Manual de Boas Praticas Em Cabeamento Estruturado

March 19, 2019 | Author: CleideGonçalvesDosSantos | Category: Lightning, Heat, Optical Fiber, Física e matemática, Physics
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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO FCS (PO13-01) 1. OBJETIVO Este procedimento tem como objetivo orientar os instaladores credenciados Furukawa nas instalações de cabeamento estruturado.

2. APLICAÇÃO Em toda e qualquer instalação de cabeamento estruturado com produtos Furukawa da linha FCS.

3. DOCUMENTOS RELACIONADOS •

Norma ANSI/TIA/EIA 568 – General Requirements  Requirements 



Norma ANSI/TIA/EIA 569 – Commercial Building. Standard for Telecomm Unications. Pathways and Spaces 

• •



Norma ANSI/TIA/EIA 570 – Residential and Light Commercial  Norma ANSI/TIA/EIA 606 – Administration Standard for Commercial Telecomunications Infraestructure Norma

ANSI/TIA/EIA

607



Commercial

Building

Grouding

for

Telecommunications  •



Norma NBR 14565 – Cabeamento de Telecomunicações para Edifícios Comerciais Norma NBR 5410 – Instalações Elétricas

4. DEFINIÇÕES •

ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas

• 

ACR: Attenuation to Crosstalk Ratio

• 

ANSI: American National Standards Institute

• 

CCITT: Consultative Commitee for International Telephone and Telegraph

• 

CDDI: Copper Distibuted Data Interface



CPD: Centro de Processamento de Dados



DG: Distribuidor Geral

• 

EIA: Electronics Industry Association

• 

FEXT: Far End Crosstalk 

1

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO FCS (PO13-01)

5. PROCEDIMENTO 5.1. Premissas

Um dos objetivos de um sistema de cabeamento estruturado é disponibilizar aos usuários uma infra-estrutura de telecomunicações que permita a interligação entre os diferentes pontos (estações de trabalho) de uma empresa, assim como entre estes e os serviços públicos de transmissão de dados e de telefonia. Estes sistemas devem ser projetados e instalados segundo padrões definidos em diversas normas internacionais, para que suportem as aplicações desenvolvidas para estes ambientes. Outra meta é estabelecer o desempenho e os critérios técnicos das várias configurações de sistemas de cabeamento e seu inter-relacionamento e a conexão de seus respectivos elementos. Deve-se observar que apenas os requisitos mínimos são identificados nas normas de cabeamento estruturado.

5.2 Constituição de um Sistema de Cabeamento Estruturado Tanto nos cabeamentos horizontais quanto em backbones, a topologia física à ser adotada será tipo estrela, contendo os seguintes elementos principais:

Armário de telecomunicações

cabeamento horizontal área de trabalho

backbone

entrada de servi os sala de e ui amentos 5.2.1 Área de Trabalho A área de trabalho é o ponto da edificação onde o usuário utiliza os serviços de 2

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telecomunicações, e que deve ser atendido por espelho ou tomada com no mínimo dois pontos de conexão.

Tomadas em área de trabalho

5.2.2 Cabeamento Horizontal O cabeamento horizontal destina-se a interligação entre a área de trabalho e o armário de telecomunicações. A topologia do cabeamento horizontal fisicamente forma uma estrela. Isso significa que cada tomada/conector de telecomunicações tem sua própria posição mecânica de terminação no cross-connect  horizontal  horizontal no armário de telecomunicações.

5.2.3 Armário de Telecomunicações O armário de telecomunicações é o ponto de transição entre o backbone   e os caminhos horizontais. Ele deve ser dedicado para funções de telecomunicação e facilidades de suporte. Usualmente temos um por andar.

Armário de telecomunicações

5.2.4 Backbone  O cabeamento do backbone   fornece interconexões entre armários de telecomunicações, salas de equipamentos e instalações de entrada. Ele inclui os cabos de backbone , cross-connects  intermediários   intermediários e principais, terminações de cabos e patch cables   usados para conexões entre backbones . Isto inclui, também, terminações de cabo usadas para conectar o cabeamento de backbone  no cross-   horizontal. connect  horizontal.

5.2.5 Sala de Equipamentos As salas de equipamento propiciam o espaço requerido para acomodar equipamentos 3

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de telecomunicação de uso comum por vários andares de um prédio.

Sala de equipamentos

5.2.6 Entrada de Serviços Ponto da edificação onde os serviços de telecomunicação fazem a transição para a parte externa da rede. É na entrada de serviços que o cabeamento da operadora de telefonia se conecta ao cabeamento da rede local e é também na entrada de serviços que a rede local conecta-se com o cabeamento externo, em MAN’s  ou WAN’s .

Entrada de serviços

5.3 RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS Embora este manual não aborde detalhadamente as normas de projeto e instalação de sistemas de cabeamento estruturado, ele apresenta os requisitos que são decisivos para que esse tenha o desempenho previsto. O seu conteúdo foi planejado para que os Instaladores familiarizem-se com os procedimentos exigidos para a correta instalação dos produtos FCS da Furukawa. A prática adequada de instalação é parte fundamental para a longevidade e desempenho de um sistema de cabeamento.

5.3.1 Recomendações Gerais Para garantir o melhor desempenho do sistema e de todos os materiais instalados, as seguintes condições devem ser observadas: •

A instalação deverá ser realizada em concordância com todas as demais recomendações deste documento.

4

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO FCS (PO13-01) •

Atendimento das normas sobre cabeamento estruturado e infra-estrutura . 5.3.2 Recomendações Específicas 5.3.2.1 Área de Trabalho A norma 568 exige que no mínimo duas tomadas/conectores de telecomunicações sejam fornecidas para cada área de trabalho.

Exemplo de tomadas de dados e voz

Uma das tomadas/conectores pode ser atendida por um cabo UTP de 100 Ohms de 4 pares, Categoria 5e ou superior. A outra tomada/conector pode ser atendida por um segundo cabo UTP ou qualquer outro meio reconhecido (fibra óptica multimodo). Caso a opção seja UTP, requerida a Categoria 5e. Como no padrão 568, a Furukawa orienta que cada cabo UTP de quatro pares seja terminado em um conector modular de 8 posições tipo RJ-45 na tomada/conector da área de trabalho. Esta orientação elimina especificamente a possibilidade de uso de um único cabo de 4 pares aberto e com os pares divididos entre 2 conectores na área de trabalho. Ao optarmos por um meio físico horizontal, teremos que escolher as tomadas e os conectores para terminá-la. Os conectores também devem ser da mesma ou superior categoria ao do cabo selecionado. Exemplo: em um cabo categoria 5e podemos instalar tanto um conector categoria 5e quanto um conector categoria 6 ou 6A. O padrão 568 não admite derivações em ponte. Entenda-se derivação em ponte como a ocorrência de derivações múltiplas dos mesmos pares de cabo. Se, por exemplo, um dado ramal telefônico requerer uma extensão em outra área de trabalho, a conexão de múltipla ocorrência deve ser feita no bloco conector específico dentro do distribuidor geral (DG), e dois cabos de 4 pares distintos devem ser levados a cada área de trabalho atendida pelo ramal telefônico. É aceitável a utilização de um único cabo de 4 pares para duas aplicações diferentes, contanto que tais serviços não interfiram um no outro e que um dispositivo seja utilizado externamente à tomada de telecomunicações para dividir os sinais.

