Livro-Texto I Infra Ti

August 29, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Infraestrutura de TI Autor: Prof. Antônio Palmeira de Araújo Neto Colaborador: Prof. José Carlos Morilla

 

Professor conteudista: Antônio Palmeira de Araújo Neto Mestre em Engenharia de Produção pela UNIP (2013), especialista em Gestão da Tecnologia da Informação pelo Centro Universitário Uninassau em Pernambuco (2010) e engenheiro de Telecomunicações pela Universidade de Pernambuco (2008). Professor e coordenador geral do curso superior de Tecnologia em Gestão de TI na UNIP, leciona também em outros cursos na modalidade presencial e a distância. É ainda professor e coordenador do curso técnico de Telecomunicações da Fundação Instituto de Educação de Barueri. Tem experiência de mais de dez anos em Gestão e Governança de TI e na prestação de serviços de TI a empresas do segmento financeiro e concessionárias de serviços de telecomunicações.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) A6 A6663i

Araú aújo jo Neto Neto,, AAnt ntôôni nioo Pal Palme meir iraa ddee. Infraestrutura de TI / Antônio Palmeira de Araújo Neto. São Paulo: Editora Sol, 2020. 152 p., il. Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230. 1. Sistemas de informação. 2. Inteligência artificial. 3. Infraestrutura. I. Título. Infraestrutura. CDU 681.3

U508.04 – 20

© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Universidade Paulista.

 

Prof. Dr. João Carlos Di Genio Reitor

Prof. Fábio Romeu de Carvalho

 Vice-R  Vic e-Reito eitorr de de Plan Planeja ejamen mento, to, Adm Admini inistr straçã ação o e Fin Finanç anças as

Profa. Melânia Dalla Torre  Vice-Reitora de Unidades Unidades Universitárias Universitárias

Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez  Vice-Reitora de Pós-Graduação Pós-Graduação e Pesq Pesquisa uisa

Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez  Vice-Reitora de Graduação

Unip Interativa – EaD

Profa. Elisabete Brihy Prof. Marcello Vannini Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar Prof. Ivan Daliberto Frugoli  

Material Didático – EaD

 

Comissão editorial: Dra. Angélica L. Carlini (UNIP) Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR) Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)

         

Apoio:

   

Projeto gráfico: Prof. Alexandre Ponzetto

     

Revisão:

Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos

Talita Lo Ré Vitor Andrade

 

Sumário Infraestrutura de TI APRESENTAÇÃO .................................. .................................................... .................................... .................................... .................................... .................................... .................................... ..........................9 ........9 INTRODUÇÃO .................................... ...................................................... .................................... .................................... .................................... .................................... .................................... .............................9 ...........9 Unidade I

1 INFRAESTRUTURA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ................................... ..................................................... ................................ ..............11 11 1.1 Componentes da infraestrutura infraestrutura de TI ................ .................................. .................................... .................................... .................................... ...................... 11 1.1.1 Introdução ..................................................................................................................................................11 1.1.2 Os processos e a infraestrutura infraestrutura de TI ........................ .................................................. ..................................................... ............................................ ................. 12 1.1.3 Arquitetura de TI .....................................................................................................................................14 1.1.4 Evolução da infraestrutura de TI ......................................................................................................15 1.1.5 Maturidade da infraestrutura de TI .................................................................................................19

1.2 Hardware e software.................................. .................................................... .................................... .................................... .................................... ................................... .................19 19 1.2.1 Hardware ....................................................................................................................................................19 1.2.2 Sistema computacional básico ..........................................................................................................20 1.2.3 Software .....................................................................................................................................................23 1.2.4 Tipos de computadores ........................................................................................................................25

2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ..................... ....................................... .................................... .................................... .................................... .................................... .......................... ........27 27 2.1 Introdução.................................... ...................................................... .................................... .................................... .................................... .................................... ................................... .................27 27 2.1.1 Conceitos e classificação .....................................................................................................................27 2.1.2 Sistemas de processamento processamento de transações................................................... ......................... ..................................................... ............................... ....30 30 2.1.3 A falta de integração e a existência de silos ...............................................................................31

2.2 ERP ................. .................................... .................................... .................................... .................................... .................................... .................................... ................................ ..............32 32 2.2.1................................... Conceitos e histórico .............................................................................................................................32 2.2.2 Arquitetura e operação de um ERP .................................................................................................34 2.2.3 Vantagens e desvantagens de um ERP ..........................................................................................34

2.3 Banco de dados ................. ................................... .................................... .................................... .................................... .................................... .................................... .......................... ........35 35 2.3.1 Conceitos ....................................................................................................................................................35 2.3.2 Projeto de banco de dados .................................................................................................................37 2.3.3 Business intelligence .............................................................................................................................38 2.3.4 Data mining ..............................................................................................................................................39 2.3.5 Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados ........................................................................39 Unidade II

3 TOMADA DE DECISÃO E INTELIGÊNCIA ARTIFICAL ....................... ......................................... .................................... ................................... .................44 44 3.1 Sistemas de suporte a decisão .................................... ...................................................... .................................... .................................... ................................ ..............44 44

 

3.1.1 Decisões: conceitos e tipos .................................................................................................................44 3.1.2 Processo de tomada de decisão ........................................................................................................46 3.1.3 Sistemas de Informação Gerencial (SIG) .......................................................................................47 3.1.4 Características e aspectos funcionais de um SIG ......................................................................50 3.1.5 Sistema de Apoio à Decisão (SAD) ...................................................................................................54

3.2 Inteligência artificial ........................................ .......................................................... .................................... .................................... .................................... ............................. ...........56 56 3.2.1 Especialidades da inteligência artificial .........................................................................................57

4 INFRAESTRUTURA I NFRAESTRUTURA DE REDES DE COMPUTADORES................ .................................. .................................... .................................... ....................... ..... 58 4.1 Componentes da infraestrutura infraestrutura de redes..................... redes....................................... .................................... .................................... .......................... ........58 58 4.1.1 Telecomunicações ...................................................................................................................................58 4.1.2 Redes de computadores .......................................................................................................................59 4.1.3 Meios físicos..............................................................................................................................................60 físicos..............................................................................................................................................60 4.1.4 Classificação das redes de computadores.....................................................................................61 4.1.5 Topologias de rede ..................................................................................................................................62

4.2 Infraestrutura de cabeamento estruturado estruturado...............................................................................64 ...............................................................................64 4.2.1 Cabeamento estruturado.....................................................................................................................64 4.2.2 Subsistemas do cabeamento estruturado ....................................................................................65 4.2.3 Subsistemas do cabeamento horizontal .......................................................................................66 4.2.4 Subsistemas do cabeamento de backbone...................................................................................70 backbone...................................................................................70 4.2.5 Espaços em um sistema de cabeamento estruturado estruturado .................................................... .......................... ................................... ......... 74 4.2.6 Sala de telecomunicações ...................................................................................................................78 4.2.7 Sala de equipamentos...........................................................................................................................81 4.2.8 Infraestrutura de entrada ....................................................................................................................83 4.2.9 Requisitos importantes nos espaços de telecomunicações telecomunicações .................................................. ........................ .......................... 85 Unidade III

5 DATA CENTERS E SERVIDORES................................ SERVIDORES.................................................. .................................... .................................... .................................... ............................. ...........89 89 5.1 Servidores e infraestrutur infraestruturaa de armazenamento de dados .................................... .................................................. ..............89 89 5.1.1 Servidor .......................................................................................................................................................89 5.1.2 Componentes de um servidor ...........................................................................................................90 5.1.3 Tipos de servidores .................................................................................................................................91 5.1.4 Infraestrutura de armazenamento de dados...............................................................................92

5.2 Data center ................................................. ................................................................... .................................... .................................... .................................... .................................... ...................... 93 5.2.1 Introdução .................................................................................................................................................93 5.2.2 Componentes da arquitetura do data center .............................................................................95 5.2.3 Tipos e classificações dos data centers ..........................................................................................97 5.2.4 Custos de implementação e operação operação de um data center .......................... .................................................... .......................... 98 5.2.5 Data center em contêiner ...................................................................................................................99 5.2.6 Gestão do data center ........................................................................................................................100 5.2.7 Virtualização ...........................................................................................................................................101

6 INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS .... ...................... .................................... .................................... .................................... .................................... ....................................10 ..................1033 6.1 Serviços ................................... ..................................................... .................................... .................................... .................................... .................................... .................................... .....................103 ...103 6.1.1 Conceito de serviço ..............................................................................................................................103 6.1.2 Diferenças entre entre produtos e serviços ....................... ................................................. ..................................................... .......................................... ...............103 103

 

6.1.3 Qualidade em serviços ........................................................................................................................104

6.2 Transição da infraestrutura infraestrutura para serviços ................................ .................................................. .................................... ..............................104 ............104 6.2.1 Serviços de TI ..........................................................................................................................................104 6.2.2 Infraestrutura Infraestrutura de TI e a computação em nuvem ................................................. ....................... .............................................. ....................105 105 6.2.3 Arquitetura Arquitetura orientada a serviço .................................................... .......................... .................................................... .................................................. ........................ 10 1077

Unidade IV

7 COMPUTAÇÃO EM NUVEM E GERENCIAMENTO DA INFRAESTRUTURA .................. .................................111 ...............111 7.1 Computação em nuvem .................................... ...................................................... .................................... .................................... .................................... ........................111 ......111 7.1.1 Infraestrutura como serviço (IaaS) ................................................................... ......................................... ..................................................... ..............................1 ...1111 7.1.2 Plataforma como serviço (PaaS) (PaaS) ................................................... ......................... .................................................... .................................................. ........................ 113 7.1.3 Software como serviço (SaaS) .........................................................................................................115

