Logística de Recebimento

March 6, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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SÉRIE LOGÍSTICA

LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

 

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LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

 

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA 󲀓 CNI Robson Braga de Andrade  Presidente

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA 󰀭 DIRET Rafael Esmeraldo Lucch Lucchesi esi Ramacciotti  Diretor de Educação e Tecnologia

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL 󲀓 SENAI Conselho Nacional Robson Braga de Andrade  Presidente

SENAI – Departamento Nacional Rafael Esmeraldo Lucch Lucchesi esi Ramacciotti  Diretor Geral

Gustavo Leal Sales Filho  Diretor de Operações

 

SÉRIE LOGÍSTICA

LOGISTICA DO RECEBIMENTO

 

© 2013. SENAI – Departamento Nacional © 2013. SENAI – Departamento Regional da Bahia

A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por escrito, do SENAI. Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI da Bahia, com a coordenação do SENAI Departamento Depar tamento Nacional, Nacional, para ser utilizada por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância. SENAI Departamento Nacional

Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP SENAI Departamento Regional da Bahia 

Núcleo de Educação Distância - NEAD

FICHA CATALOGRÁFICA  S491l Serviço Nacional de Aprendizage Aprendizagem m Industrial. Departamento Nacional. Logística do recebimento/ Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, Departamento Regional da Bahia. - Brasília: SENAI/DN, 2013. 90 p.: il. - (Série Logística) ISBN 978-85-7519-668-7  1. Logística. Logí stica. 2. Armazenagem Armaz enagem de d e produtos produt os perigosos. perig osos. 3. Recebimento Recebime nto de mateiras. I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. II. Departamento Nacional. III. Departamento Regional da Bahia. IV. Logística do Recebimento. V. Série Logística. CDU: 658

SENAI

Sede

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional

Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: Tel.: (0xx61) 3317-9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br

 

Lista de ilustrações Figura 1 - Grabe para carga carga a granel ..................... ............................................. ................................................ ................................................ ................................................ ............................17 ....17 Figura 2 - Carga paletizada e unitizada unitizada ........................ ................................................ ................................................ ................................................ ............................................19 ....................19 Figura 3 - Transpo Transporte rte de carga indivisível........................ ................................................ ................................................ ................................................ ........................................20 ................20 Figura 4 - Movimentação de minério de ferro ....................... ............................................... ................................................ ................................................ ................................21 ........21 Figura 5 - Transpo Transporte rte de veículo veículo em navio...................... .............................................. ................................................ ................................................ ........................................21 ................21 Figura 6 - Exemplo de transporte de carga perigosa ...................... .............................................. ................................................ ............................................22 ....................22 Figura 7 - Contêiner tipo reefer   ...................................................................................................................................24 Figura 8 - Exemplo de manuseio de carga...................... .............................................. ................................................ ................................................ ........................................25 ................25 Figura 9 - Fluxo do processo produtivo do envasamento de água ....................... ............................................... ........................................25 ................25 Figura 10 - Líquidos inflamáveis ..................... ............................................. ................................................ ................................................ ................................................ ....................................26 ............26 Figura 11 - Recebiment Recebimento o de carga perigosa perigosa – combustível combustível ..................... ............................................. ................................................ ................................28 ........28 Figura 12 - Símbolos de materiais explosivos explosivos........................ ................................................ ................................................ ................................................ ................................29 ........29 Figura 13 - Símbolos de gases perigosos ........................ ................................................ ................................................ ................................................ ........................................30 ................30 Figura 14 - Símbolo de materiais líquidos inflamáveis....................... ............................................... ................................................ ........................................30 ................30 Figura 15 - Símbolos de materiais sólidos inflamáveis....................... ............................................... ................................................ ........................................31 ................31 Figura 16 Figura 17 Figura 18 Figura 19 Figura 20 Figura 21 Figura 22 Figura 23 Figura 24 Figura 25 Figura 26 Figura 27 Figura 28 Figura 29 Figura 30 Figura 31 Figura 32 Figura 33 Figura 34 Figura 35 Figura 36 Figura 37 Figura 38 Figura 39 Figura 40 -

Símbolos de substâncias substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos orgânicos ....................... ............................................... ................................32 ........32 Símbolos de substâncias tóxicas tóxicas e infectantes infectantes ....................... ............................................... ................................................ ................................32 ........32 Símbolos de substâncias substâncias radioativas radioativas ...................... .............................................. ................................................ ................................................ ............................33 ....33 Símbolos das substâncias substâncias e materiais corrosivos corrosivos....................... ............................................... ................................................ ............................33 ....33 Símbolo de substâncias e materiais materiais perigosos diversos .............................................................33 ......................................... ....................33 Exemplo de armazenagem de produtos produtos perigosos ...................... .............................................. ................................................ ........................37 37 Modelo de ficha de emergência....................... ............................................... ................................................ ................................................ ....................................39 ............39 Área de armazenamento armazenamento líquido (produtos perigosos) perigosos) ..............................................................39 .......................................... ....................39 Modelo de relatório relatório de mercadorias mercadorias perigosas ...................... .............................................. ................................................ ................................41 ........41 Kit de emergência emergência...................... .............................................. ................................................ ................................................ ................................................ ........................................43 ................43 Conferência Conferên cia e recebiment recebimento o de materiais materiais ...................... .............................................. ................................................ ............................................47 ....................47 Manuseio de materiais materiais..................... ............................................. ................................................ ................................................ ................................................ ................................48 ........48 Empilhadeira com sinal sonoro ........................ ................................................ ................................................ ................................................ ....................................49 ............49 O descarregamento descarregamento do veículo veículo ........................ ................................................ ................................................ ................................................ ....................................51 ............51 Recebimento Recebiment o mecanizado mecanizado...................... .............................................. ................................................ ................................................ ................................................ ........................52 52 Processo de recebimento recebimento automatizado ...................... .............................................. ................................................ ............................................53 ....................53 Manuseio interno interno de embalagens....................... ............................................... ................................................ ................................................ ................................54 ........54 Fluxograma Fluxog rama do roteiro roteiro em uma fábrica ..................... ............................................. ................................................ ................................................ ........................55 55 Fluxograma Fluxog rama do roteiro roteiro em um armazém ...................... .............................................. ................................................ ............................................56 ....................56 Expedição em um armazém ...................... .............................................. ................................................ ................................................ ............................................58 ....................58 O processo processo de recebiment recebimento o ....................... ............................................... ................................................ ................................................ ............................................61 ....................61 Descarga de suprimentos em doca......................... doca................................................. ................................................ ................................................ ............................62 ....62 Conferência Conferên cia de materiais ....................................... ............... ................................................ ................................................ ................................................ ................................63 ........63 Fluxo de abrangência de um WMS ...................... .............................................. ................................................ ................................................ ................................66 ........66 Representação virtual armazém........................... armazém................................................... ................................................ ................................................ ................................68 ........68

 

Figura 41 Figura 42 Figura 43 Figura 44 Figura 45 Figura 46 -

Warehouse Warehou se management system  ..........................................................................................................69

Fases do recebimento recebimento de materiais materiais.....................................................................................................72 .....................................................................................................72 Caminhão carregado carregado entrando na na empresa..................... ............................................. ................................................ .......................................73 ...............73 Fluxo de recebiment recebimento o de materiais...................... .............................................. ................................................ ................................................ ...............................74 .......74 Fluxo do processo processo de recebimento recebimento ................................................................. ......................................... ................................................ ...................................76 ...........76 Processo de recebiment recebimento o e armazenagem de materiais ..................... ............................................. .......................................78 ...............78

Figura 47 - Esquema simplificado de um processo processo de cross docking na distribuição urbana ..............79 Figura 48 - Esquema simplificado de um processo processo de cross docking ............................................................80 Figura 49 - Recebimento de materiais....................... ............................................... ................................................ ................................................ ...............................................82 .......................82 Quadro 1 - Fluxos de movimentação de materiais ...............................................................................................18 Quadro 2 - Modelo de tabela de segregação para contêiner ...........................................................................35 Quadro 3 - Modelo de tabela de segregação de produtos perigosos ...........................................................36

 

Sumário 1 Introdução ........................................................................................................................................................................13 2 Materiais diversos e suas características ...............................................................................................................17 2.1 Natureza da carga transportada ............................................................................................................18 2.1.1 Carga geral ..................................................................................................................................19 2.2 Manuseio de cargas ....................................................................................................................................24 2.2.1 Fluxo de movimentação de materiais ...............................................................................25 2.3 Materiais diversos e suas características .............................................................................................26 2.4 Carga perigosa .............................................................................................................................................26 2.4.1 Classificação de produtos perigosos .................................................................................28 2.5 Segregação de produtos perigosos ......................................................................................................34 2.6 Armazenagem de produtos perigosos ................................................................................................36 2.7 Relatórios dos produtos perigosos .......................................................................................................40 2.8 Kit para movimentação de carga perigosa ........................................................................................42 3 Recebimento de materiais ..........................................................................................................................................47 3.1 Planejamento da área de recebimento ...............................................................................................49 3.2 Fluxo dos materiais .....................................................................................................................................50 3.2.1 Recebimento ..............................................................................................................................50 3.2.2 Manuseio interno ......................................................................................................................53 3.2.3 Roteiro de uma unidade fabril .............................................................................................54 3.2.4 Roteiro de um armazém .........................................................................................................55 3.2.3 Expedição ....................................................................................................................................57 3.3 Tecnologias Tecnologias da informação aplicada ao recebimento ....................... ............................................... ............................................58 ....................58 4 Processos de recebimento..........................................................................................................................................61 4.1 Conferência....................................................................................................................................................62 4.1.1 Conferência quantitativa ........................................................................................................62 4.1.2 Conferência qualitativa ...........................................................................................................63 4.1.3 Conferência contábil ................................................................................................................64 4.2 Sistema wms no processo de recebimento ......................................................................................65 4.3 Processos de recebimento de materiais .............................................................................................69 4.3.1 Aceite total do material ..........................................................................................................70 4.3.2 Recusa total do material no ato do recebiment recebimento o ...................... .............................................. ....................................70 ............70 4.3.3 Recusa parcial do material .....................................................................................................71 4.4 Principais atividades no recebimento recebimento de suprimentos ..................... ............................................. ............................................71 ....................71 4.4.1 Entrada de materiais ................................................................................................................72 4.4.2 Representação gráfica do fluxo das atividades ...................... .............................................. ........................................73 ................73 4.5 Objetivos operacionais do recebimento de suprimentos ........................ ................................................ ....................................75 ............75 4.6 Regras de recebimento de materiais ....................................................................................................76 cross docking  na logística de expedição ........................................................................................78 4.7 4.8.OProcedimentos Procedimentos  na conforme a natureza do negócio ...................... .............................................. ................................................ ............................81 ....81

 

Referência Minicurrículo dos autores Índice

 

Materiais diversos e suas características

2 Neste capítulo, trataremos sobre a movimentação dos materiais no processo logístico. Veremos as duas grandes categorias em que os materiais são movimentados, conhecendo suas características e formas de manuseio. Para a existência de uma devida movimentação de material dentro de uma empresa, é necessário que sejam criados corredores com espaços suficientes, objetivando que a movimentação das matérias-primas, dos produtos em processamento ou dos produtos acabados não interfira nos processos internos de fabricação ou cause algum tipo de eventualidade dentro da fábrica. Ressalta-se que o tipo, a quantidade e a forma do espaço influenciam diretamente na definição dos equipamentos de movimentação de material. A movimentação de material possui duas amplas categorias: a) movimentação de carga geral: toda mercadoria, de maneira geral embalada, mas que pode vir sem embalagem, solta, num determinado estágio industrial e que necessita de arrumação (estivagem) para ser transportada; b) movimentação de carga granel: refere-se à carga homogênea não embalada, por exemplo, líquido ou grãos.

Figura 1 - Grabe para carga a granel Fonte: SHUTTERSTOCK, 2012.

 

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LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

󰀱 EMBALAGENS SECUNDÁRIAS: É a embalagem destinada a conter a embalagem primária ou as embalagens primárias.

Nesse sentido, essa movimentação toma diferentes formas quando se trata de carga geral e carga granel. Isso porque a carga geral não utiliza embalagens secundárias1. Assim, sejam os granéis líquidos, sólidos, em pellets 2 ou gasosos, a estrutura de movimentação exige equipamentos e materiais auxiliares específicos, como dutos e esteiras. Veja o Quadro 1 que traz as características das cargas, geral e granel, seus tipos e formas de manuseio.

󰀲 PELLETS:

CARGA GE RAL

Carga em pequenos pedaços.

Recebe embalagem secunCaracterística

dária; Pode ser unitizada; Pode ser contada;

󰀳 PERECIBILIDADE: Produtos perecíveis, tempo de aproveitamento do

Tipos

produto.

C AR G A A G R AN E L

Pode ser medida, porém não é contada individualmente; Pode ser acondicionada, mas não em embalagens secundárias;

Carga solta: embrulhos, embrulhos, far -

Carga líquida: gasolina

dos, pacotes, sacas, caixas,

Carga sólida: minério de ferro, grãos.

tambores.

Carga gasosa: gás liquefeito de petróleo

Carga unitizada: em pallets

(GLP)

ou contêineres

Carga em pel  pellets: lets: ração animal

Equipamentos e materiais auxiliares espeEquipamentos manuais e

󰀴 PERICULOSIDADE: Manuseio

Algo perigoso, com risco de morte, perigo iminente de acidente, possibilidade de algo vir a ser perigoso, exposição da vida em situações de perigo iminente.

automatizados; Em geral com participação humana;

Dutos Esteiras Silos (armazenamento de produtos agrícolas)

Pouca participação humana

Quadro 1 - Fluxos de movimentação de materiais Fonte: SENAI, 2012.

Para a carga solta, especialmente se estiver unitizada, o manuseio é facilitado 󰀵 FABRIS:

por inúmeros equipamentos manuais e automatizados disponíveis no mercado.

Referente à fábrica, indústria.

