Livro de Testes 7.º Ano

April 24, 2018 | Author: cristina_correia_31 | Category: Subject (Grammar), Pop Culture, Short Stories, Universe, Man
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Descrição: Testes...

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– 7.o ANO Português

DE

LIVRO TESTES

MATERIAL EXCLUSIVO

Professor

ÍNDICE

Teste 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Teste 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Teste 3 . . . . .. . . . . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Teste 4 . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Teste 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 Teste 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

Cenários de resposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

Nota: Este livro de testes encontra-se redigido conforme o novo Acordo Ortográfico.

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TESTE 1 NOME:

TURMA:

N.O:

Narrativa 1

GRUPO I Áudio • Faixa 22 Entrega de diplomas a contadores de histórias

Antes de iniciares a audição da notícia, lê as perguntas. Em seguida, ouve atentamente a notícia radiofónica, tira os apontamentos que consideres necessários e responde às questões. 1. Completa as afirmações, selecionando a alternativa correta.

(6 pontos)

1.1. O prémio referido na notícia vai ser atribuído a) a dezassete escritores de contos. b) a diversos contadores de histórias. c) a vários arqueólogos. d) a Alexandre Parafita. 1.2. Os premiados foram distinguidos a) pela Câmara Municipal de Peso da Régua. b) pela Câmara Municipal do Porto. c) por um museu português. d) pela comunidade de investigadores do Douro. 1.3. A iniciativa noticiada realiza-se no âmbito da conservação do património a) museológico. b) científico. c) escrito. d) oral. 2. Explica por que razão os premiados são designados como «narradores da memória».

(2 pontos)

3. Refere os locais onde vivem as pessoas premiadas.

(2 pontos) 10 pontos

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GRUPO II PARTE A Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado. O príncipe que casou com uma rã

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Era uma vez um rei que tinha três filhos em idade de casar. Para não surgirem rivalidades sobre a escolha das três noivas, disse: – Lançai com a funda1 o mais longe que puderdes: onde cair a pedra tomareis mulher. Os três filhos pegaram nas fundas e atiraram. O mais velho atirou e a pedra foi parar ao teto de um forno; e ele ficou com a padeira. O segundo atirou e a pedra chegou à casa de uma tecedeira. Ao mais pequeno a pedra caiu num fosso. Assim que atiravam, cada um corria a levar o anel à noiva. Ao mais velho deparou-se uma jovem bela e tenra como uma fogaça2, o do meio encontrou uma rapariga pálida, fina como um fio, e o mais pequeno procurou, procurou naquele fosso e só achou uma rã. Tornaram para junto do rei a contar como eram as suas noivas. – Agora – disse o rei –, quem tiver a noiva melhor herdará o reino. Façamos as provas. E deu a cada um cânhamo3 para lho trazerem daí a três dias fiado pelas noivas, para verforam quemter fiava melhor. Os filhos com as noivas e recomendaram que fiassem na perfeição; e o mais pequeno, muito aflito com aquele cânhamo na mão, foi à beira do fosso e pôs-se a chamar: – Rã, rã! – Quem me chama? – O teu amor que pouco te ama. – Se não me ama amará Um dia que bela me verá.

E a rã saltou para fora da água em cima de uma folha. O filho do rei deulhe o cânhamo e disse que voltaria para o levar todo fiado daí a três dias. Passados três dias os irmãos mais velhos correram todos ansiosos à padeira e à tecedeira para buscar o cânhamo. A padeira fizera um bom trabalho, mas a tecedeira – era o seu ofício – fiara-o que parecia seda. E o mais pequeno? Foi ao fosso: – Rã, rã! Saltou para uma folha e tinha na boca uma noz. Ele tinha uma certa vergonha de se apresentar ao pai com uma noz enquanto os irmãos levavam o cânhamo fiado; mas ganhou coragem e foi. O rei, que já tinha visto do avesso e do direito o trabalho da padeira e da tecedeira, abriu a noz do mais pequeno, e entretanto os irmãos faziam chacota4. Ao abrir-se a noz, saiu uma tela tão 3

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fina que parecia teia de aranha, e puxa, puxa, desdobra, desdobra, nunca mais acabava, e já toda a sala do trono estava cheia. – Mas esta tela nunca mais acaba! – disse o rei, e mal pronunciou estas palavras a tela acabou. O pai, à ideia de uma rã se tornar rainha, não se resignava. Tinham nascido três crias à sua cadela de caça preferida, e deu-as aos três filhos: – Levai-os às vossas noivas e voltareis a buscá-los daqui a um mês: quem a tiver criado melhor será rainha. Passado um mês viu-se que o cão da padeira se tornara um molosso 5 enorme, porque o pão não lhe faltara; o da tecedeira, com a comida mais apertada, tornara--se um famélico mastim. O mais pequeno chegou com uma caixinha; o rei abriu a caixinha e saiu um pequeno cão-d´água todo enfeitado, penteado, perfumado, que se punha em pé nas patas traseiras e sabia fazer os exercícios militares e fazer de conta. O rei disse: – Não há dúvida; será rei o meu filho mais novo e a rã será rainha. Marcaram-se as bodas, os três irmãos no mesmo dia. Os irmãos mais velhos foram buscar as noivas com coches floridos puxados por quatro cavalos, e as noivas vieram todas carregadas de plumas e de joias. O mais pequeno foi ao fosso, e a rã esperava-o numa carruagem feita de uma folha de figueira puxada por quatro caracóis. Começaram a andar: ele ia à frente, e os caracóis seguiam-no puxando a folha com a rã. De vez em quando parava à espera, e uma vez até adormeceu. Quando acordou, tinha parado à sua frente um coche de ouro, forrado a veludo, com dois cavalos brancos e lá dentro estava uma rapariga bela como o Sol com um vestido verde-esmeralda. – Quem sois? – perguntou o filho mais novo. – Sou a rã! – E como ele não queria acreditar, a rapariga abriu um cofre onde estava a folha de figueira, a pele de rã e quatro cascas de caracol. – Eu era uma princesa transformada em rã, e só se um filho de um rei consentisse em casar comigo, sem saber se eu era bela, é que retomaria a forma humana. O rei ficou todo contente e aos filhos mais velhos, que se roíam den inveja, disse que quem não era sequer capaz de escolher mulher não merecia a coroa. Rei e rainha foram o mais pequeno e a sua esposa. Italo Calvino, Fábulas e Contos, Editorial Teorema, (texto adaptado)

VOCABULÁRIO 1 2

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funda – arma de arremesso, fisga. fogaça – pão doce.

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cânhamo – planta, fibra. chacota – troça.

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molosso –cão forte.

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1. As afirmações de a) a g) referem-se a informações contidas no texto. Escreve a sequência de letras que corresponde à ordem dos acontecimentos narrados. Começa a sequência pela letra d). a) O filho mais pequeno lançou uma pedra que foi parar a um fosso. b) A princesa provou ao noivo que era a rã. c) Os irmãos mais velhos ridicularizaram o mais novo, no momento em que apresentaram os resultados do primeiro desafio colocado às noivas. d) O rei fez um pedido aos três filhos. e) O filho do meio encontrou uma noiva pálida, que era tecedeira. f) O rei declarou, pela primeira vez, que o filho mais novo seria o herdeiro do trono. g) O rei entregou a cada filho uma planta para ser fiada pelas respetivas noivas.

(6 pontos)

2. O conto desenvolve-se a partir de uma situação inicial. Identifica-a.

(4 pontos)

3. Refere duas peripécias importantes para o desenvolvimento da ação.

(4 pontos)

4. Identifica a personagem principal desta narrativa, justificando a tua opção.

(6 pontos)

5. Seleciona, para responderes a cada item, a alínea correta.

(4 pontos)

5.1. O rei apresentou um segundo desafio aos filhos visto a) considerar todas as tarefas mal executadas. b) desejar que fosse o filho mais velho a assumir o trono. c) não aceitar o facto de ter sido a rã a vencer o desafio. d) não querer ceder o trono a nenhum dos três filhos. 5.2. Na expressão «Quem sois?» (linha 64), a palavra «quem» refere-se a) ao filho mais velho do rei. b) ao filho mais novo. c) à princesa vestida de verde-esmeralda. d) à rã.

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6. Após ouvirem ler este conto, dois alunos manifestaram opiniões diferentes acerca do mesmo. Aluno

Aluno Y

Acho que o provérbio que melhor se aplica a esta história é: «A beleza está nos olhos de quem a vê».

Na minha opinião, o provérbio que traduz a lição deste conto é: «O mundo julga pelas aparências».

Diz com qual das opiniões concordas, justificando a tua opção.

Parte B Observa as três tiras de banda desenhada.

Bill Watterson, O Esssencial de Calvin & Hobbes, Uma antologia Calvin & Hobbes , Gradiva

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(6 pontos)

Respondeaos itens que se seguem. 7. Recontabrevemente a situação apresentada nas duas primeiras tiras de BD.

(4 pontos)

8. Refere em que medida a atitude de Calvin contrasta com o que é socialmente aceitável no contexto retratado.

(4 pontos)

9. Justificao destaque dado às palavras presentes na primeira vinheta da terceira tira.

(3 pontos)

10. Explica, por palavras tuas, a mensagem presente na última vinheta.

(4 pontos) 45 pontos

GRUPO III 1. Lê as frases seguintes e identifica: a) «Ele tinha uma certa vergonha de se apresentar ao pai com uma noz enquanto os irmãos levavam o cânhamo fiado.» b) «… a rã esperava-o numa carruagem feita de uma folha de figueira puxada por quatro caracóis.»

(4 pontos)

1.1. Dois nomes comuns; 1.2. Dois nomes que não variam em género; 1.3. Dois nomes que se encontram no plural; 1.4. O nome que forma o feminino com uma palavra diferente; 1.5. Um nome ao qual se aplica uma regra especial de formação do feminino. 2. Preenche a coluna B da grelha, indicando um adjetivo que derive dos nomes presentes na coluna A.

A.

(2 pontos)

B.

vergonha anel pai trabalho

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4. «Marcaram-se as bodas, os três irmãos no mesmo dia.» Completa a frase seguinte com um quantificador numeral, de forma a provar que o nome «bodas» é contável. – Quando nasceram os netos, o rei passou a realizar, no mínimo, __________ bodas por ano. 5. Reescreve cada uma das frases, substituindo as expressões destacadas por um dos elementos presentes no quadro apresentado.

(2 pontos)

(4 pontos)

consigo • convosco • lhes • vos

a) O filho mais novo trazia com ele a noz dada pela noiva. b) Comprei este livro para ti e para a Maria. c) Gostaria de recontar esta história aos meus amigos . d) Posso ler o texto contigo e com o António. 6. Associa cada uma das ideias presentes na coluna B a cada uma das palavras destacadas na coluna A. Escreve as letras e os números correspondentes. A.

