Marketing Político

May 23, 2019 | Author: Barbara Lindholm | Category: Política, Brand, Marketing, Elections, Power (Social And Political)
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Marketing Político...

Description

Marco Aurélio UBIALI Sérgio Motti TROMBELLI

MARKETING POLÍTICO

Administrando o Gabinete

Editora

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Dedicatória

“Dedico este livro ao meu filho, Guilherme, que tem sido inspirador na administração do meu gabinete”. Marco Aurélio Ubiali

“Dedico esta obra a minha esposa esposa Lélia Maria, a meus filhos Érika Regina, Alexandre Alexandre e Mariana, e meus netos Maria Luíza, Beatriz e Guilherme. Dedico também à minha nora Rosana, Rosana, meus genros Alexandre Alexandre e Alessandro que, em aumentando minha família, trouxeram mais felicidade felicidade à nossa vida Sérgio Motti Trombelli

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Agradecimentos

“Agradeço a minha família, família, especialmente, a minha minha esposa, Eugênia, pela  paciência e tolerância tolerância comigo.”  Marco Auirélio Ubiali

“Agradeço a Deus, pela força e perseverança com que sempre me abençoou de modo a que eu pudesse realizar as coisas que realizo.”  Sérgio Motti Trombelli

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Prefácio

Marco Aurélio Ubiali e Sérgio Motti Trombelli nos brindam com mais uma obra sobre marketing político. Desta vez, o tema é a administração do gabinete parlamentar cujo eleito deverá saber organizar com perícia quase que cirúrgica se quiser obter sucesso no seu mandado. Num dos trechos da obra, os autores , de maneira bem objetiva, sentenciam que o gabinete é a empresa do político. Ela pode produzir lucros em quatro anos e com certeza o parlamentar será reeleito. Mas ela pode produzir prejuízo e aí, em quatro anos ir à falência. Neste caso o parlamentar não se reelege e a lei de mercado é imperiosa: outro ocupará o seu lugar. Caminhando pelos meandros da administração política, a obra perpassa por temas de altíssima relevância para quem exerce o mandato e quer que sua equipe de trabalho seja eficiente e com isso ajude o parlamentar a exercer seu mister com eficiência. São tratados temas como a continuidade de se fazer marketing, a valorização da marca do político que é o seu nome e os cuidados que se deve ter para que esta marca não se corrompa com o tempo, a composição da equipe, a militância política, e as funções que o gabinete deve exercer no atendimento às necessidades da população. No primeiro capítulo, há um estudo interessante e inovador sobre o político profissional, aproveitando as ideias de Max Weber, estudo este que merece atenção profunda de todos aqueles que militam na política. De outra parte, a primeira obra em conjunto dos autores – Marketing Político , fidelize seu eleitor e vença sempre - possui uma abordagem temática sobre a fidelização na política, assunto que o gabinete deve ter sempre em mente e que , somente com competência e trabalho, poderá fazer e com isso manter fieis os eleitores do seu parlamentar. Esta temática vem sendo reclamada por todos aqueles que não podem ter a obra em questão, haja vista que está totalmente esgotada. 4

Desta forma, inteligentemente, os autores retomam os assuntos fundamentais daquele livro e fazem encartes novos sobre os assuntos lá abordados, principalmente no que diz respeito à comunicação com o público. Assim , uma parte importante da oratória é reprisada neste livro e com isso os autores atendem aos reclamos de seus leitores e de todos os políticos que participam dos cursos e palestras que são ministrados. Quando se é candidato todos se sentempreparados e prontos para ser eleitos e para administrar o futuro gabinete mas, apões a eleição , o parlamentar começa a ver que não é tão simples assim.  Terminado o pleito, vitorioso, haverá as festas, o vitorioso e será festejado, é a chamada “lua de mel” do poder que durará até que seja empossado. Entretanto, às vésperas de assumir o cargo para o qual foi eleito, seus companheiros de partido e de campanha cobrarão por cargos na sua assessoria ou na administração pública. É justo que o façam, pois o político precisa ter visibilidade e é a função pública que fornece isso além do que ao ajudá-lo na campanha eles também se comprometeram com seu programa político e queremparticipar da sua realização. O primeiro problema que surge então é que normalmente, o seu gabinete não possui muitos cargos de assessoria e mesmo que o político seja da situação, frequentemente, não disporá de cargos para serem preenchidos - se for da oposição certamente não terá nenhum cargo na administração... A resolução deste problema passa pela incompreensão de alguns , e até mesmo algumas injustiças são cometidas, mas a vida parlamentar exige uma postura diferente da vida de campanha. Naturalmente os companheiros esperam o convite para a assessoria e o parlamentar saberá fazer a escolha levando em conta a fidelidade e a competência de cada um. Os seus assessores precisam ser competentes e capazes de elaborar uma estratégia de ação com criatividade, respeitando sempre a bandeira que propõem defender. Durante esse processo de escolha, o eleito verificará que muitos dos seus apoiadores são bons de campanha, mas não apresentam as competências necessárias 5

para a vida interna da políticae por mais que o político queira tê-los aseu lado dentro do gabinete não poderá mantê-los . Por isso, uma das considerações mais interessantes que o livro nos coloca é que o gabinete não é um espaço físico, mas todo um conjunto de ações que os assessores devem exercer. Participar do gabinete não é ficar dentro do parlamento fisicamente, mas atuar de forma proativa também fora da casa de leis, por exemplo. Assim , a militância do candidato, aquela que foi efetiva na sua eleição, continuará ativa e com a mesma importância de antes. Esta forma de pensar, proposta na obra, elimina a discriminação que geralmente é feita entre os que estão trabalhando interna e externamente para o sucesso do parlamentar eleito. No fazer político, todos são de igual importância. Enfim , a obra é interessantíssima e complementa os trabalhos anteriormente feitos pelos autores. Um livro de obrigatória leitura sobre uma das temáticas mais importantes que, ao longo do tempo , vem sendo objeto de estudo de filósofos e pensadores : a política. A Fesp – Federação das Unimeds do Estado de São Paulo – se sente orgulhosa em apresentar a todos mais esta obra e o faz como parte do projeto político que vem sendo desenvolvido pela federação, sempre com vistas a fortalecer o cooperativismo de trabalho médico de forma a que os homens públicos unimedianos possam buscar cada vez mais a melhoria daqualidade de vida da população brasileira.

Waldemar D’Ambrósio Filho

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Introdução

Este livro se destina aos vereadores, deputados e todos que tenham que montar um gabinete. A ideia de escrevê-lo surgiu, após uma série de palestras feitas para vereadores eleitos que assumiramemjaneiro de 2013. Apesar da abrangência, de poder ser utilizado por, qualquer político eleito e fundamentalmente, para os vereadores e deputados, a eles é que nos iremos referir ao longo destas páginas. Não se trata de um manual sobre o legislativo, suas funções, ou como fazer requerimentos ou projetos de lei. Continuamos na nossa proposta de manter o foco na área de marketing e a administração do gabinete tem tudo a ver com isso. A vida do político no legislativo seja ele vereador ou deputado é difícil, mas é mais complicada para o vereador. Enquanto deputados estaduais ou federais se tornam figuras “abstratas” no cotidiano das pessoas da cidade devido à distância, o vereador é “concreto”, isto é, sabemos onde mora, que clube frequenta, onde seus filhos estudam, onde se reúnem, quem são seus assessores nos gabinetes. E mais, eles estão logo ali, à distância de alguns metros da minha casa e por isso eu  posso cobrá-los diariamente se quiser . Por isso, para o vereador, ganhar mais votos por um bom

trabalho, ou perder os que conseguiu é extremamente fácil. É da natureza humana que, ao vencer uma eleição, se sinta orgulhoso,“ Sou o máximo”, “ sou autoridade”, “tenho mídia à minha disposição”, “todos me cumprimentam”. Neste momento o eleito tema sensação de poder que acredita ser real, o que não deixa de ser verdade, mas não é tão simples assim. Essa falsa sensação de poder leva a que, muitos eleitos se encastelem em seus gabinetes encantados com a sua própria voz, com a sua própria figura, com sua imagem nos jornais, na TV, enfim, acreditam que o mundo gira a seu redor. Pensam que uma vez eleitos, basta estar nas sessões da câmara e usar a tribuna que ele será visto, sua fala e opinião divulgada, seu trabalho reconhecido e a reeleição será fácil. Ou Ë comum o vereador eleito, principalmente no primeiro mandato, ter valores sobre 7

seu trabalho e acreditar que basta fazer alguma indicação, um projeto de lei, que todos estarão comentando nas ruas no dia seguinte. Como a nossa sociedade é individualista e todos querem ter prioridade ou verem suas demandas pessoais atendidas, o vereador gasta a maior parte do seu tempo procurando atender essas demandas e deixa de exercer seu mandato pleno, pois para atender a essas demandas quase sempre se vê obrigado a apoiar o prefeito e não a fiscaliza-lo no exercício do mandato. Esta situação leva a uma compreensão errada da importância e atenção que o vereador deva ter para a maioria do povo, pois a maioria das pessoas vivem sua vida muito beme semsaberemo que o político está fazendo, afinal, as pessoas estão todas preocupadas com seus próprios afazeres, com o pão de cada dia, com a educação dos filhos, a balada no final de semana, as novelas, e para alguns mais empolgados ( lamentavelmente ) com o BBB, etc e apesar da política atingirem diretamente suas vidas, empregos, custos da energia,segurança, transporte público eles somente dedicam sua tenção a política nos escândalos ou nas eleições. Por isso, o político precisa se comunicar com eficiência, isto é, precisa estar, o máximo que der, nas conversas dos eleitores, na presença deles, na solução dos problemas coletivos e individuais que eles têm. E quemfaz isso é o gabinete, por isso saber administrar seu gabinete é uma arte que garante o sucesso do eleito, ou pode se tornar o culpadodo seu completo fracasso. A escolha dos assessores geralmente começa com o convite aos amigos que ajudaram na campanha. Não é um erro, desde que o amigo saiba que mandato não é campanha e as necessidades são outras. O gabinete deve ser montado com uma mistura de militância e especialistas na administração pública (gestão de emendas, administração de cotas de representação e secretariado executivo para fazer discurso, etc) pois, quemopta por um só prato desta balançaacaba se dando mal. O político tem que saber que a peça mais importante no sucesso do seu mandato é seu gabinete e ele somente funcionará se, as escolhas dos assessores forem corretas. A ação do político deverá ter como meta os interesses coletivos das 8

pessoas em detrimento do individual e seu trabalho será reconhecido se souber fiscalizar o executivo utilizando os instrumentos disponíveis( requerimentos de esclarecimentos e informações CEI, etc), valorizando o cargo para o qual foi eleito, dando respeitabilidade e importância ao mesmo, ao mesmo tempo em que deve continuar fazendo seu marketing pessoal, coisa que nemsempre acontece. Esperamos que esta obra possa ser de utilidade àqueles que irão enfrentar a dura tarefa do “fazer político”. Por isso, muito do que já falamos antes, em nossos livros, poderá estar aqui repetido, o que, no fundo é bom, porque somente reforçando ideias é que as coisas podem se fixar na mente dos vereadores eleitos. Administrem bemseu gabinete, façam de seus mandatos uma coisa que valha a pena e com isso tenham sucesso, porque somente assim, com trabalho, divulgação, vivência com o eleitorado, se pode pensar na reeleição.

Os autores.

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O político profissional

A política está profissionalizada, e faz tempo e é bom que seja assim, pois um profissional sempre desempenha melhor a tarefa do que um amador. As campanhas, então, nem se fala, afinal é impensável se entrar numa eleições sem marketing eleitoral. Todos os candidatos vitoriosos sabem disso, e cada vez mais os técnicos se especializam e acham formas e fórmulas para serem aplicadas na política. Marcio França um político renomado diz que”a muito as eleições deixou de ser uma caixa de surpresas e hoje se sabe que candidato tem reais chances de ser eleito ou reeleito e como será o seu mandato”. Esta profissionalização de campanha alcançou hoje os políticos em exercício, isto é, os agentes políticos, precisam ser cada vez mais profissionais. Não é do nosso tempo, mas antigamente o vereador não ganhava nada. E até mesmo o prefeito era um “fazer político” que dispensava remuneração hoje, como todos sabem, os políticos eleitosganhame bempara cumprir os seus mandatos. Como o político recebe pelo seu trabalho é preciso que priorize o mandato o que consequentemente leva a conclusão de que exercer outra profissão é algo impensável, tamanha a absorção que a política faz do eleito. Vereadores, por exercerem funções na sua comunidade, podem continuar ativos em suaprofissão, mas priorizando o mandato. Assim, médicos podemclinicar e exercer a vereança; professores dão aula sendo vereadores; empresários cuidam de suas empresas e da câmara. Quando se trata do mandato de deputado esta duplicidade de função fica muito mais difícil, principalmente se o mandato for federal. Entretanto, mesmo para os vereadores, não está sendo fácil caso se pense em reeleição. Levando em conta que a renda obtida com o mandato, cada vez mais se torna compensadora e junto dela, está os favores que se obtém, a rede de influência, as benesses do poder, as mordomia o político eleito rapidamente sente necessidade 10

de buscar a reeleição. Por isso, os políticos estão optando pela atividade política em detrimento de suas profissões de origem e surge então o político profissional, uma espécie estudada, inclusive, por pensadores como Max Weber de quem usaremos considerações para nos referir a este novo profissional. De saída devemos considerar que o profissional político é aquele que dedica toda, ou pelo menos a maioria de seu tempo, e atividade de trabalho, à política. Por isso, é justo que desta mesma política ele retire sua subsistência. Conforme Max Weber diz de alguns políticos que ‘ele vive da política e não  para ela’, cometendo aí um erro de ação. De fato, ser político competente, exige tanto do agente político que a este nada mais sobra a não ser se dedicar plenamente a sua função de político e para tanto a remuneração de seus “serviços” é justa, afinal, pela própria essência e dinamismo da política, nada resta de tempo para aqueles que atuam politicamente a não ser a própria política. Os que militamsabem que a política não muda diariamente, ela muda por hora, o que obriga seus agentes estarem atentos 24 horas por dia. Ademais, os partidos, antes agremiações formadas pela afinidade de ideais, aos poucos perderam a sua identidade em nome de ideais “mais altos”, os quais exigem pessoas diferentes, mais capacitadas para porem em prática seus manifestos ou suas cartas de intenções. Isto mostra quão importante é a abertura destas agremiações aos técnicos, especialistas, enfim uma plêiade burocrática de pessoas capazes de fazer rodar toda uma engrenagemque dê sustentação aos profissionais políticos que a elas pertençam. Assim, não só o político é profissional, mas o partido ao qual ele está filiado, tambémo é, ainda mais no sistema político brasileiro, onde o mandato é do partido e os agentes são meros personagens da cena política, sempre sujeita aos embates e interesses de dominação desta ou daquela sigla partidária. Os estudos mostram que em São Paulo já. na década de 1920, a política era uma forma de melhorar seus negócios, e que para quase todos os demais agentes políticos da época, a política era o seu negócio. Com isso, a dicotomia entre o mundo de relações e negócios em que todos viveme o político desaparece numa unidadeque 11

tem personalidade própria, o mundo e o político, não mais separados, mas unidos indissoluvelmente. Max Weber chama isso de empreendimento político, algo quem tem vida própria, interesses próprios, autonomia, e que nem sempre faz o que a sociedade almeja, preferindo realizar seus interesses internos. A políticase tornou um fazer novo na sociedade, surgindo com isso, o político profissional cuja atenção está voltadaunicamentepara a ela. A política passou a ser um mundo autônomo dentro do macrocosmo social. Ela de meio passa a ser um fim, e desta forma começa a ser tratada como uma entidade independente e não mais um meio cuja finalidade seria servir a uma causa, ou a um ideal. A política atende a ela e os eleitos são agentes desta entidade independente, concreta, autônoma. Desta situação a passa a ser uma profissão, com códigos próprios, com interesses estritamente políticos e não apenas sociais, foi uma questão de tempo curto, muito curto. Assim, o interesse social se subordina ao interesse político. Já foi dito por um político que “exatamente como os empresários negociam com petróleo, eu negocio com votos”. O voto é a matéria prima desta profissão, porque o que de fato garante o político no poder são eles. Weber compreende bem isso quando afirma que os políticos são “ fundamentalmente especuladores de votos”. Neste sentido, a eficiência do agente se torna, por força da concorrência, obrigatoriamente profissional. Karl Marx também entra nesta história e de uma forma menos literal deixa entrever a existência de um “mundo político” como sendo algo à parte, dotado de uma lógica especial, com códigos específicos, além de princípios que são unicamente deste mesmo mundo político. Por isso, a lógica da política não se coaduna com a lógica tradicional e a moral inclusive. Mais que isso, a nem sempre a moral política encontra eco na moral social, por isso o que aparenta ser imoralidade para a sociedade nada mais é do que outra forma de moral, “estritamente política”. A consciência política está longe da consciência como a conhecemos porque o mundo político, por  justamente lidar com as estruturas de poder, acaba se colocando acima do bem e do mal, afinal cada um considera seu ofício como o ofício verdadeiro e o político julga asi mesmo como o dono da verdade. 12

Por esta razão é que o profissional político acaba sendo blindado “do mundo profano de aí fora”. Isto lhe traz as vantagens de decidir as coisas que lhe dizem respeito e as coisas que dizem respeito aos outros, afinal, o político faz as leis que comandam todas as vidas na sociedade. É um espaço hermeticamente fechado e voltado sob re si mesmo. Adriano Codato, com sobriedade afirma: “Esse hermetismo que caracteriza e define o universo político, implica ter presente tanto os processos políticos e ideológicos de produção dos profissionais da política, que são historicamente diferentes em formações sociais diferentes, quanto os procedimentos efetivos, isto é, o “jogo político”, com suas técnicas de ação e de expressão (regras, posturas, crenças, valores, hierarquias etc.), que são a essência de qualquer campo e o pré-requisito para participar dele. A propósito da famosa frase de Weber, para quem se “pode viver da política ou para a política, Bourdieu a corrige e adiciona uma outra ideia dizendo que seria mais exato pensar que se possa “viver da política com a condição de se viver para a política”, isto é, conforme se conheça e se adira às regras do jogo, e não conforme uma vocação imaginada. Nós acrescentaríamos que o oposto também é verdadeiro: só vive para a política aquele que vive da política. Essa profissionalização passa a ser a condição para dedicar-se integralmente a política na sua função de representação de interesses externos ao campo político (interesses sociais), na função de representação dos próprios interesses (as “‘ideias fixas”), e mesmo aos interesses do campo político enquanto tal ou seja, sua existência, sua permanência, seus regulamentos, seus códigos, seus princípios de seleção e exclusão etc. O mundo político exige a existência de interesses corporativos, definidos não só pelos agentes do processo, mas também por toda uma gama de outros agentes que giramem torno da vida políticana busca de seus interesses. Isso faz com que a política coloque a questão do poder pelo poder como sendo a sua mais alta expressão, porque é ela, em última instância, que confere a consistência e a perpetuação do profissional da política. 13

Por isso, a profissão de político fascina. Principalmente por causa da possibilidade de exercer poder sobre as demais profissões e com isso, exercer o poder de dominação da sociedade. Quem preferiria a medicina, o magistério, a advocacia, etc, emvez disto ?

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O que foi feito não basta – Marketing Político nunca acaba

Os políticos precisam se preparar para os seus mandatos e não apenas para a sua campanha. Após a posse é que as coisas que realmente contam começam a existir. Por isso, não dá para o eleito deitar em berço esplêndido e ficar contemplando a si mesmo. Principalmente o vereador, que, como dissemos, é uma figura concreta, isto é, está ali, à distância de um gesto, de um grito. Os vereadores são pessoas palpáveis dentro de suas comunidades: dançam no mesmo salão do clube local, frequentam as mesmas pizzarias, têm os filhos nas mesmas escolas que os munícipes, enfim, são vistos constantemente e podem ser interpelados a qualquer instante. Numa situação desta, cuidar da imagem é fundamental e este cuidado está dentro da esfera do marketing, por isso ele nunca acaba. O que é imagem? Imagem é a somatória, isto é, quando olho para um candidato, o que vejo? O que sinto? O que espero dele? Da mesma forma ocorre quando vejo, sinto, espero daquele político eleito que recebeu meu voto. Por isso, não dá para ser candidato de um jeito e vereador de outro; defender algumas bandeiras durante a eleição e outras durante o mandato; manter amigos durante a campanha e se esquecer deles depois de eleito; abrir a porta da sua casa durante a campanhae fechar o gabinete depois de eleito. Fazer o marketing pós-eleitoral é mais fácil do que quando do tempo de campanha, afinal o candidato é uma possibilidade e o vereador é uma pessoa eleita, é uma autoridade, tem espaço no jornal, pode até convocar uma coletiva para dar algum furo jornalística ou prestar contas de seus atos. Isto sem contar sua atividade parlamentar: na câmara está seu palanque, os microfones são dele para o que quiser dizer. Por isso, estratégias de marketing 15

precisamser feitas de forma a fixar a sua imagemagora como parlamentar. Da mesma forma que o marketing pessoal preconiza a necessidade de crescimento pessoal, o marketing político exige crescimento político, isto é, é fundamental projetar uma imagem positiva para o seu mundo doravante. Ser um político positivo é confirmar os motivos que o fizeram se eleger e neste sentido ele tem que ser muito convincente, pois a tendência é sempre duvidar do político, “colocar todos no mesmo saco”. Para que isto não aconteça com o eleito, vale à eterna e sempre verdadeira máxima de que a “propaganda é a alma do negócio” (e do político também). O vereador é um produto e como tal está na praça para ser escolhido pela população. É um produto porque serve para resolver problemas, assim como um carro que resolve problemas de transporte, um sabão em pó que resolve problemas de limpeza, ou um remédio que resolve problemas de saúde. Desta forma, como você espera que o carro, o sabão em pó e o remédio resolvam seus problemas, você espera que o vereador também faça isso. Só que o problema do vereador é outro: a vida em sociedade, bem mais complexoporque não depende exatamente dele para ser solucionado. Mas aqui está o pulo do gato em termos de marketing: o vereador é um produto que não se esgota, ele é sempre necessário porque a sociedade muda e com ela novos problemas vão surgindo. O vereador é um produto que soluciona problemas, por isso é sempre atual. Saber mostrar-se como a solução do problema à população é uma arte. Ela faz por solidificar a marca que o vereador acaba “colando” em si mesmo. Já falamos em outra obra – Marketing Político – fidelize seu eleitor e vença sempre, sobre a importância da marca na vida do político, vale repetir aqui: a fixação de uma marca na mente do consumidor, estimulando nele um comportamento de preferência na hora da compra, exige muita precisão. A profusão de marcas, oferecendo os mesmos produtos com atributos afins, dá ao consumidor uma chance muito grande de “pular” de uma marca para outra, comimensa facilidade. Neste sentido, torna-se fundamental o cuidado com um conceito importantíssimo de marketing , o “ posicionamento”, isto 16

é , o espaço que uma marca ocupa na mente do consumidor eventual. Quanto mais solidificado for este espaço, mais sólido será o relacionamento de fidelização entre a marca e os consumidores. Na verdade, o consumidor também deseja esta “ facilidade”, qual seja, ao precisar de uma TV, ir primeiro na loja tal; quer trocar de carro, é preferível tal revenda, e assim sucessivamente. O “posicionamento” é bom para quem vende e também para quem compra, porque a marca dá a sensação de proteção, de certeza na qualidade do produto, proporciona ao comprador a satisfação em ter um produto no qual se pode confiar. Por isso, marcas custam caro. São patrimônios solidificados ao longo de anos e anos de trabalho sério junto aos consumidores. Já se provou que mais do que o seu imobilizado, o que a coca-cola tem de mais valioso é a marca. Da mesma forma que bancos, que operadoras de telefonia, carros, enfim, todas as marcas vitoriosas são sucesso porque construíram ao longo do tempo o seu valor. Desta forma, zelar pela marca, dar visibilidade a ela, ter parâmetros de conduta para atendimento dos seus consumidores fazem parte do relacionamento produto-cliente no mundo empresarial. No meio político, a marca é nome do eleito e o que solidifica esta marca é a retidão de conduta, a personalidade do político, do partido, da instituição enfim. E a sua capacidade em ser um produto que soluciona problemas sociais isto mantém o vínculo eleito-eleitor. O político tem que entender que seu nome é a marca com a qual se apresenta aos eleitores. Basta uma referência ao nome para vir à mente do eleitor o posicionamento que este nome ocupa, são os casos da política do “relaxa e goza”, ou “do rouba, mas faz”, e assim sucessivamente. Nomes políticos, como as marcas, também se constroem com o tempo, com a visibilidade, com integridade, retidão de conduta de modo a despertar confiança no eleitorado. No fundo são as bandeiras que se defende, são os atributos perceptíveis ao eleitorado que dá confiança para quem vota, isto é, o produto político que você “comprou” é bom e o uso que se faz dele, no exercício do legislativo ou do executivo, é que vai demonstrar sua eficácia. Da mesma forma que no mundo empresarial, na política, cuidar do nome, portanto da sua da marca, é criar umvalor que ninguémpode tirar do ”homempúblico” 17

Neste sentido, o gabinete tem uma função preponderante. Ele é a máquina com a qual o parlamentar pode contar para por em prática toda a engrenagem destinada a continuar fazendo marketing, não mais como uma promessa, mas como uma realidade sociopolítica, onde os munícipes podem encontrar guarida e apoio na solução dos problemas da comunidade. Por isso, ainda seguindo os passos do livro citado acima, promover-se é mister. Não nos referimos a promoções que dão publicidade dos atos políticos feito pelo parlamentar, mesmo porque, se não houver promoção, vai ocorrer uma coisa terrível: nada! Usamos a palavra “promoção” para salientar que os políticos que querem apenas se promover acabam sendo superficiais, e não há nada mais inadequado do que político que vive exclusivamente de promoção. São aqueles que não se apegam a nada de sólido, não têm bandeiras a levantar, vivem apenas dos modismos de cada momento na busca de ter seu nome constantemente na mídia. Tratam de todos os assuntos com superficialidade e poucos sabem de fato daquilo pelo qual estão “trabalhando”. A fidelização do eleitor não se dá nestes momentos, embora eles sejam os melhores meios para se mostrar presente como ator no espetáculo, na cena, nos holofotes. Ocorre que muitas vezes, o foco do evento se modifica, o caminho se mostra outro e dos holofotes o político acaba indo para a galhofa, o ridículo. No fundo, quando o eleitor, a massa de pessoas que compõe o eleitorado quer solucionar realmente as questões de relevância, busca os seus políticos tradicionais, sólidos, com um cartel de realizações e condutas exemplares. E por quê? Justamente porque isto é que fideliza. A população precisa de esteios a se apoiar e é nesta credibilidade, nesta certeza da retidão de conduta que se encontram os melhores esteios de que nossa sociedade precisa. Mesmo sem uma marca de credibilidade como antes, a vida política do Congresso, por exemplo, ainda possui seus esteios, políticos sobre os quais não pairam dúvidas. Estes são eternos; os outros fazem o caudal dos modismos passageiros. A boa política acontece aqui, no instante em que o “produto político” soluciona o problema, e ponto! Como se vê, marketing é algo que não desaparece nunca, ele está impregnado na vida do político como está impregnado em todas as ações humanas que exigem 18

relacionamento com busca de alguma vantagem , seja ela financeira, seja ela eleitoral. O voto é a moeda do político. Aliás, fazer marketing (semeste nome, é claro) é coisa muito antiga. César fazia isso quando emsuas campanhas de conquista nos tempos da Roma antiga. Existe um texto magistral sobre Crasso que vale a pena repetir aqui. Não para ser seguido evidentemente porque fala de um mau produto político, mas serve para mostrar que as preocupações que haviamhá longa data são pensadas (e até feitas) nos dias atuais. Vamos a texto, escrito por J. Roberto Torero: “A Educação de Crasso”   Alípio Crasso foi governador da Beócia durante o reinado de Trajano. De sua grande popularidade ficaram registros em cartas de Plínio, o Novo, e desenho em azulejos com a inscrição: "Crasso nos governa, somos felizes". Recentes escavações no Estreito de Bósforo resgataram um baú com estatuetas do jovem Crasso sendo educado por seu pai, Lupilio. Sabe-se que eram vendidas e o  povo as estimava, colocando-as ao lado das figuras dos deuses nos santuários caseiros.  As estatuetas fizeram renascer a discussão acerca do papel de Lupilio na educação do seu adoradíssimo filho. Educação não apenas guerreira ou moral, mas  principalmente política. Com isso, foi revalorizado um texto que vinha saciando apenas os cupins. Falo dos "Apontamentos para a Política e Governo dos Homens", escrito por Lupilio durante o cerco dos Quados. Trata-se de um texto muito valioso, e diz a tradição que Crasso o seguiu à risca nos seus quarenta e seis anos à frente dos negócios beócios, em que, segundo o poeta Euriano, "O sol não abrasava/ O vento não destruía/ A chuva não castigava/ Assim era cada dia". Vale a pena rever essa lição de sabedoria política que deve estar na gaveta de muito político moderno:

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"Meu filho, quando nasceste e vi teu olhar pálido e idiota pendurado no centro da enorme e desproporcional cabeça, não pude dar-te outro nome que não o de Crasso. Porém, convencido de que a pedagogia corrige a natureza, desde cedo  preparei-te para a profissão da política.  Agora que Ernulfo está à morte e fostes escolhido governador, medita uma vez mais nessas lições. Garanto que serás amado por uns, temido por outros e respeitado  por todos : 1) Faze obras grandes e vistosas sem te perguntar pela utilidade delas. Esquece os esgotos, lembra-te das pontes. Um mísero arco na rua do estádio vale mais que a  porção de trigo de cem camponeses famintos. 2) Sai às ruas, discute com o vendedor de pães, ralha com os cobradores de impostos. Lembra-te que eles são odiados e é bom que pareças ser inimigo deles. 3) Rebatiza tudo e assim pensarão que tudo é obra tua. Não ergueu Ernulfo as Termas do Monte? Pois bem, manda fazer ali duas estátuas e põe dois soldados à porta; depois muda-lhe o nome para Termas da Lua ou Termas de Trajano. Em dois anos todos  pensarão que tu mesmo os fizestes. Em três, estarão chamando-as de Termas de Crasso. 4) Apega-te a coisas mesquinhas. Se pensares nas guerras, nas estradas e nos granários, em que serás diferente dos outros que vieram antes de ti? Legisla sobre as túnicas dos moços, discute a ferradura ideal para os cavalos, faze leis sobre o consumo de fumo, proíbe as mulheres de beberem mais de dois copos de vinho nas saturnais. Um pai pensa nos estudos do seu filho, mas também preocupa-se com a queda de sua  franja. 5) Vai aos jogos, ordena trombetas à tua entrada e à tua saída, chega sempre um quarto de hora depois do horário aprazado 6) Ernulfo vai às guerras e regressa de boa saúde. Nunca cometas semelhante estupidez. Volta com um ferimento e, por pequeno que seja, exibe-o no mercado.

