November 27, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Técnicas de Socorrismo Princípios Básicos
Formação Inicial para Vigilantes PSG- Serviços Integrados, Lda. Rua de S. Remo, nº 311- Salas A e B Monte Estoril 2795-447 Estoril Nº Azul: 808 202 976 E-mail:
[email protected] Website:www.psg-servicos.pt Website: www.psg-servicos.pt
ÍNDICE
1 – Introdução aos primeiros socorros
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2 – SIEM – Sistema Integrado de Emergência Médica 3 – Exame geral da vítima
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4 – Suporte Básico de Vida (Reanimação Cárdio-Respiratória)
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5 – PLS (Posição Lateral de Segurança)
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6 – Choque hipovolémico
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7 – Hemorragias
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8 – Asfixia (Obstrução da via aérea respiratória)
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9 – Intoxicações
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10 – Queimaduras
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11 – Fracturas e traumatismos
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12 – Alterações de consciência
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13 – Doenças naturais
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14 – Regras gerais de higiene
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15 –Caixa de material de primeiros socorros
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Bibliografia
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Manual elaborado pelo formador Rui Afonso
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Introdução aos primeiros socorros
Em todo o tipo de actividades, as pessoas correm riscos inerentes às mesmas e os acidentes ou as situações de doença súbita podem, em alguns casos, ser evitados através da adopção de medidas preventivas ou pela simples mudança de hábitos de vida. No entanto, a possibilidade de estes ocorrerem é sempre uma realidade presente. Assim, a forma mais eficaz de eliminar ou reduzir nas vítimas as sequelas que resultam destes incidentes, é através do socorro prestado nos primeiros minutos que sucedem ao incidente. A eficácia deste primeiro socorro será tanto maior quanto maior for a formação do socorrista. Os primeiros socorros podem muitas vezes fazer a diferença entre a vida e a morte ou entre as lesões ligeiras ou agravadas. O que que se pret preten ende de no fu fund ndo o co com m a fo form rmaç ação ão em prim primei eiro ross so soco corr rros os é cria criar r competências na actuação em situações de emergência com vista à estabilização de uma vítima até à chegada de socorro especializado.
Princípios gerais do socorrismo
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SIEM – Sistema Integrado de Emergência Médica
O SIEM é assegurado em território nacional pelo Instituto Nacional de Emergência Médica – INEM,Serviço Nacional de Bombeiros, Protecção Civil – ANEPC e todos os intervenientes das equipas médicas ou público em geral. O número europeu de socorro – 112, dispõe de vários meios para responder com eficácia, a qualquer hora, a situações de emergência médica.
Cadeia de sobrevivência
CODU – Centro de Orientação de Doentes Urgentes Deve informar o (112) de forma simples e clara: – – – – –
–
O tipo de situação e sua gravidade (doença, acidente, parto, etc.); O número de telefone do qual está a ligar; A localização exacta exacta e, sempre que possív possível, el, pontos de referência; O número aparente das pessoas a necessitar de socorro; A existência de qualquer situação que exija outros meios para o local, por exemplo, libertação de gases, perigo de incêndio, etc; Desligue o telefone apenas quando o operador indicar.
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Exame geral da vítima
Exame Primário: Primário: 1. Avalia Avaliarr o est estado ado de de consci consciênc ência; ia; 2. 3. 4. 5.
Aval Avalia alia iarrr se sse e te vven entil Aval Av iar tem mtila; pul pa; ulso so;; Detectar Detectar hemo hemorragia rragiass externas externas grave graves; s; Detect Detectar ar sin sinais ais ev evide idente ntess de choqu choque. e.
1. Avaliação do estado de consciência Avaliar se a vítima responde a estímulos, chamando-a pelo nome (se possível) e batendo-lhe suavemente nos ombros.
Sente-se bem? Está-me a ouvir?
Se a vítima não responder r esponder gritamos em voz alta: - “Ajuda, vítima inconsciente”.
2. Avaliar se ventila Verific Verif icar ar se a vi via a aére aérea a es está tá ob obst stru ruíd ída a por por al algu gum m ob obje ject cto o qu que e nã não o perm permite ite a passagem do ar (pesquisa da cavidade bocal). Proceder Proced er à abert abertura ura da via aérea aérea faz fazend endo o a extens extensão ão da ca cabeç beça a (a lín língua gua faz obstrução à passagem do ar porque quando a vítima está inconsciente os músculos relaxam).
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Extensão da cabeça
Atenção Em caso de suspeita de lesão na coluna a abertura das vias aéreas não pode ser efectuada com a extensão da cabeça. O método alternativo é a tracção com elevaçãoda mandíbula (maxilar inferior).
Elevação da mandíbula Tracção
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Colocar a face junto do nariz e boca da vítima e, fazendo uso dos sentidos da visão, audi au diçã ção o e ta tact cto, o, ap aplilica carr a sigl sigla a VOS (V (Ver er,, Ou Ouvi virr e Se Sent ntir) ir) pa para ra se de dete tect ctar ar os movimentos ventilatórios, durante 10 segundos e da seguinte forma: - Ver se existem movimentos ventilatórios torácicos; - Ouvir e sentir a entrada e saída de ar pela boca e nariz da vítima.