(4 pontos)

B.

a) O filho mais novo atirou a pedra e esta caiu num fosso.

1) Ideia de contraste

b) Ou aceitava a rã como noiva ou abdicava do trono.

2) Ideia de conclusão

c) A tecedeira fez um bom trabalho mas a rã superou o desafio.

3) Ideia de alternativa

d) O filho do rei aceitou casar-se com a rã, logo o encantamento quebrou-se.

4) Ideia de adição

7. Preenche os espaços em branco com uma das conjunções ou locuções conjuncionais presentes no quadro seguinte. Escreve a alínea e o elemento que lhe corresponde.

(4 pontos) 20 pontos

Não só […] como também• pois • mas

O Rei reconheceu ___________ a) ___________ o facto de a rã ter tecido a melhor tela ___________ b) ___________ admitiu que esta merecia ser rainha ___________ c) ___________ vencera os dois desafios. Marcaram as bodas, __________ d) __________ não esperavam que a rã se transformasse numa princesa.

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GRUPO IV Escolhe apenas uma das alternativas apresentadas e realiza a atividade. Escreve um texto de 180 a 250 palavras. a) No final do conto de Italo Calvino, a rã afirma: «– Eu era uma princesa transformada em rã, e só se um filho de um rei consentisse em casar comigo, sem saber se eu era bela, é que retomaria a forma humana.» Imagina um diálogo entre a princesa e o filho mais novo do rei, em que esta relate os acontecimentos que deram srcem ao encantamento.

(25 pontos)

No teu texto deves: – respeitar as regras da construção do diálogo; – incluir os sentimentos da princesa relativamente ao encantamento; – incluir a opinião final do filho mais novo face ao relato. b) Recorda as tiras de banda desenhada presentes no grupo A. Escreve o convite que Calvin faria a Susie, caso pretendesse desculpar-se pela sua atitude no dia dos namorados, convidando-a para sair. No convite, deves respeitar o princípio da cortesia e referir: – quem convida; – o acontecimento em causa; – o destinatário do convite; – a data e o local da realização do mesmo.

(25 pontos)

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TESTE 2 NOME:

TURMA:

N.O:

Narrativa 1

GRUPO I

Antes de iniciares a audição da notícia, lê as perguntas. Seguidamente, ouve atentamente a informação e responde às questões. 1. Completaas afirmações, selecionando a alternativa correta. 1.1. Segundo o locutor, na imagem, em primeiro plano vê-se: a) a ponte da Arrábida. b) algumas gaivotas. c) catorze flamingos. d) o estuário do Douro. 1.2. Duas das características dos flamingos destacadas na notícia são: a) a cor e as pernas finas. b) o pescoço alto e as pernas longas. c) o bico e o pescoço compridos. d) o pescoço fino e as pernas altas. 1.3. A presença dos Flamingos na Foz do Douro é: a) um acontecimento habitual b) uma rotina. c) uma novidade. d) Observada diariamente. 1.4. Em Portugal, os flamingos: a) têm vindo a progredir para norte. b) apenas se concentram no sul do país. c) apenas se concentram no norte do país. d) têm vindo a progredir para sul. 2. Aponta duas razões para que se assista a uma dispersão geográfica da população de flamingos.

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Áudio • Faixa 23 Flamingos avistados no estuário do Rio Douro

(10 pontos)

(10 pontos)

GRUPO II PARTE A Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado. As Gaivotas da minha Rua

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O arrepiante alarme, desencadeado pela notícia recente, transmitida de boca a ouvido, de que se achava a cidade sujeita a uma praga de gaivotas, suscitaria a imediata reação das pulsões1 defensivas dos seus habitantes. Instalaram-se nos beirais monstruosos mochos de matéria sintética, guarneceram-se as chaminés de geringonças cintilantes, e começou-se seriamente a pensar na possibilidade de mobilização das forças vivas, com vista a dar caça aos importunos alienígenas2. Indiferente por momentos a outras, e porventura mais desastrosas, pragas que a vêm atingindo, o atrapalhante circuito automóvel, ou a acelerada desertificação do centro histórico, o burgo3 tremeu de grande pânico. Mas as gaivotas da minha rua, enternecendo-me pela disponibilidade que revelam a afagar-me o sono com gritos que não atemorizam, nem irritam, essas continuam a honrar-me com a sua presença. Avançam nas noites de neblina, vindas de um mar corrompido pela nossa porcaria, e procuram os restos que teimamos entretanto em vomitar, cada vez mais abundantes, e cada vez mais tóxicos. Negar-lhes o último reduto do empedrado das nossas artérias, barro dos nossos telhados, equivalerá por isso a condená-las à extinção,ou e ado prescindirmos de uma maravilha do mundo. Alimento de basta literatura, se bem que excomungado agora por poetas excelsos que baniram as ondas, as florestas, as montanhas, e sobretudo a lua, do seu código de inanidades, as gaivotas devolvem-me a paisagem que a horas mortas, e quando não me apetece dormir, jamais resisto a percorrer. Segue a meu lado Corto Maltese4, de boné de marinheiro vagabundo, e de cigarro ao canto dos lábios, a caminhar ao longo das infinitas praias da Nova Pomerânia. E não há mocho de massa, nem engenhoca mecânica, eu juro, capaz de se sobrepor à permanência daquelas que ele e eu elegemos para companheiras. Mário Cláudio, Expresso XL, 30 de julho de 2011 (texto com supressões) consultado a 3 de julho de 2013

VOCABULÁRIO 1 Pulsões 2

– instintos. Alienígenas – forasteiros, extraterrestres.

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Burgo – cidade.

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Corto Maltese – personagem de banda desenhada criada por Hugo Pratt.

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As afirmações apresentadas de (A) a (G) referem-se a informações presentes no texto. 1. Escreve a sequência de letras que corresponde à ordem de aparecimento das informações no texto. Termina a sequência com a letra (E). a) Foram colocados nos telhados uma variedade de objetos para espantar as gaivotas. b) Foi ponderada a intervenção das forças vivas perante a chegada das gaivotas. c) Apesar da poluição, as gaivotas continuam a sobreviver. d) Uma notícia difundiu a informação de que existia uma praga de gaivotas na cidade. e) O movimento das gaivotas preenche algumas noites do autor do texto . f) A população reagiu de imediato à notícia sobre a praga de gaivotas. g) A falta de habitantes nos centros das cidadesé uma realidade preocupante.

(7 pontos)

2. Seleciona, em cada item, a alternativa que permite obter a afirmação adequada ao sentido do texto.

(6 pontos)

2.1. Na opinião do autor, a «praga de gaivotas» (linha 2) a) é uma realidade que é necessário combater. b) é menos grave do que o tráfico automóvel na cidade. c) não afetou a população. d) foi ignorada pela maioria dos habitantes. 2.2. Segundo a perspetiva do autor do texto a reação da população perante a presença das gaivotas na cidade foi a) sensata. b) adequada. c) exagerada. d) inesperada. 2.3. Com a expressão «companheiras», na última linha, o autor refere-se às a) gaivotas que vêm do mar até à cidade. b) noites em que não consegue dormir. c) personagens das bandas desenhadas. d) pessoas que habitam a cidade.

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PARTE B Lê o texto de Luís Sepúlveda.

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O gato grande, preto e gordo estava a apanhar sol na varanda, ronronando e meditando acerca de como se estava bem ali, recebendo os cálidos raios pela barriga acima, com as quatro patas muito encolhidas e o rabo estendido. No preciso momento em que rodava preguiçosamente o corpo para que o sol lhe aquecesse o lombo ouviu o zumbido provocado por um objeto voador que não foi capaz de identificar e que se aproximava a grande velocidade. Atento, deu um salto, pôs-se de pé nas quatro patas e mal conseguiu atirar-se para um lado para se esquivar à gaivota que caiu na varanda. Era uma ave muito suja. Tinha todo o corpo impregnado de uma substância escura e malcheirosa. Zorbas aproximou-se e a gaivota tentou pôr-se de pé arrastando as asas. – Não foi uma aterragem muito elegante – miou. Desculpa. Não pude evitar - reconheceu a gaivota. – Olha lá, tens um aspeto desgraçado. Que é isso que tens no corpo? E que mal que cheiras! – miou Zorbas. – Fui apanhada por uma maré negra. A peste negra. A maldição dos mares. Vou morrer - grasnou a gaivota num queixume. – Morrer? Não digas isso. Estás cansada e suja. Só isso. Porque é que não voas até ao jardim zoológico? Não é longe daqui e lá há veterinários que te poderão ajudar – miou Zorbas. – Não posso. Foi o meu voo final – grasnou a gaivota numa voz quase inaudível, e fechou os olhos. – Não morras! Descansa um bocado e verás que recuperas. Tens fome? Trago-te um pouco da minha comida, mas não morras – pediu Zorbas, aproximando-se da desfalecida gaivota. Vencendo a repugnância, o gato lambeu-lhe a cabeça. Aquela substância que a cobria, além do mais sabia horrivelmente. Ao passar-lhe a língua pelo pescoço notou que a respiração da ave se tornava cada vez mais fraca. – Olha, amiga, quero ajudar-te mas não sei como. Procura descansar enquanto eu vou pedir conselho sobre o que se deve fazer com uma gaivota doente – miou Zorbas preparando-se para trepar ao telhado. Ia a afastar-se na direção do castanheiro quando ouviu a gaivota a chamá-lo. – Queres que te deixe um pouco da minha comida? – sugeriu ele algo aliviado. – Vou pôrvê-se um ovo. as animal últimasbom forças quenobres me restam vou pôr Por um ovo. Amigo gato, queCom és um e de sentimentos. isso vou pedir-te que me faças três promessas. Fazes? – grasnou ela, sacudindo desajeitadamente as patas numa tentativa falhada de se pôr de pé. Zorbas pensou que a pobre gaivota estava a delirar e que com um pássaro em estado tão lastimoso ninguém podia deixar de ser generoso. 13

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– Prometo-te o que quiseres. Mas agora descansa – miou ele compassivo. – Não tenho tempo para descansar. Promete-me que não comes o ovo – grasnou ela abrindo os olhos. – Prometo que não te como o ovo – repetiu Zorbas. – Promete-me que cuidas dele até que nasça a gaivotinha. – Prometo que cuido do ovo até nascer a gaivotinha. – E promete-me que a ensinas a voar – grasnou ela fitando o gato nos olhos. Então Zorbas achou que aquela infeliz gaivota não só estava a delirar, como estava completamente louca. – Prometo ensiná-la a voar. E agora descansa, que vou em busca de auxílio – miou Zorbas trepando de um salto para o telhado. Kengah olhou para o céu, agradeceu a todos os bons ventos que a haviam acompanhado e, justamente ao exalar o último suspiro, um ovito branco com pintinhas azuis rolou junto do seu corpo impregnado de petróleo. Luis Sepúlveda, História de Uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar,Lisboa, Edições Asa, 2008, p.29 a 32.

