Lista de Exercícios 1

September 22, 2017 | Author: branco | Category: Polymers, Chemical Bond, Metals, Graphite, Carbon
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Ciências dos Materiais...

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1. Quais as principais características dos materiais a) metálicos, b) cerâmicos, c) poliméricos, d) semicondutores? R.: Metálicos – são normalmente combinações de elementos metálicos.  Eles possuem grande número de elétrons não localizados; elétrons livres  Muitas propriedades dos metais são atribuídas diretamente a estes elétrons;  Os metais são condutores extremamente bons de eletricidade;  Os metais são condutores extremamente bons de calor;  Não são transparentes à luz visível;  Pode ser polido  superfície com aparência lustrosa  São muito resistentes, porem, são deformáveis  responsável pelo seu uso extenso em aplicações estruturais. Cerâmicos – são compostos entre os elementos metálicos e não metálicos;  São frequentemente óxidos, nitretos e carbetos  são compostos por minerais argilosos, cimento e vidro;  Estes materiais são tipicamente isolantes à passagem de eletricidade;  Estes materiais são tipicamente isolantes à passagem de calor;  São mais resistentes a altas temperaturas e ambientes abrasivos do que os metais e polímeros;  Os materiais cerâmicos são duros, porém muito quebradiços. Polímeros – compreendem os materiais comuns de plástico e borracha.  Muitos são compostos orgânicos que têm sua química baseada no carbono, no hidrogênio e em outros elementos não metálicos;  Estruturas moleculares muito grandes;  Estes materiais possuem tipicamente baixas densidades;  Podem ser extremamente flexíveis. 2. Quais os tipos de ligação química mais comumente encontrados em materiais sólidos, quais suas características e como elas podem ser utilizadas como critério de classificação? Represente graficamente essa classificação utilizando o esquema do tetraedro. R.: Ligação Iônica, Covalente e Metálica. Ligação Iônica        

Ligações não direcionais  magnitude da ligação é igual em todas as direções ao redor do íon; Compartilhamento de elétrons entre 2 átomos; Realizada ente um material metálico e um não metálico; Ao unirem-se adquirem configurações estáveis  semelhante aos gases nobres; Energia de ligação relativamente alta; Em geral, isolantes térmicos e elétricos (exceções: diamante e supercondutores) Estruturas cristalinas ou amorfas (vidros); Óxidos e não óxidos.

Ligação Covalente      

Ligação Direcional; Configurações eletrônicas estáveis devido ao compartilhamento de elétrons; Compartilhamento de elétrons na camada de valência; Ligações podem ser muito fortes ou muito fracas; Metal + não-metal ou não-metal + não-metal Em geral, isolantes térmicos e elétricos (exceções: diamante e supercondutores)

Ligação Metálica     

Encontrada nos metais e suas ligas; Os elétrons de valência não se ligados a qualquer átomo em particular  estão mais ou menos livres; Ligação não direcional; Ligação fraca ou forte; Materiais formados por ligações metálicas são bons condutores de eletricidade e calor;



Materiais apresentam falhas de maneira dúctil  sofrem fraturas após expostos a grandes deformações

3. A ligação covalente entre dois átomos de carbono, C-C, é de 370 kJ.mol-1 (88 kcal / 6,02 × 1023). A energia da luz é E = h.n, onde h = 0,66 × 10-33 J.s e n é a frequência da luz. Qual o comprimento de onda requerido para romper uma ligação C-C? Que tipo de luz é essa? Dados: c = n.l. A que fenômeno natural você deve ser grato pela proteção de seus tecidos corpóreos (todos poliméricos e baseados em carbono)? R.:

Luz UV A camada de ozônio (O3) que age como um filtro ou barreira absorvendo os raios UV-B (que são nocivos a pele humana) que atingem a terra. 4. Descreva o modelo da esfera rígida, utilizado no modelamento de microestruturas de materiais cristalinos. Em que ele difere do modelo proposto pela mecânica ondulatória ou quântica? R.: Quando se descreve estruturas cristalinas, pensa-se em átomos (ou íons) como sendo esferas sólidas tendo diâmetros bem definidos. Denominamos o modelo atômico de esfera rígida no qual as esferas representando os átomos vizinhos mais próximos se tocam entre si. Enquanto o modelo de Bohr supõe que os elétrons são partículas orbitando ao redor do núcleo em trajetórias discretas, na mecânica ondulatória nós os consideramos como de natureza ondulatória e tratamos a posição de elétrons em termos de uma distribuição de probabilidade. Também existe o fato do modelo de Bohr ser bem mais simples que o modelo quântico (ou mecânica ondulatória) não possibilitando a explicação de vários fenômenos. 5. Represente em um gráfico as forças de atração, repulsão e resultante versus distância interatômica. Nesse mesmo gráfico, represente a energia potencial resultante. R.:

A energia potencial resultante no gráfico é dada pela distância r0, que corresponde à distância de separação do ponto de mínima energia potencial. 6. O que é uma célula unitária (CU)? Como pode ser descrita? Quais as CU possíveis? Classifique sua resposta em função dos vários sistemas cristalinos e redes de Bravais. R.: são pequenas entidades formadas por um pequeno grupo de átomo que se repetem com frequência definida dentro de uma estrutura. A maioria das estruturas são paralelepípedos ou prismas que possuem três conjuntos de faces paralelas, sendo que, uma destas faces está desenhada dentro do agregado de esferas. Segundo as redes de Bravais temos 14 retículos de sendo que estes podem ser: P  primitiva; I  corpo centrado; F  faces centradas; C  um ponto reticular em faces opostas e R Romboédrico. Dentro deste contesto as sete estruturas de células unitárias possíveis são: 1 – Cúbicas

2 – Monoclínicos

3 – Ortorrômbicos

4 – Romboédrico

5 – Tetragonais

6 – Hexagonal

7 – Triclínico

7. O cobre (Cu) possui um raio de 0,128 nm, uma estrutura cristalina CFC, e peso atômico de 63,5 g/mol. Calcular a sua densidade teórica. R.: Sendo Vc = 16R3√2 e NA = 6,023x1023, temos:





8. Mostrar que a razão mínima entre os raios do cátion e do ânion, para um número de coordenação 4, 6 e 8 são 0,225 nm, 0,414 nm e 0,732 nm, respectivamente. R.: Somente íons na faixa de tamanho apropriado são estáveis em cada posição intersticial. Desta forma a relação entre o tamanho do cátion pelo do ânion tem influência na definição da estrutura cristalina. NC = 4 : ânions no vértice de um tetraedro e cátions nos interstícios tetraédricos Os átomos dessa estrutura possuem em geral alto grau de covalência nas ligações entre eles. Razão mínima entre os raios de 0,225;

NC = 6 ânions no vértice de um octaedro e cátions nos interstícios octaédricos. Razão mínima entre os raios de 0,414;

NC = 8: ânions no vértice de um cubo e cátions no interstício octaédrico central do cubo. Razão mínima entre os raios de 0,732;

9. Calcular o fator de empacotamento atômico de um metal CFC e comparar o resultado com o fator de empacotamento iônico do NaCl. Calcular o volume da célula unitária do LiF, cuja estrutura é a mesma do NaCl. R.: sendo a estrutura da célula unitária CFC um cubo, onde os átomos que o compõem se tocam uns nos outros ao longo de uma diagonal da face com comprimento de 4R (figura abaixo), podemos deduzir que:

a2 +a2 = 4R ou a = 2R√2 O volume da célula unitária pode ser calculado então a partir da expressão: VC = a3 = (2R√2)3 = 16R3√2 Já o fator de empacotamento da estrutura CFC é dado por:

Onde VE é dado por:

Logo:

√ 10. Determinar as direções cristalográficas para os quatro vetores apresentados na figura a seguir.

