MASSAGEM AYURVEDICA

September 21, 2017 | Author: Daniel M Cosme | Category: Ayurveda, Vedas, Massage, Skin, Mind
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MASSAGEM...

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I.M.T. – Instituto de Medicina Tradicional DEPARTAMENTO DE TÉCNICAS MANIPULATIVAS

CURSO DE

MASSAGEM AYURVÉDICA TERAPÊUTICA

Versão actualizada a 09 de Março

Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt

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Índice I - Apresentação.....................................................................................................5 II – História da massagem ...................................................................................8 III – Benefícios da massagem .............................................................................16 IV – Indicações terapêuticas e contra-indicações ...........................................18 V – Indicações gerais para a prática da massagem ayurvédica ....................20 VI – Os óleos da massagem ayurvédica ..........................................................24 VII – Os circuitos da na M.A. .............................................................................33 VIII – Os chakras e os sete corpos subtis ........................................................34 IX – Meditação Mântrica .....................................................................................54 X – Desbloquear energias ..................................................................................60 XI – Breve abordagem da Medicina Ayurvédica ..............................................64 XII – Os cinco elementos ...................................................................................66 XIII –Tridoscha – Vata, Pitta, Kapha ..................................................................68 XIV –Os Pontos Marma ......................................................................................79 XV – Aplicação prática da massagem ayurvédica ..........................................83 XVI - Bibliografia ..............................................................................................167

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OBJECTIVOS No final deste curso os formandos deverão ser capazes de: Identificar os benefícios e contra-indicações da prática de massagem; Identificar correctamente os principais pontos da anatomia humana, as suas funções e interacções; Elaborar diagnósticos de acordo com os métodos e preceitos da Ayurveda; Ter noções históricas e do funcinamento das várias ferramentas terapêuticas da Ayurveda; Aplicar correctamente uma sequência de massagem ayurvédica, tendo em conta o conhecimento anatómico e os preceitos da Ayurveda, entre os quais a identificação do biótipo e diagnóstico correctos, a preparação e aplicação de óleos terapêuticos.

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PROGRAMA DO CURSO I – Apresentação II – História da massagem Ayurvédica III – Benefícipos da massagem Ayurvédica IV – Indicações terapêuticas e contra-indicações V – Indicações gerais para a prática da massagem Ayurvédica VI – Os óleos na massagem Ayurvédica VII – Os circuitos de energia na massagem Ayurvédica VIII – Os chakras e os sete corpos subtis IX – Meditação mântrica X – Desbloquear energias XI – Breve abordagem da medicina Ayurvédica XII – Os cinco elementos XIII – Tridocha – Vata, Pitta, Kapha XIV – Os pontos marma XV – Aplicação prática da massagem Ayurvédica XVI – Manobras especiais – aplicação com os pés XVII – Tracções e alongamentos

DURAÇÃO: 60 HORAS FORMA DE ORGANIZAÇÃO: PRESENCIAL

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I – Apresentação O toque das mãos é uma forma de comunicação. Ou seja, todas as formas de toque das mãos comunicam uma mensagem.Através desta formação pretende-se demonstrar como se deve fazer para transmitir, por meio da massagem, uma poderosa mensagem terapêutica. Isso é possível porque o sistema ayurvédico de saúde proporciona a mais abrangente de todas as estruturas terapêuticas de massagem que existem no mundo. A essência da compreensão do sistema ayurvédico está na compreensão do prana (( pra = antes, ana = sopro; a força vital; vayu; Qi; Ki; Chi. Nasce do substracto da consciência pura com inteligência (agni) e amor (soma); juntos criam a consciência individualizada. No corpo humano existem cinco pranas principais: prana, apana, samana, udana e vyana. Nascem do prana cósmico e do guna rajas ( guna = qualidade, atributo da inteligência. São três: sattva, rajas e tamas; rajas = um dos três gunas: acção, movimento, brilho, energia, agressividade, irritação, conquista e emoções fortes). Prana também é o nome específico do principal dos cinco pranas do corpo, chamado de sopro exteriorizante, que reside na cabeça e no coração)). No corpo, não há nada mais subtil que o prana. Até um processo mental subtil, como o pensamento, pode ser compreendido e utilizado e pode tornar-se objecto de raciocínio. Com o prana não é assim, pois ele é inatingível e inconcebível. Dá poder e força à mente e ao corpo e é intimamente ligado à alma. Na Ayurvédica , manifesta-se sobre a forma dos três humores (( um conceito singular que resume em si várias funções do corpo; as forças que equilibram os cinco elementos no corpo. Os humores são três: vata (vento), pitta (fogo) e kapha (água)). Sem uma boa compreensão do prana e das cinco funções que desempenha no corpo, a massagem ayurvédica não pode ser compreendida enquanto ciência terapêutica. Como ocorre com muitos outros métodos que provêm da tradição védica indiana, a apresentação que se faz da massagem ayurvédica no Ocidente geralmente não comporta os aspectos subtis que fazem dela uma verdadeira terapia de cura. São esses segredos, coligados ao uso de óleos e plantas

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medicinais, que diferenciam a massagem ayurvédica dos outros métodos de trabalho corporal. É importante que, para se trabalhar com a massagem ayurvédica, se tenha consciência e conhecimento desse sistema terapêutico que permita a sua correcta aplicação para o bom funcionamento e equilíbrio do complexo corpomente-espírito. Com efeito, o objectivo principal da massagem ayurvédica é o de harmonizar o Vata Dosha, ou seja, o humor que controla o movimento e é a causa principal das doenças. As terapias ayurvédicas podem ser classificadas em dois ramos: terapias de fortalecimento e terapias de redução, ou Brimhana e Langhana. As terapias de fortalecimento são relativamente simples e têm como objectivo aumentar a força do paciente. As de redução são mais complexas. Geralmente são aplicadas antes das terapias de fortalecimento, para limpar e preparar o sistema orgânico para a regeneração e o rejuvenescimento. A massagem ayurvédica pode ser usada de ambas as maneiras – quer para fortalecer a pessoa, quer para limpar e reduzir os excessos. A massagem é extremamente importante nos tratamentos de estilo de vida e na preparação do Pancha Karma (as cinco acções; cinco terapias de redução na Ayurveda). As terapias de estilo de vida englobam as coisas que se fazem todos os dias. São essas coisas que, com o tempo, determinam a saúde, assim como é a repetição contínua de uma acção que lhe dá poder. No contexto dos hábitos quotidianos, a massagem é usada para conter Vata, o humor do vento, do ar ou do movimento. O Pancha Karma é uma combinação de cinco terapias de redução diferentes, concebida para eliminar os excessos dos três humores. Para que essas terapias funcionem , os excessos dos humores têm de se acumular nos seus lugares próprios no tubo digestivo. Isso realiza-se de duas maneiras: o uso de óleos e a terapia de suor. A aplicação de óleo no exterior do corpo prepara-o para receber as cinco terapias redutivas do Pancha Karma. Nessa terapia, o importante é o óleo, não a técnica da massagem. O sistema é complexo e só pode ser aplicado por um bom médico ayurvédico. O resultado do Pancha Karma é a pacificação dos três humores, principalmente do Vata. A consequência disso é a saúde.

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Depois de qualquer terapia de redução, é preciso aplicar uma terapia de fortalecimento para recompor ou conservar a força do paciente. A terapia de redução prepara o corpo para a assimilação de remédios que vêm sob a forma de alimentos, plantas medicinais ou hábitos de vida. Se se ingerir substâncias tóxicas ou se se alimentar pensamentos e emoções igualmente tóxicas, elas penetrarão directamente nas camadas mais profundas do corpo – onde têm origem as doenças mais graves. O Pancha Karma é um método excelente quando é feito correctamente e administrado no tempo correcto. Nessa estratégia, a massagem desempenha um papel importante, como desempenha também na preparação para o Pancha Karma.

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II – História da massagem ayurvédica Significado Ayurvédica ou Ayurveda é uma palavra sânscrita que traduzida literalmente significa: Veda = ―conhecimento ou saber‖ e Ayur = ―vida‖; indicando assim ―o corpo vivo ligado ao mundo através dos cinco sentidos ― mostrando a estrita união entre a vida fisiológica e a vida psíquica. Assim, Ayurvédica pode ser traduzida literalmente como ―conhecimento da vida humana‖ ou ―ciência da vida humana‖. Para melhor compreender o vasto mundo da Ayurveda deve-se começar por entender a definição de Ayur. De acordo com a antiga escola Ayurvédica Charaka, Ayur é composto por quatro partes essenciais: é uma combinação da mente, do corpo, dos sentidos e da alma. De uma certa forma as pessoas têm tendência de se identificarem mais com o corpo físico; no entanto existe muito mais para além daquilo que os nossos olhos vêem. Pode-se verificar que por baixo desta nossa estrutura física, está a mente que não só controla todos os pensamentos como todas as actividades constantes, tais como a respiração, a circulação, a digestão e os processos de eliminação. A mente e o corpo actuam em conjunto,de modo a regular todo o sistema fisiológico. Para que a mente actue de modo apropriado e ajude o corpo físico, tem de usar as informações recolhidas pelos sentidos. Pode-se comparar a mente a um computador e os sentidos a uma base de dados. O olfato e o paladar são dois sentidos importantes que ajudam no processo digestivo. Quando a mente regista que um determinado alimento está a entrar na região gastrointestinal, dá o comando ao corpo para agir de acordo, lançando várias enzimas no processo digestivo. Contudo, se sobrecarregarmos as papilas gostativas de um determinado sabor, por exemplo doce, percebe-se que a sensibilidade da mente em identificar esse sabor foi prejudicada e que o corpo vai ter dificuldades nesse processo. Por isso é importante que se mantenham os sentidos a funcionar correctamente de modo a permitir que a mente e o corpo actuem adequadamente, pois assim a pessoa mantém-se saudável e bem disposta.

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Pode-se então dizer que a Ayurvédica é uma ciência da vida, prevenção e longevidade e é tida como o sistema médico holístico mais antigo que se conhece.

Origem A massagem Ayurvédica faz parte da milenar e tradicional medicina Ayurvédica, corporificada nos Vedas e possui várias ramificações dentro do vasto panorama das correntes espirituais da Índia. Literalmemte, o termo veda significa conhecimento ou sabedoria, mas é usado para designar o Livro do Conhecimento, o livro mais antigo do mundo; os vedas são compostos por quatro textos: Rig Veda, Yajur Veda, Sama Veda e Atharva Veda. Rig Veda, sendo o mais antigo dos Vedas, consiste em mais de 1000 hinos. Todos os outros Vedas baseiam-se nele. Muitos dos aspectos da ciência védica, como o ioga, a meditação, os mantras e o Ayurveda, estão contidos no Rig Veda. Sama Veda consiste na transformação de vários hinos do Rig Veda em cânticos. Diz-se que representam o êxtase e a bênção da auto-realização. Enquanto o Rig Veda é o passo, o Sama Veda é a dança; o Rig Veda é a palavra, o Sama Veda é a compreensão. Yajur Veda tem a ver com diversos rituais e sacrifícios do ioga no sentido da purificação da mente e do acordar da consciência. O objectivo destes rituais é estimular o universo no interior do indivíduo, e por esse meio, unir os dois. Atharva Veda, considerado como o último e o mais recente dos quatro Vedas, este texto contém cânticos e encantamentos para apaziguar os deuses e mantras para afastar o mal, o azar, os inimigos e a doença. Inversamente aos outros Vedas, contém feitiços mágicos utilizados pelos sacerdotes atharvânicos. Cada um dos quatro Vedas é dividido em duas partes distintas: o mantra, que é a oração e louvor aos vários aspectos do Absoluto; e o brahmana, que contém directrizes pormenorizadas para as cerimónias nas quais os mantras são usados. A Índia da qual provém a Ayurvédica é, em grande parte, desconhecida. O que se sabe é que o fértil vale do rio Indo fornecia a vida e o alimento a muitas cidades-estado que existiam entre 3500 e 1500 a.C.. Esta região corresponde a Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt

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um dos hoje considerados cinco berços da civilização: China, Egipto, Suméria, Perú e o vale do Indo. Sabe-se que as cidades-estado indianas de há 4000 anos eram sofisticadas e estáveis, compreendendo áreas entre 400 e os 500 000 quilómetros quadrados. O solo fértil do grande sistema de rios do Noroeste da Índia actual tornou possível a produção de um excedente alimentar, o que levou ao desenvolvimento do comércio e, com a formação das cidades, ao início da urbanização. As cidades eram bem organizadas e compartilhavam um complexo sistema de escrita pictográfica, sistemas standarizados de pesos, medidas e padrões de construção cuidadosamente pensados. Duas grandes cidades, Mohenjodaro e Harappa, eram os centros desta grande civilização e o seu cuidadoso planeamento reflectia uma ordem política coerente e bem defenida. Eram servidas por um avançado sistema de esgotos e drenagem, tendo, na generalidade, um padrão sanitário extraordinariamente alto, o que se reflecte na grande ênfase dada à higiene patente na literatura ayurvédica. As casas eram construídas em pedra e tijolo de maneira a unificar toda a cidade, promovendo um fluxo de energia vital a toda a comunidade. Era uma cultura rica e orientada para a Natureza e que adorava a Mãe Deusa. Tal como outras civilizações contemporâneas, cultivavam-se grandes áreas de terreno com algodão, trigo e outros cereais. Faziam-se trocas comerciais com a Suméria através do Golfo Pérsico e do Mar da Arábia. Foram encontrados testemunhos de complexos brinquedos de argila, o que atesta ainda mais a prosperidade e o discernimento desta antiga cultura. No entanto, esta civilização começou a desmoronar-se no início de 1700 a.C., devido a uma série de invasões, alterações climatéricas e desvios no leito do rio Indo. O conhecimento do Ayurveda teve a sua origem nesta civilização sofisticada e desenvolvida. A ciência tradicional do Ayurveda descreve a maneira como os Rishis, os sábios da Índia, se aperceberam da necessidade de se isolarem da sua civilização para encontrarem a serenidade e clareza de espírito necessárias para receberem o conhecimento que procuravam um grande grupo de Rishis, originários desta cultura, reuniu-se no sopé dos Himalaias para falar sobre a doença e os seus efeitos na vida humana. O seu objectivo era erradicar as Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt

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doenças, não só da raça humana mas de todas as criaturas, e meditaram sobre isso. Foi destes períodos de meditação que surgiu todo o conhecimento e informação do Ayurveda.

As múltiplas práticas – os três toques A prática da massagem Ayurvédica, que vamos desenvoler e aplicar, tem o seu fundamento na Abhianga que consiste na massagem terapêutica ou cotidiana. Não se sabe ao certo a quantidade de variações que hoje em dia a massagem Ayurvédica comporta. São muitas e variadas. Umas com mais outras com menos fundamento é necessário que o terapeuta que a aplica seja o mais honesto possível e que cumpra todas as regras e princípios da Ayurveda. Mais importante que a técnica é o praticante estar dentro do espírito da Ayurveda e saber aplicá-lo aos seus pacientes. Para isso há um longo trabalho a fazer muito além desta formação. A Ayurveda reconhece três espécies de toque, correspondentes aos três gunas – Sattva, Rajas e Tamas. Elas constituem estratégias terapêuticas que podem ser adequadas aos diversos indivíduos e às necessidades destes. As três espécies de toque podem ser usadas tanto no Abhyanga quanto no Snehana (massagem com óleos). Entretanto, é melhor defini-las como membros do Abhianga, pois o Snehana é, antes de tudo, uma técnica de aplicação de óleo, na qual o agente terapêutico é o óleo e não o toque por si só. Não obstante, mesmo nesse caso, o toque deve ser adequado à constituição e ao estado actual do paciente. As três espécies de toque dirigem-se, antes de mais nada, aos três tipos constitucionais (prakruti). Dirigem-se também aos três tipos de desequilíbrio (vakruti).

Dizem

respeito,

ainda,

ao

estado

psicológico

das

pessoas

(predominância dos gunas e prakruti mental). Dessa maneira, a Ayurveda tem sempre um toque ou uma combinação de toques adequada a todas as pessoas e às suas necessidades terapêuticas.

Toque Sátvico Sattva manifesta-se na harmonia e num estado de flexibilidade. O toque sátvico é um toque amoroso, gentil e suave; é sensível e intuitivo. Promove o aumento do 11 Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa

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guna sattva na pessoa e tem efeito relaxante, harmonizante, equilibrante e rejuvenescente para as emoções. Afecta a mente e, por meio dela, as emoções e os sentimentos; nutre os nervos, os nadis e os pranas. De todas as espécies de toque, é o que mais pacifica e harmoniza os cinco pranas e, por meio deles, o corpo. É sinal de uma actitude e de uma técnica refinadas por parte do massagista. É a melhor para acalmar os nadis (canais de prana nos meridianos) que terminam nos órgãos dos sentidos. O toque sátvico é mais adequado para as pessoas de costituição Vata (os Tridosha – Vata, Pitta, Kapha a vêr noutro capítulo). As prakrutis (a energia dinâmica da consciência; constituição natal, natureza) mistas, como vata/pitta e vata/kapha, também devem ser tratadas com um toque sátvico, ao menos de início. Aliás, muitas pessoas recomendam que todo o paciente deve ser tratado com um toque sátvico para começar. Esse tipo de toque é indicado para acalmar as pessoas rajásicas e torná-las receptivas a um trabalho mais profundo. O toque sátvico é bom para pessoas magras ou frágeis. O óleo é um elemento importante do toque sátvico. Com o seu efeito lubrificante facilita a acção suave de sattva. Além disso, o próprio óleo, dependendo das ervas que lhe forem acrescentadas, pode ter uma qualidade altamente sátvica – é o caso dos óleos de Shatavari, Ashwagandha e Brahmi. O óleo funciona como um veículo físico de transmissão do prana do terapeuta para o paciente. Os óleos vegetais em geral são de qualidade sattva e, por isso, colaboram para esta espécie de toque. No tratamento de pessoas vata, o óleo é usado em quantidades generosas. O toque sátvico é apropriado para todas as perturbações mentais ou emocionais, qualquer que seja a prakruti do paciente. Também nesses casos, tem a função de abrir a pessoa ou criar condições para que ela se abra. É bom para muitas coisas, mas não tem efeito estimulante nem purificante. Por isso, deve ser usado sempre que não se souber o que fazer, ou nos casos de distúrbios nervosos crónicos. O mais sátvico de todos os toques é aquele em que não se toca o corpo físico da pessoa, mas sim o seu corpo prânico. É muito eficaz para várias doenças e para pessoas sensíveis, mas não é adequada para pessoas tamásicas ou rajásicas.

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Toque Rajásico Rajas manifesta-se num estado de mudança, actividade e movimento. O toque rajásico é um toque intermediário entre o sátvico, que é leve, e o tamásico, que é profundo. É firme mas não dói; é forte, mas não brusco. É um toque que procura o movimento, que procura abrir e estimular. É extremamente eficaz para os trabalhos feitos nos primeiros níveis de tecido (dhatus) – plasma, sangue e músculos. É moderado e cuidadoso; com esse toque, o terapeuta vai sondando o corpo do paciente na procura de focos de congestão. No geral, é considerado adequado para pessoas do tipo constitucional pitta ou de estatura média. O toque rajásico é apropriado para o trabalho de massagem dos marmas (pontos sensíveis do corpo que estimulam o fluxo do prana – a ver noutro capítulo). É o toque que mais estimula esses pontos. No geral, o toque sátvico é leve demais para os marmas, a menos que se saiba projectar grandes quantidades de prana directamente no ponto da massagem. Os marmas precisam ser descongestionados e estimulados para activar o Nadi ou os Nadis aos quais se relacionam. No toque rajásico, deve-se usar uma pequena quantidade de óleo, que colabora para a lubrificação geral da massagem e nutre a pele. Deve-se tomar cuidado para não aquecer demais a pessoa com este toque, pois as pessoas de tipo Pitta já são quentes. Por isso, usa-se uma quantidade suficiente de óleo refrescante. O toque rajásico é aplicado com firmeza e com um ritmo constante, que cria calor e mudança. É o mais adequado para o uso em pessoas de saúde relativamente boa, pessoas de prakruti Pitta, para as tensões musculares, dores crónicas, problemas de circulação sanguínea e congestionamento do sistema linfático, pessoas com falta de vigor e que levam vida sedentária. É um toque que funciona pela estagnação e abre a circulação do plasma, da linfa, do sangue, dos nervos e do prana.

