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March 31, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Inovação Educacional Adilson Dalben

 

© 2020 por Editora e Distribuidora Educacional S.A. odos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo otocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de inormação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e Distribuidora Educacional S.A.

Presidência Rodrigo Galindo

Gerência Editorial Fernanda Migliorança

Vice-Presidência de Produto, Gestão e Expansão Julia Gonçalves

Editoração Gráfica e Eletrônica Renata Galdino Luana Mercurio

Vice-Presidência Acadêmica Marcos Lemos

Supervisão da Disciplina Vanessa Moreira Crecci

Diretoria de Produção e Responsabilidade Social Camilla Veiga

Revisão écnica Iara Gumbrevicius Vanessa Moreira Crecci

Imagens Adaptadas de Shutterstock. odos os esorços oram empregados para localizar os detentores dos direitos autorais das imagens reproduzidas reproduzidas neste livro; qualquer eventual e ventual omissão será corrigida em uturas edições.

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Dados Internacionais Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Dalben, Adilson. D137i Inovação educacional / Adilson Dalben. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2020.   219 p.   ISBN versão digital 978-65-5903-015-6 978-65-5903-015-6   1. Educação. 2. Inovação. 3. Prática Pedagógica. I. ítulo. CDD 370 Raquel orres CRB-6/2786 2020 Editora e Distribuidora Educacional S.A. Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza CEP: 86041-100 — Londrina — PR  e-mail: editora.educacio editora.educacional@kroton. [email protected] com.br Homepage: http://www.kroton.com.br/

 

Sumário Unidade 1

endências e inovação na área educacional ............................................... 9 Seção 1

Inovaçãoo educacional............ Inovaçã ........................ ........................ ....................... ....................... ........................ ............10 Seção 2

As tendências na área educacional ............ ....................... ....................... ........................ ................26 Seção 3

As inovações na educação ............................... ........................................... ........................ .................... ........41 Unidade 2

As metodologias ativas ............ ........................ ........................ ....................... ....................... ........................ .................... ........57 Seção 1

Modelos centrados na aprendizagem ativa ...................................59 Seção 2

Alguns modelos de metodologias ativas ................................. ....................................... ......75 Seção 3

Aprendizagem ativa e protagonismo .............................................94 Unidade 3

Personalização Personaliza ção do ensino ............ ........................ ....................... ....................... ........................ ........................ .............. 114 Seção 1

O ensino adaptado aos ritmos e necessidades de cada aluno...... aluno.................. ........................ ........................ ....................... ....................... ........................ ................. ..... 116 Seção 2

Possibilidades Possib ilidades de apr aprendizagem endizagem individualizada ................... ...................... ... 131 Seção 3

Projetos educativos personalizados .............. .......................... ........................ ................... ....... 146 Unidade 4

Inovações pedagógicas ancoradas em tecnologias digitais ................. .................161 Seção 1

Inovação, Inovaçã o, tecnologia e realidade .............. ......................... ....................... ........................ .............. 163 Seção 2

Aprendizagens Ap rendizagens por meio das tecnologias digitais dig itais ..................... .....................183 Seção 3

Recursos e conteúdos digitais ....................... ................................... ........................ ................... ....... 200

 

Palavras do aut autor or

A

disciplina Inovação Educacional é um convite para uma viagem no tempo. Em alguns momentos dessa viagem iremos para o passado, a fim de entender o mundo educacional de hoje. Para isso, vamos refletir sobre os impactos que algumas inven invenções ções e propostas metodológicas de ensino tiveram sobre a educação no passado e que moldam até hoje nossa orma de agir. Será, também, uma viagem ao uturo, porque teremos que exercitarr o pensament exercita pensamentoo sobre quais competências e habilidades nossos alunos deverão ter para começarmos a ormá-los hoje; afinal, educar é ormar para o uturo e dar os o s contornos de como será esse uturo. Como essa disciplina coloca oco nessa ormação para o uturo, você poderá reconhecer as potencialidades e limitações de muitos recursos com tecnologia digital já usadas cotidianamente para o acesso, produção e compartilhamento de inormações, mas que são desconsideradas nos ambientes escolares. Ou seja, são práticas que estão no “tempo presente” ora da escola, mas que ainda parecem de “um uturo tão distante” dentro dela. Enquanto proessor, seu grande desafio será trazer para a escola toda a interação mediada pela cultura digital que já existe ora da escola. Uma cultura que modifica não somente a orma de interação entre as pessoas, mas também a linguagem e o uso da linguagem. Isso é muito importante importante para que toda essa interação com as inormações permitam a construção de conhecimentos científicos e éticos para as práticas sociais dos mais dierentes campos de atividade humana. Nessa disciplina você terá a oportunidade de explorar um novo azer pedagógico, criando novas relações entre entre as pessoas pess oas e entre as pessoas pesso as e esses recursos tecnológicos. Esse novo azer pedagógico é o significado que damos à Inovação Educacional, que a cada instante assume um novo significado. Afinal, o que é inovação agora, deixará de ser daqui a pouco.

Como em toda viagem, você terá acesso a muitas inormações e poderá  vivenciar ormas de comunicação comunicação dierent dierentes es – que nesse nesse momento momento são consiconsideradas novas, mas certamente serão modificadas de uma orma muito célere. Nessa vivência você colocará em uso essas inormações em novos ambientes virtuais como blogs, plataormas adaptativas e comunidades  virtuais, entre entre outros. outros. Ao longo da disciplina serão dadas orientações para que você experiment experimentee essas novas ormas de interação, mediadas por alguns dos recursos digitais.

 

Por Por isso, esperamos que você siga nossas orientações e se s e arrisque na busca de novas experiências. Use as aprendizagens para construir outras aprendizagens. Nesta disciplina, essa viagem no tempo está dividida em quatro unidades. Na primeira unidade, endências e Inovação na Área Educacional, você irá ao passado para perceber que a sociedade sempre passou por modificações devido às demandas sociais, econômicas e culturais. Compreenderá o quanto a educação, com a Constituição Brasileira de 1988 e com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (LDB/96), é ruto dessas modificações que, ao mesmo tempo, induzem outras. Nesse início, nossa intenção é construir um panorama geral sobre o que significa inovar em educação. Você verá que essa inovação não está necessariamente vinculada aos recursos digitais. Você também compreenderá o que significa ter como oco as competências no centro da organização curricular. Vai entender como o hibridismo e a personificação do ensino está relacionada à equidade. Na Unidade 2, as Metodologias Ativas serão apresentadas e você perceberá a importância de o aluno assumir um papel ativo no processo de sua própria aprendizagem, deixando no passado o papel de mero receptor. Não se trata de uma proposta nova, mas sua implementação requer uma postura inovadora do proessor, da escola e do sistema de ensino. Na Unidade 3, o enoque passa a ser na personalização do ensino, e para isso destaca-se o quanto o uso de tecnologias digitais motiva o aluno a assumir o protagonismo protagonismo no processo de construção de seu próp próprio rio conhecimento. A personalização do ensino é importante porque os alunos aprendem de ormas e ritmos dierentes. Nessa unidade você aprenderá a integrar os recursos digitais ao currículo c urrículo escolar. Muitas das tecnologias digitais normalmente usadas ora de escola serão apresentadas nessa última unidade. Você perceberá que as ações para trazê-las para o interior da escola são Inovações Pedagógicas ancoradas em ecnologias Digitais, título dado a ela. Após essa viagem, com uma nova experiência e conhecimentos relacionados à cultura c ultura digital, você estará apto para acompanhar acompanhar os avanços tecnológicos, incorporando-os à sua prática pedagógica. Ao final desta disciplina você estará est ará apto a: • Compreender Compreender as inovações educacionai educacionaiss como possibilidades diversificadas atreladas ou não às tecnologias digitais, promovendo promovendo o desen volvimento  volvimen to de indivíduos produtores produtores de inovação de orma criativa, crítica e ética.

 

desenvolvimento nvolvimento e avaliação de projetos • Atuar no planejamento, dese educacionais inovadores, contribuindo para o desenvolvimento de conteúdos, atividades e erramentas e promovendo processos de aprendizagem mais significativos, interativos e colaborativos. • Utilizar estratég estratégias ias de ensino que avoreçam a integração entre conteúdos e problemas reais, respeitando o ritmo e individualidades e promovendo o desenvolvimento de competências para a atuação em uma sociedade plural. Destaca-se, também, que em diversos momentos aremos reerências à Base Nacional Comum Curricular (B󰁒ASIL, 2018), que tem sido chamada de BNCC. Com isso, a intenção desse componente curricular também será sensibilizá-lo para as competências gerais da BNCC. Uma delas inclusive está  vinculada à utilização das tecnologias digitais de inormação inormação e comunicação comunicação de orma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar inormações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva (B󰁒ASIL, 2018). Com essas competências, certamente, você será um “Inovador Educacional”! Bons estudos!

 

Unidade 1 Adilson Dalben

endências e inovação inovaç ão na área educacional educ acional Convite ao estudo Estudar as endências e Inovação na Área Educacional, título dessa unidade, é muito instigante porque significa perceber o mundo em que vivemos hoje e projetar o uturo. E nós temos tudo a ver com isso, afinal nós, proessores, estamos estamos sempre produzindo o uturo, mudando a vida das pessoas e da sociedade. É nessa linha de pensamento que desejamos que mergulhe nos estudos propostos nas três seções dessa unidade. Iniciaremos pensando sobre o que é Inovação Educacional, mas antes visitando os significados de inovação e educação e depois entendendo o quanto ela esteve sempre presente ao longo de toda a história da educação. A partir disso, vamos refletir sobre as tendências da área educacional e perceber que ela está totalmente vinculada às tendências da sociedade. Por fim, na última seção, vamos nos apropriar das inovações as quais nós, proessores, estaremos envolvidos para sermos ao mesmo tempo inovadores. Ao final dessa unidade, você terá um entendimento mais elaborado de como as inovações educacionais, por meio dos recursos tecnológicos digitais ou não, são necessárias para promover a ormação de seus alunos a lunos a fim de que eles sejam construam seus conhecimentos por meio da produção e acesso de inormações de maneira criativa, crítica e, principalmente, principalmente, ética. Esse seu entendimento sobre as Inovações Educacionais é essencial para a sua prática docente, envolvendo o planejamento, o desenvolvimento e a avaliação de projetos educacionais, que necessariamente deverão ser inovadores. A inovação deverá azer parte seus projetos para que eles possam cumprir o objetivo de garantir a aprendizagem de seus alunos, em um processo de ensino que seja mais significativo, interativo e colaborativo. A interação e a colaboração devem ser prom promovidas ovidas nas atuais estratégias de ensino que você adotará, e os recursos tecnológicos estão disponíveis para isso. Daí a importância de seu conhecimento sobre essas inovações tecnológicas para que você possa incorporá-las em suas aulas e, assim, avorecer a integração entre conteúdos e problemas reais, respeitando o ritmo e as potencialidades de seus alunos. Aproveite!

 

Seção 1

Inovação educacional Diálogo aberto Atualmente, quando você ouve alar em inovação, é provável que venha a sua cabeça situações modernas com imagens de telas de computadores, celulares ou arteatos relacionados relacionados à inteligência artificial. E quando se ala em inovação educacional, é igualmente provável que você imagine aulas com computadores, celulares e internet ou alguma outra tecnologia. Mas por que será que são essas imagens que vêm imediatamente à cabeça e não outras? Será, então, que as inovações educacionais só existem com esses recursos e arteatos tecnológicos? É importante lembrar que tecnologia não é sinônimo de arteato tecnológico. É comum as pessoas afirmarem que usam a tecnologia, quando estão usando computadores ou celulares. Isso é um equívoco. Por exemplo: o computador e o celular são arteatos tecnológicos. A tecnologia é todo conhecimento conhecimen to conceitual e de técnicas para a produção de computadores computadores ou celulares. A melhora da perormance dos computadores ou dos celulares é ruto dos avanços da tecnologia. Para respondermos a essas perguntas devemos ter em mente que aquilo que é pensado como inovação em uma época, depois de implementada, logo se torna algo comum. Por exemplo: o uso de lousas brancas e das canetas com tinta, no lugar dos quadros negros e do giz, são ou oram considerados como uma inovação educacional por alguns, mas não por outros. Já a invenção da máquina de impressão tipográfica pelo alemão Johann Gutenberg, na década de 1430, propiciou uma inovação educacional. Esses exemplos deixam claro que a relação entre os recursos tecnológicos e a inovação educacional deve ser marcada pelo momento histórico em que ela ocorreu. o correu. Ou seja, essas imagens que vêm à nossa cabeça nos dias de hoje, quando alamos em inovação, estão atreladas ao momento presente e jamais ocorreriam em outros momentos da história ou do uturo. Agora, imagine que você está participando de um processo seletivo para uma vaga de proessor. O entrevistador az o seguinte comentário: “o mundo mudou muito e continua a mudar cada vez mais rápido. Antes, era possível 10

 

trabalhar com os alunos sentados em filas, e o objetivo do ensino, em geral, era azer com que os alunos memorizassem aquilo que o proessor dizia que estava ensinando. E após as provas quase tudo era esquecido pelos alunos. Hoje isso não é mais possível. emos que inovar! ”. Em seguida ele pergunta: “o que é Inovação Educacional Educaciona l para você e quais seriam seri am as maneiras possíveis possíve is de inovarmos na educação? ”. O que você responderia? Essa é uma situação hipotética, mas, na verdade, está presente na cabeça de gestores decisores de políticas públicas, editores de proessores, material didático, didático , ou educacionais, seja, está na cabeça de todo mundo que trabalha com educação e percebe que ela precisa se atualizar para garantir garantir maiores chances de os alunos aprenderem. aprenderem. Nesta seção você terá acesso a inormações que ajudarão a responder às perguntas eitas pelo entrevistador na situação hipotética apresentada. Nela  você vai refletir sobre o que é inovação educacional, sobre s obre as muitas possibilidades de inovar na área educação e quando um avanço deve ou não ser considerado uma inovação pedagógica.

Não pode faltar Falar sobre Inovação Educacional é sempre muito prazeroso, porque está implícita a ideia de que ela vai melhorar a realidade que vivemos em um determinando momento. momento. Falar de inovação significa olhar para o uturo com a esperança e convicção de que o mundo será melhor. A Inovação Educacional é um assunto muito amplo porque buscar e construir esse sonhado utur  uturoo implica reconhecer algo e azer algo agora, que é resultado do que aconteceu no passado. Essa noção de encadear o passado e o presente é essencial, mas muitas vezes ela não é considerada na prática. Além da questão do tempo (presente, passado e uturo), você vai perceber nesta seção que se trata de uma temática interessante porque tem muitas conexões com outras áreas da Educação e, também, com outras áreas do conhecimento, conhecimen to, como economia, tecnologia, política educacional. E para começar vamos refletir um pouco. Reflita Muitas vezes, a inovação é confundida com o que é novo. Será que sempre a inovação traz algo de novo? E o que é uma o que Inovação Educacional? Antes de connuar a ler esse texto, pare um pouco e pense sobre a seguintes questões que parecem ser básicas: para você, o que é inovação e o que é educação? 11

 

O que você entende por esses dois termos é o mesmo entendimento das pessoas que estão ao seu lado? Será que o que entendemos atualmente sobre inovação e educação é o mesmo entendimento dado ao longo da história?

Muitas Mui tas são as definições encontradas para ambos. Nós teríamos quedarecorrer história daoihumani humanidade dade paraambém constatar consta tardeveríque o próprio surgimento ideia deàEducação uma inovação. amos percorrer a história da educação para compreender que desde o seu surgimento surgimen to ela vem sendo modificada por inovações. A definição de educação é muito diversa, variando de pensador para pensador (para não alar de pessoa para pessoa, de pesquisador para pesquisador, de educador para educador, de filósoo para filósoo), de época para época e, também, da intenção que se tem quando se buscou essa definição. Para Dur󰁫heim, sociólogo rancês, que viveu entre 1858 e 1917, A educação não é, pois, para sociedade, senão o, meio pelo qual ela prepara, no ínmo das crianças, as condições essenciais da própria existência. […] A educação é a ação exercida, pelas gerações adultas, sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados sicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociesociedade políca, no seu conjunto, e pelo meio especial a que a criança, parcularmente, se desne. (FILLOUX, 2010, p. 49)

Exemplificando

Brandão (2007, p. 62) apresentou diferentes denições de educação de acordo com seus principais teóricos: “A educação não é mais do que o desenvolvimento consciente co nsciente e livre das faculdades inatas do homem. ” (Sciacca) “A educação é o processo externo de adaptação superior do ser humano, sica e mentalmente desenvolvido, livre e consciente, a Deus, tal como se manifesta no meio intelectual, emocional e evoluvo do homem. ” (Herman Horse) “O m da educação é desenvolver em cada indivíduo indiví duo toda a perfeição de que ele seja capaz. ” (Kant).   “É toda a espécie de formação que surge da inuência espiritual. ” (KRIECK) 12

 

Além dos teóricos citados por Brandão, cabe destacar, também, a denição do lósofo John Dewey: “A educação é um método fundafunda mental do progresso e da reforma social. ” (DEWEY, 1897b, p. 93 apud   WESTBROOK; TEIXEIRA, 2010, p. 21).

Essas dierentes definições para educação mostram que as dadas por Dur󰁫heim oram selecionadas para mostrar o quanto ela está associada ao desenvolvimento de conhecimentos e valores que provocarão mudanças na sociedade no uturo. Ao mesmo tempo, permitem perceber o quanto a definição de educação que temos hoje é influenciada por conhecimentos e  valores construídos construídos no passado. Saviani (1991) afirma que a “educação contemporânea” tem estreita relação com a consciência que o ser humano tem de si mesmo, e que essa consciência se modifica em unção da época, do lugar e de acordo com o modelo que se tem de sociedade. É importante aqui perceber o quanto a educação influencia e é, ao mesmo tempo, influenciada pela sociedade, sociedade, e por isso está está sempre em constante mudança. mudança. A BNCC (B󰁒ASIL, 2018) discorre sobre educação integral. Nessa perspectiva, estão relacionadas a ormação integral do indivíduo, na qual estariam envolvidos o direito da ormação e desenvolvimento global do estudante. Esse desenvolvimento seria pleno, não linear e compreendendo o desenvolvimento desenvolvimento cognitivo como o socioemocional so cioemocional de modo inseparáv inseparável. el. Vamos agora buscar entender o que vem a ser se r inovação, e para isso vamos nos remeter à área da administração e da indústria para depois azer um paralelo com a área educacional. Cabe destacar que, assim como ocorre com o termo educação, há dierentes entendimentos entendimentos para o termo inovação. Educação tem dierentes significados. O Manual de Oslo, uma das publicações da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), traz as diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. Nesse documento, inovação está definida como sendo: […] a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou signicavamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de markeng, ou um novo método organizacional nas prácas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas. (OECD, 2005, p. 55)

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Para Christopher Freeman (1982), um dos maiores estudiosos sobre o tema, a inovação é o processo que coloca novas ideias em uso e que não precisa ser de natureza tecnológica. Peter Druc󰁫er (1986), um dos autores mais reconhecidos da administração moderna, a inovação não pode ser conundida com invenção. Para ele, a inovação vem da área econômica, enquanto invenção vem da tecnologia; e a inovação não precisa ser técnica, tampouco ser necessariamente algo concreto, porque poucas delas são tão impactantes quanto aquelas que ocorrem no âmbito social. Exemplificando Um exemplo é a rede de saneamento básico – tratamento de água, canalização e tratamento de esgotos, limpeza pública de ruas e avenidas, coleta e tratamento de resíduos orgânicos (em aterros sanitásanitários regularizados) e materiais (através da reciclagem) – comum em boa parte dos centros urbanos, uma inovação na história recente. O direito humano à água potável e ao saneamento foi reconhecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em 2010. O saneamento básico é uma das prioridades de desenvolvimento global e é objeto do Objevo de Desenvolvimento Sustentável.

Jannuzzi, Falsarella e Sugahara, em suas pesquisas sugerem que, em unção do impacto que provocam, uma inovação pode ser incremental, semirradical e radical. Segundo S egundo esses autores, A primeira, denominada incremental, se caracteriza pela variação de um produto e/ou serviço já existente, no qual novos atributos são adicionados a este. A segunda, desigdesignada como inovação semiradical, se caracteriza pela modimodicação nos produtos e/ou serviços, porém mantendo a connuidade dos padrões já existentes. Por m, a inovação radical que se disngue das demais pela proposição de produtos e/ou serviços totalmente novos, incidindo na construção de uma nova infraestrutura. Toda inovação, independente da classicação, traz em sua essência a geração, uso e assimilação de conhecimentos. (JANNUZZI; FALSARELLA; SUGAHARA, 2016, p. 104)

Se nos inspirarmos nessa classificação proposta por esses autores, poderíamos arriscar a dizer que uma Inovação Educacional poderia ser classificada em: 14

 

• Incremental, Incremental, que que se caracteriza apenas apenas pelo aprimo aprimorament ramentoo do processo com a inclusão de algum novo recurso tecnológico ou mudança de procedimen procedimentos. tos. • Semirradical, caracteriza-se caracteriza-se pela mudança do processo processo que se mantém, com a inclusão de algum novo recurso tecnológico ou mudança de procedimen procedimentos. tos. • 󰁒adical, que se distingue distingu e das demais proposição de uma nova inraestrutura implementando umapela novaproposição lógica, quebrando paradigmas e estabelecendo novas relações (inclusive de poder) no processo educacional. Agora temos uma noção de que os termos educação e inovação podem assumir dierentes significados e definições, a depender de quem os define, de quando e para que são definidos. Assim, neste momento, com o objetivo de compreendermos o que é Inovação Educacional, nós vamos assumir que: • Educação pode ser entendida como o conju conjunto nto de ações tomadas pelo ser humano para a constan constante te construção dos conheciment conhecimentos, os, visando sua integração na sociedade e relação com a natureza. natureza. • Inovaçã Inovaçãoo é colocar em uso algum conceito ou arteato tecnológico para resolver algum problema ou aprimorar algum processo ou produto. Juntando essas duas definições, finalmente podemos propor o entendimento de que Inovação Educacional é a implementação de um conceito, procedimentos ou objeto, que leva ao cumprimento de algum novo objetivo educacional. Desse entendimento deve estar claro que: • A inovação significa implemen implementação tação ou a colocação em uso de algo. • Aquilo que é colocado colocado em uso na na inovação pode ser um conceito conceito,, um um procedimento ou um objeto. Esses três itens podem ser novos (uma invenção) ou não. • Será o novo objetivo educacional que definirá a finalidade e o impacto da inovação inovação.. Com esse entendim entendimento ento,, fica claro que as inovações educacionais estão a serviço da d a melhoria da qualidade educacional oerecido pelo sistema educacional, que ocorre por meio da d a escola e do proessor. proessor. Esperamos que você perceba, então, que a qualidade educacional é um dos atores que determinam a inovação. Veja esse exemplo dado por

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Cury (2001), quando se reeria à nova organização da estrutura do sistema educacional brasileiro brasileiro.. A educação básica é um conceito mais do que inovador para um país que, por séculos, negou, de modo elitista e seletivo, a seus cidadãos, o direito ao conhecimento pela ação sistemática da organização escolar. Resulta daí que a educação infantil é a raiz da educação básica, o ensino fundamental é o seu tronco e o ensino médio é seu acabamento. É dessa visão holística de “base”, “básica”, que se pode ter uma visão consequente das partes. (CURY, 2008, p. 294-295)

Nesse exemplo você pode perceber que havia um problema educacional (e social, político e econômico) a ser resolvido, e a inovação educacional oi uma reestruturação que trouxe grande impacto à sociedade. socied ade. Se mergulharmos um pouco na história da educação, vamos perceber que inovações educacionais educacionais ocorrem o tempo todo, como já vimos no início desta seção. A enciclopédia, cuja elaboração oi iniciada em 1744 e demorou 22 anos para ser concluída, oi produzida pelo rancês Juan Diderot e contou com a ajuda de grandes filósoos como 󰁒ousseau, D’Lambert e Montesquieu. Ela oi inovadora porque até então existiam apenas dicionários, e a enciclopédia permitiu o relacionamento de diversos conhecimentos de orma racional. Certamente, com seus mais de 60 mil artigos, ela oi um dos livros mais importantes no Iluminismo. Mas era muito caro e, por isso, só os nobres e burgueses tinham acesso a ela (GUINSBU󰁒G, 2000). No âmbito das metodologias de ensino, também há inúmeras inovações educacionais. Exemplos dessas inovações podem ser as propostas eitas por Célestin Freinet (que deendeu a dimensão social da escola, vendo o aluno como um sujeito ativo para as mudanças da comunidade), David Ausubel (deendeu a aprendizagem significativa), Henri Wallon (destacou a importância no processo de aprendizagem de se observar as reações internas e externas do aluno), Jean Piaget (destacou que o aluno é quem constrói sua própria aprendizagem e de uma maneira distinta em cada idade), John Dewey (deendeu a democracia e a liberdade nas escolas para o melhor desenvolvimento desenvolvi mento dos alunos), Lev Vygots󰁫y (deendeu as relações sociais no processo educativo), Maria Montessori (valorizava a educação para a vida , colocando no centro o aluno, que deve ser considerado sujeito e objeto de ensino,, respeitando sua atividade, individualidade e liberdade), Paulo Freire ensino Freire 16

 

(deende que o aluno precisa ter consciência do mundo que o cerca, para poder interpr interpretá-lo etá-lo e nele intervir), dentre muitos outros. Assimile Perceba que estes são apenas alguns personagens da história de educação, dentre muitos outros, que em diferentes momentos da história propuseram mudanças para melhorar a educação. Perceba também que a educação, tal como a conhecemos e a entenenten demos hoje, tem uma ou outra caracterísc carac teríscaa de cada uma das propostas feitas por esses pesquisadores ao longo do tempo. Ou seja, qualquer que seja a inovação, ela sempre é inuenciada, posiva ou negavamente, por outras que já exisram. Uma inovação nunca parte do nada, sempre há algo que ela tem o propósito de aprimorar ou evitar.

Até o momento vimos algumas inovações educacionais que ocorreram no passado. Foram dados exemplos de inovação que ocorreu com uma estruturação da educação (LDB/96), um arteato tecnológico (a enciclopédia) ou com propostas metodológicas de ensino ensino.. Muitos outros exemplos poderiam ser dados como mudanças de espaços ísicos, home schooling  (proposta   (proposta em que os pais podem educar seus filhos em casa), entre outros. Reflita Vamos deixar o passado para trás e começar a pensar no presente. Pense em algumas coisas boas e ruins que acontecem nas escolas hoje em dia. Quais delas você acha que deveriam connuar con nuar e quais você acha que deveriam mudar? Diante desses elementos que pensou, quais seriam os propósitos das inovações educacionais necessárias para hoje?

Desse seu pensamento, é provável você tenha se lembrado de muitas ormas de ensinar que hoje não são mais adequadas. Podemos observar que nas escolas se perde muito tempo em atividades que não levam à aprendizagem, e o resultado é o baixo b aixo desempenho e o desinteresse.  Para Moran (2018), Muitas formas de ensinar hoje não se juscam mais. Perdemos tempo demais, aprendemos muito pouco, nos desmovamos connuamente. Tanto professores como 17

 

alunos temos a clara sensação de que muitas aulas convencionais estão ultrapassadas. Mas para onde mudar? Como ensinar e aprender em uma sociedade mais interconectada? Avançaremos mais se soubermos adaptar os programas previstos às necessidades dos alunos, criando conexões com o codiano, com o inesperado, se transformarmos a sala de aula em uma comunidade de invesgação. Ensinar e aprender exigem hoje muito mais exibilidade, espaço temporal, pessoal e de grupo, menos conteúdos xos e processos mais abertos de pesquisa e de comunicação. Uma das diculdades atuais é conciliar a extensão da informação, a variedade das fontes de acesso, com o aprofundamento da sua compreensão, em espaços menos rígidos, menos engessados. Temos informações demais e diculdade em escolher quais são signicavas para nós e conseguir integrá-las dentro da nossa mente e da nossa vida. (MORAN, 2018, p.1)

Esse texto é aobastante contemporâneo reflete algo de queInormação será usadoe requentemente longo desta disciplina: ase ecnologias Comunicação,, que já são usadas ora da escola. Comunicação odos nós as usamos de orma até intuitiva, e parece ser natural. Até mesmo os mais idosos, que oram sempre apontados como pessoas avessas ou com dificuldade para lidar com tecnologia, as usam us am com bastante destreza. Com as ecnologias da Inormação e Comunicação – conhecidas como ICs – muitas inormações são produzidas de maneira ormal ou inormal, com o uso de imagens (otos, vídeos, realidade virtual), com uma estética bastante peculiar e agradável, e todos nós consumimos essas inormações, muitas  vezes de boa qualidade, mas em outras, outras, nem tanto. tanto. Nessa produção e consumo de inormações, nós nos tornamos ativos no processo que vira conhecimen conhecimento. to. Nosso desafio e responsab responsabilidade ilidade é colocar esses recursos tecnológicos e essas habilidades já disponíveis a serviço da educação, ou seja, nos ambientes escolares. Nós usamos o termo responsabilidade junto com o desafio porque caso a educação não volte a assumir sua participação na construção do conhecimento, quem o ará? odos sabemos que essa democratização na produção e acesso de inormações é bastante positiva e ao mesmo tempo perigosa, porque há questões éticas em jogo. Propostas eitas por Eduardo Chaves e Valdemar Setzer (1988), Bacich e Moran (2018), Manuel Castells (1999a,1999b,1999c), Pierre Lévy (1995, 18

 

2000, 2003) e Saymour Papert (1986) têm as mesmas características daquelas eitas em outros momentos da história, porém incorporam a tecnologia digital como um recurso para a inovação educacional. Esses recursos tecnológicos permitem uma maior interação entre todos em uma comunidade de aprendizagem, colocando os alunos como protagonistas principais na produção dessas inormações e, consequentemente, na construção de seus conhecimentos. Esses recursos, com as plataormas adapta adaptativas, tivas, podem tambémde resolver o problema do desempenho dosormas alunos que têm ritmos dierentes aprendizagem e, por isso, requerem particulares de ensino ensino.. ais recursos aumentam as potencialidades ormativas do ensino, mas requerem que o proessor e a escola, profissional e instituição responsáveis pela educação sejam mediadores profissionais nesse processo. Esse tipo de mediação não é algo de simples de ser realizado porque requer uma nova orma de relação entre proessor, aluno e conhecimentos. Isso implica mudar nossa orma de ver o mundo e rever nossos valores e alterar nossas crenças, isto é, requer outra mentalidade ( mindset ) sobre a educação. odas as decisões que tomamos são influenciadas por nossos valores, que vamos construindo ao longo da vida na interação com outros, com os contextos que estamos inseridos. Nossa mentalidade sobre a educação, por consequência, é que orienta os nossos passos utur  uturos. os. De acordo com Dwec󰁫 (2017), podemos encontrar pessoas com mentalidade fixa ou mentalidade de crescimento. As pessoas com mentalidades fixas se caracterizam por ser pessoas inertes, isto é, aceitam o sistema, conormam-se com o contexto em que vivem e não se arriscam a mudar por não confiarem em si mesmas. Do lado oposto estão as que têm mentalidade de crescimento, que acreditam nas mudanças, e que são confiantes em suas capacidades de azer ou aprender a azer. As pessoas com pensamento de crescimento sabem que diante de algo novo erros são cometidos, e que eles são importantes para aprender cada vez mais. Essa mentalidade de crescimento é importante para aqueles que acreditam nas inovações educacionais. Esperamos que com esse texto, você mantenha a sua mentalidade de crescimento. Usamos apenas o verbo manter nessa oração porque temos a convicção de que, se você está lendo esse material, é porque você é uma pessoa com mentalidade de crescimento. Pessoas assim como você são importantes para a implementação das inovações educacionais que já estão propostas e aquelas que estão por vir.

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Sem medo de errar Como candidato candid ato à vaga de proessor proess or,, diante de pergunta pe rgunta “o “o que é inovação para você? ”, sua resposta poderia ser “para mim, uma inovação educacional é aquela proposta que traz algo de novo em relação ao que se tem para melhorar a qualidade da aprendizagem dos alunos na escola”. Para completar completar essa resposta e tentar conquistar conquistar a confiança do entrevistador, seria interessante complementar a resposta da seguinte maneira: “Mas toda inovação educacional só é possível se o proessor tiver uma mente aberta para o novo e a responsabilidade de estudar e conhecer esse novo, porque a sala de aula não pode ser um laboratório e nem os alunos são cobaias. Além disso, as expectativas a serem colocadas sobre a inovação educacional devem ser bem dimensionadas, porque uma proposta nunca se tornará uma inovação educacional se não or exequível. Por isso, junto com os proessores, os demais profissionais da educação que estão na escola e no sistema educacional precisam precisam ter as mesmas atitudes de abertura para o novo e responsabilidade para garantir as condições mínimas necessárias para a proposta de se tornar uma inovação. inovação. Ou seja, a inovação educacional começa em todos que trabalham com a educação, e ducação, e somos responsáveis responsáveis por ela. ” Qualquer inovação coloca o proessor diante diante de uma tensão que, por um lado está o seu desejo pelo novo e, ao mesmo tempo, o medo pelo desconhecido associado à preocupação sobre se terá condições de corresponder e acertar com seus alunos. Implementar uma inovação na educação pode parecer inadequado para algumas pessoas que deendem que a escola não deve ser vista como um laboratório, laborató rio, onde os alunos seriam ser iam cobaias para testes. ato,seressas certas preocupações, afinal,tempo, escola nãoDe deve vistapessoas mesmoestão como localemdesuas testes. Mas, ao mesmo muitos estudos mostram que de maneira geral a aprendizagem dos alunos não está em um patamar desejado. Por isso as inovações são necessárias. Além disso, implementar uma inovação não significa azer testes. O texto aqui apresentado mostrou alguns exemplos de pesquisas que indicam o que deve ser eito e também o que deve ser evitado. Esse conhecimen conhecimento to acumulado precisa chegar às escolas para que os proessores não mais ensinem da mesma maneira como a que oram ensinados. Para que seja possível dar esse passo para a implementação de inovações, é necessário planejamento, estudo e ormação e boa gestão dos espaços e tempos escolares. 20

 

Com a flexibilização presente na legislação educacional vigente, novos currículos já podem po dem ser colocados em ação para que a aprendizagem aprendizagem dos alunos seja garantida como um direito que eles têm. Diante desse desafio, em que os papéis do proessor e do aluno são redefinidos e as escolas passam por uma reorganização, o acesso dos novos recursos digitais se torna um grande aliado. É diícil prever com detalhes como serão as aulas diante dessas inovações. No entanto, entanto, é certo cer to que suas características centrais para esse momen momento to perpassam por tornar o aluno responsável por sua aprendizagem, devidamente orientada e monitorada pelo proessor, e também o uso das tecnologias digitais em projetos. ais projetos deverão azer com que os alunos se sintam capazes de intervir no mundo que os cercam. Em uma etapa inicial, proessores proessores e gestores devem se juntar aos alunos para elaborarem um diagnóstico para identificar qual é o problema deverá superado na escola, estabelecerem os objetivos a serem atingidos e os recursos necessários. Avançando na práca

Inovações educacionais vividas Imagine a seguinte situação: você oi azer um curso de oito horas sobre Inovações Educacionais e o ormador, logo no início, pediu aos participantes que fizessem um retrospecto em suas vidas, enquanto estudantes na Educação Básica (ensino Fundamental e Ensino Médio), e dissessem quais situações daquele período poderiam ser consideradas Inovações Educacionais. Quando todos terminaram de apresentar suas memórias, o ormador selecionou os seguintes relatos: “Uma das inovações mais legais oi quando meu proessor de português passou a nos levar à biblioteca. Nunca tínhamos isso lá e durante todo o segundo semestre ele nos deixava lá por duas horas aulas todas as semanas. Era muito legal porque ficávamos à vontade, porque ele nos deixava com a bibliotecária e ia tomar caé. Pegávamos um livro e ficávamos conversando de todos os assuntos. Foi uma das Inovações mais legais porque melhorou o relacionamento da turma”. “Eu tinha um proessor muito legal de matemática que usava as músicas, tipo jingle, para que ajudar memorizar órmulas da matemática. Meus amigos alavam ele atinha um jeitoalgumas inovador em relação aos outros proessores, mas para mim era só um jeito dierente porque eu continuava a não 21

 

entender de onde as órmulas saiam. Mas um dia ele propôs a construção de uma cisterna na escola. Ai sim, para mim oi inovador… Eu finalmente entendi para que serve a matemática. ” Como profissional da área, analise essas duas memórias e diga, colocando-se no lugar do ormador, ormador, se elas são ou não inovações.

Resolução da situação-prob situação-problema lema Em primeiro lugar, é importante perceber que a segunda memória tem duas situações, ou seja, as memórias trazem três situações. São elas: • Ida semanal à biblio biblioteca. teca. • Uso de música para memorizar órmulas de matemática. • Construção de uma cisterna. Nas três situações situações as respostas podem po dem ser subjetivas por depender do que é considerado como objetivo de cada uma das propostas consideradas inovadoras pelos participantes do curso. A ida à biblioteca poderia ser até ser considerada inovadora se o objetivo osse melhorar a relação entre os alunos, ou ironicamente alando, se osse para dar trabalho para a bibliotecária. Mas toda proposta educacional deve ter como finalidade a melhoria da educação. No caso, o ato do proessor deixar os alunos sozinhos, sem qualquer orientação, não provocou mudanças na aprendizagem da turma, pois não havia uma situação explícita de melhora da qualidade educacional. Portanto, apesar do novo ser ir à biblioteca, essa situação não deve ser classificada como uma inovação educacional. Na proposta do uso de músicas para ajudar na memorização de órmulas matemática acontece o mesmo. Houve de ato a inclusão de um procedimento didático dierente e novo, no entanto, entanto, como o próprio depoimento do participante revela, não cumpre o objetivo de atribuir signiicado ao que se pretendeu ensinar de Matemática, não levando, portanto, à aprendizag aprendizagem. em. Dierentemente do que ocorreu na proposta da construção da cisterna. O Dierentemente participante participan te evidencia que passou a entender a importância da matemá matemática. tica. Deve-se destacar que em nenhuma das três situações oi analisado o uso ou não de recursos tecnológicos digitais. Em todas as situações as inovações educacionais apresentadas estavam ligadas a procedimentos proced imentos didáticos usados.

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Faça valer a pena

1. I.

O uso dos recursos digitais para o desenvolvim desenvolvimento ento das pesquisas escolares, para comunicação e publicação de inormações, simuladores e jogos, tem a potencialidade de tornar a escola mais interessante para os alunos. PORQUE

II. As práticas práticas escolares tradicionais tradicionais precisam precisam ser eliminadas do cotidiano das escolas, cedendo tempo e espaço para que as inovações educacionais se tornem presentes, pois esses recursos digitais garantem a interação e a comunicação de orma mais eficiente. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta: a. As asserções asserções I e II são proposições proposições verdadeiras, verdadeiras, mas a II não justifica a I. b. As asserções asserções I e II são proposições proposições verdadeiras e a II justifica a I. c. A asserção asserção I é uma proposição verdadeira e a II, alsa. d. A asserção asserção I é uma proposição alsa e a II, verdadeira. e. As asserções asserções I e II são proposições proposições alsas. A primeira afirmação é  verdadeira, e a segunda alsa.

2.

Quando estão ora da escola, os alunos se mostram entusiasmados e com uma orte interação. É incrível a quantidade de inormações que trocam por meio dos recursos digitais. Muitos deles produzem inormações. Mas, em geral, dentro da escola esse perfil muda. odos percebem a necessidade de inovar as práticas escolares. O primeiro passo é atribuir significado ao termo inovar inovar.. Leia atentamente as afirmações a seguir. I.

Inovar na educação não significa obrigat Inovar obrigatoriament oriamentee usar recursos tecnológicos digitais, mas sim propor algo dierente ao que é eito para cumprir algum objetivo previamente previamente estabelecido.

II. Usar os recurs recursos os disponíveis no computador durante uma aula só pode ser considerada uma inovação se o proessor deixar de ser a onte principal das de inormações eitainormações pelos alunos.e tornar-se um mediador da busca

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III. Quando o proessor proessor substitui substitui o uso da lousa lousa e giz pelo uso de projeprojeções na sala de aula, está promovendo uma inovação pedagógica porque usa os recursos disponíveis para obter maior atenção e interesse inter esse dos alunos. IV.. Propor o jogo de xadrez com clara intencionalid IV intencionalidade ade pedagógica pedagógic a em uma sala de aula na qual os alunos nunca tiveram essa experiência deve ser considerado uma inovação pedagógica, mesmo sendo o xadrez um jogo milenar. Considerando o contexto apresentado apresentado,, é correto apenas o que se afirma em: a. I e II. b. I e IV IV.. c. I, II e III. d. I, III e IV IV.. e. II, III e IV IV..

3. Graciela Messina publicou em 2001 um ensaio cuja escrita oi motivada pelas inquietações da equipe da rede de inovações educacionais da Organização das Nações Unidas para a Educação E ducação,, Ciência e Cultura (Unesco), (Unesco), acerca da ragilidade teórica do conceito de inovação para explicar os processos inovadores inovador es que são desenvolvidos na educação da América Latina. L atina. Segundo ela, […] fato de que a inovação foi assumida como m em si mesma e como a “solução” para problemas educacionais estruturais e complexos. Como decorrência, em nome da inovação, têm-se legimado propostas conservaconservadoras, homogeneizado polícas e prácas e promovido a repeção de propostas que não consideraram a diversidade dos contextos sociais e culturais. Além disso, a categoria inovação foi tratada como algo à parte das teorias sobre a mudança educacional. Daí a necessidade de integrar ambos os conceitos e de fazer uma reexão mais geral que envolva a mudança na área. (MESSINA, 2001, [s.p.])

Com a afirmação “em “em nome da inovação, têm-se legitimado propostas propostas conservaconservadoras”, qual das alternativas a seguir tem maior aderência ao que autora sugere? 24

 

a. Há propostas consideradas inovadoras inovadoras que cumprem o seu objetivo por serem propostas conservadoras, quando obtém sucesso obtido na “solução” “solução” de problemas educacionais estruturas e complexos. b. Há propostas consideradas inovadoras porque colocam nova dinâmica de trabalho na escola. c. Há propostas consideradas consideradas inovadoras que precisam precisam legitimar as propostas conservadoras para que aaseducação seuimplepapel historicamente deinido de mudar realidadescumpra onde são mentadas. d. Há propostas consideradas consideradas inovadoras que mantêm mantêm as características da realidade realidad e onde oram implementadas, implementadas, mesmo usando algo al go novo,, não sendo, portanto, inovadoras. novo e. Há propostas consideradas inovadoras que legitimam as conservadoras e por isso cumprem o seu objetivo.

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Seção 2

As tendências na área educacional Diálogo aberto Vimos, na seção anterior, anterior, o que são as inovações educacionais educ acionais e como elas podem ter dierentes tipos de impacto na sala de aula, na escola e no sistema educacional. Muitas vezes, elas são induzidas pelas demandas existentes na sociedade e sempre vêm com um determinado propósi propósito to de aprimo aprimorament ramentoo ou resolução de um problema. Nesta seção, aproundaremos uma das mais recentes inovações educacionais brasileiras, que oi a implementação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1996 (LDB/96), a qual, induzida por inúmeras demandas sociais, econômicas, política, culturais e tecnológicas, abriu terreno para a indução de outras inovações, como a gestão democrática das escolas e a lexibilização dos conteúdos, dos tempos e dos espaços escolares. Não se trata mais de uma lei tão recente, mas, desde sua promulgação,  vem sendo aprimorada aprimorada com novas novas leis e regulamen regulamentações tações e orientan orientando do quase todas as ações educacionais, desde a definição e políticas públicas até sua ação na sala de aula. Uma dessas ações é a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na seção anterior, criamos uma situação hipotética, na qual você estava participando de um processo seletivo para o cargo de proessor. Agora, imaginaremos que você oi convocado para a segunda etapa et apa desse processo seletivo. Nessa segunda etapa, você recebeu um texto com a seguinte s eguinte escrita: A universalização do ensino, isto é, a possibilidade de acesso ao ensino por crianças e jovens, tornou-se uma realidade no Brasil, que  vem se consolidando desde a década de 1970. Essa consolidação passa pela permanência dos alunos na escola, diminuindo a evasão durante o processo de escolarização e, posteriormente, pela melhoria da qualidade educacional oerecida, afinal, afinal, além de acessar e permanecer nas escolas, os alunos têm direito à educação de boa qualidade. LDB/96 e as regulamentações a seguiram deram o suporte paraA essas evoluções, e o acesso aosque recursos tecnológicos digitais legal têm potencial para ajudar em suas consolidações. 26

 

No entanto, essas inovações educacionais se consolidam apenas quando as mudanças são implementadas. Um exemplo dessas mudanças seria a eetivação de processos de ensino e aprendizagem que superaram a distância entre o ensino centrado no conhecimento e o ensino centrado no estudante. Enquanto a primeira perspectiva desses processos valoriza a reprodução do conhecimento científico, cultural e artístico produzido ao longo da história, a segunda propõe que a escola deve promover a construção desse conhecimen conhecimento to pelo aluno aluno.. Após a leitura desse texto, o responsável pela seleção pergunta: qual é a relação que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem com a superação da distância mencionada no texto? Qual seria sua resposta? Nesta seção, refletiremos sobre os elementos conceituais e suas aplicações no ensino, que, certamente, certamente, ajudarão você a construir uma resposta para p ara essa situação hipotética, assim como auxiliarão em sua prática docente real. A LDB/96 determina ações a serem tomadas em muitas rentes educacionais, mas, nesta seção, nos ateremos às questões ligadas à concepção educacional que ela trouxe, em particular, à organização curricular, que desloca a unidade curricular de disciplinas para competências. Esse deslocamento implica a flexibilização curricular e outra organização dos espaços no contexto escolar. Ao final desta seção, você poderá compreender os significados desses termos. Espera-se que com isso você consiga ter mais critérios para a escolha do sentido que dará às suas ações docentes.

Não pode faltar Para cumprir os objetivos dessa disciplina e, particularmente, desta seção, analisaremos a concepção educacional e a organização curricular que podem ser implementadas nas escolas a partir da Constituição de 1988 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ocorrida em 1996. ambém, abordaremos alguns aspectos da organização curricular prevista na BNCC (B󰁒ASIL, 2018). A Constituição da 󰁒epública Federativa do Brasil (CF/88), promulgada em 1988 e conhecida como “Constituição cidadã”, é uma reerência básica, uma vez que ela especifica que a educação é um direito de todos os cidadãos, aliás, esse é o primeiro dos direitos sociais elencados em seu art. 6º, o qual diz: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à inância, a assistência aos desamparados, na orma desta 27

 

Constituição” (B󰁒ASIL, 1988, [s.p.]). No entanto, isso não significa apenas acesso à educação, mas também a permanência com princípios de ensino especificados em seu art. 206: Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralism pluralismo o de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instuições públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino público em estabelec estabelecimentos imentos ociais; V - valoriza valorização ção dos prossio prossionais nais do ensino, garando, na forma da lei, plano de carreira para o magistério público, com piso salarial prossional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e tulos, assegurado regime  jurídico único para todas as instuições mandas pela União; VI - gestão democráca democrá ca do ensino público, na forma da lei; VII - garana de padrão de qualidade. (BRASIL, (BRASIL , 1988, [s.p.]) [s.p.])

A LDB/96 é o documento jurídico que complementa a CF/88, estabelecendo as diretrizes e bases da educação nacional. Nela, a flexibilização dos currículos e o deslocamento do oco do ensino para a aprendizagem dos alunos são elementos que avorecem a implementação de inovações educacionais que podem ser materializadas nas salas de aula. Com a promulgação promulgação dessa lei, a apr aprendizagem endizagem passa a ser s er vista como um direito direito.. A flexibilização significa que as escolas ou redes de escolas, sejam elas públicas ou não, podem se organizar em séries ou por ciclos de ormação (composto por um ou mais anos de escolarização) e, ainda, optar por tempos letivos, como semestres, bimestres ou trimestres, para echarem o ciclo de avaliação somativo, decidindo sobre a continuidade dos estudos de seus alunos e adotando como critérios aqueles que melhor atendam às suas necessidades locais e dos alunos. Como você sabe, cada aluno aprende em tempos dierentes e todos aprenderão aquilo que é desejado se tiverem o tempo adequado e estiverem inseridos em um contexto de aprendizagem igualmente adequado. Mas, o que é esperado que os alunos aprendam? Com a LDB/96, isso passou ser especificado por meio da competências e habilidades quea eles precisam desenvolver nodescrição processodas de escolarização.. A presença das competências e habilidades pode ser percebida escolarização 28

 

claramente nas diretrizes educacionais e os documentos que orientam a elaboração dos currículos escolares, es colares, como a BNCC. Lembre-se Este argo da LDB é o disposivo legal central que abre os caminhos para as inovações: Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros crité cr ité-rios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. (BRASIL, 1996, [s.p.])

Umaa das decorrências dessa opção de associar o que se Um s e espera que o aluno aprenda às monitoramento competências e habilidades a centralidade que elas passaram ocupar no da qualidadeé de ensino oerecido pelas escolas ae redes de ensino, uma vez que os desempenhos dos alunos são medidos por meio das habilidades, as quais demonstram ter nos exames de larga escala, como ocorre, por exemplo, exemplo, na Prova Brasil e no ENEM. Diante disso, de maneira ainda que superficial, é importante que as competências sejam reveladas em nossas ações e que mobilizem os recursos e conhecimentos que temos em situações específicas diante de um enômeno da vida, sejam eles no âmbito social, natural ou, provavelmente, de ambos concomitantemente. Já as habilidades estão mais no âmbito do saber azer eminentemente imediato e prático. Dierentes habilidades, quando articuladas, decorrem de competências ou constituem competências, mas sempre envolvendo algum conhecimento aplicável a algum contexto. Você deve ter claro que, ao organizar um currículo escolar, se coloca o desenvolvimento das competências e habilidades como um eixo norteador no lugar daquela organização que relacionava conteúdos. Isso não significa, em hipótese alguma, que os conteúdos estão sendo desvalorizados, ao contrá contrário, rio, o propósito propósi to dos espaços escolares é a construção de conhecimen conhecimentos, tos, e a proposta dessa organização curricular por competências e habilidades tem por finalidade atribuir significado a esses conteúdos. Com essa proposta, esse conhecimento é aplicável e problematizado para a construção de outro conhecimento. Logo, pensar em uma escola com c om uma organização curricular que considera o desenvolvimen desenvolvimento to de competências e habilidades implica o abandono 29

 

da crença que conhecimentos podem ser transmitidos, e a substituição desse conhecimento é construído e aplicado pelos próprios alunos em seu processo de apren aprendizagem. dizagem. Reflita O parágrafo anterior do texto evidencia uma aparente contradição em relação à inovação educacional proposta na LDB. Por um lado, ela valoriza a exibilização reconhecendo as individualidades dos alunos e os contextos onde estão inseridos; por outro lado, quando monitora a qualidade de ensino oferecido oferec ido pelas escolas e redes de escolas, regula regul a e, indiretamente, engessa o mínimo ou essencial que os alunos aprendam de forma generalizada e padronizada. Diante desse contexto, você acha que essa contradição é aparente ou é real? Seja ela aparente ou real, qual proposta faria para superá-la? O que você entenderia como mínimo ou desejável em um currículo escolar?