Projeções

x

y

z

Sem (em termos de a, b e c)

2/3a

1/2b

0c

Redução

3/2

2

0

3

4

0

Inteiras Colocação entre colchetes Sem (em termos de a, b e c)

[3 4 0] -1/3a

0

2/3a

Redução

-3

0

3/2

Inteiras

-6

0

3

Colocação entre colchetes Sem (em termos de a, b e c)

[-6 0 3] 1/3a

-1a

-1a

Redução

3

-1

-1

Inteiras

3

-1

-1

Colocação entre colchetes

[3 -1 -1]

Sem (em termos de a, b e c)

1/6a

1/2a

-1a

Redução

6/1

2/1

-1

6

2

-1

Inteiras Colocação entre colchetes

[6 2 -1]

11. Na figura a seguir, são mostrados 3 diferentes planos cristalográficos para uma célula unitária de um metal hipotético (os círculos representam os átomos).

Pergunta-se: a) A que sistema cristalino a célula pertence? b) Como esta estrutura seria chamada. c) Se a 3 densidade deste metal é 8,95 g/cm , determine sua massa atômica. R.: Ortorrômbica  a ≠ b ≠ c e α, β e γ = 90º Ortorrômbica de corpo centrado Vc = a.b.c  0,3.10-9.0,4.10-9.0,35.10-9  Vc = 4,2.10-29 ( (

)

)

12. Descreva como ocorre o processo de solidificação de um metal e relacione as propriedades anisotrópicas e isotrópicas que ele poderia apresentar. Como se formam os contornos de grão? Como seu crescimento/nucleação pode ser controlado? R.: os átomos se posicionarão em um padrão tridimensional repetitivo, no qual cada átomo está ligado aos seus átomos vizinhos mais próximos. A anisotropia, direcionalidade das propriedades físicas de alguns monocristais, está associada com a variância do espaçamento atômico ou iônico com a direção cristalográfica. Substâncias nas quais as propriedades medidas são independentes da direção de medição são isotrópicas. 13. Quais defeitos pontuais prováveis são possíveis para o MgO como um impureza no Al 2O3? (obs: exemplificar todas as possibilidades). R.: Para cada íon Mg2+ que substitui um íon Al3+ no Al2O3, uma única carga positiva é removida. Dessa forma, para manter a neutralidade de carga, ou uma carga positiva deve ser adicionada ou uma carga negativa deve ser removida. Defeito de Frenkel (Fig. 13.20). Ele pode ser considerado como sendo formado por um cátion que deixa a sua posição normal e se move para o interior de um sítio intersticial. Não existe uma alteração da carga, pois o cátion mantém a mesma carga positiva como um átomo intersticial. Defeito de Schottky consiste em um par que é composto por uma lacuna de cátion e uma lacuna de ânion Defeitos pontuais devidos à presença de impurezas são encontrados em soluções sólidas, e eles podem ser de dois tipos: substitucional e intersticial. No caso dos defeitos substitucionais, os átomos do soluto ou átomos de impurezas tomam o lugar dos átomos hospedeiros ou os substituem. Existem várias características dos átomos do soluto e do solvente que determinam o grau segundo o qual o primeiro se dissolve no segundo; são estas: 1. Fator do tamanho atômico. Quantidades apreciáveis de um soluto podem ser acomodadas neste tipo de solução sólida somente quando a diferença entre os raios atômicos dos dois tipos de átomos é menor do que aproximadamente ±15%. De outra forma, os átomos do soluto irão criar distorções substanciais na rede cristalina e uma nova fase irá se formar. 2. Estrutura cristalina. Para que a solubilidade dos sólidos seja apreciável, as estruturas cristalinas para os metais de ambos os tipos de átomos devem ser as mesmas. 3. Eletronegatividade. Quanto mais eletropositivo for um elemento e mais eletronegativo for o outro, maior é a tendência de que eles venham a formar um composto intermetálico em lugar de uma solução sólida substitucional. 4. Valências. Sendo iguais todos os demais fatores, um me tal terá uma maior tendência de dissolver um outro metal de maior valência do que um de menor valência. 14. Para as estruturas CFC e CCC existem dois tipos de diferentes tipos de posições intersticiais. Para CFC, o maior interstício está localizado no centro da célula unitária e é um interstício octaédrico, enquanto que o maior sítio para o CCC é encontrado na posição 0, ½, ½, que está situada entre duas células unitárias. Calcule o raio r de uma impureza que caberia justamente nestas posições, em relação ao raio R do átomo hospedeiro.

