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Manual Ilustrado da Metanfetamina por Rekreativo
[email protected] 6-nov-2009 Este manual é dedicado ao Uncle Fester e a Alexander Shulgin, por me servirem de inspiração com os seus respectivos livros “Secrets of Methamphetamine Manufacture” e “PIHKAL - a Chemical Love Story”. Uncle Fester é autor do livro mais famoso sobre a síntese de metanfetamina e substâncias assemelhadas. Descreve nos menores detalhes como proceder com a síntese e dá um grande número de dicas engenhosas de como adquirir ou sintetizar precursores e de como montar um laboratório usando inclusive eletrodomésticos e objetos caseiros. Alexander Shulgin é um cientista que vive no norte da Califórnia e que se dedicou a estudar substâncias psicodélicas. Ele desenvolveu um método de testar os efeitos das substâncias em si mesmo, correndo um mínimo de risco. Com isso ele criou, experimentou e avaliou mais de 200 substâncias. E o melhor de tudo, ele compartilhou com o resto da humanidade as suas descobertas através de inúmeros papers e de seus livros PIHKAL - Phenethylamines that I Have Known And Like e TIHKAL - Tryptamines that I Have Known And Like. Por causa da publicação de seu primeiro livro PIHKAL ele foi punido pelo governo americano com a suspensão de sua licença para fazer pesquisas com o desenvolvimento de drogas. As fórmulas contidas nos seus livros são disponíveis publicamente na internet, mas os livros são particularmente interessantes por conta de sua parte semi-autobiográfica, contida na primeira metade de cada livro. A motivação de escrever este manual é pensar que deve haver por aí outras pessoas que como eu gostam de química, têm uma imensa curiosidade a respeito de drogas, não se sentem à vontade de ir em ‘bocas’ para adquirir substâncias e gostam de experimentar novidades. A capa é a imagem de metanfetamina cristalizada com álcool no fundo de um Becker, fotografada com contra a luz. O pseudônimo ‘Rekreativo’ reflete o meu propósito de fazer uso recreativo de drogas, sem propósito de lucro, só de diversão, e é por isso que eu estou compartilhando os meus conhecimentos através deste manual. Recreativo também se refere ao uso dentro de limites, pois no momento que você abusa das drogas, deixa de ser divertido para ser um vício. Espero que apreciem.
Conteúdo
Introdução Fabricação caseira de metanfetamina Produtos químicos proscritos (proibidos) e controlados: Riscos da metanfetamina e drogas psicoativas em geral. Política de guerra às drogas Como usar metanfetamina Aparatos usados na fabricação: Extração de pseudo-efedrina a partir de medicamentos para rinite. Obtenção de iodo Obtenção de ácido hipofosforoso Aparato para o cozimento da mistura O Procedimento para o cozimento da mistura A extração e purificação da metanfetamina Reciclagem do solvente Bomba de sucção manual Bibliografia
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Introdução A Metanfetamina é uma droga da família das fenetilaminas. Fenetilamina é a abreviação de fenil-etil-amina. Fazem parte dessa família os neurotransmissores dopamina, noradrenalina e adrenalina; os aminoácidos essenciais ao nosso organismo fenilalanina e tirosina; os antidepressivos venlafaxina e bupropiona; os descongestionantes fenilpropanolamina, efedrina, pseudo-efedrina e fenilefrina; o moderador de apetite amfepramona, também conhecida como dietilpropriona; as drogas psicodélicas DOB, DOM, 2CB, mescalina, MDMA (êxtase); as drogas estimulantes anfetamina, metanfetamina, catinona, meticatinona. Como se vê, existem muitas substâncias dessa família, algumas inclusive produzidas pelo nosso próprio organismo. A palavra anfetamina, escrita amphetamine em inglês vem da abreviação de alpha-methyl-phenyl-ethyl-amine. Sua fórmula molecular é C9H13N. Adicionando um radical metila ao nitrogênio você obtém N-Metil-Anfetamina, mais conhecida como metanfetamina. Não há diferença perceptível dos efeitos da anfetamina e a metanfetamina. Apenas a metanfetamina é mais potente e tem uma maior duração. Fabricação caseira de metanfetamina Um dos métodos mais populares para a produção caseira de metanfetamina é a redução de efedrina ou pseudo-efedrina usando uma mistura de ácido iodídrico e fósforo vermelho. No caso o fósforo vermelho pode ser substituído por ácido fosforoso ou hipofosforoso. O processo de fabricação de metanfetamina pode ser resumido nas seguintes etapas: 1) Obtenção da efedrina ou pseudoefedrina pura na forma de cloridrato. A fonte mais conveniente são remédios que tem uma combinação de antialérgico com pseudoefedrina, a qual é o melhor descongestionante de uso interno que existe. Como exemplo de remédios que podem ser usados estão o Actifedrin, o Loratad-D e o Alegra-D. 2) Preparação da mistura de ácido iodídrico + fósforo vermelho ou ácido iodídrico + ácido hipofosforoso (na prática adiciona-se iodo à mistura, e o iodo instantaneamente se transforma em ácido iodídrico). 3) Cozimento da mistura de efedrina ou pseudoefedrina + ácido iodídrico + fósforo vermelho (ou pseudoefedrina + ácido iodídrico + ácido hipofosforoso). No caso do uso do fósforo vermelho, o cozimento leva 24h. Com ácido hipofosforoso, o cozimento leva 6h. 4) Extração da metanfetamina a partir da mistura ‘cozida’. Produtos químicos proscritos (proibidos) e controlados: A lei das drogas ( LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006, ver http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ Ato2004-2006/2006/Lei/L11343.htm ) não define quais
substâncias são consideradas drogas. O artigo 66 da lei referese a portaria 344 da ANVISA: Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1o desta Lei, até que seja atualizada a terminologia da lista mencionada no preceito, denominam-se drogas substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial, da Portaria SVS/MS no 344, de 12 de maio de 1998. O link para a portaria 344 da anvisa encontra-se em:
http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/344_
98.htm
Outra lei que controla a venda de substâncias é a PORTARIA No 1274 , DE 26 DE AGOSTO DE 2003 cujo link se encontra em: http://www.antt.gov.br/legislacao/PPerigosos/Nacional/ Por169-03-MJ.pdf A metanfetamina, que é o objeto deste manual, se encontra na “LISTA – A3 LISTA DAS SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS (Sujeita a Notificação de Receita “A”)” da portaria 344 da Anvisa. Quer dizer que teoricamente ela pode ser usada legalmente se houver uma prescrição de Receita “A”. Na prática, nunca ouvi falar de ninguém que tenha usado metanfetamina legalmente ou de algum médico que a tenha receitado. Frequentemente se confude o moderador de apetite anfepramona/dietilpropiona com anfetamina. A anfepramona faz parte da família das anfetaminas, e por isso muitas vezes é chamada de anfetamina. Mas a anfepramona dá pouca estimulação, muita ansiedade e aumenta muito a pressão sanguínea, dando pouco ‘barato’ e aumentando o risco de derrames. Dois dos possíveis ingredientes usados na fabricação da metanfetamina, a efedrina e a pseudoefedrina estão no ANEXO I, LISTA I da PORTARIA No 1274, sendo teoricamente possível adquirir até 10 g. por mês das referidas substâncias sem ter uma licença especial. Na prática nunca vi como adquirir estas substâncias nestas quantidades por um preço razoável, então é necessário extraí-las de medicamentos. Vários dos ingredientes necessários à fabricação da metanfetamina também são controlados, estão na LISTA II da PORTARIA No 1274, o que significa que podem ser adquiridos até 2 kg ou 2 litros por mês sem necessidade de uma licença especial da polícia