2.1 NATUREZA DA CARGA TRANSPORTADA Na identificação da natureza (tipo) da carga que será transportada devemos observar os seguintes aspectos: a) perecibilidade3; b) fragilidade; c) periculosidade4; d) compatibilidade; e) dimensões; f) pesos considerados especiais.

 

2 MATERIAIS DIVERSOS E SUAS CARACTERÍSTICAS

As cargas podem ser classificadas em: carga geral, carga a granel, carga neogranel, carga perigosa, carga frigorificada e carga heavy lift . Veremos cada uma a seguir.

2.1.1 CARGA GERAL A carga geral é a carga embarcada, com marca de identificação e contagem de unidades, podendo ser solta ou unitizada. a) Soltas: são itens avulsos, embarcados separadamente em embrulhos, pacotes, sacas, fardos, caixas, tambores, entre outros. Este tipo de carga, em termos de economia de escala, gera pouca redução de custo para o veículo transportador, devido à existência de perda de tempo no carregamento, na manipulação e, por fim, no descarregamento provocado pela grande quantidade de volumes, mas o índice de risco é alto. b) Unitizadas: é o agrupamento de vários itens em unidades de transporte tipo pallet (Figura 2), contêineres etc.

Figura 2 - Carga paletizada e unitizada Fonte: SHUTTERSTOCK, 2012.

CARGA HEAVY-LIFT   (CARGA PESADA) A carga heavy-lift  é   é formada por cargas pesadas e indivisíveis, como equipamentos e unidades fabris5 completas, como pode ser visto na Figura 3, a seguir. Este tipo de transporte pode ser realizado pelo modal  aquaviário (mar ou rio), rodoviário (estradas) ou aéreo (aeronaves).

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LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

󰀶 CONGLOMERADOS: Amontoados, unidos, agregação em massa.

Figura 3 - Transporte de carga carga indivisível Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, 2007

a) Carga a granel: a carga a granel pode ser sólida, como minério de ferro (Figura 4), ou líquida, como combustíveis. Esse tipo de carga possui característica seca ou líquida, podendo ser embarcada e transportada sem acondicionamento devido, sem uma contagem de unidades (a exemplo de minérios, trigo, petróleo, farelos e grãos, entre outros) e sem marca de identificação. identificação.

 FIQUE ALERTA

Quando da realização da movimentação de carga a granel, o almoxarife deverá estar atento às recomendações de segurança para movimentação de carga.

 

2 MATERIAIS DIVERSOS E SUAS CARACTERÍSTICAS

Figura 4 - Movimentação de minério de ferro Fonte: SHUTTERSTOCK, 2012.

b) Carga Neo-Granel: a carga Neo-Granel é uma nova forma de comercialização constituída por um conjunto de conglomerados6 homogêneos de mercadorias, de carga geral, sem acondicionamento específico, cujo volume ou quantidade possibilita o transporte em lotes, em um único embarque, como veículos, por exemplo, conforme pode ser observado na Figura 5.

Figura 5 - Transporte de veículo veículo em navio navio Fonte: SHUTTERSTOCK, 2012.

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LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

󰀷 SUBSTÂNCIAS OXIDANTES: São substâncias que roubam oxigênio, fazendo com que outras entrem em combustão (queima).

c) Carga perigosa: a carga perigosa é aquela que, devido a sua natureza, pode ocasionar dano a outras cargas, assim como variados acidentes, e também danos aos meios de transporte ou, ainda, gerar riscos para as pessoas e o meio ambiente. A Organização Marítima Consultiva Internacional (IMCO) classifica as cargas perigosas, segundo as seguintes classes: –  cla classe sse 1: expl explosi osivos vos;; –  cl clas asse se 2: ga gase ses; s;

󰀸 SUSTÂNCIAS RADIOATIVAS: são substâncias que emitem raios nocivos à saúde.

–  class classee 3: líqui líquidos dos inflam inflamávei áveis; s; –  class classee 4: sólid sólidos os inflamá inflamáveis; veis; –  class classee 5: subst substância ânciass oxidan oxidantes tes7; –  class classee 6: subst substância ânciass infecc infecciosas; iosas;

󰀹 MODAIS:

–  class classee 7: subst substância ânciass radioat radioativas ivas8;

Tipo ou meio de transporte.

–  cla classe sse 8: corr corrosi osivos vos;; –  class classee 9: variedades variedades de de substânci substâncias as perigosas. perigosas.

Figura 6 - Exemplo de transporte transporte de carga perigosa Fonte: SHUTTERSTOCK, 2012.

 

2 MATERIAIS DIVERSOS E SUAS CARACTERÍSTICAS

CASOS E RELATOS

Caos nas estradas: legislação trava transporte de produtos perigosos

Para os especialistas, se nada for feito, em breve, várias prefeituras seguirão o exemplo de São Paulo, estabelecendo milhares de licenças municipais de transporte e inviabilizando a atividade. A legislação é um dos principais entraves no setor de transporte de produtos perigosos no Brasil. De acordo com a engenheira química Glória Benazzi, assessora técnica em logística e meio ambiente, na maioria dos casos a legislação a ser seguida pelo setor é a federal, mas existem alguns casos de legislação estadual e mesmo municipal, como é caso da cidade de São Paulo. “O maior problema são as licenças para transporte, exigidas pela maioria dos estados brasileiros, exceto São Paulo, entretanto, é exigida no município dedo Sãoestado Paulo.ou Estas licenças são obrigatórias para quem vai transitar nas vias município”, explica. Os entraves burocráticos acabam por limitar o transporte desses produtos, principalmente para a região nordeste, acarretando prejuízos para diversas empresas que dependem do transporte rodoviário. Devido à natureza desse tipo de transporte, o índice de acidente é bem elevado. Embora seja feito por diversos modais9, como ferroviário, marítimo, fluvial e dutos, é pelas rodovias que se escoa a maioria dos produtos perigosos, principalmente pelo modelo de transporte adotado no Brasil. Segundo dados da Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), de 1978 a fevereiro de 2011, foram 3.521 acidentes, ou seja, 42,1% dos 8.530 acidentes com produtos químicos atendidos pela companhia em todo o estado. Somente nos primeiros dois meses deste ano foram registradas 62 emergências químicas, sendo 28 no transporte rodoviário.   Fonte: CARGONEWS, 2011.

Carga frigorificada  A carga frigoricada tanto pode ser uma carga sólida (carne, sorvete, queijo etc) ou uma carga l íquida (produtos alimentícios, produto perigoso etc). Ela necessita ser refrigerada ou congelada para conservar as qualida-

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LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

󰀱󰀰 CONTÊINER TIPO REEFER É um equipamento refrigerado utilizado para o carregamento de cargas perecíveis.

des essenciais do produto durante o transporte (exemplos: frutas frescas, pescados, carnes etc.). Veja na Figura 7 um contêiner tipo reefer 10,  que é utilizado para cargas que necessitam ser resfriadas.

󰀱󰀱 LINEAR: Em linha reta.

󰀱󰀲 CONVERGÊNCIA: Direção em comum para o mesmo ponto.

󰀱󰀳 ENVASAMENTO: Ato ou efeito de envasar, colocar um determinado produto em uma recipiente específico.

󰀱󰀴 INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA:

Figura 7 - Contêiner tipo reefer Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.

2.2 MANUSEIO DE CARGAS

Setor que produz açúcar e álcool. Compreende desde a parte agrícola até a industrial.

É importante destacar que, em em algum um sistema produtivo, os elementos básicos (homem, máquina e material), momento, irão exercer uma relação direta ou indireta. Pelo menos um desses três elementos irá se movimentar para caracterizar um processo produtivo. Na maioria dos casos, o material é que se movimenta. Em casos especiais, onde há um produto único e de grande porte, como a construção de um edifício, homem e máquina é que se movimentam em torno do material (edifício).

 

2 MATERIAIS DIVERSOS E SUAS CARACTERÍSTICAS

Figura 8 - Exemplo de manuseio manuseio de carga Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, 2005.

2.2.1 FLUXO DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS O fluxo de movimentação de materiais em um processo produtivo varia de acordo com o tipo de processo. Sendo assim, a movimentação dos produtos (matérias-primas e produtos semiacabados) em uma indústria pode ser linear 11,  convergente ou divergente. Na prática, a empresa pode utilizar uma combinação dessas alternativas. Vejamos os conceitos a seguir: a) lineares: quando todos os produtos se movimentam entre todas as etapas produtivas de forma linear. Ex.: produção de vergalhões de ferro (indústria siderúrgica); b) convergentes: quando diversas matérias-primas e produtos semiacabados se movimentam em convergência12 para a linha de produção ou montagem. Ex.: envasamento13 de água (indústria de água mineral); c) divergentes: quando parte de uma matéria-prima se movimenta em direção a linhas de fabricação específicas, formando diversos produtos. Ex.: fabricação de açúcar e álcool (indústria sucroalcooleira14). ENVASAMENTO Líquido

Rótulos

Rotu tullagem

Embalagem

Figura 9 - Fluxo do processo produtivo do envasamento envasamento de água Fonte: SENAI, 2012.

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LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

󰀱󰀶 PONTO DE FULGOR é a menor temperatura que pode formar uma mistura inflamável com o ar.

󰀱󰀵 INTERINO: Substituto por um determinado período específico.

2.3 MATERIAIS DIVERSOS E SUAS CARACTERÍSTICAS Dentro da logística, acontece a movimentação de diversos materiais, inclusive de líquidos. Há uma necessidade de conhecê-los, já que, em algum momento, podem fazer parte da cadeia produtiva de uma determinada indústria. Sendo assim, apresentamos abaixo os principais tipos de líquidos utilizados pelas organizações: a) líquidos comuns: a logística armazena materiais líquidos comuns que não oferecem maiores riscos às pessoas e às organizações. Para isso, a sua armazenagem requer recipientes para acomodar esses materiais sem deixar escaparem; b) líquidos inflamáveis: todo produto que possui ponto de fulgor15 inferior a 70º C e uma pressão de vapor absoluta que não exceda 37,7º C; c) líquidos gasosos: estado onde as substâncias são formadas por partículas muito pequenas.

Figura 10 - Líquidos inflamáveis inflamáveis Fonte: SENAI, 2012.

2.4 CARGA PERIGOSA As cargas perigosas são aquelas que reúnem produtos que, quando transportados, representam algum tipo de perigo para as pessoas, animais ou ambiente. Esse material pode ser aceitável ou inaceitável para envio. O transporte de produtos perigosos, em nossas estradas, possui elevado índice de ocorrências por produto transportado, obrigando as autoridades a utoridades em trans-

 

2 MATERIAIS DIVERSOS E SUAS CARACTERÍSTICAS

portes a aumentar os cuidados que devem ser tomados ao transportar este tipo de carga. Conforme Portaria nº 204/97, através da publicação do Ministério dos Transportes, temos a seguinte definição sobre produtos perigosos: Produto perigoso é toda e qualquer substância que, dadas as suas características físicas e químicas, possa oferecer, quando em transporte, riscos à segurança pública, saúde de pessoas e meio ambiente, de acordo com os critérios de classificação da Organização das Nações Unidas (BRASIL. MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, 1997). A classificação desses produtos é feita com base no tipo de risco que apresena presentam, para o meio ambiente e os trabalhadores, de acordo com as normas específicas (legislação) da atividade de manuseio e transporte desses materiais. Quanto à legislação sobre cargas perigosas, temos a Portaria 204/1997 do Ministério dos Transportes: Aprova as Instruções Complementares aos Regulamentos dos Transportes Rodoviários e Ferroviários de Produtos Perigosos (as instruções foram publicadas, na sua íntegra, no Suplemento ao Diário Oficial da União de n.º 98, de 26.05.1997)”. O Ministro de Estado dos Transportes, interino16, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal, e tendo em vista o disposto no art. 3º do Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988, e no art. ar t. 2º do Decreto nº 98.973, de 21 de fevereiro de 1990, resolve: I - Aprovar as anexas Instruções Complementares aos Regulamentos

dos Transportes Rodoviários e Ferroviários de Produtos Perigosos. Perigosos. II  - Conceder os seguintes prazos para entrada em vigor das dis-

posições referentes aos padrões de desempenho fixados para embalagens: a) Três anos para embalagens novas; b) Cinco anos para embalagens já produzidas ou que venham a ser produzidas no prazo previsto na alínea anterior, sendo passíveis de reutilização.

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III - Conceder prazo de dois anos, a partir da data de aprovação pelo

Conselho Nacional de Trânsito, para entrada em vigor do programa de reciclagem periódica destinada a condutores de veículos automotores utilizados no transporte de produtos perigosos. IV - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas

as Portarias nº 291, de 31 de maio de 1988, e nº 111, de 5 de março de 1990, e demais disposições em contrário (BRASIL. MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES,1997:1988: TRANSPORTES,1997:198 8: 1990).

 SAIBA MAIS

Leia as Instruções Complementar Complementares es ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos (GEIPOT) no site “o carreteiro”. Fonte: PORTAL O CARRETEIRO, 2013.

Figura 11 - Recebimento de carga perigosa – combustível combustível Fonte: SHUTTERSTOCK, 2012.

2.4.1 CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS A seguir, é apresentada a classificação dos produtos perigosos determinada por classes, de acordo com a ONU, assim como é apresentada também a simbologia dos principais produtos perigosos, que é o alvo do transporte de carga e da distribuição física, de maneira geral. Vamos conhecer as nove classes existentes:

 

2 MATERIAIS DIVERSOS E SUAS CARACTERÍSTICAS

a) classe 1 – explosivos: a classe 1 apresenta as seguintes características de

acordo com suas divisões: –  subst substânci ânciaa e artigos com com risco de de explosão explosão em massa; massa; –  subst substânci ânciaa e artigos com risco risco de projeção, projeção, mas sem risco risco de explosão explosão em massa; –  subst substânci âncias as e artigos com risco risco de fogo fogo e com pequeno pequeno risco risco de explosão ou de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em massa; –  subst substânci ânciaa e artigo artigoss que não apresentam apresentam risco signifi significati cativo; vo; –  subst substânci âncias as muito insensív insensíveis, eis, com risco risco de explosão explosão em massa; –  artigos extremam extremamente ente insensí insensíveis veis,, sem risco de explosão explosão em massa. observe, os símbolos que representam cada substância/artigo dessa classe.

