Manual UFCD 3532

December 13, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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3.3 - Cursos Educação e Formação de Adultos Operação POCH-03-5470-FSE POCH-03-5470-FSE-001039 -001039

ATENDIMENTO PERSONALIZADO NO APOIO A A COMUNIDADE

Mod. CELF 013-A UNIÃO EUROPEIA Fundo Social Europeu

UFCD 3532

 

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ASSISTENTE FAMILIAR E DE APOIO À COMUNIDADE ACOMPANHAMENTO PERSONALIZADO NO APOIO À COMUNIDADE ACOMPANHAMENTO

Dezembro 2021

Ana Filipa Figueiredo

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ÍNDICE ACOMPANHAMENTO PERSONALIZADO NO APOIO À COMUNIDADE.............................................2 ÍNDICE........................................................................................................................................................3 INTRODUÇÃO............................................................................................................................................5 1 – Características Psicológicas dos grupos étarios......................................................................................6 1.1. Psicologia do desenvolvimento. Etapas do crescimento........................................................................6 1.2. Modelo de Desenvolvimento Co-extensivo à duração da vida:.............................................................7 1.3. Psicologia do Desenvolvimento Co-extensivo à Duração da Vida:.......................................................8 1.4. A entrada na primeira idade adulta......................................................................................................12 1.5. As 8 idades do desenvolvimento psicossocial......................................................................................13 1.6. Conceito de adolescência.....................................................................................................................15 1.7. Mudanças na adolescência...................................................................................................................16 1.8. Características psicológicas do idoso...................................................................................................20 1.9. A depressão no idoso...........................................................................................................................27 2 – Relação cliente/utilizador e família/comunidade..................................................................................28 2.1. Principais objectivos da relação de ajuda.............................................................................................31 2.2. Acompanhamento de cliente/utilizadores............................................................................................33 2.3. Toxicodependentes..............................................................................................................................40 2.4. Alcoólicos............................................................................................................................................41 3 – Sinais particulares da vida....................................................................................................................43 3.1. Agravamento da situação clínica.........................................................................................................47 4 – Acompanhamento no exterior...............................................................................................................54 4.1. Desenvolvimento do clima ético em organização que se dedica aos idosos.........................................54 4.2. Notário.................................................................................................................................................56 4.3. Advogado............................................................................................................................................57 4.4. Instituições bancárias...........................................................................................................................57 4.5. Serviços públicos.................................................................................................................................57 5– Situações imprevisíveis.........................................................................................................................58 Cofnanciado por:

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5.1. Fogo.....................................................................................................................................................58 5.2. Inundação............................................................................................................................................59 5.3. Acidentes com idosos..........................................................................................................................60 6– Relações intepessoais.............................................................................................................................62 6.1. Relações familiares..............................................................................................................................64 6.2. Família nuclear e família extensa.........................................................................................................65 6.3. Relações de vizinhança e proximidade................................................................................................66 6.4. Relações socioprofissionais.................................................................................................................66 BIBLIOGRAFIA E FONTES.....................................................................................................................69

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INTRODUÇÃO Os objetivos desta formação passam por distinguir as características psicológicas mais comuns de cada grupo etário, acompanhar clientes/utilizadores em situações que exigem cuidados cuidados especiais e distinguir as  principais relações interpessoais. interpessoais. Serão abordadas as caraterísticas psicológicas dos grupos etários; a psicologia do desenvolvimento, as etapas do crescimento, as caraterísticas psicológicas do idoso e a relação cliente/utilizador e/família/comunidade. Verificar-se-a como se deve fazer o acompanhamento de clientes/utilizadores em situações especiais como:  pessoas com deficiências físicas; físicas; pessoas com ddeficiências eficiências mentais; toxicodependentes e alcoólicos; como acompanhar em situações particulares da vida como o nascimento; a morte e o agravamento da situação clinica. Como fazer o acompanhamento no exterior, como ir ao notário; advogado; instituições bancarias e serviços públicos; Como acompanhar em situações imprevisíveis; o fogo; as inundações; relações interpessoais; relações familiares; relações de vizinhos e proximidade e relações socioprofissionais.

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1 – Característica Característicass Psicológicas dos grupos étarios 1.1. Psicologia do desenvolvimento. Etapas do crescimento

Os três pilares do século XXI são os seguintes:   

Sociedade de risco (incentivo do gosto pelo desconhecido) Sociedade activa (apelos à intervenção de cada cidadão) Sociedade educativa (valorização da capacitação cultural e social do indivíduo)

Entende-se como psicologia do desenvolvimento, como sendo o ramo da Psicologia que estuda os processos de desenvolvimento, denomina-se “Psicologia do Desenvolvimento” tudo aquilo que se preocupa com a descrição e explicação das mudanças intra-individuais ao longo da vida. Desenvolvimento – É o conjunto de transformações qualitativas (como as alterações psicológicas e o modo como nos relacionamos com os outros e com os acontecimentos) e quantitativas (como o número de competências e habilidades dum indivíduo, sobretudo no plano físico) que marcam a vida do indivíduo desde a sua conceção até à sua morte. (Em termos psicológicos): Neste processo contínuo de organização ou desorganização das estruturas internas estão envolvidos múltiplos factores (cognitivos, afectivos, sociais, biológicos, motores, morais, linguísticos, …) tendo em vista uma progressiva diferenciação e complexificação.   Modelo Organicista (que vem de órgão)  

É o modelo mais estereotipado e que mais está na nossa cabeça; Vem por paralelismo do modelo biológico. Cofnanciado por:

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1.2. Modelo de Desenvolvimento Co-extensivo à duração da vida: Este modelo admite que ao longo l ongo da vida o desenvolvimento é um processo contínuo de organização, reorganização ou desorganização das estruturas internas (cognitivas, afectivas, axiológicas, etc.), tendo em vista uma progressiva diferenciação e complexificação. Este modelo admite perdas ao longo da vida. Carência afectiva: é um desfasamento entre aquilo que eu sinto pelos outros e aquilo que os outros sentem  por mim. Exemplo: “ Eu acho que que gosto mais dos meus ppais ais do que eles gostam de mi mim.” m.” A capacidade de afecto vai mudando ao longo da vida. vi da. Diferenciação e Complexificação A diferenciação é a capacidade de nos nos tornamos cada vez mais ddiferentes; iferentes; assim, à medida que a id idade ade avança as diferenças vão-se tornando cada vez mais abismais. Por outro lado, com a idade tornamo-nos mais capazes de desempenhar mais tarefas ao mesmo tempo – complexificação –, apesar de sabermos que estamos a perder neurónios. Para nos tornarmos realmente adultos, devemos considerar dois critérios:  

Independência financeira; Ter casa própria

O desenvolvimento consiste no ultrapassar sucessivos obstáculos. Para além disso, o desenvolvimento alterna entre períodos de organização e de desorganização. Desenvolvimento:    

Unidade bio-psico-sociologia; Produto da intervenção de vários factores (ex. património genético, família, contacto social, histórico e geográfico, amigos, escola, etc.); Sujeito ativo; Realizado ao longo da vida.

 (A.C.) Auto conceito: é a forma como eu me vejo, a qual depende do afecto que nos é dado enquanto bebes. É uma das variáveis que mais importa no desenvolvimento, porque é quase o “quanto eu valho”.  (L.C.) Locus de controlo: consiste no controlo que exercemos sobre a nossa vida, assim, apesar de não termos o controlo total sobre a nossa vida, controlámo-la medianamente. O auto-controle varia entre um pólo negativo e um pólo positivo, em princípio ninguém se encontra nos extremos. A conjugação do auto–controle negativo e do locus de controlo externo pode gerar, muitas vezes, o desamparo aprendido, o qual pode constituir uma característica dos públicos disfuncionais. O desamparo aprendido acontece quando as crianças, desde tenra idade, são ensinadas a estar à espera que alguém lhes resolva os problemas. Exemplo: que vou estãosersempre à espera ”Não vale pessoas a pena, não nada na vida.” dos subsídios do Estado ou que o Estado lhes dê uma casa: Cofnanciado por:

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 Ninguém tem controlo total da vida. vida. No entanto, um sujeito que que possua a conjuntura A.C.+ A.C.+ tem mais recursos internos para resolver/solucionar os seus problemas. Por isso, alguém que ao longo da vida, construa um quadro A.C.+ e L.C.I. tem vantagens, visto possuir estruturas internas fortes. Já um sujeito que possua o quadro A.C.- e L.C.E., é provável que este sujeito se torne t orne alcoólico ou toxicodependente, uma vez que ele não possui os recursos internos necessários para resolver os seus  problemas e, por isso, isso, está sempre à espera qu quee alguém lhes resolva os problemas problemas ou até mesmo à es espera pera da sorte, do destino. Assim, uma pessoa com um auto conceito q.b. tem maior capacidade para elogiar os outros, visto ter estruturas internas fortes e capazes.

1.3. Psicologia do Desenvolvimento Co-extensivo à Duração da Vida: 

Perspectiva contextual (contexto histórico, social e geográfico – é diferente crescermos na Europa ou na África);



Perspectiva abrangente (cobre todo o ciclo de vida);



Perspectiva multifacetada (admite-se que temos vários conceitos acerca do que é o desenvolvimento)

Relógio Social 

Acontecimentos normativos: acontecimentos que se dão de acordo com aquilo que é norma para o relógio social;



Acontecimentos idiossincráticos: algo que acontece fora do seu tempo; Exemplo: ser mãe aos 45 anos/ voltar a estudar aos 45 anos.



Expectativas diferenciais em função do sexo, da idade e da classe social

Factores que contribuem para o desenvolvimento: Contexto cultural 

A nível macro: nascer antes da queda do “muro de Berlim” é diferente do que nascer depois da queda do “muro de Berlim”;



A nível micro: nascer num contexto urbano é diferente de nascer num contexto rural.

Biológico

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Se eu poss possuo uo qual qualqu quer er defic deficiên iênci cia, a, vou vou depa depara rarr-me me com com mu muito itoss ob obst stác ácul ulos os ao long longoo do desenvolvimento.

Psico-emocional 

Forma como eu encaro as situações com as quais me deparo;



Por exemplo, nos gémeos monozigóticos (proveniente de um único óvulo fertilizado), apesar de terem nascido no mesmo contexto e terem o mesmo património genético, nesta dimensão são diferentes, pois interpretam os sinais que recebem de maneira diferente em alturas diferentes;



Cada um de nós interpreta os sinais de maneira diferente e, nesse sentido, podemos interpretar esses mesmos sinais de maneiras diferentes em alturas diferentes.

As relações de vinculação afectam todo o curso de desenvolvimento, nomeadamente ao nível da organização da experiência emocional, da identidade psicossocial e, sobretudo, o desenvolvimento de uma organização da personalidade, mais ou menos funcional. Bowlby (1959) Autor foi um dos autores que expressou, pela primeira vez, a ideia do que era a vinculação. Vinculação: “ligação que o bebé estabelece com o seu prestador de cuidados (pessoa que transmite t ransmite ao bebé a segurança que ele necessita e que pode ou não ser a mãe) durante o primeiro ano de vida.” Vinculação – Suporte social Suporte social: é a percepção que eu tenho de que existe um grupo de pessoas com as quais eu posso contar. Este grupo pode ser mais ou menos vasto. Este suporte social deve prolongar-se ao longo de toda a vida, no entanto, este suporte não necessita estar junto de nós, por vezes, basta o envio de uma simples mensagem,  para que sintamos esse suporte social. O desenvolvimento psicossocial poderá resultar da ausência de competências sociais por parte do indivíduo ou por nãos as saber usar. Estas dificuldades reflectem-se em situações de estabelecimento de novas amizades, aceitar críticas, pedir ajuda, lidar com provocações e resistir à pressão dos pares. Segundo alguns autores, indivíduos com défices de competências sociais, terão mais dificuldades em encontrar e aproveitar oportunidades a vários níveis, o que pode deixar num vazio q conduza a um desajustamento familiar, ao insucesso e ao abandono escolar; à ausência de projectos e a possíveis consumos e dependências. Factores de Protecção

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Podemos referir como factores de protecção: 

Relação entre os membros da família, caracterizada como boa, próxima, duradoura e sem conflitos, métodos de disciplina adequados à idade, boa ocupação do tempo, expectativas de tempo, projectarse no futuro, ter responsabilidades.



Domínio Domín io da com comuni unidad dade: e: ref refor orços ços pel pelaa sua imp implic licaçã açãoo na com comun unida idade de e opo oportu rtunid nidade adess de implicação na comunidade;



Domínio escolar: oportunidades de envolvimento na escola;



Domínio Domín io famili familiar: ar: proxi proximidad midadee e afecto familiar familiares, es, opor oportunid tunidades ades de envo envolvimen lvimento to famili familiar ar e reforços para esse envolvimento;



Domínio individual: competências sociais, crença na ordem moral, religiosidade.

Um dos estudos estudos é o de Canavarro (19 (1999) 99) de onde surgem conc conclusõe lusõess importan importantes tes acerca das relaç relações ões afetivas e da saúde mental. Entre ele destacamos: 

O suporte social proporcionado pelos pais durante a infância e a adolescência pode ser um factor de  protecção de perturbações emocionais na idade adulta;



Ter recebido menor suporte emocional durante a infância e adolescência parece ser factor de risco  para o desenvolvimento de de protecções depressiv depressivas as na idade adulta.



Ter recebido menor suporte social e ser rejeitado durante a infância (principalmente pela mãe) pode ser um factor de risco para perturbações de ansiedade na idade adulta;



 Na idade adulta, os indivíduos perturbados (com perturbações depressivas ou ansiosas), quando comparados com outros indivíduos sem perturbações emocionais, apresentam um maior índice  padrões de vinculação inseguro; inseguro;



 Na idade adulta, pode ser factor de protecção para as perturbações emocionais, apresentar índices de vinculação elevados.

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Famílias Autoritárias 

São a favor de medidas punitivas e violentas para impor o respeito e autoridade



Os pais são rígidos e controladores;



Tentam ensinar aos filhos padrões perfeitos/ideais de comportamento;



A ênfase é colocada na prevenção do comportamento inaceitável das crianças, tal como os pais



definem este conceito; O ambiente emocional da família é, muitas vezes, frio e distante.

Implicações: 

As crianças revelam-se, normalmente, mais submissas, dependentes, pouco responsáveis e sem objectivos definidos;



Quando adolescentes, as suas opiniões, sentimentos e atitudes são controladas, forçadas e menosprezadas pelos pais.

Famílias Permissivas: 

Os pais fazem poucas exigências aos filhos;



Têm tendência para ser a favor da razão e da persuasão nas suas interacções com as crianças;



Raramente utilizam a força ou o poder para alcançarem os seus objectivos a nível educacional;



O ambiente emocional da família é, aparentemente, caloroso, embora marcado por uma certa indiferença e desinteresse entre os seus membros.

Implicações: 

As crianças revelam-se menos responsáveis em termos sociais e menos orientados para a



realização e concretização de objectos e regras; Quando adolescentes, os pais mostram uma certa indiferença ou desinteresse pelas decisões, valores e padrões de comportamento dos filhos;

Famílias Autorizadas/Democráticas Autorizadas/Democráticas:: 

Os pais possuem limites e expectativas firmes no que diz respeito ao comportamento dos filhos;



Esforçam-se por oferecer-lhes orientação através do uso da razão e das regras;



Utilizam de um modo sensato recompensas e punições claramente relacionadas com o comportamento das crianças;

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Os pais têm consciência da sua responsabilidade enquanto figuras de autoridade, mas são sensíveis às necessidades e interesses dos filhos;



O ambiente emocional da família é, geralmente, caloroso e de aceitação.

Implicações:  

As crianças apresentam maior auto confiança, auto controlo, curiosidade e satisfação; Quando adolescentes os pais encorajam a comunicação e o debate dos diferentes valores e atitudes, embora a decisão final seja sempre tomada ou aprovada pelo/a pai/mãe. Ou seja, os  pais ensinam e explicam, ao mesmo mesmo tempo que respeitam o adolescente. adolescente.

