outros. Defina ações a serem desenvolvidas na escola para um orientador e supervisor competente e comprometido com as transformações sociais? É ação voltada à permanência dos alunos na escola, são ações voltadas ao aprendizado, como o reforço escolar. Acompanhar os professores nas atividades dentro da escola. Direcionar o Projeto Político Pedagógico e as ações pedagógicas. Qual a concepção de aprendizagem que fundamenta o trabalho na sua escola? A concepção é voltada para o trabalho com Projetos de aprendizagens. Como foi a escolha da mesma e de que forma esta concepção é materializada no “chão” da escola?
A escolha desta concepção se deu há dois anos atrás pela Secretaria de Educação através de uma proposta lançada pela mesma dessa concepção. Onde as escolas que adotassem a proposta deveriam elaborar de acordo com suas dificuldades e realidades seus projetos de aprendizagem. E a materialização da mesma é feita juntamente com os professores. As condições físicas de sua escola são adequadas para o exercício pedagógico? Justifique. Não. O número de alunos cresce anualmente e a escola não comporta os mesmos, em três turnos. Algumas atividades deixam a desejar devido as dependências não acomodarem os alunos. A ausência de alguns materiais básicos como livros, iluminação, ventiladores e lousas adequados, dificultam a permanência de forma efetiva do aluno em sala de aula. A formação do corpo técnico pedagógico interfere na qualidade do corpo docente. De que forma?
Todos do corpo técnico pedagógico possuem formação superior e é essencial essa formação, além da experiência que conta muito também. Quais são as maiores potencialidades de sua escola na dinâmica do cotidiano escolar? Exemplifique. A união da equipe na realização das ações e eventos dentro da escola. A sua escola possui Projeto Político Pedagógico? Não. Pretendemos inicia-lo no próximo ano. Na ausência do Projeto Político Pedagógico que planejamento norteia o ano letivo e a prática pedagógica destinada à implementação do ensino? O Regimento Interno, o Plano de Desenvolvimento da Escola com projetos de aprendizagens e ações que visam à participação dos pais e organização da instituição. 4- ANÁLISES DAS ENTREVISTAS EM RELAÇÃO AO PROJETOPOLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A qualidade da atuação da escola não pode depender somente da vontade de um ou outro professor. É preciso a participação conjunta dos profissionais (orientadores, supervisores, professores polivalentes e especialistas) para a tomada de decisões sobre aspectos da prática didática bem como sua execução. (PCN’s vol.1-1997)
Na entrevista o supervisor relata as suas dificuldades em coordenar ações pedagógicas e ações de orientação escolar, além de algumas situações que o mesmo descreve na entrevista como pontos negativos no desenvolvimento de sua função. Verifica-se que a rotatividade da supervisão na escola este ano é um fator que deve ser levado em conta, quanto à execução dos projetos e ações voltados a esta função que passou pelas seguintes mudanças: No inicio do ano devido às mudanças políticas houve troca de governo e como é de praxe houve a mudança total do corpo técnico-administrativo ficando a escola com uma diretora, uma vice-diretora e duas supervisoras. Em março, uma das supervisoras é transferida e o supervisor entrevistado Wenderk dos Santos Moraes assume a supervisão, o qual está capacitado para a função. Porém no segundo semestre
há novamente alterações, onde se faz uma mudança na direção, ficando a vice-diretora na direção à senhora Judite Soares Melo e assumiu o atual vice-diretor Adonias Sousa de Oliveira, houve ainda uma outra mudança na supervisão, pois a supervisora que iniciou o ano na escola saiu e assumiu a senhora Glória . Com todas essas mudanças analisadas, pretendo mostrar a dificuldade da elaboração do Projeto Político Pedagógico, que claro não justifica, contudo não deixa de ser um aspecto negativo, pois qualquer profissional precisa de tempo para se estabelecer, tomar “consciência” do que é relevante para escola e a partir da