Adaptador FURUKAWA Adaptador Y para divisão de sinais em um mesmo cabo

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Não é recomendável a instalação de uma tomada de área de trabalho em um local onde haja a probabilidade de ser movida e consequentemente danificada pelo usuário final. Elas devem ser firmemente montadas em locais fixos e permanentes. A instalação de um cabo sem terminação é admitida quando cabos múltiplos forem destinados a uma área específica do edifício, de difícil acesso para recabeamento. Quando isto é feito, o cabo deve ser deixado atrás de um espelho cego, identificado como tomada de telecomunicação. As exigências adicionais quando do uso de cabos ópticos na parte horizontal do sistema de cabeamento são: •

Capacidade para terminar no mínimo duas fibras ópticas em um adaptador SC;



Ponto apropriado para a fixação do cabo;

Capacidade para armazenar 1m de cabo de fibras ópticas: a tomada também deve permitir o armazenamento de fibras. Isto é necessário para permitir folga suficiente para terminação. •



Fornecer um raio mínimo de curvatura de 30 mm

5.3.2.2 Armário de Telecomunicações

Exemplo de Armário de Telecomunicações

O armário de telecomunicações de cada piso é um ponto de transição entre o backbone   e os caminhos horizontais. Deve ser dedicado a funções de telecomunicações e suportar tais facilidades. Era uma prática comum localizar a aparelhagem de telecomunicações em armários 6

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que compartilham com materiais de manutenção do edifício. Atualmente essa prática não é mais aceitável nos armários de telecomunicações. Recomenda-se que cada andar tenha seu próprio armário de telecomunicações. Isso ajuda a limitar a distância dos caminhos horizontais e permite uma boa administração dos cabos. Contudo, se as distâncias horizontais e verticais permitirem que o cabeamento chegue até as áreas de trabalho de um outro andar, um único armário pode atender a vários andares, nesta condição o cabo instalado deve ter o revestimento tipo CMR.

Distribuição de rack´s por andar para cabeamento horizontal

Os armários devem atender a um espaço de piso de até 1.000 m2. A recomendação para o dimensionamento do armário de telecomunicações tem como base a área média de uma área de trabalho, que é 10 m2 de espaço útil. A iluminação deverá proporcionar boa visibilidade de todas as áreas do armário de telecomunicações (valor mínimo sugerido: 540 lux, medido a 1 m acima do piso acabado). O aterramento é fator importante na localização de falhas intermitentes dos sistemas. Deve ser prevista uma interligação do armário com o eletrodo principal de aterramento do prédio. O cabeamento horizontal e o backbone   devem ser terminados no armário de telecomunicações. Essas terminações não podem ser empregadas na administração de deslocamentos, expansões e modificações do sistema de cabos. Um cross-connect  ou interconexão precisa ser utilizado para administrar o sistema. Essa medida também elimina a prática de terminar o cabo horizontal com um conector modular macho e ligá-lo diretamente aos equipamentos da rede.

Exemplos de Cross Connect

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5.3.2.3 Cabeamento Horizontal Existem dois tipos principais de meios para utilização em sistemas de cabeamento horizontal: •

Cabo de par trançado sem blindagem (UTP) de 100 Ohms de 4 pares, revestimento CM. Cabo de fibra óptica 62,5/125 µm ou 50/125 µm de 2 ou mais fibras.



A Furukawa fabrica cabos que atendem todos os critérios acima, e utiliza a UL e a ETL para ratificar suas avaliações, de modo a assegurar uma instalação com garantia. O cabo óptico horizontal deve ser de fibras ópticas multimodo 62,5/125 µm e 50/125 µm, com no mínimo duas fibras, envolvidas por um revestimento de proteção. Os cabos UTP multipares (incluindo o Multi-Lan 25 Pares) são aceitos no cabeamento vertical, desde que os limites de distâncias estabelecidos na seção Backbone  (Cabeamento Vertical) sejam respeitados. Não é permitido uso de cabos UTP de 25 pares para interligação entre o armário de telecomunicações e um MUTO (Multi User Telecommunications Outlet ) ou um ponto de consolidação (normalmente Bloco 110-IDC). O cabo horizontal é limitado a um máximo de 90 metros. Os patch cables   não devem ultrapassar 6 metros. Três metros adicionais foram deixados para os cordões que ligam equipamentos na área de trabalho. O comprimento total de patch cord  ou  jumpers  de cross-connect  não deve ultrapassar 10 metros. Recomenda-se adotar os valores de 6 e 3 metros para não ter que verificar se um lance ultrapassou o limite de 10 metros ao se executar remanejamentos, ampliações ou modificações. A limitação para distância horizontal de cabos de fibras ópticas também é de 90 metros. O Artigo 800-52 da ANSI/NFPA 70 (Ref D.3) aplica-se, entre outros, aos itens a seguir: •

Separação entre cabos de energia e telecomunicações;



Separação e divisores dentro de esteiras;



Separação dentro de caixas ou compartimentos de tomadas.

5.3.2.4. Cabos metálicos (característica de flamabilidade) : Os cabos metálicos podem ser classificados quanto a sua retardância a chama, o que implica diretamente nos locais onde sua instalação é permitida por norma,como segue: 8

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CMX = Instalações residenciais com pouca concentração de cabos e sem fluxo de ar forçado. A região de exposição do cabo não deve ser superior a 3m (instalações residenciais). CM = Aplicação genérica para instalações horizontais em instalações com alta ocupação, em locais sem fluxo de ar forçado. CMR (riser) = Indicados para instalações verticais em “shafts” prediais ou instalações que ultrapassem mais de um andar, em locais sem fluxo de ar forçado. CMP (plenum) = Para aplicação horizontal em locais fechados, com ou sem fluxo de ar forçado. (Dutos de ar condicionado, locais confinados). A característica de flamabilidade está associada a composição química do material de revestimento do cabo. A Classe de flamabilidade vem gravada na capa do cabo. Gravada também na capa do cabo, poderá vir a informação “LSZH”, (Low Smoke Zero Halogen) o que significa que o material de revestimento de cabo é livre de halogênios, o que contribui para a baixa emissão de gases tóxicos e fumaça, contribuindo diretamente na conservação do meio ambiente.

5.3.2.5. Backbone   (Cabeamento Vertical) O cabeamento do backbone   fornece interconexões entre telecomunicações, salas de equipamentos e entrada de serviços.

armários

de

Inclui os cabos de backbone , cross-connects   intermediários e principais, terminações mecânicas (blocos 110, patch panels   e distribuidores ópticos) e patch  ou adapter cables   usados para conexões entre backbones . Isto inclui terminações mecânicas usadas para conectar o cabeamento de backbone  no cross-connect  horizontal. O cabeamento entre edifícios também faz parte do cabeamento de backbone . Como no cabeamento horizontal, a topologia física deve ser em estrela. Na arquitetura de backbone  são permitidos no máximo dois níveis de cross-connects . Isto significa que a partir de um cross-connect   horizontal, pode-se passar por somente um cross-  connect   (intermediário) para alcançar o cross-connect  principal. A restrição a dois níveis de cross-connect   é imposta para limitar a degradação do sinal em sistemas passivos e simplificar movimentos, acréscimos e alterações. O cross-connect   principal também pode ser o único cross-connect  de backbone   necessário para alcançar o cross-connect  horizontal. Não devem ser usados poços de elevador como caminhos do backbone . Os poços de elevador nem sempre são facilmente acessíveis e podem possuir fontes de elevadas EMI - Interferências Eletromagnéticas. Os caminhos de backbone   mais comuns são sleeves   ou conduítes de um piso para outro. Estes sleeves   devem apresentar sistemas corta-fogo apropriados por razões de segurança e responsabilidade. Não é recomendável manter um caminho de backbone   aberto se não houver um técnico  junto do mesmo efetuando passagem de cabos ou outra operação. Os cabos de backbone   admitidos são cabos UTP de 100 Ohms, fibra óptica multimodo de 62,5/125 µm ou 50/125 µm e a fibra óptica monomodo. Os cabos metálicos para backbone  podem ser: cabo UTP de 100 Ohms 25 pares Categoria 5, 4 pares Categoria 5e, Categoria 6 ou Categoria 6A. A fibra multimodo deve ser de índice gradual, com diâmetro nominal do 9

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO FCS (PO13-01) núcleo/revestimento de 62,5/125 µm ou 50/125 µm. Qualquer cabo de fibra óptica Furukawa atende esses requisitos.

