MCI - Movimentos de Terras

June 14, 2018 | Author: João Guardado | Category: Soil, Foundation (Engineering), Stress (Mechanics), Trench, General Contractor
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Descrição: movimento de terras...

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Movimentos de terras, desmontes e demolições Condições Técnicas de Execução

Série MATERIAIS

 joão guerra guerra martins martins

2010 Versão provisória (não revista)

Universidade Fernando Pessoa

Materiais Construção II

Condições Gerais Quando omisso nas Condições Técnicas Especiais e nos Mapas de Medições, são da conta do Empreiteiro todos os trabalhos necessários para desenraizamentos, desmatações, arranques de árvores, demolição de velhas fundações, canalizações e desvios; a) Só serão considerados trabalhos a mais aqueles que forem completamente imprevisíveis à data de início dos trabalhos;  b) Desmatações e desenraizamentos nunca serão considerados trabalhos a mais. São também da conta do Empreiteiro e considerados trabalhos preparatórios: a) As escavações e remoções de terras para implantação dos edifícios até uma profundidade de 0,20 m e distância de transporte de 100 m;  b) Os trabalhos de aterro, rega, compactação, etc. para se alcançarem os níveis e as bases  para os diversos diversos pavimentos; c) O enchimento das covas deixadas pelos arranques, que será cuidadosamente executado, de forma idêntica ao enchimento de valas para canalizações. São ainda da conta do Empreiteiro as repetições de trabalho por motivos de aluimentos, etc., bem como os destinados ao enxugo, quer durante o assentamento de colectores, construção de caixas, etc.. Os preços unitários contratados não serão alterados quaisquer que sejam as facilidades ou dificuldades que sobrevenham na execução das escavações, entendendo-se que o Empreiteiro se inteirou devidamente, antes do concurso, das condições do trabalho que se propôs executar. Além do anteriormente referido, encontram-se compreendidas no preço deste artigo todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução, salientando-se: a) os trabalhos de topografia;  b) a implantação e a marcação; c) as entivações, quando necessárias; d) a bombagem e o escoamento de águas, incluindo as valas necessárias à sua condução sempre que não seja apresentada em item próprio no mapa de medições; e) a reposição de terras após a execução das fundações propriamente ditas, e a remoção das sobrastes para zonas de aterro ou vazadouro, sempre que não conste em item próprio no mapa de medições;

Movimentação de terras

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Índice Critérios de Medição .................................... .......................................................... ............................................ ............................................ .................................. ............ 3 Materiais Encontrados............................ ................................................... ............................................... ............................................... ..................................... .............. 4  Natureza do Terreno Terreno............................................. .................................................................... .............................................. ............................................. .......................... 5 Equipamentos............................................ .................................................................. ............................................ ............................................. ..................................... .............. 5 Implantação e Piquetagem dos Trabalhos............................................... ....................................................................... ................................... ........... 6 1.1. Limpeza e desmatação ........................................................... .................................................................................. .......................................... ................... 7 1.2. Decapagem da Terra Arável............................................. ................................................................... ............................................. ............................. ...... 8 1.3. Modelação do Terreno ........................................................... ................................................................................. ........................................... ......................... 9 1.4. Escavações .......................................... ................................................................ ............................................ ............................................. .................................... ............. 9 1.4.1. Segurança no Trabalho .......................................................... ................................................................................ ..................................... ............... 12 1.4.2. Classificação das Escavações ................................................. ........................................................................ .................................... ............. 12 1.4.3. Condições de Alteração ..................................................... ........................................................................... ......................................... ................... 24 1.4.4. Critérios de Medição........................................... ................................................................. ............................................ .................................. ............ 24 1.4.5. Classificação dos Terrenos ......................................................... ................................................................................ ................................ ......... 24 1.4.6. Remoção dos Produtos da Escavação ............................................ ................................................................... ............................. ...... 25 1.4.7. Dimensões das Escavações ......................................... ................................................................ ............................................. ......................... ... 25 1.4.8. Intersecção de Canalizações e de Obras de qualquer Natureza ....................... .................................. ........... 25 1.4.9. Aprovação das Escavações. Escavações. .................................................... ........................................................................... .................................... ............. 26 1.4.10. Drenagem das Escavações ............................. .................................................... .............................................. .................................... ............. 27 1.4.11. Modos de Execução ........................... .................................................. ............................................. ............................................ .......................... .... 28 1.4.12. Entivações e Escoramentos............................................ ................................................................... ........................................... .................... 29 1.5. Aterros................................................. ....................................................................... ............................................ ............................................. .................................. ........... 30 1.5.1. Condições Gerais ......................................................... ............................................................................... ............................................ ......................... ... 32 1.5.2. Dimensões dos Aterros .............................................. ................................................................... ........................................... ............................ ...... 32 1.5.3. Aprovação dos Aterros .............................................................. .................................................................................... ................................. ........... 33 1.5.4. Aterros em Contacto com Edifícios - Materiais de Aterro ......................................... ......................................... 33 1.5.5. Aterros em Contacto com Edifícios - Execução ............................................ ......................................................... ............. 34 1.5.6. Aterros de Valas ou Trincheiras para Galerias Enterradas, Colectores, Canalizações ou Cabos Subterrâneos........................................... ................................................................. ............................................. ........................................ .................. 34 1.5.7. Técnicas de Execução ....................... ............................................. ............................................. ............................................. ............................. ....... 35 1.6. Fundações................................ ...................................................... ............................................. ............................................. ............................................. ....................... 36 Movimentação de terras

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1.6.1. Condições Especiais de Execução de Fundações ............................................ ....................................................... ........... 36 3 1.6.2. Escavação para Fundações (m )............................................ )................................................................... ...................................... ............... 38 1.6.3. Aterros sobre Fundações.......................................... ................................................................ ............................................. ............................. ...... 38 1.7. Transporte de Terras .......................................... ............................................................... ........................................... .......................................... .................... 39 1.7.1. Âmbito de Aplicação .............................................. ..................................................................... .............................................. ............................. ...... 39 1.7.2. Disposições Gerais ........................... .................................................. ............................................. ............................................ .............................. ........ 40 1.7.3. Transportes................................. ....................................................... ............................................ ............................................. ..................................... .............. 41 1.7.4. Empolamento .................................................. ......................................................................... ............................................. ..................................... ............... 41 1.7.5. Outros Materiais....................................... Materiais............................................................. ............................................. ............................................. ...................... 42 1.8. Terraplanagens ...................................................... ........................................................................... ........................................... ....................................... ................. 42 1.8.1. Regularidade das Terraplanagens ................................... .......................................................... ............................................ ..................... 43 1.8.2. Acabamentos dos terraplenos ............................................................ ................................................................................... ........................... 44 1.9. Empréstimos e Depósitos............................................. .................................................................... .............................................. ........................... .... 45 1.10. Enchimentos junto às Estruturas ............................. .................................................... .............................................. ................................. .......... 45 1.11. Taludes ........................................... ................................................................. ............................................ ............................................. ..................................... .............. 46 1.12. Muros de Suporte ........................................ .............................................................. ............................................. .............................................. ....................... 47 1.12.1. Drenagem ............................................ .................................................................. ............................................ ............................................. .......................... ... 47 1.12.2. Aterro .......................................... ................................................................ ............................................. ............................................. ................................. ........... 48 1.13. Anexos................................ ....................................................... ............................................. ............................................ ............................................. .......................... ... 49 1.13.1 Equipamentos.......................... ................................................ ............................................. ............................................. ...................................... ................ 49 Limpeza e desmatação ..................................... ............................................................ .............................................. .............................................. ....................... 53 Aterros/Desaterros ........................................... ................................................................. ............................................ ............................................ ......................... ... 54 Escavação............................................. .................................................................... .............................................. .............................................. ................................... ............ 55 Taludes ............................................. ................................................................... ............................................. ............................................. ........................................ .................. 56 Drenagem ............................................ ................................................................... ............................................. ............................................ ..................................... ............... 58 2. Introdução ao Pipe Jacking e Microtuneladora ............................................ ................................................................... ......................... 60 2.1. A técnica do pipe jacking………………………………..……………………………….57 2.1.1.O 2.1.1. O que é Pipe Jacking?....................................... ?............................................................. ............................................. ....................................57 .............57 2.1.2.Como 2.1.2. Como funciona?.................................. funciona?........................................................ ............................................. ............................................. ...........................57 .....57 2.1.3.Sistemas 2.1.3. Sistemas de escavação………………………………………..……………..………59 escavação………………………………………..……………..………59 2.1.4.Técnicas 2.1.4. Técnicas mais usadas na perfuração horizontal e as suas respectivas fases……..….63 2.1.4.1. Introdução - Desenvolvimento e utilização………………………………...…63 uti lização………………………………...…63 2.1.4.2. Limites da tecnologia……………………………………………………..…..6 tecnologia……………………………………………………..…..633 2.1.4.3. Método de execução…………………… execução…………………………………………………………..63 ……………………………………..63 2.1.5.Aduelas 2.1.5. Aduelas pontuais APT – Concepção……………………………………………...…65 2.1.6.Aduelas 2.1.6. Aduelas - Definição……………………………………………………………..…..6 Definição……………………………………………………………..…..699 2.1.6.1. Manufactura………………………………………………………………..…69 2.1.6.2. Calafetagem…………………………………………………………...……...70 2.1.7.Processo 2.1.7. Processo de injecção de gravilha para enchimento do espaço anelar de sobre escavação……………………………………………………………………………………...…70 2.1.8.Processo 2.1.8. Processo de injecção…………………………………………….……………. injecção…………………………………………….……………..……71 .……71 2.1.9.Perfuração 2.1.9. Perfuração com sem-fins dirigida por laser - Desenvolvimento e utilização….....…72 2.1.10. Método construtivo……………………………………………………………72 2.1.11. Pipe Jacking - Descrição geral………………………………...…………..….73 2.1.12. Estação Principal……………………………………………………………...74 2.2. Aplicações e benefícios…………………………………………………………..…7 benefícios…………………………………………………………..…766 2.2.1.Benefícios 2.2.1. Benefícios Técnicos……………………………………………………… Técnicos………………………………………………………………....76 ………....76 2.2.2.Qualidade 2.2.2. Qualidade e durabilidade…………………………………………………….……... durabilidade…………………………………………………….……...76 76 2.2.3.Betão 2.2.3. Betão de alta resistência……………………………………………………...…. resistência……………………………………………………...…..…77 .…77 2.2.4.Redução 2.2.4. Redução de prazos e custos……………………………………………………….....7 custos……………………………………………………….....777 Movimentação de terras

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2.2.5.Minimização 2.2.5. Minimização de assentamentos……………………………………………………...77 assentamentos……………………………………………………...77 2.2.6.Segurança…………………………………………………………………………....78 2.2.6. Segurança…………………………………………………………………………....78 2.2.7.Controle 2.2.7. Controle e precisão………………………………………………….………………. precisão………………………………………………….……………….78 78 2.2.8.Produtividade…………………………………………...………………………..….78 2.2.8. Produtividade…………………………………………...………………………..….78 2.2.9.Aplicabilidade……………………………………………………………..……..….79 2.2.9. Aplicabilidade……………………………………………………………..……..….79 2.2.10. Quando considerar o uso de  pipe jacking…………………….........………….79 2.2.11. Principais aplicações……...…………… aplicações……...………………………………………………...…79 …………………………………...…79 2.3. Investigação do terreno e informação das condições do solo…………...…….....….80 2.3.1. Investigação do Terrenos – Geral………………………………………………..….80 2.3.2. Estudo de Gabinete………………………..……………………………………… Gabinete………………………..………………………………………...80 ...80 2.3.2.1. Informação dos solos necessária para projecto e respectivo custo…..........…..81 custo…..........…..81 2.3.2.1.1. Estudo de campo………………………………………………...…………….8 campo………………………………………………...…………….811 2.3.2.1.2. Posições de Sondagens………………… Sondagens………………………………………………….....….81 ……………………………….....….81 2.3.2.1.3. Provisão de Informações…………………..……………………… Informações…………………..……………………………….....81 ……….....81 2.4. Desenho, métodos e técnicas de construção…………..……………...……………..82 2.4.1.Poços 2.4.1. Poços de trabalho………………………………..…………………………….…… tr abalho………………………………..…………………………….…….83 .83 2.4.2. Pipe jacking métodos de escavação……………...………………………………….84 escavação……………...………………………………….84 2.5. O Pipe jacking – tubos……………...…………………………………………………....8 tubos……………...…………………………………………………....866 2.5.1.Tubos 2.5.1. Tubos de aço………………..…………………………………………………….....8 aço………………..…………………………………………………….....877 2.6. Comprimentos de Pipe Jacking, cargas e tolerâncias………..………………….…..88 2.6.1.Comprimentos 2.6.1. Comprimentos de Jacking……………...………………………………………….. Jacking……………...…………………………………………....88 ..88 2.6.2.Estações 2.6.2. Estações intermédias………...………………………………………………………8 intermédias………...………………………………………………………888 2.6.3.Lubrificação……………………………..…………………………………..………89 2.6.3. Lubrificação……………………………..…………………………………..………89 2.6.4.Cargas 2.6.4. Cargas de Jacking………………………………………...... Jacking……………………………………….......………...……………..89 .………...……………..89 2.6.5.Tolerâncias 2.6.5. Tolerâncias do Pipe Jacking…………………………………...…………………….90 3.Bibliografia………………………………………………………………………………….91

