Livro Psicologia Juridica No Brasil Gonalves Amp B PDF

October 5, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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organizadores

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organizadores

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Organização H eb e S i gn or i ni  G on ça lv e s E du ar do  P on te  B ra nd ão

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R iio o  d e e J an an ei ei rro o

2009

 

E D I T O R A

 

Apr es en ta ç ão

7

Pensa Pe nsand  ndo oa aPsico Psicologia logiaaplica aplicada da àJus àJustiça t i ça 

15

E sthe rM a r i a  d e  M a g a l h ã e s  Â r a n l e s AínterlocuçãocomoDireitoàluzdaspráticas psicológi psic ológicas cas ca s eem em m Var  Var  aras as d as de de e Fa Fam m míli íli ília a 51

EduardoPonte Brandã o O psic  psicólog psicó psicólog ólogo logo o eas e asprátic  prátic  prát icas asde as de adoção de adoç adoção

99 99

LidiaNafaliaDobriarukyjWeber O O papel p pa apel p elda  da da perí  perícia perí perí cia ciapsico  psicológica lógica lóg ica na execuç execuçãope cução ão pe ãope  pena nal na l

141

SaiodeCarvalho Aatu A atuaç ação ão dospsic ão dos dos psicólog ólogos osno no sistemape sistema sistema pe  pena nal na l

157

TaniaKolker (Des)con (Des) constr struin uindo do a ‘meno ‘menorid ridade ade’: ’: uma uma anális análise e crític críticaa sobreopapeldaPsicologianaproduçãodacategoria “me nor ” 2 05

É r ik a  P ie d a d e  d a  S i lv a  S a n t o s Eminstituiçõesparaadolescentesemconflitocomalei, oqu o que epo  pode  po de a de a nossavã nossa nossavãpsic  psicolog  psi colog ologia? ia? 249 2 49

M a r l e n e  G u ir a d o Violência Vio lên lência cia co contr  ntra aa acriança crianç cri ança a eo e oadolesce adolescente nte 

277 277

H e b e  S i g n o r i n i  GGoo n ç a l v e s Mulheres Mulhe res em em situaç situação ão de violên violência cia domést doméstica ica: : limite limites s e possi po ssibil  bilida  bil idades ida des de s d de de e enfr  en fren enta ta tam m en ento to 309 309

RosanaMorgado Sobre Sob re osauto re os os autores r es 

340 340

 

Esse Ess e liv livro ro é res result ultado ado de vár vários ios des desafi afios. os. Oprimeirodeles,semdúvidacentral,consistiuemapresentardidatic sent ardidaticament amenteumramoda eumramoda psic psicologi ologiaqueestáemfran aqueestáemfran caexpansão caexpan sãoede edesenvol senvolvimento vimento:aP :aPsicologiajurídi sicologiajurídica.Levan ca.Levando do emcontaosobjetivosdeumpúblico.alvoformadobasicamen te po te por r estu estuda dant ntes es e in inte tere ress ssad ados os er erri ri co conh nhec ecer er es esse se do domí míni nio, o, p pr  rr o p  pu p u s e m o - n o s s aa c o m p  po p o r u m m lliv i v ro ro-t -t -teeext xt xto o que qu e ssem e m ostr  os tras asse se ccaa  p paa z d  d e a p  pre p re s e n ta tar r a a á re a , e m m tto o d  d a a sua su a aam m plit  pl pl itud  it ud e . . O llivro iv ro q q ue chegaagoraaoleitorfogeportant chega agoraaoleitorfogeportantodoformatocláss odoformatoclássicodeuma icodeuma coletânea,vistoqueapropostadidáticaexigemaisqueaapre sentaçãodostrabalhosdecadaumdosautores;elatornaim p pee rr a tiv ti v a a aa n e cess ce ssid  idad  ade e de de de d  d e se n v o lv lveeer r u m ali a lin li n h a de de de rra rac a c iocí io cíni nio ni o capazdea capa zdeaprese  p  prr es e ntaraárea n ta r  a  á reaaosi aosinter  nteressados essadosdemodo demodoescl esclarece arece dor, dor , sem sem no ent entant anto o dei deixar xar de lad lado' o' os inú inúmer meros os pro proble blemas mas e dificu dif iculda ldades des que que col coloca oca, , sej seja a do pon ponto to de vis vista ta teó teóric rico o sej seja a no campodeumapráticaquejánasceintèrdisciplinar. Com efe Com efeito ito, , a Psi Psicol cologi ogiaju ajuríd rídica ica sur surgiu giu de um cha chama ma mentoaoingressodoPsicólogoemáreasoriginariamentedes tinada tin adas s às prá prátic ticas as jur jurídi ídicas cas. . Ess Essa a dem demand anda a col coloca oca exi exigên gência ciass espe especí cífi fica cas, s, di dita tada das s pe pelo lo Di Dire reit ito, o, ma mas s é mi mist ster er ad admi midr dr qu que e o ingress ingr  esso odaPsicol daPsicologianom ogiano ogia nom m un undojurídicoprecisaencon dojurídicoprecisaencontrarseu trarseu m otorpróprio, motorpróprio, otorpróprio,já  j  jáá  quesuaimpulsãoadvémdeum q u e  s u a  i m p u l sãoadvémdeumcompromis compromis  so so com com o su suje jeit ito o qu que e é, é, po por r ex exce celê lênc ncia ia, , de de ou outr tra a or orde dem. m. Nã Não o háconflitosinsuperáveisaqui,mashásemdúvidainterseções depesoquemerecemexame.

 

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Cangui Can guilhe lhem m ace acerca rca cia cia uni unidad dade e da Psi Psicol cologi ogia, a, a autora autora tra traça ça umcaminhogenealógico,debruçando-sesobreasperícias,os laudos,asquestões laudo s,asquestõesda da loucu loucurae rae dasanida dasanidade,acriminal de,acriminalidade idade,, asrelações famil asrelações familiiares ares, , ach am adaj adajustiça ustiça terapêutica eo dif difíc ícil il temadainfandaedaadolescência.Elademonstracomoesses per percursos cursos podem ser lido doss co como mo téc écnica nicass de subjet ubjetiivaçã vação. o. Em outraspalavras,EstherArantesvemnosmostrarojogoestra tégicodasinstituições tégicodasinstitui çõesjurídicas jurídicas,jogoqueimpõesériosdilem ,jogoqueimpõesériosdilemas as à prá prátic tica a do psi psicól cólogo ogo.. . Existe Existe neu neutra tralid lidade ade nas nas prá prátic ticas as do psi psicól cólogo ogo rel relaci aciona ona  dasàsVarasdeFamí dasà sVarasdeFamíli lia?Com a?Com essa essaindagaçãodefundo,Edua indagaçãodefundo,Edua rdo P ont ont e  Br aandã ndão o a po pont nt aa i ni nicc i aall m eent nt ee pa rraa  a  c ol oloni onizz a ççãã o r e ccíí  proca proca ent entre re as leis e as pr práti áticas cas de dis isci cipl plin inaa e normal normalizaç ização ão queteriahavidonoBrasildesdeoCódigoCivilde1916atéas legi legisl slaç açõe ões s at atua uais is qu que e re regu gula lam m as as fa famí míli lias as. . Co Corr rri i ob obje jeti tivo vo de analis ana lisaressas aressas com comple plexas xas rel relaçõ ações, es, o aut autor or ado adotacomoeixo tacomoeixo de invest inv estiga igação ção os cri critér térios ios def defini inidor dores es da gua guarda rda e su suas as mod modali ali  dades dad es nos nos pro proces cessos sos de sep separa aração ção e div divórc órcio. io. Fei Feito to ess esse e pan pano o rama,oautorpõeemxequeapráticapericialrelacionadaaos litígios lití gios famil familiares iares. . Os argume argumentos ntos são sufic suficiente ientes s para esti estimu mu la lar r o ps psic icól ólog ogo o a at atua uar r de de fo form rma a a nã não o ca caus usar ar ma mais is pr prej ejuí uízo zoss doque os osproc processo essos sjudiciai judiciaispo spo rsi rsisó sójá já acarretam , devendo o pro profiss fissiona ionall la nça r mã o de im portantes portantes contri contribu bu içõ es es da psica psica nálise nál ise, , da abo aborda rdagem gem sis sistêm têmica ica e das das prá prátic ticas as de me media diação ção.. Erika Eri ka Pie Piedad dade e enf enfoca oca as dif difere erença nças s val valora orativ tivas as ent entre re os c onc o ncee it it os os  de de "m "mee n nor or””  e  de de “ cr cr iiaa n nçç aa””  qu quee  f o orr aam m fo orr ja ja d daa s s a o longo lon go de nos nossahistó sahistória ria, , sob sobret retudo udo a par partir tir de dis dispos positi itivos vos ori ori  entado ent ados s par para a o con contro trole le das das par parcel celas as mai mais s des desfav favore orecid cidas as da popu laçã o. O hiat hiato o entre entre os bem-nas bem-nascidos cidos e os potencialmen te perigosos erigosos pa ra ra a sociedade ociedade é perpetuam ente ente es esti tim m ulado ulado des esde de oBrasilcolonialatéosúltimosanos,apesardosavançosteóri cos e soc cos sociai iais s pro propos postos tos pel pelo o Est Estatu atuto to da Cri Crianç ança a e do Ado Adoles les  cente.Investigaracomplexateiadedeterminaçõesqueassevera a des desigu iguald aldade ade ent entre re as inf infânc âncias ias no Bra Brasil sil, , e com com iss isso o pro proble ble--

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matizarolugaVqueopsicólogoocupafrenteàsdemandasso7 ciojurídicas,éa.tarefaaqueaautorase'lançacorajosamente. AcontribuiçãodeMarleneGuirado,psicanalistaeana lista lis ta in insti stitu tucio cional nal, , vem vem mos mostra trar r uma uma no nova va fo forma rma de pen pensar sar a -Psicologia-Jurídica-para-além-dos-campos-e-leituras-nas-quaiselajá ela já fi firmou rmou suaprodução.Aautora suaprodução.Aautoraquestion questionaum aum 'saber 'saberp p ura m ent ent ee aca acad d êêm m i cco o , ,  r es estt rrii t o o a form as protegid protegidas as deproced deproceder er,, assi assim m como com o uma uma con concep cepção ção de suj sujeit eito o apa apart rtada ada das das troca trocas s socia sociais. is. G uirado dem onstraque aPs aPsic icolo ologian gianãos ãosós ósetra etransformaco nsformacomo mo g an an h ha a p o ott ccn n ccii aa q u uan and do o s e e d is is p põ õ ee a en enff rren entt ar ar  o ss d eess aaff io io ss d o campo, camp o, expo expor r sua prát prática ica e enfr enfrenta entar r efeti efetivame vamente nte os dil dilemas emas éticosdossuj éti cosdossujeeito itos.A s.A autoraap resentacer resentacertospr tospreceitosmetodo eceitosmetodo lógicosesepropõeaavaliarsuaaplicabilidadeeminstituições destinadas ajov destinadas ajov ens emconfl emconflit itocom ocom al aleeiesubmetidos iesubmetidosam am edi dasdeprivaçãodeliberdade.No!difícilcontextodaFEBEMde SãoP aulo aulo, , o Proj Projeto eto Fiqu Fique e Viv Vivo— o—por por elasup elasupervi ervisi sionad onado o - é alvodeumaanálisefecunclaeoriginal,quepermitedepreender  queo exer exercíci cíciodaPsico odaPsicolog logiadevedefinir iadevedefinir-seno -seno camp campodas odas ci ênciashumanas,assessorar-sedelasebuscaraconexãoentreo sujeit suj eito o e asrelaç asrelações ões soc sociai iais s qu que e o cer cercam cam e fu fund ndam. am. A vi viol olênc ência ia con contr tra a a cri crianç ança a e o ado adoles lescen cente te é dis discu cutid tidaa emcapítulodeautoria deHebe Signor Signorini iniGonçal Gonçalves ves.C .C ombase cm l iitt eerr aatt u cm urr aa n aci acio on nal al e i n ntt eerr nac nacii o on n aall ,, a au autt o orr a a f az az u m m ap apa a nhadodostiposdeviolência,dossinaiseindíciosaseremob s er er vad vado o ss e d aass  co con n seq seqü ü êên n ccii aass  q u ue e o  ato ato  v io io len lentt o o p rro od du u zz n a criança cria nça ou no adol adolescen escente, te, assi assim m como como na dinâ dinâmica mica fami familiar liar.. Sobreessepan Sobreess epan ora m a,aau torafa torafazumaanál zumaanális isecrít ecríticad icadocam ocam  po, po, avali valiaa os alcances alcances dos instr nstrumentos umentos lega gaiis e alerta alerta para os limitesdaaplicaçãodessesdadosaoscasos,levandoemconta queelestendemaocultarcertassingularidadesdosujeito.Seus argumentosinvocamosquestionamentosmaisrecentes,sobre tudoaquelesderiv tud oaquelesderivados ados depesqui depesquisasdesenv sasdesenvolv olvidas idas noBrasil noBrasil, , e conclama conc lamamos mos prof profissi issionai onaisa sa umaaçãoondea étic éticade ade pro prote te ção à cri ção crianç ança a lev leve e em con conta ta tam também bém as nec necess essid idade ades s do dos s de

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mais me mais memb mbro ros s da da famí famíli lia, a, assi assim m co como mo o co cont ntex exto to soci social al em que'seinserem. RosanaMorgadofalasobreaviolênciacontraamulher. Aautoramostraquealargaincidênciadessaformadeviolên-cia,_na_sociedade.contemporânea,contribuiparasuanaturali zação. zação . A leitu leitura ra crít crítica ica de Rosana alèHi alèHi7^ 7^::íõ í õ ~ ^tã ntõ ^p ara '“o~ fato de qu fato que e cer certo tos s mo model delos os de aná anális lise e do do proble problema ma termin terminam am acatan aca tando do a nat natura uraliz lizaçã ação o da da vi violê olênc ncia. ia. Em con contra trapar partid tida, a, ela buscatra tar ogênero gênero como como constr constru u çãoso çãosocia ciall, emostr mostraa como a partir partir da daíí a mulher mulher pode pode ser vis ista ta de mod modo o mui muito to ma mais is com pl plexo exo que que o est stri rito to lugar ugar de de ví víti tima ma que ue lhe é at atri ribuí buído. do. Sem negarolugardevítima,esemnegaradependênciaeconômica tão comum nas nas■ ■relaç relações ões de. de.casal casal perm eadas pelaviol pelaviolência ência, , a autora vem vem no nos s mostr mostraa r que essa essas s.co .conce ncepçõ pções es sã são o  insuficientes, q u an an d o o n ã o falaciosas,  p a rraa  d a r  c o on n t a a d e  u m a  t e má má ti ti ca ca  q u e impli im plica ca o sujei sujeito to em em di dimen mensõe sões s mai mais s pro profun fundas das e com compl plexa exas. s. Escapand Esca pando o doimedia doimediatism tismo o quepermei quepermeia a certo certos s mod modelos elos soci sociais ais ejurídicos,aautorapropõeumnovoolharsobreamulherque sofreaviolência,olharquepermitedesvendarsuasambivalências e con confli flito tos, s, empres emprestan tando do no nova va dim dimens ensão ão às rel relaçõ ações es de cas casal. al. Dessaanálise,aautoraretiraimplicaçõesimportantesparaas p políticas olíticas públicas públicas eas eas formas formasju ju rídicas que tratam das rel relaçõe açõess degêneropermeadaspelaviolência. A quem quem; ;serve serve a adoção: aospaisouà crian criança ça adot adotada? ada? Arespostaaessaquestãoébuscadanahistóriadoinstitutoda adoção, adoçã o, hi histó stória ria, ,qu que e antecede antecede os os mo model delosj osjurí urídic dicos os tal tal com como o hoje ho je os os^co ^conh nhece ecemo moss. D a Antig Antigüidad üidade e ao Bras rasilcontem ilcontem porâ neo,LidiaWeberindicaqueaLeieaspráticassociaisseinter penetram, e que nem nem sempr sempree a propost propostaajurídi jurídica ca encontra encontra eco co;; no tec no tecido ido soc social ial. . Ess Essa a aná anális lise e his histór tórica ica das das for formas mas deadoçã deadoção o é ricamenteilustradapelamaisextensapesquisajádesenvolvida no Br no Bras asil il sobr sobre e o tema tema, , cu cujo jos s resu result ltad ados os pe perm rmit item em ex exam amin inar  ar  não nã o só só as as mo moti tiva vaçõ ções es para'a para'adotar dotar co como mo ta também mbém os cr criité térrio ioss das da s equ equipe ipes s enc encarreg arregadas adas de ava avalia liar- r- eaval eavaliizar zar—os —ospro propo po--

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nentesàadoção.Aautorasusten nente sàadoção.Aautorasustentaque,paraefet taque,paraefetivarapropos ivarapropos  ta ta lega legal l de de pr priv ivil ileg egia iar r o inte intere ress sse e da da cria crianç nça, a, será será ne nece cess ssár ário io que o tra que trabal balho ho do psi psicól cólogo ogo busq busque ue afa afasta starr-se se de um mod modelo elo p pericial, ericial, qu evisa evisaa a penas classifi classificar car edescob riratrib uto s desejá veis.emcandidatosapaisadotivos,paralevartambémemconta odesejo,amotivação,omedoeaansiedade odesejo,amotivaçã o,omedoeaansiedade,entreoscand ,entreoscandida ida tos,eprivilegiarsuapreparaçãoparaasfunçõesdepaternida deeosvínculosdefiliaçãodosquaisoinstrumentojurídicoé apenas apena s um recur recurso. so. Parr aa en Pa ente tend nder er o f enô enôm m eeno no da da crim crimin inal alid idad ade, e, é f und unda a m en en ta ta l l e n ntt en en d dee r r o  p aap p el el  d aa c ri ri m mii na na li li za za ççãã o o d aa p o ob b re re zzaa , , d a demonizaç demon izaçãodasdrogas,daespetacu ãodasdrogas,daespetaculariz larizaçãodaviolênc açãodaviolência,da ia,da cr cria iaçã ção o da da figu figura ra do do inim inimig igo o inte intern rno o e da da func funcio iona nali lida dade de do fr fraca acasso sso da pri prisão são, , esp especi ecialm alment ente e no con contex texto to atu atual al das das soc socie ie dades dad es neo neolib libera erais is glo global baliza izadas das. . A exp expres ressão são de Tan Tania ia Kol Kolker  ker  anunciaacomplexidadedotemaeaamplitudedesuaanálise. Ela no ent Ela entant anto o não não se res restri tringe nge a ess essas as det determ ermina inaçõe ções s soc sociai iais; s; demonstra demonst ra ao mes mesmo mo tem tempo po com como o se con consol solido idou u a prá prátic tica a de individualizaraspenas,ocálculodereincidêncianodelitoe,a mais mai s gra grave ve her heranç ança a pos positi itivis vista, ta, a per percep cepção ção man maniqu iqueís eísta ta da deli de linq nqüê üênc ncia ia e do do de deli linq nqüe üent nte. e. Co Com mo o m o ost strr a a a au auto torr a, a, essa essa históriadeexclusãoestáatéhojepresentenacenaprisional,a despeitodeinstrumentosdeproteçãointernacionaldosdireitos hum hu m aano nos. s. E m m su sua a an anál ális ise, e, Ko Kolk lker er se se va vale le de de um uma a lite literr atu aturr a ampla amp la que que con contem templa pla Fou Foucau cault, lt, Cas Castel tel, , Zaf Zafaro aroni, ni, Wac Wacqua quant, nt, assi assim m  co com mo o au auto torr ees s na naci cion onai ais s -  Co Corr rea rea, , Ra Rauter uter, , Ba Bati tist sta a -  o que qu e lhe lhe pe perm rmit ite e olha olhar r pa para ra no noss ssas as pris prisõe ões s e an anal alis isar ar crit critic icaamente men te a fun função ção do psi psicól cólogo ogo nes nesse se esp espaço aço.. Alinhadotambémàcriminologiacrítica,escolainspira daemFoucault,SaiodeCarvalhoenfocaaavaliaçãocriminológi lógica ca qu que e pe perr m mei eia, a, a L eei i de de E x xec ecuç ução ão Pe Pena nal l ( L LE EP P)) . . Nu Num ma exposiçãorigorosaquearticulaosaspectosjurídicosàspráticas de po de pode derr ,, o au auto torr  op opõe õe-- sse e à pe perr spe spect ctiv iva a de de co colo loca carr -na -na ce cena na pena penall a per person sonal alida idade de do apen apenado, ado, invo nvoccando ando par aa tant anto o as

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garant gar antias ias con consti stituc tucion ionais ais. . Seg Seguin uindo do esse esse rac racioc iocíni ínio, o, Car Carval valho ho desvenda desv enda a prát práticaautori icaautoritári tária a pres presente ente no exam exame e crim criminol inológiógico.Eleinterroga co.Eleinterrog a a funç funçãodos ãodos técn técnicos icos dosistem dosistemapeniten apenitenciá ciá rio,entreosquaisopsicólogo,paraalémdatarefa'derealizar  avaliaçõ aval iações es e perí perícias cias crim criminol inológic ógicas. as. Carva Carvalho' lho' faz ass assim im algu algu  mas indi mas indicaçõ caçõespreci espreciosas osas,masquesó ,masquesó serã serãopossív opossíveisdeserea eisdeserea lizaremmedianteumaperspectiva lizaremmedia nteumaperspectivadita“humanista”. dita“humanista”. Hebe Signorini Hebe Signorini Gonça Gonçalve lvess EduardoPonte Eduardo Ponte Brandão

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Pensandoafsicologia aplicada à-JusIiça EstherMariadeMagalhãesArantes TalvezacríticamaiscontundentedirigidaàPsicologia tenhasidoaformuladapor   G   e o r g e s   C   a n g u i l h e m  , emconfe rênciarealizadano CollègePkilosophique,emdezembrode1956.' Àperguntainicial“OqueéPsi-_ coloria?”segue-se“Quemdesig° , . ^d o rrâ a s jd é ^ n a a  o s s  p si s i ccóó lo l o go g o sc s c omo o mo í ns n s tr t r uu-ment me ntos os do do mstr ms trum umen enta tali lism smo? o? , fttoritémporâricÒkv.S^ numaapreciaçãocntic numaaprec iaçãocnticatantodafyyyamós^ atantodafyyyamós^enc^ enc^ ?  _  J  _    _!_i-_!  _J J _  _ J J .  .  J ^ ^ , .

