Livro Hardware

July 19, 2017 | Author: Edmilson Vieira | Category: Advanced Micro Devices, Personal Computers, Random Access Memory, Bios, Hard Disk Drive
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© 2005 by Digerati Books Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.

Diretor Editorial Luis Matos Assistente Editorial Monalisa Neves Redação Tadeu Carmona Preparação de originais Jeferson Ferreira Revisão Juliana de Cássia Ribeiro Projeto gráfico e Capa Luciane S. Haguihara Arte Daniele Oliveira Luciane S. Haguihara

Digerati Comunicação e Tecnologia Ltda. Rua Haddock Lobo, 347 • 12o Andar CEP 01414-001 • São Paulo/SP (11) 3217-2600 • Fax (11) 3217-2617 www.digerati.com.br Diretores Alessandro Gerardi – ([email protected]) Luis Afonso G. Neira – ([email protected]) Alessio Fon Melozo – ([email protected]) ISBN: 85-89535-80-0

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Prefácio “Haverá um computador pessoal em cada escritório e em cada lar”. Essa frase dita hoje em dia parece lugar-comum, fica difícil não acreditar que é questão de tempo para isso acontecer, mesmo em países do chamado Terceiro Mundo. Mas, se isso fosse dito por volta de 1976 – tempo em que o tamanho de um computador era o de uma sala – quase ninguém acreditaria. Pois bem, o autor dessa frase, em meados da década de 70, é conhecido hoje mundialmente por ter fundado a maior empresa de software do mundo. Trata-se de nada menos do que William Henry Gates III ou, simplesmente, Bill Gates. Voltando um pouco mais no tempo. Mais exatamente em 1965, Gordon Moore, que mais tarde fundou a Intel ao lado de Bob Noyce, previu que a capacidade de um chip de computador dobraria anualmente. Dez anos depois, a previsão se mostrou verdadeira, e ele voltou a prever a duplicação do potencial de processamento a cada 18 meses. Novamente a teoria se confirmou, tanto que ficou conhecida pelos profissionais de TI como Lei de Moore. Apresentamos dois exemplos de visionários que fizeram, em diferentes momentos, previsões que contrariavam a crença dos mais otimistas, e que acabaram se concretizando. Essas citações nos mostram o porquê da área de informática ser tão fascinante e, ao mesmo tempo, desafiadora. Sem dúvida, trabalhar com computador gera uma necessidade de atualização constante, pois todos sabem que a qualquer momento a tecnologia pode evoluir, e o profissional precisa acompanhar o “ trem da história”. No livro que chega às suas mãos, Tadeu Carmona mostra o que há de mais atual quando o assunto é equipamento, explicando em detalhes seu uso e como combinar as peças para montar um computador que atenda todas as suas necessidades ou de seus clientes. Aproveite este livro para se atualizar, mas te darei um conselho: leia-o rapidamente. Afinal de contas, daqui a um mês toda a tecnologia pode ter evoluído. Você duvida disso? Luis Matos [email protected] Diretor Editorial

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Índice Primeira Parte

Montagem Gabinetes ................................................................................................................... 6 Fontes .......................................................................................................................... 8 Fontes Pentium 4 ............................................................................................... 9 Placas-mãe ..............................................................................................................13 Clock/Freqüência de trabalho .....................................................................13 Plataforma ..........................................................................................................14 Memórias ............................................................................................................14 Slots disponíveis ...............................................................................................16 Marcas ..................................................................................................................16 Ligando a placa-mãe ..........................................................................................17 Encaixando a placa-mãe ................................................................................18 Jumpers e switches ............................................................................................20 Switches ..............................................................................................................22 Botões ........................................................................................................................23 Slots ............................................................................................................................27 Slots PCI ...............................................................................................................27 Slots AGP .............................................................................................................29 PCI x AGP ..................................................................................................................31 Athlon x Pentium 4 ..............................................................................................32 Os padrões ..........................................................................................................33 O problema da nomenclatura .....................................................................34 Encaixando o processador ............................................................................34 Cooler de processador .......................................................................................37 Instalação do cooler .......................................................................................37 Memórias .................................................................................................................40 Memórias DIMM ...............................................................................................40 Memórias DDR ..................................................................................................41 Portas ........................................................................................................................42 USB ........................................................................................................................42 Cooler do gabinete ..............................................................................................44 Para “se virar” com os coolers .......................................................................44 Testes e drive de disquete ...............................................................................47 Instalação do drive de disquete .................................................................48 Possível erro ......................................................................................................52 Teclado ......................................................................................................................53 Solucionando problemas .............................................................................54 Monitor .....................................................................................................................55 Pinos e cabos .....................................................................................................55

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Configuração da BIOS ........................................................................................57 BIOS e Setup.......................................................................................................57 Para configurar a BIOS ....................................................................................58 Bios Features Setup ........................................................................................60 O problema da freqüência ............................................................................62 Vídeo on-board .....................................................................................................63 Configuração do vídeo on-board ...............................................................64 Desabilitando o vídeo on-board .................................................................64 Som on-board ........................................................................................................66 Rede on-board .......................................................................................................68 Modem AMR ...........................................................................................................69 Instalação de modem AMR ..........................................................................70 Bateria ou memória CMOS ..............................................................................72 CMOS cheksun error .........................................................................................73 HD ................................................................................................................................75 Compra de HD ...................................................................................................75 Instalação do HD ..............................................................................................76 Cabos de dados .....................................................................................................80 Tipos de cabos...................................................................................................80 Pequena engenharia de cabos IDE ............................................................81 Gravador de CDs ...................................................................................................83 Instalação ............................................................................................................83 Conexões de periféricos ....................................................................................85 Teclado e mouse ...............................................................................................85 Caixas de som e microfone ..........................................................................86 Impressora, escâneres e máquinas digitais ............................................86 Mouse ou teclado wireless ...........................................................................87 Modem.................................................................................................................87

Segunda Parte

Testes e configurações Internet .....................................................................................................................88 Internet discada ................................................................................................88 Após a instalação do modem ......................................................................90 Testes e informações ..........................................................................................91 Check-up completo .........................................................................................91 Memórias ............................................................................................................93 HDs que param .................................................................................................94 Upgrade da BIOS ...................................................................................................95

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Guia Profissional

Gabinetes A primeira peça de que precisamos para montar nosso computador é o gabinete, ou case, como alguns gostam de dizer. Afinal, é dentro dele que serão acondicionadas todas as peças que farão parte do PC, incluindo os HDs e as placas periféricas. Como veremos mais adiante, apesar de a placa-mãe ser o componente mais importante do PC, ao lado do processador, tanto a primeira como o segundo vão depender (e muito) do gabinete comprado. O mesmo vale para o número de discos rígidos (HDs) e de drives para discos ópticos (gravadores de CDs, DVDs) que poderá ser acondicionado em um mesmo gabinete. Uma das formas mais antigas de classificar um gabinete diz respeito ao tipo de placa-mãe que pode ser fixada nele, bem como o tipo de fonte que acompanha esses dois componentes. Com base nessa divisão, um gabinete pode ser AT, ATX ou mini-ATX. Os gabinetes AT correspondem às antigas placas-mãe, utilizadas exclusivamente até a época dos Pentium 233. As placas-mãe AT costumam ser um pouco menores do que suas equivalentes ATX. Alguns fabricantes têm versões da mesma placa em AT e ATX, sendo que modelos mais recentes possuem os dois tipos de conectores para a fonte. No entanto, placas-mãe de última linha possuem apenas o conector ATX. Talvez o elemento determinante dessa preferência seja o fato de que o acabamento dos gabinetes AT é mais “simplório”, ao passo que, nos gabinetes ATX, também chamados de gabinetes-torre, existe um acabamento na parte traseira, utilizado para acomodar as portas de saída dos componentes. Os gabinetes mini-ATX, também chamados de minitorre, recebem este nome porque são capazes de acondicionar as placas-mãe homônimas, que costumam ser até menores do que as placas AT. Tais gabinetes possuem, normalmente, duas ou três baias: receptáculos para o encaixe de HDs, “gavetas” de backup ou drives. Se levarmos em conta que a maioria dos discos rígidos (que veremos mais adiante) tem o mesmo tamanho de um drive de disquete (3,5 pol), encaixando-se perfeitamente na baia para esses dispositivos, veremos, então, que não existe uma desvantagem muito grande, pelo menos levando em conta o espaço, em comprar um gabinete de duas ou três baias.

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Primeira Parte

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Hardware Assim, o ideal mesmo é comprar um gabinete ATX torre, como o da Figura 1.1. Note como o interior é espaçoso: quanto mais espaço existir, mais fácil será montar o computador, ajustando cada peça em seu lugar. Além disso, o espaço livre ajuda na refrigeração do gabinete: há mais espaço para o ar circular, e, portanto, resfriar-se, principalmente se existir um bom cooler (ventilador) como auxiliar.

Figura 1.1.

Note (1) que o gabinete possui três baias para dispositivos ópticos, o que significa que você poderá ter um gravador de CDs e um drive de DVD, por exemplo, sem grandes problemas, e ainda sobra espaço para uma gaveta de HD. Além disso, (2) a maioria dos gabinetes ATX torre mais modernos possui conectores frontais, para a ligação de portas USB, o padrão atual para impressoras, escâneres e máquinas digitais. Os USB frontais também possuem um pequeno cooler que sopra ar frontalmente, o que pode ajudar ainda mais na refrigeração do computador. Para finalizar, o ideal é que o gabinete já venha equipado com sua própria fonte de alimentação, e que esta seja de, pelo menos, 400 W. Isso evitará problemas de compatibilidade. Para a aquisição desse tipo de gabinete, gastaremos algo em torno de R$ 90,00 e R$ 110,00.

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Fontes Existem duas situações em que será necessário adquirir uma fonte: se você comprou um gabinete sem fonte, ou, o que é difícil, no caso de a fonte ser de menos de 400 W. Se você comprou um gabinete sem fonte, o computador, obviamente, não poderá ser ligado após a montagem. Quanto a fontes de menos de 400 W, existem duas questões: 1. Praticamente tudo o que há no computador deve ser ligado à fonte para que possa funcionar: placa-mãe, discos rígidos, drives de disquete e drives de CD. Quanto mais componentes forem ligados à fonte de forma direta, mais de sua capacidade será exigida. A mesma observação vale para os equipamentos conectados à placa-mãe, incluindo memórias, o processador e placas de vídeo e som off-board. 2. Para a média geral dos computadores de usuários domésticos, uma fonte ATX de 400 W é mais do que suficiente: com ela, sem grandes problemas, podemos montar um computador com uma placa-mãe “tudo on-board” (vídeo, som e rede integrados à placa-mãe), com um HD de 40 GB e, ainda, um gravador de CDs. Porém, em máquinas mais sofisticadas, com leitor/gravador de DVDs, placas de vídeo de alta performance, ou dois discos rígidos, é necessário possuir fontes mais potentes (500 W em diante) sob risco, em caso contrário, de subutilização do equipamento e mau funcionamento dos componentes: os famosos “pulos” dos gravadores de CDs e DVDs instalados na mesma máquina, até que um dos dispositivos, em um determinado momento, deixa de funcionar.

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tenção: uma das causas do que observamos no Tópico 2 é o que chamamos de fontes “genéricas”, como as compradas em lojas de material de construção (nunca faça isso!). Essas fontes costumam ter um valor de voltagem menor do que o mostrado na etiqueta de especificações técnicas, colocada

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Hardware acima do produto (Figura 2.1). Dessa forma, é comum encontrar fontes de 400 W que, na verdade, suportam apenas 340 W.

Figura 2.1.

Para evitar esse problema, adquira fontes “de marca”: são mais caras, mas você pode confiar nas informações da etiqueta. Evite fontes das marcas Troni e BestExpress. Boas fontes, apesar de caras, são as da marca SUPERFLOWER e SevenTeam, principalmente a ST-350BKV.

Fontes Pentium 4 Outro fator a ser levado em consideração: se você deseja montar um computador com processador Pentium 4 (Intel), Duron ou Athlon XP (AMD), então terá de pedir, na loja, por uma fonte “para Pentium 4”. Essa fonte, cujo nome é, na verdade, fonte ATX12V, também serve para processadores da AMD, e ainda tem um diferencial com relação às outras: um conector de quatro pinos, com 12V+ (12 volts positivos), que alimenta o processador de forma direta, por meio de um conector na placa-mãe (Figura 2.2).

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Figura 2.2.

Adquirida a fonte, podemos testá-la para averiguar se está funcionando corretamente. Há como fazer isso sem ligá-la a componente nenhum. Para tanto, precisaremos adquirir um multímetro. Um multímetro é um dispositivo que mede as correntes de saída de um determinado dispositivo elétrico. Nas fontes ATX, por exemplo, temos 20 pontos de saída de corrente. Ao adquirir o multímetro, basta carregálo, com baterias próprias ou com pilhas alcalinas, depende do modelo adquirido, e encostar suas duas pontas em cada uma das saídas da fonte. Em seguida, utilize o seletor para escolher a voltagem que deseja medir. Os valores para uma fonte ATX12V como a que estamos utilizando em nosso teste são: Pino 1 2 3 4 5 6 7 8

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Cor

Tensão

Laranja Laranja Preto Vermelho Preto Vermelho Preto Cinza

+3,3V +3,3V Terra +5V Terra +5V Terra Power Good

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Roxo Amarelo Laranja Azul Preto Verde Preto Preto Preto Branco Vermelho Vermelho

+5V +12V +3,3V -12V Terra Power On Terra Terra Terra -5V +5V +5V

tenção: todos os fios pretos, os chamados fios terra, não devem ser medidos, assim como os fios nas cores verde e cinza.

Também é importante executar a medição das voltagens do conector auxiliar ATX12V: Pino 1 2 3 4 5 6

Cor

Tensão

Preto Preto Preto Laranja Laranja Vermelho

Terra Terra Terra +3,3V +3,3V +5V

bem como a do conector de 12V ligado diretamente ao processador: Pino 1 2 3 4

Cor

Tensão

Preto Preto Amarelo Amarelo

Terra Terra +12V +12V

Valores muito diferentes do que seria o padrão significam problemas na fiação ou na própria fonte. Valores negativos nos lugares em que deveriam aparecer valores positivos são sinal para inversão de corrente, tão

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Guia Profissional perigoso quanto usar uma fonte com defeito, porém, causando problemas ao PC em um período de tempo muito mais curto. Valores nulos (0) exibem uma fiação pela qual não está passando corrente elétrica, ou seja, os fios não estão funcionando. Se você deseja arriscar e comprar uma fonte barata, gastará entre R$ 17,00 e R$ 50,00 para adquirir uma com potencial entre 300 e 400W. Para fontes de melhor desempenho, gastaremos entre R$ 130,00 e R$ 300,00 para as mesmas potências. Essa variação de preços também afetará nossa caixa de ferramentas: multímetros de plástico custam cerca de R$ 25,00 em qualquer loja de “bugigangas”. Porém, multímetros de boa qualidade (Figura 2.3), como o Minipa ET-111, podem custar – investimento que vale a pena – entre R$ 70,00 e R$ 80,00 em lojas especializadas de grandes centros comerciais, como São Paulo e Rio de Janeiro.

Figura 2.3.

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Placas-mãe Montada a base de nosso computador – um gabinete espaçoso, com uma fonte de força “decente” e previamente testada – está na hora de adquirir a placa-mãe: talvez o componente mais importante do computador. A placa-mãe, ou motherboard (ou, ainda, “mobo”, para os realmente íntimos), é diretamente responsável, junto com o gabinete e com a fonte, pela vida útil de componentes vitais do PC, como o processador e a memória. Além disso, a placa-mãe pode ser crucial para o bom desempenho desses componentes: placa-mãe barata e fabricada com material de má qualidade, trabalhando com memórias, processador e placa de vídeo de boa qualidade, equivale, como na equação matemática (+) + (-) = (-), a um computador com baixo desempenho e com tendência a diversas panes, os famosos “paus”. Por quê? Ora, a placa-mãe é responsável pela interligação dos diversos componentes do PC e pelo gerenciamento de suas funções. É pelos canais de dados (DMA, IDE, entre outros) localizados na placa-mãe que trafegam as informações alocadas na memória ou “mastigadas” pelo processador. Além disso, a velocidade em que os componentes instalados vão funcionar depende muito das especificações da placa-mãe, como o tipo de suporte à memória RAM que ela possui, o chipset que ela utiliza e o seu fabricante.

