Manual TAR Ufcd 4312 - Turismo - Evolução, Conceitos e Classificações

May 21, 2018 | Author: Carlos Moura | Category: Tourism, Portugal, Industries, Europe, Industrial Revolution
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Descrição: Turismo - Evolução, Conceitos e Classificações...

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Centro de Emprego e Formação Profssional do Porto Serviço de Formação Profssional do Porto

UFCD

4312

TURISMO – EVOLUÇÃO, CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES

Formador: Carlos Alberto Pereira Moura

UFCD 4312 – Turismo – !o"u#$o, %o&%i'os  %"(ssi)i%(#*s

+&i%

Introdução.....................................................................................................................2  Âmbito do manual.......................................................................................................2 Objetivos....................................................................................................................2 Conteúdos programáticos............................................................................................2 Carga horária..............................................................................................................2 1. Conceito de laer! recreio e turismo............................................................................." 2. Classi#icação do sujeito tur$stico..................................................................................% ". &volução do turismo e suas caracter$sticas.................................................................12 '. Classi#icaç(es do turismo..........................................................................................") *. +erspetivas de evolução do turismo...........................................................................'" ,ibliogra#ia...................................................................................................................'ermos e condiç(es de utiliação...................................................................................*)

I&'rou#$o  -m.i'o o m(&u("

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UFCD 4312 – Turismo – !o"u#$o, %o&%i'os  %"(ssi)i%(#*s

O presente manual #oi concebido como instrumento de apoio / unidade de #ormação de curta duração n0 4312 – Turismo Turismo – !o"u#$o, !o"u#$o, %o&%i'os %o&%i'os  %"(ssi)i%(# %"(ssi)i%(#*s, *s, de acordo com o C('/"o0o N(%io&("  u("i)i%(#*s. u("i)i%(#*s.

O.'i!os 

escrever a evolução de turismo.



e#inir os conceitos #undamentais do turismo.



Identi#icar as di#erentes classi#icaç(es do turismo.

Co&'os ro0r(m/'i%os 

Conceito de laer! recreio e turismo



Classi#icação do sujeito tur$stico



&volução do urismo e suas caracter$sticas



+erspetivas de evolução do turismo

C(r0( 5or/ri( 

2* horas

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16 Co&%i'o  "(7r, r%rio  'urismo

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  primeira de#inição de turismo #oi proposta pelos +ro#essores +ro #essores 3uni4er e 5rap#! em 1-'2! sendo posteriormente adoptada pela 2ssociation Internationale des &6perts cienti#i7ues du   8 I&9:. ourisme  8 ;a7uela data! o  o  'urismo  'urismo  era de#inido como ncia de pessoas #ora do seu local habitual de resid> resid>nci ncia! a! desde desde 7ue tais tais desloca deslocaç(e ç(ess e perman perman>nc >ncias ias não sejam sejam utili utiliada adass para para o e6erc$cio de uma atividade lucrativa principal! permanente ou temporária?. &sta de#inição! 7ue integra o conceito de visitante não #aendo a separação entre turistas e e6cursionistas! destaca os seguintes elementos de interesse@ 8 O turismo A um conjunto de relaç(es e #en=menosB  &6ige a deslocação da resid>ncia habitual@  ;ão pode ser utiliada para o e6erc$cio de uma atividade lucrativa principal. &m 1--1! a Organiação Dundial de urismo 8OD: apresentou uma nova de#inição entendendo 7ue@ ncia com um objetivo 7ue não seja o de usu#ruir uma atividade remunerada.



+ode ser nacional ou internacional. Turis'(@ Turis'(@ odo o visitante 7ue #ica pelo menos uma noite no local visitado. +ode ser



nacional ou internacional. E@%ursio&is'(@ E@%ursio&is'(@ odo o visitante 7ue não pernoita no local visitado. +ode ser nacional ou internacional.

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26 C"(ssi)i%(#$o o sui'o 'ur=s'i%o

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Os turistas podem ser classi#icados de acordo com os tipos psicográ#icos. Hm dos modelos mais importantes! 7ue permite esta segmentação! A o  Dodelo +sicoc>ntricoG2loc>ntrico  de  d e 9tanleM +log. O termo psicoc>ntrico psicoc>ntrico tradu a concentraç concentração ão do pensamento pensamento ou das preocupaç(es preocupaç(es nos pe7uenos problemas da vida. O termo aloc>ntrico tradu o interesse de uma pessoa por várias atividades. e acordo com esta terminologia! +log criou uma nova tipologia do carácter dos turistas 7ue identi#icam dois grupos opostos@ os psicoc>ntricos e os aloc>ntricos@ si%o%:&'ri%osB grupam si%o%:&'ri%osB grupam os turistas 7ue concentram o seu comportamento nas 



suas preocupaç(es preocupaç(es pessoais e t>m um interesse interesse limitado pelo mundo e6terior. e6terior. &m termos tur$sticos! pre#erem viajar para locais #amiliares! muito #re7uentados e praticamente não realiam atividades 7ue os desviem da rotina. 9ão mais passivos 7ue ativos.  A"o%:&'ri%os@  A"o%:&'ri%os@ 9ão os turistas 7ue se interessam por um grande número de atividades! desejam descobrir o mundo e mani#estam uma curiosidade geral por tudo o 7ue os rodeia. istinguemGse pelo desejo de aventura e pela curiosidade.

&ntre estas duas categorias e6tremas! encontraGse a maioria dos turistas! 7ue se reparte por tr>s tr>s catego categoria riass interm intermAdi Adias@ as@ os 9u(ssi%o%:&'ri%os! 9u(ssi%o%:&'ri%os! os %:&'ri%os  %:&'ri%os  e os 9u(s ("o%:&'ri%os. ("o%:&'ri%os. Os %:&'ri%os  %:&'ri%os  representam a maior percentagem dos viajantes e caracteriamGse pelo reduido desejo de aventura e pela procura dos destinos mais na moda. r)r:&%i(s os 'uris'(s  %(( 'io"o0i( si%o%:&'ri%os      

estinos 7ue não perturbem o seu modo de vidaB  tividades recreativas pouco originaisB urismo sedentárioB estinos acess$veis por autom=velB Instalaç(es e e7uipamentos tur$sticos tradicionaisB  Liagens organiadas! estruturadas e bem preparadas.

u(ssi%o%:&'ri%os 

9atis#ação do ego e procura de estatutoB

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 

+rocura de con#orto socialB  Lisitas a locais muito #re7uentados ou mencionados pelos meios de comunicação social.

C:&'ri%os escontração e praer! diversão e entretenimentoB Clima! sol! termasB Dudança durante algum tempoB Oportunidade de #uga aos problemas diáriosB Nastronomia! descanso! con#orto! bebidaB +raer de viajar e apreciação da belea@ par7ues naturais! lagos! montanhasB Compras para recordaç(es e o#ertasB +rae raerr sen sentido tido ante antess e depo depois is da viage agem@ plan planea eam mento ento da via viagem! gem! aprendiagem! sonho e! depois! o praer de mostrar #otogra#ias! recordaç(es e descrever a viagem. u(s("o%:&'ri%os     

+articipar em acontecimentos ou atividades desportivasB  Liagens desa#iantesB e6ploraç(es! alpinismo! passeios a pA! peregrinaç(esB  Liagens de neg=cios! congressos! reuni(es! convenç(esB  Lisitas a teatros! espetáculos especiaisB Oportunidade de e6perimentar um estilo de vida di#erente.

