Medicamentos a Partir de Plantas is No Brasil_noPW

May 11, 2019 | Author: Luiz Grissom | Category: Pharmaceutical Industry, The United States, Brazil, Industries, Europe
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MEDICAMENTOS A PARTIR DE PLANTAS MEDICINAIS NO BRASIL Equipe Principal: Sérgio H. Ferreira (Supervisor) Lauro E. S. Barata (Coordenador) Sérgio L. M. Salles Fº Sérgio R. R. de Queiroz Auxiliares: Rosana Corazza (auxiliar de pesquisa) Reus Coutinho Farias (consultor)

Projeto financiado pela Academia Brasileira de Ciências e Ministério da Ciência e Tecnolgia-MCT (1997) Livro Publicado pela Academia Brasileira de Ciências 1998 OBS: A edição deste livro está esgotada. Uma nova edição está sendo preparada. Cópias cuja comercialização é proibida, podem ser feitas á partir deste arquivo. É vedado o uso do todo ou de parte desta obra, sem a expressa licença do seu Coordenador ([email protected] ( [email protected]). ). Pede-se citar a fonte.

2

MEDICAMENTOS A PARTIR DE PLANTAS MEDICINAIS NO BRASIL SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO

1

2. A INDÚSTRIA INDÚST RIA FARMACÊUTICA FARMACÊUTICA E DE FITOTERÁPICOS FITOTERÁPI COS

4

2.1 As mudanças recentes na indústria farmacêutica mundial

4

2.2 A indústria de fitoterápicos: quadro internacional

6

2.3 A produção brasileira de medicamentos a partir de plantas medicinais

12

3. A PESQUISA DE MEDICAMENTOS MEDICAM ENTOS A PARTIR DE PLANTAS

22

3.1 O processo de desenvolvimento desenvolvimento de novos medicamentos medicamentos

22

3.2 A pesquisa científica em plantas plantas medicinais no Brasil

28

3.3 Avaliação dos estudos experimentais com plantas medicinais

32

4. A AÇÃO GOVERNAMENTAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE FITOFÁRMACOS

51

5. ESTRATÉGIAS PARA DESENVOLVER A PRODUÇÃO DE MEDICAMENTOS A PARTIR DE PLANTAS PLANTAS MEDICINAIS

65

5.1 Quem são os atores e como eles interagem

65

5.2 Vantagens e obstáculos para o desenvolvimento da área de produtos naturais

67

5.3 Proposta para uma estratégia para desenvolver a produção de medicamentos a partir de plantas medicinais

70

MEDICAMENTOS A PARTIR DE PLANTAS MEDICINAIS NO BRASIL 1. INTRODUÇÃO A nossa proposta inicial era de realizar uma análise ampla dos problemas associados ao desenvolvimento de medicamentos no Brasil com o intuito de promover

o incentivo desta área.

Esta proposta se impunha pelo fato do Brasil, apesar da enorme diferença de poder aquisitivo de suas camadas sociais, encontrar-se, já há

alguns anos, entre os dez maiores consumidores

de

medicamentos do mundo. Neste estudo, todavia, restringimos nosso enfoque para o desenvolvimento de medicamentos a partir de plantas medicinais. Em parte, porque em análise anteriormente realizada sobre a competitividade da indústria de fármacos

brasileira (Coutinho e Ferraz, 1994), ficou demonstrado

que o Brasil teria enormes dificuldades de atuar na área de medicamentos sintéticos. Além disso, a recente implantação da lei de patentes enfraqueceu substancialmente as perspectivas da indústria química brasileira. Grande parte dos medicamentos que estão

no mercado originam-se de produtos naturais, em

especial, de plantas. Entre as vinte drogas mais vendidas nos EUA em 1988, apenas sete não derivavam diretamente de produtos naturais. Ainda assim, estes participaram em algum momento da história farmacológica dessas drogas. Naturalmente, o Brasil, com a sua enorme biodiversidade, pode contribuir para o desenvolvimento de novos medicamentos produzidos a partir de plantas. O grande problema consiste em saber que parcela desse esforço de desenvolvimento caberá aos cientistas e às empresas brasileiras. A nação já fez um considerável investimento na formação de investigadores e montagem de laboratórios. Houve um estímulo continuado no estudo de propriedades farmacológicas, na sua maioria, tentando comprovar a validade do uso popular de plantas medicinais. A idéia que presidia estes estudos era de utilizar os produtos naturais como substituição barata à terapia convencional. Embora várias plantas estejam sendo utilizadas com fins terapêuticos (e mesmo comercializadas) a grande maioria não possui dados científicos que comprovem a sua eficácia e seu espectro toxicológico no homem, assim como

garantia de qualidade do produto ou de sua produção. Apesar

de três ou quatro décadas de estudos, pode-se dizer que até esta data não houve um processo coordenado de todos os atores do processo (indústria, farmacólogos, fitoquímicos, químicos de síntese, toxicólogos, investigadores clínicos, etc) visando o desenvolvimento de drogas a partir de plantas. Permanece a questão: até quando um país com a rica biodiversidade como a do Brasil continuará deixando de explorar este potencial para descoberta de novos medicamentos? 2

Estas considerações fizeram com que enfocássemos neste trabalho os aspectos da P&D, produção e ações governamentais relacionadas ao desenvolvimento de medicamentos a partir de plantas medicinais. Espera-se que este estudo possa fornecer a pesquisadores, empresas e policy-makers, entre outros, dados para tomar decisões de investimento em termos de prazos, recursos, projetos e esforços nessa área. Neste relatório foi levantado um conjunto amplo de dados quantitativos através de pesquisa bibliográfica e consulta a bases de dados informatizadas. Essas informações foram organizadas em um banco de dados bibliográficos, com acesso por assunto ou por autor, cuja estrutura é apresentada no Anexo 1. Também fez parte da metodologia utilizada no trabalho a aplicação de questionários (vide Anexo 2) dirigidos a empresas, cientistas e órgãos do governo. O objetivo básico destes questionários era obter dados qualitativos a respeito do quadro nacional na produção, na pesquisa e no apoio do governo a atividades na área de plantas medicinais. Esse mesmo objetivo foi também buscado através de entrevistas com empresários, cientistas e agentes governamentais, visando reforçar alguns pontos deste relatório que poderiam vir a ser polemizados. Uma grande dificuldade que pode ser percebida durante a pesquisa foi a falta de dados estatísticos da área de negócios, bem como problemas para extrair informações de fontes oficiais. As empresas, além de não disporem dos dados, têm uma grande dificuldade de produzi-los quando instadas a fazê-lo. Com relação à estrutura do trabalho, no capítulo 2 discute-se a indústria de fitoterápicos dentro de seu contexto, a indústria farmacêutica. Primeiramente, são apresentadas algumas das principais transformações mundiais por que vem passando esta última. Em seguida, analisa-se o quadro internacional da indústria de fitoterápicos. Por fim, a análise se volta para o caso brasileiro. O capítulo 3, também dividido em três seções, analisa a pesquisa de medicamentos a partir de plantas. Na primeira seção, destaca-se o processo de desenvolvimento de novos medicamentos, de modo geral. A segunda trata da pesquisa científica em plantas medicinais no Brasil. Finalmente, é feita uma avaliação de estudos experimentais com plantas medicinais produzidos nas universidades brasileiras. O capítulo 4 discute as principais ações governamentais para o desenvolvimento de fitofármacos. O capítulo final pretende esboçar uma estratégia para desenvolver a produção de medicamentos a partir de plantas medicinais no Brasil. 3

Definições utilizadas neste trabalho: Plantas medicinais

São plantas que têm atividade biológica, possuindo um ou mais princípios ativos, úteis à saúde humana. Muitas delas são hoje usadas em cosméticos e neste caso se denominam cosmecêuticos (do inglês, cosmetics + pharmaceuticals). Fitoterápicos ou Fitomedicamentos

A expressão fitoterapia é atribuída a medicamentos originados exclusivamente de material botânico integral ou seus extratos usados com o propósito de tratamento médico1. Fitoterápicos são classificados como medicamentos e como suplemento alimentar. Podem ser: 1) Plantas Medicinais - no Brasil são consideradas como produtos não-éticos e tratados em muitos casos como suplemento alimentar. Podem ser adquiridas em Farmácias de Manipulação, Supermercados ou Feiras Livres; são regulamentadas pelo DINAL (Ministério da Saúde); o controle de qualidade é precário ou não existente; não há necessidade de registro no MS ou qualquer outro órgão controlador para o comércio e venda de plantas medicinais, a granel ou embalados como chás em saquinhos. Esta situação deve mudar em janeiro de 2000 com a entrada em vigor da Portaria nº 6, de 31 de janeiro de 1995, da Secretaria de Vigilância Sanitária do MS. 2) Extratos de Plantas - são muitas vezes produzidos por empresas não cadastradas. Produtos técnicos produzidos por empresas respeitadas (ex. Sanofi, Sanrisil) são adquiridas por outras empresas que frequentemente adulteram o produto final ao consumidor. Fitofármaco

É a substância medicamentosa isolada de extratos de plantas, como a rutina e a pilocarpina, alguns dos raros fitofármacos produzidos no Brasil.

1

Diferentes outras expressões aparecem em jornais e revistas estrangeiros para designar os medicamentos originados de

plantas medicinais: herbal drugs , medicinals & botanicals , etc. 4

2. INDÚSTRIA FARMACÊUTICA E DE FITOTERÁPICOS 2.1 As mudanças recentes na indústria farmacêutica mundial A indústria farmacêutica caracteriza-se pela alta tecnologia e rápido crescimento. Nos anos recentes ela tem sofrido intensa pressão por parte dos governos dos países industrializados, preocupados com os custos de seus sistemas de saúde. Em particular, os EUA, cujos gastos com atendimento à saúde chegaram a 14% do PNB em 1994 - 40% a mais que Canadá, Japão ou UE -, vêm forçando uma redução dos preços dos medicamentos. Estes não são, certamente, os únicos responsáveis pelos elevados gastos em saúde, mas podem dar sua contribuição para reduzir os custos na área. Desse modo, as margens de lucro da indústria farmacêutica - usualmente bastante elevadas - vêm sendo comprimidas. A isto soma-se ainda o aumento dos custos de inovação. O custo médio da P&D de um novo medicamento passou de US$ 1,5-2,0 milhões no período 1956-62 para US$ 20-22 milhões entre 1966 e 1972 (dólar de 1973), segundo Rigoni (1985). Em 1985 o autor estimava esse custo em torno de US$ 100 milhões, valor que no início da década de 90 teria mais do que dobrado2. As despesas em P&D como percentagem do faturamento passaram de algo como 10% nos anos 60 e 70 para um valor acima de 15% nos anos 80. Como se pode ver no Quadro 2.1, a média do gasto em P&D nos principais países atingia quase 16% em 1991, com números significativamente maiores em alguns casos (Reino Unido, Suíça e Suécia). Quadro 2.1 - Gasto em P&D farmacêutica no mundo em 1991 País

Gasto em P&D (US$ milhões) EUA 9.056 Japão 4.665 Alemanha 3.126 Reino Unido 2.845 França 2.529 Suíça 1.644 Itália 1.545 Suécia 617 Países baixos 285 Bélgica 272 Dinamarca 262 Espanha 167 Total 27.013 (1) vendas domésticas mais exportação Fonte: Scrip’s Yearbook, 1993.

2

% das vendas (1) 18,39 12,11 16,13 28,17 14,82 28,77 10,36 23,23 8,60 8,32 15,52 2,80 15,72

Segundo outras fontes, o valor poderia chegar a US$ 300 milhões por medicamento. 5

O Quadro 2.2 mostra o gasto em P&D por empresa, confirmando os dados apresentados acima. Quadro 2.2 - As 11 maiores companhias farmacêuticas em gasto em P&D, em 1991-92 (1) Companhia

País

Vendas Farmacêuticas Gasto em P&D (US$ milhões) (US$ milhões) Merck (2) EUA 7225,1 1100,0 Glaxo Reino Unido 7247,0 1052,7 Roche Suíça 4119,9 953,3 Bristol-Myers Squibb EUA 5908,0 845,0 Hoechst (3) Alemanha 6263,9 785,8 Bayer (4) Alemanha 5306,4 688,8 Ciba-Geigy (5) Suíça 4052,3 677,8 Sandoz Suíça 4440,7 675,0 Smithkline Beecham EUA /Reino Unido 4370,1 654,6 Johnson & Johnson EUA 3795,0 569,0 Boehringer Ingelheim Alemanha 2534,5 462,8 (1) Números para ano terminado em dez/91, exceto Glaxo (jun/92) e Johnson&Johnson (jan/92) (2) estimativa (3) inclui cosméticos (4) inclui diagnósticos (5) somente produtos éticos Fonte: Scrip’s Yearbook, 1993.

P&D como % de vendas 15,2 14,5 23,1 14,3 12,5 13,0 16,7 15,2 15,0 15,0 18,3

O efeito combinado dos gastos crescentes com P&D e aperto nas margens de lucro vêm estimulando uma onda de fusões e incorporações na indústria farmacêutica, iniciada na década de 80 e que prossegue até hoje. O Quadro 2.3 mostra as 15 maiores empresas do setor em 1991. Aparecem nesta lista a terceira (Bristol-Myers Squibb), sétima (SmithKline Beecham) e décimasegunda (Rhône-Poulenc Rorer) como resultado de fusões. Desde então a Glaxo comprou a Welcome, a Ciba-Geigy (quinta da lista) fundiu-se com a Sandoz (sexta) e a Roche comprou a Sintex, para ficar nos maiores negócios apenas. Quadro 2.3 - As 15 maiores companhias farmacêuticas em vendas no mundo, 1991-92 (1) Companhia

Vendas Farmacêuticas (US$ milhões) % do total de vendas 1 Glaxo (UK) 7.247 100,0 2 Merck (US) 7.225 84,0 3 Bristol-Myers Squibb (US) 5.908 52,9 4 Hoechst (Ger) 5.429 19,1 5 Ciba-Geigy (Sw) 4.612 31,4 6 Sandoz (Sw) 4.441 47,4 7 SmithKline Beecham (UK/US) 4.370 52,7 8 Bayer (Ger) 4.309 16,9 9 Roche (Sw) 4.120 51,6 10 Eli Lilly (US) 4.031 70,4 11 American Home (US) 4.018 56,8 12 Rhône-Poulenc Rorer (Fra/US) 3.824 100,0 13 Johnson & Johnson (US) 3.795 30,5 14 Pfizer (US) 3.771 54,3 15 Abbott (US) 3.512 51,1 (1) Números para ano terminado em dez/91, exceto Glaxo (jun/92) e Johnson&Johnson (jan/92) Fonte: Scrip’s Yearbook, 1993. 6

Pode-se afirmar, portanto, que a indústria farmacêutica internacional passa por transformações importantes. As fusões e incorporações estão criando empresas gigantescas, com enorme capacidade de investimento em P&D, tornando ainda mais difícil a participação nesse mercado de países como o Brasil. Conforme apontado em Queiroz (1993), a competitividade da indústria químico-farmacêutica brasileira é praticamente nula no caso dos produtos patenteados. O aumento de escala da P&D deixa ainda mais remota a possibilidade de reverter esse quadro em um horizonte de tempo previsível. Além disto, as empresas buscam também novas oportunidades de diversificação e, como veremos adiante, o segmento de fitoterápicos tem se mostrado atraente.

2.2 A indústria de fitoterápicos: quadro internacional  Mercado mundial de fitoterápicos: dimensões

As estimativas de mercado para produtos farmacêuticos derivados de plantas variam consideravelmente em função das distintas definições adotadas em cada análise. Tomando-se, por exemplo, o trabalho de Jörg Grünwald (1995), baseado em dados do IMS e do Herbal Medical Database, o mercado mundial de fitoterápicos (herbal remedies) está avaliado em US$ 12,4 bilhões, divididos segundo o Quadro 2.4. Isto representaria aproximadamente 5% do mercado mundial de produtos farmacêuticos. Quadro 2.4 - Mercado mundial de fitoterápicos Região US$ milhões União européia 6.000 Resto da Europa 500 Ásia 2.300 Japão 2.100 EUA 1.500 Total 12.400 Fonte: IMS 1994 e The Herbal Medical Database 1993, apud Jörg Grünwald (1995)

Segundo outras estimativas, este mercado poderia ser bem maior. O Departamento de Comércio americano apresenta, apenas para os EUA, os seguintes dados de vendas de medicinals/botanicals:

7

Quadro 2.5 - Mercado americano de produtos farmacêuticos e de fitoterápicos Item 1987 1988 1989 1990 1991 1992(2) 1993(3) Vendas (1) 35.283 39.532 43.796 47.832 51.880 55.607 58.428 Medicinals & botanicals 4.224 4.948 5.393 5.789 6.647 6.898 7.116 (1) Valor de produtos classificados na indústria farmacêutica produzidos por todas as indústrias. (2) Estimativa, exceto exportações e importações. (3) Estimativa Fonte: Bureau of the Census - U.S. Department of Commerce

Estes dados indicam valores quase cinco vezes maiores para o mercado dos EUA em relação aos dados do Quadro 2.4. Pode estar havendo diferenças nas definições empregadas pelo Departamento de Comércio dos EUA (medicinals/botanicals) e por Jörg Grünwald (herbal remedies). Mas a discrepância entre os dados também pode decorrer do fato de que este último autor utiliza dados de venda no varejo (  Retail Sales Price - RSP), que deixam de incluir vendas efetivadas através de outros canais ou vendas dirigidas a outros segmentos da indústria , inclusive exportações. De todo modo, não se pode ignorar as dificuldades na delimitação do mercado de fitoterápicos. As diferenças entre países são também pronunciadas. A Alemanha é, de longe, o maior mercado mundial de herbal drugs, com vendas de US$ 3 bilhões, isto é, metade do mercado da UE apresentado no Quadro 2.4, e um consumo anual por habitante de US$ 39. A França, com US$ 1,6 bilhões e 26,5% do mercado da UE, vem em segundo. Em termos do peso desse segmento no conjunto da indústria farmacêutica as variações também são grandes. Na Alemanha, os fitoterápicos representavam aproximadamente 25% do mercado farmacêutico total em 1990. Naquele país, 27% dos medicamentos que não exigiam receita médica (OTC) em 1993 eram produtos de plantas, cabendo aí a divisão entre os que eram receitados e reembolsados pelo sistema de seguridade de saúde (12%) e desse modo modo poderiam ser classificados como “semi-éticos”, e os que eram OTC “puros” (15%). Crescimento do mercado de fitoterápicos

In 1993, as vendas de medicinals/botanicals nos EUA aumentaram mais de 7%, atingindo US$ 7 bilhões (aumento de 1,8% em dólares constantes). Como aponta o Departamento de Comércio dos EUA (1994), “o mercado americano de herbal products é relativamente novo, tendo iniciado seu crescimento nos anos 60. Desde essa época, a indústria deixou uma posição marginal para se integrar ao mainstream do mercado biomédico. Com o crescente interesse do consumidor em produtos naturais, as companhias estão ampliando a adição de ingredientes botânicos em seus produtos...à medida que a indústria (farmacêutica) continua a procurar meios de conter preços, a participação de mercado dos medicamentos de plantas deverá crescer”. 8

Esta é também a posição de Jörg Grünwald acerca do potencial dos fitoterápicos. Na Europa o mercado destes produtos está crescendo a uma taxa mais elevada do que a do mercado farmacêutico como um todo, como mostra o Quadro 2.6. Quadro 2.6 - Crescimento do mercado de fitoterápicos em países selecionados em 1993 País Espanha Alemanha Itália Reino Unido Fonte: Nicolas Hall Company (1994)

% 35 15 11 10

O Quadro 2.7 mostra que esse crescimento, além de expressivo, é bastante generalizado: Quadro 2.7 - Taxas de crescimento anual por região (%) Região

Crescimento Crescimento Projeção 1985-1991 1991-1992 1993-1998 EUA 10 12 12 União Européia 10 5 8 Resto da Europa 12 8 12 Japão 18 15 15 Sudeste da Ásia 15 12 12 India e Paquistão 12 15 15 Fonte: The Herbal Medical Database 1993, apud Jörg Grünwald (1995)

Um fator importante para explicar esse dinamismo é o aparecimento da “onda verde”. Desde o final dos anos 60, com o movimento hippie, grupos diferenciados da sociedade começaram a buscar modos de vida mais em harmonia com a natureza e processos e produtos mais naturais. Nos anos 80, o mercado de consumo na Europa e EUA absorve esta tendência que leva a sociedade a exigir alimentos sem contaminação de pesticidas e outras substâncias tóxicas. Este movimento da sociedade conhecido como “onda verde” ( green wave ) está ampliando significativamente o interesse em produtos terapêuticos derivados de plantas como uma alternativa “natural” aos medicamentos sintéticos com sua costumeira lista de efeitos colaterais. Os consumidores típicos dessa medicina complementar, a maior parte deles com níveis educacionais e de renda acima da média (Jörg Grünwald, 1995), crêem que ela pode aumentar a resistência a doenças. Esta “onda” tem levado empresas de distribuição de plantas medicinais na Europa a buscar em toda parte “produtos novos” para atender o mercado em expansão, inclusive para aplicação em cosméticos.

9

Características do mercado

A Europa é bastante representativa do mercado global de fitoterápicos, respondendo por aproximadamente metade das vendas registradas no mundo 3. Naquela região, os medicamentos originados de plantas distribuem-se pelas principais categorias terapêuticas conforme o Gráfico 2.1. Gráfico 2.1 - Categorias terapêuticas de fitomedicamentos na Europa Tônicos 14%

Outros 12%

Hipnótico/sedativo 9%

Cardiovascular 28%

Uso tópico 7% Respiratório 15%

Digestivo 15%

Fonte: Jörg Grünwald (1995)

O mercado é, portanto, razoavelmente bem distribuído entre as classes terapêuticas, analogamente ao mercado farmacêutico em geral (o que não significa que as distribuições entre ambos sejam as mesmas). A predominância dos produtos com efeito cardiovascular também é coerente com o quadro nosológico do mundo desenvolvido, onde as doenças crônico-degenerativas ganham importância com o progressivo envelhecimento da população. Um fato muito importante com relação ao mercado de fitoterápicos é a entrada de novos participantes, notadamente grandes empresas farmacêuticas. Isto está associado ao ponto levantado acima acerca da aproximação ao mainstream. Na Europa o recurso à medicina complementar está em franco progresso, sendo que os fitomedicamentos bem documentados cientificamente são cada vez mais aceitos e apreciados por pacientes e médicos. Na Alemanha, em particular, mais de 80% dos médicos utilizam regularmente medicamentos a base de plantas. O Tebonin (extrato de Ginkgo biloba), da Dr. Schwabe’s, principal produtora alemã de fitoterápicos, é o produto farmacêutico

mais vendido naquele país.

