MERCADO DO AGENTE DE JOGADORES

June 28, 2019 | Author: Calucho Jamelli | Category: Advogado, BRIC, Brasil, Associação de Futebol, Copa do Mundo FIFA
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ESTUDO DE MERCADO

AGENTE DE JOGADORES RAIO-X DO MERCADO DE AGENTE INTRODUÇÃO SOBRE GERENCIAMENTO SITUAÇÃO ECONÔMICA E SOCIAL DO FUTEBOL MUITO ALÉM DOS GRAMADOS (Revista Forbes) O QUE É UM AGENTE DE JOGADOR  Procurador de atleta A função basilar do Agente Qualidades específicas para uma pessoa se tornar agente de atletas INTERNACIONALIZAÇÃO INTERNACIONALIZA ÇÃO DOS AGENTES DE JOGADORES SITUAÇÃO ATUAL DOS AGENTES NO BRASIL Agentes da Fifa condenam pirataria Os "fora-da-lei" do futebol brasileiro brasileiro ATLETAS PRECISAM DE ASSESSORIA AMPLA E COMPETENTE Craque empresa EMPRESÁRIOS DOMINAM O FUTEBOL BRASILEIRO Empresários se unem contra “piratas” da bola Porque os Agentes de Jogadores mandam no futebol? Explode o número de empresários Fifa O QUE UM AGENTE PODE OFEREÇER  CONTRATO ENTRE ENTRE AGENTES AGENTES X JOGADORES Multa nos contratos entre Agente e Jogador  AGENTE DE JOGADORES JOGADORES - Os donos do futebol MANDAMENTOS DO AGENTE FIFA ESTRUTURA MÍNIMA QUE UM AGENTE AGENTE DE JOGADOR DEVE TER  Se a grana estiver curta, como devo proceder para entrar no negócio ? Exemplo de parceria parceria de um agente sem capital, capital, sem dinheiro dinheiro QUAIS AS OBRIGAÇÕES OBRIGAÇÕES DE UM AGENTE DE JOGADORES ESTRATÉGIA E DICAS DE COMO OBTER OBTER ÊXITO NOS EXAMES EXAMES AVAL DA FIFA PARA AGENTE DE ATLETAS EXIGE EXIGE MENOS R$ 10 MIL SEGURO AGENTE DE JOGADORES LITÍGIOS ENTRE JOGADORES E AGENTES PROSPECT DE UMA EMPRESA DE ASSESSORIA ESPORTIVA RESOLUÇÃO DA DIRETORIA DA CBF SOBRE AGENTE DE JOGADORES REGULAMENTO DO AGENTE DE JOGADOR CREDENCIADO CÓDIGO DEONTOLÓGICO DEONTOLÓGICO - AGENTE DE JOGADORES CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO ENTRE EMPRESÁRIO X ATLETA CONCLUSAO FORMAÇÃO DO AGENTE DE JOGADORES – Estudar é preciso AUTOR DO ESTUDO

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RAIO-X DO MERCADO DE AGENTE O raio -X do mercado do Agente de jogadores jogadores é o grande mapa que levará sua empresa empresa de geren gerenci ciame amento nto esport esportiv ivoo ao suces sucesso. so. Você Você organ organiza izará rá sua idéi idéias, as, anali analisar saráá o mercado, as oportunidades e os riscos. Identificará suas competências e estabelecerá os recursos necessários para transformar sua idéia em um grande empreendimento. • • • •

Desenvolver atitudes empreendedoras, assumindo riscos calculados; Identificar mercados potenciais e serviços e produtos inovadores; Avaliar a viabilidade mercadológica de um empreendimento; Analisar Analisar o mercado consumidor e a concorrência e definir estratégias de marketing para o seu novo negócio; e definir a estrutura organizacional, organizacional,

tem como como obj objet etivo ivo Futebo Futeboll e Carrei Carreira ra,, entend entendend endoo o merca mercado do de trabal trabalho” ho” tem estimular aqueles que já trabalham no futebol e aqueles que pretendem ingressar neste mercado, aprendendo a encarar os seus enormes desafios e, ao mesmo tempo, enxergar  as infinitas oportunidades que ele oferece. Sucesso e genialidade são 10% de inspiração e 90% de transpiração, já dizia Einstein. Sorte é saber gerar as oportunidades. Sem esforço, a sorte não vem .

Nelson Rodrigues escreveu: escreveu: "No futebol, o pior cego é o que só vê a bola". O Perfil do Agente Esportivo

Toda organização esportiva que se preza necessita de executivos preparados e com habilidades habilidades que possam ser diretamente aplicadas aplicadas no avanço de sua missão e no alcance de sua visão. Atualmente, Atualmente, vemos que ex-jogadores profissionais assumem funções de extrema importância importância dentro de equipes, porém sem o preparo necessário para um gerenciamento eficiente extracampo, baseada principalmente em sua trajetória dentro dos campos, piscinas, pistas e quadras esportivas. O grand grandee probl problema ema enfrent enfrentad adoo pelo pelo Agent Agentee esport esportivo ivo é a falta falta de planeja planejamen mento to estratégico em longo prazo e o seu devido controle e monitoramento; falta de dados e informações confiáveis, tanto dentro da organização quanto no próprio mercado; e a estrutura organizacional do modelo de gestão do esporte nacional, de forma geral. Em virtude disso, o perfil perfil de um Agente , que trabalhe para entender, entender, manipular manipular e fazer  evoluir evoluir o mercado mercado esportiv esportivoo brasilei brasileiro ro deve ter como característi características cas principa principais is os seguinte seguintess conheci conheciment mentos, os, dentro dentro de um foco em áreas áreas fundamen fundamentais tais de estudo: estudo: marketing, contabilidade, economia, finanças, ciências da computação e conceitos de administração administração de empresas. Evidentemente Evidentemente que não pára por aí. A característica característica de um Agente esportivo deve estar  estar  atrelada ao exercício da liderança, das relações com o público interno e externo, com a

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capacidade de expressar-se de forma clara e objetiva, de ser um negociador em tempo integral e um administrador de conflitos. Além disso, deve possuir um mínimo de conhecimento em áreas até então pouco explor explorada adass pela pela maiori maioriaa dos clube clubess exist existent entes, es, como: como: psico psicolog logia ia,, leis leis esport esportiva ivas, s, gerenc gerencia iamen mento to de carrei carreira ra , Gestã Gestãoo de clubes clubes,, market marketing ing e patroc patrocín ínio io esport esportiv ivo. o. Para finalizar, influenciar os funcionários de maneira eficiente, inspirando-os a agir de modo eficaz, monitorar o progresso das metas e objetivos do planejamento, saber  delegar responsabilidades são um dos muitos atributos que um profissional de sucesso de possuir, independente da sua área de atuação. O Brasil Brasil vem, vem, anual anualmen mente, te, aprese apresenta ntando ndo novas novas oportu oportunid nidade adess de curso cursoss na área área esportiva, sendo que muitos deles orientados para essa visão, dando ênfase à interdisciplinaridade e o intercâmbio com instituições estrangeiras. O aprendizado em qualquer carreira depende de uma atualização de conhecimentos e busca de informações informações constante, e o caminho para a profissionalização do esporte no Brasil passa, inevitavelmente, inevitavelmente, por muito conhecimento .

OS SETE HÁBITOS DO PROFISSIONAL DO FUTEBOL DE SUCESSO Formação é necessária para profissionais do esporte

Fábio Cunha Sempre se ouve que qualquer pessoa, que entende um pouco, é capaz de trabalhar no futebol! Verdade? Talvez sim, mas com sucesso não! Um profissional bem-sucedido necessita de algumas características e uma dose de dedicação e sacrifício. Segundo Stephen Covey, autor do livro Os Sete Hábitos das Pessoas Muito Eficazes , “não existe atalho algum para o desenvolvi desenvolvimento. mento. A lei da colheita nos governa. Sempre colhemos o que semeamos – nem mais, nem menos”. O autor defende que os modelos mentais são as lentes por meio das quais vemos o mundo, o que determina o nosso modo de pensar e de agir. Isso quer dizer que enxergamos o mundo não exatamente como ele é, mas como nós estamos condicionados a vê-lo. Após realizar um treinamento com executiv executivos os de centenas de grandes empresas, Covey, em seu livro, sugeriu os sete hábitos que distinguem as pessoas bem-sucedidas: a conduta proativa, o estabelecimento de objetivos, a capacidade de priorização, a postura ganha-ganha,, a atitude de primeiro compreender e depois buscar ser compreendido, a ganha-ganha sinergia e a renovação. Esses hábitos valem para todo e qualquer ser humano que pretenda pautar seu modo de vida em busca da eficiência. Se os seres humanos são as criaturas do hábito, conseqüentemente, será ele que os definirá. No caso do futebol, as atitudes e os hábitos diários, ou seja, o acúmulo de experiências que o profissional adquire ao longo dos anos é que definirão uma carreira bem sucedida ou não. Pensando nesses aspectos, para um profissional do futebol atingir o sucesso, sugere-se que:

1. Leitura

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Leia, leia e leia. Leia todos os dias, pelo menos uma hora. Leia tudo, livros, revistas, artigos científicos, jornais, textos e notícias em sites e não apenas textos técnicos do esporte. Amplie o seu conhecimento sobre o mundo, amplie sua cultura geral, conheça mais sobre o esporte e a vida. Leia no banheiro, no metrô, no ônibus, no avião, na sala de espera do médico, em qualquer lugar que for possível. Leia sobre assuntos que sejam inspiradores, intrigantes e desafiadores, ou seja, que estimulem a sua curiosidade e o seu intelecto. Não esqueça de variar o tipo de leitura e, principalmente, ler com atenção.

2. Contatos Fale com as pessoas conhecidas, faça novos contatos e amigos. Separe um tempo, todos os dias, para ligar para pessoas (colegas, parceiros, amigos, outros profissionais etc.) ou para conhecê-las. Não importa a razão do seu contato, ligue apenas para perguntar se estão bem, se os negócios vão bem, se a família vai bem. Sabiamente, já diziam os mais antigos: “quem não é visto, não é lembrado”. O futebol é um mundo de contatos. Muitos empregos são conseguidos ou perdidos por meio dos contatos ou falta deles. 3 – Escolhas e oportunidades Seu sucesso depende de suas escolhas. Isso não tem nada a ver com as circunstâncias nas quais você se encontra, mas com relação às atitudes que toma. Muitas oportunidades irão surgir, mas uma boa oportunidade pode surgir apenas uma vez, se você tiver receio de abraçá-la, pode ser que ela não apareça novamente. Um profissional de sucesso não tem medo de arriscar e tomar novas decisões, é preciso ter coragem para escolher os melhores caminhos. 4 – Organização Seja organizado. Mantenha sua mesa, escritório, quarto, anotações, estudos arrumados e organizados.. Um profissio organizados profissional nal bem organizado começa pela sua casa e sua vida. O futebol moderno exige organização e disciplina, profissionais que não se preocupam com isso, estão fadados ao insucesso. 5 – Reputação Construa sua reputação e o seu nome. Se alguém perguntar sobre você para algum de seus companheiros companheiros de profissão, o que ele falaria? Será que na sua frente ele diria uma coisa e na sua ausência outra? Ser ético é um hábito; ser honesto é um hábito; ser  sincero é um hábito; ser justo é um hábito. Se nos acostumamos a agir sabendo que qualquer deslize pode pôr fim a uma reputação ilibada, seguramente trataremos de construir a nossa com muito zelo. Não tome atitudes incorretas só para agradar os outros, isso vai te atrapalhar futuramente. 6 – Aprendizado Aprenda. Todos os dias, antes de dormir, pergunte a si mesmo: “o que eu aprendi hoje?” Experimente aprender algo novo todos os dias. Quanto mais você sabe, mais será capaz de aplicar seus conhecimentos no dia-a-dia. Aprenda uma nova língua, aprenda a cozinhar, aprenda a tocar um instrumento, aprenda a escrever com a mão esquerda, aprenda uma nova estratégia de jogo, aprenda um novo método de treinamento.

7 – Transmissão de conhecimento Ensine. Use todo o seu conhecimento, armazenado e construído ao longo dos anos, para auxiliar e transformar a vida dos profissionais que o cercam. Compartilhe com a equipe,

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os amigos e os demais profissionais a sua visão sobre o futebol, sobre novos métodos de treinamento que desenvolveu, sobre novas técnicas de liderança e motivação. Não esqueça da frase: “A pessoa que guarda o pouco que sabe para si, mostra o quanto não sabe nada” (Fabio Cunha). Ser um profissional do futebol bem-sucedido, ao contrário do que muitos possam imaginar, está muito distante distante da “sorte” de cair de pára-quedas num clube bem estruturado, de contar com a simpatia de dirigentes ou de possuir uma boa equipe. Ser  um profissional do futebol bem-sucedido é fazer com que as oportunidades permitam que tudo isso ocorra. Antes de se encontrar numa situação vantajosa, vantajosa, o profission profissional al de sucesso preocupa-se com seu autoconhecimento, sua capacitação e com o desenvolvimento de seus comandados; possui ética e competência profissional e, pauta sua conduta nos princípios fundamentais da saudável convivência humana. Assim, é preciso rever os hábitos e as atitudes de hoje, pois, sem dúvida alguma, essa é a matériaprima do seu destino, do seu futuro... Do seu sucesso ou do seu fracasso. Adaptado de Os sete hábitos do Advogado bem-sucedido de Lara Cristina de Alencar  Selem.. Selem

INTRODUÇÃO SOBRE GERENCIAMENTO DE ATLETA Até o início dos anos 90 o atleta de futebol profissional pertencia somente ao clube. Este vendia ou emprestava para outro clube. O valor era negociado entre eles. O atleta ficava com 15 por cento. Alguns atletas até tinha tinham seus procuradores que defendiam seus direitos Alguns técnicos que já previam um futuro diferente no futebol procuravam ajudar os atletas. O técnico Cilinho, por exemplo, por onde passou procurou formar o atleta aperfeiçoando seus fundamentos futebolísticos e orientando para ser um bom caráter. Além, é claro, deixar a bebida e a noite para os boêmios. Até na parte financeira Cilinho Cilinho dava dicas. dicas. Sugeriu que seus atletas atletas comprasse comprassem m terrenos / imóveis, imóveis, etc . Reinaldo Pitta e Alexandre Martins gerenciaram muito bem a carreira do Ronaldo Fenômeno, enquanto foram seus procuradores e empresários. Ronaldo só falava o necessário e muito bem. Sempre com a orientação deles, provavelmente. Os Agentes de Jogadores no presente são responsáveis pela transferência, pelo contrato e direito de imagem junto aos clubes. O gerenciador de carreira, quando tem um atleta de peso em sua carteira carteira ele vai além mais, mais, precisa precisa viver o dia-a-dia dia-a-dia do atleta. atleta. Seu ambiente no clube, sua motivação. Assistir jogos e treinos fazendo que o atleta treine os fundamentos fundamentos em que ele tem mais dificuldade. Se o ala precisa aprimorar o cruzamento, cruzamento, se o atacante necessita melhorar a finalização finalização ou se o goleiro não faz uma boa reposição de bola, é uma questão de treinar mais. 15 ou 20 minutos depois do treino normal, farão com que o atleta melhore. E muito. A maioria não tem estudo. Presentear o atleta com livros e fazer com que ele leia, também é a atribuição do gerenciador de carreira. Wilson Gottardo fez isso recentemente com o ala Jadilson. Saber da família do atleta é importante. Se a família está bem o atleta terá condição de render mais. Administrar as finanças e fazer um planejamento de investimento é primordial. Também é importante ensinar ao atleta no relacionamento com a imprensa e a forma de se vestir, principalmente quando ele vai aos programas de TV.