3. Avaliar se tem pulso Os sinais evidentes de circulação são:
Pulso Tosse Ventilação Movimentos espontâneos O pulso é o resultado da acção de uma onda de sangue que passa ao longo das
artérias sempre que o coração se contrai. É possível palpar o pulso em várias artérias. As mais utilizadas pelo socorrista são as artérias radiais e as artérias carótidas. No ent entant anto, o, numa numa vít vítima ima incons inconscie ciente nte pe pesqu squisa isa-se -se sem sempre pre o pul pulso so car carotí otíde deo, o, procedendo do seguinte modo: 1º Colo Coloca carr os dedo dedoss (i (ind ndic icad ador or e médio) sobre a maçã-de-adão (laringe) e deslizar na sua direcção até encontrar uma um a de depr pres essã são o entre entre a tr traq aque ueia ia e o
músculo do pescoço para sentir o pulso carotídeo.
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2º Palpe suavemente, sem comprimir demasiado e em simultâneo coloque a sua face novamente junto do nariz e da boca da vítima (como no VOS) e verifique se existem movimentos espontâneos, tosse, ventilação (tudo isto durante 10 segundos).
Nota: Na realização do VOS, executar ao mesmo tempo a pesquisa do pulso carotídeo, durante 10 segundos, transformado agora em VOSP (técnica do INEM). Os leigos na matéria devem executar o VOS. 4. Detectar hemorragias externas graves As hemorragias graves são facilmente detectáveis. Na grande maioria dos casos, basta olhar para a vítima para concluir se há ou não perda intensa de sangue. Quando a hemorragia é abundante, pode levar a situações de grande risco para a vida.
5. Detectar sinais evidentes de choque O choque é uma situação muito grave, que pode conduzir à morte. Como tal, o socorrista deve estar atento aos sinais evidentes de choque.
Exame Secundário: Secundário: 1. Reco Recolh lha a de in info form rmaç ação; ão; 2. Avalia Avaliação ção de sinais sinais vit vitais ais..
1. Recolha de informação a) Sab Saber er o que que aco aconte ntece ceu u à vítima vítima;; b) Ide Identi ntific ficar ar a pri princi ncipa pall queix queixa a da vítima - nem sempre sempre o que dói mais mais é o dado mais evidente; c) Conh Conhecer antecedentes es pessoais pessoais (doenças (doenças anteriores anteriores,, alergias, alergias, medicaç medicação, ão, etc.) ecer os antecedent UFCD 4478 Técnicas de Socorrismo - Princípios Básicos MANUAL DE FORMAÇÃO 8
2. Avaliação de sinais vitais PULSO– é o resultado da acção de uma onda de sangue que passa ao longo das artérias sempre que o coração se contrai. A frequência normal no adulto é de 60 a 100 batimentos por minuto. Nas crianças com mais de 1 ano de idade os valores estão entre 80 e 100 batimentos por minuto e nas crianças até 1 ano de idade é superior a 100 batimentos por minuto. VENTILAÇÃO – Ao conjunto de uma inspiração e expiração dá-se o nome de um ciclo ventilatório. A frequência pode variar bastante. Um adulto ventila normalmente entre 12 a 20 vezes por minuto. PELE – A temperatura média normal do corpo é de 37º C. Uma pele fria e húmida é indicativa de choque; Uma pele quente e seca pode ser causada por febre ou exposição excessiva ao calor; Uma Um a co corr az azul ulad ada a (c (cia iano nose se)) é obse observ rvad ada a na in insu sufifici ciên ênci cia a ca card rdía íaca ca ou na obstrução das vias aéreas. •
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Suporte Básico de Vida - Reanimação Cárdio-Respiratória
Os três elementos do Suporte Básico de Vida (SBV), após a avaliação inicial, são designados por “ABC”
A – “Airway” | Via Aérea; B – “Breathing” | Ventilação; C – “Circulation” | Circulação. Depois de assegurar que estão garantidas todas as condições de segurança no local onde se encontra e após ter efectuado o Exame Primário à vítima, se concluir pela ausência de sinais respiratórios e circulatórios, deverá iniciar o SBV, que compreende a execução de um conjunto de manobras que visam a manutenção da vida (respiração e circulação) sem recurso a equipamento específico, manobras essas que terão maior eficácia quanto mais precocemente forem iniciadas. Atenção Se a vítima não respira, mas tem t em outros sinais de circulação é necessáriomanter necessárioma nter a ventilação com ar expirado efectuando 10 insuflações por minuto.
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Desaperte a roupa à volta do pescoço da vítima e exponha o tórax;
Iniciar imediatamente 30 compressões torácicas: a) Coloque a base de uma das mãos em cima da outra, mantendo-as paralelas; b) Entrelace os dedos e levante-os, de forma a não exercer qualquer pressão sobre as costelas, apenas a base de uma mão deve ficar em contacto com o esterno; c) Mantenha os braços esticados e sem flectir os cotovelos, posicione-se de forma a que os seus ombros fiquem perpendiculares ao esterno da vítima; d) Pressione verticalmente o esterno, de modo a que este baixe cerca de 5 a 6cm;
e) Alivie a pressão, de forma que o tórax possa descomprimir totalmente, mas sem perder o contacto da mão com o esterno; f) Repita o movimento de compressão e descompressão de forma a obter uma frequência de 100 a 120 por minuto (cerca de 2 compressões em 1 segundo). Efectuar 2 insuflações:
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a) Prossiga para as insuflações garantindo que a cabeça da vítima permanece em extensão e o queixo levantado, mantendo a palma de uma mão na testa da vítima e os dedos indicador e médio da outra mão no bordo do maxilar inferior; b) Aperte o nariz da vítima entre os dedos polegar e o indicador da mão que está na testa, de modo a impedir a circulação de ar; c) Mantenha a extensão da cabeça e a elevação do queixo, sem fechar a boca da vítima; d) Inspire profundamente, enchendo bem o peito com ar;
e) Faça 2 insuflações. O tempo de inspiração deve ser de 1 segundo. Se não conseguir insuflar o ar deve: • Verificar novamente se existem corpos estranhos visíveis na boca e remove-los; • Confirmar a correcta permeabilização das vias aéreas, reposicionando a cabeça se necessário; • Tentar insuflar de novo; • Efectuar até cinco tentativas para conseguir duas insuflações eficazes; • Se ap após ós 5 te tent ntat ativ ivas as nã não o cons conseg egui uirr insu insuflflaç açõe õess efic eficaz azes es dev deve ma mant nter er as compressões. UFCD 4478 Técnicas de Socorrismo - Princípios Básicos MANUAL DE FORMAÇÃO 11
• Man Manten tenha ha compre compressõ ssões es e ventil ventilaçõ ações es na relaç relação ão de 30:2 (30 compressões: 2 ventilações) até que a vítima reanime, a ajuda chegue, o socorrista pare por exaustão física ou o médico dê ordem para interromper as manobras.