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7) Aprende a retórica e esmera-te na arte de nada dizer. 8) Sempre que encontrares um pedinte, tortura-o com a descrição das tuas infelicidades. Faze-o crer que tens inveja da liberdade que os deuses graciosamente lhe deram. Convence-o de que a vida no palácio é toda cheia de crimes, aleivosias e conspirações. Os pobres gostam de pensar que são mais felizes do que os ricos e assim se sentirem superiores a eles. Com um punhado de lágrimas ganharás não só a sua simpatia, mas também a sua compaixão. 9) Calçaste uma rua? Toca tambores e chama o circo. Nunca inaugures nada em silêncio e modéstia. 10) Segue os usos e costumes de Roma, manda trazer os vasos do último gosto, faze crer a todos que és refinado e conheces as maneiras da mesa de Trajano. Dize sempre : "Em Roma se faz assim", ou "Essa é a maneira como eles fazem isto". Assim os que te ouvirem pensarão que tens amizades com os patrícios. Obs. A Beócia não melhorou muito no governo de Crasso, mas os beócios o adoravam.

Crasso não teve vitóriasem guerras, afinal ele nunca foi um estrategista militar e cometeu muitos erros infantis. A expressão “erro crasso”, que significa erro grosseiro, primário, fatalmente veio daí. Crasso nunca foi um bom produto, mas soube se promover, isto é, ele sabia fazer marketing para aquela época. Por isso, na sua equipe de gabinete pense sempre em ter alguém com capacidade para fazer marketing de seu nome – sua marca, dando conhecimento de suas promoções aos eleitores, pois somente assim é que as coisas podem ser melhores para você, principalmente se você não for um Crasso na vida e sim um bom político. Mas sobre equipe, falaremos a seguir.

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A Equipe: aqui está a chave de tudo

Nós continuamos acreditando que a formação de uma boa equipe é tudo, e a melhor fórmula para a composição de uma equipe eficiente está na escolha das pessoas certas para as funções em que o desempenho desta pessoa atenda aos princípios da ideação, planejamento e execução ou seja escolher a pessoa certa para a ação que ela esta preparada e disposta a fazer. Parece fácil, mas talvez seja esta escolha das pessoas para sua equipe a mais difícil ação do seu mandato. Naturalmente o histórico de trabalho do pretendente, sua maneira de comportar seja no discurso seja na ação nos permitem ter uma noção desta potencialidade, mas somente o desempenho destas funções é que demonstrarão com clareza estas competência e você cometerá muitos erros nestas escolhas. Quando detectar ineficiência ou falta de lealdade, retire esta pessoa rapidamente da equipe, pois sua presença contaminará os restantes.  Jack Welch, um dos gurus do marketing e da administração moderna, costumava afirmar que no princípio de qualquer ação de mercado, ele escolhia sua equipe base de trabalho e depois as coisas iam se encaixando. Nada mais correto. As pessoas se constituem no mais importante ativo que qualquer empreendimento possui. Quem tem boa equipe quase sempre vence. Claro que os adversários também podem possuir boas equipes e aí valerá mais a criatividade, a estratégia, e assim por diante. Mas sem uma boa equipe, esqueça. Observe os grandes políticos que temos. Todos possuem equipes de trabalho que com ele caminham há longa data. Os que estão no poder, após a eleição, estão nos cargos que podem ocupar. Não se trata de colocar qualquer pessoa para assumir funções incompatíveis, mas foi esta equipe quem auxiliou o candidato a chegar no poder, por isso, mantê-la é fundamental.

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Aliás, até mesmo na derrota a equipe é mantida, à exceção de algumas peças. Isto cria união e comprometimento. Quem abandona a equipe tem chances de ficar sozinho, porque é justamente o candidato que passa a não inspirar confiança e fica difícil montar outra equipe e mais outra, e assim sucessivamente. O grupo de trabalho deve ser de sua total confiança, por esta razão é que vale a pena sempre pensar no tripé: competência, desempenho e lealdade. Explicando melhor: Competência é o que esperamos para a realização eficiente do trabalho. Assim, se

um membro da equipe mexe com computadores, ele tem que ser “fera” nisso, como se diz. Um jornalista, idem; a parte jurídica também e assim por diante. Não dá mais para ter gente “meia-boca” dentro de um processo de campanha onde erros são fatais. Desempenho é a decorrência da competência e ter vontade e capacidade de

exercê-la. Muitas vezes encontramos pessoas altamente competentes, mas que não conseguem desempenhar, ou o que épior, não quer desempenhar. A ausência de um bom desempenho no desenvolvimento de um mandato, assim como em uma campanha política, é extremamente perigosa, afinal aquilo que se pensa, cria, planeja é para se pôr em prática. Devemos acrescentar que competência e desempenho são qualificações em permanente desenvolvimento e se o assessor se achar suficientemente competente e que seu desempenho já esta bom, com certeza esta ficando para traz, pois os outros continuaram sua preparação e ele rapidamente será superado. Lealdade, por último, mas, talvez no fundo o mais importante. Muitas vezes até

tolerarmos uma pessoa com competência e desempenho medianos, mas desde que seja leal ao projeto, ao candidato. Aqui reside um dos maiores perigos da campanha – pessoas que não são leais. Já pensou ter pessoas na sua equipe altamente competentes e de bom desempenho, mas não leais? São os espiões, os que “vendem” o candidato. No fundo, se precisássemos escolher apenas uma característica das três, deveríamos ficar com a lealdade. 23

Diferentemente da competência e do desempenho que são qualidades em continuado aprimoramento, a lealdade é um sentimento e uma qualidade da personalidade do individuo e somente reconhecida por atos e atitudes ao longo da convivência com você e com os outros. Mas não é só isso que se considera quando se monta uma equipe. Ela tem que ser a mais abrangente possível, por isso, ela tem que diferentes da equipe de campanha. Ao falarmos em gabinete, pensamos naquelas pessoas que ficam sentados dentro da câmara municipal, atendendo pessoas, fazendo os discursos e trabalhos do vereador. Isto é importante, mas exclui a militância, um erro altamente perigoso. Por isso, fazem parte do gabinete as pessoas que também não estão dentro da câmara, mas continuam atuando na rua, junto do eleitorado. Todos têm que possuir cartão de apresentação ligando-se ao gabinete, e mais, devempossuir compromissos diários como os internos, só que junto ao eleitorado, às bases e cada vez mais procurar abrir espaços para o seu vereador, além de acompanhá-lo em visitas nos locais onde desenvolvem este trabalho. A equipe do gabinete deve contar com os três tipos de pessoas com suas qualidades preponderantes específicas que são os idealizadores, as organizadoras e as realizadoras. Este três tipos de competência devem estar presentes e identificados na assessoria do gabinete. Os idealizadores “pensam” o mandato, criam situações, campanhas, palavras de ordem, cuidamenfim da imagem, inventamações. Os organizadores disciplinam os voos altos daqueles que idealizam, organizam as ações, cuidam dos custos, enfim , põem no papel como as coisas serão. Os realizadores executam. Formam o exército de pessoas capazes de ir à luta e cumprir como que foi devidamenteplanejado, são os mestres deobra. Por fim, equipe precisa de “marketeiro”, de jornalista, de advogado, atendentes e um conselho político. Cada um fará o que é próprio da sua profissão, mas cabe destacar que a característica comum a todos deve ser a da educação, a gentileza no trato tanto dos 24

colegas de trabalho quanto das pessoas que procurarem o gabinete, vontade de atender ao outro com o objetivo de resolver as demandas apresentadas e buscar antever e prevenir problemas, mas quando não for possível, resolver os problemas do gabinete mas, sobretudo tentar resolver os problemas do cidadão principalmente e prioritariamente no coletivo. O atendimento dos problemas individuais pode e deve ser resolvidos, mas já se sabe que este tipo de atendimento é insuficiente para a demonstração da competência da ação política e insuficiente para consagra-lo como um político competente. Quanto ao conselho político ele deve ser composto por amigos do candidato cuja função é funcionar, até mesmo, como advogados do diabo, de forma a corrigir rotas e evitar erros comprometedores. É interessante que o conselho político seja formado por pessoas não remuneradas. Este conselho deverá se reunir, no gabinete ou mesmo na casa do parlamentar, que deverá ouvir suas colocações, mas sempre manter para si a decisão final. Um bom conselho político deve composto, necessariamente, por pessoas que militam com a mesma bandeira do eleito e outras que representem seus vários segmentos da sociedade. O parlamentar poderá reunir-se com todos juntos ou individualmente, mas sempre deixando claro que se trata de uma reunião do “conselho político”.

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O gabinete e suas funções

“O parlamentar terá sucesso, quando demandado, resolver o problemasdo eleitor, lembrando que os problemas coletivos são os que proporcionamo reconhecimento do seu trabalho.” Dr.Ubiali

A ATUAÇÃO POLÍTICA

Antes de entrarmos na administração do gabinete propriamente dita, valem ainda algumas considerações de importância. A rigor, temos dois tipos de políticos no legislativo sejam eles deputados ou vereadores: os da situação e os da oposição. Como exemplo, destacaremos a situação do vereador. Vereador da situação auxilia e fiscaliza o prefeito; vereador da oposição fiscaliza e auxilia o prefeito. A diferença na frase é sutil, mas faz uma imensa diferença. A situação tem por princípio o auxílio; a oposição, a fiscalização. E isto faz os embates da câmara acontecerem. Vereador de oposição tem dificuldades maiores para aprovação de suas proposituras e com isso é mais difícil atender seus eleitores. Assim seu gabinete tem que estar preparado para isso e saber que muito pouco se pode fazer nas coisas que dependem do atendimento da máquina administrativa. Seja como for, quando se pensa em gabinete é bom saber que política vitoriosa é feita por profissionais, principalmente a reeleição, cuja tarefa é mais difícil, apesar das benesses do poder. Tudo o que um candidato promete nem sempre pode ser cumprido, porque não depende apenas dele. Há os demais pares que votam a favor ou contra, há os interesses do executivo, enfim, cumprir promessas não é fácil. Um 26

candidato que se aventura pela primeira vez não tem um passado de promessas não cumpridas... Sempre costumamos dizer que não existe mágica. Não se tira eleição da cartola, é preciso esforço, criação, suor, sola de sapato e cabeça, muita cabeça para fazer o certo. Se na campanha não era fácil, no mandato é pior ainda, por isso profissionalize seu gabinete, escolhendo as pessoas certas para as funções determinadas. Lembre-se de que campanha é teatro cujo diretor é o candidato auxiliado por sua equipe de marketinge no mandato todos deixam de ser personagens para cair no mundo real, então o personagem desaparece e surgem líderes comunitários: os vereadores eleitos, autoridades da comunidade com umtrabalho social por fazer. A primeira mudança que ocorre e de como o eleitor vê o eleito. Durante a campanha, os eleitores diziam “estou encantado com esse cara”, e os eleitos venceram. Agora, os munícipes dizem “estou anotando o que faz esse cara”. Por isso é o momento de mostrar a que vieste e o caminho é um só: candidato que não promete não se elege, vereador que não trabalha não se reelege, daí ser preciso trabalho, muito trabalho. Acrescente-se a isso o fato que no legislativo você é eleito, em média, no maximo com os votos de 10% dos eleitores mas será cobrado por 100% deles e neste percentual há um grande número que cobrará mesmo o indevido porque ele quer que você fracasse. O segredo esta, portanto em procurar priorizar e atender os pleitos coletivos priorizando os dossegmentos que o apoiaram. De todos os assuntos de importância que o vereador deve levar em conta na câmara, sua bandeira, suas promessas de campanha vêm em primeiro lugar, afinal foram elas que o conduziram até o topo e as pessoas acreditaram nas promessas feitas, por isso votaram,,agora é justo que eles tenham a preferência do eleito.

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Às vezes o parlamentar tem outra profissão e não quer deixá-la. Ele precisa então separar o horário que dedicará à ação política (vereança), e o tempo que dedicará a sua profissão. Esse horário deve ser diário e cumprido a risca e deve ser exercido com extrema visibilidade. Organize visitas às obras, mas sempre leve um fotógrafo, cinegrafista e outras pessoas, para atrair a atenção das pessoas onde está ocorrendo à visita. Nas visitas em obras em construção, use o capacete, dê entrevistas no local, mesmo que seja para a  TV do seu site e a sua própria jornalista. Avise a imprensa que fará a visita e a convideos para acompanha-lo. A presença da imprensa pode não ocorrer, mas você a sua parte. Ao termino solicite sua jornalista que faça uma notícia e encaminhe a rádios e  jornais. Isto não se faz sozinho, o gabinete é fundamental. Guarde isso na cabeça: o gabinete é a empresa do vereador, e esta empresa tem que dar lucro (votos) se não a empresa vai à falência em quatro anos! Para que o trabalho do político seja eficiente é preciso que o seu gabinete seja eficiente. Como uma empresa, gabinete não é um castelo fechado onde o eleito se coloca como que numa redoma, inatingível e não querendo saber o que acontece à sua volta, afinal, já se elegeu. O gabinete também não é propriedade da família. Não dá para colocar o filho como chefe de gabinete, o genro como assessor, ou então permitir que seus filhos, esposa e sogra venham até o gabinete para dar ordens ou usar o carro da Câmara para fazer a feira ou ir ao supermercado. E talvez o mais importante por ser o mais incompreendido: não é cabide de emprego para os amigos. Para a eficiência e eficácia do seu trabalho, lembre-se de que, para ser um político de sucesso é preciso cabeça e braços, em outras palavras, administradores e militância.

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Daí o estabelecimento de metas e seu cumprimento, serem importantes e para isso a divisão de tarefas tem que ser respeitada, cada um na sua e todos trabalhando para o sucesso de todos. A equipe deve sempre proteger o político e quando detectar um erro procurar assumir a “cacetada” permitindo que o político (vereador) nunca seja o culpado de nadae que todos os acertos e conquistas sejam a ele atribuídos.

ATENDIMENTO DO GABINETE

Dentre todas as atividades que um gabinete realiza, estão as individuais e as coletivas sendo a coletivas, ou seja, as macroações, as mais importantes: São ações do gabinete: a) Atendimento ao público: geral, particular, pessoal, familiar b) Projetos de lei, indicações, moções, etc c) Divulgação da imagem do político d) Reforço do político dentro do partido e) Relacionamento e ampliação da ação política interna e externa  Trataremos pontualmente de algumas destas ações: Atendimento

Não se espante, no gabinete aparecem todos os tipos de pedido. Carne para churrasco, remédios, gás, constas de luz, dinheiro emprestado, conta de telefone, necessidade de um celular, transporte, viagens para visitar parentes doentes no norte, nordeste, sul, centro oeste, enfim, uma imensagama de pedidos. Certa feita, como o vereador era abastado, um eleitor veio com a proposta de que ele financiasse a sua casa e em vez de pagar a Caixa iria pagando o vereador. Entretanto, uma coisa é importante dizer: no meio deste inferno de coisas, se você começar a atender alguns pedidos não poderá deixar de atender outros e sua 29

fama correrá pela cidade como clientelista e saí seu mandato será um toma lá, dá Ca impossível de controlar e você acabará mais perdendo votos do que ganhando. Por isso, naquilo que não se vai atender diga não logo de saída. Basta falar que “não temos verba para isso”. Naquilo que existe possibilidade de atendimento, nunca se deve dizer sim ou não logo de saída. É bom deixar claro ao eleitor que a equipe do vereador irá verificar o que pode ser feito e em seguida, avisará o interessado. Mas avise mesmo, porque empurrar com a barriga para dizer não ao final só faz por perder o eleitor.

Procure saber, com a pessoa solicitante, se estasolicitação que ele faz atende a demanda de um grupo e se você for trabalhar por ela, somente o faça atenda se puder falar com todo o grupo ou pelo menos comparte significativa deste. É preciso criar um critério de preferência no atendimento. Você pode estar

estranhando e até perguntar se atendimento tem preferência? Não há dúvidas que sim. Aliás, um dos maiores equívocos, em qualquer situação, é tratar todos igualmente. Na verdade, nem mesmos os filhos tratamos de maneira igual porque cada ser humano é um e difere do outro. No atendimento que se faz no gabinete, há uma escala de preferências que precisa ser respeitada. Inicialmente, os cabos eleitorais. Se eles fazem parte do gabinete, como dissemos, os assuntos que eles trazem são de relevância, afinal, eles são o vereador na ponta, no bairro, o vereador em ação dentro da comunidade e precisam de atenção porque o cabo eleitoral está junto do eleitorado. Depois, tem preferência também os representantes de redutos eleitorais que ficaram com o vereador na campanha e eleitores fiéis que vieram a ter com ele no gabinete. Em qualquer situação política, a máxima “fechar o que é seu e rachar o que é do outro” deve ser seguida. Assim, fechar o que é seu é fundamental, aliás, não existe nada mais desastroso do que deixar de lado aqueles que com certeza ficaram com você durante o processo eleitoral, e os redutos que são seus, os eleitores fiéis a você têm que ter preferência. 30

Os interesses partidários também devem ter preferência. O bilhete carimbado que dá ao vereador o direito de estar na política vem do partido, assim, tudo o que vem deste deve ter interesse do político. Dentro do quadro de preferências, seus investidores, ou novos investidores, merecem atenção, afinal, não há eleição sem recursos, por isso é desnecessário se falar mais sobre o assunto. Por fim, as emergências que geralmente surgem e não podem esperar: desastres naturais ou não, doenças, famílias, devemter a prioridade. Contudo vale sempre lembrar que o vereador é um servidor do povo, por isso, deve estar na Câmara diariamente, mesmo que sua cidade seja pequena e as sessões sejam quinzenais. Estar presente, disponível, confere ao eleitor a certeza de que pode contar com o político eleito e isto reforça a fidelidade dos eleitores. Devo destacar que, apenas ir a câmara não basta. É necessário divulgar, por todos os meios, o horário que estará lá.  Todos que não estamos na política temos horário para trabalhar, mas o político e os assessores não podem ter horário fixo se quiserem realizar um bom trabalho. Portanto reafirmo, não existe umhorário de trabalho para quemestá no gabinete Para osassessores que foremficar na Câmara, existe horário do funcionamento da própria, mas mesmo estes e os demais devem estar disponíveis 24h por dia, e fornecer seus números de celularesou outra forma de seremfacilmente localizáveis. A necessidade da disponibilização diuturna é facilmente compreendida quando lembramos que desastres, doença, óbito, não tem hora, e quando um eleitor se vê num momento de infortúnio destes, procura o político, principalmente o vereador, e precisa encontra-lo ou alguém da sua equipe. Para facilitar o trabalho, para estes casos, deve haver alguém no gabinete que cuidará disso. Esta pessoa, então, deve ser acionada, não importa a hora do dia ou da noite. Não se pode esquecer que eleito que some no mandato, vê o eleitor sumir na eleição. Por isso, os compromissos assumidos para os finais de semana devem ser 31

cumpridos à risca. Quem convidou o político conta com a presença dele no evento, faltar a isso, além de ser ruim politicamente, é uma ofensa. Uma dúvida que surge frequentemente é o que se pode trabalhar e arrumar através do gabinete.

O gabinete não tem tudo, por isso, abrir canais para atendimento dos pedidos é fundamental. Um dos primeiros canais que o gabinete precisa é de um advogado. Todos têm problemas com a justiça: pensões alimentícias, despejos, dívidas, parentes presos, enfim , uma gama enorme de pedidos. Por isso, ter um advogado que possa atender quem você encaminha é fundamental. Depois, ajuda de um assessor que conheça hospitais públicos ou filantrópicos, arrumar uma consulta, mesmo em consultórios particulares como favor, os mecanismos de funcionamento do SUS e da Rede Pública de Saúde. Encaminhar pessoas para recebimento de remédios, próteses, conseguirem internações em, para quem precisa e até mesmo abrir espaço na agenda de um médico amigo para atender umpaciente, mesmo pagando, porque até isso está difícil hoje emdia. O fato se repete com dentistas e auxiliar aqueles que precisam de dentes para poder sorrir. Lembre-se procure atender priorizando e utilizando os recursos oferecidos pelo poder público e de seus apoiadores.  Todo vereador precisa ter relacionamento com uma escola, a diretora ou alguém capaz de tomar decisões, para conseguir vagas escolares porque são muitos os pedidos neste sentido, portanto a assessoria deve buscar este relacionamento e estas informações. O assessor deve se informar diariamente das vagas existentes nas lojas e fábricas da região e procurar ter amizade com o pessoal do FAT para saber das vagas disponíveis. Contatos com uma ONG capaz de aceitar encaminhamento para distribuição de cestas básicasé importante porque muitos pedirão isso ao vereador e o

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gabinete precisa ter condições de encaminhar, conseguir ou pelo menos ter a chance de tentar com sucesso. Ouvir os principais programas dos rádios e ler os jornais mais importantes da cidade, cotidianamente. O vereador deve procurar opinar sempre que for perguntado sobre assuntos que pertenção ao seu campo de ação.

CONDUTA INTERNA DO GABINETE

 Todas as pessoas que aparecem no gabinete para um atendimento precisam ser cadastradas. É necessário saber nome, data de nascimento, endereço, CEP, telefone, e-mail, qual a preofissão,onde trabalha, até mesmo gostos pessoais (time de futebol, religião), além do pedido que foi feito e o acompanhamento, se foi conseguido ou não e por quê. Neste sentido existem programas próprios de computador capazes de fazer este cadastramento. É um produto caro, mas que será gasto uma só vez e todo gabinete devepossuir um. É importante ainda que no gabinete estejam disponíveis os telefones das pessoas importantes da cidade, região, ou dos deputados de relacionamento com o vereador. Qualquer mailling se torna importante, pois ter endereços ou e-mail de pessoas é fundamental. Como por exemplo, lista completa dos médicos, dos advogados, das sociedades de bairro, comendereço, telefone, etc., é fundamental. Queremos destacar mais uma vez a importância que o vereador seja informado periodicamente se as solicitações foram adequadamente encaminhadas e o acompanhamento das mesmas. Pensamos que uma forma de acompanhamento destas ações é fundamental porque às vezes o vereador pensa que as demandas e orientações estão sendo realizadas e não estão. Muitas poderão ser as formas de realizar este acompanhamento, mas uma bastante simples e eficiente é a da reunião semanal com o político ou seu chefe de 33

gabinete com cobrança detalhada das demandas apresentadas, das providencias tomadas e do resultado obtido. Todas as demandas deverão permanecer na pauta da reunião semanal até o momento da sua solução favorável ou não. O chefe de gabinete tem especial importância nesta função e deve supervisionar se estão sendo registradas adequadamente todas elas. Frequentemente o político quando no exercício do mandato de deputado tem dois ou mais escritórios e nesta situação deve criar o cargo de “chefe de gabinete adjunto” subordinado diretamente ao chefe de gabinete. Algumas observações quanto à chefia do gabinete: O assessor que desempenha este papel é a pessoa mais diretamente ligada ao político em mandato e com ele deve despachar diariamente, mesmo que por telefone. É ele que o substitui e fala em seu nome na ausência deste, portanto alem da competência deve ter toda confiança do político e a este ser muito leal. O chefe de gabinete precisa estar o tempo todo preocupado em destacar, manter e dar visibilidade ao “excelente trabalho do político”. O chefe de gabinete é quem contrata e demite os demais assessores, pois é ele a pessoa diretamente responsável pelo trabalho final de todo o gabinete e sua ambição política pessoal deve ser crescer junto ao político e nunca parelamente a ele mesmo que seja teoricamente complementado por exemplo o deputado federal ou estadual ter o chefe de gabinete tentando uma destas duas posições ou quando vereador ambicionar ser vereador enquanto seu líder ainda estiver nesta função. Por ultimo e talvez o mais importante depois da lealdade é que o chefe de gabinete tenha competência política e visão para ajudar a perceber situações embaraçosas ou complicadores que possam atrapalhar o mandato e para isso além da leitura de no mínimo quatro jornais diários (nacionais, estaduais e locais) ele deve ter umrelacionamento permanente e constante do conselho político e dele fazer parte. Um dos entraves ao bom trabalho da equipe de gabinete é a disputa interna pela atenção do político eleito. A ação de todos não deve ser em busca do sucesso individual, mas sim o da equipe. Pessoas individualistas, mesmo que competentes, devem ser retiradas da equipe. Outro grave problema é a formação de “panelinhas” que buscam se alto proteger escondendo os erros e as incompetências da equipe. Isto somente prejudica o trabalho do gabinete e se você perceber esta atitude o melhor é 34

dispensar todos os envolvidos, pois a lealdade do grupo não é com você mas com o próprio grupo.  Toda a equipe deve ser bem informada e a leitura diária de no mínimo dois  jornais é fundamental assim como a visita diária a sites de interesse como, por exemplo, da prefeitura, das secretarias e dos ministérios sempre buscando destacar projetos, informações e trabalhos que devam ser divulgados ou usados como informação pelo político. As informações mais relevantes devem ser passadas imediatamente ao político ou ao seu chefe de gabinete quando não ao seu chefe adjunto. Nos dias de hoje outro instrumento a serem usados são os SMS e os email para esta comunicação imediata.