3

Vale observar que boa parte do comércio de fitoterápicos nos países periféricos não é formalizado. Considerando

ainda que esses países devem consumir proporcionalmente mais fitoterápicos que os países desenvolvidos, pode-se concluir que o valor das vendas registradas no mundo está subestimado. 10

Nos EUA, apesar de o próprio Departamento de Comércio ter observado que desde os anos 60 a indústria de herbal products vem deixando sua posição marginal, a situação ainda difere bastante. A medicina complementar e a medicina convencional continuam pertencendo a mundos distintos. Mas, como aponta Jörg Grünwald (1995), essa situação deve mudar rapidamente à medida que as autoridades de saúde daquele país vão se apercebendo da crescente demanda da população por alternativas seguras de tratamento médico. As diferenças que ainda permanecem podem ser ilustradas pela Figura 2.1. Figura Figura 2.1 - Medicinas convencional e complementar nos EUA e Europa

EUA

Medicina convencional

Fito medicamentos

Medicin Medicinaa complementar

Europa

Medicina convencional

Fito medicamentos

Medicina complementar

Fonte: Jörg Grünwald (1995)

Como sugere o esquema acima para o caso europeu, “fitomedicamentos podem ser vistos como fechando a brecha entre a medicina complementar de base tradicional e a medicina convencional altamente científica” (Jörg Grünwald, 1995). Como mostra a Figura 2.1 esta ligação é melhor estabelecida no sistema de saúde europeu. Na Alemanha, por exemplo, 80% dos médicos prescrevem regularmente preparações fitoterápicas. Na Europa a fitoterapia vem crescendo significativamente, como mostrado no Quadro 2.7, revelando uma aceitação cada vez maior não só dos pacientes mas também dos médicos. Já nos EUA a situação da medicina convencional e da fitoterápica é de flagrante separação, sendo esta última compreendida como uma medicina à parte, 11

apenas complementar. Esta situação de confronto tem raízes históricas e na desinformação por parte dos médicos americanos.  Mudanças na estrutura da indústria de fitoterápicos fitoterápicos

A aproximação entre as duas práticas médicas acima mencionada é uma das razões principais para o movimento que se observa desde a década passada das grandes multinacionais farmacêuticas adquirindo empresas produtoras de fitoterápicos. O Quadro 2.8 mostra as recentes incorporações destas últimas por companhias do setor farmacêutico. Quadro 2.8 - Aquisições recentes de empresas de fitoterápicos por multinacionais farmacêuticas Multinacional farmacêutica American Home Products Boehringer Ingelheim

Empresa produtora prod utora de fitoterápicos fitoteráp icos Dr. Much (Alemanha) Pharmaton (Suíça) Quest (Canadá) Boots Boo ts Kanoldt (Alemanha) Bausch and Lomb Dr. Mann (Alemanha) Ciba-Geigy Valverde (Suíça) Degussa Asta Medica (Alemanha) Ferrosan Healthcrafts (Reino Unido) Nature’s Best (Reino Unido) Fujisawa Klinge Pharma (Alemanha) Hoechst Iberica S.A. Laboratórios Laboratórios Veterin Veterin S. A. Johnson & Johnson/Merck Woelm Pharma Pharma (Alemanha) (Alemanha) Merck & Co. Britcair Ltd. (Reino Unido) Pfizer Mack (Alemanha) Rhône-Po Rhône-Poulenc ulenc Rorer Nattermann (Alemanha) Sandoz Sandoz Dietisa S. A. (Espanha) Sanofi Plantorgan (Alemanha) Searle Heumann (Alemanha) SmithKline Beecham Fink (Alemanha) Solvay Solvay Kali Chemie (C) Fontes: Jörg Grünwald (1995) e McAlpine, Thorpe & Warrier (1992)

Um grande número de multinacionais farmacêuticas já vendia medicamentos de plantas, como se pode ver no Quadro 2.9: Quadro 2.9 - Vendas de fitoterápicos de empresas farmacêuticas selecionadas Empresa farmacêutica farmacêutica Rhône-Po Rhône-Poulenc ulenc Rorer Johnson & Johnson Fujisawa Fisons Sanofi/Sterling Sandoz Fonte: Scrip, nº 1756, set/92

Vendas de fitoterápicos em 1990 (US$ milhões) 52 25-30 22 22 21 9

12

A novidade está no maior envolvimento dessas empresas com a indústria de fitomedicamentos, expandindo a atuação nessa direção e/ou adquirindo empresas já existentes. Não menos importante é o efeito dessa entrada das multinacionais farmacêuticas em termos de revolucionar as técnicas de marketing e distribuição do setor de medicamentos de plantas. Muitas empresas desse segmento adquiriram sofisticada capacitação tecnológica mas não dispõem de capital para comercializar seus produtos em nível mundial. Surge então uma oportunidade vislumbrada pelas companhias farmacêuticas que compram essas empresas, rebatizam seus produtos e fazem seu marketing e comercialização através da enorme rede de que já dispõem. O resultado esperado é, portanto, uma maior profissionalização da área de produtos naturais, reforçada pela abordagem crescentemente científica que vem recebendo. Diversos desses produtos começam a ser licenciados para venda no mercado ético, que exige prescrição médica, a partir de estudos científicos. Por exemplo, o “Efamol” (óleo de Evening Primrose), para tratamento de eczema, a partir de pesquisas da equipe de Sir James Black (Prêmio Nobel por suas pesquisas com beta-bloqueadores na ICI). É também o caso do “Kwai Garlic”, para manutenção da circulação das artérias coronárias, cuja validade foi sustentada por mais de vinte testes clínicos na Europa. Em suma, a indústria internacional de fitoterápicos está passando por um processo de transformação importante. Além da expansão do mercado de seus produtos, está havendo uma aproximação das práticas das empresas farmacêuticas tanto no que diz respeito a atividades técnicas e científicas como nas de produção e marketing. Aliás, em diversos casos essa aproximação tem sido causada simplesmente pela absorção de empresas tradicionais de fitoterápicos por grandes multinacionais do setor farmacêutico. A principal lição que parece ficar desse processo é a de que a fase do “amadorismo” na área dos produtos naturais está sendo deixada para trás rapidamente. É bastante provável que as empresas que não promoverem mudanças no sentido apontado enfrentem dificuldades de sobreviver no futuro ou, na melhor das hipóteses, deixem de usufruir do dinamismo que deverá continuar caracterizando o mercado de fitomedicamentos pelos próximos anos.

2.3 A produção brasileira de medicamentos a partir de plantas medicinais Cabe agora mostrar o quadro nacional na área de fitoterápicos e fitofármacos. Inicialmente, vamos apresentar alguns dados básicos a respeito de faturamento, comércio exterior, principais produtos e produtores. Ao final, buscaremos avaliar como esse quadro pode ser impactado pelas mudanças internacionais discutidas acima. 13

Em 1994 as vendas de medicamentos em farmácia somaram US$ 3.831 milhões, dos quais US$ 212 milhões, em torno de 5,5% daquele valor, correspondiam a produtos contendo exclusivamente princípios ativos de origem vegetal (ver Anexo 3). Tomando como base esse percentual e considerando um mercado global de produtos farmacêuticos de US$ 6.410 milhões naquele ano4, chega-se a US$ 355 milhões como estimativa do mercado de medicamentos produzidos a partir de plantas no Brasil. Se incluirmos ainda os medicamentos com princípios ativos de origem vegetal associados a princípios ativos de outra natureza podemos concluir que o mercado é ainda maior do que esta estimativa 5. Como mostra o Quadro 2.10, os 25 principais medicamentos contendo apenas princípios ativos de origem vegetal venderam em farmácias US$ 145 milhões (representando 68% do total de vendas desse tipo de produto).

4

A diferença de US$ 2.579 milhões entre o mercado global de US$ 6.410 e os US$ 3.831 milhões vendidos em

farmácia corresponde a consumo em hospitais e postos de saúde, distribuição governamental, etc. 5

As vendas de medicamentos associados somadas às vendas dos não-associados chega a 15,6% do total, o que

representaria vendas globais de US$ 999 milhões. Mas esse número significaria uma estimativa exagerada do mercado de produtos obtidos a partir de plantas já que nos medicamentos associados estes podem ter uma participação marginal. 14

Quadro 2.10 - Medicamentos com princípios ativos de origem vegetal vendidos em farmácias PRODUTO LABORATORIO US$ mil (*) VICK VAPORUB LEP.M BIOLAB/SEARLE 14.742 HYDERGINE SANDOZ 14.374 FLORATIL MERCK S.A. 11.560 DIGOXINA WELLCOME ZENECA 10.459 TEBONIN BYK QUIMICA E FARM 8.399 VENOCUR TRIPLEX KNOLL 8.391 TAMARINE BARRENNE 7.379 TANAKAN KNOLL 6.136 TRANSPULMIN ASTA MEDICA 5.766 VALDA CANONNE 5.687 EPAREMA BYK QUIMICA E FARM 5.662 NATURETTI MERRELL/LEPETIT 5.050 PASSIFLORINE MILLET-ROUX 5.043 GIAMEBIL HEBRON 3.823 METAMUCIL BIOLAB/SEARLE 3.544 NICOTINELL TTS BIOGALENICA 3.424 TANAKAN F KNOLL 3.334 CHOPHYTOL MILLET-ROUX 3.314 BUSCOPAN BOEHRINGER ANGELI 3.195 LEGALON BYK QUIMICA E FARM 3.110 POLYTAR STIEFEL 2.753 PASALIX MARJAN 2.421 AGIOLAX BYK QUIMICA E FARM 2.409 PROSTEM PLUS BALDACCI 2.396 HYDROCARE ALLERGAN-LOK 2.336 Total 144.707 (*) Vendas em farmácia de medicamento contendo um ou mais princípios ativos de origem vegetal exclusivamente Fonte: IMS, 1994.

Com respeito ao comércio exterior, como se pode observar no Quadro 2.11, as exportações brasileiras de produtos naturais em 1995 e 1996 foram de US$ 47,8 milhões e US$ 53,9 milhões, respectivamente. Essas vendas ao exterior estão fortemente concentradas em apenas dois fitofármacos - pilocarpina e rutina -, que respondiam por 57% do total em 1995 e 48% em 1996 (vide Anexo 4). Se considerarmos que o Grupo Merck é o grande exportador de rutina e pilocarpina, podemos inferir que a concentração também é alta em termos do número de exportadores (um único grupo industrial responde por grande parcela do total exportado de produtos naturais).

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Quadro 2.11 - Exportações de produtos de origem vegetal aplicados a medicamentos CAPÍTULO NBM CAP. 12 – SEMENTES E FRUTOS OLEAGINOSOS; GRÃOS SEMENTES E FRUTOS DIVERSOS; PLANTAS INDUSTRIAIS OU MEDICINAIS; PALHAS E FORRAGENS CAP. 13 - GOMAS RESINAS E OUTROS SUCOS E EXTRATOS VEGETAIS CAP. 29 - PRODUTOS QUÍMICOS ORGÂNICOS CAP. 30 - PRODUTOS FARMACÊUTICOS CAP. 35 - MATÉRIAS ALBUMINÓIDES, PRODUTOS À BASE DE AMIDOS OU DE FÉCULAS MODIFICADAS; COLAS; ENZIMAS Total Fonte: Secex

1995 US$FOB 5.757.699

1996 US$FOB 5.855.260

3.647.512 30.789.912 7.205.023 433.963

7.490.165 34.082.718 6.331.910 104.395

47.834.109

53.864.448

Como mostra o Quadro 2.12, as importações brasileiras de produtos naturais foram de US$ 193,3 milhões em 1995 e US$ 178,0 milhões em jan-out/1996. Essas importações estão melhor distribuídas por diversos produtos. O único item que ultrapassa 10% do total nos dois anos é o Acetato de ciproterona (vide Anexo 4). Quadro 2.12 - Import ações de produtos de origem vegetal aplicados a medicamentos CAPÍTULO NBM CAP. 12 - SEMENTES E FRUTOS OLEAGINOSOS; GRÃOS SEMENTES E FRUTOS DIVERSOS; PLANTAS INDUSTRIAIS OU MEDICINAIS; PALHAS E FORRAGENS CAP. 13 - GOMAS RESINAS E OUTROS SUCOS E EXTRATOS VEGETAIS CAP. 29 - PRODUTOS QUÍMICOS ORGÂNICOS CAP. 30 - PRODUTOS FARMACÊUTICOS CAP. 35 - MATÉRIAS ALBUMINÓIDES, PRODUTOS À BASE DE AMIDOS OU DE FÉCULAS MODIFICADAS; COLAS; ENZIMAS Total Fonte: Secex

1995 1996 (Jan-Out) US$FOB US$FOB 4.401.979 3.827.216 19.461.961 160.700.015 7.671.632 1.040.674

18.122.378 147.398.934 8.434.958 242.935

193.276.261

178.026.421

Chama a atenção a disparidade entre os níveis de exportação e importação registrados nos Quadros 2.11 e 2.12. O Quadro 2.13, com o balanço comercial, mostra o déficit existente em quatro dos cinco capítulos da NBM selecionados, com destaque para o capítulo 29 (Produtos Químicos Orgânicos).

16

Quadro 2.13 - Balanço do comércio exterior para as categorias de produtos de origem vegetal aplicados a medicamentos CAPÍTULO NBM CAP. 12 - SEMENTES E FRUTOS OLEAGINOSOS; GRÃOS SEMENTES E FRUTOS DIVERSOS; PLANTAS INDUSTRIAIS OU MEDICINAIS; PALHAS E FORRAGENS CAP. 13 - GOMAS RESINAS E OUTROS SUCOS E EXTRATOS VEGETAIS CAP. 29 - PRODUTOS QUÍMICOS ORGÂNICOS CAP. 30 - PRODUTOS FARMACÊUTICOS CAP. 35 - MATÉRIAS ALBUMINÓIDES, PRODUTOS À BASE DE AMIDOS OU DE FÉCULAS MODIFICADAS; COLAS; ENZIMAS Total Fonte: Secex

1995 US$FOB 1.355.720

1996 (estimativa) US$FOB 1.262.601

(15.814.449) (129.910.103) (466.609) (606.711)

(14.256.689) (142.796.003) (3.790.040) (187.127)

(145.442.152)

(159.767.257)

O Quadro 2.14 mostra as 25 maiores empresas por faturamento em medic amentos contendo exclusivamente princípios ativos de origem vegetal. Quadro 2.14 - 25 maiores empresas por vendas em farmácia de medicamentos contendo exclusivamente princípios ativos de origem vegetal Empresa

Vendas Totais Vendas de m.o.v. (*) % das Vendas US$ mil US$ mil Totais BYK QUIMICA E FARM 102.076 21.132 21 BIOLAB/SEARLE 87.123 19.570 22 KNOLL 80.673 17.861 22 SANDOZ 99.358 14.671 15 MERCK S.A. 72.999 12.770 17 WELLCOME ZENECA 82.475 11.137 13 MILLET-ROUX 16.018 9.386 59 BARRENNE 8.371 8.371 100 STIEFEL 33.544 6.574 20 ASTA MEDICA 75.986 6.043 8 CANONNE 5.687 5.687 100 MERRELL/LEPETIT 132.672 5.050 4 FRUMTOST 35.549 4.011 11 HEBRON 10.209 3.968 39 INFABRA 4.822 3.733 77 VIRTUS 21.083 3.536 17 BIOGALENICA 220.445 3.424 2 BALDACCI 16.355 3.353 20 CATARINENSE 10.854 3.339 31 BOEHRINGER ANGELI 132.284 3.195 2 MARJAN 19.155 3.017 16 ALLERGAN-LOK 16.425 2.695 16 BRISTOL MEYERS SQUIBB 252.847 2.530 1 LUITPOLD 9.778 2.386 24 FONTOVIT 3.287 2.229 68 Total Geral 1.550.075 179.668 (*) Medicamento contendo um ou mais princípios ativos de origem vegetal exclusivamente Fonte: IMS, 1994.

17

A partir do Quadro 2.14, podemos montar os Quadros 2.15 e 2.16. No Quadro 2.15 estão 11 empresas que figuram entre as 25 maiores empresas farmacêuticas por faturamento total (Quadro 2.17), indicando que as grandes empresas têm forte presença no mercado de medicamentos obtidos a partir de plantas, com vendas variando entre 2,5 e 21 US$ milhões. Pode-se notar também que a participação desses medicamentos no total de vendas é pequena (máximo de 22%; 9% em média). O Quadro 2.16 é composto pelos 7 laboratórios cujas vendas de m.o.v. representam mais de 30% das vendas totais, isto é, por aqueles que estão mais fortemente direcionados para fitomedicamentos. Como se pode notar, são empresas farmacêuticas de menor porte, nenhuma das 7 aparecendo na lista das 25 maiores.

Quadro 2.15 - Empresas do Quadro 2.14 com vendas em farmácia superiores a US$ 70 milhões Empresa

Vendas Totais Vendas de m.o.v. (*) % das Vendas US$ mil US$ mil Totais BRISTOL MEYERS SQUIBB 252.847 2.530 1 BIOGALENICA 220.445 3.424 2 MERRELL/LEPETIT 132.672 5.050 4 BOEHRINGER ANGELI 132.284 3.195 2 BYK QUIMICA E FARM 102.076 21.132 21 SANDOZ 99.358 14.671 15 BIOLAB/SEARLE 87.123 19.570 22 WELLCOME ZENECA 82.475 11.137 13 KNOLL 80.673 17.861 22 ASTA MEDICA 75.986 6.043 8 MERCK S.A. 72.999 12.770 17 (*) Medicamento contendo um ou mais princípios ativos de origem vegetal exclusivamente Fonte: IMS, 1994.

Quadro 2.16 - Empresas do Quadro 2.14 com participação de m.o.v. nas vendas em farmácia superior a 30% Empresa

Vendas Totais Vendas de m.o.v. (*) % das Vendas US$ mil US$ mil Totais BARRENNE 8.371 8.371 100 CANONNE 5.687 5.687 100 INFABRA 4.822 3.733 77 FONTOVIT 3.287 2.229 68 MILLET-ROUX 16.018 9.386 59 HEBRON 10.209 3.968 39 CATARINENSE 10.854 3.339 31 (*) Medicamento contendo um ou mais princípios ativos de origem vegetal exclusivamente Fonte: IMS

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Quadro 2.17 - 25 maiores empresas farmacêuticas em vendas em farmácia EMPRESA BRISTOL MEYERS SQUIBB ACHE BIOGALENICA ROCHE WYETH MERRELL/LEPETIT BOEHRINGER ANGELI PRODOME LILLY SCHERING PLOUGH SANOFI WINTHROP BYK QUIMICA E FARM RHODIA SANDOZ HOECHST MERCK SHARP DOHME BIOLAB/SEARLE WELLCOME ZENECA KNOLL ASTA MEDICA MERCK S.A. CILAG FARM.LTDA ORGANON ABBOTT FARMASA Total Fonte: IMS

US$ mil 252.847 237.700 220.445 198.229 153.832 132.672 132.284 128.261 113.575 105.493 102.669 102.076 101.174 99.358 94.648 88.483 87.123 82.475 80.673 75.986 72.999 72.709 67.697 65.777 57.414 2.926.599

Os Quadros acima sugerem a existência de pelo menos dois grupos distintos de empresas entre as maiores fabricantes de medicamentos de origem vegetal no Brasil. De um lado, grandes empresas farmacêuticas, cujo peso nesse mercado específico na verdade reflete seu porte e atuação no conjunto da indústria farmacêutica. A maior parte de suas vendas (na média, mais de 90%) concentra-se em produtos sintéticos e a pequena parcela dos medicamentos de origem vegetal é composta principalmente de produtos cujos princípios ativos são obtidos por extração (fitofármacos). De outro lado, estão os laboratórios menores, com produção direcionada mais fortemente para medicamentos de origem vegetal, entre os quais, possivelmente, seja maior a participação de fitoterápicos em relação a fitofármacos. As do segundo grupo são, de modo geral, pequenas e médias empresas familiares. Dentre estas, apenas algumas poucas se destacam pelo profissionalismo e seriedade com que atuam na área de produtos naturais. Por exemplo, uma das empresas entrevistadas possui uma área de P&D estruturada, com 8 farmacêuticos, 2 químicos, 1 engenheiro químico e 3 técnicos, em grande

19

medida voltada para pesquisa em produtos naturais 6. Seu faturamento está na casa dos US$ 17 milhões (1994), dos quais aproximadamente 65% correspondem a produtos naturais puros ou associados (percentagem que vem crescendo continuamente desde 1990, quando atingia 45%). Essa empresa mantém acordos de cooperação com universidades, basicamente voltados para a realização de pesquisas pré-clínicas e clínicas com o objetivo de comprovar a eficácia terapêutica dos produtos e garantir sua qualidade e segurança desde o cultivo da planta até a extração dos princípios ativos. De todo modo, o exemplo acima deve ser encarado antes como a exceção do que a regra entre as empresas desse primeiro grupo. As do primeiro grupo não se distinguem de outras empresas farmacêuticas que trabalham unicamente com produtos sintéticos. Costumam especializar-se em determinadas classes terapêuticas que, em certos casos, pode implicar um maior número de produtos de origem natural, sem restringir necessariamente o uso de moléculas obtidas por outros meios - síntese química ou biotecnologia. As principais empresas desse tipo são multinacionais que preferem privilegiar um modelo que, sem descartar os fitofármacos, tem apreço relativamente pequeno pelos fitoterápicos. A principal restrição decorre da dificuldade de lidar com produtos que contenham uma grande quantidade de componentes, alguns dos quais, além de inefetivos, podem ser perigosos. Habituadas a um ambiente onde são severamente fiscalizadas pelas autoridades sanitárias, muitas empresas internacionais preferem a segurança de trabalhar com substâncias isoladas, descartando os fitoterápicos. O exemplo da Merck é ilustrativo. A empresa, uma das mais importantes em produtos naturais do país, possui plantações próprias de jaborandi e de fava d’anta para extração da pilocarpina e rutina, que comercializa como substâncias puras, principalmente no mercado externo7. Entretanto, os produtos naturais representam pouco mais de 20% das vendas da empresa, os sintéticos somando quase 80%, segundo dados da empresa8. Esse ponto deve ser destacado na análise das dificuldades para desenvolver a produção de medicamentos a partir de produtos naturais. As firmas, de modo geral, encaram esse segmento 6

As atividades incluem otimização dos processos de extração, processos de separação, isolamento, identificação e

doseamento dos princípios ativos das plantas e do produto acabado, busca de comprovação científica das atividades terapêuticas e segurança do produto, entre outras. 7

Vale registrar a balança comercial positiva da Merck, atestada no Quadro 4, fato pouco usual na indústria farmacêutica

brasileira. 8

O dado do Quadro 2.15, limitado a vendas em farmácia, é de 17% para vendas de produtos de origem vegetal. 20

como marginal e concentram-se fundamentalmente na produção de sintéticos. Uma grande empresa farmacêutica nacional, apesar de revelar um grande interesse na área de produtos naturais, acompanhando os desenvolvimentos internacionais, realiza menos de 3% de suas vendas com esses produtos. Por outro lado, os laboratórios que concentram suas vendas (acima de 30%) em produtos naturais são, quase sempre, pequenos e com baixa capacidade de investir no desenvolvimento da área. Não por acaso, a Portaria 123 de 1º de outubro de 1994 do Ministério da Saúde, regulamentando a comercialização de fitoterápicos, encontra forte resistência entre as empresas - com exceção de uma única, já mencionada acima como caso raro de empresa que investe em P&D e mantém acordos de cooperação com universidades. O principal argumento utilizado pelas empresas questionando a Portaria é a dificuldade inerente ao processo de caracterização química e farmacológica dos princípios ativos contidos nos materiais vegetais, o que exige tempo e recursos apreciáveis. Na verdade, essa reclamação atesta a incapacidade técnica e econômica dessas empresas para se enquadrar em um ambiente de maiores níveis de exigência, exagerados para os atuais padrões brasileiros, mas adequados ao quadro internacional. Em síntese, vários problemas dificultam a atuação das empresas farmacêuticas brasileiras na área de produtos naturais: 1) O elevado grau de internacionalização da indústria farmacêutica (algo como 70% das vendas pertencem a empresas estrangeiras) define uma orientação dada pelas matrizes dessas grandes multinacionais. Como vimos acima, de modo geral, essa orientação privilegia as substâncias isoladas e obtidas por síntese. Embora, como apontado na seção anterior, essas grandes firmas revelem um interesse crescente pelos produtos naturais, os efeitos das mudanças em curso (como as aquisições do Quadro 2.8) ainda levarão algum tempo para repercutir no Brasil. 2) São diminutos os investimentos em P&D. Isto também decorre, em parte, da orientação dada pelas grandes firmas internacionais. Estas tendem a concentrar suas atividades de P&D nas matrizes, diversificando no máximo para um segundo centro (em geral na Europa, quando se trata de firmas americanas, e nos EUA, quando são firmas européias). As firmas nacionais, que tenderiam a fazer pesquisa no país, simplesmente não têm porte suficiente para realizar os investimentos necessários (porte esse que, como apontado no capítulo 2, é cada vez mais expressivo). Tudo isto acaba favorecendo a aquisição de pacotes tecnológicos prontos.

21

3) Os baixos investimentos em P&D limitam drasticamente a interação universidade-empresa. Não existem mecanismos de comunicação eficientes entre essas instituições, a exemplo do que ocorre nos países desenvolvidos. Tecnologias simples, muitas vezes disponíveis na universidade, acabam não se tornando acessíveis a empresas que teriam a possibilidade de explorá-las. 4) É baixa a qualificação dos recursos humanos. A oferta de pessoal técnico de bom nível é muito restrita e a disponibilidade de recursos das empresas para treinamento é limitada. 5) Existem dificuldades no suprimento, armazenamento, padronização e cumprimento de prazos de entrega de matérias-primas. Os produtores de plantas medicinais não estão organizados e não mantêm um controle botânico de qualidade adequado. Além disto, o extrativismo destrutivo compromete o abastecimento futuro e leva a adulterações frequentes. Concluindo, a indústria nacional necessita realizar um grande esforço para atingir os padrões de qualidade que estão sendo exigidos mundialmente e até mesmo no país, a partir de medidas como a Portaria 123. Em um primeiro momento as empresas podem considerar impossível o atendimento de todas as exigências da Portaria, mas o fato é que se não caminharem rapidamente na direção por ela sinalizada estarão na contra-mão das tendências internacionais. A partir daí, pode-se imaginar alguns desdobramentos possíveis. Caso os investimentos das empresas em pesquisa, melhor controle de qualidade, etc, não venham a ocorrer, a defasagem em relação às empresas de fitoterápicos de outros países irá se ampliar. Como estas empresas estão se internacionalizando,

eventualmente

associadas

ou

incorporadas

a

multinacionais

do

setor

farmacêutico, é razoável supor que o futuro da produção brasileira de fitomedicamentos dependerá diretamente das estratégias das grandes empresas. A exemplo do que já ocorreu no segmento de medicamentos sintéticos, tenderá a haver uma internacionalização da produção, com a atuação das empresas nacionais restrita a nichos de mercado e com participação marginal.

