Logística - Manual
January 23, 2017 | Author: Paulo Borges | Category: N/A
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CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PORTO
MANUAL DO MÓDULO 0400 Operador de armazém - actividades e funções
Formadora: Sónia do Couto e Silva
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Objectivo(s)
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Reconhecer o enquadramento funcional do operador de armazém. Enumerar as actividades do operador de armazém. Definir a postura requerida ao operador de armazém.
Conteúdos Noções de logística e armazenagem
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As diferentes funções na empresa Enquadramento da logística na cadeia de recepção, produção, distribuição e consumo Logística e armazenagem
Actividades do operador de armazém
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Manutenção do armazém Gestão do espaço e acondicionamento Operações de carga e de descarga das mercadorias Controlo dos fluxos de mercadoria Actividades de balanço (inventário) Tecnologias de informação e comunicação no âmbito da actividade Materiais e equipamentos - manuseamento e arrumação Gestão e organização do armazém
Funções do operador de armazém -Operador de empilhador
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Descarga de mercadorias Transporte dos produtos até ao local onde vão ser armazenados Apoio às tarefas de manuseamento de mercadorias, utilizando meios mecânicos (empilhadores)
- Operador de arrumação de mercadoria handler
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Recepção e verificação da mercadoria Arrumação da mercadoria Registo da mercadoria (entradas e saídas) no sistema Carregamento da mercadoria para expedição
- Operador de recolha de mercadoria - picker
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Recolha da mercadoria de acordo com as instruções Etiquetagem e embalamento logístico da mercadoria (caixas, paletes, cintagem, etc.)
- Chefe de equipa
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Supervisão das actividades de armazenamento Controlo do cumprimento das normas de segurança e qualidade Resolução de problemas operacionais
Postura do operador de armazém
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Responsável e profissional Pluridisciplinar (flexível) e com elevado espírito de trabalho em equipa Activo e pró-activo (nomeadamente em questões de segurança) Abertura à mudança Postura ética correcta
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Logística – conceitos e definições Noções de logística e armazenagem O conceito de Logística existe desde a década de 40, sendo utilizado, primeiramente, pelo exército dos EUA. A sua principal função era de abastecer, ou melhor, garantir o abastecimento de toda a tropa norte-americana na 2ª Guerra Mundial, compreendia desde a aquisição dos materiais, até sua distribuição no local correto na hora desejada. Imagine uma tropa sem munição ou comida? Perderia a guerra sem lutar. Segundo o Council of Logistic Management, entidade americana, que possui milhares de associados em todo o mundo, "logística é o processo de planejar, implementar e controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e armazenagem de matériasprimas, stocks durante a produção e produtos acabados. Além das informações relativas a estas atividades, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender aos requisitos do cliente". Com o passar dos anos, esse conceito foi evoluindo, e, na empresa, passou a existir a integração de diversas áreas tais como: produção, transportes, comunicação, stock´s, surgindo um novo conceito que é o Supply Chain ou logística integrada. Para resumir, logística envolve armazenagem e transporte. No exemplo de uma pizzaria delivery, não basta fazer uma excelente pizza ou ter um excelente preço. É imperativa uma excelente entrega, pois de acordo com a vontade dos clientes "os produtos devem estar nos lugares certos, na hora certa, nas quantidades certas, ao menor custo possível". Quem vai querer uma pizza que tem massa de um lado e queijo do outro e totalmente frio? Num ambiente altamente competitivo, os fatores qualidade e preço já não fazem tanta diferença, pois existe certa semelhança entre os concorrentes, mas a entrega certa a um custo baixo determina quem continuará no comércio e quem sairá dele. Daí as empresas começarem a voltar a aplicar conceitos logísticos para transporte e distribuição, ou seja, para continuarem a competir e a sobreviver.
Conceito: A Logística é a área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de uma empresa. Entre as atividades da logística estão: • • • • •
o transporte, movimentação de materiais, armazenamento, processamento de pedidos e gerenciamento de informações.
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História
Desembarque de tratores anfíbios de efetivo militar e provisões na praia de Ibeya, uma pequena ilha na cordilheira Ryukyu, a noroeste de Okinawa.
Desde os tempos bíblicos os líderes militares já se utilizavam da logística. As guerras eram longas e geralmente distantes, eram necessários grandes e constantes deslocamentos de recursos. Para transportar as tropas, armamentos e carros de guerra pesados aos locais de combate eram necessários um planeamento, organização e execução de tarefas logísticas, que envolviam a definição de uma rota, nem sempre a mais curta, pois era necessário ter uma fonte de água potável próxima, transporte, armazenagem e distribuição de equipamentos e suprimentos (Dias, 2005, p. 27). Na antiga Grécia, Roma e no Império Bizantino, os militares com o título de ‘Logistikas’ eram os responsáveis por garantir recursos e suprimentos para a guerra. A verdadeira tomada de consciência da logística como ciência teve sua origem nas teorias criadas e desenvolvidas pelo Tenente-Coronel Thorpe, do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos da América - (em inglês: United States Marine Corps; abreviação oficial: USMC) - que, no ano de 1917, publicou o livro “Logística Pura: a ciência da preparação para a guerra”. Segundo Thorpe, a estratégia e a tática proporcionam o esquema da condução das operações militares, enquanto a logística proporciona os meios”. Assim, pela primeira vez, a logística situa-se no mesmo nível da estratégia e da tática dentro da Arte da Guerra. O Almirante Henry Eccles, em 1945, ao encontrar a obra de Thorpe empoeirada nas estantes da biblioteca da Escola de Guerra Naval, em Newport, comentou que, se os EUA seguissem seus ensinamentos teriam economizado milhões de dólares na condução da 2ª Guerra Mundial. Eccles, Chefe da Divisão de Logística do Almirante Chester Nimitz, na Campanha do Pacífico, foi um dos primeiros estudiosos da Logística Militar, sendo considerado como o “pai da logística moderna” (Brasil, 2003). Até o fim da Segunda Guerra Mundial a Logística esteve associada apenas às atividades militares. Após este período, com o avanço tecnológico e a necessidade de suprir os locais destruídos pela guerra, a logística passou também a ser adotada pelas organizações e empresas civis. Actividades do operador de armazém
Atividades envolvidas A logística é dividida em dois tipos de atividades - as principais e as secundárias (Carvalho, 2002, p. 37): 5
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Principais: Transportes, Manutenção de Stocks, Processamento de Pedidos.