Exemplo de utilização de fibras ópticas para interligações de armários

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO FCS (PO13-01)

As limitações de distância para um backbone  são as seguintes:

A

B

MC

IC

IC: intermediate cross-connect  MC: main cross-connect  HC: horizontal cross-connect 

C

Segmento Rede

Fibra Fibra Multímodo da Monomodo

Par Metálico

HC para MC (A) 2000 m

3000 m

800 m

HC para IC (B) 300 m

300 m

300 m

IC para MC (C) 1700 m

2700 m

500 m

A distância de backbone  do IC ao MC (C) pode ser aumentada se a distância de HC a IC (B) for menor que a máxima, mas o total das duas não deve exceder o limite de distância do HC ao MC (A). Dessa forma: •

Em um backbone   com fibras multimodo, a distância de backbone   do IC ao MC (C) pode-se aumentar se a distância de HC a IC (B) for menor que 500 m, mas o total das duas não deve exceder 2000 m.



Em um backbone  com fibras monomodo, a distância de backbone  do IC ao MC (C) pode-se aumentar se a distância de HC a IC (B) for menor que 500 m, mas o total das duas não deve exceder 3000 m.



Em um backbone   com cabo de pares metálicos, a distância de backbone  do IC ao MC (C) pode-se aumentar se a distância de HC a IC (B) for menor que 500 m, mas o total das duas não deve exceder 800 m.

As distâncias especificadas para os cabos de pares metálicos estão baseadas no cabeamento de voz. Para aplicações cuja largura de banda for maior que 5 MHz (transmissão de dados, por exemplo), o cabeamento UTP deve estar limitado a um total de 90 metros (A ou B e C). No mínimo, deve-se escolher a Categoria necessária para suportar a aplicação.

Para aplicações de voz: Os patch cables  e adapter cables   de MC e IC deverão ser < 20 m (considere 11

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO FCS (PO13-01)

aproximadamente 10 m em cada extremidade)

Para aplicações de dados: Os patch cables  e adapter cables   de MC e IC deverão ser < 10 m (considere aproximadamente 5 m em cada extremidade)

Cabeamento Óptico Centralizado (FTTD) Quando a topologia adotada for do tipo cabeamento óptico centralizado, descrita no boletim TSB-72 - Centralized Optical Fiber Cabling Guidelines , deverá ser adotado o método interconectado. No método interconectado, os cabos horizontais e de backbone são conectados numa relação 1 para 1 em um gabinete ou painel de ligações no armário de telecomunicações. Os cabos de backbone conectam-se na parte interna ou lado “tronco” do painel de ligações ou gabinete e os cabos horizontais na parte frontal ou lado do “usuário”.

Parte interna de um distribuidor interno óptico

Neste método a porção horizontal do caminho está limitada a 90 m, enquanto que a distância total da área de trabalho à sala de equipamentos pode ser de até 300 m. Deve-se deixar espaço suficiente nos cabeamentos de backbone   e horizontal para permitir que o sistema seja convertido para uma topologia em estrela convencional. Lembre-se que a distância de backbone   máxima para uma fibra multimodo em uma topologia em estrela convencional é de 2.000 m

5.3.2.6. Sala de Equipamentos Deve-se considerar a sala de equipamentos distinta dos armários de telecomunicações, pois geralmente contém equipamentos que exigem mais sistemas de apoio avançados. Assim como os armários de telecomunicações, a sala deve ser dedicada exclusivamente às funções de telecomunicações e facilidades de suporte.

Sala de equipamentos

12

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO FCS (PO13-01)

As salas de equipamentos devem ficar longe de fontes de interferência eletromagnética, a uma distância que reduzirá a interferência a 3,0 V/m em todo o espectro de freqüências. Deve-se ter atenção especial a transformadores, motores e geradores de energia elétrica, equipamento de raio X ou transmissores de radar e dispositivos de vedação por indução. Máquinas fotocopiadoras também devem ser consideradas como uma fonte potencial de interferência eletromagnética. As salas de equipamentos também devem atender a todos os requisitos solicitados para os armários de telecomunicações.

5.3.2.7. Cabeamento para Escritórios Abertos ( Zone Cabling ) Para conseguir-se flexibilidade adicional ao instalar cabeamento em escritórios abertos, as comissões TIA redigiram o TSB-75 Additional Horizontal Cabling Practices for Open Offices   – (Práticas Adicionais de Cabeamento Horizontal para Escritórios Abertos). Também denominado “zone cabling ”. O documento tem por propósito propiciar flexibilidade em cabeamento horizontal, através da especificação de procedimentos opcionais no cabeamento de escritórios abertos. Há duas maneiras de conseguir essa flexibilidade: a tomada de telecomunicações multi-usuário (Multi User Telecommunications Outlet ) e o ponto de consolidação (Consolidation Point ). A tomada de telecomunicações multi-usuário provê a terminação dos cabos horizontais em uma única posição. Áreas de trabalho individuais são ligadas à tomada por patch   / adapter cables   (tais como passagens em móveis modulares), conectando diretamente os equipamentos da área. Estes cabos podem ter 20 m no máximo. A tomada de telecomunicações multi-usuário deve ser dimensionada para atender entre seis e doze áreas de trabalho. Deve ser fixada de modo permanente e posicionada de tal forma que remanejamentos das áreas de trabalho não venham a requerer seu deslocamento. Os adapter cables   devem ser identificados com o número da área de trabalho na extremidade junto ao conjunto e com o identificador do conjunto e o número da porta no lado da área de trabalho. Os adapters   na área de trabalho devem conter a identificação da conexão na sala de equipamentos e dentro da sala de equipamento deve haver a identificação da área de trabalho onde estes estão conectados. O comprimento dos adapter cables   para tomadas multi-usuário é limitado pela distância entre a tomada multi-usuários e o armário de telecomunicações. Deve-se utilizar as fórmulas abaixo para determinar o comprimento máximo do adapter cable :

13

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO FCS (PO13-01) Comprimento do Cabo

Comprimento Máximo Adapter Cable

Comprimento Máximo Total de Patch+Adapter Cables”

H [m]

W [m]

C [m]

90

3

10

85

7

14

80

11

18

75

15

22

70

20m max

27

C = (102 - H)/1,2 W= C - 7< 20m A tabela acima relaciona valores calculados por intermédio dessas fórmulas. Em nenhum caso o comprimento do adapter cable   poderá ultrapassar 20m. Deve-se observar que o comprimento total do canal (C+H) não excede o limite de 100 m. Outra solução para flexibilizar cabeamentos horizontais é o ponto de consolidação. O ponto de consolidação aplica-se em locais que tenham a necessidade de remanejamentos das áreas de trabalho. Caso esses remanejamentos sejam freqüentes, a solução é o uso de tomadas de telecomunicação multi-usuário. O ponto de consolidação deve ser fixo em uma posição que evite re-alocação quando as áreas de trabalho estiverem sendo remanejadas. Pode-se combinar o uso de um ponto de consolidação com uma tomada de telecomunicações multi-usuários na mesma ligação horizontal.

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO FCS (PO13-01) Cabeamento Horizontal

90 m (295 ft.)

Armário de Telecomunicações 1

2

3

4

5

6

2 5 26 2 7 2 8 29 30

11 12

1 3 14 15 16 17 1 8

19 20 21 2 2 23 24

31 32 3 3 3 4 35 36

7

8

9 10

37 38 39 40 41 4 2

43 44 45 46 47 48

Ponto de Consolidação

(110 block)

Telefone

Estação de Trabalho

Áreas de Trabalho

Não deve-se usar mais de um ponto de consolidação no mesmo lance horizontal. As limitações de distância de um ponto de consolidação são as mesmas de cabeamento horizontal regular, um total de 90 m. Recomenda-se que o ponto de consolidação fique pelo menos 15 m distante do armário de telecomunicações, para ajudar a evitar o fenômeno de NEXT em enlace curto. As posições de terminação no ponto de consolidação devem ser rotulados com as identificações de cada cabo horizontal terminado nele. O documento TSB-75 Additional Horizontal Cabling Practices for Open Offices   não cobre o uso de cabos de 25 pares ou conectores de 25 pares com um tomada de telecomunicações multi-usuários. O fato do documento não prescrever especificamente cabo UTP de 25 pares para cabeamento horizontal significa que ele não é permitido nesse contexto.