ATENDIMENTO: FINALIZAÇÕES

 Tudo o que puder ampliar o espaço político do vereador é importante. Desde maior aproximação com políticos em geral – deputados, por exemplo, até novos nichos eleitorais que podemser abertos. Um cuidado apenas: não se deve abrir mais nichos do que se pode cuidar, porque aí o vereador pode mais perder do que ganhar. O gabinete nunca deve permitir que o vereador ande sozinho, é arriscado. Ademais, assessores junto do vereador atuam politicamente quando andam pelos bairros, por exemplo, e mais, estão sempre à disposição do vereador para atendê-lo, quer na feitura da agenda, quer na lembrança de coisas prometidas, ou atendimentos que aparecem nos pedidos que são feitos. O assessor deve antecipar os fatos e imprevistos e estar sempre preparado para agir. A máquina fotográfica é instrumento fundamental. Afinal, ela é a prova de que o vereador esteve no bairro, e mais, pode ilustrar os jornais e comunicações que o vereador faz de sua gestão. Inclusive no gabinete, uma máquina fotográfica é imprescindível, porque um registro que se perdeu não volta mais. Se tiver uma filmadora, melhor ainda. Se não tiver, alugue.

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PROJETOS DE LEI, MOÇÕES, ETC, ETC, ETC...

Vereador vota o que vem da prefeitura, apresenta projetos de lei, moções, indicações, etc., etc., etc., as Câmaras possuem advogados e assessores que podem auxiliar nesta tarefa, mas o ideal é que na sua equipe de gabinete haja pessoas competentes para isso, afinal, o segredo é fundamental na vida política.  Tudo o que o vereador prometeu em campanha vem primeiro. Projeto de leis, indicações, esforços para que o prefeito realize aquilo que foi prometido, enfim, o eleitor votou no candidato e quer o ver realizando o que foi compromissado. Uma das coisas mais importantes que todo vereador deve fazer é ter a certeza daquilo que a população deseja realmente. Para este fim, é fundamental que haja uma pesquisa de anseios comunitários para que se saiba aquilo que é de interesse dos habitantes. Se, durante a campanha, o candidato tinha uma pesquisa e um mapa de necessidades da população, aquilo que eles queriam para o bairro, etc, este levantamento precisa ser utilizado, afinal, a pesquisa está pronta. Para a feitura dos projetos de lei e a busca daquilo que o povo deseja, é interessante se fazer audiênciaspúblicas em cada comunidade. Apenas, é sempre bom deixar registrado, aquilo que o vereador se comprometeu a fazer deve ser feito, ou pelo menos tentado. E mais: os munícipes precisam saber os passos do trabalho feito pelo vereador. O pessoal da sociedade de bairro precisa ser estar a par do esforço político feito, por isso um jornal informando tudo é sempre adequado.  Trocar projetos com vereadores de outras cidades é uma boa conduta. Não apenas com vereadores de seu partido, mas onde se descobrir algo que possa ser útil na sua cidade, copie, adapte e aplique. Ademais, há sites especializados em administração pública que pode ser consultado pelo vereador e sua assessoria. Lá existem boas ideias para serem aplicadas, bastando apenas algumas adaptações.

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DIVULGAÇÃO DA IMAGEM DO POLÍTICO

Aquele velho ditado, já escrito inúmeras vezes, de que “Não basta a mulher de César ser honesta, ela precisa parecer honesta”, se aplica mais do que nunca na vida pública. Assim, todos os canais de comunicação que um político possui à disposição devem ser utilizados com maior ou menor intensidade conforme os interesses do gabinete. Vamos a eles:

a) Site e mídias sociais

Primeiramente, todo vereador precisa ter um site. Este tipo de canal de comunicação é mais abrangente do que os demais, pois no site cabem: história de vida do eleito, projetos, fotos variadasde suas atividades, foto da família, projetos de lei e demais solicitações à prefeitura, agenda semanal, enfim, é o mais completo dos canais eletrônicos. Esse site deve ser atualizado diariamente com os ‘passos’ do vereador. As mídias sociais são o “top” do momento, isto é, ficar fora delasé ficar fora do relacionamento social mais em evidência que existe. Desta forma, o vereador pode ter um “facebook” seu para as pessoas amigas que queiram acompanhá-lo. Por outro lado, ele pode entrar em outros grupos, apenas fica o registro de que , quando em outros grupos, o vereador precisa deixar de lado a sua conotação política, afinal, ele é mais um amigo e os temas a serem abordados não podem ser o da sua vida pública, pois senão daráa sensação de uma invasão, um aproveitamento inadequado do grupo. É imperativo ser “light”, focado nos temas do momento, enfim, acompanhar o perfil do “facebook” em que se encontra.

b) Cartas

 Todo vereador tem um limite de cartas disponíveis para usar mensalmente através do seu gabinete. Use e abuse o máximo possível. Comunicar-se com o seu 37

eleitor, com uma comunidade em que tem votos, parabenizar os aniversariantes, informar seus projetos é dar satisfação ao eleitorado da gestão que está fazendo é mostrar que se importa com quem o elegeu. Ou ainda, com nichos novos de apoio, é mostrar que é confiável e que está “dando duro” para conseguir aquilo que a população deseja. c)Cartões Postais

O envio de cartões postais éuma excelente forma de se comunicar com os seus eleitores. Imprima-os com sua foto e com fotos que identifique suas ações, sua origem e dados do seu trabalho. Além de pessoais e interessantes, cartões postais mostram seu interesse napessoa queo recebe. d) Mídia bimestra – jornal

As cartase os postais são limitados, o espaço é pequeno e devem usadas para fins específicos. Bemdiferente de um jornal impresso. Pode ser duplo ofício em sulfite ou papel jornal, mas sendo de periodicidade bimestral, ele pode conter fotos, testemunho de pessoas, a listagens dos trabalhos do vereador na câmara, enfim, é mais amplo do que uma carta e o postal, mas tem a mesma finalidade: dar satisfação ao eleitorado do trabalho que vem sendo feito. No contrato de trabalho com o  jornalista, você deve deixar claro que esta ação é periódica e deve ser feitas sem necessidade de sempre ser solicitada. É comum que o excesso de trabalho faça com que o jornalista não o faça com a periodicidade estabelecida. Caso o responsável pela execução do jornal e do material de publicidade não cumprir os prazos verifique o que esta ocorrendo e se necessário substitua o responsável. e)Entrevistas em veículos de comunicação

Faça todas que puder. Quando convidado, não se esquive, afinal quem não é visto, ouvido, não é lembrado. Se puder ajudar na elaboração da pauta do entrevistador, melhor, pois aí poderá encartar o que é de seu interesse. Vá pessoalmente a programas de rádio como audiência, sua presença poderá motivar uma entrevista ao vivo. Utilize, como artifício de aproximação com o radialista, 38

tratar de assuntos que o interessem. Lembrem-se todos gostam de ser valorizados, teremo seu trabalho reconhecido e principalmente de receberem presentes. MIDIAS ALTERNATIVAS: Faixas de rua

Existem cidades onde este tipo de procedimento é uma febre. Cuidado, faixas elogiando o vereador, dizendo obrigado por algo conseguido, está na cara que foi o próprio vereador quem encomendou. É preferível que o vereador assinar a faixa e diz o que conseguiu para a população, em vez de por na boca do eleitor. Fica mais honesto e mostra o trabalho feito do mesmo jeito. Existe uma faixa pequena de 1m x 30 cm, que pode ser utilizada para chamar a atenção da população, de algo que o vereador queira destacar, e ser confeccionadas com as cores utilizadas na campanha para serem uma vinculação direta entre o comprometido e o realizado.

Planejamento Estratégico

Sem isso, tudo fica mais difícil. Os assessores de campo (cabos eleitorais) precisamestar com metas claras e definidas a cumprir e uma delas é fazer o leva e traz de informações. O vereador precisa saber o que está sendo feito e dito nos bairros que tem atuação principalmente. Mais ainda: é imperativo que o assessor faça a apologia do vereador, elogiando os trabalhos feitos e toda a sua atuação em plenário, conquistas junto à prefeitura, ou aos deputados, enfim, fique colocando na pauta das conversas de bairro o nome do vereador.

As visitas

Uma prática pouco utilizada pelos vereadores são as visitações. Com medo de serem interpelados, ou de pedidos que possa surgir, o vereador não vai às ruas, preferindo enviar sua equipe de militância, os assessores. Com isso, perde excelentes oportunidades de divulgação de sua imagem. 39

Assim, é fundamental que o vereador considere as seguintes possibilidades de espaço para que faça visitas, de forma a estar mais presente na vida da comunidade, dando ao eleitorado a sensação de que o vereador está junto deles, no cotidiano na busca de uma vida melhor: É importante ter uma estratégia de visita planejada, antes mesmo de sair; 1. Anunciar na mídia onde será a visita 2. Anunciar no local a data e o horário de sua visita. 3. Estar sempre acompanhado de; fotógrafo, cinegrafista, assessor, amigos e etc... 4. Convidar a liderança local, que deve ser notificada previamente para estarem presentes no local da visita. 5. Falar das visitas no plenário, em sessões anteriores e posteriores. 6. Colocar fotos da visita em seu site e informativos impressos. 7. Visitar todos os bairros, mas atender, prioritariamente, os que demandarem.

“Rádio-Peão”

O vereador deve organizar com seus assessores, companheiros de partido, parentes e amigos, uma forma de divulgar suas atividades. Cada companheiro deve procurar falar do excelente trabalho que o vereador está realizando, citando seus requerimentos, indicações e, principalmente seus pronunciamentos. O próprio vereador, seu chefe de gabinete ou um assessor, deve manter essas pessoas informadas e, deve sempre pedir a elas que divulguem suas atividades, especificando a quem deve divulga-lás.

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VISITA A BAIRROS

A vida da população se faz no bairro. Lá está o comércio, o time de futebol, as ruas que precisam ser asfaltadas, a escola, e lá é que surge também a falta de segurança, os amigos, a vida social nos clubes, nas escolas de samba, enfim, a vida das pessoas se faz ali. Pois é justamente onde o vereador deve estar. Visitas aos moradores, aos eleitores fiéis, aos amigos, cabos eleitorais, além de passear pelas ruas e pelos equipamentos públicos para se saber como vaso as coisas de responsabilidade da prefeitura é uma coisa que o vereador precisa fazer. É sentir “o cheiro do povo” como se diz, porque é este mesmo povo que votou e pode votar no político novamente. Caso o bairro tenha um líder comunitário procure visita-lo e ao falar com a comunidade, cite-o em suas falas. Sempre faça um relatório destas visitas na próxima reunião da Câmara e procure citar as pessoas que conheceu e falou. VISITA A OBRAS PÚBLICAS

Visite todas as obras públicas, municipais, estaduais e federais. Toda obra é motivo de satisfação para o morador, assim, o vereador aparecer na obra, “fiscalizar” as coisas saber das necessidades dos trabalhadores, ouvir dos moradores como as coisas estão caminhando é fundamental. Ademais, em qualquer situação estranha no andamento da obra, em sabendo, o vereador pode alertar da tribuna da câmara o fato, e mais: pode fazer indicações para a melhoria do que está sendo feito, ou ainda solicitar mudança da linha de ônibus, pedir mais policiamento e tentar, junto com sua bancada, o apressamento das obras com a finalidade de se atender a população em menor espaço de tempo. Ser visto nas obras é sinal de interesse pela coisa pública. Setores da prefeitura

 Tem vereador que não conhece a máquina pública. Não sabe onde ficam setores vitais da administração e muito menos os responsáveis. É um erro imperdoável. É importante visitar os setores e ter contato com chefias, facilita o 41

tráfego de favores e agiliza as ações do vereador na resolução de problemas. Inorme todas as visitas realizadas, suas observações, críticas e elogios na sessão seguinte da Câmara, citando pessoas com quem falou e sua receptividade principalmente.

Visitas incertas ( à noite principalmente )

Fazer visitar incertas em Prontos Socorro, hospitais, é uma coisa que o vereador deve colocar com, o obrigação semanal, sempre acompanhado de fotógrafo e assessores. No final do dia, ao terminar um jantar , quando voltar de um evento, passar no PA da prefeitura para ver como as coisas estão caminhando ajuda a dar mais visibilidade ao político. Principalmente quando existe algum problema e o vereador soluciona, além do que, o que foi visto deve ser comentado (favorável ou desfavoravelmente ) na tribuna da Câmara. Ademais, visitar escolas, centros comunitários, a APAElocal, entidades, durante o expediente para falar com a diretora do estabelecimento, ver o trabalho feito, conversar com professores, incentivá-los, enfim, mostrar que está interessado emque as coisas aconteçam a contento é um expediente de alto valor para a imagem do político. Distribua cartões de visita e, preferencialmente, forneça um número de telefone com o qual possamencontra-lo a qualquer hora.

Por fim , os eventos

 Todos os eventos que a prefeitura realiza ou participa, é de interesse do vereador. É uma oportunidadepara aparecer junto aos demais detentores de mandato e se puder falar na solenidade, não se deve esquivar porque fixa a imagem. Lembremsequanto mais vezes falar empúblico mais segurança e facilidade terá em fazê-lo. De outra parte, a oportunidade de estar com o povo quando este está concentrado é muito bom, economiza tempo, pois ver muitas pessoas num só espaço evita ter que fazer várias visitas. Nestas ocasiões o povo gosta de ouvir quem fala bem. 42

Os assuntos nesta ocasião deve ser os que interessam a aquele público e quase nuna é o relatório do que esta fazendo. Procure falar de coisas que o aproximem da plateia e preferencialmente que elesconcordem. Contudo, é importante avaliar o bom e mau evento. Quem não é visto não é lembrado e nos maus momentos nunca se deve estar presente, pois a imagem fica associada àquele instante ruim em que a comunidade está revoltada com algo que não foi feito, etc. Em momentos de revolta e decepção o melhor é ficar quieto e se exponha o mínimo possível a menos que o problema seja realmente de sua responsabilidade.

Postura geral e outros assuntos

Valem aqui algumas considerações úteis que ajudam na vida do vereador em exercício de mandato: a) As roupas: o vereador deve andar como sempre andou, mas deve se lembrar de que agora é uma autoridade, assim, vestir-se com discrição e elegância é fundamental. Há que use gravata o tempo todo, é chique e respeitoso. Nas sessões da câmara, mesmo que se possa ir sem, é bom estar de paletó. Lembre-se que jeans hoje é moderno e cabe em qualquer ocasião. b) A equipe, igualmente não pode ir trabalhar de bermuda e camiseta regata. Pessoal de rua, militância, tudo bem, mas no gabinete a roupa deve ser discreta e elegante. Ademais a equipe deve ser discreta e nunca falar em nome do vereador a não ser que ele autorize. O mandato é do vereador e às vezes tem assessor que se esquece disto e quer ter a mesma importância, não permita isso. Quando o assessor se referir ao parlamentar deve fazê-lo com destaque e respeito a autoridade que ele exerce, por mais amigo que seja ele não estará se referindo ao amigo mas sim ao mandato político por ele exercido. Diante de uma solicitação ou problema, mesmo que o assessor tenha a solução pronta ele deve primeiro comunicar e verificar com o

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parlamentar a solução. Com isso mostra respeito ao cargo de liderança do parlamentar e valoriza a solução do problema. Na equipe todos têm que ter os telefones celulares e residenciais de todos, e nunca um membro da equipe deve ficar fora do ar. Quem fizer isso repetidas vezes deve ser excluído do grupo. O vereador pode ter um “telefone vermelho” que somente uma pessoa sabe o número, porque o vereador sim pode ficar fora do ar, mas deve ser achado a qualquer tempo para questões de emergência. c) Para os vereadores da situação, é de praxe o prefeito disponibilizar cargos na administração pública. Às vezes o cargo é do partido, mas cidades pequenas o vereador é o detentor do cargo que o prefeito oferece. Para exercer o cargo, o vereador deve escolher pessoas leais, mas competentes, afinal é o nome do vereador que está em jogo. Contudo, uma coisa deve ficar claro paraquemexercer: o cargo não é dele, por isso , ele não pode se sentir independente e totalmente isento de prestar contas, ou atender aos interesse do vereador que o colocou, este sim o verdadeiro detentos do cargo em questão. E, fundamentalmente, lembre-se que é um cargo político e com ele deve-se fazer a boa política, sempre, de olho no interesse público e coletivo, isso resultará em visibilidade e oportunidades para o parlamentar. d) Da mesma forma, nem todos no gabinete podem falar ou pedir em nome do vereador. Por isso, logo no início do mandato, o vereador deve caminhar com o seu chefe de gabinete junto aos órgãos municipais e mostrar a pessoa, dizendo que na sua ausência este e apenas este, fala pelo vereador. Isto evita a politicagem que muitos membros de gabinete fazem, pedindo favores dos mais variados tipos, quer para seus parentes, quer para eleitores e muitos destes membros do gabinete, nesta hora estão fazendo seu próprio eleitorado com vistas a se candidatarem na próxima eleição. e) Nos eventos públicos a equipe deve estar com o vereador, se não totalmente, dentro de uma escala pré-estabelecida. Têm preferência para estar no evento, o cabo eleitoral encarregado daquele bairro. Nesta hora a função do cabo eleitoral é proporcionar o

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máximo de exposição para seu vereador. E quase sempre em outro partido. E confirmar com palavras e citações a escolha do voto dado. f) Nos eventos internos do vereador (reuniões de partido, reuniões de bancada, reuniões particulares) nem sempre a equipe deve ou precisa participar. O vereador escolhe quem deverá ir, conforme o assunto e interesse. Os acordos feitos pelo vereador com seus pares, ou com partido, ou com investidores são sempre sigilosos, e o assessor não deve sentar à mesa. Da mesma forma que o assessor nunca deve “dar pinta” que está a par dos acordos sigilosos, isto traz desconfiança ao outro quanto a segurança de trabalhar com o vereador. Quem fizer isso deve ser excluído da equipe porque quer ser mais do pode ser. É sempre com lembrar que compromissos políticos são sempre fechados a duas partes, não existe segredo com três ou mais pessoas. g) O bom relacionamento com o partido é fundamentais, inclusive com o Governo Estadual e Brasília. O pessoal do diretório estadual e nacional gosta de quem participa e está presente, além do que estar com eles pode surtir benefícios ao vereador. Ele deve, no mínimo, bimestralmente, encontrar-se como a bancada do partido, deputados estaduais e federais e com o diretório.

O adversário está lá fora

Samir foi um amigo excepcional e com ele aprendi muitas coisas na vida profissional. Talvez a coisa mais importante de todas foi que ele deixava claro a seus funcionários que a empresa era a família comercial de todos.Isto é, temos família de sangue, família futebolística, enfim , vivemos em diferentes grupos no cotidiano, com interesses diferentes. Mas nosso tabalho é o grupo da família comercial, por isso, os que não são da família, a concorrência, devia ficar sempre lá fora. Nada mais correto. De nada adianta eu transformar emconcorrente quemestá na mesma família que eu.

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Na vida política, dentro do gabinete do legislador, a circunstância é a mesma. Nossa família política tem que estar toda embuída dos mesmos objetivos. Dentro do gabinete do eleito, na assessoria política formamos igualmente uma imesa família cujos objetivos devem ser comuns e lembrarmos sempre de que os adversários estão lá fora. Afinal, se formos competir entre nós, o inimigo já venceu, porque juntos somos mais, divididos somos fracos.  Trabalhar em equipe exige sintonia entre os membros do grupo Porém, não é difícil encontrar no gabinete pessoas dispostas a atrapalhar a produtividade dos demais, seja por ciúmes, seja por vaidade, seja por quererem subir a qualquer custo e , agindo assim todos perdem. A maioria das pessoas passa boa parte de suas vidas no ambiente de trabalho. Saber se relacionar com pessoas que possuem gênios, caráter e personalidades diferentes tende a ser a coisa mais valorizada no mundo político, afinal, política é diálogo, conversação, enturmamentro e só com unidade de condutas e forma de pensar igual e mais, procedimentos adequados, uma equipe se torna vitoriosa. Não adianta o legislador ser competente se sua equipe não lhe ajuda na retaguarda que é o gabinete. Saber lidar com diferentes pessoas não é complicado. Há aqueles mais tímidos, os criativos, etc. Entendendo o jeito de ser de cada um, será possível trabalhar em equipe de forma harmoniosa. Contudo, há pessoas cujo perfil prejudica o trabalho no gabinete. São aquelas consideradas "difíceis" . Quem reclama demais, é agressivo ao falar, é dissimulado, omite informações ou não mantém informações sigilosas do grupo, e ainda mais , não respeita a ética e quer obter vantagens pessoais , e mais, os puxa-sacos que só pensam em se dar bem, estas pessoas, precisam mudar, ou sair. Melhor ainda, se não mudarem, a chefia do grupo precisa colocá-las fora, afinal, elas contribuem sempre a favor dos problemas e não das soluções. No mundo político , cada vez mais competitivo, os parlamentares estão em busca de profissionais que colaborem com eles e não o contrário. Nós, brasileiros, somos puro 46

relacionamento. E nosso foco deve swer sempre a harmonia e a resolutividade dos problemas Analisar com a equipe as metas a serem alcançadas, quais as melhores estratégias, caminhos a seguir, além ( fundamental ) de indicadores de desempenho, responsabilidades inerentes ao papel de cada um é fundamental para se ter uma equipe eficaz, capaz de auxiliar o desempenho do mandato do legislador e garantir seu retorno. O gabinete, através da equipe, é o melhor lugar de fidelização dos eleitores. Por esta razão, vamos colocar alguns pontos aqui que merecem atenção constante. a) Trabalhar sempre em equipe – Sintonia, sinergia , metas comuns e dividir tarefas, pedir apoio, entender suas limitações e deixar que cada um faça o que melhor sabe fazer para o perfeito desempenho da equipe. Ninguém sozinho poder ser melhor do que todos juntos. b) Ambiente de trabalho – Ninguém gosta de tensão. Há ambientes de trabalho em que a tensão paira no ar. As pessoas se sentem mal, ameaçadas. São as fofocas nos cantinhos entre os grupinhos que se formam, são os bate-bocas, enfrentamento, dissimulações, hostilidades, enfim, se não houver bom ambiente, as coisas não fluem. Da mesma forma, ninguém gosta de bagunça, pois as coisas também não fluem. c) Planejamento e organização

– Todo trabalho do gabinete deve ser

devidamente planejado. Para cada situação um tipo de protocolo de forma a todos saberem quais os procedimentos a serem tomados. Não dá para cada membro do gabinete reagir e agir de forma diferente frente a situações idênticas. Se assim for, ninguém pode acompanhar o trabalho que está sendo feito; e mais, na ausência de um o outro não sabe o que fazer. De outra parte, é imperioso que haja organização, disciplina. O gabinete precisa estar arrumado, as coisas em seus lugares e todos precisam saber onde encontrar o que se procura, caso contrário, se cada um tiver seu “espaço próprio” para guardar os assuntos nos quais está trabalhando, quando 47

este funcionário não estiver , ninguém sabe onde ele guardou o andamento do atendimento. d) Falta de retorno . Poucas coisas são tão lamentáveis do que a falta de retorno. Pessoas que procuram o gabinete querem respostas e nem todas podem ser dadas na hora. Mais que isso, precisam de favores que demoram a ser conseguidos. Se os membros do gabinete sabem que é difícil e lutam para conseguir, quem pediu precisa estar a par desta luta. É fundamental dar retorno a quem procura o deputado, ou vereador. Há ainda outro tipo de situação. Alguém do gabinete precisa de retorno do próprio gabinete e o companheiro de trabalho não dá. Isto inviabiliza o trabalho de quem está trabalhando para conseguir atender a umeleitor. e) Falta de continuidade . Quem não dá continuidade

a uma ação de

atendimento desistiu de atender, é a mesma coisa do que dizer “não”. Só que pior, quem pensa que está sendo atendido , acvaba sendo enganado pelo membro da equipe, pois espera por uma coisa que não virá, nem mesmo a resposta de quem “ não foi possível atender”. Isto é enganar o eleitor e o político perde realmente o voto. f) Agenda . Agenda serve para marcar compromissos e segui-los. Mas esta ação é apenas o óbvio. É preciso a “agenda proartiva” , isto é , aquela que o gabinete constrói. Assim , descobrir ações de interesse do parlamentar e agendar eventos que redundem em boas respostas eleitorais é criar condições para que se obtenha mais votos, afinal o parlamentar, em descobrindo o problema, foi atrás da solução, sem que lhe pedissem. Querem coisa mais simpática e marqueteira ? g) Definição de funções. Gabinete precisa ter funções definidas onde cada assuntos, pela capacidade, ou facilidade dos membros do próprio gabinete, são entregues a quem de direito. Assim, quem atende melhor o primeiro 48

atendimento, deve sempre fazer isso; quem cuida de textos; quem tem relacionamento em secretarias; quem conhece pessoas na vida privada para atender demandas educacionais, esportivas, de saúde, e assim por diante. Cada” macaco no seu galho” diz a sabedoria popular , e ela sabe o que diz. h) Informações das ações que estão sendo feitas, todos devem saber como andam as tratativas, senão alguém liga e quando quem está tratando do assunto não está no gabinete a pessoa interessada não tem resposta. i) Uso de quadro branco para assinalar coisas fundamentais. Agenda do grupo quando for necessário, recados e ausências, pessoas que virão procurar alguém que não estará e onde está o material necessário para o atendimento. Há inclusive quadros com os dias da semana já divididos que servem para se deixar à vista de todos a agenda , quer o gabinete, quer do parlamentar.  j) Secretária. Secretária é sempre solução – quando faz sua parte – ou é sempre problema – quando deixa de fazer o que lhe cabe para fazer outra coisa. Secretária não pode se intrometer, nem decidir politicamente, ela faz o trabalho andar aproximando as partes, abrindo caminhos, apresentando soluções. A palavra vem de “secretum” do latim, isto é, segredo. E por quê? Simplesmente porque ela acaba sabendo de tudo. Elo entre comandante e comandados, ela atua nos dois polos do trabalho, por isso, se ela for eficiente, ajuda; se quiser ser mais, pode se tornar o mais maléfico elemento do grupo, pois ela tem o poder de contar a cada parte – comando e comandados – aquilo que lhe convém. Há gabinetes que vivem a tirania da secretária. Se isto estiver acontecendo, ela deve ser eliminada do contexto. k) Por fim, fofoca, diz-que-diz , nem vou comentar isso, quem estiver nessa não cabe na equipe e tem que ser riscado. Política é profissionalismo, e os adversários estão lá fora. 49