22

3. A PESQUISA DE MEDICAMENTOS A PARTIR DE PLANTAS 3.1 O processo de desenvolvimento de novos medicamentos Plantas medicinais para pesquisa de novas drogas

O rápido desenvolvimento da biotecnologia e da biologia molecular a partir da década de 70 parecia tornar obsoleto o método tradicional de pesquisa de novos medicamentos através do screening de extratos de plantas. A compreensão dos mecanismos causadores das enfermidades em nível molecular e a capacidade de desenhar proteínas, com auxílio de novas ferramentas computacionais que também se desenvolviam rapidamente, abria a perspectiva de sintetizar novas drogas com muito maior eficácia, partindo apenas do saber científico acumulado. Por conta disto, diversas empresas farmacêuticas redirecionaram seus esforços de pesquisa, assignando um papel secundário ao screening.

Essa percepção do screening como método ultrapassado, ou em vias de obsolescência, vêm se revelando precipitada nos anos recentes. Observa-se uma retomada por parte das empresas das pesquisas que partem de plantas medicinais, até mesmo em função das novas técnicas disponíveis. Novos ensaios biológicos, ditos robotizados, (  High trougthput screening ) permitem escrutinar dezenas de milhares de compostos por ano com esforço muito menor do que o despendido nos testes tradicionais. Esse movimento de “volta às raízes” (Scientific American, jan/1993) também decorre da comprensão de que a biotecnologia ainda não está em condições de competir com a natureza na formulação de moléculas com atividade terapêutica: “Nós ainda não atingimos o avanço científico que permita desenhar drogas rotineiramente a partir de princípios básicos, sem quaisquer pistas” (Lynn Caporale, diretor de avaliação científica da Merck, citado em Science, vol. 256, 22/5/1992). As empresas internacionais não esperam “descobrir” novos compostos de uso terapêutico a partir de plantas medicinais, ainda que isto tenha uma pequena chance de ocorrer. Elas procuram, na verdade, modelos na natureza (templates) que lhes permitam utilizar como ponto de partida para o desenho de drogas. Trata-se, portanto, de uma combinação de técnicas novas com o screening, e não a sua substituição. A SmithKline Beecham acaba de lançar no mercado um medicamento derivado de planta, o topotecam, para tratamento de câncer no ovário (FSP, jun/96). Essa droga é um análogo do 23

camptotecin, um composto extraído de árvores na China e na India ( Camptotheca acuminata ), descoberto nos anos 60 pelo Instituto Nacional do Câncer e considerado muito tóxico para tratar pacientes de câncer. A SmithKline e a Rhône-Poulenc criaram a partir da C. acuminata produtos similares, solúveis em água, e menos tóxicos. A Glaxo também está estudando análogos do camptotecin e está pesquisando novas plantas medicinais como parte de um consórcio de pesquisa com a Universidade de Illinois, Chicago, um dos mais importantes centros acadêmicos na área. O enfoque dessas grandes empresas farmacêuticas está na identificação de princípios ativos, e não na utilização direta de plantas medicinais. Estas podem eventualmente ser a matéria-prima para extração das substâncias puras (fitofármacos), embora as empresas naturalmente busquem desenvolver métodos de síntese. Mas o que deve ser sublinhado aqui é a importância renovada das plantas medicinais na descoberta desses novos princípios ativos, seja por utilização direta, hemisíntese ou síntese. Das 250.000 espécies de plantas no mundo, menos de 10% foram exaustivamente investigadas com vistas ao descobrimento de propriedades terapêuticas (Scientific American, jan/93 - segundo outras estimativas, o número de plantas investigadas é muito menor, inferior a 0,5%). A pesquisa desse enorme acervo, longe de ser relegada a segundo plano, ganha impulso com as novas técnicas biotecnológicas. Em um trabalho que busca estimar o valor de fármacos ainda não descobertos nas florestas tropicais, onde se encontram metade das plantas do mundo, Mendelsohn e Balick (1995) calculam em 375 o número potencial de drogas existentes naquelas florestas. Desse total, 47 já teriam sido descobertas, como a vincristina, vinblastina, curare, quinino, codeína e pilocarpina. Esta seguramente é uma das razões para que 125 das maiores empresas farmacêuticas mundiais, que não tinham qualquer projeto com plantas medicinais há cerca de 15 anos, estejam agora empenhadas em pesquisas nessa área. O desenvolvimento de novos medicamentos e as competências requeridas

A Figura 3.1 mostra esquematicamente como são pesquisados, desenvolvidos, testados, produzidos e formulados medicamentos, incluindo o estudo de marketing. O esquema pode ser aplicado ao estudo integral de plantas medicinais visando novos medicamentos. Os conjuntos A e B existem eventualmente nas universidades, o conjunto C na indústria química e o conjunto D na indústria farmacêutica. Em nenhuma empresa, instituto de pesquisa ou universidade 24

estão presentes todos os quatro conjuntos, o que sublinha a necessidade de articulação e integração entre esses distintos elementos. Existem inúmeras dificuldades no percurso que vai da idéia de um medicamento até o mercado: tempo longo, custo alto, necessidade de domínio de tecnologias avançadas e de equipes bem treinadas e multidisciplinares. Isto faz com que apenas empresas grandes, competentes e com grande disponibilidade de recursos para investimento desenvolvam medicamentos.

25

Figura 3.1 - a produção de novos medicamentos: da idéia ao mercado

Idéia

A



Pesquisa em laboratório  

Screening 

P&D



B

C

Ensaios pré-clínicos 

Produção piloto

Ensaios clínicos 



Produção industrial 

Formulação

D

 marketing

Mercado

Tomemos como exemplo as metodologias de P&D de medicamentos (que podem ser aplicáveis à P&D de qualquer outro produto derivado do metabolismo secundário de plantas, sejam inseticidas, cosméticos, corantes, etc.). Desde a idéia inicial até o produto ser colocado no mercado, consomese entre 7 a 20 anos. A média dos últimos anos (McChesney, 1993) atingiu 12,6 anos nos EUA e segundo outras fontes o valor pode chegar a US$ 600 milhões/medicamento, aí incluídos os custos com marketing, e demorados estudos biológicos, conforme já apontado na seção 2.1.

Esses

26

números indicam que essa atividade é restrita a poucas e grandes empresas multinacionais farmacêuticas. Vários pesquisadores afirmam que quando um medicamento é originado de plantas medicinais o custo pode ser bem menor. McChesney (1993) mostra que um produto desenvolvido na University of Mississipi, Research Institute of Pharmaceutical Sciences custou US$ 35 milhões. Os 4 conjuntos A, B, C e D (Figura 3.1) raramente são executados pelo mesmo organismo mesmo na área empresarial. Na China há informações de que isto é algumas vezes realizado com base em decisões políticas de governo. No Brasil a P&D e produção piloto (conjunto C) raramente são realizadas, exceções feitas a algumas cópias de medicamentos sintéticos comerciais, desenvolvidas no passado pela Codetec e algumas poucas empresas brasileiras. A multidisciplinaridade e a interinstitucionalidade são fatores exigidos se se pretende desenvolver medicamentos à base de plantas, principalmente fitofármacos. Existe uma razoável capacitação técnica, mas a interação entre os atores principais é muito deficiente.  Joint-venture para a descoberta de fitofármacos

Nos anos 90 as companhias farmacêuticas se lançaram fortemente nas cooperações para a descoberta de novos produtos farmacêuticos ( Drug Discovery Alliance). Empresas médias fizeram aquisições, fusões, mas sobretudo  joint-ventures e acordos de cooperação para conseguir seus objetivos e metas.  Metodologia para a descoberta de fitofármacos

Vários métodos são usados por empresas internacionais farmacêuticas para a pesquisa de medicamentos de plantas medicinais: •

Etnofarmacologia



Triagem e Erro



Estudos Micromoleculares



Busca em Banco de Dados

27

A etnofarmacologia é uma ciência ainda mal desenvolvida e mal compreendida no Brasil, onde há poucos profissionais que se definem como etnofarmacólogos e a disciplina praticamente não existe nos cursos de pós-graduação. Além isso é pouco acreditada por amplos setores da ciência oficial. No entanto a etnofarmacologia é um elemento metodológico hoje fundamental para empresas dos EUA e Europa buscar medicamentos de plantas nos trópicos. A empresa inglesa Hutton Molecular Development e a Shaman Pharmaceuticals dos EUA, adotam a etnofarmacologia para a sua estratégia de pesquisar medicamentos. O NIH nos anos 90 publicou um edital internacional o seu interesse de pesquisar plantas medicinais das áreas tropicais para AIDS e Câncer .O mais interessante é que o edital exigia a pesquisa de informações diretamente com curandeiros e outros profissionais não reconhecidos pela ciência ortodoxa. Com relação aos estudos micromoleculares, são quase sempre estudos de fitoquímica clássica: extração, isolamento, purificação e identificação de substâncias naturais de plantas. São também chamados, “estudos de substâncias do metabolismo secundário”, como os alcalóides, glicosídeos, esteróides, terpenos, flavonóides, e outras moléculas de baixo peso molecular (< 1000), e que frequentemente são os princípios ativos das plantas medicinais. Os estudos micromoleculares aliados a botânica algumas vezes são advogados (Gottlieb, 1993) como uma metodologia alternativa para a busca de fitofármacos. No entanto, não foi demonstrado, até agora, que esta metodologia possa substituir os meios ortodoxos como a etnofarmacologia e etnobiologia aliada à busca on-line em banco de dados. Banco de dados bem organizados e acessíveis como o NAPRALERT da Univ. de Illinois (Prof. N. Farnsworth), tem sido usados por importantes empresas estrangeiras na área de Produtos Naturais, para a descoberta (drug discovery) de novos medicamentos (Seidl, 1993) Triagem e erro e estudos micromoleculares têm sido usados em pequena escala por empresas farmacêuticas usando medicamentos naturais. No Simpósio Brasileiro de Plantas Medicinais, sediado em Florianópolis, em setembro de 1996, o Dr. Michael Tempesta, da empresa Farmacêutica LAREX (EUA), informou que sua empresa está fazendo um amplo estudo fitoquímico de plantas farmacologicamente ativas. Larex desenvolveu um processo quimio-mecânico que permite o isolamento e a separação em larga escala (tons de plantas/hora) de 200 até 500.000 diferentes moleculas de baixo peso molecular(100), em ordem decrescente (Inflamação, 235; Toxicologia 187; TGI,136; Cardiovascular, 120 e SNC, 112) foram avaliadas quanto a 43

realização dos bioensaios com os compostos isolados das plantas. O número de resumos, e o percentual mostrado em cada figura corresponde ao total de resumos apresentado pela categoria principal, cruzado com a categoria fitoquímica. Por exemplo: A categoria inflamação apresentou 235 resumos, destes levantou-se quantos apresentaram estudos com fitoquímica (95 resumos), assim como as respectivas subdivisões, dentro desse levantamento.

INFLAMAÇÃO + FITOQUÍMICA 91 resumos (38,7%) Agentes flogísticos (23) 25,27%

Cicatrizantes (06) Antiinflamatório Cutâneo (03) 6,59% 3,30% Antiinflamatório Antipirético (02) 2%

Antiinflamatório analgésico (57) 62,64%

TOXICOLOGIA + FITOQUÍMICA 64 resumos (34,2%) Mutagênese (08) 12,90%

Ambos (05) 8,06%

Geral (49) 79,03%

44

TGI + FITOQUÍMICA 138 resumos (30,8%) Outros (44) 40,48%

Antidiarreicos (22) 11,90%

Gastroprotetores (60) 47,62%

CARDIOVASCULAR + FITOQUÍMICA 43 resumos (35,8%) Outros (19) 7%

Coagulação Aterosclerose (16) 19%

P. Arterial F. Cardíaca (67) 74%

45

SNC + FITOQUIMICA 57 resumos (50,8%) Psicoestimulan-tes (06) 19%

Neuroprotetores (01) 3% Outros (02) 6% Antidepressivos (01) 3% Analgésicos (08) 26%

Anticonvulsivantes (13) 43%

Nota-se que percentualmente nenhuma das 5 categorias apontadas anteriormente, apresentou um percentual acima de 50%, sendo que apenas 38,7 % dos trabalhos apresentados em inflamação realizaram experimentos com as substâncias químicas isoladas, para a constatação ou não de sua atividade biológica; dentro dessa categoria foidada maior atenção a antiinflamatórios analgésicos (62,64%). Em relação a toxicologia, a maioria dos resumos apontou uma maior preocupação com estudo de efeitos toxicológicos gerais (79,03%), dos princípios ativos isolados. Na categorria de TGI, os estudos voltaram-se mais para efeitos gastro-protetores (47,62%). No sistema cardiovascular, houve uma acentuada atenção nas substâncias isoladas de plantas que agiam a nível de pressão arterial e frequência cardíaca (agentes antihipertensivos). Finalmente os resultados de SNC apontam um maior percentual de pesquisa em anti-convulsivantes e analgésicos, 43 e 26 % respectivamente. Outro parâmetro investigado foi que autores mais publicaram resumos (acima de 30) nos eventos nacionais, e paralelamente quais os trabalhos desses autores que apresentados em forma de resumos transformaram-se em trabalhos publicados em revistas de divulgação científica indexadas, no mesmo intervalo de tempo (1986-1995). O gráfico ilustra que os pesquisadores mais atuantes não transformam o material de estudo em uma publicação que possa ser acessada pelos sistemas internacionais de informação literária e científica (“medline”, “index medicus”, “current contents”). Numa análise qualitativa observou-se que, com raras exceções, a maioria destes trabalho foram realizados por químicos, que apresentaram pequeno ou nenhum interesse pelas propriedades farmacoterapêuticas de seus produtos isolados.

46

O gráfico a seguir mostra, a correlação entre o número de resumos dos autores que mais publicaram trabalhos com plantas medicinais (barras escuras) e o número de trabalhos publicados em revistas científicas indexadas - “papers” (barras claras). Gráfico 3.1 - Número de publicações em eventos nacionais e em revistas científicas indexadas, dos 18 autores que mais apresentaram resumos de trabalhos a nível nacional.

Número de publicações por autor    0    2    1    0    0    1    0    8

Resumos Papers

   0    6    0    4    0    2

   0

A

B

C

D

E

F

G

H

I

J

K

L

M

N

O

P

Q

R

  As instituições de pesquisa que mais publicaram trabalhos sobre plantas medicinais em eventos nacionais

O gráfico a seguir mostra as instituições que mais se destacaram na publicação de resumos em eventos nacionais são apresentadas a seguir. Os resultados demonstraram que a Universidade de São Paulo - USP (REPRESENTADAS POR São Paulo, Ribeirão Preto, São Carlos E Pirassununga) e a Universidade Federal do Ceará (UFC), acima de 200 resumos.

47

   0    0    4

USP UFC

   0    0    3

UFRJ UFPB UFSC

   0    0    2

UNICAMP UFMG

   0    0    1

UFPE UNIFESP

   0

Faz-se necessário observar que as bolsas e auxílios concedidos pelo CNPq, para projetos de fitofármacos se concentra mais nas áreas de Química e Farmacologia (vide adiante quadro 4.8, pp .) e a distribuição dessas bolsas por regiões concentra-se mais nas Sudeste e Nordeste (quadro 4.9,

pp.). O volume de financiamento versus produção de trabalhos (resumos) demonstram forte disparidade.por ex. observa-se dos graficos que a ufc recebeu um auxílio por área de conhecimento quase 10 vezes superior

à usp ( veja tabela

cap), que no entanto publicou tanto quanto nos

congressos nacionais. CONCLUSÕES

Apesar de existirem grupos altamente capacitados na realização de medicinais, são ainda poucos os grupos que

associam

bioensaios com plantas

Fitoquímica

farmacologica dos produtos isolados. Talvez porque na historia recente raramente se associaram para desenvolver um prototipo ou um produto.

À

caracterizacao

quimicos e farmacólogos

Colaborações em Pesquisa e Desenvolvimento

Existe uma razoável colaboração inter-grupos EM projetos acadêmicos.

Esta experiência, se

estendida multidisciplinarmente, poderá ser eficaz na descoberta de novos medicamentos. A cooperação internacional entre cientistas e técnicos é ainda insuficiente. Quando se trata de áreas altamente dinâmicas como a pesquisa de novos princípios ativos, esta cooperação é fundamental. 48

A comunicação entre grupos de pesquisadores, tão necessária para o desenvolvimento de produtos, é ainda pequena mas pode melhorar com a RNP e Internet. A multidisciplinaridade nos projetos científicos e tecnológicos não é exercitada com muita freqüência. É certo, no entanto, que com os estímulos dos financiamento da FAPESP e CNPq para projetos temáticos, este problema vem sendo aos poucos reduzido. Esta deverá ser uma tendência: o governo financiando projetos multidisciplinares na área de plantas medicinais e as empresas buscando as universidades para a P&D de medicamentos. Os financiamentos a universidades, principalmente nos últimos anos, diminuíram (exceção feita a São Paulo) e quase sempre são descontínuos, o que afeta muito as pesquisas em curso. A universidade, parece claro, não tem competência para desenvolver sozinha produtos para a sociedade. Para isto é necessária a participação das empresas. A Lei de Patentes, assinada há pouco, e a recente portaria do Ministério da Saúde (Secretaria de Vigilância Sanitária), deverão levar a universidade a reforçar sua relação com as empresas.  Dificuldades

Existem diferentes problemas que afetam os que lidam com a química e a farmacologia de produtos naturais. 1) São poucos os grupos explicitamente desenvolvendo estudos de plantas medicinais, mesmo os estudos de composição química (fitoquímica) de plantas medicinais. 2) O estudo puramente fitoquímico de plantas medicinais, acrescenta preciosas informações químicas ao estudo de plantas medicinais mas isto raramente significa que o princípio ativo da planta esteja sendo buscado. Na maior parte dos trabalhos publicados, o aspecto medicinal é apenas ligeiramente relatado na introdução e referências 3)As competentes empresas multinacionais têm obtido os maiores proveitos dos estudos feitos com os recursos governamentais.Quase sempre não há o cuidado de se proteger os inventos com patentes ou mesmo resguarda-los com o necessario sigilo,mesmo que temporário.Neste caso,as empresas ligadas á área farmacêutica se apropriam legitimamente das informações, que publicadas são de uso irestrito.Estas empresas

dispoem de equipes treinadas especificamente para obter da literatura

evidências que apontem à descoberta de novos fármacos. 4) Os cursos de pós-graduação em química orgânica recebem cada vez menos estudantes na área de fitoquímica e os profissionais desta área têm frequentemente mudado para a área de síntese. 49

Outrossim, os poucos profissionais da área

fitoquímica raramente pesquisam plantas medicinais e

quando isto ocorre não realizam os necessários ensaios biológicos que conduzam ao isolamento dos princípios ativos.

Conclusões Finais - A pesquisa e desenvolvimento (P&D) de fitoterápicos e fitofármacos, em uma base moderna, praticamente não existe no Brasil. Existem esforços nesta direção vindos principalmente da universidade, que raramente está associada a empresas. Sem empresas não há caminho viável na descoberta e P&D de fitofármacos e fitoterápicos. - As várias competências nessas áreas para a P&D de um fármaco existem no Brasil. No entanto, são localizadas em diferentes bolsões, quase excludentes, nas universidades e IPQs e empresas que não se comunicam entre si. - A maioria das empresas nacionais na área de fitoterápicos são pequenas e médias e praticamente não investem em pesquisas. A portaria da Vigilância Sanitária deve mudar estas tendências para um apoio ao desenvolvimento dos fitoterápicos. - Existem muitas dificuldades para a pesquisa científica de plantas medicinais, principalmente: recursos financeiros para pesquisa; ausência de instalações adequadas, infra-estrutura deficiente, falta de massa crítica em áreas como a toxicologia e clínica, falta de informações, bibliotecas, dificuldades de comunicações, baixo nível de comunicação interna e externa. - Existem excepcionais oportunidades na exuberante biodiversidade, no conhecimento pré-cientifico e uso de plantas medicinais pela população brasileira , na entrada de novos consumidores da classe média, nas pesquisas científicas de plantas medicinais. No interesse de algumas empresas nacionais na P&D de medicamentos, na abertura e interesse dos mercados europeu, americano e asiático para novos produtos de plantas para a área medicinal e cosmética,na base técnico-científica existentes, no sistema de pós-graduação melhor estruturado das Américas do Sul e Central e na razoável massa crítica disponível em química e farmacologia. - Os recursos financeiros não são a condição sine qua non para a P&D de drogas a partir de plantas. Antes disso, há que considerar a necessidade de juntar os esforços dos atores necessários para este fim (Figura 3.1). - Os dados nos fazem supor que us$ 100 milhões de dólares foram aplicados nos ultimos 10 anos na pesquisa cientifica relacionada a produtos naturais e apesar disso nemhum medicamento baseado 50

em plantas medicinais foi desenvolvido no pais.nem mesmo a ceme-ms que pesquisou 72 plantas medicinais chegou a qualquer fitomedicamento .

51

4. A AÇÃO GOVERNAMENTAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE FITOFÁRMACOS Apesar da riqueza da flora brasileira -com cerca de 55 mil espécies- e da ampla utilização de plantas medicinais pela população, existe consenso sobre a insuficiência de estudos científicos sobre o assunto. Pouca atenção foi dada tradicionalmente a esta área de conhecimento pelas instituições acadêmicas e pelas agências governamentais de fomento à pesquisa e ao desenvolvimento de fitofármacos. Com os recentes avanços na área de biologia molecular e com o crescente interesse das grandes corporações farmacêuticas pelo potencial de mercado dos produtos naturais, é imprescindível dar maior atenção ao aprofundamento do conhecimento das propriedades das espécies vegetais e sua utilização na formulação de medicamentos. Neste capítulo apresentam-se as ações das principais agências públicas envolvidas no apoio ao aprimoramento do conhecimento científico, do desenvolvimento tecnológico e da produção industrial de fitofármacos nos últimos anos. Essas ações serão apresentadas por instituição, com atenção à Central de Medicamentos CEME, à FINEP e ao CNPq, comentando-se ainda as atividades de outras agências como a Fundação Banco do Brasil e a CAPES. Central de Medicamentos

A Central de Medicamentos - CEME, além de sua atribuição principal de compra e distribuição de medicamentos, tem apoiado sistematicamente atividades de pesquisa em produtos fitofarmacêuticos nas últimas duas décadas. Já em 1973 foram realizados alguns estudos pioneiros com plantas medicinais no âmbito da CEME, como o “Screening farmacológico de plantas brasileiras”, executado pela Escola Paulista de Medicina, mas a função de assistir instituições governamentais na formulação, coordenação e execução de políticas e programas de desenvolvimento tecnológico e industrial do setor químico-farmacêutico só seria atribuída formalmente ao órgão pelo decreto presidencial No 75.985 de 17 de julho de 1975. Nos primeiros anos não existia uma política clara para orientar a seleção de projetos, sendo uma atividade de “balcão”, em que os apoios eram concedidos na medida da disponibilidade dos recursos. Em 1982, visando uma orientação mais consistente para suas ações na área, a CEME promoveu um Encontro sobre Plantas Medicinais, que resultou na elaboração do Programa de Pesquisas em Plantas Medicinais -PPPM. Este Programa começou a operar em 1983. Seu objetivo era promover a investigação científica sobre as propriedades terapêuticas de espécies vegetais utilizadas pela população brasileira, favorecendo o futuro desenvolvimento de medicamentos, assim como orientar a população sobre o 52

verdadeiro potencial terapêutico e os possíveis efeitos tóxicos destas plantas, normalmente utilizadas de forma pouco criteriosa. O Projeto visava à criação de uma alternativa medicamentosa de baixo custo, principalmente para os 50 milhões de brasileiros que não têm acesso a medicamentos. Foram privilegiados projetos de rápido retorno, com um prazo médio de execução de 1 a 2 anos. Uma das metas do programa foi a constituição de um banco de dados com cerca de 9.000 informações sobre plantas medicinais. Os estudos se concentraram em testes toxicológicos e de eficácia terapêutica das plantas medicinais. Foram realizados testes com animais de laboratório e ensaios clínicos com seres humanos. Na Fase I as pesquisas empregaram a planta inteira (“abafado” ou chá); na Fase II, ora em andamento, tenciona-se isolar os princípios ativos das espécies com ação terapêutica comprovada. No início, foram selecionadas 21 espécies para estudo a partir de critérios médicos, antropológicosociais, botânico-agronômicos e econômicos. Essa seleção foi feita por um Comitê formado pelos melhores profissionais da área. Entre elas estavam: quebra-pedra, funcho, maracujá, capim-cidrão, espinheira-santa, abacateiro, alho, guaco, confrei, artemísia, hortelã, jambolão, etc. Em 1986 as espécies selecionadas foram ampliadas para 74 (ver Quadro A.1 no Anexo 6). Na denominada Fase I do Programa, de 1983 a 1993, foram executados 95 projetos, cuja distribuição por ano aparece no Quadro 4.1 e por região no Gráfico 4.1 (a informação detalhada sobre os objetivos e as intituições envolvidas em cada projeto é apresentada no Quadro A.2, Anexo 6).