7.2 Gerenciamento da infraestrutura infraestrutura de TI .................................. .................................................... .................................... .................................117 ...............117 7.2.1 Evolução da administração da TI nas corporações ....................... .................................................. .......................................... ............... 117 7.2.2 Gerenciamento Gerenciamento da infraestrutura de TI .................................................. ........................ .................................................... ..................................... ........... 119 7.2.3 Introdução ao gerenciamento gerenciamento de serviços serviços de TI .................................................. ........................ ............................................. ................... 120 7.2.4 Conceitos básicos em gerenciamento de serviços de TI ..................................................... .......................... .............................121 ..121 7.2.5 Frameworks de gerenciamento gerenciamento de serviços de TI ..................................................... .......................... .......................................... ...............121 121 7.2.6 Histórico Histórico e evolução do ITIL ........................ .................................................. .................................................... .................................................... ................................ ...... 122

8 ADMINISTRAÇÃO DE REDES R EDES E GOVERNANÇA DE TI ................................... ..................................................... ....................................12 ..................1233 8.1 Gerenciamento e administração da infraestrutura de redes redes............................................123 ............................................123 8.1.1 Administração Administração de rredes edes .................................................. ........................ .................................................... ..................................................... ......................................... .............. 123 8.1.2 Ferramentas Ferramentas de gerenciamento gerenciamento de redes................................................... ......................... .................................................... ................................ ...... 129 8.1.3 Protocolo simples de gerenciamento gerenciamento de redes redes ................................................. ....................... ................................................. ....................... 130

8.2 Governança de TI .......................... ............................................ .................................... .................................... .................................... .................................... ..............................132 ............132 8.2.1 Conceitos básicos em governança governança de TI................................................. ....................... .................................................... .................................... .......... 132 8.2.2 Decisões Decisões em governança de TI ....................... ................................................. .................................................... ..................................................... ............................. 133

 

 APRESENTAÇÃO  APRESENT AÇÃO O objetivo desta disciplina é conhecer os componentes da infraestrutura de Tecnologia da Informação (TI), bem como seus mecanismos e relações dentro de uma organização e na vida ddas as pessoas. O recorte bem definido deste livro abrange a infraestrutura de TI, incluindo hardware, software, banco de e redes edenacomputadores, apresentando vidadados das pessoas sociedade de forma geral. as suas subdivisões e o seu uso nas organizações, na Ao ler este livro-texto, espera-se que o aluno compreenda toda a complexidade que en envolve volve a arquitetura e a infraestrutura de TI. Nele são apresentados os seguintes temas: conceitos sobre a infraestrutura de TI (abrangendo os seus componentes e com ênfase em hardware e software) e de sistemas de informação (por meio de uma abordagem histórica e moderna, com ênfase no ERP); infraestrutura de redes de computadores (abordando os seus componentes e a infraestrutura de cabeamento estruturado) e sistemas de tomada de decisão e de inteligência artificial; conceitos mais modernos de infraestrutura relacionados a data center, servidores, infraestrutura de armazenamento de dados e a relação entre infraestrutura e serviços; computação na nuvem (seja na infraestrutura, na plataforma ou em software), além de uma abordagem introdutória ao gerenciamento da infraestrutura de TI. Espero que você tenha uma boa leitura e se sinta motivado a ler e conhecer mais sobre infraestrutura de TI. Bons estudos!

INTRODUÇÃO Praticamente utilizada por todas as pessoas que vivem em sociedade, a TI, ao longo de anos, vem ganhando grande importância nas nossas vidas, tanto no profissional como no pessoal. Hoje, podemos afirmar com certeza que a dependência que temos da TI é fruto da modificação provocada por ela nos nossos processos de trabalho e no fluxo de informação i nformação do nosso cotidiano. É possível também perceber que as soluções de TI, antes vistas como etéreas (no sentido poético da palavra), distantes e destinadas a um público específico, passam cada vez mais a serem ubíquas, desmistificadas e bastante acessíveis a todas as pessoas na forma de ferramentas com um grau de dificuldade baixo no seu uso. No entanto, longe do conhecimento de muitos, todo o aparato que sustenta as soluções e aplicações de TI não é tão simples nem tão desmitificado. A esse aparato damos o nome de infraestrutura de TI, a qual, por meio de recursos de hardware, recursos de software, recursos de banco de dados, recursos de redes de computadores, suporta as operações de negócio e o uso pessoal das ferramentas de tecnologia tec nologia na vida das pessoas. A solidez e a efetiva operação da infraestrutura de TI e dos seus recursos são cruciais para o bom desempenho do negócio e para que as organizações alcancem os seus objetivos estratégicos. 9

 

INFRAESTRUTURA DE TI

Unidade I 1 INFRAESTRUTURA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 1.1 Componentes da infraestrutura de TI 1.1.1 Introdução

Partindo de uma visão de simples usuários da tecnologia, não temos a percepção de todo o aparato que sustenta ações tão triviais como fazer um simples pedido de refeição utilizando um aplicativo em smartphone ou ler informações em um site de notícias por meio de um navegador de internet nos computadores das organizações que trabalhamos. A esse aparato que suporta uma multiplicidade de ações e processos do nosso dia a dia, envolvendo tecnologia, damos o nome infraestrutura de TI.mudanças É graças ao desenvolvimento crescimento dessa infraestrutura que cada vez de mais experimentamos drásticas na forma deetrabalhar, trabalhar , na forma de adquirir informações, na maneira como nos divertimos, enfim, na forma como vivemos. E tudo isso tem contribuído para um ambiente de inovação, sustentando a criação de novas soluções para organizações e pessoas, além de recriar processos de negócios. Quando se deu o surgimento da informática na sociedade, não era clara a ideia de infraestrutura de TI, resultando numa confusão dos conceitos de informática, TI e de infraestrutura de TI. Por isso, convém dizer que, ao mencionar TI, estamos automaticamente nos remetendo a um mundo e um contexto tecnológico que envolvem um conjunto de ferramentas computacionais. Já a infraestrutura é  justamente esse ferramental (conjunto de ferramentas) tecnológico. (2006),disponibilizada a infraestruturapor demeio TI é odefundamento (no sentido dee base) planejado de TISegundo em todaWeill a suae Ross capacidade serviços compartilhados confiáveis para toda organização e utilizado por aplicações múltiplas. A infraestrutura de TI suporta soluções e aplicações desejadas desej adas pelas áreas de negócios das empresas. São essas aplicações que suportam os processos de negócios. Por exemplo, uma empresa que deseja comercializar produtos pela internet necessita de uma infraestrutura de TI para o funcionamento dos sistemas de internet, que, por sua vez, vão sustentar o processo de venda de produtos por meio do e-commerce ou até do m-commerce.  Observação

E-commerce pode ser compreendido como comércio eletrônico de produtos via internet. Quando a transação ocorre por meio de smartphones, essa operação é também conhecida como m-commerce. 11

 

Unidade I

A partir da teoria de sistemas de informação, é possível dizer que infraestrutura de TI é um conjunto de itens compartilhados (hardware, software, bancos de dados e telecomunicações) que formam a base de funcionamento dos sistemas de informação e dos processos de negócio (STAIR; REYNOLDS, 2011). A figura a seguir denota o conceito de infraestrutura de TI que sustenta as aplicações de negócio.

Aplicações de negócio

Infraestrutura de TI Aplicações de TI compartilhadas e padronizadas

Serviços compartilhados de tecnologia da informação Recursos humanos Componentes de TI

Figura 1 – Infraestrutura de TI e o suporte das aplicações de negócio

 Observação

É importante destacar que tanto a infraestrutura de TI quanto os sistemas de informações e as aplicações de TI, de forma geral, estão a serviço dos processos de negócio. 1.1.2 Os processos e a infraestrutura de TI

O termo processo  pode ser definido como um conjunto de recursos organizados utilizados na transformação de insumos emprocesso produtospossui e serviços de forma a atender as expectativas de pessoas organizações. Dessa forma, um as entradas e a saídas, conhecidas respectivamente pelose seus nomes em inglês input e output. 12

 

INFRAESTRUTURA DE TI

Em muitas situações, as entradas e saídas de um processo são as informações, hoje consideradas como um dos recursos mais estratégicos das d as empresas. As informações são oriundas de diversas fontes, processadas por sistemas e armazenadas na infraestrutura tecnológica das organizações. Por exemplo, em um hospital, o processo de cadastramento de um paciente utiliza informações que estão contidas em sistemas de armazenamento de dados e são processadas por sistemas de informações. E não apenasexecução, por meio fornecendo de entradasferramentas e saídas queque os contribuem processos separa relacionam de TI, mas naéprópria a eficáciaà infraestrutura e a eficiência em todo o ambiente organizacional. Claro que tudo isso gera uma dependência dos negócios em relação à TI, conferindo grande importância à infraestrutura de TI e às decisões que, de forma geral, remetem ao ambiente tecnológico. A figura a seguir apresenta essa ideia de integração inte gração proporcionada pela área de TI. Caixa/bancos Contas a receber

Fornecedores

Nota fiscal

Ordem de compra

 Vendas

Compras

Pedido de compra

Nota fiscal

Clientes

Contas a pagar Estoque TI

Figura 2 – TI promovendo a integração do negócio

Os processos, quando associados à infraestrutura de TI, podem proporcionar a integração de áreas internas de uma empresa e a integração entre empresas, gerando o que conhecemos por redes interorganizacionais, por meio das quais dados e informações fluem entre diversas partes interessadas circunscritas a esses ambientes empresariais. A figura a seguir retrata essa ideia de integração e de redes interorganizacionais.