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Condições Gerais Quando omisso nas Condições Técnicas Especiais e nos Mapas de Medições, são da conta do Empreiteiro todos os trabalhos necessários para desenraizamentos, desmatações, arranques de árvores, demolição de velhas fundações, canalizações e desvios; c) Só serão considerados trabalhos a mais aqueles que forem completamente imprevisíveis à data de início dos trabalhos; d) Desmatações e desenraizamentos nunca serão considerados trabalhos a mais. São também da conta do Empreiteiro e considerados trabalhos preparatórios: d) As escavações e remoções de terras para implantação dos edifícios até uma profundidade de 0,20 m e distância de transporte de 100 m; e) Os trabalhos de aterro, rega, compactação, etc. para se alcançarem os níveis e as bases  para os diversos diversos pavimentos; f) O enchimento das covas deixadas pelos arranques, que será cuidadosamente executado, de forma idêntica ao enchimento de valas para canalizações. São ainda da conta do Empreiteiro as repetições de trabalho por motivos de aluimentos, etc., bem como os destinados ao enxugo, quer durante o assentamento de colectores, construção de caixas, etc. Os preços unitários contratados não serão alterados quaisquer que sejam as facilidades ou dificuldades que sobrevenham na execução das escavações, entendendo-se que o Empreiteiro se inteirou devidamente, antes do concurso, das condições do trabalho que se propôs executar. Além do anteriormente referido, encontram-se compreendidas no preço deste artigo todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução, salientando-se: f) os trabalhos de topografia; g) a implantação e a marcação; h) as entivações, quando necessárias; i) a bombagem e o escoamento de águas, incluindo as valas necessárias à sua condução sempre que não seja apresentada em item próprio no mapa de medições;  j) a reposição de terras após a execução das fundações propriamente ditas, e a remoção das sobrastes para zonas de aterro ou vazadouro, sempre que não conste em item próprio no mapa de medições; k) a compactação de fundos. Movimentação de terras

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O volume da escavação considerado para valorização das entrevações a pagar, não será em qualquer caso considerado nas baldeações, aterros e transportes, pelo que se farão as deduções correspondentes no preço composto. Quando no mapa de trabalho for estipulado que o depósito de terras será da escolha do Empreiteiro, sempre que omisso assim será entendido - o preço do transporte de terras apresentado na proposta tomou essa escolha em conta, não sendo de aceitar qualquer reclamação com base em nova localização. Os trabalhos de aterro regado e batido a maço consistem nos aterros das valas, trincheiras e  poços abertos, o que será medido e pago pelo volume geométrico do aterro efectivamente executado, quando não incluído no custo da escavação. Quando nada conste em contrário, nas diferentes peças do Caderno de Encargos, as propostas dos empreiteiros considerarão: a) Que a medição das escavações é feita por m 3; que a largura medida é a largura nominal, isto é, a largura das alvenarias, das sapatas ou das vigas de fundação a construir;  b) Que a altura é medida desde o fundo da escavação até à cota do terrapleno projectado, independentemente independentemente deste estar ou não realizado; c) Que se inclui no mesmo artigo a reposição e a remoção dos excedentes.  No cálculo do volume das terras escavadas a remover, se no Caderno de Encargos outro critério não haja sido tomado, será considerado um factor de empolamento correspondente ao tipo de terreno escavado conforme a tabela t abela seguinte:

Terra Branda

1,05

Terra Compacta

1,15

Terra Dura

1,20

Rocha Branda e Terra Muito Dura

1,25

Rocha Dura e Muito Dura

1,30

Este trabalho será medido e pago por m 3 de terra removidas, sendo a medição feita a partir do volume da escavação afectado do factor de empolamento; O preço unitário da remoção das terras escavadas será constante até profundidades de 2m, sendo aumentado de 20% por cada aumento de 2m ou fracção, quando nada tenha sido previamente estabelecido.

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O transporte dos produtos escavados, bem como as cargas, espalhamentos e descargas, são feitos  pelos processos que que mais convenham convenham ao Empreiteiro, sem sem prejuízo de outros trabalhos trabalhos realizados ou a realizar. A forma de medição será a seguinte: a) As terras removidas por m 3 de terras removidas, considerando o factor de empolamento, a carga, descarga e espalhamento;  b) O transporte por m 3 e quilómetro de distância entre a obra e o depósito acordado pela Fiscalização - não são de considerar distâncias iguais ou inferiores a 0,1 Km.

Critérios de Medição Os trabalhos serão medidos e pagos: a) As terraplanagens por m 2 até altura média de 0,25m, e por m 3 nos restantes casos;  b) Os movimentos de terra (escavações e aterros) por m 3 de terreno escavado, sem considerar qualquer empolamento. A medição das escavações em movimentos de terras será avaliada pelo volume geométrico de escavação necessária à obra, isto é, em planta as dimensões serão só as correspondentes às dos fundos, e em altura as determinadas pela Fiscalização ou constantes no projecto.  No caso do tipo do terreno a escavar ser diferente do previsto no mapa de trabalhos, o preço unitário da escavação será revisto de acordo com os factores adiante especificados. Os tipos de terrenos a considerar são os relacionados a seguir, sendo indicado também o equipamento manual de desmonte mínimo que é necessário utilizar para cada um deles: Movimentação de terras

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Terra Solta ou Branda



Terra Compacta

Enxada

Terra Dura

Picareta

Rocha Branda ou Terra Muito Dura

Martelo Demolidor com Guilho - Pá

Rocha Dura e Muito Dura

Martelo Demolidor e/ou Explosivo

 Não será de atender qualquer qualquer reclamação do empreiteiro empreiteiro na classificação do terreno pelo pelo facto de utilizar meios de desmonte de potência superior aos realmente necessários. Os factores de correcção dos preços unitários de escavação, são os a seguir indicados, para caso de nas medições ou no projecto se ter indicado terreno de escavação como terra compacta (coluna A) ou como terra dura (coluna B):

A

B

0,6

0,5

1

0,8

1,25

1

Rocha Branda ou Terra Muito Dura

3

2,4

Rocha Dura

8

6,4

Rocha Muito Dura

12

9,6

Terra Solta ou Branda Terra Compacta Terra Dura

Quando a natureza do terreno exigir entivação e esta não tenha sido incluída nos itens respectivos do Mapa de Medições, será o seu valor considerado entrando na medição da escavação com um volume fictício, correspondente ao obtido multiplicando a área de um rectângulo com a largura de 35% da altura e altura igual á da entivação, pelo desenvolvimento em planta de cada uma das superfícies interiores da escavação. Porém para consideração desta correcção, torna-se indispensável que a Fiscalização tenha concordado por escrito com a necessidade da entivação, e que esta haja realmente sido executada.

Materiais Encontrados A areia ou pedra encontrados nas escavações poderão ser empregues na obra mediante autorização da Fiscalização, depois de acordo sobre o preço a pagar pelo empreiteiro.

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Caso não se consiga chegar a acordo, os materiais serão arrumados, mediante caderno de encargos. Todos os materiais encontrados são pertença do dono da obra, pelo que deverão ser  entregues à Fiscalização contra recibo.

Natureza do Terreno A classificação dos terrenos será realizada de acordo com a Especificação em vigor - "Fundações directas correntes". A natureza do terreno será indicada nas condições especiais. A falta desta indicação ou qualquer erro de classificação não fundamentará qualquer reclamação,  partindo da hipótese de que o Empreiteiro se devia ter inteirado no local das condições de realização da obra. O preço do Empreiteiro deverá referir-se a uma média do terreno encontrado.

Equipamentos Os equipamentos a empregar, quer em escavações, quer em aterros, deverá satisfazer ao volume, natureza e dificuldade do trabalho a executar, mas sempre de forma a esse trabalho obedecer às normas da boa técnica de construção e a concluir-se dentro do prazo previsto no respectivo plano de trabalhos. Se não constar no Projecto ou das condições Técnicas Especiais o mínimo equipamento mecânico a utilizar nos trabalhos, ou não for cláusula do próprio concurso, o Empreiteiro obrigase à aprovação da Fiscalização o equipamento que pretende utilizar nesses trabalhos. Em qualquer dos casos, se não constar do plano de trabalho, com o necessário desenvolvimento, a planificação das terraplanagens, o Empreiteiro terá de submeter essa planificação à aprovação da Fiscalização.

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O equipamento a utilizar nas terraplanagens, ou seja nas escavações, escarificação, aterros, rega, compactação e transportes, deverá encontrar-se em boas condições de funcionamento de forma a  permitir a continuidade de trabalho previsto no plano. Se tal não se verificar, a Fiscalização  poderá exigir a substituição dessas unidades, ou mesmo o seu aumento independentemente independentemente da aprovação a que se refere o parágrafo primeiro da condição anterior, de forma aos trabalhos  poderem prosseguir prosseguir normalmente e concluírem-se portanto portanto dentro do prazo proposto. O equipamento a utilizar não deve, pela sua forma, dimensões ou peso, provocar danos às obras em curso ou às construções existentes. A passagem dos meios de transporte sobre os aterros executados na obra deve fazer-se tanto quanto possível em percursos diferentes, de forma a obter-se uma melhor compactação das zonas aterradas. Os danos causados nas vias públicas, os embaraços ao trânsito ou quaisquer outras responsabilidades perante terceiros, resultantes do tipo de equipamento e das operações do transporte de terras serão encargo do Empreiteiro.

Implantação e Piquetagem dos Trabalhos Antes do inicio dos trabalhos, o dono de obra ou o seu representante “fiscalização”, deve fornecer as bases topográficas que serviram de apoio á marcação da obra. Procederá então a equipa de topografia á verificação dessa base, se não se verificarem erros,  procede-se então a marcação da da obra. Movimentação de terras

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A marcação da obra deve ir ao encontro das necessidades do desenrolar da mesma, sendo cada marcação efectuada em obra comunicada á fiscalização, antes do inicio de qualquer  trabalho de terraplanagem ou outros. O Empreiteiro, antes do início da obra, procederá à sua implantação de acordo com o estabelecido neste Caderno de Encargos. Antes do início dos trabalhos o Empreiteiro deverá dar imediato conhecimento à Fiscalização de qualquer erro de dimensionamento que verifique no projecto, cabendo á fiscalização toda a responsabilidade pelas correcções encontradas. O Empreiteiro deverá ter na obra o material topográfico necessário à implantação e verificação dos trabalhos. O trabalho será iniciado pela implantação dos eixos gerais, dos eixos de cada elemento e pela implantação de uma marca de nivelamento cimentada em local onde se possa conservar até ao final da obra. A verificação pela Fiscalização não iliba o empreiteiro de erros que porventura tenham sido cometidos.

1. Condições para execução de terraplanagens 1.1. Limpeza e desmatação Toda a área de intervenção da obra deve ser limpa e desmatada, ficando só a vegetação subarbustiva e herbácea, removendo-se posteriormente na fase de decapagem.

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Para uma perfeita limpeza do terreno temos que remover toda e qualquer vegetação da área que será ocupada pela obra que pretendemos fazer. Não basta tirar apenas o mato que está em cima do terreno. É necessário tirar as raízes e, conforme o caso, tirar também a terra vegetal que tenha muitas folhas, galhos e raízes Havendo árvores, só remova após conseguir autorização por escrito da Câmara Municipal. Além da parte que fica para fora da terra, devem ser removidas as raízes pois as raízes irão apodrecer com o tempo, criar um oco e o terreno vai ceder.

1.2. Decapagem da Terra Arável As áreas de terrenos a intervir “escavar ou aterrar”, devem ser decapadas da terra arável ou terra vegetal, geralmente numa camada de 200 mm de espessura, não sendo esta espessura suficiente, deve-se escavar até encontrar terra sem matéria orgânica. Estas terras decapadas servem normalmente para aplicar na própria obra, para revestimento de taludes e jardins, não sendo considerada terra própria para estes fins, deve ser armazenada em locais previamente definidos  pela fiscalização.

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1.3. Modelação do Terreno O Empreiteiro deve proceder à modelação do terreno, permitindo a boa circulação em obra de máquinas e pessoas, no entanto este trabalho não deve ser muito minucioso, a fim de evitar  custos suplementares, visto que o mesmo local vai ser terraplanado “escavado ou aterrado”, a modelação terá em conta o sistema de drenagem superficial dos terrenos marginais. Após a decapagem (remoção da camada de terra vegetal e desmatação arbórea) são realizados os trabalhos de escavação e aterro. Sempre que os solos provenientes da escavação ten ham boas características, são utilizados

directamente

no

preenchimento

das

deficiências existentes na mesma secção, operação esta que se designa por compensação compensação transver  sal de volumes.

