Manual Ufcd 3520 Higienização de Espaços e Equipamentos

August 18, 2017 | Author: Silvana Carvalho | Category: Public Health, Infection, Soap, Detergent, Waste
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Manual Ufcd 3520 Higienização de Espaços e Equipamentos...

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Higienização de espaços e equipamentos

HIGIENIZAÇÃO

DE ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS

UFCD

3520

Índice 1.Higienização

-

materiais

utensílios…………………………………………………………..2 1.1.Conceitos básicos de

química

materiais………………………………………………………….2 1.2.Produtos básicos

e de de

limpeza………………………………………………………………………………5

0

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1.3.Utensílios

básicos

higienização………………………………………………………………………7 1.4.Utilização dos utensílios e produtos

de de

limpeza………………………………………………….12 2.Higienização

de

espaços………………………………………………………………………...16 2.1.Regras de organização do serviço

de

higienização……………………………………………..16 2.2.Técnicas específicas

de

higienização…………………………………………………………………19 2.2.1.Revestimentos………………………………………………………………… ………………..19 2.2.2.Móveis…………………………………………………………………………… …………………21 2.2.3.Tecidos…………………………………………………………………………… …………….…22 2.3.Higienização………………………………………………………………………………… ………………..25 2.3.1.Centros

de

cuidados

humanos/similares………………………………………………25 2.3.2.Lares……………………………………………………………………………… ………………..26 2.3.3.Centros

de

dia…………………………………………………………………………………..27 2.3.4.Domicílio………………………………………………………………………… ………………..28 2.4.Higienização

de

específicos………………………………………………………………….29 2.4.1.Salas

espaços de

convívio……………………………………………………………………………….29 2.4.2.Quartos…………………………………………………………………………… ……………….30 2.4.3.Unidades

de

saúde…………………………………………………………………………….33 2.4.4.Refeitórios……………………………………………………………………… …………………36 3.Equipamentos higienização…………………………………………………………………38 3.1.Livros de instruções e ficha técnica

de dos

equipamentos……………………………………….38

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3.2.Regras

básicas

de

manutenção

e

limpeza

de

equipamento

utensílios……………..…51 3.3.Ficha

e de

arranjos…………………………………………………………………………………………… 52 Bibliografia……………………………………………………………………………………………. 55

1.Higienização - materiais e utensílios 1.1.Conceitos básicos de química de materiais Se alguma “coisa” é descrita como limpa significa que está livre de pó e qualquer tipo de sujidade. Podemos dizer que a limpeza consiste na eliminação da sujidade, mas por vezes este termo aplica-se a todo o processo, englobando também a desinfecção, especialmente das casas de banho. Uma vez que o objectivo da limpeza não é só remover a sujidade, pó, manchas ou marcas, mas evitar que estas não se transfiram para outras superfícies, os métodos de limpeza utilizados devem ser por sucção (aspirador), lavagem e utilização de produtos químicos, evitando-se varrer ou escovar e a limpeza do pó a seco. A sujidade é constituída por pó e detritos: 1. O pó são partículas soltas e secas do ar que assentam nas superfícies, e que se acumulam em superfícies rugosas, cantos, etc. 2. Os detritos são uma mistura de pó e líquidos, porcarias e gorduras, que penetram muitas vezes nas superfícies e que são de difícil remoção, particularmente em texturas rugosas e absorventes. A sujidade pode ser trazida para os edifícios do exterior ou produzida dentro do estabelecimento e espalhada de uma área para a outra. As fontes exteriores de sujidade incluem substâncias visíveis como a lama e terra seca, areia, cimento em pó, assim como as mais difíceis de detectar como fumo e todos os poluentes transportados pelo ar.

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A sujidade produzida internamente inclui substâncias desagradáveis produzidas no edifício como o conteúdo de canos de esgoto, sangue, fluidos corporais, mucos provenientes da tosse e espirros e cinzas de cigarro. Também inclui produtos menos ofensivos como fibras soltas de roupa, partículas do desgaste das carpetes ou tapetes e mínimas partículas de pele morta. A sujidade pode ser transportada pelo ar através dos utentes dos edifícios ou pelo sistema de ventilação. No caso dos utentes, particularmente pelos sapatos, mas também pelas mãos, roupa, bagagem ou no cabelo. A sujidade pode também ser transportada por roedores e insectos, assim como por métodos de limpeza mal executados ou ineficazes, como varrer ou escovar. O equipamento de limpeza que não for convenientemente lavado ou limpo poderá também ser a causa da transferência da sujidade. A sujidade pode ser removida através:  Agentes de limpeza química dissolvidos em água, como detergentes e      

desinfectantes, ou outros líquidos; Força (ar pressurizado ou água); Pressão mecânica (uso de máquina de esfregar); Fricção (almofadas abrasivas); Agitação (processo de lavandaria); Sucção (limpeza por sucção a seco ou húmido); Electricidade estática (usando esfregão estático – swifer).

O método exacto de limpeza depende do tipo e quantidade de sujidade existente e a superfície em que se encontra depositada. A limpeza melhora o aspecto das superfícies e das áreas através da remoção da sujidade visível. As bactérias, seres microscópios não visíveis a olho nu, são removidas e eliminadas ao mesmo tempo que limpamos. As técnicas de limpeza têm, portanto, que prestar especial cuidado na sua execução. O objectivo da remoção da sujidade visível e da poeira é tão importante ou até menos que a remoção e controlo de bactérias prejudiciais à saúde, quer dos utentes, quer dos funcionários. Geralmente o pó pode ser removido através de panos ou escovas ou por sucção, que será o ideal para o remover sem este se alastrar. No entanto, quando a sujidade está muito entranhada, estes métodos podem não ser o suficiente.

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Aí teremos que a dissolver numa solução, que até poderá ser água, dependendo do tipo de sujidade, no entanto, não é o melhor tipo de solvente ou agente líquido, uma vez que não lava nem desinfecta. Assim, os detergentes ou desinfectantes devem ser adicionados à água para auxiliar na dissolução das substâncias desagradáveis. Os detergentes são produtos químicos que, juntamente com água, de preferência quente, ajudam à remoção de gorduras e sujidades, mas não destroem as bactérias. Os desinfectantes são produtos químicos que eliminam a maioria das bactérias. No entanto, este só será eficaz após uma boa limpeza inicial com um detergente. Os desinfectantes químicos podem ser o método óbvio para matar as bactérias. No entanto este produto só actua correctamente se mantido e usado correctamente. A maioria das bactérias são mortas a temperaturas superiores a 70ºC-75ºC, pelo que toda a roupa susceptível de conter bactérias deverá ser lavada a estas temperaturas, assim como as loiças usadas. È importante seguir as instruções das embalagens, prestando especial atenção à diluição e às informações das fichas técnicas e das fichas de segurança. A diluição errada poderá danificar as superfícies, tornar necessária uma segunda enxaguadela – repetir a limpeza com água - , ou tornar o agente ineficaz. Deve-se seguir sempre as instruções do fabricante em relação a:  Como guardar os produtos de limpeza,  Como os deitar fora,  Necessidade do uso de roupa protectora.

1.2.Produtos básicos de limpeza Agentes básicos de limpeza Água É o agente mais simples de limpeza, uma vez que ajuda a dissolver a maioria da sujidade. No entanto, a água sem nenhum auxílio não penetra convenientemente numa superfície. Se se acrescentar um agente como o detergente, a solução torna-se mais penetrante e como tal limpa com maior eficácia. A pressão da água é um poderoso método de limpeza, desalojando a sujidade e retirando-a da superfície.