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Secundárias: Armazenagem, Manuseio de materiais, Embalagem, Suprimentos, Planeamento e Sistema de informação.
Logística Uma função essencial na empresa A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planeamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. A logística é um assunto vital. É um facto económico que tanto os recursos quanto os seus consumidores estão espalhados numa ampla área geográfica. Além disso os consumidores não residem, se é que alguma vez o fizeram, próximos de onde os bens ou produtos estão localizados. Este é o problema enfrentado pela logística: diminuir o hiato entre a produção e a demanda, de modo que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem, e na condição física que o desejarem. Numa economia livre é responsabilidade dos empresários proverem os serviços logísticos necessários, e, nos EUA, as empresas enfrentaram esta responsabilidade com notável grau de eficácia e eficiência. Contudo, as empresas operam dentro de um ambiente que muda constantemente, devido aos avanços tecnológicos, às alterações na economia e na legislação, e à disponibilidade de recursos. Portanto, a filosofia da administração altera-se com o tempo, de forma a adaptar-se às novas exigências de desempenho para as firmas. A logística assim representa uma nova visão empresarial, uma nova ordem das coisas.
A concepção logística na empresa A concepção logística de agrupar conjuntamente as atividades relacionadas ao fluxo de produtos e serviços para administrá-las de forma coletiva é uma evolução natural do pensamento administrativo. As atividades de transporte, stocks e comunicações iniciaram-se antes mesmo da existência de um comércio ativo entre regiões vizinhas. Hoje, as empresas devem realizar essas mesmas atividades, como uma parte essencial de seus negócios, a fim de prover seus clientes com os bens e serviços que eles desejam. Entretanto, a administração de empresas nem sempre se preocupou em focalizar o controlo e a coordenação coletivas de todas as atividades logísticas. Somente nos últimos anos é que ganhos substanciais nos custos foram conseguidos, graças a coordenação cuidadosa dessas atividades. Os ganhos potenciais resultantes de se rever a administração das atividades logísticas está a transformar a disciplina numa área de importância vital para uma grande variedade de empresas.
A logística como fundamento para o comércio A logística também tem importância numa escala global. Na economia mundial, sistemas logísticos eficientes formam bases para o comércio e a manutenção de alto padrão de vida nos países desenvolvidos. Os países, assim como as populações que os ocupam, não são 6
igualmente produtivos. Assim, muitas vezes certa região detém uma vantagem sobre as demais, no que diz respeito a uma especialidade produtiva. Um sistema logístico eficiente permite uma região geográfica explorar suas vantagens inerentes pela especialização de seus esforços produtivos naqueles produtos que ela tem vantagens e pela exportação desses produtos às outras regiões. O sistema permite então que o custo do país (custos logísticos e de produção) e a qualidade desse produto sejam competitivos com aqueles de qualquer outra região. Alguns exemplos passados desta especialização são: a indústria electrónica japonesa, a agricultura e as indústrias de computadores e aviação americanas; e o domínio de vários países no fornecimento de matérias-primas como petróleo, ouro e cromo. Custos logísticos são um fator-chave para estimular o comércio. O comércio entre países e entre regiões de um mesmo país é frequentemente determinado pelo fato de que as diferenças nos custos de produção podem mais do que compensar os custos logísticos necessários para o transporte entre regiões. Enquanto os EUA, o Japão e os membros da Comunidade Económica Europeia gozam de alto padrão de vida e trocam mercadorias livremente devido à eficiência de seus sistemas logísticos, muitas porções do mundo, como partes do Sudeste Asiático, África e América do Sul, ainda apresentam sistemas de transportes e armazenagem inadequados para apoiar um comércio extensivo. Por isso, estes povos são forçados a uma auto-suficiência localizada e um padrão de vida relativamente baixo. Uma diferença crítica entre estas duas situações é o ponto no qual se situa o desenvolvimento dos seus sistemas logísticos. Quanto maior e mais sofisticado for seu desenvolvimento, e quanto mais baratas forem suas movimentações e armazenagens, mais livre será a troca de mercadorias e maior será a especialização do trabalho. Sem tal desenvolvimento, o comércio assim como o conhecemos não ocorre.
Problemas logísticos permanecem A relevância logística é influenciada diretamente pelos custos associados ás suas atividades. Fatores de peso estão a influenciar o incremento dos custos logísticos. De entre eles, os mais relevantes são: o aumento da competição internacional, as alterações populacionais, a crescente escassez de recursos e a atratividade cada vez maior da mão-de-obra no Terceiro Mundo. O aumento do comércio internacional indica que a especialização do trabalho continua a acontecer numa escala mundial. Os desafios logísticos que resultam desses movimentos internacionais devem ser resolvidos. À medida que esses problemas puderem ser solucionados, todos poderão beneficiar-se de mercadorias de melhor qualidade e menor custo. Grandes esforços já foram feitos para o desenvolvimento de sistemas logísticos mais e mais eficientes. Ainda resta muita coisa por fazer para se alcançar o nível ótimo de eficiência e eficácia no suprimento e na distribuição por todo o mundo e também na economia doméstica.
