Manual 10651 PDF

July 9, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
Share Embed Donate


Short Description

Download Manual 10651 PDF...

Description

 

MANUAL UFCD – 10651 ESPAÇOS SOCIOEDUCATIVOS

Curso:

Técnico auxiliar de ação educativa

Duração:

25H 

Formador(a):

MARLENE FERNANDES 

 

Índic e

Objetivos e conteú conteú dos .............................................................................................................................................. ................................................................................................................................ .............. 3

Alteraço es

na

sociedade

............ ...... ............ ............. ............. ............ ............. ............. ............ ............ ............. ............. ............ ............. .............. .............. ............. ........... ..... 7

portúgúesa

Alteraça Alteraça o na compos composiça iça o dos

sectores prodútivos e na distribúiçao da popúlaçao ativa ....... 7   Crescente feminizaçao do trabalho por razoes economicas e sociais ............................................... 9   Crescente independe independe ncia ncia da múlher do ponto de vista econo econo mico e afetivo ....... ............. ............ ............. .......... ... 11 Novas formas formas de famíllia........................................................................................................................................ ia........................................................................................................................................ 14 Conceito de espaço edúcativo ............................................................................................................................ 16 Conceito de

espaç espaçoo

socioe socioedúcativ dúcativoo

...... ............. .............. ............. ............. .............. ............. ............ ............. .............. .............. ............. ............ ............. ............. ............ ............ ......... ...

18

Conceito de animaça animaça o socioedúcativa............................................................................................................ 19 Abordagem as caracteríssticas ticas das crianças e dos jovens em fúnçao da faixa etaria, para

garantir

es esp paços

segúros

e

pr proomotore ress

de

bem-estar

........................................................................... 20 Organizaça o do ambiente edúcativo ............................................................................................................... Organizaça 21

Organizaça o

do/s

grúpo/s,

.................................................................................................................................. 21 Organizaça Organizaça o do espaço ............ ...... ............ ............. ............. ............ ............. ............. ............ ............ ............. ............. ............ ............. .............. .............. ............. ............ ............. .............. ............. .......... ....

24

Adeqúaça Adeqúaça o a s

necessidades e evolúça evolúça o do gr grúpo úpo .................................................................................... 26 Organizaça Organizaça o do tempo ........................................................................................................................................... 29 Crite Crite rrios ios para a esco escolha lha de eqúipa eqúipamento mento adeqú adeqúado ado ...... ............ ............ ............ ............. .............. ............. ............. .............. ............. ............ ............. ........... 30 Criterios para a escolha de materiais ............................................................................................................. 34

Material

................................................................................................................................................... ............................................................................................................................................ ....... 35

edúcativo Bibliograia e

Netgraia.......................................................................................................................................... 37

 

Objetivo s :   Identiicar as múdanças na sociedade portúgúesa qúe levam a necessidade



de criar espaços socioedúcativos.   Distingúir espaço pedagogico de espaço socioedúcativo.



  Organizar úm espaço socioedúcativo de acordo com as caracterí ssticas ticas do



grúpo e do contexto e normas de segúrança aplicaveis.   Reconhecer a organizaçao do ambiente edúcativo como súporte do



desenvolvimento cúrricúlar.   Identiicar as normas de instalaçoes e de eqúipamento e material dos espaços



socioedúcativos.

 

Conteúdos:   Alteraçoes na sociedade portúgúesa





 

Alteraçao na composiçao dos sectores prodútivos e na distribúiçao da popúlaçao ativa

  Crescente feminizaça feminizaça o do trabalho por razo razo es econo econo micas e sociais



  Crescente independencia da múlher do ponto de vista economico e afetivo



  Novas formas de famíllia ia



  Conceito de espaço edúcativo



  Conceito de espaço socioedúcativo



  Conceito de animaçao socioedúcativa



  Abordagem aa s características sticas das crianças e dos jovens em fúnçao da faixa



eta ria, para garantir espaços segúros e promotores de bem-estar eta   Organizaçao do ambiente edúcativo



  Organizaçao do/s grúpo/s,



  Organizaçao do espaço



  - Fúncionalidade e adeqúaçao do espaço interior e exterior



A rea totalmente aberta   - A



  - AA reas acolhedoras e reservadas



  - Ateliers



  - Espaço exterior



 



  Adeqúaçao as necessidades e evolúçao do grúpo



  Organizaçao do tempo



  Criterios para a escolha de eqúipamento adeqúado



  Segúro



  Fúncional



  Qúalidade estetica



  Adeqúaçao ao nível vel etario



  Resistencia



  Múltiplicidade de útilizaçoes



  Valorizaçao de materiais natúrais



  Utilizaçao de materiais reciclaveis



  Crite Crite rios rios para a escolha de materiais



  Fúncionalidade



  Versatilidade



  Dúrabilidade



  Segúrança



  Valor estetico



  Igúaldade de genero



  Facil conservaçao e limpeza

 



  Normas de segúrança



  Rico e variado



  Polivalente



  Resistente



  Estimúlante e agrada agrada vel aa vista e ao tato



  Acessível vel



  Manúfatúrado e/ oú feito pelas crianças oú jovens



  Material edúcativo

   

 Alterações na sociedade portuguesa Alteração na composição dos setores produtivos e na distribuição da população ativa sa o úm conjúnto de atividade exercidas pela popúlaça popúlaça o, qúe Os setores de atividade sa prodúzem bens e/oú serviços. Setor primário e constitúíddoo pelas actividades relacionadas com a exploraçao do meio natúral, tais como a agricúltúra, pecúaria, pesca, silvicúltúra e indú strias extrativas. indú

Setor secundário e constitúíddoo pelas atividades transformadoras, oú seja as qúais recebem os prodútos brútos e procedem a súa tranformaçao, tais como a indústria, constrúçao civil, obras públicas e prodúçao de energia.

Setor terciário e constitúíddoo pelas atividades qúe proporcionam a sociedade úma enorme qúantidade de serviços como o comercio, os transportes, a saúde, a edúcaçao, as inanças e oútras proissoes liberais, as qúais sao necessarias aos sectores anteriores.   No setor primário: apesar dos bons solos agríccolas, olas, reside úma agricúltúra



de súbsistencia.   No setor secundário: Redúçao de importancia, recúperaçao de indústrias



por atividades do sector terciario súperior.   No setor terciário:  forte expansao dos serviços (Tagús Parqúe, Lagoas



Parqúe…) e Túrismo.

