Manual Cosac Naify

March 4, 2019 | Author: Ingrid Romão | Category: Books, Quotation Mark, Typefaces, Citation, Writing
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Manual Cosac Naify...

Description

Manual de edição 1.0

1

MANUAL DE EDIÇÃO 1.0

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3

FUNDAMENTOS 7 8 15

Principais etapas Tarefas do preparador Tarefas do revisor

PADRONIZAÇÃO 18

Estilos itálico, versalete, aspas, maiúsculas e minúsculas

28

Elementos extratextuais falso rosto, folha de rosto, sumário, dedicatória, epígrafe, legendas, notas, textos complementares, referências bibliográficas, índice, créditos, página de créditos e ficha catalográfica, lista de títulos da coleção, colofon

77

Texto principal citações, abreviaturas, numerais, nomes próprios, diálogos e falas, obras de arte, filmes

 FERRAMENTAS DE TRABALHO 124

O uso do Word Configurações, barra de ferramentas, macro de limpeza, comandos, atalhos, opções avançadas, índice onomástico

Guia de marcas de revisão Bibliografia e sites de referência referência 146 Etiqueta tipográfica  152 Abreviaturas 137 142

4

Principais etapas PREPARAÇÃO

• Estilo • Padronização editorial • Antecipação de problemas • Correção PRIMEIRA PROVA

Fundamentos

• Verificação e uniformização dos critérios estabelecidos pela preparação • Eliminação dos problemas residuais de estilo e padronização • Correção SEGUNDA PROVA

• Batida de emendas • Problemas tipográficos e gralhas • Correção • Leitura de orelha e 4a. capa • Índice onomástico/ remissivo

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7

ANTES DA LEITURA

Antes da leitura

Tarefas do preparador Corrigir e padronizar o texto, zelando pelo estilo e pela clareza, resolvendo problemas de tradução e de edição, de modo que o texto preparado e todos os elementos do livro estejam conforme este manual. O arquivo de Word preparado deve prefigurar o livro pronto em todos os detalhes (padronização, hierarquia e qualidade do texto). Esta etapa da edição deve ser feita em diferentes leituras, para trabalhar o texto em camadas e da maneira mais aprofundada possível, de modo que os revisores de prova se ocupem sobretudo de pastéis, gralhas e questões tipográficas. O preparador tem como interlocutor direto o editor; seus interlocutores indiretos são o autor e o tradutor. Um relatório deve ser enviado ao editor no final do trabalho. A seguir estão listados alguns pontos fundamentais.

1

Certifique-se de que recebeu o arquivo correto e a edição original recomendada. O livro deve estar completo, reunido num único arquivo, com exceção das legendas.

2

Verifique se a editora executou a macro de limpeza de arquivo, sem controlar alterações,  para eliminar espaços duplos, substituir os travessões e corrigir outras sujeiras tipográficas. Jamais faça isso durante a leitura.

3

Verifique se a editora executou a macro do Novo Acordo Ortográfico, sem controlar alterações. Fique atento para possíveis alterações em nomes próprios e palavras estrangeiras. Aprenda a usar atalhos do Word para agilizar o trabalho.

8

4

Configure o seu computador conforme as instruções deste manual; ver item “O uso do Word”.

5

Defina a hierarquia e padronize, antes da leitura e um de cada vez, os elementos extratextuais (títulos, intertítulos, epígrafes, créditos de textos, legendas, tabelas etc.); em sucessivas buscas automáticas, percorra o arquivo de cabo a rabo, para se familiarizar com a estrutura do livro e reconhecer de maneira panorâmica a hierarquia, as subdivisões, tipo de linguagem, volume de notas e citações etc.

6

Monte ou corrija o sumário.

9

DURANTE A LEITURA

7

Antes de começar a ler, elimine todos os problemas de formatação, sem marcas de alteração, para que a sua atenção durante a leitura esteja concentrada exclusivamente no texto.

Durante a leitura 1

Divida o trabalho em duas etapas para torná-lo mais rápido e prazeroso. Na primeira leitura, mais lenta, faça checagens minuciosas, recorrendo a buscas automáticas para uniformizar os critérios; na segunda leitura, priorize a beleza e o estilo e verifique a consistência da padronização feita na etapa anterior.

2

Complete a batida de parágrafos inicial conferindo os períodos no interior de cada parágrafo; os saltos devem ser informados em comentário, com indicação da página do original. Não traduza, exceto trechos muito curtos, sempre sinalizando em comentário.

3

Utilize quebras de página ou de seção para abrir página. Jamais pule linhas em branco para fazer surgir uma quebra de página. A quebra de seção é utilizada para que a numeração de notas reinicie a cada capítulo.

O arquivo preparado não deve ter marcas de alteração de formatação como entrelinha, defesa de parágrafo, fonte, corpo, espaço duplo, idioma etc. Apenas correções e estilos devem permanecer com marcas. 8

Bata os parágrafos com o original e informe ao editor os saltos encontrados.

9

Aponte de antemão questões específicas (necessidade de revisor técnico, orientações especiais, necessidade de suprimir ou incluir notas, omissões deste manual, livros de referência específicos, problemas graves etc.).

10

Cheque nomes próprios e padronize-os em todo o texto, com buscas automáticas. Se houver correção sistemática ao longo do livro, não utilize marcas de alteração. Utilize o banco de nomes da editora.

11

Em livros com bibliografia, pesquise e complemente (entre colchetes) as datas originais e as edições brasileiras das obras citadas.

12

Em livros de referência, pesquise as datas de nascimento e morte dos personagens históricos citados, para incluí-las entre colchetes na primeira ocorrência.

10

11

DURANTE A LEITURA

Quebras de página [ Ctrl + Enter ] ou quebra de seção [ Inserir/ Quebra/ Tipos de quebra de seção/ Próxima página

4

5

Procure observar o registro do autor (vocabulário, sintaxe, pontuação etc.). Antes de condenar determinada construção, grafia ou uso, considere obras de grandes autores brasileiros da mesma época, usando ferramentas como o GBooks.

9

Comente o texto e interrogue o autor/ tradutor de maneira concisa e objetiva, porém minuciosa; não é necessário  justificar emenda por emenda. As emendas devem ser claras e autoexplicativas.

10

Evite comentários vagos, imprecisos ou sem embasamento, do tipo “acho que”, “parece que”, “pode parecer que” etc.

11

O preparador deve fornecer informações e soluções concretas para que o editor tome uma decisão.

12

Esteja atento à linguagem usada nos comentários e na comunicação com a editora; tenha em mente que seus comentários poderão ser encaminhados ao autor, tradutor, organizador etc.

13

Inclua nos comentários a numeração de página do trecho original que está comentando, para facilitar a localização.

14

Elimine os recados deixados pelo autor ou tradutor no corpo do texto; se não puder resolvê-los, passe-os para comentários, inseridos com a ferramenta do Word.

15

Não faça diretamente no texto emendas que alterem o sentido e que não tenham respaldo no original. Se a emenda altera o sentido e foi feita diretamente no texto, sem comentários, parte-se do pressuposto de que ela tem respaldo no original.

]

Não duplique o arquivo em diferentes versões, nemmantenha um arquivo paralelo para dúvidas ou checagem. Todas as observações devem estar concentradas num único ar quivo, em comentários. Consulte pelo menos os três dicionários recomendados pela editora: Caldas Aulete, Houaiss e Aurélio, além do Volp  e outros livros de referência. Se for o caso, peça à editora dicionários específicos. Quando necessário, copie trechos de verbetes nos comentários, para justificar uma troca de palavra ou uma nuance de significado; privilegie obras de referência impressas e consagradas. Use fontes na internet, especialmente o Google e a Wikipedia, com extremo critério.

6

No primeiro comentário, mencione quais foram os principais livros de referência utilizados.

7

Evite jargão de gramática e tom professoral nos comentários; o autor ou o tradutor  não têm a obrigação de saber o que é um “objeto direto preposicionado” ou uma “oração subordinada adjetiva explicativa reduzida de gerúndio”.

12

8

13

TAREFAS DO REVISOR

16

Exponha sua dificuldade em comentário em vez de dar soluções improvisadas, mesmo que soem plausíveis.

17

Não polua o arquivo com marcas de revisão inúteis. Por exemplo: ao trocar apenas uma ou duas letras numa palavra, não delete e redigite a palavra inteira (“as construções feitosfeitas”); faça apenas as alterações necessárias (“as construções feitaos”).

18

Ao encontrar um erro, faça buscas para verificar se ele se repete em outras passagens: muitas vezes o mesmo erro aparece mais de uma vez.

19

Marque repetições com marca-texto verde, e sugira alterações quando for pertinente.

Tarefas do revisor

veja o guia de marcas de revisão

Assim como na preparação de texto, a revisão de provas precisa ser dividida em diferentes etapas. Um relatório final com dúvidas e pendências deve acompanhar a prova.

Antes da leitura 1

Cheque o sumário, corrigindo a numeração de páginas e alterações no título dos textos. O sumário deve indicar a página de abertura, onde consta o título. Se houver textos faltantes, marque-os no relatório.

2

Confira, um por um e de uma só vez, todos os títulos de capítulo; os intertítulos; as páginas de abertura de parte; as epígrafes; os cabeços; os números de páginas; as legendas etc., – todos os elementos do livro que não pertencem ao texto principal.

3

Faça uma checagem em conjunto das notas de rodapé ou de fim, atentando para a numeração (que deve reiniciar a cada capítulo), para o padrão de asteriscos ou números; para a identificação do autor das notas – [ n. t.], [n. e.] etc. Ao anotar em provas, observe com rigor a linguagem de revisão e a etiqueta tipográfica, ver “Ferramentas de trabalho”

4

14

Em segunda ou terceira prova, faça a batida de emendas da prova anterior antes da leitura: um número significativo de erros decorre de emendas malfeitas e não conferidas. Marque, na prova anterior, as emendas feitas corretamente com um “tick”; as emendas não feitas ou truncadas devem ser marcadas com um X na prova anterior e corrigidas na nova prova. 15

Durante a leitura 1 2

Ao conferir cada emenda, leia a frase na íntegra. Obedeça o seguinte código de cores: 1 : emendas da prova anterior  AZUL: suas emendas LÁPIS: sugestões mais livres, comentários e observações  VERMELHO

3

Emendas a lápis não serão compostas, exceto se validadas a caneta.

4

O lápis pode ser usado para justificar ou comentar uma emenda feita a caneta.

2

Padronização

Capriche na caligrafia: o designer não tem a obrigação de saber que o seu 7 parece um 4. Diferencie claramente minúsculas de maiúsculas: as emendas serão feitas tal e qual você anotou, mesmo que pareçam erradas. Não deixe rasuras. 5

Use marca-texto para realçar repetições, termos a serem checados, construções abstrusas etc., sugerindo soluções a lápis. Marque também as chamadas de notas. 3

6

Adote um código de cores de marca-texto para emendas recorrentes no mesmo trecho (por exemplo, trocar aspas redondo por itálico cAb). 4

7

Ao fazer remissões ao original, à prova anterior ou à própria prova, sempre inclua a lápis o número de página e/ ou a palavra correspondente, para facilitar a localização. Se avaliar que o estilo do texto ainda precisa ser trabalhado, consulte a editora antes de começar.

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ITÁLICO

1 ITÁLICO O itálico é utilizado para dar destaque aos seguintes elementos do texto:

Estilos 1  Itálico 2 Versalete 3  Aspas 4 Maiúsculas e minúsculas

1.1 Títulos de livros, periódicos, filmes, peças e obras de arte Se o título contiver uma palavra que normalmente seria padronizada em itálico, o destaque deverá ser transposto para aspas, ou então simplesmente retirado, de modo que o itálico seja empregado exclusivamente para demarcar o título em questão. Assim, escreveremos Viena fin-de-siècle

e não Viena fin-de-siècle;

1.2 Palavras estrangeiras Identificar o universo de palavras estrangeiras que devem efetivamente ser destacadas em itálico: num livro de design, não faz sentido pôr em itálico palavras como design, layout, site etc.

*

Palavras estrangeiras dicionarizadas devem entrar em redondo, mesmo que os dicionários grafem em itálico

Lingerie, rock’n’roll, site, office-boy etc.;

Estabelecer um universo de palavras específico do campo do conhecimento do livro, para que não sejam destacadas em itálico. A avaliação geral do uso de itálicos poderá ser feita

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ESTILOS

IITÁLICO

pelo preparador antes da leitura, e a padronização, por busca automática. ,

O Panchito era anão e fumava Pall Mall. [Só para fumantes]

1.2.1 Checagem das palavras estrangeiras

Padronizadas em itálico ou em redondo, todas as palavras estrangeiras do livro devem ser checadas pelo preparador em bons dicionários do idioma original. O Volp contém, na edição em papel, uma lista de palavras estrangeiras comuns em português. Línguas que exigem transliteração, como árabe, russo, japonês, chinês, tupi etc., devem passar pela checagem de um especialista.

1.3 Expressões latinas Mesmo que muito usuais, devem ser grafadas em itálico, exceto abreviaturas bibliográficas. 1.4 Ênfase estilística Muitos escritores adotam o itálico para sublinhar expressões e palavras importantes.

1.2.2 Palavras estrangeiras e aportuguesamento

De maneira geral devem ser aportuguesadas formas como whisky , surf  , garçon: uísque, surfe, garçom. No entanto, é preciso avaliar a conveniência em adotar uma forma aportuguesada para palavras tradicionalmente grafadas em língua estrangeira: formas como “cupão”, “delicatéssen”, “garção”, “motobói”, todas registradas por bons dicionários, devem ser evitadas em favor de grafias menos lusitanizantes (cupom, delicatessen, garçom e motoboy). É preciso verificar a grafia mais usada, consultando pelo menos três dicionários: p. ex., o Houaiss não registra “delicatessen”, apenas “delicatéssen” e “delikatessen”; a forma mais usual, “delicatessen”, está registrada apenas pelo Caldas Aulete. Em autores brasileiros clássicos, como Manuel Bandeira, o uso de palavras estrangeiras que atualmente têm equivalente em português (como flirt, football, chauffeur) deve ser mantido, pois tem sabor característico e/ou contém informação histórica relevante. Na dúvida, consulte o editor e/ou organizador da edição.

* 20

De qualquer modo, não sendo mais comunicável de modo positivo nem socialmente reconhecível, o bem subsiste como algo que só o indivíduo pode, diante de si mesmo, conceber e perseguir. [Da poesia à prosa]

Em tradução, sobretudo do inglês, para ter o mesmo efeito a ênfase muitas vezes acaba recaindo em outra palavra, diferente do original.

Os nomes próprios estrangeiros devem seguir a padronização para nomes próprios (redondo, cAb). Não devem, portanto, ser destacados em itálico. 21

ESTILOS

VERSALETE

1.5 Nomes de embarcação, nave ou aeronave Vão em itálico os nomes de naves, embarcações, aviões etc.:

como fazer

Clique duas vezes na palavra a s er formatada; use o atalho [Shift+F3] para alternar a palavra para letra minúscula e, em seguida [ Ctrl+Shift+K].

Titanic, Apollo 11, 14 Bis.

Não confundir o nome com marca ou modelo (que devem ser mantidos em redondo): O Air Force One é um Boeing 737

2.1 Números romanos i, ii, v, xx, cv, mxmiii.

Francisco i; século  xvii

1.6 Créditos e datação de textos Para diferenciar do corpo de texto, o itálico pode ser usado na assinatura, créditos de tradução e na identificação de data e local: Buenos Aires, 2 de novembro de 1940 

[A invenção de Morel ]

1.7 Dedicatórias e epígrafes Embora a padronização de dedicatórias e epígrafes possa variar conforme o projeto gráfico e as coleções, o preparador deverá padronizá-las sempre em itálico.

2.2 Palavras, siglas e abreviaturas Siglas de três letras como mec, mam, cbn devem ir em versalete. As siglas de quatro letras lidas separadamente como ibge, também vão em versalete. Já as lidas como palavras devem ir em cAb: Funarte, Sesc, Fifa, Masp, Moma, Cobra, Fapesp, Cebrap, Edusp. já!, hms, onu, cpi.

*

Não se usa versalete para uma única letra.

Cromossomo Y. Raios X.

2 VERSALETE Versaletes são letras em maiúscula, em redondo, com altura de minúscula.

22

“O assassino havia deixado um A sangrento na parede.”

2.3 Trechos no corpo do texto grafados exclusivamente em maiúsculas. Ele abriu o jornal e leu uma manchete chocante: “ fidel castro morreu”. Logo abaixo “Fulgêncio Batista é o novo presidente”.

23

ESTILOS

*

Palavras e trechos em itálico não vão em versalete.

MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS

“‘Pode voltar quando quiser’, foi o que ele disse quando eu estava saindo.”

O jornal OESP  criticou a onu. [Ironweed ]

2.4 Fonte sem versalete

Em textos com fonte cuja família não tem versalete, prefere-se o uso de maiúsculas XXIX Bienal Internacional de Arte de São Paulo

E não ���� Bienal Internacional de Arte de São Paulo

3 ASPAS Usam-se aspas para: - Título de artigo, poema, seção, que faça parte de um todo; - Citação de livro, poema etc. quando no corpo do texto, não importa o tamanho (uma palavra, três frases…); - Sugerir mudança de significado, trocadilho, expressão, neologismo;

*

4 MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS Há grande variedade de critérios adotados por autores, editores, manuais e livros de referência no que diz respeito ao uso das maiúsculas. No dicionário Houaiss, por exemplo, diversos verbetes (como “estado”, “carnaval”, “renascença”) trazem a indicação: “Obs.: inicial maiúsc.” ou “obs.: inicial por vezes maiúsc.”, ou “Obs.: inicial freq. maiúsc.”. Nesses casos, o preparador deve ponderar, se necessário junto ao editor, sobre a conveniência de seguir à risca o padrão do Houaiss, ou algum uso idiossincrático do autor (“igreja” em cb, por exemplo). Para todos os efeitos, valem os padrões listados abaixo, exceto orientação em contrário. Notação em provas: cb – caixa baixa cA – caixa Alta; cAb – caixa Alta e baixa

Na padronização de aspas, atenção aos critérios sobre pontuação e letras maiúsculas. Evitar aspas inúteis, por exemplo em gírias já incorporadas; aspas mal empregadas podem conferir sentido irônico não desejado.

Usar sempre “aspas normais”, curvadas, em vez de “aspas inglesas”, retas. O mesmo vale para apóstrofo e aspas simples. Quando for preciso usar aspas dentro de uma citação que está entre aspas, a citação interna irá entre aspas simples:

24

*

Usam-se aspas e itálico apenas em citações em língua estrangeira.

4.1 Palavras compostas Nas palavras compostas por hífen, a primeira letra de cada palavra que a compõe deve ser maiúscula: “a Pré-História”, “o Navio-Fantasma” etc. 4.2 Conectivos, artigos e preposições Neste manual, quando se fala em padronizar um texto em cAb presume-se que os conectivos, artigos e preposições sejam mantidos em cb: 25

PADRONIZAÇÃO

Cabeza de Vaca

4.3 Em citações Em princípio não deve ser alterada a padronização das maiúsculas em textos citados, mesmo que às vezes isso implique diferença em relação ao padrão adotado no livro.  Na dúvida, consulte o editor. 4.4 Por contaminação de outros idiomas Os usos específicos das maiúsculas em outros idiomas podem, por contaminação, passar para o texto traduzido;

*

MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS

No entanto, quando se trata de uma data comemorativa, como o 11 de Setembro (atentado às torres) ou Maio de 68, o mês deve ficar em cAb. 4.7 Ênfase estilística A cAb é utilizada como recurso de ênfase por ficcionistas e poetas, para obter efeito solene, irônico, simbólico etc., ou na filosofia, para marcar conceitos-chave: O Belo é, de fato, nada mais que belo? E o Feio é pura e simplesmente feio? [Da poesia à prosa ]

O preparador deverá observar a incidência desse erro para corrigi-lo.

Inglês: o nome dos meses e dos dias da semana, bem como a

nacionalidade das pessoas são escritos em cAb: “A Brazilian student”, “January” Alemão: todos os substantivos começam com maiúsculas.

4.5 Em citações entre aspas As citações entre aspas precedidas por dois pontos começam obrigatoriamente em cAb: A primeira violência se fez ao seu pudor: “Todos nós estávamos nus,

4.8 Etnias, tribos Para designar etnias e povos indígenas, use sempre em cAb, no singular; como adjetivo, em cb: Ver “Nomes próprios” 4.9 Termos geográficos e astronômicos Vão em cAb quando designam lugar, região, ou corpo celeste específico, e em cb quando não constituem nome próprio. Ver “Nomes próprios” 4.10 Termos religiosos, governamentais, institucionais, militares e históricos Ver “Nomes próprios”

as portas abertas, e eu tive muito pudor”.