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Psicologi Psicol ogia a como como do própri próprioo zerdopsicólogo.Estebuscaria, r O V I  1ÍT)■'-/i“ -/i“ ' r":'h W  ÍI i’nT' Gra*cia cia t saber saber i£io rflcJaneir i flcJaneir o: Gra* n u m a . e í ic a c ia  d isc u tív e l,  a  s u a  i - í'^1 importânciadeespecialista.Noentanto,eaíestáoquedefato devenospreocuparnaargumentaçãodeCanguilhem,estaefi cácia,aindaquemalfundada,nãoéilusória. ..

Aodizerda Aodize rda efi eficác cáciado iado psi psicól cólogo ogo queelaé discut discutíve ível,não l,não se que querdi rdizer zer que que ela ela é ilu ilusór sória; ia; que querr-se se simple simplesme smente nte ob servarque serva rque estaeficácia estaeficáciaestá está's 'semdúv emdúv idamalfun dada, e n quanto qua nto não não sefize sefizerprov rprovade ade que que ela ela édevidaà édevidaà aplica aplicação ção deumaciência,istoé,enquantooestatutodapsicologia nãoestiverfixadodetalmaneiraquesedeveconsiderá-la

1 U m a a  t r a d uç u ç ã o  d e Qu’e Qu’est-ce st-ce que la psych psychologie ologie?, ?,  d e  G e o orr g es es  C a ng ng u il il h em em ,  f o i publicada publi cadanoBrasilcomotítulo noBrasilcomotítulo“Oqueé “Oqueé apsicologia apsicologia?”.In ?”.In Epis Epistemolo temologia, gia, 2. R i o  d e J J a n e iirr o :  T e m p o  B r a si si le le i ro ro ,  n .  3 0 / 3 1 ,  jú jú l . / d e z . ,  1 9 72 72 .

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B IB U OTEC A U NIVE N IVER R SITÁR S ITÁR IA I A j !

P R O F  R O G E R  PATT1 

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comomaisemelhordoqueumempirismocomposto,lite rariamentecodificadoparafinsdeensinamento.Defato, de de mu muito itos s tra traba balho lhos s de de psico psicolog logia, ia, se se tem tem a impres impressã são o de quemistura que misturama ma uma umafilosofi filosofiasemrigorumaétic asemrigorumaéticasemexi asemexi gênciaeumamedicinasemcontrole(Canguilhem,1972: 104- 105) . ■

O ob obje jeti tivo vo de de Cang Cangui uilh lhem em nest nesta a conf confer erên ênci cia a foi foi o de criticaroprogramauniversitáriodeseucolegade EcoleNormal Supérieure,DanielLagache,quepostulavaaunificaçãodosdife rentes rent es ramo ramos s daPsicologia,afirman daPsicologia,afirmandohaver dohaver convergên convergênciaen ciaen treaPsicologiaexperimental,dita“naturalista”eaPsicologia clínica,dita“humanista”.2 Aquestão“Queépsicologia?”,pode-se'responderfazendo apareceraunidadedeseudomínio,apesardamultiplici dadedosprojetosmetodoló dadedosproje tosmetodológicos.Éaestetipoqueperten gicos.Éaestetipoqueperten  ce a resp resposta osta bril brilhan hanteme temente nte dada dada pelo pelo Prof Profess essor or Daniel Daniel Lagache,em1947,aumaquestãocolocada,em1936,por  Edouar Edo uard d Clap Claparèd arède.A e.A unidade unidade dapsicologi dapsicologia a é aqui aqui pro curadan asuadefi asuadefiniçãopo niçãoposs ssív ívelcomoteo elcomoteoriag riag eraldacon  duta“ sín duta“ sínttes ese e da da psico psicolog logia ia ex experimen perimental tal, , da da psico psicologia logia clínica, clíni ca, da psic psicaná análise, lise, da psic psicolog ologia ia social social e da etno etnologi logia. a. Observandobem,noentanto,sedizquetalvezestaunida deseparecemaisaumpactodecoexistênciapacíficacon cluí cluído do entr entre e prof profis issi sion onai ais s do do qu que e a uma uma es essê sênc ncia ia lógi lógica ca,, obtidapelarevelaçãode'um obtidapelareve laçãode'uma'constânc a'constâncianúmavaried ianúmavariedade ade de cas casos os (Canguil (Canguilhem hem,, 1972: 1972: 105 105-106 -106). ).

ContinuandosuascrídcasàPsicologia,Canguilhem,que aceitaraserorelatorde Hi Histo storie rie delafoli delafoliee , te tese se de de do dout utor orad adoo defendidaporMichelFoucaultem defendidaporMichelFoucaulte m 196T,nãopoup T,nãopoup ou Lagache, mostrandoqueapesquisadesenvolvidaporFoucaultfaziades m oro oronarograndeprojetodeunidad narograndeprojetodeunidade edaPsic daPsicolo ologia gia(Roudinesco, (Roudinesco,

Aula Inau Inaugura gural l ministra ministrada da por Daniel Daniel Lagache Lagache na 2VU n ilê de laP laPsyc sychol hologie ogie, Aula Sorbonne Sorb onne em 1947 1947 e publ publicad icada a pela pela PUF, PUF, Paris. Paris.

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1994 19 94: : 15 15-1 -16) 6). . Ap Apes esar ar da das s crít crític icas as de de Ca Cang ngui uilh lhem em e de de ou outr tros os àutóres,entre àutór es,entre osquai squais sJacque Jacque sLacan, aprop osta osta deLagache teveamplarepercussãoriaFrançadopós-guerra. Em dez dezemb embro ro de 198 1980, 0, num numa a con confer ferênc ência ia int intitu itulad ladaa Le Canguilhem em vol volttou a criti criticar car a. a.Ps Psic icolo ologi gia, a, ce cero roea eau u et et la la pe pens nsêe êe,, Canguilh dess ta de ta  ve vezz  po porr  r edu eduzz iirr  o pe pens nsaa m mee n ntt o o a o o f unc u ncii ona o nam m eent nto o c eerr ee  br bral. al. Afir Afirm m ando ando que a Fil ilo osofi sofiaa nada tem em a esperar esperar dos os ser ervi vi  çosdaPsicologia,conclamouosfilósofosdasnovasgeraçõesa resist res istire irem m à “ca “calam lamida idade” de” psi psicol cológi ógica. ca. Dia Diante nte de crí crític ticas as tão duras, dur as, Rou Roudin dinesc esco o obs observ ervou ou que que, , nes nesta ta con confer ferênc ência, ia, Can Cangui gui  lhemnãohaviasepreocupadoemdistinguirasquerelasediscordânciasintern dânci asinternasà asà própr própriaPsicol iaPsicologia, ogia, faze fazendoumacríticaem ndoumacríticaem b bloco loco asaberesm uito uito dif diferenciados(Ro erenciados(Ro udinesco udinesco , 19 1993 93). ). Com o o próprioCanguilhemhaviaditonaconferênciade1956,não

háunidadenaPsicologia.3

U.

M es es m mo o a ssss im im ,, e  a ind indaa  s ee pe perr g gun untt aand ndo o s ee nã não o ha have verr ia ia --:: um a certaobst certaobstina inação ção por par partede tede C anguil anguilhem hem emdemoliro emdemolirosc sc: alicer ali cerces ces nos nos qua quais is se fun fundam dament entam am a Psi Psicol cologi ogia, a, Rou Roudin dinesc esco-^ o-^ prest prestaa um a homenagem “a um dos os mai maiores ores filósofo ofos do do nos ossso tempo”,reconhecendoapertinênciaeaatualidadedesuascrí ticas, tic as, pri princi ncipal palmen mente te por porque que, , seg segund undo o a aut autora ora, , uma uma ali alianç ança' a' vitoriosaentreoorganicismobiológicoegenético,aciênciada m ent entee  e  a  t ec ec n nol olog ogii a a e st st ar ar iiaa  ga ganh nhaa n ndo do t eerr rree n no, o, e m m t ódo ó doss  os camposdosaber. (...)atéopontodefazeremergirumanovailusãocientificistasegundoaqualaintervençãocadavezmaisativada ciêncianocérebrohumanopermitiráconduzirohomem à  i mo m o rrtt al a l iid d aad d ee,,  o u u  s ej e j aa,,  à  c ur u r a a  d a a  c on o n di d i çã ç ã o o h u um m an an a (R (Roud oudine inesco sco, , 19 1993: 93: 14 144). 4).

N ão advi advindo ndo , desta desta form a,a ci cient entiifici ficidaded daded a Psico sicologi logiaa de s u de uaa  m eerr a a r o ott u ull aç aç ãão o c om om o o c iiêê n ncc iiaa , ,  s eejj aa na natt ur u r aall , ,  s oc oc iiaa ll ou

3 Mais Mais ade adequad quado o ser seria ia fala falar r de Psic Psicolog ologias? ias?



















 

humana,ouciência huma na,ouciência pura pura ouaplica ouaplicada;nemde da;nemde sua sua adje adjetiva tivação ção como Ps Psico icolog logiiaJuríd aJurídica, ica, So Socia cial l ou Esc Escol olar; ar; ou ainda ainda de sua defini def iniçã ção o com como o estud estudo o da al alma, ma, do psiqu psiquis ismo, mo, da con condut duta a ou dasubjetividade;sequerdousodemedidas,restariaàPsicolo gia, gia , em ger geral, al, e à Ps Psiicol cologi ogiaJurídi aJurídica, ca, çm_paf çm_paftic ticula ular,r,-sè sèrem—  rem—  pensa das apénas como técn écn icas cas ou ideol eologi ogias as?? Em pr Em prefáci efácio o ao ao livr livro o de, de,Le Lei iIa Mari Maria a T. T. de de Br Brit ito, o, qu quee versasobreaatuaçãodopsicólogoemVarasdeFamília,escre veraoqueaindaconsiderocentralemsetratandodepensara Psic Ps icol olog ogiiaJ aJuríd urídica, ica, e qu que e aqui aqui re rele lembro mbro em em part parte e (A (Ara rant ntes es,, 1993). Aindagaçãoformula Aindagaç ãoformuladapelaautora: dapelaautora: “Var “Varasde asde famí família lia:: umaquestão umaquestã o para para psic psicólog ólogos?” os?”,, ,, ques questãoque tãoque deve deve serentend serentendi i da tan tanto to com como o lug lugar ar de prá prátic tica, a, com como o prá práti tica ca a ser ser pen pensa sada, da, ponderei ponderei que que se podi podiaa res responder ponder de diver iverso soss mo modo dos: s: sim, m, se consid con sidera erarmo rmos s um me merca rcado do de traba trabalho lho po poten tenci cial al ou em ex ex  pan são p ar a oq ual ex exist iste,inclus e,inclusive, ive,j ju u sti stificativaleg ficativalegal; al; não ,sea umDireitoautoritárioeburguêscontrapomosumaPsicologia libertár libert ária, ia, ext exteri erior or ao pró própri prio o Di Direi reito; to; out outra ra pos possi sibil bilida idade de é consideraraPsicologiacomopartedoproblemae,destemodo, redesenharaquestão. Na real realidade, idade, ap ergunta ergunta for form m ulada uladap p orBrit orBrito, o, comono texto text o deCanguil deCanguilhem, hem, des desdobr dobra-se a-se emváriasoutras emváriasoutras, , sen sendo do que um pri prime meiro iro gru grupo po di diz z res respei peito to a um uma a pro proble blema matiz tizaçã ação o que podem os os cha m ar de de epist pistemoló emológica gica:: o que que é a Psico sicologi logiaa apl aplii cad aà ju sd ç a ouPsico ouPsicollogi ogia aJurídica, Jurídica, quai quaissão ssão osseu sseusconcei sconcei tos,emquesefundamentasuapretensãodeprádcacientífica? EmartigodedicadoapensarasCiênciasSociaiseaPsi cologiaSocial colo giaSocialj j Thom ThomasHerbert asHerbert ;(19 ;(1972)pondera 72)pondera quecoloca quecolocar r a umaciênciaasquestões“queméstu”?,“porqueestásaqui?” e “qua “quais is suas suas inte intençõe nções?” s?” pode pode pare parecer cer impe impertin rtinênci ência a à qual elatenderiaaresponderque“estáaquiporqueexiste”equan toàssuasintenções“elanãoastem”masapenas“problemasa resolver reso lver”. ”. No enta entanto, nto, cons consider idera a impo importan rtante te a dist distinçã inção o feit feitaa

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por por Lou ouis is Al Althu thussser ser ent entre re ciê iênci nciaa des esen envol volvi vida da e ciê iênc ncia ia em

 

por por Lou ouis is Al Althu thussser ser ent entre re ciê iênci nciaa des esen envol volvi vida da e ciê iênc ncia ia em constituição.Naciênciadesenvolvidaoobjetoeométodosão homogêneoseseengendramreciprocamente,oquenãoacon tece tec e com com as ciên ciência cias s em des desenv envolv olvime imento nto, , com como o a Psi Psicol cologi ogia. a. -Um a-coisa a-coisa-é-a-tr-a -é-a-tr-a-nsformaçâ© -nsformaçâ©-pr-odutor-a -pr-odutor-a-do-obj -do-objeto eto -cientifico, outra,areproduçãometódicadesteobjeto,quesópodeacon tecer,rigorosamen tecer ,rigorosamen tefalando,seuma. tefalando,seuma.transf transformaçãopro ormaçãopro dutora desteobjetojáfoirealizada.Quanto,àfunçãodosinstrumen tos,elanãoéamesmaemcadaumdestestemposdaciência. Exemplificandoestadiferença,lembra-nosHerbertatransfor maçãoqueabalançasofreuapósoadventodaFísicamoderna. Foradeseupapeltécnico-comercial,elaserviaparainter rogartodaasuperfíciedorealempírico',pesava-seosan gue, gue, a ur urin ina, a, a lã lã, , o ar ar atmo atmosf sfér éric ico o et etc. c... .. e os os re resu sult ltad ados os forneciam fornec iam a “reali “realizaç zação ão do real” real” sob sob divers diversas as formas formas bio bio lógicas, lógi cas, metereol metereológica ógicas s etc... etc... Es ta ta vagabu vagabunda ndagem gem do i nst nst rume r ument nt o o f o oii  deti deti da da pelo pelo mo mento men to galil galilean eano, o, que que lhe lhe design designou, ou, no interi interior or da ciênci ciênciaa nascente,umafunçãonova,definidapelateoriacientífica me sma. ' , Istonosdesignaoduplodesprezoquenãodevesercome tido: declararcientífi tido: declararcientífico co todo todo uso dos instrume instrumentos ntos, , esque esque ceropapeldosinstrumentosnapráticacientífica(Herbert, 1 9 72 72 :  3 1 ))..

Postas Pos tas est estascoloc ascolocaçõ açõesinici esiniciais ais, , res restadizer tadizer que que est este e é um pr prim im ei eiro ro conj conjunto unto de de quest uestõe õess e que que se apr apresent esentaa como per perti ti nenteapenasa nent eapenasa parti partirdareivindi rdareivindicaçãodecientif caçãodecientificid icidadedaPsi adedaPsi c ol ol og og ia ia ,, e  à  q u uaa l l C aan ng gu u il il he he m m e  H eerr be be rrtt ,, n o oss  t eex x tto o s s a ci ci m maa mencio men cionad nados, os, se. se.ded dedica icam. m. Na rea realid lidade ade; ; mai mais s do do que que cop copiar iar o modelodecientificidadedaFísica,daQuímicaoudaBiologia, espera esp era-se -se que que as Ciê Ciênci ncias as Hum Humana anas s des desenv envolv olvam am alg algum um tip tipo o derigorpróprio,adequadoaoseucampodeinvestigação. UmsegundoconjuntodizrespeitoaumaArqueologiae a u m ma a G een n eeal alo og gia ia d o oss  s aab b eerr es es  s o ob b rre e o  h o om m eem m ,, s eeg gu uin ind do o as indica ind icaçõe ções s de Mic Michel hel Fou Foucau cault. lt. Ist Isto o por porque que, , mes mesmo mo do pon ponto to

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de vis vista ta de um uma a cer certa ta lei leitur tura a epi episte stemo moló lógic gicaj aj no no cas caso o aqu aqui i as d e e Ca Can ng gu u ilh ilhem em e T h ho om mas as H eerr ber bert, t, n ãão o  s ee tr trat ata a d ee n eeg g aarr  à Psicol Psi cologi ogia, a,JJurídica urídica ounão, um aexistên aexistênciadefat ciadefatocum ocum aq ual quer que r efi eficác cácia. ia. Tr Trata ata-s -se, e, ent então ão, , de. de. sab saber er com como o e po porq rque ue est estee ca camp mpo o se se co cons nsti titu tuiu iu, , qu quai ais s os os se seus us proc proced edim imen ento tos s e de de qu quee natur nat ureza eza é a su sua a efi eficác cácia. ia. Nã Não o dev devemo emos s no nos s esq esquec uecer er que que as análisesGenealógicaspermitiram análisesGenealó gicaspermitiramaFoucaultidentificarasprá aFoucaultidentificarasprá ticas jur ticas jurídic ídicas, as, ou judi judiciár ciárias/c ias/como omo das mais mais imp importa ortantes ntes na emergênciadasfo emergênciadas formasmodernas rmasmodernas desubj desubjeti etividade vidade,eque ,eque apartir  doséculoXIX,maisdoquepunir,buscar-se-áareformapsi cológ col ógica ica e a co corr rreçã eção o mo moral ral do dos s ind indiv ivídu íduos os (Fo (Fouca ucault ult, , 19 1979 79). ). Este Es te seg segun undo do con conjun junto to de qu quest estões ões diz diz res respe peito ito, , ent então, ão, a tud tudo o aquilloque fazc aqui fazcomque omque aPsic aPsicolo ologia giaJJuríd uríd ica exi existacomo stacomo prá  ticaemumasociedadecomoanossa,independentementede seu estat estatuto uto epis epistemo temológi lógico. co. Cor Corno no nos ensi ensinou nou Rob Roberto erto Ma chado,asanálisesarqueológicasegenealógicasnãosenorteiam pelo pelos s mesmos mesmos princ princípios ípios que ah ist istória ória epist epistem em oló ológica(M gica(M ac ha do , , 1982). No cáso áso espec pecíf ífiico co da da atuação tuação dos os psi siccólog ólogos os em em Varas deFamília,deacordocomapesquisadeBritojámencionada, eparacontinuarutilizandoomesmofiocondutor,constatouseopredomíniodasatividadesdeperícianoscasosdesepara çõeslitigiosas,ondehaviadisputa.pela.guardadosfilhos. Sabemosqueaperíciatemsidoumdosprocedimentos mais mai s util utiliza izado dos s na áreajur áreajurídi ídica, ca, ten tendo do por ob objet jetivo ivo fo forn rnece ecer  r  subsídio subs ídiosparaa sparaa toma tomadadeumadecisão, dadeumadecisão,dentrodoqueimpõe dentrodoqueimpõe a'lei.Em.algumasáreasdajustiçaaperíciapodesersolicitada para averig para averiguação uação de pe riculos iculosidade, idade, dascondiçõ ascondições es dediscerni mentoousanida.dementaldaspartesemlitígioouemjulgamento. Embo Em bora ra nã não o po poss ssam amos os ri rigo goro rosa same ment nte e di dize zer r de de qu que e se trataquandonosreferimos,comopsicólogos,acategoriascomo estas,pelorrienosdopontodevistadeuma.ideologiajurídica, algo alg o daorde daordem m do do ob objet jeto o est está á apo aponta ntado do. . No No cas caso o deVara deVaras s de Famíli Fam ília, a, não não se tra trata, ta, pel pelo o men menos os em em pr prin incíp cípio, io, de ex exami aminar nar

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algumapericulosidadc,algumaausênciaouprejuízodacapa cidade cid ade cie cie dis discer cernim niment ento o ou san sanida idade de mental mental. . Com Como o pan pano o de fundotemosocasalemdissoluçãoeemdisputapelaguarda dosfilhos,cadauminstruídonoprocessoporseusrespectivos advogados.Sabemosquemuitasdasalegaçõesparaaguarda dosfilhostemsidoimputaçõesdeinfidelidade,desviosdecon duta du ta, , us uso o dc dc dr drog ogas as, , doen doença ças s ou ou me mesm smo o a de de poss possui uir r o ou outr troo cônjugemenorrenda,trabalharforadecasaounãotrabalhar, ouaindapossuirmenorescolaridade. Ésobretaisalegações,motivodadisputa,quetrabalha« rá ojuiz, ojuiz, form ulando quesi quesitosa tosasereminvest sereminvestigados igadospeloperi peloperito, to, que u e de de cert certa a form forma a comp compro rova vará rá ou ou não não as as al aleg egaç açõe ões, s, fo form rmu u landoumaverdadesobreossujeitos. Comoresultadodaperíciaumadaspartestenderáaser  apontadacomoaquelaquereúneasmelhorescondiçõespara-^ aguard a dosfi dosfilhos lhos, ,já já que tanto tanto opedidodoju opedidodojuiz iz como alógi alógi-cadoprocessosedirigeemesmoimpõeestadireção.Enganamonos no s to todo s ao ao pacre ac redi dita tar que a verd verdad ade e vem vemser, à luz luinevitavelm z e qu que e m se seente,  fa faz z . justiça justiça dos nesse esse rocesso. rocess o.rOqu  re esultado esultado  parece er, nevitavel ent e, afabricaçãodcumdoscônjugescomonão-idôneo,moralmente condenávelou,pelomenos, condenávelou, pelomenos,tem tem porariam entemenoshabili entemenoshabilitado. tado.-Nã o se trata, rata, evi evidentemente, dentemente, de lan çar aqui aqui um a dú vid a' generalizadasobreosdiversostiposdeperíciaeseususospela' Justiça;tamb Just iça;tambémnãosetratade émnãosetratade negar negaro o sofrimento sofrimentoou ou levan levantar  tar  suspei sus peitas tas sobre sobre a sin sincer cerida idade de com com que que os gen genito itores res formul formulam am suasqueixas,embora,aquieaü,osadvogadosorientemadire ção ção e a fo form rmul ulaç ação ão da das s aleg alegaç açõe ões, s, co conh nhec eced edor ores es que que sã são o dos dos juizes uizes e das das regr egras, as, e embo ra, ra, vez ez ou outra, outra, as partes partes estej stejam am igualmentepreocupadascomosfilhoseopatrimônio. Podemosnãosabercomoresolverproblemastãodifícil comoeste,4podemosmesmoadmitirqueemcertoscasoseem

4 “ “ C o m o  o s s p a ais is  s ee c o llo o c a m m f r een n t e e a os os  filh ilh os os ? ? e  C o m o  o s s f ilh ilh os os  d ee c olo olo cca am

 

ccrtas ccrt as circu circunstâ nstância ncias s umdos prog progenit enitores ores encon encontratra-seem seem me lh lhore ores s con condi diçõe ções s par para a o exe exercí rcício cio res respo ponsá nsável vel da gu guard arda a dos filhos,masquenãosereduzaumaquestãotãodelicadacomo esta est a aos aos seu seus s mer meros os asp aspect ectos os ger gerenc enciai iais. s. Pelo Pelo men menos os, , não não em n o m e  d a s  c ri a n ç a s . 5

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Seriasábio,nestemomento,darmaisouvidosaofilósofo, q ue ue ao ao ad m i n iiss tr tr aad do orr :: " O n d e,  q qu u eerr em em  ch cheg egar ar o ss p si sicó cóllo g go os , faze fazend ndo o o qu que e faze fazem? m?” ” (C (Can angú gúil ilhe hem, m, 19 1972 72: : 12 122) 2)..