federal. O hidróxido de śodio é uma exceção, que pode ser adquirido até 5kg por mês. São eles: ACETONA ÁCIDO CLORÍDRICO ÁCIDO HIPOFOSFOROSO ÁCIDO IODÍDRICO ÁCIDO SULFÚRICO FÓSFORO VERMELHO HIDRÓXIDO DE SÓDIO IODO (sublimado) TOLUENO Todas as substâncias listadas acima podem compradas em casas especializadas em produtos químicos mediante a apresentação do RG e CPF. Algumas lojas exigem que se preencha um cadastro com nome e endereço completo, mas não são todas. No caso acima podem ser feitas algumas substituições, que aumentam um pouco o trabalho para obter a substância, mas fazem menos uso de substâncias controladas. O tolueno pode ser substituído por solvente REDUCOLA (que contém tolueno), adquirido em qualquer ferragem. Podem ser usados outros solventes orgânicos, mas eu não testei nenhum outro que eu possa dessa maneira recomendar. Além disso a REDUCOLA pode ser ‘lavada’ e reciclada no final do processo, gerando economia sem perda de qualidade da metanfetamina. O ácido hipofosforoso pode ser obtido de uma mistura de ácido clorídrico e hipofosfito de sódio. O hipofosfito de sódio não é controlado e o ácido clorídrico é controlado, mas tem tantos usos possíveis, que sua compra não chama tanto
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a atenção quanto à compra de fósforo vermelho ou de ácido hipofosforoso. O ácido iodídrico é obtido do iodo, ao misturar este com fósforo ou ácido hipofosforoso. O Iodo pode ser obtido de uma mistura de tintura de iodo (para uso humano ou veterinário) com ácido clorídrico (ou ácido muriático) e peróxido de hidrogênio (ou água oxigenada). Também pode ser obtido de uma mistura de iodeto de potássio (que não é controlado) com ácido clorídrico e peróxido de hidrogênio (que não é controlado). O hidróxido de sódio pode ser substituído por soda cáustica, mas como é uma substância que tem muitos possíveis usos, não é uma compra que chame a atenção. Além disso é mais puro que a soda cáustica, dando melhor resultado na extração de efedrina. Então a lista de ingredientes controlados a ser adquiridos se reduz a: Acetona, Ácido Clorídrico, Ácido Sulfúrico e Hidróxido de Sódio. Todos eles são elementos de usos múltiplos, não bandeirosos, e se a produção de metanfetamina se limitar a poucos gramas por mês, 1 litro ou quilograma de cada um deles pode durar meses, até anos. Detalhe: O ácido clorídrico tem que ser acima de 30%, de preferência o de 37%. O ácido sulfúrico tem que ser acima de 95%, eu tenho usado o 98%. A acetona bem como o hidróxido de sódio devem ser puros. Acetona de remover esmalte de unha não serve, pois a lei determina que o conteúdo máximo de acetona seja de 60%. Acetona misturada com álcool, encontrada em lojas de insumos para fibra de vidro, também não serve, pois o álcool dissolve a pseudo-efedrina, que é algo que não se deseja. A acetona serve somente para eliminar o anti-histamínico do extrato das pílulas, deixando pseudo-efedrina pura. Pode ser que haja algum solvente não-controlado que substitua a acetona, mas ainda não pesquisei para saber se tal produto existe mesmo. Ou se você não se preocupar muito com a qualidade da metanfetamina, pode deixar o anti-histamínico. Ele passa inalterado pelo processo de cozimento. O único problema é que o anti-histamínico produz torpor, que combinado com o efeito estimulante da metanfetamina dá uma sensação meio estranha. Se você tiver a cara de pau de comprar produtos químicos controlados muito óbvios você vai precisar então de: Hidróxido de sódio, Acetona, Ácido Sulfúrico, Iodo e Fósforo Vermelho. O fósforo vermelho, na quantidade mínima que é vendido, de meio quilo, é bastante caro. Quando eu procurei custava R$160,00. Já o hiposfosfito de sódio custava R$40,00 meio quilo. Já o iodo é caro também, mas é vendido em quantidades mínimas de 100g, o que não representa muita despesa. Comprando Iodo e Fósforo Vermelho juntos você está praticamente dizendo “Eu estou querendo fabricar metanfetamina”! As minhas receitas devem seguir o caminho que usa menos produtos controlados e por isso mais complicado. Dependendo da sua experiência prática, do seu conhecimento de química e da sua disposição de pesquisar na internet e em livros de química, sinta-se a vontade para modificar a receita para melhorar o rendimento. Este manual é o resultado de aproximadamente dois
anos: 1 de pesquisa e leitura e 1 de prática. Ao longo dele eu vou relatando as coisas que deram errado, para que você consiga um bom resultado em menor número de tentativas. Também devo fornecer uma bibliografia de livros e de páginas WEB no final. O método aqui descrito serve para a produção em baixa escala. Acredito que o limite seja 20 g. de metanfetamina por vez, o que já é bastante, dá para fazer várias festas com todos convidados muito bem servidos. O maior limitante é a dificuldade de encontrar o Actifedrin e a mão-de-obra que dá para extrair a pseudo-efedrina dele. Para produção em larga escala, recomendo a leitura de Secrets of Methamphetamine Manufacture do Uncle Fester (Tio Funéreo da Família Adams, em português) e Amphetamine Syntheses: Industrial do Otto Snow. O uso de outras matérias primas e outras técnicas geram uma maior produtividade. No entanto o objetivo do manual não é incentivar a criação de uma indústira ilícita de metanfetamina, mas dar acesso aos curiosos e experimentadores a uma droga que tem efeitos bastante interessante e agradáveis, e se bem usada proporciona diversão de primeira sem grandes efeitos deletérios no dia seguinte, fora a diminuição das horas de sono. Metanfetamina é a minha 2a. droga sintética. A primeira foi a Benzilpiperazina, conhecida também como BZP, e que é legal no Brasil. Eu preferiria continuar sintetizando drogas que não constassem da lista de substâncias proscristas da portaria 344. Mas como a metanfetamina tinha o maior número de receitas e dicas na internet, e o risco de complicações legais ao fabricar pequenas quantidades é bem baixo, resolvi experimentar. Não me arrependi, a metanfetamina é uma das melhores drogas que eu já provei. Meus próximos objetos de pesquisa, serão o cultivo caseiro de cogumelos do gênero Psilocibe, do qual se faz o famoso “chá de cogumelo”. As substâncias psicodélicas contidas no cogumelo, a psilocina e a psilocibina são proscritas pela portaria 344 da Anvisa, no entanto o fungo não está na lista de plantas/fungos restritos. Já ao contrário a Maconha, a planta “Canabis sativa” bem como a substância ativa “THC – Tetrahidrocanabinol”, são ambos proscritos. A planta peiote “Lophophora williamsii” bem como a substância ativa “Mescalina” são ambos proscritos. Disso se pode deduzir que a posse de cogumelos psicodélicos não representa crime até que a legislação seja mudada. Somente representaria crime se fossem extraídos os principios ativos na forma de cristais puros. Que aí configuraria posse de substâncias ilícitas. Outras substâncias que me interessam para pesquisa por atualmente serem legais no Brasil seriam: A alfa-metil-triptamina – estimulante eufórico com leves propriedades psicodélicas, que acredito que possa ser feito a partir do suplemento alimentar Triptofano, que é um aminoácido essencial na alimentação humana, e fácilmente obtenível em farmácias de manipulação. O DOI – DesOxy Iodo ou 4 iodo 2,5 dimetoxi amfetamina. O DOB, substância similar contentdo Bromo é proscrita citada como: “DOB ((± )-4-BROMO-2,5-DIMETOXI-µ METILFENETILAMINA) - BROLANFETAMINA” A lei estende a proscrição das substâncias listadas aos seus sais e isômeros, mas como o DOI não é isômero do DOB, então é legal. Riscos da metanfetamina e drogas psicoativas em geral.