4.11 Disciplinas e campos do conhecimento Ver “Nomes próprios” 4.6 Datas Meses do ano são sempre em cb:

4.12 Estilos, escolas e movimentos artísticos Ver “Obras de arte”

4 de janeiro

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27

Elementos extratextuais Falso rosto 2 Folha de rosto 3  Sumário 4  Dedicatória 5  Epígrafe 6 Legendas 7  Notas 8 Textos complementares 9 Referências bibliográficas 10  Índice 11  Créditos 12 Página de créditos e ficha catalográfica 13 Lista de títulos da coleção 14  Colofon 1

28

Tanto o revisor como o preparador devem checar os elementos extratextuais antes de começar a leitura, um de cada vez: primeiro, todos os títulos de capítulo; todos os intertítulos; todas as legendas e assim sucessivamente. Isso pode ser feito com buscas no Word, procurando determinados formatos (por exemplo, negrito, fonte, corpo etc.) ou quebras de página e s eção [ na busca do Word, ^m e ^b ]. A padronização inicial também serve para a confecção do sumário (tarefa do preparador) e batida do sumário (tarefa dos revisores). E é importante para que o preparador e o revisor tenham a estrutura do livro em mente antes mesmo de começar a leitura. Partindo do princípio que o corpo de texto deve estar formatado em Times New Roman, corpo 12, os elementos extratextuais deverão ser padronizados em relação a ele: títulos de capítulo em corpo 14, negrito cA na primeira palavra; subtítulos em corpo 12, negrito cA na primeira palavra; dedicatórias notas e créditos, em corpo 10; epígrafes em corpo 9.

*

Observações gerais  • Em legendas, créditos e notas pode-se adotar abreviaturas e outros recursos para economizar espaço. • Sugerimos o recurso de estilos do Word para unificar os elementos extratextuais antes da leitura. Peça à editora os modelos de estilos.

29

ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

SUMÁRIO

1 FALSO ROSTO

NELA

Tradução manuel bandeira

Entra apenas o título do livro. O arquivo preparado já deve conter o falso rosto.

Tradução Fábio de Souza Andrade

QUI

Billy Budd

Billy Budd

EU  PRI

Fotografias Vicente de Mello

Herman Melville

Ilustrações Guazelli Prefácio Bernardo Carvalho Ensaio

ILUSTRAÇÕES  DANIEL BUENO

TRADUÇÃO  MARIA APARECIDA BARBOSA POSFÁCIO MARCUS MAZZARI

Cesare Pavese Tradução Alexandre Hubner  2

[A janela de esquina do meu primo ]

 .a edição, revista

3 SUMÁRIO ioloBILLY 1indd.indd

1

[Falso rosto] 1 /16/0

6:30 P

ioloBILLY1indd.indd

1 /16/0

6:30P

ioloBILLY 1indd.indd

3

[Folha de rosto]

2 FOLHA DE ROSTO

1 /16/0

6:30 P

Deve oferecer uma visão do conteúdo e da hierarquia do livro. Nenhuma parte pode ficar de fora ou ser incluída de maneira vaga ou genérica. Num livro com apêndice, por exemplo, os diferentes elementos que fazem parte dele devem constar do sumário:

Entram o nome do autor, título, subtítulo e, na ordem estabelecida pelo editor: os créditos de tradução, ilustração, organização, texto introdutório, outros textos, e imagens, além do logotipo da editora. Observe a padronização da coleção quanto a itálicos, negritos etc. No crédito de tradução, organização e fotografias, a partícula “de” deve ser preferencialmente eliminada, adotando-se diferenciação tipográfica ou quebra de linha para separar o nome:

1 41

A escultura surrealista de Maria Martins: 1940-50 ������� �. �������

103 Criaturas híbridas ���� ����

125 Tecendo nexos ���� �������

245 Escritos de Maria Martins: 1958-65 �������� �������

2

tradução Maria Aparecida Barbosa 12

ilustrações Daniel Bueno

Cronologia

12

Bibliografia

12

 Agradecimentos

12

 Sobre osautores

[Maria]

30

31 •

a ri a _ i o lo - e dti e d i.i t n dd

1 1

:

ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

DEDICATÓRIA

O sumário deve ser elaborado pelo preparador, que antes da leitura deve conferi-lo com as aberturas de cada capítulo. Ao final da leitura, deve ser feita nova batida. Os revisores de primeira e segunda prova devem atualizar a numeração das páginas. O número de página no sumário deve corresponder à página de abertura, onde consta o título.

Em uma obra de ficção, os títulos dos capítulos podem não figurar no sumário; consulte o editor.

O objeto do desejo  por Bernardo Carvalho, 

billy budd, 

 A palavra “sumário” não deve constar na página. Apêndice O baleeiro literário  por Cesare Pavese,

Em livros de não-ficção, serão incluídos no sumário o título de cada parte e capítulo, com seus respectivos números. 9

Prefácio Introdução

89

CAPÍTUL O  1  Pós-mod

91

95 101 108 115





[Billy Budd ]

Agradecimentos

15

11

Sugestões de leitura,

ernismo: as respostas da arquitetura à crise do modernismo

Complexidade e contradição em arquitetura : trechos selecionados de um livro em preparação ( ) robert venturi O pós-funcionalismo (1976) peter eisenman Argumentos em favor da arquitetura figurativa (  ) michael graves A pertinência da arquitetura clássica ( ) demetri porphyrios Novos rumos da moderna arquitetura norte-americana: Pós-escrito no limiar do modernismo () robert a.m.stern

127

CAPÍTUL O  2

129

Semiótica e arquitetura: consumo ideológico ou trabalho teórico ( )

141

Um guia pessoal descomplicado da teoria dos signos na arquitetura (  )

Semiótica e estruturalismo: o problema da significação

-1

diana agrest e mario gandelsonas geoffrey broadbent

163

CAPÍTUL O  3

165

Uma arquitetura onde o desejo pode morar ( ) – Entrevista de jacques

O sumário deve ser econômico e por isso normalmente não inclui intertítulos e outros subitens. Para não poluir um sumário “limpo” – por exemplo, o de um romance – o título completo de prefácios ou posfácios pode ser omitido, entrando apenas a palavra “Prefácio”, “Prólogo” etc., e o nome do autor, quando ele não é o autor do livro. Para elaborar o sumário com agilidade, sugerimos o uso do divisor de janelas do Word. O uso dos estilos e índice do Word também é uma opção na confecção do sumário. .

1

1

:

4 DEDICATÓRIA

Pós-estruturalismo e desconstrução: os temas da originalidade e da autoria

Padronize as dedicatórias em corpo 10, itálico, alinhadas à direita.

derrida a eva meyer 172 177 183 188

Arquitetura e limites i () bernard tschumi Arquitetura e limites ii () bernard tschumi Arquitetura e limites iii () bernard tschumi Introdução: Notas para uma teoria da disjunção arquitetônica ( )

 A Paula de Parma

[Doutor Pasavento ]

bernard tschumi

191 199

A arquitetura e o problema da figura retórica ( ) peter eisenman Derrida e depois ( ) robert mugerauer

[Uma nova agenda para a arquitetura – antologia teórica (1965-1995)]

32

33 1

.

1

ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

EPÍGRAFE

Edição Cosac Naify:

5 EPÍGRAFE O preparador deve checar com rigor as epígrafes do livro, mas não deve retirar seu caráter de citação livre, mais informal do que as demais citações incluídas no livro. 5.1 Epígrafes em prosa As epígrafes em prosa devem ser padronizadas pelo preparador de texto conforme o projeto do livro ou o padrão da coleção; ou então, na ausência destes, com a seguinte formatação: Texto em itálico, corpo 9, entrelinha simples, sem aspas . Crédito em redondo, alinhado à direita

 A glória ou o mérito de certos homens consiste em escrever bem; o de outros consiste em não escrever.

Jean de la Bruyère

5.2 Epígrafe em verso As epígrafes em versos devem ser padronizadas levando em conta as quebras dos versos no original. Texto em itálico, corpo 9, sem aspas, entrelinha simples, alinhado à esquerda. Crédito em redondo, alinhado à direita

Les yeux voient seulement ce que l’esprit est preparé à comprendre.

Henri Bergson

Kennst du das Land, wo die Citronen blühen, Im dunkeln Laub die Gold-Orangen glühen, Kennst du es wohl? – Dahin, dahin! 

*

Möcht ich… ziehn! 

As epígrafes em prosa não devem ter quebras forçadas. Cuidado para não seguir as quebras da edição original, o que daria ao texto em prosa a aparência de um poema.

Quebras da edição original: La gloria o el mérito de cierto hombres consiste en escribir bien; el de otros consiste

Goethe

É importante também observar o alinhamento original dos versos: é um erro centralizar ou alinhar à direita versos que foram originalmente escritos com alinhamento à esquerda. Epígrafes de apenas uma linha, no entanto, devem s er alinhadas à direita:

en no escribir. jean de la bruyère

Oh! souvenirs! printemps! aurores! 

V. Hugo

34

35

ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

LEGENDAS

6 LEGENDAS

Em caso de textos já estabelecidos, mantenha a epígrafe rigorosamente igual à edição canônica, mesmo que ela abrevie o nome do autor, como no exemplo acima.

Conforme o projeto, as legendas de imagens podem ser meramente informativas/ descritivas ou podem ser analíticas.

5.3 Epígrafe e tradução As epígrafes só devem s er traduzidas se na edição-base estiverem no mesmo idioma em que o livro foi escrito; se estiverem em outro idioma, devem ser checadas numa boa edição e mantidas na língua original, eventualmente com a tradução em nota de rodapé. Sarmiento, por exemplo, cita Shakespeare em francês, informação significativa:

O chiclete também foi outro produto a passar da manufatura para a produção industrializada. Os barris da goma “crua”, prestes a serem transportados para as refnarias, são

coisa do passado. Hoje, as fábricas, automatizadas e modernas, produzem chicletes de qualquer cor e cada vez mais elásticos e resistentes. Elas também embalam de maneira mais prática, permitindo que os chicletes sejam encontrados em máquinas nas estações de metrô. A imagem abaixo mostra a primeira delas em Nova York.

Que cherchez-vous? Si vous êtes jaloux de voir un O general Santa Anna comparou a goma que tinha nas mãos, que em náuatle se chama de chictli , à resina de aroeira

assemblage effrayant de maux et d’horreurs vous l’avez trouvé.

.

Shakespeare

[Mil Folhas]

.

[Facundo ]

. .

Se a epígrafe é citada no mesmo idioma em que o livro foi escrito, o preparador deverá checar se há uma boa edição brasileira do texto da epígrafe e substituí-la, conforme o procedimento habitual para citações, sem no entanto incluir nota de rodapé. Não se costuma dar crédito da edição ou da tradução de epígrafes. Se a epígrafe não tem boa tradução brasileira, evite a triangulação: pesquise o texto original e procure um especialista. O crédito, no final do livro, pode ser redigido da seguinte maneira:

. .

. . .

. . .

.

[A África fantasma]

O trecho da Epístolas morais a Lucílio, de Sêneca (p. 91) foi traduzido por João Angelo Oliva Neto. [Suicídios exemplares ] _

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de mascar feita de c era de abelha. Voltou correndo para a loja com a ideia de transformar o chictli  em… chiclete.

.

As legendas devem seguir para o preparador num arquivo à parte, para checagem com as informações do corpo de texto. O preparador também deve ter, quando possível, acesso à imagem para bater a legenda com o conteúdo da figura.

37

1

: 1

ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

LEGENDAS

O preparador deverá avaliar quais informações da legenda eventualmente poderiam ir para a página de créditos das ilustrações (por exemplo, incluir detalhes como dimensões só é útil em livros de arte, design e arquitetura). Ver “Créditos”. Em legendas é recomendável recorrer a abreviaturas e formas sintéticas que são evitadas em texto corrido, como “séc.”, “eua”, cm. Apenas quando necessário, inclua orientações para leitura da imagem entre parênteses ou colchetes, cuidando para que o padrão adotado seja coerente em todo o livro:

����� �������, Sûr doute [Dúvida certa], 1947, bronze, 42,5 × 42,5 × 5 cm, col. Flávio Shiró, Paris.

����� �����, Blackburn,  Song of an Irish Blacksmith [Blackburn, canção de um ferreiro irlandês], 1949-50, aço e bronze sobre base de mármore, 117 × 103,5 × 58,1 cm, espólio David Smith.

(da esq. para a dir.) (dir.) ������� �����, Portrait of Lucian

(de chapéu)

Freud on Orange Couch [Retrato de Lucian Freud sobre sofá laranja], 1965, óleo sobre tela, 156 × 139 cm, col. particular, Londres.

*

A legenda deve ter ponto final sempre que houver pontuação interna ou quando se tratar de uma frase.

����� �������, L’Huitièmevoile [O oitavo véu], 1949, bronze polido, 103,5 × 132 × 94 cm, col. Geneviève e  Jean Boghici, Rio de Janeiro.

[Maria]

_

-

.

1

17 1

[à direita, em sentido horário] Brasília, nova capital federal; Situação do Distrito Federal na região; Jazidas minerais e parques regionais; Cinta verde [ Green

Belt] e seu agenciamento

38

.

39

ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

NOTAS

7 NOTAS Antes da leitura, o preparador deverá conversar com o editor para fixar os critérios de supressão/ inclusão de notas. Procure sempre avaliar a pertinência das notas. Notas do editor e do tradutor só devem entrar para esclarecer informações essenciais para a compreensão, às quais o leitor não teria fácil acesso. Notas para apontar problemas de tradução, expressões “intraduzíveis” etc. só devem ser incluídas em último caso: é desejável resolver os problemas todos no corpo do texto. Havendo necessidade de incluir uma nota, ela deverá ser sucinta. Simples notas do tradutor não justificam o crédito “Tradução e notas” na página de rosto. O crédito autoral para as notas só entra na página de rosto se constituírem um aparato editorial encomendado pela editora.

*

[Origem e destino ]

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Se o arquivo vier do autor ou do OCR com as notas em documento à parte ou no corpo do texto, o preparador deverá inseri-las com a ferramenta de notas do Word, recortando e colando o texto, sem controlar alterações, antes da leitura.

7.1 Notas de fim ou de rodapé Conforme a coleção e o livro que você estiver trabalhando, determine com o editor onde serão inseridas as notas. As notas de rodapé têm utilidade imediata na leitura: em geral são do tradutor ou do editor, dão conversões de medidas ou são digressões e comentários do autor. Podem ser de referência bibliográfica em coletâneas de textos. As notas de fim são essencialmente de referência bibliográfica e informações secundárias.

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ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

NOTAS

como fazer

Para inserir uma nota no Word, clique em [Inserir/Referência/ Nota ], com o cursor exatamente no ponto em que ela deve entrar. Jamais deve haver espaço antes da chamada da nota e esta deve vir sempre depois da pontuação.

Selecione no menu se ela é “de fim” ou “de rodapé”. Se for preciso converter as notas de fim em notas de rodapé ou vice-versa, clique em [ Inserir/ Referência/ Notas/ Converter ].

Repetir o mesmo procedimento para outros sinais de pontuação, como ponto de interrogação < ^f? >, ponto de exclamação < ^f! >,  parêntese fechando < ^f) >, travessão < ^f− >. Esse procedimento pode ser realizado manualmente ou utilizando opções avançadas do Word, ver “O uso do word” . 7.3 Notas numeradas ou com asteriscos Num livro com notas de rodapé pouco numerosas (menos de uma por página), elas podem ser padronizadas com asteriscos, no pé da página. Se for o caso, o preparador pode diferenciar as notas do autor e do tradutor, utilizando asteriscos para as notas do autor e números para as notas do tradutor, sobretudo em livros de ficção.

7.2 Notas e pontuação As chamadas de nota sempre entram logo após a pontuação, jamais antes. Entregar a preparação com notas na posição errada em relação à pontuação é um erro grave. Essa padronização deve ser feita obrigatoriamente antes da leitura, em buscas no Word. Localizar

Exemplo

Substituir por

Exemplo

,

vírgula + chamada de nota

,1

1

.

ponto + chamada de nota

.1

1

;

ponto e vírgula + chamada de nota

;1

como fazer

Clique em [ Inserir/ Referência/ Notas/ Nota de rodapé Símbolo ]. Escolha asterisco.

^f,

chamada de nota + vírgula

1

^f.

chamada de nota + ponto ^f;

chamada de nota + ponto e vírgula

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*

Jamais deve haver espaço antes de chamadas de notas. Elimine os espaços manualmente, ou com opções avançadas do Word.

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ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

NOTAS

7.4 Numeração das notas A numeração das notas deve reiniciar a cada novo capítulo. Para isso, ao abrir página é preciso usar quebras de seção (e não de página). como fazer

Clique em [Inserir/ Referência/ Notas/Opções/ Reiniciar a cada seção/Aplicar]. Em provas, anote no início de cada capítulo: “Renumerar notas”.

Ao identificar as notas, não abrevie nomes: procure utilizar apenas as abreviaturas em versalete e colchete, com espaço entre as letras: [ n. t.], [n. e.] e [n. o.] . O designer substituirá o espaço por espaço fino. Em princípio as notas do autor não devem ser identificadas. Se as notas do tradutor forem numerosas, a identificação pode ser feita apenas na primeira, sobretudo em textos de ficção:

 bebido muito chá taberna, aproximou-se dela, fez o sinal da cruz e deu-lhe um copeque. A prisioneira ruborizou-se, inclinou a cabeça e falou alguma coisa. 1

1 Natural da Chuváchia, região da Rússia. [Todas as notas numeradas são do tradutor]

[Ressurreição]

7.5 Notas e referências bibliográficas Ver “Referências bibliográficas”. 7.6 Notas do tradutor, do editor etc. O preparador deve reduzir as notas do tradutor e do editor ao mínimo necessário, tanto na quantidade de notas como no detalhamento de informações. Se pouco numerosas, as notas do tradutor podem ser identificadas com abreviaturas entre colchetes:

7.7 Notas na revisão de provas O revisor de provas deve realçar com marca-texto da mesma cor as chamadas e a numeração no rodapé, para verificar se as notas e suas respectivas chamadas estão na mesma página. Se o texto da nota passar para a página seguinte, deve ser adotada uma flecha para sinalizar a continuidade do texto, no guia de marcas de revisão.

*

O sinal usado pode variar entre coleções. Às vezes o sinal fica dentro da mancha de texto; outras vezes, fora. Em alguns casos, o sinal indica apenas a passagem da nota para outra página, mas em alguns livros, o sinal se repete, na continuação da nota. O importante é manter a consistência ao longo do livro ou coleção.

[Antropologia estrutural ]

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ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

TEXTOS COMPLEMENTARES

ece uma nova re e sia. Inaugura a virada representação da líng pelas imagens ultraíst Os poemas reunid renovadoras dos ano funcionamento o sist

com esse conjunto: to os esses e ementos estão no primeiro livro de González Lanuza. 14 13 “Há lonjuras a cinquenta metros”; “paisagens deslocadas/ fogem pelas esquinas”; “Se penduram as palavras nos fios/ buzinas, chiados, vozes”. E. González Lanuza, “Instantánea”, in A. Hidalgo (org.), Índice, op. cit., pp. 98-99. 14 Trechos de “Apocalipsis” resumem esse movimento: “Cuando/ el

 jazz-band de los ángeles/ toque el fox-trot del juicio final/ y llegue Dios al  galope tendido/ de sus tanques de hierro/ estallen los soles/ hechos dinamita viviente/ y por los espacios,/ rueden oleadas de odios dispersos/ se enhebrarán las chimeneas y las torres/ en el agujero de la luna”. [“Quando/ o jazz-band  dos anjos/ tocar o fox-trot do juízo final/ e Deus chegar

≠æ

≠æ

n o g al op e v el oz / d e s eu s t m it e v iv en te / e , p e lo s e sp m in és e a s t o rr es s e e nfi “Apocalipsis”, in A. Hidal

Para a batida de provas, uma folha com a nota impressa deve ser anexada à página, com clipe.

.

.

Verifique, conforme a coleção e as orientações do editor, se o texto introdutório deve ser chamado de “prefácio” ou “prólogo”, “apresentação” ou “introdução”. Evite puxar notas em títulos. Se houver necessidade de uma nota que dê informações gerais sobre o texto, a chamada pode ficar no final da primeira frase ou no fim do texto.

[ Modernidade periférica, coleção Prosa do Observatório]

> Positionen der Staatsrechtslehre in der Staatskrise der Weimarer Republik” in Heinrich August Winkler (org.), Die deutsche Staatskrise  - : Handlungsspielräume und Alternativen. Munique: R. Oldenbourg Verlag, , p. ; Christoph Gusy, op. cit., pp. ; Heinrich August Winkler, Weimar  - : die Geschichte der ersten deutschen Demokratie. Munique: Verlag C.H. Beck, , pp. ,  e ; Lutz Berthold, Carl Schmitt und der Staatsnotstandsplan am Ende der Weimarer Republik . Berlim: Duncker & Humblot, , pp. - e  e Peter Blomeyer, Der Notstand in den letzten Jahren von Weimar . : . .

8.1 Remissões ao texto em textos introdutórios Ao editar os aparatos editoriais do livro, o preparador  e os revisores devem ter cuidado com as citações e remissões internas: a cada etapa é preciso localizar e checar no texto as passagens citadas. Se houver remissões internas, como indicação de numeração de páginas do próprio livro, inclua a palavra completar entre < >:

[O pensamento alemão, coleção Ensaios]

.

:

.

.

. 7.7.1 Inserção de notas em provas

; :

.

. . .

. .

”. . . . .