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Enfim, o atleta precisa de um gerenciamento para sua carreira em vários itens. Desde a categoria de base. Só assim ele será um atleta de caráter, letrado ou ilustrado, bem apessoado e tampouco mascarado. Um atleta vencedor! Mas a realidade do futebol brasileiro e mundial impõe, cada vez mais, um grau elevado de profissionalismo por parte dos Agentes, clubes e empresários. Neste sentido, um trabalho voltado para o gerenciamento da carreira de um esportista precisa preencher  não apenas as expectativas do seu atleta, mas também dos clubes que têm condições de contratá-lo. Por sua vez, verifica-se um número cada vez maior de empresas e agentes que estão surgindo no país para atender os atletas nos mais variados tipos de interesses: assessoria jurídica, transferências, , gerenciamento de carreira, marketing esportivo, endorsement (publicidade de produtos) etc. Desta forma, mesmo as empresas e os agentes que já estão no mercado há vários anos precisam se preparar para os novos tempos, pois a concorrência pelos melhores talentos do futebol será vencida por quem estiver mais bem estruturado. Assim, as empresas de gerenciamento de atletas que se destacarão serão aquelas que conseguirem preencher todos os anseios dos seus jogadores de forma plena.

SITUAÇÃO ECONOMICA E SOCIAL DO ESPORTE O esporte é um grande negócio. Não se trata apenas de atletas, mas , hoje o mercado carece de profissionais preparados para atuar na administração de um clube, de marketing esportivo, Agente de Jogadores, Agente Fifa, Direito Desportivo, busca de patrocínio, negociação de direitos de transmissão de eventos e dezenas de outras atividades. Algumas estimativas indicam que 80% da população mundial, que gira em torno de 7 bilhões de pessoas, acompanharão uma ou mais partidas do campeonato pela TV. E os vínculos entre os espectadores e o acontecimento são intensos. Poucos eventos geram tanto interesse popular e movimentam tanto dinheiro. De fabricantes de amendoim a companhias aéreas: todas as empresas tentam encontrar alguma oportunidade para se unir aos interesses nacionais e globais pelo futebol. O esporte hoje, além de uma grande indústria, é uma atividade de lazer, recreação, educação e de inclusão social. Cada vez mais diferentes setores da sociedade incentivam diversas iniciativas que pretendem promover o crescimento e a cidadania por meio do esporte. De 1994 a 2006, as negociações decorrentes das crescentes remessas para o exterior de talentos do futebol brasileiros renderam US$ 1,01 bilhão, devido aos valores que os anunciantes desejam associar à sua marca e, a crescente adesão ao marketing esportivo. Para desenvolver e atrair investimentos para o mercado esportivo, faz se necessária uma gestão profissional e especializada, que ofereça uma perspectiva de curto, médio e longo prazos, com foco nos contratos com jogadores e patrocinadores.

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É de se destacar que a indústria do futebol, em particular, movimenta globalmente, segundo estudo do professor Stefan Szymanski, do Imperial College, um total estimado em 216 bilhões de dólares. A participação do Brasil é estimada em US$ 7 bilhões. O volume de negócios e o nível de complexidade que vêm caracterizando o mundo esportivo contemporâneo ressaltam a necessidade de profissionais especialmente educados para a condução das operações das entidades que o integram. Tal educação deve considerar que atividades esportivas modernas abrangem uma ampla gama de áreas de conhecimento, a exemplo de comunicação, administração, marketing, ética, tecnologia, finanças, direito e sociologia. A gestão de atividades esportivas, como vem sendo praticada, está, contudo, a demandar administradores com formação adequada e competência, além da necessária experiência.

As coisas estão mudando no esporte , as empresas patrocinadoras são cada vez mais profissionais, conhecendo cada vez mais essa importante categoria e exigindo contrapartidas para investir nesses mesmos clubes. E mais, estão exigindo interlocutores que falem a mesma língua, que entendam suas necessidades de mercado, de posicionamento dos seus produtos e marcas. MUITO ALÉM DOS GRAMADOS (Revista Forbes Brasil – Edição 132 / 2005 ) A arte e técnica do futebol brasileiro há tempos são produtos de exportação. No ano passado, segundo dados do Banco Central, o futebol rendeu US$ 158 milhões em exportação de serviços, basicamente com a venda de atletas. De um total de US$ 6 bilhões de vendas externas de serviços empresariais e técnicos em 2005, o esporte ficou com 2,5%. Por Vicente Vilardaga

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O Brasil não contribui para o maior espetáculo esportivo do planeta,a Copa do Mundo,apenas com o futebol exuberante de seus jogadores. Também entram no pacote inteligência e projetos de negócio. Dos 32 treinadores das seleções que participam do mundial da Alemanha, cinco são brasileiros. Além de Carlos Alberto Parreira, o grupo de profissionais do País inclui Artur Antunes Coimbra, o Zico,que comanda o Japão; Luiz Felipe Scolari, de Portugal,Marcos Paquetá, da Arábia Saudita, e Alexandre Guimarães, técnico da Costa Rica. O negócio de futebol vai muito além da venda de passes de jogadores. Bem jogado e organizado, o futebol é um serviço de alto valor, que já é exportado pelo Brasil há várias décadas, na forma de capacidade técnica e conhecimento. Ainda que a maior  parte das vendas para o mercado externo estejam concentradas nas transações com atletas,outra parte delas pode ser classificada como consultoria. Equipes técnicas não têm passe mas, freqüentemente, têm muito mais importância estratégica do que um ou outro jogador adquirido isoladamente.

A melhor seleção dos BRICs Por Ligia Guimarães Bem-sucedido no futebol e atraente para investimentos. O Brasil, afinal, é mesmo um país de sorte. A conclusão é dos analistas do banco Goldman Sachs, no estudo "A Copa do Mundo e Economia 2006", e tem entre os argumentos principais o fato de que, dos países que compõem o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o que tem tido a melhor seleção nacional de futebol ao longo dos anos e, num período recente, seu mercado de fundos e ações é um dos melhores para se investir. "Cheio de commodities das quais a China precisa, altas taxas de juros e uma cultura futebolística fantástica. Que país de sorte!", comemora o relatório. Além disso, o estudo analisa a hipótese de que, na América Latina, o sucesso no futebol esteja ligado à dimensão populacional do país. "A dominância do Brasil coincide com sua posição de maior  população do continente, e a Argentina também é relativamente grande", afirma. No caso de a hipótese ser verdadeira, e "de continuidade da estabilidade econômica alcançada", o Goldman Sachs prevê uma possibilidade interessante para os negócios no futebol no futuro: de que os principais times latinos deslanchem economicamente e que o êxodo de craques brasileiros e argentinos para a Europa seja interrompido. "Na verdade, talvez o inverso pudesse acontecer. Os melhores jogadores da Itália pudessem começar a migrar 

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RAIO -X DO MERCADO DE AGENTE DE JOGADORES Centro Virtual Latino Esportivo www.agentefifa.com.br para o Brasil e outros lugares", diz. Ainda entre os BRICs, o relatório cita a Rússia como uma nação de um futebol "crível" - embora não participe desta Copa do Mundo. A China também figura entre os destaques. Muitos líderes do futebol dos maiores clubes europeus, na avaliação do Goldman Sachs, esperam que o interesse atual na China torne-se substantivo e duradouro, e talvez abram times "irmãos" no país, se os seus sonhos para os BRICs se tornarem realidade.

A arte e técnica do futebol brasileiro há tempos são produtos de exportação. No ano passado, segundo dados do Banco Central, o futebol rendeu US$ 158 milhões em exportação de serviços, basicamente com a venda de atletas. De um total de US$ 6 bilhões de vendas externas de serviços empresariais e técnicos em 2005, o esporte ficou com 2,5%. No ano passado, segundo dados do balanço de pagamentos do Banco Central, o futebol rendeu US$ 158 milhões em exportação de serviços,basicamente com exportação de atletas. De um total de US$ 6 bilhões de vendas externas de serviços empresariais e técnicos em 2005, o esporte ficou com 2,5%. Existem,porém,outras atividades ligadas ao futebol que rendem divisas que estão diluídas, na classificação do Banco Central em serviços de honorários de profissional liberal ou em serviços de implantação de projetos técnicoseconômicos, mas que não tem sua receita discriminada. No primeiro trimestre de 2006, a exportação de atletas brasileiros somou US$ 42 milhões. O negócio internacional de jogadores se torna muito mais interessante quando vem a reboque da consultoria técnica. O que Zico e outros especialistas fizeram no Japão, por  exemplo, ao valorizar o espetáculo e despertar e organizar o futebol local, seria consultoria com altíssimo nível de serviço. O Japão tornou-se uma seleção competitiva,com qualidades já evidenciadas nos últimos anos.

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RAIO -X DO MERCADO DE AGENTE DE JOGADORES Centro Virtual Latino Esportivo www.agentefifa.com.br Zico, no Japão: consultoria de altíssimo nível

Portugal não aprendeu a jogar futebol com o Brasil, mas também bebe sempre nesta fonte. O técnico Luiz Felipe Scolari recolocou a seleção portuguesa entre as potências do esporte, mas o brasileiro Otto Glória fez o mesmo em 1966. Não faltam exemplos de trabalhos de qualidade feitos por treinadores e empresários do futebol brasileiros em outros times e países ao longo dos últimos 50 anos. O bicampeão mundial Didi foi o técnico da forte seleção do Peru, em 1970. O melhor, afinal, é que o Brasil não só vende, como também entrega seu conhecimento; compartilha sua propriedade intelectual. O modelo brasileiro funciona desde a origem,dos olheiros e da logística que leva os craques até os clubes, e alcança os dutos da rede bancária global. Começou a provar  que funcionava em 1958, com a consagração de Pelé e de outros craques e os bons efeitos do Armínio Fraga: compara economia esquema 4-2-4, que destacava a presença do quarto- e a Copa de 82 zagueiro, e que ajudaram o Brasil a levar a taça Jules Rimet. Em 1994, a seleção, comandada por Carlos Alberto Parreira, eliminou qualquer dúvida de que era vencedora. No campo,organização e pragmatismo se convertem em marcas do futebol brasileiro, ao lado do talento e da criatividade. Quem comprou os serviços de futebol do Brasil nas últimas décadas viu, quase sempre, os resultados aparecerem. A formação de uma nova geração de jogadores talentosos no Japão, a partir dos anos 1980, por exemplo, e a própria organização do mercado de futebol naquele país foi possível graças ao trabalho e ao conhecimento, sempre muito bem remunerados, de centenas de profissionais brasileiros que passaram pelo Oriente Médio e Extremo Oriente nas últimas duas décadas e ajudaram a converter times e seleções sem muito brilho em grupos competitivos. São projetos de longo prazo que revelam grande capacidade de planejamento e execução e que teriam plenas condições de serem implantados na China,onde o futebol se destaca na rede de entretenimento e o interesse pelos craques brasileiros é muito grande. Os chineses gostam de futebol e têm objetivos de progredir nesse esporte. Um importante canal de negócios entre Brasil e China pode surgir nos próximos anos por  conta do futebol. No modelo de negócio brasileiro, a venda de jogadores é a parte mais evidente e que mais dá lucro para os clubes locais. O Santos, por exemplo, teve lucro de R$ 63 milhões no ano passado, impulsionado pela venda de Robinho para o Real Madrid. O Clube Atlético Paranaense,por sua vez, atingiu um lucro de R$ 25,5 milhões no período, apresentando 82% de crescimento em relação a 2004,por conta da venda de passes,mas também de uma parceria estratégica com a Kyocera Mita. Times e seleções que

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contratam talentos do Brasil, além da busca do aumento imediato da competitividade da equipe, buscam sempre também desenvolver sua própria cultura futebolística e estimular o surgimento de capacidades locais.

O futebol move a economia O futebol é uma força propulsora da economia. E nem é preciso dizer que se trata de uma força permanente. Quando Alemanha e Costa Rica entrarem em campo, em Munique, no próximo dia 9 de junho, todo planeta estará pensando em uma só coisa: futebol. É que o ambiente montado na Copa do Mundo se aproveita de um interesse real e capilarizado pelo esporte, que persiste e aumenta ao longo do tempo. O relatório "A Copa do Mundo e a Economia", recémdivulgado pelo banco Goldman Sachs, mostra, por  exemplo, que dos sete países do G-7 (grupo das nações mais industrializadas do planeta), apenas o Canadá não aparece nos ranking das vinte melhores seleções de futebol da Fifa. Os países não precisam só se desenvolverem; também precisam ser bons de bola. Em certa medida, o Goldman Sachs, que produz seu relatório analítico pela terceira Copa consecutiva, diz que o desenvolvimento econômico e o futebolístico têm alguma relação. Um exemplo histórico dessa afinidade é o Brasil que ganhava copas, erguia sua nova capital e crescia rapidamente na segunda metade dos anos 1950. Outro exemplo, realçado em um texto do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, que contribui para o relatório falando do Brasil, são os anos 1980, quando o País foi menos expressivo no futebol e na economia. "Mal sabíamos em 1982 que logo após a derrota (contra a Itália) na Espanha viria a moratória da dívida no México, e pouco depois no Brasil também. A crise da dívida na América Latina marcou o início do que passou a ser  conhecido como a Década Perdida para o Brasil, um período que a maioria de nós gostaria de esquecer. Como no jogo contra a Itália, durante esse período fomos incapazes de nos unir, nesse caso com conseqüências mais dramáticas: de 1982 a 1993 experimentamos crescimento zero na renda per capita, hiperinflação e o impeachment de um presidente. O Brasil como nação foi incapaz de se organizar para poder produzir bons

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RAIO -X DO MERCADO DE AGENTE DE JOGADORES Centro Virtual Latino Esportivo www.agentefifa.com.br resultados econômicos e sociais", diz Fraga em seu artigo. A participação ainda relativamente pequena dos países africanos nas Copas do Mundo - apenas nove deles ou 25% do total - pode ser mais um indicador de baixo nível de desenvolvimento. Mesmo assim, a grande evolução do futebol na África nas últimas décadas é um dos casos mais emblemáticos de como a globalização modificou o cenário da Copa do Mundo. Antes dominada por países da Europa e da América Latina, a competição se tornou realmente um campeonato mundial, com competidores de todos os continentes. A avaliação é do ex-ministro do Exterior da Alemanha, Joschka Fischer, no estudo do Goldman Sachs. A metade dos países do planeta já disputou um campeonato mundial e raríssimos, como o Butão, são os que nunca se inscreveram para entrar na competição e nem jogaram eliminatórias. Dos mais populosos só falta a Índia jogar uma Copa. A entrada na China na disputa, em 2002, incluiu, potencialmente, mais 1,3 bilhão de espectadores ao evento. E na China, assim como no Japão ou na Coréia do Sul, o futebol é realmente um esporte relevante. Os chineses rendiam grandes audiências para os jogos da Copa América de 2004, transmitidos diretamente pela TV. Jogadores como Ronaldinho e Adriano são bem conhecidos na China. A Copa do Mundo é global porque o futebol é sempre uma atração em todos os países. As pessoas gostam de jogar futebol, ver o time da sua cidade, o campeonato nacional e, finalmente, os jogos de sua seleção. A Fifa se sustenta, portanto, em uma estrutura muito sólida; em uma rede de interesses de grande alcance e na capacidade de gerenciar a informação futebolística no seu momento mais crítico e, também, mais empolgante: a Copa do Mundo. (Vicente Vilardaga e Ligia Guimarães)

O QUE É UM AGENTE DE JOGADOR  É um profissional independente. Em linhas gerais este profissional possui um bom relacionamento no mercado esportivo, tendo contato com atletas que estão em disponibilidade e clubes que necessitam de atletas com determinadas características. Desta forma o agente atua na intermediação das negociações entre atletas e clubes.