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É necessário tomar bastante cuidado, pois a metamfetamina é altamente viciante, sendo nos Estados Unidos considerada pior que o crack. Aproximadamente, em média, 12% das pessoas tem propensão ao vício em substâncias como álcool, maconha, cocaína e a maioria das drogas sintéticas como êxtase ou metanfetamina. Para ópio e heroína essa propensão chega a 40% e para a nicotina chega a 80%. Antes de se aventurar a provar metanfetamina, verifique se você tem parentes próximos com problemas de droga, pois a propensão ao vício é genética, e dê também uma olhada no site do governo de Montana, para ver as consequências de se tornar viciado em metanfetamina: http://www.montanameth.org . Se tiver qualquer dúvida, não experimente. O cientista americano Alexander Shulgin defende o uso informado de drogas: Fornecem-se todas as informações necessárias para que a pessoa que decidir usar drogas possa tomar essa informação conscientemente. “É essencial que a atual propaganda negativa em respeito a drogas psicodélicas seja substituída por honestidade e verdade com relação aos seus efeitos, tanto bons como ruins.” No seu livro “Pikhal – a Chemical Love Story” ele reconhece que drogas representam riscos assim como recompensas: “Todas as drogas, lícitas ou ilícitas, fornecem alguma recompensa. Todas as drogas representam algum risco. E todas as drogas podem ser abusadas. Ultimamente, na minha opinião, é da conta de cada um de nós medir a recompensa em relação ao risco e decidir qual supera qual. As recompensas cobrem um largo espectro. Elas incluem a cura de uma doença, o alívio de dores físicas e emocionais, embriaguez e relaxamento. Certas drogas – aquelas conhecidas como psicodélicas – permitem um maior conhecimento interior e uma expansão dos horizontes mentais e emocionais. Os riscos são igualmente variados, indo de danos físicos a transtornos emocionais, dependência e violação da lei. Da maneira como há diferentes recompensas com pessoas diferentes, também há riscos diferentes. Um adulto precisa tomar suas próprias decisões se ele deve ou não se expor a si mesmo a uma droga específica, seja ela disponível por prescrição médica ou proscrita pela lei, através de um ponderação do que é bom e do que é ruim em relação ao seu padrão de aferição pessoal. Minha filosofia pode se resumir em quatro palavras: Informe-se, então escolha.” Tenho relatos de um conhecido, cujo amigo consumiu cocaína, e na hora de dormir ingeriu Dormonid (Midazolan) para anular o efeito estimulante da droga e poder dormir. Ele vomitou durante o sono induzido pelo midazolan e morreu asfixiado pelo próprio vômito. Tenho outro relato de um conhecido que perdeu dois amigos nos Estados Unidos devido à metanfetamina: um colidindo o carro num poste sob o efeito da substância e outro por overdose (embora eu ache pouco provável que alguém possa ter overdose consumindo mentanfetamina sozinha). O uso de drogas em quantidade controlada e sem mistura com outras drogas (incluindo drogas farmacêuticas) pode ser seguro, sendo que o Dr. Alexander Shulgin experimentou e relatou os efeitos de mais de 200 drogas nunca antes testadas em seres humanos, sendo que hoje aos 84 anos jamais teve uma overdose. Política de guerra às drogas Eu pessoalmente acho que embora o papel do estado seja proteger a integridade física e a vida do cidadão, acho também
que o estado não deveria ter o papel de babá de marmanjos em idade adulta. Um esforço grande deve ser feito para que as drogas não caiam nas mãos de menores de idade, mas passou da maioridade a responsabilidade é sua, faça bom uso dela. Um ponto de vista interessante para se ponderar é o do economista Milton Friedman em uma entrevista entitulda “Interview with Milton Friedman on the Drug War� extraida do livro “Friedman & Szasz On Liberty and Drugs.” disponível no site http://www.druglibrary.org/ schaffer/misc/friedm1.htm. Ele advoca a liberação total de todo e qualquer tipo de droga. Comparando com os índices de violência durante a lei seca e após sua abolição, ele chega a conclusão que não é o consumo de drogas que causa a violência, mas é a própria proibição das drogas. A invenção do crack, que é relativamente barato mas muito mais nocivo que a cocaína, foi uma conseqüência do preço exorbitante a que a cocaína chegou devido a repressão ao seu tráfico. Os traficantes tiveram que criar um produto novo para sustentar as vendas. “Uma criança numa favela que leva uma bala perdida em um tiroteio, é uma vítima inocente em todos os sentidos do termo. Uma pessoa que decide tomar drogras não é uma vítima inocente. Ela escolheu para si mesmo ser uma vítima. E eu posso dizer que eu tenho muito menos compaixão por ela. Eu não acho moral impor um custo tão alto às outras pessoas para proteger pessoas de suas próprias escolhas” Por outro lado a liberação total das drogas pode ter consequências desagradáveis. Uma amiga que viveu o início dos anos 70 em San Francisco na Califórnia relata que era abertamente aceito pela juventude consumir drogas. No início era divertido,mas depois de um certo tempo, as ruas de São Francisco amanheciam lotadas de pessoas inconscientes do consumo da noite anterior, que também é algo que não se deseja. Fazendo uma comparação do preço de substância lícitas (alcalóides) extraídas de plantas, eu verifiquei que a Teofilina e a Cafeína podem ser adquiridas por 7 dólares o quilo no mercado de commodities. Esse provavelmente seria o preço de atacado da Cocaína se fosse legal. O viciado não precisaria roubar toca-CDs de carros ou realizar pequenos furtos ou assaltos para manter seu vício, bastaria mendigar alguns centavos em alguma sinaleira. Por outro lado, colher meiatonelada de folhas para fazer um quilo de cocaína deixaria de ser economicamente interessante, e sua disponibilidade diminuiria. Outra figura que me soa absurda é que a simples posse, por exemplo, de 100g de cocaína configure crime, de tráfico presumido. Você não está fazendo nada imoral como matar, roubar, enganar, mentir, você só está segurando 100g de uma determinada substância química. Essencialmente, não tem diferença de estar segurando um pacote de 1 kg de açucar. Você poderia estar portando 100g de cianeto de potássio, suficiente para matar centenas de pessoas por envenenamento, e isso não seria crime. Há pessoas que argumentam que pessoas sob a influência de drogas podem cometer crimes violentos como lesão corporal e homicídio. Mas existem leis para punir tais crimes violentos, não precisaria utilizar-se leis anti-drogas para isso. Poderia se considerar o uso de drogas como agravante das penas neste caso. O tráfico de substâncias ilícitas é um crime difícil de combater em essência, pois tanto a parte fornecedora como
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a parte consumidora não tem o menor interesse em denunciar esse “crime”. Além disso o status ilícito diminui a oferta, o que aumenta o preço, o que gera dinheiro abundante para a corrupção de autoridades e para compra de aparatos que defendam o tráfico ou facilitem outros tipos de crime, principalmente armas. As autoridades corrompidas que lucram com o tráfico não tem o menor interesse que as drogas sejam liberadas. Se o tráfico deixar de ser viável economicamente, os criminosos partirão para crimes de furtos, assaltos, sequestros, que são muito mais arriscados para a parte perpetrante, além do que há o interesse total da vítima em denunciar. Por isso, muito mais fáceis de ser reprimidos. Além disso, apenas 10% das pessoas que trabalham na indústria do tráfico são criminosos violentos. Não deveria se prender pessoas que não representam ameaça direta aos cidadãos. Uma idéia que me parece interessante seria o governo controlar a venda de drogas e usar o imposto em programas de tratamento, para os dependentes químicos que DESEJAREM sair dessa situação. Acredito que a descoberta da cura para o fenômeno da dependência química tornará obsoleta qualquer política de repressão à produção e ao tráfico de drogas. Por último gostaria de acrescentar que a redação deste manual não é um protesto político a favor da liberalização das drogas, mas apenas um instrumento para pessoas que como eu, que tenho uma grande curiosidade no assunto ‘drogas’, possam satisfazer essa curiosidade sob um regime de proibição do acesso a tais drogas. Drogas é um assunto que gera muito interesse, e procuro obter conhecimentos a partir de leituras, pesquisa, conversas com usuários e experimentação prática. Como usar metanfetamina A metanfetamina pode ser usada de todas as formas possíveis: ingerida, aspirada, fumada, injetada e até via retal! Como disse uma amiga minha é ‘flex-fuel’! Fumada: Para fumar é necessário que a metanfetamina seja muito pura. Uma vez experimentei fumar uma das primeiras que eu fiz, que tinha uma certa contaminação de metilamina e causou bastante irritação nos brônquios, e até agora não repeti a experiência, embora atualmente esteja conseguindo produzir uma metanfetamina bastante pura. Embora a metanfetamina possa ser fumada na forma de cloridrato, que é um pó ou cristal branco, parte dela se queima ao ser aquecida. A técnica mais recomendada é fazer uma pequena concavidade em um pedaço de papel alumínio. Colocar uma pitada de metanfetamina e uma pitada de bicarbonato de sódio, acrescentar uma gota d’água e misturar bem. Aquecer com um isqueiro por baixo e aspirar com um canudo. Pode ser usada uma colher ao invés do papel alumínio, só que a colher pode ficar manchada. A mistura com bicarbonato tem a função de transformar o cloridrato em base-livre (free-base em inglês). A metanfetamina base-livre é um líquido que tem um cheiro que lembra um pouco o de peixe, e também lembra o cheiro do ar que sai de dentro de câmaras de pneu. É o segundo método mais radical, só perdendo para injeção. Nos Estados Unidos e Europa existe o crystal meth fumável, que é feito de carbonato de metanfetamina. Este apresenta-se na forma de bonitos cristais e evapora bem fácil sem destruir
