Logistica Reversa Mecanismo Para Descarte Do Lixo Eletronico

August 15, 2017 | Author: Jaqueline Sakon | Category: Supply Chain, Logistics, Economics, Quality (Business), Planning
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INSTITUTO VALE DO CRICARÉ FACULDADE VALE DO CRICARÉ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

FÁBIO OLIVEIRA DOS SANTOS MÁRCIA APARECIDA NATALE DE ARAÚJO RONÁRIA JULIANA SILVESTRE

LOGÍSTICA REVERSA COMO MECANISMO PARA O DESCARTE DO LIXO ELETRÔNICO

SÃO MATEUS 2010

FÁBIO OLIVEIRA DOS SANTOS MÁRCIA APARECIDA NATALE DE ARAÚJO RONÁRIA JULIANA SILVESTRE

LOGÍSTICA REVERSA COMO MECANISMO PARA O DESCARTE DO LIXO ELETRÔNICO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Administração da Faculdade Vale do Cricaré, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração. Orientador: Prof. Especialista Ademilson Jacinto da Mota.

SÃO MATEUS 2010

FÁBIO OLIVEIRA DOS SANTOS MÁRCIA APARECIDA NATALE DE ARAÚJO RONÁRIA JULIANA SILVESTRE

LOGÍSTICA REVERSA COMO MECANISMO PARA O DESCARTE DO LIXO ELETRÔNICO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Administração da Faculdade Vale do Cricaré, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração.

Aprovado em 07 de julho de 2010.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________ PROF. ADEMILSON JACINTO DA MOTA FACULDADE VALE DO CRICARÉ ORIENTADOR

_________________________________ PROF. HELVÉCIO FAUSTINI JUNIOR FACULDADE VALE DO CRICARÉ

_________________________________ PROF. TACIANA M. COMMANDEUR FACULDADE VALE DO CRICARÉ

Dedico a Deus, que esteve comigo durante todo esse período. À minha família, que mesmo de longe me apoiou e acreditou no meu triunfo. Aos meus “amigos”, pela paciência e apoio. Fábio Oliveira dos Santos

Dedico a Deus, que nas dificuldades me deu força. A minha família, pelo incentivo. Ao meu esposo pela compreensão e paciência. Em especial aos meus filhos Júlia e Luiz Eduardo que tanto sofreram com a minha ausência. Márcia Aparecida Natale de Araújo

Dedico a Deus, pela presença em minha vida

me

iluminando

em

todos

os

momentos, pois sem ele nada seria possível. Dedico aos meus pais e familiares pelo apoio e confiança. Ronária Juliana Silvestre

Agradecemos primeiramente ao nosso grandioso Deus, que nos possibilitou a realização desse trabalho e nos iluminou em cada etapa desse processo, nos permitindo errar e crescer por intermédio desse. Agradecemos aos nossos pais e familiares pelo apoio, e por entenderem a nossa ausência durante muitos momentos no decorrer desse trabalho, esse ato foi fundamental e nos deu ainda mais forças para que conseguíssemos concluir essa etapa tão importante das nossas vidas. Agradecemos também de forma especial ao nosso professor orientador Ademilson J. Mota, pela disponibilidade e paciência, e por muitas vezes dispor dos seus momentos de lazer para estar conosco. Agradecemos aos nossos professores (Mestres

e

Doutores)

que

com

conhecimentos

transmitidos

conduziram

o

para

mais

os nos

perto

da

sabedoria. Agradecemos aos nossos colegas de turma,

pelo

companheirismo

e

pelos

momentos únicos que compartilhamos nesses 04 anos juntos. Enfim queremos agradecer a todos que de alguma

forma

contribuíram

para

a

realização desse trabalho, seja por ações, orações ou pensamentos positivos, o importante foi a intenção.

DURANTE ESTE TRABALHO...

As dificuldades não foram poucas... Os desafios foram muitos... Os obstáculos, muitas vezes, pareciam intransponíveis. Muitas vezes nos sentimos sós, e, assim, o estivemos... O desânimo quis contagiar, porém, a garra e

a

tenacidade

foram

mais

fortes,

sobrepondo esse sentimento, fazendo-nos seguir

a

caminhada,

apesar

da

sinuosidade do caminho. Agora, ao olharmos para trás, a sensação do dever cumprido se faz presente e podemos constatar que as noites de sono perdidas e visitas realizadas; o cansaço dos encontros, os longos tempos de leitura, digitação, discussão; a ansiedade em querer fazer e a angústia de muitas vezes não o conseguir, por problemas estruturais; não foram em vão. Aqui estamos, como sobreviventes de uma longa batalha, porém, muito mais fortes e hábeis, com coragem suficiente para mudar a nossa postura, apesar de todos os percalços...

Como dizia Antoine Saint Exupèry em sua obra prima “O Pequeno Príncipe”:

“Foi o tempo que perdeste com a tua rosa, que fez a tua rosa tão importante”

RESUMO As inovações tecnológicas além de contribuírem para a otimização das tarefas e rapidez no fluxo de informações, tem contribuído para o consumo inconsciente da sociedade e conseqüentemente para a alta descartabilidade de resíduos eletrônicos no ambiente. Essa realidade tem despertado a sensibilidade ecológica da sociedade, bem como novos comportamentos de compras. O presente trabalho busca mostrar as conseqüências do descarte inadequado do lixo eletrônico e como a logística reversa pode recuperar o valor dos produtos após o fim de sua vida útil através dos canais reversos de distribuição, reinserindo-os novamente ao ciclo produtivo,

ou

destinando-os

à

disposição

adequada,

com

um

enfoque

ambientalmente correto.

Palavras Chaves: Inovações tecnológicas, Descarte, Lixo eletrônico, Sensibilidade ecológica e Logística reversa.

ABSTRACT Technological innovations besides contributes to optimization of tasks, and the fast flow information, it has contributed to the consumption unconscious of society and consequently for the high electronic waste disposal in the environment. This reality has risen the ecological sensitivity of society, as well as new purchase behaviors. This work seeks to show the consequences of inappropriate disposing of electronic junk and how reverse logistics can to retrieve the value of the products after the end of its useful life through reverse distribution channels, reinserting them back to the productive cycle, or for destine them appropriately, with an environmentally friendly focus.

Keywords: Technological innovations, disposition, electronic junk, ecological Sensitivity and reverse logistics.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Gerenciamento da cadeia de suprimentos.............................................. 22 Figura 2 – Gestão das partes da cadeia de suprimentos........................................ 24 Figura 3 – Caminho reverso do lixo eletrônico........................................................ 35 Figura 3 – Contaminação dos Recursos Hídricos................................................... 37 Figura 5 – Representação esquemática dos processos logísticos diretos e reversos ................................................................................................................................. 41 Figura 6 – Fluxo reverso de pós-venda................................................................... 43 Figura 7 – Fluxo logístico de pós-consumo............................................................. 45 Figura 8 – Fatores que influenciam na organização dos canais reversos de pósconsumo.................................................................................................................. 46 Figura 9 – Retorno dos produtos de pós-consumo ao ciclo produtivo.....................51

LISTA DE FOTOS

Foto 1 – Fachada da loja Pastore Fechada............................................................. 77 Foto 2 – Fachada da loja Pastore Aberta................................................................ 77 Foto 3 – Depósito de sucata eletrônica da loja Pastores......................................... 78 Foto 4 – Sucata eletrônica entulhada...................................................................... 78 Foto 5 – Proprietário da loja Pastore em visita ao depósito de lixo eletrônico..........79

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Importância do descarte correto............................................................ 58 Gráfico 2 – Tempo de permanência dos produtos até o descarte........................... 59 Gráfico 3 – Quantidade de descarte e reutilização.................................................. 59 Gráfico 4 – Local de descarte.................................................................................. 60 Gráfico 5 – Responsabilidade dos fabricantes........................................................ 60 Gráfico 6 – Forma de retorno dos produtos............................................................. 61 Gráfico 7 – Quantidade de descarte diário.............................................................. 61

SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..........................................................................................................13

1

LOGISTICA.......................................................................................................16

1.1 ABORDAGEM LOGÍSTICA...............................................................................16 1.2 LOGÍSTICA NO BRASIL ...................................................................................18 1.3 LOGÍSTICA INTEGRADA .................................................................................20 1.4 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS .....................................23

2

PRODUÇÃO .....................................................................................................26

2.1 EVOLUÇÃO DA NECESSIDADE E DA PRODUÇÃO.......................................26 2.2 OS IMPACTOS DOS AVANÇOS TECNOLÓGICOS PARA O AUMENTO DA PRODUTIVIDADE.....................................................................................................30

3

O AVANÇO TECNOLÓGICO ...........................................................................32

3.1 IMPACTOS DO AVANÇO TECNOLÓGICO......................................................32 3.2 CONSEQÜÊNCIAS DO LIXO TECNOLOGICO PARA SAÚDE HUMANA E O MEIO AMBIENTE......................................................................................................36

4

MODERNIZAÇÃO DA LOGISTICA ..................................................................40

4.1 LOGÍSTICA REVERSA .....................................................................................40 4.2 CANAL DE DISTRIBUIÇÃO REVERSO DE PÓS-VENDA ...............................41 4.3 CANAL DE DISTRIBUIÇÃO REVERSO DE PÓS-CONSUMO .........................43 4.4 FATORES DETERMINANTES DA LOGÍSTICA REVERSA..............................45 4.4.1 Fatores Econômicos .......................................................................................46 4.4.2 Fatores Ecológicos .........................................................................................47 4.4.3 Fatores Legislativos........................................................................................47 4.4.4 Fatores Logísticos ..........................................................................................48 4.4.5 Fatores Tecnológicos .....................................................................................48 4.5 UMA NOVA VISÃO SOBRE O RETORNO DOS PRODUTOS DE PÓSCONSUMO AO CICLO PRODUTIVO .......................................................................49 4.6 LOGISTICA REVERSA NO SETOR DE COMPUTADORES............................51

4.7 BENEFÍCIOS EMPRESARIAIS INERENTES DO GERENCIAMENTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS .........................................................................................52 4.7.1 Redução de Custos ........................................................................................54 4.7.2 Responsabilidade Social ................................................................................55

5

ESTUDO DE CASO ..........................................................................................57

5.1 OBJETIVOS ......................................................................................................57 5.2 ESTUDO DE CASO NAS EMPRESAS DE ELETRÔNICOS DE SÃO MATEUS/ES..............................................................................................................57 5.3 ANÁLISE E RESULTADO DA PESQUISA DE CAMPO....................................58

6

CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES .............................................................64

7

REFERÊNCIAS.................................................................................................68

8

APÊNDICE........................................................................................................72

8.1 PESQUISA DE CAMPO SOBRE GERENCIAMENTO DO LIXO ELETRÔNICO NA CIDADE DE SÃO MATEUS/ES...........................................................................73 8.2 LEVANTAMENTO DAS INFORMAÇÕES COLETADAS NA PESQUISA DE CAMPO UTILIZADA NO ESTUDO DE CASO...........................................................75 8.3 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO ESTUDO DE CASO ..........................77

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INTRODUÇÃO

O mercado corporativo tem passado por grandes transformações. A rapidez na evolução tecnológica, com cada vez mais inovações, principalmente com produtos de informática, tem aguçado o senso consumista da sociedade. Devido a grande oferta e variedades de produtos eletrônicos, os consumidores têm respondido às inovações tecnológicas, acompanhando o ritmo acelerado da oferta de produtos e variedades. Dessa forma o ciclo de vida dos produtos tem diminuído significativamente, e conseqüentemente aumentado a quantidade de lixo eletrônico gerado e, por conseguinte a alta descartabilidade de resíduos sólidos no meio ambiente. Diante das conseqüências cada vez mais presentes e visíveis do lixo tecnológico no meio ambiente, bem como seus riscos a saúde humana, a sociedade tem se sensibilizado quanto às questões ambientais e a destinação final dos elementos eletrônicos, e tem expressado essa consciência ecológica dando preferência às organizações com imagem institucional de empresa ecologicamente correta, ou seja, empresas que gerenciam o impacto ambiental provindas dos seus produtos. A sociedade em todas as partes do globo, tem se preocupado cada vez mais como os diversos aspectos do equilíbrio ecológico. [...] a questão da preservação ecológica dirigirá esforços das empresas para a defesa de sua imagem corporativa e seus negócios [...]. (LEITE, 2003, p. 20-21).

Essa nova realidade de mercado, de consumidores cada vez mais sensibilizados e preocupados com as questões ecológicas, tem mudado as estratégias competitivas empresariais. As organizações para se manterem competitivas, a fim de melhorar o nível de serviço aos clientes, para que dessa forma atraiam a preferência dos mesmos e criem relacionamentos duradouros, têm investido em logística reversa. [...] a logística reversa é a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômicos, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros. (LEITE, 2003, p. 16-17).