5.3 RECOMENDAÇOES PARA INSTALAÇÃO 5.3.1. Métodos de Distribuição para Cabeamento Horizontal •

Duto sob o piso e piso celular



Piso elevado

• 

Conduíte

• 

Calha

• 

Teto



Percurso em Móveis e Divisórias

As orientações da Furukawa giram em torno do impacto que cada método pode causar no desempenho de transmissão do cabeamento de comunicações, uma vez que a infra-estrutura empregada para as distribuições de cabos não é parte integrante de um 15

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO FCS (PO13-01)

sistema de cabeamento estruturado.

A Norma EIA/TIA-569 apresenta recomendações detalhadas sobre cada um desses métodos de distribuição.

5.3.1.1. Distribuição por dutos sob piso e piso celular Ao utilizarem um mesmo duto sob o piso ou um sistema de piso celular, os cabeamentos de alimentação elétrica e de comunicações deverão ser instalados em dutos ou células separadas. Além disso, quando os dois tipos de cabeamento entrarem num mesmo dispositivo, estes devem ser separados, de modo a assegurar o isolamento das extremidades expostas da fiação elétrica.

Exemplo de tomada em malha sob piso

5.3.1.2. Distribuição em piso elevado Quando houver piso elevado que permita instalar a distribuição, devem ser implementadas rotas exclusivas para a passagem do cabeamento do armário de telecomunicações até cada uma das áreas de trabalho. Uma configuração em “teia de aranha” não é recomendável.

TC

A utilização de rotas dedicadas permite uma manutenção mais fácil do cabo de comunicação e sua administração fica mais simplificada. Cabos de energia deverão cruzar cabos de comunicação em ângulos retos, minimizando-se a interferência destes.

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO FCS (PO13-01) Cabos em eletrocalha sob o piso elevado

5.3.1.3. Distribuição por conduíte Conduítes com muitas curvas de 90°ou com comprimen to maior que 30 m podem criar dificuldades na instalação de cabos e causar danos ao puxar o cabo. Não deve ser ultrapassado o raio mínimo de curvatura dos cabos dentro do conduíte; desta forma, o raio interno de qualquer curva de um conduíte deve ter pelo menos 6 vezes seu diâmetro interno. Se um conduíte tiver diâmetro de 5 cm, o raio interno de qualquer curvatura deve ser de 30,5 cm. Quando o diâmetro do conduíte ultrapassar 50 mm, o raio interno deve ter pelo menos 10 vezes o diâmetro interno do conduíte. No caso de fibra óptica, o raio interno de uma curvatura sempre deve ter pelo menos 10 vezes o diâmetro interno do conduíte. O raio mínimo de curvatura de cabo de fibra óptica deve ser de 10 vezes seu diâmetro externo. Um trecho de conduíte proveniente de um armário de telecomunicações pode atender até três tomadas. Isso tem o propósito de fazer com que a manutenção de um cabo em um único conduíte afete o mínimo de usuários. A taxa de ocupação de conduítes utilizados para distribuir cabeamento de comunicação deve ser de 40% no máximo. O NEC não limita a taxa de ocupação para cabos de energia em baixa tensão - mas muitos profissionais adotam essa mesma taxa de ocupação. Não se recomenda o uso de conduítes metálicos, mesmo os flexíveis, devido a problemas de desgaste de cabo.

Exemplo de ponto por conduíte terminado em condulete

Exemplo de ocupação de eletrodutos (40%) em função do diâmetro dos cabos:

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO FCS (PO13-01) Diâmero ex terno Quantidade & diâmetro do cabo em milímetros do e letroduto 3,3 4,6 5,6 6,1 7,4 7,9 9,4 16mm 1/2" 1 1 0 0 0 0 0 21mm 3/4" 6 5 4 3 2 2 1 27mm 1" 8 8 7 6 3 3 2 35mm 1 1/4" 16 14 12 13 6 4 3 41mm 1 1/2" 20 18 16 15 7 6 4 53mm 2" 30 26 22 20 14 12 7 63mm 2 1/2" 45 40 36 30 17 14 12 78mm 3" 70 60 50 40 20 20 17 91mm 3 1/2" # # # # # # 22 103mmDistribuição 4" # eletrocalha # # # # # 30 5.3.1.4. por

13,5 0 0 1 1 2 4 6 7 12 14

Os circuitos de alimentação elétrica (120/240 VCA) e cabos de comunicação podem passar pela mesma esteira multicanal desde que separados por uma barreira física.

Exemplo de eletrocalha com cabos de dados e elétrica separados por septo

Para as eletrocalhas recomenda-se preferencialmente as do tipo lisa com tampa que evitam o acúmulo de sujeira. Não devese instalar eletrocalhas acima de aquecedores, linhas de vapor ou incineradores.

Exemplo de ocupação de eletrocalhas (50%) em função do diâmetro dos cabos: Diâmetro Eletrocalhas - ocupação 50% (largura x altura em mm) 50x 75 50 x 150 75 x 75 75 x 150 75 x 200 75 x 250 mm F/UTP 8,1 36 73 55 109 146 182 Cat.6A U/UTP 8,6 32 65 48 97 129 161 F/UTP 7,0 49 97 73 146 195 244 F/UTP indoor/outdoor 7,2 46 92 69 138 184 230 U/UTP 6,0 66 133 99 199 265 332 Cat.6 U/UTP indoor/outdoor 6,1 64 128 96 192 257 321 F/UTP industrial 8,6 32 65 48 97 129 161 U/UTP industrial 7,6 41 83 62 124 165 207 F/UTP 6,2 62 124 93 186 248 311 F/UTP indoor/outdoor 5,4 82 164 123 246 327 409 U/UTP 4,8 104 207 155 311 414 518 Cat.5e U/UTP indoor/outdoor 6,3 60 120 90 180 241 301 F/UTP industrial 7,5 42 85 64 127 170 212 U/UTP industrial 7,5 42 85 64 127 170 212

Categoria

Tipo de cabo

Para a instalação de um sistema de eletrocalhas, deve-se, obrigatoriamente, utilizar as derivações (curvas, flanges, "Ts", desvios, cruzetas, reduções etc...) nas medidas e 18

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funções compatíveis. Obrigatoriamente essas derivações devem ser do tipo suave, não contendo ângulos agudos que superem o mínimo raio de curvatura dos cabos, prejudicando o desempenho do sistema.

5.3.1.5. Distribuição pelo teto O cabo ou haste que suporta o forro pode ser utilizado para suportar cabos, desde que autorizados pelo Responsável Técnico das obras civis do edifício. Os cabos de comunicação não devem ser instalados diretamente sobre o forro. Os cabos devem ser montados, em calhas ou canaletas, com um afastamento mínimo de 3” (7,62 cm) entre estas e o forro. Quando grandes quantidades de cabos forem agrupados no teto, tal como nas proximidades do armário de telecomunicações, suportes especiais deverão ser projetados e instalados para atender o peso adicional. Assim como no piso elevado, também deve-se implementar rotas especiais para distribuição de cabeamento de comunicação. O uso de rotas dedicadas propicia uma manutenção mais fácil e simplifica a administração.

5.3.1.6. Percurso nos móveis e divisórias A maior parte dos fabricantes de móveis modulares inclui compartimentos para cabos em seus interiores. Uma vez que o desempenho do sistema de cabeamento é afetado pelo método de terminação e a distribuição do excesso de cabo, deve-se tomar cuidado para assegurar os raios de curvatura mínimos atrás da tomada/conector de telecomunicações.

Exemplo de pontos instalados diretamente no móvel

5.3.1.7. Técnicas e Cuidados para o Lançamento de Cabos UTP Os cabos UTP devem ser lançados mediante o auxílio de cabos-guia, obedecendo aos seguintes procedimentos: • Os cabos UTP devem ser lançados ao mesmo tempo em que são retirados das caixas ou bobinas e preferencialmente de uma só vez, ou seja, nos trechos onde há lançado mais que um cabo em um duto; isso deverá ser feito lançando todos os cabos de uma só vez. Deve-se respeitar a taxa de ocupação dos dutos e dimensionamento dos eletrodutos que se encontram descritos na tabela da Norma TIA/EIA-569.