13

 

Unidade I

Matéria-prima

Fornecedor

Empresa

Distribuidor

Cliente fin fi na l

Figura 3 – Integração desde a fase da matéria-prima até o cliente final proporcionada pela TI

Essa integração interna da empresa associada a redes interorganizacionais é possível graças às aplicações de TI e à própria infraestrutura de TI. A figura a seguir representa essa associação. Matéria-prima

Fornecedor

Empresa

Dist Distri ribu buid idor or

Clie Cliennte fin final al

Aplicações de TI

Infraestrutura de TI

Figura 4 – Aplicações de TI e infraestrutura de TI que sustentam os negócios

1.1.3 Arquitetura de TI

Antes de pensar em infraestrutura de TI propriamente dita, é necessário compreender o que vem a ser afísicos arquitetura de da TI. Entende-se porde arquitetura de TIde a visão e sistêmica de como os componentes e lógicos infraestrutura TI funcionam formamacro integrada para disponibilizar um ou mais serviços de TI. Segundo Weill e Ross (2006, p. 32), “A arquitetura de TI é a organização lógica dos dados, aplicações e infraestruturas, definida a partir de um conjunto de políticas, relacionamentos e opções técnicas adotadas para obter a padronização e a integração técnicas e de negócio desejadas”. desejadas”. Dessa forma, a arquitetura de TI pode ser classificada em: • arquitetura de processos: desenho dos componentes tecnológicos dos processos de negócios que utilizam TI; • arquitetura de aplicação: desenho das aplicações individuais e as interfaces que permitem a sua utilização; 14

 

INFRAESTRUTURA DE TI

• arquitetura arquitetura tecnológica: desenhos dos padrões tecnológicos que os serviços de infraestrutura devem utilizar e nos quais devem se basear. A arquitetura de TI também é chamada de projeto estrutural da TI, apresentando plataformas de hardware e software que devem ser utilizadas, além de modelos e padrões diversos de TI. As principais questões que envolvem a arquitetura de TI como um passo que antecede a infraestrutura de TI são: confiabilidade, escalabilidade, desempenho e sustentabilidade.  Observação

As decisões de arquitetura de TI antecedem as decisões dec isões de infraestrutura de TI, fornecendo subsídios para as escolhas que precisam ser feitas em matéria de infraestrutura. 1.1.4 Evolução da infraestrutura de TI

A infraestrutura passou menos edois momentos antes de chegarmos ao que observamos nos diasde deTIhoje: era por dos pelos mainframes eragrandes da arquitetura cliente-servidor. Por volta de 1960 surgiu um tipo de computador conhecido como mainframe, de grande porte e com alta capacidade de processamento, que praticamente inaugurou o primeiro grande momento da infraestrutura de TI nas empresas (esse modelo de infraestrutura também é conhecido como primeira plataforma). Nesse momento surgiram os grandes centros de processamento de dados (CPD), estabelecendo a ideia de processamento centralizado, mantendo a conectividade entre terminais de usuário e o mainframe (que estava situado no CPD). Os terminais usuários eram conhecidos como terminais burros, porque não possuíam capacidades de processamento e armazenamento, funcionando como um ponto de acesso ao computador central (mainframe). Era por meio dos terminais burros que o usuário fazia a entrada de dados e também consultava informações. Com a evolução da engenharia eletrônica e o desenvolvimento de componentes como diodos, transistores e circuitos integrados, os computadores foram diminuindo de tamanho, possibilitando o surgimento dos computadores de mesa, também conhecidos como desktops. A partir daí os antigos terminais burros começaram a dar lugar aos desktops, e os mainframes começaram a dar lugar aos servidores (bem menores em tamanho, mas com capacidade de processamento ainda considerável), inaugurando um segundo momento na infraestrutura de TI (modelo conhecido por segunda plataforma ou cliente-servidor). As infraestruturas baseadas na arquitetura cliente-servidor são caracterizadas pela presença de um servidor, responsável responsável pelo controle co ntrole e pelo compartilhamento compartil hamento de recursos de uma rede de computadores. Nesse modelo, o processamento de informações é segmentado por processos que consistem em 15

 

Unidade I

solicitações de computadores clientes para computadores servidores e respostas dos computadores servidores para computadores clientes. A figura a seguir apresenta a ideia do modelo cliente-servidor. Servidor

Cliente

Cliente

Cliente

Cliente Cliente Figura 5 – Modelo cliente-servidor

Os usuários locais, que utilizam os computadores clientes, possuem recursos locais e também acessam serviços remotos. A grande diferença dos antigos terminais burros (além da ausência de recursos de processamento e armazenamento inexistentes no momento anterior) é a interface de usuário (apresentação), conhecida como front-end, que é muito mais simpática que as telas escuras dos terminais burros. Os servidores, por sua vez, entregam diversos serviços como: banco de dados, impressão e acesso a internet. O servidor executa estas funções por meio de processos conhecidos como back-end. Toda essa arquitetura a partir regras de negócio associadas à lógica de aplicação, que responde de acordo com éasmontada necessidades dosdas usuários. A arquitetura cliente-servidor pode ocorrer de três formas: modelo em duas camadas, modelo em três camadas e modelo em quatro camadas. Elas diferem quanto às três principais funções em uma rede cliente-servidor: apresentação ou interface do usuário; lógica da aplicação e regra de negócio; armazenamento dos dados. No modelo em duas camadas, os computadores clientes estabelecem a comunicação diretamente com o servidor. O armazenamento de dados se dá no servidor, mas as regras do negócio, a lógica de aplicação e os padrões de interfaces de usuário estão armazenadas no cliente. Assim, quando ocorre uma mudança na aplicação, os bancos de dados e as aplicações contidas cliente também sofrem alteração. A figura a seguir apresenta a ideia do modelo cliente-servidor emno duas camadas.

16

 

INFRAESTRUTURA DE TI

Servidor de banco de dados

Cliente

Cliente

Cliente

Figura 6 – Modelo cliente-servidor em duas camadas

No modelo em três camadas existe uma camada intermediária inter mediária contendo um servidor de aplicação. É nesse servidor que são armazenadas as regras de negócios e a lógica da aplicação, de forma que, quando há uma alteração (em regras de negócios e lógica de aplicação), ela é executada nesse servidor, sendo assumida automaticamente por todos os clientes. No modelo em três camadas, todo acesso ao servidor de banco de dados é feito pelo servidor de aplicação, que, por sua vez, já determina as regras de acesso, gerando um aumento na segurança e no controle do acesso de dados, além de garantir uma melhoria na flexibilidade para mudanças nas aplicações. Há uma única desvantagem do modelo mode lo em três camadas, a qual está relacionada às atualizações na interface do usuário, que precisam ainda ser feitas em todos os clientes. A figura a seguir apresenta a ideia do modelo em três camadas.

Server-PT servidor de aplicação

Server-PT servidor de banco de dados Switch-PT Switch 0

PC-PT Cliente 1

PC-PT Cliente 2 Figura 7 – Modelo cliente-servidor em três camadas

17

 

Unidade I

O modelo em quatro camadas é caracterizado pela presença de um servidor web. Ele surge da necessidade de centralizar a apresentação do cliente. Não há mais a necessidade de se instalar o programa (aplicação) em cada cliente, bastando apenas que o usuário tenha um navegador de internet (também conhecido como browser) para carregar a aplicação. Nesse modelo também encontramos os servidores de aplicação e banco de dados com as mesmas funcionalidades dos modelos anteriores. A figura a seguir mostra um modelo em quatro camadas. Servidor WEB

Servidor de aplicação

Cliente

Cliente

Servidor de banco de dados

Cliente

Cliente

Figura 8 – Modelo cliente-servidor em quatro camadas

 Observação

A criação e a implementação de aplicações são facilitadas quando a infraestrutura construída opera em uma arquitetura em camadas, proporcionando escalabilidade. Começando na 1ª plataforma (mainframes), passamos pela 2ª plataforma (arquitetura cliente-servidor) e chegamos à 3ª plataforma, com uma verdadeira combinação de tecnologias. As principais causas dessa revolução na infraestrutura de TI são: • aumento exponencial da quantidade de dados gerados e armazenados a partir das tecnologias de big data; • crescimento das tecnologias de internet das coisas, proporcionando proporcionando a interligação em redes de objetos, sensores e equipamentos e gerando alto fluxo de informações; • banda evolução infraestruturas infraestrutura s de redes de telecomunicações telecomunicações e aumento da velocidade e lar largura gura de dosdas links de comunicação de dados;

18

 

INFRAESTRUTURA DE TI

• computação em nuvem promovendo a eficiência no uso de recursos computacionais de hardware e software; • inclusão digital cada vez mais presente na sociedade de forma geral. geral. Esses motivadores, associados às rápidas e diárias mudanças tecnológicas, têm levado a sociedade a experimentar uma infraestrutura cada vez mais moderna moder na e adaptada às necessidades dos nnegócios. egócios. Exemplo de aplicação

Pesquise sobre a utilização da internet das coisas e a computação das nuvens no dia a dia das organizações. 1.1.5 Maturidade da infraestrutura de TI

Analisar a maturidade da infraestrutura de TI nos permite verificar a situação do seu uso nos processos e nas organizações como um todo. Assim, é possível descobrir onde estamos e para onde queremos ir, possibilitando atingir altos níveis de uso da TI, de forma a agregar valor aos negócios e na vida das pessoas. Podemos considerar quatro níveis de maturidade na infraestrutura que nos apresentam visões que as organizações possuem da infraestrutura. Eles são descritos a seguir. • Nível 0 (inexistente): não há investimentos em infraestrutura de TI e não há percepção da necessidade de implementação de uma infraestrutura que sustente os negócios da organização. • Nível 1 (utilitário): há investimentos em infraestrutura de TI, mas muito baixos quando comparados com a concorrência e de forma centralizada. Aqui, a TI é considerada como um recurso organizacional. 2 (dependente) • Nível investimentos em infraestrutura TI mas se assemelham médias observadas no mercado.: Oosnegócio possui grande dependência de da TI, ainda não aàsconsidera como recurso estratégico.

• Nível 3 (facilitadora): o investimento em infraestrutura de TI é superior às medias observadas no mercado. O negócio percebe a importância estratégica da TI e de seu contínuo alinhamento.