R.: 15. Com base na estrutura cristalina calcular a densidade teórica para o NaCl (dados: MMNa=22,99 g/mol, MMCl=35,45 g/mol, RCl=0,181nm, rNa=0,102nm).

R.: Sendo: Vc = a3 pois a estrutura cristalina do NaCl0 é CFC logo: a = 2.rCl + 2.rNa  a = (2.0,181.10-7 + 2.0,102.10-7)  assim: Vc = (2.0,181.10-7 + 2.0,102.10-7)3 n = 4.1/2 Cl + 4.1/2 Na  n = 4 átomos por célula unitária ANa = 22,99 g/mol ACl = 35,45 g/mol Temos:

16. Calcule o fator de empacotamento atômico para a estrutura do diamante e para a hexagonal compacta. Sugestão: boa sorte! R.: a = 0,154 nm n = 8 átomos por célula unitária

Sendo o fator de empacotamento atômico:

O volume é:

17. Diamante, grafite, negro-de-fumo e nanotubos de carbono podem ser considerados alótropos (mesma composição química, porém com diferentes estruturas cristalinas). Quais as diferenças de ligação química e estrutura cristalina nesses materiais? Por que o diamante, apesar de não conduzir eletricidade, é um bom condutor de calor? Por que o grafite, que possui um módulo elástico teórico superior ao do aço na direção paralela às lamelas, pode ser usado como lubrificante?

R.: Diamante  estrutura cristalina cúbica do diamante; Grafite  camadas de átomos de carbono em um arranjo hexagonal, sendo que, dentro das camadas, cada átomo de carbono está ligado a três átomos vizinhos coplanares através de fortes ligações covalentes. Negro de fumo  estrutura aleatória, com predominância de carbono. Nanotubos  são tubos com estrutura semelhante às folhas de grafite O Diamante possui uma condutividade elétrica muito baixa; essas características são devidas à sua estrutura cristalina e às fortes ligações interatômicas covalentes. Entretanto, o diamante possui o que é denominado de movimento de "vibração de rede" ou "vibração de fônons". É um mecanismo que envolve vibrações atômicas, movimentos relativos dos átomos de C conectados numa rede interminável. Explicando de forma mais simples, e' o movimento sincronizado de toda a rede cristalina do solido. No Grafite os átomos de carbono formam anéis hexagonais contidos num mesmo espaço plano, formando lâminas que se mantêm juntas por forças de atração mútua. Essas lâminas se sobrepõem umas às outras, permitindo uma espécie de deslizamento ou deslocamento dos planos. 18. Poros ou trincas visíveis a olho nu podem ser considerados defeitos da estrutura cristalina? Por que a superfície de um material pode ser considerada um defeito? R.: Poros e trincas são defeitos volumétricos: defeitos macroscópicos tridimensionais se estendem sobre o conjunto dos átomos na estrutura ou no volume. Os poros são defeitos devido à contração durante a solidificação e por isso são denominados defeitos de solidificação. Denomina-se defeito da solidificação toda heterogeneidade surgida durante o esfriamento de um material fundido. Esses defeitos normalmente são introduzidos nos processos de fabricação, e podem afetar fortemente as propriedades dos materiais. Porque os defeitos superficiais são defeitos bidimensionais ou interfaciais que compreendem regiões do material com diferentes estruturas cristalinas e/ou diferentes orientações cristalográficas. Podendo estes defeitos ser dos tipos:     

