May 1, 2017 | Author: Raff, NLP-Health | Category: N/A
Descripción: Manual de psiquiatria em Português...
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HOSPITAL MUNICIPAL E MATERNIDADE ESCOLA DR. MÁRIO DE MORAES ALTENFELDER SILVA Vila Nova Cachoeirinha
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PROTOCOLO DE PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICOS DA CLÍNICA PSIQUIÁTRICA
ANO 2012
Prefeitura de São Paulo Secretaria Municipal de Saúde
HOSPITAL MUNICIPAL E MATERNIDADE ESCOLA DR. MÁRIO DE MORAES ALTENFELDER SILVA Vila Nova Cachoeirinha
PROTOCOLO DE PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICOS DA CLÍNICA PSIQUIÁTRICA
São Paulo JUNHO/2012 4ª EDIÇÃO
Projeto Gráfico: Núcleo de Qualidade Diagramação: Núcleo de Qualidade Arte da Capa: Tatiana Magalhães Demarchi Tatiana Zacariotti de Freitas
Foto Capa: Rubens Gazeta
Coleção Protocolos HMEC 2012 © 2012 - Departamento Técnico Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva É permitida a reprodução parcial desde que citada a fonte. Av. Deputado Emílio Carlos, 3100 CEP: 02720-200 – São Paulo – SP Telefone: 3986-1051 Site: www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/hospital_maternidade_vila_nova_cachoeirinha/
E-mail de contato:
[email protected]
Gilberto Kassab Prefeito da Cidade de São Paulo
Januario Montone Secretário Municipal da Saúde
Pedro Alexandre Federico Breuel Diretor de Departamento Técnico - HMEC
ORGANIZAÇÃO Dr. Fábio Tofoli Jorge Médico Psiquiatra do HMEC REVISÃO Dr. Flávio Freire de Castro Chefe do Serviço de Psiquiatria
FICHA DE DESCRIÇÃO / APROVAÇÃO DE MANUAL
Nome do Manual: PROTOCOLO DE PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICOS DA CLÍNICA PSIQUIÁTRICA Finalidade: Servir de base para o atendimento em psiquiatria. Disponível: ( ) Admissão PS ( ) Agendamento/ (X) Alojamento Conjunto (X) Ambulatório ( ) Anatomia Patológica ( ) Arquivo ( ) Auditoria de Prontuário ( ) Banco de Leite (X) Biblioteca (X) Casa da Gestante (X) CCO / CMAT / REC (X) Comitê de Risco
( ) Comunicação ( ) Contabilidade ( ) Diagnóstico por Imagem ( ) Educação Continuada ( ) Engenharia (X) Ensino e Pesquisa ( ) Farmácia ( ) Faturamento ( ) Gestão de Pessoas ( ) Hotelaria ( ) Imunização
(X) Internação de Adultos e Hospital Dia ( ) Logística de Produtos para Ass. Hospitalar ( ) Medicina Natural e Práticas Complementares ( ) Nutrição ( ) Ouvidoria ( ) Patrimônio (X) Pré-parto (X) Pronto Socorro ( ) Protocolo e Autuação
(X) Qualidade ( ) Recepção para Internação ( ) Saúde do Trabalhador ( ) Serviços Técnicos Multidisciplinares ( ) Suprimentos ( ) Tecnologia da Informação ( ) Tráfego ( ) Internação Neonatal ( ) UTI Adulto ( ) Outros: ______________
ELABORADO POR: Nomes: Dr. Fábio Tofoli Jorge e Dr. Flávio Freire de Castro Funções: Médico Psiquiatra e Chefe do Serviço de Psiquiatria Data de Emissão: JANEIRO/2003
Revisão nº 4
APROVADO POR: Nome: Dra. Sandra Maria Barradas Marques Função: Gerente Assistencial
Data de Revisão: JUNHO/2012
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
PREFÁCIO À COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC – 2012 O Hospital Municipal Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha, que tem sob sua responsabilidade o atendimento à saúde perinatal e da mulher, em geral, de sua área de influência, em especial Zona Norte da Cidade de São Paulo, tem procurado ao longo dos seus 40 anos de existência propiciar às pacientes aqui atendidas a melhor qualidade possível dentro do amplo conceito de saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde. Procurando sempre atualizar-se e modernizar-se, quer no que diz respeito à sua área física, à aquisição de equipamentos e incorporação de novas tecnologias, à ampliação de recursos humanos e sua respectiva capacitação, a Maternidade Cachoeirinha tornou-se um marco em nossa cidade. Não bastassem esses aspectos, uma outra importante faceta a distingue, qual seja, a de elaboração de Manuais, contendo Protocolos de condutas destinados a responder à diversidade dos problemas das pacientes por nós atendidas. Torna-se, portanto, imperativo que suas equipes de Saúde comunguem, em cada área de atividade, de orientações padronizadas, que se transformam em verdadeiros guias para a prática diária. São os Protocolos que podem dirimir desde simples dúvidas do dia-a-dia até problemas mais complexos e de resolução mais laboriosa. Contudo, a elaboração de tais Protocolos que compõem os Manuais, deve refletir, por um lado, os mais rigorosos critérios da Medicina Baseada em Evidências e por outro ser de fácil compreensão e aplicabilidade para que se tornem realmente da máxima utilidade para a melhoria do atendimento às pacientes segundo as boas práticas de Saúde. Queremos agradecer a toda a equipe que arduamente trabalhou na elaboração destes Protocolos, procurando usar a criatividade individual associada à cultura institucional no sentido de representar um aprimoramento na nossa área de trabalho que estamos sempre buscando. Temos também a certeza de que estes Manuais não serão os últimos. Sempre haverá sugestões, novas incorporações, que farão um moto contínuo de novas publicações. Mas certamente também temos a convicção de que estes são o que de melhor temos a oferecer para o momento atual.
Dr. Pedro Alexandre Federico Breuel – Diretor de Departamento Técnico do HMEC - 2012 Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
PREFÁCIO À COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC – 2008 A arte médica desde seu início tem como principal objetivo não apenas a cura, mas também o cuidar. O termo "obstetrícia" vem da palavra latina "obstetrix", que é derivada do verbo "obstare" (ficar ao lado). Ficar ao lado de quem sofre é importante, pois a proximidade do ser humano é terapêutica. A indelicadeza no trato do ser advém da ignorância e do desconhecimento, em que as pessoas se escondem atrás de uma atitude pouco acolhedora para ocultar suas inseguranças. A humildade, o entendimento, a paciência, o carinho e o amor são qualidades imprescindíveis para o ser Médico. O conhecimento evolui com enorme velocidade, cada vez mais observamos na Medicina a transitoriedade de suas verdades e conceitos. O profissional médico que se formava 20 anos atrás, se não mantivesse contato com os novos trabalhos, apresentava um tempo médio de desatualização de 5 a 8 anos, hoje é necessário pouco mais de 2 anos para que isso aconteça. Tudo isso graças à grande demanda de trabalhos científicos, troca de experiências, enorme facilidade de acesso e divulgação da informação. Porém, criou-se a partir daí um outro problema: com tanta informação como separar o que é bom do que não o é? O Hospital e Maternidade Escola Vila Nova Cachoeirinha tem em seu nome um dos principais objetivos desta instituição: o ensino. E não somente o ensino como transmissão de conhecimento, mas fundamentalmente como formação do ser Médico em sua integralidade na forma mais holística de seu entendimento: caráter, comportamento humanístico e relação médico/paciente. A integração de todas as áreas (a médica, para-médica, administrativa e comunitária) sumariza a ideia de que para crescermos e nos conhecermos melhor, a participação de todos é fundamental. A Instituição é o Todo, sendo nosso começo, meio e fim principal. Este manual vem coroar estas ideias, na busca desta integração e na efetividade da mesma. A atualização do manual tem por objetivos a revisão das informações, a democratização do acesso a essas e a homogeneização do conhecimento para todos aqueles que vivem a instituição, em especial aos médicos residentes e aos acadêmicos das várias escolas que aqui fazem seus estágios, sendo útil, também, a todos que tiverem interesse na busca da atualização de seus conhecimentos. E, por fim, gostaria de salientar, enaltecer e agradecer às equipes médicas e não médicas que escreveram e que organizaram a edição final deste manual para impressão. Muito obrigado! A nossa Instituição agradece.
Dr. Carlos Alberto Ruiz – Diretor de Departamento Técnico do HMEC – 2008 - 2011 Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
PREFÁCIO À COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC - 2007 O Artigo 196 da Constituição de 1988 garante a todo cidadão o direito à saúde e o acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção e recuperação. A regulamentação do Sistema Único de Saúde – SUS – pela Lei 8.080, de 19/09/90, foi um desdobramento desse princípio constitucional, e sua implantação vem sendo orientada pelas chamadas Normas Operacionais (NOB 1991, 93 e 96; NOAS 2001 e 02; Pacto pela Saúde, de 2006). A Regulação Estatal sobre o Setor Saúde, comumente conhecida apenas como “Regulação”, surge como uma estratégia de gestão do SUS através dessas normas. Entre outras modalidades de Regulação, a NOAS 1991 colocou em pauta a Regulação Assistencial. Os Complexos Reguladores Assistenciais são estruturas que congregam um conjunto de ações regulatórias do acesso à assistência e constituem-se das Centrais de Regulação e dos Protocolos Assistenciais. Vale ressaltar que a Central de Regulação é uma ferramenta-meio cujo desempenho está diretamente relacionado com a resolutividade da rede de saúde, que por sua vez também depende da existência e da execução de bons Protocolos Assistenciais. Os Protocolos Assistenciais são divididos em Protocolos Clínicos e Protocolos de Regulação do Acesso. Os Protocolos Clínicos são "recomendações sistematicamente desenvolvidas com o objetivo de orientação de médicos e pacientes acerca de cuidados de saúde apropriados em circunstâncias clínicas específicas". (DENASUS, MS). Os Protocolos de Regulação do Acesso "são diretrizes para solicitar e usar, adequada e racionalmente, as tecnologias de apoio diagnóstico e terapias especializadas, incluindo medicamentos de alto custo, sendo um instrumento de ordenação dos fluxos de encaminhamentos entre os níveis de complexidade assistencial". Esse é o contexto que confere a real dimensão e o relevante significado deste trabalho técnico coletivo que ora vem à luz sob forma da COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2007, fruto estratégico da Gestão do Conhecimento Organizacional aliada aos talentos, competências e brilhantismos individuais dos profissionais que nela trabalham. A COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2007 conta com a indispensável e brilhante participação dos coordenadores científicos, diretores e gerentes das unidades assistenciais, de diversas profissões da saúde, nos volumes dedicados às respectivas especialidades da atividade-fim do hospital. Além disso, foi acrescida da valiosíssima contribuição dos diretores e gerentes das áreas administrativas, com volumes dedicados às rotinas que dão andamento eficiente aos processos das atividades-meio, garantindo o suporte necessário à realização de uma assistência clínica e cirúrgica de alta qualidade ao cliente-cidadão. A COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2007 é uma importante ferramenta para a regulação da qualidade da assistência, não apenas no sentido do padrão técnico-científico do atendimento dispensado, mas também quanto à eficiência e eficácia dos processos administrativos internos e principalmente quanto à equidade no acesso aos serviços hospitalares. Por isso foi opção desta gestão delegar a coordenação do projeto COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2007 à Dra. Maria Lúcia Bom Ângelo, nossa Assessora de Qualidade e Acreditação Hospitalar, a quem creditamos o merecido reconhecimento por ter cumprido competentemente mais esta árdua tarefa.
Dr. José Carlos Riechelmann - Diretor Geral do HMEC 2001 - 2007 Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
PREFÁCIO DO ORGANIZADOR Ita est vita hominum (Terêncio – c.195-c. 159) (Assim é a vida dos homens) AGNOSCO VETERIS VESTIGIA FLAMMAE (Virgilio; 70-19 A.C.) (Reconheço os Vestígios da Antiga Chama) O leitor terá em mãos um manual de fundamentação dos quadros psiquiátricos mais comuns na interface da psiquiatria com a ginecologia e obstetrícia, assim como se referenciar com situações corriqueiras na lida com a mulher, familiarizar-se com o uso de drogas com efeitos sobre o sistema nervoso durante a gestação, amamentação e puerpério, para um uso criterioso das mesmas. A literatura científica devidamente escrita julga-se própria e, atualizada. Este trabalho profícuo na área de ginecologia e obstetrícia apoiada em outras especialidades médicas e afins, passadas décadas de existência da maternidade, dão razões suficientes para, ao invés de reduzir seus especialistas e aqueles que vêm aqui se especializar, ao viés apenas da ginecologia e da obstetrícia, ampliar seus horizontes em outras especialidades, assim como fundamentar sua ética na lida diária com a mulher. A razão para esta extensão é fruto das evidências do atendimento e desta nova modernidade construída a partir da segunda metade do século XX, na esteira da chamada civilização do desejo, da estimulação das demandas de muitas naturezas, multiplicação das necessidades onde se alterou os gêneros de vida e os costumes. A saúde mental, por sua vez, nem se inicia na psiquiatria, nem termina com ela. A empreitada pela saúde mental não é patrimoniada por nenhuma especialidade médica. Pode começar por um bom atendimento de porta de entrada, pelo acolhimento, pela humanização em seu sentido amplo, como tanto se ressaltou nestes últimos anos, pela febre do conforto e melhoramento contínuo das condições de vida onde o bem estar tornouse paixão de massa, objetivo das sociedades contemporânea. Estamos convencidos que a saúde mental depende de variáveis que extrapolam os muros hospitalares, nem estas instituições de per si podem reproduzir o que na década passada se chamou de saúde mental, adernada por condições econômicas, educacionais, abandono familiar e governamental á necessidades fundamentais. Não existe uma única explicação para a saúde mental, mas várias e muitas. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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A Saúde Mental á nosso ver não pertence á nenhuma especialidade médica ou para-médica em particular, mas fruto de ligações extra-institucionais, como a casa, questões de desemprego, gravidez inesperada, segurança social, perspectiva de princípios éticos e morais validados socialmente e respeitados por seus representantes mandatários, dos governos e autoridades ou, investidos delas. Institucionalmente a saúde mental não está inserida num único lugar, mas na intenção que anima o conjunto dos trabalhadores desta instituição pública, pois este silêncio da alma, onde repousa a saúde mental, como entidade espiritual, como atividade neurológica, como função do psiquismo, necessita da escuta desta fala singular de cada indivíduo, anômico, que começa quando entra na maternidade onde a inovação e, as renovações podem deixar a marca de qualidade no atendimento á mulher diante de algumas de suas necessidades prementes, uma verdadeira política de marca institucional. A saúde mental extrapola a psiquiatria ou a psicologia, e por vezes uma parcela dependa de uma atendente que se colocou com ouvidos atentos e interessados naquela mulher dotada de complexidade vivencial. È assim que o melhor atendimento adquire uma escala mais ampla, que se constrói estruturalmente em torno de dois atores preponderantes, o servidor público e a população de consumo de bens de saúde. A relação fundamental para a Saúde mental é a da dimensão ética presente no laço intersubjetivo de qualquer funcionário, uma pessoa, com qualquer outra pessoa que procura esta instituição, por vezes como parceira trabalhosa que nos remete ao cuidar, curar, tratar, mas antes de tudo entendê-la de como nós ou tanto como nós, está vulnerável na vida. Como critério geral vale a força da afirmação de que a saúde mental está na preocupação com o outro, do servir, mais do que ser servido, que os sujeitos são únicos, singulares, afetados ou não pela dor. A fronteira do servir, portanto, não é o da dor, mas critérios amplos, éticos e morais intransferíveis onde, o espectro da dúvida, por vezes nos assombra, construindo-nos e descontruindo-nos constantemente. A saúde mental é antes este espectro de intersubjetividade que pode ser praticada, ora pela atendente, pela segurança, pela enfermeira, pelo médico, ou pode se fragmentar no curso intersubjetivo de qualquer um deles. A saúde mental em verdade é esta forma como qualquer um de nós, investidos ou não de autoridade, lidamos com a relação humana, e de forma muito particular, naqueles que nos procuram em estado de maior vulnerabilidade social, de sofrimento, onde devemos estar por inteiro e não apenas burocraticamente instalados, onde perdemos força, consciência e humanidade. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Quis, como coordenador do programa, desde o início separar a saúde mental da psiquiatria e da psicologia, para separar por fim, a saúde mental de qualquer aparato médico ou paramédico, e levá-la para o entendimento de que ela pertence a intersubjetividade de todos os indivíduos que vivem esta experiência humana da vida, do seu cotidiano, cujo elemento essencial é o cuidado com o outro que é necessário recriar, aprimorar em tempos tão sombrios pelos quais passamos, na busca de interesses comuns e solidários. A maternidade vem neste esforço por construir uma fundamentação ética de seus profissionais e pacientes, onde não há uma opinião ou teoria que seja superior ás demais, fomenta a participação, entroniza o cidadão neste espaço público dedicado á saúde, uma vez que não há uma fundamentação que seja tão perfeita como a do seu autor. Constrói-se a vida e a instituição. Para isso a diretoria, seus gerentes, qualquer funcionário e usuários, são convidados á conhecerem todo o leque, por inteiro, para tomar uma atitude participativa, menos passiva, capaz de assimilar e digerir o que se lhe diz. Desejou-se examinar as interfaces da prática ginecológica, obstétrica e neonatologia com mais rigor, nestas outras especialidades de apoio, no seio desta instituição e, cultivar o espírito científico na melhor de suas formas, na tradição desta casa de prática médica de excelência através de seus mais dignos representantes, pela recompensa literária de servir-nos de protocolos de conduta, pelos lustros do passado, para o presente e, para o futuro. Estes manuais e atualizações que se fazem expressam em protocolos de atendimento e conduta, ora apresentados, foram elaborados para que vivamente se discutisse no âmago da tarefa de ensino e assistência, uma padronização que se faz necessária, mesmo pelas inquietações que a acompanham, tomando a feição e os semblantes próprios do serviço do Hospital e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, à despeito da caleidoscópica leitura que se faz de condutas médicas, por vezes excludentes em vários serviços afins. Recebemos esta incumbência e entendíamos na primeira edição que a área da farmacologia afeita aos efeitos neurológicos e psiquiátricos que a prática em G.O. Encetava era um ponto importante para o bom manejo em situações de dúvida clínica-farmacológica e, fizemo-lo como mais um representante da honrosa tradição de cultivo da ciência médica desta casa e da preocupação constante de atualização. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Esta atualização reportava-se ao consolidado, portanto, das duas principais clínicas desta instituição, a ginecologia-oncologia e a obstetrícia, em seus devidos protocolos, lançando-nos na difícil tarefa de incluir, esta inquietação dos efeitos neurológicos e psiquiátricos das drogas utilizadas como conduta e advertência. Haveremos de lidar com o renome e prestígio dos protocolantes das condutas em G.O., sendo que temo-los, certamente, como tradutores das condutas mais adequadas na especialidade à nível nacional e internacional e adaptadas ao nosso meio-fim. É a terceira vez que co-escrevemos e juntamos as honras por escrever por esta casa, esperando sermos os colaboradores de uma obra maior, ou ainda, o Eco generoso da consagração dos editoriais aqui apresentados pelo intuito da complementaridade das informações contidas nestes protocolos, assegurando aos mesmos uma ampliação no contexto neurológico e psíquico, nas drogas utilizadas e de suas interações, e temas atuais problematizados, sempre que possível se fizerem disponíveis as informações e nossa experiência clínica. Ampliamos um passo, apresentando as patologias mais comuns na lida psiquiátrica com a mulher, gestante ou não. No início, pareceu-nos que, nos dirigiríamos unicamente ao grupo de Internos e Residentes da casa, mas o grupo de interesse da atualização aumentou, pela influência de longo alcance que os protocolos tomaram e pelo fato de que a Maternidade-Escola tenha tomado um tom inteiramente particular, que chama a atenção, na variedade e complexidade dos casos que se apresentam nesta maternidade, dedicada à gestação de alto risco, à oncologia, neonatologia e, portanto tendemos modernamente a pensar maior, tornar-nos universalistas dos conceitos daqui concluídos, alusivos, objetivos, não só como uma unidade prestadora de serviços comunitários, mas como instância de serviço de referência em G.O. de risco. Estamos livres em apreciar os resultados e ensinar a aprender, a importância da contribuição multidisciplinar e interdisciplinar de informações. Vale a pena o esforço. É sobre este esforço que a maternidade tem sua reputação de vanguarda comparada aos grandes centros obstétricos nacionais, em gestação de alto risco.
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O título de importância ninguém pode deixar de sentir, neste condensado de protocolos atualizados, posto que revela o trabalho silencioso diário dos profissionais da casa e seus residentes, que ora se encadeiam produzindo um efeito de conjunto. Estes protocolos são o resultado de um movimento, de outra forma, menos clara de penetrar, por onde se pretende praticar a melhor das medicinas possíveis no contexto atual, e que se preocupa á despeito deste, em fazê-lo ainda melhor, obra de espíritos grandes e inquietos, tomando o estímulo ao aperfeiçoamento, um imperativo moral e ético. Aqui nossos defeitos, são resgatados pelos trabalhos humanizados, contínuos, sacrificando-se as veleidades das aspirações individualistas com o fim de interpretar a totalidade do trabalho médico, na harmonia das relações, tomando o sentido de identidade e personalidade próprias, idealista das grandes magnitudes inspiradoras. Não se canta aqui o romantismo das mil e uma noites porquanto sabemos das dificuldades governamentais de traduzir o ideário médico de atendimento, mas procuramos impregnar com a significação humana, tudo que fazemos. Algumas configurações do poder político, assim como guinadas da economia globalizada nos distraia dos valores mais elevados, pretendendo-se em algumas hordas deste poder, o imperativo da mercantilização da medicina, diversificando a oferta na expectativa de adaptações dos compradores de serviços médicos, segmentando o mercado passando para um segundo plano o assalariado, e o próprio Estado, suplantados pelo poder dos mercados financeiros e dos mercados de consumo. Encontramos os abnegados, onde o culto de suas próprias personalidades é quase nulo, os idealistas críticos que nos auxiliam a combater os idealistas românticos, mas a influência dos doutos, homens de real saber, não só médico, mas humanista, exercem a influência decisiva na formação dos médicos mais jovens, como filhos adotivos, na esperança de que se interessem pela pesquisa das fontes primitivas das nossas heranças de grandes professores da ginecologia e da obstetrícia, pelo diálogo interdisciplinar competente, como no esforço de Sísifo, símbolo do mundo grego, condenado ao suplício famoso do rochedo de Sísifo: levar ás costas uma pedra até o cume de uma montanha, mas que despencava constantemente, num esforço contínuo, aparentemente e só aparentemente, inútil. Na Ilíada, no entanto, é tido como o mais astuto e sábio dos homens, pois nenhum esforço é inútil, se si justifica por boas causas e reta consciência do dever cumprido. Não é a vida que serve ás teorias, mas as teorias que servem á vida, diriam os clássicos. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Maquiavel diria que nossas equipes têm sua “moral da eficácia da ação”, Kant diria que elas têm a “moral do dever rigoroso e sistemático”, mas com qualquer deles, nossos profissionais criam um clima de tensão dinâmica, participativa onde a ética do dever se mistura com a ética da virtude, uma mistura bem sucedida de germânicos com latinos, diríamos, para lembrarmos da nossa história da civilização moderna. As publicações no âmbito da psiquiatria, da ginecologia, da obstetrícia, são cada vez mais numerosas, e estes manuais carecem de uma explicação: São voltados para o aprendizado norteado, dirigido, premente a circunstancia do aprendizado e daí sua especificidade em sua gênese. São feitos para consulta frequente. Nasce da elaboração e reelaboração de problemas concretos, fundantes, vividos nesta maternidade escola, e preparada para os acadêmicos e residente. Existem neles questões particulares, e fundamentos teóricos mais amplos, modelos de reflexão dos quais se aproximam a grande maioria dos profissionais em ginecologia, obstetrícia, neonatologia e as especialidades que lhes dão apoio. Os modelos teóricos estão articulados com as condutas mais aceitas nas áreas afins, razão de sua necessariedade e legitimidade.
Dr. Fábio Jorge Tofoli – Médico Psiquiatra do HMEC
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
SUMÁRIO 1. Objetivos............................................................................................. 1 2. Princípios Gerais................................................................................. 5 3. A Gravidez na Adolescência............................................................... 7 3.1. Fator de Risco Obstétrico........................................................... 16 4. A Adolescente e a Adolescência......................................................... 23 5. Disfunções Sexuais Mais Comuns...................................................... 43 5.1. Depressão........................................................................................ 45 6. Frigidez................................................................................................ 47 6.1. Causas da Frigidez..................................................................... 51 7. Transtorno de Desejo Sexual Hipoativo.............................................. 55 7.1. Subtipos...................................................................................... 56 7.2. Curso........................................................................................... 57 7.3. Investigando a Disfunção Sexual Primária................................. 57 7.4. Investigando a Disfunção Sexual Secundária............................ 57 7.5. Investigando a Disfunção Sexual Generalizada......................... 58 7.6. Investigando a Disfunção Sexual Situacionais .......................... 58 8. Impotência Psicogênica ..................................................................... 61 9. Transtorno Orgásmico Feminino ........................................................ 63 9.1. Subtipos...................................................................................... 63 9.2. Características e Transtornos Associados.................................. 64 9.3. Condições Associadas................................................................ 66 10. Vaginismo Não Orgânico.................................................................. 69 11. Dispareunia Não Orgânica – Cid 10.................................................. 73 12. Ninfomania e Satiríase..................................................................... 75 12.1. Características.......................................................................... 75 13. Entendendo a Neurotransmissão na Prática Ginecológica e Obstétrica................................................................................................ 77 14. Antagonistas de Receptores Muscarínicos; Hiperemese Gravídica e Exemplos de Antagonistas de Receptores Muscarínicos.................... 79 15. Hiperemese Gravídica e Exemplos de Antagonistas e Receptores Muscarínicos........................................................................................... 85 16. Agonistas dos Receptores Muscarínicos.......................................... 91 16.1. Indicações................................................................................. 94 17. Fármacos Estimulantes Ganglionares de Interesse em Ginecologia em Obstetrícia..................................................................... 97 18. Fármacos Bloqueadores Ganglionares............................................ 99 19. Catecolaminas................................................................................... 101 20. Antagonistas dos Receptores Adrenérgicos..................................... 105 21. A Serotonina...................................................................................... 111 21.1. Agonistas da Serotonina........................................................... 113 Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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21.2. Antagonistas dos Receptores da Serotonina............................ 117 22. Benzodiazepínicos (Bzd). Os Tranquilizantes e Indutores de Sono: Uma Visão Prática para o Ginecologista e o Obstetra............................ 121 23. Fármacos e Gravidez........................................................................ 127 24. Barbitúricos e Gravidez..................................................................... 314 25. Antidepressivos................................................................................. 317 25.1. Efeitos Sexuais Adversos com Antidepressivos....................... 335 26. Antipsicóticos e Gravidez.................................................................. 341 26.1. Efeitos Colaterais com A Ziprazodona...................................... 343 26.2. Eficácia Da Olanzapina e Efeitos Adversos.............................. 345 26.3. Nomes Químicos X Nomes Comerciais.................................... 350 26.4. Ácido Fólico............................................................................... 351 27. Cefaléias no Ciclo Grávido-Puerperal............................................... 355 27.1. Tratamento Sintomático em Emergências..................................... 365 27.2. Contraindicados: Ergotamínicos............................................... 366 28. Cefaléias Primárias na Gestação: Tratamento com Drogas Profiláticas............................................................................................... 369 29. Outras Cefaléias................................................................................ 373 30. Epilepsia e Gravidez......................................................................... 377 30.1. Gabapentina.............................................................................. 383 30.2. Efeitos Adversos....................................................................... 384 31. Acidentes Vasculares Cerebrais na Gravidez, Puerpério e Menopausa.............................................................................................. 387 32. Dependência de Drogas e Gravidez: Álcool, Tabaco e Ilícitas........ 389 32.1. Alcoolismo................................................................................. 393 32.2. Tabaco...................................................................................... 400 32.3. Maconha................................................................................... 404 32.4. Cocaína..................................................................................... 405 32.5. Cafeína...................................................................................... 406 32.6. Ecstasy e Anfetamínicos Correlatos........................................ 407 32.7. Inalantes.................................................................................... 411 32.8. Crack......................................................................................... 411 32.9. Heroína..................................................................................... 414 33. Ação das Drogas Utilizadas como Rotina do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia Sobre o Sistema Nervoso e sobre a Amamentação: Um Estudo Crítico dos Efeitos Colaterais.................. 417 34. Drogas e Amamentação.................................................................... 441 35. Atividade Física na Prevenção e Tratamento de Doenças Cardiovasculares na Pós-Menopausa.................................................... 461 35.1. Condicionamento Metabólico.................................................... 464 35.2. Atividade Física......................................................................... 465 35.3. Metabolismo Hormonal no Exercício........................................ 467 Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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35.4. Metabolismo Lipídico no Exercício........................................... 468 35.5. Efeitos do Exercício Físico sobre o Perfil Lipídico.................... 469 35.6. Mecanismos de Ação do Exercício Físico sobre o Metabolismo das Lipoproteínas......................................................... 472 35.7. Cuidados para A Prática de Exercícios.................................... 473 36. Eletroconvulsoterapia em Gestantes................................................ 475 37. Depressão e Gravidez....................................................................... 479 37.1. Depressão Pós – Aborto........................................................... 485 37.2. Tratamento com Antidepressivos.............................................. 491 37.3. Outras Drogas........................................................................... 496 37.4. Amamentação........................................................................... 497 38. Transtornos Bipolares de Humor e Gravidez................................... 499 39. Psicose Puerperal............................................................................ 503 40. Paralisias Faciais Periféricas na Gravidez....................................... 505 41. Anorexia Nervosa e Gravidez.......................................................... 507 42. Transtornos Orgásticos Femininos.................................................. 511 42.1. Subtipos................................................................................... 511 42.2. Características e Transtornos Associados................................ 512 42.3. Diagnóstico Diferencial............................................................. 513 43. Bioética e Ginecologia...................................................................... 517 44. Abortamento Legal – Pareceres....................................................... 523 44.1. Norma Técnica......................................................................... 523 44.2. Aspectos Legais....................................................................... 524 44.3. Objeção de Consciência.......................................................... 524 44.4. Atenção Humanizada ao Abortamento..................................... 525 44.5. Outras Ações da Política Nacional........................................... 526 45. Manejo de Pacientes em Surto Psicótico e Comportamento Agressivo e de Risco............................................................................... 527 46. Assédio Moral e Sexual em Mulheres: Aspectos Laborativos.......... 547 47. Violência Contra a Mulher................................................................. 553 48. A Dor................................................................................................. 565 48.1. Vias Nervosas Periféricas da Dor............................................. 567 48.2. A dor e suas vias no encéfalo.................................................. 568 48.3. Sistemas analgésicos.............................................................. 569 48.4. Tratamentos Atuais das Dores................................................. 573 48.5. Uso Durante a Gravidez e Lactação........................................ 574 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS….……………................................ 587
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1. OBJETIVOS ALEA JACTA EST (Caius Julius Caesar; 100-44 a.C.) (A Sorte Está Lançada) Desde o início de nossos trabalhos no Hospital MaternidadeEscola Vila Nova Cachoeirinha, sentimos a necessidade de estabelecer a correlação do uso de fármacos nos protocolos consolidados utilizados neste Hospital-Escola a partir do ponto de vista do Ginecologista e do Obstetra, reinterpretando o uso destes, na especialidade, e dar ênfase aos efeitos colaterais sobre o sistema nervoso central e o psiquismo, contribuindo assim aos subsídios neurológicos e psiquiátricos no entendimento mais amplo das farmacocinéticas destas drogas, dos efeitos colaterais, assim como considerações das mesmas na amamentação e seus efeitos sobre o RN. Acresce-se nesta terceira edição temas da ordem psiquiátrica de interesse no atendimento da mulher, juridicamente, na questão do aborto, na questão da violência, na questão da alienação parental,
drogadição,
assim
como
outros
aspectos
éticos
e
comportamentais na lida diária. Mantivemos a dispensação, portanto, do lado eminentemente farmacológico das drogas usadas em GO como unidade autônoma de tratamento, e as enquadramos na visão geral da clínica Neurológica e Psiquiátrica, pela busca dos seus efeitos sobre o Sistema Nervoso Central da mãe, do seu conteúdo gestacional, e puerpério. O Programa antitabagismo completou mais de dois anos nesta maternidade e cheio de vigor. O trabalho com a gravidez em adolescentes foi foco de nossa permanente atenção, atentando para os aspetos preventivos da mesma. Certamente aquém de poder concluí-la, a busca do impacto que sobre o Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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sistema nervoso central estão muitas delas, influenciam de forma decisiva as expressões clínicas que não devem passar despercebidas quando prescritas por médicos da área. O acordo da Diretoria, da Gerência médica, da Gerência de Ensino e Pesquisa de me indicar como organizador deste protocolo continua me dando, a oportunidade de saber mais, de me atualizar, agradecendo pelo crédito de saberem-me capacitado a executar esta tarefa, sendo que tampouco faltariam candidatos á altura deste empreendimento, nesta instituição de ensino e pesquisa. De qualquer modo, sabendo que este protocolo atingiria um público médico, em formação de residência e os já formados, foi lícito supor que deveria trazer as mais recentes aquisições de dados sobre o versado: Patologias psíquicas da saúde da mulher, e sistema nervoso em situações problematizadas. Votos favoráveis, a estas opiniões, deverão ser sufragados a despeito das reservas e falta de consenso de unanimidade por condutas em anos tomadas na prática obstétrica e ginecológica diária, pelos serviços distintos consultados. Não será, no entanto, maioria nos grandes temas que cercam as condutas na área de GO, da psiquiatria, que certamente não esgotará o interesse permanente de atualização como força impulsiva da área médica, em particular em hospitais escolas, onde estas lacunas da desinformação têm o sinônimo de falta de gosto. A
prática
médica
seria
monótona
sem
a
atualização,
conclamando este protocolo pelo médico compulsivo pela observação dos sintomas ligados à saúde da mulher, pelo interesse sobre o padecer psíquico, pela imaginação animada da quantidade considerável de sintomas que se acrescem quando se indicam tal ou qual medicamento, que a interveniência dos ciclos hormonais lhes causam, situações 2
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adversas da vida cotidiana, que se toca não apenas em um único nó ou numa única corda ao se prescrever o mais indicado dos medicamentos e adotar as mais pretensas condutas de apoio. Pela diretoria deste hospital, pelos Gerentes médicos, pela Diretoria do Centro de Estudos e Pesquisa desta entidade é que colocamo-nos dispostos a acompanhar, no coro esclarecedor dos eventos científicos desta casa, procurando distinguir a mulher como objeto de nosso interesse científico, posto que muito falamos a seu favor. Foi mergulhado no entusiasmo desta diretoria e de suas obras em prol do Hospital Maternidade-Escola Vila Nova Cachoeirinha, que vislumbramos a visão e a idéia de continuar contribuindo também, e se há neste gesto algo de digno, é graças ao exemplo recebido dos profissionais nesta instituição modelo, caminhando sobre as pegadas dos mais experientes, com a mesma probidade e o mesmo desígnio. Quanto a mim sinto-me demasiadamente orgulhoso por esta dívida de contribuir, demasiadamente feliz por mais esta oportunidade de me reconhecer entre estes ilustres pares de profissão, e parafraseando Nietzsche, para que não me considere um discípulo indigno de meus mestres. “Fiz de mim o que não soube E o que podia fazer de mim não o fiz. O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara, Estava pegada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho, Já tinha envelhecido. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado. Deitei fora a máscara e dormi no vestiário Como um cão tolerado pela gerência Por ser inofensivo E vou escrever esta história para provar que sou sublime.” (Fernando Pessoa – Álvaro de Campos, 15-1-1928)
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2. PRINCÍPIOS GERAIS AMICUS CERTUS IN RE INCERTA CERNITUR (Quintus Ennius; 239-169 a.C.) (O Amigo Certo se Reconhece nas Coisas Incertas) Embora determine grandes alterações no metabolismo e na função endócrina, a gravidez não aumenta o risco de doença mental, a despeito de atendermos em nosso serviço transtornos incluindo distúrbios psicóticos, quadros depressivos, abandono do produto gestacional, comorbidades e outros transtornos mentais, necessitaram da atenção da equipe
de
enfermagem,
residentes,
pré-natalistas,
obstetras
e
ginecologistas, buscando ajuda e meios que facilitassem na identificação de fatores de risco para o período gravídico pueperal. Damos relevância a estes aspectos preventivos que não se restringem somente à assistência materna e fetal. Fatores específicos como baixa escolaridade, multiparidade, estado prévio do estado de saúde da mulher, desnutrição, uso de drogas incluindo-se aqui o tabaco e álcool, a falta de planejamento familiar, quando esta existe, arrastam consigo risco materno e fetal. No início da 6
gravidez a labilidade emocional, depressão e irritabilidade são bastante freqüentes, ocorrendo hipersensibilidade ao paladar, olfato e pica ou o desejo de algum alimento em particular. Assim, a gravidez não desejada, instabilidade emocional prévia da mãe, usa de drogas, podem potencializar depressões reativas como manifestação de experiências de vida adversa, como manifestação de doença francamente psiquiátrica, a depressão é um dos fenômenos mais freqüentes acompanhando a gravidez, que quando Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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graves podem levar ao suicídio. Por outro lado, as psicoses puerperais constituem num grave padecer da maternidade estando numa estatística em torno de 2.2 por 1.000 nascimentos. Paradoxalmente, o sentimento de bem estar incomum é um fato fisiológico mais comumente encontrado que tem fortes origens na intersecção de múltiplos fatores endógenos incluindo neurotransmissor, que veremos na sequencia. A ocorrência de distúrbios psiquiátricos gestacionais, durante o parto e puerpério é citado por vários autores variando entre 1.4 á 6.8 por 1.000 nascimentos. Neste seguimento,
o
parto
teve
maior
incidência
de
precipitação
de
sintomatologia psíquica anormal que exigisse intervenção, porquanto envolvem alterações mais súbitas e muito extensas, metabólicas, de equilíbrio endócrino, exaustão física, perda sanguínea e eventualmente infecções. Neste
particular
ressalte-se a ocorrência
de sintomas
combinados ou super ajuntados de sintomas prévios, e o parto é vivido como o elemento mais estressor de todo o processo. Os sintomas fóbicos e ansiosos guardam estreita relação ao parto e em particular em primíparas, baixa idade e solteiras. As relações afetivas mais estáveis influirão na atitude e na fisiologia em relação á gravidez, o parto e o puerpério.
Em
mulheres
jovens,
dependentes
e
imaturas,
as
responsabilidades da maternidade são antecipadas com medo e apreensão e crescem á medida que o parto se aproxima. Adolescentes e mulheres infantis, grávidas, têm reduzida capacidade de ternura e afeição e em muitos casos delegam aos avôs ou a terceiros as responsabilidades dos cuidados maternos.
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3. A GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA AMOR FATI (F. Nietzche; 1844-1900) (Amor do Destino) A gravidez nos primeiros anos de vida reprodutiva não é fenômeno recente na história da humanidade. De acordo com Neme 6
(2000) , na antiguidade consta que contratos de casamentos eram lavrados quando a menina se encontrava entre os 13 e 14 anos de idade, haja vista que a expectativa de vida dos cidadãos dessa época era inferior a 25 anos de idade. Como descreve esse autor, em meados do século XVII, começaram a surgir relatos, na literatura médica, de gravidezes muito precoces, como o caso de uma menina que deu a luz aos seis anos, em 1658, e de outra, que em 1884, deu à luz aos sete anos, por parto natural, a dois fetos do sexo masculino, natimortos, aqui no Brasil. Há que se 6
considerar, como enfatiza Neme (2000) que eventos como estes são excepcionais e traduzem situações de precocidade sexual endócrina associada a desordens de índole genética. No final do século XVIII, com as grandes mudanças ocorridas decorrentes da Revolução Industrial na Europa abriram-se um amplo campo às mulheres, em vários setores de atividades até então exercida somente pelos homens. Essas mudanças foram dividindo as mulheres, aos poucos, entre a profissão e a maternidade, aumentando no decorrer dos séculos a idade para a primeira gravidez (MONTEIRO, TRAJANO e BASTOS-2009)¹².
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Entretanto, até no início do século XX, a gravidez entre a idade de 12 a 19 anos ainda era considerada acontecimento habitual para os padrões culturais e para os costumes vigentes. Em 1922, por exemplo, Harris definiu a idade de 16 anos como o momento “ótimo” para o 6
nascimento do primeiro filho (NEME, 2000) . Somente a partir da terceira década do século XX, a taxa de fecundidade de meninas com idade inferior a 19 anos foi diminuindo, na maioria dos países, tornando a gravidez nessa faixa etária mal vista pela sociedade (PEREIRA, 2009)
8.
Porém, como relatam Heilborn ET AL (2009)
9
, a partir da
segunda metade do século XX, quando teve início o processo de separação entre sexo e procriação, uma profunda transformação dos costumes afetou comportamentos de homens e mulheres, em que a preservação da virgindade até o casamento foi perdendo seu significado moral. Neste contexto de transformação de comportamentos surgiu o fenômeno da “gravidez na adolescência” como elemento perturbador do desenvolvimento Cobliner (apud PEREIRA, 2009)
juvenil. 8
teceu importantes considerações
sobre os motivos pelos quais houve aumento no número de gestações em adolescentes no decorrer dos anos. Aspecto relevante para o autor foi a mudança ocorrida no controle exercido pelas famílias em relação aos filhos, que, por ter sido relaxado, deu-lhes maior liberdade de ação, procurando os pais ser o menos importuno para não se tornarem empecilhos na vida dos filhos. Este fato levou a um hiato entre eles, como comenta Pereira 8
(2009) , não havendo participação dos pais em nenhum evento social, em nenhuma programação, criando total desestruturação com relação aos períodos de lazer. A atividade sexual começou a ser despertado em um 8
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grupo despreparado, o que trouxe como conseqüência o aumento na incidência de gestações não programadas, bem como liberalização da sexualidade e a não conscientização da mesma. Além disso, não houve orientação para uso de anticoncepcionais para as adolescentes que praticavam sexo sem nenhuma proteção. Todos esses fatos levaram a uma explosão de gestações em adolescentes, com incidência no Brasil, em 2005, de 21,78%. 10
Dadoorian (2003) , bem relaciona o fenômeno da gravidez na adolescência às mudanças sociais ocorridas na esfera da sexualidade, as quais provocaram maior liberalização do sexo, sem que, simultaneamente, fossem transmitidas informações sobre métodos contraceptivos para os jovens. Uma pesquisa, publicada pelo Ministério da Saúde e realizada em amostra probabilística que abrangia população estimada em 60 milhões de pessoas, constatou diferença significativa no comportamento sexual entre os sexos, quando comparados dois momentos específicos. Em 1984, 35% dos meninos e 14% das meninas relataram ter se iniciado sexualmente antes dos 15 anos de idade, enquanto em 1998 os valores foram respectivamente, de 47% e 32% (BRASIL, 2010). Esses dados evidenciam que o início da atividade sexual tem sido mais precoce e que 7
esta mudança ocorreu principalmente entre as meninas . Essa atividade sexual precoce e desprotegida principalmente entre as meninas traz outra preocupação; o crescente número de gestações não planejadas, enfatizadas anteriormente, que incidem como “efeito colateral” da atividade sexual do adolescente. Esses jovens, pelas próprias características associadas à faixa etária, ainda não são capazes de avaliar, e principalmente assumir, o ônus dessa vida sexual ativa. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Desta forma, verifica-se que a gestação “indesejada” entre adolescentes sempre existiu, nunca, porém, com a freqüência hoje observada. Diante do exposto, conclui-se que, na atualidade, a gravidez no extremo inferior da vida reprodutiva tem sido objeto de preocupação de obstetras e pediatras, atentos às repercussões que o episódio grávidopuerperal poderia impor à mãe muito jovem e a seu concepto. Essa grande preocupação da sociedade em relação aos adolescentes é justificada por dados estatísticos alarmantes, divulgados pela impressa leiga e científica, referentes ao exercício da sexualidade na adolescência, que incidem como “efeito colateral”, no crescente número de gestações não planejadas. Fisiológica e bioquimicamente as alterações na gestação na adolescência não são apenas devido ao fator idade, existem riscos biológicos, porém psíquicos e sociais bastante importantes. Quanto ao fator idade, asseveranos Zenilda Vieira Bruno da Univ. Fed. Do Ceará, podemos considerar duas faixas etárias, a adolescência precoce de 11 a 15 anos e a tardia de 16 a 19 anos. È na primeira fase que ocorrem mais riscos. Um fator é a idade ginecológica que é menor, isto é, quanto menor a diferença entre a idade cronológica da paciente e aquela que teve a primeira menstruação maior o risco para a gestação, devido à imaturidade da vascularização uterina, o que acarretaria o parto prematuro ou uma placenta insuficiente. Porém esta faixa etária coincide com a maior não aceitação da gestação, maior postergação do início do pré-natal acarretando falta de orientação alimentar, tratamento de eventual anemia, infecções urinárias ou vaginais, pré-eclampsia e também mais trabalhos do ponto de vista psíquico-social.
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A gravidez na adolescência traz mais problemas em nosso meio devido ao início do pré-natal tardio do que esta se dar numa fase precoce da vida reprodutiva. O tipo de parto independe da idade. È comum acreditarem as adolescentes não tem “passagem adequada“ e que devem ter cesariana como escolha. É via de regra um fator estressor nesta faixa etária, mas estas têm exatamente a mesma freqüência da mulher adulta e mais uma vez, se há um bom e precoce pré-natal como orientação para o momento do parto, este ocorrerá sem problemas salvo quando existe a indicação obstétrica formal para o parto abdominal. Outro fator de preocupação das adolescentes grávidas são os riscos biológicos para o recém-nascido (RN) comprovadamente mais freqüente nesta faixa etária. A prematuridade e o baixo peso ocorrem mais em filhos de adolescentes do que de mulheres adultas. Estas são as principais causas de morbi-mortalidade em RN. Maior do que os riscos biológicos são os psicossociais. Em geral, a adolescente para de estudar e trabalhar tem sentimentos de diminuição de auto-estima, depressão e algumas vezes pensa até em suicídio. Vários trabalhos mostram que a baixa escolaridade, educação sexual é tanto causa como conseqüência da gravidez na adolescência. Sabemos que quanto menor a escolaridade maior probabilidade de ocorrer gestação e que esta faz com que a adolescente pare de estudar, por vergonha das amigas, pressão da escola e muitas vezes da família, por punição ou por acreditar que esta é a única maneira da jovem cuidar do seu filho, ou ainda pressão, ou ausência do parceiro. Os meninos, parceiros sexuais, destas jovens, não raras vezes, “abandonam o barco” da responsabilidade paterna sobre a adolescente e o concepto, ou em Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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muitas vezes, param de estudar para trabalhar, para tentar sustentar a nova família. A própria vida sexual entre os adolescentes muda. Em geral, a gravidez ocorre fruto de uma relação sexual desprotegida de um casal de namorados, ou entre adolescente e um adulto jovem, que resolvem “ficar” como é dito no meio da nossa contemporaneidade. Outras vezes, a gravidez é fruto de uma relação não formal e o parceiro não assume a gestação, e na maioria destes casos podem ocorrer tentativas de aborto provocado, que constitui crime. Como estas relações sexuais, em geral, são escondidas, as gravidezes é a prova visível de que estas estavam acontecendo. A situação desperta alguns sentimentos, na sua maioria, negativos, como medo, vergonha, desespero. Verificamos que a auto-estima da adolescente é mais baixa em grupos, que provocaram o aborto, acreditamos que esta não tem apoio do parceiro e se sente muito mal em ter que tomar esta atitude. A maioria das gestantes adolescentes para de estudar. A baixa escolaridade tem como conseqüência uma menor qualificação profissional e desemprego, levando a perpetuação de um ciclo pobreza quer material, quer espiritual. Muitas se unem em novos relacionamentos, buscando segurança material e afetiva, que em muitas é uma tentativa ilusória e por vezes mais problematizada. Paradoxalmente e diferentemente do seria de se esperar, em sentido genérico, a união conjugal de muitos adolescentes se estabelece, quando há continência no seio familiar de ambos e não é tão fugaz, quando após a gravidez a adolescente passa a morar com seu companheiro na casa de um dos pais e na maioria das vezes permanece com este por tempo variado. Observou o estudo da Universidade Federal do Ceará que 60 % das adolescentes tinham o mesmo companheiro cinco 12
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anos após a gravidez. Aquelas que abortaram estavam com o parceiro inicial em 40%, o que ainda é alto, visto que muitas vezes este aborto foi pela decisão do parceiro em não ter este filho. Verificou-se, naquele estudo, que 61% das adolescentes que pariram e 70% das que abortaram engravidaram novamente nos cinco anos seguintes da primeira gestação. Não foram fatores protetores para esta gravidez subseqüente: a faixa de idade, o fato de estar estudando, trabalhando, ou morando com os pais. Entretanto, quando as adolescentes tinham oito anos ou menos de escolaridade o risco de engravidar aumentava quase duas vezes (RR = 1,89). As adolescentes que eram casadas ou moravam com o companheiro engravidaram menos do que aquelas que não tinham uma união estável e aquelas que mudaram de companheiro engravidaram mais do que aquelas que se mantinham com o mesmo companheiro (RR = 1,4). No decorrer do tempo os grupos entre as que tinham filho e que abortaram ficaram bem parecidos. A grande maioria de todas as adolescentes engravidou novamente até cinco anos após, relacionando-se principalmente com baixa escolaridade, novos parceiros e uniões não estáveis. A probabilidade de nascimento de um bebê saudável é comprometida, pois a adolescente grávida também está em fase de crescimento. Durante a adolescência, os indivíduos ganham 50% do seu peso da fase adulta, 50% da massa esquelética e 20% da altura. Levantamentos nutricionais mostram que a prevalência mais alta de deficiências nutricionais ocorre durante a adolescência. Adolescentes grávidas apresentam taxa de mortalidade duas vezes maior do que mulheres adultas grávidas (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004, p. 15)¹¹. Percebe-se assim, que os estudos sobre a idade das adolescentes com relação à gravidez e partos são conflitantes e Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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encontram repercussão em vários estudos, alertando para o fato de os trabalhos não levarem em consideração as diferenças entre as populações estudadas e as metodologias de estudo que foram aplicadas. De acordo com Pelloso, Carvalho e Valsecchi (2002)¹², na América Latina, 3.312.000 crianças nascem a cada ano de mães adolescentes e no Mundo, de cada 100 adolescentes na faixa de 15 a 19 anos, cinco tornam-se mães anualmente. Santos Junior (2000)¹³, ressalta que houve um aumento nos partos na faixa etária de 10 a 14 anos, no período de 1993 a 1996, passando de 26.505 para 31.911 partos, e na faixa de 15 a 19 anos, nesse mesmo período, foi de 611.608 pra 675.839 partos. 4
Na opinião de Duarte (2005), ¹ , “estima-se que no Brasil, a cada ano, um milhão de adolescentes entre dez e vinte anos dão à luz, o que corresponde a 20% do total de nascidos vivos”. 30
Vitiello,
(1994 apud MAGALHÃES, 2009)
15
afirmou que 15
milhões de mulheres adolescentes dão à luz a cada ano no mundo, o que corresponde à quinta parte de todos os nascimentos do mundo. A maioria deles ocorre em países subdesenvolvidos. Na América Latina, por exemplo, como afirma o autor, a cifra está na ordem dos 48 milhões, com 8%
de
partos
anuais.