Por que estudar logística? Muitas pessoas estudam logística porque é assunto, além de interessante, essencial, o que certamente as torna mais informadas. Contudo, existem motivos mais pragmáticos para se despender algum tempo a aprender este assunto.
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Não existe talvez nenhuma razão mais importante para um jovem do que a perspectiva de um bom emprego ou, para o executivo ambicioso, do que a perspectiva de uma posição melhor. A maioria das firmas de serviços ou agências e instituições governamentais, assim como todas empresas privadas, necessitam do auxílio de um especialista em logística em variados graus. Acontece que a demanda por profissionais em logística tem sido superior à oferta de pessoal treinado, sendo esta escassez, particularmente aguda nos níveis de gerência. Isto tem levado à contratação de pessoal externo à organização logística e sem experiencia ou formação na área. Muitas companhias procuram pessoas com diplomas em transportes ou logística. Os cargos iniciais são, em geral, nas áreas de tráfego ou armazenagem e, em menor grau, em operações, stocks e vendas. Futuramente, as condições económicas tornarão a logística um campo mais atrativo do que é hoje. Não se espera que a economia doméstica cresça como no passado, devido à menor taxa de natalidade, a limitações da disponibilidade de fontes de matérias-primas e à maior competição com produtores estrangeiros. Por isso, as companhias mudarão seu foco de gerenciar o seu crescimento para competir por maior participação de mercado. Quando isso acontecer, maior atenção será dada à distribuição, que pode consumir 15 a 20 % do PNB. Quando um mercado experimenta rápido crescimento, pode-se tolerar distribuição ineficiente, pois ainda assim as empresas podem manter-se rentáveis. Entretanto, quando se compete por maior participação no mercado, distribuição eficiente e eficaz pode ser a vantagem necessária para se tornar competitivo. Considere outra tendência importante. Muita atenção tem sido dada à disponibilidade de alimentos para abastecer a população mundial. Estima-se que 1/3 do suprimento de alimentos perecíveis é perdido durante a distribuição. Tendências como esta tornarão importantes e bem remunerados aqueles cargos responsáveis pelo fluxo de materiais, assim como pela entrega de serviços.
ATIVIDADES PRIMÁRIAS A definição anterior identifica aquelas atividades que são de importância primária para o atingimento dos objetivos logísticos de custo e nível de serviço. Estas atividades-chaves são: • Transportes. • Manutenção de stocks. • Processamento de pedidos. Estas atividades são consideradas primárias porque ou elas contribuem com a maior parcela do custo total da logística ou elas são essenciais para a coordenação e o cumprimento da tarefa logística. Transportes: para a maioria das firmas, o transporte é a atividade logística mais importante simplesmente porque ela absorve, em média, de um a dois terços dos custos logísticos. É essencial, pois nenhuma firma moderna pode operar sem providenciar a movimentação das suas matérias-primas ou dos seus produtos acabados de alguma forma. A Sua importância é 8
sempre sublinhada pelos problemas financeiros colocados para muitas empresas quando há uma greve ferroviária nacional ou quando as empresas de transportes paralisam as suas atividades devidos a aumentos de combustíveis. Não é incomum denominar tais eventos de desastres nacionais. Os mercados não podem ser atendidos e produtos permanecem no canal de distribuição para deteriorarem-se ou tornarem-se obsoletos. “Transportes” refere-se aos vários métodos para se movimentar produtos. Algumas das alternativas populares são os meios rodoviários, ferroviário e aeroviário. A administração da atividade de transporte geralmente envolve decidir-se quanto ao método de transporte, aos roteiros e à utilização da capacidade dos veículos. Manutenção de stock: Geralmente, não é viável providenciar produção ou entrega instantânea aos clientes. Para se atingir um grau razoável de disponibilidade de produto, é necessário manter stocks, que agem como “amortecedores” entre a oferta e a demanda. O uso extensivo de stocks resulta no fato de que, em média, eles são responsáveis por aproximadamente um a dois terços dos custos logísticos, o que torna a manutenção de stocks uma atividade-chave da logística. Enquanto transporte adiciona valor de “lugar” ao produto, o stock agrega valor de “tempo”. Para agregar este valor dinâmico, o stock deve ser posicionado próximo aos consumidores ou aos pontos de manufatura. O número normalmente grande destes pontos de stock e os altos custos associados a manter estes produtos armazenados, em geral entre 25 e 30% do valor do produto por ano, requerem administração cuidadosa. A administração de stocks envolve manter níveis tão baixos quanto possível, ao mesmo tempo que provê a disponibilidade desejada pelos clientes. Processamento de pedidos: Os custos de processamento de pedidos tendem a ser pequenos quando comparados aos custos de transportes ou de manutenção de stocks. Contudo, processamento de pedidos é uma atividade logística primária. Sua importância deriva do fato de ser um elemento crítico em termos do tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes. É também, a atividade primária que inicializa a movimentação de produtos e a entrega de serviços. Além disso, estas três atividades logísticas podem ser colocadas em perspectiva notando-se sua importância naquilo que pode ser chamado de “ciclo crítico de atividades logísticas”. O tempo requerido para um cliente receber um pedido depende do tempo necessário para entregar o pedido. Como o resultado final de qualquer operação logística é prover serviço por conseguir mercadorias para os clientes quando e onde eles quiserem, estas três atividades são centrais para cumprir esta missão. Por isso elas são chamadas de atividades primárias.
Atividades de apoio Apesar de transportes, manutenção de stocks e processamento de pedidos serem os principais ingredientes que contribuem para a disponibilidade e a condição física de bens e serviços, há uma série de atividades adicionais que apoia estas atividades primárias. Elas são: • •
Armazenagem. Manuseamento de materiais. 9
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Embalagem de proteção. Obtenção. Programas de produtos. Manutenção de informação.
