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May 4, 2017 | Author: Marisa Carvalho | Category: N/A
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Técnicas de animação – comunicação e expressão não-verbal

UFCD: 3285 Carga Horária: 50 horas

ÍNDICE Introdução………………………………………………………….………………………………2 1.Expressão plástica……………………………………………………………………………..3 1.1.Organização de espaços e materiais……………………………………………………………3 1.2.Intervenção do animador……………………………………………………………………………6 2.Técnicas de expressão plástica………………………………………………….………….8 2.1.Desenho…………………………………………………………………………………………………...8 2.2.Pintura……………………………………………………………………………………………………..12 2.3.Modelagem.…………………………………………………………………………………………......22 2.4.Construção de fantoches…………………………………………………………………………….34 2.5.Outras atividades………………………………………………………………………………………36 2.5.1− Recorte……………………………………………………………………………………36 2.5.2− Colagem…………………………………………………………………………………..37 2.5.3− Dobraduras……………………………………………………………………………...39 2.5.4− Raspagem………………………………………………………………………………..41 2.5.5− Móbiles…………………………………………………………………………………….41 2.5.6− Trabalhos tridimensionais…………………………………………………………..43 2.5.7− Decalque………………………………………………………………………………….46 2.5.8− Carimbagem…………………………………………………………………………….47 2.5.9− Estampagem/ Batik…………………………………………………………………..49 2.6.Tapeçaria…………………………………………………………………………………………………50 Conclusão………………………………………………………………………………………………………………….52 Bibliografia………………………….…………………………………………………………………………………....53

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Introdução “The principal goal of education is to create people who are capable of doing new things, not simply repeating what other generations have done…” Piaget Traduzinho… “O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações fizeram…” Piaget Isto propósito da criatividade, inteligência e pensamento divergente, diferente… Esta unidade de formação como objetivo que os formandos aprendam a planificar e dinamizar técnicas de animação com carácter interdisciplinar em atividades de tempos livres. Quando falamos de interdisciplinaridade falamos de criar combinações de disciplinas. Para criar é necessária criatividade… E para tal, isto é para planificar, serve-se de várias técnicas de expressão plástica desenho, pintura, modelagem, construção de fantoches, tapeçaria entre outras técnicas (recorte, estampagem, raspagem, etc.).Estas técnicas, isoladas ou conjugadas entre si podem ser utilizadas em atividades (jogos, etc.) através das quais as crianças desenvolvem a capacidade de comunicação e expressão não verbal.Assim o que se espera é que os formandos planifiquem atividades lúdicas e livres (porque é para tempos livres) criando combinações de disciplinas com base em técnicas de expressão plástica.

1.Expressão plástica

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1.1.Organização de espaços e materiais Um dos objetivos do pré-escolar, enunciados na Lei-Quadro para a Educação Pré-escolar (Artigo 10.º da Lei n.º 5/97), é: “Desenvolver a expressão e a comunicação através da utilização de linguagens múltiplas como meios de relação, de informação, de sensibilização estética e de compreensão do mundo” Área da Expressão Plástica permite representar/expressar coisas que fizeram, viram e imaginaram. Permite aprender a criar e observar mudanças: encaixar coisas, separá-las, ordená-las, combiná-las e transformá-las. Permite experimentar materiais e técnicas, sem interessar os resultados.

O espaço e materiais devem ser organizados de modo a permitir a livre expressão. Para tal a diversidade de locais, materiais e técnicas deve ser grande. A organização pode e deve ser diversificada (pintar, desenhar, colar, estampar… no chão em grande superfície, no cavalete, no exterior da sala num muro…) de forma a ser o mais rico e criativo possível.