No Brasil, pesquisa do IBGE (BRASIL, 2000) revelou que o grupo de mulheres adolescentes -10 a 19 anos – representou 10,3% da população brasileira, e a proporção de gravidez nesta faixa etária foi de 23,5%, sendo 0,9% em menores de 15 anos e 22,6% em mulheres dos 15 aos 19 anos. Magalhães (2009)
15
também relata que em 2002, 18% das
adolescentes brasileiras tiveram pelo menos um filho ou estavam grávidas. Este percentual foi mais elevado nas pequenas cidades (24%) do que nas áreas urbanas mais desenvolvidas (17%). 14
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Esse autor destaca ainda, que o número de partos de jovens entre 10 e 19 anos realizados na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1999 foi de 705.312 mil (27% do total de partos), representando aumento de 67 mil partos em seis anos. 7
De acordo com Monteiro, Trajano e Bastos (2009) , diferenciais ainda mais expressivos são encontrados quando se introduz a variável “anos de escolaridade”. Aproximadamente metade das jovens de 14 a 19 anos sem nenhuma escolaridade já havia sido mãe, enquanto apenas 4% daquelas com 9 a 11 anos de escolaridade haviam engravidado alguma vez. Dados estatísticos em São Paulo dão conta de que em 2006, 100.631 mulheres com menos de 20 anos ficaram grávidas no Estado. No ano de 1998, este número foi de 148.019. O levantamento também aponta que a redução vem acontecendo ano a ano. Em 1999, 144.362 adolescentes engravidaram no Estado. Em 2000, esse número foi de 123.714. Em 2004, o número havia caído para 106.737 e, em 2005, para 104.984. O número de adolescentes que engravidaram em 2006 representa 16,6% do total de partos no Estado. Esse índice também já foi maior, de acordo com o levantamento. Em 2005, o número representava 16,9% do total. Em 2004, 17%; em 2003, 17,5%; e em 2002, 18,4%. De acordo com a Secretaria de Estado, os números diminuíram devido ao maior acesso da população a informações sobre como evitar a gravidez precoce e fatores educacionais ligados à sexualidade. Entretanto, Dados mais recentes apresentados no site do Ministério da Saúde (BRASIL, 2010) mostram que a quantidade desses procedimentos em adolescentes de 10 a 19 anos caiu 22,4% de 2005 a 2009. Na primeira metade da década passada, a redução foi de 15,6%. De 2000 a 2009, a maior taxa de queda anual ocorreu no ano passado, quando foram Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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realizados 444.056 partos em todo o País – 8,9% a menos que em 2008. Em 2005, foram registrados 572.541. Ao longo da década, a redução total foi de 34,6% (veja tabela 1). TABELA 1: PARTOS POR REGIÕES Região 2000 2005 2009 Variação 2000-2009. Norte 79.416 76.172 62.046 -21,90% Nordeste 249.057 214.865 159.036 -36,10% Centro-Oeste 52.112 43.362 32.792 -37% Sudeste 217.243 174.465 138.401 -36,30% Sul 81.530 63.677 51.781 -36,50% Fonte: Ministério da Saúde (BRASIL, 2010). 3.1. FATOR DE RISCO OBSTÉTRICO A adolescente tem mais probabilidade de apresentar síndromes hipertensivas, desordens nutricionais, desproporção fetopélvica e partos prematuros. A chance de ocorrência de óbito materno devido à gravidez, parto ou puerpério é duas vezes maior entre jovens de 15 a 19 anos quando em comparação com as de 20 anos ou mais, e cinco vezes maior 7
em menores de 15 anos (MONTEIRO; TRAJANO; BASTOS, (2009) . Na adolescência precoce entre 10 e 14 anos, é mais comum se encontrar distocia óssea pelo fato de a pelve não estar completamente formada, dificultando o parto vaginal. Andalaft Neto e Andalaft (2009)
17
enfatizam que os fatores de
risco para a ocorrência de gravidez na adolescência variam de acordo com a sociedade e os grupos sociais estudados. Segundo esses autores, os indicadores sugerem que a pobreza, os conflitos sobre a sexualidade e a dificuldade de acesso aos anticoncepcionais são os principais fatores de risco para a gravidez na adolescência. 16
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Acredita-se que o risco não seja somente biológico, mas determinado por um conjunto de fatores psicossociais, o que afeta o binômio mãe-filho, com repercussões médicas, sociais, familiares e emocionais. Para o governo do Estado e Município de São Paulo, assim também para nosso serviço o programa para reduzir os índices de gravidez na adolescência é uma meta a ser atingida admitindo-se que os números ainda são altos. Enquanto isso, a taxa de gravidez em mulheres adultas está caindo. Em 1940, a média de filhos por mulher era de 6. Essa média, calculada no ano de 2000 caiu para 2,3 filhos para cada mulher. Porém, em franca contradição, o mesmo não acontece com as adolescentes. Os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2007), analisados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), e divulgados pela mídia, mostram que a mulher brasileira continua optando por ter menos filhos. A média, em 2007, era de 1,8 filhos/mulher. De acordo com a coordenadora do IPEA, Ana Amélia Camarano, a taxa de fecundidade continua caindo em velocidade acelerada. “Essa taxa de 1,8 está abaixo do nível de reposição, que é de 2,1 filhos/mulher. Desde 2004, a sociedade cruzou a linha de reposição, o que significa uma diminuição no número de crianças e aumento no número de idosos na população”, explicou. No entanto, segundo os dados do IBGE, desde 1980 o número de adolescentes entre 15 e 19 anos grávidas aumentou 15%. Só para ter idéia do que isso significa, são cerca de 700 mil meninas se tornando mães a cada ano no Brasil. Desse total, 1,3% são partos realizados em garotas de 10 a 14 anos. Neste contraste de informações segundo ainda o IBGE, entre 1993 e 1999 houve aumento de aproximadamente 30% do Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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número de partos feitos no SUS em adolescentes mais jovens, entre 10 a 14 anos. Entre os anos de 1996 e 2006, a média entre as meninas de 15 a 17 anos subiu de 6,9% para 7,6%. De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o maior aumento desses casos foi verificado na Região Nordeste (1,2 ponto percentual), enquanto o Sudeste se manteve com os menores resultados. Nessa região, a proporção de adolescentes grávidas é 5,6%, metade do maior percentual, na Região Norte (11,2%). As complicações psicossociais relacionadas à gravidez na adolescência são, em geral, mais importantes que as complicações físicas. Fatos que enfatizamos, devem ser levados em consideração, inclusive pela equipe que faz o pré-natal seriam, por exemplo, o abandono do lar dos pais, o abandono pelo pai da criança, a opressão e discriminação social, a interrupção dos estudos e suas conseqüências futuras, tais como os empregos menos remunerados, a dependência financeira dos pais por mais tempo. Os
casamentos
ou
co-habitação
precoces,
motivados
exclusivamente pela gravidez, tem levado a uma maior taxa de separações. Alguns autores afirmam que as uniões contraídas antes dos 20 anos terminam em separação 3 a 4 vezes mais que nas uniões contraídas após os 20 anos. Os filhos de mães adolescentes, segundo Verena Castellani V. Santos, tendem a sofrer mais a negligência materna tem maior risco de serem adotados, são internados em hospitais mais vezes, e sofrem mais acidentes que filhos de mães adultas. Revela ainda que eles tenham um risco aumentado para ter atraso de desenvolvimento, dificuldades escolares, desordens de comportamento, abuso de drogas, e se tornarem 18
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também pais adolescentes. O índice de adolescentes e jovens brasileiras grávidas é hoje 2% maior do que na última década; as meninas de 10 a 20 anos respondem por 25% dos partos feitos no país, segundo o Ministério da Saúde. Estudo da Organização
Mundial
da
Saúde mostra
que
a
incidência de recém-nascidos gerados por mães adolescentes com baixo peso é duas vezes maior que o de mães adultas. A taxa de morte neonatal é três vezes maior. No Brasil, o parto é a primeira causa de internação de adolescentes no sistema público de saúde. Em 1996, 14% das jovens com menos de 15 anos já tinham pelo menos um filho; e de cada 10 mulheres que hoje têm filhos, duas são adolescentes. Sabemos que uma jovem pode muito bem se tornar mãe, se assim o quiser. As adolescentes mais velhas têm condições físicas para isto. A questão é diferente quando a adolescente é muito jovem, com idade abaixo dos 16 anos. Neste caso, podem ocorrer complicações tanto para ela como para o bebê, porque seu próprio corpo ainda está em processo de formação. Por isso - e pelas condições sociais, econômicas, psicológicas e de formação moral vinculada ao fato -, a gravidez da adolescente é considerada como gestação de alto risco. 16
De acordo com Monteiro et al (2009) , a ação preventiva da gravidez na adolescência faz-se por meio da educação sexual, do adiamento do início da atividade sexual e da contracepção. Esta, idealmente, deveria começar antes da primeira gestação. Caso contrário, deve-se tentar evitar a reincidência da gravidez durante a adolescência. De um jeito ou de outro, antes ou depois da primeira gravidez, faz-se mister planejar cada atividade para evitar dispersão de recursos e tempo e, principalmente para se obter sucesso nas atividades. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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A educação sexual deve ser a primeira a ser examinada, por uma questão cronológica. A adolescente precoce (menor de 16 anos) ainda apresenta, até o momento, baixa prevalência de gravidez na adolescência em comparação com a faixa de 16-19 anos. Este é o momento último para a educação, uma vez que a maioria já iniciou sua atividade sexual e a exerce sem contracepção em mais de 80% dos casos (MONTEIRO et al, 16
2009) . Para esses autores, o ideal seria que a educação sexual começasse com a instalação da menarca (média de 12,2 anos), informando à adolescente das transformações pelas quais seu corpo está passando, o que serviria de apoio psicológico para as dúvidas e angústias que acompanham a entrada neste período de transação. Pensa-se que a educação sexual nesse período é oportuna, ainda, para tentar retardar o início da atividade sexual, que na maioria das adolescentes ocorre apenas 2 anos após a menarca (por volta dos 14,5 anos), protelando a gravidez na adolescência, que ocorre em quase 70% dos casos no primeiro ano de atividade sexual, por falta de contracepção. É importante uma atitude franca diante da atividade sexual do adolescente, reconhecendo-a. Ignorá-la é dificultar as ações necessárias para prevenção da gravidez na adolescência. Deve-se oferecer a contracepção, hoje tecnicamente adequada, para a adolescente. A crítica ao uso de pílula anticoncepcional pela adolescente não procede. Note-se que, apesar de ser o método mais eficaz, não é obrigatória como forma de contracepção. Outros métodos, ainda que menos eficazes, podem e devem ser incluídos (métodos naturais, embora com falhas; preservativo, diafragma) (PAIVA; CALDAS; 18
CUNHA, 2009) . No passado, as brasileiras casavam-se e tornavam-se mães muito cedo. Parcos os recursos contraceptivos. Possivelmente, as avós ou 20
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bisavós de muitos de nós tiveram seus primeiros filhos com 13 ou 14 anos de idade. As mulheres casavam-se jovens, permaneciam exclusivamente no ambiente doméstico freqüentava pouco a escola, não tinham recursos, meios nem mentalidade para planejar sua vida reprodutiva. Não havia métodos confiáveis para evitar a gravidez e, geralmente, isso nem era cogitado. Vivia-se menos, havia muitas doenças "incuráveis", morria-se muito de parto e de complicações da gravidez e a própria estrutura familiar 4.
era diferente
Os métodos anticoncepcionais disponíveis nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) são a pílula comum, a minipílula (utilizada pelas mulheres durante a amamentação), a pílula de emergência (do dia seguinte), as injeções anticoncepcionais, as camisinhas masculina e feminina e o Dispositivo Intra-Uterino (DIU). Entre os métodos de contracepção definitivos, que eliminam as possibilidades de gravidez futura, estão as cirurgias, como a vasectomia (nos homens) e a laqueadura (ligadura de trompas nas mulheres), que são feitas após recomendação médica, e com legislação própria. "A primeira vez a gente nunca esquece. Mas para muitas adolescentes nem sempre essa lembrança está associada a uma saudável nostalgia. Divididos entre os hormônios e a responsabilidade, os adolescentes iniciam a atividade sexual cada vez mais cedo e aumentam a incidência da gravidez precoce, das doenças, dos abortos, dos desencontros amorosos". "Nunca pensei que isso fosse acontecer comigo, embora soubesse do risco que corria ao não usar a camisinha todas as vezes que mantinha relação", dizem, surpresos, muitos adolescentes ao descobrirem a gravidez. Isto revela uma característica fundamental da mentalidade do adolescente: achar que as coisas só ocorrem com os outros. O resultado Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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desse comportamento de risco é que, dentre todas as mulheres que se tornam mães, 20% delas são adolescentes!A gravidez na adolescência é quase sempre uma gravidez não planejada e, por isso, indesejada. Desde
1970,
a
incidência
de
casos
tem
aumentado
significativamente, ao mesmo tempo em que tem diminuído a média de idade das adolescentes grávidas. Na maioria das vezes a gravidez na adolescência ocorre entre a primeira e a quinta relação sexual e elas procuram o serviço de saúde entre o terceiro e quarto mês de gravidez. O parto normal é a primeira causa de internação de brasileiras entre 10 e 14 anos de idade nos hospitais que têm convênio com o SUS (Sistema Único de Saúde) em todos os Estados brasileiros. Do total de internações de meninas e jovens, de l0 a 14 anos, 16% foram relativas a partos normais ou cesarianas. O índice de gravidez na adolescência registrado no Brasil no ano de 1998 foi de 23,6% e por região verificou-se um percentual de 31,2% para região norte; 26,0% para o nordeste; 20,7% para região sudeste; 21,5% para região sul e 27,1% para a região centrooeste. A assistência ao adolescente na área da saúde sexual e reprodutiva foi qualificada como inadequada, por não existir ações voltadas a essa população em processo de abortamento, enfatizando também que as jovens não são acolhidas devidamente e com freqüência engravidam novamente. Entre as dificuldades que se constataram como barreira à promoção da saúde do adolescente está indicada a inexistência de políticas e programas eficientes, que atendam essa faixa etária. O desafio é propiciar ao adolescente acesso a serviços de saúde que ofereçam um atendimento integral, antes mesmo do início de seu primeiro intercurso, garantindo-lhes orientação e capacitação na lida com suas atitudes vivenciais e morais.
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4. A ADOLESCENTE E A ADOLESCÊNCIA ANIMAE DUAE, ANIMUS UNUS (Sidônio Apolinário; C. 430479). (Duas Almas, Um Espírito) Quando
se
buscou
conhecer
o
significado
do
termo
adolescência, verificou-se que seu conceito e compreensão variam de acordo com o tempo e o autor. Procura-se, no entanto, fugir dos significados que lhe são dados, como: aborrecência, rebeldia e atrevimento, e ao mesmo tempo superar a compreensão de adolescência pautada na idéia de que ser adolescente é viver um mundo de sonhos e fantasias. Partindo desses critérios, percebeu-se que a literatura existente possibilita entender que, até o século XIX, considerava-se que o indivíduo passava diretamente da infância para a idade adulta, sendo que havia apenas os termos “juventude” ou “puberdade”, que correspondiam às transformações físicas, não havendo referencias às emocionais. O conceito de adolescência é, portanto, bastante recente, datando do período entre o final da Primeira Guerra Mundial e o início da 9
Segunda, ou seja, entre 1918 e 1939 (TAKIUTI et al, 2009)¹ . De acordo 0
com Osório (2000) ² , essa fase da vida é hoje considerada uma etapa em si mesma, possuindo, desta forma, uma série de características peculiares, podendo ser definida como uma época em que aspectos biopsicossociais são transformados, de maneira que o biológico, o psicológico, o social e o cultural são indissociáveis, sendo impossível analisar um independente do outro Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Bock (2000)²¹, ao enfatizar a origem da palavra “adolescência”, afirma que esta tem uma dupla origem etimológica e caracteriza muito bem as peculiaridades desta etapa da vida. A palavra adolescência vem do latim ad (a, para) e olescer (crescer), significando a condição ou processo de crescimento, em resumo o indivíduo apto a crescer. Adolescência também deriva de adolescer, origem da palavra adoecer. Adolescente do latim adolescere, significa adoecer, enfermar (BOCK, 2001, p.16) ²¹. Tem-se, assim, nessa dupla origem etimológica, um elemento para pensar esta etapa da vida: aptidão para crescer (não apenas no sentido físico, mas também psíquico) e para adoecer (em termos de sofrimento emocional, com as transformações biológicas e mentais que operam nesta faixa da vida). Para a Organização Mundial de Saúde – OMS (apud FERREIRA, FARIAS, SILVARES, 2010)²²,a adolescência é definida como um período biopsicossocial que compreende a segunda década da vida, ou seja, dos 10 aos 20 anos. Esse também é o critério adotado pelo Ministério da Saúde do Brasil (BRASIL, 2007) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (BRASIL, 2007). Já para o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, o período da adolescência vai dos 12 aos 18 anos (BRASIL, 2007). A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) considera o termo adolescência como: “Um processo primariamente biológico que transcende a área psicossocial e constitui um período durante o qual se aceleram o desenvolvimento cognitivo e a estruturação da personalidade”. Abrange o período de 10 a 19 anos e compreende a pré-adolescência propriamente dita (15 a 19) (CROMACK; CUPTI, 2009 )²³.
24
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De modo geral, entende-se que a adolescência inicia-se com as mudanças corporais da puberdade e termina com a inserção social, profissional e econômica na sociedade adulta. No dicionário da Língua Portuguesa (FERREIRA, 2001)²², encontra-se o seguinte conceito para a adolescência: “O período da vida humana que começa com a puberdade e se caracteriza por mudanças corporais e psicológicas, estendendo-se, aproximadamente, dos 12 aos 20 anos”. A adolescência também pode ser vista por outra ótica, onde estaria pautada não como sendo um período cronológico, e sim um processo cronológico social. Adolescente pouco tem haver com a idade da pessoa. O individuo não é adolescente porque está entre os 11 e os 17 ou 18 anos. A adolescência é acima de tudo uma maneira psicológica de se enfrentar a vida. As
pessoas
são
adolescentes
porque têm
uma série de
características psicológicas que nos permitem classificá-las desta maneira. A própria duração do período médio da adolescência varia historicamente: há duas ou três gerações era dois ou três anos – dos 11 ou 12 até os 14 anos [...]. Atualmente o período da adolescência (estende-se) até os 18, 19 e 20 anos [...] a adolescência é uma conquista social... (GAUDÊNCIO, 2000, p. 8)
24
Segundo o artigo “Ações de enfermagem na educação e prevenção da gravidez na adolescência” elaborado com muita propriedade por Felipe Lopes de Souza, é coerente acrescentar, que a adolescência é acima de tudo, um período e um processo de construção de temas fundamentais que irão permear a vida adulta 25
.Para Marcelli e Braconnier (2007) , a adolescência é a idade da mudança, como indica a etimologia da palavra: adolescere, que significa “crescer” em latim. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
25
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Na
visão
de
Almeida
26
(2003) ,
a
melhor
definição
de
adolescência, e talvez o seu marco mais rigoroso, é a que a fixa como o momento em que se dá uma reaceleração do crescimento, afinal adolescência provém de adolescere: crescer, desenvolver-se. 27
Silva e Chinaglia (2000) , conceituam a adolescência como um “período de transição entre a infância e a idade adulta, caracterizado por intenso crescimento e desenvolvimento, que se manifesta por marcantes transformações anatômicas, fisiológicas, mentais e sociais”. 28
Para Halbe, Halbe e Ramos (2000) , a adolescência é um estado psicossomático, pois existe uma íntima relação entre os componentes físicos e psicológicos do corpo. Em vista do impacto das forças sociais sobre a estrutura psicológica, ela pode ser considerada como
uma
fase
psicossocial,
sendo
um
passo
essencial
no
amadurecimento psicológico. Mas, a adolescência é um estado de confusão, que confundem os outros e o próprio adolescente. 22
Kalina e Laufer (apud FERREIRA, FARIAS, SILVARES, 2010) , entendem a adolescência como o segundo grande salto para a vida: o salto em direção a si mesmo, como ser individual. Esses autores distinguem
puberdade
de
adolescência.
Puberdade
refere-se
aos
fenômenos fisiológicos, que compreendem as mudanças corporais e hormonais,
enquanto
adolescência
diz respeito
aos
componentes
psicossociais desse mesmo processo. 15
Para Magalhães (2009) , o conceito de adolescência não se refere só às transformações físicas, mas também ao processo de adaptação psicológica e social inerente a elas. A forma de considerar e interpretar a adolescência, na visão desta autora, varia de acordo com a época e a cultura.É na psicologia que se tem encontrado grandes contribuições a respeito do processo da adolescência, fortalecendo a 26
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concepção desse fenômeno como sendo o resultado das interações dos aspectos biológicos, psicológicos e socioculturais na definição das características da adolescência. 29
Na visão de Blos (2000 apud SATELES, 2009) , o conceito de adolescência é constituído por elementos de três ordens: o tempo, a natureza e a cultura; abrangendo fundamentalmente três dimensões: variabilidade histórica, biológica, mudanças de natureza física e psíquica do ser humano e cultural, com seus significados, funções e valores atribuídos a essa etapa da vida. 23
De acordo com Cromack e Cupti (2009) , a noção de adolescência tem suas raízes na Grécia Antiga. Segundo as autoras, Aristóteles considerou os adolescentes: “apaixonados, irascíveis, capazes de serem arrebatados por seus impulsos... [ainda que tenham] altas aspirações... se os jovens cometem uma falta, é sempre no lado do excesso e do exagero, uma vez que eles levam todas as coisas longes demais”. 22
Ferreira, Farias e Silvares (2010) , afirmam que registros na literatura, especialmente textos sobre educação, documentam algumas características associadas ao adolescente na história da humanidade. Os componentes psicológicos e fisiológicos fundamentais desse período sempre existiram nas pessoas, independente do período histórico ou cultural, embora nem sempre se reconhecessem as características específicas da adolescência. Segundo esses autores, somente nos séculos XIX e XX, acontecimentos sociais, demográficos e culturais parecem ter propiciado o estabelecimento
da
adolescência
como
período
distinto
do
desenvolvimento humano. Informações sobre a adolescência foram recolhidas por meio de estudos sobre as cerimônias de iniciação ocorridas Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
27
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em povos primitivos, prosseguindo com as especulações filosóficas ou textos literários ao longo da história da humanidade – que geralmente registravam as classes mais altas – e desembocando nos estudos científicos ocorridos a partir do século XX. Destacando o aspecto histórico da adolescência, Magalhães (2009)
15
, diz que: “Historicamente, encontram-se na Mesopotâmia
registros da adolescência como período bem definido, além de referências a essa etapa da evolução do ser humano na fase áurea da Grécia, na época do apogeu de Roma, durante a Renascença”. 22
De acordo com Ferreira, Farias e Silvares (2010) : Na Grécia Antiga, os jovens eram submetidos a um verdadeiro adestramento, cujo fim seria inculcar-lhes as virtudes cívicas e militares. Aos 16 anos, podiam falar nas assembléias. A maioridade civil era atingida aos 18 anos, ocasião em que eram inscritos nos registros públicos da cidade [...]. As moças faziam exercícios esportivos a fim de adquirir saúde e vigor para seu futuro de mães de família. Casavam - (se aos 15 ou 16 anos). Entende-se assim, que a fase da adolescência quase não existia na Grécia antiga, haja vista que as moças casavam-se muito jovens e os rapazes logo cedo eram envolvidos com a vida cívica, passando rapidamente da infância para a fase adulta. 30
Vitiello
(1994 apud MAGALHÃES, 2009)
15
também destaca que
em períodos históricos, nos quais as condições de vida são mais adversas, como Idade Média, grandes guerras, entre outros, a fase da adolescência se retrai e por vezes desaparece, passando o ser humano do final da infância para a fase adulta, sem a transição da adolescência. Entretanto, de modo geral, para esse autor, todo ser humano passa pela fase da adolescência, a qual ele conceitua como uma fase de 28
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transição, durante a qual se perde a criança e se pode adquirir um adulto. É neste período que a maturidade biológica e sexual é atingida, se define a identidade sexual e, potencialmente, é onde se define o espaço social de homem ou mulher. Percebe-se, nesta ótica, que entre a infância e a idade adulta, a adolescência é uma passagem, devendo-se ter muito cuidado com essa 25
fase de transição, pois, como assinalam Marcelli e Braconnier (2007) , costuma-se dizer erroneamente que o adolescente é ao mesmo tempo uma criança e um adulto; na realidade, ele não é mais uma criança e ainda não é um adulto. Esse duplo movimento, negação de sua infância, de um lado, busca de um status mais estável, de outro, constitui a própria essência da “crise”, do “processo psíquico” que todo adolescente atravessa. Diante do exposto, compreende-se que, por ser processo evolutivo biopsicossocial, que assume aspectos diferentes de acordo com as várias culturas, há dificuldades no estabelecimento de conceito único, amplo e universal para caracterizar o termo adolescente. Porém, independente dos critérios utilizados para definir a faixa etária, ou mesmo as formas de subdividir o período da adolescência, a classificação deve ser coerente com os objetivos de saúde que se pretendem alcançar. Ainda este mesmo artigo: Este acelerar da velocidade do crescimento, só comparado ao desenvolvimento do embrião durante a 26
gestação, de acordo com Almeida (2003) , acontece entre 10 a 16 anos. Nas meninas entre os 10 e 14 anos, sendo, em regra, a velocidade máxima atingida aos 12 anos; nos meninos, entre os 11 e os 16 anos, sendo, em regra, a velocidade máxima atingida aos 15 anos. Depois o crescimento desacelera, para parar, nas meninas por volta dos 19 anos e nos rapazes por volta dos 21 anos. Entretanto, sucedem todas as Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
29
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alterações físicas próprias da adolescência e puberdade, com uma ordem rigorosa, pois a variedade reside mais nas idades de começo e de conclusão do processo que na sequência dos seus fenômenos próprios 26
(ALMEIDA, 2003) . Do ponto de vista físico ou biológico, a adolescência abrange a fase de modificações anatômicas e fisiológicas que transformam a criança em adulto. O termo puberdade é utilizado para designar todo o processo de maturação biológica, inserido no período da adolescência (COLLI, apud 31
HOFFMAN e ZAMPIERI, 2009) . Hoffman e Zampieri (2009)
31
comentam
que a adolescência e a puberdade “são dois períodos em que a sexualidade emerge”. Whaley e Wong (1999 apud HOFFMAN E 31
ZAMPIERI, 2009) , consideram a puberdade o período em que ocorrem mudanças biológicas, tornando o indivíduo apto à procriação, e a adolescência a fase na qual acontecem mudanças sociais e psicológicas, percorrendo desde a puberdade à idade adulta. Silva e Chinaglia (2000)
27
destacam que são dramáticas as
modificações físicas e psicossociais que ocorrem no período da adolescência. Segundo eles: A maioria dos órgãos e sistemas desenvolve-se rapidamente durante essa etapa da vida, principalmente o sistema reprodutivo. As adolescentes contemporâneas atingem a maturidade física em época bem anterior àquelas da virada do século. A média de idade da menarca, por exemplo, tem apresentado um declínio de aproximadamente quatro meses a cada década, com tendência atual de estabilização (SILVA e CHINAGLIA, 2000, p. 1196) Em
27
contrapartida,
. como
afirmam
esses
autores,
o
desenvolvimento psicossocial parece não acompanhar o processo de maturação biológica. Do ponto de vista psicológico, a adolescência 30
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caracteriza-se basicamente pela aquisição da identidade adulta, do sentido de
individualidade,
da
separação
psicológica
da
família,
do
desenvolvimento cognitivo e pelo planejamento do futuro. 27
Silva e Chinaglia (2000) , dizem, ainda, que a adolescência é uma época de experiências em termos de comportamento, as quais, frequentemente, incluem a exploração da sexualidade. Todavia, esse processo dificulta, muitas vezes, a compreensão plena do significado e das conseqüências do exercício sexual, podendo trazer repercussões muito desfavoráveis à saúde da adolescente. Assim, a infrequência e a espontaneidade das relações sexuais tornam problemático, por exemplo, o uso de medidas anticoncepcionais efetivas e aumentam o risco de gravidez durante a adolescência. 32
Para Fierro (2000) , longe de ser um mero intervalo temporal entre duas idades que estariam supostamente mais claramente definidas, a idade infantil e a idade adulta, a adolescência constitui um período e um processo: a) de ativa desconstrução de um passado pessoal, e em parte tomado e mantido,
e,
por
outro,
abandonado
e
definitivamente
preterido;
b) de projeto e de construção do futuro, a partir de um enorme potencial e acervo de possibilidades ativas que o adolescente possui e tem consciência de possuir. Neste processo de recapitulação e de preparação, de acordo com esta autora, determinados temas vitais – a própria identidade, a sexualidade,
o
grupo
de
amigos,
os
valores,
experiências
e
experimentações de novos papéis – passam a ser preponderantes nas relações do adolescente com seu meio e em sua própria vivência fenomenológica, consciente, dos acontecimentos. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Durante a fase da adolescência, mudanças anátomo-fisiológicas (puberdade)
ocorrem
de
forma
abrupta.
Estas
mudanças
terão
repercussões no desenvolvimento psicossocial do adolescente. Assim, torna-se necessário conhecer como se processam tais transformações. 23
Segundo Moraes (2000 apud CROMACK e CUPTI, 2009) , no corpo dos adolescentes, ou melhor, do púbere, se processam largas mudanças hormonais, que aceleram o seu crescimento físico e também o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. O crescimento físico acelerado e não igualado – já que algumas partes do corpo se desenvolvem mais rapidamente que outras – surpreendem o adolescente que passa a não se reconhecer em seu próprio corpo. Seu esquema corporal ainda não se adaptou ao crescimento, de modo que ele começa a esbarrar em alguns objetos, a derrubar coisas, a abraçar forte demais as outras pessoas, porque perdeu, ou melhor, ainda não redimensionou a sua percepção de espaço, tempo e força, ao novo corpo que passou a possuir. O aparecimento de caracteres sexuais secundários reforça este ponto, influindo largamente na auto-imagem do adolescente, na forma como ele vê seu corpo modificado e em processo de modificação. As
questões
emocionais
são
de
suma
importância
na
adolescência, uma vez que têm uma influência direta e intrínseca na formação da identidade do adolescente, pois é um momento de transformação e readaptação na busca do eu, da identidade pessoal. Para que se conquiste essa identidade, será necessário que o adolescente desenvolva autonomia, confiança e iniciativa que será propiciada pelo contexto social. Neste período os conflitos se afloram; essa busca da identidade gera uma confusão de identidade. Para chegar a resolução desse conflito, o adolescente precisa trabalhar suas habilidades 32
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e organizar-se para formar esta identidade. Esta busca é saudável, desde que ao longo do seu desenvolvimento, na sua relação com o meio tenha havido o favorecimento à aquisição de experiências e valores que são primordiais na construção desta identidade (ALMEIDA e PIMENTA, 26
2002) . Mas, essas questões emocionais não se restringem somente ao âmbito da construção de sua identidade, pois há vários aspectos que permeiam as vivências emocionais desses adolescentes e que deverão ser consideradas. Sendo
as
emoções
as
forças
que
motivam
todo
o
comportamento, nenhum aspecto do desenvolvimento do adolescente é maior de idade importância do que sua vida emocional. Praticamente todas as suas dificuldades envolvem, obviamente, emoções. Não se pode entender um adolescente, a menos que se entendam suas maneiras de sentir paralelamente ao que pensa e faz. Na realidade, deve-se procurar compreender não somente as emoções que expressa, mas estar alerta para as emoções que tenta esconder. Os sentimentos a respeito de si mesmo e dos outros, bem como o julgamento que a seu ver os outros fazem dele, dominam toda a vida do adolescente (CAMPOS, 2001, p. 5152)
33
. Para considerar o ser humano em toda a sua plenitude, não se
pode restringi-lo somente aos seus aspectos biológicos e emocionais. Deve-se ir além, considerando, também o seu aspecto social. Redefinir a adolescência torna-se necessário, pois só assim se poderá compreendê-la como uma construção social. Ante o exposto, Gonçalves (2001) e Bock (2001)
21
chamam a atenção para a necessidade de se repensar a
concepção naturalizante de adolescência e adolescente, em que todas as características registradas neste período têm sido concebidas como inevitáveis
e
inerentes,
contribuindo
assim,
para
caracterizar
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a 33
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adolescência como uma fase repleta de problemas. Essa visão irá refletir na forma como os adolescentes são vistos pelos seus grupos, familiares, pares, etc. Fisiologicamente e bioquimicamente, no entanto, na gravidez, tanto em adolescentes quanto em mulheres adultas, a absorção, a distribuição, metabolismo e excreção de uma droga envolvem sua passagem por membranas celulares, representando esta o meio e a barreira à penetração dos fármacos. A ingestão oral é o método de administração mais comum, mais seguro, mais conveniente e mais econômico, com as limitações de requerer a cooperação do paciente, a biodisponibilidade e potencialmente errática e incompleta para fármacos pouco solúveis, e de absorção lenta, instável ou amplamente metabolizada pelo fígado e/ou intestino. Algumas drogas ilícitas utilizadas por dependentes químicos são compostos inalados, voláteis, com absorção praticamente instantânea no sangue, quando então se evita as perdas de primeira passagem hepática, atingindo também o feto rapidamente. Uma via de administração freqüente em ginecologia é a via da mucosa genital, cuja absorção também ocorre rapidamente, fato igualmente notável para as drogas ilícitas aspiradas pela mucosa nasal (cocaína, por exemplo). As demais vias de absorção de fármacos: sublingual, retal, intravenosa, subcutânea, intramuscular, intra-arterial, intratecal, tópica (pele, olhos), não serão aqui objeto de maiores explicações por serem de conhecimento amplo. Nas gestantes, o débito cardíaco, o fluxo sanguíneo regional e o volume tecidual total, determinam a taxa de liberação e a quantidade potencial de fármacos á serem distribuídos nos tecidos. 34
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Os órgãos de maior perfusão, portanto, são os mais atingidos por fármacos, potencialmente tóxicos, o que implica numa maior exposição do fígado, rins e em particular o cérebro. Em razão de muitos fármacos se ligarem ás proteínas plasmáticas, em particular á albumina e á alfa-glicoproteína, sendo esta ligação não seletiva, estes fármacos competem com substâncias endógenas, causando quadros específicos, como os que ocorrem com o risco de encefalopatia bilirrubínica em recém-nascidos pela ação da bilirrubina não-conjugada pelas sulfonamidas; mas de um modo geral, podemos dizer que os efeitos tóxicos das drogas dependem mais de suas concentrações livres que o ligado ás proteínas. Alguns tecidos são reservatórios de efeitos prolongados para determinadas drogas: citamos as gorduras, em relação aos barbitúricos e as tetraciclinas e, metais pesados para os ossos, onde parecem funcionar como reservatórios de liberação á longo termo. Escolhemos o sistema nervoso central para escopo do presente protocolo pelas peculiaridades do mesmo ás drogas lícitas, ilícitas, que comprometem a mulher e seu concepto. Havendo algumas barreiras funcionais que restringem a penetração de fármacos neste órgão hipervascularizado. Destacam-se as células endoteliais dos capilares do cérebro, com junções de oclusão contínuas; as células gliais pericapilares, a barreira hemato-encefálica dos plexos coróides. Desta forma, a lipofilia das drogas determina a maior facilidade com que entra no cérebro, através destas barreiras naturais. A placenta é outro "lócus" de transferência de fármacos importantes, já que podem as drogas causar malformações fetais entre outros eventos. Aqui também a lipossolubilidade das drogas, sua ligação protéica e o grau de ionização são determinantes gerais relevantes. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Como o plasma do feto é ligeiramente mais ácido que o da mãe, há migração iônica maior naquele. Barreiras naturais como a glicoproteína P limitam em parte a exposição do feto às drogas, mas não totalmente. A excreção de fármacos pelo leite materno, guarda a maior importância, pelo fato de gerar potencialmente efeitos tóxicos no lactente. A função renal íntegra é o foco principal na excreção de fármacos e seus metabólitos, não nos esquecendo, que o recém-nascido tem esta função mais reduzida comparada ao seu tamanho corporal. As características lipofílicas dos fármacos de modo geral dificultam suas excreções do corpo. Os metabólitos hidrofílicos têm sua excreção mais facilitada. A variação individual do metabolismo tem seu paralelo com as variações nas taxas de eliminação dos fármacos, assim como o perfil de concentração plasmática, com respostas diferentes de indivíduo para indivíduo, mesmo em doses padronizadas, além de grandes variedades de cunho genético demonstrados recentemente pela biologia molecular genética. As determinantes ambientais, como dietas alimentares e cofatores (p.ex. citocromo P450 inibidores da CYP3A- macrolídeos, inibidores de protease no tratamento do HIV, eritromicina, bloqueadores de cálcio, etc.), interagem com os fármacos determinando reações diferentes. Alguns antidepressivos como a fluoxetina e a paroxetina inibem atividades metabólicas específicas (CYP) de fármacos. Casos particulares envolvendo a mulher e suas taxas hormonais de estrógeno e progesterona estão os anticonvulsivantes, ácidos valpróico, e a carbamazepina, este último com potente ação enzimática sobre a epóxido-hidrolase. Da mesma forma quando as mulheres são orientadas a se utilizarem alternativas anticonceptivas quando do uso de rifampicina, porquanto os efeitos daquelas não poderem ser garantidos pela
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interferência enzimática desta, com efeitos adversos notáveis quer sejam físicos, psíquicos, ou legais. Um típico exemplo é o risco de efeitos adversos em alcoolistas pelo uso de paracetamol para o fígado, em razão de formação de metabólitos ativos. De um modo geral, lembrar que hepatopatias exacerbam os efeitos adversos de drogas, para as quais existem as primeiras passagens por este órgão, ou são por ele metabolizados. Como regra geral destes protocolos consolidados, vale dizer que o efeito farmacológico desejado pela aplicação correta da dosagem e do medicamento correto, pode resultar num efeito tóxico colateral relevante, efeitos não relacionados, sendo que o melhor atendimento no aspecto farmacocinético resulta dos princípios de escolhas múltiplas que possam ser feitas, modificação da posologia, ou mesmo suspensão da droga. Outra regra geral é a de que a segurança ou eficácia de um fármaco nunca é garantida. Estes argumentos de "per si", justifica a plena observação dos efeitos colaterais, interação de medicamentos e o potencial de risco á ser lançado, haja vista de qualquer fármaco, não importando quão inocente possa parecer, tem este potencial de causar danos, e o reconhecimento dos efeitos adversos é o preço que se paga por uma boa e segura terapêutica. A toxicologia é por si a matéria médica que estuda os efeitos adversos das substâncias químicas introduzidas no organismo. As drogas ilícitas e alguns medicamentos que são sugeridos em academias de ginásticas, são exemplos de químicas, que fogem da prescrição médica em nosso meio, com crescimento assustador, sem controle correto, e algumas das "bombas" fornecidas e vendidas em academias de ginásticas, estão sujeitas ao controle do Ministério da agricultura e não ao da saúde, o que dificulta ainda mais suas regulamentações e indicações. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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O médico deve avaliar sempre a possibilidade de que sinais e sintomas apresentados por seus pacientes possam dever-se á efeitos tóxicos de drogas prescritas como agentes terapêuticos. O medicamento usado na rotina da clínica ginecológica e obstétrica guarda uma exposição mais aguda que crônica, mas mesmo assim, alguns fármacos são utilizados de forma crônica na clínica, aumentando os efeitos cumulativos, de crescente interesse na área. Alguns efeitos colaterais são toleráveis, como a boca seca no uso de antidepressivos tricíclicos (tofranil, anafranil, etc.) e, outros podem suscitar efeitos tóxicos irreversíveis como as polineurites induzidas pelo metronidazol. O sistema nervoso central e periférico é comumente afetado pelos
compostos
químicos
e,
extremamente
sensíveis
á
lesões
irreversíveis, quando comparados com as do fígado, pele, pulmão, isto porque, as células do sistema nervoso são altamente diferenciadas e com baixa capacidade de regeneração. Os chamados efeitos teratogênicos das drogas, dizem respeito á carcinógenos químicos que interagem com o DNA em etapas múltiplas, gerando mutações. O feto é altamente sensível ás alterações mutagênicas e teratogênicas. Estas malformações decorrentes de teratógenos atingem as camadas germinativas do embrião e em particular os alvos prediletos, são: o sistema cardiovascular, osteolocomotor (áreas craniofaciais e dos membros) e o sistema nervoso. Os tecidos embrionários em proliferação interagem através de especificidades moleculares controlados geneticamente, onde o custobenefício de se administrar uma droga ganha extrema importância. Portanto, o fato da camada germinativa estar em franca proliferação é que torna mais suscetível a ação teratogênica de fármacos, que agem em um ou mais genes da programação celular em diferenciação. 38
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Considera-se
como
malformação
congênita
os
desvios
morfológicos do padrão normal presente ao nascimento ou logo após e teratógenos o agente capaz de gerar estes desvios morfológicos e/ou funcionais. São na verdade alterações morfogenéticas, por modificações moleculares, dos folhetos ou camadas embrionárias, em particular a partir da terceira semana quando o embrião tridérmico está formado e os que serão os futuros órgãos e sistemas iniciam-se a se formar, isto é, que a partir do embrião tridérmico é que forma e função vêm a se estabelecer. A ginecologia e a obstetrícia costumam dividir clinicamente a mulher grávida em três períodos gestacionais e os embriologistas o fazem em períodos embrionários e fetais, sendo o embrionário colocado nas primeiras 12 semanas ou primeiro trimestre, ou mais propriamente da terceira a quarta semana até oitava-nona semana. Se um órgão não se esboça em forma e função neste período, estamos diante de uma agenesia. Se o agente teratogênico agir no período fetal precoce que vai da nona até a décima-secunda semana ficamos com alterações ora de forma ora de função, ou ambas (atresias, estenoses, encurtamento, etc.). Uma grande parte das malformações é oriunda do mesoderma, considerado um folheto chave pela interação com os demais. A grande maioria dos fármacos administrados á gestantes atravessam a placenta e expõe o embrião e o feto em desenvolvimento aos efeitos farmacológicos e teratogênicos. Em síntese: O corpo humano tem uns mecanismos complexos de regulação, que para ter plena saúde precisa estar em excelente equilíbrio. Quaisquer disfunções físicas, químicas e principalmente emocionais podem dar inicio à instalação de uma série de sintomas e converter-se em doenças. Por isso, faz-se necessário compreender o processo de comunicação do nosso corpo, que se dá pelas células nervosas – os Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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neurônios – e seus transmissores. São eles que coletam as contínuas informações sobre o estado interno do organismo e de seu ambiente externo. Essas informações são avaliadas a cada atividade humana e passam a ser coordenada de forma apropriada à realidade e às necessidades de cada pessoa. Daí a necessidade de entender o papel dos neurotransmissores, substâncias químicas que se ligam aos receptores químicos dos neurônios e possibilitam que os impulsos nervosos de uma célula influenciem os impulsos nervosos de outra, permitindo que elas conversem entre si. Quando não há um nível adequado destas substâncias estes sinais podem romper, distorcer ou parar, traduzindo-se em vários sintomas. Todo nosso psiquismo, sentimentos, pensamentos e sensações contribuem para o nosso equilíbrio, ou seu reverso, assim como hábitos de vida, alimentação e fatores externos. Esse equilíbrio passa por um eixo chamado psico-neuro-imunoendocrinológico, e a ciência da psiconeuroimunocronologia estuda a interação entre o sistema nervoso, imunológico e endocrinológico, que estão interligados. A alimentação inadequada, o uso de álcool, drogas ilícitas e muitas das lícitas, tabaco, ansiedades e constante sobrecarga emocional, além dos fatores físicos externos, como poluição, temperaturas e umidade climáticas podem desencadear uma alteração para mais ou para menos dos neurotransmissores e, consequentemente, o desenvolvimento de diversas patologias, além de uma perda da qualidade de vida, isto porque o corpo humano desenvolve um grande número desses mensageiros químicos para facilitar a comunicação interna e a transmissão de sinais dentro do nosso cérebro. Quando tudo funciona adequadamente, as comunicações internas acontecem sem que sequer tomemos consciência 40
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delas (autonômicos). Porém, quando não há um nível adequado destas substâncias, estes sinais podem sofrer transformações, causando os mais variados sintomas. Há pessoas altamente dependentes do equilíbrio hormonal com uma grande ligação com os neurotransmissores – como os serotoninergicos, adrenérgicos e noradrenergicos, por exemplo. Com o avanço da idade ou durante a TPM, a mulher perde hormônios e, com eles, os neurotransmissores. Em algumas mulheres, o quadro é muito intenso e pode ser necessário o uso de hormônios, antidepressivos ou outras combinações farmacológicas continuamente para a diminuição das alterações de humor.
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5. DISFUNÇÕES SEXUAIS MAIS COMUNS A disfunção sexual pode se manifestar como epifenômeno das alterações ao nível de neurotransmissão, assim como uma diminuição da libido (falta de desejo sexual), ou como uma alteração da excitação. Nestes casos entra em jogo a inibição da sensação genital, a disfunção erétil, falta de lubrificação, ejaculação precoce ou retardada ou retardo ou ausência do orgasmo, a dor durante, antes ou depois do ato sexual, entre as queixas mais comuns. O projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas da USP, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Sociedade Brasileira de Urologia mostraram que 54% dos brasileiros, pelo menos 25 milhões de homens, sofrem com algum problema de ereção (2003). Essa pesquisa também mostrou com precisão a relação direta entre Disfunção Sexual e comorbidades
como diabetes, hipertensão,
depressão e problemas cardíacos. Para citar alguns exemplos de queixas e achados ligados a área da sexualidade e á neurotransmissores ou transtornos anatômicos constantes no CID, lembramos:
F52 – DISFUNÇÃO SEXUAL – CID.10 F52.0. Ausência ou Perda do Desejo Sexual
A perda do desejo sexual é o problema
Frigidez
principal e não é secundário a outras
Transtorno hipoativo de desejo
dificuldades sexuais como uma falha da
sexual
ereção ou uma dispareunia.
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Quer a perspectiva de relação sexual produz medo ou ansiedade suficiente F52.1. Aversão Sexual e
para que a atividade sexual seja evitada
Ausência de Prazer
(aversão sexual), quer as respostas
Anedonia (sexual)
sexuais ocorrem normalmente e o orgasmo é sentido mas existe uma falta do prazer apropriado (ausência do prazer sexual).
F52.2. Falha de Resposta Genital Impotência psicogênica Transtorno de: · ereção no homem · excitação sexual na mulher F52.3. Disfunção Orgásmica Anorgasmia psicogênica Inibição do orgasmo
O problema principal nos homens é a disfunção de ereção (dificuldade de desenvolver ou de manter uma ereção adequada para uma relação satisfatória). Nas mulheres, o principal problema é a secura vaginal ou falta de lubrificação. O orgasmo não ocorre ou é nitidamente retardado. Incapacidade de controlar
F52.4. Ejaculação Precoce
suficientemente a ejaculação para que os dois parceiros achem prazer nas relações sexuais. Espasmo da musculatura do assoalho
F52.5. Vaginismo NãoOrgânico Vaginismo psicogênico
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pélvico que circunda a vagina causando oclusão do intróito vaginal. A entrada do pênis é impossível ou dolorosa.
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A dispareunia (ou dor durante as relações sexuais) ocorre tanto na mulher quanto no homem. Pode comumente ser atribuída a uma causa F52.6. Dispareunia Não-
patológica local e deve então ser
Orgânica
classificada na rubrica da afecção
Dispareunia psicogênica
patológica em causa. Esta categoria deve ser utilizada unicamente quando não há outra disfunção sexual primária (por exemplo, vaginismo ou secura vaginal).
F52.7. Apetite Sexual Excessivo Ninfomania Satiríase 5.1. DEPRESSÃO A Depressão, como um dos mais importantes fatores de risco para as dificuldades sexuais, é responsável por boa parte destes sintomas, causando
desinteresse
pela
atividade
sexual,
conseqüentemente
comprometendo o desejo, além da incapacidade de sentir prazer, próprio do estado depressivo. Sem desejo, o ciclo do desempenho sexual fica impedido, já no seu início. Sem vocação para o prazer e sem o desejo, as fantasias sexuais não ocorrem e os estímulos não se efetivam. Não havendo desejo, a atividade sexual é pouca ou ausente, comprometendo o relacionamento como um todo e repercutindo em outras áreas da vida do casal. Por outro lado alguns dos fármacos comumente usados para Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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depressão ocasionam sintomas colaterais que mais acentuam que resolvem os sintomas apresentados. Alguns exemplos são bem claros e que iremos aprofundar mais em outro capítulo: • TRICÍCLICOS: Desipramina, Nortriptilina, Amitriptilina, Imipramina podem causar: Diminuição do Desejo, disfunção orgástica, atraso ou ausência de orgasmo, disfunção de ejaculação e disfunção erétil. • ISRS:
6
Citalopram,
Escitalopram,
Fluoxetina,
Fluvoxamina,
Paroxetina, Sertralina podem causar: Diminuição do desejo, disfunção orgástica, disfunção de ejaculação e diminuição da lubrificação. • Bupropiona: Aumento do desejo (comum) e diminuição de excitação (raro). • Nefazodone: Sem efeito no desejo e mínima disfunção orgástica. • Mirtazapina: Sem efeito no desejo e mínima disfunção de excitação. • Trazodone: Aumento do desejo, disfunção erétil e orgástica, priapismo (raro). • Venlafaxina: Diminuição do desejo, disfunção orgástica, disfunção erétil.
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6. FRIGIDEZ AUDIATUR ET ALTERA PARS (Ésquilo; 525-456 a.C.) (Ouça-se Também a Outra Parte)
Frigidez é a falta de desejo sexual tanto em homens e mulheres. Frigidez deve ser diferenciada da anorgasmia, onde ocorre a falta do orgasmo, mas na qual há o desejo sexual. De acordo com ginecologistas e sexólogos, como a Dra. Luciana Sereno França, hoje a "frigidez" é denominada como disfunção sexual feminina, ou alteração da função sexual, principalmente do desejo sexual, e esta disfunção se deve na maioria das vezes a bloqueios totais ou parciais da resposta psicofisiológica. A resposta sexual feminina, segundo a autora, se caracteriza pelo trinômio, desejo, excitação e orgasmo, e este bloqueio pode se inserir em qualquer uma destas fases. Quando se dá na fase do desejo, estamos diante de uma disfunção que chamamos de inapetência sexual, podendo ser conhecida como distúrbios da pulsão sexual ou distúrbios da libido. Parece ser esta alteração, nesta fase, a mais importante, pois é ela o início de toda a resposta sexual feminina. Já quando o bloqueio ocorre na fase de excitação, a disfunção está representada pela alteração na lubrificação vaginal. Se o bloqueio é na fase orgástica, consideramos como anorgasmia
feminina.
Esclarece que estatisticamente é difícil achar um exato percentual desta população, ou fazer um estudo randomizado desta população, pois além dos aspectos culturais, existe ainda uma série de preconceitos Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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considerados fortes. Fato que dificulta de forma bem acentuada, a confiabilidade das incidências apresentadas. Na rotina do consultório ginecológico e psiquiátrico, é uma queixa tão freqüente concorrendo com a leucorréia, os chamados corrimentos e alterações menstruais. Este fato se torna evidente à medida que as leucorréias e distúrbios menstruais já possuem um tratamento efetivo, pois as disfunções sexuais exigem uma abertura maior para serem expostas. Suas causas se classificam em orgânicas e psicológicas. Para o ginecologista não é difícil caracterizar quando a disfunção é determinada por fatores físicos particularmente ou e por fatores psicológicos quando nenhuma anomalia pode ser achada. É importante, no entanto, salientar que nas dispareunias (dor nas relações sexuais) há um componente orgânico importante, assim como nos casos de vaginismo (dor na relação sexual por contratura involuntária da musculatura perineal) e de anorgasmia (ausência de orgasmo), na qual o comprometimento na maioria das vezes é psicológico. Dentre as causas psicológicas, é preciso ressaltar as questões sócio-culturais (educação sexual castradora), fatores religiosos, tabus e crendices. Nas causas comportamentais, destaca – se a vivência sexual destrutivas,
violências
sexuais,
medo
de
engravidar,
experiências
obstétricas traumáticas, relações diádicas inadequadas (diálogo limitado com o parceiro). Estas inadequações além de criarem um ambiente sexual destrutivo, com freqüência pioram a comunicação do casal. É importante diferenciar bem as fases da resposta sexual, e identificá-las para uma correta instituição terapêutica, por exemplo, uma mulher durante o período do climatério pode estar com o desejo sexual adequado, o que não quer dizer que a fase de lubrificação estará também adequada. A apetência sexual é um fenômeno psicológico e nato do ser 48
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vivo, como a fome, a sede, e outros, enquanto a lubrificação é um fenômeno fisiológico. A apetência sexual pode variar, com aspectos econômicos, culturais, de crença religiosa, momento da vida no cotidiano, que são alguns dos fatores que influenciam diretamente o contexto, ou seja, há uma multifatorialidade envolvendo este aspecto da vida da mulher. A sociedade e sua mídia procuram explorar o corpo da mulher e do homem como atrativos para venda, como mercadorias, numa sociedade ao consumo ávido, que leve à uma sensação de bem estar, e o corpo da mulher aparece como um solicitante exponencial de conforto físico e psíquico, e a todo o momento com novos apelos e mecanismos erotizados, deixando pouco espaço para o florescimento de uma harmonia interior e de crescimento subjetivo. Este materialismo de primeira instancia, gerado no consumo, acompanha agora o mercado do espírito, da alma, da religiosidade, onde proliferam salvadores dos demônios e farmácias de felicidades. Para este mercado, qualquer sofrimento relacionado à frigidez se não entra na cadeia mercadológica é desprovido de todo sentido, onde os referenciais culturais, históricos estão esgotados da felicidade interior. É mais um segmento comercial a ser explorado, um objeto de marketing, onde as mulheres se podem ter a mão, com ou sem orgasmo, sem esforço, imediatamente, como condição necessária e suficiente do prazer masculino sem a reabilitação da sabedoria. A inapetência pode ser caracterizada, como primária, secundária ou adquirida. Na inapetência primária consideramos aqueles indivíduos que
nunca
tiveram
desejo
sexual,
comumente
conhecido
como
assexuados. É confundida com modo de ser de mulher. Já na inapetência secundária ou adquirida, o indivíduo tinha um desejo sexual constante, e de uma forma brusca ou lenta, este desejo deixou de existir.