8 TEXTOS COMPLEMENTARES [Prefácio, prólogo, apresentação, introdução etc.]

. : . . .

Deve-se evitar ao máximo incluir notas em provas: esse trabalho deve ser feito. na preparação de texto. Se de todo modo for . . : . . . . necessário incluir uma nota em revisão de. provas, anote na prova o ponto em que ela deve entrar e, no pé da página, escreva . “compor nota conforme anexo”. . . . A. nota. deve ser digitada e enviada à parte, em arquivo de Word, com a identificação da página em que deve entrar entre < >:

Ao sistema de citações, referências culturais, traduções, epígrafes, marcas da leitura estrangeira que sustentam a palavra da civilização, opõem-se as fontes orais, os testemunhos e os relatos, os rastros da experiência vivida que reproduzem e fazem falar o mundo da barbárie



(“escutei [esse canto] numa festa de índios […]” [p. < completar>].

O comprimento da légua em vigor na região platina durante o século

“Um homem iletrado […] me forneceu muitos dos fatos que mencionei

:

xix equivalia a 5572,7 metros; era a “légua de 20 mil pés” decretada

[…]”. “Eu mesmo o ouvi narrar os pormenores horríveis” […]

pelo rei da Espanha Carlos  iv em 1801, a partir do “caminho que

[p. ].

regularmente se anda em uma hora”). [ n. e.] [Facundo ]

[Facundo ]

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Escreva sempre a palavra “completar”, assim, o designer poderá fazer buscas e marcar as remissões internas de maneira segura. 47

ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS O preparador deve observar o padrão de referências bibliográficas da coleção, ou definir, com o editor, o padrão a ser adotado. As referências podem ser feitas em nota ou em remissão americana e bibliografia. 9.1 Título 9.1.1 Estilo

Se o título contiver uma palavra que normalmente seria padronizada em itálico, o destaque deverá ser transposto para aspas, ou então simplesmente retirado, de modo que o itálico seja empregado exclusivamente para demarcar o título em questão. Assim, escreveremos

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Deve ser evitado o uso de ponto final para separar título e subtítulo. Conforme a orientação do editor, deverá ser adotado um padrão unificado em cada livro; será empregado preferencialmente o travessão.

*

Em todos os casos, a primeira letra do subtítulo deverá estar em cA.

9.1.3 Maiúsculas e minúsculas

Alguns títulos de livros e textos menores contêm palavras que, por intenção do autor ou por s erem nomes próprios, devem ser padronizados em cAb.  As flores do Mal e não As flores do mal ;

Viena fin-de-siècle

O Exército de Cavalaria

e não O exército de cavalaria .

e não Viena fin-de-siècle; , Editar “Guerra e paz” ou Editar Guerra e paz  e não Editar Guerra e paz.

9.1.4 Títulos em idiomas estrangeiros

Devem seguir a regra da língua original. 9.1.2 Título e subtítulo

Título e subtítulo podem ser separados por travessão, dois pontos; o uso varia conforme o autor, a coleção etc. São Paulo: Três cidades em um século

francês: todas as palavras vão em cAb até o primeiro substantivo: La Prose du monde ;

inglês: só as preposições e artigos em minúscula: ex. The Invention of Culture;

O trauma da bola A Copa de 82  Aproximações: Estudos de história e historiografia

alemão: os substantivos vão em cAb.

9.1.5 Livros não publicados

Títulos de livros não publicados devem ser padronizados entre aspas.

48

49

ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

9.1.6 Exceções

A Constituição, o Código Penal, o Código Civil e outros compêndios de leis, bem como a Bíblia, o Alcorão e a Torá tradicionalmente são grafados em redondo. Os títulos dos livros da Bíblia também são padronizados em redondo. Ver também “Bíblia e outros livros sagrados” no capítulo “Citações e referências”. 9.2 Abreviaturas bibliográficas Id., ibid., op. cit., apud: ver Abreviaturas. – “Cf.” ou “Ver”, “ver também” podem preceder a referência. 9.3 Editora O nome da editora deve ser simplificado, mas de maneira inconfundível: Paulinas (e não Ed. Paulinas); puf (e não Presses Universitaires de France); Penguin (e não Penguin Press); Eduerj (em vez de Ed. da uerj). 9.4 Cidade As cidades de publicação devem preferencialmente ser mencionadas em português. Ver “Nomes de lugares”.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Numa lista de créditos: Sites consultados:* instituto socioambiental:

www.socioambiental.org/pib/portugues/quonqua/cadapovo.shtm lost art

www.lost.art.br * Os endereços eletrônicos foram consultados em outubro de 2005. [n. e.]

9.6 Referência em nota Usada quando o livro tem poucas citações, em que uma bibliografia é dispensável. 9.6.1 Livro

Nome Sobrenome, Título da obra [data da edição original], 2ª. ed., trad. Fulano de Tal. Cidade/ Cidade: Editora/ Editora, data da edição, p. xx ou pp. xxx-xx. Na primeira ocorrência, o nome do autor deve entrar completo:

9.5 Citações da internet Devido ao caráter dinâmico da internet, deve-se evitar citar páginas e sites como referências informativas. Caso seja necessário, a citação deve seguir o seguinte padrão:

Maurice Merleau-Ponty, A prosa do mundo [1969], trad. Paulo Neves. São Paulo: Cosac Naify, 2002, p. 223. Thomas Ewbank, Vida no Brasil, ou Diário de uma visita ao país

No corpo do texto:

do cacau e das palmeiras  [1856], trad. Jamil A.

Haddad. São Paulo/

Belo Horizonte: Edusp/ Itatiaia, 1976, pp. 98-102.

50

51

ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

*

Cuidado para não deixar a vírgula ou ponto em itálico depois do título da obra. Consultar também a lista de abreviaturas, neste manual.

Quando a obra já foi citada uma vez, mas não na nota imediatamente anterior, e é a única obra do autor citada até então, o nome do autor deve ser abreviado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

9.6.3 Textos publicados em livros ou periódicos

Artigos, ensaios, poemas etc. devem ter o título padronizado em redondo, entre aspas. Mesmo se o título for em língua estrangeira, ele deverá permanecer em redondo. A referência completa deverá ser padronizada conforme o tipo de publicação de onde foram extraídos.

M. Merleau-Ponty, op. cit, pp. 223-34.

textos em livros

Quando a citação anterior é do mesmo autor, mas de outra obra, utiliza-se a abreviatura “Id.” (Idem). Ver “Abreviaturas”

Nome Sobrenome, “Título do artigo”, in Título do livro. Cidade: Editora, data, p. xx.

Id., Fenomenologia da percepção [1945], trad. Carlos Alberto Ribeiro de Moura. São Paulo: Martins Fontes, 2000, pp. 120-ss.

Pierre Clastres, “O arco e o cesto”, in A sociedade contra o Estado, trad. Theo Santiago. São

Quando a citação anterior é do mesmo autor e da mesma obra, utilizam-se as abreviaturas “Id.” e “ibid.” (idem, ibidem), mas somente até o final do capítulo ou parte – a cada novo início, volta o nome completo na primeira ocorrência.

Paulo: Cosac Naify, 2003,

pp. 89-110.

Nome Sobrenome, “Título do artigo”, in N. Sobrenome & N. Sobrenome (orgs.). Título do livr o. Cidade: Editora, data, p. xx.

Id., ibid., p. 132. Ismail Xavier, “Cinema: revelação e engano”, in A. Novaes

9.6.2 Catálogo de exposição

(org.), O olhar . São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

Concreta ‘  56  a raiz da forma (catálogo). São Paulo, mam, 2006.  Bienal Internacional de Arte de São Paulo (catálogo). São Paulo:

xxix 

Fundação Bienal, 2010.

Marilyn Strathern, “The Concept of Society is Theoretically Obsolete” [1996], in M. Strathern & T. Ingold, Key Debates in Anthropology . Londres/ Nova York: Routledge 1989.

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ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Nome Sobrenome, “Prefácio”, in Nome Sobrenome, Título do livro. Cidade: Editora, data, p. xx.

9.7.1 Citação no corpo do texto

Especialmente na área de antropologia, adota-se a padronização entre parênteses, com sobrenome do autor, ano de publicação original e, quando citação pontual, número de página.

Jorge Luis Borges, “Prólogo”, in Adolfo Bioy Casares,  A invenção de Morel  [1940]. São Paulo: Cosac Naify, 2006.

Citação no corpo do texto (entre aspas) ou em recuo: (Sobrenome data) ou (Sobrenome data: XX) − número ou intervalos de páginas.

textos em periódico e jornais

Em referências de textos em periódico, não entra a palavra “in”, e todas as palavras do título do periódico entram em cAb.

(Lévi-Strauss 1957: 32-38)

Nome Sobrenome, “Título do artigo”. Nome do Periódico, n. x, v. x, Cidade, ano, pp. xx-xx.

Para dar a referência de diversos autores que tratam do mesmo assunto, citados sem aspas: (Sobrenome data; Sobrenome data; Sobrenome data)

Eduardo Viveiros de Castro, “O mármore e a murta”. Novos Estudos Cebrap, n. 3, v. 1, São Paulo, 1998.

(Lévi-Strauss 1957; Dumont 1960; Viveiros de Castro 2002)

Valbene Bezerra, “Cores da cidade”. O Popular , 2o.

Quando a citação é de segunda mão:

Caderno, Goiânia, 14/07/1996. Gioia, Mario, “Kossoy passeia pelo fantástico em exposição”. Folha de S. Paulo, Ilustrada, p. e7, 26/01/2008.

(Lévi-Strauss 1957: 56 apud Viveiros de Castro 2002: 102)

Artigos não assinados devem ficar no final da bibliografia, em ordem alfabética.

9.8 Bibliografia 9.8.1 Tradicional

“A embaixatriz Maria”. O Globo, Rio de Janeiro, 29/04/1969.

livros, teses e dissertações

9.7 Remissão a bibliografia Conhecida como “citação americana”, é usada quando o livro contém muitas citações. Neste caso, as notas de rodapé são de texto, nunca de referência bibliográfica. Este padrão é empregado especialmente nos livros científicos e de antropologia.

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tradução

sobrenome, Nome. Título da obra [data original], nº de volumes, edição

(se relevante), trad. Nome do Tradutor. Cidade: Editora, data. . História do marxismo, 12 vols., hobsbawm, Eric J. (org.) et alii  trad. Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

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ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

2 ou + autores 2 editoras

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

sobrenome, Nome; Nome sobrenome & Nome sobrenome. Título

da obra [data original], trad. Nome do Tradutor. Cidade/ Cidade: Editora/ Editora, data.

artigo ou ensaio parte de obra sobrenome, Nome. “Título do artigo”. Título da obra [data original],

trad. Nome do Tradutor. Cidade: Editora, data. journet, Réne & Guy robert. Le Manuscrit des Misérables. Paris:

Les Belles Lettres, 1962. martius, Karl Friedrich Philipp von. O Estado do direito entre os autóctones do Brasil  [1832], trad. Alberto Löfgren. São Paulo/

Belo Horizonte: Edusp/ Itatiaia. petrônio. Satíricon [séc. i d. C.], trad. Cláudio Aquati. São Paulo:

Cosac Naify, 2008. tese

sobrenome, Nome. Título da tese. Dissertação de mestrado/ Tese

de doutoramento. Cidade: Depto. – Universidade, data.

sobrenome, Nome. “Título do artigo”, in N. Sobrenome (org.).

Título da coletânea  [data original], trad. Nome do Tradutor . Cidade: Editora, data. sobrenome, Nome. “Prefácio/ Introdução etc.” a Nome

Sobrenome, Título da obra [data original], trad. Nome do Tradutor. Cidade: Editora, data. viveiros de castro , Eduardo. “O perspectivismo ameríndio”, in  A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia.

São Paulo: Cosac Naify, 2002. viveiros de castro, Eduardo. Araweté: Uma visão da cosmologia e

. Tese de doutoramento, Departamento de da pessoa tupi-guarani  Antropologia Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1984.

xavier, Ismail. “Cinema: revelação e engano”, in A. Novaes (org.). O olhar. São Paulo:

Companhia das Letras, 1988.

carneiro da cunha, Manuela. “Introdução” a Marianno Carneiro da

Cunha, Da senzala ao sobrado: Arquitetura brasileira na Nigéria e ed. bras.

sobrenome, Nome. Título da obra no original . Cidade: Editora, data

na República Popular do Benim.  São Paulo: Edusp/ Nobel, 1986.

[ed. bras.: Título da obra em português, trad. Nome do Tradutor. Cidade: Editora, data].

 ________. “Lógica do mito e de ação”, in Cultura com aspas . São Paulo: Cosac Naify, 2009.

mauss, Marcel. Sociologie et Anthropologie . Paris: puf, 1950 [ed. bras.: Sociologia e antropologia . São Paulo:

Cosac Naify, 2004].

como fazer

Padronizar a repetição do autor com 10 toques de underline + . ilustração

carroll, Lewis. Alice no país das maravilhas, trad. Nicolau Sevcenko,

ils. Luiz Zerbini. São Paulo: Cosac Naify, 2009].

56

57

ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

textos em periódicos e jornais

ÍNDICE

mauss, Marcel 1924-25. “Division et proportions des divisions de la sociologie”.

sobrenome, Nome. “Título do artigo”. Título do Periódico, Cidade, v. xx, n. sobrenome, Nome. “Título do artigo”. Título do veículo , Caderno,

p. xx, dd/mm/aaaa.

 Année Sociologique, n. s.

1947. Manuel d’ethnographie. Paris: Payot. 1950. Sociologie et anthropologie . Paris: puf [ed. bras.: Sociologia e antropologia, São Paulo, Cosac Naify, 2003].

sobrenome, Nome. “Título do artigo”. Título do veículo, Caderno,

p. xx, mês. ano.

10 ÍNDICE viveiros de castro, Eduardo. “O mármore e a murta”. Mana, Rio de

Janeiro, n. 3, v. 1, 1998. persichetti, Simonetta. “Fantasmas, são eles que dirigem meu olhar”. O Estado de S. Paulo, Caderno 2, p. D 5, 24/01/2008.

“La scoperta della fotografia in un area periferica”. Revista di Storia e Critica della Fotografia, v. 6, p. 240, abr. 1984.

9.8.2 Bibliografia de citação americana

O padrão segue o da bibliografia tradicional, com inversão da posição da data. As referências são organizadas por ordem alfabética e em seguida por ordem de data de publicação original. sobrenome, Nome

Data.“Título do artigo”. Título do Periódico, Cidade, v. xx, n. Data. “Título do artigo”, in N. Sobrenome (org.). Título da coletânea. Cidade: Editora. [Data original ] Data. Título da obra [data original], nº de volumes, edição (apenas se relevante), trad. Nome do Tradutor. Cidade: Editora. sobrenome, Nome & Nome sobrenome (orgs.)

Data. Título da coletânea. Cidade: Editora. 58

10.1 Preparação do índice A confecção do índice remissivo só começa com o arquivo preparado e fechado pelo editor, e já composto em 1ª. ou 2ª. prova. Portanto, a checagem de nomes próprios, tarefa do preparador, já deve ter sido consolidada no arquivo em que o indexador irá trabalhar. O editor deve zelar para que nomes que eventualmente entrem ou saiam, ou que sejam corrigidos durante a revisão de provas, sejam atualizados no índice. O preparador deve ficar atento para que os termos empregados no índice sejam os mesmos empregados no corpo do texto. Eventualmente, um modelo de índice já publicado pela Cosac Naify poderá ser fornecido ao indexador, sempre seguindo os critérios de coleção e as orientações adicionais dadas pelo editor. 10.2 Índice onomástico e índice remissivo No índice onomástico entram apenas nomes de pessoas; índices remissivos são mais abrangentes e podem incluir obras, conceitos, temas e subtemas etc. Conforme o tipo de livro e a coleção, podem ser pedidas entradas especiais, que de costume ficam de fora do índice: galerias de arte, títulos de poemas, etnias, espécies animais, nomes de cidade etc. Determinados livros, como as Mitológicas, contêm diferentes tipos de índice. 59

ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

10.3 Prévia do índice O preparador deverá fornecer uma lista de nomes citados no livro (essa lista pode ser confeccionada automaticamente, desde que as entradas sejam realçadas com marca-texto), para que seja gerada uma prévia do índice, isto é, uma lista com a relação de entradas, porém sem a paginação correta. Essa prévia serve para calcular o número de páginas que o índice ocupará no livro e para avaliar se as orientações foram seguidas corretamente. As correções pedidas pelo editor deverão ser incorporadas no índice final. 10.4 Índices pré-existentes Índices de livros estrangeiros, caso sejam aproveitados, devem ser adaptados aos critérios da editora e checados exaustivamente pelo indexador, para buscar nomes que ficaram de fora, critérios discrepantes etc.

* *

60

O tradutor deve entregar o índice traduzido na ordem do original. Somente ao final do processo o editor organizará as entradas por ordem alfabética. As entradas do índice devem ser separadas com marca de parágrafo. A quebra de linha dentro de uma entrada deve ser feita com quebra de linha manual. Isto permite que o índice seja organizado em ordem alfabética.

ÍNDICE

*

Cuidado com a transliteração de nomes russos, chineses, japoneses etc. diferente da adotada pela editora (Mao Tsé-Tung e não Mao Zedong; Maksim Górki e não Maxim Gorky; Liev Tolstói e não Leon Tolstoy etc.). Em índices remissivos traduzidos, muitas vezes a expressão usada no texto não coincide com a forma adotada no índice (pois o tradutor o traduz separadamente), o preparador deve ficar atento.

10.5 Nomes de pessoas O índice deve trazer o nome completo da pessoa citada, mesmo que no corpo do texto ela seja citada apelas pelo sobrenome ou de forma abreviada. Assim, se no corpo do texto houver menção a “Cézanne”, no índice remissivo a entrada será “Cézanne, Paul”. A entrada, no entanto, não deve ser exaustiva e não deve incluir sobrenomes não utilizados pela pessoa em sua vida pública, ou então ausentes da forma como a pessoa se tornou conhecida. Assim, se houver menção a “Bilac” no texto, a entrada será “Bilac, Olavo”, e não “Bilac, Olavo Brás Martins dos Guimarães”. Em caso de dúvida, poderá ser consultado o dicionário de nomes próprios Koogan Larousse, que realça em negrito o nome pelo qual personagens históricos s e tornaram conhecidos. O Koogan Larousse também é uma boa fonte de consulta para determinar como entram sobrenomes compostos: a entrada para Antonio Candido deve ser “Melo e Souza, Antonio Candido” e não “Souza, Antonio Candido Melo e”; o mesmo para Sales Gomes, Mata Machado, Ribeiro Couto etc. Se persistir a dúvida, o indexador deve consultar o editor caso a caso. O indexador deve pesquisar, com ajuda do editor, nomes pouco conhecidos e citados de forma incompleta, para completálos no índice. Assim, se Manuel Bandeira cita “Agache”, o pesquisador deverá pesquisar em fontes recomendadas (evitando

61

ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

o Google), com ajuda do editor e/ou do organizador ou autor do livro e incluir a entrada “Agache, Alfred”. A Cosac Naify mantém um banco de nomes próprios (brasileiros e estrangeiros) que o indexador deverá utilizar para tirar dúvidas de grafia, transliteração (sobretudo de nomes russos) e padronização de sobrenomes compostos. Ver verbete “Nomes próprios”. Nomes mencionados de maneira episódica, claramente não ligados à pessoa real, não devem ser indexados. Por exemplo, se o autor de uma biografia disser que em determinada sala havia um retrato de Machado de Assis, essa passagem não deve ser indexada. Da mesma forma, a menção ao Instituto Fernand Braudel não deve gerar uma entrada para Fernand Braudel. Nomes de tradutores, organizadores e outros incluídos em referências bibliográficas não devem ser indexados.

*

Cuidado para não indexar o sumário, páginas de créditos etc.

10.5.1 Apelidos, pseudônimos etc. O editor também deverá orientar o indexador quanto a apelidos,

pseudônimos, codinomes, nomes de guerra etc. Assim, se um livro mencionar o músico Lobão, sem fazer referência ao seu nome no registro civil, a entrada será “Lobão”, e não “Woerdenbag Filho, João Luiz (Lobão)”. No entanto, se no corpo do t exto houver menção ao nome completo – por exemplo, “Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho”, o índice deve trazer duas entradas: a principal, “Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa)”; e uma secundária: “Lisboa, Antônio Francisco, ver Aleijadinho”. Os apelidos, de modo geral, não são invertidos como se fossem nome e sobrenome. Assim, a entrada para “Madame Satã” deve ser “Madame Satã” e não “Satã, Madame”.