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 3. Seleciona, em cada item, a alternativa que permite obter a afirmação adequada ao sentido do texto. 3.1. O gato grande, preto e gordo a) adorava o fresco da varanda. b) gostava de apanhar sol. c) mantinha-se fechado em casa. d) ficava a observar os pássaros. 3.2. Zorbas foi interrompido por um a) objeto voador que imediatamente identificou. b) outro gato que saltou para a varanda. c) objeto voador que não conseguiu identificar de imediato. d) ruído vindo do interior da casa. 3.3. A gaivota que aterrou na varanda a) vinha em busca de comida. b) tinha a asa partida. c) fugia das outras gaivotas. d) tinha o corpo cheio de petróleo.

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(5 pontos)

3.4. Após a aterragem, o sentimento de Zorbas em relação à gaivota foi de: a) indiferença. b) preocupação. c) atração. d) medo. 3.5. A frase «Tinha todo o corpo impregnado de uma substância escura e malcheirosa.» (linha….) contém um exemplo de: a) comparação. b) perífrase. c) anáfora. d) hipérbole. 4. Classifica o narrador do texto. Fundamenta a tua resposta.

(5 pontos)

5. Identifica as razões que levaram a gaivota a aterrar precipitadamente na varanda da casa de Zorbas.

(5 pontos)

6. O comportamento de Zorbas perante oaparecimento da gaivota foi inesperado. Concordas com esta afirmação? Justifica a tua resposta indicando duas características do gato.

(5 pontos)

7. Transcreve uma passagem do texto que ilustre a confiança da Gaivota no Gato Zorbas.

(4 pontos)

Justifica a tua escolha. 8. Enumera as três promessas feitas por Zorbas à Gaivota.

(3 pontos)

9. Após ler este texto, o António afirmou:

(5 pontos)

«Acho que neste excerto está presente uma crítica à forma como o Homem desrespeita a natureza.»

Defende ou contradiz a opinião deste aluno, justificando a tua resposta.

(45 pontos)

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GRUPO III Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1. Tendo em conta o artigo de dicionário que se segue para a entrada «Trégua», classifica cada afirmação como verdadeira ou falsa. Corrige as frases falsas.

(6 pontos)

Trégua , s.f. (lat. tranga) 1 Suspensão temporária de armas e hostilidades (usa-se mais no plural). // 2 Descanso; interrupção. // 3 Intervalo, cessação transitória. // 4 Guerra sem tréguas, guerra contínua, sem interrupção, guerra impiedosa. // 5 Não dar tréguas, não conceder descanso. // 6 Não ter paz nem tréguas, não ter um momento de descanso. // 7 Pôr tréguas a, interromper. // 8 Sem tréguas, constantemente, sem intervalo, sem cessar. // 9 (Hist ). Trégua de Deus, lei religiosa, aprovada em 1041, a qual proibia qualquer acto de violência, desde segunda-feira à tarde até quarta-feira de manhã. José Pedro Machado, Grande Dicionário da Língua Portuguesa, Ediclube (adaptado)

a) A palavra trégua é um nome feminino de srcem latina. b) A palavra trégua pode ser sinónima de intervalo. c) A palavra trégua usa-se minoritariamente no plural. d) No artigo do dicionário, a palavratréguas está integrada em seis expressões. e) A palavra trégua possui um significado específico na área da História. f) Descanso surge como antónimo de trégua. (3 pontos)

2. Identifica nas frases seguintes os pronomes relativos. a) A gaivota que aterrou na varanda estava doente. b) Zorbas observou a ave, a quem ofereceu ajuda. c) O gato cuidaria da pequena gaivotinha, que ainda estava dentro do ovo. 3. Identifica o nome para o qual remete cada um dos pronomes relativos que identificaste em 2. Escreve a alínea e a palavra respetiva. 4. Completa cada uma das frases seguintes, usando quatro das formas verbais apresentadas no quadro. Zorbas _____a)_____ durante horas seguidas. Na realidade, já _____b)_____ fome, mas já _____c)_____ que _____d)_____ ficar ao sol mais um tempo.

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surpreendera

tinha

caiu

dormitara

sentiu

voará

decidira

ia

(3 pontos)

(4 pontos)

5. Completa as frases selecionando uma conjunção ou a locução conjuncional subordinativa apropriada, de forma a manter a relação lógica indicada entre parênteses. visto que • logo que • mal • já que

5.1. Zorbas levantou-se de um salto, A ouviu o objeto voador. (tempo) 5.2. A gaivota não conseguia pôr-se de pé, B o corpo estava repleto de petróleo. (causa) 6. Estabelece a correspondência entre as duas colunas, através da letra adequada, de modo a identificar corretamente a função sintática da expressão destacada. 6.1. Gaivota, não foi uma aterragem muito elegante. 6.2. Com dificuldade, a gaivota grasnou. 6.3. Não poderei aceitar a tua comida, amigo gato. 6.4. Zorbas temia pela vida da ave. 6.1.

6.2.

6.3.

(4 pontos)

(20 pontos)

(A) Sujeito (B) Vocativo 6.4.

GRUPO IV Escreve um texto narrativo onde a personagem principal seja um animal, real ou imaginado, respeitando os seguintes aspetos:

– escreve o texto na primeira ou na terceira pessoa; – identifica e caracteriza as personagens intervenientes; – localiza as ações no espaço e no tempo; – sequencia corretamente as ações. Escreve um texto correto e bem estruturado com um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras. (25 pontos)

FIM

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TESTE 3 NOME:

TURMA:

N.O:

Narrativa 2

GRUPO I Vídeo Entrevista ao escritor angolano Ondjaki

Antes de iniciares a audição da entrevista ao escritor angolano Ondjaki, lê as perguntas. Seguidamente, ouve atentamente a informação presente no vídeo e responde às questões. 1. Completaas afirmações, selecionando a alternativa correta. 1.1. A apresentação do livro de Ondjaki realizou-se a) recentemente, na capital portuguesa. b) no mês passado, em Lisboa. c) recentemente, no Brasil. d) no dia 6, na capital angolana. 1.2. Ondjaki optou por esta dupla edição por a) uma razão revelada na entrevista. b) duas razões não divulgadas na entrevista. c) duas razões explicadas pelo escritor na entrevista. d) uma razão não mencionada na entrevista. 1.3. Um dos títulos incluídos na dupla edição do livro de Ondjaki, chama-se a) Fora de mim é o sul. b) Dentro de mim faz sul. c) Ato de sangue. d) Factos de sangue.

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(10 pontos)

(10 pontos)

1.4. A carreira de Ondjaki como escritor iniciou-se a) em 2000. b) em 2001. c) em 2005. d) em 2010. 1.5. O escritor angolano escreve a) com grandes intervalos de tempo. b) semanalmente. c) mensalmente. d) permanentemente.

GRUPO II PARTE A Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado. O Kazukuta

Para o tio Joaquim

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Nós estávamos sempre atentos à queda das nêsperas, das pitangas1 e das goiabas1, e era mesmo por gritarmos ou por corrermos que o Kazukuta acordava assim no modo lento de vir nos espreitar, saía da casota dele a ver se alguma fruta ia sobrar para a fome dele. Normalmente ele comia as nêsperas meio cansadas ou de pele já escura que ninguém apanhava. Mexia-se sempre devagarinho, bocejava, e era capaz de ir procurar um bocadinho de sol pra lhe acudir as feridas, ou então mesmo buscar regresso na casota dele. Às vezes, mesmo no meio das brincadeiras, meio distraído, e antes de me gritarem com força para eu não estar assim tipo estátua, eu pensava que, se calhar, o Kazukuta naquele olhar dele de ramelas e moscas, às vezes, ele podia estar a pensar. Mesmo se a vida dele era só estar ali na casota meio triste, sair e entrar, tomar banho de mangueira com água fraca, apanhar nêsperas podres e voltar a entrar na casota talvezera eleum estivesse a pensar nas étristezas da vida Acho que o dele, Kazukuta cão triste porque assim que me dele. lembro dele. Nós não lhe ligávamos nenhuma. Ninguém brincava com ele, nem já os mais velhos lhe faziam só uma festinha de vez em quando. Mesmo nós só queríamos que ele saísse do caminho e não nos viesse lamber com a baba dele bem grossa de pingar devagarinho e as feridas quase a nunca sararem. Acho que o Kazukuta nunca apanhou nenhuma vacina, se calhar ele tinha alergia ou 19

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medo, não sei, devia perguntar ao tio Joaquim. Também o Kazukuta não passeava na rua e cada vez andava só a dormir mais. Um dia era de tarde e vi o tio Joaquim dar banho ao Kazukuta. Um banho de demorar. Fiquei espantado: o tio Joaquim que ficava até tarde a ler na sala, o tio Joaquim que nos puxava as orelhas, o tio Joaquim silencioso, como é que ele podia ficar meia hora a dar banho ao Kazukuta? Lembro o Kazukuta a adorar aquele banho, deve ser porque era um banho sincero, deve ser porque o tio punha devagarinho frases ao Kazukuta, e ele depois ia adormecer. Kazukuta: lembro bem os teus olhos doces a brilhar tipo um mar de sonho só porque o tio Joaquim – o tio Joaquim silencioso – veio te dar banho de mangueira e te falou palavras tranquilas num kimbundu 2 assim com cheiros da infância dele. E demorou. Nós já estávamos quase a parar a nossa brincadeira. Porque afinal a água caía nos pelos do Kazukuta, e os pelos ficavam assim coladinhos ao corpo, e virados para baixo como se já fossem muito pesados, e a água acabou, não tinha mais, e mesmo sem fechar a torneira o tio Joaquim, com a mangueira ainda a pingar as últimas gotas dela, e no regresso do Kazukuta à casota, depois daquele abano tipo chuvisco de nós rirmos, o Tio Joaquim deu a notícia que tinha demorado aquele tempo todo para falar: – Meninos, a tia Maria morreu. Até tive medo, não daquela notícia assim muito séria, mas do que alguém perguntou: – Mas podemos continuar a brincar só mais um bocadinho? O tio largou a mangueira, veio nos fazer festinhas.

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– Sim, Vi um podem. sorriso pequenino na boca dele. Às vezes ele aparecia no quintal sem fazer ruído e espreitava a nossa brincadeira sem corrigir nada. Olhava de longe como se fosse uma criança quieta com inveja de vir brincar connosco também. O tio Joaquim era muito calado e sorria devagarinho como se nunca soubesse nada das horas e das pressas dos outros adultos. O tio Joaquim gostava muito de dar banho ao Kazukuta. Ondjaki, Os da Minha Rua, LeYa

VOCABULÁRIO 1

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pitangas, goiabas– frutos.