na queima. Ingerida: Ingerida na forma de cloridrato. Tem um gosto extremamente amargo. Começa fazer efeito em aproximadamente 40 min. O efeito vai crescendo até a terceira hora, depois vai passando. Dependendo da quantidade a pessoa pode não dormir naquela noite, ou dormir somente uma ou duas horas. O tempo de meia-vida da metanfetamina no organismo é bastante longo entre 9 e 15 horas. A quantidade a ser ingerida é meia pitada ou menos. É importante cuidar muito com a dose pois é uma droga muito forte. Se você tomou e achou que ‘não bateu’, espere pelo menos uma hora para tomar de novo. A metanfetamina é uma droga segura em termos de perigo de overdose, precisa de uma quantidade muito grande para a pessoa ter uma overdose. Em camundongos a dose letal que mata 50% dos indivíduos (LD-50) é 143 mg/kg. Se for diretamente aplicável em um humano de 70 kg, isso dá 10 gramas. A metanfetamina provoca um efeito pronunciado a partir de 25 mg. No entanto tomar uma dose alta é bem desagradável: você fica mordendo os dentes por horas e horas seguidas, a boca fica extremamente seca e dá uma ansiedade muito forte, que dura horas. Em termos coloquiais, voce fica muito “travado”. Ao contrário da Ritalina, que tem o seu efeito anulado pelo álcool, a metanfetamina é uma drogra que combina bastante bem com álcool. Ela diminui a embriaguez, embora se você beber demais passa mal igual, só que não fica inconsciente. Aspirada: Se a metanfetamina estiver na forma de grãos médios, eu costumo colocar uma pitada na ponta do indicador e esfregar dentro de cada narina. Dá uma meia hora para fazer efeito máximo. Arde bastante, mas tem um efeito descongestionante nasal incrível! Inclusive a metanfetamina é utilizada até hoje nos inaladores Vick vendidos nos Estados Unidos, só que eles utilizam a levometanfetamina que é a forma fraca, não viciante, da metanfetamina. Aqui neste manual tratamos da dextrometanfetamina, que é a forma forte dela! Se a metanfetamina estiver na forma de pó finíssimo então faça duas pequenas carreiras e aspire com um canudo apropriado. Dá uma pauleira legal, faz efeito máximo em 5 a 10 minutos. Geralmente a metanfetamina sai bem fina se você secar o produto purificado em banho-maria, misturando com um bastão de vidro. Se você dissolver esse pó fino em álcool quente e secar lentamente por evaporação natural ou com a ajuda de um ventilador, aí você obtém grãos grossos, bem bonitos, parecendo açucar cristal. Injetada na veia, anal e vaginal: Não disponho de informações, se algum de vocês quiser tentar e depois me dizer como é que foi, eu publico! Aparatos usados na fabricação: Para várias utilidades (figura 1): Furadeira elétrica com brocas de 8 e 10 mm: para furar as rolhas de borracha e tampas de garrafas PET que necessitem ser furadas. Frasco Erlenmeyer: Opcional, bom para separar um líquido de seu precipitado
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Copos de requeijão e de iogurte: Bastante úteis, tanto os de vidro como os de polipropileno (plástico). Só cuidado de não colocar acetona nos copos de plástico, pois a acetona dissolve alguns tipos de plástico. Copo de Becker: Para fazer todas as misturas utilizando o bastão de vidro ou como armazenamento intermediário de líquidos. O biquinho ajuda a transferir líquidos sem derramar. Pipeta graduada: Para transferir a quantidade certa de determinado líquido. Proveta graduada: Para medir a quantidade certa de determinado líquido. Neste manual a proveta também será usada para “pesar” aproximadamente a quantidade dos reagentes, se você não tiver uma balança de precisão. Balança de precisão: É o ideal para medir as quantidades, mas como visto acima não é fundamental.
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Pipetador de segurança: Em conjunto com a pipeta, para aspirar líquidos perigosos, como o ácido sulfúrico, por exemplo. Óculos de proteção: Fundamental em 90% dos procedimentos deste manual. Bastão de vidro: para misturar os componentes. Rolhas: furadas para encaixar tubos de vidro através. Luvas de Borracha: Importante se você for extrair iodo de tintura de iodo ou de iodeto de potássio. Uma quantidade grande de iodo em contato com a pele, além de causar manchas marrons, pode intoxicá-lo(a). Para extrair a pseudoefedrina (figura 1): Moedor de café elétrico: para moer os comprimidos contendo pseudoefedrina e também para misturar o hidróxido de sódio.
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a - furadeira com broca de 8 mm b - grill elétrico (torradeira) c - copo de Becker d - pipeta graduada de 4 ml e - pipeta volumétrica de 20 ml
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f - proveta de 10 ml sendo usada para “pesar” hidróxido de sódio g - balança de precisão h - óculos de proteção i - rolhas de borracha
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j - moedor de café k - pipetador de segurança l - funil separador m - luvas de borracha
Figura 1: Aparatos diversos usados na fabricação da metanfetamina e na extração da pseudoefedrina
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Funil Separador: Para fazer a lavagem do solvente contendo a pseudoefedrina extraída Pipeta volumétrica: Opcional, pode ser usada no lugar do funil separador para extrair um líquido de uma mistura de dois líquidos imiscíveis (que não se misturam). Para fazer o cozimento da mistura de reagentes (figura 2): Fritadeira elétrica: para fazer o ‘cozimento’ da mistura de reagentes sob temperatura controlada. Grill elétrico (torradeira): Opcional, usada para evaporar o ácido hipofosforoso, secar a pseudo-efedrina e secar a metanfetamina sem sujar o copo de becker de óleo, que ocorreria com o uso da fritadeira elétrica. Para fazer o ‘cozimento’ não é boa pois não tem controle de temperatura. Termômetro: para calibrar o termostato da fritadeira elétrica.
Balão de Fundo Redondo: para fazer o cozimento dos reagentes, transformando a pseudoefedrina em metanfetamina. Suporte com Mufa: para segurar o balão de fundo redondo em pé na fritadeira elétrica. “Vara de Vidro” de 8mm de diâmetro e 1,5 m de comprimento (na verdade um tubo de vidro, não uma “vara”): para fazer um “condensador de refluxo refrigerado a ar”, para o cozimento da mistura de reagentes. Em laboratórios profissionais, os condensadores são refrigerados a água. Grampos plásticos de oficina: Para segurar a “vara de vidro” num porta de armário ou numa janela, por exemplo. Para fazer a geração de gás clorídrico: Tubo de Ensaio: Para conter ácido sulfúrico concentrado para liberação gradual dentro do dispositivo gerador de gás clorídrico seco.
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a - suporte com mufa b - garra de plástico c - balão de fundo redondo d - detalhe mostrando o balão dentro da fritadeira e - montagem completa Figura 2: Aparato para efetuar o cozimento da mistura de reagentes
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Garrafas PET de ½ litro: para fazer o dispositivo gerador de gás clorídrico. Tubo de PVC transparente de 8mm de diâmetro e uns 40 cm de comprimento: para fazer o borbulhamento do gás clorídrico do dispositivo gerador de gás clorídrico.
foi o medicamento escolhido para ilustrar este procedimento. O único problema é que esse medicamento não é encontrado em todas as farmácias, e quando encontrado, não há muito dele em estoque, então às vezes é necessário percorrer várias farmácias para conseguir algumas caixas.