Nota: É útil contar em voz alta 1 e 2 e 3 e 4 e 5 e… 30 de forma a conseguir manter um ritmo adequado.
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Suporte Básico de Vida Pediátrico Lactente: um bebé até ao ano de idade. Criança: entre um ano e a puberdade.
Cadeia de sobrevivência pediátrica
Técnica de ventilação boca a bocanariz(Lactente)
Técnica dos dois dedos e do “abraço” (depressão até 4 cm no lactente)
Base da palma de uma mão (depressão até 5 cm na criança)
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Nota: A A relação compressões/insuflações deverá ter uma fr frequência equência de pelo menos 100 a 120 por minuto. Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa (PNDAE) A morte súbita cardíaca é causada por uma arritmia cardíaca chamada fibrilhação ventricular, que impede o coração de bombear o sangue. O único tratamento eficaz par para a a fib fibril rilhaç hação ão é desfib desfibril rilhaç hação ão eléctr elé ctrica ica que con consis na cardíaco ad admin minist istraç ração ão ao de choques eléctricos ao acoração parado, possibilitando quesiste oteritmo volte normal. Nestes casos, a probabilidade de sobrevivência é tanto maior quanto menor for o tempo decorrido entre a fibrilhação e a desfibrilhação. A experiência internacional internacional demonstra que em ambiente ambiente extra-hospitalar, a utilização de desfibrilhadores automáticos externos (DAE) por pessoal não médico aumenta significativamente a probabilidade de sobrevivência das vítimas. No entanto, só a existência de uma Cadeia de Sobrevivência eficiente permite tornar a De Desf sfib ibri rilh lhaç ação ão Auto Automá mátitica ca Ex Exte tern rna a (DAE (DAE)) um meio meio efic eficaz az pa para ra a me melh lhor oria ia da sobrevida após paragem cardiorrespiratória (PCR) de origem cardíaca. Requisitos essenciais para o licenciamento de um Programa de DAE: - Existência de um médico responsável pelo programa de DAE; - O médico responsável pelo programa de DAE deve possuir experiência relevante em medici medicina na de emergê emergênci ncia a ou de urgênc urgência ia e/o e/ou u es espec pecial ialida idade de em car cardio diolog logia, ia, cuidados intensivos ou anestesiologia; - Existência de dispositivos de DAE; - Dependendo da natureza do programa, devem existir operacionais de DAE em número suficiente (i.e.capazes de dar reposta em tempo oportuno) para assegurar o período de funcionamento do programa de DAE; - A formação em SBV e DAE dos operacionais de DAE tem que ser ministrada por entidades/escolas entidades/esco las acreditadas pelo INEM; - Existência de um responsável pelo controlo das necessidades formativas para manter o programa; - Existência de registos de todas as utilizações dos DAE e que estes possuam características aanen posterior análise dessas utilizações; - Ex Exis istê tênc ncia iaque de permitam um perm perman ente te co cont ntro rolo lo de qu qual alid idad ade e de toda todass as etap etapas as do programa. A instalação de DAE é obrigatória obrigatória nos seguinte seguintess locais: - Estabelecimentos de comércio a retalho, isolad iso ladame amente nte con consid sidera erado doss ou inseri inseridos dos em conjun conjuntos tos comerciais, que tenham uma área de venda igual ou superior a 2000 m2; - Conjuntos comerciais que tenham uma área bruta locável igual ou superior a 8000 m2; - Aeroportos e Portos Comerciais; - Estações ferroviárias, de metro e de camionagem, com fluxo médio diário superior a 10 000 passageiros; - Re Reci cint ntos os de desp spor ortitivo vos, s, de la laze zerr e de re recr crei eio, o, co com m lotação superior a 5000 pessoas. UFCD 4478 Técnicas de Socorrismo - Princípios Básicos MANUAL DE FORMAÇÃO 15
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PLS – Posição Lateral de Segurança
Uma vítima que esteja inconsciente a respirar deve ser colocada em PLS(Posição Lateral de Segurança). Esta posição permite manter a via aérea sem obstruções e em caso de vómito não há aspiração por parte da vítima.
Atenção Vítimas que apresentem lesões na coluna não deve ser executada a PLS. a) Retirar os óculos da vítima e objectos nos bolsos que possam magoar; b) Ajoelhar-se ao lado da vítima e esticar-lheas pernas; c) Se houver necessidade de manter a PLS por mais de 30 minutos a posição deve serdesfeita e refeita para o lado contrário.
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Choque hipovolémico
Designa geralmente um estado de falência circulatória periférica. Causas: - Lesões no coração (cardiogénico); - Perda de sangue; - Vasodilatação.
