Metodo de Violino Sacro - Parte 1 - Jan-2016

July 18, 2017 | Author: Cristiano Ventura | Category: Violin, String Instruments, Viola, Musical Instruments, Music Technology
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Metodo de Violino Sacro - Parte 1 - Jan-2016...

Description

Wagner Coutinho

Método de

Violino Sacro 1ª Parte

Método especializado em músicas sacras com 38 hinos-CCB em forma de exercícios. Visa capacitar o aluno para tocar nos ensaios e nas reuniões-cultos para jovens e menores. Revisado em Janeiro-2016

Wagner Loiola Coutinho

Método de Violino Sacro 1ª Parte Revisado em Janeiro-2016

Este método foi registrado no Escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional Ministério da Cultura – Brasil sob nº 686.213, Livro 1324 e poderá ser comprado ou baixado através do site: www.livrosevideos.com como também outros materiais impressos. Neste site estão disponíveis vídeos-aulas de instrumento, de teoria e solfejo e de vários assuntos musicais. Aqueles que ensinam encontrarão vasto material de apoio para os Grupos de Estudos Musicais, inclusive métodos de diversos instrumentos.

COLABORADORES: Renato Mota Rodrigues e Rafael Pereira.

CONTATOS www.livrosevideos.com Fones: 38-99200-5600 e 38-3015-3605

DADOS DO ALUNO

Nome: _____________________________________________Fone___________ Endereço: Rua_______________________________________________________ Cidade________________________________Bairro________________________ Local dos Estudos: ____________________________________________________ Data do Início: ______________________________________________________

Prefácio

Este método contém lições de nível básico para iniciantes no violino. Tem o objetivo de capacitar o aluno para tocar músicas sacras na primeira posição nos ensaios musicais e nos cultos para jovens e crianças. Para tanto, deverá prestar um teste onde poderão ser solicitadas quaisquer lições deste método, as músicas apropriadas para estes eventos e as matérias de divisão, solfejo e teoria musical. Para o estudo das músicas sacras, sugere-se utilizar o livro de músicas adotado pela comunidade que frequenta. Visando atingir o objetivo deste método, constei neste volume 38 hinos sacros fáceis em forma de exercícios, pois assim o aluno se sentirá mais motivado e obterá melhores resultados na afinação e no ritmo. Foram utilizadas também lindas músicas clássicas. Evitei exercícios de arco com efeitos sonoros inexistentes no livro de cânticos utilizados nas igrejas. Após concluir este método, o aluno deverá prosseguir os estudos adquirindo o método intitulado Método de Violino Sacro, 2ª Parte visando os testes para tocar nos cultos oficiais abertos ao público em geral. Agradeço a Deus, pelo dom da música e pela perseverança para conclusão deste trabalho. Agradeço a todos que me apoiaram e com especialidade o irmão O.S., encarregado regional de orquestra-CCB em Guarulhos-SP que foi o meu orientador na elaboração deste método e aquele que Deus usou com palavras de motivação para a sua conclusão. No intuito de direcionar toda honra e toda glória para Deus, solicitou-me não mencionar o seu nome, entretanto, me autorizou a prestar informações à quem solicitar. Citarei abaixo o seu parecer sobre o método: “11/10/14 – A principio parabéns pela excelente iniciativa em desenvolver este método direcionado ao aprendizado da CCB. - 16/10/14 - Muito bom. - 26/10/14 - Ótimo. - 27/10/14 - Ele é uma obra prima. - 17/11/14 - Nunca vi nada igual! Magnifico esse trabalho! 30/01/14 - Perfeito, ótimo, vou distribuir em todas as localidades que eu tiver acesso. Deus que lhe abençoe pelo excelente trabalho.- 01/02/15 - Estou totalmente de acordo com esse método e sua divulgação no aprendizado da CCB.” Autor: Wagner Loiola Coutinho

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Números das Lições Com Hinos Sacros Em Forma de Exercícios

66 120 145 181

76 123 147 183

96 131 150 184

101 134 153 187

102 136 156 188

105 137 173 190 1

108 138 174 192

111 139 175 193

116 141 178

119 142 179

Sugestões Para o Professor

Nas lições aprovadas, dê o visto, anote a data e os conceitos excelente, ótimo e bom conforme o caso. Sugere-se excelente para a lição executada sem erros, ótimo para até duas incorreções e bom para três à cinco incorreções; circule a lápis as incorreções; se após três tentativas, o aluno não conseguir passar a lição, siga para as próximas e após algum tempo, retorne à lição não aprovada; ao avaliar, não foque apenas na divisão musical, mas também, nas articulações, na sonoridade, no andamento e na postura corporal; ensine as lições a serem avaliadas na próxima aula; tenha um controle unificado da frequência de todos alunos, das lições aprovadas e do comportamento; se possível, bimestralmente, entregue aos pais um boletim contendo estas informações. Incentive a execução instrumental em grupo; lembre que para o aluno aprender, é necessário instrução e emoção; o aluno precisa sentir prazer na sala de aula. Por isso o bom relacionamento com professor é indispensável para estimular a aprendizagem. Além disso, o professor deve ser bem preparado. Em síntese, a boa qualidade no ensino depende de sete fatores básicos: professor bem preparado, bons livros, bons recursos audiovisuais, bom sistema de avaliação, boa estrutura escolar, alunos motivados e pais que participam da vida escolar de seus filhos.

Dicas Para o Aluno Tocar Bem

Estude pelo menos uma hora todos os dias da seguinte forma: toque 15 minutos sem parar e descanse no máximo 5 minutos repetindo este ciclo 3 vezes; estude a lição várias vezes até conseguir tocá-la 3 vezes seguidas sem erros; na hora de estudar, afaste-se de tudo que tira sua concentração; assinale as partes difíceis da lição e estude-as várias vezes; revise as lições no fim do dia e no dia seguinte; melhore o som do seu instrumento trocando as peças por outras de melhor qualidade; leve o violino ao Luthier para harmonizá-lo; toque as lições acompanhando-as com um metrônomo; adquira um afinador eletrônico; não tenha pressa de terminar a lição; não faça vibrato no som antes de ser autorizado pelo seu professor; ouça músicas bem tocadas com o seu instrumento e tente imitar a qualidade do som e a interpretação do executante; toque bastante em grupo e não falte aos ensaios; faça uma gravação com você tocando e verifique o que precisa de melhorar; reduza o tempo do seu curso passando pelo menos 7 lições por semana. O tempo do curso depende mais de você do que do professor.

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ÍNDICE CONTEÚDO

PÁGINA

História do Violino

4

Partes e peças do violino

5 a 17

Sinais de arcadas, numeração dos dedos e metrônomo

18

Local das notas no braço do violino até fá#5

19

Adesivo para marcar o lugar das notas no violino

20

Exercícios sobre as partes do violino e do arco

21 a 25

Exercícios sobre a postura corporal, braços e pernas.

26 a 32

Cordas soltas

33 e 34

Dedilhados das notas naturais e sustenidos

35 a 53

Escalas maiores com sustenidos

53

Dedilhados com notas naturais e bemois

54 a 65

Estudos cromáticos

66

Escalas maiores com bemois

67

Lições em compassos compostos para a técnica do arco

68 a 72

Tercinas

73

Síncopas

74

Afinação do 3º e 4º dedos

75

Deslocamento dos dedos

76

Acento métrico nos compassos compostos

77

Arpejos

78 a 80

Relação de Hinos de Reuniões de Jovens e Menores - CCB

83

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HISTÓRIA DO VIOLINO

O violino é um instrumento musical, classificado como instrumento de cordas friccionadas. É o mais agudo dos instrumentos de sua família (violino, viola, violoncelo e contrabaixo) correspondendo ao soprano da voz humana. O violino possui quatro cordas (Mi, Lá, Ré, Sol). O timbre é agudo, brilhante e estridente, mas dependendo da madeira, do encordoamento e das medidas, podem-se produzir timbres mais aveludados. O som geralmente é produzido pela ação de friccionar as cerdas de um arco de madeira sobre as cordas. Também pode ser executado beliscando ou dedilhando as cordas (pizzicato), pela fricção da parte de madeira do arco, ou mesmo por percussão com os dedos ou com a parte de trás do arco.

Os primeiros violinos foram feitos na Itália entre os meados do fim do século XVI e o início do século XVII, evoluindo de antecessores como o rebab, a rebeca, a viola e a lira de braço. A sua criação é atribuída ao italiano Gasparo de Saló. Veja abaixo os instrumentos de cordas que antecederam ao violino.

Erhu de 2 Cordas Séc VII

Rebab de 2 Cordas - Sec IX

Rebeca de 3 Cordas – Séc XI

Viola de Braço de 5 Cordas – Sec XIII

Viola de Braço de 4 Cordas - Sec XIII

Lira de Braço de 7 Cordas - Séc XV

O violino tem longa história na execução de músicas de raiz popular, que vem desde os seus antecessores como a viola. A sua utilização tornou-se mais expressiva a partir da segunda metade do século XV.

