Manual de Higienização de Espaços PDF

July 5, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Comercial mercial e  Associação Co Industrial de Barcelos

Programa Operacional do Potencial Humano (POPH) Tipologia Tipologi ad dee Inte Intervenção rvenção 2.2 - C Curs urs os de EEduca ducação ção Forma Formação ção de Adult Adultos os

 2008 PLANO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL –  2008

MANUAL APONTAMENTOS UFCD

Curso:

APOIO FAMILIAR E À COMUNIDADE 

DESIGNAÇÃO HIGIENIZAÇÃO DE ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS  UFCD:

CÓD.:

3520

Duração:

50 HORAS 

Formador(a):

MARLYN A NDREA DE CASTRO CAMPOS 

 Projecto Financiado no âmbito dos Apoios: Apoios:

 

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P.2 Manual de Apontamentos  –  Cursos de Educação Formação de Adultos   UFCD: Higienização de Espaços e Equipamentos Formador: Marlyn Andrea de Castro Campos

  Objectivo do Documento:



 Este Manual foi concebido pelo Formador(a) Formador(a) do  Módulo referenciado. Pretende-se que seja usado como elemento de Estudo e de apoio ao tema  Abordado. O Manual Manual é um Complemento da da  Formação e do Módulo, Módulo, não substitui os objectivos das Sessões de Formação mas sim complementa-as.

  Condições de utilização:



 Este Manual não pode pode ser reproduzido, sob qualquer  forma, sem a autorização da ACIB.

 

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ÍNDICE GERAL 

 A Higienização: Objectivos e Etapas…………………………………………………………… Etapas…………………………………………………………… ...……4  Higienização………………………………………………………… …… ...……5 Considerações Prévias à Higienização…………………………………………………… Tecnologia de Limpeza Lim peza (Métodos)……………………………………………………………….…..…6  Tecnologia de Desinfecção (Métodos)……………………………...……………………………..…14  Métodos de Higienização……………………………………………………………………… Higienização……………………………………………………………………….……...22

Regras Básicas de Higienização………………………………………………………………. Higienização……………………………………………………………….....…..26  Plano de Higienização…………………………………………………………………………… Higienização……………………………………………………………………………....….29  Razões para a Limpeza…………………………………………………………………………...……32  Características do Design que facilitam a Limpeza…………………………………………… Lim peza……………………………………………....…34

 Aspectos de Higiene……………………………………………………………………………… Higiene………………………………………………………………………………..…..34  Rotinas de Limpeza………………………………………………………………………………… Limpeza………………………………………………………………………………….....39  Agentes e Equipamentos de Limpeza……………………………………………………………......41 Limpezas Gerais………………………………………………………………………………………... Gerais………………………………………………………………………………………...43

Conselhos Práticos de Organizaçã o………………………………………………………...….….…45  Conselhos Económicos de Limpeza…………………………………………………………… Limpeza…………………………………………………………….…....45 Rotina Diária com Criatividade…………………………………………………………………… Criatividade…………………………………………………………………….…..48  Equipamento Eléctrico…………………………………………………………………………… Eléctrico…………………………………………………………………………….…....49

Higienização dos Estabelecimentos de S aúde, Lares e Centros de Dia……………………...….51  Bibliografia……………………………………………………………………………………………….60 

 

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A Higienização: Objectivos e Etapas Durante o decorrer de diversas actividades, verifica-se a acumulação dum conjunto de materiais indesejáveis, entre os quais restos de alimentos, corpos estranhos, substâncias químicas do processo, e microrganismos. Esta situação pode resultar do processo de produção normal, como é o caso da adesão de restos de alimentos às superfícies de trabalho, ou de anomalias no processo, como por exemplo, as resultantes de contaminação por deficiente manutenção dos equipamentos ou de contaminação ambiental. Estes materiais indesejáveis, são habitualmente designados de “resíduos” ou “sujidade”.   Dentro dos materiais indesejáveis mencionados, deve ser dada especial atenção à eliminação e controlo dos microrganismos, sobretudo dos microrganismos causadores de doenças (patogénicos) e dos que causam a deterioração do produto.  A higienização deverá, assim, assegurar a eliminação das sujidades visíveis e não visíveis e a destruição de microrganismos patogénicos e de deterioração até níveis que não coloquem em causa a saúde dos consumidores e a qualidade do produto. Deverá ser respeitada a integridade das superfícies de trabalho e deverá haver o cuidado de eliminar qualquer químico utilizado no processo de higienização. Dependendo do processo de fabrico, do tipo de produto, do tipo de superfícies e do nível de higiene requerido, a higienização pode ser efectuada apenas através de uma limpeza (L), ou de uma limpeza seguida de

desinfecção (L+D). Higienização = Limpeza (L) ou Limpeza + Desinfecção (L+D) ( L+D) O processo de limpeza consiste essencialmente na eliminação de restos de alimentos e outras partículas que ficam sobre as superfícies enquanto que a desinfecção consiste na destruição ou remoção dos microrganismos. Especialmente no caso da desinfecção química, a limpeza deve, em grande parte das situações, preceder a desinfecção para que esta seja eficaz, pois os restos dos alimentos interferem com os agentes de desinfecção. Uma higienização correctamente efectuada deve conduzir à eliminação, tanto quanto possível, dos microrganismos  microrganismos  presentes tanto nas superfícies como na atmosfera dos locais de trabalho e dos equipamentos. Etapas da Limpeza (L) e da Limpeza + Desinfecção (L+D)

Etapa Enxaguamento 

Acção Remoção das sujidades maiores com aplicação de água

 

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Limpeza  Enxaguamento  Desinfecção (L+D)  Enxaguamento (L+D)  Secagem 

Remoção de sujidades pela aplicação de detergente   Remoção do detergente com água corrente Destruição de bactérias pela aplicação de desinfectante ou calor Remoção de desinfectante com água corrente Remoção do excesso de água  água 

O processo de limpeza inicia-se com um primeiro enxaguamento para a remoção de partículas de sujidade e de alguns microrganismos (que são arrastados com os outros resíduos). Numa segunda etapa, aplica-se o detergente, o qual vai actuar sobre as partículas de sujidade que se encontram aderidas, diminuindo a sua ligação às superfícies. Numa terceira etapa dá-se o enxaguamento para a remoção completa das partículas entretanto libertadas, do detergente aplicado e uma vez mais de alguns microrganismos. No caso de ser necessário realizar desinfecção, aplica-se o desinfectante (actua sobre os microrganismos) (quarta etapa), seguido de enxaguamento para remoção completa dos desinfectantes (quinta etapa, dispensável para alguns tipos de desinfectantes). Por fim, realiza-se a secagem, que tem como finalidade a remoção da água em excesso, de modo a evitar que a humidade residual favoreça o crescimento de microrganismos.

Considerações Prévias à Higienização O método a utilizar para a eliminação de sujidades é função de um conjunto de factores, nomeadamente, do tipo de sujidade, do tipo de superfície, da qualidade da água e do tipo de equipamentos. Vejamos de seguida, cada um destes factores.

Tipo de Sujidade Sujidade  

Inorgânica

Tipo de sujidade  Resíduos de água dura

Exemplos  Carbohidratos de cálcio e magnésio

Resíduos metálicos

Ferrugem e outros óxidos

Resíduos alcalinos

Películas que se formam quando um detergente alcalino não é devidamente enxaguado Restos de alimentos

Resíduos de alimentos Resíduos de petróleo

Óleos lubrificantes, gorduras lubrificantes

Orgânica Resíduos petróleo

que

não

e outros

contêm Gordura animal e óleos vegetais

Tipos de Superfícies  As superfícies em contacto directo com os alimentos devem ser não tóxicas, não absorventes, não porosas ou corrosivas.

 

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Material 

Características   Absorve humidade, gorduras e Madeira óleos Detergentes ácidos ou com cloro Metais causam enferrujamento Podem ser corroídos por Estanho/Folha de Flandres detergentes ácidos ou alcalinos Pode ser atacado por alimentos Betão ácidos e agentes de limpeza Vidro Tintas Borracha

 Aço inoxidável

Suave impermeável. ser atacadoe por detergentes Pode alcalinos fortes Método de aplicação afecta a qualidade da superfície. Atacado por agentes alcalinos fortes Não deve ser porosa ou esponjosa. Não é afectada por detergentes alcalinos Resiste à corrosão. Superfície suave e impermeável. Resiste à oxidação a altas temperaturas. Fácil de limpar. Não magnético.

Precauções  Não usar, não é higiénico Galvanizados previnem enferrujamento Não permitir o contacto com os alimentos Deve ser denso e resistente a ácidos e não se fragmentar Limpar detergentes alcalinos suaves com ou neutros  Algumas tintas compatíveis

não

É atacada por solventes orgânicos e ácidos fortes  Algum aço inoxidável é atacado por produtos com cloro, iodo, bromo ou flúor.

Qualidade da Água  A qualidade da água é também um factor determinante. Deve ser própria para consumo, limpa e transparente, branda (não precipita sabões nem forma incrustações), livre de microrganismos e não corrosiva. Uma água com dureza excessiva, isto é, com excesso de sais inorgânicos (cloretos de cálcio e de magnésio, sulfatos e bicarbonatos) reduz a eficácia de alguns detergentes e desinfectantes e contribui para a formação de incrustações na superfície do equipamento durante a evaporação. O uso de águas brandas está particularmente indicado para as operações de limpeza química. Relativamente à qualidade da água, existe legislação específica a qual deve ser consultada.

Tipo de Equipamentos Existe um conjunto de equipamentos, como por exemplo, picadoras, misturadoras, enchedoras, entre outros, que apresentam superfícies não visíveis e cheias de contornos onde se acumulam resíduos. Neste caso, antes de se proceder ao primeiro enxaguamento, é necessário desmontar os equipamentos de modo a conseguir-se fazer uma higienização correcta.

T ecnologi a d de eL Lii mpe peza za ( M étodo todos) s)    As superfícies dos equipamentos usados na produção de alimentos acumulam, inevitavelmente, sujidade, necessitando de ser limpos. A limpeza deve ser realizada, pelo menos, regular e frequentemente, quando não continuamente, por forma a que a higiene dos equipamentos e das instalações se mantenha sempre adequada.

são

 

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O próprio programa de limpeza deve ter em consideração vários factores:   A natureza da sujidade a ser removida.



  A concepção dos equipamentos e das instalações.



  O tipo de superfície a limpar.



  A dureza da água.



  O grau de limpeza requerido.



   A metodologia, utensílios e produtos ideais.  ideais.  



Limpeza Física – Remove todas as impurezas visíveis na superfície a ser limpa. O conceito de limpeza inclui a aplicação de factores físicos (força mecânica) e factores químicos (detergentes e outros produtos). Apenas momentaneamente, é que se pode afirmar que uma grande proporção de resíduos depositados numa superfície pode ser removida usando unicamente métodos físicos. Desde uma simples imersão dos utensílios em água, quer seja fria ou quente, até aos sistemas manuais mais usados, tais como escovas, esponjas, esfregões, etc., todos são extremamente úteis na remoção da grande sujidade existente nas primeiras etapas do processo de limpeza. Estas operações podem ser complementadas através do uso de outros equipamentos mecânicos, tais como pulverizadores de água que funcionam tanto com alta ou baixa pressão, sistemas de limpeza in situ, sistemas de produção de vácuo, etc. A limpeza física é completada, geralmente, depois do que foi descrito anteriormente, com uma limpeza química, que remove ou destrói mesmo as impurezas que não são visíveis, através do uso de produtos específicos (detergentes), que, quando dissolvidos em água, possibilitam a remoção da sujidade presente nos equipamentos e superfícies.

Limpeza Química - É o tipo de limpeza que remove ou destrói até as impurezas que não são visíveis e o seu cheiro usando produtos específicos (detergentes), que, quando dissolvidos na água, torna possível a remoção da sujidade que está presente nos equipamentos e superfícies.  A sujidade que é removida desta forma inclui não só lixo sólido como c omo uma um a larga proporção da flora de contaminação que, apesar de não ser necessariamente destruída pela acção destes produtos, é lavada na operação de enxaguamento. Obviamente que, um processo de limpeza pode ser realizado apenas pela simples aplicação de procedimentos físicos (por exemplo, o uso manual de escovas), mas os resultados alcançados tendem a ser insuficientes. Os detergentes e outros produtos químicos são usados, em parte, para reduzir a necessidade de aplicação de força mecânica, embora na prática, ambos os factores sejam vulgarmente combinados.  A combinação adequada dos meios físicos e químicos permitirá atingir os níveis de limpeza desejados para os equipamentos e instalações e que os germes são destruídos.

 

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Métodos de Limpeza A) Limpeza a seco  A limpeza a seco é realizada, estritamente, através da remoção, aspiração, limpeza com um pano ou através do uso de escovas para remover a sujidade. Normalmente, esta é seguida por uma limpeza.

B) Limpeza  A limpeza é complexa, uma vez que inclui várias operações: pulverização; limpeza principal através da aplicação de força mecânica e/ou alta temperatura e enxaguamento. Estas operações são realizadas por forma a permitir a remoção da sujidade através do uso de água ou soluções aquosas de detergentes.

C) Limpeza por pressão Na limpeza por pressão são usados valores compreendidos entre 25 e 120 bar. Quanto maior é a pressão aplicada, mais facilmente são removidas as partículas de sujidade. Contudo, é importante relembrar que este método pode danificar o material ou conduzir a uma recontaminação.

D) Procedimentos especiais de limpeza Estes procedimentos referem-se à aplicação de espumas, pulverização ou ao uso de gel especialmente adequado para a indústria de carnes. Estes métodos de limpeza são vulgarmente usados na limpeza de paredes, equipamento técnico ou área circundante do local da produção. Outros procedimentos especiais incluem o uso de vapor com temperaturas superiores a 140ºC ou o uso de gases (e.g. azoto). Adicionalmente, os sistemas mecânicos podem também ser usados.

C las las s ificaçã ifi cação, o, C aracte racterizaçã rização o e S el elecção ecção do Dete Deterg rg ent entee Classificação dos Detergentes

Detergente:

√ 

√ 

É um agente de limpeza. É um activo à superfície bastante usado na indústria.

 

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Tendo em consideração as propriedades específicas, os detergentes são classificados como: 

  Alcalinos inorgânicos.



  Ácidos (orgânicos e inorgânicos).



  Agentes de superfície: aniónicos, não-iónicos, catiónicos e anfotéricos.



  Agentes sequestrantes: inorgânicos e orgânicos.

