Manual de Redação Cesgranrio PDF

Manual de Redação Cesgranrio – Banco do Brasil

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Índice Introdução

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Sugestão da administração do tempo

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Critérios de avaliação da discursiva

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Correção formal

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Conteúdo

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Orientações gerais

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Técnica de redação

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Top dicas redação FCC

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Temas prováveis BB

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Introdução Discursiva-redação

Pontos IMPORTANTES DO EDITAL A prova discursiva valerá 100,00 pontos e consistirá da redação de texto dissertativo-argumentativo , a respeito de temas relacionados ao certame. O texto definitivo da prova discursiva deverá ser manuscrito, em letra legível, com caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente, não sendo permitida a interferência ou a participação de outras pessoas, salvo em caso de candidato a quem tenha sido deferido atendimento especial para a realização das provas. Nesse caso, o candidato será acompanhado por aplicador especializado da banca devidamente treinado, para o qual deverá ditar o texto — o qual será gravado em áudio —, especificando oralmente a grafia das palavras e os sinais gráficos de pontuação.Serão eliminados(as) os(as) candidatos(as) que obtiverem nota inferior a 70,0 (setenta) pontos na prova de Redação. A folha de texto definitivo da prova discursiva não deverá ser assinada, rubricada ou conter, em outro local que não o apropriado, qualquer palavra ou marca que identifique o candidato, sob pena de anulação da prova discursiva. Assim, a detecção de qualquer marca identificadora no espaço destinado à transcrição do texto definitivo acarretará a anulação da prova discursiva. A folha de texto definitivo será o único documento válido para avaliação da prova discursiva. A folha para rascunho do caderno de provas é de preenchimento facultativo e não é válida para a avaliação da prova discursiva. Lembrando que esses são alguns dos itens do edital é muito importante que você conheça as regras do jogo e leia TODO o edital.

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Sugestão da administração do tempo Atente-se ao fato de que você terá 300 minutos para resolver as 100 questões objetivas, fazer a redação, preencher o cartão resposta com muita tranquilidade para não perder nenhuma questão por falta de atenção ou pressa e passar a redação do rascunho para a folha definitiva. Para que você não venha a cometer deslizes, devido à pressa por falta de tempo, que poderiam ter sido evitados na hora da marcação do cartão resposta e transferência do texto para a folha definitiva, considere as seguintes sugestões na administração do tempo: Separe 30 minutos para a marcação do cartão de respostas. Tempo será suficiente para você marcar as respostas com calma. Reserve 10 minutos para transcrever a redação do rascunho para a folha definitiva. Destine 60 minutos para a produção da redação. Se você já for treinando a redação, verá que esse tempo é mais do que o suficiente para desenvolver o texto e revisá-lo, corrigindo possíveis erros e reorganizando algumas frases, caso necessário, para dar coerência e/ou deixar o texto mais claro. Você terá, então, 200 minutos para responder às 100 qustões. Isso significa que você poderá contar com 2 minutos para cada questão objetiva. Você deve treinar sua discursiva assim como treina para a objetiva. Ao fazer simulados, inclua a redação. Crie um ambiente que lembre o momento da prova. Dessa forma, além de revisar o conteúdo, vai saber administrar o tempo. Comece a prova pelas disciplinas que domina, dessa maneira, poderá reorganizar o tempo que sobrar para se dedicar às questões mais difíceis. Caso precise ir ao banheiro, diminua o tempo disponível para a discursiva. Em vez de 60, você contará com 50 minutos para escrevê-la. Se você não treinar a discursiva, vai sentir que 60 minutos não são suficientes. Não vai ser nada fácil escrever trinta linhas se não exercita regularmente. Caso consiga escrever em menor tempo, vai ter mais para a objetiva. Sim, é possível fazer redação em menor tempo, pois redação é técnica e você só precisa treinar. Organizando-se, treinando e cumprindo o planejamento, terá tempo o suficiente para detonar na prova.

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Critérios de avaliação da discursiva Nas propostas de questão discursiva e nas redações, espera-se a elaboração de um texto que domine a boa linguagem: correção, concisão e clareza.

Correção O texto deve ser escrito de acordo com a norma padrão da língua portuguesa. Atentase, portanto, para os usos descritos e abonados por gramáticos de referência da língua portuguesa. Mas cuidado com a preocupação excessiva com os erros gramaticais, pois isso pode atrapalhar você quando estiver desenvolvendo o conteúdo. Deixe para fazer a correção gramatical do seu texto depois que fechar as ideias. Seja o examinador do seu próprio texto, corrija-o antes de passar para a folha definitiva.

Concisão Não utilizar palavras supérfluas, cuidado com a adjetivação desmedida e digressões. Cuidado também com períodos muito grandes ou muito curtos.

Clareza

Pense bem antes de escrever, eduque a capacidade organização mental, isso se dá através do treino, conheça a ambiguidade que algumas palavras e expressões apresentam a fim de evitar problemas com coerência.

Por se tratar de um gênero dissertativo sobre um tema contemporâneo, espera-se que o candidato conheça bem o tema, sendo uma pessoa bem atualizada. Faça isso já na introdução. A correção das redações não se dá de forma aleatória pela banca, mas baseada em alguns parâmetros estabelecidos em acordos e outras fontes da estrutura da Língua Portuguesa. Entre os quais: gramáticas normativas de linguistas renomados, como Bechara, Ataliba de Castilho e Celso Cunha, dicionários da Língua Portuguesa e o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP). Por isso, quando for estudar para a prova objetiva, já observe alguns assuntos importantes para a construção de um bom texto: Concordância verbal Concordância nominal

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Regência Colocação pronominal Crase Pontuação (principalmente vírgula)

CUIDADO ● Você pode ZERAR a prova em caso de: Fuga ao tema; Não haver texto na folha definitiva; Fazer desenhos; Assinar ou fazer qualquer identificação na folha definitiva.

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Correção formal Aqui é onde estão os 60% da sua prova discursiva, portanto você deve dar muita atenção aos erros gramaticais. Quando estiver estudando português para a objetiva, lembre-se de olhar para os assuntos já pensando em como se aplica na escrita, principalmente nos seguintes assuntos: pontuação, concordância nominal e verbal, regência e crase. Lembre-se sempre de que quanto mais claro estiver seu texto (letra legível, sem erros de grafia e pontuação, sem rasuras, sem vícios gramaticais), melhor será para o examinador compreender o seu texto. Ele estará avaliando centenas de redações e não vai perder tempo tentando decifrar o que está escrito. Então capriche na aparência e evite erros. Por isso a importância de reler seu texto com calma, observando cada argumento e os aspectos gramaticais utilizados na sua linha argumentativa. Seja você o examinador do seu próprio texto antes de passá-lo para a folha definitiva.