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• Os cabos UTP devem ser lançados obedecendo-se o raio de curvatura mínima do cabo que é de 4 vezes o diâmetro do cabo, ou seja, 21,2 mm.

Exemplo de curvatura de cabos em infraestrutura

• Os cabos UTP devem ser lançados obedecendo à carga de tracionamento máximo, que não deverá ultrapassar o valor de 11,3 kgf, pois tracionamentos excessivos causam o alongamento dos condutores e alteram suas características elétricas e construtivas. • Os cabos UTP não devem ser estrangulados, torcidos ou prensados, com o risco de provocar alterações nas características originais; • No caso de grandes sobras de cabos UTP, deve-ser armazenar preferencialmente em bobinas, devendo-se evitar o bobinamento manual com os braços, que pode provocar torções no cabo; • Cuidado com a reutilização de cabos UTP de outras instalações; • Cada lance de cabo UTP não deverá ultrapassar o comprimento máximo de 90 metros permitido por norma, incluindo as sobras; • Todos os cabos UTP devem ser identificados com materiais resistentes ao lançamento, para serem reconhecidos e instalados em seus respectivos pontos; • Não utilize produtos químicos, como vaselina, sabão, detergentes, etc., para facilitar o lançamento dos cabos UTP no interior de dutos, pois esses produtos podem atacar a capa de proteção dos cabos UTP, reduzindo-lhes a vida útil. O ideal é que a infraestrutura esteja dimensionada adequadamente para não haver necessidade de utilizar produtos químicos ou a tracionamentos excessivos que aos cabos haja; • Evite lançar cabos UTP no interior de dutos que contenham umidade excessiva e não permita que os cabos UTP fiquem expostos a intempéries, pois não possuem proteção para tal; • Os cabos UTP não devem ser lançados em infra-estruturas que apresentem arestas vivas ou rebarbas tais que possam provocar danos; • Evitar que sejam lançados próximos a fontes de calor, pois a temperatura máxima de operação permitido ao cabo é de 60ºC; • Os cabos UTP devem ser decapados somente nos pontos de conectorização; 20

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• Jamais poderão ser feitas emendas nos cabos UTP, com o risco de provocar um ponto de oxidação e provocar falhas na comunicação; • Se instalar os cabos UTP na mesma infra-estrutura que os cabos de energia e/ou aterramento, deve haver uma separação física de proteção e devem ser considerados circuitos com 20A/127V ou 13A/240V e em infra-estruturas metálicas que não estejam em concordância com as normas das instalações elétricas; • Quando a infra-estrutura não for composta de materiais metálicos. CUIDADO com fontes de energia eletromagnética como condutores elétricos, transformadores, motores elétricos, reatores de lâmpadas fluorescentes (mínimo de 120mm), estabilizadores de tensão, no-breaks , etc. • Após o lançamento, os cabos UTP devem ser acomodados adequadamente de forma que os mesmos possam receber acabamentos, isto é, amarrações e conectorizações. A acomodação deverá obedecer aos seguintes cuidados: - Os cabos UTP devem ser agrupados em forma de “chicotes”, evitando-se trançamentos,estrangulamentos e nós. Posteriormente devem ser amarrados com velcros para que possam permanecer fixos sem, contudo, apertar os cabos excessivamente. - Manter os cuidados quando lançamento, como: os raios mínimos de curvatura, torções, prensamento e estrangulamento. - Tomadas: deve ser deixado folga de 30cm. - Nas Salas de Telecomunicações: 3 metros. - Nas terminações, isto é, nos racks ou brackets evitar que o cabo fique exposto minimizando assim os riscos de serem danificados acidentalmente.

5.4. SISTEMA UTP Um sistema é tão confiável quanto sua conexão mais frágil. Dessa forma, utilize material de conexão, cabos para elementos de conexão e jumpers   que satisfaçam ou excedam a Categoria do cabo a ser instalado. Planeje as rotas de seus cabos de forma que a extensão total dos mesmos seja de 90 m ou menos. Ao rotear os cabos procure evitar sempre as fontes de interferência eletromagnética, tais como motores e transformadores utilizados em elevadores ou copiadoras, por exemplo. Luminárias fluorescentes podem induzir tensões em cabos de telecomunicações sempre que são ligadas ou desligadas. Mantenha uma distância de pelo menos 120 mm em relação a lâmpadas fluorescentes. Cabos de telecomunicações e energia nunca devem ser instalados no mesmo conduíte ou na mesma caixa sem uma separação física. Evite fontes de calor, como dutos de aquecimento e tubulações de água quente, pois podem afetar as características de atenuação do cabo. Os cabos isolados com PVC 21

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podem exibir mudanças significativas de atenuação com a variação da temperatura. Um suporte adequado significa evitar que os cabos sejam esmagados e que a isolação seja cortada ou rompida, além da eliminação do excesso de tensão mecânica sobre os mesmos. A utilização de bandejas ou calhas para cabos é um bom método para se atingir esses objetivos. Outra alternativa é o uso de ganchos em forma de “J”, largos e com pontas chanfradas. Os cabos são fabricados segundo rigorosas especificações de projeto. A quantidade de trançamento por metro e par e a disposição dos pares entre si são alguns exemplos. As orientações a seguir envolvem fatores que podem comprometer a geometria dos pares, resultando em degradação do desempenho de transmissão. É muito importante que sejam respeitadas, especialmente em instalações de Categoria 5e ou superior. Mantenha um raio mínimo de curvatura equivalente a quatro vezes o diâmetro do cabo. Dessa forma, se um cabo possuir um diâmetro externo de 6 mm, por exemplo, o raio mínimo de curvatura deverá ser de 24 mm. O vinco do revestimento do cabo, pela dobragem ou aperto excessivo das fitas de cabos, altera o formato do seu núcleo, desloca os pares e distorce a simetria. Esse tipo de dano tende a ser permanente, apesar dos esforços para removê-lo.

As torções feitas no cabo podem provocar vincos e até mesmo romper seu revestimento. Uma tensão excessiva de puxamento pode também provocar distorções no revestimento do cabo, que por sua vez altera a geometria dos condutores no interior desse revestimento. Isto pode ter um efeito adverso sobre o desempenho do cabo. O limite de puxamento para cabos UTP de 4 pares é de 11 kgf. Não utilizar grampeadores para instalações do cabeamento, pois podem esmagar o revestimento do cabo. São recomendáveis: •

Braçadeiras plásticas ajustáveis (tipo Hellerman) – IMPORTANTE   Ao aplicar a braçadeira ela não deve marcar a capa do cabo, se isso ocorrer significa que o 22

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aperto foi excessivo, remova esta braçadeira e instale uma nova com menos força de aperto. •

Tiras de velcro removíveis

Exemplo de cabos amarrados com velcro

Observar, como parâmetros mínimos, os requisitos da 568 mencionados como: O material de conexão utilizado no cabeamento UTP de 100 Ohms deverá ser instalado de modo que haja o mínimo de prejuízo para o sinal, mediante a preservação do trançamento dos pares de fios tão próximo quanto possível do ponto de terminação mecânica. A quantidade de destrançamento de um par, como resultado de uma terminação em uma peça de conexão, não deverá ser superior a 13 mm. Permanece inalterada esta prática de seguir o requisito mais severo, um destrançamento de no máximo 13 mm, para as Categorias 5e e 6. Ao fazer uma terminação em cabo UTP, remova apenas o revestimento de cabo necessário para efetuar a terminação. Mantenha o revestimento tão próximo quanto possível do ponto de terminação, de forma a não comprometer a geometria do cabo. Mantenha o trançamento dos pares individuais até 13mm do ponto de terminação. Caso um dos pares perca o trançado, corte esse pedaço do cabo e comece novamente. As tentativas de ajustar o trançado do cabo ou trançar novamente um dos pares poderão alterar a geometria do cabo e provocar uma degradação no desempenho da transmissão. Procure sempre seguir as instruções da Furukawa quando for instalar os produtos. Deixe uma folga mínima de 300 mm por trás da placa frontal (espelho) ou painel. Remova o revestimento do cabo somente até o ponto necessário para efetuar a terminação. CUIDADO: não danifique os condutores. Segure o cabo firmemente no ponto em que os pares saem do revestimento, enquanto os posiciona na ordem azul, laranja, verde e marrom, da esquerda para a direita. Introduza os condutores individuais utilizando uma ferramenta de inserção 110 de uma só posição. A extensão de destrançamento em cada par, como resultado da terminação, não deverá ser superior a 13 mm. É recomendada a utilização de ferramenta de inserção e de apoio da Furukawa.

