Manual de Serigrafia

July 7, 2019 | Author: Aline Lima | Category: Impressão, Litografia, Tinta, Técnicas Artísticas, Gravuras
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Manual de Serigrafia  Aline Carmem de Lima R. Horta

A serigrafia abrange tanto as Artes Plásticas quanto as Artes Gráficas, desde há vários séculos, não se sabe ao certo se foram os chineses ou os japoneses que primeiro a utilizaram. Desde então vem sendo utilizada de diversas maneiras, como por exemplo,  para decoração decoração de tecidos, cartazes, cartazes, e etc… Muito parecida com a estampilha, que é um dos mais antigos processos de reprodução de imagens em série, mas não se pode afirmar que seja um aperfeiçoamento desse processo. A estampilha nada mais é do que voce fazer um recorte numa folha de  papel, metal ou cartão e onde fica o vazado é onde a imagem irá aparecer e onde ficou intacto serviu com fôrma de impressão. O processo do sik- screen consiste em um suporte de madeira onde é fixado uma trama de seda, nele é comprimido a tinta em movimentos de vai e vem com um rodo de  borracha, onde não está obstruido obstruido a tinta entra e forma a imagem. Há vários métodos de preparar a tela, no estêncil há um recorte feito em um  papel ou em um papel papel contact, contact, este recorte será depositado depositado na tela e será o estêncil estêncil real.  No método direto é feito um desenho direto na seda, com um giz de cera, tinta litográfica ou pincel. Depois toda superfície é coberta com cola e água e então age o  princípio da Litografia que é o da repulsão entre entre água e óleo. Em seguida seguida depois de de seco é feito a desobstrução com terebentina, dissolvendo dissolvendo a tinta graxa. Há também o método fotomecânic f otomecânico. o. Hoje em dia não é mais usado a seda e sim náylon ou poliéster nas telas serigráficas. A serigrafia permite impressões nos mais variados suportes e com as mais variadas tintas. Para tantas cores que se pretende empregar tantos estênceis devem ser  feitos.  Não se sabe quando a serigrafia surgiu no Brasil, mas foi mais demorado o seu desenvolvimento do que em outros países. Pois até pouco tempo aqui só era conhecido o método de filme de corte para preparar as telas. Depois com a venda da emulsão

fotográfica que permite a facilidade e é mais economica é que houve um enorme  progresso da serigrafia. Recentemente o processo foi aceito no Brasil como técnica de gravura artística a  partir de 1967. A Serigrafia tem aplicações ramificadas e dinâmica pois abrange a produção industrial de larga escala e pode ser usada com diversas tintas, cores e suportes de diversos tamanhos e formas. Como por exemplo, metais, vidros, madeiras, borrachas, azulejos, camisetas, papéis de parede, e etc… A serigrafia se iguala aos outros processos de gravura:, Xilogravura, Litografia, Gravura em Metal, Infogravura ( realizada em meios digitais por artistas contemporâneos). Como nos demais processos ele se divide em gravação e impressão, cuja matriz é o quadro serigráfico que é uma tela de madeira no qual se estica um tecido de náylon ou poliéster. Quanto maior o número de fios mais fino será o tecido e maior a precisão da impressão. Para desenhos com pastel oleoso usa-se 55 ou 60 fios, para imprimir  sobre tecidos usa-se o de até 77 fios, para imprimir sobre papéis usa-se de 55 a 120 fios. O processo é diferente dos demais porque a matriz não produz resultado depois de entintar e pressionar por contato no suporte. Ela no momento que entinta é simultânea à impressão. As imagens impressas são produzidas por processos diretos, onde é fixado a imagem direto na tela, ou por processo fotográfico onde a sensibilização por exposição à luz revela a imagem. Em ambos os processos as áreas vazadas são entremeadas pela tinta. As áreas fechadas não deixam a tinta passar, assim no suporte que será gravado a tinta passa de maneira uniforme e se deposita nas áreas que ficaram abertas. Pode- se fazer impressões em jornais para conferências. As outras impressões devem ser feitas em papeis de altas gramaturas para não enrugarem. A serigrafia é um processo positivo, onde não precisa ser feita a inversão ou espelhamento de imagens. O rodo deve ser muito bem guardado e lavado sempre após seu uso para evitar o empenamento. Com uma espátula é feita a distribuição da tinta nas bordas internas do

quadro serigráfico, em seguida com o rodo escolhido de acordo com o tamanho da imagem aberta é feita a pressão puxando o rodo para o lado oposto fazendo com que a tinta atravesse a área vazada. Depois levanta-se a tela que é presa numa mesa, retira-se o suporte impresso e coloque outro repetindo assim com o rodo. Esse processo é feito usando apenas uma cor, monocromia, para duas cores ou mais é feito o mesmo  procedimento depois que secar o suporte impresso. Os abertos e fechados são diferentes  para cada cor. É preciso ter cuidado com as trocas de suporte pois é preciso exatidão no  posicionamento da imagem, para que o registro entre as impressões seja perfeito. Uma forma de ajudar na exatidão desse registro é colocar um acetato embaixo do quadro serigráfico e prendê-lo nas bordas com fita adesiva de maneira que dê para levantá-lo e abaixá-lo toda hora para consertar o posicionamento da imagem. A primeira impressão sempre é feita nesse acetato permitindo assim que se ajuste a imagem ao suporte final. Todo o processo deve ser feito rapidamente para que a tinta não seque na tela e entupa os fios.  Nos processos diretos são usados fitas e papéis adesivos, papéis porosos, laminados diversos como isolantes. E como vedantes são usados materiais ceróides( parafina..), filme de recorte, pintura com emulsão, fitas e papéis adesivos e  pastel oleoso.  No processo fotográfico a emulsão fotográfica é responsavel por fechar as tramas da tela nas áreas que não receberão tinta no desenho. O sensibilizante é adicionado na emulsão e deve ser mexido lentamente para não dar bolha de ar e deve ser  manuseado longe da luz. Depois deixe descansar durante 15 minutos e após esse tempo deve ser aplicado sobre a tela e aguardar secar. Depois de seca deve receber a exposição da luz para que reaja e firme na tela. Para impressão desse método deve-se utilizar transparencias, papel vegetal, acetato de retroprojetor,etc.. O nanquim é muito usado pois ele nos dá um preto absoluto que bloqueia a passagem da luz na gravação da tela. Com pesos sobre o quadro em contato com a mesa de gravação a luz reage e fixa a emulsão na tela e as áreas pretas com nanquim são retiradas com água após o  processo. Só no final que a luz pode ser acesa. Imediatamente deve-se lavar o quadro  para que não mais reaja, e retirar a emulsão da área da imagem.

Para desgravar o quadro deve-se mergulhá-lo numa soluçao de água sanitária ou cloro, deixar o quadro de molho em seguida lavar e secar e para retirar os resquícios ou “fantasmas” de imagens utiliza-se uma estopa com álcool friccionando em movimentos circulares nos dois sentidos simultaneamente. Para preparar a tinta serigráfica deve-se preparar uma base branca pigmentável em seguida misturar um pigmento corante a essa base. Essa mistura deve ser lenta e demorada para que fique homogênea e não prejudique a impressão. As tiragens serigráficas devem ser numeradas no canto inferior esquerdo, com título no centro e nome e data no canto inferior direito. Igual ás outras gravuras. Quando uma tiragem já foi efetuada e deseja fazer uma alteração deve-se numerar como na tiragem antiga seguida da sigla V. T ( variante ou variação da tiragem).

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