organização funcional da mesma, elaborar ações pedagógicas e administrativas, pois, além disso, terá que realizar ações integradas com a Secretaria de Educação, resolver situações de cunho financeiro, eleição do Conselho Escolar, resolver problemas do alunado, dá continuidade ao planejamento... Em fim são situações que podem está perfeitamente ligadas ao PPP, contudo o Projeto Político exige e requer discussão, análise, reuniões, contato com a comunidade e com Conselho Escolar, etc. E algumas ações citadas são em caráter de urgência e obviamente dificulta essa elaboração. Os supervisores de acordo com as suas funções, como as ações pedagógicas voltadas aos professores, comunidade e aos alunos e ainda tendo que executar ações “limitadas” (diga -se de passagem) na área de orientação é visível a dificuldade em coordenar a equipe estando esta dividida em quatro turnos. Definir horários para encontros sem prejudicar o andamento das aulas dificulta certas ações da supervisão. Ao elaborar seu projeto educativo, a escola discute e explicita de forma clara os valores coletivos assumidos. Delimita suas prioridades, define os resultados desejados e incorpora a auto-avaliação ao trabalho do professor. Assim, organiza-se o planejamento, reúne-se a equipe de trabalho, provoca-se o estudo e a reflexão contínuos, dando sentido às ações cotidianas, reduzindo a improvisação e as condutas estereotipadas e rotineiras que muitas vezes, são contraditórias com os objetivos educacionais compartilhados. (PCN’s -
vol. 1
1997)
Existe para tanto a necessidade de executar ações planejadas nos momentos em que a equipe discute e programa suas ações. Pois há uma dificuldade na execução de determinadas ações dentro da
escola que necessitaria de atitude e iniciativa dos supervisores. Esperar unicamente que a equipe docente tome a iniciativa é deixar as coisas no improvável e no que é mais cômodo fazer. O professor deve ter propostas claras sobre o que, quando e como ensinar e avaliar, a fim de possibilitar o planejamento de atividades de ensino para a aprendizagem de maneira adequada e coerente com seus objetivos. É a partir dessas determinações que o professor elabora a programação diária de sala de aula e organiza sua intervenção de maneira a propor situações de aprendizagem ajustadas às capacidades cognitivas dos alunos. (PCN’s volume I 1997)
A ação da supervisão dentro da escola realiza incumbências diferentes. Estas incumbências estão nas diretrizes e bases da educação que exerce a coordenação do trabalho pedagógico, articulando, acompanhando e orientando as atividades educativas integrantes da equipe escolar. É importante que ação pedagógica incentive a equipe na realização das atividades em conjunto. Que a supervisão coordene dentro da escola a formação continuada, a troca de experiências, a união da equipe, que conquiste sua equipe, assim como o professor precisa conquistar seu aluno, não pela proteção de a ou b, mas pela segurança que devem passar para a equipe no momento em que direciona as ações com conhecimento e fundamentação, no momento em que realiza dentro da escola ações coletivas e de valorização das habilidades que muitos têm e não mostram ou nem descobriram tais habilidades pela falta de oportunidade que não se dá. Os professores precisam se sentir mais responsáveis pelas ações dentro da escola. São louváveis algumas ações observadas dentro da escola como, por exemplo, uma manhã alegre, quando cada professor executou uma determinada atividade. Porém precisa ser mais que isso. O professor precisa ser induzido pela supervisão a coordenar e executar projetos dentro da escola fazer este se sentir co-autor das ações. Outro exemplo em que à escola deu alguns passos nesse sentido foi à elaboração dos micros projetos dentro da escola, mas faltou da supervisão induzir e cobrar das equipes a realização dos projetos que não aconteceram apesar de serem ações do Pano de Desenvolvimento da escola. Ao contrario disso a equipe técnica por situações já citadas teve que conduzir outras ações emergenciais.