Armazenagem: Refere-se à administração do espaço necessário para manter stocks. Envolve problemas como localização, dimensionamento de área, organização física, recuperação do stock, projeto de docas ou baias de atracação e configuração do armazém. Manuseamento de materiais: Está associada com a armazenagem e também apoia a manutenção de stocks. É uma atividade que diz respeito à movimentação do produto no local de stocks – por exemplo, a transferência de mercadorias do ponto de recebimento no depósito até o local de armazenagem e deste até o ponto de despacho. São problemas importantes: seleção do equipamento de movimentação, procedimentos para formação de pedidos e balanceamento da carga de trabalho. Embalagem de proteção: Um dos objetivos da logística é movimentar bens sem danificá-los além do economicamente razoável. Um bom projeto de embalagem do produto auxilia a garantir movimentação sem quebras. Além disso, dimensões adequadas de empacotamento encorajam o manuseamento e armazenagem eficientes. Obtenção: É a atividade que deixa o produto disponível para o sistema logístico. Trata da seleção das fontes de suprimento, das quantidades a serem adquiridas, da programação das compras e da forma pela qual o produto é comprado. É importante para a logística, pois decisões de compra têm dimensões geográficas e temporais que afetam os custos logísticos. A obtenção não deve ser confundida com a função de compras. Compras inclui muitos dos detalhes de procedimento (por exemplo, a negociação de preço e avaliação de vendedores), que não são especificamente relacionados com a tarefa logística; daí o uso do termo obtenção como substituto. Programação do produto: Enquanto a obtenção trata do suprimento (fluxo de entrada) de firmas de manufatura, a programação de produto lida com a distribuição (fluxo de saída). Refere-se primariamente às quantidades agregadas que devem ser produzidas e quando e onde devem ser fabricadas. Não diz respeito à programação detalhada de produção, executada diariamente pelos programadores de produção. Manutenção de informação: Nenhuma função logística dentro de uma firma poderia operar eficientemente sem as necessárias informações de custo e desempenho. Tais informações são essenciais para correto planeamento e controlo logístico. Manter uma base de dados com informações importantes – por exemplo, localização dos clientes, volumes de vendas, padrões de entregas e níveis dos stocks – apoia a administração eficiente e efetiva das atividades primárias e de apoio.
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TRAÇANDO TENDÊNCIAS EM LOGÍSTICA Hoje, a logística empresarial é um campo fascinante e em expansão, com potencial para alta administração. Não era o caso de 20 anos atrás. O que levou a este dramático crescimento e interesse? Para todos os efeitos, a prática moderna da logística empresarial, configura nova disciplina. Isto não significa que as atividades essenciais de transporte, manutenção de stocks e processamento de pedidos são novidades. Entretanto, foi só recentemente que uma filosofia integrativa esteve disponível para guiar seus passos.
O LUGAR DA LOGÍSTICA NA EMPRESA As Empresas vêm executando funções logísticas há muito tempo. Uma visão moderna é rearranjar as atividades existentes na firma de modo que o bom gerenciamento seja facilitado. Isto significa que algumas atividades consideradas como responsabilidade única da produção ou do marketing devem ser reagrupadas. Como é que a logística se relaciona com a produção e o marketing? A responsabilidade primária do marketing é gerar lucros para a firma. Isto é feito através de vários meios promocionais (propaganda, incentivo de preços, etc.), oferta de produtos e pesquisas de mercado. A produção preocupa-se principalmente com a formação do produto ou serviço e o controle de qualidade, ao mesmo tempo que minimiza o custo unitário de produção. Para alcançar este objetivo, deve cuidar do corpo administrativo do sistema de produção, do planeamento de capacidade, do controle de qualidade e da programação de processo. Uma vez que a logística é responsável pela movimentação e armazenagem de produtos, então transporte, manutenção de stocks, armazenagem e manuseamento de materiais devem ser os seus principais focos de interesse. Estrategicamente, a logística ocupa uma posição intermediária entre produção e marketing. Como é impossível dividir as funções de uma empresa sem alguma sobreposição de responsabilidade pelo menos em alguma delas, atividades de interface devem ser criadas. Estas são aquelas que devem ser gerenciadas por duas ou mais áreas. O profissional de logística deve tratar com estas áreas de limbo entre a produção e o marketing. Formação de preços ou embalagens são exemplos de atividades administradas conjuntamente por logística e marketing. A formação de preços tem componentes tanto geográficos quanto competitivos. Já compras e programação de produção são exemplos de áreas de interface entre logística e produção. A produção deve adquirir bens a custo e qualidade aceitáveis, enquanto a logística se preocupa com a localização de fontes de suprimentos e os tempos para abastecimento. O setor de compras toma estas decisões. A programação de produção toma decisões similares. Ela se interessa pela sequência e tamanho dos lotes de produção a serem fabricados, enquanto a logística novamente se preocupa com a localização e os tempos da produção. Arranjos administrativos tradicionais agrupam estas atividades sob diversos rótulos funcionais, criando a necessidade de coordenação interfuncional para algumas importantes atividades logísticas.
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Funções do operador de armazém
O Operador de Armazenagem é o profissional que efectua as operações de recepção, codificação, armazenagem, movimentação, expedição e inventariação de mercadorias, tendo em vista a optimização do funcionamento do armazém. ACTIVIDADES PRINCIPAIS • •
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Efectuar as operações de entrada e expedição de mercadorias em armazém, de acordo com procedimentos técnicos, funcionais e de segurança definidos. Efectuar a movimentação e acondicionamento das mercadorias no armazém assegurando a sua manutenção e conservação, de acordo procedimentos técnicos, funcionais e de segurança definidos. Participar na elaboração de inventários, executando actividades de identificação e de controlo das mercadorias e dos materiais.