2

Kimbundu– língua da região de Luanda.

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1. Seleciona, em cada item, a alternativa que permite obter a afirmação adequada ao sentido do texto.

(4 pontos)

1.1. O Kazukuta acordava a) porque tinha fome. b) devido ao barulho da fruta a cair. c) visto que o tio Joaquim o chamava. d) devido aos gritos e à correria das crianças. 1.2. Normalmente, o Kazukuta a) comia a melhor fruta que caía da árvore. b) comia os restos da fruta que ninguém queria. c) devorava a fruta que as crianças lhe davam. d) não comia fruta. 1.3. De uma forma geral, o sentimento que as crianças e os adultos nutriam por Kazukuta era de a) indiferença. b) admiração. c) preocupação. d) carinho 1.4. «… eu pensava que, se calhar, o Kazukuta naquele olhar dele de ramelas e moscas, às vezes, ele podia estar a pensar.» (linhas 10-12) Na frase transcrita está presente um recurso expressivo intitulado a) anáfora. b) antítese. c) personificação. d) eufemismo. 2. O narrador do conto é participante. Diz se esta afirmação é falsa ou verdadeira, justificando a tua resposta.

(4 pontos)

3. Um dia, o narrador foi surpreendido pelo facto de o tio Joaquim dar banho ao Kazukuta.

(6 pontos)

Refere as razões da surpresa do menino.

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4. De acordo com o texto, seleciona as quatro palavras que podem completar a frase seguinte. O tio Joaquim, quando dava banho ao Kazukuta, parecia a) dedicado. b) desinteressado. c) apressado. d) paciente. e) nervoso. f) terno. g) indiferente.

(2 pontos)

h) afetuoso 5. A determinada altura, o narrador dirige-se diretamente a Kazukuta. Transcreve uma passagem do texto que comprove esta afirmação.

(4 pontos)

6. Ao longo da narrativa, é possível identificar diversas características de Kazukuta. Com base nos dados que o texto te vai fornecendo, elabora o retrato do cão que dá nome a este conto.

(6 pontos)

7. O narrador recupera, através da memória, um episódio da sua infância. Terá este episódio sido importante para o menino? Apresenta a tua opinião relativamente a esta questão. Justifica a tua resposta.

(6 pontos)

PARTE A Lê atentamente o texto do cartaz do Diário de Notícias.

Conto musical tem estreia mundial em Viana do Castelo Viana do Castelo acolhe quarta-feira a estreia mundial de um conto musical assinado pelo compositor francês Jean François Lézé, inspirado numa obra do escritor angolano Ondjaki, informou hoje a Academia de Música da cidade. 5

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Denominada «Estória de mil gotas de sonho», a obra musical baseia-se no conto «Ynari, a menina das cinco tranças», do escritor angolano Ondjaki, que se deslocará a Viana do Castelo expressamente para assistir à estreia. «A história será contada com música, canto, dança e narração», explicou à Lusa Barbosa,é diretora da Academia de Música Viana dosob Castelo. A Carla interpretação do Ensemble da Fundação Átrio de da Música, a direção musical do maestro Javier Viceiro. Depois da estreia em Viana do Castelo, será ainda levada ao palco em Ponte de Lima e Paredes de Coura.

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Segundo Jean François Lézé, «Estória de mil gotas de sonho» é um conto que «pretende ilustrar musicalmente a inocência, a magia da criança e o poder das palavras (re)descobertas numa viagem ao som da natureza africana». O compositor destaca a «orquestração sugestiva e ilustrativa» do conto, cuja narrativa musical se baseia no desenvolvimento do tema principal (tema da Ynari), composto numa «Kalimba» e executado pelo piano, «Os djembés representam o coração de África, o flautim o homem muito pequenino, o violoncelo a avó da Ynari, a tuba o velho muito velho e o corne-inglês a velha muito velha», explica. Este conto integra o projeto «Contos com Música... Música com Contos», que a Academia de Viana do Castelo tem vindo a promover nos últimos quatro meses deste ano. Iniciado em 2003 e financiado pelo Ministério da Cultura, este projeto combina a música, a literatura, as artes visuais e, pontualmente, o teatro e a dança, com o objetivo de despertar o gosto pela música erudita nas comunidades educativas do distrito de Viana do Castelo. […] DN Cartaz, 17 de novembro de 2009 (texto com supressões)

8. Ordena as frases de (1) a (7), fazendo corresponder um número a cada alínea, de acordo com a sequência pela qual as informações presentes na notícia são apresentadas. a) Nome do autor do livro que esteve na base da adaptação. b) Identificação do grupo de atores.

(7 pontos)

c) Cidades onde a peça será, posteriormente, colocada em cena. d) Projeto no qual se integra a peça de teatro musical. e) Dia da estreia. f) Título do texto que deu srcem à peça de teatro. g) Compositor do conto musical. 9. Indica as informações mais importantes da notícia para alguém que pretende assistir a esta peça de teatro.

(3 pontos)

10. O último parágrafo deste texto jornalístico foi retirado. Mantendo a coerência da notícia, escreve o parágrafo final, sabendo que deves incluir a referência a um projeto futuro da Academia de Música de Viana do Castelo. Não deves ultrapassar as 3 linhas.

(3 pontos)

(45 pontos)

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GRUPO III Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1. Identifica os advérbios presentes na seguinte frase. «– Hoje é noite de trégua, noite de Natal. Então o bicho recuou pesadamente e grunhindo desapareceu.»

(2 pontos)

2. Identifica qual o valor semântico de cada um dos advérbios que identificaste em 1.

(2 pontos)

3. Expande as seguintes frases, acrescentando-lhes um advérbio à tua escolha. a) O Cavaleiro podia ficar na cabana do lenhador. b) Um lobo estava à sua frente.

(2 pontos)

4. Observa as frases e indica a classe e a subclasse das palavras destacadas. a) O urso cujos olhos ferozes surpreenderam o Cavaleiro recuou. b) O bicho que grunhia ruidosamente desapareceu.

(2 pontos)

5. Completa os espaços seguintes, usando as preposições e contrações presentes no quadro. Não deves repetir nenhuma palavra.

(3pontos)

sem • de • até • à • para • do

O Cavaleiro e _____a) _____ sua caminhava frente a escuridão aumentava. _____b) _____avançava parar _____c) _____ andar _____d)_____ junto _____e)_____ rio e seguiria _____f)_____ encontrar a sua casa na floresta. 6. Estabelece a correspondência entre as duas colunas, de modo a identificar corretamente o tipo de sujeito presente nas frases a) Ouvia ruídos assustadores. b) Sentia-se a proximidade das feras. c) O Cavaleiro continuou a caminhada. d) Os lobos e o urso surgiram no meio da noite.

1) Sujeito simples. 2) Sujeito composto. 3) Sujeito nulo subentendido. 4) Sujeito nulo indeterminado.

7. Observa os predicados destacados em cada frase e indica o item (de 1 a 5) que permite identificar a sua constituição. a) O Cavaleiro avançava cautelosamente. b) Todos gostavam do peregrino. c) O lenhador ofereceu-lhe dormida. d) Naquela noite, a floresta gelava. e) O Cavaleiro procurava o rio.

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(4 pontos)

1) Verbo + complemento oblíquo 2) Verbo + complemento indireto+complemento direto. 3) Verbo 4) Verbo + modificador 5) Verbo + complemento direto

(5pontos)

GRUPO IV Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. Escolhe apenas uma das alternativas apresentadas e realiza a atividade. Escreve um texto de 180 a 240 palavras. a)

O Cavaleiro tinha prometido voltar na noite de Natal, dois anos depois. Na viagem, fez muitos amigos, conheceu deslumbrantes cidades e ouviu histórias maravilhosas. Agora, precisa de cumprir a promessa fez àde suaSophia família. O excerto que do livro de Mello Breyner não nos dá a conhecer o desfecho da situação vivida pela personagem. Escreve a conclusão desta história. No teu texto deves: – ordenar os acontecimentos logicamente; – caracterizar os sentimentos do Cavaleiro à medida que vai avançando na floresta; – introduzir uma expressão conclusiva para finalizar a história. Ou

b)

O Cavaleiro encontra um velho amigo que veio à sua procura, na tentativa de conduzi-lo à suaperdidos. casa. NoPerante entanto, encontrarem-se, ambos concluem que estão tal ao facto, o Cavaleiro considera que deverão continuar o caminho naquela noite, mas o amigo tenta convencê-lo de que será melhor dormirem na floresta e retomar o percurso quando o dia nascer.

Escreve a continuação da história, incluindo um diálogo entre estas duas personagens, onde cada uma apresente os argumentos utilizados para defender os seus pontos de vista. No teu texto deves: – respeitar as regras do diálogo; – introduzir as falas das personagens com verbos como dizer, afirmar, assegurar, questionar, entre outros; – usar o vocativo.

(25 pontos)

FIM

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TESTE 4 NOME:

TURMA:

N.O:

Narrativa 2

GRUPO I Áudio • Faixa 24 Entrevista de Valter Madureira a Nuno Virgílio, praticante de parapente

Antes de iniciares a audição da entrevista ao aventureiro dos ares, Nuno Virgílio, lê as perguntas. Depois, ouve atentamente a informação e responde às questões. 1. De acordocom a informação que ouviste, classifica cada afirmação como verdadeira ou falsa, justificando as frases falsas. a) Nuno Virgílio começou a praticar parapente por iniciativa própria. b) O piloto iniciou a atividade desportiva na juventude. c) Na opinião do entrevistador, o sonho de voar é recorrente durante a infância. d) O parapente permite explorar um elemento desconhecido para a maior parte das pessoas. e) O piloto de parapente assume-se como alguém que tem realizado alguns dos seus sonhos. f) O entrevistado afirma que a subida da adrenalina é a melhor sensação durante o voo. g) Segundo o entrevistado, na prática do parapente há espírito de competição. h) Nuno Virgílio é engenheiro aeronáutico. i) Os conhecimentos adquiridos por Nuno Virgílio na universidade são úteis na sua prática desportiva. j) O piloto atingiu o seu recorde pessoal através de um voo em território português.