A  p r á t i c a  d o s  llaa u d o s ,  p a r e c e r e s  e  r e l a t ó r iioo s  t é c n i c o s ConstataCons tata-se, se, no exerc exercício ício prof profissi issional onal dospsicólo dospsicólogosno gosno âmbito âmbi to judi judiciári ciário, o, a pred predomin ominânci ância a das ativ atividad idades es de conf confec ec ções çõe s cle cle lau laudo dos, s, par parece eceres res e rel relató atóri rios, os, no no pr press essup upost osto o de qu quee cabeàPsicologia,nestecontexto,umaatividadepredominan temente temen te aval avaliati iativa va e de subs subsídi ídio o aos magis magistrad trados. os. Este pi'e pi'essup ssuposto osto, , embo embora ra defe defendid ndido o em text textos os cláss clássicos icos de Psic Psicolog ologia ia (Jacó (Jacó-Vil -Vilela, ela, 2000 2000) ) e   1'egulamentadopelalegisla çãobrasileira,temcausadomal-estarentreanovageraçãode psicó sicólog logos os,, que que pref preferir eriria ia ter ter de de si um a imagem magem me menos nos com prom eti etid d a com a m anut anuten en ção ção da or ordem dem soci ocial al vig igen ente te,, cons onsi i deradainjustaeexcludente.Estemal-estartemsidocrescente, possi possibili bilitado, tado, den tre outras razões, pelo pelo adve nto1 nto1d de um aliter aliteraa  tura crít tura crítica, ica, demo demonstr nstrando ando quea ques questãodainterse tãodainterseçãodaPsi çãodaPsi

frenteaospais?”éaquestãomaisdifícilecentral,segundoPierreLegendre (1992),quetodosossistemasinstitucionaisdoplanetadevemresolverhistó rica,polític rica ,políticae ae juri juridica dicamen mente,poisé te,poisé aiqueo prin princípi cípioda oda vida vida está está ancora ancora do o..  O u  s ej e ja :  c o m o  o r d een n a rr o  p o od d e rr g een n e al al ó gi gi c o o? ?  Q u a l  a  r eell a çã çã o o e n tr tr ee o Direitoe Dire itoe a vida vida? ? 5AC 5AC onvenção inter internacionaldosDireitos nacionaldosDireitosda da Criança Criança,dc ,dc 1989,dispõeso 1989,dispõesobre bre o direitoda direitoda cria criançaser nçaser educ educadapor adapor paie mãe. mãe. A est este e respeito respeito ver: ver: Brito, Brito, 1999.

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cologiacomoDireitonãodizrespeitoapenasaobo.moumau uso datécn uso datécnica ica, , à ha habil bilida idade de ounão doperi doperito. to. (...)deve-sereconhecerqueopsicólogocontemporâneoé, namaioriadasvezes,umpráticoprofissionalcuja“ciên------- eia—é-totalmente-inspiradanas“leis”daadaptaçãoaum ------- ;------meiosociotécni meiosoci otécnico- co- enão enão aumm eionatural- eionatural- oquecon feresemprea feresempr ea estas estas operaçõe operaçõesde sde "medida” "medida” umasignifica umasignifica çãodeapreciaçãoeumalcancedeperícia.(Canguilhem, 1972 : : 121) ■

Para Ca Para Cangu nguilh ilhem em, , ao bus busca car r obj objeti etivid vidad ade, e, a Psico Psicolog logia ia transformou-se transform ou-se eminstrumentalista,esquecend eminstrumentalista,esquecendo-s o-sede ede se sesit situar  uar  emrelaçãoàscircunstânciasnasquaisseconstituiu. EmboraestaobservaçãodeCanguilhemserefiraapenas à Psi Psicol cologi ogia, a, ela ela pod pode e ser ser est esten endid dida a a out outra ras s áreas áreas. . Aodiscor Aodiscor rer rer sob sobre re a mo mode derni rnida dade, de, Jos José é Am Amér érico ico Pe Pessa ssanha nha afir afirma ma ser  uma um a de de sua suas s cara caracte cterís rístic ticas as a opç opção ão por por um um cer certo to tip tipo o de ra zão,ouconhecimentocientífico,denaturezaoperanteouins trumental,capazdedominaremodificaromeiofísico.Menos mal, ma l, talv talvez ez, , se se es este te ti tipo po de de ra raci cion onal alid idad ade e ti tive vess sse e se se li lim mit itad ado o apenasacertosusoseacertospropósitos,enãotivesseapre tensãodeseconstituircomoúnicomodolegítimoeverdadeiro deleituradomundo. (...)quandooOcidente,atravésdeDescartesedeBacon, fezaescolhaporumaformadecientificidadeedeixoude ladotudoquefossedotadodealgumaambivalência,dei x o u u d e  l a d o  t a mb ém ém a s  c h a mad mad aass  i d éi éi a s s o b sc sc u ra ra s . . C om om issotambémdeixoudeladotudooquenacondiçãohu manaéligadaaocorpo,aotempo,àhistóriaeàconcretude ( P es s a n h a ,  19 19 9 3 :  26). 





N ão ão se trata trata de negar negar va vali lidade dade ao ao mode modelo lo da dass Ci Ciên ênci cias as daNaturezaouàMatemática,masapenasdereconhecerque asCiênciasHumanaseSociaisnãopodemsereduziraodis cursocoagentedarazãoabstrata,pretendendoaproduçãode verd ve rdad ades es a-hi a-hist stór óric icas as e un univ iver ersa sais is. . O fe fech cham amen ento to da da razã razão o a

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demaosváriossetoresdavidapessoalesocial,levandoGastei afazeràPsiquiatr afazeràPsiqu iatriapergun iapergun tasimi tasimilarà laràfei feita tapo po rCa ngui nguilhem lhem à . Psicologia:“Semdúvidanâoépossívelestabelecerlimitepara essé essé pro progre gress sso. o. Ma Mas s se seria ria o mí mínim nimo o ous ousar ar per pergun guntar tar ‘qu ‘quem em te fez rei fez rei? ? a que quem m te faz faz sujei sujeitoto-sub submi miss sso” o” (G (Gast astei, ei, 19 1978: 78: 20) 20).. Assimcom Ass imcom o pa ra o louc louco oiiepa ra o pris prisiionei oneiro,será ro,será ne cessári ces sário o enco encontra ntrar r umanovaformade admi administ nistraros raros conf conflito litoss familiaresetámbémumanovaformadeassistência.NoAnti go Reg Regime ime, , em tro troca ca de seu seu gra grande nde pod poder, er, o che chefe fe de fam famíli íliaa devia devi a zela zelar r para para que nenh nenhum um de seus seus memb membros ros pert perturba urbasse sse a ordempública.Estemecanismodecontrolesetornaráinsufici enteeinadequadoemfunçãodoaumentocrescentedonúme ro de de pes pessoa soas s “de “desg sgarr arrada adas” s” ou que que “es “escap capava avam” m” ao co contr ntrole ole da das s fa famí míli lias as co como mo os os po pobr bres es, , os os vaga vagabu bund ndos os, , os os vici vicios osos os e a infanciaabandonada,levandoosnovosfilantroposaumacrí tica tic a fer feroz oz do arb arbítr ítrio io fam famili iliar ar e dos dos pro proce cedim diment entos os da ant antiga iga caridade.Estesfilantroposlutavamporumanovaracionalidade naassistênc naassis tênciae iae prin principa cipalmen lmenteparaquea teparaquea ajud ajudadadaà adadaà famí famí  li lia a fa favo vore rece cess sse e su sua a pr prom omoç oção ão e nã não o su sua a de depe pend ndên ênci cia. a. Ne Nest stee contexto cont exto, , mult multipli iplicara caram-se m-se asleissobreo abandono abandono, , maus maus tra tos, trab tos, trabalho alho e mort mortalid alidade ade infa infantil ntil, , surg surgindo indo novos novos prof profissi issio o nais na is de dedi dica cada das s ao ao ca camp mpo o so soci cial al: : os os ch cham amad ados os “t “téc écni nico cos” s” ou “trabalhadoressociais”.Apartir;deentão,paracompreender m os o s  o que que J aacc qu quee ss D o onz nz eell ot ot c h haa m aa de  “ c o om m pl plee xo xo t ut utee llaa r ””,, torna-senecessárioentenderasformasdeagenciamentoentre as as su suas as pr prin inci cipa pais is in inst stân ânci cias as: : o judi judici ciár ário io, , o ps psiq iqui uiát átri rico co e o educacional educacion al (Don 2 elo elot, t, 198 1980). 0). Mas toda todas s esta estas s prát práticas icas riao riao inci incidem, dem, como como nos ens ensina ina MichelFoucau Mic helFoucault,sobreunivers lt,sobreuniversalcomo alcomo “doe “doentemental ntemental”,“de ”,“de linqüente”,“carente”quelhesseriamexteriores,senãoqueesses “unive “un iversa rsais is” ” ou “es “essê sênci ncias” as”, , são são iaq iaquil uilo o me mesmo smo que que se se pro produz duz

vidasocial,aopostularasdegenerescênciascomodesviosemrelaçãoaotipo normalda norma lda humanidade,transm humanidade,transmitidos itidos porhereditariedade porhereditariedade..

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nestaspráticas.Recusarestascategoriascomosendo“natureza humana”significa,aomesmotempo,reconhecer,naspráticas sociais concretas,aformaçãodeumcampodeexperiênciaonde

processos pr ocessos de subjeti subjetivação vação /objetivação /objetivação têm têm lug lugar. ar. Si Signi gnifi fica ca tam  bém rec onhecer o pa papel pel que trabalha rabalhadores dores sociais, técn cnic icos os e pe peritos ritos dese desem m penham penham nest estee cam po po de pode poder-sa r-saber. ber.

Dosconflitosedo Atéaquiadiscussãoserviuapenasparaestabelecerque asquestõesdedefiniçã asquestõ esdedefinição,desentido o,desentido ede eficá eficáciadeumaciên ciadeumaciên cia não cia não são são qu quest estões ões me menor nores, es, com como o tam também bém não não dizem dizem res res  pe peito ito apena apenass à Psic sicol olo ogia gia.. No entant ntanto, o, menc menciona ionamos mos também um certo certo malmal-estar estar entr entre e os psic psicólog ólogos os brasi brasileir leiros, os, insa insatisf tisfeito eitoss comcertasdemandaseconstrangimentosaque,muitasvezes, sãosubmetidos.Nestesentido sãosubmetido s.Nestesentido,o ,o camp campodenomin odenominadode adode Psic PsicoologiaJurídicaéparticularmentetensoecontraditório. Deveriafazerpartedoensinolevar Deveri afazerpartedoensinolevarosalunos,acompreen osalunos,acompreen derem der em a qu qual alii d dáde áde do do poder poder qu que e a ‘es espec peciial alii zzaç ação5 ão5 l h hees confere conf ere: : encerr encerrar ar no infern inferno o da Febem Febem um jovem, jovem, negar  negar  umaadoçãooufacilitaraguardadecrianças,afastarfilhos de pais, pais, lançar lançar uma uma crianç criança a na carrei carreira, ra, sem sem espera esperança, nça, dasclassesespeciais,contribuirparaamortecivildacrian çaoujovemcontraventor(LeserdeMello,1999:149).

RecentementenoBrasil,natransiçãodaditaduramili tarparaoregimedemocrático,gruposorgan tarparaoregimedemocráti co,gruposorganizadosdasocieda izadosdasocieda de, de , de desc scon onte tent ntes es co com m situ situaç açõe ões s co como mo as as de desc scri rita tas s acim acima, a, se organiza orga nizarampara rampara intr introdu oduzirna zirna Con Constit stituiçã uição o de 1988 1988 disp disposi osi tivos tiv os que que ass assegu eguras rassem sem o res respei peito to aos aos dir direit eitos os hum humano anos s e de cidadan iados iadosgrupos gruposquetradi quetradicionalment cionalmentese eseencontravamsob encontravamsob tute tutela la, , co como mo as as cria crianç nças as e os os lo louc ucos os, , po por r ex exem empl plo o (A (Ara rant ntes es e Motta,1990).Emquepesemmodificaçõespontuaisaquieali, ou me ou mesm smo o ex expe peri riên ênci cias as ma mais is ou ousa sada das s em em al algu guns ns es esta tado dos s ou

 

u m m m o od d eell o o p rret eten enss aam m een n te te ú n nii cco o  e ab abss ol ol ut ut o o n ãão o  t rraz az,,  co com mo c on o n ssee qü q ü êên n ccii a, a,  o  e n nrr iq iq u uee ccii me me n ntt o o d o o p een n ssaa m mee n ntt o o  m aass  o irra irraci cion onal alis ismo mo e a in into tole lerâ rânc ncia ia à dife difere renç nça. a. Nas Nas pa pala lavr vras as dc Pessan Pes sanha ha (19 (1993: 93: 31) 31):: TrataTrat a-se se é de de ne nega gar r a mate matema mati tiza zaçã ção o da daqu quil ilo o qu que e rí ríao ao é mate ma tema mati tizá záve vel, l, de de nega negar r a desu desuma mani niza zaçã ção o da daqu quil ilo o qu quee pr prec eciisa sa se mant manter er humani humanizad zado, o, nega egar r a ex extra traçã ção o da di mensãotemporaldaquiloquesópodesercompreendido temporalmente.Tra.ta-se,portanto,depreservaratempo ralidadedotempo,ahumanidadedohomem,aconcretude do concreto. concreto. C om om o o s ee v êê,,  n ãão o  é ap apen enas as d aa Ps Psii cco o lo lo g gii aa q u ue e s ee t rrat ata, a, mas dc uma prob problemá lemática tica que envo envolve lve as chamadas chamadas Ciên Ciências cias HumanaseSociais.RobertCastcl,aoanalisaraquestãomo derna da lou derna loucur cura, a, mo mostr stra a qu que e o suc sucess esso o da Medici Medicina na Men Mental tal naFrançasedeuporproverumnovotipodegestãotécnica dosantagonismossociais,podendoaPsiquiatria,nestesentido, serconsideradauma serconsiderad auma Ciên CiênciaPolít ciaPolítica, ica, porq porquerespon uerespondeua deua um prob lem a de de gove governo. rno. Ao fazê-l azê-lo, no no entanto,reduziu entanto,reduziu a loucu  ra às cond condiçõe ições s de sua admi administ nistração ração.. Eportantoessaconstituiçãodeumadministrável(poderí amos am os di dize zer r com com ma mais is ou ousa sadi dia a de de um um ‘a ‘adm dmin inis istr trat ativ iváv ável el’) ’) que qu e se tra trata ta de rev revela elar: r: adm admini inistr strar ar a lou loucur cura a no sen sentid tido o dereduzirativamentetodaasuarealidadeàscondiçõesde sua ges sua gestão tão em um qua quadro dro téc técnic nico o (Ca (Caste stel, l, 1978: 1978: 19). 19). No No Ant Antiigo Regi Regime, me, a re responsabi sponsabili lidade dade pel pelaa in ternação dos in dos indiv divídu íduos os con consid sidera erado dos s ins insano anos s era era compar compartil tilhad hada a pel pelo o pod er erjudiciário judiciário eexecu eexecutivo. tivo. Asportas daR evolução Francesa, qualific qual ificado ado o pode poder r real real como como arbi arbitrári trário o e abolidas abolidas as lettres d de e c cac ach he et t;ouordenaçõ ;ouordenaçõesdorei,comojusti esdorei,comojustificar ficar ogrande ogrande nú merodepessoasseqüestradasque,apesardetudo,nãoseque rialibertar?Eraimportanteparaanovaordemsolucionareste impasse,jáquenãosepodiaignoraroordenamentojurídico que disci disciplinavaam plinavaam ed id ad e privaçãp privaçãp_ _dc_lliberdade. iberdade.--Ao Ao -p -pos ostu-tu--

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laremaminoridadedoloucoe oseuisolamentocornomedida terapêuti terap êutica ca neces necessári sária a ao con trole tro le de sua sua pcr pcricu iculos losida idade, de, os alienista alien istas s ofer oferecera eceram m uma jus tifica tif icati tiva va méd médica ica à su sua a rep repres res  são. Masnãoeramosloucos os os ún únic icos os qu que e co colo loca cava vam m pro pro blemas lemas de gov governo erno,, apósaa bo  liçãodas   lettresdecachety umave 2

A L ettue ettue -de -C achet “nãoeraumaleiouumde achet cret creto, o, ma mas s um uma a or orde dem m do do re rei i que que conc concer erni nia a a uma pess pessoa, oa, indi individu vidualme almente, nte, obrigaud obrigaudo-a o-a a fa zer zer algu alguma ma cois coisa. a. Po Podi diaa-se se at até é me mesm smo o ob obri riga garr alguémasccasarpeia  leltre-de-cacheí.Namaioria dasvezes,porém, dasvezes ,porém, ciaerauminstru ciaerauminstrumen mentodepu todepu nição. niçã o. Podi Podia-se a-se exil exilar ar alguém alguém pela   lellre-de-cachet, privá-lodealgumafunção,prendê-loetc.Elacra um dos dos grande grandes s ins instru trume mento ntos s dc poder poder da da mo narquiaabsolu narq uiaabsoluta”france ta”francesa sa (Foucaul (Foucault, t, 1979:76). 1979:76). Poroutrolado,aindasegundoFouçault,as  Uureseram solicita solicitações ções diversas diversas dos próprios próprios de-cachet eram súdito súd itos: s: marid maridos os ult ultraj rajado ados, s, pai pais s de famíli família a de dess contentescomocomportamentodeumdeseus membros, memb ros, seja seja por vadi vadiagem agem, , bebe bebedeir deira, a, pros prosti-' ti-'

queestasserviamtaritoparasancionarascondutasconsidera dasimoraiscomoasconsideradasperigosas.Noentanto,antes de se colo colocar car como como fato fator r indi indispen spensável sável ao func funcion ionamen amento to do aparelhojudiciárioedeestender-seemdireçãoaoutrosgru p pos, os, aMed icinanece icinanecessitou ssitou primeiro primeiro leg legitimaritimar-seco seco mo um pod er  fa faceà ceàJust Justiça. iça. Em rela relaçãoao çãoao pri prisi sionei oneiro,p ro,p orexemplo,a atu açãomédicasedaráinicialmentevisandoàexecuçãodapena, esómaistardesededicaráàavaliaçãodaresponsabilidadedo crimin cri minoso oso (C (Cast astel, el, 19 1978: 78: 38) 38).. Ne Nest stee mom ent ento o pos poste teri rior, or, ao desf esfaazerzer-se se a rígi ígida da sepa raçãoentreonormaleopatológicosobreaqualrepousavam a s s  i nt nt er er n naa çõ ç õ eess  d o oss  a li l i en e n aad do oss , ,  d eess fa f a zi zi m mee n ntt o o i ni ni ci c i ad ad o o p eell as as teoriz teo rizaçõ ações es dè Esq Esqui uirol rol sob sobre re as mon monoma omani nias6 as6 e as de de Mor Morei ei sobre sob re as deg degenerescênci enerescências, as,7 7 asativ asativid idade ades s de per períci ícia a se est estenen-

ü De acor acordo do com com

a máx máxima ima dos primeiro primeiros s alie alienist nistas as   d e  q u e  “ n ã o  e x i s t e  l o u curasemdelírio”,surgeadificuldadedesecaracterizaraalienaçãomental,

para efeitosde para efeitosde dcsr dcsrespo esponsab nsabíliz ílização ação jurí jurídica dica,, ,, nos nos casos casos emque naose ob servamapresençadedelíriosnosindivíduosque com eteram crimco uinfra servamapresençadedelíriosnosindivíduosque ção pen penal. al. Em con contrap traposiç osição ão às man manias, ias, Esqu Esquirol irol postulo postulou u ás mon monoman omanias, ias, o u  l o u ccu u r a  s e m  d e l íírr i o ,, a m p li li a n d do o  a  n o ççã ã o  d e  a l i en en a çã çã o  m e n ta ta l .  A  m o n o mania man ia é como como um del delírio írio parc parcial, ial, quenão sub subvert verte e int inteira eiramen mente te a facu faculda lda de da razãoo.u do entendim entendimento ento (VerGastei, 1978:_16 1978:_164^165).. 4^165).. _____________ 7 Com m M o r e i  a m p pll ia ia m - se se  a s  p o ssss ib ib i l iid d a d es es  d e  in t er er v e nç nç ã o  d a  m e d i c i n a a n a

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 















 

municípios,apromessadeumavidamelhorparatodosainda não seconcr não seconcreti etizou zou. . Con Contin tinuaa uaa prá prátic tica a deatrib deatribuir uir a det determ ermi i nados grup nados grupos, os, parti particular cularmente mente os joven jovens s pobr pobres es das periferias periferias urbanas,característicasnegativascomoperigoso,marginal,in frator,deficiente,preguiçoso,comosetaisatributosconstituís semasuapróprianatureza.AReformaPsiquiátrica,poroutro lado, emb lado, embora ora ava avance nce, , se vê, vê, às vol voltas tas com com a dif difíci ícil l que questã stão o da inclusãosocialdosex-pacientes,álémdedivergênciasinternas ao próp próprio rio movi movimento mento.. Como Com o pro profis fissio sionai nais s que que atu atuam am no cam campo po soc social ial, , os os psi psi  cólogostêmsidochamados,cadavezmais,arefletiremsobreo p a p eell e st s t ra ra té té g i cco o q u uee d e ssee m p e n h a m m n eess te te ss p rro o ccee ssss os o s  de objetivação/subjetivação,apróblematizaremasdemandasque lhes lh es s ão ão fe feit itas as e a co colo loca carr em em em em an anál ális ise e a su sua a con con d iç ição ão d e especialista.