Aparência do texto

Nunca ultrapasse os limites da margem. Deixe o espaço de indicação de início de parágrafo (alínea).

Deixe claro que você escreveu o ponto final ou vírgula em cima da linha. Muitos candidatos têm sido penalizados justamente por não deixarem claro o ponto final. Caso cometa algum erro, você deve apenas passar um único traço na palavra e continuar escrevendo ao lado. NÃO use parênteses. Dessa forma, não será contabilizado como erro.

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Faça uma letra legível. Não precisa ser bonita, o importante é que seja facilmente entendida pelo examinador. Pode usar letra de forma, desde que faça uma clara distinção entre letras maiúsculas e minúsculas. Os sinais gráficos devem estar bem visíveis. Nem tão grandes a ponto de tocar a linha superior, nem tão pequenos a ponto de não serem vistos pelo examinador ou confundidos com um ponto no i, por exemplo. O “i” tem um pontinho, não uma bolinha.

Erros mais cometidos em redações

Regência Relação estabelecida entre verbo e objeto ou entre um nome e seu complemento. Exemplo: Ricardo aspira um novo cargo na empresa. Correto: Ricardo aspira a um novo cargo na empresa.

Colocação pronominal Uso correto do pronome oblíquo. Você deve saber quando usar a ênclise, a próclise e a mesóclise. Lembre-se de que há casos de palavras que atraem o pronome, como os advérbios de negação. Exemplo: Não esquecendo-se de que terá de produzir redações. Correto: Não se esquecendo de que terá de produzir redações.

Concordância Não há nem podem, de fato, haver festas durante a pandemia. Correto: Não há nem pode, de fato, haver festas durante a pandemia.

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Pontuação A pontuação tem uma grande importância. Uma vírgula pode mudar completamente o sentido do que está sendo dito. Estude principalmente o emprego da vírgula em orações adverbiais deslocadas e adjuntos adverbiais longos (compostos por 3 ou mais palavras). Exemplo: Ricardo, aspira a um novo cargo na empresa. Correto: Ricardo aspira a um novo cargo na empresa.

→

Ausência de vírgula no caso de orações independentemente da extensão da oração.

adverbiais

deslocadas,

Exemplo: Os alunos estudam muito / para passar em bons concursos. Para passar em bons concursos, os alunos estudam muito. Os alunos, para passar em bons concursos, estudam muito.

→ Ausência de vírgula nos casos em que ela seja necessária para isolar locuções adverbiais longas deslocadas na oração (consideram-se locuções adverbias longas as que são compostas por três ou mais palavras). Observação: Essa regra não se aplica a elementos adverbiais que expressem conclusão, explicação, retificação ou ratificação. Esses adjuntos adverbiais devem ser obrigatoriamente isolados por vírgula, independentemente de suas extensões, por exemplo: O governo deve, sim, responsabilizar-se pelo número exorbitante de vítimas da Covid19.

Acentuação Estavamos todos comprometidos com a pesquisa cientifica. Correto: Estávamos todos comprometidos com a pesquisa científica.

Crase Você já deve saber que a crase é a fusão entre a preposição “a” e o artigo “a” ou entre a preposição “a” e os pronomes “aquele (a)” e “aquilo”. Sempre andamos à cavalo. Correto: Sempre andamos a cavalo.

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Cuidado com os casos proibitivos. Não se usa crase: . Diante de substantivos masculinos . Antes de verbos . Diante de numerais . Antes de artigo indefinido . Antes de pronomes que não admitem o artigo (pessoais, indefinidos, demonstrativos, relativos) . Entre substantivos repetidos . Antes de palavras no plural não precedidas de artigo com sentido genérico.

Grafia Atravez, em vez de através Atráz, em vez de atrás Quiz, em vez de quis Possue, em vez de possui

Uso de abreviaturas de pronomes de tratamento e de termos referentes a leis ou artigos: Sr. (senhor), Art. (artigo), inc. (inciso).

Emprego de abreviações de uso informal, por exemplo: p/, vc, tb, pq, tá, né.

Ausência de ponto após palavras abreviadas, como: Nunca se esqueça de colocar o ponto na abreviatura. etc. (et cetera); id. (idem), Dr. (doutor).

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Utilização de ponto em siglas. Ex.: I.B.G.E. Correto: IBGE

Ausência de marca de translineação. O hífen que marca a separação da sílaba quando a palavra não cabe na mesma linha em que começou a ser escrita.

Introdução de hífen em início de linha, caso este corresponda à marca única de translineação. O hífen da translineação deve ficar no final e acima da linha, sem ultrapassar a margem.

Ausência de marca formal (como aspas ou sublinhado) em neologismos e estrangeirismos (palavras de outros idiomas), bem como em expressões coloquiais, uma vez que essas não são comumente empregadas segundo o padrão formal da língua.

Emprego de sinal de pontuação em início de linha. Por incrível que pareça, tem gente que coloca a pontuação no início da linha seguinte por achar que não vai caber na linha onde está escrevendo. Nunca faça isso.

Pronome demonstrativo em referência a tempo e local Nesse ano (referindo-se ao ano atual) Neste ano Nesse país (referindo-se ao país onde o emissor está) Neste país

Pronomes anafóricos Pronomes que retomam termos que já foram mencionados.

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Exemplo: A Constituição e o ECA regulam os direitos da criança e do adolescente. Esse, nos aspectos específicos, e a outra, nos gerais. A Constituição e o ECA regulam os direitos da criança e do adolescente. Este (retoma o ECA), nos aspectos específicos, e aquela (retoma a Constituição), nos gerais.

Emprego da letra maiúscula: Empregue inicial maiúscula em expressões que denominam algo ou que indiquem altos cargos, como Ministério da Defesa, Tribunal de Contas da União, Congresso Nacional etc. Quando as palavras “lei” ou “decreto” forem seguidas de seus números especificadores, devem ser entendidas como se nome próprio tenham, por isso devem ser iniciadas por letra maiúscula: “Decreto 1.751/95”, “Lei 8.112”. Além disso, devemos observar que Constituição Federal, Código Penal e qualquer “nome” de lei devem ser empregados com iniciais maiúsculas, como Lei Seca, Lei Maria da Penha etc.

