MARTÍNEZ ALIER. Da economia ecológica ao ecologismo popular (v1.00)

July 24, 2018 | Author: José Ourismar Barros | Category: Ecology, Economics, Marxism, Natural Environment, Poverty
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RESENHA MARTÍNEZ ALIER, Joan. Da economia ecológica ao ecologismo popular p opular. Blumenau: FURB, 1998.  Tags:  Tags: Elaborada por: Filipe Anselmo Gomes

DA ECONOMIA ECOLÓGICA ECOLÓGICA AO ECOLOGISMO POPULAR SUMÁRIO PREFÁCIO..... PREFÁCIO......................................... ........................................................................ ................................................................ ................................1 ....1 PRÓLOGO À TERCEIRA TERCEIRA EDIÇÃO.......................................................................... EDIÇÃO............................................................................2 ..2 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3 Economia ecológica e Ecologismo popular..............................................................................3 Valores pós-materialistas?.......................................................................................................3 Neopopulismo ecológico..........................................................................................................3

1.A ECONOMIA ECOLÓGICA ECOLÓGICA DE NICOLAS GEORGESCU-ROEGEN.........................4 GEORGESCU-ROEGEN.................. .......4

A Economia Ecológica e seus precursores...............................................................................4 Situar a economia dentro da ecologia.....................................................................................5 Liberdade de migração............................................................................................................6 Externalidades e taxa de desconto.........................................................................................6  Tecnologias  Tecnologias prometeicas..................................... prometeicas............................................................ ............................................ ........................... ............ ............ ............6 ......6

2.POLÍTICA ECONÔMICA E POLÍTICA ECOLÓGICA........................................... ECOLÓGICA.................................................6 ......6

A percepção ecológica e a política ambiental internacional....................................................7 Elementos de economia ambiental neoclássica......................................................................7 O efeito estufa, uma externalidade invalorável.......................................................................7 A duvidosa contabilidade da energia nuclear..........................................................................7 A energia e a economia: uma perspectiva histórica................................................................8 Ecomarxismo: muito tarde e muito pouco?.............................................................................8 A ecologia e as economias planificadas planificadas do Leste Leste europeu: post mortem................. mortem....................... ............ .........8 ...8 O conceito de desenvolvimento sustentado, um instrumento inadequado para uma política demográfica e ambiental........................................................................................................8 Uma conclusão política...........................................................................................................8

PREFÁCIO 1. 2.

{13} {13} O livr livro o tem tem uma uma sólida sólida e erudi erudita ta form formaçã ação o acadêm acadêmicoico-cie cientí ntífic fica. a. Não Nã o se obser observa va em Alie Alierr o dilet diletan anti tism smo o e o emo emocio ciona nali lism smo o espec especul ulat ativ ivo o tradicionais de ecologistas. 3. {14} {14} Sua preo preocu cupa paçã ção o nasce nasce de const constat ataç açõe õess dos prob problem lemas as de povo povoaados, da observação direta da desigualdade de recursos e da deterioração das condições de vida.

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O autor tem engajamento ético e político, não sucumbindo ao cinismo e ecocentrismo.

PRÓLOGO À TERCEIRA EDIÇÃO 1.