Figura 12 - Símbolos de materiais explosivos explosivos Fonte: ABNT NBR 7500, 2004: 2013.

 

VOCÊ SABIA?

As concessionárias das rodovias estaduais e federais brasileiras costumeiramente realizam simulados de acidentes, com vazamento de produtos perigosos para tentar reduzir o número de mortes nessas estradas, a exemplo da Ecovias, concessionária que administra o sistema Anchieta-Imigrantes em São Paulo. Fonte: PRODUTOS PERIGOSOS, 2009.

25

 

26

LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

b) classe 2 – gases perigosos:  a classe 2 refere-se aos gases perigosos, que se

subdividem em três subclasses: –  sub-cla sub-classe sse 2.1 - gases inflamáve inflamáveis: is: são aqueles aqueles capazes capazes de provocar provocar reações térmicas e que, à temperatura de 20ºC e à pressão normal; São inflamáveis quando em mistura de 13% ou menos, em volume, com o ar, ou quando apresentam faixa de inflamabilidade com o ar de, no mínimo, 12%, independentemente independentemente do limite inferior de inflamabilidade; –  sub-classe 2.2 - gases não inflamáveis, não tóxicos: tóxicos: são os gases classificlassificados como asfixiantes e oxidantes ou os gases que não se enquadrem em outra subclasse; –  sub-classe 2.3 - gases tóxicos: tóxicos: os gases tóxicos tóxicos são aqueles, reconhecireconhecidamente ou supostamente, gases tóxicos e corrosivos que constituem risco à saúde das pessoas. Na Figura 13, temos a simbologia dos gases perigosos, na sequência, gases inflamáveis, gases não inflamáveis e tóxicos;

Figura 13 - Símbolos de gases perigosos Fonte: ABNT NBR 7500, 2004: 2013.

c) classe 3 - líquidos inflamáveis: essa classe constitui uma categoria que é

composta por líquidos, mistura de líquidos ou líquidos contendo sólidos em solução ou em suspensão, resultando em vapores inflamáveis com temperaturas de até 60,5ºC.

Figura 14 - Símbolo de materiais líquidos inflamáveis inflamáveis Fonte: ABNT NBR 7500, 2004: 2013.

 

2 MATERIAIS DIVERSOS E SUAS CARACTERÍSTICAS

d) classe 4 - sólidos inflamáveis:  e ssa classe é composta pelos sólidos infla-

máveis que são substâncias sujeitas à combustão (queima) espontânea. Ao entrarem em contato com a água, emitem gases inflamáveis. Estão subdividas em três subclasses: –  sub-cla sub-classe sse 4.1 - sólidos sólidos inflamáveis: inflamáveis: são materia materiais is sólidos sólidos que podem produzir fogo através da fricção (atrito), por alterações químicas espontâneas, pela absorção de água ou por calor retido, pelo resultado da fabricação ou processamento, ou que podem ser prontamente inflamados e queimar vigorosamente; –  sub-cla sub-classe sse 4.2 - substância substânciass sujeitas sujeitas à combustão combustão espontânea espontânea:: as substâncias desta subclasse, quando sujeitas a aquecimento espontâneo em condições normais de transporte ou a aquecimento em contato com ar, podem se inflamar; –  sub-cla sub-classe sse 4.3 - substância substânciass que, em contato contato com com a água, emitem emitem gases inflamáveis: essas substâncias, por interação com a água, podem se tornar espontaneamente inflamáveis ou liberar gases inflamáveis em quantidades perigosas. Observe seus respectivos símbolos na Figura 15;

Figura 15 - Símbolos de materiais sólidos inflamáveis inflamáveis Fonte: ABNT NBR 7500, 2004: 2013.

e) classe 5 – substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos: as substâncias

dessa classe são dividas em duas subclasses: substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos. Vejamos a seguir: – sub-classe sub-classe 5.1 - substânc substâncias ias oxidant oxidantes: es: são substânci substâncias as que podem, podem, em geral pela liberação de oxigênio, causar a combustão de outros materiais ou contribuir para isso; –  sub-classe 5.2 - peróxidos peróxidos orgânicos: orgânicos: são poderosos agentes oxidantes, termicamente instáveis, instáveis, considerados como substâncias explosivas, dede vendo-se ter o cuidado no seu manuseio, evitando o atrito, choque e outras fontes de ignição.

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28

LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

󰀱󰀷 RADIONUCLÍDEOS: Substâncias radioativas.

Figura 16 - Símbolos de substâncias oxidantes e peróxidos peróxidos orgânicos Fonte: ABNT NBR 7500, 2004: 2013.

f) classe 6 - substâncias tóxicas e infectantes: essa classe se subdivide em:

– sub-classe 6.1 - substâncias substâncias tóxicas tóxicas (venenosas): (venenosas): são substâncias capazes de provocar lesões graves, danos à saúde humana e até a morte de um indivíduo se inaladas ou ingeridas, ou se entrarem em contato com a pele. –  sub-classe 6.2 - substâncias substâncias infectantes: infectantes: são substâncias substâncias que contêm ou podem conter patógenos (microrganismos causadores de doenças) capazes de provocar doenças infecciosas em seres humanos ou em animais. veja na figura 17 a simbologia da classe 6.

Figura 17 - Símbolos de substâncias tóxicas e infectantes infectantes ABNT NBR 7500, 2004: 2013.

g) classe 7 – material radioativo: essa classe é composta por qualquer material ou substância que contenha radionuclídeos17;

 

2 MATERIAIS DIVERSOS E SUAS CARACTERÍSTICAS

Figura 18 - Símbolos de substâncias radioativas radioativas ABNT NBR 7500, 2004: 2013.

h) classe 8 – substâncias corrosivas: são substâncias que, por ação química,

causam sérios danos aos tecidos vivos e, até mesmo, ao aço; Em caso de vazamento, danificam ou mesmo destroem outras cargas ou o próprio veículo;

Figura 19 - Símbolos das substâncias e materiais materiais corrosivos ABNT NBR 7500, 2004: 2013.

i) Classe 9 – Substâncias e materiais perigosos diversos: essa classe é for-

mada por substâncias e materiais perigosos diversos. Eles apresentam, durante o transporte, um risco não abrangido por nenhuma das outras classes;

Figura 20 - Símbolo de substâncias e materiais perigosos diversos ABNT NBR 7500, 2004: 2013.

29

 

30

LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

Observação:

Os produtos das classes 3, 4, 5 e 8 e da subclasse 6.1 se classificam, para fins de embalagem, segundo três grupos conforme o nível de risco que apresentam: a) grupo de embalagem I - alto risco; b) grupo de embalagem II - risco médio; c) grupo de embalagem III - baixo risco. Estas classificações trazidas foram determinadas de acordo com as recomendações da Organização das Nações Unidas na sétima edição de sua revista em 1991. A identificação do produto perigoso é feita através de duas formas: retângulos laranjas, que ficam visíveis nos veículos, definidos como Painel de Segurança; e losangos definidos como Rótulos de Risco, que apresentam diversas cores e símbolos que significam a classe de risco do produto a ser identificado.

 FIQUE ALERTA

As autoridades da alfândega portuária exigem que as embarcações de bandeira estrangeira que transportem materiais radioativos apresentem, apresentem, para a admissão no porto, a documentação fixada no “Regulamento para o Transporte com Segurança de materiais radioativos”. Fonte: FREE SERVICE, 2012.

2.5 SEGREGAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS Para a realização de um controle efetivo e um devido monitoramento dos produtos perigosos de um comércio, uma indústria ou mesmo um centro de distribuição deve obedecer às normas regulamentadoras que orientam as atividades de manipulação, movimentação e segregação (separação) desses materiais. Assim, veja no Quadro 2 um modelo de segregação de produtos perigosos, que visa oferecer segurança aos envolvidos nas operações e nas instalações além de atender às principais normas regulamentadoras da atividade.

 

2 MATERIAIS DIVERSOS E SUAS CARACTERÍSTICAS

Tipo de segregação

SENTIDO DA SEGREGAÇÃO LONGITUDINAL

TRANSVERSAL

  VERTICAL

Tipo 1

  Não há restrições

Não há restrições

Permitido um remonte

Tipo 2

Um espaço para contêiner

Um espaço para contêiner

Proibido remonte

ou contêiner neutro

ou contêiner neutro

Tipo 3

Um espaço para contêiner ou contêiner neutro

Dois espaços para contêineres ou Proibido remonte dois contêineres neutros

Tipo 4

À distância de pelo menos 24 metros

Tipo X

Não há nenhuma recomendação geral. Consultar a ficha correspondente em cada produto

À distância de pelo menos 24 metros

Proibido remonte

OBSERVAÇÕES: a) A tabela de segregação anexa, está baseada no quadro de segregação do Código Marítimo Internacional de Mercadorais Perigosas - IMDG/CODE-IMO. b) Um "espaço para contêineres", contêineres", siginifica uma distância de pelo menos 6 metros no sentido longitudinal e pelo menos 2,4 metros no s entido transversal do armazenamento. c) Contêiner neutro significa cofre com carga compatível com o da mercadoria perigosa ( ex: Contêiner com carga geral não alimento ). d) Não será permitido o armazenamento na área portuária de explosivos em geral ( Classe 1 ), radiativos ( Classe 7 ) e tóxicos infectantes ( Classe 6.2 ) Quadro 2 - Modelo de tabela de segregação para contêiner Fonte: SENAI, 2013.

Observe que, no Quadro 2, a recomendação de segregação trata da proximidade entre um contêiner e outro. Temos vários tipos de segregação, com recomendações a partir do sentido, que pode ser longitudinal (no sentido do comprimento), transversal (que cruza, atravessa) e vertical. v ertical. Já no Quadro 3, a segregação obedece a uma regulamentação de limitações máximas de aproximação das embalagens por produto especifico. São nove classes de segregação, informando como deve ser a separação de acordo com as classes.

31

 

32

LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

1.1 1.2 1.5

CLASSE Explosivos 1.1, 1.2, 1.5

*

Explosivos 1.3

*

Explosivos 1.4

1.3

1.4 2.1 2.2

2.3

3

*

*

 4

*

*

4.1 4.2 4.3

5.1 5.2

6.1 6.2

7

8

9

2

2

4

4

4

4

4

4

2

4

2

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x

4

2

2

4

3

3

4

4

4

2

4

2

2

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2

2

2

x

4

2

2

x

*

*

*

2

1

1

2

2

2

Gases inflamáveis 2.1

4

4

2

x

x

x

2

1

2

x

2

2

x

4

2

1

x

Gases não tóxicos, não inflamáveis 2.2

2

2

1

x

x

x

1

x

1

x

x

1

x

2

1

x

x

Gases venenosos 2.3

2

2

x

x

x

2

x

2

x

2

x

2

1

x

x

4

4

2

x

3

2

x

x

Líquidos inflamáveis 3

1

2

2

1

x

2

1

x

1

x

x

1

1

Sólidos Inflamáveis 4.1

4

3

2

1

x

x

x

Substâncias sujeitas à compbustão espontânea 4.2

4

3

2

2

1

2

2

Substâncias que são perigosas quando molhadas 4.3

4

4

2

x

x

x

1

x

  4

4

2

2

x

x

2

1

4

4

2

2

1

2

2

2

Substâncias oxidantes 5.1 Peróxidos orgânicos 5.2 Venenos 6.1

2

Substâncias infecciosas 6.2

4

Materiais radiativos 7

2

Materiais corrosivos 8

Substâncias perigosas diversas 9

4 x

2 4

2

2 x

x

x

4

4

2

2

x 2

1

x 2

1

x

x

x x

3

2

1

x

2

2

1

3

2

1

x

x

2

2

x

2

2

1

x

2

2

x

2

2

2

2

x

1

x

3

3

3

2

2

2

2

2

1

2 2

1

x

2

1

1

x



x

1

1

1

x

x

x

x

x

x

x

x

1

2 x

1

1

3

2

1

3

1

2

x

3

2

2

x

x

1

x

x

x

3

1

x

3

3

x

2

x

3

x

2

x

2 x

x x

3 x

2

x

x

x

x

x

1 - "Longe de" 2 - "Separado de" 3 - "Separado por um compartimento completo" 4 - "Separado longitudinalmente por um compartimento completo" x - A segregação caso haja, é indicada na ficha individual da substância * - Não é permitida a armazenagem na área portuária

Quadro 3 - Modelo de tabela de segregação de produtos perigosos Fonte: SENAI, 2013.

2.6 ARMAZENAGEM DE PRODUTOS PERIGOSOS Nas grandes organizações, encontramos armazéns onde são guardados vários tipos de produtos. Esses produtos podem ser as a s matérias-primas necessárias para o processo produtivo, como também podem ser produtos semiacabados e acabados. Além destes produtos, existem também produtos necessários à manutenção das estruturas e dos equipamentos, que são os produtos perigosos, bem como os combustíveis. O tipo de embalagem utilizada pode tornar a armazenagem vulnerável a alguns riscos, como, por exemplo, a incêndios.

 

2 MATERIAIS DIVERSOS E SUAS CARACTERÍSTICAS

Figura 21 - Exemplo de armazenagem armazenagem de produtos produtos perigosos Fonte: SHUTTERSTOCK, 2012.