Figura 1 – Movimentação transversal transversal de terras

1.4. Escavações a) A escavação é sempre acompanhada pela topografia, a fim de garantir as cotas de projecto. O inicio da escavação ou aterro é sempre marcado pela topografia para garantir um bom arranque dos trabalhos, posteriormente acompanhado acompanhado para garantir que o projecto se cumpra. Caso os trabalhos sejam em escavação, estes não devem ir abaixo da cota de projecto, devese analisar primeiro o solo, para garantir que o solo encontrado serve ou não de base ou sub base, se o solo não for bom para base, deve ser retirado e reposto com solos seleccionados  para este fim.  b) A escavação deve sempre desenvolver-se para que seja assegurado um perfeito escoamento superficial das águas. Se no decorrer das escavações for encontrada água nascente ou de infiltração, tal facto deve ser imediatamente considerado, no caso de o Projecto não prever a respectiva drenagem. A escavação, entretanto, deve ser mantida livre de água por intermédio de bombagem ou outro meio. A fiscalização poderá determinar a construção provisória de

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drenos ou valas de drenagem para interceptarem ou desviarem as águas superficiais que  possam prejudicar prejudicar a segurança ou ou sequência do trabalho; c) A compactação deve obedecer aos parâmetros exigidos no caderno de encargos, se isso não se verificar é da responsabilidade do empreiteiro, remover ou escarificar a camada em questão, voltar a compactar até obter os valores pré definidos no caderno de encargos. d) A qualidade dos materiais das escavações da obra a aplicar em aterro (e dos empréstimos) deve ser verificada de maneira contínua durante o trabalho. Se a qualidade diferir do especificado, essa circunstância deve ser devidamente considerada, nomeadamente no dimensionamento do pavimento; e) Os materiais escavados deverão ser seleccionados de forma a poderem ser utilizados nos aterros. A fiscalização sempre que o entender, poderá para comprovação desses materiais a utilizar nos aterros, exigir os ensaios prescritos na norma em vigor (sem prejuízo de outras normas, recomendações e regulamentos nacionais ou europeus que sejam aplicáveis); f) O material seleccionado deverá ser transportado directamente, sempre que for praticável, do local da escavação para o local da sua utilização. Caso se imponha o depósito do material seleccionado para posterior utilização, correrão esses trabalhos, desde a sua escavação até à sua aplicação, à responsabilidade do Empreiteiro, o que aliás deve por este estar previsto, quer quando da elaboração da sua proposta, quer  quando da elaboração do respectivo plano de trabalhos; g) Quando se encontrarem afloramentos de rocha, de argila ou outros materiais impróprios para servir de base de um aterro, deverão ser removidos até a profundidade a determinar pela Fiscalização. As escavações resultantes dessas remoções, deverão ser aterradas com material apropriado obtido das zonas de escavação ou de locais de empréstimo e devidamente compacta; h) Quaisquer assentamentos ou desmoronamentos que venham a verificar após o acabamento do trabalho de escavações e que se constate que podiam ter sido evitados mediante métodos apropriados, deverão ser reparados à custa do Empreiteiro. No caso de se considerarem inevitáveis, deverão os respectivos trabalhos de restabelecimento e de consolidação serem  pagos pelo preço preço ou preços unitários unitários correspondentes correspondentes do movimento movimento de terras; i) Quando em trabalhos de escavação tiver de se proceder à remoção de estruturas existentes de modo a permitir a sequência dos trabalhos, os produtos provenientes dessa demolição serão transportados para fora do local da obra e a designar pela Fiscalização, salvo os materiais que esta reconheça que possam vir a ser utilizados pelo Empreiteiro, em algumas situações

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 procede-se a sua reciclagem para posterior aplicação em obra, (caso estes materiais não sejam considerados perigosos os que contaminem o restante solo).  j) Todas as zonas de escavação provenientes dessas demolições, depois de devidamente limpas de entulhos e outras substâncias impróprias para aterros, deverão ser preenchidas com material apropriado e convenientemente convenientemente compactado, segundo as indicações da Fiscalização; k)  Na abertura de caboucos para fundações deverá previamente a topografia marcar os alinhamentos e cotas de fundação. l) O Empreiteiro, segundo a natureza do terreno, deverá dar às paredes dos caboucos o talude que se impuser, escorando-os se tal se tornar necessário, trabalho este da sua inteira responsabilidade, podendo a Fiscalização, caso o Empreiteiro não tome essas providências, impor esses trabalhos; m) Competirá ainda ao Empreiteiro executar à sua custa todos os trabalhos de drenagem, quer  durante a abertura dos caboucos quer durante a execução das fundações; fundações; n)  Não será em caso algum entendida qualquer reclamação referente à natureza dos produtos a escavar, ficando entendido que o Empreiteiro se inteirou no local de todas as condições de execução dos trabalhos; o) Sendo o regime da empreitada por preço global, constitui encargo do Empreiteiro a realização dos trabalhos de escavação e das respectivas obras acessórias, nas quantidades de trabalho previstas no contrato, no projecto ou no caderno de encargos;  p) Constituirão trabalhos a mais ou a menos, os relativos a escavação e respectivas obras acessórias, resultantes da diferença entre o previsto e o executado quanto ao tipo de escavação, à natureza do terreno e às quantidades e condições de trabalho; q) Em qualquer regime de empreitada, os erros ou omissões de projecto ou do caderno de encargos, relativos ao tipo de escavação, à natureza do terreno e às quantidades e condições de trabalho não poderão servir de fundamento à suspensão ou interrupção dos trabalhos, constituindo obrigação do Empreiteiro dispor oportunamente do equipamento necessário; r) Deve-se sempre nivelar e compactar bem a camada de apoio das fundações, não sendo  permitido o inicio da betonagem antes da fiscalização examinar e aprovar esta camada de apoio; s)  Não serão pagas subescavações subescavações provenientes de derrocadas derrocadas motivadas pela não realização de entivações em tempo oportuno; t) As cotas e os perfis de escavação indicados no projecto estão sujeitos às correcções que o dono da obra julgar necessárias por imposição das condições geológicas encontradas durante

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a execução dos trabalhos, não podendo essas alterações dar origem a qualquer reclamação do Empreiteiro; u) Em caso algum será permitido o uso de explosivos como processo de desmonte dos solos existentes; v) Quaisquer elementos a retirar ou desviar, pertença de entidades oficiais (como canalizações, cabos, postes, etc.), deverão somente ser retiradas ou desviadas pelas entidades respectivas.

1.4.1. Segurança no Trabalho O empreiteiro deverá ter um técnico de HST, responsável por todos t odos os trabalhadores e Máquinas que estejam em obra.  Na execução da obra, respeitar-se-ão respeitar-se-ão as disposições disposições constantes constantes nas C.T.Especiais. C.T.Especiais.

1.4.2. Classificação das Escavações Com base no comprimento da fundação, na sua largura, e na profundidade medida na vertical do nível do terreno tal como se apresenta aquando do início das escavações, definem-se para estas os seguintes tipos: a) Vala: Largura não superior a 2 metros e profundidade não superior a l metro;  b) Trincheira: Largura não superior a 2 metros e profundidade superior a 1 metro; ou largura l argura superior a 2 metros e profundidade superior a metade da largura; c) Poço: Comprimento e largura sensivelmente iguais, e profundidade superiora 1 metro; d) Escavação superficial: largura superior a 2 metros e profundidade não superior a metade da largura. Consideram-se escavações a seco as que são executadas sob uma camada de água inferior a l0 cm e escavações debaixo de água as que são executadas sob uma camada de água superior a l0 cm, estas considerações podem ainda ser diferentes de obra para obra, mediante cada caderno de encargo.

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1.4.2.1. Escavações em Terreno não Rochoso A escavação deve libertar inteiramente o espaço previsto no projecto, não sendo admissíveis diferenças por defeito. As diferenças por excesso, em planta, não devem ultrapassar 5 cm para as escavações em vala e 10cm para as escavações em trincheira, por poços e superficiais. As diferenças por excesso, em relação aos níveis fixados no projecto, devem ser inferiores a 5 cm para todos os pontos do fundo das escavações. Sempre que se empreguem meios mecânicos de escavação e extracção das terras, esta será interrompida antes de se atingir a posição prevista para o fundo e para as superfícies laterais, de forma a evitar o re-mechimento do terreno pelas garras das máquinas. O acabamento da escavação será efectuado manualmente ou por qualquer processo que não apresente aquele inconveniente.

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1.4.2.2. Escavações em Terreno Rochoso A escavação deve libertar inteiramente o espaço previsto no projecto, não sendo admissíveis diferenças por defeito. As diferenças por excesso não devem ultrapassar 20 cm nas escavações em que sejam utilizados explosivos e 10 cm nas restantes.  Nas escavações que não se destinam a receber alvenarias ou betões, as irregularidades do fundo serão preenchidas posteriormente por pedra e areia fortemente compactadas, de modo a obter-se um fundo plano à cota fixada no projecto.  Nas superfícies laterais das escavações, escavações, o Empreiteiro deverá deverá proceder à remoção dos blocos que que corram perigo de desmoronamento. desmoronamento. Todas as diferenças, por excesso ou por defeito, serão rectificadas por conta do empreiteiro.

1.4.2.3. Escavações em Terrenos Infectados ou Infestados Se nas escavações for encontrado terreno infectado por fungos ou infestados por insectos, o Empreiteiro deve notificar imediatamente o dono da obra. Este indicará as medidas a tomar para assegurar a salubridade do(s) estaleiro(s) e pessoal e se for caso disso, a salubridade da futura construção.

1.4.2.4. Escavações para Implantação A escavação para implantação de um determinado edifício, consiste na escavação do solo até se atingir a profundidade ou a cota necessária á sua implantação.

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Este trabalho de escavação ou desmonte, diferem dos serviços de terraplanagem, uma vez que estes envolvem também as etapas de transporte e aterro. No entanto, apresentam bastantes semelhanças, sobretudo por lidarem com o mesmo material (o solo) e por compartilharem o uso de determinados equipamentos, como veremos mais adiante. Quando se efectua uma escavação para implantação de um edifício deveremos ter sempre em atenção a segurança dos trabalhadores e sempre que possível deveremos alargar essa escavação de modo a garantir essa segurança.

1.4.2.5. Escavações para Fundações As fundações têm como principal objectivo receber as cargas provenientes da superstrutura e transmiti-las ao terreno. Consistem no elemento fundamental à estabilidade das estruturas. A escolha do tipo de fundação deverá basear-se num estudo geológico - geotécnico ao terreno, que  permita avaliar a sua constituição em profundidade e resistência resistência mecânica. Pormenor tipo de uma sapata de fundação:

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As fundações podem ser classificadas de acordo com: • Profundidade – superficiais/directa, semi-directas (poços) ou indirectas/profundas. Directa – quando o solo apresenta uma boa resistência mecânica à superfície H < 4B; Semi-directas (poços) – estrato resistente a profundidades 4B < H < 10B; Indirectas (estacas) – estrato resistente a H > 10B;

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B – menor dimensão em planta H – profundidade da fundação L – comprimento da sapata Quadro seguinte indica valores aproximados das tensões admissíveis por tipo de solo:

• Método construtivo – corrente ou especial • Material de construção – betão, alvenaria, metálica

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As fundações superficiais são aquelas em que as acções são transmitidas ao solo apenas pela face inferior do elemento de fundação, distinguindo-se como: como: • Sapatas isoladas: apresentam dimensão em planta quadrada ou rectangular pouco alongada,  podendo ser centradas ou excêntricas. Ideal quando temos cargas concentradas e afastadas, nomeadamente na base de pilares. As sapatas normalmente são executadas em betão armado e devem ser ligadas por lintéis de fundação para evitar assentamentos diferenciais, melhorando o comportamento do conjunto.

• Sapatas contínuas: adoptadas quando em presença de cargas distribuídas por elemento estrutural apresentam em planta uma dimensão alongada. Exemplo deste tipo de sapata é a dos muros de suporte de terras, ou em situações de pilares próximos.

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• Ensoleiramento geral: este tipo de sapata normalmente é usado para terrenos de fraca resistência ou basicamente em executar uma sapata “gigante” em toda a área de implantação. muito lamacentos, lamacentos, em que não é fácil garantir a estabilidade do edifício devido

forte

 possibilidade ocorrerem deslizamentos e também evitar a colocação de sapatas a grandes  profundidades. Consiste Consiste

 Na execução de sapatas o seu faseamento faseamento construtivo, consiste consiste em: ⇒

Escavação geral até à cota base do pavimento térreo.



Escavação na abertura de caboucos para sapatas (local).



Compactação e aplicação de betão de limpeza.



Colocação da cofragem e armaduras.



Betonagem.

1.4.2.6. Escavações para Assentamento de Cabos e Canalizações As dimensões, tolerâncias e acabamentos destas escavações serão as correspondentes aos trabalhos a que a escavação se destina (água, esgotos, gás, electricidade, etc.). Há dois tipos principais de cargas a serem consideradas no cálculo dos tubos: as cargas de terra, devidas ao peso do solo acima da tubulação, e as cargas móveis, representadas pelo tráfego na superfície do terreno. O Empreiteiro deverá dar às superfícies laterais das escavações a inclinação adequada à natureza do terreno e quando necessário, procedera à sua entivação. O programa dos trabalhos deve ser organizado de modo a fazer-se a abertura das trincheiras e valas em ritmo compatível com o do assentamento e ensaio, se for caso disso, de modo a não se deixarem escavações abertas durante demasiado tempo.  Neste tipo de trabalhos trabalhos deverá ter-se em atenção alguns alguns cuidados aquando da sua realização:

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Quanto à sua utilização: Precauções 

 No caso de existir vegetação como medidas de contenção e protecção, impedir-se-á que esta seque, o que alteraria as condições do terreno.



Evitar-se-á a acumulação de águas nos bordos de coroamento das escavações.

Prescrições 

 No caso do aparecimento de fissuras paralelas ao bordo da escavação escavação informar-se-á imediatamente um Técnico Técnico competente competente para que, depois depois de

observados os danos danos

 provocados, prescreva prescreva medidas oportunas a tomar. tomar.

Proibições 

 Não se concentrarão cargas superiores a 200 kg/m² junto à parte superior dos bordos das escavações nem se modificará a geometria do talude escavando por debaixo.

