Manual stc 5

April 22, 2019 | Author: Andreia Ferreira | Category: Mobile Phones, Electromagnetic Radiation, X Ray, Waves, Internet
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Manual STC5...

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Curso: Técnico/a de Apoio à Gestão EFA NS

STC 5 - Redes de Informação e Comunicação

Manual de Formação

Formadora: Andreia Ferreira

08 de setembro de 2015

ÍNDICE

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OBJETIVOS E CONTEUDOS DA UFCD

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OBJETIVOS CONTEÚDOS

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DR 1 - COMUNICAÇÕES RÁDIO “OS TELEMÓVEIS”

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1.1 – 1.1 – EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO 1.2 – 1.2 – HISTÓRIA DO TELEMÓVEL 1.3 – 1.3 – DIFERENTES USOS SOCIAL DAS FUNCIONALIDADES DOS TELEMÓVEIS 1.4 – 1.4 – TELEMÓVEIS O FUTURO 1.5 – 1.5 – COMPONENTES DO TELEMÓVEL 1.6 – 1.6 – PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO TELEMÓVEL 1.7 – 1.7 – REDES DE TELEMÓVEL 1.8 – 1.8 – ESPETRO ELETROMAGNÉTICO

4 5 6 9 10 11 11 13

DR 2 – 2 – MICRO  MICRO E MACRO ELETRÓNICA ELETRÓNICA “O COMPUTADOR”

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2.1 – 2.1 – TIC E A SOCIEDADE 2.2 – 2.2 – EVOLUÇÃO E CONCEITO DE TIC 2.3 – 2.3 – HARDWARE 2.4 – 2.4 – SOFTWARE 2.6 – 2.6 – BIT

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DR 3 – 3 – MEDIA E INFORMAÇÃO “OS MASS MEDIA”

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3.1 – 3.1 – COMUNICAÇÃO SOCIAL 3.2 – 3.2 – MASS MEDIA

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DR 4 – 4 – REDES  REDES E TECNOLOGIAS “A INTERNET”

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4.1 – 4.1 – REDE DE COMPUTADORES 4.2 – 4.2 – INTERNET 4.3 – 4.3 – LIGAÇÕES À INTERNET

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BIBLIOGRAFIA

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WEBGRAFIA

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ANEXOS

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OBJETIVOS E CONTEUDOS DA UFCD Objetivos    

Entende as utilizações das comunicações rádio em diversos contextos. Perspetiva a interação entre a evolução tecnológica e as mudanças nos contextos organizacionais, bem como nas qualificações profissionais. Discute o impacto dos media na construção da opinião pública. Relaciona a evolução das redes tecnológicas com a transformação das redes sociais.

Conteúdos 

Aspetos socioeconómicos do desenvolvimento e da implementação das tecnologias da informação e da comunicação Conceitos-chave: diversidade social, desigualdade social, investimento, inovação, meio o de comunicação de massas, sociedade em rede Diferentes modos de relação com a tecnologia que coexistem nas sociedades contemporâneas, bem como a sua correlação com certas variáveis sociais (idade, qualificações, recursos económicos, formação específica, grupos de sociabilidade, etc.) Relação entre competências tecnológicas e crescimento económico, a nível individual, organizacional e social Ponderação de soluções tecnológicas sustentáveis, a nível organizacional, a partir de uma estimativa dos seus custos e benefícios A importância do investimento em inovação tecnológica e em investigação e desenvolvimento na atividade económica A importância dos meios de comunicação de massas no desenvolvimento da democracia e da reflexividade social, em particular, através do fortalecimento 









(e possível controlo ou regulação) de uma “opinião pública”

Implicações socioeconómicas da difusão das redes tecnológicas, em particular, no desenvolvimento de uma nova configuração social, a sociedade em rede Elementos tecnológicos centrais que estruturam o funcionamento dos sistemas de informação e comunicação Conceitos-chave: tecnologia da informação e comunicação, terminal, rede, intranet, o internet, desempenho Os sistemas funcionais básicos das tecnologias de informação e comunicação (armazenagem e transferência de dados, construção, articulação e apresentação de informação) Os diversos tipos de tecnologias de informação e comunicação, caracterizando as suas dimensões individual e coletiva (terminais ( terminais e redes) Principais elementos, estrutura e dinâmicas das redes informáticas fechadas (intranet) e abertas (internet) Aplicação das tecnologias de informação e comunicação nas múltiplas atividades humanas (produção, comércio, serviços, comunicação social, etc.) 











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Limitações no desempenho e aplicação associadas à componente tecnológica das tecnologias de informação e comunicação Conhecimentos científicos e matemáticos fundamentais para a compreensão e boa utilização das tecnologias da informação e da comunicação Conceitos-chave: princípio físico, código binário, linguagem, base de dados, estatística o Os princípios físicos fundamentais que permitem a realização de operações pelos sistemas de informação e comunicação O código binário como linguagem da programação: estrutura e operações básicas Operações estatísticas básicas: construção de bases de dados, produção e interpretação de resultados estatísticos, na forma numérica e gráfica Áreas do Saber: Economia, Sociologia, Física, Matemática 











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DR 1 – COMUNICAÇÕES RÁDIO “OS TELEMÓVEIS” 1.1 – Evolução da Comunicação