A seguir, são dadas algumas recomendações para a armazenagem de produtos químicos perigosos: a) na construção do local de armazenagem, ao menos uma parede terá que estar voltada para o exterior do armazém; b) o local para armazenagem deve ter saída de emergência devidamente sinalizada. Importante destacar a necessidade da existência de sistemas de exaustão de teto para dissipar vapores leves, bem como exaustores no solo para dissipar vapores mais densos; c) o local deve possuir refrigeração ambiente para que a temperatura não ultrapasse 38ºC. A iluminação dever ser composta por lâmpadas à prova de explosão. É importante a presença de extintores contra incêndio e vasos de areia, prateleiras para armazenagem espaçadas, com trave no limite frontal para evitar a queda dos frascos; d) os cilindros de gases devem ser armazenados em locais específicos em posição vertical e presos; e) rede elétrica segura com inspeções periódicas; f) medidas de segurança na armazenagem ar mazenagem de produtos perigosos; g) preparar um relatório informativo sobre a manipulação e a disposição dos produtos químicos perigosos, bem como divulgar esse relatório para todas as pessoas que trabalham na área de armazenagem, expedição e distribuição;

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34

LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

󰀱󰀸 PRODUTO PIROFOSFÓRICO:

i) não armazenar produtos químicos em prateleiras elevadas; Garrafas grandes devem ser colocadas, no máximo, a 60 cm do piso;

Um líquido ou sólido que, mesmo em quantidades pequenas e sem fonte de ignição, pode acender dentro de cinco minutos depois de fazer contato com o ar.

 j) se utilizar armários fechados para armazenagem, ar mazenagem, deve ter aberturas laterais ou na parte superior para ventilação, evitando-se acúmulo de vapores; k) nos espaços de armazenamento, observar e ficar atento aos produtos químicos compatíveis, reservar espaços separados para armazenar produtos com especificidades distintas (corrosivo, solvente, oxidante, pirofosfóricos18, reativo). As áreas (prateleiras) ou os armários de armazenagem devem ser rotulados de acordo com a classe do produto que contém. Nos últimos anos, é perceptível o esforço preventivo que muitas empresas, no Brasil e no mundo, vêm desenvolvendo com temas relacionados à segurança do trabalho, bem como treinamento e conscientização dos colaboradores, buscando evitar a existência de acidentes no manuseio, transporte e distribuição de produtos perigosos.

VOCÊ SABIA?

Que na sinalização de produtos perigosos, caso o painel de segurança não apresente nenhuma identificação, significa que estão sendo transportados mais de um produto perigoso? Fonte: Adaptado de BRASIL, MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, 2006.

Veja na Figura 22, um modelo de ficha de emergência usado no transporte de produtos perigosos para ser utilizado em caso de emergências, isto é, em caso de um acidente com a carga.

 FIQUE ALERTA

No transporte de carga perigosa, é obrigatório que haja o acompanhamento acompanhamento da ficha de emergência emergência preenchida. preenchida. Esta ficha de emergência deve ser preenchida pela área de segurança industrial. Fonte: Adaptado de ABNT NBR 7503, 2013.

 

2 MATERIAIS DIVERSOS E SUAS CARACTERÍSTICAS

Expedidor

Ficha de emergência

Símbolo de risco

Nome do produto Tel: Número da ONU

Aspecto: Riscos Fogo: Saúde:

Ambiente: Em caso de acidente Se isto ocorrer

Vazamento

Fogo

Poluição

Envolvimento de pessoas

Informações do médico

Figura 22 - Modelo de ficha de emergência Fonte: BRASIL; MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, 2006.

Nas empresas que possuem área de armazenamento de produtos perigosos é de fundamental importância que se padronize relatórios informativos quantitativos e qualitativos referentes à armazenagem, movimentação, expedição e distribuição destes produtos.

Figura 23 - Área de armazenamento armazenamento líquido (produtos perigosos) Fonte: SHUTTERSTOCK, 2012.

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36

LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

Na Figura 23, um produto líquido foi armazenado através da tancagem de armazenamento. Este tanque é muito utilizado por empresas que são fornecedoras de produtos químicos, possuindo uma moderna tecnologia de contenção específica para esse tipo de produto, o que denota (destaca) a sua grande utilização por parte das organizações.

CASOS E RELATOS Acidente simulado treina atendimento emergencial

A Ecovias, concessionária que administra o sistema Anchieta-Imigrantes, realizou em 2007, no Km 40 da via Anchieta, um simulado de acidente com vazamento de produto perigoso, para treinar as equipes operacionais de tráfego e do Centro de Controle Operacional para o atendimento de emergência envolvendo vítimas graves. O acidente do PAM (Plano de Auxílio Mútuo) envolveu uma carreta transportando soda líquida, um veículo de passeio com quatro pessoas e um carro capotado incendiado e com duas pessoas sendo lançadas para fora. Após o acidente, foi acionado o PCA-1 (Posto de Comando Auxiliar), equipes do PAM de São Bernardo, Corpo de Bombeiros, equipe de inspeção de tráfego da Ecovias, ambulância da Ecovias e Defesa Civil de São Bernardo. A atividade também integra o Plano de Redução de Acidentes da concessionária, que visa reduzir neste ano em 6% o índice de mortes por acidentes nas rodovias e em 15% o número de mortes por atropelamento. Fonte: BRASIL. MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, 2006.

2.7 RELATÓRIOS DOS PRODUTOS PERIGOSOS Não obstante os benefícios econômicos, financeiros e de qualidade no atendimento e da produtividade associada aos controles internos que as empresas obtêm com a aplicação de um controle eficiente sobre a distribuição física de seus produtos e mercadorias, os Relatórios de Produtos Perigosos são essenciais para o deslocamento desses materiais de um local a outro dentro do território brasileiro, independentemente do modal de transporte escolhido. Desta forma, a distribuição física, transporte e entrega, além das atividades de movimentação,

 

2 MATERIAIS DIVERSOS E SUAS CARACTERÍSTICAS

carregamento e descarregamento dessas mercadorias devem ser bem monitoradas através de relatórios de produtos perigosos. Vale ressaltar que os acidentes envolvendo o transporte rodoviário de produtos perigosos, além de outras modais, representam uma série de terríveis impactos ao meio ambiente devido às propriedades químicas presentes nos materiais transportados, como a corrosividade, a toxicidade toxicidade e a inflamabilidade. inflamabilidade. Acidentes desse tipo podem ocasionar também problemas à saúde e à segurança da população, bem como aos colaboradores envolvidos no processo de movimentação dessas cargas perigosas. Neste sentido, enfatiza-se a importância dos relatórios da distribuição exigidos pelas autoridades de trânsito, que possuem a função de informar aos envolvidos que o material transportado deve ser tratado com a devida técnica de manuseio e cautela, conforme as especificações que a norma referente a esse tipo de mercadoria determina. Veja a Figura 24 um exemplo de relatório exigido pela autoridade de trânsito brasileira para movimentação de produtos perigosos nas rodovias nacionais.

EXPEDIDOR

NÚMERO DE REFERÊNCIA

 CONSIGNATÁRIO

TRANSPORTADOR

Declaração de arrumação Contêiner/ Veículo

NOME / CARGO, ORGANIZAÇÃO DO SIGNATÁRIO.

Declaração: Declaro que a arrumação do Contêiner/ Veículo está de acordo com o disposto na Introdução Geral do IMDG code, parágrafo 12.3.7 ou 17.7.7. Nome do navio/ Viagem no porto de carga

Local e Data  Assinatura do nome do do embalador 

( Reservado para texto e outras informações)

Porto de carga Marca e número, quando aplicável, identificação ou número de registro da unidade

Nº e tipo de embalagnes, nome de expedição / nome técnico correto, classe, divisão de risco, nº ONU, grupo de embalagem / envase, ponto de fulgor ( ºC c.f ), temperatura de controle e de emergência, identificação de mercadoria como Poluetnes Marinhos procedimentos de emergência ( Ems / Fem ) e procedimentos de primeiros socorros ( MFAG ).

Peso bruto Peso líquido

Mercadorias transportadas como: Carga heterogênea Carga Homogênea   Embalagans para graneis Tipo de unidade Contêiner: Aberto   Fechado

OBS: - Nomes comerciais, somente, não são permitidos. - quando for o caso, as expressões: RESÍDUO QUANTIDADE LIMITADA ou VAZIO. SEM LIMPAR, deverão constar junto aos nomes técincos dos produtos. Informações Adicionais:

DECLARAÇÃO:

Pelo presente documento, declaro que os nomes técnicos corretos, nome de expedição acima i ndicados correspondem com exatidão ao conteúdo dessa remessa estando classificadas, embaladas ( embalgens aprovadas ), marcadas, rotuladas e estão sob todos os aspectos em condições adequadas para o transporte, de acordo com as normas nacionais e internacionais.

Nome / Cargo, Companhia / Organização do signatário

Local e Data:  Assinatura e nome do expedidor  expedidor 

Figura 24 - Modelo de relatório de mercadorias perigosas Fonte: BRASIL. MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, 2006.

Todos os relatórios devem transparecer e obedecer necessariamente às normas técnicas e de segurança utilizadas no momento da distribuição física dos

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LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

󰀱󰀹 CONTINGÊNCIA: Emergência, urgência.

itens transportados, observando ainda os respectivos fluxos e as seguintes informações: a) fluxo de todos os produtos perigosos embarcados por período: diário, semanal, mensal e anual;

󰀲󰀰 PORTFÓLIO: É uma coleção de todo o trabalho em andamento na organização.

b) nome e classificação dos produtos transportados; c) plano de contingência20 de atendimento emergencial, relacionando os recursos humanos e materiais disponíveis e padronização dos sistemas de acionamento. De posse desses relatórios, a empresa tem importantes dados estatísti cos da movimentação e das tarefas de armazenag armazenagens ens dos produtos perigosos, além de fundamentar os planos de contingências da área. Fica registrado, no seu portfólio21 comercial, resultados de auditorias especicando as ações corretivas e preventivas, caso tenha acontecido alguma não confor midade nas etapas de movimentação, armazenamento, e distribuição dos produtos perigosos.

No Brasil, regulamentação e responsabilidade pela distribuição e transporte de produtos perigosos, por modal aéreo, é da Agencia Nacional de Aviação Civil (ANAC). Os regulamentos aplicáveis são: o Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC), nº 175, IS nº 175-001 e Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) e estes são baseados nos Regulamentos da International Civil Aviation Organization ( ICAO). ICAO). (FEDEX EXPRESS, 2011).

2.8 KIT PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA PERIGOSA Para o transporte de produtos perigosos, a exemplo dos produtos químicos e dos seus derivados de petróleo, deve ser montado um kit de emergência, vide figura 9, que deve seguir as normas regulamentadoras NBR 9734/9735. Para movimentar cargas perigosas, veículo transportador e/ou almoxarifado, o usuário deve ter em mãos este kit de produtos que deve ser utilizado em caso de emergência. emergência.  A seguir, será apresentada uma relação, com suas respectivas unidades, dos itens que devem compor um kit para manuseio e transporte de carga perigosa: a) capacete aba frontal com carneira – 1 un; b) óculos de proteção ampla visão – 1 un; c) avental em PVC antirrespingos – 1 un; d) bota de borracha tipo cano médio – 1 un; e) luvas em PVC – 1 par;

 

2 MATERIAIS DIVERSOS E SUAS CARACTERÍSTICAS

f) máscara semifacial com regulagem, com um filtro de carvão ativado VO – 1 un; g) calços de madeiras – 4un; h) placa de isolamento autoportante escrita “Perigo Afaste-se” – 4 un; i) kit de ferramentas - 1un;  j) cones laranja e branco refletivo refletivo 75 cm, NBR 15071 15071 – 4 un; k) cones para isolamento de área – 6 un; l) pá ou enxada confeccionada com material antifaísca – 1 un; m) martelo confeccionado com material antifaísca – 1 un; n) manta de absorção – 2 un; o) batoques de madeira – 2 un; p) fita zebrada para isolamento de área - 100 mt; q) tirante de amarração - 10 mt; r) lanterna simples – 1 un; s) pilhas grandes – 2 un; t) lona impermeável – 1 un; u) bolsa – 1 un.

Figura 25 - Kit de emergência emergência Fonte: SHUTTERSTOCK, 2012.

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LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

O transporte de cargas perigosas (combustíveis, produtos químicos, explosivos, entre outros) deve ser realizado por motoristas com a devida experiência, que tenham realizado cursos especiais para movimentação e transporte desse tipo de cargas. A importância da realização desses cursos é devido à necessidade de adequação por parte dos condutores das exigências legais para assumir o comando desses veículos que, além dos riscos normais nesse tipo de atividade e das más condições das estradas, ainda temem a ação dos ladrões de cargas, especialmente quando transportam produtos químicos mais valiosos.

 SAIBA MAIS

Para conhecer mais sobre segurança na movimentação de cargas, consulte o livro Manual do Almoxarife de Vitório Donato, da Editora Ciência Moderna.

De forma a evitar estes incidentes, as empresas devem buscar meca nismos de precaução que diminuam os riscos. Ressalta-se que uma organização pode utilizar alguns destes mecanismos de controle como medidas preventivas ou medidas diárias de proteção. Neste sentido, quanto maiores e melhores forem os mecanismos de controle aplicados sobre uma fonte de perigo, menor será a intensidade do risco. Contudo, embora se consiga atingir altos níveis de minimização do risco adjacente (próximo) ao transporte de matérias perigosas, sabe-se que é impossível eliminá-lo por completo, devido às diversas contingências inesperadas ocorridas por situação provocadas pela natureza (a exemplo das chuvas) ou falhas humanas.

 RECAPITULANDO

Este capítulo abordou o controle de produtos perigosos de acordo com a legislação específica que regulamenta a distribuição física desse tipo de mercadoria. Foi demonstrada a importância de elaboração de relatórios demonstrativos bem fundamentados e coerentes com os riscos atrelados ao manuseio, transporte e distribuição.

 

2 MATERIAIS DIVERSOS E SUAS CARACTERÍSTICAS

Foram descritas as classes e subclasses dos produtos perigosos e foram discriminadas as medidas de segurança pertinentes ao manuseio desses materiais, além das especificações sobre armazenagem, tais como: segregação, armazenagem, distribuição, embalagem e os relatórios pertinentes para controle e monitoramento desses materiais. Também foi demonstrada a necessidade de se tratar corretamente as embalagens e o envasamento de produtos tóxicos considerados perigosos. Com isso, foi percebido que a distribuição eficiente de produtos perigosos requer relatórios pertinentes, que tiveram uma atenção especial neste capitulo.