Quadro 4.1 - Número de projetos executados pela CEME na Fase I do Programa de Pesquisa de Plantas Medicinais (1983-1993) Ano 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 Total

o N de projetos 21 4 9 32 8 15 5 1 95

53

Gráfico 4.1 - Distribuição dos projetos executados pela CEME (1983-1993) por região

Centro-Oeste 9%

Norte 7%

Nordeste 11%

Sul 11%

Sudeste 62%

Vemos que houve uma intensa atividade nos anos 80, mas o programa praticamente parou nos anos 90. Este arrefecimento correspondeu a um brusco corte orçamentário, como pode ser constatado na Quadro 4.2, em razão das reformas impostas durante o governo Collor.

Quadro 4.2 - Recursos liberados pela CEME para o Programa de Pesquisas de Plantas Medicinais Ano 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 Total

Liberações (US$ mil de 1995) 434,18 268,41 231,89 678,18 1.377,68 863,45 323,05 808,22 112,98 28,87 95,59 1.710,74 6.610,52

54

Gráfico 4.2 - Recursos liberados pela CEME para o Programa de Pesquisas de Plantas Medicinais

   l    i    5    9   m    9    $   1    S   e    U   d

1800 1600 1400 1200 1000 800 600 400 200 0

1983 1984 1985 1986

1987 1988 1989

1990 1991 1992 1993 1994

1995

O Gráfico 4.2 permite uma melhor visualização dos dados do Quadro 4.2. Observa-se que os recursos globais da Fase I (de 1983 a 1993) foram da ordem de US$ 5 milhões. Nos últimos dois anos o Programa parece ter tomado novo impulso, depois de ter passado por três anos em que a maioria dos trabalhos precisou ser interrompida, em razão da desativação de várias funções do Estado promovidas pelo governo Collor. Hoje existem 13 projetos em andamento, mas a maioria das propostas apresentadas nos anos 90 não foi ainda implementada, havendo 19 projetos em carteira, conforme pode ser visto no Quadro 4.3.

55

Quadro 4.3 - Projetos em carteira no Programa de Pesquisas de Plantas Medicinais da Ceme Título do projeto “Verificação do possível efeito adaptógeno ou resistógeno de plantas brasileiras. Parte II. Pfaffia e Catuaba”. “Avaliação clínico-laboratorial de plantas medicinais como possíveis agentes diuréticos, antihipertensivos e eumetabólicos”. “Identificação de antiparasitários de origem vegetal e desenvolvimento de formas farmacêuticas”. “Avaliação da ação tóxica de plantas medicinais em ensaios biológicos”. “Endoscopia funcional nasal e cirurgia funcional sinusal associadas à avaliação da Luffa opercutata (cabacinha) no tratamento das patologias nasosinusais”. “Estabelecimento de bases analíticas para estandartização de chás medicinais”. “Ensaio de atividade de Amaranthus viridis e Luffa cilindrica contra helmintos parasitas de galinhas e cães”. “Analise farmacológica dos extratos brutos de Bacharis trimera”. “Estresse oxidativo hepático: Modulação por produtos naturais da flora brasileira”. “Extração e identificaçào de substâncias com atividade antiúlcera de Maytenus ilicifolia”. “Determinação do efeito farmacológico potencial de extratos vegetais utilizados em medicina popular”. “Investigação farmacológica da atividade central de plantas medicinais”. “Esquemas terapêuticos alternativos, farmacologia e química de novas drogas de origem vegetal”. “Determinação de componentes polifenólicos farmacologicamente ativos obtidos de vegetais”. “Avaliação toxicológica de vegetais empregados em medicina popular”. “Estudo toxicológico pré-clínico do B-mirceno: Substância analgésica encontrada no capim-cidrão”. “Núcleo de fornecimento de plantas medicinais selecionadas pela CEME”. “Estudo fitoquímico e fitorápico de plantas brasileiras”. “Coleta e conservação de plantas medicinais”.

Ano

Instituição

1994

EPM/UNIFESP

1995

UERJ

1991

UFRS

1991

USP

1989

EPM/UNIFESP

1991

UFPA

1991 1991

UNESP UFSC

1991

USP

1991

UFMG

1991

UFRS

1991

EFSC

1991

UFPB

1991

USP

1991

UNESP

1991

FIOCRUZ

1990

UFMA

1991 1991

FIOCRUZ EMBRAPA

Observa-se que apenas três projetos envolvem extração de principios ativos de plantas medicinais, ou seja, estudos fitoquímicos farmacológicos. Maciçamente os projetos concentram-se no estudo de chás ou no máximo extratos de plantas. Os primeiros resultados do programa foram publicados em 1985, correspondendo à conclusão do estudo de Cymbopogon citratus (capim-cidrão)11. Em 1993 tinham sido concluídas as pesquisa com

11

Carlini E. L. (Coordenador)

Farmacologia pré-clínica, clínica e toxicologia do capim-cidrão, Cymbopogum citratus,

Brasília, CEME, 1985. 56

28 espécies vegetais, cujos resultados aparecem na série de publicações “Programa de Pesquisa em Plantas Medicinais” da CEME. Em alguns casos as plantas medicinais não provaram ter efeitos significativos, em outros revelaram-se tóxicas, enquanto certas espécies confirmaram ação terapéutica, sendo as duas principais Maytenus ilicifolia (espinheira-santa) e Phyllantus niruri (quebra-pedra). Após a conclusão das pesquisas para testar o real efeito das diversas espécies procurar-se-ía aprimorar as técnicas de cultivo para posterior industrialização. De acordo com entrevista realizada na CEME, existem atualmente cinco medicamentos em condições de scale-up para produção industrial, tendo como base farmacológica as seguintes espécies:

Mikania

glomerata

(guaco),

Phyllantus

niruri

(quebra-pedra),

Maytenus

ilicifolia

(espinheira-santa) e Cecropia glazioui (embaúba). Sua produção será realizada por laboratórios oficiais. Pretende-se patentear esses medicamentos tão logo seja aprovada a legislação em tal sentido. O Programa tem atuado co-financiando Projetos de Pesquisa através de contratos e convênios com instituições públicas e privadas. Na realidade, a grande maioria dos estudos foi

realizada pelas

universidades federais e estaduais, sendo pouco significativa a participação de empresas privadas. Há 23 instituições vinculadas ao Programa, existindo núcleos de pesquisa importantes em diversas regiões do país, como os grupos de Belém (UFPA) na região Norte, de Fortaleza (UFCE) no Nordeste e Santa Catarina (UFSC) no Sul (ver Quadro 4.4). Na região Sudeste a participação da UFRJ, e na área de testes clínicos e pré-clínicos a Escola Paulista de Medicina, que foi responsável por 27 dos 95 projetos executados. O Centro Nacional de Recursos Genéticos (CENARGEM) da EMBRAPA também realizou alguns estudos. A CEME financia os projetos, com exceção do salário dos pesqisadores. Quadro 4.4 - No de projetos executados na Fase I (1983-1993) do Progama de Pesquisa de Plantas Medicinais da CEME, por região Região Sul Sudeste Centro-oeste Nordeste Norte

o N de projetos 12 60 9 10 3

FINEP

A FINEP atua no financiamento a projetos de fitofármacos através, principalmente, de três Departamentos: Agropecuária, Ciências Biológicas e da Saúde, e Ciências da Natureza. Nos últimos 57

10 anos os projetos vêm sendo apoiados fundamentalmente com recursos do PADCT (Porgrama de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e, em menor monta, com recursos do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). A seguir, apresentamos uma breve avaliação dos financiamentos da FINEP nessa área, nos três Departamentos citados. Desde 1985 o Departamento de Agropecuária vem operando o Programa de Cultivos Pioneiros (PROCULT). Este programa promoveu o estudo integral de 20 espécies de interesse, em sua maioria nativas. Entre essas espécies, três foram selecionadas pelo seu poder medicinal: Digitalis lanata (Dedaleira), Cephaelis ipecacuanha (Ipeca) e Pilocarpus microphyllus (Jaborandi), sendo as restantes escolhidas pelo seu potencial alimentício, oleaginoso, laticífero (produção de látex), etc. Estimava-se que o tempo necessário para transformar uma espécie em planta cultivada seria de 5 a 10 anos. Assim, foram privilegiados cultivos que pudessem se de fácil e rápida adoção pelo sistema produtivo nacional. Pretendia-se sistematizar o conhecimento necessário para o cultivo dessas espécies, uma vez que a maioria tem sido explorada só pelo sistema extrativista, chegando, em alguns casos, à quase extinção. Os principais objetivos do Programa eram: -criar oportunidades técnicas e científicas para aproveitamento de espécies vegetais nativas e exóticas de interesse econômico e social. -promover a diversificação da agricultura brasileira em bases ecológicas e culturais, economicamente economicamente sustentáveis. -Incorporar ao sistema produtivo plantas não tradicionalmente cultivadas, criando inclusive alternativas de produção para áreas até então inexploradas. -Promover e/ou intensificar as pesquisas com espécies vegetais de uso já popularizado e de potencialidade econômica e social destacadas, com vistas à sua transformação em plantas cultivadas. -Conservar a variabilidade genética das espécies selecionadas. -Promover o conhecimento científico-tecnológico sobre a propagação, manejo e obtenção do produto econômico das espécies selecionadas. -Promover a difusão controlada das pesquisas bem como desencadear o processo de desenvolvimento dos novos cultivos no país.

As pesquisas desenvolvidas incluíram linhas relativas à botânica, ecologia, recursos genéticos, biologia, utilização e processamento, e estudos sócio-econômicos das espécies selecionadas. 58

Tratava-se de estudos de caráter interdisciplinar que exigiam a participação de várias instituições. No caso de espécies de plantas medicinais, as instituições participantes foram: a) Digitalis lanata (Dedaleira): Instituto Agronômico de Campinas. b) Cephaelis Cephaelis ipecacuanha (Ipeca): (Ipeca): Instituto Instituto Agronômico Agronômico de Campinas, Campinas, SEICT/RO

-Secretaria -Secret aria de

Estado de Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia, UEPAE/RO -Unidade de Execução de Pesquisa de Âmbito Estadual e Territorial, UFMT -Universidade Federal de Mato Grosso, EMPA/MT -Empresa Matogorssense de Pesquisa Agropecuária, Universidade federal do Rio de Janeiro/Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais. c) Pilocarpus microphyllus (jaborandi): UNICAMP, Universidade Federal do Rio de Janeiro, CENARGEN/EMBRAPA. Para assessoramento à FINEP e ao CNPq na implementação do Programa de apoio a Cultivos Pioneiros constituiu-se um grupo formado por: um representante do CNPq; um representante do Comitê Assessor de Agronomia do CNPq; um representante da FINEP; quatro representantes da Comunidade Científica; e dois representantes da Iniciativa Privada. Esse grupo participou na avaliação das propostas de projetos, pedidos de auxílios e bolsas. Para o acompanhamento dos projetos foram contratados consultores especializados. Ao CNPq coube outorgar bolsas de pesquisa e de formação, financiar a contratação de consultores internacionais internacionais e possibilitar a publicação public ação dos resultados resultados do programa. programa. À FINEP correspondeu correspondeu financiar o investimento necessário para a realização dos projetos. O custeio para fomento e acompanhamento das pesquisas foi compartilhado em partes iguais pelas duas instituições. O detalhe dos projetos realizados dentro do Programa Cultivos Pioneiros, no relativo a plantas medicinais, aparece no Quadro 4.5.

59

Quadro 4.5 - Projetos de pesquisa em plantas medicinais realizados realizados com o apoio do Programa Cultivos Pioneiros (PROCULT) da FINEP/CNPq Título

Objetivos Objet ivos

“Biologia, cultivo experimental e aspectos sócioeconômicos de ipecacuanha” “Coleta e conservação de germoplasma de ipecacuanha” *

Instituiçã Insti tuiçãoo

Ano do convênio

Recursos aproximados (US$)

Estudar a biologia e estimular o seu cultivo

UNICAMP/CP QBA

1988

24.500,00

Coleta de germoplasma para domesticação da espécie e estabelecimento de Banco de Germoplasma Estabelecer o cultivo racional de  jaborandi, com plantas de caraterísticas caraterísticas uniformes e produtivas, visando ao fornecimento de matéria-prima para a indústria de sais de pilocarpina

EMBRAPA/  CENARGEN CENARGEN

1988

21.000,00

1990

5.000,00

UNICAMP/CP QBA

*sem título

Além das atividades do Departamento de Agropecúaria, a FINEP tem concedido financiamento a projetos de fitofármacos pelo seus Departamentos de Ciências Biológicas e da Saúde e de Ciências da Natureza. A maior parte desses recuros foi outorgada através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico -PADCT. Desde 1985 foram implementados por esta via 31 projetos, cujos objetivos e instituições envolvidas aparecem no Anexo 6 (Quadro A.3). A seguir, apresentam-se os recursos envolvidos em 28 desses projetos, que incluem os dois Departamentos (para o três projetos restantes não se dispõe da informação dos valores). Quadro 4.6 - Financiamento de projetos em fitofármacos pelos Departamentos de Ciências Biológicas e da Saúde e de Ciências da Natureza da FINEP Ano do convênio 1985 1986 1987 1988 1990 1991 1992 1993 Total

No de projetos 2 7 6 1 1 2 4 5 28

Total (US$ 1995) 145.964,18 644.733,57 613.659,12 74.346,57 74.346,5 7 17.536,7 836.262,72 1.381.283,6 3.502.865,9 3.502.8 65,9 6.528.646,67

Os auxílios na segunda metade da década de oitenta foram da ordem de US$ 1,5 milhões. Após 1990, coincidindo com a segunda fase do PADCT, esses auxílios cresceram significativamente. 60

A distribuição dos financiamentos por região é apresenta no Quadro 4.7. Observa-se que os auxílios foram distribuídos a instituições de diversas regiões, destacando-se a participação de grupos da UFRJ, UFSC, UFCE e UFPA, dos respectivos departamentos de química e farmacologia. Alguns projetos visaram à criação de laboratórios para atender às demandas em nível regional, como por exemplo, a implantação do Laboratório de Espectrometria (LEMAR) para atendimento multiusuário na região Norte e Nordeste, em 1994. Em certos casos, as pesquisas avançaram até a formulação de medicamentos e acordos com empresas para sua produção. Tal foi o caso de um estudo realizado pela UFSC que resultou num consórcio com a BIOBRÁS e a Microbiológica para o desenvolvimento de um medicamento que bloqueia a ação da bradicinina, chegando à solicitação de pedido de patente junto ao INPI. Todavia, na maioria dos casos, os resultados das pesquisas não tiveram aplicação comercial direta, resultando basicamente na formação de recursos humanos com divulgação de resultados através de congressos e publicações em periódicos nacionais e estrangeiros. Quadro 4.7 - Projetos financiados pela FINEP segundo região de origem da instituição apoiada Região Sul Sudeste Centro-Oeste Nordeste Norte TOTAL

No de projetos 5 6 4 7 4 25

CNPq

Com relação à formação de Recursos Humanos especializados na área de fitofármacos, coube às agências de financimento, como CNPq e CAPES, um papel destacado. A informação consolidada dos auxílios concedidos no período 1992/1994 aparece nos Quadros 4.8 a 4.12. Como vemos nos Quadros 4.11 e 4.12, coincidindo com o financiamento concedido pelas instituições acima analisadas, destacam-se as participações da UFCE e da UFRJ no uso de bolsas e auxílios. A maior parte das pesquisas foi desenvolvida pelos departamentos de química e farmacologia. Porém, no caso da UFCE existe também participação dos departamentos de botânica, bioquímica e agronomia, o que pode significar um tratamento mais integrado em relação ao tema. Nas bolsas e auxílios a região Nordeste participou com cerca de 40% nesse período, o que também estaria indicando a existência de uma significativa capacitação regional na área de fitofármacos. Além da UFCE, também a UFPB teve uma participação importante. 61

Em nível nacional, destacam-se ainda a UFRJ e a UFMG, que o apoio das agências e instituições de fomento criaram núcleos de pesquisa importantes na área de fitofármacos. Como pode ser visto no Quadro 4.12, todas as modalidades de bolsas e auxílios foram utilizadas por essas instituições. Observe-se que mais da metade dos auxílios concedidos correspondem à área de química. Além da informação apresentada, tanto a CAPES como o CNPq oferecem auxílios na forma de bolsas de mestrado e doutorado em áreas relacionadas com fitofármacos. Entretanto, este tipo de auxílio não pode ser discriminado por corresponder a quotas de demanda social das instituições. Quadro 4.8 - Bolsas e auxílios concedidos pelo CNPq para projetos de fitofármacos de 1992 a 1994 Área do conhecimento

Bolsas

Auxílios

Total

No

Valor US$

No

Valor US$

No

Valor US$

Botânica

48

102.687,14

4

25.611,52

52

128.298,66

Farmácia

8

22.323,89

1

0,04

9

22.323,93

Farmacologia

54

196.089,60

11

90.961,28

65

287.050,88

Química

125

559.643,06

17

41.638,85

142

601.281,91

Genética

2

2.386,54

Bioquímica

3

29.993,14

1

Agronomia

3

2.231,15

Total Geral

243

915.354.52

2

2.386,54

2.675,62

4

32.668,76

1

0,02

4

2.231,17

35

160.887,33

278

1.076.241,85

Quadro 4.9 - Distribuição por região das bolsas e auxílios concedidos pelo CNPq, de 1992 a 1994 Área do conhecimento

Norte No

Nordeste

Centro-Oeste

Sudeste

No

Valor US$

No

Valor US$

No

Valor US$

Botânica

45

112.960,80

5

7.545.33

2

7.792,53

Farmácia

1

11.899,86

Valor US$

Sul No

Valor US$

8

10.424,07

Farmacologia

1

1.060,23

15

87.213,76

5

17.207,75

27

145.635,45

17

35,933,69

Química

8

30.319,09

43

117.784,34

2

8.966,71

79

402.093,67

10

42.118,10

2

2.386,54

1

1.502,35

2

1.388,13

113

560.798,67

35

88.475,86

Genética Bioquímica

2

20.208,17

Agronomia

2

843.04

108

350.909,97

Total

9

31.379,32

1

13

10.958,24

44.678,03

62

Quadro 4.10 - Bolsas e auxílios concedidos pelo CNPq segundo modalidade, de 1992 a 1994 No de projetos 159 17 52 8 7 35 278

Tipo Inic. Científica Aperfeiçoamento Pesquisa Ap. Técnico Exterior Auxílios Total

Valor US$ correntes 223.374,54 34.930,21 526.258,66 15.432,52 115.358,59 160.887,33 1.076.241,85

Quadro 4.11 - Distribuição dos auxílios do CNPq por área de conhecimento e por instituição, de 1992 a 1994 Institituição UFCE

Botânica No Pro

Farmácia No Pro

4

UFPR

Farmacol No Pro 2

Química No Pro 2

Bioquímica No Pro 1

Agronomia No Pro 1

1

Total No Pro

Valor US$ corrente

10

38.026,82

1

-

2

4.448,98

UFRS

2

UFPB

1

1

2

21.990,78

UFRJ

1

3

4

17.039,03

USP

1

1

2

4.717,21

UFSP

3

3

51.166,66

UFMG

1

1

2.288,37

1

1

-

UFBA

2

2

4.228,74

UFSC

1

1

2.986,00

UFRRJ

2

2

1.649,34

UFPA

2

2

3.280,07

UFSCAR

1

1

6.115,44

INPA

1

1

2.949,74

35

160.887,33

UNICAMP

TOTAL

4

1

11

17

1

1

63

Quadro 4.12 - Distribuição das bolsas concedidas pelo CNPq por área de conhecimento e por instituição, de 1992 a 1994 Institituição UFCE

Botânica No Pro

Farmácia No Pro

30

Farmacol No Pro 3

UFPR

Química No Pro

Genética No Pro

Bioquímica No Pro

25

Agronomia No Pro 1

2

UFRS

Total No Pro

Valor US$ corrente

59

150.985,98

2

3.059,66

7

10

1

18

37.354,48

1

8

8

20

85.266,63

UFRJ

7

13

21

91.832,85

USP

1

12

13

49.394,40

UFSP

10

10

33.871,11

UFMG

2

17

19

45.694,19

1

2

3

28.213,99

3

1

5

26.804,34

2

5

14.381,08

6

6

58.427,55

5

6

25.149,51

5

35.028,22

5

17.207,75

4

5.723,65

2

10.481,31

2

21.069,22

2

1.388,13

UFPB

UNICAMP UFBA

3

UFSC

3

UFRRJ UFPA

1

UFSCAR

3

UFMT

1

1

2

5

UFRPE

4

UFPE

1

1

UNESP

2

UF LAVRAS

2

UFF

6

6

7.114,39

Inst. Biológico

3

3

12.916,93

UFSM

5

5

25,224,24

UNB

2

2

8.966,71

FIOCRUZ

3

3

10.839,58

1

6.668,50

1

1.785,26

5

7.545,33

1

10.958,24

Ins. Botân. SP

1

U. ALFENAS EMBRAPA

1 5

M. AGRICUL.

1

IME

1

1

12.349,60

UFAL

4

4

7.381,72

Univ. Caxias

1

1

1.021,38

Sem vínculo

3

3

61.228,59

243

915.354,52

Total

48

8

54

125

2

3

3

Outras instituições

Outra instituição que concedeu alguns auxílios na área de fitofármacos foi a Fundação Banco do Brasil. No Quadro 4.13 apresenta-se informação sobre os auxílios solicitados a essa instituição. Nota-se que a grande maioria dos pedidos não foi atendida, indicando, de um lado, pequeno 64

interesse da instituição nessa área e, de outro, que há uma demanda reprimida por estudos em fitofármacos e produtos naturais. Quadro 4.13 - Auxílios solicitados à Fundação Banco do Brasil, 1991-1995 Título do Projeto

Instituição

“Workshop em biotecnologia de plantas”

Período

UFAL/D. Química

“Plantas medicinais brasileiras como fonte substâncias imunomoduladoras, Antivirais Antitumorais”

de e

01/94 a 12/96

UFRJ/Inst.Ciên. Bio.Dep.Bioquímica

indeferido

“Estudo do ecossistema floresta tropical Atlântica visando ao aproveitamento dos recursos vegetais”

UFSC/Coord. Florestal

“Aspectos ecofisiológicos das Cianofíneas brasileiras: avaliação de toxicidade e aproveitamento econômico”

Fud. Bio-Rio

“Montagem de laboratório de química farmacêutica da ULBRA”

Univ. Luterana do Brasil ULBRA

“Pesquisas Rodrigues”

Herbario Rodrigues

botânicas

do

Herbário

Barbosa

Horto indeferido indeferido

Barbosa

arquivado indeferido

“Obtenção de fármacos anti-maláricos a partir de Artemisia annua”

CPQBA-UNICAMP

06/95 a 04/97

“Extração e obtenção de princípios bioativos de plantas medicinais da localidade de Jaceruba-Reserva Biológica de Tinguá”

Fund.Bio-Rio/Lab. Biotecnologia de Plantas

indeferido

“Controle da qualidade de plantas medicinais exógenas e brasileiras, empregadas no tratamento de infestações: parasitárias e viróticas”

FIOCRUZ/Lab. de Produtos Farmanguinhos

Química Naturais

indeferido

“Estudo químico e farmacológico medicinais do Norte e Nordeste”

UFCE/Dep. Farmac.

Fisiol.

indeferido

Dep.

indeferido

Tecnol.

indeferido

de

plantas

“Caracterização de substâncias fitoterápicas da Flora Roraimense”

UF Roraima Química

“Produtos naturais e sintéticos bioativos”

UFPB/Lab. Farmacêutica

/

65

5. ESTRATÉGIAS PARA DESENVOLVER A PRODUÇÃO DE MEDICAMENTOS A PARTIR DE PLANTAS MEDICINAIS Partindo dos elementos discutidos nos capítulos anteriores, iremos, inicialmente, apresentar os principais atores atuantes na P&D e produção de fitomedicamentos e, em seguida, resumir os principais pontos favoráveis de que o Brasil dispõe para desenvolver essa área, assim como as dificuldades existentes. Finalmente, apresentaremos uma proposta de estratégia de desenvolvimento da produção de medicamentos a partir de plantas medicinais que contemple o aproveitamento das oportunidades indicadas e ao mesmo tempo supere os obstáculos apontados.