1.4. A entrada na primeira idade adulta Para Neugarten: Tendência centrífuga; aumento de papeis e de responsabilidades sociais, sobretudo de mais  papeis com a entrada no mercado mercado de trabalho, ou ser mãe/pai. Para Lowenthal: Compromissos: sequenciais, simultâneos. Por compromissos sequenciais entende-se quando, por exemplo, se entra na idade adulta e pretende-se  progredir na carreira e só depois se pensa em casar e ter filhos. O planeamento dos acontecimentos dá-se numa sequência. Por Por co comp mpro romis misso soss simu simultâ ltâne neos os enten entende de-s -see qu quan ando do acon aconte tece ce a entr entrad adaa na idad idadee adul adulta ta se dá com com acontecimentos simultâneos, como por exemplo, uma gravidez ao mesmo tempo que se prolonga os estudos. O que há de consensual entre os diferentes autores: 

Importância atribuída à entrada numa profissão;



Compromissos numa relação íntima

A entrada na vida adulta pode ocorrer em momentos diferentes, sendo que para uns pode ocorrer aos 18 anos e para outros aos 30 anos ou para outros pode nunca ocorrer.A entrada na vida adulta pressupõe: 

Independência financeira (ter um emprego);



Independência habitacional (ter casa própria).

Pelo que a vida adulta provoca a alternância entre períodos de estabilidade com períodos de transição (para outros crise) Crise quer dizer ruptura, disfuncionamento, que pode até gerar problemas psíquicos. Cofnanciado por:

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O desenvolvimento psicossocial de Erikson Erik Homburger Erikson (Frankfurt, 15 de junho de 1902 — Harwich, 12 de maio de 1994) foi um psiquiatra responsável pelo desenvolvimento da Teoria do Desenvolvimento Psicossocial na Psicologia e um dos teóricos da Psicologia do desenvolvimento. Começou a sua vida como artista plástico. Em 1927, depois de estudar arte e viajar pela Europa, passou a leccionar em Viena a convite de Anna Freud, filha de Sigmund Freud. Sob orientação dela, submeteu-se à  psicanálise e tornou-se, ele próprio, psicanalista, embora ttenha enha tecido criticas à psicanálise por esta não ter  em conta as interacções entre o indivíduo e o meio, assim como por privilegiar os aspectos patológicos e defensivos da personalidade. No início da carreira, o interesse de Erikson esteve voltado para o tratamento de crianças e as suas concepções de desenvolvimento e de identidade influenciaram as pesquisas posteriores, nomeadamente sobre a adolescência. A Erikson se deve a expressão "crise da adolescência".

1.5. As 8 idades do desenvolvimento psicossocial 

Idade I – Bebé (do nascimento aos 18 meses)



Idade II - Criança de tenra idade i dade (18 meses aos 3 anos)



Idade III - Criança em idade pré-escolar (3 aos 6 anos)



Idade IV – Criança em idade escolar (6 aos 12 anos)



Idade V – Adolescente (12 aos 20 anos anos))



Idade VI – Jovem adulto (20 aos 35 anos anos))



Idade VII – Adulto (35 aaos os 65 anos)



Idade VIII – Idoso (a partir dos 65 ano anos). s).

Idade I - Bebé 

Corresponde ao estádio oral de Freud;



Apresenta como conflito típico a desconfiança versus confiança;



Existe uma grande importância do relacionamento do bebé com a mãe;



A virtude desenvolvida é a Esperança.

Idade II - Criança de tenra idade (18 meses aos 3 anos) 

Aproxima-se do estádio anal de Freud;



Apresenta como conflito típico a autonomia versus vergonha e dúvida;

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Tem uma grande importância o desenvolvimento das capacidades motoras (Ex.: correr, saltar, jogar, etc.);



Desenvolve a virtude da força de vontade, do querer.

Idade III - Criança em idade pré-escola pré-escolarr (3 aos 6 anos)  

Aproxima-se do estádio fálico de Freud; Tem como conflito típico a iniciativa i niciativa versus a culpa;



Dá importância ao estímulo e reforço da iniciativa;



Surge a virtude da tenacidade, da determinação.

Idade IV - Criança em idade escolar (6 aos 12 anos) 

Aproxima-se ao estádio de latência de Freud;



Surge como conflito típico a diligência versus sentimento de inferioridade;



Revela-se a importância do sucesso em relação aos outros;



Tem como virtude a competência ou a perícia;

Idade V - Adolescente (12 aos 20 anos) 

Aproxima-se ao estádio genital de Freud;



Apresenta como conflito típico a identidade versus confusão;



Dá importância ao sucesso das fases anteriores;



Revela a virtude virtude da auto confiança;

Idade VI - Jovem adulto (20 aos 35 anos)  

Surge como conflito típico a intimidade, versus isolamento; Foca a importância nos relacionamentos;



Surge como virtude o Amor e a Afiliação;

Idade VII – Adulto (35 aos 65 anos) 

O conflito típico é o de gerar versus estagnar;



Dá grande importância à procriação e à produtividade;



Tem como virtude a Produção e Ajudar as outras pessoas.

Idade VII – Idoso (a partir dos 65 anos) 

Apresenta o conflito típico da integridade, versus o desespero; Cofnanciado por:

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Foca a importância de ter um balanço positivo na vida;



A sua virtude é a sabedoria.

1.6. Conceito de adolescên adolescência cia

A adolescência adolescência é o proces processo so dinâm dinâmico ico entre a infânc infância ia e a idade adu adulta lta que se inicia com a puberd puberdade ade e termina com a aquisição da identidade, autonomia, da elaboração de projectos de vida e da integração na sociedade. Os limites temporais variam segundo critérios psicológicos, sociais e culturais, entre outros. No entanto, no geral abrange o período dos 12/13 anos aos 18 anos, existindo uma diferença entre os sexos, isto é, as raparigas atingem a adolescência e termina mais rapidamente que os rapazes. É um período de inquietação devido a sentimentos contrários, como a autonomia e a dependência. Para Piage Piagett (Des (Desenvol envolvimen vimento to Cogni Cognitivo/ tivo/intelec intelectual) tual) a adole adolescênc scência ia situa situa-se -se no estád estádio io das operaç operações ões formais (dos 11/12 anos aos 15/16 anos): 

O pensamento não tem necessidades de referência a objectos concretos, como por exemplo uma  bicicleta, como anteriormente, sendo abstracto;



Atinge-se a maturidade intelectual;



É uma fase não social, no sentido em que a interiorização de valores e conceitos leva ao desprezo  pela sociedade, e a vontade de a mudar, predominando a existência de grupos.

Para Erikson (Desenvolvimento Psicossocial), a adolescência situa-se entre os 12 até aos 18/20 anos e corresponde à Idade V – Adolescente: Cofnanciado por:

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Surge a crise da adolescência, ou seja a crise da identidade;



O conflito do adolescente é a identidade versus a confusão de papéis;



Observa-se também a experimentação de papéis versus a fixação de papéis.

Para Freud (Desenvolvimento (Desenvolvimento Psicossexual), a adolescência situa-se situa-se entre os 11/12 anos até à puberdade e corresponde ao estádio genital: 

É o acordar dos desejos sexuais;



É a atração por pessoas de fora do seio familiar.

1.7. Mudanças na adolescência  Na adolescência observam-se observam-se várias mudanças a nnível ível fisiológico, afectivo, intelectual, e sócio sócio moral. Re Rela lativ tivam amen ente te às mu muda danç nças as fisi fisiol ológ ógic icas as,, obse observ rvaa-se se que que o corp corpoo da cr cria ianç nçaa come começa ça a alter alterar ar-s -se, e, gradualmente, aproximando-se do corpo do adulto. Nas raparigas desenvolvem-se as mamas, as curvas, surgem os pêlos pelo corpo e a menstruação. Nos rapazes os pêlos crescem em todo o corpo, a zona genital aumenta, a voz modifica-se, inicia-se a capacidade de ejacular esperma, e os músculos desenvolvem-se.  Nesta fase dá-se início à sexualidade com as raparigas e os rapazes já a poderem ter relações sexuais e engravidá-las.  No plano afectivo observa-se que o adolescente isola-se, procurando descobrir e formar a sua própria identidade. Nesta fase, é muito comum, as mudanças súbitas de humor, a que não são alheias as mudanças hormonais e a confusa no assumir papéis. É ao melhor amigo que o adolescente confidencia, substituindo assim a família, e também, é ao melhor amigo que se associa como companheiro. Os modelos com que passa a identificar-se relacionam-se com o grupo de pares onde está inserido. Em termos intelectuais, o jovem vai criticar e interrogar o futuro e a sociedade, revelando, muitas vezes, sentimentos de desprezo e rejeição da sociedade onde se encontra inserido. Nesta fase o adolescente começa a projectar a sua vida para o futuro, sentindo-se o centro da vida e reconhecendo apenas as suas teorias sobre o Mundo, como as únicas correctas e válidas. Finalmente pode reconhecer-se no adolescente algumas mudanças sócio morais. Este defende os seus valores com uma grande radicalidade, uma vez que tem dificuldade em reconhecer validade aos valores dos outros. Mostra um desejo de atingir uma perfeição moral, dentro dos seus valores. Embora seja egocêntrico, demonstra altruísmo e defesa de valores de justiça social. Assim ganha consciência que alcançou um novo estatuto e pode ocupar um novo papel na sociedade. Cofnanciado por:

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Competências A competência é a medida em que o comportamento comportamento de uma pessoa é considerado adequado no exercício das tarefas que fazem parte da nossa vida quotidiana. Uma pessoa competente é a pessoa que consegue equilibrar as tarefas do dia-a-dia com as aptidões que possui para as executar. Vários factores influenciam a competência, seja de uma forma positiva, seja de uma forma negativa. Fatores positivos que influenciam a competência: 

Boa disposição;



Auto-estima elevada e confiança em si próprio;



Casa limpa;



Boas relações com familiares e amigos – fatores de protecção.

 Fatores negativos que influenciam a competência: 



Acontecimentos desagradáveis, como o falecimento de um familiar, um divórcio. Doenças do foro mental.

Desenvolvimento do adulto (segundo Levinson) A teoria das estações da vida adulta de Levinson Primeira transição do adulto – 17/22 anos É uma ponte entre a infância e a adolescência e a vida adulta. Como todas as transições constitui uma viragem crucial no ciclo de vida. O sentido do eu, que se foi desenvolvendo durante os períodos que  precedem a vida adulta, é, agora, reavaliado e modificado. Surge um novo degrau na individualização quando o jovem adulto modifica as suas relações com a família e com os outros componentes do mundo préadulto e começa a assumir um lugar enquanto adulto num mundo adulto. A palavra-chave desta fase de transição é separação, encarada enquanto afastamento do mundo que antecede a vida adulta, em particular da família de origem. A separação manifesta-se, exteriormente, na crescente independência financeira e na assunção de papéis com alguma responsabilidade. Internamente, envolve uma crescente diferenciação do eu em relação às primeiras figuras familiares e uma diminuição da dependência quanto ao apoio e à autoridade parental. Durante esta fase estabelecem-se as primeiras ligações com o mundo adulto, através da exploração das suas potencialidades, da participação que nele poderá vir a ter, na consolidação da identidade adulta, e na realização e avaliação de algumas escolhas preliminares de natureza familiar e profissional. Cofnanciado por:

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Início da vida adulta - 22/45 anos  Nas palavras de Levinson “biologicamente, os 20 e 30 anos de idade são o ponto máximo do ciclo de vida. Em termos sociais e psicológicos, a idade de jovem adulto é a estação em que se formam e prosseguem  jovens aspirações, de estabelecimento de um nicho na sociedade, de desenvolvimento de uma família, e, quando a era acaba, de aquisição de uma posição mais sénior no mundo adulto. Pode ser uma época de grande gra nde satisf satisfaçã açãoo em termos termos de amo amor, r, de sex sexual ualida idade, de, de vid vidaa fam familia iliar, r, de car carrei reira ra pro profis fissio sional nal,, de criatividade, e de realização dos mais importantes objectivos de vida. Mas também pode ser uma época de grandes tensões. A maior parte das pessoas adquire, simultaneamente, o fardo da paternidade e a assunção de uma ocu ocupaç pação. ão. Inc Incorr orre-s e-see em pes pesado adoss enc encarg argos os financ financeir eiros os qua quando ndo a cap capaci acidad dadee financ financeir eiraa é ain ainda da relativamente pequena. Fazem-se escolhas cruciais quanto ao casamento, família, trabalho, e estilo de vida antes de ter maturidade ou experiência de vida para escolher com sabedoria”. A entrada no mundo adulto – 22/28 anos 

Exploração das possibilidades da vida adulta: o que pressupõe abertura em relação a diferentes



opções, a não assunção de compromissos definitivos e a maximização de alternativas; Desenvolvimento de uma estrutura de vida estável: o que pressupõe tornar-se mais responsável e “fazer qualquer coisa com a minha vida”.

Transição dos 30 anos – 28/33 anos 

Oportunidade de revisão e de modificação da primeira estrutura de vida, nomeadamente quando o individuo sente que a vida que leva l eva não corresponde ao que tinha “sonhado”



Sensação da urgência do tempo para reestruturação.

Período de estabelecimento – 33/40 anos 

Consolidação de uma posição na sociedade, o que pressupõe o desenvolvimento de raízes, uma ligação sólida com a família, com a profissão e com a comunidade;



Desenvolvimento da estrutura resultante do trabalho efectuado na prossecução da primeira tarefa.

Transição para meia-idade – 40/45 anos 

É o culminar da vida de jovem adulto e o início da meia-idade;



Questionamento de muitos aspectos da estrutura de vida experienciada;



Desenvolvimento de uma nova etapa no processo de individualização (no entanto, tem que se ter em conta aquilo que o relógio social ainda me permite fazer) Cofnanciado por:

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Entrada para a meia-idade – 45/50 anos 

Desenvolve-se uma nova estrutura de vida. Embora se comece a verificar uma gradual diminuição das capacidades biológicas, estas são suficientes para permitir uma vida enérgica, socialmente  produtiva, podendo proporcionar proporcionar uma elevada satisfa satisfação ção pessoal.

Transição dos 50 anos – 50/55 anos 

Esta nova transição os sujeitos avaliam a estrutura de vida da meia-idade. Se não ocorreu crise na transição para a meia-idade, esta pode ocorrer agora.

Culminar da meia-idade – 55/60 anos 

Construção de uma nova estrutura da meia-idade, pode ser uma época que proporciona grande satisfação se os sujeitos se adaptarem as estruturas de vida às mudanças de papéis e do eu.

Transição para a terceira idade – 60/65 anos 





Preparação para a reforma e para o declínio físico;  Na perspectiva de Levinson, Levinson, trata-se da maior mudan mudança ça do ciclo de vida; Uns preparam-se para as mudanças e vivem bem com envelhecimento, outras não conseguem aceitar  o envelhecimento.

Vida adulta tardia – depois dos 65 anos 

Adaptação ao declínio físico;



Adaptação aos problemas psicológicos decorrentes da perda de juventude.