A escola tem como base seu Plano de Desenvolvimento Escolar (PDE) que visa uma sistematização em todos os âmbitos da escola. A elaboração do PDE-Escola representa para a escola um momento de análise de seu desempenho, ou seja, de seus processos, de seus resultados. É uma ferramenta gerencial que auxilia a escola a definir suas prioridades estratégicas, a converter as prioridades em metas, a decidir o que fazer para alcançar essas metas, a medir se os resultados foram atingidos e a avaliar o próprio desempenho. (PDE-MEC-2008)
A falta de material pedagógico que o supervisor mencionou na entrevista dificulta alguns avanços, para tanto existe um paralelo enquanto falta livro para o educando a escola dispõe de internet banda larga e data show que na observação percebi que poucos professores usam, alguns por não saberem mesmo e outros talvez não consigam relacioná-los a suas atividades. Daí um exemplo claro da ação da supervisão em ensinar como usar e propor sugestões de como adequar os conteúdos ao uso desse material atrativo e de grandes possibilidades metodológica. As ações de permanência do aluno na escola envolvem a prática do reforço na escola. Mas o reforço por si só não facilitará a permanência desse aluno o que é impressidivel é a elaboração de projetos voltados a uma educação diferenciada e que sejam atrativos para os mesmos assegurando sua permanência de acordo com suas habilidades e limitações. São ações voltadas ao aprendizado, projetos de conhecimento sócio-cultural, ações envolvendo dificuldades como leitura, escrita e raciocínio lógico. Direcionar o Projeto Político Pedagógico e as ações entre comunidade e escola, também é um desafio claro da gestão e equipe escolar. Quanto ao planejamento verifiquei que o que existe é na verdade uma preocupação em manter uma unidade em meio à diversidade, tipo característico da população tucuruiense. Na educação básica basear-se pelo o planejamento como único referencial de construção pedagógica é limitar os amplos aspectos que o educando pode oferecer, que escola e a comunidade têm com filosofia de vida, o que dever ser considerado como norte para realização de qualquer ação ou
planejamento. É necessário que o currículo na educação básica valorize um paradigma curricular que possibilite a interdisciplinaridade, para abrir novas perspectivas no desenvolvimento de habilidades, para dominar concepções pedagógicas, que foram sinalizadas pela proposta curricular nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Os temas estão vinculados ao cotidiano da maioria da população, além dos temas transversais como ética, meio ambiente, pluralidade cultural, trabalho, consumo e saúde. 5- DESCRIÇÃO DA OBSERVAÇÃO E ROTINA DAS ATIVIDADES DE ORIENTAÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR A escola Governador Fernando Guilhon está localizada no bairro Terra Prometida s/nº, o qual é um bairro distante do centro da cidade e como tal possui uma comunidade com sérios problemas relacionados com o tipo de vida de todos os moradores como: desemprego, saneamento básico, iluminação, segurança entre outros. Está em processo de adaptação com a lei do Fundamental de nove anos/11.274(06/02/ 2006), tendo hoje alunos no 1º ano e 2º ano, 3ª e 4ª série, 1ª e 2ª etapa (Educação de jovens e adultos). Na área externa encontra-se um cemitério e residências. Inclusive existe uma preocupação da escola em relação ao contato dos alunos com o cemitério, pois os mesmos pulam o muro deste. Na área interna a estrutura que atende a uma clientela aproximada de mil e trezentos alunos, não é completa e nem suficiente para todos. A qual está distribuída em quatro turnos com 11 turmas pela manhã, 11 turmas no intermediário, 11 turmas pela tarde e a noite. A escola possui oito dependências, 11 salas de aula, um banheiro masculino e um banheiro feminino para os alunos, dois banheiros para funcionários e as dependências refere-se a uma secretaria, sala dos professores e uma sala para direção, vice-direção e supervisão, uma sala de leitura com um limitado acervo bibliográfico, a maioria voltado à literatura infantil, uma sala de informática com número insuficiente de computadores, uma pequena cozinha, três depósitos, sendo dois de alimentos e outro