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Mas como será se as empresas não aderirem à logística reversa como parte integrante dos seus processos empresariais? É notório que o alto consumismo levará a superlotação de lixo eletrônico, causando, por conseguinte um grande caos mundial, que inclusive implicará na extração futura de nova matéria prima para novas produções. Por isso a importância da conscientização organizacional com relação à realidade que é o lixo eletrônico, bem como os prejuízos financeiros e ambientais que o gerenciamento ineficaz do mesmo pode causar a todas as partes envolvidas. A solução proposta na logística reversa como mecanismo para o descarte do lixo eletrônico, trata do retorno dos produtos de pós-venda ou pós-consumo através dos canais reversos de distribuição, agregando valor aos mesmos reinserindo-os novamente ao ciclo produtivo como insumos, dessa forma esses insumos implicarão em um novo produto final, que será enviado novamente para o mercado. A organização que inserir o processo reverso em suas operações, agregará valor à sua imagem corporativa frente ao mercado, além de reduzirem seus custos com base no reaproveitamento de materiais. Para melhor apresentação do tema, este trabalho esta dividido em cinco capítulos. O primeiro capítulo faz um breve histórico do início das atividades logísticas no mundo e no Brasil, bem como suas principais definições e melhores práticas, além de sua importância organizacional e como ferramenta de gestão. No segundo, é abordada a evolução da produção, onde é possível visualizar o aumento gradativo da necessidade da produção, e como os avanços tecnológicos impactaram nesse aumento. No terceiro capítulo os problemas gerados pela evolução da tecnologia e seus principais ímpetos para o meio ambiente e a saúde humana. O mecanismo para o gerenciamento dos impactos provindos do avanço tecnológico, e conseqüentemente aumento de competitividade empresarial são abordados no quarto capítulo. No quinto capitulo é apresentado o estudo de caso na cidade de São Mateus / ES, onde foi realizado pesquisa nas principais empresas de eletrônicos da cidade, a fim de avaliar as praticas de descarte do lixo eletrônico das mesmas. Conforme descrição dos capítulos, o decorrer do trabalho abordara os motivos da geração do lixo eletrônico, e como as organizações podem minimizar os impactos dos seus produtos de pós-venda e pós-consumo no meio ambiente com a

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inserção da logística reversa nos seus processos. Dessa forma a logística reversa bem aplicada nas organizações além de ferramenta para destinação final da sucata eletrônica, passa a ser uma ferramenta de gestão agregando competitividade às organizações.

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1 LOGISTICA

1.1 ABORDAGEM LOGÍSTICA Após a Segunda Guerra Mundial houve a necessidade do aceleramento logístico empresarial. No Brasil a Logística desenvolveu após a explosão da Tecnologia da Informação, na década de 1980. A partir desse período o conceito de logística vem se desenvolvendo e se integrando cada vez mais como parte da estratégia competitiva das organizações. A concepção logística de agrupar conjuntamente as atividades relacionadas ao fluxo de produtos e serviços para administrá-las de forma coletiva é uma evolução natural do pensamento administrativo. As atividades de transporte, estoques e comunicações iniciaram-se antes mesmo da existência de um comércio ativo entre regiões vizinhas. (BALLOU, 2003, p. 18).

Percebe-se que, na concepção do autor que a Logística é um processo que anda junto com os conceitos administrativos, e com essa junção há uma otimização das atividades e compreensão da importância das mesmas, pois são essenciais para os negócios das empresas. A Logística possibilita a empresa agregar valor aos serviços de distribuição aos clientes, além de possibilitar o gerenciamento eficaz das atividades de movimentação e armazenagem dos produtos. Desta forma, o propósito central da Logística é atingir um nível desejado de serviço ao cliente pelo menor custo possível. Sendo assim, a chave para alcançar a eficiência Logística é dominar a arte de combinar competência Logística com expectativas e necessidades básicas dos clientes. Esse compromisso com o cliente é a base para a formulação de uma estratégia Logística. É por isso que “a Logística é um assunto vital” (BALLOU, 1993, p. 17). Considerando-se o assunto nos dias atuais, é possível afirmar que a Logística é um processo, o que significa que inclui todas as atividades importantes para a disponibilização de bens e serviços aos consumidores, quando e onde estes quiserem adquiri-los. Essa idéia implica que a Logística é parte do processo da cadeia de suprimento e não do processo inteiro. O gerenciamento da cadeia de suprimentos é um termo surgido mais recentemente e que capta a essência da

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Logística integrada. A Logística é uma grande palavra para um grande desafio (HARISSON; VAN HOOKE, 2003). Ela é a atriz principal que trabalha por trás do palco do capitalismo moderno. Poucas áreas de operações envolvem a complexidade ou abrangem o escopo geográfico característico da Logística, pois, é um fato econômico que tanto os recursos quanto os seus consumidores estão espalhados numa ampla área geográfica. Além disso, os consumidores não residem, se é que alguma vez o fizeram, próximos donde os bens ou produtos estão localizados. Este é o problema enfrentado pela Logística: diminuir o hiato entre a produção e a demanda, de modo que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem, e na condição física que o desejarem (BALLOU, 1993, p. 17).

Quando se vai a uma loja ou a um supermercado se espera encontrar produtos disponíveis e recém-fabricados. Para que o consumidor tenha esta satisfação, a Logística exerce um importante papel, entendendo-se que é difícil imaginar atualmente a realização de qualquer atividade de produção ou de marketing sem o apoio logístico. Desta forma, a Logística pode ser vista como parte das atividades de uma “cadeia de suprimento”. O conceito de sistema logístico e a tecnologia da Logística tiveram um processo considerável desde a Segunda Guerra Mundial. O conceito de sistema logístico tornou-se amplamente aceito e a administração, tanto privada como governamental, começa a reconhecer a necessidade de projetar e administrar o sistema logístico como um todo, ao invés de uma série funções discretas e independentes. (MAGEE, 2004, p. 3).

Partindo desta compreensão, vê-se que a Logística envolve a integração de uma série de atividades que, juntas, agregam valor ao negócio. Tais atividades são: informações, transporte, estocagem, armazenamento, movimentação dos materiais e embalagem. Cada uma dessas áreas oferece uma ampla variedade de tarefas estimulantes para quem deseja se profissionalizar nesse ramo. Muitos dos executivos bem sucedidos na área de Logística se tornam orquestradores das diversas operações que envolvem processos dentro e fora das empresas. O grande desafio é coordenar as tarefas individuais de cada ator numa empresa e fora dela, atingindo os fornecedores de matérias-primas e de serviços, tudo para atender ao cliente no momento certo, na quantidade correta, no menor tempo possível e ao menor custo. Tais executivos sabem que é por meio do processo logístico que os materiais fluem pelo sistema de produção de um país e

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são distribuídos para os consumidores através dos canais de marketing, seja no varejo, seja no atacado (IMAM, 2000). Os autores Bowersox e Closs (2001) remetem para um dado muito interessante: a complexidade da Logística é extraordinária. Apenas nos EUA, a estrutura de marketing envolve aproximadamente 1,5 milhões de varejistas e mais de 460.000 atacadistas. Para mover produtos e materiais entre essas empresas foram registrados 14,9 milhões de caminhões em 1992. Para dar apoio à Logística, o investimento total em estoques por parte dos fabricantes atacadistas e varejistas ultrapassou a casa de US$ 893 bilhões em 1994. Nas empresas, os gastos com Logística variam normalmente entre 5% a 35% do valor das vendas, dependendo obviamente do tipo de atividade, da região da operação e da relação peso/valor dos produtos e materiais. Verifica-se, portanto, que a Logística é responsável por uma das maiores parcelas do custo final do produto, sendo superado somente pelo custo dos materiais consumidos na produção e dos custos dos produtos vendidos no atacado ou no varejo (BOWERSOX; CLOSS, 2001). No entanto, o principal interesse na Logística não é somente em busca da simples redução de custos, mas também visa-se compreender melhor como certas empresas utilizam de sua competência Logística para obter vantagem competitiva. Isso significa oferecer ao cliente um serviço superior em qualidade e satisfação. Também as empresas estão preocupadas em detectar problemas em seus produtos. Assim, elas monitoram suas operações on-line e são capazes de pôr em prática providências corretivas antes que essas falhas atinjam o cliente final; quando essas providências não são corrigidas em tempo hábil, conseguem avisar ao cliente de tal situação e encontrar soluções alternativas para que não sejam tomadas por surpresas as falhas nos serviços que ainda estão em andamento. É a antecipação como importante fator de aprimoramento da própria imagem da empresa diante dos seus clientes.

1.2 LOGÍSTICA NO BRASIL No Brasil, a Logística tem um histórico bem recente e pode ser considerada

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ainda uma novidade, pois, no Brasil, a Logística surgiu no inicio da década de 1980, logo após a explosão da Tecnologia da Informação. Surgiram algumas entidades dando enfoque a Logística, como: ASBRAS (Associação Brasileira de Supermercados), ASLOG (Associação Brasileira de Logística), IMAM (Instituto de Movimentação e Armazenagem), entre outras, que tinham a difícil missão de disseminar este novo conceito, voltado para as organizações (SANTOS, 2007, p. 1).

É dentro deste contexto ainda recente no Brasil, que constata-se que a Logística neste país passa por uma fase de significativas mudanças. Pode-se mesmo

afirmar

que

se

está

no

despontar

de

transformações

enormes,

considerando-se os diversos fatores que envolvem sua dinâmica nas práticas empresariais eficientes, na qualidade e disponibilidade da infra-estrutura de transportes e comunicação, dentre outros elementos que se mostram primordiais na permanência e desenvolvimento da moderna visão Logística. Para o empresariado brasileiro, a caminhada da Logística até aqui feita tem culminado com resultados bastante positivos. É claro, no entanto, que há sérios e importantes desafios, isto devido aos enormes espaços para melhorias de qualidade do serviço e aumento de produtividade, fundamentais para o desenvolvimento de uma competitividade saudável. A nova realidade exigiu uma mudança de comportamento nas organizações, chegando a fusão de algumas, como foi o caso da AmBev (Companhia de Bebidas das Américas) que juntou as três principais marcas de cervejas do mercado, e tudo isso só foi possível mediante ao estudo de viabilidade Logística, fazendo assim com que as três marcas fossem produzidas em unidade fabris únicas espalhadas pelo Brasil, utilizando as mesmas tecnologias e mão de obra, este processo levou ao fechamento de algumas unidades fabris e uma seleção natural da mão-de-obra. Isso valeu o posicionamento entre as três maiores do mundo, tirando do ranking empresas tradicionais do Sistema Pilsen. (SANTOS, 2007, p. 1).

O Brasil se mostra, então, um espaço promissor para o exercício adequado da Logística, especialmente a partir da estabilização econômica. Realidade bem diferente daquela que vivia com as contínuas oscilações de valores das mercadorias e serviços, causadas pela inflação e proporcionavam espaços para a prática especulativa. Isto dificultava quase que totalmente quaisquer tentativas de relação mais próxima na cadeia de suprimentos. O contingente de empresas que estão investindo grandes somas de valores em sua estrutura Logística é bom e este volume tende a aumentar, colocando o Brasil em posição mais segura de competitividade no mercado cada vez mais

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exigente da globalização. Há que se considerar ainda o que escreve Dias (2006), quando destaca a situação brasileira: Falando de Logística aqui no Brasil não há mais que 25 anos. Se trata de algo ainda muito novo, nossos alicerces para consolidação dos conceitos logísticos são muito frágeis, não apresentam condições mínimas de sustentação, como podemos ver a seguir: • Ausência de política que sincronize as ações dos governos (federal, estaduais e municipais) e da iniciativa privada; • Infraestrutura de armazéns inadequada; • Não há equilíbrio na disponibilidade dos modais de transportes; • A maior parte de nossa produção destinada à exportação é transportada até o porto de embarque por meio de caminhões; • 60% do total da carga transportada no Brasil é feita pelo modal rodoviário e apenas 23% pelo modal ferroviário; • As estradas estão em péssimas condições de utilização, com exceção das do interior do estado de São Paulo; • A idade média da frota brasileira de caminhões gira em torno de 17 anos. Frota muito antiga e inoperante, chegando a faltar caminhões na época da safra; • Nas poucas ferrovias a velocidade é muito baixa (em torno de 25 km por hora), em razão da falta de investimentos em composições ferroviárias, trilhos e pelo tráfego em áreas urbanas; • Baixa capacidade operacional dos portos. Necessidade de manutenção e dragagem; • Pouca utilização do transporte hidroviário, mesmo com a nossa riqueza hidrográfica; • Poucos profissionais com competência para fazer a gestão de Logística nas empresas; • Baixo investimento de tecnologia de informações para viabilizar sistemas dinâmicos de relacionamentos entre fornecedores, prestadores de serviços logísticos e clientes. (DIAS, 2006, p. 1).

Vê-se, portanto, que as mudanças são muitas e as dificuldades também. No entanto, o caminho já foi estabelecido. Para as empresas brasileiras, ainda há muito espaço a conquistar. Resta continuar trabalhando na busca por maior produtividade e melhores serviços, que levarão a uma maior competitividade.

1.3 LOGÍSTICA INTEGRADA Para uma melhor compreensão do significado de Logística Integrada é preciso destacar que a mesma está diretamente ligada ao gerenciamento do fluxo de materiais, informações e serviços. Desta forma, quando as operações logísticas estão integradas e são consideradas uma competência-chave, elas podem servir como base para a obtenção de vantagens estratégicas. É por isso que um desempenho integrado produz melhores resultados do que funções gerenciadas

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individualmente, sem coordenação entre si. Esta integração é à base de existência da Logística e gera ciclos de atividades que devem ser trabalhadas de modo coeso, a fim de que produza valores que expressem satisfação para os clientes. A interação dentro da Logística está diretamente ligada ao entendimento de que, segundo argumenta BALLOU (2001), uma empresa geralmente não está habilitada a controlar seu fluxo de produto inteiro no canal, desde as fontes de matéria-prima até o ponto final de consumo, embora esta seja uma oportunidade emergente. Normalmente, o máximo controle gerencial que pode ser esperado está sobre o suprimento físico imediato e sobre os canais de distribuição física. O canal de suprimento físico refere-se ao hiato de tempo e espaço entre as fontes de material imediato de uma empresa e seus pontos de processamento. Da mesma maneira, o canal de distribuição física refere-se ao hiato de tempo e espaço entre os pontos de processamento da empresa e seus clientes. Devido às similaridades nas atividades entre os dois canais, o suprimento físico e a distribuição física compreendem as atividades que estão integradas na Logística empresarial. (BALLOU, 2001, p. 22).