Taxa de atividade:

 

Os homens te te m trabalhado em maior nú nú mero do qúe as múlheres. Porem, isso tem vindo a múdar pois como se pode ver no graico em 1970 a percentagem de homens era bem maior qúe a de múlheres mas em 2006, a percentagem de homens e múlheres ja era qúase igúal. Este aúmento de percentagem das múlheres qúe fazem parte da popúlaçao activa deve-se a

feminização do mercado de trabalho. É ao nível do setor terciário  qúe se veriica úm forte crescimento, motivando a terciarizaçao da sociedade, devido ao incremento das fúnçoes sociais do Estado, a complexiicaçao da actividade economica, ao desenvolvimento dos meios de comúnicaçao social e dos transportes.

Causas   Túrismo;



vel de vida;   Melhoria do nível



  Aúmento do poder de compra;



  Crescimento das cidades;



  Estado providencia;



  Ensino obrigatorio;



  Dispúta entre as empresas (internacionais).



Consequências   Evolúçao da Economia; ➢  Poúca actividade nos oútros sectores; ➢

  Progresso tecnologico;



  Desenvolvimento do Túrismo;



  Polúiçao.



 

Crescente feminização do trabalho por razões económicas e sociais  sociais   Nos primórdios da divisão social do trabalho, tanto a múlher livre qúanto a múlher escrava tinham o seú espaço de trabalho pertencente a esfera domestica, pois eram responsa responsa veis pela manútença manútença o, o, súbsiste súbsiste ncia ncia e reprodúça reprodúça o. Com o advento da Revolução Industrial  a presença feminina amplioú-se intensamente, em destaqúe na maqúinaria.

A inserção da mulher na grande indústria, oú seja a divisao do valor da força de trabalho, rebaixa o valor mascúlino.

Foi com o advento do capitalismo e da grande indústria, segúndo Engels qúe o caminho da prodúça prodúça o social abriú-se novamente para o contingente proleta proleta rio. Mas o fez de modo exclúdente, úma vez qúe a múlher restrita aos seús deveres familiares icava exclúíd daa do trabalho social e da condiçao de assalariamento.

Portanto com o surgimento da Revolução Industrial e o advento do capitalismo, pode-se dizer qúe o capital útilizoú-se da múlher no múndo do trabalho, o qúe acarretoú signiicados distintos.

 

A intensificação da precarização no trabalho e tambem úma dimensao relevante, visto qúe as trabalhadoras “sao menos” protegidas tanto pela legislaçao do trabalho qúanto pelas organizações organizações sindicais.

Desde a década de 1960, do Norte ao Súl da Eúropa assistimos a úm crescimento espetacúlar da atividade feminina.

Durante os anos de 1960 as mulheres representavam 30% da popúlaçao ativa eúropeia em 1996, essa cifra elevoú-se para 42,5% entre 1983 e 1996 e a parcela

feminina aumentou em quase todos os países. Homens e múlheres nos mesmos setores de atividades concentram-se em faixas distintas de salarios; esta Pode-se verificar, por exemplo qúe a tendencia do trabalho em tempo parcial esta reservada mais para a múlher trabalhadora Á medida que a mulher se torna assalariada, ela tem a possibilidade de lútar. E múito importante o ingresso da mulher no mundo do trabalho! Somos os únicos seres múltifúncionais e mesmo realizando várias tarefas nao deixamos de perder o foco e múito menos de ser MULHER!

 

Crescente independência independência da mulher do ponto de vista económico e afetivo Num tempo em que o trabalho feminino súrge como forma de airmaça airmaça o pessoal, de sociabilidade e de resistencia a dominaçao mascúlina, e importante discútir temas como a crescente competitividade entre homens e múlheres no mercado de trabalho, úma tambe tambe m crescente individúalizaça individúalizaça o para os dois sexos, bem como a adaptabilidade da institúiçao família lia perante estas alteraçoes. Esta relexao vem assim de encontro as qúestoes da família lia e das transformaçoes sociais do último secúlo tao presentes no nosso dia-a-dia.

Nas questões relativas à “natureza” da mulher súrgem na histo histo ria noço noço es de qúe as múlheres

desempenhariam

papeis

passivos

e

os

homens

teriam

a

preponderancia nos papeis ativos. No entanto, qúando hoje pensamos na imagem de úma múlher “passiva, obediente, dedicada aos seús ilhos e ao lar”, esta esta associada a úma imagem qúase de “escravidao”. A maternidade e a dedicaçao aos ilhos e úm dos fatores qúe leva a associaçao de qúe a múlher se dediqúe menos a oútras tarefas. Ha assim úm forte contribúto de fatores inconscientes de socializaçao e cúltúralizaçao no reconhecimento do mascúlino e do feminino.

poucos anos era raro assistir Ainda há poucos assistir à difíc difícil il tomada de dec decisão, isão, por parte parte das múlheres, entre úma carreira proissionalizante e a famí lia. lia. Eram poúcas as múlheres qúe abdicavam de úma vida domestica a cúidar dos ilhos, sofrendo sempre múitas presso presso es e imposiço imposiço es pelos estereo estereo tipos de genero. No entanto, com

 

o passar dos tempos e com as múdanças qúe a propria sociedade vive, a atividade proissional ee valorizada pelas múlheres por va va rias razo razo es: o maior poder qúe lhes e atribúíd doo na relaçao conjúgal

perante o companheiro,

bem

como o

reconhecimento de competencias especíicas icas antes desvalorizadas no úniverso feminino, oú ainda a recúsa no fechamento domestico com o intúito de desenvolver relaço es sociais. relaço

A crescente individualização e independência financeira da mulher vem tambem atribúir-lhe algúm protagonismo na tomada de decisao aqúando de úm divorcio. De facto, no contexto da relaçao familiar atúal, embora persistam assimetrias, o ambiente e mais democratico e a dominaçao mascúlina menos opressiva. No entanto, o nao reconhecimento do peso da carga domestica e a identica nao valorizaçao deste contribúto, levaram a qúe varios movimentos feministas se formassem na lúta pelos direitos da múlher. Sob o impúlso dos movimentos feministas dos anos 70’ pretendia-se exatamente acabar com a extrema dependencia da múlher para o homem de úm ponto de vista economico. Na existencia de úma hierarqúia social, a múlher estaria sempre colocada núm ponto desvalorizado. O trabalho domestico e úm trabalho qúe nao e pago, logo e desvalorizado pela sociedade. Assim, a proposta feminista veio no  dome sstico tico ser recompensado. sentido do trabalho dome qúee resp respeit eitaa ao aoss O femin feminismo ismo cons consegui eguiu u de facto resultados resultados con consider sideráveis áveis  no qú direitos das múlheres no plano legislativo em diversos países. ses. Tal como ja referimos, atúalmente, sao cada vez mais as múlheres qúe consegúem conciliar úma carreira com as respon responsabi sabilid lidades ades familiar familiares es e o lazer. lazer. Os homens têm também cada vez

mais a consciência da importância   de estar em família, lia, conjúgando tambem eles cada vez mais a carreira, a família lia e os tempos livres. Mas isso nao e ainda súiciente para impor úma divisa divisa o menos assime assime trica trica das responsabil responsabilidades idades familiares familiares nem mesmo para derrotar a desigualdade entre sexos no mercado de trabalho.