Sabemos que a opção por um currículo c urrículo que privilegia o desenvol des envolvimento vimento de competências e habilidades tem como pano de undo uma concepção educacional e adere a uma tendência pedagógica. Já em sua origem, o termo competência oi associado à aptidão e capacidade de analisar e resolver problemas. Mas, associar competência à mera capacidade seria tornar simples algo muito complexo, podendo levar a um entendimento entendim ento equivocado. A competência implica a articulação de dieren dierentes tes conhecimentos e a aplicação deles em determinados contextos com ações pautadas em valores individuais ou coletivos. Segundo Perrenoud (1999, p. 7), “para enrentar enrentar uma situação da melhor maneira possível, deve-se, via de regra, pôr em ação e em sinergia vários recursos cognitivos complementar complementares, es, entre os quais estão os conhecimentos”. Em entrevista, Perrenoud discorre sobre o conceito de competência, a qual, segundo ele: (...) é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognivos (saberes, capacidades, informações etc.) para solucionar com pernência e ecácia uma série de situasitua ções. Três exemplos: Saber orientar-se em uma cidade desconhecida mobiliza as capacidades de ler um mapa, localizar-se, locali zar-se, pedir informações ou conselhos; e os seguintes saberes: ter noção de escala, elementos da topograa ou referências geográcas. Saber curar uma criança doente

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mobiliza as capacidades de observar sinais siológicos, medir a temperatura, administrar um medicamento; e os seguintes saberes: idencar patologias e sintomas, primeiros socorros, terapias, os riscos, os remédios, os serviços médicos e farmacêucos. Saber votar de acordo com seus interesses mobiliza as capacidades de saber se informar, preencher a cédula; e os seguintes saberes: instuições polícas, processo de eleição, candidatos, pardos, programas polícos, polícas democrácas, etc. Esses são exemplos banais. Outras competências estão ligadas a contextos culturais, prossionais e condições sociais. Os seres humanos não vivem todos as mesmas situações. Eles desenvolvem competências adaptadas a seu mundo. A selva das cidades exige competências diferentes da oresta virgem, os pobres têm problemas diferentes dos ricos para resolver. Algumas competências se desenvolvem em grande parte na escola. Outras não. (BENCINI; GENTILE, 2000, 200 0, [s.p.]) [s.p.])

Assimile Na BNCC, a competência é denida como a “mobilização de conheciconheci mentos (conceitos e procedimentos), habilidades (prácas, cognivas e socioemocionais), atudes e valores para resolver demandas complexas da vida codiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho” (BRASIL, 2016, p. 8).

As competências são, portanto, capacidades complexas que envolvem o conhecimento, conhecimen to, as ações e os valores de uma pessoa para analisar ou resolver um problema em um determinado contexto. Essas ações requerem habilidades que são desenvolvi desenvolvidas das ao mesmo tempo que as competência competências, s, por isso, as competências são mais gerais, e as habilidades são mais específicas. Assimile Na BNCC, as “habilidades expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas aos alunos nos diferentes contextos escolares” (BRASIL, 2016, p. 29).

Para você entender na porBNCC, que a proposta da LDB s er considerada ser uma inovação, consolidada de especificar o pode que precisa ser aprendido pelos alunos por meio da descrição descr ição de competências e habilidades, é preciso

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reconhecer o movimento ocorrido na organização curricular em unção daquilo que oi valorizado no ensino. Exemplificando É importante que você conheça a forma como são expressas as compecompetências e habilidades da BNCC. A imagem a seguir apresenta a forma pela qual a BNCC é organizada e como as competências e habilidades são agrupadas. Figura 1.1 | Organiz Organização ação da BNCC

EDUCAÇÃO BÁSICA COMPETÊNCIAS GERAIS ETAPAS

EDUCAÇÃO INFANTIL

ENSINO FUNDAMENTAL

ENSINO MÉDIO

Áreas do conhecimento

Áreas do conhecimento

Competências especícas de área

Competências especícas de área

Direitos de aprendizagem aprendizag em e desenvolvimento Campos de experiências

Língua Portu-Portu guesa

Componentes Curriculares

MatemáMatemáca

Competências especíespecícas de component componentee

Crianças Crianças bem Bebês pequenas pequenas (0-1a6m) (4a-5 (1a7ma11m) 3a11m)

Objevos de aprendizagem e desenvolvimento Fonte: Brasil (2018, p. 24).

Anos iniciais Unidades temá-temá cas

Anos nais Objetos de conhecimento

HabiliHabilidades

Habilidades

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A seguir, um exemplo de como algumas delas podem ser desencadedesencade adas em um primeiro ano dos anos iniciais do ensino fundamental: Competência Geral • Valorizar e ulizar os conhecimentos historicamente construconstru ídos sobre o mundo sico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, connuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democráca e inclusiva. Competência Específca de Matemáca Matemáca::



Reconhecer que a Matemáca é uma ciência humana, fruto das necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, e é uma ciência viva, que contribui para solucionar problemas ciencos e tecnológicos e para alicerçar descobertas e construções, inclusive, inclusive, com impactos no mundo do trabalho.

Habilidade Específca de Matemáca Matemáca::



(EF01MA01) Ulizar números naturais como indicador de quandade ou de ordem em diferentes situações codianas e reconhecer situações em que os números não indicam contagem nem ordem, mas, sim, código de idencação.

Diante do exposto, é importante deixar claro que a humanidade, ao longo da história, vem acumulando uma série de conhecimentos e que há muito tempo a escola tem tido o propósito de levá-los aos alunos, por meio da mera transmissão. Apesar de ser uma característica muito antiga, ela é muito comum nas aulas atualmente, as quais são marcadas por um ensino expositivo, exp ositivo, tendo o proessor e os livros como onte exclusiva de inormações. Nesse modelo de ensino (e de d e escola), o aluno tem o papel de receptor durante suas atividades de estudo e de reprodutor nos momentos de avaliação. Nessa lógica, a prática docente se caracteriza pela requente apresentação oral das inormações, apoiada em escritas na lousa ou em projeções e cópias de textos, seguidas de exercícios para a sistematização e aplicação de conceitos. O final do processo era marcado por uma prova escrita individual, na qual quanto mais fiel a reprodução das inormações apresentadas ou copiadas na aula, maiores eram os indícios da boa aprendizagem. Em geral, ao final dessa prova, as inormações eram esquecidas, uma vez que não tinham significado ou qualquer relação com a vida, sendo sua finalidade apenas obter um bom resultado na prova escrita. Buscando a oposição às características de ensino desse primeiro momento, o conhecimento acumulado na história continua a ser valorizado,

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porém, como algo que deve ser construído e reconstruído pelos próprios alunos, atribuindo, assim, significado com base em seus valores culturais. Nessa lógica, o aluno passa a ser o construtor de seu conhecimento, e o proessor assume o papel de mediador e acilitador, colocando-se entre o aluno e o conhecimento. Na lógica que coloca o aluno como o protagonista na construção de seu conhecimento, conhecimen to, ele az conexões em uma inserção crítica à realidade que vive, analisando e propondo intervenções. Se você comparar os papéis do pro proessor essor e do aluno nesses dois contextos, perceberá que eles se modificam significativamente, assim como a organização e a dinâmica da sala de aula e da escola. Nessa nova lógica, ao assumir o papel de proessor, você deixará de ser um apresentador de inormações e passará a ser um mediador med iador da aprendizagem dos alunos, não se limitando mais a dar as inormações para eles, mas orientando-os sobre como encontrá-las e sistematizá-las a serviço da construção e do compartilhamento do conhecimento. Esse compartilhamento não deverá se restringir apenas à divulgação, mas abranger também a sua problematização. Os recursos tecnológicos digitais vêm se revelando um recurso pedagógico potente para o desenvolvimento de competências e habilidades, não só por acilitar o ensino baseado em projetos e a organização de situações-problema, mas também por ser acilmente adaptável às possibilidades de flexibilização do ensino. Com a proposta de organizar os currículos com a especificação de competências e habilidades, o conhecimento deve ser problematizado para que outros sejam construídos e, quando necessário, sejam aplicados nas inter venções sobre a realidade vivida. Por isso, os propósit propósitos os da ação do aluno ganham orça e suas competências e habilidades se tornam necessárias para a análise e resolução de problem problemas as em situações que requerem intervenções. Diante disso, o papel do proessor passa a ser acilitador da reconstrução do conhecimento, e o aluno, o principal agente. Para que o aluno seja agente, suas ações dependerão de suas competências e habilidades e, por isso, um currículo escolar com essa lógica pode ser denominado como currículo reerenciado em competências. Nessa lógica, o desempenho do aluno é medido por meio do que ele é capaz de azer. A construção e reconstrução desses conhecimentos têm se tornado mais eficientes e eficazes à medida que os recursos tecnológicos digitais têm tido o seu acesso acilitado.

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Vocabulário Eciência e ecácia não são sinônimos. O conceito de eciência está atrelado ao adequado uso dos recursos disponíveis para uma determinada nalidade, enquanto o de ecácia está associado ao cumprimento dos objevos. Assim, um processo pode ser classicado como: • Eciente e ecaz quando usou os recursos disponíveis de maneira adequada e cumpriu os objevos. • • •

Eciente e inecaz quando usou os recursos disponíveis de maneira adequada, mas não cumpriu os objevos. Ineciente e ecaz quando os objevos foram angidos, mas sem a adequada ulização dos recursos. Ineciente e inecaz quando os objevos não foram angidos e tampouco a ulização dos recursos foi adequada.

Você deve ter percebido que a mudança de oco sobre o que deve ser ensinado e a sua respectiva orma podem ser s er consideradas inovações educacionais, porém, quando quando elas não são implementadas, ficam apenas no estágio de ser uma proposta. Pensar em tudo o que precisa ser s er ensinado, definir objetivos pedagógicos e escolher as estratégias que serão propostas para que esses objetivos sejam cumpridos são ações inerentes à prática docente. No entanto, adequar-se a essas novas demandas que colocam o desenvolvimento de competências e habilidades nos alunos se consolida como a mais recente tendência pedagógica. Essa adequação é um novo desafio para você e seus colegas. rata-se rata-se de uma inovação educacional! Dica Conheça e se reconheça! É muito interessante que você conheça as diferentes tendências pedagógicas existentes para que possa reconhecer em sua própria práca docente qual delas você tem maior aproximação e possa avaliar se é realmente a sua opção preferida. Uma referência disponível é: LIBÂNEO, J. C. Democrazação da escola pública. São Paulo: Edições Loyola, 2001. Lembre-se de que, raramente, qualquer ação educacional segue excluexclusivamente uma das tendências.

Como você viu ao longo desta seção, a LDB/96 é um dispositivo legal que possibilita a implementação de inovações pedagógicas. Será na sala de aula

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que seus propósitos se materializarão, e isso ocorrerá se o oco do proessor passar a ser a aprendizagem aprendizagem dos alunos. A opção por uma organização curricular que expressa as apr aprendizagens endizagens por meio da descrição das competência competênciass e habilidades a serem desenvolvidas nesse processo é uma oportunidade de atribuir significado a essas aprendizagens, e ela será aproveitada por todos se os papéis ocupados por alunos e proessores, assim como a organização curricular, orem redefinidos.

Sem medo de errar As inovações educacionais sempre têm uma finalidade. Atualmente, apesar de todos os avanços tecnológicos e das possiblidades abertas pela legislação, a educação parece estar muito estagnada. Está bastante evidente que as aulas, em geral, ainda aderem aos modelos que valorizam a reprodução do conhecimen conhecimento, to, nos quais o aluno tem dificuldade em entender para que serve tudo aquilo que estuda e az na escola. Ele requenta as aulas, em geral, para cumprir o tempo letivo e ser aprovado no processo. As escolas e suas atuai aulass precisam mais valorizadas e, para isso, precisam rever os modelos atuais e valorizarser a construção do conheciment conhecimento. o. Você deve ter percebido a importância da estreita relação existente entre a Constituição de 1988, a LDB/96 e a BNCC para a implemen implementação tação de inovações educacionais no sistema de ensino e, em particular, nas salas de aula, onde elas eetivamen eetivamente te tomam orma para cumprir c umprir com os propósitos a que oram propostas. A concepção educacional e ducacional presente na LDB/96 avorece a implementação das tendências pedagógicas que valorizam a aprendizagem dos alunos, colocando-os como os principais construtores de conhecimento de uma maneira muito contemporânea, isto é, usando os recursos didáticos que oram aprimorados aprimorados graças aos avanços tecnológicos digitais e mudando as relações entre os alunos e, mais notadamente, entre o proessor e os alunos. A própria BNCC, como um documento orientador para a elaboração de matrizes curriculares, diretrizes metodológicas, produção de materiais e recursos didáticos e ormação de proessores, já não mais se organiza por uma relação de conteúdos; ela define competências e habilidades que precisam ser desenvolvidas a cada período da escolarização e, em particular,, em cada área de cular d e conhecimentos. Se você fizer uma retrospectiva em sua memória, remetendo aos momentos aluno, certamente, as situações mais requentes são aquelas nas que quaisera estava ouvindo o proessor e se preocupando em anotar para, depois, estudar para tirar boas b oas notas na prova.

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Essas práticas docentes, nas quais os proessores e seu conhecimento ficam no centro do processo e os alunos ocupam o papel de receptores, ainda são requentes. Isso acontece porque somos propensos a ensinar da mesma maneira que aprendemos. Além disso, a orma de organização escolar, os livros didáticos e os planos de ensino já eitos são atores que colaboram para a manutenção dessas práticas. As inovações educacionais devem romper com isso e, para isso, pensar nos currículos escolares tomando a BNCC como reerência, e não como currículo pronto, é uma grande oportunidade. Esse rompimento passa pela mudança da prática docente. do cente. Antigamente, os alunos com dificuldades em aprender evadiam das escolas. Hoje, eles permanecem e devem permanecer para que o seu direito de aprender seja garantido. Para a garantia desse direito, devemos mudar nossa prática docente, docente, e essa mudança começa com nossa participação na elaboração ou no aprimoramento da proposta educacional da escola e com a busca por atender, de orma crítica, àquilo que está especificado na LDB/96 e na BNCC. Esse processo continua incorporamos inovações educacionai educacionais s em nosso plano adeacontecer ensino paraquando o ano letivo e quando planejamos cada aula usando metodologias de ensino que respondam positivamente a perguntas, como: estou colocando oco nas aprendizagens aprendizagens dos alunos? Estou propondo uma dinâmica dierente nas aulas em relação à orma que eu aprendi? apr endi? Estou usando adequadament adequadamentee os recursos disponíveis? Se você responder positivamente a essas questões, terá dado grandes passos, mas não suficientes. Precisará, ainda, implementar implementar e avaliar o desen volvimento  volvimen to dessas aulas. Para esse olhar avaliati avaliativo, vo, basta se perguntar: os objetivos estabelecidos estão sendo cumpridos? As estratégias de ensino estão permitindo o uso adequado dos recursos disponíveis? As dez competências propostas na BNCC estão sendo s endo desenvolvidas? Será dessa maneira que você estará aproveitando aproveitando as possibilidades de flexibilização e de reorganização dos espaços e das interações que a Constitu C onstituição ição de 1988 e a LDB/96 trouxeram trouxeram para aprimorar aprimorar a qualidade da d a educação. Será dessa maneira que estará ajudando seus alunos a desenvolver as competências e habilidades especificadas na BNCC.

Faça valer a pena tornar o aluno da construção próprio conhecimento, redefium redefinir nir oagente seu papel, assim comodeo seu do proessor, uma vez 1. Paraé necessário que as práticas escolares tradicionais precisam ser eliminadas do cotidiano

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das escolas, cedendo o tempo e o espaço para que as inovações educacionais permitam que o oco seja colocado sobre a aprendizagem e sobre o que o aluno é capaz de azer com o seu s eu conhecimento. conhecimento. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados em 1997, trazem cinco papéis que precisam ser ocupados pelo proessor para que as práticas educacionais educaciona is tradicionais sejam s ejam eliminadas: I.

Organizador da apr aprendizagem, endizagem, para escolher as tareas, a fim de que ocorra a construção de conhecimentos considerando as condições socioculturais, as expectativas e a competência cognitiva cognitiva dos alunos.

II. Consultor, Consultor, deixando de lado o papel daquele que que expõe as inormações e assumindo aquele que auxilia na obtenção das inormações necessárias. III. Mediador, promovendo o debate entre os alunos e exercitando a argumentação e a negociação sobre os métodos usados e os resultados encontrados. IV.. Controlador, estabe IV estabelecendo lecendo as condições para o cumprimento das tareas. V. Incentivador da aprendizagem, estimulando a cooperação entre entre os alunos. Assinale a afirmativa correta: a. Assumindo Assumindo esses papéis, papéis, o pro proessor essor deve permanecer no no centro centro do processo de ensino-aprendizagem, pois ele deve continuar a dar o ritmo nas aulas b. Nesse papel, o proessor promove promove oportunid oportunidades ades para que os alunos decidam sobre os encaminhamentos a serem adotados durante o desenvolvimento do trabalho. c. A conrontação conrontação entre os pensamentos pensamentos dos alunos é importan importante, te, mas, mas, como gasta muito tempo e gera muitos conflitos, deve ser evitada sempre que possível. d. A opção por promo promover ver a ormulação ormulação das ideias, dos procedimentos procedimentos e dos argumentos se justifica mais pelo desenvolvimento das competências socioemocionais do que das cognitivas. e. A interação interação entre entre alunos alunos são essenciais essenciais para o desenvolvim desenvolvimento ento de suas competências e habilidades, por isso, o proessor deve controlar todas as ações deles, a fim de evitar conflitos desnecessários.

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2. A competência é um atributo das pessoas, exerce-se em um âmbito bem delimitado, está associada a uma capacidade de mobilização de recursos, realiza-se necessariamente junto a outros, exige capacidade de abstração e pressupõe conhecimento de conteúdos (MACHADO, 2002). Analise cada uma das afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta: correta: a. É possível possível observar a competência sem uma ação eetiva. b. A alta de conhecimento é uma etapa a ser superada com a competência. competência. c. Abstrair um contexto é uma competência competência.. d. Quando interagimos interagimos com os outros, estamos sendo competen competentes. tes. e. Uma Uma ação que revela uma competência é uma ação consciente consciente que que envolve conhecimento e é integrada ao contexto da sociedade e/ou da natureza.

3.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define as aprendizagens

essenciais que documento todos os alunos devemnormativo desenvolverque ao atende longo da básica. É um de caráter ao educação que está prescrito no art. 26, da LDB/96, o qual estabelece que os currículos da educação básica devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. A respeito do assunto, conorme a última versão desse documento, considere as seguintes se guintes afirmativas: afirmativas: I.

A BNCC estabelece as competência competênciass e habilidades que devem se tornar os currículos escolares.

II. As escolas devem usar a BNCC como uma uma reerência reerência para suas decisões pedagógicas, ped agógicas, a fim de definir a orma pela qual desenvolverá as competências, especificando claramente o “saber” e o “saber azer” a serem construídos pelos alunos. III. Cada escola ou rede de escolas deve construir seu currículo considerando somente as características culturais, sociais e econômicas de seus alunos e os context contextos os onde estão inseridos. IV.. A inter-relação e o desdobramento das competência IV competênciass gerais espe especicificadas na BNCC permitem que as escolas definam o tratamento didático mais adequado a ser implemen implementado. tado.

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Assinale a alternativa correta: a. Somente a afirmativ afirmativaa III é verdadeira. b. Somente as afirmativas afirmativas II e III são verdadeiras. c. Somente as afirmativ afirmativas as I e III são verdadeiras. d. Somente as afirmativas afirmativas II e IV são verdadeiras. e. As afirmativa afirmativass II, III e IV são verdadeiras. verdadeiras.

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Seção 3

As inovações na educação Diálogo aberto Até agora, nós desenvolvemos a ideia e exemplos de inovação educacional. Vimos Vimos que as propostas de inovações educacionais sempre são ações tomadas que aprimoram o processo de ensino para atender determinados propósitos. Às vezes elas são induzidas por demandas sociais (universalização do ensino) e por avanços tecnológicos (tecnologia digital) ou, também, podem induzir mudanças desejadas (LDB/96). De qualquer orma, essas propostas só podem ser consideradas como inovações quando eetivamente mudam uma realidade anterior resolvendo problemas identificados ou cumprindo objetivos preestabelecidos. ais mudanças podem ocorrer desde o nível da política educacional até ao do trabalho em sala de aula. Para pensar nesse contexto, imagine que você oi aprovado no processo seletivo para uma vaga de proessor e oi convidado para uma entrevista individual que será a última etapa desse processo. Ao chegar lá, você oi agradavelmente acolhido pela direção e pela coordenação pedagógica da escola em uma sala que tinha poltronas conortáveis e onde estava sendo oerecido um delicioso caé da manhã. Elas pediram para você se sentar e disseram: “Queremos “Queremos inovar inovar nessa escola. Precisamos de modernidades, mas nada com esses modismos. Nossos alunos  já não são os mesmo mesmos. s. Antes, Antes, eles eles ficavam ficavam mais mais quiet quietos os e aten atentos. tos. Atual Atualmen mente, te, são desinteressados, mas não param de mexer no celular e parecem ter uma energia que nunca se esgota. Nós queremos que essa escola seja reconhecida pela inovação educacional em um ano, e tem que começar pela sala de aula”. Como você caracterizaria seu plano de ensino para atender essas expectativas maniestadas maniestadas pela direção da escola? Há muitos elementos que precisam ser analisados nessa ala da diretora que ocorre em um ambiente acolhedor. Um desses elementos se reere ao peril do aluno. Segundo a direção, antes era desejado que os alunos ossem quietos e atentos, hoje, eles têm interesse pelas relações estabelecidas por meio dos recursos digitais e não por aquelas propostas da escola. O outro elemento está associado à necessidade de modernizar com ações e recursos mais permanentes.

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Nesta seção, vamos analisar propostas metodológicas que poderão ser incorporadas em suas aulas e as tornem inovadoras. Você poderá notar que essas inovações perpassam pelo uso adequado dos recursos digitais para acilitar e potencializar a mudança do papel do aluno no processo da construção de seu conhecimento. Uma mudança que implica mudar o papel do proessor, da organização do tempo e do espaço escolar, das relações na sala de aula e na escola.  Essa mudança é justificada diante da heterogeneidade dos perfis dos alunos presentes nas escolas que têm necessidades educacionais distintas e necessitam de intervenções educacionais distintas. Dessa maneira, para que todos aprendam e atinjam os mesmos objetivos educacionais, a escola precisa de equidade, e não apenas de igualdade. Uma vez que quando o ensino é caracterizado pela igualdade, todos os alunos são submetidos aos mesmos tempos de ensino e com os mesmos recursos didáticos. didáticos. Em contrapartida, contrapartida, um ensino com equidade é aquele que cada aluno aprende com ritmo e ormas dierentes, tem acesso a oportunidades particulares particulares de aprender, aprender, com tempos e recursos recursos distintos, distintos, mais adequados à sua orma individual de aprender. Um ensino equânime é aquele que personaliza o ensino permitindo os um alunos criem sua rotarequer alternativa de aprendizagem (DEMO, 2014). Porque isso, ensino equânime a flexibilização curricular (de conteúdos conteúdos e de tempos e espaços escolares) e a personalização do ensino (rotas individuais de aprendizagem). Quando associados às metodologias ativas, os recursos digitais disponí veis se tornam muit muitoo potentes e auxiliam nessa flexibilização e personalização (BACICH; ANZI NEO; 󰁒EVISANI, 2015). Propostas metodológicas que exploram adequadamente o ensino com recursos digitais dig itais e aqueles do ensino presenciais caracterizam o chamado ensino híbrido e melhoram a eficiência e a eficácia de outras propostas de metodologias ativas, propiciando, assim, a implementação de inovações educacionais que atendam às demandas contemporâneas. Pois é, você perceberá que mudar o papel do aluno implica mudar a organização organiz ação curricular, significa mudar a escola! Enfim, ao final desta seção você poderá elencar os aspectos gerais que podem estar presentes em seu plano de ensino para que sua aula desperte o interesse inter esse dos alunos, tornando-os protagonistas protagonistas críticos e éticos.

Não pode faltar Para que você possa ter uma ação inovadora em educação, principalmente na sala de aula, é necessário antes ter clareza sobre as características de

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um determinado contexto, contexto, sobre o que se deseja modificar e sobre o que será eito para que essa modificação ocorra. o corra. Depois disso, algo igualmente imporimportante e mais diícil é avaliar em que medida a ação é inovadora, prevendo realmente quais quais são os impactos que ela trará. Nesta seção, vamos sair das questões mais gerais sobre as inovações educacionais e aterrissar na sala de aula, lugar onde as inovações ocorrem concretamente. Para isso, vamos ocar as inovações educacionais no ensino. A inovações educacionais, como já visto, sempre existiram na história da educação.. Algumas delas são muit educação muitoo remotas, outras já podem ser classificadas como seculares, secul ares, e outras têm acontecido em maior número nas últimas décadas. Reflita Diferentes linhas metodológicas podem ser idencadas como propostas Diferentes inovadoras no ensino, por exemplo, elas poderiam ser classicadas em Tradicional, Escolanovista (Movimento da Escola Nova), Libertadora, Tecnicista e Histórico-críca. Cada uma delas representou propostas de melhoria em relação ao que era vigente, dando a ideia de uma substuir a outra em uma linha do tempo, como se uma substuísse substuís se a outra de fato. No entanto, isso não acontece na práca e nem teoricamente. Como temos a forte tendência de ensinarmos como aprendemos, é importante você parar e reer: quais dessas tendências marcou sua formação na escola básica?

A história da educação ormal do Brasil começa em seu descobrimento, com a vinda do modelo de ensino adotado pelos jesuítas que, por sua vez, carregaram as inovações que ocorreram em tempos anteriores. Curiosamente, muitos dos traços característicos desses modelos de ensino ainda estão presentes na sala de aula, apesar de toda a mudança social e avançoo tecnológico ocorrido desde então. avanç Reflita A descrição a seguir caracteriza c aracteriza um modelo inovador para a arquitetura escolar, proposto para atender aos princípios da conveniência, comodicomodi dade e saúde dos alunos, em 1849 por Henry Barnard, responsável pelo sistema educacional americano. As carteiras devem ser adequadas ao tamanho dos estudantes e deve permir que o docente se aproxime deles. A sala de aula deve ter um tablado paraseus que oensinamentos, professor possa apenas um olhar inspecionar e transmir comcom metáforas ciencas, nas quais as leis naturais eram aplicadas à situação educacional. O docente

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não deve car permanentemente em uma mesma posição, pois os estudantes travessos adaptariam suas próprias posições conforme a posição do professor para enganar ou se esconder; e uma posição no fundo da classe, exceto por usa inconveniência para discursar, é melhor para detectar do que para prevenir a transgressão. Os componentes didácos necessários para uma sala de aula são o quadro-negro, lousas, lanterna mágica (um po de projetor para ilustrar as aulas), relógio para controlar a justa distribuição dos tempos entre as aulas, livros e recursos didácos (DUSSEL; CARUSO, 2003). Atente-se não apenas pelos objetos presentes na sala de aula e sua distribuição, mas também imagine como era a relação entre o professor e os alunos, entre os alunos e o papel de cada um deles na sala de aula. Quais são as semelhanças que você reconhece entre esse modelo proposto em meados do século XIX e o que observamos nas salas de aula hoje?

Esperamos que você esteja percebendo que é muito diícil alar em inovação sem olhar e compreender as propostas passadas, conhecer o que temos disponível compreender os contextos atuaispara e identificar, nesse contexto, contex to, quais sãohoje, os desafios que temos que enrentar ormar adequadamente o aluno para um uturo que apenas podemos vislumbrar. Na construção dessa disciplina vamos arriscar a assumir dois pressupostos já declarados anteriormente, mas que são explicitados mais clara e objetivamente agora. O primeiro pressuposto se reere ao contexto escolar. Nesse contexto temos no Brasil uma oerta praticamente universalizada de vagas para a Educação Básica, mas com uma alta taxa de evasão ao acesso ao Ensino Médio, e ainda com um número menor de alunos conseguindo concluí-los. Esse contexto é ainda marcado pela alta de equidade. O desempenho médio dos alunos com níveis socioeconômico-culturais socio econômico-culturais menores é inerior ao dos demais. O segundo pressuposto está relacionado à disponibilidade dos recursos tecnológicos digitais que podem tornar o ensino mais equânime. Ao longo do tempo, muitos muitos autores, pesquisadores, sociólogos e filósoos trazem por meio de seus estudos propostas que podem garantir a aprendizagem dos alunos que tornariam o ensino mais equânime. Mas, para colocarmos o oco necessário para esta disciplina, vamos usar essa síntese eita por Freitas (2005), que une esses dois pressupostos e que devemos considerar em nossas aulas para poder implemen implementar tar uma inovação.

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Há pelo menos quarenta anos com J. Carroll e há mais de trinta anos com c om Bloom, Hasngs H asngs e Madaus Ma daus (1971): (1971): (…) (…) dado suciente tempo e apropriadas formas de ajuda, 95% dos estudantes podem aprender a matéria com um alto grau de domínio, já diziam eles, ou seja, como dirão, a unicação unic ação dos tempos é responsável pela diversicação dos desempedesempe nhos. Vale dizer que, se submetermos os diferentes ritmos dos alunos a um único tempo de aprendizagem, produprodu ziremos a diferenciação dos desempenhos dos alunos. (FREITAS, (FREIT AS, 2005, 20 05, p. 19)

É importante você perceber com essa citação que uma das possíveis inovações a serem implementadas na sala de aula se s e caracteriza por permitir a dierentes alunos terem tempos de aprendizagem aprendizagem particulares e com acesso a recursos pedagógicos distintos e diversificados. A universalização do acesso ao ensino e a busca pela não evasão dos alunos são dois atos que aumentam aumen tam a heterogeneidade do perfil perfi l desses alunos dentro da sala de aula e da escola, implicando turmas que requerem maior número diversidade de rotas de aprendizagem, aprendizagem , com tempos e recursos distintos. Pereceba, Perceba, então, que a inovação na sala de aula consiste na adoção de metodologias de ensino que levem à equidade, ou seja, oerta de d e tempos didáticos e recursos pedagógicos ajustados a cada tipo de aluno. Exemplificando Para você melhor entender as propostas dessa seção, que serão mais bem detalhadas ao longo dessa disciplina, é importante que você tenha claro a diferença entre igualdade e equidade. Imagine que um casal tem dois lhos e ainda os ajuda nanceiramente. O mais velho, de 17 anos, está no Ensino Superior e mora em outra cidade, logo precisa pagar aluguel, transporte e alimentação. O mais novo, com 14 anos, estuda no Ensino Médio, ainda mora com os pais e tem que se deslocar para outra cidade para estudar. Se a família perceber que as necessidades desses lhos são diferentes e os ajudar com aquilo que cada um deles precisa, ela estará usando o conceito de equidade para ajudar aos lhos. Eles recebem ajudas diferentes. Se a família, independentemente das necessidades de cada um deles, oferece os mesmos recursos, essa família estará usando o conceito de igualdade para ajudar os lhos. Equidade educação signica reconhecer as diferenças existentes entre os em alunos no início do processo educacional e oferecer os

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adequados e necessários recursos pedagógicos e as condições de acesso a esses recursos para que todos tenham, ao nal do processo, as mesmas aprendizagens esperadas. Igualdade em educação signica oferecer os mesmos recursos aos alunos.

Para cumprirmos os objetivos estabelecidos para essa disciplina, esperamos que você considere que esse é um dos contextos para pensar em inovações em sua sala de aula, quando o uso dos recursos digitais não só permite, mas potencializa essa personalização do ensino, porque permite ao aluno construir a sua trajetória de construção de conhecimentos, com a adequada exploração de recursos e tempos necessários para ele. Atenção É importante que você perceba que a universalização do acesso ao ensino e a não evasão dos alunos foram resultados desejáveis de inovainova ções propostas que apenas cumprirão o seu papel quando as metodologias de ensino adotadas nas salas de aula também forem inovadoras para tornar o ensino equitavo.

Nessa seção é importante você estar atento ao ato de que o uso dos recursos digitais é algo potente, mas que ele não é suficiente. Ele precisa ser complementado comp lementado com outro que está associada a outra característica do atual contexto: contex to: a atribuição de significado ao que precisa ser aprendido e, portanto, ao que deve ser ensinado para despertar o interesse do aluno. Para isso, é importante que aquele modelo de aula na qual os conteúdos são transmitidos pelo proessor e pelos livros, os recursos didáticos são ilustrativos e aos alunos cabe apenas memorizar esses conteúdos precisam ser abandonados. E, em seu lugar, lugar, precisam entrar aqueles modelos nos quais os alunos têm a oportunidade de acessar os conheciment conhecimentos os acumulados pela humanidade, não com a finalidade de memorizar, mas sim contextualizar, problematizar e aplicar na leitura dos enômenos naturais e sociais, propondo soluções para os problem problemas as identificados. A implementação crítica e consciente da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é uma oportunidade de colaborar com a implementação desse novo modelo. Ela expressa o que deve ser aprendido e ensinado por meio da especificação de competências e habilidades que precisam ser desenvolvidas e, ao mesmo tempo, devendo ser entendidas como objetivos pedagógicos e um direito das crianças e jovens. Para que essas prerrogativas

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sejam cumpridas em sua sala de aula, suas propostas de ensino devem levar os alunos a construírem os conhecimentos, habilidades, habilidades, atitudes e valores. Para os alunos serem os construtores dessa sua apr aprendizagem, endizagem, você deve ter percebido que nessa proposta a inovação está na mudança do papel do aluno,, quando ele deixa de ser um receptor e reprodutor aluno reprodutor de conhecimen conhecimentos tos e se torna construtor do próprio conhecimento. Mais uma vez, muitas propostas oram eitas nessa perspectiva ao longo da história da educação e a inovação pode estar no uso dos recursos digitais que permitem o acesso, produção e divulgação de inormações está em ser implementada. O interesse dos alunos existirá quando quando a escola e a sala de aula os acolhem, promovendo o seu autoconhecimento e o conhecimento do mundo que o cerca, tendo a vivência que os possibilita se sentirem potentes na intervenção desse mundo. Eles precisam se tornar protagonistas nessa intervenção e isto estará ligado ao seu projeto de vida. Um projeto projeto de vida que é único a cada um.

Assimile Uma das possíveis propostas inovadoras a serem implementadas na sua sala de aula pode ser caracterizado por quatro desaos: o primeiro é implementar propostas de ensino que efevamente colocam os alunos como agentes principais na construção de seus conhecimentos, reconhecendo, problemazando, recriando e aplicando o conheciconheci mento acumulado pela sociedade. O segundo está em tornar essas propostas equânimes que, por reconhecer a diversidade do perl e necessidades pedagógicas dos alunos, disponibilizem tempos e recursos especícos para cada um deles, personalizando o processo de ensino. O terceiro, decorrente dos dois primeiros, é redenir os papéis do aluno e do professor, da organização curricular e dos tempos e espaços da escola. Finamente o quarto, que consiste na exploração dos recursos digitais, aproveitando a cultura digital já existente fora da escola, para facilitar o cumpriment cumprimento o do terceiro desao.

Nas próximas unidades vamos aproundar em recursos que permitirão perceber como esses desafios estão mais próximo de serem vencidos do que se pode imaginar imaginar.. Muitos dos recursos necessários para vencer esses desafios  já são vigentes em muitos espaços escolares e não escolares, restando-nos, então, apenas termos o conhecimento sobre esses recursos e usá-los em propostas educacionais educacionais aplicáveis em salas de aula.

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Você já deve ter ouvido alar em metodologias ativas. Elas nada mais são do que propostas de ensino que colocam a atividade do aluno no centro e é por meio dessa atividade que ele, ao buscar soluções para problemas reais que identifica em um contexto, também constrói o seu conhecimento. Alguns exemplos de metodologias ativas são a Aprendizagem Baseada em Problemas, Aprendizagem Baseada em Projetos, Metodologia de 󰁒esolução de Problemas, Aulas Investigativas, metodologia SEAM, criação de espaços Ma󰁫ers, Jogos, processos de gamificação, Sala de Aulas Invertidas e Ensino Híbrido. Aplicar cada uma dessas metodologias requer a reorganização do currículo, mudanças na postura do proessor e dos alunos, mudança nas tareas propostas e redefiniçao dos tempos e espaços escolares. es colares. A sala de aula, delimitada em seu espaço ísico e pelo tempo em que os alunos estão nelas, torna-se sem configuração, com a crescente acilidade de acesso e uso das erramentas digitais. Comunidades Virtuais de Aprendizagem são constituídas por pessoas com um interesse comum que trocam inormações, permitindo que os alunos se tornem coautores e coaprendentes. Essa participação pode ser ampliada e aproundada com as plataormas adaptativas, que permitem aos alunos a colocar oco em determinados conhecimen conhecimentos. tos. Esse hibridismo no ensino, que mescla o encontro presencial e o acesso, produção e divulgação de inormações, permitem a personalização do ensino e estimulam a atividade do aluno. De acordo com o modelo proposto pelo Clayton Christensen Institute, Institute, o ensino híbrido é um programa de educação ormal no qual um aluno aprende por meio do ensino on-line, com algum elemento de controle do estudante sobre o tempo, o lugar, o modo e/ou o ritmo do estudo, e por meio do ensino presencial, na escola. (BACICH; ANZI NEO; 󰁒EVISANI, 2015). São recursos que estão disponíveis. Inove trazendo-os para a sua aula! Dica Escolha um tema que seja de seu interesse e que não seja ligado à educação, como maquiagem, artes, carros, cinema, hortas domiciliares, pets, esportes espor tes etc. Procure por blogues, blo gues, canais do YouT YouTube, fóruns, salas de chat, aplicavos e redes de comparlhamento de vídeos, imagens e textos. Isso não signica que você deva se esquecer dos documentários, textos acadêmicos e reportagens repor tagens disponibilizados disponibilizados no mundo digital. Mergulhe nesse mundo digital e tente começar a produzir e compartilhar informações.

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habili Comece a construir – se ainda não ver – seus conhecimentos, habilidades, atudes e valores acerca desse mundo digital, anal, você não pode ajudar os outros a aprenderem se você não aprender também.

Sem medo de errar Como um profissional da educação, é necessário pensar em como inovar as aulas para que a escola seja inovadora de uma orma constante constante e duradoura, ugindo dos modismos. Vamos nos dar o direito de simplificar um pouco o processo que é bastante complexo, afinal temos que começar por algum lugar. Para ugirmos do modismo, ou seja, algo que é eito agora e em um breve período do tempo não terá mais qualquer valor, teremos que nos reerenciar em algo mais permanente. Então um começo é estudar as dez competências propostas na BNCC. Desse estudo, você perceberá que tornar o aluno capaz de entender o mundo que o cerca, identificando e resolvendo problemas problemas de maneira individual e coletiva, por meio dos recursos digitais poderia ser uma síntese dessas dez competências, certo? Logo, perceba que o que oi abordado nesta seção traz os elementos necessários para que o plano de ensino ou um plano de aula, ou até mesmo uma tarea seja inovadora. Comece do mais simples possível. Perceba que na situação problema apresentada no início da seção, a orma pela qual você oi hipoteticamente entrevistado oi dierente dierente daquela que normalmen normalmente te é acontece. O uso dessa d essa imagem na apresentação da situação-problema é para explicitar a figura de que uma inovação não é eita isoladamente na sala de aula. É necessária toda uma mudança nos valores da instituição escolar. São esses valores que orientam as atitudes. O respeito ali representado não se limita à preocupação de acolher bem o profis profissional, sional, mas sim em dar as devidas condições para que o proessor seja também criativo, crítico e ético. Defina um objetivo objet ivo de aprendizagem que queira contemplar, contemplar, visite a BNCC e identifique qual seria a habilidade que estaria associada a esse objetivo. Atribua significado a todos os termos presentes na descrição dessa habilidade. Elabore uma tarea que torne o aluno o principal agente na construção da habilidade selecionada. Na elaboração tarea de você já poderá os recursos digitais para pesquisar, mas evitedessa a tentação replicar umausar tarea proposta. A ideia de que boa prática é replicável é um equívoco. Uma boa

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prática em um contexto pode levar a uma má experiência em outro. Você deve analisar quais oram as condições do contexto que levaram à prática ser boa e identificar as condições de seu s eu contexto. contexto. Você deve estar estar percebendo que uma inovação começa no seu planejamento, planejamento, escolhendo a orma – os digitais ou não –, leve seus alunos a serem produtores de conhecimento, protagonistas no processo, de maneira crítica, criativa e ética. Dessa maneira, seu projeto de ensino será inovador e desenvolverá conteconteúdos por meio de tareas e com uso de recursos que promovam aprendizagem de maneira significativa, interativa e colaborativa, com respeito ao o ritmo e individualidade de cada c ada aluno.

Faça valer a pena

1.

As inovações educacionais passíveis de serem implementadas na sala de aula redefinem os papéis do proessor e dos alunos, assim como a distribuição dos tempos e espaços escolares. A respeito dessa abordagem, qual das alternati alternativas vas a seguir s eguir é correta? a. As inovações devem desconsiderar desconsiderar os conteúdos tradicionais e ocar a elaboração de projetos que resolvam problemas problemas imediatos e simples, para maior acilidade de implementação. implementação. b. A inovação inovação propõe propõe uma nova perspectiva para o processo processo de ensino ensino e de aprendizagem, em que o aprender não é apenas ser capaz de memorizar e reproduzir as inormações apresentadas pelo proessor. c. As inovações implem implementadas entadas na na sala de aula aula devem ser elaboradas de maneira que atenda aos interesses do aluno e, sempre que possível, usem adequadamente os recursos digitais, independentemente das demandas gerais que podem descaracterizar a proposta. d. As inovações dão autonomia ao proessor proessor para elaborar seu plano de trabalho, olhando para os interesses e necessidades dos alunos e usando os recursos didáticos disponíveis, digitais ou não, mas sempre seguindo as diretrizes curriculares definidas pelo p elo sistema de ensino. e. As inovações educacionai educacionaiss devem propo proporr atividades atividades que que dispensem dispensem o processo de avaliação que tornam o ensino ultrapassado. ultrapassado.

2.

Uma das características das inovações necessárias atualmente na educação é aquela cuja proposta de ensino tem como oco principal a eliminação da passividade do aluno aluno,, minimizando o número de aulas expositivas

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e os processos de avaliação pautados nas provas escritas individuais e trabalhos escritos. Com base nessa descrição sobre as metodologias ativas, analise cada uma das afirmações a seguir s eguir.. I.

O aluno pode estudar estudar sozinho ou em grupo, com ou sem a ajuda do proessor, com acesso ou não à internet, dentro ou ora da sala de aula, para sistematizar as inormações que teve acesso e analisá-las segundo algum propósit propósito. o.

II. Antes das aulas, o aluno aluno pesquisa sobre sobre um assunto, assunto, elabora perguntas e seleciona curiosidades para serem levadas à sala de aula. III. Os alunos devem azer pesquisas para contextualizar e problematizar as inormações, desenvolvendo assim o seu o pensamento crítico, compreendendo os assuntos de maneira mais aproundada e abrangent abrangente. e. IV.. Os alunos, em grupos IV grupos,, identificam e propõem soluções para um problema real. Considerando o contexto apresentado apresentado,, é correto apenas o que se afirma em: a. I e II. b. II, III e IV IV.. c. I, II e III. d. I, III e IV IV.. e. I, II, III e IV IV..

3. Com o avanço tecnológico, muitos recursos digitais podem ser acessados por meio de celulares ou computadores. A democratização do acesso a esses equipamentos modificou as ormas de relacionamento entre as pessoas e de acesso, produção e disponibilização das inormações. Com isso, é adequado dizer que na sociedade há uma parcela da população que tem uma nova cultura digital. Qual das alternativas a seguir representa um beneício que a cultura digital pode representar se ela or estabelecida nas práticas escolares: a. Uma possibilidade de organização menos flexível dos tempos escolares, uma vez que o acesso às inormações e a comunicação com outras pessoas podem po dem ser eitas a qualquer momento. momento. b. ensino, Uma possibilidade Uma de flexibilização curricular e personalização do porque o tempo de aprendizagem e o acesso às inormações devem ser tomados a partir daquilo que é de interesse do aluno.

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c. Uma possibilidade de fixação dos conteúdos conteúdos e temas a serem abordados na escola, uma vez que além daquilo que é esperado que o aluno aprenda, significa que todos apr aprendem endem da mesma maneira. d. Uma possibilidade de otimização do tempo tempo de ensino, ensino, dada a maior maior diversidade de recursos disponíveis, adequando-os às necessidades do proessor em criar aulas expositivas, e. Uma oportunid oportunidade ade de padronizaçã padronizaçãoo do ensino, porque o tempo de aprendizagem não mais se limita necessariamente ao tempo de aula, criando rotas personalizadas de aprendizagem, com acesso aos recursos e às inormações pertinentes, devidamente mediadas e orientadas pelo proessor.

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Unidade 2 Adilson Dalben

As metodologias ativas Convite ao estudo Nesta unidade vamos nos aproximar da sala de aula e estudaremos as metodologias ativas, para que você tenha os conhecimentos necessários a fim de implementá-las em sua prática docente. A proposição do uso das metodologias ativas não é nova e a busca de sua implementação tem sido meta há pouco mais de um século, o que permitiu p ermitiu um grande avanço teórico na didática e na psicologia educacional, dentre outras áreas da Educação. Atualmente tualmente,, os resultados desse avanço teórico têm sido usados no aprimoramento de diversas técnicas, que associadas aos recursos tecnológicos, sobretudo os digitais, permitem a implementação metodologia maneira inovadora. inovadora . Na Seção 2.1, você perceberá que adessa implementação dasde metodologias ativas quebra alguns paradigmas educacionais porque o papel do aluno é redefinido, tendo como implicação direta a redefinição do papel do proessor e de toda a escola, reconfigurando os tempos e espaços escolares. Nessa seção  você perceberá de orma prática a relevância do uso dos recursos digitais. Na Seção 2.2, você terá a oportunidade de conhecer e analisar as potencialidades e limitações de alguns exemplos dessas técnicas: sala de aula invertida, modelos híbridos de ensino , Design Tin󰁫in Tin󰁫ing  g , Metodologia SEAM, Cultura   Ma󰁫er   Ma󰁫 er , Gamificação na Educação e Jogos Digitais. Na Seção 3.3, você poderá perceber as dierenças existentes entre as propostas que tornam a aprendizagem ativa daquelas que promovem e desenvolvem o protagonismo. Essas dierenças podem ser percebidas mais recentemente com os avanços teóricos e são requisitadas com as demandas atuais que a sociedade az para a Educação, provocando a necessidade de desenvolver no aluno uma visão empreendedora, empr eendedora, exigindo que ele seja criativo e tenha atitudes colaborativas no processo educacional. Será nesta unidade que você terá a oportunidade de desenvolver desenvolv er seu conhecimento para usar em sua sala de aula a cultura digital  já presente presente ora da escola, como como vimos na unidade anterior anterior.. Enfim, nesta unidade você reconhecerá a importância da flexibilização curricular e das culturas digitais a fim de que suas aulas sejam suficientemente suficientemente inovadoras paradas resgatar o interesse do aluno Quando sado, a despeito adversidades existentes na pela vida escola. do aluno ora dainteresescola,  você perceberá que ele é capaz de modificar o mundo mundo que o cerca, porque ele

 

é modificado com o conhecimento e com os valores que constroem na escola. Essa ormação na escola é importante porque será nela que a criticidade e a ética poderão se tornar ingredientes no acesso, análise, produção e compartilhamentoo de inormações produzidas, não só no mundo digital, mas também lhament no mundo acadêmico, no qual o conhecimento científico pode e deve ser desenvolvido para que o aluno supere sua relação apenas com o conhecimento comum. comum. As inovações, que contemplam esses propósitos, permitirão que os alunos vislumbrem vislumbrem projetos uturos e se sintam estimulados, promo vendo, assim, um maior  vendo, maior compromi compromisso sso e responsabilidade. responsabilidade. A atribuição de significado ao que os alunos azem na escola e ao que é proposto para eles aprenderem é um dos possíveis caminhos para erradicar o desinteresse, quando maniestado pelos alunos na escola. Com essa atribuição de significado, os alunos darão sentido a suas ações dentro – e, principalmente principalm ente – ora da escola.

 

Seção 1

Modelos centrados na aprendizagem ativa Diálogo aberto queuma oi analisado na unidade anterior, você noção do queCom vem ao ser inovação educacional e sabe queagora ela tem suatem importância  justificada por seus propósitos. propósitos. ambém já sabe que que ela não precisa ser necesnecessariamentee uma ideia nova ou usar recursos novos, mas deve mudar algo que sariament anteriormente era eito antes de sua implementação. Considerando os modelos centrados na aprendizagem ativa, suponha que você, depois de um exaustivo processo de seleção, finalmente oi contracontratado e assumiu uma turma na escola, e que a direção chamou você para uma conversa antes da semana de planejamento do início do ano letivo. Imagine que nessa conversa a diretora disse que sua contratação oi eita por sua crença queoasaluno aulasé em impera a não meramais transmissão conhecimentos, nas de quais umque expectador, unciona,dee que uma inovação educacional na sala de aula é aquela que az o aluno ter maior participação. participação. Ainda na mesma conversa, ela disse também que durante o processo seletivo o aspecto que mais chamou a atenção dos entrevistadores oi sua seguinte ala: “uma das inovações educacionais se caracterizaria por aulas que envolveriam tareas as quais os alunos precisariam ler, pesquisar, criar hipóteses e validá-las, azer sínteses e tomar decisões para resolver problemas reais e assim, eetivamente, participariam ativamente do processo da construção de seu próprio conhecimento”. Diante desse contexto, ela pediu para você elaborar uma apresentação a ser eita para toda a equipe, mostrando suas crenças sobre as mudanças que mencionou durante as entre vistas de seleção e como você trabalharia em sua sala de aula para p ara torná-las concretas. Que aspectos deveriam de veriam aparecer na sua apresentação? apresentação? Nesta seção vamos analisar a proposta de usar as metodologias ativas no processo de ensino para reverter esse quadro de desinteresse maniestado pelos alunos em suas atividades escolares, um quadro que inelizmente é recorrente recorren te e que se s e intensifica ao passar dos anos de escolarização. A análise dessa proposta envolve sua relação na organização curricular no âmbito dos conteúdos e dos tempos e espaços escolares, assim como na mudança das atitudes do proessor, ou seja, a organização do currículo e a postura do proessor pro essor também t ambém serão probl problematizados. ematizados.