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1.8. Características psicológicas do idoso

Conceito de Idoso: De acordo com a OMS o Idoso é uma pessoas com mais de 65, independentemente do sexo ou do estado de saúde. Experiência do idoso: A concepção que a sociedade criou sobre os idosos variou ao longo do tempo. Nas sociedades antigas, as  pessoas mais velhas eram vistas com respeito e detinham uma influência decisiva nos assuntos da comunidade. A sociedade olhava para o idoso como o Ancião depositário de muitas experiências, de muito saber, de muito conhecimento. Já nas sociedades industrializadas e mais modernas os idosos perdem quase toda a autoridade, tanto à volta da família que o rodeia, como na sociedade em geral. Especula-se um fenómeno de marginalização e afastamento dos idosos, mas parece haver (nota-se) um retrocesso nestes  procedimentos, felizmente. Teorias Vamos referir-nos a algumas teorias existentes sobre os idosos das quais se faz referência às seguintes: Teoria Social As teorias sociológicas assentam tanto no interaccionismo simbólico como na Teoria da estrutura social. Rocio Fernandez-Ballesteros fala na Teoria da Subcultura, na qual se constata que a velhice acaba por  Cofnanciado por:

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conduzir a pessoa idosa ao isolamento. Este isolamento foi abordado por Rox (anos 70) postulando que os mais velhos possuem todas as características de qualquer grupo isolado. O envelhecimento social da população suscita mudanças no status assim como no seu relacionamento com os outros, em função da crise da identidade. A falta de papel social conduz à perda de auto-estima, (a maior  mudança que se verifica é devido ao abandono da sua actividade produtiva). Uma maior disponibilidade de tempo acarreta a necessidade de se adaptar a novos papéis impostos pela sociedade transformada.  No que diz respeito aos contactos sociais, a partir de certo momento, muitos idosos manifestam uma diminuição nos seus relacionamentos. Ou seja, apelam à indisponibilidade de tempo, à vida agitada e as suas relações com os seus filhos, netos, colegas e amigos tornam-se desajeitadas. Para tal não acontecer, é necess nec essári árioo emp empenh enhoo par paraa cri criare arem m nov novos os relacio relacionam namento entoss e apr aprend endere erem m um nov novoo estilo estilo de vid vidaa que minimizem essas perdas

Teoria da Integração Social (Durkheim) Segundo a perspectiva de Durkheim, a integração social promove um sentido de significado e de propósito  para a vida (Durkheim, 1991). Isto é, a integração social leva ao suporte social, protegendo a pessoa contra  problemas que podem levar levar a comportamentos desviant desviantes. es. Neste sentido, a integração social acontece através de um comprometimento que as pessoas têm com a ordem social, que vem exercer controlo sobre o comportamento dos indivíduos. Além disso, a integração social pode ainda ser medida através da frequência e da intensidade dos contactos sociais. Estes contactos, por sua vez, também reforçam o sentimento de  pertença dos indivíduos face à sociedade, sociedade, o que afecta positivamente a sua saúde. saúde. No entanto, esta integração social com base na frequência dos contactos pode trazer efeitos negativos na saúde dos indivíduos, mas isso tem que ser medido pela qualidade dos contactos e não só pela quantidade.No geral, a frequência dos contactos promove bem-estar aos indivíduos. Teoria das trocas (Peter Blau) A interacção entre os indivíduos pode ser caracterizada como uma tentativa de maximizar recompensas e reduzir custos, materiais ou imateriais. A família é tida como elemento fundamental enquanto espaço de trocas e interacções (Giddens, 2004).  No que concerne ao envelhecimento, envelhecimento, a teoria das trocas aplica-se aplica-se principalmente através de de pesquisas sobre a família, avaliando o decréscimo nas interacções sociais entre jovens e idosos, o que acontece quando os idosos têm menos recursos com que contribuir em situações de trocas entre gerações. Assim, tem por base a Cofnanciado por:

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relação que o envelhecimento estabelece com a diminuição dos recursos, por terem pouco para trocar,  podendo estar afectados pela pela modernização social ou problemas problemas de saúde (Gidd (Giddens, ens, 2004). Portanto, quanto maior for o capital cultural ou económico que um idoso possa transmitir à sua família, maiores são as hipóteses de solidificar a solidariedade no seio familiar e a sua dependência ser positiva, sem terem a sensação de constituírem uma "carga". Teoria psicológica Para além das teorias biológicas que nos dão uma ajuda a perceber o processo de envelhecimento, muitas outras teorias tentam também encontrar explicações para o mesmo. Neste sentido, a psicologia tem-se  preocupado com a descrição das diferentes maneiras de envelhecer relacionando com a inteligência, memória, personalidade, motivação, habilidades, pois segundo Constança Paúl (1991), tudo isto, quando exercitado, contribui para a preservação da capacidade funcional e bem – estar dos idosos. Porém esta mesma autora refere que no caso dos idosos considerados mais pobres, com baixa escolaridade e baixas expectativas, dado que a sua experiência de vida lhes ensinou que elas não seriam preenchidas ou acessíveis, as aspirações dos idosos são baixas e desadaptadas com o meio. (Paúl, 1991: 265). Os papéis profissionais e as interacções sociais neste período da vida são também factores psicológicos que afectam os idosos. Ou seja, no que se refere aos papéis profissionais, é a reforma a principal mudança dado que se vêem retirados da actividade profissional e consequentemente colocados em situação de reforma. Porém, a reforma leva a uma alteração brusca nos papéis profissionais, determinando o fim para a maioria dos idosos. Com a mudança de papéis, gera-se um processo processo de adaptação, em que para alguns, não é inteiramente bem sucedida, resultando muitas vezes em insatisfação ou até mesmo desespero. Por outro lado, as pessoas idosas vão-se deparando com perdas ou sucessivas privações, nomeadamente, na saúde, na actividade profissional, perda do cônjuge, dos amigos, entre outros. Tais situações criam no idoso fragilidades psico-afetivas e sentimentos de intensa vulnerabilidade. A sua adaptação a um processo de mudança com perdas e limitações caracteriza o envelhecimento como “ o luto que a pessoa de idade vai ter de fazer de uma certa imagem de si própria, como pessoa, como ser social, como membro de uma comunidade”. (Cordeiro, 1987: 236). Teoria Biológica

O envelhecimento como fenómeno biológico tem sido interpretado em ligação com teorias que explicam as causas do envelhecimento celular e do aparecimento de perturbações de saúde. Neste sentido, tais teorias Cofnanciado por:

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defendem que todo o organismo multicelular dispõe de um tempo limite de vida, em que as probablidades de sobreviver vão sendo cada vez menores à medida que se avança na idade (Lellouch 1992). A causa do envelhecimento advém das alterações moleculares e celulares que acaba por resultar em perdas funcionais progressivas dos órgãos e do organismo. Por outro lado, segundo Gyll, este também defende que quanto mais se utilizar uma aptidão intelectual mais ela será protegida do envelhecimento (1980). A prática do exercício físico levou a melhores resultados a nível do raciocínio, memória e do tempo de reacção, tal como foi testado por por Clarkson – Smith e Hartley (1989). Verifica-se ainda no idoso, uma perda da auto-estima o que pode levar ao isolamento. Neste sentido, e  porque o envelhecimento é a contrapartida do desenvolvimento (Birren e Cunningham, 1985), a forma como se vive com o envelhecimento, resulta da forma como o indivíduo antes se desenvolveu, ou seja, resulta do comportamento dos indivíduos e dos factores ambientais.

A aposentação  A aposentação traduz-se, essencialmente, numa pressão para a desistência de escolhas, num decréscimo de exigências sociais específicas, numa desvalorização e perda de utilidade para alguns indivíduos. A forma como se vive a aposentação está muito relacionada com as vivências que cada um tem ao longo da vida. Para uns, sentido como algo positivo (mais tempo livre para fazer o que não se pôde até então), para outros como obrigação, frustração.  Aspectos psicológicos da aposentação 

Desenvolvimento de sentimentos de inutilidade e de auto desqualificação;



Desenvolvimento de sentimentos de vazio, associados a problemas de distribuição satisfatória do tempo;



Perda de significado social (porque deixou de estar no mundo do trabalho enumerado;



Possível reestruturação da relação de casal;



Possí Possível vel ree reestr strutu uturaç ração ão dos par paradi adigma gmass de vid vida, a, com comoo con conseq sequên uência cia de um dec decrés réscim cimoo dos



rendimentos; Vida mais simples e rotineira; Cofnanciado por:

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Possível mudança de residência, por vezes com perda de privacidade. Esta perda de privacidade dáse quando, por exemplo, os aposentados vão para casa dos filhos ou para um lar, e pode não ser  muito bem gerida.

  A nossa aposentação é já preparada na juventude ou, pelo menos, deveria sê-lo: se eu sou um jovem empreendedor, mexido, sempre à procura de coisas novas, terei uma aposentação mais saudável; se sou um  jovem que leva uma “vidinha” muito igual, i gual, que não procuro nada de novo e tento manter sempre tudo muito certinho, terei uma aposentação mais rezingona, podendo viver constantemente de mal com a vida. Capacidades intelectuais mais afectadas pela idade: 

Capacidades psicomotoras e actividades perceptivas;



Agilidade mental;



Resolução de problemas espaciais;



Compreensão de novas estratégias de pensamento e de trabalho;



Adaptação a novas situações;



Resolução de tarefas não familiares e não sujeita a treino;



Capacidade de organizar informações, de se concentrar, de manter e dividir a atenção – capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo vai diminuindo. No entanto, esta diminuição será tanto menor, quanto mais eu usar esta capacidade, logo, se eu exercito esta capacidade, a diminuição será menor.

 Capacidades intelectuais menos afectadas pela idade: 

Dimensão pragmática da inteligência;



Informação verbal;



Situações especializadas;



Tarefas familiares;



Conhecimento acumulado: é mais fácil guardar na memória factos acontecidos há muito tempo atrás, do que a informação mais recente (memória de longo prazo vs memória a curto prazo).

Factores susceptíveis de reduzir o risco de declínio: 

Ausência de doenças cardiovasculares e outras doenças crónicas;



Ambiente favorável (nível socioeconómico elevado)



Participação em actividades intelectualmente estimulantes;



Programas de treino de competências; Cofnanciado por:

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Satisfação com o que se conseguiu realizar ao longo da vida, por altura da meia-idade ou início da velhice: se concretizei os meus planos vou ter uma velhice muito mais feliz.

Aspetos importantes: 

Envelhece-se mal quando se sacrifica o presente ao passado;



Resistência: “No meu tempo…”



Atitude de protecção, de superioridade – os conflitos recalcados de outrora reaparecem com a idade.



Reaparecimento de relações de dependência (≈ infância) – é desautorizado pelos filhos, com perda da autoridade.

Emoções:  Na velhice as emoções são mais moderadas; muitas pessoas, mesmo os mais queridos desaparecem, sem que o indivíduo se mostre muito afectado, à excepção dos mais próximos: filhos e cônjuge; Tudo isto é acompanhado por fortes sentimentos de vulnerabilidade e fragilidade psico afetiva. Paralelamente: 

A dim diminu inuiçã içãoo da fac faculd uldade ade de amo amor, r, de sim simpat patia, ia, de com compai paixão xão,, pro produz duz muitas vezes uma  permeabilidade afectiva que pode conduzir à susceptível e chorosa ou à alegria exuberante, caracterizadas quer por choro como por um rio espasmódico, devido ao enfraquecimento das funções de controlo / inibição.

Consciência As consciências de si próprio, a ordenação do pensamento tornam-se cada vez mais reduzidas; daqui decorre a tendência de iludir sistematicamente, tanto perante si como dos outros, tudo o que é : penoso, desagradável, negati neg ativo, vo, rep reprim rimido ido na con confab fabula ulação ção.. “O pen pensam sament entoo pas passa sa a ser reg regido ido pel peloo pri princí ncípio pio de pra prazer zer e desprazer.” Tenta negar: 

A sua invalidez;



A sua dependência;



A sua fraqueza.

Caráter de traços e personalidade

Modificações mais evidentes (atitudes e traços): Cofnanciado por:

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Reações excessivas face às dificuldades;



Autoritarismo;



Impaciência perante a menor contrariedade;



Acessos de cólera, por vezes extremamente violentos;



Egoísmo – centrados sobre si próprios;





Recusa em expor as razões do silêncio; “Enclausuramento”.

Tónica geral: 

Aparecimento de pensamentos tristes, depressivos e angustiados;



Regressão egocêntrica das tendências;



A alegria de viver existe apenas nas conquistas bem sucedidas e das satisfações conseguidas.

O idoso e a solidão Solidão: “é uma experiência muito difícil que se liga a uma necessidade de intimidade não satisfeita, relativa a relações sociais sentidas como insuficientes ou não satisfatórias.” 

O sentimento de solidão surge quando expectativas individuais em relação aos contactos com as outras pessoas são reduzidas e pouco satisfatórias.



Interfere com a saúde e segurança das pessoas com idade avançada;



A falta de atividade e de planos diários é também responsável pela solidão.



Tudo o que possa diminuir a auto-estima (perda de papéis, problemas de saúde, reforma, isolamento social, etc.) pode aumentar a solidão.

Este problema é ameaçador nas pessoas idosas, podendo ser particularmente grave para os que vivem sós ou com graves problemas de saúde. A solidão é vivida de uma forma muito especial pelos idosos porque nesta idade não existem alternativas  para lidar com a situação. Assaltam-no sentimentos de inferioridade porque se vê como “chato”, “um estorvo” ou um impedimento para a realização dos projectos dos outros.

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1.9. A depressão no idoso

A depressão pode designar uma doença, ou um simples estado afetivo – a tristeza.

Os sintomas da depressão: 

Ansiedade;



Agitação;



Preocupação;



Dor mental e sentimentos de culpa, vivência forte e contínua de infelicidade, onde o passado se imobiliza sob a forma de vivências de culpabilidade, o presente rejeitado por ideias de ruína e o futuro se encontram totalmente bloqueados devido a ideias de catástrofe eminente e de morte.

Existem diferentes modos de estar triste: 

A tendência habitual para estar triste, entendido como “ser triste” ;



A tristeza natural e compreensível com o sentido de expressão de uma perda;



O estar deprimido na base de uma doença orgânica, em que a tristeza é motivada pelo mal-estar  corporal;



A tristeza vital, vivenciada como o desespero da depressão.

Muitas situaç Muitas situações ões de depre depress ssão ão enc encon ontra tram-s m-see relaci relaciona onadas das com o rom rompim piment ento, o, ou com a ame ameaça aça de rompimento de vínculos ou de diversos tipos de relações afectivas com familiares próximos. Cofnanciado por:

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Deste modo, a depressão no idoso virá forçosamente exercer a sua influência nos indivíduos que com ele se relacionam intimamente.

2 – Relação cliente/utilizador e família/comunidade Atualmente cada vez se verifica mais a necessidade de existência de intervenções integradas que mobilizem diversos organismos e que possibilitem uma maior eficácia ao nível da inserção social e profissional dos  públicos mais vulneráveis aos aos processos de ex exclusão. clusão. Deve-se, pois, fomentar as condições para a qualidade dos/nos serviços e para o surgimento de respostas integradas, indispensáveis ao desenvolvimento de um trabalho no domínio da inserção social e profissional de públicos desfavorecidos. A intervenção social é sempre um pau de dois bicos que podem ser conflituais: 

Respeitar as diferenças individuais.



Promover o bem público.

Contudo, não podemos esquecer os aspetos essenciais de uma relação profissional: Relativas aos utentes: 

Diferença de posicionamento e de poder entre os elementos intervenientes; i ntervenientes;



Respeito mútuo entre esses elementos e as suas diferenças;



Fiabilidade da relação e do contrato a estabelecer;



Clareza das situações e dos limites;



Confidencialidade até aos limites dos direitos dos ou outros. tros.

Relativas às Instituições: 

Cooperar com aquelas que respeitam a profissão e os princípios éticos;



Executar com responsabilidade e criticamente os objectivos e funções fixadas pela Instituição;



Contribuir para o desenvolvimento institucional;



Manter a responsabilidade para com o cliente e comunidade, avaliando os processos em curso.

Relativas aos colegas: 

Respeitar o saber, a experiência e a prática dos colegas;



Reconhecer a diferença de posição; Cofnanciado por:

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Comunicar superiormente violações da ética;



Assegurar-se que os clientes estão protegidos;



Defender os colegas contra acções injustas.

Cada utente tem o sentimento, tanto no receber e dar informação como na forma de se expressar. Cada pessoa precisa de um tempo para se expressar, para ganhar confiança, para compreender o que lhe dizem, vamos respeitá-lo. Temos um código a cumprir! A importância da comunicação : A comunicação comunicação é o espaç espaçoo privil privilegiado egiado da in interven tervenção ção e a forma com comoo se comun comunica ica é decis decisiva iva para a resolução dos problemas. Comunicar é pôr em comum; compartilhar experiências, ideias e atitudes com as pessoas e a comunidade, em geral. Comunicar pressupõe uma participação através de um intercâmbio de informação. Para bem comunicar é preciso: 

Fazer uma Escuta Activa – Processo que exige participação e envolvimento. Não é falar por si e  pelas outras pessoas (tagarela). Não é falar do que a outra pessoa lhe disse, interpretando-o à sua maneira (deturpação). Não é entrar em pormenor relativamente a uma emoção menos importante, descurando da emoção inicial.