ÍNDICE

10.6 Nomes de obras (quadro, livro, peça, filme etc.), Artigos e conjunções devem ser colocados depois do nome, separado por vírgula: flores do Mal, As   Economist, The  vento levou, E o  

10.7 Padronização do índice O índice remissivo deve ser checado, padronizado e finalizado pelo indexador, que deve entregá-lo pronto para composição ao editor. As entradas devem ser padronizadas da seguinte forma: • Sem vírgula de separação entre o nome e as páginas: Arrigucci Jr., Davi 206

• Nas entradas relativas a um intervalo de páginas, a centena deve ser cortada, porém não a dezena, segundo este modelo: Machado de Assis, Joaquim Maria 112-19

• Há coleções com um padrão especial para o índice, como a Ensaios, que traz os sobrenomes em versalete: baudelaire, Charles 83, 86, 255

• Em determinadas coleções, como a Ensaios, a primeira entrada de cada letra é marcada em negrito: damov, Arthur 273

 A

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63

ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

CRÉDITOS

10.7.1 Remissão a notas e aparato editorial

As entradas relativas a notas  podem ser marcadas com n, e as relativas a posfácios, prefácios ou outros paratextos podem ser marcadas com p:

Veja como fazer um índice onomástico em “O uso do Word”

11 CRÉDITOS

Nabuco, Joaquim 76n

Se houver apenas o n remetendo a notas, não é preciso indicar essa padronização, que é usual; no entanto, se for utilizado o p para posfácio etc., é indicado incluir, no início do índice, uma menção à notação.

11.1 Publicação original, data e local Pode ser incluído em nota de rodapé logo ao final da primeira frase do texto. 1. Publicado originalmente em Estudos Avançados, v. 8, n. 20, 1994,

este trabalho fora apresentado como a Conferência do Mês do

10.7.2 Remissão a imagens

Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo

As entradas relativas a imagens são marcadas em negrito.

(iea-usp) em 28 de setembro de 1993.

Pré-rafaelitas 19-20, 32, 51, 53, 170, 294

ou como uma assinatura, no final do texto.  A Província, 28  de setembro de 1930 

10.7.3 Referências cruzadas

As referências cruzadas devem ser padronizadas com a palavra “ver” em itálico, sem vírgula de separação após o nome: Lisboa, Antonio Francisco ver  Aleijadinho

10.11 Checagem do índice Após a entrega do índice remissivo pelo indexador, o editor fará uma nova checagem, por amostragem porém minuciosa, para verificar se a remissão está correta e se os padrões e critérios estabelecidos na encomenda foram seguidos. Caso o editor encontre um número grande de erros, ele deve ser devolvido ao indexador.

64

11.2 Autoria e /ou tradução do texto O crédito de autoria de prefácios, posfácios etc., ou de textos incluídos em obras coletivas, pode ir no início ou no final do texto, após a datação. Santiago, janeiro de 2007  Tradução de Laura Janina Hosiasson

[Só para fumantes ]

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ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

CRÉDITOS

11.3 Imagens Os créditos das imagens normalmente vão no final do volume, em uma página separada ou na página de créditos. A página de créditos das imagens reúne as informações fornecidas por bancos de imagens, museus e outras instituições. Essas informações devem ser adaptadas à padronização dos livros da Cosac Naify. O crédito deve estar sempre em português, inclusive menções como “todos os direitos reservados”, “publicado mediante autorização” etc., exceto nomes de instituições. Deve-se evitar o recurso jornalístico de deixá-lo na lateral da imagem. No entanto, em folhetos, anúncios e outros impressos produzidos pela editora, o crédito deve ser incluído na lateral da imagem, aplicado no alto, à direita, com leitura de baixo para cima. [O outono da Idade Média ] Crédito das imagens |capa e pp 20-21 e 75| Bettmann/CORBIS |pp. 4-5, 6-7, 26-7, 36-7, 40-1, 42-3, 88, 90, 111a, 112a, 112b, 112c, 114, 116, 120, 129, 134-5, 136, 138-9, 141, 148, 149, 153, 154, 161, 164, 165, 167, 177, 195, 197c, 198, 200-1 e 236-7| Popperfoto/

Getty Images. |pp. 12-3|  Central Press/Hulton Archive/Getty Images. |pp. 18-9, 48, 50-1, 54, 55, 73, 82, 84-5, 89, 103, 104-5, 126-7, 131, 133, 151, 156, 169a, 169b, 169c, 170-1, 192-3 e 197a|  Arquivo/Agência O Globo. |pp. 34-5| Bob Thomas/Popperfoto/Getty Images. |pp. 38-9| Keystone/Getty Images. |pp. 44-5, 46-7, 204-5, 221a, 227, 231 e 232-3|

Bob Thomas/Getty Images. |pp. 53, 57, 66 e 81| Arquivo do Estado/Acervo UH/Folha Imagem. |p. 56| Folha Imagem. |pp. 59, 94, 147a e 183|  Acervo UH/Folha Imagem. |pp. 60, 62-3, 65, 67, 86 e 218| Arquivo pessoal. |pp. 64, 147b, 199, 207 e 208|  Arquivo/Agência Estado/AE. |pp. 68-9|  Haynes Archive/Popperfoto/Getty Images. |pp. 70, 76, 96-7, 101b, 106, 119, 134 e 147c|  Acervo UH/Folha Imagem/Folhapress. |p. 77|  Silvio/Acervo UH/Folha Imagem. |p. 79| Sidney/

Acervo UH /Folha Imagem. |pp. 87, 91, 100, 130b, 172, 174-5, 184a, 184b, 184c e 196| Folha Imagem/Folhapress. |pp. 92-3, 99, 108-9 e 111b| Arquivo Djalma Santos |p. 101a| Staff/AFP/Getty Images. |pp. 118, 122 e 182b| Arquivo

Editora Abril.  |p. 123|  Arquivo Diego Rousseaux. |pp. 124 e 132a|  Arquivo do Estado/Acervo UH/Folha Imagem/ Folhapress. |p. 130a, 234-5|  Arquivo do Estado/Acervo Última Hora. |p. 132b| AP Photo. |p. 135a| Mike Hewit/Getty

A organização segue a ordem das imagens publicadas, sempre com a indicação p. e o número da página. A cada prova, os revisores devem atualizar a paginação dos créditos de imagens. Livros que não têm legendas ou cujas legendas são sucintas podem ter informações adicionais na página de créditos de imagens. Na primeira ocorrência, a abreviação do nome da instituição pode ser incluída entre parênteses:

Images. |p. 135b| Daniel Garcia/AFP/Getty Images. |pp. 143 e 179c| Acervo Roberto Porto. |pp. 158-9| John Pratt/ Keystone/Getty Images. |p. 179a| Hy Peskin/Time Life Pictures/Getty Images. |p. 179b| Ling / Evening News /Rex Features/Imageplus. |pp. 180 e 216|  Antonio Lúcio/Agência Estado/AE. |pp. 181 e 182a|  Arquivo/Jornal dos Sports.

Instituto Moreira Salles [ims]

|pp. 168 e 182c|  Arquivo Péris Ribeiro. | p. 185| M. Pires/Folha Imagem/Folhapress. |pp. 186-7| Arquivo Manchete

Esportiva. |pp. 188-9|  Manoel Motta/Editora Abril. |p. 190|  Ignácio Ferreira/Editora Abril. |p. 197b|  Sebastião Marinho / Agência O Globo. |p. 202| Luiz Novaes/Folha Imagem/Folhapress. |p. 211|  Alfredo Rizzutti/Agência Estado/AE. |p. 213| J.B. Scalco/Editora Abril. |p. 214| Sporting Pictures/Rex Features. |p. 217|  Getty Images.  |p. 219| Allsport UK /Allsport. |p. 221b|  AP Photo/Staff/Ut. |p. 223| Reproducão/Editora Abril. |p. 224| Sergio Berezovisk/

Para que nas demais ocorrências apenas a sigla seja utilizada, sem colchetes:

Editora Abril. |pp. 225 e 229|  Masao GotoFilho/Folha Imagem/Folhapress.

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ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

PÁGINA DE CRÉDITOS E FICHA CATALOGRÁFICA

12 PÁGINA DE CRÉDITOS E FICHA CATALOGRÁFICA

[Crônicas inéditas 1]

Em alguns livros não é possível identificar todos os direitos autorais de imagens. Nesses casos é preciso incluir, na ficha de créditos, a seguinte frase: Todos os esforços foram feitos para reconhecer os direit os morais, autorais e de imagem neste livro. A Cosac Naify agradece qualquer informação relativa à autoria, titularidade

A página de créditos contém as principais informações editorias, como direitos autorais, profissionais da editora envolvidos na produção do livro, colaboradores externos, ficha catalográfica e contato da editora. Os créditos devem seguir a ordem de produção por área: coordenador editorial ou editor, preparador, revisores (em ordem de revisão), projeto gráfico, capa, composição, produção gráfica. O editor e o revisor de 2a. prova devem checar a coerência dos dados da página de crédito em relação ao miolo do livro. • direitos autorais • créditos da edição • crédito das imagens • data de nascimento e morte do autor • ficha catalográfica • dados da editora • atendimento ao professor

e/ou outros dados que estejam incompletos nesta edição, e se compromete a incluí-los nas futuras reimpressões. Em inglês Every reasonable attempt has been made to identify owners of copyright. Errors or omissions will be corrected in subsequent editions.

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ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

PÁGINA DE CRÉDITOS E FICHA CATALOGRÁFICA

12.1 Tradução

12.2 Coedição Copyright  da editora e dos autores com o ano da publicação

Copyright  das editoras com o ano da publicação

Créditos editoriais Créditos de imagem

© Cosac Naify, 2010 © Boris Kossoy, 2010

Coordenaçãoeditorial florencia ferrari Revisão danilo nikolaidis e raul drewnick  Projetográfico maria carolina sampaio Produçãográfica lilia goes Tratamento de imagens  wagner fernandes Gerente de produtos editoriais e institucionais vera lucia wey 

Créditos da edição

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação ( cip ) (Câmara Brasileira do Livro, sp , Brasil)

Coedição Ficha catalográfica

Kossoy, Boris [1941-] Boris Kossoy: fotógrafo/Apresentação de Jorge Coli São Paulo: Cosac Naify/Imprensa Oficial, 2010 216 pp., 134 ils. isbn

autor e data

978-85-7503-884-0

crédito do tradutor

cdd-770.92

Índices para catálogo sistemático: 1. Fotógrafos brasileiros: Apreciação crítica 77.92

Observar a ordem dos itens, número de páginas, número de ilustrações e isbn.

Rua General Jardim, 770, 2o. andar 01223-010  São Paulo sp Brasil Tel [ 55 11] 3218 1444  www.cosacnaify.com.br  Atendimento ao professor [55 11] 3218 1473

1. Fotografias 2. Fotógrafos – Brasil i. Título. 09-13358

cosac naify

imprensa oficial do estado de são paulo

Proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização prévia dos editores

Rua da Mooca, 1921 Mooca  03103-902  São Paulo sp Brasil sac 0800 0123 401 livros@ imprensaoficial.com.br  www.imprensaoficial.com.br

Direitos reservados e protegidos (lei no. 9 610, de 19.02.1998)

pinacoteca do estado de são paulo

Praça da Luz, 2 Luz 01120-010 São Paulo sp Brasil Tel [ 55 11] 3324 1000  www.pinacoteca.org.br

Foi feito o depósito legal na Biblioteca Nacional (lei no. 10 994, de 14.12.2004) impresso no brasil, 2010

Dados da editora Coedição Atendimento ao professor

*

A pontuação, espaçamentos e alinhamentos da ficha catalográfica devem ser corrigidos conforme este modelo. Não reproduzir ipsis literis a ficha enviada pela a CBL.

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ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

PÁGINA DE CRÉDITOS E FICHA CATALOGRÁFICA

12.3 Reimpressões e novas edições

12.4 Livros ilustrados

© Cosac Naify,  © Mostra Internacional de Cinema,

Copyright do ilustrador



© Éditions Robert Laffont, S.A., Paris,



© Cosac Naify, 2010 © Daniel Nesquens, 2007 © Riki Blanco, 2007 © Thule Ediciones, Barcelona, Espanha

coordenação editorial    e    preparacão 

Coordenação editorial MIGUEL DEL CASTILLO Revisão MARIA FERNANDA ALVARES e TODOTIPO EDITORIAL Composição ELISA VON RANDOW  Produção gráfica LILIA GOES



revisão  s e   projeto gráfico  

Número da reimpressão e data

 .a  reimpressão, 



Dados Internacionais de Catalogação na Publicação () (Câmara Brasileira do Li vro, SP, Brasil) Buñuel, Luis [-] Meu último suspiro: Luis Buñuel Título original: Mon dernier soupir  Tradução: André Telles São Paulo: Cosac Naify,   pp.,  ils.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Autor e data

Crédito do ilustrador

ISBN 978-85-7503-916-8

 ----

1. Literatura infantojuvenil I. Blanco, Riki. II. Título.

. Buñuel, Luis, - . Diretores e produtores de cinema – Espanha – Bi i.

Nesquens, Daniel [1967 -] Como um peixe na água: Daniel Nesquens Título original: Como pez en el agua Ilustrações: Riki Blanco Tradução: Livia Deorsola São Paulo: Cosac Naify, 2010 44 pp., 20 ils.

ografia

10-05041

 Título.

-

CDD-028.5

Índices para catálogo sistemático: 1. Literatura infantil 028.5 2. Literatura infantojuvenil 028.5

-.

Índices para catálogo sistemático: . Diretores e produtores de cinema: Biografia .

Número da edição e data

. a

 2 .

edição revista,  2008

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação ( (Câmara Brasileira do Livro, sp, Brasil)

cip)

Autor-ilustrador e data

Uma nova agenda para a arquitetura: antologia teórica ( 1965-1995) Título original: Theorizing a new agenda for architecture: an anthology of architectural theory, 1965-1995

 

Organização: Kate Nesbitt Tradução: Vera Pereira São Paulo: Cosac Naify, 2a. ed. rev., 2008 664 pp., 16 ils.

isbn 978-85-7503-599-3 1. Arquitetura – Teoria

2. Arquitetura moderna – Século  20

3.Arquiteturapós-moderna

i . Nesbitt, Kate.

06-1770

Índices para catálogo sistemático: 1. Arquitetura: Teoria 720.1

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cdd-720.1

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação ( cip) (Câmara Brasileira do Livro, sp, Brasil) Schulz, Charles M. [1922-2000] Snoopy – Primeiro de abril: Charles M. Schulz Títulooriginal: Snoopy: Poisson d’avril  Ilustrações do autor Tradução: Intercontinental Press São Paulo: Cosac Naify, 2010 56 pp., 44 ils. isbn 978-85-7503-929-8

1. Histórias em quadrinhos I. Título. 10-08772

cdd-741.5

Índices para catálogo sistemático: 1. Histórias em quadrinhos 741.5

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ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

PÁGINA DE CRÉDITOS E FICHA CATALOGRÁFICA

13 LISTA DE TÍTULOS DA COLEÇÃO No final dos livros de coleção deve haver uma página com uma lista numerada de todos os títulos da coleção, inclusive o que está sendo publicado.

  . Eduardo Viveiros de Castro  A inconstância da alma selvagem . Davi Arrigucci Jr. Coração partido: uma análise da poesia reflexiva de Drummond . Maurice Merleau-Ponty  A prosa do mundo . Marcel Mauss Sociologia e antropologia . Pierre Clastres  A sociedade contra o Estado . Ismail Xavier O olhar e a cena . Pierre Clastres  Arqueologia da violência . Maurice Merleau-Ponty O olho e o espírito . Franklin de Mattos  A cadeia secreta: Diderot e o romance filosófico . Antonio Arnoni Prado Trincheira, palco e letras . Eunice Ribeiro Durham  A dinâmica da cultura: ensaios de antropologia

Coleção Cinema, teatro e modernidade

. Otília Beatriz Fiori Arantes  Mário Pedrosa: itinerário crítico

Coordenação editorial  Ismail Xavier

. Eduardo Escorel  Adivinhadores de água . Ronaldo Brito  Experiência crítica

1. O cinema e a invenção da vida moderna Leo Charney e Vanessa R. Schwartz (orgs.)

11. Teatro pós-dra mático Hans-Thies Lehmann

2. Teoria do drama moderno [1880-1950] Peter Szondi

12. O ornamento da massa Siegfried Kracauer 

. Jean-Paul Sartre Situações  : crítica literária

3. Eisenstein e o construtivismo russo François Albera

13. Drama em cena Raymond Williams

. Gérard Lebrun  A filosofia e sua história

4. Tragédia moderna Raymond Williams

14. Cinefilia: invenção de um olhar, história de uma cultura 1944-1968  Antoine de Baecque

. Alfonso Berardinelli Da poesia à prosa

5. Shakespeare nosso contemporâneo  Jan Kott 

. Fernando A. Novais  Aproximações: estudos de história e historiografia . Alcides Villaça Passos de Drummond  . Lúcia Nagib A utopia no cinema brasileiro: matrizes, nostalgia, distopias . Ismail Xavier Sertão Mar: Glauber Rocha e a estética da fome . Marthe Robert Romance das origens, origens do romance

6. O olho interminável [cinema e pintura]  Jacques Aumont 

. Leopoldo Waizbort  A passagem do três ao um: crítica literária, sociologia, filologia

7. Cinema, vídeo, Godard Philippe Dubois

. Bento Prado Jr.  A retórica de Rousseau e outros ensaios

. Michael Hamburger  A verdade da poesia

8. Teoria do drama burguês Peter Szondi

. Claude Lévi-Strauss  Antropologia estrutural 

9. Discurso sobre a poesia dramática Denis Diderot 

. Jorge de Almeida e Wolfgang Bader (orgs.) Pensamento alemão no século

10. Crítica da imagem eurocêntrica Ella Shohat e Robert Stam

. Jorge Coli O corpo da liberdade

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. Manuela Carneiro da Cunha Cultura com aspas e outros ensaios  -  

. Roy Wagner  A invenção da cultura

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ELEMENTOS EXTRATEXTUAIS

14 COLOFON colofon simples em português

Fonte vista sans e vitesse Papel alta alvura 120 g /m2 Impressão geográfica

Texto principal

Tiragem 5 000

colofon simples em inglês Typeface linotype univers Paper matt artpaper 157 g /m2 Printrun 10 000 printed in china

colofon descritivo em português



Citações 2  Numerais 3 Nomes próprios 4 Diálogos e falas 5 Obras de arte 6 Filmes

Este livro foi impresso em abril de 2010 na gráfica Ipsis, em papéis Garda e Pólen. Desta edição, de 3 000 exemplares, 1 500 foram produzidos com encadernação especial, em pasta revestida com tecido Saphir.

colofon descritivo em inglês This book was printed in April 2010 at Ipsis, in São Paulo, Brazil, with Garda and Pollen papers. For this edition of 3 000 copies, 1 500 were produced with special binder, and a briefcase coated

with Saphir tissue.

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77

TEXTO PRINCIPAL

O corpo de texto do livro, isto é, o texto principal e seus aparatos editoriais, deverão ser formatados antes da leitura em Times New Roman corpo 12, com alinhamento à esquerda, entrelinha de 1,5. Essa formatação será um parâmetro para formatar os demais elementos do livro, proporcionalmente à importância hierárquica de cada elemento em relação ao corpo de texto. Num texto composto, parágrafo inicial, bem como o primeiro parágrafo logo após uma interrupção (intertítulo, respiro ou recuo de citação) não deverá ter defesa de parágrafo. Os demais parágrafos do livro começarão sempre com defesa – que jamais deve ser feita com a tabulação, e sim com a régua superior do Word, em geral em 1,5 cm. A única situação em que um parágrafo inicial deve ter defesa de parágrafo é quando há um diálogo logo no início. Ver “Diálogos e falas”. O revisor deve estar atento a esse detalhe.

como fazer Busca: Para eliminar todas as tabulações do arquivo, dê uma busca por ^t (tabulação), não preencha a caixa  [Substituir por] e clique em [Substituir tudo]. Essa busca está entre as

CITAÇÕES

1 CITAÇÕES

Todas as citações do livro devem ser checadas pelo preparador de texto, que deverá verificar se as obras estrangeiras citadas têm edição brasileira e, se for o caso e a tradução for recomendada, substituí-las. De modo geral, não se alteram citações. Caso seja preciso corrigir algum erro de digitação, português ou informação numa citação, o preparador e os revisores deverão fazer a correção, mas alertar o editor em comentário. Apenas em último caso deve-se manter o erro e recorrer ao [ sic]. Eventuais emendas para deixar a citação segundo a padronização editorial do livro (quando o uso de itálicos, maiúsculas, aspas etc. for diferente dos da Cosac Naify) também devem ser registradas em comentário. As citações podem ser padronizadas no corpo de texto, entre aspas, ou em recuo de citação, sem aspas, em corpo 10, redondo ou itálico (quando a citação ultrapassa quatro linhas), conforme a coleção. O recuo de citação é um recurso contemporâneo e nem sempre se aplica a autores clássicos; o preparador deverá combinar com o editor o critério para definir quais citações devem ser feitas em recuo ou não. Ver “Aspas” Formatação: A citação deve ser formatada em Times New Roman corpo 10, com recuo esquerdo de 1,6 cm, alinhamento  justificado, entrelinha de 1,5, espaçamento antes 6pt e depois 6pt.

programadas na macro de limpeza.

*

Nunca pule duas linhas antes ou depois da citação.

1.1 Supressão de trecho Quando houver supressão de trecho no interior de uma citação, utilizar reticências entre colchetes: […].