Sinais e Sintomas: - Palidez e apatia; - Diminuição da temperatura corporal; - Pele húmida e viscosa; - Pulsação rápida e fraca; - Ventilação superficial e rápida; - Dilatação pupilar; - Náuseas e vómitos. Primeiro Socorro: UFCD 4478 Técnicas de Socorrismo - Princípios Básicos MANUAL DE FORMAÇÃO 17
- Deitar a vítima em decúbito dorsal; - Desapertar as roupas; - Se consciente e com a função vital mantida, levantar ligeiramente as pernas; - Manter a temperatura corporal; - Não dar nada a beber; - Se inconsciente colocar em Posição Lateral de Segurança.
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Hemorragias
Uma hemorragia é a perda de sangue provocada pelo rompimento de um vaso sanguíneo, podendo ser arterial, venosa ou capilar.
Hemorragias arteriais (artérias) O sangue sai em jacto descontínuo e a sua cor é clara.
Hemorragias venosas (veias) O sangue sai de uma forma regular (jacto contínuo) e a sua cor é mais escura.
Hemorragias capilares (vasos capilares) O sangue sai lentamente, devido a uma ruptura de minúsculos vasos capilares de uma ferida.
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Actuação: •
Hemorragia Interna Invisível: Arejar o local e desapertar as roupas; Animar e moralizar; Se Consciente, instalar a vítima em posição de conforto; Se Inconsciente, colocar em PLS; Manter a temperatura corporal; –
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Nada de para BEBER; Evacuar o hospital.
Hemorragia Interna Visível: Sai pela boca (pulmões – expectoração); Sai pela boca (estômago ou esófago); Sai pelo nariz (ruptura de vasos sanguíneos) – Utilizar toalha humedecida e comprimir manualmente o local de origem da hemorragia. – – –
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Hemorragia externa
Compressão directa: • • •
Utilize compressas esterilizadas; Nunca retire a primeira compressa; Fixe as compressas com ligadura, mantendo a compressão.
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Compressão indirecta: •
Consiste na compressão de uma artéria entre o coração e o local da hemorragia.
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Elevação do membro: •
Consiste na elevação do membro de forma a utilizar a força da gravidade para contrariar a corrente sanguínea.
Aplicação do garrote: •
Método a utilizar em situações extremas, nomeadamente aquelas em que todos os outros métodos foram ineficazes ou no caso de múltiplas vítimas.
O garrote deve ser de material largo e não elástico; Deve ser aplicado em contacto directo com a pele; Uma vez aplicado não deve ser mais aliviado; Para maior segurança deve ser marcada a hora da aplicação do garrote.
Actuação em caso de de amputação: •
•
•
Estancar a hemorragia por compressão (directa e/ou indirecta) ou através de garrote, dependendo do membro amputado; Colocar a parte amputada num saco plástico, e pô-lo num recipiente com gelo e levar imediatamente para o hospital; Escrever as iniciais do nome da vítima e a hora da amputação (ex: MM 18:30).
Atenção Não esqueça que a utilização do garrote UFCD 4478 Técnicas de Socorrismo - Princípios Básicos MANUAL DE FORMAÇÃO 21
só é feita em último recurso, por exemplo em caso de amputação de membros. 8
Asfixia(Obstrução da via aérea respiratória)
Nas situações de obstrução da via aérea respiratória, a vítima apresenta uma expressão de grande aflição e angústia bem patentes no seu rosto: • Olhos muito abertos; • Boca aberta, querendo desesperadamente falar, sem conseguir emitir qualquer som; • Normalmente ambas as mãos agarradas ao pescoço, parecendo querer “arrancar” qualquer coisa.
Se a vítima está a ficar cansada e fraca ou já não tosse ou respira: 1. Retirar qualquer corpo estranho da boca e, colocando-se ao lado da vítima, estando esta inclinada para a frente sobre o braço do socorrista, efectuar 5 pancadas nas costas entre as omoplatas (interescapulares), com a base da palma da mão. Se estiver deitada, rolar a vítima para o lado, de frente para o socorrista, e efectuar as cinco pancadas entre as omoplatas;
2. Se as panca pancadas das entre as omopl omoplata atass não forem eficazes, eficazes, ini inicia ciarr de ime imedia diato to a desobstrução das vias aéreas através da aplicação da manobra de Heimlich, ou seja, compressão abdominal.
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Manobra de Heimlich: a) Colocar-se atrás da vítima e, com os próprios braços, envolver a sua cintura; b) Com a mão fechada em punho, colocar o dedo polegar contra o abdómen da vítima, a meio de uma linha imaginária, entre o umbigo e o apêndice xifóide. Com a outra mão, envolver o punho fechado;
Apêndice xifóide c) Efectuar 5 compressões abdominais, no sentido para dentro e para cima - cada uma delas deverá ser pausada, segura e seca.
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Intoxicações
A intoxicação é o efeito nocivo que se produz quando uma substância tóxica é ingerida ou entra em contacto com a pele, os olhos ou as membranas mucosas. Actuação geral: UFCD 4478 Técnicas de Socorrismo - Princípios Básicos MANUAL DE FORMAÇÃO 23
• • • •
Medidas de autoprotecção; Não existe um antídoto universal; Exame primário e secundário; Recolha de informações: Tóxico – características; Como, quanto e quando a ingestão; – – –
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Condições Contactar o Centrodadeintoxicação. Informação Antivenenos (CIAV).