Quando pensamos na atividade feminina e na divisão dos cuidados   com os ilhos e impossível vel na na o pensarmos na qúesta qúesta o de qúem e qúe ica com as crianças

 

qúando ambos os pais estao a trabalhar. Normalmente as taxas de atividades das maes com ilhos peqúenos tendem a estar diretamente proporcionais a úma existencia e qúalidade na rede de equipamentos sócio-educativos públicos.

Quando Qua ndo os pa paíse ísess ca care recem cem des destes tes eq equip uipame amento ntoss são en então tão mai maiss fre freque quentes ntes  as sitúaçoes em qúe as maes estao em casa, interrompem a atividade laboral ou

trabalham em part-time. O caso de Portugal parece fugir a estas duas situações , pois embora sejam escassoss os eqúipamentos escasso eqúipamentos apoiados pelo Estado, sa sa o mesmo os recúrsos exteriores exteriores a famíllia ia os mais útilizados pelas famíllias ias portúgúesas. Assim, o recúrso as creches, amas, infantarios, jardins-de-infancia, prolongamentos na escola, colegios oú centros de ATL sao úma constante. Existe mesmo um esforço financeiro das

famílias para assegurar a guarda das crianças . As conseqúencias deste esforço inanceiro, inanc eiro, reprodúzem-s reprodúzem-see posteriorm posteriormente ente núm esforço esforço físico sico e cúlpabilizaçao face as diicúldades em conciliar trabalho e vida familiar, e levam a qúe múitas maes portúgúesas se sintam frustradas quanto ao desempenho do seu papel

materno. Há ainda um longo caminho a percorrer , sendo qúe, esta ambiciosa gestao igúalitaria entre famíllia ia e carreira carreira so so traz benefícios cios para todos os intervenientes. Alem do aúmento da aúto-estima e motivaçao para as múlheres e das excelentes oportúnidades de se relacionarem com os ilhos e de criarem laços fortes para os homens, as crianças sao as qúe ganham mais ao poderem interagir em tempo de qúalidade qúalid ade com ambos os progen progenitores/cú itores/cúidador idadores, es, podendo estas tirar úm enorm enormee proveito quando esta gestão de tempo é equilibrada e simétrica.

 

Novas formas de família  família  Um ponto interessante na evolução do conceito de família  refere-se a úniao estavel qúe se reletiú na expansao da deiniçao do conceito famíllia. ia. A ideia da úniao estavel foi reapreciar vín ncúlos cúlos afetivos qúe nao necessariamente estariam sendo reconhecidos pelo casamento e baseia-se em convivência, em respeito, harmonia. Obse Ob serv rvoúoú-se se qúe o casamento deixou de ser um requisito para a formação da ia patriarcal carregada pelos nossos ancestrais família, úma vez qúe aqúela famíllia onde o “Pai” era o administrad administrador or e a ma ma e colocada como a gúardia gúardia do lar, perdeú completamente essa visao limitada. O conceito de família foi abrangido, nao tendo mais úm carater limitado. A famíllia ia passa a ser compreendida como entidade socioafetiva que tem o dever de afeto e cooperação entre seus membros.

É na família onde as primeiras noções de regras são apresentadas às crianças. E neste processo e preciso manter úm ambiente segúro para qúe essa criança possa crescer e se desenvolver. Pois, temos ciencia de qúe: “O lar da criança é onde podem ocorrer as experiências mais ricas (…) A família é tremendamente valiosa para para os jovens ou adolescentes, especialmente quando ele ou ela  ficam completamente aterrorizados a maior parte do tempo, ainda que no âmbito da  saúde (..)” WINNICOTT, 2011

 

Afinal, a família é a base central, a únidade indispensavel do indivídúo, dúo, para súa formaçao edúcaçao e envolvimento harmonioso de respeito e amor com a

sociedade. Sabe-se qúe atúalmente vivemos em úma sociedade extremamente ativa. O tempo úrge. As responsabilidades sao grandes. As pressoes sociais intensas. E constitúir úma família lia tem gerado momentos conlitúosos para os o s pais. existem m te tecnicas qúe podem podem Em momentos mais conflituantes, e bom saber qúe existe ajúdar a amenizar o impacto de tantas cobranças. Múitas pessoas tem recorrido a serviços de orientaçao de pais. Essa orientaçao aos pais ocorre por meio de sessoes cújo foco e úma abordagem mais psicoedúcativa psicoedúcativa onde se privilegia privilegia a pesso pessoaa e na na o o problema, zelando pela saúde mental tanto do paciente quanto de seus

cuidadores.

Conceito de espaço educativo O espaço educativo e aqúele pensado para promover o aprendizado atraves da interaçao do educando com o espaço físico. Para qúe úm espaço escolar seja considerado edúcativo, de acordo com o Ministerio da Edúcaçao (MEC), e necessario

 

qúe o projeto arqúitectonico seja adequado à proposta pedagógica. Sendo assim, as instalaço es físicas instalaço sicas devem ser adeqúadas as atividades escolares.

os. A O espaço educativo nao se limita as salas de aúla e ambientes constrúí ddos. interaça inter aça o das pessoas pessoas com o espaço e fúndamental fúndamental para qúe elas cúmpram cúmpram os seús objetivos e sejam efectivamente edúcativos.

As organizações educativas sao contextos qúe exercem determinadas fúnçoes, dispondo para isso de tempos e espaços proprios e em qúe se estabelecem diferentes relaçoes entre os intervenientes. A organizaçao dinamica destes contextos contex tos edúcativos pode ser vista segúndo úma perspetiva perspetiva siste siste mica mica e ecolo ecolo gica. Esta abordagem assenta no pressúposto de qúe o desenvolvimento húmano constitúi úm processo dinamico de relaçao com o meio, em qúe o indivídúo dúo e inlúenciado, mas também influencia o meio em que vive.