Clock/Freqüência de trabalho Ao procurar por uma placa-mãe em uma loja de componentes ou em um site de leilões como o Mercado Livre, devemos observar em que freqüência, ou clock, ela trabalha. A freqüência em que a placa-mãe trabalha, medida atualmente em megahertz (MHz), corresponde à velocidade em que ela será capaz de interagir com o processador, com as memórias e com os dispositivos (som e portas USB) conectados aos slots PCI. Do mesmo modo, a capacidade de overclock, que veremos mais adiante, tem muito a ver com o potencial de ascensão da freqüência da placa. A área da placa-mãe responsável pelo controle da freqüência de dados é a FSB (Front Side Bus). Nas caixas das placas-mãe, você verá escrito algo como Front Side Bus(FSB) 133 MHz. A maioria das placas-mãe para pro-

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Guia Profissional cessadores AMD que utilizam memórias SDRAM possui FSB de 100/133 MHz. Apenas os processadores Duron, com sua linha de baixíssimo custo, operam a 100 MHz. Existem, no entanto, placas-mãe para Athlon que utilizam memórias DDR, e que trabalham a 200, 250 ou 400 MHz. Apesar de mais caras, sempre prefira placas com clock maior, pois, assim, você terá margem para aumentar a freqüência interna do processador e ganhar velocidade. Caso ocorra algum problema, é possível, também, voltar para as configurações originais. As placas-mãe para Pentium 4 utilizam freqüências de 800, 533 ou 400 MHz, dependendo do processador. Para o Pentium 4 LGA 775, modelo mais recente, a própria Intel, fabricante dos Pentium, disponibiliza uma placa-mãe, a BOXD925XECV2, capaz de operar com velocidades de FSB de 1066, 800 ou 533 MHz. Porém, existem placas, como a D915PCYL, da própria Intel, que custam a metade do preço da placa indicada, garantindo, também, boas velocidades. Com ela, podemos fazer que nosso FSB trabalhe a 533 MHz, 133 MHz a mais do que um computador Athlon equivalente.

Plataforma Falamos muito de plataforma no item anterior, portanto, o assunto quase dispensa comentários: se você vai comprar um processador Pentium 4, deve comprar uma placa-mãe da Intel, exclusiva para esse processador; se for comprar um Athlon XP, deve comprar uma placa-mãe equivalente. Se há dúvidas sobre a placa-mãe que deseja comprar, consulte o site http://www.boadica.com.br/cpu_plmae.asp antes de fechar o negócio. Essa página possui um índice com diferentes modelos de placas-mãe, divididos por plataforma, com as características mais importantes de cada produto.

Memórias Atualmente, as placas-mãe utilizam dois padrões de memória: o SDRAM-DIMM e o DDR. As memórias DIMM são mais antigas, e estão sendo utilizadas desde o tempo dos velhos, e bons, Pentium II. Trabalham em freqüências de 66, 100 e 133 MHz, proporcionais à freqüência de FSB das placas-mãe. Por isso, não existem placas com suporte a DIMM que trabalhem com FSB maior do que 133 MHz. As memórias DIMM são encaixadas na placa-mãe por meio de slots com dois “recortes”, como você pode ver na Figura 3.1. Os slots para memória DIMM são, em sua maioria, de cor preta.

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Figura 3.1.

As memórias DDR são mais modernas e alcançam velocidades que variam entre 133 MHz (DDR 266) e 200 MHz (DDR 400). É isso aí: o número que designa as memórias DDR não corresponde à freqüência de FSB em que elas trabalham, mas sim à velocidade do FSB multiplicada pela placa-mãe. Por exemplo, 133 MHz (velocidade do FSB) x 2 (multiplicador utilizado pela placa-mãe) = 266 (valor de operação da DDR). A taxa de multiplicação disponível varia em cada modelo de placa-mãe. Se você pretende adquirir uma placa-mãe com suporte a memória DDR, opte por placas que aceitem memórias DDR 400, com multiplicadores de 200 MHz, ou que já tenham suporte ao padrão nascente, o DDR2. Além disso, quanto mais slots para memória a placa-mãe possuir, melhor: em uma placa-mãe com dois slots para encaixe de memórias, você pode ter um 1 GB de memória disponível, ou seja, dois pentes de 512 MB. Se sua placa-mãe possuísse mais um slot, poderíamos adicionar, no futuro, mais memória ao sistema. Outro exemplo: você comprou uma placa-mãe com suporte para memórias DIMM, com dois slots disponíveis, e, como o dinheiro estava “curto”, comprou dois pentes de memória de 128 MB, totalizando 256 MB. Depois de algum tempo, você nota que a memória é insuficiente para suas necessidades, e que precisa de, no mínimo, mais 128 MB. Porém, há um problema: não existem mais slots disponíveis e, portanto, você terá de sacrificar um dos pentes de 128 MB para comprar um de 256 MB, conseguindo, dessa forma, um aumento real em sua memória RAM.

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Slots disponíveis Ao comprar a placa-mãe, é importante observar quantos slots ela possui, mesmo que seja uma placa on-board: normalmente, quando estamos sem dinheiro, compramos placas com elementos periféricos integrados. No entanto, principalmente no caso dos modems e das placas de vídeo, o desejo por qualidade faz que as trocas sejam inevitáveis. O ideal é comprar uma placa-mãe com, ao menos, três slots PCI: um para placa de som, outro para modem e outro para placa de rede, essencial para contratar um serviço rápido de Internet, seja ele qual for. Além disso, a placa-mãe deve possuir um slot AGP para conexão de placa de vídeo off-board. Sem ela, você será obrigado a utilizar a placa de vídeo integrada, normalmente com desempenho bem inferior, ou adquirir uma placa de vídeo PCI, mais cara e mais lenta do que seis equivalentes AGP.

Marcas Vistos todos esses detalhes, o vendedor da loja surgirá no balcão com, pelo menos, cinco placas diferentes, com preços, claro, também diferentes. Nesse caso, qual é o critério de desempate? A marca! Lembre-se do ditado da vovó: “o barato sai caro”. Placas-mãe de marcas famosas custam caro porque são melhores. Placas-mãe baratas normalmente utilizam componentes de segunda mão, chipsets (controladores da placa) também baratos e são manuseadas sem muito cuidado na hora da montagem. Para a plataforma Intel, as melhores placas são as fabricadas pela própria Intel (www.intel.com). Elas também são as mais caras: os valores podem variar entre R$ 500,00 e R$ 1000,00. Com relação à plataforma AMD, que não fabrica placas para seus próprios chipsets, é possível combinar custo e qualidade, adquirindo as placas-mãe da ASUS (ww.asus.com), cujos preços oscilam entre R$ 200,00 e R$ 400,00. A ASUS também fabrica placas de boa qualidade para Pentium 4. Seja como for, fuja de placas-mãe baratas, que não tem como principal característica a garantia de qualidade do material utilizado na confecção de seus equipamentos. Portas paralelas e seriais que não funcionam, travamentos inexplicáveis, problemas no som e modem integrados são comuns nestas marcas. Por último, não se esqueça de comprar uma chave Phillips, por cerca de R$ 15,00. Precisaremos muito dela a partir de agora.

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Ligando a

placa-mãe

Comprada a placa-mãe, torcendo para que você tenha feito uma boa escolha, vamos levá-la para casa e encaixá-la no gabinete. Para isso, além da placa-mãe e dos acessórios que a acompanham (cabos de conexão de dados e parafusos), precisaremos de uma chave Phillips. É claro que partimos do pressuposto de que você já conectou a fonte de força ao gabinete. Se ainda não o fez, basta colocar a fonte dentro do gabinete, com o cooler virado para a sua direção traseira, e deslizá-la suavemente até que ela se encaixe. Faça isso com o gabinete deitado, e não em pé, para facilitar o processo. Parafuse a fonte firmemente. Os parafusos, na maioria das vezes, vêm inclusos. Se, por algum motivo, a fonte for menor que o gabinete, é melhor trocá-la: deixar a fonte frouxa ou pendente de um dos lados pode diminuir sua vida útil, além de provocar uma queda geral de desempenho. O chacoalhar da fonte, principalmente dentro do gabinete, pode acumular o calor dissipado por ela em vez de enviá-lo para fora. Além disso, fontes mal encaixadas tendem a fazer que cabos de força sejam deslocados continuamente dentro do gabinete, o que, com o tempo, acaba gerando mal-contato, torção ou quebra da fiação. A fonte, após ter sido fixada, deve ficar como vemos na Figura 4.1:

Figura 4.1.

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Guia Profissional A voltagem da fonte também deve ser ajustada. A maior parte da rede elétrica brasileira trabalha com voltagem de 110V, sendo que o padrão americano é um pouco maior. Portanto, você deve posicionar o seletor da fonte de modo que a marcação 115V se torne visível. Se, o que é raro, seu micro está ligado a uma tomada de 220V, movimente o seletor até que a opção 225V se torne visível, ou, o que é melhor, mude o micro para uma tomada de 110V, se existir uma.

Encaixando a placa-mãe Agora, vamos fazer a conexão da placa-mãe. Para evitar acidentes, nesta parte do trabalho, não ligue a fonte na tomada.

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Suavemente, retire a placa-mãe do invólucro plástico no qual ela vem e posicione-a de encontro ao gabinete. Ao tocar a placa com as mãos, faça-o sempre pelas extremidades. O corpo humano é um dos maiores repositórios de estática de que se tem notícia, por isso, evite tocar os componentes da placa-mãe de maneira direta.

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Posicione a placa sobre o fundo do gabinete. Este possui alguns orifícios, que devem ser posicionados em paralelo com os orifícios da placa-mãe. Se a placa-mãe for muito menor do que o gabinete, e os pinos não se encaixarem corretamente, vale o mesmo conselho dado com relação à fonte: é melhor efetuar a troca.

3

Parafuse a placa ao gabinete. Comece parafusando o centro da placa-mãe e, depois, parafuse as laterais. Em seguida, levante o gabinete, certificando-se de que a placa está firme.

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Agora, vamos conectar a placa-mãe à fonte de força. Para tanto, procure pelo cabo conector ATX da fonte (Figura 4.2). Ele é grudado, ao contrário dos conectores AT, divididos em duas partes.

Figura 4.2.

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Conecte esse cabo ao conector ATX da placa-mãe, que também é inconfundível: ele possui uma marca, ou trava plástica, chamada popularmente de “mata-burro”, que impede o encaixe de maneira errada (Figura 4.3).

Figura 4.3.

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Nas placas para Pentium 4, conecte o cabo de quatro vias que sai da fonte (Figura 4.4) ao conector da placa-mãe. Se você comprou uma placa-mãe de boa qualidade, não encontrará problemas agora: além do manual, placas de fabricantes que zelam por sua reputação, como a Intel e a Abit, possuem decalques que descrevem cada um dos seus slots e componentes.

Figura 4.4.

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Se você está montando um computador antigo, com fonte e placamãe do padrão AT, deve, então, tomar muito cuidado, pois muita gente já perdeu sua placa-mãe por conectar os cabos de forma errada. A maneira correta de acoplar uma fonte AT à placa-mãe é ligar os fios pretos de cada metade do conector (fios de aterramento, ou fios terra) um do lado do outro, o que equivale a dizer que os fios laranja e vermelho devem estar em posições opostas, e não juntos. Estes são os passos básicos para ligar a placa-mãe à fonte e ao gabinete. É claro que, agora, se você ligar o computador, nada vai acontecer. Afinal, não encaixamos as memórias, o processador, nem mesmo o botão de Liga/Desliga. Porém, já temos pronta toda a base para começar a moldar nosso PC.

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Jumpers e

switches

Após fixar a placa no gabinete e ligá-la à fonte, ainda podemos executar algumas configurações “a frio” antes mesmo de adicionar os demais componentes e ligar o computador. Todas as placas-mãe, mesmo as mais modernas, possuem dois tipos de dispositivos de configuração externos, ou “a frio”: jumpers e switches. Os jumpers são pequenos pinos de acrílico com conectores de metal, que abrem ou fecham a corrente elétrica em um determinado ponto da placa-mãe, adicionando ou retirando funcionalidades da placa. Veja um exemplo de jumper na Figura 5.1:

Figura 5.1.

Os jumpers são conectados a pinos metálicos localizados na própria placa-mãe. Veremos aqui, novamente, a diferença entre as placas bem fabricadas e os recursos “econômicos”: uma placa-mãe bem estruturada possui decalques na própria superfície, mostrando para que serve cada jumper, e que posições de “jumpeamento” estão acessíveis. Lembrando-se, é claro, de que tudo está devidamente documentado no manual.

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Hardware Não existe um padrão para a localização dos jumpers nas placas-mãe, mas sim alguns caminhos mais comuns. Os principais são: Clear CMOS: limpa as configurações da memória BIOS, responsáveis por “instruir” a placa-mãe sobre o que ela pode ou não pode fazer. Na maioria das vezes, localizam-se ao lado da bateria CMOS, parecida com uma bateria de relógio digital do tamanho de uma moeda de 25 centavos. Possuem três pinos (0, 1 e 2), bastando ligar o computador com o jumper posicionado sobre os pinos 0 e 1 para que se possa dar reset nas configurações; FSB: em algumas placas-mãe de baixo ou médio custo, a configuração do FSB (Front Side Bus) da placa-mãe ainda é feita com a ajuda de jumpers. A localização desses jumpers varia muito em cada placa, mas, normalmente, as configurações possíveis são decalcadas no dispositivo; Tensão de alimentação ou VCore: regula a voltagem que a placamãe libera para alimentar o processador. É representada, normalmente, por uma fileira de conectores, cada um indicando um valor de voltagem diferente. Nas placas da ASUS, por exemplo, o jumper controlador de alimentação é apresentado como na Figura 5.2. OVER_VOLT1 1 2

2 3

OVERVOLT ENABLE

OVERVOLT DISABLE (Default)

A7V8X CPU Over Voltage Setting Figura 5.2.

Cada um desses jumpers, bem como os valores utilizados por cada um deles, varia muito. A melhor maneira de tirar dúvidas é ler o manual da placa-mãe, procurando pelos componentes descritos acima. Se você não possuir o manual da placa-mãe, ou se o perdeu, procure-o em http:// www.motherboards.org/manuals.html, o maior repositório de manuais de placas-mãe da Internet.

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Switches Os switches, ou DIP-switches, são séries de pequenas alavancas, localizadas na placa-mãe, que, assim como os jumpers, executam algumas funções de configuração. Aqui, ao contrário dos jumpers, não há um padrão de que tipos de dispositivos estarão presentes nas máquinas, e, muito menos, em que local. É padrão da maioria das placas-mãe da ASUS, e de algumas placas da Gigabyte e da Intel, possuir switches como os da Figura 5.3 para configuração de VCore ou FSB.

Figura 5.3.

Algumas placas simplesmente não vêm com DIP-switches, e, muitas vezes, até sem jumpers, executando todo o tipo de configuração via BIOS. Veremos mais detalhes sobre o assunto no capítulo dedicado às configurações da BIOS.

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Hardware

Botões Após a correta configuração dos jumpers, vamos ligar a placa-mãe ao gabinete. Os gabinetes ATX possuem diversos cabos de conexão (com um, dois ou três pinos), que devem ser conectados à placa-mãe. Sem a correta conexão desses fios, o computador não liga, mesmo com todas as peças em ordem. Esta, na verdade, é a causa de cerca de 10% dos supostos defeitos dos computadores que surgem nas oficinas de manutenção de componentes de informática. No canto inferior direito da placa-mãe, existe um conjunto de pinos, chamado de Painel de Conexões do Sistema (System Panel Connector), que pode ser visto na Figura 6.1. Nesses pinos, devem ser ligados os vários fios de conexão do gabinete.

Figura 6.1.

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Guia Profissional A ordem da maioria dos conectores relaciona-se ao que é descrito a seguir, em que: System Power LED Lead: habilita a luz para sinalizar que o computador está ligado. Composto por três pinos, ele deve ser conectado com o pino em que o sinal positivo está decalcado para a esquerda, na posição horizontal;

Figura 6.2.

Keyboard Lock Lead: habilita o luminoso para sinalizar que o teclado está travado (antigamente, era usual travar o teclado do PC por meio de uma chave localizada no gabinete). Para ser ligado, deve ter seu conector de dois pinos interligado aos pinos Keylock e ao pino ao seu lado: um pino fechado, ou Ground, para nos atermos ao vocabulário da área. Os outros pinos são o 4 e o 5 da fileira superior da série de pinos;

Figura 6.3.