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A área de expressão plástica deve ser ampla, lavável e rica em materiais básicos (como cola, pinceis, tesouras, lápis e papel) e materiais específicos de cada técnica (teques e formas para plasticina) e materiais de desperdício ou criativos (a que é dado um fim diferente do comum-surgem exemplos a baixo). Esta área deve ser colocada perto de um ponto de água e o chão deve ser facilmente lavável. É uma área que necessita de muito espaço de trabalho: mesa grande, bancadas, espaço para batas, espaço para expor trabalhos ou corda para secar trabalhos. Os materiais devem ser introduzidos gradualmente para que as crianças aprendam a usálos e a cuidar deles. Materiais para a expressão plástica • Suportes (materiais onde se desenha ou pinta…) de diferentes materiais tamanhos, texturas, espessuras, e cores (papel branco de desenho, papel de jornal, embrulho, seda, prata, papel autocolante, pratos de papel, bocados de cartão; plásticos, madeiras, etc.); • Materiais para misturar e pintar (tinta, sabão, aguarelas, cavaletes, frascos para guardar tintas, pires de pintura, trinchas e pincéis de diferentes tamanhos, esponjas, aventais, escovas de dentes, palhetas); • Materiais para ligar e separar (agrafador e agrafos, furador, cola líquida, cola contacto, cola para borracha, fita-cola, fita isoladora, clips, elástico, cordel, fio, agulhas e linha, tesouras). Materiais para representações a 3 dimensões • Barro húmido; • Pasta de modelagem; • Plasticina e acessórios; • Tubos de cartão; • Restos de pano, feltro, alcatifa, etc.; • Meias usadas; . Corantes alimentares; • Gesso; DCT/007.01

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• Penas; • Massas de diferentes feitios e tamanhos; • Botões, carrinhos de linhas; • Embalagens de ovos, caixas de sapatos, copos de gelado, etc.; • Arame fino;  Esponjas;  Esferovite; • Molas de madeira; • Sacos de papel; • Lantejoulas e missangas. Materiais para representações a 2 dimensões • Lápis grafite/carvão; • Lápis de cor, lápis de cera; • Marcadores; • Giz de cores; • Quadro; • Almofadas e carimbos; • Revistas e catálogos.

1.2.Intervenção do animador

Considerando que as atividades de animação se enquadram no projeto educativo do estabelecimento, têm como grande objetivo o apoio às famílias, organizando-se de modo a que o fruir ligado ao prazer e ao bem-estar das crianças seja o sentido da intervenção do animador. O animador deverá ser preparado para: 

Planificar a sua ação com o Educador de Infância ou Diretor Pedagógico de modo a promover um ambiente de calma, segurança e bem-estar, o mais próximo possível do ambiente familiar;

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Favorecer um clima de ludicidade, criando e recriando situações diferentes das do currículo do Jardim de Infância;



Ter em atenção os desejos dos ritmos individuais de cada criança num tempo específico que deverá ser de ócio e de lazer;



Saber gerir o tempo e organizar o espaço, atendendo ao grupo e sobretudo ao ritmo de cada criança, tendo presente que algumas regras básicas são indispensáveis;



Promover com as crianças cuidados de manutenção dos materiais: lavar pinceis depois de usar colas, arrumar, etc.;



Saber comunicar com as famílias em estreita ligação com as orientações definidas em projeto educativo;



Fomentar o trabalho de participação e cooperação, integrando a presença e os saberes dos irmãos mais velhos, dos pais, dos avós e outros elementos da comunidade.

A descoberta/exploração da natureza e da comunidade em volta, a rentabilização dos seus espaços e materiais de jogo (bem como dos seus recursos humanos), a concretização de projetos lúdicos pessoais revelados pelas crianças, a dinamização de atividades essencialmente lúdicas e imaginativas, a recuperação de atividades e formas de brincar tradicionais... serão alguns dos caminhos possíveis para a animação socioeducativa na educação pré-escolar. Importante será valorizar os rituais ou rotinas nesta vivência lúdica: retomar momentos e espaços significativos, enquanto derem prazer ao grupo, criar laços de referência com locais, pessoas e atividades mais marcantes... e voltar a eles, enquanto fizer sentido. A preocupação de diversificar a experiência da criança é importante, mas não deve nunca fazer-nos perder de vista a importância dos ritmos de repetição. Os rituais sempre foram e serão um elemento fundamental do jogo e do brincar, a canções de roda, o jogo da macaca, o fazer colares com flores. Eles dão prazer, conferem segurança... e são responsáveis pelas melhores recordações que guardamos da infância.