É preciso que haja, em qualquer empresa, o planejamento adequado, a fim de que o diferencial logístico seja alcançado. Isto, todavia, somente irá acontecer quando as atividades das várias áreas estiverem acontecendo de forma coordenada, isto é, harmoniosamente. O que se pode perceber é que um dos maiores desafios para qualquer executivo da área de Logística é exatamente coordenar os trabalhos dessas áreas funcionais de modo integrado e com o foco bem direcionado para o real e pleno atendimento das necessidades dos clientes, os quais estão no final da cadeia de suprimento e é a razão de todo este esforço integrado. Portanto o trabalho da Logística Integrada deve ser encarado como a procura de respostas para as perguntas sobre o quê, sobre o quando e sobre o como se desenvolve a Logística. Estas perguntas devem se desenvolver, basicamente, em três níveis, os quais são: nível estratégico, tático e operacional (BALLOU, 2003). A diferença primordial entre estes níveis de planejamento está no momento em que cada um ocorre. Então, se o planejamento estratégico é estruturado para longo prazo, o planejamento tático possui um foco em resultados intermediários. O planejamento operacional, por sua vez, é admitido como algo que se estrutura em curto espaço de tempo, com posicionamentos dia a dia. Assim, a principal preocupação de tudo isso é o modo através do qual o produto será encaminhado, de forma eficiente e rápida, através da estrutura Logística planejada. Na figura 1 abaixo são postos exemplos de processos de decisões e os

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recursos logísticos.

Figura 1: Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. Fonte: Adaptado por BALLOU, R. Logística Empresarial, p. 53.

Todas as empresas fazem alguma atividade Logística para os clientes (estocam, trocam informações com clientes, transportam, movimentam cargas). Uma empresa pode ter um ótimo produto, um bom preço, uma boa propaganda, mas ela entrega mais rápido que os seus concorrentes, ou informa melhor que ninguém onde estão seus produtos antes de chegar ao cliente. Esse posicionamento estratégico com foco de excelência na Logística torna-se, aos olhos dos clientes, a fonte de excelência da empresa, o que alguns autores chamam de competência central. Assim, o objetivo da Logística está em criar valor para o cliente ao menor custo possível. O grande desafio aqui está em equilibrar as expectativas de serviços que o cliente espera com os gastos da empresa prestadora de modo a alcançar os objetivos do negócio. Na maioria das situações, o impacto de uma falha Logística sobre o custo-benefício está diretamente relacionado com a importância da execução do serviço para o cliente envolvido. Quanto maior for o impacto da falha do serviço sobre o cliente, maior será a prioridade dada ao desempenho logístico. Esse é um pilar essencial no raciocínio das atividades da Logística. Segundo BOWERSOX; CLOSS (2001) esse nível de serviço dado ao cliente é

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medido em termos de disponibilidade, desempenho operacional e confiabilidade do serviço. É às custas, então, desta Logística Integrada que se considera normalmente o trabalho com a noção de custos totais, e não apenas levando em conta os custos unitários das operações. Assim é que o custo total é compreendido como o custo que inclui todos os gastos necessários para executar as exigências logísticas. E é dessa soma de todos os custos incorporados na operação Logística em comparação com o benefício esperado pelo cliente que deve ser levado em conta na decisão envolvendo atividades logísticas.

1.4 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Como o gerenciamento da Cadeia de Suprimentos exige uma preocupação considerável por parte dos responsáveis pela mesma, vale ressaltar que sua compreensão clara se faz necessária. Desta forma, tal gerenciamento deve ser compreendido como a gestão e a coordenação dos fluxos de informações e materiais entre a fonte e os usuários como um sistema, de forma integrada (BALLOU, 1993). A relação entre cada uma das fases existentes no processo, à proporção que os produtos e materiais se encaminham rumo ao seu destino – o consumidor – sua composição baseia-se em uma postura de busca da qualidade total. Isto significa dizer que a o serviço ao cliente deve ser muito otimizado, enquanto visa-se também a redução dos custos para o fluxo logístico. A finalidade de toda a Cadeia de Suprimentos é, portanto, a maximização do valor global gerado (CHOPRA; MEINDL, 2003). Sendo assim, a importância originada pela Cadeia de Suprimentos é exatamente a distinção que surge entre o valor do produto final para o cliente e o desempenho que a Cadeia de Suprimento faz para realizar a sua vontade, confirmando o produto solicitado. Pode-se observar na figura 2 a seguir como o gerenciamento da Cadeia de Suprimentos funciona.

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Figura 2: Gestão das partes da cadeia de suprimentos. Fonte: ARAÚJO, 2002, p. 33

Para que ocorra um correto desenvolvimento da Cadeia se faz necessário desenvolver equipes centradas estrategicamente em determinada classe de clientes, o que gera um entendimento comum sobre características de produtos e serviços, a fim de torná-los atrativos para aquela classe de clientes. Outro fator considerável é o fornecimento de um ponto comum para relação com todos os clientes, atendendo de forma eficiente a suas consultas e requisições. Faz-se necessário também atender aos pedidos dos clientes sem erros e dentro do prazo de entrega combinado, dessa forma é possível aperfeiçoar o atendimento, bem como desenvolver sistemas flexíveis de produção, que estejam aptos a atender com dinamismo às transformações nas condições do mercado. Portanto, o gerenciamento da Cadeia de Suprimentos precisa ser tratada como uma atividade importante, porém complexa, tendo em vista seu interesse por uma maior integração das atividades das organizações, bem como além da estruturação de relações de confiança e de longa duração com clientes e fornecedores. E isto não é fácil! Vale ainda ressaltar que tudo isso deve ser permeado por sistemas de informações que ofereçam apoio sólido e dêem suporte ao procedimento, a fim de que, desse modo, a organização consiga agregar ao produto acabado valor

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perceptível aos consumidores finais.

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2 PRODUÇÃO

2.1 EVOLUÇÃO DA NECESSIDADE E DA PRODUÇÃO Antes mesmos da existência do homem os caminhos já estavam formados pelas manadas de animais. Os trajetos destinavam das águas as montanhas, variavam de acordo com as necessidades básicas para o desenvolvimento da vida de cada espécie existente. Os dominantes emergiam poderes de perseguição e os dominados as estratégias de sobrevivência e a vida não só dependia da sorte, mas da ação de cada líder de bando, que variavam de acordo com ambiente e da força de sustentabilidade do grupo, assim cada bando aumentava a possibilidade de jazigo nas conquistas territoriais. Quando surge o homem, mesmo não sendo o maior em espécie e número, nem tampouco em força, entretanto com a maior adoção em raciocínio que lhe garante um diferencial atributo que o torna no maior predominante entre os animais. O homem nascente já era atribuído das guardas de seus pertences mesmo sendo ele nômade como os demais animais. Era usuário do mesmo caminho e trilhava com suas cargas até o ambiente onde se sentia seguro e saciado das suas necessidades e quando a escassez chegava, partiam em tribos a outros ambientes, em buscas de novas conquistas e assim lhe garantindo a soberana vivência da espécie. Com as adaptações de armas e ferramentas se aventurava com suas tralhas as conquistas e aos poucos se tornou detentor de grande adiáforo de sobrevivência. A necessidade foi o ponto inicial para o homem inventar e fabricar suas ferramentas e utensílios. Esta busca foi primordial para superar os obstáculos e aos poucos acumular pertences. A troca de bens fundamentou o desejo em possuir algo a invés de outro, originando os negócios. A evolução do negócio conduziu a fabricação de produtos, o qual evoluiu de acordo com os desejos humanos estimulando as necessidades. Com o tempo a ocupação terrestre por colônias humanas desencadeou a escassez de recursos naturais e maximizou a necessidade. A onda crescente para

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ter seus desejos saciados, requer cada vez mais, de novas estratégias de sobrevivência e de negócios que vem a viabilizar caminhos que antes não foram trilados nem percorridos por nenhum outro, como um marco diferenciado que garante e viabiliza conceitos de produzir e negociar a favor da humanidade doravante. Destrate, que a evolução da produção de bens, teve inicio a modo artesanal intencionalmente a suprir as necessidades de campo de conquistas terrestre em combates por nações e poderes. Armaduras, arreios, ferraduras, coletes, lanças, chuchus e escudos foram os principais produtos fabricados, porém com as descobertas de novos continentes, as cordas de teares e as roupagens de algodão se associaram aos métodos de navegações, originando novas necessidades e passamos a um segundo momento histórico vivenciado pela Revolução Industrial. O mundo sofreu profundas e aceleradas transformações, tanto no campo econômico, como político e social. A busca pela perfeição do negócio, as mudanças realmente revolucionárias que descentralizam a autoridade, reduziram a hierarquia, também estimularam parcerias e privilegiam a qualidade com foco nos clientes consumidores. Ferramentas e tecnologias aplicadas foram fatores perseguidos ao longo dos anos por pensadores que buscavam a exeqüibilidade acima de tudo em seus planos de forma seqüencial e incremental, até atingir o estágio inicialmente visado. Após a Segunda Guerra Mundial a economia entrou em uma fase de crescimento, começou uma acelerada caminhada rumo à globalização. Desde então começaram a ser desenvolvidas novas técnicas de produção, com o objetivo de produzir mais e a custos mais baixos. O conceito de produtividade vem evoluindo juntamente com as mudanças na economia. Taylor deu inicio as primeiras técnicas de aumento da produtividade, a partir de então novas técnicas foram introduzidas, como é o caso da produção em massa ou escala desenvolvida por Henri Ford na década de 10 que consistia em produzir em grande escala um mesmo produto. O método de produção em massa aumentou muito a produção dos produtos acabados, além da diminuição dos custos, em relação aos produtos artesanalmente fabricados, com um relativo ganho na qualidade, pois a introdução de maquinários alavancou a produção e padronizou os cortes que aperfeiçoou os encaixes das peças, entretanto o grande problema da produção em escala eram as inspeções, como a produção era em linha graduada

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ficava difícil mensurar em caso de defeito qual a quantidade de produtos defeituosos, afinal não tinha como mensurar onde começou e terminou o lote com defeito, devido à produção ser contínua, além dos gastos com os inspetores dos lotes, que agregava custos finais aos produtos. Com a evolução da filosofia de William Edwards Deming, consubstanciada nos quatorze pontos organizacionais e com o emprego dos métodos estatísticos de Walter Andrew Shewhart, bem como os fundamentos projetais de Joseph Moses Juran, de melhoria, controle e planejamento que tinha como foco o aumento da produção com qualidade nas fabricas a custos mais baixos, se definiu padrão de estratégia organizacional que determinava a eliminação de todos os itens que não agregassem valor ao produto, tais como: desperdício, tempo ocioso, troca de ferramentas, sujeiras e contaminações, lotes de produção, estoques em trânsito, defeitos, falhas e inspeções. Assim, se desenvolveu um método de controle de qualidade que ao invés de encontrar e eliminar as peças defeituosas buscava evitar que os defeitos ocorressem que culminou em um processo de produção em série e com qualidade. Ainda na década de 60 surgiu uma nova técnica produtiva, denomina produção enxuta. Com a ideologia de produção mais flexível dava aos trabalhadores oportunidade de inovar na produção, bem como escolher o melhor método de trabalho. A partir da produção enxuta começaram a ser produzidos produtos personalizados de acordo com a necessidade do cliente. Um dos problemas que têm acompanhado os administradores ao longo dos tempos é decidir sobre a quantidade a ser produzida. O conflito é evidente: produzir a mais gera custos desnecessários; produzir a menos gera custos não-atendimento, desgaste na imagem da empresa e perda de clientes. (MARTINS e LAUGENI, 2003, p.11).

Devido à procura por uma ferramenta que sanasse o problema quanto à quantidade a ser produzida foi implementado o conceito de Just in Time. O principal objetivo do Just in Time é diminuir a manutenção de estoque, ou seja, os suprimentos são recebidos a medida da necessidade para a produção. Boa parte desses preceitos focaliza o relacionamento entre clientes e fornecedores, internos e externos, de modo que se entenda o que o primeiro necessita do segundo, formando uma “corrente virtual” em direção ao consumidor final e acrescentando valor de diferentes naturezas ao produto ou serviço fornecido. (LEITE, 2003, p. 23-24)

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A partir desses métodos a importância do consumidor e sua satisfação cresceram perante a organização, e as empresas passaram a produzir de maneira a atender as necessidades dos clientes, os quais ficam cada vez mais exigentes e simultaneamente os produtos evoluem de acordo com as projeções dos desejos dessas demandas tornando mais customizados e mais variados em espécies. Para uma “[...] produção eficaz, devem-se usar eficientemente seus recursos e produzir bens e serviços de maneira que satisfaça a seus consumidores”. (SLACK 2009, p. 29). Assim esta evolução deve ser planejada para que se estabeleça uma interação entre a produção e a incubação dos desejos elaboradores das necessidades humanas. Provindo os anos da década de 90 veio à estabilidade econômica dos principais países em desenvolvimentos, de onde surgiu um novo modelo de mercado abrolhado na possibilidade de consumo da população, cujo acúleo foi o mercado globalizado, que direcionou os negócios para uma fronteira franqueada. Desse momento, passa a existir a necessidade de agregar diferencial competitivo nos produtos para garantir a sobrevivência nas intenções de consumo, destes novos usuários dos países emergentes. Das intenções de mercados se desenvolveram vários novos processos e metodologias expandidas através das tecnologias, que incidiram no aumento dos desejos isentando as necessidades que culminaram no aumento significativo do consumo da população, quão refletiu no avanço da produção. O mercado passou a exigir mais das empresas no tocante nível de qualidade, garantias, prazos de fornecimento e com isso se fez necessário a adequação de seus sistemas logísticos, desencadeando novas reflexões no modelo de gerenciar negócios. A partir da entrada de matéria prima no sistema de produção, nas estocagens e embalagens de produtos, tanto quanto nos depósitos e envios das encomendas que viabilizaram conceitos estratégicos com melhoria diferenciada aos clientes. O aumento da demanda desencadeou um crescimento nas variedades das ofertas de produtos e ao mesmo tempo a praticidade evolutiva dos produtos culminou com a redução do ciclo de vida mercadológico dos produtos.