Superfícies externas; Contornos de fase; Contorno de grão; Contornos de macla; Defeitos de empilhamento

19. Defina e exemplifique polímeros (a) termoplásticos, (b) termorrígidos e (c) elastômeros. Quais ligações químicas estão presentes e onde se localizam? Os termoplásticos podem ser ramificados? R.: Os polímeros são moléculas muito grandes constituídas pela repetição de pequenas e simples unidades químicas, denominadas de monómeros (que vem do grego e quer dizer um). Essas macromoléculas são cadeias compostas pela repetição de uma unidade básica. Fazendo uma analogia, os meros estão dispostos um após o outro, como pérolas num colar.

Os termoplásticos são polímeros fabricados normalmente pela aplicação simultânea de calor e pressão. Eles possuem características de amolecerem quando são aquecidos (e por fim se liquefazem) e endurecerem quando são resfriados, processos que são totalmente reversíveis e que podem ser repetidos Os termorrígidos geralmente são líquidos e que após reação tornam-se infusíveis. São aqueles que não amolecem com o aumento da temperatura e por isso, uma vez produzidos, não podem ser re-deformados ou re-processados. Para esse tipo de polímero, uma elevação contínua da temperatura leva à degradação do material (queima) antes que qualquer alteração mais dramática nas propriedades mecânicas ocorra. Os elastômeros são aqueles polímeros que tem a característica de se recuperar rapidamente a sua forma e dimensões iniciais, após cessar a aplicação de uma tensão. Os polímeros apresentam uma forte presença de ligações covalentes, mas também de ligações secundárias. Normalmente a estrutura é formada por ligações em cadeias entre átomos de carbono podendo ser ligações simples, duplas ou triplas. As ligações químicas secundárias são do tipo Van der Walls. Os termoplásticos podem ser parcialmente cristalinos ou totalmente amorfos, características esta de polímeros ramificados. 20. Metano, etano, butano, octano, parafina e polietileno são hidrocarbonetos formados unicamente à base de átomos de carbono e hidrogênio ligados covalentemente. Apesar dessa semelhança, apresentam propriedades distintas, como por exemplo, ponto de ebulição. Por quê? R.: Algumas das propriedades físicas dos hidrocarbonetos irão depender de seu estado isomérico, ou seja, mesma composição, mas com arranjos atômicos diferentes. Compostos hidrocarbonetos com uma mesma composição e arranjos atômicos diferentes podem, por exemplo, ter temperaturas de ebulição diferentes como o caso do butano (0,5°C) e do isobutano (-12,3°C). 21. Defina unidade repetida (repetitiva) e monômero. Quais são as unidades repetidas e os monômeros para o policarbonato e para a borracha de silicone? R.: A unidade repetitiva são aquelas que se repetem ao longo da cadeia polimérica e que caracterizam a composição química do polímero. Já os monômeros podem ser definidos como moléculas que consiste em um único mero. fosgênio e bisfenol A

diclo-dimetil-silano ou o dicloro-diefenil-silano

22. Considere a estrutura molecular do polipropileno (PP = 175°C ou 347°F), do poli(cloreto de vinila = 212°C ou 415°F) (ou PVC) e do poli(tereftalato de etileno) (ou PET = 265°C ou 510°F) e responda: Qual desses polímeros apresenta maior ponto de fusão? E menor? (Apendice E) R.: O maior ponto de fusão é do PET com 265°C ou 510°F e o menor é do polipropileno com 175°C ou 347°F. 23. Represente a estrutura química dos seguintes polímeros: a) polipropileno, b) poli(cloreto de vinila), c) poli(oxietileno), d) polibutadieno, e) poliestireno, f) ABS. (Apendice D) R.