1.2 Hardware e software 1.2.1 Hardware

Considerado componentes importantes infraestrutura de TI, oé hardware nos remete a toda parte físicaum dodos computador. Stairmais e Reynolds (2011) (2011)da afirmam que hardware qualquer maquinário (utilizando circuitos digitais) que auxilia tarefas de entrada, saída, processamento e armazenamento de um sistema computacional. 19

 

Unidade I

 Observação

O hardware é um dos dispositivos mais importantes nesse assunto, demandando os maiores investimentos na área de TI T I e até na vida das pessoas. pe ssoas. Com o intuito de gerar uma infraestrutura de TI robusta, a ideia do hardware (parte física do computador) é apresentar algo tangível que execute o máximo de tarefas em substituição a uma pessoa, de forma que cada vez mais serviços braçais sejam feitos por máquinas. Passando pelos mais diversos setores da economia, podemos recorrer a inúmeros exemplos de processos que foram automatizados e melhorados a partir da implementação de hardwares. hardwares. No entanto, as ações com o objetivo de substituir gradativamente pessoas por hardwares têm esbarrado nas grandes diferenças entre homens e máquinas. A primeira grande diferença é que uma máquina computacional executa todas as suas atividades a partir de informações que foram anteriormente prestadas. Ou seja, se não dissermos à máquina máqui na o que ela precisa fazer, ela não fará. Outra grande diferença está no entendimento e na compreensão de números. Nós, humanos, trabalhamos com a base de numeração decimal, já as máquinas operam na base de numeração binária, compreendendo bits e bytes.  Observação

Quando mencionamos máquina computacional, estamos nos referindo ao computador. Um bit é a representação de um dígito numérico no sistema de numeração binário. Ou seja, um bit representando número 1(um) ou pelo número 0primitivas (zero). Um byte é um que conjunto oitopode bits. ser A partir destes bitspelo e bytes são formados as instruções e os códigos fazemdeo computador funcionar. Esses códigos formam os softwares que o computador utiliza. 1.2.2 Sistema computacional básico

O sistema computacional básico reúne os componentes que formam de maneira simplificada o hardware do computador. São eles: unidade central de processamento; memórias; dispositivos de entrada e saída; e barramentos. O primeiro item do sistema computacional a ser mencionado é o processador ou unidade central de processamento – conhecida como CPU, pela que éexecução o seu acrônimo em inglês. É o processador, o coração(UCP) de todo o sistema,também sendo responsável das instruções dos programas de computador. 20

 

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A função básica da CPU é executar programas por meio da busca de: instrução na memória; interpretação da instrução; busca de dados; processamento de dados e escrita de dados. De forma geral, a CPU é formada por três componentes: unidade lógica e aritmética (ULA), unidade de controle e, finalmente, registradores. A unidade de controle é responsável por buscar informações na memória principal. A unidade lógica e aritmética é responsável por realizar os cálculos e a comparação entre os valores.resultados Os registradores compõem uma memóriadodefluxo alta de velocidade (interna à CPU) utilizada para armazenar temporários e para o controle informações.  Observação

De forma errada, algumas pessoas se referem ao gabinete do computador (artefato metálico onde se situam todas as placas e componentes de hardware) como CPU: a CPU é um circuito integrado (chip). O segundo componente do sistema computacional é a memória. Considerada como um item da estrutura do computador, programas epróprias. dados, apresentando-se sob diversos tipos quanto a interna hierarquia, proximidade ela da armazena CPU e características Entre todas as características das memórias, duas são fundamentais para o bom funcionamento do computador: tempo de acesso e capacidade de armazenamento. O tempo de acesso, também conhecido como latência, é o tempo gasto para realizar uma operação de leitura e escrita. A operação de leitura nada mais é do que copiar copi ar algo da memória, já a operação de escrita corresponde a copiar algo na memória. Outra característica importante é a capacidade de armazenamento, que expressa a quantidade de bytes que podem ser armazenados na memória. Os principais tipos de memórias são descritos a seguir. • Armazenamento temporário: conhecidas como memórias RAM (de random access memory, ou seja, memória de acesso aleatório). Quando o computador é desligado, tudo que estava na memória é apagado. • Apenas de leitura: conhecidas como memórias ROM (de read only memory, ou seja, memória apenas de leitura). Quando o computador é desligado, nada do que estava na memória é perdido. O terceiro elemento do sistema computacional é o barramento. O barramento constitui o caminho elétrico que provê a ligação de dois ou mais dispositivos. Na história da computação, existiram diversos tipos de barramentos, alguns já estão em desuso, enquanto enq uanto outros continuam sendo utilizado utilizadoss por diversas placas. Os principais barramentos são: ISA (industry standard architecture); PCI (peripheral component interconnect); AGP (accelerated graphics port); AMR (audio modem riser); CNR (communications and network riser); ACR (advanced communications riser); SATA (serial advanced technology attachment); SCSI (small computer system interface); USB (universal serial bus). 21

 

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A USB é a tecnologia que permitiu o avanço da comunicação do computador com memórias secundárias. De uma forma mais rápida e simples, possibilitou a qualquer usuário acoplar dispositivos no computador e utilizá-los. O quarto componente do sistema computacional é o conjunto de dispositivos de entrada e saída, responsáveis por fazer a interface do sistema com o mundo exterior, ou seja, com o usuário. Os dispositivos de entrada e saída, conhecidos como periféricos, são conectados ao restante do sistema computacional por meio de barramentos e portas de comunicação. Entre os principais dispositivos de entrada e saída, podemos citar: teclado, mouse, mo use, scanner, leitores de código de barras e microfones. O teclado constitui um dos dispositivos de entrada mais antigos e é composto por teclas que representam um sinal único quando pressionadas. Essas teclas estão associadas a códigos códig os alfanuméricos e assumem diversas configurações e tipos. O mouse é um outro dispositivo de entrada que permite realizar atividades não relacionadas a digitação, funcionando como um apontador para selecionar opções, compor desenhos etc. Ele surgiu com os computadores na queforma funcionam com(comum interfaceemgráfica. Atualmente, os mouses podem ter ao ou toque). não fio, ou apresentarem-se touchpad notebooks como uma superfície sensível Outros importantes dispositivos de entrada e saída são: • scanner: realiza a digitalização de documentos, estando hoje muitas vezes integrado a impressoras (que recebem o nome de multifuncional); • leitor de código de barras: dispositivo que efetua a leitura de código de barras a partir da utilização de feixes de laser; • câmera: utilizada para capturar imagens estáticas ou em movimento; movi mento; • microfone: utilizado para captação de ondas sonoras; • monitores de vídeo: utilizados para apresentar o resultado de um processamento por meio de uma imagem e, em suas versões touch screen, servem como dispositivo de entrada; • impressora : dispositivo que apresenta resultado de processamento em documentos impressos; • dispositivos dispositivos de armazenamento externo: responsável por armazenar dados externamente em memórias principais e secundárias do computador (como os gravadores de fita magnética, de DVD/CD e os dispositivos de memória USB). Cada dispositivo de E/S é composto de duas partes: o dispositivo em si e o seu controlador. controlador. A função principal princi pal do controlador é monitorar seu dispositivo de entrada e saída, garantindo o acesso ao barramento. 22

 

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1.2.3 Software

Na infraestrutura de TI, o software é considerado a parte lógica que faz o sistema computacional funcionar. Trata-se de programas que comandam a operação do computador e disponibilizam para o usuário aplicações para serem utilizadas em suas tarefas diárias. Esses programas são um conjunto de instruções que dizem o quê, quando e como devem ser realizadas as operações pelo sistema computacional. O software despontou praticamente junto com o hardware, quando este foi entendido como algo além de um instrumento para fazer cálculos. O primeiro programa surgiu por volta de 1800, criado por uma jovem de nome Ada Augusta Lovelace, considerada a primeira programadora do mundo. Seu uso destinava-se ao instrumento computacional criado por Charles Babbage. No entanto, é importante ressaltar que este programa tem pouca relação com o que se conhece pelo mesmo nome nos dias de hoje. Por volta de 1950, o que se compreendia sobre software eram os poucos programas disponíveis no mercado, feitos especificamente para cada sistema computacional. Tratava-se de um conjunto de instruções agrupadas em lotes para processamento. Foi só em 1960 1 960 que os softwares, com as características conhecidas nos dias depróximas hoje, foram que, com desenvolvimento de forma artesanal, com linguagens muito dasconcebidos. linguagens Claro de máquina, os osoftwares eram praticamente voltados para a automação de tarefas manuais, principalmente administrativas e financeiras. Nessa época a ideia de processamento em tempo real (ao contrário do processamento batch, por lote) começa a ser percebida como algo importante. Na década de 1970, os sistemas de informação (primeiras aplicações estruturadas) surgem de forma marcante nas empresas, fomentando o desenvolvimento de softwares, bem como as exigê exigências ncias em relação aos produtos construídos. Os desenvolvedores passaram a considerar os conceitos de desenvolvimento organizacional e seus papéis como pontos estratégicos para a organização e o melhor desenvolvimento de softwares. Vale destacar que a redução de custos com a aquisição de computadores nessa época favoreceu o aumento do uso de softwares. Dessa era artesanal passamos para a década de 1980, com o uso dos sistemas ERP (Planejamento de Recursos Empresariais) e sistemas CRM (Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente) até chegar ao momento vivido hoje: a era da qualidade do software. Com o aumento da capacidade de processamento dos computadores, surgem diversas tecnologias para desenvolvimento de softwares, favorecendo a grande disseminação de seu uso na operação, na tomada de decisão, nas estratégias etc. De forma geral, os softwares são classificados em software de sistemas e software de aplicação. Os softwares de sistemas comandam o hardware, gerenciando e coordenando as suas funcionalidades, fazendo a interface entre as aplicações (software de aplicação) e todo o aparato de hardware. O melhor exemplo de software de sistemas são os sistemas operacionais: o sistema operacional é um conjunto de programas que controla o hardware do computador, os recursos de entrada e saída, os recursos de armazenagem dos programas e de dados, agindo, assim, como interface com os softwares aplicativos. Normalmente o sistema operacional está armazenado em um disco, onde, logo após a inicialização do sistema computacional, partes do sistema operacional op eracional são carregadas na memória do computador. 23

 