Figura 4: Actifedrin comprimidos, fonte de pseudo-efedrina Material necessário para extrair a pseudo-efedrina:
Figura 3: Dispositivo gerador de gás clorídrico seco, mostrando tubo de ensaio com ácido sulfúrico e sal de cozinha no fundo. Opcionais para filtragem a vácuo: Kitassato, rolha furada, funil de Büchner, mangueira apropriada e bomba de pneu com a válvula invertida. Extração de pseudo-efedrina a partir de medicamentos para rinite. No Brasil, é muito difícil a obtenção de efedrina e pseudoefedrina puras, pois são produtos controlados. A lei exige uma licença especial da Polícia Federal para a aquisição de efedrina ou pseudo-efedrina em quantidades superiores a 10 gramas. Dizem que em academias de musculação existe um mercado negro de efedrina, que é usado como termogênico para queimar calorias, mas não conheço esse meio. A maneira que eu encontrei de obter pseudo-efedrina aqui no Brasil é extraindo de medicamentos para rinite alérgica. Tais medicamentos combinam um anti-histamínico com pseudo-efedrina, que age como descongestionante nasal de uso interno. Para verificar os medicamentos que contêm efedrina ou pseudo-efedrina acesse o site Consulta Remédios, buscando por substância:
http://www.consultaremedios.com.br/cr.php?uf=SP &tp=substancia&nome=efedrina
Não existem comprimidos que contenham somente pseudo-efedrina, então os remédios apropriados para a extração são os que contêm uma proporção grande de pseudoefedrina como o Actifedrin ou o Claritin e seus genéricos. De todos eles, o Actifedrin comprimidos é o mais barato (R$ 7,90 a caixa com 20 comprimidos contendo 60 mg de pseudo-efedrina, na data da edição deste manual) e por isso
- balança de precisão de 0,1 g ou uma proveta graduada de 10 ml - 2 a 5 caixas de Actifedrin comprimidos - moedor de café elétrico para pulverizar os comprimidos. - hidróxido de sódio para alcalinizar os comprimidos pulverizados. Hidróxido de sódio é um produto controlado, mas pode ser adquirido mediante apresentação de CPF e identidade, em casas especializadas de produtos químicos, desde que em quantidades máximas de 5 kg por mês. A alternativa é a soda cáustica, vendida livremente em supermercados. - pincel para remover o pó dos comprimidos pulverizados do moedor de café - álcool isopropílico puro (anidro) como solvente para a alcalinização. Acredito que álcool etílico absoluto (anidro) possa ser utilizado. - solvente REDUCOLA (contém metade de tolueno e metade de hexano) para a extração da base-livre da pseudoefedrina. Outros solventes apolares podem ser utilizados, mas não testei nenhum outro. - Um funil separador de 250 ml. Uma alternativa mais barata é ter uma pipeta volumétrica de 20ml e um pipetador de segurança para fazer a sucção de líquidos que separam, do fundo ou da superfície do recipiente em que está o líquido. - Água (destilada de preferência) para lavar o solvente - Um copo de Becker de 250 ml - Bastão de vidro misturador - Filtro de papel para filtrar o solvente (Se puder ser usada filtragem a vácuo, melhor). Opcionalmente, ao invés de filtrar, você pode decantar os resíduos das pílulas usando um frasco Erlenmeyer ou garrafas PET. - Ácido sulfúrico concentrado (95% ou mais), para gerar gás clorídrico. O ácido sulfúrico é um produto controlado, podendo ser adquirido em quantidades máximas de 2 litros por mês. - Sal de cozinha, para gerar gás clorídrico - Dispositivo gerador, para borbulhar gás clorídrico, a ser
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explicado mais adiante (ver figura 3). Serve para precipitar a pseudo-efedrina do solvente, na forma de cloridrato. - Acetona pura, para lavar o cloridrato de pseudo-efedrina, removendo o anti-histamínico triprolidina das pílulas. - Óculos de proteção
extração com Reducola, mas dá uma metanfetamina marrom, de péssima qualidade.
Instruções para extrair a pseudo-efedrina: O procedimento de extração é baseado no ‘Waterless A/ B’, só que modificado. O ‘Waterless A/B’ pode ser encontrado no site:
http://designer-drugs.com/pte/12.162.180.114/dcd/ chemistry/pseudo.xtract.waterless.html
A modificação é que o procedimento de remoção prévia da povidona é omitido e a extração do anti-histamínico com acetona é feita depois da precipitação da pseudoefedrina do solvente com gás clorídrico. Dessa maneira o rendimento da extração é maior que o Waterless A/B, e a metanfetamina assim produzida é de ótima qualidade. A falha na extração do anti-histamínico pode acabar resultando um produto que causa sono ao invés de ser estimulante, se além da presença de anti-histamínico houver uma baixa taxa de conversão da pseudo-efedrina em metanfetamina. Use óculos de proteção durante os procedimentos. 1) Coloque os comprimidos de Actifedrin dentro do moedor de café. Triture até conseguir um pó branco, fino e uniforme.
Figura 5: Moedor de café com comprimidos a serem moídos 2) Acrescente hidróxido de sódio (ou de potássio) na mesma proporção da pseudo-efedrina (1,2 g. para cada caixa). Se você não tiver uma balança de precisão, e o seu hidróxido de sódio for em bolinhas ou pó fino, você pode medir com uma proveta graduada de 10 ml. O hidróxido de sódio em bolinhas/pó tem uma densidade aproximada de 1,2 g/ml. Então seria 1 ml de hidróxido para cada caixa de Actifedrin que foi moída. O importante é que você não deixe misturando no moedor por muito tempo, pois o hidróxido começa a reagir a seco com o pó do comprimido e de repente a mistura aquece, entra em ignição expontânea e vira um caramelo preto. Esse caramelo preto até dá para usar para fazer metanfetamina se você dissolver com um pouco de álcool e seguir com a
Figura 6: colher de chá de hidróxido de sódio em bolinhas e proveta para pesar o hidróxido. 3) Com a ajuda de uma colher e de um pincel, rapidamente remova o pó do moedor e despeje-o em um copo de Becker. Cuidado para não inspirar acidentalmente o pó contendo hidróxido de sódio. O hidróxido de sódio converte o cloridrato de pseudo-efedrina que o medicamento contém em base-livre de pseudo-efedrina. Este procedimento é comum para purificar aminas e é parte do processo conhecido como extração ácido-base.
Figura 7: despejando a mistura de comprimidos e hidróxido de sódio moídos. 4) Rapidamente, também, adicione uma pequena quantidade de álcool anidro, o suficiente para obter uma pasta fina, e misture até obter uma mistura uniforme. Cuidado para não usar álcool demais, pois complica um pouco a extração. A pasta deverá aquecer ligeiramente e adquirir uma cor amarelo-clara. Se o álcool utilizado contiver muita água, a pasta adquire uma cor marrom, mas ainda assim a extração poderá ser feita, apenas com menor rendimento. Obs.: 1) Devo testar futuramente se é possível executar os procedimentos 1-4 sem o uso de um moedor de café. A idéia seria dissolver os comprimidos em álcool, transformá-los em pasta, adicionar o hidróxido de sódio e misturar com o bastão de vidro até obter a pasta amarelo-clara mencionada acima. 2) Se for misturado álcool demais, na primeira extração
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com solvente do item 5), o solvente arrasta os componentes inertes das pílulas, ficando um líquido leitoso com bastante pó que decanta no fundo. Deixe decantar para se livrar o máximo possível desse pó, e aí acrescente 2-5ml de água e misture. O pó vira uma pasta que vai para o fundo do frasco e o solvente fica límpido. A partir daí junte com o solvente coletado nas extrações subsequentes do item 5) e proceda lavagem como descrito.