Toque Tamásico Tamas manifesta-se num estado de bloqueio, contenção ou estagnação – como o apego cego a uma determinada crença. O toque tamásico é um toque que abre e liberta. É forte, profundo e penetrante. Quando malfeito, pode ser doloroso e violento. A dor não é uma decorrência inevitável do trabalho com os tecidos Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt

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profundos. Na Ayurveda, quando ela acontece, geralmente é sinal de que o paciente não foi bem preparado para o trabalho que se ia fazer. O Ocidente está cheio de terapeutas que sorriem de prazer quando ―desfazem os nós‖, quase matando o paciente de tanta dor (o que é um reflexo da ignorância do terapeuta, e não necessariamente do carácter inadequado do método). O toque tamásico deve ser usado naqueles pontos ou regiões do corpo em que o toque rajásico não teve eficácia. Muitas vezes é necessário para desbloquear ou descongestionar uma massa de tensões do corpo. No nível dos tecidos profundos, é ingenuidade pensar que os hábitos físicos do paciente ou as situações exteriores em que ele vive são as únicas causas do problema. A natureza de Tamas, e portanto dos níveis profundos com os quais se relaciona, é a da contenção e da estagnação. Esses tipos de bloqueios relacionam-se directamente com a mente e o corpo subtil – ou seja, com o funcionamento mental, as emoções, os sentimentos e a actividade prânica. Quando o terapeuta tenta trabalhar os tecidos profundos sem preparar o paciente e explicar-lhe o que acontece, o trabalho tende a dar errado ou ser muito menos eficaz. Tamas significa um limite ou uma barreira erigidos em algum lugar da mente ou do corpo. A função do toque tamásico é a de quebrar essa barreira. Entretanto, como Tamas é imóvel por natureza, o terapeuta, para ter êxito, deve transmitir uma certa qualidade Rajas (um dos três gunas: acção, movimento, brilho, energia, agressividade, irritação, conquista e emoções fortes) à mente e ao sistema energético do paciente. No Yoga, rajas é sempre usado para modificar Tamas ou pô-lo em movimento, aproximando-o de sattva. Na Ayurveda, o pricípio é o mesmo. Daí a necessidade da preparação correcta para que o toque tamásico seja realmente eficaz, e não simplesmente doloroso. Este toque é feito sem óleo ou com pouquíssimo óleo; usa-se, em vez do óleo, pós de ervas secas. A sua acção é aspera, estimulante e irritante. É adequado para pessoas Kapha. É um toque bom para os programas de controle do peso, especialmente quando é inserido dentro de um programa mais amplo. É extremamente eficaz para estimular o metabolismo e acender os agnis dos Dhatus (os fogos dos tecidos, ou funções metabólicas dos tecidos – ou seja, para queimar gordura). É indicado para pessoas que têm o corpo grande e pele

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grossa. Para aplicá-lo, o terapeuta deve usar de força e ter um objectivo claro em mente. Quando é usado em excesso, pode criar bloqueios e uma forte resistência. A melhor estratégia é a do equilíbrio. Deve-se escolher o toque adequado à prakruti da pessoa e depois adequá-lo à vakruti (a constituição do momento, aquela que recobre prakruti). O toque rajásico é necessário para abrir e estimular o tecido muscular. Na maioria das vezes, o melhor é usar os toques tamásicos e rajásicos juntos e usar o toque sátvico nas fases de preparação e finalização. O toque tamásico nunca, ou quase nunca, é apropriado para pessoas Vata. Se quiser perder um paciente Vata, basta fazer-lhe uma massagem tamásica logo na primeira sessão.

A massagem Snehana é muito diferente da Abhyanga, na medida em que nela, a técnica não tem muita importância. Os agentes terapêuticos usados são principalmente os óleos e as plantas medicinais, aplicados com a massagem de activação. A massagem Snehana é usado primordialmente no método de tratamento Pancha Karma. A sua outra aplicação importante é na massagem do tecido conjuntivo profundo, que exige que o paciente seja muito bem preparado. Existem outros usos, mas eles têm funções exclusivamente medicinais e só podem ser praticados por um bom médico ayurvédico. Os preparativos para a Snehana são mais complicados, na medida em que é necessário desenvolver um método para conter, e se possível reciclar, o óleo utilizado. Tipicamente, usam-se de dois a quatro litros de óleos por sessão. Geralmente o óleo é aplicado por uma pessoa enquanto dois outros massagistas, um de cada lado do paciente, esfregam-no vigorosamente para fazer o óleo penetrar na pele. Às vezes os massagistas são em número de quatro, dois para a parte de cima do corpo e dois para as pernas. É assim que se faz em muitas regiões da Índia.

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III – Benefícios da massagem Ayurvédica A massagem Ayurvédica consiste numa técnica de massagem profunda que junta movimentos vigorosos em toda a massa muscular juntamente com manobras de tracção e alongamentos, além da estimulação de pontos e órgãos vitais visando o equilíbrio físico, mental e psíquico. Benefícios físicos e energéticos Sendo um sistema de terapia holística a massagem Ayurvédica, auxiliada por óleos vegetais e essênciais, estimula os músculos e a circulação, libertando as toxinas presas nos músculos e tecidos. Reestabelece o bom funcionamento dos complexos capilar e linfático libertando-os dos venenos, ácidos e toxinas que se alojam no corpo e que o estão a prejudicar, eliminando-os naturalmente do organismo. Através de toques profundos com as mãos, cotovelos e pés, a massagem Ayurvédica propicia um realinhamento postural, alívio das tensões (por vezes crónicas) no corpo físico e fortalece o sistema imunológico. A fadiga muscular diminui ao mesmo tempo que recebe, com o seu benefício, a sua revitalização. Proporciona uma maior flexibilidade do corpo e mobilidade nas articulações, possibilitando o circuito livre da energia vital. Tem efeitos antistresse e anti-depressivos o que ajuda na agitação mental que a vida moderna provoca. Normalmente as pessoas que recebem sessões de massagem Ayurvédica, experimentam uma grande sensação de bem-estar, relaxamento, tranquilidade, sono profundo e um novo ânimo. Uma boa massagem ajuda a: Pele a ficar bonita e lustrosa; Tonificar e relaxar os tecidos musculares subcutâneos, nutrindo assim a pele e formando curvas harmónicas no corpo; Aumentar a temperatura corporal, facilitanda a circulação; Incrementar o fluxo de oxigénio e a eliminação de toxinas do corpo; Incrementar a resistência corporal ao elevar o sistema imunológico; Abrir os canais do corpo, possibilitando um fluxo sem obstáculos da energia vital; Dar ao corpo uma sensação de leveza, agilidade e energia; Flexibilizar a coluna, melhorando a comunicação nervosa aos órgãos e demais partes do corpo; Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt

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Aumentar o vigor e a vitalidade sexual; Activar a concentração e a vitalidade mental; Rejuvenescer e preservar as propriedades da juventude; Afirmar a auto-estima, criar confiança, abertura mental, segurança e concentração; Libertar emoções bloqueadas; Produzir relaxamento; Produzir pensamentos positivos e a consciência de todo o corpo.

Benefícios para quem recebe e para quem dá Como já vimos são muitos os benefícios da massagem Ayurvédica para quem a recebe regularmente. A pessoa sente-se revigorizada e rejuvenescida o que provoca uma melhoria tanto física como mental; causa uma postura mais positiva no seu dia-a-dia contribuindo para o seu bem-estar e o bem-estar de quem a rodeia. Mas para quem a dá, ou seja o terapeuta, os benefícios também são muitos e gratificantes. Para isso é necessário, que o terapeuta ayurvédico, tenha consciência que cada indivíduo é um indivíduo. Compreender a prakruti do paciente é muito mais importante do que ser um especialista nas técnicas ayurvédicas. O objectivo da compreenção dos diversos tipos constitucionais na massagem é de primordial importância. A assimilação e o uso dessa única informação bastará para mudar completamente a sua maneira de aplicar a massagem. Todos sabem que a massagem não se ensina em manuais, mas podemos transmitir a essência primordial. A compreensão da prakruti é o passo fundamental para o uso da massagem ayurvédica como terapia de cura. Tendo essa consciência, juntamente com a experiência que só a prática a dará, o terapeuta sentirá a gratificação de uma missão cumprida com profissionalismo o que vai contribuir para o seu bem-estar e a sua auto-estima.

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IV – Indicações terapêuticas e contra-indicações A massagem Ayurvédica é recomendada como terapia complementar a outros tratamentos para manutansão da saúde e como terapia de relaxamento e bem estar físico, psíquico e espiritual. Indicações No capítulo III ―benefícios da massagem Ayurvédica‖ enumerámos uma série de motivos pelos quais a massagem Ayurvédica deve ser feita os quais resumem, de uma forma geral, as suas indicações. Resumindo: Dores musculares e tensões do corpo e da mente; Problemas articulares e rigidez dos ligamentos; Correcção postural e realinhamento da coluna vertebral; Problemas específicos da coluna, ex: lordose, cifose, escoliose, etc.; Problemas respiratórios e hipoactividade circulatória do corpo; Problemas de stresse; Activa a assimilação de oxigénio e dos nutrientes que o corpo necessita; Liberta toxinas; Purifica os circuitos internos da energia; Aumento da circulação linfática e do fluxo sanguíneo sem esforço do coração; O pulso baixa porque o coração passa a funcionar mais lentamente, tendo um descanço natural; A pele e o cabelo ganham vitalidade; Ajuda no relaxamento local e geral; Auxilia no aproveitamento físico para desportistas, dançarinos, praticantes de yoga e todos aqueles que querem melhorar a sua forma física, independente da idade, através de um trabalho específico de consciência corporal.

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Contra-indicações É muito importante que o terapeuta tenha consciência de quando não deve aplicar massagem a um paciente. Mais importante do que saber o que ―deve fazer‖ é saber o que ―não deve fazer‖. Tem de apelar ao seu bom senso e quando tiver dúvidas ou não aplica ou executa apenas uma massagem simples para relaxamento. As contra-indicações podem ser consideradas absolutas ou circunstanciais: Em caso algum deve massajar pessoas com cancro maligno, seropositivos, grávidas salvo indicação médica; Com infecções; Com febre; Com osteoporose grave; Com problemas de pele; Com problemas circulatórios graves; Após uma refeição completa; Com problema cardíacos graves;

Deve sempre ter em consideração que o acompanhamento médico é fundamental para a resolução de muitos problemas aos quais a massagem só por si não basta.

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V – Indicações gerais para a prática da massagem Ayurvédica Postura do terapeuta e do paciente A massagem Ayrvédica deve ser aplicada no chão com o paciente deitado num colchão coberto com um lençol. É fundamental que o paciente esteja confortável e descontraído para poder receber uma massagem plena. Deve ser criado um ambiente propício e uma pureza de energias que auxiliem o tratamento de forma a atrair boas vibrações. Durante um tratamento e, ao tocarmos num paciente, as energias integram-se o que faz com que o terapeuta teva ter consciência da necessidade de limpar o seu campo energético e até o espaço onde está a trabalhar. Antes do tratamento, e entre tratamentos, o terapeuta deve ter uns minutos de descanço e de introspecção. Durante a execução da massagem o terapeuta deve entregar-se e concentrar-se no que está a fazer esquecendo-se de todos os problemas que possa estar a viver na altura. Se o não conseguir é preferível desmarcar a terapia porque o paciente ficará sobrecarregado das energias negativas que o próprio terapeuta lhe possa transmitir. O terapeuta deve ter o cuidado de, ao longo da massagem, manter uma postura física o mais correcta possível para preservar a sua saúde. A roupa deve ser folgada e confortável para que todos os gestos sejam executados com precisão. Princípios a ter atenção: Vestir roupa confortável; Desligar telefone e telemóvel; Verificar se a temperatura ambiente é agradável; Não ter luzes intensas; Não usar anéis nem relógio durante a massagem; Aquecer as mãos antes de começar a massagem e manter sempre o contacto; Cuidar da sua higiene pessoal; Ter particular cuidado com as mãos mantendo sempre as unhas curtas; Lavar sempre as mãos antes e depois de cada tratamento; Realizar a massagem de forma rítmica, constante, com movimentos suaves, uniformes e vigorosos de forma a evitar transições bruscas; Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt

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Colocar perto de si todos os produtos a utilizar; Não alimentar conversa poque o silêncio faz parte da terapia; Ter o cuidado de colocar uma música suave e nunca com um som demasiado alto; Não comentar sobre as tenções do paciente; Não provocar dores nem desconforto ao paciente; Mudar os lençóis ou toalhas entre cada paciente.

Materiais Colchão; Lençóis ou toalhas; Óleos vegetais; Óleos essenciais; Velas e incensos (facultativo); Música ambiente; Lamparina para poder aquecer o óleo se for o caso.

Sessões De forma geral a massagem deve ter a duração de 60 minutos tendo em atenção que o paciente (e o terapeuta) deve permanecer 10 a 15 minutos em repouso após o tratamento. A massagem geral deve ser distribuida por igual mas deve-se dar mais importância à parte ou partes de maior tensão. Um tratamento deve ter pelo menos de 8 a 10 sessões para resultar convenientemente. Não deve esquecer que a manutenção é necessária.

Portanto: Se a pessoa estiver de boa saúde e possuir uma idade igual ou inferior a 40 anos, a massagem pode ir de 30 a 45 minutos se fôr só de relaxamento.

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Se o paciente tiver tensões, dores, obstruções energéticas ou má circulação, deve-se dar especial atenção às zonas afectadas; neste caso a massagem deve durar entre 45 a 60 minutos.

As pessoas que tiverem uma saúde frágil não devem receber uma massagem que dure mais do que 30 a 45 minutos. Lenta e gradualmente a massagem pode ser aumentada de 45 para 60 minutos. Para quem recebe uma massagem diariamente são suficientes 40 minutos. Para adultos com idade superior a 40 anos a duração deve ser determinada de acordo com o estado de saúde do mesmo. Pessoas inválidas devem ser massajadas de 30 a 45 minutos. As crianças até 1 ano de idade ou recém nascidas podem receber uma massagem que dure 15 a 20 minutos. As crianças até 3 anos podem ser massajadas de 20 a 25 minutos. Nos jovéns até aos 17 anos a massagem deve durar 30 a 45 minutos.

Gabinete O terapeuta deve ter o máximo de cuidado com o sítio onde aplica as suas massagens. O local de trabalho deve encontrar-se no mais rigoroso asseio. O local deve estar limpo e arrumado não necessitando de grandes decorações. As cores devem ser claras. A luz não deve ser directa nem muito intensa. Não deve haver correntes de ar e a temperatura deve ser amena e adequada à estação do ano. Deve ter uma música ambiente e apropriada e o som não deve estar demasiado alto. Todos os materiais necessários devem estar ao alcance do terapeuta. O uso de velas e incenssos devem ser deixados à consideração do terapeuta. Não esquecer que os aromas permanecem no ar durante muito tempo e que não são bem tolerados por todas as pessoas.

Profissionalismo O terapeuta deve, em todas as suas actitudes, ser um profissional. É necessário que se mantenha actualizado e esteja constantemente a melhorar a sua técnica e os seus conhecimentos. Deve saber partilhar com colegas os seus conhecimentos e experiências para com isso enriquecer o seu trabalho. Deve saber receber mas manter sempre a postura de terapeuta-paciente.

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Não deve de forma alguma intrometer-se na vida pessoal e íntima do seu paciente. Não deve prescrever qualquer tipo de medicamento se para isso não estiver habilitado. Deve ter sempre em atenção que como terapeuta o sigilo é fundamental. Nunca comentar casos de outros pacientes. Em resumo, o terapeuta deve ter uma actitude pessoal e profissional o mais correcta possível.

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VI – Os óleos na massagem Ayurvédica Tipos de óleos a utilizar A pele é um órgão de assimilação. As coisas que se aplicam sobre ela podem nutrir ou prejudicar a função metabólica do corpo. As substâncias nutritivas deixam a pele saudável e fornecem os nutrientes correctos ao plasma, ao sangue e aos músculos (o primeiro, o segundo e o terceiro níveis de tecidos, chamados Rosa Dhatu, Rakta Dhatu e Mansa Dhatu). A diminuição da actividade metabólica acontece quando uma substância inadequada é posta sobre a pele. Qualquer substância colocada sobre a pele é imediatamente absorvida pelo plasma e, depois dele, pelo sangue e pelos músculos. Assim, as substâncias inorgânicas aplicadas sobre a pele são distribuídas pelo corpo inteiro; não ficam somente na pele. Quando essas substâncias entram no corpo, o metabolismo perturba-se em maior ou menor grau, dependendo da substância e da sua frequência de aplicação. A longo prazo, a consequência do uso de substâncias inorgânicas sobre a pele é a diminuição ou mesmo a cessação dos processos metabólicos. Com isso, formam-se no corpo matérias tóxicas, chamadas ama. Na Ayurveda, ama é geralmente definido como os alimentos que não foram digeridos. Porém, a sua natureza não é somente física, mas também mental. Outras espécias físicas de ama (toxinas) são criadas pelas substâncias absorvidas pela pele. Quando a substância é orgânica, provoca a nutrição dos tecidos e a eliminação de toxinas. Quando porém é de natureza inorgânica, acaba por se transformar em ama, que entope os canais subtis da pele, do plasma, do sangue e dos músculos. No que diz respeito ao ama em todas as suas formas, o principal factor de combate é agni. Em geral traduz-se agni como o puro e simples fogo da digestão dos alimentos. Existe um agni (fogo) para cada nível do corpo. Isso significa que cada um dos sete tecidos tem um princípio de digestão que processa todas as substâncias que chegam aos tecidos, sejam orgânicos ou inorgânicos. Agni é um factor importantíssimo do sistema ayurvédico, até mesmo na terapia da massagem. Através da massagem, podemos intensificar o agni do rasa dhatu, que corresponde ao plasma e ao sistema linfático. Como o plasma é o principal componente do corpo e o sistema linfático é o responsável pela filtragem desse componente, é razoável pensar que o agni – a actividade do metabolismo celular – desse nível de tecido é extremamente importante para a nossa saúde a longo prazo. O uso do óleo é importantíssimo para a prevenção e a eliminação de ama nas camadas exteriores do corpo. Já o uso de cremes, loções e óleos refinados não só é prejudicial como suprime a função metabólica e faz aumentar a quantidade de toxinas no corpo, piorando a sua saúde a longo prazo. Talvez isso não seja evidente de imediato, mas não há dúvida de que as substâncias que as pessoas pôem sobre a pele hoje em dia são indirectamente responsáveis, entre outras coisas, pelo enfraquecimento do sistema imunológico que se tem vindo a transformar em epidemia no mundo ocidental. A actividade imunológica é enfraquecida por ama e fortalecida pelo uso de óleos nutritivos que expelem ama do corpo. Segundo a Ayurveda, só se deveria pôr sobre a pele as coisas que se Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt

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poriam na boca, ou seja, alimentos. Porque é que os óleos são tão bons para o corpo? Porque são alimento. Cada tipo constitucional deve usar o óleo mais adequado à sua constituição. No entanto o óleo de sésamo é vulgarmente prescrito para a massagem da cabeça e dos pés independentemente da constituição natal (desde que não haja um desequilíbrio muito forte, caso em que a vakruti teria de ser tratada primeiro). Os óleos vegetais contêm muitas vitaminas, minerais, enzimas e prana que fortalecem e nutrem o corpo. Porém, para apresentar essas qualidades, o óleo tem de ser extraído a frio. Isso significa que não se pode usar calor ou substâncias químicas para extrair o óleo das sementes, ou seja lá do que for. O óleo não deve chegar ao ponto de fervura no processo de extracção. Se isso acontecer as suas propriedades medicinais serão extremamente diminuídas ou mesmo eliminadas. Os óleos são muito úteis na massagem porque nutrem e suavizam a pele e os músculos. Além disso, depois de absorvidos pelo corpo, colaboram para a lubrificação dos pulmões e do intestino grosso, que são os lugares do corpo onde mais se acumula o humor vata. Alguns óleos também nutrem os tecidos mais profundos – os ossos, a medula óssea, o tecido nervoso e os fluidos reprodutivos. Uma vez que a massagem com óleo pode ser classificada como uma terapia de fortalecimento, é muito útil para revigorar as pessoas doentes e convalescentes. Os óleos são necessários, no corpo, para lubrificar o tecido conjuntivo e colaborar para a conservação do tecido adiposo. Também são eles que lubrificam os canais por onde passam as diversas secreções e excreções. Existem na Ayurveda fórmulas clássicas para cada uma das prakrutis e para cada doenças e mal-estares específicos. A todos os óleos vegetais se podem juntar plantas medicinais ou óleos essenciais para potencializar a sua acção. Prakruti: Vata O vata dosha é frio, seco, rápido, irregular, móvel, leve, áspera e tem o efeito de dispersar. Os melhores óleos para vata são: sésamo, amêndoa, rícino e mostarda. As melhores plantas medicinais para usar em vata são: gengibre, canela, alcaçuz, ashwagandha, cálamo, jatamansi, dashamula (dez raízes) e valeriana. Os melhores óleos essênciais são: sândalo, almíscar, mirra e gualtéria. É de reparar que os óleos, ervas medicinais e óleos essenciais mais apropriados para vata têm, em geral, a qualidade oposta à desse dosha. Vata é frio; por isso, os óleos que aquecem têm mais o efeito de pacificar vata do que os óleos mais frios. No geral, os óleos têm qualidades opostas a vata. Por isso, qualquer que seja a constituição da pessoa, o uso de óleos é um dos principais métodos de tratamento para a harmonização dos distúrbios de vata que decorrem inevitavelmente da vida moderna. O óleo de sésamo tem uma quantidade extraordinária de vitaminas e minerais. Além disso, as sementes de sésamo possuem uma enzima especial que é muito benéfica para o cérebro. Na Ayurvédica, não há nenhum outro óleo que seja tão nutritivo quanto o de sésamo. Cada óleo tem um aspecto terapêutico específico; o de sésamo, porém, é indicado para a nutrição do corpo inteiro e também da mente. É dotado de forte qualidade sátvica, que auxilia todas as actividades mentais e nervosas. 25 Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa

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O óleo de amêndoas doces tem propriedades antioxidantes e é facilmente absorvida pela pele. Se o óleo de sésamo fôr muito pesado, use óleo de amêndoa. Trata-se de um óleo bom para as pessoas que não estão habituadas a receber massagem com óleo; a sua quantidade de nutrientes também é bastante alta. Tanto o óleo de sésamo quanto o de amêndoa são usados nas terapias de rejuvenescimento e fortalecimento. São contra-indicados para intoxicações ou pessoas que sofrem de uma excessiva congestão da energia. O óleo de rícino é famoso pelos seus muitos usos. Tem uma grande quantidade de certos minerais que nutrem os tecidos e fortalecem o corpo. No Ocidente, é geralmente ingerido para auxiliar na eliminação. O óleo de rícino é bastante eficaz para eliminar o ama dos tecidos mais superficiais. Tem uma afinidade especial com o sistema reprodutor das mulheres. A aplicação externa, várias vezes por dia, pode ajudar a aliviar as cólicas pré-menstruais e menstruais. O óleo de mostarda é leve e quente e, por isso, pode ser muito útil para a aplicação em tipos vata mais pesados ou em constituições mistas nas quais vata está em evidência. É o óleo específico para o uso em tipos kapha, mas combate a letargia decorrente dos obstáculos à acção de vata no corpo. Um vata enfraquecido é praticamente igual a um excesso de kapha. A massagem vigorosa com óleo de mostarda é muito eficaz para estimular vata e limpar os nadis e sistemas de circulação. No geral, as pessoas do tipo vata devem ser massajadas com óleos aquecidos. Quando se mistura uma erva ou outra planta ao óleo, as propriedades naturais da planta acrescentam-se às do óleo. Assim, obtém-se um princípio activo terapêutico mais abrangente do que caso se usasse o óleo ou a planta isoladamente. A fórmula e a confecção de óleos para o trabalho terapêutico é uma arte e obriga a um conhecimento profundo da fitoterapia. Quem o quiser fazer tem de estudar e compreender bem os pricípios da Ayurveda. Os óleos essenciais desempenham um importante papel na massagem, na medida em que nutrem o sentido do olfato e dão prazer a todos os órgãos dos sentidos. É importante acrescentá-los aos óleos de massagem devido ao seu forte aroma e também às suas propriedades terapêuticas. São óleos muito concentrados por isso devem ser usados em pequenas quantidades – 20 gotas para 100 ml de óleo. São poderosos e agem fortemente sobre os nadis para estimular os pranas. Devem ser usados com respeito e cuidado especialmente os mais fortes. Prakruti: Pitta O pitta dosha é quente, oleoso, móvel, húmido, agudo, malcheiroso, penetrante e leve. Os melhores óleos para pitta são: oliva, coco, girassol e ghee. As melhores plantas medicinais para pitta são: coentro, alcaçuz, açafrão-daíndia, cola de gotu, nardo indiano e shatavari (aspargo). Os melhores óleos essenciais para pitta são: sândalo, rosas, alfazema e jasmim. 26 Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa

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Os óleos, as ervas medicinais e os óleos essenciais prescritos para pitta são frios. O humor pitta, além disso, é oleoso por natureza; por isso, usa-se menos óleo externamente do que no caso da prakruti vata. Os próprios óleos são mais leves do que os usados para vata. Provavelmente, o melhor óleo a ser usado pelos ocidentais é o de oliva, que é o mais acessível em marcas de alta qualidade. Se não for bem absorvida pelo corpo, experimente outra marca, pois a primeira provavelmente terá sido adulterada. O óleo de oliva também é melhor para usar durante o dia, pois tem menos efeito sedativo do que os óleos mais pesados e nutritivos. Para os tipos pitta, os óleos devem ser aplicados mornos no inverno e frios no verão. Atenção, porém, à vakruti do paciente antes de aplicar óleos frios, que têm a propriedade de aumentar rapidamente a quantidade de ama. Certifique-se de que o paciente é capaz de digerir o óleo frio antes de cobrir-lhe o corpo com ele. Como? Examine a língua dele para ver se está recoberta de ama ou se está saudável e avermelhada (sinal do bom estado de agni). Segundo os textos clássicos, o melhor óleo para o tipo pitta é o de coco. Esse óleo é dotado de excelentes propriedades e é muito bom para a pele. Tem muito colesterol e, por isso, pode não ser adequado a um bom número de pacientes. O óleo de girassol é muito bom para o uso geral. É nutritivo, mas não muito pesado. É o mais equilibrado de todos os óleos no que diz respeito aos seus efeitos sobre os três humores. Nutre a pele e o sistema linfático. Ghee não é um óleo, mas sim uma manteiga cozida até provocar a separação entre a sua parte sólida e a sua parte líquida. Os sólidos são removidos e o líquido amarelo-dourado endurece até virar uma espécie de pasta. Essa pasta pode ser usada na cozinha, como veículo para a aplicação de ervas medicinais em pomada, e também na massagem de pessoas do tipo pitta. Na Ayurveda, a ghee é um dos principais remédios de rejuvenescimento. Tem a propriedade de intensificar o agni (fogo metabólico) de todos os níveis de tecido sem perturbar pitta. Nutre os sete dhatus e faz aumentar a quantidade de ojas ( a essência do alimento; a base do sistema imunológico. Nós nascemos com oito gotas de ojas no chakra do coração; se essa quantidade diminuir, morreremos. Existe um ojas secundário que é o resultado dos elementos de todos os tecidos; pode variar em quantidade, mas, quando é pouco, ficamos doentes). Porém, pode ser pesada demais para os tipos kapha e para os que estão a sofrer de forte intoxicação. Em caso de intoxicação, deve ser combinada a gengibre, a uva-espim (berberis vulgaris) e o açafrão-da-índia para ajudar a queimar as toxinas. Pode não ser adequada para alguns dos pacientes pitta, pois tem um cheiro forte e permanece na pele por algum tempo. Pode-se aplicar algum tipo de pó sobre a pele para remover o excesso. A cola de gotu (Brahmi) é uma planta extraordinária para o controle de pitta. É extremamente sátvica e não só acalma pitta como também nutre o cérebro e os nervos. É a favorita para os óleos que são aplicados em pessoas do tipo pitta. Todos os óleos essenciais para pitta são frios e devem ser acrescentados ao óleo que se vai usar para a massagem. Eles aumentam o efeito terapêutico do óleo e o prazer que o paciente sente ao ter o óleo no corpo. O aroma é importantíssimo (especialmente para as mentes críticas do tipo pitta!). Ninguém gosta de uma substância adequada do ponto de vista terapêutico mas que cheira mal.

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Prakruti: Kapha O kapha dosha é frio, húmido, lento, estável, obtuso, pesado, denso, escorregadio, oleoso e mole. Os melhores óleos para kapha são: mostarda, girassol, milho e sésamo. As melhores plantas medicinais para kapha são: canela, gengibre, zimbro, cálamo, dashamula e malva-do-campo. Os melhores óleos essenciais para kapha são: almíscar, cedro, mirra e eucalipto. Kapha geralmente é frio e congestionado em alguma medida; por isso, os óleos, plantas medicinais e óleos essenciais que damos acima têm a qualidade oposta. É preciso usar óleos e ervas quentes e estimulantes para fazer o metabolismo das pessoas kapha voltar a funcionar. O principal problema dos tipos kapha – em geral, porém nem sempre; cuidado! – é a baixa actividade metabólica. Os óleos que geram calor e os pós abrasivos são utilíssimos para corrigir essa tendência. O óleo de mostarda é o melhor para kapha, pois é leve e aquece. O óleo de girassol é um óleo muito bom para o uso geral. O óleo de gergelim é útil quando não há intoxicação. O óleo de milho é bastante útil para kapha, pois tem pouco colesterol e pode ser usado em situações em que o uso dos outros óleos não é indicado. Como kapha é oleoso por natureza, deve-se usar pouquíssimo óleo na aplicação dos métodos de Abhyanga. O óleo mesmo deve ser aplicado quente no inverno e morno no verão. O óleo frio nunca é adequado para os tipos kapha. As plantas medicinais que aquecem e estimulam são boas para kapha. Geralmente são aplicadas em forma de pós sobre as pessoas de constituição kapha, embora os óleos com ervas sejam também melhores que os óleos simples para esse tipo. O óleo de cálamo é especialmente estimulante e nutritivo para os tipos kapha, sem perder a qualidade sátvica. Os óleos essenciais desempenham um papel mais significativo nas massagens feitas nesse tipo de pessoa, pois são extremamente concentrados. O melhor é aplicá-los com movimentos vigorosos das mãos; têm forte efeito estimulante sobre a circulação e o sistema linfático.

As energias dos óleos ayurvédicos Óleo de Amêndoas doces (prunus amygdalus): Gosto: doce, levemente amargo Atributo: pesado Potência: aquece A longo prazo: doce Acção geral: bom para os rins e os pulmões, nutre a pele e os músculos, alivia as dores e tensões musculares Acção específica: emoliente, expectorante, tónico Acção terapêutica: diminui vata, aumenta pitta e kapha

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Óleo de Rícino (ricinus communis): Gosto: acre, doce, adstringente Atributo: pesado Potência: aquece A longo prazo: acre Acção geral: estimula a digestão, reduz a rigidez muscular, reduz a quantidade de ama Acção específica: emoliante, analgésico, actua sobre os nervos, afrodisíaco, antiespasmódico, alivia a artrite, melhora a compleição e a pele, reduz a quantidade de ama e promove a cicatrização de feridas; em compressas quentes ou frias, diminui as inflamações, as cólicas e as dores Acção terapêutica: diminui vata, aumenta pitta

Óleo de Côco (cocus nucifera): Gosto: doce Atributo: pesado Potência: arrefece A longo prazo: doce Acção geral: nutre os pulmões e a pele Acção específica: refrigerante, emoliente, tónico, reduz as inflamações, bom para psoríase,eczema e queimaduras, é afrodisíaco Acção terapêutica: diminui pitta e vata, aumenta kapha e o colesterol

Óleo de Milho (zen mays) Gosto: doce Atributo: pesado, secante Potência: arrefece A longo prazo: acre Acção geral: sistema urinário, pele Acção específica: diurético, emoliente, bom para programas de convalescência, nutre a pele, tem pouquíssimo colesterol Acção terapêutica: diminui pitta, é neutro para kapha e aumenta vata

Ghee ou ghrta ( manteiga líquida) Gosto: doce Atributo: pesado Potência: arrefece A longo prazo: doce Acção geral: tónico, rejuvenescedor, afrodisíaco, digestivo, estimulante, fortalece o fígado, os rins e o cérebro Acção específica: tónica, rejuvenescedor, nutre os sete dhatus, aumenta a quantidade de ojas, faz bem à voz e à vista; aumenta agni em 29 Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa

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todas as suas formas Acção terapêutica: diminui vata e pitta, aumenta ligeiramente kapha

Óleo de Mostarda (brassica alba) Gosto: acre Atributo: leve Potência: aquece A longo prazo: acre Acção geral: estimulante, alivia a congestão e a lentidão corporal Acção específica: estimulante, emoliente, expectorante, antiflatulento, antifúngico e antiparasítico Acção terapêutica: diminui kapha e vata, aumenta pitta e as condições tóxicas do Sangue

Óleo de Oliva ( olea europaea) Gosto: doce Atributo: leve Potência: neutro A longo prazo: doce Acção geral: nutre a pele e os cabelos Acção específica: limpa e fortalece o fígado e a vesícula biliar, é laxante e nutre a pele Acção terapêutica: diminui vata e pitta, aumenta kapha

Óleo de Sésamo (sesamum indicum) Gosto: doce Atributo: pesado Potência: aquece A longo prazo: doce Acção geral: nutre os ouvidos, a cabeça, os cabelos, os olhos, os dentes, os ossos e o sistema reprodutor da mulher; é digestivo e tónico Acção específica: tónico, nutritivo, emoliente, rejuvenescedor, promove o crescimento dos cabelos e dos ossos Acção terapêutica: diminui vata, pode aumentar pitta no verão ou quando já há pitta em excesso; não deve ser usado quando há excesso de ama no organismo

Óleo de Girassol (helianthus annuus) Gosto: doce Atributo: pesado Potência: arrefece A longo prazo: doce Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt

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Acção geral: fortalece os pulmões e o sistema linfático Acção específica: emoliente, bom para os pulmões, trata queimaduras, feridas e erupções na pele Acção terapêutica: é equilibrado; é melhor para pitta e para o tratamento de Inflamações

A raiz Vacandi – o uso de pós de ervas na massagem Na Ayurveda, quando se fala de pó, é isso mesmo que se quer dizer: um pó dotado de qualidade medicinal, finíssimo, sem bolotas e grãozinhos maiores, mas peneirado de modo a ficar perfeitamente uniforme. As ervas são usadas sob a forma de pó para dar uma qualidade áspera e abrasiva à massagem. Existe todo um sistema de qualidades ou gunas (que não são, neste caso, os três gunas – sattva, rajas e tamas). Trata-se de um sistema que engloba dez pares de opostos. É preciso compreemdê-lo para perceber o uso de pós. Os vinte gunas são os seguintes:

Pesado --------------------- Leve Lento (ou Obtuso) --------------------- Rápido (ou Agudo) Frio ---------------------- Quente Oleoso ---------------------- Seco Escorregadio ---------------------- Áspero Denso ---------------------- Líquido Mole ---------------------- Duro Estáctico ---------------------- Móvel Subtil --------------------- Grosseiro Enevoado --------------------- Nítido

O oposto de escorregadio é o áspero. Kapha e Pitta, por conterem ambos o elemento água, são oleosos e às vezes escorregadios. Quando a qualidade escorregadia é predominante no corpo, o uso de pós é indicado. Além disso, o oposto do oleoso é o seco. Quando a pele é muito oleosa, o uso de pós é igualmente recomendado. Como as ervas são todas leves, os pós também são indicados para aqueles casos em que o corpo é dominado por uma sensação de peso. As ervas, por fim, são sbtis quanto à energia, e podem ser usadas para combater certas manifestações grosseiras do corpo e da mente, como a letargia mental e física que decorre da vida sedentária. Os pós são usados principalmente para kapha, depois para pitta, e por último, quase nunca, para vata. Para os tipos vata, os pós podem ser usados para eliminar o excesso de óleo que fica depois da massagem. Quando há muito nervosismo e agitação, pode-se usar pó de cálamo, jatamansi ou valeriana. Gengibre e canela podem ser usados para estimular e ashwaganda, alcaçuz e dashamula para nutrir o corpo. Os tipos pitta devem receber aplicações de pó junto com as de óleo. Eles costumam sofrer de inflamações e erupções da pele, deve-se levar esse facto em 31 Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa

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conta ao escolher os óleos e pós que se vão usar. Os óleos de côco e girassol são os melhores para as inflamações da pele, e devem ser associados aos pós de coentros e/ou açafrão-da-índia. O açafrão é uma erva excepcionalmente boa para curar todos os problemas de pele e é boa para aplicar a todos os humores. Quando existe de facto um problema de pele, o melhor é tratá-lo primeiro internamente, com ervas frias e amargas que limpam o sangue, o fígado e o baço, que são os responsáveis pelo estado da pele. Sempre que a pele se encontre fortemente irritada, a causa está nesses órgãos e no sub-humor brajaka pitta. A pessoa, antes de se submeter a qualquer trabalho de massagem externa, deve procurar um especialista ayurvédico para obter um tratamento de dieta e de ervas medicinais. Os tipos kapha são os que mais se beneficiam do uso dos pós na terapia de massagem. As qualidades áspera, dura, seca e leve são opostas às de kapha. Quando procuramos pós que tenham essas qualidades e aplicamo-los de maneira profunda e vigorosa, conseguimos enviar kapha de volta ao seu lugar de origem ou pacificar esse humor. Os pós desempenham um papel de destaque nos métodos de Abhyanga e um papel secundário nos de Snehana. Todos os pós de ervas recomendados para kapha são quentes e estimulantes. Devem ser aplicados em quantidades generosas depois de uma leve aplicação de um óleo apropriado. O importante neste caso é procurar fazer o óleo e o pó penetrarem nos poros da pele com movimentos profundos, firmes e vigorosos das mãos. Os tipos kapha precisam de uma massagem estimulante e de uma pressão mais profunda para ter o seu metabolismo estimulado. A cultura indiana é predominantemente kapha. Por isso, muita gente pensa que a massagem ayurvédica é exclusivamente profunda, vigorosa e penetrante – o que não é verdade. A confusão acontece porque a maioria dos indianos, independentemente da constituição natal, gostam desse tipo de massagem, o que é perfeitamente normal para os tipos kapha e para uma cultura kapha. Na Índia utiliza-se muito na massagem o pó de uma raiz chamada Vacandi. É aplicado por todo o corpo, excepto na cabeça e rosto, após ser aquecido com a massagem, em deslizamentos e fricções activando a circulação.

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VII – Os circuitos de energia na m.a. Antes de se iniciar uma massagem é necessário que o terapeuta, além de outros cuidados já mensionados, tenha em atenção o circuito da massagem a aplicar para dinamizar a energia nos canais internos do paciente. Consoante essa necessidade poderá ser centrípeta ou centrífuga. Podem-se estipular dois circuitos: Circuito 1: Aqui a massagem direcciona-se no sentido centrípeto, no sentido da circulação, portanto caudal-cefálico na direcção do coração. Nos membros superiores a direcção será centrífuga, na direcção das palmas das mãos. A circulação eleva-se da terra, dos pés e pernas em direcção ao sétimo chakra e na direcção das palmas das mãos.

Circuito 2: Aqui a massagem é direccionada na totalidade no sentido centrípeto. Neste caso as energias são canalizadas na totalidade no sentido ascendente na direcção do sétimo chakra.

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VIII – Os Chakras e os sete corpos subtis Os sete chakras principais e as suas funções Vórtices de energia A palavra chakra vem do sânscrito e significa roda, disco, centro, plexo. Nesta forma eles são percebidos por vórtices (redemoinhos) de energia vital, espirais girando em alta velocidade, vibrando em pontos vitais do nosso corpo. Os chakras são pontos de intersecção entre vários planos e através deles o nosso corpo etérico manifesta-se mais intensamente no corpo físico.