Dotratamentoqueépena .Estudandoas;internaçõespsiqui i nternaçõespsiquiátrica átricasdecriança sdecrianças s eado lescen les centes tes do sex sexo o mas mascul culino ino, , rea realiz lizada adas s atrayé atrayés s de Man Mandad dado o Judi Ju dici cial al, , no no pe perí ríod odo o 19 1994 94-1 -199 997 7 e comp compar aran ando do-a -as s com com os os de de  mais mai s pac pacien ientes tes do mes mesmo mo sex sexo, o, enc encami aminha nhados dos por por fam famili iliare aress oü pél pélòpr òprópr óprio io ser serviç viço o de saúde, saúde, An Ana a L. S. Ben Bentes tes con consta statou tou estarem estar em aquel aquelas as inter internaçõe nações s em cresc crescimento imento, , pass passando ando de 7% e m m 1 9 99 94 4 p aarr a  3 3 3% % em m 1 9 9 97 7  n a  u n id id a d dee  h o s pi pi ta ta la la rr n a  q u al al trabalha, no Rio trabalha, Rio de deJaneir Janeiro. o. Um a ve vez z veri eriffica icado do que que os diag diag nóstic nós ticos os das das cri crianç anças as e ado adoles lescen centes tes int intern ernado ados s por por Man Mandad dado o Judicialnãocorrespondiamaoscritériospsiquiátricosadotados pe pella uni unida dade, de, per pergunt guntaa por porque, que, me mesmo smo apó póss a vigê vigênci nciaa do EstatutodaCriançaedoAdolescenteedoMovimentoNacio naldaLutaAntimanicomialedaReformaPsiquiátrica,conti nuam nua m aco aconte ntecen cendo do as int intern ernaçõ ações es com compul pulsó sória rias s de cri crianç anças as e adolescentes?

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Algumasdascaracterísticasdestasinternaçõestemsido: 1) a compu compuls lsori orieda edade de;' ;'nã não o se se po podd en endo do rec recusa usar r a intern internaç ação ão sobpenadedesacatoàautoridade;2)opredomíniodcqua drosnãopsicóticos;3)aestipulaçãodeprazosparaainternação, adespeitodoquepensaaequipemédicaquerecebeuacrian çaouoadolescente;4)acaracterizaçãodotratamentocomo pena, no pena, no caso aso de adole dolesc scente entess em con onfli flito to com a lei; 5) as cr cri i ançaseadolescentesapresentando-sefortementemedicadoscom psicof psicofárma ármacos cos,, no no ato to da da inter nternação; nação; .6) pr presença esença de esc scol oltta duranteoperíododainternação;7)tempomédio-deinternação superioraosdosdemaisinternosadmitidosporoutrosprocedi mentos; ment os; 8) desc desconhe onhecime cimento, nto, pela pela equipe equipe técnica, técnica, dos proc proces es sosjudiciaisreferentesaosadolescentesemconflitocomalei. Dadasestasespecificidades,oadolescenteinternadopor  esta es ta via via judici judicial al ten tende de a não não ser ser co consi nside derad rado o pacien paciente te “le “legít gíti i mo” mo ” pe pela la eq equi uipe pe mé médi dica ca, , po pois is esta esta não não po pode de opin opinar ar sobr sobre e a indicaçãodeinternaçãonemsobreaalta,sentindo-seacuada entreo entr eo Códi CódigodeÉticaMédic godeÉticaMédicae ae oPenal.Estabelec oPenal.Estabelece-se e-se então então umadistinçãoentre“noss umadistin çãoentre“nossos”adoles os”adolescent centes(da es(da equipe)e equipe)e adoles adoles centesdo“juiz”,sendoestesconsideradosdesobedientes,sem li limi mite tes s e ag agre ress ssiv ivos os. . Além Além do do mais mais, , éx éxis iste te o me medo do de de que que as crian cri anças ças e ado adoles lescen centes tes do “ju “juiz” iz” po possa ssam m tra trazer zer “risco “riscos” s” pa para ra asoutras..Aalterna asoutras Aalternativadesep tivadesep araress araressaasduasc sduasclient lientelasem elasempátios pátios oualasdistintasdohospitalequivaleriaainstituir,naprática, umaespéciedcmanicômiojudiciárioparacriançaseadoles centes. Procedendoaumdetalhamentomaiordaclientela,Bentes co const nstato atou u que que do do tot total al de crianç crianças as e adole adolesce scente ntes s en encam caminh inha a d o s s  j u ddii ci c i a lm l m eenn t ee,,  6 0% 0 %  n ããoo  f o ra ra m m d i aagg no n o s ttii c aadd o s s c oom mo “psicó “ps icótic ticos” os”; ; 42, 42, 9% dos dos que que recebe receberam ram diagnó diagnósti stico co de “dis “dis túrbiosdocomportamento”eramadolescentesemconflitocom alei,encaminhadosporjuizesdaComarcadaCapital;equea maiormédiadetempodeinternação(55,6dias)foiemdecor rênci rên cia a dc en encam caminh inhame amento ntos s fei feitos tos po por r jui juizes zes do int inter erior ior do

Es ta do. O ut ros  di a nóst ic os ne st e ru o fora m de e ndê nci a

 

E st s t ado ado..  O u utt rros os di diaa g gnó nóss ti ti ccos os ne ness te te  gr grup upo o f o orr aam m  de depe pend ndêê n ncc iiaa de dro drogas gas, , epi epilep lepsia sia, , dis distúr túrbio bios s de emo emoçõe ções s na inf infanc ancia ia e ado ado  lescência, lescê ncia, trans transtorno torno da perso personalid nalidade.ade.Da ent entrev revist ista a rea realiz lizada ada por por Ben Bentes tes com com um dos dos jui juizes zes,, — onde-busco u-esol u-esolaa reei reeim m entossobre-osen cam in ham entos-j entos-jud ud i-----------ciais,destacoalgunstrechos,indicativosdoconflitoaquianali. , sa d do o: AsMedidasSocioeducativassãoimpositivasnãosóparao .menino

comotambémparaolocalcmqueelevaicumpri-

la.(...)Estaéum la.(...) Estaéum aquestãoessenci aquestãoessencial(.. al(..,)sea ,)seaM M edid amédica forumaPena,quenóschamamosdeMedidaSocioeducativa,elasetorn tiv a,elasetorn aimposirivapa aimposirivapa ra todom undo:p ar aoJuiz, aoJuiz, para a família, amília, para o Minist Ministério ério Público úblico,, para a Defe Defesa sa,, 'paraomédico,paraoprópriogaroto,paraaequipetécni c a  d o  H os o s p i t a l ,  e n fi f i m . .. ..  A  g en en t e  s a b e ,  po po r  e x xee m p l o , queparatratardedrogasaOMS,oConselho'(...)dizem quetemdeteraadesãovoluntáriadaparte,masnocaso de adoles adolescen cente te em confli conflito, to, com com a Lei, Lei, é uma uma Medida Medida, , é co on n t r a a a  v o on n t a de de  d e e t od od o o, m mu  u n d o ,  c o n tra tra  esta- P o rta ria , " contraaConvenção,contraarecomendação,contraafa mília, míl ia, contra contra o técnic técnico.A o.A med medida ida não não é,vamos é,vamos dizeras dizeras sim,um acoisavoltadapara'a acoisavoltadapara'aProteção;é Proteção;éum um aPen a(Be a(Bent ntes es,, 1 9 99 9 9 :  1 2 88- 1 3 38 8).

Não Não se trata trata aqui aqui apena apenass de con onfl fliito to ent entre reJudi Judiciár ciário io e Medicinamastambémdeinterpretaçõesconflitantesdapró prialegi pri alegisla slação, ção, um a vez vezq q ueoutros ueoutros operadoresdo operadoresdo Dire Direito,como ito,como veremo ver emos s mai mais s adi adiant ante, e, não não con concor cordam dam em con consi sider derar ar o tra trata ta mentocomopena;nemcreioestariamdispostosaignorarre comendaçõesdaO M S,ouconsiderarquenoBr S,ouconsiderarquenoBras asil ilai aidadeda dadeda respon res ponsab sabili ilidad dade e pen penal al foi foi red reduzi uzida da par para a 12 ano anos s a par partir tir da vi vigê gênc ncii a a  do do E sstt at at u utt o o da da Cr Crii aanç nçaa  e  do do A d dol olee sc sc ent e ntee ,, c om om o o no e xe xe m mpl plo o a b baa iixo xo..  D ee qu quaa llqu quee rr m o odo do,,  s ee e sstt aass  i nt n t eerr pr p r eett aaçç õ õee s pude ram ram ser er apr apresent esentadas adas à pesqui pesquisador sadoraa é porque porque represe epresen n t am a m  um umaa  da dass  c o orr rree n ntt es es  de de pe pens nsaa m mee nt n t o o e x xii sstt eent ntee ss no no m u und ndo o jurídico.

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De 1990 1990pa pa racá,aimputabilidadeestáem12anos.Qu racá,aimputabilidadeestáem12anos.Qu and o as as pe pess ssoa oass di zem zem as asssi m: m: -  “Eu “Eu s o ou u a f aavo vorr  de de r eeduzi duzirr  ( a i mp mp u t ab ab il ili d daa d dee ) )  p a r a  16  a n no o ss””  -  n aa v eerr d daa d dee , ,  n ãão o  e ssttã o reduzindoesimaumentandode.12para16(Bentes,1999: 136-137).

Assimcomoencontramosinterpretaçãodequeaimpu tabilidadeestáem12anos,encontramostambémaquelesque consideramquea“medidasocioeducativa”éapenasumeufe mismo mis mo par para a “pe “pena” na” e a “m “medi edida da de int intern ernaçã ação” o” um euf eufemi emis-' s-' m o  p aarr a  “ p ri ri ssãã o o”” ,  s en en d do o  a  d iiff e re re n nçç aa e n ntt rree  o  a d u ull tto o e o adolescent adole scenteapenaseapenas-olocalondecumprir olocalondecumpriráa áa “pena “pena”:prisãode ”:prisãode “maior”paraadultoseprisãode“menor”paraadolescentes. Co m oagravanteque,m uitas uitasve veze zes,a“med s,a“med idasócio idasócio-educa -educativa tiva”” a pl pl ic ic aad d aa a o o a d do o llee sscc een n ttee  é  u m maa  “ p pee n naa ”” m aaii o orr  d o o q u uee  a  q u uee rece recebe beri ria a se se foss fosse e ad adul ulto to. . De Deve vemo mos s no nos s le lemb mbra rar r qu que e es esta ta foi foi umadascríticasmaiscontundentesfeitasaoCódigodeMeno res:adequeinfligiaàcriançaeaoadolescente“carente”,pela imposiçãodesuainternação,eminstituiçãototal,uma“pena” de pri privaç vação ão de lib liberd erdade ade fre freqüe qüente ntemen mente te mai maior or do que que rec rece e b e rrii a a u m m a d du u lltt o o q u uee c o om m eett eess se se u m m c ri ri m ee.. C o n ttrr a d iiçç ã o o do Direit Dir eito, o, por portan tanto, to, e ao que que par parece ece, , ins insist iste e em se pe perpe rpetua tuar. r. Acreditoquealgunsdestesconfli Acred itoquealgunsdestesconflitose tose diverg divergência ênciaspode spode riam serres serresolvido olvidos,oupelom s,oupelom enosm inimizados, cas casofo ofoss ssedada edada m a ior ior  a te tenç nç ãão o à  pol polític íticaa  de  a te tendi ndim men nto. to. F re r e qü qüee nt ntee m mee nt ntee  o exec ex ecut utiv ivo o mu muni nici cipa pal l e o esta estadu dual al sã são o ob obje jeto tos s de de cr crít ític icas as po por  r  não ass não assegu egurar rarem em con condi diçõe ções s para o: o:cumpri cumprimento mento de dir direeit itos os constit con stituci uciona onais is bás básico icos. s. Muitas Muitas vez vezes, es, feito feito um dia diagnó gnóstic stico o ou de te te c ttaa do do um  pr o oble blem m a ,, nã o o há  c om omo o da rr e nc ncaa m minh inhaa m eento nto ao cas caso. o. Alg Alguns uns jui juizes zes rec reclam lamam am que que env enviam iam os ado adoles lescen centes tes pa ra ra a in ternação ap apenas enas por falta alta de al alter terna nativa tivass para a exe cuçã cu ção o da das s me medi dida das s sóci sócioo-ed educ ucat ativ ivas as. . Es Esta ta in insu sufi fici ciên ênci cias as da dass políticas olíticas tem tem sido ido um um dos moti motivos vos pa ra ra constan onstantes tes des desentend entendi i ment me ntos os en entr tre e es esco cola las, s, se serv rviç iços os de de sa saúd úde, e, fa famí míli lias as, , Co Cons nsel elho hoss TutelareseJustiçadaInfânciaeJuventude.Detectadoquea

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criançaencóntr criançaencón tra-s a-seforada eforada es escol cola,porexemplo,o a,porexemplo,o C T a enca minh mi nha a a uma uma das das es esco cola las s da da re regi gião ão què, què, muit muitas as veze vezes, s, al aleg egaa nãopoderreceberacriançaporfaltadevaga,omesmopo dendoacontecercomosistemadesaúdeoucomosabrigos. Mas nem Mas nem sem sempr pre e os confl conflito itos s se devem devem à pr preca ecarie rieda dade de dascondiçõesdoatendimento.Aescolapodenãoquererma tricularacriança,nãoporfaltaáevaga,masporqueelaévista como“darua”,“infratora”ou:‘deficiente”,fugindodopadrão denormalidadedesejado.Nestecaso,aescolaalegaquenãoé sua su a fu funç nção ão óu óu que que não não te tem m os os meio meios s para para li lida dar r com com aque aquela la criança.Ouseja,nãocrêqueo“problema’5dacriançapode oudeveserenfrentadopedagogicamente,preferindoencaminhálaaojuiz,aoConselhoTute laaojuiz,aoConse lhoTutelarouaosistema larouaosistemade de saúde,resul saúde,resul tando tan do muitas muitas vezes vezes no no que que Maria Maria Apare Aparecid cida a Affon Affonso so Moysés Moysés chamoude“medicalizaçãodaaprendizagem”,aoestudarcri anças anç as que que só não não aprend aprendiam iam na escola escola. . (Moysé (Moysés, s, 2001 2001)) Configura-seassim,nocamposocial,umasituaçãomui tas.vezescomplexaeconfusa,ondepobreza,abandonoevio lê lênc ncia ia’s ’se e mist mistur uram am à ausê ausênc ncia ia ou ou pr prec ecar arie ieda dade de dás dás polí políti tica cass p pública úblicas, s, àsdesconfianç sdesconfianças, as, medos, medos, omissõe missões s eacusações m útu  as.Nãoé,certamente,omelhordosmundos.

Dajustiçaqueéterapêutica Segundoestatísticasoficiais,onúmerodeatosinfracionais praticadosp pr aticadosp oradolescentes.noR oradolescentes.noR io io de eJane Janeiro iro cresceu cresceu de 2.675 em 19 1991 91 para para 6.0Ò4 6.0Ò4 em 1998 1998. . Grande Grande parte parte desses desses adoles adolescen cen  tes fo tes foram ram acusad acusados os de de infraç infrações ões análog análogas as aos aos crimes crimes pr previ evisto stoss naLeideEntorpecen naLeideEntorpec en tes(6.36 8//76): de204infrações de204infraçõesem em 199 1991 . pa para ra 3. 3.21 211 1 em em 19 1998 98 (A (Ara rant ntes es, , 2000 2000). ). Os adol Os adoles esce cent ntes es apre apreen endi dido dos s pela pela polí políci cia a e le leva vado dos s à pr presença esença doJu iz da da Infância nfância eJu ventud ventud e têm êm recebido ecebido m edi dasjudiciais,den j udiciais,den aturez asocioeducativa,consideradas asocioeducativa,consideradas severa severas: s:

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no de 19 de 1999 99, , do do tot total al dc 11 11.25 .256 6 ad adole olesc scent entes es qu que e cu cump mpri ri ram med ram medid idas as no no Dep Depart artame amento nto de de Açõ Açõés és So Socio cioed educa ucativ tivas as da SecretariadeEstadoeJustiçadoRiodeJaneiro(DEGASE), ■40,6%eraminternaçõesprovisórias;26,07%medidasdesemiliberd lib erdade; ade; 14, 8% 8% in inter ternáç náções ões com com senten sentença çaju judic dicial ial e9, e9, 71 71% % liberdad libe rdade e assi assistid stida, a, tota totalizan lizando do 91, 18% 18% dos dos caso casos s —o que sig ni nific fica a qu que e meno menos s dc 10 10% % rec receb ebera eram m me medid didas as ma mais is bra brand ndas, as, também tamb ém prev prevista istas s na Legi Legislaç slação ão e con conside sideradas radas mais mais adeq adequa ua das ao ado das adoles lescente cente, , como a medida1:d de e pres prestaçã tação o dc dc se serv rviç içoà oà comunid com unidade, ade, por exem exemplo plo. . Além Além do DEGA DEGASE, SE, mui muitos tos adol adoles es centes cent es cum cumprem prem med medidas idas em Prog Programa ramas s ofer oferecid ecidos os pela pela pró pró  pria priaJustiça Justiça da Infância nfância eJu ventud e. Em bora o Ri Rio o dc dcJaneir Janeiro o res respo pond ndess essepor epor 12, 98 98% % do totaldeadolescentesprivadosdeliberdadecmtodoopaísem 30/06 30 /06/19 /1997 97, , vi vind ndo o lo logo go aba abaixo ixo de de São São Pau Paulo lo com com 44 44, , 87 87%£ %£* * respond resp ondia, ia, no ehta ehtanto nto, , pelo pelo maio maior r perc percentu entual al de ado adolesc lescente entess internadosporinfraçõesrelacionadasàLeideEntorpecentes:  a no

42, 07 42, 07% % (Volp (Volpi, i, 19 1998 98: : 68 68-8 -83). 3). Par Para a ter termo mos s um uma a idé idéia ia do do qu que* e* este estesnúmeros snúmeros si signi gnifi ficam,oRelatóriodo cam,oRelatóriodoJuiz Juiz deMenores Saul d e e G u uss mã mã o o,,  d ee 1 9 94 41 1,,  m o oss ttrr a a u m m c re re sscc iim me n ntt o o d ee 1 2 27 7  a to to s in infr frac acio ion n aais is em em 1 9 2 24 4  p ara ara 2 4 48 8  em em 194 1 1 n o o Ri Rio o  d eeJ Jan an eeir iro o ''// se sen nd do o qu ue e n een nh hu um ma a cria crian n çça a o u u ad ado o les lesce cen n tte e fo foi i ac acu u sad sado o dc envolvim envo lvimento ento com com drog drogas. as. As infr infraçõe ações s apo apontad ntadas as são são deli delitos tos de san sangu gue, e, de fur furto to, , rou roubo bo e sex sexuai uais s (Cr (Cruz uz Net Neto o et al. al., , 20 2001 01:: 58). No li livro vro Delin Delinqüên qüência ciajuve juve nil na Guanabara Guanabarasãoapresentadas estatí est atíst sticasd icasdo oJuizado Juizado deM en ores /R Jdoperíodo 19 1960 60a a 1971 (Cava (Ca valie lieri ri et al., al., 19 1973 73). ). Nes Nestes tes reg regist istros ros, , ve verif rifica ica-se -se o iní início cio da dass apreensõespordrogas,emboraosnúmerossejamdemagnitu de mú de múito ito. . inf inferi erioraosatuai oraosatuais:14 s:14 em em 19 1960 60, , do do tot totalde alde 66 666 6 ato atoss infracionaise192em1971,dototalde1.253atosinfracionais. Escl Es clar arec ece e o Juiz Juiz de de Me Meno nore res s Al Alyr yrio io Ca Cava vall llie ieri ri, , em em se seu u livr livro o DireitodoMenor Direi todoMenor,queestesnúme ,queestesnúmerossereferem rossereferem aousoenão àvendadedrogas,pois,emsuaspalavras“raramenteomenor

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 

 

é  t r af af i ca c a n te t e ”  ( C av av a ll l l i er e r i , , 1 97 9 7 6 :: 1 37 3 7 ) . . N e st s t e  p e rí rí o do d o  a t é é o  a n o d e  1 9 9 5 ,  os o s  m a i o r e s  p e r c e n t u a i s  d e  a t o s  i n f ra ra c i o n a i s  s ã o  r e l a ti ti  vosaopatrimônio:2.016casosem2.624noanode1991,sen d o  d rro og gaa s  a p en e n aass  2 0 04 4  d e st s t e  t o ttaa l .

Esta_situação_diferenciada-para-o-Rio-de Esta_situação_diferenciada-par a-o-Rio-deJan J an eiro-foi-o b—

_  __ __ _ _ _ _ 

jeto de estudos ede ede intensos, ntensos,de deba ba tes realiza realizado do s nas nas universida d es e s , ,  n a a  C om o m is i s ssãã o o  d e e  D ir i r ei e i to t o s s  H um u m an a n os o s  d a a  A ss s s eem m bl b l éi éi a LegislativaenoConselhoEstadualdeDefesadaCriançaedo Adole Ad olesce scent nte, e, ocasiõ ocasiões es em que que se indaga indagavam vam sobre sobre os motiv motivos os que estariam estariam propicia propiciando ndo esta esta situação situação:: Mudouarealidadeeaumentouacriminalidadeouamu da nç aéapen asoresultadode asoresultadodeu u m afilo afilosof sofia iamaisrepr maisrepressora essora e policiale policialesca?Ou sca?Ou seria seria fruto fruto de aumentode aumentode operosid operosidade ade daJustiça , doM inistério daJustiça inistérioPúblicoeda Públicoeda Polícia?( Polícia?(Relat Relatór ório: io: s/d).