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Hardware System Warning Speaker Lead: habilita o alarme sonoro da CPU, os famosos bipes de alerta do sistema. Composto por quatro conectores, o cabo deve ser ligado com a conexão de +5V virada para a esquerda, e com o conector de Speaker virado para a extremidade direita do conjunto de pinos;

Figura 6.4.

System Management Interrupt Lead: aviso luminoso que nos mostra quando o computador está em modo de interrupção ou de espera. Esse indicador, bem como seu conector de dois pinos, só existe em alguns modelos de gabinetes e placas-mãe; ATX Power Switch Lead: o conhecido botão para ligar e desligar o computador. Formado por dois conectores que devem ser presos ao pino PWR, posicionado ao lado de um pino fechado. Em arquitetura ATX, o computador não funciona por muito tempo se esse botão não for ligado corretamente, ou, em alguns casos, simplesmente não funciona;

Figura 6.5.

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Guia Profissional Reset Switch Lead: cabo de dois pinos que habilita o botão Reset do gabinete. É conectado prendendo-se uma das pontas do cabo ao pino indicado como Reset, ao lado de um pino fechado.

Figura 6.6.

Apesar do que dizem por aí, é muito difícil queimar a placa-mãe por causa de botões ATX Power Switch ou Reset ligados de maneira errada; a não ser que sua placa-mãe tenha componentes muito ruins, reunidos de maneira muito precária, com matéria-prima “de quinta categoria”. Por isso, e embora a maioria dos computadores obedeça à ordem já indicada, recomendamos que você dê uma boa olhada no manual da placa-mãe antes de efetuar qualquer operação. Para esse tipo de tarefa, o site www.motherboards.org/manuals.html, repositório de manuais de placas-mãe, continua sendo seu grande amigo.

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Slots Se você fizer um teste, ligando o computador neste exato momento, verá que ele já dá sinal de vida, incluindo, em várias CPUs, o som dos três “apitos” de inicialização. Porém, é claro que, até então, não dá para ver o PC funcionando. É que ainda falta muita coisa... E várias dessas coisas são os chamados periféricos. Se você comprou uma placa-mãe com tudo off-board, ou apenas com a placa de rede on-board, o que vem se tornando comum, você não tem vídeo, som ou modem. Se você comprou uma placa com tudo on-board, inclusive vídeo, já possui, na própria placa-mãe, todos os periféricos necessários para que o computador funcione.

O

bservação: modems on-board costumam ser bem ruins. A maioria é fabricada pela PC-TEL, uma empresa chinesa que também fabrica alguns modems PCI.

Um bom meio termo, ao adquirir uma placa-mãe, é comprar placas que possuam som e rede on-board, e slots suficientes para ligar a placa de vídeo e o modem, ou, quem sabe, mais uma placa de rede, se você possui banda larga e um outro computador para ser ligado em rede. A Intel e a ASUS possuem diversos modelos de placa-mãe com essas especificações

Slots PCI Os slots PCI, de cor branca (observe a Figura 7.1), são utilizados para ligar placas de rede, modems e placas de som de 16, 24 ou 32 bits. Como veremos a seguir, se sua placa-mãe não possuir um slot AGP, você também pode adquirir placas de vídeo PCI.

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Figura 7.1.

O slot PCI possui um recorte que o divide em duas partes: uma com 90 e outra com dez centésimos de sua superfície. O mesmo recorte acompanha os periféricos. Por isso, é muito fácil identificar um equipamento PCI, como a placa de som da Figura 7.2.

Figura 7.2.

Para conectar o periférico ao slot, deve-se, antes de tudo, abrir um espaço na parte traseira do gabinete para as portas de entrada e saída (Figura 7.3), como se faz com as caixas de som e microfone ligadas à placa de som. A maioria dos gabinetes ATX já possui essas saídas “prontas para usar”: basta desatarraxar o tampo metálico da traseira com uma chave Phillips, conectar o periférico ao slot em frente à saída e pressioná-lo, sem fazer força, ao encontro da placa-mãe, até encaixá-lo por completo.

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Hardware

Figura 7.3.

Se não conseguir na primeira vez, não force a conexão da placa, pois, dessa forma, é possível que você danifique o slot. Essa dificuldade, às vezes, ocorre, tanto pelo desenho do dispositivo – as placas de som da Creative, por exemplo, são campeãs nesse tipo de desajuste – quanto por um fenômeno conhecido como dilatação térmica, no qual placas periféricas e slots aumentam ou diminuem de tamanho por causa do calor do ambiente ou da própria placa-mãe. Nesses casos, o ideal é desligar a placa-mãe e esperar pelo seu resfriamento para tentar novamente.

Slots AGP Os slots AGP, de cor avermelhada, são utilizados para conectar, à placamãe, placas de vídeo de alto desempenho; de aceleração 3D, por exemplo. A maioria das placas-mãe apresenta um único slot AGP.

Figura 7.4.

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Guia Profissional A divisão desses slots é ligeiramente parecida com a do PCI, com duas partes em proporções de cerca de 85 e 15 centésimos cada. Além disso, as placas de vídeo AGP possuem uma espécie de rebarba posterior, que serve para fixar, de forma mais segura, a placa no slot, como pode ser visto na Figura 7.5.

Figura 7.5.

Após a fixação da placa no slot AGP, observe os seus arredores e veja se ali é possível encontrar um pequeno jumper com decalques do tipo 1x, 2x, 4x ao lado. Esses jumpers definem a velocidade de transmissão de dados que será utilizada pelo barramento AGP quando uma placa de vídeo for conectada ao slot. Para placas de vídeo novas, pode “setar” 4x sem susto. Porém, tome cuidado se sua placa-mãe for de baixo custo, como as fabricadas pela PCCHIPS ou ECS. Em algumas placas-mãe realmente novas, você encontrará jumpers para a configuração de velocidades de 8x para o slot AGP. No entanto, a utilização prática dessa velocidade depende muito mais da placa de vídeo do que da placa-mãe. Na dúvida, e para não superaquecer o barramento e a placa, mantenha a velocidade em 4x. Já está de bom tamanho!

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etalhe final: em algumas placas-mãe, pode não existir jumper de configuração, com as alterações de velocidade delegadas para o Setup da BIOS, como veremos com mais detalhes no capítulo dedicado a esse componente.

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Hardware

PCI x AGP Se você comprou uma placa-mãe sem slot AGP, bem possível no caso de uma placa-mãe antiga ou no da famosa M810 da PCCHIPS, e sem vídeo on-board, ou se está montando um computador com uma placa-mãe um pouco mais antiga, é possível conectar uma placa de vídeo ao slot PCI. Existem diversos modelos de placas de vídeo, lançados originalmente em barramento AGP, que são lançados também em versão PCI. Tanto a ATI quanto a NVIDIA, as maiores fabricantes de chipsets de vídeo da atualidade, fazem isso com freqüência. Já que podem ser conectadas como qualquer dispositivo PCI comum, essas placas são muito simples de instalar, sendo, porém, mais lentas do que as placas com o mesmo chipset, que utilizam slots AGP. Além disso, costumam ser mais caras: uma placa de vídeo como a GForce FX5200 custa cerca de R$ 220,00 em sua versão AGP, preço que salta para R$ 300,00 em sua versão PCI. Em relação ao valor, no entanto, pode ser mais barato comprar uma placa de vídeo PCI, se você não tem placa nenhuma, do que comprar uma placa-mãe nova e, depois, uma placa de vídeo AGP. Tudo depende de quanto você pretende, ou pode, gastar. É claro que existe, também, a opção de adquirir uma placa de vídeo PCI antiga, principalmente se você não liga muito para games. Existem muitas placas PCI de 4 MB de memória à venda em sites como o Mercado Livre (www.mercadolivre.com.br), ou em “sucatões” de informática, por menos de R$ 20,00. Elas são mais do que suficientes para a utilização do computador com ferramentas de escritório, como o Microsoft Office, e para navegar pela Internet.

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Athlon x Pentium 4 Chegou a hora de comprar, ao lado da placa-mãe, o mais caro dos componentes do PC: o processador. Você tem duas opções de fabricante: a AMD, com sua linha Athlon, e a Intel, com o Pentium 4. Se você comprou uma placa-mãe compatível com a plataforma AMD, é claro que deve comprar processadores AMD. A mesma observação vale para os processadores da Intel. O ideal é comprar o processador junto com a placa-mãe; assim, teremos certeza de que estamos adquirindo peças compatíveis. Alguns processadores, como o Pentium 4, possuem diversas versões, ou releases, e, a cada nova versão, são modificados tanto a freqüência de operação externa (diretamente ligada ao FSB da placa-mãe) quanto o modo como o processador é conectado à placa-mãe, também conhecido como pinagem. As pinagens são reconhecidas por meio de uma numeração, utilizada para identificar o processador e a placa-mãe que pode recebê-lo. Essa informação pode ser visualizada na caixa do produto, no caso dos processadores, ou no decalque do socket localizado na placa-mãe, como pode se visto na Figura 9.1:

Figura 9.1.

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Hardware

Os padrões O Pentium 4 possui dois padrões de pinagem: um para os processadores de até 2 GHz (Socket 478), e outro, mais recente, para os processadores de 2.1 a 4.3 GHz (Socket LGA775). Nos Pentium 4 de 1 GHz, foi utilizado o Socket 423, hoje completamente em desuso. Todos os padrões de socket são absolutamente incompatíveis entre si. A AMD também utiliza diversos padrões para o Athlon, seu processador de linha: Socket A para o Athlon XP (todos os modelos); Socket 754 para as primeiras versões do Athlon 64, e Socket 939 para as últimas versões do Athlon 64. A vantagem em comprar uma placa-mãe com o Socket A é o fato de ser muito fácil substituir um processador comprado “baratinho”, como um Athlon XP 1300+, por um, por exemplo, Athlon 2400+: o socket é o mesmo, e todos os processadores trabalham na mesma freqüência externa de 133 MHz. A desvantagem é que, no final de 2004, a produção dessa linha foi interrompida, e desaparecerá em pouco tempo, sendo substituída pela nova linha de processadores de baixíssimo custo da AMD: os Semprom. Sempre considerando a equação custo x benefício, confira, na tabela a seguir, o tipo de socket utilizado por cada um dos processadores vendidos atualmente, bem como os melhores tipos de placas-mãe para cada tipo de processador. Relação entre diferentes tipos de sockets e alguns exemplos de placas-mãe Socket A - AMD Socket 754 Athlon XP e AMD Sempron Sempron e Athlon 64 (antigo) (novo)

Socket 939 AMD Athlon 64 e Athlon 64 FX (último)

Socket 478 - Intel Pentium 4 (antigo)

Socket LGA775 - Intel Pentium 4 (novo)

EQS A28K6-AL7

Asus A8V Deluxe

Abit VT7

Asus P5GDC-V Deluxe

ECS KN1

Asus P4S800-E

ECS PF21 Extreme

Abit NF8

MSI K7N2 Delta 2 MSI K8T Neo-FIS2R Platinum _

ECS 760-M rev 1.1

Gigabyte GA- EQS A39P5-FL8 Gigabyte GA-8ANXP-D K8NSNXP-939

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O problema da nomenclatura Você deve ter notado que a AMD adota uma nomenclatura diversa da utilizada pela Intel. No lugar da medição de desempenho em GHz (gigahertz), é utilizada uma tabela de compatibilidade com a velocidade dos processadores da Intel. Dessa forma, um Athlon 2000+ não opera a 2 GHz, como poderíamos supor, mas a uma velocidade considerada pela AMD como equivalente à dos processadores Intel. Para sermos mais práticos, vamos tentar “mastigar”, tornando mais claro o que foi descrito: um Athlon XP 2000+ equivale, mais ou menos, a um Pentium 4 1.6 GHz, possuindo, portanto, um desempenho de 1600 MHz. Essa proporção pode ser aplicada a todos os outros modelos de processadores: basta diminuir 400 Mhz no número mostrado pelo Athlon para obter a velocidade equivalente em um Pentium 4. Lembre-se disso ao comprar um processador AMD.

Encaixando o processador Feita a escolha do processador, vamos instalá-lo no slot da placa-mãe, operação praticamente idêntica para qualquer plataforma.

1

Segure o processador pelas extremidades, por causa da energia estática. Observe que ele possui dois pequenos recortes, ou marcações, triangulares, em seus extremos, como você pode ver na Figura 9.2. Essa marcação irá nos auxiliar a instalar o processador corretamente.

Figura 9.2.

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Para encaixar o processador na placa-mãe, levante a alavanca plástica, chamada, tecnicamente, de alavanca ZIF. Essa alavanca serve como uma trava, impedindo que o processador se mova ou seja retirado enquanto o computador está em funcionamento.

Figura 9.3.

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No socket há um recorte com a mesma forma do recorte do processador (Figura 9.4). Posicione o processador suavemente sobre o socket, alinhando os recortes, e faça-o deslizar para baixo. Ajude empurrando levemente o processador para baixo, mas não force o encaixe: se um pino for quebrado, o processador fica inutilizado.

Figura 9.4.

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Encaixado o processador, baixe a alavanca ZIF suavemente para travar o socket (Figura 9.5). Se a alavanca não baixar, empurre-a em direção ao processador ao mesmo tempo em que a abaixa. Novamente, apontamos que esse tipo de problema é freqüente em placas-mãe baratas.

Figura 9.5.

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Cooler de

processador

O processador não pode ser ligado assim, ao “natural”, principalmente em se tratando de um Athlon. Por causa das altas voltagens em que os processadores modernos trabalham, a liberação de calor é muito maior do que a de um Pentium II ou III, por exemplo. Em outras palavras, os processadores estão aquecendo cada vez mais, seja qual for o seu fabricante. É por isso que, atualmente, ter um bom cooler (ventilador) do processador é essencial. De pouco adianta gastar R$ 400,00 em um processador se o deixarmos “torrar” (em alguns casos, literalmente) por causa do superaquecimento. A maioria das placas-mãe possui dispositivos, configurados com BIOS, que desligam o sistema quando é detectado um aumento brusco da temperatura. Na maioria das vezes, isso basta para não queimar o processador, mas não impede que ele vá estragando aos poucos, sofrendo o estresse das variações de temperatura. Além disso, o Athlon XP, ao ser montado em uma placa-mãe sem suporte para desligamento automático, corre um risco muito maior de queimar do que um Pentium 4. Os processadores da Intel possuem um sistema de refrigeração interno que desliga o core do processador e trava a alimentação de 12 V que sai da fonte, responsável por ativar o processador pela placa-mãe, como já vimos anteriormente.

Instalação do cooler Seja como for, precisamos de um cooler de boa qualidade em nossa máquina, e, para que o tenhamos, é necessário uma ventoinha que gire o mais rápido possível e um dissipador de bom tamanho, feito de material de boa qualidade. Dissipadores de latão ou de plástico não são, portanto, boas opções.

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embrete: dissipador é um tipo de grelha que ajuda a retirar o calor da superfície do processador.

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Guia Profissional Os coolers Volcano e Termaltek são ótimas opções, principalmente se você tem um processador quente, e caro! Esses coolers custam entre R$ 70,00 e R$ 110,00, mas valem cada centavo, pois realmente jogam ar frio no processador, dissipando o calor do seu “miolo”. Se você comprou um Pentium 4 original, na caixa, ele veio acompanhado de um cooler oficial. Não há motivos para não utilizá-lo, nem para comprar um outro. A instalação do cooler obedece aos seguintes passos:

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Utilizando uma colher plástica de sobremesa ou uma espátula de sorvete, passe um pouco de pasta térmica – creme muito parecido com pasta de dentes – na superfície do computador. Ao contrário do que se diz por aí, não “besunte” o processador com a pasta: isso gera mais calor do que ajuda a dissipar. Passe apenas o suficiente para que o processador tenha pasta em toda a superfície.

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Se você está utilizando um Pentium 4, basta colocar o cooler na área negra reservada para ele, encaixando bem as quatro “pernas” na placa-mãe (Figura 10.1).

Figura 10.1.

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Em seguida, prenda os dois grampos de aço que irão segurar o processador e termine ligando o cabo de alimentação do cooler no conector da placa-mãe reservado para essa tarefa. Esse conector possui um decalque com as palavras CPU Fan escritas do seu lado.