Os Sete Chakras maiores, vistos de frente e de costas

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Vê-se a energia fluir para todos os chakras, proveniente do Campo da Energia Universal. Cada vórtice rodopiante de energia parece sugar ou levar consigo a energia do Céu. Os chakras dão a impressão de funcionar como os vórtices fluidos com os quais estamos familiarizados na água ou no ar, como remoinhos, ciclones, trombas d’água e furacões. A extremidade aberta de um chakra normal na primeira camada da aura tem cerca de seis polegadas (152,34 mm) de diâmetro a uma distância de uma polegada (25,39 mm) do corpo. São sete os principais chakras, dispostos desde a base da coluna vertebral até ao alto da cabeça e cada um corresponde a uma das sete principais glândulas do corpo humano. Cada um destes chakras está em estreita correspondência com certas funções físicas, mentais, vitais ou espirituais. Num corpo saudável, todos esses vórtices giram a uma grande velocidade, permitindo que a "prana", flua para cima por intermédio do sistema endócrino. Mas se um desses centros começa a diminuir a velocidade de rotação, o fluxo de energia fica inibido ou bloqueado e disso resulta o envelhecimento ou a doença. Os chakras são conectados entre si por uma espécie de tubo etérico ( Nadi ) principal chamado "sushumna", ao longo do eixo central do corpo humano, por onde dois outros canais alternados "Ida" que sai da base da espinha dorsal à esquerda de sushumna e "pingala" à direita ( na mulher estão invertidas estas posições ). Os nadis conduzem e regulam a "prana" (energias Yin e Yang) em espirais concêntricas. Estes nadis são os principais, entre milhares, que percorrem todo o corpo em todas as direções, linhas meridianos e pontos. Para os hindus os nadis são sagrados, é por meio da "Sushumna" que o iogue deixa o seu corpo físico, entra em contacto com os planos superiores e traz para o seu cérebro físico a memória das suas experiências. O nosso corpo físico tem uma ligação subtil com o mundo astral. É através do desequilíbrio desta energia vital que as pessoas adoecem e acabam por obstruir esta ligação com o Divino. Daí, a relação entre as doenças e as crises emocionais. É muito comum ver pessoas que acabam a somatizar e a transformar as energias negativas, depressão, raiva, solidão, em doenças físicas, como tumores e outras mais graves. O nosso corpo físico tem pontos, que quando activados, fazem fluir a energia vital, trazendo-nos alegria e, principalmente, saúde. É através dos nadis (meridianos) - caminhos invisíveis dentro do nosso organismo - que a energia vital caminha por todo o nosso corpo e chega aos chakras, em pontos que concentram vibrações mais específicas, conforme veremos a seguir:

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Muladhara - O primeiro chakra (conhecido como Chakra Base ou Raiz), situado na base da espinha dorsal em cima do cóccix, relaciona-se com o poder criador da energia sexual. Quando esse chakra está enfraquecido indica distúrbios da sexualidade ou disfunções endócrinas. Quando excessivamente energizado, indica excesso de hormonas, sexualidade exacerbada ou até mesmo a presença de um tumor no local. Está associado com a cor vermelha e regula as glândulas supra-renais, governa a coluna vertebral e os rins. Possui um vórtice de energia. O mantra correspondente é LAM.

cor vermelha Elemento: Terra Astro: Saturno

4 petalas Vermelhas Mantra: Lam Emoção

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Svadhisthana - O segundo chakra também chamado esplênico ou sacral está localizado ao nível da quinta vértebra lombar. É responsável pela energização geral do organismo e por ele penetram as energias cósmicas mais subtis, que a seguir se distribuem pelo corpo. Quando este chakra é estimulado, propicia uma boa captação energética. Está associado com a cor laranja e regula as gónodas e governa o sistema reprodutor. Possui dois vórtices de energia. O mantra correspondente é VAM.

cor: laranja Elemento: Água Astro: Júpiter

6 petalas Vermelhas Mantra: Vam Memória

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Manipura - O terceiro chakra (conhecido como Chakra do Plexo Solar) localiza-se na região do umbigo ou do plexo solar, e está relacionado com as emoções. Quando está muito energizado, indica que a pessoa é voltada para as emoções e prazeres imediatos. Quando fraco sugere carência energética, baixo magnetismo, suscetibilidade emocional e a possibilidade de doenças crônicas. Está associado com a cor amarela. Regula o pâncreas e governa o estômago, o fígado, a vesícula biliar e o sistema nervoso. Possui dois vórtices de energia. O mantra é RAM.

cor: amarelo Elemento: Fogo

10 petalas Douradas Mantra: Ram

Astro: Marte

Sensação

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Anahata - O quarto chakra (conhecido por chakra Cardíaco) situa-se na direção do coração. Relaciona-se principalmente com o timo e o coração. A sua energia corresponde ao amor e à devoção, como formas sutis e elevadas de emoção. Na tradição católica, este chakra é simbolizado pelo coração luminoso de Cristo. Quando activado desenvolve todo o potencial para o amor altruísta. Quando enfraquecido indica a necessidade de se libertar do egoísmo e de cultivar maior dedicação ao próximo. No aspecto físico, também pode indicar doenças cardíacas. Está associado com a cor verde. Regula o Timo e governa o coração, o sangue, o nervo vago e o sistema circulatório. Possui dois vórtices de energia. O mantra é YAM.

cor: verde Elemento: Ar Astro: Venus

12 petalas Douradas Mantra: Yam Amor

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Vishuddha - O quinto chakra ( conhecido por chakra Laríngeo) fica na frente da garganta, ao nível da sétima vértebra cervical, e está ligado à tiróide. Relacionase com a capacidade de percepção mais subtil, com o entendimento e com a voz. Quando desenvolvido, de forma geral, indica força de carácter, grande capacidade mental e discernimento. Em caso contrário, pode indicar doenças tiroidianas e fraquezas de diversas funções físicas, psíquicas ou mentais. Está associado com a azul turquesa. Regula a tiróide e governa o sistema respiratório e o canal alimentar. Possui dois vórtices de energia. O mantra é AM.

cor: Azul turquesa 16 petalas Douradas Elemento: Éter Mantra: Ham Astro: Mercúrio Clariaudiência

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Ajna - O sexto chakra situa-se no ponto entre as sobrancelhas ao nível da primeira vértebra cervical e é conhecido como chakra Frontal ou "terceiro olho" na tradição hinduísta, está ligado à capacidade intuitiva e à percepção subtil. Quando bem desenvolvido, pode indicar um sensitivo de alto grau. Enfraquecido aponta para um certo primitivismo psico-mental ou, no aspecto físico, para tumoração craniana. Está associado com a cor azul índigo. Regula a glândula pituitária e governa o cérebro inferior, o olho esquerdo, os ouvidos, o nariz e o sistema nervoso. Possui dois vórtices de energia. O mantra é OM.

cor: azul índigo Elemento: Mental Astro: Lua

2 petalas Brancas Mantra: OM Clarividência

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Sahasrara - O sétimo é o mais importante dos chakras, situa-se no alto da cabeça e relaciona-se com o padrão energético global da pessoa. Conhecido como chakra da coroa ou Coronário, é representado na tradição indiana por uma flor-de-lótus de mil pétalas na cor violeta. Através dele recebemos a luz divina. A tradição de coroar os reis fundamenta-se no princípio da estimulação deste chakra, de modo a dinamizar a capacidade espiritual e a consciência superior do ser humano. Está associado com a cor violeta, lilás, branca ou dourada. Regula a glândula pineal e governa o cérebro superior e o olho direito. Possui um vórtice de energia que conecta com as energias cósmicas superiores. O mantra é AUM.

cor: Ouro 1000 petalas Douradas Elemento: Akásha União Astro: Sol Mantra: AUM

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Os chakras secundários Os 21 chakras menores estão localizados em pontos em que a energia permanece cruzada 14 vezes. Encontram-se nas seguintes localizações: um à frente de cada orelha, um acima de cada lado do peito, um onde se juntam as clavículas, um na palma de cada mão, um na sola de cada pé, um logo atrás de cada olho (que não se mostram na figura), um relacionado com cada gónada, um perto do fígado, um ligado ao estômago, dois ligados ao baço, um atrás de cada joelho, um perto do timo e um perto do plexo solar. Esses chakras têm apenas cerca de três polegadas (76,17 mm) de diâmetro e estão a uma polegada (25,39 mm) de distância do corpo. Os dois chakras menores, localizados nas palmas das mãos, são muito importantes para a cura. Nos pontos em que as linhas de energia se cruzam sete vezes, criam-se até vórtices menores. Existem muitos centros minúsculos de força onde as linhas se cruzam menos vezes. Diz-se que esses vórtices diminutos podem corresponder aos pontos de acupuntura dos chineses. Cada chakra principal na parte dianteira do corpo faz parelha com a sua contraparte na parte traseira e, juntos, são considerados o aspecto anterior e o posterior do chakra. Os aspectos frontais relacionam-se com os sentimentos da pessoa, os dorsais com a sua vontade e os três localizados na cabeça com os seus processos mentais.

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Os chakras e a Coluna vertebral É muito importante que o terapeuta tenha um bom conhecimento sobre a coluna vertebral e as vértebras que estão associadas a cada chakra. A manipulação ayurvédica considera em destaque a coluna vertebral e os seus ossos vizinhos, pois muitas áreas de tratamento estão associadas a eles. A coluna vertebral é chamada ―merudanda‖, em sânscrito e é conhecida também como ―ráquis ou espinha raquidiana‖. Sob o ponto de vista da engenharia actual, é uma verdadeira obra de arte e de técnica, sendo considerada a mais complexa e perfeita estrutura móvel criada até hoje, pois os seus ossos chegam a suportar a incrível pressão de 17Kg/cm2. Está situada na parte posterior do tronco. Sustenta o crâneo, as costelas, o osso ilíaco e uma grande parte dos órgãos internos. Serve ainda de protecção à medula espinhal e o seu tamanho varia entre os 60 e os 70 cm. A coluna vertebral divide-se em quatro regiões: a cervical com 7 vértebras; a toráxica com 12 vértebras; a lombar com 5 vértebras; a sacrococcígena com 9 vértebras fundidas (5 sagradas e 4 coccígenas). Os ossos que a formam chamam-se vértebras e a sua movimentação é harmoniosa, dinâmica e desembaraçada. A quebra dessa harmonia provoca ―bloqueios energéticos‖. As vértebras são separadas entre si (excepto as duas primeiras e as fundidas) por discos intervertebrais fibrosos e de núcleo pulposo que funcionam como verdadeiros ―amortecedores‖. A coluna vertebral apresenta 4 curvaturas correspondendo a cada região. A curvatura cervical, de grande mobilidade, forma uma lordose ( concavidade posterior) que pode ser patológica devido a más posturas e a grande tensão emocional. A curvatura dorsal apresenta uma cifose (concavidade anterior). A coluna lombar apresenta uma lordosa (concavidade posterior). É uma região de grande mobilidade e susceptível de grandes cargas o que provoca grandes danos. A curvatura sacral é uma cifose constituída pelas vértebras sacrococcígenas. A área sacral é chamada também de ―sede de Shakti‖. Nessa área encontra-se a entrada da energia Kundalini. Por esse motivo, o termo sacro é um adjectivo que significa ―sagrado, venerável‖.

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Os chakras e os pontos de reflexo no corpo físico O nosso corpo físico tem uma ligação subtil com o mundo astral. É através do desequilíbrio desta energia vital que as pessoas adoecem e acabam por obstruir esta ligação com o Divino. Daí, a relação entre as doenças e as crises emocionais. É muito comum ver pessoas que acabam por somatizar e transformar as energias negativas, depressão, raiva, solidão, em doenças físicas, como cancros e outras mais graves. O nosso corpo físico tem pontos, que quando activados, fazem fluir a energia vital, trazendo-nos alegria e, principalmente, saúde. É através dos nadis (meridianos) - caminhos invisíveis dentro do nosso Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt

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organismo - que a energia vital caminha por todo o nosso corpo e chega aos chakras, em pontos que concentram vibrações mais específicas, conforme veremos à seguir: Muladhara - O primeiro chakra (conhecido como Chakra Base ou Raiz), situado na base da espinha dorsal, relaciona-se com o poder criador da energia sexual. Quando esse chakra está enfraquecido indica distúrbios da sexualidade ou disfunções endócrinas. Quando excessivamente energizado, indica excesso de hormonas, sexualidade exacerbada ou até mesmo a presença de um tumor no local. Svadhisthana - O segundo chakra também chamado esplênico, sacro ou do baço, é responsável pela energização geral do organismo, e por ele penetram as energias cósmicas mais subtis, que a seguir as distribuem pelo corpo. Quando esse chakra é estimulado, propicia uma boa captação energética. Manipura - O terceiro chakra (conhecido como Chakra do Plexo Solar) localiza-se na região do umbigo ou do plexo solar, e está relacionado com as emoções. Quando muito energizado, indica que a pessoa é voltada para as emoções e prazeres imediatos. Quando fraco sugere carência energética, baixo magnetismo, susceptibilidade emocional e a possibilidade de doenças crónicas. Anahata - O quarto chakra situa-se na direção do coração. Relaciona-se principalmente com o timo e o coração. A sua energia corresponde ao amor e à devoção, como formas sutis e elevadas da emoção. Na tradição católica, este chakra é simbolizado pelo coração luminoso de Cristo. Quando activado desenvolve todo o potencial para o amor altruísta. Quando enfraquecido indica a necessidade de se libertar do egoísmo e de cultivar maior dedicação ao próximo. No aspecto físico, também pode indicar doenças cardíacas. Visuddha - O quinto chakra fica na frente da garganta e está ligado à tiróide. Relaciona-se com a capacidade de percepção mais subtil, com o entendimento e com a voz. Quando desenvolvido, de forma geral, indica força de carácter, grande capacidade mental e discernimento. Em caso contrário, pode indicar doenças tiroidianas e fraquezas de diversas funções físicas, psíquicas ou mentais. Ajna - O sexto chakra situa-se no ponto entre as sobrancelhas. Conhecido como "terceiro olho" na tradição hinduísta, está ligado à capacidade intuitiva e à percepção subtil. Quando bem desenvolvido, pode indicar um sensitivo de alto grau. Enfraquecido aponta para um certo primitivismo psico-mental ou, no aspecto físico, para tumoração craniana. Sahasrara - O sétimo é o mais importante dos chakras, situa-se no alto da cabeça e relaciona-se com o padrão energético global da pessoa. Conhecido como chakra da coroa, é representado na tradição indiana por uma flor-de-lótus de mil pétalas na cor violeta. Através dele recebemos a luz divina. A tradição de coroar os reis fundamenta-se no princípio da estimulação deste chakra, de modo a dinamizar a capacidade espiritual e a consciência superior do ser humano.

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Exercícios para abertura dos chakras Várias terapias, como o Reiki e a cromoterapia utilizam-se dos chakras como base para diagnóstico e tratamento de males que atingem desde o corpo físico até ao espiritual. Através de gestos, que podem ser incorporados no dia-a-dia é possível activar estes pontos de energia, procurando a harmonização do corpo e da alma. Concentrar-se no que está a fazer e pensar na região do chakra já é uma forma de reactivá-lo. Procure ficar num lugar tranqüilo, para que nenhum barulho possa perturbar a sua concentração. Coloque uma das suas mãos aberta em frente ao chakra e faça movimentos circulares no sentido horário, como se estivesse a massajar o local, à distância ou a tocar. Sentar-se na posição de lótus - pernas cruzadas - tronco erecto - e fixar o olhar na ponta do nariz estimula o chakra frontal ou do terceiro olho. As cores e os cristais são formas visuais de estimulação dos chakras. Utilize uma pedra com a cor correspondente à do chakra e direccione as suas vibrações.

Os chakras podem ter vários níveis de actividade. Quando estão "abertos", eles actuam de uma forma normal. O ideal seria que todos os chakras estivessem em equilíbrio, para poderem trabalhar em conjunto com os nossos sentimentos, pensamentos e instintos. Entretanto, este não é geralmente o caso. Alguns chakras não estão abertos o bastante sendo sob-activos, e para compensar, outros chakras são sobre-activos. O estado ideal é conseguir o equilíbrio. Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt

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1º - O Chakra da Raiz É sobre segurança. Se estiver aberto, a pessoa sente-se ―aterrada‖, estável e segura. Não desconfia desnecessariamente das pessoas. Sente-se actual no aqui e agora e conectada com o seu corpo físico. Sente ter território suficiente. Se a pessoa se encontra medrosa ou nervosa, o seu Chakra da Raiz é provavelmente sob-activo. A pessoa não se sente facilmente bem-vinda. É insegura. Se este chakra for sobre-activo, a pessoa pode ser muito materialista e gananciosa. É provavelmente obsessiva em ser segura e resistir a mudanças.

2º - O Chakra Sacral É sobre o sentimento e a sexualidade. Quando está aberto, os seus sentimentos fluem livremente, e expressam-se sem a pessoa perceber que é sobre-emocional. Está aberta à intimidade e pode ser passional e vivido. Não tem nenhum problema em tratar da sua sexualidade. Se a pessoa tender a ser dura e fria ou a ser indiferente, o Chakra Sacral é sobactivo. Não está muito aberta às pessoas. Se este chakra for sobre-activo, a pessoa tende a ser emocional a toda a hora. Sente-se emocionalmente unido às pessoas e pode ser sexualmente muito activo.

3º - O Chakra Umbigo É sobre o afirmar-se em grupo. Quando está aberto, a pessoa sente-se no controle e tem suficiente auto-estima. Quando o Chakra Umbigo é sob-activo, a pessoa tende a ser passiva e indecisa. É provavelmente tímida e não tem o que quer. Se este chakra for sobre-activo, a pessoa é dominadora e provavelmente até mesmo agressiva.

4º - O Chakra do Coração É sobre o amor, a bondade e a afeição. Quando está aberto, a pessoa é piedosa e amiga e pode trabalhar em relacionamentos harmoniosos. Quando o Chakra do Coração é sob-activo a pessoa é fria e distante. Se este chakra for sobre-activo, a pessoa pode ―sufocar‖ as pessoas com o seu amor e este provavelmente tem razões completamente egoístas.

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5º - O Chakra Garganta É sobre o falar e o escutar. Quando está aberto, a pessoa não tem nenhum problema em expressar-se. Sabe falar mas também escutar. É uma boa ouvinte e normalmente extrovertida. Quando este chakra está sob-activo, a pessoa tende a não falar muito, é provavelmente introvertida e tímida. Contar mentiras pode bloquear este chakra. Se este chakra for sobre-activo, a pessoa tem tendência a falar demasiado, geralmente domina as pessoas e mantém-as à distância. É uma má ouvinte se este for o caso.

6º - O Chakra Terceiro Olho É sobre a introspecção e a visualisação. Quando está aberto, a pessoa tem uma boa intuição. Tende a fantasiar. Se for sob-activo, a pessoa não é muito boa a pensar por si mesma. Tem tendencia a confiar em autoridades e pode ser rígida na sua forma de pensar. Confia em demasiadas opiniões o que a leva a ser confundida facilmente. Se este chakra for sobre-activo, a pessoa pode viver num mundo de fantasia. Em casos excessivos pode sofrer de alucinações.

7º - O Chakra Coroa É sobre a sabedoria e ser-se uno com o mundo. Quando este chakra está aberto, a pessoa é completamente ciente do mundo e de si mesma. Se for sob-activo, a pessoa não está muito ciente da espiritualidade. Provavelmente é completamente rígida na sua forma de pensar. Se este chakra for sobre-activo, a pessoa intelectualiza coisas demais. Pode ser viciada em temas espirituais e ignorar as suas necessidades corporais.

Abrir os Chakras Meditações chakrais que usam mudras e sons para abrir os chakras. Estas meditacões chakrais usam os mudras, que são posições especiais das mãos, para abrir os chakras. Os mudras têm o poder de emitir mais energia aos chakras. Para realçar o efeito, os sons são cantados. Estes sons são em Sânscrito e quando cantados, causam uma ressonância no corpo, provocando um efeito nos chakras que ―entendem‖ o seu significado.

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Para a pronúncia, mantenha na mente isto: o "A" é pronunciado como em "ah", o "M" é pronunciado como "mng". Faça a meditação de 7 - 10 respirações. Cante o som prolongando-o (Ex.: LAAAAAAAAAAAMMMM), repetindo 3 vezes.

Para abrir o Chakra Raiz Unir as pontas dos dedos polegar e indicador. Concentrar-se no ponto entre os genitais e o anus. Cante o som LAM.

Para abrir o Chakra Sacral Por as mãos no colo, palmas para cima, uma sobre a outra. Mão esquerda embaixo com a palma a tocar na parte traseira dos dedos da mão direita. As pontas dos polegares tocam-se delicadamente. Concentre-se no chacra sacral no osso sacral (na parte traseira mais baixa da coluna). Cante o som VAM.

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Para abrir o Chakra Umbigo Pôr as mãos em frente do estômago. Dedos juntos esticados para a frente. Cruze os polegares. É importante endireitar os dedos. Concentrar-se no chacra umbigo situado na coluna vertebral, um bocado acima do nível do Umbigo. Cante o som RAM.

Para abrir o Chakra do Coração Sente-se de pernas cruzadas. Deixe as pontas de seu dedo indicador e do polegar tocarem-se. Ponha a sua mão esquerda sobre o seu joelho esquerdo e a sua mão direita na frente da parte mais inferior do seu osso do peito (assim um bocado acima do pulmão).

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Concentre-se no chakra do coração na coluna vertebral, no nível do coração. Cante o som YAM.

Para abrir o Chakra da Garganta Cruze os seus dedos no interior das suas mãos, sem os polegares. Deixe os polegares no alto, e puxe-os para cima ligeiramente. Concentre-se no chakra da garganta na base da garganta. Cante o som HAM.

Para abrir o Chakra do Terceiro Olho Pôr as mãos em frente da parte mais inferior do peito. Os dedos médios, rectos tocam-se no alto, apontando para a frente. Os outros dedos são dobrados e Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt

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tocam nas duas falanges superiores. Os polegares apontam para si e tocam-se. Concentre-se no chakra do terceiro olho ligeiramente acima do ponto entre as sobrancelhas. Cante o som OM.

Para abrir o Chakra Coroa Ponha as suas mãos em frente do seu estômago. Deixe os dedos anelares apontarem para cima tocando-se. Cruze o resto dos seus dedos, com o polegar esquerdo debaixo da direita. Concentre-se no chacra da coroa no alto da cabeça. Cante o som AUM. Aviso: não use esta meditação para o chakra da coroa enquanto não tiver o chakra Raiz adequadamente forte (é necessário para um bom equilíbrio).