M u it it o oss  d e st st eess  a d ol ol es e s c en en t es es , ,  q u aan n d o o a p re re e nd nd id i d o s s p e llaa prim prim ei eira ra vez ez,, demo nstram nstram esperança esperança de que que a passage passagem m pelo pelo sistemasocioeducativopossaajudá-los,constituindo-seemopor tunidadeparaoreingressonaescolaepreparoparaotrabalho - esperançaq esperançaq ueac abaquasesempreem abaquasesempreem frust frustraçã ração,tomandoo,tomandose porbase o percentu percentual al signific significativ ativo o de reincidê reincidência ncias. s. Muitas Muitas vezessempossibilidadedevoltarparacasaouparaacomuni dade deorigem,apósaapreens dade deorigem,apósaapreensão,evadi ão,evadidoouexpulso doouexpulso daesco la,sem trabalho trabalho e sem perspect perspectivas ivas de um fúturo fúturo melhor, melhor, este adolescenteperam adolesce nteperam bu lapeiasruas lapeiasruas,fur ,furtandopara tandopara viverouper viverouper manecendocomavendadadroga,atésernovamenteapreen d iid d o  o u  m or o r t o o e m m  a l gu gu m  c g nf nf ro r o n to to  c o m m a  p o lí lí c ia ia  o u  g r up up o rival.Sãoestesjovensasmaioresvítimasdachamadaviolência urbana. , SegundoaSíntesedeIndicadoresSociaisdoIBGE/2000, relativaaosanosde1992e1999,observa-se,apartirdosanos 80, 80 , o peso peso cr cresc escent ente e das das causas causas extern externas as sobre sobre a es estru trutur tura a da mortalidade mortali dade por idade,afetandoprincipal idade,afetandoprincipalmente mente osadoles osadolescen cen tesejovensbrasileirosdosexomasculinonafaixaetáriaentre

15 c 19 15 19 a no nos. s. E stes stes índi índice ces s ch cheg egam am a qu quas asee  70 70% % e m  m uito uitoss





 

15 c 19 15 19 anos anos. . Este Estes s ín índi dice ces s cheg chegam am a quas quase e 70% 70% em em muit muitos os dosEstadosbrasileiros. • Em m v á ri rio s  fó fó rruu ns ns  de  de fe sa  do d o s  direi to s  da d a s  c ri ri a nç nç as as  e dosadolescentes,ondeestasquestõessãodebatidas,pergunta-gp-p -gp -ppln pln. . “acert “acerto” o” e pela pela “justi “justiça” ça” destas destas apreen apreensõe sões s e encam encamiinhamentos.Questiona-sesenãoestariahavendorigorexcessivo náaplicaçãodasmedidassocioeducativaseaprópriaadequa ção do ção do ró rótul tulo o de de trafic traficant ante e dado dado a algun alguns s destes destes adoles adolescen centes tes,, que qu e muit muitas as veze vezes s vend vendem em pequ pequen enas as quan quanti tida dade des s de de dr drog ogas as apenasparasustent apen asparasustentarseu arseu próprioconsu próprioconsumoou moou como como formade formade subsis sub sistên tência cia. . Quest Question iona-s a-se e também também a adesã adesão o do do Brasi Brasil l a um polít política ica ant antidr idrogas ogas norte-am norte-am er ericana, icana, favor avoráv ávelà elà chamad a “to lerâ lerânc ncia ia ze zero ro”, ”, e o pape papel l que que os os .p .psi sicó cólo logo gos s sã são o cham chamad ados os a exerceremnestanovamodalidadede“pena-tratamento”,pro cedimentopolêmicodenom cedimentopo lêmicodenom inadoJustiçaTerapêuticae inadoJustiçaTerapêuticaeimpor impor tadodas Dm g Court CourtssdosEstadosUnidosdaAmcrica.’1Opróprio Co Conse nselho lho Fed Federa eral l de Psicol Psicologi ogia a tem tem se manif manifest estado ado neste neste sen sen tido,conclamandoospsicólogosadiscutiremmelhoroassun to,preocupadosemquenãoexerçamatividadesquecontrariem o Código Código de Ética Ética dos dos Psicól Psicólogo ogos. s. Em ar Em arttig igoo  d ed ed icad icad o o  a p en en sar s ar aJu aJ u sti stiça ça Ter Te r aapp êu tic tica, a, DamianadeOliveirafazimportantesconsideraçõesarespeito dopapelque opsi opsicól cólogoécha ogoécham m adoa desempenharnesta desempenharnestam m o dalidadedeJustiça,apartirdeumdosprogramasexistentes pa ra ra adoles adolescent centes es no no Rio Rio de deJan eiro eiro (Oliveir Oliveira, a, s/ s/d). d). Como foi dito,a dit o,aJJ T sebaseianomodelo ebaseianomodelo norte-a norte-am m ericano ericano dosTrib dosTribunai unaiss para De pendentes Quím Quím icos cos (Corte Cortess de Drog Drogas) as),, e ofe ferrec ecee ao adolescen adol escenteque teque for for apreendi apreendidoportan doportandodrogas dodrogas para para usopes soal,depoisdeavaliadoeconsideradoelegível,aopçãodetra tamento,aoinvésdereceberumaMedidaSocioeducativae/ ouMedidaProtetivaprevistano ouMedidaPro tetivaprevistanoEstatutodaCrianç EstatutodaCriançaedoAdoaedoAdo-

BParaum BPara um aap rese resentaçãofavorávelà ntaçãofavorávelàJusti JustiçaT çaT erapê erapêutica,ve utica,verr:Fernandes,s/d :Fernandes,s/d .

 

lescentc.AinclusãonesteProgramadeveservoluntáriaeim p plica lica, , dentre dentre outras outrascois coisas, as, oadol oadolesce escente nte con corda r em ser sersub sub meti me tido do a test testag agem em de de ur urin ina a pe peri riód ódic icas as e alea aleató tóri rias as, , um uma a ve vezz queoProgramapregaabstinênciatotaldedrogasilícitasede bebid bidass- alco coól óliicas. cas. Ol Olivei iveira ra aponta aponta aí um um primeiro primeiro conj conjunto unto dedificuldadesparaopsicólogo:adeconcordarcomo c a r á t e r   compul comp ulsó sóri rio o do do trat tratam amen ento to e co com m a test testag agem em de de urin urina, a, além além deque"usarounãodrogas”passaaserocentrodoacompa nhamento nham ento psic psicológi ológico,podendoo co,podendoo adolesce adolescenterecebe ntereceber r sanç sanções ões por por des escu cumpri mprirr. as regr egras as do Progr Programa. ama. Este ste tipo de ques uestão tão levafreqüentementeospsicólogosateremdilemaséticosease pergu pergu ntar ntarem em “Q uem são os client ientees da Psic sicolog ologia ia?” ?” e “Quais são os lim são limite ites s da atu atuaç ação ão do psi psicól cólogo ogo?”. ?”. Falandoafuturosjuizesedefensoresem“APsicanálise cadeterminaçãodosfatosnosprocessosjurídicos”,Freudaponta umadiferençafundamentalentre'opacientedaPsicanáliseea pesso essoaa ac acusada usada pela elaJus Justiça tiça:: esta sta, no caso so do com etimento etimento de um del delito ito,tem ,tem aintenç aintenção ão deo cult cultarosegr arosegredoda edodaJustiça; Justiça;já já o neurót neur ótic ico o nã não o co conh nhec ece e o segr segred edo; o; qu que e está está oc ocul ulto to pa parr a a ele ele mesmo.Nocaso mesmo .Nocasodoneurótic doneurótico,el o,eleajudaacombater eajudaacombater asuapró pria pria resi esisstência tência,, porque espera spera cu cura rar-se r-se com o tratam ento ento en q ua ua n ntt o o q u uee  o  ré u u n ãão o  t em em  p o orr qu qu ee c o o op p eerr ar ar  c o om m  a  jju u sstt iç iç a revelandooseu,delito;seofizer,estará.trabalhandocontraele mesmo.Alémdo mesmo.Al émdo mai mais,pa s,pa ra os osprocedimen procedimentos tos da daJustiça, Justiça, basta queosseusoperadoresobtenhamumaconvicçãoobjetivados fatos fatos, , ind indepe epende ndente nteme mente nte do que que pen pensa sa o acu acusad sado; o; o me mesm smo o nãosedácomotratamentopsicanalítico,ondeopacientetam bém neces ecessit sitaa adquiri adquirirr esta sta mesma convi onviccção. ção. LembraLembra-os, os, fi nalmente,daexistênciadenormasqueimpedemqueoréuse subme sub meta ta a int interv ervenç enções ões psi psicol cológi ógicas cas sem sem ter ter sid sido o ale alerta rtado do de quepoderádenunciar-seatravésdestaintervenção. Além Al ém, , des destas tas, , out outras ras per pergun guntas tas têm têm sid sido o feita feitas s em em rela rela çã ção o ao aos s Prog Progra rama mas s da da JT para para ad adol oles esce cent ntees, s, entre entre as as qu quai aiss: umavezqueostratamentosmédicoepsicológicojásãoprevis

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  

•V:.:vT

to tos s no no Es Esta tatu tuto to da da Cr Cria ianç nça a e do do Ad Adol oles esce cent nte e co como mo Me Medi dida dass Proteti Prot etivas,po vas,po rq u ê 'à exist existênc ênciada iadaJustiçaTe JustiçaTe rapêuticano âm bito bito da daJu Ju stiç a daInfân cia cia eJuv entu de? No cas casode ode um adoles centequenuncapraticouqualqueroutroatoinfradonalanão serousóeventualdedrogas,porquantotemposerámantido emtratamento?Eocritério“tolerância;zero”condiçãodealta médica ou psi psicol cológi ógica?Nestecas ca?Nestecaso,a o,aJus Jus tiçaT erapê ud ca teri teriaa como com o um de seu seus s pre pressu ssupos postos tos a “cr “crimi iminal naliza ização ção” ” do ate atendi ndi  mentomédicoepsicológico?(Batista,mimeo,s/d) Dentre Den tre osponto ospontos s pol polêm êmico icos s deum dos dos Pro Progra grama mas s exi exis s tentes9destaco tente s9destacoos os artig artigos6 os6 e7, quetraze quetrazemdificuld mdificuldades adesespecí especí fi ficas caspa pa ra aatuação dops dopsicó icólog logo,como,porexemplo,oaumento o,como,porexemplo,oaumento nafreqüênciadesessõesdetratamentoindividualoufamiliarc as entr entrevista evistas s comp compulsór ulsórias,definid ias,definidas as como como medi medidaspunitivas daspunitivas po r ter tero o adoles dolescente cente de descum scum prido prido al algum gum a reg ra do Programa. Programa. Artigo6o Art igo6o- - Dospa rticipan rticipantesdo tesdo Program a, ex exige ige-s -se: e: I  - -

N ã o o u ssaa r r o u  p os os s u i r r d ro ro g aass  i l íc it ita ss e  be b e b id id aass  a llcc oó oó llii c aass  e, e , s s e for exigido exigido pela unidade unidade de tratament tratamento o conveniad conveniada, a, não fu martabaconassessõesouconformeaorientaçãodestauni

I I — — I I I -

dade. C o m p a r e c er er  a  to da da s  as as  se sessões  dc d c  t r a ta t a m e n t o  d e te te rrm m i n ad ad a s Serpontual.

I V ,- ' .Nãof azer azer ameaç ameaças as aos aospart part iici ci pant pantes es,àequi ,àequipedo pedopr pr ogr ogr ama oudaunidadedetratamento,bemcomonãocomportar-se V-

demodoviolento. V es es ti ti rr-s ee a p prr o op p r ia ia da da m e nt nt e e p ar ar a  a s s s es es ssõ õ es es  d c c  t rraa ttaa me me nt nt o o e

VI —

audiênciasnoJuizado. Cooper ar coma.r coma.r eal ealii zzaç açãodos ãodost t es est eess dedrog dedrogas as..

® P el e la  O rrd d em e m  d e e  S er e rv iç iç o o  N ° °  0 2 / 0 1 ,  d at a t ad a d a a d e  2 7 7 d e e  j un u n h o  d e e 2 0 00 0 1 ,  fo i criadooProgramaEspecialparaUsuáriosdeDrogas(PROUD),noâmbito de c o m pe t c nc i a da 2 a VIJ VIJ ,Co m a r c a da Ca pi t a l / RJ ,de a c o r d do o c o m  a s no norr masgeraisprevistasnoProvimentoN°20/2001,daCorregedoria-Geralde Justiça.

37

 

VII —

C o o p e ra r p á ra  a  o b te nç nç ã o  d dee  iin n ffo o rrma ma ç õ es es ne ne c ess essáá ria rias s à aa v a  liação lia ção inicia inicial l e seqüen seqüencia cial l de de seu seu cas caso. o.

VIII — Os p a is is o u  re sp sp o ns nsá v e is is d e v eerã rão o  c o mp a re c er er às a u d diê iê nc nc ia iass noJuizadoeàssessõesdetratamentorecomendadas. I X X - 

C o m p a re re ccee r  e  de d e m o ns n s tr t r ar a r  d es es em e m pe pe nh nh o o s a ti ti sf sf aatt ór ó ri o o  na n a  e sscc o o la, estágios estágios profissio profissionaliz nalizante antes s e labo laborativ rativos. os. '

X -

A g i r  d e  a c o r d o o  c o m  a s  n o r m a s  e s pe c íf ic a s  d a  u n i d a d e e de tratamentoparaaqualfoifeitooencaminhamento”.

Artigo

7°— Assançõesprevistasparaafalhainjustificadanocum A ssançõesprevistasparaafalhainjustificadanocum

prim prim ento ento das norm norm as;d as;do o Programa são ão as seguin eguin tes: I  - -

.

II—

A dv d v e r t ê n c i a  ve verbal. R e t i r a d a  d e  p ri ri v iill é g gii os o s  ( vá v áli d a p p a r a  os  ca c a s os os  d e  a lg l g um um  a d o  le sc sc e nte nte  q u e e e ste ste ja, ja,  p or or e x xee mplo mplo , , e m p rog rog rama rama  d e  re ce ce b i i

I II II  - 

mentodecestabásica,lazer,etc.) A u m e n to t o  n a  f re re q qü ü ên ên ci ci a a d e e s eesss õe õe ss de de  t r a ta ta m e nt n t o o i n d iiv v id id ua ua l oufamiliar.

IV —

R e g re re sssã sã o n n a  fase fase d d e  tra tra ttaa me n to  e cc o n se se q üe üe n te ma ma io r rte temp mp o

V —

d e  p e rma n ê n c ia  n o  P ro g ra ma . :C o m p a rec rec ime n to  a  p a le le st stra ra s ee.. se sess ssõ õ es es e d u ucc a tiv tivaa s so b rree  u so indevidodedrogasououtrostemasconsideradosúteispela e q u ip e  d e  a c o mp a n h a me n to .

VI—

M a i o r  f re req ü ê nc nc i a  n a a re a li li za za ç ãão o  de  te sstte s d d e  d r og og as as .

V I I — —

In ntt eerr n naa ç ão ão  t e m p or o rá ri ri a .

VIII - E ntre ntrev v ist ista s c o omp mp u lsória lsórias s c o m m ' mé mé d ic ico s, s, p sic sicó ó lo log g o ss o u  in te  grantesdegruposdeauto-ajuda. IX —

R e str striç õ es es à s a ttiv iv id id a d es es d e  ía z er, er,’’inc inc lu lu siv sivee  n o s fi fin n a is is d e  se  mana.’

X —

P re sta sta ç ã o d d e se serv rv iç iç o os s n a c c o mu n id id a d e  ou ou  n a s su a p p ró p ria cc as as a , d e  a c o rd rd o  c o m o  e n te nd nd ime n to  d o Ju Ju iz. iz.

X I  — L i m it i ta ç ã o o d e  h o r á ri ri o  d e  sa íd íd a  cciia r r es es id id ên ên ci ci a. a. X I I  — E x c lu lu s ão ão  d o  P ro r o g r am am a  e  re re t o m a d a d o  p rro o c es es so so  iin n ic ic ia ia l. l.

Diantedetaisregraspodemosnosperguntaroquefezo a do d o le l e sscc een n te t e  p aarr a a m eerr ec ec e rr t aam m aan nh haa  p een n al al iid d ad ad ee??  E  e sstt aa u m maa respostaadequadaàexperimentaçãodoadolescente?Porque o  en env vo olv lvim imen ento to co com m  d rro og gas as es está tá s ee to torr n nan and do o, , at atu u aalm lmen ente te, , o

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responsávelporgrandepartedocontingentedoshospitaispsi quiátricos,manicômiosjudiciários,internatos^eprisões?Naose t r at at aa a q u ii d ee n e g gaa r r o  s of of r im im e n ntt o o d e  p eess so so aass  e  d ee f a m í llii as as destru des truída ídas s pel pela a dep depend endênc ência ia quí quími mica ca -e pel pelo o uso uso abu abusiv sivo o de drogas.Noentanto,trata-sedeperguntar,comofazLuizEduar doSoares:Por.quecircunscreverouso,dedrogasaocampoda ileg ilegalid alidade? ade?  itas Base Baseado ado em quais s crit critério érios cert certas asundir drog drogas con sidera sid eradas das  líc lícita s e out outras rasquai ilíci ilícitas tas? ? Por Por sque que  dif difund iras a são idé idéia ia  de que ing que ingeri erir r sub substâ stânci ncias as psi psicoa coativ tivas as sig signif nific ica a con consum sumí-l í-las as em excess exc esso? o? (So (Soare ares, s, 199 1993). 3). Pergun Per guntad tado o se ac achav hava a pos possív sível el ou me mesmo smo des desej ejáve ável l a existê exi stênci ncia a de um a a..-cul cultu tura ra sem sem limit limites es e rep repres ressõe sões, s, F oucau oucault lt respondeuqueoimportantenãoeraaexistênciaderestrições e si sim m a po poss ssib ibil ilid idad ade e of ofer erec ecid ida, a, às às pe pess ssoa oas s a qu quem em afet afeta, a, de modifi mod ificácá-las las (Fo (Fouca ucault ult, , 200 2000b: 0b: 26) 26).. AjuizaMariaLúciaKaram A juizaMariaLúciaKaram ,contrári ,contráriaaosp aaosprrocedimen to tosda sdaJu Ju stiça Terapê utica, advogaa s.uainconsti ainconstitucionali tucionalidade. dade. Dada a i mp Dada mport ortân ânci ci aa da arg argume ument nt aação ção par para a o t em ema a t ra ratt ad ado, o, perm ita o leit eitor or um a longa citaç itação. ão.

' ■

Embora Embor a reconh reconhec ecend endo o a ausênc ausência ia de culpab culpabili ilidad dade e e, e, as as sim,ainexistênciadecrimenascondutasdaquelesquesc revelam reve lam inimputáv inimputáveis, eis, o ordename ordenamento nto jurídico-p jurídico-penal enal bra sileiro, sile iro, paradoxal paradoxalment mente, e, insiste insiste em alcançáalcançá-los, los, ao impor, impor, comoconseqüênciadarealizaçãodacondutapenalmente ilícita,aschamadasmedidasdesegurança,combaseem - um a alegada“periculos alegada“periculosidade”atri idade”atribuídaase buídaaseusinc usincul ulpáv pávei eiss autores. Aqui,indevidamente,seabre:oespaçoparamanifestação daaliançaentreodireitopenaleapsiquiatria, daaliançaentreodireitopenalea psiquiatria,respons responsável ável p o r r  t rráá g gii ccaa s p p ág ág iin n as as  d a a  h is i s tó tó ri ri a d d o  si s is te te ma ma p p e n naal .( .( .... .) .) Na realidade, asmedidas smedidas de de seg urançap ara ara inimputáv inimputáveis, eis, consistindo,comoprevêemasmencionadasregrasdosar tigos96a99doCódigoPen tigos 96a99doCódigoPenaledoarti aledoartigo29daLei6.3 go29daLei6.368/ 68/ 76, na sujeição sujeição obrigatór obrigatória ia e por tempo tempo indeterm indeterminado inado a tratamentomédico(ambulatorialoúmedianteinternação), nã não o pa pass ssam am de de form formas as mal mal di disf sfar arça çada das s de de pena pena, , su sua a in in

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compatibilidadecomaConstituiçãoFederal,pormanifes tavulncraçâodoprincípiodaculpabilidadeé,.conseqüen t e me me n te te ,  p or o r  m an a n if i f e st s t a  v ul u l ne n e r aç a ç ã o o d a  p ró ró p prr i aa n or or m maa constitucional,queapontaadignidadedapessoahumana co como mo um um dos dos funda fundamen mento tos s da Repúb Repúbli lica ca Fed Federa erativ tiva a do Brasil, Bras il, decerto, decerto, havendo havendo de ser afirmada. afirmada. Mas, este inconsti Mas, inconstituci tucional onal tratamen tratamento to obrigató obrigatório rio já vem sendo sen do aplica aplicado do até até mesmò mesmò para para aquel aqueles es que que têm têm ínteg íntegra ra suacapacidadepsíquica,nastentativas,'diretamenteveicu la lada das s pelo pelos s Esta Estado dos s Unid Unidos os da da Amér Améric ica, a,- - de de tr tran ansp spor orta tar, r, para o Brasil rasil, , as as cham adas drugcourt,que,aqui,sepreten , que,aqui,sepreten desejamadotadas,comatraduçãoliteralde“tribunaisde drogas dro gas”, ”, ou ou sob sob a denom denomin inaçã ação o de de “ju “justi stiça ça terap terapêut êutica ica”, ”, estaúltimaexplicitandoaretomadadaquela'nefastaalian ça en entre tre o direit direito o penal penal e a psiqu psiquiat iatria ria. . (.. (...) .) Assim,estende-scotratamentomédicoaimputáveis,oque já contraria já contraria as aspróprias próprias le leis ispenais penais ordinárias ordinárias vigentes. igentes. As As sim, sim , ampli amplia-s a-se e o alcanc alcance e do do sis sistem tema a penal, penal, com com a impo imposi si çãodeverdadeiraspenas,negociadasaopreçodaquebra de diversas diversas garantias garantias do réu, réu, derivada derivadas s da cláusula cláusula funda funda mentaldodevidoprocessolegal,constitucionalmentecon sagrado. sagr ado. (...) Estaimportaçãodas drugcourtchega,ainda,aoâmbitodos  chega,ainda,aoâmbitodos juizados juizados dainfancia dainfancia ejuventude. ejuventude. Al Alii tam bém, pretende-se violaraliberdadeindividual,aintimidadeeavidaprivada de adoles adolescen centes tes, , atrav através és da im impo posiç sição ão de um um tratam tratamen ento to médico médi co obrigató obrigatório, rio, sem quesequer seja externad externado o trans trans tornomentalque,teoricamente,opudesseaconselhar.(...). (Karam, (Kara m, 2002: 2002: 210-22 210-224). 4).