com alguns materiais, um pátio coberto, porém com uma área também insuficiente para acomodar e desenvolver atividades para alunos de um único turno. A atual estrutura da escola já não é suficiente para sua clientela. O que se percebe é que a escola foi construída para atender a uma quantidade pequena de alunos, já que na data de sua construção (01/1982) não existiam os novos bairros e invasões próximos à mesma, que é recorrente do aumento populacional já tão bem conhecido pelos moradores antigos da cidade, devido às obras relacionadas à Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Em contra partida verifica-se também o descaso dos governantes com a situação, pois hoje no quesito estrutura a escola deixa a desejar, não só na falta de espaço nas dependências, mas também na qualidade da construção e de materiais como carteiras, lousas, lâmpadas, ventiladores e alguns materiais pedagógicos. O curioso é o grande espaço existente na escola em área descoberta, o qual é utilizado pelos alunos e professores para fazer recreação, (torneios) aulas de Educação Física ou simplesmente usado na hora da entrada, recreio e saída para os mesmos correrem à vontade. São desconfortáveis algumas situações para as crianças e que é impossível de não se notar, tais como: lanchar em pé ou pelos cantos com a vasilha nas mãos, não ter espaço coberto para brincar na hora do recreio e ter que ficar ao sol, carteiras inadequadas, salas sem iluminação e ventilação insuficiente. Faltam livros para os alunos, pois a maioria não tem o livro didático de direito doado pelo MEC e não tem acervo bibliográfico para pesquisa dos alunos. Contudo vale ressaltar que os professores e funcionários têm acesso a internet banda larga para pesquisa, o que é muito importante principalmente para o educador que poderá pesquisar assuntos atuais sobre as disciplinas que lecionam, possui também um data show que pode ser um instrumento de grande valor quando bem utilizado na inovação das aulas acompanhando assim os avanços tecnológicos que tanto atraem crianças, jovens e adultos. O corpo técnico-administrativo que assumiu esse ano tem buscado alternativas possíveis para os avanços no aspecto pedagógico, bem como a administração da política educacional
numa busca constante pela interação entre todos que compõe a comunidade escolar. Para isso assumem suas funções de acordo com as disposições das mesmas, assumem papéis distintos na falta de alguns profissionais relevantes para o bom andamento do processo educativo. O corpo técnico-administrativo é composto por uma diretora com formação superior e cursando complementação em Pedagogia, um vice-diretor com formação superior e cursando complementação em Pedagogia, um supervisor capacitado para a função com Pedagogia e uma supervisora também com formação superior. A supervisão exerce função fundamental dentro da escola no que diz respeito às atividades pedagógicas, onde sua atuação de fato se faz necessário. Sendo o planejamento anual e o Plano de Desenvolvimento da Escola um referencial importante na execução de projetos e ações da escola e estando os supervisores cientes de suas funções junto à equipe docente, verifica-se a preocupação dos supervisores em basear-se pelos mesmos. Porém, o planejamento de curso a muitos anos no município é unificado, numa organização que não está veiculado aos Projetos Políticos Pedagógicos das escolas (as que possuem, não é o caso.) ou outros projetos voltados à realidade da escola. Dentro da escola organizam-se os conteúdos de forma também a unificar e nivelar as turmas num contexto de unidade, para que bimestralmente se faça uma prova única, contextualizada e adotada por todos da mesma série ou ano. O que a escola executa é um parâmetro baseado numa perspectiva de integração e seguindo o perfil de unificação das atividades e eventos escolares da rede municipal. O mais importante, no entanto, nas dificuldades é encontrar alternativas que amenizem ou solucionem situações de desconforto, limitações e infra-estrutura. O que é demonstrado pelos professores e equipe ténico-administrativo. A criatividade dentro desse espaço cheio de inadequações surge diariamente como forma de superação.