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(10 pontos) (10 pontos)

GRUPO II PARTE A Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado. A Composição do Ar

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É de crer que logo no início da sua presença na Terra os primeiros homens tivessem percebido que viviam mergulhados num meio (o ar) que lhes era indispensável à vida. Na sua mente ainda confusa, mas já desperta, reconheceriam o prazer de assomar ao buraco da caverna que lhes servia de habitação protetora, e de aspirar profundamente o ar circundante. Qualquer coisa lhes penetrava pela boca e pelas narinas, coisa agradável, reconfortante, e que, segundo lhes deveria parecer, tornava a sair pelas mesmas entradas, esvaziando-lhes a taxa torácica. Reconheceriam também que os mortos já não praticavam essa função (não respiravam) e que certamente ela estava associada a toda a atividade do homem, pois bastaria tapar-lhe a boca e apertar-lhe as narinas demoradamente para que a morte se apoderasse dele. Não admira que durante milénios o ar, que ninguém vê, fosse imaginado como um ser sobrenatural que penetrava no corpo dos homens e lhes concedia a vida. Um deus, portanto. Assim foi considerado o ar como um deus muito temido, umas vezes protetor, quando se deixava aspirar em haustos1 reconfortantes, outras vezes terrível, quando bramia2, soprava, assobiava, fazia estremecer as robustas árvores e as arrancava do solo, tombando-as. Um deus que merecia toda a veneração e respeito. Depois, à medida que os milhares de anos se forem sucedendo, quando os homens começaram a olhar para a Natureza dirigindo-lhes perguntas de resposta difícil – quem fez o Universo?, como é que tudo foi construído? Que materiais teriam sido utilizados na sua formação? – o ar passou a ter um papel importante na interpretação de muitos factos observados. Assim, há 25 séculos, pensavam os filósofos que o Universo fora todo construído a partir de quatro «materiais», dos quais um deles era exatamente o ar. Os outros três eram a água, a terra e o fogo. Não pensavam bem esses homens, como depois se tornou evidente, mas viveram-se largas centenas de anos com essa errada convicção. Rómulo de Carvalho, A Composição do Ar, Coleção Cadernos de Iniciação Científica 10, Sá da Costa

VOCABULÁRIO 1

haustos– trago, gole (exemplo: gole de água).

2

bramia – ressoava.

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Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1. As afirmações de a) a g) referem-se a informações contidas no texto. Escreve a sequência de letras que corresponde à ordem dos factos descritos. Começa a sequência pela letra f). a) Os homens concluíram que a sensação de respirar era agradável. b) A partir de determinada altura os homens começaram a interrogar-se sobre a srcem do Universo. c) Os primeiros homens associavam o ar a um ser sobrenatural. d) Progressivamente, o ar passou a ter um papel importante na interpretação

(9 pontos)

dos factos observados. e) Os homens concluíram que a respiração estava diretamente associada à vida humana. f) Provavelmente, os primeiros homens a habitar a Terra aperceberam-se desde cedo da importância do ar para a sobrevivência da espécie. g) Os primeiros homens viviam em cavernas. 2. Indica a expressão do texto a que se refere o pronome «lhes» (linha 6).

(3 pontos)

PARTE B Lê o seguinte texto.

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Tinham ido à praia, porque estava uma manhã bonita. A avó vestia uma saia clara e levava o neto pela mão. Ia muito contente e o seu coração cantava. O neto levava um balde, porque se propunha apanhar conchas e búzios, como já fizera de outras vezes em que tinha ido à praia com a avó. Ir à praia com a avó era uma das melhores coisas que lhe podiam acontecer nos dias livres. Por isso também ele ia contente, e o balde dançava-lhe na mão. A praia estava como devia estar, com sol e ondas baixas. Quase não havia vento, e a água do mar não estava fria. Por isso o neto teve muito tempo de procurar conchas e búzios e de tomar banho. A avó sentou-se num rochedo, e ficou a olhar o neto, por detrás dos óculos. Nunca se cansava de olhá-lo, porque o achava perfeito. Se pudesse mudar alguma coisa nele, não mudaria nada. Olhava para ele, também, para que não se perdesse. A mãe do neto confiava nela. Deixava-o à sua guarda em manhãs assim. A avó sentia-se orgulhosa: ainda era suficientemente forte para ter alguém por quem olhar. Ainda era uma avó útil, antes que viesse o tempo que mais temia, em que

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poderia tornar-se um encargo para os outros. Mas na verdade essa ideia não a preocupava muito, porque tencionava morrer antes disso. Estava uma manhã tão boa que também a avó tirou a blusa e a saia e ficou em fato de banho. Depois tirou os óculos, que deixou em cima de um rochedo, e entrou no mar, atrás do neto, que nadava à sua frente, muito melhor e mais depressa do que ela. – Não te afastes, dizia a avó, um pouco ofegante. Volta para trás! A avó não sabia mergulhar, mas deixava o neto mergulhar sozinho. Ele só tinha cinco anos, mas nadava como um peixe. No entanto nunca ia demasiado longe, nem mergulhava demasiado fundo, para não assustar a avó. Sabia que ela era um bocado assustadiça e ele gostava de protegê-la contra os medos. A avó tinha medo de muitas coisas: dos paus que podiam furar os olhos, das agulhas e alfinetes que se podiam engolir se se metessem na boca, das janelas abertas, de onde se podia cair, do mar onde as pessoas se podiam afogar. A avó via todos esses perigos e avisava. Ele ouvia, mas não ligava muito. Só o suficiente. Não tinha medo de nada mas, apesar disso, gostava de sentir o olhar da avó. De vez em quando voltava a cabeça, para ver se ela lá estava sentada, a olhar para ele. Depois esquecia-se dela e voltava a ser o rei do mundo. Por isso se sentiam tão bem um com o outro. Teolinda Gersão, «Avó e neto contra vento e areia» in A mulher que prendeu a chuva e outras histórias, Lisboa, Sextante Editora, pp. 91 a 93-136.

4. Descreve o local onde se encontravam as personagens.

(4 pontos)

5. «A praia estava como devia estar, com sol e ondas baixas.», linha Identifica um recurso expressivo presente na frase, referindo o seu sentido expressivo.

(4 pontos)

6. Naquela manhã, a avó e o neto passaram bastante tempo na praia. Transcreve uma expressão temporal que confirme ou contrarie estaafirmação.

(4 pontos)

7. Por que razão especial a avó se sentia tão bem naquele dia?

(3 pontos)

8. Explica de que modo é possível concluir que o neto tinha consciência da preocupação da avó em relação à sua segurança.

(4 pontos)

9. Caracteriza a avó a partir dos elementos de caracterização direta e indireta presentes no conto.

(6 pontos)

10. O neto nutria afeto pela avó. Com base nas informações textuais, escreve uma mensagem que o menino dedicaria à sua companheira de aventuras na praia.

(4 pontos) (10 pontos)

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GRUPO III Responde aos itens de gramática, de acordo com as orientações que te são dadas. 1. Lê o excerto transcrito.

(3 pontos)

Transcreve para cada uma das colunas uma palavra correspondente à classe gramatical referida. « Olhava para ele, também, para que não se perdesse. A mãe do neto confiava nela. Deixava-o à sua guarda em para manhãs assim. por A avó sentia-se orgulhosa: ainda era suficientemente forte ter alguém quem olhar. Ainda era uma avó útil, antes que viesse o tempo que mais temia, em que poderia tornar-se um encargo para os outros.» Adjetivo

Determinante

Locução conjuncional

Nome

Preposição

Pronome

2. Escolhe o conector adequado para ligares os elementos da coluna A aos elementos da coluna B, de modo a construíres frases complexas. Só podes usar cada palavra uma única vez.

(3 pontos)

pois • visto que • logo que

A

B

a) O menino apanhava conchas

queria protegê-lo.

b) A avó observava o neto

estava um dia maravilhoso.

c) A avó entrou no mar

chegava à praia.

3. Transforma as frases, substituindo a expressão sublinhada pelos pronomes pessoais adequados. a) b) c) d)

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A avó segurava a mão ao menino. Neto e avó observavam o mar. O menino fez um castelo. O rapazinho não assustou a avó.

(4 pontos)

4. Identifica a função sintática dos elementos destacados: modificador ou complemento oblíquo. a) b) c) d)

(4 pontos)

A avó observava o neto no mar. O menino nadava energicamente. O rapaz gostava de desafios. A avó colocou a blusa em cima da rocha.

5. Faz corresponder cada alínea a um número do quadro de modo a classificares as orações.

(6 pontos)

«Por isso também ele ia contente, e o balde dançava-lhe na mão..» (20 pontos)

a) «Tinham ido à praia, porque estava uma manhã bonita.» b) «Sabia que ela era um bocado assustadiça» c) «A avó não sabia mergulhar, mas deixava o neto mergulhar sozinho.» d) A avó seguiu o neto que nadava à sua frente. e) f) (1) Oração subordinante (2) Oração subordinada relativa (3) Oração subordinada completiva (4) Oração coordenada copulativa. (5) Oração subordinada causal (6) Oração coordenada adversativa

GRUPO IV Escreve uma carta a um amigo ou familiar em que relates um momento especial da tua infância, à semelhança daquele que viveram a avó e o neto do texto que leste. Escreve um texto correto e bem estruturado com um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras. Deves: – respeitar o formato da carta.

(25 pontos) (25 pontos)

– reler o teu texto, verificando se a ortografia está correta, se as frases fazem sentido e se não há repetições.

FIM

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TESTE 5 NOME:

TURMA:

N.O:

Poesia

GRUPO I Áudio • Faixa 25 «Um contra o outro» Deolinda

Ouve atentamente uma canção da autoria do grupo português Deolinda. Após a audição, responde às questões. 1. Completa as afirmações, selecionando a alternativa correta. 1.1. No início da canção, o sujeito pede ao destinatário que a) mude de vida e inicie sozinho um novo desafio. b) continue a viver do mesmo modo. c) mude de vida e iniciem juntos um novo desafio. d) esqueça tudo o que viveu. 1.2. Segundo a canção, a vida a) é vivida calmamente. b) é vivida de forma moderada. c) é uma luta a favor do tempo. d) é uma luta contra o tempo. 1.3. Hoje em dia, na generalidade somos a) solidários. b) individualistas. c) compreensivos. d) violentos. 1.4. O sujeito convida o destinatário a a) b) c) d)

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parar, encostar a bicicleta e sair da corrida. entrar no carro e iniciar a corrida. parar, encostar o carro e sair da corrida. parar, entrar no autocarro e desistir da corrida.

(9 pontos)

1.5. Segundo o sujeito, a vida do destinatário é a) maravilhosa. b) repetitiva. c) encantadora. d) imprevisível. 1.6. A primeira frase do refrão da música é: a) Sai da casa e vem sozinho para a rua. b) Fica em casa, não venhas para a rua. c) Fica em casa comigo. d) Sai de casa e vem comigo para a rua. 2. Completa os espaços em branco do refrão da música: «vem, que essa vida que ____a)____ /Por mais vidas que tu ____b)____ /é a tua que/ mais ____c)____ se não vens.