Na história da existência humana existiram diversas etapas do desenvolvimento da comunicação, assim: - Há cerca de 90 mil anos atrás - Era dos Símbolos e Sinais. Os hominídeos não falavam. Nesta era utilizavam gestos, sons e outros sinais padronizados, os quais eram passados às novas gerações para que se pudesse viver socialmente. Devido às dificuldades de codificação, descodificação e memorização, conclui-se que era não era possível, nesta era, a formação de uma cultura relativamente complexa. - Há cerca de 35 a 40 mil anos atrás - Era da fala. Acredita-se com o aparecimento do Cromagnon que é marcado pela cultura oral, a fala, e possibilitou ao homem dar um salto no desenvolvimento humano, pois através da fala foi possível transmitir mensagens complexas, e também contestar aquilo que era exposto. Foi nesta época que o homem começou a incluir a arte como forma de expressão, transmissão de ideias e acontecimentos, sendo as pinturas rupestres as primeiras tentativas de armazenar informações. - Era Escrita  –  a escrita consolidou-se num período de tempo relativamente curto. Começou a ter sentido quando se criaram significados padronizados para as representações pictóricas, sendo este o primeiro passo para a criação da escrita. No início a alfabetização era restrita a especialistas e cada sociedade criou uma forma particular de escrita, tendo sido os sumérios quem primeiro transformou os sons em símbolos, ou seja, os caracteres passaram a representar sílabas. Este foi o primeiro passo para a escrita fonética. - Era da impressão  – Com certeza que o invento de Gutenberg (Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg, Mogúncia, c. década de 1390 - 3 de Fevereiro de 1468, inventor e gráfico alemão que introduziu a forma moderna de impressão de livros) modificou a forma como desenvolvemos e preservamos nossa cultura. Mesmo com a perca do monopólio da escrita por padres, escribas, elites e eruditos, não era possível falar-se em uma grande massa alfabetizada. Através das transformações 4

proporcionadas, foi possível a difusão da alfabetização, a contestação do poder da Igreja Católica, início da organização das empresas de comunicação, indústria livreira e imprensa (jornais e revistas). - Era da Comunicação de Massa  – Inicia-se no século XIX com os jornais para pessoas comuns, e também com o aparecimento dos media eletrónicos, ou seja, comunicação de massa, aquela destinada ao grande público, tendo sua maior adoção com o surgimento do cinema, rádio e televisão, o que pode criar uma indústria cultural. - Era dos computadores ou era da informação  – surge com a popularização dos computadores no uso quotidiano dos indivíduos. Essa é a era recente em que o computador ainda está transformando a sociedade como os outros meios transformaram as outras eras.

1.2 – História do Telemóvel   

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Abril 1973 – Dr. Martin Cooper efetua a 1ª chamada móvel 1983 – Iniciou-se o uso comercial 1991 – Surgiram 2 novas tecnologias TDMA (Time Division Multiple Access - Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo) nos países da América e GSM (Global System for Mobile Communications Sistema Global para Comunicações Móveis) na União Europeia 1992  –  Enviada a primeira Mensagem de texto (SMS Short Message Service - Serviço de Mensagens Curtas) 1997 – Primeiro telemóvel com câmara fotográfica 1999  –  Acesso à internet móvel (WAP - Wireless Application Protocol - Protocolo para Aplicações sem Fio) 2001 – Expansão da rede 3G 2010 – Início da rede 4G

Os telemóveis são talvez a face mais visível do continuado desenvolvimento das comunicações móveis, serviços, potencialidades, etc. Desde o seu aparecimento em 1973, desenvolvido pelo Eng.º eletrotécnico Martin Cooper (Figura 17) e sua equipa, este tipo de equipamentos se tornou numa peça fundamental do quotidiano, chegando em casos extremos quase a ser considerado como se de uma ― peça de vestuário se tratasse. As comunicações móveis e nomeadamente os telemóveis passaram por uma série de gerações desde o seu aparecimento, assistindo-se a uma constante (e às vezes até irritante) evolução constante dos modelos, funcionalidades, características etc. Então o que é um telemóvel, e qual foi a sua evolução até aos dias de hoje? Um telemóvel é um aparelho de comunicação por ondas eletromagnéticas que permite a transmissão bidirecional de voz e dados utilizáveis em uma área geográfica que se encontra dividida em células (de onde provém a nomenclatura celular), cada uma delas servida por um transmissor/recetor. A invenção do telemóvel ocorreu em 1947 pelo laboratório Bell, nos EUA. 5

Os telemóveis fornecem uma incrível variedade de funções e os novos aparelhos são lançados a um ritmo acelerado. Dependendo do modelo de telefone, podemos:         

Armazenar informações de contactos Fazer listas de tarefas a realizar Agendar compromissos e gravar lembretes Usar a calculadora embutida para cálculos simples Enviar ou receber correio eletrónico Obter informações (notícias, entretenimento, cotações da bolsa) da Internet Jogar Enviar mensagens de texto Integrar outros dispositivos como PDAs, leitores MP3 e recetores de GPS

1.3 – Diferentes Usos Social das Funcionalidades dos Telemóveis Antes de 1991 todos vivíamos sem um dispositivo que em Portugal se veio a chamar telemóvel. Decorridos apenas 18 anos, o uso de tal dispositivo tornou-se banal e, nos dias que correm, é difícil encontrar alguém que não possua pelo menos um deles. Em termos socioló gicos a “revolução” do telemóvel é comparável ao surgimento de grandes “inventos” num passado mais ou menos longínquo. Casos como a energia elétrica para uso industrial e doméstico, o automóvel e a telefonia fixa (telefone fixo) ficaram na história como grandes impulsionadores do desenvolvimento e responsáveis por alterações de comportamentos sociais a nível mundial. As alterações sociais provocadas pela introdução do telemóvel foram, no entanto, muito mais rápidas que quaisquer uma das outras (mesmo da Internet). Tão rápidas que já todos nos esquecemos dos tempos em que apenas existiam telefones fixos. Em Portugal, a taxa de penetração das comunicações móveis e pessoais é das mais altas da Europa situando-se ao nível das taxas de penetração dos países nórdicos. Porquê? Quais foram, ou são, as causas de tais taxas num país como o nosso, com um poder de compra dos mais baixos da União Europeia?