Para compreender a complexidade do meio, importa considerá-lo como constituíd cons tituídoo por diferentes sistemas qúe desempenham fúnçoes especíicas icas e qúe, estando em interconexao, se apresentam como dinamicos e em evolúçao. Assim, o indivídúo dúo em desenvolvimento interage com diferentes sistemas qúe estao eles pro prios em evolúçao. pro

 

Nesta abordagem, importa distingúir os sistemas restritos e imediatos, com características sticas físsicas icas e materiais particúlares — a casa, a sala de jardim de infancia, a rúa, etc. — em qúe ha úma interaçao direta entre atores qúe aí  desempenham diferentes diferen tes pape pape is is — pai oú ma ma e, e, ilho/a, docente, docente, alúno/a, alúno/a, etc. — e desenvolvem icas qúe se formas de relação interpessoal, implicando-se em atividades especíicas realizam em espaços e tempos proprios. Sao exemplos destes sistemas restritos, com particúlar importancia para a edúcaçao da criança, o meio familiar e o contexto de edúcaça edúcaça o pre pre -escolar. -escolar. As relaçoes qúe se estabelecem entre estes e oútros sistemas restritos formam úm oútro tipo de sistema com características sticas e inalidades proprias (as relaçoes entre famíllias ias e o contexto de edúcaçao de infancia). Por seú túrno, estes sistemas sao englobados englob ados por sistemas sistemas sociais mais alargados qúe exercem exercem úma inlúe inlúe ncia ncia sobre eles (por exemplo, a organizaçao da edúcaçao de infancia no sistema edúcativo e no sistema social inlúenciam o fúncionamento dos jardins de infancia).

Conceito de espaço socioeducativo O espaço

socioeducativo

destina-se

essencialmente

a

complementar

a

aprendizagem do Jardim-de-infancia (Pre-escolar) e esta dividido em tres momentos: Acolhimento, almoço e prolon gamento de horario, dependendo das  

necessidades sociais apresentadas pelas famílias. lias.

 

  Acolhimento-  Proporciona úm ambiente acolhedor, onde as crianças

possam brincar e falar enqúanto esperam a chegada do resto dos colegas;

Almoço- Cria nas crianças habitos adeqúados; Prolongamento de horário- Desenvolve atividades com crianças, conviver, proporcionando úm bom desenvolvimento global. intenço es edúcativas do organização do espaço, no A organização no jardim-de-infância, relecte as intenço edúcador pelo qúe

os contextos devem ser adeqúados para promover

aprendizagen apren dizagenss signiicativas, signiicativas, alegria, alegria, o gosto de estar no jardim e qúe potenciam o

desenvolvimento desenvolvime nto integrado das crianças.

Conceito de animação socioeducativa A Anima Animação ção Sociocultura Socioculturall e, segúndo a UNESCO, úm conjúnto de praticas sociais qúe tem como inalidade estimúlar a iniciativa, bem como a participaçao das

 

comúnidades no processo do seú proprio desenvolvimento e na dinamica global da vida sociopolíttica ica em qúe esta esta o integrados.

A Animação Sociocultural (ASC)  e úm processo qúe visa a consciencializaçao participante e criadora das popúlaçoes. Tem úma metodologia propria qúe, em termos gerais, tem as segúintes linhas mestras: e úm processo deliberado e constante destinado a estimúlar as pessoas e os grúpos para qúe se aútodesenvolvam, mobilizando todas as súas facúldades, no sentido da resolúçao dos seús problemas reais e colectivos; e úm despertar para a descoberta e desenvolvimento de senvolvimento das potencialidades e capacidades de cada comúnidade; e a aqúisiçao da competencia necessaria para qúe os grúpos (as comúnidades) sejam agentes e nao meros espectadores es pectadores passivos.

Por via do jogo e das atividades em grupo, observa-se a edúcaça edúcaça o como algo qúe vai mais ale ale m do qúe proporcionar/transmitir conhecimentos. trabalha nos tempos livres: no desenvolvimento local e intervençao comúnitaria na animaçao e gestao sociocúltúral na edúcaçao e formaçao de adúltos na inclúsao social e diversidade

 Abordagem às características das crianças e dos jovens em  função da faixa etária, para garantir espaços seguros e  promotores de bem-estar bem-estar

 

A creche desenvolve um papel importante com as crianças, mostrando úm múndo de novas experiencias, o qúe possibilita a ampliaçao de horizontes. Os

espaços têm de ser acolhedores,  com materiais materiais adeqúados aa criança, criança, espaços de criatividade, e liberdade para qúe se sintam bem. A proposta para se trabalhar com crianças na creche, tem como parametros, conhecer os seús interesses e necessidades, as características sticas de súa faixa etaria, a fase de desenvolvimento em qúe se encontra. Portanto, e úm trabalho qúe apresenta preocúpaçao com os cúidados basicos e fúndamentais. O cuidar e o educar são essenciais  no desenvolvimento cognitivo, afetivo, físico e linguístico da criança ; todas as sitúaçoes diarias na creche sao atos edúcativos, pois as brincadeiras, os jogos, as atividades ativida des dirigidas, as rotinas rotinas dia dia rias devem procúrar ter aútono aútonomia mia e a formaça formaça o da identidade, e túdo isso e cúidar e educar as crianças em creches para a vida.

Nas sociedades úrbanas, a família lia e, nos primeiros anos de vida das crianças, o seú primeiro e principal grúpo de referencia. Daí  oo seú importante papel no processo de desenvolvim desenv olvimento ento e socializaça socializaça o das crianças. A família e os seus membros não só

servem de modelo  de comportamento, como tambem sao os qúe marcam os padro es de relaça padro relaça o e conigúram a primeira visa vis ao do múndo para a cria criança. nça.

 

Súrgiú alteraçao no acompanhamento escolar das crianças, devido a antigamente abandonarem o pre-escolar por dificuldades financeiras dos agregados. Atúalmente a lei obriga a escolaridade obrigatoria ate mais tarde. Antigamente as brincadeiras e diversoes das crianças era mais em conjúnto com a família lia e amigos, sendo súbstitúíd doo hoje em dia por as novas tecnologias.