Medidas para diminuir a absorção dos tóxicos: Via respiratória: Retirar a vítima do local de preferência para o ar livre; Verificar os sinais vitais. •
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Via digestiva: Não provoque o vómito; Dê a beber alguns golos de água ou leite. – –
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Via dérmica: Retire as roupas contaminadas; Lave abundantemente com água corrente durante 15 minutos. – –
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Via ocular: Lave abundantemente com água corrente durante 15 minutos mantendo as pálpebras afastadas; Não aplique quaisquer produtos. –
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Queimaduras
Uma queimadura pode ser definida como uma lesão local que conduz à destruição total ou parcial da pele. Causas das queimaduras: UFCD 4478 Técnicas de Socorrismo - Princípios Básicos MANUAL DE FORMAÇÃO 24
Queimaduras pelo calor O calor pode ser húmido, como o calor de vapor, ou seco como o calor do fogo.
Queimaduras por químicos Os mais comuns são os ácidos.
Queimadurasqueima, eléctricas A electricidade não só no ponto de contacto (entrada no corpo), mas também no trajecto e no local de saída. Queimaduras por radiações As radiações mais comuns são os raios ultravioletas, ultravioletas, os raios X e as produzidas por substâncias radioactivas.
Profundidade das queimaduras: A profundidade das queimaduras queimaduras é class classificada ificada em graus.
1º Grau São Sã o as meno menoss gr grav aves es,, en envo volv lven endo do apen apenas as a su supe perfí rfíci cie e ex exte teri rior or da pe pele le (epiderme).
Caracterizam-se pela pele quente, vermelha, sensível e dolorosa.
2º Grau Envolvem a primeira e segunda camadas da pele, respectivamente epiderme e derme.
Caracterizam-se pela pele com bolhas (flictenas) e é muito dolorosa.
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3º Grau Existe destruição de toda a espessura da pele (epiderme e derme) e dos tecidos subjacentes. Caracterizam-se pela pele acastanhada ou negra.
Ter em atenção: •
• • • •
Extensão da superfície corporal queimada; Localização da lesão; Risco de infecção; Compromisso respiratório; Idade e patologias prévias da vítima.
Actuação nas queimaduras queimaduras pouco extensas: extensas: – –
–
1º Grau – arrefecer com água corrente corrente ou compressas frias e hidratar; corrente e não rebentar as bolhas; bolhas; 2º Grau – arrefecer com água corrente 3º Grau – arrefecer com água o mais mais fria possível. Atenção Numa queimadura mais grave não retirar a roupa que esteja “colada” à pele.
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Fracturas e traumatismos
Uma fr Uma frac actu tura ra é a qu queb ebra ra to tota tall ou parc parcia iall de um os osso so,, in inte terr rrom ompe pend ndo o a su sua a continuidade normal. Classificação das fracturas:
Fechadas UFCD 4478 Técnicas de Socorrismo - Princípios Básicos MANUAL DE FORMAÇÃO 26
A pele encontra-se intacta, não havendo comunicação dos topos ósseos com o exterior.
Abertas São habitualmente designadas por fracturas expostas onde os topos ósseos entram entra m em contacto contacto com o exter exterior, ior, o que aumenta signific significativa ativamente mente o risc risco o de infecção.
Sinais e sintomas: Podemos suspeitar de uma fractura pelos sinais e sintomas que habitualmente acompanham este tipo de lesões:
1º Dor Localiza-se na zona da fractura e é habitualmente intensa, diminuindo muito com a tracção e imobilização da fractura. É o sintoma mais fiel e constante. 2º Impotência funcional A mobilidade, por vezes, vezes, pode estar presente, mas é dolorosa e muito limitada. 3º Deformação É frequente a sua existência, mas quando não está presente não exclui a hipótese de fractura. 4º Crepitação O movimento anormal dos topos ósseos a nível de uma fractura produz uma sensação que se pode ouvir e sentir. 5º Edema (inchaço) É res result ultant ante e de uma rea reacçã o norma normal do org organi smo.. Enc Encont ontram ramos os tam também bém frequentemente um aumento docção volume nal zona daanismo fractura que corresponde ao UFCD 4478 Técnicas de Socorrismo - Princípios Básicos MANUAL DE FORMAÇÃO 27
hematoma formado pela hemorragia dos topos ósseos e que é tanto maior quanto maior for o diâmetro do osso.
6º Exposição de topos ósseos Habitualmente significam que o traumatismo responsável pela fractura foi de grande violência. Actuação: • • • •
Posição confortável sem grandes movimentos; Expor o foco de fractura cortando a roupa; Combater complicações/prevenir o choque; Lidar com os topos ósseos visíveis como se fossem corpos estranhos.
Um traumatismo é uma lesão ou um conjunto de lesões localizadas numa região do corpo, em órgãos internos ou externos, enquanto um politraumatismo significa uma multiplicidade de lesões num acidente. Lesões fechadas -
-
Hematoma (inchaço doloroso de cor escura por acumulação significativa de sangue); Equimose nos tecidos. (nódoa negra por acumulação de sangue em pequena quantidade
Lesões fechadas - Actuação: 1. Suspeitar Acal Acalma mar r ade vít vítim ima; a; s lesões 2. Suspe itar outras outra lesões associad associadas; as; UFCD 4478 Técnicas de Socorrismo - Princípios Básicos MANUAL DE FORMAÇÃO 28
3. 4. 5. 6. 7.
Aplica Aplicação ção de frio frio sobr sobre e o lo loca cal;l; Imobil Imobiliza izarr a regi região ão a afec fectad tada; a; Procur Procurar ar antece anteceden dentes tes pesso pessoais ais;; Liga Ligarr 1 112 12 e inf infor orma mar; r; Manter Manter a vi vigil gilânc ância ia d da a ví vítim tima. a.