C aract racterizaçã erização o dos Dete Deterg rg ent entes es  A) Alcalinos inorgânicos O principal ingrediente de muitos detergentes é um álcali. O hidróxido de sódio é o mais forte e também o mais barato, tem excelentes propriedades dissolventes, e tem poder de saponificação e bactericida. Contudo, é altamente corrosivo para metais, especialmente alumínio. Deve ser manuseado com muito cuidado, uma vez que pode causar sérias queimaduras na pele, devendo, portanto, ser usado com equipamento especial para proteger a pele e os olhos. B) Ácidos (orgânicos e inorgânicos) Os ácidos são muito pouco utilizados na indústria alimentar, uma vez que têm tendência a ser corrosivos e não apresentam versatilidade como agentes de limpeza.  Adicionalmente, muitos são perigosos e podem causar sérias queimaduras, queim aduras, o que implica o uso de roupa protectora. Todavia, em casos específicos, estes são considerados como uma excelente alternativa para a limpeza de tanques e outros equipamentos e utensílios. O uso de ácidos na limpeza, alternado com soluções alcalinas, facilita a eliminação de odores indesejáveis e, geralmente, melhora a eficácia dos processos de limpeza. Dentro do grupo dos ácidos inorgânicos usados, ácidos clorídrico, sulfúrico e nítrico, a sua aplicação na indústria de lacticínios é importante para remover precipitados de sais de cálcio e outros depósitos de minerais, tal como, por exemplo, leites de pedra (depósito de proteína, carbonato de cálcio e outros sais que se formam nos pasteurizadores), contudo, devido à sua natureza altamente corrosiva, estes foram substituídos por ácidos fracos. Entre os ácidos fracos encontram-se o ácido fosfórico e sulfâmico, que são menos corrosivos do que os primeiros, sendo extremamente eficazes quando lhes é adicionado um inibidor de corrosão. Contudo, quando o precipitado é excessivo devem ser usadas baixas concentrações de ácidos fortes. Os detergentes ácidos, normalmente, incluem os inibidores da corrosão, assim como, agentes molhantes, e podem ser usados na remoção de depósitos inorgânicos.

 

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Os ácidos orgânicos que têm uma capacidade bacteriostática são mais fracos dos que os ácidos inorgânicos e, consequentemente, são mais seguros para manusear: ácidos inorgânicos, ácido glucónico, hidroxiacético, cítrico e tartárico.  tartárico.   C) Agentes de superfície Os agentes de superfície, quer tensoactivos quer surfactantes, reduzem a tensão superficial da água de modo a que as superfícies possam permanecer molhadas. O agente de superfície tradicional é o sabão, que é composto geralmente por sais de potássio ou sódio de diferentes ácidos gordos (e.g. ácidos esteárico, palmítico, oleico). Os sabões são razoavelmente eficazes com água macia, mas a sua baixa solubilidade em água fria torna o seu uso menos conveniente. Para além do facto de existirem muitos tipos diferentes, os agentes de superfície cumprem uma série de requisitos, permitindo o seu uso frequente nas tarefas de limpeza, sendo também os agentes escolhidos, normalmente, para um grande número de formulações de produtos de limpeza. Tendem também a ser excelentes emulsionantes, apresentando boas propriedades molhantes e poder de penetração, não são corrosivos nem irritantes, e são facilmente removidos com água. Por outro lado, enquanto que a actividade bactericida dos detergentes aniónicos e não aniónicos é escassa, a dos detergentes catiónicos é excelente, embora as suas propriedades de detergência sejam piores. Tal deve-se ao facto de os surfactantes catiónicos serem também usados, de vez em quando, como agentes desinfectantes e esterilizantes.  esterilizantes.  

 Figura: Representação Representação da acção acção de limpeza dos agentes agentes tensoactivos. tensoactivos.  

(a) moléculas do detergente (cabeças hidrofílicas e caudas hidrofóbicas); (b) devido à sua grande tensão superficial, a água tende a manter uma forma quase esférica enquanto adere à superfície onde não existe detergente; (c) a tensão superficial é reduzida pela interacção do detergente com as moléculas de água; (d) as caudas hidrofóbicas aderem às partículas de gordura, enquanto que as cabeças hidrofílicas ficam viradas para a parte externa; as cargas, do mesmo sinal, das cabeças, tendem a repelir-se umas às outras, o que favorece a dispersão da fase gorda no meio. Muitos dos surfactantes produzem grandes quantidades de espuma,

 

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especialmente quando existe turbulência no meio de lavagem. De modo a minimizar a sua formação, são muitas vezes adicionados às formulações agentes anti-espuma, com o objectivo de se obterem misturas de limpeza que não produzam grandes quantidades de espuma, tornando-se, assim, bastante importantes para a maioria das operações de limpeza.  limpeza.   √ 

 Agg entes tens  A tensoactiv oactivos os anióni aniónicos cos .  Estes agentes constituem, de longe, o maior grupo de surfactantes. O sabão é um exemplo de um surfactante aniónico mas, tal como já foi mencionado, possui várias propriedades que limitam o seu uso.

√ 

 Agg entes tens  A tensoactiv oactivos os anióni aniónicos cos . Trata-se de emulsionantes poderosos que não são afectados pela dureza da água. As suas características de produtores de espuma variam bastante.

√ 

 Agg entes anfotéri  A anfotéricos cos . Os agentes anfotéricos são relativamente bons emulsionantes, uma vez que são estáveis, não só em meio ácido como também em meio alcalino, e toleram muito bem as águas duras. Além disso, aqueles que são usados como detergentes são bactericidas activos. Contudo, são relativamente caros, não possuem outras propriedades importantes, não sendo, por isso, vulgarmente usados.  usados.  

D) Agentes sequestrantes No longo prazo, é mais económico diminuir a dureza da água através de outros métodos (descalcificantes) do que usar estes agentes.  agentes.   √ 

 Agg entes in  A inorg org ânic ânicos os s eques equestrantes trantes::   Muitos deles possuem uma boa capacidade emulsionante, têm propriedades dissolventes e dispersantes e, geralmente, facilitam o processo de enxaguamento.

√ 

 A  Agg entes or orgg ânic ânicos os s eques trantes trantes:: São frequentemente usados nas formulações de detergente líquidos, uma vez que são altamente solúveis.  solúveis.  

Formulação de Detergentes  As formulações de detergentes são misturas, em proporções apropriadas, de diferentes substâncias químicas, em que cada uma contribui com as propriedades desejadas para o produto final. O preço é um factor importante aquando da decisão de se usar um detergente, sendo assim da máxima importância, sempre que possível, optimizar a formulação por forma a atingir o objectivo alvo, isto é, permitir a limpeza do equipamento e das instalações ao mínimo custo.

 

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Cada tipo de sujidade a ser removida e cada superfície a ser limpa requer o uso, sob condições ideais, de um detergente diferente. Contudo, na prática, apenas algumas formulações são sufi cientes para satisfazer muitas das necessidades de limpeza mais comuns. No mercado existem fórmulas de detergentes em pó ou líquidos. A vantagem dos detergentes em pó, consiste no facto de, normalmente, estes serem mais concentrados tornando, portanto, menos provável a perda de material aquando da preparação das soluções de limpeza. Talvez os líquidos possam ser mais fácil e cuidadosamente distribuídos e medidos, contudo, na prática, perde-se muito líquido porque existe a tendência de preparar soluções altamente concentradas. Contudo, o teste final de quão eficiente é um detergente é determinado pela avaliação de diferentes parâmetros: o grau de limpeza atingido, o tempo usado e o esforço e dinheiro necessários.

Factores que Influenciam a Eficiência dos Detergentes  A importância da dureza da água, a utilização de equipamento para diminuir essa dureza ou a adição de agentes sequestrantes, já foram mencionados anteriormente. Contudo, existem outros factores que também influenciam a eficiência dos detergentes, tais como: a concentração e temperatura da solução de limpeza, o tempo de acção e a força necessária para os aplicar. Todos os detergentes possuem uma concentração mínima necessária para limpar eficientemente sob várias circunstâncias, o aumentar da concentração acima do mínimo necessário melhora o efeito de limpeza, mas com um desempenho cada vez mais baixo e com um custo cada vez mais acentuado, o que explica a importância da existência de uma concentração óptima que deve ser aplicada sob as condições reais de trabalho. Com o aumento da temperatura, também a velocidade de interacção entre o detergente e a sujidade e também a solubilidade de alguns componentes resulta na maior facilidade de remoção da sujidade das superfícies. Outra vantagem das elevadas temperaturas é que a viscosidade aumenta a turbulência que é extremamente importante nos processos de limpeza in situ.

 A forma como o tempo afecta a eficiência efi ciência é similar ao efeito da concentração: existem tempos de contacto mínimos e óptimos entre a sujidade e o detergente que devem ser os aplicados no processo de limpeza.

 

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Como Escolher o Detergentes mais Adequado? Os detergentes desempenham um papel fundamental no processo de limpeza, considerando que estes são usados, em muitos casos, para remover diversos tipos de sujidade, pelo que a exigência de um detergente pode variar. Um detergente ideal deve:  A. Ser solúvel na água a diferentes temperaturas já que a limpeza lim peza nem sempre sem pre é feita em água quente. B. Não ser corrosivo, nem afectar as superfícies dos equipamentos de nenhuma forma. C. Não ser tóxico e não não irritar a pele ou os olhos. D. Não possuir odor. E. Ser biodegradável; os resíduos dos detergentes que são removidos com os efluentes podem constituir um perigo ambiental apesar de, nos dias de hoje, estes problemas estejam a ser ultrapassados através de produtos biodegradáveis. F. Possuir um custo aceitável, lembrando que o preço por unidade de volume volume pode não corresponder necessariamente a um critério de economia pois as diferenças nas doses aplicadas dos diferentes produtos podem ser maiores, o que vai condicionar o custo total da aplicação. G. Ser facilmente removido; as soluções de detergentes devem ser enxaguadas facilmente por forma a que os resíduos não se agarrem às superfícies que acabaram de ser limpas. H. Se mantenham estáveis ao longo de longos períodos de armazenamento. I.

Sejam eficazes eficazes com todos os tipos de sujidade, dada a extrema variedade da natureza das substâncias a serem removidas.

Isto significa que um detergente deve possuir diferentes propriedades: 1. Capacidade de molhar: reduz a tensão à superfície da água para que a solução de limpeza possa penetrar na sujidade e removê-la mais facilmente. 2. Capacidade de dispersão dos materiais insolúveis, prevenindo a formação de agregados, mantendo-os suspensos para que possam ser levados antes de se depositarem na superfície. 3. Boa capacidade de dissolver a sujidade, quer orgânica e inorgânica; quanto mais rápida a etapa de dissolução, melhor será o detergente. 4. Capacidade de emulsionar as gorduras e os óleos, mantendo-os dissolvidos e, aumentando a capacidade de remover as proteínas mais facilmente. 5. Dissolução das gorduras, i.e. transformar as gorduras em em substâncias solúveis. 6. Capacidade sequestrante nos nos iões de cálcio e magnésio dissolvidos em águas duras para que não seja diminuída a eficácia da limpeza. No fundo, os detergentes devem

 

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ser capazes de amaciar as águas duras, apesar de em algumas regiões deverem ser instalados sistemas de tratamento (por exemplo, descalcificadores). Deve-se lembrar que aquilo que foi dito até agora não significa que os detergentes incluem bactericidas, apesar de alguns o fazerem. Contudo, como já mencionamos, os detergentes removem fisicamente um grande número de bactérias durante o processo de limpeza, o que facilita as subsequentes operações de desinfecção. Finalmente, deve ser apontado que nenhum detergente inclui todas as propriedades mencionadas e assim, em muitos casos, devermo-nos socorrer de uma combinação de detergentes para que, através das formulações correctas, possamos satisfazer uma necessidade específica de limpeza.

Tecnolog Tecnol ogia ia de Desi Desinfecção nfecção (M (Mét étodos) odos) O objectivo da desinfecção do equipamento e das instalações é eliminar as formas vegetativas dos microrganismos patogénicos presentes, principalmente nas superfícies que estão em contacto com os alimentos, e ao mesmo tempo, alcançar uma redução significativa da flora comum (condições estéreis são raramente necessárias), a qualidade microbiológica do processamento alimentar não deve ser afectada. Os processos de desinfecção, devem ser aplicados imediatamente a seguir à etapa de limpeza, consequentemente a eficiência de ambos os processos pode ser óptima. Se os resíduos não forem removidos pre viamente actuam como uma “barreira protectora” para os microrganismos contra diferentes agentes desinfectantes, tratamentos químicos e térmicos, e são importantes pontos de contaminação gerados nas áreas de processamento de alimentos com os correspondentes efeitos na qualidade higio-sanitária dos alimentos.

Tipos de Desinfecção 1. Desinfecção Térmica.- Realizada pela aplicação do calor. .- Por aplicação de líquidos que foram previamente sujeitos a 2. Desinfecção por Vapor .um processo de aquecimento, ou até mesmo submetidos a uma determinada pressão. Uma das consequências, é a libertação de humidade residual. Por exemplo, a água sujeita a temperaturas de 90-95ºC actua melhor.

3. Desinfecção Química.- Através da utilização de substâncias e compostos químicos. 4. Desinfecção por Radiação.- Através do uso de energia electromagnética (ionizante ou não ionizante).

 

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Agentes Desinfectantes Para a desinfecção de equipamento e instalações, o calor (vapor e água quente) em particular algum tipo de radiações e agentes químicos podem ser usados. Com estes tratamentos pode ser alcançada uma elevada eficiência na limpeza de superfícies a desinfectar. As operações de desinfecção usando calor e agentes químicos podem ser usadas indistintamente mas sempre seguidas de lavagem uma vez que a eficiência dos desinfectantes químicos decresce quando a sujidade está presente. Contudo, quando algum equipamento desinfectado estiver parado durante um largo período de tempo é recomendável (sempre que apresente uma acumulação de sujidade) proceder à desinfecção da superfície antes da sua utilização.

Características de um Desinfectante Desinfectantes químicos são substâncias que destroem vários microrganismos mas não necessariamente os esporos bacterianos. Os produtos usados para a desinfecção de superfícies que estão em contacto com alimentos devem estar de acordo com as seguintes características: √ 

Serem facilmente solúveis em água e removíveis por enxaguamento.

√ 

Não serem corrosivos ou capazes de alterar as superfícies a ser tratadas.

√ 

Não serem irritantes para a pele, olhos ou membranas. Não ser tóxicos, especialmente na dosagem utilizada.

√ 

Ser inodoro ou, não libertar odores desagradáveis que que alterem as propriedades organolépticas durante o processamento dos alimentos.

√ 

Oferta de uma razão custo/ lucro aceitável.

√ 

Ser estável na presença de resíduos orgânicos.

√ 

Permanecer estável estável durante um razoável período de tempo na sua forma concentrada e por um curto período de tempo na forma diluída.

√ 

Ser eficiente na velocidade de destruição dos microrganismos. Devem destruir os esporos fúngicos tão bem como os esporos bacterianos.

√ 

Ser eficaz a diferentes temperaturas de trabalho.

Como no caso dos detergentes, tem sido difícil de encontrar o desinfectante “ideal” que

cumpra com todas as características listadas anteriormente. Portanto, tendo sido feito um estudo prévio das condições sobre as quais estes vão ser aplicados, a possibilidade de os combinar, e sobretudo como é que estes afectam a eficiência do tratamento, a escolha do desinfectante a usar deve ser a mais adequada às nossas necessidades, entre a vasta gama de produtos disponíveis.