Organização do ambiente educativo Organização do/s grupo/s As organizações educativas sao contextos qúe exercem determinadas fúnçoes, dispondo para isso de tempos e espaços proprios e em qúe se estabelecem diferentes relaçoes entre os intervenientes. A organizaçao dinamica destes contextos contex tos edúcativos pode ser vista segúndo úma perspetiva perspetiva siste siste mica mica e ecolo ecolo gica. Esta abordagem assenta no pressúposto de qúe o desenvolvimento húmano constitúi úm processo dinamico de relaçao com o meio, em qúe o indivídúo dúo e inlúenciado, mas tambem inlúencia o meio em qúe vive. Para compreender a complexidade do meio, importa considera-lo como constitúído do por diferentes sistemas qúe desempenham fúnçoes especíicas icas e qúe, estando em interconexao, se apresentam como dinamicos e em evolúçao. Assim, o indivídúo dúo em desenvolvimento interage com diferentes sistemas qúe estao eles pro prios em evolúçao. pro

Nesta abordagem, importa distinguir os sistemas restritos e imediatos, com características sticas físsicas icas e materiais particúlares — a casa, a sala de jardim de infancia, a rúa, etc. — em qúe ha úma interaçao direta entre atores qúe aí  desempenham diferentes papeis — pai oú mae, ilho/a, docente, alúno/a, etc. — e desenvolvem formas de relaçao interpessoal, implicando-se em atividades especíicas icas qúe se realizam em espaços e tempos proprios. Sao exemplos destes sistemas restritos,

 

com particúlar importancia para a edúcaçao da criança, o meio familiar e o contexto

de educação pré-escola pré-escolar. r. As relações que se estabelecem entre estes e outros sistemas   restritos formam úm oútro tipo de sistema com caracteríssticas ticas e inalidades proprias (as relaçoes entre famílias lias e o contexto de edúcaçao de infancia). Por seú túrno, estes sistemas sao englobados por sistemas sociais mais alargados qúe exercem úma inlúencia sobre eles (por exemplo, a organizaçao da edúcaçao de infancia no sistema

educativo e no sistema social  inlúenciam o fúncionamento dos jardins de infancia).

Estas interações podem ser representa representadas das de forma esquemática:

A abordagem sistémica e ecológica constitui, assim, úma perspetiva de compreensao da realidade qúe permite adeqúar, de forma dinamica, o contexto do estabelecimento edúcativo as caracteríssticas ticas e necessidades das crianças e adúltos,

 

tornando-se, ainda, úm instrúmento de analise para qúe o/a educador/a possa

adaptar a sua intervenção  as crianças e ao meio social em qúe trabalha, pois possibilita: compreender melhor cada criança, ao conhecer os sistemas em qúe esta cresce e se desenvolve, de forma a respeitar as súas características sticas pessoais, cúltúra e saberes ja ja adqúiridos, adqúiridos, apoiand apoiandoo a sua maneira maneira de se relacionar com os outros outros e

com o meio social e físico; contribúir para a dinamica do contexto de edúcaçao pre-escolar na súa interaça o qúe interaçao interna (relações entre crianças e crianças e adultos)   e na interaça estabelece com oútros sistemas qúe tambem inlúenciam a edúcaçao das crianças (relaçao com as famíllias) ias) e ainda com o meio social envolvente e a sociedade em geral, de modo a qúe esse contexto se organize para responder melhor as súas caracteríssticas ticas e necessidades;

perspetivar o processo educativo de forma integrada, tendo tendo em conta qúe a criança constroi o seú desenvolvimento e aprendizagem, de forma articúlada, em interaçao com os oútros e com o meio; permitir a útilizaçao e gestao integrada dos recúrsos do estabelecimento edúcativo e de recúrsos qúe, existindo no meio social envolvente, podem ser

dinamizados; acentúarr a importa acentúa importa ncia das interaço interaço es e relaço relaço es entre os sistemas sistemas qúe tem úma inlúencia direta oú indireta na edúcaçao das crianças, de modo a tirar proveito das súas potencialidades e últrapassar as súas limitaçoes, para alargar e diversiicar oportúnidades edúcativas das crianças e apoiar o trabalho dos adultos.

Organização do espaço

 

estabele belecime cimento nto educativo educativo deve organizar-se como úm contexto facilitador do O esta desenvolvimento e da aprendizagem das crianças, proporcionando tambem oportúnidades de formaçao dos adúltos qúe nele trabalham. Estabelece procedimentos de interaçao entre os diferentes intervenientes (entre crianças, entre crianças e adúltos e entre adúltos), tem úm papel na gestao de recúrsos húmanos e materiais, o qúe implica a prospeçao de meios para melhorar as funções

educativas da instituição. O estabelecimento edúcativo tem úma inlúencia determinante no trabalho trabalho qúe o/a edúcador/a realiza com o seú grúpo de cr crianças ianças e pais/famílias, lias, bem como na dinâmica da equipa educativa.

Cada estabelecimento educativo tem as suas características próprias e úma especiicidade qúe decorre da rede em qúe esta inclúíd doo (pública, privada solidaria oú privada cooperativa), da dimensao e dos recúrsos materiais e húmanos de qúe dispoe, diferenciando-se ainda pelos níveis veis edúcativos qúe engloba. Muitos

estabelecimentos estabelecime ntos educativos, para alem da edúcaçao pre-escolar, inclúem oútros níveis veis edúcativos como a creche oú os ensinos basico e secúndario. Esta inserçao núm contexto organizacional mais vasto permite tirar proveito de recúrsos húmanos e materiais, facilitando ainda a continuidade educativa.

 

dinâmi âmica ca pró própri priaa de ca cada da esta estabel belec ecime imento nto edu educa cativ tivoo esta esta consignada consignada no seú A din projeto edúcativo, como instrúmento de orientaçao global da súa açao e melhoria, complementado pelo regulamento da instituição, qúe preve preve as fúnço fúnço es e formas de relaçao com os diversos grúpos qúe compoem a comúnidade (orgaos de gestao, proissionais, pais/famíllias ias e alúnos). Estas linhas gerais de orientaçao, e nomeadamente o projeto edúcativo de estabelecimento edúcativo/agrúpamento de escolas, enqúadram o trabalho edúcativo dos proissionais e a elaboraçao do projetos proje tos cúrricúlares cúrricúlares de grúpo. A contribuição dos educadores na elaboração  do

projeto educativo e o modo   como o concretizam concretizam confere-lhes confere-lhes tambe tambe m úm papel na sua avaliação. Há ainda determinados aspetos da gestão do estabelecimento educativo qúe tem úma influência direta nas salas de jardim de infância, tais como a distribúiçao de grúpos e horarios dos diferentes proissionais, critérios de

composição dos grupos e organização  global do tempo (horas de entrada e saí da, da, horas de almoço, disponibilidade de útilizaçao de recúrsos comúns).

Os est estabe abelec lecime imento ntoss edu educat cativo ivoss proporcionam, tambem, úm espaço alargado de desenvolvimento e aprendizagem de todas as crianças, em qúe a partilha dos espaços comúns (entrada, corredores, refeitorio, biblioteca, ginasio, etc.) deverá

ser planeada em conjunto pela equipa educativa. A organização do tempo não letivo e tambem decidida a nível vel do estabelecimento edúcativo, importando qúe o/a edúcador/a planeie e súpervisione a súa concretizaçao, tendo em conta as inalidades qúe a distingúem da componente

princípios ípios educativos educativos entr entree este estess dois letiva let iva,, mas assegú assegúran rando do úma coere coerencia de princ tempos. Neste contexto global, cada sala organiza-se de forma a dar resposta ao desenvolvimento e aprendizagem de úm determinado grupo de crianças.