{17} Para Ronald Inglehart (1977), o ecologismo surge como um fenômeno típico de setores prósperos dos países ricos, sem relação com a solidariedade social. 2. Esse ecologismo apreciava a natureza e não adorava o progresso tecnológico, lamentando o desastre estético da industrialização em uma recordação ao romantismo ou a ideologia Blut und Boden [sangue e solo, usado por Hitler para justificar aos arianos (sangue) o direito exclusivo à Alemanha (solo)]. 3. Isso explica o repudio ao ecologismo pela ortodoxia marxista. 4. {18} Ecologismo dos ricos 1. “Se não há para todo mundo, que haja para nós” 2. Preocupados com a conservação dos grandes mamíferos ou com a perda de paisagens que gozavam 3. Ecologismo da abundância (Inglehart) 4. Fenômeno social de pessoas com estômagos cheios, uma nova moda de luxo e de ócio 5. Ecologismo dos pobres 1. Questão de sobrevivência e não de qualidade de vida 2. Protestam contra a perda do acesso aos recursos naturais e serviços da natureza 3. Ecologismo da sobrevivência (Chico Mendes) 4. Nasce da contradição entre a economia do valor de uso e a economia do lucro, da expansão, do crescimento 5. Normalmente são tocados por mulheres 6. Ao piorar a distribuição ecológica, sem melhorar a distribuição econômica, os protestos surgem 6. {19} Uma economia mais ecológica poderia ser uma economia mais equitativa, mais solidária 7. O Ecologismo Popular nasce do conflito entre a Economia e a Ecologia, conflito que não se soluciona com invocações rituais em favor do “desenvolvimento econômico ecologicamente sustentável” ou de uma “internalização completa das externalidades”. 8. {20} Neonarodnismo (neopopulismo / neozapatismo) ecológico 1. Uma escola de pensamento que analisa as contribuições dos camponeses ao manejo dos recursos naturais e preservação da biodiversidade 2. Esses camponeses têm valores morais pré-modernos, a qual entende a relação homem-natureza em termos de harmonia, e não de subordinação ou mercantilização. 9. {21} O Sul (pobres) é ecologicamente menos daninho e mais ecológico que o Norte (ricos). 10. {22} Teorias do ecologismo:

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Ricos e materialistas: reação contra a contaminação e o esgotamento dos recursos naturais causados pela abundância (movimento de justiça ambiental, antinuclear) 2. Ricos e não-materialistas: mudança cultural para valores pós-materialistas resultado da característica dos bens obtidos sem custos ambientais de terem utilidade marginal decrescente (Inglehart) 3. Pobres e materialistas: reação contra a degradação ambiental resultado da pobreza, excesso populacional e intercâmbio desigual; defesa do acesso comum aos recursos naturais; ecofeminismo social (Agarwal) 4. Pobres e não-materialistas: religiões biocêntricas (White); ecofeminismo essencialista (Shiva) 11. {24} O ecologismo popular pode ser entendido como uma solução para os conflitos distributivos econômico-ecológico-políticos

INTRODUÇÃO

Economia ecológica e Ecologismo popular 1. {29} Num mundo cada vez mais desigual, as lutas sociais vão continuar e os obstáculos ecológicos ao crescimento econômico se aprofundarão. 2. {30} A sensibilidade ecológica esteve ausente tanto no marxismo, como no liberalismo 1. Os liberais defendem mecanismo racional de alocação dos recursos do mercado. Porém o mercado infravalora (ou valora arbitrariamente) as necessidades humanas futuras e os prejuízos externos às transações mercantis. 2. Os marxistas defendem uma economia planificada. Porém a ausência de liberdades dos movimentos ecológicos e sociais e o crescimento a qualquer custo foram igualmente nocivos. Valores pós-materialistas? 3. {32} Interesses pós-materialista, de qualidade de vida, de questões éticas, não são a origem do ecologismo. 4. {33} É, sim, uma reação a destruição material dos recursos naturais, contra os resíduos da abundância. Neopopulismo ecológico 5. {34} Hoje, critica-se a agricultura e a economia moderna pelo gasto excessivo de combustíveis fósseis, contaminação do ambiente e perda da biodiversidade. 6. O enfoque ecológico da economia vem desde o século XIX e desembocam no neonarodnismo, no neozapatismo ou no neopopulismo ecológicos. 7. Apoia-se na análise científica do fluxo de energia e materiais e da conservação da biodiversidade. 8. Critica a pseudo-racionalidade econômica. 9. {35} Nega o consenso em torno do desenvolvimento econômico, do industrialismo, da modernização entendida do modo habitual.

