Linguagem Musical 1

November 6, 2018 | Author: Ecenilson | Category: Clef, Pitch (Music), Music Theory, Musical Notation, Musicology
Share Embed Donate


Short Description

método iniciação....

Description

LINGUAGEM MUSICAL Módulo 1 RICARDO NAKAMURA

LINGUAGEM MUSICAL Módulo 1 RICARDO NAKAMURA

Módulo 1 Índice

Rep eprres esen enttaç ação ão gr gráf áfic icaa dos dos el elem emen enttos mu musi sica cais is

01

RITMO 1. Grafia das figuras rítmicas 2. Valores das figuras rítmicas 3. Pausas 4. A ligadura 5. Ponto de aumento Exercícios 6. Compassos 7. Fórmula de compasso 8. Acentuação métrica 9. O pulso Exercícios

03 05 07 08 08 09 13 14 15 17 18

ALTURA 1. O pentagrama Exercícios 2. Notas e letras Exercícios 3. A clave 4. O dó central

25 27 29 29 30 31

LEITURA 1. Leitura na clave de sol •dó e sol •ré e lá •si e fá •mi

32 32 33 34 36

SOLFEJO •do,mi e sol •ré e lá •si e fá

38 40 42

Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS ELEMENTOS MUSICAIS A grafia musical possibilita o registro no papel das quatro propriedades do som: 1) Ritmo 2) Altura 3) Intensidade 4) Timbre 1) Ritmo - organiz organização ação dos sons no tempo. • A duração dos sons é grafada através das figuras rítmicas.

Semibreve

Mínima

Semínima

Colcheia

Semicolcheia

Fusa

Semifusa

• Pulsação: divisão regular do tempo sobre a qual a música se desenvolve. Pode estar evidenciada evidenciada ou subentendida subenten dida nos demais elementos musicais. • Andamento: velocidade da pulsação. É indicado na partitura com termos como a dágio, andante, allegro, presto, etc  ou atra através vés da unidade batidas por minuto (bpm) utilizada nos metrônomos. Cada semínima equivale a 60 bpm (neste caso, 1 segundo). 2) Altura - freqüência do som (agudos e graves) A altura dos sons é representada pelas notas DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ E SI. Esta é uma ordem ascendente, ascendent e, ou seja, os sons são cada vez mais agudos. Esta ordem de notas é cíclica e se repete indefinidamente.  M I

 R É Á S I D Ó  L  L  O  S  I FÁ  Ó R É M  D  I  S Á  L  O L  M I FÁ S  É  R  Ó  D  LÁ S I  I FÁ S O L  M  É  R  I D Ó  O L LÁ S  S Á  F  I  D Ó R É M

A altura das notas é determinada através de sua localização na pauta (pentagrama). Quanto mais para cima, mais agudo é o som. Obviamente, quanto mais para baixo, mais grave.

Mais Agudo

Mais Grave

1 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

3) Intensidade - volume sonoro. Grafada com os sinais de dinâmica. Por exemplo:

Pianíssimo

piano

mezzoforte mezzofo rte

forte

fortíssimo

4) Timbre - característica do som relacionada aos harmônicos. Definido através da escolha de cada instrumento, cantor ou músico, suas características e recursos recurs os particulares. A combinação de instrument instrumentos os também determina os timbres de uma música. As possibilidades são muito vastas para serem abordadas aqui.

2 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Ritmo

Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

RITMO

1.Grafia das Figuras Rítmicas As figuras rítmicas podem ter até três partes: a cabeça, a haste e o colchete (ou bandeirola). Observe que a cabeça não é um círculo e sim uma elipse inclinada!

Colchete Haste

Cabeça

Errado!

Correto!

Às vezes, será necessário inverter a figura para que ela fique mais no centro da pauta. Nesse caso, a haste ficará à esquerda da cabeça e o colchete para dentro.

Correto!

Para que as figuras não fiquem trocadas, lembrem-se que elas não devem ter nunca o formato dos números nove e seis!

9

Errado!

6

3 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Pode haver outros tipo de cabeças de notas:

Usadas para grafar rítmos ou sons sem altura definida.

Usada para grafar harmônicos em intrumentos de corda.

Os colchetes podem ocorrer agrupados. Isto ajuda a compreensão do sentido musical e facilita a leitura.

4 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

2. Os Valores das Figuras Rítmicas

As figuras rítmicas representam valores proporcionais entre si. A semibreve tem o dobro da duração da mínima, que por sua vez tem o dobro da semínima, que tem o dobro da colcheia e assim por diante. Semibreve

= Mínima

= Semínima

= Colcheia

= Semicolcheia

= Fusa

= Semifusa

5 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

O tempo da semibreve equivale ao tempo de 2 mínimas, 4 semínimas, 8 colcheias, 16 semicolcheias, 32 fusas ou 64 semifusas. Esta proporção fica assim estabelecida: A Semibreve é a figura inteira (1/1). A Mínima é 1/2 da Semibreve.