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O animador deve organizar o tempo: O tempo deve ser: 1- Estruturado; 2- Possível de antecipar; 3- Flexível (pode ser alterado…); 4- Em que o adulto é que decide e em que é a criança a decidir; 5- Em que se vivem diferentes tipos de atividade; 6- Em que se vivem diferentes situações: individual, em pares, em pequeno grupo, em grande grupo…

2.Técnicas de expressão plástica

2.1.Desenho O desenvolvimento progressivo do desenho implica mudanças significativas que, no início, dizem respeito à passagem dos rabiscos iniciais da garatuja para construções cada vez mais ordenadas, fazendo surgir os primeiros símbolos. Essa passagem é possível graças às interações da criança com o ato de desenhar, ao seu desenvolvimento físico, motor, cognitivo, socioemocional… e ao contacto com desenhos de outras pessoas. Na garatuja, a criança tem como hipótese que o desenho é simplesmente uma ação sobre uma superfície, e ela sente prazer ao constatar os efeitos visuais que essa ação produziu. No decorrer do tempo, as garatujas, que refletiam sobretudo o prolongamento de movimentos rítmicos de ir e vir, transformam-se em formas definidas que apresentam maior ordenação, e podem-se estar a referir a objetos naturais, objetos imaginários ou mesmo a outros desenhos. Por isso as atividades de desenho, para crianças pequenas até 3anos, centram-se no proporcionar esse contacto da criança com superfície e objetos riscadores para que ela movimente, risque e rabisque…

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Na evolução da garatuja para o desenho de formas mais estruturadas, a criança desenvolve a intenção de elaborar imagens. Começando com símbolos muito simples, ela passa a articulá-los no espaço bidimensional do papel. A partir dos 3anos as atividades podem visar o controlo do traço, o desenho de formas específicas e a composição de imagens/símbolos (como menino, casa, flor) e a sua organização

no

espaço.

O

desenho

está

também

intimamente

ligado

com

o

desenvolvimento da escrita. Desde cedo ela tenta imitar a escrita dos adultos. Ambos são representação de realidade e formas de expressão através de símbolos. O desenho como possibilidade de brincar, o desenho como possibilidade de falar de registrar, marca o desenvolvimento da infância, porém em cada estágio, o desenho assume um caráter próprio. Estes estágios definem maneiras de desenhar que são bastante similares em todas as crianças, apesar das diferenças individuais, inclusive, muito pouco de cultura para cultura. Fases do desenho infantil -Fase garatuja desordenada (2 anos)

-Fase garatuja controlada (+2 anos)

ou -Fase garatuja nomeada (+/-3 anos) surge “homem girino” (linha fechada com 2 extensões).

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-Fase Pré-esquemática (4aos7)

,

,

.

A ter em conta nas atividades de desenho: - Fazer cumprir, motivar e avaliar o objetivo de desenho (se é livre, se é para experimentar materiais, se é o registo de algo que viram, ouviram,etc....). -Ajudar a segurar o objeto riscador (mais pequeninos preensão palmar, prensão em pinça);

- Apoiar a criança a desenhar da esquerda para direita e de cima para baixo- pois é o sentido da escrita (perto dos 5anos); -Desafiar a criança a diversificar cores, formas e figuras desenhadas… Em suma,

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O desenho é um conjunto de linhas, abertas ( _____ ) e fechadas (

) que através

da composição (técnica de junção de linhas/ formas) formam figuras que representam a realidade.

Linhas abertas, fechadas, onduladas, quebradas ou em espiral.

Técnica do novelo: a expressividade das linhas.

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2.2.Pintura A pintura é um meio da expressão plástica, pelo qual podemos representar, através da cor, diversos aspetos da realidade ou da fantasia. Lápis de cor É um material relativamente recente. São feitos a partir de uma mistura de talco e substâncias corantes. Existem lápis de durezas diferentes, e de três tipos principais: os de mina grossa

e

relativamente

macia,

resistentes à luz e água e não precisam de fixador. Os de mina mais fina e mais dura, são usados para desenhos com muito detalhe, também resistentes à água. Os lápis com minas solúveis em água permitem um trabalho misto de desenho e aguarela. A boa qualidade de um lápis de cor é fundamental para o êxito de um trabalho.

Lápis de cera O lápis de cera é um material gorduroso à base de cera de abelha misturada com pigmentos. É utilizado para colorir grandes superfícies e normalmente apresenta-se sob a forma de barras cilíndricas.