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Ferramenta de Inserção

Ferramenta de Apoio

Os cabos devem ser roteados e terminados começando-se pelas extremidades do painel e prosseguindo em direção ao centro do mesmo. Os cabos devem ser roteados por ambos os lados do patch panel  e não apenas por um dos lados, a fim de facilitar o gerenciamento dos cabos. O raio mínimo de curvatura do cabo, conforme definição das normas TIA/EIA 568, deve equivaler a 4 vezes o diâmetro do cabo.

Exemplo de terminação em Patch Panel pelos dois lados do equipamento

É preciso seguir as precauções de gerenciamento dos cabos, incluindo a eliminação do esforço causado pela tensão mecânica sobre os mesmos. Deve-se utilizar dispositivos adequados de condução e identificação de cabos, para viabilizar a organização e o gerenciamento dos diferentes tipos de cabos nos armários de telecomunicações. Os conectores RJ45 podem ser instalados na configuração T568A ou, opcionalmente, na configuração T568. A Furukawa recomenda a configuração T568A para novas instalações, por tratar-se da codificação de pinagem mais usual no mercado brasileiro e por ser compatível com todos os aplicativos de rede em uso atualmente.

Todos os conectores modulares de 8 posições, instalados no mesmo sistema, devem ter a mesma configuração de pino/par. A utilização de patch  / adapter cable   montados em fábrica ajudará a assegurar a consistência na terminação e a minimizar variações no desempenho. O desempenho de transmissão de patch  / adapter cable   UTP deve ser maior ou da mesma Categoria que o sistema em que será instalado.

5.4.1 Conectorização de Cabos UTP

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Os cabos UTP podem ser terminados em conectores modulares de 8 vias ou na nomenclatura americana RJ-45 macho e fêmea ou conectores IDC. Para isto são utilizadas: ferramenta de terminação Ferramentas convencionais: (punch down tool) ou conexão 110IDC e alicate de crimpar. Deve-se tomar os seguintes cuidados: • No momento de qualquer conectorização, os pares trançados dos condutores não deverão ser destorcidos mais que a medida de 13mm. • Na medida do possível, os cabos deverão ser destrançados e decapados o mínimo possível.

Ferramentas específicas: Este alicate projetado para atender a linha Premium, Cat 5e e Cat 6 crimpa e corta simultaneamente os oito condutores. Com o alinhamento preciso dos pontos de compressão e com um limitador de esforço, o sistema deste alicate garante uma crimpagem correta. (Disponível na rede de distribuidores FURUKAWA).

• No momento da conectorização, atentar para o padrão de pinagem (T-568 A ou B) dos conectores RJ-45 e patch panels . • Após a conectorização, tomar o máximo cuidado para que o cabo não seja prensado, torcido ou estrangulado.

5.4.2 Instalação de Conectores Modulares de 8 Vias

Conector macho.

1. Decapar a capa externa do cabo cerca de 20mm. 2. Posicionar os pares de condutores lado a lado, com o cuidado de não misturar os fios entre si. Seguir a seguinte ordem: 1&2. Verde/Branco-Verde, 3&6. Laranja/BrancoLaranja, 4&5. Azul/Branco-Azul, 7&8.Marrom/Branco-Marrom. 3. Destorcer os pares expostos e posicionar os condutores, conforme as cores prédeterminadas pela TIA/EIA 568;

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Padrões de conectorização.

4. Cortar as pontas dos condutores expostos de forma que os condutores fiquem paralelos entre si.

Decapagem de cabo UTP: MÁXIMO 13mm

5. Inserir o cabo no conector com a trava voltada para baixo. Certificar que os condutores estão nas posições corretas e totalmente inseridos no conector nas respectivas cavidades. A capa externa do cabo UTP deve ser inserida até a entrada dos condutores nas cavidades dos contatos.

6. Inserir o conector no alicate de crimpar mantendo-o devidamente posicionado e “crimpar” firmemente.

Alicate de Crimpagem

O raio de curvatura mínimo para os patch cables deve ser de 6 mm para cabo UTP e 26

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50mm para cabo FTP.

7. Cuidado: O conector pode ser crimpado somente uma vez, não permitindo uma segunda tentativa. Após a crimpagem, certifique-se que os condutores estão bem crimpados e a capa do cabo esteja presa firmemente.

5.4.3. Instalação de Painéis de Conexão ou Patch Panels

Patch Panel

Patch Panels são painéis de conexão utilizados para a manobra de interligação entre

os pontos da rede e os equipamentos concentradores da rede. É constituído de um painel frontal onde estão localizados os conectores RJ-45 fêmea e de uma parte traseira onde estão localizados os conectores que são do tipo “110IDC”. Os cabos de par trançado do cabeamento horizontal são conectorizados pela parte traseira.

Patch Panel - Vista Traseira.

Instalação 1. Decapar a capa externa do cabo UTP aproximadamente 50 mm com o cuidado de não danificar os condutores. Segurar firmemente o cabo na remoção da capa externa e posicionar os pares na seguinte ordem: Verde/Branco-Verde, Laranja/BrancoLaranja, Azul/Branco- Azul e Marrom/Branco-Marrom 2. Conectar os condutores individualmente usando a ferramenta 110 Puch Down Tool na posição de baixo impacto, obedecendo a correspondência entre as cores dos condutores e dos terminais. Evitar que o comprimento máximo dos pares distorcidos ultrapasse o valor de 13mm. 3. Os cabos deverão ser instalados e crimpados partindo do centro do painel e distribuídos em direção às duas laterais, dividindo os cabos em duas partes. Os cabos ficarão agrupados ordenadamente e fixados entre si por velcro na parte traseira do patch panel . 27

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5.4.4. Conectorização em Tomadas Modulares de 8 Vias Conector.

1. Preparação do Cabo: decapar a capa externa cerca de 50mm com o cuidado de não danificar os condutores. 2. Observar a posição final do conector na tomada ou espelho, efetuando a acomodação do cabo. 3. Em um dos lados do conector, posicionar os dois pares dos condutores nos terminais ordenadamente segundo a correspondência de cores. 4. Inserir os condutores com a ferramenta 110 Puch Down Tool na posição de baixo impacto – perpendicular ao conector apoiando-o contra uma base firme e com o auxílio do suporte que acompanha o produto. Com o uso da ferramenta 110 Puch Down Tool as sobras dos fios são automaticamente cortadas. 5. Repetir os passos 3 e 4 com os outros 2 pares para o lado oposto do conector. 6. Acomodar o cabo convenientemente e encaixar as travas de segurança manualmente sobre os terminais. 7. Encaixar o conector na tomada ou espelho e identificar o ponto com os ícones de identificação. Com o conector inclinado, encaixe a trava fixa na parte inferior da abertura do espelho e empurre até a trava flexível ficar perfeitamente encaixada. 8. Após a instalação do conector RJ-45 fêmea, encaixar a tampa de proteção do conector que acompanha o produto (dust cover ).

5.4.5. Blocos de Conexão IDC Nestes blocos são conectorizados, para aplicações em rede local, cabos de 4 ou 25 pares, e são constituídos de uma base que possui um bloco com terminais para conectores do tipo 110IDC e dos próprios blocos de conexão 110IDC, para 3, 4 ou 5 pares.

Blocos de conexão 110 IDC.