1.3.1 – Crianças e Jovens

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As crianças desde as bem pequenas e jovens de todas as idades têm encontrado no uso dos telemóveis um espaço de independência do mundo adulto, historicamente construído como aquele capaz de balizar e moldar o padrão de vida infantil, bem como seus caminhos em direção à maioridade. Grande parte das crianças portuguesas de todas as classes sociais têm telemóveis, dos mais simples aos mais avançados tecnologicamente. Embora a justificação mais difundida para possuir ou dar telemóveis seja a do contacto entre pais e filhos, esta é a finalidade mais banal da sua utilização. A maior parte das crianças declara que não pode dispensá-los, e conta muito para a sua imagem entre colegas porque são a melhor forma de ter, e manter amigos, com os quais trocam ideias, e discutem marcas, cores, modelos e até funções, no sentido de, “o meu tira fotografias o teu não” aconselham-se, desabafam e vivem seu quotidiano. Uma grande parte delas também usa os telemóveis para informar-se, jogar, assistir vídeos e ouvir suas bandas favoritas, completamente resguardados de qualquer interferência (ou influência!) dos adultos. A partir dos seis anos, os meninos já usam os telemóveis para abordar

temas picantes, aumentando suas informações relativamente àquele espaço privativo dos adultos e interdito à infância moderna o da sexualidade. Como se vê, por mais controvertidas que sejam, parece que as hipóteses de Postman se confirmam, e a tecnologia tem sido central na reconfiguração da vida e dos sentimentos nesta nova era. A infância como a fase da inocência, da dependência, da insegurança e da ignorância dos segredos do mundo e da vida parece que está a desaparecer. Tudo isso merece ser refletido não só pelos Pais mas por todas as pessoas que veem, cada vez mais, as tecnologias embutidas nas suas vidas. http://www.apagina.pt/?aba=7&cat=148&doc=11010&mid=2

1.3.2 – Jovens A dependência dos telemóveis é uma das características que marca a sociedade atual. Em Portugal, a taxa de penetração dos telemóveis já ultrapassou os 100%, o que significa que existem mais aparelhos do que habitantes portugueses. A existência de valores que os adolescentes procuram sempre neste mercado, como inovação, agressividade comercial, imagem, simplicidade, com destaque para o acesso móvel à Internet através de tecnologias de terceira geração. Estas novas funcionalidades levam a que a posse de um telemóvel seja cada vez mais aliciante e atraia mais jovens para a sua aquisição. Mas um aparelho (pequeno que cabe em qualquer lado, ou seja, é fácil de transportar), e útil como este, não se pode tornar num vício diário, em que se envia especialmente MMS ou SMS de texto todos os minutos, arquivo de ficheiros, Bluetooth, que serve de rádio para ouvir música, de agenda, de despertador, consola de jogos, de câmara fotográfica e de filmar, relógio, calculadora, enfim uma serie de funções que leva os jovens a usar e abusar deste pequeno aparelho. A verdade é que muitas pessoas utilizam estes meios eletrónicos como modo de marcar território, marcar o seu próprio estilo e de se sobressaírem no seu meio envolvente. Quem não tem um telemóvel? Quem não tem um Mp3? Qual é o jovem que não se identifica com as marcas que usa? Para eles tem de ser cool & fashion, mas ao mesmo tempo é extremamente racional na escolha do operador pela razão óbvia de ter um orçamento limitado. Não são capazes de saírem de casa sem o telemóvel, sentem-se inseguras, como aquele aparelho pudesse salvar a vida numa situação de risco. A forma como o telemóvel se introduz na vida dos adolescentes é bem patente, estes fazem em média 3,56 chamadas por dia e enviam cerca de 25,72 mensagens atreves do telemóvel. Quando não têm consigo sentem-se desconfortáveis, a sensação de estar contactável ou poder contactar alguém em qualquer lugar é reconfortante. Uma parte bastante significativa dos jovens, correspondente a 85,2%,concorda totalmente que se sentem muito mais tranquilos quando têm o telemóvel consigo. Além disso, 74,3% concordam que o seu telemóvel só lhes é útil se estiver constantemente ligado. No entanto, enquanto as marcas e os operadores de telemóveis não perceberem que também têm um papel ativo a desempenhar neste especto, e continuar a haver operadores que promovem anúncios irresponsáveis, famílias e escolas continuarão a ter dificuldade em promover a utilização ética, responsável e segura destes dispositivos. Outro problema que ocorre com tudo isto é o tipo de 7

linguagem utilizada no envio de mensagens, como as abreviações e a utilização de “x”  em vez dos “s”, e

o “k” no lugar de “que”, etc. Mas o facto é que não podemos ser alarmistas em relação a este objeto, a verdade é que há 40anos atrás se olhava para a geração da altura com preocupação pelos possíveis danos que a TV pudesse causar nos jovens. Mudam-se os tempos mudam-se as brincadeiras, muda a realidade em geral. http://tek.sapo.pt/noticias/telecomunicacoes/jovens_portugueses_estao_viciados_no_telemove_8840 79.html

1.3.3 – Adultos Apesar dos telemóveis serem considerados meros instrumentos ao serviço dos donos, eles são também artefactos sociais. Mas para além disso a prática comunicativa através deles é influenciada pelo contexto social em que ele é utilizado, passou a assumir também um papel social ativo. Mas quem comunica com quem? Qual a estrutura das redes sociais criadas pela comunicação através do telemóvel? A esta análise as alterações sociais provocadas pela possibilidade de comunicação a toda a hora e em qualquer local. O telemóvel deixou de ser apenas um dispositivo que permite comunicar, para se tornar uma ferramenta da interação social. Em poucos anos, passou de mero instrumento de trabalho a um equipamento de massas, utilizado não só para comunicar, como também para estruturar as diversas situações no quotidiano. O grupo de indivíduos que utiliza de forma ativa o telemóvel como ferramenta de trabalho é uma parcela importante dos utilizadores, tendo os operadores criado um conjuntos de serviços com potencial interesse para estes, tais como pagamentos bancários, consultas de saldo, criar documentos internet, GPS, alertas e consultas da Bolsa de Valores, ou a possibilidades de aceder aos emails. O uso do telemóvel em contexto profissional não deixa de ser relevante devido às implicações que tem em termos sociais, como económicos, é de realçar que a maioria das conversas são profissionais, e pertence a um grupo etário 25-44 anos (55,5%), e 44-64 anos (29,8%), sendo indivíduos em idade ativa. Existe também um maior uso na parte profissional pelos Homens cerca de 76,6% contra apenas 23,5% que são mulheres. Verifica-se igualmente uma despesa efetuada mais de 50€ por mês para tratar de assuntos profissionais. Por outro lado 33,9% acreditam que o facto de ter telemóvel lhes permite ter um aumento de remuneração e reconhecem as suas vantagens em termos de instrumento para resolveram os negócios a qualquer altura e local, dentro desta filosofia aparece algumas citações que nunca é demais relembrar: “a vida das pessoas sem telemóvel, em geral seria muito mais feliz e tranquila” «a maioria das chamadas profissionais que recebo fora do período de trabalho são incómodas e invadem a minha privacidade individual e familiar» http://www.obercom.pt/client/?newsId=29&fileName=rr4.pdf