(1 pontos) (10 pontos)

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GRUPO II PARTE A Lê atentamente o seguinte regulamento.

DIA MUNDIAL DA POESIA CONCURSO FAÇA LÁ UM POEMA 2010-2011

Regulamento 1. O concurso Faça lá um poema decorrerá entre dezembro de 2010 e março de 2011, destinando-se a premiar poemas escritos por alunos dos seguintes níveis educativos: • 1.o Ciclo do Ensino Básico • 2.o Ciclo do Ensino Básico • 3.o Ciclo do Ensino Básico • Ensino Secundário 2. A participação no concurso é individual. 3. Calendarização das atividades • Seleção dos melhores trabalhos pelas escolas agrupadas (máximo de 1 poema por cada nível de ensino) e respetivo envio para a sede do agrupamento – até 21 de janeiro de 2011. • Submissão do formulário pela sede do agrupamento, com os trabalhos selecionados. (máximo 4 por sede de agrupamento, 1 poema por cada nível de ensino) – até 4 de fevereiro de 2011 . 4. Não há qualquer tema obrigatório para os poemas a concurso. 5. O formulário do concurso deverá ser devidamente preenchido no endereço do Plano nacionalresponsável. de leitura e submetido por um professor (http://sipnl.planonacionaldeleitura.gov.pt/login.jsp)

6. Só serão consideradas válidas asinscrições com os dados de identificação da escola e dos participantes e submetidas dentro do prazo. 7. Os trabalhos serão avaliados por um júri de cinco elementos designados pelo Plano nacional de leitura e pelo Centro Cultural de Belém. 8. Os trabalhos que não corresponderem às cláusulas do presente regulamento serão desclassificados. 9. Não haverá recurso das decisões do júri. 10. Os prémios a atribuir aos três primeiros classificados de cada nível de ensino serão anunciados oportunamente. 11. As escolas dos alunos premiados serão contempladas com um conjunto de livros. 12. Os trabalhos premiados serão divulgados no Sítio dos Concursos no Portal do PNL. 13. Os premiados serão convidados a apresentar pessoalmente os seus trabalhos na cerimónia pública de entrega dos prémios, a realizar em 20 de março de 2011 (Dia Mundial da Poesia), no CCB – Centro Cultural de Belém – Lisboa. 14. Os encargos com o transporte e o alojamento dos premiados serão da responsabilidade da organização do concurso.

http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/Concursos/upload/ficheiros/regulamento_flp(1).pdf (adaptado)

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1. Para cada um dos itens seguintes, indica a letra correspondente à alternativa que completa cada afirmação, de acordo com a informação presente no regulamento.

(8 pontos)

1.1. Um regulamento é a) uma narrativa. b) uma descrição. c) uma enumeração de normas. d) um texto de opinião. 1.2. O concurso Faça lá um Poema a) decorre no ano de 2010. b) decorre no ano de 2011. c) inicia-se em 2010 e termina em 2011. d) realiza-se em 2012. 1.3. O concurso está aberto a) a todos os alunos dos ensinos básico e secundário. b) exclusivamente a alunos do ensino básico. c) exclusivamente a alunos do ensino secundário. d) a alunos dos 2.o e 3.o ciclos do ensino básico e do ensino secundário. 1.4. O formulário do concurso deverá a) ser enviado pelo correio. b) preenchido diretamente na página da internet do Plano nacional de leitura. c) entregue pessoalmente no Ministério da Educação. d) ser recolhido por um responsável do Plano nacional de leitura. 2. Identifica as afirmações verdadeiras e falsas, corrigindo as frases falsas.

(6 pontos)

a) Cada escola pode concorrer, no máximo, com quatro poemas. b) Os poemas devem obedecer a um tema obrigatório. c) Não serão aceites trabalhos fora do prazo. d) Os cinco elementos do júri são designados pela escola. e) Os concorrentes não podem recorrer da decisão do júri. f) As escolas pagarão o transporte e o alojamento dos alunos concorrentes.

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PARTE B Lê o poema de António Gedeão. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

Poema do Homem-Rã

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20

25

Sou feliz por ter nascido no tempo dos homens-rãs que descem ao mar perdido na doçura das manhãs. Mergulham, imponderáveis1, por entre as águas tranquilas, enquanto singram2, em filas, peixinhos de cores amáveis. Vão e vêm, serpenteiam, em compassos de ballet. Seus lentos gestos penteiam madeixas que ninguém vê. Com barbatanas calçadas e pulmões a tiracolo, roçam-se os homens no solo sob um céu de águas paradas. Sob o luminoso feixe3 correm de um lado para outro, montam no lombo de um peixe como no dorso de um potro4. Onde as sereias de espuma? Tritões5 escorrendo babugem6? E os monstros cor de ferrugem rolando trovões na bruma7? Eu sou o homem. O Homem. Desço ao mar e subo ao céu. Não há temores que me domem É tudo meu, tudo meu. António Gedeão, Obra completa, Relógio d’Água

VOCABULÁRIO 1 2

36

imponderáveis– imprevisíveis. singram– navegam.

3 4

feixe – porção de luz. potro – cavalo jovem.

5 6

Tritões– deuses marinhos. babugem– espuma.

7

bruma – nevoeiro.

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 3. Indica a razão da felicidade do sujeito poético. 4. Identifica e caracteriza o espaço onde se movimentam os homens-rãs.

(2 pontos) (4 pontos)

5. Transcreve todas as formas verbais que se referem aos movimentos dos homens-rãs.

(5 pontos)

6. «Com barbatanas calçadas e pulmões a tiracolo». Explica por palavras tuas a expressão destacada.

(2 pontos)

6.1. Identifica o recurso expressivo presente na expressão transcrita em 6. 7. Caracteriza os homens-rãs através de dois adjetivos à tua escolha.

(2 pontos)

8. Faz o levantamento de seis palavras que te permitam formar um campo lexical de mar.

(3 pontos)

9. Identifica qual dos cinco sentidos é privilegiado no poema, justificando a tua resposta.

(4 pontos)

10. Para cada um dos itens seguintes, indica a letra correspondente à alternativa que completa cada afirmação, de acordo com a estrutura do poema.

(3 pontos)

10.1. As quatro últimas estrofes do poema são a) quintilhas. b) quadras.

c) sextilhas. d) tercetos.

10.2. Os quatro primeiros versos do poema têm a) seis sílabas métricas.

c) sete sílabas métricas.

b) cinco sílabas métricas.

d) oito sílabas métricas.

10.3. A rima usada na terceira estrofe é a) cruzada.

c) interpolada.

b) emparelhada.

d) branca.

11. Ao ler a última estrofe, um aluno afirmou: «Este poema elogia o homem moderno». Concordas com esta afirmação? Justifica a tua resposta.

(4 pontos) (45 pontos)

37

GRUPO III Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1. Preenche os espaços em branco com as formas adequadas dos verbos entre parênteses, usando apenas tempos simples.

(3 pontos)

Quero que tu __________ (observar) os homens-rãs. Ainda que ________ (chove), vai até junto do mar. Se nós __________ (ver) uma sereia, ficávamos com uma história para contar. 1

2. Lê, com atenção, as palavras que formam os grupos da tabela . Em que grupo, A, B, C ou D, integrarias as palavras da tabela , de forma a respeitares a coerência dos mesmos grupos, quanto ao processo de formação de palavras? Escreve a letra que identifica esse grupo. 2

(4 pontos)

1

2

1

2

A.

B.

C.

D.

Impossível destemido

Lentamente temível

guarda-sol azul-celeste

enfeitiçar esverdeado

1

2

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1) homens-rãs

Grupo ___________

2) luminoso

Grupo ___________

3) imponderáveis

Grupo ___________

4) entardecer

Grupo ___________

3. Indica quatro palavras da família de mar.

(2 pontos)

4. Identifica o modificador de nome presente na expressão «águas tranquilas».

(3 pontos)

5. Amplia a seguinte frase com modificadores do nome. As sereias deslizavam pelas águas.

(4 pontos)

6. Na frase «Eu sou o Homem e conquisto o mar e o céu», identifica, transcrevendo. a) duas orações coordenadas. b) o sujeito da primeira oração. c) a função sintática da expressão o Homem. d) a função sintática da expressão o mar e o céu.

(4 pontos) (20 pontos)

GRUPO IV Realiza as duas atividades de escrita. a) O poema que leste inclui diversos elementos marinhos. Constrói uma lista pessoal de seres do mar que conheças, ou de outros inventados por ti (8 a 10 palavras).

(25 pontos) (25 pontos)

b) Agora, na posse da tua lista, imagina que a edição do jornal da tua escola deste mês era dedicada ao tema «Mar». A partir de uma palavra (ou mais) do teu glossário, elabora um pequeno texto, de 120 a 180 palavras, onde apresentes a defesa de um dos seres referidos ou imaginados por ti no glossário. Atribui um título ao teu texto.

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TESTE 6 NOME:

TURMA:

N.O:

Teatro

GRUPO I Áudio • Faixa 26 António Torrado, entrevista radiofónica

Ouve atentamente a opinião do escritor António Torrado, no programa da TSF Nota de Autor. 1. No final da audição deves ser capaz de a) dizer qual a opinião do escritor sobre o teatro para crianças e jovens em Portugal. b) indicar o encenador cujo comportamento se destaca da maioria relativamente às peças infantis. c) identificar a primeira peça mencionada por António Torrado, em cena no teatro Trindade. d) indicar o público a quem se dirige a peça identificada em d). e) identificar o nome do ator destacado pelo seu desempenho na peça para adultos.

40

(10 pontos) (10 pontos)

GRUPO II PARTE A Lê atentamente os textos A e B. A

B

K’Cenas Curso de teatro ATL Carnide Centro

Destinado a jovens entre os 12 e os 18 anos que gostam de teatro e que querem aprofundar conhecimentos nesta área, a Associação Tenda Palhaços do Mundo, em colaboração com a Junta de Freguesia de Carnide, promove o curso de teatro K’Cenas. O curso, com inscrições já abertas, decorre de 10 de janeiro a 2 de julho, às segundas e quartas, sob orientação do ator António Manuel, a quem os participantes podem colocar todas as dúvidas sobre o que é ser ator. 10 de janeiro a 2 de julho _Rua dos Táxis Palhinhas / 939 749 701/2 / www.tenda.pt

A

B

Mentira e Autenticidade Espetáculo Centro Cultural de Belém

Que formas tem o nosso corpo de se esconder, de mentir, de se mostrar? Estas são as questões colocadas neste espetáculo da coreógrafa Aldara Bizarro, um trabalho sobre o corpo, inserido no Projeto Respira 2011. Mentira e Autenticidade é um projeto de experimentação artística aliado à criação de um espetáculo de dança, que conta com a participação de alunos do sexto ano de três localidades diferentes. Alunos, professores e a restante comunidade são envolvidos na criação artística, através de uma proposta genuína de partilha e de pesquisa. Para maiores de seis anos, o espetáculo decorre nos dias 7 e 8 deste mês. 7 e 8 de janeiro_Pç. do Império / 213 612 400 / www.ccb.pt

Agenda Cultural de Lisboa, janeiro 2011

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1. Indica a fonte dos textos A e B.