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IX – Meditação Mântrica Significado de Mantra Podemos reduzir a explicação de mantra simplesmente por ―palavras sagradas de poder‖. Os mantras em geral são muito curtos, um breve verso comportando algumas sílabas e com sentido bem claro. Mas eles também podem consistir numa extensa combinação de sílabas aparentemente desprovidas de sentido. Os "sonssemente", formados de uma única sílaba e que terminam quase sempre por uma nasal, como o m ou n, constituem mantras ainda mais complexos e enigmáticos. Dentro desta categoria, o mantra mais conhecido é OM (AUM), palavra que diz-se contém a chave do universo. OM corresponde às três principais divindades Brahma, Vishnu e Shiva. Os mantras são compostos de diferentes formas, eles podem ser o produto de uma inspiração comunicada directamente pelo Cosmos ou podem resultar também de uma meditação, e nesse caso, ser uma emanação do espírito inconsciente de um iogue. Alguns são recolhidos diretamente no akasha, o éter cósmico ou memória universal, por adeptos de altíssimo grau, outros mantras são obras de poetas, cantores ou de místicos. Muitos mantras, considerados dentre os mais eficazes, foram compostos através de um dos vários métodos usados para reduzir a uma curta fórmula hermética toda uma obra importante, este procedimento é, às vezes, utilizado em proporções inimagináveis, é desta forma por exemplo, que um livro sagrado contendo milhares e milhares de versos pode ser resumido num só capítulo. Este capítulo pode, em seguida, ser reduzido a um só parágrafo, depois a um verso e, finalmente, a uma única sílaba . Esta sílaba última tem um poder tão grande que de forma análoga a um micro ponto da moderna computarização, encerra a essência de todo o tratado. O domínio desse mantra conferirá imediatamente ao discípulo uma compreensão intuitiva do conjunto do texto. Além de OM , existem outros mantras do tipo "som-semente", tais com krim, hrim, vam, gam, ram, shrim, etc ..., cujas vibrações são inicialmente concentradas e depois projetadas, seja para o interior de si mesmo, seja para o exterior, na forma de invocações , ordens, bençãos com o propósito de agir como instrumento de protecção, de poderes curativos e armas de defesa. Os mantras "internos" são dirigidos para uma parte do corpo, tal como a cabeça, o espaço entre as sobrancelhas, o plexo solar ou os órgãos sexuais, onde produzem vibrações de energias precisas. Dessa forma, os mantras orientais dirigidos para o crânio provocam ressonância nos alvéolos do cérebro, criando um tipo de iluminação mística. Afirma-se mesmo, na mantra ioga, que certos mantras efectuam uma viagem circular no corpo humano, e que as suas reverberações provocam o desaparecimento de tecidos usados e gastos, substituindo-os por tecidos novos. Os mantras podem ser dirigidos para uma parte específica do corpo que tenha necessidade de ser revigorada ou curada.

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Acredita-se que existe um mantra para todos os estados e todas as doenças e melhor ainda, para todos os problemas, de qualquer natureza. Todos podem ser resolvidos com a entoação dos sons convenientes e apropriados, porque cada mantra é um som, e as vibrações sonoras constituem a própria base do universo. As doutrinas orientais atribuem enorme importância ao conhecimento e uso dos mantras. É comum admitir que os efeitos de um mantra são reforçados com a repetição do mesmo: a entoação sem fim da fórmula aumenta o efeito de seus benefícios. O mantra age sobre o espírito, permitindo gradualmente ao praticante compreender o seu significado profundo. A sua constante repetição, sobretudo quando combinada com os pranayamas, ou técnicas respiratórias, contribui para suscitar um estado de transe e provocar uma iluminação mística. O mantra penetra nos reinos sobrenaturais, e de certa forma, compele aos deuses responder às preces que lhes são feitas. Se uma pessoa repete (com correcção) cem mil vezes um certo mantra que objetiva poder, homens e mulheres obedecerlhe-ão implicitamente; se essa pessoa o repete duzentas mil vezes, ela poderá dominar todos os fenómenos naturais ; com um milhão de vezes, conseguirá a faculdade de viajar através de todo o universo. Utilizam-se rosários especiais para controlar o número de repetições. São feitos geralmente de grãos secos, enfiados num cordão. Por meio de um único mantra pronunciado em voz alta, ou murmurado, ou repetido mentalmente, podemos obter aquilo que procuramos, pois todas as coisas são formas de manifestação do som. E o próprio Brahma é o Som do qual se nutre o universo. Hoje em dia, o uso de expressões védicas em assuntos místicos, esotéricos, ocultismo é tão comum que fazem algumas palavras começarem a ter o seu sentido deturpado, às vezes, vulgarizado. Palavras que têm a sua origem no sânscrito, a Língua Mãe, tais como: guru, karma, dharma, samsara, maya, budha, yoga, nirvana, tantra, mantra; são usadas, muitas vezes, em sentido completamente corrompido, por pessoas inescrupulosas ou mal informadas. Entre as palavras supracitadas, o mantra, circunstancialmente tem vindo a ser confundido com palavras mágicas, orações, fórmula milagrosa, feitiçaria ou mera superstição; completamente distante do seu sentido real e científico. O mantra não é uma oração porque nelas o devoto escolhe as suas próprias palavras. O mantra não é magia porque não deve ser usado para interferir no curso dos fenómenos naturais e nem se trata de fórmula milagrosa porque é uma regra, uma lei e não um facto isolado sem explicação. Os mantras são tecnicamente estudados no Tantra Shastra (escrituras védicas apropriadas para a era actual, Kali-yuga).

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Os mantras são representações sonoras das Divindades, assim como as imagens são as Suas representações formais. O nosso mundo é constituído de nomes e formas (namarupa). No princípio era o Verbo (OM), e o Verbo estava com Deus (Brahman), e o Verbo era Deus... Todas as coisas foram feitas por intermédio Dele, e sem Ele nada do que foi feito se fez.(João 1.1-3) Nas escrituras védicas aprendemos que o mantra original é o OM, formado pelas três letras A,U,M;.significando : Brahma, Vishnu, Shiva - o princípio da criação, manutenção e dissolução (ou absorção) do Universo. Do OM saem todos os outros mantras, conforme ensina a ciência do Mantravidya, que podem ser constituídos por algumas das 50 letras do alfabeto sânscrito chamadas de matrikas (matrizes, ou mãezinhas). Os mantras monossilábicos são chamados de bijas (semente) e são vocábulos inetimológicos. O OM é o bija que dá origem aos demais bijas tântricos. É ensinado que o Mantra é formado por um conjunto ordenado de letras em certa e determinada sequência sonora. Para que produza os efeitos específicos é necessário entoação apropriada com relação ao som e ritmo. Se o mantra for traduzido, ele perde a sua potência como tal (shakti), tornando-se mera palavra ou frase. Nota: Os mantras devem ser pronunciados somente na língua sânscrito. O Mantra precisa ser despertado (prabuddha) do mesmo modo que qualquer forma de energia (shakti) para se obter o resultado esperado. O conhecimento do seu significado é uma condição necessária, mas não suficiente para produzir bons frutos. De igual modo uma devoção ignorante não é uma condição ideal. O princípio é a união do som com a idéia através do conhecimento do mantra e do seu significado. Em Yoga ensina-se que o homem se identifica com o objecto da sua meditação, ou seja, unifica-se com o objecto em que concentra a sua mente. O Mantra no qual a Divindade se revelou, pode revela-La para o devoto iluminado ou para iluminá-lo. O Mantra é a Divindade em forma de vibração sonora. Mediante a recitação (japa) constante do Mantra atinge-se o Mantrasiddhi (perfeição) que é quando o devoto alcança a unidade com o seu objecto de culto, a Divindade do seu Mantra. Nesta unidade o sádhaka (devoto) torna-se um mantrasiddha. A japa é feita em estado de recolhimento e meditação, absorção no mantra para, no final, ser absorvido na Divindade. Não tem nada a haver com a crítica que Jesus fez às vãs repetições, ele referia-se exactamente às vãs repetições e não às práticas mantricas em estado meditativo. Esta é a prática (sadhana) recomendado pelo Tantra Shastra e confirmado por diversos Avatares para esta nossa era (yuga). Ela não é um processo de repetição mecânica, pois de nada adiantaria. Diz-se que a prática da japa é como o homem que sacode o outro para acordá-lo, despertá-lo. Os Tântricos ensinamnos que os lábios do devoto ao movimentarem-se para pronunciarem o mantra são como Shiva e Shakti em maithuna (relação sexual) que finalmente concebem a Deidade adorável do devoto. Deidade esta que é uma expansão do Absoluto Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt

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(Brahmam), que, por amor aos Seus devotos, manifesta-se neste mundo de formas e nomes. Nesta ocasião o iniciado diz: Eu e o Pai, somos um só. Eu Sou. Importância da meditação mântrica no equilíbrio energético O Mestre Egípcio Guardião da Luz Prateada (foi na vida terrena irmão do conhecido Serapis Bey e também chegou à ascensão ou nirvana) ensina que para um mantra dar certo temos que faze-lo com o coração, isto é, com vontade ou motivação própria e sem inibição. Ter motivação significa ter motivos para o fazer, por exemplo: vou fazer um mantra para ser mais feliz, evoluir espiritualmente, ter saúde, equilíbrio, protecção, ser uma pessoa melhor, resolver os meus problemas, porque gosto de fazer e etc, etc. Na anatomia humana, o esterno é o conjunto dos ossos na parte da frente do corpo humano que junta quase todas as costelas. Quando fazemos um mantra com motivação o osso que une a parte inferior do esterno com a parte superior, vibra.

Veja na figura o esterno na anatomia: Ele está todo pintado da cor violeta, diferente das outras partes, cujo só os contornos estão pintados. Para sabermos se estamos a praticar o mantra de forma efectiva, podemos tocar neste osso que une a parte superior e a inferior do esterno quanto estivermos a praticar o mantra e ver se ele vibra. Veja nas figuras abaixo onde se localiza o osso que une a parte inferior do esterno com a parte superior:

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Para que tenha mais uma referência, nesta parte mostrada pela figura acima, é o osso mais alto, é facil de senti-lo. A vibração interna sentida vai ajudar também no equilíbrio energético dos chakras e como tal na nossa saúde física, mental e espiritual.

Sequências mântricas Podería mensionar inúmeras sequências de mantras com e para diversas finalidades. Apresento algumas para equilibrar os chakras e para a cura.

MANTRAS PARA OS CHAKRAS OM MANI PADME HUM (mantra para harmonizar os chakras e iluminação) OM MANE PADME HUM HRI OM AIM HRIM SRIM KLIM SOU HU OM (mantra chakra coroa) OM KRIM NAMAHA (mantra chakra olho) OM SO HU NAMAHA (mantra chakra garganta) OM AIM HRIM KLIM CHAMUNDAYE VICHE (mantra chakra coração) OM SRIM NAMAHA (mantra chakra plexo) OM HRIM NAMAHA (mantra chakra alma) OM AIM NAMAHA (mantra chakra base) OM AH HUM (Purifica o corpo e activa os chakras)

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MANTRAS PARA CURA UM TARE TUTTARE TURE MAMA SARVA RANDZA DUSHEN DRODA (Ajuda a superar problemas de saúde e auxilia no tratamento de doenças graves) OM TARE TUTARE TURE SARVA DZARA SARVA DHUKKA BRASHA MANAYA PEH SOHA (Mantra que cura as enfermidades) AOM TAT SAT TAM PAM PAZ (Mantra que traz a força curativa do Sol - Mantra do Arcanjo Miguel) IN EN (Envoca as forças curativas do Espírito Santo) ADONAI (Mantra curativo da Lua) GU RU (Mantra que cura o fígado) BHUR (Mantra que cura o Baço) KRIM (cura o estômago, congestões, úlceras etc...) EFTAH (cura as cordas vocais e tiróide) OMNIS BAUN IGNEOS (Mantra dos médicos Maias) ABRAXAS (cura pelos Seres do Fogo) Mantras do Buda da Medicina: TEYATA OM BECATSE BECATSE MAHA BECATSE . RADSA SAMUNG GATE SOHA

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X – Desbloquear Energias Teorias da biopsicoenergética quanto a bloqueios e desequilíbrios O Campo da Energia Humana é a manifestação da energia universal intimamente envolvida na vida humana. Pode ser descrito como um corpo luminoso que cerca o corpo físico e o penetra, emite a sua radiação característica própria e é habitualmente denominado ―aura‖. Os pesquisadores criaram modelos teóricos que dividem a aura em diversas camadas. Essas camadas, às vezes, chamadas corpos, interpenetram-se e cercam-se umas às outras em camadas sucessivas. Cada corpo compõe-se de substâncias mais finas e de ―vibrações‖ mais altas à medida que se afasta do corpo físico.

A aura normal

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A Anatomia da Aura Existem muitos sistemas que os estudiosos criaram, a partir das suas observações, para definir o campo áurico. Todos eles dividem a aura em camadas, que definem pela localização, pela cor, pelo brilho, pela forma, pela densidade, pela fluidez e pela função. As Sete Camadas do Campo Áurico A primeira, a terceira, a quinta e a sétima camadas têm, todas, uma estrutura definida, ao passo que a segunda, a quarta e a sexta compõem-se de substâncias semelhantes a fluidos, sem nenhuma estrutura particular. Estas assumem forma pelo facto de fluírem através da estrutura das camadas ímpares e, assim, de certo modo, adoptam a forma das camadas estruturadas. Cada camada penetra completamente todas as camadas situadas abaixo dela, incluindo o corpo físico. O corpo emocional estende-se além do corpo etérico e incluí tanto o corpo etérico como o corpo físico. Na realidade, cada corpo não é uma ―camada‖, embora seja isso o que se pode perceber. É, antes, uma versão mais dilatada do nosso eu, que carrega dentro de si as outras formas, mais limitadas. Do ponto de vista do cientista, cada camada pode ser considerada um nível de vibrações mais elevadas, que ocupa o mesmo espaço dos níveis de vibrações inferiores e estende-se além deles. Visando perceber cada nível consecutivo, o observador terá de mover-se com a consciência para cada novo nível de frequência. Temos, assim, sete corpos que ocupam todos o mesmo espaço ao mesmo tempo, cada qual estendendo-se para fora além do último, coisa a que não estamos acostumados na vida ―normal‖ de todos os dias. Muitas pessoas presumem erroneamente que a aura se parece com uma cebola, da qual se descascam camadas sucessivas. Masnão é assim. As camadas estruturadas contêm todas as formas que o corpo físico possui, incluindo os órgãos internos, os vasos sanguíneos, etc., e formas adicionais, que o corpo físico não contém. Um fluxo vertical de energia pulsa para cima e para baixo do campo da medula espinhal. Estende-se para fora, além do corpo físico, acima da cabeça e abaixo do cóccix. Existem no campo vórtices turbilhantes, em forma de cones, os chakras. As suas pontas apontam para a corrente principal de força vertical, e as suas extremidades abertas estendem-se para a borda de cada camada do campo em que estão localizados. As Sete Camadas e os Sete Chakras do Campo Áurico Cada camada parece diferente das outras e exerce a sua função particular. Cada camada da aura está associada a um chakra: a primeira camada associase ao primeiro chakra, a segunda ao segundo chakra, e assim por diante. Estes conceitos, gerais, tornar-se-ão muito mais complicados à medida que nos aprofundamos no assunto. A primeira camada do campo e o primeiro chakra estão ligados ao funcionamento físico e à sensação física — a sensação da dor ou do prazer físicos. Está ligada ao funcionamento automático e autónomo do corpo. A segunda camada e o segundo chakra, em geral, associam-se ao aspecto emocional dos seres humanos. São os veículos através dos quais temos a nossa vida emocional e os nossos sentimentos. A terceira camada liga-se à nossa vida mental, à reflexão linear. O quarto nível, associado ao chakra do coração, é o veículo através do qual amamos, não somente os companheiros, Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt

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mas também a humanidade em geral. O quarto chakra é o chakra que metaboliza a energia do amor. O quinto é o nível associado a uma vontade mais alta, mais ligada à vontade divina. O quinto chakra associa-se ao poder da palavra, criando coisas pela palavra, prestando atenção e assumindo responsabilidade pelos nossos actos. O sexto nível e o sexto chakra estão vinculados ao amor celestial, um amor que se estende além do âmbito humano do amor e abrange toda a vida. Proclama o zelo e o apoio da protecção e do nutrimento de toda a vida. Considera todas as formas de vida preciosas manifestações de Deus. A sétima camada e o sétimo chakra estão vinculados à mente mais elevada, ao saber e à integração da nossa constituição espiritual e física. Existem, por conseguinte, localizações específicas, no interior do nosso sistema de energia, para as sensações, as emoções, os pensamentos, as lembranças e para outras experiências não-fisicas que costumamos confiar aos nossos médicos e terapeutas. Se compreendermos o modo com que nossos sintomas físicos se relacionam com essas localizações, ser-nos-á mais fácil compreender a natureza das diferentes enfermidades e também a natureza da saúde e da doença. Dessa forma, o estudo da aura pode ser uma ponte entre a medicina tradicional e as nossas preocupações psicológicas.

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Sistemas Energéticos de Defesa Segundo as teorias biopsicoenergéticas os organismos vivos mobilizam-se, metabilizam-se e libertam energia dentro da faixa electromagnética ou etérica. Assim, todos os seres humanos, com as suas acções, pensamentos e emoções criam obstruções porque o mundo nos parece controverso e inseguro. Obstruímos modelos que envolvem todo o nosso sistema de energia e assim criamos bloqueios, perigosas situações energéticas que chegam a comprometer a saúde e o equilíbrio físico, psíquico e mental. Os nossos sistemas energéticos de defesa destinam-se a repelir, a defender-nos, agressiva ou passivamente, contra uma força que entra. Destinam-se a mostrar força e, dessa maneira, a assustar um possível agressor, ou a chamar a atenção para nós indirectamente, sem admitir que é isso o que desejamos. Como o ―porco-espinho‖ (de cor geralmente cinzento-esbranquiçada), a aura da pessoa torna-se espinhosa e dolorosa ao toque. A maioria das pessoas responde a essa defesa distanciando-se. Na forma de defesa do ―recuo‖, a porção da consciência e da aura da pessoa ameaçada deixa simplesmente o corpo numa nuvem de energia azul-clara. Os olhos terão uma expressão vidrada. O mesmo vale para a pessoa que está ―fora de si‖. A duração dessa configuração é mais prolongada que a do recuo, que varia entre alguns segundos e algumas horas. A manifestação ―fora de si‖ costuma durar mais, dias ou anos. A negação verbal está associada a muita energia, geralmente amarela, na cabeça, a uma severa obstrução no pescoço e à estagnação da energia na metade inferior, que é pálida e imóvel. A pessoa permanece verbalmente activa a fim de sustentar alguma sensação de estar viva. A troca verbal mantém a energia fluindo na cabeça. Temos também de ter noção do quanto a energia ambiental pode actuar no campo da energia humana. Isso pode determinar o aparecimento de algumas formas de bloqueios. A Ayurvédica pode ter uma acção significativa e actuante na remoção de todos estes bloqueios. Nestes casos, o terapeuta deve estar atento, e ter conhecimentos para poder ajudar o paciente. Deve de estabelecer um plano de tratamento eficaz, conforme o grau e a sua origem, podendo ser classificados como bloqueios autogerados, externos ou dirigidos.

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XI – Breve abordagem da medicina ayurvédica História da medicina Ayurvédica O Ayurveda, como já vimos, é um sistema de tratamento que se desenvolveu no sub-continente indiano há 5000 anos. Foi estabelecido pelos grandes sábios (Rishis) que inventaram os sistemas indianos originais de meditação, ioga e astrologia. O Ayurveda tem uma base tanto espiritual como material, sendo a perspectiva espiritual que engendra a prática. De acordo com o ayurveda, os seres humanos são compostos por três corpos ou aspectos: o físico, o subtil e o causal. Em linguagem ocidental podiam ser referidos como corpo,mente e espírito. O sistema de saúde ayurvédico afirma que a saúde consiste no funcionamento harmonioso das três partes desta trindade. A matéria da literatura hindu relativa à medicina e saúde é chamada de ―Ayurveda‖: a ciência da longa vida. Tem sido sugerido que o Ayurveda seja, de facto, um Veda menor, um membro suplementar ou de suporte, especialmente do Atharva Veda. Outros eruditos contestam este ponto de vista. Mas, seja qual for a sua colocação literária, estes escritos são tidos como sagrados. Os primeiros textos védicos, cuja elaboração se situa entre 1500 e 1200 a.C., preocupavam-se especialmente com a velhice e problemas a ela inerentes, prescrevendo curas que envolviam a oração e a utilização de ervas. Mas o mais importante é que o ponto de vista inicial da formação do ser humano concorda com as descrições ayurvédicas posteriores. A origem do conhecimento médico ayurvédico parece ser uma combinação daquilo que é directamente recebido do divino e dos ensinamentos dos sábios antigos. O Charaka Samhita, o mais antigo texto ayurvédico conhecido, começa com uma reunião de grandes sábios. Os homens mais sábios e santos das cidades-estado do Vale do Indo reuniram-se algures no sopé dos Himalaias para meditarem sobre o problema da doença. Desejavam uma sociedade livre de doenças, não só para os seres humanos como para todos os seres vivos, para que o povo pudesse dedicar-se às suas obrigações religiosas e continuasse na procura do autoconhecimento. Assim, e tal como narra a história do Charaka Samhita, os sábios nomearam Bhardwaja para ir falar com Indra, deus reconhecido pelas suas curas e remédios. Indra tinha recebido os seus ensinamentos dos ashwins (médicos divinos), que por sua vez o tinham recebido do próprio Brama. No Sushruta Samhita, outro texto ayurvédico muito importante que foca especialmente a cirurgia, a fonte do conhecimento é igualmenye divina, embora diferente da indicada no Charaka. Aqui é Dhanvantari que traduz o conhecimento directamente dos deuses. A prática ayurvédica inclui oito ramos ou subespecialidades: Clínica Geral, Cirurgia, Cirurgia Plástica, Otorrinolaringologista, Toxicologia, Obstetrícia e Ginecologia, Pediatria e Oftalmologia. Além disto, os vaidyas (médicos ayurvédicos) estão familiarizados com os princípios nutricionais, a psicologia, a astrologia, as terapias com cristais e a cromoterapia, os preparados com ervas e a meteorologia. Visto num todo, o Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt

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Ayurveda representa um modelo dinâmico e indiscutível para aqueles que procuram um sistema prático e integrado de cuidados de saúde. A cura provém da graça do Absoluto que age através das leis da Natureza. Tudo o que podemos fazer é auxiliar a Natureza, levando uma vida equilibrada de acordo com as suas leis. A mensagem da Ayurveda é harmonizar o indivíduo com a Natureza, da qual ele provém. Pode constatar-se que os textos ayurvédicos implicam uma ligação entre o conhecimento médico, o pensamento filosófico e as tradições religiosas ou até talvez uma evolução delas. A base de todos os tratamentos do sistema ayurvédico consiste no equilíbrio das nossas energias vitais. Para este fim, ele fornece-nos regimes individualizados diários que tratam do corpo, da mente e do espírito. Utiliza a meditação como instrumento fundamental, incluindo ainda dietas, ervas, substâncias minerais e aromas. Preocupa-se tanto com a sociedade como com o indivíduo e procura dar-nos a oportunidade de compreender e realizar a nossa verdadeira atureza. De acordo com a sabedoria do Ayurveda, o corpo-mente tem a capacidade de se auto-curar. A mesma Inteligência que actua no macrocosmos – que governa a migração dos pássaros, a mudança de estação, as marés, as órbitas dos planetas – também opera ao nível do microcosmos, a psicologia humana. O único objectivo do Ayurveda é promover o fluxo desta grande Inteligência através de cada ser humano.