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󰁒econheceremos que, em geral, a escola é desinteressante porque os alunos não veem significado naquilo que aprendem e menos ainda no que azem. Diante disso, vamos assumir que um dos possíveis propósitos para uma inovação educacional educaciona l contemporânea é a implementação de práticas escolares que atribuam significado ao que o aluno deve aprender e às suas atividades. Ao final desta seção, você verá que o modelo das aulas busca evitar e vitar aquele no qual o aluno é um mero receptor e reprodutor de inormações, que em geral, não o ajuda a azer conexão entre os conteúdos e suas experiências ora da escola. Ao final dela você terá os elementos conceituais e práticos relacionados às metodologias ativas associadas à cultura digital existente ora da escola em um context contextoo que o aluno se torna protagonista. rabalhar com modelos de aulas com essas ess as características se configura em mais um desafio para o proessor, porque implica mudança de suas crenças e valores, requerendo muito conhecimento e o rompimento daquilo que ele esteve, em geral, acostumado a ver como método de ensino ensino.. 󰁒omper não é ácil, gera inseguranças no início, início, mas depois os rutos  rutos são bons!   bons!

Não pode faltar ornar a escola interessante para os alunos é, certamente, um dos principais desafios atuais, e por isso deve ser tema motivador para as atuai atuaiss inovações educaciona e ducacionais. is. odos sabemos s abemos que o desinteres desinteresse se dos alunos em suas atividades escolares éque comum e que se intensifica ao passar doseanos de escolarização. vez ele é influenciado por atores de dentro de ora da escola, deveUma ser visto como um sintoma e não uma causa dos problemas educacionais. Certamente  você presenciou presenciou muitas situações situações que exemplificariam exemplificariam essa situação. situação. Em geral, a escola é desinteressante porque os alunos não veem significado naquilo que aprendem e menos ainda no que azem. Portanto, um dos possíveis propósitos para uma inovação educacional contemporân contemporânea ea é a implementação implem entação de práticas escolares que atribuam significado ao que o aluno deve aprender e às suas atividades. Para essa atribuição de significados, não basta o aluno deixar de um mero receptor reprodu reprodutor inormações totalmente sem sentido sua vida. Além de eser ativo tor no de processo, é também necessário que ele para seja capaz de resolver problemas reais que identifica em seu cotidiano. Será em práticas

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escolares que desempenham essas duas dimensões que ele se ormará como cidadão e se prepara preparará rá para as exigências do mercado de trabalho. Diante disso, disso, você deve ter claro que uma metodologia ativa não é apenas aquela que o proessor coloca um desafio para p ara o aluno, mas sim aquela que o aluno se sinta desafiado a azer azer.. Assim, uma metodologia ativa começa a partir de uma tarea que o aluno eetivamente queira cumprir. A sua motivação interna está no ato de ele se sentir realizado em cumprir aquela tarea, de maneira diversa do que ocorre em relação aos motivadores externos, como uma nota a ser dada pelo proessor. Proessores que desenvolvem a postura investigativa consideram que, ao participarem de comunidades investigativas, trabalham a avor e contra o sistema, problematizam hipóteses undamentais sobre os propósitos do sistema educacional existente; sendo esse trabalho realizado a partir do levantamento de questões diíceis sobre os recursos educacionais, processos e resultados. Conjuntamente, os proessores com postura investigativa questionam o eeito do currículo existente, a instrução e as práticas de avaliação e as políticas. Sendo assim, consideram como as organizações do ensino inscritas e da liderança escolar ou sustentam as desigualdades proundas no status quo. desafiam Como podemos ver, o propósito final da investigação como postura – sempre e em todos os contextos – é aprimorar a aprendizagem do aluno e as suas chances na participação e contribuição para uma sociedade dierente e democrática (COCH󰁒AN-SMIH; LYLE, 2009). Por sua vez, a motivação interna ocorrerá quando o aluno perceber que aquilo que ele az na escola está conectado aos seus sentimentos, seus desejos e suas expectativas. Ou seja, a escola deve ser um local onde o perfil dos alunos e o contexto onde vivem sejam considerados e colaborem para a elaboração de seus projetos de vida. Nos modelos tradicionais de ensino há a crença de que os alunos são capazes de aplicar os conhecimentos memorizados ao longo do processo de escolarização quando se depararem com os problemas reais da vida, ora da escola. Essa crença torna o papel da escola es cola uma preparação para a vida, e por isso raras são as vezes que os alunos sabem para que servem e o porquê dos conteúdos e tareas escolares. Exemplificando Uma tarea que tira o aluno do papel de receptor de inormações não significa necessariamente que seja uma metodologia ativa. Por exemplo, tareas como aquelas que levam o aluno a realizar um experimento científico para registrar os resultados obtidos, ou aquelas em que a ele é

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solicitado a resolução de um problema matemático de orma inédita, ou ainda aquela em que ele escreve sua opinião sobre algum evento social ocorrido, a depender do desenvolvimento podem não ser consideradas pertencente às metodologias ativas, apesar de o aluno não ter tido o papel de mero receptor de inormações. A ideia com esses exemplos oi mostrar que, mesmo com tareas dierenciadas do copiar da lousa, os alunos continuam passivamente a cumprir o que oi determinado a eles.

Essa centralidade do aluno no processo de ensino, no lugar da centralidade do proessor existentes nos métodos tradicionais, oi inicialmente pensada no século XVIII por 󰁒ousseau, um filósoo iluminista, mas que começa a se configurar no início do século XX. A principal inovação da práca pedagógica foi formuformu lada por Jean-Jaques Rousseau (1712-1778). Esse autor deslocou o centro do processo de aprendizagem do docente e dos conteúdos, para as necessidades necessida des e interesses dos educandos. […] Entretanto, essa mudança só teve repercussão em ns do século XIX e início do XX, com o movimento escolanovista. Representando uma pedagogia renovada frente à tradicional, esse movimento fundamentou a criação de novas escolas e métodos educacionais, orientados à aprendizagem ava frente aos problemas do codiano. co diano. (LIMA, (LIMA , 2017, 2017, p. 423)

areas pertencentes às metodologias ativas pressupõem que os alunos também decidam sobre os caminhos que trilharão tr ilharão para resolver os problemas e que, de orma paralela, construam seus conhecimentos. Essa ideia de que os processos de ensino requerem um problema a ser resolvido da vida real, não bastando, portanto, a não passividade do aluno, toma corpo também no movimento Escolanovista ocorrido no início do século XX, X X, tendo John Dewey como um dos seus s eus principais pensadores. Para Dewey, um filósoo rancês, a educação era um importante recurso da sociedade para a consolidação da democracia, e por isso suas propostas educacionais valorizam a ormação mais ampla do aluno, com orte viés social. Ele deendia que a democracia é apr aprendida endida ao mesmo tempo em que é exercitada e praticada. Logo, Logo, a escola deve d eve ser uma instituição social que deve de ve garantir garan tir aos alunos a oportunidade de tomar iniciativas iniciativas e de cooperar com os demais colegas para o estabelecimento de uma nova ordem social.

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Anísio eixeira t rouxe as ideias de Dewey eixeira oi um educador brasileiro que trouxe para o Brasil nas primeiras décadas do século XX. À época, ele já afirmava que a escola oi se separando da vida real, tornando-se sem significado ao longo do tempo, com o aumento da complexidade da sociedade. Além disso, alava da necessidade de a escola es cola padronizar os seus objetos de ensino. Segundo ele, já naquela época Tornam-se necessárias escolas, estudos e professores: todo um mecanismo especializado e sistemáco, para fornecer aquilo que a vida, diretamente, não pode ministrar. Qual o perigo imediato dessa organização? Que se esqueça na escola a sua função substuva e, ao invés de educação, se esteja aí a obrigar a criança a deveres insípidos e contracontra producentes. Que a escola, deslembrada da sua função, se torne um m em si mesma, fornecendo aos alunos um material de instrução que é da escola, mas não da vida. As escolas passam a constuir um mundo dentro do mundo, uma sociedade dentro da sociedade. Isto, no melhor dos casos, que, no pior, elas se tornam simplesmente livrescas, atulhando a cabeça da criança crianç a de coisas inúteis e estúpidas, não relacionadas com a vida nem com a própria realidade. (TEIXEIRA, 2010, p. 41)

Você, ao ler essa citação, deve ter tido a sensação de que a ala de Anísio eixeira parece ser atual, mesmo se reerindo à organização e valores presentes nas escolas do início do século passado. Mas é dessa época que  vem a proposta proposta de problema problematizar tizar o contexto contexto real, uma das características das metodologias ativas. As metodologias ativas trazem problemas reais para os momentos de escolarização para que, durante a busca da solução s olução,, os conhecimen conhecimentos tos sejam construídos e reconstruídos. Ou seja, a solução do problema e a construção do conhecimento são processos desenvolvidos ao mesmo tempo, constantemente diante do desenvolvimento das tareas que têm como propósito resolver os problemas. Por isso, a crença válida quando as metodologias são aplicadas é que a escola é o espaço para a vida estar presente, de maneira maneira que o significado é inerente às práticas escolares, e assim, desperte e mantenha o interesse inter esse dos alunos. Esse processo de construção da solução do problema e da construção do conhecimento rompe com a ideia de um currículo organizado, no qual os conteúdos são alinhados sequencialmente, em uma relação ordenada, um

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após o outro, e coloca o entendimento que essa conexão de um conteúdo é relacionado ao mesmo tempo com diversos. Ou seja, a organização curricular deixar de ser linear e passa a ser concebida na orma de uma rede. Esperamos que, com esse muito breve e superficial resgate histórico,  você perceba que para trabalhar com as metodologias ativas, ativas, as atividades de alunos devem ocorrer em meio a suas inserções sociais, reutando qualquer proposta simplificadora e reducionista, evitando, assim, a perda das potencialidades dessa metodologia de d e ensino. Nessa perspectiva de ensino, a redefinição do papel dos alunos é uma consequência inevitável e desejada, porque suas atividades, em meio às tareas que precisa cumprir, cumprir, são orientadas por ações por p or eles também plane jadas em uma etapa anterio anteriorr, em parceria com o pro proessor essor.. Esse planejamento pode envolver tareas com dierentes abrangências e proundidades, a depender de seus objetivos pedagógicos (cujo oco é a aprendizagem) e seus objetivos operacionais operacionais (cujo oco é o resultado da tarea que devem cumprir). Para construir as competências, a incorporação das metodologias ativas deve permitir que os alunos se apropriem dos dados e os transorme em conhecimentos durante o processo. Para Machado (2000), acumular dados não é suficiente para gerar inormações. É necessário que as pessoas e seus interesses selecionem os dados que são relevantes para seus propósitos, e quando são atribuídos significado e finalidade para esses dados é que eles se transormam em inormações. Já o conhecimento é o resultado da densa rede de interconexões entre as inormações, usada em uma ação dentro de um contexto. Essa relação proposta por esse autor nos permite entender a importância das metodologias ativas para a construção do conhecimento, pois essa significação dos dados e a articulação de inormações só podem ser eitas pelos alunos a partir de seus interesses, nunca algo que se az de maneira externa a eles. Conhecer esse processo epistemológico é importante para que as potencialidades das metodologias ativas sejam devidamente aproveitadas, assim como sejam colocadas em seu devido lugar, lugar, que é o meio para levar à aprendizagem, finalidade última da educação. Muitas vezes, o encantam encantamento ento com as metodologias ativas leva as práticas escolares a colocarem-na equivocadamente como finalidade. É com essa participação dos alunos não só nas ações, mas também nas decisões, que seu conhecimento e competências serão desenvolvidos. Nessa dinâmica, há subjacente um processo de engajam engajamento ento que pode gerar maior sentido e compromisso compro a luno,,etendo aluno em vista terá maiorindividual clareza de onde deve chegarmisso chegar, , o quedo promov promove a melhora em que seu ele desempenho e também do coletivo coletivo..

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lembre-se De acordo com a Base Nacional Comum Curricular, as competências são entendidas como sendo a […] mobili-

zação de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana cot idiana,, do plen pleno o exercício da cidadania e do mundo do trabalho. (BRASIL, 2018, p. 8) Com a acilidade de acesso aos recursos tecnológicos digitais e por suas potencialidades terem grande aderência ao ensino com metodologias ativas, um detalhe que merece ser explicitado é que as metodologias ativas podem ser usadas sem os recursos digitais. Há também metodologias ativas que podem ser aplicadas em uma tarea, e outras que são compostas por diversas tareas. Ou seja, cada metodologia ativa tem suas características específicas e devem ser aplicadas segundo o objetivo pedagógico e suas possiblidades e limitações, assim como qualquer recurso pedagógico. p edagógico. Muitos são os exemplos de metodologias ativas que surgiram ao longo de todo esse tempo e que guardam entre si muitas semelhanças. Em geral, a dierenciação entre elas está naquilo que priorizam como propósito, nas técnicas ou recursos que usam ou no tipo de conhecimento que abarcam. São exemplos atuais de metodologias ativas a Aprendizagem Baseada em Projetos, a Aprendizagem baseada em Problemas, a Metodologia de 󰁒esolução de Problemas, Peer Instruction, Aulas Investigativas, sala de aula invertida, ensino híbrido, Design Tin󰁫ing , Metodologia SEAM, Cultura  Ma󰁫er   Ma󰁫 er , Gamificação na Educação e Jogos Digitais. Essas últimas você poderá po derá conhecer melhor na próxima seção. Até agora alamos da importância do papel do aluno no processo da construção de seu conhecimento e de como as características das metodologias ativas são aderentes e potentes a esse processo. Mas, diante desse novo papel do aluno, o papel do proessor é obrigatoriaobrig atoriamente redefinido. redefinido. O pro proessor essor deixa de ser aquele que transmit transmitee os conhecimentos acumulados pela humanidade, seja escrevendo na lousa, projetando imagens, textos e vídeos ou contando histórias. Ele passa a ter, como papel principal, despertar o interesse dos alunos por meio de propostas propostas que conciliem as competências a serem desenvolvidas ao projeto projeto de vida dos alunos. No trabalho com metodologias ativas o aluno precisa azer pesquisas, levantar hipóteses, testar essas hipóteses para verificar se são válidas,

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argumentar e ouvir, debater para deender sua ideia e ver aplicação dela, e isso az com que a escola seja um lugar de produção e divulgação do conhecimento. O proessor precisa inicialmente propor tareas que permitam aos alunos azerem tais atividades e, depois disso, ele precisa monitorar o desen volvimento  volvimen to para que possa azer as intervenções intervenções adequadas. Essas intervenções do proessor não significam dar as respostas certas aos problemas, tampouco, mostrar qual seria o melhor caminho para chegar a elas. Ao proessor cabe azer os apontamentos para que os alunos elenquem quais são os possíveis caminhos e os critérios que deverão ser usados usar para escolher, escolher, dentre eles, qual será aquele que ele escolherá. Nesse contexto contexto fica bem exemplificado o real papel do proessor, que não deixa de ter a responsabilidade sobre o processo de ensino, mas também não se torna aquele que decide ou julga pelos alunos a lunos o que é a melhor opção. No processo de identificar os possíveis caminhos e os critérios as serem usados para a escolha, um debate consistente precisa ser estabelecido entre os alunos. O proessor precisa estar muito atento tanto à orma quanto ao conteúdo dos debates para que possa manter os alunos motivados e apresentar suas ideias, hipóteses argumentações. E é nesses momentos que surgem os conflitos. Ser um mediador de conflitos é outro papel importante do proessor no desenvolvimento do trabalho com as metodologias ativas. Os conflitos estão presentes em qualquer grupo social e sua superação requer o desen volvimento  volvimen to de recursos no âmbito âmbito pessoal, para p ara que aspectos comuns sejam reconhecidos e dierenças sejam devidamente tratadas com negociação e não imposição. Esse exercício permite que os alunos aprendam a conviver uns com os outros e ormem suas identidades, reconhecendo os seus traços de personalidade. É dessa maneira que as competências socioemocionais são desenvolvidas desenvolvi das e vãodemocráticos. ao encontr encontro o de uma cultura cultura da paz, inseparáve inseparávell dos  valores e princípios princípios democrá ticos. Dierentemente do que é comum acreditar, os conflitos não devem ser evitados, uma vez que é diante dele que relações são estabelecidas, valores são questionados e os conhecimentos, habilidades e atitudes são desenvolvidas. Esse é o momento do exercício e da apr aprendizagem endizagem da democracia. Democracia é o conjunto de relações humanas enredado em uma convivência na qual todos possam aprender a cuidar de si e do outro, sendo o outro de qualquer um dos três reinos presentes neste planeta: animal, vegetal e mineral. Pode-se considerar ainda, se assim o desejar nosso leitor, um quarto reino,

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o espiritual. Democracia é um modo de estar entre outros, entre muitos, entre diversos. Entender a escola como uma oportunidade de estar junto e como um lugar privilegiado para aprender a viver junto, eis o que interessa de imediato a quem se interessa pela construção do espaço escolar. […] O lugar da experiexperiência democráca é o lugar de estar es tar junto com outros e de entrar em contato. Lugar de receber o outro e de ser recebido. Exige mais que aceitar, tolerar, reconhecer e dominar. Exige entrega ao outro. A entrega exige ver no outro a possibilidade do próprio fortalecimento. (CHRISTOV, 2012, p. 5) 

Assim, desenvolver desenvolver a competênc competências ias socioemocionais so cioemocionais significa aprender a controlar as emoções, saber ouvir e alar com assertividade. Significa usar o diálogo diante do conflito para que ele seja onte de aprendizagem, uma vez que se apoia na consciência e no autocontrole. autocontrole. Quando o grupo gr upo de alunos se se torna capaz emocionalmente, é estabelecido um ambiente de aprendizagem, trazendo o bem-estar pessoal, abrindo espaço para a criatividade imperar. imperar. Muitas são as discussões acadêmicas em torno da ideniden cação e da mensuração das competências socioemocionais e quais deveriam ser desenvolvidas no espaço escolar. São inúmeras pesquisas delimitando inúmeras habilidades - a amplitude das caracteríscas de personalidade humana é enorme! É necessário realizar uma taxonomia que permita recortes e afunilamentos para denir e organizar focos de trabalhos pedagógicos. (ABED, 2014, p. 15)

Com o uso das metodologias ativas, espaço para a produção coletiva são abertos ao mesmo tempo em que as trocas de ideias levam a um aprimoramento da solução encontrada. E diante das argumentações e contra argumentações, novas relações entre as inormações são estabelecidas e, como visto anteriormente, anterio rmente, conhecimentos conhecimentos são s ão construídos e consolidados. Esperamos que você perceba o quanto os dierentes elementos presentes nas metodologias ativas são inter interconectados conectados e conv convergem ergem para um resultado comum: o conhecimento.

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Assimilie O desenvolvimento desenvolvimento das da s competências socioemocionais socioemocionais de maneira mais objetiva ainda é muito incipiente e depende da interação entre os alunos que têm perfis e comportamentos dierentes. Cada um tem a sua individualidade, por isso é importante conhecer os cinco traços de personalidades que pesquisadores identificaram em dierentes culturas para entender melhor como desenvolver as competências socioemocionais. •



Abertura a novas experiências: indica disposição e habilidade para lidar com Abertura novas vivências. O seu oposto é a rigidez, associada às dificuldades em se adaptar a novos contextos. Conscienciosidade Conscienci osidade:: implica a acilida acilidade de de conviver com as regras e convenções estabelecidas nos grupos sociais so ciais e que levam à objetividade e eficácia.



Extroversão: relaciona-se à capacidad capacidadee e à preerência de interagir acilmente com as pessoas.



Amabilidade: está associ associada ada à empatia e à preocupaçã preocupaçãoo com o outro.



Estabilidade emocional: emocional: vincula-se à capacidade de controlar controlar as reações emotiva emotivas. s.

Você, a essa altura do texto, está tomando consciência do quão complexo é trabalhar com as metodologias ativas. Deve ter percebido que para resgatar o interesse do aluno é importante colocá-lo de orma ativa no centro do processo de aprendizagem, diante de um contexto real para que ele desenvolva seu conhecimento e competências, incluindo aquelas de natureza socioemocional para uma  vida  vi da repub republilica cana na e de demo mocr crááti tica ca.. Co Com m es essa sa sua redefi redefini niçã çãoo de papel papel,, o pa pape pell do proessor também é redefinido, mas as redefinições não param por aí: é necessária a redefinição dos espaços e tempos escolares também. As àescolas têm umahistoricamente organização marcada por tempos de orma correspondente ragmentação construída dos conhecimentos. Há um tempo reservado para as Linguagens, outra para a Matemática e um outro para cada um dos demais componentes curriculares ou áreas de conhecimento. Com as metodologias ativas, a depender dos projetos educacionais em que orem envol vido  vi dos, s, esses esses tem tempo poss e es essa sa divi divisã sãoo dos tempo temposs se to torn rnam am inad inadeq equa uado doss e pod podem em requerer uma reorganização. Quando isso não é possível, os tempos e a organização do trabalho pedagógico precisam ser redefinidos no interior das aulas, e os recursos digitais devem ser utilizados. O que a tecnologia traz hoje é integração de todos os espaços e tempos. O ensinar e aprender acontece numa interligação simbióca, profunda, constante entre o que

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chamamos mundo sico e mundo digital. Não são dois mundos ou espaços, mas um espaço estendido, uma sala de aula ampliada, que se mescla, hibridiza constantemente. Por isso a educação formal é cada vez mais blended, mistumisturada, híbrida, porque não acontece só no espaço sico da sala de aula, mas nos múlplos espaços do codiano, que incluem os digitais. O professor precisa seguir comunicando-se face fa ce a face com os alunos, mas também digitalmente, com as tecnologias móveis, equilibrando a interação com todos e com cada um. (MORAN, 2015, p. 16)

As próximas seções serão dedicadas para a exploração desses recursos nesse contexto de metodologias ativas. Nelas, você poderá perceber outras potencialidades que atendem a outras demandas necessárias à educação e que os modelos tradicionais não conseguiam atender. atender. Reflita Há uma orte tendência de ensinarmos da mesma maneira que omos ensinados e, em geral, as práticas de ensino a que omos submetidos tinham uma organização linear e bastante modular, um módulo após o outro. Nesta seção você pôde perceber a riqueza e a necessidade do uso das metodologias ativas, mas também de sua complexidade. Como  você precisa precisaria ria se organiz organizar ar para conseg conseguir uir traba trabalha lharr com essa essass nova demandas educacionais? Quais seriam os valores que você teria que repensar?

Sem medo de errar Na hipotética situação-problema desta seção, você oi provocado a apresentar apr esentar suas crenças acerca da necessidade de mudar as práticas escolares para despertar o interesse dos alunos e a descrever como você aria em suas aulas. Obviamente Obviamente a sua a ormação ormação,, experiência e contexto onde a sua prática seria desenvol des envolvida vida levaria você a azer uma apresentação bastante particular. particular. Ainda nessa situação hipotética, você propôs que esse desinteresse do aluno era provocado por sua passividade diante do seu se u próprio processo processo de apr aprenendizagem. Diante disso, para romper romper com essa passividade, uma das possíveis soluções seria usar metodologias ativas em suas aulas. Com essa opção, em sua apresentação seria importante que você também demonstrasse a orma

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que estruturaria seu trabalho. Os procedimentos a seguir podem ser usados para exemplificar essa estrutura. Na ase de planejamento: 1. Adote Adote uma organização organização curricular em rede rede em detrimento detrimento daquela linear,, na qual em geral as escolas se organiz linear organizam. am. 2. Defina um objetivo objetivo pedagógico a cumprir. cumprir. Para isso, isso, é adequado consultar o projeto pedagógico da escola, o plano de ensino previsto para o ano letivo que trabalha, as orientações metodológicas e verificar a adequação desses documentos às atuais diretrizes curriculares e à BNCC. Atente-se Atente-se às competências e habilidades que devem ser desen volvidas. Se necessário, necessário, proponha proponha as adequações nesses documentos. 3. Delimite o trabalho, assim que estiver definido o objetivo, objetivo, especificando se será necessária a participação de outros proessores, quem será impactado pelo trabalho (se o aluno, a turma, a amília, a escola ou a comunidade), o tempo que será dedicado ao desenvolvimento desenvolvimento da proposta e os recursos que seriam necessários. 4.

Pense em um desafio desafio que que motive motive os alunos, alunos, propon propondo do que que eles estudem um determinado contexto e encontrem um problema que eles consigam resolver dentro dos limites estabelecidos.

5. Especifique, em parceria parceria com os alunos, alunos, quais são os resultados esperados, tanto na aprendizagem quanto na solução do problema. 6. Subdivida o desenvolvimen desenvolvimento to do trabalho em etapas e defina os resultados parciais para o melhor monitoramento e avaliação. 7. Selecione qual ou quais quais metodologias ativas ativas pretende pretende propor propor para o desenvolvimento desenvolvi mento do trabalho ou de cada uma de suas etapas. 8. Organize, em parceria com os alunos, alunos, a sala de aula, construindo construindo normas de convivência e regras para o trabalho coletivo, criando, assim, um ambiente de aprendizagem. 9. Planeje o processo processo avaliativo avaliativo,, que não deve ter como como meta a mera mera atribuição de notas. A avaliação a ser realizada nas metodologias ativas deve ser usada para reorientar o caminho percorrido e dar as devolutivas para que os alunos possam desenvolver processos de autoavaliação e, assim, melhor desenvolver suas aprendizagens. As notas e conceitos deve ser apenas para represen representar tar o desenvolvi desenvolvimento mento geral do aluno em um determinado instante do trabalho. O importante é que esse conceito ou nota tenha um significado para a turma e esteja a serviço ser viço da aprendizagem. aprendizagem.

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10. Elabore, quando o trabalho com a metodologia ativa requerer um tempo letivo maior que uma semana, um esquema gráfico contendo as tareas que deverão ser desenvolvidas ao longo do tempo tempo.. Na ase de execução: 11. Comece com uma avaliação diagnóstica, para que os próprios alunos saibam quais conhecimentos, competências e habilidades têm para o desenvolvimento de um trabalho com essas características. Para esse diagnóstico, não basta apenas a aplicação de provas escritas, mas a observação e registro diante diante de atividades como dinâmicas de grupo. Coloque atenção também nas competências socioemocionais dos alunos e no mapeamento da personalidade de cada aluno (use os Big5). 12. Registre as evidências do desenvolvimento do trabalho para elaborar devolutivas adequadas para os alunos e indicar o desenvolvimento individual e coletivo. 13. Promova, sempre que necessário e adequado, um processo de autoa valiação individual, individual, em grupos e com a turma toda. 14. Avalie, diante desses mesmos registros, o desenvolvim desenvolvimento ento do trabalho, e aça as intervenções necessárias para que os objetivos sejam cumpridos. 15. Compartilhe com os alunos sua avaliação e reoriente os trabalhos quando necessário. 16. Compartilhe sua experiência com outros proessores para que eles possam sugerir melhorias. Logo após a conclusão: 17. Oriente os alunos a azerem uma boa apresentação dos resultados do trabalho, principalmente das conexões que estabelecem com o seu desenvolvimento desenvolvim ento pessoal e projeto de vida. 18. Promova exercícios de metacognição para que os alunos percebam sua evolução e se s e sintam capazes de enrentar os desafios d esafios do mundo mundo.. ambém ao final de sua apresentação seria interessante explicitar: a. Os aspectos que que distinguem sua aula aula com metodologias ativas ativas das aulas convencionais, sobretudo as quais os alunos se tornam produtores de conhecimento e não reprodutores.

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b. A orma orma pelas quais os recursos digitais digitais podem colaborar colaborar,, sobretudo sobretudo em relação à flexibilização do tempo e espaço, uma vez que os alunos podem azer pesquisas e estudar a qualquer momento momento e lugar que or adequado a ele. c. A oportunidade oportunidade para para o desenvolvim desenvolvimento ento do pensamento pensamento crítico e das competências cognitivas e de natureza socioemocionais, orientados pela postura responsá responsável, vel, republicana republicana e ética. d. A ressignificação e seleção dos conteúdos conteúdos trabalhados em unção dos interesses dos alunos, do projeto pedagógico da escolar e das diretrizes curriculares oficiais, incluindo a BNCC. e. A necessidade necessidade de o trabalho do aluno aluno ser intera interativo, tivo, coletivo e colaborativo,, despertando rativo desper tando e mant mantendo endo o seu interesse.

Faça valer a pena

1. As metodologias ativas aplicadas aplicadas ao ensino podem ser consideradas uma inovação educacional, educacional, mas não são uma novidade. Com elas, o aluno passa a ser o principal agente de sua própria ormação, enquanto o proessor passa a ser um orientador e problematizador. Assinale a afirmação verdadeira, em relação às metodologias ativas. a. É inovadora, inovadora, mas não uma novidade, novidade, porque só podem ser usados usados os recursos tecnológicos disponívei d isponíveis. s. b. É inovadora, inovadora, mas não uma novidade, novidade, porque porque deve ser implementada implementada por conta da BNCC. c. É inovadora, inovadora, m não de uma noséculo. vidade, porque porque suas ideias vêm sendo amadurecidas amadur ecidasmas háasmais umnovidade, d. É inovadora, inovadora, mas mas não uma novidade, novidade, porque porque dá centralidade ao papel do proessor que hoje é desvalorizado profissio profissionalmente. nalmente. e. É inovadora, inovadora, mas mas não uma novidade, novidade, porque porque não há novas novas propostas propostas de metodologias.

2. As metodologias ativas permitem às práticas escolares incorporarem o uso de recursos digitais e oerecem ao estudante oportunidade de mover-se, gradativamente, para o papel de protagonista no processo de construção de conhecimento. ambém afirma que a promoção da

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autonomia e da responsabilidade do estudante são os aspectos mais importantes do ensino híbrido.

Analise cada uma das afirmações a seguir: I.

O ensino híbrido é aquele que permite integrar o mundo real e o mundo digital. II. Com os recursos digitais digitais o aluno aluno pode mais acilmente acessar as inormações para resolver um problem problema. a. III. Fazer aulas aulas experimentais e pedir para o aluno azer o relatório relatório é uma metodologia ativa. IV.. O ato de o aluno se tornar mais responsável e autônomo IV autônomo az com que o proessor tenha menos autoridade na sala de aula. Dentre as alternativas a seguir, assinale a única que é correta: a. Somente as afirmativa afirmativass I e III são verdadeiras. verdadeiras. b. Somente as afirmativas afirmativas I e II são verdadeiras. c. Somente as afirmativa afirmativass I, II e III são verdadeiras. d. Somente as afirmativas afirmativas II e III são verdadeiras. e. Somente as afirmativa afirmativass I e IV são verdadeiras.

3. “[...] uma inovação curricular parte de sua Contextualização na Sociedade Contemporânea: procura identificar os novos cenários históricos, políticos, culturais; as ciências e a tecnologia nesse mundo; os valores e problemas que assolam as comunidades de adultos, de jovens, de crianças nas próximas décadas, no Brasil e no mundo.” (MASEO, 2011, p. 16, grio do original) Com base no exposto, analise as seguintes seg uintes asserções e a relação entre elas: I.

As escolas inovadora inovadorass estão trocando os currículos mais disciplinar disciplinares es e rígidos por outros mais flexíveis, que colocam o oco na aprendizagem ativa para resolver problemas reais. Elas podem também adotar outros desafios do interesse dos alunos, aplicando jogos e dinâmicas de grupo, promovendo promovendo as pesquisar pes quisar e os debates de ideias entre os alunos. PORQUE

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combinando ando tempos individua individuais is e tempos II. Flexibilizam seu currículo combin coletivos; valorizam os projetos pessoais e coletivos, dando uma nova perspectiva de trabalho t rabalho para os pro proessores.. essores.. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta: a. As asserções I e II são proposições proposições verdadeiras verdadeiras e a II justifica a I. b. As asserções I e II são proposições proposições verdadeiras, mas a II não justifica justifica a I. asserções c. A asserção asserção I é uma uma proposição proposição verdadeira e a II, alsa. d. A asserção asserção I é uma proposição alsa e a II, verdadeira. e. As asserções I e II são proposições alsas.

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Seção 2

Alguns modelos de metodologias ativas Diálogo aberto como um uturonaproessor, estar eatento ritmo aceleradoVocê, em que as mudanças sociedadedeve ocorrem a comoaotais mudanças podem estimular a participação dos alunos no envol envolvimento vimento em seu próprio processo de construção de d e conhecimento. conhecimento. Ao compararmos os processos de comunicação e de pesquisa na sociedade ora da escola com aqueles dentro dela em dierentes momentos do passado, constatamos que ora da escola o ritmo das mudanças é bem mais célere do que aquelas ocorridas dentro dela. Apesar disso, será que à medida que os alunos – mesmo aqueles pertencentes às classes populares com maiores dificuldades financeiras – trazem em mãos seus celulares, eles não estão de algum modo transormando o espaço escolar? Será que eles, mesmo com proibições ao uso dos celulares (tão comuns observadas nos ambientes escolares), não estariam inserindo o uso das tecnologias nas escolas nas mais diversas perspectivas? Será que, mesmo não sendo de maneira adequada, os alunos não utilizam os recursos tecnológicos na escola da mesma orma que ora dela? Para melhor entendimento entendimento dessas questões, analisemos como exemplo as situações em que os proessores possam ter suas aulas gravadas, mesmo que de maneira não adequada e autorizada: já não seria uma mudança? Sabemos que essa postura não é adequada pelos mais diversos motivos, no entanto, essa possibilidade já não representaria uma mudança mudança no interior da escola? es cola? Nesta seção veremos impõem que essassobre perguntas são mas exemplos de são pressões que os avanços tecnológicos a escola, que não incorporadas para a construção do conhecimento. E como não são incorporadas nas práticas escolares a serviço da aprendizagem acabam sendo vistas como influências antagônicas antagônicas às finalidades da escola. Nosso propósito propósito é que, ao final desta seção, você esteja apto a sinton sintonizar izar o ritmo dos avanços tecnológicos ao ritmo das mudanças necessárias em suas aulas, a serviço ser viço da aprendizagem. Como você verá nesta seção, a implementação dessas mudanças dependerá de seu domínio não só dos objetos de conhecimento propriamente ditos, mas também dos conhecimentos de natur natureza eza didático-pedagógico.

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A resolução da situação-problema desta seção requer os conhecimentos sobre modelos que articulam as metodologias ativas e os recursos digitais disponíveis. Por isso, os modelos aqui apresentados têm por finalidade mostrar suas estruturas e conceitos inerentes para que você, quando assumir a unção de proessor, seja capaz de adaptá-los ao contexto em que serão usados. Esse cuidado em não compreendê-los como estruturas e imutáveis é neces-e sário porque esses modelos oram aplicados em fixas contextos tão diversos adversos quanto o brasileiro, em condições e com recursos específicos de cada região. Para conseguir explorar adequadamente as potencialidades dessas metodologias, você deve se posicionar de maneira a poder acompanhar o desenvolvimento dos alunos do processo, identificando suas necessidades (de dierentes dimensões – cognitivas, sociais e emocionais) para melhor planejar as intervenções que proporcionem maior aprendizagem dos alunos. No papel de proessor, você terá a central importância na condução do processo porque, afinal, será quem melhor poderá criar soluções para os desafios que sua escola enrenta cotidianamente. cotidianamente. A inovação educacional, como visto anteriormente, começa com uma postura inovadora de quem vai implementá-la, tendo claro o propósito das uturas ações. O propósito está na busca da orma de tornar a escola interessante para os alunos, e alcançaremos esse objetivo se conseguirmos azer com que atribuam significado ao que devem aprendem e ao que azem para aprender. Para isso, nossa estratégia é usar uma metodologia em que eles identifiquem um problema que queiram e se sintam capazes de d e resolver, resolver, azendo pesquisas, levantando e testando hipóteses e debatendo com quem necessário, em um constante exercício de argumentar e ouvir. Para tudo isso, os recursos digitais disponíveiss se tornam uma grande erramenta disponívei erramenta para os alunos, que permitem e requerem a flexibilização dos tempos e espaços escolares. Imagine que você já tenha se ormado e oi contratado por uma escola, estando no momento de elaborar o seu plano de ensino. Você está desen volvendo  volven do esse trabalho em conju conjunto nto com outros pro proessores essores que lecionam no mesmo ano em que você trabalhará. Nesse dia, no início dos trabalhos, a coordenação pedagógica da escola solicitou que os planos de ensino contemplem o uso de recursos digitais. Segundo ela, esse cuidado seria importante por conta dos avanços tecnológicos digitais e a democratização do acesso a esses recursos, e principalmente por avorecerem a ampliação dos limites da sala de aula. Após essas instruções, seu grupo conversou brevemente,

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concordando que o plano de ensino contivesse pelo menos um projeto de ensino envolvendo cada uma das seguintes metodologias de ensino: sala de aula invertida (ou outro modelo de ensino híbrido), jogo j ogo digital, gamificação, Design Tin󰁫ing   e Metodologia SEAM. Esses oram algumas das muitas outras possibilidades que incorporam os recursos digitais às metodologias ativas que seu grupo elegeu. Como você bem sabe, essas metodologias devem ser selecionadas em unção dos objetivos pedagógicos a serem cumpridos e de sua possibilidade de ser executável, por isso você precisa conhecê-las muito bem. Nesta seção, você conhecerá as potencialidades e limitações de cada uma dessa opções metodológicas, para que sejam implementadas em suas uturas aulas. aulas.

Não pode faltar Você encontrará, nesta seção, a descrição des crição de alguns modelos de metodologias ativas selecionadas que valorizam o uso de recursos virtuais com o potencial de inovar o ensino nas salas de aula. Essa inovação se confirma por tornar inevitável a flexibilização dos tempos e espaços escolares e a possibilidade do estabelecimento de rotas individuais individua is de apr aprendizagem. endizagem. Mas lembre-se lembre-se de que não é o uso de recursos digitais que torna a metodologia ativa, apesar de eles colaborarem bastante para isso. Você observará obser vará que muitos desses modelos podem po dem ser usados como uma etapa de outro.

Modelos de ensino híbrido Você deve de ve ter ouvido com certa cert a requência requênci a o termo “híbrido “híbrid o” em seu dia a dia e percebeu que, de certa cer ta orma, ele vem associado aos objetos que incorincorporam os avanços tecnológicos em sua produção produção.. Pesquisas em dicionários indicam que o híbrido é algo que resulta do cruzamento de progenitores de dierentes raças ou espécies. Quando nos reerimos a carros híbridos, estamos alando dos veículos cujos motores usam ontes de energia de dierentes naturezas, como motores de combustão e álcool. Em educação, o ensino híbrido (muito conhecido também por sua nomenclatura original em inglês, Blended Learning ) é aquele que explora

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adequadamente os potenciais do ensino presencial e do ensino on-line, em que os alunos podem po dem acessar os recursos digitais como computadores, computadores, tablets ou os próprios celulares, celulares, extrapolando os tempos e espaços da sala de aula. Para Bacich (2016, p. 5): O Ensino Híbrido congura-se na oferta de diferentes espaços de ensino-aprendizagem no para contexto promovendo a autonomia dos alunos que escolar, possam trabalhar em grupos e comparlharem conhecimentos. Sendo assim, esses espaços se tornam complexos sistemas de interações entre aluno-conhecimento, aluno-professor, aluno-aluno, no qual o professor não assume mais o papel de detentor do conhecimento, mas todos os envolvidos no processo são responsáveis por essa construção, assim como as diferentes ferramentas digitais.

Essa metodologia oi implementada em muitas escolas americanas há pelo menos duas décadas com o objetivo de despertar o interesse do aluno, colocando-o como agente principal de sua aprendizagem diante de uma proposta que permite resolver coletivamente um problema real, rompendo com o ensino convencional. Ou seja, escolas que buscavam uma orma de metodologia ativa. As experiências dessas escolas oram analisadas por muitas instituições de pesquisa interes interessadas sadas no ensino com essas características. Heather Sta󰁫er e Michael B. Horn são pesquisadores de uma dessas institu instituições ições e oram uns dos primeiros a sistematizar sistematizar as experiências dessas escolas. Em seus estudos, eles identificaram as experiências com o hibridismo presente nos métodos de ensino dessas escolas americanas, com características que permitiriam a elas uma classificação, e então criaram uma taxonomiaa para os modelos de ensino híbrido (SA󰁋E󰁒; taxonomi (SA󰁋E󰁒; HO󰁒N, 2012). Essa taxonomia, que passou a ser bastante diundida no Brasil por Bacich, anzi Neto e revisani (2015), mostra que os modelos de ensino híbrido podem ser classificados em Modelos de 󰁒otação, Modelos Flex, modelos à La Carte e Modelos Virtuais Virtuais Enriquecidos. Os Modelos de 󰁒otação são aqueles em que os alunos alternam entre dierentes tareas, sendo que em pelo menos uma delas são envolvidos recursos digitais e que levem à aprendizagem on-line. Essas alternâncias

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ocorrem em momentos previamente fixados ou determinados pelo proessor. As outras tareas podem ser desenvolv d esenvolvidas idas em projetos em grupos, gr upos, aulas em pequenos grupos ou na própria sala de aula; enfim, qualquer tarea que é desenvolvida sob a reponsab reponsabilidade ilidade dos alunos e de orma autônoma. autônoma. Diante Diante dessas dierentes possibilidades, os modelos de rotação podem ser subdivididos em:

• Modelo de rotação por estação Essa estruturação se constit constitui ui por estações de trabalho, cujo número pode variar. Deve haver pelo menos uma delas que requeira o uso de recursos digitais, não importando sua finalidade – se para pesquisa, simulação, jogo ou comunicação. Assim como o número de estações, o número de alunos por estação também pode variar, dependendo dos objetivos pedagógicos e o contexto em que a tarea é desenvolvida. É desejável que cada uma das estações tenha alguém, mesmo que seja o aluno mais experiente, para apoiar o desenvolvimento da atividade (BAILEY et al .,., 2013).

• Laboratório 󰁒otacional  Nele, os alunos usam os recursos independentemente do local pelo qual acessam os recursos digitais. Nesses espaços os alunos recebem tareas para que, de orma autônoma, cumpram os objetivos previamente determinados determinad os pelo proessor. No No laboratório rotacional, rotacional , enquanto alguns alunos trabalham sozinhos, o proessor acompanha acompanha outra turma. Esse modelo se diere do modelo de estações pela necessidade do uso dos espaços que tenham os recursos digitais disponíveis.

• Sala de Aula Inv Invertida ertida Nesse modelo o aluno deve se preparar para a aula explorando todas as potencialidades dos recursos digitais. Mas isso não significa acilitar o entendimento entendim ento sobre a aula que o proessor dará, como seria no modelo convencional. conv encional. Essa preparação deve ocorrer para que tempo e espaço da sala de aula seja usado para debates, resolução coletiva de problemas e desenvolvimento desenvolvi mento de experimentos. Com a proposta de sala de aula invertida, o processo é otimizado porque os alunos desenvolv desenvolvem em as tareas individuais, que não requerem interação, antes da aula, deixando para a aula as tareas que requerem interação. Não se trata, portanto, de se preparar para aproveitar melhor o que o proessor apresentará, mas sim se preparar para qualificar o

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trabalho coletivo. Por exemplo: imagine uma aula em que será usada a dinâmica do juízo, quando a turma é dividida em três grupos. Um grupo deenderá uma ideia ou uma posição em um dilema, o outro grupo deenderá o oposto e o terceiro grupo ará o julgamento. odo o trabalho preliminar, como a leitura, pesquisa, levantamento de hipóteses e proposição de argumentos pode ser eito antes das aulas, com orientações on-line. Diante disso, o momento da aula é reservado para o debate,dito. sistematização dos conteúdos do debate e para o debate propriamente

• 󰁒otação individual Para Sta󰁫er e Horn (2012, p. 11), os modelos de rotação individual são uma implementação do modelo de 󰁒otação na qual “os alunos alternam em um horário fixo personalizado individualmente entre as modalidades de aprendizagem, pelo menos uma delas é o aprendizado on-line”. Neste modelo cada aluno recebe um conjunto de tareas a serem cumpridas durante a aula. Para o cumprimento dessas tareas, cada aluno passa por uma estação específica, segundo suas necessidades de aprendizagem. Por Por ter essa característica de individualizar as tareas, t areas, a avaliação tem um papel ainda mais importante neste modelo, porque será por meio dela que o proessor poderá propor caminhos particulares para cada aluno. Os Modelos Flex são aqueles que as atividades educacionais são eitas predominantemente por meio dos recursos digitais. Neles, “o ensino on-line é a espinha dorsal da d a aprendizagem aprendizagem do aluno, mesmo que às vezes direcione os estudantes atividades presencias” (HO󰁒N; SA󰁋ES, 47). Nesse modelopara de ensino, os alunos recebem um roteiro de 2015, estudop. com ou sem propostas de tareas para realizar, preparado pelo proessor. Esse roteiro é personalizado e nele cada aluno tem a sua trajetória de aprendizagem delineada previamente, podendo esta ser adaptada com o seu desen volvimento.  volvimen to. Os horários de estudo dos alunos são flexíveis e acompanh acompanhados ados remotamente. Outros proessores e tutores ficam à disposição dos alunos aluno s para as devidas assessorias, sejam s ejam individuais, em pequenos ou grandes grupos. Os estudos realizados por Sta󰁫er e Horn (2012) mostram que há experiências em que os proessores complementam o aprendizado on-line diariamente, enquanto há outros que ornecem pouco treinamento presencial. O Modelos à La Carte, originalmente chamados em inglês de Self-Blend model , são aqueles em que os alunos selecionam cursos totalmente on-line

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para a devida complementação de seu curso tradicional. Escolas que disponibilizam cursos organizados dessa maneira permitem que seus alunos desrutem de cursos que elas não oerecem. Essa possibilidade está aberta com a legislação em vigor no Brasil, como nos incisos IV e VI dor Art. 8º da 󰁒esolução Nº 3, de 21 de novembro de 2018, que atualizou as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. IV - organizar os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação, por meio de avidades teóricas e prácas, provas orais e escritas, seminários, projetos e avidades on-line on-li ne […] VI - considerar que a educação integral ocorre em múlmúl plos espaços de aprendizagem e extrapola a ampliação do tempo de permanência na escola. (BRASIL, 2018, [s.p.])

Último modelo da taxonomia proposta por Sta󰁫er e Horn (2012) é o Modelo Virtual Enriquecido. Esse modelo consiste em um curso integralmente virtual, em que todas as interações burocráticas e pedagógicas são eitas por meio dos recursos digitais, mas que disponibilizam tareas que podem ser s er complementadas complementadas em cursos ou vivências de maneira presencial. Esse modelo difere do da Sala de Aula Inverda porque os estudantes raramente encontram-se pessoalmente com o professor todos os dias da semana. Ela também difere de um curso totalmente on-line porque as experiências presenciaiss são obrigatórias; elas não são meramente horas presenciai de expediente operacionais ou eventos sociais. (HORN; STAKER, 2015, p. 50)

É importante lembrar de que esses pesquisadores apenas classificaram os modelos, com o cuidado de não os avaliar. Segundo eles, não é pelo ato de um carro ser eficiente ou não que ele deixa de ser híbrido. Há propostas com ensino híbrido boas e ruins, há aquelas de alta qualidade e outras de baixa qualidade. Algumas delas usam conteúdos dinâmicos, enquanto que, em outras, os conteúdos são mais estáticos (SA󰁋E󰁒; (SA󰁋E󰁒; HO󰁒N, 2012). Ou seja, mesmo com todo essa possibilidade do uso de recursos digitais, as metodologias ativas deverão ser consideradas boas quando elas cumprirem seus objetivos pedagógicos.

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Assimile A taxonomia dos modelos híbridos proposta pode Sta󰁫er e Horn (2012) é a seguinte:

• Modelos de 󰁒otação (󰁒otation model ) – Modelo de 󰁒otação de Estações (Station-󰁒otation model ) – Modelo de 󰁒otação Laboratorial (Lab-󰁒otation model ) – Modelo de Sala de Aula Inv Invertida ertida (Flipped-Classroom model ) – Modelo de 󰁒otação Individual (Individual-󰁒otation model ) •

Modelos Flex (Flex model )

• Modelos à La Carte (Self-Blend model ) • Modelo Vi Virtual rtual Enriquecido (Enriched-Virtual model )

Design Tinking  Esta é uma metodologia que veio da área de Design e consiste em uma abordagem coletiva e colaborativa para solucionar algum problema real. Sua origem está nas áreas da Administração, Administração, da Engenharia e do Design. O design aqui deve ser entendido como uma orma de pensar ou visualizar caminhos para solucionar problemas. À época, uma boa solução de problemas seria considerada uma inovação se a solução atendesse às expectativas expect ativas dos beneficiários da solução, sendo desejada por eles; se osse exequível e tivesse viabilidade financeira para sua execução. Ao escrever Design Thinking, ve em mente dois objevos. O primeiro, convencer o leitor de que os métodos e habilidades desenvolvidas pelos designers ao longo de muitas décadas podem e devem ser usados para resolver os problemas mais importantes e mais desaadores. O segundo, persuadi-lo, independentemente de sua prossão ou da função que desempenha, de que Design Thinking pode ser aplicado aos desaos de negócios que todos nós enfrentamos todos os dias d ias […]. […]. (BROWN, 2010, p. 4)

Na área educacional, o Design Tin󰁫ing   é implementado nas aulas com maior aproximação à tendência cognitivista, seguindo as etapas de

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descoberta, interpretação, ideação e evolução. A seguir estão descritas cada uma dessas etapas. Na primeira etapa, a da descoberta, o oco deve estar na observação e descrição do problema e no levantamento de dados. Nessa ase o proessor, além de ajudar seus alunos a conhecerem bem o problema que terão de resolver, deve deixar claro seus objetivos pedagógicos e conhecimentos basicamentee necessários para a busca da solução. basicament Na segunda etapa dessa metodologia, a da interpretação, é a hora da busca das soluções, da criação de soluções que devem ser múltiplas e negociadas internamente aos grupos para a escolha daquela mais adequada em unção dos recursos disponíveis. É nessa etapa que os critérios para a seleção dos problemas da vida real são usados: solução desejada, exequibilidade e viabilidade. Na terceira ase, a da ideação, as propostas de solução devem começar a ganhar materialidade, é o momento em que o planejamen planejamento to e a descrição dos recursos necessários ganham notoriedade. Na quarta ase, a da experimentação, é quando eetivamente eetivamente as soluções s oluções ganham orma e os conhecimentos são usados nas explicações. Nesta ase, os protótipos prot ótipos são construídos e as aprendizagens aprendizagens são reveladas. Na quinta e última etapa, a da evolução, é quando, a partir da avaliação da solução construída, novas ideias são dadas para o seu aprimoramento. Mas essa avaliação não deve ser eita apenas por meio da observação, mas também da experimentação da solução, que deve ser aplicada na solução de algum problema para o qual ela oi criada. Para o processo avaliativo nessa metodologia, o proessor deve negociar com os alunos indicadores, tanto no que se reere ao desenvolvimento da solução quanto da aprendizagem. aprendizagem. Esses indicadores, associados às evidências que todos podem coletar, ajudam no constante aprimoramento do processo e da aprendizagem dos alunos.