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO FCS (PO13-01) 1. Fixar o bloco no Blackboard através de 4 parafusos. 2. No caso dos cabos de 4 pares decapar cerca de 50mm da capa externa dos cabos e organizar o acesso dos condutores até os terminais, cuidando para que o destrançamento não ultrapasse os 13mm. Com o cabo de 25 pares decapar cerca de 254 mm e manter os cuidados anteriores. 3. Inserir ordenadamente os condutores nos terminais (manualmente) observando a codificação de cores e a devida correspondência com o conector 110IDC. Inserir os conectores observando a ordem das cores.

Conexões de um Bloco IDC 110

5.5. SISTEMA ÓPTICO Os dutos e conduítes devem ser preenchidos somente até no máximo de 50% de suas áreas transversais. Esta taxa de preenchimento determina a necessidade de instalar inicialmente cabos com maior número de fibras, prevendo-se futuras ampliações. Recomenda-se o uso de um único cabo com maior densidade de fibras em menos espaço do que múltiplos cabos de poucas fibras. Normalmente é mais eficaz, em termos de custo, instalar um cabo com um número de fibras além do necessário, que puxar cabos adicionais mais tarde. Com é cabo testado antes de sua instalação, evitar a necessidade de manuseio em caso de rupturas do cabo em algum ponto intermediário. Os elementos de tração do cabo devem ser fixados diretamente na camisa de puxamento. Para cabos que possuem um elemento de tração rígido, o revestimento exterior, material de preenchimento, fibras e todos os outros componentes devem ser decapados e dobrados para trás para permitir a fixação do elemento de tração. No caso do elemento de tração ser um fio de aramida (Kevlar, etc.), este pode ser preso diretamente à camisa de puxamento. Para cabos cujos elementos de tração estejam incorporados, ou simplesmente abaixo do invólucro (capa) do cabo, deve ser usado uma camisa de puxamento para puxar o cabo. O valor nominal de tração é a capacidade de um material resistir ao ser puxado. A fibra óptica é feita de vidro e apresenta um valor nominal de tração muito baixo. A camada aplicada na parte externa do revestimento fornece a maior parte da resistência à tração de uma fibra óptica. A carga de tração é a quantidade da força de puxamento aplicada ao cabo. A maioria 29

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dos cabos de fibra óptica internos suportam uma força de puxamento máxima de 68 kgf ou menos. As regras, a seguir, devem ser observadas a fim de evitar carga de tração superior ao valor máximo admissível durante e após a instalação: Não se deve aplicar força bruta durante o puxamento do cabo de fibra óptica. Não dê trancos no cabo, pois pode exceder seu valor nominal de tração. Bater o cabo contra a lateral da via produz uma carga de compressão ou esmagamento no cabo. •

Um puxamento simples nunca deve ter mais que duas alterações de direção de 90°. Use caixas de passagem após duas curvas de 90°. •

A tração deve ser monitorada, durante a instalação, quando for usada uma catraca. Em geral, puxamentos manuais não requerem monitoração. •

Para lançamento de cabos em locais que possuem arestas (cantos), a Furukawa recomenda que o raio de curvatura no lançamento seja maior. O raio de curvatura recomendado durante o puxamento de um cabo de fibra óptica é de 20x o diâmetro do cabo. O raio de curvatura recomendado quando da acomodação do cabo após o puxamento é de 10x o diâmetro do cabo. Cabos puxados através de curvas fechadas na entrada ou saída de um conduite, ou quando saem de uma bandeja de cabos, podem ser danificados. Deve-se tomar cuidado com esse procedimento. É indispensável o uso de polias e guias para manter o raio de curvatura mínimo. Finalmente, ao instalar a fibra óptica na tomada da área de trabalho, certifique-se em deixar pelo menos 1 m de folga na caixa de saída e armazenar o cabo de tal forma que o raio de curvatura mínimo seja mantido. A carga de tração, devido ao peso do cabo, é um problema maior para o cabo de backbone  do que para o cabo horizontal. O peso de um cabo de backbone  típico de 12 fibras criará uma carga de tração de aproximadamente 2,3 kgf/m. Ao instalar um backbone   de fibra óptica vertical, a carga de tração pode ser reduzida iniciando-se o lançamento no topo e passando o cabo para os andares inferiores. A carga de tração deve ser considerada ao determinar o raio de curvatura mínimo no topo da via vertical. Para backbone   vertical recomenda-se que o cabo seja ancorado ou estabilizado a cada andar em suportes adequados para prover somente a sustentação e não o esmagamento do cabo. Quando o cabo tiver que ser emendado, as emendas da fibra óptica não deverão exceder uma atenuação óptica máxima de 0,3 dB. Por exemplo, se estiver sendo usada uma arquitetura de backbone   centralizado com o cabo horizontal emendado ao cabo de backbone , a emenda não poderá introduzir mais que 0,3 dB de atenuação. Para a fibra óptica, utilizam-se os conectores ST ou SC (simplex ou duplex) com atenuação máxima de 0,75 dB para cada emenda. Esses conectores devem manter um mínimo de 500 inserções sem degradação do sinal. O cabo Fiber-Lan  é o cabo mais usado em cabeamento óptico estruturado, a seguir demonstramos a forma correta de fazer sua instalação:

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO FCS (PO13-01) Para remover a capa do cabo usar o cordão de rasgamento que se encontra sob a capa. A partir da ponta do cabo cortar com uma lâmina alguns centímetros de capa para localizar o cordão de rasgamento. Este cordão é um fio que se distingue dos demais por ser colorido. O cordão deve ser usado para rasgar a capa do cabo na extensão desejada. Sempre que for necessário aplicar uma força para puxar o cabo pela ponta, guiá-lo por tubulações ou eletrocalhas, deve-se aplicar esta força a partir do elemento de tração do cabo. Não puxar o cabo pela capa. Observe a foto ao lado: Para o puxamento, o cabo guia deve ser preso no elemento de tração do cabo Fiber-Lan. Em situações onde a ponta do cabo não está disponível, por exemplo, em caixas de passagens intermediárias, o cabo deve ser enrolado, 5 voltas, em um objeto de superfície cilíndrica de diâmetro mínimo de 100 milímetros. O puxamento deve ser feito a partir deste objeto.Não puxar o cabo pela CAPA.

5.5.1. Adaptadores Em cada tomada de fibra óptica deve-se utilizar um adaptador que promove o alinhamento e a junção de dois conectores semelhantes. Caso seja necessário emendar fibras com conectores diferentes, o adaptador híbrido poderá ser utilizado. O adaptador da Furukawa utiliza alinhadores de bronze fosforoso e é compatível com fibra óptica monomodo e multimodo. Estão disponíveis para conectores ST e SC duplex e estão em conformidade com a EIA/TIA 5683 Alinhadores de bronze fosforoso são tão bons quanto os alinhadores de cerâmica. AFurukawa disponibiliza esses dois tipos de adaptadores. A atenuação máxima não deve ultrapassar 0,75 dB para processo de emenda por fusão.

5.6. IDENTIFICAÇÃO Todos os componentes devem ser identificados. Para o TC,MC,WA, etc recomenda-se uma identificação única e para os cabos a recomendação é que ambas as extremidades possuam um identificador.

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO FCS (PO13-01)

Exemplo de identificação dianteira e traseira

A Furukawa recomenda que os caminhos e espaços sejam ambos identificados pois isso facilita os registros sobre capacidade e preenchimento.

5.6.1. Identificadores de Elementos Identificador é uma designação atribuída a cada elemento da infra-estrutura de telecomunicações. Cada elemento deve ter um identificador único. Os identificadores codificados não representam apenas a designação do elemento, mas também fornecem informações sobre ele.

5.6.2. Registros e Ligações Os registros são a coleção de informações sobre um elemento. Por exemplo: um registro de cabo contém informações sobre o cabo (comprimento, tipo, etc.) e também da posição do terminal em cada extremidade. A ligação ocorre quando um identificador de um registro está associado as informações de outro registro. Exemplo: um identificador de cabo também está associado a um registro de posição de terminal para um painel de ligação.