Violino Stradivarius do Palácio Real de Madri

Durante duzentos anos, a arte de fabricar violinos de primeira classe foi atributo de três famílias de Cremona: Amati, Guarneri e Stradivarius. Os violinos Stradivarius são provavelmente os mais valiosos do mundo. Foram feitos mais de mil instrumentos, entre eles violinos, violas, violoncelos e outros instrumentos de cordas pelo mestre Antonio Stradivarius (1644-1737), mas atualmente restam poucos destes instrumentos. Um violino Stradivarius de 1720, não dos mais famosos, foi comprado num leilão em Novembro de 1990 por 1,7 milhão de dólares. Em 2006 foi leiloado na casa de leilões Christie's um Stradivarius de 1729 (Hammer) que foi arrematado por 3,5 milhões de dólares. Um dos vários segredos da beleza estética dos violinos de Stradivarius reside no fato do seu construtor os desenhar utilizando a Seção Áurea. A Secção Áurea representa um elemento de equilíbrio estético. Já a sua qualidade sonora, mesmo com as tecnologias existentes, nunca foi superada.

A partir do século XIX modificou-se no violino apenas a espessura das cordas, o uso de um cavalete mais alto e um braço mais inclinado. Inclusive, a forma do arco consolidou-se aproximadamente nessa época. Originalmente com um formato côncavo, o arco agora tem uma curvatura convexa, o que lhe permite suportar uma maior tensão das crinas, graças às mudanças feitas pelo fabricante de arcos François Tourte, a pedido do virtuose Giovanni Battista Viotti, em 1782.

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PARTES DO VIOLINO

PARTES DO ARCO

Parafuso Graduador Vareta

Crina

5

Noz ou Talão

VISTA INTERNA DO VIOLINO

ESPALEIRA OU ALMOFADA

A espaleira ou almofada é um acessório utilizado para apoiar e firmar o violino entre o ombro e o queixo do musico. É aconselhável que todos os alunos utilizem, ainda que tenha pescoço baixo ou ombro alto, para evitar que adquirem problemas posturais que poderão comprometer a a saúde e estudos. Para tanto, basta ajustar os dispositivos da queixeira à altura do pescoço. As espaleiras são feitas de metais e cobertas com uma borracha macia. Têm dispositivos que ajustam ao tamanho do instrumento. Estão disponíveis de vários tipos: de plástico, madeira, forradas com couro, infláveis e outras em forma de esponja. É desejável que tenham o mínimo de contato com o fundo do violino para não abafar o som. Veja abaixo alguns modelos:

A QUEIXEIRA

A queixeira é uma peça anatómica que serve para o violinista acomodar o violino ao queixo de forma mais confortável. Foi inventada pelo alemão Ludwig Spohr. O modelo da queixeira deve ser adequada ao queixo do violinista. Caso não se sinta confortável, deve testar outro modelo, caso contrário, poderá comprometer a sua postura e a saúde bucal. O tipo de material também deve se adequar ao violinista. Alguns suam com a queixeira de plástico, outros têm alergia da de madeira. Estes alunos podem colocar um lenço sobre elas ou adquirir queixeiras com revestimento de couro. A queixeira deve ser instalada sempre na borda do instrumento, tendo no seu encaixe, materiais macios para proteger a madeira de arranhões. Não deve apertar muito para não deformar a borda e nem deixá-la frouxa para que não se solte e arranhe o verniz. Veja abaixo alguns modelos.

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TAMANHOS DE VIOLINOS Existem vários tamanhos de violinos, proporcionais às características físicas e à idade do aluno. O maior recebe a numeração 4/4 (4 por 4) e os demais são frações do maior: 3/4, 1/2, 1/4, 1/8, 1/10, 1/16, 1/32. Vejamos:

4/4

3/4

2/4

1/4

1/8

Para saber o tamanho do violino mais adequado para o aluno, basta medir o comprimento entre o seu pescoço e o pulso da mão esquerda tendo o braço esticado para frente. Após medir, confira na tabela abaixo o número do instrumento indicado. Caso utilize violino maior que a medida encontrada, irá afetar drasticamente o desempenho do aluno, pois não conseguirá alcançar as notas, tocará desafinado e poderá ter problemas de coluna, tendinites e dores musculares, que só tratamentos prolongados podem solucionar. É preferível utilizar violino menor do que maior que o recomentado. TAMANHO DO VIOLINO EM RELAÇÃO AO TAMANHO DO BRAÇO DO ALUNO

TAMANHO DO VIOLINO

COMPRIMENTO DO PESCOÇO AO PULSO DO ALUNO

COMPRIMENTO DO CAVALETE ATÉ A PESTANA

1/4 1/2 3/4 4/4

até 46 cm 46 a 53 cm 53 a 61 cm acima de 61 cm

26 cm 28 cm 30,5 cm 32,5 cm

Se o aluno não tiver alguma régua para medir a distância do pescoço ao pulso, pode-se cortar um barbante nesta medida e esticá-lo na extensão do violino a ser adquirido. Se tiver o mesmo tamanho, o violino será adequado ao aluno. Outra forma de verificar se o violino é adequado é verificar se a voluta se apoia perfeitamente no seu pulso tendo o braço totalmente esticado como na figura abaixo.

O professor não deve aceitar alunos com violinos maiores do que os recomendados no intuito de ajudar os pais da criança economizar outra compra quando crescer. Esta economia não se justifica, pois um violino para estudante é o instrumento mais barato da orquestra custando menos da metade do preço de um saxofone.

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O ARCO O arco é o dispositivo utilizado para fricionar as cordas do violino no intuito de produzir o som. É constituído de quatro partes principais: a crina para ser friccionada nas cordas, a vareta funciona como suporte e o talão onde se coloca a mão e onde se encontra um parafuso para regular a tensão da crina. Veja a evolução histórica do arco.

Para adquirir um bom arco, é necessário atender as seguintes orientações:  Dê preferência pelos arcos de Pau-Brasil. Os de fibra de carbono ou de vidro são indicados para estudantes pois apesar de não serem tão bons como os de Pau-Brasil, são mais resistentes. O tipo de madeira influencia muito no som.  Observe o equilíbrio do arco. Se for muito leve na ponta será difícil começar um som forte na parte superior. Sendo muito pesado no talão será difícil controlar golpes de arco como o spicatto e mudança de corda. O peso do arco depende da constituição física de cada aluno. O que é bom para um pode não ser para outro.  Faça o teste a seguir para saber se o arco exerce forte pressão sobre as cordas para produzir sons fortes, se tem rapidez de resposta e clareza na articulação. Para tanto, gire o parafuso graduador para apertá-lo. O arco será bom se a pressão para girar não for muita nem pouca. Outro teste consiste em apertar a crina contra a corda. Se apresentar resistência para a crina encostar-se à vareta, o arco é bom.  Verifique se o arco é alinhado apontando para frente e mirando do talão a ponta .  Nos arcos são utilizadas crinas de cavalo ou materiais sintéticos. Os de crina são melhores, mas estragamse mais rápido. Convém trocar a crina semestralmente pois com o tempo estica-se e não segura o breu.  Observe a curvatura do arco. Não deve ser muito nem pouco curvado. Se excessiva, dificultará o aperto do parafuso graduador. Se tiver pouca curva, produzirá sons fracos e sem clareza nas articulações. Há bons arcos com curvaturas mais acentuadas na ponta produzindo um som brilhante e outros com a curvatura homogênea produzindo sons mais aveludados de acordo com o gosto do executante.  O arco será adequado ao tamanho do seu braço se ao esticá-lo corretamente, não sobrar ponta após a corda. Há três tamanhos: arco inteiro, ¾ e meio arco.

Veja a seguir os cuidados que se deve ter com o arco:  Passe breu na crina apropriado para a sua corda uma vez por semana quando utilizado frequentemente.  Não aperte demasiadamente o parafuso graduador do arco. Basta girar um pouco de forma que o espaço entre a crina e a vareta seja de apenas 1 cm ou a largura de um lápis.  Ao terminar de utilizar o arco, afrouxe a crina para a vareta não relaxar e perder a curva e a pressão;  Troque a crina quando se soltar vários fios e não segurar mais breu. Arcos utilizados constantemente devem ter a crina trocada de 6 em 6 meses;  Eventualmente coloque grafite em pó no parafuso graduador para não enferrujar.