Quanto à sua Manutenção: Pelo utilizador 



Manter-se-ão protegidos à erosão os bordos em talude. Realizará uma inspecção periódica aos declives que fiquem por cima da escavação com o objectivo de eliminar os objectos soltos que possam rodar com facilidade.



Limpar-se-ão periodicamente os sistemas de evacuação de água e grelhas nos bordos de coroamento.



Ter-se-á em conta a agressividade do terreno ou a sua possível contaminação com o fim de estabelecer as medidas de protecção adequadas para a sua manutenção.

1.4.2.7. Escavações em Poços Adoptam-se fundações semi-directas, designadas de poços, quando: •

O estrato resistente se encontra a profundidades que variam entre cerca de 6 e 10m.



O terreno não apresenta grandes dificuldades de escavação.

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O nível freático está afastado da fundação (de preferência).



Se pretende reduzir os assentamentos.



Existe insuficiência de fundação.



Intervenções em construções existentes.

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Os poços apresentam elevada secção transversal (> 1 m2), com diâmetros entre 0.5 e 3.5m. A esbelteza é reduzida.

Vantagens e Inconvenientes: Vantagens: ⇒

Rapidez de execução.



Poucos ruídos/vibração



Grande capacidade de carga.



Substitui um grupo de estacas.



Dispensa maciço de fundação.

• Adopta-se percentagem mínima de armadura.

Desvantagens: ⇒

Estrato resistente entre 6 e 10 m.



Grande movimento de terras.



Prospecção dos solos cuidada.



Possíveis assentamentos de edifícios vizinhos.

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⇒ ⇒

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 Necessárias condições climatéricas climatéricas favoráveis. Desmoronamento Desmoronamento de terras para dentro da escavação.

Técnicas de execução: Adopta-se betão ciclópico ou fluído. É frequente a utilização de cofragens de betão (aduelas préfabricadas). Coloca-se armadura superficial para evitar a fendilhação do betão durante o processo de endurecimento.

O faseamento construtivo dos poços consiste em: ⇒

Escavação geral até à cota base do pavimento térreo.

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Escavação até à profundidade pretendida para execução dos poços, colocando os escoramentos necessários para evitar desabamentos. desabamentos.



Limpeza do fundo do poço e compactação.



Colocação da cofragem e da armadura.



Betonagem.

1.4.2.8. Escavações na Vizinhança de Construções Existentes As escavações na vizinhança de construções existentes deverão ser executadas com os cuidados necessários para não ser afectada a segurança destas construções. Constitui encargo do Empreiteiro a realização dos trabalhos de protecção especificados no  projecto ou no caderno caderno de encargos. encargos.

1.4.2.9. Escavação de Caboucos Serão abertos até ao terreno firme, considerando como tal o que o técnico fiscal da obra assim o entender. Terras e produtos sobrantes que não tenham lugar ou não sejam aconselháveis para utilização nos arranjos exteriores, serão removidos pelo adjudicatário.

Todo o movimento de terras necessário será da responsabilidade do Empreiteiro. O desmonte de rocha com explosivos só deverá fazer-se desde que sejam tomadas as medidas necessárias de precaução e licenciamento.

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1.4.3. Condições de Alteração Quando durante a escavação para as fundações, tenha sido reconhecido pela Fiscalização a necessidade de alterar o tipo de fundações, isto é, utilizar estacaria em vez de fundações directas, estes trabalhos de natureza diferente poderão ser objecto de adjudicação a uma firma de especialidade. Se a profundidade medida da escavação for superior a 2,0m nas primeiras trincheiras abertas, o assunto deverá ser posto à Fiscalização para decisão de manter a fundação directa ou optar por  outra solução. Se a altura da fundação for superior a 4,0 m e inferior a 5,5 m o trabalho será medido por este artigo aumentado de 100%. Aos trabalhos realizados nas condições especiais que a seguir se indicam, se não mencionados no respectivo Caderno de Encargos, serão medidos em rubrica própria e considerados como trabalhos a mais: a) Quando as escavações forem realizadas abaixo do nível freático, no referente a  bombagens;  b) Quando em locais infestados ou infectados.

1.4.4. Critérios de Medição Todas as medições relativas aos diferentes trabalhos executados e materiais utilizados deverão ser individualizadas e discriminadas em rubricas próprias. Sempre que possível, a discriminação deve envolver uma referência às peças desenhadas no projecto. A medição engloba ainda, todas as operações relativas à execução dos trabalhos, nomeadamente fornecimento de materiais, transporte, preparação, carga, colocação em obra e deve estar de acordo com o Plano de Escavação apresentado até à cota estabelecida para a base do pavimento térreo dos Edifícios.

1.4.5. Classificação dos Terrenos Métodos de cálculo O estudo da distribuição das tensões sob a fundação pode ser feito de acordo com a teoria da elasticidade (Mecânica dos Solos e Cálculo Orgânico de Betão). As dimensões a adoptar nas fundações podem ser limitadas pela capacidade de carga do solo ou por condições de assentamento de apoio.

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Quando limitada pela resistência do solo o cálculo baseia-se na determinação das tensões instaladas na fundação e na comparação com a tensão máxima admissível do solo. A determinação da tensão admissível passa pela realização de sondagens ao terreno, sendo habitual recorrer-se aos ensaios SPT.

1.4.6. Remoção dos Produtos da Escavação Os produtos da escavação utilizáveis na obra serão aplicados nos locais definitivos, ou colocados em depósito em locais acordados com o dono da obra. Os produtos da escavação que não sejam aplicáveis na obra e em relação aos quais não exista qualquer reserva legal ou do caderno de encargos, deverão ser removidos pelo empreiteiro.

1.4.7. Dimensões das Escavações As escavações deverão ser executadas para que, após a compactação quando necessária, sejam atingidas as dimensões indicadas no projecto. Quando, em virtude das características do terreno encontrado, for reconhecido que as dimensões devem ser diferentes das resultantes do projecto, o Empreiteiro deverá executá-las de acordo com as indicações da Fiscalização Se as escavações ultrapassarem as dimensões indicadas no projecto ou nas alterações nele introduzidas, com as tolerâncias admitidas em função da natureza dos terrenos, o Empreiteiro será responsável pelos prejuízos daí resultantes para a obra e para as propriedades confinantes e deverá corrigir à sua custa as zonas escavadas em excesso, usando materiais e processos aprovados pela Fiscalização.

1.4.8. Intersecção de Canalizações e de Obras de qualquer Natureza Se durante a execução das escavações, for necessário intersectar sistemas de drenagem superficiais ou subterrâneos, sistemas de esgotos ou canalizações enterradas (água, gás,

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electricidade, etc.), maciços de fundação ou obras de qualquer natureza, competirá ao empreiteiro a adopção de todas as disposições necessárias para manter em funcionamento e  proteger os referidos sistemas ou obras, ou ainda removê-los, restabelecendo ou não o seu traçado, conforme o disposto no caderno de encargos ou no projecto ou decidido pelo dono da obra. Serão encargos do Empreiteiro os trabalhos relativos a sistemas e obras previstos no projecto ou  previsíveis antes do início dos trabalhos. trabalhos. Constituirão trabalhos a mais ou a menos os relativos a sistemas e a obras não previstos no  projecto nem previsíveis previsíveis antes do início início dos trabalhos. Sempre que encontre obstáculos não previstos no projecto nem previsíveis antes do início dos trabalhos, o Empreiteiro avisará a Fiscalização e interromperá os trabalhos até decisão daquela. Se durante os trabalhos de escavação, forem encontrados objectos de arte ou antiguidades, o Empreiteiro deverá proceder de acordo com o estabelecido neste Caderno de Encargos. Emprego de explosivos: a) Só poderão ser utilizados os explosivos com autorização escrita da Fiscalização e com a  participação de pessoal pessoal com saber saber e prática no manuseamen manuseamento to de explosivos; explosivos;  b) Aquela autorização não isentará o Empreiteiro da sua responsabilidade total, em quaisquer acidentes pessoais ou danos causados na obra ou em propriedades vizinhas; Salvo indicação em contrário do caderno de encargos, o emprego de explosivos nunca será  permitido durante a noite. noite. O emprego de explosivos deverá obedecer ao prescrito na regulamentaçã r egulamentaçãoo aplicável.

1.4.9. Aprovação das Escavações. A aprovação dos trabalhos de escavação será efectuada por troços, à medida que o Empreiteiro o solicitar, mas precedida de vistoria da Fiscalização para verificação do traçado, dimensões e acabamento. Em geral a vistoria e consequente decisão terão lugar no prazo de 8 dias a partir da solicitação do empreiteiro. Quando a escavação deva ser imediatamente seguida de aterro ou de outros trabalhos, a vistoria e consequente decisão terão lugar no prazo de 24 horas a partir da solicitação do Empreiteiro.

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1.4.10. Drenagem das Escavações O Empreiteiro deverá proceder à evacuação das águas das escavações durante a execução dos trabalhos, excepto nos casos em que o projecto ou o caderno de encargos permitam a execução das escavações debaixo de água. Quando necessário, o empreiteiro deverá dispor de material de drenagem, incluindo bombas, capaz de assegurar um trabalho de drenagem continuo. Os dispositivos de protecção contra as águas e de drenagens de escavações só devem ser  removidos à medida que o estado de adiantamento dos trabalhos o permitir. Os custos referentes à bombagem de águas freáticas deverão ser previstos e incluídos no preço de concurso, não havendo lugar a reclamação posterior de qualquer natureza.

1.4.10.1. Águas provenientes do Exterior da Escavação Quando necessário, a superfície da escavação deverá ser envolvida por drenos ou por valas que recolham as águas provenientes do exterior da escavação e as conduzam a local donde não  possam retornar.

1.4.10.2. Águas provenientes das Superfícies Laterais e do Fundo As nascentes de água localizadas nas superfícies laterais ou no fundo das escavações escavações deverão ser  captadas ou desviadas a partir da sua saída por processos que não provoquem erosão nem enfraquecimento do terreno. Quando se verificar a entrada generalizada de água através das superfícies laterais e do fundo da escavação, o Empreiteiro adoptará os processos de protecção adequados, podendo, nos casos extremos, ter de proceder à execução de ensecadeira ou ao abaixamento do nível freático.

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1.4.10.3. Recolha e Evacuação das Águas Para facilitar a recolha das águas, os fundos das escavações poderão ser dispostos com uma inclinação longitudinal de 2% a 5% e cobertos por uma camada de betão. Se a topografia do local o permitir, poderá ser executada uma vala colectora envolvendo a zona  prevista para as escavações. escavações. Se a topografia do local não permitir a evacuação por gravidade das águas das escavações, estas serão reunidas em poços de recolha e bombadas para o dreno exterior. Salvo disposição em contrário, o abaixamento do nível da água nos poços será limitado ao necessário para assegurar a execução dos trabalhos. Quando se utilize bombagem intensa deverão ser tomadas medidas adequadas a evitar que a  percolação da água possa provocar a remoção dos fios f ios do terreno t erreno e prejudicar a estabilidade das obras já existentes ou a construir.

1.4.11. Modos de Execução As escavações serão executadas de forma que o terreno fique a cotas superiores às definitivas e de modo que, após a compactação, se obtenham as cotas do projecto. Igualmente na construção de aterros entrar-se-á, acima das cotas finais, com o volume de terras necessário para compensar os assentamentos resultantes da compactação. Se o Empreiteiro, por negligência ou outro motivo, escavar o terreno abaixo das cotas indicadas, deverá corrigir essas zonas escavadas em excesso, com materiais e processos indicados pela Fiscalização, sem direito a qualquer indemnização. Todas as terras escavadas impróprias para aterros, nomeadamente a camada de terra vegetal, serão transportadas a local de depósito e colocadas de acordo com as indicações dadas pela Fiscalização. Todas as zonas de empréstimo de terras deverão ser convenientemente niveladas ou regularizadas antes da recepção provisória dos trabalhos, de forma a apresentarem um acabamento aceitável. Se durante a execução dos trabalhos for necessário interceptar sistemas de drenagem superficiais ou subterrâneos, sistemas de esgotos, condutas ou estruturas semelhantes e enterradas, será de responsabilidade do Empreiteiro a adopção de todas as medidas necessárias para manter em funcionamento os referidos sistemas e proteger tais estruturas. Sempre que se encontrem esses sistemas ou estruturas, deverá o Empreiteiro informar a Fiscalização que dará as devidas instruções e se necessário, tomará as providências que se imponham.