5.1 Quem são os atores e como eles interagem O estudo de plantas medicinais é realizado por fitoquímicos, farmacólogos, bioquímicos, botânicos, etnológos, médicos e farmacêuticos na ampla área de medicina natural. Aqui, no entanto, vamos nos ater aos principais grupos de pesquisadores atuando no Brasil. São eles, os fitoquímicos, pesquisadores da área de química orgânica também denominados químicos de produtos naturais e que raramente dominam a área farmacológica e os farmacólogos/ biólogos, profissionais originados de diferentes áreas (médica, farmacêutica e biológica) e que raramente dominam a área química. É muito raro que um mesmo indivíduo realize, ele mesmo, pesquisas fitoquímicasfarmacológicas/biológicas necessárias para a descoberta de novos fármacos. Por isso, plantas medicinais são estudadas do ponto de vista químico por fitoquímicos e do ponto de vista farmacológico por farmacólogos, estabelecendo uma dicotomia perigosa. Cooperações interdepartamentais, interinstitucionais e multidisciplinares, embora necessárias, raramente são realizadas, comprometendo o sucesso do estudo de plantas medicinais  A relação entre fitoquímicos e biólogos

A área química de produtos naturais é ampla, abrangendo os estudos fitoquímicos (estudo da composição química de plantas) zooquímicos (estudo químico de insetos) e o estudo químico de organismos marinhos. Devido às dificuldades inerentes à área, os pesquisadores costumam se restringir a uma área específica. Os grupos de fitoquímica raramente cooperam entre si ou com grupos de farmacologia visando novos fitofármacos. É muito comum que as publicações na área farmacológica se refiram a extratos brutos ou apenas ligeiramente purificados (veja p.ex. Anais da SBFTE, Seção Produtos Naturais). Ou seja, o princípio ativo da planta em questão é raramente isolado. 66

Químicos, por outro lado, raramente estudam a composição química de plantas em mistura (extratos brutos). O comum é a purificação dos extratos, levando a frações e estas a substâncias puras. No entanto, é muito comum que o princípio ativo de uma planta medicinal seja uma mistura de substâncias. A separação de uma amostra em substâncias puras pode levar perder o efeito farmacológico esperado. Quando a relação existe, os fitoquímicos produzem mais frações e substâncias puras que o farmacólogo/biólogo pode testar. Todos estes fatores, além de outros menores, geram tensão na relação química e biologia de modo que dificilmente as relações progridem. Tampouco fluem as relações entre grupos universitários para a pesquisa (obrigatoriamente) multidisciplinar na área de medicamentos de plantas medicinais. Os pontos de vista de acadêmicos de diversas especialidades muitas vezes se confrontam. Estes grupos, por sua vez, raramente tem cooperação com a área empresarial.  A relação entre universidade e empresas

Um dos maiores problemas detectados a partir dos questionários aplicados é que não há cooperação entre os grupos acadêmicos da universidade e as empresas (nacionais ou não) para o desenvolvimento de novos medicamentos. Isto acaba criando um paradoxo: a universidade desenvolve pesquisas e divulga o conhecimento para a comunidade científica internacional e, como nossa indústria não possui cultura e visão de desenvolvimento tecnológico, permite que as industrias transnacionais façam uso deles. No nosso entender só é possível desenvolver medicamentos em cooperação com empresas que finalmente vao comercializar o produto. Há uma desconfiança que permeia as relações entre acadêmicos e empresas, de ambos os lados. O empresário teme colocar recursos nas mãos dos cientistas acreditando que a relação custo/benefício seja muito alta, além de exigir sigilo com relação ao projeto. Por outro lado, os cientistas a) não apreciam trabalhar sob o cronograma apertado dos empresários, b) dificilmente aceitam interferências em seu trabalho, c) não estão mobilizados para os trabalhos que visam produtos (vide Tabela - Recursos do Estado FNDCT/CNPq/FAPESP), d) não aceitam produzir trabalhos que tenham alguma restrição à publicação. Deste modo, as relações entre empresas-universidades, dificilmente fluem.

Os recursos para as pesquisas vem massivamente do Estado e só muito

raramente de empresas (vide Quadro 7).

67

5.2 Vantagens e obstáculos para o desenvolvimento da área de produtos naturais As vantagens detectadas são a flora, o conhecimento popular, o conhecimento científico, a disponibilidade de tecnologia, o interesse da área empresarial e o volume de recursos aplicados nos últimos dez anos. Em seguida, detalharemos cada um destes pontos. 1. Entre os elementos favoráveis ao desenvolvimento de medicamentos a partir de produtos naturais de que o Brasil dispõe está a riqueza de sua biodiversidade, particularmente concentrada na Mata Atlântica e na Amazônia 12. A região amazônica cobre 5 milhões de km2, com 33.000 espécies de plantas superiores, sendo pelo menos 10.000 destas medicinais, aromáticas e úteis (Brown, 1992, Mors, 1966; Di Stasi, 1989; Brito, 1993; Barata, 1994; Gottlieb, 1980), 300 espécies de frutas comestíveis (Cavalcante, 1988) além de uma enorme fauna marinha, insetívora e animal, muitos dos quais usados na etnofarmacologia, mas sem qualquer registro atual. Portanto, é maior o nú mero de plantas medicinais/úteis nessa região que na India e China13 . Mesmo as plantas tóxicas existentes na região (Da Silva, 1979) poderão se tornar importantes templates para a descoberta de novos produtos terapêuticos. Além dos estudos com plantas medicinais, os estudos de venenos e toxinas de origem animal abrem um novo horizonte para a compreensão de fenômenos moleculares complexos em nível celular. (CALIXTO. DOC.) Estes números justificam a opção de concentrar os estudos de plantas medicinais na região amazônica, onde será muito maior a probabilidade de se encontrar produtos exploráveis de modo sustentável. É aí também que as empresas farmacêuticas multinacionais concentram seus esforços (APP, 1992; BUSW, 1992; Science, 1990). O Quadro 5.1 mostra algumas empresas nacionais ou estrangeiras que transformam produtos naturais da Amazônia em produtos finais com alto valor agregado (Scrip, 1992 e 1993).

12

A maior diversidade biológica do país se encontra na mata atlântica, da qual, lamentavelmente, não restam mais do

que 12%. Na Amazônia, restam ainda 90% de área florestal (Brown, 1991, 1992). 13

India e China, países tradicionais nesta área, contam com 5.000 e 2.500 espécies medicinais respectivamente. 68

Quadro 5.1 - Empresas que transformam produtos naturais da Amazônia. Empresa Hutton Molecular (Inglaterra) PHYTOpharmaceuticals (EUA) Shaman Pharmaceuticals (EUA) Xenova (Inglaterra) The Body Shop (Inglaterra) Rainforest Crunch (USA) Natura (São Paulo) Boticário (Curitiba) Nutrimental (Curitiba) Irda (Amapá) Brasmazon (Amapá) Centroflora (São Paulo) Sanrisil (São Paulo)

Área Medicamentos

Produtos comercializadas Fitofármacos, agroquímicos e veterinários Fitofármacos

Medicamentos

Fitofármacos

Medicamentos Cosméticos

Fitofármacos Óleo de castanha do Pará, óleo de Andiroba, etc Amendoas, Castanha do Pará Óleo Andiroba

Medicamentos

Alimentos Cosméticos Cosméticos Alimentos Matérias-primas para cosméticos e medicamentos Matérias-primas para cosméticos e medicamentos Medicamentos Medicamentos

Diferentes produtos em P&D Amendoas, Castanha do Pará Óleos Vegetais Diferentes Produtos Matérias-primas para fitoterápicos e cosméticos Matérias-primas para fitoterápicos e cosméticos

Por outro lado, um grande obstáculo ao aproveitamento do potencial associado à biodiversidade brasileira está na destruição do meio-ambiente em ritmo acelerado, o equivalente a 10.000 Km2 por ano (dados do INPE, 1995). Nichos ecológicos desaparecem como em Rondônia (80% da floresta destruída) e rios são contaminados com mercúrio, como o Tapajós. Desde o descobrimento, em 1500, plantas que adquirem valor econômico tendem a ser predadas até seu esgotamento. Isto já aconteceu com o Pau-Brasil, e atualmente com o Sassafras (Ocotea  pretiosa), Pau-Rosa (  Aniba rosaeodora ), Jaborandi (Pilocarpus jaborandi), Pfaffia (Pfaffia  paniculatta) e muitas outras plantas selvagens comercializadas.

2. Outro fator que favorece a área de produtos naturais é o conhecimento etnobotânico e etnofarmacológico da população brasileira, a miscigenação tendo sido um fator primordial para este conhecimento. Negros e europeus trouxeram para o Brasil o seu conhecimento sobre o uso de plantas que se somou ao dos índios. A difusão desse conhecimento no seio da população facilita a aceitação popular de fitoterápicos e a aderência terapêutica. Entretanto, é um sério problema a perda corrente do conhecimento etnomédico e do manejo das plantas do ambiente devido, em grande medida, às migrações internas e ao desaparecimento físico de indígenas que no descobrimento eram 2 milhões e hoje são apenas 250 mil. O conhecimento dos 69

mais jovens sobre plantas medicinais/ úteis está definhando como consequência da aculturação desses povos. Desse modo, é preciso resgatar essas informações etnofarmacológicas e etnobotânicas, inventariando-as em banco de dados que permitam seu acesso por cientistas e empresas. 3. A simplicidade da tecnologia usada para extração de plantas medicinais constitui uma vantagem adicional para explorar os recursos vegetais. Existem centenas de pequenos fabricantes, a maior parte dos quais sequer registrada no Ministério da Saúde, cujos produtos são colocados a venda em praças públicas, feiras e outros pontos. Até mesmo repartições públicas se ocupam dessas atividades. Esta prática se ampliou enormemente nos últimos anos devido ao Programa “Plantas medicinais no serviço público”, que recomenda o cultivo e produção de fitoterápicos por parte de diversos organismos (prefeituras, ONGs, associações de bairro). Por outro lado, a fabricação realizada muitas vezes em condições precárias e à margem da Vigilância Sanitária pode representar um risco adicional pela falta de controle da qualidade dos produtos distribuídos ou vendidos por essas organizações. 4. O patamar de desenvolvimento tecnológico-industrial alcançado pelas empresas farmacêuticas no Brasil, embora deficiente, não é nulo e permite considerar pelo menos a possibilidade de que elas reajam de modo positivo e passem a fazer desenvolvimento a partir de produtos naturais em ritmo mais intenso do que o verificado até o presente. 5. A capacitação científica nacional, apresentada no capítulo 3, atingiu um nível de excelência razoável, tornando mais factível a exploração dos conhecimentos originados da biodiversidade e da etnofarmacologia. Os estudos já realizados no país sobre plantas medicinais, conforme visto no item 3.3, constituem um acervo de conhecimento significativo que deve ser explorado para o desenvolvimento de uma tecnologia própria. 6. Os estudos já realizados no país sobre plantas medicinais, conforme visto no capítulo 4, constituem um acervo de conhecimento significativo que deve ser explorado para o desenvolvimento de uma tecnologia própria. 7. Financiamento: O PADCT III que vai vigorar de 1997-2000 deverá privilegiar projetos tecnológicos, multidisciplinares de aplicação da ciência, permitindo realizar consórcios entre a academia e empresas.

70

5.3 Proposta para uma estratégia para desenvolver a produção de medicamentos a partir de plantas medicinais A seção acima mostrou o potencial e as dificuldades existentes no uso de plantas medicinais para a produção de medicamentos, cosméticos, agroquímicos e intermediários químicos. Nesta seção vamos propor uma estratégia voltada para o aproveitamento das potencialidades e superação das dificuldades apontadas. Propomos a formação de Laboratórios Integrados para Desenvolvimento de Fármacos (LIDF) coordenados por um Núcleo Estratégico de Desenvolvimento de Fármacos. Este Núcleo teria as seguintes responsabilidades: - traça a política e define as estratégias para o setor - faz diagnóstico da área - estabelece objetivos e metas no tempo - estrutura um banco de dados com informações da área - constitui um corpo de assessores jurídicos encarregados do patenteamento e relacionamento entre as partes contratantes - coordena as relações academia / setor produtivo - analisa projetos da comunidade e encontra os parceiros: cientistas e empresários - estabelece um CA no CNPq específico para P&D de medicamentos - ajuda a captar os financiamentos necessários - qualifica as propostas e confere um “selo verde” que habilita o projeto à parceria e financiamento - acompanha e avalia as várias fases dos projetos Este Núcleo, de caráter executivo, teria seu corpo constituído a partir de um Comitê independente do qual participariam as comunidades científica (representantes das sociedades científicas e cientistas independentes com forte tradição em P&D), empresarial (associações patronais e empresários de destaque na área) e governamental (representantes das agências de financiamento, CNPq, FINEP, FAPESP...) Os LIDF estariam estrategicamente

associados

em um projeto de

desenvolvimento de um

processo ou produto específico (ou conjunto de produtos terapeuticamente similares). Seriam 71

constituídos de laboratórios pré-existentes, com competência já demonstrada em P&D e que ganhariam atribuições estabelecidas pelo Núcleo a partir de editais de chamadas específicos para o desenvolvimento de tecnologia para fármacos. Essa proposta é abrangente e não se restringe apenas aos fitofármacos. Todavia, pensamos que as vantagens apontadas acima sugerem que as oportunidades são maiores dentro dessa área. Portanto, seria um bom ponto de partida para implementar a estratégia. Como virtudes desta proposta deverá ocorrer: 1) progressivo aumento da

interação universidade-indústria, estabelecendo mecanismos de

comunicação entre os parceiros de projetos de descoberta de novos fármacos. 2) abordagens multidisciplinares dos estudos químicos e biológicos. 3) aumento do número de patentes obtidas pelas universidades e institutos de pesquisa 4) estabelecimento de projetos conjuntos estimulará o fortalecimento de cooperação internacional Complementarmente, medidas como as descritas abaixo deverão ser tomadas: Com relação à flora

- Criar um mecanismo de proteção no qual plantas e organismos originados da biodiversidade brasileira serão registrados pelo governo para efeito de estudos, pesquisa e desenvolvimento. Neste contexto poderão ser coletadas e trabalhadas por instituições de pesquisas ou empresas de qualquer nacionalidade, que, em caso de exploração comercial futura de patentes descobertas, deverão pagar royalties em benefício de uma Fundação Nacional da Biodiversidade, possivelmente nos moldes do projeto da Merck Sharp & Dohme (USA) com o governo da Costa Rica, que deveria ser estudado para verificar o quanto se aplica ao Brasil (B&DM, 1991). - Conferir aos produtos originados da biodiversidade brasileira um “selo verde” como garantia de qualidade e indicação de produto original e natural. Um comitê analisaria a qualidade dos produtos/produtores como condição para outorgar o selo. - o cultivo de culturas anuais/ perenes de plantas medicinais/ úteis nas áreas desmatadas do país (500.000 km2).

72

Com relação ao gerenciamento de informações

- Inventariar, catalogar e organizar as informações antropológicas, etnológicas, ecológicas e taxonômicas já existentes em um banco de dados (Brasilert), tornando-as acessíveis à comunidade acadêmica e empresarial. - Realizar estudos do tipo “Quem é quem” e “Onde e quanto custa” para projetos químicos e biológicos de produtos naturais, cujos resultados também devem constituir um banco de dados; a partir desses estudos poder-se-á identificar as competências acadêmicas (universidades, institutos

de

pequisa)

para

desenvolvimento

de

projetos

científicos/tecnológicos

em

medicamentos, cosméticos e agroquímicos. Com relação à formação de competências

- Estabelecer centros de referência de estudos em produtos naturais para a indústria de medicamentos, cosméticos e agroquímicos e intermediários químicos. Estes centros deverão contribuir para: a) padronizar mecanismos de controle de qualidade de plantas medicinais comercializadas e fitoterápicos consumidos pela população; b) desenvolver estudos toxicológicos de produtos naturais; c) desenvolver um sistema de avaliação ( screening) e de ensaios farmacológicos de produtos 14

naturais , cuja estratégia geral está explicitada na Figura 5.2 (McChesney, 1993). - Facilitar a permanência de pessoal de empresas (técnicos e estagiários) nos laboratórios das universidades e institutos de pesquisas governamentais para o desenvolvimento de técnicas, controle de qualidade e produtos. - Treinamento de pessoal em instituições relacionadas com screening/ fitoquímica de plantas medicinais/úteis (Universidade de Illinois, Pharmazeutische Institute Münich, prof. Wagner, H.).

14

Caso a estratégia privilegie o mercado internacional, os estudos deverão abarcar as seguintes áreas: câncer,

mutagênesis, HIV, hepatite, cardiovascular, antifungos, doenças imuno-supressoras, doenças dermatológicas, diabetes, alergias e mal de Alzheimer, especialidades que as empresas multinacionais farmacêuticas têm priorizado (ABNI, 1991) e analgésicos.( vide anexo .........) 73

- Criar condições nos sistemas de PG do Brasil de realizar teses com caráter multidisciplinar na área de medicamentos de plantas, que poderão ter caráter sigiloso por certo número de anos para impedir cópias de processos e pesquisas (garantir patenteamento) Com relação a financiamento

- Suprir as diferentes carências apontadas no item "dificuldades 3.3.2" isto é, financiar através de programas de editais, como o PADCT, projetos multidisciplinares e específicos para o descobrimento e P&D de drogas apenas quando houver empresas interessadas nos resultados das pesquisas. - Provocar a parceria da Universidade - Empresas através de financiamentos ligados a editais específicos para a P&D de drogas.Criar uma política de fortalecimento da indústria nacional de fitoterápicos para aproveitar a competência no fabrico de medicamentos Este incentivo seria dado

estimulando o estudo da eficácia clínica dos produtos já existentes no mercado (

portaria.....) e assim como de processos controle de qualidade. - Gerar na universidade condições desburocratizadas para pesquisadores estabelecerem relações formais com empresas permitindo uma flexibilização oficial do RDIDP e possibilidade de ganhos financeiros ou royalties de processos ou produtos desenvolvidos em colaboração.

74

6. BIBLIOGRAFIA ABNI (1991), Agr. Biotech. News Inf . 3, (1) 13 APP (1992), “Phytopharmaceuticals seeks plant derived pharmaceuticals”,   Applied Genetic News. out/92 B&DM (1991), “Screening plants for new drugs”, Biotech & Development Monitor , n° 9. BARATA, L. E. S. (1976), “Isolamento e síntese de neolignanas de Virola surinamensis (Rol) Warb”. Tese de Doutorado, IQ - UNICAMP. BARATA, L. E. S.; DI STASI, LUIZ CLÁUDIO; TAMASHIRO, JORGE e MARQUES, MÁRCIA O (1994) “Essential oil composition in Amazon plants”,   Abstracts of IFEAT  Conferences , Avignon, France. BARATA, L.E.S. e QUEIROZ, SÉRGIO R. R. , ( Out. 1995 ) “Contribuição efetiva ou potencial do PADCT para o aproveitamento econômico sustentável da Biodiversidade”,   Relatório ao MCTPADCT  III .OBS: Em “Proposta do PGCT p/ o PADCT III, Anexo I, pg. XVI.

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78

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79

ANEXO 1 - BANCO DE DADOS BIBLIOGRÁFICOS O banco de dados “Produtos naturais.mdb” A pesquisa bibliográfica que subsidiou a elaboração deste trabalho constitui levantamento de um conjunto amplo de dados quantitativos e qualitativos, que abrangem material bibliográfico impresso e bases de dados informatizadas de fontes raramente consultadas por químicos de produtos naturais ou por biólogos. O material impresso inclui revistas especializadas (Scrip, Biofutur etc), revistas de espectro mais amplo contendo matérias de interesse da pesquisa (Business Week, Science etc), outras publicações especializadas (IMS) e artigos de jornal (Gazeta Mercantil, sobretudo). As bases de dados consultadas pertencem ao DIALOG. As informações foram organizadas em um banco de dados bibliográficos, confeccionado através do software   Microsoft Access e é apresentado em disquete que acompanha este relatório. Assim, este

banco de dados, que recebeu o nome de “Produtos naturais.mdb”, é uma coleção de dados bibliográficos referentes à temática de medicamentos de origem vegetal. A vantagem do emprego do banco de dados é permitir consultas orientadas de acordo com as necessidades do usuário. A estrutura do banco de dados, apresentada a seguir, permite o acesso por assunto ou por autor.

A estrutura do banco de dados O banco de dados bibliográficos contém duzentas referências, armazenadas em forma de uma tabela (table ) que organiza e apresenta os dados segundo oito “campos”: índice, autor, título, referência, ano, tipo, localização e assunto (nesta ordem). O índice (“ID”) é o primeiro campo e tem a função de contador, ou seja, é o número que indica a ordem segundo a qual a referência foi introduzida no banco de dados. O campo “autor” apresenta o nome autor do documento bibliográfico ou, como na maioria dos casos, o nome do periódico de onde o documento foi extraído. O campo “título” corresponde, ao título do documento. O campo “referência” traz a referência bibliográfica completa do documento, exceto título. Exemplo: Chemical Business Newsbase,Pharma Japan (CBNB,PHRMJ) - April 5, 1992 . 80

O “ano” indica o ano da publicação do documento, enquanto que o campo “tipo” indica se o documento é artigo, livro, brief article , book review, report , editorial, etc. A “localização” indica onde está o documento e o “assunto” apresenta algumas “palavras-chaves” que dão uma idéia do conteúdo do documento, como ownership changes, R&D agreements, corporate strategy, regulation, ou ainda refere-se aos países e/ou firmas envolvidos/tratados pelo

documento.

81

ANEXO 2 - QUESTIONÁRIOS Este anexo apresenta os questionários utilizados para a obtenção de dados, sobretudo qualitativos, utilizados no trabalho. A idéia foi obter, através de questionários bastante sintéticos e objetivos, um conjunto básico de informações e uma orientação para as entrevistas, realizadas em um segundo momento. Foram utilizados três questionários distintos, dirigidos a cientistas, empresas e instituições atuantes na área de produtos naturais no Brasil. Os questionários são apresentados nesta ordem: 1. questionário cientistas; 2. questionário empresas; 3. questionário instituições governamentais.

82

1.

QUESTIONÁRIO CIENTISTAS

Informações Gerais:

1) Identificação do respondente: Nome: Cargo: Endereço: E-mail: Telefone: Fax:

2) Equipe atual: Nome

Qualificação

Ano de ingresso

Fonte de financiamento

Valor (US$)

3) Projetos na área de produtos naturais: Título

Questionário (responder um para cada projeto):

1) Título do projeto:

2) Objetivo do projeto:

3) Período de vigência: 83

4) Participantes do projeto: Qualificação Antropólogos Botânicos Farmacólogos Biólogos Médicos Fitoquímicos Químicos Economistas Outros (especificar)

Número

5) Trabalhos científicos produzidos a partir do projeto: Tipo Papers nacionais Papers internacionais Teses Relatórios Outros (especificar)

Número

6) O projeto gerou patentes? Quais? Onde estão depositadas?

7) O projeto contribui para a consolidação da equipe de pesquisa? Novos membros foram incorporados a partir dele?

8) O projeto envolvia alguma parceria com empresas? Em caso afirmativo: a) a empresa contribuiu para o financiamento do projeto Totalmente

Parcialmente

Não contribuiu

b) como avalia a participação empresarial no projeto Positiva

Negativa

Neutra

84

c) teve algum tipo de dificuldade com a participação da empresa no projeto Nunca

Sempre

Às vezes

9) Órgãos do governo ligados à área de saúde acompanharam ou participaram do projeto? Quais?

10) Algum produto farmacêutico foi gerado no âmbito do projeto? Descreva. 11) O conhecimento gerado foi útil para o desenvolvimento de tecnologia para outros produtos farmacêuticos? Comente.

12) O financiamento foi importante para o desenvolvimento do laboratório? Por que?

13) A equipe montada à época do projeto ainda poderia ser reunida se necessário?

85

2.

QUESTIONÁRIO EMPRESAS

Informações Gerais:

1) Identificação do respondente: Nome: Cargo: Endereço:

E-mail: Telefone: Fax:

2) Dados gerais da empresa: Origem do capital: Faturamento em 1994 (US$): Nº de empregados em 1994: Principais produtos (por ordem de importância):

Principais mercados em que atua (classes terapêuticas):

86

Questões:

1) Distribuição das vendas (1994): Produtos

%

sintéticos naturais puros naturais associados

2) Evolução da participação dos produtos naturais (puros e associados): Ano

% das vendas

1990 1991 1992 1993 1994

3) Qual a expectativa de participação nas vendas dos produtos naturais nos próximos cinco anos?

4) Origem das matérias-primas para fabricação de produtos naturais: % Brasil Exterior

87

5) Grau de purificação das matérias-primas adquiridas para fabricação de produtos naturais: Produtos

Matéria-prima bruta

Semi-purificada

Pura

A: B: C: D: E:

6) Quais os principais concorrentes da empresa na área de produtos naturais?

7) A empresa faz P&D? Como está estruturada a área de P&D (posição funcional, pessoal ocupado, qualificações, orçamento anual)

8) Quais atividades de P&D têm relação com produtos naturais? Explicar (escopo, objetivos e resultados já alcançados).

9) A empresa tem acordos de cooperação com outras instituições (universidades, institutos de pesquisa) para desenvolvimento de pesquisas relacionadas com produtos naturais? Explicar (escopo, objetivos e resultados já alcançados).

10) Como avalia a cooperação com outras instituições: Positiva

Negativa

Neutra

11) Quais as outras fontes de tecnologia a que a empresa recorre (licenciamento, acordos de assistência técnica, etc)? Separar produtos naturais do restante. 88

Questões para o principal dirigente da empresa:

12) Como vê o desenvolvimento internacional da área de produtos naturais?