 

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Factores que Afectam a Eficiência de um Tratamento de Desinfecção  A eficiência do tratamento tratam ento de desinfecção pode ser influenciado inf luenciado por múltiplos factores, como por exemplo: √ 

Tempo de contacto entre a superfície e o agente desinfectante , este deve ser

tão longo quanto necessário de forma a permitir que o agente desinfectante actue eficientemente. √ 

Temperatura de aplicação   –  muitos desinfectantes possuem uma gama de

temperaturas em que são mais efectivos, dai que seja feito um esforço para que as tarefas se desenvolvem sob estas condições. √ 

Concentração do agente desinfectante  – – a concentração mínima para que seja

alcançada a eficiência requerida. Também há um limite que não deve ser ultrapassado e sobre o qual a eficiência do tratamento não é a melhor. Não é geralmente aconselhável que se trabalhe com concentrações acima do óptimo uma vez que se trata de uma prática anti-económica. Além disso, o uso destas substâncias, desta forma, deve ser evitado uma vez que favorece o aparecimento de resistência na flora que se pretende eliminar. Tal pode ocorrer no caso de as concentrações aplicadas serem superiores às concentrações consideradas eficientes, ou quando o mesmo desinfectante é usado continuamente, o que explica a importância da alternância do uso de diferentes tipos de desinfectantes, de forma a que a flora não consiga desenvolver resistência. √ 

Grau de limpeza do equipamento.

Outros factores, tais como o pH do meio, a dureza da água e a existência de biofilmes nas superfícies, podem condicionar a eficiência do tratamento de desinfecção, dai que a concentração deve ser ajustada a valores óptimos. No caso dos biofilmes, deve-se tentar eliminá-los pela aplicação de um sistema de limpeza adequado.

Actuação dos Desinfectantes Os desinfectantes possuem vários mecanismos de acção, graças aos quais o seu efeito microbicida é conseguido, tais como: √ 

Precipitação ou desnaturação das proteínas do citoplasma, com os sais de amónio quaternário.

√ 

Deterioração da parede celular.

√ 

Inactivação das enzimas vitais para o metabolismo dos microrganismos.

√ 

Modificação do pH externo e/ ou interno (ácidos e álcalis).

√ 

Reacções redox que afectam os microrganismos (desinfectantes clorados e iodóforos).

 

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Tipos de Desinfectantes Basicamente, os desinfectantes, como regra, podem ser divididos em quatro grandes grupos: 1. Compostos Clorados: os hipocloretos são os mais comuns na indústria alimentar para além de outros, tais como dióxido de cloro, cloro gasoso, derivados de ácido isocianúrico, etc. podem ser usados. 2. Compostos de amónio quaternário. 3. Compostos iodóforos. 4. Compostos anfotéricos.  As vantagens e desvantagens derivadas do uso de diferentes compostos são listadas de seguida:

Compostos clorados São baratos, eficazes contra bactérias (G+ e G-), são tanto activos com esporos bacterianos e têm um efeito desodorizante. As condições de aplicação devem permitir uma libertação lenta de cloro.  Algumas das desvantagens destes compostos são: a sua capacidade descolorante e oxidante e o facto de alguns corroerem certas superfícies metálicas, especialmente a pH baixo. Por outro lado, estes agentes rapidamente se tornam inactivos na presença de material orgânico e combinados com substâncias fenólicas, libertam odores extremamente desagradáveis. Devem ser rapidamente enxaguados e secos para prevenir que as superfícies sejam corroídas.

C ompostos de amónio amónio quaternário quaternário Estes compostos são sais de amónio. São agentes tensoactivos catiónicos com actividade bacteriana, são ligeiramente corrosivos e não são muito tóxicos. São muito activos na flora vegetativa e previnem a germinação de esporos fúngicos. Têm elevada capacidade molhante e de penetração e não perdem a sua eficiência quando armazenados à temperatura ambiente. São inodoros e incolores a determinadas concentrações, mantêm a sua actividade na presença de resíduos orgânicos e têm um grande alcance de pH. Por outro lado, abaixo de 5, a sua actividade decresce significativamente. São estáveis diluídos e em soluções concentradas podem ser armazenados por longos períodos de tempo sem sofrerem perda de actividade. Estes possuem algum poder de detergência, uma vez que são surfactantes catiónicos.

 

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Contudo, não podem ser usados em combinação com surfactantes aniónicos nem com alguns surfactantes não iónicos. Estes compostos normalmente formam espuma em solução. Não são corrosivos, não são irritantes para a pele, excepto em concentrações extremamente elevadas, por essa razão devem ser manuseados com cuidado. Contudo, certas desvantagens associadas ao seu uso, podem ser apontadas, como por exemplo, o facto que alguns desinfectantes serem mais caros do que outros e a sua eficiência decresce quando são usados com água dura. A sua aplicação é também incompatível com sabões, detergentes aniónicos e poli fosfatos.  Após a sua aplicação, estes desinfectantes formam um filme nas superfícies que deve ser limpo imediatamente, a não ser que se pretenda conservar este filme devido às propriedades bacteriostáticas que poderão ser benéficas para limitar o subsequente crescimento de microrganismos. Os sais de amónio quaternário são extremamente activos sobre bactérias, excepto quando agentes sequestrantes são adicionados a estes, os esporos bacterianos são relativamente resistentes a estes tratamentos embora sejam limitados para formas vegetativas.

C om omposto postoss iodó iodóforos foros Os compostos iodóforos são misturas solúveis de iodo com surfactantes (estes são normalmente do tipo não iónico) que actuam como um suporte para o iodo, o agente responsável pelo poder bactericida destes compostos. Os compostos iodóforos tem propriedades detergentes e desinfectantes, embora o poder detergente dependa da quantidade de surfactante da mistura. Podem ser usados em combinação com substâncias tensoactivas não-iónicas. Têm uma capacidade germicida, graças ao iodo e são efectivos a baixas concentrações de saias de amónio. Não são corrosivos nem tóxicos. Entre as desvantagens associadas ao seu uso, a mais notável é manchas minerais e resíduos orgânicos amarelos, que alteram superfícies de alumínio e que em meio extremamente ácido marcam superfícies galvanizadas.

Detergentes - Desinfectantes

 

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Também conhecidos como detergentes antimicrobianos, são essencialmente combinações de ingredientes complementares e compatíveis que tornam possível a limpeza e desinfecção numa só operação. Podem ser usados, especialmente, quando a sujidade é pouca e quando é necessário um processo de limpeza à baixas temperaturas. Há vantagens e desvantagens no uso destas combinações, poupar tempo e trabalho mas é mais caro e a eficiência é menor do que quando usamos os componentes separadamente. Os microrganismos podem ser resistentes a desinfectantes específicos. Por outras palavras, estes podem adaptar-se e isto não significa que não estão activos. Assim é importante alternar o uso de diferentes tipos de desinfectantes; para que desta forma os microrganismos não tenham tempo para se adaptar ao local. Muitos dos produtos mencionados acima podem ser usados em combinação, de uma forma ou de outra, a produção de detergentes - desinfectantes de diversa força, os mais comummente Muitas vezes, um bom detergente-desinfectante pode ser idealmente efectivo contra diferentes tipos de sujidade e vários microrganismos; deve ser usado na maior variedade de situações, desde que financeiramente aceitável. De facto, os detergentes-desinfectantes tendem a ser mais caros e a eficiência é menor do que com os componentes separadamente. Contudo, podem ser usados com muita eficiência quando à pouca sujidade e quando o processo de limpeza precisa de baixas temperaturas. É aceite sem dúvida que é poupado tempo e trabalho aquando uma aplicação única de detergente-desinfectante; isto reflecte-se no crescente uso destes compostos que estão constantemente a ser melhorados. Outra vantagem adicional dos detergentes-desinfectantes é que as bactérias são destruídas durante a sua aplicação visto que na limpeza convencional as bactérias viáveis não são eliminadas ou removidas com os resíduos de detergente. Qualquer que seja o agente usado na limpeza e desinfecção, é importante que sejam introduzidas formulações alternativas em certos intervalos para assegurar que restos de alimentos e bactérias resistentes não são acumulados.

 

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Classificação, Caracterização e Selecção dos Desinfectantes Iodóforos Os iodóforos destroem rapidamente um abrangente conjunto de bactérias, sendo neste sentido como os hipocloretos. Contudo, eles também conservam uma actividade razoável na presença de detritos orgânicos desde que o pH seja inferior a 4 e a sua quantidade não seja excessiva; apesar disso, os iodóforos são menos activos do que os hipocloretos contra os esporos.   Os iodóforos são caros e consequentemente, não são muito comummente usados, esporos. não são corrosivos,  corrosivos,  não são irritantes, não são tóxicos e têm um ligeiro odor, mas deve ser bem enxaguado depois de ser   usado. Alguns materiais de plástico absorvem o iodo e ficam manchados quando expostos a estes  estes   compostos, a borracha também tende a absorver o iodo e contactos prolongados com iodóforos devem  devem   ser evitados para que os alimentos não sejam danificados. Uma vantagem dos iodóforos é que estes não   são afectados por sais em água dura são estáveis na forma concentrada embora após longos períodos  períodos   de armazenamento a altas temperaturas estes podem sofrer uma diminuição da actividade.  actividade.  

Compostos Anfotéricos Visto que alguns anfotéricos surfactantes são principalmente detergentes com pouco poder bactericida, há outros, os derivados da imidazolina que são relativamente pouco bactericidas e também fracos detergentes. Como já foi indicado, os compostos anfotéricos estão presentes como catiões ou aniões, dependendo do pH da solução e se estiverem na forma catiónica têm actividade bactericida. Estes compostos tendem a ser mais caros do que outros desinfectantes e não têm uma poderosa acção bactericida especialmente através da sua mistura com compostos de amónio quaternário para melhorar a sua força. Estes são apenas afectados ligeiramente pela matéria orgânica ou pela água dura, não são corrosivos, não são tóxicos, muitas vezes quando diluídos libertam odores e são estáveis por um longo período de tempo. Contudo, normalmente formam espuma e o seu elevado custo e a actividade limitada, faz com que os desinfectantes anfotéricos não sejam muito usados.

Compostos Fenólicos  Alguns compostos fenólicos são bactericidas fortes e são amplamente usados como desinfectantes. Os compostos fenólicos não são usados como desinfectantes na indústria alimentar uma vez que têm um cheiro forte e por vezes transmitem odores desagradáveis para os alimentos.

 

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Utilizando o Calor O calor é usado como desinfectante na indústria alimentar e pode ser aplicado na forma de vapor de água ou ar quente. O método de esterilização mais eficiente é o calor na forma de vapor de água pressurizado; o calor húmido destrói os microrganismos a relativamente baixas temperaturas uma vez que desnatura as suas proteínas, que são muitas vezes estáveis em condições de secura. Assim elevadas temperaturas e longos períodos de tempo são necessários para destruir os microrganismos com ar quente. Portanto, sempre que possível, calor húmido deve ser usado para esterilizar equipamento mas, obviamente a eficiência depende da temperatura e do tempo necessário. O calor húmido é um bom agente desinfectante e esterilizante porque não é corrosivo, é económico, tem um excelente poder de penetração, não liberta resíduos e é activo sobre muitos microrganismos

Vapor Vapor saturado é um bom agente desinfectante e é capaz de destruir todos os microrganismos, excepto os esporos bacterianos termoresistentes. De qualquer forma, é essencial que o calor seja aplicado nas superfícies, no interior e exterior, durante um período de tempo que seja o sufi ciente para manter uma temperatura de 85ºC durante pelo menos 1 minuto, nestas condições todas as formas bacterianas podem ser destruídas excepto os esporos. De forma a alcançar estas condições, deve ser feito um pré aquecimento com vapor, durante alguns minutos, antes da temperatura do tratamento a ser atingida; quanto maior a parte do equipamento a ser tratada maior deverá ser o tempo de pré aquecimento requerido.  As pistolas de vapor, de um tipo ou outro, são muitas vezes usadas e o pequeno período de tempo em que o vapor é aplicado ao equipamento pode provocar mais danos do que benefícios, uma vez que calor e humidade são fornecidos ás bactérias, permitindo o seu desenvolvimento devido especialmente à presença de resíduos de alimentos ou lixo.  Assim as pistolas e mangueiras podem ser usadas inadequadamente caso sejam aplicadas nalgumas partes do equipamento que não são resistentes à água (e.g. motores), resultando, em falhas na lubrificação ou na electricidade. Deve ser sempre relembrado que o próprio vapor não é um agente de limpeza e deve portanto, ser usado unicamente para tratar superfícies limpas.

 

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Água Quente  Água a temperaturas entre os 80 e os 90ºC pode ser usada na desinfecção de instalações alimentares. Os sistemas CIP são usados a estas temperaturas quando normalmente actuam como um veículo para o detergente e não como um agente desinfectante, por forma a actuar como tal, são necessários tempos de permanência e contacto de 5 a 15 minutos. As pequenas partes do equipamento são desinfectadas através da imersão em água que posteriormente é aquecida até por exemplo 80ºC durante 10 minutos e assim todas as formas bacterianas, excepto os esporos, são destruídas. Nem jactos de água a altas pressões, nem mangueiras podem ser usadas nas operações de desinfecção. O mesmo acontece para a água sujeita a temperaturas inferiores ao mínimo de 60ºC, em que mesmo a esta ultima temperatura, será necessário um tempo de contacto de cerca de 30 minutos para destruir a maioria das formas vegetativas bacterianas.

Métodos de Higienização  A selecção de um sistema de limpeza deve considerar a forma como a combinação real das condições influenciará a limpeza. Esta selecção é muito importante, por razões de eficácia e de custos, sendo em algumas situações conveniente o conselho de um profissional da área.

Limpeza Manual É usual os operadores limparem manualmente, usando equipamentos e complementos básicos, com água e um detergente. Este tipo de limpeza, pouco sofisticada, necessita de muita mão-de-obra e requer muita atenção pois pode levar a resultados variáveis. Escovas  –  as cerdas/pêlos devem ser tão ásperas/duras quanto possível sem prejudicar a

superfície. Existem escovas feitas com vários materiais: pêlo de cavalo, fibra, nylon, entre outros. Pode-se referir, em particular, que as escovas de nylon têm fibras fortes, flexíveis, uniformes, duradouras e não absorvem a água. Escovas feitas com cerdas/pêlos absorventes não são higiénicas pelo que devem ser evitadas. Raspadores  –  podem ser usados na limpeza de resíduos de produto quando a operação

apresenta uma dimensão reduzida que não justifica usar limpeza mecanizada.

 

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abrasivos  –  tal como “palha de aço”, são bons na remoção manual de sujidades. Mecanismos abrasivos –

Estes mecanismos de limpeza não podem ser usados em superfícies que vão estar directamente em contacto com alimentos, pois podem danificá-las e causar corrosão. Mangueiras / pistolas de água  –  devem ser suficientemente longas para chegar a todas as

áreas que precisam de ser limpas, mas não demasiado devido às quedas de pressão. Uma escova com uma cabeça de pressão ajuda a limpar e a escovar ao mesmo tempo. A utilização de pistolas de água, requer alguns cuidados para não “espalhar” a sujidade.   Lavagem com água quente  –  é um método de limpeza muito usado. Os açúcares e outros

carbohidratos e alguns sais são relativamente solúveis em água. A água quente remove melhor estes resíduos do que gorduras e proteínas. Se não for aplicada em alta pressão, a água pode não atingir todas as áreas. Tal como todos os equipamentos que usam água, este método tem um custo elevado de energia e causa condensação.

Imersão  A imersão pode realizar-se com ou sem agitação. É utilizada para a lavagem de pequenas peças de equipamento

desmontáveis: formas, caixas e outros utensílios. Este

método de limpeza geralmente utiliza água quente e/ou detergente.