Uso de numeral: Quando queremos transmitir a contagem de elementos e o numeral cardinal pode ser expresso por uma só palavra, devemos priorizar o uso por extenso: “sessenta dias”, “três países”, “trezentas pessoas”. Se couberem duas ou mais palavras, prefira os algarismos: “201 pessoas”, “21 países” etc.

Palavras estrangeiras: Palavras ou expressões estrangeiras devem ficar entre aspas: “dumping”, “antidumping”, “status”, “habeas data”, “habeas corpus”. Caso já exista uma palavra aportuguesada, deve-se dar preferência a esta em detrimento da estrangeira.

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Coesão São os elementos que ligam termos, orações, períodos e parágrafos. Geralmente esse papel é feito pelas conjunções e locuções conjuntivas. Essa estruturação permite a progressão textual e dá coerência ao texto.

Conteúdo Aqui está 40% da sua nota. E também merece bastante atenção. Você deve utilizar dados estatísticos, com suas fontes, citações de pessoas consideradas autoridades no assunto, contextualização histórica, exemplos a fim de embasar e dar credibilidade a seus argumentos.

Estrutura do texto dissertativo 1º Parágrafo

TEMA + TESE dividida em dois argumentos + necessidade de solução

Introdução

7 linhas

2º Parágrafo

Desenvolvimento do argumento 1

Desenvolvimento

8 linhas

3º Parágrafo

Desenvolvimento do argumento 2

Desenvolvimento

8 linhas

4º Parágrafo

Expressão inicial + retomada do

Conclusão

7 linhas

TEMA + intervenção/observação final

*O número de linhas é apenas um norteador, não precisa seguir à risca. O esquema acima pode ser utilizado para redigir qualquer dissertação. Ele lhe será útil para que possa estruturar satisfatoriamente os argumentos; garantirá ainda organização e coerência à sua composição.

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Observando essas orientações, você usará o número de parágrafos adequado, certificando-se de que cada um deles corresponda a uma nova ideia (ideia-força) e de que, sobretudo, os diferentes parágrafos evidenciem as partes componentes de sua dissertação. Conectivos de transição A ligação entre os períodos e os parágrafos vai dar um melhor encadeamento das ideias e é bastante valorizado pelos examinadores: desse modo, diante do exposto, nesse sentido...

Conectivos do argumento 1: Em primeiro lugar, deve-se ressaltar que ... Em princípio, vale lembrar que... É importante lembrar que... Primeiramente, ... Vale lembrar que...

Conectivos do argumento 2: Além disso, deve-se lembrar que ... Deve-se lembrar também que... Ademais, vale ressaltar que... Vale ressaltar também que... Outrossim, ...

Conectivos da conclusão: Portanto, a fim de mitigar o problema, ... deve ... por meio de... com o objetivo de... Diante do exposto, faz-se necessário que ... cumpra o seu papel de ... por meio de... a fim de... Deve-se, portanto, encontrar maneiras para resolver o problema. Cabe a ... fazer... por meio de... com a finalidade de...

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Orientações gerais 1. Todos os parágrafos devem apresentar, no mínimo, dois períodos (em termos práticos: dois pontos finais). 2. Elabore os tópicos frasais dos parágrafos do desenvolvimento a partir dos argumentos que você já expôs na introdução e que agora serão aprofundados. Obs.: tópico frasal é a informação mais importante do parágrafo. 3. O texto não precisa, obrigatoriamente, alcançar as 30 linhas, mas deve ter mais de 20 linhas. 4. Posso pular linha entre um parágrafo e outro? Não se pode pular linhas em redações de concursos.

5. Defeitos da argumentação Você também deve ter cuidado com algumas coisas: Repetição de termos e ideias de forma desnecessária. Conceito equivocado sobre algo. Geralmente esses conceitos equivocados estão ligados a preconceitos, o que já configura desrespeito aos Direitos Humanos. Ambiguidade Generalização Uso de exemplos equivocados Uso de premissas falsas para construir argumentos. Cuidado com as fake News. Busque se informar por meio de fontes seguras e confiáveis.

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Técnica de redação Para se escrever um bom texto é preciso planejamento. Seguem abaixo dez passos para a produção de um bom texto. Definir o tema e o posicionamento perante ele. 1º passo

Relacionar, em forma de tópicos, todos os assuntos ligados ao tema.

2º Passo

Cortar alguns assuntos da relação preparada no passo anterior. 3º passo

Agrupar os assuntos que se relacionam em blocos de ideias. 4º passo

Organizar os blocos de assuntos numa sequência lógico -progressiva.

5º passo

Criar o parágrafo de introdução. 6º passo

Escrever os parágrafos de desenvolvimento. 7º passo

Escrever a conclusão. 8º passo

Revisão. 9º passo

Passar a limpo. 10º passo

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Top dicas redação FCC DICA 01 Sua introdução é o seu cartão de visita e já deve conter algum repertório sociocultural para mostrar que você domina o assunto. Lembre-se de apresentar o tema. DICA 02 Ainda sobre a introdução. Elabore uma tese dividida em dois ou três argumentos. Cada argumento vai ser aprofundado em um parágrafo do desenvolvimento. DICA 03 O desenvolvimento teve ter dois ou três parágrafos. Cada argumento colocado na introdução será aprofundado em um parágrafo. Lembre-se de que você precisa ser consistente, trazendo ideias e informações relevantes para o tema proposto pela banca. DICA 04 Utilize citações, exemplos, dados estatísticos e contextualizações para fundamentar e dar credibilidade a seus argumentos. Lembrando que os dados e as citações precisam das fontes (confiáveis e seguras, nada de informações advindas de grupos do whatsapp). DICA 05 A citação do número do artigo só deve ser usado se você souber, com certeza, qual é o artigo. Se não souber, basta mencionar que está na Constituição ou no Código Penal, por exemplo. DICA 06 Procure escrever com uma letra pequena, mas LEGÍVEL! Dessa forma, terá mais espaço para aprofundar os argumentos, mas faça isso de forma pertinente e objetiva. Letra legível ≠ Letra bonita Sua letra tem que ser entendida, não bonita.