Figura 8: Comprimidos moídos com hidróxido de sódio, misturados com álcool isopropílico para formar uma pasta de cor amarelada. 5) Adicione 50~100 ml de solvente Reducola na pasta, misture bem. Recupere o solvente por filtração ou decantação usando um Erlenmeyer, copo de Becker ou garrafa PET. Se puder filtrar a vácuo, melhor. Repita mais duas vezes, com mais 50~100ml, acumulando o solvente filtrado para posterior lavagem. 6) Coloque o solvente filtrado acumulado em um funil separador. Adicione 1/10 ou menos do volume de água quente, agite bem, espere separar e remova a água. Adicione 1/10 ou menos do volume de água fria, agite bem, espere separar e remova a água. Repita o passo acima para um total de 3 ou 4 lavagens alternando água quente e fria (quente-friaquente-fria), ou até que a água da lavagem venha limpa, para um máximo de 6 lavagens. Não há problema se o solvente resultar ligeiramente turvo. A lavagem serve para remover a povidona, que é um polímero solúvel usado como excipiente. Se o solvente contiver povidona, na hora de precipitar a efedrina com gás clorídrico, forma-se uma meleca que produz uma metanfetamina muito ruim. O motivo de usar uma proporção de água tão pequena é que a base-livre da efedrina é fracamente solúvel em água e a povidona é altamente solúvel. Pequena parte da base-livre da efedrina transfere para água em cada lavada, por isso deve-se utilizar pouca água em cada lavagem. 7) Coloque o solvente lavado em um copo de Becker. Se houver gotas de água nas paredes do recipiente, transfira
para outro recipiente procurando remover toda a água e aproveitando do fato que as gotas d’água aderem às paredes do recipiente. 8) Usando o dispositivo gerador de gás clorídrico, fazer o borbulhamento de HCl gasoso seco no solvente. Haverá a formação de um precipitado branco. Quando o solvente começar a desprender um cheiro irritante de ácido clorídrico e/ou soltar uma névoa quando você soprar em cima, significa que toda a pseudo-efedrina dissolvida foi convertida em cloridrato de pseudo-efedrina e precipitou. Ver na seção abaixo detalhes da construção e uso do dispositivo gerador. 9) Deixe o cloridrato de pseudo-efedrina decantar e vá removendo o solvente, a medida que o cloridrato for decantando. Guarde o solvente para posterior reciclagem. O solvente que no final ficar impregnado no precipitado deve ser evaporado, naturalmente ou com o auxílio de um ventilador. Opcionalmente filtrar a vácuo, é bem mais rápido e eficiente. 10) Deixe a efedrina secar. Ponha num copo de becker, e usando a fritadeira elétrica ponha em banho maria a uns 105o C. Misture com o bastão de vidro até você ter um pó fino bastante seco. O cloridrato de triprolidina funde a 115o C, então se a temperatura do banho-maria for um pouco alta, pode dar a impressão que a efedrina “não quer secar” e o produto ao invés de ficar um pó solto, fica uns grumos duros. Não tem importância, na hora do banho de acetona, a efedrina vira um pó ‘soltinho’. Opcionalmente você pode colocar o copo de becker em cima da chapa quente de um grill elétrico e misturar sem parar com o bastão de vidro, tirando o copo de cima da chapa de vez em quando para evitar sobreaquecer. Com o grill elétrico há um risco maior de queimar parte da pseudoefedrina. 11) Quando a pseudoefedrina estiver seca, retire da fritadeira/grill e deixe esfriar. 12) Regule a temperatura do banho maria para uns 50-60o C. Jogue acetona suficiente para cobrir 1 dedo a pseudoefedrina e deixe a acetona ferver por uns 5 minutos e despeje a acetona. A acetona às vezes adquire uma coloração bege ou azul-clara, devido à triprolidina que foi dissolvida, deixando efedrina pura no fundo do copo de becker. Aqui também pode ser usado o Grill elétrico, mexendo sempre. Jamais aqueça qualquer mistura que contenha solvendo usando chama (fogão, bico de Bunsen, etc...). 13) Aumente novamente a temperatura do banho maria e vá misturando com o bastão de vidro até secar. A pseudo-efedrina está pronta para o cozimento. Se você não tiver uma balança de precisão para saber a quantidade obtida de pseudoefedrina, a minha estimativa é de que você consiga obter 1 g. de pseudoefedrina para cada caixa de 20 comprimidos de Actifedrin utilizado. Material necessário para fazer o dispositivo gerador de gás clorídrico seco (ver figura 3) - 1 tubo de ensaio médio(p. ex.: 1,5 x 10 cm ) - 1 garrafa PET de meio litro - Ácido sulfúrico concentrado (95% ou mais) - Sal de cozinha (cloreto de sódio) - 1 furadeira com broca de 8mm para furar a tampa da garrafa PET - 30~40 cm tubo de plástico (PVC) transparente flexível de 8 mm de diâmetro - 1 pipeta graduada - 1 pipetador de segurança
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Instruções:
trabalhinho a mais para secar antes de usar.
1) Com uma faca de ponta remova o plástico vedante da tampa da garrafa PET. Geralmente este vedante é um plástico flexível, transparente e azulado. Com a furadeira faça um furo no centro da tampa. Faça um furo também no centro do plástico vedante. Passe o tubo através da tampa e do vedante, inserindo uns 2 cm. Certifique-se que existe boa vedação entre o tubo de PVC e a tampa PET. 2) Coloque uma quantidade de sal de cozinha (NaCl – Cloreto de Sódio) no fundo da garrafa PET. 3) Ponha os óculos de segurança 4) Usando a pipeta e o pipetador de segurança, encha o tubo de ensaio com ácido sulfúrico concentrado até quase a borda. 5) Com a garrafa um pouco inclinada de lado para evitar que o tubo caia direto no fundo, jogue o tubo de ensaio contendo ácido sulfúrico dentro da garrafa PET. O sal no fundo também ajuda a amortecer o impacto evitando a quebra do tubo. 6) Enrosque a tampa da garrafa PET. Certifique-se que a tampa esteja bem atarrachada. O ácido clorídrico é um gás muito irritante. Se vazar, respirar através da roupa ajuda a diminuir bastante a inalação dele. Antes de sentir o cheiro, você vai saber que está vazando pois ele gera calor em contato com a pele. Atarrache melhor a tampa e se tiver vazado muito saia do ambiente por alguns minutos. 7) Incline a garrafa PET de maneira a derramar ácido sulfúrico no fundo da garrafa. O ácido sulfúrico reage com o sal gerando hidrogeno-sulfato de sódio e gás clorídrico. Mergulhe a ponta livre do tubo de plástico no solvente contendo pseudoefedrina e deixe borbulhar. Inicialmente o ar contido na garrafa borbulha até ser deslocado pelo gás clorídrico. Quando o gás clorídrico começa a borbulhar no solvente, este começa a ficar branco do precipitado de cloridrato de pseudo-efedrina. A reação do ácido sulfúrico com o sal gera bastante espuma. Nesse caso, não agite demais a garrafa para não deixar a espuma subir muito e chegar ao tubo de plástico e contaminar o solvente, pois o ácido sulfúrico misturado à pseudo-efedrina prejudica bastante a qualidade da metanfetamina e gera o malcheiroso gás sulfídrico durante o ‘cozimento’. Quando o gás clorídrico diminuir o ritmo de borbulhamento, pode-se agitar a garrafa, cuidando para não espirrar espuma através do tubo plástico. Pode-se também espremer a garrafa para ejetar o gás, tomando o cuidado de retirar a ponta do tubo do solvente no final, para a garrafa não aspirar o solvente quando você desapertar a garrafa. Sempre use óculos de proteção durante o procedimento. Cada gerador de HCl preparado consegue precipitar até cerca de 5 g. de pseudo-efedrina. Se você precisar de mais gás, você pode abrir a garrafa rapidamente e jogar outro tubo de ensaio contendo ácido sulfúrico dentro e fechar rapidamente. Um pouco de gás clorídrico deve escapar e é muito irritante. Colocando um pano molhado sobre o nariz e a boca consegue filtrar o gás clorídrico efetivamente, caso algum escape. Para uma quantidade maior, prepare mais dos dispositivos geradores. O ácido sulfúrico ataca o plástico da garrafa PET, deixando o esbranquiçado. Descarte a garrafa ao final do uso, mas mantenha a tampa, que pode ser usada indefinidamente. Você pode aumentar o rendimento do gás clorídrico pingando sobre o sal no fundo da garrafa algumas gotas de solução aquosa concentrada de ácido clorídrico (30% ou mais concentrado). No entanto não ponha muito da solução concentrada, só 5 a 10 gotas, pois a água vai junto com o gás clorídrico e a efedrina extraída fica uma meleca que dá um
Obtenção de iodo A partir de tintura de iodo: Pode-se usar a tintura de iodo para uso humano, que tem a concentração de 2% e pode-se usar a tintura de iodo de uso veterinário, encontrável em qualquer casa de agropecuária, e que pode conter até 10% de iodo. Uma vez comprei iodo veterinário adulterado, que tinha a cor marrom de iodo, mas quase nenhum iodo. Para se garantir, é melhor comprar iodeto de potássio em casas de produtos químicos (ver a receita abaixo). Mas já que o que você conseguiu obter foi tintura então vamos nos virar com tintura. Basta acrescentar algum ácido forte, que pode ser clorídrico ou muriático (que é versão menos pura do ácido clorídrico, com concentração média de 10-12%, encontrável em qualquer loja de ferragens). Em cima dessa mistura, despejar água oxigenada de 10, 20 ou 30 volumes (não pode ser cremosa). Ou então peróxido de hidrogênio, que é a água oxigenada de 130 volumes, encontrável em casas de produtos químicos. Parte do Iodo precipita, parte flutua e a água que sobra, de marrom-escuro, passa a uma tonalidade que pode ir do amarelo ao âmbar. Remova a água por transferência de frascos, ou por filtragem a vácuo e deixe secar. O iodo sublima à temperatura ambiente e colore de amarelo ou marrom os recipientes, se forem de plaśtico. Se você sujar chão, mármore da pia, eucatex ou azulejos com iodo, não precisa se preocupar, a mancha sai em alguns dias, por sublimação. Use luvas de borracha e óculos de proteção para manipular com o iodo, pois um excesso de manchas marrons de iodo na sua pele podem intoxicá-lo(a). A estimativa da quantidade de iodo obtida pode ser obtida através da concentração informada no rótulo vezes o volume total da tintura: POR EXEMPLO: O rótulo de um vidro de tintura de iodo diz que o conteúdo é de 30 ml, a concentração de iodo é 20mg/ml e a de iodeto de potássio é de 15mg/ml. A quantidade de iodo puro é de 20mg/ml * 30 ml = 600 mg A quantidade de iodo na forma de iodeto de potássio é 15mg/ml * 30 ml * 0,76 = 342 mg Iodo total = 600 + 342 = 942 mg. O fator 0,76 é tirado dos pesos atômicos do iodo e do potássio: peso atômico do iodo = 126,9 g/mol peso atômico do potássio = 39,1 g/mol Então a proporção em peso de iodo no iodeto de potássio é 126,9 / (126,9 + 39,1) = 0,76. OUTRO EXEMPLO: O rótulo de um vidro de tintura de iodo de uso veterinário diz que o conteúdo é 200ml e proporção de iodo é 10%. Presume-se que já foi contabilizado o iodo em forma pura e em forma de iodeto de potássio. Supondo-se a densidade do líquido 1g/ml, então 200 * 0,10 = 20 gramas de iodo. A partir de iodeto de potássio O iodeto de potássio é um sal branco em cristais de tamanho médio, tipo açucar cristal. A fórmula química é KI, o que significa que você obtém 0,76 g de iodo para cada grama de iodeto de potássio. Para medir o peso sem o uso da balança de precisão, eu uso a proveta graduada de 10ml, considerando 1,6 g / ml de iodeto de potássio, por exemplo, 10 ml, a proveta
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cheia, dão 16 g de KI, o que dá 12,16 gramas de iodo puro. Meça o iodeto na proveta e despeje num copo de becker. Meça igual volume de ácido clorídrico a 37% e despeje no copo de becker. Despeje água oxigenada e veja o iodo se formar na cor roxo-metálico. Se ao invés de água oxigenada você dispuser de peróxido de hidrogênio a 130 volumes, dissolva 1 parte de peróxido em 4 de água. O peróxido puro gera tanto calor que boa parte do iodo sublima, deixando uma nuvem rosa de cheiro muito irritante e tóxica na sua cozinha. Descarte a água, que tem cor amarelo ou âmbar e deixe o iodo secar. Como no exemplo acima, use luvas de borracha e óculos de proteção. Obtenção de ácido hipofosforoso Com uma proveta, meça 100 ml de cristais de hipofosfito de sódio. São cristais grossos como sal de churrasco. Despeje num copo de Becker. Meça 100 ml de ácido clorídrico a 37% e despeje no mesmo copo de Becker. Misture com o bastão de vidro. A Reação é suave, não havendo aquecimento ou geração de vapores. Haverá a formação de cristais finos de cloreto de sódio (sal de cozinha).