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Hardware

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Se você tem um processador AMD, o processo é um pouco mais complexo: o Athlon é fixo no socket por duas presilhas de aço um pouco difíceis de encaixar. O jeito certo de fazer o encaixe é, em primeiro lugar, fazer a junção da presilha mais curta e, depois, tentar juntar a outra presilha. Não force muito (muita gente já esmagou o core do processador tentando fazer isso), mas também não deixe o cooler frouxo ou afastado da superfície do processador: se ele não estiver próximo o suficiente para dissipar o calor, não adianta nada ter um cooler. No caso do cooler da AMD, você também deve ligá-lo ao conector CPU Fan da placa-mãe.

Figura 10.2.

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Ligue o computador. Agora, ele irá funcionar normalmente, apesar de estar sem as memórias. Veja se o cooler está “rodando”. Se a resposta for afirmativa, e o computador não desligar sozinho, sem nenhum comando, já temos nossa CPU montada. O próximo passo é adicionar as memórias.

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Guia Profissional

Memórias Hoje em dia, como dissemos anteriormente, existem dois tipos de memórias RAM em uso: as memórias DIMM e as DDR. A quantidade de memória deve estar de acordo com a placa-mãe adquirida.

Memórias DIMM Existem três tipos de freqüências disponíveis para memórias DIMM: 66, 100 e 133 MHz. As duas primeiras são muito raras nos dias de hoje, portanto, facilmente, você só encontrará memórias de 133 MHz. Com 256 MB de RAM, você estará razoavelmente municiado, e não terá gasto mais do que R$ 130,00. Os slots para a memória DIMM da placa-mãe possuem dois recortes para encaixe, ambos com o mesmo desenho, como você pode ver na Figura 11.1:

Figura 11.1.

A partir daí, instalar as memórias é fácil. Afaste as presilhas brancas que servem, nas extremidades do slot, como travas. Em seguida, posicione, verticalmente, o pente de memória sobre o slot e tente encaixá-lo na placa-mãe.

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tenção: encaixar não é empurrar; você pode rachar as memórias se ficar forçando a conexão.

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Hardware

Memórias DDR O encaixe das memórias DDR é um pouco mais complicado, pois elas têm presilhas que retornam ao seu lugar de origem quando soltas. Isso dificulta o encaixe das memórias no momento da instalação, mas, depois, ajuda a estabilizar o pente no slot, impedindo que ele se mova ou solte-se, causando panes no sistema. Além disso, o slot das memórias DDR possui um único recorte para encaixe. Após separar as presilhas, basta fazer o encaixe, adotando, dessa vez, uma posição um pouco diagonal: as memórias DDR não entram verticalmente no slot. Após o encaixe, solte as presilhas e a memória será ajustada de forma automática, como você pode ver na Figura 11.2.

Figura 11.2.

Com relação às memórias DDR, só resta um cuidado a ser tomado na freqüência de operação: memórias de 333 ou 400 MHz não funcionam em placas com FSB de 133 MHz e, se misturadas com memórias de 233 MHz, funcionam nessa velocidade, não na velocidade em que deveriam funcionar. Regra que vale também para memórias DIMM misturadas: ao se colocar uma memória PC-133 ao lado de uma memória PC-100 na mesma placa-mãe, é a velocidade da segunda que prevalece. Ou seja, na dúvida, a placa-mãe sempre opta, por medida de segurança, pela configuração mais baixa.

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Portas

USB

Conectados processador e memória – além dos periféricos, se sua placa-mãe não for on-board – está na hora de configurar os demais componentes acoplados à placa-mãe. Vamos começar pelas portas USB. Existem três situações que você pode enfrentar com esses componentes, que, além de fixarem a conexão-padrão para impressoras e outros periféricos, são os mais rápidos para a transferência de dados: Você comprou uma placa-mãe antiga, que não possui conector, integrado ou não, para portas USB; Você comprou uma placa-mãe com USB on-board; Você comprou uma placa-mãe com USB on-board e com pinos para a conexão de mais portas ao mesmo tempo. Vamos começar pela primeira situação: se sua placa-mãe não possui entradas USB, você pode comprar um kit de adaptação com quatro portas. Estas podem adequar-se a um slot do tipo PCI vazio. É claro que fazer isso acarreta inúmeras desvantagens: você perde um slot PCI para ganhar portas USB; só terá portas USB na traseira do micro, pois não existem placas de adaptação dianteiras; e, além de tudo, para manter as portas USB em funcionamento, perderá uma parte da capacidade de transferência de dados do PCI. Na segunda situação, temos metade do problema resolvido, já que as portas USB traseiras são on-board e não precisam de nenhum tipo de conector para funcionar: basta que estejam habilitadas na BIOS (veremos como mais tarde). Com relação às portas USB dianteiras, de cor branca (chamadas de USB 1.0, já que alcançam velocidades 17 vezes menores do que a USB 2.0, de cor negra), temos de utilizar um dos conectores de barramento USB presentes na placa-mãe. Na Figura 12.1, observe um conjunto de portas dianteiras:

Figura 12.1.

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Hardware Analise sua placa-mãe, de preferência com o manual de instruções à mão, pois, novamente, não há uma padronização dos conectores utilizados pelos diversos fabricantes. Em todo caso, procure por conectores em formato de duplas de pinos com a inscrição EXT. O que vemos em USB (0 & 1), por exemplo, nos indica que podemos conectar duas portas USB (0 e 1), como as utilizadas na parte da frente em alguns gabinetes ATX e mini-ATX. Existem outras nomenclaturas, do tipo F_USB1, USB Port, ou simplesmente USB. Como foi dito, é melhor dar uma olhada no manual, já que não existe uma nomenclatura comum para essas portas. Após a identificação do conector, procure pelos fios que ligam o painel USB dianteiro à placa-mãe. Para cada porta USB, são separados quatro fios: 5V (é possível encontrar, ainda, VCC ou Power), D+, D- e GND. Além disso, o número de cada porta é decalcado (0, 1, 2, A, B ou X, depende da nomenclatura) em todo o fio. Para cada uma das portas, faça um jogo de fios; trabalho manual chato, mas necessário para evitar curto-circuito e degradação de componentes da placa-mãe. A seguir, um exemplo de fios bem separados:

Figura 12.2.

Em seguida, acompanhe o manual de sua placa-mãe para conectar corretamente os fios a ela. Como dissemos, não há um padrão, entre os diversos fabricantes, para as conexões USB. Existem alguns gabinetes, como os HT319, fabricados pela Eclipse, e alguns modelos comercializados pela Sattelite, que possuem duas portas USB laterais. Essas portas possuem cabos que saem da própria lateral e que devem ser presos aos conectores USB 0, 1 ou 2. Consulte novamente o manual da placa-mãe para conferir a nomenclatura.

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Cooler do

gabinete

É preciso instalar, ainda, o cooler do gabinete. Os gabinetes, antigamente, não precisavam de muita refrigeração: os HDs não eram muito rápidos, as memórias não passavam de 133 MHz e os processadores quase não aqueciam. Para se ter uma idéia, era muito comum ver gente usando processadores Celeron ou Pentium II sem nenhum tipo de cooler. Hoje, infelizmente, as coisas mudaram de figura: com o aumento das freqüências de processador e de memória, além do upgrade no desempenho das placas de vídeo, os gabinetes tornaram-se verdadeiros “fornos sem fogo”. É por isso que os novos gabinetes, por padrão, trazem um cooler localizado frontalmente às portas USB. Nesse caso, existem duas situações: Você comprou um gabinete com o cooler frontal e precisa ligá-lo; Você comprou um gabinete sem o cooler frontal.

Para “se virar” com os coolers Se seu gabinete possui um cooler frontal, caso da maioria dos gabinetes ATX ou BTX, é só encontrar o cabo de força do cooler externo e o conector correspondente na placa-mãe. O cabo de força sai diretamente da parte dianteira do gabinete do computador e possui três pinos: um para aterramento, um com carga de +12V e um para o controle de rotação. Com este último, os softwares que administram a temperatura da placa-mãe sabem se o cooler da CPU está funcionando, e a que velocidade. Na placa-mãe, novamente, não há uma nomenclatura-padrão para o conector, sendo necessário dar uma olhada no manual. Na Figura 13.1, por exemplo, a ASUS, em suas placas, dá ao cooler frontal o nome de Chassi Fan, ou Cha_Fan1. Em outras placas, esse componente é chamado de Case Fan.

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Figura 13.1.

Seja qual for o nome dado ao cooler frontal, ele não é o CPU Fan, conector encontrado em todas as placas-mãe. O CPU Fan é a ligação com o cooler do processador, já colocado. Se você ligar o cooler frontal no conector do CPU Fan, podem acontecer duas coisas: O cooler do processador estará desligado e, se seu processador for da AMD e a placa-mãe não possuir um bom sensor de temperatura, você terá um processador com o core torrado em cerca de cinco minutos; O computador simplesmente não liga, pois os cabos de força de ambos os coolers estão trocados. Isso é comum em computadores Dell ou em gabinetes customizados, como os vendidos em sites de case mod. Além disso, existe uma ordem correta para ligar os fios: você deve conectar o fio vermelho ao pino +12V e o fio preto ao pino GND, ou de aterramento. Conectar de forma errada os fios de aterramento de qualquer uma das fontes de alimentação pode causar danos ou inutilizar completamente a placa-mãe. Agora, se você está no segundo grupo, seu gabinete não possuía um cooler frontal e você deseja instalar um, faça, antes de tudo, uma limpeza na parte da frente do gabinete, na área reservada para o cooler. Utilize, de preferência, álcool isopropílico, que pode ser encontrado em farmácias e lojas de material de construção. Para a instalação, você deverá remover o painel do computador.

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Guia Profissional Fazer isso é muito fácil: na maioria das vezes, basta puxar o painel para a frente. Em alguns gabinetes, existe um encaixe de plástico na lateral interna que segura a parte frontal. Esse encaixe pode ser retirado sem problemas. Faça uma pequena pressão, forçando-o para dentro do gabinete, até que ele se desloque do encaixe. Depois, puxe a parte frontal do gabinete para fora e encaixe o cooler na posição devida.

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Testes e drive

de disquete

Para ver se tudo está instalado a contento, podemos ligar nossa máquina, procedimento que repetiremos em quase todos os capítulos. Seria útil, daqui em diante, colocar um monitor em sua placa de vídeo. Dessa forma, será possível observar as alterações feitas no computador para fazer um reconhecimento visual do sucesso de nossas operações. Ligar um monitor ao computador, caso você não saiba, consiste basicamente em ligar o computador ao estabilizador ou filtro de energia elétrica que você esteja utilizando e, em seguida, ligar o cabo de dados do monitor, também chamado de conector DB15, ao conector fêmea correspondente, localizado em sua placa de vídeo. Tanto o cabo de dados como seu conector podem ser observados a seguir:

Figura 14.1.

5 4 3 2 1 10 9 8 7 6 15 14 13 12 11

Figura 14.2.

É possível, também, ligar o teclado ao conector PS/2, dispositivo de cor verde, ao lado da porta PS/2 do mouse nas placas-mãe ATX moder-

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Guia Profissional nas. Caso contrário, o computador mostrará uma mensagem de erro, informando que não existe teclado disponível (System Keyboard Error ou alguma mensagem do tipo). Em seguida, ligue seu PC. Se tudo foi feito corretamente, devem surgir, exatamente nesta ordem: O nome da placa de vídeo e sua capacidade de memória, encabeçando toda uma tela do estilo MS-DOS, ou um terminal de linha de comando. É óbvio que, se você conseguiu ver tudo isso, a placa de vídeo está funcionando corretamente; A tela de apresentação. Aqui, devem estar visíveis o modelo e a série da placa-mãe, o modelo e a velocidade do processador, quantidade de memória RAM disponível e os discos rígidos, ou leitores de discos ópticos (CDs, DVDs) presentes. Ao ligarmos o computador, pode surgir uma mensagem parecida com esta: CMOS Checksum Error – Defaults Loaded Isso ocorre quando uma placa-mãe ficou desligada por muito tempo, ou quando a bateria CMOS, que veremos a seguir, está fraca. Por enquanto, vamos deixar esse problema de lado, clicando na tecla F1. O computador passa a buscar um sistema operacional válido para iniciar, explorando, primeiramente, o drive de disquete e, depois, os discos rígidos. O computador responderá informando um erro, já que não instalamos nenhum dos dois dispositivos.

Instalação do drive de disquete O drive de disquete, chamado também de disco de 3 e ½, caracterizando-se pelo tamanho da superfície do disco, ou, ainda de 1,44 MB, quantidade máxima de dados que um disquete consegue armazenar, é um dos componentes do PC que mais tem história para contar, sendo utilizado desde o final da década de 1970, sem interrupção. No entanto, toda essa glória não foi conquistada sem batalha, pois muitas empresas especializadas em montagem de computadores já tentaram aposentar o velho disquete, mas sempre são obrigadas a voltar atrás: além da resistência de alguns usuários, pois nem todo o mundo está disposto a comprar um gravador de CDs ou DVDs, existe o fato de que muitos softwares para diagnóstico de hardware ou personalização do sistema precisam da criação de disquetes para funcionar.

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Hardware Por isso, o computador que estamos montando vai ter, sim, um drive de disquete. Além de ser útil em uma emergência, é irrisório o impacto do valor desse aparato no custo geral do computador: um drive de disquetes interno não custa mais do que R$ 20,00...

Figura 14.3.

Vejamos, agora, quais procedimentos devem ser obedecidos para a instalação de um drive de disquete:

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Antes de tudo, prepare, para recebê-lo, uma das baias de 3/12 polegadas do gabinete. As baias de 3/12 estão localizadas na parte inferior do gabinete.

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Após encontrar uma baia livre, remova a tampa do gabinete, à frente dela. Na maioria das vezes, a tampa é um pedaço de plástico do tamanho da baia, e basta empurrá-la pela parte de dentro do gabinete para destacá-la.

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Em seguida, passe o drive por dentro do gabinete e encaixe-o na baia, com a parte da frente, onde se coloca o disquete, voltada para o exterior e para cima. Se não o fizer, montado o computador, você terá que inserir disquetes ao contrário. Veja, na Figura 14.4 a posição correta de um drive de disquete.

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Figura 14.4.

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Após a colocação do drive na baia, parafuse-o para fixá-lo no gabinete. Normalmente, existem dois orifícios para os parafusos em cada lado da baia, como pode ser visto na Figura 14.5.

Figura 14.5.

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Não deixe o drive solto, ou só com um ou dois parafusos prendendo-o. Esse é o motivo da maioria das panes em drives de disquetes, e também da degradação dos leitores de trilhas, que são muito frágeis.

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Agora, devemos ligar o drive de disquete à energia elétrica, mediante a fonte de alimentação. O cabo de alimentação do drive de disquete sai diretamente da fonte. É um cabo fino, de apenas quatro vias. Observe-o sendo preso ao conector de força do drive de disquete na Figura 14.6:

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Figura 14.6.

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O próximo passo é ligarmos o cabo de dados do disquete, ou cabo flat, à placa-mãe. Para diferenciá-lo dos flat cables IDE, disco rígido e drives de CD, que possuem 70 ou 80 vias, lembre-se de que este cabo possui 34 vias e algumas faixas que se cruzam na extremidade que será conectada ao drive.

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Para que o cabo fique corretamente posicionado, o lado pintado de vermelho, ou identificado por qualquer outro elemento que chame a atenção, deverá ser o mais próximo da entrada de alimentação.

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Em seguida, estenda o flat cable, sem puxá-lo nem dobrá-lo, e conecte-o à entrada correspondente na placa-mãe. Nas placas mais modernas, o conector para o cabo de dados é identificado pela cor azul, sendo impossível confundi-lo com os conectores IDE, pois estes são uma dupla, estão sempre juntos e, para ajudar, são identificados com decalques nas placas-mãe de qualidade. Coloque a lateral marcada do cabo o mais perto possível da entrada de alimentação da placa-mãe, ou utilize a protuberância existente no conector, também chamada de “mata-burro”, para se guiar.

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Em casos como o mostrado a seguir, em que os conectores de flat cable estão “amontoados” na placa-mãe, não tenha dúvida: o conector para o cabo do disquete é o menor deles e, aliás, só o cabo de 34 vias é conectado corretamente.

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Figura 14.7.