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DICA 07 Cuidado com a indicação de parágrafos! Deixe sempre um espaço no início de cada parágrafo. Isso serve para indicar que uma nova ideia está começando a ser desenvolvida. Além disso, deixa o texto com uma boa aparência. DICA 08 Sempre utilize conectivos para ligar um período ao outro e um parágrafo ao anterior. Isso que dá coesão ao texto e ajuda na sua progressão. Estude as conjunções, as locuções conjuntivas e as relações semânticas que elas estabelecem. DICA 09 Contrate um profissional para fazer correções das redações que você produzir durante o treino. Se não puder, peça opinião de outra pessoa na leitura de sua redação em casa. Claro que o ideal é ter uma ajuda profissional, pois ele já observará todos os quesitos necessários para uma excelente redação. Caso não possa no momento contratar um, alguém próximo já vai dar uma boa ajuda, observando a letra e falando sobre o que entendeu. DICA 10 Cuidado com os tamanhos dos parágrafos. Eles devem ter tamanho aproximado. Planejando utilizar as trinta linhas, construindo o texto em quatro parágrafos, cada um deve ter 7 ou 8 linhas. DICA 11 Seja claro, objetivo e conciso. Essas são as três leis básicas do texto dissertativo. Assim você garante que o seu texto seja bem compreendido pelo leitor, nesse caso, o examinador. Uma mensagem mal compreendida não terá o resultado esperado.

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DICA 12 - Não repita ideias nem argumentos. - Não utilize palavras que desconhece com o intuito de impressionar o examinador. - Esqueça o coloquialismo, gírias e frases feitas. DICA 13 Fuja de construções baseadas no senso comum. Lembre-se de que você está escrevendo um texto dissertativo, que deve conter informações precisas e seguras. DICA 14 Respeite a estrutura do texto dissertativo argumentativo: Introdução, desenvolvimento e conclusão; Respeito às margens; Alínea (indicação de parágrafo); Ponto de vista. DICA 15 Tenha sempre informações interessantes sobre o tema. Para isso, você precisa ter um hábito de leitura de diversos temas, fazendo anotações por eixos temáticos. Tenha um caderninho de repertório sociocultural onde você vai anotar conceitos, exemplos, citações, dados estatísticos e possíveis argumentos para alguns temas. DICA 16 Use o rascunho Tem candidato que escreve a redação direto na folha definitiva a fim de economizar tempo para as questões objetivas. Não faça isso. Pois você poderá rasurar muito, o que deixará o texto com uma aparência suja. A primeira impressão é a que fica. Permita que o examinador tenha uma boa primeira impressão do seu texto.

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DICA 17 Lembre-se de não fugir do tema proposto. Fique atento! Leia o texto motivador para ter uma direção e não se afaste do tema. Uma simples digressão (fuga parcial) já vai prejudicar a sua nota consideravelmente, por isso é tão importante fazer um esquema do texto antes de escrevê-lo.

DICA 18 Conclusão Mostre ao examinador que você está finalizando toda a ideia proposta nos parágrafos anteriores, retomando a tese defendida. Além de colocar uma proposta de intervenção para solucionar ou mitigar o problema. Lembrando que uma boa proposta deve conter agente, o que fazer, o meio e o objetivo. DICA 19 A fim de conferir maior credibilidade aos argumentos apresentados, busque sempre manter o caráter impessoal do texto em dissertações, mesmo na argumentativa, em que se faz necessário deixar claro o posicionamento do escritor. Para isso, utilize a 3ª pessoa do singular. DICA 20 Treine bastante, pois “a prática leva à perfeição”. Quando for praticar a escrita da redação, cronometre o tempo como se você estivesse realmente respondendo a sua prova do concurso. Isso vai fazer com que você possa conhecer o seu ritmo e melhorá-lo a fim de ter um melhor rendimento no dia do concurso. DICA 21 Nunca copie o texto motivador. Você pode até aproveitar as ideias, mas copiar NUNCA.

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Temas prováveis BB TEMA 1 – FAKE NEWS E MUNDO MODERNO Estudo Aprofundado do Tema PANORAMA GERAL SOBRE O TEMA: As fake News andam cada vez mais em foco. Influenciadoras de ondas de boatos e até mesmo “cancelamentos” (muito comuns, inclusive, nas redes sociais). Em grande parte, o compartilhamento de notícias falsas se deve ao acesso facilitado aos meios de comunicação. Claro que o acesso a um meio de comunicação é bom, todavia quando a pessoa que está em posse do meio tem uma intenção de disseminar uma informação falsa referente ao tema X, aí mora o perigo. Que tal vermos um exemplo real de como as fake news pode trazer problemas e até mesmo a morte?

O emblemático caso da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, que foi linchada até a morte por causa de um boato completamente falso de que uma “mulher que estava raptando crianças para realizar magia negra”. Além da publicação, havia uma suposta imagem de um retrato falado feito da suspeita — atrelado a um crime cometido em 2012 no Rio — e a foto de uma mulher loira, que também não tinha ligação com o caso. Tudo isso seguido de uma frase: “se é boato ou não devemos ficar alerta”. Ao ver Fabiane na rua, que havia pintado o cabelo de loiro, uma multidão completamente bárbara e violenta a cercou, espancando-a até a morte. Fabiane deixou marido e duas filhas. O caso de Fabiane infelizmente não foi o único. Recentemente, um homem mexicano foi também morto com base em uma fake News, de sequestrar crianças:

COMO ESTE ASSUNTO PODE SER ABORDADO NA MINHA PROVA? Imagine que sua prova traz o seguinte enunciado:

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Manual de Redação Cesgranrio – Banco do Brasil “5 fake news relacionadas à COVID-19” Notícias falsas podem se espalhar mais rápido do que o próprio coronavírus e ser tão perigosas quanto ele. Muitas informações imprecisas geram pânico ou o afrouxamento das medidas de prevenção e prejudicam o combate à pandemia. Todos desempenhamos um papel importante em relação à nossa proteção e a do próximo. Conheça 5 fake news sobre a COVID-19 e ajude a impedir a disseminação de mitos e da doença: 1. Existe um medicamento específico para o tratamento ou a prevenção da COVID-19 Falso. Ensaios clínicos estão em andamento, mas, até o momento, não há nenhuma comprovação de que a hidroxicloroquina ou qualquer outro medicamento possa curar ou prevenir a COVID-19. 2. O consumo de álcool protege contra a COVID-19 Isso não é verdade. Além de não ter nenhuma relação com a prevenção da doença, o consumo nocivo de álcool debilita o sistema imunológico e aumenta o risco de danos à saúde. 3. Animais de estimação podem transmitir a COVID-19 aos humanos Não há evidências sobre isso. Vários cães e gatos que estiveram em contato com humanos infectados testaram positivo para a COVID-19, mas não é possível dizer que esses animais possam transmitir a doença aos seres humanos e espalhar o vírus. 4. A COVID-19 só é letal em idosos Falso. Idosos e pacientes com doenças crônicas correm mais risco de desenvolver formas graves da doença, mas pode haver mortalidade entre pessoas de todas as idades que contraem o vírus. No nosso centro de tratamento de COVID-19 em Aden, no Iêmen, por exemplo, as vítimas são majoritariamente homens entre 40 e 60 anos. 5. Só pessoas sintomáticas transmitem a COVID-19 Não. É importante saber que uma pessoa infectada pode levar até 14 dias para apresentar sintomas. Mas, mesmo sem os sintomas, essa pessoa pode transmitir a doença. (FonteMédicos sem fronteiras – disponível em: https://www.msf.org.br/noticias/5-fake-newsrelacionadas-covid-19) Levando em consideração estas informações fornecidas pelo site oficial da ONG Médicos sem fronteiras a respeito das fake news em tempos pandêmicos, redija uma redação sobre o seguinte assunto: Fake News em tempos de pandemia: Sua origem e seus desdobramentos. “

Diferentes visões sobre o exercício da liberdade de expressão Existe muitos exemplos: O filósofo inglês John Stuart Mill chegou a defender que o exercício da liberdade de expressão somente poderia ser punido caso provocasse dano material ou físico a alguém. Isso porque o britânico o livre debate de ideias era fundamental, ainda que das consideradas mais radicais – segundo este, elas poderiam tornar-se amplamente aceitas no futuro, como a democracia. No caso do Brasil, a liberdade de expressão não é considera como absoluta, por força de algumas leis, como por exemplo a Lei 7.716/89, que normatiza a respeito da discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Ela prevê pena de 2 a

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Manual de Redação Cesgranrio – Banco do Brasil 5 anos e multa para quem “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular, símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”. Mas o que isto tem a ver com as fake News? As fake news não podem ser propagadas tomando como argumento a liberdade de expressão. Existem limites impostos pela lei, como os vistos anteriormente.

TEMA 2 – REALITY SHOW E DIREITOS HUMANOS: ATÉ QUE PONTO O ENTRETENIMENTO PODE FERIR A DIGNIDADE HUMANA? Estudo Aprofundado do Tema PANORAMA GERAL SOBRE O TEMA: É mais do que visível e comentado em todos os meios de comunicação a popularidade da série coreana da Netflix Round 6, que gira em torno de pessoas extremamente endividadas, que aceitam participar de um “jogo”, aonde os perdedores são literalmente mortos. O prêmio milionário será dado ao último vencedor, que sobreviva às piores e mais desumanas provas, que testam resistência física, psicológica, entre outros. Sem entrar no mérito dos gostos pessoais sobre a série, o foco aqui é ver como este assunto, que está tão em alta, pode ser abordado pela banca. É muito evidente que na série os direitos humanos mais basilares são totalmente desrespeitados no decorrer da série. A sua banca poderá perguntar, por exemplo, até que ponto o entretenimento está acima de princípios humanos mais básicos. Na série Round 6, o “jogo” é assistido por pessoas mascaradas, chamados no decorrer da série de “VIP’s”, assistem os pobres participantes, cada um com seus problemas, desesperados pelo prêmio, se arriscarem em provas. Neste ponto, na série o desejo dos VIP’s de serem divertidos e entretidos está acima do bem estar e Direitos humanos dos participantes, que tem suas vidas e pessoalidades completamente anuladas. Saindo do universo fictício da série, há várias situações em que algum reality show exponha seus participantes às situações humilhantes e até mesmo arriscadas. Vejamos a seguir:

Como vista na notícia acima, um participante sentiu-se humilhado durante sua aparição em um determinado reality e resolveu ajuizar uma ação judicial neste ponto. A imagem da pessoa, quando exposta à milhares de outras pessoas, muitas vezes de maneira jocosa, gera sim um dano à sua moral, que foi o que ocorreu nesta noticia acima. Neste aspecto, os direitos da personalidade são evidentemente desrespeitados, e isto será visto de forma mais detalhada no tópico abaixo.

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Já no caso acima, uma mulher participou de uma prova e sua prótese de silicone estourou, o que obviamente causa um risco à sua saúde. Ela precisou sair do reality por recomendação de seu médico. O que pode ser ainda indagado é: Como nós, enquanto sociedade, passamos a enxergar o sofrimento alheio como algo positivo e divertido? Veja como você poderia abordar esta temática em um dos parágrafos da redação: “A humanidade passou por momentos no decorrer da história aonde a empatia foi abolida das relações sociais, como por exemplo no Terceiro Reich. Nos tempos atuais, muito embora existam legislações protetivas neste âmbito, há por parte da sociedade uma desumanização de alguns indivíduos, e neste aspecto enquadram-se os participantes de realities shows, que são expostos e totalmente desprovidos de qualquer privacidade, tendo seus comportamentos julgados e cancelados.”

Vigilância dos realities No livro 1984, do autor George Orwell, o chamado Grande Irmão controlava e vigiava todos os passos dos cidadãos, com o slogan “O Grande Irmão está de olho em você”. Apesar de se tratar de um livro fictício, a ideia da vigilância constante é a premissa mais básica dos realities shows, sendo que ao contrário do livro de Orwell, a ideia basilar desta constante dos realities é alimentar a curiosidades dos espectadores. A princípio, o livro visava criticar o autoritarismo e totalitarismo. Mas o conceito de vigiar todos os passos de uma pessoa, tudo que ela faz, nos diz muito sobre nossa sociedade, onde a exposição do terceiro é vista como algo perfeitamente comum, o que obviamente vai de encontro com princípios humanos básicos. Outro exemplo muito emblemático é do filme “O show de Truman”, estrelado pelo famoso ator Jim Carrey. No drama, é contada a história de Truman, um homem simples, que nasceu e cresceu na frente das câmeras, em um reality show que transmite sua rotina 24 horas por dia, sem interrupções e com direito até à propagandas dos patrocinadores.