Guache DCT/007.01

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É constituído por pigmentos coloridos moídos em pó aglutinados com um pigmento

plástico

(médium)

e

pigmento branco opaco. Outrora era preparado tendo como ligante a gomaarábica. Diferencia-se da aguarela pela sua qualidade opaca, as cores claras podem ser colocadas em cima de outras mais escuras, desde que já secas. O guache dilui-se com água até ter mais ou menos a consistência do azeite. Aplica-se sobre papéis e cartões variados que devem ter algum "corpo" para não enfolarem. A qualidade do resultado final depende muito da qualidade dos guaches aplicados. Normalmente, e para pintar zonas de cor uniforme, só com guaches de alta qualidade é que se consegue um resultado perfeito. Canetas de feltro ou marcadores Os marcadores ou canetas de feltro

foram desenvolvidos nos

anos

60

primeiras disponíveis

pelos

Japoneses.

estavam em

As

unicamente preto,

mas

atualmente existem numa vasta gama de cores, inclusivamente em cores

estandardizadas

e

numeradas para trabalhos gráficos onde é necessário garantir um grande rigor cromático. A tinta que têm no seu interior é normalmente feita a partir de pigmentos misturados numa solução de álcool. Também são fabricadas algumas à base de água para o uso infantil. DCT/007.01

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A cor exposta à luz altera-se e tem tendência a desaparecer. Muitas vezes penetra no papel, invadindo o verso deste de uma forma por vezes indesejável. Técnicas pintura e desenho

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A técnica é criada pela conjugação de 3 fatores: 1) material para desenhar/pintar; 2) suporte para desenhar/pintar; 3) material de ligação. Materiais para desenhar /pintar: penas, pincéis, palhinhas, rolos, carrinhos, etc. Suportes para desenhar/pintar: papel, cartão, tecido, mateira, vidro, corpo… Material de ligação: giz, lápis de cor, feltro, espuma, guache, água, cola colorida… DCT/007.01

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2.3.Modelagem

Modelação

MODELAÇÃO, ou modelar, significa dar forma a qualquer material, modificando-o de modo a

que

venha

a

apresentar,

depois

de

trabalhado, o aspeto que queremos.

1) Modelar livremente;

2) Modelagem usando formas: - Modelar usando formas em plástico comerciais; - Modelar usando formas descartáveis (tampas, pentes, rolos); - Modelar usando como matriz folhas naturais 3) Modelar esculturas figurativas e abstratas 3.1) Modelagem de bolinhas (movimentos circulares com as mãos côncavas); 3.2) Modelagem de rolinhos (depois de fazer bolinhas, colocá-las nas mãos com os dedos esticados e deslizar a mão sobre a bolinha de forma a modelar um rolinho);

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3.4) Alterar espessura e tamanho (colocando menor quantidade de plasticina na bolinha);

3.5) Construção de figuras (juntando bolinhas e rolinhos de diferentes tamanhos).

Ao trabalhar com argila, a área frontal do cérebro, responsável pelo planeamento das ações, e a área motora, responsável pelo movimento intencional, são diretamente estimuladas. Como resultado, a criança liberta tensões e interage de forma criativa, desenvolvendo o domínio motor, a auto-expressão, a interação lúdica, a expressão da forma tridimensional e desenvolvimento interpessoal.

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A massa de argila, plasticina, massa de pão (…) por ser uma material maleável e fluída, permite a criança ter um maior contacto com os sentidos, libertar os seus movimentos, desenvolver a perceção, a psicomotricidade, etc.

Materiais Massas para modelar: barro, massa fimo, plasticina, massa de pão, (…); Instrumentos para explorar 1- Formas e moldes comerciais; teques, rolos de massa, faquinhas, prensas com aberturas de diversas dimensões; 2- Formas e moldes não comerciais: pentes, calçadeiras, folhas, caricas, botões (…)

Papel do educador… A criança faz bolinhas, rolinhos…o adulto pode dar sentido montando figuras para que depois a criança o faça autonomamente. DCT/007.01

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O espaço deve ser revestido e limpo; as mãos secas ou até com farinha para não melar ou pegar a plasticina ou massa utilizada.

Depois de modelado o barro tem variadíssimas aplicações: Materiais e técnicas Os teques são a principal ferramenta que se utiliza na modelação do barro, são geralmente feitos de madeira ou plástico, com um comprimento aproximado de quinze centímetros e servem para dar forma ao barro.

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Além dos teques utiliza-se o garrote, que mais não é que um arame fino, cujas extremidades estão presas a pequenos pedaços de madeira e que servem para cortar o barro. O rolo de madeira que tem como função estender o barro. O pano que é utilizado na limpeza. A esponja que serve para armazenar água necessária à limpeza e os marcadores que ajudam na decoração. Técnicas de modelação Ao conjunto de métodos e processos de modelação

chamamos

"técnicas

de

modelação". O barro antes de se trabalhado, tem que ser limpo. Esta limpeza consiste no retirar das impurezas que estão no seu interior. Parte-se o barro transversalmente, como se partíssemos um pau.