Possível erro Ligue o PC e aperte a tecla Delete, ou F2 em algumas máquinas. Em seguida, clique em Main Menu ou Essentials BIOS. Tome cuidado, pois há nomes diferentes para esses caminhos em outras placas-mãe. Procure por Floppy Drive ou Legacy Diskette A (também existem variações). Com as teclas de direção do teclado, mova o cursor preto do Setup até a opção. Com a tecla + do teclado numérico, selecione 1.44 Floppy Disk. Aperte a tecla F10 para sair e salvar as configurações. A máquina será reiniciada e o drive de disquete será listado. Se isso não ocorrer, ou o led do drive de disquete acender e não apagar mais, o flat cable foi conectado de maneira errada. Desligue, então, o computador e revise a posição do cabo. Se, mesmo assim, o drive de disquete não funcionar, desligue o computador novamente, retire o cabo de força do drive e espere por uns cinco minutos antes de religar tudo. Às vezes, um acúmulo de estática localizado, ou mal-contato, fazem que o drive de disquete pareça não funcionar.

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Teclado Existe um bom motivo para que você não tenha conseguido ligar o drive de disquete e configurá-lo: o teclado não funcionou. Por mais que isso pareça estranho e difícil de ocorrer em computadores novos, em computadores antigos é perfeitamente possível. Em casos como esses, ligar um teclado ao gabinete pode ser mais difícil do que realizar a mesma ação em um gabinete ATX: além do conector diferente, temos que enfrentar um enorme conector DIN de nove pinos (Figura 15.1) em vez do PS/2. Sem contar o fato de que a entrada dos teclados DIN vem um pouco recuada em algumas placas-mãe (repetimos, antigas), o que faz que o conector fique um tanto “afundado” com relação ao gabinete. Dobrar conectores para tentar a conexão, quebrar um “dente” do conector ou provocar um curto-circuito no cabo, nas circunstâncias acima, não é nada difícil.

Figura 15.1.

Nesses casos, existem as seguintes possibilidades: O teclado não funciona porque está queimado; O conector DIN da placa-mãe ficou com alguns “dentes” tortos; O conector quebrou e soltou-se da placa-mãe.

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Solucionando problemas Antes de qualquer coisa, retire o teclado do conector e faça uma inspeção no conector DIN macho, para ver se não há nenhum pino (ou “dente”) torto ou quebrado. Se não houver, ligue novamente o teclado ao conector fêmea e ligue o computador. Se nada acontecer, o teclado está queimado. Bom pra você! Teclados DIN são mesmo uma velharia, e você pode conseguir, por míseros R$ 20,00 ou R$ 30,00, um teclado bem melhor, com conector PS/2 e vários botões extras, como botões para navegação na Internet, atalhos multimídia ligados ao CD-ROM etc. Uma boa pedida é o teclado PS/2. Peça também, na loja de informática, um adaptador PS/2-DIN, que custa menos de R$ 5,00. De volta ao trabalho, ligue o adaptador ao conector DIN da placa-mãe e, depois, o seu novo teclado PS/2 ao conector. Agora, tudo deve funcionar normalmente. Se, durante a inspeção anterior, você notar que existem pinos tortos no conector macho, tente desentortá-los com uma faca de ponta ou uma chave de fenda pequena. Em quase 100% dos casos funciona. Porém, se existem dentes quebrados, ou quase quebrando, ponha a mão no bolso e compre outro teclado. Em última instância, caso o conector DIN fêmea, soldado à placa-mãe, tenha quebrado ou se soltado, observe se a placa-mãe, mesmo sendo antiga, possui uma porta PS/2 ou mini-DIN: uma porta DIN menor, com a pinagem muito parecida com a das portas PS/2. Em caso positivo, adquira um adaptador para qualquer um dos casos: DIN para PS/2 ou DIN para mini-DIN. Se não existe nenhum conector desses em funcionamento, como última saída, poderíamos apelar para as portas USB do computador e pagar de R$ 50,00 a R$ 90,00 em um teclado USB. Ainda assim, comprar um teclado USB é muito mais compensador do que substituir a placa-mãe, obviamente mais cara.

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Monitor Se, ao ligar o monitor ao computador, não surgiu imagem alguma, temos mais um contratempo para resolver. Os problemas mais freqüentes em monitores são: A placa de vídeo está simplesmente solta do slot; A placa de vídeo está bem presa, mas você entortou os pinos do conector DB9; O cabo de imagem, onde está o conector DB9, foi torcido e mexido tantas vezes que se quebrou. A primeira providência a ser tomada é fazer, antes de tudo, um teste tão simples, dependendo das circunstâncias, quanto esquecido: se o monitor for antigo, ligue-o em outro computador e veja se a imagem aparece. Se o monitor for novo, nem precisamos de outra máquina. Esses modelos mais recentes possuem softwares de gerenciamento, que funcionam mesmo quando o monitor não está acoplado ao PC. Basta desconectá-lo da placa de vídeo para que o software surja, informando que o monitor está off-line ou desconectado. Se isso acontecer, é óbvio que o problema não está no monitor. Vamos, então, dar uma olhada na placa de vídeo. As placas AGP, às vezes, são um pouco difíceis de encaixar, ou, quando mal parafusadas, podem se soltar com um simples toque na lateral do gabinete. Se esse for o caso, desencaixe a placa de vídeo, encaixe-a novamente com cuidado e parafuse-a bem ao gabinete. Observe se a placa está muito recuada em relação ao gabinete, o que torna difícil o encaixe do conector DB9 do cabo de vídeo ao conector da placa. Se isso estiver ocorrendo, é quase certo que você fixou a placa-mãe de maneira errada, deixando-a muito para dentro do gabinete. Também é quase certo que você terá de soltá-la do gabinete e refazer a sua instalação.

Pinos e cabos Se o monitor funciona, a placa de vídeo está bem presa e o computador emite sons, sinalizando o funcionamento, mais nenhuma imagem

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Guia Profissional aparece, você pode ter entortado os pinos do conector DB9 ao tentar ligá-lo à placa de vídeo. Se for este o caso, desligue o monitor, inclusive da fonte de energia, e espere alguns minutos. Em seguida, com um alicate de bico ou chave de fenda com cabo emborrachado, desentorte os pinos, pegando pela ponta. Lembre-se de que há maior risco de quebrar um pino de conector se torcê-lo a partir da base. Tente novamente ligar o monitor. Se o problema persistir, pode ser que um dos fios internos do cabo VGA, que liga o monitor à placa-mãe, tenha se quebrado. Se nenhuma das tentativas conseguiu surtir efeito, a quebra do cabo é a única opção que resta. Mas isso não é fácil de averiguar, pois é muito perigoso descascar cabos de conexão de monitores, assim como mexer com monitores em si, por causa da energia elétrica acumulada nos circuitos, três vezes maior do que a encontrada em uma televisão de 21 polegadas. Se este for o caso, vá a alguma loja de eletrônica, ou à assistência técnica, se o monitor estiver na garantia, e peça para que substituam o cabo VGA por um novo. Em uma oficina de informática, um conserto como esse custa menos de R$ 30,00. Melhor do que levar um choque ou do que gastar R$ 500,00 em um novo monitor.

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Configuração

da BIOS Sem maiores problemas, e mesmo sem ter instalados os discos rígidos ou o CD-ROM, podemos iniciar o computador, processo também conhecido como “dar o boot”, desde que o drive de disquete esteja funcionando. Com um disco de boot do Windows 98, ou até do 95, podemos iniciar o computador e observar se ele se comporta bem, tendo como ponto de vista a estabilidade do hardware. Se o computador não puder ser inicializado por disquete, informando-nos que nenhum sistema foi encontrado, estamos diante de uma das duas situações abaixo: O disquete está corrompido; A BIOS não está configurada para dar boot via disquete. No primeiro caso, não há muito o que fazer: deve-se providenciar um novo disco de boot. No segundo caso, entretanto, podemos ajudá-lo de maneira mais efetiva, realizando algumas configurações no Setup da BIOS, do qual já falamos no capítulo dedicado à configuração do drive de disquete.

BIOS e Setup Apesar de darmos o nome de BIOS à tela de configuração do computador, na verdade, esse nome aplica-se à memória que armazena o software de configuração da placa-mãe, chamado de Setup. A BIOS, portanto, é a mídia de armazenagem do software de configuração (Setup) e não o programa de configuração. Por meio do Setup, podemos configurar diversas funções do computador, como o reconhecimento de discos rígidos, a velocidade dos slots AGP e PCI e a configuração manual, em caso de problemas, dos endereços de interrupção da placa-mãe, responsáveis por fazer que mais de um dispositivo seja reconhecido pelo computador. O Setup da BIOS, em computadores com placa-mãe on-board, também habilita ou desabilitada vídeo, som, rede e modem integrados.

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Guia Profissional Neste capítulo, iremos nos ater apenas a configurações essenciais ao funcionamento do Setup. A configuração de cada um dos outros componentes integrados será tratada em seus respectivos capítulos.

Para configurar a BIOS Para entrar no Setup, basta pressionar a tecla Delete, ou F2, em algumas placas-mãe, durante a contagem de memória. Dentro do Setup, são utilizadas as setas do teclado para se locomover entre as opções. As opções do Setup estão divididas em vários grupos, tais como Bios Features Setup, Chipset Features Setup, entre outros, presentes praticamente em todos os modelos de BIOS.

A

tenção: existem, no entanto, alguns grupos presentes somente em computadores com placas-mãe on-board, como o Integrated Peripherals.

O primeiro dos grupos de configuração disponíveis é o Standard CMOS Setup, responsável por abrigar informações básicas sobre o sistema, como data, hora e discos instalados. Ele é praticamente igual em todos os modelos de BIOS. Vejamos as principais opções de configuração: Date/Time: permite alterar a data e a hora do relógio da placa-mãe. Também chamado de relógio da CMOS, por depender dessa bateria para funcionar; Hard Disks: exibe os discos rígidos e os drives de discos ópticos (CD/ DVD) instalados no computador. Com esta opção, é possível inserir, manualmente, número de trilhas, setores, cabeças de leitura, entre outros elementos do disco rígido, apesar de esse procedimento já não ser necessário. Atualmente, basta selecionar a opção IDE HDD Auto-Detection, normalmente acionada pressionando-se F6 ou F7, para detectar, automaticamente, os discos instalados. Em placas-mãe mais novas, nem mesmo isso é necessário: discos rígidos e drives são reconhecidos logo no momento do boot. Em Disk Type ou Disk Value, depende do modelo de BIOS utilizada, mantenha sempre habilitada a opção LBA. Ela permite a utilização de todo o espaço de armazenamento do disco rígido, ao contrário de outros formatos, que escondem alguns setores do HD por questão de compatibilidade;

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Hardware Drive A ou Legacy Diskette A (depende do modelo da BIOS): nesta opção, configuramos o drive de disquete, que passará a ser reconhecido pelo Windows como Drive A. Para lembrarmos nosso problema inicial, não conseguíamos dar um boot no sistema via disquete, e achávamos que isso poderia ter algo a ver com o Setup da BIOS. Em caso positivo, esta linha deve ficar em branco, ou com traços, no lugar das informações. Dessa forma, teremos de configurar essa opção manualmente. Para fazê-lo, basta apertar + ou -, no teclado numérico, até encontrar o valor 1.44 M, utilizado atualmente na formatação de disquetes. Formatos menores só estão ali por questão de compatibilidade. O valor 2.88 M, por sua vez, é utilizado para os antigos disquetes SuperDisk, capazes de suportar esse valor de armazenamento; Vídeo: caso você possua uma placa SVGA, a opção correta é EGA/ VGA, o formato-padrão. Muita gente pensa que aqui é o lugar em que se configura a placa de vídeo ou a velocidade do slot AGP e, dessa forma, acaba desconfigurando o vídeo; Halt On: define o procedimento que a BIOS deverá tomar caso sejam detectados erros de hardware durante o teste inicial do sistema (POST). As opções possíveis são: • All Errors: a inicialização será interrompida caso exista qualquer erro grave na máquina, como erro de teclado, nos drives de disquete, ou conflitos entre dispositivos; • No Errors: o computador tentará inicializar, mesmo com a existência de erro; • All, But Keyboard: a inicialização será interrompida por qualquer tipo de erro, salvos os erros de teclado; • All, But Diskette: qualquer erro, com exceção para erros nos drives de disquete, interromperá o boot; • All, But Disk/Key: todo e qualquer erro interrompe o boot, com exceção para erros no teclado e nas unidades de disquete.

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ica: a melhor opção para máquinas recém-montadas é a All Errors.

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Bios Features Setup Este segundo grupo define características da placa-mãe que serão utilizadas no momento da inicialização do sistema (POST). Suas principais configurações são: Virus Warning: oferece uma proteção rudimentar contra vírus, monitorando as gravações no setor de boot e na tabela de alocação de arquivos. O problema é que alguns programas de diagnóstico e particionamento/formatação de disco, como o LILO, utilizado para permitir o boot do sistema operacional Linux, também trabalham nessas áreas, o que pode acionar o alarme sonoro e impedir a inicialização do sistema. Porém, se você não utiliza Linux, nem dois sistemas Windows na mesma máquina (Windows 2000 e XP, por exemplo) é melhor manter essa opção habilitada; CPU Internal Cache: opção importante, pois permite habilitar ou desabilitar o cache interno do processador, ou cache L1. Deve ficar ativada em todo e qualquer processador, principalmente nos da AMD; caso contrário, o desempenho do computador irá cair cerca de 30%; CPU External Cache: habilita ou desabilita o cache da placa-mãe, ou cache L2. Alguns processadores, na verdade, possuem cache L2 embutido. A menos que haja problemas na placa-mãe, acusando deficiências nessa área de memória, esta opção também deve ficar ativada; Quick Power On Self Test (Quick Boot): desativa alguns componentes do sistema, provocando um boot um pouco mais rápido; Boot Sequence: define a seqüência em que os drives são verificados durante o boot. Vejamos suas formações: • A, C: opção mais comum. Primeiro, o sistema irá verificar o drive de disquete à procura de algum sistema operacional. Caso não encontre nada, procurará no disco rígido; • C, A: o disco rígido será verificado primeiro e, em seguida, o disquete; • C only: será verificado somente o disco rígido; • C, A, CDROM: o primeiro a ser verificado é o disco rígido, seguido do drive de disquete e do drive de CD-ROM.

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Hardware Se um disquete de boot inserido em um drive que está funcionando não consegue iniciar o computador, o problema pode estar nesta opção. Observe se o drive A (disquete) está selecionado, e selecione-o se não estiver.

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embrete: o drive está funcionando quando o led de leitura acende e é mostrado corretamente na inicialização.

Nas placas-mãe mais modernas, a disposição dessa opção pode ser diferente, pois, atualmente, é possível realizar o boot por diversos outros dispositivos, como portas USB, Zip Drives e mesmo pela rede. Nesses casos, temos o menu Boot no Setup, como o da Figura 17.1. Ele pode ser configurado posicionando o cursor sobre a linha e apertando a tecla Enter para selecionar um dispositivo. Os dispositivos serão vasculhados na ordem em que aparecem na lista. Como exemplo, na figura, temos uma BIOS configurada para que o CD-ROM seja vasculhado para buscar um sistema de boot, seguido de todos os discos removíveis (Removable Devices) presentes na máquina, como disquetes e CDs. Os discos rígidos (Hard Drive) são a terceira opção de boot, que também pode ser feito, segundo a quarta linha da tela, por meio de um cartão de rede PCMCIA acoplado ao computador.

Figura 17.1.

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O problema da freqüência Uma última observação: em algumas placas-mãe on-board, mesmo nas de boa qualidade, os jumpers de configuração de freqüência do FSB ou das memórias são substituídos por opções embutidas no Setup da BIOS, que passam a ser o único meio de melhorar o desempenho da máquina ou de realizar o overclock. Essas opções de configuração podem ser encontradas de diversas maneiras, e variam muito entre as várias marcas de BIOS. Selecionando o grupo Advanced, e, em seguida, a opção Manual, na linha CPU Speed, por exemplo, somos capazes de configurar a freqüência externa do processador (CPU External Frequency) e a freqüência das memórias RAM (Memory Frequency). Essa configuração da BIOS é muito comum em placas com suporte a memórias DDR, nas quais a freqüência da RAM é diferente da freqüência utilizada pelo processador. Se o Setup de sua placa-mãe não apresenta nenhuma das configurações descritas acima, consulte o manual de instruções. Por mais simples que o Setup da BIOS seja, sempre há opções que podem ser exploradas para um melhor rendimento do seu computador.