Concluindo, vale a pena ainda lembrar que nem sempre a culpa é da equipe, o chefe precisa também ser lembrado porque é a conduta dele que precisa de reparos para que haja mais harmonia dentro do grupo. Num texto publicado pela UOL, lemos : “Tem gente que diz que chefe é como nuvem: melhor mesmo é quando não aparece! Chefe é problema quando : - Não aceit a opiniões e sugestões  - Não delega f unções, mas depois cobra pró-at ividade  dit o por ideias da sua equipe sem valorizar o grupo  - Toma o cré - Levant a a voz e humilha o f uncionário  - Quando o humor oscila . - Tem medo de se arriscar em ideias novas - Não se or ganiza, mas cobra organização

Chefe tem que entender que há uma diferença fundamental entre autoridade e autoritarismo. Este é fruto da imposição que vem de cima para baixo, mas a autoridade é um reconhecimento do comando sobre a capacidade do chefe. Obedecese não por imposição , mas por concordância, por reconhecimento. Chefe tem que quer autoridade em relação aos comandados e nunca exercer de autoritarismo. Assim , como se vê, a harmonia do gabinete é sempre fruto de uma conjugação de esforços que envolve comandados e comandantes. Somente com um trabalho integrado, com foco definido, esforço conjugado, é que o gabinete poderá de fato cumprir sua função, qual seja , agir para fazer o parlamentar ter um mandato profícuo capaz de reelegê-lo. Por isso, cuide da sua família e lembre-se “o adversário está lá fora”. 50

Questões delicadas

Existem questões delicadas que precisam ser colocadas aqui. a)Eleito precisa de investidores, por isso, é fundamental criar vínculos com empresários e pessoas de real importância com vistas a acordos futuros, mas sem aviltamento. Assim, vale a pena lembrar que determinadas coisas “não são pecados políticos”. Vamos ver. Primeiro, o tráfego de favores – auxiliar quem está precisando contatos para participar da administração pública, interferir para que pessoas se encontrem, fazendo o que chamamos de “meio de campo” entre a empresa e o poder público de forma a que a empresa seja cotada em convites eventuais feitos pela prefeitura. Por outro lado, a agilização de processos, também não é pecado. Sabemos que muita coisa é engavetada de boa ou má fé. Auxiliar para que as coisas saiam das gavetas é um ato limpo que se pode fazer. Por fim, a abertura de espaços. Empresários precisam ter acesso a deputados, por exemplo, e promover este encontro com vistas a uma maior aproximação entre ambos não se constitui em nada pecaminoso. b) Tem vereador que possui escritório fora da Câmara. Existem vantagens e desvantagens disso. O problema é o custo – imóvel, equipamentos, pessoal, mas quem puder fazer é bom porque permitem encontros políticos sigilosos, reuniões de trabalho e de recreação com a equipe, happy hour com eleitores e empresários, lideranças políticas, amigos. Enfim ter um espaço só seu, longe de todos é um bom negócio. Uma outra alternativa é usar a sede do diretório municipal com esta finalidade. c) Cuidado com a corrupção. O momento é de transparência e apuração de qualquer coisa que se faça fora daquilo que é permitido pela lei, passa a ser objeto da promotoria. Assim se antes pregávamos uma política limpa, hoje mais do que nunca desejamos que as coisas sejam assim, afinal o, somente com os bons exemplos os políticos mudarão o conceito que a sociedade fazemdeles.

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Seja honesto. Um vereador pode usar a política como meio e, mas nunca como fim. Um meio de aberturas de portas (sem falcatruas), mas nunca com um fim em si mesmo, pertencendo a“mensalões”, ou ganhando propina para votar projetos. Não se esqueça nunca que, o melhor perfil de um homem público é uma boa história na comunidade aliada e umbom trabalho no mandato. Procure ser assim. d) Grupo político. Diria que é fundamental. Sempre que puder o vereador deve ter aliados fiéis na câmara, gente que vote junto, que forma grupo. Quem está sozinho  jamais vai conseguir alguma coisa. Normalmente a aproximação se dá via partido, mas além disso se for possível criar um grupo parlamentar, supra partidário, é importantíssimo porque tudo na política é decidido no voto e quando vereadores estão unidos passam a ter maior peso. A importância, na verdade, a expressão aliança política é um eufemismo (às vezes até pode ser que aconteça), mas o que existe é sociedade no poder. Isto é, partidos aliados com o governo devem participar das decisões e dos cargos. É assim em Brasília, é assim nos Estados e é, assim nos municípios. Leve isso sempre em conta: vereador precisa ter importância política, isso ocorrerá a partir de sua ação em grupo, seja no governo ou no na oposição. Costuma-se dizer que aqueles que estão no poder, no cargo, só perdem o que têm por fatalidade, ou por inépcia. Quem tem mandato tem que cuidar dele e somente com trabalho isso será possível. Mais ainda, trabalho e inteligência, um só destes elementos não basta. Nunca pense que você está isento de ameaças ou erros porque é vereador. Os que se julgam mais sabidos, geralmente são os que saem primeiro. Por isso, trabalhe honestamente e sirva ao povo com dignidade e honradez.

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I-Confiança e Poder.

O nosso último livro “ MarketingPolítico – fidelize seu eleitor e vença sempre” , está esgotado e muitos de nossos leitores gostariam que a obra fosse reeditada, o que no momento não é de nossa cogitação. Contudo, alguns assuntos abordados, por solicitação de nossos leitores serão reproduzidos e ampliados nesta obra e com isso esperamos atender a todos que nos pede a segunda edição daquela obra. Assim , vamos lá. O ser humano tem uma necessidade natural de confiar. É preciso confiar em alguém, ou em algo, ou numa instituição. Por isso, os patuás de toda sorte, os amuletos que vencem os séculos, as imagens, as orações infalíveis, as simpatias, além das religiões que se proliferam. Mas não é somente isso. Depositamos confiança na família, nos amigos, no médico, nos mestres. E além destas esferas meramente individuais, há a confiança nas instituições: no governo, no meu plano de saúde, na 53

escola em que matriculo meu filho. Esta é a mesma confiança a qual se deposita no político em que se vota. Há uma confiança tácita por parte do eleitor quando ele escolhe o detentor de seu voto. Há uma dose de esperança muito forte na busca de se conseguir a concretização dos sonhos, por isso é que se vota, se escolhe. E como toda escolha, há a possibilidade da confirmação das expectativas ou da decepção – aliás, o que mais se tem tido é decepção no meio político. O escolhido se esquece (ou talvez nem saiba) que escolher não é um processo passivo, ele exige a vontade de quem escolhe. Mais ainda, uma escolha nunca é perene, nem mesmo nas relações pessoais como o casamento, ou até mesmo na religião – quantos estão mudando seu templo, sua fé, e se mudamos na relação com Deus, imagine-se na relação com os simples mortais, ainda mais quando este mortal é um político e sabemos de seus “pecados”. A escolha requer alimentação constante para que o elo não se rompa, quer pelo distanciamento, quer pela decepção, ou ambos. Aliás, todo ato de confiança é diretamente proporcional ao volume de pessoas que confiaram assim as decepções são igualmente maioresou menores. Não nos esqueçamos de Jânio Quadros Neste sentido, é sempre bom lembrar que confiar pressupõe momentos distintos. Primeiro, como a confiança foi adquirida, isto é, o que motivou a confiança a ponto de, no caso, receber o voto de alguém - aliás, já foi demonstrado que o candidato é um sedutor, e este jogo de sedução faz parte do processo eleitoral. Pois bem, a confiança advém daí, dos motivos que originaram esta sedução. O eleitor se prende ao candidato por uma série de fatores, e estes fatores, quer sejam suas ideias, seu jeito de falar, seu charme são os elementos que contam para promover o primeiro elo de confiança. Segundo, é preciso levar em conta qual a natureza dessa confiança e até onde ela se manterá fiel. Em outras palavras, quais os indicativos que o eleitor possui para “ver” que o candidato está realmente cumprindo aquilo que prometeu, aquilo que o faz ser digno da confiança do eleitor. 54

E em terceiro, qual o uso que o beneficiário faz da confiança recebida. Muitos eleitos acham que encontraram o seu “pote de ouro” ao adquirir o mandato e passam a cuidar apenas de seus próprios interesses. Os que o elegeram ficam sempre no segundo plano de suas ações político-administrativas dentro do mandato que possuem. Se o eleitor não se sentir prestigiado, a confiança começaa decair. Há políticos que entendem os seus votos como um patrimônio que lhes pertence, o que é em parte verdade, mas não para todo o sempre. Entendem os votos que tiveram como se fosse a escritura de um terreno, a posse de um carro, um bem material enfim. Neste sentido é bom lembrar que voto não se dá, se empresta e por quatro anos. Se o tomador do voto retribuir com juros e correção monetária, o empréstimo pode ser renovado, se não. Há políticos, de outra parte, que sabem isso muito bem e, como pretendem dar o calote em quem fez o empréstimo, se elegem com os votos de uma fatia da população e desde o primeiro momento do mandato, começam a fazer promessas para as outras fatias da população. São os políticos que vendem, mas não entregam, e passam a vida inteira sendo candidatos, em meio a promessas e venda de sonhos, ora para uns , ora para outros, mas semnunca realizar os sonhos de ninguém. Não servem para a vida pública porque não pensam no agora, e sim em como será o seu próprio amanhã. O Brasil é mesmo especial, aprimorou o processo de eleição, define com leis exigentes o momento da campanha, mas o exercício da política que é o mandato continua sendo absolutamente caótico e imoral. A lei partidária busca proteger os partidos, as lei de combate a corrupção são facilmente fraudadas e quase nunca tem interesse empunir o corruptor, não há lei que obrigue o eleito a devolver o voto. Já foi dito que o eleitor deveria dar queixa ao Procon quando um político não cumpre o que prometeu. É fraude, publicidade enganosa igualmente a qualquer produto mentiroso que a propaganda bem urdida nos impingiu. Em termos eleitorais, o Brasil pensa em tudo, menos num Procon político. Na verdade hoje na Camara e no Senado já tramitam leis para atender estas demandas mas tem sua tramitação lenta e sem muito interesse dos parlamentares. 55

Contudo, apesar de estarmos um tanto quanto “órfãos e desamparados”, há que se acreditar que a mudança é possível, pois se assim não for, rasguemos os títulos eleitorais e partamos para a baderna generalizada. É imperativo acreditar que surgirão políticos capazes de elevar a Política ao patamar que ela merece. Nos últimos meses vimos varias manifestações na rua convocadas pela internet, discutindo coisas específicas com o aumento das tarifas do transporte público, a falta de segurança e a péssima qualidade da saúde pública. Só que ninguém consegue fazer politicamente nada, semfazer parte do processo político partidário. Portanto se quiser mudar algumas dessas coisas solicitadas nas manifestações, isto é, ser um bom prefeito, governador, presidente, ou no legislativo deputado, senador, vereador, tem antes fazer uma coisa fundamental: vencer a eleição. Por isso, toda a esperança, todos os anseios passam pelo processo político, assim, não há como virar as costas para esta constatação: sem escolher bem, sem fiscalizar bem, não há como se depurar e ficar com o trigo. Por isso, o desempenho do eleito é fundamental para que não apenas ele volte, mas volte por merecimento. Da mesma forma que nos mantemos fiéis a uma marca – de carro, TV, cigarro – assim o é com o político. Aqueles que respeitam o voto e cumprem as propostas feitas, merecem ser reconduzidos, até por aqueles que não votaram nele da outra vez. O eleitor é um cliente a ser satisfeito. Ao dar seu voto está comprando esperança edesejo de mudanças, e para tê-lo fidelizado é preciso de alguma forma responder a esse apelo de forma que, não seja perdida a confiança inicial que motivou a escolha. De candidato a político

Lembremos de que ao ser eleito deixa de ser o candidato e passa a ser o político eleito e todos os motivos pelo qual o candidato foi escolhido – renovação, reeleição, bons projetos - desaparecem no dia imediato à posse porque o povo já espera os resultados de imediato. Aqui está um dos primeiros grandes problemas do mandato político e consequentemente da fidelização, pois no inconsciente coletivo da 56

nossa sociedade atual, o político não tem credibilidade, não trabalha o suficiente e está envolvido em falcatruas e corrupção, por isso quem vota quer logo a confirmação de seu acerto na escolha. Essa é uma grande diferença entre a compra de uma mercadoria e a eleição de uma pessoa. Como as pessoas quando fazem uma compra, podem ficar em dúvida ou até se arrepender de sua compra, e neste caso devolverá a mercadoria ou tentará vende-la. O mesmo sentimento pode ocorrer e ocorre frequentemente com o voto dado pode haver o arrependimento, mas como não dá para devolver o produto, começam a falar mal do eleito que não foi capaz de mostrar trabalho logo de saída. Acrescente-se a isso o fato de que somente os acontecimentos ruins chamam a atenção da mídia e dificilmente notícias boas, renovadoras acontecem no começo do mandato, todo início sempre será difícil. A insatisfação com os políticos é ainda piorada pelo fato que grande parte dos eleitores rapidamente esquecerão em quem votou (o produto comprado), porque nossa sociedade ainda vê a política como algo supérfluo, um modismo que acontece de tempos em tempos . Para finalizar e necessário criar fatos políticos; faça visitas aos líderes da sua base eleitoral, compareça a encontros organizados pela sociedade. Lembrando sempre demanter a postura esperada de umpolítico. Como 80%dos eleitores não procuramos eleitos durante o mandato, somente a divulgação adequada do trabalho político , já que neste caso se cria a versão adequada dos fatos é que dará a dimensão do sucesso parlamentar. Este é um outro principio da fidelização , que se bem observado dará renome ao eleito, mesmo porque é importante destacar que como qualquer cliente, o eleitor somente prestará atenção àquilo que lhe interessar pessoalmente, ou àquilo que for novo, inusitado e principalmente se tiver ou provocar emoção, por isso criar a versão do fato dentro da visão do parlamentar é fundamental para apresentar o eleito ao seu público, afinal , este é quem sabe quais são os anseios reais de seus eleitores ( ou pelo menos deveria saber ) . Lembre-se que a divulgação da sua ação política deve ser feita com competência e constância, pois a versão do fato é sempre mais importante que o próprio fato.

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Vale ressaltar o que já dissemos várias vezes sobre sedução. O eleitor é sempre seduzido pelo parlamentar através das causas que este último defende. Isto cria um elo sentimental entre eleitor e parlamentar. Quando isto ocorre, a fidelização passa a existir. Como se vê, a política também é uma questão de paixão, como o futebol. O parlamentar e sua assessoria devem acompanhar e defender as bandeiras que o levaram elegeram, mas ao mesmo tempo, identificar e se interar com bandeiras novas, preferencialmente complementares aumentando assimseu público e possíveis eleitores.

Como no comercio, o político precisa lidar com o problema da elição (Venda) e do mandato ( Pós-venda).

Apesar de que o primeiro passo, para quemquer viver no mundo político, é vencer a eleição este não é o maior problema. O maior problema é se manter nesse mundo e atender as expectativas dos seus eleitores. Aliás, ele se assemelha muito à venda. Quem mexe com marketing sabe que a venda não é o crucial; difícil mesmo é o pósvenda. Um experiente vendedor costumava dizer que seria capaz de vender qualquer coisa desde que achasse o produto certo, o preço razoável, um bom ponto de venda e fizesse a promoção correta. No fundo ele se referia aos 4Ps do marketing – hoje fala-se em 6, 8 12, vinte tantos Ps, mas para Philip Kotler, os 4Ps iniciais continuam sendo os únicos que contamou seja: PRODUTO, PRAÇA, PROMOÇÃO e PREÇO. Assim, a eleição não é o grande bicho-papão que os políticos encontram no caminho de sua vida política. O que quero dizer é que, sempre há um bom discurso, uma boa imagem, boas promessas a serem oferecidas à população. Mais que isso, sempre há um novo candidato a se contrapor com os velhos que lá estão. Geralmente, há uma série de reivindicações não atendidas, promessas não cumpridas por parte daqueles que já possuem mandato. A sabedoria popular – que costuma estar sempre 58

certa - afirma que em matéria de eleição existem dois tipos de candidatos, os que querem entrar e dizem que os que lá estão nada fizeram; e os que já têm mandato e tentam provar que merecemcontinuar. Os seus adversários políticos explorarão todas as suas falhas e diminuirão ou não citarão suas virtudes. Cabe a você dizer o quanto seu mandato foi proveitoso e fazer com que todos creiam nisso, mostre a todos o que fez e o quanto isso foi bom. No fundo, aqueles que não mostraram a que vieram, vão ter dificuldades para se reelegerem. A confiança decai a cada decepção do eleitorado. O cheque em branco dado no pleito começa a parecer sem fundos e se apresentar novamente ao eleitor para prometer aquilo que já prometeu e não cumpriu, começa a ser um drama. Numa reunião com estudantes secundaristas, após o palestrante, treinado em fazer marketing político, ter falado do seu candidato, de todas as suas ideias e predisposição para fazer uma porção de coisas, um estudante o interpelou “Ele já é vereador?“, e o marketeiro respondeu que sim, ao que o estudante imediatamente contrapôs: “Então, por que ele já não fez tudo isso que está dizendo que vai fazer”. Mesmo comampla experiência de vida política, o palestrante teve dificuldades parase sair bem da enrascada em que se encontrou. E por quê? Simplesmente porque se eleger não é tão complicado, reeleger-se é complicadíssimo. A despeito de toda a experiência que um político adquire na vida parlamentar, aliada a todas as facilidades que um mandato oferece, reeleger-se é tarefa árdua. É o que me disse o vendedor lá atrás, a compra é fácil, duro é a recompra. Para se entender isso, é imperativo se falar um pouco sobre fidelização primeiro, cotejando algumas assertivas do marketing tradicional em paralelo com o marketing político.

Não basta o o eleitor (cliente) satisfeito, é preciso o eleitor (cliente) fiel.

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Satisfazer o cliente deixou de ser algo espetacular para se tornar obrigação de quem atua no mundo empresarial. Comprar num determinado local - padaria, supermercado, loja de calçados, etc - não é uma fatalidade, é uma deferência que alguém faz ao escolher uma determinada empresa para atendimento de suas necessidades e carências. Na política também votar em alguém apesar de ser uma obrigação legal, é também uma deferência a uma pessoa, a um partido, que deverá atender as suas expectativa. No passado, tanto no mundo empresarial como na política, não era assim. Quem está na casa dos 50 anos deve se lembrar. Houve um tempo em que não havia supermercados, e as compras da casa eram feitas no armazém. Cada cidade do interior tinha lá seus dois armazéns, ou pouco mais, assim como os bairros de São Paulo. As donas de casa iam até o balcão, faziam seus pedidos, o vendedor – que era o maior propagandista da casa, ia atendendo, “empurrando” as novidades, e ao final, a compra era entregue geralmente num saco de pano branco – cortesia da casa. Não se escolhia o arroz, porque não havia variedade, era sempre o mesmo, pesado na frente do cliente. Da mesma forma o feijão, o macarrão. Óleo, só a granel, e a dona de casa levava sua garrafa vazia para ser cheia na hora. Hoje temos marcas diversas e oportunidades de escolhas. Na política aconteceu o mesmo, antigamente devido a dificuldade na comunicação, a dificuldade em transpor distancias as escolhas eram menores e feitas sem muita informação. Hoje a comunicação é imediata, as informações sobre os candidatos e os políticos totalmente disponíveis o que faz com que a cada dia, o eleitor, aprenda que votar é um ato de sua escolha levando em conta a sua preferência momentânea. Como seu vê, houve um tempo em que a opções eram praticamente nenhuma. Comprar naquele armazém era uma fatalidade e quem não o fizesse não teria as mercadorias que precisava em seu lar. Na política a comunicação era lenta, e a dificuldade locomoção fazia com que os políticos não pudessem comparecer, constantemente, em seus redutos eleitorais. E como a comunicação com eleitores, o ocorria, apenas por jornal e rádio, o político era visto com uma figura mística e sua presença na cidade ou no bairro, era um evento. 60

Hoje a vida é outra. Escolher faz parte do cotidiano porque as ofertas são inúmeras, e isto mudou a relação entre a produção e o consumo. Num mundo altamente competitivo, com excedentes de produção, a luta pela clientela se tornou uma questão de vida ou morte, por isso a fidelização de clientes passou a ter um destaque especialíssimo no mundo dos negócios. Obras e obras vêm sendo escritas sobre o tema e o chamado marketing de relacionamento se constitui hoje num ponto fundamental para a solidificação de mercado, principalmente porque o cliente ficou exigente. Frente às possibilidade de escolha, ela sabe o que melhor lhe convém. No mundo político, não é diferente. O eleitor não ”quer” o “produto mais barato” ou o “melhor produto” porque ele sabe consciente ou inconscientemente que nem tudo é possível, portanto ele quer “bons produtos”, ou seja, ações políticas que o interessam, e , sobretudo, que o político ao mostrar interesse em atender suas necessidades o faça com trabalho, dedicação e honestidade, porque assim ele se mantémfiel. A fidelização de clientes está dentro de um estudo mais amplo denominado CRM – Customer Relationship Management , que visa estabelecer relacionamento com os clientes . A experiência tem demonstrado que a satisfação dos clientes não é apenas uma questão de bom produto ou serviço, isto porque, a avaliação do cliente continua após a compra. Todo consumidor espera prestação de atendimento adequado e quando isso deixa de acontecer, há uma quebra de relacionamento entre ele e a marca e/ou produto e/ou serviço, motivando a busca de outro fornecedor. Na política também ocorre algo semelhante, mesmo com trabalho duro, dedicação e honestidade durante o mandato, o político não é reeleito. A soluções nas empresas foi, investir em Marketing de Relacionamento na esperança de manter seus clientes, sabe-se que estes trazem novos clientes, na propaganda ‘boca a boca’, e mais ainda, sabidamente conquistar um cliente novo custa cerca de 5 vezes mais do que manter os atuais, dizem as pesquisas, afinal a concorrência é grande. Assim, estimular a lealdade à marca depende mais da própria marca do que do consumidor. O princípio na política é o mesmo, é preciso criar um 61

marketing de relacionamento, assim, levando a informação dos feitos do parlamentar no ‘boca a boca’. E o que significa fidelizar? Os dicionários definem como fiel àquele que é digno de fé cumpre aquilo que se com prometeu, sendo leal, verdadeiro, íntegro, amigo. Na vida empresarial cliente fiel é aquele que se envolve até com a marca, luta por ela, faz propaganda, tem orgulho de possuir um produto daquela marca. A Harley Davidson que o diga. Por isso, a fidelização é mais uma questão de cérebro do que de suor físico, requer planejamento, compromisso e visibilidade com o cliente. No mundo político não é diferente. A definição de cliente fiel se aplica ao eleitor fiel, desde que o eleito seja digno de fé, amigo, leal, etc, mais ainda, o eleitor fiel se assemelha muito ao torcedor fiel: defende seu time, tem orgulho dele, se apaixona por ele, vira seu propagador. E qual político não gostaria de eleitores assim?

Dicas úteis sobre o exercício de um bom mandato e a fidelização de eleitor

Se você quer fidelizar o seu eleitor é necessário que trace um plano com esse objetivo e o siga. Não se trata de conselhos infalíveis, mas a prática política considera como sendo importantes algumas ações fundamentais para fidelizar o eleitorado. Abaixo seguem algumas delas, as quais poderíamos chamar de dicas de fidelização. 1) Crie um núcleo de pesquisa

Não é porque acabou a eleição que a opinião dos eleitores não interessa mais, ao contrário, agora é que ela é mais interessante. No fundo, por onde é que o parlamentar vai começar a executar as ações prometidas em campanha. Será que ele terá o apoio do executivo para cumprir suas promessas? Como a primeira impressão é a que fica, qual é a primeira impressão que o eleito está causando no seu eleitorado?

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Além das ações prometidas em campanha que precisam ser executadas, que outras ações serão ainda necessárias? Afinal da campanha para o exercício do mandado houve um espaço de tempo e como a vida social é dinâmica, quais problemas novos surgiram e merecem a atenção do parlamentar? No fundo o que se quer dizer é que não há como saber se a conduta de um político é ou não correta se não houver pesquisa. O que vale a pena considerar aqui é que geralmente os institutos cobram caro, e nem sempre há verbas para isso. A solução é criar seu próprio grupo de pesquisa. Um elemento da equipe de gabinete seleciona pessoas, treina e põe na rua à busca de informações precisas sobre os mais variados temas: o que pensa o eleitorado nas bases do candidato, o que pensam os outros eleitores, o que deseja a maioria da população, quais as ações que precisam ser feitaspara atender os anseios gerais. Mais ainda, é preciso segmentar a pesquisa por localidade, sexo, renda familiar, condição social, escolaridade, e até religião se for o caso. Depois vêm as perguntas específicas, envolvendo as necessidades dos diferentes segmentos sociais ou localidades. Inclusive é possível se fazer uma avaliação da administração - quer ela esteja iniciando ou em andamento. A uma diferença importante entre pesquisa de campanha e pesquisa de acompanhamento de mandato. Na hora da campanha, o ritmo exigia uma aceleração de pesquisas eleitorais, inclusive com questões extremamente objetivas – quem está na frente, onde, quanto por cento, etc. Na pesquisa de diagnóstico, para os que têm mandato, o que vale é o discursivo, o detalhamento, o maior número de informações possíveis, por isso a equipe precisa estar treinada e saber os reais objetivos da coleta de dados. Com as informações na mão, a equipe mapeia a cidade, aloca os diferentes anseios de cada região, pode iniciar um planejamento de ações com o fim específico de atender à população e programar condutas que possam atingir diretamente os eleitores. Se o candidato sabe o que o povo quer, ele sabe por que trabalhar e quais são as ações para tornar ainda mais sólido o relacionamento seu com os eleitores. 63

Mas como saber o que o eleitorado quer ver, ouvir e sentir? Quase sempre perguntas diretas podem mostrar as necessidades, medos e angústias dos eleitores e como atendê-los nas suas necessidades. Por isso, a pesquisa pós-eleitoral é mais qualitativa. Devemos lembrar que os jornais, revistas , publicações especializadas e sites estão a todo tempo dando pistas do que a média da população deseja, pensa e quer. Nestes veículos encontramos ainda qual a linguagem correta para os “approaches” corretos. Se bem pesquisada, a massa sempre diz quais os caminhos a seguir para atender o eleitor (comprador), e assim, baseado na emoção e no desejo satisfeito, fidelizá-lo na compra do produto, o candidato. Por fim, vale lembrar que, sempre, deve-se buscar mais o emocional do que real e emúltima análise isso deverá nortear o marketingpessoal e político. Para a realização das pesquisas e outras despesas de fidelização, conte com recursos partidários criados por você e seus assessores através de um dízimo, afinal a manutenção do mandato e a correta prestação do serviço público, interessaa todos.