A Semínima, 1/4.

A Colcheia, 1/8.

A Semicolcheia, 1/16.

A Fusa, 1/32.

A Semicolcheia,1/64.

6 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

3.Pausas

Os valores de cada figura têm equivalentes de silêncio. São as pausas. Pausa da Semibreve *

Pausa da Semicolcheia

Pausa da Mínima ** Pausa da Fusa Pausa da Semínima

Pausa da Semifusa

Pausa da Colcheia

* A Pausa da Semibreve é utilizada também para indicar pausa em qualquer compasso inteiro. Ela é grafada abaixo da 4ª linha. ** A Pausa da Mínima é grafada acima da 3ª linha.

Pausa da Semibreve

Pausa da Mínima

7 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

4.A Ligadura

As ligaduras emendam duas notas. As notas são executadas sem interrupção.

= =

+ +

= =

+

5.Ponto de Aumento

O ponto de aumento é grafado à direita da cabeça da figura e serve para aumentar em 50% a duração da figura.

= = = 8 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Exercícios

Em música, entender a matéria não é suficiente. Temos que ser capazez de traduzir o conhecimento teórico em música! Para comprendermos as proporções das figuras rítmicas, vamos fazer os seguintes exercícios: Subdivisões da Semibreve: Semibreve + Mínima + Semínima

A) Com o metrônomo a 100 bpm, marque o tempo com o pé e fique por alguns instantes marcando até começar a sentir bem o andamento. Com a voz execute a linha de cima utilizando a sílaba “Tá”.

Voz















Tá Tá Tá Tá



B) Agora, o mesmo procedimento. A diferença estará na marcação do tempo. Marcaremos a mínima com o metrênomo a 80 bpm.

9 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

C) Desta vez, o metrônomo volta para 100 bpm e acrescentaremos o ponto de aumento na mínima.

D) O mesmo exercício, mas a marcação será feita com mínimas a 70 bpm.

E) Agrupando de três em três semínimas.

Importante! Os andamentos são apenas sugestões. Deve-se sempre procurar um andamento que permita a execução com fluidez. Uma vez dominado o exercício, aumenta-se gradualmente a velocidade.

10 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Subdivisões da Semínima: Semínima+Colcheia+Semicolcheia A) Marcação com colcheias a 70 bpm.

B) Semínimas a 80 bpm.

C) Semínima pontuada.

11 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

D) Semínima pontuada, marcação com semínima a 70 bpm.

E) Agrupando de três em três colcheias a 130 bpm.

F) Com semicolcheias. Colcheia a 110 bpm.

12 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

6.Compassos

O compasso é uma divisão regular de tempos. Ele é representado pelo espaço compreendido entre duas linhas verticais na pauta (barras de compasso). As barras de compasso têm uma função meramente visual, evidenciando os grupos de tempos.

Compasso 1

Compasso 2

Compasso 3

Compasso 4

Barras de compasso

Barra Dupla

Sinaliza alguma mudança. Pode ser mudança de compasso, de tonalidade ou mesmo de trecho.

Indica o final de uma música ou trecho musical.

13 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

7.Fórmula de Compasso

A fórmula de compasso é a representação numérica do compasso. Ela determina a quantidade de tempos em cada compasso e os valores de cada figura. Apesar de parecer apenas matemático, a quantidade de tempos em cada compasso pode indicar como a música deverá ser executada e sentida. Por exemplo, uma valsa tem compassos de 3 tempos, o do samba tem 2 tempos, o swing tem 4 tempos, um minueto tem 3, uma giga tem 6, etc.

A fórmula de compasso é apenas uma multiplicação de frações:

= 2 x 1/4

2x

Isso significa que há 2 tempos em cada compasso e que cada tempo será representado pela semínima. Portanto, caberão 2 semínimas em cada compasso ou o seu equivalente, ou seja, 1 mínima ou 4 colcheias ou 8 semicolcheias, etc.

= 6 x 1/8

6x

Neste caso, cada compasso comportará 6 colcheias. Ou seja, cada compasso terá 6 tempos e cada colcheia equivalerá a 1 tempo.

= 10 x 1/32

10 x

Neste último exemplo, cada compasso terá 10 tempos e cada fusa equivalerá a 1 tempo.