Normalmente isto pode acontecer após
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acontecimentos traumáticos, como as frustrações, decepções afetivas, e outras situações que causam angústia e tristeza, usam de drogas, como a cocaína, antidepressivos, álcool, por exemplo, que apesar de ter um efeito excitante no sistema nervoso central, parece ter um efeito negativo no desejo sexual por interessar células nervosas e seus condutores bioquímicos de estímulos reflexos. Muitas
mulheres
reagem
desde
uma
aceitação
passiva,
emprestam o corpo para satisfação do parceiro, e outras de uma maneira geral, evitam o ato sexual, criando uma série de desculpas como costumamos conhecer, como uma dor de cabeça, psicossomatizando em outros níveis do físico e do psíquico a justificarem o desânimo sexual. A avaliação atenta para a cumplicidade dos pares sexuais evidencia ou não de que se trata de uma situação incômoda, problematizada e a que tipo de discurso se refere a queixa podendo com isto determinar-se quais as áreas comprometidas no relacionamento. No que diz respeito a este tipo de disfunção sexual, resta ressaltar a maturidade da mulher, ou do casal, em encarar esta alteração, como sendo um fato situacional, problematizador, se fechando e impedindo a melhoria do bem estar pessoal. As psicoterapias são úteis na elaboração dos conflitos pessoais envolvidos no movimento do desejo de mudança. (De acordo com a ginecologista e especialista em sexologia, Dra. Luciana Sereno França, hoje a "frigidez" é denominada como disfunção sexual feminina, ou alteração da função sexual, principalmente do desejo sexual, e esta disfunção se deve na maioria das vezes a bloqueios totais ou parciais da resposta psico-fisiológica. A resposta sexual feminina, segundo a especialista, se caracteriza pelo trinômio, desejo, excitação e orgasmo, e este bloqueio pode se inserir em qualquer uma destas fases. Quando se dá na fase do 50
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desejo, estamos diante de uma disfunção que chamamos de inapetência sexual, podendo ser conhecida como distúrbios da pulsão sexual ou distúrbios da libido. Parece ser esta alteração, nesta fase, a mais importante, pois é ela o início de toda a resposta sexual feminina. Já quando o bloqueio ocorre na fase de excitação, a disfunção está representada pela alteração na lubrificação vaginal. Se o bloqueio é na fase orgástica, consideramos como anorgasmia feminina. A especialista esclarece que estatisticamente é difícil achar um exato percentual desta população, ou fazer um estudo randomizado desta população, pois além dos aspectos culturais, existe ainda uma série de preconceitos considerados fortes. Fato que dificulta de forma bem acentuada, a confiabilidade das incidências apresentadas, acrescenta. Na rotina do consultório ginecológico, explica a médica, é uma queixa tão freqüente concorrendo com a leucorréia, os chamados corrimentos e alterações menstruais. Este fato se torna evidente à medida que as leucorréias e distúrbios menstruais já possuem um tratamento efetivo, pois as disfunções sexuais exigem uma abertura maior para serem expostas, compara. 6.1. CAUSAS DA FRIGIDEZ As causas de disfunções sexuais se classificam em orgânicas e psicológicas. "É difícil caracterizar qual disfunção é determinada por fatores físicos ou por fatores psicológicos". É importante, no entanto, salientar que nas dispareunias (dor nas relações sexuais) há um componente orgânico importante, assim como nos casos de vaginismo (dor na relação sexual porcontraturainvoluntária da musculatura perineal) e de anorgasmia (ausência de orgasmo), na qual o comprometimento na maioria das vezes é psicológico. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Dentre as causas psicológicas, é preciso ressaltar as questões sócio-culturais (educação sexual castradora), fatores religiosos, tabus e crendices. Nas causas comportamentais, a médica destaca as vivências sexuais destrutivas, violências sexuais, medo de engravidar, experiências obstétricas traumáticas, relações diádicas inadequadas (diálogo limitado com o parceiro). Estas inadequações além de criarem um ambiente sexual destrutivo,
com
freqüência
pioram
a
comunicação
do
casal.
É importante diferenciar bem as fases da resposta sexual, e identificá-las para uma correta instituição terapêutica, por exemplo, uma mulher durante o período do climatério pode estar com o desejo sexual adequado, o que não quer dizer que a fase de lubrificação estará também adequada. A apetência sexual é um fenômeno psicológico e nato do ser vivo, como a fome, a sede, e outros, enquanto a lubrificação é um fenômeno fisiológico Inapetência sexual. Segundo a sexologista, uns acham que "frigidez" é sinônimo de anorgasmia, para outros significa falta de excitação sexual e ainda tem os que agrupam todos os fenômenos da resposta sexual achando que "frigidez" é definida como a falta de desejo, de excitação e de orgasmo. Esta uniformidade terminológica contra-indica esta expressão na sexologia clínica moderna. É evidente que a apetência sexual varia de acordo com o grupo estudado e momento de vida desta sociedade. Alguns fatores influenciam diretamente neste contexto. Entre eles, é preciso destacar problemas econômicos, afetivos, culturais entre outros. Assim, ratifica a especialista, "numa sociedade que explora o corpo da mulher e do homem como atrativos para venda de produtos de grandes empresas, numa sociedade que nos consome todo o momento com novos mecanismos erotizados, deixa pouco espaço para as fantasias sexuais próprias do indivíduo." 52
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A inapetência pode ser caracterizada, como primária, secundária ou adquirida. Na inapetência primária consideramos aqueles indivíduos que
nunca
tiveram
desejo
sexual,
comumente
conhecido
como
assexuados. "É o modo de ser do indivíduo". Já na inapetência secundária ou adquirida, o indivíduo tinha um desejo sexual constante, e de uma forma brusca ou lenta, este desejo deixou de existir. Normalmente isto pode acontecer após acontecimentos traumáticos, como as frustrações, decepções afetivas, e outras situações que causam angústia e tristeza, uso de drogas, como a cocaína, antidepressivos, ansiolíticos, com forte influencia no sistema nervoso central, muitos com
um efeito negativo no desejo sexual por alterar o
funcionamento das células nervosas e seus condutores transmissores de estímulos reflexos. Muitas mulheres reagem desde uma aceitação passiva, emprestam o corpo para satisfação do parceiro, e outras de uma maneira geral, evitam o ato sexual, criando uma série de desculpas como costumamos conhecer, psicossomatizando ou justificando o desânimo sexual. As psicoterapias individuais e de grupo de casais voltados a este tipo de abordagem tem grande efeito de ajuste e reconhecimento de que áreas estão comprometidas no relacionamento. A maturidade da mulher, ou do casal, em encarar esta alteração, como sendo um fato situacional, problematizador para outras funções do casal, ajuda na resolução não só da situação objetiva à que se propõe à terapia, mas em seus conflitos pessoais e do casal (Bibliomed, Inc. 2002). Na absoluta maioria dos casos, o desinteresse pelo sexo está ligado a fatores psicológicos ou sociais, sendo um dos mais frequentes determinantes a monotonia conjugal. Também a educação que se recebeu a falta de diálogo entre os parceiros, as práticas sexuais pouco gratificantes e até a resistência em inovar acabam por minar o Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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relacionamento e facilitam o desinteresse. O próprio fato de envelhecer e as dificuldades do cotidiano podem interferir na satisfação sexual. A grande maioria é causada por vivências sexuais destrutivas, culturas empíricas ou religiosas. Frigidez pode ser causada por traumas de infância (abuso e violência sexual), medo de engravidar, ansiedade, experiências obstétricas traumáticas e na maioria das vezes relações didáticas inadequadas (falta de diálogo com o parceiro), muitas vezes causadas por timidez da mulher. Junto com a frigidez e a inapetência, vem uma série de problemas podem se tornar agravantes. A ansiedade e depressão são os primeiros dos sintomas, seguido de desinteresse e falta de apetite sexual. Leucorreias, alteração ou falta de ciclo menstrual, vaginismo (dor ou ardência nas relações devido à contração dos músculos vaginais) dispareunias. Porém a disfunção sexual feminina ou alteração da função sexual pode também facilitar a invasão de agressores externos, tais como micoses e bactérias, devido à falta de defesas pubianas, consequências da disfunções hormonais. Há também alguns casos de dores lombares e alterações de humor. Porém hoje em dia o maior dos agravantes é a fatalidade conjugal devido à falta de comunicação. O relacionamento acaba se perdendo, devido ao homem não compreender a parceira e ir buscar fora o que não tem em casa, ou da parceira, que não admite ter o problema.
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7. TRANSTORNO DE DESEJO SEXUAL HIPOATIVO A TERGO (Marcus Tulius Cícero; 106-43 a.C.) (Por Detraz) Características Diagnósticas. A característica essencial do Transtorno de Desejo Sexual Hipoativo é uma deficiência ou ausência de fantasias sexuais e desejo de ter atividade sexual (Critério A). A perturbação deve causar acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal (Critério B). A disfunção não é mais bem explicada por outro transtorno (exceto uma outra Disfunção Sexual) nem se deve exclusivamente aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (inclusive medicamentos) ou de uma condição médica geral (Critério C). O baixo desejo sexual pode ser global e abranger todas as formas de expressão sexual ou pode ser situacional e limitado a um parceiro ou a uma atividade sexual específica (por ex., intercurso, mas não masturbação). Existe pouca motivação para a busca de estímulos e pouca frustração quando privado da oportunidade de expressão sexual. O indivíduo em geral não inicia a atividade sexual ou pode engajar-se apenas com relutância quando esta é iniciada pelo parceiro. Embora a freqüência das experiências sexuais geralmente seja baixa, a pressão do parceiro ou necessidades não-sexuais (por ex., de conforto físico ou intimidade) pode aumentar a freqüência dos encontros sexuais. Em vista de uma falta de dados normativos relacionados à idade ou gênero, quanto à freqüência ou grau do desejo sexual, o diagnóstico deve fundamentar-se no julgamento clínico, com base nas características Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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do indivíduo, determinantes interpessoais, o contexto de vida e o contexto cultural. O ginecologista ou o psiquiatra pode ter de avaliar ambos os parceiros, quando discrepâncias no desejo sexual levam à busca da atenção de um profissional. Um "baixo desejo" aparente em um parceiro pode refletir, ao invés disso, uma necessidade excessiva de expressão sexual da parte do outro. Por outro lado, ambos os parceiros podem ter níveis de desejo dentro da faixa normal, mas em extremos diferentes do continuum. 7.1.SUBTIPOS Os subtipos são oferecidos para a indicação de início (Ao Longo da Vida versus Adquirido) e fatores etiológicos (Devido a Fatores Psicológicos, Devido a Fatores Co Um desejo sexual reduzido freqüentemente está associado com problemas de excitação sexual ou com dificuldades para atingir o orgasmo. A deficiência no desejo sexual pode representar a disfunção primária ou pode ser a conseqüência de sofrimento emocional induzido por perturbações na excitação ou no orgasmo. Entretanto, alguns indivíduos com baixo desejo sexual retêm a capacidade para a excitação sexual adequada e orgasmo em resposta à estimulação sexual. Condições médicas gerais podem ter um efeito prejudicial inespecífico sobre o desejo sexual, devido a fraqueza, dor, problemas com a imagem corporal ou preocupações com a sobrevivência. Os transtornos depressivos freqüentemente estão associados com um baixo desejo sexual, podendo o início da depressão preceder, co-ocorrer ou ser a consequência do desejo sexual deficiente.
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Os indivíduos com Transtorno de Desejo Sexual Hipoativo podem ter dificuldades para desenvolver relacionamentos sexuais estáveis e insatisfação e rompimento conjugais. 7.2. CURSO A idade de início para indivíduos com formas Ao Longo da Vida de Transtorno de Desejo Sexual Hipoativo é a puberdade. Com maior freqüência, o transtorno desenvolve-se na idade adulta, após um período de interesse sexual adequado, em associação com sofrimento psicológico, eventos estressantes ou dificuldades interpessoais. A perda do desejo sexual pode ser contínua ou episódica, dependendo de fatores psicossociais ou do relacionamento. Um padrão episódico de perda do desejo sexual ocorre em alguns indivíduos, envolvendo problemas com a intimidade e formação de compromissos) para Transtorno de Desejo Sexual Hipoativo. 7.3. INVESTIGANDO A DISFUNÇÃO SEXUAL PRIMÁRIA, DEVE-SE QUESTIONAR: •
Doenças pessoais e familiares, hospitalização durante a
infância; •
Experiências sexuais infantis;
•
Atitudes e crenças dos pais e educadores sobre o sexo;
•
Conflitos pessoais.
7.4. INVESTIGANDO A DISFUNÇÃO SEXUAL SECUNDÁRIA, DEVE-SE QUESTIONAR: •
Perdas: emprego, parceiro (a), entes queridos; Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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• Conflitos relacionais; • Conflitos
pessoais:
incapacidade
de
envolvimento
e
relacionamento; • Ansiedade, medo, raiva, culpa. 7.5.
INVESTIGANDO
A
DISFUNÇÃO
SEXUAL
GENERALIZADA, DEVE-SE QUESTIONAR: • Condições
médicas:
endocrinológicas,
neurológicas,
cardíacas, renais, hepáticas, psiquiátricas. • Efeito
de
medicamentos,
especialmente
anfetaminas,
betabloqueadores, digoxina, interferon, metadona, cimetidina, indometacina, antidepressivos. 7.6. INVESTIGANDO A DISFUNÇÃO SEXUAL SITUACIONAIS, DEVE-SE QUESTIONAR: • O significado do sexo, num determinado relacionamento; • Conflitos no relacionamento com determinado (a) parceiro (a); Situações específicas: uso de drogas ou álcool falta de privacidade, filhos pequenos, etc. A pessoa deprimida pode não ter necessariamente dificuldade em "funcionar" ou em "chegar lá", mas a falta de ânimo, interesse e disposição até para pensar no assunto. Isso aumenta ainda mais a angústia porque a pessoa não consegue corresponder ao apetite de seu par. Assim, muitas vezes, apesar dos possíveis efeitos dos antidepressivos sobre a sexualidade, o restabelecimento do prazer e do ânimo produzido pelo desaparecimento da Depressão restabelece totalmente a função sexual.
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Quando a Disfunção Sexual se refere ao impulso, além dos problemas emocionais, o mais provável é que o problema esteja nos hormônios. A prolactina, hormônio responsável pela produção do leite materno, inibe os neurotransmissores que ativam o desejo sexual. Na menopausa as alterações hormonais são violentas, com significativa diminuição do estrogênio, o hormônio que intumesce a mucosa da vagina preparando a mulher para o sexo. Ao mesmo tempo diminui a testosterona, que existe também no organismo feminino, porém, em quantidades menores. Tanto o estrogênio, quanto a progesterona estão diretamente relacionados ao desejo sexual. Em cerca de 15% dos homens com mais de 40anos a testosterona diminui drasticamente. A terapia de reposição hormonal nessa fase da vida seja no homem ou na mulher, envolve um delicado equilíbrio, sendo necessário avaliar seriamente os aspectos 34
positivos e negativos.
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8. IMPOTÊNCIA PSICOGÊNICA PERFIDIOSUS EST AMOR (Ovídio: 43 a.C. – 184 a.C.) (O Amor é Pérfido) A Disfunção Erétil ou impotência de causa psicogênica (origem psicológica) pode se manifestar de várias maneiras, como ejaculação precoce ou retardada, dor ao ejacular e a própria impotência. Na mulher pode se manifestar em vaginismo, que é a falta de lubrificação ou transudação vaginal, para receber o pênis. Ambos os sexos podem apresentar perda da libido (vontade, desejo sexual), dispareunia (dor às relações sexuais normais), falta de orgasmo e fobias (medos) sexuais. Problemas orgânicos, como diabetes, câncer, arteriosclerose, lesões neurológicas, etc. levam freqüentemente a complicações de ordem psicológica, portanto, devemos tratar ambos os problemas. Assim, o indivíduo que sai de uma experiência desagradável, como a perda da ereção ao fazer sexo com uma mulher muito atraente, a ejaculação muito rápida na mesma situação anterior, faz com que o homem, na próxima relação relembre tais "fracassos" e fique esperando novamente por eles, até formar-se aí um circulo vicioso. O homem não tem como "fingir", simular uma ereção. Ou ele a tem ou não. Esta responsabilidade cria uma ansiedade (que poucos sabem lidar sem ajuda externa) que leva à repetição da decepção sexual. Também é importante ressaltar que vivemos num mundo onde existe, hoje, pornografia acessível a todos, em todas as idades. As situações vistas na tela, onde atores encenam sexo com uma "performance" invejável, são bastante artificiais quando comparadas às vivenciadas na "vida sexual real". Essa "ansiedade de performance" ou melhor, medo de falhar, ou de ser rápido demais ou de Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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não satisfazer, pode se tornar uns problemas obsessivos (manias) ao homem, que procura sempre um desempenho excepcional. Os fatores etiológicos, predisponentes (facilitam o aparecimento), precipitantes (desencadeiam) e mantedores da Disfunção erétil Psicogênica são principalmente: • Vascular: arteriosclerose, trauma, fuga; • Neurológica: Neuropatia diabética, esclerose múltipla, álcool, trauma medular,prostatectomia radical. • Hormonal: Hipoandrogenismo primário ou secundário. • Psicológica
(principalmente
em
jovens):
Ansiedade,
depressão, culpa. • Drogas:
maconha
(pode
provocar
esterilidade),
heroína, cocaína, barbitúricos, antidepressivos.
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álcool,
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9. TRANSTORNO ORGÁSMICO FEMININO CAMERA OBSCURA (Abu Ali al-Haitham; C.965-C.1040). (Câmara Obscura) Características Diagnósticas A característica essencial do Transtorno Orgásmico Feminino é um atraso, ou ausência persistente ou recorrente de orgasmo, após uma fase normal de excitação sexual (Critério A). As mulheres apresentam uma ampla variabilidade no tipo ou intensidade da estimulação que leva ao orgasmo. O
diagnóstico
de
Transtorno
Orgásmico
Feminino
deve
fundamentar-se no julgamento clínico de que a capacidade orgásmica da mulher é menor do que se poderia esperar para sua idade, experiência sexual e adequação da estimulação sexual que recebe. A perturbação deve causar acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal (Critério B). A disfunção não é mais bem explicada por outro transtorno do Eixo I (exceto outra Disfunção Sexual), nem se deve exclusivamente aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (inclusive medicamentos) ou de uma condição médica geral (Critério C). 9.1. SUBTIPOS Os subtipos são oferecidos para indicar início (Ao Longo da Vida versus Adquirido), contexto (Generalizado versus Situacional) e fatores etiológicos
(Devido
a
Fatores
Psicológicos,
Devido
a
Fatores
Combinados), para Transtorno Orgásmico Feminino.
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9.2. CARACTERÍSTICAS E TRANSTORNOS ASSOCIADOS Não
foi
encontrada
qualquer
associação
entre
padrões
específicos de traços de personalidade ou psicopatologia e disfunção orgásmica em mulheres. O Transtorno Orgásmico Feminino pode afetar a imagem corporal, a auto-estima ou a satisfação com o relacionamento. De acordo com estudos controlados, a capacidade orgásmica não está correlacionada com dimensões vaginais ou vigor dos músculos pélvicos. Embora algumas mulheres com lesões da medula, remoção da vulva ou excisão e reconstrução vaginal tenham relatado orgasmos, uma disfunção orgásmica é encontrada com freqüência em mulheres com estas condições. Em geral, entretanto, as condições médicas crônicas como diabete ou câncer pélvico tendem mais a prejudicar a fase de excitação da resposta sexual, deixando a capacidade orgásmica relativamente intacta. A
ejaculação
precoce
(EP),
também
conhecida
como
ejaculação prematura ou pelo termo Latim ejaculatio praecox, é o problema sexual mais comum em homens afetando 20-30% deles. É caracterizada pelo déficit do controle voluntário sobre a ejaculação. Masters e Johnson definiram que um homem sofre de ejaculação precoce se ele ejacula antes da outra pessoa (mulher ou homem) atingir o orgasmo em mais de 50% de suas relações sexuais. Outros pesquisadores da área definiram a ejaculação precoce como no caso de o homem ejacular dentro de dois minutos de penetração; entretanto, uma pesquisa realizada por Alfred Kinsey nos anos de 1950s demonstrou que três quartos dos homens ejacularam dentro de dois minutos de penetração em mais da metade de suas relações sexuais. Hoje, a maioria dos terapeutas sexuais entende a ejaculação precoce como o déficit do controle sobre a ejaculação,
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interferindo com o bem-estar sexual ou emocional de um ou ambos os parceiros. Muitas definições para a ejaculação precoce foram propostas por investigadores individuais como Masters e Johnson e, mais recentemente, Waldinger. Além disso, muitas organizações profissionais, como a Associação da Psiquiatria Americana, Associação da Urologia Americana e a Associação Europeia de Urologia, propuseram as suas próprias definições. Essas definições incluem conceitos comuns como pequeno tempo de latência ejaculatória de cerca de 1-2 minutos, falta do controle sobre a ejaculação ou incapacidade de retardar a ejaculação, aflição pessoal, dificuldades interpessoais ou de relacionamento e insatisfação com a relação sexual. A definição mais utilizada é a do Manual Estatístico e de Diagnóstico dos Distúrbios Mentais: 1) ejaculação persistente ou recorrente com um mínimo de estimulo sexual anterior, ou rapidamente após a penetração e antes que a pessoa deseje; 2) causa aflição notável ou dificuldades interpessoais; e 3) não é exclusivamente causa A ejaculação prematura deve ser distinguida da disfunção erétil relacionada ao desenvolvimento de uma condição médica geral. Alguns indivíduos com disfunção erétil podem suas estratégias para atrasar o orgasmo. Alguns requerem uma prolongada estimulação (sem ser de coito) para desenvolver um grau de ereção suficiente para a penetração. Em algumas pessoas, o estimulo sexual pode ser tão grande que a ejaculação ocorre imediatamente. Problemas ocasionais com a ejaculação precoce que não são persistentes ou recorrentes ou não são acompanhados por estresse forte ou dificuldades interpessoais não são considerados como um problema real de ejaculação precoce. O médico também deve levar em conta a idade do paciente, experiência sexual, atividade sexual recente e o carinho da parceira. Quando os problemas com ejaculação precoce são Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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causados exclusivamente por uso de substâncias, uma "disfunção sexual induzida por substância" pode ser diagnosticada. As causas fisiológicas são extremamente raras e controversas, principalmente quando se fala em hipersensibilidade da glande ou alto reflexo ejaculatório. Portanto os fatores emocionais e de condicionamento é que são realmente considerados pelos especialistas. "É como aprender a chutar com a esquerda e a direita", afirma a ginecologista e terapeuta sexual Jaqueline Brendler, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana. Ela afirma que, durante o "aprendizado sexual", o homem pode acabar se condicionado a gozar rápido. A iniciação sexual também é alvo de discussão. Muitos homens têm suas primeiras relações amorosas com prostitutas (que muitas vezes aceleram o ritmo da relação para acabar logo) ou em situações periclitantes (dentro de um carro, na casa dos pais da namorada). "Antigamente, gozar rápido era sinal de virilidade. De meio século para cá, a partir do momento em que a mulher passou a ter seu papel na relação, esse conceito começou a mudar. Os homens passaram a ter de acompanhar o ritmo da parceira e se tornaram mais frágeis vulneráveis", afirma minha colega, a psiquiatra Carmita Abdo, do HC. 9.3. CONDIÇÕES ASSOCIADAS • Problemas neurológicos, por exemplo, esclerose múltipla. • Prostatites • Desordens psicológicas • Problemas interpessoais • Estresse Tratamento medicamentoso
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Na década de 60 notou-se que os antidepressivos possuíam como efeitos colaterais o retardo ou a inibição completa da ejaculação e do orgasmo. Atualmente há uma variedade de antidepressivos no mercado que possuem menos efeitos colaterais e melhores resultados. Um medicamento representante dos antidepressivos, indicado para tratamento da EP, é a clomipramina. Este medicamento alcançou aumentos médios no tempo de latência de 2 a 7 minutos. Entretanto, os estudos com clomipramina relatam que 10 a 30% dos pacientes não respondem bem à droga. Pacientes com EP complicada por insuficiência erétil (dificuldade de ereção) não alcançam os mesmos resultados. As fluoxetinas e a paroxetina também apresentam efeitos da inibição ejaculatória. Estas drogas apresentam menos efeitos colaterais, parecem interferir muito pouco com o desejo sexual e com a ereção, no entanto não são tão eficazes quanto à clomipramina. Conclui-se que a clomipramina parece ser a opção mais eficaz para inibir a resposta ejaculatória, mas pode não ser bem tolerada por muitos pacientes, e deve ser bem avaliada sua indicação. A indústria farmacêutica acena com mais uma pílula mágica: a dapoxetina, que está em fase final de avaliação pela FDA (agência que regula drogas e fármacos nos EUA). Se aprovada essa nova droga, que é um antidepressivo de efeito de curto prazo (pode ser usado três horas antes da relação) poderá se transformar num blockbuster comparável ao Viagra --já que ainda não existe nenhum medicamento exclusivo para a ejaculação precoce.
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10. VAGINISMO NÃO ORGÂNICO CASUS BELLI (Roosevelt (1882-1945) (Razão para a Gerra) Vaginismo - Vaginismo é um espasmo da musculatura do assoalho pélvico que circunda a vagina causando oclusão do intróito vaginal. A entrada do pênis é impossível ou dolorosa. A
característica
essencial
do
Vaginismo
é
a
contração
involuntária, recorrente ou persistente, dos músculos do períneo adjacentes ao terço inferior da vagina, quando é tentada a penetração vaginal com pênis, dedo, tampão ou especulo. A perturbação deve causar acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno do Eixo I (exceto por outra Disfunção Sexual), nem se deve exclusivamente aos efeitos fisiológicos diretos de uma condição médica geral. Em algumas mulheres, até mesmo a previsão da penetração vaginal pode provocar espasmo muscular. A contração pode variar desde leve, induzindo alguma tensão e desconforto, até severa, impedindo a penetração. Os subtipos são oferecidos para indicar início (Ao Longo da Vida versus Adquirido), contexto (Generalizado versus Situacional) e fatores etiológicos (Devido a Fatores Psicológicos, Devido a Fatores Combinados) para o Vaginismo. Assim se expressa o CID 10: Vaginismo não-orgânico (F52.5) - Espasmo dos músculos que cercam a vagina causando oclusão da abertura vaginal. A penetração peniana
torna-se
impossível
ou
dolorosa.
Sinonímia:
vaginismo
psicogênico. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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A origem do problema é então psicológica e não orgânica, pois é provocado por um profundo receio da penetração vaginal, mesmo que na maioria dos casos seja um receio inconsciente. Este receio faz com que, perante simples tentativa de praticar relações, por vezes até quando uma mulher deseja recorrer à utilização de um tampão higiênico ou quando o médico pretende realizar um exame genital, seja desencadeado um reflexo,
automático
e
involuntário,
que
proporciona
a
contração
espasmódica dos músculos que rodeiam o terço externo do canal. Nestas condições, qualquer tentativa de penetração é, obviamente, dolorosa ou inútil, o que impossibilita a realização do coito. Deve-se referir que, como o reflexo responsável pelo espasmo muscular é automático, podem-se evidenciar mesmo quando a mulher manifesta certo grau de excitação sexual e tenta relaxar a musculatura voluntariamente, embora não o consiga, pois o receio da penetração, que origina o problema, desativa os circuitos dos neurônios encarregues de manter a musculatura vaginal relaxada ao longo da resposta sexual, uma condição indispensável para o coito. A origem do receio pela penetração pode ser muito distinta. Por vezes, é originado por um problema orgânico, por exemplo, uma infecção vaginal, um hímen imperfurado ou qualquer malformação anatômica da região genital, que possa ter provocado, em relações anteriores, um coito doloroso. Nestes casos, o espasmo da musculatura vaginal constitui uma reação de defesa que visa impedir a penetração e, consequentemente, evitar a dor, não sendo uma disfunção sexual. O problema é provocado quando esta circunstância provoca um condicionamento que, mesmo que a alteração tenha sido corrigida com o tratamento ou de forma espontânea, subsiste de maneira indefinida, determinando o desencadeamento de uma contratura espasmódica da musculatura vaginal sempre que a mulher se 70
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encontra perante a possibilidade de coito - origina um ciclo vicioso que, caso não seja tratado, prolonga o problema. Todavia, na maioria dos casos, a origem da disfunção não é orgânica, sendo provocada por fatores psicológicos, conscientes ou inconscientes. Por vezes, o receio pela penetração está associado a experiências traumáticas sofridas na infância, como uma violação ou uma história de abusos sexuais, podendo até ser provocada por situações desta natureza em que mesmo que não tenha afetado pessoalmente a mulher, foi acompanhada de perto pela mesma. Noutros casos, costuma ser provocada por conflitos intrapsíquicos profundos, relacionados com sentimentos
de
culpa
ou
vergonha
em
relação
à
sexualidade,
consequentes de uma educação opressora ou demasiada rígida neste âmbito, ou até por uma deficiente informação sobre a temática sexual que tenha gerado uma sensação de receio em perder a virgindade, de uma gravidez ou do padecimento de doenças venéreas. Independentemente da sua natureza, estes receios, embora estejam ligados ao inconsciente e dos quais
a
mulher
desconhece
a
sua
existência,
provocam
o
desencadeamento de um espasmo vaginal perante qualquer tentativa de penetração.
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11. DISPAREUNIA NÃO ORGÂNICA – CID 10 (Catão, o Velho; 234-149 a.C.) (Avalio todo o resto) A dispareunia (ou dor durante as relações sexuais) ocorre tanto na mulher quanto no homem. Pode comumente ser atribuída a uma causa patológica local e deve então ser classificada na rubrica da afecção patológica em causa. Esta categoria deve ser utilizada unicamente quando não há outra disfunção sexual primária (por exemplo, vaginismo ou secura vaginal). Dispareunia psicogênica. No entanto, o termo DISPAREUNIA refere-se à ocorrência de dor durante ou após o coito vaginal, causada por fatores orgânicos e/ou psicogênicos. Para ABDO (2000) quando os fatores orgânicos não estão presentes, a dispareunia pode ser entendida como causa ou manutenção de uma inibição relacionada à realização e manifestação da sexualidade feminina. A Dispareunia é a disfunção sexual na qual mais frequentemente encontramos causas orgânicas. As causas mais comuns de dispareunia são: • Processos inflamatórios (do tipo vulvo-vaginite, onde existem inflamações da vulva e da vagina), colpite (onde existe um processo inflamatório do colo uterino) ou anexite (situação na qual ocorre um processo inflamatório das trompas, dos ovários ou dos ligamentos suspensores do útero, genericamente denominados de "anexos uterinos"). • Modificações anatômicas da vagina: existem situações onde a vagina apresenta alterações de suas dimensões normais, tais como malformações vaginais (vagina dupla, septada, etc), as consequências de Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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cirurgias vaginais ou por traumas. 3) Alterações funcionais da vagina: é sabido que durante o ciclo de resposta sexual, na fase de excitação, a vagina alonga-se e alarga-se (principalmente nos dois terços superiores), permitindo assim melhor acomodação do pênis. Como consequência de uma infecção ou de uma cirurgia, pode ocorrer que restem cicatrizes vaginais que dificultem ou impeçam tal dilatação. Observa-se esse fato em algumas intervenções do tipo histerectomia total (remoção do útero), amputações do colo uterino ou qualquer outra condição que resulte na formação de cicatrizes que tornem inelásticas as paredes vaginais. 4) Alterações tróficas da parede vaginal: em algumas condições, onde exista acentuada baixa da taxa de estrógenos (na pós-menopausa, por exemplo), as paredes vaginais ficam mais delgadas e friáveis, tornando dolorosa sua dilatação. 5) Tumores pélvicos ou abdominais, que possam criar condições que dificultem a distenção da vagina durante o processo de excitação. É o caso dos miomas uterinos, por exemplo. Afastadas as causas orgânicas (processos infecciosos e/ou inflamatório do aparelho reprodutor feminino) teremos etiologicamente os fatores psicogênicos exclusivos, geralmente ligados ao comportamento agressivo da mulher em relação ao homem, conflitos de identidade e papel sexual e quadros fóbicos (caso de estupro anterior, por exemplo), que resultam na impossibilidade do ato sexual pela dor e inviabilizam a manifestação do papel sexual feminino. O tratamento da Dispareunia é o da causa específica. É extremamanete difícil associar dor ao prazer e, assim sendo, a mulher se afasta do parceiro, podendo levar a problemas conjugais de intensidade variada. Neste caso o tratamento deve ser feito em conjunto por um(a) ginecologista e um(a) terapeuta sexual. (Sylvia Faria Marzano Urologista, Terapeuta Sexual e Diretora do Isexp). 74
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12. NINFOMANIA E SATIRÍASE CIRCULUS VITIOSUS (Aristóteles; 384-322 a.C.) (Circulo vicioso) Ninfomania (em mulheres) ou Satiríase (em homens) é o ato de espontaneamente apresentar um nível elevado de desejo e de fantasias sexuais, aumento de frequência sexual com compulsividade ao ato, controle inadequado dos impulsos e grande sofrimento. Também pode ser chamada de Desejo Sexual Hiperativo (DSH). 12.1. CARACTERÍSTICAS A pessoa acometida da doença preocupa-se a tal ponto com seus pensamentos e sentimentos sexuais que acaba por prejudicar suas atividades diárias e relacionamentos afetivos. A ninfomania é considerada uma compulsão. Pensa-se que uma mulher com ninfomania deseja ter atos sexuais interminantemente, mas a realidade não possui qualquer ligação com tal mito. Uma mulher considerada ninfomaníaca pode na realidade, não conseguir satisfazer seus desejos sexuais e por isso sente a necessidade de ter vários atos sexuais seguidos, para uma tentativa de gozo e/ou orgasmo. O ato sexual é seguido por culpa e em seguida novo impulso para outro ato, assim como nas compulsões alimentares. É um dos sintomas de que são acometidas algumas mulheres que desenvolvem o transtorno de personalidade bipolar na fase maníaca, em contraposição à fase depressiva. Nas fases maníacas, que envolve delírio de poder e euforia, a paciente pensa que tem um poder de sedução Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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superior às outras mulheres e procura o sexo como mais uma fonte de alívio para seus dissabores, muitas vezes sexo de risco, sem nenhuma escolha de parceiro e via de regra sem o uso de preservativo. Ninfomania deriva das palavras gregas (nymphe) "moça, esposa" e (mania) "loucura". Um filme sobre o tema é Diário Proibido, baseado no livro Diário de uma Ninfoma de Valérie Tasso, escritora francesa que também foi prostituta e que relata a vida de uma nifomaníaca chamada Valéria
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13. ENTENDENDO A NEUROTRANSMISSÃO NA PRÁTICA GINECOLÓGICA E OBSTÉTRICA A informação nervosa transmitida através das sinapses e junções neuroefetoras faz-se através de uma química expressiva chamada neurotransmissor.Muitos dos fármacos utilizados em G.O, que agem sobre a musculatura lisa, sistema cardiovascular, glândulas produtoras de hormônios, sistema nervoso, junção neuromuscular, dependem das ações e integridade destes neurotransmissores. Nosso funcionamento autônomo, involuntário, inconsciente, depende dos mesmos. Esta enorme e complexa malha de nervos, músculos, gânglios, sinapses, pouco faria sem os neurotransmissores. A acetilcolina é o neurotransmissor das fibras denominadas colinérgicas.
A
noradrenalina
é
o
neurotransmissor
das
fibras
denominadas adrenérgicas. A adrenalina é o principal neurotransmissor do ser humano e pode ser encontrado liberado pela medula supra-renal, que não deixa de ser nem embriológica, nem anatomicamente, nem funcionalmente, um grande gânglio sofisticado. Uma das
ações dos
fármacos é poder, simular, inibir, antagonizar, fisiológica ou funcionalmente estes neurotransmissores e outros como a substancia P, glutamato, oxido nítrico, etc., modificando a resposta e recepção. Assim, um útero grávido com impulso adrenérgico, atingindo seus receptores alfa 1 o contraem e, com Beta 2 o relaxam. Órgão sexual masculino com estimulação adrenérgica em receptor alfa 1 ocorre ejaculação, e com impulsos colinérgicos ocorre ereção (sinergismo entre neurotransmissores).
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Insistimos um pouco mais neste conceito de mediação química porque afeta profundamente nosso conhecimento sobre os mecanismos de ação dos fármacos. Na transmissão adrenérgica estão envolvidos: a norepinefrina, a dopamina, e a epinefrina (esta a principal catecolamina - hormônio da supra-renal), cujas importâncias são decisivas na prática obstétrica e ginecológica por mediar e interagir com inúmeras drogas utilizadas na prática diária. Algumas drogas, como a cocaína e a imipramina são inibidoras do fenômeno de recaptação neuronal potencializando os efeitos neurotransmissores. Os receptores são distintos, e subdivididos, como por exemplo,
os
alfa-adrenérgicos
e
beta-adrenérgicos,
e
com
isto
desencadearem, ora respostas excitatórias potentes, ora com baixa atividade com um padrão inibidor. É o que ocorre com o propanolol que exerce um papel bloqueador seletivo beta-adrenérgico no coração. Da mesma forma a Clonidina interage com receptores alfa 1 e alfa 2, importante efeito anti-hipertensivo e com ação igualmente importante, nos receptores alfa 2 do sistema nervoso central, determinando sintomas sendo que, é desta forma, por mediação neuro-transmissora,
que o
sistema nervoso interfere tão drasticamente no sistema endócrino e, viceversa, representando um sistema complexo e altamente interligado. Logo as ações de determinados fármacos empregados em G.O., elucidam sintomatologias á distancia, como as que intervêm no S.N.C. Foi a época em que só estudávamos os efeitos neurotransmissores em venenos de cobras, cogumelos e centopéias; hoje este tipo de conhecimento é básico para a clínica diária, para medicamentos comuns e amplamente utilizados e, com efeitos no SNC, na gestação, amamentação e puerpério.
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14.
ANTAGONISTAS
DE
RECEPTORES
MUSCARÍNICOS; HIPEREMESE GRAVÍDICA E EXEMPLOS DE ANTAGONISTAS DE RECEPTORES MUSCARÍNICOS Os antagonistas dos receptores muscarínicos (naturais: atropina, escopolamina;
sintéticos:
homatropina,
tropicamida,
metilatropina,
ipatrópio, tiotrópio, pirenzepina, tolterodina, sendo este último empregado no tratamento da incontinência urinária) onde a atropina em doses terapêutica (0,5-1,0 mg) provoca leve excitação vagal, e a escopolamina (usada na cinetose), nas doses terapêuticas e mínimas já provocam depressão, sonolência, amnésia, fadiga, sono sem sono REM, euforia, alucinações, delírios, aproximando-se dos efeitos tóxicos induzidos pela atropina
em
doses
bem
maiores
(intoxicação
atropínica).
Os
antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, imipramina) e as fenotiazinas podem mimetizar uma intoxicação atropínica por antagonização aos receptores muscarínicos. Todos os antagonistas dos receptores muscarínicos em uso terapêutico actual têm os efeitos da atropina. Há entre eles diferenças de: a) potência; b) seletividade para os diferentes subtipos de receptores muscarínicos; c) efeitos e ações farmacológicas adicionais independentes do antagonismo dos receptores muscarínicos; d) anos e extensão de uso médico; e) quantidade e qualidade dos estudos científicos a que foram submetidos; f) farmacocinética; Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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g) práticas e hábitos médicos; h) interesse na sua exploração comercial; i) acesso por compra individual ou nos hospitais. As diferenças de a: são grandes, embora tenham poucas consequências se não forem acompanhadas de discriminação na afinidade para os diferentes subtipos de receptores muscarínicos. As diferenças de b: mais interessantes são as seguintes: a pirenzepina é o mais seletivo para os M1, e a darifenacina para os M3. Há outro antagonista não usado para os diferentes subtipos de receptores muscarínicos. A mambatoxina 7 (um veneno das cobras mamba) tem uma afinidade 1000 a 10000 mil vezes maior para os receptores M1 do que para qualquer outro tipo; a mambatoxina 3 tem afinidade preferencial para os M4 e a tripitramina é o composto talvez mais seletivo para os M2. Com exceção da mambatoxina 7 nenhum antimuscarínico é suficientemente seletivo para, isoladamente identificar um subtipo. É necessário calcular a potência de vários antagonistas. As diferenças de c: são importantes. A escopolamina causa sedação e amnésia. A difenidramina, o dimenidrato e a prometazina causam também sedação e são potentes antagonistas dos receptores H1 da histamina (esta ação é considerada como a principal para estes compostos e a ação antimuscarínica uma ação secundária ou lateral). A amitriptilina, a imipramina e a doxepina, medicamentos antidepressores, e a
cloropromazina,
medicamento
antipsicótico,
têm
também
ação
antagonista sobre os receptores muscarínicos, que é, obviamente acessória, já que o grande interesse destes medicamentos está nas ações responsáveis pela melhoria dos sintomas da depressão e da esquizofrenia, respectivamente.
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As diferenças de f: são importantes, mas em muitos casos estão muito mal estudadas. O exemplo mais nítido está na duração do efeito midriático e cicloplégico que é de 6 horas para a tropicamida, 1 dia para o ciclopentolato, 1 semana para a escopolamina e 10 dias para a atropina. As diferenças de g, h e i: são enormes. Há muito mais medicamentos
antagonistas
dos
receptores
muscarínicos
do
que
indicações terapêuticas. É necessário fazer uma seleção apesar de ser impossível chegar a um resultado inteiramente concordante. Em alguns casos os fatos e fundamentos científicos são claros; noutros casos não há fatos, mas há usos e costumes aceitáveis. A lista seguinte teve em conta as nossas condições locais e atuais. A lista elaborada para outro país poderia ser diferente. Também é datada porque há medicamentos que vão entrando, saindo e reentrando por decisões apenas de oportunidade comercial. A atropina (hiosciamina) é um medicamento essencial nas farmácias
hospitalares
sobretudo
nas
formas
farmacêuticas
para
administração parentérica. Praticamente desapareceu da venda nas nossas farmácias comunitárias onde ainda se encontram medicamentos que contêm misturas de alcalóides de beladona associadas a outros fármacos. Estas associações não fazem sentido. É preferível dispor de medicamentos apenas com atropina ou l-hiosciamina (o isômero mais potente da atropina), mas não tem havido o interesse comercial em mantêlos à venda em Portugal, recorrendo-se a outros antimuscarínicos ativos por via oral (ver adiante). A escopolamina (ensina) é também um medicamento presente nas farmácias hospitalares para administração parentérica, sobretudo na prática anestésica geral. Na farmácia de oficina justifica-se a sua presença Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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para o tratamento das cinetoses (enjôo do movimento) na forma farmacêutica oral ou de penso para aplicação cutânea. A 4ª edição do Prontuário
Terapêutico
(Setembro
de
2003)
não
refere
nenhum
medicamento com escopolamina disponível nas farmácias de comunidade portuguesas. Para o enjoo do movimento pode recorrer-se a outros antagonistas dos receptores muscarínicos como a difenidramina ou o seu derivado dimenidrato, ou à meclozina por exemplo. Estes antagonistas dos receptores muscarínicos são também antagonistas dos receptores H1 da histamina e, por isso, habitualmente descritos no capítulo dos antihistamínicos. Em Portugal, o dimenidrato é o mais utilizado. No Brasil igualmente o dimenidrinato (Dramin) é um medicamento utilizado como antiemético e antivertiginoso, principalmente os decorrentes de viagens e os da gravidez. A meclozina está também à venda em Portugal. A meclozina, que se costuma tomar para os enjoos durante as viagens e para as náuseas e vômitos, provoca anomalias congênitas nos animais, mas não foram detectados os mesmos efeitos nos seres humanos. Os antagonistas dos receptores muscarínicos mais usados no tratamento do tremulo e da doença de Parkinson são a benzatropina, o biperideno e o tri-hexifenidilo. Os antagonistas habitualmente usados nos colírios (formas farmacêuticas
para
aplicação
tópica
ocular)
são
a
atropina,
a
escopolamina, a homatropina, ociclopentolato e a tropicamida. O ipratrópio e o tiotrópio são os antagonistas utilizados em aerossol para aplicação tópica brônquica através de nebulizadores, no alívio do broncospasmo das doenças pulmonares obstrutivas crônicas. A pirenzepina e a telenzepina são os antimuscarínicos mais indicados para a inibição da secreção ácida do estômago, mas caíram em 82
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desuso porque os inibidores da ATPase H+-K+ da célula parietal do estômago, como o omeprazol, e os antagonistas dos receptores H2 da histamina, como a ranitidina, são mais eficazes. O marcado efeito relaxante muscular liso dos antimuscarínicos no tubo digestivo e nas vias urinárias é talvez o motivo mais frequente do seu uso. A butilescopolamina, o clidínio (está comercializado numa associação obsoleta e sem justificação em dose fixa com
um
tranquilizante, o clorodiazepóxido), a mebeverina e a dicicloverina (também chamada diciclomina, é muito usada em crianças, mas desaconselha-se o seu emprego antes dos 7 meses de idade) são habitualmente mais usados nas queixas intestinais enquanto que o tróspio, a oxibutinina, e a tolterodina nas queixas urinárias. Prevê-se que grande parte deste uso venha a ser dirigido para a darifenacina, zamifenacina e solifenacina. Estes novos compostos são interessantes porque são os primeiros em que se conseguiu uma seletividade nítida para os receptores M3. Não deixarão de causar xerostomia, midríase, obstipação e retenção urinária porque os receptores M3 estão envolvidos em todos estes casos. Fonte: FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DO PORTO Instituto de Farmacologia e Terapêutica (2004). Novos antipsicóticos (olanzapina, clozapina) são também potentes antagonistas de receptores muscarínicos e muito usados hoje na prática psiquiátrica. As apresentações transdérmicas de escopolamina utilizadas em cinetose provocaram psicose particularmente em crianças e idosos com freqüência nada desprezível. O vômito na gravidez (hiperemese gravídica), em particular, no primeiro trimestre da gravidez, quando requer terapia com antagonistas dos receptores muscarínicos Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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deve ser acompanhada dos cuidados de observação para o lado do sistema nervoso central, assim como xerostomia, sonolência, turvamento da visão, e descontrole comportamental imprevisível. Seu uso no trabalho de parto para produzir "tranqüilidade com sonolência" e "amnésia do parto" já está em franco desuso, com evidências de surtos psicóticos graves com sua administração.
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15. HIPEREMESE GRAVÍDICA E EXEMPLOS DE ANTAGONISTAS DE RECEPTORES MUSCARÍNICOS. CORAM PUBLICO (Diante do publico). A hiperemese (ou hiperêmese) significa, literalmente, "excesso de vômito na gravidez". Não é uma complicação muito comum da gravidez, e melhora bastante se o tratamento começar cedo. Ela dá sinais logo no princípio da gestação, com cinco semanas, e costuma começar a melhorar a partir da semana 16. Na maioria dos casos, na 20a semana, metade da gestação, ela já foi embora, mas há situações (raras) em que os vômitos persistem até o bebê nascer -- o que pode ser muito angustiante. Embora não seja muito comum, a hiperemese não chega a ser considerada rara. Afeta entre 0,5 e 2% das grávidas, e é a causa mais frequente de hospitalização no começo da gravidez, normalmente para tratar a desidratação. Se sua paciente: • Vomita várias vezes por dia • Vomita praticamente sempre que bebe ou come alguma coisa • Está emagrecendo • Não está conseguindo levar o seu dia-a-dia • Nada faz a náusea melhorar (não consegue nem usar medicamentos antieméticos porque os vômitos não permitem). É bem provável que esteja com hiperemese gravídica, apesar de que não existe uma definição única para a hiperemese. Há médicos que só a diagnosticam oficialmente quando a mulher emagrece mais de 3 kg em relação ao peso de antes da gravidez, ou entre 5% e 10% do peso do
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corpo. Ou então só dão o diagnóstico uma vez que a desidratação fique estabelecida. Mesmo que não haja emagrecimento, mas se os vômitos e enjoos estiverem insuportáveis, é preciso tomar condutas. O tratamento precoce pode evitar a hiperemese mais grave. Não confundir com a náusea
comum
da
gravidez.
Se o enjoo começou depois de nove semanas de gravidez, ou se é acompanhado de febre ou de dor, ele pode indicar alguma outra causa, como gastrenterite, infecção urinária, gastrite, úlcera, problemas de tireoide ou diabetes. A hiperemese praticamente torna a vida difícil para o período gravídico, podendo advir sintomas depressivos, sentimentos de solidão, desejo de afastamento das demais pessoas e do parceiro e cuidar de si mesma fica para segundo plano. O impacto da hiperemese persiste por bastante tempo. Há mulheres que não conseguem nem pensar em outra gravidez. Embora atinja mulheres grávidas há séculos e séculos, a hiperemese nunca foi explicada. Há vários fatores envolvidos, assim como no enjoo “normal” da gravidez, entre eles as mudanças hormonais. Mas os especialistas não sabem por que algumas mulheres têm mais tendência a sofrer de hiperemese que outras. Os fatores de risco são: • Gravidez de mais de um bebê • Ter mãe ou irmã que já tiveram hiperemese. • Já ter sofrido de hiperemese numa gravidez anterior. • Sofrer de enxaquecas ou de enjoos quando anda de carro, avião ou barco.
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• Ter alguma doença preexistente no fígado. • Ter problemas de tiroide. O tratamento deve ser iniciado assim que os vômitos começarem a atrapalhar mesmo a sua vida. O obstetra certamente pedirá alguns exames de urina e de sangue, para ver se há algum outro problema causando a náusea. Talvez peça uma ultrassonografia para verificar se há mais de um bebê ou se a placenta está em condições normais. É preciso estar sempre atenta aos sinais de desidratação: • Pouco xixi, ou xixi amarelo escuro. • Boca extremamente seca e olho sem brilho • Belisque o dorso da sua mão. Se a pele não voltar rápido para o lugar, procure o médico ou vá para o hospital. • Outros
sinais
preocupantes:
tontura,
dor
abdominal,
perturbações na vista, dor de cabeça, confusão mental ou presença de sangue ou bile no vômito. Mesmo que seu médico tenha preferido não dar remédio contra o enjoo, você vai precisar ser monitorada para evitar a desidratação e a desnutrição. Existem algumas complicações bem raras da hiperemese, como um tipo de encefalopatia, que é prevenível pela administração de vitamina B1. Existem medicamentos antieméticos (antivômito) que são usados para a hiperemese, até em forma de supositório. Além disso, quando o vômito é tão grave, fica difícil tomar comprimidos. Há alguns remédios em forma de supositório, injeção ou que dissolvem na boca. Os médicos também podem tentar remédios mais simples antes de recorrer aos especiais. Escolhas comuns são os anti-histamínicos Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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(antialérgicos), esteroides ou metoclopramida.
Você terá de ser
hospitalizada se o tratamento não estiver funcionando. No hospital, você ficará com um soro na veia para hidratação. Os remédios contra o enjoo também podem ser administrados pela veia, ou como injeção. Os medicamentos usados nesses casos são considerados seguros para a gravidez. A metoclopramida é um antagonista dos receptores D2. Além de possuir ações periféricas aumentando a motilidade do estômago e do intestino, contribuindo para o efeito antiemético. Seus efeitos sobre o trato gastrintestinal incluem: • Aumento da pressão do esfíncter esofágico inferior; • Aumento do tônus gástrico e estimulação da peristalse; • Relaxamento do esfíncter pilórico; • Aumento da peristalse duodenal. A combinação desses efeitos acelera o esvaziamento gástrico e reduz o tempo de trânsito no intestino delgado. O mecanismo envolvido neste processo parece estar relacionado com a liberação de acetilcolina no plexo mesentérico, resultando na contração da musculatura lisa. Exerce efeito antagonista da dopamina por meio do bloqueio dos receptores dopaminérgicos centrais (centro bulbar) e periféricos (zona de gatilho) (Ref: 11). Dessa forma, previne o vômito, agindo sobre o centro emético e diminuindo a sensibilidade dos nervos viscerais que transmitem os impulsos astrintestinais. Além disso, minimiza a estase que precede o vômito, ao facilitar o esvaziamento gástrico. Bloqueiam os receptores 5HT3 localizados no sistema trigeminovascular contribuindo para o combate à enxaqueca.
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As indicações inerentes a este fármaco envolvem disfunções decorrentes da diminuição da motilidade gastrintestinal, tais como: gastroparesia (estase gástrica), esofagite de Refluxo e dispepsia, náuseas e vômitos induzidos por intoxicação alimentar, uso de Hipnoanalgésicos, toxinas, radiação e quimioterapia, sendo útil no tratamento do refluxo gastroesofágico, sem provocar estimulação simultânea da secreção ácida gástrica. É indicada no preparo de pacientes que serão submetidos a exames radiológicos; na prevenção de vômito induzido por intubação e procedimentos
de
aspiração;
como
adjuvante
no
tratamento
da
enxaqueca, tanto pela ação sobre receptores de serotonina. Quanto
no
controle
dos
distúrbios
gastrintestinais,
que
geralmente ocorrem na crise e podem levar a má absorção dos medicamentos utilizados no tratamento. Pode ser usada na estimulação da lactação por aumentar os níveis séricos de prolactina. Tem sido usada no tratamento de varizes esofágicas em combinação com nitroglicerina, por reduzir a pressão venosa na região do esôfago. A metoclopramida também tem sido usada em associação com analgésicos como a aspirina ou o paracetamol no tratamento da enxaqueca. A metoclopramida pode ser administrada por via oral e parenteral. Domperidona (Motilium®) A domperidona também consiste em um antagonista dos receptores da dopamina, sendo utilizado como fármaco antiemético, aumenta a pressão do esfíncter esofágico inferior, portanto, inibindo o refluxo gastroesofágico, além de aumentar a motilidade gastrintestinal, sendo utilizada no tratamento de distúrbios do esvaziamento gástrico e no refluxo gástrico crônico. A via de administração é oral. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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O principal efeito adverso é o aumento da prolactina levando a galactorréia e ginecomastia. Raramente tem sido relatada a ocorrência de fenômenos extrapiramidais. Cisaprida: (Prepulsid®) (Cisapan®) A principal ação da cisaprida consiste no estímulo da liberação de acetilcolina no plexo mioentérico do trato gastrintestinal superior, o que aumenta a pressão do esfíncter esofágico inferior e aumenta a motilidade intestinal, embora não tenha ação antiemética central. A via de administração é oral. Dimenidrato: (Dramin®) Consiste em um fármaco anti-histamínico H1 da classe das etanolaminas, possuindo ação antiemética e utilizado para alívio da cinetose, principalmente se utilizado meia hora antes da viagem terrestre ou aérea, sendo também indicado para o controle da náusea, vômitos e vertigens associadas a outras doenças. De acordo com a apresentação pode ser administrado por via oral, intramuscular e endovenosa. A duração da ação varia entre 3 a 6 horas e os efeitos adversos incluem a sonolência e efeitos atropínicos (pode levar à retenção urinária).