24. O que é distribuição de peso molecular em materiais poliméricos? Qual sua importância para as propriedades desses materiais? R.: Durante o processo de polimerização são formadas cadeias com diversos comprimentos. Desta forma, teremos que obter uma distribuição de comprimentos de cadeias. Sendo assim, também existirá uma distribuição de pesos moleculares, pois não é possível obter um valor de peso molecular polimérico único e definido. Porque os pesos moleculares têm influencia direta nas características do material. 25. Que fatores enrijecem/flexibilizam as cadeiras poliméricas? O que são polímeros (a) lineares, (b) ramificados, (c) cruzados e (d) em rede? R.: Enrijecimento – o processo de enrijecimento dos polímeros se dá pelo processo de estiramento (análogo ao processo de encruamento nos metais). Nesse processo o polímero é sujeito a tração sendo que, suas cadeias moleculares deslizam umas sobre as outras tornando-se altamente orientadas. Flexibilidade – flexibilidade, a ductilidade e a tenacidade dos polímeros po-dem ser alteradas com a adição de aditivos denominados plasticizantes. As pequenas moléculas de plasticizantes ocupam posições entre as grandes cadeias de polímeros, aumentando efetivamente a distância entre as cadeias com uma redução na ligação intermo-lecular secundária. Polímeros lineares – são aqueles em que as unidades mero estão unidas ponta a ponta em cadeias únicas. São polímeros flexíveis, e podem ser consideradas como se fossem uma massa de espaguete. Polímeros ramificados – são polímeros que as cadeias de ramificações laterais encontram-se conectadas às cadeias principais. Essas ramificações resultam de reações paralelas que ocorrem durante a síntese do polímero o que favorece a diminuição da densidade do polímero. Polímeros com ligações cruzadas – nestes polímeros as cadeias lineares adjacentes estão unidas umas às outras em várias posições através de ligações covalentes (ligações cruzadas entre cadeias). As ligações podem ser obtidas pela adição de aditivos ligados covalentemente. As ligações cruzadas são comuns em borracha e o processo em que se obtêm as ligações é denominado de vulcanização. Polímeros em rede – são polímeros que possuem três ligações covalentes ativas, formam redes tridimensionais ou polímeros que possuam muitas ligações cruzadas também podem ser classificados como um polímero em rede. 26. Defina e apresente dois exemplos de homopolímeros, copolímeros e blendas (nome e estrutura molecular). R.: homopolímero – é o polímero que tem todas as unidades repetidas ao longo de uma cadeia do mesmo tipo. Copolímero – são polímeros que tem mais de um monômero em sua cadeia. Eles podem ser do tipo aleatório, aqueles em que não há posição fixa para os diferentes tipos de monômeros. Copolímero alternado, onde os meros alternam suas posições ao longo da cadeia. Copolímero em blocos, aqueles em que os meros idênticos ficam aglomerados em blocos ao longo da cadeia. Blendas – são misturas físicas de homopolímeros e/ou copolímeros com diferentes estruturas químicas. As blendas podem ser homogêneas – quando os dois polímeros existem como uma simples fase. Heterogênea – quando as fases apresentam-se distintas. 27. Uma amostra de poli(metacrilato de metila) (PMMA) possui 10.000 cadeias com massas moleculares entre 0 e 6.000 g.mol-1, 18.000 cadeias com massas moleculares entre 6.000 e 10.000 g.mol -1, 17.000 -1 cadeias com massas moleculares entre 10.000 e 15.000 g.mol , 7.000 cadeias com massas moleculares -1 entre 15.000 e 21.000 g.mol . Determine as massas moleculares médias ponderal (Mw) e numérica (Mn) e o grau de polimerização (GP). Por que MN é sempre menor ou igual a MW ? R.: Faixas de pesos Moleculares (g/mol)