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10. Dá um novo valor aos esquecidos agrarismo, romantismo, indigenismo, naturismo e panteísmo. 11. O ecologismo se apoia na Ecologia como ciência, sendo assim não pode nascer uma única posição política. 12. {36} Existe o ecologismo dos ricos e dos pobres, porém estes são prejudicados por haver pouca comunicação Sul-Sul. 13. {37} Os movimentos sociais dos pobres são lutas pela sobrevivência; suas necessidades de vida são ecológicas: energia, água e ar limpos, espaço para abrigar-se. 14. São ecológicos por tratar de manter ou devolver os recursos naturais à economia ecológica, fora do sistema de mercado generalizado, da valoração crematística, da racionalidade mercantil. 15. {38} O desgaste do marxismo com a ecologia têm origem no perfil anarquista dos grupos ecológicos: participação eleitoral, porém com um partido sem dirigentes permanentes, com rodízio parlamentar, sem profissionalização política, com paridade homens-mulheres.

1. A ECONOMIA ECOLÓGICA DE NICOLAS GEORGESCU-ROEGEN 1. 2. 3.

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{45} Georgescu-Roegen (1906-1994, Constança - Romênia) foi um teórico da economia, crítico da ciência econômica convencional e teve um substrato político narodnik. {46} Demonstra que o próprio Marx não era tão anti-camponês, considerando caminhos para o socialismo menos industriais, proletários, unidimensionais e partidários que os bolcheviques. A crítica ecológica mostra que o incremento da produtividade da agricultura capitalista moderna depende crucialmente da infravaloração dos inputs de energia de combustíveis fósseis, além do valor nulo ou escasso que se tem dado à contaminação por pesticidas e fertilizantes e à perda de biodiversidade. Em 1960's, a Antropologia Econômica descobre que as famílias camponesas produziam sob uma forma específica de organização e com uma lógica ou racionalidade econômica própria distante da racionalidade da empresa capitalista. {47} Assim, Georgescu-Roegen começa a pensar uma nova forma de organização social da produção, entretanto sem abarcar aspectos ecológicos como o fluxo de energia, a biodiversidade e o policultivo, os ciclos de nutrientes, a contaminação. {48} Por ter ficado marginalizado da academia estadunidense, não criou uma escola de pensamento.

A Economia Ecológica e seus precursores 7. {49} Em 1949, ainda não tinha feito qualquer contribuição a economia ecológica, mas era consciente do esgotamento do petróleo e da desigualdade presente no intercâmbio de recursos naturais por manufaturados. 8. {50} Utiliza Lotka e Vernadsky, ao afirmar que temos instruções genéticas para o consumo endossomático, porém não para o exossomático. Ainda

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não se sabe o comportamento (aumenta ou diminui) do consumo exossomático de energia e materiais quando aumenta a renda. 9. {51} Lia Hayek, Weber e Engels, porém desconhecia Podolinsky, PopperLynkeus, Pfaundler e Gueddes.

Situar a economia dentro da ecologia 10. {52} A economia deve estudar o fluxo de energia, além do fluxo de materiais 11. Na discussão sobre as relações entre energia e economia existem: 1. Posição errada 1: a “teoria do valor-energia” 2. Posição errada 2: isomorfismo entre as equações da mecânica e de equilíbrio econômico; isso leva à teoria absurda de que nos intercâmbios econômicos haveria intercâmbio de “energia” psíquica ou social. 3. Posição correta: vê a economia não como uma corrente circular ou espiral de valor de troca, um carrossel entre produtores e consumidores, mas como um fluxo entrópico de energia e de materiais, que atravessa a economia. 12. {53} Tem que considerar a física social, não a matemática da mecânica (como Jevons e Walrás), mas a biofísica em que se inscreve a economia humana. 13. {54} A economia ecológica vê a economia humana imersa em um sistema mais amplo. 14. Estuda as condições para que a economia se encaixe no ecossistema, além da valoração dos serviços prestados pelo ecossistema para a economia. 15. {55} A economia neoclássica analisa o mercado lubrificado pelo dinheiro, apenas considerando os preços (crematística). 16. Esquema da economia ecológica: 1. A Terra é um sistema aberto 2. Tem entrada de energia solar 3. Os inputs da economia são matérias-primas e energia útil 4. Os outputs são o calor dissipado e os resíduos materiais 5. Parte desse resíduo pode voltar a ser utilizado quando reciclado 17. Para economia funcionar, precisa de um fornecimento adequado de energia e materiais, manutenção da biodiversidade e resíduos não-contaminantes 18. A economia ecológica estuda a economia sob enfoque reprodutivo e alocativo, analisando as condições sociais e distributivas (riqueza e renda, no tempo e no espaço) 19. Entende a economia como absorvedora de recursos e expelidora de resíduos 20. Sraffa vs Georgescu-Roegen: 1. Para GR, o valor provém do consumo; Para S, a demanda está ausente 2. Sraffa via a reprodução econômica como um processo circular (“reprodução simples”) ou espiral (“reprodução ampliada”), já sem o equilíbrio de oferta e demanda neoclássico 3. Sraffa não incluía o esgotamento de recursos, outros efeitos irreversíveis (como produção de resíduos) e uma análise entrópica da economia.