 A"o%:&'ri%os       

egi(es não desenvolvidas turisticamenteB ;ovas e6peri>ncias e descobertasB estinos di#erentesB  Liagens de organiação #le6$vel 8oposto de pacotes tur$sticos:B  trativos educacionais e culturaisB +rocura do e6=ticoB 9atis#ação e sensação de poder e liberdadeB

Os grupos aloc>ntrico e 7uaseGaloc>ntrico são os primeiros segmentos de mercado a serem atra$dos para um destino tur$stico 7ue pretende crescer e desenvolverGse. ela elatitiva vame ment ntee aos aos dest destin inos os 7ue 7ue visa visam m um dese desenv nvol olvi vime ment ntoo tur$ tur$st stic icoo limi limita tado do!! por por possu$rem condiç(es naturais e culturais 7ue e6igem cuidados especiais de preservação! o grupo aloc>ntrico deve constituir o principal segmento de mercado.

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+or isso! 7uando se pretende manter um centro tur$stico com pouca #re7u>ncia de turistas! a publicidade deve dirigirGse aos aloc>ntricos ou 7uaseGaloc>ntricos. Os c>ntricos! 7ue integram cerca de P)Q dos turistas! são o grupo mais importante para #omentar o desenvolvimento e crescimento dos empreendimentos tur$sticos de grande dimensão. Os psic psicoc oc>n >ntr tric icos os desp despen ende dem m a 7uas 7uasee tota totalilida dade de do seu seu temp tempoo e recu recurs rsos os nos nos empreendimentos 7ue utiliam e! em! geral! t>m uma perman>ncia mais reduida e gastam menos do 7ue os outros segmentos. ;ão são o segmento ade7uado 7uando se pretende desenvolver um destino tur$stico! mas pode contribuir para aumentar a sua #re7u>ncia.

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36 E!o"u#$o o 'urismo  su(s %(r(%'r=s'i%(s %(r(%'r=s'i%(s

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Do S%u"o II (6C6 (o S%u"o V 6C6 Os Nregos e omanos! por serem grandes comerciantes viajam muito.  tA ao in$cio do sAculo RIR! o termo EturismoF não #aia se7uer parte do vocabulário! contudo estas deslocaç(es #oram a primeira #orma de turismo.  s viagens eram! atA esta Apoca! di#$ceis e arriscadas! uma ve 7ue as estradas se encontravam em mau estado! os meios de transporte eram inade7uados e e6istiam muitos perigos! nomeadamente de cruadas. ;a ntiguidade Clássica! os gregos #aiam viagens para assistir! participar e usu#ru$rem de espetáculos culturais! cursos! #estivais e jogos 7ue eram uma prova do seu desta7ue perante as outras categorias sociais. Os romanos #oram os primeiros povos a criarem locais e6clusivamente destinados ao repouso! com #inalidades terap>uticas! religiosas e desportivas.  s arenas! palco dos maiores espetáculos populares! as termas para resolver problemas de saúde! e as práticas desportivas variadas! atra$am e concentravam inúmeros romanos em diversas partes do impArio. &les possu$am o gosto pelas viagens e passeios! permanecendo como uma marca do seu povo a e6ploração de outras localidades para diversos #ins! e6clusivamente nas áreas litorais! resultado da crença no poder das águas marinhas. Duitas estradas #oram constru$das pelo ImpArio omano! possibilitando e determinando 7ue seus cidadãos viajassem. e oma sa$am contingentes importantes para o mar! para o campo! para as águas termais! templos e #estividades.   partir do sAculo LI! começaram a ser registadas as peregrinaç(es e viagens a SerusalAm e! no sAc. IR! #oi descoberto o túmulo de 9antiago de Compostela! em &spanha. ;este momento iniciaramGse iniciaramGse as primeiras primeiras e6curs(es e6curs(es pagas e organiadas organiadas pelos jacobeus! jacobeus! 7ue dispunham de che#es de e7uipas 7ue conheciam os principais pontos do caminho! organiavam o grupo e estipulavam as regras de horário! alimentação e oraç(es. ;a primeira metade da Idade DAdia! com a consolidação do #eudalismo e do poder da Igreja Igreja!! o homem homem encont encontrav ravaGs aGsee bastant bastantee ligado ligado / terra! terra! tornan tornandoGs doGsee essenc essencial ialmen mente te agr$cola.

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Os #eudos tornaramGse no sistema econ=mico vigente e eram autossu#icientes! tornando desnecessárias as deslocaç(es comerciais. esta #orma! as antigas estradas! constru$das pelos romanos! desgastaramGse e acabaram por ser destru$das.  s atividades comerciais na Idade DAdia eram constitu$das em sua grande maioria pelas #eiras! 7ue #ormavam verdadeira espAcie de comArcio internacional. lAm do comArcio! traiam junto de si a cultura e pol$tica dos povos! tanto europeus como do Oriente. urante todo o sAculo RIII e RIL! o 7ue chamava a atenção dos habitantes eram os eventos! visto 7ue! no per$odo de realiação dos mesmos! as estalagens! pousadas e outros meios de hospedagem #icavam lotados! gerando grande movimentação econ=mica. Duitos! sem interesse de realiar comArcio! aproveitavam as #eiras para passeio e como #orma de descontração. Do s%u"o VI (o VIII 6C6   segunda metade do sAculo RL e todo o sAculo RLI A marcado pelo considerável aumento das das viag viagen enss part partic icul ular ares es.. &ssa &ssass viag viagen enss tinh tinham am como como objet objetiv ivoo a acum acumul ulaç ação ão de conhecimento! cultura! l$nguas e aventuras. ;o sAculo RLII houve uma melhoria considerável nos transportes terrestres@ #oi inventada a dilig>ncia! com serviços regulares de Tran4#urt para +aris e de Uondres para O6#ord. Obse Observ rvaG aGse se 7ue 7ue os camin caminho hoss esta estava vam m mal mal cons conser erva vado dos. s. ;a maior maioria ia das das vee veess a manutenção era #eita pelos donos da terra por onde o caminho passava e estes cobravam portagem pelos serviços.   partir de meados do sAculo RLIII! produemGse grandes mudanças! tanto do ponto de vista vista tecnol tecnol=gic =gico! o! como como do econ=m econ=mico ico!! social social e cultur cultural al 7ue introdu introduem em altera alteraç(e ç(ess signi#icativas no sector das viagens. V nesta Apoca 7ue se populariam as viagens de recreio como #orma de aumentar os conhecimentos! procurar novos encontros e e6peri>ncias.   ;a segunda metade do sAculo RLIII! algumas pessoas viajava por toda a &uropa e realiavam estadas de longa duração.

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Os diplomatas! diplomatas! estudantes estudantes e membros membros das #am$lias #am$lias ricas inglesas inglesas #aiam a Nrand our ! viajando por +aris! Tlorença! oma! Lenea! lemanha! 9u$ça e mediterrWneo.  Nrand our  passou   passou a ser entendida como uma etapa importante e necessária para a #ormação acadAmica dos jovens de boas #am$lias. &sta viagem tinha uma duração normal de tr>s anos. Com a Nrand our ! nasce o conceito de turismo e! pela primeira ve! começam a designarG se as pessoas 7ue viajam por turistas! embora não se desenvolvesse da #orma como o turismo A conhecido atualmente. ;esta altura! multiplicamGse os guias tur$sticos 7ue #ornecem in#ormaç(es e conselhos aos viaj viajan ante tes. s. O vast vastoo movi movime ment ntoo dos dos ingl ingles eses es para para o cont contin inen ente te europ europeu eu come começo çouu a in#luenciar o desenvolvimento dos transportes! da hotelaria e da restauração.  inda no sAculo RLIII ocorreu a Erevolução termal F ! 7uando a medicina comprova o valor da água para a saúde. ;essa Apoca houve uma intensa codi#icação de toda atividade lúdica e de recreação. Os jogos de sorte e aar ganham espaço cada ve maior na sociedade! conseguindo! por #im! apoio estatal ao ter a sua legaliação. Com a legalidade dos jogos de #ortuna e aar nascem os casinos. +or #im! notaGse no sAculo RLIII a e6pansão dos do s hotAis! por toda a &uropa. Do s%u"o I (o s%6  O sAculo RIR! marcado por um per$odo de intensas trans#ormaç(es na economia! pol$tica e sociedade em si! veio a representar para o turismo um verdadeiro avanço. ;esta Apoca surge o %o&%i'o )orm("  'uris'(. 'uris'(. Com a invenção da má7uina a vapor de att! deuGse in$cio ao processo conhecido por evolução Industrial. travAs deste movimento! ocorreu o >6odo rural! a manu#atura passou a ser substitu$da pela ma7uino#atura na produção #abril. O aumento da população nas cidades #oi not=rio! a produção aliment$cia triplicou e o capitalismo industrial alcançou uma prosperidade sem tamanho.