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1.4.12. Entivações e Escoramentos 1.4.12.1. Condições Gerais A entivação e o escoramento das escavações e das construções existentes serão estabelecidos de modo a impedir movimentos de terreno e danos nas construções e, por outro lado, a evitar  acidentes às pessoas que circulam na escavação, na sua vizinhança ou nesta trabalham. Devem ser entivados todos os taludes de valas e trincheiras cuja profundidade ultrapasse 1,80 m. A entivação deve ser adequada ao tipo e condições do solo, grau de humidade e possíveis sobrecargas. As madeiras usadas nas entivações e escoramentos devem ser de boa qualidade, isentas de nós e fissuras f issuras e ter secção suficiente. A entivação deve ser reforçada ‘em todos os locais expostos a vibrações de tráfego ou onde exista o risco desmoronamentos, derrube de estruturas ou de vegetação de grande porte.  Não devem ser deixados vazios entre as tábuas de entivação e o terreno. As tábuas devem ser   bem apertadas por cunhas contra os prumos e as cintas, O espaçamento espaçamento entre as cintas deve ser  adequado ao tipo e condições do solo. A desmontagem das entivações em terreno pouco coeso deve ser efectuada com os trabalhadores fora da zona de perigo, as peças devem ser atadas com cordas e puxadas de fora da zona que vai ficar desprotegida. As escavações efectuadas em locais com infra-estruturas podem ser executadas com meios mecânicos até 1 m das condutas, com martelos pneumáticos até 0,50 m das condutas e, a partir  desta distância, devem ser executadas com ferramentas manuais.  Nas escavações com ferramentas manuais, manuais, os trabalhadores devem manter entre si uma distância mínima de 3m. Em valas ou trincheiras com profundidade superior a 1,50 m devem ser instaladas escadas de acesso espaçadas entre si de 15m, no máximo. Os produtos de escavação não devem ser depositados a menos de 0,60 m do bordo superior da vala. Neste espaço não deve ser permitida a deposição de quaisquer materiais e deve ser interdito o trânsito de pessoas e veículos.

1.4.12.2. Desmontagem das Peças de Entivação e Escoramento As peças de entivação e escoramento das escavações e construções existentes não serão desmontadas até que a sua remoção não apresente qualquer perigo.

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1.4.12.3. Abandono das Peças de Entivação e Escoramento  No caso de ter de abandonar peças de entivação entivação nas escavações, escavações, o empreiteiro deverá submeter à aprovação do dono da obra uma relação de situação, dimensões e quantidade de peças abandonadas.

1.5. Aterros As áreas sobre as quais se tenham de construir aterros serão previamente desmatadas e desenraizadas, desenraizadas, escavadas quando necessário e compactadas. Os materiais utilizados nos aterros estarão isentos de matéria orgânica, vegetação ou outros materiais impróprios. As terras, pedras ou outros materiais cujo emprego seja permitido nos aterros serão espalhados em camadas sucessivas de cerca de 20cm de espessura. A dimensão máxima da pedra a admitir, não deverá exceder, em caso algum, metade da espessura da camada. A incorporação de pedras nas camadas de aterro será efectuada por forma a que os seus vazios sejam preenchidos por elementos mais finos, de maneira a constituir-se uma massa homogénea, densa e compacta.

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Se as terras não possuírem a humidade necessária, quando espalhadas em camadas, serão regadas antes da compactação. Quando se construírem os aterros em terrenos inclinados, com declives superiores a 1/3, serão nestes escavados degraus horizontais, para adequada estabilização da terra viva. Para a execução dos aterros há portanto, regras a cumprir: 1.  Não é permitido o início da construção dos aterros sem que previamente a Fiscalização tenha inspeccionado e aprovado a área respectiva; 2. Se houver que construir aterros com menos de 300 mm de espessura sobre terreno natural ou terraplanagem já existentes, a respectiva r espectiva plataforma deve ser escarificada, regularizada e recompactada até à baridade relativa especificada; 3.  Na construção de aterros sobre terrenos que não suportem o peso do equipamento, a camada inferior deve ser construída com materiais granulares, com uma espessura apenas suficiente para suportar o equipamento. A construção do aterro, a partir desta cota, far-seá por camadas devidamente compactadas conforme o especificado. Na preparação da  base em que assentam os aterros deverá ter-se em atenção que, sempre que existam declives superiores a 1.5, deverá escarificar-se a superfície, ou dispô-la em degraus, de forma a assegurar a ligação ao material de aterro. A compactação relativa de solos nos aterros, referida ao ensaio AASHO modificado, deve ser pelo menos, de 90% nas camadas inferiores e de 95% nas camadas superiores numa espessura de 600 mm. No caso de terrenos incoerentes os valores anteriores devem ser aumentados para 95% e 100%, respectivamente; respectivamente; 4.  Na colocação dos solos solos de aterro deve ter-se em atenção que na parte inferior devem devem ficar  os de pior qualidade, melhorando sucessivamente sucessivamente até que na parte superior se empreguem aqueles que tenham melhores características; 5. Deverão ainda ser feitos todos os trabalhos de terraplanagem, nas zonas de transição de escavação para aterro, de forma a ser garantida uniformidade na capacidade de suporte; 6. Empregando-se pedra na execução dos aterros, os vazios devem ser preenchidos com material mais fino, compactando-se de forma a obter uma camada densa. Assim, as camadas não poderão ter espessura superior a 600 mm, sendo obrigatório o espalhamento mecânico do material em camada, por meio de equipamento mecânico que, em sucessivas  passagens com a lâmina cada vez mais baixa, depositará inicialmente os blocos de maiores dimensões, preenchendo os seus intervalos ou vazios com blocos de menores Movimentação de terras

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dimensões a cada passagem, efectuando na última a regularização com os elementos mais  pequenos, detritos e terras. A compactação neste caso deve ser feita com cilindro de  pneus, ou na falta deste, com com cilindro de rasto liso de peso não inferior a 12 toneladas. toneladas. Os 600 mm do topo deverão ser sempre formados por solos compactados por camadas, não se permitindo pedras com mais de 100 mm de dimensão máxima a menos de 300 mm da  parte superior do aterro; 7.  No caso de alguns blocos de rocha possuírem dimensões superiores a 600 mm, serão convenientemente distribuídos nos aterros de forma a permitirem a fácil e eficiente aplicação das máquinas compactadoras nos seus intervalos e de tal modo que os seus  pontos mais altos fiquem a uma profundidade profundidade do leito do pavimento de pelo pelo menos, 1 m; m; 8. Os aterros têm de ser sempre construídos por forma a darem um perfeito escoamento às águas, não devendo o declive transversal exceder, no entanto, um valor superior a 6%.

1.5.1. Condições Gerais Quando o regime de empreitada for por preço global constitui encargo do Empreiteiro a realização dos trabalhos de aterro e das respectivas obras necessárias, nas quantidades de trabalho previstas no contrato, no projecto ou no caderno de encargos. Se outras condições não forem especificadas, utilizar-se-ão os materiais e as técnicas aplicáveis  prescritas na regulamentação regulamentação em vigor. vigor. Constituirão trabalhos a mais ou a menos os trabalhos de aterro e respectivas obras acessórias resultantes da diferença entre o previsto e o executado, quanto à natureza dos materiais de aterro e às quantidades e condições de trabalho. Em qualquer regime de empreitada, os erros ou omissões do projecto ou do caderno de encargos, relativos à natureza dos materiais de aterro, às quantidades e as condições de trabalho não  poderão servir de fundamento à suspensão ou interrupção dos trabalhos, constituindo obrigação do Empreiteiro dispor oportunamente do equipamento necessário.

1.5.2. Dimensões dos Aterros Os aterros serão executados com os perfis indicados no projecto ou no caderno de encargos e de acordo com as cláusulas seguintes: 1. As cotas provisórias a dar aos aterros serão tais que, após os assentamentos, se atinjam as cotas fixadas, com as respectivas tolerâncias;

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2. Se outros valores não forem fixados no projecto ou no caderno de encargos, ou exigidos  pelos trabalhos, que sobre os aterros venham a ser executados, adoptar-se-á a tolerância de l0 cm; 3. Salvo indicações em contrário do projecto ou do caderno de encargos, o Empreiteiro deverá efectuar os aterros necessários à obtenção dos perfis indicados no projecto, numa faixa mínima de 2.5 m envolvente dos planos marginais de cada edifício e dentro dos limites do terreno da obra.

1.5.3. Aprovação dos Aterros Quaisquer trabalhos a executar sobre os aterros só poderão ser iniciados depois da Fiscalização ter procedido à vistoria e aprovação dos mesmos. A aprovação dos trabalhos de aterro, quando necessária, será efectuada por troços, à medida que o Empreiteiro o solicitar. Será precedida de vistoria da Fiscalização da obra para verificação dos  perfis. Em geral, a vistoria e consequente decisão terão lugar no prazo de 8 dias a partir da solicitação do Empreiteiro. Quando o aterro tenha que servir de base a trabalhos imediatos, a vistoria e consequente decisão terão lugar no prazo de 24 horas a partir da solicitação do Empreiteiro.

1.5.4. Aterros em Contacto com Edifícios - Materiais de Aterro Os materiais destinados a aterros em contacto com edifício existentes ou a construir deverão ser  aprovados pela Fiscalização podendo, em geral, ser os materiais resultantes das escavações. escavações.

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Os materiais destinados a aterros em contacto com edifícios não devem conter terras infectadas  por fungos ou infestados por insectos. insectos. Os materiais destinados a aterros em contacto com paredes de cave devem assegurar as condições de drenagem previstas no projecto ou no caderno de encargos. As terras, pedras ou outros materiais cujo emprego seja permitido nos aterros devem ser   bem espalhados, espalhados, em camadas sucessivas sucessivas de cerca de 20 cm de espessura. espessura. A dimensão máxima máxima da  pedra a admitir, não não deverá exceder, exceder, em caso algum, algum, metade da espessura da própria própria camada. A inclusão de pedras nas camadas de aterro deve ser efectuada por forma a que os seus vazios sejam preenchidos por elementos mais finos, para que desta maneira se constitua uma massa homogénea, densa e compacta.

1.5.5. Aterros em Contacto com Edifícios - Execução Os aterros em contacto com edifícios deverão ser executados por camadas de cerca de 20 cm, compactadas por processo que não provoque danos nas construções. Os aterros em contacto com paredes em cave ou muros de suporte só serão executados depois de estes elementos apresentarem resistência suficiente e de se ter procedido à colocação dos dispositivos de drenagem previstos no projecto.

1.5.6. Aterros de Valas ou Trincheiras para Galerias Enterradas, Colectores, Canalizações ou Cabos Subterrâneos. O aterro das valas e trincheiras só poderá ser iniciado após a aprovação prevista nas cláusulas estipuladas para aterros em contacto com edifícios e após os ensaios previstos no caderno de encargos para os elementos que irão ficar enterrados.

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 Nos aterros de valas e trincheiras, os materiais e as técnicas de execução deverão obedecer ás condições específicas no projecto ou no caderno de encargos para os trabalhos a que os aterros se destinam.

1.5.7. Técnicas de Execução 1.5.7.1. Nivelamento Os aterros destinam-se a obter as plataformas definidas pelas cotas do projecto. Estes aterros serão obtidos pela compactação de camadas com a espessura máxima de 0,20m e serão sempre  precedidas pela remoção da terra vegetal. vegetal.

1.5.7.2. Aterro contra elementos estruturais  Não se farão aterros contra paredes e fundações antes destes elementos terem atingido a resistência suficiente e de se ter obtido a respectiva aprovação da Fiscalização.

1.5.7.3. Método de Compactação O Empreiteiro pode escolher o meio mais económico de realizar compactações de aterros, desde que o mesmo possa merecer a aprovação da Fiscalização. O empoçamento ou uso excessivo de águas não são permitidos.

1.5.7.4. Verificações a) O controle do aterro far-se-á normalmente à custa dos ensaios de determinação da  baridade das camadas compactadas, podendo estes ensaios serem dispensados pela Fiscalização, mediante autorização escrita;  b) Qualquer camada ou sua porção que não atinja a compactação mínima exigida será escarificada e compactada até que se obtenha a baridade exigida e satisfaça a Fiscalização; c) Os valores de compactação fixados nesta especificação referem-se à percentagem da  baridade seca máxima obtida pelo pelo ensaio de Proctor Proctor (ASTM-1557 e ASTM-D-854). ASTM-D-854).

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1.6. Fundações O enchimento dos caboucos, e a execução de fundações de tipo especial, será feito pela forma e com o emprego dos materiais fixados no projecto.  Na sua execução o empreiteiro deverá prever a realização dos trabalhos inerentes a essas fundações, bem como a travessia de canalizações e cabos, que porventura existam e de que vem a tornar-se responsável por quaisquer danos que lhes ocasione.  No caso de se tratar de fundações indirectas, em estacaria ou por poços, a sua execução, ensaios e modo de Fiscalização, será objecto das Condições Técnicas Especiais. Antes de se iniciar o enchimento dos caboucos, o Empreiteiro deverá certificar-se da boa compactação da base em que assenta a fundação, da sua entivação, quando necessária, e da drenagem das águas, após o que solicitará a aprovação da Fiscalização.