1.3.3 – Idosos Nos países desenvolvidos verifica-se cada vez mais um envelhecimento da população, onde a proporção de pessoas com idade superior 65 anos está aumentar significativamente. Assim, em média as pessoas vive mais tempo do que viviam há um século atrás. Compreende-se portanto que esta questão da 8

terceira idade, do ponto de vista social, é relativamente recente, os idosos são pessoas limitadas, muitas vezes comparadas com as crianças, em termos das suas limitações. No século XX designava-se a velhice como sendo somente e nada mais do que um período de doenças, perdas e negação do desenvolvimento. Com o passar dos anos, novos conceitos de velhice, novas formas de gestão da velhice foram aparecendo. A velhice surge como construção histórica e sociocultural complementar à infância. A única função que os idosos dão ao telemóvel é para fazer chamadas e mensagens, é assim importante dizer que as chamadas são utilizadas por todos, as mensagens só por “alguns”.  Contudo os idosos utilizam muito poucas funções em relação àquelas que o telemóvel disponibiliza, devido à dificuldade, em termos de habilitações literárias não sabem ler nem escrever encontrando resistência em relação ao rápido desenvolvimento tecnológico verificado nas últimas duas décadas. A esta utilização por parte dos idosos já representa um esforço no sentido de se integrarem na sociedade moderna (afinal não são tão dependentes como se pensa) sendo sempre ajudados por pessoas mais novas que eles, e que lhes são próximas com maior domínio tecnológico por parte de gerações mais novas, e familiarizá-las com as TIC, neste caso com o telemóvel.

1.3.4 – Telemóvel como Objeto Simbólico de Status Social Apesar da crise, ainda há quem não se importa de dar mais de 500 euros por um telemóvel. As classes com altos rendimentos adquirem os telemóveis mais caros (chamados topo de gama) pois veem nelas a sua hierarquia para se mostraram a sociedade, tendo em mente que quanto mais caro melhor é o aparelho. O telemóvel de alto custo é visto na faixa social mais alta como um símbolo de independência, autonomia e um certo status social, contando muito para a sua imagem utilizando telemóveis sofisticados, novos e de marca, estão bem cientes do seu funcionamento, ou utilidade. O marketing que as empresas de venda utilizam aos seus clientes, em que os convence que a posse de determinado modelo, “mais caro” torna-os automaticamente a fazer parte de uma imagem principal da sociedade. Por norma as classes com alto nível de habilitações são aquelas que mais adquirem este produto, ocupando cargos de chefia, em determinados departamentos da sociedade. A dinâmica da sociedade, a evolução cultural, as ideias as tendências leva a cada indivíduo a uma diversidade social com vários factores: económicos políticos, religiosos, culturais.

1.4 – Telemóveis o Futuro Com o aparecimento de novos equipamentos, novas tecnologias, novos serviços a qualidade das comunicações aumenta significativamente. O uso do telemóvel banaliza-se. Todos passamos a utilizar as redes móveis de comunicação. Mesmo os mais “puristas” que ao princípio não atribuíam grande utilidade a “tal dispositivo” estão hoje em dia rendidos à sua utilização.

No futuro os telemóveis irão ter como standard   câmaras de filmar de 41 Megapixéis, a conexões Long Term Evolution, um forte candidato a sucessor do 3G, que poderá disponibilizar larguras de banda de 100Mbps, fazer filmagens em alta definição, ecrãs XGA de 1024x768 pixéis, equipadas com 9

processadores de grandes velocidades de processamentos, baterias mais ecológicas e com maior autonomia.

1.4.1 – Vantagens O telemóvel do futuro será um equipamento que permitira combinar diversas atividades com experiências do quotidiano. Assim terá uma serie de ferramentas, de áreas tão distintas como o entretenimento, controlo remoto de segurança no lar, de finanças de produtividade, segurança das pessoas e dos seus bens sistema de reconhecimento de voz, ecrã táctil e flexível, “invólucro” sensível, reage no meio ambiente. O telemóvel pode

ser usado como uma bracelete, pode ser dobrado, encolhido, pode enrolar-se ou ser pendurado nas calças como se fosse um clip. Também pode mudar de forma, consoante o contexto em que está a ser usado.

1.4.2 – Desvantagens Os riscos para a saúde decorrentes do uso de telemóvel têm sido alvo de vários estudos científicos. Até ao momento, a maioria tem tido resultados inconclusivos. A preocupação surge de uma maior exposição às radiações dos telemóveis e à possibilidade de provocarem a destruição da estrutura do material biológico. Outra questão é o facto de as crianças serem consideradas mais sensíveis aos efeitos adversos na saúde do que os adultos. Ou seja, é possível, adiantam alguns especialistas, que os mais novos enfrentem uma maior vulnerabilidade às radiações já que o seu cérebro se encontra em desenvolvimento e a absorção de energia pelo tecido adiposo é maior. A cabeça é mais pequena mas também porque a radiação penetra mais facilmente numa caixa craniana mais fina. Há diversos investigadores internacionais que têm defendido a aplicação de restrições na utilização de telemóveis por parte das crianças. Até porque os adultos de hoje começaram a utilizar os telemóveis numa idade mais avançada e têm assim um tempo de exposição inferior ao das crianças, que começaram a usar o aparelho muito mais precocemente. A política de precaução neste domínio foi, por exemplo, defendida pela Organização de Proteção Radiológica, uma instituição britânica.