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Introdução

1 Prezado aluno, Seja bem-vindo ao Curso de Qualificação Profissional em Almoxarife! A Logística será nosso objeto de estudo e ela é, atualmente, o diferencial competitivo para as organizações. Você descobrirá de que maneira esse diferencial se apresenta. Nosso curso tem como competência geral programar e controlar o recebimento de materiais, mediante documentação fiscal do inventário físico, armazenar materiais, mantendo atualizados os registros de localização no almoxarifado, agendando, recebendo, coletando e endereçando materiais, gerando os inventários periódicos, seguindo normas técnicas de segurança e meio ambiente. Este livro, denominado Logística de Recebimento, tem como objetivo aprofundar o conhecimento do aluno nas terminologias da área de Logística abordando assuntos fundamentais do processo logístico como os tipos de cargas, armazenagem de produtos perigosos, recebimento de materiais e seu processo de conferência nos níveis físico e contábil. Esse conhecimento proporciona ao aluno a ampliação da visão crítica sobre uma cadeia de suprimentos Ele está dividido em quatro capítulos, tendo essa introdução como o primeiro. O capítulo 2 apresenta os diversos tipos de materiais, desde os líquidos comuns aos líquidos inflamáveis, os gases e os sólidos. A partir do capítulo 3, aprenderemos as técnicas de recebimento de materiais, diferenciando conceitos básicos do recebimento manual e do automático. Finalizaremos com o capítulo 4, que apresenta as técnicas utilizadas na conferência física, conferência contábil e o sistema Warehouse Management System (WMS). Assim, você será capaz de interpretar procedimentos e identificar equipamentos, processos e documentos.  documentos.  Durante o estudo deste livro, abordaremos tópicos que lhe permitirão desenvolver as seguintes capacidades:

CAPACIDADES TÉCNICAS: a) agendar o recebimento; b) verificar as especificações do pedido; c) verificar disponibilidade de recursos (humanos, materiais, espaço físico etc.);

 

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LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

d) verificar prioridades e nível de urgências; ur gências; e) conferir a documentação com o pedido ao receber materiais; f) conferir quantidades físicas recebidas; g) registrar documento fiscal; h) seguir normas de segurança de movimentação de materiais.

CAPACIDADES SOCIAIS, ORGANIZATIVAS E METODOLÓGICAS: a) buscar o autoaprimoramento; b) conservar os equipamentos e instrumentos; c) consultar manuais, catálogos e publicações técnicas; d) estudar e pesquisar; e) manter a organização e limpeza do local de trabalho; f) ter atenção; g) ter dinamismo; h) ter proatividade; i) ter raciocínio lógico e ser analítico;  j) trabalhar em grupo e individualmente. individualmente. Construiremos um conhecimento que o habilitará a se desenvolver como pessoa, mas, sobretudo, como profissional em Almoxarife, objetivo principal deste e de todos os outros materiais que você verá ao longo do curso. Esperamos que consiga atingir este objetivo ao passo em que se empenhe em dar o seu melhor. Não esqueça que você é o principal responsável por: a) sua formação; b) estabelecer e cumprir um cronograma de estudo realista; c) separar um tempo para descansar; d) não deixar as dúvidas para depois; e) consultar seu professor/tutor sempre que tiver dúvida. Sucesso!

 

1 INTRUDUÇÃO

Anotações:

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Recebimento de materiais

3 Neste capítulo, abordaremos os conceitos e importância que abrangem o recebimento de materiais. O recebimento de materiais é uma etapa importante da Logística, na qual são realizados procedimentos como recepção do veículo transportador, desembarque físico de materiais, conferência dos pedidos e volumes e inspeção de avarias 1. O início do recebimento é marcado pela conferência da documentação fiscal, que consiste basicamente da nota fiscal (NF), dos certificados de qualidade e do conhecimento de transporte2. Na logística, a principal preocupação reside no controle dos fluxos de entrada e de saída (manuseio e movimentação) de materiais, e não na armazenagem propriamente dita. Abordaremos os requisitos necessários para o manuseio de materiais, no que diz respeito ao recebimento, armazenamento, separação e expedição.

Figura 26 - Conferência e recebimento recebimento de materiais Fonte: SHUTTERSTOCK, 2012.

O manuseio de materiais se concentra no almoxarifado, setor da empresa, onde são armazenados, em condições adequadas, os materiais. Há uma diferença básica em manuseio de materiais a granel e materiais embalados. No manuseio a granel, existe a necessidade de equipamentos especiais para o carregamento e o descarregamento. Já no manuseio de materiais embalados não existe essa necessidade de equipamentos considerados especiais.

 

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LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

󰀱 AVARIAS: Estrago, dano.

Nos últimos anos, tem sido recomendada uma série de procedimentos para auxiliar os sistemas para manuseio de materiais. Alguns desses procedimentos são muito importantes, tais como: a) equipamentos de armazenagem e manuseio devidamente padronizados;

󰀲 CONHECIMENTO DE TRANSPORTE: É um documento fiscal que acompanha a carga transportada. Contém informações como o remetente, destinatário, consignatário (terceiro autorizado para receber a carga) se houver mercadoria transportada e composição do valor do frete.

b) o sistema de manuseio de materiais deve ser projetado para proporcionar fluxo de produtos contínuo; c) os equipamentos devem ser comprados de acordo com as necessidades de manuseio; d) os equipamentos de manuseio de materiais comprados devem ser usados o mais intensamente possível; e) os equipamentos de manuseio escolhidos devem ter a menor relação possível entre peso e carga útil movimentada; f) utilização da força da gravidade deve ser aproveitada em projetos de siste-

󰀳 ASCENSOR: Aparelho que serve para elevar ou descer verticalmente as pessoas e os materiais.

mas de manuseio. Vale destacar que, por razões práticas, utiliza-se o termo manuseio de materiais unicamente para os processos por via seca (terrestre). As tecnologias para os processos de movimentação por vias aquáticas são denominadas manuseio de polpa.

󰀴 ROLDANAS: Disco girante com uma ranhadura (depressão alongada encontrada em superfícies anatômicas) ou sulco na periferia por onde passa um cabo, corda ou corrente, usado geralmente para levantar pesos.

󰀵 FORÇA MOTRIZ: Força que imprime movimento motor.

Figura 27 - Manuseio de materiais materiais Fonte: SENAI, 2012.

 

3 RECEBIMENTO DE MATERIAIS

3.1 PLANEJAMENTO DA ÁREA DE RECEBIMENTO O planejamento da área de recebimento de materiais deve seguir os preceitos que regem a sua legislação específica, visando atender às mais diversas variedades, conhecida como norma regulamentadora NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais, conforme listados abaixo: a) os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores 3, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhade empilhadeiras, iras, guinchos, esteiras-rola esteiras-rolantes, ntes, transportadores de diferentes tipos serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança. além disso, serão conservados em perfeitas condições de trabalho;

b) especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas4  e ganchos que deverão ser inspecionados permanentemente, substituindo-se substituindose as suas partes defeituosas;

c) em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida;

d) para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal serão exigidas condições especiais de segurança;

e) os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mãos; f) nos equipamentos de transporte, com força motriz  própria, o operador 5

deverá receber treinamento especíco dado pela empresa que o habihabilitará nessa função;

g) os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portar um cartão de identicação com o nome e fotograa em lugar visível;

h) os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência sonora (buzina);

Figura 28 - Empilhadeira com sinal sonoro Fonte: SENAI, 2012.

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LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

󰀶 UNITIZADAS: Agrupamento de caixas ou embalagens numa carga única, formando um só volume, para manuseio ou transporte. (Bowersox, 1999, p.368)

󰀷 MATERIAIS DE CONSUMO: É todo material que não faz parte do negócio da empresa, não será comercializado, mas é utilizado por ela. Ex.: material de escritório, limpeza, manutenção etc.

i) todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as peças defeituosas ou que apresentem deficiências deverão ser imediatamente substituídas. Uma importante análise dentro do processo de planejamento da área de recebimento se refere ao processo de rastreamento das mercadorias pelo sistema logístico. Este último não pode rastrear os materiais solicitados ao menos que as entradas sejam devidamente planejadas. Por sua vez, as entradas previstas são fundamentais para regularizar o nível de inventário no depósito. As entradas previstas são importantes também para determinar se o usuário recebeu os materiais prometidos pelo fornecedor ou em produção interna. Sem as entradas previstas, o sistema não pode realizar uma ligação entre os pedidos e o material recebido. O objetivo primordial do manuseio é a separação das cargas de acordo com a necessidade dos clientes. clientes. Os almoxarifados contêm materiais, peças peças e produtos acabados suscetíveis de movimento. Assim, para percebe-se importância planejamento da área de recebimento de materiais o bom aandamento dodoprocesso logístico, evitando possíveis contingências dentro do processo produtivo.

3.2 FLUXO DOS MATERIAIS As três principais atividades do manuseio de materiais são: recebimento, manuseio interno e expedição. A seguir, conheceremos o fluxo dos materiais, desde o recebimento até a expedição.

 FIQUE ALERTA

O manuseio de produtos em uma organização deve seguir requisitos que protejam também a saúde do trabalhador. Costumeiramente, Costumeiram ente, ocorrem acidentes de trabalho nas empresas devido ao descontrole operacional no que se refere ao recebimento de materiais.

3.2.1 RECEBIMENTO O recebimento de materiais pode ser realizado de três formas: f ormas: manual, mecânico e automático. Vamos conhecê-los individualmente. a) manual: o recebimento manual acontece quando se exige força física e técnica adequada para recebimento dos materiais. Ressalta-se a preocupação

 

3 RECEBIMENTO DE MATERIAIS

das empresas em não prejudicar, com esse processo, a saúde do trabalhador, em especial a sua coluna. É caracterizado pela chegada de mercadorias e materiais aos almoxarifados em quantidades maiores do que as expedidas (despachadas). Constitui-se dos momentos abaixo, na sequência: –  desembarque físico dos materiais e conferência conferência da documentação; documentação; –  inspeção das mercadorias (procura (procura por avarias). O primeiro procedimento é o desembarque físico dos materiais. Esta atividade normalmente é realizada com o aux í lio lio de equipamentos, conforme observado na Figura 29. Em geral, o descarregamento de veículos é uma atividade que demanda tempo. Portanto, quando as cargas estão unitizadas6, o descarregamento se torna mais ágil.

Figura 29 - O descarregamento descarregamento do veículo Fonte: SHUTTERSTOCK, 2012.

Após a conferência da documentação (que acontece muitas vezes durante o descarregamento), o funcionário que assume o recebimento deve realizar a inspeção da carga. Nesta inspeção, também é verificado se os produtos não sofreram avarias. Se for necessário passar por outra inspeção, as mercadorias são enviadas para a área competente. Em algumas empresas, é a área de Controle de Qualidade que verifica as especificações de um produto. Os materiais recebidos podem ser matérias-primas, insumos, embalagens, produtos semiacabados e produtos acabados no caso de um armazém de distribuição, onde ocorre apenas a reorganização das cargas de acordo com o pedido do cliente. duas situações, a empresa também poderá receber peças, equipa7 mentos ou Nas materiais de consumo .

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LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

󰀸 CONSOLIDAÇÃO: Combinação de materiais de diferentes fontes em um grande carregamento para um destino específico e/ou para determinado cliente. (Bowersox, 2002, p. 316)

Se as mercadorias estiverem danificadas, devem ficar retidas para providências futuras. Se, por fim, estiverem em conformidade tanto em quantidade como em integridade (sem avarias), os níveis de estoque são atualizados e os produtos seguirão para as próximas etapas.

 VOCÊ SABIA?

A lei brasileira determina que o manuseio manual de produtos não pode extrapolar o limite de 60 kg visando à preservação de sua saúde física.

b) mecanizado: o recebimento mecanizado é caracterizado pela combinação de mão de obra manual e equipamentos mecânicos para a movimentação de materiais. O sistema mecanizado minimiza a   mão de obra, utilizando máquina automática ou com controle remoto.

Figura 30 - Recebimento mecanizado Fonte: SHUTTERSTOCK, 2012.

c) automático: o recebimento automático é aquele que acontece através de aparelhagem mecânica, elétrica ou robotizada. Esse tipo de recebimento tem como objetivo principal evitar paradas em uma linha de produção, calculando automaticamente a quantidade de itens necessários para o bom andamento do processo produtivo. Além disso, o recebimento automático proporciona redução de custo, aumento da produtividade e eficácia do sistema.

 

3 RECEBIMENTO DE MATERIAIS

Figura 31 - Processo de recebimento recebimento automatizado automatizado Fonte: SHUTTERSTOCK, 2012.

3.2.2 MANUSEIO INTERNO O manuseio interno de materiais se refere a toda e qualquer movimentação realizada dentro de um armazém ou fábrica (veja a Figura 32). As principais funções do manuseio interno são a seleção dos pedidos e a transferência de materiais. A seleção de pedidos considera os movimentos como reagrupamento de produtos dentro da combinação solicitada pelo cliente. Já a transferência de materiais analisa o movimento físico de produtos para a armazenagem, consolidação 8  e embarque.

VOCÊ SABIA?

Por razões práticas, utiliza-se o termo manuseio de materiais unicamente para os processos de movimentação de materiais que são realizados a curta distância.

A escolha de um sistema de manuseio de materiais é uma das primeiras considerações no processo de planejamento de armazéns e centros de distribuição. Podemos classificar as técnicas de manuseio de acordo com os quatro tipos apresentados abaixo: a) tipos de roteiro; b) tipos de produto; c) tipos de embalagens; d) tipos de equipamentos.

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LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

󰀹 LAYOUT:

Vamos conhecê-los a seguir.

Configuração do arranjo físico da instalação.