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AGONISTAS
DOS
RECEPTORES
MUSCARÍNICOS A Acetilcolina é o neurotransmissor endógeno padrão agonista em receptores nicotínicos e muscarínicos. No sistema nervoso central, como o hipocampo, córtex e, tálamo são regiões com grande concentração de receptores muscarínicos. Todos os agonistas colinérgicos simulam os efeitos da acetilcolina nestes locais. As indicações clínicas de agonistas muscarínicos recaem primeiramente em oftalmologia, gastro e, com a intenção de aumentar o tônus da bexiga. Algumas drogas utilizadas em GO têm efeitos agonistas nos receptores muscarínicos, ou atuam como antagonistas nestes mesmos receptores, e ambos, os Agonistas e os Antagonistas têm ação sobre o SNC. O betanecol, por exemplo, é utilizado na retenção urinária do pós-parto e em casos de bexiga hipotônica, sendo que é esperada também ação sobre a função cognitiva do SNC. O gás Sarin, Soman, Tabun, tão em moda hoje, frente às guerras biológicas, são potentes agentes anticolinesterásicos, ou seja, agentes que prolongam a existência da acetilcolina. Na guerra médica contra as doenças alguns agentes desta linha são utilizados para o tratamento do glaucoma e outras situações oftalmológicas, distúrbios da motricidade digestiva e vesical, na miastenia gravis, etc. Inseticidas, organofosforados, como o paration, malation são da mesma classe e causam graves intoxicações. O SNC, o olho, o intestino, a bexiga e ureteres, e a junção neuromuscular são os locais preferenciais de agentes anticolinesterásicos. Os usos terapêuticos como a piridostigmina, a neostigmina e o ambenônio na miastenia gravis; a fisostigmina no glaucoma; a neostigmina no íleo Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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paralítico; bexiga atônica, na distensão abdominal e pseudo-obstrução de cólon, são os usos mais freqüentes, além da última geração para seguimento de Alzheimer (donepezil, rivastigmina e a galantamina) e têm proporcionalmente pouca indicação para casos em G.O. A atropina é um alcalóide, encontrado na planta atropa belladonna e outras de sua família, que interfere na ação da acetilcolina no organismo. Ele é um antagonista muscarínico que age nas terminações nervosas parassimpáticas inibido-as. ( ref: world health organization (march 2005). A
atropa
belladona
(ou
erva-moura
mortal)
fornece
principalmente o alcalóide atropina (dl-hiosciamina). O mesmo alcalóide é encontrado na datura stramonium, conhecida como estramônio ou figueirado-inferno, pilrito, ou ainda maçã-do-diabo. a atropina é formada por ésteres orgânicos pela combinação de um ácido omático (ácido trópico) e bases orgânicas complexas formando tropina (tropanol). Assim, a atropina e outras drogas antimuscarínicas têm sido utilizadas para proporcionar alívio sintomático no tratamento da urgência urinária causada por distúrbios vesicais inflamatórios de pouca gravidade. Todavia, a terapia antimicrobiana específica é essencial na cistite bacteriana. A oxibutinina é freqüentemente utilizada para aliviar o espasmo vesical após cirurgia urológica, como, por exemplo, prostatectomia. Além disso, mostra-se valiosa para reduzir a micção involuntária em pacientes com
doença
neurológica,
como,
por
exemplo,
crianças
com
meningomielocele. Nesses pacientes, a oxibutinina oral ou a instilação do fármaco na bexiga através de cateter parecem melhorar a capacidade e a continência da bexiga, além de reduzir a infecção e a lesão renal. A
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tolterodina, um fármaco antimuscarínico M3-seletivo, é disponível para uso em adultos com incontinência urinária. A imipramina, um antidepressivo tricíclico com fortes ações antimuscarínicas, tem sido utilizada, há muito tempo, para a incontinência em indivíduos idosos internados em asilos. Mostra-se moderadamente eficaz, porém provoca toxicidade significativa do sistema nervoso central. A propiverina, um fármaco antimuscarínico mais novo foi aprovado para essa finalidade. Os fármacos antimuscarínicos também têm sido utilizados na urolitíase, para aliviar o espasmo do músculo liso ureteral causado pela passagem
de cálculo.
Todavia, sua utilidade nessa condição é
questionável. A pralidoxima é administrada na forma de infusão intravenosa, 12 g durante 15-30 minutos. A despeito da possibilidade de envelhecimento do
complexo
fosfato-enzima,
relatos
recentes
sugerem
que
a
administração de múltiplas doses de pralidoxima durante vários dias pode ser útil em caso de envenenamento grave. Em doses excessivas, a pralidoxima pode induzir fraqueza neuromuscular e outros efeitos adversos. A pralidoxima não é recomendada para reverter a inibição da acetilcolinesterase por inibidores de carbamato. Fonte: Farmacologia 8
Basica e Clinica .
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16.1. INDICAÇÕES
Atropa belladonna
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•
Parassimpaticolítico
•
Antiespasmódico
•
Anti-secretor
•
Intoxicação por inseticidas (organofosforados)
•
Dilatador dos brônquios no colapso respiratório
•
Edema pulmonar
•
Midriático na dilatação da pupila
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•
Antídoto da eserina, pilocarpina, morfina, carbamato,
arecolina, organofosforados, clorofórmio, adubos químicos e inseticidas. •
Contaminação por gases neurotóxicos, como o Sarin, VX e
Soman. EFEITOS ADVERSOS: como qualquer bloqueador colinérgico causa secura de lábios, constipação intestinal, alucinações, tremores, fadiga, fotofobia, entre outros. A anestesia, no entanto, trabalha com esta área de compostos químicos, além de agentes que atuam especificamente nos receptores de acetilcolina nicotínicos, como agentes bloqueadores neuromusculares, efeitos curarizantes e bloqueios ganglionares. São adjuvantes da anestesia para cirurgias, em particular pelos efeitos de relaxamento da musculatura da parede abdominal. Em quadros de psicoses puerperais e sintomas psicóticos onde se faz necessária a convulsoterapia pelo ECT, drogas desta natureza são utilizadas para a prevenção de luxações ou fraturas de clavículas. A nicotina, como exemplo, que será tratada em especial no capítulo de dependência às drogas, tem sem dúvida relevante importância em G. O. pois apresenta toxicidade para mãe e RN, conduzindo à
dependência como veremos e, efeitos adversos na
gestação e no uso crônico. A nicotina em toda sua ação complexa e multissistêmica são capazes de estimular e dessensibilizar receptores, causando alterações cardiovasculares relevantes, pressóricas, suprarenais com descargas de catecolaminas em ação bifásica (estimulaçãodepressão), junção neuromuscular com bloqueio por dessensibilização de receptores, com ações acetilcolinérgicas e suas conseqüências.
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17. FÁRMACOS ESTIMULANTES GANGLIONARES DE INTERESSE EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA O Sistema Nervoso é intensa e extensamente afetado, e com doses tóxicas capazes de desencadear tremores e convulsões, atuação na árvore respiratória por estímulo bulbar e quimiorreceptores de corpos carotídeos e aórticos. Suas doses tóxicas se acompanham de depressão respiratória, por paralisia central e bloqueio de inervação periférica respiratória nos músculos. A dependência ao cigarro está condicionada ao mecanismo de múltipla indução neuro-transmissora de aminas biogênicas, dopamina e aminoácidos excitatórios. Há, portanto, na mulher grávida, um contínuo envenenamento do feto com repercussões multissistêmicas e síndromes de abstinência do RN em mulheres fumantes. O coração, fígado, rins e Sistema nervoso central e periférico são os alvos por excelência dos efeitos tóxicos da nicotina ou de seu principal metabólito, a cotinina. Cada cigarro fumado contém cerca de 12% de nicotina, sendo a dose fatal para adultos de cerca de 60 mg da base, tendo-se ainda que, cada cigarro contém cerca de 6-11 mg de nicotina que coloca em via sistêmica cerca de 1-3 mg de nicotina. A indústria do fumo tem elevado o teor de nicotina do cigarro pela seleção das folhas do fumo. A morte de RN por mães tabagistas ocorre com sintomas de dores, vômitos, sudorese, fraqueza acentuada, hipotensão, dispnéia, pulso fraco, colapso, convulsões e morte prematura por insuficiência respiratória aguda.
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18.
FÁRMACOS
BLOQUEADORES
GANGLIONARES. Sem muito interesse para a área de G. O ou Neurologia, tendo como protótipo o hexametônio, trimetofano e a mecamilamina, não serão aqui objetos de maiores considerações.
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19. CATECOLAMINAS A norepinefrina, a epinefrina e a dopamina atuam na regulação da grande maioria das funções fisiológicas do organismo vivo, cabendo aqui um real interesse no seu entendimento, dado suas ações estarem diretamente envolvidas na fisiologia e patogenia da mulher e do ciclo grávido-puerperal porquanto, muitas drogas utilizadas mimetizam seus efeitos, ou como agonistas ou como antagonistas das mesmas. As ações das catecolaminas e drogas simpaticomiméticas atuam sobre a musculatura lisa, vasos sanguíneos, no fluxo renal, mucoso, tecido glandular, glândulas do suor, intestinos, musculatura esquelética e cardíaca, metabolismo pancreático, hepático, hipófise, SNC, pulmões e toda a economia do corpo, por assim dizer, e seu conhecimento é de extrema importância na prática médica senso genérico e em G.O. em particular. Adrenalina, dietilpropiona, dopamina, dobutamina, isoprorenol, terbutalina, metanfetamina são alguns dos exemplos de compostos químicos utilizados, com atividade simpaticomimética, cujos receptores alfa e beta-adrenérgicos constituem os elementos mais importantes de resposta diferenciada de cada órgão-alvo. A adrenalina endogenamente liberada ou, por via medicamentosa, tem potente ação vasopressórica sobre o músculo liso vascular e outros, sobre o coração, atuando diretamente através de receptores beta-1 do miocárdio, tecido condutor e marca–passo, sobre o tônus intestinal reduzindo-o. Sua ação sobre os músculos uterinos varia de acordo com o tipo de receptor envolvido, a fase do ciclo sexual, o estágio da gestação, sendo estes efeitos, dosedependente. A adrenalina contrai ou não a musculatura do útero gravídico, Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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relacionada aos receptores alfa. No último trimestre da gravidez e no parto, a adrenalina inibe o tônus e as contrações uterinas. Agonistas como a ritodrina e a terbutalina têm sido utilizados para retardar o trabalho de parto prematuro, apesar de suas limitações. Suas ações sobre o sistema nervoso central mimetizam à de uma pessoa que leva um susto, com inquietação, sudorese fria, tremores, extremidades frias, ansiedade, distúrbio de esfíncteres, etc. Eleva a glicemia e lactatos, com secreção de insulina diminuída por efeito em dupla via inibitório, além de terem os musculares periféricos com diminuição na captação de glicose. A norepinefrina tem efeitos semelhantes no interesse ginecológico e neurológico. A dopamina guarda seu papel principal como neuro-transmissora central, mas são utilizados no Choque cardiogênico, séptico, estados cardíacos de baixo débito, e insuficiência cardíaca congestiva.
Dentre os
agonistas adrenérgicos seletivos encontram-se a ritodrina especificamente para uso como relaxante uterino, com o objetivo de interromper o trabalho de parto prematuro, podendo prolongar a gravidez e suas ações ainda não estão totalmente elucidadas em mulheres grávidas, havendo referências de aumentar a morbidade materna (Higby et al.). As terapias com magnésio, bloqueadores de Cálcio e indometacina, com o mesmo propósito, têm sido tentadas com resultados ainda não tão bem estabelecidos. Alguns agonistas adrenérgicos alfa –2, seletivos, como a Clonidina, a metildopa, utilizada como agentes hipotensores, dão como efeitos adversos, transtornos da esfera sexual, com diminuição da libido, impotência e/ou anorsgasmia confundindo-se com quadros de neuroses ou disfunções sexuais de cunho psicogênico.
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Agonistas adrenérgicos de dupla ação, alfa e beta adrenérgica, como a Anfetamina tem poderoso efeito sobre o SNC e aumento do tônus uterino. Seus derivados estão na mira das drogas ilícitas consideradas em capítulo à parte deste protocolo e, fazendo a preocupação dos G.O's, quando em grávidas e dependentes e/ou usuárias. Em sua suspensão via de regra, devem ser esperados sintomas de abstinência e depressão. Uma combinação inquietante para as equipes multiprofissionais é a associação de gravidez e o uso destes agonistas adrenérgicos, pois segue com alterações de comportamento, inquietação, tonturas, tremores, reflexos hiperativos, loquacidade, tensão, idéias suicidas, homicidas, irritabilidade, fraqueza, insônia, febre, distimias de humor, delírios, alucinações, estados de pânico, sobretudo em gravidez não desejada e sem continência social adequada.
O problema na gravidez das
intoxicações agudas põe em risco mãe e RN e constitui uma urgência médica, onde são necessários usos de sedativos, e acidificação da urina, com cloreto de amônio que, aumenta a excreção da droga; cuidados com a hipertensão gerada; contenção para a agitação e estados psicóticos concorrentes. A fenilpropanolamina entre nós ainda utilizada em regimes de perda de peso, hoje está proibida pelo FDA norte - americano e proibida sua venda. Passa no leite materno. O uso de catecolaminas como anoréticos centrais, tais como a fenilpropanolamina devem ser proscritos do receituário desta instituição ou como orientação desta, como método de redução de peso.
Outros da série incluem a metanfetamina, a
dextroanfetamina, a fentermina, a fenmetrazina, a dietilpropiona, o mazindol. Os efeitos adversos são intensos com potencial para o abuso, dependência, agravamento da hipertensão, distúrbios do sono, sendo que as evidências não as colocam como via de eleição no tratamento da Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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obesidade em mulheres e no pós-parto, quando muitas querem perder peso rapidamente. Medicamentos
aparentados
às
catecolaminas
(descongestionantes nasais, bronco-dilatadores), Alfa-metildopa (Aldomet), Antidepressivos Tricíclicos, Benzodiazepinas (Lexotan), Levo dopa, Tetraciclina, Cloropromazina (Amplictil, Largactil), Quinidina (Natirose).
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20.
ANTAGONISTAS
DOS
RECEPTORES
ADRENÉRGICOS São com freqüência utilizada e pela sua peculiaridade de atuar no SNC, em particular pelo bloqueio de dopamina, são aqui considerados enfaticamente. Seus efeitos recaem no sistema cardíaco e vascular como um todo e sistema nervoso central e periférico. Tem ação sobre a musculatura lisa alterando a resposta pressórica na posição ortostática, por antagonismo da vasoconstriçao compensatória. Foram os primeiros fármacos utilizados na hiperplasia prostática benigna e distúrbios miccionais, tinha por ação, tanto no homem como na mulher, o fato de bloquear os receptores alfa na musculatura da base da bexiga. Interferem no orgasmo e tem grande potencialidade de induzir tumores. A fentolamina é um destes derivados antagonistas alfa-adrenérgicos, em moda atualmente no controle da ereção masculina, responsável por seus efeitos colaterais como hipotensão ortostática, rubor, cefaléia, náusea, e contraindicação em pacientes com cardiopatia isquêmica. A propriedade farmacológica deste grupo químico tem uso na clínica obstétrica e ginecológica por estimular a contração uterina no pósparto. Alternativas como o sumatriptano e outros agonistas de receptores 5-HT, a ergonovina e a metilergonovina mostram-se úteis na prevenção e no tratamento da hemorragia pós-parto devido à atonia uterina, pela ação constritora nos vasos sanguíneos. Ainda na linha dos antagonistas de receptores alfa-adrenérgicos estão às preparações sintéticas da Ocitocina para intensificar a contração uterina, que pode prevenir a hemorragia uterina, e acelerar o trabalho de parto. A dinoprostona também inibe o Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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sangramento pós-parto. A bromocriptina, outro agente desta ampla gama de drogas interfere na lactação, como veremos. Medicamentos psiquiátricos também usados freqüentemente no nosso meio, na prática gineco-obstétrica como, a clorpromazina, o haloperidol, a fenotiazina, as butirofenonas, causam bloqueio importante dos receptores alfa-adrenérgicos. Os antagonistas dos receptores beta-adrenérgicos como o propanolol, atenolol, metoprolol, isoproterenol, pindolol, são intensamente usados na cardiologia e tem grande importância nas situações de stress, regulando o ritmo cardíaco em particular, no exercício dinâmico. Esta classe de fármacos deve ser usada com cautela em mulheres asmáticas e afetam a recuperação da hipoglicemia em diabéticas dependentes de insulina, ou com labilidade glicêmica. Em mulheres em acompanhamento com esta classe de drogas é esperado encontrar-se aumentos da concentração plasmática de triglicérides e diminuição da LDL, fatos indesejáveis em hipertensas. Todos passam no leite materno e tem metabolismo hepático, e alguns têm excreção renal (atenolol, Esmolol, acebutol). Algumas mulheres queixam-se de extremidades frias durante o uso de antagonistas beta-adrenérgicos, assim como vêem pioradas as condições de condição de doença vascular periférica pré-existente. Comumente como efeitos adversos de antagonistas betaadrenérgicos no SNC, estão as queixas de fadiga, adinamia, insônia, e franca depressão. Estes sintomas devem ser considerados, antes de remeter suas pacientes ao psiquiatra. A suspensão da droga deve ser feita necessária e parcimoniosamente lenta. Durante a gravidez o uso desta classe de drogas vem aumentando motivo de preocupação, pois não há consenso. A fenitoína, o fenobarbital,
(anticonvulsivantes) e o tabaco,
diminuem as concentrações plasmáticas destes medicamentos. Os 106
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bloqueadores betas ou antagonistas beta são um grupo de fármacos que têm em comum a capacidade de antagonizar os receptores β (beta) da noradrenalina. Possuem diversas indicações, particularmente como antiarrítmicos e na proteção cardíaca após enfarte do miocárdio. Embora sejam anti-hipertensores eficazes, deixaram de ser indicados com essa finalidade. • Fármacos indicados para na arritmia cardíaca: Esmolol, sotalol. • Fármacos indicados na insuficiência cardíaca congestiva: Bisoprolol, carvedilol, metoprolol. • Fármacos indicados para o glaucoma: Betaxolol, carteolol, levobunolol, metipranolol, timolol. • Fármacos indicados para o enfarte do miocárdio: Atenolol, metoprolol, propranolol. • Fármacos indicados para a profilaxia da enxaqueca: Timolol, propranolol. O propranolol é o único indicado no controle do tremor, hipertensão portal e hemorragia de varizes esofágicas, e é usado juntamente com um bloqueador α no feocromocitoma (Rossi, 2006). O bloqueador beta pode ser usado para o tratamento de transtornos de ansiedade por terem efeito rápido, não viciarem e não causarem
tanta sonolência quanto os
benzodiazepínicos. Previne
taquicardia. É recomendado para episódios de fobia social e estresse póstraumático e tem potencial terapêutico para episódios de transtorno do pânico e fobia específica. Melhora o desempenho de artistas e estudantes antes de grandes apresentações ao controlar os sintomas físicos da
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ansiedade como batimento cardíaco acelerado (prevenindo taquicardia), respiração rápida, tremor e sudorese. Mulheres com sintomas de Pânico beneficiam-se com betabloqueadores tipo propanolol, timolol e metoprolol, assim como no tratamento da crise aguda de enxaqueca como veremos em capítulo dedicado á esta patologia. Mulheres com tremor essencial, também se beneficiam com propanolol. Um uso pouco freqüente entre nós é em síndromes de abstinência alcoólica; na prevenção de sangramento de varizes em alcoólatras com hipertensão porta e cirrose ou em acatisias (inquietação psicomotora induzidas por neurolépticos). As reações adversas que podem ocorrer com os bloqueadores beta são variadas, podendo ocorrer náuseas, vômitos, alterações do trânsito intestinal e dores abdominais. Em nível de efeito cardiovascular, podem verificar-se bradicardia sinusal, bloqueio atrioventricular, tonturas (eventualmente síncope) e possível agravamento da insuficiência cardíaca. Pode também se verificar depressão, insônia ou alucinações. Mesmo com os agentes com seletividade para o coração (β1) pode
ocorrer
bronco
espasmo,
especialmente
em
doentes
com
antecedentes de asma brônquica. Alguns bloqueadores beta podem também estar implicados em alterações metabólicas, tais como dislipidemias, podendo também verificar-se o surgimento de diabetes mellitus tipo 2. AÇÃO DO BLOQUEIO DE BETA-1
108
•
Redução de frequência cardíaca
•
Atraso na velocidade de condução no nódulo A-V.
•
Diminuição da força de contração (inotropismo negativo) Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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•
Redução de pressão arterial
•
Redução do volume sistólico
AÇÃO DO BLOQUEIO DE BETA-2. •
Vasoconstrição
•
Glicogenólise e gliconeogênese diminuída
•
Inibição da liberação de insulina
•
Antagonismo do tremor induzido por catecolaminas.
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21. A SEROTONINA Importa para estas considerações farmacológicas em G.O., por exercer funções como: •
Neurotransmissor poderoso do SNC.
•
Regulador de função em musculatura lisa
•
Regulador de função agregadora plaquetária.
Constituem neurotransmissores amplamente mobilizados na prática
ginecológica
com
medicamentos
tanto
agonistas
como
antagonistas, incluindo-se os que interferem na área neuropsíquica pela ativação de mecanismos complexos, tais como a depressão, ansiedade, distúrbios de pânico, distúrbios cognitivos, percepção sensorial, apetite, comportamento sexual, regulação da temperatura, secreção hormonal, Transtornos obsessivo–compulsivos (TOC), cefaléia, enxaqueca, psicoses e distúrbios do sono. Um congênere, a melatonina, além de reduzir a pigmentação cutânea, suprime a função ovariana. O ácido 5-Hidroxi Indol Acético (5-HIAA) retirado da urina e dosado por método cromatográfico líquido de alta eficiência (HPLC) é o maior metabólito da serotonina e também e particularmente utilizado no diagnóstico da síndrome e tumores carcinóides. Medicamentos como o acetaminofen, derivados da rauwolfia, inibidores da MAO, levodopa, imipramina, metildopa, fenotiazina, ACTH, etanol, 5 - fluor-uracil e guaiacolatos interferem em sua dosagem. A serotonina em si pode ser dosada também pelo método do HPLC, com a mesma indicação na elucidação de síndromes carcinoides sendo seus valores de referência pr este método de 26 a 165 ng/ ml (soro). Não se tem usado como indicador para transtornos de humor. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Os antidepressivos (imipramina, fluoxetina, etc.) que modificam os níveis de serotonina interferem com o coagulograma, sendo que temos como ideal que sejam suspensos por 48 horas quando medidas mais acuradas do Tempo de sangramento (TS), Tempo de protrombina (TP), e Tempo de protrombina ativado (TPA) e níveis de plaquetas estejam sendo acuradamente investigados, ou em distúrbios hemorrágicos. Em mulheres que vão se submeter á cirurgias e estejam em uso de um destes medicamentos elencados e que apresentarem coagulogramas alterados deverão ter os antidepressivos e fenotiazinas suspensos como orientação geral da psiquiatria. Uma referência no mínimo inquietante coloca nexo entre níveis baixos
de
serotonina
no
líquor
á
comportamentos
agressivos,
impulsividade e violência, incluindo o suicídio e curiosamente não á ideação suicida em si. Estudos genéticos com esta orientação vêm confirmando os achados liquóricos de neurotransmissores e seu nexo com comportamento agressivo. A buspirona, utilizada como ansiolítico e com propriedades antipsicóticas, é um agonista de receptores 5-HT e vem sendo largamente usado com este fim e para depressão. Em pacientes em depressão revertem-se abruptamente com os efeitos antidepressivos dos fármacos como a fluoxetina, ou outros inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS
ou
SSRI),
quando
se
diminuem
por
manipulação
e
propositadamente os níveis de serotonina no líquor. As dietas com baixo teor de triptofano diminuem os níveis de 5-HT cerebral sendo o inverso igualmente verdadeiro. A sibutramina constitui-se em outro inibidor de recaptação de serotonina utilizado em regimes de emagrecimento com conseqüências ainda incertas para os receptores. Inibidores da MAO (incluindo princípios ativos da erva de São João) estão em franco desuso, 112
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pelos efeitos hipertensivantes colaterais e, a reserpina como antipsicótico, foi abandonada. 21.1. AGONISTAS DA SEROTONINA A buspirona, gepirona, ipsaperona, sumatriptano, zolmitriptano, naratriptano, rizatriptano, seletivos para receptores 5-HT, são usados como ansiolítico e no tratamento da enxaqueca. Dedicaremos um capítulo especial para a enxaqueca. Náuseas e vômitos podem ser freqüentes na gravidez e o efeito colateral de agonistas de receptores de 5 - HT na mesma linha é um fator complicante de tratamento, que deve ser observado. Alguns sintomas no uso de medicamentos para enxaqueca, rotulados genericamente como ergotismo (fraqueza nas pernas, dores musculares, dormência e formigamento dos membros em particular dos dedos das mãos e pés), é fonte de desconforto á mulher em uso desta classe de medicamentos. Estes alcalóides do esporão de centeio estão contra-indicados na gravidez ou na possibilidade de, tendo em vista o potencial de aborto e dano fetal. Todos os alcalóides do esporão do centeio aumentam acentuadamente a atividade motora uterina e não são usados para indução ou facilitação do trabalho de parto. Imediatamente após o parto pode-se administrar pequenas doses de alcalóide do esporão do centeio com o fim de se obter uma acentuada resposta uterina, em geral, sem efeitos colaterais significativos. Na prática obstétrica os alcalóides do esporão do centeio são utilizados primariamente para evitar a ocorrência de hemorragia pós-parto, sendo a ergonovina e seu derivado semisintético a metilergonovina, as mais ativas, neste sentido, conforme E. Sandres-Bush e, S.E.Mayer, citados no Gilman-2003. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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O LSD é o agonista da 5HT de maior repercussão para o SNC induzindo
profundas
modificações
no
comportamento,
distúrbios
sensoriais, percepção e alucinações e será tratado juntamente com abuso de drogas psicotrópicas. A 5-hidroxitriptamina ou serotonina (5-HT) é uma indolamina produto da hidroxilação e carboxilação do aminoácido L-Triptofano na seguinte seqüência bioquímica: L-Triptofano-L-50H Triptofano - 5-OH Triptamina ou Serotonina. A Serotonina tem um efeito inibidor da conduta juntamente com um efeito modulador geral da atividade psíquica. Assim sendo, a 5-HT influi sobre quase todas as funções cerebrais, inibindo-a de forma direta ou estimulando o sistema GABA. É dessa forma que a Serotonina regula o humor, o sono, a atividade sexual, o apetite, o ritmo circadiano, as funções neuroendócrinas, temperatura corporal, sensibilidade à dor, atividade motora e funções cognitivas. Algumas pesquisas que procuraram embasar a teoria da depressão como dependendo de baixos níveis de Serotonina, tomaram como ponto de partida o fato de uma dieta suficientemente livre de Triptofano, a ponto de produzir um pico plasmático muito baixo deste aminoácido, resultava num estado depressivo moderado (Charney). O Triptofano, como vimos, é um precursor natural da Serotonina. Aminoácidos neutros, tais como a Tirosina, Fenilalanina, Leucina, Isoleucina e Valina competem com o Triptofano no transporte através da barreira
hematoencefálica.
Em
pacientes
com
depressão
grave
(anteriormente depressão endógena) se constata diminuição do Triptofano plasmático livre, e isso resulta num quociente Triptofano/Amino Ácido Neutro, geralmente diminuído. 114
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Este quociente é, então, inversamente proporcional ao escore obtido pelos pacientes na Escala de Hamilton para Depressão (De Meyer). Quanto mais deprimido, menor o quociente, ou seja, quanto mais deprimido, menor a proporção de Triptofano em relação aos aminoácidos livres. Quando essa relação está baixa, terapeuticamente significa que pode haver uma boa resposta da depressão à administração de Triptofano por via oral (Moller). Embora o Triptofano possa ser dosado em todos tecidos corporais,
só
adquire
significado
a
concentração
no
líquido
cefalorraquidiano (LCR). Esse precursor da Serotonina se encontra diminuído na depressão endógena ansiosa, sendo um importante indicador do risco de suicídio, e em alguns casos, de depressão grave com sintomas psicóticos. O resultado dos receptores serotoninérgicos centrais que mediam a resposta ao estímulo pré-sináptico se infere da dosagem da capacidade de união (B max) e da velocidade de dissociação destes receptores na plaqueta periférica (Kd = V max). Tanto nos pacientes com depressão grave quanto naqueles em crise de mania a recaptação de Serotonina está diminuída devido à diminuição da velocidade de dissociação dos receptores plaquetários periféricos (V max) (Meltzer). Este estado alterado dos receptores plaquetários se normaliza com o tratamento à base de lítio, o qual é capaz de aumentar V max. Há uma infinidade de provas neuroendócrinas utilizadas para avaliar a função serotoninérgica. Todas se baseiam na medição de um determinado hormônio pré e pós administração do precursor ou de um agonista da Serotonina. A injeção endovenosa, por exemplo, de 100 MG/kg. de L-Triptofano diminui a prolactina sérica em pacientes Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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depressivos graves (Heninger). Esta prova se normaliza com o tratamento com antidepressivos, do tipo desipramina ou amitriptilina (Charney). Também a administração de Triptofano por via oral diminui a prolactina e o hormônio de crescimento em pacientes depressivos não medicados (Koyama). Isto responderia a uma sub-sensibilidade de receptores, já que esta resposta não seria bloqueada pelo antagonista serotoninérgico ciproheptadina (Cowen). A resposta da prolactina também está diminuída depois da administração de fenfluramina, um agonista da Serotonina. Tal resposta é bloqueada por ciproheptadina e normalizada por lítio. Finalmente, a administração de 200 mg de DL hidroxitriptofano por via oral, pode aumentar os níveis séricos de cortisol em pacientes depressivos graves (endógenos) e maníacos não medicados. Igual resultado se obtém medindo o ACTH plasmático, mas não se acham diferenças em se medindo a Serotonina plasmática no LCR. Isso
se
deve
a
uma
hipersensibilidade
de
receptores
serotoninérgicos (no ser humano o tipo responsável pelo sistema são o 5HT1A y 5HT2). Esta resposta se normaliza com tricíclicos, mas não se normaliza com lítio (Meltzer, Koyama). Fonte: Psiqweb. Varias pesquisas têm sugerido também a participação dos mecanismos
serotoninérgicos
nos
Transtornos
de
Ansiedade,
particularmente nas crises de Ansiedade Generalizada. Esta participação seria um complemento da atividade noradrenérgica, como sugerem evidências neuroquímicas e farmacológicas. Por um lado os neurônios noradrenérgicas do Locus Ceruleus receberiam
um
input inibitório de fibras
originadas
nos
núcleos
serotoninérgicos da rafe, input que teria a função de modular as respostas de alarme mediadas pelo Locus Ceruleus no Ataque de Pânico. Por outro 116
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lado a evidência clínica surge do fato que as principais drogas efetivas no Ataque de Pânico, como a imipramina, por exemplo, não só têm ação em nível da recaptação de noradrenalina, senão também sobre a recaptação de 5-HT. De fato, durante muito tempo se pensou que os receptores plaquetários para a imipramina, estavam associados à recaptação da Serotonina. Existe bastante bibliografia sobre a ação terapêutica nos Transtornos de Ansiedade, de drogas com ação seletiva sobre a recaptação de serotonina, como a Fluvoxamina, por exemplo, (Den Boer). Por outra parte são já clássicos os trabalhos de Yaryura-Tobías sobre os transtornos serotoninérgicos e a eficácia terapêutica da clorimipramina, um potente inibidor da recaptação da 5-HT, nos quadros do Transtorno Obsessivo-Compulsivo. 21.2. ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES DA SEROTONINA A cetanserina, ondansetrona, a dolasetrona, e a granisetrona são protótipo da série, e mostraram-se eficazes no tratamento da náusea induzida pela quimioterapia. A clozapina, e a amitriptilina exibem ações com as mesmas propriedades, sendo fármacos bastante usados em distúrbios psíquicos. A clozapina tem como antipsicótico atípicos menores
efeitos
extrapiramidal
(impregnação
neuroléptica
dos
antipsicóticos comuns). A risperidona nesta nova classe de antipsicóticos é
um
potente
antagonista
de
receptores
serotoninérgicos
e
dopaminérgicos associados. Processo semelhante ocorre com a Olanzapina e a Quetiapina, antipsicóticos atípicos, também, com reduzida ação extrapiramidal. A metissergida é utilizada na profilaxia da enxaqueca e cefaléias vascular tipo Horton, por mecanismo bioquímico mais complexo, não Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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tendo, no entanto, nenhum efeito na crise aguda: dores e formigamentos dos membros e abdômen, instabilidade motora, tontura, nervosismo, insônia, confusão mental, distúrbios produtivos psicóticos, fazem parte dos efeitos colaterais mais importantes e significativos no uso desta substância. Desta forma foram sendo substituídos por drogas de efeitos colaterais menos intensos para a mesma finalidade e praticamente abandonados. A
ciproheptadina
compartilhando
propriedades
com
a
prometazina, como antialérgico, tem sido pouco utilizada no nosso meio, para anular efeitos colaterais sexuais com antidepressivos da linha da Fluoxetina e da Sertralina. Compostos que agiam como antagonistas dos receptores de serotonina (5-HT) resultavam em efeitos ansiolíticos similares aos dos benzodiazepínicos. A hipótese serotonérgica da ansiedade foi corroborada pelas observações de que ansiolíticos benzodiazepínicos diminuíam a atividade de neurônios serotonérgicos. Entretanto, esta hipótese vem sendo revista em função dos resultados obtidos a partir de modelos animais que envolvem microinjeções de drogas diretamente nos sítios cerebrais. Nesse sentido, alguns estudos procuraram relacionar a atividade dos diferentes receptores serotonérgicos à ação de drogas agonistas e antagonistas de 5-HT. A matéria cinzenta periaquedutal (MCP) caracteriza-se como uma estrutura que está envolvida na integração das manifestações comportamentais e neurovegetativas relacionadas à aversão. Ela recebe conexões aferentes e eferentes de estruturas que estão funcionalmente separadas, as quais possuem papéis distintos nas respostas defensivas. Foi proposto, assim, que a MCP desempenha um papel maior que o de uma via final comum para as respostas defensivas. Ref: universidade federal de São Carlos – UFSCar. 118
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Antagonistas de los receptores 5-HT2 A cetanserina é um antagonista 5-HT2A/2C utilizado no tratamento da hipertensão. Ademais, seu antagonismo serotoninérgico tem afinidade para os receptores alfa 1, o que poderia contribuir para seus efeitos anti-hipertensivos. A clozapina é um antagonista 5-HT2A/2C
com
antipsicótico atípico que atua como grande
afinidade
pelos
receptores
dopaminérgicos. Como outros antipsicóticos atípicos conta com a vantagem de produzir menos efeitos extrapiramidais que los antipsicóticos típicos. A agomelatina é um novo antidepressivo que atua como agonista dos receptores de melatonina e como antagonista do receptor 5-HT2C. Antagonistas 5-HT3 Este grupo inclui drogas como a ondasterona, palonosterona e outras e que se utilizam no tratamento das náuseas e vômitos associados a quimioterapia, como já enfatizamos.
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22.
BENZODIAZEPÍNICOS
(BZD).
-
OS
TRANQUILIZANTES E INDUTORES DE SONO: UMA VISÃO PRÁTICA PARA O GINECOLOGISTA E O OBSTETRA. Não são poucas as oportunidades em que o G.O. tem que intervir e tomar conduta numa linha de medicamentos que é mais da área do neurologista e do psiquiatra, mais afeitos aos efeitos clínicos e adversos destas drogas. Vamos incluir aqui os Benzodiazepínicos pela freqüência em que são encontrados na prática e pelo potencial teratogênico para o feto os Barbitúricos e medicamentos anticonvulsivantes. A simples referência de ingestão de uma quantidade um pouco maior de benzodiazepínicos comumente prescritos, na porta de um PS de maternidade, traz com freqüência uma grande apreensão ao residente de plantão. No entanto, a capacidade de causar depressão respiratória fatal ou colapso cardiovascular desta classe de medicamentos mais modernos, está geralmente muito acima do que é ingerido em disponibilidade por uma paciente, com ingestão acidental ou proposital dos mesmos. Como agente sedativo que é, reduz a atividade, a excitação, produzindo sonolência onde o indivíduo é facilmente acordado. Há um grau bastante razoável de segurança na ingestão excessiva dos atuais benzodiazepínicos, a ponto de poder-se afirmar que, dificilmente levam á graus de comprometer funções cardiovasculares e respiratórias fatais. Haverá uma menor resposta a estímulos ambientais, da capacidade motora expressa pelas ataxias, relaxamento muscular, e diminuição dos reflexos. Neurolépticos e anti-histamínicos também possuem limiares altos para produzirem depressão acentuada do SNC, á ponto de causar
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depressão respiratória e comprometimento cardiovascular importante. O mesmo não se pode afiançar, no entanto, quando se tratar de barbitúricos. Foi com o clordiazepóxido (Psicosedin) na década de 50 que se inaugurou à era dos benzodiazepínicos, e todos os demais que o seguiram puseram mais em evidência seus poderes ansiolíticos que depressores importantes do SNC, para desgosto de muitos suicidas. Os benzodiazepínicos estão relacionados ao GABA (acido gamaamino butírico), um
neurotransmissor inibitório, responsável pelos
sintomas associados á ingestão dos mesmos: sedação, hipnose, diminuição da ansiedade, relaxamento muscular, amnésia e atividade anticonvulsivante. São potencialmente criadores de dependência, e neste caso há muitos relatos de dependência á droga lícita de origem iatrogênica (prescrita), havendo o médico de estar atento para não "criar" a dependência ou os efeitos supressivos da mesma manipulada consciente e oportunamente com o mesmo intuito de impedir o desenvolvimento de dependência ao fármaco. Muitos tratamentos se arrastam por anos, pela negligência médica de lidar objetivamente com sinais de dependência á droga que tenha prescrito, ou que mantém em prescrição, lotando indefinidamente suas agendas, mantendo cativos seus pacientes por erro e não por acerto de conduta. Este fato vem se mostrando assustador, quando lidamos com a dependência de drogas, tanto lícitas quanto às ilícitas.
Alguns
benzodiazepínicos
mantêm
uma
capacidade
anticonvulsivante maior que outros. É o caso do clonazepan (Rivotril), e o nitrazepan. Nas altas doses de benzodiazepínicos utiliza-se o Flumazenil para a reversão dos efeitos potencialmente mais perigosos. Muitos profissionais prescrevem benzodiazepínicos (BZD) com a intenção de diminuir o número de despertares noturnos, para a indução de 122
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sonolência, mas a maioria dos BZD , reduz as fases 3 e 4 do sono (sono profundo), diminuição da freqüência e duração do sono REM (sono de Movimentos Rápidos dos Olhos) altamente importante para o restauro de neurotransmissores e qualidade do sono definitivamente reparador. Esta regra não é universal entre os BZD, sendo que alguns, como o Zolpidem não suprime o sono REM, sendo útil como agente hipnótico. O que de fato ocorre é, um alongamento do período total de sono, o que não significa melhor qualidade no que respeita a fase REM e fase 4, por um aumento significativo
da
fase
2
(sono
Não-REM).
Há
uma
tendência
a
superficialização do sono com prolongamento, como dissemos, do tempo total. Especial atenção está o uso de BZD em crianças e alcoólatras e indivíduos com comprometimento de função hepática. Na dose usual são seguros para portadores de DPOC, e em dose maiores podem deprimir a ventilação alveolar com risco de hipóxia. Podem causar apneia durante anestesia, havendo cuidados especiais entre os anestesistas de saberem se o paciente utilizou algum opióide como pré-anestésico como dolantina. Cabe ao GO avisar o anestesista se houve prescrição desta classe de opióide anteriormente à entrada no centro cirúrgico e indução anestésica. Os BZD não se constituem em drogas de escolha para a apneia do sono, podendo vir a complicar seus portadores, onde esta classe de medicamentos está Contraindicada. Quando prescreverem BZD para "regular" o sono de seu paciente, tente colher dados se ela ronca. Pode-se facilmente transformar por relaxamento maior da musculatura respiratória, seu caso num quadro de apneia do sono, tendo como conseqüência hipoventilação, que em paciente pós-infarto, cardiopatas, e DPOC é de suma importância, não expô-las inutilmente ás suas complicações. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Todos
os
BZD
atravessam
a
barreira
placentária
com
concentrações cerebrais praticamente idênticas ás do plasma (modelo de duplo compartimento). A eritromicina, a claritromicina, o ritonavir, o itraconazol, a nefazodona e o suco de grape-fruit interferem no metabolismo dos BZD, diminuindo a enzima metabolizadora dos mesmos. A cimetidina e os anticoncepcionais orais inibem o processo de metabolização dos BZD no organismo. Muitos são os BZD no mercado: bromazepan, alprazolan, diazepan, lorazepan, temazepan, triazolan, midazolan, clonazepan, clorazepato, nitrazepan, flunitrazepan, etc. A escolha deve recair nos que tem rápido início de ação, sem ações residuais no dia seguinte, meia–vida curta, maior rapidez de biotransformação. Nestes aspectos um BZD utilizado como agente hipnótico é o triazolan e o alprazolan como ansiolítico, os que melhor preencheriam estes requisitos, e o flurazepan o pior. O lorazepan, temazepan, tem biotransformação lentas, levando à dependência com muita facilidade, ocupando conjugações como vias de metabolismo gerando conversões lentas até oxazepan. As reações indesejáveis dos BZD incluem fraqueza, cefaléia, desconforto
epigástrico,
diarréia,
dores
articulares,
torácicas
e
incontinência vesical. Efeitos paradoxais são relatados e com mais freqüência em crianças, pesadelos, loquacidade, ansiedade, irritabilidade, taquicardia, sudorese, amnésia, euforia, alucinações, depressão e suicídio. O triazolan em razão dos efeitos colaterais foi proibido no Reino Unido, e o FDA o autorizou em baixas doses como eficaz (0,125-0,25 mg.). O uso crônico, muitas vezes perpetuado por médicos, está associado à dependência de substancia lícita, e uso abusivo. Quanto maior o tempo de tratamento com BZD, maior a probabilidade de criação de dependência, e comportamento compulsivo para busca de medicamentos. Peca o 124
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profissional em reconhecer extemporaneamente a dependência, pois os sintomas de abstinência fazem recrudescer os sintomas que levaram os pacientes inicialmente á procurar o médico, e trazem intensificação dos sintomas, agora pela abstinência em si da droga prescrita. A administração de grandes doses pouco antes ou no decorrer do parto pode causar hipotermia, hipotonia e depressão respiratória no RN. O uso crônico pela gestante está ligado á efeitos de abstinência no RN. O risco de teratogenicidade sempre foi um dilema para o obstetra e o ginecologista, no uso de BZD. No entanto para os BZD vale a formulação mais geral para as drogas que não são formalmente contraindicadas na gravidez, ou seja, dependem da dose utilizada, a via de administração, o tempo de exposição, a idade gestacional, o estado clínico da gestante em particular cardiopatas, renais crônicas, desnutridas e, se a posição do fármaco cumpre tabelas e recomendações do FDA e do TERIS (Teratogen Information System), cujos critérios são complementares. Como vimos de um modo geral os BZD devem ser evitados na gravidez, não existindo, no entanto nenhuma contra-indicação formal. Pelos critérios do FDA alguns BZD, foram assim classificados: •
Alprazolan-D (Frontal)
•
Clonazepan-C (Rivotril)
•
Clordiazepóxido-D (Psicosedin)
•
Diazepan-D (Valium)
•
Lorazepan-D (Lorax)
•
Buspirona-C (Agonista Parcial de Receptor 5-HT)-
(Buspar) Os efeitos teratogênicos ou não, possíveis são: Hipotonia muscular generalizada (floppy), Síndrome de Abstinência, Lábio leporino Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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(0,4%), Fenda Palatina (0,2%), Diminuição de crescimento intra-uterino, Spina Bífida, Sindactilia, Malformações em membros. Foram de alguma forma relacionada ao diazepan, especificamente no uso por gestantes no primeiro trimestre da gravidez, Hérnia inguinal, Estenose pilórica e Defeitos cardíacos
congênitos;
No
segundo
trimestre
foram
associados
Hemangiomas e Alterações vasculares. Há igualmente na literatura relatos relacionando os BZP com abortos, retardo do crescimento intra-uterino e distúrbios de comportamento posteriores, como efeitos tardios. Enfim, os BZD, respondem por teratogenicidade morfológica e toxicidade neonatal dependendo dos critérios de uso elencados acima, respondendo por um risco baixo nas estatísticas do FDA norte americano: De 3.000 medicamentos
testados
somente
20
responderam
por
efeitos
teratogênicos comprovadamente e não eram BZD. Quanto á amamentação enfatizamos, os benzodiazepínicos genericamente constituem drogas de uso criterioso em doses elevadas ou uso prolongado. Seu uso pode provocar no lactente sedação, sucção fraca, ganho ponderal insuficiente e letargia. Evitar doses repetidas.
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23. FÁRMACOS E GRAVIDEZ (FONTE INFARMED. PT/PRONTUARIO/PESQCAP) Os fármacos tomados pela mãe podem atravessar a placenta e expor o embrião e o feto aos seus efeitos farmacológicos e adversos. Se for importante tratar a mãe sempre que necessário, protegendo o mais possível o seu filho, a prescrição de qualquer medicamento durante a gravidez só deverá, porém, ocorrer quando se admite que os benefícios para a mãe sejam superiores aos riscos para o feto. Os médicos, ao esclarecerem as grávidas, devem assegurar-se de que a sua informação está actualizada e baseada na evidência. Os efeitos prejudiciais dos fármacos no feto podem ocorrer em qualquer momento da gravidez e este conceito deverá estar presente sempre que se prescreva a uma mulher em idade fértil ou a um homem que pretende ser pai. Pode, no entanto, ser também prejudicial o receio excessivo do uso de fármacos durante este período, o que pode conduzir à situação de doença não tratada, à falta de cumprimento da terapêutica pela grávida, ao uso de doses sub-ótimas e/ou falências de tratamento, situações que podem ser fonte de risco para o bem-estar materno e afetar, de igual modo, o feto. É, por isso, importante conhecer o risco basal no contexto da prevalência de malformações induzidas por fármacos. A maioria das malformações congênitas ocorre em 2-4% de todos os nascimentos; mas de todas as gravidezes diagnosticadas, cerca de 15% resultam em perda fetal. Deve acentuar-se que a razão destas consequências adversas para a gravidez só é conhecida para uma minoria de incidentes. Poucos fármacos mostraram ser teratogênicos de forma Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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conclusiva no Homem, mas sem qualquer dúvida, nenhum fármaco é seguro no início da gravidez. Durante o primeiro trimestre, os fármacos podem produzir malformações congênitas (teratogênese), situando-se o risco maior entre a 3ª e 11ª semana de gravidez (fase de organogênese) devendo, sempre que possível, ser evitados. A ser necessário, preferir os já largamente utilizados, em vez dos novos, menos conhecidos, na menor dose eficaz, optando por formulações com um só fármaco, em vez de outras com dois ou mais componentes. Durante o segundo e terceiro trimestres podem afetar o crescimento e o desenvolvimento funcional ou ter efeitos tóxicos sobre os tecidos fetais. Se dados à mãe muito próxima do fim da gravidez, ou durante o parto, podem ter efeitos adversos não só na evolução do trabalho de parto como no recém-nascido, após o nascimento. As listas que se seguem incluem fármacos que podem ter efeitos nocivos na gravidez e indicam o trimestre e o fato de risco, de acordo com os critérios definidos pela Food and Drug Administration. São baseadas em dados humanos, mas a informação recolhida em animais é, por vezes, utilizada quando não existe outra mais pertinente. As definições usadas para os fatores de risco são as seguintes: • Categoria A - sem risco fetal; seguro para utilizar na grávida; • Categoria B - ausência de risco fetal, demonstrada em experimentação animal ou em estudos humanos; • Categoria C - risco fetal desconhecido, por falta de estudos alargados; • Categoria D - evidência fetal em animais, mas a necessidade pode justificar o risco;
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Categoria X - nociva para o feto; o risco ultrapassa o
•
benefício e, portanto, está contra-indicado na gravidez. Índice M - classificação com base em informação do
•
fabricante / titular da Autorização de Introdução no Mercado.
Fármaco
Observações
Trimestre
Toxicidade estudos Abacavir
Risco
em animais;
pode ocorrer acidose láctica,
Fator de
por
1º
D
1º
D
vezes
fatal. Recomenda-se se
use
que
apenas
quando o benefício Abciximab
potencial ultrapasse os riscos possíveis; não há informação disponível.
Acamprosato
Evitar.
C
Não há referências ao uso de acarbose Acarbose
durante a gravidez. 1º, 2º e 3º
BM
Não foi teratogénica nem tóxica para o Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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embrião em ratos e coelhos. O produtor recomenda evitar. Não
foram
observadas malformações fetais. Pode causar atraso do crescimento intrauterino, hipoglicemia
Acebutolol
neonatal
e
1º, 2º e 3º
BM
3º
C
3º
C
bradicardia. O risco é maior na hipertensão grave.
V.
Bloqueadores adrenérgicos beta. Aceclofenac
Acemetacina
Acenocumarol
V. Anti-inflamatórios não esteróides . V. Anti-inflamatórios não esteróides . V.
Anticoagulantes
Acidose Acetazolamida
D
orais .
renal;
tubular
aumento
risco
do de
1º, 2º e 3º
esquizofrenia;
130
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C
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interfere
com
o
desenvolvimento neuronal no feto. V. Inibidores anidrase
da carbónica
(3.4.1.4.). Acetilcisteína
Aceitável o seu uso
B
durante este período. Usar apenas quando o benefício potencial ultrapasse o risco; a
Aciclovir
CM
absorção é reduzida a partir da aplicação tópica. Risco
de
defeitos
cardíacos congénitos e septação do ductus arteriosus;
pode
afectar a hemostasia Ácido acetilsalicílico
e aumentar o risco de
hemorragia;
doses elevadas têm sido com
relacionadas aumento
C (D se usado em dose 1º, 2º e 3º terapêutica no 1º e 3º trimestres)
da
mortalidade perinatal,
intra-
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uterina,
atraso
do
crescimento e efeitos teratogénicos;
em
doses baixas (40-150 mg/dia)
pode
benéfico;
ser
perto
do
termo pode prolongar a gestação e o parto; o
encerramento
precoce do ductus arteriosus
e
hipertensão pulmonar persistente do
RN
ocorrer parte
podem
na da
última
gestação
como resultado do consumo materno de doses terapêuticas; a ser necessário um analgésico antipirético
ou usar
o
paracetamol. Não existem dados Ácido alendrónico
em
mulheres
grávidas; não deverá
132
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C
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ser
administrado
durante a gravidez; V. Bifosfonatos . Não
foi
observada
toxicidade Ácido aminocapróico
fetal
no
único caso em que foi
usado
no
C
2º
trimestre. A (C se for
Ácido ascórbico
O défice moderado
usada em
não põe problemas
doses
para a mãe ou para o
superiores às
feto.
necessidades diárias)
Não há provas de Ácido clavulânico
teratogenicidade;
BM
evitar, a menos que seja essencial.
Ácido
etidrónico Recomenda-se
(Etidronato de sódio)
CM
evitar.
A (C se usado Ácido fólico
Compatível gravidez.
com
a
em doses superiores às contidas na dieta diária de
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5 mg/dia) Desconhece-se se é perigoso; Ácido fusídico
usar
apenas
se
o
benefício
potencial
CM
ultrapassar os riscos. CM (D, se Ácido mefenâmico
V. Anti-inflamatórios não esteróides .
3º
usado no 3º trimestre ou perto do parto)
O
promotor
recomenda evitar, a Ácido nicotínico
menos
benefício seja
que
o
potencial
superior
C
ao
risco; não há informação disponível. Não há evidência de
Ácido ursodesoxicólico
perigo,
mas
tubo embriopatia valproato
134
BM
1º e 3º
D
recomenda-se evitar. Malformações
Ácido valpróico
1º
do neural; do
(miopia,
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estrabismo, astigmatismo, anisometropia, malformações cardíacas, craniosinostose, autismo); possibilidade
de
hepatoxicidade neonatal
e
hemorragia
por
hipofibrinemia;
o
suplemento
de
folatos 1 mês antes e durante, pelo menos, o
1º
trimestre
gravidez,
de
reduz
algumas malformações relacionadas com o tubo
neural.
diagnóstico gravidez,
Após de a
medicação antiepilética
não
deve ser alterada e aconselhar-se-á
o
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diagnóstico pré-natal com
recurso
à
ecografia
e
amniocentese
para
diagnóstico
de
anomalias associadas
aos
anticonvulsivantes. Ácido zoledrónico
Toxicidade
em
D
estudos animais. Teratogénico;
deve
usar-se contracepção eficaz, pelo menos 1 mês antes do início do
Acitretina
tratamento, durante o tratamento
e
1º, 2º e 3º
X
1º, 2º e 3º
DM
pelo
menos 2 anos após suspensão
do
tratamento. O
produtor
recomenda evitar e Adalimumab
usar eficaz
contracepção durante
tratamento menos, 136
e,
o pelo
durante
5
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meses após a última dose. Efeitos teratogénicos em estudos animais, referências isoladas de malformações em filhas
Adapaleno
de
que
mulheres
usaram
o
1º
X
fármaco; recomendase uma contracepção eficaz
durante
o
tratamento. Não foram referidas malformações graves,
Adrenalina
mas
as
doses
elevadas
podem
provocar
C
anoxia fetal. Experiência limitada; o Agonistas
5-HT1
serotonina
produtor
da recomenda evitar, a não
ser
benefício
que
C
o
potencial
supere o risco. Albendazol
É
teratogénico
em
1º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
D
137
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
várias
espécies
animais;
até
obterem
se dados
humanos, considerar como teratogénico. Em ingestão regular é
teratogénico
(síndrome
fetal
do
álcool) e pode causar redução Álcool
do
crescimento;
é
provável
que
a 1º, 2º e 3º
ingestão
ocasional
X
de uma bebida possa ser
segura.