Na parte quebrada do barro, vêem-se com facilidade as impurezas que podem ser catadas com o auxílio de um teque.

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Retirando-as, evitaremos que os trabalhos venham a abrir fendas aquando da secagem e da cozedura.

O barro de ser muito bem amassado antes de ser trabalhado. Parte-se o barro e bate-se na direção transversal entre as duas mãos. Torna-se

a

partir o barro e

verifica-se

se ainda apresenta buracos. Se isto se verificar o barro ainda não está homogéneo e é

então

necessário

proceder

como

anteriormente. Repete-se a operação tantas vezes quantas as necessárias para as bolhas de ar desaparecerem. Nesta altura a técnica do amassar também estará a ser executada, ou seja tornar o barro homogéneo. O barro estará em condições de trabalhar quando já não apresentar buracos ao ser cortado.

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Depois de amassado o barro deverá ter uma cor baça, uma das condições para uma boa modelação.

Ao introduzir um dedo dentro do barro se este vier com algum barro agarrado é porque há muita água e deve-se voltar a amassar. Se o barro apresentar gretas é sinal que tem pouca água é então necessário juntar-lhe água e voltar amassar. O barro apresenta falta de homogeneidade, deve-se amassá-lo com as mãos até ele apresentar uma cor baça, sem gretas, sem ficar pegado às mãos e sem conter bolhas de ar no seu interior. Técnica da bola Em cima de uma mesa e com o auxílio das mãos, rolar o barro até este apresentar a forma de uma bola. Utilizando os polegares, abrir um buraco na bola de barro, rodando e dando a forma do objeto que se pretende.

As paredes da peça são trabalhadas de forma a ficarem com a mesma espessura podendo-se usar o teque como auxiliar.

Depois de dar um bom acabamento às nossas peças, estas são postas a secar. Técnica do rolo DCT/007.01

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O rolo é uma técnica muito antiga, ainda hoje utilizada para o levantamento de peças de barro. Em cima de uma superfície lisa e com o auxílio das palmas das mãos, efetuamos movimentos de vaivém, procurando fazer rolos finos e uniformes de barro.

Para o início da execução enrola-se em espiral um rolo de barro tendo o cuidado de fazer algumas incisões e pincelar com um pouco de barro líquido que se chama barbotina. Após o rolo estar enrolado deve-se achatar o barro criando uma superfície lisa e de igual espessura. Vão-se colocando rolos uns por cima dos outros, não esquecendo de os colar com a barbotina. À medida que a parede vai subindo e com o auxílio dos dedos vai-se alisando não esquecendo de ter o cuidado de as paredes ficarem sempre com a mesma espessura. Deve-se continuar a usar a barbotina para uma melhor união dos rolos de barro.

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Finalmente temos a nossa obra de arte que nesta altura deverá ser acabada e decorada, seguindo-se a secagem. Técnica da lastra É uma técnica geralmente usada para a execução de peças em barro de forma cúbica ou cilíndrica.

Com o auxílio de umas tabuinhas e de um rolo de madeira executa-se a lastra de barro que terá a espessura igual à altura das tabuinhas.

Com um esquadro ou uma régua e utilizando um canivete, a lastra é cortada à medida do nosso trabalho.

A execução de pormenores previamente desenhados é feita com o teque. Podemos

executar

o

nosso

trabalho

mediante um plano previamente elaborado. DCT/007.01

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As peças terminadas e depois de secas vão ao forno para cozer e pode-se nesta altura efetuar a decoração. Técnicas de acabamento e decoração Numa peça acabada de modelar podemos aplicar algumas técnicas de decoração: Incisões; Aplicações; Marcações; Polimento; Engobe.

A incisão consiste em riscar as paredes de uma peça com o auxílio de um estilete pontiagudo. Esta técnica deve-se fazer com a peça ainda húmida. A aplicação de pequenos relevos à peça ainda húmida, são feitos à parte e depois aplicados.