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Existem agentes esportivos que atuam pelo lado dos atletas e outros que atuam pelo lado dos clubes. No Brasil o agente é conhecido como “ empresário”, agente de jogador, Agente Fifa, isto tudo é a mesma coisa.

Procurador do atleta É uma pessoa de confiança do atleta, na maioria das vezes, o pai, o irmão ou um amigo próximo, nomeado pelo atleta para representá-lo nas negociações em que estiver  envolvido. O artigo 28, parágrafo 7, da Lei 9.615/98, conhecida como Lei Pelé, que institui normas gerais sobre o desporto, determina que é vedada a outorga de poderes mediante instrumento procuratório em prazo superior a um ano , ou seja, limita em um ano o vínculo entre o atleta e o procurador. Posta assim a questão, pode-se concluir que agente esportivo é uma profissão e deve ser remunerada. Já procurador não é profissão , é, simplesmente, uma condição que pode ser exercida de forma onerosa ou gratuita.

A função basilar do agente É intermediar, ou seja, buscar opções para negociar atletas, encaminhar atletas para clubes, detectar e contatar atletas com disponibilidade, negociar as condições de transferência de atletas dentre outras atividades similares. Alguns agentes se dedicam ao recrutamento de possíveis novos talentos desportivos e cuidam de seu encaminhamento ao primeiro emprego. Já a função principal do procurador do atleta é representar o atleta, ou seja, representação ocorre quando uma pessoa, o procurador, pode agir em nome de outra, o mandante, nas condições que lhe foram outorgadas, praticando atos como se pessoalmente praticados pelo mandante. Em razão disso, aconselha-se que todas as atividades de agenciamento sejam sempre exercidas por profissionais da área . Isso não exclui a participação, por exemplo, do pai do atleta, apenas alerta para a necessidade de uma assessoria profissional, competente e especializada. É inegável que os atletas que contam com uma assessoria profissional especializada conseguem vantagens em relação aos demais, a exemplo de contratos mais vantajosos, contato rápido com os clubes, valorização da imagem do atleta, preservação quanto ao desgaste de uma negociação e outros benefícios. Lógico que estamos falando dos profissionais sérios que oferecem assessoria e estrutura adequada, para os quais o esporte é uma profissão e não uma aventura. Em breve, os atletas que almejam destaque no mercado esportivo tenderão a contar, exclusivamente, com profissionais da área, sobretudo no momento em que os agentes esportivos e procuradores demonstrarem sua importância e conquistarem respeito e confiança. Para que isso ocorra, oferecer uma estrutura privilegiada e uma assessoria completa aos atletas é uma premissa básica a fim de proporcionar tranqüilidade para o atleta exercer sua profissão.

Qualidades específicas para uma pessoa se tornar agente de atletas Acima de tudo você tem que estar capacitado e ter o dom para poder fazer o que faz. É uma dedicação grande, você tem que gostar muito e dinheiro não pode estar em primeiro lugar. Existem outras coisas que devem estar à frente do dinheiro, não só no

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trabalho, mas na vida, que é o caráter. Uma coisa que se fala muito no futebol é a tal de ética. Só que cada um acaba vendo o seu lado da ética. Eu gosto de trabalhar com e para os meus atletas. Não trabalho para atletas que já pertencem a outros agentes, originando assim alguns conflitos. Eu explico: muitos atletas nos procuram dizendo - 'Olha, quero largar o meu agente' ou 'veja um clube para mim'. Eu prefiro não fazer isso e conseqüentemente não gerar atritos. Caso um atleta esteja realmente insatisfeito com seu agente, eu peço que ele resolva de vez a sua situação para que depois possamos iniciar o desenvolvimento de um trabalho. O agente não é o dono do atleta, é um prestador de serviços. Em primeiro lugar, porque a FIFA e a CBF recomendam que os jogadores contratem apenas agentes licenciados, sob pena de sofrerem sanções desportivas severas (suspensões) e sanções pecuniárias (multas). Muitas negociações envolvendo o jogador  e um clube de futebol acabam em frustrações recíprocas, porque a objetividade foi prejudicada pela interferência negativa de motivações meramente pessoais durante o processo negocial. Desse modo, o jogador , sendo representado por um agente licenciado, pode preocuparse tão somente com os aspectos profissionais objetivos que devem pautar toda e qualquer negociação. Não se trata da substituição da vontade e da tomada da decisão do jogador pelo agente contratado, mas trata-se da participação de uma terceira pessoa, cujo distanciamento é benéfico para que o desfecho da negociação obtenha êxito.

INTERNACIONALIZAÇÃO DOS AGENTES DE JOGADORES PROFISSIONAIS DE FUTEBOL E DE CLUBES Com a internacionalização da profissão de agente de jogadores profissionais de futebol e de clubes, é cada vez mais complexa a sua atividades. Hoje em dia são muito freqüentes as transferências de jogadores de futebol entre clubes de diferentes nacionalidades. Tais transferências implicam contratos, quer de transferência, quer de trabalho, muito minuciosos e de valores monetários elevadíssimos. Os advogados que, desde 2001, podem também ser agentes de jogadores profissionais de futebol e de clubes, assumem, com a internacionalização da profissão, um papel relevante devido aos seus conhecimentos técnico jurídicos e às suas relações, de colaboração muitas vezes, com advogados de outras nacionalidades. O advogado que trabalha numa sociedade de advogados ou que tem o seu escritório ligado a outros escritórios sediados noutros países, tem uma vantagem competitiva relativamente aos outros agentes, uma vez que tais ligações ajudam no desenvolvimento dos contactos necessários às transferências internacionais. Assim, os advogados, aliando os conhecimentos técnicos que possuem às relações de colaboração entre escritórios de diferentes nacionalidades, reúnem todas as condições para desempenharem da melhor forma a actividade de agentes de jogadores e de clubes.

1. Enquadramento legal da actividade dos agentes de jogadores e de clubes

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O licenciamento e actividade dos agentes de jogadores ou de representantes de clubes está regulada no “Regulamento Relativo aos Agentes de Jogadores”, aprovado pelo Comité Executivo da FIFA (Federation Internacionale de Football Association) na sua sessão de 10 de Dezembro de 2000, tendo entrado em vigor a 1 de Março de 2001. Este Regulamento aplica-se aos agentes de jogadores e aos agentes que tenham celebrado um contrato de representação com clubes. O Regulamento actualmente em vigor alargou a possibilidade de representação de jogadores a advogados, algo que não acontecia no anterior (de 11 de Dezembro de 1995). Nos termos do nº 1 do art. 1º: “O agente de jogadores é uma pessoa singular que, mediante retribuição, apresenta, com regularidade, jogadores a clubes visando uma contratação ou apresenta dois clubes visando a assinatura de um contrato de transferência (...)”. O nº 2 do mesmo artigo proíbe os jogadores e os clubes de recorrerem aos serviços de agentes de jogadores não licenciados, prevendo o nº 3 algumas excepções a esta regra. São elas a representação por pais, irmãos ou cônjuge do jogador em questão, ou ainda por advogado, desde que “legalmente autorizado para actuar na qualidade de advogado, em conformidade com as leis em vigor no país onde reside”. Nos termos do Regulamento, os pré-requisitos para que alguém possa ser agente de jogadores e de clubes, consistem em ser a representação efectuada por pessoa singular, com “uma reputação impecável” (nº 1 do art. 2º), que não desempenhe funções na FIFA, numa confederação, numa federação nacional, num clube ou em qualquer  organização ligada a estas instituições. Um candidato a agente de jogadores, para obter o licenciamento, tem que enviar um pedido escrito à federação nacional do seu país, que analisará a candidatura, mais precisamente, se esta preenche os pré-requisitos. Se preencher, será convocado para um exame escrito. Tendo obtido aprovação no exame escrito, deverá o candidato celebrar um contrato de seguro de responsabilidade civil, devendo este cobrir todo e qualquer eventual risco inerente à actividade de um agente de jogadores. Qualquer candidato aprovado terá que assinar um Código Deontológico, que consta de um anexo ao Regulamento e cujo conteúdo essencial consiste em o agente seguir uma conduta digna de respeito à profissão, no agir com verdade, clareza e objectividade nas negociações que efectua, na protecção dos interesses dos clientes e sobretudo, no respeito pelas relações contratuais dos colegas de profissão, devendo abster-se de qualquer acção que possa induzir os clientes a desvincular-se de terceiros. Preenchidos estes requisitos, a federação nacional deverá emitir a licença de agente de jogadores e clubes. O contrato que o agente celebra com os jogadores ou clube, para representar ou gerir os seus interesses, tem que ser escrito e não pode ter uma duração superior a dois anos, podendo no entanto ser renovado. A FIFA fornece às federações nacionais um modelo de contrato, que se encontra anexo

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ao Regulamento. Este modelo tem que ser seguido pelos agentes de jogadores, podendo estes no entanto celebrar acordos adicionais e complementar o contrato modelo nessa conformidade. O agente deve no prazo de trinta dias após a celebração de um contrato de representação, enviar duas cópias deste, uma para a sua federação nacional, outra para a federação nacional do jogador ou do clube, para ser registado. Quanto à sua remuneração, o agente só pode receber do cliente que tenha contratado os seus serviços e de nenhuma outra parte. A remuneração é calculada tendo em conta o rendimento base anual ilíquido do jogador, podendo o pagamento ser único, no inicio do contrato, ou em prestações anuais, no final de cada época desportiva. Caso o agente e o jogador não cheguem a acordo quanto ao montante da remuneração, o agente tem direito a receber um pagamento de 5% do rendimento base anual ilíquido do jogador. No caso de um contrato do agente com um clube, a remuneração pelos serviços prestados deve ser efectuada com o pagamento de uma quantia única acordada previamente.

2. Aspectos da profissão Com as novas necessidades deste mercado, os agentes acabaram por formar empresas que lhes servem de suporte, quer para o exercício estrito desta actividade, quer para o desenvolvimento de outras actividades conexas com esta, como, por exemplo, o marketing e merchandising desportivo, as parcerias estratégicas com empresas de material desportivo, a prestação de serviços de assessoria qualificada aos clubes, o desenvolvimento de projectos para a formação de jogadores jovens, etc. Progressivamente, esta profissão foi ganhando maior “peso”. Hoje em dia, os contratos que dela resultam são muito complexos, quer pela internacionalização, quer pelos valores monetários que implicam, quer mesmo pelo prolongamento dos pagamentos das transferências. É hoje frequente, que o pagamento total do passe de um jogador, quando existe uma transferência para um determinado clube, se faça apenas quando esse clube “venda” o jogador a outro clube.

Os clubes nem sempre vivem bons momentos financeiros e para poderem contratar um determinado jogador por vezes recorrem a terceiros, investidores, que compram o passe do jogador, celebrando o clube

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o contrato de trabalho e ficando apenas com a responsabilidade do pagamento da remuneração. Esses investidores, muitas vezes, são os próprios agentes dos jogadores. Existem situações em que o agente de um jogador adianta o montante necessário à compra do passe desse jogador e depois o clube paga-lhe em acções. Desta forma, alguns agentes de jogadores, são hoje grandes accionistas de muitos clubes. Em Portugal existem, neste momento, 30 agentes licenciados pela FIFA, sendo alguns deles agentes de cotação mundial. De realçar que nenhum destes agentes é do sexo feminino. Em Portugal este é ainda, um “mundo de homens”. O agente daquele que foi considerado o melhor jogador do mundo em 2001, Luís Figo, é português, sendo agente de outros grandes jogadores, quer portugueses quer de outras nacionalidades. A empresa de suporte desse agente está neste momento cotada na bolsa de Paris.

3.O advogado enquanto agente de jogadores e clubes A relação de um advogado com um cliente, jogador profissional de futebol ou clube, sempre foi geradora de algumas situações dúbias, nomeadamente quando se tratava de prestar a sua assistência técnica nas transferências de jogadores entre clubes e na celebração dos respectivos contratos de trabalho. Por vezes a prestação de serviço do advogado, ou seja, a representação e defesa dos interesses dos jogadores e/ou clubes, era considerada similar à do agente de jogadores, originando críticas por parte dos agentes licenciados pela FIFA. Na realidade, até 2001, só os agentes de jogadores, devidamente licenciados pela FIFA, é que podiam exercer tal actividade, sendo esta negada a todos os outros, conforme estipulava o Regulamento Relativo aos Agentes de Jogadores aprovado pelo Comité Executivo da FIFA em 11 de Dezembro de 1995. Em 10 de Dezembro de 2000, o mesmo Comité, aprovou um novo Regulamento, que entrou em vigor a 1 de Março de 2001. Este novo Regulamento veio clarificar o papel do advogado, colocando um ponto final nas críticas existentes entre agentes e advogados. Assim consta do nº 3 do art. 1º uma excepção à regra da representação de jogadores e clubes apenas por agentes licenciados pela FIFA, dando aos advogados, desde que devidamente autorizados a exercer a advocacia no seu país, a possibilidade de desempenhar a actividade de agente de jogadores e clubes. Ao contrário dos agentes licenciados pela FIFA, que para o serem têm que cumprir uma série de requisitos, desde o pedido de licenciamento, sujeito a vários pré-requisitos, à realização de um exame escrito, os advogados têm apenas que estar devidamente autorizados a exercer a advocacia no seu país. No caso português, devem ser licenciados em Direito e estar inscritos na Ordem dos Advogados.