14 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

8.Acentuação Métrica

Tempos Fortes e Fracos Os tempos de cada compasso não são executados da mesma maneira. Assim como nas palavras, existem acentuações naturais dentro de um compasso. Por exemplo, a palavra “Xeque-mate” tem acentuações nas sílabas “Xe” e “ma” (”XÉ-que-MÁ-te”). De uma forma parecida um compasso quaternário tem acentuações naturais no 1° e 3° tempos. O 2° e o 4° tempos são mais fracos. Tempo Fraco

Tempo Forte

Tempo Fraco

Tempo Forte

Um exemplo simples disso é a levada de bateria de uma “ disco music”. Vamos tentar tocar o bumbo e a caixa? Note como o 1° e o 3° tempos são mais fortes! Note ainda que o 3° não é tão forte quanto o 1°!

Tempo Fraco

Caixa

Bumbo

Tempo Forte

Tempo Fraco

Tempo Mezzo Forte

Num compasso ternário o acento está no 1° tempo. O 2° e o 3° são fracos. Tente sentir isso nesta levada simples de valsa! Tempo Fraco Tempo Fraco

Tempo Forte

O compasso binário tem o 1° tempo forte e o 2° fraco. Tempo Fraco

Tempo Forte

15 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Acentos nas Subdivisões

Existem também pequenos acentos nas subdivisões de tempo. Estes possuem as mesmas tendências dos acentos de compasso vistos anteriormente. Ou seja:

Em grupos de 2 notas, o acento forte é na 1ª.

Em grupos de 4 notas, acento forte na 1ª e mezzo forte na 3ª.

Em grupos de 3 notas, acento forte na 1ª.

16 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

9.O Pulso

O pulso na música é de vital importância. Ele determina a maneira como os tempos serão interpretados e sentidos. Alguns compassos são matematicamente iguais:

= = No entanto, o pulso em cada um deles é diferente. No compasso , o pulso está em cada semínima. No compasso , o pulso está em cada mínima. No compasso , o pulso está nas semínimas e no compasso , o pulso está a na semínima pontuada.

Pulso

Pulso

Pulso

Pulso

Pulso

Pulso

Pulsos diferentes geram interpretações diferentes. Mesmo quando o andamento é o mesmo. Em alguns compassos, os pulsos são tradicionalmente definidos. Por exemplo, nos compassos , o pulso é sempre na semínima pontuada. Em outros, o pulso varia. Dependerá da própria escrita, da tradição ou até mesmo da decisão dos intérpretes. Por exemplo, num compasso , poderemos considerar o pulso a cada semínima. Mas também é possível considerar as mínimas ou até mesmo a semibreve. Neste último caso, o andamento será mais rápido. Outro exemplo muito tradicional são os compassos dos Scherzos. Como são muito rápidos, são interpretados com o pulso a cada compasso. Costumamos dizer “a um”, ou seja, como se cada compasso tivesse apenas 1tempo (subdividido em 3).

Pulso

Pulso

Pulso

Pulso

Mesmo numa valsa, o pulso está em cada compasso. Se pensarmos na dança, perceberemos que cada passo corresponde a um compasso. Aliás, a dança pode ser um bom indicativo do pulso de uma música. Conclusões • Nem sempre 1 tempo equivale a 1 pulso. • Para uma mesma fórmula de compasso, pode haver várias interpretações do pulso.

17 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Exercícios

Os exercícios rítmicos anteriores eram exercícios “genéricos” que só treinavam as proporções das diversas figuras. Com a fórmula de compasso, fica determinado qual figura será a referência (um tempo) e quantos tempos cada compasso terá. Os exercícios a seguir servirão para treinar as diversas possibilidades utilizando Semibreves, Mínimas e Semínimas. Subdivisões da Semibreve: Semibreve + Mínima + Semínima

• Execute o ritmo escrito com a voz utilizando a sílaba “Tá”. A linha de baixo representa o pulso. Nestes exercícios, o pulso sempre equivalerá a 1 tempo. Execute-o com o pé. • Podemos começar com o metrônomo a 72 bpm, mas o ideal é chegar pelo menos nos 180 bpm. • Para treinar, cada exercício poderá ser dividido. Execute uma linha de cada vez, por exemplo. A) Compasso de 4 tempos - Quaternário “Tá”

Pulso

B) Pausas

C) Mínimas pontuadas

18 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

D) Pausas

E) Ligadura

F) Compasso de 2 tempos - Binário

19 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

G) Marcação do tempo na mínima

H) Compasso de 3 tempos - Ternário

20 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

I) Compasso ternário.

J) Compasso de seis tempos. Podemos interpretar este compasso de duas maneiras: Com o pulso de 3 em 3 semínimas ou de 2 em 2.