1.6.1. Condições Especiais de Execução de Fundações 1.6.1.1. Abertura de Caboucos 1. As escavações para fundações só serão iniciadas depois de verificada pela Fiscalização a correcta implantação dos caboucos a abrir. As fundações serão executadas sempre sobre a camada de saibro granítico, pelo que a Fiscalização indicará a profundidade das escavações.  Na medição das quantidades de trabalhos foram consideradas profundidades médias variáveis conforme a fundação a executar. Todas as superfícies de betão em contacto com o solo (sapatas, muros, pilares, etc.) serão pintadas com três de mão de flintkote. Caso as superfícies apresentem grande porosidade, a Fiscalização poderá obrigar à substituição da  pintura por revestimento a chapa hidráulica, sendo o custo do aumento deste encargo expressamente incluído no processo de concurso, sem o que ocorrerá por conta do Empreiteiro;

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2. As escavações para abertura dos caboucos para fundações directas serão feitas por   processos ordinários ou por processos especiais que o Empreiteiro entenda aplicar; o desmonte a fogo, no entanto, só excepcionalmente pode ser usado e apenas depois de expressamente autorizado pela Fiscalização que, a todo o momento, poderá cancelar essa autorização; 3. Os caboucos serão escavados até à profundidade necessária até ser encontrado terreno que assegure a resistência exigida no Projecto ou a cota indicada nos desenhos de execução, prosseguindo, neste último caso, a escavação se o terreno não apresentar  características satisfatórias, a juízo da Fiscalização, até uma profundidade a determinar  consoante as reais características que forem sendo reveladas; 4. A escavação será completada por um saneamento cuidadoso, não podendo, porém, em qualquer caso, iniciarem-se as operações de betonagem das sapatas sem a autorização expressa da Fiscalização, que deverá ser precedida de um exame dos caboucos; 5. As escavações serão conduzidas devidamente entivadas e, no caso dos pilares, ao abrigo de entivações devidamente escoradas. As entivações a estabelecer deverão salvaguardar a completa segurança do pessoal a desmoronamentos, bem como assegurar a correcta execução das operações de betonagem, procedendo-se, para isso, aos escoramentos e drenagens que se reconheçam necessários; 6. As operações de bombagem serão conduzidas com cuidado para que não seja modificado o arranjo intergranular das formações do substrato e, se efectuadas durante a betonagem, deverão ser conduzidas ainda com um cuidado mais rigoroso, por forma a evitar o arrastamento da leitada do betão; 7. As escavações serão executadas com observância rigorosa da implantação, forma e demais características geométricas indicadas nos desenhos de execução; 8. Os produtos das escavações serão removidos para local apropriado, que a Fiscalização  poderá fixar, e serão serão regularizados no depósito; 9.  No preço unitário contratual das escavações, escavações, de montante igual ao indicado pelo Empreiteiro na lista de preços unitários anexa à proposta que apresentou no concurso  para adjudicação da empreitada, ou no total das fundações se aqui estiver incorporado, são considerados incluídos todos os trabalhos inerentes à sua completa execução, tais como entivações, escoramentos, esgotos e drenagem, ou quaisquer outros, mesmo que subsidiários, ficando bem esclarecido que o Empreiteiro se inteirou no local, antes da elaboração da sua proposta, de todas as particularidades do trabalho e que nenhum

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Direito a indemnização lhe assiste, no caso das características geológicas se revelarem também diversas das que inicialmente previra, salvo se ocorrer a modificação do tipo de fundação previsto no Projecto; 10. Para efeito da determinação do trabalho realizado em escavações, estas serão consideradas pela medição geométrica do volume escavado sobre os perfis teóricos de escavação;

1.6.2. Escavação para Fundações (m 3) Execução em terreno de qualquer natureza, mecânica e/ou manual, incluindo se necessário entivações, escoramentos e esgotos de água. Inclui ainda a necessária atenção para não danificar  cabos ou colectores eventualmente existentes e não previstos no projecto.

1.6.2.1. Critérios de medição: Volume das peças a betonar mais o betão de limpeza.  Não foram consideradas sobrelarguras para taludes com qualquer tipo de inclinação. Caso venham a existir, seja por interesse do Empreiteiro (com autorização da Fiscalização) ou por  deficiente estabilização dos mesmos, serão os custos sempre suportadas pelo Empreiteiro, pelo que o mesmo deverá prever tal possibilidade, se assim o entender, nos preços unitários apresentados. Não se aceitarão reclamações por diferenças de quantidades de maiores valias  baseadas nos nos pressupostos pressupostos enunciados.

1.6.3. Aterros sobre Fundações Execução de aterros com terrenos seleccionados da escavação com compactação compactação adequada sobre as fundações. Os aterros sobre as fundações serão executados até à base do pavimento térreo. Movimentação de terras

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1.6.3.1. Critério de Medição: Medição em projecto de projecção horizontal sobre a face superior dos elementos de fundação.

1.7. Transporte de Terras 1.7.1. Âmbito de Aplicação Incluem-se em transporte de terras as operações de condução das terras em excesso, desde os locais de extracção aos vazadouros, e das terras de empréstimo, desde os locais de origem aos de aplicação.

Também são incluídas em transporte de terras as operações de condução destas a depósitos e  posteriormente, aos locais de aplicação. Salvo qualquer referência especifica, não será devido nenhum pagamento adicional ao empreiteiro pelo transporte de terras, quer provenientes das escavações e transportadas a vazadouro, quer provenientes de locais de empréstimo, cujo custo se considera incluído nos preços respeitantes ao capítulo de movimento de terras.

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1.7.2. Disposições Gerais Quando o regime da empreitada for por preço global, constitui encargo das operações de transporte de terras decorrentes da localização da zona de trabalho. t rabalho. Constituirão trabalhos a mais ou a menos os transportes de terras resultantes das alterações dos locais de empréstimo ou de depósito de terras não imputáveis ao Empreiteiro.

Os preços unitários do transporte devem incluir as operações de carga e descarga e serão referidos ao transporte de 1 m 3, nos percursos decorrentes da localização das zonas de trabalho, de empréstimo de depósito, indicada no contrato, no projecto ou no caderno de encargos. Os encargos referentes aos transportes a mais ou a menos devidos à alteração dos percursos serão determinadas com base nos preços unitários relativos ao transporte de 1 m 3 à distância de 1 m, sem operações de carga e descarga.

Em qualquer regime de empreitada os erros ou omissões do projecto ou do caderno de encargos, relativos à natureza e quantidade dos materiais a transportar, aos percursos e às condições de

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carga e descarga não poderão servir de fundamento à suspensão ou interrupção dos trabalhos, constituindo obrigação do empreiteiro dispor oportunamente do equipamento necessário. Constituem encargos do empreiteiro os trabalhos referentes à instalação dos acessos provisórios necessários, dentro e fora do(s) estaleiro(s).

1.7.3. Transportes As terras sobrantes serão transportadas para vazadouro da escolha do empreiteiro, se outra coisa não for especificada.

1.7.4. Empolamento A desagregação dos terrenos produz um aumento de volume, devido ao aumento dos vazios entre as suas partículas. Este aumento de volume ou empolamento consoante consoante a natureza dos terrenos.

Atendendo à variabilidade do estado higrométrico dos terrenos, pode-se admitir o aumento de volume, nos aterros, de 10% nos arenosos e de terra ordinária, 15% nos de argila e nos calcários e 30 a 40% nas rochas desmontadas a fogo. Excepcionalmente o aumento pode atingir 50% para alguns fragmentos de rocha.

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Geralmente é a chuva que faz abater estes terrenos, mas tratando-se de terras argilosas, diluíveis em água, pode resultar ficar a água empoçada, o que é perigoso para o aterro. Remedeia-se este inconveniente, reduzindo os vazios, desfazendo os torrões e espalhando as terras por camadas  pouco espessas. Depois do assentamento, o empolamento reduz-se a cerca de 5% para rochas  brandas. O empolamento das terras deve-se ter em conta para o transporte das terras e rochas escavadas. A tabela abaixo apresenta o factor de empolamento consoante o tipo de terreno. Terra Branda

1,05

Terra Compacta

1,15

Terra Dura

1,20

Rocha Branda e Terra Muito Dura

1,25

Rocha Dura e Muito Dura

1,30

Estes valores devem ter-se em consideração quando são efectuados cálculos para o transporte de terra e rochas, quer a vazadouro quer de empréstimo, pois interferem consideravelmente no números de deslocações a efectuar.

1.7.5. Outros Materiais Quaisquer outros materiais encontrados serão pertença do adjudicante devendo o empreiteiro ou seus empregados fazer entrega à Fiscalização.

1.8. Terraplanagens O termo restringe-se às operações de regularização do terreno, geralmente efectuadas antes da implantação definitiva da obra, conducente à adaptação do projecto ao terreno natural e aos arruamentos. Os terrenos em fundações de pavimentos são objecto de condições em separado. O material escavado, depois de seleccionado, seleccionado, poderá ser utilizado na construção de aterros ou em fundações de pavimentos, se tal for previsto no projecto ou nas Condições Técnicas Especiais e autorizado  pela Fiscalização Fiscalização nas sempre de acordo com as indicações desta.

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Se as terras escavadas excederem o volume necessário para a construção de aterros, o excesso será conduzido a depósito e regularizado conforme for indicado pela Fiscalização. Se as terras escavadas, depois de seleccionadas, forem insuficientes para os aterros, ter-se-á de ir buscar as terras necessárias a locais de empréstimo indicados no projecto ou propostos pelo empreiteiro e a aprovar pela Fiscalização.

A Fiscalização reserva-se o direito de alterar rasantes e cotas do projecto, se daí resultar maior  economia para a obra ou se isso for julgado conveniente para a melhoria do trabalho, sem que tal traga modificação no preço unitário proposto.

1.8.1. Regularidade das Terraplanagens a) As camadas de terraplanagem devem desenvolver-se de forma regular;

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 b) A superfície da camada superior das terraplanagens deve ficar lisa, uniforme, isenta de fendas, ondulações ou material solto.

1.8.2. Acabamentos dos terraplenos Todas as áreas terraplanadas, aterros e respectivos taludes e valas de protecção, serão regularizadas de acordo com o projecto. As zonas destinadas a serem revestidas com vegetação, ou seja, as áreas livres não pavimentadas nem ocupadas com edifícios ou estruturas, receberão uma camada uniforme de terra viva oportunamente armazenada, com 0,20m de espessura (cumprindo o que está indicado no plano de moderação do terreno, no que respeita ás cotas da superfície final do terreno).

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1.9. Empréstimos e Depósitos 1. As terras de empréstimo serão extraídas dos locais aprovados pela Fiscalização e de molde a que não fiquem f iquem cavidades onde as águas se represem; 2. As terras levadas a depósito dispor-se-ão de modo que não prejudiquem a envolvente nem o escoamento das águas; 3. As zonas de empréstimo ou depósito ficarão, sempre que possível, situadas em locais não visíveis; 4. Concluídos os empréstimos e o depósito de terras, terr as, todas as áreas afectadas deverão ser  modeladas e integradas no relevo da zona, para o que se farão as necessárias regularizações, sendo os encargos daí resultantes suportados pelo Empreiteiro. Se as não fizer no prazo fixado, serão estas executadas pela Fiscalização, por conta do empreiteiro. As indemnizações por empréstimo ou depósito, além das previstas no orçamento, serão de conta do Empreiteiro.

1.10. Enchimentos junto às Estruturas 1. Os trabalhos só serão iniciados depois da aprovação prévia da Fiscalização. Serão estudados em especial os problemas de drenagem que possam surgir e só depois destes estarem convenientemente resolvidos se executará o enchimento; 2. Quando se não trate de fragmentos de rochas, ou se façam os ensaios de campo descritos no respectivo artigo, a espessura da camada de aterro não deverá exceder 200 mm, medidos antes do início da compactação;

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3. Cada camada deve ser compactada de tal forma que a compactação relativa, referida ao ensaio AASHO modificado, seja nos últimos 500 mm de terraplanagem, de pelo menos 95%. As camadas inferiores terão uma compactação mínima de 90%. No caso de solos incoerentes, os valores referidos sobem para 100% e 95%, respectivamente. Ao termo da compactação, o teor em humidade do material de aterro deve ser tal que possa produzir a compactação relativa especificada. especificada. Se o material de aterro tiver ti ver excesso de humidade, não deve ser compactado até que esteja suficientemente seco de forma a produzir a compactação requerida;

4. Em volta das colunas, muros isolados, etc., o enchimento far-se-á tanto quanto possível,  para os dois lados opostos, de modo a não dar origem a impulsos unilaterais significativos.

1.11. Taludes Quando se faz um aterro, as terras tomam, naturalmente, uma posição de equilíbrio, a que se chama talude natural das terras, e que varia com a sua natureza; do mesmo modo quando se faz um desaterro ou escavação é preciso ter  em conta a resistência do solo e fazê-lo em talude ou rampa, conforme a coesão e natureza das terras.

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Ao ângulo formado pelo plano que define a posição de equilíbrio das terras ou talude natural com o horizonte, dá-se também o nome de ângulo de escorregamento. Se por qualquer motivo, se quiser dar ao talude uma inclinação diversa daquela, é preciso consolidá-lo, por meio de empedrado para evitar a corrosão das águas, por meio dos muros de suporte, ou por meio de chorões Os taludes deverão ficar consolidados e regularizados e deverão ter boa uma drenagem de modo a permitir que as águas dos terrenos adjacentes possam ser evacuadas.  Nos aterros o talude é geralmente geralmente de 1,50 m de base base para 1,0 m de alto, podendo podendo nalguns casos ir  a 1,0 m para 1,0 m que corresponde ao ângulo de 45º. Nos desaterros o talude pode ir de 2,0 m de base para 1,0 m de alto, ou de 1,0 m de base até 5,0 m de alto, quando o terreno é de rocha, chegando mesmo a fazer o corte a prumo, se a rocha é compacta bastante, podendo atingir alturas de 15 metros. Em alturas superiores convém fazer degraus de largura superior a 2 metros. A seguir, apresentamos uma tabela com o talude natural das terras, isto é, a inclinação que a terra toma quando é depositada. Indica-se também o peso dos diversos terrenos, por cada metro cúbico.  Natureza das terras terras Areia pura seca Terra argilosa húmida Areia terrosa Terra vegetal seca Terra calcária com pedra Terra franca Lodo fluído

Peso por m3 (kg) 1900 1600 1700 1400 1900 1500 1650

Ângulos de escorregamento ou taludes naturais 21º 35º 46º 46º 55º 50º ----

Declives por  metro 0,3838 0,7002 1,0355 1,0355 1,4281 1,1817 ----

1.12. Muros de Suporte 1.12.1. Drenagem A drenagem deve permitir que as águas do aterro suportado se evacuem livremente, obstando assim, a que o muro de suporte seja submetido a um impulso hidrostático. A drenagem compreende: compreende: a) Um filtro de drenagem, que poderá ser constituído por pedra arrumada à mão na extensão de 400 a 800 mm ou, em obras de média importância, por bloco cerâmico com a espessura de 100 a 150 mm; Movimentação de terras

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 b) Um dreno, que será constituído por tubos perfurados ou porosos, dispostos na posição mais baixa possível e com uma inclinação mínima de 1%. O diâmetro mínimo será de 200 mm. Deverá ainda, verificar-se a existência de caixas de visita, espaçadas de 50 a 70 m no máximo, para permitir a limpeza dos colectores e ainda nas mudanças de direcção do tubo de dreno; c) Um canalete, cuja inclinação dependerá da quantidade de água superficial prevista e que se destina a evitar a infiltração das águas superficiais, em grande quantidade, no filtro de drenagem.