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A efetividade do computador está diretamente ligada à atuação do sistema operacional, por isso é de suma importância a escolha de um sistema operacional alinhado ao sistema computacional, de forma que as necessidades, tanto de hardware quanto de software, estejam aderentes. Os sistemas operacionais mais conhecidos e mais utilizados, tanto para desktop quanto notebooks, são os da Microsoft (Windows). Paraa smartphones e tablets, os mais utilizados são os da Apple (IOS) e os da Google (Android). Par Os softwares também podem ser considerados como softwares de aplicação. Nesse caso, eles auxiliam na execução das tarefas de negócios, ou seja, são voltados para expectativas específicas dos usuários atendendo finalidades gerais e específicas. Entre os exemplos de software de aplicação estão processadores de texto, planilhas eletrônicas, softwares de e-mail, geradores de apresentação etc. Segundo Stair e Reynolds Reynold s (2011), (2011), os softwares de aplicação apli cação interagem com os softwares de sistemas para utilizar os recursos de hardware necessários a sua operação e, assim, exercer as suas funcionalidades. funcionalid ades. Os softwares de aplicação podem ser divididos em: software vertical e software horizontal. Os softwares verticais executam tarefas comuns a um determinado ramo de negócio, já os softwares horizontais são dedicados a todos os ramos de negócio, ne gócio, por automatizarem processos comuns a todas as indústrias. Os softwares de aplicação também podem se dividir em softwares proprietários e softwares de prateleira. O software proprietário é desenvolvido para atender a uma necessidade específica da organização. Pode ser desenvolvido internamente (pelos profissionais de TI) ou por empresas terceirizadas. Quando esse desenvolvimento ocorre internamente na organização, tem-se um maior controle c ontrole sobre os processos de desenvolvimento e, consequentemente, conseque ntemente, sobre os resultados. As principais vantagens do software proprietário são: obter exatamente o que se quer e ter uma maior facilidade na eventual modificação de algumas características. Já as principais desvantagens do software proprietário são: consumo de tempo (que costuma ser alto) e risco potencial de desempenho limitado. Os softwares de prateleira são adquiridos diretamente da prateleira da loja, por meio de empresas especializadas que desenvolvem soluções-padrão e pré-formatadas com as melhores práticas e costumes das organizações para apoio aos processos de negócios. As principais vantagens do software de prateleira são: custo inicial de desenvolvimento mais baixo e alta qualidade. Já as principais desvantagens são o pagamento por características não requisitadas e a ausência de algumas características importantes (exigindo futuras modificações ou personalizações). Os softwares também podem ser classificados em: • freeware : distribuído gratuitamente, mas sem o código fonte; • free software: pode ser ou não distribuído gratuitamente, havendo permissão para modificação e redistribuição; • open source: distribuído sob licença, com código fonte de domínio público ou com copyright (nesse caso, o código fonte pode ser modificado); 24

 

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• shareware: distribuído gratuitamente, com uso gratuito por período limitado, após o qual exige-se pagamento pela utilização; • adware: distribuído gratuitamente sob a concordância do usuário de visualizar propagandas; • domínio público: distribuído sem copyright e gratuitamente. 1.2.4 Tipos de computadores

Os computadores podem ser classificados em: microcomputadores, computadores portáteis, mainframes, supercomputadores ou servidores. Eles diferem em termos de tamanho, capacidade de processamento e mobilidade, entre diversos outros aspectos. Os microcomputadores têm a sua história iniciada na década de 1980 com um mercado bastante explorado pelas empresas IBM, Dell, HP e Apple, entre outras, que investiram muito trabalho na fabricação dos mais diversos modelos. São considerados de pequeno porte e criados especificamente para serem utilizados em mesas (por isso muitas vezes são chamados de desktops). Como a popularização e o crescimento do uso da informática na década de 1990, a utilização de microcomputadores se intensificou tanto nas empresas como no uso pessoal (por usuários domésticos) para as mais diversas aplicações. No entanto, observa-se um declínio gradual de tais números: núm eros: atualmente os usuários têm optado (principalmente os usuários domésticos) pela utilização de computadores portáteis, motivando, assim, a aplicação dos microcomputadores para finalidades específicas, como os  jogos digitais.  Observação

Nas organizações ainda se observa muito o uso dos microcomputadores e as razões para isso estão relacionadas ao custo, uma vez que investir em hardware é ainda muito caro. Assim, atendendo ao desejo de mobilidade, tão atual, os microcomputadores estão gradativamente sendo substituídos por computadores portáteis, sejam eles notebooks, netbooks, tablets ou smartphones. Os notebooks, também conhecidos como laptops, receberam esse nome em razão de sua semelhança com um livro. Normalmente, eles dispõem de gabinetes dobráveis e com capacidade muito semelhante aos microcomputadores. O fato de serem menores que um microcomputador acarreta um aumento de preço, que é compensado pelo benefício da mobilidade, favorecendo a execução de tarefas em qualquer lugar, bastando bastando apenas de uma mochila para carregá-lo. Já os netbooks são computadores portáteis ainda menores e em praticamente todos os sentidos: capacidade, desempenho e dimensões. Embora sejam considerados uma evolução dos notebooks, os netbooks não tiveram tanta aceitação e estão praticamente fora do mercado de informática. Um dos 25

 

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motivos que levaram à pouca aceitação dos netbooks está justamente relacionado à sua posição como um meio-termo entre o notebook e o smartphone. Os usuários aceitam bem o uso de notebooks, assim como o dos smartphone, mas isso não tem valido para os netbooks. Os tablets também são ferramentas jovens na área, com pouco mais de 25 anos de vida. O primeiro foi lançado em 1994 pela Acorn Computers e recebeu o nome de Newspad. Seu auge, quanto ao uso, ocorreu com o lançamento do IPAD pela Apple, em 2010, mesmo momento em que apareceu no mercado o Galaxy Tab, lançado pela Samsung. No entanto, hoje, mesmo com versões de diversos outros fabricantes (Huawei, Lenovo, LG e AOC, entre outros), verifica-se uma diminuição consistente na venda de tablets, sinalizando novamente a opção do usuário, quando o principal critério é mobilidade, pelo smartphone ou pelo notebook. Os smartphones são resultado do desejo de se estabelecer uma solução que envolvesse computação e telefonia. O primeiro modelo data de 1994, criado pela IBM, com o nome de Simon. No entanto, ele não teve sucesso comercial, embora dispusesse de tela sensível ao toque e permitisse o envio e o recebimento de e-mails. Ainda na década de 1990, os smartphones eram chamados de PDA; apenas perto dos anos 2000 a Ericsson se referiu ao seu PDA pela primeira vez como smartphone, cunhando o(Blackberry, termo. ApósApple, isso, osNokia smartphones começaram se popularizar coma soluções bastante conhecidas e HTC, entre outros).aVale lembrar que explosão da telefonia móvel celular no mundo ocorrida nesse milênio impulsionou ainda mais o uso dos smartphones, fazendo com que eles fossem um instrumento importantíssimo e bastante presente no dia a dia das pessoas. Saindo um pouco daquilo que é mais acessível à maior parte das pessoas, o mundo dos mainframes, supercomputadores e servidores é bem fascinante e traz uma série de curiosidades. Comecemos pelo mais antigo entre os três, o mainframe. Os mainframes, em outras palavras, os computadores de grande porte utilizados nos primeiros tempos da TI nas organizações, eram caracterizados por um alto desempenho e capacidade. A empresa IBM foi uma das pri primeiras meiras a fabricá-los e a comercializá-los para diferentes corporações, como bancos, empresas públicas e indústrias. Após algum tempo, a IBM passou a sofrer forte concorrência de outras empresas, como a Unisys e a HP. Hoje, o mainframe é mais restrito a um número menor de modelos de negócios. Os supercomputadores também são bastante potentes, com altíssimo desempenho, mas, diferentemente dos mainframes, são utilizados em aplicações específicas que exigem capacidades computacionais extensas e rápidas. Entre as aplicações dos supercomputadores, encontram-se pesquisas militares, previsão de desastres naturais e pesquisas nas áreas de saúde, entre outras. Os primeiros supercomputadores foram desenvolvidos pela empresa Cray Research, a qual permaneceu durante muito tempo como a principal fabricante desse tipo de tecnologia. Entretanto, com o passar do tempo, ela foi perdendo mercado para outras empresas como IBM e Del Dell.l.

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 Observação

As características dos supercomputadores deixam qualquer um impressionado. Por exemplo, o supercomputador mais potente do mundo, segundo a lista Top500, no sitedehttps://www.top500.org/lists/, possuié aproximadamente maisdisponível de 2 milhões core (núcleos). Outra curiosidade o consumo de energia elétrica, da ordem de mais de 10 Megawatt (um valor bem maior que o consumo de algumas cidades do Brasil).

 Saiba mais

Acessando o site indicado a seguir, você conhecerá a lista dos mais potentes supercomputadores do mundo. Top 500 , [s.d.]. Disponível em: https://www.top500.org/lists/. LISTS. Acesso em: 30 abr. abr. 2020.

Já os servidores são computadores utilizados em redes com arquitetura cliente-servidor. Eles têm a função de controlar recursos de redes de computadores e prover uma maior gestão de comunicação de dados e de uso de aplicações.