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Assim, após a aprovação do novo Regulamento, qualquer advogado, devidamente autorizado a exercer a sua profissão, pode apresentar “com regularidade, jogadores a clubes visando uma contratação ou apresentar dois clubes visando a assinatura de um contrato de transferência” (nº 1 do art. 1º Regulamento). Em Portugal são já muitos os advogados que praticam a representação de jogadores e clubes, havendo mesmo um número considerável, que se dedica apenas a essa representação. Tal facto leva a que por vezes os advogados, enquanto mandatários de agentes de jogadores e clubes, tenham que litigar contra colegas que exercem esta actividade. Um jogador que cessa, em litígio, um contrato de representação com um agente advogado, normalmente ao celebrar contrato de representação com outro agente, utiliza os serviços jurídicos que este lhe disponibiliza. Assim, surge a necessidade do advogado mandatado por este segundo agente, litigar, em representação do jogador, contra o seu ex-agente, que é também advogado. O prestigio da advocacia saiu reforçado com este novo Regulamento da FIFA. Esta é a única profissão que tem acesso “livre” à actividade de agente de jogadores e de clubes. Todos os outros profissionais têm que preencher os requisitos que enunciámos e têm que efectuar um exame especifico para esse fim. Apenas os advogados podem, sem ter  que preencher qualquer requisito e sem terem que prestar qualquer prova, exercer a actividade de agentes de jogadores e clubes. Na realidade esta é uma contrapartida que a FIFA dá aos advogados, atendendo a que estes prestigiam uma actividade que está relacionada com um desporto, cujas áreas de gestão e administração estão cada vez mais descredibilizadas.

SITUAÇÃO ATUAL DOS AGENTES NO BRASIL O Brasil tem apenas 107 agentes (Agosto/2006 ) , o menor dos grandes centros da bola. Itália (308), Inglaterra (284) e Espanha (276) somam mais que o dobro dos profissionais brasileiros nesse setor. França (151) e Alemanha (136) também estão à frente. Contudo é devido ao tamanho do mercado brasileiro que a falta de novos agentes fica mais latente. Com cerca de 13 mil jogadores , o futebol brasileiro registra hoje a proporção de um "tutor" profissional de um Agente para cada 122 atletas. Quem chega mais perto disso é o Uruguai, que detém 1 agente para 111 atletas, num universo de mil jogadores profissionais.

Com 1 agente para 122 atletas (praticamente o menor índice do mundo, só perdendo para o Uruguai). Na Europa, mesmo somados, Portugal (1 agente para cada 46

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atletas), Itália, Inglaterra (1 para cada 8), Alemanha, França e Espanha (1 para cada 7) não alcançam o número brasileiro. O índice chama a atenção da Confederação Sul-Americana de Futebol. Segundo Néstor  Benítez, diretor de comunicação da entidade, o número de agentes na região é considerado satisfatório, exceto por Brasil e Argentina (1 agente para cada 41 jogadores). "Os agentes reconhecidos pela Fifa, quando seguem as regras dela, são bons. Quando há monopólio, é contraproducente. No Brasil e Argentina, pelo tamanho de seus mercados, o número de agentes é pequeno", diz Benítez.

Agentes da Fifa condenam pirataria Profissionais que atuam dentro das normas da entidade admitem que a imagem dos empresários está desgastada. Como diria o ditado, "uma ovelha má põe o rebanho a perder". Um dos maiores desafios dos Agentes de Jogador filiados à Fifa tem sido fugir do rótulo de vilão. Missão que fica cada vez mais difícil com os "empresários piratas", que atuam sem o respaldo da Lei, à solta pelo Brasil. Com o novo regulamento para Agentes de Jogadores, a expectativa era de que fosse o fim do reinado dos profissionais mal intencionados, que se aproveitam da juventude ou ingenuidade do cliente para benefício próprio. Porém, segundo Leo Rabello, que é Agente de Jogador licenciado, ainda há muitos empresários mal intencionados atuando impunemente no futebol, o que prejudica a imagem dos profissionais sérios. "Os empresários fantasmas, chamados no nosso meio de piratas, sujam a reputação de todos os outros profissionais. É preciso que a CBF exerça uma fiscalização mais rigorosa, para que apenas os agentes credenciados possam atuar no futebol", disse Rabello. O Agente de Jogador admite que muitos atletas e clubes ainda desconfiam do papel do empresário e defende a importância da sua profissão, principalmente sob o aspecto jurídico. "Hoje em dia, os contratos são complexos. Há o salário da carteira de trabalho, o de imagem, cláusula rescisória, etc. É importante haver uma ajuda profissional, até para evitar litígios no futuro", disse Leo Rabello. Para proteger os direitos de clubes e jogadores, foi criado um Código de Conduta do Agente de Jogador, que exige que o empresário "proteja os interesses do cliente de acordo com a Lei e com senso de justiça" (Art. 1 do Anexo B). Porém, segundo o vice de futebol do Fluminense, Marcelo Penha, o que se vê é o contrário. "Já aconteceu de empresário exigir que pagássemos 10% do valor da negociação, além dos 10% que ele recebe do jogador. Disse que o faria, desde que

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constasse no contrato. Aí ele recuou, admitindo que seu cliente não poderia saber. É inacreditável", revelou o dirigente. Mas, na opinião de Leo Rabello, o novo código da Fifa protege tanto os clientes quanto os agentes. "Agora, os empresários assinam um contrato com a entidade do seu país de origem. Assim, ele é obrigado a agir de acordo com o regulamento e fica isento de responsabilidade", explicou.

Os "fora-da-lei" do futebol brasileiro Regulamento de Agentes de futebol da Fifa foi criado há quase 05 anos, mas a maioria dos empresários não o respeita. No último dia 8 de outubro, completou-se 4 anos da entrada em vigor, no Brasil, de um novo regulamento da Fifa, exigindo que os empresários de jogadores de futebol sejam filiados às federações nacionais para executar transferências, tanto domésticas como internacionais. Empresários clubes e atletas brasileiros, no entanto, ainda não se enquadraram totalmente à nova regra. Pelo contrário. Em outubro de 2001, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu a RDI (Resolução de Diretoria) no 07/01, onde consta que "como filiada à Fifa, a CBF tem o dever de cumprir todas as suas determinações". "Se tem uma exigência desse tipo da CBF, os clubes têm que cumprir, mas a responsabilidade é deles. Depois, eles não vão ter de quem cobrar. É como construir um prédio e pôr um curioso e não um engenheiro para executar a obra", afirma Pitta, para quem os clubes não têm interesse em regulamentar o futebol. O próprio Pitta explica que qualquer um - até mesmo um empresário - pode enviar um comunicado à CBF reclamando de algum empresário não credenciado que esteja negociando jogadores, mas ele nunca se queixou: "A responsabilidade é dos clubes. São eles que vão se prejudicar por estarem fazendo negócios com quem não tem credencial". Mas, a maioria dos dirigentes de clubes e de jogadores desconhece a nova regulamentação. O vice-presidente de futebol do Fluminense, Marcelo Penha, por  exemplo, admite que, até ser procurado pela reportagem do Pelé.Net, não tinha conhecimento das regras para os empresários. "Realmente, recebemos um comunicado da CBF, mas não estávamos levando as normas em conta na hora de acertar as transferências. Já o presidente do Flamengo na época o Sr. Hélio Ferraz, afirmou que pretende respeitar as regras, mas não tem convicção de que isto será o suficiente para conter o número de transações mal-sucedidas e nebulosas no futebol nacional. Para obter a licença, os empresários devem ser submetidos a uma prova aplicada pela CBF. O exame consiste de 20 questões de múltipla escolha, cujos temas são o regulamento de transferências de jogadores da Fifa e princípios do Direito Civil.

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Os aprovados são obrigados a assinar um termo no qual aceitam seguir os regulamentos de Transferência de Jogadores e de Agentes de Jogadores estabelecidos pela Fifa, sob pena de cassação da licença. A princípio, tem-se a impressão de que o novo regulamento permite que as instituições tenham controle absoluto sobre o papel dos empresários nas transações entre clubes. Segundo o regulamento "jogadores e clubes estão proibidos de utilizar os serviços de um agente que não seja licenciado" (Art. 1, parágrafo 1). A regra, porém, não se aplica se o empresário em questão for parente ou cônjuge do jogador ou exercer a profissão de advogado.

ATLETAS PRECISAM DE ASSESSORIA AMPLA E COMPETENTE Nesse ponto é bom ressaltar que este dispositivo promove uma maior liberdade ao atleta para prestar seu serviço futebolístico no clube que lhe for conveniente. Contudo, aqueles atletas que não se destacarem na sua atividade, ao final do seu contrato estarão desamparados, pois, desta forma, compete ao próprio desportista a busca de uma recolocação profissional. Nesse passo, estamos diante de uma "Seleção Natural", em que somente os atletas bem preparados sobreviverão. Oportuno se torna destacar o quanto é questionável a posição dos empresários dentro do futebol brasileiro. Todavia, esse não é o momento para discutirmos a importância ou não deste profissional, mas sim, ressaltar a evidente intenção do legislador em controlar este profissional, forçando-o buscar uma estrutura melhor para oferecer seus serviços. Caso contrário, poderão perder seu espaço. É de fácil compreensão que o profissional -- Empresário e Agência Esportiva -- que proporcionar aos atletas algo inovador e com qualidade, tornando sua prestação de serviço mais atraente e diversificada, estará se destacando nesse mercado e conseguindo, cada vez mais, um número maior de atletas bem sucedidos. Com a alta competitividade, um detalhe pode significar milhões de dólares. Logo a dedicação, cada vez mais feroz, do atleta à prática esportiva é obrigatória. Diante disso, inevitavelmente, outros aspectos pertinentes ao cotidiano do atleta são negligenciados. Nesse momento é que o mercado esportivo sente a necessidade de uma assessoria ampla e competente, oferecida por profissionais capazes de relacionar aspectos esportivos, tributários, trabalhistas, pessoais e outros, a fim de se alcançar uma solução hegemônica, que busca atender, de forma integrada e criativa, diversos segmentos do cenário esportivo brasileiro e internacional. Atendendo essa necessidade, surge um novo conceito no cenário esportivo nacional, a chamada "Administração de Carreira". Promovida por especialistas, com características inovadoras, capaz de inter-relacionar a administração, o direito, o marketing e a assessoria esportiva, com o objetivo de potencializar o aproveitamento do atleta e, conseqüentemente, alcançar sua valorização, através de um suporte no aspecto profissional e pessoal.

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Não é por acaso que atletas já consagrados, empresários bem sucedidos, clubes que apresentam bons resultados nas competições, entidades esportivas competentes ou mesmo todos aqueles que almejam alcançar e se firmar em uma posição de destaque junto ao Mercado Esportivo, buscam profissionais especializados em outras áreas a fim de potencializar seu desenvolvimento, aproximando-os do sucesso e consolidando-os num mercado altamente competitivo como o do Esporte. É de simples conclusão que atletas bem estruturados conquistam melhores resultados e, conseqüentemente, são mais valorizados. Dessa forma, valorizando a "matériaprima" -- Atleta -- todo o mercado esportivo será valorizado e beneficiado juntamente com os clubes, empresários, empresas (patrocinadoras), confederações e federações. Está claro o fato de que todos se beneficiam com o bom desempenho do atleta e que muitas vezes esse bom desempenho está relacionado com toda uma estrutura paralela de apoio a este profissional. Em síntese, cabe sim ao atleta de qualquer modalidade buscar uma assessoria competente, entretanto, muitas vezes os atletas estão tão envolvidos com a prática esportiva que não observam a necessidade de um suporte externo para maximizar seus resultados. Nesses casos, cumpre aos empresários, agências esportivas, clubes, empresas, confederações, federações e todos os que fazem parte do mercado esportivo, proporcionar aos atletas uma assessoria completa, através de profissionais especializados que respeitam a posição de cada profissional desse mercado. Correndo o risco de perder ou depreciar seu atleta caso não o fizerem ou fizerem de forma inadequada. Seja do ponto de vista financeiro, legislativo, tecnológico ou prático, do observador  mais atento ao mais despreocupado, todos notam que a evolução do Esporte está acentuada em nosso cotidiano. Logo, quem não acompanhá-la, desaparecerá. O profissional do Esporte que perceber que o pleno desenvolvimento esportivo pode e deve estar diretamente relacionado a toda uma estrutura externa competente, capaz de proporcionar a tranqüilidade necessária para a prática desportiva isenta de preocupações ou prejuízos, estará próximo do sucesso e com sua posição garantida dentro do disputado mercado esportivo.

Craque - empresa É necessário haver uma estrutura profissional por trás do atleta. O atacante Ronaldo, terceiro jogador de futebol mais bem pago do mundo em 2005, credita o sucesso financeiro de sua carreira à gestão profissional de sua carreira. A revista “Veja” publicou uma entrevista com o jogador do Real Madrid e da seleção brasileira. Nela, Ronaldo afirma que quer trabalhar com marketing esportivo quando encerrar a carreira e que só consegue ter tanto sucesso comercial fora de campo por que a administração de sua carreira funciona como uma empresa. Na prática, pelo menos, o jogador já sente um pouco na pele como é gerenciar os negócios no dia-a-dia. Segundo ele, todos os dias chegam propostas de “negócios da China”. A decisão final é sua, mas seu staff dá todo o apoio necessário . Em relação à

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equipe de trabalho, Ronaldo afirma que mudou alguns de seus assessores para manter a alta lucratividade de seus negócios.

“A estrutura que tenho é praticamente de uma empresa , e tem de funcionar assim. Se os resultados não são atingidos, é preciso trocar as pessoas, e foi o que eu fiz. Aprendi que tenho de organizar uma estrutura profissional, sempre visando a uma boa imagem, para que a prioridade seja do futebol”, disse. Em razão disso, aconselha-se que todas as atividades de agenciamento e gerenciamento esportivo sejam sempre exercidas por profissionais da área, pois o mercado exige uma assessoria profissional, competente e especializada. Há cursos de graduação, pós-graduação e especialização. "Cada um tem um objetivo diferente. A graduação vai ensinar a aplicar conceitos, fazer orçamentos e gerir a atividade esportiva.

EMPRESÁRIOS DOMINAM O FUTEBOL BRASILEIRO Gilmar Rinaldi; Juan Figer, Todé, Manuel Barbosa e Cláudio Guadagno; Oliveira Júnior, Jorge Machado e Alemão; Alexandre Martins, Reinaldo Pitta, Eduardo Uram, Josias Lacour,Wagner Ribeiro, Leo Rabelo, etc. Este time não joga bola, mas manda no futebol brasileiro: é um time imaginário integrado só por empresários de jogadores. Os empresários, também conhecidos como agentes ou procuradores, não formam craques - apenas definem o futuro de cada jogador emergente, apressando a mudança de clube. São os inevitáveis intermediários nas freqüentes e milionárias trocas de camisas. A profissão de atravessador é antiga, mas esses agentes passaram a ser os novos ricos do futebol. Eles atropelam os clubes, oferecem vantagens aos cartolas e lucram com a Lei Pelé. A profissão de agente é reconhecida pela Fifa, que impõe a obrigatoriedade do registro dos empresários nas confederações dos seus respectivos países. A CBF, que costuma abrir concurso para admitir novos agentes, mantém no seu site uma lista dos empresários oficiais. Por meio dos oficiais e dos clandestinos, o futebol brasileiro exportou mais de mil jogadores em 2004 e nos três primeiros meses de 2005 para 85 países e colônias dos cinco continentes.