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  revolução pela 7ual a &uropa passava tornou imperiosa a necessidade de se! bem como sua conservação. Isso por7ue elas eram meio de escoamento da produção interna e tambAm #orma de se interligar os centros industriais.   melhoria na construção e manutenção das estradas! o desenvolvimento da ci>ncia! a revolução industrial! o aumento das trocas comerciais! o progresso nos transportes e a generaliação da publicação de jornais dão um &o!o imu"so s !i(0&s. !i(0&s. +or volta de 1X")! surgem na 9u$ça os primeiros hotAis! 7ue começam a tomar o lugar dos albergues e das hospedarias. &m 1X'1! nasce o turismo organiado com homas Coo4. s suas iniciativas de criar viagens organiadas marcaram uma das mais importantes etapas na hist=ria do turismo e estão na origem do turismo moderno. tualmente! a ag>ncia por ele criada continua a ser uma das maiores organiaç(es tur$sticas do mundo. ambAm em +ortugal nascem as primeiras ag>ncias de viagem! nomeadamente a g>ncia  breu! criada em 1X').  o longo do sAculo RIR! diversas #oram as viagens realiadas! sempre em busca de cultura e recreio! e os europeus passaram a visitar novos destinos. ObservaGse! neste per$odo! um suave processo de democratiação do turismo! ou seja! as viagens tornaramGse mais acess$veis para o segmento da classe mAdia da população. po pulação. Os comboios eram sin=nimo de rapide e elemento #acilitador da atividade tur$stica. Os navios e6erciam verdadeira atração sobre a população. 9urge a classe mAdia! com salários melhores e maior possibilidade de gastos com entretenimento. ;a primeira dAcada do sAculo RR as inovaç(es e trans#ormaç(es alteraram pro#undamente os modos de vida! com a descoberta do telAgra#o e do tele#one! o alargamento da rede de cami caminh nhos osGde GdeG# G#er erro! ro! a e6te e6tens nsão ão das das rede redess de estr estrad adas as e o gran grande de dese desenv nvol olvi vime ment ntoo industrial! associado / racionaliação do trabalho e /s reivindicaç(es sindicais. O tempo de trabalho diminui e alcançaGse o direito ao repouso semanal! pelo 7ue o conceito de laer surge como uma nova noção. O turismo trans#ormaGse num #en=meno da sociedade! in#luencia o comportamento das pessoas e começa a alcançar uma importante dimensão econ=mica. O reconhecimento da

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importWncia do turismo leva / criação de diversas instituiç(es governamentais com o objetivo de o promover e organiar. &ntretanto! o avião e o autom=vel #aem a sua entrada no mundo das viagens! embora de utiliação reservada /s elites. &stavam! assim! criadas as condiç(es para a universaliação do turismo e para o seu crescimento como atividade econ=mica. 9urgem! tambAm! as primeiras estruturas de turismo. Contudo! a II Nrande Nuerra representou nova estagnação para o turismo mundial. oda a atividade tur$stica #oi paralisada em #unção da guerra! uma ve 7ue a &uropa! o maior centro do turismo atA então! era o palco principal das hostilidades. urante este per$odo! o turismo praticamente desapareceu. urante a guerra e o per$odo de recuperação econ=mica 7ue lhe seguiu! o turismo so#reu grandes di#iculdades. epois! entre 1-'* e 1-%"! o progresso cient$#ico e tAcnico levou a um desenvolvimento econ=mico e atingeGse a estabilidade pol$tica internacional.  o n$vel do turismo! identi#icamGse as seguintes alteraç(es@  umento do tempo livre 8decorrente da diminuição do tempo de d e trabalho semanal e 



da generaliação das #Arias pagas:B  umento do rendimento dispon$vel! 7ue #acilita a compra de viagens 8adoção de



medidas sociais! como re#ormas! subs$dios / #am$lia! pagamento de despesas com doenças:B Duda Dudanç nçaa das das moti motiva vaç( ç(es es!! já 7ue 7ue as pesso pessoas as passa passam m a ter ter nece necess ssida idade de de compensar os dese7uil$brios psicol=gicos ligados / vida pro#issional atravAs da evasão ao meio.

ambAm do lado da o#erta se operou uma trans#ormação das bases do turismo@ as viagens aAreas desenvolvemGse rapidamente e as viaturas individuais tornamGse mais #re7uentes. Os organiadores de viagens 8agentes de viagens e operadores tur$sticos: iniciaram a produção em sArie de produtos de massa! tendo por base o avião #retado e as cadeias de hotAis no litoral. O turismo passou a ser a procura do sol e mar. ;a dAcada de P) surgiram as primeiras operadoras tur$sticas! com pacotes partindo do norte europeu! para a costa do DediterrWneo. ;a dAca dAcada da de %)! %)! a preoc preocup upaç ação ão com com o meio meio ambi ambien ente te torn tornou ouGse Gse evid eviden ente te!! send sendoo necessário o cuidado e a preservação dos recursos naturais.

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Os poderes públicos passaram a compreender o turismo não apenas numa perspetiva econ=m econ=mica ica!! mas especi especialm alment entee numa numa perspet perspetiv ivaa social social!! pol$tic pol$tica! a! ecol=g ecol=gica ica!! cultur cultural al e educativa. Isto A! passa a ser entendido entendido como uma #orma de responder responder /s necessidad necessidades es humanas e encetaram pol$ticas de desenvolvimento de e7uipamentos e promoção do turismo dos nacionais no interior dos seus territ=rios. Toi assim 7ue na segunda metade do sAculo RR! a atividade tur$stica se e6pandiu pelo mundo inteiro e o número de ag>ncias de viagens aumentou consideravelmente. E!o"u#$o o 'urismo m or'u0("  Os rim>rios o 'urismo m or'u0(" G(' )i&(" o s%u"o IH V o per$odo 7ue vai atA / institucionaliação do turismo em +ortugal! Apoca romWntica e elitista. ;esta altura havia di#iculdades em realiar viagens! s= alguns A 7ue as #aiamB havia viajantes e não turistas! por isso abundavam os livros de viagens nos sAculos RLIII e RIR. Yuem viajava! #aiaGo para se cultivar intelectualmente e não por praer. ;a segunda metade do sAculo RLIII e in$cio do sAculo RIR aparecem as primeiras viagens de recreio. O mecanismo impulsionador do turismo era comandado da seguinte #orma! por um lado #uncionava a velh$ssima atração causada pelo brilho da realea e da sua corte! as 7uais sempre talharam talharam as modas e encorajara encorajaram m o snobismo ! do outro! com id>nticos resultados tur$sticos! a nova #orça di#usora das ideias e das opini(es! representada pela nascente comunicação social! ainda limitada ao livro e / gaeta.   partir do momento em 7ue! rendida aos e#eitos de tamanho arsenal de seduç(es! #oi despertada a vontade de e6cursionar! restava apenas aguardar 7ue aparecessem os meios log$sticos! c=modos e baratos! capaes de satis#aer tais intenç(es. Como A natural! os progressos 7ue este prototurismo #oi absorvendo ao longo da primeira metade do sAculo RIR! tiveram em +ortugal uma e6pressão consoante o seu pr=prio desenvolvimento.