Metodologia SEAM A metodologia permite uma abordagem interdisciplinar ou intradisciplinar de Ciência, ecnologia, Engenharia, Arte e Matemática. As denominações dessas áreas em inglês compões o nome da metodologia SEAM (Science, echnology, Engineering, Art e Mathematics). Sua aplicação pressupõe a busca de soluções reais para problemas também reais, requerendo deles pensamento crítico e criativo, com atitudes científicas. Nessa busca é que os conhecimentos são construídos.

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Enquanto metodologia, suas ases também colocam os alunos como os principais agentes de todo o processo e o proessor assume os papéis de mediador, organizador, planejador e consultor, assim como deve ser em todas as metodologias ativas. Suas etapas, também comuns a metodologias ativas, são a identificação de problemas reais, proposição de dierentes ormas de solução, escolha da solução, construção e aplicação da solução. solução, Como é um processo que envolve ações individuais e coletivas, a mediação de conflitos é bastante importante para que eles se tornem algo desejável, pois será na interação entre os alunos e entre eles e a vida real que os conhecimentos são construídos, com ou sem o uso de recursos digitais.   O trabalho com o SEAM requer um cuidado bastante especial para que a dierença de desempenho relacionada à dierença de gênero, que vem sendo observada há décadas, seja eliminada. As diferenças de gênero na parcipação na educação em STEM em detrimento das meninas já são visíveis na educação infanl, e se tornam ainda mais visíveis nos níveis de ensino mais altos. Aparentemente as meninas perdem interesse em STEM com a idade, e baixos níveis de parcipação já são vistos em estudos avançados do nível secundário. Na educação superior, as mulheres reprerepresentam apenas 35% de todos os estudantes matriculados nos campos de estudo relacionados a STEM. Também existem diferenças de gênero nas disciplinas de STEM, com os menores números de matrículas de mulheres obserobservados nas áreas de tecnologias da informação e comunicação (TIC); engenharia, produção industrial e construção; e ciências naturais, matemáca e estasca. As mulheres abandonam as disciplinas de STEM em quandades desprodespro porcionais durante seus estudos na educação superior, em sua transição para o mundo do trabalho e até mesmo durante sua carreira prossional. (UNESCO, 2018, p. 11)

Outra potencialidade do trabalho com a metodologia SEAM está no desenvolvimento do pensamento computacional, bastante associado ao pensamento lógico e algébrico, que por sua vez avorece o desenvolvimento da abstração, visualização, generalização e uso de estratégias algorítmicas.

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A importância desse pensamento não está no ato preparar as pessoas para trabalharem com computação, mas sim para que consigam viver em ambientes onde os computadores e automação estão presentes. Muitas vezes a Metodologia SEAM é conundida com outra metodologia ativa chamada Aprendizagem Baseada em Problemas, uma vez que ambas usam o problema para desencadear todo o trabalho, motivando e ocando a construção dos conheciment conhecimentos. os. A dierença entre elas está especificamentee em escolher cament e scolher um problema cuja resolução passe principalmente pelas áreas da Ciência, ecnologia, Engenharia, Arte e Matemática. Obviamente, sempre conhecimentos das áreas de Linguagem e Ciências Humanas serão envolvidas.

Cultura Maker  Ma󰁫er  er   como uma metodologia ativa O desenvolvimento da Cultura  Ma󰁫 consiste na valorização da aprendizagem por meio da experimentação bastante concreta. Os projetos nessa perspectiva de trabalho caracterizam

pela presença de oficinas repletas de erramentas para que os alunos eetivamente construam objetos e equipamen equipamentos. tos. Um exemplo para o uso de espaço ma󰁫er  seria  seria a construção de recursos manipuláveis manip uláveis para o ensino das repr representações esentações gráficas das d as principais unções matemáticas. matemá ticas. O material necessário seria uma tábua, pregos para representar cada um dos pares ordenados em um eixo cartesiano, pedaços de arame para serem fixados para a representação de eixo e arames no ormato das curvas (retas, parábolas). Esse material, produzido pelos próprios alunos, poderia ajudar no ensino de cegos ou deficientes visuais. Outros exemplos mais complexos, envolvendo a automação (que tem sido explorada nas escolas com mais recursos até financeiros hádealgumas décadascomo por omeio da robótica digital, envolvendo linguagens programação, Arduíno), o uso de impressoras impressoras 3D e equipamen e quipamentos tos de corte a laser podem ser desenvolvidos. Há tantos projetos desenvolvidos no âmbito internacional que comunidades  virtuais oram oram geradas, criando uma rede rede mundial na qual perguntas perguntas podem ser eitas, soluções podem ser desenvolvidas coletivamente e projetos e soluções são compartilhados graciosamente. graciosamente. A cultura ma󰁫er  permite  permite o desenvolvi desenvolvimento mento de tareas nas quais os erros podem ser percebidos imediatamente pelos próprios alunos, uma ideia presente no construcionismo deendida por Papert (1986). Segundo esse autor, à medida que os alunos experimentam e constroem, se deparam com erros que os levam imediatamente imediatamente a buscar novos caminhos. É uma oportunidade em que os alunos, via tentativa e erro, deparam-se constantemente

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com sucessos e racassos, que ao serem explicados e justificados constroem seu conhecimento. conhecimento. Os alunos chegam a criar teorias sobre suas práticas. Há muitas comunidades virtuais existentes exis tentes no mundo, nas quais os alunos podem buscar soluções e compartilhar aquelas que encontraram. Ao ser explicado, esse método é relacionado ao constructo teórico. Na abordagem “tradicional”, apresenta-se a teoria e depois os problemas a ela associados. Um quando cuidado essa especial com a segurança dos alunospara deveo uso ser tomado metodologia é usada. A ísica conscientização do Equipamento de Proteção Individual (EPI) é bastante importante; algo que os alunos devem desenvolver na escola e que hoje é um dos principais desafios das indústrias. Bli󰁫stein (2013) aponta que a essência do ma󰁫er  está   está no azer, na obser vação direta dos enômen enômenos os relaciona relacionados, dos, na reflexão e problema problematização tização dessas observações, que levam à aprendizagem. Segundo esse autor, trata-se de uma prática que cria a teoria e a usa para orientar a prática, em ações que promovem a criatividade e inventividade.

Gamificação na Educação e Jogos Digitais O uso dos jogos como recursos didáticos não é novidade na educação. Proposta pedagógica que envolvem o jogo são estudadas há muitas décadas, e seus resultados positivos são constatados desde então. A abordagem metodológica com jogos estimula os alunos a compreenderem e memorizarem os conceitos e procedimentos, desenvolvem as competências e habilidades socioemocionais e estimulam a criação de dierentes estratégias. Além disso, durante todo o jogo, a cada aplicação de seu conhecimento ou hipótese, o aluno é prov provocado ocado a planejar e avaliar ações e a dos colegas. razem uma dinâmica para as aulas que tornamsuas os alunos plenamente plenamente ativos. Gamificar o ensino implica definir uma trajetória de aprendizagem, por desafios, em que os alunos se sintam desafiados a  vencê-los cada vez. A gamificação traz uma nova roupagem para essas mesmas potencialidades graças aos avanços dos recursos tecnológicos digitais e ao advento dos jogos digitais. Sua aplicação na educação tem a mesma lógica usada em práticas sociais de outras áreas, requerendo apenas a bonificação quando determinadas etapas de uma trajetória previamente estabelecida são cumpridas.

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Exemplificando Um exemplo bastante comum da gamicação no codiano das pessoas está nos programas de delidade. A pontuação que os consumiconsumi dores acumulam com suas compras permite que eles recebam níveis diferentes de status, fornecendo vantagens em outras compras ou benecios.

Outro exemplo está em um aplicativo de deslocamento no qual você pode ser um simples usuário, mas as colaborações com o envio de inormações atribuem a você um status dierente.

Mas a gamificação não deve ser conundida com o uso de jogos. j ogos. A gamificação é o uso de elementos e técnicas de projeto do jogo para estimular as pessoas a permanecerem em um determinado contexto (ZICHE󰁒MANN; CUNNINGHAM, CUNNINGH AM, 2011). Na educação, os elementos do jogo são suas características e lógica que permitem aos jogadores conhecerem sua situação para avançarem em sua aprendizagem. Logo, usar um jogo em uma aula não significa que um proessor gamificou o ensino. Para gamificar o ensino, é necessário que no jogo existam elementos pedagógicos que constituam trilhas de d e aprendizagem.

O uso de metodologias ativas e a vida do proessor Nesta sessão, você teve a oportunidade de perceber que os recursos tecnológicos eetivamente flexibilizaram o tempo escolar do aluno. Ele pode, a qualquer momento, acessar, analisar e aplicar as inormações. Pode perceber também que, com propostas de ensino conduzidas por ele, com o uso do tempo dessível. recursos que lhe necessários, também se tornae possível. po No entanto, entan to,são em particularmente todos os caminhos percorridosisso pelo aluno, do proessor é requerido um adequado planejamento prévio e um acompanhamentoo constante e individual dos alunos (avaliação e intervenção). Como nhament C omo salientado em seções anteriores, a redefinição do papel do aluno requer a redefinição do papel dos pro proessores. essores. Ou seja, diante dessa nova realidade, novos tempos de trabalho e de ormação do proessor também são requeridos.

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Reflita Diante das demandas atuais para a adoção de metodologias avas e a exibilização dos tempos propiciadas pelos recursos digitais, uma nova relação se estabelece com o tempo de trabalho do trabalho docente. Alguns teóricos falam “desterritorialização” da escola proporcionada pela nova lógica de comunicação proporcionada pelos avanços tecnológicos, uma vez que o ensino e a aprendizagem podem ocorrer em diferentes espaços e tempos.

Como você organizaria sua aula e sua vida para dar conta dessas novas demandas da sociedade e da d a Educação? ]

Não pode faltar

A situação-problema desta seção pede que sejam apresentadas as potencialidades e limitações da implementação das metodologias ativas associadas ao uso de recursos digitais. É uma situação hipotética, na qual o proessor precisa conhecer as características de algumas das propostas já existentes em diversos locais, para essas propostas sejam colocadas em seu plano de ensino com o propósito de inovar na educação. Como você deve ter percebido ao longo da seção, cada metodologia tem suas características peculiares, mas todas ela requerem um planejamento mais elaborado por conta da alocação dos recursos ísicos (como acesso à internet, disponibilização e acesso aos equipamentos e recursos digitais como computadores, tablets e celulares, espaços ísicos, organização do tempo e dos espaços). São todas as situações que colocam o aluno como protagonista no processo, e o proessor precisa ser muito criativo e organizado para acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos e melhor orientar os alunos nesse processo. rata-se de uma tarea diícil, uma vez que as potencialidades e limitações dependem diretamente do contexto. Mas colocando

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um distanciamento desse entrave, alar das potencialidades das metodologias ativas não é um exercício complicado. As metodologias ativas levam os alunos à proatividade, uma vez que precisam planejar, agir e avaliar suas próprias ações, assim como as dos colegas. Elas avorecem a criatividade, quando permitem que os alunos, diante de um problema, busquem dierentes estratégias de solução. Com as metodologias ativas o motivador para o trabalho do aluno não é a nota que ele vai tirar, tirar, mas sim a busca da solução de um problema e o seu prazer em aprender. As metodologias ativas incorporam tareas de ensino que motivam os alunos pelos desafios que eles próprios se colocam e o caminho que escolhem para vencer o desafio, construindo seu conhecimento. Essa construção de conheciment conhecimentoo é um processo concomitante concomitante ao da solução do problema, porque as metodologias ativas exigem processos mais avançados de reflexão e de reelaboração de novas práticas, desenvolvendo, assim, as competências cognitivas, socioemocionais e profissionais. O uso dos recursos digitais minimiza o problema da inflexibilidade dos tempos e espaços escolares, geralmente caracterizados pela ragmentação dos conteúdos e dos momentos de aula. Com os recursos digitais, a aprendizagem pode ocorrer nos mais dierentes espaços e momentos. Além disso, os recursos digitais oerecem erramentas que permitem o desenvolvimento do pensamento computacional, aproximando a escola da vida existente ora dela. Cotidianamente estamos expostos a processos automatizados, com inteligência artificial e processos gamificados. Por último, uma terceira potencialidade está na possibilidade de desenvolvimento de rotas individuais de aprendizagem, uma vez que cada aluno aprende de uma orma e em um ritmo bastante particulares.

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Indiscutivelmente, as metodologias ativas e do uso dos recursos digitais são potentes para atender às demandas atuais colocadas coloca das para a educação, mas, para implementá-las, recursos de dierentes naturezas são necessários e a ausência deles representam limitações. limitações. O proessor, ao escolher alguma metodologia ativa, deve pensar nas seguintes questões: • Quais são os recursos financeiros, financeiros, materiai materiaiss e human humanos os necessánecessários? Para trabalhar com recursos digitais, equipamentos e acesso à internet são indispensáveis, por vezes o espaço ísico. O trabalho com a Cultura  Ma󰁫er   menos dispendiosa possível requer sucatas, erramentas erramen tas básicas e espaço ísico. Em algumas metodologias – com ensino híbrido, híbrido, por exemplo – monitores são necessários. Em todas as metodologias ativas, o envolvimento do proessor é dierente e requer uma carga horária dierentes dos métodos tradicionais de ensino. • Quais são os conheciment conhecimentos, os, competência competênciass e habilidades necessários para a adequada implementação de todos os envolvidos na implementação dessas propostas? rabalhar com a metodologia dierente significa algo novo, seja no campo específico dos objetos de conhecimento, seja em outros de natureza técnica, pedagógica, comunicacional e relacional relacional.. •

Qual é a organizaç organização ão e organicidade instituci institucional onal necessária? 󰁒otinas minimamente dierentes são implementadas nas escolas e geram dierentes demandas de trabalho, que por vezes têm relação com aspectos administrativos e até jurídicos.

• Qual é a orma orma de tratar as questões questões intersubjetivas intersubjetivas que surgem surgem entre os dierentes envolvidos? rabalhar com metodologias ativas pressupõe a explicitação das subjetividades. Dierentes interesses, expectativas e preocupações surgem nos coletivos que terão conduções dierentes em unção dos dieren dierentes tes valores e crenças individuais.

Falar em metodologias ativas e do uso dos recursos digitais requer alar de suas potencialidades e limitações para que sua implementação implementação seja proícua. Mas, nesse contexto, as limitações não devem representar obstáculos que imobilizam, mas que sejam vistos como desafios e oportunidades para o novo e inovador. São essas potencialidades e limitações que deverão orientar a

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elaboração dos planos de trabalho docente. Curiosamente, a implementação implem entação das metodologias ativas nas salas sa las de aula requerem sua implementação também no âmbito escolar, para que as dificuldades sejam superadas. Faça valer a pena

1.

Até os anos 1980 a internet era conhecida por poucos, mesmo assim existiam os cursos a distância, pelos quais os alunos recebiam livros e instruções por meio dos correios. Pelo mesmo meio os alunos enviavam suas produções aos proessores para a avaliação. Caso os alunos passassem, recebiam um novo material. Qual dos modelos híbridos a seguir melhor mais se aproxima do contexto  vivido até a década de 1980? a. Modelos de Rotação. b. Modelos Flex. c. Modelos à La Carte. d. Modelo Virtual Enrique Enriquecido. cido. e. Modelo SEAM.

2.

A gamificação utiliza a lógica empregada nos jogos para estimular o cumprimento de objetivos reais e tornar (e até gerar) ações cotidianas mais lúdicas e desafiadoras. raz um viés de entretenimento, mas não tem essa finalidade. Na educação, tem sido aplicada como uma estratégia de ensino utilizada para despertar o inter interesse esse dos alunos nas atividades propostas e tem ganhado maior evidência nos últimos anos devido à popularização dos recursos digitais. Analise as afirmativas a seguir e marque com V aquelas que considera verdadeiras e com F as alsas. ( ) A gamificação é uma uma técnica técnica que que explora explora o desejo do alunos alunos em, em, ao superar uma etapa de apr aprendizagem, endizagem, superar também a seguinte.  ( ) A gamificação gamificação consiste consiste em utilizar os jogos como como recurso didático didático para estimular a participação dos alunos nas tareas escolares.

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( ) A gamificação é um método eficaz em diversas áreas, inclusi inclusive ve na Educação, e tem ganhado espaço graças aos recursos digitais para distrair os usuários enquanto enquanto se divertem. ( ) A gamificação deve explorar a competitivi competitividade dade dos alunos de orma orma saudável, saudáv el, motivando-os a superar estágios no processo de apr aprendizagem. endizagem. ( ) A gamificação é a metodologia que que usa os jogos digitais para que os alunos tenham mais interesse nas aulas.. Assinale a alternativa correspondente correspondente a sequência correta: a. V – F – F – F – V. V. b. F – V – V – V – F. c. V – F – F – V – F. F. d. V – F – F – V – V. V. e. F – V – V – F – F. F. Pensamento do Design) é uma metodologia que parte 3.  Design Tinking ( Pensamento

do pressuposto de que todos podem azer a dierença, desenvolvendo um processo inventivo para buscar soluções criativas e que impactam positivamente a realidade. Assim, o Design Tinking é uma metodologia que: I.

Considera as necessidades e motivações das pessoas na busca de soluções.

II. Valoriza o processo colaborativo. III. em a crença crença de que todos são criativos. IV.. Estimula os processos experimentais, IV experi mentais, entendendo que o erro az parte do processo de aprendizagem. aprendizagem. V. Os educadores devem se esorçar ao máximo para alcançar a pereição, não podendo cometer erros em seus processos, mas aceitando os dos alunos para que desenvolv desenvolvam am sua aprendizagem Dentre as alternativas alternativas a seguir seguir,, assinale a única que é correta: a. Somente a afirmativa afirmativa I, III e IV são verdadeiras. verdadeiras. b. Somente as afirmativas afirmativas II, III e IV são verdadeiras. verdadeiras. c. Somente as afirmativas afirmativas I, IV e V são verdadeiras. verdadeiras.

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afirmativas I, II, III e V são verdadeiras. d. Somente as afirmativas e. As afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras. verdadeiras.

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Seção 3

Aprendizagem ativa e protagonismo Diálogo aberto Nesta seção, você compreenderá a relevância da ideianas de protagonismo ao perceber a centralidade e enraizamento deste conceito propostas que devem ser consideradas como inovadoras no atual contexto educacional. Você deve se lembrar de que uma proposta só pode ser considerada inovadora se ela eetivamente alterar algo vigente e cumprir o propósito que  justificou sua implementação implementação.. Na perspectiva do cumpriment cumprimentoo dos objetivos objetivos dessa unidade, o nosso propósit propósitoo é azer com que a escola deixe de ser s er considerada desinteressante desinteressante pelos nossos alunos e, para isso, deendemos o uso de metodologias ativas associadas ao uso dos recursos digitais para colocar os alunos no centro do processo no qual ele mesmo constrói seu conheciment conhecimento, o, de atividades maneira a que atribuir significado que aprende na escola (e até ora dela) às desenvolve para ao essa aprendizagem. Por isso, o tema prota-e gonismo é central. Para que o protagonismo seja um vetor que leve a proposta a ser inovadora, ele dependerá do enraizamen enraizamento to que tem com outros conceitos e com os procedimentos procedimen tos que os alunos azem no processo. Um desses enraizamentos é a relação existente entre o protagonismo e o empreendedorismo. Nesta seção, a relação entre esses dois conceitos é estabelecida e detalhada para que as propostas de ensino sejam eetivamente inovadoras, não caindo no senso comum no qual o empreendedorismo se tornaria mais uma ação conservadora. Outro enraizamento está na proposta de trazer a prática social de produção e compartilhamento de inormações já existente ora da escola para as práticas escolares. Você poderá entender que na linguagem presente World Wide Web  (www), que aqui nos reeriremos simplesmente como internet, é de responsabilidade dos profissionais da educação (proessores, gestores escolares, gestores educacionais, produtores de materiais didáticos e decisores de políticas públicas) que essa produção seja crítica, ética e atenda aos critérios científicos para que essas inormações tenham a veracidade necessária e avoreçam a produção de conhecimentos. Essas práticas sociais adeque nos reerimos são aquelas que reconhecemos dierentes ormas comunicação presentes na internet ,como canaisnas Youube e podcasts (arquivos (arqui vos de áudios digitais compartilhados via internet e acilmente acessí-

 veis por qualquer dispositivos como celulares, compu computadores tadores e aparelh aparelhos os 94

 

de televisão), ambos abrangendo os mais diversos temas, de maneira que os interessados podem se inscrever e receber constantemente inormações sobre atualizações. A temática e a linguagem usada na produção desses  vídeos e áudios os tornam muit muitoo atraen atraentes tes e eles se mostram, de alguma orma, como entretenimento entretenimento e transmissão de inormação inormação,, e em geral ambos ao mesmo tempo. Por isso, associada à acilidade de acesso, essas práticas têm se tornado muito populares. Na linguagem presente na internet todos nós somos creators, afinal, todos nós somos produtores e usuários desses áudios e vídeos. O jornalismo e o comércio (propaganda e mar󰁫eting) já incorporaram tais práticas em seus campos de atividade, e o mesmo deve azer a Educação. Este é mais um caminho que pode tornar a escola mais interessante para os alunos. A situação-problema que envolve os conhecimentos desenvolvidos na seção requer que você coloque suas crenças em ação. Imagine que você precisa preparar preparar uma sequência didática na qual precisa promover promover a troca de inormações por meio de textos, imagens e vídeos, e assim por diante. Nessa sequencia didática, você precisa tornar claro para seus alunos que qualquer pessoa, a qualquer instante instante e independentem independentemente ente de onde ela estiver, estiver, poderá produzir e compartilhar inormações. Ao mesmo tempo, o aluno precisa ter a noção de que, da mesma orma, qualquer um poderá compartilhar, criticar, modificar e aprimorar as inormações por eles produzidas, gerando, assim, um ciclo de produção de novas inormações. A sequência didática deverá mostrar que esse processo de acesso, produção e compartilhamento de inorinormações é muito veloz e ocorre de maneira muito interativa. Além disso, essas inormações podem representar um resultado bom ou ruim, trazendo beneícios ou maleícios para as pessoas e para a sociedade. precisa trazer esse processo para dentro da sala de aulaVocê, ou dacomo escola,proessor, porque avorece a configuração de um ambiente de aprendizagem criativo, crítico e colaborativo. A sequência didática deve ajudar seus alunos a construírem essas competências e habilidades, de maneira ética e responsável.  responsável. 

Não pode faltar A democratização do acesso à internet avoreceu avoreceu a grande g rande troca de inormações por meio de textos, imagens e vídeos, e tem se tornado uma prática social cadadecisões vez mais requente ora do ambiente escolar, influenciando as opiniões, e ações das pessoas.

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O desafio das escolas é mediar essas práticas sociais para a produção de conhecimentos, conhecimen tos, competências, habilidades e valores. As propostas de ensino devem ser uma oportunidade de potencializar, dando maior abrangência, proundidade e diversidade às ações dos alunos durante a resolução dos problemas probl emas e a construção de seus conheciment conhecimentos. os. Mas como inserir na escola essas práticas comunicativas existentes ora da Quais elementos para esse debate para que propostas de escola? ensino possam contribuirvocê paratraria que os a lunos alunos construam essasascompetências e habilidades de maneira ética e crítica, dierenciando o conhecimento comum do conhecimento conhecimento científico, que é um dos do s papéis da escola? Vamos agora nos aproundar um pouco mais sobre uma das muitas dimensões educacionais presentes em qualquer proposta inovação educacional nas práticas escolares, que é o protagonismo. Em geral, quando ouvimos o termo protagonista, associamos ao artista que az o papel principal em uma novela, filme fi lme ou teatro. No No sentido figurado, fig urado, ser protagonista significa desempenhar o papel principal em um acontecimento e, por isso, na área educacional, educacional, quando se diz que o aluno deve ser o protagonista protag onista em seu processo de aprendizagem, aprendizagem, significa que deve ser dele o papel principal. Mas a ideia de protagonismo, no contexto das inovações educacionais que incorporam os princípios das metodologias ativas e o uso dos recursos digitais disponíveis, demanda uma visão um pouco mais abrangente e detalhada, sobretudo na orma como esse protag protagonismo onismo deve ser exercido exercido.. Reflita O termo protagonista tem sua origem no teatro grego, em que cabia a ele as ações em deesa do bem. Por isso, não azia sentido existir o protagonista sem a existência do antagonista. O antagonista é importante para  justificar  justi ficar a existê e xistência ncia do protagonista protagonist a – lembrando de que o antagonist antagonistaa é aquele que o protagonista deve combater. As tramas se desenvolvem, até hoje, em situações em que um tenta impedir que o outro cumpra com seus objetivos. Nesse contexto, o antagonista não necessariamente precisa ser uma pessoa, pes soa, mas pode ser se r representado por um ambiente com relações sociais soc iais adversas, adversas , um enômeno natura natural,l, sentimentos, doenças ou um objeto. Logo, não az sentido alar em protagonista sem a existência do antagonista. Assim, quando alamos que um aluno é protagonista, o que ou quem assume o papel de antagonista?

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Agora vamos pensar na seguinte situação: a situação-problema desta seção requer a explicitação dos elementos necessários para o planejamento de propostas de ensino, tareas, sequências didáticas ou projeto, que incorporem essa visão mais abrangente e detalhada sobre o protagonismo. Assim, nessas propostas de ensino você deverá considerar o enômeno da democratização do acesso à internet, que acilitou e estimulou a grande troca de inormações entre as pessoas por meio de d e textos, imagens e vídeos. Você sabe que, com esse enômeno, qualquer pessoa em qualquer momento, independentemente de onde ela estiver, pode acessar, produzir e compartilhar inormações. Deve saber também que, ao mesmo tempo, qualquer outra pessoa do mundo poderá compartilhar, criticar, modificar e aprimorar essas inormações. rata-se de um processo dinâmico, altamente veloz e interativo. É um processo que produz conhecimentos. conhecimentos.

Reflita Qual é a confiabilidade dos conhecimen conhecimentos tos produzidos nesses processos em que não há qualquer critério científico ou de crítica que valide esses conhecimentos produzidos?

Esse questionamento explicita a relevância de as escolas se abrirem para a colocar em suas práticas escolares esses processos de produção de inormações e conhecimentos que já ocorrem requentemente ora dela. Nesses processos escolares – em que as inormações produzidas terão a necessária validação cientifica, sejam elas de natureza técnica ou política – os conhecimentos de orma e ética. São escolares que colocam oserão alunoconstruídos como o agente centralcrítica e responsável pelaprocessos solução ou proposição de soluções de problemas que identifica no contexto real no qual ele está inserido. Essa centralidade do aluno e enraizamento na realidade é que caracterizam o protagonismo dos alunos no contexto das metodologias ativas. O seu desafio – em uma atual situação hipotética na qual ocupa a unção de proessor, mas que ocorrerá em breve – seria planejar ações que constituiriam um ambiente de aprendizagem criativo, crítico e colaborativo na sala de aula, na escola e possivelmente ora dela, que torne o aluno em um protagonista. Diante dessa situação-problema, nesta seção você encontrará os elementos que permitirão incorporar nas práticas escolares o protagonismo do aluno com o uso das metodologias ativas, trazendo para dentro da escola a produção de inormações já existente ora dela, propiciando que ela cumpra sua finalidade.

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Lembre-se Lembre-se de que entendemos a metodologia ava na educação como sendo uma proposta de ensino na qual a avidade do aluno seja o centro do processo de busca por soluções ou sugestão de soluções para problemas reais que ele idenca no contexto em que está inserido, de maneira que ao mesmo tempo ele atribua signicado aos dados, gerando informações e, ao relacionar essas informações, construa o seu próprio conhecimento, dando signicado ao conhecimento construído ao longo da história da humanidade.

Além disso, consideramos que o uso dos recursos digitais é potente para a pesquisa, comunicação ou simulação da realidade. Além disso, os dierentes modelos híbridos de ensino permitem a flexibilização dos conteúdos, conteú dos, tempos e espaços escolares e a personalização do ensino, isto é, permite que cada aluno tenha acesso ao recurso, durante o tempo que lhe é particularmente necessário

Nessas práticas escolares devemos incorporar os conhecimentos que os alunos precisam desenvolver e que minimamente estão expressos na Base Nacional Comum Curricular na orma de competências e habilidades. Minimamente porque outras, determinadas pelo contexto do aluno e da escola, deverão ser especificadas. Lembre-se Entendemos competências como sendo a […] mobilização de conhecimentos (conceitos e procediprocedi mentos), habilidades (prácas, cognivas e socioemociosocioemocio nais), atudes e valores para resolver demandas complexas da vida codiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. (BRASIL, 2018, p. 8) e habilidades como as possíveis formas de

[…] conhecimentos em ação, com significado para a  vida,, express  vida expressas as em práticas cognit cognitivas, ivas, profissionais e socioemocionais, atitudes e valores continuamente mobilizados, mob ilizados, articu articulados lados e integrados. (BRASIL, 20 20118, p. 21)

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Na especificação dessas competências e habilidades estão inseridos os propósitos propósit os da ormação necessária para o exercício da cidadania e de atender às demandas do mercado de trabalho. Agora, vamos colocar a atenção no propósito da ormação para o mercado de trabalho, mas sem perder de vista que isso também é inerente à ormação cidadã. Exemplificando Estas são, respecvamente a quinta e sexta competências gerais descritas na BNCC: •

Compreender, ulizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma críca, signisigni cava, reexiva e éca nas diversas prácas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coleva.

• Valori alorizar zar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e azer escolhas alinhadas al inhadas ao exercício exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência consciên cia crítica e responsab responsabilidade. ilidade. (BRASIL, (BRASIL , 2017, p. 9) Por muito tempo, quando as escolas se preocupavam em ormar bons profissionais, estavam de maneira implícita ormando-os para as profissões clássicas como médicos, pro proessores, essores, engenheiros ou advogados. Atualmente, como a mídia tem requentemente mostrado, algumas profissões deixarão de existir ao mesmo tempo em que outras serão necessárias, sobretudo aquelas relacionadas aos avanços tecnológicos, envelhecimento da população e preocupações ambientais. ambientais. Diante dessa diversidade de profissões e do context contextoo uturo, não há como as escolas não manterem seus propósitos de dar acesso à ormação básica necessária para eessas preocupar em ormar políticos emprprofissões, empreendedores. eendedores.mas Ou deverão seja, não se basta que as escolas estambém colas prepararem seus alunos para serem médicos, pro proessores, essores, engenheiros ou qualquer

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outra profissão, prepararr esses alunos para serem, acima de tudo, profissão, elas devem prepara políticos e empr empreendedores. eendedores. Deve ser político porque todo ser humano vive em comunidade, o que significaa conviver com o outro e com o ambiente. E conviver signific conviver é o mais político polític o dos atos, como afirmam Cortella e 󰁒ibeiro (2012). As escolas, assim como as amílias, clubes, igrejas; enfim, toda institu instituição ição social permite o exercício da política, não se restringindo aqui à partidária, mas à mais ampla possível, e que não será nosso oco neste momento. momento. Deve ser empreendedor porque o empreendedorismo na ormação dos alunos não deve se restringir apenas à ideia de aproveitar oportunidades e gestar empresas, mas eles devem desenvolver atitudes críticas, estimular a construção do projeto de vida, a iniciativa e a perseverança, sempre orientados pela ética. Garantir que o aluno aprenda a ser político e empreendedor pressupõe desen volv  vo lver er met metod odol olog ogia iass de ensi ensino no em em que que ele ele desen desenvo volv lvaa suas suas com compe petê tênc ncia ias, s, hab habililiidades e valores intererindo, individual ou coletivamente, de maneira criativa e propositiva, na superação dos problemas que encontra no meio em que vive. Por isso, isso, nessa perspectiva, perspectiva, o primeiro passo para ser empreendedor empreendedor é a tomada de consciência do ambiente, relacionando-o ao seu projeto de vida. A conscienzação tem neste sendo, um teste da realireali dade. Quanto mais conscienzação, mais “dês-vela” a realidade, mais se penetra na essência fenomenológica do objeto, frente ao qual nos encontramos para analisá-lo. Por esta mesma razão, a conscienzação não consiste em “estar frente à realidade” assumindo uma posição falsamente intelectual. A conscienzação não pode exisr fora das “práxis”, ou melhor, sem o ato de ação reexão. Esta unidade dialéca constui, de maneira permanente, o modo de ser ou de transformar o mundo que caracteriza os homens. Por isso mesmo, a conscienzação é um comprocompro misso histórico. É também consciência história: é inserção críca na história, implica que os homens assumam o papel de sujeitos que fazem e refazem o mundo. Exige que os homens criem sua existência com um material que a vida lhes oferece… A conscienzação não está baseada sobre a consciência, de um lado e o mundo do outro; por outra parte, não pretende uma separação. Ao contrário está baseada na relação consciência-mundo. (FREIRE, 1980, p. 26)

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Por isso, o tema empreendedorismo precisa ser desenvolvido nas salas de aula com essa perspectiva, para não se limitar à ideia de combate ao desemprego juvenil juvenil e à produção de um consenso acerca da possibilidade p ossibilidade de criação de ormas alternativas de trabalho e geração de renda. Se a ormação para o empreendedorismo se limitar a isso, seria mais um exemplo de uma ação apontada como inovação, mas, na prática, mais uma nova roupagem de propostas conservadoras a serviço apenas da adaptação dos indivíduos à sociedade e não à sua modificação (D󰁒EWINS󰁋I, 2009). Assimile Preparar o aluno para o empreendedorismo requer desenvolver propostas em que ele construa os seus conhecimentos, incluindo aqueles necessários ao exercício profissional, ao mesmo tempo em que desvela a realidade em que vive. Além disso, identificar e resolver os problemas, individual e coletivamente, de maneira que ele seja proativo no processo, com iniciativa e criatividade, e com perseverança e resiliência para implementar imple mentar as necessárias mudanças na sociedade.

De acordo com Hasan e Marion (2018), para sua eetivação, o empreendedorismo deve estar associado à inovação, para que sejam criadas oportunidades para envolver outras pessoas com preocupações sociais e ambientais. Segundo esses autores, é necessário buscar pessoas que […] possam adquirir novas habilidades empreendedoras e aprimorá-las, o que exige formação de indivíduos com uma visão diferenciada e preparados para os desaos encontrados atualmente no que diz respeito ao mundo dos negócios […] O empreendedorismo e a inovação podem impulsionar a economia de um país, mas eles devem estar aliados a uma análise do mercado internacional e de suas tendências, […] No mundo, diversas empresas procuram renovar-se e, de alguma maneira, contribuir para um mundo mais sustentável. Isso se dá pela formação de um mercado e de consumidores cada vez mais exigentes, que não se sasfazem mais somente com bom preço e qualiquali dade, mas, sim, com produtos que beneciem a sociedade e os recursos naturais. (HASAN; MARION, 2018, p. 47)

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Nesse contexto, até mesmo o uso dos recursos digitais para a troca de dados e inormações tem sorido muitas modificações. Até recentemente, as chamadas ecnologias de Inormações e Comunicação (ICs) já permitiam a flexibilização curricular (conteúdos, tempos e espaços) em tareas de simulação, pesquisa e comunicação, mas se caracterizavam por serem textos predominantemente escritos, devido à baixa velocidade e capacidade da internet. No entanto, entanto, com o avanço tecnológico nessa área, a velocidade e capacidade de processamento e armazenamento dos equipamentos, aparelhos e da própria internet, está permitindo o uso de imagens e sons. Com isso, a transmissão de vídeos e otos tem se popularizado em detrimento de textos escritos. Como consequência, a produção, armazenamento e compartilhamento de inormações também se popularizou, mudando os canais de comunicação comun icação e suas características, estabelecendo uma nova cultura digital. Antes a comunicação ocorria por meio de e-mails, quando muito por óruns (ou chats), caracterizando a comunicação como assíncrona (quando aocorre interação não ocorre ao respectivamente. mesmo tempo) eAtualmente, síncrona a interação ao mesmo tempo), Atualm ente,(quando há espaços virtuais (plataormas) que armazenam vídeos e áudios (podcasts), salas de aulas  virtuais, em que virtualmente é estruturada uma sala igual à conv convencional, encional, para postagens de tareas a serem cumpridas pelos alunos e as produções por eles realizadas. Enfim, há uma diversidade incrível de possibilidades de acesso, produção e compartilhamento de inormações de uma orma nada linear. Segundo 󰁋ellner e Share (2008), já oram geradas diversas listas de conceitos também bastante diversificados, mas que convergem para no mínimo cinco elementos básicos: 1) o reconhecimento da construção da mídia e da comunicomuni cação como um processo social, em oposição a aceitar textos como transmissores isolados de informações, neutros ou transparentes; 2) algum po de análise textual que explore as linguagens, gêneros, códigos e convenções do texto; 3) uma exploração do papel das audiências na negociação de signicados; 4) a problemazação do processo da representação para revelar e colocar em discussão questões de ideologia, poder e prazer, e;

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5) a análise da produção, das instuições e da economia políca que movam e estruturam as indústrias de mídia como negócios corporavos em busca de lucro. (KELLNER; SHARE, 2008, p. 691)

odas elas são importantes para a escola, uma vez que são esses elementos que sustentam a cada vez maior produção e o acesso a inormações disponí veis na internet. Aqueles que produzem, criam e acessam essas ess as inormações são denominados creators. Os produtores e criadores de inormações inormaç ões na internet, atualmente responsáveis pela quebra de paradigmas da área da comunicação, comunicação, têm estilo próp próprio rio de interação, que a despeito de já existir uma grande profissionalização na área, azem questão de, mesmo assim, manter a aparência na produção para manter a audiência e fidelização. Essa não necessidade de profissionalização é a oportunidade de inserir esse movimento de produção de inormações para as práticas escolares, com conteúdos que mantêm a aparência de entretenimento, geração de polêmicas sobre um assunto ou emissão de opiniões, mas de maneira ética e científica. Esse seria um caminho para o combate ou desprezo das fa󰁫e news (publicações com inormações inverídicas). Essa seria s eria a área da Educomunicação. Educomunicação. Assimile Segundo Soares, a Educomun Educomunicação icação […] designa um campo de ação emergente na interface entre os tradicionais campos da educação e da comunicação, apresenta-se, hoje, como um excelente caminho de renovação das prácas sociais que objevam ampliar as condições de expressão de todos os segmentos humanos. (SOARES, 2011, p. 15)

A educomunicação é uma área que tem por objetivo desenvolver as competência e habilidades para uma melhor comunicação entre as pessoas, entre as pessoas e instituições e até entre instituições, cada uma delas com características próprias. Há teóricos que deendem até uma pedagogia para a comunicação, mas aqui não chegaremos a tanto. Vamos apenas nos preocupar em reconhecer como tais conhecimentos, competências e habilidades são construídas, para que sejam eitas de maneira crítica e ética. A Educomunicação explora as potencialidades de toda a produção midiática,

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digital ou não, e valoriza a expressão por meio das várias ormas de linguagem das artes. Além disso, tem também a preocupação em azer a gestão da produção de inormações e dos espaços de armazenamento e disponibilização dessas inormações. É importante que você perceba que nesse processo de produção de inormações por meio de textos ou imagens, ocorrem muitas interações entre os alunos e, assim, é estabelecida a experiência exper iência social da linguagem, que por sua  vez, é apontada apontada por Vygots󰁫y Vygots󰁫y (1984) como como sendo um dos atores com maior maior influência na aprendizagem dos alunos. Mais uma vez a inovação está na implementação de uma prática escolar, mesmo que seja sem novidades em relação aos recursos tecnológicos e à teoria da aprendizagem. No contexto contexto das metodologias ativas, a produção coletiva e compartilhamento de vídeos, blogues, sites, registrando os passos dados no processo de resolução de problemas, os resultados parciais e finais obtidos e a aprendizagem ocorrida, motivam os alunos a desenvolver as competências e habilidades de natureza cognitivas e as socioemocionais. Por ser um processo coletivo, a aprendizagem é colaborativa e criativa, em que todos aprendem e são responsáveis pelas aprendizagens dos outros. É um trabalho de aprendentes e coaprendentes e, concomitantemente, autores e coautores. Para a adequada produção de um vídeo, o processo deve ter: • Uma etapa preliminar com um planejamento, quando é elaborad elaboradoo um resumo geral, o roteiro detalhado e o storyboard  (representação  (representação gráfica semelhante à das histórias em quadrinhos, para acilitar a  visualização das cenas). • Produção prop propriamente riamente dita, quando quando são eitas as tomadas tomadas que compõem cada uma das cenas que comporão o vídeo. • Edição. Você deve ficar ciente que a proposição de práticas escolares que tenham aderência à cultura digital requer que os proessores tenham a mesma disponibilidade em aprender que eles esperam que seus s eus alunos tenham.

Sem medo de errar Para uma análise sobre como inserir nas práticas escolares as práticas comunicativas existentes ora da escola, de maneira análoga como já é eito em outras áreas comodessas o jornalismo a propaganda, o ponto inicial é conhecer as características dess as práticas ee estabelecer propósitos propósit os aderentes

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à finalidade da educação: construir conhecimentos, agora com a preocupação de compa compartilhar rtilhar esses conheciment conhecimentos os produzidos. Quando associados às metodologias ativas, que pressupõem a resolução de algum problema ou de propostas de sua solução, o compartilhamento deve contemplar contemplar também inormações sobre o processo desenvolvido e seus resultados. Além de blogues e sites, os vídeos e áudios devem ser considerados como ormas dessa divulgação e compartilhamento. compartilhamento. Como se trata de uma área em constante constante inovação – e apesar de os vídeos terem por opção manter a aparência de produções amadoras –, competência e habilidades semelhantes àquelas exigidas no mercado de trabalho são requeridas, como a produção, as ases preliminares de planejamento e obtenção de recursos, e aquelas pós-produção, que seriam o refinamento da produção e a manutenção da clientela. Esse contexto leva à necessidade de envolver os temas empreendedorismo e educomunicação. Assim como no jornalismo, que ao se apropriar dessas técnicas para o cumprimento de seus objetivos, manteve os critérios de produção e divulgação de notícias existentes nos meios convencionais, a educação precisa azer o mesmo, para que o conhecimento comum não seja divulgado como um conhecimento científico. Quando vídeos e podcasts são produzidos com base em crenças populares ou individuais, individuais, sem serem analisadas sob uma perspectiva teórica, crítica e com algum rigor científico em experimentações, muitas vezes são estabelecidas relações entre causas e eeitos que não são totalmente  totalmente  verdaverdadeiras. Na escola, a produção e compartilhamento de inormações, associada à resolução de problemas identificados pelos alunos, deve passar por essa análise e por esses critérios, propiciando inormações inormações verdadeiras. Para isso, proessores e alunos devem estar sempre se atualizando para ficarem pari passu com os avanços tecnológicos – e não somente os digitais –, para que possam juntos, cada um em seu papel, praticar praticar atividades educacionais que levem os alunos a desenvolver e assumir atitudes autônomas, criativas, críticas, éticas e responsáv responsáveis. eis. Dessa maneira, alunos e pro proessores, essores, ao produzirem atividades em que os alunos individualmente constroem seu conhecimento na interação com os outros, criam na escola esco la um ambiente de aprendizagem aprendizagem colaborativo colab orativo e criativo. Nesse processo, colocar plataormas o Youube, que nãoosé proessores apenas um conseguem portal que armazena vídeos, mascomo que disponibiliza muitas erramentas para aumentar sua audiência, a serviço

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da educação. Na internet, proessores que azem isso chegam a ser denominados Edutubers. Uma mudança na sociedade e na educação pode ser observada pelo estrangeirismo, em especial ao anglicismo (o uso de palavras de origem inglesa como Youube,  podcast ,  creators,  we webb,  site,  blog ) presente nesta seção, e proessores e alunos devem estar atentos para os seus significados e, principalmente, ao o uso que é eito desses termos e recursos. Não são poucos os exemplos ora das escolas em que pessoas de dieren dierentes tes idades e dierentes níveis socioeconômicos desenvolvem ações junto a comunidades locais, envolvendo intervenções nas áreas ambientais, educacionais, de saúde pública, de esportes e tecnológicas. Uma breve consulta consulta na internet trará muitos desses exemplos, cujas ações têm impactos positivos, sendo adequadamen ade quadamente te compartilhadas. Diante de tudo isso, será o resultado do uso desses recursos nas propostas Diante educacionais que definirá se elas eetivamente serão inovações educacionais ou apenas novas ormas conservadoras de educar.

Faça valer a pena

1. A Educomunicação se tornou uma área de conhecimento que visa peparar os profissionais da educação com os conhecimentos da área da comunicação. Há, na USP, um curso de graduação em Educomunicação, em que o educomunicador é definido como […] um gestor de processos comunicacionais. Um prossional que conhece sucientemente, de um lado, as teorias e prácas da educação, e, de outro, os modelos e procedimentos que envolvem o mundo da produção midiáca e das tecnologias, de forma a exercer avidades de caráter transdisciplinar tanto na docência quanto na coordenação de trabalhos de campo, na interface interfa ce Comunicação/Educaç Comunicação/Educação. ão. (USP, (USP, [s.d.], [s.p.]). [s.p.]).

Analise cada uma das alternativas a seguir e indique qual é a única verdadeira. a. A Educomunicação tem o propósito propósito de melhorar melhorar a comunicação interna da escola, uma vez que ele é uma das mais complexas instituições sociais. b. A Educom Educomunicação azsea complementar distinção das práticas educativas e da comunicomunicação, paraunicação que possam nos ambientes escolares.

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c. A Educomunicação criou conceitos e procedimentos que aprimoram as práticas escolares com práticas sociais da área da comunicação. d. A Educomunicação Educomunicação tem o propósito propósito de ormar o proessor proessor para melhorar melhorar sua prática comunicativa. e. A Educomunicação tem o propósito de habilitar habilitar o comunicador comunicador a ser um proessor.

2. Um empreendedor é a pessoa que: I.

em perfil criativo, capaz de definir metas e cumpri-las criativamente, a qualquer custo, para ser eficaz.

II. Sempre está a aprender com as oportunidades de negócio de que participa. III. Identifica a oportunidade e junta os recursos recursos necessários para cumprir um objetivo que estabelece. IV.. Promove IV criativamente os dierentes modelos contextos.inovadores de gestão para integrar criativamente Dentre as alternativas a seguir, assinale a única que é correta: a. Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. b. Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. c. Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. d. Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. verdadeiras. e. As afirmativas II, III e IV são verdadeiras.

3. Estimular o protagonismo nas escolas representa uma oportunidade de colocar as crianças e jovens como atores principais em ações importantes não apenas para sua vida, mas também para sua comunidade. I.

Nesse contexto, os alunos precisam desenvolver a iniciativa, perseverança e resiliência, com muita criatividade e ética, dada a constante alta de recursos. PORQUE

II. Os conceitos conceitos de protagonism protagonismo, o, inovação e empreendedorismo empreendedorismo são indissociáveis ambientesativas. escolares quando a escola se propõe a trabalhar com nos metodologias

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A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta: a. As asserções I e II são proposições proposições verdadeiras, verdadeiras, mas a II não justifica justifica a I. b. As asserções asserções I e II são proposições proposições verdadeiras verdadeiras e a II justifica a I. c. A asserção asserção I é uma uma proposição proposição verdadeira e a II, alsa. d. A asserção asserção I é uma proposição alsa e a II, verdadeira. e. As asserções I e II são proposições alsas.

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Unidade 3 Adilson Dalben

Personalização do d o ensino Convite ao estudo Esta seção mostrará o motivo de a temática personalizaç  personalização ão do ensino ensino, oco desta unidade, ser tão importante e estar presente em propostas de ensino que têm pretensão de apresentar uma inovação educacional. E isso com o propósito de eetivamente melhorar a aprendizagem na sala de aula – em particular porque será ela que permitirá o eetivo ensino adaptado aos ritmos r itmos e necessidades de cada pessoa, título desta seção. No decorrer desta seção, você perceberá as metodologias ativas têmprimeira sua importância em um aspecto que maisenquanto abrangente, permitindo a interrelação de vários elementos de natureza pedagógica para uma inovação educacional na sala de aula, como se osse um guarda-chuva que acolhe todos esses ess es elementos, a temática personalizaç  personalização ão do ensino ensino é igualmente importante importante por se s e tratar de um desses elementos, relacionando-se relacionando-se com os demais. A segunda seção desta unidade, Possibilidades de aprendizagem individualizada, terá como oco a exploração dos recursos tecnológicos que permitem à escola romper com as amarras da igualdade, graças às possibilidades que esses recursos oerecem para a personalização do ensino e à criação de uma nova cultura de aprendizagem. Por fim, na última seção, serão analisados Projetos educativos personalizados, título da seção, para que a relação entre complexidade e individualidade dos alunos sejam percebidas a fim de que eles, a partir de suas personalidades particulares e peculiares, possam maximizar suas competências e habilidades para lidar com o mundo que os cerca. Ao final da unidade, você estará apto não só a distinguir as inovações educacionais atreladas às tecnologias digitais ou não, para incluí-las no planejamento das tareas educacionais, mas principalmente para identificar os valores e crenças presentes na cultura educacional vigente. Essa identificação é um primeiro passo, essencial para o estabelecimento

de uma nova cultura de aprendizagem para que os alunos sejam protagonistas

 

de seu processo de construção de conhecimento, e sejam críticos, criativos e éticos na produção e compartilham compartilhamento ento de seus conheciment conhecimentos. os. Ao romper com a cultura igualitária vigente, que em geral mantém, ao final do período per íodo de ormação ormação,, os dierentes níveis de conhecimentos identificados no início desse período, você estará apto a elaborar projetos educativos educativos realmente inovadores, criando tareas que promovam aprendizagem significativa, interativa e colaborativa. Será com propostas de ensino adaptadas aos ritmos e necessidades de cada aluno que você promoverá a personalização do ensino equânime e inovador,, afinal, sua prática educativa respeitará o ritmo e individualidade de inovador cada aluno, assim como o trabalho coletivo e colaborati colaborativo. vo.