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“O acelerado ímpeto de lançamentos de inovações no mercado cria um alto nível de obsolescência desses produtos e reduz seu ciclo de vida, com clara tendência à descartabilidade”. (LEITE 2003, p. 34-35) Diante desse aumento no consumo a quantidade de resíduos sólidos descartados cresceu significativamente. Provindo desse aumento na produção e conseqüentemente o descarte, surgiu em 2002 um novo conceito em Logística, denominado Logística Reversa ou Inversa.

2.2 OS IMPACTOS DOS AVANÇOS TECNOLÓGICOS PARA O AUMENTO DA PRODUTIVIDADE Os avanços tecnológicos foram fundamentais para o aumento da produtividade e para os rumos da economia mundial. “Sem dúvida, informação e conhecimento sempre foram elementos cruciais no crescimento da economia, e a evolução da tecnologia determinou em grande parte a capacidade produtiva da sociedade [...]”. (CASTELLS, 2007, p. 119) O avanço tecnológico tem sido ferramenta importante para usos gerenciais, acarretando ganhos de eficiência e produtividade nas organizações. “O avanço da Tecnologia da Informação (TI) nos últimos anos vem permitindo às empresas executar operações que antes eram inimagináveis”. (FLEURY, 2000, p. 285). Pode-se afirmar que a tecnologia aumentou desordenadamente a inserção de produtos no mercado. [...] de fato, revoluções no sentido de que um grande aumento repentino e inesperado de aplicações tecnológicas transformou os processos dos países de produção e distribuição, criou uma enxurrada de novos produtos e mudou de maneira decisiva a localização das riquezas e do poder do mundo, que, de repente, ficaram ao alcance dos países e elites capazes de comandar o novo sistema tecnológico. (CASTELLS, 1999, p. 53).

Os avanços tecnológicos são de extrema importância no que tange aumento de competitividade e produtividade nas organizações, pois além de maquinários altamente modernos e sofisticados fornecem ainda informações precisas em tempo real.

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Gerentes de produção não precisam ser especialistas na tecnologia que estão gerenciando, mas devem ser capazes de entender o suficiente sobre a tecnologia para definir seu propósito, a forma pela qual ela vai desempenhar sua função, os benefícios de usar a tecnologia em sua operação e as limitações que o uso da tecnologia pode colocar na operação. (SLACK, 2009, p. 197).

Logo se faz necessário que os gerentes avaliem os reais benefícios da tecnologia dentro da organização, bem como a conheçam a fundo. A Tecnologia da Informação deve ser vista não apenas como uma ferramenta para a automatização ou desenho de processos, mas, principalmente, como uma ferramenta que pode auxiliar na reformulação do modo como o negócio opera, na redução do tempo de resposta, num melhor balanceamento de recursos e na redução de custos. (FURLAN, 1994, p. 36-37).

Subentende da contextualização que as inovações tecnológicas têm definido as

formas

de

gestão,

produção,

inovação

e

comercialização.

Além

do

processamento de informações a tecnologia possibilitou uma nova geração de equipamentos e a custos mais baixos. Slack (2009, p. 179) define a tecnologia de processos como sendo as “[...] máquinas, equipamentos e dispositivos que ajudam a produção a transformar materiais e informações e consumidores de forma a agregar valor e atingir os objetivos estratégicos da produção”. Diante dessa afirmação fica explicito que a tecnologia traz retornos significativos a organização. Os investigadores acreditam que o crescimento da produtividade, naquele período, está associado a três processos, todos eles condições necessárias para que o crescimento da produtividade aconteça: geração e difusão de novas tecnologias microeletrônicas/digitais de comunicação e informação, com base em investigação científica e inovação tecnológica; transformação do trabalho, com o crescimento de trabalho altamente qualificado, autônomo, capaz de inovar e de se adaptar a mudanças globais constantes e à economia local; difusão de uma nova forma de organização em torno de rede. [...]“Só quando estas três condições se cumprem numa empresa, num sector, numa região ou num país, é que a produtividade aumenta substancialmente, e só quando isto acontece é que é possível sustentar a competitividade em longo prazo”. (CASTELLS, 2005, p. 21).

Além dos benefícios com relação à competitividade, os avanços tecnológicos têm gerado impactos a sociedade e ao meio ambiente. Pois possibilita produção cada vez mais crescente e a preços mais acessíveis e isso tem crescido a demanda por novas tecnologias e, por conseguinte diminuído o ciclo de vida mercadológico dos produtos.

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3 O AVANÇO TECNOLÓGICO

3.1 IMPACTOS DO AVANÇO TECNOLÓGICO De acordo com ROBINS (2002, p. 7-8) A historia humana pode ser dividida em ondas. A primeira foi à agricultura, que prevaleceu até o fim do século XX.

A

segunda foi à industrialização, onde a maioria dos países desenvolvidos passou de sociedades agrárias para sociedades baseadas em maquinas que foi do final do século XIX até os anos 1960. A terceira onda foi à informação, que chegou nos anos 1970, é voltada para os trabalhadores do conhecimento. Os trabalhos são projetados em torno da aquisição e da aplicação de informações. A Tecnologia tem nos proporcionado facilidades em nossas atividades rotineiras, melhores condições de vida e melhorias ao acesso da informação e entretenimento. Além de facilidades quanto às atividades cotidianas, a tecnologia propicia a otimização das atividades nas organizações. MIRANDA (1999, p.285) define informação como sendo "dados organizados de modo significativo, sendo subsídio útil à tomada de decisão". Os integrantes das organizações necessitam de informações, dados e conhecimento para o desenvolvimento das demandas de tarefas diárias, bem como para traçarem suas possíveis estratégias, e para tanto é necessário a precisão nas informações. Os avanços tecnológicos foram de importância imprescindível para as organizações, no que tange redução de custos, produtividade, qualidade, flexibilidade e inovação. E continua sendo de grande importância para o alcance dos objetivos estratégicos e o desafio de criar novos produtos, serviços, processos e sistemas gerenciais. A economia também sofreu grandes transformações com os avanços tecnológicos, pois as operações de uma organização passaram a ser feitas além das fronteiras nacionais. “Para abrir novos mercados, conectando valiosos segmentos de mercado de cada país a uma rede global, o capital necessitou de extrema mobilidade, e as

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empresas precisaram de uma capacidade de informação extremamente maior” (CASTELLS, 2007, p. 138). E com isso o cliente passou a ter uma gama de produtos e serviços ofertados, o que os tornou mais inconstantes e exigentes, o que tem desencadeado novos comportamentos de compras e encurtado a vida útil dos produtos. Um exemplo prático de inovação são os aparelhos celulares com TV, surgiu MP6, MP7, MP15 e assim sucessivamente, e os consumidores tem respondido a essas inovações, consumindo esses produtos na medida que são lançados no mercado. “A vida útil de um bem é entendida como o tempo decorrido desde a sua produção original até o momento em que o primeiro possuidor se desembaraça dele”. (LEITE, 2003, p. 34). As inovações tecnológicas têm sido constantes principalmente com produtos de informática, sendo assim a vida média de um produto de informática passa a ser muito curta, pois os produtos tornam-se ultrapassados em pouquíssimo tempo de uso, afinal os produtos estão chegando ao mercado cada vez mais rápido e com as mais diversas funções e isso aguça a curiosidade dos consumidores por produtos cada vez mais modernos. “Eletrodomésticos, automóveis, computadores, embalagens e equipamentos de telecomunicações, entre outros, tem seu custo reduzido e uma obsolescência acelerada, gerando produtos de ciclos de vida cada vez mais curtos”. (LEITE, 2003, p. 35). Isso ocorre devido à grande oferta de novos produtos e variedades no mercado. O desenvolvimento acelerado de programas de computador, equipamentos eletrônicos e meios de comunicação voltados à informação tem proporcionado oportunidades de aumento de produtividade empresarial, tanto operacional como administrativa, bem como melhoria de qualidade na prestação de serviços, por meio da digitalização, automação, teletrabalho, inteligência artificial e realidade virtual. ( PHILIPPI, 2005, p. 170).

Essa crescente demanda por novas tecnologias gera-se estímulo para produção dos mais variados produtos. Segundo CASTELLS (2005, p.17) “A sociedade é que dá forma à tecnologia de acordo com as necessidades, valores e interesses das pessoas que utilizam as tecnologias”.

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Essa grande oferta de produtos tecnológicos além da necessidade acentua o senso consumista da população e faz com que os produtos tornem-se ineficientes mais rapidamente. Contudo esse consumo inconsciente vem gerando acúmulo de lixo eletrônico, e toda essa sucata eletrônica normalmente não recebem tratamento final adequando, e acabam sendo depositados no meio ambiente. No momento da aquisição de um novo produto, antes mesmo da sua utilização já são descartados vários componentes no ambiente. Devido à fragilidade de alguns produtos, bem como o intuito de proteção dos mesmos ao saírem da fabrica até o consumidor final, os produtos são revestidos de isopor, plásticos isolantes, papel, além da caixa. Todos esses materiais são descartados no ambiente antes mesmo da utilização do novo produto. Ainda relevante na geração de lixo é a “obsolescência programada”, que consiste em programar os produtos para ficarem obsoletos mais rapidamente. Em resumo a obsolescência programada é o ato de a indústria produzir bens de consumo com vida útil mais curta possível. Quando é lançado um produto no mercado a indústria já esta trabalhando em outro e essa é uma forma de forçar o consumidor a acompanhar esse ciclo produtivo acelerado adquirindo um produto novo.

E essa diminuição na duração de um bem ou produto faz com que o

consumidor acredite que os novos lançamentos são de qualidade superior aos anteriores. Assim sendo além dos avanços tecnológico que tem alavancado as vendas lançando novos produtos em grande velocidade e aumentado significativamente o consumo, a “obsolescência programada” tem sido grande aliada para a geração de grandes quantidades de lixo. Outro fator relevante para a geração de lixo eletrônico é o e-commerce, ou seja, o comércio eletrônico. Como não existe contato entre produto e cliente, o nível de devolução é relativamente maior que no comercio tradicional. O comércio eletrônico entre empresa e o consumidor final apresenta as mesmas características do comercio de vendas por catálogo. Ambos pertencem ao setor denominado ‘canal direto de vendas’, ou seja, um nível de devoluções por não-conformidade às expectativas do consumidor na ordem de 25 a 30% em relação ao total das vendas [...]. (LEITE, 2003, p.10).

O e-commerce tem colaborado muito para o aumento do descarte de resíduos sólidos, pois antes os produtos eram apenas expostos em lojas físicas e hoje é

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possível adquiri-los pela internet e receber em casa com toda comodidade. O fato é que em loja física existe contato entre fornecedor, consumidor e produto. Já no comércio eletrônico não existe contato físico com o produto o que gera muito mais devoluções de mercadoria do que no comércio tradicional. Dependendo do estado de conservação, alguns produtos ao fim de sua vida útil poderiam ser reciclados e assim retornarem ao processo produtivo como insumo. A reinserção desses produtos novamente no ciclo produtivo reduz custos e tempo de produção. Além de benefícios econômicos essa reinserção acarreta ainda benefícios ambientais. Contudo os resíduos eletrônicos têm sido encontrados em ruas, rios, entre outros, e essa realidade têm aumentado a consciência ecológica do consumidor, o que tem resultado em novos comportamentos de compras. A conscientização da sociedade para as questões ambientais tem sido despertada pela ocorrência de alguns desastres ecológicos que deixaram marcas, muitas vezes ainda invisíveis e até permanentes, em sistemas em todo o mundo. (VALLE e LAGE 2003, p. 9).

A figura 3 abaixo demonstra de forma clara e dinâmica o caminho que o lixo tecnológico/eletrônico percorre entre a casa do consumidor e o destino final, com ou sem o descarte adequado.

Figura 3: Caminho reverso do lixo eletrônico. Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/lei-equipamento-eletroeletronico-ongorganizacao-nao-governamental-eletrodomestico-aterro-sanitario-550477.shtml

Os novos clientes estão mais sensíveis quanto às questões ambientais, com isso eles buscam mais que preço e qualidade, é necessário algo que agregue valor

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perceptível, e a postura de empresa ecologicamente correta atrai a preferência dos consumidores. [...] um aspecto diz respeito ao aumento da consciência ecológica dos consumidores, que esperam que as empresas reduzam os impactos negativos de sua atividade ao meio ambiente. Isso tem gerado ações por parte de algumas empresas que visam comunicar ao público uma imagem institucional “ecologicamente correta”. (LACERDA, 2009).

Além do acúmulo de lixo que o descarte de resíduos sólidos gera no ambiente,

existem ainda problemas muito

mais

graves

relacionados aos

componentes tóxicos que existem nesses equipamentos, muitas vezes nocivos a saúde humana e ao meio ambiente.