Regras para saber ouvir: 

 Não falar;



Saber ouvir/escutar; Compreender a sensibilidade do receptor;



Evitar motivos de distracção;



Tornar as ideias claras antes de as comunicar;



Reformular a mensagem em caso de dúvida;



Solicitar feedback;



Concentrar-se no que a pessoa diz;



Saber deixar falar;









 Não interromper o outro; outro; Certificar-se do que foi dito; Controlar as emoções pessoais; Cofnanciado por:

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Eliminar juízos imediatos;



Mostrar ao outro que está atento;



Utilizar de forma adequada a comunicação verbal e não verbal.

Ser assertivo – Concretiza-se com recurso a micro técnicas de comunicação: 

Reforços verbais: “Compreendo… Estou a perceber…”;



Reforços não verbais: postura, olhar, sorriso, aparência;



Acompanhamento do discurso: controlo das distorções;



Colocar as perguntas de uma forma apreciativa, afirmativa.

Estabelecer empatia 





Colocarmo-nos no lugar do outro. Adaptar a mensagem ao outro, às suas especificidades culturais (se existirem); à sua formação base. Tornar a mensagem clara de modo que o receptor compreenda.

Dar feedback  

Lembrar de aferir se a mensagem está, de facto, a ser clara e perceptível;



O feedback permite verificar se a mensagem foi compreendida para ser concretizada.

2.1. Principais objectivos da relação de ajuda As necessidade necessidadess do ser humano con constitu stituem em a princ principal ipal finalid finalidade ade dos cuidado cuidados. s. A relaç relação ão de ajuda é um  processo que se desenvolve à medida que as intenções se estabelecem numa atmosfera de confiança, sendo  para isso fundamental que o Assistente Familiar e de Apoio à Comunidade, e os idosos se apliquem verdadeiramente.  Na relação de ajuda em gerontologia gerontologia os principais objectivos no modo de lidar com os idosos idosos são: 

Aumentar a sua auto-estima e o sentimento de segurança e levá-lo a desenvolver atitudes positivas face às suas necessidades;



Diminuir a sua ansiedade até ao máximo;



Fazê-lo viver uma experiência positiva e gratificante;



Ajuda-lo a melhorar as suas capacidades de comunicação e a entrar em relação com os outros; Proporcionar-lhe ocasião para crescer no plano pessoal;



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Ajudá-lo a encontrar um sentido para a sua vida;



Manter um ambiente estimulante no que se refere aos planos biológico, mental, emocional e social;



Compilar os dados necessários à realização de um processo exaustivo que permita prestar cuidados  personalizados; EASYcare – Padrão europeu de avaliação das necessidades da pessoa idosa. (Sistema de Avaliação de Idosos).

 Para iniciar uma relação de ajuda deve estar-se: 

Aberto e recetivo aos outros;



Desperto para as suas próprias reacções e sentimentos pessoais.

Para ajudar as pessoas a compreender o seu comportamento a relação de ajuda baseia-se: 

 Na demonstração de cortesia; cortesia;



Compreensão;



Interesse;

 

Empatia; Bondade;



Aceitação;



Calor humano;



Firmeza;



Apoio;



Estabelecimento de limites.

Deve criar-se: 

Um clima de serenidade;



Uma disponibilidade afectiva e efetiva;



Um bom acolhimento com a respetiva capacidade de escuta, ouvir e entender a situação do utente em estado de crise, de ansiedade e de confusão.

As atitudes fundamentais da relação de ajuda são: 

Capacidade de escuta;



Empatia;



Respeito;



Congruênc Cong ruência; ia; (É a corresp correspondên ondência cia entre aquilo que sent sentimos imos e aquilo que se exprime durante durante a



relação de ajuda). Clareza. Cofnanciado por:

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2.2. Acompanhamento de cliente/utilizadores

Acompanhamento O envelhecimento normal corresponde à aceitação do mesmo e representa uma reorganização eficaz das defesa def esass da per person sonali alidad dade, e, ao pas passo so que a Dep Depres ressão são cor corres respon ponde de ao fra fracas casso so des dessas sas def defesa esas, s, pel pelaa imposs imp ossibi ibilid lidade ade de exteri exteriori orizar zar a viv vivênc ência ia dep depres ressiv sivaa des desenc encade adeada ada pel peloo env envelh elheci ecimen mento to e por uma incapacidade de manifestar os seus medos e as suas angústias. Intervenções: 

Visão Holística¹ e Humanista² do homem



Estabelecer Relação de Ajuda



Actuar segundo o grau de dependência:

FAZER \ AJUDAR \ ORIENTAR \ SUPERVISIONAR \ ENCAMINHAR  

Prevenir complicações e sequelas



Manter capacidades integrais



 Não desprezar capacidades capacidades diminuídas



Recuperar capacidades desaparecidas



Promover aceitação, compreensão das limitações



Incentivar e orientar o processo de integração

¹ Que procura um entendimento integral dos fenómenos

² Que valoriza o saber crítico voltado para um maior conhecimento do homem.

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Relação de ajuda: Para ajudar a pessoa idosa, tem que se conquistar a sua confiança, saber e acreditar que possui os recursos  básicos e a capacidade de mudança, mudança, para dar solução ao aoss seus problemas ou ad adaptar-se aptar-se a eles. Estabelecer uma relação deste tipo com alguém não representa necessariamente arranjar soluções para os seus problemas mas sim ajudá-lo a desenvolver capacidades para enfrentá-los. Devemos ajudá-los a descobrir as suas potencialidades, os seus recursos, dando-lhes a oportunidade de eles os utilizarem como escolherem. Para os idosos a necessidade de contacto é primordial, pois não podem sobreviver física ou emotivamente a um abandono ou à ausência do mesmo. Quando os idosos estão integrados numa rede de suporte psicológico adequado, a mortalidade e a incidência de doenças diminuem. A relação de ajuda é um processo que se desenvolve à medida que as interacções se estabelecem numa atmosfera de confiança. Conseguir Cons eguir uma relaç relação ão de ajuda signific significaa que a pesso pessoaa que ajuda possa ter interac interacções ções “aber “abertas” tas” com o outro, mantenha uma atitude positiva face aos seus pares e vise atingir objectivos de liberdade em vez de controlo. PALAVRA-CHAVE: PALAVRA -CHAVE: AFECTO (atitude natural) A importância da motivação: “Desde “Des de que tenha tenhamos mos um motiv motivoo importante e nobr nobree por que viver, a vida, em nós mobili mobiliza-se za-se e desco descobre bre como viver.” (Viktor Frankl) 

“O que posso esperar da vida?”



“O que espera a vida de mim?” m im?”

 Na motivação dá-se maior importância importância ao conhecimento das necess necessidades idades individuais.  Necessidade: pode ser uma condição fisiológica (fome, sede, sexo), pode ser o desejo de alguma coisa (passear, ver televisão, trabalhar), pode ser a intenção de fazer alguma coisa (cumprir uma tarefa).

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As únicas necessidades que produzem efeito no nosso comportamento são as necessidades atuais. Há tantas necessidades quantos os desejos específicos e distintos, de indivíduo para indivíduo.  Necessidade Insatisfeita Insatisfeita - Acção - Necessidade Satisfeita Tensão – Actividade - Necess Necessidade idade Satisfeita Quando a necessidade é satisfeita dá-se a redução da tensão = prazer. Se a necessidade não é satisfeita, dá-se a frustração. Interessa pois conhecer as motivações das pessoas, para explicar as suas atitudes; nós ao jjulgarmos ulgarmos os outros, fazemo-lo através da referência do nosso sistema de valores, julgamos que o que nos interessa deve necessariamente interessar os outros. Algumas estratégias para motivar: (numa actividade) 

Co-responsabilização na concepção e na execução;



Clareza de objectivos e percepção do objectivo comum;



Perceção da possibilidade de êxito (objetivos específicos, nem muito fáceis nem inatingíveis);



Proporcionar desafio, reconhecimento, realização;



Re Reco comp mpen ensa sar/ r/ refo reforç rçar ar posi positi tiva vame ment ntee o dese desemp mpen enho ho (v (ver erba ball ou ma mate teri rial alme ment nte, e, com com algo algo significativo para a pessoa)

Manifestações da motivação (numa atividade) 

Interesse / envolvimento de cada um;



Atenção;



Perseverança;



Resistência ao desencorajamento;



Interesse pelo progresso;

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Situações especiais “Aprendi que um homem só tem o direito de olhar outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se” (Gabriel Garcia Marques) Vamos procurar expressar-nos sobre o acompanhamento em situações especiais. As formas que escolhemos de apresentação seguem um pensamento sobre a qualidade do acompanhamento e como funciona na intenção de fazê-lo, levando em consideração a dedicação, o compromisso e atenção voltada para o “outro”. O respeito aos utentes que devido a situações especiais precisam de acompanhamento, e de um modo  particular aos idosos, deve ser concebido e praticado desde cedo, por todos, cidadãos e organismos públicos, com exemplos, dentro de cada lar. Diz um provérbio popular que “para um tolo, a velhice é um Inverno amargo; para um sábio é uma época dourada”. Mas será que, de facto, contribuímos com acções, atitudes e bons exemplos para que a 3ª idade seja realmente uma época dourada? Para o acompanhamento personalizado são precisos atributos humanos, educativos e éticos, sem hora marcada, sem filas, sem pressa, com total participação e atendimento individual. É ser regido por princípios humanos de qualidade e afectividade dos quais precisamos dar, para que também  possamos merecê-los e recebê-los. A maneira de fazer o que gostamos reintegra a realização profissional, que de certa forma educa e encanta pelo que se descobre. Entender esta forma, também faz pensar como ela poderia estender-se a tantas áreas públicas da qual fazemos parte. A intenção intenção é a de debruç debruçar-no ar-noss sobre es este te texto e por se tr tratar atar de uma verdade verdade é uma pos possibili sibilidade dade de identificar a compreensão de uma análise corporal diante da resolução de um atendimento personalizado. Quand Qu andoo enc encont ontram ramos os pes pessoa soass com def deficiê iciênci ncias as física físicass ou men mentai tais, s, tox toxico icodep depend endent entes es ou alc alcoól oólico icoss encontramos a dor, encontramos um local, uma história, um gemido, um ser humano que pede sensibilidade, humanidade, bem-estar e o direito a ser feliz. E estamos ali com a intenção de tocar, ouvir, acarinhar e contribuir de algum modo na trajectória de cada ser humano. Somos um corpo de sensações desde a tenra idade, de experiências e com tempo nos achamos cobertos de razões, ideias e mentalidades, e esquecemos o vivido, o sentido e contribuímos para a reclusão, o abandono e a solidão. Cofnanciado por:

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É o outro lado de sentir o que pensamos durante o acompanhamento nas diversas situações. Ter um compromisso com a intenção destas resoluções é ter um encontro com uma história que traduz o sofrimento e o desejo de uma solução à qual nos interrogamos: “Está nas nossas mãos, nos nossos recursos e na nossa capacidade?” Ver um corpo doentio e preocupado ou desocupado de si mesmo não é algo difícil de encontrarmos e que nos faz pensar; mas é bom destacar também que o carinho e o envolvimento também são fundamentais. O idoso, de uma forma geral, é muito carente; portanto uma conversa, um carinho, um gesto simples de atenção ou um sorriso também são formas de ajudar. Pessoas com deficiências físicas Deficiência é o termo usado pela OMS para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatómica. Em âmbitos legais, esta expressão é utilizada de uma forma mais limitada referindo-se apenas a pessoas que estão sob a assistência de uma determinada legislação. l egislação. A palavra deficiente tem sido considerada inadequada, por parte de algumas ONG’s e cientistas sociais, para denominar pessoas com imperfeição. O termo tem consigo uma carga negativa, depreciativa das pessoas,  pelo que tem sido rejeitado pelos especialistas da área e pelos próprios próprios portadores. Contudo, Contu do, muitas pessoas consid consideram eram que esta tendên tendência cia tende a levar os porta portadores dores a uma negação da sua  própria situação, podendo conduzir, nalgumas situaçõ situações, es, a que a sociedade não sinta respeito pela diferença. A deficiência física é o nome dado aos problemas que ocorrem a nível cerebral ou do sistema locomotor, e levam a um mau funcionamento ou paralisia dos membros superiores ou inferiores. As causas principais têm origem em factores genéticos, virais ou bacterianos, traumáticos ou neo-natais. Os portadores de necessidades especiais de ordem física ou motora necessitam normalmente de atendimento de fisioterapia ou apoio psicológico a fim de lidar com os limites e dificuldades decorrentes decorrentes da deficiência e ao mesmo tempo desenvolver todas as possibilidades e potencialidades. 

Ao lidar com pessoas portadoras de deficiência física deve ter-se em conta que:



Quando conversar, deve sentar-se ao mesmo nível;





 Nunca deve movimentar a cadeira de rodas sem ped pedir ir permissão à pessoa; Ter especial cuidado a empurrar a cadeira; Cofnanciado por:

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Ao subir degraus deve inclinar a cadeira para trás para levantar as rodas da frente e apoiá-las sobre a elevação. (Barreiras arquitectónicas).



Ao descer degraus deve fazê-lo em marcha à ré, pedindo ajuda, se necessário.



Ter as bengalas ou muletas próximas das pessoas;



Em caso de queda, pedir auxílio.

Pessoas com deficiências mentais: A promoção do envelhecimento saudável tem como uma das suas principais vertentes a prevenção do isolamento social e da solidão das pessoas idosas. A qualidade de vida, o bem-estar, a manutenção das qualidades mentais estão directamente relacionadas com a actividade social, o convívio, o sentir-se útil a familiares e/ou à comunidade. 

As pess pessoas oas idosas deve devem m partic participar ipar em activ actividades idades de grup grupo, o, de prefe preferência rência interger intergeraciona acionais, is, actividades de aprendizagem e de conhecimento de novos lugares.



É também indispensável participar em grupos de suporte para pessoas isoladas, viúvas/os, pessoas idosas com deficiência, motora, cognitiva ou outra e, em certos casos, procurar o aconselhamento  por profissionais de saúde mental, serviço soci social al ou terapeutas ocupacionais.

A deficiência mental corresponde a expressões como insuficiência, falta, falha, carência, imperfeição, associadas ao significado de deficiência, que por si só não definem nem caracterizam um conjunto de  problemas que ocorrem no cérebro humano, e leva os seus portadores a um baixo rendimento cognitivo, mas que não afecta outras regiões ou funções cerebrais. A princ principal ipal caracter característica ística da defic deficiência iência mental é a reduç redução ão da capac capacidade idade intelect intelectual, ual, situadas abaixo dos níveis considerados normais para a idade, se em criança, ou inferiores à média da população, quando adultas. O portador de deficiência mental na maioria das vezes apresenta dificuldades ou nítido atraso no seu desenvolvimento neuropsicomotor, aquisição da fala e outras habilidades (comportamento adaptativo). Devemos tratar o portador da deficiência mental com consideração e respeito, não as podemos ignorar, devemos sempre cumprimentá-las e despedir-nos delas, dar-lhes atenção e conversar; Não devemos super protegê-las, mas sim treinar a sua autonomia. Medicação As pessoas idosas têm com alguma frequência vários medicamentos para tomar. Cofnanciado por:

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Como é importante não trocar o horário em que se devem tomar os diferentes medicamentos, o idoso deve possuir uma folha de papel com a informação detalhada das horas a que deve tomar os diferentes medicamentos para que não existam enganos.



Caso por por qualqu qualquer er razão nnão ão tenha es esta ta infor informação mação,, o idoso dev devee solici solicitar-lh tar-lhaa

ao seu méd médico. ico.

