Merton Sociologia Teoria e Estrutura 1968

March 21, 2017 | Author: Deivison Souza Cruz | Category: N/A
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lutor: Merton, Robert King, 191 0'itulo: Sociologia : teoria e estmtura 11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 83230809

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SOCIOWGIA - Teoria e Estrutura

ROBERT K. MERTON e professor de Sodologia e diretor associado do «Bureau· of Applied Social Research» da. Universidade de Columbia; Membro da «The American Academy of Arts an4 Sciences» e ex-presidente de «American Sociological Association». Em 1962 foi agraciado com o Premio «Distinguished Scholarship in the Humanities» pelo «American Council of Learned Societies» e, em 1964, pelo «National Institute of Health Lectureship» em reconhecimento as destacadas conquistas cientificas. E autor ainda de varias outras obras de grande valor. Desde 0 seu lanc;amento, Sociologia, Teoria e Estrutura passou a ser considerado como a palavra de importancia central nas ciencias sociais. Trata a obra, inicialmente, da influencia mutua entre a teoria social e a investigac;ao social e, a seguir, a codificac;aoprogressiva da teoria substantiva e os procedimentos da analise socio16gica. Sabre esta base S8 sustentam os diversos trabalhos que 0 Autor reuniu, modificou e ampliou para dar ao livro uma unidade, uma coerencia e urn relevo que se man tern a altura da magnitude do tema. Sociologia, Teoria e Estrutura ja foi traduzido para o frances, italiano, espanhol, japones, checo, alemao e hebreu, o que constitui incontestavel e expressivo significado do seu merito.

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SOCIOLOGIA

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ciedade se confinavam as fronteiras dos Estados Unidos. E mais: do provincianismo em acreditar que 0 assunto principal e primario da sociologia se centralizava em problemas tao perifericos da vida social, como sejam 0 div6rcio e a delinquencia juvenil. Prazerosamente reconhego que ainda devo esta obrigagao. A George Sarton, 0 mais apreciado entre os historiadores da ciencia, sou grato tanto pela amizade como pela orientagao e priviIegio de ter labutado a maior parte do periodo de dois anos em sua famosa oficina de trabalho, na 189."Secgao da Biblioteca de Harvard. Urn pequeno vestigio de seu estfmulo sera encontrado na Parte IV deste livro, dedicada a estudos sObre a sociologia da ciencia.

Aqueles que lerem as paginas que seguem, logo reco.'1hecerao que a maior divida nesse senti do e para com 0 meu professor e amigo Talcott Parsons, que desde 0 inicio de sua carreira soube inculcar a tantos de seus discipulos 0 maior entusiasmo pela teoria analitica. A medida de sua eficiencia ·cemo professo~ esta no ,fato de ter despertado a independencia intelectual, ao inves de meramente fazer com que seus discipulos lhe obedecessem. Na intimidade espiritual proporcionada pelo pequeno departamento de graduagao em sociologia, de Harvard, na primeira parte da decada de 1930, era possivel a urn estudante do ultimo ano, como eu, visa..'1doa ,formatura, manter est:-eitas e continuas relagaes de trabalho com urn instrutor da qualidade do Dr. Parsons. Tratava-se, na realidade, de urn collegium, 0 que hoj'e nao e facil encontrar, em departamentos que abrigam muitos estudantes e urn pequeno numero de professares, submetidos a pesada rotina. Nos ultimos anos, enquanto eu trabalhava no Departamento de Pesquisa Social Aplicada, na Universidade de Columbia, compartilhando de varias ta.refas, muito aprendi com Paul F. Lazarsfeld. Uma vez que em nossas incontaveis conversagaes tornou-se evidente que ele nao suspeitara da extensao de minha divida intelectual para com ele, sinto-me especialmente feliz, nesta ocasiao, de chamar sabre ele a atengao do publico. Para mim, urn de seus mais valiosos tragos tern side a sua cetica curiosidade, que me compeliu a articular-me do modo mais completo possivel, quanto as minhas razaes em considerar a analise funcional presentemente como a mais promissora, senao a unica orientagao teorica adequada a extensa faixa de problemas da sociedade humana. E, acima de tudo, at raves de seu proprio exemplo, ele reforgou a minha convicgao de que a grande diferenga entre a ciencia social e 0 dHetantismo reside na busca sistematica e seria, isto e, intelectualmente responsavel e austera, daquilo que, a principio, e apenas uma ideia atraente e interessante. No mesmo sentido, penso que a presenga de Whitehead se patenteia nas linhas finais da passagem inscrita na epigrafe deste livro. Ha mais quatro pessoas que merecem breve referenda: todos quantos me conhecem sabem da minha grande obrigagao para com uma delas; as demais, no devido tempo, descobrirao por si mesmas a exata natureza da minha grande obrigagao para com elas.

P art~ I TEORIA

SOCIOLOGICA

SOBRE A HISTORIA E A SISTEMATICA DA TEORIA SOCIOLOGiCA

«Vma perdidl».

ciencia

que

hesita

em

«E caracteristico de uma ciencia, see ao meSilla tempo ambicios'amente e trivial no maneje dos detalhes».

esquecer

seus

fund:tdores

esta

em seus primeiros estagios ... profunda em seus objetivos

«Porem, aproximar-se muito de uma teoria verdadeira c do. minar sua aplica~ao exata. sac duas (a isas bem diversas. como nos ensina a Hist6ria da Ciencia. Tuda quanta hi de importante ji foi dito por alguem que, no entanto. nao 0 descobriu».

E

MBORA INSPIRADOS em larga escala nos trabalhos dos primeiros mestres da sociologia, os presentes ensaios nao tratam da hist6ria da teoria socio16gica, mas da substancia sistematica de certas teorias hoje utilizadas pelos soci610gos. A distinc;ao entre as duas nao e apenas casual, mas ambas estao !reqiientemente con!undidas nos curriculos academicos e nas publicac;6es. Com e!eito, as ciencias sociais, em geral, com a. crescente excec;ao da psicologia e economia tendem a !undir a teoria corrente com a sua pr6pria hist6ria, num grau muito mais elevado do que 0 !azem outras ciencias, tais como a biologia, a quimica ou a Hsica.1

Simbblicamente, e muito adequado que os soci6logos tenham a bendencia de fundir a hist6ria com a sistematica da teoria, pois Auguste Comte, muitas vezes definido como 0 pai da sociologia, tern side tambem descrito 1. Esta discussao inspirou-se num cnsaio anterior a respe,ito da {(posic;ao da teoria sociol6gica». Amencan SocIOlogical ReView, 1949, 13, 164·8. Para observa
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