2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 2.1 Introdução 2.1.1 Conceitos e classificação

Para compreendermos adequadamente o que significa sistemas de informação, precisamos primeiro entender melhor o conceito de sistema. Define-se sistema como: um conjunto de elementos interconectados de modo a formar um todo organizado. Assim, muito mais do que apenas um software, o sistema de informação mostra-se um conjunto inter-relacionado de pessoas, hardwares,, softwares, redes de computadores e recursos de armazenamento de dados que coletam, hardwares transformam e disseminam informações em uma organização. Assim, partindo da compreensão de que um sistema de informação é um software, podemos defini-lo como um sistema de computador utilizado em uma empresa, uma entidade, ou seja, por um conjunto de pessoas dentro de uma organização. Entre seus principais papéis, é possível mencionar o fornecimento de soluções para processos utilizados na operação de negócio, processos de tomada de decisão e no suporte de estratégias para se obter vantagens competitivas. Dessa forma, os sistemas de informação são vistos a partir de três perspectivas distintas: organizacional, tecnológica e humana. 27

 

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Tal tríade segue a ideia da entrega de uma solução em informática que considera processos, pessoas e ferramentas como itens relacionados.  Vamos à primeira perspectiva: organizacional. Precisamos compreender que são as organizações que utilizam e precisam dos sistemas de informações para deixar os seus processos mais robustos; não há como desenvolver e implementar um sistema sem considerar a importância do processo em que ele será inserido.  Lembrete

Um processo é um conjunto de tarefas determinado em vista de um objetivo. A segunda perspectiva, a humana, aponta para a importância do público-alvo quando pensamos, concebemos ou utilizamos os sistemas de informação. Não é necessário procurar muito para encontrar, ainda nos dias de hoje, sistemas de informação que não consideram o público-alvo, ou seja, o usuário que deve utilizá-lo. Como última perspectiva, há a tecnologia, que nos remete ao ferramental adequado que automatiza os sistemas de informação e agrega os recursos de TI: banco de dados, redes de computadores, hardware hardware e software. Os sistemas de informação favorecem o aumento da excelência operacional, a melhoria na qualidade do processo de tomada de decisão e o aprimoramento das relações com clientes e fornecedores, além de cooperar para a sustentabilidade dos negócios. Eles podem fazer a diferença entre tomar uma decisão acertada ou uma decisão com consequências de desastrosas sastrosas.. Quanto à abrangência, os sistemas de informação podem ser divididos em três tipos: sistemas departamentais, sistemas integrados e sistemas interorganizacionais. Essa classificação pode ser vista na figura a seguir. Sistemas de informação empresariais

Quanto à abrangência Departamentais (funcionais) Destinam-se a suprir as demandas de um departamento específico

Integrados (ERPs) Integram as informações de todas as áreas de uma organização

Interorganizacionais (IOSs) Integram informações de várias empresas

Figura 9 – Classificação dos sistemas de informação quanto à sua abrangência

A fim de atender uma determinada área ou departamento, os sistemas departamentais são implementados, de forma isolada, atendo-se à demanda de processos específicos. Esses sistemas têm os seus próprios bancos de dados, que não são compartilhados com outros sistemas.

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Já os sistemas integrados são aqueles que servem diversos departamentos de forma integrada, com um mesmo banco de dados. Eles são conhecidos pelo seu acrônimo ERP (Entrerprise Resource Planning) ou como sistemas de Planejamento de Recursos Empresariais (PRE). A ideia do ERP é fornecer um acesso totalmente integrado e de forma automatizada para os departamentos por meio de módulos de softwares específicos. Por fim, os sistemas interorganizacionais são aqueles utilizados de forma conjunta co njunta por mais de uma organização, com titularidades e gerências independentes. Quanto ao nível decisório, os sistemas podem ser classificados em: operacional, tático e estratégico. A figura a seguir ilustra tal classificação. Sistemas de informação empresariais

Quanto ao nível decisório Sistemas de processamento de transições (SPTs) Registro dos dados

Sistemas de informações gerenciais (SIGs) Informações gerenciais,

produzidos pela operação

planejamento e gestão da operação

Sistemas de informações estratégicas (SISs)

Sistemas de apoio à decisão (SADs) Apoio às decisões complexas, simulações, modelagem de problemas

Sistemas de apoio aos executivos (SAEs)  Visão estratégica dos negócios, indicadores críticos de desempenho

Figura 10 – Classificação dos sistemas de informação quanto ao nível decisório

Na figura a seguir, pode-se observar a disposição desses sistemas considerando a pirâmide do conhecimento. Conhecimento SAEs

SADs

Sistemas   istemas de de apoio aos executivos

Alta gestão

Sistemas de apoio à decisão

Nível estratégico SISs

Gerência sênior

Informações SIGs

SPTs Dados

Sistemas de informações gerenciais Sistemas de processamento de transações

Gerência intermediária Nível operacional

Figura 11 11 – Pirâmide do conhecimento e os sistemas de informação

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 Lembrete

Os sistemas de informação são sustentados pela infraestrutura de tecnologia da informação das organizações. 2.1.2 Sistemas de processamento de transações

Os Sistema de Processamento de Transações (SPT), também conhecidos por seu acrônimo em inglês TPS (Transation Processing System), são sistemas de informação responsáveis pelo processamento de uma transação em um processo organizacional. Cabe aos SPTs coletar, guardar, guardar, modificar e recuperar as transações de uma organização; tais transações podem ser acordos, comunicações, movimentos ou qualquer ação realizada entre entidades diferentes ou objetos, muitas vezes envolvendo a troca de itens de valor, como informações, bens, serviços e dinheiro. Os principais componentes de um SPT podem ser vistos a seguir. Entrada de dados

Processamento

Documentos e relatórios

Armazenamento

Figura 12 – Sistema de processamento de transações

A entrada de dados ocorre a partir da digitação do d o usuário e os documentos/relatórios são as saídas. Também é possível ocorrer o armazenamento no banco de dados. A necessidade de tecnologia da informação que as organizações tinham no início do desenvolvimento da informática era provida por esses sistemas, que atendiam processos específicos dos departamentos e das áreas. Como bom exemplo, pode-se citar a área financeira e seus sistemas de contas a pagar (ou sistemas de contas a receber), considerados sistemas que processavam transações. Os SPTs podem ser classificados em batch e online. Os SPTs batch processam as suas atualizações em lote, não apresentando resultados em tempo real. Já os SPTs online processam dados de forma simultânea e imediata, ou seja, em tempo real. É importante também dizer que os SPTs batch não

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acessam o seu banco de dados em tempo real, diferentemente do que se dá com os SPTs online, que o fazem, permitindo uma maior rapidez e precisão nos resultados. Os SPTs têm um caráter departamental (funcional), ou seja, são implementados tendo em vista um processo de um departamento ou área, com o seu banco de dados específico. Assim, no início da era da informática, o departamento financeiro tinha o seu STP, como todos os outros departamentos.  Lembrete

Os sistemas departamentais são implementados em uma organização de forma isolada, atendendo a demanda de processos específicos, com seus próprios bancos de dados, que não são compartilhados com outros sistemas. 2.1.3 A falta de integração e a existência de silos

Com o tempo, as organizações foram percebendo a importância da TI e dos sistemas de informação. Assim, comum a utilização dee muitas aplicações suas própriasdebases de reinava dados, sem uma umtornou-se a integração integ ração entre departamentos setores, setores, de forma quecom a multiplicidade sistemas em uma mesma empresa. Entretanto, uma tomada de decisão eficiente envolvendo mais de uma área dentro do ambiente organizacional gerava a necessidade dos mais variados dados relacionados a diversos SPTs. Esses dados, em muitas situações, não apresentavam consistência, além de serem imprecisos, resultando em um material inadequado para a tomada de decisão. É nesse contexto de falta de integração entre sistemas que se menciona o conceito de silos organizacionais como entidades isoladas e sem comunicação. Há vários tipos de silos que acabam limitando as tarefas das organizações, comprometendo, assim, o alcance dos objetivos de negócio. Por natureza, os silos apresentam-se como verticais, numa perspectiva totalmente diferente do atendimento a qualquer cliente, que requer uma visão horizontal. As organizações precisam combater tais silos percebidos na falta de integração tecnológica. Dessa forma, elas podem se tornar mais ágeis, flexíveis, resilientes e eficazes, além de promoverem de forma efetiva o relacionamento entre clientes, usuários e outros atores envolvidos nos processos. Nos dias de hoje não são mais concebíveis aplicações isoladas. A exigência de interface entre as aplicações para atender uma necessidade de negócios tornou-se algo imperativo, requerendo uma comunicação (ou seja, uma integração) capaz de lidar com diversos desafios. Entre os desafios, podemos citar como exemplos: redes de comunicação com baixa confiabilidade e lentidão; aplicações desenvolvidas em diferentes formatos e linguagens e plataformas que não atendem as necessidades de negócio. Tudo isso torna a integração da empresa por meio de um sistema de informação uma tarefa complexa.

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 Saiba mais

Para conhecer um pouco mais sobre sistemas de informação, leia os capítulos iniciais do livro indicado a seguir. STAIR, R. M.; REYNOLDS, G. W. Princípios de sistemas de informação . São Paulo: Cengage Learning, 2011.

2.2 ERP 2.2.1 Conceitos e histórico

Diante do contexto exposto, convém dizer d izer ainda que três grandes problemas surgem em consequência da falta de integração: redundância de dados, retrabalho e falta de integridade de informações. A redundância de dados é verificada quando da existência de diversas bases de dados repetidas devido a vários processos de negócios operando com os mais diversos STPs. Assim, por exemplo, informações que estão nos sistemas da área financeira também se encontram nos sistemas de recursos humanos. O retrabalho é uma consequência direta de processos interligados e sistemas independentes. Isso porque a saída de um sistema precisa ser digitada como entrada do outro sistema, gerando o retrabalho e o consumo de uma mão de obra que poderia ser substituída por uma integração eficiente. A falta de integridade de informações surge a partir da redundância e do retrabalho mencionados, como o problema mais crítico. A sua criticidade reside no desencontro e na inconsistência das informações utilizadas pelos processos de negócios. A fim de resolver todos esses problemas, pode-se recorrer ao desenvolvimento dos sistemas integrados de gestão, sistemas que trazem diversos benefícios tangíveis e intangíveis. Entre os benefícios tangíveis, temos: redução de pessoal, aumento de produtividade, aumento de receitas/ lucros e entregas pontuais. Entre os benefícios intangíveis, podemos destacar: aprimoramento e padronização dos processos, flexibilidade e agilidade. Os sistemas integrados de gestão também são conhecidos como sistemas de Planejamento de Recursos Empresariais (ou pelo seu acrônimo em inglês ing lês ERP, que significa Enterprise Resource Planning). Os sistemas ERP são um conjunto integrado de programas que gerenciam as operações vitais dos negócios de uma empresa para uma organização global com múltiplas localizações. O ERP é uma solução capaz de gerar uma integração de toda a corporação, com um banco de dados único, abrangendo todos os setores e os processos vitais do negócio. Ele se fundamenta em um conjunto de módulos de software integrados e dedicados de dicados a cada uma das áreas do ambiente organizacional. A figura a seguir apresenta essa ideia de integração.