Não Não for oram am por por outro utross mo moti tivo voss que que o Grupo Grupo de T rab a lh lho o “Justiça Justiça Terapêutica”, Terapêutica”, coorde coorden n ado pelo pelo Conse Conselho lho Regio n al al  d ee P si si c o lo lo g gii a  0 3 3 e  q u uee  c o n ntt o u u c o m m a  p aarr ti ti ccii p aaçç ã o  d e representantesdediversosoutrosCRPs,recomendouumadis•cussãonacionalsobreoproblemadasdrogas.EmboraajustiçaTerapêut çaTerap êutica ica não não aco aconte nteçaem çaem tod todo o o paí país,diver s,diversos sos out outros ros .serviços,mesmosemutilizaresta.denominação,estãooperan-

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d o o  s o b b  a  m e sm sm a  l ó óg g ic ic a, a ,  o  q ue u e  j u s ti t i f ic ic a a  a  d is i s ccu u s sã s ã o  n a c i on o n aall , segundooRelatório-desteGT. A JT JT faz faz  p aart rtee  d ee u m a  p o oll íítt iicc a a n aacc iio on naa ll d ee c o om m b a te te  às drogas,ado tadapela SENAD- SENAD- SecretariaNacionalAntiSecretariaNacionalAntid rog rog aas, s, c m m  p a rc rc eri eri a a c om om  a  Emb Em b aaii xa xa d a a A me m e ric ric a na na , p a ís ís queexportaestemodelo.ASENAD,aomesmotempoque a pó p ó ia ia  i n nii ci c i àt à t iiv v as a s  d e e  r ed e d uç uç ão ã o  d e e  d an a n os os  ( aao o  p re re m mii aarr  a REDUC),incentivainiciativasdo.tipodaJT(Relatório,CRP: s/d). O  G T  i n d ic i c a  u m a  p o s i çã çã o  “ c o n t r á r i a  a o m m o d e l o  d a J J T  e ainserçãodopsicólogobaseadonosseguinteselementosinici a i s” ,en ,en t re  o sq ua ua i s: a  q u e b ra d o  si sig g iill o p ro fissi fissi o n a l ,j á  q u e  d e v e opsicólogoproduzirprovaquedepõecontraoprópriosujeito; q ue u e br b r a  d os o s  d ir i r e it it o oss  i n di di v vii d du u a is i s  m ín í n im i m os o s ,  p os o s tto o  q ue ue  o  s u ujj e it it o q u e  o p t a  p e l a J J T  t e m  d e  a b r i r  m ã o  d o  d i re r e i to to  d è  d e f e sa s a ,  t en en d o deseconfessarculpado,mesmoqueusuárioeventual;poren t e nd n d e r  q u e e  h á  u m aa d i f er e r e n ça ç a  e n tr t r e  u s u ár á r i o  e v en e n t ua u a l  e  d e pe pe n  d en e n te t e  e  p or o r  r eeaa ffii rrm m ar a r  o  c aarr áátt er e r  v ol o l un u n tá t á rrii o o  d o o  t rraa ttaa me me n ntt o, o, c o nd n d i ç ãão o  f u nd n d a me m e n ta t a l  p a r a a  s u a  e f i cá c á c i a; a ;  t a mb m b é m m  p o r r  e n te te n  d e r ,  c o m o jj á  f oi oi  d it it o ,  s e r n n e c e s s á r i a a  u m a  a m p l a  d i sc sc u s s ão ão  s o b r e aquestãodasdrogasnoBrasil.

E m m 2 0 00 02 2,,  p eell aass  P o orr ttaa rrii aass  3 3 36 6 e 18 89 9 do o M iin n is is ttéé rrii o o d a Saúde,foramcriados,dentrodosparâmetrosdaReformaPsi quiátrica,osCentrosdeAtençãoPsicossocialparaatendimen to to de de cria crianç nças as e adol adoles esce cent ntes es (C (CAP APSi Si) ) e pa para ra po port rtad ador ores es de transtornosemdecorrênciadousoedependênciadesubstân cias cia s psi psicoa coativ tivas as (CA (CAPSa PSad), d), tra trazen zendo do esp espera erança nça de que que nov novas as modalidadesdeassistênciaemsaúdementalpossamterlugar.

Criticandoapráticadospsicólogos SegundoMichelFoucault,em Vigiarepunir,conhecemos já tod todos os osinconvenienteseperigos osinconvenienteseperigos que que aprisãoofe prisãoofereceetam receetam -

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bém bém a sua sua inutilidade nutilidade em relaçã elação o a um a suposta uposta regeneração egeneração

 

bém bém a sua sua inutil nutilidade idade em relaçã elaçãoo a um a suposta uposta regener egeneração ação dosprisioneiros,e,noentanto,asnossassociedadesnãoque remdelaabrirmão.Sabemostambém,pelomenosenquanto a pr prisã isão o não não seprop sepropun unhaa haa reg regene enerar rar outratar, outratar, que que a prisão prisão nào-deveria-sérnadaalémnào-deveria -sérnadaalém-do^que"a'simp do^que"a'simples'privação_d les'privação_deiibereiiberdade,masnãoéoqueacontece.Éaesteexcesso,aoqueex cedeapena,queFoucaultchamouopenitenciário.Oaparelho penitenciário, penitenciário, local ocal de cumprime nto nto da pena, pena, é tam bém bém lugar  deuma“curiosasubstituição”:

«

(. (... ..) ) das das mãos mãos daju dajust stiça iça el ele e re rece cebe be um um conden condenad ado; o; mas aquilosobrequeeledeveseraplicado,nãoéainfração,é claro, cla ro, nem nem mesmoexatam mesmoexatament ente e o infrat infrator, or, mas mas um ob objet jetoo umpoucodiferent umpouco diferentee ee definidoporvariá definidoporvariáveisquepelo veisquepelome me nos nos no iníc início io não não fo fora ram■ m■le leva vada das s em em conta conta na na se sent nten ença ça,, pois ois só eram pertinentes pertinentes’ ’para para uma tecnologi ecnologiaa corre corretiva tiva.. Esseoutropersonagemqueoaparelhopenitenciáriocoloc a  no no  lu lu ga ga r d d o i  i n f r a to to r c  c o n d e n a d o ,  é o o d d e l i n q ü e n t e . O delinqüentesedistinguedoinfratorpelofatodenãoser  tantoseuatoquantosuavidaoquemaisocaracteriza(...) O cast castig igo o lega legal l se se re refe fere re a um um at ato; o; a té técn cnic ica a pu puni nitiv tiva a a umavida(..,)Portrásdo.infratoraquemoinquérit umavida(..,)Portrásdo.infr atoraquemoinquéritodos odos fatospodeatribuir fatos podeatribuir aresponsabilid aresponsabilidadedeum adedeum delito,reve delito,reve la-seocaráterdelinqüentecujalentaformaçãotransparece nainvestigaçãobiográ nainvestig açãobiográfica:A fica:A introduçã introduçãodo odo “biográfic “biográfico”é o”é importantenahistóriadapenàlidade(Foucault,1977.:223224).

A par partir tir desua atu atuaçã ação o com como o psi psicól cólogo ogo nosiste nosistemasómasócio-educativodoRiodeJaneiro,AdilsonDiasBastosdedicouseapensa se apensa rcomosedá aconstruçãodeste aconstruçãodeste“bi “biográf ográfico” ico”naprática naprática técnicadospsicólogos.Nareconstruçãodahistóriadevidados sentenciad sente nciados, os, inclu incluindo indo adol adolescen escentes, tes, este biog biográfi ráfico co visa mos trarcomooindivíd trar comooindivíduo“jáseparecia uo“jásepareciacomseudelitoante comseudelitoantesmes smes modeoterpraticado”:opaiéausente...dizqueamãemorreu noparto...estudouapenasatéa2asérie...achaquecomoestá nestavidanãotemmaisjeito...foiexpulsodaescola.'.,pouco

sociável...disperso...impaciente...baixograudetolerânciaà frustr fru straçã ação.. o... . vive vive nas nas ruas ruas e diz diz que que é mendig mendigo.. o... . diz diz que que nas nas ceu ara ser ladrão... disse ue conhece mais ente ue está

 

sociável...disperso...impaciente...baixograudetolerânciaà frustr fru straçã ação.. o... . vive vive nas nas ruas ruas e diz diz que que é mendig mendigo.. o... . diz diz que que nas nas ceu ce u para para ser ser ladr ladrão ão.. ... . diss disse e que que conh conhec ece e mais mais gent gente e que que está está presa presa do do que que gente gente em liberd ad e...'te e...'te m um um irmãoão-mais mais vel elhho que-já-foi-preso...-(Bastos,_20.02115-119).

______   ___ ____ ____

Segundo Segun do Bastos Bastos, , esta esta produ produção ção técnic técnica, a, que que além além de de ser  ser  u m dis dis curs cursoo  d e “ verd verdaa de” de”  e  u m dis dis curs cursoo  q ue ue no no li lim m ite ite  “f “faa z viver  e deix deixa a morr morrer er”, ”, é ta tamb mbém ém ,u ,um m disc discur urso so que que “f “faz az ri rir” r”.. Exemplificando,citalaudospericiaiscolhidosporIsabelleNo gueiranosarquivosdoManicômioJudiciárioHeitorCarrilho, situad sit uado o nom unicíp unicípiodo iodo Rio deJaneiro. deJaneiro. Nogueirase Nogueirasededi dedicou cou a pesqu pesquisa isar r os laudo laudos s de pesso pessoas as que que haviam haviam sido sido apree apreendi ndidas das po r motivos motivos banais banais como como brigas, rigas, xing xingameri amerito tos, s, vadiagem, adiagem, pe quenosfurtosedesacatoaautoridade(Nogueira,2002).Veja mosum pe qu eno trecho,deum dosexempl dosexemplos,doanode os,doanode 1924.

Éelleportadordeestygmasphisicosdedegeneraçãobem pronunci pronunciados ados (. (... ..)) Nem Nem mesmo mesmo lhe fal alta tam m as tat atuag uagens ens,, estygmaphysicoadquirido.que,comfreqüênciaaparecem nosdegeneradosenosdelinqüentes.Vê-se,assim,noseu .  ant antee -bra -bra ço di dirr ei eito to,,  um um p ássa ássa ro ro c om om uma c ar arta ta no no bi bicc o; umvasodeplantaeonomedeIdalina;nobraçodireito váriasestrellas,umcometaealgumaslettras;nobraçoes quer qu erdo do as as in inic icia iais is AP; AP; no no peit peito, o, in inic icia iais is, , um um páss pássar aro o e a expressão‘Amo-te1(Bastos,2002:120;Nogueira,2002:99).

Dentre Dent re os os disc discur urso sos s que que “faz “faz chor chorar ar” ” dest destac aco o o de de um grupodemédicos,membrosdaEscolaNinaRodrigues,estu dadoporMarisaCorrêa dado porMarisaCorrêa.Estegrupofoiimporta .Estegrupofoiimportantenaconst ntenaconsti i tuiçãodaMedicinaLegalnoBrasil,sendoumdosmaisatuantes Leon Le oníd ídio io Ribe Ribeiro iro, , fund fundad ador or do do Inst Instit itut uto o de de Iden Idendf dfic icaç ação ão do Rio Ri o de deJaneiro Janeiro e ganh ganhador ador do do Prêmio Prêmio Lomb Lombro rosso de de 1933. É dele de le a citaçã citação o abaixo abaixo:: N a criançade um ano é, àsvezes, vezes, poss ossível íveljá já recon hecero futurocriminoso.Énaprimeirainfanda,ounapuberda de,queserevelamasprimeirastendênciasparaasatitudes

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anti-so an ti-sociais ciais,que ,que seconcretiza m eagrav am progres sivamen te, sobainfluênciageraldoambie sobainfluênc iageraldoambiente.Existe nte.Existem,nacriança m,nacriança,os ,os cham cha m ados ‘sinai sinais s de alarm e’de e’de tai taispred spredisp isposi osiçõe ções s e ten d êên n ccii as a s  a o o  c ri r i me m e , ,  s in i n aaii s s  q ue u e  p o d em e m  s eerr .. de de  n a t u r eezz a morfoló mor fológic gica, a, funcio funcional nal ou psí psíqui quica. ca. Esp Especi ecialm alment ente e sobre sobre estes est es último últimos s é que que devem devem estar estar vig vigila ilante ntes s todas todas asmães, sabiclo sabic lo que as crianças crianças perversas, perversas, rebel rebeldes, des, violen violentas, tas, im p puls ulsivas ivas,indifer ,indiferentes entes edesatentassã edesatentassãoprincip oprincip almen te te as as que p precisa recisam m recebcrcuidados recebcrcuidados especi especiais aisp p ara não não se. se.ttornare ornare m , afinal,ele afin al,elementosperigosospa mentosperigosospa raasociedade(C orrêa, 1982: 1982: 60-61).

Em pes pesqui quisa sa sob sobre re juv juvent entude ude e dro drogas gas, , Ver Vera a Mal Malagu aguti ti Batistaestudouaevolução,doproblemanoRiodeJaneiro,no per período íodo 196 9688-19 1988 88,, a'pa rtir rtir de proce rocess ssos os encon enconttrados rados no no ar quiv qu ivodo odo então entãoJ Juizado uizado de de Meno Menores res (B (Bat atiist staa, 19 1998 98). ). Al Além ém de análisequantitativa,Batistaanalisouosconteúdosdoslaudose p pare are ceres das equip equipes es té técnicas cnicas form adasp or as assis sistentes tentes socia sociais, is, p psiquiatras siquiatras emédicos emédicos dasDelega dasDelegacc ia ias s de de Men ores, daFUNABE daFUNABEM M edoJuizadodeMenores,encontradosnosprocessos. Pela Pel a aná anális lise e de Bat Batist ista a é fla flagra grante nte a con constr struçã ução o de de est este e reót reótip ipos os, , a part partir ir de de ol olha hare res s ci cien enti tifi fici cist stas as e prec precon once ceit ituo uoso sos, s, erig erigid idos os na na vi vira rada da do do sé sécu culo lo XI XIX, X, e qu que e ai aind nda a pe pers rsis iste tem m na prática de de muit muitasequip asequipesté estécnic cnicas: as: opr opreconceito econceito em relaç relação ão às favelasebairrospobres(“o.localonderesidepropiciaseuen volvimento volvi mento com pess pessoas oas perni pernicios ciosas as à sua forma formação” ção”); ); a atitu atitu  de susp suspeita eita (“est (“estava ava dese desempreg mpregado, ado, peram perambula bulando ndo em esta estado do devadiagempelaZonaSulquandosuaresidênciaseencontra va va na na Zo Zona na Nò Nòrt rte” e”); ); a cr crim imin inal aliz izaç ação ão do do uso uso de de drog drogas as (“ (“fo foii detidocheirandobenzina”);adesqualificaçãofamiliar(“proce dedefamíliadesagregada”);serviçosquenãosãoconsiderados trabalho(“está traba lho(“estátrabalhan trabalhandoembiscate doembiscates,poisdiznãoterpaci s,poisdiznãoterpaci ência ênci a para atura aturar r patr patrão; ão; não está estud estudando ando nem trab trabalhan alhan  do”);ahereditariedade(“opaijáfeztratamentonervoso”);os distúrbiosdeconduta(“autuadoporpráticasanti-sociais”).Tal











-

 

caracterizaçãolevasempreàs.mesmasrecomendações:ressocializar cial izar, , reed reeducar ucar,’re ,’recupe cuperar rar, , trat tratar, ar, prof profissio issionali nalizar zar, , rem remeten eten  doasfaltaseasdificuldadesdosadolescentesaelesmesmosou àssuasfamílias.Noentanto,concluiBatista,maisdoque“doen çamental”,osprocessosrevelamhistóriasdemisériacexclu são so cia l.

.

;;r

Aline Al ine Per Pereir eira a Din Diniz, iz, est estuda udando ndo um uma a am amost ostra ra de 46 pa recer receres es psi psicol cológi ógicos cos, , no per períod íodo o de 199 1995 5 a. 199 1998, 8, encont encontra rados dos nosprocessosdeadolescentesevadidosdosistemasocioeducadvo doRio de deJaneiro Janeiro enquantocum pria priamM mM edid edida a Soci Socioe oeduca ducattivadeInternação, ec ecomM omM and ato deBusca deBuscae eApreensão,cons Apreensão,cons tatouqueagrandemaioriapertenciaaosexomasculino,com idades ida des ent entre re 15 e 17 ano anos s e pou poucos cos ano anos s de esc escola olarid ridade ade. . Em sua ma sua maior ioria ia est estes es ado adoles lesce cente ntes s fo foram ram acu acusa sados dos dc inf infra raçõe çõess anál an álog ogas as ao aos s crim crimes es co cont ntra ra o pa patr trim imôn ônio io e an anál álog ogas as à Le Lei i de Entorpece Entor pecentes. ntes. Dent Dentre re os moti motivos vos aleg alegados ados pelo pelos s adol adolesce escentes ntes p ara asfug fugas as,, desta estaco co a ex existê istência ncia,, nam esmau nidade nidade dc aten  diment dim ento, o, de ado adoles lescen centes tes per perten tence cente ntes s a gru grupos pos ou facçõ facções es ri vais: “fugiuporláterencontradoogerentedaboca,quedisse

que qu e ele ele de deve verr ia ia pe pega garr  a ca carr g ga” a”; ; “p “por orqu que e lá lá en enco cont ntrr ou ou m eem m br bros os do do comando comando riva val, l, que que estão stão em em guer guerra, ra, ent então ão teve ve que fugirdenovo”.Outrosmotivosforamameaçasdeestupro,por  sofreragressões,porteraroupafurtada;pormedodeserpu nidoouencaminhadoàDelegaciadePolíciaportersidopego fumand fum ando o ma macon conha ha (D (Dini iniz, z, 200 2001: 1: 50) 50).. Dinizidentificadois“tipos”deadolescentes,apartirdos parec eres ps psicol icológic ógicos:aqu os:aqu ele que fo foi“levado i“levado ”ao ato ato infr infraa cional pe pelas las cir ircun cunst stânc ância iass ou pe pellas as am iizad zades es e aquel quelee que que teria er ia o “perfil”deinfrator,facilitadopelaausênciapaterna,desestruturação tura ção fam familia iliar r e por dete determin rminados ados traç traços os ou cara caracter cterísdc ísdcas as de pers personal onalidad idade e com como o agre agressivi ssividade dade, , impu impulsivi lsividade dade, , malí malícia, cia, dificuldadesemlidarcomlimites,sentimentosdeinferioridade etc.Comoconclusãodospareceres,aadequaçãoàrotinains titucionaleaparticipaçãonasatividadespropostasaparecem

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quasesempre com quasesempre como o cri critéri tério o deque o ado adolesc lescent ente e est está á rec recupe upe  rado ou ressoc ressocializad ializado. o. P ara ara conc conclu luir ir,,  go gost stari aria a de de dize di zer r qu que e um um fa fato tor r com com u um m queuneosestudosacimaéabuscadealternativasparaaatuaçâo_profissional3_na-esperanç a~de-qu c-a-Psieoiogia-p ossa-ser—  açâo_profissional3 exercidadeumaoutraforma,alémdetrazeràluzoenorme sofrim sof riment ento o caus causado ado pel pelo o enc encarc arceram erament ento o de ado adolesc lescent entes. es. ^ Retomemosentão,deumOutromodo,apergunta“Que éaPsicologia?”,possibilitadaaquipelaslembrançasdeBastos

(2002):

:

: í

N um a de de suas uas belíssima elíssimass aülas ülas ele le se dir irig igiu iu a al alguns guns alu n os os  d o o c u urr so so  d e e p s i cco o lo g ia ia  e  pe pe rrg g u nt nt ou ou :  O  q u e e v e m m a serapsicologia serapsicol ogia?”“Paraqueelaserve ?”“Paraqueelaserve?”Anteanossa ?”Anteanossacon con fusão,perplexidadeedemora,CláudioUlpianonosdisse: Depe nde dasforçasque dasforçasque seapoderam seapoderam 'dela!; dela!;Coloquem C oloquem- - ■ s u as as  fo rças rças em  b atal atal ha ha p ara ara p rod rod u zi zi rem rem  u m a a p s ico ico lo lo gi gi a afirmativa .” 10

R e f e r ê n c ia s  b i b l io g r á f ic a s

i

Se-pa-ran-ran-do: do: um estud estudo o A r an an t es es ,  E .  M .  M .  ( 1 99 99 3 )) P r eeff á ci ci o .. I n  B r iitt o ,, L . M M.. T . Se-pa so sobre bre a atuaçã atuação o dopsicó dopsicólog logo o nas nas Var Varas as de, e,Famíli Família. a. R i o  d e  J a n nee ir ir o :  R e l u m e

Dumará/UERJ. ____ ______ ____ ____ ____ ____ __ (3 3995) 995) “R ostos decr iançasn oBrasil”.I oBrasil”.InPilotti,F.c nPilotti,F.c Rizzini, I. A A arte arte degove degovern rnar ar cr cria ianç nças as: : a hi hist stór ória ia da das s po polí líti tica cas s soci socia ais is, , da da le legi gisl slaç açã ão e da assistênc assi stência ia à irt/a irt/anci ncia a noBrasil.  R io io deJaneir deJaneiro:Edito o:Editora ra U ni niver versit sitári ária a Santa Santa

U rsula,A rsula,A maisLivrariae maisLivrariae Edito Editorae rae Insti Institutoíntera tutoínteramerica mericanodei nodei N ino.

10 N o t a  d e  e s ccll a rree c i me me n t o  f e iitta  p o rr B a st st o ss (2 0 0 02 2 :  58 ))::  “ C lá lá u di di o  U l p iia ano o,, fil filósofo,ex-professorda ósofo,ex-professorda Univer sidade do Estadodo Riode RiodeJan Jan eiro (UERJ) RJ) edaUniversidadeFederalFluminense(UFF),jáfalecido.Responsávelpor i n tr tr o d du u z iirr  n e st st e s s e s tta a b eell e ccii m en en t o oss  o  p e n nss a me me n to t o  d e  D e llee u ze ze ,  B e rrg gso on n, G ua ua tt tt a arr ii,,  N iiee ttzz sscc h hee  e ttcc ..,,  a tr tr a av v ééss  d ee s ua ua ss a u ull a ass  e  g v vu up po o ss d ee e sstt u ud do o q u uee , inclusive,atraiam inclus ive,atraiam pesso pessoas as de forado mundoacadêmico.” mundoacadêmico.”