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Vídeo

on-board

Até aqui, supomos que você tenha montado seu computador com uma placa off-board, adicionando vídeo e som com o auxílio de placas de expansão (placas de som ou de vídeo). Se você adquiriu um computador com uma placa-mãe on-board, incluindo vídeo, vai ter de configurar algumas opções na BIOS para que ele tenha uma performance razoável e, ao mesmo tempo, não roube recursos da placa-mãe. É isso mesmo! As placas de vídeo ligadas à placa-mãe utilizam-se da memória RAM instalada nos slots de memória para emular memória de vídeo (VRAM), recurso que elas não possuem. Isso é feito por meio de configurações do Setup da BIOS, que separam uma parte da memória RAM existente no computador e a reservam para ser utilizada pelo vídeo. Além disso, muitas das placas on-board afirmam possuir chipsets de aceleração 3D, como a maioria das placas de vídeo off-board do mercado. Isso é verdade para alguns modelos de chipset de vídeo (NVIDIA, por exemplo), e inteiramente falso para outros modelos, como os chipsets gráficos da SiS, sobretudo o famigerado SiS 630/650. Seja como for, a aceleração 3D on-board também rouba recursos da placa-mãe, e precisa de ciclos da memória RAM para funcionar. É muito fácil verificar se o seu computador tem vídeo on-board. O meio mais simples é ler a descrição da caixa. Se ela não elucidar muita coisa, observe se existe uma saída VGA na placa-mãe (Figura 18.1). Em caso positivo, é certo que existe um vídeo on-board.

Figura 18.1.

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Configuração do vídeo on-board Para que seu vídeo on-board possua um bom desempenho, sem se esquecer de balanceá-lo com os recursos existentes no computador, você só precisa fazer algumas configurações no Setup da BIOS. É claro que, se você tem apenas 128 MB de memória RAM e vídeo on-board, seu computador nunca terá um desempenho excepcional, mas poderá tornar-se menos lento e menos suscetível a travamentos.

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Inicie o computador e aperte a tecla Delete, ou F2 em algumas BIOS, para entrar no Setup.

Nas BIOS típicas da AMBIOS (tela azul, em modo texto), selecione a opção Advanced, e, em seguida, Chip Configuration. Em outros modelos de BIOS, como os utilizados em placas da ECS ou PC-CHIPS, procure pela opção Advanced Chipset Features. Em seguida, procure pelas opções On Board VGA Memory Size, VGA Shared Size, Video RAM Size ou Frame Buffer Size. Novamente, a nomenclatura varia de acordo com a placa-mãe. A opção, por padrão, deverá estar marcada com o valor 8M, indicando que sua máquina tem 8MB da memória RAM à disposição da placa de vídeo on-board.

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O que você tem é o bastante para trabalhar com o Windows e com o Office, por exemplo, mas muito pouco se você deseja adicionar um DVD-ROM ao seu computador, ou se está montando uma máquina para jogar alguns games que não precisam de muitos recursos. Se você estiver incluso no último caso, aperte a tecla + do teclado numérico para aumentar o tamanho da memória compartilhada para 16M. Isto é o suficiente para jogar Warcraft III e todos os títulos do Nintendo 64 em um emulador sem problemas. É claro que, se você possui apenas 128 MB de memória RAM em seu sistema, 8 MB é a configuração de memória compartilhada que você deve manter ativa. Ao retirar 16 MB, por exemplo, de um sistema com 128 MB, restam-nos 112 MB, menos do que o recomendável para rodar qualquer sistema operacional moderno, como o Windows XP e o Windows 2000.

Desabilitando o vídeo on-board Muitos usuários compram placas com dispositivos on-board devido ao preço reduzido, ou porque não terão dinheiro, em médio prazo, para adquirir componentes off-board de qualidade. Se você está em qualquer uma dessas situações e, de repente, teve dinheiro para um upgrade em 64

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Hardware mãos, não pense duas vezes: minimize os impactos causados pela placa de vídeo on-board no sistema e compre uma placa de vídeo “decente”. Além de velocidade em jogos e aplicações multimídia, a performance da máquina aumentará sensivelmente.

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Antes de tudo, devemos instalar a placa de vídeo que adquirimos no slot correspondente ao seu modelo, AGP ou PCI. Veja mais detalhes no capítulo dedicado a placas de vídeo.

2

Ligue o computador, com o cabo do monitor conectado à placa de vídeo on-board. Inicie o Setup da BIOS e procure pela opção Primary Graphics Adapter, na sessão PCI/Plug and play Setup. Em outras placas, esta opção pode aparecer como Inicialize first.

3

Por default, esta opção vem configurada como PCI. Altere para AGP, ou mantenha em PCI se você comprou uma placa de vídeo que ficará nesse slot.

4

Retorne para as opções da BIOS e selecione Advanced Features, procurando, em seguida, por uma das opções que descrevemos no Passo 2 do tópico Configuração de vídeo on-board. Minimize o tamanho da memória compartilhada para 8M. Se você for o feliz possuidor de uma placa-mãe que aceita a opção 0, vá em frente!

5

Aproveite para procurar pela opção Alocate IRQ to VGA, e marque-a com a opção Enabled. Se você não o fizer, a placa de vídeo não poderá ser iniciada.

6 7

Salve as configurações, apertando a tecla F10.

Troque o cabo do monitor, retirando-o do conector VGA on-board e colocando-o no conector equivalente (de cor azul, lembre-se) da placa de vídeo off-board. Apesar de não podermos desligar totalmente a placa de vídeo, essas configurações minimizam o impacto da existência do vídeo on-board no sistema e fazem que o Windows, ou outro sistema operacional, não peça drivers para o dispositivo, economizando memória RAM em uso. Além disso, você verá que, mesmo se sua placa de vídeo é uma placa AGP de 16 MB, seu desempenho é muitíssimo superior ao de qualquer chipset de vídeo on-board que você tenha visto funcionar. Montagem cap18.indd 65

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Som

on-board

Com as placas de som on-board, ocorre algo muito próximo do que foi visto com as placas de vídeo: apesar de não “roubarem” recursos, ao menos em grande volume, do processador e da memória RAM, é necessário desabilitá-las para permitir a conexão de uma placa de som off-board ao slot PCI.

1 2

Antes de tudo, encontre um slot livre para instalar a placa de som.

Em seguida, inicie a máquina e acesse o Setup (teclas Delete ou F2). Depois, procure pelo grupo Advanced Chipset Features, ou Main, em alguns modelos de BIOS, e acesse a opção OnChip Sound. Também é possível encontrar Onboard Sound. Seja qual for o grupo, marque a opção Disable, para desabilitar a placa de som on-board. Em algumas placas da ASUS, como a A7V8X, e todas as outras que utilizam as BIOS de Setup de cor azul da AMIBIOS, o som on-board é desabilitado selecionando-se Advanced > I/O Device Configuration > OnBoard AC97 Audio Controller. No fim, marque Disabled.

3

Algumas BIOS têm, no mesmo grupo, a opção Onboard Legacy audio: uma repetição das opções vistas anteriormente. Você deve marcá-la como Disable também.

4

Em seguida, vá ao grupo Integrated Peripherals, ou I/O Device Configurations, como nas placas da ASUS descritas acima. Procure por Onboard Game Port e marque-a com a opção Disabled.

5 6

Faça o mesmo com a opção Onboard MIDI I/O, ou Onboard MIDI Port em alguns casos, para desabilitar a porta MIDI on-board.

Aperte a tecla F10, salve todas as alterações feitas e reinicie o computador. Na lista que surge durante o boot, antes do carregamento do sistema operacional, observe a lista dos dispositivos conectados ao

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Hardware computador e procure por algo como Multimedia Controller Device. A presença deste item indica que uma placa de som está presente no sistema. Se isso não ocorrer, experimente soltar a placa de som do slot e prendê-la novamente.

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Se não der certo, ou seja, a placa de som não for listada pelo sistema, acesse o Setup novamente e, no grupo Advanced Chip Features, procure pela opção OnChip Modem – em alguns casos, Onboard Modem – marcando-a como Disabled. Essa opção se refere aos modems on-board AMR, que veremos adiante e que utilizam, em algumas placas-mãe, os mesmos circuitos de entrada que as placas de som on-board, o que torna impossível desabilitar um sem desabilitar o outro.

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Após desabilitar o modem, salve as configurações e reinicie o computador. A placa de som será reconhecida desta vez.

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Guia Profissional

Rede

on-board

A maioria das placas-mãe, mesmo as de excelente desempenho, vem, atualmente, com uma placa de rede (LAN Card) on-board. Isso ocorre por dois motivos: além de os chipsets de rede para integração serem muito mais baratos para as empresas de hardware do que enviar uma placa de rede off-board junto com a placa-mãe, dispositivos de rede on-board não oneram em nada a placa-mãe, memórias ou processador. Além disso, a vulgarização das redes de computadores e dos serviços de banda larga, que utilizam placas de rede para interligar os computadores aos modems de acesso rápido, tornou a presença de placas de rede “que não precisam ser instaladas” um grande atrativo para os usuários que desejam adquirir uma placa-mãe. É claro que devemos formular um diferencial entre os diversos chipsets de placa-mãe. Se existem placas-mãe que comportam chipsets de rede de marcas famosas, como 3Com e Intel, existem outras, as placas de baixo custo, que trazem chipsets populares, como o Realtek, talvez a placa de rede mais compatível e utilizada no mundo, e o chipset de rede da SiS, o SiS 900, de péssimo desempenho ao ser associado a placas da PCCHIPS, mas que se porta dignamente em modelos da ECS e da ASUS. Vejamos, agora, como instalar uma placa de rede:

1

Normalmente, a placa de rede on-board já está habilitada quando iniciamos o computador. Caso isso não ocorra, podemos habilitá-la por meio do Setup.

2

Inicie o computador e aperte a tecla Delete (ou F2). Em modelos de Setup de chipsets da VIA e SiS, clique em Integrated Peripherals e, em seguida, procure pela opção On-board LAN Device. Marque-a como Enabled. Em outras placas, esta opção está no grupo Chipset Features.

3

Tecle F10 para salvar as configurações, e reinicie o computador. Na lista de dispositivos do boot, deve surgir algo como Network Controller. Nesse caso, a placa de rede foi habilitada com sucesso.

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Hardware

Modem

AMR

No fim da década de 1990, tivemos a explosão da Internet como meio de comunicação e entretenimento. Para que fosse possível entrar na Internet, as pessoas precisavam de dispositivos que permitissem a discagem para o provedor, os modems. Havia grandes empresas especializadas na fabricação de modems, como a lendária US Robotics, fabricante do modem de melhor desempenho em todos os tempos, a Intel e, um pouco mais tarde, a Lucent. É claro que, como todo artefato tecnológico, ter um bom modem tinha um custo, e esse custo não era baixo. Muitos chegavam a ter um preço equivalente ao de um bom HD ou de pentes de memória. De olho nisso, empresas especializadas em hardware de baixo custo, como a PC-TEL, começaram a produzir os modems AMR; uma pequena placa com duas saídas, semelhantes às utilizadas nos telefones, e que, na verdade, só serve mesmo para dar suporte a essas portas. Nenhum circuito presente em modems “de verdade” é encontrado nos modems AMR. Na Figura 21.1, veja um modem AMR:

Figura 21.1.

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Guia Profissional Nesse padrão, quem faz o papel de modem é a placa-mãe, utilizando, muitas vezes, os mesmos circuitos para gerenciar o modem e a placa de som on-board. Os modems dessa classe são reconhecidos pelo sistema operacional por meio de softwares que emulam a modulação de sinais telefônicos realizados pelos modems mais caros, principalmente em sistemas Windows. É por isso que esses dispositivos são chamados, também, de softmodems, modems que operam pelo software, ou winmodems, modems para o Windows, ainda que seja possível, em alguns casos, utilizá-los em outros sistemas operacionais. Se você adquiriu uma placa-mãe de baixo custo, provavelmente é o feliz possuidor de um modem AMR, e pode estar diante de duas situações distintas nessa altura do campeonato: Precisa instalar o modem AMR na placa-mãe; Não quer usar essa “joça” e quer desabilitá-la também da BIOS, pois será uma coisa a menos para carregar, tanto no boot quanto na inicialização do sistema operacional.

Instalação de modem AMR Instalar o modem AMR, do ponto de vista do hardware, é muito simples. Se a placa-mãe veio com o modem AMR na caixa, é porque ela possui o slot do mesmo nome para a conexão do periférico. Veja, na Figura 21.2, como é o slot AMR, circundado em verde. Note também que o slot AMR é o menor entre os slots da placa-mãe:

Figura 21.2.

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Hardware

1

Para encaixar o modem na placa-mãe, posicione-o no slot AMR de forma que as portas de conexão com a linha telefônica sejam voltadas para fora. Não se esqueça de parafusá-lo ao gabinete.

2

Em seguida, inicie o computador e entre no Setup da BIOS (teclas Delete ou F2). Depois, procure, no conjunto Integrated Peripherals, pela opção OnBoard Modem, ou OnChio Modem, em alguns casos. Marque-a, com a tecla +, para a posição Enabled.

3

Salve as configurações, apertando a tecla F10. A máquina será reiniciada. Observe, na lista de periféricos do boot, se existe a linha Comunication Device ou Comunication PCI Device. Se a resposta for afirmativa, a placa foi instalada corretamente. No segundo caso apresentado, que aponta para a necessidade de desabilitar a placa, não há grandes segredos ou mistérios. Basta proceder como na instalação, realizando, no entanto, as opções necessárias à desativação do componente.

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Bateria ou

memória CMOS

Você já notou que, depois de desativado ou até mesmo desligado da tomada, o computador mantém todas as configurações feitas anteriormente? Isso ocorre porque a BIOS nunca é desligada: existe uma pequena corrente elétrica que a mantém funcional. É por isso, também, que o relógio da BIOS, e do Windows, não se atrasam quando o computador é desligado. O dispositivo responsável pela manutenção dessa corrente é uma bateria, ligada à memória CMOS (Complementary Metal Oxide Semicondutor). Apesar de muita gente chamar a bateria de CMOS, elas são coisas distintas: a CMOS armazena os dados; a bateria mantém a CMOS funcionando. Essa bateria, muito parecida com uma bateria de relógio do tamanho de uma moeda de 25 centavos, é composta por lítio de alta densidade (dura muito tempo). Ela se localiza na placa-mãe, na maioria das vezes, ao lado do chip da BIOS. Dê uma olhada na Figura 22.1 e saiba como é a bateria:

Figura 22.1.

Após instalar nossa placa-mãe e iniciá-la pela primeira vez, é possível enfrentar algumas situações anômalas. Normalmente, o computador dá

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Hardware alguns bipes (apitos) e uma mensagem surge na tela, indicando erros na CMOS. A maioria desses erros é causada pela bateria que alimenta a CMOS. Veja, a seguir, como resolver alguns deles:

CMOS cheksun error Esse é o tipo de erro que ocorre em 90% das placas-mãe recém instaladas e com a BIOS ainda não configurada. Se quiser mais detalhes sobre BIOS e Setup, leia o Capítulo 17, Configuração da BIOS. Nesse caso, basta acessar o Setup da BIOS pela primeira vez e salvar as configurações (tecla F10). Se o defeito persistir, a bateria precisa ser trocada. Vejamos como fazê-lo:

1

Para substituir a bateria, desligue o computador (inclusive da tomada) e, com uma pinça plástica ou espátula, retire a bateria. Algumas placas-mãe possuem uma pequena alavanca que facilita a retirada.

A

tenção: não use objetos metálicos, eles podem danificar a placa-mãe.

2

Leve a bateria para uma relojoaria ou para qualquer outro local que venda baterias de relógios e celulares. Você deve ter certeza de que o vendedor irá lhe fornecer uma bateria de 3V, o padrão utilizado. A voltagem da bateria vem decalcada na superfície.

3

Coloque a bateria nova na placa-mãe e inicie o computador. Se o problema persistir, a CMOS foi corrompida e devemos apagá-la. Para isso, desligue novamente o PC e procure pelo jumper de limpeza da memória CMOS. Ligado a um conjunto de três pinos na placa-mãe, esse jumper é utilizado para limpar as configurações da CMOS, provocando o retorno das configurações de fábrica. Consulte o manual de sua placa-mãe para saber onde se encontra o jumper de limpeza. O nome Clear CMOS também pode vir decalcado na própria placa-mãe.