Alta Pressão  As bombas de água de alta pressão podem ser portáteis ou fixas dependendo do volume e necessidade da operação. As unidades portáteis são normalmente mais pequenas, bombeiam de 40 a 75 L/min a uma pressão de 41.5 Kg/cm2 e têm um compartimento que mistura os componentes de limpeza. As unidades fixas bombeiam de 55 a 475 L/min. Se for através de um pistão ou de uma turbina a bombagem é de 300 L/min e 475 L/min, respectivamente, com uma pressão de 61.5 Kg/cm2. Bombas de água de baixa pressão  –  estas bombas são semelhantes às anteriores,

trabalhando a uma pressão menor, com consequente menor vaporização do produto e menos danos nas superfícies. Pistolas de vapor  – trata-se de um acessório que mistura vapor com água e/ou componentes

de limpeza. As melhores unidades são ajustadas de tal modo que o vapor não crie um nevoeiro à volta das agulhetas. Requer muita energia e pode não ser seguro porque causa nevoeiro. Este nevoeiro condensa e pode promover o crescimento de bolores e bactérias nas paredes e tectos. A bomba de alta pressão geralmente trabalha com pistolas de vapor a uma baixa temperatura da água, em conjugação com um composto de limpeza.

 

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Espuma e Gel Este método permite evitar a acção mecânica. Consiste em pulverizar a espuma ou gel sobre a superfície do equipamento e deixar actuar durante um determinado período de contacto. Este método é bastante interessante pelo facto de haver uma poupança considerável em termos de custos de mão de obra.

Limpeza de Equipamentos e Circuitos Fechados Sistemas CIP - Este método de limpeza, designado a maioria das vezes, de limpeza CIP,

iniciais da designação inglesa “Cleaning In Place”, consiste numa instalação específica para higienização em circuito fechado. Nestes sistemas, tem lugar uma circulação, distribuição, aspersão e armazenamento de produtos de higienização e água sobre as superfícies a higienizar. Isto pode fazer-se de uma maneira automática (circuitos fixos) ou manual (circuitos móveis). Estes tipos de sistemas apresentam um custo de instalação muito elevado e só se  justificam para empresas de grandes dimensões. Circulação  –  utiliza-se em todos os circuitos fechados, como as canalizações e tubagens.

Utiliza-se uma bomba para fazer circular o fluido, sendo importante conseguir uma turbulência, a qual está directamente relacionada com a quantidade de sujidade arrastada. Deve fazer-se circular o caudal no sentido inverso ao utilizado normalmente, conseguindo-se, desta forma, arrastar a sujidade em zonas difíceis tais como os espaços mortos.

Pulverização Nebulizantes e fumigantes – fumigantes  – utilizados para a desinfecção de superfícies abertas (nebulizantes)

ou superfícies fechadas (fumigantes). A desinfecção de superfícies por via aérea consiste na emissão do produto desinfectante em forma de névoa com partículas de diâmetros muito reduzido. Permite o acesso a superfícies escondidas. O reduzido tamanho das partículas permite prolongar a sua permanência no ar.  Aspersão –  Aspersão  – pode utilizar-se para limpar grandes superfícies como é o caso do interior e exterior

dos depósitos. É de extrema importância, neste caso, o tempo de contacto do produto higienizante com a superfície a limpar. Utilizam-se vários tipos de dispositivos para a aspersão: distribuidores de baixa, média ou alta pressão. Com estes dispositivos pode-se utilizar soluções frias ou quentes, incluindo vapor de água.

 

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Avaliação da Eficácia da Higienização  A avaliação da eficácia da higienização é muito mais do que a simples inspecção visual, embora esta represente uma parte essencial desse processo. A primeira questão a ser colocada é “Qual é o objectivo da higienização?” ou “O que  devemos esperar do processo de higienização?”. Depois devem ser colocadas questões relacionadas com o modo  como se vai

avaliar a higienização, ou seja, “No final do processo de higienização, que avaliação deve ser realizada para mostrar que aquele processo é satisfatório?”.    A eficácia da higienização passa pela avaliação do estado das superfícies, relativamente a um ou mais, dos seguintes critérios: 1. Superfície livre de resíduos  –  quando toda a sujidade e resíduos tiverem sido removidos. 2. Superfície livre de químicos – quando os materiais de limpeza e/ou desinfecção tiverem sido removidos por enxaguamento. 3. Superfície aceitável do ponto de vista microbiológico  –  quando o número de microrganismos é reduzido a um nível aceitável.

Monitorização Os responsáveis pela higienização devem inspeccionar o seu próprio trabalho e informar o seu supervisor quando o método usado não dá o resultado esperado. O supervisor deve inspeccionar a limpeza depois de esta ter terminado mas antes da equipa de limpeza abandonar a área. A inspecção é feita visualmente devendo ser referido em relatório algo que corra mal. Isto pode acontecer quando há um problema com o método utilizado ou quando não é aplicado correctamente. Devem estar previstas revisões  –  auditorias - aos métodos utilizados de forma a verificar que continuam adequados. No caso de ocorrerem erros, devem ser feitas revisões adicionais às previstas. De modo a comparar as revisões durante um certo período de tempo, estas devem ser registadas e mantidas em ficheiro. Estas revisões podem ser feitas recorrendo a folhas de verificação. Este tipo de abordagem tem vantagens e desvantagens que é necessário entender. As vantagens incluem a construção de uma lista de itens a serem inspeccionados igual para todos os inspectores. A grande desvantagem desta abordagem é que pode ser usada mecanicamente, impedindo que se faça uma avaliação pouco profunda e inteligente. É essencial que estas revisões sejam conduzidas por quem tem experiência técnica e autoridade suficiente para assegurar as medidas correctivas apropriadas. É um desperdício de tempo e dinheiro quando são feitos simples registos de deficiências sem serem tomadas as medidas apropriadas.

 

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Registos O factor chave na realização dos registos está relacionado com o objectivo dos mesmos. É de um valor considerável poder provar que o sistema de higienização escolhido é efectivo e está a ser aplicado. É igualmente importante conhecer as tendências dos resultados das inspecções e dos testes realizados para que se possa actuar antes de se perder o controlo do processo.

Regras Básicas da Higienização Os procedimentos de higienização, embora não sendo difíceis de colocar em prática, devem obedecer a um conjunto de regras. De seguida apresenta-se, de forma resumida, um conjunto de regras básicas que devem ser seguidas para que a higienização seja bem sucedida.

Antes Seleccionar criteriosamente os métodos de higienização.

Existe um conjunto de métodos para efectuar a higienização. Para a selecção de um método devem ser seguidos critérios de eficácia e critérios económicos.  Ao definir a sequência de limpeza, deverá ter presente, que esta deve ser realizada das áreas menos contaminadas para as áreas mais contaminadas.

 A sequência de limpeza e desinfecção deve ser tal forma orientada que seja prevenida a contaminação cruzada. Todo o equipamento de limpeza manual deve estar identificado por um sistema de cores associado a cada área de fabrico.

Por exemplo, os utensílios utilizados na limpeza dos sanitários e áreas sociais não devem ser utilizados na limpeza das áreas produtivas. O sistema de identificação por cores evita a possibilidade de engano. Colocar vestuário apropriado e luvas.

 Alguns dos produtos de limpeza e desinfecção são cáusticos ou irritantes, pelo que devem ser tomadas medidas de protecção pessoal para evitar eventuais acidentes pessoais.

 

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 Assegurar que os operadores envolvidos no processo de higienização compreenderam todas as instruções de limpeza.

Deverá ser feita a confirmação junto dos operadores, de que estes compreenderam bem os métodos de preparação e aplicação dos químicos de limpeza, bem como os cuidados em termos de protecção pessoal. Não deixar acumular lixo nos contentores.

 A acumulação de lixos é fonte f onte de atracção atracç ão de ratos ra tos e outras pragas, o que só contribui para aumentar potenciais riscos de contaminação. Assim, todos os lixos devem ser colocados em baldes tapados e retirados da área produtiva com regularidade. Retirar ou cobrir os produtos alimentares.

 A aplicação de produtos químicos nunca deve ser feita na presença de alimentos ou suas matérias-primas. Estes devem ser retirados ou devidamente tapados para evitar contaminações.

Durante Seguir sempre as instruções mencionadas nos rótulos dos produtos de higienização.

Para cada tipo de detergente ou desinfectante encontra-se mencionada nos rótulos informação relativa à concentração, à temperatura de aplicação e ao tempo de contacto destes produtos. É necessário seguir com rigor essas indicações. Seguir sempre os procedimentos de limpeza.

Os procedimentos de limpeza estipulados foram estabelecidos para garantir a eficácia do processo de limpeza, pelo que nunca se deve simplificar ou aplicar procedimentos não estipulados (por ex: fazer mistura de químicos por iniciativa própria). Começar a limpeza de paredes e equipamentos de cima para baixo.

Esta orientação tem como objectivo evitar a re-contaminação das superfícies. Mudar a água de enxaguamento, quando fria ou suja.

Esta orientação tem como objectivo evitar re-contaminações. Comunicar falhas nos equipamentos, falta de químicos ou de vestuário protector.

 

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Deve-se incentivar os operadores a comunicarem ao responsável qualquer dos acontecimentos acima referidos.

Depois  Arrumar os utensílios de limpeza em lugar próprio.

Os utensílios de limpeza não devem ser arrumados num local qualquer, a empresa deve dispor de um local próprio para a sua arrumação. Lavar, desinfectar e secar todos os utensílios e equipamentos de limpeza.

Os utensílios e equipamentos de limpeza, devem ser devidamente higienizados no final da utilização (não devem ser higienizados nos lavatórios das mãos). Guardar os detergentes num local fechado à chave.

Os detergentes e desinfectantes, ou qualquer outra substância tóxica utilizada para a limpeza devem encontrar-se armazenados em local adequado e fechados à chave, prevenindose, assim, uma contaminação acidental ou maliciosa dos alimentos. Lavar as mãos.

No final da higienização, por razões de protecção pessoal, os operadores devem lavar as mãos.

Segurança no Processo de Higienização  A higienização pode ser uma operação potencialmente perigosa para os operadores intervenientes e/ou outros colegas de trabalho A água utilizada na limpeza/higienização pode tornar os pavimentos escorregadios e proporcionar eventuais quedas de operadores; o equipamento que necessita de ser desmontado pode deixar expostas superfícies cortantes; os produtos de higienização podem ser irritantes e tóxicos, sendo potencialmente prejudiciais para a operação em si ou para o pessoal envolvido na limpeza/higienização. Neste sentido devem ser tomadas medidas preventivas, uma vez que os perigos nem sempre são evidentes para os operadores.

Rotulagem dos produtos Todos os produtos químicos potencialmente perigosos devem ser rotulados e acompanhados pelo respectivo símbolo de perigo químico, indicando o tipo de perigos e as consequências de uso indevido. Os fornecedores devem fornecer as fichas de segurança dos produtos contendo as características importantes (propriedades, áreas de aplicação, modo de usar e frases de risco e segurança).

 

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Armazenamento dos Produtos Devem ser tidos os seguintes cuidados no armazenamento dos produtos de higienização:   O local de armazenamento do material de limpeza/desinfecção deve estar separado de



outras áreas da fábrica e ser um espaço fechado com acesso restrito. Este local deve ser fresco, seco, de tamanho e ventilação adequados, bem sinalizado e mantido limpo;   Os produtos ácidos e alcalinos devem ser armazenados em separado;



  Os produtos ácidos devem estar separados dos produtos com cloro;



  Os produtos com cloro devem ser armazenados no escuro;



  Todos os produtos devem estar rotulados;



  Não transferir produtos de limpeza/higienização limpeza/higienização para recipientes alternativos de



armazenamento. O produto pode reagir com o material do novo recipiente;   As tampas das embalagens devem ser sempre fechadas firmemente;



  Devem existir áreas de lavagem para para uso corrente e para fazer fazer face a uma



emergência. 

  Deve-se chamar à atenção para o uso apropriado de equipamento de protecção como como luvas, máscaras, botas, etc.;   O derramamento acidental deve ser tratado de imediato e os procedimentos para lidar



com avarias /ou derramamentos devem estar devidamente documentados.

Plano de Higienização O plano de higienização é um documento que indica quais as acções que têm que ser tomadas para limpar e/ou desinfectar, de forma apropriada, as instalações e equipamentos de uma unidade industrial. Normalmente o referido documento, colocado em local acessível para ser usado como referência, procura dar resposta a uma série de questões como: O que é limpo? Como é limpo? Quando é limpo? Quem limpa?

A Elaboração  A elaboração de um plano de higienização pode incluir várias etapas/procedimentos, nomeadamente: √ 

Inspecção das instalações.

 

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√ 

Análises físico-químicas e microbiológicas da água.

√ 

Estudo dos meios disponíveis para a realização do plano de higienização.

√ 

Definição do tipo de produtos a aplicar, modo de aplicação, frequência e dose de aplicação.

√ 

Estabelecimento de uma rotina de Limpeza (L) + Desinfecção (D) para cada zona/área ou equipamento e para cada operador de higienização.

Inspecção das instalações De modo a adquirir uma noção geral da área a higienizar torna-se necessário fazer uma inspecção/visita à área produtiva de modo a conhecer: O produto alimentar a ser produzido bem como as matérias-primas necessárias.

Esta informação permite ter conhecimento do tipo e quantidade de sujidade. Diferentes tipos de sujidade requerem actuações diferentes em termos de higienização.

O estado do material e das superfícies ou suportes a higienizar.

Todo o material que vai estar em contacto com os alimentos necessita de ser higienizado, mas dependendo do seu estado de conservação e do tipo de sujidade, o plano de higienização pode ser ajustado. O tipo de superfícies influencia o tipo de produtos a utilizar pois nem todos são compatíveis com todas as superfícies. Além disso é necessário ter atenção ao estado de conservação das mesmas, nomeadamente à corrosão, fendas e desgaste. Uma superfície em mau estado é mais difícil de higienizar.  A disposição dos equipamentos na área produtiva.

 A sequência de higienização deve prevenir a re-contaminação. Além disso, os equipamentos devem estar dispostos de modo a que todos os locais estejam acessíveis e, se necessário, devem ser fáceis de desmontar.

Análises físico-químicas e microbiológicas da água  A água a utilizar no processo de higienização tem que ser própria para consumo não devendo conter microrganismos. Além disso, é necessário conhecer algumas características como a dureza, o pH e a presença de alguns iões. Estes parâmetros influenciam a eficiência de alguns produtos de higienização.

Estudo dos meios disponíveis É necessário identificar:

 

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O número de horas e horário de limpeza.

Pode ser necessário fazer alterações nos horários de laboração para que o processo de higienização seja realizado convenientemente e o tempo seja rentabilizado. Os sistemas e equipas disponíveis para a higienização das instalações.

Os equipamentos e utensílios de limpeza devem estar em bom estado de conservação e ser adequados aos produtos e procedimentos adoptados. O pessoal envolvido na higienização deve ter formação sobre os procedimentos utilizados para que os aplique convenientemente.