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21. O crescimento econômico 22. {56} Georgescu-Roegen considerava impossível o crescimento exponencial da economia (devido à entropia), além de ver limites na substituição de recursos naturais por “capital”. 23. Sollow afirmou que, se ficarmos sem recursos naturais, outros fatores de produção, especialmente o trabalho e o capital reproduzível, podem servir de substitutos, e que, portanto, o mundo pode continuar, de fato, sem recursos naturais, de maneira que o esgotamento de recursos é uma dessas coisas que passam, porém não é uma catástrofe. 24. Georgescu-Roegen acrescentava dois problemas ao crescimento exponencial de Sollow: o destino dos pobres (distribuição entre ricos e pobres) e o destino da posteridade (repartição inter-geracional de recursos escassos e de contaminações, além do impacto humano destrutivo sobre outras espécies) 25. Georgescu-Roegen era igualitarista.

Liberdade de migração 26. {58} Defendia a livre circulação de pessoas. 27. Considerava a distribuição territorial uma questão da ecologia humana e da política, que nem economistas nem ecólogos tinham solução. Externalidades e taxa de desconto 28. {59} Não se utilizou da contribuição dos “direitos de propriedade” coasianos ou dos impostos pigouvianos. 29. Considerava os métodos de internalização de externalidades incapazes de enfrentar a questão da alocação inter-geracional. 30. {60} A localização da curva de custo marginal externo dependerá da taxa de desconto ou atualização que se aplique. 31. Acreditava que a solução analítica para isso era a distribuição de recursos com igualdade ao longo do tempo, ainda que num horizonte temporal infinito leve ao resultado paradoxal de que cada ano se pode consumir uma quantidade nula [ou infinitesimal] de recursos. Tecnologias prometeicas 32. {61} Há tecnologias factíveis (ou viáveis), que já foram executadas na história: fazer pão, cortar árvores, vacina da varíola, mover um carro com energia solar, enviar uma pessoa à Lua... 33. Há tecnologias não-factíveis: vacina do câncer, controlar uma explosão termonuclear para usar em um motor... 34. E acrescenta as tecnologias prometeicas, que necessitam de uma captação “baixa entropia” do ambiente, ou seja, de captação de energia e materiais que possamos pôr à nossa disposição: como seria a fusão a frio. 2. POLÍTICA ECONÔMICA E POLÍTICA ECOLÓGICA 1.

{63} A economia e a ecologia não dão conta, sozinhas, de explicar a realidade.

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A economia fica presa numa ilha de racionalidade econômica, envolta a um mar de externalidades invaloráveis, as quais a teoria do valor não dá conta. 3. {64} A ecologia não explica as diferenças de consumo exossomático de energia e materiais; as desigualdades sociais, especiais e temporais da distribuição dos recursos naturais.