Princípios básicos No Charaka Samhita diz-se que alguém é saudável se preencher as seguintes condições: Quando os três ―doshas‖ (vata, pitta, kapha) estão em perfeito equilíbrio. Quando todos os‖dhatus‖, ou tecidos, do corpo funcionam correctamente. Quando os três ―malas‖, ou dejectos (urina, fezes e transpiração), são produzidos e eliminados em quantidades normais. Quando os ―srotas‖, ou canais, do corpo estão desimpedidos. Quando o ―agni‖, ou fogo digestivo, está estimulado e o apetite é normal. Quando os cinco sentidos estão a funcionar correctamente. Quando o corpo, a mente e a consciência estão em armonia e o indivíduo goza de felicidade.

O conhecimento Ayurvédico é muitíssimo vasto e interessante mas não cabe a esta formação o seu estudo. Os interessados poderão consultar literatura adequada para essa finalidade. Iremos no entanto, para melhor compreender a prática da Ayurvédica, fazer uma abordagem aos cinco elementos e a relação com os tridoshas.

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XII – Os cinco elementos Significado dos cinco elementos A Ayurveda baseia-se no sistema filosófico samkhya nos cinco elementos que formam toda a manifestação material do universo. O ser humano possui cinco órgãos dos sentidos, podendo assim captar o mundo de cinco maneiras diferentes. Os órgãos dos sentidos são os ouvidos, a pele, os olhos, a língua e o nariz. Cada um deles tem uma maneira única de captar uma forma especial de energia externa e de a absorver para dentro do corpo. As cinco energias, ou elementos, que são captados pelos cinco sentidos são conhecidas por ―pancha mahabhutas‖ ou cinco elementos. São conhecidos pelos seguintes nomes: Akasha (Éter) Vayu (Ar) Tejas (Fogo) Jala (Água) Prthivi (Terra) É importante compreender que, apesar dos mahabhutas serem completamente distintos uns dos outros, partilham muitos atributos comuns. Por exemplo, os protões, os neutrões, os electrões e outras partículas subatómicas do átomo representam o prthivi (terra) mahabhuta. As forças que operam dentro do átomo e que atraem e mantêm os electrões na proximidade do núcleo representam jala (água) mahabhuta. A grande quantidade de energia que se desprende com a cisão do átomo e a energia latente que está presente quando intacto, reflectem os atributos do tejas (fogo) mahabhuta. A força que faz girar os electrões à volta do seu núcleo demonstra os traços dominantes do vayu (ar) mahabhuta e o espaço em que se movem representa o akasha (éter) mahabhuta. Assim, os cinco grandes elementos existem em todas as formas de matéria.

Combinação dos cinco elementos De acordo com a Ayurveda, no início do mundo existia um estado não manifesto de conhecimento puro. A partir desse estado começaram a manifestar-se as vibrações do primeiro som, o som Aum inaudível. Foi a partir daqui que nasceu o elemento éter. Algum tempo depois, o éter começou a movimentar-se, dando origem ao elemento ar. O movimento do éter produziu fricção a partir da qual surgiu o calor. Das partículas deste calor primário formou-se luz que gerou o elemento fogo. Através do calor do fogo dissolveram-se e liquefizeram-se algumas partes do éter, dando origem à água. A água solidificou-se, formando as moléculas do elemento terra. Como tal, a partir do som divino Aum surgiu o éter Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt

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do qual surgiram os outros elementos. Todas as substâncias orgânicas e inorgânicas derivam da terra: os seres vivos do reino vegetal como as ervas, os grãos e as árvores, assim como todo o reino animal incluindo o homem. A terra também inclui as formas inorgânicas que constituem o reino mineral. Assim, toda a matéria em toda a sua diversidade deriva dos cinco elementos.

Os cinco elemento Elemento Éter

(Mahabhuta) (Akasha)

Sentido

Órgão

Qualidades do elemento

Audição

Ouvidos

Som subtil, não resistência, ilimitado, leve

Ar

(Vayu)

Tacto

Pele

Pressão, frio, duro, seco

Fogo

(Tejas)

Visão

Olhos

Calor, leve, activo, claro, ácido

Água

(Jala)

Paladar

Língua

Líquido, frio, viscoso, suave

Terra

(Prthivi)

Olfacto

Nariz

Sólido, pesado, estável, lento, imóvel

_________________________________________________________________

De acordo com o Ayurveda, quando algum dos 5 elementos está em desequilíbrio no corpo do indivíduo, inicia-se o processo da doença.

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XIII – Tridosha – Vata, Pitta, Kapha Com já vimos toda a matéria é composta de cinco elementos que constituem os blocos formadores da existência. No entanto, apenas a matéria viva possui os doshas ou tridoshas, as três forças que governam todos os processos biológicos. O termo ―dosha‖ significa ―aquilo que escurece ou causa a decadência‖. Quando os doshas estão em desequilíbrio, inicia-se o processo da doença. Os nomes dos três doshas são vata, pitta e kapha.

Portanto os seres humanos são influenciados pelos 5 elementos através do dosha. Os doshas são Vata, regido por ar e éter, Pitta, regido por fogo e água, e Kapha, regido por terra e água. Todas as pessoas possuem os três doshas, mas em diferentes proporções. Ao nascermos, tal proporção está em equilíbrio mas com o tempo e a vida desregrada surge o desequilíbrio em um ou mais desses doshas, contribuindo para o surgimento e desenvolvimento de doenças. Existe muito a ser dito a respeito de cada um dos doshas, mas as suas funções básicas podem ser definidas ampla e simplesmente: o dosha Vata é o princípio dominante no corpo que controla o movimento; o dosha Pitta controla o metabolismo e a digestão; e o dosha Kapha é responsável pela estrutura física e o equilíbrio dos fluidos. 68 Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa

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Cada célula do corpo precisa conter esses três princípios a fim de sustentar a vida. Cada indivíduo precisa ter Vata para o movimento, para respirar, para que o sangue circule, para que os alimentos se desloqueem através do aparelho digestivo e para enviar impulsos nervosos ao cérebro e a partir dele. Precisa ter Pitta a fim de assimilar e processar os alimentos, o ar e a água através dos diversos sistemas do corpo. Tem necessidade de Kapha, ou estrutura, para manter as células juntas e formar os músculos, a gordura, os ossos e o tecido conjuntivo. Embora a natureza precise dos três princípios para criar e sustentar a vida humana, cada um de nós encerra diferentes proporções dos doshas na nossa constituição básica. Quando se diz, por exemplo, que uma pessoa é do "tipo Vata", quer-se dizer que certas características Vata são dominantes na estrutura dessa pessoa. Os indivíduos do tipo Pitta ou do tipo Kapha terão as suas características predominantes particulares. Ao identificar e compreender o seu tipo de corpo, cada pessoa pode colocar a sua alimentação, a sua rotina diária e até mesmo o seu comportamento casual em perfeita harmonia com a sua fisiologia como um todo e começa a ter acesso às próprias reservas internas de energia. Vamos examinar mais de perto as características dos três tipos de corpo.

VATA Vata é o princípio que governa o corpo. A influência de Vata num ser humano individual pode ser comparada à acção do vento na natureza. Como o vento, Vata está sempre em movimento e tende a ser rápido, frio, seco, áspero e leve. As pessoas que são tipos Vata também são dominadas por essas qualidades.

Características do tipo Vata: Constituição física leve e magra Executa rapidamente as actividades Fome e digestão irregulares Sono leve e interrompido; tendência para a insónia Entusiasmo, vivacidade, imaginação Excitabilidade, disposição de ânimo variável Capta rapidamente novas informações mas também esquece rápido Tendência a se preocupar Tendência a ter prisão de ventre

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Fica cansado rapidamente, tendência a se esforçar demais A energia física e mental manifesta-se aos arranques

É extremamente Vata: Sentir fome a qualquer hora do dia ou da noite Amar a agitação e as constantes mudanças Ir dormir em horas diferentes a cada noite, saltar refeições e ter hábitos irregulares de um modo geral Digerir bem a comida num dia e mal no outro Ter crises emocionais de curta duração e que são logo esquecidas Andar depressa

A característica do tipo Vata é a "mutabilidade". As pessoas de Vata são imprevisíveis e muito menos estereotipadas do que as do tipo Pitta ou Kapha. A sua variabilidade - de tamanho, forma, disposição de ânimo e acção - é a característica que o distingue. No caso da pessoa do tipo Vata, a energia física e mental manifesta-se aos arranques. Os indivíduos desse tipo tendem a andar depressa, ter fome a qualquer hora, amar a excitação e a mudança, ir dormir a uma hora diferente a cada noite, saltar refeições e digerir bem a comida em um dia e mal no dia seguinte.

PITTA O dosha Pitta governa a digestão e o metabolismo. Pitta é responsável por todas as transformações bioquímicas que ocorrem no corpo, e está estritamente envolvido com a produção de hormonas e enzimas. O Pitta no corpo é comparado ao princípio do fogo na natureza - ele queima, transforma e digere. Pitta é quente, aguçado e ácido.

Características do tipo Pitta: Constituição física média Força e resistência médias Fome e sede intensas, digestão forte Tendência a ficar zangado e irritado quando stressado

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Pele clara ou rosada, amiúde sardenta Aversão ao sol e ao calor Carácter empreendedor, aprecia os desafios Intelecto aguçado Fala precisa e articulada Não consegue saltar refeições Cabelo louro, castanho ou ruivo (ou com nuanses avermelhadas)

É extremamente Pitta: Ficar faminto se o jantar atrasar meia hora Viver em função do relógio e detestar desperdiçar o tempo Acordar à noite a sentir calor e sede Assumir o comando de uma situação ou sentir que deveria fazê-lo Aprender, através da experiência,que as outras pessoas às vezes o acham por demais exigente, sarcástico ou crítico Ter um andar determinado

A intensidade é a principal característica do tipo Pitta. Cabelo ruivo e uma face rosada indicam uma predominância de Pitta, bem como a ambição, a inteligência aguçada, a franqueza, a ousadia e a tendência a ser argumentador ou ciumento. Mas o lado combativo de Pitta não precisa expressar-se de uma forma extravagante ou grosseira. Quando equilibradas, as pessoas Pitta são calorosas, carinhosas e satisfeitas.

KAPHA O dosha Kapha é responsável pela estrutura do corpo. O Ayurveda diz que Kapha está relacionado com os princípios da terra e da água na natureza. O dosha Kapha é tipicamente pesado, estável, firme, frio, oleoso, lento, inerte e macio, e as pessoas do tipo Kapha caracterizam-se por essas qualidades materiais.

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Características do tipo Kapha: Constituição física sólida e poderosa; grande força e resistência físicas Energia uniforme; movimentos lentos e graciosos Personalidade tranquila e relaxada; custa a ficar zangado Pele fria, suave, espessa, pálida e frequentemente oleosa Custa a captar novas informações, mas depois que as assimila costuma retê-las bem Sono pesado e prolongado Tendência para a obesidade Digestão lenta, fome moderada Afectuoso, tolerante, magnânimo Propensão para ser possessivo, satisfeito consigo mesmo

É extremamente Kapha: Ficar ruminando as coisas durante um longo tempo antes de tomar uma decisão Levantar devagar, ficar na cama um longo tempo e precisar tomar um café logo que acorda Ser feliz com o status quo e preservá-lo apaziguando os outros Respeitar os sentimentos das outras pessoas (com relação às quais sente uma genuína empatia) Procurar conforto emocional na comida Ter movimentos graciosos, olhos lânguidos e um andar deslizante, mesmo quando gordo

A característica básica do tipo Kapha é "relaxado". O dosha Kapha gera estabilidade e regularidade. Ele fornece a força e a resistência física que definem a estrutura robusta das pessoas típicas do tipo Kapha. Elas são consideradas afortunadas no Ayurveda porque, por via de regra, gozam de excelente saúde e expressam uma visão do mundo serena, feliz e tranquila. É extremamente Kapha ruminar as coisas durante um longo tempo antes de tomar uma decisão, dormir profundamente e levantar devagar, procurar conforto emocional na comida, mostrar-se feliz com o status quo e tranquilizar os outros para preservá-lo.

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Veja as principais características físicas e mentais dos três doshas: CARACTERÍSTICAS VATA

PITTA

KAPHA

Como trabalha

Com uma velocidade mediana

Vagarosamente

Com muita iniciativa

_____________________________________________________________ Memória

Curta

Média

Longa

Digestão

Irregular

Muito rápida

Lenta

Fome

Irregular

Muita

Pouca

Preferências

Doce, ácido, salgado

Doce, amargo, adstringente

Picante, amargo, adstringente

Desejos

Comida e bebida Comida e quente bebida fria

Coisas secas

Movimentos intestinais

irregulares

Fezes soltas

Fezes formadas

Cor da Pele

Acinzenta

Morena, clara, avermelhada

Branca, clara, limpa

Peso Corporal

Leve

Médio

Pesado

Temperatura da pele

Baixa, mãos e pés frios

Alta

Baixa

Intolerência

Frio

Calor

Maneira de andar

Leve, vivaz, veloz, movimentos rápidos

Estável

Estável e lenta

Pele

Seca, dura, resistente, áspera, grosseira

Levemente untuosa, macia

Untuosa, macia e lisa

Face

Comum

Atractiva, de cor Atractiva, clara, rugas branca, avermelhadas brilhante, aparência lípida e agradável

Húmido

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Sonhos

Terríveis, vôos, corridas, pulos, árvores e montanhas

Estrutura corporal Esguio, alta ou baixa, seca, emagrecida, fraca, irregular tipo pequeno

Raiva, violência, fogo ardente, relâmpagos, ouro, sol

Água, lagoas, bando cisnes, flores, oceano, pássaros

Tamanho Grande, roliço, médio, suave corpulento, moderadamente suave, brilhante forte

Discurso

Rápido, difuso, Preciso, agudo, elequente, seco, bom falador débil entrecortado, excitante, pouca fluência, inconstante, depressivo

Doce, suave, lento, claro como um trovão, um tambor ou leão

Diante de problemas ou dificuldades

Preocupa-se muito, mente instável, movese para a frente e para trás, perde o auto controle facilmente

A mente permanece estável e clara, resolvendo o problema lenta, mas firmemente

Obnulado, nervoso ou irritado muito facilmente

Descubra o seu dosha É importante compreender que a maioria das pessoas são "bi-dóshicas". A sua constituição é estruturada em torno de uma combinação de dois tipos de corpo e, em alguns casos, dos três. O efeito prático dessas idéias torna-se mais claro quando a pessoa responde ao questionário, que se destina a ajudá-lo a determinar as suas influências particulares dos doshas. O terapeuta não deverá iniciar nenhum traramento antes de proceder a esse questionário. Na medicina ayurvédica isso não será suficiente para estabelecer um diagnóstico. O questionário que apresento é um deles mas poderá estabelecer outro que se destine à mesma finalidade.

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QUESTIONÁRIO AYURVÉDICO O teste que se segue está dividido em três secções. Uma para cada um dos três doshas. Responda a cada uma delas e atribua 0, 3 ou 6 (o que mais se aplicar a si). 0 = Não se aplica a mim 3 = Aplica-se um pouco a mim (ou parte do tempo) 6 = Aplica-se muito a mim (ou quase o tempo todo) No final da secção, anote a sua contagem. Por exemplo, se marcar 6 na primeira afirmação, 3 na segunda e 2 na terceira, o seu total até esse ponto seria 6 + 3 + 2 = 11. Totalize a seção inteira dessa maneira, e chegará à sua contagem final Vata. Vá então adiante para as declarações Pitta e Kapha. Ao terminar, terá três contagens diferentes. Ao compará-las, irá determinar o seu dosha. No caso dos traços relativamente objectivos, a sua escolha geralmente será óbvia. No caso do comportamento e das características mentais, que são mais subjectivos, deve responder de acordo com a maneira como sentiu e agiu na maior parte da sua vida, ou, pelo menos, nos últimos anos.

1ª SEÇÃO: VATA Não se aplica a mim

Aplica-se algumas vezes a mim

Aplica-se quase sempre a mim

1. Executo rapidamente as atividades. 2. Não sou bom em memorizar as coisas e depois lembrá-las mais tarde. 3. Sou animado e vivo por natureza. 4. Sou magro - não engordo com facilidade. 5. Sempre aprendi coisas novas com muita facilidade. 6. O meu andar característico é leve e rápido 7. Costumo ter dificuldade em tomar decisões. 8. Tenho tendência a ter gases e prisão de ventre. 9. Tenho tendência a ter mãos e pés frios. 10. Fico ansioso ou preocupado com frequência. 11. Não tolero tão bem o frio quanto a maioria das pessoas. 12. Falo rápido e os meus amigos acham que eu falo muito. 13. A minha disposição de ânimo muda com facilidade e sou um tanto ou quanto emotivo por natureza. 14. Frequentemente tenho dificuldade em dormir ou em ter uma noite de sono reparador. 15. A minha pele tende a ser muito seca, especialmente no inverno.

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16.A minha mente é muito activa, às vezes inquieta, mas também muito imaginativa. 17.Os meus movimentos são rápidos e activos;a minha energia tende a manifestar-se em surtos. 18. Fico facilmente agitado. 19. Tenho tendência a ter hábitos alimentares e de sono irregulares. 20. Aprendo rápido, mas também esqueço rápido. CONTAGEM VATA

2ª SEÇÃO: PITTA Não se aplica a mim

Aplica-se algumas vezes a mim

Aplica-se quase sempre a mim

1. Eu considero-me muito eficiente. 2. Costumo ser extremamente preciso e organizado nas minhas actividades. 3. Tenho a mente decidida e resoluta e sou um tanto ou quanto enérgico. 4. Sinto um mal-estar ou fico facilmente fatigado no calor - mais do que as outras pessoas. 5. Transpiro com facilidade. 6. Embora nem sempre o demonstre, fico irritado e zangado com bastante facilidade. 7. Não me sinto bem quando salto uma refeição, ou se o almoço ou o jantar atrasa. 8.O meu cabelo tem uma ou mais das seguintes características: tendência a ficar grisalho ou calvo cedo / fino e liso / louro, ruivo ou cor de areia 9. Tenho muito apetite; consigo comer uma grande quantidade de comida se o desejar. 10. Muitas pessoas consideram-me teimoso. 11. A minha evacuação é bastante regular - é mais fácil eu ter diarréia do que prisão de ventre. 12. Fico impaciente com muita facilidade. 13. Tenho a tendência a ser perfeccionista com relação a detalhes. 14. Fico zangado com muita facilidade, mas depois esqueço rapidamente. 15. Gosto muito de alimentos frios, como sorvete, e também de bebidas geladas. 16. É mais fácil eu achar que um ambiente está quente demais do que frio demais. 17. Não tolero alimentos muito quentes e picantes. 18. Não tolero as desavenças tanto quanto deveria. 19. Aprecio os desafios, e quando quero alguma coisa sou muito determinado nos meus esforços para conseguí-la. 20. Tenho a tendência de criticar tanto os outros quanto a mim mesmo.

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CONTAGEM PITTA

3ª SEÇÃO: KAPHA Não se aplica a mim

Aplica-se algumas vezes a mim

Aplica-se quase sempre a mim

1. A minha tendência natural é fazer as coisas de uma maneira lenta e relaxada. 2. Engordo com mais facilidade do que a maioria das pessoas e emagreço mais devagar. 3.A minha disposição é serena e tranquila - não fico agitado com facilidade. 4. Sou capaz de saltar refeições sem nenhum mal-estar significativo. 5. Tenho a tendência a ter um excesso de muco ou secreção, congestão crónica, asma ou sinusite. 6. Preciso dormir pelo menos oito horas para me sentir bem no dia seguinte. 7. Tenho um sono muito profundo. 8. Sou calmo por natureza, e dificilmente fico zangado. 9. Não aprendo tão rapidamente quanto algumas pessoas, mas retenho bem as informações e tenho uma boa memória. 10. Tenho tendência para engordar – acumulo gordura com facilidade. 11. Não gosto quando o tempo fica frio e húmido. l 2. O meu cabelo é grosso, escuro e ondulado. 13. A minha pele é macia, suave e um tanto pálida. 14.A minha constituição física é grande e sólida. 15. As seguintes palavras descrevem-me bem: sereno, meigo, carinho e magnânimo. 16.A minha digestão é lenta, o que me faz sentir pesado depois das refeições. 17. Tenho vigor e resistência física, bem como um nível de energia estável. 18. O meu andar é de um modo geral lento e cadenciado. 19. Tenho tendência a dormir demais, a ficar zonzo ao acordar e sou geralmente lento para fazer as coisas pela manhã. 20. Como devagar e as minhas acções são lentas e metódicas.