Porque tomar os medicamentos de forma diferente do que o médico aconselhou pode trazer   problemas. Depressão: Como já se referiu anteriormente anteriormente,, a depr depressão essão é uma das afeções mais comu comuns ns das pessoas idos idosas as com grande influência no seu bem-estar. A tristeza e o isolamento, em geral acompanham este problema.  Numa perspectiva de promoção da saúde mental, a depressão pode ser evitada ou pode melhorar com as actividades de ar livre e de grupo que podem ser uma das formas principais de terapia para a depressão das  pessoas idosas. Funções mentais e cognitivas: As funções mentais e cognitivas têm uma enorme importância i mportância na autonomia da pessoa idosa. Esta Estass ca capa paci cida dade dess tê têm m tend tendên ênci ciaa a di dimi minu nuir ir com com a idad idade, e, ma mass pode pode ser ser fe feit itaa a pr prev even ençã çãoo dess dessee enfraquecimento com actividades de vários tipos, que devem ser fomentadas. 

Em especial, são promotoras das capacidades cognitivas, a leitura, os treinos da memória, a aprendizagem de novos conhecimentos, as actividades com as mãos, o convívio com outras pessoas, de preferência de várias gerações.

 Sociabilidade Conviver, é fundamental para a prevenção de diversos problemas das pessoas idosas e para a promoção do envelhecimento saudável. Todas as estratégias que sejam possíveis de desenvolver e que promovam o convívio e a sociabilidade são de grande valia para as pessoas idosas, tendo um efeito na sua saúde, qualidade de vida e bem-estar. O tra trabal balho ho vol volunt untári árioo pod podee ser um ins instru trumen mento to ess essenc encial ial par paraa a pro promoç moção ão da soc sociab iabilid ilidade ade,, por porque que desenvolve o sentido de pertença a uma comunidade, o sentimento de ajuda e de se sentir útil, com efeitos  positivos na auto-estima e na saúde, em suma é uma excelente forma de promover o envelhecimento saudável. Cofnanciado por:

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2.3. Toxicodepen Toxicodependentes dentes A toxicodependência é o estado da dependência física e psicológica de qualquer tipo de substância. A dependência é uma apetência anormal e prolongada que certos indivíduos manifestam pelas drogas, das quais, qua is, aci aciden dental talmen mente te ou vol volunt untari ariame amente nte pro procur curam am um efe efeito ito ana analgé lgésic sico, o, de euf eufori oriaa ou estimu estimulan lante, te, apetência esta que, rapidamente, se transforma num hábito, que pejorativamente se designa por vício. A droga é toda a substância natural ou sintética que introduzida num organismo vivo, pode alterar uma ou mais das suas funções. Em 1982, a OMS acrescentou que drogas são entidades que podem ser definidas como substâncias psicoativas de uso não médico e susceptíveis de serem auto-administradas. Foram observadas três Fases do Toxicodependente: 

1ª Etapa – É caracterizada pela percepção de efe efeitos itos positivos das drogas e pela ausência quase total de efeitos negativos;

 

2ª Etapa – Pode estar aassociada ssociada a dependên dependência cia psicológica; 3ª Etapa – Pode estar aassociada ssociada à dependên dependência cia física.

As drogas produzem vários efeitos, entre os quais: 

Ampliação do estado emocional;



Menor eficácia no desempenho das actividades do dia-a-dia;



Perturbação no controlo motor;



Possível risco de overdose;



Problemas de integração na sociedade;



Problemas familiares;





Redução da capacidade de atenção; Redução do tempo de reacção;

  2.4. Alcoólicos O alcoolismo é geralmente definido como o consumo consistente e excessivo e/ou a preocupação com  bebidas alcoólicas ao ponto que este comportamento interfira com a vida pessoal, familiar, social ou  profissional da pessoa. pessoa. O alcoolismo pode potencialmente resultar em doenças psicológicas e fisiológicas, assim como levar à morte. O alcoolismo é um dos problemas mundiais quem mais custo traz.

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Apesar do abuso do álcool ser um pré-requisito para o que é definido como alcoolismo, o mecanismo  biológico do alcoolismo ainda é incerto. Para a maioria das pessoas, o consumo de álcool gera pouco ou nenhum risco de se tornar um vício. Outros factores geralmente contribuem para que o uso de álcool se torne em alcoolismo. Esses factores  podem incluir o ambiente sócia sócia em que a pessoa vive, a saúde saúde emocional e a predispos predisposição ição genética. O álcool tem efeitos no ser humano, sendo possível indicá-los consoante o nível de álcool no sangue, aproxi apr oximad madame amente nte,, com comoo se mos mostra tra em seg seguid uida, a, ten tendo do em con conta ta que os valo valores res var variam iam ligeir ligeirame amente nte consoante o sexo e o peso da pessoa: 

0,1 a 0,5 SOBRIEDA SOBRIEDADE: DE: Nenhuma influência aparente;



0,3 a 1,2 EUFORIA: Perda de eficiência, diminuição da atenção, julgamento e controlo;



0,9 a 2,5 EXCITAÇÃO: Instabilidade das emoções, descoordenação muscular. Menor inibição. Perda de julgamento crítico;



1,8 a 3,0 CONFUSÃO: Vertigens, desequilíbrio, dificuldade na fala e distúrbios da sensação;

 

2,7 a 4,0 APATIA: e inércia geral. Vómitos, incontinência urinária e fezes; 3,5 a 5,0 COMA: Inconsciência, anestesia. Morte;



Acima de 4,5 MORTE: Paragem respiratória;

Perturbações relacionadas com o álcool Vamos abordar, embora que de forma sucinta tendo em conta a extensão problemática do tema, alguns aspectos relacionados com as «Perturbações Relacionadas com o Álcool». O álcool é uma das principais causas de morbilidade e mortalidade no mundo inteiro e é considerado o depressor cerebral utilizado com mais frequência pelas pessoas. As «Perturbações Relacionadas com o Álcool» estão habitualmente asso associadas ciadas com o aumento dos acidentes de viação, da vio violência lência e das taxas de suicídio. Estima-se que 1 em cada 5 internamentos em unidades de cuidados intensivos hospitalares estejam relacionados com o álcool. O álcool está asso associado ciado a questões esp específic ecíficas as como a cultur cultura, a, a idade e o géner género. o. Desse modo modo,, o álcoo álcooll surge relacionado com as tradições culturais que nos rodeiam, assim como, com os contextos familiares, sociais e até religiosos. O facto é que, frequentemente, começamos logo desde muito cedo, na infância, a ter  co conta ntact ctoo com com es este tess padr padrõe õess de util utiliz izaç ação ão do álco álcool ol o que que pode pode vir vir a se ser, r, natu natura ralm lmen ente te,, um fa facto ctor  r  Cofnanciado por:

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 predisponente de algum desvio que possamos vir a ter no futuro como adultos. Ficamos, desse modo, muitas vezes, presos aos hábitos sociais e culturais! O nível socioeconómico e educacional, assim como as situações de desemprego, demonstram ter igualmente, na maioria dos estudos efectuados acerca do tema, uma forte relação com as «Perturbações Relacionadas com o Álcool». As mulheres tendem a apresentar alcoolemias mais elevadas que os homens para dada dose de álcool por  quilograma, porque têm normalmente uma menor percentagem de água corporal, maior percentagem de gordura corporal e pelo facto de metabolizarem o álcool mais lentamente. Os primei primeiros ros epis episódi ódios os por intoxi intoxicaç cação ão do álc álcool ool sur surgem gem mai maiori oritar tariame iamente nte na ado adoles lescên cência cia e, ent entre re adoles ado lescen centes tes,, o abu abuso so do álc álcool ool sur surge ge ass associ ociado ado com o abu abuso so de out outras ras sub substa stanci ncias, as, des desemb emboca ocando ndo frequentemente em perturbações de comportamento anti-social, podendo mais tarde incorrer na delinquência e/ou na criminalidade. Na população mais idosa os problemas relacionados com o abuso de álcool surgem normalmente associados a outras complicações médicas, como a diminuição das taxas de metabolismo hepático de várias substâncias e na diminuição da percentagem da água corporal, o que, por consequência,  podem levar a que estes desenvolvam desenvolvam intoxicações mais graves, mesmo com níveis mais baixos de consumo consumo.. Convém relembrar que o álcool é uma das principais causas de morbilidade e mortalidade no mundo inteiro e que parece estar intimamente relacionado com características específicas da cultura, idade e género. Ora, dando continuidade ao tema, nas «perturbações relacionadas com o álcool» considero ser de interesse abordar aquelas que derivam da sua utilização, a «dependência do álcool» e o «abuso do álcool», embora haja outras perturbações que surgem relacionadas com a indução do álcool. A característica mais evidente de qualquer dependência de substâncias está sempre relacionada com um conjunto de comportamentos, pensamentos e reacções fisiológicas de um sujeito que indiciam que este continua a utilizar a substância apesar dos problemas significativos que advém da sua utilização.  No caso específico do álcool, a dependência dependência física será sempre indicada pela pela evidência de tolerância ou pelos sintomas de abstinência, ou seja, ou pela necessidade dos sujeitos terem que aumentar o consumo de álcool  para conseguir atingir o efeito desejado (intoxicação) ou pelas alterações no comportamento, pensamento e reacçõ rea cções es fis fisiol iológi ógicas cas dos suj sujeit eitos os aqu aquand andoo da dim diminu inuiçã içãoo do con consu sumo mo da sub substâ stânci nciaa apó apóss uti utiliz lizaçã açãoo  prolongada. A abstinência no álcool caracteriza-se por este conjunto de alterações comportamentais, cognitivas e fisiológicas num período aproximado de 4-12 horas após a redução do consumo exagerado e  prolongado do álcool. É frequente nas pessoas com «dependência do álcool» continuarem a consumir para aliviarem os sintomas de abstinência, apesar de tal poder ter consequências adversas. As pessoas com este Cofnanciado por:

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tipo de perturbação despendem habitualmente um tempo muito significativo das suas vidas na obtenção e no consumo do álcool, mesmo com a evidência de doenças incapacitantes como a depressão, doença hepática ou outras sequelas. A perturbação de «abuso do álcool» é uma versão menos grave que a da «dependência do álcool», pois exige menos sintomas para poder ser diagnosticada. No entanto, importa aqui aclarar que é uma perturbação que se manifesta, manif esta, por exemplo, quand quandoo o desem desempenho penho esco escolar lar ou labor laboral al é afect afectado ado pós-con pós-consumo sumo (por exemplo através do absentismo, insucesso escolar), quando os cuidados com crianças e tarefas domésticas começam a ser negligenciados, quando a pessoa consome álcool em situações perigosas como, por exemplo, conduzir  sob influência do álcool, etc.

3 – Sinais particulares da vida  Nascimento O nasc nascimento imento,, a velhic velhicee e a morte são fenómeno fenómenoss univ universais ersais,, inelut inelutáveis áveis,, mas que são também pessoais e únicos.

A vida é o período de tempo que decorre desde o nascimento até à morte.

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A morte é o términos da vida biológica, física, mas não necessariamente o fim. A morte é um fenómeno físico, psicológico, social e religioso que afecta a pessoa na sua totalidade: corpo, espírito, emoções, experiência de vida. O tema vida e morte comporta algumas questões: De onde viemos? Para aonde vamos? O que estamos fazendo aqui? Qual a essência da vida? Por que temos de morrer? Qual a causa dos sofrimentos? Tudo acaba com a morte? Ser ou não ser?

Caráter da vida:

Segundo Garcia Morente em Fundamentos da Filosofia, o primeiro caráter que encontramos na vida é o da ocupação. Viver é ocupar-se; viver é fazer; viver é praticar praticar.. É um pôr e ttirar irar das coisa, é um mover-se daqui  para ali. Porém, se olharmos com mais atenção, a ocupação com com as coisas não é propriamente ocupação, mas

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 preocupação. Preocupamo-nos, primeiramente, com o futuro, que não existe, para depois acabar sendo uma ocupação no presente que existe. Peloo fac Pel facto to de esc escolh olherm ermos, os, de termo termoss um pro propós pósito ito,, tan tanto to vil com comoo altruí altruísta sta,, a nos nossa sa vida não é a indiferença. O animal, a pedra e o vegetal estão no mundo, mas são indiferentes. O ser humano não, ele tem que vivenciar a sua vida. A vida interessa: primeiro, com ser, e segundo, com ser isto ou aquilo; interessa com existir e consistir. A morte Um século atrás, quase todas as pessoas que sofriam lesões traumáticas ou contraíam infecções graves morriam logo em seguida. Aquelas que apresentavam uma cardiopatia ou câncer apresentavam uma pequena expectativa de uma vida longa após a doença ter sido diagnosticada. A morte era uma experiência familiar e quase todas as pessoas esperavam pouco mais do que um tratamento de apoio por parte de seus médicos. Hoje é comum, em muitas partes do mundo, a morte ser considerada um evento que pode ser retardado indefinidamente e não uma parte intrínseca da vida. As principais causas de morte entre as pessoas com mais de 65 anos são as doenças cardíacas, o cancro, o aciden aci dente te vas vascul cular ar cer cerebr ebral, al, a doe doença nça pul pulmon monar ar obs obstru trutiv tivaa cró crónic nica, a, as pneum pneumoni onias as e a dem demênc ência. ia. Os  procedimentos médicos geralmente prolongam a vida dos portadores dessas doenças, possibilitando-lhes muitos anos mais, nos quais a qualidade de vida e as funções vitais são bem satisfatórias. Outras vezes, os  procedimentos prolongam prolongam a vida, mas com declínio das funções e da qualidade de vida. vida. Muitas vezes, a morte parece inesperada, mesmo quando a família tem consciência que a pessoa falecida apresentava uma doença grave. Dizer que que uma pessoa está a morrer significa que existe uma expectativa de que ela venha a falecer em horas ou dias. Além disso, frequentemente diz-se que pessoas muito idosas e frágeis ou portadoras de uma doença fatal, como a SIDA, estão a morrer. A maioria das pessoas com doenças crónicas – como as cardiopatias, certos tipos de cancro, o enfisema, a insuficiência hepática ou renal, a doençaa de Alzh doenç Alzheimer eimer e outras demência demênciass – vive duran durante te anos, embora apres apresentem entem limita limitações ções no que diz respeito à atividade física. Após o falecimento A morte deve ser declarada por uma pessoa investida da autoridade para fazê-lo –normalmente um médico –  e a caus causaa e as circunstâ circunstâncias ncias da morte devem ser atesta atestadas das oficialm oficialmente. ente. O atendi atendimento mento dessa dessass exigê exigências ncias varia substancialmente de país para país ou mesmo de uma região a outra. Se o paciente planear morrer em casa, a família deve saber previamente o que esperar e quais providências tomar. Cofnanciado por:

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Quando um indivíduo se encontra hospitalizado, o enfermeiro responsável geralmente explica todos esses  procedimentos. Se houver necessidade de chamar a polícia ou outras autoridades, elas devem ser notificadas com antecedência e informadas que que a pessoa está para morrer em casa e que sua morte está sendo aguardada. Frequentemente, as instituições para pacientes terminais e os programas de home care têm rotinas  para notificar as autoridades, autoridades, poupando assim a fam família ília dessas situações descon desconfortáveis. fortáveis. Caso o paciente não esteja sendo tratado por alguma instituição, a família deve entrar em contacto com um médico legista ou um agente funerário para tomar conhecimento das medidas necessárias. A obrigatoriedade de um atestado de óbito costuma ser subestimada. Esse documento legal é necessário para as reivindicações  junto às seguradoras, para o acesso a contas bancárias, para a transferência dos bens materiais que  pertenciam ao falecido e para o estabelecimento estabelecimento da herança. A família deve providenciar uma quantidade de cópias suficientes. A família pode demonstrar relutância em solicitar ou aprovar a realização de uma autópsia. Apesar de ela não ser útil ao falecido, ela pode ser de valia  para a família e outros portadores da mesma doença, pois revela maiores detalhes a respeito do processo  patológico. Após a autópsia, o corpo pode ser ser preparado pela agência funerária ou pela família para o enterro ou cremação Efeitos sobre a família A família e os amigos íntimos são companheiros de viagem do paciente terminal e também sofrem. Durante o processo de agonia do paciente, a família deve ser informada sobre o que está a ocorrer e sobre o que  provavelmente irá ocorrer. A família também deve procurar inteirar-se sobre os custos da morte de um membro da família. Parentes  próximos, em geral mulheres de meia-idade ou mais idosas, cuidam voluntariamente do enfermo nos dias terminais. Eles devem investig terminais. investigar ar como os profi profission ssionais ais da saúde podem auxiliá-lo auxiliá-loss para tornar essa carga suportável. Existem os custos do afastamento do emprego, assim como as despesas com medicamentos, o tratamento domiciliar e os deslocamentos. Um estudo demonstrou que um terço das famílias gasta maior parte de suas economias ao tratar de um parente moribundo. A família deve discutir francamente sobre os custos com o médico, insistindo para que seja dada uma razoável atenção a esse aspeto e planeando antecipadamente para limitar ou preparar-se para tais gastos. Mesmo antes da morte, a família e as pessoas mais íntimas iniciam o processo de perda. A reconstrução da vida após o período de luto depende do tipo de relação existente com o falecido, de sua idade, do modo como a morte ocorreu e dos recursos emocionais e financeiros disponíveis. Do mesmo modo, Cofnanciado por:

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a família necessita sentir que ela fez tudo que foi possível. Uma conversa com o médico algumas semanas após o óbito pode ajudar a dissipar dúvidas remanescentes. A solidão, a desorientação e a sensação de irrealidade experimentadas durante o período próximo da morte diminuem ao longo do tempo, mas a sensação de perda persiste. As pessoas não “superam” uma morte, mas conseguem aceitá-la e dão prosseguimento à vida.