A percepção ecológica e a política ambiental internacional 4. A política ambiental internacional (como símbolo os EUA) propõe administrar globalmente as florestas tropicais, créditos ambientais, uma criação dum FMI da Ecologia... 5. A crítica ecológica à economia tem mais de 100 anos, porém não causou um impacto na ortodoxia. 6. {65} A partir de 1970 é que começa a ser parcialmente incorporada, com a “Economia Ambiental e dos Recursos Naturais”, que tenderia a chegar a mesma conclusão da economia ecológica: ausência de comensurabilidade econômica. Elementos de economia ambiental neoclássica 7. {68} Traduz em valores crematísticos os impactos ambientais (internalizar externalidades), encontrando um ótimo social. 8. Que instrumentos serão usados para se forçar o ótimo social, ou seja, se que a economia humana se encaixe dentro dos limites dos ecossistemas? Direito de propriedade coasiana, impostos pigouvianos, normas legais, multas...? 9. {70} Como crítica, ao defender a incomensurabilidade dos elementos da economia, não são contra estes instrumentos, mas veem-nos como insuficientes e falhos. O efeito estufa, uma externalidade invalorável 10. Em 1903, Arrhenius descobriu o efeito estufa. 11. Em 1937, um relatório da Associação de Pesquisa das Indústrias Elétricas Britânicas afirmou que queimar combustíveis fósseis é benéfico para a humanidade. 12. {71} Limitar a emissão de CO2 deve levar em conta as emissões desde 1900, ou seja, os países ricos estão em dívida com o mundo 13. {72} Há um consenso crescente de que o efeito estufa é mal. 14. {73} Há externalidades que não se conhece e as que se conhece, não se sabe lidar por ter de atribuir valor arbitrário ou por nem saber se é positivo ou negativo. A duvidosa contabilidade da energia nuclear 15. A energia nuclear não é, necessariamente, uma alternativa para o problema ambiental. 16. Qual o custo de desmantelar uma central ou armazenar os resíduos radioativos? O plutônio é bom ou mal? 17. {75} Questão da incomensurabilidade da Amazônia: 4bi (tentativa de “compra” pelo Banco Mundial) ou 50bi/ano?

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A energia e a economia: uma perspectiva histórica 18. {76} O interesse pela ecologia surge na economia, mas poderia ter vindo da história ou geografia que, porém, não foi dado continuidade. Ecomarxismo: muito tarde e muito pouco? 19. {81} A economia marxista adota um ponto de vista ricardiano para tratar os recursos naturais (faculdade indestrutível do solo para produzir colheitas). 20. {83} Carece de uma visão entrópica, dos efeitos irreversíveis que afetam a reprodução econômica (dinâmica, crescimento e crise). 21. Se ampliarmos a interpretação do desenvolvimento capitalista para não apenas exploração do trabalho humano, mas rapina anti-ecológica em benefício dos ricos, podemos encontrar na história diversos movimentos populares, sociais, que lutam pelo ecologismo. A ecologia e as economias planificadas do Leste europeu: post  mortem

22. {86} O debate ecológico estava ausente do debate do planejamento econômico. 23. {87} Explicações: 1. Ausência de movimentos ecológicos livres 2. Ênfase no crescimento quantitativo 3. Cegueira marxista para o fluxo de energia e materiais 4. Adoração ao fordismo 24. {90} “O mercado não pode calcular os danos ecológicos futuros” de Neurath foi considerado utópico.

O conceito de desenvolvimento sustentado, um instrumento inadequado para uma política demográfica e ambiental 25. {91} Crítica à racionalidade ecológica 26. Sustentável: população máxima de uma espécie que pode manter-se sem degradar a base de recursos de forma que diminua a população futura. 27. Como aconteceu com a população alemã ou japonesa, que antes exportava pessoas por ter chegado no limite, mas agora suporta muito mais pessoas, os economistas justificam o consumo presente sem se importar com o futuro porque no futuro seremos mais ricos e com tecnologias mais evoluídas que não precisarão mais desses recursos. 28. {92} As desigualdades do uso dos recursos naturais não provem da biologia, mas da história. Dessa forma, o ecologismo dos demais animais é diferente do humano (p.e. o consumo exossomático). Uma conclusão política 29. {95} A insuficiência das racionalidades econômicas e ecológicas leva à politização da economia. 30. {96} A disputa ambiental deve trabalhar com as relações entre interesses dos ricos-pobres, países centrais-periféricos. 31. {97} O movimento popular de luta pela sobrevivência contra os ricos, entendida como ecológica no sentido amplo, é o sujeito do ecologismo político.

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