Figura 10: Evaporando metade do volume do ácido hipofosforoso com o uso do grill elétrico e do ventilador. Obtenção da mistura de ácido iodídrico com ácido hipofosforoso:
Figura 9: a) Medindo o hipofosfito de sódio; b) Medindo o ácido clorídrico a 37%; c) cloreto de sódio que precipita ao misturar a) e b); d) cloreto de sódio filtrado no funil Büchner com o líquido no kitassato. Filtre o cloreto de sódio para a obtenção de um líquido claro e despeje num copo de becker (largo de preferência - tipo 500 ml), ou travessa de vidro rasa. Usando banho maria em óleo a 70o C ou um grill elétrico, mais um ventilador, faça evaporar até que o volume de líquido reduza a metade. Haverá formação cristais de hipofosfito de sódio não reagido. Deixe Esfriar. Filtre esses cristais e utilize-os da próxima vez para fazer mais ácido hipofosforoso. Você acabou de obter ácido hiposfosforo suficientemente puro e suficientemente concentrado para produzir a mistura ácido iodídrico + ácido hipofosforoso. Cuidado para não secar demais a mistura na fritadeira/grill elétrico, pois o ácido hipofosforo sofre ignição espontânea quando muito concentrado. Ponha no congelador para baixar bastante a temperatura, pois a reação seguinte de mistura com o iodo é bastante intensa, gerando uma pequena nuvem rosa de iodo.
Para cada 2 gramas de efedrina/pseudo-efedrina que você quiser converter em metanfetamina você vai necessitar misturar 3,5 ml de ácido hipofosforoso com 4 g de iodo. Usando ácido hipofosforoso gelado, jogue o iodo, dê uma misturada rápida com o bastão de vidro e afaste-se. Em alguns segundos a reação ocorre, gerando uma pequena nuvem rosa, aquecendo o líquido, e o iodo ‘desaparece’, transformando-se em ácido iodídrico, deixando apenas um líquido transparente, bem claro. Observe que você pode aumentar proporcionalmente as quantidades dos ingredientes para produzir maiores quantidades de metanfetamina. Não testei, mas acredito que dá para encher até a metade do balão de fundo redondo. Mistura de pseudoefedrina + ácido iodídrico + ácido hipofosforoso: Acrescente 2 g. de cloridrato de pseudo-efedrina no balão de fundo redondo. Acrescente o ácido iodídrico + ácido hipofosforoso (4 g + 3,5 ml, ver acima) no balão. A frio pode ser que o cloridrato não dissolva completamente. Na hora que for feito o cozimento, o cloridrato de pseudoefedrina se dissolve todo. Monte o aparato de cozimento como descrito abaixo. Ainda que a mistura seja em pequena quantidade e caiba no fundo de um tubo de ensaio, jamais utilize um tubo de ensaio para fazer o cozimento, pois ocorre ocasionalmente a evaporação explosiva do conteúdo, ejetando a rolha com o condensador de vara de vidro e eventualmente estourando o tubo de ensaio, mandando mistura de ácido para todos os lados. O recipiente apropriado para o cozimento é o balão de fundo redondo. Aparato para o cozimento da mistura (figura 2) O aparato para o cozimento da mistura necessita dos seguintes componentes: 1 Fritadeira elétrica, de preferência uma pequena de 1
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litro. 1 Litro de óleo de soja 1 Balão de fundo redondo de 200 ml. Pode ser maior ou menor conforme a disponibilidaade. 1 Rolha que tampe a boca do balão de fundo redondo. O ideal é que essa rolha seja de silicone, pois a rolha de borracha vai sendo esfarelada pela mistura ao cozinhar. Como é muito difícil obter uma rolha de silicone, use a de borracha, deixe de molho em água no final do cozimento e raspe com uma faca afiada a borracha corroída. 1 “vara” de vidro de 8mm de diâmetro e 1,5 metros de comprimento. Essa fará o papel de “condensador de refluxo refrigerado a ar”. A vara de vidro de 6mm é bem mais fácil de adquirir, mas nunca testei se funciona. Por ser mais fina, tenho medo de que o vapor condensado vá acumulando no tubo e não pingue de volta no balão de fundo de redondo. 1 furadeira elétrica com broca de 8mm para fazer um furo na rolha por onde vai passar a vara de vidro. 1 suporte com pedestal de ferro e vara vertical de alumínio 1 mufa para prender o ‘pescoço’ do balão de fundo redondo 2 grampos de plástico de uso geral, por exemplo o Grampo 1” da Tramontina (figura 2 b). Você usa esses dois grampos para prender a extremidade superior da vara de vidro e assim mantê-la em pé. 1 termômetro para verificar se o termostato da fritadeira elétrica realmente dá a temperatura indicada no botão de controle. O Procedimento para o cozimento da mistura − − − − − −
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Posicione o suporte com pedestal atrás da fritadeira elétrica Encaixa a mufa no pedestal e aperte numa altura adequada. Insira a vara de vidro no furo da rolha, deixando passar 1 a 2 cm Insira a rolha no balão de fundo redondo apertando com bastante força Encaixe o pescoço do balão na pinça da mufa e aperte. Usando os grampos, prenda a extremidade superior da vara de vidro numa porta de armário, janela da cozinha ou qualquer outro suporte que houver na sua cozinha, de maneira a manter a vara de vidro na vertical. Desloque a mufa e posicione o balão de maneira que o nível do óleo fique um pouco acima do nível do líquido no interior do balão. Ligue a fritadeira e regule a temperatura para uns 110o C. Quando a fritadeira indicar que atingiu a temperatura desejada de 110o C, vá regulando a temperatura de maneira que ocorra refluxo, quer dizer, a mistura evapore, condense dentro da vara de vidro e pingue de volta no balão de fundo redondo. Existe um risco de que se a mistura dentro do balão for super-aquecida, gere fosfina, que é um gás bastante venenoso. Usando a fritadeira elétrica, a transmissão de calor é bem controlado e dificilmente haverá super-aquecimento. Quando a quantidade de mistura dentro do balão é muito pequena, no máximo 20 ml, eu regulo o termostato da fritadeira para 150o C. Com uma quantidade pequena assim, o líquido evapora, frequentemente sem borbulhar, ou as
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vezes borbulhando um pouquinho de vez em quando. A primeira vista parece uma temperatura muito alta, mas devido ao refluxo dentro do balão, a temperatura lá dentro deve ficar ao redor dos 100o C. Se a quantidade de mistura for maior, você deve ajustar a temperatura da fritadeira em algum ponto entre 100 e 150o C, colocando a mão no meio da vara de vidro verificando que é possivel segurá-la por longo tempo com a mão. Se a temperatura no meio da vara for tão quente que não dê para segurála com a mão, baixe o termostato da fritadeira até que o calor no meio da vara seja suportável. Se a vara de vidro ficar quente até a extremidade superior, o vapor irá escapar, secando a mistura e arruinando o seu lote de metanfetamina. No caso em questão, usando ácido iodídrico+ácido hipofosforoso, o tempo de cozimento em refluxo é de 6 horas. Já me aconteceu de usar uma mistura de ácido iodídrico+hipofosforoso com excesso de água muito diluída - e a conversão de pseudo-efedrina para metanfetamina ocorreu muito pouco ou não ocorreu. O treco não deu efeito, e isso foi corrigido cozinhando de novo com uma mistura de ácidos mais forte. Por isso que eu recomendo que ao misturar o ácido hipofosforoso com o iodo, ocorra uma reação intensa, com a liberação de vapor rosa de iodo. Isso é uma garantia de que o cozimento vai ocorrer da maneira esperada.