3.1. Agravamento da situação clínica Tomada de decisões Para a melhor qualidade de vida possível durante uma doença fatal, é fundamental a comunicação aberta e honesta entre o paciente e o seu médico sobre as preferências relativas ao tratamento no final da vida. O méd médico ico dev devee apr apres esenta entarr ao pac pacien iente te um qua quadro dro rea realis lista ta no que diz res respei peito to às pos possib sibilid ilidad ades es de recuperação e de incapacitação durante e após várias opções de tratamento e o paciente informará ao médico e à sua família o que ele deseja ou não enfrentar. O paciente deve definir suas preferências de tratamento e também seus desejos em relação ao local onde ele quer morrer e o que ele espera que seja feito quando a morte chegar. Ao escolher um médico, o paciente deve questionar sobre os cuidados que receberá ao final da vida: o

O médico tem experiência suficiente para tratar de pacientes terminais?

o

O médico irá prover atendimento ao paciente em todos os locais – hospital, clínica para pacientes terminais ou domicílio?

o

O médico tratará tratará de todos os sinto sintomas mas (tratamento (tratamento pali paliativo) ativo) no fina finall da vida? O médico está famili fam iliari arizad zadoo com os ser serviç viços os de tratam tratament entoo dom domici iciliar liar,, fis fisiot iotera erapia pia e ter terapi apiaa ocu ocupac pacion ional al da comunidade?

o

Quem está qualificado para esses serviços serviços,, como esses serviços são pago pagoss e como ajudar o paciente e sua família na obtenção de serviços intensivos quando houver necessidade?

Um sistema de assistência médica inclui um sistema de financiamento, como as apólices de seguro, e um sistema de prestação de serviços como, por exemplo, um hospital, uma clínica para pacientes terminais e serviços de home care. Formular questões aos médicos, enfermeiros, outros pacientes e famílias, assistentes sociais e demais profissionais envolvidos, ajuda o indivíduo a encontrar um bom sistema de assistência médica. o

Quais tratamentos são cobertos pelo sistema? Cofnanciado por:

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o

Quais são as informações disponíveis sobre os méritos dos tratamentos possíveis? Como é que o  paciente pode entrar em contacto com outros pacientes (e famílias) que foram tratados na instituição?

o

Quais são os tratamentos experimentais disponíveis?

o

Quais foram as reações de outros pacientes a esses tratamentos?

o

Como são pagos esses tratamentos?

Tendo formulado essas questões, o paciente e sua família devem avaliar: o

o

o

Eles sentiram que as respostas às suas questões foram honestas?  Nesse sistema, eles receberão apoio médico, emocional emocional e financeiro? Esse sistema atenderá as suas preferências e os planos específicos?

 Procuração permanente para assuntos de saúde O paciente deve nomear uma pessoa de confiança como procurador ou representante por meio de um documento legal denominado Procuração Permanente para Assuntos de Saúde. O procurador fica autorizado a tomar decisões relativas à saúde do paciente no caso de ele se tornar incapaz de o fazer. Se o paciente não nomear um procurador, o parente mais próximo habitualmente tomará essas decisões. Orientações antecipadas e testamento em vida O paciente pode estabelecer orientações em relação aos tipos de tratamentos que deseja antes de necessitálos. Essas orientações médicas antecipadas são importantes para o caso do paciente se tornar incapaz de tomar decisões. As orientações podem ser declarações gerais de objetivos e filosóficas, as quais devem torn tornar ar-s -see ma mais is es espe pecí cífi fica cass à me medi dida da que que a doen doença ça avan avança ça.. As or orien ienta taçõ ções es antec antecip ipad adas as pode podem m se ser  r  documentadas como testamentos em vida. Ao toma tomarr de deci cisõ sões es sobr sobree orie orient ntaç açõe õess ante anteci cipa pada das, s, o paci pacien ente te deve deve ente entend nder er comp comple letam tamen ente te su suas as circunstâncias e escolhas. É essencial ter uma conversa com o médico para que tais orientações sejam específicas e úteis. Além disso, as orientações devem ser passadas aos profissionais envolvidos em todas as fases do tratamento. Planeamento terapêutico O paciente e a sua família podem sentir-se impotentes frente à doença e aos tratamentos, como se não  pudessem fazer nada em relação ao que está ocorrendo. Às vezes, é preferível essa sensação de não controlo do que a responsabilidade de pensar sobre o que mais poderia ser feito. Cofnanciado por:

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O importante é que eles se sintam satisfeitos por ter feito o possível para manter o bem-estar e a dignidade do  paciente até a sua morte. O paciente, a família e os profissionais da saúde devem ser realistas no que diz respeito à possibilidade da morte, devendo discutir as prováveis complicações e elaborar um plano de como enfrentá-las.  No entanto, analisar essas possibilidades de modo objectivo pode ser difícil quando ocorrem eventos inesperados. Além disso, as respostas emocionais influenciam as decisões. Às vezes, o paciente terminal é  persuadido a tentar um último tratamento, o qual, em geral, sacrifica seus últimos dias em decorrência de efeitos colaterais, sem oferecer ganhos efectivos na qualidade de vida. O paciente e a família devem ser  céticos em relação a esses tratamentos. À medida que a morte se aproxima, o centro dos cuidados deve ser  direccionado totalmente ao conforto do paciente, assegurando o não sofrimento.

Aceitação da morte É comuns os indivíduos apresentarem uma reação de negação ao serem informados que eles provavelmente morrerão em decorrência da sua doença. Eles podem tornar-se confusos, perturbados, irritados ou tristes e  podem isolar-se. Quando essas reacções amenizam, os indivíduos indivíduos iniciam o processo de aceitação da morte morte –  o que, com frequência, significa terminar o trabalho de toda uma vida, colocar em ordem os assuntos com os familiares e os amigos e aceitar o inevitável. Os aspectos espirituais e religiosos são importantes para alguns  pacientes e para as suas famílias. Sintomas durante uma doença fatal Muitas doenças fatais produzem sintomas semelhantes como, por exemplo, dor, dificuldade respiratória,  problemas gastrointestinais, úlceras de decúbito e fadiga. Também é comum a ocorrência de depressão, ansiedade, confusão mental, delírio, inconsciência e invalidez. Dor  A maioria das pessoas teme a dor ao se defrontarem com a morte. No entanto, ela pode ser controlada,  permitindo que o indivíduo permaneça consciente, se sinta integrado no mundo e confortável. A radiação  pode controlar certos tipos de dor produzidos pelo cancro. A fisioterapia ou analgésicos, como o acetaminofen e a aspirina, são utilizados para controlar a dor leve. Para algumas pessoas, a hipnose ou o  biofeedback – métodos que que não produzem efeitos adversos adversos importantes – aliviam a dor dor de modo eficaz.  No entanto, a necessidade do uso de narcóticos, como a codeína e a morfina, é frequente. Os narcóticos administrados por via oral podem aliviar eficazmente a dor por muitas horas e os narcóticos mais fortes Cofnanciado por:

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 podem ser administrados sob a forma injectável. A dependência medicamentosa não deve ser levada em consideração e medicamentos adequados devem ser administrados desde o início e não se deve aguardar que a dor se torne insuportável. Não há uma dose padrão: alguns necessitam de pequenas doses enquanto outros  precisam de doses muito muito maiores. Dificuldade respiratória A dificuldade respiratória é uma das piores formas de se viver ou de morrer e também pode ser evitada. Vários métodos podem facilitar a respiração como, por exemplo, a diminuição da produção de secreção, a mudança da posição do paciente, a administração de oxigénio suplementar ou a diminuição do volume de um tumor que esteja obstruindo as vias respiratórias decorrentes da radiação ou de corticosteróides. Os narcóticos ajudam os pacientes com dificuldade respiratória leve e persistente a respirar com maior  facilidade, mesmo que eles não estejam a sentir dor. O uso de narcóticos na hora de dormir permite permite um sono confortável, evitando que o paciente desperte frequentemente em consequência do esforço respiratório. Quando esses tratamentos são ineficazes, é consenso quase geral entre os médicos que trabalham em instituições para pacientes terminais, a administração de um narcótico em dose suficientemente alta para aliviar a falta de ar, mesmo que isso provoque a inconsciência do paciente. O paciente que deseja evitar a dificuldade respiratória ao final da vida deve certificar-se de que o médico tomará todas as providências necessárias, mesmo que o tratamento provoque inconsciência ou acelere de alguma forma a morte. Problemas gastrointestinais Esses problemas, incluindo a boca seca, a náusea, a constipação, a obstrução intestinal e a perda de apetite, são comuns em doentes graves. Alguns dos problemas são causados pela própria doença. Outros, como a constipação, são efeitos colaterais de medicamentos. A boca seca pode ser aliviada por algodão ou gazes humedecidos que são aplicados sobre os lábios ou por bolas. Além disso, existem produtos adequados para as fissuras labiais. Para evitar problemas dentais, os dentes devem ser escovados ou devem ser utilizadas esponjas bucais para a limpeza de dentes, da boca e da língua. É indicada a utilização de uma solução para a higiene bucal que contenha pouco ou nenhum álcool, uma vez que produtos que contêm álcool e que são derivados do petróleo  podem produzir uma grande secura. A náusea e o vómito podem ser causados por medicamentos, obstrução intestinal ou doença avançada. O médico pode ter que alterar a medicação ou receitar um medicamento anti-emético (anti-náusea). A náusea causada por uma obstrução intestinal também pode ser tratada com anti-eméticos, e podem ser tomadas outrass medid outra medidas as para o confo conforto rto do pacien paciente. te. A const constipação ipação traz muito desconfor desconforto. to. A inges ingestão tão limitada de Cofnanciado por:

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ali alimen mentos tos,, a falta falta de ativ atividad idadee física física e cer certos tos med medica icamen mentos tos pro produz duzem em dim diminu inuiçã içãoo dos mov movime imento ntoss intestinais. Dependendo do estado geral do paciente, do provável tempo de vida que lhe resta e da causa da obstrução,  pode ser preferível o uso de medicamentos que paralisem o intestino, em alguns casos com aspiração nasogástrica concomitante para manter o estômago vazio. Para o alívio da dor, os narcóticos podem ajudar. A perda do apetite é comum na maioria dos pacientes terminais. É natural que ocorra uma diminuição do apetite e isso não acarreta problemas físicos adicionais, embora possa angustiar o paciente e sua família. Os pacientes não manterão a sua força obrigando-se a comer, mas podem sentir algum conforto comendo  pequenas porções dos seus pratos caseiros favoritos. Se não houver expectativa da morte em horas ou dias, a nutrição ou a hidratação –administradas por via intravenosa ou por uma sonda passada através de uma narina até o estômago, pode ser administrada durante um tempo limitado para se observar se uma melhor nutrição traz o conforto, a lucidez ou a energia do paciente. O paciente e a sua família devem entrar em um acordo explícito com o médico em relação aos objetivos dessas medidas e ao momento ideal de sua interrupção, caso elas não estejam a ajudar a qualidade de vida do  paciente. A redução da ingestão de alimentos ou de líquidos não causa causa sofrimento. Na verdade, à medida que o coração e os rins começam a falhar, a ingestão normal de líquidos provoca frequentemente dificuldade respiratória, à medida que ocorre um acúmulo de líquido nos pulmões. A redução da ingestão de alimentos e líquidos pode diminuir a necessidade de aspiração por causa da menor  quantidade de líquido acumulado na garganta e pode reduzir a dor causada pela menor pressão sobre os tumores. Essa medida muitas vezes ajuda o organismo a liberar maiores quantidades das substâncias químicas naturais que aliviam a dor (endorfinas). Por essa razão, os pacientes não devem ser forçados a co come merr ou a be bebe ber, r, espe especi cial alme ment ntee nos nos caso casoss em qu quee há nece necess ssid idad adee de me meio ioss de cont conten ençã ção, o, tubo tuboss intravenosos ou hospitalização.  Depressão e ansiedade A sensação de tristeza ao contemplar o fim da vida é uma resposta natural, mas esse sentimento não deve ser  confundido com a depressão. O indivíduo deprimido perde o interesse pelo que ocorre à sua volta, vê apenas o lado triste da vida ou não sente emoções. O paciente e os seus familiares devem conversar com o médico sobre esses sentimentos para que a depressão seja diagnosticada e tratada. Com frequência, frequência, o tratamen tratamento, to, o qual combi combina na medicamen medicamentos tos e acons aconselham elhamento, ento, é efica eficaz, z, mesmo nas últimas semanas de vida, e melhora a qualidade de vida durante o tempo que resta ao paciente.

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A ansiedade é caraterizada por uma preocupação excessiva e ela ocorre quando a preocupação e o temor são tão grandes que passam a interferir nas atividades quotidianas. A sensação de não estar sendo devidamente informado ou de estar sendo sobrepujado pode causar ansiedade. Essa situação pode ser aliviada quando o  paciente solicita informações mais precisas ou ajuda às pessoas pessoas responsáveis pelo seu tratamento. Os indivíduos que costumam ficar ansiosos durante períodos de stress são mais propensos à ansiedade frente à proximidade da morte. Estratégias que foram úteis no passado como, por exemplo, o estímulo à confiança, o uso de medicamentos e a canalização da preocupação para actividades produtivas, podem ser úteis para o  paciente, inclusive nos últimos dias de vida. Um indivíduo terminal que apresenta ansiedade deve receber o apoio de conselheiros e pode necessitar de medicamentos ansiolíticos. Confusão mental, delírio e inconsciência Os pac pacien ientes tes gra gravem vement entee doe doente ntess freque frequente ntemen mente te apr aprese esenta ntam m con confus fusão ão men mental tal.. Ess Essee estado estado pod podee ser  desencadeado por um medicamento, uma infeção pouco importante ou mesmo pela alteração do ritmo de vida. Algumas vezes, a tranquilização e a reorientação podem aliviar a confusão mental, mas o médico deve ser sempre informado sobre o sintoma para que sejam aventadas as possíveis causas tratáveis. O paciente muito confuso pode exigir atenção constante ou apenas uma sedação leve. O indivíduo no estado terminal que apresenta delírio ou incapacidade mental não percebe a eminência da morte.  No entanto, nos momentos finais da vida, ele pode apresentar períodos de lucidez surpreendente. Esses ep epis isód ódio ioss po pode dem m ser ser mu muit itoo sign signif ific icat ativ ivos os para para os me memb mbro ross da fa famí mília lia,, ma mass tamb também ém po pode dem m ser  ser  equivocadamente interpretados como uma melhoria do quadro. A famíl família ia deve estar preparad preparadaa para esses episódio episódios, s, mas não deve espe esperar rar que eles ocorram ocorram.. Nos últimos dias de vida, aproximadamente metade das pessoas que estão a morrer permanece inconsciente. Se os membros da família acreditarem que a pessoa nesse estado ainda é capaz de ouvir, eles poderão despedir-se como se a pessoa efectivamente as estivesse ouvindo. A morte ocorrida durante um período de inconsciência é uma forma muito tranquila de morrer, morrer, especialmente quando o indivíduo e a sua família eestiverem stiverem em paz e tiverem concretizado todos os planos. A Invalidez Frequenteme Frequ entemente, nte, a incap incapacidad acidadee progr progressi essiva va acomp acompanha anha as doenç doenças as fatais fatais.. As pesso pessoas as afetad afetadas as torna tornam-se m-se gradualmente incapazes de administrar o lar, preparar a comida, tratar dos assuntos financeiros, andar ou realizar os cuidados pessoais. Quase todas as pessoas que estão morrer precisam de ajuda nas últimas semanas. Cofnanciado por:

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Essa invalidez deve ser prevista e devem ser implementadas medidas como, por exemplo, a escolha de uma moradia com acesso a cadeira de rodas e próxima da moradia dos familiares que cuidam do paciente. Serviços como o de terapia ocupacional, de fisioterapia e de atendimento domiciliar de enfermagem ajudam a pessoa a permanecer no seu domicílio, mesmo se a invalidez progredir. Algumas pessoas preferem  permanecer em casa mesmo sabendo sabendo que a seguranç segurançaa é menor, preferindo uma mo morte rte mais precoce do que ao internamento.