1.5 – Componentes do Telemóvel Os telemóveis são dos aparelhos mais complexos e sofisticados que encontramos no dia-a- dia. Para comprimir e descomprimir sinais digitais codificados, têm de processar milhões de cálculos por segundo. No entanto, como máquina, são compostos apenas de alguns componentes. Sendo estes:

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1.6 – Princípio de Funcionamento do Telemóvel Os aparelhos comunicam por ondas eletromagnéticas e cada uma dessas ondas é enviada por um aparelho que permite a transmissão bidirecional de voz e dados uti lizáveis numa área geográfica, que se encontra dividida em células transmissor/recetor.

Cada célula tem no seu centro uma antena e todas as células estão formadas em grupo de 7, formando um hexágono em torno da célula central, que é a mais potente de todas. Se estivermos num local com uma boa cobertura, a antena do telemóvel vai estar emitir numa potência baixa, se pelo contrário, estivermos num local com fraca cobertura, o telemóvel vai tentar compensar a falta de rede transmitindo no máximo da sua potência.

1.7 – Redes de Telemóvel

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Há diferentes tecnologias para a difusão das ondas eletromagnéticas nos telefones móveis, baseadas na compressão das informações ou na sua distribuição à qual a indústria classifica os sistemas de telefonia móvel em gerações:

1.7.1 – 1ª Geração (1G) As primeiras redes funcionavam no sistema analógico e cada célula permitia somente 56 chamadas em simultâneo

1.7.2 – 2ª Geração (2G) Com a digitalização dos sinais, passou a ser possível fazer 168 chamadas simultâneas dentro da mesma célula (GSM - Global System for Mobile Communications - Sistema Global para Comunicações Móveis).

1.7.3 – 2,5ª Geração (2,5G) Uma evolução à tecnologia 2G, com melhorias significativas na capacidade de transmissão de dados e na adoção de tecnologia de pacotes (GPRS - General Packet Radio Service - Serviço de Rádio de Pacote Geral).

1.7.4 – 3ª Geração (3G) Com um sistema digital, incluindo mais recursos, com destaque para o acesso móvel à Internet através de UTMS (Universal Mobile Telecommunications System - Sistema Universal de Telecomunicações Moveis).

1.7.5 – 4ª Geração (4G) Está baseada totalmente em IP (Internet Protocol) e foi recentemente colocada nos telemóveis “topo de gama”, permite velocidades de ligação à internet de 100Mbps.

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1.8 – Espetro Eletromagnético Isaac Newton usou a palavra espetro para descrever a faixa de cores que apareceu quando numa experiencia a luz do Sol atravessou um prisma de vidro. Chama-se espectro eletromagnético à faixa de frequências e respetivos comprimentos de ondas que caracterizam os diversos tipos de ondas eletromagnéticas. As ondas eletromagnéticas no vácuo têm a mesma velocidade, modificando a frequência de acordo com espécie e, consequentemente, o comprimento de onda. A radiação eletromagnética é classificada de acordo com a frequência da onda, que em ordem crescente da duração da onda são:       

Rádio; Microonda; Radiação infravermelha; Luz visível; Radiação ultravioleta; Raio X Raio  (Gama).

As ondas são compostas por um campo elétrico e um magnético, que oscilam perpendicularmente um ao outro e na direção da propagação de energia.

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1.8.1 – Ondas de Rádio São ondas eletromagnéticas com um grande comprimento de onda e que para transmitirem informação, as ondas de rádio têm de ser moduladas, sendo estas recebidas por um recetor de rádio. As ondas de rádio são refletidas pela ionosfera e permitem que sejam feitas transmissões a longa distância.

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1.8.2 – Microondas As microondas são muito utilizadas em telecomunicações. As ligações de telefone e programas de TV recebidos "via satélite" de outros países são feitas com o uso de microondas. As microondas também podem ser utilizadas para funcionamento de um radar. Uma fonte emite uma radiação que atinge um objeto e volta para o ponto onde a onda foi emitida. De acordo com a direção em que a radiação volta pode ser descoberta a localização do objeto que refletiu a onda.

Estas ondas penetram facilmente na ionosfera, pelo que são adequadas para as comunicações via satélite. As microondas propagam-se facilmente através do nevoeiro, da chuva e das nuvens, ao contrário do que acontece com a luz visível.

1.8.3 – Infravermelho A radiação infravermelha é responsável pela troca de energia térmica através do vazio. O transporte de energia necessário para a vida, por exemplo, do Sol até à Terra, ocorre unicamente através das radiações infravermelhas. São usados nos painéis solares, em termografia (técnica de diagnóstico para tratamento de doenças circulatórias), nos telecomandos da televisão e outras aparelhagens

1.8.4 – Luz Visível O nosso olho só tem condições de perceber frequências que vão de 4,3x10 14 Hz a 7x1014, faixa indicada pelo espectro como luz visível. 15

A faixa correspondente à luz visível pode ser subdividida de acordo com o espectro a seguir:

Assim, a cada comprimento de onda da luz visível corresponde, no olho humano, uma determinada sensação de cor.

1.8.5 – Ultravioleta A radiação ultravioleta é emitida pelo Sol e outras estrelas, sendo absorvidos, em grande parte, pela camada de ozono. Os raios ultravioleta possuem diversas aplicações, nomeadamente a sua ação fotoquímica permite a assimilação do cálcio e a formação de agentes vitamínicos, como a vitamina D que combate o raquitismo.

1.8.6 – Raio X Os raios X foram descobertos, em 1895, pelo físico alemão Wilhelm Röntgen. Os raios X têm frequência alta e possuem muita energia. São capazes de atravessar muitas substâncias embora sejam detidos por outras, principalmente pelo chumbo. Esses raios são produzidos sempre que um feixe de eletrons dotados de energia incidem sobre um obstáculo material. A energia cinética do feixe incidente é parcialmente transformada em energia eletromagnética, dando origem aos raios X. Os raios X são capazes de impressionar uma chapa fotográfica e são muito utilizados em radiografias, já que conseguem atravessar a pele e os músculos da pessoa, mas são retidos pelos ossos.

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Os raios X são também bastante utilizados no tratamento de doenças como o cancro e ainda em outras aplicações como na pesquisa da estrutura da matéria, em Química, em Mineralogia e outros ramos.