4

Vejamos o funcionamento desse jumper: ao ser colocado nos pinos 1 e 2 do conjunto (veja a Figura 22.2), a corrente elétrica trazida da bateria está “aberta”, ou seja, a memória está em pleno funcionamento.

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Guia Profissional Quando colocado nos pinos 2 e 3, a corrente é fechada, ou seja, a CMOS é desligada. Isso faz que todas as configurações atuais sejam apagadas para, então, retornarmos às configurações de fábrica.

Figura 22.2.

5

Dessa forma, coloque o jumper nos pinos 2 e 3 e espere por cerca de um minuto. Coloque-o, depois, na posição original e inicie a máquina. Entre no Setup, refaça as configurações e tecle F10 para salvá-las. A operação acima deve resolver os problemas com a CMOS e sua bateria. A mesma prática pode ser utilizada quando surgem mensagens do tipo CMOS System Options Not Set, para configurações do sistema não encontradas, e CMOS Time and Date Not Set, quando o problema são as configurações de data e hora.

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Hardware

HD Já estamos quase no final da montagem de nosso computador. Conseguimos fazer muitas coisas, como alterações na BIOS e dar boot no sistema com a ajuda de um disquete. No entanto, para armazenar informações no computador sem que elas se percam, para instalar softwares ou um sistema operacional inteiro, devemos ter mais do que um drive de disquete, precisamos de um HD. Ao contrário do que ocorria há uns cinco anos, o HD, hoje, não é a parte mais cara de um computador. Ele perde feio, em valores, para uma placa-mãe da Intel, por exemplo. Além disso, um HD com 80 GB, mais do que o suficiente para ter o Windows XP, vários jogos de última geração e mais umas 300 horas de MP3, custa menos de R$ 250,00, ou seja, gastamos pouco mais de R$ 3,00 por GB adquirido. Para instalar um HD, ou disco rígido, nós só vamos precisar de uma chave Phillips.

Compra de HD Se você possui um HD “herdado” de um computador antigo ou de algum tipo de “sucatão”, daqueles que se formam quando algumas empresas decidem fazer upgrades em seus computadores, é melhor comprar um disco rígido novo. E é claro que, se seu disco rígido é muito pequeno (menos de 5 GB), você terá de comprar um mais espaçoso de qualquer maneira. Ao comprar um HD, no entanto, não devemos nos ater apenas a valores baixos e alta capacidade de armazenamento. Um HD de bom desempenho é bem mais do que isso. Em primeiro lugar, existe uma coisa chamada RPM (rotações por minuto), que determina o quão rápido os vários discos que compõem o disco rígido giram em contato com o braço de leitura e de gravação, responsável pela fixação e posterior recuperação dos dados armazenados no disco. Atualmente, são vendidos discos rígidos de baixo custo, com grande capacidade, mas com rotação de 5400 RPM. Essa rotação, considerada baixa, faz que os discos rígidos se tornem lentos, mesmo que tenham espaço para guardar muita coisa. O ideal é comprar discos de 7200 RPM, padrão atual de mercado. Os HDs com essa velocidade são bem rápidos, sobretudo para uso doméstico, Montagem cap23.indd 75

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Guia Profissional e a diferença de desempenho entre eles e os discos de 5400 é sensível. A diferença do preço é de cerca de R$ 20,00. Economia, portanto, que não vale a pena. Um segundo ponto a ser ressaltado é que todo HD possui um pequeno chip de memória, responsável por administrar uma área de transição rápida de informações que precisem, ou venham a precisar, de leituras repetidas: o cache de disco, também chamado de buffer. Em HDs de baixo custo, esse cache varia entre 2 e 4 MB. Um HD bem melhor, com boa quantidade de cache, cerca de 8 a 10 MB, não custa R$ 30,00 a mais. Por último, devemos nos lembrar da proteção antichoque. Pode parecer desnecessário um sistema contra quedas e pancadas em uma peça de computador que deverá ficar presa todo o tempo. Porém, a verdade é que 50% dos discos rígidos que vão para o lixo, por causa de setores de leitura e gravação defeituosos, os famosos bad blocks, sofreram algum tipo de queda ou pancada, mesmo dentro do gabinete. Quem mora com crianças, ou muda continuamente o computador de lugar, sabe o que é isso. Uma das melhores opções, inclusive na relação custo-benefício, é o Barracuda 7200.7 Plus - ST3120026A, da Seagate, digno representante da, talvez, melhor série de discos rígidos já feita em todos os tempos, fora os lendários Quantum Fireball e os clássicos HDs da IBM. Com todas as características acima, esses modelos de disco rígido, com 160 GB de capacidade, custam cerca de R$ 360,00. Um investimento que vale a pena.

Instalação do HD Após a compra do seu HD, está na hora de fazer a instalação do dispositivo. Antes de prender o disco rígido à máquina, devemos providenciar a configuração física do HD. Este detalhe irá definir sua posição no sistema. Outro ponto é garantir que ele será capaz de realizar o boot de um sistema operacional, caso tenhamos mais de um disco na mesma máquina. Toda placa-mãe possui dois conectores para ligação de discos rígidos e drives de CD, os conectores IDE. Esses conectores para cabos de 80 vias são chamados de IDE primário e IDE secundário, e definem o posicionamento do disco rígido no sistema. No entanto, para que o HD comece a funcionar, não basta interligar a placa-mãe com um flat cable: temos de jumpear corretamente o disco rígido. Observe a parte traseira do disco rígido. Ali, existe um conjunto de pinos de metal e um jumper de acrílico entre eles, como os que vimos na placa-mãe (Figura 23.1). De acordo com a posição do jumper nesse

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Hardware conjunto de pinos, temos um tipo diferente de posicionamento para o HD: Master, primeiro disco de um canal IDE; Slave, segundo disco; ou Cable Select, posição de compatibilidade de discos rígidos recentes em máquinas antigas, ou vice-versa.

Figura 23.1.

Essas posições são representadas, em boa parte dos HDs disponíveis no mercado, pelas siglas MA (Master), SL (Slave) ou CS (Cable Select), em decalques abaixo do setor de jumpeamento. Em alguns HDs, a indicação das posições do jumper é feita em uma etiqueta localizada na parte superior do HD, como você pode ver na Figura 23.2:

Figura 23.2.

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1

Vamos configurar seu HD como Master. Para tanto, localize o conjunto sobre o qual está escrito MA, ou leia a posição correspondente na etiqueta, e posicione ali o jumper. Se sua placa-mãe for antiga, instale o disco rígido como Cable Select, colocando o jumper na posição CS.

2

Após o jumpeamento, encontre uma baia vazia no gabinete e deslize o HD até lá. As baias de 3 e 1/2, baias menores, parecidas com as de disquete, são as que devem ser utilizadas. Fixe o disco rígido na baia com a ajuda de parafusos. Em hipótese alguma, deixe o HD solto ou meio solto.

3

Com o HD fixo na baia, ligue um cabo de força de quatro pinos (veja a Figura 23.3) à entrada de força, também de quatro pinos, do HD. Só existe uma maneira de ligar o cabo de força corretamente, pois ele possui uma trava (“mata-burros”).

Figura 23.3.

4

Agora, vamos prender o flat cable ao disco rígido. Para isso, posicione uma das extremidades do flat cable na IDE primária, pois este será o disco que abrigará nosso sistema operacional. Prenda a outra extremidade na entrada de dados do HD. Como no cabo de força, aqui existe uma trava que só permite a ligação de uma maneira, a correta. Veja na Figura 23.4 como fazer essa conexão.

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Figura 23.4.

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Terminada a instalação física do HD, inicie o computador. O HD será automaticamente reconhecido pelo sistema.

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Cabos de

dados

No capítulo anterior, fizemos a instalação do nosso HD. Com isso, excetuando o CD-ROM ou o gravador de CDs, que ainda não instalamos, possuímos nosso computador praticamente pronto para a instalação de um sistema operacional. No entanto, antes de instalar o CD-ROM, podemos melhorar um pouco a performance dos dispositivos IDE que já instalamos, além de incrementar a velocidade do seu computador. Isso pode ser feito sem muito alarde, apenas mexendo um pouco nos cabos de dados.

Tipos de cabos Como vimos, devemos interligar o HD à placa-mãe com um flat cable. Dessa forma, o HD será reconhecido pela BIOS para que possamos instalar o sistema operacional. Pouca gente se dá conta, no entanto, de que existem vários tipos de flat cables, e de que isso influi substancialmente na performance do disco rígido. Antigamente, os HDs utilizavam cabos de 40 vias, parecidos com os cabos de interligação dos disquetes, exceto pela pinagem incompatível. Esses cabos eram utilizados para HDs que operavam com o padrão de velocidade ATA33. Sobre esse padrão, você só precisa saber que é muito antigo, usado, atualmente, apenas por drives ópticos, como os de CD e DVD. Além de mais finos do que os cabos de 80 vias, esses possuíam conectores de cor preta ou cinzenta. Agora, por que você precisa saber esse tipo de detalhe? Simplesmente pelo fato de que muita gente ainda vende HDs junto com cabos de 40 vias. Isso explica porque HDs que deveriam ser muito rápidos ficam lentos após a instalação no gabinete. Se esse for o seu caso, retire o cabo de 40 vias do computador e jogue-o fora! Em seguida, compre um cabo de 80 vias, com conector da interface IDE de cor azul, como a própria interface de IDE primário da placa-mãe (Figura 24.1).

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Figura 24.1.

Conecte a extremidade azul do cabo à sua placa-mãe, e a extremidade preta ao conector de dados do HD. Um cabo de 80 vias simples custa menos de R$ 10,00 em qualquer lugar honesto. Existem cabos, assim como modelos de placa-mãe, que usam outras cores para o conector de dados do IDE primário, indo do vermelho ao prateado. Porém, isso em nada muda nossa experiência: em caso de dúvidas, consulte seu velho amigo, o manual da paca-mãe, ou observe, na BIOS, se o HD está mesmo posicionado como Master Primário.

Pequena engenharia de cabos IDE Outro detalhe que temos de levar em consideração: quantos e quais drives de disco óptico você irá adicionar ao seu computador. Lembre-se de que temos quatro portas IDE (Master Primária, Slave Primária, Master Secundária e Slave Secundária) e de que nosso HD está ocupando a Master Primária, pois ele comportará o sistema operacional e deve ter preferência na passagem de dados. Imagine, por exemplo, um caso bem simples. Você irá adquirir apenas um CD-ROM para acoplar ao computador. Se acoplarmos o drive de CD ao canal Master Primário, estaremos fazendo duas coisas: configurando o CD-ROM para dividir o canal de dados com o HD, o que diminuirá a performance dos dois, e desperdiçando um canal IDE, o secundário, que ficará vazio. O ideal é, quando possível, manter dispositivos IDE em canais separados. No caso acima, podemos deixar somente o HD em sua IDE e colocar

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Guia Profissional o leitor de CDs na IDE Secundária, também sozinho. Essa separação é mais urgente ainda se sua intenção for instalar um gravador de CDs ou leitor de DVDs no computador: devido ao freqüente fluxo de dados que passa pela interface quando está sendo gravada uma mídia, um HD ligado na mesma IDE de um gravador pode tornar-se ridiculamente lento, além de afetar a velocidade e o sucesso da gravação do CD. No caso dos leitores e gravadores de DVDs, a separação é obrigatória. Drives de DVD têm de permanecer sozinhos em uma única IDE. Devido à necessidade de recursos, gravadores de CDs reunidos na mesma IDE que DVDs-ROM simplesmente não funcionam. Se for este o seu caso (um HD, um gravador de CDs e um DVD na mesma máquina), opte pelo mal menor: HD na IDE Primária Master; Gravador de CDs na IDE Primária Slave; DVD na IDE Secundária Master; IDE Secundária Slave sempre vazia. Porém, se você tiver dinheiro sobrando, compre um gravador de CDs externo, normalmente ligado a portas USB. Um gravador desses é caro, quase R$ 500,00; no entanto, o que compensa é que você não terá mais problemas com IDEs e ainda terá a vantagem de utilizar a velocidade do USB para gravar CDs. Outra vantagem: um gravador de CDs externo pode ser levado para qualquer lugar.

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Gravador

de CDs

E já que falamos de gravadores de CDs, esse, provavelmente, é o derradeiro dispositivo que precisa ser instalado antes de fecharmos o gabinete e colocarmos nosso computador para funcionar. Ter um equipamento que leia CDs, atualmente, é essencial, e você deve saber disso. Sem um drive de CD, é impossível, para início de conversa, a instalação de um sistema operacional moderno. Você pode instalar, no máximo, o MS-DOS (três disquetes) ou conseguir, no fundo de alguma garagem abandonada, uma caixa de disquetes de instalação do Windows 3.11 (seis disquetes) ou do Windows 95 (20 disquetes). Cremos que você já viu que não é uma boa idéia. No entanto, vamos, antes, planejar a compra. Um leitor de CDs ou drive de CD-ROM custa muito barato: cerca de 3% do valor final do seu computador, supondo que você tenha comprado peças de boa qualidade para montar seu PC. Um gravador de CDs, capaz de fazer as mesmas coisas que um leitor, além de gravar e regravar CDs, custa quase a mesma coisa que um drive de CD de boa qualidade. Um combo que integre gravador de CDs e leitor de DVDs na mesma máquina custa menos de R$ 150,00. Se, no momento, você pretende gastar pouco, mas não quer gastar duas vezes, compre um gravador de CDs de baixo custo, como os fabricados pela LG. Você gastará cerca de R$ 100,00, ao passo que um leitor de CDs da mesma marca custa R$ 60,00.

Instalação Lembre-se, antes de tudo, do capítulo anterior: escolha, de preferência, um canal IDE vazio, no qual o gravador ou leitor de CDs possa ficar sozinho. Isso impedirá queda de desempenho tanto dele, quanto do dispositivo já instalado na mesma IDE. Em seguida, obedeça aos passos a seguir para uma correta instalação:

1

Configure o gravador com o jumper que fica na sua parte traseira, definindo se ele será Master ou Slave da IDE em que será colocado. Prefira Master, se o dispositivo for colocado em uma IDE vazia.

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Deslize o gravador para uma baia vazia do seu computador, sem se esquecer, é claro, de retirar a tampa plástica que cobre as baias não utilizadas. Parafuse-o ao drive com uma chave Phillips.

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Prenda o cabo de força ao drive, como é mostrado na Figura 25.1. Faça o mesmo com o flat cable, lembrando que você não deve usar o mesmo flat cable usado para conectar o HD.

Figura 25.1.

4

Conecte a outra ponta do flat cable ao conector IDE da placa-mãe. Observe bem a marca no cabo antes de conectar ao IDE. O IDE secundário, ao contrário do IDE primário, que fica ao seu lado na placa-mãe, permite a instalação do cabo de maneira errada. Quando isso ocorre, o drive não liga, nem mesmo no momento do boot. Para solucionar o problema, basta desligar o computador e inverter a posição da ponta do flat cable que está na interface IDE para que o dispositivo comece a funcionar.

5

Por último, vamos conectar o drive de CD à placa de som, utilizando um cabo de som. Esse cabo, formado por dois fios trançados, com um conector de três pinos em cada extremidade, acompanha a caixa do dispositivo. Você também pode adquiri-lo em qualquer loja de eletrônica, pedindo um cabo de som para CD-ROM.

6

Conecte um dos cabos à saída de som do drive de CD, um conector de quatro pinos que fica ao lado do conector de dados onde foi colocado o flat cable. Existe um pequeno pino que serve como indicador da forma correta de instalação.

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A outra extremidade do cabo deve ser ligada à entrada de som CD-IN da placa-mãe. Se você possui uma placa-mãe on-board, consulte seu manual, procurando pela entrada de som correspondente.

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Hardware

Conexões de

periféricos

Terminada a instalação do CD-ROM, temos um computador pronto para o uso. Por isso, vamos fechar o gabinete e colocá-lo no local em que será utilizado. O ideal é mantê-lo em uma sala bem refrigerada, mas não úmida, longe do sol e de fontes de calor diretas. Além disso, a mesa deve ser firme: quanto mais trepidações o PC sofrer, maiores são as chances de algo se soltar, ou de dispositivos frágeis, como o CD-ROM, sofrerem desgaste. Com o computador posicionado no local adequado, vamos instalar os periféricos que ficaram de fora da montagem propriamente dita.