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Sabão O sabão é feito de gorduras naturais, como o óleo de palma, óleo de peixe ou outro animal gordo, misturado com soda cáustica (uma poderosa substância química). Ele é produzido na forma sólida, liquida, em lascas ou em pó. O sabão misturado em água produz uma emulsão. Isto significa que pode dissolver a maioria das gorduras ou óleos em partículas tão pequenas que se misturam com água e desaparecem. Para ter certeza que não ficam partículas de sujidade deve-se enxaguar mais que uma vez. Infelizmente uma mistura de sabão e água também produz uma espuma insolúvel. Os componentes quer da água quer do sabão, aderem à superfície a ser limpa, tornando mais difícil o enxaguamento. Isto torna o sabão impróprio para a limpeza de certas superfícies (ex. Parede de veludo). Desinfectantes Químicos Os desinfectantes químicos são utilizados, frequentemente, para matar bactérias, sendo esta ideia reforçada constantemente na publicidade. Contudo, na maioria dos casos, os desinfectantes químicos não são necessários. Se a superfície tiver sido limpa convenientemente, a maior parte das bactérias terão sido removidas com a sujidade. A prevenção passa por manter as superfícies secas, pois a humidade proporciona a propagação das bactérias. Para que este tipo de produto actue correctamente é necessário cumprir as seguintes regras:  A água deve ser acrescentada de acordo com as indicações do produto.  Os desinfectantes não devem ser misturados. A mistura provocará reacção 

química ou libertação de gazes tóxicos e os produtos perderão a sua eficácia. Nenhum desinfectante é eficaz para todo o tipo de bactérias, pelo que este



deve ser escolhido mediante o tipo de bactéria a matar. As soluções desinfectantes só devem ser preparadas quando necessárias,



pois perdem a eficácia se forem guardadas algum tempo. Primeiro, as superfícies devem ser limpas.

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Alguns desinfectantes podem perder eficácia em certos tipos de plásticos, cortiça ou outro tipo de material. Siga as instruções.

Detergentes sintéticos Estes são feitos a partir da combinação de diferentes químicos. O detergente liberta a sujidade, mas pode não evitar a necessidade de esfregar. Os detergentes não formam espuma quando adicionados à água. Existe um variado leque de opções provenientes de diversas combinações de químicos específicos para determinados tipos de utilização, como:  Detergentes neutros – São utilizados mais para a limpeza do pó e outras 

tarefas similares, por norma são multiusos; Detergentes alcalinos – São utilizados em superfícies difíceis, em tarefas especializadas, uma vez que são detergentes desengordurantes. Alguns destes produtos são abrasivos, pelo que devem ser usados de acordo com as



especificações do fabricante. Agentes ácidos – Estes são usados para limpar casas de banho para remover nódoas causadas por depósito de cal. Uma vez que são ácidos fortes, devem ser utilizados de acordo com as especificações do fabricante e respeitando as normas de segurança.

Outros agentes de limpeza: Agentes compostos de solventes São uma solução de um líquido, por exemplo água, agentes líquidos e outros aditivos. Estes agentes são usados para a remoção de cera de madeiras, limpeza a seco e remoção de nódoas. Agentes abrasivos Também designados por agentes erosivos, são muito usados para a limpeza de acessórios sanitários em loiça ou superfícies esmaltadas. Este tipo de agente não é aconselhado para superfícies que se risquem com facilidades.

1.3.Utensílios básicos de higienização Roupa para limpeza A roupa tem muitas utilizações entre elas lavar, limpar e polir. Poderão ser também substituídas por esponjas. A roupa a utilizar na limpeza deve ser:  Absorvente, para que possa colher a sujidade com eficácia;

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Suaves, para que não risquem as superfícies Lisas para não deixarem



borbotos ao limpar; Descartáveis ou capazes de serem cuidadosamente limpas depois de usadas.

O algodão ou a esponja é indicada para a maioria das superfícies e a camurça (genuína ou falsificada) para os vidros. As roupas descartáveis por razões de segurança são uma boa alternativa. Alguns estabelecimentos têm um código de cores para os tecidos a usar na limpeza, por exemplo os tecidos de cor vermelha para a casa de banho, os verdes para o uso de vária ordem, os amarelos para a zona de contacto com alimentos.

Os tecidos descartáveis são concebidos para terem uma vida curta, no entanto, podem serem utilizados mais do que uma vez. Os papéis, frequentemente apresentados num rolo de papel, não podem nem devem ser usados mais do que uma vez. Os panos amarelos ou axadrezados não são recomendáveis para a limpeza húmida, uma vez que tem tendência a manchar, nem para a limpeza a seco, uma vez que espalha o pó. Os panos de limpeza, de reduzido custo unitário, mas de apreciável valor considerados na totalidade, deverão ser entregues ao pessoal contra a devolução de igual número de panos sujos da mesma natureza, excepto, como é evidente, no caso dos panos descartáveis. Vassouras A cada empregada deverá ser distribuído um determinado número de vassouras de diversos tamanhos e feitios, consoante a natureza dos trabalhos a que se destinam. As vassouras são usadas na recolha do pó e pequenas partículas de sujidade do chão ou paredes. A parte das vassouras com que se varre, ou seja a zona que entra em contacto com a sujidade e que se localiza no final do cabo, pode ser feita de nylon, acrílico ou

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poliéster. Estas são mais apropriadas, pois produzem electricidade estática, que atrai as partículas secas.

As vassouras têm essas zonas de forma alongada e horizontal que são puxadas de encontro a quem varre, sem serem levantadas do chão. Têm de ser articuláveis para melhor limparem à volta das mobílias. Escovas Este utensílio é útil para varrer pátios, escadas exteriores, caminhos onde o pó que elas fazem levantar não se aloja no mobiliário ou noutras superfícies. As escovas têm cerdas longas quando se destinam à limpeza de caminhos no jardim e outras superfícies mais difíceis do exterior ou cerdas mais suaves, apropriadas para texturas mais suaves, como escadas de exterior.

Existem escovas desenhadas especialmente para a limpeza de sanitas. Muitos modelos têm cabo em plástico, cerdas em nylon e um suporte, fechado ou não. Para evitar o risco de propagação das bactérias, estas escovas devem ser usadas e em seguida guardadas em local apropriado, depois de lavadas e secas.

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Esfregonas e baldes Existem 3 tipos básicos de esfregonas para lavar o chão: 1. Pequenas, também conhecidas por “lava tudo”; 2. Grandes, que podem ser separadas do cabo e enviadas para a lavandaria para serem lavadas; 3. Esponjas, normalmente com um balde e com um dispositivo para se espremer o excesso da solução detergente ou água para enxaguar. Um balde é necessário para as esfregonas pequenas e grandes. Estas tem um rolo para espremer e que pode ser uma prensa, um rolo ou simplesmente um cano. Estes podem ser feitos de muitos materiais, desde o plástico à fibra de vidro, e alguns têm rodinhas para poderem ser transportados facilmente e, protecções para não estragarem as paredes e marcações para ajudar na medição das soluções de limpeza.

É aconselhável o uso de dois baldes durante a limpeza para que se esprema a água suja para um balde e se molhe de novo a esfregona no outro. O uso de um só balde implica que a mistura com o detergente deva ser mudada com maior frequência. As esfregonas que não possam ser retiradas para serem lavadas são um reservatório para as bactérias e germes que inevitavelmente irão ser redistribuídas pelo chão de novo, logo devem ser evitadas ou substituídas com muita frequência. Mopas As mopas são utilizados na recolha do pó e pequenas particulas de sujidade do chão e paredes. As vassouras são utilizadas para limpeza do exterior, enquanto que as mopas são utilizadas no interior dos estabelecimentos, pois não permitem que o pó se levante. A parte das mopas que varrem, ou seja a zona que entra em contacto com a sujidade e que se localiza no final do cabo, pode ser feita de nylon, acrílico ou poliéster.