Média Mi (g/mol)

xi

x iM i

0-6000

3000

0,3

900

6000-10000

8000

0,44

3555

10000-15000

12500

0,735

9191

15000-21000

18000

2,57

46285

Mn=

59931

28. Que fatores favorecem/dificultam a cristalização de um polímero? R.: Os fatores que influenciam geralmente a cristalização são a massa molar e a taxa de resfriamento. A taxa de cristalização é, em geral, inversamente proporcional á massa molecular do polímero. Caso um polímero seja resfriado rapidamente, pode não haver tempo para que ocorra a cristalização. 29. O que é orientação molecular e qual sua relação com as propriedades dos polímeros? R.: A orientação molecular em polímeros pode ser dita como um estado conformacional de alinhamento das moléculas, em direção e sentido igual ao das tensões externas geradas pela deformação e cisalhamento em um escoamento. A orientação molecular prove ao polímero anisotropia, ou seja, têm influência significativa sobre a resistência do material no sentido longitudinal ao alinhamento e baixa resistência no sentido perpendicular ao alinhamento. Ela também é responsável por outras propriedades dos polímeros. 30. Explique as diferenças entre os cristais formados a partir da evaporação de solvente de uma solução de polímero diluída e a partir de polímero fundido. R.: 31. Quais as principais transições térmicas encontradas em materiais poliméricos? Cite 2 exemplos onde a temperatura ambiente (25º) se encontre a) acima de Tg; b) abaixo de Tg. R.: Transição vítrea (Tg): ocorre no estado amorfo Fusão cristalina (Tm): ocorre no estado cristalino de um polímero semicristalino Cristalização (Tc) Tg abaixo de 25ºC = Polipropileno e polietileno Tg acima de 25ºC = Náilon e poliéster. 32. O que é temperatura de fusão? Materiais amorfos têm temperatura de fusão? R.: É o valor médio da faixa de temperatura em que, durante o aquecimento, desaparecem as regiões cristalinas com a fusão dos cristalitos. Neste ponto, a energia do sistema atinge o nível necessário para vencer as forças intermoleculares secundárias entre as cadeias da fase cristalina, destruindo a estrutura regular de empacotamento, mudando do estado borrachoso para o estado viscoso / fundido. Os materiais amorfos não apresentam um ponto fixo de fusão, de modo que sua passagem para o estado líquido se verifica ao longo de um intervalo de temperaturas durante o qual adotam o chamado estado plástico. 33. Por que os materiais amorfos, em geral, são transparentes? R.: os materiais amorfos têm suas cadeias não dispostas linearmente, ou seja, desprovida de qualquer ordem estrutural. Esta estrutura “solta” permite a passagem de luz, característica de um material transparente. 34. Estudo de caso: Desde as últimas décadas do século XX, ativistas ambientais têm se pronunciado contra o uso de poliestireno (PS) em embalagens descartáveis, em especial, em copos para água, café e refrigerantes. Duas principais alegações: 1) Em contato com água quente, o PS poderia liberar monômeros residuais, envenenando o usuário. 2) Em alguns países, onde a reciclagem energética é amplamente empregada (queimar lixo para gerar energia), o liberação de dioxinas e outros compostos aromáricos estaria contribuindo para um aumento considerável de incidência de cânceres e outras doenças. Você, agora gerente de desenvolvimento de produto de uma grande multinacional produtora de poli(etileno tereftalato) ou PET, vislumbra uma oportunidade de substituição de matéria prima (PS por PET) nessa aplicação (copos

descartáveis para água, café e refrigerante). Analise sua proposta (antes de enviar a seu superior) considerando os seguintes aspectos: • Transições térmicas do PS: Tg = 100ºC, T"Fusão" = 150ºC, TDegradação = 210-380ºC • Transições térmicas do PET: Tg = 50-70ºC, TFusão = 230ºC, TDegradação = 280-400ºC • Rigidez (25ºC) PS ~ Rigidez (25ºC) PET R.:

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