Lesões abertas Escoriação (lesão superficial da pele com pequena hemorragia, dolorosa, por abrasão); (origina nada da por por objec objectos tos afiado afiados, s, de forma forma reg regula ularr ou irre irregul gular, ar, Laceração (origi podendo ser profunda e provocar hemorragia abundante); Amputação; Ferida perfurante/penetrante perfurante/penetrante. -
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Lesões abertas - Actuação: 1. 2. 3. 4. 5. 6.
Acal Acalma marr a vít vítim ima; a; Suspeitar Suspeitar de outras outras lesões lesões associad associadas; as; Não mover mover a vít vítima ima mais mais do que o necessário necessário;; Controlar Controlar a ass hemorra hemorragias gias (pens (penso o esteriliz esterilizado) ado);; Estar Estar ate atento nto a aos os si sinai naiss de cchoq hoque; ue; Liga Ligarr 1 112 12 e inf infor orma mar; r;
7. Manter Manter a vi vigil gilânc ância ia d da a ví vítim tima. a. Actuação num traumatismo traumatismo vertebro-medular: • • • •
•
Manter a vítima em imobilidade absoluta; Colocar o colar cervical; Prevenir o choque e vigiar Funções Vitais; Em inconsciência, recorrer aos métodos alternativos de permeabilização das vias aéreas – elevação do maxilar inferior; Transporte para o hospital.
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Alterações de consciência
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A perturbação da consciência pode conduzir a uma perda de conhecimento, resultado de uma interrupção da actividade normal do cérebro. Causas: Traumatismo crânio-encefálico;
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AVC (Acidente Vascular Cerebral); Vascular Síncope (desmaio); Algumas infecções/tumores; infecções/tumores; Hipóxia cerebral (O2 insuficiente); Hipoglicemia (açúcar a menos); Epilepsia.
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Actuação a nível geral: geral: Exame Primário e Secundário; Colocar em ambiente ventilado; Elevação dos membros inferiores; Manter a temperatura corporal; Reavaliar.
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Doenças naturais
1. Diabetes A diabetes é uma doença marcada pelo mau funcionamento do pâncreas, o que provoca um desequilíbrio entre a quantidade de açúcar e de insulina no sangue. doençapelos podemaus ser hereditária e normalmente identificada em indivíduos jovens ou Esta provocada hábitos alimentares e pelaéobesidade. O tratamento para a diabetes podeser feito através da administração de insulina, o que ocorre quando o pâncreas não produz esta substância, ou pela utilização de medicamentos normalmente chamados de anti-diabéticos orais.
A diabetes pode ser classificada classificada da seguinte seguinte forma: UFCD 4478 Técnicas de Socorrismo - Princípios Básicos MANUAL DE FORMAÇÃO 30
Diabetes tipo 1 – Ocorre em crianças, jovens e adultos (idade inferior a 30 anos an os), ), em qu que e o pâ pânc ncre reas as não não pr prod oduz uz in insu sulilina na,, se send ndo o po porr es este te mo motitivvo necessário administrá-la; Diabetes tipo 2 – É de surgimento lento, surgindo em adultos obesos (idade superior a 40 anos), em que o pâncreas não produz a quantidade de insulina suficiente;
– Ocorre durante a gravidez e desaparece desaparece após o parto. Diabetes gestacional – Sendo a diabetes uma doença que resulta da difícil absorção do açúcar (glicose) e da sua utilização na produção de energia, é necessário ter atenção aos valores deste no sangue. Valores para um adulto: 80-110 mg/dl, recomendável; 111-126 mg/dl, tendência para diabetes; > 126 mg/dl, diabetes (mínimo de duas análises).
A diabetes por si só não é uma emergência, mas sim uma doença que pode ser evitada ou pelo menos, as suas consequências minimizadas. No entanto, se não existir cuidado por parte do doente pode originar uma de duas situações que podem por em risco a vida, a hiperglicemia e a hipoglicemia.
2. Alterações da glicemia O açúcar é essencial para que as células produzam energia.Para que o açúcar possa ser utilizado a nível celular tem primeiro que ser digerido.Na digestão do açúcar é essencial a presença de insulina, produzida pelo pâncreas. Ao nível de açúcar no sangue dá-se o nom nome e de glicemia. Ao aumento da quantidade quantidade de açúcar no ssangue angue dá-se o nome nome de hiperglicemia. À diminuição acentuada da quantidade de açúcar no sangue dá-se o nome de hipoglicemia.
2.1) Hiperglicemia Sinais e sintomas:
Náuseas e vómitos; Fraqueza muscular e tonturas; Pele avermelhada e seca; Sensação de sede; Hálito cetónico; Aumento da frequência frequência ventilatória; Sonolência; Confusão mental; Desorientação; Inconsciência - Coma hiperglicémico. UFCD 4478 Técnicas de Socorrismo - Princípios Básicos MANUAL DE FORMAÇÃO 31
Actuação:
Manter uma atitude calma e segura; Avaliar e registar sinais vitais; Recolher o máximo de informação; Manter sinais vitais; Vigiar ovigilância estado dedos consciência.
2.2) Hipoglicemia Sinais e sintomas:
Ansiedade, irritabilidade ou agitação; Fraqueza muscular; Sensação de fome; Pulso rápido e fraco; Pele pálida, húmida e viscosa; Tonturas; Náuseas e dor abdominal; Tremores e convulsões; Desorientação; Confusão mental; Inconsciência - Coma hipoglicémico.
Actuação: Manter uma atitude calma e segura; Água açucarada - Vítima consciente; Papa de açúcar - Vítima inconsciente; Avaliar e registar sinais vitais; Recolher o máximo de informação; Manter vigilância apertada dos sinais vitais; Vigiar o estado de consciência.