1.8.7 – Raio (gama) São os mais energéticos e com menor comprimento de onda, sendo muito perigosos pois destroem as células humanas provocando cancro. É aplicado na medicina e biologia para a destruição local de células dos tumores cancerígenos e para a esterilização de material hospitalar.

1.8.8 – Características das ondas Eletromagnéticas Maxwell mostrou que a velocidade (c) de propagação de uma onda eletromagnética, no vácuo, é de 3x108 m/s (velocidade da luz) e que também podem propagar-se num meio material com velocidade menor que a obtida no vácuo. A Frequência é o número de ciclos efetuados num segundo, representando-se por , sendo a sua unidade de medida o Hertz. O Período é o tempo gasto num ciclo, representando-se por T e expressa-se em segundos. O comprimento de onda ( ) é a distancia entre picos, sendo igual à velocidade da onda dividida pela frequência da onda. Assim:

As ondas são formadas por campos elétricos (E) e campos magnéticos (B) variáveis, em que o campo elétrico é perpendicular ao campo magnético.

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O campo E irá gerar um campo B, que será também variável. Por sua vez, esse campo B irá gerar um campo E, e assim por diante...

DR 2 - MICRO E MACRO ELETRÓNICA “O COMPUTADOR” 2.1 – TIC e a Sociedade Hoje em dia qualquer pessoa tem que ter conhecimentos básicos das Tecnologias da Informação e da Comunicação tanto em lazer como em contexto profissional e para fazer parte da evolução da sociedade o ser humano vai ter que investir algum tempo da sua vida na aprendizagem das TIC.

É inquestionável que o progresso tecnológico tem conduzido a melhorias significativas no nível de vida em todo o mundo. No entanto, não podemos esquecer que muitos países, regiões e pessoas têm sido excluídos dos benefícios das novas tecnologias e inovações. Vários são os países mais pequenos ou em desenvolvimento que enfrentam enormes desafios para entrar no mercado global, contendo custos elevados em infraestruturas (incluindo as telecomunicações), recursos limitados, sejam eles financeiros, humanos ou físicos, ou mesmo dependendo do investimento e ajuda externa. Em pleno século XXI ainda existe uma grande discrepância entre as zonas urbanas e as rurais. As grandes cidades possuem redes de fibra ótica comunicações de alta velocidade para todo o globo, regiões periféricas (rurais) são possíveis comunicações com a Internet mas através de cabos telefónicos e, ainda outras em que não existe simplesmente acesso a comunicações (algumas áreas e regiões onde uma simples ligação de telefone está longe de ser um serviço frequente). Fazendo uma comparação entre regiões mais favorecidas e menos favorecidas, se na primeira a centralização das funções de controlo levam a estruturas económicas e sociais com intensa informação, muita procura de redes e serviços de telecomunicações avançadas, intensa competição por operadores de telecomunicações globais e fornecedores de serviços, no forte investimento e inovação em competitivas redes de cabo, fibra ótica, satélite e móveis, o que causa uma enorme vantagem para atrair investimentos corporativos para funções de controlo e comando, já no que diz respeito às menos favorecidas existe a baixa tendência para utilizar telecomunicações e telemática na economia local, pouca procura de redes e 18

serviços de telecomunicações avançados, falta de competição entre os operadores de telecomunicações, subinvestimento causado pela retirada do monopólio nac ional, falta de investimento em inovação e competitivas redes causando, assim, uma enorme desvantagem competitiva para atrair investimentos. As desigualdades sociais no acesso às redes de telecomunicações influenciam a capacidade das pessoas de participarem na atual sociedade da informação. Havendo nas regiões periféricas baixos níveis de atividade económica, baseados principalmente na agricultura, artesanato, etc., um baixo rendimento por habitante e por família, diversas infraestruturas sociais subdesenvolvidas, obviamente, que tudo isto se repercute na vida socioeconómica dos habitantes destas regiões, com reflexões na aquisição e utilização das novas tecnologias. Estas desigualdades no acesso às redes de telecomunicações vão influenciar a capacidade das pessoas para participar na atual sociedade de informação. As regiões periféricas são caracterizadas por uma baixa densidade populacional, por uma falta de dinamismo económico e pouca inovação, em que a população ativa é normalmente pouco qualificada. Como tal, existe uma grande divergência no desenvolvimento pessoal de cada cidadão, pois se por um lado as pessoas nas regiões urbanas têm melhor acesso às novas tecnologias, o mesmo não se passa com as regiões periféricas, levando assim, à contínua marginalização das pessoas e regiões “desanexadas” das redes de informação globais. Como poderemos verificar no gráfico inferior, nos últimos oito anos em Portugal, relativamente aos agregados familiares com ligação à internet, apesar de, ter havido um enorme salto quantitativo de ligações, existe uma grande desigualdade entre zonas densamente povoadas e pouco povoadas.

Fonte: Instituto Nacional de Estatísticas http://literaciadainformacao.web.simplesnet.pt/

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2.2 – Evolução e Conceito de TIC Terminologia tendo em conta os avanços tecnológicos:

TIC provém da junção das palavras informação e automática:

Significa tratamento ou processamento da informação, utilizando meios automáticos, nomeadamente o computador. É a designação mais utilizada quando nos referirmos ao conjunto de recursos tecnológicos e computacionais utilizados para a criação e utilização da informação. Esses recursos vão desde redes de computadores, às centrais telefónicas inteligentes, à comunicação por satélite, etc…

Cada vez mais o tratamento da informação é feito no sentido de sta poder ser facilmente transmitida, de um local para outro, independentemente da distância. A  Informação  é a «matéria-prima» que está na base dos conhecimentos e da comunicação entre as pessoas; Segundo Claude Shannon, a informação está presente sempre que um sinal é transmitido de um ponto a outro. Por exemplo: Palavras, impulsos elétricos através dos quais os nossos olhos transmitem sinais ao cérebro, música, etc.; A Comunicação  consiste no intercâmbio (troca) de informação entre indivíduos ou objetos (por exemplo: telemóveis, computadores, etc…).