 

Seção 1

O ensino adaptado aos ritmos e necessidades de cada aluno Diálogo aberto

Esta é uma seção muito importante para que as práticas em sala de aula sejam eetivamente inovadoras, considerando o propósito de melhorar a aprendizagem dos alunos. Nela você perceberá que é pelas ações docentes que a personalização do ensino ocorrerá e, da mesma orma, a melhoria da qualidade da apr aprendizagem. endizagem. Personalizar o ensino significa romper estruturas educacionais vigentes, demandando a reconstrução de muitos valores e crenças consolidados há muito tempo e que definem a cultura educacional vigente. Para você entender, vamos discordar da afirmação de que devemos oerecer o mesmo ensino para todos os alunos, independentemente de seu contexto de vida, mesmo sabendo que poucos discordariam dela. Imagine que você está participando de uma mesa redonda de um seminário a convite de uma aculdade de educação, que conta com a presença de muitos proessores proessores de diversas escolas, incluin incluindo do a que você trabalha. Uma das participantes pede a palavra e afirma: “Com tantos ambientes de livre acesso que podem produzir conhecimentos de orma colaborativa, nos quais a autogestão e auto autorregulação rregulação dos espaços são primordia primordiais, is, a auto autonomia nomia dos membros que compõem esses ambientes é inevitável.” E em seguida seg uida ela az duas perguntas a você, diante do auditório: “Em suas aulas, como você consegue desenvolver as competências e habilidades dos alunos para que os espaços virtuais estejam a serviço s erviço da apr aprendizagem endizagem ética e responsável?” responsá vel?” e “Como você poderia po deria garantir a interação e os eedbac󰁫s sem s em que estes ocupem o lugar central nos ambientes virtuais, uma vez que essa centralidade no processo deve ser dos alunos, afinal eles são os principais protagonistas?” Você percebe que essas perguntas são eitas com base na cultura vigente e que, para respondê-las, é preciso alar de todas as implicações que levam à personalização do ensino ensino.. Quais seriam os elementos da sua resposta? Para desvelar as relações da personalização do ensino com esses diversos

elementos conceituais, é necessário, antes de tudo, identificá-los e depois 116

 

problematizá-los, a fim de que os valores sejam revistos – para sua confirmação ou modificação e para a criação e manutenção de uma nova cultura de aprendizagem. aprendizagem. Algumas dessas problem problematizações atizações perpassam pela reflexão de como o tempo letivo é um dos elementos que definem o desempenho dos alunos; pela assimilação de uma realidade em que geralmente – as escolas oerecem um ensino igualitário enquanto uma das possibilidades inovadoras deveria ser o ensino para a equidade; pela mudança radical da cultura de avaliação, em que ela deixa de apontar o certo e o errado e passa a propor negociações de significados para dar sentido às ações dos alunos; pelo compreensão de que as aprendizagens individuais se estabelecem com a aprendizagem aprendizagem criativa e colabora colaborativa tiva e; por fim, pelo p elo entendimento entendimento de que tudo isso tem como base a certeza de que cada aluno aprende de uma orma e em um ritmo dierente dierente dos demais. odos esses elementos serão visitados nessa seção, que é seu conteúdo. Com isso, você poderá compreender que somente com a personalização do ensino será possível a personalização da aprendizagem de orma autônoma e, portanto, protagonista.

Não pode faltar Nesta seção nos aproundaremos na temática da personalização do ensino, cuja eetiva implementação representa uma inovação educacional. Essa temática visa avorecer os alunos, reconhecendo que eles têm dierentes conhecimentos conhecimen tos e que estão em estágios dierent dierentes es do desenvo des envolviment lvimentoo de suas competências e habilidades. O objetivo é que, assim, todos possam atingir, após um determinado tempo escolar, um mesmo patamar da ormação prevista anteriormente. Esperamos que você perceba a grande aproximação conceitual entre personalização e equidade e quidade presente nesse primeiro parágrao. Assimile Para a personalização do ensino é muito importante que você comprecompreenda o conceito de equidade, diferenciando-o do conceito de igualdade. A equidade está presente nas prácas escolares quando elas são planeplane  jadas par parndo ndo do reconhec reconhecimento, imento, a priori,  de que os alunos têm conheconhe cimentos, habilidades, competências, valores, crenças, desejos e necesnecessidades diferentes e, por isso, é caracterizada por oferecer aos alunos oportunidades para que aprendam formas e emescolares ritmos diferentes. A igualdade é uma marca presentedenas prácas quando as mesmas oportunidades de aprendizagem são oferecidas aos alunos.

117

 

Em uma pesquisa realizada entre os anos de 2005 e 2009 (DALBEN, 2014) oi medida a proficiência em Leitura e em Matemática de alunos ao longo das quatro primeiras séries do Ensino Fundamental (à época, os alunos entravam na primeira série aos sete anos de idade) que permaneceram na mesma escola. Participaram dessa pesquisa os alunos de escolas municipais, estaduais, privadas e especiais (escolas militares e ederais, que apresentam processos seletivos para sua entrada) escolhidas por amostragem estatística de cinco grandes cidades brasileiras. Para a análise, esses os alunos oram dispostos em dez grupos em unção de seu nível socioeconômico, socioeconômico, e oi calculada a média de suas proficiências obtidas em cinco coletas. A primeira oi eita no início da primeira série (Onda 1) e as demais ao final de cada uma das séries subsequentes (Ondas 2 a 5). O resultado é mostrado na figura a seguir s eguir.. Figura 3.1 | Média de prociências em matemáca e leitura GRÁFICO 1A 󲀓 MAEMÁICA

GRÁFICO 1B 󲀓 LEIURA 200

320 300

180

280 260

160

240     A     I     C     N     Ê     I     C     I     F     O     R     P

    A     I     C     N     Ê     I     C     I     F     O     R     P

200 180 160

140

120

140 120

100

100 80

80 ONDA 1

ONDA 2

ONDA 3

ONDA 4

ONDA 5

ONDA 1

ONDA 2

ONDA 3

ONDA 4

ONDA 5

Fonte: adaptada de Dalben (2014, p. 29).

Como esses gráficos mostram a proficiência média de cada um dos grupos de alunos, cada uma das linhas mostram a evolução dessa proficiência média para cada um desses grupos. Assim, a primeira linha, de cima para baixo, baixo, no Gráfico 1A, mostra esse grupo de alunos de nível socioeconômico mais alto. A primeira série (Onda 1) apresenta proficiência média de 140 e termina, ao final da 4ª série (Onda 5), com 320. Já o grupo de alunos com nível socioeconômico mais baixo tem na primeira onda um valor de 90 e, na última, 205. Note, então, que a dierença entre esses dois grupos extremos na primeira onda é de 50, enquanto que na última é de aproximadamentee 115. Essa dament Ess a breve interpretação dos gráficos permite que você perceba que as curvas de desenvolvimento da proficiência média seguem a mesma ordenação definida inicialmente pelo nível socioeconômico. Ou seja, em média, as escolas não são equânimes, uma vez que a dierença de profici-

ência dos alunos permanece ao longo dos anos de escolarização es colarização.. Além disso, 118

 

ao contrário, em Matemática, a dierença entre as proficiências médias dos alunos aumenta. Nesse contexto, é importante que você perceba que esse gráfico traz os resultados médios de diversas escolas, obtidos também pela média das proficiências conquistadas pelos alunos nos exames aplicados. Essa percepção é importante porque essa média oculta escolas que são equânimes, em relação àquelas que não o são. Ou seja, existem escolas que recebem alunos com baixa proficiência e, graças ao seu trabalho, conseguem azer com que seus alunos tenham, ao final do processo, uma proficiência média maior do que a comum. Essas escolas têm como resultado de seu trabalho um alto valor agregado nas proficiências iniciais de seus alunos. Escolas com alto valor agregado são escolas que promovem um ensino com equidade. Figura 3.2 | Desempenho médio da escola em função do valor agregado DESEMPENHO MÉDIO DA ESCOLA EM FUNÇÃO DO VALOR AGREGADO

    O     T     N     E     M     I     D     N     E     R     E     D     L     E     V     Í     N

II ALO RENDIMENO BAIXO VALOR AGREGADO

I ALO RENDIMENO ALO VALOR VALOR AGREGAD O

III BAIXO RENDIMENO BAIXO VALOR AGREGADO

IV BAIXO RENDIMENO ALO VALOR VALOR AGREGAD O

NÍVEL DE VALOR AGREGADO GRÁFICO 1B 󲀓 LEIURA

  Fonte: Naonal Research Council and Naonal Academy of Educaon (2010, p. 7).

Esperamos que, com a análise desses gráficos, você perceba o motivo da importância da personalização do ensino ensino,, que em e m muito colabora para que as práticas escolares levem à equidade, sendo uma inovação educacional imporimportante e necessária. A personalização do ensino se torna ainda mais relevante nas escolas das redes públicas porque, por acolherem e manterem seus alunos  vindos das mais dieren dierentes tes classes socioeconômicas (o que não ocorria há algumas décadas), nelas estão as turmas de alunos com maior heterogeneidade de perfis. Outro aspecto importante a ser considerado para a personalização do

ensino e que muitas vezes passa desapercebido é o tempo letivo. 119

 

Atenção Por tempo levo entende-se o período de um ciclo de formação, composto por po r mais de um ano de escolarização, escolarizaç ão, em cujo ao nal o aluno recebe um parecer, resultado de uma avaliação que o autoriza ou não connuar seus estudos. Pode ser o período de um ano levo, quando a escola opta por uma organização seriada e, ao nal desse ano, o aluno recebe o mesmo parecer com a mesma nalidade. Por tempo levo também se compreende o bimestre ou trimestre como sendo tempo em que, ao nal dele, o aluno recebe os mesmos pareceres, porém parciais. Além disso, o tempo levo pode ser entendido como aquele que aluno tem para desenvolver uma determinada tarefa.

Uma vez que os alunos aprendem de orma e com ritmos dierentes, a fixação do tempo letivo acaba sendo o ator que define o desempenho do aluno. De acordo com Freitas (2003), Cada um caminhará a seu ritmo dentro de um mesmo tempo único – logo, uns dominam tudo e outros, menos. Caso queira unicar desempenhos (Nível elevado de domínio para todos), há que se diversicar o tempo de aprendizagem. Para tal, é preciso permir que cada um avance a seu ritmo usando todo o tempo que lhe seja necessário. (FREITAS, 2003, p.19)

Ainda segundo esse mesmo autor, Note-se que não basta dar ao aluno todo o tempo necesneces sário: é preciso que ele tenha ajuda igualmente diferendiferen ciada para aprender (materiais diversicados, ajuda pontual durante o processo de aprendizagem), de forma que esse tem adicional necessário possa ser suportável pela escola e para o próprio aluno em sua aprendizagem. “estava também idencado o elemento-chave para tornar a diversicação do tempo ecaz – existência de ‘apropriadas formas de ajuda disponíveis’ para lidar com diferentes alunos”. (FREITAS, 2003, p. 20)

120

 

O esquema a seguir representa essa relação entre a fixação do tempo letivo,, os dieren letivo dierente te ritmos e ormas de aprendizagem aprendizagem e a necessidade de rotas personalizadas para que o aluno aprenda. aprenda. Figura 3.3 | Demonstração do aprendizado personalizado OS ALUNOS APRENDEM DE DIFERENES MANEIRAS E RIMOS

DIANE DE UMA PROPOSA DE ENSINO:

OBÉM DESEMPENHO ESPERADO

HÁ UMA BOA PARE PARE DOS ALUNOS QUE APRENDEM EM EMPO E RIMO C OMUNS.

HÁ AQUELES QUE APRENDEM EM MENOS EMPO.

OBÉM DESEMPENHO ACIMA DO ESPERADO

OBÉM DESEMPENHO ABAIXO DO ESPERADO

MAS AMBÉM HÁ AQUELES QUE REQUEREM MAIS EMPO PARA APRENDER.

O EMPO LEIVO FIXO DA ESCOLA FAZ COM QUE ESSES ALUNOS APRESENEM DESEMPENHOS DIFERENES, ORNANDO A INSIUIÇÃO UMA PRODUORA DE DESIGUALDADES.

PERSONALIZAÇÃO DO ENSINO

ROASS PERSONALIZADAS DE APRENDIZAGEM. ROA APR ENDIZAGEM. INERVENÇÕES PEDAGÓGICAS COM EMPO E RECURSOS INDIVIDUALIZADOS.

  Fonte: elaborada pelo autor.

Nessas proposições apresentadas apresentadas por Freitas (2003) e representadas nesse esquema estão os elementos essenciais à personalização do ensino (flexibilização dos tempos de apr aprendizagem endizagem e a diversidade de recursos para a apr aprenendizagem). Isso para que a construção dos conhecimentos e desenvol des envolvimento vimento das competências e habilidades especificadas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) sejam atingidas por todos os alunos, independentemente da heterogeneidade do perfil dos alunos e da diversidade cultural e contextos context os de vida, características potencializadas nas escolas es colas graças à univer univer-salização do acesso ao sistema de ensino e à diminuição da evasão observadas obser vadas nas escolas ao longo das últimas décadas. Vale a pena lembrar que, segundo Madaus, 󰁒ussel e Higgins (2009), 95 em cada 100 alunos terão desempenho desejado se tiverem seu ritmo e orma de aprender respeitados. respeitados. No Brasil, a universalização do acesso ao sistema de ensino se inicia na década de 1970, com propostas para mudanças nas concepções acerca dos sistemas de avaliação, refletindo na aprovação e na retenção. São criados os ciclos de ormação e progressão continuada e eitas propostas de melhoria na qualidade de ensino, com ade implementação Curriculares Nacionais, ocorrid ocorrida a na década 1980. ambém ambémdos sãoParâmetros implementadas po líticas políticas educacionais orientadas pelos resultados das avaliações externas, que

121

 

necessitam de matrizes de avaliação organizadas por competências e habilidades. A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação é implantada implantada no decorrer da década de 1990 e, agora, na década de 2010, ocorrem a publicação da Base Nacional Nacio nal Comum Curricular e as atualização da legislação educacional. Reflita Você notou, pelo que está exposto nos dois úlmos parágrafos, um processo em que uma inovação educacional acarreta ac arreta a necessidade de outra, e o tempo que decorre desse processo? Essas são algumas de muitas outras inovações educacionais ocorridas nos úlmos 40 anos e que são propícias para a melhoria da aprendizagem. Mas, mesmo com todas as fragilidades técnicas e polícas que circundam as avaliações externas com itens padronizados (prova Brasil, SAEB, ENEM), mostram que poucos são os avanços constatados no desempenho dos alunos. O que ainda falta para que esse quadro seja superado?

Como está exposto, dois vetores contexto estão para implementação da personalização donesse ensino. Um deles é a colocados necessidade, quea o justifica, e o outro é todo o aparato normativo jurídico que o possibilita. Assim, a questão está em como implementá-lo nas salas de aula. Mas além deles há dois outros que são ortes aliados nessa implementação: a disponibilização e o acesso aos recursos digitais, que serão tratados mais adiante, e o uso das metodologias ativas. Você já sabe que para trabalhar com as metodologias ativas, os papéis de aluno e do proessor oram redefinidos. O aluno é o protagonista (inovador, empreendedor empr eendedor e comunica comunicador) dor) no processo de solução de problem problemas as reais e na construção de seu conhecimento, e o proessor, o profissional da educação responsável pela criação desse ambiente de aprendizagem, que deve ser colaborativo e criativo. Exemplificando De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, publicados em 1996, no trabalho em que o aluno é esse protagonista, o professor precisa ser: • Organizador da aprendizagem: para desempenhá-la, além de conhecer as condições socioculturais, expectavas e compecompetência cogniva dos alunos, precisará escolher o(s) problema(s) que possibilita(m) a construção de conceitos/procedimentos e alimentar o processo de resolução, sempre tendo em vista os

objevos a que se propõe angir. 122

 

• •





Consultor: para fornecer as informações necessárias, as quais o aluno não tem condições de obter sozinho. Mediador: promover a confrontação das propostas dos alunos, ao disciplinar as condições em que cada aluno pode intervir para expor sua solução, quesonar, ques onar, contestar. Nesse papel, o professor é responsável por arrolar os procedimentos empregados e as diferenças encontradas, promover o debate sobre resultados e métodos, orientar as reformulações e valorizar as soluções mais adequadas. Ele também decide se é necessário prosseguir o trabalho de pesquisa de um dado tema ou se é o momento de elaborar uma síntese, em função das expectavas de aprendiaprendi zagem previamente estabelecidas em seu planejamento. Controlador: ao estabelecer as condições para a realização das avidades avidad es e xar prazos, sem esquecer de dar o tempo necessário necessári o aos alunos. Incenvador da aprendizagem: ao esmular a cooperação entre os alunos, tão importante quanto a própria interação adulto/ criança. A confrontação daquilo que cada criança pensa com o que pensam seus colegas, seu professor e demais pessoas com quem convive é uma forma de aprendizagem signicava, principalmente por pressupor a necessidade de formulação de argumentos (dizendo, descrevendo, expressando) e a de comprocompro vá-los (convencendo, quesonando).

Com esses novos papéis e com a intenção de personalizar o ensino, o planejar, executar e avaliar se tornam um processo cíclico constante, vivenciado por proessor e aluno. aluno. Esse ciclo deve ser bem cuidado para que diante da flexibilização dos tempos e espaços escolares e da diversificação de estratégias, os objetivos pedagógicos sejam s ejam cumpridos. Por isso, as práticas dos proessores devem ser inovadoras (e não apenas dierentes). Serão essas práticas que eetivamente provocam – ou não – as inovações educacionais. Dentre essas práticas escolares, a avaliativa é uma das que mais explicitam os valores e as crenças dos proessores. Por esse motivo, daremos uma atenção especial à avaliação nesta seção, pois estamos cientes de em nossa cultura ela está consolidada, e é desafiador ressignificá-la. Essa ressignificação deverá ocorrer sem perder de vista que, na perspectiva que propomos a inovação educacional, a personalização do ensino estáocorre atrelada uso das d as metodologias ativas, em que aem aprendizagem apr endizagem individual naaointeração entre os alunos e o contexto que desen volvem o seu trabalho trabalho educacional.

123

 

Nessa perspectiva, devemos romper com a lógica já naturalizada nos espaços escolares há séculos e que está a serviço ser viço do mero controle, controle, da classificação e da seleção de alunos. Essa lógica indesejada tem como principal característica o uso de notas (ou conceitos), usadas como moedas de troca mediante a apresentação adequado do trabalho do aluno (cujo critério principal é a reprodução daquilo que lhe oi apresentado). É também instrumento de coerção, para impor os comportamentos desejados e controle da disciplina, estabelecendo uma relação de mando e subordinação. Essa lógica de avaliação se conorma no período da industrialização industrialização,, quando o currículo escolar oi ragmentado, azendo com que as práticas escolares aastassem os processos de aprendizagem da vida real (artificializando a aprendizagem e tornando-a sem significado). Essa avaliação era realizada em momentos pontuais e dava o veredicto sobre a possibilidade ou não de os alunos avançarem em seus processos de escolarização. É nesse contexto que surge o processo de avaliação, cujas marcas permanecem até hoje (F󰁒EIAS, (F󰁒EIAS, 1991; F󰁒EIAS, 2003). Para a personalização do ensino, assim como qualquer processo de ensino que envolva as metodologias ativas, essa lógica de avaliação visa, em detrimento da mera atribuição de notas e conceitos, ao aprimoramento das ações que levam à melhor resolução de problemas e maior aprendizagem. Mesmo assim, ela pode ser considerada diagnóstica, ormativa e somativa (HADJI, 1994). A avaliação na modalidade diagnóstica ornece inormações importantes para as ações e tomada de decisões em relação aos alunos, nas ases iniciais do trabalho (e até mesmo em cada uma das dierentes etapas que requerem inormações dierentes). Essas inormações são importantes para que o proessor possa evitar que alguns alunos dominem o trabalho em grupo, enquanto outros se submetem a esse domínio enquanto domínio.. Perceba que a personalização do ensino perpassa pelas relações no trabalho em grupo, para que o ensino seja equitativo. Os alunos criam suas próprias hierarquias de status  à medida que brincam e interagem uns com os outros, incluinclusive fora da escola. Aqueles que possuem posição social elevada apresentam um status perante aos seus colegas e tendem a dominar os grupos em sala de aula. Entre os alunos, o status pode ser basear na competência atléca ou na atravidade e popularidade. […] Aqueles com uma posição social mais baixa tendem a ser parcipantes menos avos. Desse modo, um grupo no interior de uma sala de

avos. esse modo, um grupo no interior de uma sala de

124

 

aula pode reer o mundo do páo da escola, embora a tarefa seja acadêmica e não tenha nada a ver com brincabrincadeiras ou o u com a vida social. so cial. (COHEN; LOTAN, 2017 2017, p. 31)

A modalidade ormativa deve ornecer os dados para que alunos e proessores possam constantemente aprimorar o processo de aprendizagem e de ensino. Ela vai se caracterizar pelas constantes devolutivas (eedbac󰁫) que o proessor dá aos alunos, não no sentido de apontar o certo ou o errado, mantendo no proessor o status de que ao final do período letivo ele vai aprovar ou não. Esse eedbac󰁫  deve ser eito com o valor de diálogo, para que o aluno reflita e decida pelos próprios caminhos: somente assim ele permanece como protagonista. Por isso, os papéis destacados anteriormente são importantes. O papel do proessor como avaliador é subjacente aos papéis de organizador, consultor, mediador controlador e incentivador, distanciando-se do papel de quem aprova ou reprova. reprova. Seu principal objetivo é […] contribuir para melhorar a aprendizagem em curso, informando o professor sobre as condições em que está a decorrer essa aprendizagem, e instruindo o aprendente sobre seu próprio percurso, os seus êxitos e as suas diculdicul dades. (HADJI, 1994, p. 63)

A avaliação somativa, aquela que se justifica pela necessidade organizacional da escola e do sistema educativo, pode também ser usada, desde que seja entendida com um indicador que sintetiza o processo até um determinado momento. É um registro válido para aquele momento, e pode também ser usado para dar as devolutiva devolutivass aos alunos, e dos alunos para os proessores. proessores. Nessa perspectiva, as devolutivas dos proessores, com base em suas observações, tanto t anto nas ações dos alunos quanto quanto em suas produções, deve ser mais para negociar os significados sobre o que oi realizado do que o apon apontatamento do que está certo ou errado. A avaliação nesse processo está a serviço da atribuição de significado e negociação dos novos caminhos. Enfim, a avalição nesse processo de personalização do ensino deve ser usada para que o proessor possa ajustar o ritmo de ensino ao ritmo da aprendizagem dos alunos e, ao mesmo tempo, ajudar o aluno a conseguir trilhar sua rota pessoal de aprendizagem, ao ritmo de ensino do proessor e ao de aprendizagem aprendizagem do grupo no qual está inserido. A observação do proessor pode ser eita sobre as tradicionais provas

escritas e individuais, afinal ela é uma produção do aluno, mas podem ser 125

 

usadas com instrumento de avaliação quaisquer práticas pedagógicas como as pesquisas, estudos de casos, resolução de exercícios ou de problemas, assim como também dramatizações e dinâmicas de grupos, que podem ornecer preciosas inormações sobre os aspectos cognitivos e socioemocionais dos alunos. Você deve ter percebido as implicações de uma inovação educacional que leve os alunos a eetivamente aprender. O uso das metodologias ativas é essencial para uma inovação educacional educacional que tem como propósito a aprendizagem dos alunos. No entanto, por ela abarcar um conjunto de elementos que se unem ormando uma complexa rede, a aprendizagem criativa e colaborativa levará ao desenvolvimento das competências e habilidades desejadas somente se os alunos conseguirem de orma autônoma se responsabilizar pelo seu processo de aprendizagem individual. É nesse elemento que a personalização do ensino se mostra como um traço essencial nesse processo e que depende também da ação avaliativa do proessor e da orma como ele dá o eedbac󰁫 a seus alunos. Vocête deve ter percebidoa possibilidade que está nas relações entre proessor, aluno ambien ambiente de apr aprendizagem endizagem do estabelecimento de uma novae cultura de aprendizagem.

Sem medo de errar A situação-problema desta seção traz um contexto bastante provocador. Começa com a afirmação de que com tantos ambientes de livre acesso que podem produzir conhecimentos de orma colaborativa, em que a autog autogestão estão e autorregulação dos espaços são primordiais, a autonomia dos membros que compõem ambientes ambien tes éàinevitáv inevitável. el. Mostrando a pressão existente da sociedade s obreesses sobre a escola graças mudança cultura alavancada alavan cada pelos avanços avanç os das tecnologias digitais que democratizaram o acesso aos recursos digitais. Em seguida, as perguntas “Em suas aulas, como você consegue desenvo des envolver lver as competências competênc ias e habilidades nos alunos para que os espaços virtuais estejam a serviço da aprendizagem aprendizagem ética e responsável?” e “Como você poderia po deria garantir a interação e os eedbac󰁫s sem que ocupem o lugar central nos ambientes  virtuais, uma vez que essa centralidade no processo deve ser dos alunos, afinal eles são os principa principais is protagonistas?” protagonistas?” lançam o desafio de como as escolas (na  verdade, alunos e proessores) proessores) podem trazer isso para dentro da escola, com o propósito de melhorar a aprendizagem, com o desenvolvimento de competências e habilidades compatíveis com o atual momento. Basicamente,, são dois os caminhos possíveis que serão levados ao extremo Basicamente

para acilitar as análises. 126

 

O primeiro seria o uso desses recursos orientados pelos valores da cultura de aprendizagem aprendizagem vigentes, em que todos os alunos devem cumprir as mesmas tareas, no mesmo tempo, tempo, usando esses recursos e, ao final, seriam avaliados segundo os mesmos parâmetros, tendo implícito implícito e sendo o certo cer to aquilo que o proessor, a priori, considera certo. Esse Ess e caminho representa apenas uma nova roupagem roupa gem do ensino convencional convencional dada pelos novos recursos, de maneira tal que os valores são conservados. O segundo traz a possibilidade da negociação entre proessor e aluno, que começa com a especificação do objetivo pedagógico do trabalho seguido de seu planejamento e execução do plano elaborado. A avaliação eita pelo proessor pro essor não é usada para apontar o certo e o errado, com propósito concluconclusivo e de finalização. Ao contrário, a avaliação é eita para que proessor e aluno possam aprimorar os processos pelos quais são responsáveis, nos quais o erro é tido como uma oportunidade de reflexão para a melhora, e um objetivo não cumprido não será se rá visto como “objetivo não nã o cumprido”, cumprido”, mas sim “objetivo não cumprido ainda”. Dessa maneira, o erro não será demarcado como “está errado, o certo é assim”. O erro será demarcado como “por que não deu certo ainda? O que seria o certo? O que deve ser eito para esse certo ser atingido?” Obviamente, quando o certo oi mais brevemente atingido, não significa que a tarea educacional oi cumprida. Ela pode ser ainda aprimorada, ou indicar um problema, pois alguns a cumpriram e outros não. A escola deve ser vista como sendo um lugar em que a tarea educacional é cumprida somente quando todos os alunos da turma conseguiram chegar ao mesmo objetivo.. Serão essas duas rentes que levarão ao ensino equânime. objetivo E sendo a equidade a palavra-cha p alavra-chave ve nesse processo, o ensino não pode ser igual paraostodos. oertado umdeensino que, como dito anteriormente, anteriorment e, respeite ritmosDeve e asser necessidades cada aluno. A oerta de um ensino com essas características representa a sua personalização p ersonalização.. Para isso, os recursos digitais, com a adoção do ensino híbrido, permitem a necessária flexibilização do tempo e do acesso aos recursos necessários a cada aluno. Escolas que conseguem flexibilizar seu currículo (conteúdos, tempos, espaços e metodologias) poderão ser reconhecidas como escolas inovadoras nessa perspectiva. No entanto, as que não conseguirem essa flexibilização,, com os recursos digitais disponíveis, proessores flexibilização proessores com a devida ormação e acesso a esses ess es recursos, também poderão po derão ter suas práticas consideradas inovadoras. Ainda que não sejam tecnológicas, pensar em personalização do ensino envolve romper com as metodologias tradicionais, tendo como oco o ritmo de aprendizagem e os interesses de cada um de seus s eus alunos.

Como exemplo podemos citar as escolas es colas que se baseiam no desenvolvimento desenvolvimento 127

 

curricular, em projetos de pesquisa. Os estudantes possuem um currículo a ser cumprido, no entanto, a gestão do tempo e a definição dos projetos nos quais estarão engajados envolve uma negociação entre estudantes e proessores.

Faça valer a pena

1. Por muito muito tempo acreditou-se que o ideal e mais justo seria um processo educativo que garantisse que todos os alunos ossem tratados da mesma maneira, afinal, afinal, igualdade é um direito de todos. De acordo com essa afirmação, estabeleça a relação entre as seguintes asserções: I.

No entanto, mais recentemente essa crença tem sido questionad questionada, a, e esse processo de ensino igualitário tem se tornado um problema. problema.

PO󰁒QUE II. Eetivamente Eetivamente cada aluno aluno tem o seu ritmo e orma próp próprios rios de aprender, podendo ser dierente dos demais. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta: a. As asserções I e II são proposições proposições verdadeiras, verdadeiras, mas a II não justifica justifica a I. b. As asserções asserções I e II são proposições proposições verdadeiras verdadeiras e a II justifica a I. c. A asserção asserção I é uma uma proposição proposição verdadeira e a II, alsa. d. A asserção asserção I é uma proposição alsa e a II, verdadeira. e. As asserções I e II são proposições alsas.

2. A cultura de uma instituição é considerada um elemento crítico porque influencia ortemente o comportamento das pessoas que nela trabalham, as relações que estabelecem umas com as outras e a orma que agem e tomam decisões. As escolas são conhecidas como instituições de grande complexidade. Assinale uma das alternativas a seguir que melhor caracteriza uma nova cultura de aprendizagem que avoreça a personalização do ensino. a. O radicalismo mudança mudança de valores para aensino. tender às às demandas da sociedade que levem lenavem a uma padronização doatender

128

 

b. O trabalho em equipe equipe que explore as potencialidades potencialidades e necessidades dos alunos, que em geral são comun comuns. s. c. O ambiente ambiente de aprendizagem aprendizagem deve permitir que alunos alunos e pro proessores essores tenham, com base na negociação, autonomia para desenvolver o processo de ensino e de aprendizagem. aprendizagem. d. O papelàdo é importante porque é o profissional que, devido suaproessor ormação e experiência, deveeleescolher os melhores caminhos para que o aluno aprenda. e. A incorporação incorporação dos recursos recursos tecnológicos é necessária para o aluno aluno aprimorar aprimo rar o acesso à inormação atualizada.

3. A devolutiva – ou eedback – é um ato comunicacional com um papel muito importante no process processoo avaliativo. O estudo dos dierentes diere ntes paradigmas de aprendizagem mostra que ele sempre tem um papel central no desenvol vimento das apr aprendizagens. endizagens. Essa centralidade pode ser observada desde as primeiras versões do comportamentalismo o cognitivismo. É presente também no construtivismo e nas dierentesatéabordagens da compreensão. Ou seja, a devolutiva é importante no processo de ensino-aprendizagem, independentemente do paradigma de aprendizagem assumido, mas, sobretudo, naqueles que colocam os alunos como protagonistas da própria construção do conhecimento, conhecimento, e naqueles que avorecem a personalização do ensino. Diante disso, disso, o eedback pode po de ser considerado adequado à educação quando: I.

Modifica significativam significativamente ente os caminhos do aluno aluno,, levando-o à melhor aprendizagem.

II. Permite Permite a negociação entre pro proessor essor e alunos alunos dos significados dados pelos alunos em suas produções. III. Aponta Aponta clara e objetivamen objetivamente te se um resultado está certo ou errado para que o aluno melhore sua aprendizagem. IV.. Modifica o comportamento ou o modo de pensar do aluno, objetiIV  vando uma melhoria melhoria no aprendizado aprendizado.. Dentre as alternativas a seguir, assinale a única que é correta: a. Somente as afirmativa afirmativass II e IV são verdadeiras. verdadeiras. b. Somente as afirmativas afirmativas II, III e IV são verdadeiras. verdadeiras.

c. Somente as afirmativa afirmativass I e IV são verdadeiras. 129

 

afirmativas I, III e IV são verdadeiras. verdadeiras. d. Somente as afirmativas e. Somente as afirmativa afirmativass I, II e IV são verdadeiras.

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Seção 2

Possibilidades de apre aprendizagem ndizagem individualizada indivi dualizada Diálogo aberto Nesta seção, ocaremos em dois conceitos importantes, importantes, os quais permitem a operacionalização da personalização do ensino no âmbito dos recursos digitais e a exploração do ensino on-line, que são a apr aprendizagem endizagem adaptativa adaptativa e o design de apr aprendizagem. endizagem. A aprendizagem adaptativa ocorre quando o aluno percorre uma determinada rota personalizada de aprendizagem, composta por tareas previamente elaboradas, definidas em unção de seu perfil e de suas necessidades para o cumprimento de determinados objetivos pedagógicos. Dentro desses conceitos, as tareas selecionadas para as rotas personalizadas de aprendizagem podem ou não ser desenvolvidas nos próprios momentos das aulas, assim como em período complementar. Da mesma orma, podem ou não usar recursos digitais. No entanto, é importante lembrar que os recursos digitais são potentes para o cumprimento dos propósitos associados à personalização do ensino, uma vez que eles avorecem a flexibilização do tempo, dos espaços e dos objetos de conhecimento necessários para cada aluno, ou para um grupo específico e particular de alunos. Esses recursos digitais acilitam a pesquisa e melhoram a qualidade, a comunicação e a publicação de inormações, além da possibilidade de serem eitas simulações e exploração de jogos digitais, entre muitas outras alternativas metodológicas. Assim, nosso propósito é ampliar o seu conhecimento acerca dessas possíveis ormas de se trabalhar com a personalização do ensino, por meio das ideias relacionadas à aprendizagem adaptativa, aos sistemas adaptativos (plataormas adaptativas) e ao design de aprendizagem, as quais, mesmo sendo comumente usadas em cursos eminentemente on-line, podem ser transpostas para para o ensino ensino presencial presencial ou para aqueles aqueles que usam um dos modelos do ensino híbrido. Porém, antes de trabalharmos com esses dois conceitos, outro muito importante para você, que em breve será pedagogo, é o entendimento do letramento digital e suas relações no campo educacional. Em seguida, as plataormas adaptativas serão para eque você conheça, assimo como todo recurso didático, suasexploradas, potencialidades limitações nesse context contexto

da personalização do ensino. 131

 

Figura 3.4 | Infográco da seção

PERSONALIZAÇÃO DO ENSINO POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM INDIVIDUALIZADA

LERAMENO DIGIAL

APRENDIZAGEM ADAPAIVA

DESIGN DE APRENDIZAGEM

PLAAFORMA ADAPAIVA

Fonte: elaborada pelo autor.

Certamente, ao final desta seção, você estará ainda mais apto para ser um proessor inovador e criativo. A seguir, encontra-se uma situação-problema criada para elucidar uma hipotética situação que todo proessor, mesmo com pouca experiência, já  viveu, ou ou que, certamente, certamente, depois de ormado, ormado, vivenciará. vivenciará. Imagine-se em uma sala de aula, na qual você observou alguns poucos alunos com um desenvolvimento da aprendizagem em um nível inadequado, isto é, o desempenho das habilidades cognitivas e socioemocionais deles está aquém do patamar previsto previ sto para o momento. Em uma conversa com a coordenação pedagógica da escola, vocês reconheceram que eles têm um ritmo de aprendizagem apr endizagem dierenciado em relação aos demais e concluíram que o uso us o de alguns recursos digitais permitiria, diante das acilidades e dificuldades de cada um, estabelecer rotas alternativas e individuai individuaiss de apr aprendizagem. endizagem. Então, a coordenadora pediu para que você elaborasse alguma proposta, Então, para que esses alunos estabelecessem uma rota personalizada de aprendizagem, usando a ideia da apren aprendizagem dizagem adaptativa. adaptativa.

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Diante desse contexto, s e viu na necessidade de compreender como contexto, você se desenvolver esse projeto de maneira que os estudantes saibam quais seriam essas rotas e como poderiam saber quais conteúdos conteúdos são adequados, considerando que eles ainda não têm o conhecimento para a devida avaliação do que lhes seria apropriado. apropriado. Perceba que, nesta situação-problema, você está diante de uma situação que requer a aplicação da personalização p ersonalização do ensino, e o uso us o das plata plataormas ormas adaptativas adapta tivas pode ser um recurso bastante pertinente.

Não pode faltar Para a sua melhor compreensão compreensão de tudo que será abordado nesta seção, s eção, é importante que você se lembre de que, nesta disciplina, a personalização do ensino é importante para que os alunos, em um contexto de ensino em que metodologias ativas estão sendo usadas, possam trilhar caminhos específicos, os quais os permitam per mitam aprender aprender de orma individualizada, complemencomplementando o caminho que a turma, em comum, deve percorrer. A personalização do ensino é uma das estratégias para que ele seja sej a equitativo, isto é, alunos com dierentes perfis e inseridos em contextos de vida dierentes possam atingir o mesmo nível de aprendizado esperado para sua turma em um determinado período letivo letivo.. Figura 3.5 | Rotas personalizadas de aprendizagem ALUNOS COM DESEMPENHOS INICIAIS DIFERENES

ALUNOS COM DESEMPENHOS FINAIS IGUAIS AREFAS ESPECÍFICAS PARA O ALUNO A

ROA DE APRENDIZAGEM A SER PERCORRIDA PELA URMA

AREFAS ESPECÍFICAS PARA O ALUNO A AREFAS ESPECÍFICAS PARA O ALUNO B

AREFAS ESPECÍFICAS PARA O ALUNO B

AREFAS ESPECÍFICAS PARA O ALUNO C

Fonte: elaborada pelo autor.

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Letramento digital Antes de pensarmos sobre o letramento digital e, posteriormente, sobre a importância desse conceito para as inovações educacionais, é necessário delimitarmos o que é letramento e, somente depois, as implicações de adicionar o termo digital. conceito de letramento temsesido desenvolvido em orte conexão o deO alabetização, mas sempre buscando o discernimento entre com eles. Atualmente tualmente,, buscar uma definição para o conceito de letramento é uma tarea t area minimamente minimamen te inadequada, um vez que são diversas as definições existentes, sobretudo diante do número de áreas de pesquisa e de aplicação existentes, mesmo no interior daquelas inerentes à educação e relacionadas às práticas de leitura e escrita. Para o nosso trabalho, entendemos que uma pessoa deixa de ser analabeta quando ela passa a saber ler e escrever, independentemente da orma com que ela aprendeu e da orma como o az. É uma definição muit muitoo simplista de entender a alabetização, que deixa de lado, para os nossos propósitos aqui, as implicações no analabetismo uncional. Com essa ideia sobre alabetização, a pessoa que sabe ler e escrever domina as técnicas de leitura e escrita, mas esse ato não significa que ela será capaz de compreender textos mais complexos, como um contrato, da mesma maneira que compreende compreende uma placa de sinalização. Logo, uma pessoa que lê um contrato tem um nível de letramento maior do que aquela que é capaz de apenas ler a placa de sinalização. O nível de letramento que uma pessoa se encontra determina o quanto ela pode atuar na sociedade e o quanto esta pode influenciá-la. Além disso, reconhecer que em a evolução nível de letramento ocorrepela de qual maneira contínua, e não degraus, desse permite compreender a maneira esse desenvolvimento ocorre e que é influenciado pela inserção social e cultura dessa pessoa. Uma consequência importante dessa influência para nós está no ato de que o letramento está sempre em desenvolvimento, porque a sociedade está sempre expandindo expandindo e diversificando suas ormas de ler e escrever escrever,, assim como modificando ou substituindo substituindo os meios por onde a leitura e a escrita ocorrem. Os avanços tecnológicos e digitais e a acilidade de acesso aos recursos digitais tornaram a leitura e a escrita presentes em e-mails, óruns, chats, blogs, páginas de internet, sites decomo busca, entre outros, que seguem uma dierente dieren te dos livros e das cartas, ocorria até meados da década delógica 1990

no Brasil. 134

 

Diante desse contexto, os desafios educacionais se limitavam a alabetizar e melhorar o nível de letramento, porém, agora, é necessário também melhorar o nível de letrament letramentoo digital. Freitas (2010) traz duas dierentes modalidades de definição para o letramento digital, classificando-as em restritas e amplas. Ela entende que as definições restritas são aquelas mais instrumentais, porque desconsideram o contexto sociocultural, histórico e político inerente ao conceito e ao processo, enquanto que as definições amplas consideram, além do processo de apropriação das técnicas de uso dos recursos digitais, o pensamento crítico sobre essa apropriação e uso, tornando o letramento digital semelhante ao desenvolvimento desenvolvimento da apr aprendizagem endizagem sobre o discurso dis curso ou sobre uma nova língua. 󰁒econhecer essas duas modalidades sobre a definição de letramento digital permitirá a você, enquanto proessor proessor,, reconhecer se sua ação pedagógica ped agógica está se limitando ao ensino do uso das erramentas ou está também permitindo que seus alunos desenvolvam o uso crítico e ético dessas dess as erramentas. Exemplificando Para Freitas (2010), são exemplos de: a. Defnições restritas: • Letramento digital é denido como “usar a tecnologia digital, ferramentas de comunicação e/ou redes para acessar, gerenciar, integrar, avaliar e criar informação para funcionar em uma sociedade de conhecimento”, conforme a denição do relatório Digital Transfor ransformaon maon (apud FREIT FREITAS, AS, 2010, p. 214). • Letramento digital é entendido como uma série de habilidades que requer dos indivíduos reconhecer reconhec er quando a informação faz-se necessária e ter a habilidade de localizar, avaliar e usar efevaefeva mente a informação necessária, de acordo com a denição elaboelabo rada pela Associaon of College & Research Libraries (2000). b. Defnições amplas: • Letramento digital se constui como “uma complexa série de valores, prácas e habilidades situados social e culturalmente envolvidos em operar linguiscamente dentro de um contexto de ambientes eletrônicos, que incluem leitura, escrita e comunicomuni cação” (SELFE, 1999, p. 11 apud FREITAS, 2010, p. 238). • Indicando as competências básicas para o processo de letraletramento digital, Gilster (1997 apud FREITAS, 2010, p. 247) formula a denição: “habilidade de entender e usar informação em

formatos múlplos de uma vasta gama de fontes quando esta é apresentada via computadores”. 135

 

É importante que você compreenda a importância dessas definições, para que perceba que alguns se s e apropriaram apropriaram das técnicas necessárias para acessar esses novos recursos digitais de comunicação, os quais requerem práticas de leitura e escrita, além do desenvolvimento desenvolvimento ou não de uma crítica, avor avorecendo ecendo um maior maior nível de letramento e de letramento digital. Entretanto, Entretanto, também há outros sem acesso a esses recursos, sendo excluídos da sociedade contemporânea, porque muitas muitas das práticas sociais são mediadas por p or tais recursos. No quadro desse conceito de letramento, o momento atual oferece uma oportunidade extremamente favorável para rená-lo e torná-lo mais claro e preciso. É que estamos vivendo, hoje, a introdução, na sociedade, de novas e incipientes modalidades de prácas sociais de leitura e de escrita, propiciadas pelas recentes tecnologias de comunicação eletrônica ele trônica – o computador, comput ador, a rede (a web), a Internet. É, assim, um momento privilegiado para, par a, na ocasião mesma em que essas novas prácas de leitura e de escrita estão sendo introduzidas, captar o estado ou condição que estão instuindo: um momento privilegiado para idencar se as prácas de leitura e de escrita digitais, o letramento na cibercultura, conduzem a um estado ou condição diferente daquele a que conduzem as prácas de leitura e de escrita quirográcas e pográcas, o letramento na cultura do papel. (SOARES, 2002, p. 143)

Reflita Imagine estes diferentes ambientes codianos: a. Escolas ou instuições de Ensino Superior já disponibilizam ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), sistemas on-line para a organização pedagógica e administrav administrava. a. b. Quase podem ter e-mails ou outros aplicavos para se comunicar comunicar,, acessar blogs ou sites de buscas para a realização de pesquisas, consultar livros e revistas ciencas disponibilizados em bibliotecas virtuais. c. Para se tornar cliente de um banco, fazer uma viagem de avião ou ônibus, solicitar um carro em uma grande cidade, efetuar uma compra e-commerce gratuitamente na internet. Como você avalia o seu nível de letramento em cada um desses contextos?

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Não menos importante é perceber três outros possíveis enômenos. O primeiro se reere àqueles que, mesmo tendo um bom nível de letramento, podem ser incluídos nessa categoria categoria de excluídos digitais; o segundo se s e reere àqueles que não dominam as técnicas de letramento, são os duplamente excluídos, ormando outra categoria; e o terceiro enômeno pode ser obser vado quando um determinado nível de letrament letramentoo digital não necessariamente melhora o nível de letramento. Assimile Uma criança ou uma pessoa analfabeta pode não saber escrever, mas sabe, por exemplo, que há algo em destaque nas manchetes dos jornais ou sobre o que um site se refere. Tal como ocorre no uso de escrita em livros para crianças pequenas ou receitas culinárias, a linguagem imagéca ou iconográca pode comunicar. As pessoas podem, mesmo não sabendo ler e escrever, reconhecer a diferença entre um manual e uma bula.

A identificação dessas três categorias é importante, porque elaborar para e com o aluno uma rota personalizada de aprendizagem, que conte conte com o uso dos recursos digitais, requer identificar em qual nível de letramento digital (e de letramento) ele se encontra, para que os objetivos pedagógicos estabelecidos sejam atingidos. Além disso, qualquer trabalho com as metodologias ativas, sendo ou não nas rotas personalizadas de aprendizagem, aprendizagem, requer o letralet ramento digital, quando o ensino on-line or requisitado nas práticas escolares.

Reflita Com base em sua experiência pessoal, qual é o seu nível de letramento digital? E em qual nível você colocaria as escolas pela qual você tem ou teve alguma relação, seja ela direta ou indireta?

Aprendizagem adaptativa Dentro desse escopo que estamos analisando nesta seção, o qual olha para a personalização de ensino, a aprendizagem adaptativa pode ser entendida como sendo aquela que ocorre quando a metodologia de ensino adotada utiliza os recursos digitais, visando às necessidades educacionais de cada aluno.

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A aprendizagem adaptativa é uma abordagem inerente aos ambientes  virtuais via web. Ela está associada a sistemas de ensino adapta adaptativo tivo (plataormas adaptativas), adaptativas), nos quais a apr apresentação esentação dos conteúdos é eita de maneira personalizada, para que cada aluno tenha acesso às tareas mais adequadas ao seu perfil, nível de conhecimentos, competências e habilidades. Assim, essa proposta substitui aquela na qual o proessor seleciona tareas padronizadas a todos adaptativos os seus alunos. Para a mais adequada adaptação dessas tareas,e iguais esses sistemas se caracterizam pelo constan constante te processo de avaliação, de maneira que ele possa selecionar, quase que constantemente, a tarea ou um conjunto de tarea que será proposto aos estudantes. Segundo Dorça et al.  (2011), o processo de personalização desses sistemas considera os objetivos de aprendizagem, o nível de conhecimento, os interesses, as preerências, os estereótipos, as preerências cognitivas e os estilos de apr aprendizagem endizagem como as principais características dos alunos. Como você pode observar, são os mesmos critérios que são usados (ou deveriam ser) em qualquer método de ensino que considera as individualidades dos alunos. No entanto, entanto, nesses sistemas adaptativos, a seleção é previamente definida por aqueles que o projetam e o produzem. Não se pode deixar de considerar que, apesar de esses sistemas garantirem garantirem uma significativa personalização, eles têm uma limitação no número de rotas personalizadas de aprendizagem imposta pelo inevitável limite de tareas. al limitação também ocorre pelo possível número de questões presentes nos instrumentos que buscam identificar as características dos alunos, e ela tem sido diminuída graças à aplicação de processos estocásticos e de sistemas com inteligência artificial. Apesar de tais limitações, não se pode deixar de considerar que a correlação entre o estilo de aprendizagem do aluno e a metodologia de ensino selecionada em unção desse estilo têm orte influência na aprendizagem (COFFIELD et al., 2009) e, por isso, é importante conhecer os limites e as possibilidades desses sistemas adaptativos. adaptativos.

Design de aprendizagem O design de aprendizagem, ou learning design, como é conhecido na literatura litera tura internacional, internacional, nada mais é do que um método bastante prescritivo prescritivo de realizar o planejamen planejamento to de uma sequência de tareas para o cumprimento de um objetivo pedagógico. Consiste em definir cada uma das partes de um projeto educacional educacional e, depois, elas podem po dem ser subdivididas ou detalhadas. deta lhadas.