(2 pontos)

2. Identifica o público-alvo das atividades culturais divulgadas em cada um dos artigos.

(4 pontos)

3. Refere as entidades promotoras do curso de teatro K´Cenas.

(3 pontos)

4. Seleciona a alínea correta para completares cada frase.

(6 pontos)

4.1. As inscrições para o curso de teatro a) abrirão brevemente. b) já abriram. c) abrirão a 10 de janeiro. d) decorrerão entre janeiro e julho. 4.2. O curso de teatro funcionará a) mensalmente. b) semanalmente. c) duas vezes por semana. d) diariamente. 4.3. «Mentira e autenticidade» é o nome de um a) espetáculo de dança. b) projeto experimental e interativo. c) espetáculo musical. d) curso de teatro. 4.4. Relativamente aos locais onde decorrem os espetáculos, a) não são fornecidas informações exatas. b) há referências explícitas nos textos. c) há informações vagas nos textos. d) não há qualquer informação nos textos.

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PARTE B Lê atentamente o seguinte regulamento. Cena I Rei Leandro, Bobo

(No jardim do palácio real de Helíria. Rei Leandro passeia com o bobo) REI BOBO 5

REI BOBO REI BOBO

10

15

20

25

REI BOBO REI

30

BOBO REI BOBO REI BOBO REI BOBO

35

Estranho sonho tive esta noite... Muito estranho... Para isso mesmo se fizeram as noites, meu senhor! Para pensarmos coisas acertadas, temos os dias — e olha que bem compridos são! Não sabes o que dizes, bobo! São as noites, as noites é que nunca mais têm fim! Ai, senhor, as coisas que tu não sabes... Estás a chamar-me ignorante? Estou! Claro que estou! Como é possível que tu não saibas como são grandes os dias dos pobres, e como são rápidas as suas noites... Às vezes estou a dormir, parece que mal acabei de fechar os olhos — e já tocam os sinos para me levantar. A partir daí é uma dança maluca, escada acima escada abaixo: és tu que me chamas para te alegrar o pequeno almoço; é Hortênsia que me chama porque acordou com vontade de chorar; é Amarílis que me chama porque não sabe se há de rir se há de chorar — e eu a correr de um lado para o outro, todo o santo dia,sesempre a suspirar parapor queumchegue a noite, a suspirar para que esqueçam de mim, minutinho quesempre seja!, mas o dia é enorme, enorme!, o dia nunca mais acaba, e é então que eu penso que, se os reis soubessem destas coisas, deviam fazer um decreto qualquer que desse aos pobres como eu duas ou três horas a mais para... (interrompendo) Cala-te! Pronto, estou calado. Não me interessam agora os teus pensamentos, o que tu achas ou deixas de achar. Eu estava a falar do meu sonho. Muito estranho tinha sido, era o que tu dizias... Nunca me interrompas quando eu estou a falar dos meus sonhos! Nunca, senhor! Nada há no mundo mais importante do que um sonho. Nada, senhor? Nada. Nem sequer um bom prato de favas com chouriço, quando a fome aperta? Nem sequer um lumezinho na lareira, quando o frio nos enregela os ossos?

43

REI BOBO

40

REI BOBO

45

REI BOBO

50

REI BOBO REI BOBO REI

55

BOBO 60

REI BOBO REI 65

Não digas asneiras, que hoje não me apetece rir. Que foi que logo de manhã te pôs assim tão zangado com a vida? Já sei! O conselheiro andou outra vez a encher-te os ouvidos com as dívidas do reino! Deixa o conselheiro em paz... E o reino não tem dívidas, ouviste? Não é o que ele diz por aí, mas enfim... Então, se ainda por cima não deves nada a ninguém, por que estás assim tão maldisposto? Terá sido coisa que comeste e te fez mal? Aqui há dias comi um besugo estragado, deu-me volta às tripas, e olha... (interrompendo-o) Cala-te que já não te posso ouvir! (Suspira) Ah, aquele sonho! Coisa estranha aquele sonho... Ora, meu senhor! E o que é um sonho? Sonhaste, está sonhado. Não adianta ficar a remoer. Abre bem esses ouvidos para aquilo que te vou dizer! (com as mãos nas orelhas) Mais abertos não consigo! Os sonhos são recados dos deuses. E para que precisam os deuses de mandar recados? Estão lá tão longe... Por isso mesmo. Porque estão longe. Tão longe, que às vezes nos esquecemos que eles existem. É então que nos mandam recados. Mas os recados são difíceis de entender. Acordamos, queremos recordar tudo, e muitas vezes não conseguimos. (aparte) É o que faz ser deus... Eu cá, quando quero mandar recado, é uma limpeza: «ó Brites, guarda-me aí o melhor naco de toucinho para a ceia!» (Ri) Não preciso de mandar os meus recados pelos sonhos de ninguém! Que estás tu para aí a resmonear? Nada, senhor! Refletia apenas nas tuas palavras. E bom é que nelas reflitas. Apesar de bobo, quem sabe se um dia não irão os deuses lembrar-se de mandar algum recado pelos teus sonhos... (Para, de repente. Fica por momentos a olhar para o bobo, e depois pergunta, com ar muito intrigado) Ouve lá, tu também sonhas? (Aqui a cena fica suspensa, e a luz centra-se apenas no bobo, que fala para os espectadores na plateia) Alice Vieira, Leandro, Rei de Helíria, Alfragide, Caminho, 2012

44

5. Caracteriza o estado de espírito do Rei.

(4 pontos)

6. Indica o espaço cénico onde decorre a ação.

(3 pontos)

7. Explicita a relação existente entre as personagens em cena.

(3 pontos)

8. Explica o sentido das palavras do Bobo na sexta fala (linhas…)

(6 pontos)

9. Transcreve uma indicação cénica que indique que a personagem faz um comentário para os espetadores, que não deve ser ouvido pela outra personagem em cena.

(4 pontos)

10. Explica altura. a razão do conflito que se instala entre as personagens a determinada

(5 pontos)

11. No final da cena, o rei faz uma pergunta ao Bobo. Tendo em conta este excerto, escreve uma resposta que o Bobo daria ao Rei.

(5 pontos) (45 pontos)

GRUPO III Responde aos itens de gramática que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1. Lê a frase e identifica a classe da palavra destacada.

(2 pontos)

« Ah, aquele sonho! Coisa estranha aquele sonho...» 1.1. Escreve uma frase, usando uma palavra homófona da expressão destacada. 2. Justifica o uso da pontuação no seguinte excerto. «REI BOBO

(3 pontos)

Estranho sonho tive esta noite... Muito estranho... Para isso mesmo se fizeram as noites, meu senhor! Para pensarmos coisas acertadas, temos os dias — e olha que bem compridos são!»

3. Faz corresponder um sinal de pontuação a cada alínea no seguinte texto. Deves usar o ponto final, os dois pontos, a vírgula e o ponto de interrogação.

(4 pontos)

O Rei tem uma dúvida preocupante ____a)____ os bobos sonham ou não sonham o bobo tem muitas tarefas que o mantêm acordado ____b) ____c)____ ____ Contudo, como divertir o Rei ____d) ____ corresponder aos de Hortênsia ____e)____..

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4. Passa para o discurso indireto a seguinte fala.

(4 pontos)

«E o que é um sonho? Sonhaste, está sonhado. Não adianta ficar a remoer.» 5. Estabelece a correspondência entre as duas colunas, de forma a identificares a que uso do condicional corresponde cada uma das frases. (A) Eu gostaria de ir ao teatro. (B) Poderia dar-me a sua opinião sobre a peça? (C) A mãe comprou os bilhetes, mas eu viajaria três dias depois. (D) Se não tivesse viajado,assistiria à peça.

(2 pontos)

(1) Indicar uma possibilidade que não se concretiza. (2) Indicar algo que se concretizou no passado. (3) Fazer um pedido. (4) Exprimir um desejo.

6. Transforma a frase seguinte numa frase passiva. O Bobo ouvia as palavras do Rei.

(2 pontos) (20 pontos)

GRUPO IV És um dramaturgo e tens a função de escrever um guião de dramatização, dando continuidade à cena que leste da peça Leandro, Rei da Helíria. Escreve a continuação desse texto, construindo uma nova cena. No texto deves incluir:

– uma indicação cénica inicial que permita localizar a ação no espaço; – duas outras personagens – pelo menos duas indicações cénicas nas falas das personagens. Escreve um texto com um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras.

FIM

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(25 pontos) (25 pontos)

CENÁRIOS DE RESPOSTA TESTE 1 Grupo I Página 2 1.1 b). 1.2 c). 1.3 d). 2. Os premiados são designados narradores da memória porque são porta-vozes e intérpretes das memórias dos lugares, e de um conjunto de informações muito importante para a memória coletiva. 3. As pessoas premiadas vivem isoladas nas aldeias, nos lares de terceira idade ou nos centros de dia.

Grupo Parte A

10. Na última vinheta, destaca-se a palavra «gosta», uma vez que esta é repetida nos balões de pen-samento de Susie e Calvin. Este destaque demonstra que as personagens nutrem afeto uma pela outra, apesar de não conseguirem demonstrá-lo por palavras, ou seja, têm um problema de comunicação.

Grupo III 1.1 Pai, noz… 1.2 Vergonha, carruagem. 1.3 Irmãos, caracóis. 1.4 Pai. 1.5 Rã, caracol. 2. vergonhoso; anelar; paterno; trabalhoso/ trabalhador.

Páginas 3 a 6 1. d); e); a); g); c); f); b). 2. O conto dese nvolve-se a partir do momento em que o rei lança um desafio aos três filhos, que consiste em atirar uma pedra o mais longe que puderem, de forma a encontrarem a respetiva noiva. 3. Duas das peripécias são, por exemplo, a apresentação, pelo filho mais novo, da noz ao rei, de onde sai uma fina tela interminável, e o momento da transformação da rã em princesa. 4. A personagem principal é a rã, uma vez que é ela que soluciona, da melhor forma, todos os desafios lançados pelo rei.

TESTE 2 Grupo I

5.1 c). c); 5.2 6. O aluno Y cita o provérbio que melhor se aplica a este conto, pois todos julgaram negativamente a rã somente pelo seu aspeto exterior.