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2.2.1 – Informação A informação tem como característica de ser transportável, armazenável (na memoria humana, em livros, nas memorias dos computadores, etc.), traduzível (pode ser convertida, por exemplo noutra linguagem) e reciclável (pode ser usada para criar nova informação). A informação deve ser precisa, completa (fornecendo todos os dados importantes), flexível (podendo ser usada com diversas finalidades), de fonte fidedigna (deve provir de uma fonte de confiança), relevante, (útil para quem a recebe), clara, simples e objetiva (não deve haver sobrecarga com informação desnecessária) e deve ser atual (adaptada aos tempos e às circunstâncias em que vivemos).

2.2.2 – Informação e Informação Digital Informação: Conjunto de dados articulados com significado. Ou seja, é tudo aquilo (palavra, frase, imagem,...) que nos poderá permitir a tomada de decisões e a execução de ações. Informação Digital: Toda a informação que existe sob a forma digital, à qual podemos aceder através de um computador. Na Web, toda a informação, quer seja texto, sons ou imagens, encontra-se em formato digital. Além das características comuns a todo o tipo de informação, a informação digital é:     

manipulável; partilhável; compacta; comprimível; interativa e multimédia.

2.3 – Hardware É a parte física do computador, constituído por um conjunto de componentes eletrónicos, circuitos integrados e placas que se comunicam através de barramento (conjunto de linhas de comunicação que permitem a interligação entre dispositivos).

2.3.1 – Dentro da Máquina Placa Mãe (Motherboard) A placa mãe é a parte do computador responsável por conectar e interligar todos os componentes do computador. Possui diversos componentes eletrônicos (circuitos integrados, capacitores, resistores, etc) e entradas especiais (slots) para que seja possível conectar os vários dispositivos. 21

Processador (CPU) É um circuito integrado que realiza as funções de cálculo e tomada de decisão do computador. Todos os computadores e equipamentos eletrônicos baseiam-se no processador para executar suas funções, podemos dizer assim que o processador é o cérebro do computador por realizar todas essas funções.

Memória ROM (Read Only Memory) É uma memória do computador somente para leitura. As informações são gravadas pelo fabricante. Sempre que um computador é iniciado, a ROM é a primeira memória a ser acedida pois tem informações das funções básicas e/ou principais dos componentes que constituem o computador, telemóvel ou outro. A informação contida não se apaga ao interromper a energia.

Memória RAM (Random Access Memory) Memória de Leitura e Escrita temporária, ou seja é uma memória volátil, pois após desligar o computador a informação existente é perdida.

Disco Rígido (HD e SSD) É uma memória de massa pois consegue armazenar grandes quantidades de informação. Esta informação de segunda é uma memória não volátil, ou seja não perde a informação se não estiver ligado à energia.

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Placa de Som É um dispositivo de hardware que envia e recebe sinais sonoros entre equipamentos de som e o computador.

Placa Gráfica É um componente de um computador que envia sinais deste para o monitor, de forma que possam ser apresentadas imagens ao utilizador.

Placa de Rede É um dispositivo de hardware responsável pela comunicação entre os computadores de uma rede

Fonte de Alimentação Dispositivo eletrônico constituído por quatro blocos de componentes elétricos: um transformador de força (que aumenta ou reduz a tensão), um circuito retificador, um filtro capacitivo e/ou indutivo e um regulador de tensão.

Leitor de CD’s, DVD’s ou BD’s É um dispositivo para reproduzir discos produzidos sob o padrão CD, DVD ou BD.

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2.3.2 – Fora da Máquina Periféricos de Entrada (Input) São periféricos que permitem a comunicação entre o utilizador e o computador. Exemplo:

Periféricos de Saída (Output) São dispositivos que exibem dados e informação processadas pelo computador e que permitem a comunicação entre o computador e o utilizador. Exemplo:

2.4 – Software São programas, sistemas operativos ou aplicações executadas pelo hardware tendo como função detetar e utilizar o hardware de forma eficiente, bem como realizar as tarefas que o utilizador pretende. Alguns Exemplos de Programas ou aplicações:         

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Microsoft Word (Processador de Texto) Microsoft Excel (Folha de Calculo) Microsoft PowerPoint (Apresentação) Microsoft Access (Base de dados) Adobe Photoshop (Editor de Imagens) Winzip (Compactador de ficheiros) Adobe PDF (Criação de documentos portáteis) DreamWeaver (Editor de Paginas Web) Etc.

2.4.1 – Sistemas Operativos É um programa que tem como função de servir de interface entre o computador e o usuário, este é responsável por todo o funcionamento do computador desde o software a todo o hardware instalado. Existem 3 grandes sistemas operativos:

2.6 – BIT Unidade Elementar de Informação. A mais pequena unidade que podemos utilizar para quantificar o espaço de armazenamento num suporte informático ou de transmissão; Corresponde a um código binário capaz de representar 2 estados 0 e 1 ou Falso e Verdadeiro.     

1 Byte -> 8 Bits 1 Kilobyte (KB) = 1024 Bytes 1 Megabyte (MB) = 1024 Kbytes  1.000.000 Bytes 1 Gigabyte (GB) = 1024 Mbytes  1.000.000.000 Bytes 1 Terabyte (TB) = 1024 Gbytes  1.000.000.000.000 Bytes

DR 3 – MEDIA E INFORMAÇÃO “OS MASS MEDIA” 3.1 – Comunicação Social Comunicação Social é uma designação pleonástica, na medida em que toda a comunicação é, por definição, de natureza social. A sua generalização ficou a dever-se mais à importância tanto do Estado como das instituições religiosas e humanitárias. Foram sobretudo estas instituições que consagraram o seu uso, ao darem este nome aos serviços que criaram com a finalidade de orientar o funcionamento dos media em favor dos valores que entendem promover e até de promover a censura das suas mensagens. Os meios de comunicação social são estruturas ou sistemas organizados que produzem, difundem e concebem a receção de informação. Permitem, essencialmente, o fluxo de comunicação numa perspetiva unívoca, com o emissor sem capacidade de resposta.

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Estes sistemas são geridos, por empresas especializadas na comunicação de massas e exploradas nos regimes concorrenciais, monopolísticas ou mistos. As empresas podem ser privadas, públicas ou estatais.