78

79

TEXTO PRINCIPAL

*

CITAÇÕES

Atenção para as reticências espaçadas, sem colchetes, muito comuns em tradução de língua inglesa: elas não são reticências de fato, apenas indicam supressão de texto. Devem ser substituídas por […]. Essas reticências espaçadas não são utilizadas em português.

A citação deve ser traduzida, mas, na referência, o título da obra citada deve ser mantido na língua original.

original em inglês Marlow, in Heart of Darkness, recalls a man dying at his feet, with a spear in his stomach, and how ‘my feet felt so very warm and wet that I had to look down … my shoes were full; a pool of blood lay very still, gleaming dark-red under the wheel. [A invenção da cultura ]

correspondência em português Marlow, em O coração das trevas, relembra um homem agonizando a seus pés, com uma lança no estômago, e como “a sensação de calor e umidade nos meus pés era tamanha que precisei olhar para baixo. […] meus sapatos estavam encharcados; havia uma poça de sangue

*

Se um autor italiano cita um escritor francês, o título do livro entra em francês ou em português no corpo do texto, e não em italiano. Em notas ou na bibliografia, no entanto, a referência deverá seguir a edição utilizada pelo autor italiano, mesmo que não seja a edição francesa original.

muito parada, cintilando num tom escuro de vermelho bem debaixo do timão”. [Como funciona a ficção ]

1.2 Citações de edições estrangeiras Títulos de livros que nunca tiveram edição brasileira devem ser citados na língua original, se necessário com a tradução entre colchetes, em redondo. Cuidado ao traduzir sistematicamente todos os títulos em língua estrangeira: pode soar hipercorreto e burocrático, sobretudo em títulos de fácil compreensão mesmo para o leitor brasileiro. Esse tipo de tradução tende a ser mais útil em títulos capciosos, de difícil compreensão ou que possam levar o leitor a engano.

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Títulos de obras conhecidas e com tradução para o português só devem ser mantidos no original se a informação for relevante para o estilo ou o conteúdo do texto do autor. Citações em prosa de modo geral entram diretamente em português no corpo do texto (mas com o título do livro no idioma original). Caso a citação em prosa seja feita em língua estrangeira, ela deverá ser padronizada em itálico e entre aspas e sua tradução deve constar em nota.

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TEXTO PRINCIPAL

CITAÇÕES

1.3 Citações de livros estrangeiros publicados no Brasil Quando houver tradução, a referência deverá seguir a edição brasileira, a menos que sua qualidade seja notoriamente contestada. O preparador deve pesquisar a eventual existência dessa edição, localizar o trecho citado e substituí-lo na tradução, mantendo, no entanto, a referência à edição citada pelo autor. A edição brasileira deve ser mencionada em nota de rodapé, entre colchetes, precedida de “ed. bras.:”.

[O outono da Idade Média ]

1.4 Bíblia e outros livros sagrados A Bíblia, o Alcorão, a Torá tradicionalmente são grafados em redondo. Em citações de livros da Bíblia, o nome do livro entra em cAb, redondo; em nota de rodapé, o título pode ser abreviado. Padronize capítulos em números romanos, em versalete, e os versículos, em arábicos.

O preparador deve zelar para que as citações bíblicas sejam extraídas de edições recomendadas e não traduzidas pelo tradutor do original inglês, francês etc. que está sendo editado. Citações do Alcorão, da Torá e de outros livros sagrados devem ser feitas conforme orientação do editor. 1.5 Versos Citações de poesia podem ser padronizadas de duas formas: no corpo do texto, com barras de s eparação dos versos; ou em recuo de citação, quebrando a linha em cada verso. Citações de poesia entram no idioma original, com a tradução em nota de rodapé. Se os versos não tiverem boa tradução no Brasil, a nota deve indicar que a tradução é literal. Ver também “Citações de edições estrangeiras”. 1.5.1 Barras

Utiliza-se barra simples para separar versos e barra dupla para separar estrofes. Nos dois casos, sempre com um espaço depois da barra, mas não antes. “O caldo, flor de podridão, é puro/ somente enquanto o instinto se contenta; / grita como menino e se arrebenta/ se dele lhe tiramos o monturo.// Aquilo que para ele é grande sorte,/ para

Mateus, ii, 4.

 mim, num lampejo, é sofrimento:/ não saber o porquê de o

Em nota de rodapé: Mt, ii, 4.

querer forte/ e cheio de fartura, corpulento,/ a serva que escorraça o pobrezinho;/ ou que ele, como toda criatura,/ ignore o que será ao ser perfeito.”

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TEXTO PRINCIPAL

NUMERAIS

2 NUMERAIS

1.5.2 Quebra de linha a cada verso

Neste caso, aplica-se o padrão normalmente empregado para citações, com recuo, conforme o padrão de cada coleção.

2.1 Em textos literários De modo geral os numerais (idade, distância etc.) serão grafados por extenso: Aquela viagem durava vinte e quatro dias.

Exceto nos seguintes casos: • Datas, décadas, séculos:

“no dia 15, saí…”.   “século xix” (sempre em romanos e versalete) 10 de fevereiro (mês em cb)

Uma menina de dezesseis anos, uma noiva chinesa dos anos

1.5.3 Verso maior do que a coluna

30 poderia consolar sem ser indecorosa esse tipo de dor

adúltera cujo ônus recaía sobre ela? [O amante]

• Quando for importante que os

algarismos apareçam visualmente: “o relógio marcava 17h59”; “eu estava esperando o ônibus 15 passar”; “embarque na plataforma 24”; “ele era o camisa 13”; • Quando a forma por extenso soar burocrática ou excessiva, em especial em valores muito quebrados. [O outono da Idade Média ]

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*

Em falas, os numerais devem ser grafados sempre por extenso.

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TEXTO PRINCIPAL

NUMERAIS

2.2 Em textos de não ficção A padronização de numerais obedece aos seguintes critérios:

2.3 Horários, datas e intervalos de tempo 2.3.1 Horas

por extenso:

17h30, 4h59.

Use um h, e não dois pontos, para separar horas e minutos: • Números que podem ser escritos com apenas uma palavra: dezessete, dois, quinhentos, mil etc. • Numerais contidos em falas. • Quando o numeral estiver abrindo a frase: “Cinquenta e sete dias depois…”.

2.3.2 Datas

Sobretudo em livros de ficção, procure anotar os horários mencionados para eventual checagem de erros de continuidade. Depois vem o noivado com Oliverio. Conheceram-se em 1928

em algarismos: • Números que exigem mais

e se casaram catorze anos depois, em 1944, num noivado que,

de uma palavra para serem escritos;

ao menos por sua duração, mostra bem sua época.

Em 5 de fevereiro de 1955, os membros da Comissão de Localização

[Comentário do preparador]

da Nova Capital Federal fizeram a primeira visita ao sítio escolhido.

1928 + 14 = 1942. A conta não fecha.

Dirigiram-se ao ponto mais alto – uma elevação a 1 172 m do nível do [Modernidade periférica ]

mar, de onde se descortinava em 360 graus a paisagem primitiva da região junto ao vale do Paranoá – e ali ergueram uma tosca cruz de madeira paramarcar sua presença. [Arquivo Brasília ]

em grafia mista:

• Milhares, milhões, bilhões etc. redondos:

Conforme o Novo Acordo Ortográfico, intervalos de tempo devem ser padronizados com hífen: 1930-40, 1889-90. Não acrescente de maneira sistemática o “ 19” em construções como “década de 1970”, “anos 1920”: esse recurso é valioso para dar precisão, mas soa burocrático ou hipercorreto em frases como “os Beatles se conheceram nos anos 1950”.

Em 1957 já se contava um total de 13 mil trabalhadores, e em 1959, com a maior afluência de migrantes nordestinos, atingiu-se a marca

Meses do ano são sempre em cb:

de 60 mil. 4 de janeiro

No entanto, quando se trata de uma data comemorativa, como o 11 de Setembro (atentado às torres) ou Maio de 68, o mês deve ficar em cAb.

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TEXTO PRINCIPAL

NUMERAIS

2.3.3 Circa (aproximadamente)

Grafar c. em redondo, com espaço entre o ponto e a data: c. 1450 [Anna Kariênina ]

2.4 Milhares Use um espaço, e não um ponto, para separar a casa dos milhares, milhões etc. (ver exemplo , na página anterior) 2.5 Unidades de medidas, números e operações matemáticas O preparador deve bater com o original todos os números que constem do livro, para checar se não houve erro de digitação e/ ou tradução – por distração, é comum “ fifty ” virar “quinze”. As unidades de medidas deverão ser convertidas para o sistema métrico (na bibliografia básica indica-se um conversor de medidas na internet). Tradutores já costumam fazer esse tipo de conversão, que no entanto deve ser checada pelo preparador. Ao fazer isso, procure arredondar os números quando eles forem genéricos: se o narrador diz que a casa ficava a uma milha de distância, não deixe “a 1,6 km”, e sim “a um quilômetro e meio”. O preparador também deverá checar as eventuais contas matemáticas que houver no livro (idades, intervalos de tempo, quilometragens etc.). A conversão será feita sobretudo em livros de não ficção e em livros de ficção contemporâneos. É importante preservar unidades de medidas específicas, que sejam um dado cultural relevante, como léguas, medidas medievais, as verstas russas etc. Nesse caso a conversão deverá ser feita em nota.

*

Em livros de arte, design e arquitetura em que há muitas referências a medidas, as unidades devem ser abreviadas.

Em legendas, títulos, notas e textos “isolados”, abrevie as unidades de medidas, mas em texto corrido prefira a grafia por extenso. No entanto, se na mesma passagem ou no mesmo parágrafo há repetidas vezes “quilômetro quadrado”, use “km 2”: 3. O território francês tem uma superfície de 543 965 km2,

comparável à do estado de Minas Gerais ( 587 172 km2). [n. t.] [Antropologia estrutural ]

*

Em livros de arte as dimensões de obras são dadas de preferência em centímetros.

2.6 Formatação 2.6.1 Números romanos

Vão em versalete. i, ii, v, xx, cv, mxmiii.

Francisco i; século  xvii

2.6.2 Números arábicos

Vão em fonte expert.

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TEXTO PRINCIPAL

3 NOMES PRÓPRIOS 3.1 Nomes de pessoas e personagens Os nomes próprios devem ser padronizados sempre em cAb. Todos os nomes próprios do livro devem ser checados pelo preparador de texto e/ou pelo indexador, utilizando livros de referência, o banco de nomes da Cosac Naify e outras fontes indicadas pelo editor. O preparador também deve realçar os nomes de pessoas com marca-texto amarelo. Em traduções, a edição original pode ser usada na checagem, mas recomenda-se utilizar uma segunda fonte. 3.1.1 Atualização ortográfica

Apesar da tradição que recomenda a atualização póstuma da grafia de nomes de pessoas, muitos deles – sobretudo de escritores – permanecem sendo escritos sem atualização ortográfica em seus livros, e assim devem ser mantidos, como Vinicius de Moraes, Alphonsus de Guimaraens, Lucio Costa etc. O preparador deverá consultar o editor sobre a conveniência de atualizar ou não as grafias de nomes próprios. A atualização será feita principalmente nos casos em que não houver fonte segura, como “Manoel da Nóbrega” vs. “Manuel da Nóbrega”.

NOMES PRÓPRIOS

3.1.4 Iniciais

Nomes tradicionalmente conhecidos por iniciais, como T . S. Eliot ou D. H. Lawrence, levam espaço – convertido pelo designer em espaço fino – depois do ponto.

*

As iniciais não devem ser formatadas em versalete.

Textos assinados apenas por iniciais, como uma “Nota sobre esta edição”, feita por um organizador, segue o mesmo padrão, adequado ao padrão para assinaturas de textos.

F. M. [para Franco Moretti] [Facundo ]

3.1.5 Plural de sobrenomes

No Brasil, é mais usual, como no inglês, não flexionar os nomes de famílias no plural, ao contrário do costume em Portugal (“os Maias”). Os Matisse viviam no cais saindo do Boulevard Saint-Michel. [A autobiografia de Alice B. Toklas]

3.1.2 Personagens históricos

Muitos personagens históricos, sobretudo mais antigos, tradicionalmente têm o nome aportuguesado, que assim deve ser mantido: Luís xvi, Ana Bolena, Cristóvão Colombo etc.

3.1.6 Nomes compostos preposições

Devem ficar em cb, quando o nome da pessoa vier por completo. 3.1.3 Transliteração

Nomes que exigem transliteração, como os russos, japoneses, indígenas etc. devem ser listados e checados por um especialista.

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John dos Passos, Miguel de la Madrid, Piero della Francesca, Charles de Gaulle, Vincent van Gogh, Ahmed ben Bella.

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TEXTO PRINCIPAL

Mas, quando se escreve apenas o sobrenome, a primeira letra da partícula vai em cAb:

NOMES PRÓPRIOS

3.1.7 Derivação de antropônimos em língua estrangeira

Manter as características do nome estrangeiro, com acréscimo de iano, ismo, ino ou ista.

De la Madrid, Della Francesca, De Gaulle, Van Gogh. bachianas, behaviorista, brechtiano, byroniano, comtiano, darwinista,

na bibliografia

goethiano, hobbesiano, littreano (Littré) , mallarmeano, sardo (natural

Não separar os sobrenomes ligados por hífen e os que contenham elemento adjetivado.

da Sardenha), shakespeariano, steinberguiano, taylorismo, voltairiano,

castelo branco, camilo; sá-carneiro, Mário de souto maior, Pedro

• No espanhol, o sobrenome paterno (o 1º. ) é a referência:

weberiano.

*

A derivação estabelecida para Foucault é foucauldiano, com d, e não com t.

3.1.8 Nomes de personagens de ficção garcía marques, Gabriel.

• No italiano, francês e inglês, as partículas vêm antes do sobrenome (inclusive Mac, Mc, M’). de quincey, Thomas; della volpe, Galvano; du bos, Charles. la fontaine, Jean de; o’neil, Eugene; mccallum, Cecilia.

• Em português, alemão e holandês, as partículas dos, de, von, vom, van são colocadas depois do prenome. andrade, Mario de humboldt, Alexander von

• No chinês, não há inversão, o sobrenome já antecede o nome: mao, Tsé-tung

92

Em geral, os nomes de personagens de ficção não são traduzidos, devendo ser mantidos na língua original ou transliterados adequadamente: Melanctha, Anna Kariênina, Jean Valjean. Em traduções antigas, de tradutores como Paulo Rónai, Manuel Bandeira ou Carlos Drummond de Andrade, nomes de personagens eventualmente traduzidos devem ser mantidos tal como o tradutor publicou. Em livros infantojuvenis, no entanto, pode ser interessante encontrar algum bom equivalente brasileiro (como o Jorge e o Haroldo da série As Aventuras do Capitão Cueca), sobretudo se o nome original contiver algum jogo de palavras, como Marcelino Pedregulho (Marcelin Caillou), de Sempé.

*

Atenção aos nomes muito próximos de nomes existentes em português, que por distração tendem a ser aportuguesados, como os italianos Antonio (e não Antônio), Italo (e não Ítalo), Emilio (e não Emílio) etc.

93

TEXTO PRINCIPAL

NOMES PRÓPRIOS

3.1.9 Nomes e fórmulas de tratamento, títulos etc.

frei Vicente do Salvador, presidente Lula, visconde de Cairú,

As fórmulas de tratamento e títulos seguem uma padronização específica que deve ser observada pelo preparador.

dom Pedro ii, prof. Celso, d. João vi, papa João Paulo ii.

em cb, por extenso •

Exceto quando faz parte de um nome: avenida Papa João Paulo ii

abreviado, cb.

quando não estiver acompanhado do nome:



quando estiver ao lado do nome:

O mutilado espanhol senhor que me fiava cigarros foi um santo

Durante meio século, as burguesas de Pont-l’ Évêque invejaram

senhor e uma figura celestial que não encontrarei mais na vida.

à sra. Aubain sua criada Félicité.

[Só para fumantes ]

• em falas, mesmo que

acompanhado do nome:

[Três contos ]

em língua estrangeira

Usa-se por extenso quando não for acompanhado pelo nome, e abreviado cAb, quando acompanhado do nome completo ou sobrenome.

Nessa altura, Barabás não soube mais dominar-se: — Então o senhor tome também a bandeira ao Csele. — Há bandeira também? Entregue-a! — disse o professor dirigindo-se a Csele. Este retirou do bolso uma bandeirinha presa num arame, feita

Mr.

Mrs.

Ms.

Dr.

(inglês americano)

pela irmã, como a bandeira do grund. Era ela em geral quem

Mr

Mrs

Ms

Dr

(inglês britânico)

executava os trabalhos de agulha para eles. Mas a bandeirinha era

M.

MM.

Mme

Mlle

(francês)

vermelha, branca e verde, e continha os dizeres:  sociedade do betume,

Atenção para o uso do ponto

budapeste, 1889. jura mos não ser mais cerv os.61

— Hum! — disse o Sr. Professor —, qual é o sábio que escreve servos com c? Quem foi que escreveu isto? Ninguém respondeu. O professor repetiu a pergunta em voz trovejante: — Quem escreveu isto? Então Csele teve uma ideia. De que servia comprometer um camarada? Fora Barabás quem escrevera servos com c, mas para que

Muitas vezes o título ou a fórmula de tratamento, sobretudo em textos literários e históricos, incorpora-se ao nome do personagem (real ou ficcional), além de carregar informação cultural relevante. Assim, devem ser mantidas no idioma original palavras como “Madame”, “Don”, “Dottore” etc., em cAb, redondo, como se fizessem parte do nome:

metê-lo em apuros? Disse, pois, baixinho: — Foi a minha irmã, Senhor Professor.

Madame Bovary M. Dupont [Meninos da rua Paulo ]

Mrs. Dalloway Dr. Jekyll & Mr. Hyde

94

95

TEXTO PRINCIPAL

NOMES PRÓPRIOS

3.2 Nomes de lugares

3.2.2 Logradouros estrangeiros

3.2.1 Cidades, estados, regiões e países estrangeiros

Sempre no idioma original De modo geral, não convém traduzir nomes de ruas, avenidas, bairros, praças estrangeiras etc., mesmo que em casos pontuais pareça adequado, como em “Quinta Avenida”. Adotar o critério de padronizar em português o nome ou parte do nome resultaria em construções bizarras como “rua Wall” ou “rua do Muro” em vez de Wall Street; “praça Times” em vez de “Times Square” etc. Traduzir apenas alguns pode ser arbitrário e inconsistente.

Preferencialmente em português É necessário verificar nos dicionários de nomes próprios ( Koogan Larousse) ou no atlas indicado pela editora a tradução correta do nome da cidade ou do país citado. Não deve ser usado o nome em língua estrangeira. Antuérpia, Berlim, Copenhague, Florença, Madri, Nova York, Tóquio.

No entanto, evitar formas dicionarizadas que soem muito lusas ou antiquadas, como Bordéus (Bordeaux), Moscovo (Moscou), Amsterdão (Amsterdã), São Francisco (San Francisco) ou Nova Iorque: Nasci em San Francisco, Califórnia. [A autobiografia de Alice B. Toklas ]

Em textos de grandes autores brasileiros, é mais indicado preservar a forma escolhida pelo autor, que pode ser um dado relevante: se Manuel Bandeira escreveu “Ruão”, a forma não deve ser alterada para “Rouen”, como s eria indicado numa tradução contemporânea. É melhor evitar as formas “ eua” e “América” para designar os Estados Unidos: a primeira soa muito jornalística, e a segunda, muito americana. Da mesma forma, deve-se preferir a forma União Soviética a urss. Ver também “Siglas”.

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Wall Street, 5th Avenue, Times Square, 42th Street, Boulevard du Montparnasse, Rue Delambre, Place de l’Hôtel de Ville, Calle Relator, Avenida de Mayo, Piazza San Marco, Via Veneto.

*

Tanto o nome como a palavra designativa (“rua”, “avenida” etc.) devem ser padronizados como nomes próprios, isto é, em redondo, cAb. Para nomes de ruas em cidades onde a língua falada exige transliteração, sobretudo em textos de ficção, pode ser considerada a possibilidade de traduzir.

logradouros em cidades onde se fala português

Nas cidades onde se fala português, o qualificador (rua, avenida, praça, largo etc.) deve ser padronizado em cb, como substantivo comum. largo do Machado, avenida Paulista, rua Augusta, largo do Rocio, praça da Estação, praça do Patriarca.

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TEXTO PRINCIPAL

*

Evitar as formas abreviadas “av.”, “r.”, “pça.”, exceto em legendas e textos muitos curtos. Em texto corrido, o padrão é sempre por extenso: rua General J ardim, avenida São Luís etc.