1.12.2. Aterro Utilizar-se-á como material de aterro, na parte posterior do muro, o material de escavação, se for   possível compactá-lo adequadamente adequadamente e, simultaneamente, manter a espessura do filtro de drenagem em altura. Para evitar comprometer a estabilidade do muro e conservar a eficácia do filtro de drenagem devem seguir-se as seguintes regras de boa execução: a) Aterro deverá ser feito por camadas de 300 mm, no máximo, que devem ser compactadas  por instrumentos ligeiros; ligeiros;  b) A compactação só deverá ser feita a partir de uma distância de 1 m do paramento interior  do muro, devendo ser o mais regular possível para evitar assentamentos diferenciais. No topo do muro, no entanto, e na espessura de 1 m, a compactação será feita até ao  paramento interior; c) Deverá ser garantida uma espessura constante para o filtro filt ro de drenagem; d) A superfície de drenagem deverá ser coberta por uma camada de material menos  permeável que o material de aterro.

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1.13. Anexos 1.13.1 Equipamentos Até há poucos anos, era indispensável a materialização da quadrícula no terreno t erreno por piquetagem, tal como se descreveu, incluindo a marcação em cada estaca da respectiva correcção de cota a introduzir. Mesmo assim, a perfeição da execução dependia inteiramente da experiência e habilidade dos operadores das máquinas de regularização: scrapers, bulldozers, pás niveladoras,  plainas, etc. Estas máquinas continuam a ser as utilizadas e cada uma é mais adequada para uma dada dimensão do trabalho a executar, em especial no que se refere à espessura de solo a cortar, aos volumes a transportar e às distâncias de transporte. Assim, para trabalhos volumosos de corte e transporte a algumas centenas de metros, será conveniente recorrer ao scraper; a lâmina  bulldozer será mais adequada a cortes importantes, com pequenas distâncias de transporte, enquanto com a pá niveladora se pode transportar a terra a alguma distância, mas a quantidade a cortar e a deslocar tem de ser pequena; a plaina destina-se a um trabalho de aperfeiçoamento final da superfície.  Para a movimentação movimentação de terras temos vários tipos de equipamentos equipamentos que se podem podem utilizar:

Bulldozer / tractor de lagartas - com lâmina (raio de acção de 0 a 30m); Moto-scrapper (raio de acção de 30 a 500m); Camião (raio de acção > 500m).

Os tractores de rastos/lagartos (Bulldozer) são máquinas fundamentalmente usadas na movimentação de terras, envolvendo escavação e algum transporte, desde que a curtas distâncias. São normalmente equipados com uma lâmina frontal e um ripper traseiro para desagregação e escarificação do material a escavar. É um equipamento bastante eficiente para fazer as compensações longitudinais e transversais a pequenas distâncias (normalmente inferiores a 100 metros). Apresentam vantagens consideráveis para terrenos de fraca consistência, de  pequena aderência ou de grandes inclinações, mas em contrapartida, tem grande resistência ao movimento, não ultrapassando os 10 Km/h, e elevadas despesas de manutenção e substituição de  peças. A sua principal vantagem é sua possibilidade de locomoção em terrenos de mau piso (como terrenos argilosos e arenosos). Movimentação de terras

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Figura 2 - Bulldozer Bulldozer

Figura 3 – Scrapper em funcionamento e escavadora hidraulica

O veículo que mais se utiliza para o transporte de produtos provenientes da execução dos trabalhos de escavação e terraplenagem é o camião rodoviário basculante . Este tipo de equipamento aplica-se em operações dentro do local da obra, ou para proceder ao transporte de aterros ou de produtos a vazadouro fora do perímetro da obra, isto é em longos percursos em estrada.

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Figura 4 – Camião rodoviário basculante, em fase de descarga

Tuneladora – Equipamento de perfuração do solo para a construção de vias subterrâneas, mediante a sua dimensão este equipamento pode ser  utilizado para a construção de vias rodoviárias como também para vias hídricas (condutas de água).

Dragline – Equipamento utilizado na remoção de terra.

Scraper – Equipamento utilizado na remoção e transporte de terra.

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Mini-escavadora – Equipamento ligeiro utilizado em trabalhos de abertura de valas e pequenas escavações

Recto escavador – equipamento ligeiro utilizado em trabalhos t rabalhos de abertura de valas e movimento de terras.

Dumper – Equipamento de transporte de terras

Perfuradora – Equipamento de perfuração de solo

Martelo Pneumático – Equipamento que serve para fragmentar solos mais rígidos.

Entivador – Conjunto de peças que ajudam a suster os solos depois de escavados  para que este não se abate no no espaço deixado deixado em vazio. vazio.

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Limpeza e desmatação

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Aterros/Desaterros

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Escavação

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Taludes

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Drenagem

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1.13.2 Alguns equipamentos e suas aplicações  Neste capítulo iremos apresentar alguns equipamentos e suas aplicações práticas, designando-os pelos seus respectivos nomes.

Dumper D9t ou Booldozer 

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2. Introdução ao Pipe Jacking e Microtuneladora Conteúdos

2.1. A técnica do pipe jacking. 2.2. As aplicações e os benefícios. 2.3. Investigação dos locais e informação necessárias para condições dos solos. 2.3.1. Informação dos solos necessária para projecto e respectivo custo. 2.4. Projecto e construção os métodos. 2.5. O pipe jacking tubos. 2.6. Comprimento de Jacking, cargas e tolerâncias.

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2.1. A técnica do pipe jacking

2.1.1. O que é Pipe Jacking? O Pipe Jacking é uma técnica de execução de obras subterrâneas onde todo o túnel movimenta-se em sincronia com o avanço da escavação. escavação. O termo  pipe jacking, tubos cravados ou “macaqueados”, deve-se ao facto de todo o avanço dos túneis ser realizado, a partir do esforço aplicado através de cilindros hidráulicos ou macacos, nos tubos que compõem a estrutura do túnel. t únel.

2.1.2. Como funciona? A escavação é realizada por uma cabeça de corte ou shield , o material escavado é removido por  dentro do túnel, mecânica ou hidraulicamente.  No poço de serviço de cravação é instalado o conjunto de macacos, responsável pelo deslocamento e avanço do túnel, neste poço também é instalado i nstalado um equipamento de alinhamento a laser responsável pelo controle direccional do túnel. Toda a operação é controlada a partir de um contentor computadorizado, instalado na superfície, ao lado do poço de serviço. As aplicações principais do pipe jacking e microconstrução de túnel microtuneladora incluem nova canalização e construção de drenagem, substituição de tubo e revestimento, canalização de gás e de água, oleocondutas, electricidade e instalação de telecomunicações, galerias de escoamento e saneamento, captação e descarga de água. As aplicações especiais incluem a instalação de secções rectangular ou secções circular de  passagens subterrâneas pedestres, pedestres, passagens passagens inferiores. Movimentação de terras

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A técnica pode ser usada para ultrapassar obstáculos como estradas caminhos-de-ferro, rios, canais, edifícios e aeródromos no caminho do tubo que põe projectos a fim de minimizar a  perturbação superficial frequentemente associou-se com o tubo de corte aberto que põe métodos em áreas urbanas; ou simplesmente a forneça f orneça uma construção de túnel subterrânea permanente. O pipe jacking é principalmente usado como uma alternativa para abrir escavações de corte ou outros métodos de construção de túnel. Os comprimentos significativos são atingíveis em grandes diâmetros, que usam técnicas mecanizadas. A referência deve ser feita para recomendações específicas. específicas. Os métodos de construção são disponíveis para enfrentar qualquer tipo de solos seco ou com água e qualquer tipo de condições. As técnicas de escavação são também disponíveis para jacking por rocha ou condições dos solos mistas, inclusive pedras arredondadas e seixos rolados. O pipe jacking, geralmente mencionado no mais pequeno diâmetros como microconstrução de túnel, é uma técnica da instalação tubo designados de pipelines subterrâneos, tubos e galerias de escoamento. Os pipe jacking são usados para empurrar tubos especialmente projectados para solos atrás de um escudo ao mesmo tempo como a escavação está a realizar-se dentro do escudo. O método fornece uma protecção flexível, estrutural, impermeável, terminado o pipeline como o túnel está escavado. O pipe jacking é uma técnica e os seus componentes tem sido sujeito a uma extensa e contínua  pesquisa nas universidades britânicas principais como Oxford e Cambridge. Isto incluiu a escala modelar e teste em laboratórios de tubos e uniões e os efeitos de lubrificação e condicionamento de solo no processo do pipe jacking.

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 Não há nenhum limite teórico para o comprimento do pipe jacking de pipe embora haja considerações de engenharia engenharia práticas e a economia pode impor restrições. Traçados de várias centenas de metros em linha recta ou em curvas verticais, ou curvas horizontais são exequíveis. Um número de sistemas de escavação são disponíveis inclusive o manual, controle mecânico e remoto. Tubos com variação de diâmetros desde 150 mm a 4000 mm, pode ser instalado usando o sistema apropriado. As tolerâncias de construção são semelhantes com outros métodos de construção de túnel, o tubo do método de jacking geralmente necessita de menos espaço entre os tubos designados por  sobreintervalo, do que os túneis segmentários e proporcionam o suporte de solos, reduzindo o movimento potencial de solos. Os métodos de escavação mecânicos são idênticos àqueles empregados noutras formas de construção de túnel. Escudo, escavação e o suporte de cara pode ser fornecido para uma larga variedade de condições de solos. É de considerar, que muitos dos nomes e técnicas são fruto de uma técnica desenvolvida em  países estrangeiros, daí os nomes não serem propriamente adaptáveis à nossa língua, nem sequer  terem tradução correcta.

2.1.3. Sistemas de escavação

Backacter  Movimentação de terras

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EPBM

Cutter boom

TBM

Microtunnelling

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Para instalar um sistema de pipeline é usada uma técnica que consiste numa parede de impulso e outra de reacção. Uma parede de impulso é construída para fornecer uma reacção contra os macacos que empurram por sua vez o pipe jacking. Em solos pobres ou de fracos recursos é habitual montar um outro maciço especial para aumentar a capacidade de reacção da parede de impulso. Onde há profundidade insuficiente para construir uma parede de impulso normal, por exemplo,  para diques, o maciço de reacção da tuneladora ou do Pipe jacking tem que ser vencida por meio de uma armação estrutural, fornecimento de restrição adequada por meio amarrações, métodos de transferência de cargas horizontais. Assegurar que as forças do Pipe jacking são distribuídas em volta do maciço de ataque, que consiste num anel de impulso é usado para transferir as cargas. Os tubos do Pipe jacking são interligados hidraulicamente para assegurar que o impulso de cada um é o mesmo. O número de tubos usados pode variar por causa do diâmetro de tubo, a força dos tubos jacking, o comprimento a serem instalados, desta forma a resistência de atrito é antecipada e neste caso aumenta.

Organização de escavação de impulso

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Tubos e anel de impulso

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- Sistema de orientação por computador de microconstrução de túnel (local onde são monitorizadas todas as actividades da tuneladora).  No fim de cada túnel ou microtúnel é efectuada uma escavação com dimensões necessárias à saída da tuneladora. O alinhamento inicial do pipe jacking é obtido com exactidão e posicionado em carris de guia dentro da escavação de impulso, na qual os tubos são postos a fim de arrancarem logo com o alinhamento de projecto. Manter a exactidão do alinhamento durante o pipe jacking, é necessário para usar um sistema de monitorização, que deve ser frequentemente verificado, quer para alinhamento horizontal e vertical e sempre a partir de uma referência fixa. Para tubos de curto alcance ou pipes simples, esta monitorização pode se executada com equipamento de inspecção tradicional. Para a escavação rápida são indispensáveis técnicas de controlo remotas sofisticadas que, normalmente são electrónicas e, muitas das vezes, apoiadas pela topografia, com sistemas de orientação que usam uma combinação de raios laser e com apoio da mesa de controlo, que possui softwares específicos para o efeito. Quando o pipe jacking ou o microtúnel são executados abaixo da linha de água é habitual incorporar uma parede dianteira que serve de selagem dentro de cada poço que impedirá assim a entrada de solos estranhos e servirá de tampa “rolhão” para evitar a entrada de material no inicio das operações. O uso desses rolhões impedirá a entrada de água de solos e a perda de solos associada, e conserva o lubrificante anular betonites, etc.