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AS CORDAS

Cada violino reage diferentemente com diversas marcas de cordas. Um tipo de corda soa maravilhosamente em um instrumento mas em outro pode soar estridente, falho ou muito brilhante. Cada instrumento é único e cada violinista é único. Há uma variedade de cordas possibilitando o violinista escolher a que mais se adapta ao seu instrumento. As cordas vêm em três variedades básicas: com núcleo de tripa, que é excelente pois oferece uma gama completa de sons; a corda com núcleo de aço, que é alta e brilhante, mas pode soar arranhado, e a corda com núcleo sintético, que tem som suave, claro, e não tão imprevisível como o de tripa. O nome de cada tipo refere-se ao material do núcleo em torno do qual o fio de metal é enrolado para criar a corda. A maioria dos iniciantes deveria começar com cordas de núcleo sintético, com o núcleo de nylon. Abaixo, seguem comentários dos três tipos básicos de cordas.  Corda Com Núcleo Sintético: É o tipo mais popular, pois é feita de materiais mais resistentes que as cordas de tripa, tem o melhor preço, duram mais e mantém afinada por mais tempo. O seu núcleo é de nylon perlon ou outros de alta tecnologia. Tem o som brilhante das cordas de tripa e mais doce do que as de aço. As de tripa são vistas como tendo o melhor som mas precisam ser afinadas com maior frequência pois alteram com a mudanças de tempo (clima). Segue algumas marcas boas: D'Addario , Pro Arte, Crystal, Corelli Alliance, Thomastik, Dominant, Vision, Infeld, Red & Blue, Pirastro Tonica, Obligato, Evah Pirazzi e Larsen.  Corda Com Núcleo de Tripa de Carneiro: Por séculos, todas as cordas musicais eram feitas de pura tripa de carneiro. Apesar de serem mais caras, são as preferidas dos intérpretes de música barroca que buscam um som fiel ao original da época. Atualmente não são mais de pura tripa. Apenas o núcleo é de tripa e revestidas com um fio de prata. Produzem a mesma tensão e timbre das cordas de pura tripa. São conhecidas por terem som brilhante e ricos em harmônicos, mas tendem a demorar mais na resposta do que as cordas sintéticas. Além disso, precisam de maior atenção na afinação pois reagem facilmente à mudanças climáticas. Se o violinista optar por cordas de tripa com maior tensão, o timbre poderá mudar drasticamente para mais brilhante. Se desejar reduzir o brilho, o violinista deve empregar menos força, e fazer o contrário se utilizar cordas com pouca tensão, empregando mais força para aumentar o brilho. Os violinistas preferem as de menor tensão para interpretar música barroca. Pirastro é uma marca líder na produção de cordas de tripa. Além desta tem a Gold Label, Eudoxa, Oliv e Passione. Golden Spiral é uma marca utilizada por muitos violinistas.  Corda Com Núcleo Metálico ou de Aço: As cordas de núcleo metálico são mais populares entre músicos não clássicos como de jazz e são mais baratas. Elas têm um som brilhante, claro, poderoso e forte, mas com menos harmônicos do que as sintéticas e de tripas. Os sons podem parecer agudos mas se o músico desejar sons menos agudos, poderá substituí-las por cordas de aço mais grossas com revestimento. Estas cordas são muito boas para violinos menores. Elas permanecem mais tempo afinadas , mas precisam de maior cuidado na afinação pois se quebram com facilidade. Por isso é altamente recomendável colocar afinadores no estandarte. Existem várias marcas boas entre elas D'Addario Helicore, Pirastro Piranito e Chromcore, Spirocore Thomastik, Jargar e Prim. Todos os tipos de cordas oferecem uma grande variedade de soluções para qualquer tipo de violino. Estão disponíveis em três tipos de tensões: leve, média e forte. A leve para um som mais doce e as demais para um som mais brilhante e mais rápido na resposta. Geralmente, utiliza-se a de tensão média. Com uma mais espessa, você conseguirá mais volume e melhor ajuste na afinação. Com uma corda fina, você terá um som mais brilhante com menor aplicação de força. Após algumas horas de execução as novas cordas se acomodam ao violino. A partir deste momento o violinista conseguirá tirar o verdadeiro som da corda. Devemos conservar as cordas colocando grafite nos pontos de apoio, não enrolando sobre si mesma na cravelha, não pegando nelas com a mão suada e limpando-as eventualmente com um pano. É necessário descartálas se apresentar ferrugem, revestimento quebrado, som desagradável e se estiver cedendo a afinação. Se possível, troque o conjunto a cada semestre. Se trocar apenas uma, compre da mesma marca e tensão. Caso contrário, irá desequilibrar o conjunto. Compre corda mi de alta qualidade e tenha sempre uma de reserva.

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O BREU O breu é basicamente composto por resina natural e serve para passar na crina do arco no intuito de gerar adesão do arco nas cordas, ajudando no manuseio e produzindo assim um som mais bonito. Existem três tipos de breu: breu claro, breu escuro e breu de cor intermediária. Pode ser feito de resina natural ou sintética.

Breu Claro

Breu de Cor Intermediária

Breu Escuro

O tipo de breu irá influenciar muito o som. Usa-se o breu mais escuro para cordas de aço, que não precisam de um poder de aderência muito forte, o breu de cor intermediária para cordas sintéticas e o mais claro para cordas de tripa que exigem uma adesão maior. Deve-se levar em conta também, que breus escuros não soltam tanto pó e por isso são indicados para quem tem alergia. A empresa Pirastro e a Geipel fabricam breus da mais alta qualidade para diversos tipos de cordas. Dê preferência pelos breus de resina natural pois os de resina sintética podem comprometer o som. Se o breu é novo, deve-se antes de tudo passar uma lixa grossa sobre a sua superfície, pois ele vem liso da fábrica, o que dificulta sua aderência no arco. Antes de utilizar o breu, estique as crinas. Em seguida, passe o breu sobre a crina em toda a sua extensão fazendo movimentos não muito rápidos. Vire o breu regularmente para que a crina não passe em um só lugar, formando assim um “caminho” e diminuindo a vida útil do produto. Passar muito breu não vai melhorar o som. Pelo contrário, pode piorar. Basta quatro arcadas no breu uma vez por semana. Um bom teste para saber se está suficiente é, colocar o dedo (lave-o antes) no lado da crina que não toca na corda. Se sair um pó branco, está bom. Misturar várias marcas de breu em um arco também pode prejudicar a sua qualidade, se isso acontecer recomendase a lavagem da crina. O breu vem envolvido em um tecido para evitar que o pó caia no violino e prejudique a sonoridade, mas você pode protegê-lo passando o breu no arco longe do instrumento. AS CRAVELHAS

Cravelhas são as peças de madeira (quatro, uma para cada corda), onde se fixam as cordas, e são usadas para afinar o instrumento girando-as a fim de apertar ou afrouxar as cordas. Deve se afrouxar a cravelha antes de girá-la. Se o movimento das cravelhas estiver duro, passe breu. Se estiver mole, passe giz. Solicite ao Luthier para verificar se o pino está com as medidas corretas. Caso contrário, sempre terá problemas com desafinação. Não force os pinos pois pode danificar o instrumento.

O ESTANDARTE

Estandarte é uma peça em forma triangular posicionada antes do cavalete com as seguintes funções:  fixar as cordas para possibilitar que sejam esticadas pelas cravelhas na outra extremidade.  Fixar os micro afinadores para possibilitar afinar as cordas com maior precisão;  Interligar as cordas ao botão e ao corpo do instrumento no intuito de transmitir as vibrações. Os estandartes são construídos de diversos materiais, no entanto os mais aconselhados, são os de madeira mais duras.

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COMO COLOCAR AS CORDAS NO VIOLINO

Cada Cravelha Tem Uma Finalidade: Antes de substituir as cordas velhas pelas novas, veja na figura ao lado que cada corda deve ser colocada na sua respectiva cravelha. Para colocar as cordas, posicione o violino com a voluta para cima.

Como Afrouxar e Retirar as Cordas: Afrouxe só um pouco todas as cordas antes de afrouxar totalmente a que será substituída. Caso afrouxe apenas a que será substituída, a força da tensão desta passará para as demais e poderão se quebrar. Não retire todas as cordas de uma vez para iniciar a substituição. Retire uma e substitua. Depois outra, uma de cada vez.

Como Colocar a Ponta da Corda no Furo da Cravelha:  Gire a cravelha de forma que o furo fique para cima;  Com uma mão, coloque a ponta da corda dentro do furo da cravelha deixando sobrar 1 centímetro;  Enrole a corda sobre a sua ponta conforme figura ao lado;  A cravelha deve ser girada sempre em direção a voluta conforme a seta da figura ao lado.

Como Enrolar a Corda na Cravelha  A corda deve ser enrolada no sentido da parte mais grossa da cravelha. Se a cravelha está do lado esquerdo, enrola-se para este lado. Se estiver do lado direito, enrola-se para o lado direito.  Com uma mão, gire a cravelha na direção da voluta e mantenha a corda esticada com a outra mão, pois se deixar frouxa poderá cruzar sobre ela mesma.

Forma Incorreta de Enrolar a Corda: Não faça como na figura do lado esquerdo enrolando a corda sobre si pois logo irá quebrar. Enrole como na figura do lado direito de forma que os anéis fiquem paralelos. Para tanto, deve-se enrolar no sentido da cravelha.

Ajuste do Cavalete Antes da Afinação: Coloque as cordas nos sulcos de apoios da pestana, do cavalete e do estandarte. Após colocá-las, não aperte apenas uma corda a ponto de afiná-la deixando as demais frouxas, mas somente aproxime a afinação distante 2 tons da ideal. Inicie pela corda sol até a mi. Com as cordas ainda um pouco frouxas, ajuste o cavalete, centralizando entre as linhas dos dois efes ( f f ) conforme figura ao lado. Como Afinar as Novas Cordas  Gire um pouco as cravelhas para aproximar a afinação do violino;  Complemente a afinação girando os micro afinadores;  Ajuste as cordas puxando-as na pestana, estandarte e cavalete. Este ajuste visa acomodá-las melhor nestes pontos;  Afine novamente o instrumento;  Toque bastante e sempre afine o instrumento nos intervalos, pois as cordas precisarão de várias afinações até ficarem estáveis.

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O CAVALETE

O cavalete é uma peça muito importante do violino onde as cordas são apoiadas no intuito de transmitir as suas vibrações para o corpo do instrumento. Após comprá-lo deve-se ajustar às suas medidas à do violino.