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9= ap=s as invas(es napole=nicas 81X)%G1X1): e a absorção das convuls(es pol$ticas e civis provocadas pelo ajustamento da sociedade /s novas conceç(es liberais 81X2)G1X'%: A 7ue o pa$s dispZs de condiç(es prop$cias a um desenvolvimento sustentado e abrangente 7ue! por seu turno! irá permitir o anúncio de acalmia e estabilidade pol$tica e social para os potenciais visitantes. O primeiro sinal concreto desta acalmia vital para o #lorescimento do turismo viria a ser dado com a instalação em 1X')! em Uisboa! de um grandioso hotel para o tempo@ o ,ragança. ,ragança. &ntretanto! &ntretanto! dentro dentro das estruturas estruturas pr=Gtur$sticas pr=Gtur$sticas registaGse registaGse o passeio passeio público público de Uisboa 81%P'G1X%):! os teatros l$ricos de 9. Carlos 8Uisboa! 1%-": e de 9. Soão 8+orto! 1%-X:! o eatro ;acional de . Daria II 8Uisboa! 1X'P:! bem como o aparecimento dos ca#As de estilo parisiense. +assando ao veraneio! a primeira metade do sAculo #icaGse pelo esboçar tur$stico de algumas estWncias termais 7ue! domesticamente! brilharão no #inal do sAculo 8Ner>s!  Liela! 9. +edro do 9ul! Caldas da ainha! UisboaK&storil:! assentando todas elas em anti7u$ssimas #ontes medicinais! enraiadas na tradição popular.  o mesmo tempo! #luindo das cidades e do interior! vai tomando corpo o caudal de banhistas 7ue! em poucas dAcadas! passará a animar os humildes vilarejos piscat=rios do litoral. Das por en7uanto são ainda poucas@ +=voa de Larim! To do ouro! Tigueira da To! +edrouços. 3avia outros locais de atração tur$stica! como o caso de 9intra! com a sua verdejante serra! onde . Soão I! no sAculo RIL! tinha constru$do o seu palácio de Lerão! era agora anunciada ao mundo como um EAden gloriosoF por Uord ,Mron! 1X12. &m 1X"-G*)! . Ternando manda construir o +alácio da +ena 7ue se torna no &6 Uibris  tur$stico da instWncia. 9eguindoGse a construção de numerosas resid>ncias secundárias! ocupadas no Lerão! pela aristocracia e burguesia lisboetas. +orAm! s= algumas dAcadas depois! com a chegada do caminhoGdeG#erro 81X*PG1XX%:! A 7ue todos estes embri(es tur$sticos 8termas! praias! montanhas: passam a des#rutar de um genu$no e continuado desenvolvimento 7ue irá dar origem ao aparecimento de importantes centros regionais! como sejam os casos de &spinho e +=voa de Larim.

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 tA meados de oitocentos! a di#usão do #en=meno tur$stico! #ora contida! essencialmente! pela ine6ist>ncia duma malha de transportes barata e operacional! circunstWncia 7ue deste modo dei6ava inacess$veis aos potenciais turistas os múltiplos atrativos do pa$s. &m pleno sAculo RIR! salvo a capital e duas ou tr>s cidades! o resto do pa$s vivia! ainda! em plena Idade DAdia. ;esta altura! a Dadeira goava #ama como instWncia climática! #icando consagrada por um ciclo de estadas reais e imperiais! #icando conhecida como a ntrico por #alta de acessos com Uisboa! mas com e6celentes condiç(es climáticas para este tipo de clientela de Apoca! dei6ara escapar a possibilidade de antecipar a sua entrada nas lides tur$sticas.  pontado já em 1X-X! por nselmo de ndrade! como a atividade a desenvolver no sentido da recuperação econ=mica nacional! s= em Daio de 1-11! durante o Noverno +rovis=rio da epública! se institu$ram as primeiras estruturas o#iciais de turismo. Com a abertura em +aris! em 1-21! da primeira representação do turismo nacional no estr estran ange geir iro! o! o ,ureau gerido do pelo pelo &sta &stado do e pela pela Co Comp mpan anhi hiaa ,ureau de ensei enseigne gnemen ments  ts ! geri +ortuguesa dos Caminhos de Terro! e com a criação das Comiss(es de Iniciativa! base das estruturas orgWnicas locais! no mesmo ano! completouGse em +ortugal o primeiro aparelho admi admini nist stra rati tivo vo do turi turism smoo 7ue 7ue se irá irá cons consol olid idar ar atA atA mead meados os da dAca dAcada da de ")@ ")@ desenvolvimento da representação no estrangeiro! com desta7ue para a Teira IberoG  mericana de 9evilha 81-2-:! criação da T; e do Centro de urismo +ortugu>s! da responsabilidade do utom=vel Clube de +ortugal. ;o mesmo per$odo avultam algumas aç(es a n$vel regional como a criação da [ona de urismo do &storil! onde se inaugura em +ortugal a primeira linha eletri#icada de caminho de #erro! cujo plano inicial se completa com a inauguração de um hotel de lu6o! em 1-")! e do Casino! em 1-"1B a criação de duas onas permanentes de jogo 8&storil e Dadeira: e seis temporárias 8&spinho! Tigueira da To! +raia da ocha! Curia! 9intra e Liana do Castelo:B o lançamento de estruturas de acolhimento em Tátima. 9imultaneamente! organiamGse e7uipamentos complementares@ estruturaGse o campismo 81-"): 81-"):!! consti constitue tuemGse mGse os 9erviç 9erviços os Areos Areos +ortug +ortugues ueses es 81-2%: 81-2%: e a Compan Companhia hia eroG eroG +ortuguesa 81-"': e iniciamGse os voos transatlWnticos dos clipers  para  para Uisboa 81-"1:! linha aAre aAreaa cujo cujo dese desenv nvol olvi vime ment ntoo perm permit itiu iu apon aponta tarr Uisb Uisboa oa no +rog +rogra rama ma O#ic O#icia iall das das

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Comemoraç(es dos Centenários em 1-')! como ncia do Conselho de Dinistros! gerindoGse o turismo! a partir de então! como um projeto global nacional. Com o inicio da II Nuerra Dundial! começa um per$odo de di#iculdades para o turismo portugu>s! 7ue vai atA meados da dAcada de P). ura urant ntee esse esse temp tempo! o! +ort +ortug ugal al comem comemor ora! a! long longee das das host hostililid idad ades es!! os Cent Centen enár ário ios! s! promovendo a &6posição do Dundo +ortugu>s. &ncheGse de re#ugiados e so#re! tambAm por isso! um signi#icativo cho7ue 7ue pZs em evid>ncia a precariedade da rede hoteleira 7ue! / e6ceção do ei6o UisboaG&storil! não tinha condiç(es nem dignidade.   guerra civil de &spanha reduiu as entradas de turistas deste pa$s e a II Nuerra Dundial contrariou as correntes europeias recreativas e culturais! mas aumentou o número de re#ugiados a caminho da mArica ou de \#rica. oda odavi via! a! o &sto &stori rill #oi #oi bene bene#i#ici ciad adoo com com este este surt surtoo de re#u re#ugi giad ados. os. ;o p=s p=sGgu Gguer erra ra os acrAscimos do número de entradas de estrangeiros são discretos.  ntes da Nuerra predominava a clientela inglesa 87ue passava o Inverno no &storil e na Dadeira:! constitu$da por muitos re#ormados e a espanhola 8em várias praias e termas:. urante a guerra predominam os nacionais da área em con#lito@ lemanha! ,Algica! 3olanda! Trança! NrAcia! ItáliaB +ol=nia! 3ungria! omAnia e Sugoslávia. Com o retorno da pa! estes últimos desapareceram por completo e recomeçaram as viagens motivadas por neg=cios! desporto! cultura! reuni(es cient$#icas e pol$ticas! a par de