4 – Acompanhame Acompanhamento nto no exterior 4.1. Desenvolvimento do clima ético em organização que se dedica aos idosos

Os líderes empresariais, entre outras coisas, descobriram que a ética passou a ser um fator que agrega valor à imagem da empresa, no caso, dos hospitais, casas de saúde, asilos, locais de atendimento a idosos. Eis a razão da crescente preocupação, entre os empresários, com a adoção de padrões éticos para suas organizações. Sem dúvida, os empregados dessas entidades serão analisados através do comportamento e das ações por eles praticadas, tendo como base um conjunto de princípios e valores. Da mesma forma que o indivíduo é analisado pelos seus actos, as empresas (que são formadas por  indivíduos) passaram a ter sua conduta mais controlada e analisada, sobretudo após a edição de leis que visam a defesa de interesses colectivos. A credibilidade de uma instituição é o reflexo da prática efetiva de valores como a integridade, honestidade, transparência, qualidade do produto, eficiência do serviço, respeito ao consumidor, entre outros. No caso de uma empresa voltada para o trabalho com idosos, impõe-se um respeito   muito grande aos princípios e valores que ajudem a pessoa de mais idade, a atingir a sua plenitude como ser humano, dentro das limitações inerentes ao outono da vida. A boa ima image gem m de uma org organi anizaç zação ão voltad voltadaa par paraa pes pessoa soass ido idosas sas,, sem dúv dúvida ida dev devee estar estar totalm totalment entee comprometida com a ética.  Nessa dimensão distinguem-se distinguem-se dois grandes planos de ação que são propostos propostos como desafio às organizações: 

De um lado, em termos de projeção dos seus valores para o exterior, fala-se em empresa modelo; no sentido de respeito ao meio ambiente, no incentivo ao trabalho voluntário, na realização de algum  benefício para a comunidade e na responsabilidade social, social, etc.



De out outro ro lad lado, o, sob a per perspe specti ctiva va do seu púb públic licoo mai maiss pró próxim ximo, o, com comoo exe execut cutivo ivos, s, client clientes, es, colaboradores, profissionais especializados, fornecedores, accionistas, fazem-se esforços para a Cofnanciado por:

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criação de um sistema que assegure um modo ético de operar, respeitando sempre os princípios gerais da organização e do direito. Os familiares das pessoas idosas a quem se dirigem os serviços prestados, aguardam, muitas vezes com ansiedade, um acompanhamento mais próximo e um atendimento mais personalizado, indicativo de que se trata cada pessoa como se fosse a única. São muito pesados os compromissos impostos às empresas que, despreocupadas com a ética, enfrentam situações que muitas vezes, apenas num dia, destroem uma imagem que demorou anos para ser conquistada. Multas elevadas, quebra da rotina normal, empregados desmotivados, fraude interna, perda da confiança na reputação da empresa, são exemplos desses encargos. Daí o motivo porque muitas empresas adotaram elevados padrões pessoais de conduta para seleção dos seus colaboradoes e profissionais das áreas de geriatria, saúde, na alimentação, higiene e segurança, etc., cientes de que, atualmente, a integridade nos negócios exige profissionais altamente capazes de tornar compatíveis  princípios pessoais e valores empresariais. Evidentemente, que no caso de empresas dedicadas às pessoas idosas, há que se ter em conta o talento dos profissionais para lidarem com esse público. Há que gostar muito de idosos, porque se isto não existir, só o talento é insuficiente. É perfeitamente plausível e absolutamente necessário aliar os valores típicos de empresa, tais como os lucros, resultados, produtividade, qualidade e eficiência de produtos e serviços, além de ser necessário a mais-valia na conduta dos valores pessoais, tais como a honestidade, justiça, cooperação, tenacidade, compreensão, exigência, prudência, entre outros. Além, evidentemente, de habilitação técnica para o desempenho da função. Conclusão:  Naturalmente que é necessário um bom acompanhamento dos idosos quando estes necessitam de se deslocar a qualquer repartição pública. Evidentemente que acompanhar um idoso ao notário, levá-lo até junto de um advogado, deslocar-se com ele a uma instituição bancária ou compartilhar a sua companhia a qualquer serviço público, tem de ser uma  pessoa eticamente bem formada, que inspire confiança ao idoso. Que saiba guardar sigilo de tudo o que foi feito, ser honrado, sério e respeitador. Por essa razão muitas empresas de respeito, na área de saúde e bem-estar, especializada em idosos empreendem um esforço organizado, a fim de encorajar a conduta ética entre seus empregados. Implantam códigos de ética, idealizam programas de formação para os seus executivos e empregados, criam comissões Cofnanciado por:

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de ét étic ica, a, ca capa paci cita tam m lide lidere ress que que perc percor orre rem m os estab estabel elec ecim imen ento toss da or orga gani niza zaçã çãoo ince incent ntiv ivan ando do o desenvolvimento de um clima ético, além de outras ações.  Nessa perspectiva, as empresas que se utilizam de todos estes instrumentos, conquistam um clima muito favorável à assimilação, por parte de todos os seus colaboradores e clientes, daqueles princípios e valores, que pouco a pouco se vão disseminando di sseminando por toda a organização. Adquirem a consciência de que a ética nasce de um imp impera erativ tivo, o, que eme emerg rgee de uma con conviç vição ão interi interior, or, rec reclam lamand andoo coe coerên rência cia ent entre re os pr princí incípio pioss defendidos e as atitudes tomadas. Com efeito, a empresa que desenvolve programas de ética, preocupando-se com a criação e desenvolvimento de clima ético no ambiente de de trabalho, terá agregado à sua image imagem m um excelente fator de co competitividade. mpetitividade. É muitas veze vezess por esse aspec aspecto to que cativa os cliente clientess idosos e seus fami familiares liares,, que dão prefe preferênci rênciaa para aquelas empresas que denotam preocupação efectiva com o ser humano e não ficam só na teoria.

4.2. Notário Os serviços de notariado podem ser dos seguintes tipos: Registo civil 

 Nascimento;



Casamento



Óbito



Divórcio



Certidões

Identificação civil 

Pedido de bilhete de identidade ou Cartão de Cidadão;



Em caso de retenção do bilhete de identidade ou do cartão de cidadão;

Registo de veículos 

Registo de propriedade do veículo

Registo predial 

Registos Centrais – Nacionalidade

Outros Cofnanciado por:

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Compra, venda e permuta de bens imóveis;



Testamentos;



Protocolos

4.3. Advogado Consulta e apoio jurídico em casos de: 

Divórcio



Violência familiar e doméstica



Regulação do poder paternal;



Legalização, no caso de cidadãos estrangeiros;



Contratos de trabalho;



Problemas laborais;



Organização de pagamento de dívidas;



Entre outros.

4.4. Instituições bancárias Serviços prestados por instituições bancárias: 

Levantamentos e depósitos;



Créditos (habitação, consumo, automóvel, férias, etc.)



Seguros de saúde;



Planos de Poupança e reforma;



Certificados de Aforro;



Livros de cheques;



Atualização de cadernetas.

4.5. Serviços públicos Os serviços públicos são todos os serviços que um cidadão pode recorrer, em caso de necessidade, contandose entre os mais importantes: 

Centro de Saúde;



Hospitais;





Segurança Social (abonos, subsídios, etc) Finanças (entrega de declarações de impostos) Cofnanciado por:

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Polícia de Segurança Pública



Guarda Nacional Republicana;



Câmara Municipal;



Junta de Freguesia.

5– Situações imprevisíveis 5.1. Fogo Alguns cuidados a ter para prevenir acidentes gerais: 









 



 Nunca deixe crianças fechadas fechadas em casa. Em caso de iincêndio, ncêndio, ou outra emergência, elas elas não terão como fugir.  Não soltar fogos de de artifícios, podem explodir acidentalmente acidentalmente na mão do usuário, usuário, mutilando-o ou queimando-o. Grande quantidade de papéis, papelões e outros materiais de fácil combustão não devem ser guardadas em locais abertos, próximo de áreas de circulação de pessoas, mas sim, guardados em recintos fechados. Depois de utilizar uma fogueira na mata, na prática de campismo, por exemplo, deverá lançar-se água na mesma e cobrir com areia. Ter cuidado com balões de gás para crianças, muitas vezes enchidos com hidrogénio: Nunca fumar  perto deles, o que pode causar explosões e vár várias ias queimaduras.  Não fumar na cama, pois pois o fumador pode adormecer adormecer e o cigarro provocar uum m incêndio.  Não lançar produtos inflamáveis, gasolina, álcool, etc., nos ralos, pois, podem causar causar acumulação de gases provocando explosões.  Não avivar chamas de churrasqueiras e brase braseiros iros lançando álcool ou outros produtos inflamáveis em cima deles - poder-se-á queimar seriamente.

Como agir? 





  

 



Se notar indícios de incêndio (fumo, cheiro a queimado, etc.), aproxime-se a uma distância segura  para ver o que está a queimar queimar e a extensão do fogo. Dê o alarme pelo meio disponível aos responsáveis pela administração do prédio e/ou telefone aos  bombeiros. Se não souber combater o fogo, ou não puder dominá-lo, saia do local, fechando todas as portas e  janelas atrás de si, mas sem sem trancá-las, desligando a eletridade eletridade e alertando os demais residentes residentes do andar.  Não perca tempo tentando salvar salvar objetos, salve sim, a sua sua vida. Mantenha-se vestido, pois a roupa protege o corpo contra o calor e a desidratação. Procure alcançar o andar térreo usando a escada sem correr, jamais use o elevador, pois a energia é normalmente cortada, e poderá ficar parado, sem contar que existe o risco dele abrir justamente no andar em chamas. Procure ter sempre à mão o número dos Bombeiros. Evite abrir qualquer porta em que esteja a sair fumo pelas frestas e/ou a maçaneta se encontre quente; Ao ser surpreendido pelo fumo procure uma saída mantendo-se baixo sob o fumo e com um lenço sobre as vias respiratórias; Cofnanciado por:

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Se presenciar alguém com as roupas em chamas, derrube-a e role-a, se possível abafando-a com um cobertor;

Importante: 

   





  

Se localizar alguém no meio do fumo, arraste para um local ventilado e procure reanimá-lo por meio de ventilação ou respiração boca-a-boca.  Num incêndio em prédio, evite subir, procure semp sempre re descer;  Num incêndio em prédio não não vá pelos elevadores, desça pela escada - sempre pelo pelo lado direito; Caso não consiga sair do local, tente ir para a janela chamar a atenção para o resgate; Lembre-se que nos cantos extremos inferiores das salas há ainda quantidades residuais de ar no caso de um incêndio; Se tiver que atravessar pequenas extensões de fogo, molhe totalmente as suas roupas ou proteja-se com um cobertor molhado; Se tiver um saco plástico transparente de tamanho t amanho de 50 cm a 1 metro, obtenha ar fresco não contaminado pelo fumo e tente fugir agachado, pois terá uma reserva de ar satisfatória durante alguns minutos; Procure evitar a propagação do incêndio, evitando abrir janelas desnecessariamente;  No trânsito dê passagem passagem ao carro dos Bomb Bombeiros; eiros; Informe aos bombeiros da existência de outras vítimas e da sua localização, especialmente se forem  portadoras de deficiências físicas.

Se ficar preso: 







Se não puder sair, mantenha-se próximo de uma janela de preferência com vista para a rua e sinalize a sua posição; Feche, mas não tranque a porta do quarto ou onde estiver. Vede as frestas com um cobertor ou tapete  para não deixar entrar fumo. fumo. Em caso de fumo, mantenha-se junto ao chão e utilize um lenço ou toalha molhada sobre o nariz e  boca (filtro); Atire pela janela o que puder queimar facilmente (papéis, tapetes, cortinas, etc.), mas com cuidado  para não magoar quem estiver estiver na rua.

5.2. Inundação Prevenção de inundações: Para prevenir este tipo de acidentes é importante ter em atenção as regras de segurança dos edifícios em caso de incêndio, mas também certificar-se, através de uma inspeção regular, que as canalizações estão em bom estado. Também é importante garantir que o iso isolamento lamento não impede que o escoamento escoamento da casa possa se serr feito. Assim, certifique-se que os ralos das varandas ou marquises estão vedados permanentemente. O que fazer durante a inundação: 

Avise os seus vizinhos pois poderão prevenir as infiltrações ou mesmo auxiliá-lo a escoar a água;

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Desligue a torneira principal da água e procure parar a inundação, determinando a sua origem, mas com o maior cuidado – se não conseguir parar a corrente de água, telefone para os bombeiros imediatamente; Verifique a extensão da inundação, identificando quais as partes da casa afetadas e a quantidade de água, de modo a determinar como a retirar; Quando examinar a casa para determinar os estragos utilize uma lâmpada a pilhas e não acenda as luzes devido aos riscos de curto-circuito; Verifique a solidez da casa procurando os sulcos (fendas ou rachadelas), pedaços de estuque caídos ou outros estragos que possam indicar uma queda iminente; Procure sinais de risco de fogo como canos de gás partidos, circuitos elétricos e eletrodomésticos molhados ou quaisquer materiais inflamáveis ou explosivos; Contacte a empresa seguradora para que um agente venha verificar os estragos atempadamente para que possa começar as reparações quanto antes.

Após a inundação: Se os estragos não forem muito grandes pode fazer as seguintes tarefas:  



 



 

Certifique-se que toda a água foi escoada, em especial de caves e despensas; Antes que secar totalmente, limpe as paredes e chão pois podem ter terra ou sujidade que saem mais facilmente quando não estão totalmente secas; Para tornar a secagem da casa mais rápida, ligue o aquecimento da casa mas antes limpe-o bem, pois pode ter ficado danificado com a água; Verifique se todas as paredes e soalhos estão devidamente secos mesmo nas fundações ou nas entre  paredes, pois se deixar deixar alguma humidade, pode ar arriscar-se riscar-se a que os materiais apodreçam; apodreçam; Repare as pequenas rachas que possam existir nas paredes; Deite fora toda a comida que entrou em contacto com a água, mesmo as latas, pois podem ter ficado danificadas; Lave e seque todos os móveis, tapetes, roupas, utensílios de cozinha e roupas de casa, mesmo aquelas que não ficaram totalmente molhadas; Verifique se houve a formação de bolor nos móveis; Se a cor das paredes ou dos móveis sofreu alguma modificação com o contacto com a água, deixe estes acabamentos na decoração da casa para o final, pois podem ser feitos mais tarde quando a casa  já estiver habitável.