OPERADOR DE EMPILHADOR
O QUE É UM EMPILHADOR? É um veículo auto propulsor, construído para Levantar, Transportar e Posicionar materiais. COMO FUNCIONA ? As cargas são carregadas em garfos, com movimentos para cima e para baixo, sobre um quadro situado na parte dianteira do veículo. As rodas traseiras são direcionais e as dianteiras são de Tração. PRINCÍPIOS FÍSICOS Os empilhadores baseiam-se no Princípio Físico da alavanca em que temos um contrapeso para permitir apanhar, levantar ou abaixar a carga. Com isto o empilhador funciona com uma gangorra, onde a carga colocada nos garfos deve ser equilibrada pelo peso da máquina.
O ponto de apoio é o eixo das rodas dianteira
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O contrapeso da traseira contrabalança o peso suportado sobre os garfos. O fulcro ( ponto de apoio e balanço) está localizado no centro das rodas de propulsão. Evidentemente quanto mais afastada for a carga, maior será a tendência do empilhador tombar sobre as rodas de tração. A escolha do tipo de pneus é em função das condições de Operação, Local, Piso, Rampa e Distância a ser percorrida. Pneus com câmara de ar - são usados em serviços pesados, operações externas e terrenos irregulares; Pneus maciços -usado onde o empilhamento é alto e onde são requeridos pequenos diâmetro.
REGRAS GERAIS NAS OPERAÇÕES COM EMPILHADORES Na condução do veículo: • • •
Deve-se estar corretamente instalado no comando e utilizar corretamente os comandos da máquina; Nunca conduzir com as mãos ou sapatos gordurosos ou molhados e nem sentido malestar (comunique ao seu chefe); Evitar qualquer parte do corpo fora dos limites do veículo.
Na circulação com o veículo: • • • • • • • • •
É o condutor que deve evitar as pessoas e não o oposto; Ser muito prudente, seguir o percurso reservado aos veículos de carga e vigiar cuidadosamente a carga; Para cruzar com outro equipamento, chegar-se à direita; A escolha do tipo de pneus é em função das condições; É proibido passar por baixo dos garfos da Empilhador, estando com ou sem carga; e também puxar ou empurrar vagões ou outros veículos; Observar os sinais e placas de avisos existente indicando mudança de direção; Com ou sem carga, nunca circular com os garfos elevados; deixar sempre um espaço mínimo de 15 cm entre o garfo e o piso; Conduzir sempre em velocidade reduzida, e em terreno ondulado, acidentado ou escorregadio, manter firme o volante para prevenir golpe da direção; Não manobrar a empilhador em rampas.
Regulamentos: •
Não é permitido que qualquer pessoa sem a formação adequada, opere empilhadores;
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Proceder a Verificação diária do equipamento.
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Verificar a cada inicio de operação: • • • • •
O estado geral da máquina quanto às avarias e o estado do extintor de incêndio; O bom estado dos pneus, a eficácia dos travões e o funcionamento da buzina; O funcionamento dos sistemas de elevação, inclinação e direção; Se o equipamento apresenta algum tipo de “vazamento”. Verificar antes do início das atividades diárias, o estado geral e o funcionamento do equipamento ( testar os pontos vitais ), e comunicar qualquer irregularidade que notar durante o trabalho;
Observar a sinalização e estar sempre atento. Seja consciente na sua tarefa diária; • • • • • • •
Ficar sempre atento aos pedestres nos deslocamento e manobras. Manter distância segura, utilizando a buzina; Com ou sem carga, manter sempre os garfos a 15cm do piso durante os deslocamentos; Nunca eleve ou transporte qualquer tipo de carga em um só garfo; Não transportar pessoas em qualquer parte do Empilhador; Nunca permita a passagem de pessoas e/ou equipamentos sob a carga elevada; Ficar sempre atento à capacidade do Empilhador; verifique o peso da carga a levantar ou transportar; Não opere sem protetor contra queda de cargas ; Se a carga estiver a obstruir a visão, transite de marcha a ré, exceto se estiver a subir rampas. REGRAS GERAIS
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Todo o empilhador deve estar equipada com : Alarme de marcha atrás, Luz de travões, Pirilampo de sinalização superior e retrovisores; Tenha sempre certeza de que o peso a ser transportado, está de acordo com a capacidade do empilhador; A capacidade do empilhador deve estar identificada em local visível; Circular na área com velocidade máxima de 10 km/h; Não fumar, não usar rádio ou telemóvel durante as operações; Nunca movimentar o empilhador com os garfos elevados; Nunca usar o empilhador para elevar ou levantar pessoas;
O espelho retrovisor é um equipamento muito importante, utilize-o.
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Jamais permitir que um pedestre permaneça em baixo de partes elevadas de um veículo.
Reduza a velocidade nos cruzamentos mesmo providos de semáforos ou espelhos panorâmicos
Obedeça a sinalização.
A frase ‘Tome Cuidado” aplica-se também a si como operador, conduza cuidadosamente onde pedestres se movimentam.
Não é permitido operar Empilhadores sem a formação adequada;
Requisito legal O Dec. Lei 50/2005 relativo às prescrições mínimas de segurança e de saúde para a utilização pelos trabalhadores de equipamentos de trabalho refere: "... os equipamentos de trabalho automotores só podem ser conduzidos por trabalhadores devidamente habilitados..."
O Código do Trabalho, Lei 7/2009, no seu artº 127º refere que o empregador deve: "...Contribuir para a elevação da produtividade e empregabilidade do trabalhador, nomeadamente proporcionando--lhe formação profissional adequada a desenvolver a sua qualificação...".
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O Código do Trabalho, Lei 7/2009, no seu artº 133.º refere que o conteúdo da formação contínua é determinada por acordo ou, na falta deste, pelo empregador, caso em que deve coincidir ou ser afim com a atividade prestada pelo trabalhador.