3.2 CONSEQÜÊNCIAS DO LIXO TECNOLÓGICO PARA SAÚDE HUMANA E O MEIO AMBIENTE Os produtos de informática têm tantos elementos preciosos quando perigosos, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Leasing (ABEL) há preciosidades como ouro e prata nos circuitos eletrônicos, mais o campeão em toxidade é o monitor que possui alto volume de metais pesados. Esses metais pesados encontrados nos produtos eletrônicos, quando jogados em grandes lixões causam danos tanto a saúde humana, quanto as espécies animais e ao meio ambiente. [...] bens e materiais residuais [...] caso não seja devidamente ‘controlada’ gerara impactos ambientais, seja pela liberação de constituintes nocivos à vida, seja pelo acúmulo desses resíduos, originando indiretamente poluição. Algumas pilhas usadas em aparelhos eletrônicos contêm chumbo, cádmio, mercúrio e outros metais pesados que, quando liberados em certas condições de concentração, oferecem riscos à saúde humana [...].LEITE, 2003, p. 41).

Um dos principais impactos do lixo tecnológico para o meio ambiente e saúde humana, é a quantidade extensiva de substâncias perigosas em sua composição. Quando jogadas no ambiente as substâncias químicas encontradas nos eletrônicos, como chumbo, cádmio, mercúrio, cobre, arsênio e outros, que ao chover penetram no solo ocasionando contaminação de plantas e animais, e ao ingerir tais alimentos

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os seres humanos podem ser contaminados, além da pulverização de gases na atmosfera que acentuam o buraco na camada de ozônio que causam entre outros, câncer de pele e problemas de visão. A contaminação dos recursos hídricos pode ser melhor ilustrada na figura 4 abaixo:

Figura 4: Contaminação dos Recursos hídricos Fonte:< http://seixomirense.blogspot.com/2009_12_01_archive.html>

Kevin Bridgen, da unidade de ciência do Greenpeace afirma que “Muitos dos elementos químicos encontrados são tóxicos e podem afetar o desenvolvimento do sistema reprodutor de crianças, além de interferir no desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso”. Muito se tem discutido que as substâncias tóxicas encontrados em computadores e celulares são muitas vezes nocivas a saúde humana. Abaixo algumas substâncias que podem ser encontradas em componentes eletrônicos e seus prejuízos a saúde humana. Chumbo: Prejudicial ao cérebro e sistemas nervosos central e periférico dos seres humanos, além de efeitos negativos no sistema circulatório, digestivo, reprodutor e nos rins. Cádmio: É um agente cancerígeno. Seus componentes são classificados como tóxicos e com risco de efeitos irreversíveis a saúde humana. O cádmio e os

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compostos de cádmio acumulam-se no corpo humano, especialmente nos rins, podendo vir a deteriorá-los, com o tempo. O cádmio é absorvido por meio da respiração, mas também pode ser ingerido nos alimentos. Mercúrio: O mercúrio inorgânico disperso na água é transformado em metilmercúrio nos sedimentos depositados no fundo. O metilmercúrio acumula-se facilmente nos organismos vivos e concentra-se através da cadeia alimentar pela via dos peixes. O metilmercúrio provoca problemas de estômago, distúrbios renais e neurológicos, alterações genéticas e no metabolismo. Níquel: Causa irritação nos pulmões, bronquite crônica, reações alérgicas, ataques asmáticos e problema no fígado e no sangue. Zinco: Produz secura na garganta, tosse, fraqueza, dor generalizada, arrepios, febre, náusea e vômito. Manganês: Causa anemia, dores abdominais, vômito, seborréia, impotência, tremor nas mãos e perturbações emocionais. Cloreto de Amônia: Acumula-se no organismo e provoca asfixia. Arsênico: Causa doenças de pele, prejudica o sistema nervoso e pode causar câncer no pulmão. Berílio: Causa câncer no pulmão. Retardantes de chamas (BRT): Causam desordens hormonais, nervosas e reprodutivas. PVC: Se queimado e inalado, pode causar problemas respiratórios. [...] o tratamento inadequado do lixo, tanto pela população que o joga irresponsavelmente em qualquer lugar, quanto pelas agências públicas, que raramente dispõem de sistemas de tratamento adequado, transforma as cidades em um campo minado [...]. (VIOLA et al. 1987, p. 83).

Devido aos componentes altamente tóxicos encontrados nos eletrônicos eles não podem ser descartados em lixo comum, nem em lixões, ou aterros sanitários como resíduos urbanos comuns e nem podem ser incinerados. “A incineração do lixo produzido nas cidades tem sido contestada em diversas comunidades pelos efeitos da emanação de gases” (LEITE 2003, p. 23). Essa emanação de gases contribui para a intensificação do efeito estufa e liberam ozônio em baixas altitudes, provocando sérios danos à saúde humana.

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De acordo com estudos do IBGE divulgados no ano de 2010 aproximadamente 64% dos municípios depositam seus resíduos em lixões a céu aberto e sem nenhum tratamento, sendo que em torno de 14% somente, possuem aterros sanitários. Segundo LEITE (2003, p. 20) “Um dos mais graves problemas ambientais urbanos da atualidade é a dificuldade de disposição do lixo urbano”. O lixo eletrônico antes era um problema dos países desenvolvidos, hoje com a evolução acelerada da tecnologia, como se desfazer de toda essa sucata eletrônica produzida passou a ser um problema do mundo inteiro. Partindo dessa compreensão pode-se afirmar que a destinação final inadequada dos resíduos eletrônicos, causa perturbações no ecossistema, acarretando assim contaminação das águas, solo e lençóis freáticos e a proliferação de vetores de doenças. O desenvolvimento econômico e o bem-estar do ser humano dependem dos recursos da Terra. O desenvolvimento sustentável é simplesmente impossível se for permitido que a degradação ambiental continue. O desenvolvimento econômico e o cuidado com o meio ambiente são compatíveis, interdependentes e necessários. O desenvolvimento econômico podem e devem coexistir com um meio saudável. (DIAS, 2003 p. 226).

O desenvolvimento econômico é importante e necessário, mais ele deve caminhar lado a lado com a sustentabilidade, para que não haja conflito entre crescimento econômico e qualidade de vida. “Condições tecnológicas, industriais e formas de organização e gestões econômicas da sociedade estão em conflito com a qualidade de vida” (MORATO LEITE, 2003, p. 21). Diante

do

problema

exposto,

provindo

do

avanço

tecnológico

e

conseqüentemente do consumo inconsciente da população surgiu a necessidade de modernizar todo o sistema logístico.

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4

MODERNIZAÇÃO DA LOGISTICA

4.1 LOGÍSTICA REVERSA A crescente demanda e oferta de novas tecnologias que desencadearam o consumo inconsciente da população e, por conseguinte a redução do ciclo de vida mercadológico dos produtos e conseqüentemente o aumento das quantidades de materiais descartados pela sociedade, tem se tornado um grande problema para o meio ambiente, a sociedade e para as organizações. Essa realidade do alto índice de descartabilidade de resíduos sólidos acabou despertando a sensibilidade ecológica dos consumidores, visto que a população passou a presenciar os ímpetos causados pela destinação final inadequada desses resíduos, bem como os desastres ecológicos. A partir de tais problemas gerados, viu-se a necessidade de modernizar o sistema logístico. A partir dessa necessidade surgiu um novo conceito em logística denominado a logística reversa, com a proposta de revalorização dos produtos obsoletos. Logística reversa: em uma perspectiva de logística de negócios, o termo refere-se ao papel da logística no retorno de produtos, redução na fonte, reciclagem, substituição de materiais, reuso de materiais, disposição de resíduos, reforma, reparação e remanufatura [...]. (STOCK, 1998, apud LEITE, 2003, p.15).

Conforme contextualizado a logística reversa consiste em agregar valor a um bem após o fim de sua vida útil, reintegrando-o novamente ao ciclo produtivo. Os conceitos de logística reversa evoluíram ao longo do tempo e hoje é definida por como sendo, [...] a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômicos, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros. (LEITE, 2003, p. 16-17).

Diante da definição de Leite pode-se afirmar que além dos ganhos financeiros e logísticos que a logística reversa proporciona, existem também os ganhos

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referentes à imagem institucional, já que a postura de empresa ecologicamente correta atrai a preferência dos clientes. A Figura 5 a seguir, representa o processo logístico reverso de forma simples e dinâmica, como sendo o processo de planejar, executar e controlar o fluxo de matérias-primas, estoque em seguimento e produtos acabados, tendo como objetivo a aquisição de um novo valor ou a realização de um descarte adequado.

Figura 5: Representação esquemática dos processos logísticos diretos e reversos. Fonte: LACERDA (2009). Disponível em: http://www.sargas.com.br/site/artigos_pdf/artigo_logistica_reversa_leonardo_lacerda.pdf.

Então pode-se afirmar que as matérias reaproveitadas deste processo logístico reverso, retornam ao processo tradicional de suprimentos, produção e distribuição. A distribuição no sistema logístico além de favorecer a comunidade onde está inserida, a sociedade e o meio ambiente, beneficia ainda a redução dos custos globais, pois é possível ter uma boa economia com base no reaproveitamento de materiais, além de ser ainda um diferencial competitivo numa economia globalizada.

4.2 CANAL DE DISTRIBUIÇÃO REVERSO DE PÓS-VENDA

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Os bens de pós-venda são taxados como os bens devolvidos com pouco ou nenhum uso. [...] a Logística reversa de pós-venda é a área de atuação que se ocupa do planejamento, operacionalização e controle do fluxo físico e das informações logísticas correspondentes de bens de pós-venda, com ou sem uso, os quais por diferentes motivos retornam aos diferentes elos da cadeia de distribuição direta que se constituem de uma parte dos canais reversos pelos quais fluem esses produtos. (LEITE, 2003, p. 206).

Pode-se afirmar que a logística reversa de pós-venda é uma importante ferramenta com relação a aumento de competitividade no mercado e diferenciação no nível de serviço ao cliente. Seu objetivo estratégico é agregar valor a um produto logístico devolvido por razões comerciais, erros no processamento dos pedidos, garantia dada pelo fabricante, defeitos ou falhas de funcionamento do produto, avarias no transporte, entre outros. Esse fluxo de retorno se estabelecerá entre os diversos elos da cadeia de distribuição direta, dependendo do objetivo estratégico ou do motivo de retorno. (LEITE, 2003, p. 206).

Outro motivo de retorno de bens de pós-venda é o termino da validade, ou problemas apresentados após a venda, chamados de recall. Vale ressaltar que um recall em produtos serve para aprimorar, avaliar e principalmente para inspecionar a qualidade dos produtos para que não apresentem novos erros. De acordo com LEITE (2003), um dos principais canais reversos de pósvenda é o e-commerce, pois devido à falta de contato entre cliente e produto o número de devoluções é relativamente maior. O nível de devoluções por nãoconformidades às expectativas do cliente da ordem de 25 a 30% em relação ao volume de vendas. A partir das conjunções apresentadas, pode-se afirmar que o canal reverso de pós-venda tem por objetivo, viabilizar operacionalmente o retorno de produtos ao ciclo produtivo, agregando valor aos mesmos. A logística reversa de pós-venda trata do retorno dos produtos de pós-venda por motivos de “Garantia/Qualidade”, “Comerciais” e de “Substituição de Componentes”. Pode-se rotular como devoluções por “Garantia/Qualidade”, os produtos devolvidos por motivo de defeitos de fabricação ou de funcionamento, quando do retorno desses produtos eles podem ser submetidos a consertos ou reformas e assim voltam novamente ao mercado com valor comercial.

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São classificados como “Comerciais”, os produtos devolvidos por motivo de erros de expedição, pontas de estoque, erros de processamento de dados, validade, etc., Na classificação “Substituição de Componentes”, categoriza-se os bens duráveis e semiduráveis, que tem seus elementos submetidos a manutenções e consertos ao longo de sua vida útil, e são reparados, assim recebem destinação final adequada, quer seja retornar ao mercado, reciclagem ou descarte. Abaixo a figura 6 representando o fluxo logístico de pós- venda.

Figura 6: Fluxo reverso de pós-venda. Fonte: LEITE (2003) Disponível_em:

4.3 CANAL DE DISTRIBUIÇÃO REVERSO DE PÓS-CONSUMO

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A vida de um produto não termina na sua entrega para o cliente. [...] Um produto ou material torna-se bem de pós-consumo quando sua vida útil é encerrada e, mesmo assim, ainda podem retornar ao ciclo produtivo, ou serem enviados a destinos tradicionais, como a incineração ou os aterros sanitários. (LEITE, 2003, p. 34).

Quando os produtos tornam-se obsoletos eles devem retornar ao seu ponto de origem para serem reaproveitados ou descartados de maneira adequada. “Os bens industriais apresentam ciclos de vida útil de algumas semanas ou muitos anos, após o que são descartados pela sociedade, de diferentes maneiras, constituindo os produtos de pós-consumo e os resíduos sólidos em geral”. (LEITE 2003, p. 6). A logística reversa de pós-consumo trata de agregar valor econômico, ecológico e logístico aos produtos de pós-consumo ou seus elementos constituintes, em condições uso, fim de vida útil e resíduos industriais. Estes bens e resíduos industriais de pós-consumo, podem ser encaminhados para disposições finais seguras ou inseguras, do ponto de vista ambiental. As disposições finais, tradicionalmente consideradas seguras, são os aterros sanitários e a incineração, sendo as demais formas consideradas inseguras, por acarretarem poluição ambiental. (FULLER e ALLEN, 1995, p. 244).