13) Como analisa o potencial da área no Brasil?

14) O que falta para o aproveitamento desse potencial?

15) Como avalia a política governamental existente para a área de produtos naturais?

16) Que medidas deveriam ser tomadas, no seu entender, para melhor direcionar essa política?

17) Que medidas de política em outros âmbitos seriam necessárias para desenvolver a área de produtos naturais: a) política de comércio exterior:

b) políticas monetária e fiscal:

c) política de saúde:

d) políticas especiais de fomento:

89

3.

QUESTIONÁRIO INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

Nome da instituição_________________________________________________ __________________________________________________________________

Entrevistado _______________________________________________________ Função ___________________________________________________________ Formação _________________________________________________________ Data ____/___/____

Principal atividade da instituição _______________________________________________________________

Quais atividades desenvolve na área de Produtos Naturais ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ _______________

Qual é o número de funcionários e sua qualificação? Nº total_____________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Atuando com Produtos Naturais_________________________________________ ___________________________________________________________________ Há quantos anos tem atividades relacionadas a Produtos Naturais? _________________________________________________________________

90

Houve descontinuidades que levaram à paralisação das atividades nessa área? Quando e por que? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________

Que recursos a instituição tem alocado para atividades com Produtos Naturais nos últimos 5 anos? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________

No caso da instituição apoiar projetos de desenvolvimento de Produtos Naturais para a comercialização, quais os principais critérios para o apoio? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ____________________

Há avaliação de mercado e de parceiros para comercialização dos produtos e processos a serem apoiados? Como isto é feito? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ___________________________________

A instituição atende prioritariamente a equipes de universidades e instituições públicas de pesquisa ou a empresas? Ou ainda a projetos conjuntos entre setor público e setor privado? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ___________________________________

91

Existe uma política deliberada por parte da instituição para estimular os acordos de cooperação entre as empre sas e entre estas e os institutos públicos de pesquisa? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ___________________________________

Como se dá a participação de parceiros estrangeiros nas atividades da instituição voltadas a Produtos Naturais? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ___________________________________

Há exemplos de produtos hoje em comercialização que tenham sido desenvolvidos a partir das atividades da instituição? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ___________________________________

Como a instituição atua em relação à propriedade intelectual? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ___________________________________

Há patentes saídas de projetos ou progrmas apoiados pela instituição? Quais? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________

Há uma política explícita para Produtos Naturais no país? Qual? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ___________________________________ 92

Quais deveriam ser, do seu ponto de vista, as prioridades de uma política nacional para Produtos Naturais? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________

Quais os principais programas envolvendo Produtos Naturais conduzidos pela instituição?

-Título do programa/projeto _________________________________________________________________ _________________________________________________________________

-Instituições envolvidas _________________________________________________________________ _________________________________________________________________

-Período de realização _________________________________________________________________

-Recursos envolvidos _________________________________________________________________

-Principais resultados _________________________________________________________________ _________________________________________________________________

93

ANEXO 3 - VENDAS EM FARMÁCIA DE PRODUTOS NATURAIS Este anexo é formado por duas tabelas, cada uma das quais é apresentada em cinco páginas. A primeira delas apresenta dados de vendas em farmácia de medicamentos com origem em produtos vegetais ordenados segundo o faturamento total do laboratório. A segunda apresenta os mesmos dados ordenados segundo o percentual de vendas de medicamentos com origem em produtos vegetais em relação ao faturamento total do laboratório. MERCADO DE MEDICAMEN TOS COM ORIGEM EM PRODUTOS VEGETAIS - 1994 POR FATURAMENTO TOTAL DO LABORATÓRIO LABORATORIO BRISTOL MEYER SQUIBB ACHE BIOGALENICA ROCHE WYETH MERRELL/LEPETIT BOEHRINGER ANGELI PRODOME LILLY SCHERING PLOUGH SANOFI WINTHROP BYK QUIMICA E FARM RHODIA SANDOZ HOECHST MERCK SHARP DOHME BIOLAB/SEARLE WELLCOME ZENECA KNOLL ASTA MEDICA MERCK S.A. CILAG FARM.LTDA ORGANON ABBOTT FARMASA SARSA WHITEHALL ALCON IQC HOSBON EMS SINTOFARMA FRUMTOST

(1/5)

(1) 3.104

%(1) 1,23

(2) 371

%(2) 0,15

(3) 2.159

%(3) 0,85

(4) 2.530

%(4) 1,00

TOT. LAB 252.847

10.196 772 446 1.266 4.921 20.580 3.055 0 1.594 4.364 18.454 1.575 3.837 85 1.471 1.235 0 916 0 666 4.799 5.699 4.195 1.525 1.342 8.065 0 2.415 1.338 4.449 5.541

4,29 0,35 0,22 0,82 3,71 15,56 2,38 0,00 1,51 4,25 18,08 1,56 3,86 0,09 1,66 1,42 0,00 1,14 0,00 0,91 6,60 8,42 6,38 2,66 2,44 15,17 0,00 5,12 3,40 11,84 15,59

0 0 0 0 5.050 0 0 0 226 1.120 9.259 0 0 0 0 15.729 0 8.391 5.766 1.210 0 0 1.196 0 0 0 724 184 187 0 0

0,00 0,00 0,00 0,00 3,81 0,00 0,00 0,00 0,21 1,09 9,07 0,00 0,00 0,00 0,00 18,05 0,00 10,40 7,59 1,66 0,00 0,00 1,82 0,00 0,00 0,00 1,47 0,39 0,48 0,00 0,00

881 3.424 1.373 0 0 3.195 0 1.191 576 1.005 11.873 0 14.671 0 0 3.841 11.137 9.470 277 11.560 0 0 534 0 1.449 0 1.068 3 9 0 4.011

0,37 1,55 0,69 0,00 0,00 2,42 0,00 1,05 0,55 0,98 11,63 0,00 14,77 0,00 0,00 4,41 13,50 11,74 0,36 15,84 0,00 0,00 0,81 0,00 2,64 0,00 2,17 0,01 0,02 0,00 11,28

881 3.424 1.373 0 5.050 3.195 0 1.191 802 2.125 21.132 0 14.671 0 0 19.570 11.137 17.861 6.043 12.770 0 0 1.730 0 1.449 0 1.792 187 196 0 4.011

0,37 1,55 0,69 0,00 3,81 2,42 0,00 1,05 0,76 2,07 20,70 0,00 14,77 0,00 0,00 22,46 13,50 22,14 7,95 17,49 0,00 0,00 2,63 0,00 2,64 0,00 3,64 0,40 0,50 0,00 11,28

237.700 220.445 198.229 153.832 132.672 132.284 128.261 113.575 105.493 102.669 102.076 101.174 99.358 94.648 88.483 87.123 82.475 80.673 75.986 72.999 72.709 67.697 65.777 57.414 54.899 53.150 49.180 47.161 39.352 37.590 35.549

continua Notas: (1) Medicamento contendo princípio(s) ativo(s) [P.A.(s)] de origem vegetal associados com P.A.(s) de outra natureza; (2) Medicamento contendo associação de P.A.(s) de origem vegetal somente; (3) Medicamento contendo P.A. não associado. (4) = (2) + (3) % (N) categoria em relação ao total do faturamento do laboratório.

94

continuação (2/5) LABORATORIO BIOSINTETICA STIEFEL LIBBS NEWLAB FARMALAB I.Q.F. ZAMBON VIRTUS DORSAY UPJOHN MARJAN EUROFARMA ALLERGAN-LOK BALDACCI MILLET-ROUX UNIAO QUIMICA F.N SYNTHELABO DARROW LEGRAND CATARINENSE NOVAQUIMICA ENILA HEBRON LUITPOLD LUPER BARRENNE NIKKHO CANONNE GROSS UCI-FARMA HERTZ JOHNSON+JOHNSON INFABRA Q.I.F. SANVAL INST. TEUTO BRASILEIRO FARMOQUIMICA CLIMAX ARISTON FONTOVIT DAUDT OLIVEIRA ZURITA BUNKER SANUS HERALD'S

(1) 3.309 665 47 16.267 233 19 3.225 8.984 470 0 4.059 2.313 0 1.091 393 2.199 282 2.475 2.620 1.120 699 930 802 1.402 0 801 0 1.431 101 147 3.606 30 1.634 148 0

%(1) 9,40 1,98 0,15 54,24 0,97 0,08 15,30 43,83 2,37 0,00 24,66 14,08 0,00 6,81 2,61 14,97 2,27 21,38 24,14 10,34 6,83 9,11 8,20 14,58 0,00 11,39 0,00 25,69 1,83 2,67 71,63 0,62 34,10 3,52 0,00

(2) 0 3.538 0 0 217 1 2.056 0 0 3.017 0 0 0 5.121 4 0 0 0 1.024 0 0 145 2.160 166 7.379 0 5.687 970 0 94 0 2.863 134 74 3

%(2) 0,00 10,55 0,00 0,00 0,90 0,00 9,75 0,00 0,00 15,75 0,00 0,00 0,00 31,97 0,03 0,00 0,00 0,00 9,43 0,00 0,00 1,42 22,09 1,73 88,15 0,00 100,00 17,41 0,00 1,71 0,00 59,37 2,80 1,76 0,07

(3) 1.253 3.036 0 0 0 13 1.480 0 772 0 0 2.695 3.353 4.265 34 0 962 207 2.315 0 2.040 3.823 226 0 992 0 0 10 0 311 0 870 0 58 44

%(3) 3,56 9,05 0,00 0,00 0,00 0,06 7,02 0,00 3,90 0,00 0,00 16,41 20,50 26,63 0,23 0,00 7,74 1,79 21,33 0,00 19,92 37,45 2,31 0,00 11,85 0,00 0,00 0,18 0,00 5,66 0,00 18,04 0,00 1,38 1,08

(4) 1.253 6.574 0 0 217 14 3.536 0 772 3.017 0 2.695 3.353 9.386 38 0 962 207 3.339 0 2.040 3.968 2.386 166 8.371 0 5.687 980 0 405 0 3.733 134 132 47

%(4) 3,56 19,60 0,00 0,00 0,90 0,06 16,77 0,00 3,90 15,75 0,00 16,41 20,50 58,60 0,25 0,00 7,74 1,79 30,76 0,00 19,92 38,87 24,40 1,73 100,00 0,00 100,00 17,59 0,00 7,37 0,00 77,42 2,80 3,14 1,15

TOT. LAB 35.188 33.544 32.199 29.991 24.054 22.839 21.083 20.497 19.798 19.155 16.458 16.425 16.355 16.018 15.084 14.689 12.430 11.575 10.854 10.832 10.239 10.209 9.778 9.616 8.371 7.034 5.687 5.571 5.519 5.498 5.034 4.822 4.792 4.204 4.084

828 1.468 248 0 1.958 1.132 0 0 157

20,56 41,29 7,05 0,00 61,32 35,69 0,00 0,00 5,83

0 0 8 0 438 312 25 0 60

0,00 0,00 0,23 0,00 13,72 9,84 0,79 0,00 2,23

0 0 454 2.229 0 0 0 16 644

0,00 0,00 12,90 67,81 0,00 0,00 0,00 0,55 23,93

0 0 462 2.229 438 312 25 16 704

0,00 0,00 13,13 67,81 13,72 9,84 0,79 0,55 26,16

4.028 3.555 3.520 3.287 3.193 3.172 3.145 2.891 2.691

continua

95

Notas: (1) Medicamento contendo princípio(s) ativo(s) [P.A.(s)] de origem vegetal associados com P.A.(s) de outra natureza; (2) Medicamento contendo associação de P.A.(s) de origem vegetal somente; (3) Medicamento contendo P.A. não associado. (4) = (2) + (3) % (N) categoria em relação ao total do faturamento do laboratório.

continuação (3/5)

96

LABORATORIO OSORIO MORAES GILTON GRANADO CIBRAN FARMA LDT C.I.F. VITACOS-PRARMA FRESENIUS INST. BIOCHIMICO PRIMA HERUS DANSK-FLAMA NEOVITA NATURIN AUAD HENFER PROFARMIG DE MAYO LAB N INDICADO HONORTERAPICA SIBRAS BETA ATALAIA HALLER FARMION J.P. BERGAMO DELTA QUIMICA E BIOLOGIA GUNTHER EVERSIL MILLER GEYER SANITAS BARUEL BASA REGIUS DUCTO MADREVITA PHARMACIA SEDABEL HANEMAN.VERITAS FLORA DA ÍNDIA ELOFAR MEDQUIMICA

(1) 0 39 38 5 280 0 0 3 1.319 752 0 1.224 220 1.396 1.377 0 666 0 0 0 0 0 0 0 375 4 1 651 148 32 0 0 0 0 77 0 0 0 70 14 0 1 0

%(1) 0,00 1,55 1,54 0,21 12,68 0,00 0,00 0,17 73,98 45,27 0,00 85,96 15,57 99,93 99,57 0,00 51,59 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 43,40 0,47 0,13 86,45 19,71 4,60 0,00 0,00 0,00 0,00 12,69 0,00 0,00 0,00 14,49 3,44 0,00 0,26 0,00

(2) 55 1.185 0 0 0 0 0 0 4 2 0 4 124 0 0 835 87 575 0 606 541 0 229 0 0 0 0 0 0 167 0 190 226 0 1 0 0 0 0 0 129 0 0

%(2) 2,17 47,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,22 0,12 0,00 0,28 8,78 0,00 0,00 61,90 6,74 46,45 0,00 53,58 48,35 0,00 24,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 24,03 0,00 29,73 35,87 0,00 0,16 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 32,25 0,00 0,00

(3) 1.898 275 46 0 0 0 9 0 0 0 20 0 238 0 0 0 0 70 6 0 562 0 0 88 0 0 0 0 0 415 8 444 0 65 0 0 0 159 8 0 271 0 0

%(3) 74,75 10,94 1,86 0,00 0,00 0,00 0,49 0,00 0,00 0,00 1,22 0,00 16,84 0,00 0,00 0,00 0,00 5,65 0,51 0,00 50,22 0,00 0,00 9,77 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 59,71 1,16 69,48 0,00 10,33 0,00 0,00 0,00 31,67 1,66 0,00 67,75 0,00 0,00

(4) 1.953 1.460 46 0 0 0 9 0 4 2 20 4 362 0 0 835 87 645 6 606 1.103 0 229 88 0 0 0 0 0 582 8 634 226 65 1 0 0 159 8 0 400 0 0

%(4) 76,92 58,10 1,86 0,00 0,00 0,00 0,49 0,00 0,22 0,12 1,22 0,28 25,62 0,00 0,00 61,90 6,74 52,10 0,51 53,58 98,57 0,00 24,70 9,77 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 83,74 1,16 99,22 35,87 10,33 0,16 0,00 0,00 31,67 1,66 0,00 100,00 0,00 0,00

TOT. LAB 2.539 2.513 2.473 2.436 2.208 1.899 1.821 1.813 1.783 1.661 1.639 1.424 1.413 1.397 1.383 1.349 1.291 1.238 1.173 1.131 1.119 1.116 927 901 864 847 784 753 751 695 691 639 630 629 607 604 567 502 483 407 400 382 374

continua Notas: (1) Medicamento contendo princípio(s) ativo(s) [P.A.(s)] de origem vegetal associados com P.A.(s) de outra natureza; (2) Medicamento contendo associação de P.A.(s) de origem vegetal somente; (3) Medicamento contendo P.A. não associado. (4) = (2) + (3) % (N) categoria em relação ao total do faturamento do laboratório. 97

continuação (4/5) LABORATORIO LAB.N.I.PR.QUIM FARMAVY FARMAERVAS LIFAR KLEIN DERMOPEN LOPROFAR NYTRAFARM BRASTERAPICA BREVES CAZI CRISTALIA PETROFARMA LABORSIL SANIFER BRASILEIRO DE BIOLOGIA ARAUJO PENA MESQUITA KINDER PERNAMBUCO DINIZ BRANDÃO DINAFARMA MARTEL I.M.A. ODONTUS NECKERMAN ODONTOFARMA BRASMEDICA FISIOQUIMICA GEMBALLA LOUFARCAM INKAS LABOLESSEL CANGERI DROGASIL EDISON BEZERRA SINTERAPICO IODO-SUMA BELFAR DIMECO LTDA SOBRAL NATURELL PROFARB SIMOES

(1) 0 95 0 0 0 43 71 3 20 238 0 0 0 0 0 66

%(1) 0,00 25,82 0,00 0,00 0,00 14,24 24,74 1,08 7,22 86,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 32,51

(2) 0 192 340 143 35 0 47 0 24 0 69 0 0 0 0 0

%(2) 0,00 52,17 100,00 46,13 11,48 0,00 16,38 0,00 8,66 0,00 25,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

(3) 10 0 0 11 0 0 0 0 0 0 0 226 263 0 64 0

%(3) 2,69 0,00 0,00 3,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 85,93 100,00 0,00 31,37 0,00

(4) 10 192 340 154 35 0 47 0 24 0 69 226 263 0 64 0

%(4) 2,69 52,17 100,00 49,68 11,48 0,00 16,38 0,00 8,66 0,00 25,37 85,93 100,00 0,00 31,37 0,00

TOT. LAB 372 368 340 310 305 302 287 278 277 276 272 263 263 244 204 203

0 0 30 0 0 0 0 108 13 0 38 8 0 5 4 0 0 0 0 0 0 1 0 0 19 0 7 0

0,00 0,00 15,71 0,00 0,00 0,00 0,00 72,00 8,90 0,00 27,34 5,88 0,00 4,13 3,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,05 0,00 0,00 24,68 0,00 11,48 0,00

0 2 0 0 92 0 0 0 0 132 0 13 0 1 0 17 0 0 0 0 0 0 0 36 0 0 1 0

0,00 1,02 0,00 0,00 57,50 0,00 0,00 0,00 0,00 91,03 0,00 9,56 0,00 0,83 0,00 14,66 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 42,35 0,00 0,00 1,64 0,00

200 0 0 48 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9 103 0 0 0 6 11 0 59 0 17

100,00 0,00 0,00 25,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 8,41 100,00 0,00 0,00 0,00 6,52 12,94 0,00 93,65 0,00 29,82

200 2 0 48 92 0 0 0 0 132 0 13 0 1 0 17 0 9 103 0 0 0 6 47 0 59 1 17

100,00 1,02 0,00 25,40 57,50 0,00 0,00 0,00 0,00 91,03 0,00 9,56 0,00 0,83 0,00 14,66 0,00 8,41 100,00 0,00 0,00 0,00 6,52 55,29 0,00 93,65 1,64 29,82

200 196 191 189 160 156 153 150 146 145 139 136 130 121 117 116 112 107 103 99 97 95 92 85 77 63 61 57

continua

98

Notas: (1) Medicamento contendo princípio(s) ativo(s) [P.A.(s)] de origem vegetal associados com P.A.(s) de outra natureza; (2) Medicamento contendo associação de P.A.(s) de origem vegetal somente; (3) Medicamento contendo P.A. não associado. (4) = (2) + (3) % (N) categoria em relação ao total do faturamento do laboratório.

continuação (5/5) LABORATORIO HIPOLABOR BARROS PRECIFARMA WALDEMIRO PEREIRA MAKROFARMA CIMED LABORATORIO FARIA LEOFARMA QUIMIOT. BRASILEIRA WINDSON SINTOMED LTDA MANTUIL A LEIVAS LEITE LABORMAX CIBECOL BRASIFA ANEMIOTONICO COSMOFAR JONAS GLADINO MAKROS MILIAN NATURABON LABORBRAS PAGE A NATUREZA DAVAKAN QUIMIOTERAPIA SILVA ARAUJO Total

(1) 0 0 0 0 0 0 0 13 17 0 8 0 7 0 0 0 0 2 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 194.707

%(1) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 65,00 100,00 0,00 66,67 0,00 100,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100,00 0,00 0,00 50,00 0,00 0,00 0,00

(2) 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 91.015

%(2) 0,00 0,00 0,00 0,00 2,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 16,67 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

(3) 0 0 3 0 20 5 0 0 0 0 0 1 0 5 0 0 4 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 121.458

%(3) 0,00 0,00 6,98 0,00 55,56 15,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 11,11 0,00 71,43 0,00 0,00 100,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100,00 0,00 0,00

(4) 0 0 3 0 21 5 0 0 0 0 0 1 0 5 1 0 4 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0

%(4) 0,00 0,00 6,98 0,00 58,33 15,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 11,11 0,00 71,43 16,67 0,00 100,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100,00 0,00 0,00

212.473

TOT. LAB 48 44 43 37 36 33 25 20 17 13 12 9 7 7 6 5 4 2 2 2 2 2 1 1 0 0 0 0 3.831.179

Notas: (1) Medicamento contendo princípio(s) ativo(s) [P.A.(s)] de origem vegetal associados com P.A.(s) de outra natureza; (2) Medicamento contendo associação de P.A.(s) de origem vegetal somente; (3) Medicamento contendo P.A. não associado. (4) = (2) + (3) % (N) categoria em relação ao total do faturamento do laboratório.

99

MERCADO DE MEDICAMENTOS COM ORIGEM EM PR ODUTOS VEGETAIS (4) - 1994 POR PARTICIPAÇÃO NO TOTAL DO FATURAMENTO DOS LABORATÓRIOS

(1/5) LABORATORIO BARRENNE CANONNE FLORA DA ÍNDIA FARMAERVAS PETROFARMA ARAUJO PENA DROGASIL ANEMIOTONICO NATURABON SANITAS BETA ATALAIA NATURELL NECKERMAN CRISTALIA MILLER INFABRA OSORIO MORAES LABORMAX FONTOVIT PROFARMIG MILLET-ROUX MAKROFARMA GILTON DINIZ BRANDÃO DIMECO LTDA SIBRAS FARMAVY LAB N INDICADO LIFAR HEBRON BARUEL PHARMACIA SANIFER CATARINENSE SIMOES HERALD'S NATURIN PERNAMBUCO CAZI FARMION LUITPOLD BIOLAB/SEARLE

(1) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 32 30 0 0 0 0 1.091 0 39 0 0 0 95 0 0 930 0 0 0 2.620 0 157 220 0 0 0 802 1.235

%(1) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,60 0,62 0,00 0,00 0,00 0,00 6,81 0,00 1,55 0,00 0,00 0,00 25,82 0,00 0,00 9,11 0,00 0,00 0,00 24,14 0,00 5,83 15,57 0,00 0,00 0,00 8,20 1,42

(2) %(2) 7.379 88,15 5.687 100,00 129 32,25 340 100,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 190 29,73 541 48,35 0 0,00 132 91,03 0 0,00 167 24,03 2.863 59,37 55 2,17 0 0,00 0 0,00 835 61,90 5.121 31,97 1 2,78 1.185 47,15 92 57,50 36 42,35 606 53,58 192 52,17 575 46,45 143 46,13 145 1,42 226 35,87 0 0,00 0 0,00 1.024 9,43 0 0,00 60 2,23 124 8,78 0 0,00 69 25,37 229 24,70 2.160 22,09 15.729 18,05

(3) 992 0 271 0 263 200 103 4 2 444 562 59 0 226 415 870 1.898 5 2.229 0 4.265 20 275 0 11 0 0 70 11 3.823 0 159 64 2.315 17 644 238 48 0 0 226 3.841

%(3) 11,85 0,00 67,75 0,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 69,48 50,22 93,65 0,00 85,93 59,71 18,04 74,75 71,43 67,81 0,00 26,63 55,56 10,94 0,00 12,94 0,00 0,00 5,65 3,55 37,45 0,00 31,67 31,37 21,33 29,82 23,93 16,84 25,40 0,00 0,00 2,31 4,41

(4) 8.371 5.687 400 340 263 200 103 4 2 634 1.103 59 132 226 582 3.733 1.953 5 2.229 835 9.386 21 1.460 92 47 606 192 645 154 3.968 226 159 64 3.339 17 704 362 48 69 229 2.386 19.570

%(4) TOT. LAB 100,00 8.371 100,00 5.687 100,00 400 100,00 340 100,00 263 100,00 200 100,00 103 100,00 4 100,00 2 99,22 639 98,57 1.119 93,65 63 91,03 145 85,93 263 83,74 695 77,42 4.822 76,92 2.539 71,43 7 67,81 3.287 61,90 1.349 58,60 16.018 58,33 36 58,10 2.513 57,50 160 55,29 85 53,58 1.131 52,17 368 52,10 1.238 49,68 310 38,87 10.209 35,87 630 31,67 502 31,37 204 30,76 10.854 29,82 57 26,16 2.691 25,62 1.413 25,40 189 25,37 272 24,70 927 24,40 9.778 22,46 87.123

continua

100

Notas: (1) Medicamento contendo princípio(s) ativo(s) [P.A.(s)] de origem vegetal associados com P.A.(s) de outra natureza; (2) Medicamento contendo associação de P.A.(s) de origem vegetal somente; (3) Medicamento contendo P.A. não associado. (4) = (2) + (3) % (N) categoria em relação ao total do faturamento do laboratório.