CAVALETE SEM AJUSTE

As cordas pressionam o cavalete contra o corpo do violino que recebe uma pressão de cerca de 40 quilos. Por isso, você deve ter um cavalete de boa qualidade e monitorar o seu estado de conservação, caso contrário, poderá se soltar e danificar o violino. Para tanto, faça as seguintes observações:

 Os pés do cavalete devem estar bem apoiados no tampo superior para transmitir todas as vibrações uniformemente para o corpo do violino;

 O cavalete não pode ficar torto (empenado) como o da figura ao lado pois irá prejudicar a sonoridade do instrumento e poderá tombar ou se partir. Ao cair, as cordas podem danificar o espelho (escala) e fazer cair a alma (veja a alma na figura acima) que fica no interior do violino. Caso esteja torto, se tiver habilidade, coloque os lados do violino entre seus joelhos e com as duas mãos coloque o cavalete na posição vertical. Se tiver empenado, troque o mais rápido possível;

 Veja na figura ao lado que o cavalete deve estar posicionado na linha entre os dois efes ( f f ) , sendo que um dos pés deverá ficar 3 milímetros à frente da alma. Se o cavalete ficar mal posicionado, irá alterar a distância entre as notas contribuindo para o violinista tocar desafinado. O violinista deve sempre observar se a distância entre o cavalete e a pestana do violino permanece em aproximadamente 328 a 330 mm (para violinos 4/4), pois o cavalete tende a inclinar como consequência da pressão do arco sobre as cordas reduzindo esta distância.

 Não altere as medidas do cavalete que foi ajustado para o seu violino. As medidas são padronizadas e se alterá-las irá afetar o som. O cavalete novo vem bruto sem ajustes. Para isso, procure um profissional. A largura do cavalete deve ser proporcional ao tamanho do instrumento;  Não utilize cavaletes de má qualidade, pois irá comprometer a força e o timbre do som. O cavalete não pode ser feito de qualquer madeira. Tem que ser feito de Maple originário da Europa;  Os sulcos em cima do cavalete servem para apoiar as cordas. A sua profundidade não pode ser mais de um terço do diâmetro da corda e deve ter distâncias entre si que varia de acordo com o tamanho do instrumento;  Uma dos lados do cavalete é plano eo outro inclinado. O lado plano deve ficar virado para o estandarte e o lado inclinado para o espelho.

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SAIBA COMO AJUSTAR O CAVALETE

O ajuste das medidas do cavalete deverá ser feito por alguém experiente. Outra pessoa poderá fazer desde que siga os passos abaixo. Caso não fique bom, compre mais cavaletes e tente novamente até aprender a ajustar. Para tanto, irá precisar dos seguintes materiais: 1 cavalete, 1 lixa grossa nº 120, 1 lixa fina nº 400 e 1 estilete.

1º Passo: Ajuste Da Curva Do Pé Do Cavalete De Acordo A Curva Do Tampo Do Violino a) coloque um pedaço da lixa nº 120 em baixo do novo cavalete com o lado grosso para cima ; b) lixe a base do pé do cavalete movimentando-o levemente sobre a lixa, para frente e para traz. Não movimente o cavalete para as laterais onde estão os efes , caso contrário, o pé ficará plano e não se apoiará na madeira e fará o cavalete cair. Lixe de pouco a pouco, com pequenas pausas para ver como está, até que a base do cavalete se encaixe perfeitamente ao tampo. O Luthier tem a ferramenta adequada para este trabalho.

2º Passo: Ajuste Da Curva Da Parte Superior do Cavalete De Acordo Com A Curva Do Espelho a) coloque um lápis deitado sobre o espelho com a ponta tocando no cavalete que deve estar centralizado entre os dois efes ( f f ); b) arraste o lápis no espelho riscando o cavalete na sua largura fazendo uma linha curva como na figura ao lado, sem entortar ou levantar o lápis, para não haver erros. Reforce bem o risco;

3º Passo: Ajuste Da Altura Do Cavalete De Forma Que O Lado Das Cordas Re e Sol Fique Mais Alto Que Das Cordas La e Mi. a) medir com uma régua a largura da linha curva e fazer um pequeno traço na metade desta medida; b) faça um traço maior no lado esquerdo do traço pequeno na distância de 6 mm. Faça o mesmo no lado direito do traço pequeno para a corda ré;

c) faça mais dois traços sendo um de cada lado dos últimos que você fez na distância de 12 mm; d) no traço da corda sol, faça um ponto com o lápis 3 mm acima da linha curva. No traço da corda ré, faça um ponto 2 mm acima; no traço da corda lá, faça um ponto 1 mm acima. Logo depois, ligue os pontos encontrados formando uma linha curva acima da primeira linha feita com o lápis deitado sobre o espelho;

e) use um estilete para retirar a madeira acima da última linha curva, mas não corte até a linha, apenas aproxime. Após cortar com o estilete, lixe o cavalete até a linha; f) Lixe o cavalete do lado riscado até atingir a espessura de 1 mm em cima e 4 mm embaixo; A altura do cavalete poderá ser aumentada em 1 mm bastando elevar o ponto citado no item “d”. Assim irá transmitir maior vibração para o corpo do violino resultando em um som mais forte, mas exigirá maior pressão dos dedos do executante.

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4º Passo: Como fazer os sulcos Para Apoiar as Cordas do Violino no Cavalete a) Antes de fazer os sulcos, lixe as quinas da parte superior do cavalete resultando em um acabamento arredondado. Utilize lixa nº 400 ou maior; b) Com o estilete faça pequenos sulcos na parte de cima do cavalete para apoiar as cordas. Os sulcos não podem ter mais de um terço do diâmetro das cordas; c) em seguida passe o lápis entre o sulcos onde são apoiadas as cordas, pois o grafite é um ótimo lubrificante, diminui o atrito, ajuda na afinação e dá longevidade à ambos. d) Há cavalete fabricado com reforço de outro tipo de madeira mais dura para apoio da corda mi mas muitos violinistas preferem sem este reforço para ter certeza de que o som da corda será transmitido pela madeira do cavalete e não do reforço. O cavalete de um violino não pode ser utilizado em outro violino, visto que as medidas dos violinos são diferentes, exigindo cavaletes diferenciados.

A ALMA DO VIOLINO A alma é um objeto cilíndrico de madeira que fica dentro do violino, atrás do pé direito do cavalete na distância de 3 a 5 mm, na posição vertical entre o tampo superior e o inferior. Pode ser vista pelo orifício do “f” direito do violino. Observe a alma nas figuras abaixo:

ALMA DO VIOLINO

LOCAL DA ALMA DENTRO DO VIOLINO

RETIRANDO A ALMA DO VIOLINO

A alma tem as seguintes funções:  Transmitir as vibrações no corpo do violino entre o tampo superior e o inferior;  Adequar de acordo com sua localização, o timbre do som à preferência do executante, podendo torná-lo mais doce ou mais brilhante, mais agudo ou mais grave;  Alterar a força do som. É necessário eventualmente solicitar o luthier para verificar o estado e a localização da alma conforme os critérios abaixo relacionados:  Verificar se a alma do violino está no local correto. Caso tenha se afastada, deve ser ajustada, pois provavelmente afetou o som do violino. As alterações de tempo provocam a dilatação ou compressão das peças do violino, fazendo-as movimentar no instrumento. Por este motivo, não expõe seu instrumento ao calor e ao frio. Não o deixe no interior do veículo sob altas temperaturas.  Caso o instrumento esteja com o som desagradável ou fraco, analisar se a alma está no tamanho adequado para o seu violino. Se estiver maior do que o necessário, o som ficará fraco, por não permitir que os tampos vibrem. Se estiver menor, os tampos não irão vibrar devidamente, prejudicando o som. Além disso, ficará folgada podendo cair a qualquer momento;  Verificar as extremidades da alma pois com o tempo vão se desgastando, reduzindo de tamanho e o contato, com os tampos podendo se soltar.

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Se a alma cair, o tampo superior poderá se rachar, pois não resistirá a enorme pressão exercida pelo cavalete. Para evitar mais danos, se cair a alma, afrouxe lentamente as cravelhas e remova o cavalete com cuidado. A posição da alma deve ser ajustada em função do cavalete. Após este estar na posição correta, deixar a alma a aproximadamente 3 mm atrás do cavalete, olhando pelo "F" agudo, lembrando que este é um ponto de partida pois o local onde o instrumento soar melhor é a posição que deve ser deixada. Além disso, varia de acordo com as medidas do instrumento. Ao mudar a posição haverá considerável mudança no timbre. Este ajuste deve ser feito com ferramentas apropriadas e com cuidado para não danificar o “f’ ao manusear a chave de alma. E não causar trincas ou descolamento da junção central. Se não tiver habilidade para fazer este trabalho, leve o violino ao seu luthier de confiança. A AFINAÇÃO DO VIOLINO O violino é um instrumento fácil de desafinar, pois a variação de temperatura afeta as cordas, as cravelhas e toda a estrutura. Por isso é necessário verificar sempre a afinação do instrumento no intervalo das execuções; Pode-se afinar o instrumento pulsando a corda com o dedo, mas a melhor forma é passando o arco na corda enquanto com a mão esquerda gira as cravelhas e os micro afinadores. Este processo só deve ser utilizado após o aluno conseguir segurar o violino no queixo com firmeza. Para não quebrar as cordas durante a afinação, convém o aluno iniciante colocar micro afinadores de metal no estandarte para todas elas. Quando tiver facilidade para afinar o violino, utilizar o micro afinador nas cordas mi e la ou apenas na corda mi. Veja abaixo que nos micros afinadores têm um botão para girar e esticar a corda.