Empresários se unem contra “piratas” da bola Dispostos a dar um fim nos chamados “piratas da bola”, os empresários com credencial Fifa, filiados à Associação Brasileira dos Agentes de Futebol (Abaf), se reuniram nesta sexta-feira, em São Paulo. Os agentes pedem para que a CBF deixe de lado as promessas e puna, severamente, as equipes que realizarem negócios com pessoas não-reconhecidas oficialmente. Léo Rabello, presidente da Abaf, comandou a reunião que durou cerca de duas horas e revelou o triste problema dos agentes ilegais, principalmente ex-jogadores, que aliciam atletas e realizam transferências internacionais mesmo não estando autorizadas para isso. “Queremos chamar a atenção da Fifa para os agentes clandestinos, que agem livremente no Brasil. A situação é tão escandalosa que os piratas não têm sequer a preocupação de

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trabalhar às escondidas. Eles assumem publicamente as negociações que fizeram, dão entrevistas e não demonstram o mínimo temor em serem punidos”, alertou Rabello. Após a reunião, Rabello revelou as medidas que a Abaf tomará para colocar um ponto final na “festa” dos piratas. “Resolver escrever um documento, que será encaminhado à CBF, pedindo a punição de clubes e jogadores que não utilizarem um agente Fifa para suas transferências. Mandaremos uma cópia anexada à Fifa e se não for tomada nenhuma providência, devolveremos nossas credencias como protesto”, completou o empresário. Mais de 800 jogadores deixaram o Brasil para atuar no exterior em 2004 e segundo Rabello, pouco menos da metade dos negócios foram realizados pelos 300 empresários piratas, que elevam ainda mais a má fama da profissão no país. Apenas empresários credenciados pela Fifa podem intermediar transferências internacionais. “Cada agente é obrigado a estudar leis internacionais de transferências de jogadores para fazer uma prova e precisa fazer um seguro de responsabilidade civil para ter sua carteira da Fifa. Todo esse investimento é inútil se qualquer um pode sair por aí comprando e vendendo jogador. A bagunça é muita grande e a CBF terá de tomar  providências”, completou Léo Rabello.

Porque os Agentes de Jogadores mandam no futebol? Desde que a Lei Pelé foi promulgada e, aí já se vão longínquos 7 anos, desde 24 de março de 1998, o discurso dos clubes é sempre o mesmo: dizem que a lei destruiu o futebol nacional e terminou por falir os clubes. Vejamos a lei por um outro ângulo. Primeiro quesito, na verdade é o que se mais ouve: que a lei decretou a já anunciada falência dos clubes de futebol do país. Ora, se a falência era prevista, ela ocorreria de uma forma ou de outra, com Lei Pelé ou sem ela, a menos que os clubes tomassem atitudes administrativas pró-ativas, bem diferentes da que vinham sendo tomadas e continuam a permear o nosso futebol até hoje. De outra forma, se a partir da promulgação da Lei Pelé, os clubes a analisassem com bons olhos e extraíssem dela o seu melhor veriam que há vantagens presentes e que não são aproveitadas de maneira correta pelas agremiações. Uma dos principais focos de descontentamento é com relação a formação dos atletas. Dizem que a segurança ofertada ao clube é nenhuma e que o atleta sai a hora que quer. Esquecem-se que o atleta só tem tal facilidade, pois encontra brechas na lei permitidas pela negligência e desorganização das agremiações. Havendo o desenvolvimento de um bom trabalho, torna-se mais remota a vontade e a possibilidade do atleta em abandonar agremiação em que se encontra. A lei criou uma série de requisitos a que as partes devem cumprir. De sua parte o clube deve cumprir todos as condições previstas, com exceção da ajuda de custo que lhe é facultada. Se as condições obrigatórias já não são cumpridas o que se dirá das opcionais. Entretanto, a realidade nacional é de um país pobre, eterno país em desenvolvimento e economia voltada ao favorecimento de poucos. A conseqüência disso é a classe menos

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favorecida a maior parcela da população e com dificuldades para obter as mais básicas necessidades. Assim, qualquer quantia que lhe seja ofertada, é aceita de bom grado, pois ajudará no sustento da família. Não ajudará a ter luxos, mas sim o básico do básico, aquilo que o salário mínimo deveria prover, de acordo com o previsto na constituição nacional. De nada adiante reclamar e dizer que os empresários hoje e que mandam no futebol, porque a Lei Pelé permitiu. Quem permite é quem comanda. Quem quer cuida, está faltando cuidado.

Explode o número de empresários Fifa Início de 2001. Para fazer um pente-fino nos empresários credenciados por ela, a Fifa resolve mudar o estatuto da profissão. Maio de 2003. Com menos exigências financeiras e facilidades no processo, o número dos chamados agentes Fifa explode. Em pouco mais de dois anos, o que era para ser um funil na obtenção de uma licença para negociar jogadores pelo mundo acabou virando um convite. Entre 1995, quando foi criada a figura do empresário credenciado pela entidade que controla o futebol mundial, e o final de 2000, 600 pessoas conseguiram a licença. Já nos últimos 28 meses, com a nova legislação em vigor, quase 800 empresários conseguiram a autorização dada pela Fifa. No Brasil, o inchaço foi ainda maior. Ao final de 2000, apenas 19 agentes tinham a licença. Hoje, o número já passou para mais de 110 em 31/12/2005. Alterada para tornar-se mais rigorosa, a regulamentação, na verdade, teve um efeito contrário. Antes, o interessado tinha que passar por um teste na sede da Fifa, em Zurique. Agora, pode fazer isso na federação local. Financeiramente também ficou mais fácil ganhar o diploma. Até o final de 2000, o interessado precisava fazer um depósito de cerca de US$ 100 mil para a entidade, que servia como garantia em caso de uma negociação mal resolvida. Hoje, basta que o agente faça uma apólice de seguro, que não passar de R$ 5.000,00 por  ano. Sem a necessidade de investimento grande, a figura do agente se democratizou. Em 1998, apenas 42 países tinham pelo menos um representante. Hoje, são 112 países. Por aqui, as mudanças nas regras também beneficiaram a democratização da profissão. No início, apenas figurões, como Reinaldo Pitta, que cuida dos negócios de Ronaldo, tinham o diploma dado pela Fifa na parede. Agora, eles estão espalhados pelo país inteiro, e tratam também de negócios bem menos famosos.

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O QUE UM AGENTE PODE OFEREÇER  Agenciamento Além de possibilitar as condições de trabalho, buscar a segurança e satisfação profissional, oportunizamos uma proteção legal: 1. Análise das propostas apresentadas ao cliente; 2. Criação de material para apresentação pessoal – currículo, vídeos, DVDs, fotos, etc; 3. Contato e apresentação dos materiais para Clubes no Brasil e exterior; 4. Orientação financeira; 5. Orientação Educacional Assessoria Empresarial: Transferências de clubes Assessoria de imprensa Desenvolvimento de imagem e marketing Acompanhamento da evolução profissional e formatação gradual de Curriculum Clipping semanal Preparação Profissional Planejamento de Carreira Marketing pessoal para projeção em mercado nacional e internacional

Assessoria Pessoal: Administração patrimonial Assuntos pessoais e familiares Assistência jurídica pessoal Planejamento pessoal futuro Orientação de controle financeiro/pessoal Pagamentos de contas Controle de despesas fixas e alocação de excedentes Geração de benefícios especiais Projeto Lazer – Viagens, Eventos e Cultura. Acompanhamento físico, estético e fashion Consultoria Jurídica: Administração de contratos Garantia de direitos Assistência jurídica profissional

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Consultoria Contábil: Abertura de empresa Acompanhamento contábil jurídico Acompanhamento contábil pessoa física Declarações anuais Orientações tributárias Fluxo de caixa

Consultoria de Marketing: Marketing pessoal para projeção em mercado nacional e internacional Desenvolvimento de Site Agendamento de Entrevistas Parcerias Estratégicas para desenvolvimento de Licenc. e Campanhas Publicitárias Marketing Social

CONTRATO ENTRE AGENTES X JOGADORES A contratação de um agente de jogador, ou melhor, o vínculo entre um agente e um jogador deverá ser estabelecido por meio de um contrato padrão elaborado e disponibilizado pela CBF (no caso de Agente Credenciado) , não podendo ter o prazo de duração superior a 2 anos. Ressalto que não obstante o regulamento autorizar o agente contratar uma empresa para assessorá-lo nas atividades administrativas do agenciamento, é proibido o exercício de qualquer agenciamento de jogadores por meio de pessoas jurídicas. O artigo 13 do Regulamento é claro ao afirmar que aos agentes é lícito contratarem empresas para desenvolver tão-somente atividades meramente administrativas. O contrato deverá conter previsão de indenização em caso de rescisão antecipada que deverá ter por base o saldo bruto anual que perceberia contratualmente se o contrato não tivesse sido revogado e o pagamento poderá ser realizado de uma só vez ou em parcelas, no caso de o agenciamento ter sido requerido por jogador, isso porque, se o agenciamento foi solicitado por entidade de prática desportiva o pagamento será realizado de uma só vez cujo valor deverá ser acordado previamente. Cabe, destacar ainda que se da relação entre o jogador e/ou clube e o agente surgir  qualquer desavença relacionada com a execução do contrato, notadamente quando ao não pagamento da comissão desse último, o regulamento dispõe em seu artigo 22 que essa desavença e outras poderão ser dirimidas pela " Comissión Del Estatuto del Jugador de la FIFA". O prazo prescricional para a interposição das reclamações é de 2 anos .

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Quanto a duração do contrato são inequívocas as disposições do item 2 do Art. 12, a duração máxima é de 2 anos , podendo ser renovado, mas mediante consentimento expresso de ambas as partes , não se admitindo renovação tácita. Nos comandos da FIFA, não existe um percentual padrão de honorários.Na Europa, já se fala em 5% e no Brasil, veja que o contrato padrão da CBF é de 10%. Tem muitos contratos que não contêm muitos dos dados essenciais, como idade do jogador, endereço das partes contratante e estipulam cláusulas absolutamente incompatíveis com a natureza do contrato. Relativamente a ajustes sobre interesses do agente nos contratos de promoção publicidade efetuados pelo jogador com assistência do agente, não é matéria que seja cogitada nos contratos, pois o respectivo Regulamento da FIFA dela não cogita

Veja estes exemplos abaixo totalmente incompatíveis pela FIFA –  Não quer dizer  que as clausulas abaixo esteja incorretas (Vale a vontade das partes), mas se a pessoa é AGENTE DE JOGADOR CREDENCIADO , este contrato com certeza não vai ser registrado na CBF: •



Representação em todas e quaisquer transações relacionadas a venda ou empréstimo do passe, luvas, prêmios, gratificações, contratos de propaganda e marketing; Prestação de permanente e completo serviço de consulta profissional, econômica e jurídica referentes à atividade profissional de atleta.

O que tenho falado é que o AGENTE CREDENCIADO pode registrar o contrato padrão na CBF (pois muitas das vezes o clube, registra o contrato e coloca o nome do Agente) e fazer um outro contrato particular com o jogador, relativo a marketing, patrocínio, aconselhamento, etc O regulamento cuida, pois de um contrato objetivando uma relação laboral (a do jogador) e de um contrato objetivando uma transferência (o do Clube).

Não há como, portanto , inserir-se no contrato cláusulas relativas á atuação do Agente na promoção comercial do jogador , como referente ao direito de imagem, ou promoções fonográficas , ou ainda o aconselhamento e a orientação no emprego ou aplicação de bens patrimoniais do jogador. Tais aspectos da atividade do Agente devem ser  objeto de contrato especifico , mas não do contrato que é regido pelo Regulamento, que é registrado na Associação Nacional e cujo cumprimento é protegido pelas normas da FIFA. Contratos, como por exemplo, o contrato de agente com menor de 16 anos , é vedado pela nossa legislação brasileira que estabelece a idade mínima para a profissionalização de um jogador.

Multa nos contratos entre Agente e Jogador

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Nos contratos de gerenciamento da CBF/ FIFA, não se fala em clausula penal, muito menos em multa rescisória. A FIFA estabelece que indenização a que fizer jus o agente será calculada segundo o soldo bruto anual que receba o jogador e que deverá ser  fixada, descabendo percentagens sobre cláusula penal. Mas na hora de fazer um contrato particular com algum atleta a cláusula penal e da multa rescisória , que são quantias exigíveis quando da ruptura abrupta do contrato, antes do término estipulado pelas partes. Essas indenizações, geralmente, possuem alto valor pecuniário, mas não pode ser exagerada. Muitos tribunais tem dado ganho aos atletas contra os Agentes ou empresário que exageram nas multas rescisórias, prejudicando o atleta a se transferir para outro clube.

AGENTE DE JOGADORES - Os donos do futebol Texto de Armando Nogueira

O passe é uma excrescência! Abaixo, pois, o passe! E o passe foi extinto, mesmo, pra felicidade geral do futebol. Celebrou-se, então, o fim da escravidão. O jogador seria dono do seu nariz. Podia escolher, livremente, a nova camisa a defender. Nada mais justo nada mais civilizado. Não é assim em qualquer profissão? Sucede, amigo leitor, que a autonomia do jogador durou pouco. O dono da bola deixou de ser o clube e passou a ser o empresário. Quem manda no futebol, hoje, é o empresário, oficializado pela FIFA, com carteirinha e tudo. O agente FIFA é quem comanda o futebol brasileiro. Compra, vende, troca, empresta. É o senhor dos anéis. O clube, hoje, pelo menos no Brasil, é refém do empresário. Só pra dar uma idéia: a dupla Pita-Martins é dona de cerca de 120 jogadores, alguns jogando no exterior e a maioria, jogando no Brasil. Se um dia der a louca nos dois, a dupla fecha pelo menos uma dúzia de clubes (alguns deles da elite brasileira) que devem a eles os olhos da cara. Sem falar de controle que têm sobre times inteiros. O jogador por sua vez, livrou-se do passe, mas não se livrou da tutela. Quando menos espera, é avisado de que, agora, vai jogar num timezinho da 2ª divisão das Ilhas Faroe. O dinheiro é bom e a comissão melhor ainda. Então, lá vamos-nos morrer de frio e de saudade nos cafundós do Cazaquistão. Quem recebe uma carteirinha de Agente FIFA ganhou um cartório. Ser agente de jogador de futebol, em celeiros como Brasil e Argentina, é por a mão numa mina de ouro. Todos eles estão ricos e os clubes, que, mesmo na era do passe, já viviam na pindaíba, hoje, estão na penúria. Não discuto a competência profissional dos empresários. Questiono, apenas, que o fim do passe tenha gerado uma atividade que se superpõe aos próprios clubes, criando uma distorção na vida do futebol profissional. Não esquecer, nessa conversa, a figura do cartola. Claro que há os dirigentes idôneos; são decentes, mas infelizmente são poucos. Os velhacos, maioria, conhecem o pulo (maroto) do gato e são sócios, por baixo do pano, de alguns agentes FIFA. Direi, por fim, que empresar jogador de futebol é um negócio tão bom que até jogador, ainda em plena atividade, já tem o seu lote de jogadores de aluguel . Conflito de

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interesses? A rapaziada não quer nem saber se é certo ou errado, se é ou se deixa de ser  eticamente correto jogador ser empresário de jogador. É o fim do mundo.