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Finanças e contabilidade

 Vendas e marketing Pedidos Previsões de vendas Pedidos de devolução Alterações de preço

Dinheiro em caixa Contas a receber Crédito ao cliente Receita

Banco de dados centralizado

Manufatura e produções

Recursos humanos Horas trabalhadas Custo do trabalho Requisitos de cada cargo

Matérias-primas Programações de produção Datas de expedição Capacidade de produção Compras Figura 13 – Arquitetura de um ERP

A integração promovida pelos sistemas ERP pode ser vista sob a perspectiva funcional (sistemas de finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação, marketing, vendas, compras etc.) e sob a perspectiva sistêmica (sistema de processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio à decisão etc.). Os sistemas ERP começaram a ser utilizados mundialmente no início da década de 1990. No Brasil, as primeiras implementações ocorreram por volta de 1997 e 1998. Em razão do alto valor, eram viáveis apenas para grandes corporações e multinacionais. Podemos caracterizar os sistemas ERP como uma evolução do MRP – Material Requirement Planning, cuja principal função é calcular as necessidades de materiais em manufatura, e dos MRP II – Material Resource Planning, que envolvem o planejamento de recursos de manufatura, abrangendo todos os processos de produção (CAIÇARA JÚNIOR, 2015, p. 98).

O conceito integrativo que cerca o ERP foi desenvolvido pela empresa alemã SAP quando lançou o seu primeiro produto chamado de R/2 na década de 1990 199 0 (posteriormente atualizado para o R/3, dotado de arquitetura mais moderna).

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2.2.2 Arquitetura e operação de um ERP

O ERP opera com uma arquitetura cliente-servidor dividida em três camadas: camada de apresentação, camada de aplicação e base de dados. A camada de apresentação provê a interação com o usuário por meio de um software de interface simpática que permite a inserção de dados, a consulta e a exclusão de dados do sistema. A camada de aplicação possibilita a integração de módulos e o seu adequado processamento. A base de dados é responsável pelo gerenciamento de dados armazenados no banco. A fim de atender a integração de dados em tempo real, o ERP trabalha com um único banco de dados, compartilhado por todos os módulos, conforme perfis pe rfis de acesso configurados pelo administrador do sistema. O ERP é formado por módulos de software para atender às mais diversas demandas de processamento e de integração de dados e informação em uma organização. Entretanto, a composição de um ERP varia de empresa para empresa, ainda que sejam do mesmo ramo de negócio, isso porque em geraldiferentes demandam funcionalidades e apresentam processos operacionais, administrativos e produtivos entre si. Os módulos do ERP são agrupamentos de funcionalidades e podem se dividir em dois tipos tipo s distintos: • módulos horizontais: são os módulos básicos comuns a todos os ramos de negócios (bons exemplos seriam os módulos financeiro, de compras e de produção); • módulos verticais: são os módulos específicos de cada ramo de negócio (bons exemplos seriam os módulos de empresas emp resas de call center, de empresas de agronegócio e universidades). Na implementação de um ERP é possível que uma corporação comece com a implantação de módulos básicos de vendas, contabilidade e finanças. Quando o sistema e a organização ganham maturidade em seu uso, outros módulos podem ser implantados sem prejuízo para os módulos em operação e sem grandes atropelos para a corporação. 2.2.3 Vantagens e desvantagens de um ERP

As principais vantagens encontradas na implementação de sistemas ERP são: • acesso aprimorado de dados que fornecem subsídio para a tomada de decisão operacional devido ao uso de um banco de dados integrado que produz consistência nas informações que auxiliam as operações de negócio; • supressão de sistemas de processamento processamento de transação legados e inflexíveis inflexíveis,, que geram aumentos avassaladores de custos;

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• aperfeiçoamento dos processos de operacionais operacionais de negócio devido ao desenho dos módulos ser aderente às melhores práticas de mercado; • modernização da infraestrutura de tecnologia da informação de que os sistemas ERP precisam para serem implantados. Os sistemas ERP também apresentam algumas desvantagens, entre elas: • custos de implantação muito altos que, em muitos ca casos, sos, não são bem bem traduzidos em matéria de investimento pelos gestores de TI; • longo período para ser implementado por completo (até a maturidade desejada pelas corporações); corporações); • dificuldade em implantar mudanças devido a questões de cultura cultura organizacional e problemas de dimensão humana; • dificuldade de interação com outros sistemas sistemas de processamento de tr transação ansação legados; • risco de falha na implantação.

2.3 Banco de dados 2.3.1 Conceitos

Os dados representam a matéria-prima para a geração da informação completa e precisa. Eles podem se apresentar de diversas formas obedecendo a uma hierarquia hi erarquia que se inicia na menor porção de dados manipulável por um sistema computacional: o bit.  Lembrete

O bit corresponde a um sinal digital, 0 ou 1, que representa, respectivamente, a ausência ou a presença de um sinal elétrico. elétri co. Um conjunto de oito bits formam um byte. Um banco de dados, também conhecido por base de dados, é uma coleção organizada de fatos e informações, consistindo em dois ou mais arquivos de dados relacionados. Eles auxiliam as empresas a gerir informações para reduzir custos, aumentar lucros, acompanhar atividades anteriores do negócio e criar novas oportunidades de negócios.

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 Lembrete

Nos sistemas legados e antigos, cada aplicação tinha o seu arquivo de dados. Essa abordagem tradicional contrasta com a de hoje, chamada de abordagem integrada. As principais vantagens dos bancos de dados d ados são: • utilização estratégica aperfeiçoada dos dados corporativos; • redução na redundância de dados; • melhoria na integridade dos dados; • modificação e atualização mais fáceis; • independência dos programas; • melhor acesso a dados e informações; • padronização no acesso de dados; • estrutura para para desenvolvimento de programas; • melhor proteção proteção dos dados; • compartilhamento do recurso de dados. dados. A eficiente tomada de decisões em uma corporação precisa ser baseada em dados, e não em palpites ou opiniões subjetivas sem embasamento técnico. É justamente no banco de dados que se encontra este “ouro” das corporações. O entendimento da importância que os dados têm para as corporações pode e deve gerar sua maior valorização. No entanto, trabalhar com todos os dados de forma bruta e com todo o conjunto de informações que os acompanham pode limitar as ações do processo de tomada de decisão em vez de ajudar. Dessa necessidade emerge o conceito de Data Warehouse (DW), que nada mais é que um subconjunto de dados correntes e históricos de potencial interesse para os tomadores de decisão de toda a empresa. Os DW podem ainda ser mais segmentados, em grupos menores chamados de Data Mart, que é um subconjunto do DW. Uma vez que os dados foram colhidos e estão disponíveis nos Data Warehouse e Data Mart, tornam-se disponíveis para análises dentro do contexto da estratégia de negócios. Para isso, há uma série de ferramentas, as chamadas ferramentas de inteligência de negócios.

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A inteligência de negócios, também conhecida por seu nome em inglês business intelligence (BI), é um conjunto de ferramentas que consolidam, analisam e acessam vastas quantidades de dados para ajudar os usuários a tomar as melhores mel hores decisões empresariais. As principais ferramentas de BI são: • Processamento Analítico Online (OLAP): uma ferramenta não orientada a descoberta que permite a análise multidimensional de dados, de forma que os usuários vejam os mesmos dados de diferentes maneiras, pois usa múltipla dimensão; • Data Mining (mineração de dados): uma ferramenta orientada a descoberta, fornecendo percepções dos dados corporativos que não podem ser obtidas com o OLAP, descobrindo padrões e relacionamentos ocultos em grandes bancos de dados e inferindo regras a partir deles para prever comportamentos futuros. 2.3.2 Projeto de banco de dados

O desenvolvimento de um sistema de informação envolve a análise e o projeto de dois doi s componentes: os dados e os processos. O projeto de dados é considerado a parte estática do sistema, uma vez que diz respeito a um universo persistente de características que dificilmente sofrem modificações após a sua definição. O projeto de processos, por sua vez, é chamado de parte dinâmica, uma vez que as tarefas a serem realizadas sobre os dados podem variar conforme ocorre a evolução do sistema. Considera-se projeto de um banco de dados a análise, o projeto e a implementação dos dados persistentes de uma aplicação levando em conta a determinação da sua semântica (abstração dos dados de uma realidade) e, posteriormente, o modelo de dados e o Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD) a serem adotados. O projeto de um banco de dados é composto das seguintes etapas: descrição de requisito, projeto conceitual, projeto lógico e projeto físico. A descrição de requisitos é a etapa em que são coletadas infor informações mações sobre os dados de interesse da aplicação e seu uso, ou seja, sej a, as operações de manipulação sobre elas e suas relações. Para a realização da etapa de descrição de requisitos, são necessárias tarefas como entrevistas com os Para futuros usuários do sistema, análise de documentações disponíveis, arquivos, relatórios etc. O resultado normalmente é uma descrição dos requisitos da aplicação o mais detalhada e clara possível. O projeto conceitual pode ser considerado a fase de análise dos dados ou requisitos capturados na etapa anterior. Nessa etapa, realiza-se o que chamamos de modelagem conceitual: são analisados os fatos de interesse, isto é, as entidades ou conjunto de ocorrências de dados e seus relacionamentos,  juntamente  juntame nte com seus atributos atribut os e ppropried ropriedades ades ou característica caracter ísticas,s, e construída constr uída uma notação notaçã o gráfica g ráfica para facilitar o entendimento dos dados e suas relações, tanto para os analistas quanto para os futuros usuários.