Definição do tipo de produtos a aplicar, modo de aplicação, frequência e dose de aplicação Dependendo do tipo de sujidade presente nos equipamentos e utensílios, e com base no grau de higienização pretendido, devem ser identificados o tipo de produtos a aplicar, o modo, a frequência e a dose.

Estabelecimento de uma rotina de Limpeza (L) + Desinfecção (D) Esta definição tem de ser feita para cada zona/área ou equipamento e para cada operador de higienização. O plano de higienização, regra geral é apresentado sob a forma de tabelas ou esquemas e deve especificar:   As áreas, os equipamentos e os utensílios que devem ser limpos,



  O método e a frequência da limpeza,



  Os aparelhos e os materiais específicos a utilizar,



  A quantidade, o tempo de contacto necessário para a actuação e o tipo de químicos a



utilizar para cada operação, os responsáveis por cada limpeza e desinfecção.  A empresa pode optar por elaborar um procedimento único que envolve a higienização de todas as áreas. Como alternativa ou complemento, o plano de higienização pode conter fichas de higienização individuais para cada um dos itens/áreas principais.  A segurança dos operadores é um factor importante a ter em consideração na elaboração deste tipo de planos.  Assim, deve existir, junto do local de utilização, um arquivo com as fichas de segurança de todos os produtos utilizados na limpeza e desinfecção. A empresa deve garantir que todos os operadores tenham formação na área da higiene e estejam sensibilizados para as questões de segurança no trabalho.

 

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A Implementação

 A i mplem mplementação entação in inii ci cial al Depois de elaborada a versão teórica do plano de higienização, a empresa deve passar à fase de implementação, isto é, a aplicar os procedimentos/planos elaborados às áreas/secções/utensílios e equipamentos envolvidos. Os operadores deverão, desde logo, preencher uma folha de registo que evidencie que os procedimentos foram aplicados.

 A val v alid idação ação Uma vez implementado o plano de higienização há que comprovar que as metodologias identificadas produzem na prática os resultados esperados, isto é, é necessário garantir a eficácia do plano.

 A veri v erifificação cação Uma vez validado e implementado o plano, dever-se-á, com uma certa periodicidade, verificar na prática, que o que está no plano é cumprido de uma forma rotineira. Isto constitui os chamados procedimentos de verificação. É importante estar consciente que não basta ter a prova das folhas de controlo, mas ter a garantia de que os procedimentos foram efectuados de acordo com o estabelecido (sem introdução de alterações por iniciativa dos operadores de higienização).

 A r evi eviss ão Passado algum tempo após a implementação do plano de higienização, a empresa deve avaliar o resultado da sua aplicação e caso se justifique, fazer revisões ao referido plano. Essas revisões podem incluir uma modificação somente de alguns itens menos eficazes, ou em casos mais complexos, pode mesmo ser alterada a estrutura do plano de higienização. Em qualquer uma destas situações, é fundamental antes de proceder às alterações, identificar correctamente as causas/motivos da higienização deficiente de modo a evitar que essas situações se voltem a repetir.

Razões para a Limpeza

 A limpeza faz-se por diversas razões que incluem:

1. Tornar uma área atraente e convidativa convidativa dando-lhe um aspecto estético. estético. Sem qualquer sinal de sujidade, porcaria ou pó, a aparência das superfícies e objectos é agradável;

 

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2.

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Criar um ambiente saudável, sem germes ou outro tipo de seres. A higiene é uma prioridade básica, tanto na alimentação como nas outras áreas, em todo o tipo de operações de acomodação. Se as condições não forem higiénicas, as bactérias serão capazes de se multiplicar e como algumas destas são susceptíveis de provocar doenças, podendo-se revelar perigoso para a saúde e até levar á morte. A alimentação particularmente é objecto de regulamentações porque alimentos contaminados podem causar casos graves de envenenamento alimentar. No entanto na área não alimentar também existem contratempos: existe uma maior propensão à propagação de doenças infecciosas quando os lençóis, toalhas, guardanapos, roupas e talheres não são correctamente limpos e desinfectados. O pessoal da limpeza pode transportar bactérias no desempenho das suas funções, poderão no entanto evitar esta situação tomando especial cuidado com a higiene pessoal.

3. Ter cuidado com superfícies e objectos. Um bo bom m cuidado com mobiliário, cortinas, carpetes, por exemplo, faz com que estas durem mais tempo do que se fossem negligenciadas. Teriam um melhor aspecto e não haveria a necessidade de serem substituídas com tanta facilidade. 4. Para a remoção do lixo, porcaria e manchas que possam provocar fogo.

O que s e con conss idera Limpo? O nível de limpeza varia com o tipo de superfície e sua condição, além do tempo de utilização Os níveis de limpeza também dependem do numero de empregados que fazem esse tipo de trabalho, a experiência que eles têm e que tipo de material é posto à sua disposição, com efeito, na quantidade de dinheiro existente no orçamento para a limpeza.

Por exemplo:   Os clientes clientes de um hotel de cinco cinco estrelas esperam um nível de estética e limpeza muito



mais elevado que os alunos de um internato Da mesma forma a direcção do hotel quererá aumentar a duração do mobiliário e proteger as antiguidades de possíveis estragos;   Na cozinha e áreas sanitárias em qualquer tipo de estabelecimento necessitam de



elevados tipos de higiene;   Em hospitais são necessários elevados padrões de limpeza, especialmente nas nas salas salas



de cirurgia, unidade de cuidados intensivos, neonatologia, enfermarias de infecciosas e outras áreas de risco. A limpeza deverá ser mais amiúde e cuidada e alguns objectos devem ser desinfectados.

 

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Características do Design que facilitam a Limpeza    Áreas sem saliências para evitar a penetração do pó;



  Mobiliário com rebordos arredondados para evitar a acumulação de sujidade;



  Uso de superfícies não absorventes, macias para evitar a absorção de sujidade;



  Uso de acessórios sanitários sem arestas ou rebordos para evitar a acumulação de



porcaria;   Um sistema de ventilação ventilação e ar condicionado eficiente para prevenir a circulação do ar



contaminado e uma percentagem controlada de circulação para que o mínimo possível de pó seja transportado de uma área para a outra;   Portas giratórias duplas para prevenir rajadas de vento vento que transportam pó para dentro



do edifício;   Colocação de grelha ou tapete nas entradas dos edifícios edifícios para remoção de partículas



de sujidade dos sapatos;   Vidro duplos nas nas janelas para diminuir a quantidade e poeira a entrar pela pela janela.



Aspectos de Higiene   A limpeza lim peza melhora o aspecto das superfícies superf ícies e áreas através da d a remoção rem oção da sujidade visível. As bactérias  –  organismos microscópicos que sobrevivem em praticamente qualquer parte – são removidas ao mesmo tempo que limpamos. Isto é bom, porque as bactérias multiplicam-se de uma forma rápida. Elas sobrevivem em porcaria, em locais quentes, condições de pouca higiene onde as suas variedades podem causar doenças e morte.  A remoção das bactérias através da frequência e cuidados da higiene tem sido uma prioridade nos hospitais desde que os seus efeitos começaram a ser entendidos. Igual importância tem revelado o seu controlo, através do desenvolvimento das técnicas de limpeza que reduzem o mais possível o risco de alastramento das bactérias a partir de fontes infectadas.  Actualmente, o perigo das bactérias é mais conhecido. A publicidade à doença da SIDA e da Hepatite, ambas causadoras de morte, revelam que a higiene não é só pensada em termos de envenenamento alimentar.  As técnicas de limpeza no caso de operações de acomodações têm portanto de prestar especial cuidado na sua execução. O objectivo de remoção de sujidade visível e da poeira de modo a que as áreas fiquem mais limpas e mais atractivas, tomam igual ou inferior importância

 

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comparativamente à remoção e controlo das bactérias prejudiciais, para que os clientes e o pessoal não sejam postos em risco   Uma casa de banho de um hotel, bem limpa e brilhante brilhante torna-se num ambiente mortal



se for limpa com uma toalha já usada por um cliente;   Roupa de de cama lavada pode transportar bactérias se tiver sido posta perto de roupa



suja;   Se as mãos não forem lavadas com regularidade, particularmente depois depois de fumar,



comer ou usar a casa de banho, ou assoar o nariz as bactérias são transportadas para tudo onde tocarmos.   Se os panos, esfregões e outro equipamento de limpeza limpeza similar não for lavado e seco



depois de usado, as bactérias multiplicar-se-ão nestas durante o período em que estiverem guardadas e mudarão de local assim que o equipamento for usado de novo.   Se os métodos de higiene usados espalharem poeira, como usar um espanador espanador para



limpar o pó ou varrer, o pó que for colhido pelo equipamento poderá transportar bactérias de volta às superfícies acabadas de limpar.

Limpar por Higiene  Geralmente o pó pode ser limpo através de panos ou escovas e desde que estes utensílios estejam limpos quando se inicia a limpeza e repitamos o gesto de os limpar e guardar o perigo de depositar as bactérias nas superfícies acabadas de limpar é mínimo.  A limpeza por sucção é satisfatória, desde que todo o material usado seja convenientemente filtrado para reter a poeira e esvaziado para dentro de um recipiente fechado ou fechando o saco próprio do aspirador e deitado fora. Quando a sujidade estiver muito infiltrada nas superfícies, a pressão de um pano ou escova, ou a força de um aspirador não irá remover convenientemente. Como tal torna-se necessário dissolvê-la numa solução, que poderá ser água, algum solvente ou agente líquido.

Limpeza com Eficiência   As tarefas de limpeza podem ser feitas de várias maneiras de modo a cumprirem os seus objectivos com o mínimo de esforço do pessoal, bom uso do tempo e sem desperdícios, tanto de produtos e materiais de limpeza ou energia para operar esse tipo de equipamento. Em alguns estabelecimentos, por cada nova tarefa são propostas técnicas detalhadas; 

  Que tipo de material usar



  Que equipamento usar



  O padrão pretendido



  Como estabelecer o trabalho

 

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  Que sequencia seguir



 

Quanto tempo deverá durar

Geralmente, com ou sem procedimentos previamente estabelecidos, o pessoal novo é treinado e os superiores verificam se o trabalho é feito na ordem certa e dentro dos níveis exigidos.

Lista de Eficiência 1- Boa organização; Qualquer que seja a rotina, lembre-se sempre de ser metódico. Se começar uma tarefa não mude para outra no meio da primeira. Se o fizer, correrá o risco de descurar aspectos importantes. Além de que ao mudar o foco de atenção estará a despender mais energia e cansar-se mentalmente.

2- Planeamento prévio: Este é outro aspecto de boa organização. Seleccione e recolha todos os objectos que necessita para executar uma tarefa e arranje-os para um uso conveniente. Por exemplo, os objectos que você usa frequentemente para limpar um quarto devem ser colocados à porta do mesmo, verifique sempre se não se esqueceu de nada para não ter de andar sempre do quarto para a despensa e da despensa para o quarto. 3- Controlo eficaz de stocks: Você deverá ser capaz de prever antecipadamente o que vai precisar e encomendar previamente, para que haja sempre artigos disponíveis quando precisar deles. Se você estiver encarregado de re-encomendar as coisas deverá saber com exactidão a quantidade que precisa. Se encomendar demais esse excedente ocupará demasiado espaço na arrecadação e alguns desses artigos podem até estragar-se ao fim de algum tempo. Se encomendar de menos terá de refazer o pedido quase imediatamente e irá além disso perder tempo. Deverá saber onde os artigos estão armazenados, se encontrar algum artigo estragado ou que ande desaparecido deverá participar de imediato. 4- Tempo:

 

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 Ao sabermos quanto trabalho tem de ser feito num dado período de tempo, tem po, este poderá ser planeado convenientemente. Um trabalhador eficiente é capaz de estabelecer um plano de trabalho segundo o tempo que lhe foi estabelecido  –  não é lógico trabalhar de mais, não fazendo pausas, pois fica-se cansado, deixa-se de prestar atenção aos detalhes e não se executa o trabalho de forma eficaz. Quando se está cansado está-se mais predisposto a acidentes. Por outro lado, se interromper constantemente o seu trabalho, ou deixar-se distrair com conversas ou telefonemas, verá que se torna mais difícil retomar o que se estava a fazer, podendo ainda atrasar outras pessoas cuja tarefa esteja relacionada com a sua. 5- Com pormenor: Qualquer tarefa que faça deve ser feita com pormenor, para que nada lhe escape. Verifique cuidadosamente os procedimentos do trabalho, de modo a que os passos sejam seguidos, mas evite demasiado esforço e energia numa tarefa, possivelmente em detrimento de outra tarefa. 6- Poupança de recursos: Isto envolve não usar mais do que se deve de qualquer coisa e usá-la bem, de acordo com as instruções do produtor de modo a que ele sirva para o que se propõe e não estrague ao ser mal utilizado. Se estiver a limpar uma superfície não é lógico que use muito produto de limpeza, pois é um desperdício de dinheiro e pode não concluir a tarefa em mãos, pois o produto em demasia pode ser difícil de remover. Verifique com cuidado se está a usar o agente ou equipamento apropriado na limpeza. Você não deve querer começar uma tarefa com um produto e descobrir depois que existe outro mais apropriado. Isto desperdiça tempo e dinheiro, além do perigo de danificar a superfície a limpar. Também poderá poupar recursos ao limpar cuidadosamente e armazenando o equipamento usado. Preste atenção ao uso de energia. Use água quente em quantidades suficientes, não se esquecendo de desligar a torneira sempre que for necessária mais água quente. Repare se o aquecimento está muito elevado, desligue ou diminua o aquecimento ou o ar condicionado sempre que não for necessário. Desligue as luzes sempre que o quarto não esteja a ser usado e certifique-se que os globos das luzes estejam sempre limpos. Desligue todos os aparelhos eléctricos quando não estiverem a ser usados. Feche as cortinas, janelas e portas para promover o isolamento dos quartos. 7- Tirar o melhor aproveitamento dos electrodomésticos: Use e mantenha todos os objectos segundo instruções. Isto prolongará a vida do objecto e diminuirá o risco de acidentes, como fogo, que poderá começar espontaneamente se,

 

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por exemplo, glicerina e panos gordurosos e roupas estão armazenados em áreas pouco ventiladas e registe imediatamente qualquer elemento anormal. 8- Trabalho de equipa: É provável que você trabalhe em equipa. Se você se atrasar poderá afectar o trabalho dos seus colegas, que terão de abrandar para que você os apanhe. Como membro de uma equipa você deverá ser eficiente a receber ordens lembrando-se do que lhe pediram para fazer. Se você achar difícil lembrar-se das suas instruções, escreva-as. Terá de ser capaz de passar a informação aos seus colegas de forma concisa e exacta. Tente sempre manter um bom espírito de equipa e trabalhe arduamente de modo a estabelecer uma forte relação de trabalho com os outros membros da equipa. 9- Cuidados com a saúde: Indolência e baixo rendimento de trabalho pode ser provocado por uma dieta pobre por falta de sono ou por não fazer exercício físico para a manutenção da sua forma. 10- Trabalho silencioso: O barulho desnecessário é irritante, tanto para os clientes como para o restante pessoal, particularmente em áreas que sejam normalmente barulhentas, tais como as entradas e corredores. Quando estiver a trabalhar tente obstruir o menos possível, mas não ignore as pessoas que estejam a tentar comunicar consigo. 11- Esteja alerta: Mantenha-se cauteloso contra possíveis perigos de roubo ou terrorismo. Certifique-se também que o equipamento que usa é seguro.