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É importante ter em mente que o design de aprendizagem é um termo trazido do learning design, o qual, por sua vez, possui muitas definições. Para Phillip e Dalziel (2004), é um conjunto conjunto de conceitos inerentes às pesquisas e aos trabalhos realizados na corrente teórica do e-learming , ou seja, ele tem suas raízes na aprendizagem que ocorre por meio da internet. No entanto, as técnicas existentes no design da apr aprendizagem endizagem também têm sido muito usadas na elaboração de programas de treinamen t reinamento to coorporativos técnicos quando se tem um objetivo de ormação claro e objetivo, mas tem esido no campo da produção de cursos on-line que esse conceito encontrou um terreno értil para sua aplicação, dadas suas características eminentemente eminentemente algorítmicas. Vocabulário De acordo com Polya (1945 apud   POZO, 1998, p. 24), após termos compreendido compreendi do o problema, devemos conceber um plano que nos ajude a resolvê-lo. Em outras palavras, devemos nos perguntar qual é a distância entre a situação da qual parmos, a meta que pretenpreten demos chegar e quais são os procedimentos mais úteis para diminuir essa distância. Polya e outros autores disnguem entre procedimentos “estratégicos” ou “heuríscos” e outros procedimentos de solução de problemas, tais tai s como “regras”, “algori “algoritmos” tmos” ou “operadores” “operadores ”. Enquanto esses úlmos procedimentos se constuem em conhecimentos adquiadqui ridos que permitem transformar a informação de maneira xa, ecaz e concreta, embora possam ser ulizados num grande número de situasitua ções, as “estratégias” ou procedimentos “heuríscos” guiam a solução de problemas de uma forma muito mais vaga e global. Geralmente, os planos, as metas e as submetas que o aluno pode estabelecer em sua busca durante o desenvolvimento do problema são denominados estraestra tégias, os procedimentos de transformação da informação por elese são denominados regras, algoritmos ou operações. requeridos

Além dessa característica algorítmica, o uso dessas metodologias em cursos de educação a distância, graças à sua escalabilidade, viabilidade financeira e acilidade de acesso, tem sido considerada uma inovação educacional por alguns, mas questionada por outros. Apesar desse empasse, o design de aprendizagem é importante para aqueles que desejam projetos de ensino personalizados, com ou sem sistemas adaptativos, porque ornece uma estrutura para o seu planejamento. Há muitos modelos dierentes, mas, em geral, possuem técnicas de elaboração muito semelhantes, pois consideram, durante a elaboração das

propostas didáticas (ou soluções de aprendizagem, no jargão usado nessa 139

 

área), o objetivo pedagógico a ser atingido (perormance (perormance desejada), a experiência e o conhecimento do aluno. Basicamente, o design de aprendizagem pode ser considerado um roteiro para a elaboração de cursos que requerem uma predefinição de sequências de ensino ensino,, e ele consiste em: a. Um diagnóstico, diagnóstico, o qual qual permite analisar as as características do aluno, aluno, o que ocorre pela definição de indicadores de perormance que se desejam alcançar, também usados para para obter orientar avaliação inicial. Outros indicadores são definidos as acaracterísticas dos alunos. Nessa ase, é importante conhecer o que os alunos pensam e sentem em relação ao projeto que estão envo envolvidos. lvidos. b. Definição Definiçã o do objetivo de aprendizagem, tomando como reerência a distância entre onde o aluno está e onde se deseja estar ao final do curso em que o design de aprendizagem esteja sendo usado. c. Definição das tareas, explicitan explicitando do o conheciment conhecimentoo necessário para a sua realização e aquele que se pretende construir durante sua realização. d. Para cada tarea, deve ser eito: eito: –  O dimensionamento do tempo necessário para sua realização. –  A relação dos recursos e materiais necessários. –  A descrição das estratégias de ensino que serão empregadas, tanto para resgatar ou rever os conhecimentos necessários quanto para o desenvolvimento dos novos conhecimentos. –  A descrição das estratégias para a sistemazação dos conheconhe cimentos construídos e para o exercício de metacognição.

Como você percebeu, essa híbrido) estruturaoupode ser usada em cursos presenciais, semipresenciais (ensino puramente virtuais, em sistemas adaptativos ou não.

Plataorma adaptativa A plataorma adaptativa adaptativa surgiu para oerecer o conteúdo necessário para cada aluno, mas eliminando aquilo que é desnecessário para ela. Assim, possui uma oerta de conteúdos e inormações muito mais flexível do que, por exemplo, exemplo, um livro didático ou um documentário em vídeo, cujos conteúdos são fixos e iguais para todos os alunos. Logo, são sistemas adaptativos, também conhecidos, que tornam possível a aprendizagem adaptativa. Quando os alunos entram em plataormas desse tipo, tudo aquilo que

Quando os alunos entram em plataormas desse tipo, tudo aquilo que por ele é eito, assim como a orma pela qual eles progridem nos cursos que 140

 

estão acessando, elas rastreiam e armazenam todas as inormações, permitindo identificar suas características. Essas características serão usadas pela equipe do design da aprendizagem, para que ela possa elaborar, propor e produzir as tareas mais adequadas a eles em unção de suas necessidades e metas pedagógicas. Portanto, torna possível um ensino personalizado ou a elaboração de uma rota personalizada de apr aprendizagem. endizagem. Essas tareas ser simples e de curta assim como mais complexas e quepodem demandam mais tempo para duração, sua elaboração. O grau de complexidade e o período necessário para sua elaboração são definidos em unção das características do aluno aluno,, identificadas pelo sistema e complementadas por instrumentos de avaliação. Algumas plataormas plataormas têm recursos que as permitem, diante de um mesmo conteúdo, diversificar as estratégias de ensino, por exemplo, sugerir uma lista de perguntas para orientar a leitura de um texto ou a sugestão de um jogo digital. A seleção dessa dess a estratégia é eita não apenas com base no conteúdo ou nos conhecimentos do aluno, mas pela orma que ele mais aprende. Outra possibilidade encontrada nas atuais plataormas adaptativas é a apresentação, para cada aluno, dos resultados conseguidos nas avaliações, de apresentação, maneira que ele pode decidir sobre quais tópicos ou conteúdos deve dedicar maior tempo e atenção. Essas inormações sobre os resultados e o desempenho dos alunos durante os processos por eles desenvolvidos são disponibilizadas para os proessores, para que eles saibam quais oram os conhecimentos e as habilidades não desenvo des envolvidos. lvidos. Quando os proessores identificam que alguns alunos têm as mesmas dificuldades ou precisam desenvolver os mesmos conhecimentos, podem também sugerir o trabalho em grupo gr upo nessas plataormas. Em algumas plataormas, é possível encontrar recursos que oerecem tareas para que os amiliares possam desenvolver com seus filhos em suas próprias próp rias casas.

É possível existir inovação sem criatividade? Como você deve ter percebido, os avanços nas tecnologias digitais e as técnicas de organização e planejamento desenvolvidas para possibilitar o trabalho educacional têm o potencial para se tornarem grandes inovações educacionais, mas, ao mesmo tempo, podem se tornar uma mera roupagem educacionais, de práticas conservadoras.

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Historicamente, as práticas educacionais educaci onais oram se adaptando às demandas sociais, definidas predominantemente pelos vieses econômicos, tal como ainda acontece atualmente. odos esses recursos digitais, cada vez mais aprimorados pelos ainda constates e rápidos avanços tecnológicos, têm o potencial para dar conta da complexidade comp lexidade inerente aos processos educacionais (sobretudo, (sobretudo, os de ensino e aprendizagem), mas, ao mesmo tempo, por conta dos processos algorítmicos, podem tender a eliminar essa complexidade, levando a uma rede de tareas muito simplificadas, caracterizando, assim, uma nova aparência para um ensino ainda prescritivo. Feito esse alerta, é importante salientar o outro lado dessa moeda: os recursos podem também ajudar como também podem adquirir um sentido contrário ao de um ensino meramente prescritivo, tal como ocorre nas propostas de ensino que usam as metodologias ativas. Enfim, cada vez mais, há maiores possibilidades de uso dos recursos digitais, os quais, quando conrontados com as dificuldades, permitem e exigem o uso da criatividade para que as inovações ocorram.

Sem medo de errar O desafio colocado na situação-problema proposta nesta seção consiste, basicamente, na transposição de conceitos ligados à aprendizagem adaptativa, inerentes aos cursos realizados de maneira on-line,  para uma sala de aula, a fim de garantir que alunos com algumas dificuldades específicas possam ter um desempenho dese mpenho equivalente equivalente aos demais estudantes de sua turma. Caso você tivesse lidoque esse parágrao anterior oradedo contexto desta seção, certamente alaria se trata de uma proposta recuperação, algo muito comum nas salas de aulas e nas escolas há muito tempo. Essa sua sensação é plenamente legítima, quando ora do contexto proposto,, que é a personalização do ensino proposto ensino,, até mesmo pelo ato do propósito ser o mesmo. É pertinente reconhecer reconh ecer que, quando um proessor, ao perceber percebe r alguma dificuldade específica de um de seus alunos, propõe um conjunto específico de tareas que considera as suas particulares características e que o permita conseguir atingir o mesmo desempenho dos demais alunos, ele desenvolveu desenvolv eu um processo que pode e deve ser classificado como uma personalização de ensino ensino.. ambém poderia ser considerado um processo de personalização de

ensino uma situação na qual o proessor, após sua observação sobre atividades dos alunos durante a realização de uma tarea, percebeu que eles 142

 

tiveram dificuldades, as quais poderiam classificadas em quatro dierentes grupos. Diante disso, ele organizou organizou a sala em grupos, tomando como critério as habilidades dos alunos, e escolheu o modelo de rotação de estações, uma para cada dificuldade. O proessor, portanto, usou de uma estratégia que pode ser s er considerada uma proposta de recuperação desenvolvida no próprio momento de aula. Esses dois exemplos podem ser entendidos como possíveis respostas à situação-pr situação-problema oblema hipoteticamen hipoteticamente te criada, mas que nada tem de semelhante com aqueles modelos de recuperação nos quais o proessor relaciona os alunos que não atingiram uma determinada nota ou conceito, convoca-os para uma aula em período comp complementar lementar no mesmo modelo da aula regular e solicita a todos a resolução de uma mesma lista de exercícios. Esse exemplo é também considerado por muit muitos os uma orma de recuperação, e como todos provavelmen prov avelmente te sabem, com base em sua experiência, tem sido pouco eficaz. Mas, por que essa orma de proposta de recuperação tem sido pouco eficaz? Há muitas respostas possíveis, uma vez que são diversos os atores que intererem nesta eficácia. No entanto, uma das possíveis respostas é porque, nesta última situação utilizada como exemplo, não houve um processo de personalização do ensino, o qual pode ser notado nas duas primeiras situações. Analisando-as, percebemos que as tareas oram escolhidas tomando como reerência as dificuldades específicas dos alunos e as suas características pessoais, visando ao cumprimento de um objetivo pedagógico. Logo, podemos considerar que esse oi um processo adaptativo e que propiciou uma aprendizagem adaptativa. Além disso, em ambas as situaçõe situações, s, o proessor identificou as necessidades do aluno, estabeleceu um objetivo pedagógico, definiu estratégias específicas, determinou um tempo e alocou os recursos necessários para o cumprimen cumprimento to de tareas previamente previamente estabelecidas. Então Então,, podemos que, de alguma orma, esse proessor usou de uma técnica de design de dizer aprendizagem. apr endizagem. As duas primeiras situações oram escolhidas para que você perceba que, muitas vezes, são atribuídos novos termos a práticas que não são tão novas assim, logo, por si só, o uso de novas nomenclaturas não deve determinar uma inovação educacional. Ao mesmo tempo, caso a implementação dessas técnicas leve a resultados dierentes e desejados, uma inovação ocorreu, independentemente da técnica ou nomenclatura aplicadas. De ato, a possibilidade do uso dos recursos digitais amplia considera velmente  velmen te o leque de opções para o pro proessor essor e para o aluno aluno,, e dentre esses e sses recursos estão as plataormas adaptativas, as quais estão se popularizando e ficando cada vez mais sofisticadas, graças aos constantes avanços tecnológicos.

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Como vimos nesta seção, o uso dos recursos digitais requer um adequado nível de letramento digital de proessores e alunos, sendo, portanto, um conhecimento necessário, que, quando não está consolidado, deve ser construído.. O letramento digital deve superar o limite do conhecimento, construído conhecimento, do uso e da aplicação das técnicas ou recursos digitais. É undamental que uma crítica sobre ele seja eita. Além disso, será com o adequado nível de letramento que a criatividade de alunos a lunosmaior e proessores poderá de inovação, para que a finalidade da educação sejconsolidar seja a cumprida:propostas a aprendizagem dos alunos.

Faça valer a pena

1.

O uso do design de aprendizagem tem sido cada vez mais comum. Como sua organização e estrutura são predominantemente esquemáticas e gráficas, ele ajuda no processo de visualização visualização,, melhorando o entendim entendimento ento e a comunicação. Analise cada uma das alternativas a seguir e indique qual delas é a única que representa repr esenta o uso do design de aprendizagem: aprendizagem: a. É importante importante na sala de aula, porque porque a representação representação dos conceitos conceitos e procedimentos procedimen tos por meio desenhos des enhos ajuda os alunos a melhor consolidarem suas aprendizagens. b. Está associado às técnicas que melhoram melhoram o desenho do ambien ambiente, te, tornando-os mais agradáveis e, consequentemente, melhorando a aprendizagem dos alunos. c. Permite Permite o melhor design do mobiliário mobiliário escolar, escolar, assim como dos recursos didáticos manipuláveis, melhorando o desempenho e as aprendizagens dos alunos. d. Ajuda no planejamento e na gestão de projetos projetos educacionais educaci onais para melhorar o desempenho dos alunos. e. É importante importante para que que o aluno possa ter uma sensação mais mais agradável agradável no ambiente escolar, por exemplo, no visual dos do s livros didáticos didáti cos ou no material usado pelo proessor em suas apresentações, melhorando a atenção dele e sua aprendizagem. aprendizagem.

2.

Em síntese, pode-se afirmar que a aprendizagem adaptativa é uma

metodologia de ensino que busca entender as necessidades de cada aluno.

Para isso, deve-se pensar no ritmo e nas dificuldades de d e modo individual. No entanto, é preciso azer algumas ressalvas. Para a aprendizagem adaptativa 144

 

ocorrer, os alunos devem acessar sistemas adaptativos, atualmente conhecidos no Brasil como plataormas adaptativas. Elas são acessadas via web (internet) e possuem um sistema computacional que, com base em dados coletados sobre os alunos, sugere tareas específicas a eles.exto. eles.exto. Dentre as alternativas a seguir, assinale a única que indica conter dados adequados sobre o aluno para a melhor eficiência da platao plataorma rma adaptativa: a. odos os estudantes têm acesso à internet e a computadores configurados para o uso dessas plataormas. b. odos os estudantes têm acesso a internet, mas altam computadores computadores configurados para o uso dessas plataormas. c. Os estudantes estudantes não têm acesso a internet, internet, mas os comp computadores utadores estão configurados para o uso dessas plataormas. d. Universalizar Universalizar o acesso para que todos os estudan estudantes tes tenham compu compu-tadores adaptados e acesso à internet ainda é um desafio no Brasil. e. A partir de eedbacks adequados, o estudant estudantee poderá utilizar utilizar plataormas adaptativas adaptativas sem receios.

3. I.

Muitas pesquisas mostram que, de acordo com sociólogos, o conceito Muitas de letramento, enquanto um processo de aquisição da aprendizagem de uma língua, pode ser transposto para o letramento digital

PO󰁒QUE II. Letramento digital implica, implica, além do uso dos recursos recursos digitais, digitais, inter inter-pretar, compreender, produzir inormações pensamento crítico e ético, no mundo virtual. e se relacionar, com A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta: a. As asserções asserções I e II são proposições proposições verdadeiras, verdadeiras, mas a II não justifica justifica a I. b. As asserções asserções I e II são proposições proposições verdadeiras, e a II justifica a I. c. A asserção asserção I é uma proposição verdadeira, e a II, alsa. d. A asserção asserção I é uma proposição alsa, e a II, verdadeira. e. As asserções I e II são proposições alsas.

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Seção 3

Projetos Projet os educativos educ ativos personalizados Diálogo aberto Nesta seção, além de mostrar como você pode se s e atualizar para acompanhar os avanços das tecnologias digitais, temos o objetivo de explicitar o quanto quan to os avanç avanços os das tecnologias digitais já inovar inovaram am em inúmeras práticas sociais, graças à intermediação dos recursos digitais e, com isso, garantir garantir sua percepção da importância em incorporá-las nas práticas escolares. Imaginamos que já esteja muito claro para você que, na atual sociedade da inormação, inormação, os recursos digitais azem a mediação em quase todas tod as as suas práticas sociais. soc iais. No entanto, entanto, mesmo com essa inovação, os processos process os comunicacionais continua continuaram ram presentes, presentes, afinal, não há interações sem eles. Mas, lembre-se de que os passos iniciais da migração para essa cultura digital não oram tranquilos para todos. Os computadores, sobretudo com sua popularização vinda com a microinormática microinormática e com a internet, mudaram nossa orma de organização e até mesmo nossa noção de tempo. udo isso deve ser objeto de ensino e de aprendizagem, considerando que, provavelmente, nosso maior tempo de leitura é em telas, e não mais em papel. Outro aspecto a ser considerado está no ato de que, da mesma maneira que é muito ácil entrar em alguma plataorma, independentemente de nossa finalidade – pesquisa, compra ou azer uma reclamação de um produto ou serviço –, é igualmente ácil desistir desse acesso. Por isso, todos os profissionais que trabalham no planejamento e na produção dessas plataormas ou páginas de internet, incluindo aquela ligadas à educação, devem se preocupar em garantir que o usuário tenha interesse em acessar o objeto digital, seja ele qual or, or, e concluir a tarea que o levou ao seu acesso. Como azer isso? Alguma vez você já se percebeu hipnotizado, ou minimamente atraído, para permanecer em algumas dessas páginas de internet ou aplicativos? Se isso aconteceu, você acha que esse enômeno é uma mera coincidência ou é o resultado esperado por alguém que pensou em estratégias e as implementou implementou para que isso acontecesse? É isso mesmo! Essas estratégias são elaboradas por uma área ligada à administração de empresas, ou ao mar󰁫eting , mas têm sido aprimoradas graças aos avanços dos recursos tecnológicos. rata-se de uma área igualmente interessante para a educação,

como pretendemos mostrar neste espaço. 146

 

Para concretizar nossa pretensão, imagine uma situação-problema, na qual você oi contratado por uma escola, onde todas as turmas deverão desenvolver desenvolv er projetos que usem os avanços dos recursos tecnológicos digitais, promovendo interações multimodais ou multimídias. Nesse projeto, seus alunos terão que modernizar seus registros com textos escritos e alados e com imagens estáticas e dinâmicas, tal como já azem muitos repórteres, pesquisadores, alunos e pro proessores. essores. Você sabia que, para as produções serem reconhecidas nesses meios digitais, elas precisam ter reputação, autoridade e popularidade? Como conseguir isso, reconhecendo a complexidade e a individualidade dos uturos leitores leitor es dessas produções? Os meios usados na internet, muitas vezes, parecem colocar os aspectos normativos da linguagem em segundo plano, dado o ato de usarem outras ormas semióticas ou adotarem uma orma abreviada para a escrita. es crita. Nesta seção, você encontrará inormações que permitirão saber se esses aspectos normativos realmente estão sendo colocados em segundo plano, se isso deve acontecer e, ainda, se isso é apenas mais uma das ormas de evolução da linguagem que sempre existiu na história da humanidade. Nela,  você perceberá que muitas das propostas eitas atualmen atualmente, te, apesar de não serem novidade, tornaram-se tornaram-se inovadoras por estarem associadas aos recursos tecnológicos digitais, permitindo seu uso inovador em muitas das práticas sociais, graças ao vertiginoso aumento da capacidade de armazenamento e processamento de dados, assim como da taxa de velocidade de transmissão desses dados. Este material mostra como a user experience (UX)  e os novos gêneros digitais podem ser exemplos de um contexto em que essas não novidades se tornaram tornara m inovações e devem ser ensinadas na sala de aula, para garantir um uso criativo, empático, crítico e ético. Com a UX, tendo maiores inormações sobre os alunos, as propostas de ensino eitas pelo autor (seja ele um proessor ou um produtor de material ou recurso didático) têm uma tendência de ser mais criativas, porque é necessária a produção de algo dierente e específico; empático, porque é preciso estar no lugar do aluno; crítico, para eetivamente romper rom per com as propostas já existentes; e ético, para que as ações sejam condizentes ao que é proposto. odos esses adjetivos levam as propostas a maiores níveis de personalização de ensino em busca do ensino com equidade.

147

 

Não pode faltar O termo UX tem sua origem no termo em inglês user experience, que coloca oco na experiência desenvolvida por um usuário na interação que estabelece com a prestação de algum serviço ou com um produto. ratase, portanto, de um termo inerente à área de mar󰁫eting. Ele oi cunhado na década de 1990, pelo americano Donald Norman, um pesquisador ciência cognitiva e da ciência da computação, muito conhecido por serdao design thin󰁫er  que  que inaugurou essa área. O que Don Norman, o inventor do termo experiência do usuário, comentou há cerca de 15 anos, ainda é válido hoje: ‘Inventei o termo porque achava que a interface e a usabilidade humanas eram muito estreitas. Queria cobrir todos os aspectos da experiência da pessoa com o sistema, incluindo design industrial, grácos, interface, interação sica e manual. Desde então, o termo se espalhou amplaamplamente, tanto que está começando a perder seu signicado [...] As pessoas costumam usá-los sem ter ideia do porquê, o que a palavra signica, sua origem, história ou o que é’. (HELLWEGER; WANG, 2015, p. 1)

A UX pode ser compreendida como uma área resultante do aprimoramento das técnicas de melhoria do que há tempos é conhecido como o setor que busca melhorar o atendimento atendimento ao cliente. Como você bem sabe, quando se consegue a satisação do cliente com o serviço ou o produt produto, o, é uma orma de agregar valor a ele, além de aumentar a fidelidade. Exemplificando Quando você deseja comprar um produto, você o escolhe por quais critérios, além do preço e de sua nalidade? Uma empresa que consegue atender aos critérios que você, enquanto consumidor, escolhe, terá maiores chances de tê-lo como cliente.

Apesar de esse conceito existir há muito tempo, a UX tem ganhado relevância devido ao ato de que essas interações têm sido cada vez mais mediadas por meios virtuais, acilmente acessados por celulares ou computadores, trazendo uma grande volatilidade a elas. Essa volatilidade acontece

porque, diante de alguma insatisação qualquer, basta um clique sobre um ícone para interromper a interação. 148

 

Por exemplo, antes, no momento de azer o chec󰁫-out   em um hotel, o recepcionista azia algumas perguntas ou entregava um questionário a ser respondido pelo hóspede. Hoje, quando você chega em sua casa, recebe um e-mail azendo inúmeras perguntas, permitindo o melhor aprimoramento dos serviços. Muitas vezes, essa insatisação é decorrente, por exemplo, de alguma demora (que agora significa aguardar alguns poucos segundos) ou uma relação com a leitura, que seou torna longa ou entediante (por isso, a importância da linguagem imagética iconográfica). Diante de qualquer acesso à internet, qualquer que seja sua finalidade, o usuário espera que ele seja rápido e ácil. Essa acilidade depende da lógica interna da organização do site, que permite o usuário navegar de orma intuiintuitiva para chegar ao ponto que resolve e permita cumprir seu objetivo, por exemplo, azer uma compra, um agendamento ou uma pesquisa. Logo, a UX coloca os critérios de satisação do usuário no centro das preocupações no desenvolvimento desenvolvimento de um produ produto to ou de um serviço, ser viço, podendo chegar a impactar toda a cadeia de suprimentos (também conhecida como cadeia logística, ou supply chain) associada a esse produto ou serviço. Ou seja, a principal meta é azer que a experiência do cliente nessa interação interação permita que ele cumpra o seu objetivo de maneira agradável e, com isso, continue a usar o meio selecionado para uturas interações e o indique para outros. No entanto, o termo do UX não deve se limitar aos sites e aplicativos, tampouco ao trabalho de web designers. Segundo Nielsen e Norman (2014), para que a experiência do usuário seja aquela desejada por ele, é necessário um trabalho envolvendo dierentes áreas, como mostra o diagrama a seguir.

149

 

Figura 3.6 | Diagrama sobre a experiência do usuário

USER EXPERIENCE DESIGN

ARQUIEURA

ARQUIEURA DA INFORMAÇÃO CONEÚDO 󰀨EXO, VÍDEO, SOM󰀩

DESENHO INDUSRIAL

FAOR HUMANO ESÉICA PROJEO DAS INERAÇÕES

DESIGN DE SOM

INERAÇÃO HOMEM󰀭COMPUADOR

Fonte: Saer Saer (2007, p. 20).

Essa abordagem da UX é também bastante interessante interessante para a educação, mas não só para aqueles que produzem cursos e tareas on-line, mas também para proessores e alunos. Para aqueles que querem se tornar creators, ou seja, que desejam d esejam produzir seus canais no Youube ou appletsNo , porentanto, exemplocom exemplo, , os cuidados que a os UXproesrevela são evidentemente interessantes. tais cuidados, sores conseguirão melhores experiências de seus alunos, como tem sido desejado há muit muitoo tempo, em seus cursos presenciais, semipresenciais semipresenciais ou que adotam algum modelo do ensino híbrido. A inovação, neste contexto, seria a possibilidade de um trabalho coletivo, no qual as novas experiências de ensino e de apr aprendizagem endizagem ossem vivenciadas. Para os alunos, a UX se s e torna pertinente quando eles colocam o compar compar-tilhamento dos processos, os resultados e os aprendizados por algum meio  virtual, como blogs, blogs, como objetivos objetivos de seus projetos. odavia, em todas essas possibilidades de aplicação, não se pode deixar de considerar os conceitos centrados no humano, humano, na pesquisa p esquisa e no projeto, projeto, para

que a UX esteja presente. 150

 

Você deve perceber o quanto a complexidade e a individualidade estão presentes nesta proposta, porque ambas são inerentes aos seres humanos e, portanto, as interações entre eles não são menos complexas, mediadas ou não por meios virtuais, por isso, a UX permite perceber a dierença entre os diversos estilos de personalidade, uma vez que eles estão associados aos estilos de aprendizagem e à orma como os alunos interagem diante das dierentes metodologias de ensino (MYE󰁒S; MYE󰁒S, 1997). dierentes rata-se, portanto, de um exercício de empatia, outro viés da implementação de propostas pedagógicas que usam a UX que é importante estar ciente. Na comunicação comunicação interpessoal, a empatia é entendida como elemento central para o bom relacionamento entre as pessoas, uma vez que ela promove a compreensão comp reensão e aceitação do outro (CALDEI󰁒A; VEIGA, 2011). Isso é undamental para os sistemas educacionais, porque a empatia surge em condições pré-determinadas, como a intenção de orientar a satisação do outro. A importância da UX nesse processo é conhecer e elaborar essas condições predeterminadas. Levar em consideração essas questões permite otimizar as possibilidades de aprendizagem dos alunos e, consequentemente, implica mais uma orma de implementar a personalização do ensino ensino.. Numa perspectiva de uso da UX em propostas de trabalho que envolvem Numa as metodologias ativas, suas etapas de desenvolvim desenvolvimento ento do trabalho, que são bastante semelhantes semelhantes às do design thin󰁫ing, podem ajudar alunos e pro proessores essores a melhor identificar as soluções de um problema. Por isso, podem também ajudar quando o ma󰁫er space ou a metodologia SEAM orem usados. De certa orma, estas etapas de uso da UX podem ser descritas da seguinte orma: 1. Pesquisa: identificar e descrever o problema problema que que se deseja resolver resolver após uma detalhada análise do context contextoo em que ele está inserido. 2. Ideação: definir alternativas alternativas para resolver resolver o probl problema ema selecionado. selecionado. 3. Proto Prototipação: tipação: desenvolver desenvolver um modelo para a resolução do problema. problema. 4. Validação: verificar se o modelo desenvolvido desenvolvido é eficiente eficiente e eficaz a ponto de gerar uma experiência agradável aos que se beneficiaram com a solução proposta. Diante disso, disso, independentemente independentemente se a UX estiver sendo usada de maneira associada a uma metodologia ativa ou em uma proposta para a personalização do ensino, a pesquisa para a coleta de dados sobre o perfil das pessoas

que interagem com tudo aquilo que está sendo s endo eito sempre é de undamental importância para orientar orientar as ações e decisões. 151

 

Ainda considerando os conceitos da UX e o contexto em que os recursos digitais têm mediado inúmeras das práticas sociais, como inormar e pesquisar, ou comprar e vender, os textos usados para estabelecer as ormas de comunicação também têm se modificado. Basicamente, essa modificação permite dizer que os textos de gênero digital têm se tornado cada vez mais comuns em detrimento do uso dos convencionais ou tradicionais. Reflita Pense em fazer qualquer coisa agora. Se ela não for mediada por algum recurso digital, ela não poderia ser aprimorada com o uso deles? Se você conseguiu chegar a uma reposta posiva, percebe a imporimportância da UX e da presença de gêneros textuais para facilitar a comunicomunicação e a interação?

Diante dessa modificação, é inevitável refletir sobre a orma pela qual os autores desses textos se comunicam com os seus pretensos leitores. Assim, estabelece-se, então, uma significativa correlação entre a UX e a escrita desses textos. Por isso, esses dierentes gêneros textuais precisam ser conhecidos pelos proessores, não para produzir textos que serão compartilhados por meio desses recursos digitais, mas para que possa ensinar em suas aulas quando or necessário. Duas características principais desses textos estão associadas às características desses recursos, que é a celeridade e o dinamismo, não só em sua transmissão mas também no tempo de leitura. O dinamismo, dinamismo , em geral, é dado aos textos por meio de recursos digitais por sua possibilidade de inserir sons veiculados e imagens fixas e de movimen movimento to a eles . Assimile Textos, sons e imagens são diferentes formas semiócas do texto, e os gêneros digitais são todos aqueles que se desenvolveram e constanteconstante mente se desenvolvem em função de sua aplicaç aplicação ão nos recursos digitais.

Entretanto, essa mudança não deve retirar, seja na produção de textos ou no ensino, a valorização da crítica e da ética, ao contrário, ambas devem estar presentes nessas interações, que são multimodais e multimidiáticas, sobre-

tudo por estarem se popularizando muito rapidamente. 152

 

po de pensar que, por p or se tratar de gêneros textuais, a responsabilidade responsabilidade Você pode de seu ensino deva recair sobre a área de linguagem. Esse seria um pensamento equivocado, uma vez que eles estão presentes em qualquer processo de resolução de problemas e, portanto, presentes em qualquer proposta que envolva envol va metodologias ativas. Por suas características, de celeridade e dinamismo, os gêneros digitais despertam o interesse dos alunos e, logo, tem um potencial que precisa ser explorado pelos proessores, tanto de maneira ormal quanto de maneira inormal, para que os alunos aprimorem aprimorem suas habilidades de escrita e leitura. É importante ressaltar que o uso inormal ou ormal dos textos, seja no momento da escrita ou da leitura, depende de sua finalidade e do contexto onde está inserido. Assim, os gêneros digitais, por serem curtos, por vezes com ortografia peculiar (ugindo da normalização), incluindo aspectos da ala, precisam ser trabalhados nas salas de aula com atenção, com muito critério de discernimento acerca da unção social da escrita, pois não significa que um gênero social deva substituir o outro, e sim adequar o seu uso, assim como está especificado na BNCC: A vivência em leitura a parr de prácas situadas, envolenvol vendo o contato com gêneros escritos e mulmodais variados, de importância para a vida escolar, social e cultural dos estudantes, bem como as perspecvas de análise e problemazação a parr dessas leituras, corrocorro boram para o desenvolvimento da leitura críca e para a construção de um percurso criavo e autônomo de aprenapren dizagem da língua. (BRASIL, 2018, p. 244)

Essa orientação implica incorporar os gêneros digitais nas práticas escolares, uma vez que eles já estão presentes na cultura juvenil ora da escola, mas não em um sentido de reprodução acrítica. O oco deve ser sempre valorizar e diversificar os caminhos metodológicos que levem à aprendizagem. Alguns exemplos de gêneros digitais que permitem a interação multimodal ou multimidiática são os amosos posts ou postagens: a. Gis: talvez tenha sido o primeiro primeiro gênero gênero digital digital usado pela internet após o convencional texto. rata-se de uma figura que pode ser fixa ou animada. Os emojis , tão comuns nas atuais trocas de mensagens,

são ormas de gis usadas para representar sentimentos e reações emotivas. 153

 

blogue: é uma página página na internet, internet, cuja característica característica é a b. Blog, ou blogue: constante atualização de inormações de orma acumulativa. Seus autores mais comuns são pessoas conhecidas como blogueiros , que usam esse espaço virtual para expressar suas opiniões, undamentadas cientificamente ou não; transmitir inormações; azer diários; dar dicas técnicas. É um espaço com possibilidades de natureza mais eclética quanto a criatividade a intencionalidade dos seuspara autores permitirem. É usado também epor empresas e empresários fins comerciais, inormacionais e institucionais. É marcado pela presença predominante de textos. c. Vlog: é uma derivação derivação do blogue, no no qual vídeos são usados usados no lugar de textos escritos. A plataorma mais usada é o Youube, mas há outras também gratuitas. Como esses vídeos podem ser editados por seus autores, eles têm sido os escolhidos pelos grandes influenciadores influenciadores digitais e também para finalidades educacionais. d. Podcasts: são mensagens de áudio que abordam abordam um assunto específico. Muitos deles são jornalísticos e instruciona instrucionais, is, mas há aqueles que são para emitir e mitir opiniões. Muitas rádios convencionais, convencionais, que passaram a transmitir sua programação jornalística, tem produzidos os podcasts p odcasts. e. Memes: são mensagens mensagens na orma de textos muit muitoo curtos ou ou imagens, imagens, ou ainda a combinação de ambos, que são usadas para satirizar algum ato ocorrido, por vezes até distorcendo o próprio ato, para colocar a perspectiva do humor. Um meme de sucesso é aquele que circula rapidamente pela internet ou, na linguagem dos internautas, viralizou. Há outros gêneros digitais que dependem da plataorma onde os textos circulam, como os e-mails, chats, óruns e salas sa las virtuais.

Sem medo de errar Na situação-problema desta seção, você oi contratado por uma escola, na qual todas as turmas deverão desenvolver projetos que usem os avanços dos recursos tecnológicos digitais, promovendo interações multimodais ou multimídias. Nesse projeto, projeto, seus alunos terão que modernizar seus s eus registros com textos escritos e alados e com imagens estáticas e dinâmicas, tal como já azem muitos repórteres, pesquisadores, alunos e proessores. Além disso, você sabe que, para as produções serem reconhecidas nesses meios digitais, elas

precisam ter reputação, autoridade e popularidade.

154

 

Como conseguir isso, reconhecendo a complexidade e a individualidade dos uturos leitores dessas produções? Muitas são as possibilidades de aplicação dos dois conceitos centrais desta seção: a user   experience (UX) e os novos gêneros digitais. Apesar de eles estarem mais associados aos cursos virtuais e à educação a distância, podem ser acilmente aplicáveis em qualquer uma das metodologias ativas. Por exemplo, exemplo, a identificação de um problem problemaa é uma das primeiras etapas et apas de qualquer proposta de metodologia ativa. Imagine que, para isso, seus alunos apliquem um questionário para a identificação desses problemas. Pronto! Uma porta para o uso da UX está aberta para eles. Como as soluções que eles encontraram eetivamente solucionam o problema encontrado, ou qual das soluções encontradas é a mais adequada? Pronto, Pronto, outra porta port a aberta. Mas, como seus alunos poderão melhor aproveitar essas portas? Que tal  você, como uturo pro proessor essor,, aplicar aplicar um questionário questionário,, seguido de uma entre vista individual e, depois, por outra coletiva, para encon encontrar trar respostas para essa pergunta? Pronto, Pronto, uma porta da UX está aberta para você, proessor. proessor.  odas essas inormações devem ser devidamente relacionadas em uma planilha eletrônica e, posteriormente, cruzadas e analisadas para os devidos encaminhamentos, encaminham entos, seja pelos alunos, seja pelos p elos proessores. proessores. Essas inormações permitem o reconhecimen reconhecimento to e uma modelagem sobre a complexidade e individualidade dos indivíduos envolvidos no projeto, sejam eles produtores ou usuários dessa plataorma, proessores ou alunos. Evidentemente, essa modelagem é sempre uma aproximação da realidade. Quanto mais fiel a ela, maiores serão as possibilidades de maximizar as capacidades de todos os envo envolvidos. lvidos. A apropriação crítica dos diversos gêneros digitais (e-mails, mensagens em chats, discussões em óruns, postagens de toda natureza em redes sociais ou blogues, vlogs, podcasts) é uma orma de azer os alunos acessarem dierentes dieren tes dados das d as mais diversas ontes. A atribuição de significados a esses ess es dados az com que eles os transormem em inormações e, depois, com a relação dessas inormações, com criatividade, crítica e ética para a solução de problemas, problem as, são caminhos para a construção de conhecimen conhecimentos. tos. O compartilhamento compartilhamento desses conhecimen conhecimentos, tos, dos processos desenvolvidos e dos resultados encontrados durante o desenvolvimento dos projetos que envolvem as metodologias ativas deve ser eito também por meio de textos nos dierentes gêneros digitais, sem excluir os demais, que são igualmente

importantes importan tes de serem aprendidos pelos alunos. 155

 

Estas produções todas, envolvendo os recursos digitais em todas as etapas, são ormas de promover as interações multimidiáticas e multimodais, as quais colocam o aluno no centro, quando o processo é de ensino e aprendizagem, ou os beneficiários da solução do problema, quando o processo se reere a ela. Entenda que elaborar projetos de ensino que envolvem essa perspectiva e, por isso, assumem essas características que os tornam inovadores inovadores também requer práticas de planejamento planejamento e uso us o de recursos também inovadores.

Faça valer a pena

1.

A comunicação e a interação por meio dos recursos digitais estão em constante modificação devido ao avanço das tecnologias digitais, por torná-las mais áceis e ágeis. Por isso, quase todas as nossas práticas sociais estão cada vez mais sendo mediadas por esses recursos. recursos.exto. exto. Assinale a alternativa correta: a. As redes redes sociais são espaços em que os posts mais mais estão presentes. presentes. odos os tipos de posts devem ser considerados pertencentes a um gênero digital. b. odo texto virtual virtual só pode ser considerado considerado pertencente pertencente a um um gênero gênero digital se ele or marcado pela linguagem inormal. c. Um texto pertence a um gênero gênero digital somente somente se ele promover promover interações multimídias. d. odo texto multimoda multimodall publicado em um ambiente virtua virtuall perte pertence nce ao gênero digital, assim como todo texto de gênero digital é multimodal. e. Os gêneros gêneros digitais, por serem marcados pela linguagem linguagem inormal, não devem ser ensinados na escola, para garantir o ensino da linguagem ormal.

2.

Como consequência da evolução das tecnologias digitais, os recursos digitais passaram a ter alta capacidade de processamento e de armazenamento de dados. Muitas das leituras eitas em materiais impressos podem ser vistas nas telas de computadores e celulares. Diante desse contexto, novos gêneros textuais estão surgindo com propósitos muito muito distintos. Esses gêneros são conhecidos como digitais.

Diante disso, os gêneros digitais: 156

 

I.

Estão em constan constante te evolução e, por isso, podem ter sua estrutura mutável e adaptável para sua aplicação em dierentes mídias.

II. Em sua orma de linguagem, linguagem, podem expressar expressar as as ideias da maneira maneira mais curta e breve possível. III. Podem incorporar incorporar a orma orma de expressão expressão característica da oralidade e uso de imagens para expressão de sentiment sentimentos. os. IV. Podem estabelecer IV. estabele cer ormatos para uma comunicação síncrona ou assíncrona. Assinale a alternati a lternativa va correta: a. Somente as afirmativa afirmativass I e II são verdadeiras. verdadeiras. b. Somente as afirmativas afirmativas I, II e III são verdadeiras. verdadeiras. c. Somente as afirmativa afirmativass II e III são verdadeiras. verdadeiras. d. Somente as afirmativas II, III e IV IV.. e. odas as alternativas são verdadei verdadeiras. ras.

3. A experiência do usuário usuário,, ou user experience (UX), é uma expressão criada por Donald Norman, em 1993, para expressar uma área que se preocupa em melhorar cada vez mais utilidade, a acilidade e o prazer na interação do usuário com um produto ou serviço. Na linguagem usada na área, a UX serve para tornar a experiência agradável. Com base nessa descrição, pode-se afirmar que:exto. I.

Aplicar os conceit conceitos os da user experience (UX) em projet projetos os educacionais é importante para conhecer os interesses dos alunos. PO󰁒QUE

II. Com esse conheciment conhecimento, o, torna-se possível azer um melhor desenho de um programa que atenda às suas reais necessidades de aprendizagem. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta: a. As asserções asserções I e II são proposições proposições verdadeiras, verdadeiras, mas a II não justifica a I. b. As asserções asserções I e II são proposiç proposições ões verdadeiras, verdadeiras, e a II justifica justifica a I. c. A asserção asserção I é uma proposiç proposição ão verdadeira, verdadeira, e a II, alsa.

d. A asserção asserção I é uma proposição proposição alsa, e a II, verdadeira. verdadeira. e. As asserções I e II são proposições alsas. 157  

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SWALES, J. M.  Genre analysis: English inacademic and research settings. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.

 

Unidade 4 Adilson Dalben

Inovações pedagógicas ancoradas em tecnologias digitais Convite ao estudo Nesta unidade, teremos dois propósitos ao azermos um mergulho nas mais novas tecnologias digitais que estão disponíveis no nosso dia a dia, a fim de conhecê-las melhor. O primeiro é para que possamos utilizá-las de maneira mais eficiente em nossas práticas docentes, seja em nossos aazeres profissionais, seja na aplicação no ensino propriamente dito. O segundo é para que consigamos tornar nossos alunos também aptos a utilizá-las como recursos para a construção de sua aprendizagem e para o exercício de sua cidadania. Essas tecnologias aprimoraram significativamente as interações e as ormas de comunicação entre as pessoas. E essas mudanças têm grande potencial para levar a uma maior justiça social, assim como para aproundar os abismos que marcam as dierenças sociais. Interação e comunicação são palavras-chave também na educação. Há pouco tempo, o conhecimento estava apenas nos proessores e nos livros, agora não mais. Ele era registrado em ormas que se caracterizavam pela estática e, por vezes, em textos enadonhos, sem s em significado. Com a inserção das novas tecnologias digitais, ele pode ser s er acessado de orma extremamente extremamente dinâmica e atraente. Logo, se a escola nada fizer, ela se correrá o risco de ser colocada à margem da produção do conhecimento, conhecimento, e a sociedade s ociedade precisa da instituição de ensino para que essa construção seja eita de orma criativa, crítica e ética. Se ela não se modernizar para a devida orientação dos processos de construção de conhecimento, pode ficar do lado diametralmente oposto daquilo que a qualificaria como dinâmica e atraente, perdendo seu significado e importância social. Para que isso não aconteça, os profissionais profissionais da educação que nela desen-

 volvem suas práticas práticas precisam precisam também se tornar conhecedores dessas tecnologias e, assim, se tornarem aptos a usarem os recursos digitais de modo

 

criativo, criativo, crítico e ético. Será por meio dessa ormação que esses profissionais profissionais da educação, em especial, os proessores, serão os eetivos agentes sociais que colocam a escola como reerência na sociedade do conhecimento, a qual ainda precisa caminhar muito muito para que seja também uma sociedade de  justiça social. Por isso, nesta unidade, na primeira seção, aprenderemos sobre as inovações tecnológicas e sua interaçãovirtual com aerealidade. as linguagens de programação programação, , a realidade a realidadeAbordaremos ampliada, a hiper-realidade e a inteligência artificial. Na segunda seção, se ção, trataremos trataremos especificamente da aprendizagem nos ambientes virtuais e os cuidados necessários para que o ensino seja um potencializador desses aprendizados. Finalmente, Finalmente, na última seção, compreenderemos compreenderemos mais a respeito das normativas relacionadas ao uso dos recursos digitais e dos conteú conteúdos dos neles colocados. Diante desse contexto, você, enquanto uturo proessor, será o agente potente para essa adequação da escola a esse mundo cheio inovações tecnológicas digitais que oerecem inúmeras possiblidades de acesso e produção de inormações. Seu desafio é garantir que os alunos produzam conhecimentos e os divulguem de maneira responsável e ética, reorçando que, nesse processo, você tem sua notoriedade reor reorçada. çada. Esperamos que você perceba a presença de uma proposta de letramento digital ampliada, na qual o ensino não garanta apenas o conhecimento para o uso dos recursos e das tecnologias digitais. Além disso, enquanto você estiver no exercício da docência, seja capaz de olhar para todas as limitações impostas como obstáculos a serem superados, e não como motivos para voltar a práticas conservadoras. Finalmente, reconheça sua potencialidade e responsabilidade enquantomaior proessor, quee quanto mais recursos tecnológicos existirem, será acomprovando sua importância da escola.

 

Seção 1

Inovação, tecnologia e realidade Diálogo aberto Nesta unidade, teremos a oportunidade de trabalhar com algumas tecnologias que, há alguns anos, eram consideradas ficção científica. Para tornar isso mais claro, seria interessante você convidar alguns amigos para assistir a filmes como De volta para o futuro e 2001: Uma odisseia no espaço. Vocês ririam muito com eles ao comparar como algumas das coisas consideradas “uturísticas” oram concebidas e uncionam bem atualmente. São exemplos dessas coisas “uturísticas” as possibilidades de interação com as imagens, azendo com que os leitores se tornem também usuários, porque podem trocar inormações e, em alguns casos, acessá-las de maneira que tenham a sensação de estarem em um espaço como se osse real, ou seja, podem ver e ouvir explorando as três dimensões. Com os recursos digitais, esses espaços tridimensionais podem apenas divulgar inormações, como também podem ser um espaço de aprendizagem. No entanto, para ter interação, é necessário que o usuário responda às ações propostas pelo sistema, e que este responda às ações açõ es do usuário. Isso  já é possível graças graças à inteligên inteligência cia artificial. Pois é, você conhece esses avanç avanços os tecnológicos, mas de que maneira conseguirá usá-los em sua sala de aula? Nesta seção, abordaremos alguns dos mais avançados recursos desen volvidos com as tecnologias digitais, que são a realidade virtual, a realidade aumentada aumen tada e a inteligência artificial. Essas tecnologias precisam ser inseridas nas práticas desenvolvidas nas salas de aula com cuidado, para que o resultado de sua implementação na sociedade (não só na escola) seja o esperado. rata-se de tecnologias bastante avançadas e, por isso, aqui, serão vistos também alguns conceitos e procedimentos mais elementares, para que possam ser melhor apropriadas, afinal, elas azem a mediação direta na interação e na comunicação entre as pessoas. Assumimos o pressuposto de que o trabalho com os novos recursos e tecnologias digitais representa um grande desafio para que sejam eetivamente inovadores. Esse desafio se coloca porque entendemos que o ensino com essase tecnologias não devepleno tornar os alunos ou uturas consumidores, sim, garantir o seu exercício de meros cidadãousuários e em suas

práticas profissionais.

163

 

Devemos ter em mente que nosso propósito com o ensino é tornar os alunos capazes de, diante da tensão, se perceberem tanto como meros consumidores como precisando se ormar e conquistar espaços cidadãos. Há uma nova cultura digital se constituindo no conronto conronto entre o que a realidade lhe impõe e aquilo que lhe é disponibilizado pelas tecnologias. Qual é o papel da educação diante das novas ormas de comunicação e interação propiciadas propiciadas pelas novas tecnologias? Esta é a pergunta central que orienta a elaboração desta seção. s eção. A criação da imprensa, do rádio e da televisão oi um avanço tecnológico que inovou todas as práticas sociais, incluindo a educação, em outros momentos da história. Já temos, portanto, algumas experiências para pensarmos como esses novos recursos digitais podem impactar em nossas vidas. Ao longo de toda esta e sta disciplina, surgiu o seguinte questionamento: essas mudanças representam ou podem representar uma inovação ou apenas uma nova práticas conservadoras? E nesta seção devemos continuar aroupagem nos azer apara mesma pergunta. Diante dela, para sermos mais específicos e objetivos, temos de ter a clareza de que inovar na educação requer ultrapassar os limites de incorporar as novas tecnologias e aprender a usar os recursos digitais que estão cada  vez mais mais acessíveis. 󰁒equer desnaturalizar desnaturalizar as lógicas conservadoras que que estão incorporadas em nossa cultura cu ltura e avorecer a nossa emancipação e desenvol des envol- vimento enquan enquanto to sociedade. Você deve ter clareza de que os avanços tecnológicos são motivados por aspectos políticos e econômicos, cujos valores nem sempre podem ser os mesmos daqueles os implementam Daí a importância conhecimento maisque amplo do proessor, nas paraescolas. que o letramento digital oudoa construção da cultura digital não sejam restritos. Para tornar essas reflexões mais práticas, imagine uma situação na qual  você seja o proessor proessor de uma turma de 4º ano do ensino undamental de uma escola inserida em uma comunidade com alguma vulnerabilidade vulnerabilidade social. Em uma reunião de proessores, ficou acertado que durante o segundo semestre do ano letivo uma turma deveria desenvolver um projeto que envolva o uso de linguagens de programação e que os alunos acessem recursos de realidade  virtual e realidade aumentada. aumentada. Quais seriam os possíveis recursos que você poderia usar? Qual proble-

matização você colocaria em suas aulas para que os alunos desenvolvessem um trabalho criativo, criativo, crítico e ético rente  rente ao uso dessas tecnologias digitais? 164

 

Diante desse contexto fictício criado aqui, mas que é a eetiva realidade para muitas escolas e proessores, proessores, coloca-se o desafio de como trabalhar com os recursos que não estão acessíveis para todos. Essa situação, por si só, já mostra que o uso dos resultados dos avanços tecnológicos nem sempre é igual para todos, ele é altamente dependente da realidade de onde pode ser usado. Logo, novas tecnologias podem resultar, desde sua concepção, quando não utilizadas com valores que levam à justiça social, na exclusão e inclusão de outros. O desafio de driblar essa característica inerente aos avanços educacionais educacionais é que determina a ação criativa, responsável, crítica e ética do proessor. Diante disso, construir os valores de uma sociedade democrata e  justa socialmente é um dos mais nobres trabalhos a serem desenvolvi desenvolvido do pela educação, ou seja, pela escola e pelo proessor que estão diante do mesmo conronto.

Não pode faltar Nesta seção, abordaremos três recursos digitais que têm tecnologias muit muitoo avançadas e cujo desenvolvimento requer conhecimentos computacionais igualmente avançados, mas, enquanto educadores, precisamos conhecer, como sempre, sempre, suas potencialidades e limitações, visando ao seu uso didático did ático.. Esses três recursos são a inteligência artificial, a realidade aumentada e a realidade virtual. Além disso, não podemos nos esquecer que, assim como ocorre em outras áreas dos mais diversos campos de atividade humana, o desenvolvimento de conhecimentos avançados deve ter suas noções básicas desenvolvidas na educação básica, sempr s empree associadas ao desenvolvimento desenvolvimento do pensamentoo computacional, pensament computacional, aos conceitos e aos procediment procedimentos os a ele relacionado e, é claro, ao letramento digital. Para iniciarmos, é importante dierenciar hardware  de sofware  e entender um pouco sobre sistemas robóticos. Enquanto o hardware se reere a toda a parte ísica dos do s computadores computadores ou celulares, a qual permite a circulação da corren corrente te elétrica, o armazenamento armazenamento e a transmissão de inormações transormadas em códigos binários (representados por 0 ou 1, que fisicamente representa ligado ou desligado, energizado ou não energizado, magnetizado ou não magnetizado), o sofware são os programas colocados nesses equipamentos.