Na imagem acima, a esposa de Truman faz propaganda de uma marca de faca

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Manual de Redação Cesgranrio – Banco do Brasil Logo, a vida de Truman é um verdadeiro show, onde a palavra “privacidade” simplesmente não existe. Porém há um detalhe crucial neste reality: Todos ao redor do protagonista sabem o que está acontecendo, menos o próprio Truman. CONTÉM SPOILER No fim, Truman, ao tomar conhecimento de toda a farsa, despede-se do programa, para de fato, levar uma vida real, com pessoas reais, longe de toda a situação. É interessante notar que tal ponto do filme se assemelha muito ao “Mito da Caverna”, de Platão. O mito conta a história de pessoas que passaram a vida toda acorrentadas em uma caverna e observam um teatro de sombras, como se aquelas imagens fossem a realidade. Um dia, uma das pessoas desconfia que a vida é diferente das projeções exibidas e busca a verdade, se libertando e voltando para o local a fim de libertar seus companheiros.

Truman se despede do “show”.

Direitos da personalidade, Direitos humanos e realities shows Direitos da personalidade estão dispostos dos artigos 11 a 20 do Código Civil, e sempre lembrando que este rol não é taxativo, mas sim exemplificativo. Que tal um exemplo de direito da personalidade constante no CC/02: Art. 17. “O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.” Enunciado 274 da IV Jornada de Direito Civil: “Os direitos da personalidade, regulados de maneira não-exaustiva pelo Código Civil, são expressões da cláusula geral de tutela da pessoa humana, contida no art. 1º, inc. III, da Constituição (Princípio da dignidade da pessoa humana). Em caso de colisão entre eles, como nenhum pode sobrelevar os demais, deve-se aplicar a técnica da ponderação.” Não é difícil observar que a violação de direitos da personalidade é comum em algumas situações, tendo inclusive o Poder Judiciário se pronunciado: “A divulgação equivocada da participação de professora no Big Brother causa dano moral e confere direito de resposta. A Globo Comunicações e Participações foi condenada a indenizar uma professora universitária por divulgar erroneamente que ela seria participante da 10ª edição do reality show. A notícia permaneceu por três dias no sítio eletrônico da empresa e

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Manual de Redação Cesgranrio – Banco do Brasil acabou se espalhando pela internet, o que ocasionou uma série de ofensas à sua carreira acadêmica e à sua vida pessoal. A Constituição Federal garante a livre manifestação do pensamento e a liberdade de imprensa, mas também protege a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, garantindo, em caso de violação, a correspondente indenização, além do direito de resposta. Quando ocorre a colisão de direitos constitucionais, como é o caso do direito de personalidade e o da liberdade de imprensa, cabe ao julgador ponderar os interesses em conflito e dar prevalência àquele que, segundo as circunstâncias jurídicas e fáticas, for mais justo, mediante a utilização da proporcionalidade. Uma vez presente o nexo causal entre a conduta culposa da empresa e o abalo a direitos de personalidade da autora, deve-se compensar os danos morais e garantir o direito de resposta para corrigir o erro divulgado na internet.” (TJDFT Acórdão n.º 790919, 20110111584777APC, Relator: ALFEU MACHADO, Revisora: LEILA ARLANCH, 1ª Turma Cível, Data de Julgamento: 14/05/2014, Publicado no DJE: 22/05/2014. Pág.: 80)

Dúvida interessante: Direitos da personalidade podem ter como titulares as pessoas jurídicas? Não. Enunciado 286 da IV Jornada de Direito Civil: Os direitos da personalidade são direitos inerentes e essenciais à pessoa humana, decorrentes de sua dignidade, não sendo as pessoas jurídicas titulares de tais direitos. No caso dos Direitos humanos, vale a pena ressaltar que o Brasil é signatário de muitos tratados neste campo, como por exemplo, o Pacto de San José da Costa Rica. No tema realities shows, já houve até apuração do Ministério Público neste assunto:

Dignidade da Pessoa Humana e Direito ao Esquecimento A Dignidade da Pessoa Humana é um dos mais conhecidos princípios constitucionais da nossa Carta Magna, que visa manter a dignidade e integridade de todos, sem exceção. Art. 5º, III, da CF/88 :Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante; Como já visto em momento anterior, em algumas situações, participantes de realities são submetidos à provas e situações que podem ser consideradas como um tratamento desumano e degradante, o que vai em sentido divergente do disposto na Constituição Federal.

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Manual de Redação Cesgranrio – Banco do Brasil Logo, a moral, a imagem e a honra da pessoa humana estão intimamente ligadas à Dignidade da Pessoa Humana. E mais: Para muitos doutrinadores, o direito ao esquecimento é uma ramificação do direito à Dignidade da Pessoa Humana, dando a seu titular o direito ao anonimato. Logo, dentro da dinâmica da dignidade humana ligada ao Direito ao esquecimento. Já houveram situações em que um ex participante requereu o Direito ao esquecimento:

No caso, atualmente há um posicionamento do STF referente ao Direito ao esquecimento, em que o STF entendeu que este direito é incompatível com nossa CF/88.

TEMA 3 – NOMOFOBIA E A INTENSA DEPENDÊNCIA DA TECNOLOGIA Estudo Aprofundado do Tema PANORAMA GERAL SOBRE O TEMA Conceito de nomofobia O termo nomofobia parece bastante estranho aos ouvidos de muitos, mas reflete uma realidade o medo de ficar sem contato com o celular, sendo uma palavra derivada da expressão inglesa "no mobile phone phobia". Por se tratar de uma fobia, tem desdobramentos tipos desta condição, como por exemplo a ansiedade. Mas quais são os indícios de que uma pessoa tem a chamada nomofobia? o hábito de verificar constantemente se recebeu novas mensagens, ficar ansioso quando a bateria do celular está acabando, levar sempre o carregador com medo de ficar sem bateria, não frequentar locais por falta de internet e não conseguir ficar longe do celular por muito tempo. É mais do que perceptível que o uso de dispositivos celulares aumentou muito. Quer seja para utilizar redes sociais, quer seja para fins de trabalho, os celulares (antes utilizados apenas para fazer ligações e mandar sms’s) ganharam um espaço muito grande na vida de todos. Com o surgimento da pandemia de covid-19, e o distanciamento social, os celulares passaram a ser presença constante no ambiente laboral, como por exemplo para fazer reuniões via chamadas de whatsapp. Logo, em alguns casos, o medo de ficar sem o celular pode estar pautado à possíveis problemas para se trabalhar. Para que você tenha uma noção, uma nova pesquisa da consultoria global Digital Turbine lança um sinal de alerta em relação aos brasileiros. Ela mostra que uma parcela considerável se revela incapaz de ver-se privada de seu telefone: 39% da população diz não conseguir ficar longe dele por mais de uma hora, sendo que 20% não suportam sequer trinta minutos

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Manual de Redação Cesgranrio – Banco do Brasil sem sua presença. Ressalte-se ainda que a pessoas que sofrem disto geralmente tem uma séria dificuldade em se livrar desta condição.