Decreto-Lei n.º 50/2005 de 25 de Fevereiro
Para efeitos do presente diploma, entende-se por: a) «Equipamento de trabalho» qualquer máquina, aparelho, ferramenta ou instalação utilizado no trabalho; b) «Utilização de um equipamento de trabalho» qualquer actividade em que o trabalhador contacte com um equipamento de trabalho, nomeadamente a colocação em serviço ou fora dele, o uso, o transporte, a reparação, a transformação, a manutenção e a conservação, incluindo a limpeza; c) «Zona perigosa» qualquer zona dentro ou em torno de um equipamento de trabalho onde a presença de um trabalhador exposto o submeta a riscos para a sua segurança ou saúde; d) «Trabalhador exposto» qualquer trabalhador que se encontre, totalmente ou em parte, numa zona perigosa; e) «Operador» qualquer trabalhador incumbido da utilização de um equipamento de trabalho; f) «Pessoa competente» a pessoa que tenha ou, no caso de ser pessoa colectiva, para a qual trabalhe pessoa com conhecimentos teóricos e práticos e experiência no tipo de equipamento a verificar, adequados à detecção de defeitos ou deficiências e à avaliação da sua importância em relação à segurança na utilização do referido equipamento; g) «Verificação» o exame detalhado feito por pessoa competente destinado a obter uma conclusão fiável no que respeita à segurança de um equipamento de trabalho; h) «Reconversão de andaime» a operação da qual resulte modificação substantiva da estrutura prevista na concepção inicial do andaime.
Artigo 32.º Utilização de equipamentos móveis 1—Os equipamentos de trabalho automotores só podem ser conduzidos por trabalhadores devidamente habilitados. 2—Se os equipamentos se movimentarem em zonas de trabalho, devem ser estabelecidas e respeitadas regras de circulação. 16
3—Os trabalhadores não devem deslocar-se a pé nas zonas em que operem equipamentos de trabalho automotores, excepto se a deslocação for necessária para a execução dos trabalhos e houver as medidas adequadas a evitar que sejam atingidos pelos equipamentos. 4—Os equipamentos de trabalho móveis accionados mecanicamente só podem transportar trabalhadores em lugares seguros previstos para o efeito. 5—Se for necessário efectuar trabalhos durante a deslocação, a velocidade dos equipamentos de trabalho previstos no número anterior deve ser reduzida tendo em conta essa circunstância. 6—Os equipamentos de trabalho móveis com motor de combustão só devem ser utilizados em zonas de trabalho em que haja atmosfera respirável suficiente para evitar riscos para a segurança ou saúde dos trabalhadores.
Artigo 33.º Equipamentos de trabalho de elevação de cargas 1—Os equipamentos de trabalho desmontáveis ou móveis de elevação de cargas devem ser utilizados de modo a garantir a sua estabilidade durante a utilização e em todas as condições previsíveis, tendo em conta a natureza do solo. 2—A elevação de trabalhadores só é permitida com equipamentos de trabalho e acessórios destinados a essa finalidade, sem prejuízo do disposto no número seguinte. 3—Excepcionalmente, os equipamentos de trabalho destinados a outra finalidade podem efectuar a elevação de trabalhadores, desde que haja as medidas necessárias para garantir a sua segurança, nomeadamente que o posto de comando esteja ocupado em permanência e os trabalhadores disponham de meios de comunicação e de evacuação seguros. 4—É proibida a presença de trabalhadores sob cargas suspensas ou a deslocação de cargas suspensas por cima de locais de trabalho não protegidos e habitualmente ocupados por trabalhadores, excepto se a boa execução dos trabalhos não puder ser assegurada de outra forma e se forem adoptadas as medidas de protecção adequadas.
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O que significa a palavra Handler? Este termo apresenta uma certa dificuldade em função de existirem vários termos próximos. Significa: manipular, manusear, manobrar, tratar, lidar, gerenciar, manter, etc.
Quais as funções do operador de arrumação e mercadoria Handler •
Recepção e verificação da mercadoria
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Arrumação da mercadoria
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Registo da mercadoria (entradas e saídas) no sistema
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Carregamento da mercadoria para expedição
Actividade de recepção e verificação As actividades necessárias para a recepção são: • • • • • • • • • • • •
Identificar o veículo de transporte; Bloquear as rodas do veículo; Verificação do selo do veículo; Posicionar e fixar a dockboard; Paletizar ou encaixotar conforme for apropriado; Descarregar o veículo; Preparar a contagem do material recebido; Comparar a contagem com a guia de remessa; Separar artigos na categoria vendável ou não vendável: Libertar o veículo; Preparar o relatório dos produtos recebidos; Despachar os artigos.
Os requisitos do armazém para a recepção são: • • • • •
Área suficiente para estacionamento e manobras dos veículos; Existência de dockboards; Área suficiente para paletizar ou contentorizar; Área suficiente para colocar artigos antes de os despachar; Escritório para guardar documentos e elaborar relatórios.
Algumas características importantes do armazém para a recepção: • •
Fluxo de materiais linear entre os veículos, zona de ordenação de mercadoria e áreas de armazenagem; Fluxo contínuo sem paragens (congestionamentos) excessivos; 18
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Uma área concentrada de operações, que minimize a movimentação de materiais e aumente a eficiência da supervisão; Movimentação eficiente de materiais; Operações seguras; Minimização de estragos; Fácil de limpar.