Pode
ocorrer síndrome de supressão nos filhos de mães alcoólicas.
Alfatocoferol
Nem o défice nem o
A ou C (se
excesso
usado em
foram
associados
a
doses
complicações
superiores às
maternas ou fetais
necessidades
durante a gravidez. Alfentanilo
138
Depressão respiratória neonatal;
diárias) 3º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
CM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
estase
gástrica
e
risco de pneumonia de aspiração na mãe durante o parto. V. Analgésicos opiáceos. O
produtor
recomenda evitar por falta de informação disponível;
outros
fármacos Aliscireno
que
actuam no sistema 1º, 2º e 3º
CM
renina-angiotensina têm sido associados a
malformações
fetais
e
morte
neonatal. Almitrina
Contra-indicado.
D
Evitar, a menos que o
benefício
ultrapasse o risco. A Almotriptano
experiência
limitada
leva a que não esteja
1º, 2º e 3º
CM
definido se o número de
malformações
congénitas
e
de
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
139
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
abortos é diferente do da população não exposta, de forma a poder
concluir
definitivamente. Não
foi
toxicidade
referida fetal.
O
produtor recomenda evitar e usar apenas Alopurinol
se
não
houver
CM
alternativa segura ou a doença acarretar risco para a mãe ou para o filho. Alprazolam
V. Benzodiazepinas . Usar
Alprostadilo aplicação uretral)
(de
de
DM
contracepção barreira
se
acompanhante grávida.
a
está
DM
Aplicação
uretral exclusiva. O
uso
limitado
durante a gravidez Alteplase
não dá suporte a um 1º, 2º e 3º risco
teratogénico;
possibilidade
140
de
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
B
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
separação prematura placenta nas
da
primeiras
18
semanas.
V.
Estreptoquinase . Amantadina
Evitar; toxicidade em
CM
estudos animais.
Amicacina
V. Aminoglicosídeos.
Aminaftona
Contra-indicado.
2º e 3º
D C
Irritabilidade e apneia Aminofilina
neonatal;
V.
3º
C
Teofilina . Lesão
do
nervo
auditivo
ou
vestibular; o risco é maior
com
a e
estreptomicina será Aminoglicosídeos
provavelmente
reduzido
com
gentamicina tobramicina,
a 1º, 2º e 3º
e
D
a
mas
devem evitar-se, a menos
que
essencial caso
é
seja (neste
importante
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
141
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
medir
a
concentração sérica).
Amiodarona
Risco
possível
de
bócio
neonatal
e
hipotiroidismo;
usar
2º e 3º
CM
3º
C
apenas se não existe alternativa. Recomenda-se Amissulprida
evitar.
V.
Antipsicóticos. Amitriptilina
V.
Antidepressores
tricíclicos .
D
Não há informação disponível,
mas
recomenda-se evitar; o risco para o feto Amlodipina
deve ser ponderado contra
o
risco
de
CM
hipertensão materna não
controlada.
Bloqueadores
V. da
entrada do cálcio . Absorção Amorolfina
muito reduzida, mas o
142
sistémica produtor
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
recomenda
evitar;
não
existe
informação disponível. Pode
ser
administrado durante Amoxicilina
a
gravidez
sem
B
qualquer risco para o feto. Pode
ser
administrado durante Ampicilina
a
gravidez
sem
B
qualquer risco para o feto. Evitar a solução oral devido ao
elevado
conteúdo
de
propilenoglicol; Amprenavir
o
produtor recomenda usar
as
cápsulas
apenas
se
benefício
potencial
for
superior
C
o aos
riscos. Amsacrina
Evitar (teratogénico e Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
D
143
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
tóxico
em
estudos
animais; pode reduzir a fertilidade). O Anacinra
produtor
recomenda
evitar;
deve
usada
ser
C
contracepção eficaz durante o tratamento. V.
Analgésicos
opiáceos , V. AntiAnalgésicos
inflamatórios esteróides
não e
C
V.
Paracetamol . Não foi encontrada qualquer
relação
entre o consumo de analgésicos opiáceos
Analgésicos opiáceos
e o aparecimento de
B ou D (se
malformações;
usados por
doses
em
elevadas
durante o parto pode produzir
depressão
respiratória síndrome
3ª
períodos longos ou em doses altas)
fetal; de
supressão nos RN de 144
mães
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
dependentes.
Anastrozol
Contra-indicado;
V.
Inibidores
da 1º, 2º e 3º
D
aromatase . Androgénios
Masculinização
do
feto feminino. Deprimem
1º, 2º e 3º
D
3º
C
1º e 3º
C
a
respiração neonatal; não há relação entre os Anestésicos gerais
efeitos
teratogénicos e os anestésicos em
gerais
exposição
de
duração;
em
curta
exposição crónica a relação é discutível. Em geral, seguros; com doses elevadas ocorre
depressão
respiratória neonatal, Anestésicos locais
hipotonia
e
bradicardia
após
bloqueio
para-
cervical ou epidural; metahemoglobinemia Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
145
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
neonatal
com
a
prilocaína
e
a
procaína; reduzir a dose de bupivacaína para uso intra-tecal; evitar
a
levobupivacaína
e
ropivacaína. Padrão
de
desenvolvimento Anfetaminas
anormal, redução do 1º, 2º e 3º
CM
aproveitamento escolar. Os
inibidores
do
apetite e redutores Anorexiantes
do peso
não
recomendados
são 1º, 2º e 3º
D
na
gravidez. Contra-indicados; Antagonistas receptores
dos podem
afectar
a
da pressão sanguínea e
angiotensina (ARA II)
1º
D
a função renal do feto.
Antiácidos
(contendo Uso
cálcio,
magnésio, seguro; os sais de
146
considerado
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
B
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
alumínio ou alginatos)
magnésio preferíveis
serão aos
de
alumínio na grávida obstipada.
O
bicarbonato de sódio é de evitar, pelo risco teórico de alcalose metabólica
e
de
retenção
hídrica
materna e fetal. Usar com precaução; os efeitos inotrópicos negativos dos antiarrítmicos
são
tendencialmente aditivos,
devendo
observar-se cuidados Anti-arrítmicos
redobrados se
usam
mais, nas
em
quando dois
ou
3º
D
especial
alterações
da
função miocárdicas; todos estes fármacos podem
induzir
arritmias em algumas condições;
a
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
147
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
hipocaliemia potencia o efeito próarrítmico
destes
fármacos;
estão
contra-indicados:
a
amiodarona,
a
lidocaína, propafenona, bloqueadores beta. Malformações fetais; Anticoagulantes orais
possível hemorragia placentar,
fetal
e
1º, 2º e 3º
X
1º, 2º e 3º
D
neonatal. Não há evidência de Antidepressores
agressão,
mas
os
inibidores irreversíveis produtores da
monoaminoxidase recomendam
(IMAOs)
evitar,
a menos que existam razões muito fortes. Não há evidência de
Antidepressores inibidores da MAO
reversíveis
perigo,
mas
os
produtores recomendam
evitar,
a menos que existam razões muito fortes.
148
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Usar apenas se o benefício for
potencial
superior
riscos;
não
evidência
aos há de
teratogenicidade; baixo
índice
de
Apgar e baixo índice Antidepressores
de desenvolvimento
inibidores
psicomotor;
selectivos da
possibilidade
recaptação serotonina (ISRS)
de
de prematuridade
ou
síndrome
de
2º e 3º
C
3º
B
privação no RN, em particular fluoxetina
com
a e
paroxetina; toxicidade
em
estudos animais com a paroxetina e o citalopram. Com a imipramina Antidepressores tricíclicos
foram
referidos
taquicardia, irritabilidade
e
espasmos
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
149
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
musculares no RN; os
sintomas
supressão
de foram
também
referidos
com a clomipramina e desipramina. Risco
de
hipoglicemia fetal/neonatal;
Antidiabéticos orais
insulina
a deverá
substituir
BM
os
antidiabéticos orais. Antidiarreicos
Não recomendados. Os
benefícios
C
do
tratamento ultrapassam
os
riscos para o feto; todos Antiepilépticos anticonvulsivantes
e
os
epilépticos causar
antipodem
dismorfia 1º, 2º e 3º
facial;
deve
encontrar-se
o
antiepiléptico
mais
eficaz para o tipo de epilepsia e usar a menor dose útil; o 150
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
D
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
risco
de
teratogenicidade
é
maior se for usado mais
do
que
um
fármaco; recomendase suplemento com ácido fólico 1 mês antes
e
até
semanas
12 após
concepção. Por períodos curtos não parecem induzir teratogenicidade; os produtores recomendam evitar a cetirizina, desloratadina, Anti-histamínicos H1
hidroxizina,
1º e 3º
loratadina e mizolastina
C
por
toxicidade embrionária animais.
Os
em anti-
histamínicos sedativos no final do 3º trimestre podem
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
151
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
causar
efeitos
adversos no RN. A
maioria
dos
produtores recomenda evitar; o está
cetorolac contra-indicado
durante a gravidez, período de dilatação e
parto.
O
uso
C (risco D, se usados em
regular pode originar Anti-inflamatórios não o encerramento do esteróides (AINEs)
ductus arteriosus in útero
e
3º
doses terapêuticas
possível
no 3º trimestre)
hipertensão pulmonar persistente do
recém-nascido.
Atraso no início do parto e aumento da duração do mesmo; o uso pontual é, em geral, seguro. O Antimaláricos
benefício
profilaxia
e
tratamento ultrapassa
152
da
o
1º e 3º
risco;
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
usar a primaquina só depois do parto. Antimetabolitos
Comprovadamente teratogénicos. Em
doses
1º
X
3º
C
2º e 3º
D
baixas
parecem ser seguros para a mãe e para o feto Antipsicóticos
e
não
são
teratogénicos;
perto
do termo devem ser evitados pelo perigo de
hipotensão
materna
e
efeitos
adversos no RN. Antitiroideus
Bócio. O
tratamento
infecção
VIH
gravidez
ajuda
da na a
reduzir o risco de Antivíricos
toxicidade para o feto por reduzir a carga
D
viral e a progressão da doença (embora não seja conhecido o potencial Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
153
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
teratogénico maior
da
parte
agentes
dos anti-
retrovirais);
as
opções terapêuticas requerem
a
avaliação
por
especialista. Usar com vigilância Apomorfina
por
ser
acentuadamente
C
emetogénica. Usar com precaução; Apraclonidina
pode
afectar
pressão
a
sanguínea
D
do feto. Evitar por falta de informação; Aprepitante
apenas
usar se
o 1º, 2º e 3º
C
benefício potencial for superior ao risco. Não há referência ao Aprotinina
154
uso
de
aprotinina
nem
ao
aparecimento
de
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
malformações. Recomenda-se evitar. Não existem dados
Arginina
BM
disponíveis; evitar. Não
existe
informação disponível; Aripripazole
o
produtor recomenda
C
usar apenas quando o
benefício
for
superior ao risco. Não
deve
administrado
ser a
grávidas, excepto se Artesunato+Mefloquina o benefício esperado for superior ao risco potencial
para
o
feto. Não representa risco para o feto de mães Aspartato de arginina
normais
ou
heterozigóticas, mas para
aquelas
com
B ou C (na mulher com fenilcetanilase)
fenilcetonúria, se o Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
155
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
consumo for elevado porque o aspartamo é
uma
fonte
de
fenilalanina. Usar apenas se o benefício
potencial
for superior ao risco; Atazanavir
risco
teórico
de
3º
C
2º
DM
hiperbilirrubinemia se usado no final da gravidez. Atraso
do
crescimento
intra-
uterino por aumento da
resistência
vascular,
mas
benefício
o da
terapêutica materna Atenolol
pode,
em
alguns
casos, suplantar os riscos para o feto; o RN
exposto
atenolol parto
perto deve
ao do ser
vigiado durante as primeiras 24 a 48
156
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
horas quanto a sinais e
sintomas
de
bloqueio adrenérgico.
V.
Bloqueadores adrenérgicos beta. Atomoxetina
Atorvastatina
Não existem dados disponíveis; evitar. Contra-indicado
na
gravidez;
V.
Inibidores
da 1º, 2º e 3º
C
XM
redutase da HMGCoA (Estatinas). O
produtor
recomenda evitar a menos Atovaquona
que
benefício seja risco.
o
potencial
superior Não
ao
C
existe
informação disponível. Atravessa a barreira Atracúrio
placentar mas não têm identificados
sido
C
efeitos
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
157
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
adversos
sobre
o
feto ou o RN, embora se recomende não utilizar
este
bloqueador
neuro-
muscular
no
trimestre
e
apenas
se
1º
usá-lo for
absolutamente necessário nos 2º e 3º trimestres. Desconhece-se se é perigoso;
Atropina
C
recomenda-se precaução. Experiência
clínica
muito limitada, mas o produtor recomenda Aurotiomalato sódio
de
o
uso
de
contracepção eficaz durante menos,
e,
C
pelo
6
meses
depois
do
tratamento. Azatioprina
158
Nas
doentes
transplantadas
e
1º, 2º e 3º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
D
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
imunodeprimidas com
azatioprina,
não
devem
interromper
o
tratamento
se
engravidarem;
não
há evidência de ser teratogénica;
há
referências a partos prematuros e baixo peso ao nascimento, em
particular,
houver
se
associação
com corticosteróides; tem
sido
ainda
associada a abortos espontâneos exposição
após materna
ou paterna. V.
Azelastina
Anti-histamínicos
H1 .
Azintamida
Não existem dados disponíveis; evitar.
C
BM
Não existem dados Azitromicina
disponíveis;
o
BM
produtor recomenda Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
159
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
usar apenas se não existem
alternativas
disponíveis. Não existem dados
Aztreonam
BM
disponíveis; evitar.
Fármaco
Observações
Trimestre
Factor de Risco
Não foi encontrada qualquer Bacitracina
associação
com
malformações
em
uso
C
exclusivamente tópico. Toxicidade
em
estudos
animais; defeitos do tubo neural e morte em ratos;
Baclofeno
usar apenas se o benefício
CM
potencial for superior aos riscos. Foram referidas anomalias fetais; efeitos de supressão Barbitúricos
no
RN
e
depressão 1º, 2º e 3º
D
respiratória. V. Fenobarbital. Beclometasona
160
Não
existem
dados
que
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
suportem entre
a o
associação fármaco
malformações V.
e
congénitas;
Corticosteróides
(intranasais e inalados) e Corticosteróides (sistémicos) . V. Inibidores da Enzima de Benazepril
Conversão da Angiotensina
2º, 3º
DM
1º, 2º e 3º
D
(IECAs) Benfluorex
Contra-indicado. Foram referidas anomalias do
desenvolvimento
esqueleto Benserazida
de
ratos.
produtores
do Os não
CM
recomendam o seu uso em mulheres
em
idade
de
engravidarem. V. Levodopa. Pouca
Benzilpenicilina
probabilidade
causar danos fetais.
Benzilpenicilina
Pouca
benzatínica
causar danos fetais.
Benzoato benzilo
de
de
probabilidade
de
Contra-indicado.
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
B
B
C
161
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Evitar o uso regular (risco de sintomas
de
supressão
neonatal); usar apenas em situações como
bem
no
definidas,
controlo
de
convulsões. Risco reduzido de malformações tipo fenda palatina e lábio leporino; recomenda-se a realização Benzodiazepinas
de ecografia de nível 2. Doses elevadas durante a
1º, 2º e 3º
D
fase final da gravidez ou durante
o
parto
podem
causar hipotermia neonatal, hipotonia,
depressão
respiratória; dificuldades na alimentação
do
RN (bebé
mole). O diazepam e o clorodiazepóxido são os mais suspeitos. Não atravessa a placenta em Besilato atracúrio
quantidades
de significativas,
mas
recomenda-se usar apenas se o potencial benefício for superior ao risco.
162
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Pode influenciar a síntese de
colesterol
lipoproteínas Betametasona
e
no
de
feto.
V.
Corticosteróides
C
(sistémicos)
e
V.
Corticosteróides
(
intranasais e inalados) . CM (D se V.
Betaxolol
Bloqueadores
usado no
adrenérgicos beta.
2º e 3º trimestres)
Bezafibrato Bifosfonatos
V. Fibratos .
C
Os produtores recomendam
C
evitar. O produtor recomenda que
Bimatoprost
se
use
apenas
potencial
se
benefício
o
CM
for
superior ao risco. Não Biperideno
se
referências
encontram ao
seu
uso
CM
durante a gravidez. V.
Bisoprolol
Bloqueadores
adrenérgicos beta.
Bloqueadores
Não
há
provas
2º e 3º
de
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
D CM
163
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
adrenérgicos alfa teratogenicidade; (pós-sinápticos)
recomenda-se usar apenas quando
o
benefício
potencial for
superior ao
risco. Aparentemente,
não
são
teratogénicos, mas podem causar
redução
crescimento Bloqueadores adrenérgicos beta
do
intrauterino,
hipoglicemia
neonatal
e
bradicardia; o risco é maior
CM
na hipertensão grave; os colírios oftálmicos reservarse-ão para situações em que a relação benefíciorisco seja clara. Algumas dihidropirinas e o diltiazem são teratogénicos
Bloqueadores da entrada do cálcio
em animais; podem inibir o parto; o risco para o feto tem
CM
de ser contrabalançado com o
risco
da
hipertensão
materna não controlada. Bloqueadores dos Serão receptores H2 da seguros; histamina 164
provavelmente utilização
pouco
racional na sintomatologia Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
BM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
dispéptica
comum
da
grávida. Não
Bloqueadores neuromusculares
foram
evidenciados
efeitos adversos no feto ou no RN.
Brimonidina
V. Apraclonidina.
Brinzolamida
V. Acetazolamida .
Brivudina
V. Aciclovir .
1º, 2º e 3º
Não há dados disponíveis.
Brometo
contracções uterinas. de
ipratrópio
Desconhece-se perigoso;
se não
D C
de Evitar; pode estimular as
distigmina
C CM
Benzodiazepinas .
Bromelaína
C
é há
C
informações disponíveis.
Brometo
de V. Bloqueadores da entrada
pinavério
do cálcio .
Brometo
de
piridostigmina Brometo
D
Evitar o uso regular; V.
Bromazepam
Brometo
B
CM
Usar apenas se o benefício potencial for superior aos
C
riscos. de Toxicidade
em
estudos
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
CM
165
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
tiotrópio
animais;
o
produtor
recomenda
usar
apenas
quando o possível benefício for superior ao risco. Bromexina
Aceitável.
B
Aparentemente não traduz Bromocriptina
risco significativo para
o
CM
feto. Brotizolam
V. Benzodiazepinas .
1º, 2º e 3º
D
Experiência clínica limitada em grávidas; quando em uso prolongado ou repetido de corticosteróides por via sistémica aumenta o risco de atraso do crescimento intra-uterino, mas não há Budesonida
evidência
de
atraso
crescimento
após
tratamento duração; provoca
do
de nos
vários
curta animais tipos
de
anomalias (fenda palatina, anomalias que
não
relevância
166
do
esqueleto)
parecem em
ter
humanos;
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
evitar. Buflomedil Buprenorfina Bupropiona Buserrelina
Não
se
dispõe
de
C
informação útil; evitar. 3º
V. Analgésicos opiáceos. Não
se
dispõe
B
de
C
informação útil; evitar. Evitar. Não
C estão
referidos
quaisquer efeitos sobre o
Buspirona
BM
feto após administração no 1º trimestre. Várias
malformações
congénitas; baixo peso de Bussulfano
nascimento;
o
produtor
recomenda
contracepção 1º, 2º e 3º
DM
durante o tratamento e até 6 meses depois no homem ou mulher. V. Ciclofosfamida . Butamirato
Fármaco
Não
se
dispõe
de
C
informação útil; evitar.
Observações
Trimestre
Factor de
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
Risco
167
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Não
há
evidência
agressividade
de
fetal;
o
produtor recomenda que Cabergolina
se
interrompa
1
mês
D
antes de uma concepção programada
e
evitar
durante a gravidez. Usada com
moderação
não representa risco para o feto; em doses altas Cafeína
pode
produzir
aborto 1º, 2º e 3º
B
espontâneo, baixo peso de nascimento e redução do perímetro craneano. Não existe informação útil;
Calaguala
C
evitar. Durante a gravidez a dose
Calcifediol
diária recomendada é de 400 UI. O
Calcipotriol
A (D se usada em doses acima das recomendadas)
produtor
recomenda
que se evite sempre que
D
possível. Calcitonina salmão
168
de Não há referências que relacionem
o
uso
de
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
B
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
com
calcitonina
malformações congénitas. A (D se usada em doses
V. Colecalciferol .
Calcitriol
acima das recomendadas)
Desconhece-se
o
risco
potencial para o feto no 1º trimestre; durante o 2º e 3º trimestres os fármacos que actuam no sistema renina-angiotensina
Candesartan
podem
causar
fetais
e
(hipotensão,
lesões
neonatais disfunção
renal, oligúria e/ou anúria,
1º, 2º e 3º
D
oligohidramnio, hipoplasia craniana,
atraso
do
crescimento intra-uterino) e
morte;
descritos pulmonar,
foram
ainda
hipoplasia deficiências
faciais e contracturas dos membros. V. IECAs. Cânfora
Em uso tópico não foram localizadas malformações Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
169
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
congénitas;
só
é
potencialmente tóxica, e mesmo
fatal,
se
for
tomada em doses altas por via oral. Contra-indicado. Hipotensão neonatal, insuficiência renal in utero, no feto e no RN, em relação com a hipotensão redução
fetal
e
do
fluxo
sanguíneo
renal;
deformações da face ou
Captopril
crâneo e/ou morte; atraso do
crescimento
uterino,
1º, 2º e 3º
DM
1º e 3º
CM
intra-
prematuridade,
ductus arteriosus patente; nos casos em que for indispensável o uso do fármaco na mãe, recorrer à
dose
mais
baixa
possível. Malformações congénitas Carbamazepina
major, evocadas
170
respostas anormais
no
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
cérebro
auditivo,
estrabismo, astigmatismo, anisometropia; negativa
influência
no
peso
corporal, na altura e no perímetro
craneano,
atraso mental (síndrome da carbamazepina; íleo paralítico).
V.
Antiepilépticos. Carbasalato cálcico
V. Ácido acetilsalicílico. É
sempre
usada
1º, 2º e 3º
C
em
associação com a L-Dopa e as referências ao uso da
Carbidopa
associação
na
C
gravidez são poucas; se indicada
a
terapêutica,
não deve ser subtraída durante a gravidez. Bócio
neonatal
hipotiroidismo; Carbimazol
associado
a
com foi aplasia
2º e 3º
D
cutânea do RN; elevação de TSH. V. Antitiroideus.
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
171
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Carbocisteína
Evitar.
1º
Durante Carbonato
a
gravidez
C
a
de ingestão diária não deve
cálcio
A
ser superior a 1500 mg de cálcio. Evitar
no
1º
trimestre;
atravessa a placenta em Carboximaltose
estudos
férrica
influenciar
animais;
pode o
desenvolvimento
1º
DM
do
esqueleto. Atraso
Carteolol
do
crescimento
fetal. V.
1º
CM (D no 2º e 3º trimestres)
Bloqueadores
adrenérgicos
beta;
a
reduzida experiência na
Carvedilol
gravidez qualquer
humana
limita
avaliação
C
do
risco fetal. Cascara
Evitar.
Cefalosporinas
Celecoxib
172
BM
Não são conhecidas como perigosas. Teratogénico
e
tóxico
embrionário em animais; Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
BM
CM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
os riscos potenciais, em caso de gravidez, não podem ser excluídos; as mulheres em idade fértil devem
usar
contraceptivos adequados, em caso de terapêutica; evitar. V. Antiinflamatórios
não
esteróides e V. Inibidores selectivos da Cox 2 . Cetazolam
V. Benzodiazepinas. Ausência
de
1º, 2º e 3º
D
efeitos
adversos para a grávida, a saúde do feto e do RN, num número limitado de exposições gravidez; Cetirizina
animais
durante estudos
não
efeitos
a em
revelaram
sobre
a
reprodução
e
genotoxicidade;
a
prescrição deve,
no
efectuada
a
B
grávidas
entanto,
ser com
precaução. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
173
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Refere-se teratogenicidade Cetoconazol
estudos
em
animais;
evitar-se
a
CM
deve
gravidez
durante o tratamento. BM ou D (se Cetoprofeno
V. Anti-inflamatórios não
usado no 3º
esteróides .
trimestre ou perto do parto)
Contra-indicado durante a gravidez, o parto e o Cetorolac
período expulsivo; V. Anti- 1º, 2º e 3º inflamatórios
não
CM (D se usado no 3º trimestre)
esteróides . Cetotifeno
V. Anti-histamínicos H1 . O
Cetrorrelix
produtor
evitar
C
recomenda
na
gravidez
CM
confirmada. Ciamemazina
V. Antipsicóticos .
C
Só os défices maternos
A (C se for
graves em vitamina B12
usada em
Cianocobalamina (hidroxocobalamina) podem
originar
megaloblástica
174
doses
anemia
superiores às
com
necessidades
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
diárias)
consequente infertilidade e RN de baixo peso. Não Ciclobenzaprina
são
conhecidas
referências
ao
relaxante
uso
muscular
3º
B
1º
D
durante a gravidez. Possibilidade de diversas malformações congénitas. Recomenda-se Ciclofosfamida
a
contracepção
eficaz
durante pelo menos 3 meses
após
administração a homens ou mulheres. Não Ciclopirox
são
conhecidas
referências
a
malformações
na
BM
sequência de aplicação cutânea. Aparentemente
não
qualquer Ciclosporina
há risco
teratogénico para o feto, excepto
o
atraso
crescimento prematuridade;
no
CM
ou o
uso
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
175
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
deste fármaco durante a gravidez
deve
ser
supervisionado
por
especialista. V. Inibidores da enzima Cilazapril
de
conversão
da
DM
angiotensina . Evitar;
Cilostazol
toxicidade
em
CM
estudos animais. V.
Bloqueadores
receptores
H2 ;
histamina
Cimetidina
dos da
evitar,
a
BM
menos que seja essencial pela
possibilidade
de
feminização. Usar
apenas
benefício
Cinacalcet
se
potencial
o for
C
superior ao risco; não há informação disponível.
Cinarizina
V. Anti-histamínicos H1.
C
Ciprofibrato
V. Fibratos.
C
Durante a gestação não Ciprofloxacina
parece estar associada a malformações congénitas
176
1º
CM (D para alguns autores)
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
graves;
os
dados
disponíveis em animais levam a contra-indicá-la durante a gravidez, em especial no 1º trimestre, até
porque
existem
alternativas mais seguras. É um fármaco usado na mulher, Ciproterona
apenas
em
associação estrogéneos;
com
D
contra-
indicado. Não se recomenda o seu
Cisaprida
CM
uso durante a gravidez. V.
Citalopram
Antidepressores inibidores selectivos da recaptação
1º e 2º
D
1º e 2º
DM
da serotonina. Evitar; Citarabina
várias
malformações congénitas em estudos animais. Contra-indicada
Citicolina
na
gravidez.
Citotóxicos
Podem
produzir
aborto 1º, 2º e 3º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
D X
177
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
espontâneo, perda fetal e malformações. Não
foram
efectuados
estudos em grávidas, pelo Citrato
de que o seu uso só deverá
potássio
ocorrer
A
quando
estritamente necessário e sob vigilância médica. Interferência Citrulina
com
o
crescimento ósseo; usar 1º, 2º e 3º
D
com cuidado. Não
é
recomendada
durante a gravidez; evitar a menos que o potencial benefício Claritromicina
seja
superior
aos riscos; não pode ser excluída a possibilidade
1º
DM
1º, 2º e 3º
C
1º e 3º
BM
1º
B
de efeitos adversos no desenvolvimento embriofetal com base em estudos animais. Cleboprida
Não usar.
Clemastina
V. Anti-histamínicos H1 .
Clenbuterol
Evitar
178
durante
o
1º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
trimestre;
o
uso
por
inalação tem a vantagem de
as
concentrações
plasmáticas
não
serem
provavelmente
tão
elevadas que afectem o feto. Clindamicina Clobazam
Desconhece-se
se
é
B
perigosa. V. Benzodiazepinas . V.
1º, 2º e 3º
Corticosteróides
(intranasais e inalados) e
Clobetasol
D
Corticosteróides
C
(sistémicos). V. Clobetasona
Corticosteróides
(intranasais e inalados) e Corticosteróides
C
(sistémicos). Efeitos
teratogénicos:
mola hidatiforme, aplasia da retina, sindactilia, pé Clomifeno
boto,
defeitos
de 1º, 2º e 3º
XM
pigmentação, microcefalia;
contra-
indicado. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
179
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Letargia
neonatal,
hipotonia, Clomipramina
cianose,
hipotermia;
V.
3º
CM
Antidepressores tricíclicos . V. Clonazepam
Antiepilépticos
Benzodiazepinas;
e íleo
D
paralítico. Tem sido usada em todos os
trimestres,
experiência
com limitada
relativamente ao 1º. Pode baixar
Clonidina
a
frequência
cardíaca fetal mas o risco
C
deve ser avaliado contra o risco
de
hipertensão
materna não controlada; evitar o uso intravenoso. Contra-indicada
Clonixina
na
gravidez.
D
Os estudos de segurança pré-clínica não mostraram Cloperastina
efeitos adversos sobre a função reprodutora, mas usar
180
só
se
for
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
CM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
indispensável
e
sob
controlo médico. Evitar; não existem dados
Clopidogrel
C
disponíveis. Malformações da árvore
Clorambucilo
genito-urinária;
evitar;
recomenda-se
fazer
contracepção
eficaz
1º, 2º e 3º
DM
3º
C
1º
D
durante a administração ao homem ou à mulher. Síndrome Cloranfenicol
do
cinzento.
bebé Efeitos
teratogénicos. Clorazepato
V. Benzodiazepinas .
dipotássico
Pode causar acidose na Cloreto amônio
de
mãe e no feto quando consumido em grandes quantidades
perto
C
do
termo da gravidez. O uso de suplementos de Cloreto potássio
de potássio na gravidez só deve
ocorrer
quando
B
estritamente necessário e
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
181
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
sob vigilância médica. V.
Benzodiazepinas;
o
uso desta benzodiazepina foi
associado
a
um
Clorodiazepóxido aumento
de
1º e 3º
D
malformações congénitas graves e a sintomas de supressão. Estudos
animais
não
demonstraram risco para Clorofeniramina
o feto e não há estudos
CM
controlados em grávidas. Evitar.
V.
Anti-
histamínicos H1 . Clorofenoxamina V. Anti-histamínicos H1 . Cloro-hexidina
Não
oferecer
B
qualquer perigo. V.
Cloropromazina
parece
C
Antipsicóticos
Eventuais
.
efeitos
3º
C
extrapiramidais no RN. Clorpropamida
V. Sulfonilureias
3º
Evitar; aceitável só para Cloroquina
profilaxia e se a viagem é inadiável; V. Antimaláricos
182
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
. Clorotalidona Clotrimazol
V. Diuréticos .
D
Não há contra-indicações
B
ao uso intravaginal. Evitar
o
uso
regular;
doses altas no final da Cloxazolam
gravidez
e
no
parto
podem causar hipotermia neonatal,
hipotonia
3º
C
e
depressão respiratória. Não existem dados que documentem o risco deste fármaco
Clozapina
na
gravidez; a
BM
utilização terá em conta a natureza e a gravidade da doença de base.
Codeína
Síndrome de privação no
C (D, se usada
RN; só utilizar apenas se
por períodos
for indispensável; evitar
Codergocrina Colecalciferol
3º
prolongados ou
no final da gravidez. V.
em doses
Analgésicos opiáceos .
elevadas)
Evitar;
o
seu
uso
na
gravidez exige vigilância. Durante
a
gravidez
C
a 1º, 2º e 3º A (D, se usado
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
183
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
ingestão diária não deve
em doses
ser superior a 600 UI de
superiores às
vitamina
D3
(colecalciferol); sobredosagem
recomendadas)
a acarreta
hipercalcemia prolongada, podendo
conduzir
ao
atraso mental e físico, estenose
aórtica
e
retinopatia na criança. Como não é absorvida, Colestipol
admite-se não ter efeito
B
sobre o feto. Usar
com
cuidado;
embora não seja absorvida, admite-se Colestiramina
poder conduzir a défice em
2º e 3º
B
vitaminas
lipossolúveis, quando em uso prolongado. Deve
ser
usada
cautelosamente durante a Colquicina
gravidez; o uso pelo pai antes da concepção não parece apresentar risco reprodutivo,
184
mas
pode
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
DM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
provocar
raramente
azoospermia. Os dados epidemiológicos
Contraceptivos
são sugestivos de não
orais
C
existir perigo para o feto. O benefício do tratamento
Corticosteróides (
intranasais
é superior ao risco; a
e utilizar
inalados)
só
benefício
quando potencial
o
C
for
significativo. Em
animais
fenda
palatina
anomalias
a
esqueleto parecem
provocam nível que
ter
e do não
relevância
em humanos; risco de diabetes
gestacional
Corticosteróides
hipertensão;
(sistémicos)
atraso
no
intra-uterino prolongado
risco
e de
crescimento em ou
1º
D
uso
repetido
por via sistémica; risco de insuficiência suprarrenal; usados
só
em
exacerbações da asma e na dose eficaz mais baixa Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
185
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
se
indispensáveis;
serem
usados
frequência,
a com
administrar
durante o parto; vigiar se há edemas. Cortisona
Evitar. Risco
teratogénico
trimetoprim Co-trimoxazol
é
D
1º e 3º
DM
(o um
antagonista dos folatos). Hemólise
1º
neonatal
e
metahemoglobinemia. Crotamiton
Evitar.
Fármaco
C
Observações
Dabigatrano etexilato
Deve toxicidade
Trimestre
evitar-se em
Factor de Risco
por
estudos
CM
animais. Não se conhecem efeitos nocivos relativamente ao
Dalteparina sódica
curso da gravidez e à
BM
saúde da criança antes e após o nascimento. Danazol
186
Evitar;
efeitos 1º, 2º e 3º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
X
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
androgénicos
e
de
masculinização
do
feto
feminino. Não é um fármaco com Dapoxetina
indicação para uso em mulheres. Hemólise
e
metahemoglobinemia Dapsona
neonatal;
administrar
5
3º
CM
mg/dia de ácido fólico à mãe. Evitar de acordo com o Darbepoetina alfa
produtor;
não
há
C
evidência de perigo nos estudos animais. V.
Deflazacorte
Corticosteróides
(intranasais e inalados) e
D
Corticosteróides (sistémicos). Não
se
referidos Dequalínio
teratogénicos,
encontram efeitos mas
só
deve ser utilizado durante
1º
CM
o 1º trimestre por razões ponderadas. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
187
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Derivados
da
cumarina
D (X para V. Anticoagulantes orais .
1º, 2º e 3º
o produtor)
Derivados ergotamínicos
Descongestionantes nasais
Vasoconstritores
e
uterotónicos;
contra-
D
indicados. Evitar, especialmente as formulações orais e na
C
grávida hipertensa. Teratogénico em estudos animais;
Desferroxamina
recomenda-se
evitar, a menos que o
CM
benefício potencial seja superior
aos
possíveis
riscos. Desconhece-se
a
segurança
a
gravidez; Desloratadina
durante só
deve
ser
usado durante a gravidez
C
nos casos em que os potenciais
benefícios
justifiquem os riscos. V. Anti-histamínicos H1 . Desmopressina
188
Efeito oxitócico reduzido no 3º trimestre; o uso
3º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
BM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
durante a gravidez não constitui um risco fetal relevante. Desogestrel
V. Contraceptivos orais . V.
C
Corticosteróides
(intranasais e inalados) e
Desonida
C
Corticosteróides (sistémicos). Pode influenciar a síntese de
colesterol
e
de
lipoproteínas no feto. V. Dexametasona
Corticosteróides
C
(intranasais e inalados) e Corticosteróides (sistémicos). Não há referência ao seu Dexbromofeniramina uso na gravidez, nem a
C
malformações congénitas. Dexcetoprofeno
V. Anti-inflamatórios não
C
esteróides (AINEs).
Dexibuprofeno
V. Ibuprofeno.
Dextrometorfano
V. Analgésicos opiáceos .
C
Dextropropoxifeno
V. Analgésicos opiáceos .
C
1º, 2º e 3º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
189
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Diacereína
Contra-indicado.
C
O uso crónico pode levar a dependência neonatal; o risco de fendas labiais e/ou
palatina
e
de
malformações cardiovasculares não está confirmado no momento actual; o uso deve ser restringido às alterações psíquicas Diazepam
graves
ea
rebeldes; 1º, 2º e 3º
epilepsias
D
preconiza-se o uso da dose eficaz mais baixa, pelo período de tempo mais curto; doses altas no final da gravidez e no parto podem hipotermia
causar neonatal,
hipotonia
e
depressão
respiratória.
V.
Benzodiazepinas . Usar Dibunato de sódio
apenas
se
indispensável; não existe
C
informação disponível. Diclofenac 190
V. Anti-inflamatórios não
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
BM (D
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
esteróides .
usado no 3º trimestre ou perto do parto)
Não há referência ao uso Dicloxacilina
do
fármaco
e
aparecimento
BM
de
malformações congénitas. Não
é
recomendável
durante toda a gravidez, a Didanosina
não ser que o potencial benefício
clínico
sobreponha
se
1º, 2º e 3º
C
claramente
aos potenciais riscos. Desconhecem-se Didrogesterona
os
possíveis efeitos durante
C
a gravidez. Difenidramina
V. Anti-histamínicos H1 . V.
BM
Corticosteróides
(intranasais e inalados) e Difluocortolona
Corticosteróides (sistémicos). Não devem ser corticosteróides
1º
D
aplicados tópicos
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
191
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
em grandes quantidades nem
durante
períodos
longos no 1º trimestre de gravidez. Não
há
referências
relacionando malformações congénitas Digoxina
com
os
digitálicos.
diferentes Pode
C
ser
necessário o ajuste de dose. Contra-indicado
na
grávida ou se há suspeita
Diltiazem
de gravidez. Teratogénico
DM
em estudos animais. O
uso
histamínicos Dimenidrinato
últimas
de
anti-
nas
duas
semanas
de
gravidez foi associado a
BM
fibroplasia retrolental nos filhos. Antiflatulento Dimeticone
frequentemente associado aos antiácidos. Não
192
há
relato
de
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
A
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
toxicidade
associada.
Compatível
com
a
gravidez. Há
referências
fibroplasia
retrolental
quando
Dimetindeno
os
anti-
histamínicos usados
a
C
foram
nas
2
últimas
semanas da gravidez. Atravessa a placenta; o Dinitrato
de
isossorbida
produtor recomenda evitar a menos que o benefício
CM
potencial seja superior ao risco. Não se dispõe de dados
Diosmina
C
úteis relativos ao seu uso na gravidez. Não há referências ao uso
Dipiridamol
deste
vasodilatador
C
durante a gravidez. Diprofilina
Dissulfiram
Irritabilidade
e
apneia
neonatal. Concentrações de
elevadas
acetaldeído
na
3º
C
1º
D
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
193
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
presença de álcool podem ser teratogénicas. Não
Ditranol
usar
durante
a
gravidez.
1º, 2º e 3º
D
1º e 3º
D
Não usar para tratar a hipertensão
durante
gravidez;
as
a
tiazidas
podem
causar
um
aumento
do
de
risco
defeitos congénitos, com Diuréticos
base
em
alargados.
estudos No
último
trimestre, o risco inclui trombocitopenia no RN, hipoglicemia, hiponatremia
e
hipocalcemia; evitar. Não Dobesilato de cálcio
há
informação
segura quanto ao seu uso
C
na gravidez. Em Docusato de sódio
uso
causar
crónico
pode
hipomagnesemia
C
na mãe. Evitar. Domperidona
194
De acordo com o produtor deve evitar-se.
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
CM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Usar Donepezilo
apenas
se
o
benefício for superior ao
C
risco. Contra-indicada (toxicidade
Dorzolamida
animais).
em
estudos
Pode
causar
1º e 3º
D
trombocitopenia neonatal. Antidepressores
V.
Dosulepina
D
tricíclicos . Não
Doxazosina
há
evidência
de
teratogenicidade,
mas
recomenda-se
usar
durante
a
gravidez,
BM
apenas se o potencial benefício for superior ao risco. Contra-indicada
Doxiciclina
na
D
gravidez. Não existem dados que
Dropropizina
documentem o risco deste
C
fármaco na gravidez. Drospirenona Etinilestradiol Duloxetina
+
Contra-indicado. O
produtor
recomenda
1º, 2º e 3º
D
3º
C
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195
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
evitar por toxicidade em estudos em
animais;
evitar
doentes
com
incontinência urinária. V. Antidepressores inibidores da recaptação da serotonina. Evitar
relações
não
Dutasterida
sexuais
protegidas.
causar
Pode
feminização
do
1º, 2º e 3º
X
feto masculino.
Factor Fármaco
Observações
Trimestre
de Risco
V.
Ebastina
Anti-histamínicos
H1
não
sedativos.
Econazol
Desconhece-se se é perigoso.
C
Usar apenas se não existir
Efavirenz
C
alternativa.
C
Experiência limitada de uso, Eletriptano
pelo que o produtor recomenda que
se
use
apenas
se
o
benefício potencial ultrapassar
196
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B
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
o risco. Emedastina
V. Anti-histamínicos H1 .
C
Só deve ser usada se for indispensável; Emtricitabina
ausência
malformações
de e
CM
embriotoxicidade em estudos animais. É
teratogénico,
causando
oligohidramnios, defeitos renais com anúria, contractura dos membros,
Enalapril
deformação
craneofacial pulmonar. enzima
e V.
de
hipoplasia
Inibidores
da
conversão
da
1º, 2º e 3º
DM
angiotensina . Enoxaparina sódica
Não
parece
apresentar
qualquer risco fetal ou para o
BM
RN.
Entacapona
Evitar; não existe informação disponível.
CM
Usar apenas se o benefício Entecavir
potencial for superior ao risco; toxicidade em estudos animais;
DM
é necessário usar contracepção
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197
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
eficaz durante o tratamento. Epinastina
V. Anti-histamínicos H1 .
B
Evitar; não existe informação
Eplerenona
disponível.
CM
Não há evidência de riscos e os Epoetina
alfa,
epoetina beta
benefícios provavelmente
ultrapassam os
riscos
de
CM
anemia e de transfusão na gravidez; evitar.
Eprosartan
V. Antagonistas dos receptores da angiotensina . Evitar;
Eptifibatido
usar
apenas
se
D
o
benefício potencial ultrapassar
C
os riscos possíveis. Evitar; oxitócica sobre útero grávido; pode ocorrer resposta idiossincrásica Ergotamina
na
mãe com
perigo para o feto; a associação 1º, 2º e 3º de
ergotamina,
cafeína
D
e
propranolol pode representar um risco acrescido para o feto. Eritromicina Ertapenem
198
Não se sabe se é perigosa. Não foram efectuados estudos em mulheres grávidas e os
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
B CM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
estudos
em
animais
indicam
quaisquer
nefastos
quanto à
desenvolvimento
não efeitos
gravidez,
embrionário,
fetal e pósnatal. Recomendase, no entanto, que não seja usado na gravidez, excepto se o possível benefício for superior ao pontencial risco para o feto. V. Antidepressores inibidores Escitalopram
selectivos da recaptação da serotonina;
toxicidade
em
D
estudos animais. Não se dispõe de dados de uso da eslicarbazepina na grávida; estudos
animais
mostraram
toxicidade reprodutiva. Se a mulher a tomar eslicarbazepina fica
grávida,
Eslicarbazepina antiepiléptico
o
uso
deve
do ser
CM
reavaliado, usar a menor dose eficaz e, sempre que possível, em monoterapia no 1º trimestre; as
pacientes
devem
ser
avisadas quanto à possibilidade do
aumento
do
risco
de
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199
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
malformações. Não Esomeprazol
existe
disponível;
informação o
produtor
CM
recomenda precaução. Espasmolíticos
Não recomendados.
1º, 2º e 3º
C
Não foi estabelecida relação Espermicidas
entre o risco de espermicidas vaginais e as malformações
C
congénitas. Não Espiramicina
há
atribuam
referências à
que
espiramicina
C
quaisquer lesões fetais. Os diuréticos são, de um modo geral,
contra-indicados
na
gravidez; não há referências específicas
a
malformações
Espironolactona produzidas
pela Ocorreu
espironolactona. feminização masculinos
D
de em
fetos estudos
animais. Os inibidores da redutase da Estatinas
HMG-CoA diminuem síntese do 1º, 2º e 3º colesterol, outros produtos da
200
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
XM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
via biossintética do colesterol, componentes essenciais para o desenvolvimento fetal, incluindo a síntese de esteróides e das membranas celulares, podendo causar danos fetais. Contraindicadas na gravidez. Pode representar algum risco Estavudina
para
o
feto
em
C
desenvolvimento. Estazolam
V. Benzodiazepinas .
Ésteres etílicos Desconhece-se 90
o
1º, 2º e 3º potencial
do ácido efeito sobre o desenvolvimento
omega-3
D
C
fetal. Evitar.
Esteróides anabolizantes
Contra-indicados. Masculinização
feto 1º, 2º e 3º
D
feminino. Contra-indicado
durante
gravidez;
a
se
engravidar
Estradiol
do
durante
a
mulher a
terapêutica com estradiol, o
1º
X
fármaco deverá ser suspenso imediatamente. Estramustina
Evitar.
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
201
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Estreptomicina
Toxicidade no 8º par de nervos cranianos; não é teratogénica. Possibilidade prematura
de
de
primeiras Estreptoquinase
18
hemorragia
D
1º, 2º e 3º
D
1º, 2º e 3º
D
separação
placenta
possibilidade
2º e 3º
nas
semanas; teórica
fetal
durante
de a
gravidez. Evitar o uso pósparto,
pelo
perigo
de
hemorragia materna. Contra-indicado
Estriol
durante
a
gravidez. Risco de hemorragia no RN e
Etambutol
grávida
B
por
hipoprotrombinemia. Etanercept
Evitar;
não
há
informação
Etilefrina
Contra-indicada.
Etinilestradiol
V. Contraceptivos orais .
Etodolac
CM
disponível. 1º
X
Não há referências ao uso do
CM (D,
fármaco durante a gravidez,
se
mas o encerramento do ductus
3º
arteriousus in utero é sempre uma
202
D
consequência
possível,
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
usado no 3º trimestre
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
além da inibição do parto, do
ou perto
prolongamento da gravidez e da
do
supressão da função renal do
parto)
feto. Etofenamato
V.
Anti-inflamatórios
não
C
esteróides . Embriotoxicidade em estudos
Etofibrato
animais; o produtor recomenda
CM
não usar. Etomidato
V. Anestésicos gerais.
Etonorgestrel
V. Contraceptivos orais.
Etoricoxibe
V.
Anti-inflamatórios
3º
C C
não
esteróides .
1º, 2º e 3º
C
O produtor recomenda que se Everolímus
use apenas se o benefício
CM
potencial for superior ao risco; não há informação disponível.
Exemestano
V. Inibidores da aromatase.
1º, 2º e 3º
D
O produtor recomenda que se Ezetimiba
use apenas se o benefício potencial for superior ao risco;
CM
não há informação disponível.
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203
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Fármaco
Observações
Factor
VIII
coagulação
da
Pode
ser
Trimestre
Factor de Risco
usado
sempre que há défice
A
congénito. Evitar; usar apenas se
Famotidina
o benefício potencial suplantar
os
riscos
BM
possíveis para o feto. Não
se
encontram
informações
Febuprol
disponíveis quanto ao
C
uso na gravidez; evitar. Pouca
informação
sobre os efeitos do Felbamato
fármaco na gravidez humana;
o
CM
produtor
recomenda evitar. Pode inibir o parto; o risco para o feto deve Felodipina
ser ponderado contra o risco de hipertensão materna
não
controlada.
204
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
CM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Fenbufeno
V.
Anti-inflamatórios
não esteróides. Evitar
se
3º
C
1º
D
possível;
malformações
se
usada no 1º trimestre; pode causar redução Fenilefrina
do calibre dos vasos, produzindo
hipoxia
fetal e bradicardia no final
da
gravidez
e
durante o parto. Evitar; toxicidade em estudos
animais;
recomenda-se contracepção adequada
durante
a
administração; risco de malformações Fenobarbital
congénitas, (perímetro 1º, 2º e 3º craneano
D
reduzido,
dismorfismo
facial),
hipercalcemia neonatal;
atraso
do
desenvolvimento; hemorragia
ao
nascimento
e
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
205
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
dependência. Ausência de dados em humanos; embriotóxico Fenofibrato
em estudos animais; o produtor
CM
recomenda
evitar. V. Fibratos . A
maior
parte
estudos
dos
consideram
estes
antipsicóticos
seguros para a mãe e feto,
se
usados
ocasionalmente
em
doses baixas; outros Fenotiazinas
concluiram
que
as
fenotiazinas não são teratogénicas; evitar-se
B
devem
perto
do
termo pelo perigo de hipotensão materna e efeitos
adversos
neurológicos prolongados no RN. Por Fenotrina
segurança
não
durante
a
usar gravidez.
206
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Pouca
probabilidade
Fenoximetilpenicilina de causar danos fetais.
B
V. Penicilinas. Evitar; Fenspirida
não
há
dados úteis
B
disponíveis. B (D, se Bradicardia
fetal,
depressão respiratória
Fentanilo
neonatal.
V.
usado por 3º
períodos prolongados
Analgésicos opiáceos .
ou em doses altas)
Fenticonazol Ferro (parenteral)
Fexofenadina
Evitar.
C
Evitar.
V.
Carboximaltose férrica. V. Anti-histamínicos H1 . Embriotóxico estudos
Fibratos
1º
produtor
C
C
em
animais.
O
recomenda
CM
evitar. Contra-indicados; Fibrinolíticos
possibilidade
de 1º, 2º e 3º
D
separação prematura Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
207
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
da
placenta
nas
primeiras 18 semanas; risco
de
hemorragia
materna
ou
fetal
durante a gravidez ou após o parto. Toxicidade em estudos animais. Filgrastim
O
produtor
recomenda que se use apenas se o benefício
D
potencial for superior aos riscos. Evitar
nas
relações
sexuais
não
protegidas; Finasterida
pode
causar anomalias dos 1º, 2º e 3º órgãos externos
D
genitais do
feto
masculino. Não
se
informação produtor Fitomenadiona
dispõe
de
útil;
o
recomenda
que se use apenas se o benefício potencial for superior aos riscos; o uso de vitamina K
208
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
CM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
(fitomenadiona) durante numa
a
gravidez
situação
de
hipoprotrombinemia
e
prevenção de doença hemorrágica do RN é o tratamento de escolha. Recomenda-se evitar, Flavoxato
a menos que não haja
C
alternativa. Apesar de não serem conhecidas malformações Flubendazol
provocadas fármaco
pelo
na
humana,
C
espécie
não
se
recomenda o seu uso durante a gravidez. Flucloxacilina
V. Penicilinas.
B
Evitar; foram referidas múltiplas Fluconazol
anomalias
congénitas com doses elevadas (400 mg/dia) por prolongados,
1º
DM
períodos em
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
209
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
tratamento
para
a
coccidiomiase. Dose única de 150 mg não parece causar efeitos adversos na gravidez. Evitar, a menos que Flufenazina
seja
essencial.
V.
2º e 3º
C
Antipsicóticos. Evitar, de acordo com o produtor, a menos Flumazenilo
que
o
potencial
CM
benefício ultrapasse os riscos. V. Anti-histamínicos H1 Flunarizina
e
Bloqueadores
da
1º e 3º
C
entrada do cálcio . V. Fluocortolona
Corticosteróides
(intranasais e inalados) e
Corticosteróides
(sistémicos) . Agente de diagnóstico. Fluoresceína
Atravessa a placenta após aplicação tópica ocular.
210
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
B
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
V. Fluorometolona
Corticosteróides
(cutâneos, oftálmicos,
1º
D
intranasais e inalados). Não há aumento do risco de malformações Fluoroquinolonas
nem
de
problemas
C
músculo-esqueléticos; não há risco fetal. Fluorouracilo
Teratogénico.
1º
X
Num estudo de cohort prospectivo,
não
foi
encontrado
aumento
do risco; em estudos Fluoxetina
CM
animais mostrou poder produzir
alterações
talvez permanentemente
no
cérebro. Flupentixol
V. Antipsicóticos . Não
se
dispõe
C de
informação útil quanto
Flupirtina
ao
seu
uso
C
na
gravidez; evitar. Flurazepam
V.