O descarte dos produtos ao fim de sua vida útil é que dá origem ao processo de logística reversa. “O foco de atuação da logística reversa envolve a reintrodução dos produtos ou materiais a cadeia de valor através do ciclo produtivo ou de negócios e, portanto, um produto só é descartado em último caso”. (CHAVES e MARTINS, 2005, p. 3). Os

produtos

de

pós-consumo

descartáveis

em

condições

logísticas,

tecnológicas e econômicas, retornam ao ciclo produtivo pelo canal reverso de “reciclagem industrial” como matéria prima secundária. Caso os bens de pósconsumo não tenham as condições descritas às mesmas terão destinação final adequada. Na figura 7 abaixo representação de LEITE (2003) do fluxo logístico de pósconsumo.

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Figura 7: Fluxo logístico de pós-consumo. Fonte: LEITE (2003) Disponível_em:

4.4 FATORES DETERMINANTES DA LOGÍSTICA REVERSA

Existem vários fatores que podem ser considerados como determinantes da logística reversa além da competitividade, que são os fatores econômicos, ecológicos, legislativos, logísticos e tecnológicos. Esses fatores são abordados por LEITE (2003) como os fatores que interferem na organização e estruturação e, em conseqüência, no equilíbrio entre as quantidades de bens de pós-consumo que são descartadas e as que são reintegradas ao ciclo produtivo e que justificam o grau de inserção da logística reversa na estratégia empresarial. A figura 8 abaixo apresenta os fatores de influência da logística reversa de pós-consumo.

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Figura 8: Fatores que influenciam na organização dos canais reversos de pós-consumo. Fonte: LEITE, 2003 p. 89

4.4.1 Fatores Econômicos A logística reversa proporciona benefícios econômicos para as organizações com base no reaproveitamento de materiais. O objetivo econômico da implementação da logística reversa de pós consumo pode ser entendido como a motivação para a obtenção de resultados financeiros por meio de economias obtidas nas operações industriais, principalmente pelo aproveitamento de matérias-primas secundárias, provenientes dos canais reversos de reciclagem, ou de revalorizações mercadológicas nos canais reversos de reuso e de remanufatura. (LEITE, 2003, p. 107).

Tais benefícios são possíveis, pois as matérias primas provenientes de produtos de pós-consumo são relativamente mais baratas para a produção de novos produtos. Portanto a reintegração desses materiais no ciclo produtivo traz retornos financeiros significativos para as organizações.

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4.4.2 Fatores Ecológicos A revalorização ecológica de um bem minimiza os impactos do mesmo ao meio ambiente. A revalorização ecológica de um bem em fim de vida é entendida como a eliminação ou a mitigação desse somatório de custos dos impactos no meio ambiente provocados pela ação nociva de produtos perigosos à vida humana ou pelos excessos desses bens. (LEITE, 2003, p.124).

Diante da crescente visibilidade dos desastres ecológicos provindos do descarte inadequado das sucatas eletrônicas, a sociedade tem ficado cada vez mais ecologicamente sensibilizada. Logo a imagem de empresa ecologicamente correta atrai a preferência dos consumidores. Essa preferência tem desencadeado novos comportamentos ecológicos por parte das empresas, que tem expressado a sua preocupação ambiental nas declarações de missões empresariais.

4.4.3 Fatores Legislativos Os fatores legislativos são um dos principais motivos das empresas estarem aderindo a logística reversa em suas operações. “Um dos principais fatores estratégicos da logística reversa é o crescente número de legislações ambientais que têm surgido em todo mundo”. (ROGERS E TIBBEN LEMBKE 1999, p. 26) Essas pressões legais têm impulsionado as empresas a agirem de maneira socialmente responsável. “Empresas fabricantes de produtos que de alguma maneira impactem negativamente o meio ambiente serão certamente afetadas por legislações restritivas de alguma natureza às suas operações [...]” (LEITE 2003, p. 153). No Brasil em 10 de março de 2010 foi aprovado o novo projeto de lei, que diz em seu artigo 1° que, Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluindo os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do Poder Público, e aos instrumentos econômicos aplicáveis. (Lei nº 203, de 1991).

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Com a intervenção governamental as empresas se vêem obrigadas a por em prática suas políticas ambientais e agir em conforme com o meio ambiente seja na hora de produzir ou de destinar adequadamente os produtos ao fim de sua vida útil.

4.4.4 Fatores Logísticos O fator logístico é de importância fundamental para a estruturação e organização dos canais reversos, pois aumenta o fluxo de informações e diminui o hiato do percurso a ser percorrido quando do retorno do produto de pós-consumo ao ciclo produtivo. Dizem respeito à existência de condições de organização, localização e sistemas de transporte entre os diversos elos da cadeia de distribuição reversa: fontes primárias de captação, centros de consolidação e adensamento de cargas dos materiais de pós-consumo, processadores intermediários, centros de processamento de reciclagem e usuários finais desses materiais reciclados. (LEITE, 2003, p. 92).

Conforme contextualizado o fator logístico influi diretamente no que tange origem e destino. Sendo que a logística proporciona viabilidade econômica à organização, pois possibilita acessibilidade dos produtos de pós-consumo no local certo e com quantidade necessária.

4.4.5 Fatores Tecnológicos Os fatores tecnológicos são de suma importância no processo logístico, pois são estes os responsáveis pela eficiência e precisão do processo. A existência de tecnologia adequada e economicamente viável, garantindo os processamentos logísticos e industriais nas diversas etapas dos canais reversos, é uma das condições básicas de estruturação e organização das cadeias reversas de produtos e materiais, influindo ou permitindo equilíbrio entre os fluxos reversos e diretos. (LEITE, 2003, p. 169).

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Conforme contextualizado a tecnologia tem papel fundamental no tratamento econômico dos resíduos sólidos no seu descarte. Sua importância vai desde a elaboração do projeto do produto até o seu retorno ao ciclo produtivo quando obsoleto.

4.5 UMA NOVA VISÃO SOBRE O RETORNO DOS PRODUTOS DE PÓS-CONSUMO AO CICLO PRODUTIVO Quando os produtos tornam-se obsoletos os mesmos devem retornar ao ciclo produtivo para reciclagem ou para compor um novo produto final e então ser lançado novamente no mercado, evitando danos ao meio ambiente e a sociedade. O retorno dos produtos de pós-consumo ao ciclo produtivo é definido por LEITE (2003) como, Portanto, a logística reversa, por meio de sistemas operacionais diferentes em cada categoria de fluxos reversos, objetiva tornar possível o retorno dos bens ou de seus materiais constituintes ao ciclo produtivo ou de negócios. Agrega valor econômico, ecológico, legal e de localização ao planejar as redes reversas e as respectivas informações e ao operacionalizar o fluxo desde a coleta dos bens de pós-consumo ou de pós-venda, por meio dos processamentos logísticos de consolidação, separação e seleção, até a reintegração ao ciclo. (LEITE, 2003, p. 17).

Conforme contextualizado os bens de consumo após o fim de sua vida útil retornam ao ciclo produtivo como matéria prima secundária, ou seja, como subproduto. Partindo dessa idéia pode-se afirmar que os produtos oriundos dessa matéria prima secundária já chegarão ao mercado com sua vida útil em decadência. DRUCKER (1995 apud BATALHA, 2001, p. 163) ainda afirma que a “logística é última fronteira gerencial que resta ser explorada para reduzir tempos e custos, melhorar o nível e a qualidade de serviços, agregar valores que diferenciem e fortaleçam a posição competitiva da empresa”. Com base nessa afirmação nota-se que a qualidade é uma característica imprescindível no processo logístico, ou seja, não basta que o produto de pósconsumo seja reciclado ou volte ao ciclo produtivo, o mais importante é que o produto final saia com qualidade, e dessa forma a vida útil do produto seja compatível com o tempo da necessidade do cliente final.

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“Um dos critérios-chave para um relacionamento duradouro e uma garantia de fidelização de clientes, obtidos por meio da logística empresarial integrada, é a qualidade ou o nível de serviços logísticos que lhes são oferecidos”. (LEITE 2003, p. 207). Partindo dos conceitos existentes de logística reversa e o objetivo da mesma em melhorar os níveis de serviços ao cliente, chega-se a conclusão de que o retorno dos produtos de pós-consumo ao ciclo produtivo como subproduto, além de gerar um produto com vida útil programada, ocasionará ainda insatisfação por parte do consumidor final, visto que o produto não terá a mesma qualidade de um produto constituído por matérias primas primárias oriundas do meio ambiente. “As coisas que a organização traz do ambiente – e o que ela faz com as mesmas – irão determinar a qualidade e o preço de seu produto final”. (STONER & FREEMAN 1999, p. 48). O tempo de vida útil dos elementos que compõem um produto é diferente, e dessa forma um subproduto de pós-consumo não pode compor um produto final. A satisfação do cliente é uma preocupação fundamental da logística, dessa forma o serviço ao cliente “é medido em termos de disponibilidade, desempenho operacional e confiabilidade de serviço”. (BOWERSOX, 2001, p.24). Os clientes buscam sempre o melhor nível de serviço, e um produto no mercado a partir de matérias primas secundarias, ou seja, subprodutos não oferecem esse nível de serviço, visto que o mesmo já chega ao mercado com pouco tempo de vida útil. A logística reversa é um diferencial competitivo e pode auxiliar a empresa na retenção de seus clientes. “O serviço a clientes bem-sucedido sempre implica olhar para seus produtos, sua empresa e seus métodos de serviço a clientes através dos olhos dos seus clientes”. (STERN, 2001, p.39). Partindo da concepção de produtos gerados a partir de subprodutos com o nível de qualidade que o cliente busca, se faz necessário que ao retornar ao ciclo produtivo, os produtos de pós-consumo devem retornar como insumo e não como subproduto. Ao retornar ao ciclo produtivo como insumo as partes integrantes dos produtos de pós-consumo devem ser separadas, transformadas em insumo e então retornar ao ciclo produtivo, conforme figura 9 representada abaixo:

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Figura 9: Retorno dos produtos de pós-consumo ao ciclo produtivo. Fonte: Autores

4.6 LOGISTICA REVERSA NO SETOR DE COMPUTADORES Conforme abordado no capitulo 3, as constantes inovações tecnológicas, principalmente no setor de computadores têm criado um alto grau de obsolescência dos produtos, devido a redução do ciclo de vida dos mesmos, levando a um alto índice de descartabilidade. Segundo LEITE (2003), os bens produzidos são classificados em três categorias: bens descartáveis, bens duráveis e bens semiduráveis. ● Bens descartáveis: são os bens que apresentam duração de vida útil média de algumas semanas, raramente superior a seis meses. Essa categoria de bens produzidos constitui-se tipicamente de produtos de embalagens, brinquedos, materiais para escritório, suprimentos para computadores, artigos cirúrgicos, pilhas de equipamentos eletroeletrônicos, fraldas, jornais, revistas, entre outros. ● Bens duráveis: são os bens que apresentam duração de vida média útil variando de alguns anos a algumas décadas. Constituem bens produzidos para a satisfação de necessidades da vida social e incluem os bens de capital em geral. Fazem parte dessa categoria os automóveis, os eletrodomésticos, os eletroeletrônicos, as máquinas e os equipamentos industriais, os edifícios de diversas naturezas, os aviões, as construções civis, os navios, entre outros.

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● Bens semiduráveis: são bens que apresentam duração média de vida útil de alguns meses, raramente superior a dois anos. Trata-se de uma categoria intermediária que, sob o enfoque dos canais de distribuição reversos dos materiais, apresenta características ora de bens duráveis, ora de bens descartáveis. Trata-se de bens como baterias de veículos, óleos lubrificantes, baterias de celulares, computadores e seus periféricos, revistas especializadas, entre outros. (LEITE, 2003, p. 34).

O objetivo principal da logística reversa no setor de computadores é promover meios de gerenciamento desses produtos ao fim de sua vida útil. Partindo dessa concepção a logística reversa objetiva agregar valor aos produtos informáticos ou os elementos dos mesmos, retornando-os ao ciclo produtivo por meio do canal reverso de pós-consumo quando termina sua vida útil. Atualmente, por motivos de legislação, redução de custos e imagem corporativa, as organizações fabricantes de produtos de informática reutilizam os elementos dos seus produtos eletrônicos quando chegam ao fim de sua vida eletrônica. Dessa as organizações têm buscado meios de recuperar de alguma forma os produtos de pós-consumo reinserindo-os novamente ao ciclo produtivo. Uma

placa

mãe,

por

exemplo,

pode

ser

diretamente

reutilizada,

remanufaturando-a em brinquedos eletrônicos ao invés de enviá-la para aterros, evitando assim o descarte da mesma no ambiente (RAVI; SHANKAR, 2005). Dessa forma é possível reduzir custos e diminuir o impacto ambiental do descarte dos produtos de informática.

4.7 BENEFÍCIOS

EMPRESARIAIS

INERENTES

DO

GERENCIAMENTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS Fatores antes considerados diferenciais competitivos e maneiras de conquistar e fidelizar clientes não parecem surtir o mesmo efeito face ao novo cenário corporativo. Preço, qualidade e atendimento são essenciais para entrar no mercado, porém não são suficientes para permanecer nele. Sendo assim é necessário algo que agregue valor perceptível aos clientes, algo que permita relacionamentos duradouros com os mesmos, e nesse sentido conquistá-los vai além de tais fatores, é preciso inovar.