A marcação ou estampagem consiste na utilização de carimbos, pregos, botões, etc., que vão marcar a nossa peça segundo um desenho previamente elaborado. O polimento tem como objetivo tornar a peça mais lisa e brilhante. É efetuado com um pequeno seixo e pode ser feito em toda a peça ou só parcialmente. O engobe consiste no adicionamento de pigmentos e óxidos à barbotina liquida para a tornar colorida. Esta técnica é efetuada com a peça ainda húmida e pode ser por mergulho ou pintura com um pincel. Secagem Antes de serem cozidas as peças, estas devem ser posta a secar para perderem a maior parte da água que contém. A secagem deve ser feita numa zona ao abrigo de correntes de ar e do sol direto, a secagem deve ser lenta. Enfornamento

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Enfornar é arrumar as peças a cozer dentro do forno ou mufla. As peças têm que estar bem secas antes de entrarem. As peças a cozer não podem estar em contacto umas com as outras. Cozedura A primeira cozedura de uma peça de barro chama-se chacotagem. É durante esta operação que se liberta toda a água que não foi libertada pela secagem e onde se dá a vitrificação. A temperatura depende do barro, mas o normal será uma primeira cozedura a 800 graus. A temperatura é atingida gradualmente e todos os fornos estão equipados com painéis eletrónicos de comando.

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2.4.Construção de fantoches

Os fantoches são utilizados pela Educadora: 

Para comunicar



Para se relacionar afetivamente



Para motivar a criatividade



Para “fazer” surpresa

Os fantoches são utilizados pela Criança: 

Individualmente



Em pequeno grupo para ninguém



Em grupo para concretização de um projeto “jogo mais elaborado”

Construção de um fantoche:

1 - Para a preparação da pasta de papel, colocamos dentro de uma bacia com água quente, pedacinhos pequenos

de

papel

de

jornal,

juntamos algumas gotas de vinagre e passado algum tempo reduzimos a mistura a uma pasta fina. Podemos usar a varinha mágica.

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2 - A pasta muito fina é retirada com as mãos de dentro da bacia e pressionando-a retiramos o máximo que pudermos de água.

3 - Numa bacia sem água vamos amassar a pasta com cola de madeira e farinha de trigo até ela apresentar uma boa plasticidade. Esta está pronta quando não se colar aos dedos.

4 - Com uma meia e areia formamos uma bola do tamanho da cabeça do nosso boneco.

5 - Colocamos um pau por dentro e atamos muito bem.

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6 - Colocamos a nossa base de trabalho dentro da garrafa e estamos em condições de iniciar o nosso trabalho. A partir de agora a imaginação e a criatividade ditarão o final da nossa obra de arte.

7 - Depois de secar, retira-se o pau e a areia e estamos prontos para a pintura.

2.5.Outras atividades 2.5.1− Recorte Recortar significa cortar o papel com formas e contornos pré-definidos. É uma técnica e com ela consegue-se figuras simples e complexas e obter motivos decorativos. Antes de recortar é necessário que a criança rasgue, muitas vezes diferentes tipos de papel, DCT/007.01

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primeiro livremente e depois que rasgue sobre os limites.

Técnica de recorte em série (inclui dobragem e recorte)

Exemplo de atividade com técnicas do recorte: Recortar um puzzle É preciso:     

Fotografias ou revistas velhas com imagens bonitas Cola Cartolina Tesoura (pede ajuda a um adulto) Lápis e borracha DCT/007.01

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Cola Página 34 de 50

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Régua e esquadro

esquadro

cartolina

Tesoura

lápis

Borracha

Como fazer: 1 - Escolhe fotografias ou imagens de revistas de que gostes. O tamanho pode variar. 2 - Cola a fotografia ou a imagem na cartolina, espalhando cola muito bem. 3 - Com a régua, o esquadro e o lápis traça os bordos de fora e recorta a imagem e a cartolina direitinhas. 4 - Se quiseres, podes fazer o contorno de fora ondulado ou com outro tipo de borda, mas depois o puzzle fica mais difícil. 5 - Na parte de trás, traça com o lápis os sítios por onde vais cortar as peças do puzzle. 6 - Corta-as (aqui é bom um adulto estar por perto).

2.5.2− Colagem Colar é unir duas partes de determinado material, com cola. É uma técnica e há variados tipos de cola em função do trabalho que queremos executar. O recorte e a colagem andam associados na criação de obras de arte.

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Dar recortes de figuras humanas, elementos da natureza, figuras abstratas etc., em conjuntos

e

cola

para

que

as

crianças

façam

a

colagem

criativa.