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alguns #lu6os verdadeiramente tur$sticos! com relevo para os das mAricas 8&H! ,rasil!  rgentina! ColZmbia! Leneuela! etc.:.  umentaram tambAm! de #orma acentuada! as correntes de peregrinos para Tátima! 7ue se a#irma como o maior centro religioso do pa$s. +aralelamente renascia o e6cursionismo por mar! com escala em Uisboa! e começa a a#irmarGse um certo turismo popular internacional.   posição marginal do pa$s em relação r elação aos principais centros emissores! tornava as viagens longas! di#$ceis e caras! atA / generaliação da aviação comercial e do autom=vel e da moderniação do caminhoGdeG#erro! 7ue s= vai acontecer no #inal da dAcada de *). O processo de mudança desta estrutura concluiGse em 1-*)! atravAs da ação do 9;I! e passou pelo enri7uecimento do par7ue hoteleiro do pa$s! com o relançamento do programa das pousadas 7ue envolvia o restauro! adaptação e e7uipamento dos edi#$cios de algum valor hist=rico! dimensionados e decorados integralmente. Outros es#orços! para dotar o turismo nacional de meios capaes de acrescentar o seu potencial! vão surgir atA meados da dAcada de *) G re#ormulação da pol$tica de transportes terrestres! com entrega e6clusiva dos circuitos tur$sticos em autocarro /s ag>ncias de viagen viagens! s! regula regulamen mentad tadas as na mesma mesma altura alturaBB tentat tentativa ivass de reanim reanimaçã açãoo do transp transport ortee #erroviárioB relançamento da marinha mercante nacionalB reapetrechamento do aer=dromo de 9intra e construção do eroporto de Uisboa! com a criação simultWnea da +! ransportes Areos +ortugueses! #echando! assim! um longo processo na evolução dos transportes aAreos em +ortugal. 9ão 9ão aind aindaa post postas as em prát prátic icaa algu alguma mas! s! de cert certoo modo modo derr derrad adei eira ras! s! tent tentat ativ ivas as de   de +ortugal! em campos tão diversos como a música e o bailado@ reaportuguesamento  de  Lerde Naio! ranchos #olcl=ricos de $ndole realista! a instalação do Duseu de rte +opular em ,elAmB concurso da ncia evolutiva! designadamente o isolamento de algumas e a sua sua loca localilia açã çãoo em meio meioss huma humano noss pobr pobres es e trad tradic icio iona nais is!! de in#r in#rae aestr strut utur uras as e e7uipamentos demasiado insu#icientes perante as e6ig>ncias de clientelas urbanas de n$vel econ=mico mAdio e superior. odavia! durante a II Nuerra Dundial as termas portuguesas atra$ram muitos estrangeiros! provavelmente re#ugiados. ;o #im do con#lito! esta clientela 7ue #oi comum a outros estabelecimentos hoteleiros desaparecera.  partir de 1-'*! s= alguns portugueses ou emigrantes retornados do ,rasil ou da rgentina A 7ue as #re7uentam! sendo as dormidas de estrangeiros 7uase insigni#icantes. &m 1-%)! a#irmavaGse 7ue as estWncias termais deveriam ser objeto de uma intervenção cuidada! cuidada! com vista / sua revitaliação revitaliação e aproveitame aproveitamento nto para o turismo turismo interno. interno. 9endo os

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únicos centros tur$sticos disseminados pelo interior! parecia poderem vir a desempenhar um papel importante na atenuação dos dese7uil$brios regionais.  ssim a nova moda A a da predominWncia da atração litoral. +erante a tend>ncia das principais correntes tur$sticas europeias! 7ue valoriou o 9ul de Trança! o 9ul de &spanha! a Itália! as ilhas do DediterrWneo e o litoral da \#rica do ;orte! e a procura de praias novas! desconhecidas! ainda não saturadas! mas su#icientemente cosmopolitas e em voga! a pol$ti pol$tica ca nacion nacional al de captaç captação ão da7uel da7uelas as corren correntes tes!! escolh escolheu eu o lgarv lgarvee como como área área de acolhimento nacional e! conse7uentemente! como região de desenvolvimento tur$stico prioritário. ;esse sentido todas as iniciativas de construção de in#raestruturas de acolhimento #oram apoiadas.  lAm da 7ualidade das praias e da amenidade do mar! o lgarve possui um clima 7ue possibilita uma larga estação balnear! o 7ue constitui condição essencial da viabilidade econ=mica dos necessários investimentos. &sta evolução tradu a decad>ncia das estWncias termais e dos centros menores da rede urbana do interior e a a#irmação dos distritos do litoral. &m termos espaciais! o turismo #oi considerado como um instrumento capa de atenuar os dese7uil$brios regionais 8econ=micos! de emprego! e7uipamento! serviços! in#raestruturas! etc.:.   Das veri#icaGse 7ue o turismo estrangeiro e nacional de maior n$vel econ=mico se concentram na #achada mar$tima do pa$s! acentuando o contraste litoralGinterior.  Isto observaGse tambAm / escala regional! como acontece no lgarve! onde as incid>ncias diretas do turismo 7uase não a#etam o ,arrocal e muito menos a 9erra.  lguns acontecimentos virão di#icultar o seu percurso@ por um lado! #atores e6ternos! como as perturbaç(es socioculturais de 1-PX e a crise energAtica de 1-%"B por outro lado! #atores internos! dos 7uais a #undamental #oi a evolução de 2* de bril de 1-%'! a partir da 7ual as entradas de estrangeiros ca$ram! nos dois anos seguintes! para *)Q da mAdia de 1-%". 9= em 2" de eembro de 1-%*! na vig>ncia do LI Noverno +rovis=rio! se declara o turismo como ncias e atendendo aos #atores 7ue inter#erem nas deslocaç(es de pessoas! tais como a sua origem! os meios de transporte utiliados! o grau de liberdade administrativa! a Apoca da deslocação! etc.. este modo! podem terGse as seguintes classi#icaç(es@ (H S0u&o ( ori0m os !isi'(&'s  tendendo ao #acto de se atravessar ou não uma #ronteira o turismo subdividirGseGá! de acordo com as classi#icaç(es metodol=gicas adotadas pela OD e pelo &urostat ! em@

 s tr>s #ormas básicas podem ser combinadas de vários modos! resultando dessas combinaç(es as seguintes categorias de turismo@ 8 Turismo i&'rior 7ue i&'rior 7ue abrange o turismo realiado dentro das #ronteiras de um pa$s e compreende o turismo domAstico e o recetorB 8 Turismo &(%io&(" 7ue &(%io&(" 7ue se re#ere aos movimentos dos residentes de um dado pa$s e compreende o turismo domAstico e o turismo emissorB emisso rB 8 Turismo i&'r&(%io&(" 7ue! i&'r&(%io&(" 7ue! por abranger unicamente as deslocaç(es 7ue obrigam a atravessar uma #ronteira! consiste no turismo recetor adicionado do emissor. &mbora as re#er>ncias ao turismo evidenciem! normalmente! o turismo internacional e! 7uase sempre! seja este 7ue vem / mente 7uando se #ala em turismo! o #acto A 7ue os movimentos movimentos tur$sticos tur$sticos no interior interior de cada pa$s são! regra geral! de dimensão dimensão superior aos #lu6os internacionais. ;a atualidade! estimaGse 7ue o turismo internacional pouco ultrapasse as mil milh(es de

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chegadas de estrangeiros! aos pa$ses de todo o mundo! en7uanto 7ue a n$vel interno ou números ultrapassam as P.))) milh(es de chegadas! ou seja! seis vees mais. ;o entanto! pelos di#erentes e#eitos econ=micos 7ue provoca! A! geralmente! dada maior >n#ase e importWncia ao turismo internacional. e salientar 7ue a e6pressão turismo abrange tanto o domAstico como o internacional. .H

S0u&o ( ur(#$o ( rm(&:&%i(



Turism Turismo o  (ss(0 (ss(0m m J urism urismoo itiner itinerant antee caract caracteri eriad adoo por um número número



reduido de noites 8estada curta:. Turismo  rm(&:&%i( J rm(&:&%i( J  estada realiaGse no destino #inal da viagem e tem maior duração.