CONTAGEM KAPHA

CONTAGEM FINAL VATA:

PITTA:

KAPHA:

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Agora que somou as suas contagens, pode determinar o seu tipo de corpo. Embora só existam três doshas, lembre-se de que o Ayurveda os combina de várias maneiras diferentes para chegar aos tipos de corpo distintos.

Se uma das contagens for muito superior às outras, você é provavelmente um tipo único de dosha. Tipos Únicos de Dosha: Vata Pitta Kapha É definitivamente um único tipo de dosha se a sua contagem mais elevada for duas vezes maior do que a segunda (por exemplo, Vata – 90, Pitta – 45, Kapha 35). Nos tipos únicos de dosha, as características de Vata, Pitta ou Kapha são extremamente evidentes. O seu segundo dosha mais intenso poderá ainda manifestar-se nas suas tendências naturais, porém será muito menos nítido.

Se não existe um dosha dominante, você é um tipo de dois doshas. Tipos de Dois Doshas: Vata-Pitta ou Pitta-Vata Pitta-Kapha ou Kapha-Pitta Vata-Kapha ou Kapha-Vata Se é um tipo de dois doshas, os traços dos seus dois principais doshas serão predominantes. O mais elevado manifesta-se primeiro no seu tipo de corpo, mas ambos são levados em conta. Quase todas as pessoas são tipos de dois doshas. Um tipo assim poderá ter a seguinte contagem final: Vata - 80, Pitta - 90, Kapha - 20. Se esta for a sua contagem, pode-se considerar um tipo Pitta-Vata.

Se as três contagens forem praticamente iguais, pode ser um tipo de três doshas. Tipo de Três Doshas Vata-Pitta-Kapha Não obstante, este tipo é considerado o mais raro de todos. Verifique novamente todas as suas respostas ou peça a um amigo que acompanhe as respostas consigo. Além disso, pode reler as descrições de Vata, Pitta e Kapha para ver se um ou dois doshas se mostram mais proeminentes na sua estrutura. Todo este princípio não é assim tão simplista mas não está no âmbito desta formação desenvolver-mos uma matéria que requer muito mais estudo e conhecimento. Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt

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XIV – Os pontos marma Segundo a Ayurveda, as nossas vidas e experiências passadas, ou remotas, podem ser observadas na estrutura actual dos nossos corpos. Também sabemos que este mesmo registo está presente nas nossas mentes. A crónica dos nossos prazeres e problemas emocionais passados pode ser lida na nossa forma física. Por exemplo, se o medo tiver sido preponderante nas nossas vidas, teremos uma postura cifótica e uma respiração pouco profunda. No caso da raiva, ganância e de todos os outros sentimentos humanos, os padrões físicos são notórios. Ao mantermos inconscientemente os nossos corpos em posturas pouco naturais, podemos limitar o fluxo de prana, ou energia vital, que por natureza procura e expansão e o crescimento, ou então permitir que se escape livremente. No primeiro caso, o corpo é demasiado sólido e comprimido e, no segundo, bastante expandido e poroso. Em qualquer dos casos, o corpo-mente desorganiza-se e afasta-se da sábia orientação das leis naturais. Os antigos sábios ayurvédicos descobriram pontos espalhados pelo corpo e através dos quais deve fluir o prana, mantendo assim, a saúde dos indivíduos. São conhecidos como pontos marma. De acordo com o Sushruta Samhita, os pontos marma estão em regiões anatómicas onde estão presentes duas ou mais das seguintes estruturas; sira (vasos sanguíneos, asthi (ossos e nervos), snayu (ligamentos), mamsa (músculos) e sandhi (articulações). Além disto, o ponto marma é onde o prana se concentra. Ferido pode levar a doenças graves e até à morte. A ayurveda refere ainda que os pontos marma são parte de vata, pitta, kapha, rajas, tamas e sattwas (os três doshas e os gunas ou energias subtis), tendo efeitos substanciais no corpo e mente. Os marmas são semelhantes aos pontos de pressão usados na reflexologia e na acupressão. Com efeito, é o sistema de marmas que deu origem a esses dois sistemas e à acupuntura. O uso deles no contexto do sistema ayurvédico aumenta muito a potência dos efeitos obtidos. Os marmas, como os pontos de acupuntura, são medidos em dedos. São em número de 107 e classificados em seis categorias por Hrdayam no seu livro Astanga Hrdayam:

1. Mamsa marmas – predomina neles o tecido muscular 2. Asthi marmas – predomina o tecido ósseo 3. Snayu marmas – predominam os tendões e ligamentos 4. Dhamani marmas – predominam as artérias 5. Sira marmas – predominam as veias 6. Sandhi marmas – predominam as articulações ósseas

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Os marmas definem-se ainda, pela sua localização no corpo: 1. Cabeça e Pescoço ---------------- 37 2. Frente do Corpo ------------------- 12 3. Membros Superiores ------------- 22 4. Parte de Trás do Corpo ---------- 14 5. Membros Inferiores --------------- 22 Total ------------------------------------- 107

Os marmas não devem ser vistos como um sistema complicado e difícil, como o dos pontos de acupuntura e os meridianos. São pontos naturalmente sensíveis que, qualquer massagista experiente e com um pouco de sensibilidade, sabe identificar. Como já dissemos, os marmas são medidos em dedos. A unidade de medida é a largura do dedo do paciente, não a do terapeuta. As localizações são especificadas dessa maneira porque cada pessoa tem uma constituição física diferente, tem medidas e proporções diferentes. Em comparação com outros sistemas, os marmas também são diferentes porque podem ter uma largura de um a oito dedos – ou seja, muitas vezes indicam uma região do corpo e não um simples ponto. Na massagem os marmas podem ser usados de três maneiras: Para tratar os nadis, portanto os pranas Para tratar um órgão ou um sistema orgânico específico Para tratar um desequilíbrio específico dos doshas

Os principais métodos de tratamento dos marmas são a pressão, a massagem circular e o uso de óleo e de óleos essenciais. Também podem ser tratados pelo calor. São pontos extremamente delicados e não devem ser estimulados com força nem de maneira agressiva. Do mesmo modo, a pressão deve ser aplicada lentamente, com uma força crescente. A presença mental do terapeuta é de capital importância. A respiração é um elemento crucial de todas as técnicas de massagem, mas especialmente na massagem dos marmas, pois eles são meios directos de acesso ao prana do paciente.

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Pontos marma – frente Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt

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pontos marma – costas

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XV – Aplicação prática da massagem ayurvédica Técnica da automassagem Existem muitas técnicas de massagem ayurvédicas tradicionais, indicadas para vários tipos de problemas e predominâncias dóshicas. A que vamos aprender a aplicar é uma massagem apropriada para todas as estações e constituições. Pretende fortalecer o sistema imunológico e estimular a circulação linfática e sanguínea. Para poder aplicar uma massagem eficaz o terapeuta deve estar bem tanto física como mentalmente. É necessário para isso que o terapeuta se cuide e se mantenha em forma. Propomos assim que faça assiduamente massagem e quando isso não for possível fica aqui uma proposta de automassagem simples e relaxante: Utilise um bom óleo. Comece por massajar a cabeça para a frente e para trás, com algum vigor, usando a parte anterior das palmas das mãos. Coloque depois um pouco de óleo nas narinas e orelhas. Continue pelo pescoço, que deve ser primeiro esfregado para cima e para baixo e depois massajado. A garganta é massajada de baixo para cima e o rosto suavemente massajado com a palma da mão num movimento que produza fricção. Na generalidade, os ossos longos, como o dos braços e pernas, devem ser massajados para cima e para baixo, enquanto as grandes articulações, como os ombros, cotovelos e joelhos, devem ser massajados com movimentos circulares, sendo perfeitamente aceitável apertá-los e dar-lhes pequenas pancadas. O peito e abdómen devem ser massajados na direcção dos ponteiros do relógio com a palma da mão. As ancas e nádegas deverão ser massajadas para cima e para baixo e ainda com movimentos circulares. As mãos e os pés devem receber uma atenção especial. Comece no centro da palma ou planta, onde existem muitos pontos marma. Dê pequenas pancadas nestas áreas antes de continuar para as costas das mãos e dos pés. Durante a massagem, lembre-se sempre que está a fornecer alimento e vitalidade a si próprio. Acima de tudo, a massagem promove uma movimentação de energias em todo o corpo. Tenha sempre em mente o bem que está a fazer a si próprio. Lembre-se que a massagem limpa o corpo, ajuda a eliminar as toxinas, abre os canais para que as energias possam fluir livremente através deles e dos pontos marma. A massagem rejuvenesce o corpo e a mente. Após a massagem repouse por algum tempo.

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Sequência da massagem geral

1. Costas – massagem da coluna dorsal e lombar e estimulação de pontos 2. Pescoço – massagem da coluna cervical e parte superior dos trapézios 3. Membros inferiores – parte traseira e pés 4. Membros inferiores – parte da frente e pés 5. Abdómen – massagem e estimulação de pontos 6. Tórax 7. Membros superiores – braços e mãos 8. Pescoço – parte dianteira e lateral 9. Rosto 10. Cabeça – massagem e estimulação de pontos 11. Imposição de mãos sobre o rosto

Nota – Os membros superiores também podem ser massajados na posição de decúbito ventral logo a seguir às costas e pescoço. A massagem é acompanhada por manobras de tracção e alongamento. O terapeuta aplica a massagem com as mãos e efectua alguns movimentos com os pés devendo sempre adoptar posições cómodas e que não prejudiquem a sua saúde postural.

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Sequência da Massagem Geral 1 – Costas A massagem Ayurvédica é geralmente praticada no chão. Coloca-se um colchão coberto com um lençol ou toalha e cobre-se o paciente com outro. A utilização de óleos é imprescindível para auxiliar os movimentos e não provocar irritações na pele, lubrificando-a. Atenção às características doshas de cada paciente para aplicação do óleo adequado. Inicia-se pelas costas. O paciente coloca-se em decúbito ventral, com os braços ao longo do corpo e a cabeça voltada para um dos lados. O terapeuta posicionase atrás do paciente, uma perna com o joelho no chão entre os seus membros inferiores e a outra flectida com o pé assente no chão junto da coxa do paciente.

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Massaja-se toda a região das costas, com as palmas das mãos, em movimentos de deslizamentos caudais-cefálicos. Massage toda a região, do centro da coluna até à periferia das costas. À medida que os tecidos forem aquecendo deve-se aprofundar o toque. O terapeuta deve ter em atenção a sua postura. O peso do corpo deve ser utilizado para aplicação dos movimentos sem grande esforço físico. As mãos deslizam, em simultâneo ou intercaladamente, de forma palmar mas também com as polpas dos dedos e com os polegares para movimentos mais profundos. Estes movimentos ajudam a soltar os músculos, tecidos e tendões e activam a circulação. A massagem das costas é importante para aliviar dores e tensões e para auxiliar na redução de problemas na coluna vertebral. Não esquecer que todos os órgãos do corpo estão ligados e interligados com as vértebras da coluna. Uma boa massagem em toda a extensão das costas vai activa-los e previne desequilíbrios e distúrbios nos mesmos.

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As nádegas devem se bem massajadas e ―abertas‖ para fora com deslizamentos transversais. Movimentos feitos com as palmas das mãos e com as polpas dos dedos. Aproveitar o movimento para delinear, com os polegares, a junção da bacia com o tronco. Este movimento vai ajudar a soltar a bacia e para aumentar a sua flexibilidade, auxiliando na correcção de possíveis desvios da coluna (escolioses).

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A região glútea e lombar deve ser massajada bilateralmente. Com as mãos espalmadas sobre os glúteos, devem-se realizar deslizamentos bilaterais e rotativos

Quando estiverem bem aquecidos os glúteos devem ser massajados com as pontas dos dedos, ao mesmo tempo com uma mão de cada lado, ou com as mãos juntas um de cada vez, com uma certa pressão até atingir o nervo ciático.

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Com as polpas dos polegares o terapeuta deve trabalhar os espaços intervertebrais com movimentos opostos de vai e vem. Os restantes dedos servem apenas para dar apoio lateral. Inicia-se os movimentos de deslizamento na base da coluna, sobre o espaço entre cada vértebra, e sobe até à 7º cervical. Este movimento deve ser repetido três vezes e ajuda na desobestrucção dos canais energéticos.

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O terapeuta deve exercer uma pressão vigorosa, por alguns segundos, sobre os dois rins, seguida de uma massagem com deslizamentos laterais. Ferificar, quando da anamenese, se o paciente possui cálculos renais ou algum tipo de problema grave nos rins. Se assim for a pressão deve ser leve ou limitar-se a uma massagem ligeira com a palma da mão.

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Com os polegares, fazem-se deslizamentos e pressão na musculatura intercostal, de distal para proximal. Inicia-se nas últimas costelas flutuantes e vai subindo de espaço a espaço paralelamente.

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Realiza-se uma ligeira massagem, com os polegares ao redor da escápula, para aquecer os tecidos. Posiciona-se a polpa dos polegares no centro da curvatura da escápula e exerce-se pressão, até fazer a abertura da mesma, introduzindo ao máximo os dedos dentro do espaço. O paciente deve ter os braços ao longo do corpo e se houver rigidez muscular que dificulte a abertura, coloca-se o braço do paciente sobre as costas, facilitando assim o movimento

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O terapeuta coloca-se lateralmente ao paciente e trabalha os músculos paravertebrais e espinhais. Inicia-se na região lombar e sobe até à cervical. Os músculos devem ser soltos em movimentos de deslizamentos curtos e com ligeira pressão, no sentido transversal, por todo o prolongamento da musculatura. Trabalha-se com ambas as mãos de um lado e depois do outro da coluna. O movimento repete-se três vezes aumentando a pressão. Se encontrarmos pequenos nódulos deveremos trabalha-los mais profundamente e por vezes são necessárias várias sessões até serem dissolvidos.

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2 – Pescoço (posterior) Segue-se a região cervical. O paciente pode colocar as mãos em baixo da testa. Não esquecer de colocar óleo sempre que necessário. Aquece-se toda a região dos ombros e pescoço, posterior e lateral. Os movimentos ascendem da 7º para a 1ª cervical canalizando a energia para o 6º e 7º chakras. Com as polpas dos polegares devem-se trabalhar os espaços intervertebrais da região inter-escapular até à occipital. Toda a musculatura desta região deve ser solta e bem trabalhada devido às tensõs que aqui se acumulam. Trabalhar bem a parte superior do trapézio. Este, deve ser aquecido bilateralmente e trabalhado com amassamentos e pinçamentos. Devem-se realizar deslizamentos profundos desde a cervical até ao ombro.

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Quando termina a massagem nos espaços intervertebrais, o terapeuta deve pressionar, no sentido horário, o ponto acima da 1ª vértebra cervical, no centro da nuca. É o vórtice energético traseiro do 6º chakra. Depois deve massajar os dois pontos laterais. Estes, são pontos de grande tensão, relacionada com a retenção de emoções negativas ou até de problemas relacionados com o fígado ou a vesícula biliar.

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Depois de toda a zona bem trabalhada, o terapeuta deverá finalizar, com movimentos de deslizamento nas fibras superiores do trapézio nos dois lados do corpo em simultâneo. Deve iniciar o movimento na nuca e alongar, com firmeza, o músculo em direcção ao ombro. Repetir este movimento pelo menos três vezes. A massagem das costas está terminada. O terapeuta aqui vai optar por fazer a massagem nos membros superiores pela parte posterior ou poderá faze-lo depois de trabalhar o tórax e aí trabalhará de ambos os lados. O trabalho de pés e alongamentos será explicado no final da sequência final. Cabe a cada terapeuta aplicar o trabalho de pés e alongamentos que considerar mais útil, proveitoso e adequado, a cada caso e a cada paciente.

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3 – Membros inferiores (região posterior) O terapeuta coloca-se de joelhos, entre as pernas do paciente, ao fundo, colocando o pé do paciente sobre o seu colo, dando inicio à massagem. A massagem inicia-se no tendão de Aquiles e vai até à região glútea. Executam-se deslizamentos, com pressão crescente, no sentido ascendente. Deve-se ter o cuidado de aliviar a pressão na região poplítea (posterior do joelho).

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Os movimentos podem ser executados com a palma das mãos, com os polegares, com a base da mão, com o dorso da mão ou de punho fechado, conforme o pretendido. Dar importância a nódulos e tensões encontradas.

Os gémeos devem se ―abertos‖ com deslizamentos profundos (atenção ao problema de varizes) devido às tensões e bloqueios que aí se acumulam. Devese também realizar deslizamentos na porção lateral da coxa. Região tensa e dolorida.

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Os pés podem e devem ser massajados. Trabalhar o tendão de Aquiles e aplicar movimentos de deslizamento profundos na planta dos pés. Trabalhar bem toda a musculatura do pé. Repete-se a massagem no outro membro.

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Lateralmente faz-se uma manobra para soltar o Tensor Fáscia Lata. Com a polpa dos polegares, movimenta-se da porção anterior até ao joelho. Se ouver rigidez ou problemas no ciático a energia é descarregada para a terra (sentido descendente). Se o paciente não tiver problemas podemos trabalhar no sentido ascendente, elevando as energias.

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4 – Membros Inferiores (região anterior) O terapeuta localiza-se na parte de fora de uma das pernas. A massagem é executada do pé até à região superior da coxa. Primeiro com toda a região palmar das mãos e depois com a polpa dos dedos e polegares vai aprofundando os movimentos. Trabalhar bem a região dos quadríceps. Não deve exercer pressão sobre a Tíbia e os joelhos devem ser trabalhados sem grande pressão.

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O pé também pode ser massajado nesta posição:

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Para massajar a parte interna, o terapeuta flexiona a perna do paciente, apoiando-a na sua coxa. Os movimentos devem ser feitos do tornozelo até à virilha. Sempre ascendentes. Trabalhar com pressão crescente e das várias formas que já se referenciou.

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A seguir o terapeuta fica de joelhos e flecte a perna do paciente prendendo-lhe o pé entre eles. Com ambas as mãos, eleva a panturrilha em movimento profundo de deslizamento desde o calcanhar até ao joelho e de seguida desliza com os polegares, de forma profunda, na musculatura anterior da coxa até à virilha. Realiza este movimento três vezes e depois trabalha o outro membro.

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5 – Abdómen A massagem do abdómen é extremamente importante e benéfica para o paciente. A massagem, feita no sentido horário, vai ajudar um intestino preguiçoso a funcionar, mas também é importante para dinamizar órgãos e vórtices energéticos situados nesta região. O terapeuta deve colocar-se no lado direito do paciente. Os movimentos devem ser circulares, no sentido dos ponteiros do relógio e de vai e vem, procurando amassar os músculos abdominais, torcendo-os no centro da barriga. A musculatura é assim aquecida e depois é feito um deslizamento circular, de mãos alternadas, no sentido horário, trabalhando o trajecto do Cólon. A seguir, o terapeuta realiza, com as polpas dos polegares e colocando uma mão sobre a outra, uma boa massagem promovendo os movimentos peristálticos do intestino.

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O primeiro ponto a ser dinamizado é o do fígado. Com a polpa dos polegares o terapeuta realiza uma pressão abaixo das costelas flutuantes (lado direito do paciente). A pressão é exercida para baixo e para cima de forma profunda e durante alguns segundos. Após o fígado estimula-se o ponto da vesícula biliar. Um pouco acima do ponto do fígado executa-se pressão para baixo e durante alguns segundos.

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Do lado esquerdo, dinamiza-se da mesma forma, primeiro o pâncreas e depois o baço.

Também pode ser colocada uma mão de cada lado:

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De seguida o terapeuta coloca uma mão aberta na região lombar, correspondente à região do umbigo, e com o polegar da outra mão pressiona o umbigo verticalmente para baixo até sentir o batimento cardíaco. Conta dez batimentos e retira lentamente. Em pacientes com problemas no pâncreas podese contar até vinte batimentos. A pressão pode ser dolorosa devido há grande concentração de energia neste chacra.

Depois pressiona, de ambos os lados do umbigo, até sentir a pulsação bilateral e conta até dez. Se a pulsação estiver mais fraca de um dos lados deve pressiona-lo com mais pressão.

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Segue-se a estimulação simultânea e alternada de dois pontos: apófise xifóide e osso púbico correspondendo ao chacra do plexo solar e sexual. Três alternâncias.

Finalmente pressionam-se, bilateralmente e de forma profunda, os pontos acima da crista ilíaca anterior, no baixo ventre. Estes pontos estimulam, particularmente nas mulheres, os ovários.