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[...] um dos critérios-chave para um relacionamento duradouro e uma garantia de fidelização de clientes, obtidos por meio da logística empresarial integrada, é a qualidade ou o nível de serviços logísticos que lhes são oferecidos, tais como rapidez, confiabilidade nas entregas, freqüência de entregas, disponibilidade de estoques [...] que agregue valor perceptível aos clientes. (LEITE, 2003, p. 205).

A busca pela competitividade no meio corporativo tem levado as empresas a investirem em logística reversa. A crescente sensibilização ecológica por parte dos consumidores também tem incentivado a prática da logística reversa. Os consumidores estão exigindo um nível de serviço mais elevado das empresas e estas, como forma de diferenciação e fidelização dos clientes, estão investindo em logística reversa (CHAVES e MARTINS, 2005, p. 1). Os consumidores estão cada vez mais ecologicamente sensibilizados, desse modo eles buscam mais que um bom atendimento. Diante dessa sensibilidade com relação a questões ambientais, se faz necessário um relacionamento eficaz e duradouro entre empresa e clientes, adequando os produtos e serviços as suas necessidades e desejos. As empresas que inserirem o processo reverso em suas operações tendem a se destacar no mercado, visto que as mesmas oferecem serviço diferenciado aos seus clientes. Quando a empresa investe em logística reversa, ela esta investindo em benefícios para ela, a sociedade, o meio ambiente e as gerações futuras. Mediante a diferenciação por serviços que a logística reversa oferece, as organizações tendem a sobressair em relação à concorrência. Os varejistas acreditam que os clientes valorizam as empresas que possuem políticas mais liberais de retorno de produtos. Esta é uma vantagem percebida onde os fornecedores ou varejistas assumem os riscos pela existência de produtos danificados. Isto envolve, é claro, uma estrutura para recebimento, classificação e expedição de produtos retornados. Esta é uma tendência que se reforça pela existência de legislação de defesa dos consumidores, garantindo-lhes o direito de devolução ou troca. (LACERDA, 2009).

Além dos benefícios econômicos e competitivos, a logística reversa proporciona benefícios com relação à imagem institucional. Alem das possíveis oportunidades oriundas desses ‘reaproveitamentos’, ‘reutilizações’, ‘reprocessamentos’, ‘reciclagens’ etc., a questão da preservação ecológica dirigirá esforços das empresas para a defesa de sua imagem corporativa e seus negócios, enquanto a sociedades se defenderão por meio de legislações e regulamentações específicas. (LEITE 2003, p. 21).

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A organização que inserir o processo reverso em sua cadeia produtiva, agregará valor à sua imagem frente à sociedade, trazendo benefícios ao meio ambiente, estabelecendo inclusive novas oportunidades de negócios, além de benefícios como a geração de postos de trabalho, revertendo assim em benefícios ao meio no qual está inserida. A imagem corporativa vem ganhando espaço no ambiente competitivo, visto que as organizações buscam relacionamentos duradouros com os clientes, e estes devido à crescente consciência ecológica passou a exigir maior responsabilidade sócio-ambiental das empresas, e com isso a imagem institucional vem ganhando cada vez mais destaque.

4.7.1 Redução de Custos A logística reversa além de proporcionar ganhos com relação à imagem corporativa e competitividade, possui outro fator importante que é a redução de custos, pois é possível minimizar parte das perdas econômicas. De acordo com LACERDA (2009) as iniciativas relacionadas à logística reversa têm trazido consideráveis retornos para as empresas. As organizações têm sido instigadas a realizarem cada vez mais novas iniciativas empresariais com base no reaproveitamento de materiais, pois a utilização de embalagens retornáveis tem trazido benefícios econômicos às organizações. Ainda completa que os esforços em desenvolvimento e melhorias nos processos de logística reversa podem produzir também retornos consideráveis, que justificam os investimentos realizados. (LACERDA, 2009). De acordo com os conceitos apresentados até então se percebe que podem ser alcançadas significativas reduções de custos e inclusive agregação de valor dos produtos pelos canais reversos de pós-consumo e pós-venda. É possível ter redução de custos com o reaproveitamento de produtos e isso tem estimulado novas iniciativas empresariais. “[…] todo indivíduo e toda empresa têm condições de ‘evitar’ os impostos mudando de comportamento, de designs, de processos e de aquisições. Isso funciona. Muitas municipalidades aumentaram consideravelmente a

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vida útil de um aterro sanitário quase repleto tributando os acréscimos desnecessários ou recompensando a redução, a reutilização e a reciclagem. Os impostos de aterros sanitários da Dinamarca aumentaram a reutilização do entulho, nas construções, de doze para 82 por cento em menos de uma década: vinte vezes mais que a taxa média de quatro por cento da maioria dos países industrializados.” (GARDNER e SAMPAT apud HAWKEN, LOVINS & LOVINS, 1999, p. 156).

Ao minimizar os impactos negativos da produção, os ganhos vão desde a redução de matéria prima e a produção de um novo produto, além da utilização eficiente dos produtos, transporte e armazenagem e, conseqüentemente os benefícios com relação às pressões legais que também impactam no processo, tais comportamentos empresariais acarretam em retorno financeiro.

4.7.2 Responsabilidade Social As empresas têm tomado consciência de que para estar e permanecer no mercado deve participar da sociedade de forma responsável. Cada vez mais, em todo o mundo, as empresas têm sido estimuladas a adotar indicadores que, ao espelhar o desempenho do negócio como um todo, incluam a sua performance social. Cada vez menos esses indicadores têm a ver com programas sociais patrocinados pela empresa, e cada vez mais com a responsabilidade dela pelos impactos decorrentes de sua forma de operar. “[...] responsabilidade social: trata-se da capacidade da empresa ouvir e fazer convergir os interesses de suas diferentes partes interessadas. (ESTEVES, 2000, p.244).

A partir dos preceitos de que empresa socialmente responsável tem a preferência dos clientes e que o intermédio dessa visibilidade se dá por meio da imagem institucional, políticas e práticas ambientais, as empresas têm definido políticas de proteção ao meio ambiente, além de demonstrar essa preocupação em sua missão e valores institucionais. A variável ambiental, tanto quanto social, é introduzida na reflexão estratégica de empresas lideres como um diferencial competitivo, por meio da percepção de que o posicionamento e o reforço de suas imagens corporativas permitirão a perenização de seus negócios, em um ambiente em que essa diferenciação é extremamente difícil por meio de outras variáveis mercadológicas. (LEITE, 2003, p. 134).

As

empresas

comprometidas

com

a

responsabilidade

sócio-ambiental

estabelecem programas e diretrizes de gestão dos impactos negativos de seus

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produtos no ambiente através dos canais reversos logísticos. Assim é possível melhorar o processo produtivo, enquadrando à empresa as estratégias pela busca da eficácia competitiva, acarretando em redução de custos.

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5 ESTUDO DE CASO

5.1 OBJETIVOS O presente estudo de caso tem como objetivo avaliar como é feito o descarte dos produtos eletrônicos na cidade de São Mateus/ES, e como é visto pelos representantes a importância e necessidade dos fabricantes utilizarem métodos reversos para retorno e descarte adequado dos produtos de pós-consumo.

5.2 ESTUDO DE CASO NAS EMPRESAS DE ELETRÔNICOS DE SÃO MATEUS/ES Para melhor desenvolvimento desta pesquisa, buscamos também livros, artigos e revistas que tratam sobre o assunto em questão. “Pesquisa de campo consiste na observação dos fatos tal como ocorrem espontaneamente, na coleta dos dados e no registro de variáveis presumivelmente para posteriores análises, não permite o isolamento e o controle das variáveis supostamente relevantes, mas possibilita o estabelecimento de relações constantes entre determinadas condições (variáveis independentes) e determinados eventos (variáveis dependentes), observados e comprovados”. (OLIVEIRA, 1999, p.124).

Entrevistamos treze empresas de consertos de eletrônicos e três grandes empresas revendedoras de grande porte da cidade. Optamos por realizar a pesquisa por meio de questionário, o mesmo é composto por sete questões, com perguntas direcionadas, com o intuito de conhecer as práticas que as mesmas utilizam para a destinação dos produtos quando termina sua vida útil. A questão 1 objetiva identificar a conscientização dessas empresas quanto ao descarte correto do lixo eletrônico nessa cidade. A questão 2 procura mostrar qual o tempo de permanência dos produtos dos clientes no estabelecimento, quando os mesmo não retornam para buscá-los. A questão 3 expõe a maneira como é feita a destinação final dos produtos

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eletrônicos quando termina sua vida útil. A questão 4 demonstra os destinos encontrados pelas empresas para descartar o seu lixo eletrônico. A questão 5 investiga a importância da inserção da logística reversa no recolhimento do produto quando chega ao final de sua vida útil para as empresas. A questão 6 identifica qual a melhor maneira para as empresas recolherem os seus produtos de pós-consumo. A questão 7 procura mensurar a quantidade de lixo eletrônico descartado diariamente por essas empresas. Em posse dos resultados desta pesquisa apresentamos a análise a seguir.

5.3 ANÁLISE E RESULTADO DA PESQUISA DE CAMPO 1- Você acha importante ter um descarte correto de resíduos eletrônicos na cidade de São Mateus?

0; 0% SIM NÃO

16; 100%

GRÁFICO 1: IMPORTÂNCIA DO DESCARTE CORRETO

Diante de entrevista realizada com as empresas de eletrônicos da cidade de São Mateus / ES, 100% acham importante que exista um local apropriado para o descarte dos resíduos sólidos eletrônicos.

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2- Quando o cliente deixa um produto e não retorna para buscá-lo, qual é o período que você permite que os equipamentos eletrônicos permaneçam no seu comércio? 1; 6% até 1 mês

4; 25%

de 01 a 6 mes es mai s de 6 mes es

11; 69%

GRÁFICO 2: TEMPO DE PERMANENCIA DOS PRODUTOS ATÉ O DESCARTE

Com relação ao período que os produtos eletrônicos permanecem no estabelecimento aguardando até que o cliente volte para buscá-lo 69% aguardam até um mês para então dar destinação ao equipamento, 25% permitem que os produtos permaneçam em seu estabelecimento por até 06 meses, e apenas 6% permitem que os produtos permaneçam por mais de 6 meses aguardando o retorno do cliente.

3- Quando o cliente não aparece para pegar o equipamento deixado para receber os devidos reparos, você : 1; 6% 4; 25% Des ca rta Reuti l i za Ambos

11; 69%

GRÁFICO 3: QUANTIDADES DE DESCARTE E REUTILIZAÇÃO

Quando findado o tempo de espera pelo retorno do cliente para buscar os produtos, 69% das empresas entrevistadas descartam os mesmos, 25% reutilizam para remanufatura de outros produtos eletrônicos e 6% destinam esses produtos de ambas as formas, descartam e reutilizam.

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4 – Quando descartado, onde você descarta? 1; 6% 15; 94%

0; 0%

Lixo Ma te ens e Devol ve a os Fa bri ca ntes Ma ntém es toca do

GRÁFICO 4: LOCAL DE DESCARTE

Observando a estatística acima, 94% das empresas fazem o descarte do seu lixo eletrônico no lixo mateense, mostrando assim o grande impacto ambiental que este causa, devido não haver outro lugar para efetuar o descarte adequado. Um fato importante neste gráfico é que apenas uma empresa se destacou em termos de preocupação com a disposição final do seu lixo eletrônico.

5 - Você acha que as empresas que fabricam os produtos deveriam ter responsabilidade em recolher os mesmos? 2; 12,5%

SIM NÃO

14; 87,5%

GRÁFICO 5: RESPONSABILIDADE DOS FABRICANTES

Com relação à responsabilidade do fabricante em recolher o que ele mesmo produz, 87,5% das empresas concordam que os mesmos deveriam recolher o produtos ao fim de sua vida útil.

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6 - Se a pergunta anterior for positiva, qual é a forma que as empresas deveriam utilizar para o retorno dessas sucatas? 0; 0% 1; 6%

2; 13% Posto de Coleta

Transportadora

Retirar no local

13; 81%

Negaram a pergunta anterior

GRÁFICO 6: FORMA DE RETORNO DOS PRODUTOS

Como melhor forma para recolhimento dos resíduos sólidos eletrônicos, 81% acham que a melhor maneira se dá por meio de um posto de coleta.

7- Qual é a quantidade de lixo eletrônico descartado diariamente? 2; 13% 0; 0%

01 à 10 uni da de s

a ci ma de 20 uni da des a ci ma de 50 uni da des

14; 87%

GRÁFICO 7: QUANTIDADE DE DESCARTE DIÁRIO

As empresas de eletrônicos entrevistadas descartam cerca de 1 a 10 unidades de produtos eletrônicos por dia.