2) Depois da campanha vem uma nova campanha

A fidelização começa logo após o resultado da eleição, tanto para quem ganha como para quem perde. Tem candidato eleito que “tira umas férias” logo no dia imediatamente após os resultados. Todos os eleitores já começam a dizer que ele “foi gastar em viagem com a família o dinheiro de campanha” ou então “ bastou ganhar que sumiu do circuito”. Fidelização se faz a partir do dia seguinte. Agradecer a equipe é fundamental. Há candidato que se esquece de agradecer ou não liga para isso porque todos “já receberam o salário”. Preferencialmente alem 64

das palavras de uma festa , ofereça pequenas lembranças da campanha como fotos em que cada um aparece e demonstre seu agradecimento com palavras, aperto de mão, abraços, sorrisos e novas que deverão ser enviadas a cada um. Lembre-se de também agradecer os eleitores em entrevistas pela mídia, faixas, outdoors, cartas, etc. Reafirmar os compromissos assumidos, pela imprensa ou indo diretamente às bases, aos bairros que o consagraram, agradecer às entidades que atuaram e mantiveram apoio para que a vitória fosse possível é simples e necessário. Reúna os coordenadores das equipes para um balanço do trabalho feito com toda a equipe. Os coordenadores de grupo, ou de tarefas, sabem quais os elementos da equipe que são

bons e devem ser

aproveitados de imediato.

Como

aproveitamento de todas as pessoas do gabinete não será possível, você deverá criar situações que permita a valorização de todos, e demonstrar o tempo todo que se preocupa com o não aproveitamento de alguns. Além do mais é preciso dar à equipe a certeza de que todos, no tempo certo, sentarão à mesa na hora da fartura que virá, uma vez que todos dividiram o pão magro dos tempos de campanha. Não há político de carreira vitoriosa que tenha virado as costas para seus assessores diretos. A fidelização entre o político e seus eleitores começa a se tornar sólida através do trabalho destas pessoas. Avaliando o desempenho demonstrado ao longo da campanha, ou ao longo do tempo, se pode fazer a uma boa seleção no sentido de se ficar com as pessoas mais competentes e leais sejam progressivamente aproveitadas. Esta equipe em formação deve começar a fazer reuniões de trabalho para já ir deixando alocadas as pessoas certas nas tarefas que surgirão. Os pedidos da massa de eleitores serão sempre muitos e não dá para dizer sim ou não simplesmente. É preciso saber o que se pode ou não se pode fazer individualmente para os que pedirem o auxílio do candidato eleito. Só que, muito cuidado nesta hora. Dizer umNÃO redondo é confirmar a fala popular de que “tá vendo? São todos iguais bastou entrar que já me vira às costas”, e isto começa a propagar e a manchar a “marca” do eleito. Por isso sempre encaminhe o problema para onde possa ser solucionado, buscando e usando 65

as informações existentes no Executivo, Legislativo e Judiciário e até mesmo na iniciativa privada. O fundamental é que mostre interesse no problema do seu eleitor, e principalmente, seja criativo na busca de soluções. Seja como for, logo após a eleição, a vida continua para todos com mandato, com cargos ou sem eles e todos precisam sobreviver e se puder ajudar ou partilhar, faça isso. Lembre-se o mais importante, começa uma nova campanha. Claro que mais longa – dura 4 anos – comumformato novo , calcada em outros pontos de apoio – das promessas às realizações, mas começa outra campanha. Estar atento à fidelização é nunca se esquecer disto.

3) A malha de influência

Uma das coisas mais difíceis de montar, e a primeira coisa a se preocupar, é sempre, a equipe. Por esta razão, a pessoa certa para o lugar certo, uma máxima bem antiga, deve sempre estar em mente na formação do grupo que irá trabalhar com o político em seu mandato. É necessário que a equipe possua algumas pessoas capazes de pensar a vida pública do eleito e criar ações quedarão mídia e mais notoriedade, outraspessoas que sejam capazes de organizar as ações, e uma grande quantidade de pessoas que irão operacionalizar a vida pública do político eleito. São os assessores de bairro, os assessores ligados às instituições que deram apoio e até mesmo as pessoas que atenderão o público individualmente em inúmeras tarefas cotidianas – internações de pessoas, matrículas em escolas, advogados para atender às demandas judiciais que aparecem: enterros, cartas de apresentação, enfim, a rotina que qualquer gabinete

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possui. Todos deverão ser apoiados pelo fundo partidário, criado por aqueles que percebem salários e provimentos, em decorrência do mandato. Contudo, existem os cargos públicos – e a escolha certa dos locais onde ter os assessores e as pessoas para o desempenho destas funções, é fundamental. Geralmente político eleito acaba tendo cargos a seu dispor, sem contar os cargos de seu gabinete em especial, todo político tem cargos dentro da própria máquina governamental. Selecionar bem estas pessoas é importantíssimo, porque elas, apesar de estarem prestando serviço público, devem saber de antemão que exercerão cargos políticos por conta de quem tem o mandato e por esta razão, deverão auxiliar no que puderem a visibilidade da vida do parlamentar que as colocou onde estão. Os cargos pertencem ao político e não ao escolhido por ele, costumeiramente os políticos se perguntam “com quem está a secretaria tal”, ou “o órgão tal”, ou ainda “quem manda no setor tal” e por quê ? Porque são feudos políticos que passam a agir a bem do serviço público (esta é sua função), mas a bem também de alguns senhores feudais que dominam espaços, pessoas, e fazem com isso o tráfego de influências que o governo possui, não importando a esfera, se municipal, estadual ou federal. É assim que a máquina trabalha para os seus políticos. O que querem os partidos que fazem parte da base do governo em Brasília? Ministérios, cargos, enfim, participação no poder, e isso é normal, ocorre em todas as esferas políticas. Por isso, é importante ficar de olho nos melhores espaços, nos melhores órgãos e ocupar o que lhe pertence com pessoas capazes e de confiança. Lembre-se, quando você não ocupa um espaço alguém o fará. Quando você apoia politicamente alguém, na vitoria deste você deve receber espaço político para ser ocupado por seus aliados, que deem visibilidade política ao grupo. Caso o acordo seja rompido vá para a oposição se não for conveniente de forma explicita o faça utilizando sua inteligência e habilidade política.

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4) Não dá para se esquecer do “dono do voto”

 Já falamos anteriormente que o voto é do eleitor, ele “empresta” ao candidato eleito e pode tomá-lo na eleição seguinte caso o eleitor não seja mais fiel porque deixou de acreditar no político – não é mais fiel, portanto, não tem motivos para repetir o voto da eleição anterior. Na esfera empresarial, o marketing dá um nome a isso: pós-venda. Pois bem, existe o pós-voto. Vencida a eleição, as cobranças começam e aí, de fato, é que o trabalho político terá início. Por esta razão, todo e qualquer político eleito que se esquece do eleitorado corre sério risco. Como dissemos anteriormente, a primeira ação de fidelização é visitar as bases eleitorais. Comgrande expectativa, há uma espera silenciosa por parte do eleitor em relação ao eleito: quem deu o voto quer o reconhecimento. E isto se faz cara a cara, se puder, mão estendida, olho no olho. Este “muito obrigado” por parte do político é significativo, é um gesto de humildade, de reconhecimento da importância ao verdadeiro “dono do voto”. Sua visita será rapidamente esquecida se não for valorizada e somente terá importância para merecer ser lembrada, se você der esse valor a ela. Faça de todas suas visitas um evento, com fotos, fogos e filmagens que deverão ser divulgadas nas mídias que dispuzer. Informe, previamente, a mídia destas suas visitas e os convide a comparecer. Caso não compareçam, apóso termino do evento, informe a eles o resultado, os compromissos assumidos, as preocupações intercorrentes, que agora passaram a ser suas. Entretanto, é preciso mais. Uma ação excelente de fidelização de eleitores e que é sempre bem-vinda, é abrir as portas do gabinete para eles. Eleitor presente no espaço de ação do político é um gesto de compartilhamento do mandato com quem o elegeu. Isto vale tanto para o prefeito, como o deputado e o vereador. Não se trata de trabalhar com as portas abertas, permitindo a entrada e saída a qualquer hora como fazem alguns. É preciso ordem, mas todos têm que sentir que podem ser recebidos e entrar. No legislativo 68

esta prática é mais comum, e por isso, muitos vereadores e deputados costumam levar as pessoas que lhe dão suporte político às sessões plenárias, principalmente em dias em que uma votação importante vai acontecer, e ainda mais se ela estiver diretamente ligada a uma região ou segmento eleitoral e estes grupos estiverem presentes para sentirem que o parlamentar cuida dos interesses deles. Mesmo que o tema votado não seja relativo àquele grupo em especial, a participação dos eleitores na sessão, servindo como testemunhas do trabalho de seu parlamentar na aprovação de leis, confere importância ao processo e possibilita aos eleitores verem o quanto seu vereador / deputado tem atuado a favor desta ou daquela causa. Na volta ao local de origem – as bases -estes eleitores serão formadores de opinião e reforçarão a importância do parlamentar. No fundo, trazer as bases até o palco de ação do político é criar um mecanismo especial de fidelização que demonstra transparência da ação política e cativa os eleitores – eles se sentem parte do processo. Convide os eleitores, e principalmente, os líderes comunitários, inclusive solicite a sua assessoria para irem ao seu gabinete e até mesmo a sua casa. 5) Fixar as prioridades de cada grupo geográfico / segmento

Como foi dito, a pesquisa permite saber os anseios e, dispondodo mapeamento da cidade e seus problemas buscar as soluções possíveis. Após esta avaliação e o estabelecimento de metas, cada assunto que disser respeito a uma região ou categoria profissional deve ser objeto da equipe de trabalho. Nomeie um responsável por cada assunto. Faça pesquisas acompanhadoras e mantenha “as antenas ligadas o tempo todo”. E aqui vai outro aspecto de importância para fidelizar eleitores: não perder o foco, isto é, fixar como alvo as reais prioridades dos diferentes grupos de colaboradores e apoiadores que atuaram na campanha. Deste foco, o político não pode se desviar  jamais. Nem sempre as promessas de sua campanha são fáceis de serem cumpridas. Durante a disputa, fala-se demais e, na busca da vitória, os discursos são generosos, mais ainda: papel aceita tudo, inclusive promessas mirabolantes. 69

Contudo, por mais desastrosos que foram os compromissos, político que se preza luta para conseguir o que foi compromissado, além do que, os eleitores cobram exatamente estas promessas, por isso, não dá para fugir delas. Assim, o que foi prometido passa a ser prioridade do trabalho político. Muitas coisas dependem apenas de empenho, outras requerem estratégia, e as mais difíceis precisam de acordo entre os membros do parlamento – é árduo o fazer político! As vitórias conseguidas quer para o grupo geográfico – um bairro, uma cidade, quer para um segmento produtivo – funcionários públicos, bancários, se constituem em excepcionais motivos de fidelização eleitoral. No plano individual, existem expectativas dos eleitores na obtenção de empregos, internações de saúde, vagas em escolas, além das expectativas a respeito da casa própria, da abertura de crédito para os mais variados fins, seja como for, mesmo quando o prometido não é facilmente alcançado, se o eleitor reconhecer a “luta“ que o eleito está travando para cumprir como prometido, é prova de que está sendo fiel aos seus compromissoscom ele, por conta disso, o eleitor se torna fiel a ele também. Lembre-se, ele somente saberá do seu esforço, se for mantido a par de todas as suas ações. Você pode fazer isso através de informativos, cartas, ofícios, visita de assessores, emails e outros. Uma pessoa de sua equipe deve ficar encarregada única e exclusivamente disso.

6) Mantenha aberto o diálogo

Parlamento vem de “parlare” que significa falar, comunicar. Político mudo não convence ninguém. Quando se diz falar não é preciso o discurso aberto, oral, a todo instante com os eleitores. A comunicação pode ser feita de inúmeras formas e ela é responsável pela manutenção do diálogo. Jornal mensal, ou bimestral, mostrando a atuação parlamentar, programas de TV ou rádio onde o político apresenta suas ideias e assim presta contas à população, cartas específicas para categorias funcionais, informando 70

das vitórias para as diferentes profissões , cartões em datas especiais, artigos na imprensa em dias marcados da semana para fixar leitores, inclusive, em sabendo o time para qual o eleitor torce, cumprimenta-lo em caso de vitória de campeonatos, e sobretudo, vir à público para propor ideias e defender causas, são caminhos mais que suficientes para manter aberto o diálogo com o eleitor. Claro está que a visita às bases – como dito atrás – é o grandee poderoso canal de abertura comos eleitores, mas a mídia e o correio e mais recentemente, a web são instrumentos de massa modernos que precisam ser ativados e mantidos. Faça um site e divulgue seu domínio. Nele devemestar as realizações, fotos que provama atuação, as leis criadas e um canal sempre aberto de diálogo com o leitor. Nem todos têm computador, mas a cada dia cresce mais esta forma de interação entre as pessoas e com o tempo, vai se formando um mailling poderoso para se mandar mensagens. Na verdade, nenhuma forma de comunicação deve ser desprezada. Nos grandes centros muitos usam o outdoor para falar com o povo, mas há cidades menores em que as faixas de rua são os melhores canais de comunicação, por isso, se for o caso, faça faixas, fale com o povo através delas.

7) O valor do discurso.

Ninguém precisa ser um grande orador, mas falar mal para um político é meio caminho andado para a cova. Por isso, quem tem dificuldades deve fazer um curso mínimo de oratória. Falar bem se fazer entender. Comunicando com o começo, meio e fim sua ideia. Há “oradores” que se fazem entender apesar da cultura limitada que possuem, ou das gafes às vezes comprometedoras da Língua Portuguesa ( vide o Presidente Lula ), E porque do seu sucesso? Porque falam aquilo que o povo deseja ouvir, se fazem entender, conclamam com eficiência, conseguem provocar emoção.

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No discurso é preciso, acima de tudo, empatia, isto é, saber se colocar na posição dos interlocutores, saber como falam, o que gostam e entender dos assuntos que interessam a massa de ouvintes. No nosso livro Marketing Político – para quem tem os pés no chão, foi abordado um assunto importante: as alocuções. As locuções são pequenos textos, geralmente laudatórios, contundentes e concluem por uma tomada de posição do falante. As alocuções se prestam para momentos específicos de curta duração e que o ajudam quando você tiver dificuldade de falar. É importante que decore algumas alocuções para momentos que com certeza, irão aparecer. A alocução tem tema fixo e não admite digressões, justamente porque é breve. Contudo, uma alocução é de extrema valia para auxiliar nos momentos em que “o calo aperta” como se diz na gíria. Você a usara para falar com esportistas, idosos,  jovens, educadoresoumesmo em um batizado, casamento ou festa.  Todo político tem que ter à mão um texto para estas situações, porque ajuda a livrar o embaraço de não saber o que dizer. Por isso, faça as suas alocuções e as decore. As alocuções a seguir estão prontas, você pode usá-las do jeito que estão, embora possa ocorrer que outro candidato também leia a obra e diga o mesmo. Por isso, seria interessante dar algunstoques pessoais à sua fala para ser diferente. Entenda estes exemplos como modelos, aprimore-os se quiser, mas mantenha a unidade e concisão. Falta um final que depende de você.  Terminar com “pensem nisto”, “É isso que motiva o meu mandato”, “confiem em mim e faremos isso junto” ou outro final de seu agrado é importante, embora alguns textos, ao final, já sejam conclusivos. Separamos as alocuções mais necessárias para cada tipo de público a respeito do qual o candidato vai precisar se referir em suas falas e reuniões. Vale a pena reforçar: os textos a seguir, eles não devem engessar você, mas servempara “quebrar o galho” em momentos em 72

que não se sabe o que dizer. São falas curtas para usos emergenciais. Por isso, o livro foi feito para andar no bolso do candidato. Para os jovens:

Houve um tempo em que ser jovem era ficar na fila dos mais velhos à espera de uma oportunidade. Este tempo acabou. Hoje o jovem é dinâmico, competente, e, por seus próprios méritos, abre as portas do futuro e transforma o amanhãem agora. Ser jovem hoje é exatamente isso: antecipar, por esta razão é que o mundo moderno é da juventude e graças a ela é que o progressocomeçou a caminhar, não a 20, mas a 100 kmpor hora.. Entendo que devemos cada vez mais ampliar os canais de acessos e incentivar o  jovem a ser o comandantede seu destino nabusca do sucesso. Por isso, quero democratizar as oportunidades, dando aos jovens condições de crescimento para que eles possamtransformar a sociedade, tornado-a cada vez mais humana, progressista e justa. Para os idosos

Não há maior injustiça do que se esquecer de quem fez o progresso que temos hoje. A terceira idade temo mérito de ter trazido até aqui tudo aquilo que foi construído dentro da sociedade. E mais: a experiência adquirida ao longo dos anos não pode ser esquecida em nome da renovação, porque a sabedoria vem com aidade. Aqueles que sabem disso valorizam os idosos, cuja tarefa social já foi cumprida e hoje merecem o descanso, merecem as preferências e, sobretudo merecemser ouvidos. Sou daquelesque acreditam que a fórmula correta do progresso é a força dajuventude somada à experiência dos mais velhos. Assim, valorizar a terceira idade comprojetos sociais e de lazer, criar mecanismos para facilitar a vida dos mais velhos com salários justos e espaços sociais específicos de modo que eles possaminteragir com a juventude é a fórmula mais eficiente do progresso humano, saudável e  justo.

Sobre a mulher

Não há desenvolvimento social e econômico sem a mulher. Diferentemente de antes, a mulher hoje conquistou seu espaço e eminúmeras tarefas superou o homem. Dotada 73

de sensibilidade e capacidade de realização, a mulher é a incansável trabalhadora que administra o lar, educa os filhos e hoje começa a sair para o trabalho, ou quando não, trabalha em casa para aumentar o orçamento familiar. O resultado disso é que a vida melhorou depois que a mulher se tornou mais atuante. Hoje ela avança e começa a participar mais intensamente da vida pública. Sua capacidade tem ajudado na escolha de melhores representantes para as câmaras municipais e prefeituras, por isso sua voz deve ser sempre ouvida. É imperativo que cada dia mais sejamcriadas opções detrabalho para as mulheres, dotando-as de conhecimento para a vida profissional, através de cursos de capacitação, porque com a participação feminina, a sociedade pode avançar ainda mais na direção do progresso.

Sobre o esporte (Jovens nas ruas)

O esporte é o meio mais seguro para tirar a juventude do caminho das drogas, porque o esporte cria novos centros de interesses para o jovem, dotando-o de força de vontade para crescer, vencer, bater recordes, enfim, o esporte se torna a vida do esportista, substituindo as drogas.Mais do que isso, hoje o esporte é a chave para o sucesso e aconquista de uma vida melhor, abrindo reais perspectivas de futuro. Assim, cabe ao poder público criar mecanismos de descoberta de atletas em cada comunidade. Cabe ao poder público elaborar parceriassadias coma iniciativa privada para apoiar atletas, dando-lhescondições de treino e competição. O poder público pode e deve entusiasmar os jovens para aprática desportiva, não se importando com a faixa etária ou condição social, porque o esporte é a mais democrática das opções de desenvolvimento individual, pois prestigia a habilidade e o esforço de cada um, igualando-os nas pistas e nos campos. Incentivar o esporte, envolver o jovem, é meta prioritária de qualquer administração municipal. Vamos fazer isso juntos.

Sobre a educação

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Ao contrário da indústria cultural importada, que manipula e condiciona as mentes dos jovens, a educação amplia os horizontes e mostra o mundo como ele é. Mais que isso: o educador não só abre asportas do discernimento como ajuda a decidir para a escolha correta entre o certo e o errado. Por isso, não há como separar a educação do desenvolvimento e do futuro das pessoas. Somente com o saber é que o jovem estará preparado para o amanhã, pois todos afirmamsabiamente que a moeda do século XXI é o conhecimento e cabe à escola dar isso aos seus alunos. Assim sendo, a função do professor assume uma nobreza e importância sem par. São eles que alfabetizam, que abrem as mentes, que estabelecem rumos saudáveis para o adequado comportamento social. Com a vida difícil de hoje, as famílias delegaram aos professores muito do que os pais faziam antes. Por isso, o mestre deve ser visto não com carinho, geralmente piegas, mas sobretudo como um agente transformador da sociedade, que merece pagamento justo, dignidade, condições de trabalho para transformar o mundo para melhor. Sem ele, não há futuro.

Contra a violência

Para tudo há limites. A violência chegou a índices que não podemos mais tolerar. No fundo, nós estamos presos e limitados, enquanto os bandidos nos aprisionam emnossos próprios lares através do medo. Se as autoridades não buscaremalternativas seguras para dar ao cidadão a tranquilidade que ele precisa, nossa sociedade pode caminhar para o caos. A polícia e o judiciário precisam de mais energia para fazer cumprir as penas contra os que infringem as leis, e ambos, polícia e judiciário precisam ser incorruptíveis para poder fazer prevalecer a justiça, a paz e a ordem. Assim, todos nós devemos cobrar dos governantes ações efetivas de proteção à família, ao trabalhador, de forma que possamos sair às ruas em segurançapara trazer para o nosso lar o sustento que precisamos. A segurança é um direito que todos temos, resta apenas ao governo cumprir a sua parte, para que possamos desempenhar a parte que nos cabe deforma a construir um melhor futuro através do trabalho digno eprodutivo que conduzao progresso.

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Sobre o emprego

Nossa comunidade é competente, homens,, mulheres, jovens e idosos. O que precisam é de apenas uma oportunidade para mostrar que podem crescer e isso vem com o trabalho. Não se trata apenas de ganhar o pão de cada dia, mas ganhar dignidade para viver. Sem trabalho, o ser humano se vê à míngua, desesperado e envergonhado perante a sociedade e à própria família. Por estarazão, é que a tarefa fundamental do poder público é abrir postos de trabalho, trazer indústrias, amparar o comércio e para aqueles que não acham colocação, facilitar ações que lhes permitam conseguir sustento para o seu lar. Isto se faz com cooperativas de mão de obra, se faz com facilidades para o comércio autônomo, se faz com cursos simples para funções importantes e complexas como eletricistas, instaladores, digitadores de computação, culinária para as mulheres, cursos de cabeleireira, manicure entre outros. Quando o poder público vira as costas para as necessidades de abertura de empregos para seus munícipes, está abrindo a porta para a malandragem, o crime, o negócio fácil tão nocivo aos cidadãos, principalmente os jovens. Emprego, oportunidades de trabalho, eis a fórmula para uma cidade mais humana, feliz, onde as pessoas, com dignidade, podem viver melhor.

Sobre o lazer

Nem só de pão vive o homem. Além da palavra do senhor, há a necessidade do lazer. Quemtrabalha ou buscaemprego a semana toda; quem sofre as agruras da vida de hoje em dia que não está fácil, haja vista o custo da mesa, o custo do remédio, do transporte; para quem sua a camisa pelos seus familiares, tem que existir algo mais do que a TV nos finais de semana. O poder público pode e deve facilitar o lazer aosmoradores da sua cidade. As festas populares e religiosas, osshows em espaços públicos, a criação de mais praças com parquinho para as crianças, os passeios pela natureza são, sim senhor, de obrigação do governo municipal e estadual. Mais que isso, apaixão do brasileiro é o futebol.

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Valorizar os campeonatos amadores da cidade, melhorando os campos para que as famílias possam ir, esposas e filhos, e enxergar o morador da cidade como mais do que um votante apenas, é ver nosso povo como gente e não como máquina, como número de IPTU.  Todosmerecem o lazer e o poder público não pode se furtar a isso. Sobre voluntariado

O governo não pode fazer tudo, e às vezes nem competência possui para isso. A sociedade, então, cansadade ver as coisas por seremfeitas, colocou a mão na massa. Hoje, ser voluntário e atuar na comunidade, não é apenas importante para a sociedade, é umaquestão de realização pessoal. Dar de si para os necessitados, ajudar os que precisammais do que você, é atender ao apelo divino depropagar a felicidade nesta vida. Mais ainda: é mostrar a todos aqueles que não se importamcomo próximo que existe a fraternidade e ela veio para ficar desta vez. Estender a mão às vezes é mais do que curar uma ferida e todos aqueles que fazem isso em prol dos miseráveis e desvalidos, melhoram a comunidade onde vivem e, principalmente, tornam viva entre nós a palavra do criador. Ser voluntário é ampliar o senso de irmandade que todos temos dentro de nós. Basta olhar para trás para ver que há os que precisam de nossa mão amiga, de nossa palavra de consolo de nosso amparo. Aos que fazem isso, o meu obrigado e parabéns pela sua coragemedesprendimento.

Sobre os deficientes

A vida está difícil para nós? Todos concordamos que sim. Se nós que somos perfeitos, sentimos o peso da vida, imagine aqueles que possuem uma deficiência. Para eles, o fardo é maior, é custoso, é suado, mas mesmo assim, eles não desistem e provam com sua dignidade e esforço que o que precisam é apenas uma oportunidade de mostrar que são capazes, igualmente a nós. Por isso, abrir vagas para deficientes nas empresas como manda a lei, é importantíssimo e cabe ao poder público fiscalizar se isto está sendo feito. Melhorar as vias de acesso para que os deficientes possam transitar com segurança, é obrigação do poder público e precisamos cobrar para que isso tambémaconteça. 77

 Te  Ter tra transporte coleti letiv vo apto a acolhe lher os que têm têm defic ficiên iência fís física ica é mais do que uma lei, lei, é humanitário. Criar riar uma legislação legislação que possibi possibililite te aos cegos, cegos, aos surdos, aos cadeirantes cadeirantes terem acesso acesso a tudo o que a vida vida pode lhes lhes dar dar é missão ssão dos homens públicos públicos e aqueles aqueles que não o fizerem fizerem,, não apenas apenas estão sendo sendo maus maus polít polítiicos, estão estão sendo maus maus cidadãos, egoí egoístas stas e, sobretudo insensíveis insensíveis a quem precisa de apena apenass uma uma oportunidade oportunidadepara para mostrar mostrar que é igual a todos nós. Sobre ecologia (Poluição)

A vida está está em harmonia. harmonia. O sol nasce à noite noite vem vem,, a chuva chuva cai, cai, o vento sopra, as as flores flores encantam enquanto as frutas frutas têm o seu tempo, os cereais também também,, na sequencia sequencia natural da vida Enfim, tudo aquilo aquil o quedepe que depende nde da natureza, natureza, ela cumpre, cumpre, e o faz bem. bem. Mas M as e o que depend depende e de nós? Cuidam Cuidamos os dos rios, da terra, terra, do ar, das matas cil ciliares? iares? Se não mantivermos antivermos a harmonia, harmonia, o planeta um dia irá irá acabar acabar por falta falta daquilo que ele ele nos deu e que nós destruímos destruímos.. Por iss isso, o, a ecolo ecologia gia é import importante ante,, por isso, poluir, poluir, mais mais do que uma uma viol violaçã ação o da lei, é construi construirr umfuturo futuro pior para todos nós, nós, nossos nossos filhos filhos e netos. Quando falamos que a humanidade humanidade irá pagar, pagar, falamos falamos que nossos nossos filho filhos, s, nossos netos assum assumirirão ão a dívida que estamos estamos fazendo. Quando Quando destruím destruímos a natureza, estamos estamos destrui destruindo ndo as oportunidades de de vida vida futura futura para nossa nossa famíl família. ia. Por Por iss isso, o, seja seja ecologicamente ecologicamente correto – reutilize reutilize,, red reduz uza, a, recicle. recicle. Não Não polua, preserve preserve a naturez natureza, a, plante uma uma árvore, árvore, não estrague as águas águas porque a harmoni harmonia a da vida depende de que estas estas ações sejam sejam feitas feitas agora, agora, porque o amanhã amanhãde de todos todos nós será será o resultado resultado das boas os más másações que praticamos praticamos hoje. hoje.