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______________ (2000) (2000) "Entr "Entre e o educa educativoe tivoe o carce carcerár rário:análi io:análisedo sedo sistema sistema s o c io io e d u ca c a t i v o o d o  R i o  d e J J a n ei e i r o ” .  In Cad Caderno ernos s PRODEM PRODEMAN AN de Pesquisa Pesquisa

n ü 1.  R i o  d e J J a ne n e ir ir o  U E R J

 

______________ (2000) (2000) "Entr "Entre e o educa educativoe tivoe o carce carcerár rário:análi io:análisedo sedo sistema sistema s o c io io e d u ca c a t i v o o d o  R i o  d e J J a n ei e i r o ” .  In

Cadernos Cader nos PROD PRODEMANde EMANde Pesq Pesquisa uisa

n ü 1.  R i o  d e J J a n e ir ir o ;  U E R J , Ar ante antess ,E . M.M. e  Mot Motta, ta, M.E . S.(1990) S.(1990) A crianç criançaese aeseusdi usdireito reitos: s:Estatu Estatuto to da

Crianç Cri ança a edo e doAdo Adoles lescen centee tee Cód Códigode igode Men Menore ores semem-deb debale ale.. Riode Jane ir o:PUCRioeFUNABEM. Batista, Batis ta,V V .M .(1998) Dißceisganhos fácei  fáceis; s; dro drogas(juventudepobreitõRiõ~ã gas(juventudepobreitõRiõ~ã ijãn ijãnêifõ êifõ~~ ~~ Rio deJanei deJaneiro: ro: InstitutoCarioca InstitutoCarioca de C rimin riminologia ologia: : FreitasBas FreitasBastos tos.. B atista, atista, V. M. (s /d)

mee o . Otribunaldedrogastotigre'.depapel.  M i m

B as as to to s, s,  A . . D . . ( 2 20 0 02 02 ) De

in infr frato ator r a de delin linqü qüen ente te: : o bi biogr ográf áfic ico o em em aç ação ão..  N iitt eerr óóii :

D i s se se r t a çã çã o  d e  M e s t rra a d o ,  D e p a rrtt a m e n ntt o  d e  P s i cco o l o g ia ia ,  U n i v er er s i d ad ad e FederalFluminense.

TudocomodantesnoQuarteld’Âbranles:estudodasinternações psiquiátricas de decrian crianças çase ead adole olescen scentesatravésde tesatravésde encam encaminham inhamento entojjudicial. udicial .  R i o  d e

Bentcs,A.L.S.(1999)

J a ne ne i ro ro :  D i ssss e rrtt a çã ç ã o  d e  M e sstt r a ad d o , , E sscc o la la  N a ccii o na na l  d ee S a úd úd e  P ú bl bl i cca a, Fundação Fundaç ão Os waldo waldo Cr uz ,, Ministé Ministé r io io da Saúde Saúde.. Brito,L.M.T.(org.)(1993)

Psicologia Psicolog ia einstituiçõesde einstituiçõesdedir direilo: eilo: aprát aprática ica emques emquestão. tão.

Rio dcJ Ja a n e i r o: o:  C o m u n i cca a r ttcc  M a r k e ttii n g g .C .C u lltt u ra r a l  e  S o ci ci a l, l, . C C o n s eell h o Re gional gional de  Ps ic icologi ologia. a. . _________ ______ ________ _____ ( (1999) 1999) Sereduca Sereducadoporpa doporpai emãe:utopia oudir oudireilode eilode ffilhos ilho s de depais pais separados. Rio deJJaneiro:Tese aneiro:Tese deDouitorado, Dep artament odePsicologia, odePsicol ogia, PUC-Rio. Brito,L.M .T. (org. (org.)(2000) )(2000)

TemasdePsicologiaJurídica .Riode jane ir o:Re lume

Dumará. __ ____ ____ ____ ____ ____ ____ __ (2001) “Psic “PsicologiaJuríd ologiaJuríd ica..Desa fios do cotidian o”. o”..In Anais,

das T aç as trans transdis disciplin ciplinar ares. es. Exper Experiimenta mentanndo,affronteira ronteira entr entrea ea Psicol Psicoloogia giaeout eoutras ras práticas prátic as teóri teóricas. cas. R i o  d e j a n e i r o :  U E R J / D E P E X T / N A P E . C a ng ng u iill h em e m ,  G .  ( 1 97 97 3 )) “ O  q u e e é  a  p s iicc o llo o g iia a ? ”. ”.  I n

Episíem Epis íemologia, ologia, 2.  R i o  d e

J a ne ne i ro ro ;  T e mp mp o  B r a ass i llee i ro ro  3 0 //3 3 1 , , j u l. l. - de de z ., .,  1 9 7 72 2 ,  l an an ç ad ad o  e m  1 9 73 73 , __ __ __ __ _ __ __ _ __ __ __ __ __ __ _ ( 1 19 993) “L Lee  c e rv rv e a au u  e t t lai  p e n s é e ” ,  l n

George Geo rges s Can Cangui guilhe lhem: m:

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Delinqüênciajjuveni u veni l na Guanaba Guanabara. ra. Intr Introdu odução çãoà à leor leoria ia epesquisa epe squisa soc sociioló ológic gica a dadelinq dadelinqüên üência ciajjuvenil uvenil nacidade nacidade do Rio Rio dejan eiro.  R iioo  d e

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Cor rê rê a,M. (1982 (1982) ) “Antropolog “Antropologia ia e  Me dicina dicina L e ga gal: l: var iaç iaç õe ss e m tor no no de ummito”.I nE ulálio,A.e tal.

Caminhos Camin hos Cruza Cruzados. dos.SãoPaulo:Brasilicnse.

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CruzNeto,O.etal.(2001) Nem soldados neminoc neminocentes entes: :juventu juventu dee Irájicodedrogas deJan Janeir eiro: o: Edi Editor tora a Fio Fiocr cruz, uz, noRio deJa deJaneir neiro, o, Rio de Di Dini nizj zj A. A. P. P. (2 (200 001) 1) O disc discurso ursopsico psicológic lógico o nos pare parecere ceres s de adole adolescen scentes tes com Medi Medida da Rio o dcJan dcJanei eiro ro: : Diss Dissert ertaç ação ão dc dc Me Mestra strado do, , Esco Escola la Judicial de Int Inteernaç rnação. Ri NacionaldeSaúdePública,FundaçãoOswaldoCruz,MinistériodaSaúde. Donzeiot,J. Donzeiot, J. (198 (1980) 0) A polkia das iodeJaneir eiro: o: Graa Graal. l. dasfamí lias.  R iodeJan Fern Fernan ande des, s, M. M. M. M. (s (s/d /d)) Notas - Justi Justiça ça Tera Terapê pêut utiica ca para para us usuá uári rias as de de drog drogas as ~ ProcedimentonosJuizados. Imp Impres ressão são: : Con Consul sulado ado Ger Geral al dos dos EUA EUA.. Foucau Fou cault, lt, M. (19 (1979) 79) A verd verdadee adeeas asfo fonn nnas asjurídicas. jurídicas. RiodcJaneiro:PUC-Rio.

97 7) 7) Vigia Petrópoli polis, s, _____________  ( 1 97 Vigiare re punir:kislória punir:kislóriada da violê violêncianaspris ncianasprisões ões, Petró RJ:Vozes. Escrit rito os _____________ (2000a)“Avida-:aexperiênciaeaciência”,InDitos & Esc II.

R io de deJaneiro:F Janeiro:F orenseUn iversi iversitária. tária.

(2000b 0b)) Um _____________  (200 Umdiálog diálogosobre osobre, ,os osprofere profere sdosexo sdosexo; ;Nietzsch Nietzsch e, Freu Freud,M d,M arx; Tkeatrum Philosoficum.SãoPaulo:Landy.

Herbert,T.(1973)“Reflexõessobreasituaçãoteóricadascicnciassociaise, especificam especi ficamente, ente, da psico psicologi logia a socia social”. l”. In Epistemologi Epistemologia a 2. RiodeJaneiro: Tem po Brasi Brasile leir iro o 30/31 , ,Julh Julho-Dezem o-Dezem bro de 197 1972,lançad 2,lançado o em 1973 1973.. Jacó-Vilela, A. M . (200 Jacó-Vilela, (2000) 0) “Osprimórdio “Osprimórdios s da Psico Psicologi logia aJuridica”. Juridica”. In Bri Brito, to, L.M.T.(org.) TemasdePsicologiaJurídica. RiodeJaneiro:RelumeDumará. Karam,M.L.(2002)“Medidasdesegurança:puniçãodoenfermomentale violaçãodadignidade”. Verve, n° 2.São Pau Paulo; lo; PUC PUC-SP -SP.. Legendre,P.(1992)“PouvoirGénéalogiquedel’État”. In InAutorité, Autorité, responsab responsabilité ilité Lyon: : Colle Collection ction Synt Synthèse, hèse, parentaleetpr parentale etprotect otection ion de l’ l’enf enfant ant. . ChronicSocia ChronicSociale. le. Lyon LeserdeMello,S.(1999)“EstatutodaCriançaedoAdolescente:épossível torná-loumarealidadepsicológica?’1.In Psi ol. 10 (2 (2). ). Psico cologia logia USP,  vol. Machado, R. (198 Machado, (1982) 2) Ciênciaesaber:atrajetóriadaarqueologiadeFoucault. R i o  d c Janeiro: Jane iro: Graa Graal. l. Moyses,M.A.A.(2001) A institucionalizaçã institucionalização o invisível. Crian Crianças ças que não-aprend não-aprendememna-escola.Campinas,SP:MercadodasLetras;SãoPaulo:FAPESP. Noguei Nog ueira, ra, I. (20 (2002) 02) Diagnóst Diagnóstico ico PsiquiáIrico-F PsiquiáIrico-For oren ense se: : uma leitura leitura critica dos méto métodos dos  RiodeJaneiro:DissertaçãodeMestrado, deinvestigaçãodaloucuranocriminoso.RiodeJaneiro:DissertaçãodeMestrado, Departamen Depar tamento to dc Psico Psicologi logia, a, PUC-R PUC-Rio. io. Oliveira,D.(s/d)Justiça Terapê Terapêutica utica: Reuisi Reuisitando tando luga lugare res. s. Uma análisedoPrograma análise doPrograma Especialpara usuáriosde droga drogas. s. Mimeo. Pessanha,J.A.(1993)“Filosofiaemodernidade:racionalidade,imaginaçãoe ét étic ica” a”, , In 15a Caxambu, u, 199 1992. 2. Confe 15a Reu Reuniã nião o Anu Anual al da iIN iINPE PED D , Caxamb Conferênc rências ias n. 4, 4, sete setemb mbro ro.. CadernosdaANPED} n.

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Relatório do Gru Grupo po de Traba Trabalho lho   sobreJustiç a

Terap Terapêut êutica, ica, ( s / d )) C o n se se l h o  R e g i o n a l

d ee P ssii cco o lo lo gi g i a. a.  3 :| R R eeg g iã iã o. o.  B A A c  S E E..  M i m e o .. % RelatánodePesquisa:: violaçãodedirei RelatánodePesquisa violaçãodedireitosdecriançase tosdecriançaseadolesc adolescente entes. s. Umapesquisa Umape squisa diagnostica. diagnostica. (s/d)UniversidadePopulardaBaixada. . Roudi Roudincsc ncsco, o, E. (1993 (1993) ) Situa Situation tion d’untexte: “Qu'e “Qu'est-c st-ce e la psychologi psychologie?” e?” in George Geo rges s Can Cangui guilhe lhem: m: philoso philosophe phe, , histori historien en des des scie science nces. s. Actes Actes du Colloq Colloque. ue.  Paris: AlbinMichel. R ou ou di di ne ne sc sc o, o,  E .. e t t a l. l.  ( 19 19 94 94 ) Fo Fou ucau cault lt: : lei leitur turas as da Histór História ia da Loucur Loucura a.  R i o  d e J a n e ir ir o :  R c l u m mcc  D u m a rrâ â. Soares,L.E. Soare s,L.E. (1993 (1993)"Apolíticade“droga )"Apolíticade“drogas”liaagendademo s”liaagendademocráti cráticadoséculo cadoséculo X X I ” .. I n n B a ass to to s, s,  F .  I .. e  G o on n çça a l ve v e ss,,  O . . D . Dr m d eb eb at at e Droga ogas, s, é leg legal? al?:: u m autorizado.R autori zado.R iodeJaneiro:Im iodeJaneiro:Im ago/Instituto Goethe. Volpi,M.(1998) Osadolescentesealei. Osadolescentesealei.P P rogram aJustiça aJustiça PenalJuvenil PenalJuvenil cDireitos Humanos.ILANUD/ComissãoEuropéia.

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EduardoPonteBrandão ApráticadopsicólogoemVarasdeFamíliaexigeoco nhecimentobásicodoscódigosjurídicosqueregulamasfamí liasnoBrasil. Asrazõesdetamanha,obrigaçãonãosãopoucas. Emprimeirolugar,'hánecessidadedeumcódigocom par parti tilhado lhado ent entre re o psicó sicólo logo go e os dema demais is membr membros os da da equ equiipe interpr inte rprofis ofissio sional, nal, inc incluíd luídos os os operador operadores es de Dir Direito eito.. Edeconhecimentocomumque.osarranjosamorosose familia fam iliares res com com que esse esses s oper operado adores res se. surp surpreen reendem dem hoje hoje em dialevamaumainterlocuçãodoDireitocomoutrossaberes. Sem Se m o respa respald ldo o da equ equip ipe e int interp erpro roíis íissi sion onal, al, a açã ação o do do Ju Juiz iz é insuficientepararegularasrelaçõesentreossexosedeparen tesco. Emcontrapartida,semacompreensãoexatadocontex to to on onde de se se in insc scre reve ve sua sua pr prát átic ica, a, o psic psicól ólog ogo o nã não o faz faz ma mais is do queseesfalfarcomosremosdobarconaareia.Denadaadi antaserestringiràespecificidadedeseucampo,seopsicólogo desconhece,porexemp desconh ece,porexemplo,oscritériòsjurí lo,oscritériòsjurídicosquenorte dicosquenorteiama iama decis de cisão ão de uma uma gu guar arda da ou ou os de deve veres res e dir direit eitos os pa pare renta ntais. is. As referênc refe rências ias usad usadas as pelo pelo psic psicólog ólogo o deve devem m com comunic unicar-s ar-se e com com as doJuiz,sejamasopiniõesconvergentesounão,casocontrário, ele não pod poderá erá con contrib tribuir uir para para o dese desenlac nlace, e, das dif dificul iculdad dades es e dosconflitoscomosquaisoJudiciárioseembaraça.

 

Emsegunclolugar,noatendimentoàpopulaçãoopsicó logosedeparacomargumentoscujosvaloresjáforamrevistos ésubstituídosemlei.Assim,nãoéraroescutarpaísqueque remaguardadosfilhosporqueoex-cônjugenãocumpriuos devere dev eres s matrim matrimoni oniais ais. . Ou- Ou- que que caber caberia ia à mul mulher her os cuida cuidados dos infantiseaohomemtãosomentevisitaresustentarosfilhos. Conheceroquedizaleitorna-seimperativo,mesmoqueseja para para inform nform ar ar que ue tais is concep oncepçõe çõess não não encont encontram ram respal espaldo do sequeremnossalegislação. Porsuavez,oconhecimentodalegislaçãonãodeveser  abst ab stra raíd ído o das das cond condiç içõe ões s de de poss possib ibil ilid idad ade e de de se seu u su surg rgim imen ento to.. In Inte tere ress ssa a ao ao ps psic icól ólog ogo, o, so sobr bret etud udo, o, la lanç nçar ar lu luz z so sobr bre e co como mo a dout do utri rina na ju jurí rídi dica ca se se insc inscre reve ve hi hist stor oric icam amen ente te e se se arti articu cula la ao aoss dispositivosmodernosdepoder. Comoseráobservadoaolongodotexto,asleiseases truturasencarr trutu rasencarregad egadasdc asdc aplicá-l aplicá-lasnãosó asnãosó normatiz normatizame ame repri repri  mem, maspõemcmfuncionament mem, maspõemcmfuncionamentodiversas odiversas práticasdcpoder  práticasdcpoder  cujo cu jo obje objeti tivo vo é meno menos s julg julgar ar e puni punir r do do qu que e cu cura rar, r, co corr rrig igir ir e educarcada edu carcadasu suje jeit itoa oaadm administraraprÓpriá inistraraprÓpriávida(Fòuc vida(Fòucaul ault, t, 1997 1997). ). Lançan Lan çando do mão mão dessa dessa perspe perspecti ctiva va, , o psi psicól cólogo ogo adquir adquiree ce cert rto o domí domíni nio o so sobr bre e o luga lugar r qu que e lh lhe e é rese reserv rvad ado o nas nas in inst stit itui ui  ções çõ esjudiciár judiciárias.Não ias.Não lhetorn aindiferenteinterroga aindiferenteinterroga rse,a rse,acada cada ‘ vezquefalaou' vezquefalaou'escre escrevearespeito vearespeito dec ertasituaçãofam iliar iliar,,el elee estáatenden está atendendoamecanis doamecanismossuti mossutisdepoderque,comoapoio sdepoderque,comoapoio dasleisjurídicas,sãomascaradospelapretensaisençãopolítica desuaciência.

D o  C ó d i g o  C i v i l d d e  1 9 1 6  a o  E s ffaa t u íoí o  d a  m u lhl h e r  C a s a d a :  a d e m a r c a ç ã o  d o s  p a p é i s  faf a m i l i a r e s  e  a  q u e s tãt ã o  d a  g u a r d a No No Brasi asil do Im pé péri rio, o, a legi gissla laçção ão sobre obre a famí amíllia ia era era regu regula lada da pe pelo lo Códi Código go Civi Civil l Port Portug uguê uês, s, qu que, e, po por r su sua a ve vez, z, era era inspiradonoCódigodasOrdenaçõesFilipinas(1603).

 

A tra trans nspo posiç sição ão do do Dir Direit eito o por portug tuguês uês par para a a Colôn Colônia ia ti nha nh a o inco inconv nven enie ient nte e de de nã não o co corr rres espo pond nder er à re real alid idad ade e soci social al brasilei br asileira, ra, na m edida em em que seapl eaplica icavaapen vaapen as as ao ao casamento dos qu dos que e era eram m cat catól ólico icos. s. Tan Tanto to as Ord Ordena enaçõe ções s Fil Filip ipin inas as com como o praa ticam ente pr ente tod aale aalegis gislaç lação ão civ civil lportuguesa portuguesape pe rm ane ceu em vigoraté1916,ouseja,quasecemanosapósaindependência. Durant Dur ante e ess esse e tem tempo po, , pro protes testan tantes tes e jud judeus eus, , por por exe exemp mplo lo, , não p o d e r iiaa m m t e rr se u uss c aass am am e n tto o ss r ec ec o n nh h e cciid o ss p eello E s ttaa d o , tampouco tamp ouco as uni uniões ões extr extramat amatrimo rimoniai niais. s. AproclamaçãodaRepúblicadefineummom AproclamaçãodaRepú blicadefineummomentocrucial entocrucial de de de desv svin incu cula laçã ção o da da Ig Igre reja ja co com m o Es Esta tado do. . O decr decret eto o 18 181 1 de 1890 é a prin 1890 principa cipal l mani manifest festação ação legi legislat slativa iva conce concernen rnente te ao Di rei rei to to  d ee Fa Fam m ííll ia ia n aass  p ri ri m mei eira rass  d ééca cad d aass  d aa R eep pú úb b li li cca, a, at até é a publ publicaç icação ão do Códi Código go Civi vill. De aut autoria oria dc Ruy Ba Barbos rbosa, a, tal decreto aboleaj aboleajurisdição urisdição ecl eclesi esiást ástic ica, a,julgando-se julgando-se como único casamentoválidoorealizadoperanteasautoridadescivis. Com Co m o Có Códig digo o Civ Civil il Bra Brasi silei leiro ro de 19 1916 16, , consol consolida ida-se -se a definição definiçã o defamíli defamília a como como send sendoa oa uniã uniãolegalme olegalmenteconst nteconstituí ituí  dapelaviadocasamentocivil. Ora,aconformidadeaomodelojurídicodefamíliaéo que qu e torn torna a as as rela relaçõ ções es en entr tre e os os sexo sexos s legí legíti tima mas s ou ou nã não. o. De Dess sse, e, modo,convémobservarnessadefiniçãodefamíliaadefesado casame cas ament nto o e o rep repúd údio io do leg legisl islado ador r ao con concub cubina inato to.1 .1 No No Códi Código go de 1916 16,, o mode modelo lo jurídi urídico co dc famí amíllia ia está stá fundamen fund amentado tado num numa a conc concepçã epção o de orig origem em rom romanoano-cris cristã. tã. A fam famíli ília a é vi vista sta com como o nú núcle cleo o fun fundam dament ental al da soc socied ieda a de, de , lega legali liza zada da at atra ravé vés s da da aç ação ão do do Es Esta tado do, , co comp mpos osta ta po por r pai, pai, mãe e fil mãe filho hos s (fa (famíl mília ia nu nucle clear) ar) e, sec secund undari ariam ament ente, e, por por out outros ros

1 Co mo  v eremo eremo s a d ia ia n te, te,  o  co n cu cu b i n a t o o v a i i a d q qu u i ri ri r p rot rot eção eção  est at ata l ,  o u seja, seja , vaiser reconheci reconhecidodefini dodefinitiva tivament mente e como como enti entidad dade e fami familiar liar, , nacondi çãodeuniãoestávelentrehomemcmulher,somentenaCon çãodeuniãoestáve lentrehomemcmulher,somentenaConstituição stituiçãoFede Fede ral ral de 1988,não 1988,não sem antesserproteg antesserprotegido ido por porjuri jurispru sprudênciae dênciae out outraslei rasleis s a partirdadécadade60.