Arrumação da mercadoria Não existe nenhuma norma que regule o modo como os materiais devem estar dispostos no armazém, porém essa decisão depende de vários factores. Senão veja-se: Arrumação por agrupamento Esta espécie de armazenagem facilita a arrumação e busca de materiais, podendo prejudicar o aprovisionamento do espaço. É o caso dos moldes, peças, lotes de aprovisionamento aos quais se atribui um número que por sua vez pertence a um grupo, identificando-os com a divisão da estante respectiva (Krippendorff, 1972, p. 110). Arrumação por tamanho, peso e característica do material Neste critério o talão de saída deve conter a informação relativa ao sector do armazém onde o material se encontra. Este critério permite um melhor aprovisionamento do espaço, mas exige um controlo rigoroso de todas as movimentações (Krippendorff, 1972, p. 110). Arrumação por frequência O controle através da ficha técnica permite determinar o local onde o material deverá ser colocado, consoante a frequência com que este é movimentado. (Krippendorff, 1972, p. 110). Arrumação com separação entre lote de reserva e lote diário Esta armazenagem é constituída por um segundo armazém de pequenos lotes o qual se destina a cobrir as necessidades do dia-a-dia. Este armazém de movimento possui uma variada gama de materiais (Krippendorff, 1972, p. 111).
Arrumação por sectores de montagem Neste tipo de armazenagem as peças de série são englobadas num só grupo, de forma a constituir uma base de uma produção por família de peças. Este critério conduz à organização das peças por prioridades dentro de cada grupo (Krippendorff, 1972, p. 111).
Registo da mercadoria (entradas e saídas) no sistema Tendo em vista os riscos em que as empresas ficam suscetíveis no mundo dos negócios, aos escândalos de fraudes em grandes corporações, existem também os riscos relacionados às questões operacionais. Onde a administração de certa forma detém maiores controles sobre suas atividades e gestão. 19
Um dos meios eficientes para assegurar que a empresa tenha um desempenho satisfatório, é o uso contínuo dos sistemas de controles internos através do registo e mercadoria – entradas e saídas no sistema. Estes proporcionam segurança para a administração na busca que seus objetivos e metas estabelecido sejam atingidos.
Carregamento da mercadoria para expedição A expedição é uma actividade de armazém que se realiza depois de a mercadoria ser devidamente embalada e inclui as seguintes tarefas: • • • • •
Verificar se aquilo que o cliente pediu está pronto para ser expedido; Preparar os documentos da remessa (informação relativa aos artigos embalados, local para onde vão ser enviados); Pesagem, para determinar os custos de envio da mercadoria; Juntar as encomendas por operador logístico (transportadora); Carregar os camiões (tarefa muitas vezes realizada pelo transportador)
- Operador de recolha de mercadoria – picker Recolha da mercadoria de acordo com as instruções Existem determinados princípios que se aplicam em qualquer actividade de picking, independente do tamanho, volume, tipos de stock, necessidades do consumidor e tipos de sistemas de controlo de operações do armazém, princípios esses que devem guiar o posicionamento de produtos dentro da área de armazenagem assim como o fluxo de informação e documentos (Medeiros, 1999). Assim o operador de armazém deve ter em conta que a recolha de mercadorias deve ser exclusivamente feita respeitando as instruções do produto, sendo obrigatório que as mesmas o acompanhem. Há que respeitar o manuseamento de determinados produtos/mercadorias pois se assim não for os mesmos podem ser prejudiciais para o próprio operador de armazém. Podem algumas mercadorias requerer:
o uso de equipamentos específicos para o seu manuseamento; estarem expostas a determinadas temperaturas estarem expostas a um determinado grau de humidade estarem expostas a uma determinada luminosidade …
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Etiquetagem e embalamento logístico da mercadoria (caixas, paletes, cintagem, etc.) EMBALAGEM: é o recipiente destinado a envolver, conter, ou proteger qualquer material sólido, líquido, ou gasoso, a partir do processo de fabricação, ou captação desses elementos. A acomodação dos bens em embalagens pode ser da responsabilidade do fornecedor, da transportadora, de empresas especializada no embalamento. Independentemente de quem assuma a responsabilidade desta tarefa, ela implica que se estabeleça que tipo de embalagem é a mais adequada à natureza dos bens a expedir. Esta etapa é crucial para assegurar a chegada dos bens ao destino em boas condições. Quando se embala para exportar é importante recordar que quanto mais manuseados (HANDLED) forem os bens, maior é o risco de perda (LOSS), roubo (THEFT) ou dano (DAMAGE). Porque vários tipos de transporte estão envolvidos no envio. O processo de embalagem, rotulagem e etiquetagem é o planeamento sistemático de determinados processos de forma a permitir a correcta correspondência entre as duas famílias seguintes de palavras: Família 1) Natureza da Mercadoria:
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Frágil/Handle with care Perecível/Pereshible Urgente/Urgente Perigoso/Dangerous Inflamável/Flamabble Valioso/Valuable Volumoso/Large Sensível ao Calor/No Heat Sensível à Humidade/No Moist
A definição da natureza da mercadoria e sua marcação no volume embalado chama-se Rotulagem. ROTULAGEM: tem a função de transmitir a imagem da empresa, observando as regras de identificação do produto de acordo com a legislação do país importador. Sendo assim, deve-se informar acerca da legislação antes de criar os rótulos para o seu produto. A marcação dos volumes, feita pelo próprio exportador, é a identificação das mercadorias e do lote a ser embarcado. Esse procedimento tem a função de individualizar as mercadorias, facilitando a sua identificação por parte do importador e das autoridades alfandegárias e fiscais, tanto no embarque quanto no desembarque.
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Família 2) Tipo de Embalagem:
Palete/Pallet - Plataforma de madeira à qual será amarrada a mercadoria com o objectivo de ser transportada facilmente pelos empilhadores.
“Paletização: Utilização de plataforma de madeira ou estrado destinado a suportar carga, fixada por meio de cintas, permitindo sua movimentação mecânica com o uso de garfos de empilhador ou guindastes mecânicos específicos para esse fim, obedecendo padrões, onde permite que o guindaste movimente a pallet por dois lados ou por quatro lados com seus garfos, permitindo ainda que a carga seja paletizada, envolvida em filme PVC.”