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As mopas tem uma forma alongada e horizontal e não devem ser levantadas do chão. Devem ser articuladas para uma melhor limpezaem volta das mobilias, sofas, etc. As mopas devem ser lavadas todos os dias. Podem ser lavadas e secas na máquina e devem ser devidamente arrumadas. Lava e Limpa Vidros Em termos profissionais, a limpeza de vidros é uma tarefa muito importante e que, sem os acessórios apropriados, poderá demorar bastante tempo. Assim, para facilitar este serviço usam-se esponjas próprias para lavar os vidros, sem largar pêlos.

Por norma são constituídos por cabos extensíveis para assegurar a limpeza de vidros altos e de grandes dimensões, por uma mopa de limpeza composta por microfibras, um abrasivo lateral para remover sujidade mais difícil e uma borracha de boa qualidade de remoção de líquidos. Estas esponjas são ensopadas em soluções específicas para limpar e desengordurar cristais, e depois friccionadas pelos vidros, libertando espuma. Para terminar a tarefa, esta espuma é recolhida pelo limpa vidros, um acessório com configuração semelhante ao anterior, mas que termina com uma borracha específica para recolher solução que a esponja espalhou.

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As partes laváveis podem ser colocadas a lavar e a secar na máquina. As que não se podem lavar na máquina, devem ser lavadas com água corrente e com um pano para retirar o excesso de água.

1.4.Utilização dos utensílios e produtos de limpeza Conservação Os tecidos descartáveis para limpeza devem ser colocados num saco de lixo depois de usados. Não se deverá repetir o seu uso, pois não são feitos para este tipo de uso e começam a desfazer-se. Os tecidos de limpeza de algodão ou esponja devem ser lavados numa solução de detergente neutro, enxaguados em água abundante e postos de seguida a secar. Os tecidos de camurça são vulgarmente enxaguados em água (fria ou levemente tépida) e postos a secar. As bases das vassouras que podem ser retiradas para serem lavadas geralmente são esterilizadas na lavandaria onde se atingem temperaturas suficientes para isso. Outras podem ser lavadas em água muito quente e numa solução de detergente neutro, enxaguadas em água abundante e postas a secar em seguida. As escovas estáticas são lavadas da mesma maneira. As escovas são lavadas em água tépida e num detergente neutro e depois de enxaguadas deixam-se secar, tendo sempre o cuidado de não as colocar na sua base, pois podem ficar sem forma. Os baldes e as pás devem ser lavados depois de usados, virados para baixo para que sequem completamente. Armazenamento Os produtos de limpeza e desinfecção são produtos químicos e, consequentemente, contêm substâncias tóxicas. Por esta razão, o seu armazenamento requer determinados cuidados:  Devem estar fisicamente separados dos outros, isto é, em armários fechados 

ou de preferência em secções separadas; Devem ser conservados nas suas embalagens de origem. É interdita a utilização de embalagens de outro tipo de produtos para armazenar produtos de limpeza e vice-versa;

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Devem possuir rótulos bem visíveis, para que se possa perceber de imediato



qual o conteúdo da embalagem; Devem ser armazenados de acordo com a indicação da rotulagem, caso exista essa indicação.

Manipulação Tal como na armazenagem, também a manipulação de produtos químicos exige cuidados especiais:  Deve utilizar-se vestuário adequado e exclusivo para as tarefas da limpeza;  Devem utilizar-se os produtos apenas para o fim a que se destinam;  Deve-se cumprir, obrigatoriamente, todas as indicações da rotulagem – é obrigatório ler cuidadosamente as indicações antes da sua utilização e, em 

caso de dúvida, deve-se contactar-se o fornecedor do produto; Deve-se verificar qual a dosagem correcta pois a mais é desperdício e a



menos não é eficaz; Não deve haver mistura de produtos – algumas misturas dão origem à



libertação de gases tóxicos; Durante a execução das tarefas de limpeza está interdito o contacto com as mãos nos olhos e na boca.

Equipamento de protecção Os profissionais que são responsáveis pela limpeza e desinfecção das instalações, devem

estar

protegidos

durante

a

execução

das

suas

actividades

pelos

equipamentos de protecção individual, que constam no quadro seguinte:

Salienta-se, que as luvas constituem uma barreira de defesa eficaz no contacto com os produtos de limpeza, em especial nos contactos prolongados com os desinfectantes, detergentes com acção corrosiva, decapantes, cera ou outro produto químico que possa potencialmente causar dano ao seu utilizador, pelo que é fundamental respeitar a sua utilização.

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Assim, é indispensável a utilização de luvas adequadas sempre que se realizem trabalhos de risco, nomeadamente:  No manuseamento de produtos contaminados ou suspeitos de contaminação    

incluindo materiais/equipamentos de limpeza; Na limpeza de áreas sujas e contaminadas; Na limpeza de pavimentos, materiais e equipamentos de médio e alto risco; No manuseamento de materiais corto-perfurantes; Durante a manipulação/aplicação de produtos agressivos para a pele (detergentes, desinfectantes e outros).

É de referir, que todo o equipamento de protecção individual deve ser fornecido aos seus trabalhadores pela empresa prestadora do serviço de limpeza, o qual deverá ser substituído assim que apresente sinais de deterioração. A manutenção da higiene pessoal dos profissionais é de extrema importância, a qual inclui nomeadamente:  Banho após o trabalho;  Manutenção das unhas (curtas, limpas e sem verniz ou unhas de gel);  Cabelo curto ou atado;  Barba e bigode aparado e limpo;  Protecção das feridas;  Lavagem frequente das mãos. É de salientar, que a lavagem das mãos deve ser realizada ao entrar e sair do trabalho, antes e após qualquer procedimento, após retirar luvas, antes e após utilizar as instalações sanitárias e assoar o nariz, antes das refeições e ainda em outras situações que se considere necessário. Os profissionais devem estar continuamente informados sobre os cuidados de prevenção, disseminação e contaminação, principalmente relacionados com o uso de luvas: estas só devem ser usadas durante os procedimentos de limpeza e outras técnicas e retiradas com técnica correcta, a fim de evitar que os profissionais se contaminem. Acrescenta-se ainda que, mesmo durante o trabalho, deve evitar tocar-se, com as luvas contaminadas, em locais de uso comum (ex: maçanetas de portas, botões de elevadores, entre outros).

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2.Higienização de espaços 2.1.Regras de organização do serviço de higienização As tarefas de limpeza podem ser feitas de várias maneiras de modo a cumprirem os seus objectivos com o mínimo de esforço pessoal, bom uso de tempo e sem desperdícios, tanto de produtos e materiais de limpeza ou energia para operar esse tipo de equipamento. Em alguns estabelecimentos, por cada nova tarefa são propostas técnicas detalhadas:  Que tipo de material usar;  Que equipamento usar;  O padrão pretendido;  Como estabelecer o trabalho;  Que sequência seguir;  Quanto tempo deverá durar. De acordo com a abrangência e objectivos a atingir, podem estabelecer-se diferentes frequências de limpeza:  Limpeza corrente: é aquela que se realiza diariamente, e que inclui a limpeza 

e a arrumação simplificadas. Limpeza de conservação ou semanal: é a limpeza que embora não necessite de ser realizada todos os dias, pela sua importância na conservação de um bom ambiente, não deve ser descurada, devendo por isso ser realizada pelo



menos uma vez por semana. Limpeza imediata: é aquela que é realizada quando ocorrem salpicos e/ou derrames (ex: sangue ou outra matéria orgânica) em qualquer período do dia, podendo ser solicitada pelos profissionais de saúde ou sempre que



constatada pelo funcionário do serviço de limpeza. Limpeza global: trata-se de uma limpeza mais completa e de fundo, que contempla estruturas por vezes de difícil acesso e/ou limpeza.

A frequência da limpeza é estipulada de acordo com a classificação das áreas. No entanto, as técnicas de limpeza e os produtos empregues, para cada tipo de material, são sempre iguais em qualquer área do estabelecimento, quer seja considerada ou não área crítica.