Benzodiazepinas;
1º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
XM
211
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
alguns
fármacos
do
grupo podem causar anomalias fetais. BM (DM, se Flurbiprofeno
V.
Anti-inflamatórios
não esteróides .
usado no 3º 3º
trimestre ou perto do parto)
V. Fluticasona
Corticosteróides
(intranasais e inalados) e
C
Corticosteróides
(sistémicos). V. Estatinas; o uso de Fluvastatina
fluvastatina
está
contra-indicado
1º, 2º e 3º
XM
durante a gravidez. V. Fluvoxamina
Antidepressores
inibidores
da
recaptação
da
CM
serotonina . Evitar no 3º trimestre; Folcodina
depressão repiratória e efeitos de supressão
3º
no RN.
212
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
O produtor recomenda Folinato de cálcio
que se use apenas se
CM
o benefício potencial for superior ao risco.
Folitropina alfa
Evitar.
C
Folitropina beta
Evitar.
C
O produtor recomenda evitar-se, a menos que Fondaparinux
o benefício potencial
CM
seja superior ao risco possível
-
não
há
informação útil. Em
experimentação
animal
provocou
perdas de implantação e
redução
sobrevivência
da numa
fase precoce pósnatal Formoterol
e do peso à nascença. Só
deverá
durante após
a
1º e 3º
D
usar-se gravidez ponderar
convenientemente
a
situação, em especial nos 3 primeiros meses Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
213
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
e
pouco
antes
do
parto. Toxicidade em estudos animais; Fosamprenavir
o
produtor
recomenda,
mas
DM
apenas se o benefício for superior ao risco. Porque o número de exposições no Fosfomicina
1º
humanas
trimestre
é
reduzido, o tratamento
BM
com o antibiótico deve ser
retardado
até
depois do período da organogénese. V. Fosinopril
Inibidores
da
enzima de conversão
2º e 3º
DM
da angiotensina . Frovatriptano
V. Agonistas 5-HT1 e Triptanos.
C
O produtor recomenda evitar; Fulvestrante
aumenta
incidência anomalias morte
214
em
a de 1º, 2º e 3º
fetais
e
estudos
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
DM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
animais. Furosemida
Fármaco
V. Diuréticos .
CM
Observações
Trimestre
Factor de Risco
Atraso no crescimento fetal em animais; a falta de dados não permite
uma
conclusão acerca da segurança
da
gabapentina durante Gabapentina
D
a gravidez; só deve ser usada durante a gravidez quando os potenciais
benefícios
justificam
os
riscos
potenciais para o feto. V.
Antiepilépticos
e
anticonvulsivantes.
Galantamina
Atraso
do
desenvolvimento
em
D
estudos animais. Ganciclovir
O risco teratogénico recomenda o uso na
1º, 2º e 3º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
DM
215
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
gravidez apenas em afecções
muito
graves, em doentes imunodeprimidos com infecções
por
citomegalovírus; assegurar contracepção
eficaz
durante o tratamento e até 90 dias depois, em ambos os sexos. O produtor recomenda evitar
Ganirrelix
na
gravidez
confirmada; toxicidade
1º, 2º e 3º
DM
1º
CM
1º
D
1º, 2º e 3º
D
em estudos animais. Não deve ser usado Gemfibrozil
durante a gravidez. V. Fibratos. Displasia
renal;
defeitos no rim fetal; Gentamicina
atraso do crescimento renal.
V.
Aminoglicosídeos . Gestrinona
216
Evitar.
Pode causar
virilização dos
fetos
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
femininos. Pode não inibir a ovulação em todas as mulheres. Não se recomenda o seu uso Ginkgo Biloba
durante
a
gravidez por falta de estudos realizados de
C
acordo com critérios validados. É
desaconselhado
pela
actividade
estrogénica e por falta
Ginseng
de indicações seguras que
justifiquem
C
o
seu uso. O produtor recomenda Glatirâmero (acetato)
evitar, a menos que o benefício
potencial
CM
seja superior ao risco. V.
Sulfonilureias; os
hipocligemiantes orais Glibenclamida
não estão indicados
CM
na diabetes durante a gravidez. Glicerol
Usar
apenas
em
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
217
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
situações pontuais. V. Sulfonilureias; os hipoglicemiantes orais Gliclazida
não estão indicados
CM
na diabetes durante a gravidez. V. Sulfonilureias;
os
hipoglicemiantes orais Glimepirida
não estão indicados
C
na diabetes durante a gravidez. V.
Sulfonilureias; os
hipoglicemiantes orais Glipizida
não estão indicados
CM
na diabetes durante a gravidez. Inibidores da dipeptidil peptidase 4 (DPP-4),
Gliptinas
contra-indicadas
na
C
gravidez. Não são conhecidos Glucagom
efeitos nocivos sobre
A
o feto ou o RN. Glucosamina
218
Evitar de acordo com
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
o produtor; não há referências ao uso do fármaco
durante
a
gravidez. Gonadotropina coriónica
Evitar.
C
Evitar
durante
a
gravidez pelo risco de aborto
ou
fetal;
anomalia
excluir
a
possibilidade de uma
Goserrelina
gravidez
antes
tratamento
e
contracepção hormonal
do
1º e 2º
D
fazer não
durante
o
tratamento. Halazepam
V. Benzodiazepinas .
1º, 2º e 3º
D
V. Halofantrina
Antimaláricos. Contra- 1º e 3º
C
indicada. Haloperidol
V. Antipsicóticos .
CM
Osteoporose materna Heparina sódica
após uso prolongado; 1º, 2º e 3º
B
os frascos multidose
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
219
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
contêm
álcool
benzílico
que
os
produtores recomendam evitar-se.
dever É
o
anticoagulante
de
escolha
se
estiver
indicado
durante
a
gravidez. Hidroclorotiazida
V. Diuréticos . Usar com precaução. V.
Hidrocortisona
1º, 2º e 3º
D
Corticosteróides
(intranasais
e
inalados)
e
C
Corticosteróides (sistémicos). Hidromorfona
V.
Analgésicos
3º
B
1º
C
em estudos animais; 1º
D
opiáceos. Não
recomendado;
não foram
Hidrosmina
encontrados
estudos
em grávidas. Hidroxicarbamida (hidroxiureia)
220
Evitar;
teratogénica
recomenda-se
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
contracepção antes
e
eficaz
durante
a
administração. Evitar para a doença reumática. usada
Quando
em
elevadas Hidroxicloroquina
doses e
por
períodos longos causa
C
alterações neurológicas interfere
e com
o
ouvido, o equilíbrio e a visão do feto. V.
Hidroxizina
Anti-histamínicos
C
H1 . Deve evitar-se. Evitar;
não
estabelecida
Hipericão
foi a
C
segurança do seu uso na gravidez. São
indutores
de
toxicidade fetal sem Hipoglicemiantes
disgénese. Evitar, a
orais
menos
que
seja
3º
CM
essencial; possibilidade
de
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
221
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
hipoglicemia neonatal. Hormona Paratiroideia
Evitar.
C
Hipertensão pulmonar persistente redução Ibuprofeno
do
do
amniótico;
RN;
líquido produção
fetal de urina. V. Antiinflamatórios
3º ou perto do parto
D
não
esteróides . Evitar; Idebenona
não
estabelecida
foi a
segurança do seu uso
C
na gravidez. Recomenda-se evitar; toxicidade em estudos Iloprost
animais;
deve
ser
usada
contracepção
eficaz
durante
DM
o
tratamento. O produtor recomenda evitar, a menos que o Imatinib
benefício seja
potencial
superior
D
aos
riscos.
222
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
V. Imidapril
Inibidores
da
enzima de conversão
DM
da angiotensina . Imidazóis (sistémicos) Imidazóis (tópicos)
Evitar.
C
Aceitável o seu uso durante a gravidez. Toxicidade
C
em
estudos
animais
descrita Imipenem
+ cilastatina;
Cilastatina
menos
para
a
evitar,
a
que
benefícios
os
CM
clínicos
potenciais ultrapassem os riscos. Imipramina
V.
Antidepressores
tricíclicos .
D
Não há evidência de efeitos
teratogénicos
ou tóxicos em estudos Imiquimod
animais;
o
produtor
recomenda
usar
apenas
se
potenciais
benefícios
ultrapassarem
C
os os
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223
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
riscos. Pode ser administrada
Imunoglobulina humana
contra
a
hepatite B
gravidez
profilaxia
para após
CM
exposição. Pode ser administrada
Imunoglobulina humana
na
contra
Varicela
a
à
grávida
saudável
dentro das 96 horas
C
após exposição. Não foram observados efeitos
adversos
no
Imunoglobulina
feto
humana normal
deve considerar-se a
ou
RNs,
mas
possibilidade
CM
de
aborto espontâneo. Suspender
após
diagnóstico gestação; Imunomoduladores
o de não
recomendados; aumentam
a
prematuridade
e
D
atraso do crescimento intra-uterino. Indacaterol
224
Não
se
dispõe
de
dados suficientes para
CM
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
fazer uma avaliação; o uso
só
deve
considerado benefício para
ser
se
o
esperado
a
mãe
for
superior ao possível risco para o feto. Indapamida
V. Diuréticos . Toxicidade
D em
estudos animais; usar apenas se o potencial benefício
ultrapassar
os riscos; não existe Indinavir
informação disponível; 3º risco
teórico
CM
de
hiperbilirrubinémia
e
de cálculos renais no RN, se usado no final da gravidez. Não se recomenda o
Indobufeno
C
seu uso na gravidez.
B (D se usado Indometacina
V.
Anti-inflamatórios
não esteróides .
3º
durante
mais
de 48 horas ou após
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as
34
225
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
semanas
de
gestação
ou
perto do parto) Evitar;
usar
contracepção adequada durante o
Infliximab
tratamento
e,
CM
pelo
menos, até 6 meses após a última dose. Inibidores
da
aromatase
Contra-indicados. Atravessam
1º, 2º e 3º
D
a
placenta
mas
escassos
os
disponíveis
são dados na
grávida; não há, até Inibidores da bomba ao de protões
momento,
evidência
BM
de
teratogenicidade, mas só devem ser usados se
forem
absolutamente necessários. Inibidores da enzima Evitar. Podem afectar de
conversão
226
da o controlo da pressão
1º, 2º e 3º
D
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
angiotensina
sanguínea
(IECAs)
neonatal e a função
fetal
renal;
e
possíveis
malformações craneanas
e
oligohidramnios,
que
podem ser associados a morte fetal in utero; recomenda-se a sua substituição por outro anti-hipertensor
logo
após o diagnóstico de gravidez. A associação de ácido clavulânico
à
amoxicilina aumenta 6 vezes a toxicidade hepática, pelo que se Inibidores
das
lactamases beta
recomenda precaução na
gravidez;
tazobactam se
à
contra
o
C
associa-
piperacilina a
P.
aeruginosa, mas nao se conhece toxicidade específica
na
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227
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
gravidez. Possível aumento do risco Inibidores
da
Monoaminoxidase (IMAOs)
de malformações, mas não há dados concretos disponíveis;
2º e 3º
DM
1º, 2º e 3º
D
recomenda-se evitar. V.
Antidepressores
Inibidores da MAO. Reduzem
os
níveis
plasmáticos
de
colesterol
e
de
lipoproteínas, inibindo a síntese de colesterol e de outros produtos da via biossintética do Inibidores redutase
da colesterol, da
CoA (Estatinas)
que
são
HMG- componentes essenciais
para
o
desenvolvimento fetal, incluindo a síntese de esteróides
e
das
membranas celulares; podem causar danos fetais administrados
228
se à
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
grávida; se a mulher engravidar no decurso da terapêutica deve suspender imediatamente e ser avisada
do
perigo
potencial para o feto anomalias congénitas. Risco
de
acidose
láctica, por vezes fatal na
grávida;
não
recomendados Inibidores
da durante a gravidez, a
transcriptase reversa não
ser
que
potencial
o
1º, 2º e 3º
C
benefício
clínico se sobreponha claramente
aos
potenciais riscos. Efeitos em
teratogénicos
animais
apenas
doses
várias
para
Inibidores selectivos vezes superiores às da Cox 2
de
uso
clínico
em
C
humanos; não existem dados
disponíveis;
não deve ser usado Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
229
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
na gravidez. Inosina pranobex
Deve
evitar-se,
segundo o produtor.
CM
As necessidades de insulina
devem
ser
avaliadas frequentemente
por
um diabetologista ou um médico com treino Insulinas
no
controlo
da 1º, 2º e 3º
B
doença; na insulina lispro
não
há
aumento
de
malformações congénitas.
Evitar
insulinas inaladas. Evitar a menos que existam
Interferões
ponderosas;
abortos
espontâneos
em
mulheres
com
esclerose múltipla; as mulheres
com
potencial
para
engravidar tomar 230
razões
DM
devem medidas
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
contraceptivas
bem
como os homens que pretendam ser pais. O Iodeto de potássio
uso
de
iodetos
como
expectorantes
está
contra-indicado
2º e 3º
D
2º e 3º
D
2º e 3º
D
na gravidez. Bócio Iodetos
neonatal
e
hipotiroidismo permanentes. Pode
ser
em Iodopovidona
absorvido quantidade
suficiente para afectar a
tiróide
fetal
causando bócio neonatal e hipotiroidismo. V. Antagonistas dos receptores
da
angiotensina; as substâncias Irbesartan
actuam
no
que sistema 1º, 2º e 3º
D
renina-angiotensinaaldosterona
podem,
durante o 2º e 3º trimestre, causar IR do Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
231
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
feto
ou
neonatal,
hipoplasia do crâneo e mesmo
morte
por
fetal;
precaução,
também não deve ser usado durante o 1º trimestre da gravidez, antes de uma gravidez planeada
fazer
mudança
para
a um
tratamento alternativo adequado. No caso de uma
gravidez
ser
diagnosticada,
deve
interromper-se
o
ibersartan imediatamente; se o tratamento mantido, crâneo e
for avaliar
o
a função
renal por ecografia. Isoconazol
V. Fluconazol .
D
Desconhece-se se é Isoniazida
perigosa, tuberculose tratada
232
mas
a não
é
C
mais
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
perigosa
para
a
grávida e feto do que o
tratamento
da
doença. Malformações craneofaciais
e
cardíacas; deve ser usada eficaz Isotretinoína
contracepção durante
pelo
menos 1 mês antes do tratamento
oral,
1º, 2º e 3º
X
durante o tratamento e pelo menos 1 mês após evitar
a
suspensão; também
o
tratamento tópico. Isoxuprina
Ispagula
Isradipina
Evitar; desconhece-se se é perigosa.
C
Não ser administrado a grávidas. V. Bloqueadores da entrada do cálcio .
C
O produtor recomenda Itraconazol
evitar a menos que a 1º, 2º e 3º
DM
situação atente contra Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
233
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
a
vida
da
mãe;
toxicidade em doses elevadas no animal; assegurar contracepção
eficaz
durante o tratamento e até
à
próxima
menstruação, uma vez terminado
o
tratamento. Ivabradina
Evitar; toxicidade em
Evitar;
não
referência
há a
malformações Lacidipina
CM
estudos animais
em
estudos animais; pode produzir
3º
C
uso; 1º
C
relaxamento
do músculo uterino no final da gravidez com inibição do parto. Evitar por insuficiência de dados quanto à Lactitol
segurança
de
desconhece-se se é perigoso.
234
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Probióticos Lactobacillus acidophilus
regularizadores flora
da
intestinal;
A
são
considerados geralmente seguros. Não existe informação
Lactulose
disponível;
sem
BM
problemas de uso. Induziu embrioletalidade precoce em coelhas; não se recomenda o seu
uso
nos
três
primeiros meses
Lamivudina
de
gravidez por falta de informação
útil
1º
CM
1º
DM
na
mulher grávida; pode ocorrer láctica,
acidose por
vezes
fatal. O
benefício
do
tratamento é superior Lamotrigina
ao risco para o feto; o risco teratogenicidade
de é
maior se for usado Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
235
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
mais
do
que
um
fármaco;
em
associação
com
o
ácido
valpróico
foram
descritas
dismorfias da cabeça com
hipertelorismo,
ponta nasal achatada, orelhas e
em
baixa,
malformadas implantação micrognatia,
boca arqueada com lábio
superior
fenda
fino,
palatina,
aracnodactilia, camptodactilia, defeito do
septo
dedos
articular,
em
martelo,
redução das pregas, atraso motor aos 6 meses, cariótipo 47, XXX.
V.
Antiepilépticos
e
anticonvulsivantes. Lanreotida
236
Evitar;
atraso
crescimento
do em
CM
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
estudos animais. Recomenda-se usar
não
durante
o
1º
trimestre; evitar nos outros
trimestres;
o
uso de doses altas a Lansoprazol
longo
prazo
foi
carcinogénico
em
1º, 2º e 3º
DM
ratos e ratinhos de ambos
os
produzindo
sexos, tumores
intestinais no fígado e no testículo. Não deve ser utilizado durante a gravidez, a menos
que
seja
claramente necessário;
as
mulheres em risco de Lapatinib
engravidar ser
deverão
aconselhadas
utilizar
um
D
a
método
contraceptivo eficaz e evitar
engravidar
durante o tratamento com o lapatinib. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
237
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Latanoprost
O produtor recomenda evitar. Evitar; um
CM
metabolito
activo foi teratogénico em estudos animais; recomenda-se contracepção Leflunomida
eficaz
durante o tratamento 1º
CM
e, pelo menos, 2 anos após o tratamento nas mulheres
e,
pelo
menos, 3 meses no homem. Toxicidade estudos produtor Lenograstim
em
animais;
o
recomenda
usar apenas se os potenciais
C
benefícios
ultrapassarem
os
riscos. O produtor recomenda Lercanidipina
evitar;
não
há
CM
informação disponível. Letrozol
238
Contra-indicado
na
grávida. V. Inibidores
D
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
da aromatase . Leuprorrelina
Evitar;
teratogénica
em estudos animais. Toxicidade
D
em
estudos Levetiracetam
1º
animais;
evitar.
V.
Antiepilépticos
CM
e
anticonvulsivantes . Levobunolol
Levocabastina
V.
Bloqueadores
CM
adrenérgicos beta. V.
Anti-histamínicos
C
H1 . Não existem provas
Levocarnitina
de
teratogenicidade
C
em estudos animais. Levocetirizina
V.
Anti-histamínicos
H1 . Toxicidade
1º e 3º
C
em
estudos animais; não foram Levodopa
referidas
malformações
no
número
de
limitado
CM
gravidezes conhecidas em que foi Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
239
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
usado. Evitar. Levodopa
+ V.
Benserazida Levodopa
Levodopa;
Benserazida. + V.
Carbidopa
V.
Levodopa.
V. Carbidopa.
Levodopa
+ V.
Carbidopa
+ Carbidopa;
Entacapona
Levodopa;
C
V. V.
CM
Entacapona.
Levodropropizina
Não
se
de
informação útil; evitar V.
C
Quinolonas; deve
ser Levofloxacina
dispõe
considerado
contra-indicado, vez outras
que
uma
existem
CM
alternativas
mais seguras. O produtor recomenda Levofolinato cálcio
de que se use apenas quando o benefício for
CM
superior ao risco. Levomepromazina Levonorgestrel
240
V. Antipsicóticos . V. orais .
Contraceptivos
C C
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Controlar
a
concentração
sérica
materna de tireotrofina Levotiroxina sódica
e ajustar a dosagem se
necessário.
AM
A
concentração materna excessiva
pode
ser
prejudicial ao feto. V. Anestésicos locais; até ao presente não foram Lidocaína
evidenciadas
quaisquer
3º
C
malformações; usar se o
benefício
for
superior ao risco. Não foram observadas Lincomicina
quaisquer
B
malformações. Linezolida
Liotironina Lisado Escherichia klebsiela
Evitar;
não
há
informação útil. V.
Levotiroxina
sódica .
C
AM
de Não foram observados coli, efeitos
adversos
no
C
RN. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
241
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
pneumonias, polibacterianos V. Lisinopril
Inibidores
da
enzima de conversão
DM
da angiotensina . Evitar,
se
possível
(risco
de
malformações, incluindo malformações cardíacas - anomalia de
Ebstein);
possibilidade de bócio neonatal
e
hipotiroidismo; Lítio, sais
toxicidade neonatal do 1º, 2º e 3º
D
lítio - letargia e falta de coordenação entre a
sucção
e
a
deglutição; se houver necessidade
de
aumentar a dosagem no 2º e 3º trimestres, voltar rapidamente ao normal após o parto; recomenda-se
242
um
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
controlo apertado da litiemia
(risco
de
toxicidade no RN). Não
há
dados
disponíveis em grande Lodoxamida
número, mas não são
trometamol
sugestivos
de
associação
a
C
malformações. Loflazepato de etilo
V. Benzodiazepinas .
1º, 2º e 3º
D
Lomefloxacina
V. Quinolonas .
1º, 2º e 3º
D
Recomenda-se evitar Loperamida
por
falta
de
BM
informação disponível. V. Antivíricos. Evitar a solução
oral
pelo
elevado conteúdo em propilenoglicol; Lopinavir + ritonavir
produtor
o
recomenda
ainda que se evitem
DM
mesmo as cápsulas e comprimidos
pela
toxicidade em estudos animais.
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243
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Loprazolam
V. Benzodiazepinas . Embriotóxica
1º, 2º e 3º
D
em
estudos animais com múltiplos
da
dose
usada no homem. Não há Loratadina
associação
a
malformações
na
BM
espécie humana. Usar apenas
se
for
claramente necessário.
V.
Anti-
histamínicos H1 . Depressão respiratória Lorazepam
nos RNs expostos; V. 3º
DM
Benzodiazepinas . C (risco D se Lornoxicam
V.
Anti-inflamatórios
não esteróides .
usado 3º
doses terapêuticas no 3º trimestre)
Não foi estabelecida a segurança na mulher Losartan
grávida; nos animais 1º, 2º e 3º
D
podem ocorrer lesões e morte de fetos e
244
em
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
RNs;
no
2º
e
trimestre,
3º o
medicamento actua no SRAA
e
pode
provocar
lesões
e
morte fetal; a perfusão renal do feto humano começa
no
2º
trimestre e depende do
desenvolvimento
do SRAA. Evitar; teratogenicidade
em
humanos e animais.
Lovastatina
V.
Inibidores
redutase
da
da
1º
XM
HMG-
CoA . Lutropina alfa
Contra-indicada durante a gravidez.
D
Evitar a menos que Macrogol
seja essencial; não há
CM
informação disponível. Macrólidos Magaldrato
Não há efeitos lesivos para o feto. Não são conhecidos
A B
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245
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
efeitos lesivos para o feto. Não se sabe se a administração IV de curta Magnésio, sulfato
duração
na
eclampsia é inócua, mas
em
dose
excessiva
3º
C
pode
causar
depressão
respiratória neonatal. Não há referências à associação a defeitos congénitos,
mas
a
administração durante a gravidez só deve ocorrer
se
benefícios Maprotilina
os forem
superiores
ao
risco
para o feto; a ser usado
BM
deve
interromper-se semanas
antes
7 da
data prevista para o parto
para
evitar-se
sintomas irritabilidade
246
de para
o
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
RN. Evitar; peso Marijuana
e
redução
do
altura
ao
nascimento; da
atrasos 2º e 3º
aprendizagem
C
e
défices de atenção. Mebendazol
Evitar por toxicidade
CM
em estudos animais. Desconhece-se se é
Mebeverina
perigoso; recomenda-
CM
se evitar. Não usar na gravidez. Meclozina
V.
Anti-histamínicos
C
H1 . Evitar; foram referidas malformações genitais e cardíacas em fetos Medroxiprogesterona
de ambos os sexos. Não há evidência de efeito
adverso
1º, 2º e 3º
D
1º
CM
com
injecção depósito para contracepção. Mefloquina
Teratogenicidade estudos
em
animais;
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247
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
contra-indicada
na
gravidez. Contra-indicado.
Megestrol
V.
Progestagénios .
1º
D
1º
DM
3º
C
3º
C
Só está recomendada Melatonina
como hipnótico depois da menopausa. Evitar; recomenda-se contracepção adequada no homem
Melfalano
e na mulher durante o tratamento
com
o
fármaco. V.
Meloxicam
Anti-inflamatórios
não esteróides .
Melperona
V. Antipsicóticos . O produtor recomenda evitar a menos que seja essencial - em
Memantina
estudos
animais 2º e 3º
verificou-se
redução
C
do crescimento intrauterino. Menotropina
248
Evitar.
C
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Mepivacaína
V. Anestésicos locais. V.
Mequitazina
Mesilato
Anti-histamínicos
H1 .
de
di-
hidroergocriptina
Evitar; em
doses
elevadas
pode
C C
provocar aborto; pode ter efeitos lesivos para 1º, 2º e 3º
D
o feto mas não se sabe
se
é
teratogénico. Mesilato
de
di-
hidroergocristina Mesilato
de
Evitar;
usar
de
precaução
na
D
gravidez. di-
hidroergotamina
Contra-indicada.
D
Evitar; desconhece-se
Mesna
se é perigoso.
Mesoglicano sódico
V. Heparina sódica .
C B
Não foram referidos efeitos teratogénicos, Messalazina
não
obstante
atravessar a placenta em
BM
quantidades
desprezíveis;
usar
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249
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
com precaução.
Mesterolona
Contra-indicada
na
gravidez;
V. 1º
X
Androgénios . O uso crónico leva a dependência neonatal; RN pequeno para a Metadona
idade
gestacional; 1º, 2º e 3º
D
redução do perímetro craneano;
síndrome
de morte súbita. Metamizol magnésico
A
segurança
utilização
está 1º e 3º
D
definida. Contra-indicada;
a
insulina
é
normalmente
o
antidiabético
de
escolha Metformina
não
de
durante
a
gravidez se a dieta 1º, 2º e 3º isolada
não
BM
for
suficiente, para obter níveis de glicemia o mais próximo possível do normal para evitar
250
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
malformações fetais. Metildigoxina
V. Digoxina .
C
Perda Metildopa
fetal
aumentada;
baixo 1º, 2º e 3º
D
peso ao nascimento. Contra-indicada Metilergometrina
para
a indução do parto, no 2º e 3º estádios do
3º
C
parto e na eclâmpsia. Evitar, a menos que o potencial Metilfenidato
benefício
ultrapasse os riscos; experiência
limitada.
Toxicidade
em
C
animais. Metilprednisolona
Metipranolol
V.
Corticosteróides
(sistémicos). V.
1º
CeD
Bloqueadores
adrenérgicos beta Não parece aumentar o
Metoclopramida
risco
de
teratogenicidade.
C
Desconhece-se se é perigosa,
mas
o
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251
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
produtor
recomenda
que se use só se existirem
razões
compelativas. V.
Diuréticos
tiazídicos. usada Metolazona
Não
para
é
tratar
hipertensão
na
D
gravidez; pode causar trombocitopenia neonatal. V. Metopina
H1
Anti-histamínicos ;
não
se 1º e 3º
C
recomenda. Pode causar atraso do crescimento Metoprolol
CM (D se
intrauterino e redução do peso placentar; V.
1º, 2º e 3º
Bloqueadores
usado
no
2º
3º
trimestres)
adrenérgicos beta. Evitar; é teratogénico (anomalias Metotrexato
craniofaciais
e 1º, 2º e 3º
D
digitais); a fertilidade pode
252
ser
e
reduzida
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durante a terapêutica, mas este efeito pode ser
reversível;
produtor
o
recomenda
contracepção durante,
eficaz
e
pelo
menos, até 3 meses após o tratamento no homem e na mulher. Contra-indicado durante o 1º trimestre nas
doentes
tricomoníase, pode
ser
com mas
aceitável
durante o 2º e 3º Metronidazol
trimestres
se
as 1º
BM
terapêuticas alternativas falharam; evitando regimes de alta dosagem. Não há referências
a
malformações. Mexazolam Mianserina
V. Benzodiazepinas . V.
Antidepressores
tricíclicos .
1º, 2º e 3º
D C
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253
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Evitar, por toxicidade em estudos animais; deve Micofenolato mofetil
fazer-se
de contracepção
eficaz
durante o tratamento
1º
D
e até 6 semanas após interrupção
da
terapêutica. Evitar, a menos que seja
essencial.
Pequena Miconazol
quantidade
pode
ser
absorvida
pela
vagina
CM
mas
desconhece-se se é perigosa. O
uso
cesariana Midazolam
efeito
antes
da
tem
um
depressor
no
RN;
DM
V.
Benzodiazepinas . V.
Midodrina
Simpaticomiméticos.
3º
C
Só deve ser usada Milnaciprano
durante a gravidez se o
254
benefício
C
for
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
claramente
superior
ao potencial risco (não demonstrado)
de
teratogenicidade.
V.
Antidepressores. Contra-indicado.
Minociclina
V.
Tetraciclinas .
Minoxidil
Hirsutismo neonatal.
1º, 2º e 3º
D
3º
CM
Evitar por toxicidade em estudos animais; não foram referidas, até Mirtazapina
à
data,
consequências adversas
D
durante
gravidez
a
humana;
toxicidade em estudos animais. Evitar;
estimulante
uterino potente (tem sido Misoprostol
usado
por
induzir o aborto); pode 1º, 2º e 3º ser pode
DM
teratogénico e originar
nado-
mortos. Mizolastina
Evitar;
V.
Anti-
CM
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255
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
histamínicos H1 . Não foi estabelecida a segurança de uso na Moclobemida
gravidez;
V.
Antidepressores inibidores
C
da
monoaminoxidase . Toxicidade estudos Molgramostim
produtor
em
animais;
o
recomenda
evitar, a menos que o benefício
DM
potencial
seja superior ao risco. O produtor recomenda Mononitrato isossorbida
de evitar a menos que o benefício
potencial
CM
seja superior ao risco. Atravessa a placenta; não deve ser usado durante a gravidez, a Montelucaste
não
ser
que
seja
extremamente
CM
necessário, por falta de
estudos
controlados.
256
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Não há referências a malformações com o uso
terapêutico
morfina;
de
depressão
B
respiratória do recém-nascido (de 3º mães sintomas
supressão;
períodos longos ou em doses
toxicodependentes) com
se
usada por
neonatal; dependência Morfina
(D
altas)
de V.
Analgésicos opiáceos . Contra-indicada
na
gravidez; em animais não há evidência de Moxifloxacina
teratogenicidade
ou
redução de fertilidade,
1º, 2º e 3º
D
mas provocou lesões nas
cartilagens
de
suporte. O produtor recomenda Moxonidina
evitar;
não
há
CM
informação disponível. Multivitaminas
Não existem provas
A (o factor
de que o suplemento
de
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risco 257
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
de
vitaminas
possa
varia
prevenir a fenda labial
acordo
e/ou
com
do
palato;
o
de os
suplemento de folatos
excessos
nas
das
primeiras
semanas pode reduzir
vitaminas
o risco de defeitos do
individuais)
tubo neural. Não existe informação disponível;
Mupirocina
evitar,
a
CM
menos que o benefício seja superior ao risco.
Factor Fármaco
Observações
Trimestre de Risco CM
(D,
se usado Nabumetona
V.
Anti-inflamatórios
não
esteróides .
no
3º
trimestre ou perto do parto)
Nadifloxacina
258
Usar de precaução; evitar.
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
V.
Nadolol
Bloqueadores
adrenérgicos
beta.
Nadroparina cálcica Naftidrofurilo
CM
Não constitui risco para o feto.
B
Usar de precaução; evitar.
C
Usar
apenas
se
o
benefício
potencial for superior aos riscos; não deve ser dada à mãe para
Naloxona
reverter os efeitos dos narcóticos
BM
no feto ou no RN, a menos que a toxicidade seja evidente. Naltrexona
Usar
apenas
se
o
potencial
benefício for superior aos riscos.
CM
Contra-indicado na gravidez. V. Nandrolona
Androgénios
e
anabolizantes
D
(8.5.2.). BM
(D,
se usado Naproxeno
V.
Anti-inflamatórios
não
esteróides .
no
3º
trimestre ou perto do parto)
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259
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Evitar; não se dispõe de dados Naratriptano
seguros. V. Agonistas 5-HT1 da
C
serotonina. Evitar; Nateglinida
toxicidade
em
estudos
animais; usar a insulina durante a
D
gravidez em todos as diabéticas. V.
Nebivolol
Bloqueadores
adrenérgicos
beta.
Nedocromil sódico
V. Anti-histamínicos H1 .
CM
C
Não existe informação disponível; Nelfinavir
o produtor recomenda que se use
CM
apenas se for essencial. Não Neomicina
há
malformações
evidência
de
congénitas;
V.
C
Aminoglicosídeos . Não Neostigmina
há
evidência
de
malformações congénitas. Usar apenas se o benefício potencial
CM
for superior ao risco. Netilmicina
V. Aminoglicosídeos .
D
Recomenda-se evitar, mas poderNevirapina
se-á usar se estiver claramente indicada.
260
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CM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Não
foram
malformações
encontradas congénitas
mas
pode inibir o parto; toxicidade em
Nicardipina
estudos
animais;
Bloqueadores
da
evitar.
V.
entrada
do
CM
cálcio . Nicergolina
Usar de precaução; evitar.
C
Não se dispõe de informação útil; o produtor recomenda que se use
Nicorandilo
só se não houver uma terapêutica
CM
mais segura. Não
instituir
terapêutica
de
substituição durante a gravidez. A exposição inadvertida de curta duração durante o 1º trimestre não causará provavelmente dano ao
Nicotina
feto.
consideram cuidadosa nicotina
Alguns que de em
a
autores 1º, 2º e utilização 3º
adesivos mulheres
C
de que
consumiam mais de 20 cigarros por dia poderá ter uma relação benefício-risco positiva. Nicotinato alfatocoferol
de
Não se dispõe de informação útil.
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C
261
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Evitar; só deve ser dada à grávida com hipertensão grave que não responde à terapêutica padrão; Nifedipina
risco
de
hipóxia
fetal
por
CM
hipotensão materna; não associar a sulfato de magnésio IV; V. Bloqueadores
da
entrada
do
cálcio . Nilvadipina
V. Bloqueadores da entrada do
CM
cálcio . Hipertensão pulmonar persistente
Nimesulida
do
RN;
redução
do
líquido
amniótico. Não deve ser usado
2º e 3º
C
durante a gravidez. Não foi encontrado aumento de Nimodipina
malformações; V. Bloqueadores
CM
da entrada do cálcio . Não se dispõe de informação útil; o produtor recomenda que se use Nistatina
só se não houver uma terapêutica
B
mais segura; a absorção intestinal é desprezível. Nitrendipina
262
V. Bloqueadores da entrada do cálcio .
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CM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Não se recomenda o seu uso
Nitrofural
C
durante a gravidez. Pode provocar hemólise neonatal
Nitrofurantoína no feto com défice em G-6-PD, se 3º
C
usado perto do termo da gravidez. Não parece constituir perigo para Nitroglicerina
o
feto.
Não
existem
dados
B
suficientes que suportem o seu uso em pomada rectal. Evitar na gravidez, se houve uma
Nomegestrol
gravidez ectópica no passado ou
D
a mulher for portadora de quistos ováricos funcionais.
Nonoxinol
V. Espermicidas . Masculinização
Noretisterona
C dos
fetos
femininos e outras malformações; V. Contraceptivos orais .
Norfloxacina
O uso está contra-indicado no 1º trimestre; V. Quinolonas .
1º, 2º e 3º
D
1º
DM
Norgestrel
V. Contraceptivos orais .
1º
XM
Nortriptilina
V. Antidepressores tricíclicos .
1º
D
Fármaco
Observações
Trimestre Factor
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263
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
de Risco Atraso
do
desenvolvimento
fisiológico nos animais; possível Octreotido
efeito
no
crescimento
fetal; 1º, 2º e
recomenda-se que se use apenas 3º se
o
possível
benefício
BM
for
superior ao risco. Não parece estar associada a um Ofloxacina
risco acrescido de malformações;
CM
V. Quinolonas . A utilização terá em conta a natureza e a gravidade da doença de base; o produtor recomenda Olanzapina
que se use apenas se o benefício 3º
BM
potencial for superior aos riscos; letargia
neonatal;
tremor
e
hipertonia no RN. Olmezartan medoxomilo
O produtor recomenda evitar; V. Antagonistas dos receptores da angiotensina
Olopatadina
V. Anti-histamínicos H1 .
Ómega-3
Usar
ácido,
potencial for superior ao risco.
etilésteres
Não se dispõe de informação útil.
264
apenas
se
o
1º, 2º e 3º 1º e 3º
D
C
benefício
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CM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Toxicidade em estudos animais; Omeprazol
os estudos em humanos levam a
CM
aceitar não ser teratogénico na espécie humana.
Omoconazol Ondansetrom
Evitar. Usar
1º apenas
se
o
benefício
potencial for superior aos riscos.
D BM B (C, se
Opiáceos
São indutores de toxicidade fetal
usados
sem
por
disgénese;
depressão
respiratória neonatal; efeitos de
períodos
supressão
longos
em
RN
de
mães 3º
dependentes; estase gástrica e
ou
em
risco de pneumonia por aspiração
doses
na mãe durante o parto.
altas
a
termo) Não se dispõe de informação útil;
Orlistato
usar com precaução.
Oseltamivir Oxatomida Oxazepam Oxcarbazepina
Evitar. Evitar;
CM CM
não
foi
definida
a
segurança na grávida. V. Benzodiazepinas (Diazepam) . Risco de teratogénese, incluindo alterações do tubo neural. V.
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C D D
265
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Antiepilépticos
e
anticonvulsivantes. Oxerrutinas
Evitar; usar apenas se não houver
C
alternativas.
Oxibuprocaína Usar com precaução.
C
Toxicidade em estudos animais; Oxibutinina
usar
apenas
se
o
CM
benefício
potencial for superior ao risco. Oxifedrina
Não se conhecem os efeitos na
C
gravidez. Pode causar constrição dos vasos
Oximetazolina
uterinos com redução do fluxo sanguíneo,
hipóxia
fetal
C
e
bradicardia. Oxitetraciclina V. Tetraciclinas .
Oxitocina
Contra-indicada.
1º,
2º e
3º 1º, 2º e 3º
D
D
Experiência de uso limitado na Oxitriptano
gravidez, pelo que se recomenda
C
evitar. Oxolamina
266
Usar apenas se indispensável; não existe informação disponível.
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C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Fármaco
Observações Evitar.
Trimestre
Factor
de
Risco
Toxicidade
em estudos animais; usar apenas se o benefício for Paliperidona
potencial
superior
ao
risco. Se
for
CM
necessário interromper durante a gravidez, reduzir progressivamente. V. Antipsicóticos. Evitar por falta de Palonossetrom
informação
C
disponível. Pancreatina
Desconhece-se se é perigosa. Evitar;
Pangamato de cálcio
não
A
existe
informação
C
disponível. Fetotóxico Pantoprazol
animais;
em produtor
D
recomenda evitar-se Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
267
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
a
menos
que
benefício seja
o
potencial
superior
aos
riscos. Não há evidência de malformações; doses elevadas por períodos prolongados podem causar renal
doenças ou
hepática
fetal Paracetamol
de 2º e 3º
consequências
B
fatais; a combinação com
a
di-
hidrocodeína é de evitar na gravidez, em especial junto ao parto pelo risco de síndrome
de
privação. O uso crónico como laxante pode levar a Parafina líquida
reduzida
absorção
de
vitaminas
CM
lipossolúveis.
268
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Evitar, com Paricalcitol
de
acordo
o
produtor;
toxicidade
em
C
estudos animais. V. Vitamina D. Parnaparina sódica
Desconhece-se se é
C
perigosa. Dificuldade respiratória, hipoglicemia, icterícia,
Paroxetina
de
síndrome supressão
neonatal.
CM
V.
Antidepressores inibidores
da
recaptação
da
serotonina . Peginterferão alfa-2a
Peginterferão alfa-2b
Evitar. V. Interferões
D
. Evitar. V. Interferões
D
.
Pegvisomant
Contra-indicado.
Penciclovir
Não deve ser usado,
1º, 2º e 3º
D C
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269
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
a
menos
benefício
que
o
potencial
ultrapasse o possível risco. Evitar se possível; cútis laxa e outras Penicilamina
malformações congénitas, referidas
1º, 2º e 3º
D
raramente. Penicilinas
Não há risco fetal.
B
Referências limitadas ao seu uso durante a gravidez; Penicilinas Inibidores lactamases beta
+ evitar, a menos que das o
benefício
C
potencial ultrapasse o possível risco. V. Inibidores
da
lactamase beta. Pentoxifilina
Evitar.
CM
Perfenazina
V. Antipsicóticos .
C
Evitar, usar apenas Pergolida
se
o
benefício
D
potencial for superior
270
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
ao possível risco. V. Perindopril
Inibidores
da
enzima
de
conversão
da
D
angiotensina . Permetrina Peróxido de benzoílo
Evitar. Usar
com
precaução. Usar
Picetoprofeno
C
apenas
C
em
caso de necessidade
C
imperiosa. Picossulfato de sódio Pidolato de cálcio + Colecalciferol
Usar
com
precaução. Aceitável.
C
Toxicidade
em
estudos Pilocarpina
evitar;
C
animais; é
estimulante
um
C
do
músculo liso. Pimecrolímus
Contra-indicado.
D
Pimozida
V. Antipsicóticos .
C
Pioglitazona
Toxicidade
em
CM
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271
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
estudos animais; o produtor recomenda evitar; a insulina é normalmente usada em
todos
os
diabéticos durante a gravidez. Piperacilina
V. Penicilinas . O
A
produtor
recomenda que se Piperacilina Tazobactam
+ use
o
tazobactam
apenas
quando
potencial
C
o
benefício
for superior ao risco. Não
há
clínica mas Piperazina
evidência
de o
perigo,
RCM
do
produto avisa de que deve
ser
evitada
1º
B
durante a gravidez, excepto com receita médica. Piracetam Pirantel
272
O
produtor
recomenda evitar. Evitar.
CM C
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Deve ser usada só Pirazinamida
nos
primeiros
meses
2 de
2º e 3º
C
tratamento. Só utilizar tendo em Pirenoxina
conta
a
relação
C
benefício risco. Usar
com
precaução;
Piribedil
pouca
informação
C
disponível. A (C se for usado Piridoxina
em
Compatível com a
doses
gravidez.
superiores às necessidades diárias)
Não Pirissudanol
existem
referências ao seu uso
durante
a
C
gravidez, evitar. Não foram referidos Piritinol
efeitos tóxicos sobre o
feto,
mas
o
CM
produtor recomenda Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
273
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
evitar. Contra-indicado
Pirlindol
na
D
gravidez.
B V. Anti-inflamatórios
Piroxicam
não esteróides .
(D,
usado no 3º 3º
trimestre
ou
perto
do
parto) Pivmecilinam
V. Penicilinas. Não
Plantago afra
deve
administrado
A ser a
C
grávidas. Não Plantago ovata
deve
administrado
ser a
C
grávidas. Não há referências Policresuleno
ao uso do fármaco
C
na gravidez. Não
existe
informação Polistireno de sódio
sulfonato disponível;
o
produtor recomenda
C
que se use apenas se
274
o
se
benefício
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
potencial for superior ao possível risco. Não foi observada Polimixina B
associação
a
B
malformações congénitas. Não se conhecem contra-indicações para
a
forma
de
aplicação oftálmica; Povidona
em
outras 2º e 3º
D
aplicações pode ser absorvido
iodo
suficiente
para
afectar a tiróide fetal. Não
se
conhece
qualquer Pranoprofeno
indicação
contrapara
a
C
forma de aplicação oftálmica. Contra-indicado Pravastatina
durante a gravidez; V. Estatinas .
Prazepam
V. Benzodiazepinas .
1º, 2º e 3º 1º, 2º e 3º
XM
D
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275
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Risco reduzido para o
feto
em
desenvolvimento; V. Prednisolona
Corticosteróides (intranasais
e
inalados)
e
C ou D
V.
Corticosteróides (sistémicos). Risco de atraso do crescimento Prednisona
intra-
uterino
em
tratamento sistémico prolongado.
D
V.
Corticosteróides. Toxicidade estudos
em animais;
recomenda-se evitar Pregabalina
a
menos
benefício seja
que
o
DM
potencial
superior
aos
riscos. V.
Fenobarbital
;
fazer profilaxia com Primidona
vitamina
K
D
(fitomenadiona) pela supressão dos 276
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
factores
da
coagulação dependentes
da
vitamina K. Procaterol
V. Formoterol . Se
tomados
1º e 3º
D
1º
D
pela
mãe à 8ª semana ou mais de concepção
Progestagénios
podem
provocar
virilização
do
fêmea,
um
feto efeito
dependente da dose. Antes semanas
das não
8 há
efeito virilizante. Desconhece-se se é Progesterona
perigosa; usa-se no
D
aborto repetido. Não se aconselha o Proglumetacina
seu uso durante a
CM
gravidez. Promegestona Promestrieno
Contra-indicada
na
gravidez. Não foi observado
D B
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277
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
efeito sistémico após aplicação vaginal do produto,
pelo
que
não está interdito em caso de gravidez. V. Anti-histamínicos
Prometazina
H1 . Evitar;
Propafenona
não
1º e 3º
C
existe
informação
CM
disponível. As
reacções
adversas, entre as Propifenazona Cafeína
+
quais
reacções
cutâneas
e
C
nefrotoxicidade desaconselham
o
seu uso na grávida. Em
comparação
com os antitiróideus é Propiltiouracilo
considerado
fármaco de escolha no
tratamento
do
hipertiroidismo gravidez menor
278
o 2º e 3º
D
da
(usar
a
dose
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
possível); bócio
referidos
congénito
e
hipotiroidismo. Propinoxato
O
3º
C
produtor
recomenda Propiverina
1º, 2º e
V. Espasmolíticos .
evitar;
redução
do 1º, 2º e
desenvolvimento esquelético
3º
DM
em
estudos animais. Tem sido associado a
atraso
do
crescimento intrauterino, bradicardia
e
hipoglicemia Propranolol
neonatais; o risco é maior na hipertensão grave.
Deve
suspenso
1
ser a
CM 2º e 3º
(D
se
usado no 2º e 3º trimestres)
2
semanas antes do parto
V.
Bloqueadores adrenérgicos beta.
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279
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Proteínosuccinilato de ferro
Não há referência a qualquer
contra-
B
indicação.
Prulifloxacina
1º, 2º e
V. Quinolonas.
3º
D
Encerramento defeituoso da parede
Pseudoefedrina
abdominal
referido
1º
D
em RN.
Factor Fármaco
Observações
Trimestre de Risco
Quetiapina
Usar apenas se o benefício potencial for superior aos riscos.
Quimotripsina Não há dados disponíveis.
C
V. Inibidores da enzima de conversão
Quinapril
da angiotensina . As
Quinolonas
fluoroquinolonas
evitadas
devem
DM
ser
durante a gravidez, na
ausência de dados específicos que documentem a sua segurança.
280
CM
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C
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Fármaco
Observações
Trimestre
Factor
de
Risco
Recomenda-se evitar; não Rabeprazol
existe
informação
C
disponível. Contra-indicado na grávida. Em animais observaram-se 1º, 2º e
Raloxifeno
abortos, defeitos do septo 3º
D
ventricular, hidrocefalia. V. Inibidores da enzima de
Ramipril
conversão da angiotensina .
Ranelato
de
estrôncio
Ranitidina
Contra-indicado na grávida. Desconhece-se
se
perigosa;
produtor
o
DM
D
é
recomenda evitar, a menos
BM
que seja essencial. A Rasagilina
segurança
estabelecida;
não o
está
produtor
CM
recomenda precaução. Evitar Reboxetina
por
falta
de
informação disponível; interromper
o
CM
uso, se ocorrer gravidez. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
281
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Usar na gravidez apenas se está Retapamulina
claramente
terapêutica
indicada
antibacteriana
C
tópica e for preferível à administração
de
um
antibacteriano sistémico. Reteplase
V. Fibrinolíticos.
Retinóides
Teratogénicos.
1º, 2º e 3º 1º
D X
As doses excessivas são teratogénicas em animais,
Retinol
mas é pouco provável que
A (X, se usada
seja perigoso em doses
em
terapêuticas;
superiores
o
défice
necessidades
probabilidade
diárias - acima
de
transmissão do VIH da mãe
de
para o feto e atraso do
UI/dia)
vida. O excesso de vitamina A (retinol)
(vitamina A)
pode
malformações
causar fetais;
a
C
grávida não deverá tomar mais de 2.000 UI diárias.
282
às
materno pode aumentar a
crescimento no 1º ano de
Retinoler
doses
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8.000
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Reviparina sódica
Recomenda-se evitar; não existe
informação
B
disponível. Evitar;
teratogénica
praticamente
todas
espécies
estudadas;
assegurar Ribavirina
em as
contracepção
eficaz
durante
administração durante
6
oral meses
e
1º
XM
após
tratamento na mulher e 7 meses após tratamento no homem. Rifamicina
Não usar na gravidez.
C
Evitar; as doses elevadas são
teratogénicas
em
estudos animais; risco de hemorragia Rifampicina
neonatal
se
administrada no 3º trimestre 1º e 3º por
CM
hipoprotrombinemia.
Dar
vitamina
K
(fitomenadiona) à mãe e ao bebé. Rilmenidina
Não efeitos
foram
encontrados
teratogénicos
ou
CM
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283
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
embriotóxicos nos animais, mas deve ser evitada. Não
Riluzol
há
informação
disponível. Evitar.
C
Não há estudos na mulher grávida e só deve ser usada se os potenciais benefícios Rimexolona
para a mãe justificarem o risco
potencial
para
CM
o
embrião ou o feto; vigiar sinais de hipoadrenalismo. Risedronato
Não pode ser usado. V.
de sódio
Bifosfonatos . Não
existem
D
estudos
apropriados
que
documentem o risco destes Risperidona
fármacos na gravidez; a
CM
utilização terá em conta a natureza e gravidade da doença de base. Não Ritonavir
existe
informação
disponível; usar apenas se o
benefício
potencial
BM
ultrapassar os riscos.
284
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Toxicidade Rivaroxabano
em
animais.
O
estudos produtor
C
recomenda evitar. Usar apenas se o benefício Rivastigmina
potencial for superior aos
C
riscos. Rizatriptano
V.
Agonistas
5-HT1
na
gravidez. Toxicidade
Rosiglitazona
C
serotonina. Contra-indicado
Ropinirol
da
em
1º
D
estudos
animais; evitar; a insulina é
C
o antidiabético de escolha durante a gravidez. 1º, 2º e
Rosuvastatina V. Estatinas .
Roxitromicina
Possível
3º
hepatoxicidade
materna. Toxicidade
em
XM
B
estudos
animais; usar apenas se o Rufinamida
benefício
potencial
ultrapassar os riscos; usar
CM
contracepção eficaz durante o tratamento. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
285
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Desconhece-se
a
segurança
a
durante
gravidez; só deve ser usado Rupatadina
durante a gravidez quando os
potenciais
justifiquem
os
C
benefícios possíveis
riscos. V. Anti-histamínicos H1 .
Fármaco
Observações
Trimestre
Factor de Risco
Probióticos Saccharomyces
regularizadores da flora
boulardii
intestinal,
BM
considerados
seguros. Usado por inalação reduzse a exposição fetal; se Salbutamol
ocorre associar
agravamento, um
corticóide
3º
B
inalado. Usa-se no parto prematuro. C (D, se Salicilatos
V. Ácido acetilsalicílico .
usado no 3º trimestre
286
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
ou
perto
do termo) Não se dispõe de dados suficientes para fazer uma avaliação; o uso só deve Salmeterol
ser
considerado
se
o
C
benefício esperado para a mãe
for
superior
ao
possível risco para o feto. O Saquinavir
produtor
usar
recomenda
apenas
benefício
se
o
potencial
for
BM
superior aos riscos. Não deve ser utilizada durante Saxagliptina
a
menos
gravidez que
a
seja
C
claramente necessário. V. sulfonilureias. Não foi demonstrada a sua
inocuidade
em
mulheres grávidas; usar Secnidazol
apenas
se o benefício
C
potencial for superior ao possível
risco
para
o
embrião ou o feto. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
287
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
V. Selegilina
Antidepressores
inibidores
da 2º e 3º
DM
monoaminoxidase . Não
há
referência
a
fetal
ou
toxicidade Sene
teratogenicidade, mas não deve
ser
usado
C
na
grávida. Senosido
A
Senosido B
+
Não devem ser usados na grávida a não ser com
C
precauções especiais. Evitar; não há referência
Serrapeptase
ao seu uso durante a
C
gravidez. Não está demonstrada a sua
inocuidade
em
mulheres grávidas; usar Sertaconazol
apenas após avaliação da relação
C
benefício
potencial/risco
possível
para o feto. Evitar. Restringir o uso a Sertindol
doentes
intolerantes
a
DM
outro antipsicótico.
288
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Evitar; não há dados que suportem
um
risco
teratogénico em animais, mas
diminuição
sobrevivência
Sertralina
da
neonatal
após
administração
a
ratas
fêmeas;
V.
CM
Antidepressores inibidores da
recaptação
da
serotonina . Usar Sevelâmero
apenas
benefício
se
potencial
o for
CM
superior aos riscos. O Sildenafil
produtor
evitar.
recomenda
Toxicidade
em
D
estudos animais. Evitar; não há referência Silimarina
C
ao seu uso durante a gravidez.
Simpaticomiméticos beta
Hipoglicemia neonatal.