Ruas, praças etc. conhecidas por um número que abrevia uma data (como “praça xiv”, “praça xi” etc.) devem ter os números grafados preferencialmente em romanos, e não por extenso (“praça Onze”) ou em arábicos (“praça 11”). No entanto, quando o nome da rua contiver também o nome do mês, devem ser utilizados os algarismos arábicos, com o mês em cAb: avenida 23 de Maio rua 25 de Março

3.2.3 Localização

Em textos de não ficção convém localizar as cidades pequenas e/ ou não muito conhecidas, incluindo o estado, país ou região a que pertencem. Alumínio (sp)

NOMES PRÓPRRIOS

3.2.4 Transliteração e grafias

Notícias sobre “novas grafias” e “novos nomes” de cidades e países, comuns na imprensa, por exemplo, devem ser checadas com critério e adotadas apenas com muita certeza, com apoio em bibliografia de referência. Muitas vezes, essas mudanças em formas consagradas há séculos têm origem em disputas políticas e ideológicas muito recentes. Um exemplo: o governo chinês determinou que a transliteração inglesa da capital do país passe a ser Beijing e não Peking; no entanto, isso não altera em nada a forma consagrada em português há quinhentos anos, Pequim, registrada em todos os nossos dicionários e anterior até mesmo à forma Peking. Outro exemplo: num protesto contra a forma fixada por seus antigos colonizadores, os indianos mudaram a transliteração inglesa de Bombay para Mumbai; no entanto, isso não altera a forma consagrada em português, Bombaim. Para serem adotadas pela Cosac Naify, mudanças desse gênero precisam ter respaldo nos dicionários recomendados pela editora. Antes de adotar um novo nome ou grafia em substituição a formas consagradas e dicionarizadas, consulte o editor. 3.3 Termos geográficos

Odessa, Rússia

3.3.1 Pontos cardeais e subcardeais

Vassouras, no vale do Paraíba.

Vão em cAb quando designar o nome de uma região específica, conhecida com esse nome (o Nordeste, o Sudeste, o Leste Europeu, o Meio-Oeste), ou para apontar uma direção. Quando não se tratar de uma região geográfica específica, mas apenas a área de um território ou a localização de um território em relação a outro, os pontos cardeais e subcardeais vão em cb.

No entanto, é dispensável localizar capitais de estados e de países bastante conhecidos: construções como “Salvador ( ba)”; “Paris, França”; “Nova York, Estados Unidos” etc. soam como hipercorreção e não acrescentam informações ao leitor.

Pela pele citrina, deduzi que vinham de lugares quentes e pobres, da Andaluzia, do sul de Portugal, da África do Norte. [Só para fumantes ] 98

99

TEXTO PRINCIPAL

NOMES PRÓPRRIOS

3.3.2 Acidentes geográficos

Os Nambikwara são fumantes inveterados e se não têm um

Em cb exceto quando o acidente fizer parte do nome próprio:

cigarro na boca, trazem-no apagado dentro de um bracelete de algodão ou enfiado no lóbulo furado da orelha.

ilhas de São Tomé e Príncipe, “subir a serra”, mar Vermelho,

[Do mel às cinzas ]

Ilhas Salomão, Linha do Equador, Cabo Verde, Cabo Horn,

Para se referir ao idioma, use cb:

Serra da Canastra

Em tukano, tocar flauta se diz “chorar” ou “queixar-se” por

3.4 Termos astronômicos Os nomes de corpos celestes, como Marte, Júpiter, Orion, Sol, Lua, Terra, são grafados em cAb. Quando não se referem ao corpo celeste diretamente, sol, lua e terra são grafados em cb: “a luz do sol”, “o sol brilhava lá fora”, “sob a lua”, “sol da sua vida”, “lua da existência”, “a terra em que pisa” etc.

meio deste instrumento (Silva 1962: 255). [Do mel às cinzas ]

Como adjetivo, as etnias permanecem no singular, mas em cb: Tendo encontrado, numa crença dos Arawak da Guiana, um motivo suplementar para incorporar o mito machiguenga ao

O dia estava esplêndido, um dia de maio, sol magnífico, ar brando,

conjunto dos que estamos examinando, é certamente

sem contar as calças novas que minha mãe me deu, por sinal que

oportuno lembrar que os próprios Machiguenga pertencem a um vasto grupo de tribos peruanas de língua arawak.

eram amarelas. [Conto de escola ]

Para checar a grafia dos nomes das etnias, consulte a Enciclopédia da floresta, de Manuela Carneiro da Cunha (Companhia das Letras) ou os volumes das Mitológicas (Cosac Naify).

Sei que o mundo é vasto/ e as estrelas/ moram muito longe; / que a Lua/ é um lampião que flutua / e o Sol, que forma de biscoito tem, / brilha também. [Eu sei um montão de coisas! ]

3.5 Etnias, tribos Para designar etnias e povos indígenas, use sempre em cAb, no singular:

100 100

[Do mel às cinzas ]

3.6 Termos religiosos Há grande variedade de usos e padrões para as letras maiúsculas em palavras ligadas à religião; por isso, a despeito de outros manuais ou dicionários, devem ser adotados os padrões a seguir nos livros da Cosac Naify, exceto se houver orientação em contrário por parte do editor.

101 101

TEXTO PRINCIPAL

3.6.1 Santos; cargos e títulos religiosos

“São”, “Santo”, “Santa”, “Madre” não são “cargos” ou títulos, mas parte do nome de personagens históricos; por isso devem ser padronizados em cAb, sobretudo aqueles que são autores de obras: Santo Agostinho, Santo Isidoro de S evilha, Santo Tomás de Aquino. Cargos e títulos eclesiásticos deverão seguir o padrão usual: padre, papa, cardeal, frei, irmã, rabino, mulá, etc., exceto se o designativo já se incorporou historicamente ao nome, como o Padre Cícero ou o Padre Amaro (essa decisão deve ter respaldo em referências bibliográficas). Ver “Nomes e fórmulas de tratamento”.

NOMES PRÓPRRIOS

Gerais”, “o estado de Nova York”; no entanto, se a palavra integrar um nome próprio, naturalmente será grafada em cAb: Pinacoteca do Estado de São Paulo. Os órgãos e instituições do governo devem ter o mesmo tratamento dado aos nomes próprios, ou seja, cAb: Ministério da Justiça, Casa Civil, Secretaria de Negócios Jurídicos etc. Os cargos públicos, no entanto devem ir sempre em cb: “o ministro da Justiça”, “a ministra-chefe da Casa Civil”, “o ministro do Planejamento”, “o procurador-geral da República”. Os nomes de palácios e edifícios que por metonímia representem a instituição que abrigam devem igualmente ir em cAb: “Palácio da Alvorada”, “Palácio do Itamaraty”, “Palácio do Planalto”, “Embaixada do Brasil”.

3.6.2 Festas sagradas

Festas e datas sagradas costumam ser padronizadas em cAb: Natal, Páscoa, Ramadã, Yom Kippur, Quaresma. Festas profanas devem ser padronizadas em cb: carnaval, ano-novo. 3.6.3 Igrejas

Para designar qualquer uma das comunidades cristãs organizadas, será adotada a cAb tanto na palavra Igreja como na denominação: Igreja Católica, Igreja Batista, Igreja Universal do Reino de Deus. “Igreja” na acepção de “edifício” permanece em cb: igreja de São Francisco de Assis. 3.7 Termos governamentais Algumas palavras ligadas à teoria do Estado, como a própria palavra Estado, República, os Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo (bem como o antigo Moderador), e as principais leis do país – Constituição, Código Civil, Código Penal – são grafados em cAb. A palavra “estado” como divisão territorial de um país irá sempre em cb: “o estado de São Paulo”, “o estado de Minas

102 102

3.8 Termos militares Apenas as Forças Armadas e outras corporações militares brasileiras devem ser grafadas em cAb: Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Militar, Guarda Civil. As corporações estrangeiras vão sempre em cb: o exército americano, a marinha inglesa, a aeronáutica russa, a gendarmeria francesa.

*

Exceção: quando o exército em questão é conhecido historicamente por um nome próprio, como Luftwaffe, Exército Vermelho, Exército dos Andes, Exército de Cavalaria etc.

3.9 Disciplinas e campos do conhecimento Não se adota a cAb para nomes de disciplinas e cursos universitários quando coincidem com campos do conhecimento mais amplos: medicina, engenharia, história, letras, ciências sociais,  jornalismo etc., exceto se fazem parte de um nome próprio (de um departamento ou faculdade).

103 103

TEXTO PRINCIPAL

No entanto, caso se trate de um curso, disciplina ou cátedra com nomes específicos, deve-se padronizar em cAb: Letras Modernas, Comunicação e Artes do Corpo, Introdução aos Estudos Literários I etc 3.10 Instituições ligadas a lugares

Devem entrar em cb, a menos que façam parte do nome da instituição. Universidades, museus e outras instituições estrangeiras ligadas a lugares devem preferencialmente ser traduzidas para o português, e mantidas no original em referências bibliográficas, legendas e créditos. “[…] foi professor no departamento de antropologia das universidades de Chicago e Nova York.” “foi aluno da Universidade de São Paulo”

3.12 Tabela de padronização de nomes próprios Nome de

artigo de jornal ou revista casa noturna, bar, restaurante coleção de livros coluna de jornal curso disciplina drinks tradicionais escola

redondo

evento exposição de arte/show exposição regular

Vão em cAb fatos que adquiriram valor histórico. Guerra Civil Espanhola, Cruzadas, Revolução Russa, Primeira Guerra Mundial

hotel  jornal livro loja marcas museu/instituição



• • • • •



peça de teatro poema, canção, conto, capítulo prêmio programa de tv



projeto social rua

• • •

escolas e grupos culturais 104 104



cAb em todas as palavras

• • • • • •

exemplo

“J’accuse” Fasano Coleção Espaços Painel do Leitor Comunicação e Artes do Corpo letras, antropologia dry martini, brandy Faculdade Santa Marcelina São Paulo Fashion Week Mostra do Redescobrimento



Salão de 1931, xxv Bienal de São Paulo A vida de Brian

• •

• •

• • •

música clássica obra de arte

redondo + aspas

• 

• • • • • • • •

filme

3.11 Fatos e eventos históricos

itálico

hotel Maksoud Plaza O Globo Passeios na ilha

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“A máquina do mundo”

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Prêmio Nobel Jornal Nacional 

Criança Esperança rua da Alfândega Fluxus, Cobra, Socialisme ou Barbarie 105 105

TEXTO PRINCIPAL

NOMES PRÓPRIOS

4 DIÁLOGOS E FALAS

discurso indireto livre

Há uma padronização própria para textos “ falados” que façam parte de um livro. Parte-se do princípio que uma pessoa jamais fala “sra.”, mas “senhora”, ou seja, a pronúncia de todas as sílabas deve estar marcada na fala, ainda que, na narração, possa ser abreviada. É preciso também atenção ao sistema de diálogos adotado pelo autor, que deve ser preservado na tradução, com ligeiras adaptações para a nossa tradição tipográfica.

Por fim, voltou para casa, esgotada, os tamancos aos pedaços, a morte na alma; e, sentada no meio do banco, ao lado da senhora, contou todas as suas andanças, quando um leve peso caiu sobre seu ombro: Lulu! Que diabo andara fazendo? Talvez tivesse passeado pelas redondezas! [Três contos ]

4.1 Aspas ou travessão? Diálogos e falas podem ser padronizados de diferentes maneiras: em discurso direto, com aspas ou travessão, ou em discurso indireto livre.

sem sinalização tipográfica O quarto continuou em silêncio por mais algum tempo. Helena estava quase desistindo, quando ouviu a voz da mãe. Você está acordado?

discurso direto – travessão

Estou, o pai respondeu. A caçula se encolheu, excitada. Ia começar.

– O senhor teve sorte – diziam-me. – Soube escolher um lugar

O que você achou?

para a sua casa.

Do rapaz?, o pai perguntou.

– Faz três anos que vivo aqui – respondia eu. – Perdi um filho

Claro, do que mais poderia ser?

no mar. Tenho outro, que não trabalha. Preciso de mulher para

Parece bonzinho.

me esquentar de noite. [Famílias terrivelmente felizes ] [Só para fumantes ]

discurso direto – aspas “Quem estará aqui embaixo?”, perguntou Francis. “Deve ser alguém católico”, disse Rudy. “Claro que deve ser católico, sua besta, o cemitério é católico.” “Mas às vezes também enterram protestantes”, disse Rudy. [Ironweed ]

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Cabe ao preparador zelar para que o padrão escolhido pelo autor seja seguido, mas ele pode ser discutido com o editor. Deverá ser preservada a escolha que o autor fez em sua língua original. Em textos brasileiros inéditos, é comum que o autor, por desatenção, utilize ora travessão, ora aspas num mesmo livro, iss o deve ser padronizado pelo preparador, conforme a orientação do editor. Num livro de contos, por exemplo, o mesmo sistema de diálogos deve ser adotado em todos os textos; num romance, o mesmo sistema em todos os capítulos.

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TEXTO PRINCIPAL

DIÁLOGOS E FALAS

4.1.1 Travessão

O uso de travessões nos diálogos e falas é o mais tradicional na literatura brasileira e foi herdado dos escritores franceses. Em geral, abre-se parágrafo a cada fala destacada com travessão:

“Attaway, Billy,” said his backer, Morrie Berman, clapping twice. Lotta mix, lotta mix.” “Ball is working all right,” Billy said.

Depois, ao largar a traquitana, pela grande estrada, que ali subia, toda em encostas, José Ernesto perguntou:

Mas a mulher da Agência de Empregos havia dito: “É melhor

– Como é o nome todo do senhor Dom Gaspar?

 tomar o navio da tarde e, se conseguir uma cabine ‘só para mulheres’

– Dom Gaspar Maria Alcoforado de Menezes e Telles.

no trem, vai se sentir muito mais segura do que se fosse dormir em um hotel estrangeiro. […]”. [Um dia de chuva ] [contos K. Mansfield ]

Em autores mais antigos, é comum o uso de travessões no interior de um parágrafo, sem quebra. Nesse caso, por questões de ritmo e estilo, as falas no interior dos parágrafos podem ser destacadas com aspas, mesmo que os diálogos estejam padronizados com travessão. notação

Para indicar um travessão em provas, marque dois hifens.

o traço ene

O travessão mais usado na Cosac Naify é o médio ou traço ene. Eles devem ser substituídos automaticamente, na preparação. 4.1.2 Aspas

Diálogos padronizados com aspas são uma tendência contemporânea, de matriz anglo-saxã. O preparador deverá tomar cuidado com a localização da pontuação, que em inglês tende a ficar sempre dentro das aspas:

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pensamento

As aspas podem ser usadas para dar destaque a pensamentos de personagens, mesmo num livro com os diálogos padronizados com travessão. Pensamentos de personagens não devem obrigatoriamente ficar entre aspas; a padronização (ou ausência de sinalização) a ser seguida é a do original. O preparador não deve introduzir aspas para marcar os pensamentos e separá-los da narração. 4.2 Verbo dicendi O verbo dicendi é, segundo o Houaiss, o “verbo dizer , e sinônimos ou afins, cujo objeto direto é uma oração substantiva que exprime o conteúdo de um ato de fala (p.ex., João disse que vai viajar ; Maria declarou estar doente)”. É preciso atentar para a colocação do verbo dicendi em relação à pontuação. Em tradução é comum a repetição do mesmo verbo dicendi em todas as falas, em geral “dizer”.

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TEXTO PRINCIPAL

DIÁLOGOS E FALAS

“Boa, Billy”, disse o seu financiador, Morrie Berman, batendo palmas duas vezes. “Espalhou bem, espalhou bem.”

− Oi − disse ela. − Tudo bem?

“A bola está trabalhando direito”, disse Billy.

Em francês o verbo dicendi é separado apenas por uma vírgula: [O grande jogo de Billy Phelan ]

– L’embêtant, avec toi, c’est que tu ne connais que ce que tu

O preparador e /ou o revisor não devem trocá-los sistematicamente por sinônimos como “exclamou”, “respondeu”, “perguntou”, “retorquiu” etc.

veux connaître. – Mais moi, ce Noget, je n’ai pas fait en sorte de ne pas l e connaître, dis-je. Ce n’est pas ma faute, tout de même, si je ne sais quel hasard a voulu que mes yeux ne tombent jamais sur

verbo dizer Em línguas como o francês e o espanhol, a forma reflexiva do verbo “dizer” significa “pensar, imaginar”. Por isso, formas como “disse a mim mesmo” devem ser substituídas por “pensei”.

*

son nom. Est-ce qu’il est passé à la télévision? – Bien sûr, dit mon ex-mari avec une pointe d’agacement.

Em português o verbo dicendi é separado da fala por travessões: – O seu problema é que você só conhece o que quer conhecer. – Mas eu não fiz nada para não conhecer esse Noget – digo.

“Pero me dije que por el momento sería mejor descansar […]” “Mas pensei que por ora seria melhor descansar […]”

– Não é minha culpa, afinal, se o acaso quis que meus olhos nunca topassem com seu nome. Ele já apareceu na televisão? – Claro – diz o meu ex-marido, com uma ponta de irritação.

[Doutor Pasavento ]

travessão, pontuação e verbo dicendi

Manter o sistema de padronização dos diálogos escolhido pelo autor não significa seguir à risca a padronização editorial do original. Cada tradição tipográfica padroniza os diálogos de maneira diferente, que não deve ser seguida à risca. A padronização com travessão tem um funcionamento específico em língua portuguesa, sobretudo no que se refere à pontuação e os verbos dicendi (“dizer” e sinônimos). Nos livros da Cosac Naify, a oração que contém o verbo dicendi deve sempre estar entre travessões:

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Em outro padrão tipográfico francês, todo o diálogo vai entre aspas, mas as falas são marcadas por travessões: « Qu’est-ce que tu fais là ? demanda l’homme, la main tapotant sur le mur mais ne trouvant pas l’interrupteur. – Mais j’étais en train de ranger le seau, c’est tout », répondis-je avec une assurance hargneuse qui m’étonna moi-même.

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TEXTO PRINCIPAL

DIÁLOGOS E FALAS

Le surveillant, toujours dans la pénombre, renifla l’air, mas sa supposition lui parut tellement fantaisiste qu’il se retira en bougonnant :

Se entre o primeiro e o segundo elemento da fala houver vírgula, ela será obrigatoriamente colocada após o terceiro travessão, e a oração que contém o verbo dicendi fica sem pontuação:

« Bon, range donc tout ça et vite au lit. » Coincé derrière la porte, Village levait son pouce : « Bien joué ! »

Neste caso, emprega-se a mesma padronização, com travessões ou aspas: “O que é que você está fazendo aí?”, perguntou o homem, tateando a parede com a mão sem encontrar o interruptor.

– Eu já te disse – insistiu ele –, não vamos encontrar nunca.

Uma opção para a frase acima é interrompê-la com um ponto final – que nesse caso, no entanto, deverá ser colocado no final da oração do verbo dicendi. Essa opção enfatiza a pausa na frase, marcada pela intervenção do narrador, e pode ajudar a dar mais força e/ou oralidade a determinados diálogos:

“Eu estava guardando o balde, só isso”, respondi com uma confiança impertinente que até a mim espantou.

– Eu já te disse – insistiu ele. – Não vamos encontrar nunca.

O inspetor, sempre na penumbra, farejou, mas sua suposição lhe pareceu tão fantástica que se afastou resmungando. “Bom, então guarde tudo e vá logo para a cama.” Escondido atrás da porta, Caipira levantou o polegar: “Positivo!”. [A terra e o céu de Jacques Dorme ]

A frase deve ser pontuada normalmente, como se não tivesse sido interrompida pela intervenção do narrador, marcada pelos travessões. O erro mais comum é a colocação dos travessões no ponto errado da frase. Eles devem estar sempre antes da pontuação que em geral separa (ou, quando não há, que poderia separar) o primeiro e o segundo elementos da fala. fala af irmativa

Quando o primeiro elemento da fala é afirmativo, o ponto final vai sempre na oração que contém o verbo dicendi:

5 OBRAS DE ARTE As informações relativas a obras de arte podem ter maior ou menor detalhamento, conforme o tipo de livro. Livros sobre arte costumam ser mais detalhados. O crédito fornecido por museus e bancos de imagens deve ser adaptado segundo os modelos e situações abaixo. Procure traduzir o nome da obra, técnica, cidade e todas as informações, exceto o nome de instituições. 5.1 Título da obra Somente alguns títulos consagrados na língua original devem ser mantidos sem tradução, como Les Demoiselles d’ Avignon, Pietà. Não convém descaracterizar o título de certas obras contemporâneas que, traduzido, perderia a força, como A Bigger Splash, de Hockney, em vez de “ Um espirro maior ”.

− Oi − disse ela. − Tudo bem?

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TEXTO PRINCIPAL

*

Ao citar uma obra, inserir nome do autor e data entre colchetes caso o autor não tenha sido mencionado.

 A prece [Man Ray, 1930]

5.2 Crédito simples Redija da seguinte forma o crédito de obras de arte publicadas em livros que não sejam dedicados à arte ou teoria da arte: Nome da imagem  [ano], técnica de Nome e Sobrenome do Artista. Reprodução de Nome do Fotógrafo. Crédito.

DIÁLOGOS E FALAS

5.3.1 Dimensões

As dimensões devem ser dadas em milímetros, centímetros ou metros, de preferência de maneira uniforme em todo o livro. A ordem das medidas é sempre altura x largura x profundidade. Quando a obra for composta por múltiplas peças, o crédito pode ficar assim: Nome e Sobrenome do Autor, Título da obra, data. Técnica. Tríptico, dimensões (cada painel). Coleção, cidade.