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A principal distinção entre a limpeza corrente da “área crítica geral” e da “área semi-crítica geral” reside na limpeza que é realizada a meio do dia, uma vez que neste período, e somente neste, poderá existir um menor número de zonas a limpar.

Exemplo de uma limpeza corrente a meio do dia:  Área crítica geral - A limpeza da sala de tratamentos inclui chão, marquesa, superfícies de trabalho, mobiliário, equipamentos, utensílios, lavatório e sua(s) torneira(s) e manípulo(s) de porta(s), assim como o despejo de 

resíduos e a limpeza dos contentores/recipientes. Área semi-crítica geral - A limpeza corrente da sala de injectáveis inclui somente a marquesa, superfícies de trabalho e o despejo de resíduos e a limpeza dos contentores/recipientes.

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Devem ser afixadas nos diversos locais as instruções relativas à limpeza e desinfecção dos locais, bem como a nomeação de um responsável pela verificação e cumprimento das mesmas. É aconselhável que os colaboradores possuam a competência necessária para alcançar os resultados esperados, devendo possuir, entre outros, os seguintes conhecimentos, habilidades e atitudes: Conhecimentos:  Técnicas de limpeza;  Arrumação e higienização aplicáveis a instalações e equipamentos de uso  

habitacionais e áreas sociais; Técnicas de arrumação de cama; Requisitos de higiene pessoal e segurança no trabalho adequados à

  

ocupação; Operação dos equipamentos e aparelhos de uso mais comum nas unidades; Procedimentos para assegurar a privacidade e segurança do utente; Primeiros socorros;

Habilidades  Cálculo das quatro operações aritméticas;  Leitura e escrita para preenchimento de formulários e registos de ocorrências 

simples; Manipulação de objectos com firmeza e coordenação motora

Atitudes/Atributos  Tranquilidade, paciência e diálogo permanente com o utente nas tarefas que executa, procurando promover a sua participação, nomeadamente ao nível   

da decisão; Atenção com o utente; Honestidade em relação aos pertences do utente; Equilíbrio emocional diante de situações constrangedoras de doença de SOS,



ou outras; Memória visual para identificar a ausência de elementos, produtos ou outros,

   

para recordar detalhes de layout e arrumação; Prática e dinamismo nas funções a desempenhar; Atenção para detalhes; Disciplina para respeitar padrões e rotinas; Segurança no relacionamento interpessoal.

2.2.Técnicas específicas de higienização

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2.2.1.Revestimentos Pavimentos Os pavimentos podem ser dos mais variados materiais e, assim, o tratamento diário ou periódico dependerá da natureza dos mesmos. Semanalmente deverão ser limpos os cantos para não acumular sujidade que se tornaria difícil de remover. A seguir, será explicada a manutenção dos mais usuais. Ladrilhos (cerâmicos) Lavam-se com uma mistura de água e detergente para o chão, aplicada com uma esfregona. Não esquecer de vez em quando lavar as juntas com uma escova, para não ficarem negras. Não deve aplicar-se polimento no chão de cerâmica, nem pisá-lo enquanto molhado, pois é muito escorregadio e torna-se perigoso. Madeira, placas de cortiça ou parquete (tacos) Hoje em dia, a madeira e as placas de cortiça são já tratadas, polidas e impermeabilizadas, facilitando muito a limpeza e manutenção dos pavimentos. No dia-a-dia, basta passar uma esfregona previamente molhada em água e muito bem torcida. Esporadicamente, pode aplicar-se uma cera líquida ou um abrilhantador próprio, o que dará um aspecto mais brilhante, como novo. A madeira encerada, não deve ser lavada. Se o pavimento estiver sujo, deverá ser limpo com um pano húmido, só no local da nódoa. Quotidianamente, deverá ser varrido e limpo depois com uma mopa. De vez em quando, pode passar-se uma camada de cera em creme, estendendo-a com uma palha-de-aço muito fina, deixando secar bem e depois puxar o brilho, com um pano macio (à base de lã). Quando houver muitas camadas de cera sobrepostas, deverá limpar-se o chão com diluente e recomeçar a aplicar-se a cera. Tijoleira É utilizada mais frequentemente em salas e halls de entrada. A mais utilizada é a polida e vidrada, que tem a limpeza facilitada, pois basta passar a esfregona com água e detergente. De vez em quando pode passar-se um pouco de cera colorida, líquida ou creme. Se não tiver qualquer tratamento, a tijoleira deve ser esfregada, enxaguada e seca.

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Quando é nova, a tijoleira apresenta, por vezes, manchas brancas (calcário). Estas manchas são difíceis de tirar e requerem persistência. Pode aplicar-se água com vinagre e deixar actuar ou água com ácido muriático. Paredes e tectos Quando se procede à limpeza de paredes e tectos, os móveis devem ser removidos para o centro do compartimento e ser protegidos com lençóis ou mantas velhas. Paredes, portas, painéis e lambris em madeira envernizada ou encerada, têm o mesmo tratamento que foi explicado para os pavimentos da mesma qualidade. Paredes e rodapés pintados, devem ser lavados com água e detergente da loiça, enxaguados e secos. Não deve usar-se outro tipo de detergente, pois pode alterar a cor.



Papel de parede - Não deve lavar-se, pois pode esfarelar, descolar ou rasgar. Escova-se, delicadamente, com uma escova macia para tirar o pó. Se houver



nódoas, podem tentar tirar-se com uma borracha de apagar lápis. Paredes pintadas- Limpa-se primeiro o pó e em seguida lavam-se. Utiliza-se água morna e detergente para a loiça. Não deve interromper-se a lavagem, pois poderá ficar manchado. Devem delimitar-se pequenas áreas que se irão lavando.

2.2.2.Móveis Madeira lacada ou envernizada Este tipo de móveis deve ser limpo com um pano embebido em água e sabão, bem escorrido. Depois enxague com um pano húmido e torcido, seque e esfregue até obter brilho. Não deve deixar a água em contacto com a madeira durante muito tempo. Para limpar sem usar sabão, misture três colheres de sopa de óleo de linhaça e duas colheres de sopa de aguarrás num litro de água bem quente. É aconselhável experimentar primeiro num sítio pouco visível da madeira. Para os móveis que estiverem muito sujos, pode aplicar em seguida uma mistura de óleo de linhaça e pó de pedra-pomes, no sentido dos veios da madeira, e terminar com óleo de linhaça puro. Depois do tratamento, aplique óleo de cedro ou cera para móveis, mas não em demasia. Esfregue até obter brilho.

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Pode eliminar as manchas de água com uma mistura de óleo vegetal e cinza de cigarro. Também pode utilizar óleo vegetal e sal ou uma mistura homogénea com quantidades iguais de óleo e de vinagre. Não deixe esta solução actuar durante muito tempo, pois o vinagre pode danificar a madeira. Por fim, puxe o brilho com um pano macio. Para remover os riscos pequenos da madeira esfregue com vaselina, graxa para sapatos ou um renovador próprio. Madeira encerada Este tipo de móveis poderão ser limpos com palha-de-aço fina, utilizando cera um pouco mais escura do que o tom da madeira actual. Quando a cera escura for absorvida aplique uma cera mais clara. Bambu ou verga Móveis de Bambu ou verga poderão ser limpos com um pano húmido ou com um aspirador de pó que tenha um bocal mais pequeno para chegar aos recantos mais difíceis. Se quiser fazer uma limpeza mais rigorosa, utilize água e sabão com um pouco de amónia ou de sal e com a ajuda de uma escova pequena limpe nas zonas mais difíceis. Depois seque com cuidado.