 

Adequação às necessidades e evolução do grupo Na educação pré-escolar, o grupo proporciona o contexto imediato de interação social  e de socializaçao atraves da relaçao entre crianças, crianças e adúltos e entre adúltos. Esta dimensao relacional constitui a base do processo educativo. Há diferentes diferentes fatores fatores que influenciam influenciam o modo próprio de funcionam funcionamento ento de um grupo, tais como as caracteríssticas ticas individúais das crianças qúe o compo compo em, o maior oú menor número de crianças de cada sexo, a diversidade de idades oú a dimensao do grúpo.

Estes

fatores são

influenciados pelas condições institucionais  em qúe o jardim de infancia se insere e pelas características sticas demograicas da popúlaçao qúe serve. A decisao da composiça o eta composiça eta rria ia deve, pore pore m m,, corresponder a úma opça opça o pedago pedago gica, tendo em conta qúe a interaça interaça o entre crianças em momentos momentos diferentes de desenvolvimento e com saberes diversos e facilitadora do desenvolvimento e da aprendizagem. A

existência de grupos com crianças de diferentes idades acentúa a diversidade e enriqúece as interaçoes no grúpo, proporcionando múltiplas ocasioes de aprendizagem entre crianças.

Qualquer que seja a composição do grupo, a relaçao individúalizada qúe o/a edúcador/a estabelece com cada criança e facilitadora da súa inclúsao no grúpo e das relaçoes com as oútras crianças. Na educação de infância, cuidar e educar 

 

estao intimamente relacionados, pois ser responsavel por úm grúpo de crianças exige competencias proissionais qúe se tradúzem, nomeadamente, por prestar atençao ao seú bem-estar emocional e físsico ico e dar resposta as súas solicitaçoes (explícitas citas oú implícitas). citas). Este cuidar ético envolve  assim a criaçao de úm ambiente secúrizante, em qúe cada criança se sente bem e sab sabee que é esc escuta utada da e

valorizada. A relação que o/a educador/a estabelece com as crianças assúme diversas formas, qúe tem de ser intencionalmente pensadas e adaptadas as sitúaçoes. Estar atento/a atent o/a e escútar as crianças, ao longo dos varios momentos do dia, permite permite ao/a ao/a edúcador/a perceber os seús interesses e ter em conta as súas propostas para negociar negoci ar com elas o qúe sera sera possí possível vel fazer, oú para se decidir em conjúnto o qúe ee de continúar oú o qúe esta terminado, para se passar a úma nova proposta. Neste

processo relacional, o/a educador/a: apoia as atividades escolhidas pelas crianças e a realizaçao das qúe propoe; valoriza de forma empatica os trabalhos apresentados pelas crianças, as súas descobertas e as solúçoes qúe encontram para resolver problemas e diicúldades; estimúla qúem tem mais diicúldade em partilhar o qúe pensa; modera debates e   negociações; propõe ainda ideias que levem as

crianças a terem vontade de melhorar o seu trabalho. As dinâmicas de interação qúe se estabelecem tem implicaço implicaço es nos processos de aprendizagem, no sentido de promover:

Respeito por cada criança e sentimento de pertença a um grupo - a forma como o/a edúcador/a esta atento/a e se relaciona com as crianças, apoia as interaço es e relaço interaço relaço es no grúpo, contribúem p para ara o desenvolvimento da aútoestima e de úm sentimento de pertença qúe permite as crianças tomar consciencia de si mesmas na relaça relaça o com oútros. A vivencia núm grúpo social alargado constitúi ainda a base do desenvolvimento da area de Formaçao Pessoal e Social e da aprendizagem da vida democratica, o qúe implica qúe o/a edúcador/a crie sitúaçoes diversiicadas de conhecimento, atençao e respeito pelo oútro, bem como de desenvolvimento do sentido críttico ico e de tomada de decisoes baseada na negociaçao.

 

cooperado - O trabalho entre pares pares e em pequenos grupos, grupos, em que   Trabalho cooperado as crianças tem oportúnidade de confrontarem os seús pontos de vista e de colaborarem na resolúçao de problemas oú diicúldades colocadas por úma tarefa comúm, alarga as oportúnidades edúcativas, ao favorecer úma aprendizagem cooperada em qúe a criança se desenvolve e aprende, contribúindo para o desenvolvimento e para a aprendizagem das oútras. Trabalhar em grupos

constituíd cons tituídos os por cria crianças nças com diver diversas sas idad idades es  oú em momentos momentos diferent diferentes es de desenvolvimento permite qúe as ideias de úns inlúenciem as dos oútros. Este processo proce sso contribúi para a apren aprendizagem dizagem de todos, na medida em q qúe úe constitúi úma oportúnidade de explicitarem as súas propostas e escolhas e como as conseguiram

realizar. Entendimento da perspetiva do outro  - O desenvolvimento social faz-se atrave s de dúas vertentes atrave vertentes contradito contradito rias: a necessidade necessidade de relaça relaça o de proximidade com os oútros e o desejo de afirmação e de autonomia pessoal.

Neste sentido, o/a educador/a  deve apoiar a compreensao qúe as crianças tem, desde múito cedo, dos sentimentos, intençoes e emoçoes dos oútros, facilitando o desenvolvimento da compreensao do qúe os oútros pensam, sentem e desejam.

Cabe também ao/à educador/a , em sitúaçoes de conlito, apoiar a explicitaçao e aceitaçao dos diferentes pontos de vista, favorecendo a negociaçao e a resolução

conjunta do problema.

Organizaçãoo do tempo Organizaçã O tempo educativo tem uma distribuição flexível, embora corresponda a momentos qúe se repetem com úma certa periodicidade. A súcessao de cada dia, as manhas e as tardes tem úm determinado ritmo, existindo, deste modo, úma rotina qúe ee pedago pedago gica porqúe ee intencionalmente planeada pelo/a edúcador/a e porqúe

 

e conhecida conhecida pelas crianças, crianças, qúe sabem o qúe podem fazer nos va va rios momentos momentos e prever a súa súcessao, tendo a liberdade de propor modiicaçoes. Nem todos os

dias são iguais, as propostas do/a educador /a oú das das crianças crianças podem podem modiicar modiicar o qúotidiano habitúal.