Sobre desenvolvimento econômico

Nenhum Nenhum cidadão cidadão melhora de vida vida se a cidade cidade onde ele reside, trabalha, nã não o se desenvol desenvolver ver economicamente. economicamente. As pessoas pessoas pedem pedem emprego, emprego, mas mas como como eles virão se não não houver desenvol desenvolvim vimento? ento? Querem Queremm moradia oradia própria, própria, mas como como pagar pagar o CDHU, CDHU, ou a Caixa, Caixa, se não houver houver um bom empreg emprego? o? Des Desenv envolvimen olvimento to econômico econômico se faz com com criação de oportunidades de ganho para todos os cidadãos. O poder poder público público precisa cumprir cumprir a sua sua parte, parte, fac facililititand ando o o comércio comércio e a indústria indústria locais, além de ir buscar buscar empresa empresass de de fora e facilit facilitar ar para para que elas gerem trabalho digno e 78

riquez riqueza. a. Na guerra guerra fisc fiscal, al, é preciso oferec oferecer er vantag vantagens ens para atrai atrairr mais mais inv investidores, estidores, enfim enfim, a tarefa é exclusivam exclusivamente ente do poder público e não dos cidadãos. cidadãos. Quem dorme dorme em berço esplêndido, esplêndido, perde as oportunidades oportunidades de suces sucesso so que a vida vida oferec oferece. e. Desenv Desenvolvimen olvimento to econômico, empreendedori empreendedorism smo, o, palavras palavras mágicas, ágicas, capazes capazes de tornar tornar a cidade mais mais próspera e a sua sua gente gente mais mais rica rica e feliz. feliz. Vamos Vamos acordar acordar o poder municipal municipal e fazê-l fazê-lo o traba trabalhar lhar pelo progresso de todos nós.

Sobre responsabilidade social

Nenhuma Nenhuma em empresa moderna pode se furtar furtar da responsabilidade responsabilidade social que possui frente frente à com comunidade unidade onde vive. vive. O poder públi público co está está praticamente praticamente falido, perdido entre a folha folha de pagam pagamento ento dos funcionários funcionários municipais e as obrig obrigações ações de investi investim mento interpostas interpostas pela legislação.Com isso, pouco se tem feito para a melhoria da vida dos cidadãos. Neste Neste caudal caudal de dificuldades dificuldades,, os mais mais necessitados necessitados ficam ficam à mercê mercê da sorte por serem os mais mais vul vulneráveis. Se Se a empresa, empresa, fonte fonte geradora geradora de recursos, não assum assumirir o papel social que lhe cabe, cabe, a miséri miséria a só só tenderá tenderá a aumentar. aumentar. Por Por isso, isso, as empresas empresas modernas são são socialm socialmente responsáveis, responsáveis, porque chamam chamam para si a melho melhoriria a da qualidade qualidade de vida de seus seus funcionários, funcionários, da mes mesm ma forma que que atuam atuam no meio, meio, com vigor, vigor, inteli inteligê gência ncia e muit muita a humanidade humanidade para minor minorar ar a dor daqueles que precisam precisam de amparo amparo e, por infor infortúnio túnio do destino, vivem da caridade alheia. A empresa empresa moderna é parceira parceira do poder públi público co com um único objetivo, objetivo, melhorar a vida da comunidade comunidade e dos cidadãos. E não há tamanho tamanho para assum assumir ir esta responsabil responsabiliidade, qualquer qualquer empresa empresa pode fazê-lo fazê-lo,, basta basta a prefeitura prefeitura ince incenti ntiva varr estas ações ações,, buscar buscar o diálog diálogo e ajudar a executar executar proj projetos capazes capazes de melhor melhorar ar a quali qualidade dade de vida da população.

Sobre saúde

Sem saúde nenhum ser humano humano pode se se capacit capacitar ar para a conquista conquista de um futuro futuro melhor. Os que que podem, podem, pagam pagam planos de saúde, saúde, os que não podem, podem, precisam do serviço públi público co – o nosso nosso SUS SUS.. Nesta Nesta hora, qua quando ndo o cidadã cidadão o está está doente doente e que mais precisa precisa de atenção e cari carinho, nho, os postos postos de atendim atendimento não podem ser insensíveis a isso e lhes fechar fechar as portas. Os atendentes precisam ser mais humanos,os médicos precisam chegar na hora e 79

cuidar com carinho daqueles que estão frag fragililizados izados pela doença. É neste neste momento momento que a mão mão do admini administrador strador público tem temque se se fazer fazer senti sentir. r. Humanizar Humanizar os postos postos de saúde, saúde, dar remédios gratuitam gratuitamente ente de verdade, verdade, sem falta falta constante constante dos mais mais caros no estoque, estoque, e oferece oferecerr tratam tratamento ento dig digno e carinhoso aos doentes é o que devem devemos exigir dos governantes. governantes. É o dinheiro dinheiro público público quem paga paga as contas e este este mesm mesmo público precisa recebe receberr o que procura. Saúde é um direito direito consti constitucional, tucional, por isso é preciso preciso fazer valer valer este direito, direito, dando ao cidadão cidadão o atendimento atendimento e a cura cura que precisa, precisa, para que, ele estando estando sadio, possa e enfrentar nfrentar o dia-a-dia, dia-a-dia, e com forças, forças, trabalhar trabalhar para seu seu bem e de sua família. Chega Chega de falar falar em crise crise na saúde, saúde, chega de ver ver pessoas morrendo orrendo nas filas filas de de atendimento, atendimento, cheg chega de esperas esperaslongas longas para para internações e ex exam ames es.. O admini administrador strador público público e a prefeitura, prefeitura, precisam precisam assum assumir esta responsa responsabil bilidade idade que é dela, dela, precisa ser ser mais mais criativa criativa e atender a nossa gente. gente. Qualquer Qualquer outra outra coisa que fale fale palavras palavras suaves suaves para pedir paciência paciência que a solução solução virá, virá, é mentir mentira, a, porque a doença doença não espera. espera. Por iss isso, o, é tem tempo po de agir agir e cuidar da saúde de nossage nossagente. nte.

Sobre corrupção

Não dá mais! mais! Chegam Chegamos os ao lim limite ite da paci paciência: ou acabamos acabamos com a corrupção, corrupção, ou a corrupção corrupção acaba acaba com a gente. gente. O corrupto corrupto é umladr um ladrão ão altamente nocivo nocivo porque ele não rouba somente somente o dinheiro dinheiro,, rouba a saúde, saúde, o emprego, emprego, a educação, educação, a seg segurança urança pública, a cas casa a própria, própria, enfim, enfim, ele rouba rouba a vida das pessoas. pessoas. Aquilo Aquilo pelo qual pagamos pagamos ao governo governo para que este este nos devolva devolva com benefí benefícios cios é a razão razão de ser do estado. Por isso, é preciso mobil mobilizaçã ização o para que os corr corrupto uptoss sej sejamj am julgados rapidamente, rapidamente, para que as leis sejam mais mais rígidas rígidas e que eles paguem paguempelo mal que nos fazem fazem. A sociedade tem um dever dever com os cidadãos que é não não permitir permitir que uns poucos pilantras pilantras fiquem com comaquilo aquilo que é de todos nós. P Por or isso, escolham escolham certo certo seus seus representantes representantes,, coloquem no no poder pessoas pessoasque têm história história de vida confiável. confiável. Fazer Fazer isso hoje hoje é cuidar de um melhor amanhã para todos nós.

Sobre habitação

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O sonho do brasileiro é a casa própria. Não se trata apenas de um bem, ela é o porto seguro, seu castelo, onde a família se abriga e se protege das dificuldades da vida. Ter onde morar é saber que temos um porto seguro que nos ampara ao final de um dia de trabalho. Mais que isso: um chefe de família precisa ter o orgulho de ter construído seu lar, sua casa. A casaprópria é o marco de vitória de todos aqueles que lutaram pelo pão de cada dia. Por isso, é que os programas habitacionais precisam sair do papel e mais, oferecermos oportunidade a todos para que tenham o seu próprio lar. O programa Minha Casa, Minha Vida tem procurado proporcionar a casa própria, ou um apartamento, a um número imenso de famílias. Maspara isso, o governo federal precisa do apoio do poder público municipal, através da doação do terreno para a construção dos imóveis, além dainfraestrutura e o planejamento urbano. Somente assim teremos condições de oferecer ao povo moradias com prestações que o povo pode pagar. É tempo de criarmos mecanismos capazes de possibilitar casas mais baratas com prestações que cabemno bolso dos que mais precisam. A casaprópria é um direito do cidadão que trabalha; ter moradia é ter orgulho de sua função social, é a prova de que se venceu na vida. Nossa cidade, nosso orgulho Eu tenho um orgulho imenso desta terra. Minha cidade, com todos os problemas que ela possui, ainda é muito melhor do que tantas etantas outras cidades que existem por aí. E este orgulho que eu trago no peito se deve, sobretudo, à gente amiga que nela vive e com o suor do trabalho diário luta pelo pão de cada dia. Esta terra tem riquezas históricas, belezas naturais, mas aqui é que vive esta gente companheira, os amigos do dia-a-dia, os familiares que formam um buquê de amizades que só nos dá orgulho. Por isso, eu penso que poderíamos crescer ainda mais, caminhar para um melhor futuro, abrir portas para o desenvolvimento, sustentável, minorar a dor dos que sofrem com uma saúde mais eficiente e, principalmente, distribuir o bem comum, democratizando as oportunidades de sucesso atodos. Somos bons no que fazemos, somos trabalhadores, somos irmãos numa causa comum: fazer desta cidade a cidade de nossos sonhos. Neste momento de eleição devemos pensar principalmente nisso. Precisamos acertar na escolha para que os próximos quatro anos não sejam perdidos. 81

É tempo de aprimorar a reflexão para separar o joio do trigo; é tempo de analisar as opções que temos frente a nossos olhos; é tempo de avaliarmos o futuro que queremos.  Tenho a certeza interior de que iremos acertar porque somos pessoas do bem e buscamos o mesmo destino feliz e próspero capaz de dar a nossa gente a felicidade que ela almeja, e aí sim, mais orgulhosos ainda de nossa cidade, poderemos gritar a plenos pulmões que temos orgulho emser daqui.

Novas ideias: Oficinas Comunitárias

Quantas pessoas dominam uma profissão, mas não podem exercê-la porque não possuemo que chamamos de meio de produção? Emoutras palavras: costureiras que não têm máquinas industriais de costuras, cozinheiras que não tem equipamento para produzir em grande escala, soldadores que não têm ferramentas, enfim, sabem fazer, mas não fazem porque não podem se equipar por falta de recursos. Estes empreendedores precisam ser ajudados, assim, seria interessante que o poder público criasseas oficinas comunitárias. Espaços abertos a todos os profissionais para queeles tivessemcomo fazer serviços e assim irem se tornando autônomos. Os espaços seriam agendados previamente de forma a atender o máximo possível de interessados. Os insumos seriam de responsabilidade do profissional. Uma doceira deveria trazer de casa todos os ingredientes para a feitura do bolo de casamento, a prefeitura cederia o espaço, o gás, o fogão, a luz. Comeste procedimento, democratizaríamos os meios de produção e com isso, mais e mais profissionais poderiam ganhar o sustento de suas famílias e aos poucos se tornando autossuficientes. Isto é democratizar oportunidades, eassim tornar nossa gente mais produtiva e feliz. Novas ideias: Comboio da Economia

 Todo produtor gostaria de vender diretamente ao consumidor e é fácil entender o por que. É que vendendo direto, elimina-se o intermediário e com isso o produtor ganha mais e o consumidor pagamenos. Em outras palavras, todos que merecem ganhar, ganham. Para os que acham que isto é um sonho oferecemos a ideia do comboio da economia. Caminhões com gêneros alimentícios de primeira necessidade com preços reduzidos e contratados por um setor especialmente criado nas prefeituras que organizariam uma vista semanaembairros dacidade, oferecendo diretamente os produtos aos moradores. 82

A economia disto seria inigualável. Mais ainda, obrigaria os demais comerciantes abaixar preços de modo a se tornarem mais competitivos. Por outro lado, o comboio não precisaria ser de venda apenas. Poderiam ser criados comboios de prestação de serviços; sapateiros, costureiras, eletricistas, encanadores, enfim, profissionais que pudessem prestar serviços especiais aos moradores e com isso terem o sustendo de suas famílias além de oferecer comodidade aos moradores que, muitas vezes, não sabem a quem recorrer em emergências caseiras. Estas alocuções são ideias queprecisamser aprimoradas, mas vale a pena se pensar nelas como forma de se comunicar em “emergências” com os eleitores. E , finalizando, o que se dizer emalgumas datas específicas a) Casamento

A vida adquire sentido quando o ser humano constitui uma família. Célula maior da sociedade, a família é o berço da educação, o porto seguro do viajante, a proteção do desamparado, enfim, é no seio familiar que a vida começa a fazer sentido. Casar, portanto, é assumir um compromisso mútuo, embasado pelo amor, na busca da felicidade. Por isso, hoje quando um casal, perante Deus e perante os homens assume sua condição de esposo e esposa, nós só podemos nos alegrar, e pedir a Deus que derrame suas bênçãos, proteja e encaminhe esta família nova que surge entre nós. Daqui para frente, tudo será comum, a mesa, o quarto, as tristezas, as alegrias, enfim a vida será projetada a dois e comisso os planos virão e muita felicidadepoderá cobrir este lar. Que a vida possa lhes sorrir, e que os frutos deste matrimônio não tardem a chegar, porque os filhos são o coroamento de todo casal que cria uma nova família, esta é uma missão divina, e para isso pedimos que Deusos acompanhe.

b) Semana da Pátria

Se hoje, neste sete de setembro, comemoramos o grito do Ipiranga dado por D. Pedro, mais ainda devemos comemorar atrajetória de vida feita pelo nosso povo daquela data até aqui porquea independência somos nós.

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Nenhum país se faz independente com umgrito num tempo qualquer do passado, ao contrário, é a vontade do trabalho, a produção, as alegrias e as tristezas de um povo que fazemsua independência. Por isso, neste sete de setembro, temos que fazer um voto de união e fidelidade aos destinos de nossa pátria. Só com o trabalho digno para todos, o fim da miséria, saúde e qualidade de vida, educação e abertura de oportunidades de sucesso, casa própria, segurança e perspectiva de futuro, só assim que um povo será independente de verdade. Isto requer suor de nossa parte, esforço dos governantes, sensibilidade para tratar do dinheiro público e assim, comjustiça, distribuir o bemcomum. Um Brasil independente ainda está por vir, por isso estejamos preparados, vamos cumprindo a nossa parte, vamos juntos nesta caminhada de desenvolvimento rumo a um amanhã melhor, mais justo e verdadeiramente independente.

c) Formaturas em geral

Finda o ano escolar e com ele mais uma etapa de vossas vidas. O diploma que ora recebemé o marco final de um longo caminho percorrido. Mas é mais que isso: é a chave para o futuro que se descortina frente a vossos olhos. Com esta chave, as portas do sucesso irão se abrir a todos aqueles que, com dedicação, ética, enfrentar sem medo o amanhã. A vida e o futuro lhes pertencem e agora, mais aptos e preparados, vencerão. Formandos, nossa cidade, nosso estado, nosso país, esperam por vocês. Nossa sociedade quer vê-los triunfar. Precisamos de profissionais capazes, profissionais honrados e honestos que possam com o seu saber tornar melhor a vida das pessoas, que com sua capacidade possam fazer render mais a terra, produzir mais a indústria, comercializar com mais eficiência os produtos, profissionais que possam prestar seus serviços de maneira honesta e eficiente. Ide pois, desempenhar sua funções, com respeito e capacidade para fazer desta terra um lugar mais digno e desta gente um povo mais feliz.

Relembrando: as alocuções, acima, podem ficar assim, terminar do jeito que estão, mas seria interessante que você ampliasse a fala conformeas necessidadesdo momento.

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Lembre-se não é possível se decorar alocuções sobre todos os temas. Em algumas ocasiões você precisara de um texto mais longo e nesta hora o que vale é a capacidade que o homem público possui de falar, de sefazer entender para as pessoas. Mesmo mantendo o conselho que se faça um curso de oratória, faremos a seguir algumas considerações sobre como falar melhor em público. A oratória não é um luxo para o político, é uma necessidade. Através dela ele se comunica e convence as pessoas. Na vida pública, comunicação serve para convencer e quem convence é seguido – político que não lidera tem vida pública curta. Para ser longa é preciso fidelizar eleitores e o convencimento sobre sua liderança, suas ideias se dá pela boa ação política e pela oratória. Os eleitores esperam que o seu candidato seja bom no discurso. Este ser bom não significa ter a voz do William Bonner, ou ter uma oratória igual ao Leonel Brizola. O presidente Lula fala cometendo erros de Português, emite conceitos equivocados sobre Geografia, ou História, mas convence a massa. No fundo, , desde que o político use da palavra e diga coisas que façam sentido para a população ele se fez entender e isto basta (há muitos que falam, falam até se perderem e não dizem nada – vide o Senador Suplicy) Afirmam os especialistas que a comunicação humana é composta de um componente verbal que é o conteúdo do discurso e um não verbal que são tom da voz, gestos, posturas, vestuário. O verbal corresponde a 7% da comunicação e o nãoverbal a 93%dela. Do não-verbal o tom e a qualidade da articulação voz entra com 38% , mais ou menos, e a gestualidade, postura, vestuário com os demais 55%. Assim, para se falar em comunicação devemos abordar todos estes aspectos. Na oratória clássica todo discurso pode didaticamente ser divido em: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. Simples entender o porque desta estrutura é que é 85

mais fácil entender aquilo que tem lógica: princípio meio e fim. Vejamos o que significa cada uma destas partes. a)introdução : é a colocação do tema, a preparação dos ouvintes para aquilo que

se vai dizer. A ideia principal da sua fala já deve ser exposta neste momento. A introdução pode: * aproveitar o momento – um fato relevante, uma notícia de jornal ou ate mesmo aspectos do ambiente (ex: estamos reunidos e isso é o começo .) * criar o cenário que interessa o falante - é imperativo que o orador crie o cenário a seu modo para poder usar com mais perfeição as ideias do desenvolvimento. Quando o cenário é interpretado por outros, a dificuldade aumenta, mas quando o orador crias cenários desde o princípio, sua fala , como ele sabe onde quer chegar, flui mais facilmente. (ex: A política é como um jogo de futebol e você tem que ter o seu time e saber escalar os melhores .) * é preferível ir do geral para o particular – por maiores que o problema possa ser, ele deve sempre ser levado ao exemplo particular de que está ouvindo. (Ex: A cidade não esta bem mas ,nosso bairro esta com problemas maiores.) * usar algo novo é importantíssimo – se o ouvinte for surpreendido pelo orador logo de saída, a atenção permanecerá. Assim, uma afirmação provocante, algo surpreendente, inesperado, quando usado com maestria, cativa o ouvinte. (Ex: Quando vinha para esta reunião ouvi uma historia que me deixou curioso) * citações ajudam– uma citação de alguma pessoa consagrada – filósofo, bíblia – ajuda no início e prende a atenção. Procure aprender o nome de pessoas importantes na comunidade e ao fazer uma observação diga: o “Jose Antonio” sabe do que estou falando. A “Maria”já vivenciou isso. b) Desenvolvimento - Finda a introdução começa o desenvolvimento. É aqui que o

discurso ganha força. O desenvolvimento é a alma do texto porque nele é que estão as ideias , os pontos de vista, os grandes exemplos a serem seguidos os analisados e por conta disso, o desenvolvimento é sempre argumentativo. A palavra argumento vem do 86

latim “argentum” que significa brilhar e é isso que o desenvolvimento dá chance para o orador fazer : brilhar.

A argumentação pode apresentar : * Dados de pesquisa /, estatísticas em geral pois – tudo o que for comprovado tem mais autoridade e portanto mais força; cite sempre a fonte da informação e quanto maior for a credibilidadedesta fonte maior será a credibilidade da sua fala. * Evidência ( documento ) – aquilo que se tem à mão, fotos, certidões , são sempre contundentes. Caso você não tenha o documento mas, um papel escrito, levantado na hora da sua afirmação poderá dar a ideia e a credibilidade de um documento citado. * Exemplos consagrados, fato importante conhecido, ou novo – fatos do passado onde as situações semelhantes que estão sendo tratadas na oratória aparecem ajudam a reforçar os argumentos. Lembre-se no mundo nada é realmente novo e se procurar ,sempre encontrara na historia situações semelhantes a que estiver vivendo. * Anedota / e histórias de vida. – a Anedota, se for irônica é importante e quebra o clima austero do momento.E poderá ajudar na descontração sua e da plateia. Da mesma forma as histórias de vida, que se tornaram exemplos a serem seguidos e podem te ajudar na argumentação e dar credibilidade aos conceitos e ideias que quer transmitir. * Citação de autoridades comprovadas – toda pessoa de importância que já discorreu sobre o tema, e apoia seus argumentos, deve ser aproveitada, citando uma fala ou alguma atitude que ela tenha tomado, tudo isso acaba pesando a favor do no argumento * Emoção – a argumentação não é apenas racional. Quando a emoção entra em cena, as possibilidade de convencimento aumentamainda mais, por isso, se a plateiasentir a emoção do orador ,ela acaba se emocionando também. Busque ser um ator interpretando um texto, coloque as palavras em velocidade e tom que leve emoção. 87

Um dos maiores problemas da argumentação é o chamado “achômetro” é algo e que deve ser banido de qualquer oratória. O tal “ u acho” acaba não pesando como argumento, pois qualquer um pode achar o que quiser. É preferível falar sempre do que é comprovado, o que traz dados , o que é incontestável . Veja a sequencia de argumentose veja qual e a mais convincente para você: a) Fumar fazmal à saúde b) O Ministério da Saúde adverte: fumar é prejudicial à saúde c) O Ministério da Saúde adverte: fumar durante a gravidez pode prejudicar o bebê d) As pesquisas científicas comprovamque o fumo está ligado a: - mais de 120 mil mortes anuais no Brasil - 30%dos casos de doenças cardíacas - 80%nos casos de câncer do pulmão - 75%dos casos de bronquites crônicas - A maioria dos casos de impotência masculina. Apesar de todos serem bons argumentos a alternativa D ao trazer dados, traz também maior credibilidade.

Existem tipos diferentes de argumentação. Vamos ver: a) Argumento de autoridade – está calcado na autoridade da fonte e esta pode ser a Bíblia , como vimos, pessoas de renome, instituições de alta respeitabilidade. Quando se diz “ O IBGE confirma que o grande sonho da família brasileira é a casa própria” ninguém contesta. Assim, usar isso para abrir uma argumentação sobre a necessidade do governo criar mais projetos habitacionais é dar a sua argumentação um peso de autoridade. b) Argumento de consenso – está calcado na aceitação geral, isto é, é uma verdade que ninguém mais duvida. Quando dizemos que “a educação é base 88

para o desenvolvimento”, ou “O desemprego gera violência”, não precisamos provar mais nada porque os fatos no passado nos mostram isso. c) Argumento com provas concretas – está calcado nos dados comprobatórios daquilo que se diz. Quando afirmamos que “O governo Lula tem melhorado a vida da população”, isto não diz nada. Mas, se ao invés disso, usarmos os dados de que “ No governo Lula, a pobreza diminuiu conforme podemos constatar nos dados divulgados pelo IBGE” e passarmos a dar os índices dessa diminuição, aí sim , temos dados que comprovam a assertiva e isto tem mais força. d) Argumento com raciocínio lógico – é o mais tradicional dos tipos de argumentação. Está calcado na capacidade argumentativa do texto. Neste caso é a a força da lógica, das ideias, que prevalece. Imagine-se um texto argumentativo que diz “Toda eleição é um momento de esperança em dias melhores. Vota-se no escolhido porque ele mostrou que é capaz de buscar com seu trabalho aquilo que o povo deseja. Por isso, nada é mais decepcionante do que ver o político fugir de seus compromissos com quem o elegeu para cuidar apenas de seus interesses pessoais. Daí uma reforma política se apresentar como urgente na vida brasileira, principalmente porque ela deve contemplar – como em muitos países – o recall, isto é, político que não está atendendo seus eleitores deve ser chamado de volta e outro deve ser colocado em seu lugar” Claro que os políticos não querem votar uma reforma que contemple o chamado “recall” como há emmuitos países desenvolvidos. Mas quem poderá ser contra isso, afinal, político que não trabalha em prol de quem o elegeu, ou que for corrupto, deve ser chamado de volta. A argumentação está na força desta verdade. Para se usar o raciocínio lógico, existe uma técnica simples, mas muito eficiente e amplamente utilizada. Trata-se da sequencia de três momentos, a saber: problema +solução +ação. A força desta técnica está exatamente no que foi falado antes sobre a construção de cenários. Vamos ver como fica isso numa situação de fala para violência urbana Problema

Solução

Ação

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A violência urbana assola a todos. Os seres humanos ficaram prisioneiros em suas próprias casas, enquanto a marginalidade caminha impunemente pelas ruas. Há medo nos cidadãos, as ruas deixaram de ser seguras. As estatísticas comprovam que dentre os problemas sociais atuais , a violência figura entre os primeiros medos que a sociedade atual possui. E todos ficam se olhando na esperança que a solução caia do céu. O que fazer , então ? Eu digo a vocês.

A criação da guarda municipal é um caminho rápido e eficiente para solucionar este problema. Com mais fiscalização , mais gente nas ruas, inibe-se os marginais e a criminalidade cai. Com isso o cidadão estará mais protegido dentro e fora de casa. Tanto isso é verdade que nos municípios onde a guarda foi criada a criminalidade diminuiu e o custo é baixo perto do benefício que proporciona. Resta apenas a vontade política dos poderes públicos. Se eles não sabem o que fazer eu posso ensinar, mas algo precisa ser feito.

( usar o emocional ) O exemplo das cidades que possuem a guarda precisa ser copiado pela nossa cidade. É um direito que temos e , se os poderes públicos não agirem , cabe a nós da sociedade civil nos organizarmos para exigir esta providência do estado. Quero que meus filhos tenham segurança, quero ter o livre direito de ir e vir em paz. Chega de maus tratos, de pessoas cruéis que assaltam , matam, sequestram. O cidadão não merece isso, por esta razão é que quero lutar  junto de vocês na busca da paz para nossas famílias.