Yuer no turismo de passagem! 7uer no de perman>ncia! o objetivo A atrair o maior número de turistas pelo maior tempo poss$vel. +ara tal! os destinos t>m 7ue ser atrativos e criar condiç(es para 7ue os turistas passem mais de uma noite.  A ur(#$o ( rm(&:&%i( & @ @ uração das #AriasB +a$s de origemB Objetivo da viagemB Condiç(es e6istentes no local visitado 8condiç(es naturais! investimentos realiados! •









capacidade criativa^:B Dotivaç(es.

  capacidade de atração e retenção de uma região r egião depende de muitos #atores! uns ligados /s condiç(es naturais e6istentes 8paisagem! #auna! #lora! praias! termas! neve! ^:! outros aos investimen investimentos tos realiados realiados 8in#raestru 8in#raestruturas! turas! alojamento! alojamento! animação! animação! par7ues par7ues de atração! atração! ^: e outros! ainda! / capacidade criativa 8demonstraç(es culturais! in#ormaç(es sobre a ona! organiação de atividades para entretenimento e ocupação de tempos livres:. %H

S0u&o (s rr%uss*s &( .("(&#(  (0(m&'os

 s entradas de visitantes estrangeiros contribuem para o ativo da ,alança de +agamentos de um pa$s! por7ue #omentam a entrada de divisas e 7ue as sa$das de residentes desse pa$s t>m um e#eito passivo sobre a7uela balança por provocarem uma sa$da de divisas!

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divideGse em@ 

Turis Turismo mo  E@o E@or' r'(# (#$o $o –  Lenda de bens e serviços tur$sticos a turistas estrangeiros 8entrada de divisas e6ternas:. E Incoming F. F.



Turismo Turismo  Imor'(#$o Imor'(#$o – Os turistas saem para o estrangeiro estrangeiro e levam para lá dinheiro nacional. E Outgoing F. F.

H

S0u&o ( or0(&i7(#$o ( !i(0m

O turismo! interno ou internacional! de acordo com a #orma como A organiada a viagem! pode ser dividido em 'urismo em 'urismo i&i!iu(" e 'urismo %o"'i!o ou  0ruo6 urismo Individual realiaGse 7uando alguAm #a uma viagem cujo programa A #i6ado pelo viajan viajante! te! pod podend endoo modi#i modi#icáG cáGlo lo livrem livrement ente! e! com ou sem interv intervenç enção ão de uma entida entidade de distribuidora de viagens. urismo ColetivoK de Nrupo acontece 7uando uma ag>ncia de viagens ou operador tur$stico o#erece! contra o pagamento 7ue cobre a totalidade do programa o#erecido! a participação numa viagem para um destino segundo um programa previamente #i6ado para todo o grupo. 9ão elementos deste tipo de viagem@   organiação prAviaB O#erta de um conjunto de prestaç(esB +reço #i6o.   

 s componentes da viagem são determinadas antes da sua o#erta o#erta ao público integrando@    

    

Hm destinoB Deio de transporteB  Liagem de ida e voltaB   dos pontos de chegada para o respetivo meio de alojamento e viceG trans#ers  dos versaB  lojamentoB  limentaçãoB istraç(es e ocupação dos tempos livresB 9egurosB Outras prestaç(es particulares.

O turismo começou por ser #undamentalmente individual mas! sobretudo a partir da dAcada de sessenta! com o aparecimento dos voos #retados 8charter #lights:! o acesso /s

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viagens pela generalidade das populaç(es e a intervenção de organiaç(es empresariais de grande dimensão! as viagens organiadas passaram a ganhar cada ve maior importWncia.

H

S0u&o ( 9u("i(  %(r(%'ri7(#$o so so%io%o&>mi%(

 s disponibilidades econ=micas dos turistas podem ser responsáveis por uma procura di#erente dos locais de turismo! embora se tenha pleno conhecimento de 7ue as condiç(es econ=micas já #oram um condicionalismo mais limitativo do 7ue o A na atualidade. ;o entanto continua a #aerGse a seguinte divisão@ 

Turismo  Mi&ori(s  Mi&ori(s  J urismo individual ou #ormado por pe7uenos grupos



caracteriandoGse por um princ$pio de seleção econ=mica ou cultural. Turismo  M(ss(s J M(ss(s J ealiado por pessoas com menor n$vel de rendimentos! viajando! na maioria! em grupos. O turismo de massas A mais barato por7ue se atingem economias de escala.

)H

S0u&o ( &('ur7(  o os m mios  !i(0m u'i"i7(os Turismo Trrs'r – autom=vel! autocarro ou comboio comboio  Turismo N/u'i%o – ,arco! navios de crueiroB Turismo Aro – viãoB – viãoB

  maioria dos turistas deslocaGse de autom=vel ou avião! embora as deslocaç(es de comboio ou barco tambAm estejam a crescer em algumas viagens. 0H

S0u&o o 0r(u  "i.r( (mi&is'r('i!(

&ste critArio resulta da di#erenciação entre  'urismo iri0io  'urismo "i!r, segundo "i!r,  segundo as regulamentaç(es e6istentes nos pa$ses! 7uer emissores! 7uer recetores! 7uando limitam a liberdade das deslocaç(es de turistas ou lhes concedam inteira liberdade de movimentos. Os pa$ses emissores! em situaç(es de di#iculdade das respetivas balanças de pagamentos ou por ra(es pol$ticas! podem limitar as sa$das dos seus nacionais por vários meios@ limitaç(es na a7uisição de divisasB lançamento de impostosB obrigação de constituição prAvia / sa$da! do dep=sito de uma certa 7uantia de dinheiroB obrigação de vistosB restriç(es na concessão de passaportes! etc.

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ambAm os pa$ses recetores limitam! por vees! sobretudo por ra(es pol$ticas! as entradas de estrangeiros ou as suas deslocaç(es no interior do pa$s. 3á pa$ses 7ue impedem as visitas a certas localidades e! outros! 7ue condicionam a pass passag agem em de vist visto! o! ou mesm mesmoo das das entr entrad adas as!! atra atravA vAss de pesa pesado doss proc proced edim imen ento toss administrativos e! outras vees! não permitem a entrada de nacionais de pa$ses com os 7uais não mant>m relaç(es diplomáticas. ;o entanto! pelo reconhecimento da importWncia do turismo para a economia de cada pa$s e pelo #acto de os turistas se revelarem e6tremamente sens$veis a todo o tipo de limita limitaç(e ç(es! s! assist assisteGs eGse! e! cada cada ve ve mais! mais! a um abrand abrandame amento nto dos condic condicion ioname amento ntoss /s deslocaç(es tur$sticas. 5H

S0u&o (s mo'i!(#*s

Diferentes tipos de TURISMO

V a classi#icação segundo as motivaç(es 7ue levam as pessoas a viajar 7ue transporta para o ponto seguinte J os ipos de urismo.

Tios  Turismo   identi#icação dos tipos de turismo resulta da agregação das motivaç(es e das intenç(es dos viajantes. esta #orma! dada a grande variedade e6istente de motivaç(es para viajar! surgem! tambAm! diversas tipologias de turismo. &sta &sta A uma uma temá temátitica ca em cons consta tant ntee cres cresci cime ment ntoo e evol evoluç ução. ão. adas adas as cres cresce cent ntes es e6ig>ncias dos visitantes e da sociedade em geral! vão surgindo cada ve mais tipos de turismo.   diversidade de motivaç(es tur$sticas traduGse por uma diversidade de tipos de turismo. turismo.