Para afinação do violino, utiliza-se um afinador eletrônico digital ou analógico conforme modelos abaixo. AFINADOR ELETRÔNICO

AFINADOR NO SMARTPHONE

AFINADOR DE SOPRO 4 NOTAS

DIAPASÃO - NOTA LÁ

Aconselha-se dar preferência pelo afinador eletrônico digital. Segue abaixo instruções como utilizá-lo.         

Deixe os micros afinadores bem frouxos para possibilitar aperto ao final da afinação; Prenda o afinador eletrônico na voluta, mas será mais preciso no cavalete ou na cravelha; Não precisa passar o arco na corda, basta pulsá-la com o dedo; Inicie a afinação pela corda la e deixe a mi por último. Ao tocar a corda, o afinador digital irá captar o som e apresentar a nota na tela. As notas são identificadas pelas letras A – B – C – D – E – F – G que correspondem as notas LA – SI – DO – RE – MI – FA – SOL, mas as notas das cordas são E para mi, A para la, D para ré e G para sol. Geralmente, o afinador digital não reconhece a nota pela primeira vez ao ser tocada. Desconsidere a primeira vez e toque várias vezes a nota para ele reconhecer. Se ao tocar a corda, o afinador mostrar uma nota distante da nota da corda, o aluno deverá girar a cravelha até o afinador reconhecer a nota. A diferença pequena que faltar para ficar afinada deverá ser retirada girando o micro afinador preso ao estandarte. Se a cravelha estiver dura, afrouxe puxando para fora do furo e depois afine apertando de leve para dentro. Quando a afinação estiver correta, surgirá na tela do afinador digital o nome da corda com um fundo verde.

Mesmo tendo afinado individualmente o violino, o músico deve adequá-lo à afinação da orquestra. Cada membro da orquestra deverá afinar seu instrumento tendo como referência a nota la do órgão eletrônico ou do oboé. Após afinar a corda lá, toca-se nesta corda a nota ré para afinar a corda ré. Toca-se na mesma corda a nota mi para afinar a corda mi. A corda sol será afinada com a nota sol da corda ré. Após afinadas, toca-se duas cordas soltas ao mesmo tempo para verificar se formou um acorde agradável.

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A SURDINA

A surdina é um acessório utilizado para reduzir o som do instrumento. No violino, coloca-se no cavalete. As surdinas são feitas em diversos tipos de materiais: plástico, metal, madeira e borracha. O modelo mais comum é em forma de pente, mas há outros modelos como as deslizantes que possibilitam a sua rápida retirada. Veja a seguir alguns modelos:

De Madeira

De Borracha

De Borracha

De Metal

Surdina Deslizante De Metal e Plástico

A surdina é utilizada em diversas situações: em trechos musicais indicados pelo autor; para igualar ou reduzir a intensidade do som em relação ao instrumento do seu companheiro e quando se quer tocar sem incomodar o vizinho. Entretanto, não é aconselhável tocar sempre com a surdina, pois o aluno precisa ouvir e analisar o som real que está produzindo para que possa corrigi-lo se necessário. A surdina possibilita o músico tocar com dinâmica, elevando e abaixando os sons, mas dentro do limite por ela imposta.

O ESTOJO DO VIOLINO

Veja abaixo as dicas de um bom estojo:         

Ser feito de material duro e leve com revestimento térmico para protejer o violino da oscilações de temperatura. Atualmente há estojos com materiais modernos tais como fibra de carbono e fibra de vidro. Ter uma capa com correia e compartimento para partituras; Ter o interior forrado com material que amortece os movimentos. Ter no seu interior compartimentos para almofada, conjunto de cordas, breu e lugar para dois arcos O interior onde o violino fica não pode ter folga para evitar que o instrumento balance; Ter no seu interior uma cinta de velcho para amarrá-lo. Este dispositivo não deixa o violino cair caso você esqueça de fechar o ziper do estojo. Ter um pano macio para colocar sobre o violino, visando protegê-lo do pó de resina do arco. Mas você também pode comprá-lo separadamente ou improvisar. Ter um higrômetro para medir a humidade do ar; Se você viaja muito com o violino, convém que o estojo seja à prova d'água e de choques.

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LIMPEZA DO VIOLINO E DO ARCO

O pó do breu é o maior inimigo do violino. Ele se acumula na madeira do instrumento formando uma camada áspera e abafando o som. É aconselhável limpar sempre o instrumento a seco antes de guardá-lo, utilizando apenas um pano de microfibra, evitando assim o acúmulo de breu e a necessidade de produtos. Se a limpeza for indispensável, deve-se utilizar produtos apropriados para não estragar o verniz, a madeira e o som do violino. Não utilize álcool, acetona, aguarraz ou thiner pois mancham o verniz. Também não devem ser utilizados, polidores, água e detergente pois alteram os poros da madeira. Na falta de produtos apropriados, tem se utilizado Terebentina Inodora Mineral das marcas Ecossolv-Acrilex, Sansodor, Diluente Eco, Solvente Stoddard e Mineral Spirits. Estes produtos são encontrados nos comércios de tintas de artesanato ou papelarias. Não podem ser utilizados constantemente, caso contrário, afinam o verniz e penetram na madeira comprometendo o som. Utilize os equipamentos de proteção ao utilizar estes produtos pois são tóxicos.

Limpeza Externa do Violino

Para a limpeza, utilize pano de microfibra pois não arranha o verniz, não solta fios e abosorve de 6 a 10 vezes mais os produtos líquidos utilizados do que as toalhas comuns. É constituído de 75% de poliester e 25% de poliamida. Suas fibras são muitas vezes mais finas do que um fio de cabelo e ao passá-lo se torna estático atraindo tudo para dentro de si. É encontrado em lojas de produtos de limpeza. Utilize dois panos de microfibra, sendo um para passar o produto líquido na madeira e outro para secar. Humedeça um local do pano com o produto líquido e passe levemente na madeira do violino. Limpe imediatamente este local com o outro pano para não ter tempo de penetrar na madeira. Utilize outros locais do pano para evitar que a sugeira acumulada em um local retorne para o instrumento.

Tenha cuidado ao limpar próximo ao cavalete para não derrubá-lo e outras peças sensíveis. Não se esqueça de limpar sobre o espelho, no tampo abaixo dele e nas costelas do violino. As estremidades da madeira na área dos efes são muito sensíveis, por isso, passe o pano com muita suavidade para não danificá-la.

Limpeza do Arco

Para limpar a vareta do arco, afrouxe a crina e limpe com um pano de microfibra seco, inclusive o talão onde se coloca a mão.

Deve-se evitar limpar a crina, mas se tiver oleosa ou muito suja, limpe-a da seguinte forma. Afrouxe o parafuso graduador do talão até soltá-lo e afaste a crina de perto da madeira. pois o produto a ser utilizado não poderá cair na vareta. Humedeça uma escova macia em detergente neutro e escove delicadamente a crina concentrando nas áreas mais sujas. Após a limpeza, enxague e passe álcool para ajudar evaporar a água, pois essa não pode permanecer na crina, podendo estragá-la. Pendure a crina para secar de forma que não goteje na vareta. Após secar, volte a crina para seu lugar, aperte o parafuso e passe o breu novamente.

Limpeza Interna do Violino Eventualmente é necessário limpar o interior do violino para retirar o acúmulo de pó de breu. Para tanto, sugere-se colocar um pouco de arroz cru e balançá-lo até que toda a sujeira saia junto com o arroz. Dica importante. Por mais velhinho que seja seu violino, não envernize novamente, pois irá alterar o som. Se necessário, apenas o Luthier é competente para este serviço, pois irá utilizar um verniz especial para o violino.

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SINAIS DE ARCADAS Os sinais de arcadas indicam a direção do arco e a parte que deve ser ficcionada nas cordas. As partes do arco são as seguintes: Ponta

Talão

Meio

Os sinais de arcadas são os seguintes: Arcada para baixo;

Arcada para cima; Aproveitamento de arcada para baixo. Toca-se duas notas na mesma arcada separando-as levemente. Usa-se na nota após a respiração ou pausa. Aproveitamento de arcada para cima. Toca-se duas notas na mesma arcada separando-as levemente. Usa-se na nota após a respiração ou pausa.

Arcada para baixo iniciando no meio do arco;

Arcada para cima iniciando no meio do arco;

Dupla arcada para baixo. Toca-se duas notas para baixo na mesma arcada, separando-as Dupla arcada para cima. Toca-se duas notas para cima na mesma arcada separando-as. NÚMEROS DOS DEDOS DA MÃO ESQUERDA

polegar indicador médio anelar mínimo A UTILIZAÇÃO DO METRÔNOMO

Estude todas as lições deste método, inclusive os hinos, utilizando o metrônomo. O andamento da lição está marcado no canto superior esquerdo. Nas lições sem marcação, toque na velocidade de aproximadamente 70 batidas por minuto em compassos simples e 100 a 120 em compassos compostos.