Políptico de Perúgia (ou de Sant’ Antonio), c. 1460-70, óleo e têmpera sobre madeira, 338 230 cm, Galleria Nazionale dell’Umbria, Perúgia. ×

 A prece [1930], fotografia de Man Ray. © Man Ray Trust /

[Piero della Francesca ]

Adagp, Paris, 2003 Napoleão após a abdicação [1845], óleo sobre tela de Paul

Delaroche. Paris, Musée de l’Armée/ Bridgeman Photo Li brary

5.4 Estilos, escolas e movimentos Vão em cb e redondo os nomes de estilos e movimentos: arte conceitual, bossa nova, cinema marginal, cinema novo, cubismo,

5.3 Crédito detalhado Redija o crédito conforme o modelo:

surrealismo,tropicalismo.

Vão em cAb os nomes de escolas e grupos: Nome e Sobrenome do autor, Título da obra no original  [tradução em português], data, técnica, dimensões, doação etc., data da doação, coleção, cidade.

Bauhaus, Casa 7, Cobra, Fluxus, Gruppo 7, Neo-Concretismo, Rex, Support-Sufaces.

Maria Martins, Simple History  [História simples], 1951, bronze, 142 × 65 × 45 cm, col. Geneviève e Jean Boghici, Rio de Janeiro.

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5.5 Tradução de termos artísticos Siga o uso consagrado no Brasil, empregando itálico para palavras estrangeiras ( art nouveau e não “arte nova”,  arte povera e não “arte pobre”; mas Nova Objetividade e não Neue Sachlichkeit,

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TEXTO PRINCIPAL

O Cavaleiro Azul e não Der Blaue Reiter). Termos híbridos, como arte pop e arte op, permanecem em redondo.

OBRAS DE ARTE

catálogo sem título “Eduardo Sued”, in xvi  Bienal Internacional de Arte de São Paulo

5.6 Título de exposição Quando se trata de uma mostra regular de uma instituição, em cAb e redondo; quando se trata de um evento único, usa-se cAb e itálico: Salão de 1931, xxv Bienal O Olhar Estrangeiro, Como Vai Você, Geração 80 ?

5.7 Nomes de museus e instituições Procure não traduzir nomes de museus e instituições: Tate Gallery, National Gallery, Stedelijk Museum, Grand Palais. Alguns autores, no entanto, tradicionalmente utilizam formas consagradas como Museu do Louvre ou Museu Hermitage. Alguns nomes podem ser híbridos, como Kunsthalle de Munique.

*

Não traduzir nomes de instituições em legendas e créditos.

6 FILMES 6.1 Indicação de títulos de filmes no texto Nomes de filmes são padronizados como livros, em cAb e itálico (ver “Referências bibliográficas”). Em textos de não ficção, especialmente em livros de cinema, procura-se dar ao leitor informações adicionais, como diretor e data (desconsiderar essa regra para textos de ficção). 6.1.1 Filmes nacionais

Título em itálico, cAb, seguido do nome do(s) diretor(es), em cAb, e data da produção entre colchetes. “Filmes como Central do Brasil , de Walter Salles [ 1998], e

5.8 Citação de catálogo de exposição Siga um dos dois modelos: catálogo com título

“Título do artigo”, in Nome do catálogo (catálogo). Cidade: Galeria/ Fundação/ Centro Cultural, data. “O gratuito sistemático”, in Barrio: registro de trabalho (catálogo). Rio de Janeiro: mec/ Funarte, 1982.

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(catálogo). São Paulo: Fundação Bienal, 1981.

Cidade de Deus, de Fernando Meirelles e Kátia Lund [ 2002],

que transformaram esses diretores em […].”

A referência completa acima deve ser indicada quando o filme aparece pela primeira vez no capítulo do livro. Nos demais, entra apenas o título, ou parte dele. No caso de ensaios ou de títulos com capítulos muito extensos, a referência completa aparece a cada novo ensaio ou capítulo. Por ex., os livros de Glauber Rocha ou de Paulo Emílio. É importante observar que às vezes no texto são encontrados os nomes do filme e do diretor, ou apenas do filme.

117 117

TEXTO PRINCIPAL

FILMES

Assim sendo, deve-se completar a referência na primeira ocorrência. “[…] Glauber Rocha […] em seu filme Deus e o diabo na terra do  [1964]”. sol  “Filmes como Corisco e Dadá  [Rosemberg Cariry, 1996], Baile perfumado [Paulo Caldas e Lírio

Ferreira, 1997]”.

“Walter Salles, cineasta […] no filme inteiramente programático que é Terra estrangeira [co-direção de Daniela Thomas, 1995]”.

6.1.2 Filmes estrangeiros

O título de filmes estrangeiros deve vir primeiro na versão em português seguido do título original, além do nome do(s) diretor(es), em cAb, e data da produção entre colchetes. “[…] James Dean como Jett Rink – um personagem de absoluta

6.2 Termos, expressões e movimentos cinematográficos • em itálico e cb (termos estrangeiros): fade in, fade out , script , mise-en-scène, camera-stylo, nouvelle vague, cinema noir , film noir , noir etc. • em redondo e cb (termos estrangeiros de uso frequente em livros de cinema): casting, close, close-up, flashback, flashback, off, set, slow motion, storyboard, take, travelling, zoom, zoom-in, zoom-out. • em redondo e cb (em português): cinema novo, cinema moderno, cinema realista, neorealismo. • em redondo e cb (plano-sequência, ruído, plano integral, luz, imagem, som, cenas, fotografia, cenografia, sonoplastia, casting, efeitos visuais, decupagem, montagem, câmera, roteiro, narrativas monologadas, diálogo, drama fílmico, direção de arte, edição de som, som, som direto, produção executiva, direção, maquiagem, figurino, cor,  pb (versalete).

 fragilidade no roteiro de Assim caminha a humanidade [Giant ,  de George Stevens, 1956] – é um exemplo correlato”. “  Alemanha, ano zero [Germania anno zero, 1947], de Roberto Rossellini […] escreve Bernardi, ‘constitui uma jornada ao mundo da morte e das ruínas’”.

*

Prefira termos de uso corrente em português: script  – “roteiro”  plot – “roteiro” freeze  – “congelar”

Cheque se o filme saiu em português.

Títulos de filmes que não foram lançados em português, devem vir primeiro na versão original, seguidos de sua tradução literal em redondo e data, entre colchetes: “[…] e o açucarado e lírico Der Kuss des Lebens [Beijo da vida, 1985]

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TEXTO PRINCIPAL

ficha técnica de filmes analisados no livro

FILMES

Conforme o tipo de livro, outros dados podem ser incluídos na ficha técnica assistente(s) de direção, direção de produção, produção executiva, gerente de produção, co-produtores, produtores associados, letreiros, assistente de câmera, música original (autoria, instrumentalização etc.:

nome em cAb), canções (autoria e intérprete, em cAb), assistente de montagem, cenografia, casting, figurino, maquiagem, sonografia, som, gravação e edição de som, operador de avid, efeitos visuais, companhias produtoras, distribuição, cor, formato ( 16 ou 35 mm) e duração ( 130 min)

As abreviações não são seguidas por ponto. elenco Nome do ator (cAb), seguido entre parênteses pelo nome do

personagem (cAb). Ex.: Alexandre Rodrigues (Buscapé), Leandro Firmino da Hora (Zé Pequeno) etc.

 ver padrão da coleção

6.3 Índice de filmes citados Por ordem alfabética:

Título do filme em português: cAb ( Deus e o diabo na terra do sol ) Título na língua original ca/ cb [título em português]

Título em itálico  [título em português ou original ]

Pierrot le Fou [O demônio das onze horas ]

(País de origem) Brasil ou França etc., seguido pela data da produção

 Abril despedaçado 19, 27, 56-57 cão andaluz, Um [Un Chien andalou] 122  Allemagne 90 neuf zéro 16, 62-64 dragão da maldade contra o santo guerreiro, O 50, 66

120 120

121 121

TEXTO PRINCIPAL

FILMES

Ferramentas de trabalho

122 122

123 123

TEXTO PRINCIPAL

1 O USO DO WORD 1.1 Configurações 1.1.1 Nome de usuário

Configure um só “Nome de Usuário” [guia Ferramentas/Opções/ Usuário] para que a ferramenta de marcas de revisão reconheça o preparador como autor das emendas feitas em diferentes computadores.

Na guia Ferramentas/AutoCorreção/AutoFormatação ao digitar, DESABILITAR todas as opções de “Aplicar ao digitar” e todas as opções de “Automaticamente ao digitar”; 1.1.2 Opções de autocorreção

Na guia Ferramentas/AutoCorreção/AutoCorreção, DESABILITAR “Substituir texto ao digitar”

HABILITAR todas as opções de “Substituir ao digitar”.

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125 125

FERRAMENTAS DE TRABALHO

O USO DO WORD

1.2 Barra de ferramentas

1.4 Macro de limpeza

Personalize sua barra de ferramentas com os comandos mais usados.

Para gravar nova macro de limpeza, siga as instruções:

Ferramentas/ Macro/ Gravar nova macro

[Exibir/ Barras de ferramentas/ Personalizar/ (Guia) Comandos]

Uma vez ativada a macro, inicie as substituições de limpeza de caracteres. Para usar uma macro já gravada, selecione Ferramentas/ Macro/ Macros, e então selecione a macro gravada.

Selecione e arraste para a barra de ferramentas os botões que pretende usar com frequência.

1.3 Contagem de laudas

*

Não habilitar o controle de alterações neste procedimento.

1.5 Nome de arquivos

1 lauda = 2100 caracteres com espaço

• arquivo original ou tradução: sobrenomedoautor_título_bruto • arquivo preparado: sobrenomedoautor_título_prep • arquivo para composição: sobrenomedoautor_título_prod

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127 127

FERRAMENTAS DE TRABALHO

O USO DO WORD

1.6 Opções avançadas

4. Substitua por [nada]

Faça a substituição um a um, observando a alteração. Usando cores como diacríticos na busca automática O Word não tem a opção de manter na substituição apenas parte do texto a ser localizado. Por exemplo, não se pode buscar #^f (espaço antes de nota de rodapé) e na substituição manter apenas a nota de rodapé. Uma maneira de automatizar um procedimento desse tipo é usar as cores. Assim, para extrair o espaço antes das notas de rodapé, substitui-se o texto #^f, por esse mesmo texto em uma cor particular. Os espaços ligados a notas de rodapé ficarão diferenciados. Depois é possível excluir apenas aqueles espaços daquela cor. Exemplo 2 como fazer

Este é apenas um exemplo para um procedimento que pode ser usado para estabelecer qualquer diacrítico.

Objetivo: alterar ponto depois da chamada por ponto antes da chamada de nota. 1. Localize ^f. (chamada de nota de rodapé + ponto)

Exemplo 1

Objetivo: extrair um espaço antes de nota de rodapé:

2. Substitua por “texto a ser localizado” [Especial] + cor diferente

[formatar>cor] Faça a substituição um a um, observando a alteração. 1. Localize #^f (espaço +

chamada de nota de rodapé)

3. Localize . (ponto) + cor diferente e Substitua por [nada] (o ponto depois da nota será suprimido )

Faça a substituição um a um, observando a alteração. 2. Substitua por “texto a ser

localizado” [Especial] + cor diferente [formatar>cor] [formatar>cor] Faça a substituição um a um, observando a alteração. 3. Localize # + cor diferente

128 12 8

4. Localize ^f + cor diferente e substitua por . (ponto) + “texto a ser localizado” ( inclusão de ponto antes da nota)

Faça a substituição um a um, observando a alteração.

129 129

FERRAMENTAS DE TRABALHO

O USO DO WORD

5. Quando finalizar, localize ^? (qualquer caractere) + cor

2. Solicite um pdf do livro de página simples (não

diferente e substitua por “texto a ser localizado” + preto, ou cor para chamada de nota.

spread ),),

com uma marcação no cabeçalho: ex. tititi

Obs. O mesmo procedimento pode ser repetido para qualquer

caractere de pontuação.

1.7 Como fazer um índice onomástico no Word 1. A lista de nomes deve estar preparada no Word. As entradas devem estar separadas por marca de parágrafo (¶). Selecionar e inserir tabela nessa lista de nomes. Incluir uma coluna à esquerda dessa coluna de entradas. A forma da coluna da esquerda corresponde à forma que o nome consta no corpo do texto do livro; a da coluna da direita corresponde às entradas do índice.

* 130 13 0

Como aparece no texto

Como aparece no índice

Barthes

barthes, Roland

Bateson

bateson , Gregory

Beethoven

beethoven, Ludwig van

Benedict

benedict, Ruth

Boas

boas, Franz

Bruegel

bruegel, Pieter

Zorba

zorba, o Grego

Extraia o texto do  pdf para Word e substitua a palavra “tititi” por quebra de página. O número de páginas desse arquivo deve ser igual ao do pdf.

3.

*

Dica: diminua o corpo da letra no Word para um corpo bem pequeno, de modo que todo o texto de uma página do Indesign caiba dentro de sua correspondente no Word. 4. Posicione o cursor no final

do texto do Word e selecionar [Inserir/ Referência/Índices/ Referência/Índices/ Índice Remissivo/ Automarcação ].

A indexação é sensível a diferenças de cAb e de formatação, portanto, verifique se na coluna da esquerda os nomes estão perfeitamente padronizados conforme aparecem no texto. Salvar esse arquivo “tabela índice Livro x”

131 13 1

FERRAMENTAS DE TRABALHO

O USO DO WORD

bateson, Gregory 18, 141, 154, 183-86, 207, 234

* Selecione o arquivo “tabela índice Livro x ”.”. (o Word fará a marcação automática de todas as palavras da coluna da esquerda desse arquivo)

5.

Repasse o arquivo conferindo as marcações feitas de modo automático para evitar erros. Caso identifique uma marcação errada, selecione-a e, com um clique, apague-a. Uma nova marcação pode ser feita manualmente.

6.

Selecione “ocultar ¶”. Novamente, com o cursor no final do arquivo, selecione Referência/ Índices/ Índice Remissivo/ ok]. [Inserir/ Referência/

7.

8. Mágica! O índice com a

Quando o procedimento de indexação não encontra exatamente a palavra que consta na célula da esquerda, a entrada como um todo é excluída do índice. Portanto, além de verificar a grafia e padronização da coluna da direita, cheque o índice final com a tabela que lhe deu origem.

11. Em traduções de

livros estrangeiros, cheque a quantidade de ocorrências de cada entrada com o original.

1.8 COMANDOS 1.8.1 Inserir número de página Inserir/Números de páginas/[Selecionar] fim da página/ok

numeração aparece no final do

arquivo Word.

identificar palavras que não foram reconhecidas, é possível arrumá-las na tabela e repetir o procedimento, substituindo o índice anterior.

1.8.2 Inserir quebra de página e seção Inserir/ Quebra/ Quebra/ Quebra Quebra de página, coluna ou seção

9. Se você

1.8.3 Divisor de janelas Usa-se a ferramenta do divisor de janelas [Janela/ Dividir] para acessar visualmente duas partes do mesmo arquivo.

10. Recorte e cole o

índice em outro arquivo. Repasse a numeração de modo a agrupar páginas sequenciais, lembrando sempre de subtrair a centena (e não a dezena)

132 13 2

133 133

FERRAMENTAS DE TRABALHO

ATALHOS

1.9 Atalhos DOCUMENTO Nome do comando

NAVEGAÇÃO E SELEÇÃO Modificadores

Tecla

Ctrl+

O

Colar Contar palavras listar

Ctrl+ Ctrl+Shift+

V G

Contar palavras recontar Copiar

Ctrl+Shift+ Ctrl+

R C

Copiar Texto

Shift+

F2

Desfazer Dicionário de sinônimos RR

Ctrl+ Shift+

Z F7 

Excluir palavra Excluir palavra anterior

Ctrl+ Ctrl+

Del Backspace

Abrir

Excluir todos comentários mostrados   Excluir todos comentários no documento Fechar doc Imprimir Localizar

Menu

Ferramentas Ferramentas

Sinônimo

W P

Ctrl+

L

Marcar entrada índice remissivo Maximizar doc

Alt+Shift+ Ctrl+

X F10

Nota fim agora Nota rodapé agora

Alt+Ctrl+ Alt+Ctrl+

D F

Inserir Inserir

Alt+ Ctrl+Shift+

F7 Return

Inserir

Quebra página Recortar

Ctrl+ Ctrl+

Return X

Refazer ou repetir

Ctrl+

R

Alt+Ctrl+ Ctrl+

Y B

Ctrl+

F12  U

Ctrl+ Alt+Ctrl+

F2 I

Próximo erro ortográfico Quebra coluna

Repetir localizar Salvar Salvar como Substituir Visualizar impressão Visualizar impressão

134 134

Modificador es

Tecla

Shift+ Shift+

F8 Direita

Shift+ Ctrl+Shift+

Esquerda Home

Estender início janela

Alt+Ctrl+Shift+

Page Up

Estender início linha Estender linha abaixo

Shift+ Shift+

Home Abaixo

Estender linha acima Estender página abaixo

Shift+ Shift+

Acima Page Down

Estender página acima Estender palavra direita

Shift+ Ctrl+Shift+

Page Up Direita

Estender palavra esquerda Estender parágrafo abaixo

Ctrl+Shift+ Ctrl+Shift+

Esquerda Abaixo

Estender parágrafo acima Fim coluna

Ctrl+Shift+ Alt+

Acima Page Down

Ctrl+

End

Diminuir seleção Estender caractere direita

Rejeitar Rejeitar Ctrl+ Ctrl+

Nome do comando

Estender caractere esquerda Estender início documento

Fim documento Fim estender documento Fim estender janela Fim estender linha Fim janela

Ctrl+Shift+ End Alt+Ctrl+Shift+ Page Down Shift+ Alt+Ctrl+

End Page Down

Inserir

Fim linha Fim linha tabela

Alt+

End End

Editar

Início coluna Início documento

Alt+ Ctrl+

Page Up Home

Alt+Ctrl+

Page Up

Alt+

Home Home

Ctrl+ Shift+

Y F5

Ctrl+

F6 Direita

Início janela Arquivo Editar

Início linha Início linha tabela Ir para Ir para trás Outro painel Palavra direita

Menu

Editar

135 135

FERRAMENTAS DE TRABALHO

GUIA DE MARCAS DE REVISÃO

Nome do comando

Modificadores

Tecla

Palavra esquerda Parágrafo abaixo

Ctrl+ Ctrl+

Esquerda Abaixo

Parágrafo acima Parágrafo direita

Ctrl+ Ctrl+

Acima G

Parágrafo esquerda Próxima célula

Ctrl+

Q Tabulação

Próxima janela Próximo campo

Alt+ Alt+

F6 F1

Selecionar tudo

Ctrl+

T

Menu

Editar

FORMATAÇÃO Nome do comando

Copiar formato Colar formato

Menu

2 GUIA DE MARCAS DE REVISÃO

mudança editorial

marca no texto

suprimir caractere

marca marginal

mudança editorial

marca no texto

Cosac & Naify

unir parágrafos

  unir  parágrafos

suprimir palavra ou frase

livro de de arte

abrir parágrafo

abrir parágrafo

manter

literatura

inserir espaço

inserirespaço

inserir texto ou caractere

Cosac Naif 

reduzir espaço

reduzir espaço

inserir pontuação

teatro cinema

inverter

palavras inverter

inserir traço eme ou ene

Rio-Santos

inserir recuo ou defesa

inserir recuo

Modificadores

Tecla

Ctrl+Shift+ Ctrl+Shift+

C V

inserir aspas

ele disse não

suprimir recuo ou defesa

caixa-alta

paris

mover p/ próx. linha

mover p/ próx. linha

caixa-baixa

TIPOS

sobrescrito

1a

caixa alta e baixa

minas gerais

subscrito

H2O

versalete

Masp

 por extenso

200

negrito

revisão

 paralelismo

de que porque 192x

suprimir recuo

Diminuir fonte um ponto

Ctrl+

[

Aumentar fonte um ponto Espaçamento parág 1 

Ctrl+ Ctrl+

]

Espaçamento parág 1,5  Espaçamento parág 2 

Ctrl+ Ctrl+

5

Fonte Itálico

Ctrl+ Ctrl+

D I

Justificar parágrafo Maiúsculas e minúsculas

Ctrl+ Shift+

J F3

claro

apêndice

dúvida do revisor

Negrito

Ctrl+

N

itálico

Pensar com tipos

 problema de tradução água salada

Recuo Sobrescrito

Ctrl+ Ctrl+Shift+

M =

redondo

design

Sublinhado Subscrito

Ctrl+ Ctrl+

S =

verificar fonte

fonte errada

abrir

abrir

Ctrl+Shift+ Ctrl+Shift+

A K

 fechar

fechar

Todas maiúsculas Versalete

1 2

marca marginal

edição

Marcas de revisão derivadas do The Chicago Manual of Style e David Jury, About Face: Reviving the Rules of Typography (East Sussex: Rotovision, 2001). As convenções variam um pouco de fonte para fonte. [Aqui as marcas foram adaptadas para o uso mais recorrente nas editoras brasileiras. ]

[Ellen Lupton, Pensar com tipos . São Paulo: Cosac Naify, 2006, p.170 ]

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FERRAMENTAS DE TRABALHO

GUIA DE MARCAS DE REVISÃO

dicas úteis | 168

editando originais no papel

suprimir  suprimir

Escritores, editores e designers usam marcas para sinalizar mudanças tais

invreter  inverter

mudar ideia de a respeito de uma alteração, sublinhe-a com pontos. Para

a revisão ocorre depois que um original preparado foi composto. Novos errros podem aparecer a qualquer momento durante o manuseio de um documento e antigos erros-não percebidos – podem . saltar aos olhos no texto diagramado. O revisor corrige erros ortográficos, gramaticais e factuais flagrantes, mas evita alterar estilo e conteúdo. Nessa etapa as mudanças não são apenas custosas: elas ”. podem afetar o design da página e criar novos problemas. Revisar é diferente preparar, mas pode ser que o editor tenha alguma coisa para fazer durante a revisão, juntamente com o autor ou . com o cliente. Embora o designer ou o compositor 1 não devam atuar como revisores, eles precisam ainda assim inspecionar seu trabalho . com cuidado em busca de erros, antes de devolvê-lo ao editor, autor ou cliente. , ,

como supressões, substituição, ou correções frases e de palavras. Se você

suprimir um carractere, risque-o com uma b arra vertical e repita a barra n a

manter  ignorar correção

lateral, ao lado de um x. Para substituir ou inserir um caractere use a mesma técnica, acrescentando o cafactere correto ao lado da barra n a lateral. Se duas

inserirespaço inserir espaço

palavras ficaremjuntas, insira a barra vertical e uma marca de espaço.

caixaalta adicionar hífen

correspondente na margem.