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3. Epilepsia As convulsões são contracções involuntárias de alguns grupos musculares, ocasio oca sionad nadas as po porr um aument aumento o da activ activida idade de elé eléctr ctrica ica,, num numade adeter termin minada ada reg região ião cerebral.Várias situações estão na origem destas crises: - Epilepsia a mais comum; - Lesões cerebrais; - Hipertermia, etc. Existem fundamentalmente dois tipos de crises epilépticas:
Não conv Não convul ulsi siva vass ou cr cris ises es de pe pequ quen eno o ma mall (C (Car arac acte teriz rizam am-s -se e po por r ausências breves); Convulsivas ou crises de grande mal (Caracterizam-se pela contracção involuntária e descoordenada de grupos musculares).
Sinais e sintomas: A sintomatologia é mais exuberante nas crises convulsivas ou de grande mal.Muitas vítimas sentem geralmente por: a aura, isto é, um pré-aviso antes do início da crise que se caracteriza Cefaleias; Náuseas; Ranger de dentes, entre outras.
No entanto a aura é uma característica individual no epiléptico pelo que não pode ser considerado um sinal ou sintoma. As crises convulsivas convulsivas ou de grande mal têm normalmente normalmente esta sequên sequência: cia:
Por vezes um grito violento; Um rodar dos olhos para cima; Perda de consciência a que se segue uma queda violenta; Cianose labial e das extremidades; Os dentes cerram-se chegando a haver mordedura da língua; UFCD 4478 Técnicas de Socorrismo - Princípios Básicos MANUAL DE FORMAÇÃO 33
Descontrole de esfíncteres; Contracções musculares involuntárias; As crises duram cerca de 2 a 4 minutos; Após o episódio convulsivo a vítima pode ficar inconsciente.
Actuação:
Manter uma atitude calma e segura; Evitar traumatismos associados; Proteger extremidades e crânio da vítima; Nunca tentar contrariar as contracções; Desapertar roupas justas;
Manter a via aérea permeável; Registar a duração, tempo de intervalo,zona atingida e as características das crisesconvulsivas; Após Após a cr cris ise e conv convul ulsi siva va,, colo coloca carr a cabe cabeça ça da víti vítima ma de la lado do e as aspi pira rar r secreções, se necessário.
Despistar a hipertermia;
Avaliar e registar sinais vitais; Recolher o máximo de informação; UFCD 4478 Técnicas de Socorrismo - Princípios Básicos MANUAL DE FORMAÇÃO 34
Actuar em conformidade com ostraumatismos associados; Manter vigilância apertada.
4. Acidente vascular cerebral acidentecausas vascular cerebral vulgarmente designado por trombose, é uma dasOmaiores de morte em(AVC), Portugal. O AVC deve-se essencialmente ao sedentarismo e hábitos alimentares associados a muitos factores desajustados, e que se sobrepõe aos cuidados que cada indivíduo tem de ter com a saúde. A melhor medida de combate a este tipo de doença é adoptar uma atitude preven pre ventiv tiva, a, ouseja ouseja,, ass assumi umirr uma alimen alimentaç tação ão sa saudá udável vel,, não fumar fumar e sem sempre pre que possível praticar desporto, e em complemento realizar exames médicos regularmente. O AVC resulta do processo de aterosclerose das artérias cerebrais, ou seja, da acumulação de gordura na parede das artérias. Esta situação tende a agravar-se com o envelhecimento natural do corpo. Ao longo da vida as artérias vão perdendo a sua elasticidade, factor que se agrava pelo desenvolvimento da aterosclerose.
Sinais e sintomas:
Cefaleias intensas e súbitas (dores de cabeça); Perda da força ou do movimento de um dos lados do corpo; Desvio da comissura labial (boca deas lado); Dificuldade em falar ou em articular arti cular palavras; Incontinência (principalmente urinária); Comportamento repetitivo.
Quando detecta um destes sinais deve suspeitar-se de um AVC em evolução:
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Actuação:
Manter a calma e um ambiente calmo em redor do doente; Deitar o doente, colocando-o em PLS; Identificar correctamente as queixas do doente, se este tem algum antecedente e se faz alguma medicação; Ligar 112 e transmitir a informação recolhida; Indicação do local; Número de telefone de contacto; Descrever a situação; Seguir as instruções dadas pelo operador da central; Aguardar pelo socorro; Se o doente ficar inconsciente, verificar se existe respiração espontânea eficaz e aplicar os procedimentos indicados correspondentes ao suporte básico de vida.
5. Dor torácica A dor torácica é, sem margem para dúvida, o sintoma que mais preocupações provoca uma vez que énormalmente associado às situações cardíacas, nomeadamente ao enfarte agudo do miocárdio. Sendo esta a situação mais frequente, no entanto, não é a única responsável pela origem da dor torácica, uma vez que no tórax existem outras estruturas anatómicas e órgãos, como ossos, músculos, grandes vasos sanguíneos, esófago e pulmões, que podem em alguns casos dar origem à dor. Por este motivo, a avaliação da dor torácica pode ter origem cardíaca ou origem não cardíaca.