A dependência patológica do uso do aparelho celular, de acordo com alguns pesquisadores da área de saúde mental, pode ser perfeitamente comparada ao comportamento de uma pessoa viciada em drogas, causando uma conduta compulsiva e perda de controle. E ainda é de extrema importância ressaltar que o problema não é, necessariamente, da tecnologia em si, mas da utilização que se faz a partir dela.

A ligação da nomofobia com o ambiente laboral Um dos pontos cruciais da temática nomofobia é que, em alguns casos, tal medo pode estar pautado ao trabalho. Com a eclosão da Covid-19, houve a migração da realidade de estudos, trabalho e relações para o mundo virtual, e as pessoas passaram a trabalhar em casa, o que muitas vezes dificulta o término dos trabalhos em si, o que em alguns casos funde o ambiente do lar com o ambiente de produção laboral. Uma informação de suma importância no ensaio “A sociedade do cansaço”, do filósofo sulcoreano Byung-Chul Han, é debatido sobre um problema que está tomando a sociedade. Segundo os conceitos de Han, o cansaço é uma resposta do corpo para o excesso de positividade e cobrança que a sociedade impõe. Um conceito muito interessante do filósofo é a “Sociedade de Desempenho”, sendo este conceito um meio social que cobra constantemente por produtividade e resultado dos seus indivíduos. Fora isto, as pessoas que trabalham se colocam em uma posição de autoexploração, e tal conceito de autoexploração (que traz à pessoa sentimentos como medo e ansiedade) está ligado com ao hiperconsumo, que é uma busca incessante por multiplicar bens e nunca se satisfazer com aquilo que se adquire. Outro ponto importante a ser percebido neste interessante ensaio é que na visão do autor, a sociedade do desempenho, “produz depressivos e fracassados”, pois essa cobrança constante pelo desempenho é um inimigo para o bem-estar, pois se trabalha de forma constante, sem folga. Levando em consideração o ambiente organizacional, algumas empresas incorporaram em suas atividades diárias o uso do telefone celular, tendo em vista os benefícios que podem ser proporcionados, os quais incluem: A facilidade de acesso à internet, e-mails e maior rapidez na comunicação. Já em sentido contrário, embora haja muitas vantagens dessa tecnologia, existem também prejuízos decorrentes da sua má utilização, como por exemplo problemas ergonômicos.

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A ligação da nomofobia com o uso das redes sociais Outro fator que está ligado à nomofobia é o uso desenfreado das redes sociais. Vale a pena ressaltar que o uso desenfreado das redes muitas vezes está intimamente ligado à necessidade de aparecer, de registrar todos os momentos de sua vida, de ganhar os famosos “likes” em suas publicações. Tal necessidade infelizmente reflete que a sociedade em ter sua autoestima alimentada pelos likes, denotando assim uma percepção muito rasa do conceito de empatia. E mais: Para muitos, ver seu post carregado de likes gera uma carga de dopamina surreal no cérebro, o que por sua vez dá à pessoa uma sensação de bem-estar. Levando em consideração que a nomofobia é uma dependência virtual. Um incidente muito recente que revelou esta profunda dependência das redes sociais foi a queda dos aplicativos Whatsapp, Instagram e Facebook, ocasionada por uma pane global. O pouco tempo que estes aplicativos ficaram fora do ar foram suficientes para que muitos simplesmente entrassem em pânico, pela falta dos aplicativos.

TEMA 4 – CONSUMISMO Estudo Aprofundado do Tema PANORAMA GERAL DO TEMA Vivemos em uma sociedade altamente consumista, e isto não é uma opinião, é um fato. Do campo psicológico, o consumismo pode ser uma forma de escape para algum vazio existencial que o individuo tenha dentro de si, sendo um quadro interessante de se observar o chamado consumismo compulsivo, onde o indivíduo, além de consumista, passa a apresentar o hábito nocivo de acumular objetos. Caso você tenha mais interesse em ver este comportamento na prática, recomendamos este vídeo de um corte do programa Acumuladores Compulsivos, do canal A&E : O consumo tomou conta da vida dessa avó | ACUMULADORES COMPULSIVOS | A&E (Link: https://www.youtube.com/watch?v=AXxDgyBm2nQ ) Partindo deste pressuposto, é importante salientar que o ser humano é um ser sugestionável, e todos os dias somos bombardeados com propagandas, nos mais distintos meios de comunicação, que nos ofertam serviços e produtos de muitos segmentos. E por mais que a pessoa que receba tais propagandas não precise dos referidos produtos ou serviços, acaba sendo sugestionada de que “necessita” deles. Esse comportamento de comprar compulsivamente ainda pode trazer mais problemas de cunho psicológico para a pessoa, como por exemplo ansiedade, depressão e TOC.

O comportamento consumista O filme “Os Delírios de Consumo de Becky Bloom” traz um panorama muito interessante sobre a sociedade consumista. Contém spoiler Becky é a protagonista consumista do filme supramencionado, e precisa urgentemente pagar suas dívidas no cartão de crédito. Para isto, ela arruma um emprego como colunista de finanças pessoais, mesmo tendo sua vida financeira em um caos total. Importante ressaltar que o vício de Becky em comprar compulsivamente é um catalisador para várias áreas de sua vida, inclusive de sua vida pessoal.

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Manual de Redação Cesgranrio – Banco do Brasil O filme possui uma característica bem legal para quem está estudando o comportamento consumista: Ele humaniza a imagem da pessoa, neste caso, a protagonista Becky. Ela não é apenas uma “gastadora”, ela realmente sofre com seu próprio vício em compras, tornando-se uma espécie de prisioneira deste caos econômico que é sua vida.

Perceba na imagem o semblante de intensa felicidade da Becky, ao realizar suas compras, de produtos que ela não precisa.