ACTIVIDADE PRÁCTICA Faça de conta que tem de dar explicações a um novo colega de trabalho como trabalhar eficientemente. Faça uma lista de 8 pontos a recordar, resuma-os o mais possível, acrescente alguns que ache importantes e que não tenham sido referidos.

 

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Rotinas de Limpeza  Alguns itens e superfícies têm de ser limpas diversas vezes por dia, sempre que são usadas, outras apenas uma vez por dia ou por semana. Isto faz parte do que é vulgarmente designado por rotinas de limpeza. Os exemplos incluem: 

  Várias vezes ao dia/com uso  –  Esvaziar os cinzeiros, limpar as mesas de preparação das refeições, limpar as mesas de restaurantes com superfícies difíceis, limpar as casas de banho públicas.



  Diariamente  –  Limpeza de superfícies e chão de casas de banho privativas, cozinhas, aspirar corredores, salas, áreas públicas, quartos que foram ocupados durante a noite.



  Semanalmente  –  Limpeza do pó nas prateleiras altas e soleiras da porta, limpeza de espelhos.

Outras tarefas de limpeza, por exemplo, lavar as carpetes e oleados, encerar o chão, limpar a seco ou lavar as cortinas e cobertores, lavar janelas, paredes, vidros dos quadros e candelabros, são feitas periodicamente. Isto pode ser feito mensalmente, anualmente ou até com menor frequência.

Quando Limpar?   A

frequência

de

limpeza,

tanto

rotineiramente

como

periodicamente, depende da inter-relação dos três factores seguintes;

a quantidade de sujidade que se forma; o nível exigido de limpeza; os custos de limpeza;   A quantidade de sujidade  – Isto dependerá do uso dado (por exemplo, lavagem pessoal nas casas-de-banho, preparação de comida) e frequência de uso (por exemplo, corredores e entradas). Também dependerá da idade, condição e design das várias áreas e na localização do edifício. Se for uma área industrial a atmosfera estará poluída e na proximidade do mar o ar terá alto teor de sal. O nível exigido de limpeza  –  áreas especiais como casas-de-banho, cozinhas, teatros e unidades de cuidados intensivos irão requerer um alto nível de limpeza. Hotéis de 5 estrelas pretendem níveis de limpeza mais elevados do que hotéis de classe turística. Os corredores e escritórios de administração não requerem níveis tão elevados de limpeza como enfermarias e quartos.

 

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Custos de limpeza  –  Quase todos os tipos de estabelecimento de acomodações têm de trabalhar dentro de um certo orçamento, como tal o pessoal, equipamento e material destinado à limpeza será limitado. Normalmente só os proprietários, governo e ou detentores dos mais altos cargos de direcção podem decidir o balanço das instituições, sendo assim e para que tal previsão funcione eles terão que estabelecer os níveis de limpeza, que reflictam as expectativas dos clientes, assegurar condições de higiene e segurança, ajudar a prolongar a vida da decoração e do mobiliário e manter-se dentro dos recursos financeiros. É prática corrente para a administração especificar as vezes que uma tarefa é levada a cabo, mencionando se é diária, semanal, mensal, trimestral, semestral ou anual. Existirão alturas em que será necessário variar a frequência da limpeza, por exemplo se um quarto foi usado mais frequentemente do que o habitual ou choveu mais do que o costume e foi trazida mais sujidade para dentro do edifício. Por vezes uma tarefa é executada demasiadas vezes em detrimento do objecto a ser limpo. Por exemplo, se a mobília é encerada muitas vezes, a superfície poderá ficar pegajosa e atrair excessivo pó. Também se gastou dinheiro ao usar-se muita cera e o tempo poderia ter sido gasto na limpeza de outros objectos.

Apresentação do Pessoal  Níveis elevados na apresentação do pessoal são importantes; do ponto de vista do

utente/cliente; os mesmos notarão a aparência e o que eles vêem afectará crucialmente a impressão que eles têm do estabelecimento e do pessoal. Eles notarão se os empregados se apresentam desarranjados, sujos ou mal cheirosos e pensarão o pior de outros aspectos do estabelecimento. Do ponto de vista de estabelecimento ; a aparência do pessoal é um aviso dos níveis a manter no resto do estabelecimento.  A aparência do pessoal revela muito da atitude desse mesmo pessoal em relação ao: 

  Seu trabalho;



  Estabelecimento em que eles trabalham;



  Seus colegas;



  Próprios empregados.

Se o pessoal for limpo e esperto, isso significa; 

  Que o seu trabalho irá ser da mesma maneira;



  Que o seu local local de trabalho irá ser apresentado aos clientes clientes dessa forma.

 

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Uma aparência acolhedora e cooperativa significa que os seus colegas e clientes reagirão reciprocamente. Lave regularmente as suas mãos e especialmente se: 



  Entrar ao serviço;



  Depois de mudar de uniforme ou roupa de trabalho;   Antes e depois de mexer em comida;



  Depois de fumar;



  Depois de ir à casa de banho;



  Depois de assoar o nariz;



  Regularmente durante e depois de das tarefas especificas de limpeza, particularmente as que envolvem objectos que possam estar contaminados (como casa de banho; roupa suja; etc.).

Agentes e Equipamentos de Limpeza 

Agentes Básicos de Limpeza Água O agente mais simples de limpeza é a água. Esta ajuda a dissolver a maioria da sujidade. No entanto, a água sem nenhum auxílio não ensopa nem penetra convenientemente numa superfície. Se se acrescentar um agente como o sabão ou outro detergente, a solução torna-se mais penetrante e como tal limpa com maior eficácia.  A pressão de água é um poderoso método de limpeza. Esta actua desalojando a sujidade e trazendo-a para fora da superfície. A água é também usada para limpar o que outro detergente tenha feito, como por exemplo o sabão.

Sabão O sabão é feito de gorduras naturais, como óleo de palma, óleo de peixe ou outro animal gordo, misturado com soda cáustica. Ele é produzido na forma sólida, liquida ou em pó. O sabão misturado com agua produz emulsão. Isto significa que pode dissolver a maior parte de gorduras ou óleos em partículas ínfimas que se misturam com a água e desaparecem. Para ter a certeza que não ficam partículas de sujidade é melhor enxaguar uma segunda vez. Infelizmente a mistura sabão/água também produz uma espuma por vezes insolúvel, isto porque a agua contem sais de cálcio, este cálcio combinado com sabão forma um

 

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componente químico que adere à superfície a ser limpa, tornando-a difícil de enxaguar. Isto torna o sabão impróprio para a limpeza de certas superfícies, sendo apenas usado nas limpezas mais leves.

Detergentes sintéticos 

Estes são feitos a partir de combinações de diferentes químicos, geralmente derivados do petróleo. O ingrediente activo é designado por agente de superfície activo, ou surfactante. Pode combinar-se com água formando uma solução capaz de penetrar nas superfícies e agir nos materiais compostos de óleo ao mesmo tempo que entra em contacto com a sujidade. O detergente liberta a sujidade, algumas vezes até misturando-se com a solução como resultado da reacção química, embora não deixe de ser necessário escovar, agitar ou varrer para limpar outros tipos de lixo. A fase final será a remoção de todos os vestígios de detergentes e sujidade através de uma última enxaguadela com água nova. Os detergentes sintéticos não formam espuma quando adicionados à agua. Existe um variado leque de opções provenientes de diversas combinações de químicos específicos para determinados tipos de utilização. - Detergentes neutros  –  por vezes designados por detergentes para todos os usos, são os mais comuns. São frequentemente verdes ou cor de palha e são usados para a lavagem da louça, limpeza de pó e outras tarefas similares. São feitos de fortes substâncias alcalinas e ácidos fracos, e são seguros para todas as utilizações. – Também conhecidos como detergentes para superfícies difíceis são - Detergentes alcalinos  –

usados para tarefas mais especializadas e difíceis, tais como limpar superfícies de vinil. São também designados por agentes desengordurantes. Os detergentes alcalinos contém mais substâncias alcalinas do que neutras, podem destruir as superfícies em questão, como tal é importante seguir as instruções do fabricante sobre a frequência a usar. Uma vez limpa a superfície deve ser bem enxaguada. Alguns destes detergentes contêm abrasivos e estes não devem ser usados em objectos de textura susceptíveis de serem riscadas, por exemplo banheiras de plástico. - Agentes ácidos  – Estes são usados para limpar casas de banho para remover pedaços de estuque ou cimento das superfícies novas para remoção de nódoas causadas por depósito de cal nas torneiras que pingam. Estes são fortes ou fracos dependendo do tipo do ácido usado. Os ácidos fortes usados na limpeza de casas de banho são prejudiciais para as mãos e para a maioria de texturas. Quando usar este tipo de ácido é importante seguir as instruções cuidadosamente e não misturar com qualquer agente de limpeza pois a combinação com outras substâncias pode iniciar a formação de químicos e gazes nocivos.

 

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Outros Agentes de Limpeza Agentes compostos de solventes   –  são uma solução de um líquido, por exemplo água, agentes líquidos e outros aditivos. Estes agentes são usados para remoção de cera, alem de limpezas a seco e remoção de nódoas.

Agentes abrasivos  –  também designados por agentes erosivos ou para esfregar, são muito usados para a limpeza de acessórios sanitários em loiças ou superfícies esmaltadas. Os abrasivos são usados em alguns detergentes sintéticos. Pode ser apresentado em forma de pó, pasta, creme ou liquido e consiste basicamente em minerais muito moídos (como areia, cinzas em pó, dolomite, pomos e giz) que esfregam toda a sujidade. Os abrasivos são classificados numa escala 1 a 10, onde o talco é 1 e diamante é 10. Os abrasivos mais vulgarmente usados na limpeza estão escalonados por volta do 6. São sem duvida os mais prejudiciais para as superfícies. Os abrasivos de textura muito fina são usados na remoção de embaciamento e arranhões em superfícies metálicas. Mas se for usado com demasiada frequência também podem remover a cor metálica da superfície.

Este tipo de agente não é aconselhado para superfícies que se risquem com facilidade como o plástico. Podem também ser prejudiciais para as mãos e deixam sedimentos.

Limpezas Gerais  A limpeza e a ordem não devem faltar nunca, porque se trata de um capítulo imprescindível para toda a mulher que se preze de o ser. Hoje em dia

os

trabalhos

de

limpeza

simplificaram-se muito com a ajuda dos utensílios mecânicos. Outro tanto podemos dizer no que respeita ao passar a ferro, que graças às modernas fibras

sintéticas,

ficou

o

assunto

resolvido, livrando-nos da maçada que isso

constituía.

Mesmo

assim

é

necessário organizar e distribuir o trabalho, porque o trabalho bem distribuído representa um poupar de tempo e energias. Sugiro que se tome a precaução de fazer à noite uma lista de tudo o que se precise. Desta maneira não corre o risco de se esquecer de alguma coisa e ter de voltar a sair, o que representaria um prejuízo para o seu trabalho.

 

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Seja como for, aconselha-se a quando chegar o meio-dia, procurar ter o quarto e a casa de banho arrumados; que não haja roupa suja nem sapatos por arrumar; que a cama esteja feita e o pó limpo, bem como o chão. Deve mudar os lençóis periodicamente e se houver alguém doente é preciso esmerar-se mais na limpeza, tanto do doente como do quarto e não se esquecer de ventilar pelo menos duas vezes por dia.

De duas em duas ou três em três semanas tem de fazer uma limpeza a fundo no quarto, levantando o colchão; limpar candeeiros, espelhos e vidros, ver se é preciso lavar as cortinas... Da mesma maneira que se deve ter os armários arrumados, os fatos limpos e escovados. A roupa branca que não esteja a uso, colocar-se-á, bem dobrada, em sacos de plástico ou de celofane. Também é preciso guardar assim a roupa de inverno, quando começa o verão, depois de a ter limpo das nódoas e do pó, coloca-se em sacos de plástico, metendo dentro algum produto antitraça. Casas – de – banho No que se refere ao quarto de banho, é preciso procurar ter sempre as toalhas limpas e secas. Deve verificar se os tubos da pasta de dentes e cremes, os frascos de colónia ou outros produtos de higiene estão bem fechados; convém também não esquecer os pentes, que têm que estar limpos. Secar as prateleiras e os espelhos, lavar a saboneteira tendo o cuidado de que nunca falte o sabonete. Depois de tudo lavado, deixar a janela aberta pelo menos duas horas. Cozinha e Outras áreas  A cozinha merece, também, especial atenção, aqui a limpeza deve ser cuidada ao extremo, em todos os pormenores, porque nela se prepara a comida. É necessário não deixar restos pelas prateleiras dos armários ou nas gavetas. Ter um sitio adequado para colocar os artigos de limpeza, longe daquele em que se guardam os comestíveis.  Apesar de ter a cozinha bem cuidada é preciso fazer-lhe de duas em duas semanas uma limpeza geral. O resto do trabalho, sala de jantar, sala de estar, sala de visitas, etc., pode dividir-se pelos dias da semana ainda que seja preciso limpar o pó e o chão todos os dias.

 

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Conselhos práticos de organização   Ter à mão uma lista com os números de telefone, tais como da farmácia, do médico



assistente ou de urgência, da companhia do gás, dos bombeiros, do canalizador, do talho, da tinturaria, etc.   Numa caixa, ter-se-ão sempre à mão llinhas inhas de várias



cores, especialmente preta e branca, botões brancos de diversos tamanhos, botões de roupa de homem, sobretudo da cor dos fatos do marido, agulhas, alfinetes, dedal, tesouras, uma fita métrica, fita branca de algodão e um lápis.   No quarto de banho colocar-se-á uma pequena farmácia, onde não deve faltar o mais



imprescindível para um curativo de urgência. Um maço de algodão, um pacote de compressas esterilizadas, uma caixa de pensos rápidos, adesivo, betadine, álcool, água oxigenada, uma caixa de aspirinas, uma tesoura curva e outra direita, um termómetro, uma seringa e agulhas de diferentes tamanhos.   Devem ter-se igualmente na cozinha, em frascos ou sacos de plástico com com o respectivo



rótulo, algumas ervas, ainda que sejam somente as mais vulgares: tília, tomilho, cidreira, poejo, alecrim...   Convém também também ter numa gaveta, ou simplesmente numa numa caixa, um martelo, pregos



de vários tamanhos, fusíveis, fósforos, lâmpadas e uma pilha eléctrica ou velas para o caso de faltar a luz.   Continuando a ser previdente, não está mal ter sempre à mão uma uma latas de conservas, tomate, azeitonas, uma caixa de puré de batata, pacotes de sopas, latas de fruta em



calda, etc. Estas reservas podem tirar-nos de aflições quando chega alguma pessoa inesperadamente ou quando o marido aparece com algum amigo para jantar. Além disso também lhe serão úteis, se algum dia se encontra mal disposta e não está em condições de sair para fazer compras. Conselhos Económicos para Limpeza

 Aparelhos electrodomésticos:

Limpe as portas e laterais dos

electrodomésticos com um pano molhado em água quente e detergente, mas bem torcido. Para facilitar a limpeza dos aparelhos na parte de baixo

 

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e de trás, passe um pouco de sabão liquido no piso em frente aos pés do aparelho antes de puxá-los. Persianas e venezianas: venezianas: Lave as persianas com água quente e detergente. Deve enxaguar bem e deixe secar por completo. As venezianas são mais facilmente limpas com escovas em forma de U, use luvas para não estragar as mãos. Depois de escovar passe uma ou duas vezes um pano húmido. Limpe sempre de cima para baixo para evitar que o pó se deposite nas lâminas inferiores já limpas.