5.6.3. Diretrizes para Etiquetagem Um identificador deve ser aplicado em cada unidade de hardware do terminal. Os espelhos e tomadas das áreas de trabalho podem ser etiquetados tanto no corpo dos espelhos como no próprio conector. As etiquetas podem ser adesivas ou de inserção. As etiquetas devem atender aos requisitos de legibilidade, deterioração e adesão especificados na UL969 (D16).

5.6.4. Código de Cores para Identificação Deverão ser empregadas as recomendações da norma TIA/EIA-606:

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO FCS (PO13-01) Cor

Código Pantone

Laranja

150C

Identifica o ponto de demarcação (Telco)

Verde

353C

Identifica as conexões de rede no lado do cliente

Roxo

264C

Identifica cabos que se originam de equipamentos comuns (PBX, hubs, computadores, modems, etc.)

Branco

Identifica o primeiro nível do backbone (de/para cross-connect principal)

Cinza

Azul

Descrição da Aplicação

422C

291C

Identifica segundo nível do backbone (de/para cross-connect  intermediário) Identifica terminais de cabeamento horizontal (apenas extremidade do gabinete)

Marrom

465C

Identifica terminais de backbone entre edifícios

Amarelo

101C

Identifica terminais de circuitos manutenção, segurança, etc.)

Vermelho

184C

Reservado para circuitos de alarme contra incêndio

auxiliares

(alarmes,

5.7. TESTES 5.7.1. Sistema Metálico Medições de sistemas UTP deverão ser realizadas de acordo com disposto em norma, especificamente na ANSI/EIA/TIA 568. Deverá ser empregado equipamento de medição compatível com o meio a ser testado. •

Level IIe para Categoria 5e



Level III para Categoria 6



Level IIII para Categoria 6A

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE INSTALAÇÃO FCS (PO13-01)

Para medições em enlaces faz-se necessária a utilização de cords   aferidos pelo fabricante do equipamento de medição. Deverão ser seguidas as recomendações do fabricante do equipamento de teste para o manuseio e substituição dos referidos cords .

5.7.2. Sistema Óptico Os parâmetros de teste para fibra óptica são continuidade e atenuação. A continuidade é um teste rápido que assegura que a luz passará de uma extremidade do enlace para outra. Ela não indica nenhum dano ou anomalias na terminação da fibra que possam ter ocorrido durante a instalação. A atenuação é medida em decibéis (dB). A perda em dB de um enlace é determinada medindo a potência óptica inserida em uma extremidade Pentrada, e a potência óptica na outra extremidade Psaída  do enlace. Este teste indica quanta luz passará de uma extremidade do enlace para outra. Os testes de atenuação identificarão quaisquer danos na fibra ou problemas de terminação. Os métodos usados para medição da atenuação do enlace de fibra óptica são referidos como métodos de perda de inserção. Os métodos estão descritos para fibra multimodo na TIA/EIA-526-14, método B, e para monomodo na TIA/EIA-526-7, método A.1. De acordo com o padrão TIA/EIA 5683, um enlace de 90 m deve ter menos que 2,0 dB de atenuação em 850 ou 1300 nm. Para enlaces entre 90 m e 300 m, a atenuação resultante a 850 nm deve ser menor que 3,6 dB e a 1300 nm, deve ser menor que 3,0 dB. Esses números incluem a perda do cabo, o efeito dos adaptadores em cada extremidade do enlace, mais o par conectado adicional (método interconexão) ou a perda da emenda (método emenda) no armário de telecomunicações. Para o método pull-through   descrito no TSB72, a atenuação máxima está limitada a 2,8 dB @ 850 nm e 2,3 dB @ 1300 nm. Os enlaces do backbone   devem ser testados em ambos os comprimentos de onda de operação apropriados para o tipo de fibra óptica instalado. •

850 e 1300 nm para multimodo



1310 e 1550 nm para monomodo

5.8. Administração do Sistema 5.8.1. Registros Os registros do cabo deverão identificar o material de terminação e a posição de cada cabo em cada extremidade. Além destes: •

espaço no qual cada posição de terminação está localizada;



tipo do cabo e comprimento;



tipo de material de terminação e o número de peças.

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data de instalação deverá estar incluída nos registros do cabo.

Os registros do cabo devem ser atualizados para mostrarem todo o trabalho de movimento, acréscimo, alteração efetuado após a instalação inicial. As plantas baixas deverão ser armazenadas, mostrando as localizações de todos os espaços e saídas de telecomunicações. Os desenhos do backbone   deverão ser armazenados, mostrando vistas de elevação de todo o cabeamento de backbone  instalado. Recomenda-se que sejam mantidos desenhos de registro dos elementos da infraestrutura de caminhos e espaços.

5.9. GLOSSÁRIO cabo conectorizado para interligação da tomada na área de trabalho com o Adapter Cable equipamento de telecomunicações (computadores, telefones, fax, equipamentos de automação, etc. para interligação de cabos metálicos de cobre, mediante crimpagem Bloco 110 IDC dispositivo dos condutores e conexão de conectores específicos Cabling

cabeamento e elementos associados

Código PANTONE

código internacional de cores

Consolidation Point

ponto de interligação de cabos metálicos de par trançado, empregado em sistemas do tipo Escritório Abertop (zone cabling)

Cross Connect

ponto de uma rede onde é feito a administração da distribuição de serviços, mediante a interligação entre duas portas de patch panels

Draft 

Norma

Ethernet

de versão preliminar de uma norma, emitida para fins de discussão e orientação de fabricantes sobre novas tecnologias. método de acesso em redes locais, definido pela norma IEEE 802.3, que trabalha, normalmente, com o compartilhamento de banda. Todas as estações compartilham a largura de banda total, que pode ser de 10 Mbps (Ethernet), 100 Mbps (Fast Ethernet) ou 1000 Mbps (ver Gigabit Ethernet). No switched Ethernet, cada estação teria largura de banda total.L

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Gigabit Ethernet

tecnologia Ethernet cuja taxa de transmissão atinge até 1 Gbps. É empregada principalmente em backbones. O primeiro padrão IEEE (802.3z) para Gigabit Ethernet definiu seu uso através de cabos de fibras ópticas multimodo e opera em regime full-duplex à partir do switch à estação ou outro switch e half-duplex usando CSMA/CD num ambiente compartilhado. A norma IEEE 802.3ab (1000BaseTX) prevê Gigabit Ethernet sobre cabos de cobre.

Home page

página Web com informações e endereços para outras páginas contendo informações sobre uma organização ou sobre um certo assunto.

Interconexão

método de ligação de serviços, em que o gerenciamento é feito entre dois dispositivos passivos.

MAN

Metropolitan Area Network: rede de dados dentro de uma certa área geográfica, como uma cidade ou bairro.

Outlet

espelho ou tomada para instalação de conectores junto do usuário, e disponibilização de serviços

Patch Cable

cabo conectorizado empregado na administração de serviços no pontos de interligação (armários de telecomunicações ou salas de equipamentos)

Patch Panel

dispositivo de administração de serviços, composto de um conjunto de sockets , que permite a interligação entre cabos de distribuição e transmissão

Token Ring

tipo de rede local desenvolvido pela IBM (IEEE 802.5). Utiliza método de acesso em anel e permite conectar até 255 nós numa topologia em estrela, com velociodade de 4 ou 16 Mbps. Todas as estações se conectam á um nó central denominado MAU (Multistation Access Unit ), usando um cabo de pares trançados. Redes Token Ring   são mais determinísticas do que redes Ethernet. Isto assegura que todos os usuários tenham acesso regular ao meio de transmissão, ao passo que em redes Ethernet, cada usuário “compete” pelo meio para realizar sua transmissão. de cabo empregado em redes de telecomunicações. Constituído de pares de fios de cobre isolado, sem blindagem contra ingresso de ruído eletromagnético. É o tipo de cabo mais empregado. Unshielded

UTP

WAN

Twisted

Pair:   tipo

Wide Area Network : rede de dados dentro de uma área geográfica ampla, como

um estado ou país

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