Com base nos resultados da pesquisa de campo realizada na cidade de São Mateus/ES, as práticas socialmente responsáveis com relação ao descarte dos resíduos sólidos eletrônicos não estão sendo realizadas, além do mais não existe apoio e nem incentivo governamental para que tais práticas sejam adotadas. Existe consciência por parte das organizações sobre os impactos da

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destinação inadequada do lixo eletrônico para o meio ambiente e conseqüentemente a sociedade. Apenas 25% das empresas entrevistadas reutilizam os produtos quando os mesmos tornam-se obsoletos, dessa forma são descartados cerca de 10 produtos diariamente por cada empresa, parece pouco, mais se multiplicado pela quantidade de empresas que realizam esse descarte, anualmente a quantidade será relativamente grande, e essa quantidade só tende a aumentar cada vez mais. Devido à falta de local apropriado para destinação final dos equipamentos 94% das empresas realizam seus descartes no lixo mateense, a céu aberto, expondo toda a população mateense aos mais diversos riscos, principalmente às que moram próximas ao lixão. Conforme abordado no capitulo 03, quando chove os produtos tóxicos existentes nos equipamentos descartados escorrem e penetram nos lençóis freáticos, correndo risco de que a água seja contaminada, contaminando os animais e por fim as pessoas. É preciso que haja conscientização governamental, para que a mesma ofereça condições de local adequado para o descarte desses resíduos. Dentre as empresas entrevistadas uma nos chamou a atenção, a empresa Pastore, pois por falta de destinação para o descarte dos produtos, a mesma possui o 3º piso da loja repleto de sucata eletrônica. A empresa tem plena consciência das conseqüências que seriam causadas caso esses resíduos fossem descartados em local inapropriado, dessa forma a mesma encaminhou um ofício à justiça, pedindo uma solução para se desfazer da sucata eletrônica de maneira adequada. Até então a empresa Pastore não teve retorno desse ofício, portanto a mesma continua a depositar os produtos eletrônicos obsoletos sem condição de reuso ou remanufatura no andar em cima da loja. Conforme as fotos apresentadas no apêndice 3 é possível evidenciar a realidade descrita acima da empresa Pastore. Onde na foto 3 é possível demonstrar a grandiosidade do espaço gasto com sucata eletrônica, visto que o mesmo poderia ser utilizado para outros fins que intermediassem a expansão do lucro da empresa. Conforme a foto 4 conferida no apêndice 3 é possível mensurar a quantidade de lixo eletrônico entulhada no local, bem como as condições quase impossíveis de higiene, pois a grande quantidade de sucata dificulta o manejamento das mesmas e do local. Por fim, observamos o quão importante é o processo de logística reversa não

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só na empresa Pastore, mas em todas as empresas que lidam com produtos eletrônicos e buscam a excelência nos serviços prestados aos seus clientes e conseqüentemente para o sucesso destas, ressaltando que para ter êxito neste processo é necessário um apoio direto dos órgãos governamentais. De acordo com as evidencias do estudo de campo, no setor de eletrônicos em São Mateus/ES quase não existem práticas reversas de manejamento dos produtos obsoletos, algumas empresas ainda reaproveitam esses bens de pós-consumo, outra como a loja Pastore estoca. A realidade que o estudo de caso apresentou não se delimita apenas na cidade de São Mateus/ES, mais em todo o mundo. Essa é uma situação que esta acontecendo de forma global. Por isso a necessidade de apoio governamental, para que todas as empresas possam aderir à logística reversa como parte integrante do processo de serviço ao cliente. Após minucioso estudo das conjunções desse trabalho, chega-se ao seu fechamento trazendo a seguinte conclusão.

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6 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

Os avanços tecnológicos têm definido novos padrões de comportamento humano, e isso têm mudado os rumos da economia. A tecnologia esta presente em todos os momentos, em atividades simples do cotidiano das pessoas e das empresas, além do mais possibilita atender os desejos mais simples de uma pessoa até as mais diversas necessidades das grandes organizações. A

tecnologia

proporcionou

o

alavancamento

da

economia

mundial,

transformando as estratégias de fazer negócios, quebrando os limites, rompendo as fronteiras nacionais, encurtando as distâncias e tornando o tempo momento instantâneo para tomar decisões. Sua dinâmica resultou no aumento dos desejos e das necessidades humanas que culminaram no aumento da produção, sendo esse o principal instrumento utilizado para responder as suas expectativas. A constância na produção acarretou em grande volume de produtos obsoletos, pois às inúmeras inovações e facilidades de aquisição dos produtos eletrônicos aguçaram o senso consumista da população. E isso tem gerado um forte agravante do meio ambiente, que é o acumulo de lixo eletrônico, pois não tem existido equilíbrio entre produção, consumo e meio ambiente. A visibilidade dos problemas gerados a partir da falta de destinação final adequada do lixo eletrônico tem ganhado destaque frente à sociedade, pois a mesma esta exposta aos mais diversos riscos, inerentes do impacto ambiental provinda da sucata eletrônica em destino final inadequado. É diante de tudo isso, que este trabalho apresenta com o fim específico de fomentar a reflexão de um mecanismo que possibilita o manejamento correto final da sucata eletrônica, seja descartando, ou retornando ao ciclo produtivo para compor um novo produto final. Frente ao papel que a sociedade tem desenvolvido perante a realidade do lixo eletrônico, a logística reversa passa a ser um mecanismo solucionador de tais problemas gerados. Pois a partir dos novos rumos de competitividade empresarial e pressões legais, a logística reversa passa a ser considerada uma ferramenta para as empresas, principalmente como diferencial competitivo. Ao se preocupar em recolher o lixo que ela mesma produz, as empresas estarão se preocupando com a qualidade de vida das pessoas e com as gerações

65

futuras. Acontece que a realidade apresentada no estudo de caso se faz presente de forma global, pois as empresas e os órgãos governamentais ainda não se deram conta da gravidade do problema que é o lixo eletrônico. A questão é o que fazer com o lixo gerado? A empresa que produz e lança o produto no mercado é responsável em dar destinação final adequada ao mesmo. A logística reversa busca resolver esse problema, fazendo exatamente o caminho inverso da logística tradicional, o produto ao fim de sua vida útil sai do consumidor até a fábrica, onde é reinserido no ciclo produtivo como insumo, para então compor um produto final com qualidade. E se as organizações não aderirem à logística reversa como parte integrante dos processos empresariais? Diante deste questionamento, analisamos que se as empresas não implantarem esse processo em seu cotidiano empresarial, o lixo eletrônico só terá dois caminhos a ser direcionado, o primeiro e mais comum é o descarte do mesmo em lixo doméstico, que é direcionado aos aterros sanitários, e que diferente do que muitos pensam, acarretará em problemas ambientais como contaminação do solo ou dos lençóis freáticos, e isso tem acontecido com grande intensidade devido aos avanços tecnológicos e a necessidade de se consumir aquilo que estes avanços trazem, levando os produtos anteriores a essa evolução tecnológica, a sofrerem uma obsolescência mais rápida que em tempos anteriores. Quanto ao segundo caminho e não muito usual, é manter tais produtos dentro de galpões, salas e cômodos dentro das empresas, formando assim lixões internos, composto de sucata eletrônica, sujeira e principalmente acarretando na ocupação de espaço que poderia ser destinado a uso benéfico para as empresas em questão. Este acúmulo de lixo eletrônico é justamente devido a não se ter um local correto para destinação desses produtos obsoletos. Algumas empresas até utilizam partes dos produtos em consertos, mas quanto ao restante não se tem muito que se fazer. Assim notamos que para se ter um local apropriado para esse descarte é necessário haver uma nova postura governamental em nosso país. Não adianta haver leis bem elaboradas em papel, se não há ação por parte dos órgãos governamentais em implementá-las, e a não colaboração dos organismos sociais em aderir e praticar no cotidiano de suas rotinas a atividade atinente em conter o aumento dos resíduos descartados. A logística reversa resolve o problema da destinação final dos produtos de pós-

66

consumo, e minimiza a utilização dos recursos naturais. Dessa forma as empresas agem conforme a legislação ambiental e melhora sua imagem corporativa perante a sociedade. Mais não basta que apenas as empresas adéqüem seus processos a logística reversa, é preciso que haja conscientização por parte do consumidor também, pois quando o consumidor adquire produtos do Paraguai, por exemplo, para montar o seu próprio equipamento eletrônico, o custo desse produto é relativamente mais barato, mais e depois o que fazer com esse equipamento obsoleto? Essa é a questão, porque esse produto não tem fabricante, dessa forma por falta de responsável para recolher o mesmo quando termina sua vida útil eles vão parar em lixões a céu aberto ou no próprio lixo doméstico, ou seja, não é dada destinação final adequada, por isso a necessidade e importância dessa conscientização. Entretanto não é suficiente ter uma sociedade consciente e pró-ativa, se os governantes do nosso país não se atentarem para esse problema ambiental, social e político-econômico que é o descarte adequado do lixo eletrônico, pois sem o apoio dessas autoridades governamentais, não será possível atingir o tão sonhado progresso, utilizando este processo revolucionário e de grande importância para todos nós que é a logística reversa. Pensando em melhores métodos de inserção da logística reversa nas organizações, recomendamos a implantação de um SAC (Serviço de Atendimento ao consumidor), um SAC reverso para recolhimento dos produtos, assim quando a vida útil do produto chegar ao fim, o cliente poderá entrar em contato para recolhimento do mesmo. A inserção dessa ferramenta vai trazer soluções plausíveis, para o tratamento do lixo e possíveis avanços da tecnologia e crescimento das empresas, além de ser uma forma de preocupação e valorização com o cliente. Sugerimos ainda, que as organizações e a sociedade cumpram com o que está determinado pela Lei nº 203 de 1991, aprovada em 10 de março de 2010, onde é citada a Política Nacional de Resíduos Sólidos, pois sabemos que esta legislação pode resolver o problema no que diz respeito à implantação da logística reversa no descarte do lixo eletrônico, mas será necessária uma cobrança maior por parte dos órgãos competentes e constante acompanhamento nas rotinas da sociedade. Infelizmente é fundamental ainda, estipular punições para àqueles, sociedade ou empresas, que não atenderem ao exposto na lei citada e assim levar a funcionamento promissor deste mecanismo que é a logística reversa.

67

Por fim, concluímos este trabalho, afirmando que os efeitos da inserção da logística reversa nos processos organizacionais, bem como parte integrante do planejamento estratégico empresarial proporcionará resposta aos problemas enfrentados pela falta de destinação dos resíduos principalmente eletrônicos, potencializará

maior

competitividade

corporativa

aos

desafios

doravante,

promovendo desta forma, um ganho imensurável e incomparável à sociedade como um todo.

68

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8 APÊNDICE

73

8.1 PESQUISA DE CAMPO SOBRE GERENCIAMENTO DO LIXO ELETRÔNICO NA CIDADE DE SÃO MATEUS/ES. Esta pesquisa tem como finalidade mensurar e conhecer as práticas de gerenciamento do lixo eletrônico na cidade de São Mateus/ES. A pesquisa será apresentada à Faculdade UNIVC como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Graduação em Administração de Empresas. Contamos com a sua colaboração respondendo a todas as questões.

1-

Você acha importante ter um descarte correto de resíduos eletrônicos na cidade de São Mateus?

(

2-

) Sim

(

) Não

Quando o cliente deixa um produto e não retorna para buscá-lo, qual é o período que você permite que os equipamentos eletrônicos permaneçam no seu comércio?

(

3-

) ate 1 mês

(

) de 01 a 6 meses

(

) mais de 6 meses

Quando o cliente não aparece para pegar o equipamento deixado para receber os devidos reparos, você:

(

4(

) Descarta

(

) Reutiliza

(

) Ambos

Quando descartado, onde você descarta? ) Lixo Mateense

(

) Devolve aos Fabricantes

5 - Você acha que as empresas que fabricam os produtos deveriam ter responsabilidade em recolher os mesmos? (

) Sim

(

) Não

6 - Se a pergunta anterior for positiva, qual é a forma que as empresas deveriam utilizar para o retorno dessas sucatas? (

) Posto de Coleta

(

) Transportadora

(

) Retirar no local

74

7(

Qual é a quantidade de lixo eletrônico descartado diariamente? ) 01 à 10 unidades

50 unidades

(

) acima de 20 unidades

(

) acima de

75

8.2 LEVANTAMENTO DAS INFORMAÇÕES COLETADAS PESQUISA DE CAMPO UTILIZADA NO ESTUDO DE CASO

1- Você acha importante ter um descarte correto de resíduos eletrônicos na cidade de São Mateus? Alternativas

Quantidade

%

SIM

16

100%

NÃO

0

0%

16

100%

TOTAL

2- Quando o cliente deixa um produto e não retorna para buscá-lo, qual é o período que você permite que os equipamentos eletrônicos permaneçam no seu comércio? Alternativas até 1 mês

Quantidade

%

11

69%

de 01 a 6 meses

4

25%

mais de 6 meses

1

6%

16

100%

TOTAL

3- Quando o cliente não aparece para pegar o equipamento deixado para receber os devidos reparos, você: Alternativas

Quantidade

%

Descarta

11

69%

Reutiliza

4

25%

Ambos

1

6%

TOTAL

16

100%

4 – Quando descartado, onde você descarta? Alternativas Lixo Mateense

Quantidade

%

15

94%

Devolve aos Fabricantes

0

0%

Mantém estocado

1

6%

16

100%

TOTAL

NA

76

5 - Você acha que as empresas que fabricam os produtos deveriam ter responsabilidade em recolher os mesmos? Alternativas

Quantidade

%

SIM

14

87,5%

NÃO

2

12,5%

16

100%

TOTAL

6 - Se a pergunta anterior for positiva, qual é a forma que as empresas deveriam utilizar para o retorno dessas sucatas? Alternativas

Quantidade

%

Posto de Coleta

13

81%

Transportadora

0

0%

Retirar no local

1

6%

Negaram a pergunta anterior

2

13%

16

100%

TOTAL

7- Qual é a quantidade de lixo eletrônico descartado diariamente? Alternativas 01 à 10 unidades

Quantidade

%

14

87,5%

acima de 20 unidades

2

12,5%

acima de 50 unidades

0

0%

16

100%

TOTAL

77

8.3 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO ESTUDO DE CASO

Foto 1: Fachada da loja Pastore fechada.

Foto 2: Fachada da Loja Pastore aberta.

78

Foto 3: Depósito de sucata eletrônica da loja Pastore.

Foto 4: Sucata eletrônica entulhada.

79

Foto 5: Proprietário da loja Pastore em visita ao depósito de lixo eletrônico.

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