Não há como discordar de que a ação acima é uma tentativa a mais na busca da inibição da violência. Criou-se o problema, apresentou-se uma solução e impeliu-se o poder público à ação.. Por fim, a conclusão. Ela é um resumo do que foi falado, reforçando pontos que se julgue relevantes para a fixação da ideia base da argumentação. No caso em tela sobre Violência Urbana, a conclusão mais lógica seria: “Por isso, é tempo de união para forçarmos o governo a criar a guarda municipal. Eu quero uma cidade mais tranquila e pacífica, e vocês? Assim, meus amigos, é preciso que fiquemos juntos nesta luta. Com o respaldo de todos, teremos força para exigir a criação da guarda municipal, afinal ela é boa para a cidade , é boa para nossos filhos , é boa para nossa família, é boa para todos nós.”. Além destes aspectos, é fundamental levar em conta que a comunicação, a oratória, possui aspectos que podem parecer periféricos não, no fundo são essências.  Já vimos que 93% da percepção daqueles que ouvem não está nas palavras 90

propriamente ditas, mas em outros elementos: tom de voz, gestualidade, vestuário, enfim, há mais a se considerar sobre a oratória . De início vale lembrar que ninguém consegue convencer ninguém se não houver empatia, isto é, se aquilo que o orador está dizendo não é do interesse dos ouvintes, acabou. A pesquisa, mais uma vez, entra neste contexto. Saber para quem vai sefalar o tipo de audiência e a partir de então ter um objetivo bem definido em mente é meio caminho andado para um discurso de sucesso. Ninguém vende o bife, vende-se o paladar. Da mesma forma que não vendemos a roupa, vedemos o charme, não vendemos o carro, mas o status, enfim, as pessoas têm necessidades coletivas, tem crenças, valores, e estão sujeitas tanto ao racional como à emoção. Quando se respeita isso, o orador atinge a plateia.. Por isso, imagem global, voz, gestualidade, roupa, respiração são elementos que fazem parte da oratória. Vejamos: a) Imagem

- Imagem é somatória – tudo significa algo na mente daquele que ouve/vê, portanto o orador é analisado, logo de saída pela imagem física, roupa , etc, que apresenta. - Sua imagem é você, não adianta querer ser aquilo que você não é. Sua imagem pode, sempre, melhorar e isso levará você a melhorar também. Mas, mesmo melhorando, não dá para construir outro VOCÊ. - Além disso, todos criamos uma imagem global que antecede o ato da oratória, isto é, não é somente quando você usar da palavra que sua imagem vai aparecer. Ao longo de sua vida, quer na comunidade, quer na imprensa, sua imagem está sendo formada constantemente, por isso, existem alguns atributos que são fundamentais:

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* ser ético, ter dignidade, despertar credibilidade nas sua vida pública, ter controle emocional e sobretudo ter uma história na comunidade, ou no segmento o qual defende e para o qual trabalha como político e cidadão; * Ter boas maneiras, usar de educação no trato das pessoas, sorrir, estender a mão, enfim, não fugir do povo; * Cuide-se: cabelo, barba, roupas básicas sem espalhafato (veremos mais à frente), traga sempre desodorante à mão, use chicletes quando for falar com as pessoas. b) A roupa pode comunicar

Quando o mestre de cerimônia, pega o microfone e diz “Vamos ouvir agora o senhor ... “é como se abrissem a cortina e o espetáculo começasse . A primeira coisa que se faz é “ler” o palestrante de cima a baixo, ouvir sua voz, ver a maneira como ele olha a todos e aguardar a introdução da sua fala. Comporte-se conforme a ocasião: serio ou efusivo ou alegre. O estilo da roupa, também deve ser adequado ao momento quanto mais clássico for, melhor: (nada muito espalhafato). Roupas combinando em tons degradè, gravata elegante e camisa na cor da moda, embora a camisa branca sempre combine. Duda Mendonça, em seu livro diz que um homem vestindo termo azul marinho com camisa branca e gravata em tons de vermelho está bem apresentado. Hoje não é mais apenas isso, há outras combinações, mas os contrastes gritantes deve ser evitados. Nem todos podem ter o perfil e a autoridade em se vestir que tinha o Clodovil. Roupa tem que ter elegância, modernidade e adequação. Nada mais “estranho” do que roupas extremante coloridas em lugares e eventos onde impera a sobriedade, ou vice-versa. Assim, ir de terno num churrasco é tão ridículo quando ir de camiseta e tênis numa sessão solene. Existem manuais de vestuário que falam do que se deve usar e as cores que combinam para que um homem ou uma mulher estejam bem trajados. Mas o terno para os homens e o terninho para as mulheres sempre serão boas pedidas, à exceção dos eventos absolutamente informais. 92

c) As expressões faciais

O rosto comunica mais do que as demais partes do corpo, ou até da roupa. Uma virada de nariz, um piscar de olho com indicativo de dúvida, um arregalar dos olhos, ou o olhar perdido no infinito são expressões que significam para o ouvinte. Por isso, lábios, olhos, nariz, conjugados podem passar mensagens que não estão no texto e deixam antever ao ouvinte os estados emocionais do orador. Mais que isso: deixam passar a aprovação ou desaprovação das ideias que o texto apresenta. Da mesma forma que a cabeça que se presta a movimentos de concordância ou discordância, assentimento, recuos, indecisão. Enfim, todo o corpo comunica, como se diz dentro da psicologia, o corpo fala. Para o orador isto é um recurso a mais já que o ouvinte consegue ler estes sinais, da mesma forma que lê o sorriso, a risada de ironia, os olhos marejados que, em muitos casos valem mais que mil palavras...

d) A gestualidade faz parte da cena, e por isso, faz parte da fala. A postura rígida como uma estátua pertenceu ao passado. Orador hoje gesticula, se movimenta, olha para todos os lados da plateia. As mãos são poderosos instrumentos de comunicação. Não basta qualquer gesto, é preciso saber usar o que as mãos oferecem. Há momentos em que elas representam o espanto, a aproximação, a continuidade, a fixação de um ponto ou mais, ( principalmente com os dedos ) , da mesma formaque os dedos apontam, acusam, intimidam. O olhar numa só direção exclui os demais cantos da plateia, por isso andar no espaço que lhe foi designado, chegando perto de uns e de outros durante a sua fala é fundamental para manter as pessoas envolvidas na sua preleção.

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Da mesma forma, entretanto, que os gestos cativam, eles podem desagradar se forem chulos. Os gestos obscenos, geralmente consagrados na linguagem popular, devemser evitados porque não conduzem a nada de bom.

d)A voz

Houve um tempo que a voz tinha que ser “aquela voz”, graças a isso Cid Moreira ainda é presença marcante no Fantástico ( mesmo não aparecendo no vídeo ) . Hoje, contudo, a voz não precisa ser bela, ela precisa ser audível, bem pronunciada. Um dos problemas de Lula no início era o tom gutural da sua voz – muito grava, o que impedia até mesmo de se ouvir as palavras corretamente. Melhorou – até se eleger, depois está voltando a falar com antes novamente, o que é ruim. Por isso, voz empostada já era. Basta ser o mais natural possível, afinal você é o que é. Claro que se a voz do político for fina demais ou tiver algumtipo de distorção é preciso ser corrigido. Algumas coisas complicam a voz: nasalação em demasia, falta de domínio do fôlego exigindo respiração ofegante, problema de dislexia, troca de p/b, t/d, e assim sucessivamente. Da mesma forma que os erros de prosódia como ibero, fluido, avaro, ou engolir o “s” final, trocar o “l” final por “r”, e até mesmo sotaques arraigados como o caipira, o carioca, são fatores que complicam no uso da voz. Em se tratando de oratória, ajudam na voz: ∑

Inflexão / entonação – acentuar pontos importantes da fala, dando destaque ao que se diz



ritmo – usar de lentidão ou apressar a fala quando o momento da oratória exigir para dar ênfase ao que se está dizendo;



pausas – o silêncio diz, por isso saber usar dele, dando à plateia chance de pensar , ou dando um certo tom de mistério sobre o que virá a seguir são recursos excepcionais da arte da oratória. 94

Ainda sobre a voz, é imperativo lembrar que através dela é que se percebe a segurança do orador. Gaguejar, ficar indeciso ao dizer, mostrar nervosismo são coisas que não põem transparecer.

d) O uso do microfone

Microfone aumenta o volume e não a emoção. Nem mesmo corrige os erros, apenas amplia o que é certo ou errado. O que se deve fazer é tentar equalizar a voz num estúdio para ver se você precisa de mais graves ou mais agudos e aí, quando for falar em público, se puder pedir a equalização. Os microfones fixos limitam a sua atuação em cena, por isso carregue nas mãos, embora estes também limitem a gestualidade – a melhor opção é o microfone de lapela. Os microfones são geralmente unidirecionais, por isso fale bem na frente deles – não adianta falar mais abaixo, ou mais acima, etc. Para aumentar a intensidade, aproxime o microfone da boca em vez de gritar, o grito muda a tonalidade da voz. Por último, traga a voz parafrente do rosto falando com o ar saindo pela boa e pelo nariz. Isto se conseguecomtreino, por isso umcursinho de oratória vai bem.

e) Movimentação em cena

Bom orador fala em pé de preferência, salvo se houver alguma limitação – espaço, por exemplo. Olhe para todos os lados do auditório e se locomova para se aproximar das pessoas nos dois cantos da sala. Quando houve tribuna, ela fixa a pessoa, mas nada impede o orador de sair se quiser e a ela retornar quando for de seu interesse ( ver anotações, por exemplo ) . Algumas posturas são condenáveis como ter o corpo rígido demais e sobre isso há toda uma tipologia que vale a pena registrar: 95



o retraído – duro, mãos à frente apertadas.



o arrogante – mãos apertadas às costas.



o dependente – mãos na tribuna apertando a madeira



o capitão do navio – mãos na tribuna como se movimentasse o timão do navio.



O joão-bobo – como aquele boneco que não cai, mas balança sempre de um lado para o outro como pêndulo de relógio.



O atrasadinho – quando sai da tribuna, ou quando anda pelo palco faz apressadamente como se fosse bater o ponto da empresa.



O divagador – nunca olha para as pessoas, olha para o alto, para a janela, para o lado de fora como se falasse sozinho. Por fim, mesmo os grandes oradores nem sempre são bem-vindos. Existem

plateiasfavoráveis e plateiashostis. Existem os amigos que querem ouvir  e os inimigos que precisam ouvir. Na verdade, é um exercício de perícia para qualquer orador falar a uma plateia hostil, por exemplo. Recentemente, vimos até mesmo a presidente ser vaiada por prefeitos e , mesmo assim ela teve que manter a postura e concluir seus pensamentos, continuando a sua fala. Por isso aqui vai um quadro de várias situações e como se portar diante delas.

Tipo

Comportamento

Amamos você

Caloroso,

Características

aberto, Humor, exemplos pessoais, 96

( amigável, cordata)

sorridente, generoso

Somos imparciais

Controlado,

(analítica,

objetiva,

imparcial ) Não estou nem aí 

(presente,

contra

a

vontade, sem ter atenção ) Você não é bem-vindo

( hostil, ataca, discorda,

liberdade

austero, Fatos reais, estatísticas,

confiante,

gestos sem humor e piadinhas

comedidos Dinâmico,

divertido, Humor,

charges,

gesticulador,

empático, envolvimento,

citações

movimentação

famosas,

fatos

do

momento “Quadrado”, cronológico, Objetividade, opiniões de padrão, preso ao tema

antagonismos )

autopridades,

sem

brincadeiras, austero.

No que diz respeito a entrevistas, é bom ler o que está na obras Marketing Político para quem tem os pés no chão, mas alguns conselhos a mais cabem aqui : a) selecione o tema e cuide da pauta – não deixe tudo para o entrevistador de modo a não ser surpreendido; b) quanto ao tipo de pergunta : ∑

as difíceis – seja honesto e diga que não sabe se de fato não souber ou não quiser responder



As carregadas de segundas intenções - são provocativas e podem prejudicar você, geralmente são “pegadinhas” , por isso evite se estender, fale pouco e com objetividade;



As hipotéticas – perigosíssimas porque sendo uma hipótese o entrevistado acaba fazendo digressões nem sempre interessantes. Por isso, deixe claro que sua resposta também é hipotética, saia da cilada e da especulação que geralmente este tipo de pergunta contém;

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A escolha forçada – quase sempre são duas opções – ou isto, ou aquilo. Saia disso e acheuma terceira que lhe interesse, busque a inovação.



A multiquestão – é a pergunta interminável que tem muitos elementos, por isso há perigo em se perder. Escolha um elemento só e se fixe nele.

Os grandes entrevistados normalmente respondem o que querem dizer e não o que o entrevistador pergunta. Mestre nisso foi o Brizola e ainda o é Paulo Maluf que “na cara dura”, “quando lhe perguntavam sobre o aumento do funcionalismo ele respondeu” exatamente, meu amigo, essa obra em Aricanduva vai dar para escoar o trânsito na região e nela foram gastos ...”. Vale relembrar que sempre é bom um curso de oratória, mas para quem não tem tempo, vai um conselho: Leia emvoz alta. Procure seguir as pausas da pontuação. Fale em frente ao espelho e se analise. Quando estiver ouvindo alguém e gostar de como ele se comporta, ou de como fala, ou ainda como ele argumenta, copie e incorpore, não há nada demais nisso, mesmo porque os grandes comunicadores brasileiros confessam que começaram imitando alguém.

9) Foi-se o tempo dos pastéis de vento.

Houve uma época na política em que o falar era algo dissociado do fazer. Isto é, o povo sentia-se satisfeito quando alguém falava por ele, ou então, o povo gostava que políticos estivessem na mídia a toda hora dizendo às coisas que estavam fazendo, sem ao menos informar se haviam conseguido alcançar aquilo que prometiam. Era uma coisa na base do “eu pedi, mas o governo não quis fazer” eram os tais pastéis de vento. O povo engolia e no fundo o que sobrava era apenas ar. Foram famosos os projetos que aumentavam o salário mínimo (em condição alguma de isto 98

acontecer), os pedidos mais mirabolantes possíveis apenas para ocupar espaço na mídia, ou encher cartinhas para os eleitores dizendo que tal coisa e tal coisa foram solicitas ao governo, mas que no fundo se sabia serem impossíveis de serem aprovadas. Hoje, o povo não se sente contemplado apenas com o pedido – é preciso resultados, por isso de nada valem as enxurradas de pedidos, indicações estapafúrdias, projetos de lei que não têm a menos chance de serem aprovados, porque há um instante em que o eleitor para e analisa o quanto seu vereador, deputado, conseguiu trazer de positivo à comunidade que o elegeu. Se o balanço for negativo, o descrédito é praticamente uma fatalidade. Por isso, é preferível ser seletivo na escolha dos projetos, divulga-los bem ao público interessado, lutar com seus companheiros de plenário para a aprovação do que simplesmente o “oba-oba” dos pedidos impossíveis, das emendas improváveis de serem aprovadas.

10) Nada substitui a transparência

Depois de tantos escândalos que surgiram e ainda surgem no meio político e com eles o Brasil inteiro passa a ver as mazelas que estão “debaixo dos panos”, fazendo com que a credibilidade na política seja mais e mais abalada, o que esperamos é , pelo menos é saber a verdade. Por isso, a transparência das ações é fundamental. O eleitor pode perdoar um erro do político eleito, mas não perdoa a enganação, ou a tentativa que os políticos fazem para esconder suas faltas do eleitorado e quando a “ sujeira” vem à tona, o povo se sente traído. Vivemos hoje num momento de ressurgimento da ética. Ser bom está na moda. Não se admite mais o jogo do ganha/perde, porque todos podem participar do ganha/ganha. A missão social é coletiva, todos ao lado de todos, de mãos dadas na busca do bem comum. Por esta razão é que não cabe mais na vida pública aquilo que não é transparente, mesmo porque o eleito foi outorgado pelo povo para trabalhar em 99

prol deste, nada mais justo, portanto, que o próprio povo saiba do que está acontecendo.  Já estão consagradas algumas ações de participação popular. O orçamento participativo, a feitura dos planos de governo junto com a população para que ela opine sobre suas reais necessidades, as audiências públicas para debater projetos, enfim, quanto maior for a transparência maior será a credibilidade do parlamentar ou do executivo e com isso esta se fidelizando eleitores.

11) Entenda a diferença e crie uma equipe multidisciplinar

Qual a diferença entre um jornalista, um assessor de imprensa e um assessor de marketing? Embora todos possam estar atuando juntos, cada um tem características próprias que são importantes em qualquer equipe. O jornalista é um profissional que se importa com a verdade – absoluta se for possível. Está na sua formação, às escolas de comunicação pregam isso porque a imprensa é chamada de o 4º poder. Por isso, o jornalista busca a verdade “verdadeira” a qualquer custo. Veja o que acontece no Jornal Nacional: dá-se uma notícia, e a reportagem tenta ouvir todos os envolvidos e quando um deles não é ouvido, a Globo faz questão de dizer “fulano de tal foi procurado pela nossa reportagem e não nos respondeu até o início desta edição”. Por que esta preocupação? Para mostrar imparcialidade, e comisso dar ao telespectador a certeza de que todos os fatos foram ouvidos. Raramente a Globo emite opiniões, isto cabe ao telespectador formar a sua frente “a verdadedos fatos”. O assessor de imprensa se importa com a verdade de quem ele assessora. Não se trata de mentira, mas de um foco unilateral de verdade. É a versão de um dos elementos envolvidos, por isso as matérias são carregadas de parcialidade, os fatos são apresentados de maneira mais passional e é por conta disso que os “releases” 100

enviados por eles são sempre checados pelos jornalistas que querem sempre “saber o outro lado”, ou a verdade por inteiro. O assessor de marketing, por sua vez, se importa com “a melhor verdade possível” e esta é a sua grande função e utilidade. Não se trata da verdade do jornalista, nem das verdades do assessor de imprensa, mas de uma forma diferente de dizer a verdade . Quando o salário educação foi implantado pelo governo Fernando Henrique, o valor ( cerca de R$ 30,00) foi motivo de até piada por parte de alguns críticos. Assim , o governo resolveu fazer uma propaganda ( cremos que com a Paloma Duarte ) onde em cima de uma mesa havia um lápis, borracha, cadernos brochura, estojo, camiseta, etc , itens os quais somados davam R$ 30,00. Contudo , pela quantidade dos pequenos objetos a impressão que se tinha é que com o salário educação podia-se comprar muita coisa, o que , de fato, era verdade. Assim o valor do salário foi trocado pelos itens que se podia adquirir, o que aumentou a importância do dinheiro, mesmo porque o salário era mensal e depois dos gastos do material escolar, a família continuaria recebendo do governo. Esta forma de dizer só o assessor de marketing percebe e na felicidade da escolha “das melhores verdades” que ele faz é que se cria a imagemdo político, ou do governo. Por esta razão é que na equipe este profissional é importantíssimo. Ele dá uma feição diferente ao fato, ele consegue ver como as coisas podem melhor impactar na população e quais os caminhos que o parlamentar ou o executivo devem trilhar para alcançar a mente do eleitor, do povo, e com isso apresentar seu político de forma eficiente.

12) Algumas questões curtas , mas de longo alcance.

a) O cliente tem sempre razão, essa éuma máxima verdadeira dos vendedores de sucesso, por isso, também o é dos políticos de sucesso. Nem sempre o que o eleito penso importa. Assim impor seu ponto de vista sobre as convicções do eleitor é algo 101

que requer sabedoria e muita psicologia política. Não só porque você vai tentar fazer alguémmudar de opinião, mas porque ele (o eleitor) crê que você pensa como ele, por isso é preferível concordar de início, como dissemos atrás , para mudar a opinião dele gradativamente. Se , em última análise, não for possível, concorde você com ele, é mais seguro do que arriscar perder um eleitor. b) Não se sinta fracassado porque não conseguiu atender um pedido. Nem sempre quem pede só irá se satisfazer se for atendido. Aqui vale o que falamos sobre atendimento. Se você mostrar que se esforçou e que não foi possível, também vale. O eleitor sabe que muitas coisas já não são possíveis de serem atendidas como antigamente porque na política atual, parlamentar e até mesmo prefeito tem limitações. Ademais, apenas cerca de 20%dos que votaram no eleito consegue chegar até ele para pedir o favor. Os demais avaliarão o mandato pelas informações da mídia . c) A versão é mais importante do que o fato . Político tem que estar sempre atendo à informação porque jamais se pode permitir que a versão do fato lhe seja desfavorável. O fato em si mesmo não importa tanto porque dele participam poucos agentes, mas quantos vão saber do fato é coisa que excede ao controle, porque a mídia tem um alcance ilimitado, aindamais agora com a internet. Por isso, cuidado.

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Bibliografia

1) Bobbio, Norberto (1986) – Dicionário de Política. Editora da UNB 2) Brickmann, Carlos . (1994) – Os segredos da Comunicação Política. Editora Globo. 3) Do Rego, Francisco Gaudêncio Torquato ( 1985) – MarketingPolítico e Governamental , Summus Editorial 4) _____________ . ( 2002 ) Tratado de Comunicação, Organizacional e Política, Editora Thonson. 5) Gramsi, Antonio. (1989) – Maquiavel, a Política e o Estado Moderno, Civilização Brasiléia. 6) Kotler, Philip. ( 1988) Marketingpara Organizações que não visam lucro, Atlas Editora 7) ___________ . (1999) -Marketingpara o Século XXI, Editora Futura 8) ___________ . (2003) - Marketingde A a Z, Editora Campus 9) ___________ . (2004) – Os 10 Pecados Mortais do Marketing, Editora Campus 10) Kuntz, Ronald. (1986) – Marketing Político : manual de campanhaeleitoral, Global Editora 11) Lima, Marcelo Coutinho (1988) – Marketing Eleitoral – para não desperdiçar recursos, Ícone Editorial 12) Maar, WolfgangLeo . (1985) – O que é política, Editora Brasiliense. 13)Manhanelli, Carlos Augusto. ( 1988) Estratégias Eleitorais, Summus Editorial 14) Maquiavel, Nicolau (1991) – O Príncipe, tradução de Antônio D’Elia, Editora Cultrix 15)Mendonça, Duda. (2001) – Duda Mendonça, Casos e Coisas, Editora Globo 16) Nivaldo Jr., José . Maquiavel, o Poder, Editora Martin Claret, 4ª. edição 17)Sant’Anna, Armando. (1989) – Propaganda, teoria, técnica e prática, Editora Pioneira 18)Trombelli, Sérgio Motti . (2007) – MarketingPolítico, para quem tem os pés no chão, Tórculo Editorial 103

19) Trombelli, Sérgio Motti e Ubiali, Marco Aurélio, (2009) – MarketingPolítico, fidelize seu eleitor e vençasempre, Tórculo Editorial 20)_____________________ (2012) – MarketingPolítico, coma campanha no bolso , Ribeirão Gráfica e Editora 21)Vaz, Gil Nuno . (1995) MarketingInstitucional, Editora Pioneira 22)Weber, Max, A política como vocação, Universidade de Brasília, 2003

Internet Hamilton Bueno, artigo: Como Fidelizar Clientes, www.hamiltonbueno.com.br

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A N E X O

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Por fim, para orientação , principalmente de vereadores cujas Câmaras municipais ainda não disciplinaram a função dos assessores de gabinete estamos anexa anexando ndo um pequeno pequeno resumo resumo que que retiram retiramos os do texto “Manu “Manual al do do Gabinete” Gabinete” elaborado elaborado pela Câm Câmara ara dos Deputados Deputados e que acham achamos os importante importante destacar destacar aqui para servir de orientação aos que quiserem disciplinar esta matérias em suas Câmaras Municipais.

DIREITOS E DEVERES DO SECRETÁRIO PARLAMENTAR

O CARGO: CARGO: FINALIDADE FINALIDADE O Quadro de Pessoal do Secretariado Parlamentar tem por finalidade a prestação de serviços de secretaria, assistência e assessoramento direto e exclusivo nos gabinetes dos deputados para atendimento das atividades parlamentares específicas de cada gabinete. NATUREZA DO CARGO O cargo de Secretário Parlamentar é um cargo público em comissão, de livre nomeação e exoneração. A nomeação do Secretário Parlamentar é feita por ato administrativo do DiretorAdministrativo da Câmara dos Deputados, ou autoridade por ele delegada, mediante iniciativa do deputado federal. Observação: o cargo em comissão de Secretário Parlamentar não é considerado cargo técnico ou científico, para efeito da acumulação legal de cargos prevista no Art. 37, inciso XVI, alínea “b”, da Constituição Federal. ATRIBUIÇÕES O Secretário Parlamentar pode ser designado para uma das seguintes atribuições: Assessor Parlamentar, Assist Assistente ente Parlam Parlamentar, entar, Auxiliar Parlamentar.

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ASSESSOR PARLAMENTAR PARLAMENTAR

- coordenar atividad atividades es admini administrati strativa vas; s; - dirigir dirigir equipe de servidores, de acordo acordo com a orientaç orientação ão do parl parlam amentar; entar; - tratar tratar de assuntos assuntos relac relacio ionad nados os à contratação, ex exoneração, oneração, frequênc frequência, ia, féri férias as e outros assuntos dessa natureza; - redigir redigir ofícios ofícios e correspondê correspondênc ncias; ias; - cuidar das emissões emissões e reservas reservas de passa passage gens ns aéreas; - elaborar minut minutas as de matérias atérias legislativa legislativas, s, tais como como proposições, parece pareceres, res, votos, requerimentos, recursos, emendas, projetos de lei e outros; - elaborar elaborar pronunciam pronunciamentos entos;; - prestar assist assistênc ência ia a autor autoridades idades emcompromissos compromissos ofici oficiais; ais; - assess assessorar orar o parlam parlamentar entar nas reuniões de com comissões, issões, audiências audiências públicas e outros eventos; - acom acompa panha nharr matérias legislati legislativa vass e as publicaç publicações ões oficiais de interes interesse se do parlamentar; - cumpri cumprirr outras outras atividades de de apoi apoio o inerentes inerentes ao ao exercíci exercício o do mand mandato ato parlam parlamentar. entar.

ASSISTENTE PARLAMENTAR PARLAMENTAR

- prestar assist assistênc ência ia a autor autoridades idades emcompromissos compromissos ofici oficiais; ais; - acompanhar acompanhar o andam andamento ento de processos processos de interesse interesse do parl parlam amentar; entar; - acom acompan panhar har as matérias atérias legislativa legislativass e as publica publicações ções ofici oficiais ais de interesse interesse do parlamentar; - proceder proceder a leitura diária das publi publica caçõe çõess oficiais; oficiais; - cuidar das emissões emissões e reservas reservas de passa passage gens ns aéreas; - control controlar ar o material material de exped expediente; iente; - adm administrar inistrar a caixa caixa posta postall eletrônica; 107

- operar program programas as informa informatitiza zados; dos; - manter banco banco de dados; dados; - digit digitar ar textos textos e documentos documentos;; - cuidar da agenda agendado parlamentar; parlamentar; - redigir redigir ofícios ofícios e correspondê correspondênc ncias; ias; - cuidar da preparaçã preparação o da correspondência; correspondência; - recebe receberr e abri abrirr correspondê correspondênc ncias; ias; - recebe receber, r, orienta orientarr e encam encaminhar inhar o público; - conduz conduzir ir veículos; veículos; - cumpri cumprirr outras outras atividades de de apoi apoio o inerentes inerentes ao ao exercíci exercício o do mand mandato ato parlam parlamentar. entar.