O tempo diário inscreve-se num tempo, semanal, mensal e anual,   qúe tem ritmos proprios e cúja organizaçao tem, tambem, de ser planeada. A vivencia destas diferentes únidades de tempo permite qúe a criança se va progressivamente apropriando de referencias temporais qúe sao secúrizantes e qúe servem como fúndamento para a compreensao do tempo: passado, presente, futuro.

Porque o tempo é de cada criança, do grupo e do/a educador/a , import importaa qúe a súa organi org anizaça zaçao seja seja decidid decididaa pel pelo/a o/a edúcador/a edúcador/a e pelas pelas crianç crianças. as. Um tempo tempo qúe contemple de forma eqúilibrada diversos ritmos e tipos de atividade, em diferentes sitúaçoes — individúal, com oútra criança, com úm peqúeno grúpo, com todo o grúpo — e permita oportúnidades de aprendizagem diversiicadas. Trata-se de el, em qúe os prever e organizar um tempo  simúltaneamente estrútúrado e lexívvel, diferentes momentos tenham sentido para as crianças e qúe tenha em conta qúe precisam de tempo para fazerem experiencias e explorarem, para brincarem, para experimentarem novas ideias, modiicarem as suas realizações e para as

aperfeiçoarem.

Critérios para a escolha de equipamento adequado A Creche deve dispor de todo o equipamento e mobiliário   necessarios para poder prestar adeqúadamente os serviços previstos. O mobiliario e eqúipamento deve ter características sticas adeqúadas as necessidades de conforto e estimúlaçao do desenvolvimento das crianças, de acordo com a sua fase evolutiva.

 

O mobiliário a utilizar utili zar pelas crianças deve satisfazer as normas de segúrança aplicaveis e a úm conjúnto de requisitos de qualidade, nomeadamente: a) Ser adeqúado a idade, facilitando úma correcta postúra físsica; ica; b) Ser esta esta vel, co co modo e segúro; c) Ser simples e sem arestas agressivas; Utilizar materiais naturais, evitando materiais sintéticos; e) Ser de fa fa cil limpeza, garantindo condiço condiço es de higiene; f) Ter resiste resiste ncia ncia meca meca nica adeqúada; g) Ser estimúlante e agrada agrada vel a vista e ao tacto; h) Permitir úma múltiplicidade de útilizaço útilizaço es; i) Todos os mo mo veis, estantes oú prateleiras devem estar bem ixos a parede de forma a na na o tombarem sobre a criança se esta se apoiar neles ooú ú tentar trepar; j) Na Na o devem existir mo mo veis de vidro e tampos de mesas soltos; k) As mesas e cadeiras devem permitir o empilhamento para facilitar o desenvolvimento de oútras actividades no mesmo espaço (p.e. repoúso oú ginastica); l)

Os arma arma rios rios e as portas portas devem estar protegidos protegidos com travo travo es oú fechadúras fechadúras

para qúe as crianças nao lhes acedam facilmente, entalando os dedos oú manúseando, sem vigila vigila ncia, material com potencial risco; m)

Nas paredes, na na o devem ser colocados qúadros pesados com vidro oú oútros

objectos qúe possam cair sobre a criança enqúanto dorme oú brinca; n) Todo o material dida dida ctico útilizado deve ser na na o to to xico.

O mobiliário e equipamento a utilizar pelos adultos, mas localizado em espaços útilizados pelas crianças (oú onde elas podem aceder), deve satisfazer úm conjúnto de reqúisitos de qúalidade, nomeadamente: a)

O mobilia mobilia rio rio deve ter em conta as necessidades dos adúltos, mas tambe tambe m as

das crianças; b)

Os arma arma rios gúarda-loiça, prateleiras e arma arma rios devem estar bem ixos a

parede;

 

c)

As gavetas qúe te te m material perigoso (facas, canivetes, etc.) devem ser

fechadas a chave oú ter dispositivos qúe impeçam a súa abertúra por crianças; d)

As gavetas devem ter travo travo es qúe previnam a súa eventúal qúeda sobre as

crianças.

O estado de conservação do mobiliário e equipamento   deve ser veriicado regúlarmente, para impedir qúe a súa degradaçao caúse acidentes. Nas zonas de circúlaçao com acesso a escadas, varandas e galerias devem existir dispositivos de segúrança como guardas e corrimãos adequados à idade dos

utilizadores. Os Gabinetes e Espaço de Reuniões   devem inclúir mobiliario qúe permita a realizaça realiz aça o de trabalho trabalho administrat administrativo ivo e/oú pedago pedago gico, receça receça o e atendimento atendimento de crianças e familiares e arrúmaçao de arqúivos. Deste modo, deve inclúir mesas/secretarias, cadeiras/sofas, mesas de apoio e armarios/arqúivos. O eqúipa eqúipamento mento ixo e mo mo vel na Zona Adminis Administrativ trativa, a, qúando este esteja contido no Acesso Principal, nao deve apresentar risco para as crianças qúe transitem nesse espaço. Todos os gabinetes devem ter ponto de acesso a Internet e telefone ligado à rede

fixa. A Sala Parque deve dispor de: a) Brinquedos adaptados à idade da criança  e qúe sejam adeqúados as súas necessidades lúdicas e de desenvolvimento; os brinqúedos devem respeitar as normas de segurança portuguesas em vigor; b) Espaços acolchoados e devidamente protegidos para os bebes; c) Cadeiras de repoúso; d) Espelho inqúebra inqúebra vel; e) Pavimento amortecedor e facilmente lava lava vel As Salas de Actividades devem ser bem equipadas , qúer ao nívvel el do mobilia mobilia rio, rio, qúe deve ser adeqúado a faixa etaria a qúe se destina, qúer ao ní vel vel do material didactico, qúe deve satisfazer as necessidades lúdicas e pedagógicas das

crianças.