165

 

O programa de computador é um conjunto de procedimentos e de critérios de decisão colocados em uma determinada ordem lógica para cumprir uma finalidade, que descreve des creve uma tarea a ser s er realizada por um computador computador.. Para escrever esse conjunto de procedimentos é usada uma linguagem de programação. Existem muitas linguagens de programação, sendo que muitas delas são criadas enquanto outras são aprimoradas, conorme os recursos digitais também evoluem. e voluem. O Logo é uma das primeiras linguagens de programação desenvolvidas para aplicação em escolas da educação básica. Ele, basicamen b asicamente, te, consiste em ter na tela uma pequena tartaruga que hipoteticamente tem um lápis em sua barriga, o qual az traços por onde ela se movimenta (para acessar esse programa gratuitamente, consulte o box Saiba mais desta seção). A seguir, um exemplo dos comandos dados e movimentos eitos pela tartaruga na tela do computador. Quadro 4.1 | Principais comandos do SLogo

Passo

1

2

Comando (significado)

Posição inicial

Comando: PD 30

Ação vista na tela

Passo

Comando (significado)

5

Comando: PF 100 (significa: para rente 100 unidades)

6

(significa: para a direita em 30°)

3

Comando: PF 100 (significa: para rente 100 unidades)

Comando: PD 120 (significa: direita empara 120°)a

7

Comando: PF 100 (significa: para rente 100 unidades

Ação vista na tela

166

 

4

Comando: PD 120 (significa: para a direita em 120°)

Fonte: elaborado pelo autor.

Atualmente, o Geogebra é uma aplicação que permite o uso interativo. Uma construção qualquer usa uma série de comandos com sua linguagem de programação para diversas aplicações em todos os ramos da matemática de orma dinâmica. A Figura 4.1 mostra uma tela do Geogebra, na qual oi desenhado um triângulo. Figura 4.1 | Interface do Geogebra

Fonte: elaborada pelo autor.

Atualmente, também existem linguagens de programação bastante amigáveis e eminentemente imagéticas (não escritas), que permitem às crianças produzirem produzirem histórias, jogos digitais e animações. Nos programas de computadores, os procedimentos e as decisões segundo critérios preestabelecidos precisam ser ordenados de acordo com uma lógica adequada, uma vez que essa sequenciação s equenciação é fixa. Um programa é,

portanto, um processo algorítmico. Caso essa sequência seja eita de maneira portanto, equivocada, o resultado será errado. 167

 

Exemplificando A seguir, apresentam-se dois programas feitos em Logo para desenhar o triângulo equilátero, mas o segundo tem um erro na quinta linha, que indicou o lado errado para fazer o giro. Quadro 4.2 | Programação SLogo

Programa SLogo Correto Programa

Resultado

pd 30 p 100 pd 120 p 100 pd 120 p 100

Programa SLogo Incorreto Programa

Resultado

pd 30 p 100 pd 120 p 100 pe 120 p 100

Fonte: elaborado pelo autor.

Cada um desses procedimentos é descrito por comandos que podem indicar uma ação, como calcular, acessar ou gravar um dado e imprimir. Os comandos de decisão têm uma estrutura, na qual é colocada uma condição e, se ela é satiseita, deve ser tomada uma ação, caso contrário, se existir, outra ação. Esses algoritmos podem ser representados por meio de esquemas chamados fluxogramas, como é exemplificado a seguir. Foco na BNCC Associado ao pensamento computacional, cumpre salientar a importância dos algoritmos e de seus uxogramas, que podem ser objetos de estudo nas aulas de Matemáca. Um algoritmo é uma sequência nita de procedimentos, que permite resolver um determinado problema. Assim, ele é a decomposição de um procedimento complexo em suas partes mais simples, relacionando-as e ordenando-as, e pode ser representado gracamente por um uxograma. A linguagem algorítmica tem pontos em comum com a linguagem algébrica, sobretudo sobretu do em relação ao conceito de variável. Outra habilidade relava à álgebra que mantém estreita relação com o pensamento computacional é a idencação de padrões para se estabelecer generalizações, propriedades e algoritmos. (BRASIL, 2017,

p. 269)

168

 

A associação dos computadores, com hardware e sofware, a sensores que enviam sinais ao computador, o qual, por sua vez, emite sinais ligam ou desligam equipamentos, equipamentos, cria o campo da auto automação, mação, ou campo da robótica, como é mais conhecido. Exemplificando Imagine a proposta para o desenvolvimento de um carrinho elétrico que seja capaz de percorrer automacamente uma trajetória sinuosa. É uma proposta de automação que, quando desenvolvida nos ambientes escolares, se torna uma aplicação de robóca educacional. Figura 4.2 | Possível trajetória de um percurso de robóca educacional

RAJEÓRIA

  Fonte: elaborada pelo autor.

Esse carrinho precisa ter rodas ligadas a motores, os quais transformam a energia elétrica em energia mecânica, movimentando-o para frente ou para trás; também precisa ter hastes pneumácas, que fazem algumas dessas rodas virarem para um lado ou para outro. Esses são exemplos de equipamentos ligados ao computador, que, segundo sua programação, indica se os motores e as hastes devem ou não ser acionadas. Esse carrinho deve ter sensores ócos, os quais indicam se ele está se movimentando sobre a linha preta ou se está se desviando dela. Quando o sensor lê a cor preta, indica que o carrinho deve ir para a frente; caso leia a cor branca, indica que ele está saindo da trajetória desejada. Esses são exemplos de sensores. As informações coletadas por eles são levadas ao computador, o qual, em função do programa computacional previamente inserido, indicará quais rodas e hastes devem ser acionadas para manter o carrinho sobre a linha preta. Nesse exemplo, podemos reconhecer que a parte sica do computador é o hardware, e o programa computacional nele colocado é o soware.

Ainda nesse exemplo podemos reconhecer um sistema robóco

com a presença da conexão do computador a motores e outros equipamentos e também a sensores. 169

 

A robótica educacional é uma metodologia de ensino que deve ser incluída como um exemplo de metodologia ativa, um campo értil para a Metodologia SEAM, que permite trabalhar competências e habilidades de dierentes dieren tes componentes componentes curriculares curricul ares e áreas de conheciment conhecimentoo desde os anos iniciais do ensino undamental até o ensino superior. O uso dela requer um 󰁫it composto por um processador, processador, capaz de receber sinais de sensores e de emitir sinais para o acionamento de equipamentos, como motores. A programação nesse processador é eita por uma linguagem de programação. Um dos pacotes mais diundidos mundialmente, devido ao seu baixo custo e à acilidade na programação, é o projeto Arduíno. rata-se de uma proposta desenvolvida na Itália, em 2005, que teve por objetivo desenvolver um pacote computacional acessível às pessoas não especializadas tanto em técnicas de programação em inormativa quanto em eletrônica, mas com potencial para desenvolver soluções automatizadas. É também muito interessante por poder associar tecnologias digitais e analógicas, empregando as devidas interaces. Porém, Por ém, o seu uso requer conhecimentos de linguagem de programação e orientações sobre o uso de dispositivos de eletrônica e microeletrônica. Há inúmeras comunidades virtuais de aprendizagem que disponibilizam inormações, projetos e soluções para problemas envolvendo o Arduíno. Dica Faça uma pesquisa na Internet usando os termos: “Comunidade Arduíno”. Você encontrará inúmeras sugestões sobre como trabalhar com a robóca educacional.  educacional. 

A imagem a seguir mostra uma placa do Arduíno, na qual podem ser eitas as conexões elétricas de sensores e equipamentos elétricos, eletrônicos, mecânicos ou pneumá pneumáticos. ticos.

170

 

Figura 4.3 | Placa do Arduíno

Fonte: Pixabay .

Você deve de ve ter percebido p ercebido que os programas de computadores, computadores, os sofwares, são fixos e predeterminados pelos analistas e programadores que os azem. Com isso, uma vez colocado em uncionamento, o computador segue fielmente os comandos e a ordem na qual oram especificados no programa. Se o programa estiver errado, o resultado será indesejado. Com o avanço das tecnologias associadas tanto ao hardware   (aumento da velocidade e capacidade de processamento, armazenamento e transmissão de dados) quanto ao sofware (processamento de Big Data), viabilizou-se também o avanço na área da inteligência artificial, rompendo com a limitação da prefixação de programas. Com ela, os algoritmos podem aprimo aprimorar os programas, alcançando, alcançando, assim, resultados mais adequados ade quados para a tarearar proposta. Em muitas situações do dia a dia, a inteligência artificial é aplicada, por exemplo, nos assistentes de voz presentes em muitas das plataormas digitais, quando ações são tomadas com um simples comando de voz; no reconhecimento acial em aeroportos e rodoviárias (e no seu próprio celular); nos  jogos digitais; e na produção de imagens na realidade virtual ou realidade aumen aumentada. tada.

Sobre a inteligência artificial e sua aplicação na educação Com os avanços tecnológicos digitais, as teorias da ciência da compu-

tação têm também avançado na superação dos desafios assumidos pela área

171

 

de inteligência artificial, que pretende possibilitar atribuir comportamentos inteligentes intelig entes aos sistemas computadorizados. Essa atribuição consiste na emulação de algumas habilidades cognitivas, para que os computadores consigam tratar dados considerados desestruturados geralmente. Muitas vezes, um conjunto de inormações pode parecer desestruturado devido à alta da capacidade do ser humano em encontrar uma organização e semântica. No entanto, graças à capacidade de processamento e armazenamento de dados dos computadores, seria possível encontrar uma regularidade e padrões semânticos e conceituais na enorme quantidade de textos produzidos nas redes virtuais, em produções científicas, em processos judiciais ou em banco de dados de d e toda natureza. Alguns exemplos de aplicações da inteligência artificial mais recentes são: • Simulações: com a capacidade de antecipa anteciparr o comportamen comportamento to das pessoas, com base nas inormações que têm sobre elas, os sistemas são usados para simular situações uturas, prevendo o resultado determinadas decisões, projetando, projetan do, assim, dierentes cenáriossegundo uturos. Esses sistemas para desenvolver simulações são usados para azer a previsão do tempo, quando as inormações sobre o comportamento das pessoas são substituídas pelas inormações das condições climáticas. • Atendiment tendimentos os cadastrais: cadastrais: nessa aplicação aplicação,, os sistemas são capazes capazes de, ao reconhecer os nomes das pessoas e seus respectivos números de teleones, desenvolver conversas com elas como se osse um ser humano. Com essa capacidade, azem automaticamente a inclusão, alteração e exclusão de inormações nos bancos de dados, mas, com a incorporação dos conceitos e procedimentos de UX ( user experience), estabelecem uma interação com o usuário de maneira que personalizam o atendimento. • Assistência Assistência pessoal: para essa finalidade, os sistemas com intelig inteligência ência artificial são capazes de identificar a voz das pessoas em comandos dados para a execução de tareas cotidianas. Com essa capacidade, eles acumulam inormações desses indivíduos e passam a se antecipar a esses comandos, ajudando-os ajudando-os a organizar sua rotina de trabalho, ou na prestação de serviços ser viços de atendimento, atendimento, direcionam as pessoas para os fluxos mais adequados.

Ferramentas de gestão: nesta aplicação Ferramentas aplicação,, os sistemas colhem dados de processos complexos e que envolvem fluxos de dados simultâneos, os quais, quando associados às características das pessoas envolvidas 172

 

nesse processo, utilizam-se de modelos estocásticos (estatísticos) para otimizar o uncionamento desses fluxos, diminuindo o tempo de processamento processamen to e desperdícios e aprimorando a qualidade do produt produtoo ou serviço ser viço constantemente. constantemente. • Procedimentos Procedimentos de segurança digital: neste neste caso, os sistemas sistemas com inteligência artificial reconhecem os inúmeros acessos aos sistemas inormatizados, sobretudo os bancários e de empresas de alta tecnologia, que visam ao acesso acess o indevido de inormações sobre os projetos ou usuários, criando, automaticamente, rotinas, que evitam esse indesejado acesso. • Procedimentos Procedimentos de segurança em geral: aqui, os sistemas são capazes capazes de azer o reconhecimento acial, e são usados para azer o rastreamento de pessoas e acusar sua identificação diante de algum ato ilícito.. O mesmo pode ocorrer com o reconhecimento de veículos. ilícito Em seu cotidiano, você já deve ter acesso a sistemas com inteligência artificial, por exemplo, quando usa aplicativos que orientam no trânsito, assiste à previsão do tempo na V, dá comando de voz para televisões, videogames e computadores, ou entra em contato teleônico com grandes empresas de teleonia e do sistema bancário. Com essa possibilidade, a incorporação da inteligência artificial aos sistemas computadorizados pode aumentar as potencialidades das plataormas adaptativas adaptativas e os processos de personalização pe rsonalização do ensino. Reflita A inteligência arcial é uma área em plena expansão tecnológica e tem favorecido mudanças em muitas das prácas sociais, dada a possibilipossibilidade dessa interação ser feita por meio de recursos digitais. No campo da educação, essas mudanças também estão presentes graças à produção de novos recursos e formas de ensino, remodelando também os processos de aprendizagem. Um exemplo de aplicação da inteligência arcial na educação pode ser o processo de personalização do ensino na educação a distância. Associada ao Big Data e ao UX, ela permite que o aluno, diante das respostas que fornece ao sistema, seja direcionado para as tarefas que lhe são mais pernentes. Mas, essas mudanças estão vindo para inovar ou são novas formas de conservação? Elas vêm para beneciar poucos ou para ajudar na necesneces -

sária equidade da educação?

173

 

vir tual e a hiperSobre a realidade aumentada, a realidade virtual -realidade As realidades virtual e aumentada, apesar de serem dierentes, são recursos digitais que também oram viabilizados graças aos avanç avanços os tecnológicos, porque dependem do processamen processamento to multissensorial em tempo real. A realidade aumentada permite a interação entre o mundo virtual e o mundo real, sobrepondo imagens imagens do primeiro sobre o segundo. Com isso, as inormações do mundo real podem ser aumentadas com as inormações do mundo digital. Muitos Muitos são os exemplos de aplicações da realidade aumen aumentada: tada: • Quando você az a leitura leitura do Q󰁒 Q󰁒 Code de um produ produto to com com seu celular e imediatamente imediatamente são apr apresentadas esentadas todas as inormações sobre esse produto. • Em lojas de cosméticos, a imagem produzida com dieren dierentes tes sugestões de maquiagem de uma pessoa que se coloca diante de um espelho. • Em um evento tecnológico, vocêobserva ocalizaasum motor elétrico em uncionamento com seu quando celular, mas dierentes partes internas dele também em uncionamento. Especificamente na área educacional, a realidade aumen aumentada tada propiciou a ampliação amp liação de recursos para buscar o maior interesse dos alunos e a ampl ampliação iação de inormações por meio de imagens estáticas e dinâmicas (LOPES et al.,  2019). Alguns exemplos de aplicação da realidade aumentada na educação são: • Na produção e no uso de jogos digitais. • Em livros livros didáticos, ao mirar mirar uma imagem bidimensio bidimensional, nal, você você consegue visualizar uma imagem tridimensional. Figura 4.4 | Exemplo de realidade aumentada

Fonte: captura de tela do vídeo Live Texturing of Augmented Reality Characters from Colored Drawings ela borada pelo autor.

174

 

• Na produção de cenários. Figura 4.5 | Exemplo de realidade aumentada

Fonte: captura de tela do vídeo Live Augmented Reality-Naonal Geographic elaborada pelo autor. autor.

• Na apr apresentação esentação de objetos virtuais. Figura 4.6 | Exemplo de realidade aumentada

Fonte: captura de tela do vídeo Augmented Reality – Anatomy elaborada pelo autor autor..

A realidade virtual é um recurso digital que permite a uma pessoa interagir com um espaço tridimensional virtual em tempo real. A interação dessa pessoa com o mundo virtual pode ocorrer por meio de uma tela de computador ou celular, salas com múltiplas projeções simultâneas, óculos

especiais ou capacetes. Ela pode ser considerada imersiva quando a pessoa é inserida totalmente no domínio das imagens, azendo com que se sinta 175

 

plenamente imersa no mundo virtual, independentemente da direção que olha e se movimenta. E será considerada não imersiva quando essa inserção é parcial ou totalmente externa. Apesar de a realidade virtual estar sendo mais desenvolvida nos campos do entretenimento, entretenimento, de treinamentos por simulação (pilotos de avião avião,, soldados, cirurgias, etc.) e da divulgação comercial de produtos e serviços, ela também pode ser s er útil no campo educacional, simulando: simulando: • Locais inacessíveis pelos mais diversos motivos. • Movimentos ou atos histórico históricos. s. • O corpo humano internamente. • Estruturas celulares de animais e vegetais. • Estudos geográficos e meteorológicos. • Experimentos químicos, ísicos ou biológicos. • Funcionamento mecânico, elétr elétrico ico e pneumático de máquinas. Uma evolução prevista para essa área é a hiper-realidade, que consiste no incremento da interação entre os mundos real e virtual, com inormações sobre os comportamentos do usuário, incorporando os recursos da inteligência artificial. Com essa nova tecnologia é previsto que uma pessoa possa interagir com outra localizada remotamente ou, em outra possibilidade, observar obser var apenas os elementos do mundo real que somente lhe interessa (󰁋I󰁒NE󰁒; SISCOUO, 2007). Assimile A realidade virtual e a realidade aumentada, apesar de explorarem os sendos humanos por meio de mundos virtuais, são recursos disntos. Enquanto a realidade virtual simula o real, a realidade aumentada amplia a disponibilização de informações sobre objetos do mundo real. A hiper-realidade é um aprimoramento dessas tecnologias, melhorando a interação em tempo real entre o mundo digital gerado e o mundo virtual, por meio da combinação da inteligência humana e da inteliinteli gência arcial.

O pensamento computacional computacional e o letramento digital O pensamento computacional é associado ao pensamento lógico e

ao pensamento algébrico, como é indicado na Base Nacional Comum Curricular,, e seu Curricular s eu ensino deve ter como objetivo, objetivo, além de prepara prepararr as pessoas pe ssoas 176

 

para trabalharem com computadores, ormar para a convivência em uma sociedade em que muitas das interações presentes presentes nas práticas são mediadas por meios virtuais. E ainda que os computadores, atualmente, sejam consideconside rados instrumentos absolutamente imprescindíveis para  jornalis tas e escritor  jornalistas escritores es em geral, é no terreno da MatemáMatemá ca que se abrem as mais naturais e promissoras possibilipossibili dades de assimilação consciente dos inúmeros recursos que as tecnologias informácas podem oferecer no terreno da Educação. Ainda que as tais tecnologias estejam presentes e representem um papel importante em todas as áreas do conhecimento, a natureza algorítmica dos computadores aproxima-os especialmente dos conteúdos matemácos. Se uma máquina, no sendo da Revolução Industrial do século XVIII, era essencialmente um transformador de energia de um po em energia de outro po, um compucompu tador é essencialmente um transformador de mensagens. E o processo de composição e decomposição das mesmas, para viabilizar sua inserção ou sua extração dos compucompu tadores, tem muitos elementos comuns com os objetos matemácos e sua manipulação. (MACHADO, 2019, p. 60)

O quadro a seguir, proposto por Pedro et al. (2019), sintetiza uma visão acerca das competências e normas associadas às tecnologias digitais necessárias para que os proessores possam enrentar o desafio do ensino em uma sociedade da inormação e do conhecimento em todo esse contexto. contexto. Quadro 4.3 | Competências associadas às tecnologias

ÁREA DE COMPEÊNCIA 0. Fundamentos de hardware e sofware

1. Conheciment C onhecimentoo da inormação e dados

COMPEÊNCIAS 0.1 Conhecimento básico de hardwa hardware, re, como ligar/desligar e carregar, bloquear dispositivos. 0.2 Conhecimento básico de sofware, como gerenciamento gerenciamento de conta e senha de usuário, login e como azer configurações de privacidade, etc. 1.1 Navegando, Navegando, pesquisando e filtrando dados, inormações e inormações digitais, conteúdo conteúdo.. 1.2 A valiação de dados, inormações e conteúdo digital.digital. 1.3 Avaliação Gerenciamento de dados, inormações e conteúdo

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2. Comunicação e colaboração

2.1 Interagindo através através de tecnologias digitais. 2.2 Compartilhamento Compartilhamento através de tecnologias digitais. 2.3 Engajamento Engajamento na cidadania através de tecnologias digitais. 2.4 Colaborando através de tecnologias digitais. 2.5 Netiqueta. 2.6 Gerenciando identidade digital.

3. Criação de conteúdo digital

3.1 Desenvolvimento Desenvolvimento de conteúdo digital. 3.2 Integrando e reelaborando conteúdo digital. 3.3 Direitos autorais e licenças. 3.4 Programação.

4. Segurança

4.1 Protegendo dispositivos. 4.2 Protegendo dados pessoais e privacidade. 4.3 Proteger a saúde e o bem-estar. 4.4 Protegendo o meio ambiente.

5. Resolução de problemas

5.1 Resolvendo problemas técnicos. 5.2 Identificando Identificando necessidades e respostas tecnológicas. 5.3 Usando criativamente as tecnologias digitais. 5.4 Identificando Identificando lacunas de competênc competência ia digital. 5.5 Pensamento computacional.

6. Competência C ompetênciass relacionadas à carreira

6. Competências relacionadas à carreira se reerem ao conhecimento e às habilidades necessárias para operar hardware/sofware especializado para um campo específico, como sofware de design de engenharia e erramentas de hardware, ou uso de sistemas de gerenciamento de aprendizagem para oerecer cursos totalmente online ou combinados combinados..

Fonte: Pedro et al . (2019, p. 19).

Foco na BNCC Os processos matemácos de resolução de problemas, de invesgação, de desenvolvimento de projetos e da modelagem podem ser citados como formas privilegiadas da avidade matemáca, movo pelo qual são, ao mesmo tempo, objeto e estratégia para a aprendizagem ao longo de todo o ensino fundamental. Esses processos de aprendizagem são potencialmente ricos para o desenvolvimento de competências fundamentais para o letramento matemáco (raciocínio, represenrepresen tação, comunicação e argumentação) e para o desenvolvimento do pensamento computacional. (BNCC, 2017, p. 264)

Diantee de tantas possibilidades abertas para Diant p ara a área educacional, ocorrem

questionamentos acerca da incorporação ou não desses recursos e tecnologias digitais e da orma pela qual essa incorporação deve ocorrer. E você

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continuará uará sendo, como proes proessor sor,, um dos agent agentes es  já é, como cidadão, e contin dessa incorporação incorporação..

Sem medo de errar Nesta seção, o objetivo oi tratar sobre a realidade virtual e a realidade aumentada, perpassando pelas linguagens de programação e pela inteligência artificial, não perdendo o oco do context contextoo do letramento digital e da cultura digital. Em síntese, a situação-problema proposta requer que seja desenvolvido o ensino com recursos digitais resultantes de alguns dos mais avançados recursos tecnológicos digitais disponíveis em um contexto escolar que, provavelmen prov avelmente, te, tem pouco p ouco acesso a eles. Como pano de undo dessa proposta está o ato de que o ensino precisa ser equitativo, para que alunos que não têm ácil acesso aos recursos tecnológicos desenvo des envolvam lvam seu pensament p ensamentoo computacional computacional da mesma maneira que os demais alunos, cujo acesso, por condições socioeconômicas e culturais, é acilitado. Para começar a desenvolver um projeto que atenda a essa situação-problema, cujo objetivo está bem delineado, é necessário o reconhecimento da aderência à quinta competência geral para o ensino undamental, especificada na BNCC: 5. Compreender, ulizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma críca, signicava, reexiva e éca nas diversas prácas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar inforinformações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coleva. (BRASIL, 2017, p. 9)

Para inserir os alunos na problemática, problemática, uma tarea t area interessante interessante seria, por meio do uso de vídeos, revistas e reportagens jornalísticas ou de divulgação científica, que os alunos elenquem essas tecnologias, descrevendo as características de cada uma delas, onde são aplicadas, onde poderiam ser aplicadas para a melhoria da qualidade de suas vidas e quais são as condições mínimas

necessárias para o seu uso. As ontes de pesquisa, a depender dos recursos disponíveis, podem ser aquelas disponíveis em mídias digitais, analógicas ou impressas. 179

 

As produções dos alunos podem ser registradas, da mesma maneira, de acordo com os recursos disponíveis, em cartazes, relatórios, blogues ou vlogues. Para o desenvolvimento da tarea, alguma metodologia ativa pode ser selecionada e, dependendo das condições da escola, um problema pode ser selecionado, ocando a melhoria da própria instituição de ensino ou de outra, para que todos os alunos tenham acesso aos recursos digitais nas práticas escolares. Visitas a espaços que tenham acesso à internet (essencial para essas tecnologias) ou que tenham os recursos disponíveis são interessantes para que os alunos tenham a vivência com essas tecnologias. Avançando na práca

Envolvendo a comunidade para acesso dos alunos às tecnologias digitais São raras as escolas que têm as condições materiais e de conhecimento para a incorporação do uso das tecnologias digitais em suas práticas.

Resolução da situação-prob situação-problema lema Usar as produções dos alunos para produzir documentos que retratem a realidade, propondo caminhos para a solução com publicações nas redes sociais sobre o trabalho a ser realizado. ambém, para mobilizar os conselhos de escola e a comunidade onde a escola está inserida e azer demandas oficiais aos órgãos responsáveis pelo provimento das condições adequadas das escolas para o despendimento de suas práticas. O resultado dos trabalhos dos alunos podem ser campanhas publicitárias publicitárias para a comunidade interna e externa, produção de eventos culturais e científicos, etc.

Faça valer a pena

1.  Inte 1. Inteligência ligência artificial é uma tecnologia que tem se tornado cada vez mais

usada graças ao avanço da velocidade de processamento e do armazena mento de dados dos computadores. Com isso, a inteligência humana tem sido emulada, em alguns de seus aspectos, permitindo que os computa180

 

dores açam associação de inormações, encontrando padrões de regularidade onde o homem não seria capaz de azer. A despeito de ainda ser um programa computacion computacional, al, os sistemas de inteligência artificial se dierem dos demais por sua capacidade de aprender com os dados que coleta e processa. A respeito disso, considere considere as afirmações a seguir: I.

A principal vantagem da implemen implementação tação de propostas de inteligência artificial está no ato de que as preocupações com as deasagens de conhecimentos e habilidades das pessoas são desnecessárias.

PO󰁒QUE II.

As alhas e dificuldades apr apresentadas esentadas pelas pessoas serão corrigidas automaticamente pela própria inteligência artificial.

A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta: a. As asserções asserções I e II são proposições proposições verdadeiras, verdadeiras, mas a II não justifica justifica a I. b. As asserções asserções I e II são proposições proposições verdadeiras, e a II justifica a I. c. A asserção asserção I é uma proposição verdadeira, e a II, alsa. d. A asserção asserção I é uma proposição alsa, e a II, verdadeira. e. As asserções I e II são proposições alsas.

2.

Para que uma pessoa tenha a sensação de interação em tempo real, é necessário que o tempo de resposta do ambiente virtual à sua ação seja de, aproximadamente, 100 milissegundos. Graças aos avanços tecnológicos digitais, que aumentaram aumentaram a velocidade e a capacidade de transmissão transmissão,, armazenamento e processamento de dados, a criação de ambientes que geram essa sensação da interação em tempo real se tornara tornaram m possíveis.  Analise cada uma das afirmações a seguir, as quais tratam sobre a temática da criação de d e ambientes ambientes virtuais: I.

Nos ambien ambientes tes criados com realidade virtual, a mais simples das interações que uma pessoa pode po de ter é a navegação conduzida conduzida por um mouse, comando de voz ou comando por gestos.

II. A interação nos ambientes virtuais somente ocorre quando minimamente as ações das pessoas provocam alterações no ambiente virtual

em tempo real. III. A realidade aumentada aumentada permite a complemen complementação, tação, em tempo tempo real, do ambiente real com objetos virtualmente criados. 181

 

IV.. A principal dierença entre a realida IV realidade de aumentada e a realida realidade de  virtual é que, enquan enquanto to a primeira acrescenta cenas virtuais ao mundo real, a segunda é uma imagem tridimensional completamente gerada pelo computador. Assinale a alternativa correta: a. odas as afirmativas são verdadeir verdadeiras. as. b. Somente as afirmativas afirmativas I e II são verdadeiras. c. Somente as afirmativas afirmativas I, II e III são verdadeiras. verdadeiras. d. Somente as afirmativas afirmativas II e III são verdadeiras. e. Somente as afirmativas afirmativas I, III e IV são verdadeiras. verdadeiras.

3. A inteligência artificial (IA) é um recurso disponível em sistemas computacionais (ormados por hardware, sofware e sensores para coleta de dados das naturezas), com a atarea de emular as unções cognitivas dos mais seres diversas humanos, ou seja, emular inteligência humana. Espera-se, com isso, que os computadores com IA IA ou as máquinas que os incorporam possam poss am utilizar dados de processamentos anteriores para aprimorar seu uncionamento,, trazendo resultados cada vez mais satisatórios. mento Qual das alternati alternativas vas a seguir s eguir é a única correta no âmbito educacional? a. Permitir Permitir que os resultados resultados obtidos por meio da inteligência inteligência artificial sejam utilizados para categorizar as pessoas de maneira estanque e estereotipada para a melhor tomada de decisões. b. Explorar economicam economicamente ente os dados obtidos pela inteligência inteligência artifiartificial para garantir a sustenta sustentabilidade bilidade financeira dos projetos, evitando inormações tendenciosas ou preconceituosas. c. Como as propostas de implemen implementação tação da inteligência inteligência artificial na educação são diíceis e complexas, elas precisam ser inicialmente impostas até o momento em que os participantes construam as habilidades necessárias. d. Para a melhor incorporação da intelig inteligência ência artificial à educação, os cuidados com as relações humanas são essenciais, principalmente quando os avanços das tecnologias são céleres.

e. A principal principal justificativ justificativaa para para a implem implementação entação da inteligência inteligência artificial em propostas de ensino está na possibilidade de os sistemas educacionais não mais dependerem dep enderem de proessores. 182

 

Seção 2

Aprendizagens por meio das tecnologias digitais Diálogo aberto Nesta seção, colocaremos o oco em uma das inúmeras ramificações que os avanços avanç os tecnológicos digitais dig itais provocaram provocaram em todas as nossas práticas sociais: o uso do celular, celular, o qual será usado, aqui, como sinônimo de smartphon smartphone. e. Já não temos mais dúvidas que, em todas as práticas sociais, dos mais diversos campos de atividade humana, a comunicação e a interação entre as pessoas estão modificadas pelos recursos digitais que azem a mediação. Por muito tempo, os diversos tipos de computadores oram os elementos centrais das mudanças nessas duas áreas. As características ísicas deles determinava determinavam m também a orma como as práticas sociais se desenvolviam. Considerando que eles eram significativamente grandes, pesados, caros e até requeriam a obrigatoriedade da instalação em espaços climatizados (devido ao aquecimento que provocavam), provocavam), as pessoas deveriam se dirigir até onde eles estavam, geralmente,, em uma quantidade pequena em relação ao número de usuários. geralmente Certamente, você se lembra dos laboratórios de inormática nas escolas que conseguiram tê-los. Para o uso desses laboratórios, era necessário um agendamento agendamen to e, por vezes, a divisão e subdivisão das turmas. Com a evolução tecnológica, os computadores oram substituídos pelos noteboo󰁫s, a partir dos quais, devido ao menor custo, à diminuição do tamanho e do peso e à acilidade de acesso à internet, percebeu-se certa mobilidade para o acesso aos recursos digitais. Logo, as práticas sociais, inclusive nas escolas, oram novamente modificadas. novamente Atualmente, com a grande capacidade de processamento, proces samento, armazenamento e transmissão de dados e com o barateamento do acesso sem fio à internet banda larga que os celulares têm, essa mobilidade se alterou radical e definitivamente. Agora, quase tudo que antes era eito apenas em computadores – que é muito pouco, quando comparado com o que oi e vem sendo produzido – pode ser s er realizado por meio de celulares. Essa acessibilidade modifica a orma de perceber, agir, pensar e, portanto, de sentir. Evidentemente, tais modificações individuais têm impactos no coletivo, ou seja, desde o surgimento do computador computador até o uso atual do celular celular,, há modificações mo dificações nas eseras

social, política, econômica, cultural e, consequentemente, consequentemente, educacional. É importante que você perceba que pensar em uma educação que desconsidera essa outra potencialidade de comunicação e interação pode ser um 183

 

grande equívoco e impedir que essas tecnologias não sejam usadas para inovar eetivamente. Outro elemento elemento ligado aos avanços tecnológicos que está associado a este contexto são as redes sociais. Elas já se consolidaram como uma malha de comunicação, comun icação, que permite estabelecer desde pequenos grupos até uma esera e sera mundial, envolvendo pessoas no âmbito local ou distribuídas pelo mundo todo. Esse ato define uma nova geografia e uma possibilidade de acesso a diversas culturas e conhecimentos relacionados a elas. Conorme descrito na BNCC, As novas ferramentas de edição de textos, áudios, fotos, vídeos tornam acessíveis a qualquer qualquer um a produção e disponibilização de textos mulssemiócos nas redes sociais e outros ambientes da Web. Não só é possível acessar conteúdos variados em diferentes mídias, como também produzir e publicar fotos, vídeos diversos, podcasts, infográcos, enciclopédias colaboravas, revistas e livros digitais etc. Depois de ler um livro de literatura ou assisr a um lme, pode-se postar comentários em redes sociais especícas, seguir diretores, autores, escritores, acompaacompanhar de perto seu trabalho; podemos produzir  playlists, vlogs, vídeos-minuto, escrever fancs, produzir e-zines, nos tornar um booktuber , dentre outras muitas possibilidades. Em tese, a Web é democráca: todos podem acessá-la e alimentá-la connuamente. Mas se esse espaço é livre e bastante familiar para crianças, adolescentes e jovens de hoje, por que a escola teria que, de alguma forma, consideconside rá-lo? rá-l o? (BRASIL, 2017 2017,, p. 68)

Essa reflexão nos ajuda a pensar na seguinte situação, a qual podemos usar para context contextualizar ualizar sua aprendiza aprendizagem gem na temática temática tratada nesta seção: imagine que os alunos de uma de suas turmas pediram para você desenvolver um projeto com eles que envolvesse as comunidades virtuais de aprendizagem que tratassem sobre s obre ma󰁫er space. Eles justificaram esse pedido a partir de um vídeo que assistiram, no qual o youtuber mostrava o quanto quanto essa seria s eria uma orma bastante eficiente de colocar em prática tudo que aprendem. Disseram, também, que essa nova orma de ensinar e aprender requereria

as dierentes habilidades e competências que eles achavam que já tinham e queriam experimentar essa proposta.

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Diante do pedido deles, você reconheceu que os alunos não precisam mais produzir cartazes para, logo depois de usados, serem jogados no lixo. Você também percebeu que o pedido deles tinha o potencial para gerar novas interações nas diversas redes on-line, algo que já vem ocorrendo ora da escola. Diante disso, você sugeriu a eles pensarem sobre como azer um sistema de irrigação automático para a horta coletiva já existente na escola. A eles caberia não só projetar e construir o sistema mas também conseguir os recursos necessários para a produção e educação da comunidade que usa a horta. Para isso, eles deveriam produzir blogs, nos quais registrariam todo o processo que desenvolveriam, assim como as aprendizagens que resultariam desse projeto. Com essa proposta, os alunos teriam que se inserir em comunidades virtuais de aprendizagem e se preocupar em azer a curadoria das inormações que produziria produziriam. m. Para atender atender a esse pedido ped ido dos alunos, você pensa em ocar oc ar as habilidades e competências que permitem a eles gestarem as inormações que disponibi disponibi-lizam nos espaços virtuais, isto é, você precisa saber planejar e produzir inorinormações para e usadas que por um quem tiver interesse nas produções de que seus sejam alunos.descobertas Afinal, já é realidade conhecimento produzido nas aulas não precisa, necessariamente, ficar restrito a ela. Ao contrário, deve ser compartilhado compartilhado.. Você Você está est á preparado para isso? Diante disso, fica evidente como a preocupação e a responsabilidade com a ética e a crítica nesse processo de comunicação e de interação devem estar presentes nas práticas docentes que aproveitam essa oportunidade de explorar os recursos tecnológicos digitais, o que torna o papel do proessor cada vez mais importante. importante.

Não pode faltar Nesta seção, ao reconhecer as características do m-learning (de mobile learning ), ), da aprendizagem ubíqua, das redes sociais e das comunidades  virtuais de apr aprendizagem, endizagem, você terá a oportunidade de, definitivam definitivamente, ente, convencer-se da necessidade de superar os atrasos que as práticas escolares estão em relação a outras oportunidades de aprendizagem aprendizagem existentes ora da escola e o que azer para resolver isso. Desde já, é importante lembrar que a escola tem uma inegociável imporimportância nos processos de aprendizagem. Aliás, ela surgiu enquanto enquanto instituição

social com essa finalidade, ultrapassando campo da ciência e se azendo presente também nos campos da política,o da cultura e da economia. No entanto, é importante lembrar que a escola nunca oi um espaço exclusivo

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para que a aprendizagem ocorra. Muitas aprendizagens sempre ocorreram ora desse ambiente, de outra orma e com maior intensidade. Reflita A recente crise mundial provocada pela COVID-19 mostra não só as possibilidades de aprendizagens que podem ocorrer fora da escola mas também as suas potencialidades. Fazer ou não fazer isolamento social? Usar ou não máscaras para ir ao supermercado? O vírus é ou não um ser vivo? Como fazer para achatar a curva exponencial? Acreditar em um políco ou em um ciensta? E em qual políco e em qual ciensta? Para tomar uma posição individual diante dessas perguntas, é inevitável optar pelas crenças que evidenciam valores, e ambos são construídos, reconstruídos e, por vezes, destruídos destruídos em função do processo de aprendizagem trilhados por cada um. Com o isolamento social, cou evidente quantos são os conhecimentos construídos fora da escola. Mas, qual é a qualidade dessa aprendizagem? Antes dessa crise, também não havia outros outr os aprendizados? Eles estavam levando ao quê?

Com os tópicos a serem tratados nesta seção, mais uma vez, você perceberá o quanto os tempos e espaços, assim como as ormas e ensinar e aprender, podem e precisam ser ajustados a uma cultura digital já existente ora da escola. Para iniciar iniciar as descrições e reflexões sobre esses tópicos específicos, partiremos da noção de que todo ato educacional educacional é marcado pela interação e pela comunicação, comun icação, sempre mediadas por algum recurso. Os processos de ensino e de aprendizagem, independentemente da abordagem teórica que os sustenta, sempre requerem a interação entre pessoas e entre as pessoas e o conhecimento (construído (construído ou a ser s er construído). Os atos comunicacionais estão sempre presentes nessas interações e em constante constan te modificação em sua orma, meio e conteú conteúdo, do, expressando valores e conhecimentos. Por muito tempo, no âmbito escolar, os livros e as lousas (quadros-negros) tiveram a sua centralidade no processo de ensino. Neles, há um determinado tipo de interação e comunicação. Mais recentemente, os computadores e noteboo󰁫s oram anunciados de maneira que tenderiam a assumir

essa centralidade. No entanto, em geral, esse enômeno não ocorreu, e os computadores permaneceram em um papel coadjuvante devido ao seu alto custo de aquisição, conservação e manutenção. Em muitos casos, mais 186

 

notadamen notadamente, te, poucas escolas tiveram a oportunidade de disponibilizar esses recursos aos seus alunos e proessores proessores de maneira adequada. Com isso, durante esse período, perío do, nos ambientes ambientes escolares, a comunicaçã comunicaçãoo e a interação presentes presentes nos processos de construção de conhecimen conhecimento to seguiram a lógica presente nos livros e, em particular, nos livros didáticos. Quando possível, os computadores computadores eram usados de orma complementar complementar e, em geral, as próprias propostas para o seu uso, assim como dos próprios programas e aplicativos aplica tivos educacionais, seguiram a mesma lógica. Atualmente tualmente,, essa lógica presente nas interações e comunicações presentes nas práticas sociais ora da escola oi significativamente alterada devido à mobilidade do acesso e da produção de conhecimento propiciada pelos dispositivos digitais móveis, como os tablets, laptops e, principalmente, os smartphones smartphon es (celulares). Com a alta capacidade de processamen processamento, to, armazenamento armazenamento e transmissão de dados dos dispositivos móveis móveis e a popularização p opularização do acesso à internet banda larga, incluindo a diminuição significativa dos custos de ambos, as práticas sociais desenvolvidas ora da escola já incorporam novas ormas de interação e comunicação, criando e sustentando novos ambientes virtuais de relacionamento em uma complexa rede social. Nesse contexto, vem ocorrendo o desenvolvimento de um determinado nível de letramento digital e de uma nova cultura digital.  A lógica presente nas ormas de interação e de comunicação com esses ambientes virtuais e redes sociais é influenciada pela mobilidade que transormou as noções de tempo e espaço, de comunidade e a orma do discurso. disc urso. Com essa transormação surgiram também novas novas possibilidades de pesquisa p esquisa e compartilhamento compartilhamento de conheciment conhecimento, o, avorecendo avorecendo o uso personalizado dos recursos e, ao mesmo tempo, o aprendizado aprendizado colaborativo (󰁒AXLE󰁒, 2005). As aprendizagens aprendizagens ocorridas nesse context contextoo são conhecidas como m-learning , ou aprendizagem móvel. Os disposivos móveis estão se tornando um compocompo nente viável e imaginavo do suporte e provisão instuinstu cional (Griswold et al, 2002), (Sariola, 2003), (Hackemer & Peterson, 2005). Em muitos desses casos, eles fornecem experiências de aprendizado exclusivas ‘situadas’ e ‘conscientes do contexto’, mas em outros casos podem

estar alcançando aprendizes remotos ou inacessíveis e apoiar o aprendizado convencional convencional ou o e-learning convencional. (TRAXLER, (TRA XLER, 2005, p. 262)

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Essas novas possibilidades de aprendizagem já presentes ora da escola requerem que ela ocupe o seu espaço nessa evolução, porque essas transormações exigem cuidados éticos e críticos. Se as escolas não assumem processos que levem às aprendizagens que tenham aderência à construção de uma sociedade com maior justiça social, ocorrerão apenas aquelas que atendem às expectativas de quem as controla e que podem não ser a mesma da escola. Para isso, as práticas sociais propostas ou desenvolvidas nas escolas não podem permanecer naquela lógica presente até hoje, que desconsidera essa acilidade de acesso e mobilidade promovida promovida pelos avanços tecnológicos, e a torna, em geral, desinteressante e enadonha por não ter significado. Como sintetiza Moran (2012, p. 7), “a escola é pouco atraente”. A manutenção dessa indesejada percepção sobre a escola pode colocar em xeque os motivos de mantê-la como instituição produtora e de compartilhamento de conhecimento, uma vez que, ora dela, tais produção e compartilhamento são eitos. Sibília (2012a) explicita a tensão que os alunos ficam entre toda uma vida dinâmica e interessante presente ora da escola, acessível a eles com simples toques, e as vivências limitadas às paredes da sala s ala de aula, quando muito aos muros escolares. Nessa tensão, em geral, os estudantes, dentro dos ambien ambientes tes escolares, se sentem mais convidados a burlar as proibições proibições em relação ao uso dos dispositivos móveis do que explorar as oportunidades de aprendizagem por eles oerecidos. Na mesma perspectiva, as pesquisas desenvolvidas por Santaella (2014), compartilhando as preocupações com esse atraso das práticas escolares em relação àquelas desenvolvidas ora dela, constatam que essas novas ormas de aprendizagem apr endizagem incorporam as transormações cognitivas, perceptivas, p erceptivas, sensoriais e motoras promovidas promovidas pela acilidade e mobilidade do acesso, produção e compartilhamento compartilhamento de inormações pelos usuários nas redes sociais. s ociais. raxler raxler (2005) afirma que as características mais emergentes do m-learning  permitem  permitem dizer que ela é espontânea, privada, portátil, situada, inormal, leve, conectada, personalizada, intera interativa tiva e revestida de conheciment conhecimentoo do context contexto. o. Reflita No parágrafo anterior, Traxler (2005) apresenta inúmeras caracteríscaracterís cas do m-learning. Compare-as com as caracteríscas daquela que

você considera existente nas escolas que você passou. Quais são as consequências das principais semelhanças e diferenças entre elas que você encontrou?  encontrou? 

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O esquema a seguir, proposto por 󰁋oole (2009), mostra as relações existentes existent es entre alguns elementos que estruturam o m-learning . Figura 4.7 | Elementos envolvidos na aprendizagem móvel

ASPECO DO DISPOSIIVO

USABILIDADE DO DISPOSIIVO

ASPECO DO APRENDENE

APRENDIZAGEM MÓVEL

ECNOLO󰀭 GIA SOCIAL

APRENDIZAGEM INERAIVA

ASPECO SOCIAL

CONEXO DA INFORMAÇÃO

 

Fonte: Koole (2009, p. 27).

Os dispositivos móveis avorecem avorecem ainda mais que toda inormação pode ser disponibilizada de qualquer lugar do mundo e que pode ser igualmente acessada acessa da de qualquer outro lugar, de maneira instantânea ou não, permit permitindo indo a sua modificação, quando autorizada, em tempo real, por indivíduos ou coletivos. É dessa onipresença da inormação e dessa conectividade que surge a possibilidade de dizer que a inormação é ubíqua. Vocabulário Do dicionário on-line Michaelis (2012, [s.p.]), ubíquo signica “o que está ou pode estar em toda parte ao mesmo tempo; onipresente”.

Diante dessa inormação ubíqua e de um acesso igualmente ubíquo, a construção do conhecimento se torna também ubíquo.

Se a aquisição do conhecimento implica a aprendizagem, o que brota aí é aquilo que venho chamando de aprendiaprendi zagem ubíqua e o po de aprendizado que se desenvolve é 189

 

aberto, individual ou grupal, podendo ser obdo em quaisquaisquer ocasiões, eventualidades, circunstâncias e contextos. Sua caracterísca mais marcante encontra-se na espontaespontaneidade. Em qualquer lugar que o usuário esteja, brotando uma curiosidade ocasional, esta pode ser instantaneamente saciada e, se surgir uma dúvida a respeito de alguma inforinfor mação, não faltam contatos pessoais também instantâneos para resolvê-la, criando-se assim um processo de aprenapren dizagem colaborava. Sem restrições de tempo e espaço, sem pressões externas, coloco ênfase na espontaneidade livre que aciona todo esse processo. Trata-se de uma busca e de uma aquisição de informação a céu aberto e fora de quaisquer planejamentos e sistemazações, portanto, o que se tem aí é uma forma de aprendizagem imprevisível, dispersiva, fragmentária e ao mesmo caóca, nem sempre incorporada à memória. (SANTAELA, 2014, p. 19)

A aprendizagem ubíqua tem muita aderência à m-learning , estando, portanto,, muito próxima das possibilidades de construção de conhecimento portanto por meio das tecnologias digitais e da mobilidade. Ela tem também estreitas relações com os dierentes modelos híbridos de ensino e de ensino a distância, mas não se limita a eles. Segundo Santaella (2014), a aprendizagem ubíqua é aquela que ocorre quando, a qualquer momento e estando em qualquer lugar, uma inormação é processada pelo aluno (ou pessoa qualquer) diante de uma dúvida ou curiosidade e, além disso, essa inormação é incorporada a outros usos. Uma aprendizagem apr endizagem dessa natureza é viabilizada por meio dos dispositivos móveis conectados em rede. Para Sibília Sibília (2012b), há um perigo per igo a ser considerado considerado,, que é a dispersão e a dissipação das inormações, que podem po dem tornar o conhecimento eêmero, eêmero, ou seja, volátil, e para p ara “domar “domar minimamente minimamente essa evanescência é preciso desen volver estratégias ativas de aprop apropriação, riação, o que que é tarea tarea precíp precípua ua da escola, pois sua realização individual seria sumamente lenta e árdua” (SANAELA, 2014, p. 22). Ainda segundo a autora, O mais importante, contudo, que me levou a prestar

atenção a esseubíqua, fenômeno inteiramente que chamo deaprendizagem é notar o quantonovo esse po de aprenapren dizagem, embora dispersivo, fragmentário e pulverizador, transforma cognivamente o ser humano no seu papel 190

 

de potencializador da aprendizagem. O professor precisa car alerta a essa transformação de modo a estar minimaminimamente preparado para os sobressaltos das surpresas que o aguardam nas interações com seu suposto aprendiz. (SANTAELA, 2014, p. 22)

Assimile A aprendizagem ubíqua é aquela desenvolvida por meio de recursos digitais móveis e que se caracteriza pela alta conecvidade e dissipação dinâmica de conhecimentos. Ela é a aprendizagem móvel que considera as caracteríscas, as quais podem se modicar dependendo do contexto em que os alunos estão inseridos.

É impossível alar em aprendizagem ubíqua sem entender que ela está totalmente vinculada às redes sociais e aos ambientes virtuais, os quais permitem a construção e o compartilhamento compartilhamento coletivo de conhecimentos. Como já evidente para todos, os alunos têm grande capacidade de desenvolver interações por meio das redes sociais, assim como elas também ocorrem na maior parte das práticas sociais, incluindo aquelas pertencentes ao campo do lazer e da d a cultura. Para melhor pensarmos sobre a importância das apr aprendizagens endizagens oblíquas, é importante importan te reconhecermos o papel das redes sociais, que estiveram presentes presentes ao longo de todo o desenvolvimento desenvolvimento da humanidade. 󰁒elacionar-se em rede é uma das características mais subjacentes ao ser humano. É por meio dela que ele se desenvolve, se configura e se conorma, uma vez que é nela que as relações aetivas e de trabalho se s e estabelecem e, até mesmo, se desazem. Certamente, a mais elementar das redes sociais é a amília, porém, depois, pode se expandir para escolas, igrejas, equipes esportivas ou comunidades de bairro. Reflita Uma vez que a constuição do homem é feita por meio das redes sociais soc iais que ele estabelece, uma mudança na amplitude e nos valores dessas

redes, assim como a forma pela qual ele interage com elas, não modica modi ca sua constuição?

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Com os dispositivos móveis, as redes sociais so ciais tomam outro ormato ormato e outra geografia, antes local, agora igualmente ácil, global, g lobal, no entanto mais volátil. Com um único clique, você passa a azer parte de uma rede social, e com outro clique, sai dela. Essa possibilidade pode trazer beneícios da mesma maneira que maleícios. Exemplificando Buscando estabelecer relações entre uma rede social antes do advento dos disposivos móveis e depois deles, podemos exemplicar como benecios o acesso a informações e conhecimentos de diferentes e remotas partes do mundo. Como malecio, a facilidade de pracar bullying por meio das redes sociais, o famoso cyberbullying .