󰀱󰀰 TRAÇÃO MECÂNICA: Situação de um corpo submetido à ação de uma força mecânica que tende a alongá-lo.

Figura 32 - Manuseio interno de embalagens embalagens Fonte: SHUTTERSTOCK, 2012.

a) Tipos de roteiros

A depender do destino final, a mercadoria pode seguir diferentes roteiros ou sequências operacionais. A padronização dos movimentos reduz consideravelmente o tempo gasto nas atividades, o que impacta diretamente no custo da mão de obra. Uma economia de segundos, multiplicada por milhares de repetições, pode significar não precisar contratar mão de obra extra em períodos de maior demanda. Assim, veremos, a seguir, os roteiros padrões utilizados numa unidade fabril e num armazém.

3.2.3 ROTEIRO DE UMA UNIDADE FABRIL Dentro de uma fábrica, podem existir diferentes roteiros de acordo com o processo produtivo e seu respectivo arranjo físico (layout 9), mas, em geral, podemos armar que a maioria dos roteiros contempla as seguintes etapas:

a) movimentação de matéria-prima e outros suprimentos da área de recebimento à área de produção: a área de produção pode ser uma linha de montagem, um ambiente composto por diferentes unidades de trabalho ou um local fixo onde todos os recursos (materiais, máquinas e homens) se dirigem na mesma direção. b) ao longo das etapas produtiva s: um produto processado dentro de uma fábrica, em geral, movimenta-se entre as etapas do sistema produtivo. Essa movimentação pode ser feita por meio de equipamentos de movimentação ou pela própria unidade de trabalho, pode deslocar produto há ao mesmo tempo em que o processa. Quandoque existe estoque emoprocesso, também a movimentação dos produtos em processo entre as unidades de trabalho e os estoques.

 

3 RECEBIMENTO DE MATERIAIS

c) da produção para a expedição: quando o produto já está pronto, ocorre a movimentação para a área de expedição. Em muitos casos, antes de embarcarem, os produtos são deslocados para a área á rea de embalagem e, então, para a área de expedição.

VOCÊ SABIA?

Um problema de rota pode envolver diversas origens e destinos, por isso, deve ser resolvido levando em conta as restrições das capacidades de suprimento nos pontos de origem (fontes) e das necessidades de produtos nos pontos de destino (demandas), assim como os custos associados aos diversos caminhos possíveis.

Entre o recebimento e o embarque dos produtos, tanto os insumos quanto os produtos acabados estão sujeitos a serem estocados para equilibrar a produção com a demanda. Assim, podem-se incluir no roteiro de movimentação em uma unidade fabril os movimentos desde a entrada até a saída nesses depósitos internos, conforme esquematizado no fluxograma da Figura 33.

Recebimento

Depósito insumos

Processo produtivo

Depóstios produtos acabados

Embalagem

Expedição

Figura 33 - Fluxograma do roteiro em uma fábrica Fonte: SENAI, 2012.

3.2.4 ROTEIRO DE UM ARMAZÉM Dentro de um armazém, podem ocorrer movimentos (observe a figura abaixo) que caminham em direção à saída do produto. Esses movimentos são: a) da área de recebimento para dentro do armazém em local previamente estabelecido.  Em geral, são deslocamentos realizados por empilhadeiras, 10

quando as cargas estão unitizadas, ou por outros meios de tração mecânica   para cargas maiores. Em alguns casos, este deslocamento pode ser manual.

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LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

b) do armazém para a área de separação à medida que são processados os pedidos. Na área de separação, é realizada r ealizada a composição da carga de acordo com os pedidos dos clientes, utilizando o conjunto e variedade dos produtos disponíveis no depósito. c) da área de separação para a plataforma de carga após realização da composição da carga de acordo com o pedido do cliente. É na plataforma de carga que termina o processo de movimentação interna. Os caminhões são então carregados de acordo com o seu roteiro.

Recebimento

Unitização

Depósito

Composição de carga

Embalagem

Expedição

Figura 34 - Fluxograma do roteiro roteiro em um armazém Fonte: SENAI, 2012.

CASOS E RELATOS

Mudança no fluxo produtivo provoca redução de custos

Uma empresa brasileira fabrica peças de carro para exportação. No caso de uma dessas peças, cada ciclo (recebimento-expedição) custa R$ 46,36. Se, em um dia, em  média, 31 peças são despachadas, o gasto diário com esta movimentação é de R$ 1.437,16. Ao ser analisado o fluxo dessa peça, desde o processo de fabricação até a expedição, foi verificado que a peça percorria 1.800m, sendo 1,100m apenas entre o departamento de produção e o departamento de embalagem. Notou-se que a distância total poderia ser reduzida para apenas 700m se a atividade de embalagem fosse transferida

 

3 RECEBIMENTO DE MATERIAIS

para o próprio departamento de produção. Com isso, foram registrados r egistrados os seguintes resultados positivos: a) eliminação do desperdício de movimentação de materiais e de pessoas; b) menor tempo de resposta ao mercado externo e qualidade do produto; c) eliminação da área de armazenamento temporário no departamento de embalagem e redução de gastos com combustível e de manutenções com as empilhadeiras. Este relato nos mostra como a melhoria no fluxo logístico pode ser feita através de ajustes dentro da própria empresa, como por exemplo, no roteiro da movimentação de materiais. Fonte: REVISTA INGEPRO, 2009. (Adaptado).

 SAIBA MAIS

Para conhecer mais sobre as atividades do profissional de logística, consulte o livro Introdução a Logística da Editora Ciência Moderna.

3.2.3 EXPEDIÇÃO A expedição é uma das atividades mais importantes dentro de um armazém e que se realiza sempre após o processo de embalagem da mercadoria. Ela possui as seguintes atividades: d) preparação dos documentos devidos da remessa; e) verificação exata do pedido do cliente; f) realização da pesagem visando determinar os custos de envio da mercadoria; g) carregamento dos caminhões.

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LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

󰀱󰀱 EDI: Electronic Data Interchange significa troca estruturada de dados através de uma rede de dados qualquer.

󰀱󰀲 ALOCAR: Dispor ou pôr (alguma coisa ou alguém) num local específico.

Figura 35 - Expedição em um armazém armazém Fonte: SHUTTERSTOCK, 2012.

3.3 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO I NFORMAÇÃO APLICADA AO RECEBIMENTO Cada vez mais são utilizados códigos de barras, sistemas de radiofrequência e sistemas de gerenciamento de armazéns, conhecidos como WMS, que gerenciam e agilizam os processos de um armazém. Com sistemas WMS, em conjunto com outras tecnologias, como EDI11, e conectados a empresas de transportes, um armazém saberá com antecedência quando e quais suprimentos deverão chegar e suas respectivas quantidades. Desta forma, 12

poderão se programar e planejar a movimentação dos materiais, além de alocar os recursos (mão de obra e equipamentos) necessários para o recebimento dos   mesmos. O recebimento de materiais e produtos de uma empresa é o intermediário entre as atividades desempenhadas pelo setor de compras e o departamento financeiro, responsável pelo pagamento aos fornecedores. Ou seja, as atividades realizadas no recebimento garantem ou não o pagamento aos fornecedores, após terem atendidas as exigências e solicitações feitas pelo setor de compras da empresa.

 

3 RECEBIMENTO DE MATERIAIS

 RECAPITULANDO

Neste capítulo, você estudou as principais funções do recebimento dos materiais. Além do conceito, foram examinadas as principais classificações do recebimento, de acordo com suas características e funcionalidades, como o recebimento manual, mecânico e automático. Você aprendeu que um processo de recebimento pode ser diferenciado pelo seu nível de automação. Você viu também a importância do estudo dos fluxos dos materiais, podendo significar racionalidade e redução de custos. Aprendemos que o controle dos fluxos dentro de uma área de armazenamento é muito importante. Por fim, vimos que o sistema WMS é uma fermenta que irá auxiliar o profissional de logística.

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Processos de recebimento

4 Após termos observado, no capítulo anterior, as principais atividades executadas em um armazém, vamos relembrar, de forma sucinta, a etapa do recebimento dos materiais. Abordaremos neste capítulo, os processos que ocorrem no recebimento. É importante, em uma organização, ter materiais e demais produtos necessários para a produção posterior De nada compras com eficiência e economia a empresaenão estivervenda. adaptada para adiantará receber osefetuar produtos com rapidez e disposição, ou seja,seé necessária a adoção de práticas que reduzam o tempo de recebimento ao máximo para que a empresa possa produzir e entregar os seus produtos aos seus clientes no momento certo. Caso ocorram atrasos no recebimento de produtos, poderá haver atrasos na linha de produção e demais processos.

Figura 36 - O processo de recebimento Fonte: SENAI, 2012.

A adoção de novos métodos gerenciais e práticas de trabalho juntamente com o desenvolvimento de novas tecnologias têm substituído a velha forma do papel e lápis no recebimento de suprimentos numa empresa. Após a conclusão da transação entre a empresa e os fornecedores para a entrega dos suprimentos, chega a hora das atividades de recebimento e inspeção, já vistos anteriormente, e autorização do pagamento aos fornecedores, que conheceremos neste capítulo.

 

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LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

󰀱 DOCA:

4.1 CONFERÊNCIA

Construção em porto marítimo que serve para o abrigo, conserto

A conferência ou contagem física é uma atividade realizada na chegada dos materiais que se constitui da comparação entre o material físico e a descrição

emercadorias. carregamento de

cadastral. Ela é dividida entre a conferência qualitativa qualitativa e quantitativa quantitativa:: a) conferencia qualitativa: ato de checar as qualidades inerentes ao material; b) conferência quantitativa: quantitativa: ato de checar as quantidades físicas do material.

󰀲 ROMANEIO: É o procedime procedimento nto utilizado entre matrizes e filiais para a transferência de insumos, mercadorias ou produtos que constam em estoque.

Quando o veículo é liberado para o desembarque, este deve ser conduzido para a área de descarga ou doca1 correspondente para que seja feita a descarga dos materiais e, dependendo do tipo de suprimentos, devem-se utilizar os equipamentos de movimentação adequados e observar as normas de segurança na utilização dos mesmos.

Figura 37 - Descarga de suprimentos em doca Fonte: SHUTTERSTOCK, 2012.

Após estacionar o veículo na área de descarga, é feito um exame de possíveis avarias que consiste em verificar a acomodação da carga e as embalagens. Nestas, é observado se não estão violadas ou comprometidas (umidade, quebras ou danos), bem como as proteções.

4.1.1 CONFERÊNCIA QUANTITATIVA A conferência quantitativa é a fase que se refere à checagem física das quantidades recebidas pelo conferente, com a quantidade de produtos que constam na nota fiscal, através de uma contagem. Tal contagem pode ser feita dos seguintes modos: a) manualmente, caso sejam pequenas quantidades de produtos ou componentes; b) matematicamente, matematicamente, pois os cálculos são importantes para os casos de embalagens padronizadas, contendo grandes quantidades;

 

4 PROCESSOS DE RECEBIMENTO

c) com as balanças contadoras contadoras que sustentam grandes quantidades de peças de pequenas dimensões; d) através de pesagens para materiais e produtos de grandes pesos ou volumes. pesoodos produtos será obtido com veículo numa balança. A diferençaOentre peso total (veículo + carga) e oopeso do veículo será o peso dos materiais transportados; e) por meio de trenas e outros recursos como correntes de elos, correia transportadora etc.

4.1.2 CONFERÊNCIA QUALITATIVA A segunda fase compreende a conferência qualitativa, conhecida também como inspeção técnica que visa a confrontar as especificações solicitadas pela empresa no pedido de compras com as especificações apresentadas na nota fiscal do Fornecedor. A fase da inspeção tem como principal objetivo garantir que os materiais e produtos estejam de acordo com o que foi contratado pela empresa. Os principais aspectos da inspeção técnica é a observação das dimensões e das características específicas e o exame das restrições de especificaçã especificação. o. A inspeção do produto pode ocorrer de três formas: nas instalações do fornecedor, no recebimento do produto dentro da empresa e, por razões de segurança, durante as fases do processo de produção do produto. Havendo irregularidades nas especificações, o setor de compras deverá acionar e comunicar de imediato o fornecedor responsável. Ocorrendo recusa por parte da empresa, o fato deverá ser registrado no romaneio2 (observe a Figura 38) e no canhoto da nota fiscal do fornecedor.

Figura 38 - Conferência de materiais Fonte: SENAI, 2013.

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LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

󰀳 PRODUTO INTERNO BRUTO 󰀨PIB󰀩: Representa a soma, em valores monetários, de todosproduzidos os bens e serviços finais numa determinada região, durante um período determinado.

4.1.3 CONFERÊNCIA CONTÁBIL Na terceira e última fase, chamada de regularização, conclui-se conclui-se o processo de recebimento que segue importantes etapas, a saber: a) devida análise e confronto entre os dados constantes da nota fiscal com o pedido de compras; b) conhecimento e checagem do transporte; c) correta checagem das quantidades e especificações com os documentos que atestam a qualidade do produto (laudos de inspeção técnica); d) preenchimento da assinatura e registro do carimbo no canhoto da nota fiscal datado pelo responsável pelo recebimento com seu respectivo registro de identidade (RG). Passando as fases anteriores, os materiais e produtos precisarão ser encaminhados para o depósito ou armazém onde ocorrem lançamentos contábeis, incluídos no estoque físico, após a identificação e endereçamento, atentando para os devidos cuidados, como a análise de documentos. Os principais documentos a serem analisados na regularização são: a) nota fiscal; b) relatórios de recebimento; c) conhecimento de transporte; d) relatório de contagem física; e) parecer dos responsáveis pela inspeção; f) especificações dos produtos; g) catálogos técnicos; h) desenhos.

 VOCÊ SABIA?

Enquanto os americanos gastam apenas 8% do Produto Interno Bruto3  (PIB) com manuseio, transporte e entrega e recebimento de cargas, no Brasil esse índice está na casa dos 12% do PIB, segundo os cálculos de Paulo Fleury, professor da UFRJ. Fonte: REVISTA ISTO É DINHEIRO, n.630 p. ,2009.