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Como as regi(es e os pa$ses de destino apresentam tambAm uma grande diversidade de atrativos! a identi#icação dos vários tipos de turismo permite avaliar a ade7uação da o#erta e6istente ou a desenvolver /s motivaç(es da procura.  7ui são apresentados alguns@

TURISMO RELIGIOSO TURISMO ÉTNICO

TURISMO DE SAÚDE

TURISMO DE RECREIO

TIPOS DE TURISMO

TURISMO POLÍTICO

TURISMO CULTURAL

TURISMO DEPORTIVO TURISMO DE NEGÓCIOS

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Turismo  R%rio +raticado pelas pessoas 7ue viajam para Emudar de aresF! por curiosidade! ver coisas novas! des#rutar de novas paisagens! das atraç(es 7ue o#erecem os destinos tur$sticos. &ste tipo de turismo A peculiarmente heterogAneo por7ue a simples noção de praer muda con#orme os desejos! o cunho! o carácter ou o meio em 7ue cada pessoa vive. Turismo  S(  mEs'(r Os viajantes pretendem obter um rela6amento #$sico e mental! um bene#$cio para a saúde! o recobro de uma cirurgia ou de uma doença ou a recuperação #$sica ou emocional do desgaste provocado pela agitação da vida moderna e intensidade do trabalho. Turismo Cu"'ur("  lguns autores estabelecem uma di#erença entre m como conse7u>ncia movimentos tur$sticos importantes e de grande signi#icado econ=mico.  tualmente já se utilia um termo especi#ico para designar este conjunto de motivaç(es! identi#icandoGse um segmento DIC& J Deetings! Incentives! Congresses and &6hibitio ns ns ou IC& G euni(es! Liagens de Incentivos! Congressos! Teiras e &6ibiç(es:.  &ste tipo de turismo assume um elevado signi#icado para os destinos visitados na medida em 7ue! por norma! as viagens são organiadas #ora das Apocas de #Arias! chamada Apoca alta! e pagas pela empresa! ou pela instituição a 7ue os o s viajantes pertencem. &stes turistas possuem elevado poder de compra! o 7ue torna este tipo de turismo muito benA#ico para a economia das empresas tur$stica e para os destinos. Turismo Dsor'i!o &stas deslocaç(es são justi#icadas pela participação num evento desportivo.  motivação pode ser ativa 8participar num evento: ou passiva 8assistir ao evento:! mediante a atuação do turista.  tualmente! a pre#er>ncia pelas #Arias ativas assume uma importWncia crescente! o 7ue obriga a 7ue os centros tur$sticos se e7uipem com meios ade7uados / prática desportiva. Turismo o"='i%o Susti#icado pela participação em acontecimentos ou reuni(es de carácter marcadamente pol$tico. epresentam um #lu6o signi#icativo de pessoas! já 7ue por ra(es de promoção mediática estes encontros traem comitivas grandes de jornalistas e assessores dos pol$ticos. em caracter$sticas e e#eitos semelhantes ao turismo de neg=cios e e6ige condiç(es id>nticas! obrigatoriamente aumentadas de uma organiação mais cuidada por ra(es diplomáticas! de protocolo e de segurança. Turismo '&i%o   C(r/%'r So%i("  Liagens realiadas para visitar amigos! #amiliares e organiaç(es! para participar na vida em comum com as populaç(es locais! as viagens realiadas por ra(es de prest$gio social.

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 lguns autores de#endem a inclusão das visitas 7ue os emigrantes #aem ao pa$s de origem e outros as viagens 7ue t>m por #im observar as e6press(es culturais ou modos de vida dos Epovos e6=ticosF! incluindo as visitas /s casas dos nativos! observação de danças e cerim=nias bem como a possibilidade de assistir aos rituais religiosos ou culturais. Turismo R"i0ioso e #orma a simpli#icar! pode a#irmarGse 7ue e6istem duas grandes correntes religiosas@  s

religi(es para as 7uais a peregrinação #a parte integrante da prática religiosa

8cat=licos! muçulmanos e budistas:. &stas religi(es! em particular a cat=lica! criaram organiaç(es para encorajar e #acilitar a sua prática.  s religi(es para as 7uais a peregrinação não e6iste mas cujos crentes! praticam pelo menos uma #orma de turismo ligada / religião J os Sudeus e os +rotestantes visi visita tam m loca locais is 7ue 7ue guar guarda dam m as marc marcas as dos dos seus seus corr correl elig igion ionár ário ios@ s@ luga lugare ress de mem=ria 7ue são em geral! lugares de peregrinação. O urismo religioso tem normalmente tr>s tipos de abordagem@    abordagem espiritual J O participante encara a peregrinação como parte integrante da sua prática religiosa e permite a apro6imação com eus. 7uele 7ue realia esta viagem pode! a 7ual7uer instante! tocado pela emoção do lugar ou pelo esp$rito 7ue o habita! converterGse a esta #A.   abordagem sociol=gica J o turismo religioso A um meio para o crente conhecer melhor a hist=ria do grupo a 7ue pertence.   abordagem cultural J a visita a lugares de culto e a santuários A um modo do crente ou não! compreender as religi(es 7ue in#luenciam as sociedades! no plano hist=rico! sociol=gico e simb=lico. Turismo &o Es(#o Rur("   motivação passa pelo contacto com a naturea! com a paisagem! o clima! o repouso e descanso 7ue os destinos rurais permitem obter. +ode assumir cinco #ormas@ urismo de 3abitação! urismo ural! groturismo! urismo de  ldeia! Casas de Campo.

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6 rs'i!(s  !o"u#$o o 'urismo

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  atividade tur$stica em +ortugal! apesar de constituir um #en=meno relativamente recente en7uanto atividade econ=mica organiada apresenta uma já considerável diversi#icação e segmentação! ainda 7ue continue a assentar #ortemente no chamado turismo balnear litoral ou turismo de sol e mar. &ste A! de #acto! o sector mais massi#icado! a7uele 7ue mais nacionais #a deslocar dentro do pa$s e 7ue maior número de estrangeiros atrai! sendo! portanto! o sector de mercado tur$stico de maior signi#icado econ=mico e de maior relevWncia geográ#ica! 7uer pela impo import rtWn Wnci ciaa de 7ue 7ue se reve revest stee na mobi mobililida dade de da popu popula laçã ção! o! 7uer 7uer pelo pelo pape papell 7ue 7ue desempenha na trans#ormação dos espaços e da paisagem! 7uer! ainda! pelos impactes ambientais e sociais 7ue gera. +ara alAm do turismo de sol e praia! outros sectores relativamente importantes parecem ser o termalismo! outrora de grande importWncia econ=mica e geográ#ica e 7ue hoje parece estar a ressurgir! ressurgir! ainda 7ue com motivaç(es motivaç(es e caracter$s caracter$sticas ticas di#erentes di#erentes das 7ue assumiu no passado e o turismo religioso! nomeadamente para Tátima! 7ue parece continuar a crescer em volume e signi#icado.  lAm destas! outras #ormas de turismo! como o turismo em espaço rural! o turismo cultural ou o turismo de eventos 7ue! sobretudo a partir dos anos X)! começam timidamente a desp despon onta tar! r! pode podem m vir vir a ganh ganhar ar!! num num #utu #uturo ro pr=6 pr=6im imo! o! uma uma rele relevW vWnc ncia ia econ econ=m =mic icaa e geográ#ica 7ue ultrapasse o n$vel local e regional.   par com a saturação da principal região tur$stica do pa$s J o lgarve J e com as de#icientes condiç(es de acolhimento de grande parte das regi(es costeiras do Oeste 7ue parecem não conseguir aproveitar os ensinamentos da má gestão do turismo algarvio! geramGse novas #ormas de procura tur$stica 7ue aproveitam tambAm a tend>ncia para o aumento do número de per$odos de #Arias ainda 7ue com a diminuição da sua duração 8da$  o slogan  E#aça   E#aça #Arias repartidasF: e o aumento das operaç(es de curta distWncia e de trá#ego interno! de #orma a cativar os potenciais turistas nacionais 8Evá para #ora cá dentroF:. &ntre esses novos rumos das práticas tur$sticas estão o turismo cultural! o turismo de eventos ou de neg=cios! o turismo de saúde e repouso! o turismo itinerante e o conjunto de aç(es 7ue se conhecem sob a designação de urismo em &spaço ural e outras #ormas