 

Estas salas devem permitir úma grande diversidade de atividades atraves de úm ambiente lexível. vel. As crianças devem ter acesso direto a uma quantidade

razoável de brinquedos, livros e oútros eqúipamentos, permitindo-lhes tomar decisões de forma independente. As Salas de Atividades devem possuir o seguinte equipamento: a) Lúgares sentados e mesas para crianças (na sala de 24 a 36 meses, estes lúgares sentados devem ser no mesmo número das crianças); b) Lúgares sentados para adúltos; c) Arrúmos para brinqúedos, tais como arma arma rios, estantes e prateleiras. Para o conveniente arrúmo de material pedagogico, os armarios devem ser constitúídos dos por úma parte fechada e oútra com prateleiras acessívveis eis as crianças; d) Espelho inqúebra inqúebra vel; e) Eqúipamento qúe permita escalada (súbir e descer); f) Brinqúedos adaptados a idade da criança e qúe sejam adeqúados a s súas necessidades lúdicas e de desenvolvimento, contemplando os variados gostos e características sticas das crianças. Os brinqúedos devem respeitar as normas de segúrança portúgúesas portú gúesas em vigor e ser inspecionados inspecionados regúlarmente e súbstit súbstitúí úídos dos sempre qúe partidos oú daniicados; g) Súperfícies cies horizontais e verticais para trabalhar, colocar objectos, etc.; h) Bancada com ponto de a gúa acessível vel pelas crianças e eqúipada com prateleiras e oútros espaços de arrúmos de materiais de trabalho para a realizaçao de actividades de expressa expressa o pla pla stica com aa gúa, tintas, barro, etc. i)

Nas paredes, deve prever-se a colocaça colocaça o de paine paine iiss qúe possibilitem a

decoraçao/execúçao/aixaçao de desenhos, sem risco para as crianças;

Nos tetos, deve prever-se um sistema que possibilite a suspensão de objetos, sem risco para as crianças; k)

Espaço livre de piso reves revestido tido com mater material ial macio, lava lava vel e qúente para o

desenvolvimento de actividades físicas, sicas, como dançar e correr, e para constrúçoes de grandes dimensoes.

 

Espaços distribuídos pela idade, para a creche e para o jardim-de-infancia, para evitar choqúes entre as crianças. Zona de brincadeiras livres, com eqúipamentos qúe promovam a relaçao da criança com os oútros e com o seú pro pro prio corpo. Zona exterior coberta para os dias de chúva oú de múito sol.

Os baloiços, escorregas e rotativos,  entre oútros, devem estar bem concebidos e conservados, sem arestas cortantes, ferrúgem, parafúsos oú madeira desgastada.

Os eq equip uipame amento ntoss não de devem vem est estar ar ins instal talado adoss sob sobre re sup super erfíc fícies ies ríg rígida idass, co como mo cimento, ladrilho oú piso empedrado. Se estiverem sobre areia oú gravilha ina esta deve ser totalmente renovada úma vez por ano.

A zona circundante  deve ser de terra batida oú de relva. Os materiais oú eqúipamentos e a area de brincadeira devem ser diversos. Deve fazer com qúe as crianças se sintam livres e aútonomas. Nesta aa rea a criança brinca livremente; ➢  Faz atividades de motricidade;   Faz exploraçao do espaço;



  Interage com oútros;



  O espaço tem de ser amplo;



Critérios para a escolha de materiais Todos os materiais existentes na creche deverao ser didaticos de modo a qúe a criança aprenda sempre algo com eles.

 

Acesso direto das salas  e com úma zona de transiçao oú semicoberta para resgúardar do calor e da chúva; Espaços qúe estejam ao sol e oútros a sombra; Ter objetos simbolicos-afetivos; Eqúipamento de materiais natúrais para o jogo sensorial; Solo variado; areia, terra, cimento, para provocar nas crianças reacço reacç oes diferentes;

Deve-se dar preferência a objetos e materiais  qúe coloqúem as crianças em sitúaçoes “abertas”. Equipamentos que não estejam totalmente acabados nem totalment totalmente deinidos para dar maiores oportúnidades de criaçao e imaginaçao. Escolha do mobiliário adequado Seguro: Mobiliario e eqúipamentos a medida das crianças; local limpo (chao, paredes e tetos); arrúmaçao adeqúada para os objetos das crianças, brinqúedos e roúpa de reser reserva; va; arma arma rios estantes e caixas de arrúmaç arrúmaçaao e cabides cabides adeqúados adeqúados a s crianças; armarios fechados, com materiais qúe possam ser perigosos para as

crianças  (em qúe apenas os adúltos tenham acesso); Funcional: Almofadas, cadeiras e tapetes acolhedores; lúz natúral; úma zona de entrada acolhedora; espaço para as prodúçoes e alimentos e refeiçoes, areas para a sesta e areas e higiene; úm espaço de chao livre; úm espaço central livre para jogos ativos; areas especializadas a volta do espaço central; mobiliario, eqúipamento e caixas mo mo veis; fa fa cil acesso aa a rrea ea exterior protegida;

Atrativo:  Atividades lúdicas, materias qúe despertem os sentidos das crianças (coisas para tocar, cheirar, oúvir, saborear e ver); ambiente com texturas

variadas   (súperfícies cies interiores, exteriores, mobiliario); vistas interessantes (janelas, aqúario); locais adeqúados a diferentes níveis veis de atividades; jogo ativo; jogo calmo.

 

 Material educativo Material que deve existir (creche, jardim de infância)   Revistas e Livros



Devem ser adeqúados a cada faixa etaria, ajúdando no desenvolvimento a nível vel lingúístico stico ➢  Bricolage E importante para o desenvolvimento da criança, úma vez qúe esta pode criar o seú pro prio brinqúedo pro

 



Jogos Os jogos devem ser adeqúados a idade, devem ser segúros e divertidos   Material Reciclável



Utilizando materiais reciclaveis, podemos aproveitar e recúperar algúns destes materiais em vez de irem para o lixo ➢  Psicomotricidade

 

Desenvolve a interdependencia entre o desenvolvimento motor, afetivos e intelectúais ➢  Brinquedos Os brinqúedos para as crianças sao úma forma de fotografar a realidade, e atraves destes qúe as crianças desenvolvem as capacidades cognitivas útilizando a imaginaçao;

 Bibliografia e Netgrafia   COSTA J. e Santos, A. L. (2003). A falar como os bebes. O desenvolvimento



lingúísstico tico das crianças. Primeiros passos. Editorial C Caminho, aminho, SA. Lisboa.   FREIRE, Paúlo. Pedagogia da aútonomia:saberes necessarios a pratica



edúcativa. Sa Sa o Paúlo: Paz e Terra, 1996.   DESPACHO NORMATIVO n.º 99/89, de 27 de Oútúbro – Normas Regúladoras



das Condiçoes de Instalaçao e Fúncionamento das Creches com ins lúcrativos, nomeadamente referentes a localizaçao, aos compartimentos e espaços necessarios e respetivas dimensoes, eqúipamento e material pedagogico, procedimentos de acolhimento das crianças, alimentaçao e higiene.   DESPACHO CONJUNTO n.º 268/97, de 25 de Agosto. – Caracterizaçao dos



locais de fúncionamento dos estabelecimentos de edúcaçao pre-escolar.

View more...

Comments

Copyright ©2017 KUPDF Inc.
SUPPORT KUPDF