continuação (2/5)

101

LABORATORIO KNOLL BYK QUIMICA E FARM BALDACCI ENILA STIEFEL GROSS MERCK S.A. VIRTUS CIBECOL ALLERGAN-LOK LOPROFAR MARJAN CIMED SANDOZ INKAS DAUDT OLIVEIRA WELLCOME ZENECA ARISTON KLEIN FRUMTOST MANTUIL BASA ZURITA J.P. BRASMEDICA BRASTERAPICA CANGERI ASTA MEDICA DARROW HERTZ PRECIFARMA DE MAYO BELFAR UPJOHN MERRELL/LEPETIT ALCON BIOSINTETICA SANVAL Q.I.F. LAB.N.I.PR.QUIM SARSA ABBOTT BOEHRINGER ANGELI SANOFI WINTHROP GRANADO

(1) 916 18.454 0 699 665 1.431 666 3.225 0 2.313 71 0 0 3.837 0 1.958 0 248 0 5.541 0 0 1.132 0 8 20 0 0 282 147 0 666 0 470 4.921 0 3.309 148 1.634 0 1.342 4.195 20.580 4.364 38

%(1) 1,14 18,08 0,00 6,83 1,98 25,69 0,91 15,30 0,00 14,08 24,74 0,00 0,00 3,86 0,00 61,32 0,00 7,05 0,00 15,59 0,00 0,00 35,69 0,00 5,88 7,22 0,00 0,00 2,27 2,67 0,00 51,59 0,00 2,37 3,71 0,00 9,40 3,52 34,10 0,00 2,44 6,38 15,56 4,25 1,54

(2) 8.391 9.259 0 0 3.538 970 1.210 2.056 1 0 47 3.017 0 0 17 438 0 8 35 0 0 0 312 0 13 24 0 5.766 0 94 0 87 0 0 5.050 724 0 74 134 0 0 1.196 0 1.120 0

%(2) 10,40 9,07 0,00 0,00 10,55 17,41 1,66 9,75 16,67 0,00 16,38 15,75 0,00 0,00 14,66 13,72 0,00 0,23 11,48 0,00 0,00 0,00 9,84 0,00 9,56 8,66 0,00 7,59 0,00 1,71 0,00 6,74 0,00 0,00 3,81 1,47 0,00 1,76 2,80 0,00 0,00 1,82 0,00 1,09 0,00

(3) 9.470 11.873 3.353 2.040 3.036 10 11.560 1.480 0 2.695 0 0 5 14.671 0 0 11.137 454 0 4.011 1 65 0 88 0 0 9 277 962 311 3 0 6 772 0 1.068 1.253 58 0 10 1.449 534 3.195 1.005 46

%(3) 11,74 11,63 20,50 19,92 9,05 0,18 15,84 7,02 0,00 16,41 0,00 0,00 15,15 14,77 0,00 0,00 13,50 12,90 0,00 11,28 11,11 10,33 0,00 9,77 0,00 0,00 8,41 0,36 7,74 5,66 6,98 0,00 6,52 3,90 0,00 2,17 3,56 1,38 0,00 2,69 2,64 0,81 2,42 0,98 1,86

(4) 17.861 21.132 3.353 2.040 6.574 980 12.770 3.536 1 2.695 47 3.017 5 14.671 17 438 11.137 462 35 4.011 1 65 312 88 13 24 9 6.043 962 405 3 87 6 772 5.050 1.792 1.253 132 134 10 1.449 1.730 3.195 2.125 46

%(4) 22,14 20,70 20,50 19,92 19,60 17,59 17,49 16,77 16,67 16,41 16,38 15,75 15,15 14,77 14,66 13,72 13,50 13,13 11,48 11,28 11,11 10,33 9,84 9,77 9,56 8,66 8,41 7,95 7,74 7,37 6,98 6,74 6,52 3,90 3,81 3,64 3,56 3,14 2,80 2,69 2,64 2,63 2,42 2,07 1,86

TOT. LAB 80.673 102.076 16.355 10.239 33.544 5.571 72.999 21.083 6 16.425 287 19.155 33 99.358 116 3.193 82.475 3.520 305 35.549 9 629 3.172 901 136 277 107 75.986 12.430 5.498 43 1.291 92 19.798 132.672 49.180 35.188 4.204 4.792 372 54.899 65.777 132.284 102.669 2.473

continua

102

Notas: (1) Medicamento contendo princípio(s) ativo(s) [P.A.(s)] de origem vegetal associados com P.A.(s) de outra natureza; (2) Medicamento contendo associação de P.A.(s) de origem vegetal somente; (3) Medicamento contendo P.A. não associado. (4) = (2) + (3) % (N) categoria em relação ao total do faturamento do laboratório.

continuação (3/5)

103

LABORATORIO LEGRAND LUPER SEDABEL PROFARB BIOGALENICA DANSK-FLAMA GEYER INST. TEUTO BRASILEIRO LILLY MESQUITA BRISTOL MEYER SQUIBB FARMALAB I.Q.F. GEMBALLA BUNKER SCHERING PLOUGH ROCHE SANUS HONORTERAPICA EMS FRESENIUS IQC HOSBON ACHE NEOVITA UNIAO QUIMICA F.N PRIMA REGIUS HERUS ZAMBON WYETH PRODOME RHODIA HOECHST MERCK SHARP DOHME CILAG FARM.LTDA Total ORGANON FARMASA WHITEHALL SINTOFARMA LIBBS NEWLAB DORSAY EUROFARMA SYNTHELABO NOVAQUIMICA

(1) 2.475 1.402 70 7 772 0 0 0

%(1) 21,38 14,58 14,49 11,48 0,35 0,00 0,00 0,00

(2) 0 166 0 1 0 0 0 3

%(2) 0,00 1,73 0,00 1,64 0,00 0,00 0,00 0,07

(3) 207 0 8 0 3.424 20 8 44

%(3) 1,79 0,00 1,66 0,00 1,55 1,22 1,16 1,08

(4) 207 166 8 1 3.424 20 8 47

%(4) 1,79 1,73 1,66 1,64 1,55 1,22 1,16 1,15

TOT. LAB 11.575 9.616 483 61 220.445 1.639 691 4.084

0 0 3.104 233 5 0 1.594 446 0 0 1.338 0 2.415 10.196 1.224 393 1.319 77 752 19 1.266 3.055 1.575 85 1.471 4.799 5.699 1.525 8.065 4.449 47 16.267 8.984 4.059 2.199 1.120

0,00 0,00 1,23 0,97 4,13 0,00 1,51 0,22 0,00 0,00 3,40 0,00 5,12 4,29 85,96 2,61 73,98 12,69 45,27 0,08 0,82 2,38 1,56 0,09 1,66 6,60 8,42 2,66 15,17 11,84 0,15 54,24 43,83 24,66 14,97 10,34

0 2 371 217 1 25 226 0 0 0 187 0 184 0 4 4 4 1 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0,00 1,02 0,15 0,90 0,83 0,79 0,21 0,00 0,00 0,00 0,48 0,00 0,39 0,00 0,28 0,03 0,22 0,16 0,12 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

1.191 0 2.159 0 0 0 576 1.373 16 6 9 9 3 881 0 34 0 0 0 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

1,05 0,00 0,85 0,00 0,00 0,00 0,55 0,69 0,55 0,51 0,02 0,49 0,01 0,37 0,00 0,23 0,00 0,00 0,00 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

1.191 2 2.530 217 1 25 802 1.373 16 6 196 9 187 881 4 38 4 1 2 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

1,05 1,02 1,00 0,90 0,83 0,79 0,76 0,69 0,55 0,51 0,50 0,49 0,40 0,37 0,28 0,25 0,22 0,16 0,12 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

113.575 196 252.847 24.054 121 3.145 105.493 198.229 2.891 1.173 39.352 1.821 47.161 237.700 1.424 15.084 1.783 607 1.661 22.839 153.832 128.261 101.174 94.648 88.483 72.709 67.697 57.414 53.150 37.590 32.199 29.991 20.497 16.458 14.689 10.832

continua

104

Notas: (1) Medicamento contendo princípio(s) ativo(s) [P.A.(s)] de origem vegetal associados com P.A.(s) de outra natureza; (2) Medicamento contendo associação de P.A.(s) de origem vegetal somente; (3) Medicamento contendo P.A. não associado. (4) = (2) + (3) % (N) categoria em relação ao total do faturamento do laboratório.

continuação (4/5)

105

LABORATORIO NIKKHO UCI-FARMA JOHNSON+JOHNSON FARMOQUIMICA CLIMAX CIBRAN FARMA LDT C.I.F. VITACOS-PRARMA INST. BIOCHIMICO AUAD HENFER HALLER BERGAMO DELTA QUIMICA E BIOLOGIA GUNTHER EVERSIL DUCTO MADREVITA HANEMAN.VERITAS ELOFAR MEDQUIMICA DERMOPEN NYTRAFARM BREVES LABORSIL BRASILEIRO DE BIOLOGIA KINDER DINAFARMA MARTEL I.M.A. ODONTUS ODONTOFARMA FISIOQUIMICA LOUFARCAM LABOLESSEL EDISON BEZERRA SINTERAPICO IODO-SUMA SOBRAL HIPOLABOR BARROS

(1) 801 101 3.606 828 1.468 5 280 0 3 1.396 1.377 0 375 4 1 651 148 0 0 14 1 0 43 3 238 0 66

%(1) 11,39 1,83 71,63 20,56 41,29 0,21 12,68 0,00 0,17 99,93 99,57 0,00 43,40 0,47 0,13 86,45 19,71 0,00 0,00 3,44 0,26 0,00 14,24 1,08 86,23 0,00 32,51

(2) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

%(2) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

(3) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

%(3) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

(4) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

%(4) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

TOT. LAB 7.034 5.519 5.034 4.028 3.555 2.436 2.208 1.899 1.813 1.397 1.383 1.116 864 847 784 753 751 604 567 407 382 374 302 278 276 244 203

30 0 0 108 13 38 0 4 0 0 0 1 19 0 0

15,71 0,00 0,00 72,00 8,90 27,34 0,00 3,42 0,00 0,00 0,00 1,05 24,68 0,00 0,00

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

191 156 153 150 146 139 130 117 112 99 97 95 77 48 44

continua Notas: (1) Medicamento contendo princípio(s) ativo(s) [P.A.(s)] de origem vegetal associados com P.A.(s) de outra natureza; (2) Medicamento contendo associação de P.A.(s) de origem vegetal somente; (3) Medicamento contendo P.A. não associado. (4) = (2) + (3) % (N) categoria em relação ao total do faturamento do laboratório. 106

continuação (5/5) LABORATORIO WALDEMIRO PEREIRA LABORATORIO FARIA LEOFARMA QUIMIOT. BRASILEIRA WINDSON SINTOMED LTDA A LEIVAS LEITE BRASIFA COSMOFAR JONAS GLADINO MAKROS MILIAN LABORBRAS PAGE A NATUREZA DAVAKAN QUIMIOTERAPIA SILVA ARAUJO Total

(1) %(1) (2) 0 0,00 0 0 0,00 0 13 65,00 0 17 100,00 0 0 0,00 0 8 66,67 0 7 100,00 0 0 0,00 0 2 100,00 0 0 0,00 0 0 0,00 0 1 50,00 0 0 0,00 0 0 0,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 194.707 91.015

%(2) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

(3) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 121.458

%(3) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

(4) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 212.473

%(4) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

TOT. LAB 37 25 20 17 13 12 7 5 2 2 2 2 1 1 0 0 0 0 3.831.179

Notas: (1) Medicamento contendo princípio(s) ativo(s) [P.A.(s)] de origem vegetal associados com P.A.(s) de outra natureza; (2) Medicamento contendo associação de P.A.(s) de origem vegetal somente; (3) Medicamento contendo P.A. não associado. (4) = (2) + (3) % (N) categoria em relação ao total do faturamento do laboratório.

107

ANEXO 4 - COMÉRCIO EXTERIOR DE PRODUTOS NATURAIS: EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES Este anexo apresenta os dados sobre importações e exportações de produtos naturais, através das seguintes tabelas:

1. Capítulo 12 - Sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos diversos; plantas industriais ou medicinais; palhas e forragens; 2. Capítulo 13 - Gomas, resinas e outros sucos e extratos vegetais; 3. Capítulo 29 - Produtos químicos orgânicos; 4. Capítulo 30 - Produtos farmacêuticos; 5. Capítulo 35 - Matérias albuminóides, produtos à base de amidos ou de féculas modificadas; colas; enzimas.

108

CAPÍTULO 12 - SEMENTES E FRUTOS OLEAGINOSOS; GRÃOS SEMENTES E FRUTOS DIVERSOS; PLANTAS INDUSTRIAIS OU MEDICINAIS; PALHAS E FORRAGENS ITEM Importações Exportações 1995 1996 (jan-out) 1995 1996 RAIZES DE ALCACUZ, 167.137 16.243 FRESCAS/SECAS/MESMO CORTADAS/ETC. RAIZES DE 56.415 109.660 225.882 75.772 "GINSENG",FRESCAS/SECAS/MESMO CORTADAS/ETC. ALTEIA FRESCA/SECA/MESMO 74 800 CORTADA/TRITURADA/EM PO ARNICA FRESCA/SECA/MESMO 12.695 9.817 17.713 71.786 CORTADA/TRITURADA/EM PO BOLDO FRESCO/SECO/MESMO 166.908 146.416 3.614 5.370 CORTADO/TRITURADO/EM PO CAMOMILA FRESCA/SECA/MESMO 548.491 486.237 4.788 CORTADA/TRITURADA/EM PO CASCARA 125.271 116.641 3.580 30 SAGRADA,FRESCA/SECA/MESMO CORTADA/TRITURADA/  CUMARU/FAVA-TONCA, 410 511.107 166.848 FRESCA/SECA/MESMO CORTADA/TRITURADA/  GUARANA EM GRAO, DESIDRATADO 414 1.048.299 1.950.768 QQ.OUT.GUARANA 101.040 101 1.866.536 1.276.752 FRESCO/SECO,EXC.DESIDRATADO IPECACUANHA FRESCA/SECA/MESMO 20.259 15.008 5.700 CORTADA/TRITURADA/EM PO RUIBARBO FRESCO/SECO/MESMO 26.061 27.625 CORTADO/TRITURADO/EM PO ZIMBRO FRESCO/SECO/MESMO 22.517 8.447 CORTADO/TRITURADO/EM PO POS DE FOLHAS DE SENE 325.817 267.679 100 QQ.OUT.SENE FRESCO/SECO,MESMO 205.704 218.252 145.686 232.521 CORTADO/TRITURADO MENTA (HORTELA-PIMENTA), 55.747 83.696 3.107 FRESCA/SECA/MESMO CORTADA/ETC. OUTS.PLANTAS/PARTES, 2.204.278 2.150.999 1.919.111 2.075.010 P/PERFUMARIA/MEDICINA/ETC. ALGAS FRESCAS/SECAS,PARA MEDICINA 362.741 169.595 2.476 403 TOTAL DO CAP. 12 4.401.979 3.827.216 5.757.699 5.855.260

109

CAPÍTULO 13 - GOMAS RESINAS E OUTROS SUCOS E EXTRATOS VEGETAIS ITEM Importações Exportações 1995 1996 (jan-out) 1995 1996 BALSAMO-DE-COPAIBA 21.957 14.189 554.245 336.246 BALSAMO-DO-PERU 51.854 72.081 SUCOS E EXTRATOS, DE OPIO 86.306 58.750 SUCOS E EXTRATOS, DE CASCARA 540 SAGRADA SUCOS E EXTRATOS, DE GUARANA 816.631 1.213.246 (PAULINIA SORBILIA/CUPANA) SUCOS E EXTRATOS, DE MAMAO 383.000 207.400 (CARICA PAPAYA), SECO SUCOS E EXTRATOS, DE PODOFILINA 18.489 25.422 SUCOS E EXTRATOS, DE JABORANDI 693 1.140 3.573 SUCOS E EXTRATOS, DE GINGKO BILOBA 3.129.418 4.175.932 OUTS.SUCOS E EXTRATOS VEGETAIS 4.608.156 3.703.800 2.111.560 5.625.296 AGAR-AGAR,POLIMERIZADO (ALTO 4.174 22.395 POLIMERO/PLASTICO/ETC.) AGAR-AGAR,EXCETO O POLIMERIZADO 1.161.176 1.018.224 129.794 152.191 MUSGOS-DA-IRLANDA ("CARRAGHEEN") 7.629.787 7.109.105 23.008 51.420 MUCILOIDE PSYLLIUM 735 GLUCOMANANO 205.430 107.270 6.651 OUTS.PRODS.MUCILAGINOSOS/ESPESSA 2.160.246 1.606.670 2.050 111.766 NTES,DERIVS.DE VEGETAIS TOTAL DO CAP. 13 19.461.961 18.122.378 3.647.512 7.490.165

110

CAPÍTULO 29 - PRODUTOS QUÍMICOS ORGÂNICOS ITEM Importações 1995 1996 (jan-out) CITRONELOL E SEUS ISOMETOS COLESTEROL OUTS.ESTEROIS CRISAROBINA ALCOOL CONIFERILICO GUAIACOL EUGENOL E ISOEUGENOL GUAIACOLSULFONATO DE POTASSIO PSEUDO-IONONAS CANFORA BROMOCANFORA PALMITATO DE ISOPROPILA ACIDO MALICO LEVODOPA METILDOPA VERAPAMIL CLORIDRATO DE VERAPAMIL QQ.OUT.SAL DE VERAPAMIL CARBIDOPA CUMARINAS ETILCUMARINAS EUCALIPTOL ISOSSAFROL (5-PROP-1-ENIL-1,3BENZODIOXOL) SAFROL (5-ALIL-1,3-BENZODIOXOL) PIPERONAL (HELIOTROPINA) ROSOXACINO ETOXIQUINA PRIMAQUINA E SEUS SAIS CLORIDRATO DE BUCLISINA TOCOFEROL ACETATO DE TOCOFEROL OUTS.VITAMINAS E E SEUS DERIVADOS ACIDO NICOTINICO CORTISONA HIDROCORTISONA PREDNISONA (DEIDROCORTISONA) PREDNISOLONA (DEIDROIDROCORTISONA) ACETATO DE DEXAMETASONA 21-FOSFATO DE DEXAMETASONA 21-FOSFATO DISSODICO DE DEXAMETASONA

Exportações 1995

1996

575.860 40.632 1.612.959 20.372 264.365 46.650 5.366 302.687 4.275 442.015 32.204 961.140 3.522.579 140.500 3.173.542 27.809 994.250 1.110.736 212.869 253.348 448

858.623 118.059 414.605 2.779 436.587 37.762 1.798 966.179 59 287.868 53.788 336.050 323.803 31.859 3.705.636 229 793.800 1.351.448 545.475 193.139 627.540

55.824 2.784 2.351 1.875 7.300 1.606 87 746 -

40.504 2.834 4.621 19 5.725 6.582 1.082 8 615 -

13.842 482.995 156.000 586.249 309 320.650 389.304 16.635.750 709.814 1.865.730 4.530 1.639.062 1.523.446 167.455

22 454.726 195.000 35.464 94.174 353.385 197.822 16.183.625 2.004.261 1.552.398 910 1.196.286 1.111.880 241.764

1.149.020 33 198.634 603.547 350 15.001

1.797.375 197.071 605.944 109.800 1.319 24.083 -

304.090 40.679 227.640

501.768 26.075 159.210

517.815 -

751.326 -

continua

111

continuação (2/4) METANOSSULFOBENZOATO SODICO DE DEXAMETASONA QQ.OUT.DEXAMETAZONA, SEUS ESTERES E SEUS SAIS 17,21-DIPROPIONATO DE BETAMETASONA 17-VALERATO DE BETAMETASONA QQ.OUT.BETAMETASONA, SEUS ESTERES E SEUS SAIS ACETONIDO DE TRIANCINOLONA 21-CAPROATO DE FLUORCORTOLONA 21-PIVALATO DE FLUORCORTOLONA VALERATO DE DIFLUORCORTOLONA QQ.OUT.FLUORCORTOLONA, SEUS ESTERES E SEUS SAIS ACETONIDO DE FLUOCINOLONA PIVALATO DE FLUMETASONA (LOCORTEN) 21-ACETATO DE METILPREDNISOLONA QQ.OUT.METILPREDNISOLONA/SEUS ESTERES/SEUS SAIS ACETATO DE DEXAMETASONA QQ.OUT.BETAMETASONA, SEUS ESTERES E SEUS SAIS 21-ACETATO DE HIDROCORTISONA 21-SUCCINATO SODICO DE HIDROCORTISONA QQ.OUT.ESTER E SAIS, DE HIDROCORTISONA OUTS.HORMONIOS CORTICOSSUPRARENAIS E SEUS DERIVADOS PROGESTERONA, SEUS ESTERES E SEUS SAIS MEDROXIPROGESTERONA, SEUS ESTERES E SEUS SAIS LINESTRENOL NORETINDRONA, SEUS ESTERES E SEUS SAIS VALERATO DE ESTRADIOL ETINILESTRADIOL QQ.OUT.ESTRADIOL, SEUS ESTERES E SEUS SAIS ESTRIOL, SEUS ESTERES E SEUS SAIS LEVONORGESTREL DL-NORGESTREL QQ.OUT.NORGESTREL, SEUS ESTERES E SEUS SAIS 17-ALFA CAPROATO DE HIDROXIPROGESTERONA

-

7.700

-

255.464

342.328

101.549

637.300

723.885

-

-

1.226.104 2.799.649

1.465.475 4.294.178

-

-

296.345 102.694 147.646 360.000 -

143.731 74.250 68.580 404.000 1.562

-

-

31.000 230.604

46.650 557.302

-

-

355.197 581.829

61.909 796.330

-

-

-

13.500 54.736

-

-

299.300 563.757

256.518 1.025.515

-

-

67.199

63.200

-

-

5.521.562

5.361.973

57.850

-

71.816

86.616

-

-

963.864

651.985

-

-

25.000 157.700

50.000 32.960

-

-

612.560 69.350 2.028.366

468.870 72.050 1.904.923

-

-

3.598.652 1.297.000 192.287

2.995.413 1.424.000 419.293

28.800 -

-

-

-

25.740

-

94.806

continua

112

continuação (3/4) QQ.OUT.HIDROXIPROGESTERONA/SEUS ESTERES/SEUS SAIS NORMETRANDONA (METILNORTESTOSTERONA), SEUS ESTERES/SAIS ACETATO DE NORETISTERONA OUTS.ESTROGENIOS E PROGESTOGENIOS EPINEFRINA E SEUS SAIS ENANTATO DE TESTOSTERONA FEMPROPIONATO DE TESTOSTERONA UNDECANOATO DE TESTOSTERONA QQ.OUT.TESTOSTERONA, SEUS ESTERES E SEUS SAIS MESTEROLONA E SEUS SAIS OXIMETOLONA E SEUS SAIS ACETATO DE CIPROTERONA QQ.OUT.CIPROTERONA, SEUS ESTERES E SEUS SAIS OUTS.HORMONIOS/DERIVS/OUTS.ESTERO IDES COMO HORMONIOS RUTOSIDIO (RUTINA) DERIVADO DO RUTOSIDIO (RUTINA) ALOINA DIGITOXINAS GLICIRRIZINA SAPONINA QUILAIA QQ.OUT.SAPONINA DIOSMINA DESLANOSIDO DIGOXINA HESPERIDINA MORFINA E SEUS SAIS PAPAVERINA CLORIDRATO DE PAPAVERINA QQ.OUT.SAL DE PAPAVERINA FOSFATO DE CODEINA DESOMORFINA OUTS.ALCALOIDES DE OPIO, SEUS DERIVADOS E SEUS SAIS QUININA CLORIDRATO DE QUININA OUTS.SAIS DE QUININA QUINIDINA SULFATO DE QUINIDINA SULFATO ACIDO DE QUINIDINA OUTS.ALCALOIDES DE QUINA, SEUS DERIVADOS E SEUS SAIS CAFEINA

127.269

33.753

-

-

103.139

73.068

-

-

354.735 20.481.617 20.910 179.841 306.436 1.557.513

273.192 14.416.947 21.883 100.173 486.231 785.222

12.126 -

506.000 238.400 23.555.223 56

362.500 226.800 20.409.020 -

-

3.104.195 -

7.323.867

3.332.983

137.500

23.286

3.866 1.587.631 35.685 17.974 171.803 54.106 503.481 1.306.232 44.916 399.764 18.900 368.243 540.299 574.655 825 18.700 478.595

169.016 1.313.355 600.170 13.708 134.556 44.114 410.134 1.924.048 43.568 489.496 5.100 272.417 1.340.111 435.240 426.333