Para unir dois parágrafos, conecte-os com uma linha e anote o sinal

re-mover  remover hífen

Para substituir um hífen por um traço eme - ou traço ene, dependendo do

texto itálico

um hífen para indicar trajetos, por exemplo: Belém–Brasília.

designer ou compositor converta-os sem ser avisado. Use um traço ene e não

Além de fazer correções gramaticais, ortográficas e de melhorar a clareza

TEXTO caixa-baixa

Não obscureça , o que for, riscado e apagado para que o compositor possa lê-lo.

gosto do designer - ao lado da barra na lateral anote dois ou três traços. Se um original indicar travessões com hifens duplos -- assim --, espera-se que o

texto negrito

Marque todas as correções na margem da prova, indicando a posição das mudanças dentro . do texto. Não escreva entre as linhas. Muitos sinais interlineares são usados tanto na revisão quanto na preparação, mas os revisores usam um conjunto adicional . de marcadores nas margens.

.

1914-1918 traço ene (–)

Marque todas as mudanças em uma prova-mestra. Se várias cópias da prova , circularem para aprovação, alguém (normalmente o editor) precisa responsabilizar-se pela , transferência das correções para a prova-mestra. .

,

Não forneça ao designer uma prova com comentários conflituosos ou indecisos.

, . tipos de  provas Dependendo de como um projeto for organizado e produzido, algumas ou todas as provas a seguir serão necessárias. . extensão de livro. Elas Provas de galé normalmente são fornecidas em projetos com

da prosa, os editores indicam estilos tipográficos tais como itálico (com um

consistem de texto composto mas não paginado e não chegam a incluir ilustrações.

sublinhado) e negrito (com um círculo). circule as letras para transformá-las

Provas de página são divididas por página e incluem ilustrações, fólios, títulos . e outros detalhes. correntes

em caixa-alta ou caixa-baixa, Anotando Na margem o código correspondente.

texto caixa-alta

Para indicar versalete, sublinhe a palavra com dois traços.

TEXTO versalete

para comentários e correções. Alinhe o texto à esquerda, desalinhe à direita e , .

:

desligue a hifenização automática.

Provas de revisão incluem as mudanças recomendadas pelo revisor e contribuições feitas pelo designer ou pelo compositor.

,

Use entrelinhas duplas e margens generosas nos originais para abrir espaço , . .

Não marque originais ou provas com Post-It. Use post-it  Elas podem cair, bloquear o com texto emoderação dificultar a feitura de fotocópias.

.

.

Provas de impressão são geradas pelo impressor. Nesta fase, as mudanças tornam-se vez cada mais caras, complexas e imprudentes. Em teoria, elas servem para eliminar os erros do impressor – não os do design ou do estilo verbal. As provas de impressão podem . ser monocromáticas (como as heliográficas) ou coloridas (como as  plotters).

,

_________ , . 1. O designer e o compositor podem ser a mesma pessoa. Nos estúdios de design, ao contrário do que ocorre nas editoras, os designers geralmente responsabilizam-se pela composição.

[E. Lupton, op.cit, pp.168 e 171]

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FERRAMENTAS DE TRABALHO

GUIA DE MARCAS DE REVISÃO

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FERRAMENTAS DE TRABALHO

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

3 BIBLIOGRAFIA E SITES DE REFERÊNCIA

Gramáticas (Napoleão, Celso Cunha, Bechara) Recorra às

Atlas National Geographic da editora Abril

gramáticas para resolver dúvidas e para conhecer melhor as figuras de linguagem (metonímia, silepses etc.), comumente percebidas em textos literários como “erros”.

Conversor de medidas e moedas Dicionários de português (pelo menos 3): Houaiss, Aurélio, Caldas Aulete e Michaelis.

Volp Além da grafia de palavras em português, o Volp também

contém uma lista de palavras estrangeiras comuns em português (essa lista ainda não está na versão eletrônica do site da abl, apenas ao final da edição impressa). Quando necessário, recorra também ao plantão de dúvidas “ abl Responde”, no site

Dicionários de regência verbal e nominal (Luft e Fernandes):

Fernandes tende a ser mais conservador: não aceita muitas regências com origem na fala, já consagradas na escrita. Luft deve ser fonte preferencial. Dicionário analógico da língua portuguesa

Dicionários de línguas estrangeiras: Privilegie dicionários de

renome. Evite edições escolares ou antigas demais. Procure dominar todos os recursos oferecidos pelos dicionários, sobretudo os que têm versão eletrônica, como pesquisas reversas (procurar uma palavra no interior dos verbetes). Algumas sugestões:

(ideias afins): Registra diversas palavras pertencentes a um

mesmo campo semântico. Útil para encontrar sinônimos difíceis ou palavras por aproximação de significado. Dicionários de nomes próprios Na falta de um mais atual e

confiável, o Koogan Larousse (ed. de 1979) é uma boa fonte para grafias de nomes, lugares etc. Atualiza a ortografia de nomes próprios de pessoas mortas. Contém uma lista de expressões latinas útil para checagem. Consulte também o banco de nomes próprios da Cosac Naify.

• Inglês: Oxford, American Heritage

(contém hifenização, inclusive de nomes próprios) • Francês: Le Robert, Le Robert – Expressions, Larousse, Littré • Espanhol: rae  • Italiano: Zingarelli  Dicionários português/ línguas estrangeiras Recorra a esses

dicionários quando o dicionário monolíngue não resolver a sua dúvida. Não use tradutores automáticos da internet.

Dicionário de questões vernáculas (Napoleão Mendes de

Almeida): Referência conservadora, porém essencial.

Manuais de estilo de jornais e revistas Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. Recorra a essas fontes para tirar dúvidas

rápidas de gramática e ortografia, que nesses manuais são

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FERRAMENTAS DE TRABALHO

explicadas de maneira clara e sintética, em tabelas de plural de substantivos compostos, por exemplo. No entanto, não os utilize para efeito de padronização. Os critérios dos jornais para uso de cA e cb, itálico, numerais, siglas etc. difere muito da tradição editorial de livros brasileiros. O texto de jornal também é mais permeável a modismos, neologismos e transliterações estrangeiras (por exemplo no caso de nomes árabes). Manuais de bibliologia e edição Elementos de bibliologia, Antonio Houaiss; A construção do livro, Emanuel Araújo. Clássicos

brasileiros da era pré-eletrônica, são úteis para tirar dúvidas sobre estrutura do livro, padronização e outros critérios editoriais tradicionais. Elementos do estilo tipográfico , Robert Bringhurst, bastante detalhista, é uma das principais referências modernas. Pensar com tipos, Ellen Lupton. Mais atual que o livro de Bringhurst, reúne princípios básicos de tipografia e edição de livros. Chicago Manual of Style, Chicago University Press, a grande e exaustiva referência mundial. Embora siga uma padronização diferente da nossa, é útil pois descreve em minúcias situações comuns durante a edição de originais de todo tipo.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

Os dicionários de português podem ser encontrados na Brasiliana usp: . Dicionários de francês antigo, como o célebre Godefroy (mais de dez vols.) , podem ser encontrados em . Obras de grandes autores Machado de Assis, Nelson

Rodrigues, Camilo Castelo Branco, Manuel Bandeira, Vinicius de Moraes, Rubem Braga etc. Tenha à mão os grandes clássicos da língua portuguesa para observar usos literários muitas vezes ausentes dos livros de referência (ou até mesmo condenados por eles). Cinema Dicionário de filmes brasileiros , Antonio Leão da Silva

Neto; Dicionário de cineastas , Rubens Ewald Filho; Dicionário teórico e crítico de cinema , Jacques Aumont; Sites: imdb ; Movies.com ; Bibliothèque du film: . Nacionais: Cinemateca brasileira: ; .

Escrita e oralidade Preconceito linguístico – o que é, como se faz, Marcos Bagno. Útil para pensar a aplicação de regras

gramaticas estritas, sobretudo em texto literários, e para pensar a relação entre língua falada e escrita. Gramática de usos do  português, Maria Helena de Moura Neves. Ao partir de exemplos extraídos de falas, essa gramática descritiva é útil para a edição de textos literários e outros que lancem mão da oralidade. Dicionários antigos A edição de textos de história, por exemplo,

pode exigir o uso de dicionários antigos de português ou outras línguas, atualmente disponíveis na internet.

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FERRAMENTAS DE TRABALHO

4 ETIQUETA TIPOGRÁFICA fonte: Elementos do estilo tipográfico, Robert Bringhurst Princípio geral É tarefa do revisor de provas zelar por uma boa composição. Uma composição bem feita tem como princípio básico uma mancha de texto com textura o mais uniforme possível, para que o olhar do leitor possa fluir de uma linha à outra sem distrações, concentrando-se exclusivamente no conteúdo. Para tanto as linhas não podem ficar nem abertas nem espremidas. Num texto justificado (alinhado à direita e à esquerda) a hifenização é o instrumento para se obter uma boa textura. O revisor deve prestar atenção em ocorrências que se particularizem visualmente desviando a atenção do leitor, como espaços brancos ou paralelismos. Em um livro apenas de texto, a cada página a composição deve aparecer como um tecido (textus em latim) bem urdido pelo tecelão. Recuos O recuo na primeira linha de um parágrafo tem a função de marcar o início de um parágrafo. Eles devem ser dispensados nos primeiros parágrafos de cada texto e após títulos, subtítulos e citações, exceto no caso de a primeira linha iniciar com um travessão, nesse caso o recuo deve ser mantido. Em alguns projetos o início de um novo parágrafo pode ser indicado de outras maneiras, nesses casos o revisor deve zelar pela consistência do critério adotado. Órfas e viúvas Nunca iniciar uma página com a última linha de um parágrafo. Linhas isoladas de um parágrafo que principia na última linha de

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ETIQUETA TIPOGRÁFICA

uma página são chamadas de órfãs. Elas não têm passado, mas têm um futuro, e não precisam preocupar o tipógrafo. Já as réstias dos parágrafos que terminam na primeira linha de uma página são chamadas de viúvas. Elas têm passado mas não têm futuro. Parecem escorçadas e desoladas. Na maioria das culturas tipográficas do mundo, é costume dar a elas a companhia de uma linha adicional. Essa regra é aplicada em íntima conjunção com o texto. No meio editorial brasileiro, o termo viúva também é usado para indicar a palavra que sobra sozinha na última linha de um parágrafo e os termos linha enforcada ou forca são usados para indicar linhas isoladas que enfeiam uma página. ( Elementos do estilo tipográfico, p. 52) A última linha do parágrafo não deve ter menos que 1/5 da largura da mancha de texto preenchida. Que mistura mais assombrosamente blasfema! A frase é realmente suja, em parte porque se encaixa na conhecida acepção de “sujeira”− algoque nãocabe ali,o que porsua vez éa própria definiçãoda mistura de registroelevado e registrovulgar. Mas porque Roth entra nesses movimentos e rodeios tão barrocos? Por que escrever tão complicado? Se pegarmos só o tema direto da frase e deixarmos tudonodevido lugar− istoé, se tirarmos amistura de registros −, entenderemos a razão. Uma versão simples sairia assim: “Ultimamente,quando Sabbathchupava os seios de Drenka, era possuídopeloardente desejo de sua falecidamãe”. Ainda éengraçado,por causa da transferênciada amante para a mãe,mas não é exuberante . Assim, a primeira coisa que a complexidade consegueé representaraexuberância,o gozoimpacientee odesejocaótico,do sexo. Em segundolugar,a longa sentença entre travessões, com seu pedantismo cômico, sobre a origem latina de úbere e a pintura de Juno de Tintoretto, funciona, como num teatro de variedades,paraadiareprepararachegadadoclímaxcom“eleestava possuídopelomaisardentedesejodesuafalecidamãe”.(Também prepara e torna mais chocante e inesperada a entrada de “boceta”.) Em terceiro lugar, como o cômico da frase inclui essa passagem de um registro para outro − do peito da amante para o peito da −, encaixa bem que o estilo imite essa mudança escandalosa, entregando-se a suas oscilações estilísticas, subindo e descendo como um eletrocardiograma alucinado: assim temos “sugava” (registro elevado), “peitos” (médio), uberare   (elevado), quadro de Tintoretto (elevado), “da teta dela” (vulgar), “frenesi insanciável”(registro elevado,bastante formal),“como Junopode outrora gemido” (ainda bem elevado), “boceta” (muito vulgar), “penetrado pela mais aguda das saudades” (de novo registro elevado e formal). Insistindo em igualar todos esses níveis de registro, o estilo da frase funciona como deveria, encarnando o significado. Mas as analogias e metáforas,pelomenos as visuais, moldam o

de Tintoretto (elevado), “da teta dela” (vulgar), “frenesi insanciá vel” (registro elevado, bastante formal), “como Juno pode outrora gemido” (ainda bem elevado), “boceta” (muito vulgar), “penetrado pela mais aguda das saudades” (de novo registro elevado e formal). Insistindo em igualar todos esses níveis de registro, o estilo da frase funciona como deveria, encarnando o significado. Mas as analogias e metáforas, pelo menos as visuais, moldam o

Forca

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FERRAMENTAS DE TRABALHO

Hifenização Nos textos justificados os hifens são indispensáveis para garantir um bom espaçamento entre as palavras, evitando linhas abertas ou fechadas demais. Quanto mais estreita for a coluna de texto mais frequentes se tornam os hifens. Em alguns casos mesmo textos não justificados podem ser hifenizados. Os manuais de estilo às vezes insistem que ambas as partes de uma palavra hifenizada precisam estar na mesma página (em outras palavras, que a última linha de uma página nunca deve terminar com um hífen). Virar a página, no entanto, não é um ato de interrupção do texto em si mesmo. No entanto, é importante evitar quebras de palavra em locais onde o leitor tende a ser facilmente distraído por outras informações, por exemplo, sempre que um mapa, um gráfico, uma fotografia, um olho de texto, uma barra lateral ou outra interrupção qualquer se intrometer. (Elementos do estilo tipográfico p. 53) parâmetros de hifenizacão

O designer deve configurar as preferências de hifenização do documento antes de compor o texto. O revisor deve zelar por esse padrão. • Apenas palavras com cinco ou mais letras podem ser hifenizadas, deixando ao menos duas letras no início e três no final. • Não se deve hifenizar mais do que 3 linhas consecutivas. • Normalmente não se hifenizam nomes próprios. • Em palavras estrangeiras a hifenização deve respeitar as convenções da respectiva língua. • O hífen nunca pode separar duas vogais , mesmo que estejam em sílabas diferentes. Ou seja, por convenção, não se separam hiatos.

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ETIQUETA TIPOGRÁFICA

Paralelismos A partir da segunda prova o revisor e o designer devem atentar a ocorrências de paralelismos indesejáveis, isto é quando uma mesma palavra ou sequência de palavras se repete em linhas consecutivas formando desenhos que saltam da mancha. Sequências de mais de três letras repetidas no início de linhas consecutivas também devem ser evitadas para que o leitor não pule ou repita uma linha. Que mistura mais assombrosamente blasfema! A frase é realmente suja, em parte porque se encaixa na conhecida acepção de “sujeira” − algo que não cabe ali, o que por sua vez é a própria definição da mistura de registro elevado e registro vulgar. Mas por que Roth entra nesses movimentos e rodeios tão barrocos? Por que escrever tão complicado? Se pegarmos só o tema direto da frase e deixarmos tudo no devido lugar − isto é, se tirarmos a mistura de registros −, entenderemos a razão. Uma versão simples sairia as-

gemido” (ainda bem elevado), “boceta” (muito vulgar), “penetrado pela mais aguda das saudades” (de novo registro elevado e formal). Insistindo em igualar todos esses níveis de registro, o estilo da frase funciona como deveria, encarnando o significado.

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FERRAMENTAS DE TRABALHO

*

Os paralelismos algumas vezes podem indicar repetições de palavras ou aliterações indesejáveis no texto.

Outras recomendações ao designer e ao revisor • É indesejável que travessões iniciem uma linha, exceto em diálogos. O mesmo vale para sinais matemáticos. • Sempre que possível os números não devem se separar de suas respectivas unidades de medida pela quebra de linha. • Evita-se terminar uma linha com um início de frase de uma única letra.

* * *

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Em expressões matemáticas ou em dimensões de obras deve-se utilizar o símbolo de versus “×” e não a letra “x” Não se usa parêntesis e colchetes em itálico. Usa-se espaço fino após milhar, e seus múltiplos, exceto datas: 5 000 pessoas, na década de 1950 [N. T.] [N. E.] devem ser compostos em versalete e com um espaço fino após o ponto.

151 151

FERRAMENTAS DE TRABALHO

ABREVIATURAS

5 ABREVIATURAS

2ª. , 3ª. , 29ª.

primeiro, segundo, terceiro segunda, terça/terceira, vigésima nona

nº. n. b.

aC, dC ou AC, BC Bol.

antes de Cristo, depois de Cristo Boletim

n. s.

c. cA, cb, cAb

circa (aproximadamente) caixa alta, caixa baixa, caixa alta e baixa

n. o.

1º., 2º., 3º.

n. e.

número nota bene (note bem)

nova série nota da edição

n. t.

nota do organizador nota da tradução

Cf.

Conferir

obs.

observação

col. coord./coords.

coleção coordenação/ coordenadores

ºC op. cit.

Celsius obra citada

dir., esq. dpi

direita, esquerda dots per inch (pontos por polegada)

org./ orgs. p. / pp.

organização/organizadores página/s

dvd ed.

digital versatil disc editora

p. ex. (em notas de rodapé) pb

por exemplo preto e branco

ed. bras. et al.

edição brasileira et alii 

PhD s./ ss.

Philosophiae Doctor (título de doutor) seguinte/seguintes

etc.

et coetera (e as demais coisas)

Sr./Sra./Dr./Dra.

Senhor/Senhora/Doutor/Doutora

fasc. g

fascículo grama

t. univ.

tomo universidade

ibid. id.

ibidem (a mesma obra) idem (o mesmo autor)

V.

Ver

v./ vol.

volume

il./ ils. kg

ilustração/ ilustrações quilograma

km/h loc. cit.

quilometros por hora loco citado (local citado)

Ltda.

Limitada

M./ Mme/ Mlle mimeo

Monsieur/ Madame/ Mademoiselle mimeografado (manuscrito)

mm, dm, cm, m, km Mr./ Ms./ Mrs.

milímetro, decímetro, centímetro, metro, quilometro Mister/ Miss/ Misses

n.

número / nota

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EXPRESSÕES LATINAS apud  infra  supra  et alii 

citado por abaixo acima e outros

153 153

concepção Florencia Ferrari e Paulo Werneck coordenação editorial Florencia Ferrari projeto gráfico Elisa von Randow e Gabriela Castro

colaboraram Andressa Veronesi, Augusto Massi, Cassiano Elek

Machado, Célia Euvaldo, Elaine Ramos, Emilio Fraia, Flavia Lago, Gabriela Castro, Gustavo Marchetti, Isabel Coelho, Luciana Araujo, Luiza Barbara, Maria Helena Arrigucci, Mariana Lanari, Miguel Del Castillo, Milton Ohata, Vanessa Gonçalves.

Este manual foi desenvolvido pela equipe de editores e designers da Cosac Naify, entre 2003 e 2010, com aportes de preparadores e revisores da casa. Ele não se pretende um manual exaustivo, mas uma orientação para a solução dos problemas mais frequentes na edição de nossos livros. Esta versão 1.0 poderá ser ampliada e detalhada. Contamos com as sugestões de todos.

* 154

Os exemplos deste manual foram feitos no Word 2003, que apresenta diferenças de caminho em relação a versões posteriores. Procure a ajuda do programa para localizar as ferramentas citadas.

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