2.2.3.Tecidos Tapetes, alcatifas e carpetes Deverão guardar-se sempre as instruções de tratamento e limpeza e segui-las cuidadosamente, para uma boa conservação. Aspirá-las regularmente, é o melhor processo para as manter em perfeito estado. As zonas de maior utilização, têm de ser aspiradas com maior frequência e para que a limpeza fique perfeita, deverá passar-se a escova do aspirador 2 ou 3 vezes no mesmo sítio, em movimentos de vaivém. Utilizam-se os diferentes acessórios para chegar aos sítios de difícil acesso (por baixo dos móveis). Em novas, largam muito pêlo, o que é natural. Lavagem de alcatifas Mesmo aspiradas, as alcatifas têm de ser lavadas ocasionalmente. Podem sê-lo com um aparelho apropriado ou contratar um serviço especial.

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Verificar se estão bem presas, para que não deformem nem encolham. Escovar antes de lavar. Não as encharcar. Se estiverem pouco sujas, poderão ser limpas, apenas com água e um pano. No caso de estarem muito sujas, aplica-se um champô apropriado, seguindo rigorosamente as instruções, não alterando nem as quantidades, nem as diluições. A lavagem deve ser feita por partes, lavando e enxugando cada parte com uma toalha branca velha. Depois, escovam-se os pêlos na mesma direcção, com uma escova, limpa, própria para tapetes e deixa-se secar, sem pisar. Se necessário, repetir a operação dias depois. Ao lavar a alcatifa, não esquecer de abrir as portas para lavar por baixo pois, de contrário, ficará um risco mais escuro. A manutenção das alcatifas é mais fácil, se existir uma máquina de injecçãoextracção que poderá utilizar-se com uma certa frequência, evitando que a sujidade se acumule. Lavagem de carpetes e tapetes Idêntica à das alcatifas, mas se forem persas ou chineses, deverão ser tratados por um

profissional.

Antes

de

se

lavarem,

põem-se

no estendal

e

batem-se

energicamente com a vassoura ou uma raqueta velha. Limpeza com injecção-extracção É um excelente método de lavagem de tapetes, carpetes e alcatifas. As máquinas funcionam, injectando uma descarga de água quase vaporizada, aspirando-a de seguida. Este sistema é bom, pois não encharca e enxuga mais rapidamente. Tapetes de trapos Se forem lavados à mão, sê-lo-ão com água morna e detergente em pó. Deverão ser secos na horizontal e bem esticados, para não perderem a forma inicial. Se a sua composição permitir a lavagem na máquina, deverá fazer-se uma centrifugação ligeira. Tapetes em pele Os tapetes de pele de cabra, têm de ser tratados por profissionais, pois a pele é muito quebradiça. As peles de ovelha, que são utilizadas no chão de salas ou quartos, podem ser lavadas à mão, dentro da banheira. Cobrem-se com água, na qual se dissolve uma

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mistura homogénea de detergente em pó, um pouco de azeite e umas gotas de glicerina, esfregando toda a pele por igual, com uma escova não muito dura. Esta mistura, amacia-a, conservando-lhe a elasticidade própria. Enxagua-se, com bastante água morna. Não se torce, espreme-se e esfrega-se dos dois lados com uma toalha branca seca. Pendura-se ao ar livre, até ficar quase seca. O lado da pele que não tem pêlo (quando ainda húmido), pode ser limpo com farinha (de trigo). Esta operação substitui as substâncias de curtimento que se perderam na lavagem e a pele fica macia. Depois de completamente seca, deve ser sacudida e escovada, para desfazer os tufos e nós. Estofos Se forem bordados, como acontece em determinados estilos de mobiliário, só devem ser escovados (o que deverá ser feito frequentemente, para não acumular poeiras e com muito cuidado). Ao lavar um estofo, deverá fazer-se uma experiência com o produto a utilizar, num canto escondido, deixar actuar e depois escovar ou aspirar, para ver o efeito. Só depois se processará à limpeza no geral.  Cabedal - Limpa-se com um pano húmido embebido em sabão de glicerina, sem molhar muito. Não é necessário retirar toda a quantidade de glicerina, pois ela ajuda a manter a pele macia. Periodicamente, aplica-se uma camada de protector ou regenerador de cabedais, deixando entranhar bem antes de 

utilizar, para não manchar a roupa ao sentar. Plástico – São de fácil tratamento. Limpam-se com um pano molhado em água e detergente para loiça e depois enxaguam-se. Se a estrutura for em



madeira, deverá haver o cuidado de não a molhar. Amovíveis - Podem ser lavados, à máquina ou à mão e fazer-se uma centrifugação ligeira.

Devem ser recolocados ainda húmidos, pois como têm tendência a encolher, retomarão mais facilmente as dimensões e forma anteriores. Serão engomados já colocados. Atenção à temperatura do ferro.

2.3.Higienização 2.3.1.Centros de cuidados humanos/similares

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O controlo da infecção associada aos cuidados de saúde exige uma padronização de procedimentos de forma a minimizar e eliminar o risco da sua ocorrência. Uma adequada limpeza e desinfecção das instalações e equipamentos são medidas cruciais para prevenir e reduzir as infecções cruzadas em utentes e profissionais, bem como para minimizar a gradual deterioração das superfícies. Estas medidas, quando associadas com a percepção do conforto por parte dos utentes e com a qualidade das condições de trabalho pelos profissionais, têm um impacto positivo no “estado psicológico” dos utilizadores das Unidades de Saúde, promovendo, em termos gerais, a qualidade e uma boa imagem da instituição. A principal forma de evitar a disseminação de infecções é pela educação/formação, a qual, quando efectiva, resulta em mudanças comportamentais positivas. É por isso crucial que os profissionais do serviço de limpeza adoptem procedimentos adequados de modo a contribuírem para a prevenção. Assim, dada a especificidade dos Centros de cuidados, é necessário qualificar cada vez mais os profissionais dos serviços de limpeza. Mostra-se por isso essencial que todos os profissionais que trabalham nestes serviços tenham formação relativa à sua actividade profissional, a qual deve incidir nos seguintes conteúdos temáticos: a) Procedimentos de limpeza e desinfecção das superfícies inertes; b) Regras de higiene pessoal e medidas de prevenção; c) Utilização de equipamento de protecção individual; d) Resíduos hospitalares; e) Acidentes de trabalho e doenças profissionais; f) Vacinação dos profissionais.

2.3.2.Lares O estado de limpeza das instalações é não só um elemento de higiene mas também de imagem. Todo o pessoal afecto à limpeza e arrumação do espaço deve ter preparação/formação para actuar, especificamente, em Lares de idosos. Instalações: quartos, instalações comuns, casas de banho a) Quartos: deve constituir uma zona de acesso restrito, ser estabelecido e dado a conhecer aos utentes a frequência mínima de limpeza, o horário em que se realiza e as condições em que podem/devem deixar os seus alojamentos.

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As roupas das camas devem ser substituídas na periodicidade definida e sempre que necessário. As camas e outros equipamentos de utilização directa pelos utentes, devem ter também a sua rotina de limpeza e desinfecção. b) Instalações comuns (sala de estar, convívio, actividades e refeições): a sua limpeza deve ser realizada de forma a não condicionar demasiado as horas de utilização. A manutenção das instalações e do equipamento deve ser a adequada, para permitir a sua constante e normal utilização. Uma má conservação pode dar origem a problemas de segurança ou de saúde ou ainda afectar outros aspectos, tais como o conforto. Alguns equipamentos necessitam de manutenções preventivas que aumentam a garantia de que se mantêm a funcionar dentro dos parâmetros estabelecidos. Vale a pena investir neste tipo de manutenção nos equipamentos que, se falharem, põem em causa a qualidade de vida no Lar e de que são exemplo os geradores eléctricos de emergência. Para outros equipamentos a reparação em caso de avaria pode ser suficiente se o Lar possuir formas de resolução rápidas e eficientes. Sistematizando, é necessário:  Identificar os equipamentos que necessitam de manutenção preventiva;  Fazer planos de manutenção para os equipamentos anteriores;  Manter para todos os equipamentos os registos de intervenções e assistência técnica.