No recebimento dos produtos, é importante para uma organização definir os padrões de serviços desejados junto aos fornecedores, de modo a obter um desempenho melhor em toda a cadeia de suprimentos na qual se encontra inserida. Assim, é fundamental o entendimento e o domínio no desempenho dos serviços

 

4 PROCESSOS DE RECEBIMENTO

em todas as etapas vistas acima, durante o recebimento dos suprimentos como forma de alcançar os padrões de serviços desejados pela empresa. E como isto é alcançado? Os fornecedores devem ter em mente quais são as expectativas e exigências desejadas pela empresa de maneira clara e objetiva. Os principais padrões de serviço desejados no recebimento dos suprimentos são: a) entrega dos suprimentos no prazo determinado e nos horários estipulados pela empresa para a entrega dos suprimentos. isto significa entregas programadas; b) entrega dos suprimentos de acordo com o pedido de compra: quantidades e especificações, conforme o pedido; c) produtos sem avarias; d) veículos de transporte apropriados que permitam o descarregamento nas áreas de desembarque; e) documentação exigida pela empresa de acordo com o que foi acordado. É possível que, em muitos momentos, as organizações estabeleçam padrões desejáveis de serviços por meio de negociações, o que implicará na adequação de exigências e expectativas com o que os fornecedores podem oferecer, sem que haja redução na lucratividade, tanto da organização quanto do fornecedor, tendo os objetivos operacionais alcançados. alcançados.

4.2 SISTEMA WMS NO PROCESSO DE RECEBIMENTO O Warehouse Management System (WMS) é um sistema gerenciador de armazém, e como o próprio nome diz, possui a finalidade de gerenciar o estoque de materiais em um armazém, permitindo o bom funcionamen funcionamento to do mesmo. Problemas podem ocorrer dentro de uma empresa quando não há um gerenciamento correto de seus armazéns, como os listados a seguir: a) perda de mercadorias; b) falta de controle dos prazos de validade; c) necessidade de tempos elevados para a localização das mercadorias; d) desconhecimento das quantidades armazenadas; e) formação excessiva de estoques; f) falta de produtos; g) envio de produtos errados para o cliente; h) centralização do conhecimen conhecimento. to.

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󰀴 ACURÁCIA: Exatidão de uma operação operação..

󰀵 LOGÍSTICA REVERSA: Área da logística que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas corresponde correspondentes ntes ao retorno dos materiais/ embalagens ao ciclo produtivo, por meio dos canais reversos. (DONATO, V. 2008)

As empresas administram seus estoques de forma a não gerarem custos para elas. Com o avanço tecnológico e o aumento da variedade e quantidade de produtos foi necessária a utilização de uma ferramenta computacional que ajudasse os processos decisórios da organização. Nesse sentido, o sistema WMS possui vários benefícios como: a) melhoria da acurácia4 dos estoques; b) redução dos estoques; c) controle de validade dos lotes das mercadorias; d) melhoria na ocupação dos espaços físicos; e) redução de tempo no inventário; f) redução no prazo de entrega; g) facilidade de localizaçã localização o das mercadorias;

󰀶 PLANO DE CONTINGÊNCIA: Plano de emergência quando da parada de um sistema.

h) melhoria no processo de recebimento de mercadorias; i) melhoria na agilidade na expedição de mercadorias.

󰀷 INVENTÁRIO: Registro ou catálogo por escrito e por artigos, dos bens, móveis, títulos, papéis de uma pessoa ou organização.

Figura 39 - Fluxo de abrangência de um WMS Fonte: SENAI, 2012.

Essa interação, demonstrada na Figura 39, com a logística reversa5, busca agilizar o fluxo de informações dentro de um armazém melhorando consideradamente a sua operação, seus processos. As separação, atividades compreendem recebimento, inspeção,otimizando endereçamento, estocagem, carregamento, emissão de documentos, trabalhando de forma integrada para atender as necessidades logísticas da empresa.

 

4 PROCESSOS DE RECEBIMENTO

De acordo com o Manual do WMS (2010), os fatores primordiais para o sucesso na implantação do WMS são: a) cadastro correto das normas de paletização; b) definição das regras de movimentação de mercadorias; c) treinamento da equipe responsável por operar o WMS e os processos físicos no armazém; d) simulação do armazém; e) plano de contingênc contingência ia6; f) correto inventário7 inicial; g) projeto de logística e armazenagem. O cadastro único de materiais no WMS é muito importante, sendo intolerável a duplicidade de nomes para o mesmo produto. Os softwares WMS permitem o acesso a uma série de informações que dão auxílio à tomada de decisões. A seguir, serão relacionadas as principais informações que são extraídas dele com um breve descritivo de sua funcionali funcionalidade: dade: a) mercadorias: realiza uma pesquisa das mercadorias contidas no armazém, bem como as suas respectivas características características físicas, lotes, validade, validade, local de armazenamento, armazenamen to, preço etc; b) locais de armazenagem: permite a verificação da capacidade e estrutura de um determinado local do armazém; c) normas de paletização: possibilita que os funcionários consultem as normas básicas de paletização definidas pela empresa em questão; d) ocupação: realiza a consulta da ocupação do armazém, possibilitando a identificação identificaçã o de áreas livres por endereço; e) visões virtuais: realiza uma visualização virtual do armazém, sendo possível animações em2D ou 3D (a depender da configuração do software WMS);

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LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

Figura 40 - Representação Representaçã o virtual armazém Fonte: SENAI, 2013.

f) histórico de movimentações: permite que exista uma rastreabilidade das mercadorias, concedendo que seja visto em etapa do processo logístico a mercadoria se encontra para um maior controle; g) pedidos: oferece a possibilidade de consulta ou realização de pedidos de materiais ou mercadorias que se encontram armazenados; h) gráficos de ocupação: através de gráficos é possível verificar a ocupação das estruturas de armazenament armazenamento; o; i) recebimento: permite que seja visualizada a quantidade produtos recebido no dia, bem como a programação para os demais dias;  j) expedição: permite que seja visualizada a programação de expedição para os demais dias, bem como a quantidade de produtos a serem expedidos no dia.

 FIQUE ALERTA

Atualmente, o sistema WMS é desenvolvido por diversas empresas de software no Brasil, cabendo ao operador logístico a escolha do melhor serviço oferecido por essas empresas.

 

4 PROCESSOS DE RECEBIMENTO

Os softwares WMS, além de fornecerem muitas informações, oferecem uma série de relatórios para serem analisados pelos gestores. É comum, nos softwares de WMS, a possibilidade de integração com diversas tecnologias como Eletronic Data Interchange (EDI), Enterprise Resources Planning (ERP), coletores de dados, código de barras, RFID, entre outras tecnologias.

Figura 41 - Warehouse management system Fonte: SENAI, 2013.

4.3 PROCESSOS DE RECEBIMENTO DE MATERIAIS O recebimento de materiais é realizado pelo profissional em almoxarife. Veremos todos os procedimentos que devem ser realizados. O almoxarife, quandoque recebe material, devee,receber a Notaconsultar Fiscal (NF)ojuntamente com o material estáum sendo entregue em seguida, pedido de compra pendente que deve estar descriminado na NF.

 FIQUE ALERTA

Nunca deve ser atestada nota fiscal sem a simultânea conferência física do material.

Quando o pedido não estiver disponível, o setor de compras deve ser acionado obter na Ficha de Verificação de Materiaispara (FVM), queossedados r eferenecessários, refere à verificaçãoanotando e recebimento de materiais e da aceitação ou não do material. Com essas informações, o almoxarife realiza as seguintes atividades:

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󰀸 NOTA DE DEVOLUÇÃO: Nota fiscal recusada, que não se encontra de acordo com as especificidades da compra.

a) verifica os dados fiscais e de faturamento da nota fiscal, bem como sua conformidade com o pedido; b) verifica se o material que está sendo entregue corresponde ao que consta no pedido e na Nota Fiscal; c) verifica a quantidade do material, utilizando romaneios específicos (aço e madeira), quando necessário; d) comunica ao engenheiro e ao mestre da obra sobre a chegada do material; e) caso o material não seja controlado, devem-se utilizar os dados fornecidos pelo departamento de suprimentos, constantes do pedido de compra; f) preenche todos os campos da FVM, que deve incluir cada verificação, com os respectivos resultados. Em função do resultado é decidido se o lote de materiais será aceito ou não, de acordo com as orientações apresentadas nos itens a seguir.

4.3.1 ACEITE TOTAL DO MATERIAL Não havendo problemas, recebe o material, assina o canhoto, entrega-o ao transportador e libera sua saída do canteiro. Assim, tivemos o aceite total do material.

4.3.2 RECUSA TOTAL DO MATERIAL NO ATO DO RECEBIMENTO Caso o pedido não esteja disponível, temos a recusa total do material no ato do recebimento. Deve-se entrar em contato com o fornecedor e obter os dados necessários, anotando no verso da nota fiscal o motivo da devolução, adotando as seguintes ações: a) informar a ocorrência de problemas ao engenheiro ou ao mestre de obra e recebe autorização para devolução; b) carimbar o verso da nota fiscal, anotando a quantidade e descrição do material devolvido; c) devolver a nota fiscal ao transportador juntamente com o material recusado; d) liberar a saída do transportador da empresa.

 

4 PROCESSOS DE RECEBIMENTO

4.3.3 RECUSA PARCIAL DO MATERIAL Em casos de recusa parcial do material, é necessário informar a ocorrência do problema ao setor de compras e aguardar autorização para devolução do material rejeitado. Em seguida, o almoxarife deve realizar o seguinte procedimento: a) emitir nota fiscal de devolução do material recusado; b) assinar o canhoto; c) devolver o material recusado ao transportador juntamente com o canhoto e com a nota de devolução8; d) liberar a saída do transportador do canteiro. A ficha de verificação de materiais deve ser preenchida em qualquer um dos casos citados acima para materiais controlados. As situações de inspeção e ensaios no recebimento de materiais são identificadas a partir de placas indicativas da seguinte forma: a) material sem placa = aprovado; b) material com placa “não liberado” (reprovado ou em análise). O material não liberado deve permanecer em área delimitada e demarcada para tal fim. Quando algum produto é liberado antes da verificação para fins de utilização urgente, o local de sua aplicação é registrado na ficha de estoque, permitindo assim, o seu recolhimento imediato e sua substituição no caso da detecção de alguma não conformidade. A ficha de estoque tem a finalidade de controlar a movimentação de entrada e saída de materiais em estoque. O produto é registrado individualmente. Para os produtos fornecidos pelos clientes também é utilizada a mesma sistemática de recebimento de material descrita neste procedimento.

4.4 PRINCIPAIS ATIVIDADES NO RECEBIMENTO DE SUPRIMENTOS Trataremos aqui das principais atividades no recebimento de suprimentos. Confira o que está envolvido nesse processo em cada fase a seguir. A Figura 42 mostra todo esse processo em forma de fluxo.

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Figura 42 - Fases do recebimento de materiais Fonte: SENAI, 2012.

4.4.1 ENTRADA DE MATERIAIS A entrada de materiais é a primeira fase no recebimento de suprimentos e diz respeito à entrada dos suprimentos na empresa, o que significa o começo do processo de recebimentos. A conferência da documentação, a liberação do descarregamento e o registro dos dados no sistema são etapas importantes na recepção dos veículos de transportes. Existe uma sequência de atribuições após o transportador ter entrado em contato com a empresa: a) é verificado se há solicitações de compra pela empresa; b) se o recebimento está programado e autorizado para a data em questão ou se fora do prazo acordado no pedido; c) se consta o número de pedido na nota fiscal; d) efetuar a pesagem e conferência, caso necessário; e) registrar no livro de ocorrência as informações referentes ao recebimento.

 

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Figura 43 - Caminhão carregado entrando na empresa Fonte: SHUTTERSTOCK, 2012.

4.4.2 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO FLUXO DAS ATIVIDADES O fluxo de atividades desempenhadas desempenhadas no recebimento de suprimentos desde a compra até a conclusão deste processo pode ser visto resumidamente na Figura 44. Ela é importante, pois demonstra todo o fluxo de recebimento de materiais, bem como parceiros envolvidos em todo o processo.

 FIQUE ALERTA

O recebimento de suprimentos das especificações quantidades contratadas com ofora fornecedor pode com- e prometer a produção e, consequentemente, a venda dos produtos aos clientes.

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󰀹 CROSS DOCKING: É um processo de distribuição onde a mercadoria recebida é redirec redirecionada ionada sem uma armazenagem prévia.

Figura 44 - Fluxo de recebimento de materiais Fonte: SENAI, 2012.

No tópico, a seguir, veremos quais são os objetivos operacionais que devem ser alcançados durante o recebimento dos suprimentos em uma empresa.

CASOS E RELATOS

Benefícios de novas práticas na cadeia de suprimentos

Recentemente, uma empresa do ramo alimentício em Minas Gerais resolveu adotar o sistema cross docking9 para atender às 34 lojas espalhadas por

 

4 PROCESSOS DE RECEBIMENTO

todo o estado. Desta forma, cada filial é atendida por dois fornecedores principais: a matriz, que aumenta o poder de barganha como uma central de compras; e os produtores da região, fornecendo geralmente produtos folhosos e de maior perecibilidade. No geral, os produtos vindos da matriz, que se localiza na ceasa de Minas Gerais, apresentam melhor qualidade que os produtos da região, uma vez que os produtores da região não adotam práticas de qualidade e garantias de entrega e não investem tanto em tecnologias de produção. Porém, existem alguns produtores que são mais eficientes. Cumprem com seus acordos e entregam produtos de qualidade a preços mais baixos até do que os encontrados na ceasa. Esse diferencial de preço se deve, principalmente, ao custo reduzido do frete, dada a localização dos produtores (próximo à empresa) e ao transporte que é feito pelo próprio produtor. Este novo sistema de compras tem gerado benefício para a sociedade local, pois o dinheiro circula na própria região, os produtores conseguem escoar sua produção e os consumidores, por sua vez, se beneficiam com a compra de produtos com preços mais baixos e mais frescos. Fonte: VELOSO, 2009 (Adaptado).