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MANDAMENTOS DO AGENTE FIFA •



Podem agenciar tanto jogadores quanto clubes em negociações com o Brasil e o Exterior, mas jamais os podem representar o clube e o jogador em uma mesma negociação. Os Agentes credenciados não são obrigados a agir como Pessoa Jurídica, apesar de boa parte deles constituírem empresas. Os contratos com os jogadores são realizado com a Pessoa Física do agente credenciado. A pessoa Jurídica é mais para suporte , participação dos sócios e emissão da nota fiscal, pois , a maioria dos clubes não aceitam recibo de Pessoa Física, pois o custo fica mais alto para o clube



Falar inglês e Espanhol é uma das exigências da função



Ternos e bons restaurantes também fazem parte da rotina do Agente



São arredios a imprensa e não revelam nem ao pé da cruz quanto faturam em suas negociações.



Viajar para o exterior uma vez por ano é o mínimo que fazem.



Um bom carro para impressionar 



Ter um bom escritório com uma pequena infra-estrutura



O instrumento de trabalho do Agente é o telefone celular







Na maioria das negociações, o empresário leva 10% das negociações que o jogador recebe. No início, muitos cobravam 10% dos salários dos jogadores agenciados, mas isso deixou de ser praxe (o interessante e ter participação nos direitos econômicos e ganhar na venda futura do jogador ) Toda vez que levar algum atleta para o clube, receber sua comissão pelos serviços prestados ou então ter uma participação nos direitos econômicos do jogador, para uma venda futura. Para obter a credencial, o Agente Fifa não pode ter nenhuma relação contratual com clubes (isto é, não pode participar da Gestão e Direção dos clubes) Fonte: Revista Placar / Junho 2005

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QUAL É A ESTRUTURA MÍNIMA QUE UM AGENTE DE JOGADOR DEVE TER : Passar nos exames de Agente de Jogadores Pagar as taxas de credenciamento Abrir uma empresa de assessoria, gerenciamento de carreira e / ou e marketing esportivo O artigo 13 do Regulamento é claro ao afirmar que aos agentes é lícito contratarem empresas para desenvolver tão-somente atividades meramente administrativas. Manter um escritório com pequena infra-estrutura (Fax, internet, computadores, etc) Confeccionar um site na Internet (como meio de comunicação, assessoria de imprensa e captar profissionais) O candidato tem 12 meses para credenciar após ter tido sucesso no exame • • •









Se a grana estiver curta, como devo proceder para entrar no negócio ? O primeiro passo é ter sucesso no exame A idéia é fazer com que, no futuro, o Agente se preocupe em montar plano de negócio", se refere ao documento, apresentado a possíveis investidores, e tentar uma parceria que mostra como a empresa deve funcionar no presente e no futuro. Conheço vários clubes, investidores, parceiros, escritórios de advocacia e Marketing esportivo que viabilizaram tudo isto para futuras parcerias. Este valor é infinitamente pequeno, dentro das possibilidades que existem por ai. Não é a toda hora que tem um agente fifa que passou nos exames, dando sopa por ai. Conheço vários clubes, investidores, parceiros, escritórios de advocacia e Marketing esportivo que viabilizaram tudo isto para futuras parcerias. Este valor é infinitamente pequeno, dentro das possibilidades que existem por ai.

Exemplo de parceria de um agente sem capital, sem dinheiro Antes de tudo o Agente tem que ter passado nos exames da CBF Você tem 12 meses para credenciar após ter sucesso no exame Em seguida arranjar um sócio investidor que viabilize pagar todos as taxas de credenciamento, em torno de R$ 8.000,00 + uma luva de R$ 10.000,00 para manter um fluxo de caixa. O sócio entra na sociedade, ou coloque outra pessoa com 50%. O sócio-investidor geralmente banca as despesas do dia –a - dia da empresa, que inicialmente fica em torno de R$ 2.500 a R$ 3.000,00. Na maioria dos casos, tem um pro labore para o Agente se manter suas despesas pessoais e familiar, que fica em torno de R$ 2.000 a R$ 3.000,00, respeitando a situação de cada , cada caso é um caso. • • •

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QUAIS AS OBRIGAÇÕES DE UM AGENTE DE JOGADORES Estabelecer contato com qualquer jogador, desde que não esteja sob contrato com um clube; O clube, somente o clube tem direitos federativos na negociação. É o clube que comanda a negociação. A FIFA proíbe que o primeiro contato seja com o agente (A menos que o jogador esteja sem clube) Representar qualquer jogador ou clube que o solicite com o fim de negociar ou firmar contrato em seu nome; Defender os interesses de todo jogador que o solicite; Defender os interesses de todo clube que o solicite. Um agente de jogadores poderá representar a um jogador ou a um clube, e, administrar seus interesses, somente se possue um contrato escrito com o jogador ou o clube.A duração máxima do contrato será de 2 anos, mas poderá ser renovado com o consentimento expresso de ambas as partes. Se exclui a renovação tacita. O contrato mencionará explicitamente a parte que indenizará o agente, o tipo exato de indenização e as condições que estabelecem o pagamento. A indenização que deve perceber um agente de jogadores com um mandato de um jogador, é calculada segundo o saldo base bruto anual que o jogador receba contratualmente graças a mediação do agente (sem considerar rendimentos adicionais como automóvel, aluguel de moradia, bonificações por pontos ou resultados, ,e outras prestações. O agente e o jogador deverão acordar previamente a forma de pagamento. Se não entrarem em acordo a respeito da quantia da indenização e no contrato não conter as disposições correspondentes, o agente terá direito a 5% do saldo base bruto anual. Os agentes de jogadores tem a obrigação de utilizar o contrato de mediação enviado pala FIFA à Associação Nacional. As partes firmantes têm liberdade de acordar cláusulas adicionais e incluí-las no modelo de contrato. Não obstante, deverão cumprir as disposições sobre mediação laboral estabelecidas no direito público do país. Respeitar em todo momento os estatutos e os regulamentos das Associações Nacionais (CBF), as Confederações (Conmebol) e a FIFA; Assegurar-se de que toda negociação em que participar se faça em conformidade com os estatutos, disposições e regulamentos; Em nenhum caso, estabelecer contato com jogador que está contratado por um clube com a intenção deliberada de persuadir que rescinda seu contrato ou não observe os direitos e obrigações contratuais; Representar os interesses de somente uma das partes na negociação de uma mesma transferência; Proporcionar a instancia competente de qualquer Associação Nacional (Ex.: CBF) ou da FIFA toda informação e documentação que lhe seja solicitada. Assegura-se de que seu nome, sua assinatura e o nome do mandante figurem nos contratos correspondentes a cada negociação em que participe; Cumprir com as disposições sobre mediação laboral estabelecidas no direito público do país pertinente. Todo agente de jogadores que abuse dos direitos que lhe são conferidos ou não observe as obrigações que estabelece o regulamento, estará sujeito as seguintes •





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RAIO -X DO MERCADO DE AGENTE DE JOGADORES Centro Virtual Latino Esportivo www.agentefifa.com.br sanções: advertência, censura ou repreensão; multa; suspensão da licença; retirada da licença.

Estratégia de estudo e dicas de como obter êxito nos exames na CBF Este exame acontece duas vezes ao ano nos meses de março e setembro na cidade do Rio de Janeiro, na sede da Confederação Brasileira de Futebol ( CBF). A exigência mínima de escolaridade é o 2o. Grau completo .

Das Inscrições e remessa da documentação Toda documentação deverá ser encaminhada a CBF, no período compreendido das inscrições do exame (Sempre tem que ficar atento no site da CBF, para verificar a data correta das inscrições e dos exames) e deve ser remetida por via postal (SEDEX), aos cuidados do Departamento Jurídico. DEFERIMENTO - Quando toda a documentação for remetida , um funcionário da CBF fará uma ligação para o candidato deferindo sua participação e confirmando a data do exame, poderá também solicitar alguma certidão que não foi remetida e que a mesma deverá ser entregue no dia do exame. Não impressione pela documentação exigida , mesmo não tendo toda a documentação , manda o que você tem e qualquer dúvida você completará a documentação oportunamente, que obviamente nunca será cobrada. Da data e local dos Exames Auditório do Centro de Convenções do Centro Empresarial Rio Office Park, localizado na Rua Victor Civita, 66, bloco 1, edifício 5 - S1, Barra da Tijuca / Rio de Janeiro – RJ O candidato deve ficar atento para a data das inscrições, sempre consultar o site da CBF - www.bfnews.com.br 

Dos Exames A prova consta de 20 perguntas, no sistema de múltipla escolha. 15 formuladas pela FIFA, em espanhol (valendo 30 pontos) 05 pela CBF, em português (Valendo 10 pontos) Ainda, conforme, o mencionado documento, estão aptos a obter a respectiva licença, os candidatos que obtiverem, em número de pontos, o índice de 66%, ou seja, 26 pontos do total de 40 pontos. Cada pergunta valerá de 1 a 3 pontos e será classificado aquele candidato que atingir a pontuação igual ou superior ao mínimo estipulado pela FIFA.

Não impressione pela vasta bibliografia exigida , pois a partir que o candidato vai estudando, mais familiarizado ele fica com a matéria.

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Ao fazer as provas na CBF, que tem duração de 1h30 minutos o candidato somente deverá entregar a prova , quando encerrar definitivamente o horário , pois nunca se sabe o que acontece no final do encerramento (É uma liberação total na consulta entre os candidatos). Na última prova realizada em 17/03/2005 foram 68 candidatos, 42 pessoas foram selecionadas, portanto 65% lograram êxito.

Os candidatos que não pontuaram , com certeza , não estudaram , entregaram a prova rapidinho, e não tinha os macetes e atitudes para se dá bem nas provas. O candidato que não for aprovado, pela segunda vez, não poderá inscrever-se para as duas convocações seguintes . Findo este prazo, poderá inscrever-se para um terceiro exame, podendo ser examinado pela associação nacional ou pela FIFA, de acordo com sua opção.

Das Provas Nos últimos anos , as provas da FIFA / CBF são consideradas inteligentes , geralmente não tem perguntas diretas, exige que o candidato pense um pouco, relativo a datas, prazos, locais, paises, continentes, etc. Por isto , é que o candidato primeiro tem que decorar / estudar praticamente os textos, depois com o tempo vem o entendimento. Do programa para as provas para tornar Agente FIFA Para tornar-se um agente de jogadores credenciado pela Fifa, os interessados que residem no Brasil devem passar por um exame aplicado pela CBF. A prova consta de 20 perguntas, no sistema de múltipla escolha, 15 formuladas pela Fifa, em espanhol e cinco pela CBF, em português. O exame é feito com base na Regulamentação Internacional, FIFA e na Legislação Nacional, CBF, a saber: Aval da Fifa para ser agente de atletas exige ao menos R$ 8 mil no total A figura do agente de atletas foi implantada em 10 de dezembro de 2000, quando a Fifa firmou direitos, obrigações e deveres para o exercício da profissão. Mas ser esse agente exige R$ 10 mil logo de cara. Antes da prova, que contém 20 questões (15 da Fifa, em inglês ou espanhol, e cinco da CBF), o candidato deve pagar a taxa de inscrição na confederação, de R$ 1.000 Além disso, o interessado, que deve ter o segundo grau completo, terá de bancar o deslocamento para realizar a prova no auditório do prédio da sede da CBF, no Rio. A prova, que exige conhecimentos de direitos civil, trabalhista e desportivo, além dos estatutos da Fifa e da CBF, deve ser feita em uma hora e meia. Para ser aprovado, o candidato deve acertar 70% das questões. Depois, caso tenha superado com êxito tudo até então, o futuro agente deve pagar um seguro em torno de 700 euros ( cerca de R$ 2.100,00) para até 05 jogadores anuais à

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federação internacional e ainda desembolsar  R$ 5.000 para ter a carteirinha da entidade, uma única vez. Apenas o seguro que é renovável e depende do número de jogadores que o agente representa, mas de qualquer forma, no primeiro instante, o agente tem que fazer o seguro de no mínimo de (0-5) jogadores

O título, vitalício se o profissional não descumprir as regras da profissão, deve ser  renovado todos os anos com o pagamento do seguro. Com o título, o agente pode negociar atletas em todo o canto do mundo , respeitando as legislações locais. Além dos agentes, só advogados com procuração, parentes (pais e irmãos) e clubes podem atuar na transferência de atletas.

O Agente tem 12 meses para credenciar, após ter sucesso no exame.

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SEGURO AGENTE DE JOGADORES De acordo com o art. 6º, § 1º, do Regulamento de Agentes de Jogadores, da FIFA, os candidatos aprovados deverão fazer seguro de responsabilidade civil . O candidato deverá enviar a apólice do seguro à CBF Além disso, de acordo com o art. 8º do referido Regulamento, o candidato aprovado deverá assinar o Código Deontológico (conforme Anexo B do Regulamento de Agentes de Jogadores, da FIFA), pelo qual se compromete a cumprir os princípios básicos ali descritos, enquanto atuar como Agente de Jogadores. A inclusão no site da FIFA do nome dos candidatos aprovados somente ocorrerá após o cumprimento de todas as exigências feitas por aquela entidade. É de se salientar que mesmo aprovado o candidato não estará apto a exercer a atividade de agente, isso porque, segundo o artigo 6 do Regulamento, para ele obter sua licença definitiva terá que efetivar um seguro que cubra a responsabilidade civil pelo exercício de sua atividade. Assim, realizado o seguro o candidato estará apto a receber sua licença e exercer a atividade. Aprovado, o candidato deverá providenciar a celebração de um aval bancário de responsabilidade profissional R$ 100.000,00 (cem mil reais), como garantia de eventuais danos causados a clientes. Em vista da dificuldade de encontrar uma seguradora que realize tal seguro, a FIFA admite, em sua substituição, a realização de um depósito - um aval bancário - no valor  de 100.000,00 (Cem Mil Reais ) mas isto dificilmente alguém faz tal aval. E a opção melhor e praticamente única para o AGENTE FIFA é contratar uma apólice de seguro coletiva que abrangerá até 5 licenças (Está no estatuto da FIFA ) , mas no Brasil , os representantes de algumas SEGURADORA estão solicitando o candidato fazer 15 licenças, o que aumenta o preço. Portanto, somente após a realização do seguro ou o aval bancário, estaria, em tese, o agente de jogadores apto para o exercício da atividade de agenciamento.