Teclado e mouse Se você retirou o teclado do PC, recoloque-o no lugar, no conector PS/2 de cor lilás ou violeta. Se seu teclado é DIN, mas o computador usa somente conectores PS/2, lembre-se de comprar o adaptador DIN-PS/2. Com relação ao mouse, devemos conectá-lo na porta PS/2 de cor verde, na parte de trás do computador. Se você possui um mouse serial, conecte-o na entrada correspondente, com 15 pinos, que você pode ver na Figura 26.1. Não se esqueça de parafusar o mouse à porta.

Figura 26.1.

Se seu mouse é USB, basta ligá-lo em qualquer porta desse padrão. Isso é o suficiente para que ele seja reconhecido. O ideal é colocar o mouse em uma das portas USB traseiras, para evitar dobrar o fio. O problema fica por conta da instalação do sistema operacional: somente versões recentes do Linux e o Windows XP reconhecem, prontamente, mouses USB. Ao instalar outros sistemas, você deve utilizar um mouse serial ou PS/2 no computador, e só adicionar o mouse USB depois da instalação dos drives da placa-mãe.

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Caixas de som e microfone O fio das caixas de som deve ser conectado à saída (Line Out) da placa de som. Essa saída, na maioria das vezes, tem a cor verde. Além disso, as caixas de som devem ser posicionadas o mais longe possível do monitor e da impressora, se você, porventura, possuir uma, pois elas não podem passar por trepidações nem ficar próximas a fortes campos magnéticos. Além disso, a marca da caixa de som influi muito na sua qualidade: caixas de som da Troni, aquelas de plástico bem fininho, e de outras marcas chinesas são muito suscetíveis a interferências, provocadas, sobretudo, por estações de rádio com antenas localizadas no perímetro urbano. O microfone é bem mais simples. Procure, apenas, conectá-lo à porta cor de rosa da placa de som.

Impressora, escâneres e máquinas digitais Impressoras antigas são conectadas por meio da porta paralela. Observe-a na Figura 26.2:

Figura 26.2.

Para fazer a conexão, você precisará de um cabo paralelo para impressora. A ponta macho do cabo deve ser conectada ao computador e a ponta fêmea (Figura 26.3) deve ser conectada à impressora.

Figura 26.3.

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Primeira Parte

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Hardware

I

mportante: também existem cabos paralelos para comunicação entre computadores.

Se você possui uma impressora USB, basta conectá-la a uma porta USB disponível em seu computador. Em qualquer um dos casos, você deve ter o disquete ou o CD de drivers para que a impressora seja instalada corretamente. Não se preocupe com os escâneres. Tudo o que foi dito sobre impressoras também vale para esse tipo de equipamento. Com relação às maquinas digitais, lembre-se somente de que elas devem ser conectadas a portas USB. É possível utilizar as portas USB dianteiras do computador.

Mouse ou teclado wireless Mouses ou teclados wireless são dispositivos modernos, que permitem a interação com o computador, dispensando o usuário do embolo de fios que esses periféricos, em suas versões mais comuns, provocam. O primeiro problema é que o mouse e o teclado wireless custam, em conjunto, cerca de R$ 100,00, muito mais do que as versões mais simples. O segundo, é que você precisará de um slot PCI livre para instalar a placa de recepção de sinal (rádio ou infravermelho, depende do caso) que vem com o teclado ou mouse wireless.

Modem Para deixar o modem pronto para a Internet, ao menos do ponto de vista do hardware, basta ligar, à saída Line, um cabo telefônico padrão RJ, presente no kit do modem, junto com o CD dos drivers, ligando a outra ponta do mesmo cabo ao conector de telefone utilizado em sua casa. Se você dispuser o telefone ao lado do computador, pode conectar nele o aparelho telefônico, mesmo que ele seja sem fio. Basta instalar o fio que sai do aparelho telefônico na porta Phone do modem. Assim, quando você se desconectar da Internet, o telefone já estará liberado automaticamente.

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Internet Nesta parte do livro, com o computador já montado, abordaremos algumas práticas de configuração e alguns testes que podem ajudar a utilizar, com ganho de desempenho, os recursos que o computador nos oferece. O primeiro desses recursos é a Internet. Por meio da Rede Mundial de Computadores, podemos pagar contas, fazer consultas, nos divertir etc. Porém, antes de qualquer coisa, precisamos garantir acesso a essa rede. Em se tratando do quesito acesso à Internet, os computadores podem ser divididos em: Computadores que utilizam conexão discada (modems); Computadores que utilizam conexão de alta velocidade, ou banda larga (modems ou roteadores ligados ao PC por uma placa de rede).

Internet discada A Internet discada utiliza modems digitais, como os modems AMR ou PCI, nossos velhos conhecidos, para buscar, via linha telefônica, um número de telefone que nos conecte à rede do provedor. Somente por esse caminho é que podemos navegar na Internet. Para configurar o modem e se conectar da maneira mostrada a seguir, supomos que você tenha uma linha telefônica, um modem funcionando e o CD de instalação dos drivers do modem, ou de sua placa-mãe, se o modem for AMR. É preciso, ainda, que você tenha instalado o Windows em sua máquina. Em nosso exemplo, utilizamos o Windows XP.

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Após iniciar seu computador e o Windows, clique em Iniciar > Configurações > Painel de controle > Sistema. Em seguida, clique na aba Hardware e, depois, no botão Gerenciador de dispositivos. Surgirá uma árvore com todos os dispositivos de hardware do computador, como mostrado na Figura 27.1.

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Hardware

Figura 27.1.

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Insira o CD de drivers do seu modem, ou da placa-mãe, no drive. De volta à tela Gerenciador de dispositivos, clique na opção Componentes desconhecidos e procure por um item no formato de um ponto de interrogação amarelo, denominado PCI Comunication Device. Às vezes, dependendo do modem, o termo é traduzido para Controlador de comunicação PCI.

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Clique com o botão direito do mouse no dispositivo, e selecione a opção Propriedades. Clique, em seguida, na aba Drivers e, depois, em Atualizar driver.

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Na tela que será aberta, selecione a opção Instalar de uma lista ou local específico (avançado). Clique, depois, em Avançar.

Na tela que se segue, clique em Pesquisar mídia removível > Avançar. Surgirá uma lista com um, ou mais, drivers. Selecione o seu modelo de modem e clique em OK.

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Finalize, clicando em Concluir. Logo após, reinicie a máquina.

Os drivers de alguns modems não são encontrados de forma automática, como foi visto no Passo 7. Ocorrendo esse problema, utilize a opção Não pesquisar. Escolha o driver a ser instalado e clique em Avançar.

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Na tela que surgir, aperte o botão Com disco (Figura 27.2) e procure pelo driver no CD-ROM. Em CDs de modems vendidos separadamente, os drivers estão, normalmente, no diretório Drivers. Em CDs de drivers da placa-mãe, procure pelos diretórios Modem ou AMR. Dentro deles, busque um diretório com o nome do seu sistema operacional.

Figura 27.2.

Após a instalação do modem Instalado o driver, existem algumas coisas que devemos fazer para melhorar o desempenho do modem:

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Siga o menu Painel de Controle > Sistema > Hardware > Gerenciador de dispositivos.

Desta vez, no entanto, selecione Modems, pois o dispositivo já está com o driver correto instalado. Clique, em seguida, sobre o dispositivo com o botão direito do mouse e selecione a opção Propriedades.

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Clique na aba Modem e, na área Velocidade máxima da porta, selecione a opção 115200. É claro que o modem não chega a essa velocidade, mas configurá-lo dessa forma força o desempenho do dispositivo ao máximo.

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Clique, em seguida, na aba Avançadas e aperte o botão Alterar preferências padrão. Na aba Geral da janela que irá surgir, selecione Controle de fluxo e clique em Xon/Xoff. Finalize, dando OK duas vezes.

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Testes e

informações

Após montar um computador, às vezes, podemos sentir que as coisas ficaram um pouco estranhas... Utilizamos equipamentos de primeira linha, fizemos tudo certo – ou achamos que fizemos – mas o desempenho da máquina está bem aquém do que esperávamos. Pior ainda, aparentemente nada está errado: não há sinal de superaquecimento ou de desgaste de componentes. Bem, na verdade não é bem assim. Se o computador está lento ou trava continuamente, já temos um sinal mais do que evidente de que há “fogo” por trás da “fumaça”. No entanto, é claro também que existem problemas nem sempre visíveis. Por isso, há diversos procedimentos de testes, alguns implementados por softwares, que medem o real desempenho de seu equipamento.

Check-up completo Neste tópico, utilizaremos o BenchMarkX 4.1, substituto mais leve e confiável do famoso 3D Mark, para placas de vídeo 3D, e do Sandra, para testes completos de hardware. A máquina a ser testada é um Celeron 1.4 GHz, com 256 MB, placa-mãe chipset da Intel, tudo on-board, com HD de 20 GB e o Windows XP Professional instalado. Essa máquina deveria estar funcionando bem, mas trava ao menos uma vez por dia, quando o vídeo fica “congelado” ou a placa de rede pára de funcionar.

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Baixe o software em http://www.majorgeeks.com/download1800. html e instale-o em seu computador.

Instalado o programa, clique em System Info e, em seguida, em Processor. Observe a primeira linha do quadro: ela mostra a freqüência real do processador em megahertz. No nosso caso, temos um processador classificado como Pentium II, com freqüência de 1300 MHz.

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Guia Profissional Algo normal, pois o Celeron tem mesmo muita coisa da arquitetura do Pentium II. Portanto, até aqui não fomos enganados. Nosso processador realmente alcança a velocidade nominal mostrada na embalagem e está, atualmente, trabalhando em sua freqüência máxima.

Figura 28.1.

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Agora, vamos clicar em Video. Em Adapter Properties, temos que nossa placa de vídeo é uma Intel(R) 82810, também conhecida, simplesmente, como Intel 810. Vemos também, em Memory, que nossa placa tem exatos 4 MB de RAM, menos do que a placa de vídeo off-board mais ordinária à venda no mercado.

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Enfim, parece que chegamos à raiz do problema. Clicando em Disk, notamos que nosso disco rígido está abarrotado de porcarias, que comprometem 95% de sua capacidade de ocupação. Pouca gente sabe, mas HD cheio é um dos gargalos mais comuns, mesmo em computadores com poucos meses de uso, e uma das principais causas de lentidão no sistema.

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Figura 28.2.

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Antes de limpar o HD, grave em CDs tudo o que for usado muito raramente: fotos, MP3, joguinhos em Flash baixados da Internet etc. Se você não tem gravador de CDs, ao menos limpe o sistema do lixo que o Windows acumula. Para tanto, utilize softwares de limpeza, como o Limpeza de Disco, clicando em > Programas > Acessórios > Ferramentas de Sistema > Limpeza de Disco.

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Em seguida, escolha o disco que deseja limpar, na maioria das vezes o disco C, e clique na aba Limpeza de Disco. Selecione todas as opções: tudo que está listado é lixo acumulado pelo Windows, que só serve para ocupar recursos de processador e memória da sua máquina. Os diretórios Temp e Temporary Internet Files são particularmente atingidos por esse problema.

Memórias Até existem softwares que fazem testes de memória, como o Memtest, mas, no caso dos usuários domésticos, eles nem são necessários, pois problemas de memória, quando conhecemos alguns sintomas, são facilmente detectáveis.

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Guia Profissional Quando utilizamos o Windows 98, as telas azuis, com títulos compostos por duas linhas cheias de números, aparecem com freqüência. No Windows XP e no Windows 2000, além da tela azul, rara nesses dois sistemas, podemos ser brindados com mensagens como Memory Error Adress, acompanhada de uma seqüência de zeros e uns, ou Erro – Programa não Ready ou Memória não Ready. Esses são os exemplos mais típicos de erros no sistema, nos quais as memórias podem estar envolvidas. Nesses casos, não há muito a ser feito. Apesar de, algumas vezes, funcionar o velho truque de abrir o computador, tirar as memórias do slot e passar uma borracha branca, não se esqueça de que é apenas um paliativo para emergências: em pouco tempo, as panes recomeçam... O ideal é trocar as memórias, de preferência por módulos do mesmo tipo.

HDs que param Você liga o seu computador e o disco rígido some? Estamos diante do clássico problema com cabos flat. Cabos flat tortos, repuxados, ou que já sofreram muito com o calor do gabinete costumam parar de funcionar. Mesmo que você não perceba, alguns fios se quebram por dentro, e começam a apresentar mal-contato. Solução do problema: troque o cabo, de preferência por um de 80 vias, ou, melhor ainda, por um cabo integrado, que ocupa bem menos espaço e não tem problemas com quebras e dobras. Esse cabo pode ser comprado em lojas de equipamentos de casemod (montagem de gabinetes personalizados) e custa um pouco mais que o dobro de um cabo IDE comum.

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Upgrade

da BIOS Se a placa-mãe apresenta problemas quando acrescentamos um dispositivo muito novo, como uma placa de vídeo com suporte a 8x de slot AGP que não funciona, uma placa de som que trava, ou simplesmente um processador que deveria ser compatível, mas que deixa de funcionar, estamos diante de problemas com a BIOS. Esse tipo de dificuldade pode ser resolvida com a atualização da BIOS. Todos os fabricantes de placas-mãe lançam atualizações freqüentes para as BIOS de cada um de seus modelos de placas, visando a adicionar funcionalidades e a corrigir problemas. Atualmente, existem fabricantes que enviam atualizações da BIOS executáveis diretamente no Windows, mas a maioria das correções ainda continua a ser distribuída no formato MS-DOS. Confira, agora, um roteiro genérico para a correção de uma BIOS. Estude esse roteiro, lembrando-se de ler também o capítulo sobre a atualização da BIOS no manual de sua placa-mãe. Todos os manuais têm ao menos três páginas dedicadas ao assunto.

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Antes de tudo, procure saber qual é a marca de sua BIOS. Para tanto, utilize o programa Astra, para MS-DOS, ou o Astra32, se você utiliza Windows 2000 ou XP. O programa pode ser baixado em http://www. astra32.com/files/astra32setup.exe.

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Após a instalação do Astra, clique em BIOS Info e, em seguida, em DMI BIOS Info. Anote as informações BIOS Vendor e BIOS Version, ou, simplesmente, dê uma olhada no manual da placa-mãe.

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Se você usou o Astra, clique em BIOS Info. Em OEM URL, anote o endereço do fabricante da BIOS, onde você deve procurar por uma cópia da sua mídia de armazenamento. Em BIOS Version, você verá qual é o modelo da sua BIOS: AWARD ou Phoenix.

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Procure pelo modelo de BIOS correspondente na Internet, de preferência, no site de nossos amigos fabricantes. Na maioria dos modelos, como dissemos, basta baixar um arquivo executável (.exe) com a BIOS já embutida. Se esse arquivo for para Windows, basta baixá-lo, executá-lo, reiniciar a máquina e, pronto, a BIOS estará atualizada.

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antagem: os updates para Windows não deixam que a BIOS errada seja gravada na placa-mãe.

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Em outros casos, a imagem está em um arquivo binário, e é necessário baixar um atualizador de memória flash para fazer uma sobreposição. Observe a documentação do site e certifique-se de baixar a imagem correta, ou você inutilizará a sua BIOS. Se você possuir o CD de sua placa-mãe, procure pelos diretórios AMI, AWARD ou Phoenix. Neles, os fabricantes costumam acrescentar softwares de update próprios para sua placa-mãe.

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Para fazer um disco auto-executável com a BIOS, por exemplo, da AWARD, abra o Bloco de notas do Windows e digite o seguinte:

@echo off cls awdflash.exe 1002A.bin (ou o nome da imagem de sua BIOS) / py/ sn/ cd/cp/cc/ r Salve esse arquivo em um disquete como flash.bat, junto com a imagem da BIOS e o software de gravação. Você pode criar um disquete desse tipo também com outras marcas de BIOS. Para realizar a atualização, mantenha ativados apenas a memória RAM, o processador e o drive de disquete. Portanto, desconecte a rede, drive de CD e discos rígidos. Em seguida, inicie o computador com um disco de boot e, depois, faça a troca pelo disquete em que está a BIOS, digitando flash.bat no prompt para realizar a alteração da BIOS. Logo após, reinicie a máquina.

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www.digerati.es

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