Língua culta e língua coloquial

February 27, 2019 | Author: Marcos Emiliano | Category: Natural Language, Communication, Linguistics, Grammar, Symbols
Share Embed Donate


Short Description

Download Língua culta e língua coloquial...

Description

Língua culta e língu ínguaa col coloq oqui uiaal Os cri cr ité térrios que determin determinam a norm rmaa (padrões de uso) de uma lín íngua gua se estabelecem ao longo do tempo principalme principalmente nte pe pela la ação da da esco escolla e dos meios de comunicação. comunicação . Esses doi dois in instrume strumenntos sociiais le soc levam vam os fala falantes ntes de um um idioma a acei aceitar como "ce cerrto" o modo de de falar falar da camada da popu po pullação qu que, em virt virtude ude de de sua sua sitituação uação soc socia iall pr p rivi ivillegiada iada,, tem ma maio iorr pr p rest stíg ígiio na socie socieddade de.. Essa vari aried edade ade  – ch chaama madda língua culta - usua usuallmente é fa fallada e esc escririta ta em sit situaçõe uaçõess mais forma mais is pelas pessoaas de maior instrução pesso instrução e de maior escol escolaridade aridade.. Os docume documenntos oficiais (l(leis, sente sentennças judici judiciaais etc.), etc .), os os livros livros e relatórios relatórios cient entífíficos icos,, os os contrat contratos, as cartas come comerciais, os discurso discursoss pol olíítitico coss etc etc.. são exemplos de textos escritos escritos ne nesssa varie variedade lingüística ingüística.. ngua col coloqui quiaal, por ou A lí ngua outro lado, lado, é uma va varriante mais espo pont ntâânea, uti utililizada zada nas nas relaçõ relaçõees forma rmaiis en entre tre os falantes. É a língua do coti cot idi diaano, sem sem preo preocupa cupaçções com com as regras rígi rígidas das da gramática gra mática norm normativa. Outra caracterís característic icaa da língua col coloquia oquiall é o uso uso con onsta stante nte de expr preessões populares, frases feitas, feitas, gírias etc. etc. Uma comparação en entre a lín permiite not otaar que, em cer erttos íng gua cult cultaa e a lín íngua gua col coloquia oquiall perm aspectos,, as difere aspectos erennças ent entre as duas são bastante evi ev identes; mas, mas, em outros, os limites não são são clar aroos e fificca difícil, difícil, nesses casos, casos, de definir o que é cu culto e o qu quee é co coloqu oquiial. No quadr quadroo a segu seguirir,, estão resumidas, de forma ba basstant antee simplificada, as difere iferennças mais facilmente facilmen te observáve observáveiis entre essas duas duas variedades lingüís ingüístticas. NA l.ÍNGUA COLOQUIAL Pronún onúnci ciaa simp mplif lific icaada de pa palavras e expre pressões: ssões: nóis,, oceis nóis oceis,, tá bão , num vô , num qué . Emprego freqüente de palavr palavras / expressões do tipo:: aí, então, né. tipo Uso da expressão expressão "a gent gente" e",, em lugar de "n "nós" ós".. te  e    sempre lutou m ui  ui to  to . Exempllo: A gen t  Exemp Não utili utilização de marcas de concordância. Os menino va i bem  i bem . Exemplo: : Os Mist Mi stuura de de pessoas gram gramatiticais cais.. na  a    m. m. e enga n  Exempl Exe mplo: o: Você sabe que t e 

NA LÍNGUA CULTA Maiior preoc Ma eocuupa paçã çãoo com com a pro ronún núncia cia:: á    bom Nós, vocês, vocês, es t tá  bom,, não vou, não quer. Uso menos comum comum des desse se tipo de pal palavra vra.. Predomin Pred minâânc nciia do uso da for forma ma "nós ós". ". s s empr  empr e l  e l uta  uta mos mos mu ito  ito . Exempllo: Nó s  Exemp Utilização das marcas de de conco concordânc dânciia. ni nos nos v ão ão be m. m. Exem xempplo: Os me ni  Mais uni uniformida formidadde no uso das pesso pessoas gramatic grama ticaais. EX.: Você sabe que o enganam.