3º
C
V. Estatinas ; não deve Sinvastatina
ser
usado
gravidez
durante -
a 1º, 2º e
anomalias 3º
XM
congénitas; as mulheres a Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
289
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
tomar sinvastatina antes da
concepção,
devem
interromper a terapêutica se quiserem engravidar, ou suspender logo que se confirme a gravidez. Não existem dados de uso Sirolimus
na gravidez pelo que não
CM
se recomenda o seu uso.
Sitagliptina
Toxicidade
em
estudos
animais;
o
produtor
recomenda
evitar;
a
insulina deve substituir a sitagliptina
durante
CM
a
gravidez. O Solifenacina
produtor
recomenda
usar de precaução por falta
de
informação
CM
disponível. Somatostatina
Não
existem
dados
disponíveis.
C
Não existe informação útil, Somatropina
mas conhece-se o risco teórico;
interromper
medicação
290
se
a
D
ocorrer
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
gravidez. B (D se V.
Sotalol
Bloqueadores
adrenérgicos beta.
usado no 1º e 3º
2º mês e 3º trimestre)
Não existem provas de que represente risco para
Sucralfato
BM
o feto ou a grávida com função renal normal.
Sulfadiazina Sulfametoxazol Trimetoprim
V. Sulfonamidas . +
B
Malformação espinhal.
1º
Risco teórico de hemólise neonatal; Sulfassalazina
devem
administrados suplementos
ser
à de
mãe 3º folatos
em dose adequada.
X
D,
se
usado perto
do
termo
Deve provavelmente ser Sulfato de magnésio evitado
durante
a
C
gravidez. Hemólise Sulfonamidas
neonatal,
metahemoglobinemia icterícia;
o
receio
e 3º de
B (D se usado perto
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
do
291
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
aumento
de
risco
de
termo)
icterícia nuclear no RN parece ser infundado. Hipoglicemia neonatal; a insulina é o antidiabético de escolha na diabetes da Sulfonilureias
grávida; a serem usados 3º antidiabéticos orais estes deverão
ser
suspensos
B (D se usadas perto termo)
dois dias antes do parto. Desconhece-se se causa agressão
Sulfureto de selénio
fetal
quando
administrado
à
grávida;
deve
só
mulher ser
usado na gravidez quando claramente necessário e
C
não deve ser usado para o tratamento
da
Tinea
versicolor durante
a
gravidez. Sulodexida
Evitar. Não
Sulpirida
C foi
acção estudos
demonstrada
teratogénica animais;
em pesar
C
em cada caso o benefício
292
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
do
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
potencial risco
e
o
para
o
possível feto;
V.
Antipsicóticos . Evitar; V. Agonistas 5-
Sumatriptano
Fármaco
CM
HT1.
Observações
Trimestre
Factor de Risco
Não há informação disponível; Tacalcitol
evitar, a menos que não haja
C
alternativa segura disponível. Tacrolímus
Toxicidade
estudos
animais; evitar. Não
Tadalafil
em
está
utilização
indicado na
C
para
mulher.
V.
Sildenafil . Não
foi
utilização estudos Tafluprost
toxicidade
estudada na
a
grávida;
animais
os
revelaram
reprodutiva,
desconhecendo-se
sua
o
mas risco
CM
potencial no ser humano, não deverá ser usado durante a gravidez,
a
não
ser
em
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
293
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
situações
absolutamente
necessárias. Evitar; possíveis desenvolvimento Tamoxifeno
usar-se
efeitos fetal;
contracepção
no
deve eficaz
durante o tratamento e durante
1º, 2º e 3º
DM
2 meses após suspensão. Não
Tansulosina Tegafur
indicado
para
utilização na mulher. +
Uramustina
está
1º, 2º e
Contra-indicado na gravidez.
3º
X
Usar apenas se o benefício Teicoplanina
potencial
for
superior
ao
CM
possível risco. Toxicidade Telitromicina
em
estudos
animais. Usar apenas se o benefício potencial for superior
DM
ao risco. Estudos animais não indicam efeito Telmisartan
teratogénico,
mas
fetotoxicidade. Não deve ser 1º, 2º e administrado
durante
o
1º 3º
D
trimestre, mas também no 2º e 3º porque os fármacos que
294
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
actuam
no
sistema
renina-
angiotensina-aldosterona podem causar danos e mesmo morte
do
feto
em
desenvolvimento. Estudos em ratos revelaram reabsorções Temazepam
incidência
aumentadas, de
costelas
D
rudimentares; encefalia, fusão e assimetria das costelas em coelhos; V. Benzodiazepinas .
Tenecteplase
V. Estreptoquinase .
Teniposido
V. Ciclofosfamida .
Tenofovir
Contra-indicado na gravidez.
Tenoxicam
V.
Anti-inflamatórios
CM 1º 1º, 2º e 3º
não
esteróides .
D D
C
Possível irritabilidade neonatal e
apneia;
preocupação Teofilina
efeitos
há quanto
depressores
alguma aos das 3º
C
xantinas na síntese de lípidos e dos sistemas neuronais em desenvolvimento.
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295
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Não há referências ao uso Terazosina
deste
fármaco
gravidez.
V.
durante
a
CM
Bloqueadores
adrenérgicos alfa. Usou-se para prevenir o parto Terbutalina
prematuro, mas não se indica actualmente; evitar as infusões
3º
BM
contínuas. Teriparatida
Evitar.
C
V. Bloqueadores adrenérgicos
Tertatolol
CM
beta. V.
Testosterona
Androgénios
;
masculinização do feto do sexo feminino. Coloração dentes
e
da
alteração ósseo;
defeitos 1ª
do
dentição
crescimento
possibilidade
podem
capacidade
D
e de
hipoplasia dos membros, pé boto;
3º
dos
hipospádias, hérnia inguinal ou Tetraciclinas
1º, 2º e
modificar fertilizante
a
1º, 2º e 3º
D
do
homem e reduzir a eficácia dos contraceptivos
orais
por
inibirem a hidrólise bacteriana
296
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
dos esteróides conjugados no intestino; toxicidade hepática materna com doses elevadas por via parentérica. Há referências de abortos e Tetracosactido
malformações grávidas
fetais
tratadas
em com
1º
D
tetracosactido. Só deve ser usada durante a Tetrizolina
gravidez,
após
correcta
avaliação da relação risco-
C
benefício. O produtor recomenda evitar a Tiagabina
menos
que
o
benefício
potencial seja superior
aos
DM
riscos. Aplasia
cutis;
o
propiltiouracilo deverá ser o Tiamazol
fármaco de escolha; a ser
D
usado, deve ser dada a menor dose possível. Tianeptina Tiaprida
Evitar;
não
há
informação
disponível. Não existem dados sobre os 3º
C C
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297
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
efeitos da tiaprida nas funções cerebrais do feto; em RNs de mães tratadas com doses altas só raramente foram descritos efeitos extrapiramidais; limitar a duração de uso durante a gravidez. No 1º trimestre podem causar um
aumento
do
malformações outros
Tiazidas
e
análogos
risco
de
congénitas;
riscos
incluem
hipoglicemia,
hiponatremia,
hipocaliemia,
trombocitopenia
e
morte
por
complicações
maternas; efeito directo sobre
1º, 2º e 3º
D
o músculo liso com inibição do parto;
evitar
durante
gravidez,
a
excepto,
eventualmente, na insuficiência cardíaca. Tibolona
Contra-indicada. Toxicidade
em
D estudos
animais; o produtor recomenda Ticlopidina
evitar;
usar
só
durante
a
C
gravidez se for absolutamente necessária. 298
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Não se dispõe de informação
Tilactase
C
útil.
CM (D, se V. Bloqueadores adrenérgicos
Timolol
beta.
2º e 3º
usado no 2º
e
3º
trimestres) Recomenda-se evitar no 1º
Tinidazol
trimestre.
Tinzaparina sódica
1º
CM
Recomenda-se evitar, a não ser que não haja alternativa
B
mais segura. Evitar; foi associado a efeitos teratogénicos
em
estudos
Tiocolquicosido animais com doses elevadas,
C
não se dispondo de dados em humanos. Tioconazol
Recomenda-se evitar. Toxicidade
Tipranavir
em
CM estudos
animais; evitar; usar apenas se o
benefício
potencial
C
ultrapassar o possível risco. Não se dispõe de informação; Tirofibano
o produtor recomenda só usar
CM
quando o benefício for superior Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
299
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
ao risco. Não foram descritos efeitos embriotóxicos ou teratogénicos em animais, mas não existem Tiropramida
estudos
na 1º
controlados
C
grávida; usar só se houver reconhecida
necessidade
e
sob vigilância médica. V. Levotiroxina sódica .
Tiroxina
Não se dispõe de informação; Tizanidina
usar
apenas
quando
o
CM
benefício for superior ao risco. C (D, de Tobramicina
acordo
V. Aminoglicosídeos .
com produtor)
Evitar;
a
benefício Tolterrodina
menos
que
potencial
o seja
superior aos riscos; toxicidade
D
em estudos animais e não existem estudos na grávida. Evitar, Topiramato
benefício
a
menos potencial
que
o seja
D
superior aos riscos; toxicidade
300
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
o
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
em estudos animais e não existem estudos na grávida. V. Antiepilépticos. Topotecano
Teratogenicidade e perda fetal em estudos animais. Evitar,
Toxina botulínica A
a
menos
essencial;
que
1º
seja
toxicidade
em
D
estudos animais. Embriotóxico
em
estudos
animais; deve ser evitado no
Tramadol
D
início
da
gravidez;
CM
V.
Analgésicos opiáceos . Tramazolina
Trandolapril
Nunca
foram
evidenciados
V. Inibidores da enzima de
DM
conversão da angiotensina .
Travoprost
Evitar durante a gravidez.
Trazodona
V. Antidepressores tricíclicos .
Trepibutona
B
efeitos nocivos na gravidez.
1º, 2º e 3º
Desconhece-se se é perigosa, evitar.
Tretinoína
Teratogénico;
(sistémica)
contracepção eficaz, desde 1 3º
deve
usar-se 1º, 2º e
D CM C
X
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301
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
mês antes do tratamento oral, durante e pelo menos 1 mês após suspensão. Se não forem usados pensos oclusivos, a absorção cutânea Tretinoína (tópica)
é
reduzida;
têm
entanto,
sido,
no
referidas
malformações congénitas após
1º, 2º e 3º
DM
uso tópico, provavelmente por maior absorção. Foi
encontrada
associação Tri-hexifenidilo
malformações
uma
possível
a
minor
num 1º
DM
grupo de grávidas. O produtor recomenda evitar. É teratogénica em animais; em humanos foi referido atraso do Triamcinolona
crescimento
fetal;
V.
D
Corticosteróides (intranasais e inalados)
e
Corticosteróides
(sistémicos). Triazolam Triflusal
302
V. Benzodiazepinas. Não se recomenda o seu uso na gravidez.
1º
DM C
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
O seu efeito na mulher grávida não está estabelecido, pelo Trimebutina
que não deve ser usado nos 1º três
primeiros
meses
C
de
gravidez. Trimetazidina
Desconhece-se se é perigosa,
Risco Trimetoprim
C
evitar. teórico
de
teratogenicidade
por
antagonista
folatos;
dos
ser é
1º
CM
provavelmente seguro. Foi
admitida
uma
possível
associação com malformações Trimipramina
com base num grupo de 5
C
crianças; V. Antidepressores tricíclicos . Não Triprolidina
há
evidência
de
malformações congénitas; V.
CM
Anti-histamínicos H1 . Experiência
limitada;
o
produtor recomenda evitar a
Triptanos
não ser que o benefício seja
C
superior ao risco. Triptorrelina
Os
produtores
recomendam
CM
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303
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
evitar. Não deverá ser usado; foram Tromantadina
referidos efeitos embriotóxicos 1º, 2º e e teratogénicos em estudos 3º
D
animais. Tropissetrom
Toxicidade
em
estudos
C
animais; evitar.
Factor Fármaco
Observações
Trimestre de Risco
Ubidecarrenona
Não se dispõe de informação útil.
C
Urofolitropina
Evitar.
C
Uroquinase
V. Estreptoquinase .
BM
Ursodesoxicólico, Não há evidência de perigo, mas ácido
recomenda-se evitar.
1º
BM
Não existem dados disponíveis de uso em mulheres grávidas; os estudos animais não revelaram Ustecinumab
efeitos
nefastos,
mas
por
precaução deve ser evitado o seu
uso
na
gravidez
e
as
mulheres em risco de engravidar
304
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
devem
usar
um
método
contraceptivo eficaz durante o tratamento e até 15 semanas após o tratamento.
Fármaco
Observações
Trimestre
Factor de Risco
Vacina contra a Usar durante a gravidez só difteria
e
o quando o risco de infecção
meningococo
C
materna é elevado. O uso é recomendado nas
Vacina contra a grávidas em risco a quem difteria, o tétano faltam as primeiras séries de e
a tosse imunizações ou nos quais o
convulsa
C
reforço foi dado há mais de 10 anos. A mulher com risco elevado de
Vacina contra a gripe
complicações
deve
ser
vacinada antes do início da
CM
época, qualquer que seja o estadio de gravidez.
Vacina contra a hepatite A
Pode
ser
administrada
à
grávida com elevado risco de
CM
infecção.
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
305
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Vacina contra a Pode
ser
administrada
à
hepatite A e a grávida com risco de infecção hepatite B
CM
elevado.
Vacina contra a É preferível a administração hepatite B Vacina contra o Haemophilus influenzae tipo b Vacina contra o meningococo Vacina contra o papilomavírus humano
CM
após o 1º trimestre. Não foram observados efeitos
CM
adversos no RN. Usar durante a gravidez só quando o risco de infecção
C
materna é elevado. Não é oportuna a vacinação durante a gravidez.
Vacina
O
pneumocócica
vacinação prevê uma dose
conjugada
única aos 13 meses de idade.
esquema
usual
de
Vacina pneumocócica
Pode ser usada na grávida.
CM
poliosídica Vacina contra o Não é oportuna a vacinação rotavírus
durante a gravidez
Vacina contra o sarampo 306
V. Vacinas vivas.
1º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
X (C de acordo
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
com
o
produtor) Vacina contra a varicela
V. Vacinas vivas.
1º
CM
1º
CM
Vacina inactivada contra
a
encefalite provocada picada
por
Só
usar
após
cuidadosa
avaliação benefício-risco.
de
carraça Risco teórico de malformações Vacinas
vivas congénitas,
(sarampo, parotidite
mas
necessidade
de
a
vacinação
e pode exceder o possível risco
rubéola)
para o feto (caso da febre amarela).
Vacinas de vírus atenuados
As
vacinas
correntemente
vivas
usadas
não
B
causam efeitos teratogénicos.
Valaciclovir
Aceitável.
CM
Valeriana
Não se sabe se é perigosa.
C
Valproato semi- Risco de malformações, atraso sódico
do
desenvolvimento,
1º e 3º
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X
307
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
hemorragia
e
toxicidade
hepática neonatal; a mulher que
engravida
avisada
deve
das
possíveis
consequências, por
ser
aconselhada
especialista
e
vigiada
(medida da alfa-fetoproteína e ultra-sonografia no segundo trimestre). V. Antiepilépticos. V.
Valsartan
Antagonistas
dos
D
receptores da angiotensina . Não
Vardenafil
está
utilização
indicado na
mulher.
para V.
Sildenafil. Toxicidade Vareniclina
em
estudos CM
animais; o podutor recomenda evitar. Ossos
nasais
hipoplásticos;
condrodisplasia; malformações no SNC; risco de hemorragia; Varfarina
se for suspensa antes da 6ª semana de gestação evitar-se-
1º e 3º
á o risco de anomalias fetais; interromper o uso, 1 mês antes do
308
parto;
baixo
peso
de
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
D
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
nascimento,
embriopatia,
morte fetal. Evitar, se possível durante toda a gravidez. Fazer profilaxia parto
imediata com
após
vitamina
o K
(fitomenadiona). Venlafaxina
Não
há
aumento
de
malformações major.
CM
V. Bloqueadores da entrada do cálcio ; não há referência a malformações Verapamilo
mas
deve
evitar-se a administração no 1º 1º
CM
trimestre; pode reduzir o fluxo sanguíneo uterino com hipóxia fetal. Malformações congénitas em 14,5%
das
expostas Vigabatrina
gravidezes (abortos
espontâneos); só deve ser 1º, 2º e usado durante a gravidez se 3º
D
for absolutamente necessário; pode reduzir o fluxo sanguíneo uterino com hipoxia fetal. Vildagliptina
Contra-indicada.
V.
Sitagliptina.
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C
309
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Vinburnina
Vinpocetina
Evitar.
Não
se
dispõe
de
C
informações úteis na gravidez. Evitar.
Não
se
dispõe
de
C
informações úteis na gravidez. O excesso de vitamina A pode
Vitamina A
causar malformações fetais; a grávida não deverá tomar mais
1º
C
de 2000 UI diárias. Vitamina D
Em
doses
elevadas
teratogénica nos animais.
é 1º, 2º e 3º
D
Factor Fármaco
Observações
Trimestre de Risco
Xilometazolina V. Oximetazolina .
C
Xipamida
D
V. Diuréticos e V. Tiazidas .
Factor Fármaco
Observações
Trimestre de Risco
Não constitui opção de escolha, mas Zafirlucaste
não
parece
ser
teratogénico
na
gravidez; o produtor recomenda que
310
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CM
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se
use
apenas
se
o
benefício
potencial for superior aos riscos. Não Zanamivir
há
informação;
o
produtor
recomenda que se use apenas se o
CM
benefício potencial for superior aos riscos. Usa-se na prevenção da transmissão materno-fetal de VIH com poucos efeitos adversos nos RN; o produtor
Zidovudina
recomenda reduzir a dosagem para 300-400 fracções
mg/dia, ou
via
1
oral
mg/Kg
em
CM
3
IV,
3-4
sobre
as
uso
na
vezes/dia. Não Ziprasidona
existem
consequências
dados do
seu
C
gravidez. Zofenopril
Zolmitriptano
V. Inibidores da enzima de conversão 1º, 2º e da angiotensina.
3º
Evitar; não se dispõe de dados seguros.
D
C
Não são conhecidos efeitos adversos Zolpidem
no feto ou no RN após exposição ao
BM
zoldipem durante a gravidez. Zonisamida
Toxicidade em estudos animais; usar
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CM
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apenas
se
o
benefício
potencial
ultrapassar o possível risco; deve usar-se contracepção eficaz durante o tratamento e mais 4 semanas uma vez este terminado. Evitar; Zotepina
não
referências
do
foram uso
localizadas do
fármaco
C
durante a gravidez.; V. Antipsicóticos . V.
Antipsicóticos
;
não
foram
Zuclopentixol localizadas referências ao uso do fármaco durante a gravidez.
312
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C
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24. BARBITÚRICOS E GRAVIDEZ Em 1903 é lançado o primeiro medicamento barbitúrico com o nome comercial de Veronal. Esta síntese foi realizada pelos cientistas alemães Emil Hermann Fischer e Joseph von Mering. Em 1912 é lançado o fenobarbital com o nome comercial de Luminal, como sedativo-hipnótico. Os barbitúricos eram usados de maneira até irresponsável no Brasil. Vários medicamentos para dor de cabeça, além da aspirina, continham também um barbitúrico qualquer. Assim, os antigos como Cibalena®, Veramon®, Optalidom®, Fiorinal® etc. tinham o butabarbital ou secobarbital (dois tipos de barbitúricos) em suas fórmulas. O uso abusivo que se registrou – muita gente usando grandes quantidades, repetidamente – de medicamentos, como o Optalidon® e o Fiorinal®, levou os laboratórios farmacêuticos a modificarem suas fórmulas, retirando os barbitúricos de sua composição. Hoje em dia existem apenas alguns produtos, usados como sedativo-hipnóticos, que ainda apresentam o barbitúrico butabarbital. Por outro lado, o fenobarbital é bastante usado no Brasil (e no mundo), pois é um ótimo remédio para os epilépticos. Finalmente, outro barbitúrico, o tiopental, é usado por via endovenosa, por anestesistas, em cirurgias. A legislação brasileira exige que todos os medicamentos que contenham barbitúricos em suas fórmulas sejam vendidos nas farmácias somente com a receita do médico, para posterior controle pelas autoridades sanitárias. A segurança dos benzodiazepínicos não encontra paradigma com os barbitúricos, que deprimem praticamente todos os tecidos excitáveis, em particular o sistema nervoso central, especialmente sensível Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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aos
mesmos.
Os
barbitúricos
têm
especial
efeito
euforizante,
anticonvulsivante, depressor da atividade cardíaca, aumentando o tempo total do sono com diminuição dos períodos de sono REM, aumentando rapidamente a tolerância diminuindo os efeitos terapêuticos, com efeitos cruzados com o álcool e outros depressores do SNC. O abuso e dependência são comuns e em muitas vezes induzidas iatrogenicamente. São
exemplos:
Tiopental,
secobarbital,
fenobarbital,
amobarbital,
aprobarbital, butabarbital, mefobarbital, metoexital, pentobarbital. Os barbitúricos distribuem-se em toda economia do corpo e atravessam rapidamente a placenta. São muito usados em anestesia e seu manejo torna-se bastante delicado. Suas meias-vidas encontram-se aumentadas durante a gravidez, por expansão de volume de distribuição. O álcool é um potente potencializador dos efeitos barbitúricos e a dupla, frequentemente escolhida por suicidas. Como interfere no metabolismo das vitaminas D e K, além de diminuir a absorção de cálcio, são responsabilizados por casos de anormalidade de coagulação em neonatos cujas mães fazem uso de fenobarbital. O mecanismo de ação dos barbitúricos é semelhante ao dos Benzodiazepínicos, atuam aumentando a atividade do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico – GABA, que induz a inibição do Sistema Nervoso Central (SNC), causando a sedação. Possuem, portanto, ação depressora do SNC, levando a diminuição do metabolismo cerebral, do consumo de oxigênio, do fluxo sanguíneo
cerebral,
com
consequente
diminuição
da
pressão
intracraniana, efeito benéfico em determinadas situações clínicas. Os barbitúricos são metabolizados no fígado, promovendo a indução enzimática, levando a tolerância e interferindo com a ação de outras drogas que dependem do sistema microssomal para a sua metabolização. 314
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Aumentam os metabolismos hormonais esteroides endógenos causando distúrbios desta natureza, ou sobre os anticoncepcionais trazendo eventualmente gravidez indesejável. É usado ainda hoje na convulsão da eclampsia, mas ainda o diazepan é mais seguro e utilizado na crise convulsiva de emergência. Os RN são extremamente sensíveis á este tipo de droga e não se recomenda seu uso na gestação. No entanto tem sido utilizado no tratamento da hiperbilirrubinemia e do kernicterus no neonato em razão de que os barbitúricos e em especial o fenobarbital, aumentam os níveis de glucoroniltransferase e da proteína Y de ligação com a bilirrubina. Outro aspecto importante quanto aos efeitos tóxicos refere-se ao uso dessas substâncias por mulheres grávidas. Essas drogas têm potencial teratogênico (capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez), além de provocarem sinais de abstinência (como dificuldades respiratórias, irritabilidade, distúrbios do sono e dificuldade de alimentação) em recém-nascidos de mães que fizeram uso durante a gravidez. Como vimos com o fenobarbital: Evitar; toxicidade em estudos animais; recomenda-se contracepção adequada durante a administração; risco de Evitar malformações congênitas, (perímetro craneano reduzido, no
1º, D
dismorfismo facial), hipercalcêmica neonatal; atraso do 2º e 3º desenvolvimento; hemorragia ao nascimento e dependência.
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25. ANTIDEPRESSIVOS De acordo com o livro Manual de Psicofarmacologia Clínica, de Irismar Reis de Oliveira e Eduardo Ponde de Sena (2006), os antidepressivos são drogas seguras quando usadas durante a gravidez e lactação. A doença afetiva, notadamente a depressão, é muito mais danosa ao desenvolvimento da gravidez e da criança no pós-parto do que a utilização de antidepressivos. Um grande número de prescrições feito hoje por médicos da área de G.O. inclui antidepressivos. Nos EEUU, 10-15% das prescrições são destinadas a afetar o SNC. Recentemente nos EEUU, abriu-se uma discussão sobre a possibilidade de antidepressivos levarem crianças e adolescentes a comportamentos suicidas e agressivos. O FDA e o National Institute forem Mental Health investiga mais de 400 relatos de casos envolvendo antidepressivos e respostas auto e heteroagressivas. Os casos, onde estão envolvidos o Prozac, Zoloft, Paxil, Luvox, Celexa, Wellbutrin, Remeron, Serzone, e Effexor serão alvos dos controles e possíveis incidências destes efeitos colaterais (Thomas Laughren, da FDApublicado pelo NY. Times em 21 de Junho de 2004). No nosso meio, os antidepressivos estão em alta, por uma ampla variedade de fatores socioeconômicos e familiares. A depressão marca mais acentuadamente as mulheres que a população masculina, tendo em vista os papéis dominantes que passaram a exercer na condução das famílias, com as inevitáveis pressões do psiquismo. A noção prática e disseminada tanto em obesidade, quanto na depressão, é que as drogas são as vias mais curtas para resolução de problemas que necessitam precisão diagnóstica e objetividade. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Pelo impacto negativo sobre a gestação e o concepto, a depressão e a ansiedade na gravidez tendem a ser tratadas com psicofármacos. A gravidez não protege a mulher desses transtornos nem de possíveis recaídas. Não é raro acontecer de um clínico se deparar com uma paciente com história de depressão, em uso de antidepressivo e eutímica quando recebe o exame positivo de gravidez. (Fonte: Psiqweb) Cohen et al. (2004) observaram, prospectivamente, 32 mulheres nessa situação, que optaram por descontinuar a droga. Dessas pacientes, 75% tiveram recaídas durante a gravidez, mais comumente no primeiro trimestre e naquelas com história de depressão mais crônica. Também é importante considerar que a depressão e a ansiedade na gravidez são fortes fatores de risco para o desenvolvimento de depressão pós-parto (Williams, 2005). Em revisão realizada por nós para embasar dissertação de mestrado, observamos que a Depressão Pós-Parto causa danos para a mulher, seu parceiro e seu bebê. Parceiros cujas mulheres apresentam esse transtorno relatam maior insatisfação no casamento (após o parto) e perda de intimidade com suas parceiras. Após serem acometidas de Depressão Pós-Parto, 31 % das mulheres mudam seus planos familiares reprodutivos e decidem não ter mais filhos. Mães deprimidas apresentam contato menos afetuoso com seus bebês e mostram-se mais hostis e introvertidas; e suas crianças mostram-se mais
irrequietas,
descontentes
e
esquivas,
além
de
apresentarem menos expressões faciais e vocalizações positivas. A depressão também interfere na lactação, fazendo com que as mães interrompam precocemente a amamentação. A depressão materna pós-natal não tratada pode ser um preditor de pobre competência social
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em seus filhos. Esses dados mostram a importância do tratamento adequado (Cantilino, 2003). Os antidepressivos têm sido utilizados há décadas e não há nenhum relato de malformação séria que esteja consistentemente associada ao seu uso. A maior quantidade de estudos na gravidez foi realizada com os tricíclicos e a fluoxetina. A nortriptilina é destacada entre os tricíclicos, por ter longa história de uso, relativamente poucos efeitos anticolinérgicos e uma faixa terapêutica de nível plasmático já bem conhecido. Este último fator é importante porque, com o aumento da volemia e do metabolismo ao longo da gestação, os níveis plasmáticos das drogas tendem a cair, podendo ser necessário o aumento das doses do antidepressivo em até 1,6 vezes para manter a eutimia. Contudo, pelo maior número de estudos mostrando segurança, facilidade posológica e baixo perfil de efeitos colaterais, grande parte dos autores sugere que o antidepressivo de escolha na gravidez seja a fluoxetina. Os outros ISRS também não parecem causar malformações. Nada tem sugerido que haja um aumento de defeitos congênitos quando da exposição a antidepressivos mais novos, como a venlafaxina, a mirtazapina e a nefazodona, mas os estudos ainda são em pequeno número (Cott et al., 2003; Einarson et aI., 2004; Kallen, 2004). Sintomas e complicações neonatais têm sido relatados em associação à exposição a antidepressivos no final da gravidez. Esses sintomas em geral são leves e transitórios, e acontecem em decorrência de efeitos diretos dos resíduos das medicações sobre o bebê ou de síndrome de retirada. A diminuição na dose das drogas nos últimos dias de gravidez poderia evitar esses sintomas, mas poria a mãe em risco de recaída. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Alguns antidepressivos deveriam ser evitados na gravidez. Os inibidores da monoaminoxidase podem exacerbar a hipertensão específica da gravidez e interagir com drogas tocolíticas, que são usadas para inibir trabalho de parto. A frequência de convulsões é maior nas grávidas que recebem maprotilina quando comparadas àquelas que usam outros tricíclicos (American Academy of Pediatrics, 2000). Durante a lactação, fluoxetina, citalopram e nefazodona devem ser usados com cuidado, uma vez que efeitos sobre o RN são descritos. Nesta fase devem-se preferir nortriptilina, sertralina e paroxetina; cada uma delas estudada em bom número de casos, sem efeitos observados no lactente. Em 1958, Kuhn reconheceu as propriedades antidepressivas da imipramina, utilizada ainda hoje em larga escala e eficiência, sendo que a utilização de antidepressivos passa hoje por inovações contínuas e seletividade nos neurotransmissores-alvo. A depressão é muito prevalente na mulher em alguma fase da sua vida e afeta esta população na proporcionalidade de eventos incluindo mudanças hormonais e condições próprias deste sexo. Geralmente trazem consigo uma alteração do ritmo de suas atividades, sono, apetite, função sexual, risco suicida, homicida, abuso de drogas ilícitas, álcool, acidentes, problemas trabalhistas, parcerias, etc. Estes quadros podem ser agudos, passageiros, leves e graves, ou se cronificarem por permanência dos motivos iniciadores. Podem, com muita frequência vir acompanhado de medo, pânico, disforias, obsessões, comportamentos de evitação, enclausuramento, conversivos histéricos, agressividade, hipocondria, alteração de comportamento, estados de obnubilação de consciência e verdadeiros estados psicóticos mais graves, sendo que o tratamento farmacológico, é hoje de muita valia e ajuda, na reversão destes casos. 320
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Há que se distinguir a depressão clinicamente significativa e com comprometimento funcional relevante, de situações frequentes da vida cotidiana, como a tristeza por perdas de várias naturezas (status social, namorada, entes familiares, trabalho, etc.), culpabilidade por situações específicas, desapontamentos, desmoralizações de cunho ético ou moral, quando a depressão é supradiagnosticada, supravalorada, e tratada no mesmo bojo das depressões maiores, com sentimentos de extrema tristeza, desespero, grande ansiedade, perda importante da concentração, pessimismo intenso, ausência de prazer para tarefas cotidianas, autodepreciação
importante,
agitação,
alterações
físicas
visíveis,
emagrecimento, libido zerada, comprometimento dos ciclos da vida diária. Sempre a decisão de tratar, cabe a relevância dos sintomas da síndrome depressiva, mais por sua gravidade. Não é incomum tratar-se da mesma forma sintomas leves, situacionais, com a mesma energia que uma depressão maior, organicamente estabelecida. Afora os tricíclicos, inibidores de recaptação de noradrenalina e agentes
facilitadores
da
serotonina
(imipramínicos,
amitriptilinicos,
doxepínicos, maprotilina, amoxapina), surgiram antidepressivos como o citalopran, a fluoxetina, a fluvoxamina, a paroxetina, a sertralina, e a venlafaxina,
com
atividades
seletivas
de
recaptação
de
neurotransmissores em particular a serotonina (ISSR), como vimos. Outros, considerados "atípicos" incluem a bupropiona, a nefazodona, a mirtazapina, trazodona, sendo que a eficácia desta classe mais recente não é superior às mais antigas (tricíclicos), tem uma relativa segurança e tolerância maior, e menores efeitos colaterais. Os inibidores da MAO estão em franco desuso (fenelzina, tranilcipromina, selegilina, erva de São João) pelos
efeitos
hipertensivantes.
Metabólitos
ativos
de
alguns
antidepressivos, como a fluoxetina (nor-fluoxetina), tem ação tão longa Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
321
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quanto dez dias (meia-vida de eliminação), fato a ser considerado quando se troca a medicação ou entra-se com alguma medicação cardiológica, por exemplo, bloqueio de captação de aminas com drogas de efeitos depressores cardíacos. Existe tolerância aos antidepressivos com o uso contínuo. Na interrupção desta classe de fármacos podem ocorrer sintomas como calafrios, coriza, mialgias, distúrbios do sono, irritabilidade, parestesias, sintomas gastrintestinais, mal estar que podem simular os efeitos iniciais dos sintomas antes do tratamento, por refletir um aumento de atividade colinérgico. Efeitos colaterais associados aos antidepressivos incluem: boca seca, gosto azedo ou metálico, desconforto epigástrico, obstipação intestinal, palpitação, visão embaçada, tontura, hipotensão ortostática, retenção urinária, fraqueza, fadiga, sudorese,
arritmias cardíacas,
convulsões com doses altas (bupropiona, maprotilina, tricíclicos), icterícia, leucopenia, exantema, ganho de peso (mais raro com os ISRS e bupropiona). A fluoxetina tem sido associada à náusea, inquietação psicomotora,
vômitos,
e
impotência
orgástica,
a
Trazodona
com
priaprismo. Parecem ser, em sua maioria, seguros durante a gestação, sendo a associação com teratogenia não convincentes. São secretados no leite materno. Na depressão grave da gravidez e lactação o ECT é uma opção convincente, segura e eficaz. Os RN mostram-se sensíveis aos efeitos tóxicos cardíacos em mães que amamentam com doses altas de antidepressivos. Os antidepressivos competem com diversos fármacos: fenitoína, fenilbutazona,
AAS,
fenotiazinas.
Os
barbitúricos
e
muitos
anticonvulsivantes como a carbamazepina, propanolol, antipsicóticos (clozapina, tioridazina, etc.), antibióticos, e o tabaco, aumentam o metabolismo hepático dos antidepressivos. 322
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O Lítio na gravidez e lactação deve ser contraindicado, á nosso ver, associado ao bócio neonatal, depressão do SNC, convulsões, hipotonia, anormalidades cardiovasculares no RN, especialmente, a malformação de Ebstein (malformação da tricúspide e defeito de septo). Desta forma:
Usar apenas se o benefício potencial for superior aos riscos; não há evidência de teratogenicidade; baixo índice de Apgar e baixo índice de desenvolvimento psicomotor; Evitar possibilidade de prematuridade ou síndrome de privação 2º
no e 3º C
no RN, em particular com a fluoxetina e paroxetina; trimestre toxicidade em estudos animais com a paroxetina e o citalopram. Com
a
imipramina
foram
referidos
taquicardia,
irritabilidade e espasmos musculares no RN; os sintomas de
supressão
foram
também
referidos
com
a
B
clomipramina e desipramina.
Nomes químicos x nomes comerciais x amamentação x meia vida aproximada Citalopran: cipramil, parmil (compatível com amamentação em doses habituais). Baixas concentrações no leite materno – (meia vida de eliminação de 36 horas). Citalopram é um Inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS). Eficaz para o tratamento da depressão, exceto os presentes nos ciclos rápidos do transtorno afetivo bipolar (antiga PMD). É uma medicação com poucos efeitos colaterais, pois atua muito na recaptação da serotonina e pouco sobre outros neurotransmissores. Como Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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é uma medicação que pode causar problemas no sono é recomendável que seja administrada pela manhã. Para os pacientes que sentem sono recomenda-se
a
tomada
pela
noite.
Não
pode
ser
usado
concomitantemente a um IMAO irreversível. Aproximadamente a cada 36 horas o organismo elimina a metade da medicação e, por isso, a dose diária é suficiente no tratamento da depressão. Depois de uma a duas semanas o organismo elimina a medicação com a mesma velocidade com que ele é reposto pelas doses via oral, alcançando assim o patamar de equilíbrio com uma concentração constante no sangue. Da mesma forma leva pelo menos duas semanas para o organismo eliminar a medicação do corpo. O citalopram é uma medicação bastante específica, atuando muito na inibição da recaptação da serotonina e pouco sobre outros neurotransmissores, isto significa que é uma medicação com poucos, ou quando presente, leves efeitos colaterais. A prática confirma isso. Ao contrário dos antidepressivos tricíclicos ou tetracíclicos sua interferência sobre o ritmo cardíaco é mínima, sendo assim recomendado para pacientes com este tipo de problema cardíaco. Os principais efeitos colaterais encontrados foram: dores de cabeça, insônia, sensação de cansaço, tonteiras, prisão de ventre e visão embaçada. Fluoxetina: daforin, eufor, fluxene, prozac (compatível com amamentação em doses habituais. Concentrações significativas no leite materno–meia vida de eliminação de 50 horas e de seu metabólito de cerca de 240 horas). O trabalho que levou à descoberta da fluoxetina começou na Eli Lilly em 1970, como um colaboração entre Bryan Molloy e Robert Rathburn. Era sabido na altura que o anti-histamínico difenidramina tinha alguns efeitos antidepressivos, pelo que o composto 3-fenoxi-3fenilpropilamina, estruturalmente similar à difenidramina, foi usado como ponto de partida. Molloy sintetizou dúzias de derivados, e os testes dos 324
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efeitos fisiológicos destes fármacos em ratos resultaram na descoberta da nisoxetina,
um
inibidor
seletivo
da
recaptação
da
noradrenalina
amplamente utilizado em experiências bioquímicas hoje em dia. Mais tarde, na esperança de descobrir um derivado que inibisse apenas a recaptação de serotonina, Wong propôs que se voltasse a testar esses compostos in-vitro quanto ao seu efeito sobre a recaptação de serotonina, noradrenalina e dopamina. Este teste, realizado por Jong-Sir Horng em Maio de 1972, mostrou que um composto (mais tarde nomeado fluoxetina) era o mais potente inibidor da serotonina da série. Gerou-se
uma
controvérsia
após
investigadores
da
lilly
publicarem um artigo intitulado "prozac (fluoxetine, lilly 110140), the first selective serotonin uptake inhibitor and an antidepressant drug (em português, prozac, o primeiro inibidor seletivo da recaptação da serotonina e um fármaco antidepressivo), implicitamente afirmando que a fluoxetina era o primeiro inibidor seletivo da recaptação da serotonina (ssri). após dois anos, tiveram que publicar uma correção admitindo que o primeiro SSRI fosse a zimelidina, desenvolvida por Arvid carlosson e os seus colegas. a fluoxetina estreou-se no mercado belga em 1986 e foi aprovado pela FDA nos estados unidos em dezembro de 1987. A fluoxetina foi o quarto ssri a surgir no mercado, após a indalpina, zimelidina e fluvoxamina. contudo, os primeiros dois foram retirados devido a efeitos laterais, e uma campanha vigorosa de marketing pela eli lilly garantiu que na cultura popular, a fluoxetina fosse vista como um avanço tecnológico e associada com o título de primeiro ssri. Pacientes com alto risco de suicídio devem ser acompanhados de forma atenta por um especialista. sendo um medicamento sem indicações para uso pediátrico, outras formas de tratamento devem ser encontradas ao invés do uso de fluoxetina. o uso em pacientes com histórico de crises convulsivas deve ser cuidadosamente Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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avaliado. podem ocorrer em pacientes sensíveis a coceiras, Reações adversas:podem
ocorrer
náuseas,
diarreia,
xerostomia
,
hiperprolactinemia. Viragens maníacas ou psicóticas em indivíduos predispostos. perda de peso. confusão mental, ideias de suicídio, discinesias, trombocitopenias, ginecomastia, mastodinia, dismenorreia, sangramento vaginal. São reações mais comuns insônia, sonolência, ansiedade, nervosismo, fadiga, anorexia, náuseas, diarreia e tremores. Como a maioria dos serotoninérgicos, pode causar perda de libido. Urticária (com febre), leucocitose, artralgias, edema e até linfadenopatias. Nefazodona: serzone, meia vida bem curta de cerca de 3 horas (Uso criterioso na amamentação; alta ligação protéica / 99%, se necessário amamentar, fazê-lo após 3 horas da tomada). Nefazodone é um derivado sintético, pertencente ao grupo das fenilpiperazinas. O seu efeito antidepressivo decorre do bloqueio da neurotransmissão serotoninérgica por competição com os receptores de tipo II da serotonina (5HT) e por um bloqueio parcial leve na neurotransmissão alfa-adrenérgica. Não apresenta efeitos anticolinérgicos e nem anti-histamínicos. Em pacientes com mais de 65 anos, a nefazodona não provoca alterações na condução cardíaca e nem hipotensão ortostática. Provoca leve interferência na duração dos estágios do sono o que causa pequeno retardo na instalação da fase MOR ou REM. Administrada por via oral é rapidamente absorvida e alcança o pico plasmático em 1 a 3 horas. O equilíbrio cinético plasmático ocorre em 3 ou 4 dias com as doses terapêuticas usuais.A presença de alimentos retarda sua absorção e reduz sua biodisponibilidade em 20% (clinicamente não significativo). 326
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A nefazodona é bastante lipossolúvel, distribuindo-se por todos os tecidos (volume de distribuição 0,23 a 0,68l/kg). Metaboliza-se no fígado, originando dois metabólitos ativos, a hidroxinefazodona e a dietilhidroxinefazodona, e um metabólito com atividade seratoninérgica, a mclorofenilpiperazina. A meia-vida de eliminação no estado de equilíbrio cinético é de 2 a 4 horas, sendo os metabólitos eliminados, principalmente, pelos rins. Apresenta elevada ligação às proteínas plasmáticas: > 99%. Recomendase a redução da dose em pacientes com disfunção hepática ou renal. A resposta clínica máxima instala-se após quatro semanas de tratamento. Indicações: Síndromes depressivas. Depressão severa não psicótica. Dose: Inicial: 200mg/dia, subdivididos em duas doses; a dose pode ser aumentada gradualmente até atingir 600mg/dia, dependendo da resposta clínica. Manutenção: a dose é determinada no início tratamento: ensaios laboratoriais devem ser realizados durante o período de tratamento, que poderá estender-se por até um ano. Os pacientes com disfunção hepática ou renal devem ser observados cuidadosamente desde o início do tratamento. Superdose: Aumento de incidência e gravidade das reações adversas, em especial, sonolência e vômitos. O tratamento deve ser sintomático e de manutenção, em especial para hipotensão e sedação excessiva. Recomenda-se a lavagem gástrica, se a ingestão for recente. Reações adversas: Secura da boca, náuseas, sonolências, enjoos, astenia, constipação, cefaleia, diplopia e insônia, o que leva à interrupção do tratamento em cerca de 10% dos pacientes. Precauções: Possibilidade de tentativa de suicídio, exarcebação da mania/depressão em pacientes tratados com outros antidepressivos. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Evitar funções onde a falta de atenção aumenta o risco de acidentes (operar máquinas pesadas, dirigir veículos, etc.). O risco/benefício deve ser avaliado durante a gravidez e o aleitamento. Interações: Triazolam: reduzir sua dose quando se associa com nefazodona. Anti-hipertensivos: ocorrência de hipotensão ortostática e síncope (bloqueio alfa-adrenérgico). Anestésicos gerais: suspender a nefazodona vários dias antes da cirurgia. Contraindicações:
Hipersensibilidade
aos
antidepressivos
fenilpiperazínicos. Pacientes menores de 18 anos. Amitriptilina (Tryptanol) - compatível com amamentação até 150 mg/ dia. É excretada no leite materno, mas não foi detectada no soro do RN. Estima-se no leite 1% da dose materna. Observar sonolência e efeitos anticolinérgicos, sobretudo em tratamentos prolongados. Meia vida de 16 horas e do metabólito de cerca de 30 horas. Tem menor cardiotoxicidade que as imipraminas. Amitriptilina é um antidepressivo tricíclico, portanto da classe dos mais conhecidos medicamentos antidepressivos. Sua principal finalidade é o tratamento da depressão e pode demorar de duas a quatro semanas para começar a fazer efeito, enquanto os efeitos colaterais surgem muito rapidamente. Embora numa fase inicial do tratamento se verifique sedação, pode levar de uma a seis semanas até que seja atingido o efeito desejado. Além de antidepressivo, a amitriptilina atua também como bloqueador dos ataques de pânico (Transtorno do Pânico) e Transtorno de Ansiedade Generalizada. REAÇÕES ADVERSAS •
Secura da boca, o que propicia o aparecimento de cáries:
para contornar o problema a pessoa deve tomar pequenos e constantes goles de água e evitar comer açúcar.
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Obstipação (prisão de ventre) que deve ser regulado com
•
enriquecimento de fibras na dieta e não com laxantes. Tonteiras, zumbidos ou dores de cabeça, sedação ou
•
mesmo prostração. •
Ganho de peso rápido e aumento do apetite.
•
Taquicardia e crises hipertensivas.
•
Diminuição da libido.
•
Facilita o surgimento de crises convulsivas em pessoas com
•
Problemas de visão.
•
Sensação de cansaço e/ou fraqueza muscular.
•
Dormência da língua.
•
Movimentos involuntários dos músculos.
epilepsia.
Amamentação: alta concentração no leite materno – meia vida de cerca de 22 horas. Imipramina (tofranil, Anafranil): meia vida de 12 -30 horas. Tem efeitos depressores cardíacos. Efeitos colaterais: Os
efeitos
colaterais
devidos
à
ação
anticolinérgica
da
Imipramina são os mais frequentemente observados: secura da boca, constipação intestinal, sudorese, flush cutâneo, alterações na acomodação visual e/ou visão turva. Pode também ocorrer distúrbios da micção e casos isolados de midríase, glaucoma. Ocasionalmente, a Imipramina pode provocar efeitos psíquicos, fadiga, sonolência, alterações do sono, estado de ansiedade aumentado, sensação de inquietude e agitação, oscilação de depressão para hipomania ou mania, sintomas de delírio, tais como confusão acompanhada de desorientação e alucinações (particularmente em pacientes portadores da doença de Parkinson), ativação dos sintomas Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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psicóticos. Há relatos de casos isolados de agressividade. Dentre os efeitos colaterais neurológicos, ocorrem frequentemente tremores e, ocasionalmente, parestesia, sensação de formigamento, entorpecimento, sintomas
sugestivos
de
neuropatia
periférica,
cefaleia,
vertigens;
raramente podem ocorrer casos de ataques epilépticos. Há relatos de casos isolados de alterações do EEG, mioclonia, fraqueza, sintomas extrapiramidais, ataxia, distúrbios da fala. No sistema cardiovascular, ocorre
frequentemente
taquicardia
sinusal
e
alterações
do
ECG
clinicamente irrelevantes (alterações da onda T e do segmento ST) em pacientes portadores de funções cardíacas normais e hipotensão postural. Ocasionalmente, são observadas arritmias, distúrbios da condução (ampliação do complexo QRS e do intervalo PR, bloqueio do feixe atrioventricular), palpitações. Em casos isolados, ocorre elevação na pressão arterial, descompensação cardíaca, reações vasoespasmódicas periféricas. No trato respiratório são citados casos isolados de alveolites alérgicas (pneumonia) c/ ou sem eosinofilia. No trato gastrintestinal, ocasionalmente, ocorre náusea, vômito e anorexia e, c/ incidência ainda mais rara, estomatites, lesões na língua, distúrbios abdominais, hepatite c/ ou sem icterícia. As reações de pele incluem reações alérgicas (rash cutâneo, urticária), casos isolados de prurido, fotossensibilidade, edema (local ou generalizado), petéquias, perda de cabelos. Pode interferir no sistema endócrino e metabolismo, observando-se frequentemente: ganho de peso e ocasionalmente distúrbios de libido e impotência. Foram relatados casos isolados de aumento do volume das mamas, galactorréia, síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético, elevação ou diminuição nos níveis da glicose sanguínea, perda de peso. No sangue pode provocar, embora raramente, eosinofilia, leucopenia, agranulocitose, púrpura e trombocitopenia. Outras reações adversas incluem: dor 330
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abdominal, diarreia, insônia, cefaleia, nervosismo e ansiedade, tinnitus e febre. Amamentação: Baixas concentrações no leite materno. Observar sonolência
e
efeitos
anticolinérgicos,
sobretudo
em
tratamentos
prolongados. Sertralina (zoloft, tolrest, novativ): compatível com amamentação em doses habituais; baixas concentrações no leite materno–meia vida de cerca de 24 horas e de seu metabólito de 65 horas. A sertralina é eficiente para a depressão severa e para a distimia, uma condição menos severa e mais crônica de depressão. Em vários estudos duplo-cegos, a setralina foi consistentemente mais eficiente que o placebo, no que diz respeito à distimia e, comparável à imipramina em respeito a tal. A sertralina também a depressão em pacientes distímicos em um grau mais elevado em relação à terapia cognitivo-comportamental em grupo ou à psicoterapia interpessoal. Adicionando a psicoterapia à sertralina não se mostrou uma melhoria de resultados. Estes resultados também foram confirmados num seguimento por dois anos de grupos tratados com sertralina e tratados com terapia interpessoal. No tratamento da depressão acompanhada por transtorno obsessivo-compulsivo, a sertralina teve uma performance estatisticamente significativa em relação à desipramina, em relação a ambas as desordens. A sertralina foi equivalente à imipramina para o tratamento da depressão com transtorno do pânico co-mórbido, mas foi mais bem tolerado. O tratamento com sertralina de pacientes depressivos com transtorno de personalidade comórbido melhorou os seus traços de personalidade e a sua melhoria foi praticamente independente das melhorias da sua depressão. De acordo com vários estudos duplo-cegos, a sertralina é eficiente na melhoria dos sintomas da desordem disfórica pré-menstrual, Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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uma forma severa de tensão pré-menstrual. Melhoria significativa foi observada em 50–60% dos casos tratados com setralina contra 20-30% de casos tratados com placebo. A melhoria começou durante a primeira semana de tratamento, e em adição ao humor, irritabilidade e ansiedade, a melhoria foi refletida num melhor funcionamento familiar, atividade social e qualidade de vida geral. Alguns sintomas como a turgidez, inchaço abdominal e sensibilidade mamária, tiveram uma resposta menor à sertralina. Apesar dos bem conhecidos efeitos secundários sexuais da sertralina, uma melhoria significativa da função sexual foi conseguida pelo grupo que tomou sertralina comparado com o grupo a tomar placebo. Uma comparação em três vias, da sertralina, com um inibidor de recaptação de norepinefrina e antidepressivo tricíclico, a desipramina, e o placebo, demonstraram a superioridade da sertralina, enquanto que a desipramina não atuou melhor que o placebo. Tomar unicamente a sertralina durante a fase luteal, isto é, 12 a 14 dias antes da menstruação, mostraram funcionar tão bem como o tratamento contínuo. Apesar de o tratamento na fase luteal poder ser mais aceitável para os pacientes, existiu indicações de que pelo fim de um período de três meses se torna menos tolerado do que o tratamento contínuo. Os autores do estudo sugeriram que o tratamento contínuo pode permitir que a tolerância aos efeitos secundários se desenvolva mais rapidamente. Descobertas a partir de ensaios mais recentes (2006) indicam
que o tratamento contínuo com
doses
subterapêuticas de sertralina (25 mg contra os usuais 50–100 mg) podem ambos responder à maior eficácia e minimização de efeitos secundários. De acordo com a Pfizer, a sertralina é contraindicado em indivíduos que estejam a tomar inibidores da monoamina oxidase ou o antipsicótico pimozida (Orap). O concentrado de sertralina contém álcool e é, portanto contraindicado juntamente com dissulfiram. A informação de 332
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prescrição recomenda que o tratamento de pacientes mais idosos e de pacientes com deficiências hepáticas deve ser feita com cuidado. Devido à eliminação mais lenta da sertralina nestes grupos, a sua exposição à sertralina pode ser tão alta como três vezes a exposição média para a mesma dose. Entre os efeitos adversos mais comuns associados à tomada de sertralina e listados na informação de prescrição, aqueles que possuem uma maior diferença em relação ao placebo são a náusea (25% contra 11% para o placebo), falha na ejaculação (14% contra 1% para o placebo), diarreia (20% contra 10% para o placebo), boca seca (14% contra 8% para o placebo), sonolência (13% contra 7% para o placebo), vertigem (12% contra 7% para o placebo), tremor (8% contra 2% para o placebo) e libido diminuída (6% contra 1% para o placebo). Aqueles efeitos que mais frequentemente resultaram de interrupção do tratamento foram a náusea (3%), diarreia (2%) e insônia (2%). A sertralina parece estar associada com a colite microscópica, uma condição rara de etiologia desconhecida. A acatisia causada pela sertralina foi observada em 16% dos pacientes numa série de estudos de casos clínicos. Este fato e dados de outros relatórios notam que a acatisia começa logo após o início do tratamento ou após um aumento de dosagem, muitas vezes várias horas após a toma do medicamento. A acatisia normalmente desaparece após vários dias da administração com sertralina ter finalizado ou da dose ser diminuída. Em alguns casos, médicos confundiram a acatisia com ansiedade e aumentaram a dose de setralina, causando uma pioria dos sintomas dos doentes. Especialistas fazem notar que devido à ligação da acatisia com o suicídio e ao desconforto que causa ao paciente, que "é de vital importância consciencializar os clínicos e pacientes dos sintomas desta condição relativamente comum". Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Para períodos de tratamento com sertralina superiores a seis meses, para a depressão, os doentes mostraram um insignificante aumento de peso (0,1%). Similarmente, o longo tratamento, de 30 meses, com sertralina, para o tratamento de transtorno obsessivo-compulsivo, resultou num ganho médio de peso de 1,5% (1 kg). Apesar de a diferença não ter atingido significância estatística, o ganho de peso foi menor no caso da fluoxetina (1%), mas maior no caso do citalopram, da fluvoxamina e paroxetina (2,5%). Apenas 4,5% do grupo tratado com sertralina ganharam uma grande quantidade de peso (definido com um aumento superior a 7%). Este resultado compara favoravelmente com o placebo, com o qual, de acordo com a literatura, 3% a 6% dos pacientes ganharam mais de 7% do seu peso inicial. O grande aumento de peso foi apenas observado entre membros do grupo tratado com sertralina do sexo feminino. A significância desta descoberta não é clara visto que o grupo ter um número de pacientes reduzido. Depois de um tratamento de duas semanas levado a cabo com voluntários saudáveis, a sertralina aumentou ligeiramente a fluência verbal mas não afetou a aprendizagem de palavras, a memória em curto prazo, o estado de alerta, o tempo de fusão de cintilização, o tempo de reação com dupla escolha, a memória operacional ou a coordenação psicomotora. Apesar de uma classificação subjetiva menor, ou seja, a sensação de que a performance foi menor, não foram observadas diferenças clinicamente relevantes na performance cognitiva objetiva num grupo de pessoas tratadas à depressão com sertralina por 1,5 anos, comparado com controlos com pessoas saudáveis. Em crianças e adolescentes a tomar sertralina por seis meses para combater desordens de ansiedade, 18 em 20 medidas de memória, atenção e de estado de alerta permaneceram inalterados. a atenção dividida foi melhorada e a memória verbal sob 334
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condições de interferência diminuíram marginalmente. Devido ao grande número de medidas utilizadas, é possível que estas mudanças pudessem ter sido derivadas de efeitos probabilísticos. 25.1.