3.2 – Mass Media Mass media é uma palavra inglesa que significa intermediário ou suporte de massas.

Esta expressão formou-se nos anos 50 do século XX para designar os media industriais (jornais, rádio e televisão) que atingem um público alargado, diversificado e não individualizável. Esta designação é habitualmente utilizada, de maneira crítica, para sublinhar hipotéticos efeitos de uniformização das mensagens, de modelização e de manipulação do público, encarado como objeto passivo dos seus produtos culturais. A expressão Comunicação de Massas é hoje menos utilizada, pelo facto de as mais recentes transformações tecnológicas e os estudos entretanto realizados sublinharem, cada vez mais, a natureza ativa e diversificada dos públicos, assim como a disseminação dos produtos culturais produzidos e difundidos pelos media. A lógica da massificação subsiste, na medida em que a diversificação atual dos produtos culturais e dos públicos representa mais uma estratégia de captação das audiências do que uma real implementação de alternativas. "Os mass media são ao mesmo tempo canais de difusão e meios de expressão que se dirigem não a um indivíduo personalizado mas a um "público-alvo" definido por características socioeconómicas e culturais, em que todos os recetores são anónimos." (A. Moles, La Communication et les mass media, Gérard-Marabout, 1971.)

DR 4 – REDES E TECNOLOGIAS “A INTERNET” 4.1 – Rede de Computadores É um Grupo de computadores e outros dispositivos interligados, com o objetivo de partilhar recursos e informações. O que é que na prática podemos partilhar? Informação, ficheiros, internet, programas, impressoras, discos, etc. Os tipos de rede mais comuns usados em redes de comunicação são: Rede Local - (LAN) Local Area Network: É mais comum utilizar este tipo de rede em redes domésticas ou relativamente pequenas. 26

exemplo: rede dentro de uma sala

Rede de área alargada - (WAN) Wide área Network É mais comum utilizar este tipo de rede em redes que ligam regiões, países ou mesmo todo o planeta.

Rede sem fios - (WLAN) Local Wireless Area Network É um tipo de rede local de curta distância e sem a utilização de fios.

4.2 – Internet A internet é a tecnologia mais utilizada e útil neste momento no mundo atual, esta melhora as comunicações e o acesso à informação. Os participantes desta troca de ideias e informações cooperam entre si. Atualmente este meio de comunicação é utilizado em casa e no trabalho para realizar trabalhos profissionais ou simplesmente para lazer. Pode-se afirmar que o uso da internet contribui para o desenvolvimento da sociedade da informação e também para a melhoria da vida dos cidadãos. As comunicações via internet podem “transportar” trabalhos com informação pessoal a um vasto número de pessoas e a um custo reduzido. 27

As principais vantagens são:   

Comunicação entre pessoas de uma forma rápida e eficaz, via correio eletrónico e chat. Permite construir redes de pessoas e de grupos (redes sociais), que não eram possíveis antes do aparecimento das novas tecnologias. Melhora a capacidade de gerir a informação

4.3 – Ligações à Internet 4.3.1 – ISP (Fornecedor de Acesso à Internet) Tradicional – Dial-up É um sistema pioneiro de acesso à internet e que em Portugal já possui pouca expressão devido à massificação de outros sistemas. A velocidade máxima de ligação é de 56,6 kbps. É um tipo de acesso à internet no qual é usado um modem e uma linha telefónica para se ligar a uma rede de computadores da empresa de acesso à internet (ISP). Nesta ligação normalmente é utilizado o protocolo TCP/IP.

4.3.2 – ADSL – Banda Larga É o tipo de acesso à internet mais utilizado em Portugal. Permite uma transmissão de dados mais rápida através das linhas de telefone, até 52 Mbit/s a 100 metros da central.

4.3.3 – Cabo Esta tecnologia utiliza as redes de transmissão de TV por cabo. Pode transmitir até 150Mbit/s, fazendo uso da porção de banda não utilizada pela TV por cabo.

4.3.4 – Banda Larga Móvel Esta tecnologia permite ligar à internet em total mobilidade desde que esteja dentro da área de cobertura. 28

Atualmente são possíveis ligações até 100Mbit/s através da rede 4G.

4.3.5 – WIFI É uma tecnologia de interligação entre dispositivos sem fios. Para se ter acesso à internet através de rede WiFi deve-se estar no raio de ação de um ponto de acesso (hotspot) onde opere rede sem fios e usar um dispositivo móvel, como um computador portátil.

BIBLIOGRAFIA LIMA, Fernando; COSTA, Raquel – “Sociedade, Tecnologia e Ciência”. Porto: AREAL EDITORES, 2011.

WEBGRAFIA ALGOSOBRE, disponível em: http://www.algosobre.com.br/fisica/ondas-eletromagneticas.html, acesso em: 10 julho de 2013 APAGINA, disponível em: http://www.apagina.pt/?aba=7&cat=148&doc=11010&mid=2, acesso em:  julho de 2013 CEDET, disponível em: http://www.cedet.com.br/index.php?/O-que-e/Comunicacoes-Moveis/, acesso em: julho de 2013 INFOPEDIA, disponível em: http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/, acesso em: julho de 2013 INFORMATICA, disponível em: http://informatica.hsw.uol.com.br/celular.htm, acesso em: julho de 2013 MIUDOS SEGUROS NA NET, disponível em: http://www.miudossegurosna.net/, acesso em: julho de 2013 OBERCOM, disponível em: http://www.obercom.pt/client/?newsId=29&fileName=rr4.pdf, acesso em: julho de 2013 PORDATA, disponível em: http://www.pordata.pt/, acesso em: julho de 201 3 WIKIPEDIA, disponível em: http://pt.wikipedia.org, acesso em: julho de 2013 SAPO TEK, disponível em: http://tek.sapo.pt/noticias/telecomunicacoes/jovens_portugueses_estao_viciados_no_telemove_88 4079.html, acesso em: julho de 2013

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ANEXOS Fichas de Trabalho FICHA DE TRABALHO Nº 1 FICHA DE TRABALHO Nº 2 FICHA DE TRABALHO Nº 3 FICHA DE TRABALHO Nº 4

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