4.5 OBJETIVOS OPERACIONAIS DO RECEBIMENTO DE SUPRIMENTOS Os procedimentos para o recebimento de materiais e produtos em armazém ou depósito são muitos mais complexos do que se imagina. Seus principais objetivos operacionais são: a) conclusão do processo de compras de suprimentos da empresa; b) garantir a entrega de suprimentos para a linha de produção e demais áreas; c) garantir que os suprimentos estejam de acordo com as especificações determinadas por uma organização; d) garantir que as quantidades de suprimentos estejam de acordo com aquilo que foi solicitado; e) programar juntamente e corretamente com os fornecedores e transportadores as chegadas dos veículos, v eículos, bem como os intervalos necessários; f) verificar e checar se o número de docas ou área de descarga é ideal para a quantidade de veículos e suprimentos que estão sendo recebidos;

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LOGÍSTICA DO RECEBIMENTO

󰀱󰀰 PALETEIRAS: Veículos de tração humana utilizados para movimentar pallets no plano horizontal.

g) registrar, por meio de relatórios com indicadores de desempenho, informações referentes ao processo de recebimento, como danos, avarias, rompimentos do lacre de segurança, falta de produtos, atrasos, entre outros; h) verificar a documentação exigida pela empresa no que se refere ao fornecimento: notas fiscais, conhecimento de transporte etc.; i) programar a mão de obra e equipamentos necessários à descarga dos suprimentos. Uma das principais razões de sucesso no processo de recebimento dos suprimentos é a coordenação das atividades entre fornecedores e transportadores de modo que os objetivos sejam alcançados. Qualquer falha ocorrida durante as fases de recebimento deve ser comunicada imediatamente imediatamente aos responsáveis.

 SAIBA MAIS

Para saber como os profissionais da área de suprimentos atuam corretamente durante o recebimento de materiais e produtos, leia “Administração de Materiais Mat eriais – um enfoque prático” prático”,, de João José Viana.

 

4.6 REGRAS DE RECEBIMENTO DE MATERIAIS Segundo Martins (1999), o recebimento de uma empresa é compreendido como a combinação de cinco elementos principais: espaço físico, recursos de informática, equipamento de carga e descarga, pessoas e procedimentos normalizados. Observe a Figura 36.

Figura 45 - Fluxo do processo de recebimento Fonte: SENAI, 2012.

 

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As principais regras a serem observadas durante o recebimento dos suprimentos relacionados a materiais, produtos, equipamentos e veículos envolvem reflexões como: a) quais as dimensões devidas para o descarregamento e fila dos veículos, altura das plataformas, áreas das conferências quantitativas e qualitativas e acesso aos estoques e áreas de produção? b) qual deverá ser a disponibilidade dos recursos de informática como, por exemplo, terminais de leitura ótica de código de barras, EDI, programas de comunicação comunicaçã o com fornecedores e transportadores etc? c) quais serão os equipamentos de movimentação (paleteiras10, empilhadeiras, etc.) a serem utilizados durante o recebimento dos suprimentos? d) a mão de obra a ser utilizada é qualificada e treinada para o desempenho das funções? É importante a contratação de pessoas multifuncionais e com grau de instrução apropriada. Outro ponto a ser destacado é a questão da motivação através de recompensas e remunerações dignas; e) o estabelecimento de procedimentos apropriados e normalizados deve possibilitar aos colaboradores determinar quais são os critérios para execução de cada atividade nas fases citadas nos tópicos anteriores, possibilitando até uma autonomia de decisão; f) o recebimento dos equipamentos e veículos deve observar as especificações, dimensões e demais características acordadas no pedido de compras. Em caso de irregularidades nestes atributos, o departamento de compras deverá ser acionado juntamente com o fornecedor destes suprimentos. O crescimento ou a queda de uma empresa, no atendimento dos seus clientes, depende muito de cada uma das adiantará atividadesrealizar desempenhadas colaboradores de uma organização. De nada a venda depelos produtos se estes não estiverem à disposição dos clientes no tempo certo, com o preço justo ou se o processo de recebimento de produtos não estiver sincronizado com a produção. Como a empresa irá atender aos seus clientes internos ou externos? Toda e qualquer iniciativa de melhoria do desempenho das atividades logísticas deve passar por todas as áreas da empresa em conjunto com os fornecedores e transportadores, para que, assim, a empresa possa atender de maneira satisfatória aos pedidos de seus clientes.

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󰀱󰀱 THROUGHPUT TIME: Tempo de produção.

Figura 46 - Processo de recebimento e armazenagem de materiais Fonte: SHUTTERSTOCK, 2012.

O recebimento de produtos, antes deixado a uma função secundária, ganhou nos últimos anos uma importância enorme, devido ao fato de que os recebimentos de produtos na quantidade certa, com qualidade de vida e nos prazos acordados com os fornecedores permitirão ganhos enormes neste mercado cada vez mais competitivo. Por fim, vimos quais são as fases, as atividades operacionais envolvendo o recebimento dos suprimentos e as regras a serem observadas durante o recebimento.

4.7 O CROSS DOCKING  NA LOGÍSTICA DE EXPEDIÇÃO Algumas mercadorias são recebidas e redirecionadas sem uma armazenagem prévia. Tudo isto faz diminuir o tempo do material em trânsito e o Throughput time11 tem têndencia a ser diminuído. Esta atividade de distribuir as mercadorias sem passar pelo processo de armazenagem é denominada de Cross Docking. Esse  termo é  utilizado dentro dos processos logísticos, especificamente quando da distribuição de produtos com elevados índices de giro e de perecibilidade, em que estes não são estocados, apenas cruzam o armazém indo direto aos pontos de venda sem passar pelo processo de estocagem. Na prática, as operações de Cross Docking exigem algumas etapas, onde os materiais são classificados, consolidados e armazenados por pouco tempo ou não armazenados. Após essas etapas os produtos estarão prontos para sua distribuição. O Cross Docking é usado para diminuir o armazenamento, aumentando aumentando o fluxo entre o fornecedor e o fabricante.

 

4 PROCESSOS DE RECEBIMENTO

Pode ser definida ainda como uma operação do sistema de distribuição na qual os produtos de um veículo são recebidos, conferidos, separados e encaminhados para outro veículo. Isso permite ao gestor a visão de que a sincronização entre o recebimento e a expedição de mercadorias é essencial para a eficiência do processo, podendo ser crítico para a viabilidade da operação.

 VOCÊ SABIA?

O Cross Docking reduz os custos de manuseio, operaciooperacionais e com a armazenagem do inventário. É por isso que esse método logístico é usado em várias indústrias, por exemplo, na distribuição de varejo e do ramo alimentício.

Figura 47 - Esquema simplificado de um processo de cross docking na distribuição distribuição urbana Fonte: SENAI, 2012.

O Cross Docking é um sistema onde os produtos são recebidos em um centro de distribuição, não são estocados, como acontecia até pouco tempo, mas são preparados para a transferência, o carregamento e distribuição ou expedição a fim de que sejam entregues ao cliente ou consumidor imediatamente, ou pelo menos, o mais rapidamente possível. Consiste na transferência ou movimento dos produtos ou mercadorias do ponto de recebimento ou recepção, diretamente para o ponto de expedição e entrega. Esta modalidade influencia diretamente a cadeia de abastecimento permitindo que os responsáveis pelos centros de distribuição se concentrem no fluxo de produtos ou mercadorias e não na armazenagem das mesmas. O Cross Docking funciona recebendo mercadorias de várias localidades, consolidando e encaminhando para seus destinos finais. É uma área de transição e de fluxo contínuo de materiais.

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Figura 48 - Esquema simplificado de um processo processo de cross docking Fonte: SENAI, 2012.

Em um modelo logístico tradicional, os produtos que chegam são conferidos e depois armazenados até a solicitação dos clientes. No Cross Docking os produtos não são armazenados, eles chegam, são conferidos e, à medida que os clientes solicitam ou irão solicitar, os pedidos são processados e enviados. As etapas de recebimento, conferência e processamento existem nas duas operações logísticas. Quando solicitadas pelo cliente, os produtos  são transferidos, através de empilhadeiras, e carregados até os respectivos meios de transportes para serem enviados ao destino final. Todo esse processo passa pela conferência dos códigos de barras para um maior controle na movimentação. As informações mais importantes neste movimento de mercadorias são: a) hora e data do embarque feito pelo fornecedor; b) transportadora utilizada; c) quantidade e código de barras de cada pedido (ordem); d) data e hora de chegada planejada; e) descrição da carga, destino, data e hora de entrega de cada carga de cada transporte.

 

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Com o avanço tecnológico e as diversas ferramentas disponíveis para um maior controle e eficiência dentro de uma empresa, o pedido de uma mercadoria pode ser feito automaticamente pelo cliente devido à integração das informações. Quando existe uma venda, imediatamente o centro de distribuição ou o produtor recebe a informação de uma unidade de forma automática, desencadeando uma ordem de movimentação de mercadorias, depois um envio para o transporte, com o cliente recebendo a mercadoria antecipadamente e nos volumes necessários de forma a repor o seu estoque. Parte deste diálogo entre fornecedores, clientes, centro de distribuição e também as unidades de produção é realizada com sistemas de TI (EDI).

 SAIBA MAIS

Para conhecer mais sobre as técnicas e operações cross docking, consulte o livro Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento de BOWERSOX, Donald, J.

4.8. PROCEDIMENTOS CONFORME A NATUREZA DO NEGÓCIO Dentro do processo de recebimento de mercadorias, vale destacar a importância que o profissional dessa área deve ter quando da diferença existente entre os tipos de mercadorias recebidas. Esse processo de recebimento deve variar de acordo com as especificações da mercadoria, pois o recebimento de cargas perigosas é diferente do recebimento de cargas frágeis, bem como do recebimento de cargas líquidas e assim sucessivamente. Esse cuidado diferenciado para cada tipo de mercadoria deve ser constantemen constantemente te estudado e aplicado dentro de um processo logístico. Providenciar uma estrutura específica dentro de uma organização para as atividades logísticas significa determinar as necessárias linhas de comando, tarefas e responsabilidades que irão garantir o movimento dos bens conforme os planos, além de garantir os replanejamentos quando for preciso. Caso o bom ajuste entre custos e nível de serviço logístico seja crítico para a correta operação de uma empresa, alguém deverá ser encarregado de supervisionar toda movimentação do produto.

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Figura 49 - Recebimento de materiais Fonte: SHUTTERSTOCK, 2012.

 RECAPITULANDO Neste capítulo, abordamos os processos de recebimento, uma das principais atividades desempenhadas após a aquisição dos suprimentos (materiais). Você aprendeu que o recebimento desempenha uma função muito importante na cadeia de suprimentos, visto que é fundamental a verificação quantitativa e qualitativa, bem como a regularização r egularização da documentação dos materiais e produtos que chegam à empresa e são essenciais para o seu funcionamento.

 

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Anotações:

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REFERÊNCIA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7500. Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação movimentação e armazenamento de produtos. Rio de Janeiro, 2003. Emenda 1, de 30.07.2004. ABNT NBR 7500:2004. Versão corrigida 2013. ______ . NBR 7503.Transporte terrestre de produtos perigosos: ficha de emergência e envelope: características, dimensões e preenchimento. Rio de Janeiro, 2013. BRASIL. Ministério dos Transportes. Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988. Aprova o Regulamento do Transporte Transporte Rodoviário dos Produtos Perigosos Perigosos e dá d á outras Providências,( e no art. 2º do Decreto nº 98.973, de 21 de fevereiro de 1990. Aprova o Regulamento do Transporte Transporte Ferroviário de Produtos Perigosos, e dá outras Providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 de fevereiro de 1990. Disponível em:< http://portal.mte.gov.br/portal-mte//>. http://portal.mte.gov.br/portal-mte//>. Acesso em: 12 jul. 2013. ______. Portaria nº 204/97, 20 de maio 1997. Aprova as Anexas Instruções Complementares ao Regulamento dos Transportes Rodoviário e Ferroviário de Produtos Perigoso (Substituído pela Resolução ANT T no. 420 de 12/02/2004). ANTT Disponível em:. servicos/legislacao_de_transito/?te xto=14/>. Acessoem:. Acesso em: 12 jul. 2012.  ______. Movimentação de minério de ferro. 2012. Disponível em: . Acesso em: 12 jul. 2012. ______. Tr em:. Acesso em: 12 jul. 2012.

 

SHUTTERSTOCK. Tr Exemplo.. Disponível em: . Acesso em: 12 jul. 2012. ______. Armazenagem de produtos perigosos. 2012. Exemplo Exemplo.. Disponível em: . Acesso em: 12 jul. 2012. ______. Área de armazenamento líquido: produtos perigosos. 2012. Disponível em:. 992910e85b89f01d204c8c186d6e111 -1-8>. Acesso em: 12 jul. 2012. ______. Kit de emergência. 2012. Disponível em: .Acesso em: 12 jul. 2012. ______. Conferência e recebimento de materiais. 2012. Disponível em:. Acesso em: 12 jul. 2012. ______. O descarregamento do veículo Disponível em:. Acesso em: 12 jul. 2012. ______. Recebimento mecanizado. 2012. Disponível em: < http://www.shutterstock.com/pic2373791/stock-photo-forklift-driver-loading-truck.html?src=91c2d3ea86b388c6f0730291e012c3 1b-1-99>. Acesso em: 12 jul. 2012. ______. Processo de recebimento automatizado. 2012. Disponível em: . Acesso em: 12 jul. 2012. ______. Manuseio interno de embalagens. 2012. Disponível em: . Acesso em: 12 jul. 2012. 2012.

 

______. Expedição em um armazém. 2012 . Disponível em:
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