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com elas diretamente relacionadas@ turismo naturea! turismo aventura! turismo cinegAtico! etc.   análise da evolução da procura tur$stica! avaliada pela chegada de turistas e todos os pa$ses pa$ses do mundo mundo e pelos pelos respet respetivo ivoss gastos gastos 8recei 8receitas tas tur$st tur$stica icas:! s:! permit permitee destac destacar ar a conclusão de 7ue se tem registado um crescimento cont$nuo desde 1-*). &m *) anos! a procura tur$stica internacional multiplicouGse 7uase 2X vees! e nos últimos 1) anos #oi acrescida de mais de 2) milh(es de novos turistas em cada ano.  pesar da evolução da procura tur$stica se ter alargado a todos os continentes e a todos os pontos do globo! nem todas as regi(es e nem todos os pa$ses bene#iciam igualmente do turismo.   procura tur$stica internacional não se reparte r eparte igualmente por todas as onas o nas do mundo.  lgumas revelam grande capacidade de atração dos #lu6os tur$sticos en7uanto 7ue outras t>m uma #raca participação nessas correntes.   evolução registada nos últimos anos revela alteraç(es signi#icativas da d a procura tur$stica 7ue podem sintetiarGse do seguinte modo@ a: "(&'(ri7(#$o J "(&'(ri7(#$o J tA / dAcada de P) o turismo era um #en=meno tipicamente euro europe peuu e norte norteGa Game meri rica cano no!! mas mas nos nos últi último moss anos anos tran trans# s#or ormo mouG uGse se a um #en=meno universalB b: M&or %o&%&'r(#$o  %o&%&'r(#$o  J  procura tur$stica temGse orientado para destinos di#erentes do passado! tendoGse alterado e diversi#icados os principais destinosB c: Dir#$oB  Dir#$oB  procura tur$stica começou por ser direcionada de ;orte para o 9ul da &uropa em busca de sol e mar! e do ocidente 8mArica do ;orte: para o orient orientee 8&urop 8&uropa:! a:! mas na atuali atualidad dade! e! repart reparteGs eGsee por todas todas as direç( direç(es. es.  geogra#ia da procura tur$stica alterouGse pro#undamente dei6ando de ter um sentido preciso. e acordo com o plano &stratAgico ;acional de urismo 8+&;:! podemos identi#icar as seguintes tend>ncias de evolução da procura! 7ue irão acentuarGse nos pr=6imos anos@  A%"r(#$o o %rs%im&'o o &mro  'uris'(s i&'r&(%io&(is m 'oo o Mu&o O sector do urismo cresceu a uma ta6a de X!)Q ao ano! entre 2))" e 2))*! superior ao crescimento mAdio da economia mundial 8"Q: no mesmo per$odo.

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  Organiação Dundial do urismo prev> 7ue atA 2)2) a tend>ncia se mantenha! com o crescimento mAdio anual do número de turistas a atingir os '!'Q entre 2))P e 2)2)! mais uma ve superior /s previs(es para o crescimento da economia. E&!"5%im&'o ( ou"(#$o uroi(  o n$vel da importWncia de cada escalão etário para o urismo temGse veri#icado uma tend>ncia para o envelhecimento do turista tipo! 7ue se prev> 7ue continue. &m 1--2 o segmento _ell established J ') a *- anos de idade J representava ")Q dos turistas! subindo para os "XQ em 2))1. +or outro lado! e6iste uma correlação positiva entre a despesa anual mAdia em #Arias e a idade.   despesa anual mAdia per per capi capita ta em #Arias na &uropa atinge os P1*! sendo 7ue os turistas com mais de *) anos t>m gastos acima da mAdia.  Aum&'o o &mro  !i(0&s  %ur'( ur(#$o  ` semelhança do 7ue acontece com a idade mAdia dos turistas! o número e a duração das viagens t>m so#rido uma evolução.   tend>ncia 7ue se observa neste ponto A a de um aumento do número de viagens de curta duração.  ssim! entre 2))) e 2))'! o número de short trips cresceu a uma ta6a anual de 1"Q! #ace a um decrAscimo anual de 'Q dos turistas 7ue apenas #aem uma viagem longa por ano.   combinação entre uma viagem longa e várias short trips tambAm tem vindo a aumentar! crescendo no per$odo em análise a uma ta6a anual de 'Q.  Aum&'o os 0(s'os %om ( s'(i( s'(i(  ru#$o os 0(s'os %om ( !i(0m ;o 7ue di respeito / composição da despesa dos turistas! prev>Gse 7ue se mantenha a tend>ncia observada nos últimos anos de crescimento da despesa com a estadia em detrimento da despesa com a viagem. ro%ur(  @ri:&%i(s i!rsi)i%((s

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 ` semelhança do 7ue acontece com a despesa! tambAm os produtos e as e6peri>ncias procuradas pelos turistas t>m evolu$do. ;este ponto destacaGse a tend>ncia para um aumento da diversi#icação das e6peri>ncias! 7ue se re#lete naturalmente nas principais motivaç(es de viagem. ;este conte6to! A cada ve mais importante a o#erta de um conjunto alargado de produtos 7ue d> resposta a uma procura diversi#icada.  Aum&'o o DIP  imi&ui#$o (s !i(0&s or0(&i7((s &6iste uma tend>ncia para uma redução do peso das viagens organiadas! por oposição ao crescimento do I 8do it Moursel#:. Htiliando como e6emplo a #orma de organiação das viagens dos turistas estrangeiros em &spanha! entre 2))1 e 2))*! veri#icamos! 7uer em termos relativos! 7uer em valores absolutos! absolutos! uma tend>ncia tend>ncia para a diminuição diminuição das viagens vendidas vendidas sob a #orma de pacote pacote tur$stico! J crescimento anual de G'Q J por oposição ao veri#icado nas viagens sem pacote tur$stico 7ue t>m crescido a um ritmo anual de -Q.

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i."io0r()i(

,aptista! Dário! urismo! Competitividade 9ustentável! Uisboa! Lerbo! 1--% Cunh Cunha! a! Uic$ Uic$ni nio! o! +ers Uisboa! &diç(es &diç(es Hniversitá Hniversitárias rias +erspe peti tiva vass e end end>n >nci cias as do uri urism smo! o! Uisboa! Uus=#onas! s.d. Cunha! Uic$nio! Introdução ao turismo ! &d. Lerbo! "] edição! 2))P +lano &stratAgico ;acional de urismo . DinistArio da &conomia e da inovação! 2))*

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Trmos  %o&i#*s  u'i"i7(#$o

 AVISO LEQAL O presente manual de #ormação destinaGse a utiliação em conte6to educativo. V autoriada a respetiva edição e reprodução para o #im a 7ue se destina. V proibida a divulgação! promoção e revenda total ou parcial dos respetivos conteúdos.   marca in#ormanuais encontraGse encontraGse registada! nos termos termos legais! no I;+I. Yual7uer il$cito detetado A pass$vel de procedimento judicial contra o in#rator.

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