2.3.3.Centros de dia Nos centros de dia, a boa higiene exige uma limpeza eficaz e regular quer dos espaços, quer dos equipamentos e utensílios, devendo ser limpos após cada utilização e/ou no final de cada período de trabalho e sempre que se justifique. Definidos os produtos a utilizar nas operações de limpeza e de desinfecção deverá estabelecer-se um plano de higienização no qual devem ficar contempladas rubricas como:  Data;  Com o que se limpou (detergente/desinfectante utilizado);  Como limpou (acessórios de limpeza utilizados);

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Quem limpou (responsável pela limpeza).

Etapas: 1. Limpeza prévia (força física e remoção de detritos). 2. Limpeza profunda (aplicação de detergente para remover matéria orgânica e inorgânica, respeitando as dosagens e o tempo de acção previsto). 3. Enxaguamento. 4. Desinfecção (quando aplicável e respeitando sempre as indicações de dosagens, tempo de contacto e modo de aplicação). 5. Enxaguamento. 6. Secagem. Deverá ser feito regularmente um controlo para verificação da adequação do plano de higienização e da sua execução.

2.3.4.Domicílio A higiene e limpeza do domicílio é um serviço que visa promover o bem-estar, conforto e qualidade da vida do utente. O Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) pode assumir a higiene e limpeza no domicílio, sempre que o utente o solicite, devendo dar especial prioridade nas situações em que este, independentemente da causa, se veja impossibilitado de assegurar tal actividade. O SAD deve elaborar um programa de higiene e limpeza do domicílio do utente, no qual devem constar, pelo menos os seguintes elementos:  O âmbito, espaços de limpeza e arranjo da casa, e respectivas tarefas e

  

periodicidade; Os responsáveis pela execução e supervisão; Os horários diários de prestação do serviço; Os recursos necessários, p.e. utensílios/instrumento de apoio às acção e/ou



tarefa produtos de higiene ambiental, entre outros; A participação e grau de implicação do utente e/ou pessoa(s) próxima(s) nalgumas tarefas.

O programa de higiene e limpeza no domicílio do utente deve estar adequado às necessidades e expectativas dos utentes, respeitar os serviços contratualizados com o utente e/ou família, assim como a privacidade, hábitos, confidencialidade e segurança do utente.

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Poderão fazer parte da actividade de higiene e limpeza no domicílio, entre outras, as seguintes acções e/ou tarefas: Limpar e higienizar  Varrer;  Aspirar;  Limpar o pó;  Limpar bancadas, vidros, espelhos;  Lavar sanitários, paredes, azulejos, electrodomésticos, janelas  Polir superfícies e objectos que o exijam;  Instalações sanitárias e cozinha;  Remover manchas simples das instalações sanitárias ou demais espaços habitacionais. Arrumar  Arejar a casa;  Mudar a roupa e fazer a cama;  Recolher e deitar o lixo fora;  Mudar e repor peças de roupa, p.e. toalhas na(s) instalação(ões) sanitária(s),  

roupa de cama entre outros; Arrumar gavetas, armários, etc. Retirar e recolocar os pertences do utente nos espaços definidos.

2.4.Higienização de espaços específicos 2.4.1.Salas de convívio As zonas públicas são as zonas mais expostas e visitadas de uma entidade, pelo que devem apresentar uma irrepreensível limpeza e arrumação. Ao fazer-se a limpeza destas zonas há que ter em conta alguns aspectos técnicos e humanos.  O serviço deve ser levado a cabo em “horário morto” para não prejudicar o 

bem-estar dos utentes. A empregada utiliza um pano para o pó com abrilhantador para os móveis e



deve ter em conta o material de que é feito o chão. Estes devem ser limpos com aspirador e posteriormente uma limpeza mais



profunda com detergente líquido. Estofos, carpetes, tapetes, cortinados, candeeiro ou espelhos não passem muito tempo sem tratamento, provocando o mau aspecto e o ar de abando

dos locais. Os procedimentos para levar a cabo a limpeza periódica de uma sala mobilada são:

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 

Retire todo o lixo Esvazie o local tanto quanto possível de mobiliário e acessórios. Envie as



cortinas para a lavandaria ou limpeza a seco. Cubra todo o mobiliário que não possa ser removido com lençóis de



protecção Varra e aspire as paredes e tectos. Em seguida lave. Não esquecer os

 

rodapés e os radiadores Lave as portas e janelas, incluindo as soleiras Limpe o pó das luzes fixas e dos focos. Esses acessórios devem ser lavados com detergente neutro e depois postos a secar antes de serem de novo



postos nos seus lugares. Aspire e ensaboe o mobiliário estofado. Limpe a parte não estofada do



mobiliário e outros acessórios do mesmo. Aspire e ensaboe as carpetes, e encere. Limpe com um pano de camurça os

 

pavimentos que o necessitarem. Lave os acessórios, como quadros, espelhos, ornamentos, cinzeiros, etc. Ponha todos os acessórios e mobiliário de novo no lugar, na sua posição



original. Verifique se tudo funciona correctamente e registe qualquer falha ou dano.

2.4.2.Quartos Os passos básicos da limpeza de quartos variam de estabelecimento para estabelecimento. O que é importante:  A mínima quantidade de tempo e esforço desperdiçada. Pensar em avançar  

também poupa tempo. O risco de propagação das bactérias e pó deve ser minimizado. Seguir uma ordem lógica para que nada seja esquecido e o trabalho termine.

Etapas na limpeza de um quarto: 1. Bater à porta duas vezes antes de entrar; 2. Deixar a porta entreaberta durante a limpeza; 3. Coloque o carrinho de limpeza à porta; 4. Puxe as cortinas e abra as janelas para arejar o quarto; 5. Verifique se existe algum estrago; 6. Desligue aparelhos eléctricos; 7. Retire qualquer alimento ou tabuleiro com refeição e devolva-os à área de serviço; 8. Esvazie os cinzeiros e caixotes de lixo; 9. Puxe o autoclismo, aplique um detergente e desinfectante; 10.Desfaça as camas;

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11.Retire toda a roupa suja (incluindo as toalhas da casa de banho coloque no saco apropriado); 12. Refaça as camas; 13.Limpe a casa de banho; 14.Limpe o pó da mobília seguindo uma lógica viável; 15.Feche as janelas; 16.Recoloque caixotes do lixo; 17.Aspire o chão; 18.Verifique a aparência geral do quarto. Aspectos importantes na abertura de camas:  Quando desfizer a cama evite bater na roupa da cama, pois isto pode espalhar pó e bactérias no quarto. Cada objecto deve ser dobrado para o 

centro da cama; Nunca coloque cobertores ou roupa limpa no chão. Ponha a roupa suja



directamente no contentor destinado a ela – saco da roupa; Assegure-se que o ocupante da cama dorme entre os lados direitos dos



lençóis; A dobra do lençol superior deve ter um tamanho de 20 cm e estar a 10 cm da



cabeceira; A abertura lateral da fronha não deve ser visível – para baixo e para o centro



da cama; Faça as dobras correctamente.

Instalações Sanitárias A limpeza das instalações sanitárias é uma das etapas que requer maior atenção e é uma das tarefas de maior importância na execução do serviço de limpeza pelos seguintes motivos: 

As instalações sanitárias recebem desperdícios como a sujidade das mãos e do corpo, pele morta, cabelos, excrementos ou sujidade das limpezas. Todas estas sujidades têm bactérias perigosas que se multiplicam em condições de



falta de limpeza. Estas áreas são utilizadas por muitas pessoas, e basta uma pessoa infectada para contaminar todas as outras que usaram a mesma banheira, lavatório ou



sanita. Se estas áreas não forem limpas devidamente e com a frequência necessária, começam a largar maus cheiros.