Anualmente, deverá ser feita a comprovação da vigência do contrato de seguro No Brasil, já estão operando varias seguradoras, para este tipo de cobertura. 1. Las organizaciones de jugadores reconocidas oficialmente por las asociaciones nacionales que quieran ofrecer a los jugadores afiliados los servicios de mediación señalados en el Art. 1 podrán, ante la asociación nacional del territorio en que ejercen sus actividades, contratar en nombre propio una póliza de responsabilidad civil colectiva en el ejercicio de la profesión.

2. Este seguro podrá cubrir los riesgos de cinco licencias como máximo . No obstante, los titulares deberán ser miembros bona fide de las organizaciones en cuestión, haber aprobado el examen descrito en el Apéndice A adjunto a este Reglamento y comprometerse con su firma a cumplir con las disposiciones del

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RAIO -X DO MERCADO DE AGENTE DE JOGADORES Centro Virtual Latino Esportivo www.agentefifa.com.br código deontológico, conforme a lo estipulado en el Art. 8. Los nombres de los candidatos que hayan obtenido la licencia deberán igualmente figurar en la póliza de seguros mencionada en el § 1 precedente.

TEM MULHER NO MERCADO Elas começaram no ramo por acaso. E hoje Selenide da Silva e Cátia Fabiane Coqui fazem o país despontar no continente americano quando se trata de mulheres como agentes de atletas com certificado da Fifa. O Brasil, ao lado do Paraguai, é o único dos 16 países das Américas que tem mais de uma mulher nessa profissão. Uma em Salvador (BA), outra em São Paulo (SP), Selenide e Cátia abriram empresas, a Megga Soccer Brasil e a Tot Sport, respectivamente, e já agenciam 20 e 30 jogadores. "Fico feliz de ver outra mulher na área. Quando entrei, pela cultura do Nordeste, sofri por ser mulher num ambiente masculino", diz Selenide, que tinha uma microempresa antes de se tornar a primeira agente do país, em 2002. Hoje ela tem um irmão e três olheiros atrás de novos talentos e, além de terminar o curso de direito, quer criar um centro de treinamento. "Sou peixe pequeno perto dos agentes do RJ e SP, como o Leo Rabello e Juan Figer, mas invisto. A idéia do CT é suprir a carência de abrigo e alimentação de talentos." Segundo Selenide, 36, o preconceito hoje é outro. "Até confiam mais em mim por ser  mulher. O problema é quebrar o estigma de que tudo o que dá errado ser culpa do agente." A advogada criminalista Cátia, 29, que tem clientes conhecidos, concorda com a colega. "Digo isso ao Kléber [Santos]." Para o volante Zé Elias, do Santos, que tem como seu agente Marcelo Djian, a presença de mulheres no mercado é positiva. "Se elas tiverem conhecimento podem trabalhar  com qualquer atleta que quiserem."

LITÍGIOS Qualquer litígio entre um jogador, ou um clube e um agente de jogadores, ou entre 2 agentes registrados na mesma Associação Nacional (litígios nacionais) será tratado e decidido pela A N que expediu a licença do Agente e no caso de litígios internacionais, a Comissão do Estatuto do Jogador da FIFA. As demandas contra a atividade de um agente de jogadores deverão ser remetidas por  escrito a Associação Nacional competente ou a FIFA, até 2 anos depois dos fatos e, em qualquer caso, dentro de 6 meses posteriores a conclusão do trabalho do agente.

O jogador se nega a pagar a comissão contratualmente acordada com um Agente credenciado. Quais as conseqüências de tudo isto ?

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O agente de jogadores pode solicitar que a Comissão do Estatuto do Jogador da FIFA para que resolva o litígio. O contrato firmado pelas partes não abrange os requisitos estipulados Regulamento para agentes de jogadores da FIFA. Se o caso for submetido á instância competente da FIFA, não se concederá uma comissão ao agente de jogadores, pois quem resolve estes litígios é a Comissão do estatuto do Jogador da FIFA e não a instância competente da FIFA.

El tribunal de Arbitraje para Deporte Na 1ª. Instancia foi recorrido La Cámara de Resolución de Disputas de la Comisión del Estatuto del Jugador , já na 2 a. Instancia, qual seria o Órgão ? O órgão é o Tribunal de Arbitraje Deportivo = CAS ( O CAS substituiu definitivamente o TAF) Se consideró especialmente la posibilidad de reconocer la jurisdicción del Tribunal de Arbitraje Deportivo (CAS, en sus siglas en inglés - . Court of Arbitration for Sport O CAS, sigla de " Court of Arbitration for Sport " (Tribunal Arbitral do Esporte), foi criado em 1984 e situa-se sob a autoridade administrativa e financeira do Conselho Internacional de Arbitragem para o Esporte (ICAS ). O Tribunal é composto por  especialistas, em arbitragem e leis esportivas, de diversos países e funciona como a "Corte Suprema", na qual são julgados os casos relativos ao esporte. O Tribunal Arbitral do Esporte (CAS - Court of Arbitration for Sport ) é uma instituição independente de qualquer organização esportiva e oferece serviços para facilitar a solução de disputas ligadas ao esporte por meio da arbitragem, ou mediação, através de regras procedimentais adaptadas às necessidades específicas do esporte mundial. Qualquer disputa direta ou indiretamente ligada ao esporte pode ser submetida ao CAS. A princípio, duas categorias de disputas são submetidas, algumas delas de natureza comercial e algumas de natureza disciplinar. A primeira categoria essencialmente envolve disputas relacionadas à execução de contratos, relações com patrocinadores, venda dos direitos de televisão, organização de eventos esportivos, transferências de jogadores e relações entre atletas ou técnicos e clubes e/ou agentes esportivos. Os casos disciplinares, em grande parte os casos de doping , representam a segunda categoria, juntamente com os casos de violência em campo, abuso dos árbitros entre outros. Esses casos, geralmente, passam pela primeira instância com a autoridade esportiva competente e subseqüentemente inicia-se o processo de apelação junto ao CAS - Court of Arbitration for Sport , que atua como a última instância.

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Qualquer indivíduo ou entidade legal com capacidade para agir poderá recorrer aos serviços do CAS. Isto inclui atletas, clubes, federações esportivas, organizadores de eventos esportivos, patrocinadores ou companhias de televisão.

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PROSPECT DE UMA EMPRESA DE ASSESSORIA ESPORTIVA Apresentação institucional

A NOVA ERA ASSESSORIA ESPORTIVA LTDA é uma empresa especializada em Gerenciamento de Carreiras de Atletas. Isso significa que entendemos claramente as necessidades de nossos atletas como clientes para que possamos desenvolver soluções personalizadas para oferecermos ao mercado Gerenciamento de Carreiras

Nosso principal objetivo é atender todas as necessidades de nossos atletas e proporcioná-los a tranqüilidade necessária para que exerçam sua atividade profissional com total segurança e confiança. Nossa equipe de profissionais cuida de todos aspectos da vida profissional e pessoal do atleta, procurando preservar seus interesses e atender todas suas necessidades.

O gerenciamento de carreiras engloba as seguintes atividades: Recolocação de atletas desempregados, Transferências nacionais e Internacionais, Renovações de Contratos de trabalho e patrocínios, Consultorias Financeiras, contábil e Jurídica com departamentos próprios Assistência Psicológica através de profissionais contratados.

Oferecemos o seguinte benefício Ajuda de custos aos atletas que eventualmente ficarem 03 meses desempregados, Patrocínios de materiais esportivos, (Chuteiras, Bolsas, Camisas, etc...) Cobramos comissões somente após um salário de R$10.000,00 mensais por parte do atleta, Pagamentos de Planos de Saúde para Atletas Desempregados, Fornecimento de Assessoria de Imprensa Gratuita, Possíveis Convocações para a Seleção Brasileira da Categoria, Possibilidades de Cobranças de Comissões dos Clubes Contratantes.

Principios •

Profissionais a serviço do representado.





Honestidade na gestão na carreira do atleta Garantía de seriedade Profissionalismo Perseverancia. Qualidade como proceso continúo. Atenção personalizada. Grupos limitados.



Satisfação do representado.

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Escritório administrativo Rua da Bahia, 996 conjunto 302 – Centro / CEP: 30.160-011 - Belo Horizonte / MG Fone: 0**(31) 3224 9155 / 9171 4038 Responsável : Nilson Ribeiro – Administrador, Contador e Consultor Esportivo [email protected] Departamento Técnico Rua Mário Martins, 82 Conj. 1004 – Bairro Pompéia CEP: 30280-450 Belo Horizonte / MG Fone: 0**(31) 3485 0962 / 9752 5258 Responsáveis : Cássio Simão de Castro – Agente de jogadores Credenciado No. 108 [email protected] Sebastião Ferrari - Empresário [email protected]

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RESOLUÇÃO DE DIRETORIA

RDI Nº 06/2004

Dispõe sobre a contratação de Agentes de Jogadores regulamentada pela FIFA, e dá outras providências

A Diretoria da Confederação Brasileira de Futebol, no uso de suas atribuições legais e estatutárias,

CONSIDERANDO que o Regulamento de Agentes de Jogadores, emanado da FIFA, aprovado pelo Comitê Executivo, em 1º de dezembro de 2000, em seu artigo 1, autorizou aos clubes e jogadores a se utilizarem dos serviços de agentes de jogadores, nas negociações com outros jogadores ou clubes; CONSIDERANDO que só podem exercer tal atividade pessoas físicas, desde que devidamente licenciados por uma Associação Nacional filiada; CONSIDERANDO que a concessão do licenciamento exige, entre outras condições, que o candidato obtenha aprovação em exame escrito, e contrate apólice de seguro do exercício profissional, como garantia para seu contratante, jogador ou clube;

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CONSIDERANDO que a CBF, como filiada à FIFA, tem obrigação de cumprir, rigorosamente, todas as suas normas; CONSIDERANDO que o noticiário é farto no sentido de apontar negociações entre clubes e jogadores realizadas por intermédio de pessoas não habilitadas;

R E S O L V E  :

I. - Em cumprimento ao mandamento da FIFA, determinar que jogadores e clubes somente efetuem negociações por intermédio de Agentes de Jogadores licenciados pelas Associações Nacionais.

II. – Toda vez que forem noticiadas negociações entre jogadores ou clubes com a intervenção de pessoas que não estejam devidamente habilitadas, com a licença emitida por uma Associação Nacional, será feita a devida comunicação aos órgãos competentes da Justiça Desportiva para a adoção das medidas punitivas adequadas.

A presente RDI entra em vigor na data de sua aprovação.

Rio de Janeiro, 30 de junho de 2004.

RICARDO TERRA TEIXEIRA Presidente

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REGULAMENTO DO AGENTE DE JOGADOR CREDENCIADO Os litígios entre agentes, clubes e jogadores, quando as partes forem. brasileiras, serão julgados pelo Comitê de Resolução de Litígios instituído pela CBF,Conforme determinação da FIFA, e os demais litígios serão julgados pelos Organismos da FIFA. Os casos omissos serão resolvidos de acordo com o Regulamento de “Agente de Jogador”, da FIFA. É permitido aos jogadores e clubes recorrer aos serviços de um "Agente de Jogadores" nas negociações da assinatura de contratos de trabalho e para as transferências, desde que ele seja devidamente credenciado pela FIFA ou por uma Associação Nacional filiada. O Agente de Jogadores será , exclusivamente, pessoa física. Independem, no entanto, de licença para atuar como intermediário nas negociações, os pais, irmãos, cônjuge, ou advogado devidamente inscrito na OAB, desde que o façam pessoalmente . Cumpridas as formalidades, o candidato firmará compromisso de respeitar o Código Deontológico e receberá a carteira de "Agente de Jogadores" expedida pela CBF. O candidato que não for aprovado terá direito a requerer novo exame, que será realizado em março ou setembro, seguintes à realização do exame a que se submeteu, em data a ser determinada pela FIFA. O candidato que não for aprovado, pela segunda vez, não poderá inscrever-se para as duas convocações seguintes. Findo este prazo, poderá inscrever-se para um terceiro exame, podendo ser examinado pela associação nacional ou pela FIFA, de acordo com sua opção. Os contratos firmados pelo "Agente de Jogadores", com clubes ou jogadores deverão ser registrados na CBF. Os clubes e jogadores que negociarem com intermediários que não sejam "Agentes de Jogadores", na forma deste Regulamento, serão passíveis de advertência, multa e suspensão, com a devida comunicação à FIFA. O candidato, ao solicitar a licença, pagará a título de ressarcimento de despesas, no dia de inscrição, a importância de R$ 1 mil e para obter a carteira, a importância de R$ 5 mil. O processamento da licença de "Agente de Jogadores" será feito no Departamento Jurídico da CBF. Os litígios entre agentes, clubes e jogadores, quando as partes forem brasileiras , serão julgados pelo Comitê de Resolução de Litígios instituído pela CBF, conforme determinação da FIFA, e os demais litígios serão julgados pelos organismos da FIFA. Os casos omissos serão resolvidos de acordo com o Regulamento de "Agente de Jogador", da FIFA.

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AGENTE DE JOGADORES - CÓDIGO DEONTOLÓGICO

I O Agente de jogadores se compromete a exercer conscientemente sua atividade e comportar-se dignamente no desempenho de sua profissão e atividades pertinentes

II O Agente de Jogadores defenderá os princípios da verdade, clareza e imparcialidade tanto diante de seu mandante, como diante de seus sócios em negociações e terceiros

III Os Agentes de Jogadores se ajustará ao direito e equidade na defesa dos interesses de seu mandante e procurará estabelecer uma relação jurídica inequívoca

IV Os Agentes de jogadores respeitará os direitos de seus sócios em negociações e terceiros. Especificamente , respeitará as relação contratuais de seus colegas e se absterá de iniciar ações que possam conduzir a angariar mandantes destes últimos.