5.3. Acidentes com idosos Os acidentes com idosos sucedem-se também em alojamentos coletivos (casas de repouso, lares e outras instituições de acolhimento), no ambiente circundante ou por escorregamento na rua. Eis alguns conselhos para prevenir acidentes em idosos:     

Praticar exercício físico com regularidade, de modo a melhorar a forma física; Fazer uma alimentação equilibrada; Ser cuidadoso, de modo a não cometer erros na dosagem dos medicamentos que estiver a tomar;  Não beber álcool em excesso; excesso; Usar sapatos bem ajustados, com solas antiderrapantes (de preferência com ranhuras). Evitar usar solas de cabedal e protectores de metal. Os sapatos devem ter saltos largos, calcanhares reforçados e  presilhas ou atacadores, atacadores, de modo a evitar que os pés pés se movimentem dentro dos dos sapatos. Evitar usar chinelos. Cofnanciado por:

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     

 



    

 Não usar camisas de noite ou roupões comprido compridos. s. Dispor os móveis da casa de maneira sensata. Deixa espaço para poder andar de um lado para o outro sem encontrar obstáculos. Não andar sobre pavimentos escorregadios (molhados ou encerados); os tapetes devem cobrir todo o chão de uma parede à outra ou possuírem forro antiderrapante. A mobília não deve ter rodas e a cama e as cadeiras não devem ser demasiado baixas ou altas. Deve-se colocar barras de apoio na banheira, no chuveiro e ao lado da sanita e utilizar tapetes de borracha antiderrapantes no chuveiro e na banheira. Ilumine convenientemente toda a casa - quarto, corredor, sala, cozinha e casa de banho. As escadas devem ter boa iluminação, corrimãos seguros e degraus antiderrapantes. Deve utilizar a visão que tem, nas melhores condições. Se precisar de óculos, deve usa-los.  Não colocar no chão pequenos pequenos tapetes. Não deix deixar ar gavetas abertas.  Não deixar fios elétricos ou do telefone no chão. Deve Deve fixa-los às paredes. Deve manter todos os utensílios elétricos em boas condições de funcionamento e a salvo de salpicos de água. Nunca utilizar quando estiver a mexer em água. O aquecimento deve ter boa ventilação e devem ser usadas redes de protecção nas lareiras. O relvado, o jardim, o pátio, locais l ocais de passagem para carros e passeios devem estar desimpedidos, sem buracos, fendas ou outras irregularidades. Deve procurar não estar sozinho. Não se isolar, pois isso pode atrasar a chegada de ajuda do exterior no caso de acidente. Deve estar atento a movimentos inesperados de animais, crianças e bicicletas. Deve trazer consigo uma lanterna e utiliza-la para que possa ver e ser visto na escuridão.  Não deve ter vergonha vergonha de pedir ajuda para atravess atravessar ar a rua. Deve usar bengala, se o médico concordar. Deve ter uma campainha perto de si, sempre que possível.

6– Relações intepessoais

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Entende-se por relações interpessoais o conjunto de procedimentos que, facilitando a comunicação e a linguagem, estabelece laços sólidos nas relações humanas. É uma linha de ação que visa, sobre bases emocionais e psico pedagógicas, criar um clima favorável à empresa (escola) e garantir, por uma visão sistémica e integração de todo pessoal, uma colaboração confiante e pertinente. Cada pessoa é, e sempre será, um verdadeiro universo de individualidade; as suas ações, os seus motivos, os seus sentimentos constituem um paradigma único. Se não bastasse essa extrema singularidade ser modelada por uma fantástica constelação de neurónios que jamais se duplica de forma inteiramente igual em pessoas diferentes, cada um é  portador de um código biológico, uma história particular de vida e um volume imenso de circunstâncias que evoluí evo luíram ram e evo evolue luem m de for forma ma din dinâmi âmica, ca, tornan tornandodo-oo abs absolu olutam tament entee inc incomp ompará arável vel.. Mes Mesmo mo que um determinado vocábulo possa, por exemplo, possuir o mesmo sentido para duas pessoas diferentes, a intensidade com que cada um o acolhe jamais será absolutamente igual. Ninguém pode jamais sentir a saudade que sentimos, experimentar a felicidade que vivemos, sofrer a angústia da perda que sofremos e  porque assim somos, constituímos uma figura ímpar, um ser singular no imenso espaço que emoldura a nossa passagem pelo tempo. Esta originalidade de cada um dificulta a comunicação interpessoal e com ela todo o esquema de relações humanas que envolve o segredo do “conviver”. Essa manifesta singularidade humana está presente em qualquer família, num escritório, na risonha mesa de um bar, na escolha de companheiros ou nos partidos políticos. O estudo das relações interpessoais procura examinar os fatores condicionantes das relações humanas e face aos mesmos sugerir procedimentos que amenizam a angústia da singularidade de cada um e dinamiza a solidariedade entre todos que buscam conviver com harmonia. Essa formação abre espaço também para que descubra meios de transformar contactos em convívios, colegas em companheiros, que segundo o sentido etimológico dessa palavra, ao viverem juntos necessitam sempre aprender maneiras de “dividirem o pão”. Para isso é importante o domínio de alguns procedimentos que  podem facilitar as relações humanas. humanas. Mas, mesmo considerando a importância das mesmas para uso eventual em circunstâncias imprevisíveis e inimagináveis, é essencial que o profissional encarregado de fazê-lo se mostre extremamente preparado e com aguda sensibilidade para perceber o oportunismo do momento e para domínio das estratégias de execução. As relações interpessoais são relações que envolvem interações, perceções partilhadas, laços afetivos e interdependência de papéis. Estas relações variam de acordo com o conteúdo da relação. São as relações interpessoais que permitem um desenvolvimento pessoal e social.  Há vários factores que influenciam as relações interpessoais, i nterpessoais, nomeadamente:  Os papéis:

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Ao relacionarmo-nos com os outros, adquirimos novos comportamentos, dividindo-os em tarefas e adotando diferentes papéis;



Os papéis vão evoluindo em função da interação.

O conteúdo da relação: 

Implica o que os participantes fazem juntos, incluindo comportamentos cooperativos (como ajudar  alguém) e comportamentos como lutar, competir, etc.

Os intervenientes da relação: 

Cada pessoa que interage connosco tem um significado e nós agimos conforme conforme esse significado;



As pessoas unem-se para alcançar objectivos e satisfazerem necessidades que sozinhas não são capazes;

 O contexto da relação 

O contexto social marca as relações interpessoais, influenciando os nossos comportamentos;



As pes pessoa soass são influe influenci nciada adass pel pelas as exp experi eriênc ências ias viv vivenc enciad iadas as pel pelos os gru grupos pos em que cre cresce sceram ram,, influenciando o modo como se relacionam com os outros.

Podem-se observar nas relações interpessoais, várias formas de socialização. Assim, existem relações: 

Formais (Ex: um cidadão numa repartição das finanças);



Informais (Ex: um grupo de amigos);



Íntimas (Ex: relações familiares);



Públicas (Ex: Ida a um concerto);



Ocasionais (Ex: pedido de informação a uma pessoa desconhecida); Sistemáticas (Ex: relações de trabalho);



Quanto aos tipos de relações interpessoais, podem-se considerar as: 

Relações afectivas;



Relações de amizade;



Relações familiares;



Relações socioprofissionais;



Relações de vizinhança e comunidade

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6.1. Relações familiares

Conceito de família A família define-se como o conjunto de indivíduos que residem no mesmo alojamento e que têm relações de  parentesco (de direito ou de facto) entre si, podendo ocupar ocupar a totalidade ou parte do alojamento. alojamento. A família é um dos apoios de base dos indivíduos em todas as sociedades. Isto significa que todos nós  pertencemos a uma família, independentemente do tipo de sociedade em que vivemos, pois esta é a célula  base de qualquer sociedade, sociedade, donde todas as soc sociedades iedades se desenvolvem. São observadas diversas diferenças culturais na forma como se define e se considera o conceito de família. A representação social de família, na sociedade em que vivemos, resulta do nosso passado da organização da nossaa socie noss sociedade, dade, do proc processo esso de socia socializaçã lização, o, das nossas convicçõ convicções es e valor valores es (por exemp exemplo: lo: uma famíl família ia  portuguesa e uma família muçulmana). muçulmana). Associada ao conceito de família surge a noção de parentesco. Esta pode-se definir como as relações estabelecidas entre indivíduos através do casamento, ou por linhas de descendência, que ligam a familiares consanguíneos.

6.2. Família nuclear e família extensa Tipos de família Atualmente, surgiram vários tipos de família, que gradualmente têm vindo a ganhar importância, face à família tradicional. Esta pode ser considerada como: Família nuclear: Dois adultos de sexos diferentes que vivem juntos no mesmo agregado, com os seus filhos,  próprios ou adotados. As nossas relações familiares são ligações com origem no início da vida. A ligação à Cofnanciado por:

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nossa Mãe, antes e depois do nosso nascimento. Todos sabemos da existência de uma forte ligação da mãe ao feto durante a gravidez, ligação essa que se fortalece mais depois do parto. A ligação aos outros membros da família, como o pai que nos gerou e acompanha o desenvolvimento do feto durante a gravidez da mãe. Há depois uma forte ligação do pai após o nascimento. Família extensa: Um grupo de três ou mais gerações, que que vivem na mesma habitação, ou próxima, podendo incluir avós, irmãos e suas mulheres, tias, etc. Na família extensa o relacionamento faz a pessoa humana. O homem é um ser em relação, pois é com os outros seres humanos que nós próprios aprendemos a ser  humanos. Evoluímos nas relações com o meio que nos rodeia, a família, a escola e a sociedade. Em casa com os noss nossos os pa pais is,, irmã irmãos os,, avós avós,, tios tios,, etc. etc.,, criam criamos os os sent sentime iment ntos os de pert perten ença ça,, de acol acolhi hime ment ntoo e de relacionamento.  Na escola com os nossos professores, funcionários, colegas de turma e outros amigos da escola percebemos que estamos integrados num mundo de relações. Mundo este que se alarga com a sociedade em geral, nomeadamente nos grupos de atividades desportivas, recreativas, na catequese, no grupo de amigos e através dos vários meios de comunicação.

6.3. Relações de vizinhança e proximidade Em determinada altura das nossas vidas verificamos, como atrás dissemos, que cada pessoa é, e sempre será, um verdadeiro universo de individualidade; as suas ações, os seus motivos, os seus sentimentos constituem  paradigma único. Cada um de de nós é portador de uum m código biológico, de uma história história particular de vida e um volume imenso de circunstâncias que evoluíram e evoluem de forma dinâmica, tornando-nos absolutamente incomparáveis seja com quem for. Daí advirem diversos tipos de comportamento pessoal, dos quais abordamos apenas alguns. Isto acontece  porque somos todos todos diferentes, ou seja, temos ttraços raços de personalidade diferentes. diferentes. Poder-se-á definir personalidade como “conjunto de padrões comportamentais (incluindo pensamentos e emoções) que caraterizam a maneira de cada indivíduo se adaptar às situações da sua vida”. Por sua vez, chama-se traço de personalidade a todo o aspecto particular de um indivíduo que o distingue dos outros. Como lidar com as pessoas: 

Devemos cumprimentar as pessoas, num cumprimento franco e respeitoso;



Devemos olhá-las de frente, isto é, olhar para a cara delas, sem ser necessário aquele olhar “olhos



nos olhos”, que por vezes, inibe a outra pessoa; Devemos ser cordiais, respeitadores e gentis; Cofnanciado por:

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Devemos utilizar um tom de voz adequado, agradável para quem nos ouve, de forma clara e ajustada;



Devemos ter uma atitude positiva;



Devemos, essencialmente, saber ouvir, escutar com atenção aquilo que as outras pessoas nos dizem. Por isso:



O saber falar é um dom de muitos; O saber calar calar é um dom de poucos;



O saber escutar escutar é a generosidade de poucos.



6.4. Relações socioprofiss socioprofissionais ionais  Nas relações socioprofissionais devemos ter em conta que a primeira impressão conta bastante. Devemos saber apresentar-nos; sermos autênticos assertivos. Ter em atenção os pormenores. Ser amistoso, cordial,  prestável. Ser sincero e coerente como que dizemos e o que que fazemos. Fundamentalmente não esquecer: 

A atitude



A motivação



O Ser mais do que o ter 



Respeitar o outro.



Já repararam como é difícil a gestão das relações humanas?! Muitas vezes não sabemos como agir, o que pensar, o que escolher.

Para gerir as nossas relações humanas é como ter um passarinho nas mãos: se apertamos demais, ele morre; se abrimos demais, ele foge. É nesta simbiose que está o segredo, o trabalho e a dificuldade. 

Quantas vezes, com medo de perder, apertamos tanto que o outro não pode respirar, quase não pode existir? Sufocamos. E acabamos mesmo por perder.



Quantas vezes agimos de uma forma demasiada branda, aparentando falta de interesse, e como tal interpretado, que pode levar a abusos ou à fuga?

Diz Antoine de Saint Exupéry que devemos cativar. Cativar e prender. Mas não uma prisão física nem  psicológica. Cativar é envolver. É estar atento. É dar espaço. É saber estar presente. É saber estar ausente. Mas sempre atento e interessado. Interesse não manipulador e curioso. Cofnanciado por:

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Os dez mandamentos das relações humanas 1. FA FALE LE co com m as pes pesso soas as.. Na Nada da há tão tão agra agradá dáve vell e anim animad adoo quan quanto to uma pala palavr vraa de saud saudaç ação ão,,  particularmente hoje em dia quando quando precisamos mais de sorrisos sorrisos amáveis. 2. SOR SORRIA RIA para as ppessoa essoas. s. Não cus custa ta nada. Le Lembrembre-se se que acc accionamo ionamoss 72 múscu músculos los par paraa franzir a testa e apenas 14 para sorrir. 3. CHA CHAME ME as pes pessoas soas pe pelo lo nome. A mú música sica mai maiss suave ppara ara muit muitos os ainda é ou ouvir vir o seu pprópri róprioo nome. 4. Seja A AMIGO MIGO e pres prestativo tativo.. Se vo você cê quis quiser er ter amigo amigos, s, se seja ja amig amigo. o. 5. Seja CO CORDIA RDIAL. L. Fale e aja co com m toda a sinc sincerida eridade. de. Tud Tudoo o que fizer fizer,, faça-o ccom om todo o pr prazer. azer. 6. INTE INTERESS RESSE-SE E-SE sin sincerame ceramente nte pelo peloss outro outros. s. Lemb Lembre-se re-se qu quee você sab sabee o que sabe, pporém orém voc vocêê não sabe o que os outros sabem. Seja sinceramente interessado pelos outros. 7. Seja GEN GENEROS EROSO O em elogiar elogiar,, CAUT CAUTELOSO ELOSO em cr criticar iticar.. Os lídere líderess elogia elogiam. m. Sabem en encoraj corajar ar e dar  confiança aos outros. 8. SA SAIBA IBA consid considera erarr os sent sentime imento ntoss dos out outros ros.. Exi Existe stem m trê trêss lad lados os numa contr contrové ovérsi rsia: a: o seu seu,, o do outro e o lado de quem está certo. 9. PR PREOC EOCUP UPE-S E-SE E com a opi opiniã niãoo dos outr outros. os. Exis Existem tem três comp comport ortame amento ntoss de um ver verdad dadeir eiroo líder: líder: oiça, aprenda e saiba elogiar. 10. PRO PROCURE CURE apres apresentar entar um excelen excelente te serviço serviço.. O que realmente realmente vale na nossa vida é o que fazemos  pelos outros.

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BIBLIOGRAFIA A E FONTES BIBLIOGRAFI       

FACHADA, Maria Odete, Psicologia das relações interpessoais, Edições Rumo; FACHADA, www.forma-te.com/mediateca/download-document/3407-psicologia-do-desenvo www.forma-te.com/mediateca/download-document/3407 -psicologia-do-desenvolvimento.html lvimento.html;; Instituto Nacional de Estatística: www.ine.pt/ Portal da Sáude: www.portaldasaude.pt/ Proteção Cívil: www.protecaocivil.pt WIKIPÉDIA,, a enciclopédia livre - http://www.wikipedia.co WIKIPÉDIA WHITAKER,, Maria do Carmo – Consultora e Professora de Ética Empresarial WHITAKER

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