Carpetes:

Antes de lavar um carpete com shampôo passe o

aspirador para remover poeira e resíduos. Escolha um dia em que possa deixar as janelas abertas para que as carpetes sequem naturalmente. Verifique primeiro se a cor não vai desbotar esfregando a solução de shampôo numa pequena área que não fique à vista. Comece pelo canto mais longe da porta e comece de trás para a frente para não ir pisando as zonas húmidas. A carpete deve secar por completo antes de colocar os móveis no lugar.

Tectos: A fumaça de cigarro e de fritura deixa os tetos sujos, co com m o tempo. Cubra os móveis e carpetes com lençóis velhos, capas de protecção e comece por remover o pó, insectos e teias de aranha que venha a encontrar. Mergulhe uma vassoura em água morna com detergente. Esprema o quanto puder o excesso de água, antes de começar a limpar o tecto em movimentos de ida e volta. Troque a água assim que ficar escura. Termine com água limpa e deixe secar.

Porcelanas: Mergulhe enfeites de porcelana em água morna com sabão e use uma velha escova de maquilhagem ou um pincel da barba para limpar detalhes. Deve enxaguar bem e secar com pano macio. Limpe castiçais de porcelana, cobertos de cera, imergindo-os primeiro em água quente, para derreter a cera, em seguida passe um pano com água e sabão e finalmente um pano húmido bem torcido. Para limpar cachepôs de porcelana com marcas de água, escove com água e detergente, depois de enxaguar seque bem. Fogões:  Um forno auto-limpante pode consumir muita energia para queimar resíduos de alimentos, para evitar isso, forre a base do forno com papel alumínio, que pode ser removido quando estiver sujo. Uma pasta de água e bicarbonato de sódio aplicada na chapa do forno absorverá as manchas de

 

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gordura e será facilmente removida. Limpe as bocas do fogão mesmo que de leve, de todas as vezes que usar o fogão para evitar que a sujidade solidifique Lembre-se de remover imediatamente

dos queimadores líquidos ácidos derramados, como os de fruta, vinagre,

molhos e açúcar, porque deixam marcas. Mas o resto do fogão limpe quando estiver frio. Cortinas: Feche as cortinas para que os franzidos fiquem bem distribuídos e passe o aspirador de cima para baixo. Sanefas com pregas ou franzidos devem também ser limpos regularmente com o aspirador do pó. Ao tirar as cortinas e sanefas para limpeza, assegure-se de que sabe de que lado cada uma deve ser pendurada, marcando os forros com a letra E (esquerda) e letra D (direita) com tinta á prova de água.

Vidros: Recorra a uma solução de algumas gotas de álcool ou vinagre de vinho branco em água morna. A limpeza das janelas especialmente sujas pode ser feita com meia chávena de amoníaco e meia de vinagre de vinho misturado num balde de água. Jornais amassados são excelentes para dar mais brilho a  janelas: mergulhe-os na solução e use-os.

Mobílias: Para obter um preparado caseiro caseiro para limpar móveis misture 2 partes de vinagre de vinho branco, 2 partes de terebintina e 2 partes de parafina com 1 parte de tíner num vidro. Aplique a solução nos móveis com um pano e dê brilho em seguida. Alguns polidores limpam e dão brilho ao mesmo tempo e são mais adequados a acabamentos envernizados.

Ferros de engomar: A limpeza da chapa do ferro deve ser feita quando ela ainda está quente. Use saponáceo ou bicarbonato de sódio friccionado com um pano húmido. Ou esfregue uma vela sobre a chapa quente e a seguir friccione-a sobre papel absorvente.

Espelhos: Um pano macio humedecido humedecido com álcool remove grande parte da manchas de um espelho, até mesmo de laca. Evite que o espelho fique embaciado com o vapor da casa de banho passando um pouco de detergente e secando em seguida com um pano limpo.

 

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Telefones: Limpe regularmente os telefones com um pano levemente embebido em álcool. Não deixe cair qualquer líquido nas teclas nem no receptor e no transmissor. Um cotonete embebido em tíner é indicado par limpar o painel de números. Evite usar panos embebidos em água em todo o aparelho.

Rotina Diária com Criatividade Cozinha: Não perca tempo em esfregar panelas com restos de comida: deixe-as de molho em água morna e detergente do almoço para o jantar ou de um dia para o outro. Se queimou o fundo uma panela de alumínio, coloque água e vinagre e leve a ferver. Esfregue com uma colher de pau para retirar os resíduos de queimado. Se o piso da cozinha estiver muito sujo, passe uma solução de água quente e detergente. Deixe ficar por 10 minutos antes de lavar e enxaguar. Forrar o topo de armários com plástico facilita bastante o trabalho. Substitua os plásticos assim que estiverem sujos. É uma limpeza a menos a ser feita. Casa-de-Banho:  À noite deite um produto adequado na sanita a fim de que uma limpeza rápida pela manhã a conserve reluzente. Ao esvaziar a água da banheira, acrescente algumas gotas de detergente líquido à água. Isso removerá espuma de sabão da água conforme for escoando. Coloque debaixo do lavatório um pano limpo para esfregar nas torneiras e espelhos quando for preciso. Deixe o lavatório limpo após a toilette da manhã, para encontrá-la em ordem à noite. Salas: Passe um pouco de tíner dissolvido em água nos móveis para dar brilho instantâneo. Abra janelas para ventilar a sala e sacuda a poeira de tapetes pela janela para minimizar a quantidade de pó em casa. Uma rápida limpeza com o aspirador recolherá migalhas espalhadas, cinzas e poeiras. Apenas 5 minutos por dia devem ser suficientes para manter a

 

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limpeza sob controlo. Experimente espalhar um pouco de ervas ou folhas de lavanda na carpete, deixando-as por uma hora antes de passar o aspirador, caso haja odores persistentes na sala.

Equipamento Eléctrico

Aspiradores Saco de pó  A capacidade do saco de pó indica a quantidade de pó que ele comporta e é medida em litros. A capacidade dos sacos pode variar entre os 2 e os 7 litros, conforme a marca e o modelo do aspirador - quanto maior for a capacidade, menos vezes terá de o trocar.  Alguns aparelhos, mais sofisticados, emitem um sinal sonoro ou visual quando aspiram a spiram qualquer objecto estranho ou de dimensões anormais. Os aspiradores mais recentes, possuem um sistema de segurança do saco de pó, que impede o fecho do compartimento reservado ao saco, se o mesmo não estiver devidamente colocado.

Comprimento do fio  O comprimento do fio dá-nos uma ideia da área que pode ser aspirada, sem ser necessário mudar de tomada. Normalmente o comprimento do fio pode variar entre os 8 e os 13 metros. Quanto maior for o fio, maior será o raio de acção em que poderá aspirar sem mudar de tomada. É calculado tendo em conta não só o comprimento do cabo eléctrico mas, também, o dos tubos.

Nível de ruído

 A tarefa de aspirar implica necessariamente proximidade do aspirador, pelo que se o aparelho fizer muito ruído, esta tarefa tornar-se-á muito desagradável. Para o seu próprio conforto e dos seus familiares, tenha sempre em conta o nível de ruído. Um nível acústico inferior a 70 décibeis é razoável, no entanto, actualmente já existem aspiradores com o nível sonoro inferior a 58 décibeis

Acessórios

 

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 A performance e a resistência de um aspirador não se resume apenas às características do seu motor. A qualidade e o tipo de acessórios contribui, de forma importante, para uma maior eficácia no seu desempenho. • Os acessórios básicos  são a escova universal, a escova de mobiliário e o tubo estreito para

aspirar os cantos e zonas difíceis. Verifique se as escovas conseguem aspirar o pó em toda a sua largura. Os acessórios podem ser em metal ou plásticos. • Os tubos de aspiração, podem ser telescópicos, permitindo ajustar o comprimento do tubo à

altura do utilizador, ou ser constituídos por dois elementos separados que encaixam. • A escova eléctrica  possui um mecanismo que permite levantar melhor a sujidade,

proporcionando uma limpeza mais eficaz. Tem um motor independente, aumentando assim a potência do aparelho. A escova eléctrica é comprada separadamente, pelo que, deve verificar se o seu aspirador tem uma saída para a ligação deste tipo de escova. • A escova-turbo é o sistema ideal para limpezas profundas, nomeadamente para quem tem

animais com pêlo em casa. Tem um mecanismo idêntico ao da escova eléctrica, com a diferença de que se encaixa directamente no tubo do aspirador e anda sobre rodas, para não estragar a alcatifa. • A rótula giratória de 360º  é bastante prática. O tubo de aspiração é fixado na parte superior

do aparelho (e não na parte frontal, como habitualmente) através de um dispositivo circular. Isto permite-lhe aspirar em todas as direcções, sem ter de se baixar para rodar o aparelho. • Quase todo os aspiradores possuem um enrolador automático do cabo de alimentação, o que

facilita a sua arrumação. Alguns modelos indicam quando o cabo chega ao fim, evitando que seja puxado em demasia. • A posição Parking  permite fixar o tubo com o aparelho na horizontal, evitando largá-lo no

chão quando pára de aspirar por alguns momentos. • Suporte para o tubo rígido  permite fixar o tubo ao aparelho, facilitando a sua arrumação e o

transporte pela casa.

• Quase todos os modelos possuem um apoio traseiro  para colocar o aspirador na vertical

enquanto, por exemplo, aspira as escadas. •  Alguns aparelhos possuem uma faixa de plástico ou borracha envolvente que serve de

amortecedor para os inevitáveis choques com os móveis, portas e paredes. As rodas multidireccionais facilitam a deslocação do aparelho em todas as direcções •  Alguns modelos de aspiradores têm um compartimento no seu interior, próprio para a

arrumação dos acessórios. Desta forma, tem sempre os acessórios bem arrumados e à mão. Mas atenção, este compartimento pode limitar a capacidade do saco de pó.

 

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Higienização dos Estabelecimentos de Saúde, Lares e Centros de Dia Os Germes e a Origem das Infecções Os germes são seres vivos infinitamente pequenos, não sendo possível vê-los a olho nu. Para serem visualizados, precisamos da ajuda de um microscópio. Por isso são chamados de microrganismos ou micróbios = micro (pequeno) bio (vida). Estes micróbios são classificados em:   Protozoários



  Fungos



  Vírus



  Bactérias



Infecção é uma doença caracterizada pela presença de agentes infecciosos que provocam danos em determinados órgãos ou tecidos do nosso organismo causando febre, dor, eritema (vermelhidão), edema (inchaço), alterações sanguíneas (aumento do numero de leucócitos) e secreção purulenta do local afectado. O nosso contacto com microrganismos não significa obrigatoriamente que desenvolveremos doenças, muito pelo contrário, o homem, os animais e as plantas não apenas convivem com os germes, mas dependem directa ou indirectamente deles. Todas as áreas da Terra, que reúnem condições de vida, são habitadas por microrganismos e nós sempre convivemos com eles; inclusive em nosso corpo, onde eles auxiliam na protecção de nossa pele e mucosas contra a invasão de outros germes mais nocivos. Estes seres vivos minúsculos decompõem matéria orgânica transformando-a em sais minerais prontos para serem novamente sintetizados em substratos nutritivos que formarão os vegetais do qual homem e animais se alimentam. O homem (hospedeiro) e os germes (parasitas) convivem em pleno equilíbrio. Somente a quebra desta relação harmoniosa poderá causar a doença infecção.  A doença infecciosa é uma manifestação clínica de um desequilíbrio no sistema parasito-hospedeiro-ambiente, causado pelo aumento da patogenicidade do parasita em relação aos mecanismos de defesa anti-infecciosa do hospedeiro, ou seja, quebra-se a relação harmoniosa entre as defesas do nosso corpo e o número e virulência dos germes, propiciando a invasão deles nos órgãos do corpo. Alguns microrganismos possuem virulência elevada podendo causar infecção no primeiro contacto, independente das nossas defesas. Outros, usualmente encontrados na flora normal do organismo, não são tão virulentos, mas podem infectar o nosso organismo se diminuímos a nossa capacidade de defesa.  A capacidade de defesa anti-infecciosa é multifactorial, pois é influenciada pela nossa idade (bebes e idosos), estado nutricional, doenças e cirurgias, stress, uso de corticóides,

 

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quimioterapia, radioterapia, doenças imunossupressoras (HIV, leucemia), factores climáticos e precárias condições de higiene e habitação. Na natureza, o estado de esterilidade, definido como ausência de microrganismo vivo, é excepcional e transitoriamente encontrado no feto durante a gestação, excluindo os casos de bebes contaminados via placentária pela mãe. O contacto com os microrganismos começa com o nascimento, durante a passagem pelo canal vaginal do parto, onde a criança se contamina com os germes da mucosa vaginal e então se coloniza mantendo-se por toda a sua existência, até a decomposição total do organismo após a sua morte.

Protecção Individual na Higienização dos Estabelecimentos de Saúde, Lares e Centros de Dia  Durante o desenvolvimento de nosso trabalho na área da saúde, tanto no atendimento directo ao paciente ou nas actividades de apoio, entramos em contacto com material biológico. Como material biológico, nos referimos a sangue, secreções e excreções tipo vómito, urina, fezes, sémen, leite materno, escarro, saliva e outros fluidos corporais. Estes materiais biológicos podem estar alojando microrganismos, por isso consideramos estes fluidos de pacientes ou os equipamentos e ambiente que tiveram contacto com eles, como potencialmente contaminados por germes transmissíveis de doenças. Por não sabermos se os germes estão ou não presentes nestes equipamentos, vamos sempre considerá-los contaminados. Desta forma, na nossa rotina de trabalho sempre devemos estar conscientes da importância de nos protegermos ao manipularmos materiais, artigos, resíduos e ambiente sujos de sangue e/ou secreções. Para nossa protecção usaremos as Precauções Padrão, que são cuidados e equipamentos que irão bloquear a transmissão de microrganismos evitando a nossa contaminação, a dos pacientes e do ambiente de trabalho.

Precauções Padrão

Cuidados Lavagg em das Lava das Mã Mãos os  A lavagem rotineira das mãos com água e sabão, elimina além da sujidade (sujeira) visível ou não, todos os microrganismos que se aderem a pele durante o desenvolvimento de nossas actividade mesmo estando a mão enluvada. A lavagem das mãos é a principal medida de bloqueio da transmissão de germes. Devemos lavar as mãos sempre, antes de iniciarmos uma actividade e logo após seu término, assim como fazemos em nosso dia a dia antes das refeições e após a ida ao banheiro.

 

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Mantenha suas unhas curtas e as mãos sem anéis para diminuir a retenção de germes. Leia no Capítulo 3 mais informações. 