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LOCAL DAS NOTAS NO BRAÇO DO VIOLINO ATÉ FA#5

Local das notas naturais e das notas com sustenidos

Local das notas naturais e das notas com bemois

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ADESIVO PARA MARCAR O LUGAR DAS NOTAS NO VIOLINO AO IMPRIMIR MARQUE A OPÇÃO “TAMANHO REAL” PARA EVITAR QUE FIQUEM INCORRETAS AS DISTÂNCIAS ENTRE OS DEDOS E CONSEQUENTEMENTE O SOM FIQUE DESAFINADO

Antes de imprimir esta página, marque a opção “tamanho real” caso contrário, os adesivos serão impressos reduzidos impossibilitando a utilização. Após a impressão, confira com uma régua se o comprimento confere com as medidas indicadas. Recorte uma das figuras abaixo de acordo com o tamanho do seu violino. Cole sobre a figura uma fita adesiva larga e transparente deixando sobras nos lados e fixe sobre o espelho do violino encostando na pestana o lado mais estreito do adesivo. Você pode também colar a figura em uma fita adesiva de duas faces. Ao tocar o instrumento, coloca-se os dedos sobre os traços brancos sendo o dedo 1 sobre os dois primeiros traços, o dedo 2 sobre o 3º e o 4º, o dedo 3 sobre o 5º e 6º e o dedo 4 sobre o 7º e 8º traços. OBSERVAÇÃO: O adesivo deve ser colocado por um músico com bom ouvido musical. Teste a afinação com um aparelho apropriado. Caso os traços não coincidam com a afinação, desloque a figura para o local correto. Se não ficar bom descarte o adesivo. Os traços brancos marcam os locais dos dedos. As medidas destes adesivos foram recuadas aproximadamente 4 mm. Entretanto foi compensada pela metade da polpa do dedo a apoiar sobre a corda.

Para Violinos 4 por 4

Para Violinos 3 por 4

Para Violinos 2 por 4

11,5 cm 11 cm

10 cm

20

LEIA OS TEXTOS DAS PÁGINAS 04 A 20 E FAÇA OS SEGUINTES EXERCÍCIOS: 1. Quais os instrumentos que antecederam o violino ? (que deram-lhe origem) ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

2. Escreva nos traços abaixo os nomes das partes do violino indicadas pelos números. 1 _________________________ 2 _________________________ 3 _________________________ 4 _________________________ 5 _________________________ 6 _________________________ 7 _________________________ 8 _________________________ 9_________________________ 10 _______________________ 11 ________________________ 12 ________________________ 13 ________________________

3. Como saber se o tamanho de um violino é adequado para o aluno? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

4. Escreva abaixo de cada violino o seu tamanho.

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5. Escreva nos traços os nomes das peças do arco indicadas pelos números. 1 _____________________ 2 _____________________3 _______________________ 4______________________

6. Cole na vareta do arco, duas fitas adesivas separando em 3 partes iguais (ponta, meio e talão) conforme figura da página 18 mas antes disso passe dois traços no arco abaixo nos locais da fita que você irá colar.

7. Quais as características de um bom arco? ______________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________

8. Quais os cuidados que o violinista deve ter com o arco? _____________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

9. Escreva na coluna à esquerda o tipo de corda de acordo com as caracterísiticas citadas na coluna à direita. TIPO DE CORDA

10. Complete:

CARACTERÍSTICA DA CORDA Cordas com núcleo de nylon ou de outros materiais sintéticos de alta tecnologia. Tem o som brilhante das cordas de tripa e mais doce do que as de aço. São as cordas preferidas dos intérpretes de música barroca, São conhecidas por terem som brilhante e ricos em harmônicos, mas tendem a demorar mais na resposta do que as cordas sintéticas. Além disso, precisam de maior atenção na afinação pois reagem facilmente à mudanças climáticas. São cordas mais indicadas para tocar jazz e são mais baratas. Elas têm um som brilhante, claro, poderoso e forte, mas com menos harmônicos do que as sintéticas e de tripas. Seu som parece ser mais agudo.

se a cravelha estiver dura devo passar __________. Se estiver mole devo passar ______________

11. Coloque nas setas os nomes das cordas que devem ser enroladas nas cravelhas

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12.

Escreva nos traços os nomes das peças e acessórios do violino.

______________________

____________________

____________________

_________________

______________________

____________________

____________________

_________________

13. Escreva na primeira coluna à esquerda o nome da peça que corresponde à finalidade descrita à direita. NOME DA PEÇA

FINALIDADE Serve para guardar e proteger o violino Peça que se coloca no estandarte para ajustar pequenas diferenças da afinação. Serve para firmar o violino entre o ombro e o queixo do violinista Peça fixada no interior do violino de forma vertical, pressionada entre o tampo superior e o inferior. Serve para transmitir as vibrações do cavalete para o violino. Reduz o som do instrumento Peça apoiada sobre o tampo superior do violino e transmite as vibrações das cordas para o instrumento. Aparelho eletrônico para afinar o violino Peça onde é fixada a extremidade da corda para que a outra extremidade seja fixada na cravelha.

14. Escreva na coluna à esquerda a letra F para a afirmativa falsa e V para a Verdadeira. Ao colocar uma corda na cravelha, posso enrolar sobre si mesma pois não vai quebrar. Se a cravelha está do lado esquerdo devo enrolar a corda neste mesmo sentido Antes de afrouxar totalmente uma corda, devo afrouxar um pouco as demais para não quebrá-las. Posso colocar a alma dentro do violino em qualquer local. É possível alterar o timbre do som do violino, mudando a alma de lugar. Se a alma cair, devo afrouxar imediatamente as cordas para que a pressão delas não rache a madeira. Se eu afinar o violino em minha casa, não preciso afiná-lo junto à orquestra. A limpeza do violino deve ser feita com um pano de microfibra logo após o uso. Se o pó do breu fixar na madeira, pode limpá-lo com Terebentina Mineral tendo o cuidado de utilizar equipamentos de proteção como luvas, máscara e óculos especiais pois é um produto tóxico e nocivo à saúde. Posso utilizar também álcool para limpar o verniz do violino; Deve-se evitar limpar o violino com polidores e água pois alteram os poros da madeira e o som do instrumento.

23

POSTURA CORPORAL As próximas lições ensinam como segurar o arco e o violino. Para entendê-las melhor, assista os vídeos-aulas através do site livrosevideos.com. Neste site, encontrará farto material para aula de diversos tipos de instrumentos. COMO SEGURAR O ARCO

15. O aluno, com auxílio do professor, marcará nos seus dedos da mão direita,

os traços nos locais indicados abaixo

sabendo-se que neles devem ser apoiados a vareta do arco..

16.

Faça este exercício com lápis ou caneta sextavados (com 6 lados). Coloque a caneta na mão alinhada nas marcas que você fez nos dedos. Coloque a ponta do polegar e do mínimo na caneta conforme figura abaixo. O polegar deve ficar dobrado e o mínimo curvo. Desfaça tudo e faça novamente. ERRADO CERTO

17.

Coloque o polegar direito na saliência do talão segurando a ponta do arco com a outra mão. O polegar deve ficar dobrado conforme figura abaixo com a unha tocando na crina. Repita isso várias vezes

18.

Coloque os dedos anelar e o médio sobre o talão apoiando os nas marcas assinaladas. Retire os dedos e coloque várias vezes.

24

19. Apoie na vareta o dedo indicador no local da marca da caneta. Depois coloque a ponta do dedo mínimo acima da vareta deixando-o curvo. Faça como nas figuras abaixo. Desfaça esta posição e repita várias vezes.

EXERCÍCIOS PARA FLEXIBILIDADE DO PULSO E DOS DEDOS

20.

Faça o exercício abaixo muitas vezes na sequência A – B – C. Serve para criar resistência no dedo mínimo. Consiste em levantar a ponta do arco forçando apenas este dedo. Pode levantar a ponta até em cima se conseguir. Depois levante o dedo mínimo deixando cair o arco segurando-o com os demais dedos. Mantenha o dedo mínimo sempre curvado e não force os demais dedos para levantar o arco. . A) Com o arco para baixo, deixe o dedo mínimo levantado.

B) Levante a ponta do arco forçando o dedo mínimo para baixo. Não force os demais dedos e mantenha o dedo mínimo curvado.

C) Levante o dedo mínimo deixando cair o arco e segurando-o com os demais dedos.

21. Com o arco na posição vertical faça os seguintes exercícios: A) Caminhe os dedos na vareta como uma aranha do talão à ponta mantendo a posição correta de segurar o arco

B) Retorne os dedos da ponta ao talão mantendo a posição correta dos dedos, com o polegar dobrado e a ponta do mínimo na vareta.

25

22. Com o arco na posição vertical, faça os exercícios abaixo diversas vezes. A) Posicione os dedos no talão tendo o polegar dobrado e o mínimo na vareta

B) Gire a vareta no seu eixo utilizando o polegar conforme figura abaixo.

23.

Mantenha o arco na posição vertical, e gire a ponta, como se estivesse fazendo um grande círculo no teto movimentando apenas a mão sem tirar os dedos do lugar. Gire várias vezes no sentido horário e anti-horário.

,

24.

Com o braço esticado, posicione o arco para cima como no exercício anterior. Depois vire para a esquerda e para a direita o máximo que conseguir sem tirar os dedos do lugar. Repetir várias vezes. 1º Movimento

2º Movimento

25.

Pegue uma folha de papel e enrole formando um tubo. Segure-o com a mão esquerda sobre o ombro conforme figura ao lado e introduza nele o arco. Passe o arco simulando tocar as cordas do violino, contando 4 tempos para cada arcada. Tenha o cuidado de fazer uma linha reta do arco, esticando o braço direito para frente conforme figura.

26

26.

Tendo o arco na posição vertical, coloque os dedos corretamente no talão conforme figura do 1º movimento. Em seguida, segure o talão conforme figura do 2º movimento. Repetir várias vezes por aproximadamente dois minutos. 1º Movimento

27.