12.668.862 272.913 1.564 3.079 67 81.325

12.310.159 511.365 12.050 904 1.560 6.299 61 12 188.467

3.207 436.898 762.317 187.620 58.653 99.058

227 351.401 1.241.126 129.385 88.796 19.856

2.758 2.190 696 -

2.123 -

7.855.982

7.525.086

12.084

1.644

155.440 -

continua

113

continuação (4/4) SAIS DE CAFEINA TEOFILINA AMINOFILINA (TEOFILINAETILENODIAMINA) DERIVADO/SAIS DA TEOFILINA E AMINOFILINA MALEATO DE METILERGOMETRINA MALEATO DE ERGOMETRINA ERGOMETRINA (ERGONOVINA, ARGOCLININA, SINTOMETRINA) QQ.OUT.ERGOMETRINA E SEUS SAIS ERGOTAMINA E SEUS SAIS ERGOCORNINA MESILATO DE DIIDROERGOCORNINA ALFAMESILATO DE DIIDROERGOCRIPTINA BETAMESILATO DE DIIDROERGOCRIPTINA QQ.OUT.SAL DE ERGOCRIPTINA ERGOCRISTINA MESILATO DE ERGOCRISTINA QQ.OUT.SAL DE ERGOCRISTINA MALEATO DE METILERGOMETRINA QQ.OUT.METILERGOMETRINA E SEUS SAIS OUTS.ALCALOIDES DA CRAVAGEM DO CENTEIO, DERIVADOS/SAIS NICOTINA E SEUS SAIS ATROPINA SULFATO DE ATROPINA QQ.OUT.SAL DE ATROPINA N-BUTILBROMETO DE ESCOPOLARAMINA QQ.OUT.ESCOPOLAMINA E SEUS SAIS PILOCARPINA E SEUS SAIS RESERPINA E SEUS SAIS TEOBROMINA E SEUS SAIS EMETINA E SEUS SAIS VINCAMINA E SEUS SAIS QQ.OUT.ALCALOIDE EXTRAIDO DA PRESTONIA AMAZONICA/ETC. QQ.OUT.ALCALOIDE EXTRAIDO DE BANISTERIOPSIS CAAPI/ETC. OUTS.ALCALOIDES VEGETAIS/SEUS SAIS/SEUS ETERES/ESTERES/  QQ.OUT.CASUGAMICINA, SEUS DERIVADOS E SEUS SAIS TOTAL DO CAP. 29

266.553 599.301

231.702 933.622

7.576

430 7.574

2.656.657

2.154.973

2.950

2.950

146 96 -

401 556 -

35.388 -

70 -

618.465 2.194.752 1.390.419

164.780 2.557.951 1.744.754

91 784 -

839.522

1.030.926

-

-

187.923 170.000 17.000 444.675 -

231.951 236.000 19.473 404.101 241.307 -

-

39.606 -

1.939.445

4.627.591

-

-

41 652 68.050 1.907.431

9.371 172 18.701 12 3.388.333

49 566 4.338

29 2.903

4.075.153 940 985.305 93.075 -

1.743.429 272 4.058 1.965 629 48.900 150.000

14.731.473 13 100.100

449 13.533.118 -

10.594.716 -

160.700.015

10.689.588 -

147.398.934

1.335 59

30.789.912

533.423 -

34.082.718

114

ITEM

CAPÍTULO 30 - PRODUTOS FARMACÊUTICOS Importações 1995 1996 (jan-out)

MEDICAMENTO C/EXTR.DE PLANTA MEDICINAL,S/HORMON.S/ANTIB MEDICAMENTO C/OUT.ALCALOIDE OUTS.MEDICAMENTOS C/EXTRATO DE PLANTA MEDICINAL MEDICAMENTO C/EXTR.DE PLANTA MED.S/HORM.S/ANTB.EM DOSES MEDICAMENTO C/OUT.ALCALOIDE,EM DOSES MEDICAMENTO C/EXTRATO DE PLANTA MEDICINAL,EM DOSES TOTAL DO CAP. 30

Exportações 1995

72.335

570.849

131.498

877.063 18.777

1.183.200 28.056

21.862 -

458.328

1.888.597

15.410

109.142

4.028.536

3.508.736

6.925.706

5.761.460

2.216.593

1.255.520

110.547

361.076

7.671.632

8.434.958

7.205.023

6.331.910

CAPÍTULO 35 - MATÉRIAS ALBUMINÓIDES, PRODUTOS À BASE DE AMIDOS OU DE FÉCULAS MODIFICADAS; COLAS; ENZIMAS ITEM Importações Exportações 1995 1996 (jan-out) 1995 BROMELINA PAPAINA TOTAL DO CAP. 35

1996

727.964 312.710 1.040.674

58.532 184.403 242.935

4.696 429.267 433.963

100.232 -

1996 104.395 104.395

115

ANEXO 5 - QUADROS A.1, A.2, A.3 Este anexo é composto por três quadros: A.1, A.2, A.3. O primeiro traz uma lista das espécies vegetais selecionadas para estudos no Programa de Pesquisa de Plantas Medicinais da CEME, (1993). Na denominada Fase I do Programa (de 1983 a 1993), foram executados 95 projetos, cuja distribuição por ano aparece no Quadro 4.1 e por região no Gráfico 4.1 do relatório final desta pessquisa. As informações detalhadas sobre os objetivos e as intituições envolvidas em cada projeto é apresentada no Quadro A.2. O Quadro A.3 apresenta os projetos de pesquisa em fitofármacos financiados pelo PADCT-FNDCT, bem como seus objetivos. QUADRO A.1 ESPÉCIES VEGETAIS SELECIONADAS PARA ESTUDOS NO P ROGRAMA DE P ESQUISA DE PLANTAS MEDICINAIS DA CEME, 1993 (1/3)

Nome Científico

Nome

Nome Científico

Nome Popular

Popular 01.Achirocline

macela

39. Lippia gracillis

alecrim

menstrato

40. Lippia sidoides

alecrim

satureoides 02.Ageratum conyzoides 03. Allium sativum

alho

41. Luffa operculata

cabacinha

04. Alpinia nutans

colônia

42. Matricaria chamomila

camomila

05. Amarantus viridis

bredo

43. Maytenus ilicifolia

06. Anona muricata

graviola

44. Melissa oficinalis

07. Anona squamosa

pinha

45. Mentha piperita

hortelã

08. Arrabidea chica

pariri

46. Mentha spicata

hortelã

09.Artemisia vulgaris

artemisia

47. Mikania glomerata

guaco

espinheira santa erva cidreira

Continua

116

Continuação (2/3) 10.Astronium urundeuva

aroeira

48. Momordica charantia

11. Baccharis trimera

carqueja

49. Musa sp

12. Bauhinia affinis

unha-de-vaca

50. Myrcia uniflora

13. Bauhinia forficata

unha-de-vaca

51. Nasturtium oficinale

14. Bixa orellana

urucu

melão de São Caetano bananeira pedra-ume-caá agrião

52.Passiflora edulis

maracujá

15. Boerhavia hirsuta

pega pinto

53. Persea americana

abacateiro

16. Brassica oleraceae

couve

54. Petiveria alliacea

tipi

17.Bryophyllum

folha

callicynum

fortuna

de 55. Phyllanthus niruri

18. Caesalpina ferrea

jucá

19. Carapa guianensis

andiroba

57. Piper callosum

elixir paregórico

20. Cecropia glazioui

embaúba

58. Plantago major

tanchagem

21.

mastruço

59. Polygonum acre

erva de bicho

22. Cissus sicyoides

cipó-pucá

60. Portulaca pilosa

amor crescido

23. Coleus barbatus

boldo

Chenopodium

56. Phytolaca dodecandra

quebra-pedra

“endod”

ambrosioides

24. Costus spicatus

61. Pothomorphe pelata

cana do brejo

62. Pothomorphe

caapeba do Norte caapeba

umbelata 25. Croton zehtnery

canela

de 63. Psidium guajava

goiabeira

cunhã 26. Cucurbita máxima

abóbora

64. Pterodon

sucupira branca

Polygalaeflorus Continua

117

Continuação (3/3) 27. Cuphea aperta

sete sangrias

65. Schinus

aroeira

terebentifolius 28. Cynbopogom citratus

capim-cidrão

66. Scoparia dulcis

vassourinha

29. Dalbergia subcymosa

veronica

67. Sedum prealtum

bálsamo

30. Dioclea violacea

mucunha

68. Sollanum

 jurubeba

paniculatum 31. Elephantopus scaber

língua-de-

69. Stachytarpheta

vaca

cayenensis

gervão roxo

32. Eleutherine plicata

marupari

70. Striphnodendron barbatiman

barbatimão

33. Foeniculum vulgare

funcho

71. Symphytum officinale

confrei

34. Hymenaea courbaryl

jatobá

72. Syzygyum

 jambolão

 jambolanum 35. Imperata exaltata

sape

73. Tradescantia diuretica

trapoeraba

36. Lantana camara

cambará

74. Xilopia sericea

embiriba

37.Leonotis nepetaefolia

cordão

de

frade 38. Lippia alba

falsa melissa

118

QUADRO A.2 P ROJETOS EXECUTADOS NA FASE I (1983 A 1993) DO PROGRAMA DE PESQUISAS DE PLANTAS MEDICINAIS DA CEME, POR ANO DE APRESENTAÇÃO (1/7)

Ano

Instituição

1983

UFSC

Objetivos do Projeto Selecionar e estudar os extratos brutos e frações semipurificadas de duas plantas medicinais escolhidas a partir de um número maior de espécies de familias diferentes

1983

UFPA

Realizar os testes pré-clínicos referentes a ação antidiabética com vista a dar embasamento científico ao uso popular

1983

MPEG (PA)

Coleta, secagem, estabilização e distribuição de 7 espécies selecionadas pela CEME para estudos farmacológicos

1983

AFIP/EPM

Estudar a atividade farmacológica de capim-cidrão em testes toxicológicos pré-clínicos e clínicos com a finalidade de, se confirmada sua atividade, possibilitar o uso medicinal e científico da planta

1983

UnB

Realizar pesquisas no sentido de avaliar a existência de princípios ativos e a segurança medicamentosa de plantas usadas como antidiarréicas

1983

EMBRAPA/ 

Desenvolver metodologia para coleta, conservação e avaliação

CENARGEM

de plantas medicinais para posterior aplicação em âmbito nacional

1983

UFCE

Coleta de plantas para ensaios pré-clínicos e clínicos do Programa de pesquisas da CEME

1983

UFRJ

Coletar plantas a serem distribuídas a pesquisadores indicados pela CEME continua

119

continuação(2/7) 1983

EPM

Determinar os efeitos tóxicos em humanos, de doses crescentes de PM e sua atividade metabólica e lítica sobre cálculos das vias urinárias

1983

UFU

Verificar a toxicidade aguda (até 24 hs) e crônica (30 dias) do chá de funcho (F. vulgaris) em voluntários normais

1983

EPM

Avaliar a eficácia terapêutica e toxicidade das plantas C. peltata e C. antisyplhilitica no tratamento de pacientes hipertensos

1983

EPM

Verificar clinicamente o real efeito hipoglicemiante oral das plantas referidas confirmando ou não sua validade terapêutica

1983

UNICAMP

Verificar a ação toxicológica aguda e crônica de extratos aquosos de P. edulis (chás) em voluntários normais, e em pacientes neuróticos

1983

UFPb

Avaliar o uso popular de vegetais através de ensaios farmacológicos, com o intuito de estimular com base científica as práticas úteis e eficazes e desestimular as prejudiciais

1983

UNICAMP

Avaliar a eficácia terapêutica e a tolerabilidade do A. conyzoides L. em doença articular crônica

1983

EPM

Estudar as propriedades farmacodinâmicas e tóxicas dos extratos de plantas, empregadas popularmente nas afecções das vias aéreas

1983

UNESP

Determinar os efeitos tóxicos agudos e sub-agudos de vegetais após administração oral e tópica em ratos e suínos

1983

UNESP

Atualizar, à luz de metodologia moderna, conhecimentos sobre duas espécies de vegetais classicamente reconhecidas como antihelmínticos continua

120

continuação (3/7) 1983

UnB

Avaliação farmacológica e toxicológica de espécies brasileiras de Phytolaccas

1983

UFRJ

Estudo crítico da atividade farmacológica do extrato aquoso da P. americana sobre a função renal

1983

UFRJ

Avaliar a eficácia terapêutica (ensaios clínicos) das plantas M. glomerata (guaco) e L. camara (cambará)

1984

MPEG

Coleta, secagem, estabilização e distribuição de

espécies

selecionadas pela CEME para estudos farmacológicos 1984

1984

1984

(não

Coletar plantas a serem distribuídas a pesquisadores indicados

identificada)

pela CEME

(não

Coletar plantas a serem distribuídas a pesquisadores indicados

identificada)

pela CEME

UFCE

Manter, por cultivo em pequena escala, as principais espécies da flora medicinal regional e atender os pedidos de fornecimento de plantas para os projetos da CEME

1985

EPM

Verificar as propriedades hipnóticas e/ou ansiolíticas do infuso de plantas. Verificar também se estas preparações não apresentam efeitos tóxicos

1984

EPM

Estudos farmacodinâmicos e toxicológicos com os extratos aquosos de L.camara L., M. glomerata, P. niruri, C. aperta, Rohne e Cecropia glazioui

1985

EPM

Verificar as propriedades de plantas em proteger animais contra úlcera gástrica experimental. Testar a eventual ação tóxica de plantas ativas em animais e no homem continua

121

continuação (4/7) 1985

UERJ

Investigar a atividade antimalárica da caá-peba (P.peltata) e outras plantas com potencial atividade antimalárica

1985

UFSC

Verificar a existência de efeito antidiabético em algumas plantas medicinais empregadas popularmente com finalidade terapêutica

1985

UNESP

Determinar os efeitos farmacológicos e toxicológicos induzidos pelo infuso das folhas de P. callosum visando o seu eventual emprego terapêutico

1985

EPM

Avaliar o poder lítico bem como seu efeito sobre o manuseio renal de elementos litogênicos

1985

EMBRAPA

Conservar germoplasma, fornecer material vegetativo seco à pesquisa farmacológica

1985 1985

1986

UFSC FMRP/USP

EPM

Ampliar os estudos farmacológicos de P. niruri e P. sellowianus Verificar a eficácia do uso tópico como cicatrizante e antiséptico de A. urundeuva Verificar a eficácia terapêutica e toxicidade das plantas C. peltata e C. antisyplhilitica no tratamento de pacientes hipertensos

1986

UFRJ

Fornecer

material

vegetal

para

núcleos

de

pesquisa

farmacológica 1986

EPM

Verificar se a administração de duas doses diárias de espinheirasanta terá efeitos terapêuticos

benéficos em caso de úlcera

péptica e de dispepsias (quando comparada a dose de placebo) 1986

EPM

Realizar estudos pre-clínicos farmacológicos e toxicodinâmicos de 5 plantas medicinais escolhidas pela CEME

1986

MPEG

Coleta, secagem, estabilização e distribuição de selecionadas pela CEME

7 espécies

continua 122

continuação (5/7) 1986

UFMA

Cultivar e coletar plantas para distribuição à CEME

1986

UFCE

Fornecimento de espécies vegetais aos núcleos de pesquisas farmacológicas

1986

FM/USP

Verificação da eficácia dos chás de A. sativum e M. spicata no tratamento de crianças parasitadas por A. lumbrigoides

1986

EPM

Verificar se as preparações populares de aroeira têm efeitos tóxicos em animais de laboratório e no homem e se é capaz de proteger animais contra úlcera gástrica experimental

1986

UFMG

Fornecimento de material vegetal aos centros de pesquisa toxicológicas/farmacológicas

1986

EPM

Estudo do efeito hipoglicemiante das plantas M. uniflora, B. Rodr. (Myrtaceae) e da B. forficata Link (Leguminosa caesalpinoideae) em pacientes diabéticos

1986

UFRJ

Investigar a atividade antimalárica de C. maxima, da M. charantia e outras plantas com potencial atividade antimalárica

1986

EPM

Implantação de um centro de pesquisas em psicofarmacologia clínica

1986

UnB

Caraterização de atividades farmacológicas, inclusive DL-50, “in vivo”, “in vitro” de plantas medicinais

1986

UFSC

Análise farmacológica pré-clínica dos extratos de Leonotis nepetaefolia e C. spicatus

1986

UFSC

Determinar a ação farmacológica de algumas espécies vegetais continua

123

continuação (6/7) 1986

UNESP

Determinar os efeitos tóxicos agudos e sub-agudos de algumas plantas medicinais

1986

UNESP

Atualizar, à luz de metodologia adequada, conhecimentos sobre duas espécies de vegetais popularmente conhecidas como antihelmínticas

1986

UFSC

Avaliar através de testes específicos “in vivo” e “in vitro”, as propriedades anticonceptiva, antiedematogênica, antitérmica, antiespasmódica, diurética e hipotensora de E. scaber, P. acre H. B. R. e P. pilosa

1986

UFPb

Avaliar o uso popular de vegetais através de ensaios farmacológicos, com o intuito de estimular ou não, com base científica, a utilização dos mesmos

1986

UERJ

Demonstrar as ações antiinflamatórias de plantas estudadas (relacionadas pela CEME)

1986

FIOCRUZ

Investigar a atividade sedativa e ou hipnótica de Cissus sicyoides e Croton zehntnery

1987

UFU

Avaliar o possível efeito ansiolítico e/ou sedativo-hipnótico do Cissus sicyoides e Croton zehntnery

1986

FCFRP/USP

Estudar as plantas P. major (tanchagem) P. acre (erva de bicho) e S. barbatiman (barbatimão) realizando testes pré-clínicos, toxicológicos e farmacológicos

1986

UFRS

Verificar as atividades terapêuticas propostas pelo uso popular para os vegetais P. alliaceae e S. cayenensis

1987

UNAERP

Multiplicação em larga desenvolvidas “in vitro”

escala

de

plântulas

idênticas

continua

124

continuação (7/7)

1986

UFC

Avaliar o possível efeito protetor do extrato aquoso e alcoólico de A. urundeuva Engl. em modelos experimentais de úlceras gástricas

1987

EMBRAPA

Coletar e conservar germoplasma de plantas medicinais e fornecer material vegetal para pesquisas farmacológicas

1987

FMRP/USP

Procura de fatores antidiabetogênicos em produtos de origem vegetal

1986

UFPA

Avaliação psicofarmacológica pré-clínica dos efeitos de C. sicyoides

1986 1986

FMVZ/USP UFCE

Avaliar os efeitos psicofarmacológicos do Croton zehntnery Investigar as propriedades farmacológicas de A. speciosa e seus efeitos em nível pré-clínico

1986

EPM

Avaliar o efeito diurético de três produtos naturais e sua toxicidade em voluntários normais

1987

EPM

Avaliar o efeito analgésico de um produto natural em pacientes com lombalgia

1986

EPM

Avaliar a ação de N. officinale na dinâmica das vias aéreas de asmáticos

1987

EPM

Execução de testes farmacodinâmicos e toxicológicos de plantas medicinais brasileiras

1987

UFRJ

Avaliar em estudos pré-clínicos o extrato aquoso da M. glomerata

1988

EPM

Estudar a eventual toxicidade clínica e pré-clínica de A. vulgaris

1987

EPM

Implantação do centro de pesquisa em psicofarmacologia clínica continua 125

continuação ( / ) 1988

UNICAMP

Estudo agronômico de plantas brasileiras dotadas de atividade farmacológica e fornecimento de material vegetal

1988

UFRS

Verificar atividades terapêuticas propostas pelo uso popular das espécies através de testes farmacológicos específicos

1988

UFSC

Análise farmacológica pré-clínica dos extratos de H. courbaryl

1988

UFSC

Caraterizar os efeitos do tratamento prolongado com P. alliacea

1988

UFCE

Avaliar a atividade antiinflamatória e antiulcerogênica de A. urundeuva

1988

FIOCRUZ

Investigar a atividade antimalárica de M. charantia e Piper sp e de outras espécies

1988

EPM

Desenvolvimento de novo medicamento antiepiléptico: benzileugenol

1986

UFPR

Determinar a atividade intiinflamatória de A. chica

1988

UFPA

Avaliar os efeitos anticonvulsivantes e hipnóticos do C. sicyoides

1988

UNESP

Avaliar efeitos tóxicos após administração oral e tópica em ratos e suínos

1988

UNESP

Avaliar as propriedades antihelmínticas das plantas Anona squamosa e Musa sp

1988

UFGO

Construção da estação biológica de Serra Dourada

1986

EPM

Avaliar ação antihipertensiva a toxicológica aguda de espécies medicinais

1989

UFMA

Cultivar e coletar plantas para distribuição à CEME

1988

IQUEGO

Cultivo de plantas medicinais

1989

EPM

Realização de ensaios toxicológicos e farmacodinâmicos continua

126

continuação ( / ) 1989

PMEG

Fornecimento de espécies vegetais aos núcleos de pesquisa farmacológica

1988 1989

EPM FARMACOTÉ CNICA

Avaliar a possível ação antiepiléptica da D. violacea Verificar a viabilidade do cultivo econômico de plantas medicinais

1989

UFRJ

Coleta de mudas e sementes de espécies de interesse farmacêutico, distribuição de plantas indicadas pela CEME

1991

EPM

Verificar se plantas brasileiras possuem efeitos adaptógenos

127

QUADRO A.3 P ROJETOS DE PESQUISA EM FITOFÁRMACOS FINANCIADOS PELO PADCT-FNDCT (1/3)

Ano do

Instituição

Título

Recursos

convênio 1985

US$ Inst. Nacional de “Químic a, farmacologia e ecologia do Pesquisa da gênero Humirianthera”

7.845,00

Amazônia 1985

UFSC

“Antagonista

competitivo

para

a

bradicinia a partir de extrato bruto ou

99.324,00

frações semipurificadas de uma Apocinaceae: análise química e farmacológica” “Fortalecimento e consolidação do grupo 1986

UFPA/ QUÍMICA

Dep. de pesquisa em química de produtos naturais da UFPA”

1986

“Elaboração

de

um

85.395,00

medicamento

caritonico a partir das sementes de

28.600,00

Thevetia nerifolia” 1986

UFSM/NPPN

“Constituintes químicos de laureaceas do

43.082,00

RGS” 1986

UFMS/Dep.

“Estudo químico de plantas do MS”

43.074,00

QUÍMICA 1986

USP/RP/QUÍMIC

“Invest. do mecanismo de reprodução em

A

mercurio e da transformação por via

70.429,00

eletroquímica de um produto natural de grande disponibilidade na flora” continua

128

continuação (2/3) 1986

1987

UFPA/Dep.

“Determinantes

de

constantes

QUÍMICA

químicas de óleos vegetais regionais”

Inst. Nac. de Pesquisa da

“Controle de pragas via meliaceae”

físico-

20.989,00

7.361,00

Amazonia 1986

1987

UFCE/Dep.

“Estudo químico de produtos naturais da

QUÍMICA

flora nordestina, especialmente do Ceará”

194.289,00

UFCE/Dep. QUÍMICA

“Sintese de substâncias valiosas a partir de produtos naturais e intermediários

16.676

abundantes na região” 1987

1987

USP/Inst.

“Estudo da potencialidade antialérgica de

QUÍMICA

lignoides”

UFCE/Dep. QUÍMICA

“Utilização de espectrometria de massa na determinação estrutural de constituintes químicos produtos naturais”

1987

orgânicos

química

e

180.716,00

94.581,00

de

UFSC/ Dep.

“Identificação

análise

QUÍMICA

farmacológica de compostos inibidores da bradicinina obtidos da Mandevilla

152.587,35

velutina” 1988

UFSC/ Dep.

“Isolamento de compostos inibidores da

QUÍMICA

bradicinina

obtidos

da

Mandevila

57.633,00

velutina” 1988

UFPB/LTF

“Plantas medicinais do Nordeste”

continua

129

continuação (3/3)

1989

FUJB/NPPN/UFR

“Programa de formação de RH ao nível

J

de

pós-graduação

em

química

-

-

Subprojeto Química Orgânica” 1990

(não identificada)

“Análise de princípios ativos de algumas

9.193,93

plantas de interesse nacional” 1991

1991

UFRJ/ Dep.

“Estudo da composição química de

QUÍMICA

plantas brasileiras”

FAPEU/UFSC

“Obtenção

de

399.461,00 compostos

anti-

inflamatórios e anti-alérgicos a partir de produtos naturais abundantes” 1992

(não identificada)

“Diagnóstico

para

medicamentos

a

341.250,00

produção partir

de

de plantas

170.543,20

medicinais” 1992

UFSC/DEQ

“Espécies de Phyllantus como como ponto de partida para a obtenção de

256.599,00

novos medicamentos” 1992

FUJB/NPPN/UFR

“Espécies de Phyllantus como como

J

ponto de partida para a obtenção de

362.031,00

novos medicamentos” 1993

1993

FUNDEP-

“Consórcio

para

aquisição

de

UFMG/DQ

espectrômetro de RMN para atendimento 940.383,00 multiusuário em Minas Gerais”

FUJB/NPPN/UFR

“Manuntenção e aprimoramento de um

J

sistema multiusuários de espectrometria 303.934,00 de massas” continua 130

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