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A etapa de projeto conceitual resulta em um modelo conceitual em que a semântica da realidade deve estar correta. A ferramenta mais usada nessa etapa é o diagrama Entidade-Relacionamento (ER). O projeto lógico é considerado a fase de projeto dos dados. Nessa etapa, o desenvolvimento do banco de dados começa a se voltar vol tar para o ambiente de implementação, uma vez que é feita a conversão do modelo conceitual para um modelo de dados de um banco de dados (modelo lógico). l ógico). Esse modelo de dados pode ser relacional, orientado a objetos ou dimensional, por exemplo. O projeto lógico se baseia no uso de regras de mapeamento de um tipo de diagrama de acordo com o modelo de dados definido. Pode ser um diagrama ER ou um diagrama de classes, entre outros. O resultado é uma estrutura lógica, como um conjunto de tabelas relacionadas. A última etapa é o projeto físico, responsável pela adequação do modelo lógico gerado na etapa anterior ao formato de representação de dados do SGBD escolhido para a implementação. Na realização dessa etapa, devem-se conhecer os elementos e o funcionamento do SGBD para a criação da estrutura lógica definida no modelo. O resultado é a especificação do esquema da aplicação e na execução das restrições de integridade. 2.3.3 Business intelligence

Business intelligence corresponde à inteligência do negócio, negócio , e seu objetivo é o aumento da vantagem competitiva do empreendimento. Para isso, utiliza-se uma combinação de processos e ferramentas bem estruturadas para trabalhar trabalhar os dados de forma inteligente a fim de obter uma tomada de decisão de cisão rápida e da melhor maneira possível. Como em qualquer projeto, para construir um BI deve-se desenvolver um plano no qual os seguintes temas sejam tratados: • estabelecer a aplicação de negócios para o BI; • realizar a estimativa de orçamento; • realizar a aprovação do orçamento estimado; • identificar os indicadores a serem utilizados; • garantir que os indicadores escolhidos medirão com sucesso. Com esse plano, o BI se posiciona de acordo com o objetivo da organização, identifica componentes que necessitam pertencer ao grupo, elabora um orçamento para aquisição de hardware, software e treinamentos necessários para o projeto e ainda estabelece os indicadores para medir o sucesso da implantação desses itens.

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Para a implantação do plano de BI, é preciso identificar quais informações são importantes para o processo de tomada de decisão, promover uma cultura de troca de conhecimentos e informações, elaborar e arquitetar sistemas para automatizar a retenção das informações e, por fim, implementar um sistema simplificado de acesso a essas informações e conhecimentos, sistema esse que deve propiciar um acesso prático e rápido. 2.3.4 Data mining

Considerado uma ferramenta de BI, o data mining é uma tecnologia de mineração que funciona por meio de uma seleção de ferramentas que se utilizam de algoritmos de aprendizagem, redes neurais e estatística, explorando grande número de dados a fim de extrair deles conhecimento e hipóteses. O objetivo é gerar validade para os dados existentes e transformá-los em conhecimento e informação. As empresas guardam grandes valores de conhecimento e, muitas vezes, esses dados são transferidos para os bancos de dados. É nesses bancos de dados, cheios de informações e histórico da organização, conhecimento sobre as vendas, contas a pagar, negociações etc., que garimparemos a melhor informação. Em contrapartida, muitasque informações têma apena devida organizações. é importante ter em mente pode valernão muito ter oatenção trabalhonasextra de colocar Por todasisso, as informações em um banco de dados seguro para que elas possam ser utilizadas no futuro. Além disso, há a dificuldade de se utilizarem todos os dados armazenados em banco de dados porque algumas organizações acreditam que eles não têm importância, afinal, estão lá já há muito tempo. Com a utilização da tecnologia data mining (DM), é possível selecionar, entre diversos dados, dados, o mais relevante para gerar uma informação importante para a organização. o rganização. Essa ferramenta é capaz de fazer simulações, hipóteses e deduções com dados que aparentemente não teriam qualquer ligação entre si. Assim, ela gera informações importantes ao gestor da organização. O data mining pode ser aplicado nos modelos de sistemas de informação gerencial/tático e estratégico. 2.3.5 Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados

Um SGBD é um software específico usado para criar, armazenar, organizar e acessar dados a partir de um banco de dados. Ele é responsável pelo gerenciamento do acesso simultâneo aos dados e por providenciar a execução de comandos de leitura e gravação no banco de dados por meio da linguagem padrão. Segundo Stair e Reynolds (2011), os SGBDs variam de pacotes de software de menor porte e custo até os mais modernos e sofisticados sistemas com altíssimos custos. O objetivo é que o SGBD funcione como uma interface entre a base de dados e as aplicações que necessitam de acesso ao banco de dados. A figura a seguir trata dessa ideia.

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Aplicação 1

Aplicação 1

Aplicação 1

SGBD

Banco de dados

Figura 14 – Funcionamento do SGBD

 Resumo

Destacamos o fundamento da infraestrutura da tecnologia da informação, além de apresentarmos os elementos que compõem a infraestrutura de TI (hardware, software, banco de dados e redes de computadores/telecomunicações). Posteriormente, deu-se ênfase aos componentes compon entes hardware e softwares, como o objetivo de apresentar o computador como componente vital na infraestrutura de TI. Mencionou-se ainda a relação entre processos, arquitetura e infraestrutura. Estudou-se a temática dos sistemas de informação com detalhes. Foram apresentados os conceitos de sistemas de informação, bem como a sua classificação e o seu processo evolutivo, partindo dos sistemas de processamento de transação, passando pelos sistemas ERP, até a chegada nos sistemas de suporte à tomada de decisão. Por fim, tratou-se de banco de dados, apresentando a sua importância para as organizações, principalmente associado às ferramentas de inteligência de negócios, com ênfase no data mining.

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 Exercícios Questão 1. (Sanasa 2019) A solução completa possui diversos módulos que podem ser

parametrizados parametr izados de acordo com as necessidades da empresa de saneamento e com o número de usuários usuários.. Adesolução a) gerenciamento de projetos,dastaisdiversas como obras e de infraestrutura estaçõespermite: de tratamento; b) gerenciamento fasesdedosmanutenção processos para o tratamento da água bruta e de controle de qualidade para a produção da água tratada a ser disponibilizada na rede de distribuição; c) integração com o sistema de controle de perdas, permitindo replanejamentos preventivos e corretivos dos recursos e insumos envolvidos nos processos de produção de água tratada; d) gerenciamento de hidrômetros; e) integração com controles físicos e financeiros, disponibilizando históricos funcionais de manutenção, estatísticas de consumo etc. O texto refere-se a um sistema: A) de apoio à decisão do tipo OLAP. B) Data Minig. C) Business intelligence. D) SPT. E) ERP. Resposta correta: alternativa E. Análise das alternativas

A) Alternativa incorreta. Justificativa: OLAP é uma ferramenta não orientada a descoberta que permite a análise multidimensional de dados, de forma que os usuários vejam os mesmos dados de diferentes maneiras, pois usa múltipla dimensão. B) Alternativa incorreta. Justificativa: Data Mining é uma ferramenta orientada a descoberta, fornecendo percepções dos dados corporativos que não podem ser obtidos com o OLAP, descobrindo padrões e relacionamentos ocultos em grandes bancos de dados e inferindo regras, a partir deles, para prever comportamentos futuros.

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C) Alternativa incorreta. Justificativa: Business intelligence corresponde à inteligência do negócio e seu objetivo é o aumento da vantagem competitiva do empreendimento. Para isso, utiliza-se uma combinação de processos e ferramentas bem estruturadas para trabalhar trabalhar os dados de form formaa inteligente a fim de obter uma tomada de decisão rápida e da melhor maneira possível. D) Alternativa incorreta. Justificativa: o Sistema de Processamento de Transações (SPT), também conhecido por seu acrônimo em inglês TPS (Transation Processing System), é um sistema de informação responsável pelo processamento de uma transação em um processo organizacional. E) Alternativa correta. Justificativa: os sistemas integrados de gestão também são conhecidos como sistemas de Planejamento de Recursos Empresariais (ou pelo seu acrônimo em inglês ERP, que significa Enterprise Resource Os sistemas ERPempresa são umpara conjunto integrado de programas que gerenciam as operações Planning). vitais dos negócios de uma uma organização global com múltiplas l ocalizações. localizações. Questão 2. (Fundação Cesgranrio 2018) O SAP-ERP foi desenvolvido e aprimorado durante décadas,

tendo como princípio básico as melhores práticas de processos existentes no mercado. Essas melhores práticas têm o objetivo de propiciar às empresas: A) Aumento da complexidade dos processos, em função dos d os diversos módulos, transformando-as em empresas de grande porte. B) Redução do número de processos e, consequentemente, diminuição da complexidade das rotinas diárias, gerando 30% de aumento de receita. C) Maximização das d as integrações entre as áreas/departamentos, eliminando redundâncias de processos na tentativa de reduzir os custos. D) Integrações entre as áreas/departamentos, mantendo as redundâncias de processos na tentativa de reduzir os custos. E) Eliminação de todas as áreas/departamentos, já que se trata de um único sistema integrado capaz de realizar as operações de todas as áreas. Resposta correta: alternativa C.

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Análise das alternativas

A) Alternativa incorreta. Justificativa: os ERPs têm o objetivo de reduzir a complexidade dos processos. B) Alternativa incorreta. Justificativa: o número de processos depende da empresa; o ERP faz a integração desses processos. C) Alternativa correta. Justificativa: a fim de atender a integração de dados em tempo real, o ERP trabalha com um único banco de dados, compartilhado por todos os módulos, conforme perfis de acesso configurados pelo administrador do sistema. O ERP é formado por módulos de software para atender às mais diversas demandas de processamento e de integração de dados e informação em uma organização. Entretanto, a composição de um ERP varia de empresa para empresa, mesmo que elas sejam do mesmo ramo de negócio, issoe produtivos porque empresas diferentes demandam funcionalidades e processos operacionais, administrativos diferentes. D) Alternativa incorreta. Justificativa: o ERP faz a integração dos processos eliminando as redundâncias. E) Alternativa incorreta. Justificativa: os ERPs não alteram a estrutura organizacional da empresa. Eles fazem a integração dos dados, e não a integração dos departamentos.

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