AUXILIAR PARLAMENTAR PARLAMENTAR

- digit digitar ar textos textos e documentos documentos;; - operar program programas as informa informatitiza zados; dos; - manter banco banco de dados; dados; - cuidar da preparaçã preparação o da correspondência; correspondência; - recebe receber, r, orienta orientarr e enc encam aminhar inhar o públi público; co; - entregar entregar e rece receber ber correspon correspondênc dências, ias, proces processos sos e docum documentos; - arquiva arquivarr docum documentos entos;; - atender tender telefone; telefone; - conduz conduzir ir veículos; veículos; - cumpri cumprirr outras outras atividades de de apoi apoio o inerentes inerentes ao ao exercíci exercício o do mand mandato ato parlam parlamentar. entar.

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IMPEDIMENTOS PARA POSSE NO CARGO

É vedada a posse no cargo de Secretário Parlamentar para: a) ex-secretários parlamentares, antes de decorridos 90 dias de sua exoneração, para o cargo no Gabinete em que era lotado, independentemente do nível de retribuição, exceto nos casos de afastamento ou reassunção do Parlamentar; b) aqueles que exercem cargo, emprego ou função pública, inclusive em autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público, a mesmo que se encontrem em licença sem remuneração ou com contrato de trabalho suspenso, exceto quando se tratar de processo de cessão do servidor, mediante requisição formalizada pelo Presidente da Câmara dos Deputados; c) aqueles que participam de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não, ou exercem o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; d) aqueles que exercem cargo eletivo; e) aqueles que devem prestação de contas e declaração de bens e rendas, referentes a cargos ocupados anteriormente na Câmara dos Deputados; f) aqueles que recebem proventos por invalidez ou auxílio-doença; g) os menores de 18 anos de idade, ainda que emancipados; h) aqueles que tiverem vínculo empregatício com empresa privada, com carga horária incompatível com a jornada de trabalho prevista para o cargo em comissão de Secretário Parlamentar; i) aqueles cuja nomeação contraria a disciplina da Súmula Vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal.  j) aqueles que se encontram em licença sem remuneração ou com contrato de trabalho suspenso 109

k) aqueles que tenham sofrido penalidade que impossibilite a investidura em cargo público. Observações quanto aos impedimentos: i) Há algumas situações em que é legal a nomeação daquele que exerce cargo eletivo de Vereador. Entretanto, para formalizar a indicação, o Deputado deverá fazer uma consulta prévia ao Diretor do Departamento de Pessoal, para análise do enquadramento da situação do servidor, à vista da legislação em vigor, bem como para verificar se há compatibilidade de horários. Ao protocolar o ofício de consulta, o Deputado deverá informar o local e os horários emque o servidor irá prestar serviços e anexar: - cópia da Lei Orgânica do Município; - cópia da Constituição Estadual; e - declaração da respectiva Câmara Municipal, informando os dias e os horário em que ocorrem as sessões. ii) Aqueles que ocupam cargo em empresa privada com horário compatível com o da Câmara dos Deputados devem apresentar, no ato da posse, declaração do empregador e do deputado, informando carga horária semanal, horário de início e término das atividades diárias. iii) Aqueles que ocuparam recentemente cargo em empresa privada devem apresentar, no ato da posse, comprovante do encerramento do vínculo empregatício: cópia autenticada da rescisão contratual, ou da Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, constando identificação do titular e a data do término do contrato ou declaração do empregador.

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v) São impedidos de exercer a advocacia os servidores da Administração Direta, Indireta e Fundacional contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora.

INDICAÇÃO E NOMEAÇÃO

A indicação para o cargo de Secretário Parlamentar será feita pelo Deputado titular do gabinete, mediante preenchimento do formulário Indicação para Cargo em Comissão, e terá efeito a partir da posse e respectivo exercício, proibida a retroação. A nomeação do Secretário Parlamentar se dá mediante portaria publicada no Suplemento ao Boletim Administrativo da Câmara dos Deputados, no primeiro dia útil posterior ao da indicação. Atenção: a contar da data da publicação da portaria, o Secretário Parlamentar nomeado tem até 30 dias para tomar posse. POSSE

A posse no cargo em comissão de Secretário Parlamentar pode ser dada também mediante procuração. A procuração deve ser específica para a posse em cargo comissionado da Câmara dos Deputados, com firma reconhecida em cartório. DOCUMENTOS PESSOAIS EXIGIDOS PARA A POSSE:

Devem ser apresentados os documentos originais acompanhados de cópias legíveis, as quais serão retidas. a) Cédula de identidade, CPF e PIS/PASEP; b) Certidão de Casamento; c) 1 (uma) fotografia 3x4 recente; d) Comprovante de residência – cópia legível com endereço completo, inclusiveo 111

número do CEP, em nome do empossado, do cônjuge ou dos pais. Se, em nome de terceiros, anexar declaração de residência (formulário próprio); e) Certidão de quitação eleitoral (pode ser emitida no seguinte sítio da Justiça Eleitoral, na Internet: http://www.tredf.gov.br); f) Certificado militar ou comprovante de quitação com as obrigações militares. Observações :

I. nos certificados de reservista de 1ª e 2ª categorias são obrigatórias as anotações (carimbos), no verso; II. certificado de alistamento militar (CAM) é válido somente até a data do recebimento do certificado de isenção ou de dispensa de incorporação, de acordo com as anotações no verso do CAM; III. os cidadãos estão isentos da comprovação da situação militar, a partir do ano em que completarem 46 (quarenta e seis) anos de idade, conforme o Decreto n.º 93.670/1986. g) Cópia da última Declaração de Ajuste Anual (Imposto de Renda) apresentada à Receita Federal, assinada em todas as páginas, inclusive o respectivo recibo. Os isentos devem apresentar extrato obtido no sítio da Receita Federal na Internet : http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoafisica/NovoExtratoPF.htm REQUISIÇÃO DE SERVIDOR

A requisição de servidores de outros órgãos públicos, caso seja feita para gabinete parlamentar, observará a disponibilidade de verba e o limite de lotação de servidores. Compete ao Presidente da Câmara dos Deputados a formalização da requisição do servidor para prestar serviços na Câmara dos Deputados, mediante solicitação do Deputado, em formulário próprio, disponível no Portal Corporativo da Câmara dos Requisição efetuada pelo Parlamentar diretamente ao órgão de origem não será reconhecida. 112

Atenção: - A Câmara dos Deputados não efetua ressarcimento de salários e encargos decorrentes da requisição de servidores. - Servidores que ocupam exclusivamente cargo comissionado no órgão/ entidade de origem não poderão ser cedidos. - Servidores que ocupam dois cargos ou empregos públicos só poderão tomar posse quando forem cedidos por ambos os órgãos de origem. FASES DA REQUISIÇÃO Pedido do Parlamentar – encaminhado diretamente à Presidência da Câmara dos Deputados, mediante formulário Requisição de Servidor, preenchido e assinado pelo Deputado. Solicitação – formalizada pelo Presidente da Câmara dos Deputados mediante ofício ao dirigente máximo do órgão de origem do servidor (Ministro, Governador, Prefeito, Presidente de Tribunal etc.) Atenção: o gabinete parlamentar deve aguardar a comunicação da Presidência da Casa, uma vez que o encaminhamento do ofício de requisição ficaa cargo do gabinete solicitante. Anuência – manifestação prévia de concordância por parte do dirigente máximo do órgão de origemdo servidor. Autorização da cessão – ocorre mediante publicação de portaria no Diário Oficial da União, do Distrito Federal, do Município ou Diário de Justiça etc. Apresentação Uma vez publicado o ato de cessão, o dirigente de recursos humanos do órgão de origem apresentará o servidor ao Diretor do Departamento de Pessoal da Câmara dos Deputados mediante ofício. 113

Posse – o processo de requisição completa-se com a posse do servidor. Portanto, após o cumprimento das fases acima mencionadas, o Deputado que solicitou a requisição deverá indicar o servidor para exercer o cargo em comissão. Os procedimentos de indicação, nomeação e posse de Secretário Parlamentar requisitado observam no que couber ao que está contido na seção NOMEAÇÃO E POSSE. A requisição de servidor de outro órgão público se dá pelo prazo de 1 (um) ano, permitida a prorrogação. MUDANÇA DE LOTAÇÃO A mudança de lotação se dá pela exoneração com indicação imediata em novo Gabinete, devendo ocorrer ambas na mesma data. Os respectivos formulários devem ser preenchidos e entregues simultaneamente no DEAPA. Em se tratando de secretário parlamentar requisitado, a mudança de lotação só poderá ocorrer dentro do prazo da cessão, não sendo permitida exceção, mesmo que exista processo de prorrogação em andamento, pendente de decisão do órgão de origem. FREQUÊNCIA, FÉRIAS E OUTROS AFASTAMENTOS CONTROLE DE FREQUÊNCIA MENSAL Cada gabinete comunicará, mensalmente, a freqüência dos secretários parlamentares ao Departamento de Pessoal, mediante o formulário Comunicado de Freqüência, disponível no Portal Corporativo da Câmara dos Deputados (Intranet), na página de Formulários

do

Departamento

de

Pessoal

(endereço

eletrônico:

http://intranet2.camara.gov.br/servicos/formularios/depes). O referido comunicado, emitido pelo DEPES com base nas ocorrências do mês anterior (férias, licenças, nomeações e exonerações), lançadas no Sistema de Gestão de 114

Pessoas Pessoas – SIGESP, IGESP, deverá deverá ser atestado pelo pelo respe respecti ctivo vo Deputad Deputado, o, no qual poderá, inclusive, registrar faltas, impontualidades ou outras ocorrências. O Deputado, ou seu suplente, pode designar até 2 (dois) secretários parlamentares para assinar a freqüência mensal do gabinete, mediante preenchimento do formulário FÉRIAS O Secretário Parlamentar faz jus a 30 dias de férias por ano. Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício. Cada período de férias poderá ser parcelado em até 3 etapas, desde que assim requerido pelo servidor, e no interesse da Administração Pública. As férias podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço. Observação: As férias não usufruídas e em via de prescrição por acumulação por período superior ao permitido por lei (2 períodos) poderão ser concedidas de ofício pelo Diretor Diretor do Departam Departamento ento de Pessoal. FÉRIAS DE SERVIDOR REQUISITADO As férias dos servidores requisitados são concedidas em conformidade com o órgão de origem, observando-se o período aquisitivo, normas de parcelamento e períodos já marcados antes do início da cessão. Essas informações deverão constar do ofício de apresentação. O servidor requisitado, regido pela CLT, não pode converter 10 (dez) dias de férias em abono pecuniário no órgão cedente enquanto estiver exercendo cargo em comissão na Câmara dos Deputados, haja vista a impossibilidade de conversão nesta Casa, sob o regime da Lei Lei 8.112/199 8.112/1990. 0. O professor e o servidor integrante do Grupo Jurídico, afastado do seu cargo para exercer cargo em comissão ou função de confiança, não faz jus ao período de 45 a 60 115

dias de férias, respectivamente, por exercício, considerando que o pressuposto legal para essas essas concessões concessões é estar estar emefeti efetivo desempenho desempenho dasfunções. das funções. Os servidores requisitados não podem requerer férias diretamente no órgão de origem. O parcelamento de férias só será aceito se estiver de acordo com as normas do respectivo órgão de origem, e os requerimentos devem ser entregues totalizando os 30 dias.  Ta  Tal co como no caso dos servid rvido ores res sem vínc ínculo, lo, as as féri féria as de secretá retári rio os parlam lamentare taress requisitados podem ser acumuladas somente até o prazo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, e o Diretor do Departamento de Pessoal da Câmara dos Deputados poderá conceder, de ofício, as férias não requeridas no prazo legal. AUSÊNCIAS AUSÊNCIAS PERM PERMITIDAS (PREVI (PREVIS STAS NA LEI LEI Nº 8.112/199 8.112/1990) 0) O Secretári Secretário o Parlam Parlamentar entar poderá, semqualquer qualquer prejuízo, prejuízo, ausentar-se ausentar-se do serviço: serviço: - para doaçã doação o de sangue, sangue, por 1 (um) (um) dia; dia; - para para se ali alista starr como como eleitor, eleitor, por 2 (dois) dias conse consecu cutitivos vos;; - para cas casam amento, ento, por 8 (oito) (oito) dias consecutivos; consecutivos; - por motivo de falecime falecimento nto do cônjuge, cônjuge, compan companheir heiro, o, pais, madras madrasta ta ou padrasto, padrasto, filhos, filhos, enteados, menor menor sob guarda guarda ou tutela tutela e irm irmãos, por 8 (oito) (oito) dias consec consecuti utivos; vos; - para participaçã participação o emjúri, júri, conform conforme os dias atestados; atestados; - para participaçã participação o emserviço eleitoral eleitoral,, conform conforme os dias atestados. atestados. Licença-paternidade: pelo nascimento ou adoção de filhos, o Secretário Parlamentar terá direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos, contados da data do nascimento. Leg Legislaç islação/ ão/Norma Norma:: Lei n.º 8.112/ 8.112/19 1990 90,, arts. 97, 97, 102 102 e 208 208

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Para requerer o afastamento referente a qualquer dos casos acima, o Secretário Parlamentar deve preencher o formulário Justificativa de Ausência ao Serviço e encaminhar, anexando o comprovante respectivo (cópia autenticada ou documento original para a devida conferência): LICENÇA LICENÇA À GESTANTE GESTANTE / SALÁRI ALÁRIO-MATER O-MATERNI NIDAD DADE E A Secretári Secretária a Parl Parlam amentar entar faz jus a licen licença ça à gestan gestante, te, sem prejuízo prejuízo do cargo cargo e do salário, com a duração de 120 dias, prorrogáveis por mais 60 dias, mediante requerimento. O requerim requerimento de prorr prorrog ogaç ação ão deve ser ser apresentado até até o final final do prim primeiro eiro mês após após o parto. A licença-maternidade é devida: a) a partir do 8º mês de gestação, comprovado por meio de atestado médico; b) a partir da data do parto, com apresentação da certidão de nascimento; c) a partir da data do deferimento da medida liminar nos autos de adoção ou da data da lavratura da certidão de nascimento do adotado. Considera-se parto, o nascimento ocorrido a partir da 23ª semana (6º mês) de gestação, inclusive em caso de natimorto. Salário-M alário-Maternidade: aternidade: até a alt alteraçã eração o introduzida introduzida para para Lei n.º 10.710 10.710// 2003, 2003, as servidoras sem vínculo efetivo com o serviço público, amparadas pelo Regime Geral da Previdência Social, recebiam o salário-maternidade por meio de requerimento do benefício benefício diretamente diretamente ao Instituto Instituto Naciona Nacionall do Seg Seguro uro Social Social – INSS INSS. A partir partir de 1º/9/ 1º/ 9/20 2003 03,, o salário-ma salário-materni ternidad dade e passou passou a ser ser pago pago diretame diretamente nte pela empresa/ empresa/enti entidade dade empregadora, empregadora, exceto no noss casos em que o afastam afastamento ento da segurada segurada empregada seja em função de adoção ou guarda judicial para fins de adoção. O salário-maternidade corresponde ao valor integral da remuneração mensal.

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Aborto – em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico fornecido pelo Sistema Único de Saúde ou pelo serviço médico próprio da empresa ou por ela credenciado, a segurada terá direito ao salário-maternidade correspondente a duas semanas. Natimorto – em caso de natimorto, desde que seja a partir do 6º mês de gestação, a segurada terá direito a 120 dias. Caso esse fato ocorra antes do 6º mês de gestação, será mesmo o caso de aborto não criminoso. Adoção – no caso de adoção ou de guarda judicial para fins de adoção, a servidora terá direito a licença-maternidade: a) por 120 dias para criança de até 1 ano de idade; b) por 60 dias para criança de um ano e um dia até 4 anos de idade; ou c) por 30 dias para criança de 4 anos e 1 dia até 8 anos de idade. Observação: A Secretária Parlamentar não faz jus à licença-amamentação, pois o benefício não encontra amparo na legislação previdenciária. Para requerer o afastamento referente a qualquer dos casos acima, a Secretária Parlamentar deve preencher o formulário Justificativa de Ausência ao Serviço e encaminhar, anexando o comprovante respectivo (cópia autenticada ou documento original para a devida conferência).

LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE / AUXÍLIO-DOENÇA Ao servidor que se tornar incapaz para o trabalho por motivo de doença será concedida licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus. O servidor deve se apresentar, munido de atestado médico no qual conste o período previsto de incapacidade para o trabalho, ao Serviço de Perícia Médica da Câmara dos 118

Deputados (Anexo III, subsolo), no prazo de 3 (três) dias úteis, contados do início do afastamento, a fim de submeter-se a exame médico pericial. Caso esteja hospitalizado ou impossibilitado de se locomover, o servidor deverá imediatamente comunicar, diretamente ou por terceiros, sua condição ao Serviço de Perícia Médica, que poderá, a seu critério, realizar visita hospitalar ou domiciliar. Atenção: Se o afastamento for superior a 15 (quinze) dias, o atestado deve ser acompanhado de Relatório Médico Circunstanciado. No caso de servidor requisitado regido pela Lei n.º 8.112/1990 e estatutário no órgão de origem, a remuneração será integral na Câmara dos Deputados até o limite de 24 (vinte e quatro) meses de licença. No caso de servidor amparado pelo Regime Geral da Previdência Social (secretários parlamentares sem vínculo efetivo com o serviço público e requisitados vinculados a esse regime no órgão de origem), somente os primeiros 15 (quinze) dias de afastamento são CÂMARA DOS DEPUTADOS remunerados pela Câmara, sendo que, a partir do 16º dia, o servidor fará jus ao benefíciodo Auxílio-Doença, a ser pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social, mediante perícia. daquele Órgão. Requerimento do Auxílio-Doença – o interessado deve requerer o Auxílio-Doença em qualquer Agência ou Unidade de Atendimento da Previdência Social, de posse do atestado médico e da seguinte documentação, a ser expedida pelo Departamento de Pessoal da Câmara dos Deputados, mediante comunicado do Departamento Médico: a) Declaração de Tempo de Contribuição para fins de Obtenção de Benefício junto ao INSS; e e) Requerimento de Benefício por Incapacidade.

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Observações:

- Somente será expedida a documentação para requerimento do Auxílio-Doença quando no atestado médico houver a indicação de afastamento superior a 15 dias, caso em que o atestado deverá estar acompanhado de relatório médico circunstanciado. - A marcação da necessária perícia no INSS pode ser feita antecipadamente pelo segurado, por meio da Internet, no sítio da Previdência Social (endereço eletrônico: http://www.dataprev.gov.br/servicos/auxdoe/auxdoe.htm) - Para liberação da verba de gabinete parlamentar referente à substituição de servidor afastado, em Auxílio-Doença pelo INSS, é necessário solicitar à Seção de Controle de Frequência as devidas anotações na indicação do novo servidor, antes de apresentá-la ao Deapa. ATENDIMENTO MÉDICO E OUTROS BENEFÍCIOS CADASTRAMENTO DE DEPENDENTES É necessário que o Secretário Parlamentar solicite a inclusão de seus dependentes no cadastro próprio, para que possam usufruir dos benefícios a que tiverem direito. As condições e a documentação necessária à situação de dependência, para cada benefício, assim como os formulários relacionados, informações sobre seu preenchimento e encaminhamento, conforme cada caso, encontram-se atualizadas no Portal Corporativo da Câmara dos Deputados. SERVIÇOS MÉDICOS Os serviços do Departamento Médico da Câmara dos Deputados (Demed), em Brasília, estão disponíveis aos Secretários Parlamentares e a seus dependentes devidamente cadastrados no Departamento de Pessoal.

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PROGRAMA DEASSISTÊNCIA E EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR – PAE O Secretário Parlamentar tem acesso ao Programa de Assistência e Educação PréEscolar – PAE, que se destina ao atendimento educacional dos dependentes legais dos servidores da Câmara dos Deputados, na faixa etária de 0 (zero) a 6 (seis) anos e fração, matriculados em escolas cadastradas no PAE, somente no Distrito Federal e entorno. DEDUÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA O Secretário Parlamentar pode requerer a redução da base tributária mensal para o cálculo do desconto do Imposto de Renda retido na fonte, em virtude da existência de dependentes que atendam as condições estabelecidas na legislação fiscal. Atenção: Os servidores requisitados com ônus para o órgão de origem não fazem jus a este benefício. As informações a respeito do assunto encontram-se atualizadas no Portal Corporativo da Câmara dos Deputados. SALÁRIO-FAMÍLIA O Salário-Família é um valor pago por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 (quatorze) anos de idade, ou inválido de qualquer idade, nos termos da legislação em vigor. Só fazem jus a este benefício os servidores sem vínculo efetivo com a Administração Pública e os requisitados que tenham sido cedidos sem ônus para o órgão de origem e sejam amparados pelo RGPS-Regime Geral da Previdência Social, cuja remuneração mensal não ultrapasse o limite estabelecido em Portaria Interministerial MPS/MF.

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AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO

O Secretário Parlamentar sem vínculo efetivo com a Administração Pública faz jus, também, ao Auxílio-Alimentação, creditado automaticamente em folha de pagamento conforme legislação em vigor. O Secretário Parlamentar requisitado somente faz jus ao Auxílio-Alimentação mediante a apresentação, em formulário próprio, de Termo de Opção pelo recebimento do benefício na Câmara dos Deputados, acompanhado de declaração expedida pelo Órgão de origem, na qual se diga que o servidor não recebe AuxílioAlimentação ou benefício equivalente naquele Órgão, sendo que, nos casos de cessão com ônus para a origem, deve ser anexado o respectivo contracheque. AUXÍLIO-TRANSPORTE

O Secretário Parlamentar, sem vínculo ou requisitado, pode receber Auxílio-Transporte mediante cadastramento. O Programa Auxílio-Transporte tem como objetivo custear, de forma parcial, as despesas com transporte dos servidores devidamente cadastrados, sendo necessário o comparecimento do interessado na Secretaria Executiva do PAE, onde deve preencher o respectivo formulário de adesão, anexando cópia de um comprovante de residência (apresentar original). EXONERAÇÃO

 TIPOS DE EXONERAÇÃO A exoneração poderá ser: a) Exoneração a pedido do secretário parlamentar – será efetivada a partir da data da solicitação; b) Exoneração por iniciativa do titular do gabinete (Deputado) – produzirá efeitos: I. a partir da data do protocolo; ou 122

II. a partir do primeiro dia do mês subseqüente, na hipótese de haver débito com a Câmara dos Deputados. c) Exoneração ex officio I. O ocupante do cargo de Secretário Parlamentar requisitado de outro órgão, cujo prazo de cessão tenha vencido, sem haver prorrogação concedida, será exonerado de ofício e devolvido ao órgão de origem. II. Os secretários parlamentares serão coletivamente exonerados do cargo que ocupam, de ofício, quando ocorrer o afastamento do parlamentar por término de mandato, xercício de função de Ministro de Estado, Secretário de Estado ou Prefeito de Capital, bem como por motivo de falecimento do parlamentar ou de licença do parlamentar para tratar de interesse particular. Observações: - A exoneração do pessoal lotado no respectivo gabinete será efetivada a partir da data do afastamento do parlamentar. - Caso o titular se licencie para tratamento de saúde, por 120 dias ou mais, haverá a convocação do respectivo suplente (Ato da Mesa n.º 37/1979). Os servidores lotados no gabinete não poderão ser substituídos, salvo por motivo de força maior, durante o período da referida licença. Somente o titular poderá indicar ou promover alterações no gabinete, como alterações no nível de retribuição. d) Exoneração por falecimento do servidor – A exoneração por falecimento do servidor se dá a partir da data do falecimento. Atenção: nos casos descritos nos itens “a” e “b”, acima, o servidor exonerado ficará impedido de voltar ao mesmo cargo, na mesma lotação, antes de decorridos 90 (noventa) dias de sua exoneração. PRESTAÇÃO DE CONTAS

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Por ocasião da exoneração, o Secretário Parlamentar deverá apresentar ao Departamento de Pessoal a sua prestação de contas e a sua declaração de bens e rendas. O formulário de Prestação de Contas deve estar totalmente preenchido e assinado pelos seguintes setores, aos quais devem ser devolvidos os respectivos itens relacionados: a) Departamento de Polícia Legislativa – Depol: crachá e cartão de veículo; b) Departamento de Apoio Parlamentar – Deapa: chaves do Gabinete; e c) Centro de Documentação e Informação – Cedi: livros emprestados pela Biblioteca. Obs.: É sempre necessário colher as assinaturas no formulário de Prestação de Contas, mesmo nos casos de exoneração de secretário parlamentar lotado no Estado. Esse procedimento pode ser feito por qualquer pessoa do Gabinete. O formulário de Declaração de Bens e Rendas deve ser preenchido e assinado pelo próprio Secretário Parlamentar. Além disso, é necessário anexar uma cópia da respectiva CÂMARA DOS DEPUTADOS Declaração de Ajuste Anual (Imposto de Renda) ou da Declaração Anual de Isento, assinadas em todas as páginas. Caso o servidor já tenha apresentado à Câmara a cópia da Declaração de Ajuste Anual (Imposto de Renda) quando da sua cobrança anual, desde que referente ao mesmo exercício, não será necessário entregá-la na exoneração; porém o formulário de Declaração de Bens e Rendas preenchido, datado e assinado é indispensável mesmo nesses casos. RETORNO DO SERVIDOR REQUISITADO AO ÓRGÃO DE ORIGEM A partir da data de sua exoneração da Câmara dos Deputados, a frequência do servidor deverá ser registrada no órgão de origem, sendo este competente para regular qualquer prazo de tolerância para apresentação do funcionário no novo local de trabalho.

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A legislação estabelece que a ausência ao trabalho por mais de 30 (trinta) dias consecutivos, sem motivo justificado previsto em lei, caracteriza abandono do cargo, punível com a pena de demissão.

ACERTO FINANCEIRO O secretário parlamentar, ao ser exonerado, tem direito a receber, como acerto financeiro, os dias trabalhados do início do mês até a véspera da data de sua exoneração, além de retribuição pecuniária por períodos de férias não gozados e o proporcional acumulado de Gratificação Natalina. O acerto financeiro será pago juntamente com a folha de pagamento subsequente à data de sua exoneração. Atenção: os servidores requisitados de outros órgãos públicos não fazem jus a retribuição pecuniária referente a férias, uma vez que têm seu direito a férias resguardado no órgão de origem. ATUALIZAÇÃO CADASTRAL O Secretário Parlamentar deve manter atualizados seus dados cadastrais (estado civil, escolaridade, documentos pessoais etc.), seu endereço residencial, números de telefone e endereço de e-mail. Quando houver alteração, o Secretário Parlamentar deve preencher o Formulário de Alteração de Endereço Residencial e de Dados Cadastrais, anexar comprovante de endereço e encaminhá-lo à: - requisitado: Seção de Registro e Controle de Requisitados – SEREQ, Anexo IV, térreo, sala 94, - semvínculo: Seção de Registro e Controle – SEREC, Anexo IV, térreo, sala 93,

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