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2.1.4. Técnicas mais usadas na perfuração horizontal e as suas respectivas fases Perfuração Horizontal Dirigida (HDD – “Horizontal Directional Drilling”) 2.1.4.1.

Introdução - Desenvolvimento e utilização

Originalmente utilizada nos anos 70, as travessias horizontais dirigidas são um casamento entre o método convencional de travessia de estradas e a perfuração dirigida utilizada nas explorações  petrolíferas. Actualmente, esta tecnologia constitui um dos principais métodos para a instalação de condutas sem abertura de vala. Para além das travessias de rios e cursos de água, esta tecnologia tem vindo a ser utilizada para travessia de estradas, caminhos-de-ferro, assim como na instalação de condutas sem abertura de vala em zonas de grande concentração populacional.

2.1.4.2.

Limites da tecnologia

A distância mais elevada neste tipo de perfuração é cerca de 2.000m, e o maior diâmetro cerca de 3000 mm. Embora este tipo de perfuração tenha surgido na costa do Golfo do México em instalação de condutas em terrenos de características aluvionares, o desenvolvimento exponencial desta técnica permite hoje a perfuração em terreno rochoso.

2.1.4.3.

Método de execução

Fase I - Cravação do tubo piloto Inicia-se a travessura através da cravação de um furo piloto de, aproximadamente 3½ polegadas, usando técnicas de cravação com o auxílio de hidrojacto ou, por recurso a motor de lamas, ou a martelo do tipo fundo - de - furo. Dado que a ferramenta de corte / progressão é excêntrica, o  posicionamento da da mesma durante durante a progressão origina origina o desvio controlado da perfuração. perfuração.

Figura esquemática da perfuração horizontal dirigida durante a fase de cravação do furo piloto

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Através de sensores electromagnéticos colocados na cabeça de corte, ou pela emissão/recepção de ultra-sons, é possível detectar em tempo real a posição da cabeça de cravação, tal como, a direcção horária da sua excentricidade. Durante a cravação do tubo piloto é injectada na frente de escavação um fluido (bentonites ou  polímeros) a alta pressão. Esse fluido tem como função o corte por jacto, o transporte dos materiais escavados, a transmissão de energia hidráulica para o motor de perfuração (em rocha), a lubrificação e arrefecimento da cabeça de corte tal como a estabilização do furo contra colapso. O perfil da travessia será constituído por três fases:

a) Aproximação [de A a B]  b) Fase de inclinação inclinação constante [de B a C] c) Saída [de C a D] Para se obter a instalação da conduta com uma inclinação constante [B a C] terá que se iniciar a  perfuração a um afastamento tal que permita atingir o ponto B com a cota de projecto. A distância AB designada por distância de aproximação, dependerá do ângulo máximo de inclinação da máquina que condiciona o ângulo de entrada das varas no terreno e dependerá também do raio de curvatura das varas de perfuração. Genericamente poderemos considerar que a distância de aproximação será sete vezes superior à profundidade que se pretende atingir. Atingido o ponto B, o manobrador terá de guiar a cabeça de corte de modo a cumprir a inclinação constante do projecto durante até C. Do ponto C ao ponto D, distância de saída, a  perfuração atingirá a superfície. superfície.

Fase II - Alargamento Chegado o tubo piloto ao local de saída, retira-se a cabeça biselada de perfuração e coloca-se uma cabeça de alargamento. Através da acção de rotação/ tracção, o furo piloto é alargado para um diâmetro superior. Esta operação repete-se de tal modo a que o diâmetro final seja atingido através dos sucessivos alargamentos.

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Durante as operações de alargamento, o furo permanece preenchido por bentonite de modo a evitar qualquer colapso.

Figura esquemática durante o alargamento

Para cada tipo de terreno é utilizado um tipo diferente de alargador. Os alargadores são genericamente denominados denominados por compactadores ou por cortadores.

Cone

Hedgehog

Fly-cutter

Barrel

Fase III – Tracção da conduta A conduta final é soldada e posicionada em roletes. Instala-se uma cabeça de limpeza soldada à tubagem, procedendo-se então tracção final da conduta.

Figura esquemática durante a tracção da tubagem

2.1.5. Aduelas pontuais APT - Concepção A colocação de colectores pelo sistema de vala aberta em áreas sensíveis das nossas cidades é cada vez mais difícil e por vezes mesmo inviável. A intervenção cirúrgica acarreta Movimentação de terras

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congestionamento de tráfego, perdas de vendas para os estabelecimentos comerciais vizinhos, danificação dos condutores hidráulicos e cabos eléctricos, bem como emissões de ruído e substâncias tóxicas. Como sempre, trata-se de uma questão de qualidade e de custos. A nossa experiência técnica na utilização de equipamento apropriado está inteiramente ligada à  preservação e criação das infra-estruturas que possam dar eficiente resposta à mobilidade,  protecção ambiental ambiental e gestão dos recursos.

Processo Construtivo

Para iniciar este trabalho é necessário executar uma plataforma com as dimensões em planta de 8,0 por 5,0 m (ou como opção circular com diâmetro 8,0 m), preparada com soleira em betão de 0,20m de espessura. Esta plataforma deverá ser constituída num poço de ataque, com as referidas Movimentação de terras

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dimensões e cota de fundo abaixo cerca de 0,40 m da geratriz inferior do túnel. Na frente de ataque será construída uma estrutura porticada para instalar o módulo de entrada do escudo metálico. De seguida, instala-se o escudo metálico/máquina à cota da perfuração.  No interior desta peça está montada uma escavadora hidráulica, accionada por motor eléctrico instalado no interior do escudo. A parte frontal desta estrutura tem uma configuração em pala  para evitar a entrada entrada descontrolada de material para o interior do túnel.

A entrada do escudo metálico no terreno far-se-á por escavação no seu interior, avançando por  impulsão hidráulica contra a estrutura de reacção constituída para o efeito. Após a entrada do escudo no terreno, proceder-se-á à montagem das aduelas na sua retaguarda, funcionando como anel fechado e servindo de sustentação do terreno. Cada aduela terá duas aberturas de DN 50 mm  para injecção de gravilha na fase da sua instalação e calda de cimento na fase de conclusão da empreitada. Toda a directriz quer em planimetria, quer em altimetria será orientada por um nível de laser  acoplado à estrutura de reacção e projectado para o interior do túnel a cerca de 0,30 m da sua  parte superior. Os primeiros 8 a 10 metros de túnel serão executados com a máxima atenção ao terreno escavado e à orientação do laser. Deste primeiro troço dependerá o sucesso da travessia. Nesta fase será  projectada gravilha com 4 a 12 mm de diâmetro no espaço sobreescavado exterior às aduelas e a respectiva calda de cimento, de maneira a servir de reacção à máquina na execução do restante túnel. A fase seguinte compreenderá as tarefas essenciais para a execução do túnel, nomeadamente a instalação do silo de gravilha, bombas de injecção, carris no interior do túnel, locomotiva alimentada por bateria e respectivas vagonetas para transportar os terrenos escavados do interior   para o exterior e levar levar as aduelas até até ao local da sua sua instalação. Movimentação de terras

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Poço de trabalho

Plano de estaleiro

Para prosseguir o trabalho de revestimento a aduelas, o escudo metálico vai avançar, por  escavação do terreno, constantemente tensionado contra a frente de escavação, por reacção de cilindros hidráulicos nas aduelas já instaladas. Após o avanço, serão recolhidos os cilindros hidráulicos para instalação de um conjunto de três aduelas no interior do escudo. Imediatamente a seguir será projectada gravilha para preencher o espaço sobreescavado externo às aduelas, ainda ao abrigo do escudo metálico. Esta operação, complementada com a instalação de carris repetir-se-á até atingir o local de saída. Todas as tarefas serão executadas dentro do escudo metálico, sempre cravado contra o terreno na frente de escavação, para evitar qualquer descompressão.

Esquema Construtivo

A.

Com a escavadora solta-se a terra e conduz-se a mesma à cinta transportadora

B. Os tubos da máquina são propulsionados frontalmente através de cilindros hidráulicos internos. A propulsão compreende 60, 75 cm respectivamente. O tubo já acabado serve de contra-suporte para o anel de pressão. Movimentação de terras

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C. Os cilindros hidráulicos são então introduzidos de modo a obter espaço para montagem dos tubbings.

D. Assim que o novo tubo está montado e com a extremidade completa, ele serve aos cilindros hidráulicos de novo contra-suporte para propulsão do escudo de perfuração. Após a chegada ao poço de saída, será desmontada a máquina de escavação e retirado o escudo metálico. Os carris serão retirados com auxílio da locomotiva de montante para jusante para a  plataforma de ataque. ataque. A fase seguinte compreenderá a injecção de calda de cimento, para preencher os vazios do material granular e consolidação do terreno envolvente. Este processo destina-se unicamente a promover a colmatação dos vazios existentes na gravilha  pelo que a injecção injecção será realizada realizada a baixa pressão. pressão.

2.1.6. Aduelas - Definição O elemento mais importante do Sistema de Perfuração por Ataque Pontual são as aduelas. A  possibilidade de execução deste deste sistema deve-se deve-se a esta invenção. invenção. As aduelas são segmentos tubulares de 60 e 75cm de comprimento manufacturados em betão armado do tipo B45 (DIN 1045). Através das peças de encaixe axial perfeitamente moldadas, três segmentos idênticos interligam-se produzindo um estável anel.

2.1.6.1.

Manufactura

As aduelas são fabricadas em centrais de betão com o recurso aos moldes.

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Moldes para execução das aduelas

2.1.6.2.

Calafetagem

As aduelas são instaladas com uma calafetagem em sanduíche. A combinação das peças préfabricadas e o revestimento local resulta num tubo de união de alta qualidade e calafetagem. Montagem de uma cinta hidrófuga não temperada em encaixes perfeitamente moldados, enchimento subsequente com gravilha (2-8mm) no túnel e seguida de injecção de calda de cimento para preenchimento dos restantes vazios.

2.1.7. Processo de injecção de gravilha para enchimento do espaço anelar de sobre escavação Em todas as sondagens existe um espaço anelar periférico de sobre escavação condicionado pelo sistema de escavação utilizado. O tamanho de cada espaço anelar resulta da diferença entre o diâmetro exterior do túnel (aduelas ou tubo) e o diâmetro exterior do escudo de escavação que durante os trabalhos de escavação deverão ser preenchidos por injecção de gravilha de modo ritmado e contínuo. Movimentação de terras

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O enchimento é composto por uma mistura de gravilha de aproximadamente DN 2 a 8mm. Esta mistura é injectada por uma máquina (de injecção) que se encontra no exterior do poço de ataque, que trabalha a ar comprimido com caudal de 10m3/min e uma pressão até 8 bar via tubagem de DN 50 mm, para o espaço anelar na periferia do escudo de escavação. Nas aduelas existem aberturas para que a mistura de gravilha, através de uma boquilha na tubagem de injecção, possa ser soprada a toda a velocidade no espaço anelar. Devido à pressão do ar, a junta tórica vedante impede a passagem da mistura para o interior  frontal da máquina escavadora. A máquina de mistura de gravilha é telecomandada só e unicamente pelo manobrador da máquina escavadora. Este processo é ritmado e continuo. Para uma escavação de aduelas com 0,75 m de comprimento, é injectado por duas vezes o espaço anelar, sempre após a saída da primeira vagonete de transporte de entulho para o exterior, e antes que a próxima aduela seja colocada. Uma chapa de protecção com 4 mm de espessura, evita que os detritos caiam para o espaço anelar ainda não preenchido, enquanto o manobrador escava através de pressão dos cilindros hidráulicos, movimentando-se para a frente. A continuidade de enchimento do espaço anelar, enquanto o decorrer da escavação é muito importante, para que se evitem, ou minimizem, assentamentos do terreno.

2.1.8. Processo de injecção De acordo com a sensibilidade das estruturas sobrejacentes ao túnel, adoptar-se-á o seguinte  procedimento de execução: 1º Todos os orifícios existentes nas aduelas são tamponados por colocação de tampões  plásticos para evitar evitar a saída de gravilha. gravilha. 2º A injecção realizar-se-á em troços com cerca de 7,5 metros de desenvolvimento. Para tal serão retirados os tampões superiores no 1º conjunto de aduelas, por onde se vai injectar, e também no conjunto imediatamente após o desenvolvimento desenvolvimento preconizado, que funcionarão como

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 purga. Os restantes tampões em plástico serão retirados, sendo os orifícios colmatados com argamassa “fumacret”. 3º A calda de cimento será injectada a uma pressão máxima de 4 a 5 bar e no sentido ascendente da pendente do túnel. 4º A injecção será finalizada quando a calda de cimento começar a sair pelos orifícios de  purga ou atingir pressões pressões superiores ao preconizado. preconizado. Considera-se nesta fase um consumo de cimento na ordem de 200 kg por metro linear de túnel. 5º Seguidamente retoma-se o mesmo processo, injectando pelos orifícios que serviam como purga, retirando os tampões superiores das aduelas afastadas da mesma distância. Para controlo do faseamento e procedimento de injecção, será efectuado o registo da quantidade de cimento injectado, pressão de injecção e o posicionamento da obturação e purga em cada troço do tratamento.

2.1.9. Perfuração com sem-fins dirigida por laser - Desenvolvimento e utilização Esta tecnologia surgiu da necessidade de instalação de colectores em terrenos moles (SPT
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