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6 – Tórax O terapeuta coloca-se de joelhos na parte superior da cabeça do paciente. Sempre com a utilização de óleo, executa movimentos de deslizamento por toda a região do peito, trabalhando a músculatura em todas as direcções.

Colocando as palmas das mãos no centro do peito faz deslizamentos oblíquos de forma cruzada. Trabalha assim o 4º chakra cardíaco.

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O terapeuta, com as polpas dos dedos, percorre toda a zona das vértebras flutuantes e faz deslizamentos desde o plexo solar para baixo.

Massaja toda a musculatura peitoral, com pinçamentos e elevação de toda a estrutura muscular, realizando uma massagem vigorosa em toda a região.

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Pressionando os ombros para baixo ou alternadamente elevando as costelas vai pedir ao paciente que faça inspirações e expirações para abertura da caixa toráxica.

Com os polegares faz deslizamentos entre as costelas do centro para a lateral. Inicia na décima costela e termina na primeira, próximo da clavícula. No centro do peito os movimentos realizam-se sem tocar nos seios. Deve repetir pelo menos três vezes.

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Ao chegar à última costela (ponto de junção com a clavícula) o terapeuta deve estimular o ponto dos pulmões com os polegares. Movimento de pressão para baixo e rotativos. O terapeuta deve estar com a palma das mãos e dedos apoiados nos ombros do paciente empurrando-os para baixo.

Trabalha toda a parte superior das clavículas e em seguida faz estimulação do 4º chacra cardíaco (linha central entre os dois mamilos) pressionando com profundidade. Este ponto também é importante porque aqui, abaixo do esterno, está situado o Timo. O Timo faz parte do sistema linfático e influencia o sistema nervoso do corpo. Esta glândula atrofia com a idade.

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De seguida estimula o 5º chacra, o laríngeo. Coloca o polegar na cavidade localizada entre as clavículas e faz uma pressão para baixo em direcção ao peito. O paciente deve respirar normalmente e de forma relaxada. Este ponto estimula e regula as funções da glândula tiróide e para-tiróide.

Por último, o terapeuta deve pressionar firmemente com os polegares, a parte superior e central do Trapézio. Se estiver tenso trabalha a área com deslizamentos e pressões para desbloquear as energias que aqui se acumulam formando nódulos.

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7 – Membros superiores O paciente deve ter os braços estendidos ao longo do corpo, ligeiramente abertos e com as palmas das mãos para baixo. O terapeuta coloca-se do lado de fora, de joelhos, na parte superior ou inferior conforme o sentido que for trabalhar (circulação ou energia). Com as palmas das mãos trabalha toda a musculatura do ombro até à mão do paciente (circuito energético). De seguida, com os polegares, vai aprofundando os movimentos. Não esquecer o dorso da mão do paciente. O cotovelo também não deve ser negligenciado.

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Depois, de toda a musculatura bem trabalhada, o terapeuta deve deslizar com firmeza, uma das suas mãos até ao pulso do paciente, prendendo a musculatura e com a outra mão faz uma flexão dorsal à mão do paciente.

Volta o braço do paciente com a palma da mão para cima e repete o trabalho na zona interna do membro. Trabalha com firmeza toda a musculatura.

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A palma da mão deve ser bem trabalhada (pressionar o centro para dinamizar o chacra) assim como os dedos.

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8 – Pescoço (anterior e lateral) Colocado na parte superior da cabeça do paciente, o terapeuta trabalha toda a musculatura anterior e lateral do pescoço. Pode trabalhar da nuca para os ombros ou dos ombros para a nuca. Inicia a massagem com deslizamentos na direcção da nuca, puxando o pescoço do paciente na sua direcção. Massaja bilateralmente toda a musculatura, traccionando o pescoço na sua direcção. Massaja toda a região anterior do pescoço, cordas vocais e traqueia (com cuidado).

Faz pinçamento do esternocleidomastoideu, bilateralmente com as polpas dos dedos, massajando-o. Segura, com uma das mãos, a nuca do paciente, gira a cabeça lateralmente e massaja toda a região lateral do pescoço. De um lado e depois do outro.

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A massagem do pescoço pode terminar com alongamento lateral. Com a cabeça de lado, coloca uma mão na nuca e a outra no ombro do paciente alongando toda a musculatura lateral. Repete para o outro lado. De seguida, coloca a cabeça ao centro e com uma mão na nuca e a outra no alto da cabeça, lentamente, levanta a cabeça do paciente, procurando encostar o queixo no peito.

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9 – Rosto O terapeuta mantem a posição em que se encontrava e inicia a massagem do rosto colocando óleo nas mãos para facilitar as manobras. Com uma mão de cada lado do rosto, trabalha o queixo e a mandíbula, do centro para fora.

Trabalha muito bem toda esta zona pressionando e alongando toda a musculatura do queixo às orelhas.

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Toda a face deve ser bem massajada com movimentos simultâneos em ambos os lados do rosto. O terapeuta deve iniciar a massagem na região próxima do nariz e deslizar pressionando o osso zigomático. Para uma maior pressão puxa o nariz do paciente para o lado e com o polegar da outra mão desliza sobre o sinus e face.

Depois de toda a àrea bem trabalhada o terapeuta vai pressionar, com os dedos, ambas as orelhas do pacienta. A massagem deve ser enérgica de forma a estimular os vórtices de energia que aqui se situam.

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A seguir massaja toda a testa. Horizontalmente e lateralmente exerce alguma pressão de forma a alongar os tecidos nas várias direcções.

As sobrancelhas são trabalhadas com deslizamentos e pinçamentos do centro para as laterais.

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Seguem-se pressões na parte interna da sobrancelha. Por vezes os bloqueios energéticos nesta zona provocam dor. O terapeuta vai pressionando toda a sobrancelha até à parte lateral da testa realizando aí uma pressão vigorosa.

O nariz também deve ser bem massajado. Devem-se fazer deslizamentos por todo o nariz desde a região superior e lateral até à face. O terapeuta, termina a massagem do rosto, executando deslizamentos em toda a região da testa e face. A massagem ao couro cabeludo é muito importante. Deve ser suave e energética. Na parte central e superior da nuca encontra-se o 7º chakra Sahasrara que nos conecta com o nosso eu superior, com o mundo divino. O terapeuta deve ter consciencia desta importância e executar o trabalho com entrega. A massagem inicia-se, com pequenos toques rotativos das pontas dos dedos, desde as laterais da cabeça até às têmporas do paciente. O couro cabeludo deve rodar suavemente provocando relaxamento e libertando tensões. Todos estes movimentos devem ser repetidos pelo menos três vezes e todo o couro cabeludo deve ser trabalhado.

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De seguida o terapeuta deve estimular os vórtices energéticos da linha central da cabeça. Partindo do topo, onde se situa o 7º chakra, com os polegares um sobre o outro, pressiona até ao 6º chakra entre as sobrancelhas. Repetir três vezes.

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Um pouco acima do ponto central entre as sobrancelhas situa-se a glândula pineal. Ela produz hormonas e é responsável pelo controle do sistema imunológico. Segundo os indianos é o 3º olho. Aqui se produz a ceratonina que é a hormona que nos leva a entrar em meditação profunda. Sente-se na saliva e tem um sabor adocicado. O terapeuta quando chegar a este ponto pressiona no sentido horário, com os dois polegares (os outros dedos ficam apoiados lateralmente na cabeça do paciente sem fazer pressão), conta até dez e relaxa lentamente deslizando os dedos lateralmente. Todos estes movimentos na linha central da cabeça estimulam também a glândula pituitária e por reflexo os outros chakras.

Por fim trabalha-se o olho. O terapeuta coloca a polpa dos polegares sobre os olhos do paciente que devem estar fechados (atenção às lentes de contacto, que devem ser retiradas, e a pacientes que tenham sido submetidos a cirurgias aos olhos) e massaja em pequenos movimentos. Pressiona lentamente e com pressão o centro do olho solicitando ao paciente que relaxe. Espera alguns segundos e retira lentamente.

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O paciente deve manter os olhos fechados e o terapeuta coloca as mãos em concha sobre o seu rosto passando-lhe um pouco de energia e abençoando-o mentalmente.

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A massagem termina com o paciente deitado e coberto, para poder relaxar por alguns minutos. Se o ambiente estiver frio deve ser colocado um cobertor. O rosto deve ser tapado para melhor relaxar. Deve-se manter ou colocar uma música suave. Após alguns minutos destapa-se o paciente e indica-se para virar de lado por alguns segundos e depois sentar para finalmente se levantar.

O terapeuta, assim que terminar a sessão, deve de imediato lavar as mãos, beber água e fazer um pouco de meditação para repor as suas energias.

As manobras especiais que a seguir descrevemos (massagem com os pés e alongamentos) podem e devem ser introduzidas na sequência da massagem. O terapeuta deverá (especialmente nos alongamentos) fazer a selecção dos que forem mais necessários e apropriados ao paciente que estiver a trabalhar.

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Massagem com os Pés Costas Depois de realizar a massagem nas costas e pescoço faz a massagem com os pés. O terapeuta apoia-se num banquinho e sobe para cima do paciente pisando inicialmente nas nádegas. A cabeça do paciente deverá estar virada para o lado oposto ao que se estiver a trabalhar. O terapeuta coloca primeiro e com firmesa a planta dos dois pés paralelamente em cima da região glútea e próximos da base da coluna do paciente. Inicia a massagem com deslizamentos alternados nas nádegas de dentro para fora.

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Depois de soltar os glúteos massaja toda a região das costas. Desliza alternadamente com os pés até à omoplata, mas não pisa na coluna.

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Depois de trabalhar bem toda a região, um pé permanece em cima das nádegas e com o outro pé o terapeuta abre a omoplata do paciente. Se necessário coloca o braço do paciente em cima das nádegas para facilitar o movimento.

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Faz novamente uns deslizamentos alternados e sai com cuidado. Repete no outro lado. Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt

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Membro inferior Sempre apoiando-se num banquinho, o terapeuta apoia um pé sobre a região superior da coxa, próximo dos glúteos, e o outro paralelamente ao primeiro executa deslizamentos alternados para fora e ao longo de todo o membro. Desliza várias vezes por todo o membro sem fazer pressão na zona popliteia.

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Em seguida o terapeuta (sempre apoiado no banquinho) pisa no arco do pé do paciente e com o outro pé empurra, com o calcanhar, o calcanhar do paciente em direcção ao chão. Retem por alguns segundos e solta. Repete três vezes. Repete na direcção oposta por outras três vezes. Repete tudo no outro membro.

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Tracções e Alongamentos Manobras de tracção para abrir o peito

O paciente deitado em decúbito ventral e braços estirados para tráz. O terapeuta coloca-se em pé na região da anca do paciente e, agarramdo-se mutuamente pelos pulsos, o terapeuta eleva o tronco do paciente cuja cabeça deve estar ao máximo voltada para tráz.Os olhos voltados em direcção ao centro da testa. A posição deve ser mantida por 10 a 15 segundos e lentamente retorna à posição inicial. Além de alongar músculos e tendões abre o peito, chakra cardíaco, chakra laríngeo e canaliza a energia para o 6º chakra.

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O paciente mantém a posição e com o queixo apoiado no chão. O terapeuta, posicionado acima da linha da cintura, segura o dorso da mão do paciente e empurra os braços deste para a frente (na direcção da cabeça) até ao limita máximo.

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Retorna um pouco para traz, junta as mãos do paciente e empurra novamente os braços para a frente até ao limite máximo.

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Recua um pouco novamente e tenta cruzar os braços do paciente empurrando novamente até ao limite máximo.

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Membros Inferiores Paciente em decúbito ventral e terapeuta de joelhos atrás do paciente. Segura o pé do paciente pela parte anterior, junto dos dedos, e empurra a perna juntando o calcanhar ao glúteo, fazendo flexão do joelho. Com a outra mão o terapeuta estabiliza a pelve do lado oposto.

Quando a extensão atingir o ponto máximo o terapeuta realiza a rotação do joelho e roda a perna externamente. Deve tentar tocar o chão com o pé. Realiza-se o mesmo no membro oposto.

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A seguir o terapeuta realiza o alongamento das duas pernas ao mesmo tempo.

Abre ambas as pernas e realiza rotação de ambos os joelhos para fora.

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NOTA – Pode reforçar a flexão colocando a mão aberta sobre a zona poplítea. Se o paciente tiver muita flexibilidade convém oferecer uma certa resistência. O terapeuta coloca a mão aberta transversalmente na zona poplítea do paciente e executa a flexão. Primeiro numa perna, depois na outra e finalmente em ambas.

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Torções e Flexões nos Pés O terapeuta realiza uma série de flexões e extensões do pé assim como de várias tracções.

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Alongamentos vários efectuados de acordo com os problemas

O paciente deitado em decúbito ventral. O terapeuta em pé pega a perna do paciente junto do tornozelo e faz flexão do joelho a 90º. Apoiando o pé junto da região posterior do joelho executa movimentos de vai vem fazendo rolar a coxa e ao mesmo tempo puxa a perna do paciente para cima.

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Tracção lombar O paciente deitado em decúbito ventral com os membros superiores estendidos para a frente. O terapeuta coloca-se atrás do paciente, em pé, flecte os joelhos e apoiando os joelhos do paciente nas suas mãos eleva os membros inferiores deste em extensão, e realiza uma tracção de toda a região lombar do paciente. O movimento deve ser acompanhado de um vai vem lento para obter um maior alongamento da musculatura. Ao puxar, o terapeuta pede ao paciente que contraia o anus e prenda a respiração, para que obtenha um maior efeito na circulação da energia para os chakras superiores.

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Abertura do peito Abertura do peito com extensão máxima da região anterior da perna e articulação dos joelhos. O terapeuta posiciona-se sentado na parte posterior do paciente. Este mantémse em decúbito ventral. Flecte pelos joelhos, ambas as pernas do paciente, de forma que os calcanhares batam nos glúteos e prende-as com as suas pernas. Ambos se seguram pelos punhos. O terapeuta puxa o corpo do paciente para trás e este deve elevar ao máximo a cabeça e os olhos em direcção à testa. A respiração deve ser solta e a barriga relaxada. Mantém por alguns segundos e solta lentamente. Além de estender a musculatura abre o chakra do plexo solar, cardíaco laríngeo e terceiro olho.

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Manobras de tracção para abertura do peito, libertação de omoplatas e alongamento da coluna

Paciente em decúbito dorsal fica sentado, pernas esticadas e semiabertas, braços para trás segurando mutuamente os punhos do terapeuta que se senta atrás do paciente. O terapeuta coloca os seus pés nas costas do paciente e tenta fazer uma abertura das escápulas. Estica lentamente as pernas puxando os braços do paciente para trás e faz um estiramento ao máximo. O paciente deve puxar a cabeça para trás e o olhar ao centro da testa. Permanece por alguns segundos e alivia lentamente sem soltar os braços.

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Sem soltar os braços, o terapeuta passa um dos seus pés para o centro da coluna do paciente, na altura do chakra cardíaco, e coloca um pé sobre o outro repetindo o movimento anterior.

Solta lentamente e o paciente fica deitado em decúbito dorsal.

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Parte anterior dos membros inferiores A coluna do paciente deve estar bem encostada no chão. Alongamento da musculatura da coxa – o terapeuta flete os joelhos do paciente, mantendo-lhe os pés no chão, e realiza uma abdução de ambas as pernas. Segurando os joelhos, empurra-os contra o chão, até ao limite suportado pelo paciente. Segura-os por alguns segundos e solta.

De seguida pode fazer um alongamento da musculatura posterior do tronco. Com o paciente na mesma posição flete ambos os joelhos do paciente em direcção ao abdómen e exerce uma leve pressão. Permanece por alguns segundos e solta.

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Mantendo a posição coloca os pés do paciente apoiados nos seus joelhos e realiza uma abdução de ambas as pernas do paciente. O terapeuta exerce uma leve pressão para baixo, retém e solta lentamente.

De seguida, o terapeuta estende uma perna do paciente e coloca (apoiando-se num banquinho) um pé sobre a parte superior da coxa, espinha ilíaca anterior do paciente e coloca o outro pé sobre o joelho da outra perna que deve estar flectido e com a perna abduzida. Realiza um vai vem rodando a pélvis de um lado para o outro.

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Repete em ambas as pernas.

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Alongamento dos ísqueos tibiais com fixação da pelve O paciente está em decúbito dorsal. O terapeuta eleva ambas as pernas do paciente segurando-as pelos tornozelos e empurra-as para a frente. Coloca a outra mão sobre os joelhos para que estes não se dobrem. Apoia um pé na região abdominal do paciente para não deixar elevar a coluna. Ao atingir o limite máximo pedir ao paciente que faça uma flexão total dos pés. Retem alguns segundos e baixa lentamente.

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Pode realizar o mesmo com uma só perna de cada vez.

NOTA – Mais uma vez chamo a atenção para o facto que se devem executar apenas os exercícios necessário para cada paciente.

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Especial abdómen e anca Após a massagem do abdómen pode ser realizado um movimento especial para realinhamento da anca, bacia, coluna vertebral e caixa toráxica. O paciente em decúbito dorsal, braços esticados para trás. O terapeuta fica em pé, junto da anca do paciente e introduz uma toalha grande dobrada na zona do 2º chakra. Lentamente o terapeuta eleva o corpo do paciente puxando a toalha com as duas mãos. Todo o corpo se eleva formando uma curva. O paciente deve relaxar, respirando normalmente. Depois de alguns segundos o terapeuta desce a toalha lentamente.

De seguida, com a toalha em baixo do paciente, o terapeuta levanta um dos lados com uma das mãos para o poder trabalhar em torção. O outro lado do corpo fica apoiado no chão. O terapeuta pisa a toalha para a fixar e executa movimentos de levantamento de um dos lados e com o outro pé empurra em vai vem. Repete para o outro lado.

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Tracções e alongamentos para depois da massagem nos membros superiores O paciente sentado com as pernas ligeiramente abertas e costas direitas. Terapeuta em pé atrás do paciente. O paciente entrelaça os dedos em volta do pescoço do terapeuta e este, segura os braços do paciente, na zona do cotovelo, e encosta as pernas nas suas costas. Realiza um pequeno levantamento e empurra para a frente as costas do paciente em movimento de vai vem. Segura alguns instantes e solta. Este movimento alonga a coluna e auxilia na abertura da caixa toráxica e chakra cardíaco.

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Na mesma posição, o terapeuta dobra um dos braços do paciente para trás das costas, segurando no cotovelo, e coloca a outra mão na parte traseira do ombro por cima da mão do paciente. O outro braço permanece caído ao longo do corpo. Puxa para trás alongando ao máximo toda a musculatura dessa região. Com as pernas apoiadas nas costas do paciente, empurra levemente para a frente, realizando um movimento ligeiro de vai e vem. Além de alongar toda a musculatura ajuda a abrir os pontos de energia do pulmão e a caixa toráxica. É importante que o corpo do paciente se mantenha o mais direito possível. Repetir o mesmo no outro membro.

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O terapeuta realiza depois a mesma manobra com os dois braços dobrados ao mesmo tempo. Os cotovelos devem ser mantidos paralelos. Nesta posição o terapeuta puxa ambos os braços do paciente para trás. Além do alongamento de toda a musculatura envolviva abre o chakra cardíaco. Se o paciente tiver uma boa abertura o terapeuta poderá reforçar o movimento colocando os seus antebraços por trás da cabeça do paciente e puxar.

Mais uma vez reforço a ideia que só deverá aplicar as tracções e os alongamentos necessários ao problema de cada paciente. Tendo sempre presente os princípios da Ayurvédica, o trabalho do terapeuta deverá ser o mais honesto e correcto possível, sem esquecer de que a massagem deverá ser tão gratificante para o paciente como para o terapeuta.

Rua Alfredo Trindade, 4-A - 1600-407 Lisboa Telef.: 21 330 49 65 / 6 – Fax: 21 330 49 67 – www.imt.pt

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À turma Ayv 1 (2007-2008) os meus sinceros agradecimentos por me terem permitido fotografar as aulas e assim poder documentar com imagens este pequeno manual que muito ajudará as turmas seguintes.

Ivo Ricardo, Sara Carneiro, Manuela Teixeira, Manuel Garcia, Dulce Guerreiro, Elisabete Jesuíno, Cláudia Militão, Angela Puhl, Verónica do Sul, Joana Souta, Carla Pedro, Ana Catarina Fonseca, Débora Fontes e Chantal Alvarez A todos desejo os maiores sucessos pessoais e profissionais e que esta formação contribua grandemente para isso.

A Formadora Maria Manuela Soares

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XVI - Bibliografia - Ayurveda - a antiga medicina indiana – Scott Gerson – Editora Estampa, 1993 - Mãos de Luz - um guia para a cura através do campo de energia humana – Bárbara Ann Brennan – Editora Pensamento, 1987 - Mantras – John Blofel – Editora Cultrix/Pensamento, 1977 - Massagem Ayurvédica – Pier Campadello – Editora Madras, 2005 - Os Segredos da Massagem Ayurvédica – Atreia – Editora Pensamento, 2000 - Saúde Perfeita - Um roteiro para integrar corpo e mente com o poder da cura quântica – Depáck Chopra – Editora Best Seller, 1990 - Net – http://pt.wikipédia.org

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