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5.1) Dor torácica de origem cardíaca A dor torácica de origem cardíaca surge em consequênc consequência ia de um deficiente fornecimento de oxigénio ao músculo cardíaco. Este factor leva a que este entre em sofrimento (isquemia) tendo como sintoma a dor. A aterosclerose é a principal responsável por este fornecimento deficitário de oxigénio, uma vez que ao diminuir o diâmetro das artérias coronárias, e reduzindo a elas elastitici cida dade de das daente s mesm me smas as,, pr prov ovoc oca afluxo uma umasanguíneo. si situ tuaç ação ão qu que e faci facilit lita a a sua sua ob obst stru ruçã ção o e consequentem consequentemente a interrupção do
Sinais e sintomas: Dor torácica tipo facada, opressão tipo esmagamento e aperto, que pode irradiar para par a o membro membro superi superior or esque esquerdo, rdo, pes pescoç coço, o, ma mandí ndíbul bula a e cos costas tas,, pod podend endo o ainda, ser acompanhada de náuseas ou vómitos, alterações do ritmo cardíaco, sensação de desmaio e dificuldade em respirar
Actuação:
Não deixar o doente efectuar qualquer esforço e colocá-lo numa posição confortável; Tentar identificar se é o primeiro episódio, se existem doenças anteriores e se faz medicação; UFCD 4478 Técnicas de Socorrismo - Princípios Básicos MANUAL DE FORMAÇÃO 37
Ligar 112 e responder com calma às perguntas que são feitas, fornecendo as informações recolhidas anteriormente e aguardar pelo socorro.
5.2) Dor torácica de origem não cardíaca Resulta, na maioria dos casos, de processos inflamatórios ou de traumatismo. No entanto, existe um conjunto de situações em que a dor pode ser grave e em que o socorro ao doente deve ser efectuado o mais cedo possível. Por este motivo devemos adoptar os mesmos procedimentos que foram indicados para a dor de origem cardíaca.
6. Dificuldade respiratória A dificuldade respiratória, normalmente definida como falta de ar pela população em geral, e por dispneia pelos médicos, pode ter várias causas. Contudo, esta pode ser considerada normal, sem gravidade, quando resulta por exemplo, de um esforço físico extenuante e ser grave quando resulta do agravamento de uma doença pulmonar ou cardíaca ou de uma intoxicação. A queixa de falta de ar pode variar de pessoa para pessoa uma vez que este sintoma depende da capacidade neurológica em identificá-lo. Causas:
Asma (por aperto dos brônquios); Agravamento da bronquite crónica (por acumulação de secreções); Edema pulmonar (por (por problemas cardíacos); Angina de peito ou enfarte agudo do miocárdio; Intoxicações (as mais frequentes por inalação de fumos ou gases).
Verificando-se que podem existir diversas causas na origem de uma crise de falta de ar, os procedimentos a adoptar podem ser diversos, no entanto, deve ser adoptado um conjunto de medidas que tentem evitar o agravamento da situação. Actuação: UFCD 4478 Técnicas de Socorrismo - Princípios Básicos MANUAL DE FORMAÇÃO 38
Manter um ambiente calmo em redor do doente e acalmá-lo; Manter o doente sentado sem que este faça qualquer esforço; Ajudar o doente a respirar, pedindo a este que expire devagar e pela boca e inspire pelo nariz (apagar uma “vela” e cheirar uma “rosa” ); ); Se possível, administrar oxigénio; Identificar doenças anteriores e a medicação do doente; Ligar 112 e transmitir a informação recolhida.
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Regras gerais de higiene
Lavar as mãos antes de tratar feridas; Evitar tocar em feridas/pensos; Evitar conversar/tossir sobre feridas; Se um penso cair, colocar outro novo; Colocar pensos directamente sobre feridas sem os deslocar de um sítio para outro; Evitar contacto sem luvas com fluidos orgânicos (principalmente sangue); Usar máscara para a reanimação; Limpar o local e desinfectar com lixívia; Pôr todos os pensos usados ou material infectado num saco de plástico fechado; Colocar o material cortante contaminado num recipiente sólido fechado.
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Caixa de material de primeiros socorros
A Informação Técnica nº 1/2010 da DGS/Saúde Ocupacional sobre os Primeiros Socorros no Local de Trabalho estipula o conteúdo mínimo de uma mala/caixa/armário de primeiros socorros a ter na empresa, secção, gabinete ou viatura, com o objectivo de combater imediatamente lesões que possam pôr em risco a vida de uma vítima ou mini mi nimi miza zarr os risc riscos os da dass le lesõ sões es qu que e po poss ssam am agua aguard rdar ar pela pela ch cheg egad ada a do so soco corro rro especializado. • Compressas de diferentes dimensões; • Pensos rápidos; • Rolo adesivo; • Ligadura não elástica; • Solução anti-séptica (unidose); UFCD 4478 Técnicas de Socorrismo - Princípios Básicos MANUAL DE FORMAÇÃO 39
• Álcool etílico70% (unidose); • Soro fisiológico; (unidose); • Tesoura de pontas rombas; • Pinça; • Luvas descartáveis em latex. além deste conteúdo, quegelo. os locais de trabalho dispusessem de Para uma manta térmica e de umseria saco desejável térmico para
Bibliografia Manual TAS/TAT, 2012, Abordagem à Vítima, 1ª Edição, INEM. Manual de Emergências Médicas (para médicos e enfermeiros), 2012, 1ª Edição, INEM. Manual TAS – Emergências Trauma, 2012, 1ª Edição, INEM. Manual do Sistema Integrado de Emergência Médica,2013,1ª Edição, INEM. Manual de Primeiros Socorros, 2014, 3ª Edição, ENB. Manual de Primeiros Socorros em Pediatria, 2016, 1ª Edição, ENB. Manual de Suporte Básico de Vida Pediátrico,2017,1ª Edição, INEM. Manual SBV com Desfibrilhação Automática Externa, 2017, 1ª Edição, INEM. Manual de Suporte Básico de Vida Adulto, 2017, 2ª Edição, ENB. Manual de Suporte Básico de Vida Adulto, 2017, 2ª Edição, INEM.
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