As alternativas são explicitas nas organizações dos horários, cronogramas e atividades dos alunos, no revezamento de espaço e de material, materiais alternativos da própria vivência do aluno, pesquisa panorâmica do espaço do aluno através da visualização, convívio e conhecimento. O professor que percebe a dificuldade na sistematização e no repasse de seus conteúdos busca meios, interage, pesquisa e encontra no mundo do seu aluno e nos conhecimentos do mesmo as soluções mais criativas para superar questões relacionadas ao espaço físico, de processos e de aprendizagem. 6- CONSIDERAÇÕES FINAIS O estágio proporcionou análise das situações do cotidiano escolar que subsidiará nossa atuação na área administrativa e pedagógica. Oportunizou relacionar os conhecimentos obtidos em curso, com a pratica do estágio na área de Gestão e Supervisão Educacional. Com uma percepção mais analítica do que crítica, pois algumas situações na área da gestão e da supervisão são de difícil aplicação pelos profissionais da área, devido não ter um serviço de orientação e de outros profissionais. Acredito que a Orientação Educacional completa a ação da Supervisão e da escola como um todo. A parceria desses profissionais dentro da instituição escolar minimizaria algumas dificuldades que não estão voltadas aos recursos materiais, à estrutura escolar ou tão pouco com a organização política da escola e sim com aspectos emocionais e comportamentais. O Supervisor Escolar é uma “peça” fundamental, em virtude da área pedagógica que é a essência do seu trabalho escolar ser também a essência do trabalho dentro da escola. De nada adiantarão às leis, as propostas, as metodologias se a gestão e a supervisão pedagógica não direcionar ações viáveis ao cumprimento de qualquer proposta como por exemplo o Projeto Político Pedagógico. Ao fundamentar seu trabalho com os referenciais que temos hoje no país, como as leis educacionais e as propostas para as áreas de conhecimentos, os gestores e supervisores não estarão somente sistematizando as ações dentro da escola, mas sim cumprindo determinações legais, decididas a partir de resultados obtidos na
avaliação da rede educacional, debates e estudos acerca dos problemas. É o que os órgãos educacionais verdadeiramente espera que se faça. O PNE consolida um desejo e um esforço histórico de mais de 60 anos, e é a realização do sonho de diversos educadores.( CELI TEREZINHA WOLFF: Supervisão Pedagógica-2007) É obvio que os objetivos propostos não se efetivarão em curto prazo. Para tanto existe a necessidade do comprometimento de todos os profissionais, e disponham de tempo e recursos, sabendo que mesmo em condições boas de recursos, dificuldades e limitações sempre estarão presentes, pois na escola manifestam os conflitos existentes na sociedade. 7 – REFERÊNCIAS BRASIL. MEC/SEF. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997. BRASIL. MEC/SEF. Parâmetros curriculares nacionais: apresentação dos temas transversais e ética . Brasília: MEC/SEF, 1997. BRASIL. MEC/PDE. Plano de Desenvolvimento da Escola: estudo e treinamento. Brasília: MEC/PDE, 2008. EMEF FERNANDO GUILHON. Plano de Desenvolvimento da Escola. PDE, 2009. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL. Disponível em: ‹http://portal.mec.gov.br/arquivospdf/ldb.pdf ›. Acesso em: 22 de setembro de 2009. Losso,Adriana Regina Sanceverino.Caderno de Estudos: orientação educacional, Centro Universitário Leonardo Da Vinci. – Idaial: ASSELVI,2008. Martins, Josinei.Caderno de Estudos:currículo: teoria e prática, Centro Universitário Leonardo Da Vinci. – Idaial: ASSELVI,2008. PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO .Disponível em:www.mieib.org.br/legis/pne.doc. Acessoem 30 de setembro de 2009. Wolff, Celi Terezinha. Caderno de Estudos: supervisão pedagógica, Centro Universitário Leonardo Da Vinci. – Idaial: ASSELVI,2007.
ANEXOS ( fichas com as perguntas e respostas da entrevista e fichas do estágio)
View more...
Comments