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m e m b r o s  l iig g a d o s, s, p p o r  l a ç o s  c o n s a n g ü í n e o s  o u  d e  d e p e n d ê n c i a ( ffaa m í l iiaa  e x te te n s a) a) .. .. A A o  m e s m o  t e m p o ,  e l a  o r g an a n i z aa-- s e  n u m  m o  delohierárquicoquetemohomemcomooseuchefe(família p at ri arcal ). ----------- ô ho m em -éo~c -éo~che hefé fé~d ~dasociedade asociedade con jugal“ê“ jugal“ê“da da ãdminis^ãdminis^-

traçãodosbenscomunsdocasaleparticularesdamulher,bem como como dete detent ntor or da da auto autori rida dade de sobr sobre e os os filh filhos os è repr repres esen enta tant ntee legaldafamília. Porsuavez,amulhercasadaéconsideradarelativamente incapaz,emoposiçãoàsituaçãojurídicadamulhersolteiramaior  deidade.Essaincapa deidade .Essaincapacidad cidaderetira eretiradamulheropoderdedeci damulheropoderdedeci dirsobreaprole^eopatrimônio,cujacompetênciapertenceao homem.Amulhercasadaprecisadeautorizaçãodoseumari dopara exercerprofiss exercerprofissão,paraco ão,paraco merciar,alémdeestarf merciar,alémdeestarfixad ixadaa ao domicí domicílio lio decidi decidido do por por ele. ele. Os compro compromis missos sos que que assumi assumir  r  sema utorização maritalnão te m ‘eficác eficácia iajurídi jurídica. ca. vSomentenafaltaouimpedimentodopaiquecaberiaà mãeafunçãodeexerceropátriopoder(artigo380),aoqualos filhos filho s estariam estariam submetidos submetidos até a maioridad maioridade e (artigo (artigo 379). 379). Segund Seg undo o Barros Barros (2001) (2001), , o fato fato de o homem homem ter ter o poder  poder  dividi div idido, do, nocasode sua sua faltaou faltaou iseu iseu impedi impedimen mento, to, com com a es posa posa e limitado imitado à menoridade menoridade do filho ho tornaorna-se se exp xpre ress ssão ão de umgolpenopátriopoder,emboradiscretoemfacedaautori dadequeeleaindadetinhanafamília. Porsuavez,cabefrisarqueopátriopoder,oriundodo D i re re i to to  R o ma ma n o, o,  a l ud ud e  a  u m a a f i gu gu r a a d e  a u to to r id id a de de  q u e e n ã o representavaotipodominanteemterritórionacional(Almeida, 1987).Seguindoesseraciocínio,âidéiadedeclíniodaautori dadepaternanãopareceamaisadequadaparaacompreen são dos são dos regime regimes s de alianç aliança a e sexo sexo surgid surgidos os histor historica icamen mente te no Brasil,quiçánoOcidente Bras il,quiçánoOcidente moderno(Fouca moderno(Foucault,1997) ult,1997),pois ,pois está limitadaàtradiçãoromano-cristã. N o o q u e e ta n g e e à s eep p a ra ra ç ã o o d o o ca ssaa l, l, o C ó di dig o o d ee 191 6 prevê ap ena s a separaçã o de prevê de corposp corposp orjusta orjusta causa, ausa, conhecido conhecido

p o r . d eess q u uiit e* e * p r e s e rrv v a n d o a ss s s im im a i n d iiss so s o lu l u b iill i d daa d ee d o o m a t rrii  m ôn ôn i o o..  E m  o u utt r aass  p a llaa v rraa s ,, a  s e p paa r aaçç ã o o n ã o o d e ssff aazz  o  v ín ín c u ull o matrimonial.2

 

p o r . d eess q u uiit e* e * p r e s e rrv v a n d o a ss s s im im a i n d iiss so s o lu l u b iill i d daa d ee d o o m a t rrii  m ôn ôn i o o..  E m  o u utt r aass  p a llaa v rraa s ,, a  s e p paa r aaçç ã o o n ã o o d e ssff aazz  o  v ín ín c u ull o matrimonial.2 C o m m  o  d e ssq qu uii t ee,,  d e llee g aa-- se se  a o  i n o occ e n ntt e  n o  p ro r o c eess s o o d e separaçãoodireitodeterosfilhosconsigo.Aocônjugeculpa d o, o ,  é -l - l he h e  a ssss eeg gu urr ad ad o o o  d ir i r ei e i to t o  d ee v is i s it i t a, a ,  s aall v vo o im mp p eed d iim m een n tto o. C on o n fo f o rm r m ee p o od d eem mo oss  o b bss er e r va v a rr,,  h áá u m maa  r es e s tr t r iiçç ãão o  d aa g u uaa rrd d a a à monoparentalidade,decididaapartirdocritériodefaltacon jugal. C a s o  a m b o s  s e j aam m considerad do o s  c u llp p a d o s ,  a  m ã e  f iicc a  c o om m asfilhasmenoresecomosfilhosatéosseisanos.Depoisdessa i d a d e ,  o s  fi fi l h o s v v ã o  p a r a  a  c o m p a n h i a  d o  p a ii..  A  llee i p prevê regu l ar a r , , e m m c aass o o d ee m o ott iv iv o oss  g ra ra v vee s, s ,  d ee o u utt ra r a  m aan n eeii rraa  a  s iitt u uaa ççãã o d o s s  p a iiss  c o m m o s  f i llh ho oss .  O b bss e rrv v a --ss e  q u uee  o  d e ttee n tto o r r d a  g u uaa r d daa e x e rc rc e  o  p á t r iio op od er em toda suaexten nss ã o  ( G o om m e s , 1 19 98 81 1)) .

2 Aos opos opositor itoresdesse esdesse sistema, istema, Clóv ClóvisBeviláqu isBeviláqua, a, reda redato tor r do anteproje anteprojeto to do CódígoCivil,respondia:“Oargumentoqueselevantacontraodesquiteé que o cel que celiba ibato to for forçad çado o pro produz duz uni uniões ões ilícit ilícitas as. . Ma Mas s es essas sas uniões uniões ilícit ilícitas as não são conse são conseqüê qüênci ncia a do des desqui quite te e sim sim da edu educa cação ção fal falsa sa dos dos homens homens. . Não Não é comodivórcioqueascombateremos,esimcomamoral;nãoéodivórcio que asevi que asevita, ta, e sima sima dig dignid nidade ade decada decada um. um. Eé cur curios iosoque oque selem selembre bremde mde evit evitar ar as un uniões iões ilí ilíci cita tas s com com o divó divórc rcio io•qua •quando ndo es este te é, é, prin princi cipalmen palmente te, , o result res ultado ado das das uni uniões ões ilíci ilícitas tas dos dos adú adúlte lteros ros. . Não Não é o cel celiba ibato to forçad forçado o um es tadocontrárioà tadocontrári oà natureza,porque,nasfamíl natureza,porque,nasfamíliashonesta iashonestas,nel s,neleseconserv eseconservam, am, indefinidamente,asmulheres.É,contrário,apenas,àincontinência.”(Gama, 2003)

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N a defi efiniçã nição o dos direi ireittos edev devere eress do marido marido e da mu lher, lher , pode pode-se -se conf confirm irmar ar a valoraação ção dif diferen erenciad ciada a dos papé papéis is sociai soc iais. s. Ao mar marid ido, o, de aco acord rdo o com com a lei, lei, cab cabe e sup supri rir r a man manu u tençãodafamília,enquantoàmulhercabe.velarpela.direção moraldesta.Háumatipificaçãodasdiferençasquejustificao códigomoralassimétricoecomplementarcomoregradecon vivênciaentreossexos. Os per perfi fis s soc socia iais is atrib atribuíd uídos os ao hom homem, em, à mulhe mulher r e ao aoss filhos filh os já havi haviam am sido sido dese desenhad nhados os pela pela polí política tica higi higienis enista ta que, desde desd e 1830 1830, , se insc inscreve reveu u cpmo cpmo mic micropo ropolíti lítica ca no tecido tecido soci social al brasi brasileir leiro. o. Com obj objeetiv tivo o de de sal salvar var asfa sfamíl mílias ias do do “caos” “caos” higiê nico nic o em em que que ela elas s se enc encont ontrav ravam am, , o sa saber ber médico médico alioualiou-se se às polí olíti ticcas as do Es Esta tado do e fez surgi urgirr o mode modelo lo famili amiliar ar peque pequenonoburguês, bur guês, expulsa expulsando ndo do lar lar domést doméstico ico os. os.anti antigos gos hábitos hábitos colo niais nia is (Co (Cost sta, a, 199 1999). 9). Ass Assim im, , as ti tipif pifica icaçõe ções s clas clas di difer ferenç enças as ent entre re os se sexos xos, , vin vincul culada adas s pel pela a med medici icina na à nat nature ureza za bi bioló ológic gica, a, não deixaramdeserabsorvidaspaulatinamentepelalegislação. SeoCódigoCivilde1916jánormatizavaemcapítulo especialasrelaçõesfamiliares,é,por,suavez,nadécadade30, nomomentodécriação nomomen todécriação .deumprojet .deumprojetopolíti opolíticonacion conacionalis alistae tae autoritário,que'sedesenhaumapropostaclarasobreafunção socialdafamília.Trata-sedeumprojetofamiliararticuladoao nível níve l lega legal,abrange l,abrangendooutro ndooutros s aspe aspectos ctos dalegisl dalegislação ação além além das normasdedireitocivil.Talprojetocaracteriza-seporumafor m a a  d e e  p en e n sa s a rr - a a  f aam m ííll ia ia  c o om mo o e llee m mee n ntt o o d e e u m maa  p o oll íítt iicc a demográfica,tendocomoobjetiv demográf ica,tendocomoobjetivoúltimoaconstruçãodauni oúltimoaconstruçãodauni dadepolíticanacionalista: Nesse esse período período foram oram prom prom ul ulgada gadas: s: a legi gissla laçã ção o sobre obre o trabalhofeminino(origemdaCLT);sobrecasamentoen trecolateraisdo3ograu;sobreosefeitoscivisdocasamen toreligioso;sobre toreligio so;sobre osincentivosfinanc osincentivosfinanceiro eirosao sao casamento casamento e à procriaç procriação; ão; sobre sobre o reconhec reconhecimen imento to de filhos filhos naturaise naturaise legislaçãopenal,emespecialnotocanteaos'crimescontra a fa famíl mília ia (Códig (Código o penal penal de 1940) 1940) (Alve (Alves s e Barste Barsted, d, 1987: 1987: 169). ■

-

P o d ee-ss e vis vis l u mbr mbraa r nes nes sa s re reg g u lam lam en enta taçç õ e sap sa preoc reocupa upa

















 



 

-

P o d e -s -s e  v is is l u m b rraa r  n es es sa s  r eeg g u l am am e nt n t aç aç õ e s  aa pr p r e o ccu upa

çãodolegisladoren freforçarospadrões freforçarospadrões demoralidadejá demoralidadejá pr e vistosimplícitoeexplicitamentenoCódigoCivil,taiscomo:a valorizaçãodocasamentolegalemonogâmico,oincentivoao traba tra balho lho ma mascu sculi lino no e à de dedic dicaç ação ão da da mulh mulher er ao ao lar lar, , o tem temor  or  higienistadoscruzamentosconsanguíneosedousodàsexuali dadefemininae,emsuma,adefesadaharmoniaedoscostu mes me s na na fam famíli ília a (Al (Alves ves e Ba Barst rsted ed, , 198 1987) 7)-: -: No períod o seg seguint uinte, e, de 1946 46 aa-196 1964, caracte rizado po  liticamente liti camente como dem ocrático, destacam-se1ale aleide ide reconh eci mentodefilhosilegítimos(lei883/49)eo"Estatutodamulher  c as as aad d a ”” de  1 96 96 2 2,,  q ue ue  o u utt or o r ga ga  c aap p aacc id i d aad d e e j u urr ííd d i c aa p llee n naa  à mulher. Com avig avigêênciad nciadeess sse“Estatuto”,a e“Estatuto”,adeci decisãoso sãosobreaprole breaprole ^ eop eopaa trimônio deix deixadese adesere rexclu xclusi sivida vidadedo dedohom hom em. Ele Elerev revo- o- U gaaincapacidadedamulhercasada.Paracitarporexemplo umdosefeitosjurídicosdalei,seamulherviúva,casadaem segunda segu ndas s núp núpcias cias, , perdiao perdiao pát pátriopoder riopoder sobr sobreos eos filh filhoscioleito oscioleito anter an terior ior, , co conf nfor orme me reda redação ção ori origi ginal nal do do Códi Código go Civil Civil, , co com m a vigê vigênc ncia ia do do “E “Est stat atut uto” o” ela ela pa pass ssa a a ex exer erce cer r tais tais di dire reit itos os sem sem qualquerinterferênciadomarido. N a hi hipótes pótesee de des desquite quitejudicial judicial,, em que ambos os cônj ju u ges ges são sãoj julgad ulgad oscu lpados, lpados, os osf filh ilhos os m enores fi ficam cam co corri rri amãe , diver div ersa same mente nte do do qu que e oc ocor orria ria no no re regim gime e an anter terio ior, r, cm cm  qu que e os filho fil hos s va varõe rões, s, aci acima ma de se seis is an anos, os, fic ficav avam am com com o pa pai. i. AlveseBarsted(1987)afirmam.que,adespeitodeuma certaliberalizaçãoemrelaçãoaocasamentoe'regimedebens, o “Esta “Estatut tuto” o” nã não o romp rompe e alg algum umas as pr prem emiss issas as bá básic sicas as. . O legis legisla la dormantémaassimetriaentreossexos,pendendoabalança para para o poder poder pat patri riarc arcal al.. E re reaf afir irm m ado ado no no “Esta “Estatut tuto” o” o papel papel dohomemcomosendoochefedafamíliaeodamulher,co labor lab orado adora ra do do ma marid rido. o. Se Segu guin indo do ess esse e ra racio ciocí cínio nio, , fo foi i criad criado o o institutodosbensreservadosdamulher,definidoscomoaque lesoriundosdesuaprofissãolucrativaedosquaispodedispor

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livremente.Ora,pressupõe-seentãoquesuaeconomiaprópria évistacomoparalelaedispensávelaosustentodolar,aopasso que,aohomem,cabemantê-lo. Se o mod modelo elo jur jurídi ídico co de famíli família,n a,nucl uclear ear, , com com laços laços exten te nsso o sj-p atr ia rea l—fun nd dad ad a~n a-assim etria~s exu exual^e_gera al^e_geracio cional nal per perm m anece anece in alt alterado erado do per período íodo aut autorit oritár ário io ao democ democrrátic ático, o, as as pr prát átic icas as soci sociai ais s se se afas afasta tam m ca cada da ve vez z ma mais is do do ti tipo po id idea eal l de famíliadadoutrinajurídica O fi fina nal l do dos s an anos os 60 60 e a dé déca cada da de de 70 70 fo fora ram m fecu fecund ndos os ne sse sentido.  ■

Novosarranjoseadifusãodaspráticaspsicológicas O mo ov v iim m een n tto o  f em e m iin n iiss ttaa , , a  i n ntt rro o du d u ççãã o o d aa m ul ul h hee r r n o merc me rcad ado o de de tr trab abal alho ho, , a pí pílu lula la an anti tico conc ncep epci cion onal al, , a li libe bera raçã ção o sexual sex ual* * ali aliado ados s aos aos efe efeito itos s do cha chama mado do “mi “milag lagre re eco econôm nômico ico”, ”, marcadopelamobilidadesocialascendentedossetoresmédios dapo pulação,odesenvolvim pulação,odesenvolviment entoindust oindustria rialurbano lurbano eaabertu r a a p ar ar a a o  c o on n ssu u mo mo , , s ão ão  a lg lg u un n ss d os os  f at at o orr es es  q ue ue  c o oll o occ aam m em xeque xeq ue o mod modelo elo fam famili iliar ar pre precon coniza izado do ;pelas ;pelas leg legisl islaçõ ações, es, o que irá se ref irá reflet letir ir nas nas dec decisõ isões esjur jurisprudenciais isprudenciais enas pro propostas postas de reform u ull a ç ã o  d o  C ó d i g o  C iv il .  ; Emdeterminadosestratosdasociedade,começamasur gir gir no novo vos s arra arranj njos os co conj njug ugai ais s e fami famili liar ares es qu que, e, sobr sobret etud udo, o, sa sao o caracter cara cterizado izados s pelo indiv individuali idualismo smo (Fig (Figueira ueira, , 1987) 1987).. Seatéentãoamulherestavacomprometidacomaima gemdemãe amor amorosae osae respo responsáve nsável,na l,na famí famíliaindividu liaindividualiza alizada da ela des ela descol cola-s a-se e em par parte te do des destin tino o "na "natur tural” al” de matern maternida idade. de. “Nes “N esta ta no nova va famí famíli lia” a”, , escr escrev eve e Ru Russ sso; o; “c “cab abe e à do dona na-d -dee-ca casa sa buscar buscaru u m a cer certa ta independênci independênciaa do do mar marido, ido, ter ter suarendapró uarendapró  pria, pria, seu eu pr própri óprio o car carro, ro, além lém de procurar procurar abandonar abandonar o ar ar de matronaaoqualosfilhoseocasamentoacondenavam”(Rus so, 1987: 195). !

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Por Po r sua sua ve vez, z, o ho homem mem de desv sviinc ncul ulaa-se se, , ao ao.me .men nos os id idea eal l mente, do papel trad tradiciona icional l de “machista’ “machista’V Vcujarelação cujarelação privi legiadacomotrabalhoforadecasaecomosprópriosinteresses sexuai sex uais s dei deixa xa de ser ser exc exclus lusivi ividad dade e de seu seu gên gênero ero.' .' --------- Gom^a-mudança-dos-arranjosinterpessoais^dissolve^sfa-

hi hier erar arqu quia ia qu que e di divi vidi dia a as as esfe esfera ras s pe pert rten ence cent ntes es a ca cada da sexo sexo e geraçã ger ação. o. As ind indivi ividua dualid lidade ades s pas passam sam a sub subord ordina inar r as rel relaçõ ações es entreosmembrosdafamília,sejaentremaridocmulher,seja entrepaise entre paise filhos filhos.Asroupas,osdiscur .Asroupas,osdiscursos,òscompor sos,òscomportamen tamentos, tos, ossentimentos,etc.nãosãomaissinaisexclusivosdecadasexo, pos posição ição e idade, de modo modo que os marcador marcadores es visíve veiis da da dif ife e re renç nça a pa pass ssam am a se ser r ún únic ica a e ex excl clus usiv ivam amen ente te as as ex expr pres essõ sões es do go sto pe pessoa l (F ( Figue ira , 1987) .

!

Osmembrosdafamíliapássamasepercebercomoiguais emsuasdiferençaspessoais.Aênfasenoindivíduofaz-seacom pan har do do ide deal al de igua gualda ldade de de rel elaci acionament onamento, o, apont apontando ando p ara um a nova nova morai morai no campo campo das as rel elaç açõe õess int nter erpe pess ssoa oais is.. A. tr trad adiç ição ão e a rede rede fami familia liar r ce cede dem m luga lugar r às às in indi divi vidu dual alid idad ades es e seusprazerescorrelatos;detalmodoquesetornanecessárioo exame exa me de si mes mesmo mo par para a que que as rel relaçõ ações es ent entre re hom homens ens e mu lheres,marido lhere s,maridose se espos esposas,paisefilhospossam as,paisefilhospossamsernegociad sernegociadasa asa todo tod o e qua qualqu lquer er mom moment ento o (Fi (Figue gueira ira, , 198 1987). 7). Não sendo endo po r coinc oincidên idência, cia, énos nos anòs nòs 70 que que sein inic icia ia umaltoconsumodapsicanálise(Birman,1995;Figueira,1987; Katz, Kat z, 197 1979; 9; Rus Russo, so, 198 1987). 7). Num Num m om e nt nto o em que ue os pa p péé iiss tr ad a dic iiona onaiis da da m u lher,dohomemedasgeraçõessãopostos’emxeque,ossabe re resspsi surgemcomo coordenadasp ara as asrelaç relaçõesint õesinterpe erpesso ssoais ais,, mesmo mes mo atr atravé avés s de con concei ceitos tos os mai mais s vir virule ulento ntos, s, tai tais s com como, o, por  e x e m p l o ,  o  d e  s e xu a li da d e. 

! .

Dond Do nde e ex expl plod ode e o suce sucess sso o das das prát prátic icas as tera terapê pêut utic icas as, , da dass colunasde colun asde acons aconselham elhamentopsicoló entopsicológicoem gicoem revis revistasfeminina tasfemininas, s, do uso uso quo quotid tidian iano o do voc vocabu abulár lário io psi psican canalí alític tico; o; em sum suma, a, da necessidadecrescentedesepedira“palavra”depsicólogose

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p psica sicanal nalist istas as sobr obre e que questõ stões es que que -diz dizem res respeit peito o à fa famíl mília ia em geral. ger al. Cab Cabe e not notar ar que que. . o ime imenso nso con consum sumo o da psica psicanál nálise ise e da psi siccol olog ogiia não não impli mplica ca pura pura e’simple mplesme smente nte a subve ubvers rsão ão de formas for mas ins instit tituíd uídas as pel pela a tra tradiç dição, ão, mas mas tam também bém a mul multip tiplic licaç ação ão demicropodere demicropo deres s quesãomaispersuas quesãomaispersuasivos ivos do'que impo impositi sitivos vos (Fou cault, 1997).

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Eevidentequetodoessepanoramademudançanosanos 70tornaextremamen 70tornaextrem amentefrágil tefrágil nãoápena nãoápenasos sos deve deverescorre rescorrelato latoss entr entre e os os sexo sexos, s, ma mas s ta tamb mbém ém o. o.-i -ide deal al de de indi indiss ssol olub ubil ilid idad ade e do do'' matrimônio. •Val •V aleacrescenta eacrescenta rque nessaépocaoBras nessaépocaoBrasilestavaemple ilestavaemple  noregimemilitar,sobapresidênciadoGeneralErnes noregimemilitar,sobapresi dênciadoGeneralErnestoGeisel, toGeisel, cuja orig cuja origem em prot protesta estante nte lute luterana rana admi admite te o divó divórcio rcio. . Adem Ademais, ais, havia hav ia uma uma certa certa ins insati atisfa sfação ção ent entre re os os mi milit litare ares s na me medid dida a em queseobstruíaa queseobs truíaaprom prom oção do dosdesquita sdesquitados,chegando dos,chegando aogeneaogeneralat ralato o e até até me mesmo smo à Pre Presid sidênc ênciada iada Rep Repúbl ública ica, , ape apena nas s os os ca sados sad os.Dessemodo, .Dessemodo, ele elesinf sinfluen luenciar ciaram am - aoladode um agama imensade desquitadoscomfamí desquitadoscomfamíli liasrecompostas- asrecompostas- oPod erExecutivocomobjetivode.legitimareregularofimdocasamento.

D a  lel e i  d o  D i v ó r i c o  à  C o n s t iitt u iiçç ã o :  o  p r i v i lél é g i o  d a  m a t e r n i d a d e  n a a t r ibi b u i ç ã o  d a  g u a r d a ,  a  a b e r t u r a pp a r a  a s  n o v a s  ffoo r m a s  d e  f a m í l i a  e osdireitosdacriança Em26dedezembrode1977,épromulgadaaLei6515, conhec con hecida ida com como o Lei Lei do Di Divór vórcio cio, , que que reg regula ulamen menta ta a dis dissol solu u çãodasociedadeconjugaledocasamento. ALeidoDivórcioaboleotermo“desquite”játãòcultu ralm ralmen ente te id iden enti tifi fica cado do no no pa país ís e es esta tabe bele lece ce a po poss ssib ibil ilid idad ade e de somente some nte um divó divórcio rcio pòr cida cidadão. dão. •

A  rree s tr iç ão ão  a  um  d iv iv ó rc io  tev e  co m mo o  in tu tu it it o  a p llaa ccaa r  a

oposição opos ição daIgreja daIgreja'Cató 'Católica lica,cujoreceio ,cujoreceio dequeo divó divórcio rcio ani-

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