EFEITOS
SEXUAIS
ADVERSOS
COM
ANTIDEPRESSIVOS Tal como outros inibidores seletivo da recaptação de serotonina, a sertralina é associada com efeitos sexuais secundários, incluindo problemas de ereção e dificuldades em atingir o orgasmo. A frequência observada de efeitos sexuais secundários depende grandemente se estes são relatados espontaneamente pelos pacientes ou por solicitação médica. Tem havido vários estudos duplo-cego relativo a efeitos sexuais secundários que comparam a sertralina com placebo ou outros antidepressivos. Enquanto que a nefazodona e a bupropiona não apresentaram efeitos negativos no funcionamento sexual, 67% dos homens a tomar sertralina experimentaram dificuldades na ejaculação contra 18% antes do tratamento (ou 61% contra 0% noutro artigo). De maneira similar, num grupo de mulheres que inicialmente não tinham dificuldades em atingir o orgasmo, 41% adquiriram esse problema durante o tratamento com sertralina. Uma taxa de 40% de disfunção orgásmica (contra 9% para o placebo) foi observada num grupo misto num outro estudo. Problemas de excitação sexual, definidas como "lubrificação e tumefacção inadequadas nas mulheres e dificuldades de ereção nos homens", ocorreram em 12% dos pacientes tratados com sertralina, comparados com 1% para o placebo. O efeito de melhoramento de humor resultante do tratamento com sertralina contrabalançou estes efeitos secundários, de modo que o desejo sexual e satisfação geral com o sexo permaneceram inalterados quando comparados com o período antes do Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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tratamento. No entanto, sob ação do placebo, o desejo e a satisfação aumentaram ligeiramente. Amineptina: (survector): uso criterioso na amamentação. Risco de inibir prolactina. Observar sonolência e efeitos anticolinérgicos, sobretudo em tratamentos prolongados. Fluvoxamina (luvox): sem dados conclusivos sobre indicação de amamentação. Mianserina: (tolvon): compatível com amamentação em doses habituais. Baixas concentrações no leite. Mirtazapina (remeron): meia vida de 16-30 horas (sem dados concludentes do Min. da Saúde, para amamentação). Reboxetina (prolift): idem. Tianeptina (stablon): idem Trazodona (donaren): meia vida de 3- 6 horas (idem) Venlafaxina (efexor): meia vida curta de 3-6 horas, mas seu metabólito tem meia vida de cerca de 11 horas (uso criterioso na amamentação: sem dados disponíveis sobre a passagem para o leite, Min. Saúde). A depressão como sintoma na mulher a exigir intervenção médica deriva como resposta á situações estressantes, perdas, luto, circunstanciamento social e econômico adverso, fatores psicológicos, hormonais, gravidez, entre outros, levando a um sentimento de vazio, perda da capacidade de sentir prazer nas lidas comuns da vida diária, redução pelo interesse ambiental, diminuição do foco de atenção aos problemas gerais, fadiga fácil, vivida como uma perda de energia, lentificação, anedonia (falta de alegria para a vida), apatia, dificuldade de concentração, ansiedade e sintomas mais graves relacionando a depressão às psicoses. 336
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A incidência durante a gravidez está em torno de 10%, sendo fatores concorrentes á idade menor, á falta de suporte social, ter mais filhos, viver só e, quando a depressão ocorre durante a gravidez praticamente triplica o risco de depressão puerperal, estando ligada à falta de cuidados pré-natais, nutrição insuficiente, uso de drogas. No puerpério, o chamado "Blues", com incidência em torno de 70-85% dos transtornos depressivos caracteriza-se por labilidade do humor, choro fácil, quadros depressivo-ansiosos e com ocorrência maior no pós–parto imediato até a terceira semana. Há fatores hoje ligados ao "blues" antecedendo a própria gravidez, como estória de sintomas depressivos anteriores e transtornos disfóricos pré-menstruais mais evidentes. A depressão puerperal tem uma incidência menor, em torno de 10% com curso mais prolongado até aproximadamente o quarto mês do puerpério. Nestes casos vale sempre descartar a ocorrência de hipotireoidismo pós-parto. Sintomas como culpabilidade, depressão ansiosa, receio de causar malefícios ao RN, pensamentos negativos por antecipação e obsidentes dominam o quadro. As psicoses puerperais são situações mais graves com comprometimento maior do sensório, tem uma ocorrência ainda menor, em torno de 0,2% e tem prevalência no primeiro mês do puerpério, devendo merecer observação cuidadosa e seguimentos tardios, longitudinais, até a alta. Predomina a desorientação, a confusão mental, perplexidade, alucinações e distimias de ciclo rápido. É comum em primíparas. O ECT's tem aqui indicações precisas, de pouco risco materno e para o RN que é amamentado. Não há um conhecimento absoluto de contraindicações para a ECT, mas existem certas restrições: tumor ou infarto cerebral, histórico de infarto no miocárdio ou arritmias cardíacas, marca-passo
cardíaco,
aneurisma,
deslocamento
de
retina,
feocromacitoma e doenças pulmonares estão entre as condições Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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potencialmente perigosas, nas quais o uso da ECT é considerado de alto risco, requerendo precauções adicionais (Stevens et al., 1996). Ref: 46. A taxa de mortalidade associada à ECT é basicamente similar àquela associada aos procedimentos envolvendo anestesia geral, ou seja, um em cada cem mil casos tratados (1:100.000). Os eventos que resultaram em morte ocorreram quase que exclusivamente em função de complicações cardíacas. Mediante a observância das diretrizes de boa prática clínica, publicadas nos guias de referência, a ocorrência de complicações cardíacas sérias - como infarto do miocárdio, fibrilação ventricular, aneurisma - tornou-se rara, mesmo em pacientes com doença cardíaca preexistente (Zielinski et al., 1993). Quanto aos distúrbios cognitivos decorrentes do uso agudo da ECT, como amnésia retrógrada, anterógrada e confusão mental, admite-se amplamente que são transitórios e reversíveis e, na maioria dos casos, não representam problema clínico dominante. As disfunções cognitivas associadas à ECT, que muitas vezes são difíceis de ser diferenciada dos sintomas cognitivos da depressão, constituem-se em um componente sintomatológico extremamente desgastante para certos pacientes e devem ser sempre acompanhadas com cautela. Os estudos controlados de neuroimagem não apresentaram qualquer evidência de que a ECT possa causar danos cerebrais (NICE, 2003). Entretanto, as disfunções cognitivas associadas ao tratamento contínuo ou de manutenção com ECT ainda devem ser estudadas de maneira apropriada. Paroxetina,
sertralina
e
nortriptilina
apresentam
níveis
plasmáticos no RN em geral extremamente baixos ou indetectáveis; também não se observam reações adversas nos lactentes com essas medicações, são todos da categoria L2 de Rale. Os demais ADT e a venlafaxina mostram também níveis baixos ou indetectáveis no RN, e 338
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ausência de efeitos adversos, mas o número de estudos é ainda baixo. A fluoxetina (L3) pode atingir níveis plasmáticos altos no RN, causando vômitos, diarreia, cólicos e diminuição do sono. Existem evidências de que a fluoxetina via leite matemo pode causar diminuição da curva de pesocrescimento, com uma média de 392 gramas a menos no 6º. mês.
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26. ANTIPSICÓTICOS E GRAVIDEZ Esta é uma classe grande de fármacos de interesse na ginecologia e obstetrícia posto que atravessa a membrana placentária, é encontrada circulante no feto, líquido amniótico, bloqueando basicamente receptores dopaminérgicos (D2,), e ainda D1, D4, serotoninérgicos (5HT2A), e com alfa – adrenérgicos. Tem grande afinidade por gorduras e geralmente utilizam o metabolismo hepático para sua excreção. Os efeitos adversos notados são as distonias motoras, acatisias que corresponde a uma inquietação psicomotora bradicinesia e efeitos tardios. Os chamados antipsicóticos ditos atípicos, como a clozapina, olanzapina, quetiapina, e em doses baixas também a risperidona, desencadeia um menor número dos efeitos colaterais relatados. Uma alternativa para os quadros psicóticos na gravidez, em particular os de início súbito, tem no ECT (eletroconvulsoterapia) tão boa indicação quanto na depressão maior, com bons resultados e segurança. Os protótipos das fenotiazinas são: a prometazina (fenergan), com efeitos sedativos e anti-histamínicos, a clorpromazina (amplictil) cujas ações definiram o que veio a se chamar de "neurolépticos", úteis desde o início da
década de 50 até o presente no tratamento de distúrbios mentais
graves. A Tioridazina, a mesoridazina, a flufenazina, a trifluoperazina tem ação potente no sintoma e igualmente potente aparecimento de sintomas colaterais. Os neurolépticos atípicos, ou de 2a. geração, não podem ser classificados de sedativos ou incisivos, como se faz com os neurolépticos típicos, tendo em vista a diversidade de ação, ora cumprindo Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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um objetivo, ora outro. Esses novos medicamentos têm se mostrado um novo e valioso recurso terapêutico nas psicoses, principalmente naquelas refratárias aos antipsicóticos tradicionais, nos casos de intolerância aos efeitos
colaterais
extra
piramidais,
bem
como
nas
psicoses
predominantemente com sintomas negativos, onde os antipsicóticos tradicionais podem ser ineficazes. De forma ampla os Antipsicóticos Atípicos são definidos como uma nova classe desses medicamentos que causam menos efeitos colaterais extra-piramidais, ao menos em doses terapêuticas. Eles são os seguintes: Nome Químico - Nome Comercial AMISULPRIDA - Socian CLOZAPINA - Leponex OLANZAPINA - Zyprexa QUETIAPINA - Seroquel RISPERIDONA - Risperidal, Risperdol. ZIPRAZIDONA - Geodon ARIPIPRAZOL - Abylife A utilidade dos Antipsicóticos Atípicos já é considerada uma opção recente na história da terapêutica das psicoses. Pesquisas sistemáticas estabelecem como sólida a superioridade dos Antipsicóticos Atípicos, em algumas situações clinica, como por exemplo, a clozapina, entre outros, frente aos antipsicóticos típicos ou convencionais. A quantidade de efeitos colaterais ainda é muito intensa. Por exemplo, o seroquel: Os antipsicóticos atípicos como Seroquel afetam apenas certas partes do cérebro, bloqueando a entrada da serotonina, a dopamina, norepinefrina, histamina e muscarina. O benefício para os antipsicóticos 342
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atípicos é que eles são da
não formação do hábito e não são tão
agressivos como outros antipsicoticos da mesma linha.Some-se aos efeitos colaterais menos graves de Seroquel que são tonturas, sonolência, agitação, constipação, boca seca e ganho de peso. Os efeitos colaterais mais graves são reações alérgicas que são reveladas através de problemas respiratórios, inchaço da garganta, lábios, língua ou face e urticária. Outros efeitos são movimentos espásticos de membros e rosto ou febre, rigidez muscular ou batimentos cardíacos irregulares. E mais, os efeitos secundários graves de Seroquel incluem pancreatite, hiperglicemia, acidente vascular cerebral e sendo três vezes mais probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2, alguns pacientes em Seroquel desenvolveram Síndrome neuroléptico maligno (SNM). Enquanto a taxa de mortalidade para aqueles com SMN tenha diminuído, ainda é uma condição séria que resulta em insuficiência respiratória, colapso cardiovascular, insuficiência renal mioglobinurica, arritmias, rabdomiólise, pneumonia, convulsões ou difusa intravascular coagulação. 26.1. EFEITOS COLATERAIS COM A ZIPRAZODONA Pode também levar à Síndrome Neuroléptica Maligna, um complexo raro mas potencialmente fatal, foi relatada em associação com outros fármacos antipsicóticos, um risco potencial da ocorrência deste evento adverso durante o tratamento com ziprasidona não pode ser excluído. O controle da SNM deve incluir descontinuação imediata de todos os fármacos antipsicóticos. Discinesia tardia: Assim como ocorre com outros antipsicóticos, existe um potencial da ziprasidona causar discinesia tardia e outras síndromes extrapiramidais tardias após tratamento prolongado. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Se aparecerem sinais ou sintomas de discinesia tardia, deve-se considerar redução da dose ou descontinuação da medicação. Intervalo QT: A ziprasidona causa um prolongamento no intervalo QT de grau leve a moderado . Portanto, a ziprasidona não deve ser administrada concomitantemente com outros medicamentos que são conhecidos por prolongar o intervalo QT. Distúrbios
eletrolíticos
tais
como
hipocalemia
e
hipomagnesemia aumentam o risco de uma arritmia maligna e deve ser corrigido antes de o tratamento com ziprasidona ser iniciado. Se pacientes com doenças cardíacas estáveis forem tratados, uma revisão no eletrocardiograma (ECG) deve ser considerada antes do início do tratamento. Se sintomas cardíacos, tais como palpitações, vertigens, síncope ou convulsão ocorrerem, então a possibilidade de uma arritmia cardíaca maligna ocorrer deve ser considerada e uma avaliação cardíaca incluindo um ECG deve ser conduzida. Se o intervalo QT é > 500 ms, é recomendado que o tratamento seja interrompido. (ver Contraindicações). Convulsões: Assim como com outros antipsicóticos, recomendase cautela no tratamento de pacientes com histórico de convulsões. Uso durante a gravidez e a lactação: Estudos de toxicidade na reprodução demonstraram efeitos adversos no processo reprodutivo apenas com doses associadas à toxicidade materna. Não houve evidências de teratogenicidade. Uso durante a gravidez: Não foram conduzidos estudos em mulheres grávidas. Mulheres com potencial de engravidar que estejam recebendo ziprasidona devem, portanto, ser aconselhadas a utilizar um método contraceptivo adequado. Como a experiência humana é limitada, a administração de ziprasidona não é recomendada durante a gravidez, a
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menos que o benefício esperado para a mãe supere o risco potencial ao feto. Uso durante a lactação: Não se sabe se ziprasidona é excretado no leite materno. As pacientes devem ser advertidas a não amamentar se estiverem em tratamento com ziprasidona. Efeitos na habilidade de dirigir e de operar máquinas: ziprasidona (ziprasidona) pode causar sonolência. Os pacientes que forem dirigir ou operar outras máquinas devem, portanto, ser advertidos adequadamente. 26.2. EFICÁCIA DA OLANZAPINA E EFEITOS ADVERSOS Em conclusão: (1) o insucesso terapêutico esteve presente em 48% dos pacientes tratados com olanzapina, em comparação com 64% daqueles
tratados
com
haloperidol;
(2)
houve
mais
interrupções
prematuras do tratamento por falta de eficácia entre os pacientes tratados com haloperidol do que naqueles tratados com olanzapina; (3) a interrupção prematura do tratamento, devido a efeitos adversos, foi mais frequente nos pacientes tratados com haloperidol do que naqueles tratados com olanzapina; (4) o uso de anticolinérgicos foi necessário em apenas 15% dos pacientes tratados com olanzapina, em comparação com 4 advertências comparados aos 9% daqueles tratados com haloperidol.A síndrome neuroléptica maligna (snm): snm é uma síndrome complexa, potencialmente fatal, associada também a este medicamento antipsicótico, incluindo-se, portanto a olanzapina. As manifestações clínicas da snm são: hiperpirexia, rigidez muscular, estado mental alterado e evidência de instabilidade autonômica (pulso ou pressão arterial irregular, taquicardia, diaforese e arritmia cardíaca). Outros sinais adicionais podem incluir: elevação da creatinina fosfoquinase, mioglobinúria (rabdomiólise) e insuficiência renal aguda. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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As manifestações clínicas de snm ou presença de febre alta sem manifestações clínicas de snm requerem a descontinuação de todas as drogas antipsicóticas incluindo a olanzapina. O risco de discinesia tardia aumenta com a exposição em longo prazo às medicações antipsicóticas, deve-se considerar a redução da dose ou a interrupção da droga se sinais ou sintomas de discinesia tardia aparecerem em um paciente. Estes sintomas podem piorar temporariamente, ou mesmo aparecerem após a interrupção do tratamento. Provas de função hepática: ocasionalmente, têm sido observadas, especialmente na fase inicial do tratamento, elevações assintomáticas e transitórias das transaminases hepáticas tgp e tgo. raros casos de hepatite foram relatados, assim como, casos de
insuficiência
hepática
mista
ou
colestática
foram
relatados.
Convulsões: olanzapina deve ser usada cuidadosamente em pacientes com histórico de convulsões ou que estão sujeitos a fatores que possam diminuir o limiar convulsivo. Convulsões foram raramente relatadas em tais pacientes, quando tratados com olanzapina. Atividade anticolinérgica: a experiência durante os estudos clínicos revelou uma baixa incidência de eventos anticolinérgicos. Contudo, como a experiência clínica com olanzapina em pacientes com doença concomitante é limitada, devem ser tomadas precauções quando for prescrita a pacientes com hipertrofia prostática, íleo paralítico, glaucoma de ângulo estreito ou condições relacionadas.
Antagonismo
dopaminérgico:
a
olanzapina
exibe
antagonismo à dopamina in vitro, e, em teoria, pode antagonizar os efeitos da levodopa e dos agonistas da dopamina como com outras drogas antipsicóticas. Atividade geral no snc: devido aos efeitos primários da olanzapina serem no snc, deve-se tomar cuidado adicional quando for administrada em combinação com outras drogas que atuem centralmente, incluindo o álcool. Fenilalanina: a olanzapina orodispersível contém 346
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aspartame, que é uma fonte de fenilalanina. Efeitos cardiovasculares: as comparações entre os grupos olanzapina/placebo provenientes dos resultados agrupados de estudos clínicas placebos-controlados, revelaram que não há diferenças estatisticamente significantes na proporção de pacientes recebendo olanzapina/placebo que apresentaram alterações potencialmente importantes nos parâmetros do ECG, incluindo os intervalos qt, qtc e pr. O uso de olanzapina foi associado a um aumento médio de 2,4 batimentos por minuto na frequência cardíaca, comparado com nenhuma alteração entre os pacientes que utilizaram placebo. Esta tendência à taquicardia pode estar relacionada ao potencial da olanzapina em induzir alterações ortostáticas. Efeitos hemodinâmicos: olanzapina pode induzir hipotensão ortostática associada com vertigem, taquicardia, e em alguns pacientes, síncope, especialmente durante o período inicial de titulação da dose, provavelmente refletindo suas propriedades de antagonista a-1 adrenérgico. Os riscos de hipotensão ortostática e síncope podem ser minimizados ao se adotar uma terapia inicial com 5 mg de olanzapina administrada uma vez ao 11 dia. se ocorrer hipotensão, uma titulação mais gradual para a dose alvo deve ser considerada. Alterações dos lipídios: em estudos clínicos placeboscontrolados, alterações indesejáveis dos lipídios foram observados em pacientes tratados com olanzapina. Elevações significantes e, às vezes, muito altas (> 500 mg/dl) nos níveis de triglicérides foram observadas com o uso da olanzapina. Aumentos médios moderados no colesterol total também foram observados com o uso da olanzapina. Portanto, recomenda-se monitoramento clínico adequado. Eventos adversos cerebrovasculares (eac), incluindo acidente vascular cerebral, em pacientes idosos com demência: eventos adversos cerebrovasculares (ex. acidente vascular cerebral, ataque isquêmico transitório), incluindo mortes, foram relatados Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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em estudos com pacientes idosos com psicose associada à demência. Em estudos placebos-controlados, houve uma alta incidência de eventos adversos
cerebrais
em
pacientes
tratados
com
olanzapina
comparados aos pacientes tratados com placebo (1,3% versus 0,4%, respectivamente).
Todos
os
pacientes
que
apresentaram
eventos
cerebrovasculares tinham fatores de risco preexistentes conhecidos que estão relacionados com um risco elevado para os eac (ex. histórico de eac ou ataque isquêmico transitório, hipertensão, tabagismo) e apresentaram condições médicas concomitantes e/ou medicamentos concomitantes tendo uma associação temporal com os eac. a olanzapina não está aprovada para o tratamento de pacientes com psicose associada à demência. Hiperglicemia e diabetes mellitus: em pacientes com esquizofrenia, ocorre um aumento na prevalência de diabetes. Assim como com outros antipsicóticos, alguns sintomas como hiperglicemia, diabetes, exacerbação de diabetes preexistente, cetoacidose e coma diabético foram relatados. Recomenda-se monitorização clínica apropriada em todos os pacientes, particularmente em pacientes diabéticos e em pacientes que apresentam fatores de risco para o desenvolvimento de diabetes. Carcinogênese, mutagênese, danos à fertilidade e toxicidade animal: baseando-se nos resultados de estudos em ratos e camundongos, concluise que a olanzapina não é carcinogênica. Achados significantes em estudos de oncogenicidade foram limitados a um aumento na incidência de adenocarcinomas mamários em ratas e fêmeas de camundongo. Esse é um achado comum tratado com agentes que aumentam a secreção de prolactina Efeitos nos parâmetros hematológicos em cada espécie envolveram células sanguíneas circulantes e nenhuma evidência de citotoxicidade da medula óssea foi encontrada em todas as espécies estudadas. Gravidez (categoria c): não há estudos adequados e bem 348
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controlados com olanzapina em mulheres grávidas. As pacientes devem ser avisadas para notificarem seu médico se ficarem grávidas ou se pretenderem engravidar durante o tratamento com olanzapina. Dado que a experiência em humanos é limitada, esta droga deve ser usada na gravidez somente se os benefícios possíveis justificarem os riscos potenciais para o feto. Lactação: em um estudo em mulheres saudáveis, lactantes, a olanzapina foi excretada no leite materno. a média de exposição infantil (mg/kg) no estado de equilíbrio foi estimada ser 1,8% da dose
materna
de
olanzapina
(mg/kg).
As
pacientes
devem
ser
aconselhadas a não amamentarem no caso de estarem recebendo olanzapina. E
suposta
superioridade
terapêutica
não
se
vê
tão
acentuadamente nas melhoras clinicas dos pacientes crônicos, ou na menor escassez duvidosa de efeitos colaterais, mas também na prevenção das recaídas. Hoje é frequente o uso de formas de longa duração na forma decanoato, com tempo de ação de aproximadamente 30-40 dias. A clozapina deriva destes antipsicóticos chamados tricíclicos e contém as mesmas prerrogativas dos neurolépticos considerados clássicos; idem para a olanzapina e para a risperidona (um antisserotoninérgico misto) com quem partilha a farmacologia básica. Existem riscos para o neonato em mães que se utilizam antipsicóticos, mas são considerados de pouca ação na teratogenia. A risperidona pode produzir hiperprolactinemia importante e de um modo geral, os antipsicóticos aumentam os níveis de prolactina sendo que este efeito cessa rapidamente quando suspensos. Os neurolépticos e outros agentes que estimulam a secreção de prolactina devem ser evitados em casos de carcinoma de mama e em particular com metástases. Muitos neurolépticos reduzem a secreção de gonadotrofinas, estrogênios e progestagênicos contribuindo para a amenorreia observada Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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nestas pacientes. Inibem também a liberação de hormônio de crescimento e reduzem a secreção de hormônio liberador de corticotrofina (CHR). Há aumento de peso e pode ser esta situação, uma contraindicação para seu uso prolongado, em particular a clozapina e a olanzapina. A clorpromazina está relacionada a alterações de tolerância à curva glicêmica e á outros neurolépticos associados ao desenvolvimento de diabetes tipo II. É excretado no leite materno. Das butirofenonas a principal e mais estudada é o haloperidol. Seus sucessores são o penfluridol e a pimozida para ações prolongadas, mas ainda acanhadas na substituição ao haloperidol clássico. A forma decanoato é frequentemente usada no nosso meio pela praticidade em pacientes resistentes á medicação por via oral, negativista e nãocooperativos. A clorpromazina é utilizada com frequência em pacientes agitadas e comportamento agressivo, e juntamente com a prometazina, tornou–se uma conduta útil em OS e agitação psicomotora de risco. O ideal é suspender antipsicóticos duas semanas antes do parto com intuito de se evitar maiores efeitos sobre o RN em mães que os tomam. A maioria é compatível com a amamentação devendo-se observar criteriosamente o RN de mães amamentando e em uso destas drogas. 26.3. NOMES QUÍMICOS X NOMES COMERCIAIS Clorpromazina: amplictil (compatível com a amamentação em doses habituais) Levomepromazina: neozine, levozine (Observe sonolência e letargia no RN amamentado – não tem contra- indicação formal na amamentação) Tioridazina: melleril (para amamentação: idem a clorpromazina) 350
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Trifluoperazina:
stelazine
(idem
á
clorpromazina
para
amamentação) Amilsulprida: sociam (uso criterioso na amamentação: Sem dados disponíveis conclusivos). Flufenazina:
anatensol,
flufenan
–
uso
criterioso
na
amamentação. Haloperidol: haldol - compatível com amamentação em doses habituais (1-5 mg/ dia) Penfluridol: semap Pimozida: orap – Uso criterioso: sem dados conclusivos. Pipotiazina: piportil (e, L4) Clozapina: leponex: cuidados com dist. Hematológicos e convulsão. Olanzapina: zyprexa Quetiapina: seroquel Risperidona: risperdal, risperidon, zargus. Uso criterioso: estimula prolactina e sem dados conclusivos do Min. da Saúde na amamentação. Zuclopixol: clopixol 26.4. ÁCIDO FÓLICO O acido fólico pode diminuir risco de malformação congênita. Durante o VI Congresso da Sogesp (Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo), realizado no mês de novembro 2006, o pesquisador húngaro Andrew E. Czeizel ministrou conferência sobre novas perspectivas de suplementação vitamínica na gestação. Em pesquisa recente Czeizel conseguiu provar a eficácia do ácido fólico na prevenção de defeitos do tubo neural. A experiência, desenvolvida na Hungria, é considerada ponto de referência decisivo na área de prevenção Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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de defeitos do tubo neural. Realizado com quase 5.500 gestantes, o estudo conclui que o uso de suplemento vitamínico, contendo 0,8 mg de ácido fólico, reduz o aparecimento de bebês com malformação do tubo neural, assim como do trato urinário e do sistema cardiovascular, além de diminuir os sintomas de enjoos, náuseas e vômitos durante o primeiro trimestre de gravidez. Também restringe a incidência de partos prematuros e melhora a qualidade do leite materno. De acordo com as pesquisas nacionais, em média, a cada 700 crianças que nascem no Brasil, uma apresenta defeitos congênitos. Entre elas estão as espinhas bífidas (defeitos na coluna vertebral) e a anencefalia (falha no desenvolvimento do cérebro), que leva a criança à morte. "Os dados disponíveis na literatura comprovam que a ingestão de ácido fólico apenas na dieta alimentar não reduz os riscos de defeitos. Já os suplementos são comprovadamente mais eficientes", garantiu o pesquisador, que é integrante do Centro Colaborador
para
o
Controle
de
Enfermidades
Hereditárias
da
Organização Mundial de Saúde da Hungria. Ele citou estimativa norteamericana que aponta para uma diminuição significativa em gastos hospitalares se todas as gestantes recebessem suplementação. "As vitaminas
do
Complexo
B
desempenham
papel
fundamental
no
metabolismo das células do nosso organismo. Há evidências de que baixos níveis de ácido fólico, vitamina B6 e vitamina B12, representam um fator de risco para o aparecimento de doenças cardiovasculares", concluiu Czeizel. A Vitamina reduz o risco cardíaco e de doenças psiquiátricas. Um estudo realizado pela Associação Americana do Coração, e publicado na revista Circulation revelaram que existe uma estreita relação entre o consumo de ácido fólico e a diminuição nos níveis de homocisteína, aminoácido sintetizado pelo organismo que, ao não ser bem metabolizado, converte-se em importante fator de risco para aterosclerose (placas de 352
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gorduras que bloqueiam as artérias). Junto com as vitaminas B6 e B12, o ácido fólico participa do metabolismo da homocisteína. Evidências epidemiológicas indicam que o excesso de homocisteína colabora para o aparecimento de doenças cardiovasculares e tromboses arteriais e venosas, as quais podem se agravar e até acabar provocando um infarto. Segundo o estudo, o papel do ácido fólico vai mudando conforme as etapas da vida. Na idade escolar, a sua carência pode levar à anemia nutricional. Nos adultos mais idosos, como o ácido fólico tem efeitos sobre o sistema nervoso central, o baixo consumo dessa vitamina ou os baixos níveis podem agravar problemas neuropsiquiátricos.
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27. CEFALÉIAS NO CICLO GRÁVIDO-PUERPERAL Abordamos neste capítulo o comportamento das cefaleias primárias, com enfoque especial na enxaqueca e na cefaleia tipo tensional e o ciclo gravídico-puerperal. Fazemos também comentários sobre algumas cefaleias secundárias (com substrato orgânico subjacente), que podem ocorrer com maior frequência neste período e que necessitam ser prontamente diagnosticadas e tratadas, uma vez que coloca em risco a vida da mãe e do feto. A partir de 1988, a International Headache Society (IHS) estabeleceu critérios diagnósticos para mais de 150 tipos de dor de cabeça, sendo de grande auxílio para o diagnóstico destas entidades. A história clínica criteriosa é a melhor ferramenta médica para diagnóstico correto, uma vez que, em se tratando das cefaleias primárias, não há nenhum exame subsidiário que possa ser útil na elucidação do diagnóstico. A enxaqueca (ENX) tem alta prevalência na população geral. Estudos epidemiológicos mostram que 17% das mulheres e 7% dos homens são portadores desta doença. Este tipo de cefaleia não aumenta o risco de complicação na gravidez (toxemia e complicações do parto), tão pouco para o feto (anormalidades congênitas). Relatos controversos na literatura mostram que ela aumenta a ocorrência de hipertensão arterial relacionada à gestação. A ENX apresenta-se sob duas formas clínicas, a saber: com aura e sem aura. A aura é definida como qualquer sintoma ou sinal neurológico focal que, sem dúvida, estejam sendo originados em estruturas do tronco encefálico ou substância cinzenta do córtex, com duração mínima de Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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quatro minutos e que, habitualmente, desaparecem em trinta minutos. A aura normalmente precede a crise, porém pode acompanhá-la ou mesmo se dar sem que a fase dolorosa ocorra. Na maioria das vezes, a aura relatada pelo paciente envolve a esfera visual, com a presença de escotomas,
embaçamento
visual
e
espectros
de
fortificação,
comprometendo um ou ambos os olhos. Podem ocorrer, contudo, auras com outras formas clínicas, como alterações motoras, sensitivas e distúrbios da fala. Mesmo que haja relato da sua ocorrência, sua presença não é obrigatória em todas as crises. A ENX sem aura é descrita como dor de origem idiopática, recorrente e manifestada por crises com duração de 4 a 72 horas. As características típicas desta cefaleia são: localizadas unilateralmente (em 60% das pacientes), qualidade da dor pulsátil, intensidade moderada a acentuada e geralmente acompanhada de náusea, vômito, fotofobia, fonofobia, e osmofobia. A dor é agravada pelas atividades rotineiras das pacientes. A cefaleia tensional (CTT) é descrita como episódios recorrentes de dor, que podem durar de alguns minutos a vários dias. Referida como sensação de aperto ou peso, de intensidade fraca ou moderada, localização bilateral (geralmente holocraniana) e que não piora com atividade rotineira. Raramente, acompanha-se de náusea, podendo haver relato de fotofobia e fonofobia discretas. Pode ser classificada do ponto de vista clínico em forma episódica e crônica. A primeira é de ocorrência ocasional, com crises relacionadas, na maioria das vezes, a vícios de postura. Na forma crônica, as crises ocorrem numa frequência superior a quinze dias/ mês e mais de 180 dias ao ano e sem relato de crises de enxaqueca concomitantemente.
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Faz parte dos critérios diagnósticos de ambas as entidades a realização do exame neurológico, que deve ser normal. A ligação entre ENX e hormônios femininos é um fato reconhecido há muito tempo. Em épocas passadas pensou-se até, pelas evidências, que a enxaqueca fosse doença hormonal: nítida preponderância no sexo feminino (4:1), início das crises ocorrendo na maioria das vezes à mesma época da menarca, dores mais intensas no período menstrual e mais da metade das mulheres ficando totalmente livres das dores durante a gestação. Além do fato das crises poderem desaparecer totalmente após a instalação da menopausa. Seguindo nesta mesma linha de raciocínio, sabemos que tratamentos hormonais (TRH ou uso de anticoncepcionais) podem modificar, para pior, a história natural da doença. No tocante ao comportamento da ENX e a gestação, a literatura nos mostra que 60% a 70% das mulheres ficam livres de suas crises durante os dois últimos trimestres da gravidez, notadamente aquelas que iniciaram sua história de enxaqueca concomitantemente com a menarca e que,
apresentavam
paroxismos
de
dor
relacionados
ao
período
perimenstrual. A forma clínica (com ou sem aura) parece não ser importante na predição de remissão durante o período gestacional. Embora, dentre as mulheres que pioram a frequência de suas crises neste período (4% a 8%), ou que iniciam suas crises na gravidez (10%) e que geralmente
o
faz
durante
o
primeiro
trimestre,
seja
composta
principalmente daquelas que apresentam a forma com aura. Durante este período de nove meses podem ocorrer alterações na apresentação clínica das crises de enxaqueca. Crises que nunca apresentaram aura, para crises com aura e vice-versa; bem como dores que eram tipicamente latejantes, que passam a ter características de dor em peso, aperto ou pressão, típicas da CTT. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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A interação enxaqueca/hormônios/gestação tem relação direta com os níveis de estradiol, flutuantes durante os ciclos menstruais normais e permanentemente elevados e constantes durante toda a gravidez. Os altos níveis séricos do estradiol também provocam alterações em neurotransmissores envolvidos na fisiopatologia da ENX, como: aumento
da
serotonina
plasmática
e
plaquetária,
aumento
na
concentração do ácido gama amino butírico (GABA) e encefalinas, bem como elevação na produção de opióide endógenos, que aumentam o limiar de disparos de áreas cerebrais que deflagram uma crise. Da mesma forma que o retorno do estradiol aos níveis habituais no período pós-parto é fator importante no desencadeamento e retorno das crises. Os níveis de progesterona, na gravidez não exercem qualquer papel de importância. A CTT também pode se apresentar na gestação de forma mais branda, com melhoria dos sintomas menos pronunciados, quando comparada à enxaqueca, sendo que apenas 28% das mulheres sentem este benefício. A piora da CTT clínica, quando ocorre, pode muitas vezes estar relacionada a alterações posturais decorrentes do crescimento progressivo do volume uterino. O grande dilema do binômio cefaleia e gravidez está relacionado ao risco de teratogenicidade. Estudos estatísticos revelam que 67% das mulheres norte-americanas tomam medicamentos de qualquer natureza durante a gestação e que 50% delas tomam durante o primeiro trimestre. Efeitos
adversos
de
qualquer
medicamento
estão
diretamente
relacionados com a dose utilizada, a via de administração e o tempo de exposição. A gravidade e a extensão dos efeitos teratogênicos também estão relacionadas com a fase gestacional onde ocorreu o contato com a droga. Vale ressaltar que na fase de pré-implantação fetal, que vai da concepção até uma semana após, o feto está relativamente protegido da 358
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ação de qualquer medicamento. Além dos efeitos teratogênicos que podem ocorrer, devemos levar em consideração antes de prescrevermos um fármaco, que a mulher grávida apresenta
alterações
metabólicas
que
irão
influenciar
tanto
na
concentração quantos na eliminação de qualquer droga utilizados através de: • Aumento do volume plasmático; • Aumento da sobrecarga cardíaca de 30 % a 50% ; • Aumento no fluxo renal em 40% a 50%; • Diminuição da albumina sérica de 20% a 30%; • Aumento do tecido adiposo e líquido extracelular; • Aumento do metabolismo dos medicamentos; • Aumento
do
clearence
renal,
com
necessidade
de
ajustamentos constantes nas doses, principalmente durante o último trimestre. Desta forma, recomenda-se que se consulte a recomendação do FDA como a do TERIS (Teratogen Information System). • Medicamentos e fase gestacional • Período pré-implantação: até 7 dias- sem problemas • Implantação (2 semanas): óbito fetal • Embriogênese
(2-8
semanas):
Teratogenicidade/
malformação • Crescimento fetal (> 8 semanas): retardo do crescimento, lesão de órgãos
formados e óbito fetal.
• Periparto: hemorragias, distonias uterinas, retardam mental, hipoglicemia neonatal.
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Tanto os medicamentos abortivos como os profiláticos utilizados no tratamento da enxaqueca devem ser evitados durante a gestação; não apresentam, entretanto, proibição formal. Devido ao fato de as crises terem tendência de diminuírem em frequência e intensidade após o primeiro trimestre, muitas mulheres podem conseguir alívio com medidas não-farmacológicas, que envolvam higiene de vida, tais como, repouso, bolsa de gelo e técnicas de relaxamento. O índice de melhora com estas medidas pode alcançar 73%. Entretanto, algumas continuam a ter crises de forte intensidade, associadas a náuseas e vômitos, e passíveis de desidratação, que podem acarretar problema materno-fetal de maior gravidade que o próprio uso de medicação abortiva da crise. O tratamento sintomático da crise deve ser instituído apenas se as medidas não-farmacológicas não alcançarem efeito desejável. A American Academy of Family Physicians e o American College of Physicians of American Society of Internal Medicine propõem analgésicos não-opióides e AINE (ácido acetilsalicílico, ibuprofeno, naproxeno, ácido tolfenâmico, associação de ácido acetilsalicílico, paracetamol e cafeína) como terapia de primeira linha. Agentes específicos para enxaqueca - diidroergotamina (intranasal), sumatriptano (oral ou subcutâneo), zolmitriptano, naratriptano, eletriptano, rizatriptano (orais) - são indicados para pacientes que não respondem a AINE ou têm crises graves. Ainda se recomendam antieméticos para vômitos e náuseas, considerados sintomas incapacitantes na crise de enxaqueca. Comparação
entre
analgésicos
não-opióides
e
anti-
inflamatórios não-esteróides, com e sem antieméticos ou cafeína, alcalóides do ergot e triptanos. AINE são agentes de primeira linha para tratamento de crises leves a moderada de enxaqueca ou crises graves a eles responsivas no 360
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passado. Evidências mais consistentes existem para ácido acetilsalicílico, ibuprofeno, naproxeno sódico, ácido tolfenâmico, diclofenaco e sua associação a cafeína, medicamentos que se mostraram superiores a placebo. Atribui-se à cafeína a propriedade de aumentar a velocidade de início de efeito de ácido acetilsalicílico, paracetamol, ibuprofeno e ergotamina. Nas
crises
leves
e
moderadas
de
enxaqueca,
ácido
acetilsalicílico supera o placebo. Sua associação à metoclopramida provou ser tão eficaz quanto a terapia com ergóticos e triptanos no alívio da dor em duas horas. Paracetamol também pode ser utilizado, Tendo eficácia bem demonstrada, tanto isoladamente quanto em associação com ácido acetilsalicílico e cafeína. Para alívio de dor em duas horas, paracetamol na dose de 1000 mg foi mais eficaz do que placebo (NNT=7,8; IC95%: 4,8-21,0). Em dose de 650 mg, Mostrou-se ineficaz. Não se observou diferença significativa entre ácido acetilsalicílico (1000 mg) e a associação de paracetamol e codeína (400 mg + 25 mg) no tratamento da crise, embora ambos tenham sido mais eficazes que placebo. Ensaio clínico randomizado e controlado por placebo30, envolvendo 1.357 pacientes com enxaqueca não-incapacitante, mostrou que a associação de paracetamol, ácido acetilsalicílico e cafeína (250 mg + 250 mg + 65 mg) aliviou significativamente a dor em relação ao placebo (NNT=3,8). Em presença de náuseas, metoclopramida (agente antiemético e pró-cinético) pode ser combinada a analgésicos não-opióides para acelerar a absorção destes últimos. Entretanto, não é recomendada rotineiramente em adultos e não deve ser administrada a pacientes. Mais jovens, pois pode causar distonia. Ondansetrona e congêneres, em monoterapia, não demonstraram eficácia em enxaqueca. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Uma das Revisões realizadas avaliou a eficácia da associação oral de ácido acetilsalicílico (650 a 900 mg) e metoclopramida (10 mg) em comparação a placebo, sumatriptano ou diidroergotamina. A associação apresentou efeitos comparáveis aos de sumatriptano por via oral e superiores
aos
de
diidroergotamina.
Em
ensaio
clínico
aberto
randomizado, a probabilidade de sucesso terapêutico com a associação de ácido acetilsalicílico e metoclopramida diminuíram à medida que a gravidade da incapacitação relacionada à cefaleia aumentou. Entre pacientes
mais
incapacitados,
apenas
26%
tiveram
suas
crises
controladas adequadamente com essa combinação. Em ensaio clínico piloto, randomizado, duplo-cego, cruzado (n=16), a associação de metoclopramida (10 mg) e sumatriptano (50 mg) foi comparada a sumatriptano mais placebo em pacientes com crises moderadas a graves não responsivas a triptanos. A associação aliviou ou fez cessar dor, em duas horas, em 44% das 16 crises, em comparação a 31% com sumatriptano isolado. As taxas de recidiva não diferiram significativamente entre as intervenções. Revisão sistemática de sete ensaios clínicos controlados por placebo encontrou limitadas evidências de melhora da dor com administração oral de ergotamina, isoladamente (1 a 6 mg) ou em associação a cafeína (100 mg). Ergotamina e seus derivados foram menos eficazes que sumatriptano. Não houve diferença entre uso isolado de ergotamina e em associação a metoclopramida sobre intensidade da cefaleia ou necessidade de medicamento adicional. Paralelamente, a incidência de efeitos adversos foi alta, em comparação com placebo, AINE e sumatriptano. Diidroergotamina pode ser útil em pacientes com crises de maior duração ou alta taxa de recorrência com uso
de
triptanos.
As
principais
vantagens
de
ergotamina
diidroergotamina são baixo custo e grande experiência de uso. 362
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e
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Complexa farmacologia, farmacocinética desfavorável, efeitos vasoconstritores generalizados e sustentados e alta frequência de abuso e cefaleias de rebote constituem as principais desvantagens desses fármacos. Atualmente, há extensa investigação sobre os efeitos de triptanos em crises de enxaqueca. Metanálise e revisões sistemáticas confirmaram a eficácia de sumatriptano oral, intranasal e subcutâneo no tratamento de crise única de enxaqueca em adultos. Ausência de dor em duas horas ocorreu com doses orais de 25 mg (NNT= 7,5; IC95%: 2,7142,0) e de 100 mg (NNT= 5,1; IC95%: 3,9-7,1). A maior dose determinou mais efeitos adversos, com NND§ de 7,1 (IC95%:5,0-11,1). Em análise de ensaios clínicos que o compararam a outros triptanos, o perfil de eficácia e de efeitos adversos foi geralmente similar. Ensaios clínicos adicionais30 mostraram superioridade de sumatriptano. Com uso subcutâneo de 6 mg houve o maior ganho terapêutico em uma hora. No entanto, a cefaleia pode recorrer em até 46% dos pacientes em 24 horas, provavelmente devido à menor duração de efeito. Outras limitações são necessidade de o paciente se auto-injetar, maiores incidência e intensidade de efeitos adversos, maior custo e restrições de emprego em presença de doenças cardiovasculares. No tratamento agudo de crises de enxaqueca associadas a período menstrual, Zolmitriptano oral aliviou a dor mais precocemente. Em 2 horas, houve alívio em 48% dos episódios tratados com o fármaco em comparação a 27% dos tratados com placebo (P < 0,0001), porém os efeitos adversos ocorreram em 16% versus 9% dos indivíduos, respectivamente. Zolmitriptano foi comparado à associação de ácido acetilsalicílico e metoclopramida no tratamento da crise enxaquecosa. Não houve diferença estatisticamente significativa (OR = 1,06; IC95%: 0,771,47; P = 0,72) entre o zolmitriptano e a associação quanto ao desfecho Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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primário – alívio de dor 2 horas após a administração. Uma análise post hoc mostrou que mais pacientes em uso de zolmitriptano apresentaram ausência de dor 2 horas após a primeira dose dada em três crises comparativamente aos que receberam a associação (OR = 2,19; IC95%: 1,23-4,03; P = 0,007). Ambos os tratamentos reduziram náusea, vômito, fono e fotofobia associados à enxaqueca e foram bem tolerados. Metanálise de dez ensaios clínicos evidenciou a eficácia de naratriptano em crises moderadas a graves em comparação a placebo, sendo o efeito proporcional à dose. Para o desfecho ausência de dor em quatro horas, naratriptano (2,5 mg) foi superado por rizatriptano (10 mg) e sumatriptano (100 mg). Propiciou alívio de dor comparável ao de zolmitriptano (2,5 mg). Porém apresentou menos efeitos adversos que os demais representantes, com incidência similar à do placebo. Ensaio clínico multicêntrico, duplo-cego e controlado por placebo evidenciou a eficácia de eletriptano para os desfechos alívio da dor em duas horas (NNT = 2,5 para a dose de 40 mg) e ausência de dor em duas horas (NNT = 4,4). O efeito foi proporcional às doses de 20 e 40 mg, mas não à de 80 mg. Teve início rápido com a dose de 40 mg (NNT = 20 em 0,5 hora; NNT = 5,3 em 1 hora). O perfil de efeitos adversos com a menor dose foi comparável ao do placebo. Comparado a zolmitriptano (2,5 mg), só evidenciou maior resposta analgésica com dose de 80 mg41. Em ensaio clínico randomizado e duplo-cego, eletriptano mostrou maior ausência de dor em duas horas em relação a naratriptano (35% vs. 18%; P < 0,001), menor uso de medicamentos de resgate (15% vs. 27%; P < 0,01) e resposta mais sustentada em 24 horas (38% vs. 27%; P < 0,05). Em estudo de análise de custo-efetividade entre eletriptano (40 e 80 mg) e sumatriptano (50 e 100 mg) para alívio de dor em duas horas, o tratamento com eletriptano resultou em menor custo por crise eficazmente tratada. 364
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Revisão do Clinical Evidence 4 não encontrou ensaios clínicos que evidenciassem efeitos de paracetamol, codeína, AINE, triptanos por vias oral ou nasal e antieméticos na enxaqueca de crianças e adolescentes. Os poucos ensaios clínicos existentes não têm qualidade metodológica adequada. Nessa condição, há sugestão da utilidade de paracetamol, ibuprofeno e sumatriptano (intranasal). Ref: 16 27.1. TRATAMENTO SINTOMÁTICO EM EMERGÊNCIAS Crises de enxaqueca graves, prolongadas e não-responsivas à automedicação são tratadas em serviços clínicos ou de emergência com diidroergotamina (via intravenosa ou intramuscular) ou sumatriptano (via subcutânea). Se houver insucesso terapêutico, Utilizam-se metoclopramida (10 mg, por via intravenosa), proclorperazina (10 mg, por via intravenosa) ou clorpromazina injeções intravenosas de 0,1 mg/kg, uma a cada 15 minutos). Raramente há necessidade de hospitalização em estados enxaquecosos. Neles se emprega diidroergotamina intravenosa, por três a quatro dias, suspendem-se todos os outros fármacos e administram-se líquidos intravenosos, especialmente se houver desidratação associada. As orientações do Ministério da Saúde, com Apoio Sociedade Brasileira de Pediatria e Febrasgo – Agosto 2000, para Drogas contra Enxaqueca e amamentação (Amamentação e Uso de Drogas) são as seguintes: AAS - compatível com amamentação em doses ocasionais. Evitar uso prolongado. Monitorar para anemia hemolítica, sangramento e acidose metabólica. DIPIRONA-Compatível com amamentação Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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ERGOTAMINA - Uso criterioso. Evite se possível. Pode causar ergotismo (vômitos, diarreia, convulsões) e suprimir lactação. Nos preparados comerciais está geralmente associado á cafeína, analgésicos, e antieméticos. ISOMEPTENO-Uso criterioso, Evitar se possível. PARACETAMOL - Compatível com amamentação PROPANOLOL - Compatível com amamentação. Monitorar o RN para efeitos colaterais como bradicardia, cianose, hipoglicemia. SUMATRIPTANA - Uso criterioso. Excretada no leite. Evitar se possível. Se for utilizada suspenda o aleitamento por 24 horas. Cefaleias primárias na gestação e drogas sintomáticas Analgésicos simples: B+(A): acetaminofen, cafeína AINES: B+(A): ibuprofeno, indometacina, naproxeno Narcóticos: B+(A): meperidina, metadona, morfina, codeína Corticosteróide:B+(A): prednisona Neurolépticos: C+(A) e metoclopramida:B+(A) Anti-histamínicos: B+(A ou C). 27.2. CONTRAINDICADOS: ERGOTAMÍNICOS De forma geral, os anti-inflamatórios não-esteroidais (AINES) e o acetaminofen podem ser utilizados. A aspirina em doses baixas apresenta baixo risco teratogênico; doses mais altas e próximas do parto, entretanto, podem estar associadas a sangramento materno-fetal. Os AINES devem ser utilizados apenas no primeiro e segundo trimestres, uma que podem aumentar o risco de sangramento, diminuir o volume de líquido amniótico, inibir o parto e provocar o fechamento prematuro do ducto arterial. A utilização
de
derivados
ergóticos
(tartarato
de
ergotamina
e
dihidroergotamina) e os triptanos devem ser evitados. A utilização de 366
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antieméticos, como a metoclopramida e a domperidona, por via oral, é segura e diminui a intensidade da crise, bem como alivia os sintomas de náusea e vômito. Qualquer medicação sintomática não deve exceder a três comprimidos por semana, para evitar cefaleias induzidas por abuso de analgésicos. A clorpromazina e o haloperidol (neurolépticos), utilizados por via endovenosa constituem excelentes armas para crises quando a via oral está contraindicada, quer pela ineficácia, já tentada pela paciente, como pela presença de vômitos. O tratamento profilático deve ser evitado como regra geral, ou instituído com critérios rígidos, sempre após explanação para o casal das possíveis complicações de seu uso.
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28.
CEFALÉIAS
PRIMÁRIAS
NA
GESTAÇÃO:
TRATAMENTO COM DROGAS PROFILÁTICAS Na profilaxia, a eficácia dos medicamentos é avaliada por diminuição de duração e intensidade das crises e seu espaçamento num período de dois a três meses. Apenas para alguns fármacos há evidências consistentes sobre eficácia na prevenção de enxaqueca. São usados antidepressivos tricíclicos, em doses inferiores às antidepressivas, com menor latência para o início de efeito analgésico. Em metanálise de trinta e oito ensaios clínicos randomizados, paralelos ou cruzados, controlados por placebo ou outro tratamento ativo, que avaliou eficácia de antidepressivos tricíclicos, antagonistas de serotonina e inibidores seletivos da recaptação de serotonina na profilaxia de enxaquecas ou cefaleia tensional, o tratamento com antidepressivos tricíclicos apresentou chance duas vezes maior de melhorar a dor (NNT = 3). Ensaio randomizado, duplo-cego e cruzado comparou amitriptilina a propranolol na profilaxia de enxaqueca, concluindo que a primeira reduziu significativamente gravidade, frequência e duração das crises, enquanto o segundo diminuiu apenas a gravidade das mesmas. Em revisão sistemática de 19 ensaios clínicos, inibidores seletivos de recaptação de serotonina mostraram resultados inconsistentes na profilaxia de enxaqueca. Anticonvulsivantes (carbamazepina, clonazepam, valproato de sódio e topiramato) apresentam-se moderadamente eficazes, porém seu uso é limitado por reações adversas e interações medicamentosas. Revisão sistemática que incluiu três ensaios clínicos controlados por placebo (n=350) avaliou especificamente a eficácia preventiva de ácido Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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valpróico. Observou-se redução de 50% no número de crises ou de dias com enxaqueca em aproximadamente metade dos pacientes. O NNT foi de
3,5
(IC95%:
2,6-5,3).
A
incidência
de
efeitos
adversos
foi
significativamente maior com o anticonvulsivante, sendo mais comuns náuseas, tontura e sonolência. Em ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, topiramato (100 e 200 mg/dia), administrado por 18 semanas, reduziu a frequência média mensal de crises, já no primeiro mês de profilaxia ( P