21 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Subdivisões da Semínima: Semínima+Colcheia+Semicolcheia

A)

B) Pausas.

C) Colcheias pontuadas.

22 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

D) Pausas e ligaduras.

E) Compasso ternário.

23 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

F) Compasso de 5 tempos. O compasso a seguir é uma soma dos compassos e . Note como é sempre possível visualisar os 3 tempos + 2 tempos. A barra pontilhada ajudará nos primeiros compassos a mostrar essa divisão. 3 tempos + 2 tempos

24 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Altura

Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

 ALTURA 1.O Pentagrama

O pentagrama ou pauta é composto por 5 linhas e, conseqüentemente, quatro espaços. As notas são escritas nas linhas e nos espaços.

Notas Conjuntas

Notas conjuntas são notas vizinhas como por exemplo “dó e ré”, “ré e mi”, “sol e lá”, “si e dó”. Se uma nota está na linha, suas notas conjuntas estarão sempre no espaço. Se a nota esta no espaço, as notas conjuntas da mesma estarão na linha. Assim, se nota dó está numa linha, as notas ré e si (notas conjuntas acima e abaixo, respectivamente) estarão no espaço. Uma série de notas conjuntas ascendentes são escritas da seguinte forma:

Uma série de notas conjuntas descendentes:

Linhas Suplementares

Quando uma nota ultrapassa a pauta utilizamos as linhas suplementares. Estas são apenas uma extensão da pauta quando precisamos de mais linhas e espaços.

25 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Compreendendo as Notas e a Pauta

Quanto mais aguda uma nota, mais acima ela estará na pauta. Quanto mais grave, mais abaixo.

AGUDO Flautim

Contrabaixo Acústico

GRAVE

26 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Exercícios:

A) Realize no seu instrumento ou na voz uma execução aproximada das notas abaixo:

A1)

A2)

A3)

27 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Dica: É importante que o aluno memorize a seqüência “dó, ré, mi, fá, sol, lá, si” de todas as maneiras possíveis, começando de notas diferentes e também de traz pra frente. Isso será importantíssimo para desenvolver a leitura musical. Exemplos: A) “ré, mi, fá, sol, lá, si, dó, ré” B) “lá, si, dó, ré, mi, fá, sol, lá” C) “dó, si, lá, sol, fá, mi, ré, dó” D) “sol, fá, mi, ré, dó, si, lá, sol” Exercícios

A) Fale o nome de todas as notas na ordem “dó, ré, mi, fá, sol, lá, si” a partir de cada uma das notas: B) Fale o nome de todas as notas na ordem inversa a partir de cada uma das notas: C) Cante a escala da seguinte maneira:

28 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

2.Notas e Letras

A) Letras do alfabeto também são usadas para representar as notas.



SI





MI



SOL

A

B

C

D

E

F

G

B) Na Alemanha, o si natural é “H” e o sib é o “B”. DÓ



MI



SOL



SI

SIB

C

D

E

F

G

A

H

B

As letras são essenciais para a notação das cifras. Cifras são representações alfa-numéricas dos acordes.

Exercícios

A) Com um metrônomo marcando, fale em voz alta o nome das notas a seguir:

A

D

F

C

G

B

E

G

F

C

B

E

A

D

B

D

G

C

A

E

F

29 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

3.A Clave

As claves são símbolos colocados no começo da pauta que definem a nota de determinada linha. Como conseqüência, as notas das outras linhas e espaços são também determinadas. Clave de Sol (segunda linha) Note que o centro da clave de sol fica (mais ou menos) na segunda linha. Portanto, nesta linha fica a nota sol. Clave de Dó na terceira linha Na clave de dó na terceira linha, obviamente, a nota dó fica na terceira linha. Clave de fá (quarta linha) A clave de fá define a quarta linha como sendo fá.

Existe ainda a clave usada para instrumentos de percussão sem alturas definidas, como caixa, bumbo, gran cassa, triângulo, castanhola, etc.

Essa mesma clave pode ser escrita num pentagrama completo com as diversas peças da bateria. Ataque

Condução Chimbal

Bumbo

Caixa

Surdo

Ride

Bell

Crash Splash/China

Chimbal pé

Tom-tons

Existem ainda outras claves como a clave de dó na quarta linha (geralmente, usada para notas agudas de instrumentos graves como violoncelo, fagote e trombone). Claves como a de fá na terceira linha, dó na primeira, etc, acabaram caindo em desuso e só aparecem em partituras antigas (graças a Deus!).

30 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

4.O Dó Central

O dó central é o dó que fica entre as claves de sol e de fá. Se imaginarmos uma linha entre os pentagramas das claves de sol e de fá, o dó central estará exatamente nessa linha.