Cartão/Carton Caixa de Madeira/Crate Bidão/Drum Barril/Barrel Saco de juta ou ráfia/Sack
Estes são os tipos de embalagem mais comuns no processo de expedição inter-modal. As suas medidas e composição são padronizadas por legislação internacional com vista à harmozinação entre os vários tipos de veículos de transporte de mercadorias.
- CHEFE DE EQUIPA As funções do chefe de equipa passam por: • Supervisão das actividades de armazenamento • Controlo do cumprimento das normas de segurança e qualidade • Resolução de problemas operacionais
POSTURA DO OPERADOR DE ARMAZÉM • • • • •
Responsável e profissional Pluridisciplinar (flexível) e com elevado espírito de trabalho em equipa Activo e pró-activo (nomeadamente em questões de segurança) Abertura à mudança Postura ética correcta
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ALGUNS TERMOS UTILIZADOS EM ARMAZENAGEM - Core Process – Processo principal da organização, relativo a atividade para a qual a organização formou-se; - Lead Time – É a diferença de tempo entre o início e o término de uma atividade qualquer, muito utilizado para a indicação do tempo para suprimento do stock de um item. - ABC – Activity Based Costing ou Custeio Baseado em Atividades. Método contábil que permite que a empresa adquira um melhor entendimento sobre como e onde realiza seus lucros. - ACF - Attainable Cubic Feet ou Espaço Cúbico Permitido. - ANSI X12 - Um conjunto de normas promulgadas pelo American National Standards Institute, para uso na formatação e manuseio de documentos relacionados a compra transmitidos via EDI. - APS - Advanced Planning Scheduling ou Planejamento da demanda do suprimento, programação, execução avançada e otimização. - Assemble to order - Só é fabricado por encomenda. - AWB - Air Waybill ou Conhecimento de Transporte Aéreo. - Backflushing ou Baixa por Explosão - Baixa no stock do grupo de peças e componentes utilizados na montagem ou fabricação de determinado equipamento ou produto. - Back Order - Pedido em atraso. - Back Scheduling - Programação Retrocendente. - Back to Back - Consolidação de uma única expedição em um MAWB (Master Air Waybill - Conhecimento Principal de Transporte Aéreo) abrangendo um HAWB (House Air Waybill - Guia de Transporte Aéreo emitida por um expedidor). - Backlog - Pedido pendente. - Benchmarking - Verificar o que as empresas líderes no seu segmento de mercado estão utilizando de processos e adaptar o modelo, de acordo com o seu dia a dia (próprias características). - Bill of lading - Manifesto marítimo. - Bonded Warehousing - Armazém Alfandegado. - Brainstorming (tempestade de idéias) - Um grupo de pessoas tendo idéias sobre um determinado assunto ou problema, sem censura, com alguém estimulando a todos e anotando tudo falado. - Break-Bulk - Expressão do transporte marítimo, significa o transporte de carga geral ou fracionadas. - Budgets - Orçamento. - Bulk Cargo - Carga à granel, ou seja, sem embalagem. - Bulk Carrier - Navio graneleiro, ou seja, próprio para o transporte de cargas à granel. - Bulk Container - Contêiner graneleiro, ou seja, próprio para o transporte de cargas à granel. - Bulk Storage - Estocagem à granel. - CIF - Cost, Insurance and Freight ou Custo, Seguro e Frete. Neste caso, o material cotado já tem tudo embutido no preço, ou seja, é posto no destino. - CIP - Cariage and Insurance Paid To ou Transporte e Seguro Pagos Até. - Code Stitching - Tecnologia que permite decifrar e reconstruir os códigos de barras danificados ou truncados. - Core Business - Relativo ao próprio negócio ou especialidade no negócio que faz. - Cost Drivers - Fatores Direcionadores de Custos. - CPT - Cariage Paid To ou Transporte Pago Até. - Cross Docking - É uma operação de rápida movimentação de produtos acabados para expedição, entre fornecedores e clientes. Chegou e já sai (transbordo sem estocagem). - DAF - Delivered At Frontier ou Entregue na Fronteira.
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- Demurrage ou Sobreestadia - Multa determinada em contrato, a ser paga pelo contratante de um navio, quando este demora mais do que o acordado nos portos de embarque ou de descarga. - DEQ - Delivered Ex QUAY ou entrega no cais. O vendedor entrega a mercadoria no cais do porto de destino. - DES - Delivered Ex SHIP ou Entrega no Navio. - ETA - Expressão do transporte marítimo, que significa dia da atracação (chegada). - ETS - Expressão do transporte marítimo, que significa dia da saída (zarpar). - EVA - Economic Value Added ou Valor Econômico Agregado. - FAS - Free Alongside Ship ou Livre no Costado do Navio. O vendedor entrega a mercadoria ao comprador no costado do navio no porto de embarque. - FCA - Free Carrier ou Transportador livre. O vendedor está isento de responsabilidades, no momento que entrega a mercadoria para o agente indicado pelo comprador ou para o transportador. - FOB - Free On Board ou Preço sem Frete Incluso (posto a bordo). Tem algumas variações de FOB. Pode ser FOB Fábrica, quando o material tem que ser retirado e FOB Cidade, quando o fornecedor coloca o material em uma transportadora escolhida pelo cliente. - Forecasting - previsões de tempo. - Fulfillment - atender no tempo e no prazo. É o conjunto de operações e atividades desde o recebimento de um pedido até sua entrega. - Layday ou Laytime - estadia do navio no porto, que significa período previsto para acontecer a operação (atracar, carregar e zarpar). - Outsourcing - Provedores de serviços ou terceirização. - Pick and Pack - separar os materiais e etiquetar, embalar, etc. - TKU - Toneladas por quilômetro útil. - TMS - Transportation Management Systems ou Sistemas de Gerenciamento de Transporte.
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