Quando se limpam sanitas: 1. Usar sempre luvas e uma bata para proteger a roupa e a pele de bactérias.

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2. Usar somente panos destinados à limpeza de sanitas (distinguir, por exemplo, por cores) 3. Prestar especial atenção às extremidades e abertura do autoclismo onde as bactérias se podem alojar. 4. Nunca transferir uma piaçaba de uma casa de banho para a outra. Isso pode espalhar as bactérias. 5. Semanalmente usar um detergente alcalino, e de vez em quando um detergente ácido forte. Deixar actuar. 6. Depois de limpar a sanita, verificar o rebordo. Quando se limpa banheiras, lavatórios e bidés: 1. Limpar os derrames porque estes atraem sujidade e bactérias. 2. Ver se os ralos têm cabelos ou outras sujidades. 3. Para remover gordura das banheiras, molhar a área com um detergente alcalino e deixá-lo actuar alguns minutos antes de esfregar. 4. Remover as marcas de água da banheira com um detergente ácido, seguindo as regras de utilização. 5. Secar toda a área com uma toalha seca. Procedimentos para limpar uma casa de banho: 1. Limpar todos os acessórios sanitários antes da sanita. a. Por o sabonete e os artigos pessoais de parte. b. Limpar os acessórios, parede circundante e objectos como o tapete de banho e cortinas. c. Enxaguar com água limpa. d. Limpar os espelhos, torneiras e superfícies sanitárias com papel

2. 3. 4. 5. 6.

próprio. e. Secar todas as superfícies. f. Voltar a por os objectos pessoais no seu lugar. Limpar a sanita. Remover as toalhas e as ofertas e fornecimentos para o hóspede. Inspeccionar o quarto, anotando qualquer falha ou avaria. Limpar o chão. Lavar, enxaguar e pôr a secar os panos, escovas e luvas utilizados na limpeza.

2.4.3.Unidades de saúde A periodicidade de execução dos procedimentos de higienização de superfícies, materiais e equipamentos, deverão ser adequados às necessidades, tendo em vista a correcta higienização da unidade. Tão importante é o procedimento, como o modo como este se realiza. Para realizar a higienização da unidade, o profissional deverá:

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 

Usar equipamento de protecção individual adequada; Usar material adequado ao procedimento e à área a higienizar (baldes,



panos, rodo, sacos e outros); Remover da unidade todo o material clínico, resíduos e roupas contaminados





e/ou desnecessários à continuidade do tratamento; Preparar diluição correcta para a lavagem e substituir águas entre salas; Iniciar a lavagem pelas superfícies altas (de cima para baixo)

e

posteriormente os pavimentos (da zona mais limpa para a mais suja), do 



fundo da sala para a porta. Superfícies altas e pavimentos deverão ser desinfectados em situações de: o Derrame de fluidos; o Derrame de medicamentos; o Desinfecção periódica/programada. Lavar e desinfectar todo o material utilizado, deixando-o a secar invertido.

Higienizar salas de tratamento Utensílios 1º- Verificar existência de material sujo e encaminha-lo devidamente acondicionado para a central de esterilização. 2º- Remover o lixo dos recipientes e substituir sacos (circuito de resíduos). 3º- Verificar / repor toalhetes de papel e doseadores de sabão líquido. Mobiliário e equipamentos 5º- Lavar com água e detergente e desinfectar adequadamente com o produto em uso na instituição. 6º- Limpar e desinfectar os teclados dos computadores com álcool a 70º. Pavimentos 7º- Aspirar a seco; lavar com água e detergente contendo bactericida. Em caso de derramamento de sangue ou secreções (excepto urina), descontaminar com hipoclorito a 2,5% em toalhetes de papel, deixando actuar durante 3 a 5 minutos. Remover para lixo grupo III (risco biológico). Higienizar gabinetes médicos e salas de enfermagem Utensílios 1º- Remover lixo dos recipientes e substituir sacos. 2º- Substituir contentores de resíduos perigosos (corto-perfurantes) se a ¾ da sua capacidade. 3º- Verificar / repor toalhetes de papel e doseadores de sabão líquido. Mobiliário 4º-Limpar com pano húmido (água + detergente).

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5º- Limpar e desinfectar os teclados dos computadores com álcool a 70º. Equipamento 6º - Limpar com água e detergente e desinfectar adequadamente com o produto em uso na instituição. Pavimentos 7º- Aspirar a seco; lavar com água e detergente contendo bactericida Higienizar áreas comuns (Salas de espera, corredores e atendimento administrativo) Utensílios 1º- Remover lixo dos recipientes e substituir sacos. Mobiliário (cadeiras salas de espera) 2º- Lavar com água e detergente; desinfectar com álcool a 70º. Mobiliário (atendimento administrativo) 3º- Lavar com água e detergente. Pavimentos 4º- Aspirar a seco; lavar com água e detergente. De forma a evitar a redistribuição cruzada de microrganismos nas superfícies de uma área para outra, por exemplo, panos, esfregonas, rodos e baldes usados nas instalações sanitárias, não podem utilizar-se nas salas de tratamento, nem em copas e refeitórios, se não estiverem adequadamente lavados e secos. Por sua vez, quando existe mais do que uma sala de tratamentos, o equipamento e o material (panos de limpeza, franjas da esfregona e rodos) devem ser exclusivos de cada sala. É igualmente fundamental, que o balde seja limpo e a água renovada de sala para sala. Estes materiais e equipamentos devem ser calculados em função das necessidades dos serviços e dos métodos de limpeza adoptados. Por último, é de salientar que os panos de limpeza, as franjas da esfregona e os rodos devem, após a sua utilização, ser lavados em máquina de lavar, secos e armazenados em local próprio.

2.4.4.Refeitórios

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Nos refeitórios e zonas destinadas à preparação e serviço de refeições deve ser definido um plano de limpeza aplicado às instalações e aos equipamentos, com rotinas adequadas que contemplem a limpeza, a desinfecção e a manutenção, de forma a controlar o perigo de contaminações que possam conduzir a intoxicações alimentares, mantendo o aspecto de limpeza e asseio. Etapas da higienização:  Remover lixo do recipiente

e

substituir

saco

(higienizar

recipiente

semanalmente). Mesas  Lavar com água e detergente. Utensílios  Lavar na máquina. Bancadas de apoio  Lavar com água e detergente. Vitrina de refrigeração  Lavar com água e detergente. Pavimento  Lavar com água e detergente. Armários, gavetas e frigoríficos  Lavar com água e detergente. Paredes, janelas, portas, e cadeiras  Lavar com água e detergente. Puxadores de portas  Limpar e desinfectar com álcool a 70º. Higienizar a copa:  Remover lixo, lavar e desinfectar o recipiente.  Banca de trabalho e fogão: lavar e desinfectar.  Pavimento: lavar com água e detergente.  Forno e Exaustor: Limpar  Armários e prateleiras: limpar com pano húmido.  Paredes: limpar com pano húmido.