2º Movimento

Faça várias vezes o exercício abaixo semelhante ao anterior com o arco na posição horizontal sem deixá-lo cair. 1º Movimento

2º Movimento

POSTURA DO VIOLINO NO QUEIXO E ALTURA DO COTOVELO ESQUERDO

28.

Coloque o violino entre o queixo e o ombro tendo a mão esquerda no ombro direito conforme figura ao lado até 30 lentamente. Se o instrumento deslizar facilmente, o problema pode estar na espaleira (almofada do ombro) que deverá ser ajustada ou substituída. Repetir várias vezes para adquirir segurança. Todo aluno deve utilizar a espaleira, caso contrário, poderá adquirir má postura e comprometerá todo o estudo musical

POSTURA INCORRETA: Não toque com o cotovelo encostado no corpo como na figura abaixo. Esta posição dificulta o alinhamento do arco, causa tensão e dores musculares comprometendo todo estudo do instrumento.

POSTURA CORRETA: O cotovelo deve ficar afastado do corpo como na figura abaixo. Esta posição possibilita o alinhamento do arco.

27

´POSTURA DA CABEÇA : A cabeça deve ficar ereta e o violino inclinado até 45 graus conforme a 1ª figura. As demais figuras estão incorretas pois a cabeça está inclinada. POSTURA CORRETA

ERRADA – CABEÇA INCLINADA

ERRADA – CABEÇA INCLINADA

29.

Fique em pé como na figura abaixo. Posicione a perna esquerda um pouco a frente da direita, mantendo-se o violino no sentido da perna esquerda direcionado para o lado esquerdo da partitura musical. Pratique várias vezes.

30.

Se assente em uma cadeira conforme figuras abaixo com a perna esquerda para o lado direito mantendo a esquerda direcionada para a partitura musical e o violino para o lado esquerdo da partitura musical deixando um espaço entre as costas e o encosto da cadeira. Levante e assente-se repetindo várias vezes.

28

ESTUDOS NAS CORDAS SOLTAS O local do arco nas cordas deve ser entre o espelho e o cavalete para que o som seja produzido sem alteração.

Pode-se tocar as ligaduras longas com o arco próximo ao cavalete para manter o vigor do som, entretanto, é bom evitar, pois fica estridente.

Pode-se tocar o arco próximo ao espelho quando desejar um som mais fraco e sem brilho.

31.. Com o dedo indicador, toque a corda ré e estenda o braço para frente na direção do joelho direito, na sequência das figuras A e B. Conte 4 pulsações ao estender o braço e 4 ao retorná-lo. Repetir várias vezes. A figura C ilustra o objetivo deste exercício: preparar o aluno para direcionar o talão do arco para o joelho direirto movimentanto o antebraço para frente. Este movimento com o arco deverá ser colocado em prática a partir da próxima lição. FIGURA A

1

2 3

FIGURA B

FIGURA

C

4

32.

Toque todas as notas iniciando no talão e levante o arco para retorná-lo durante as pausas Toque de mémória conduzindo o arco na direção do joelho direito. 123 4

33. Toque todas as notas iniciando na ponta

e levante o arco para retorná-lo durante as pausas Toque de mémória

29

34. Faça os seguintes exercícios para fortalecimento dos dedos em todas as cordas. A) Pizz indica tocar pizzicato. Consiste em segurar o arco e tocar a corda com o dedo indicador. Exemplo:

1

2

3

B) Após o pizzicatto, desça o arco na corda a partir do talão conforme figura abaixo. Exemplo:

4

ALTURA DO COTOVELO DIREITO EM RELAÇÃO À ALTURA DAS CORDAS

A altura do cotovelo direito deve ser de acordo com a altura das cordas. Veja as figuras a seguir: Na corda sol, levanta-se o braço tendo o cotovelo direito na altura do violino

Na corda ré, abaixa-se o braço tendo o cotovel direito na altura do peito

Nas cordas lá e mi, abaixa-se mais ainda o braço tendo o cotovelo na altura da cintura,

Na corda mi o arco fica próximo do corpo.

30

35. Toque os exercícios abaixo

elevando o cotovelo conforme a altura da corda. Toque sem olhar. A lógica desta lição é tocar 8 semibreves na corda lá, 8 na mi, 8 na ré e 8 na sol.

ALINHAMENTO DO ARCO COM O CAVALETE

O arco deve ser passado em linha paralela com o cavalete, formando um ângulo de 90 graus com o espelho. Quanto mais reto, mais bonito será o som. Observe abaixo a posição do braço e do pulso para que haja alinhamento do arco.

.

Apoie o arco na corda lá, no seu ponto central. O braço deve formar um quadrado

Apoie o arco na ponta com o braço esticado para frente formando um grande triângulo.

POSTURA INCORRETA: Esta posição está incorreta pois o cotovelo do violinista está atrás do seu corpo fazendo desalinhar o arco. O cotovelo deve ficar um pouco a frente do corpo.

Apoie o arco próximo ao talão formando um triângulo com o cotovelo. Eleve o pulso para não entortar o arco e mantenha o dedo mínimo sobre a vareta.

31

36. Faça todos os exercícios abaixo de memória (sem olhar para o pentagrama) verificando se o arco está alinhado (paralelo) com o cavalete e se o cotovelo está na altura da corda. A lógica é tocar 4 compassos em cada corda. Do talão ao meio

37. Toque

Do meio à ponta

Da ponta ao meio

Do meio ao talão

Semelhante

observando se o cotovelo está na altura certa e se o arco está alinhado com o cavalete.

38.

Toque todas as notas iniciando no talão e levante o arco para retorná-lo durante as pausas Toque de mémória puchando o arco na direção do joelho direito. A lógica é tocar dois compassos para cada corda.

32

39.

Toque todas as notas iniciando na ponta e levante o arco para retorná-lo durante as pausas na direção do joelho direito. Toque de mémória. A lógica é tocar dois compassos para cada corda.

40. Toque com

todo o arco para cada semínima. O cotovelo direito deve elevar conforme a altura da nota.

41. Toque cada colcheia do talão ao meio do arco aplicando movimento de antebraço e o pulso..

42. Toque cada colcheia do

meio à ponta aplicando movimento de antebraço e o pulso.

43. Aplique o movimento de antebraço e pulso nas colcheias.

33

44.

Dê todo do arco para a semínima e metade para as colcheias. Aplique o movimento de antebraço e pulso nas colcheias.

45. Toque as colcheias do talão ao meio do arco com movimento de antebraço e pulso.

46. Toque as colcheias do talão ao meio e o arco todo para as semínimas.

47. As ligaduras também devem ser tocadas com movimento de antebraço e pulso. Este movimento deve ser sem tensão, proporcionando assim suavidade ao mudar de uma corda para outra.

48. Ligue as notas com suavidade, sem tensionar o braço e o ombro.

34

49. Toque lentamente, ligando as notas com suavidade, sem tensionar o braço e o ombro.

,

50. As colcheias sem ligaduras devem ser tocadas até a metade do arco.

51.

Brilha Brilha Estrelinha

35

52.

Parabéns a Você

51.

Terezinha de Jesus

53.

Terezinha de Jesus

POSTURA DO BRAÇO, PULSO E DEDOS DA MÃO ESQUERDA

54.

Faça como na figura A: Posicione o dedo indicador esquerdo sobre a corda lá, em qualquer local, sem dobrar o pulso. O braço deve formar uma linha reta com o dorso da mão.

FIGURA A POSTURA CERTA LINHA RETA DO BRAÇO E MÃO

FIGURA B POSTURA ERRADA PULSO PARA DENTRO

36

FIGURA C POSTURA ERRADA PULSO PARA FORA

O 1º DEDO NAS CORDAS RÉ E SOL Toque as lições a seguir mantendo a postura do braço, pulso e mão, conforme aprendeu nas lições anteriores. Coloque o dedo indicador (1) na nota abaixo e apoie o braço do violino na polpa do dedo polegar de forma que apareça no máximo a unha acima do espelho. A ponta do polegar deve ficar na direção do indicador.

O 2º DEDO SEPARADO DO 1º NAS CORDAS RE E SOL

37

O 3º DEDO JUNTO AO 2º NAS CORDAS RE E SOL

O 4º DEDO SEPARADO DO 3º NAS CORDAS RE E SOL

38

39

ESTUDO DAS CORDAS SOLTAS LA E MI Levante o pulso ao descer o arco abaixe-o ao subir.

O 1º DEDO NAS CORDAS LÁ E MI

40

O 2º DEDO JUNTO AO 1º NAS CORDAS LA E MI

O 3º DEDO SEPARADO DO 2º NAS CORDAS LA E MI

41

O 4º DEDO SEPARADO DO 3º NAS CORDAS LA E MI

42

Mantenha o primeiro dedo pressionado enquanto toca com os demais

INTERVALOS DE 3ªs NAS CORDAS SOL E RE

43

INTERVALOS DE 3ªs NAS CORDAS LA E MI

44

INTERVALO DE 6ª EM TODAS AS CORDAS Mantenha o primeiro dedo pressionado enquanto toca com os demais

45

POSIÇÃO DOS DEDOS NAS CORDAS LA E RE COM O 2º DEDO AFASTADO

46

Empregar metade do arco para cada colcheia e todo o arco para a semínima.