Colagem com tecidos, papeis coloridos Depois da rasgagem /recorte das formas pedidas (rodinhas, quadradinhos, etc.) Fornecer base com desenho da imagem pretendida ou exemplar já produzido para montagem (colagem)

2.5.3− Dobraduras A técnica do origami ou dobragem de papel é uma arte japonesa muito antiga. Copo:

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1 - Partindo de um quadrado de papel, dobra-se este segundo a sua diagonal. 2 - Definimos os pontos de encontro da dobragem lateral. 3 - Desloca-se as pontas para os pontos anteriormente definidos. 4 - Dobra-se e vinca-se. 5 - Finalmente dobra-se as partes de cima sobre as laterais e obtemos o copo.

Cabeça do Cocas:

1 - Partido de uma folha retangular dobra-se ao meio fig. 1. 2 - Torna-se a dobrar mas uma meia folha para cada lado, fig.2 3 - Abre-se meia folha e forma-se os cantos, fig. 3,4 e 5. 4 - Obtemos um barco fig. 6. 5 - Cortamos a lateral e dobramos fig. 7, 8, e 9.

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2.5.4− Raspagem Raspagem sobre cera

Material: Papel cavalinho Lápis de cera Tinta-da-china objeto pontiagudo Pó talco ou pó de giz

Técnica: Pintar o papel com lápis de cera de várias cores. Passar pó talco por cima e depois pintar com tinta-da-china. Quando seco, raspar com um instrumento pontiagudo.

2.5.5− Móbiles

São

figuras

dispostas

lado

a

lado,

amarradas com linha fina e fixadas em

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uma vareta de madeira ou outro material que estiver disponível. É necessário amarrar as imagens de forma simétrica na vareta, para isto utilize uma régua para fazer as medições necessárias, o peso da imagem também deverá ser considerado, pois caso contrário as imagens não ficarão geometricamente dispostas, fazendo com que o conjunto fique sem harmonia.

Móbiles: diferentes formatos

2.5.6− Trabalhos tridimensionais DCT/007.01

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Com modelagem: Plasticina, pasta de papel… Com colagem de material reciclável: pacotes de leite, garrafas, etc. Com papel modelado e cola branca Exemplos:

Papel Maché Esta técnica consiste em cobrir objetos

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e

moldes

das

mais

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diversas formas com tiras de papel molhadas em cola. Poderão utilizar-se como moldes, balões (para fazer máscaras); estruturas de rede e arame (para fazer, por exemplo, animais ou figuras humanas); e esta poderá também ser uma boa forma de reutilizar embalagens já usadas (para fazer, por exemplo, recipientes para guardar material), dando-lhes um acabamento com mais expressão e cor. 1. Escolhe-se o molde a utilizar (por exemplo, uma embalagem - de leite, de detergentes da roupa, etc.); 2. Rasgam-se tiras papel de jornal, as quais passam, uma a uma, por uma mistura de água com cola de madeira, que se colocou num prato fundo; 3. Cobre-se o molde com várias tiras que se vão sobrepondo na horizontal e na vertical até o molde estar bem coberto; 4. Quando a cobertura já tiver alguma consistência, pincela-se com a mistura de água e cola que sobrou; 5. Deixa-se secar e dá-se uma camada de tinta branca (opcional); 6. Pinta-se e, se ao objetivo for dar um toque de brilho, pincela-se com um pouco de verniz. Nota: os moldes indicados permitem criar uma estrutura de base. No entanto, se quiser obter formas que saem fora desta estrutura (uma asa para um recipiente, um nariz para uma máscara), recorte um cartão dando-lhe a forma desejada e prenda-o com arame ou fita adesiva ao molde de base. Depois é só cobrir bem com as tiras de papel.

2.5.7− Decalque Pode ser feito em superfícies com diferentes texturas da sala fazer ou desenhos com cola.

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2.5.8- Carimbagem

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Carimbos de esponja É preciso:    

Uma "folha" de esponja fina (com cerca de 6 mm de espessura) Tesoura Régua Cola de bisnaga DCT/007.01

esponja

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     

Fita-cola Lápis ou marcador preto Cartão ondulado (o das caixas) Tinta(s) da(s) cor(es) que quiseres (pode ser guache) Um pratinho raso Papéis ou folhas para se carimbarem e decorarem

régua

cola

fita-cola

lápis

Guaches

pratinho

Como fazer:

1 - Recorta vários quadrados de cartolina com 2 - Agora recorta o mesmo número de cerca de 5 cm de lado (um para cada quadrados, mas corta-os ao meio e cola as carimbo). duas partes. São as pegas.