Novidade: Lei do Superendividamento A questão da sociedade consumista também gerou reflexos no mundo jurídico.A criação da recente Lei do Superendividamento ( Lei 14.871/2021) , que mudou pontos importantes no Estatuto do Idoso e no Código de Defesa do Consumidor, só é mais uma prova dos resultados que o consumismo exarcebado traz. Um ponto importante para você saber: A lei nasceu no período pós pandêmico. A lei tem como um de seus principais objetivos dar aos chamados “superendividados” mais chances de renegociar suas dívidas, sem que isto comprometa sua subsistência , ou seja, sem que a pessoa fique sem o mínimo necessário para sobreviver de forma digna, pois qualquer disposição ao contrário disto afrontaria o Principio da Dignidade da Pessoa Humana. E o que é uma pessoa superendividada? Uma pessoa está em situação de superendividamento, segundo a nova lei, quando ela, de boa-fé, não consegue mais garantir o pagamento de suas dívidas, incluindo as que ainda vão vencer, sem comprometer “seu mínimo existencial, nos termos da regulamentação”. Isso significa que as dívidas são maiores do que os gastos necessários para a pessoa garantir direitos fundamentais, como moradia e alimentação, por exemplo. Outro avanço proporcionado pela Lei 14.181 diz respeito aos perigos ocultos na contratação de um empréstimo. Pois, bancos e financeiras nem sempre são claros sobre as condições de pagamento no longo prazo. Com as novas adições, o CDC passa a exigir práticas de crédito responsável. Em outras palavras, o cliente deverá ser informado sobre todos os custos do produto ou serviço oferecido para compreender o que está adquirindo.

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TEMA 5– LUTA ANTIMANICOMIAL Estudo Aprofundado do Tema PANORAMA GERAL SOBRE O TEMA: O filósofo grego Aristóteles dizia que o “homem é um ser social”, possuindo uma tendência inerente à natureza humana para viver em sociedade, junto com seus semelhantes. Grande parte deste seu pensamento vem do fato dos gregos antigos viverem nas chamadas polis, sendo a principal delas Atenas, atual capital da Grécia. Mesmo tendo dado tão brilhante contribuição de pensamento humanista, por meio de suas obras, no decorrer da cronologia humana, em muitos períodos, foi delegado a certos grupos sociais a segregação e o desprezo, lhes sendo furtado o direito de viver socialmente, indo em caminho divergente do pensamento aristotélico. No Brasil, um ideal de cunho de higienista e segregador impõe que qualquer pessoa que fosse considerada “anormal” ( nos padrões desumanos impostos na época) fosse enviada aos hospícios.

(Imagem: https://www.geledes.org.br/holocausto-brasileiro-50-anos-sem-punicaohospital-colonia-barbacena-mg/) Conforme brilhantemente documentado pela autora Daniela Arbex em seu livro Holocausto Brasileiro - Vida, genocídio e 60 mil mortes no maior hospício do Brasil. Vale a pena ressaltar que o modelo de tratamento de pessoas com alguma deficiência cognitiva ou mental sempre foi cheio de comportamentos desumanos. A própria história do Hospital Colônia de Barbacena (que trazia seus internos dentro de trens abarrotados, de forma similar aos trens nazistas) é um verdadeiro modelo de campo de concentração, trazendo um terrível marco na história do Brasil. O Hospital Colônia de Barbacena (em Minas Gerais) foi criado em 1903, na cidade mineira de Barbacena, e com o passar dos anos, tornou-se um depósito de pessoas, que moravam, ou melhor, eram mantidas presas, em condições desumanas. Não havia um critério para as internações: Há casos de mães solteiras, homossexuais, alcoólatras, pessoas com sífilis e até pessoas com depressão que foram internadas compulsoriamente neste local, que, como já dito, muito se parecia com campos de concentração. Foi um verdadeiro expurgo das pessoas que nossa sociedade considerava como indesejadas e, na visão sombria e cruel destas lideranças segregacionistas, deveriam estes “indesejados” ser totalmente separados da sociedade e, futuramente, mortos. Mas como este tema poderia estar sendo cobrado na redação? Um exemplo é o tema da redação do ENEM, do ano de 2020: “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira.” Na sua opinião, há um preconceito relacionado

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Manual de Redação Cesgranrio – Banco do Brasil às pessoas com doenças mentais? Importante ressaltar que segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o país com maior número de casos de depressão na América Latina. Dentro desta ideia de estigma e preconceito, é imprescindível que você saiba o significado de uma palavra: Psicofobia, que é o preconceito em relação a pessoas que sofrem de transtornos mentais. A psicofobia acaba por também se materializar não somente na aversão em relação a pessoas que sofrem de transtornos mentais, mas também na aversão ao médico psiquiatra. Logo, percebe-se que o tabu em torno de transtornos mentais ainda O principal motivo para o estigma é a falta de conhecimento. Não conhecer traz esse estranhamento, sendo o principal antídoto para o combate da psicofobia a popularização informações sobre transtornos mentais. Um fato importante de salientar é que em estudo realizado recentemente pela Associação Brasileira de Psiquiatria, os médicos associados perceberam um aumento de até 25% nos atendimentos psiquiátricos e de 82,9% no agravamento dos sintomas de seus pacientes após o início da pandemia.

Nise de Oliveira Você já ouviu falar de Nise de Oliveira? Formada em medicina na década de 30, em uma época que mulheres não se formavam com muita frequência, a alagoana é um nome de suma importância na luta contra os manicômios. Dra. Nise era terminantemente contrária aos métodos bizarros utilizados no tempo dela, como lobotomia, eletrochoques e camisas de força. Também há o famoso médico italiano Franco Basaglia, líder mundial da Luta Antimanicomial há 40 anos, que classificou a Colônia de “campo de concentração”. Recomendamos que você assista o filme “Nise - O coração da Loucura, lançado em 2016”.

Dicas extras para fazer uma boa redação ☑️ Atente-se à ortografia, para não cometer erros ortográficos. ☑️ Mantenha a calma e leia com atenção o enunciado, para evitar fuga do tema. ☑️ Deixe para pôr o título da redação depois que ela estiver pronta. Com todas essas orientações e dicas, tenho certeza de que fará uma excelente redação. Lembre-se de praticar bastante!

Citações para utilizar na redação ● “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.” (Nelson Mandela) “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.” (Immanuel Kant)

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“Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.” (Paulo Freire) Com todas essas orientações e dicas, tenho certeza de que fará uma excelente redação. Lembre-se de praticar bastante!

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