A extração e purificação da metanfetamina Após passado o tempo recomendado de cozimento, desligue a fritadeira elétrica e deixe esfriar. Desmonte o aparato, pegue o balão com a mistura ‘cozida’ e acrescente 1 a 2 volumes de água. Para uma quantidade de até 6 g de pseudo-efedrina, prepare uma mistura alcalinizante com 1 colher de sopa de soda-cáustica ou hidróxido de sódio em 200-250 ml de água. Neste caso, como não é necessária precisão, dê preferência à soda-cáustica, que é mais fácil de obter e não é controlada. NUNCA alcalinize a solução jogando soda-cáustica diretamente na mistura ‘cozida’, pois causa aquecimento excessivo e destruição de parte da metanfetamina pelo excesso de calor e de alcalinidade. Ocorre a formação de metilamina, que tem um cheiro parecido com o de amônia. A metilamina absorve água com muita facilidade e não dá para separar da metanfetamina com os recursos aqui utilizados. O resultado é uma metanfetamina que vira líquida ao ser exposta ao ar úmido, mas que no entanto mantém o efeito potente de metanfetamina. Outra desvantagem é que a metilamina é muito irritante para os brônquios o que impede essa metanfetamina de ser fumada. A alcalinização deve ser procedida usando tirinhas de medição de PH. Elas são vendidas em qualquer casa de produtos químicos e não são caras. Na primeira vez que você for proceder a alcalinização da mistura, não economize tirinhas de PH. Vá adicionando a mistura alcalinizante e medindo o PH até obter um PH em torno de 13-14. Normalmente, a mistura, que é ligeiramente turva, fica mais leitosa ainda quando a alcalinidade atinge o ponto de viragem, em torno de PH 10. Na primeira vez, eu usei 10 tirinhas de PH para realizar a alcalinização da mistura, nas vezes subsequentes, 2 ou 3 tirinhas eram suficientes, pois eu já conhecia a quantidade necessária de alcalinizante.
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colher de sopa de soda cáustica. Mexa até dissolver. Misture com o solvente e agite. Deixe repousar e remova a água que ficou no fundo. Frequentemente a água com soda cáustica forma um resíduo sólido. O solvente frequentemente fica com flocos brancos que ficam flutuando no fundo, sobre a camada de água com soda cáustica. Remova esses flocos por filtração. O solvente pode agora ser usado novamente para efetuar a extração de pseudo-efedrina ou metanfetamina. Bomba de sucção manual Figura 11: Tirinhas de PH Com a mistura alcalinizada, você tem um líquido com base-livre de metanfetamina em suspensão. Para extrair a base-livre misture 50-100 ml de solvente reducola à mistura alcalinizada, ponha no funil-separador e agite. Remova a mistura alcalinizada e ponha o solvente num copo de becker. Pegue novamente a mistura alcalinizada e repita a extração com solvente mais duas vezes. Da mesma maneira que na extração da efedrina, alguma água que houver no solvente vai para o fundo, e gotas de água vão aderir nas paredes do recipiente. Transfira de recipiente de maneira a ter solvente sem água. Da mesma maneira que na extração de efedrina, utilize o borbulhamento de gás clorídrico seco usando o aparato descrito acima. Vai haver a formação de flocos brancos de cloridrato de metanfetamina. Deixe decantar e vá removendo o solvente ou filtre por sucção. Aqui também, você deve guardar o que sobrou do solvente para reciclagem. Cozinhe, mexendo com o bastão de vidro, o pó resultante em banho maria a 105o C para eliminar o excesso de ácido clorídrico presente no cloridrato, e algum vestígio do solvente reducola. Pode usar o grill também, cuidando para não queimar. Deverá resultar um pó fino bem apropriado para aspirar ou ingerir. Se você prefirir cristais de tamanho médio, dissolva o cloridrato de metanfetamina em álcool quente e deixe evaporar naturalmente ou com o auxílio de um ventilador. Está pronta a sua metanfetamina caseira! Usea sabiamente. É comum sentir uma certa fissura de querer mais durante o efeito, mas isso não quer dizer que você esteja ficando irrecuperavelmente viciado. Acontece o mesmo com o álcool, em que quando você está ligeiramente embriagado, dá vontade de beber mais, para ficar mais alegre, e o resultado às vezes é um desastre. O problema é se a fissura ocorrer nos momentos em que você estiver sóbrio. Se você achar que o efeito não foi suficiente, lembre-se de não tomar nova dose antes de uma hora transcorrida. Com a prática você acaba achando a dose correta para dar o efeito desejado. A recomendação do Uncle Fester é nunca usar mais que três vezes por semana e tomar 500mg de aminoácido Fenilalanina ou Tirosina após o efeito, que ajudam o seu organismo a recompor a dopamina no seu cérebro que foi gasta pelo uso da metanfetamina.
A bomba de vácuo é um ítem opcional que agiliza muitos dos procedimentos descritos neste manual. O que você precisa fazer é comprar uma bomba manual para pneus de carro, inverter a válvula para a bomba sugar ao invés de soprar e adaptar uma mangueira mais rígida, que não bloqueie com o vácuo e que caiba no bico de vácuo do kitassato. Eu usei uma mangueira de fogão a gás e mandei tornear uma peça para encaixar a mangueira no bico da bomba (figura 12). É necessário um funil Büchner para fazer as filtragens e uma rolha com um furo grande o suficiente para passar o pescoço do funil (figura 9 d). Dificilmente você irá encontrar uma broca grossa o suficiente para fazer o furo necessário, então deve-se fazer o primeiro furo e ir ‘limando’ em volta do furo com a própria broca em rotação. Os papéis de filtro são muito baratos e encaixam na base plana do funil de Büchner. Uma coisa que eu aprendi com a experiência é que a válvula invertida da bomba não fica perfeita, na primeira bombeada ela sopra um pouco de ar para dentro do Kitassato, e faz descolar o papel de filtro da base do funil de Büchner. Isso as vezes faz passar pelo filtro pó que deveria ser retido. Por isso improvisei um copo de iogurte cortado no meio com elásticos presos no copo e no funil, pressionado a boca do copo contra o filtro de papel (figura 13). Assim a filtragem não é prejudicada pelo ‘sopro’ acidental.
Figura 12: a) Bomba de vácuo. Notar a mangueira de fogão a gás adaptada no bico da bomba. b) Válvula invertida. Notar que o copinho de couro na parte de baixo da foto está virado para cima.
Reciclagem do solvente Após fazer a extração da pseudo-efedrina e da metanfetamina usando gás clorídrico, o solvente resulta contaminado com gás cloridríco e vários componentes inertes dos comprimidos que contêm efedrina. Para lavar o solvente, prepare uma mistura de meio copo de água (+/- 100 ml) e uma
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Figura 13: a) Funil Büchner com elásticos amarrando o copo cortado, que pressiona o filtro de papel no lugar. b) Detalhe do copo de iogurte cortado. Bibliografia
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