3 - Cola agora as pegas às bases, perpendicularmente, pelo lado mais largo. Deixa secar bem.

4 - Reforça as pegas com um bocadinho de fita-cola.

5 - Na esponja, faz o desenho dos carimbos 6 - Em seguida, cola muito bem cada que queres fazer (ligeiramente menores que carimbo a uma base. E já está! as bases) e recorta cada um deles com muito cuidado.

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7 - Para utilizares os carimbos para estampar em papel, molha ligeiramente a espuma do carimbo num pouco de tinta (que puseste no pratinho) e aplica, com cuidado, na folha. Podes fazer padrões, usar só como carimbo simples ou combinar com outros carimbos.

Carimbar com um rolo de fita cola Cola-se bocadinhos de borracha Eva com formas como nuvens e corações, num rolo de fita cola ou fita adesiva grande. Depois do rolo gasto, usa-se o cartão para carimbar com tinta, num papel, vão rolando o rolo e faz um efeito muito bonito.

2.5.9− Estampagem/ Batik Batik é uma técnica de tingimento que usa cera ou parafina delimitar áreas e tintas de tecido para colorir. O Batik tradicional é feito em seda pura e as raízes desta arte são muito antigas(Java). Batik passo a passo DCT/007.01

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1-Desenhar esboço no tecido com lápis; 2-Leve a parafina para derreter no fogo até ficar transparente, se pingar a parafina e parecer um pingo de vela, é porque ainda está fria. 3-Cobra as formas que pretendem que fiquem sem cor com a parafina sempre transparente. 4-Depois pinte o tecido com as tintas de tecido bem diluídas. Pode pintar sobre a parafina. 5- Para retirar a parafina use um ferro bem quente. Coloque o jornal sobre as partes onde tem parafina e passe o ferro em cima. A parafina derreterá e será absorvida pelo jornal.

2.6.Tapeçaria A tecelagem é uma técnica básica de fabrico de um tecido. Consiste em cruzar os fios horizontais da trama com os fios verticais da teia.

Materiais: lã de várias dimensões, tiras de tecido, tirela, tiras de papel variado (jornal, revista, papel de lustro, cartolina…), plantas secas, etc. Técnicas 1) em cruz 2) em círculos Quadro de cartão duro: grande e pequeno; DCT/007.01

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Teares em círculo: tipo geoplano com elásticos; Teares de grandes dimensões: com cadeiras, entre mesas, entre árvores… Em cruz (depois de fixar a linhas, enfiar a linda por cima e por baixo sucessivamente)

Conclusão Ao longo desta formação conhecemos algumas técnicas, recordamos outras e partilhamos o que é importante nas atividades plásticas para que elas possam ser utilizadas como ocupação de tempos livres, de forma livre e divertida. Desde a seleção e organização dos materiais para compor um área de expressão plástica, passando pelo papel do animador como valorizador do meio, da comunidade e da ludicidade e chegando à definição das variadíssimas técnicas plásticas, a formação foi fazendo sempre a ponte com a prática, os contextos e experiencias reais em jardim de infância. O objetivo de planificar e dinamizar técnicas de animação com carácter interdisciplinar em atividades de tempos livres foi concretizado pelas formandas ao

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planear e implementar um conjunto de jogos com recurso às técnicas plásticas como o grupo de crianças no jardim de infância Nossa Senhora de Fátima.

Bibliografia

ANDREA, Isabel et al. (2005), Pedagogia das expressões artísticas, Lisboa, ISPA RODRIGUES, Dalila (2002), A Infância da Arte, a Arte da Infância, Lisboa, Edições ASA TRILLA, Jaume (1998) Animação Sociocultural - Teorias, Programas e Âmbitos. Editorial Ariel.

Webgrafia



Coisas infantis http://www.coisasinfantis.com/



Conteúdos – os 4 pilares da Educação de Infância http://4pilares.zi-yu.com

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Crafts for Kids http://www.enchantedlearning.com/crafts/



Projectos pedagógicos dinâmicos http://www.projetospedagogicosdinamicos.com/artes_visuais.htm



Desenho – matérias, instrumentos e técnicas http://desmat.no.sapo.pt/



http://prezi.com/avxudxhecnkb/lowenfeld/

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