47

POSIÇÃO DOS DEDOS NAS CORDAS MI, LA E RE COM O 2º DEDO AFASTADO

Empregar todo o arco para a semínima e metade do arco para cada colcheia.

Lembre-se de tocar todo o arco para a semínima e meio arco para cada colcheia

48

Não acentue o som da colcheia na subida do arco. Para tanto, afrouxe o dedo indicador da mão direita para diminuir a pressão sobre a corda.

49

O 3º DEDO JUNTO DO 4º DEDO NAS CORDAS RÉ E SOL

50

O 3º DEDO JUNTO DO 4º DEDO NAS CORDAS RÉ E LA

Neste exercício, o aluno tocará duas semínimas em cada arcada separando-as no meio do arco

51

Utilize todo o arco nas ligaduras das duas colcheias

52

O 4º DEDO SEPARADO DO 3º NAS CORDAS RE E SOL

53

O 2º DEDO JUNTO DO 1º NAS CORDAS RE E SOL

Dê a metade do arco para cada colcheia e todo o arco para as demais notas

54

ESCALAS MAIORES COM # SUSTENIDOS

55

O 1º DEDO PRÓXIMO À PESTANA NAS 4 CORDAS

POSIÇÃO DOS 3 DEDOS NAS 4 CORDAS

56

Estenda o 4º Dedo

ESTUDOS EM COMPASSOS ¾

57

O 4º DEDO EXTENDIDO NA CORDA MI

O nº 4 após o sinal de adição +4 indica para o aluno estender o dedo para alcançar a nota dó na corda mi. Ao tocar esta nota, mantenha presos os dedos anteriores.

58

59

O 4º DEDO JUNTO AO 3º NAS CORDAS LA E RE

60

STACCATO Executa-se o staccato na semínima tocando colcheia e uma pausa conforme exemplo dos dois compassos iniciais. O aluno deverá passar velozmente todo o arco em cada colcheia e parar bruscamente. Este exercício tem o objetivo de desenvolver a velocidade em toda extensão do arco, preparando o aluno para os exercícios com colcheias pontuadas seguidas de semicolcheias. Forma de Executar o Staccato

COLCHEIA PONTUADA SEGUIDA DE SEMICOLCHEIA Na execução de colcheias pontuadas seguidas de semicolcheias, o aluno deve seguir as seguintes regras: a) Se subir o arco na colcheia, subirá também na semicolheia; b) Se descer na colcheia, subirá na semicolcheia; c) havendo sequência de colheias com semicolcheias, toca-se duas notas em cada arcada. Na lição abaixo, aplica-se a regra “a”.

61

Toque como no exercício anterior parando o arco entre a colcheia pontuada e a semicolcheia

Aplicar a regra “b” : se descer o arco na colcheia, sobe na semicolcheia.

62

Nas quatro lições a seguir aplica-se a regra “c” : na sequência de colcheias com semicolcheias, toca-se duas notas para cada arcada.

63

ESTUDO PREPARATÓRIO PARA COLCHEIAS PONTUADAS Nicolas Lareux Adaptado por Wagner L. Coutinho

64

O 4º DEDO JUNTO AO 3º NA CORDA MI

65

O 4º DEDO JUNTO AO 3º NA CORDA SOL

66

O 3º DEDO JUNTO AO 2º NAS CORDAS RE E LA

67

ESTUDOS CROMÁTICOS

68

ESCALAS MAIORES COM BEMOIS

69

LIÇÕES EM COMPASSOS COMPOSTOS EM DÓ MAIOR

Acentue a primeira colcheia de cada tempo conforme o sinal de acentuação abaixo

CONTROLE DE PRESSÃO DO ARCO

Não acentue o som da colcheia na subida do arco. Para tanto, afrouxe o dedo indicador da mão direita para diminuir a pressão sobre a corda.

70

Toque duas notas em cada arcada separando-as de forma nítida.

Não acentue o som da colcheia na subida do arco. Para tanto, afrouxe o dedo indicador da mão direita para diminuir a pressão sobre a colcheia.

71

ESTUDOS EM SIb MAIOR – COMPASSOS COMPOSTOS A nota curta anterior à nota longa deve terminar na estremidade do arco para que a quantidade de arco seja suficiente para tocar a longa.

72

ESTUDOS EM RE MAIOR COLCHEIAS PONTUADAS EM COMPASSOS COMPOSTOS

73

74

TERCINAS

75

SÍNCOPAS Não acentuar nas notas de menor valor

76

AFINAÇÃO DO 3º E 4º DEDOS

77

DESLOCAMENTO DOS DEDOS DESLOCAMENTO DO 1º DEDO

DESLOCAMENTO DO 2º DEDO

Mantenha o 1º dedo pressionado enquanto toca com o outro dedo

DESLOCAMENTO DO 3º DEDO

DESLOCAMENTO DO 4º DEDO

78

ACENTUAÇÃO DA PRIMEIRA COLCHEIA DE CADA TEMPO

79

ARPEJOS COM SUSTENIDOS Toque estas lições no meio do arco Mantenha o 1º dedo pressionado sempre que possível

80

ARPEJOS COM BEMOIS Toque estas lições no meio do arco Mantenha o 1º dedo pressionado sempre que possível

81

Tema de J. S. Bach Sugere-se estudar as duas vozes

82

83

AVISO IMPORTANTE Após concluir este método, o aluno deverá estudar as músicas sacras apropriadas para os cultos destinados aos jovens e menores e outras que o professor determinar. Os hinos de Reuniões de Jovens e Menores CCB estão relacionados na próxima página por ordem de dificuldade. Após estar apto, poderá se submeter à um teste para tocar nestes eventos e nos ensaios musicais onde serão avaliadas as lições deste método, as músicas apropriadas para estes eventos e as matérias de divisão, solfejo e teoria musical. Se o aluno for aprovado, deverá prosseguir os estudos no outro volume deste método, intitulado “ Método de Violino Sacro 2ª Parte” visando o teste para tocar nos cultos abertos ao público em geral. O 2º volume poderá ser comprado ou baixado no site livrosevideos.com.

84

HINOS À ESTUDAR VISANDO O TESTE PARA TOCAR NAS REUNIÕES DE JOVENS E MENORES – CCB

2/4, 3/4, 4/4 - Nível 1

443 444 445 447 456 461 468 470 475

2/4, 3/4, 4/4 - Nível 2

432 433 435 436 439 442 446 449

* * * *

*

4/4 - Nível 3

431 440 452 473

*

3/4 e 4/4 - Nível 4

462 464 465 469

2/4 e 4/4 - Nível 5

434 437 455 458 460 478 441

Contralto

6/4 - Nível 1

453

*

6/8 e 12/8 - Nível 1

438 448 451 454 457 459 480

*

2/2 - Nível 1

*



Soprano

Contralto



Soprano

Contralto



Soprano

Contralto

nº 450 463 466 467 471 472 474 477 479

Soprano

Contralto

nº 476

Soprano

Contralto



Soprano

Visando o teste para tocar nas Reuniões de Jovens e Menores-CCB, o aluno deverá estudar o soprano e contralto dos hinos abaixo ordenados por fórmula de compasso e nível de dificuldade: nível 1 = hinos fáceis; 2 = com colcheias pontuadas; 3 = com ligaduras; 4 = com tercinas; 5 = com síncopas; 6 = nível avançado. Deverá marcar um "x' na voz aprovada, soprano e contralto. Os hinos assinalados com asterisco (*), constam no método como exercícios. Estes não necessitam serem repassados no soprano. Veja na página 1 as lições com estes hinos.

*

* * * * * *

4/4 - Nível 1

51 53 88 113 120 143 147 149 150 174 188 198 203 204 210 226 252 254 259 312 319 337 384 395

* * * *

270 273 275 279

67 186 232 245

*

85

Contralto

nº 303 397 3/4 - Nível 2 43 79 111 146 227 228 350 3/4 - Nível 4 157

Soprano

nº 281 298 * 300 307 * 309 311 343 366 404 413 420 4/4 - Nível 3 70 318 * 331 4/4 - Nível 4 110 233 320 356 359 2/4 - Nível 6 82 377 3/4 - Nível 6

Contralto

nº 4/4 - Nível 2 * 3 6 19 26 37 54 * 71 74 94 95 129 134 140 155 161 167 171 173 180 181 200 241 243 267

Soprano

Contralto

Soprano

Contralto

Soprano

Contralto

Soprano

Contralto



Soprano

O Encarregado de Orquestra poderá solicitar do aluno o estudo dos hinos abaixo visando o teste para tocar nas Reunião de Jovens e Menores – CCB, mas é facultativo, pois são Hinos de Cultos Oficiais

211 304 6/4 - Nível 1 * 83 91 199 202 237 294 315 322 * 339 344

nº 86 197 6/4 - Nível 3 76 * 372 9/4 - Nível 1 342 2/2 - Nível 6 * 398 419 3/2 - Nível 1 408 6/8 - Nível 1 * 55 65 * 107 117 136 206 * 217 219 * 313 6/8 - Nível 2 21 35

nº 142 223 240 326 421 * 422 6/8 - Nível 3 33 257 265 268 381 389 9/8 - Nível 3 41 170 177 193 238 362 12/8 - Nível 3 42 105 215 205

417 6/4 - Nível 2 7 24

50 118 125 141

Mistos-Nível 6 293 368 415 *

MÉTODOS DESTE AUTOR

CONTATOS www.livrosevideos.com Fones: 38-99200-5600 e 38-3015-3605

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