 Manipulação de Ins trumentos e Mat Materi eriais ais Os instrumentos e materiais sujos com sangue, fluidos corporais, secreções e excreções devem ser manuseados de modo a prevenir a contaminação da pele e mucosas (olhos, nariz e boca), roupas, e ainda, prevenir a transferência de microrganismos para outros pacientes e ambiente. Todos os instrumentos re-utilizados têm rotina de reprocessamento. Verifique para que estes estejam limpos ou desinfectados/esterilizados adequadamente antes do uso em outro paciente ou profissional. Confira se os materiais descartáveis de uso único estão sendo realmente descartados e se em local apropriado.

 Manipulação de Materi Materiais ais C ortantes e de P unç unção ão   Ao manusear, limpar, transportar ou descartar agulhas, lâminas de barbear, tesouras e outros instrumentos de corte tenha cuidado para não se acidentar. A estes materiais chamamos de instrumentos perfurocortantes. Eles devem ser descartados em caixas apropriadas, rígidas e impermeáveis que devem ser colocadas próximo a área em que os materiais são usados. Nunca Nunca recape agulhas após o uso. Não remova com as mãos agulhas agulhas usadas das seringas descartáveis e não as quebre ou entorte. Para a reutilização de seringa anestésica descartável ou carpule, recape a agulha introduzindo-a no interior da tampa e pressionando a tampa ao encontro da parede da bandeja clínica de forma a não utilizar a mão neste procedimento. Seringas e agulhas reutilizáveis devem ser transportadas para a área de limpeza e esterilização em caixa de inox ou bandeja.

 Ambiente  A mbiente e E qui quipame pamentos ntos Toda a unidade de saúde deve ter rotinas de limpeza e desinfecção de superfícies do ambiente e de equipamentos. Colabore na supervisão para conferir se estas medidas estão sendo seguidas. Verifique estas rotinas nos próximos capítulos. Proteja as superfícies do contacto directo, como botões, alças de equipamentos, teclados, ratos e monitores com barreiras do tipo filme plástico (PVC), papel alumínio ou outros materiais próprios a este fim. Este procedimento impede a aderência da sujidade, requerendo apenas desinfecção na hora da troca de barreiras entre pacientes, dispensando a limpeza da superfície do equipamento.

R oupa oupass e Campos Campos de Us o no Paci Pacient entee Manipule e transporte as roupas sujas com sangue, fluidos corporais, secreções e excreções com cuidado. Transporte-as em sacos plásticos. Os serviços de saúde que utilizam

 

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rouparia e campos reutilizáveis devem ter um sistema de lavandaria, própria ou contratada que garanta a desinfecção destas roupas.

Vacinação Todos os profissionais de saúde devem estar vacinados contra a hepatite B e o tétano. Estas vacinas estão disponíveis na rede pública municipal. Participe de todas as campanhas de vacinação que a Secretaria Municipal de Saúde promove. Vacina é protecção específica de doenças. Previna-se!

Equipamentos de Protecção Individual

Luvas  As luvas protegem de sujidade grosseira. Elas devem ser usadas em procedimentos que envolvam sangue, fluidos corporais, secreções, excreções (excepto suor), membranas mucosas, pele não íntegra e durante a manipulação de artigos contaminados. As luvas devem ser trocadas após contacto com material biológico, entre as tarefas e procedimentos num mesmo paciente, pois podem conter uma alta concentração de microrganismos. Remova as luvas logo após usá-las, antes de tocar em artigos e superfícies sem material biológico e antes de atender outro paciente, evitando a dispersão de microrganismos ou material biológico aderido nas luvas. Lave as mãos imediatamente após a retirada das luvas para evitar a transferência de microrganismos a outros pacientes e materiais, pois há repasse de germes para as mãos mesmo com o uso de luvas. As luvas estéreis estão indicadas para procedimentos invasivos e assépticos. Luvas grossas de borracha estão indicadas para limpeza de materiais e de ambiente.

 Máscaras  Más caras , Óculos Óc ulos de Protecç Pr otecção ão ou Es E s cudo Faci F acial al  A máscara cirúrgica e óculos de protecção ou escudo facial são utilizados em procedimentos e servem para proteger as mucosas dos olhos, nariz e boca de gotículas geradas pela fala, tosse ou espirro de pacientes ou durante actividades de assistência e de apoio. Estas gotículas geradas por fonte humana tem diâmetro de até 5μ e se dispersam até um metro de distância quando se depositam nas superfícies. Elas podem ser de sangue, fluidos corporais, secreções e excreções ou líquidos contaminados como aquelas geradas durante a lavagem de materiais contaminados. Os procedimentos de maior risco e dispersão de gotículas são: broncoscopia, aspiração oral, nasal ou endotraqueal, passagem de sonda gástrica, cirurgias, suturas, técnicas laboratoriais de bioquímica e microbiologia e atendimento odontológico. Outra indicação de uso destes equipamentos é durante a manipulação de produtos químicos como em farmácia hospitalar, áreas de expurgo ou de desinfecção de artigos onde existe o risco químico de contacto. As máscaras cirúrgicas devem ter um filtro

 

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bacteriano de até 5 μ de diâmetro. São de   uso único, mas durante procedimentos de longa duração, sua troca deverá ocorrer quando húmidas ou submetidas a gotículas visíveis.

 A vental e gor ro O avental (limpo, não estéril) serve para proteger a pele e prevenir sujidade na roupa durante procedimentos que tenham probabilidade de gerar salpicos ou contacto de sangue, fluidos corporais, secreções ou excreções. O avental será seleccionado de acordo com a actividade e quantidade de fluido encontrado (plástico ou tecido). O avental sujo será removido após o descarte das luvas e as mãos devem ser lavadas para evitar transferência de microrganismos para outros pacientes ou ambiente. O gorro estará indicado especificamente para profissionais que trabalham com procedimentos que envolvam dispersão de aerossóis, projecção de partículas e protecção de pacientes quando o atendimento envolver procedimentos cirúrgicos. É o caso da equipe odontológica e outras especialidades como oftalmologia, otorrinolaringologia, cirurgia geral, cirurgia vascular e outras especialidades cirúrgicas. Tanto o avental quanto o gorro podem ser de diferentes tecidos laváveis ou do tipo descartável de uso único.

Calçados Os calçados indicados para o ambiente com sujeira orgânica são aqueles fechados, de preferência impermeáveis (couro ou sintético). Escolha um calçado confortável e do tipo antiderrapante. Higienização do Ambiente  A higiene tem como objectivo remover a sujidade. Entende-se que os resíduos retém microrganismos que podem, em algum momento, ser transmitidos tanto por contacto directo como através de poeira suspensa no ar. Outro aspecto importante é o bem estar proporcionado por um ambiente limpo e organizado, mesmo sendo em instalações físicas simples. Antes de iniciar o processo de limpeza e desinfecção do ambiente, este deve ser organizado de modo que todos os objectos e materiais estejam guardados, liberando as superfícies para facilitar a limpeza, além de contribuir para as condições de trabalho da equipe. Lembramos ainda que as instituições de saúde tem o dever de dar o exemplo dos princípios básicos da promoção da saúde, que são: a higiene do ambiente, do corpo e dos alimentos. Por definição a limpeza é a remoção ou retirada de sujeira através de fricção de uma superfície com água e sabão ou detergente. Quanto maior o acúmulo de sujidade em uma superfície, maior será o tempo e força de fricção para sua remoção. Em ambiente fechado de assistência à saúde utiliza-se a varredura húmida, feita através de rodo e panos húmidos. Não

 

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se utiliza varrer ou espanar as superfícies para não dispersar partículas de poeira que podem se depositar nos artigos hospitalares, serem inaladas pela equipa e usuários, ou ainda, contaminar ferimentos expostos. O nosso ambiente de trabalho pode ser dividido em área física compreendendo o piso, paredes, tecto, portas e janelas; o mobiliário compreendendo cadeiras, mesas, balcões, macas, bancadas e pias; e, ainda, equipamentos electrónicos e artigos hospitalares específicos da assistência.  A limpeza deve obedecer princípios básicos. São eles:

Periodicidade Limpeza concorrente  que é aquela realizada diariamente e logo após exposição à sujidade. Inclui a recolha do lixo, limpeza do piso e superfícies do mobiliário geralmente uma vez por turno, além da limpeza imediata do local quando exposto à material biológico.

L impeza terminal terminal que é aquela geral, realizada semanal, quinzenal ou mensalmente conforme a utilização e possibilidade de contacto e contaminação de cada superfície. Inclui varredura profunda do chão e aplicação de cera, limpeza de teto, lâmpadas, paredes, janelas e divisórias.

 S equênc equência ia   Como primeiro passo, recomenda-se a recolha do lixo;



  Inicia-se a limpeza do local mais alto alto para o mais baixo, baixo, próximo ao chão;



  Limpa-se a partir do local mais limpo limpo para o mais sujo ou contaminado;



  Inicia-se pelo local mais distante distante dirigindo-se para o local de saída saída de cada peça. peça.



 Materi  Mat eriais ais Luvas de borracha, baldes (2), panos (2), rodo, escovas (para chão, sanitário), esponjas de aço, palha de aço, carrinho de limpeza, sacos de lixo, papel higiénico, papel toalha.

Produtos Produt os químicos Sabão ou detergente, hipoclorito de sódio 2% a 2,5% ou outro desinfectante aromatizado para sanitários, álcool 70%, ceras líquidas siliconadas de preferência antiderrapante usadas na limpeza terminal de piso.

 

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Técnica indic ada  Seguir a técnica dos dois baldes: 1. Preparar um balde com a solução de água e sabão ou detergente conforme indicado no rótulo do produto químico; 2. Preparar o outro balde com água pura para o enxaguamento. Esta água de enxaguamento deve ser renovada quando estiver suja. 3. Aplica-se na superfície o pano com a solução de água e sabão, friccionando (força mecânica) para soltar a sujidade. 4. Enxaguar o pano pano na água de enxaguamento e aplicar na superfície removendo o sabão e a sujidade 5. Enxaguar o pano novamente, torcê-lo e aplicar na superfície removendo o excesso de humidade. Pode-se usar dois panos, um para cada balde, facilitando a técnica

Dicas Di cas imp i mporta ortante ntess Em ambiente fechado de assistência à saúde utiliza-se a varredura húmida, feita através de rodo e panos húmidos. Não se utiliza varrer ou espanar as superfícies para não dispersar partículas de pó No caso de limpeza de piso, parede e teto, podemos utilizar o rodo com o pano para executar a fricção. Na limpeza do mobiliário é de fundamental importância que se recolha e guarde em locais específicos todos os objectos e materiais que ocupam as superfícies a serem limpas. De preferência para o mobiliário utilizamos baldes menores e panos específicos para esta finalidade. Se isso não for possível os baldes e panos devem ser lavados antes da limpeza de outro local.  local.  Colecta Selectiva de Resíduos Sólidos de Saúde  A eliminação de resíduos deve ser implantado como rotina nas Unidades de Saúde e devem ser oferecidas as condições necessárias para selecção dos resíduos, recolha para um local de armazenamento até a colecta pelos serviços responsáveis pela recolha deste tipo de resíduos.

R esíduo esíduoss C om omuns uns São resíduos nos estados sólidos ou semi-sólidos, semelhantes aos resíduos domiciliares que resultam de actividades diversas de alimentação, fisiológicas, de limpeza, não oferecendo nenhum risco à sua manipulação ou à Saúde Pública.

 

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Manual de Apontamentos  –  Cursos de Educação Formação de Adultos   UFCD: Higienização de Espaços e Equipamentos Formador: Marlyn Andrea de Castro Campos

Relação dos Resíduos: Cascas de frutas, restos de alimentos, papel higiénico, pensos higiénicos, fraldas, toalhetes de papel, esponjas, folhas e flores, restos de madeira, etc.  etc.   Como acondicionar dentro da sala: Caixote de lixo com tampa e pedal identificada como lixo comum. Os sacos destes caixotes menores deverão ter a sua recolha no final de cada turno ou com 2/3 de sua capacidade preenchida, e serem colocados dentro de um saco plástico maior. Onde armazenar até a recolha final do lixo pelos serviços municipalizados?: Colocar os sacos grandes contendo os resíduos recolhidos de cada sala dentro de um contentor. Centralizar os diferentes contentores com tampa e identificação, (lixo comum, lixo reciclável, lixo infectante), em uma área protegida de chuva, de acesso restrito somente a profissionais da limpeza e serviços municipalizados.

Resíduos Recicláveis   São resíduos sólidos que, após o uso, podem ter sua matéria-prima reaproveitada, gerando economia de recursos naturais e financeiros, além gerar novos empregos. São resíduos de plástico, vidro, papel, papelão e metal sem sujidade biológica visível. Relação dos Resíduos: Frascos de soro, papeis de embrulho, caixas ou tubos plásticos de medicamentos, rolos, caixas de papelão, vidros, frascos-ampola vazios, copos descartáveis, sacos plásticos, embalagens de água, refrigerantes, embalagens de alumínio, latas em geral, etc. Como acondicionar dentro da sala: Caixote de lixo com tampa e pedal identificada como lixo reciclável. Os sacos destes caixotes menores deverão ter a sua recolha no final de cada turno ou com 2/3 de sua capacidade preenchida, e serem colocados dentro de um saco plástico maior. . Onde armazenar até a recolha final do lixo pelos serviços municipalizados?:   Colocar os sacos grandes contendo os resíduos recolhidos de cada sala dentro de um contentor. Centralizar os diferentes contentores com tampa e identificação, (lixo comum, lixo reciclável, lixo infectante), em uma área protegida de chuva, de acesso restrito somente a profissionais da limpeza e serviços municipalizados.

 

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P.59 Manual de Apontamentos  –  Cursos de Educação Formação de Adultos   UFCD: Higienização de Espaços e Equipamentos Formador: Marlyn Andrea de Castro Campos

R esíduos Infect Infecta ant ntes es São resíduos que resultam das actividades de assistência, laboratório ou aptos cirúrgicos, que promovam liberação de material biológico, oferecendo risco à Saúde Pública ou à manipulação. Dentro deste grupo incluem-se os pérfuro-cortantes que devem ter o descarte em recipiente apropriado antes de serem agregados ao restante dos resíduos infectantes. Relação dos Resíduos: Gaze, sondas, drenos, cateteres, luvas usadas, máscaras usadas, gorros usados, bolsas colectoras de drenagens, papel de embrulho contaminado, campos protectores de superfícies, etc. Como acondicionar dentro da sala: Caixote de lixo com tampa e pedal identificada como lixo infectante. Os sacos destes caixotes menores deverão ter a sua recolha no final de cada turno ou com 2/3 de sua capacidade preenchida, e serem colocados dentro dos recipientes específicos destinados ao efeito.

 

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P.60 Manual de Apontamentos  –  Cursos de Educação Formação de Adultos   UFCD: Higienização de Espaços e Equipamentos Formador: Marlyn Andrea de Castro Campos

BIBLIOGRAFIA  Carla Maria Oppermann, Lia Capsi Pires.  Manua  Manuall de B io ioss s eg ur urança ança para S erv erviç iços os de

 S aúde. Porto Alegre, 2003.  AESBUC. Manua  Manuall de Hig Hi g ien ieniz ização ação. Porto Valerie Paul. Manual de Operações de Alojamento em Hotelaria. Edições CETOP  CETOP 

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