No piano, o dó central é apelidado de “dó da fechadura”, por ficar proximo à fechadura de alguns pianos.

Por haver inúmeros dó s, rés, mis, fás, sols, etc , estabeleceu-se uma numeração que determinasse cada oitava. No Brasil, adotamos o sistema francês. Nele, o Dó Central é o dó3.

Dó 2 Dó 1

Dó 4

Dó 3

Dó 5

Dó 6

Dó 7

Dó -1

Obs: No sistema inglês, o Dó Central (dó3) é chamado de Dó4.

A numeração começa sempre no dó. As notas acima dele recebem o mesmo número.

31 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Leitura

Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

1. Leitura na Clave de Sol

Uma boa leitura musical é uma leitura fluida. Como tudo no estudo da música, devemos buscar uma regularidade de tempo, de andamento. Não, necessariamente uma grande velocidade. Isto é apenas uma conseqüência. O uso do metrônomo é indispensável para atingirmos este objetivo. Exercícios

A) Neste primeiro exercício vamos treinar a leitura de apenas duas notas: dó e sol. Entretanto, essas duas notas se apresentarão em várias regiões da pauta. A1) Para começar, fale o nome de cada nota com o metrônomo a 60 bpm e quatro batidas para cada nota (aumente a velocidade se estiver fácil). A2) Agora, além de falar o nome das notas, toque-as no seu instrumento. A3) Vá aumentando gradualmente o andamento (de 10 em 10 bpm por exemplo) até chegar em 190 bpm. A4) Em vez de 4 batidas para cada nota, tente com 3, com 2 e depois com 1 batida para cada nota!

32 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Ré e Lá

Tendo as notas dó e sol como referência, podemos facilmente identificar as notas ré e lá que estão logo acima.

Exercício:

Leia as notas abaixo. O procedimento é o mesmo do exercício anterior.

33 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Si e Fá

As notas si e fá ficam logo abaixo do dó e sol:

Exercício

34 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Exercício

Notas: dó, sol, ré, lá, si e fá

Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Mi

Podemos encontrar a nota mi a partir do dó. Se o dó estiver na linha, o mi estará na linha acima. Se o dó estiver no espaço, o mi estará no espaço acima.

Exercício:

36 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Sobre a Leitura

Para se ter uma boa leitura, devemos seguir alguns princípios: • Busque sempre a fluência. A velocidade será uma conseqüência natural. • Use o metrônomo (como sempre!). Ele fará com que você tenha que ler e executar numa velocidade pre-determinada. Sem o metrônomo, nosso cérebro “relaxa” demais! • A velocidade certa do metrônomo é a que permite uma execução fluente! • Procure reservar uma parte do seu tempo de estudo para a leitura. Você se surpreenderá ao perceber que 5 ou 10 minutos de leitura por dia fazem grande diferença! • Tenha sempre várias partituras para ler. Além de exercitar a leitura, você poderá conhecer novas músicas para o seu repertório.

37 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Solfejo

Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Solfejo

Solfejo é um estudo que possibilita a entoação na voz das notas musicais grafadas numa partitura. O principal objetivo desse estudo é fazer com que o estudante compreenda musicalmente a tonalidade e os seus graus. Uma das principais conseqüências será o desenvolvimento do ouvido interno, permitindo a compreensão de uma partitura sem necessidade de executá-la, tirar músicas de ouvido, melhora da leitura, etc. Dó Mi e Sol 1°, 3° e 5° grau

Nesta primeira lição vamos construir a base do nosso solfejo: as notas dó, mi e sol, ou seja, o 1°, 3° e 5° grau de uma escala maior. A tonalidade para realizar o exercício, não tem que ser necessariamente em Dó. O professor pode adaptar a tonalidade para tons mais confortáveis para a voz se necessário.

Exercícios:

Referência do Piano

A) Metrônomo a 52 bpm. Duas batidas para cada nota. Aumentar gradualmente o tempo quando possível.

38 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

B)

C)

D)

39 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Ré e Lá 2° e 6° grau

Para solfejar as notas Ré e Lá, utilizaremos as notas Dó e Sol como apoio. Cante o exercício abaixo:

Exercícios:

A)

B)

40 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

C)

41 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

Si e Fá 7° e 4° grau

Os apoios para as notas Si e Fá serão o Dó e o Mi.

Exercícios:

A)

B)

42 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

C)

D)

E)

43 Linguagem Musical 1 - Ricardo Nakamura

View more...

Comments

Copyright ©2017 KUPDF Inc.
SUPPORT KUPDF