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3.Equipamentos de higienização 3.1.Livros de instruções e ficha técnica dos equipamentos Equipamento Eléctrico Aspiradores Os aspiradores são as peças mais importantes no equipamento de limpeza. Poucos ou nenhuns estabelecimentos passam sem eles. Mediante a função, distinguimos 2 tipos de aspiradores: 1. Aspiradores de pó: são utilizados para limpar carpetes, pavimentos difíceis, escadas, estofos, paredes e cortinas. 2. Aspiradores de líquidos que são próprios para a limpeza de líquidos. Estes aparelhos funcionam através da sucção da sujidade seca, pó ou partículas de lixo através de um tubo, até um saco, ou, no caso de líquidos, para uma caixa de metal dentro do motor. Quando o saco estiver cheio pode ser substituído, ou, quando a caixa estiver cheia, pode ser esvaziada. O ar que é aspirado juntamente com a sujidade passa por vários filtros, que filtram as pequenas partículas de sujidade e bactérias para que o ar expedido pela máquina seja limpo. Nos aspiradores deve-se ter em atenção o nível de sujidade/líquidos que se encontra no saco ou na caixa, pois se estes estiverem muito cheios, os poros ficarão bloqueados, restringindo a circulação de ar e reduzindo a capacidade de sucção da máquina. Poderá ainda provocar o excessivo aquecimento do motor. Os aspiradores estão disponíveis com vários acessórios, como por exemplo:  Bocal para a limpeza de estofos,  Bocal pontiagudo para fendas,  Escova para carpetes,  Escova para pavimentos e paredes,  Escova redonda para limpeza de prateleiras e rebordos elevados  Acessórios com rolos de borracha para a remoção de água,  Etc.

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Aspirador de líquidos Serve para aspirar água e outros líquidos. Despejar, lavar e secar o receptáculo. Verificar se a mangueira e os tubos não estão entupidos. Limpar o pó exteriormente e enrolar o fio, para não criar nós.

Máquinas de escovas rotativas para a limpeza de pavimentos Estas máquinas funcionam com uma escova, um disco, ou uma almofada que são rodadas mecanicamente. Existem diferentes máquinas desenhadas para diferentes utilizações. Uma máquina pode ser usada para esfregar, polir ou limpar pavimentos difíceis, dependente do acessório que se coloque a rodar. Nestas máquinas existe um compartimento para se adicionar detergente para auxiliar a tarefa (por exemplo, decapante para ajudar a remover a cera)

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Na Hoover, por exemplo, os discos podem ainda ser distinguidos pelas cores:  Disco preto - esfregar  Disco verde - lavar  Disco vermelho e disco branco - polir

Lavadora de alcatifa Estes aparelhos são concebidos especialmente para a limpeza de alcatifas, sendo eficientes a tirar nódoas e a conservar em bom estado os tecidos. Com um aspecto semelhante ao de um aspirador, as lavadoras de alcatifas, antes de aspirar a sujidade, emitem água com detergente e têm um motor que lava os tecidos. Posteriormente a mistura suja é aspirada, sendo o poder de sucção tão forte que deixa os tecidos praticamente secos.

Ficha técnica As Ficha técnicas são documentos integrantes

do

manual

de

instruções

de

cada

máquina. Estes documentos indicam as características técnicas da máquina, bem como os consumos.

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Manual de instruções O manual de instruções possui ainda todas as recomendações de funcionamento, utilização, manutenção e segurança, os quais devem ser seguidos.

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3.2.Regras básicas de manutenção e limpeza de equipamento e utensílios Devem ser observados cuidados particulares de limpeza e arrumação das máquinas, de forma a maximizar a sua durabilidade e eficiência e facilitar o seu uso pelo turno seguinte. Cuidados gerais com equipamentos eléctricos: 

Desligar sempre o aparelho e tirar a ficha da tomada antes de limpar, tocar



ou retirar acessórios do equipamento. Nunca utilizar uma extensão enquanto estiver a ensaboar ou esfregar, a

  

menos que as ligações eléctricas estejam protegidas de ficarem molhadas. Manter as soluções de detergentes bem afastadas das ligações eléctricas. Enrolar cuidadosamente os fios eléctricos par que estes não formem nós. Se a máquina revelar sinais de mau funcionamento, informar imediatamente e colocar um rótulo no aparelho a dizer “fora de serviço”.

Cuidados a ter com a utilização do aspirador:  O aspirador é um aparelho muito útil e frágil, deve ser manipulado com 

cuidado. Verifique se a tensão de alimentação do aparelho corresponde à instalação

 

eléctrica disponível. Guarde o aspirador em local seco e longe dos raios solares. Não utilizar o aparelho com o cabo eléctrico ou outros componentes

   

danificados. Não deixar o cabo eléctrico tocar superfícies quentes ou cortantes. Não molhar o aspirador, nem utilizá-lo com as mãos ou pés molhados. Não aspire substâncias inflamáveis ou explosivas (líquido, gás) Não aspire resíduos incandescentes (cinzas quentes ,brasas,…)

Cuidados a ter na utilização de máquinas de escovas rotativas  Os tanques usados nas operações de ensaboamento e aplicação de líquidos de limpeza devem ser esvaziados depois de usados, e sendo necessário 

enxaguados com água corrente e postos a secar sem tampa. Qualquer tubo, filtro ou bocais devem ser lavados regularmente em detergentes neutros, enxaguados e postos a secar antes da máquina ser



remontada. As escovas devem ser retiradas e lavadas também em detergente neutro e postas a secar penduradas.

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O equipamento exterior, incluindo as rodas e o fio eléctrico devem ser limpos depois de usados com um pano limpo. As rodas necessitam de ser oleadas



regularmente. Deve sempre verificar-se as instruções do produtor, antes de fazer a primeira utilização.

3.3.Ficha de arranjos Não utilizar uma máquina, sem ter recebido as instruções técnicas para o seu funcionamento e manutenção. Devem ser criteriosamente seguidas as instruções do fabricante, no caso de equipamentos eléctricos. Caso não seja possível solucionar o problema o aparelho deve ser remetido ao fabricante ou sujeito a reparação, devendo ser registada a intervenção realizada numa ficha de arranjo que servirá para arquivo e prevenção de futuras intervenções a realizar no aparelho.

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CONDIÇÕES GERAIS DE GARANTIA

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1. A Garantia só é válida mediante apresentação da factura de compra do produto. 2. Esta GARANTIA limita-se exclusivamente à substituição de peças ineficazes por defeito de fabrico. 3. A eliminação das várias avarias do âmbito da garantia é feita por reparação ou substituição de peças defeituosas, conforme critério dos técnicos. 4. Não são abrangidos pela garantia danos causados por transporte, negligência ou deficiente utilização, montagem ou instalações impróprias, bem como influências exteriores como sejam: descargas atmosféricas ou eléctricas, inundações, humidades, etc. 5. Perdem garantia, todos os aparelhos que não estejam a ser utilizados de acordo com as instruções, ou ligadas a REDES DE ALIMENTAÇÃO, que não garantem uma tensão constante de 220/240V. 6. A Garantia não abrange indemnizações por danos pessoais ou materiais causados directa ou indirectamente, seja a que título for. 7. Esta garantia cessa no momento em que se constate terem sido efectuadas reparações, alterações ou quaisquer intervenções por pessoa não autorizada. A GARANTIA CADUCA: 1. Com a modificação ou desaparecimento da chapa de identificação do aparelho. 2. Excedido o prazo de garantia, a Assistência será efectuada debitando as despesas inerentes à mão-de-obra, consoante as tarifas vigentes.

Bibliografia AA VV: Manual de procedimentos de higienização e limpeza em controlo de infecção, Ed. ACSPIN I, Ministério da Saúde, 2010

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AA VV: Manual de processos-chave: Lar residencial, Programa de cooperação para o desenvolvimento da qualidade e segurança das respostas sociais, Instituto da Segurança Social, 2005 AA VV: Manual de processos-chave: Centro de Apoio Domiciliário, Programa de cooperação para o desenvolvimento da qualidade e segurança das respostas sociais, Instituto da Segurança Social, 2005 AA VV: Manual de processos-chave: Centro de Dia, Programa de cooperação para o desenvolvimento da qualidade e segurança das respostas sociais, Instituto da Segurança Social, 2005 Rochinha, Maria Helena, Manual do formando: Conservação de espaços interiores, Projecto Delfim, GICEA - Gabinete de Gestão de Iniciativas Comunitárias do Emprego, 2000

Sites Consultados http://www.jocel.pt

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