2.3. A.

Parte B Páginas 6 e 7 7. Calvin deseja oferecer a Susie um ramo de flores no dia dos namorados, no entanto procura flores murchas, facto que surpreende a vendedora. Na primeira tira, Calvin conversa com Hobbes, mostrando-lhe que está a escrever um cartão em forma de coração para Susie, mas a mensagem não é carinhosa, como seria expectável. 8. No dia dos namorados, seria esperado que Calvin enviasse um bonito ramo a Susie e uma mensagem que traduzisse o seu carinho pela amiga, porém o menino acaba por oferecer-lhe flores murchas e um cartão dizendo que a odeia. 9. Na terceira tira, são destacadas as palavras deSusie, que retribui a oferta de Calvin, ofendendo-o verbalmente, chamando-lhe «cabeça de alho chocho.».

1.1 B 1.2 B 1.3 C 1.4 A 2. O aumento da população e as alterações climáticas.

Grupo II Parte A 1. D, F, A, B, G, E. 2.1. B. 2.2. C.

Parte B 3.1. B; 3.2. C; 3.3. D, 3.4.D.; 3.5. B. 4. O narrador é ausente pois narra a história na terceira pessoa e subjetivo porque faz comentários e toma partidos («Zorbas pensou que a pobre gaivota estava a delirar e que com um pássaro em estado tão lastimoso ninguém podia deixar de ser generoso.»). 5. A gaivota aterrou na varanda porque tinha sido apanhada por uma maré negra e o petróleo, que lhe impregnava o corpo, impedia-a de voar. 6. Sim. Os gatos são felinos e reagem perante os pássaros, uma das suas presas, mas Zorbas revelou-se bondoso e muito preocupado com a gaivota, oferecendo-lhe comida, lambendo-lhe a cabeça para retirar o petróleo, ou seja, tentando ajudá-la a sobreviver. 7. «Vou pôr um ovo. Com as últimas forças que me restam vou pôr um ovo. Amigo gato, vê-se que és um animal bom e de nobres sentimentos. Por isso vou pedir-te que me faças três promessas.» A gaivota mostrou plena confiança em Zorbas, ao confiar-lhe o seu ovo, sabendo que iria morrer.

Nota: Relativamente ao grupo IV, expressão escrita, sugere-se a utilização dos critérios propostos no exame nacional de 9.o ano.

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CENÁRIOS DE RESPOSTA 8. Zorbas prometeu que não comia o ovo, que cuidaria dele até a gaivotinha nascer e, por último, que a ensinaria a voar. Grupo III 1. a) Verdadeira. b) Verdadeira. c) Falsa. Trégua usa-se, maioritariamente, no plural. d) Verdadeira. e) Verdadeira. 2.

f) Falsa. Descanso surge como sinónimo de trégua. a) «que». b) «quem». c) «que».

3. a) «gaivota». b) «ave». c) «gaivotinha». 4. a) dormitara; b) tinha; c) decidira; d) ia. 5. 5.1 A. logo que 5.2 B. visto que 6.1 B 6.2 B A 6.3 6.4 A

TESTE 3 Grupo I Páginas 19 e 20 1.1 a). 1.2 c). 1.3 b). 1.4 a). 1.5 d).

Grupo II Parte A Páginas 20 a 23 1.1 d). 1.2 b). 1.3 a). 1.4 c). 2. A afirmação é verdadeira, visto o texto ser escrito na primeira pessoa e o narrador ser personagem da história que conta («Lembro o Kazukuta a adorar aquele banho.»)

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3. O menino ficou surpreendido porque o tio Joaquim era muito solitário, autoritário e pouco simpático e as crianças não esperavam que se mostrasse afetivo. 4. a); e); h); j). 5. «…Kazukuta: lembro bem os teus olhos doces a brilhar tipo um mar de sonho só porque o tio Joaquim – o tio Joaquim silencioso – veio te dar banho de mangueira…». 6. O Kazukuta era um cão pachorrento, com o corpo coberto de feridas, ramelas nos olhos, triste e solitário. Parecia, também, um cão afetuoso e carente, talvez pelo facto de ninguém lhe dar a devida atenção. 7. O episódio foi importante para o narrador pois permanece na sua memória. Por um lado, o menino recorda o cão mas sobretudo o facto de o tio ter revelado a sua afetividade e humanidade ao dar banho ao Kazukuta.

Parte B Páginas 23 a 25 8. a) – 3) e) – 2) b) – 5) f) – 4) c) – 6) g) – 1) d) – 7) 9. As informações mais importantes para um espetador sãoaquelas que se encontram no parágrafo inicial, isto é, a identificação da peça teatral, a data e o local da estreia. 10. A Academia de Música de Viana do Castelo projeta a produção de um DVD com os diversos contos musicais encenados ao longo de vários anos. Grupo III 1. Hoje; pesadamente. 2. Tempo; modo. 3. a) Cavaleiro podia ficar ali na cabana do lenhador. b) Realmente, um lobo estava à sua frente. 4. a) determinante relativo; b) pronome relativo. 5. a) à; b) Sem; c) de; d) para; e) do; 6.

f) até. a) – (3) b) – (4) c) – (1) d) – (2)

7. a) – (4) b) – (1) c) – (2) d) – (3) e) – (5)

TESTE 4 Grupo I Página 27 a) Falsa. O entrevistado começou a praticar parapente por influência do pai. b) Verdadeira. c) Falsa. Na opinião do entrevistado… d) Verdadeira. e) Verdadeira. f) Falsa. A melhor sensação é de liberdade. g) Verdadeira. h) Falsa. O entrevistado é engenheiro mecânico. i) Verdadeira. j) Verdadeira.

revelava refletiam a preocupação em proteger o neto. Por outro lado, a avó estava consciente da sua idade pois receava o tempo em que não seria capaz de garantir os cuidados ao menino. Grupo III 1. Adjetivo: «orgulhosa». Determinante: «a». Locução conjuncional: «para que». Nome: «mãe». Preposição: «para». Pronome: «ele». 2. a) logo que. b) pois. c) visto que. 3. a) A avó segurava-lhe a mão. b) Neto e avó observavam-no. c) O menino fê-lo. d) O rapazinho não a assustou. 4. a) Modificador. b) Modificador. c) Complemento oblíquo. d) Complemento oblíquo.

Grupo II Parte A Páginas 28 e 29 1. f); g); a); e); c); b); d). 2. «os primeiros homens». Grupo II

Parte B 1. A avó e o neto sentiam-se alegres e felizes. 2. O local onde passeavam avó e neto era uma praia com sol e ondas baixas, sem vento. A praia tinha rochas, a água do mar não estava fria e podia-se apanhar búzios e conchas. 3. O recurso expressivo é a comparação e exprime a ideia de que estava um bom dia de praia, com sol e ondas baixas. 4. «De vez em quando voltava a cabeça, para ver se ela lá estava sentada, a olhar para ele. Depois esquecia-se dela e voltava a ser o rei do mundo.» 5. A avó sentia-se especial por estar a tomar conta do neto, porque a mãe do menino confiava nela e, apesar da idade, podia sentir-se útil e capaz de garantir a segurança da criança, proporcionando-lhe um dia muito feliz. 6. O neto tinha consciência da preocupação da avó em relação à sua segurança pois o narrador afirma: «No entanto nunca ia demasiado longe, nem mergulhava demasiado fundo, para não assustar a avó. Sabia que ela era um bocado assustadiça e ele gostava de protegê-la contra os medos.». 7. A avó era uma pessoa consciente, preocupada, orgulhosa do neto, calma e protetora. Os medos que

5. a) (4) b) (3) (5) c) d) (6) e) (1) f) (2)

TESTE 5 Grupo I Páginas 35 e 36 1.1 a) 1.2 d) 1.3 b) 1.4 c) 1.5 b) 1.6 d) 2. tens; ganhes; vens.

Grupo Parte AII Páginas 37 e 38 1.1 c) 1.2 c) 1.3 a) 1.4 b)

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CENÁRIOS DE RESPOSTA 2. a) Verdadeira. b) Falsa. O tema dos poemas a concurso é livre. c) Verdadeira. d) Falsa. Os cinco elementos do júri são designados pelo Plano nacional de leitura e pelo Centro Cultural de Belém. e) Verdadeira. f) As despesas de transporte e alojamento serão da responsabilidade da organização do concurso.

TESTE 6 Grupo I Página 43 a) O escritor considera que o teatro para crianças e jovens tem sido colocado em segundo plano. b) O encenador é João Mota. c) A peça intitula-se Aventuras de João Sem Medo e é baseadana obra de José Gomes Ferreira. d) A peça dirige-se a avós, pais filhos, sobrinhos e netos. e) O ator é Miguel Guilherme.

Grupo II Parte A Páginas 44 e 45 1. A fonte de ambos os textos é a Agenda cultural Lisboa de Janeiro de 2011. 2. O público-alvo do texto A é uma camada jovem, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos. Quanto à atividade referida no texto B, destina-se a crianças maiores de seis anos. 3. As entidades promotoras do curso referido no texto A são a Associação Tenda Palhaços do Mundo e a Junta de Freguesia de Carnide. 4.1 b) 4.2 c) 4.3 b) 4.4 b)

Grupo II Parte B 5. O rei estava preocupado e ansioso devido ao sonho que tinha tido. Perante as palavras do Bobo revela-se mal-humorado e autoritário. 6. A ação decorre no jardim do palácio real do reino da Helíria. 7. Existe uma relação de hierarquia entre o Bobo e o Rei. O bobo tem a função de entreter o rei e de o ouvir.

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8. O Bobo, indiretamente, destaca a insensibilidade do rei face às condições em que vivem os pobres, que não têm tempo para pensar em sonhos porque vivem em função dos desejos dos elementos da corte. 9. «(aparte)». 10. Instala-se um conflito entre as personagens porque o bobo tenta dar a sua opinião e desvalorizar a importância que o rei está a dar a um simples sonho mas este não o quer ouvir, chegando a ser extremamente autoritário.

Grupo III 1. Interjeição. 1.1 Há muitos anos, o rei da Helíria teve um sonho. 2. As reticências acentuam a preocupação do rei relativamente ao sonho. Os pontos de exclamação destacam a determinação e objetividade do bobo, na tentativa de alegrar o rei . 3. a) Dois pontos. b) Ponto de interrogação. c) Vírgula. d) Vírgula. e) Ponto final ou de exclamação. 4. O bobo interrogou o rei perguntando-lhe o que era um sonho. Em seguida afirmou que se ele tinha sonhado estava sonhado e que não adiantava ficar a remoer. 5. a) – (4) b) – (3) c) – (2) d) – (1) 6. As palavras do rei eram ouvidas pelo Bobo.

s e t s e T e d o r iv L – 7 P

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