V 1. O Agente de jogadores manterá uma contabilidade razoável sobre sua atividade comercial. Em particular, se assegurá de que suas gestões se possam comprovadas mediante documentação e atas correspondentes. 2. Deverá manter um registro fiel que reflita com veracidade o desenvolvimento de seus negócios. 3. O Agente de Jogadores se compromete a apresentar, mediante solicitação, a documentação e atas relacionadas com casos disciplinares na qualquer outra disputa á autoridade correspondente 4. O Agente de Jogadores apresentará a seu mandante quando for por este solicitado a fatura de seus honorários, diárias possíveis gastos

Rio de Janeiro/ RJ, 22 de Agosto de 2005

Agente de Jogadores :___________________________________________________-

NOME COMPLETO DO AGENTE CREDENCIADO

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Associação Nacional :___________________________________________________ 

CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO (ìntegra do contrato padrão da CBF) Entre o empresário e o atleta Agente de Jogadores: CASSIO SIMÃO DE CASTRO, brasileiro, solteiro, Agente de Jogadores, residente e domiciliado nesta cidade de á Rua Mário Martins, 82 apto 904, Bairro Pompéia, CEP: 30.160-010 – BELO HORIZONTE/ MG , Carteira de identidade no. M-5016.489, expedida pela SSP/MG, inscrito no CPF sob o no. 968.245.906-06 e Atleta: ROBERTO LIMA GUIMARÃES, brasileiro, maior, solteiro, atleta profissional. Portador da CI MG 10730989 SSPMG e CPF no. 218.143-567-90, residente e domiciliado à Rua Afonso Diniz, 140, bairro Céu Azul, Curvelo, Minas Gerais. Concordam em concluir o presente Contrato, nos termos que se seguem: 1- DURAÇÃO Este contrato será válido por  24 (vinte e quatro) meses, com início em 01/01/2004 e término em 01/01/2006 2- REMUNERAÇÃO O Agente de Jogadores, ou quem for por ele indicado, receberá comissão no montante de 10% (dez por cento) do valor total devido ao Atleta, como resultado de todos e quaisquer contratos negociados ou firmados pelo Agente de Jogadores. 3- EXCLUSIVIDADE As partes concordam que todos e quaisquer direitos de negociação de contratos de trabalho com Clubes ou Empresas e intermediação em transferências nacionais ou internacionais, serão de responsabilidade do Agente de Jogadores ora contratado, que passa a ser o único e exclusivo representante do Atleta. 4- OUTROS ACORDOS Se o Agente de Jogadores iniciar uma negociação de transferência para o Atleta até o último dia antes do término deste contrato, o Atleta se compromete a respeitar as cláusulas deste contrato até que seja concluída a negociação de transferência e caso esta venha a se concretizar. 4.1- Caso algum contrato firmado ou negociado pelo Agente de Jogadores sob a égide do presente instrumento, em benefício do Atleta, tenha duração superior ao prazo estabelecido na cláusula 1ª (DURAÇÃO), a remuneração prevista na cláusula 2ª supra (REMUNERAÇÃO), será devida até o final daquele.

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5- LEGISLAÇÃO OBRIGATÓRIA As partes concordam em aderir às provisões da Lei Pública em vigor, que governam a colocação de trabalho, e outras provisões obrigatórias do país concernente, como também à lei internacional e aos outros tratados e regulamentos aplicáveis. As partes elegem os Comitês da FÉDÉRATION INTERNATIONALE DE FOOTBALL ASSOCIATION – FIFA e da CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL - CBF, para dirimir qualquer dúvida ou litígio oriundo do presente instrumento.

NOTAS FINAIS Este Contrato foi assinado em 04 (quatro) vias e as cópias distribuídas como se segue: -

Agente de Jogadores Atleta Associação Nacional na qual o Agente de Jogadores é registrado Associação Nacional na qual o Atleta é registrado.

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CONCLUSÃO Agente de Jogador / Agente Esportivo / Agente FIFA, Agente de Jogador Credenciado / Agente da CBF e empresário de Futebol são praticamente a mesma coisa no mundo do futebol. Atualmente, o trabalho do agente esportivo e a posição do procurador do atleta envolvem cifras altíssimas. Nesse sentido, por melhor que seja a intenção do pai de um atleta ou de alguém não especializado em conduzir uma negociação, este poderá ser  envolvido pelas circunstâncias e deixar escapar um detalhe que, talvez, signifique milhões de dólares. Em razão disso, aconselha-se que todas as atividades de agenciamento sejam sempre exercidas por profissionais da área. Isso não exclui a participação, por exemplo, do pai do atleta, apenas alerta para a necessidade de uma assessoria profissional, competente e especializada. É inegável que os atletas que contam com uma assessoria profissional especializada conseguem vantagens em relação aos demais, a exemplo de contratos mais vantajosos, contato rápido com os clubes, valorização da imagem do atleta, preservação quanto ao desgaste de uma negociação e outros benefícios. Lógico que estamos falando dos profissionais sérios que oferecem assessoria e estrutura adequada, para os quais o esporte é uma profissão e não uma aventura. Em breve, os atletas que almejam destaque no mercado esportivo tenderão a contar, exclusivamente, com profissionais da área, sobretudo no momento em que os agentes esportivos e procuradores demonstrarem sua importância e conquistarem respeito e confiança. Para que isso ocorra, oferecer uma estrutura privilegiada e uma assessoria completa aos atletas é uma premissa básica a fim de proporcionar tranqüilidade para o atleta exercer sua profissão. A fim de disponibilizar a estrutura ideal para seus atletas, envolvendo aspectos legais, tributários, financeiros, patrimoniais, pessoais, bem como, questões de marketing, um agente ou procurador mais esclarecido sempre conta com os serviços de advogados, contadores, gestores financeiros entre outros profissionais especializados para assessorá-lo. Nesse sentido, o agente ou procurador continua com o controle dos negócios, contudo, terceiriza a prestação dos serviços. Posta assim a questão, entendemos que todos seriam beneficiados: O atleta porque contaria com uma assessoria completa oferecida por profissionais especializados e centralizada em uma pessoa da sua confiança, desta forma, o atleta se dedicará, exclusivamente, ao exercício de sua profissão, ampliando suas chances de conquistar  melhores resultados e, conseqüentemente, sendo valorizado, abrindo novas oportunidades com clubes e patrocinadores, enfim, ganharia mais dinheiro e aproveitaria melhor o seu patrimônio; O clube porque teria um atleta focado na prática esportiva podendo alcançar melhores resultados; E por fim, o agente porque ampliaria sua prestação de serviços com o apoio de profissionais especializados, permanecendo focado em sua atividade basilar – a intermediação – sem prejudicar a prestação de outros serviços, desta forma, conquistaria prestígio e credibilidade no mercado esportivo e, conseqüentemente, aumentaria sua fonte de receita e atrairia novos atletas e clubes.

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FORMAÇÃO DO AGENTE DE JOGADORES – Sem espaço para amadorismo As práticas esportivas estão cada vez mais profissionais. Há clubes e organizações de vários esportes, que movimentam campeonatos grandes em todo o país. Isso significa que não há mais espaço para amadorismo na liderança desses grupos. No entanto, falta mão-de-obra especializada para ocupar os postos de gerência que surgem. Para quem gosta de esporte, investir na carreira de gestor nessa área pode render bons frutos. Mas, de acordo com o coordenador, uma das áreas mais promissoras é o futebol. Apesar  da quantidade de times e associações espalhados pelo país, os dirigentes ainda resistem em profissionalizar os negócios. "Muitos clubes faliram por falta de administração. As oportunidades surgem aos poucos, à medida que os antigos empresários vão reconhecendo a importância de um especialista na gestão", afirma. Além das vagas em clubes e associações - que são os maiores empregadores , Nilson Ribeiro, consultor esportivo, ressalta que há boas oportunidades na gerência de carreiras de atletas. Ele garante que os salários são os melhores da categoria. Mas, para ter sucesso, o estudante precisa investir nos estudos. Cursos de especialização se tornou critério indispensável para garantir boa formação e destaque no mercado. Ainda há carência por profissionais no mercado esportivo, sentenciam os especialistas

Para alimentar um mercado dinâmico como está se tornando o esportivo é fundamental mão-de-obra qualificada. É de olho nessas oportunidades que cresce o número de ofertas de cursos para a formação, nas mais variadas áreas, dentro do esporte. O futebol, como o esporte número no Brasil, ocupa o centro das atenções tanto de quem quer se qualificar quanto dos educadores. Veja, a seguir, alguns trechos dos depoimentos de dois pesquisadores e coordenadores de cursos que estão sendo oferecidos nesse semestre: Um deles, Ricardo Almeida, é especialista em gestão empresarial pela FGV e docente universitário na área de marketing. Atualmente, é o coordenador do curso de pósgraduação de Administração, Comunicação e Marketing no Esporte na Unigranrio e sub-coordenador do curso de pós-graduação de Marketing e Comunicação Esportiva na Metrocamp, em Campinas. O outro é Oliver Seitz, pesquisador do Grupo de Indústria do Futebol da Universidade de Liverpool na Inglaterra. Formado em Comunicação Social, ele aproveita as férias no Brasil, para compartilhar com profissionais de mercado e estudante um pouco das suas reflexões colhidas na pesquisa na Inglaterra. Com leves divergências entre eles, os dois coordenadores completam-se na percepção de que o futuro profissional do futebol e do esporte, no seu conjunto, passa pela educação.

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Cidade do Futebol - Por favor, explique a importância do lançamento de tantos cursos para a área esportiva, com destaque para o futebol. Ricardo Almeida - Eu acredito que o público-consumidor esteja passando por um processo de amadurecimento constante em relação à aceitação de cursos voltados ao esporte. Há um crescimento da procura por parte dos jovens que concluem sua graduação e buscam uma pós-graduação voltada à administração esportiva, até porque o bacharelado no Esporte no Brasil é quase inexistente, com exceção de poucos, como o da São Marcos. Há também aqueles que se desiludem com o início da carreira que escolheram e buscam oportunidades relacionadas às áreas esportivas, como o marketing, a comunicação e a administração esportiva, entre outros. Todos entendem que a profissionalização do esporte é inevitável para o desenvolvimento do setor, e para isso a capacitação profissional é premissa básica nessa evolução. Oliver Seitz - Apesar do esporte possuir grande interesse popular, não considero que a demanda por cursos de administração esportiva seja muito forte. Ela existe, claro, mas precisa ser muito bem explorada. Isso porque o universo do esporte profissional ainda carece de possibilidades de acesso, o que faz com que os cursos sejam vistos como dinheiro jogado fora. É bastante freqüente que as pessoas procurem fazer os cursos priorizando mais a busca por contatos profissionais do que pelo próprio conhecimento em si, e quando as oportunidades não aparecem acaba parecendo que o curso não serviu pra nada. Isso é certamente um grande problema para a área. Cidade do Futebol - Qual a perspectiva que vocês têm em relação ao publico interessado no futebol? Ricardo Almeida - O futebol é o carro-chefe dentre as modalidades esportivas existentes no Brasil e continuará dessa forma nos próximos anos. O público tem interesse em fazer parte do mundo do futebol, mas não sabe quais os caminhos para torná-lo viável. Acredito que esses cursos serão uma ponte através de parcerias firmadas junto a clubes e entidades esportivas, propiciando uma mão-de-obra qualificada para uma atividade nem sempre valorizada atualmente dentro dessas instituições esportivas. Oliver Seitz - Acredito que existam pelo menos três tipos de públicos que buscam cursos especializados em futebol: os curiosos, os interessados e os profissionais. Os curiosos fazem os cursos em busca de conhecimento a respeito do funcionamento e dos processos do futebol de forma a validar a informação que coleta de outras fontes, principalmente da imprensa . Para eles, o maior benefício é ter uma opinião mais embasada em discussões informais e nas manifestações sobre o andamento do seu clube. É basicamente um torcedor especializado não só no jogo em si, mas em todo o processo que envolve um clube de futebol. Os interessados em geral são estudantes ou recém-formados que possuem planos pra ingressar na área e procuram mais informação a respeito da indústria e se vale à pena mesmo focar na área, e por possíveis contatos. Os profissionais, como o próprio nome já diz, são pessoas que já atuam na área e buscam aprimorar seus conhecimentos e captar possíveis oportunidades para futuros negócios. Infelizmente, esses últimos são os mais raros. PROPOSTA DOS NOSSOS CURSOS A proposta deste projeto é ambiciosa: reunir em um único curso os conteúdos necessários para o ser aprovado no exame FIFA, realizado pela CBF, mas também um verdadeiro curso de extensão de Gestão em Futebol.

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Também ficou provado que é uma ferramenta muito eficaz para resolver qualquer  contingência que se apresente para o futuro desempenho da profissão do empresário, agente ou procurador de atleta. O curso também tem a missão de esclarecer as principais dúvidas administrativas, jurídicas e mercadológicas dos gestores deste setor, debatendo sobre o posicionamento e a visibilidade da marca, contabilidade, contratos, mensuração de retorno de imagem, assessoria de imprensa, marketing e naming rights, gestão de clubes e gerenciamento de carreira de jogador de futebol e muito mais. Os nossos cursos são práticos, equivalentes a uma especialização e direcionados para quem quer adquirir  novas competências focadas no futebol, inclusive atuar como Agente Credenciado. Em qualquer um dos casos é importante , freqüentar o meio e fazer contatos na área para entrar no mercado.

O Centro Virtual Latino Esportivo ( www.agentefifa.com.br ) é um centro de gestão esportiva e atua desde 2002 no mercado, disponibilizando cursos permanentes com conteúdo diferenciado na realização de preparatório para Exame FIFA e outros cursos de demanda no mercado, dotando os profissionais para atuar com competência neste fascinante mercado de trabalho chamado futebol . Os cursos foram criados para que o profissional possa planejar seus próprios horários de estudo, sem precisar se deslocar para fazê-los , neutralizando as barreiras de distância e tempo. Permite que o profissional estude em sua própria casa, ou em local de sua escolha, equilibrando a qualidade, profundidade e a informação atualizada. Num contexto de complexidade e mudanças aceleradas, características do mundo contemporâneo, evidenciam-se profundos desequilíbrios estruturais na educação, o que exigirá a necessidade de adequar-se ao uso de melhores instrumentos para enfrentar os novos desafios de conhecimento.

Agora, é só chutar para o gol ! CURSOS

Gestão Esportiva / Agente FIFA

Direito Desportivo

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Gerenciamento Carreira de Jogador 

Marketing e Patrocínio Esportivo

PÚBLICO-ALVO Escolaridade : O curso destina-se a Profissionais que possuam no mínimo diploma do Ensino Médio (2o. Grau) e detentores do seguinte perfil : • • • • • • • • •





Aspirantes a Empresários de Futebol Profissionais que vislumbram uma carreira de Agente de Jogadores credenciado Ex Atletas Familiares dos atletas Administradores de Gestão de carreira de jogadores de futebol Gestores de clubes de futebol Advogados Profissionais de Educação Física Entusiastas do esporte, com uma mentalidade aberta e que almejam uma posição de liderança no mundo dos esportes. Executivos que vislumbrem uma carreira de sucesso em administração esportiva. Graduados de diferentes especialidades que planejem a realização de uma carreira gerencial em organizações do mundo dos esportes.

CERTIFICADO DE CONCLUSÃO O Certificado de conclusão do curso será enviado para o endereço do aluno após a entrega de uma pequena monografia sobre qualquer assunto envolvendo a atividade esportiva. O próximo exame de habilitação para Agente FIFA está já confirmado pela CBF em Setembro / 2006 (www.cbfnews.com.br) THE FUTURE IS NOW!

CONTATO: CENTRO VIRTUAL LATINO ESPORTIVO NILSON RIBEIRO Consultor Esportivo , Professor e Palestrante Email: [email protected]  MSN: [email protected]  Site: www.agentefifa.com.br  Tel: +55 (31) 3224 - 9155 Cel : +55 (31) 9171 - 4038 Endereço : Rua da Bahia, 996 Conjunto 302 - Centro

CEP:30.160-011 - BELO HORIZONTE/ MG - B R A S I L

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