Assim, no contexto da aprendizagem, aprendizagem, é importante import ante considerar que as redes sociais devem ser tomadas como recursos pedagógicos nas práticas escolares, para que as escolas, definitiva e eetivamente, eetivamente, açam a mediação crítica e ética necessária na produção e no compartilhamento compartilhamento de conhecimen conhecimento. to. Diante dessa nova configuração das redes sociais, a mediação não deve (tampouco é possível) voltar àquela lógica de comunicação e interação  vigente antes do advent adventoo dos dispositivos móveis. As práticas escolares devem incorporar as características do m-learning   ou da aprendizagem oblíqua. Isso não significa também conundir práticas escolares com práticas de lazer, mas apenas explorar essas características que permitam p ermitam as aprendizagens necessárias. As práticas escolares devem também se distanciar das ormas prescritivas de ensinar, ensinar, que se s e caracterizam pelos processos de memorização de conceit conceitos os e atos e pela p ela valorização dos conhecimen conhecimentos tos procedimentais. Em detrimento dessas práticas mais prescritivas, devem ser valorizadas aquelas com perfil mais construtivista, que problematizam os enômenos sociais e naturais, os quais buscam a identificação e resolução de problemas reais e propiciam, ao mesmo tempo, as aprendizagens individuais e coletivas. Para colaborar com práticas de ensino com essas ess as características, existem muitos ambientes virtuais, os quais, associados às redes sociais mediadas pelos recursos digitais, se constituem como comunidades virtuais de aprendizagem. Elas são integradas por interessados em alguma temática ou propósito

comum e estimulam o compartilhamento de conhecimentos e tecnologias. Curiosamente, as comunidades virtuais de aprendizagem trazem a oportunidade de que o ensino e a aprendizagem não sejam individualizados, 192

 

porque têm como um dos princípios centrais justamente o compartilhamento, que traz, de orma subjacente, a ideia de coletivo. colet ivo. Por Por isso, elas devem: • Estimular o número número de participant participantes es por meio da oerta de recursos que estimulem a colaboração e o compartilham compartilhamento ento.. • Facilitar o compa compartilhamento rtilhamento de projetos, dúvidas, conhecimen conhecimentos tos e tecnologias e a colaboração na busca de soluções. s oluções. • Fomentar o dese desenvolvimento nvolvimento de soluções para problemas de impacto social. • Fornecer dados relevantes relevantes e acilidades acilidades para a sua visualivisualização sistemática. • Dar visibilidade às atividades e aos projetos desenvolvidos relevan relevantes tes e vias de participação part icipação ativa. • Cuidar da curadoria dos conteúdos disponibilizados. • Estimular a participação de proessor proessores, es, pesquisadores e membros membros mais experientes, experie ntes, para omentar os debates inerentes à temática ou aos propósitos propósit os da comuni comunidade dade e orientar nos encaminhamentos encaminhamentos necessários para a solução dos problemas enrentados pelos participantes. • Prover Prover recursos, para permitir que educadores ocupados acompanhem – e participem – de discussões e atividades em andamento no site. Assimle Em uma comunidade virtual de aprendizagem, a socialização de seus membros ocorre por meio da colaboração e do comparlhamento, garanndo aprendizagens colevas. Nela, seus próprios parcipantes denem responsabilidades, gerando prácas de autolegislação e autocontrole, contemplando, assim, as dimensões écas e polícas necessárias a qualquer avidade coleva.

Um cuidado muito importante que tem sido tomado nas comunidades  virtuais é a curadoria digital das inormações e todo objeto digital nelas produzido e compartilhado. Apesar de ser com menor abrangência e rigor, tal cuidado é também válido para páginas de internet, blogs, vlogs, podcasts, enfim, para quaisquer outros espaços virtuais que acumulam publica-

ções digitais. Esse cuidado implica a gestão intencional das inormações de toda natureza natur eza publicadas nos ambien ambientes tes virtuais. Isso visa minimizar as possíveis 193

 

dificuldades de essas inormações serem acessadas, assim como de que elas sejam compartilhadas. O propósito maior da curadoria é colaborar para dar um alto padrão de qualidade às pesquisas. Assimile Segundo a BNCC, Curadoria é um conceito oriundo do mundo das artes, que vem sendo cada vez mais ulizado para designar ações e processos próprios do universo das redes: conteúdos e informações abundantes, dispersos, difusos, complemencomplementares e/ou contraditórios e passíveis de múlplas seleções e interpretações que precisam de ordenamentos que os tornem conáveis, inteligíveis e/ou que os revistam de (novos) sendos. Implica sempre escolhas, seleção de conteúdos/ informação, validação, forma de organizáorganizá-los, hierarquizá-los, apresentá-los. Nessa perspecva, curadoria pode dizer respeito ao processo envolvido na construção de produções feitas a parr de outras previaprevia mente existentes, que possibilitam a criação de (outros) efeitos estécos e polícos e de novos e parculares sendos. (BRASIL (BRASIL,, 2017, 2017, p. 550)

Com essa abrangência que envolve a cultura digital e os ambientes  virtuais imbricados em redes sociais digitais, a curadoria digital de conteúdos se constitui como uma nova área, com atuação interdisciplinar, encarregada de gerenciar todo o ciclo de produção e compartilhamento digital do conhecimento conhecimen to e de objetos digitais. Subjacente ao advento dela está o conceito dos repositórios digitais, que nada mais são do que sistemas de armazenamento, preservação, divulgação e oerta de acesso acess o à produção de conhecimentos e elaboração de projetos em comunidades comun idades virtuais. As curadorias digitais, em seu processo de gestão, estimulam que as publicações para o devido compartilhamento dessas inormações e projetos sejam eitas pelos próp próprios rios autores nesses repositórios digitais. Segundo Leite (2009), os repositórios digitais abertos, aqueles que podem ser acessados por qualquer pessoa sem qualquer restrição, principalmente financeira, se dividem em:

• 󰁒epositórios temáticos ou disciplinar disciplinares, es, destinados destinados aos conhecimentos e objetos digitais de uma área específica do conhecimento

194

 

(por exemplo, a plataorma com objetos digitais de toda natureza, mantida pelo Ministério da Educação (MEC)). • 󰁒epositório de teses (por exempl exemplo, o, o catálogo de teses e dissertações disponibilizado pela Coordenação de Apereiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), undação do Ministério da Educação (MEC)). • 󰁒epositório institucio institucional nal destinado a toda produção de institu instituições ições de pesquisa, pes quisa, incluindo universidades (por exemplo, comunidade que trabalha os conhecimentos sobre o Geogebra). G eogebra). Foco na BNCC As prácas de linguagem contemporâneas não só envolvem novos gêneros e textos cada vez mais mulssemiócos e mulmidiácos, como também novas formas de produzir, de congurar, de disponibidisponibilizar, de replicar e de interagir. [...] Ser familiarizado e usar não signica necessariamente necessariamen te levar em conta as dimensões éca, estéca e políca desse uso, nem tampouco lidar de forma críca com os conteúdos que circulam na Web. A contraparda do fato de que todos podem postar quase tudo é que os critérios editoriais e seleção do que é adequado, bom, dedigno não estão ‘garandos’ de início. Passamos a depender de curadores ou de uma curadoria própria, que supõe o desenvolvimento de diferentes habilidades. (BRASIL, 2017, p. 68)

Finalizando, perceba que muitas das práticas virtuais são bastante análogas àquelas que devemos azer no mundo real, porém não eram exequí veis justamen justamente te por limitações de recursos que garan garantiriam tiriam a celeridade, a organização e o controle necessários, e que agora estão superadas graças aos avanços das tecnologias e dos recursos digitais e o acesso acilitado que temos a eles.

Sem medo de errar Apesar de toda uma nomenclatura usada, os tópicos tratados nesta seção devem ser vistos como elementos que sempre estiveram presentes na pedagogia, porém, com a incorporação que os avanços tecnológicos propiciaram, novas ormas de interação e comun comunicação icação oram estabelecidas.

Supondo que os alunos tenham aceso aos dispositivos móveis e à internet, toda a preocupação em ensiná-los a dominar as técnicas para o uso desses recursos digitais é desnecessária. Aliás, prova provavelment velmente, e, ocorrerá o contrário 195

 

em sua sala de aula: serão eles quem nos ajudarão a ter acesso a essas técnicas. Com essa proposta, o proessor precisará azer um planejamento envolvendo as etapas de uma metodologia ativa, por exemplos, a SEAM ou Aprendizagem Baseada em Projetos, inserindo o ensino das etapas da curadoria digital nas etapas et apas desse plano. O letramento digital restrito (aquele associado à mera aprendizagem do recurso), certamente, não será necessário, uma vez que os estudantes já tenham esse conhecimento construído construído ora da escola. O desafio está no letramento digital ampliado, ampliado, no qual os conhecimentos sobre o uso dos recursos digitais e os conhecimentos por meio deles construídos precisam ser devidade vidamente mediados, incluindo o desenvolvimento do pensamento crítico e da ética no processo. Para isso, os “enômenos e práticas relacionadas às redes sociais também devem ser s er tematizados, assim como devem ser vislumb vislumbrados rados usos mais colaborativos das redes” (B󰁒ASIL, 2017, p. 519). A curadoria entra em cena por conta da “viralização” das inormações produzidas e compartilhadas, correndo o risco de tornar opiniões mais importan importantes tes que digitais os conhecimentos base científica, as redes sociais um campoconstruídos értil para em a prolieração de tornando inormações alsas, as chamadas fa󰁫e news. “Nesse contexto, torna-se menos importante checar/verificar se algo aconteceu do que simplesmente acreditar que aconteceu (já que isso vai ao encontro da própria opinião ou perspectiva).” (B󰁒ASIL, 2017, p. 68). Para que uma curadoria obtenha bens resultados, deve passar pelas seguintes etapas, propostas Higgins (2008): • Conceituar Conceituar. Conceber e planejar a criação de dados sobre as inormações e os objetos digitais que estarão sob os cuidados da curadoria, incluindo os métodos de captur incluindo capturaa e opções de armazenamen armazenamento. to. • Criar e receber receber.. Criar registros administrati administrativos, vos, que sejam descritivos, estruturais e técnicos. Estes são os chamados metadados das inormações e dos objetos digitais, que devem ser recebidos segundo as políticas de coleta. • Avaliar e sele selecionar cionar.. Avaliar as inormaçõ inormações es e os objetos digitais, selecionando e encaminhando para a curadoria, seguindo diretrizes e políticas predefinidas e com o devido cuidado com a documentação do cumentação e os quesitos legais.

•  ranserência. ranserir ranserir as inormaçõ inormações es equando os objetos para outros repositórios ou espaços virtuais não digitais orem mais usados, seguindo diretrizes e políticas predefinidas e com o devido cuidado com a documentação e os quesitos legais. 196

 

• Preservação. Preservar Preservar,, por por longo prazo prazo,, as inormações e os objetos objetos digitais, incluindo os metadados, de maneira que permaneçam íntegros, autênticos, confiáveis e utilizáveis. As ações incluem a limpeza, a validação, a autenticação e a autoria. • Armazenamen Armazenamento. to. Armazenar as inormações e os objetos digitais, incluindo metadados, de maneira segura e em acordo com os padrões e asosdiretrizes preestabelecidos. • Acesso. Acesso. Garantir Garantir que as inormações inormações e os objetos objetos digitais digitais estejam estejam acessíveis diariamente diariamente para todos que desejam acessá-los. • ransormação. Criar novos dados a partir do origina original,l, migrando para um ormato dierente do original ou criando um subconjunto, por seleção ou consulta, para gerar resultados, talvez ta lvez para publicação. publicação. Os objetivos descritos em cada uma dessas etapas, para que a curadoria seja bem-sucedida, poderiam ser interpretadas como habilidades a serem desenvolvidas em suas aulas. Será dessa maneira que a Competência 5, da BNCC (B󰁒ASIL, 2017, p. 9), será plenamente desenvolvida.

Faça valer a pena

1. Como o próprio nome indica, o m-learning , ou mobile-learning , tem a mobilidade como uma de suas principais características. Isso significa que qualquer pessoa, a qualquer momento e de qualquer lugar, pode acessar, produzir e compartilhar conhecimentos. Com base nessa definição, poderíamos entender que o uso do livro poderia ser um exemplo que permite a aprendizagem essas características. Os modificaram avanços tecnológicos digitais, principalmente principalmen tecom a celeridade e a abrangência, essa mobilidade. Assinale a alternativa que contém um ator que pode limitar o uso do m-learning: a. Acesso a conhecimentos conhecimentos de toda parte do mundo e a qualquer qualquer momento. b. Disponibiliz Disponibilização ação de dierentes dierentes tipos de conteúdo conteúdo de dierentes dierentes áreas. áreas. c. Rompimento Rompimento das distâncias distâncias geográficas entre entre o repositório de conheconhecimento e quem o acessa.

d. Inter Interação ação e comun comunicação icação por meio da internet. internet. e. Oerta de conhecimentos conhecimentos e objetos digitais de toda natureza natureza e de ontes ont es diversificadas. 197

 

2.

O avanço das tecnologias barateou os custos para o acesso a recursos e dispositivos digitais que dão mobilidade e celeridade aos processos de interação e comunicação em muitas das práticas dos mais diversos campos de atividade humana. São exemplos dessas práticas: estudar, pesquisar, trabalhar, se divertir, maniestar opiniões, azer reclamações e comprar. Analise as afirmações a seguir: Com as redes sociais e a aprendizagem ubíqua, as escolas já não mais têm mais tanta importância. PORQUE Com o acesso a essas tecnologias, já az parte das práticas dos alunos o contato com muitas ontes de inormação, as quais os permitem construir seus conhecimentos, sejam eles de inter interesse esse pessoal pess oal ou profissional. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta: a. As asserções I e II são proposições proposições verdadeiras, verdadeiras, mas a II não justifica justifica a I. b. As asserções asserções I e II são proposições proposições verdadeiras, verdadeiras, e a II justifica a I. c. A asserção asserção I é uma uma proposição proposição verdadeira, e a II, alsa. d. A asserção asserção I é uma proposição alsa, e a II, verdadeira. e. As asserções I e II são proposições alsas.

3.

Os processos de ensino e de aprendizagem que se utilizam das redes sociais digitais avorecem o aprendizado autônomo e personalizado, com a possibilidade de uma abrangência muito maior, rompendo as distâncias geográficas convencionais e aumentando a diversidade decom ontes de inormação. Muitas das publicações acadêmicas apontam para a importância de as escolas se s e adequarem a esse ess e novo contexto tecnológico, tecnológico, indicando a necessidade de incorporar as tecnologias e os recursos digitais em suas práticas. Diante desse novo contexto, a incorporação das tecnologias e dos recursos digitais em suas práticas escolares devem ter os seguintes objetivos: I.

Problematizar os conceitos e procedimen Problematizar procedimentos tos relacionados à curadoria digital.

II. Desenvolv Desenvolver er o pensament pensamentoo crítico e ético no acesso, na produção e

no compartilhamento compartilhamento de inormações.

198

 

conhecimentos convenciona convencionais is e substituí-los substituí-los por aqueles III. Abdicar dos conhecimentos com as características do m-learning, como a leveza e celeridade na interação. IV.. Exercitar os process IV processos os de autolegislaç autolegislação ão e autocontrole nas comunidades virtuais de apr aprendizagem, endizagem, reconhecendo-as como espaços para o exercício da cidadania e do desenvolvi desenvolvimento mento da cultura digital. Assinale a alternati a lternativa va correta: a. Somente as afirmativa afirmativass I e II são verdadeiras. verdadeiras. b. Somente as afirmativas afirmativas I, II e IV são verdadeiras. verdadeiras. c. Somente as afirmativa afirmativass II e III são verdadeiras. verdadeiras. d. Somente as afirmativas II, III e IV IV.. e. odas as afirmativas são verdadeir verdadeiras. as.

199

 

Seção 3

Recursos e conteúdos digitais Diálogo aberto Nesta última seção, estudaremos outros recentes avanços tecnológicos digitais, com o objetivo de mostrar as possibilidades de uso desses recursos nas propostas de ensino presencial, presentes na educação a distância e, portanto, naquelas que querem incorporar o ensino híbrido. Estes produtos englobam todas as possibilidades de recursos educacionais, tais como livros didáticos, produções literárias ou de divulgação científica, artigos que apresentam pesquisas acadêmicas e seus resultados, cursos completos ou parte deles, aulas ou propostas de aulas, áudios, vídeos, filmes ou programas de computadores. No entanto, todos eles possuem uma concessão especial sobre os direitos autorais que os permitem ser chamados de 󰁒ecursos Educacionai Educacionaiss Abertos (󰁒EA). No documento do 10º aniversário da Declaração de Educação Aberta da Cidade do Cabo, na Árica do Sul, realizada em março de 2017, com o objetivo de compreender compreender os desafios des afios e inspirar e ocar no movimento para os próximos pró ximos dez anos, consta o seguinte relato, relato, pertencente à Declaração: Estamos à beira de uma revolução global em educação e aprendizagem. Educadores em todo o mundo estão desenvolvendo um amplo conjunto de recursos educacionais disponíveis na internet, abertos e gratuitos para a uliuli zação de todos. Esses educadores estão criando um mundo onde cada pessoa no planeta pode acessar e contribuir com a soma de todos os conhecimentos humanos. Eles estão, ainda, plantando a semente de uma nova pedagogia na qual educadores e aprendizes criam, moldam e evoluem o conhecimento juntos, aprofundando suas habilidades e compreensões conforme progridem. Esse movimento de educação aberta que está emergindo combina a tradição estabelecida de comparlhamento de boas ideias com os colegas educadores e a cultura colabocolabo rava e interava da cultura da internet. Ele é constuído

na crença de que todos devemos ter liberdade de ulizar, personalizar, melhorar e redistribuir os recursos educacioeducacio nais sem restrições. Educadores, aprendizes e outros que comparlham dessa crença estão se unindo como parte de 200

 

um esforço global para fazer da educação algo acessível e efevo. (DECLARAÇÃO DE EDUCAÇÃO ABERTA DA CIDADE DO CABO, 2007, [s.p.])

Este excerto mostra a importância desta seção, desta unidade e deste livro, o momento que estamos mostra que, pelo que tudo indica,pois em demarca breve, todas essas inovações serãoe consideradas ultrapassadas. Mas, para chegarmos a esse uturo e projetá-lo melhor, teremos que estar bastante cientes e conscientes do presente que vivemos. A Educação, um direito constitucional de qualquer brasileiro, de certa orma, vem recebendo cada vez mais atenção nas últimas cinco décadas; ganhando orça com a promulgação da Constituição de 1988 e de todo o aparato apara to jurídico que a sucedeu. No entanto, entanto, o contexto econômico e social brasileiro traz algumas dificuldades para que esse direito seja plenamen plenamente te atendido. Essa restrição é concretamente na escassez de peloapesar menosdeum outro recurso. recurso O Plano Nacionalobservável do Livro Didático (PNLD), serou apontado como.benéfico para a indústria editorial, pode ser tomado como um exemplo bem-sucedido do esorço estatal para suprir essa carência de recursos. Diante dessa realidade, o movimento da Educação Aberta no país, em sintonia sinton ia com o que ocorre em outras partes do mundo, se propõe a oerecer soluções alternativas e sustentáveis que possam superar as dificuldades não só materiais, como também metodológicas. A Educação Aberta utiliza-se e propõe o uso de 󰁒ecursos Educacionais Abertos. Ela busca omentar e estimular o ensino por meio da oerta de sugestões de práticas e recursos metodológicos abertos, para que as mais variadas opções existentes possam ser adaptadas para os distintos contextos educacionais. Apesar da dificuldade reerente aos custos e ao alcance livre dos materiais educacionais usados nas escolas, a internet acilita o acesso a eles, mas sem perder de vista a reflexão sobre a autoria e a permissão de uso e adequação dos materiai materiaiss disponibilizados. Para concretizar esse contexto, imagine que sua escola está em um evento aberto para a comunidade escolar para estimular e diundir o uso dos 󰁒ecursos Educacionais Abertos que usa em suas práticas. Suponha, também,

que um repórter da cidade, que ará uma matéria, cujo título é “Inovações educacionais e o uso dos 󰁒ecursos Educacionais Abertos”, ez as seguintes perguntas: 201

 

momento,, pode acessar artigos artigos 1. Hoje, qualquer pessoa, a qualquer momento científicos, livros, manuais, simuladores, etc., como também muitas inormações não confiáveis. Da mesma maneira, pode produzir inorinormações com boa qualidade, assim como de má qualidade. Qual é o papel da escola e do pro proessor essor nesse novo contexto? 2. Por que vocês, na escola, estão estimulando estimulando o uso dos Recursos Educacionais Educaciona is Abertos 3. Como você você está usando usando os Recursos Educacionais Educacionais Abertos Abertos em suas suas aulas? Perceba que as possíveis respostas a essas perguntas sintetizam o conhecimento necessário para que você, proessor ou uturo proessor, possa usar os 󰁒EA e justificar seus usos. Será esse o conheciment conhecimentoo que permitirá ter a flexibilidade necessária para adaptar suas propostas de trabalho em qualquer parte da área educacional: na sala de aula, na produção de materiais didáticos, na elaboração de orientações metodológicas ou propostas curriculares ou no desenvolvimento de 󰁒ecursos Educaciona E ducacionais is Abertos ou não. Conhecer bem esse presente e as tendências educacionais, com pensamento crítico e ético, em busca de uma sociedade com maior justiça social, é o nosso atual desafio, e esta seção pretende ajudar na produção desse conhecimento.

Não pode faltar seção,de você perceberá os 󰁒ecursos Educacionais Abertoseduca(󰁒EA) são Nesta resultados processos queque devem ser considerados inovações cionais, porque permitem que praticamente todos possam criar, modificar, experimentar e compartilhar novas ideias a qualquer momento e de qualquer lugar,, sem a necessidade de um financiam lugar financiamento ento ou de uma restrição de direitos d ireitos autorais para o seu uso. Os 󰁒EA são objetos de aprendizagem, como material para palestras, reerências e leituras, simulações, experimentos e demonstrações, além de programass de estudos, currículos e guias de proessores. Em geral, são dispoprograma nibilizados gratuitamente na internet para que proessores, instituições de ensino e alunos os usem em suas práticas escolares. Além disso, esses objetos

educacionais podem ser modificados e novamente compartilhados (WILEY, 2006).

202

 

Na obra de Butcher (2010, p. 36), encontramos uma definição da Unesco/ Commonwealth Common wealth o Learning (2011) sobre os 󰁒ecursos Educaciona Educacionais is Abertos: Materiais de ensino, aprendizado, e pesquisa em qualquer suporte ou mídia, que estão sob domínio público, ou estão licenciados de maneira aberta, permindo que sejam ulizados ou adaptados por terceiros. O uso de formatos técnicos abertos facilita o acesso e o reuso potencial dos recursos publicados digitalmente. REA podem incluir cursos completos, partes de cursos, módulos, livros didácos, argos de pesquisa, vídeos, testes, soware, e qualquer outra ferramenta, material ou técnica que possa apoiar o acesso ao conhecimento.

Antes de continuar, você deve estar atento ao ato de que, no primeiro parágrao, oi usado o termo “praticamente todos” e não “todos” (que seria desejável) para indicar a relação dos 󰁒EA com os usuários, como mostram os quadros a seguir. Quadro 4.4 | Alunos de escolas urbanas que já acessaram a internet, por úlmo acesso

Dependência administrativa

 Série

Há menos de três meses

Há mais de três meses

Não utiliza Internet

Públicas

84

13

3

Particular

83

17

0

5º ano do Ensino Fundamental

74

21

4

9º ano do Ensino Fundamental

90

9

1

2º ano do Ensino Médio

93

6

1

Fonte: Comitê Gestor da Internet no Brasil (2019, p. 277).

203

 

Quadro 4.5 | Alunos de escolas urbanas, por local de acesso à internet

Dependência administrativa

 Série

Quarto

Sala ou outro local que não seja o quarto

Escola

Casa de outra pessoa

Públicas

79

92

36

90

Particular

85

98

42

91

5º ano do Ensino Fundamental

68

91

12

85

9º ano do Ensino Fundamental

85

94

41

94

2º ano do Ensino Médio

90

94

6

97

Fonte: Comitê Gestor da Internet no Brasil (2019, p. 277).

Esse cuidado oi tomado porque você, ao ter acesso a inúmeras inormações sobre os 󰁒EA, não deve perder de vista que o uso e o acesso a esses produtos produ tos e aos seus conceitos requerem requerem uma inraestrutura inraestr utura mínima, composta por equipamentos equipamentos ou dispositivos digitais e acesso à internet, como também um mínimo de letramento digital e outros conhecimentos. Inelizmente, esses dois condicionantes reduzem significativamente o número de alunos e cidadãos que têm acesso ao 󰁒EA. Diante dessa limitação, cresce a importância da escola e dos proessores inserirem, em suas práticas, práticas, o uso do 󰁒EA, cujo acesso é gratui g ratuito. to. O termo aberto é por esse motivo motivo.. Com essa abertura, a possibilidade de compartilhamento de invenções abertas e livres e a oerta desses itens têm se ampliado bastante. bastante. Certamente, o 󰁒EA mais requente e impactante tem sido programas e aplicativos de computadores comp utadores e dispositivos d ispositivos móveis, os chamados sofwares livres. Exemplificando Exis tem inúmeros sowares livres disponíveis Existem disponí veis e em uso muito populares, como o sistema operacional GNU-Linux, muitos navegadores (browsers) usados codianamente na internet e plataformas, como o YouTube.

Mas não há apenas soware livre para uso popular, há também aqueles especializados, por exemplo, a linguagem R, inicialmente criada na década de 1970, mas que se consolidou como um programa de código aberto a parr da década de 1990. É frequentemente usada por 204

 

cienstas e estascos para manipulação e análise de dados. O Arduíno é um exemplo de programa especializado na área educacional. No Brasil, o Ministério da Educação disponibiliza um portal (plataforma) que reúne e disponibiliza, em um único lugar, os Recursos Educacionais Digitais dos principais portais do Brasil, para facilitar a busca desses recursos.

Outro exemplo bastante comum para os 󰁒EA são os chamados objetos de aprendizagem, os quais consistem, basicamente, em cursos, de qualquer área de conhecimento, preparados para serem acessados por meio de computadores comp utadores e dispositivos móveis. A lógica adotada nesses cursos é caracterizada por uma trajetória a ser percorrida pelos alunos, composta por uma sequência de telas que apresentam os conteúdos por meio de textos e desenhos, mas também incorporam outros recursos digitais, que permitem a interação dos alunos por meio de perguntas. Em cada uma dessas telas, podem conter opções que permitem aos alunos o acesso a questionários,  vídeos, áudios e gráficos. Foco na BNCC O uso dos REA é terreno férl, principalmente, por conta dos verbos ulizar e criar, presentes na quinta competência geral Base Nacional Comum Curricular, que diz: Compreender, ulizar e criar tecnologias digitais de inforinformação e comunicação de forma críca, signicava, reexiva e éca nas diversas prácas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar inforinformações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coleva. (BRASIL, 2018, p. 9)

Os objetos de aprendizagem com essas características são comumente aplicados na educação a distância e nos ambientes virtuais de aprendizagem, que buscam simular a organização de salas de aulas presenciais. A elaboração desses objetos de aprendizagem é eita com erramentas de autorais específicas, que permitem a incorporação de inúmeros recursos multimídias. multimídia s. Como são muitas erramentas, erramentas, cada uma delas segue s egue um padrão

de códigos, uma específica. vez que elas podem ser dierentes em unção da linguagem de programação

205

 

Essa diversidade de padrões de linguagem de programação, associada ao também diverso padrão usado nos navegadores de internet ( browsers), apresentam muitos problemas de apresentação e de uncionamento quando os objetos de aprendizagem virtual eram acessados. Esses problemas eram agravados e raramente resolvidos por conta da característica inerente do 󰁒EA, que coloca uma distância geográfica e temporal entre o seu autor e aquele o acessa. Para superar esses problemas, a solução desenvolvida oi um procedimento chamado empacotamento de conteúdo, o qual significa que o autor, após concluir a elaboração do objeto de apr aprendizagem, endizagem, usa um determinado aplicativo para sua compactação. Esse produto só será descompactado pela plataorma no momento que será acessado, de acordo com os padrões dos códigos dessa platao plataorma, rma, evitando os o s problemas anteriormente anteriormente encontrados na apresentação e no uncionamento dos objetos de aprendizagem. Para elaborar um objeto de aprendizagem, assim como de qualquer outro recurso digital, na concepção da Educação Aberta, em geral, cada uma das etapas tem os seguintes s eguintes objetivos: • Coletar as inormações e outros 󰁒EA disponíveis, sempre se preocupreocupando com as inormações inerentes eles, os chamados metadados (para azer isso, basta você procurar um dos endereços eletrônicos que disponibilize os 󰁒EA. No endereço eletrônico da Wi󰁫ipédia, você poderá conhecer seis dieren dierentes tes tipos de projetos). • Verificar a integridade dessas inormações e dos 󰁒EA coletados, assim como também de seus metadados. • Guardar Guardar de maneira organiz organizada ada e sistemática cada um deles, para para acilitar o estudo e o planejamento das uturas intervenções necessárias para a adaptação ao propósito educacional do novo objeto de aprendizagem apr endizagem que está sendo elaborado (esse procedimento consiste, basicamente, basicament e, em você guardar os arquivos e seus projetos em um local de seu contro controle, le, como um pen drive ou nuvem). • Desenvolvimento Desenvolvime nto da produção do novo objeto de aprendizagem, seguindo as etapas planejadas. • estar e verificar a qualida qualidade de do objeto de aprendizagem criado. É hora de aplicar os procedimentos da Curadoria Digital, para p ara verificar se o conteúdo, a trajetória metodológica e a uncionalidade estão

adequados ao propósit propósitoo educacional estabelecido. • Compartilhar o novo objeto de apr aprendizagem endizagem desenvolvido por meio de algum sofware s ofware livre. livre. 206

 

Exemplificando O RELOAD Editor (Reusable E-Learning Object Authoring and Delivery ) é um dos muitos exemplos de soware livre usado para criar, descrever metadados e empacotar conteúdos digitais. Outros programas semelhantes comumente usados são o CourseLab e o Hotpotatoes.

Como você deve ter percebido, todo o processo de elaboração de um objeto de ensino digital, de um 󰁒EA ou não, requer um grande cuidado desde o momento que a decisão de azer é tomada. Esse processo é bastante semelhante ao de uma Curadoria Digital. Porém, na opção por ser ou não um 󰁒EA, há uma dierença e uma semelhança extremamente significativas que estão ligadas à questão dos direitos autorais. autorais. A opção por desenvolver um objeto de aprendizagem como um 󰁒EA permite o uso de muitas inormações e de muit muitos os outros 󰁒EA já elaborados, incluindo, nesse escopo, a possibilidade de modificá-los, o que requer, ao mesmo tempo, o cuidado com os metadados tanto do 󰁒EA que está sendo desenvolvido quanto quanto daqueles que oram usados. A opção por desenvolver um objeto de aprendizagem não aplicável à Educação Aberta permite o uso de inormações já existentes, porém estas não podem ser modificadas e devem ser criteriosamen criteriosamente te reerenciadas. Além disso, o recurso desenvolvido não pode estar associado a qualquer outro  já desenvolvi desenvolvido do e que esteja com os direitos aut autorais orais salvaguardados. Ou seja, nesse processo, a Curadoria Digital precisa estar atenta, em ambos os casos, a essa dierença de poder ou não modificar, e com as precauções em relação ao licenciamento dos recursos ou objetos de aprendizagem que se pretendem produzir. odos os 󰁒EA são criados e disponibilizados seguindo cuidados com os seus conteúdos, com as licenças de uso e com o uso de ormatos técnicos abertos para acilitar as modificações necessárias. Dessa D essa maneira, os usuários dos 󰁒EA têm autorização, ou no jargão usado pelas comunidades responsá veis por sua disponibilização disponibilização,, têm as seguintes seguintes liberdades: • Usar o 󰁒EA original original como como quiser quiser,, para qualquer finalidade e em distintos contextos. • Estudar Estudar,, adaptar adaptar e melhorar melhorar o 󰁒EA para melhor adequá-lo para para o seu

novo propósito. • Combinar e misturar dierentes 󰁒EA, gerando novos 󰁒EA.

207

 

󰁒EA produzidos produzidos ou outros outros original• Compartilhar os novos 󰁒EA mente encontrados. • Armazenar uma cópia do 󰁒EA em seu próprio pode poderr. No entanto, essas liberdades não implicam a ausência dos direitos autorais. Os 󰁒EA mantêm o direito autoral, garantindo o reconhecimento do autor aut or e, ao mesmo tempo, oerece oerece essas liberdades. Nesse contexto, os 󰁒EA permitem a gestão do direito autoral, isto é, que o autor defina quais das liberdades deseja disponibilizar aos usuários de sua produção. Assimile Com o propósito de proteger as relações entre o autor e quem se uliza de suas produções, existe a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro 1998, a qual altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Nessa lei, os direitos são divididos em morais e patrimoniais. O direito moral garante a autoria da produção, considerando-a intransferível e irrenunciável, enquanto o direito patrimonial assegura o aproveitamento econômico da produção ao autor, permindo a sua transferência ou cessão a outras pessoas ou instuições.

O registro da inormação sobre quais das liberdades o autor selecionou sobre sua produção é eito por meio de licenças e termos flexíveis de uso. As licenças comumente usadas no âmbito nacional e internacional são aquelas emitidas e controladas pela Creative Commons (CC), a qual é uma organização internacional internacional sem fins lucrativos, que oi a criadora de um instrumento legal padronizado, de ácil acesso e utilização, que garante a autoria autoria e as liberdades para cada um dos 󰁒EA. Assimile O simples uso de uma licença aberta não chega a caracterizar um recurso disponibilizado como REA. A licença apenas torna claros quais são os usos possíveis do recurso por outras pessoas que não sejam o próprio autor. Para um recurso ser considerado um REA, o autor precisa escolher como atribuição as licenças do po CC-BY, CCBY-SA, CC-BY-NC

CC-BY-NC-SA, uma vez que elas permitem que sejam misturadas, revistas, modicadas, adaptadas e novamente disponibilizadas. disponibilizadas.

208

 

As licenças da CC consideram as atribuições da autoria, a utilização não comercial, o compartilhamento compartilhamento pela mesma licença, e não as obras derivadas. A combinação desses critérios resulta em dierentes licenças, as quais podem po dem ir desde as mais livres até aquelas mais mais restritivas. O quadro a seguir sintetiza as seis possíveis licenças disponibilizadas pela CC. Quadro 4.6 | Tipos de licença Creave Commons

Atribuição CC BY Esta licença permite per mite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e o uso dos materiais licenciados

Atribuição Atribu ição – Compartilha Igual CC BY-SA Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito e que licenciem as novas criações sob termos idênticos. Esta licença costuma ser compa comparada rada com as licenças de sofware livre e de código aberto "copylef". odos odos os trabalhos novos baseados no seu terão a mesma licença, portanto quaisquer trabalhos derivados também permitirão o uso comercial. Esta é a licença usada pela Wikipédia e é recomendada para materiais que seriam beneficiados com a incorporação de conteúdos da Wikipédia e de outros projetos com licenciamento semelhante.

Atribuição Atrib uição – Sem Derivações CC BY-ND Esta licença permite a redistribuição, comercial e não comercial, desde que o trabalho seja distribuído inalterado e no seu todo, com crédito atribuído a você.

Atribuição Atrib uição - Não Comercial CC BY-NC Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os

novos tenham atribuir o devido crédito não possamtrabalhos ser usados para de finslhe comerciais, os usuários nãoe têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.

209

 

Atrib Atribuição uição – Não Comercial C omercial – Compartilha Igual CC BY-NC-SA Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, desde que atribuam a você o devido crédito e que licenciem as novas criações sob termos idênticos.

Atribuição Atribu ição - Sem Derivações Derivaçõe s – Sem Derivados CC BY-NC-ND Esta é a mais restritiva das nossas seis licenças principais, só permitindo que outros açam download dos seus trabalhos e os compartilhem desde que atribuam crédito a você, mas sem que possam alterá-los de nenhuma orma ou utilizá-los para fins comerciais. Fonte: adaptado de (SOBRE..., [s.d.]).

Perceba que esses recursos podem ajudar os proessores na mudança de suas aulas, pois essas tecnologias induzem os alunos a serem ativos no processo, tornando-os responsáveis pelos seus próprios processos de aprendizagem. A possibilidade e a necessidade de incorporação dos recursos e das tecnologias digitais para melhorar a qualidade das práticas escolares não permitem mais que os proessores sejam os mesmos de alguns anos atrás. De certa orma, a cultura digital já constituída e, mesmo assim, ainda em constante modificação, presente presente ora da escola, orça que as práticas desenvolvidas desenvolvidas em seu interior sejam inovadora inovadoras. s.

Sem medo de errar A situação-problema criada para esta seção propõe três perguntas eitas hipoteticamente por um repórter durante um evento escolar, no qual o uso de 󰁒EA é deendido. Antes de respondê-las, mais uma vez, devemos perceber que suas respostas podem não apenas sintetizar e justificar esta seção mas também resgatar as ideias centrais de cada uma das outras onze seções das quatro unidades deste livro. A primeira pergunta: “Hoje, qualquer pessoa, a qualquer momento, momento, pode

acessar artigos científicos, livros, manuais, simuladores, etc., como também muitas inormações inormações não confiávei confiáveis. s. Da mesma maneira, pode produzir inorinormações com boa qualidade, assim como de má qualidade. Qual é o papel da 210

 

escola e do proessor nesse novo contexto?” evidencia o ato de os avanços tecnológicos terem mudado as ormas de comunicaçã comunicaçãoo e interação nas mais diversas práticas sociais, trazendo, atualmente, não apenas a potencialidade dos computadores, mas, principalmente, a mobilidade possível no acesso, na produção, no armazenamento e no compartilhamento de inormações e de recursos. Esse questionamento evidencia também a importância de as escolas, em geral, precisarem incorporar essas mudanças em suas práticas escolares, para que possam cumprir o seu papel enquanto instituição social, que é possibilitar aos seus alunos o acesso ao conhecimento acumulado pela sociedade e usá-lo para produzir novos conhecimentos e comportamentos, a fim de identificar e resolver os atuais problemas, tanto sociais quanto naturais, que a sociedade enrenta e prevenir aqueles que podem surgir no uturo. Como a própria pergunta inorma, atualmente, atualmente, qualquer um, de qualquer lugar e a qualquer momento, desde que possa usar computadores computadores ou dispositivos móveis com acesso à internet, pode acessar uma incomensurável incomensurável quantidade de inormações e recursos já disponíveis, Por isso, o papel da escola e, consequentemente, consequent emente, do proessor proessor e de todos que com ele trabalham direta ou indiretamente indiretamen te é orientar para que o acesso a inormações e recursos, a identificação e a solução de problemas e o compartilhamento dessas soluções e dos conhecimentos construídos sejam eitos orientados em princípios éticos e permitam o desenvolvim desenvolvimento ento do pensament pensamentoo crítico. odas as etapas da Curadoria Digital possuem muita aderência a qualquer uma das propostas de metodologias ativas, que permitem não apenas tornar o aluno responsável responsável pela construção de seu s eu conhecimento, conhecimento, suas competência competências, s, suas habilidades, seus valores e suas atitudes, mas definir se essas mudanças serão eetivamente inovações educacionais ou apenas ações conservadoras revestidas de novas tecnologias. Esse contexto mostra que, com os avanços tecnológicos, o papel dos profissionais do magistério e do sistema educacional (não apenas do proessor pro essor ou da escola) ganha importância para combater um das patologias que a ubiquidade pode gerar devido à alta da crítica e da ética, que é a sobreposição do conheciment conhecimentoo comum sobre o conhecimento científico. Ou seja, quanto maiores orem os avanços tecnológicos digitais sobre a comunicação e a interação presentes nas práticas sociais dos mais diversos campos de atividade humana, maior será a importância da educação, porque um de seus desafios está em não apenas dominar o manuseio dos aparatos tecnológicos,

mas no domínio sobre a finalidade desse manu manuseio. seio. Outro desafio da educação está na dierença existente entre os contextos dos alunos, não só no acesso a essas tecnologias, mas também 211

 

no conhecimento que têm e em suas condições de vida. A educação será equânime quando conseguir dar um tratamento equitativo tanto nas salas de aula como nesse bac󰁫ground do aluno e sua amília, ampliando a ideia da personalização do ensino, intererindo não apenas nas questões metodológicas de ensino e de aprendizagem, mas também em outros atores que influenciam na aprendizagem que ocorre ora da escola. escol a. Portanto, a educação precisa que a equidade tambémade outras áreas sociais emostrar azer demandas sobre educacional elas. Dito dedepende outra maneira, equidade não precisa existir dentro e ora dela. A disponibilização dos 󰁒EA tratados de orma licenciada nas mais diversas comunidades virtuais de aprendizagem é exemplo real dessa possibilidade para as práticas educacionais. Os alunos, desde que tenham os equipamentos e o acesso à internet, podem, respeitando os direitos autorais e critérios da curadoria, se tornar excelentes excelentes autores de novos 󰁒EA, despertando interesse pelo que aprendem e pela orma que aprendem nas escolas, uma vez que tudo o que azem passa a ter significado real. Esses são os motivos pelos quais as escolas devem usar os 󰁒EA, respondendo, assim, à segunda pergunta do hipotético repórter da situação-pr situação-problema oblema proposta nesta seção. se ção. Para responder à terceira pergunta, a qual questiona sobre a orma de usar nas salas de aula, basta retomar os procedimentos para usos de metodologia ativas, ou da curadoria digital, vistos em seções anteriores, ou ainda retomarr os procedimentos descritos nesta seção como objetivos de cada uma retoma das etapas para trabalhar com 󰁒EA, que começa com a coleta de inormações. Essas inormações podem ser encontradas em repositórios disponibilizados por diversas universidades ou instituições (públicas ou privadas sem fins lucrativos) nacionais nacionais e internacio internacionais. nais. Opções não altam, mas duas excelentes excelent es reerências para iniciar essa coleta podem ser: ser : • Banco Internac Internacional ional de Objetos Educacionai Educacionaiss (BIOE). • Platao Plataorma rma MEC de 󰁒ecursos Educaciona Educacionais is Digitais. Avançando na práca

Sem empacotamento empacotamento não há compartilhamento de conteúdos digitais Imagine que você está diante de uma turma de alunos de 2º ano do Ensino

Médio que está desenvolvendo, em parceria com os alunos do 3º do Ensino Fundamental, Fundam ental, um curso sobre como não desperdiçar alimentos na escola.

212

 

Esse curso vai ser desenvolv ido pelos alunos do Ensino Médio usando os d esenvolvido 󰁒EAs (󰁒ecursos Educacionais Abertos). Abertos). Durante a pesquisa, os alunos ficaram em dúvida sobre o significado de “empacotamento digital”. Ciente da especificidade da temática, você decidiu preparar um texto para organizar uma apresentação sobre o assunto. Quais inormações você deve apr apresentar esentar nesse material?

Resolução da situação-prob situação-problema lema O texto que undamenta a exploração da temática “Empacotamento de recursos digitais” poderia conter as seguintes inormações: Os objetos de aprendizagem, sendo ou não 󰁒EA, são recursos que permitem aos alunos ou proessores organizarem seus processos de ensino ou de aprendizagem. São compostos por textos, otos, esquemas, gráficos, tabelas, apresentações, áudios, vídeos, enfim, quaisquer recursos digitais desenvolvidos para um propósito de ensino. Uma das dificuldades enrentadas para o uso desses recursos está na alta de padronização provocada pela grande diversidade de especificações técnicas usadas pelas erramen erramentas tas de autoria e pelos ambien ambientes tes virtuais onde são disponibilizados. Essa diversidade não é percebida pelo usuário final desses recursos, sejam eles pro proessores essores ou alunos, uma vez que fica no âmbito do programa computacional e no armazenamento dos dados. Apesar disso, é importante conhecer a existência desses dierentes padrões, para que se entenda a complexidade técnica presente nesses processos de produção e compartilhamento compartilham ento de 󰁒EA. Além disso, o conhecimento dessas de dierenças é importante para que alunos e proessores entendam o motivo entendam os 󰁒EA não po derem ser poderem combinados de orma que desconsiderem essa dierença de padrões. A padronização é necessária para que sejam possíveis a reutilização, a interoperabilidade, a durabilidade e a acessibilidade desses recursos, por meio do processo de empacotamento. O empacotamento de um objeto de aprendizagem az com que todos os arquivos digitais (apresentações, textos, gráficos, questionários, imagens,  vídeos, áudios, simuladores, metadados etc.) sejam compactados em um único arquivo digital que atenda à especificação de um padrão técnico. O objetivo da padronização é permitir a interconectividade entre sistemas de

dierentes especificações. Há dierentes dierentes dierentes padrões, dentre os quais, os pioneir pioneiros os oram: a Aliança de Autoria de Aprendizagem a Distância e 󰁒edes de

213

 

Distribuição na Europa (A󰁒IADNE), o Comitê de Padrões de ecnologia de Aprendizagem (LSC) e os Sistemas de Gerenciamento Instrucional (IMS). Dentre os exemplos desses padrões existem: • LOM (Learning Object Metadata Standard ): ): modelo pioneiro e mais diundido por especificar o conceito e a estrutura estr utura dos metadados. • SCO󰁒M (Sharable Content Object 󰁒eference Model ): ): modelo de reerência reerên cia na modalidade de educação a distância. • ICOPE󰁒5 (Interoperable Content for Performance): modelo com proposta mais inovadora por priorizar o ensino por competências. Para o aproveitamento aproveitamento das características caracter ísticas que tornam os 󰁒EAs 󰁒E As relevantes, é importante verificar o padrão usado em sua elaboração e disponibilização e, portanto,, a base (repositório) na qual ele é disponibilizado para que as produportanto ções dos alunos e proessores que usam os 󰁒EAS não apr apresentem esentem problemas problemas durante o seu uso.

Faça valer a pena

1. A Creative Commons é uma organização sem fins lucrativos, que permite o compartilhamento compartilhamento e o uso da criatividade e do conhecimento por meio de instrumentos instrument os jurídicos gratuit gratuitos. os. Suas licenças e seus instrument instrumentos os ornecem a todos, desde des de criadores individuais até grandes empresas, empresas, uma orma padronizada de atribuir autorizações de direito de autor e de direitos conexos aos seus trabalhos criativos. As licenças incorporam um design dierenciado em três camadas (legível por máquinas, legível por humanos e texto legal), as quais resultam em seis dierent dierentes es licenças. Sobre essas licenças da Creative Commons, relacione a Coluna 1 com a Coluna 2.

(1) Atribuição – CC BY.

(2) Atribuição – Compartilha

( ) Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito e que licenciem as novas criações sob termos idênticos. ( ) Esta licença permite permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais,

Igual/CC BY-SA.

desde que atribuam a você o devido crédito e que licenciem as novas criações sob termos idênticos.

214

 

(3) Atribuição – Sem Derivações/CC BY-ND.

( ) Esta licença permite que outros outros distribuam, distribuam, remixem, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. (

(4) Atribuição – Comercial/CC BY-NC.

) Esta é a mais restritiva das nossas seis licenças

Não

principais, só permitindo que outrosdesde açam dos seus trabalhos e os compartilhem quedownload atribuam crédito a você, mas sem que possam alterá-los de nenhuma orma ou utilizá-los para fins comerciais.

(5) Atribuição – Não Comercial – Compartilha Igual/CC BY-NC-SA.

( ) Esta licença permite permite a redistribuição redistribuição,, comercial comercial e não não comercial, desde que o trabalho seja distribuído inalterado e no seu todo, com crédito atribuído a você.

(6) Atribuição - Sem Derivações – Sem Derivados/

( ) Esta licença permite que outros outros remixem, remixem, adaptem adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins

CC BY BY-NC-ND. -NC-ND.

comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.

Assinale a relação correta entre as colunas: a. 2; 5; 1; 6; 3; 4. b. 2; 6; 3; 5; 3; 4. c. 2; 5; 3; 6; 3; 4. d. 3; 6; 2; 4; 1; 5. e. 3; 6; 1; 4; 2; 5.

2.

A ideia inerente a um objeto de aprendizagem é aquela que permite que ele seja reutilizável em dierentes contextos, por dierentes pessoas, em dierentes dieren tes locais e momen momentos. tos. Em geral, a reutilização de um objeto contendo múltiplos e distintos elementos comunicacionais, como imagens, textos, áudios ou simulações, dificulta esse propósito, porque eles incorporam o contexto ligado ao seu conteúdo. Por isso: I.

I. Os repositórios e as bibliot bibliotecas ecas digitais oram criados com o propósito de tornar acessíveis os recursos educacionais digitais, sendo ou

não abertos. II. II. Os repositórios que aderem à ideia ideia de Educação Aberta têm como objetivo permitir e acilitar acesso a uma variedade de recursos educacionaiss digitais a qualquer pessoa ao redor do mundo. educacionai 215

 

III. III. Os conteúdos conteúdos educacionai educacionaiss criados para serem Recursos Educacionais Abertos nas dierentes localidades do mundo precisam ser adaptados, não só pela questão da língua, mas também pela questão cultural e temporal. IV. IV. Os conteúdos digitais, para serem Recursos Educacionais Abertos, livros didáticos programas de computadores e curso decomo línguas, precisam serdigitais, c ulturalmente culturalmen te neutros. Assinale a alternativa correta: a. Somente as afirmativas afirmativas I e II são verdadeiras. b. Somente as afirmativas afirmativas I, II e III são verdadeiras. verdadeiras. c. Somente as afirmativ afirmativas as II e III são verdadeiras. verdadeiras. d. Somente as afirmativas II, III e IV IV.. e. odas as afirmativas são verdadeir verdadeiras. as.

3.

Os objetos de aprendizagem e os Recursos Educacionais Abertos são erramentas interativas, multimodais e multimidiáticas destinadas ao apoio nos processos de aprendizagem de conceitos e procedimentos das mais diversas áreas do conhecimento. I.

Apesar de ambos serem produções que se popularizara popularizaram m graças aos avanços tecnológicos digitais, que tornaram o seu acesso e o seu compartilhamento muito acessíveis e eficientes, os objetos de aprendizagem não podem ser conundidos com Recursos Educacionais Abertos (REA).

PO󰁒QUE II. Nem todos os objetos de aprendiza aprendizagem gem podem ser usados livrement livrementee e muito menos alterados, dieren dierentemente temente daqueles que se s e enquadram como Recursos Educacionai Educacionaiss Abertos, cujos c ujos autores incorporam em seu compartilhamento o conceito de abertura, por vezes, auto autorizando rizando o uso, a adaptação e o compartilham compartilhamento ento segundo licenças predeterminadas. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta: a. As asserções I e II são proposições proposições verdadeiras, verdadeiras, mas a II não justifica justifica

a I. b. As asserções asserções I e II são proposições proposições verdadeiras, verdadeiras, e a II justifica a I. c. A asserção asserção I é uma uma proposição proposição verdadeira, e a II, alsa. 216

 

asserção I é uma proposição alsa, e a II, verdadeira. d. A asserção e. As asserções I e II são proposições alsas.

217

 

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