Adequação e inadequação lingüístic lingüísticaa

Quando uma pessoa se comunica com outra(s), para que esse ato se realize com eficiênc ia, é necessário que ela se j se jaa ca capaz de fazer a adequação da linguagem àquela situa situação de comunicação. Veja, por exemplo, esta tira humorística humorística::

No segundo quadrinho, o falante usou palavras que seu ou o uvinte não con conhec eciia; ou seja, o falante adequou sua lilinguagem. Isso impossi impossibi billitou que que o cozinheiro entendess entendesse a pergunta. É interessante notar que, nesse contexto (situação de comuni comun ica caçção), po poddem se serr fe feiitas duas "leis" para ex explic icaar a inadequação: 1  – hipótese - O falan alantte foi incapaz de adequar a linguagem ao ao ouvin ouvinte; ele nã não teve habi habilidade lingüística para perceber que, que, ao fazer a pergunta ao cozinheiro, deveririaa falar de de maneira mai mais simples . Assim, por exemplo: "Quem foi o indivíduo danoso que pr prep eparou arou essa massa massa podre e nojenta?

2  – hipótese - O falante estava indignado com a péssima qualidade da comida, mas, para evitar confusão, ele, intencionalmente, construiu a frase de modo que o cozinheiro não a entendesse mesmo. Nessa hipótese, ele teria usado a frase apenas para desabafar sua irritação. Fatores que influenciam a adequação Há situações em que a relação entre os interlocutores (quem fala / escreve e quem ouve /lê) é descontraída, mais pessoal, por isso fica mais adequado o emprego de uma linguagem informal. Por outro lado, há situações em que a relação é mais impessoal, cabendo, nesses casos, uma linguagem formal. São muito variados os fatores que influem no modo como a linguagem deve ser a justada às circunstâncias do ato de comunicação. Entre esses fatores destacam-se: o interlocutor - não se fala do mesmo modo com um adulto e com uma criança. o assunto - falar sobre a morte de uma pessoa amiga requer uma linguagem diferente da usada para lamentar a derrota do time de futebol. o ambiente - não se fala do mesmo jeito em um templo religioso e em uma festa com amigos. a relação falante-ouvinte - não se fala da mesma maneira com um amigo e com um estranho; em uma situação social formal e em uma informal. o efeito pretendido (intencionalidade) - para se fazer um elogio ou um agradecimento, fala-se de um jeito; para ofender, chocar ou ironizar alguém, usam-se outras formas de falar. Esses fatores quase sempre estão presentes em conjunto (ocorrem dois ou mais ao mesmo tempo) e levá-los em conta é fundamental para que o ato de comunicação tenha a eficiência dese jada.  

 



Aula de português A linguagem

na ponta da língua, tão fácil de falar e de entender. A linguagem na superfície estrelada de letras, sabe lá o que ela quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, e vai desmatando o amazonas de minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas. atropelam-me, aturdem-me, seqüestram-me. Já esqueci a língua em que comia, em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé, a língua, breve língua entrecortada do namoro com a prima. O português são dois; o outro, mistério. Carlos Drummond de Andrade. © Grana Drummond. www.carlosdrummond.com.br Boitempo. Rio de Janeiro, Record.

Em relação a esse texto, responda aos itens a seguir: a. A que variedade lingüística fazem referência as estrofes 1 e 4? E as estrofes 2 e 3? Justifique sua resposta com passagens das próprias estrofes. b. De acordo com o D ic   io   n á ri o Au ré   li o, a palavra esquipático talvez tenha surgido da  junção das palavras esquisito e antipático. Considerando essa possibilidade, estabeleça relação entre esquipáticas (verso 11) e o conteúdo da 3ª estrofe. c. Explique o último verso do poema: "O português são dois; o outro, mistério.",

View more...

Comments

Copyright ©2017 KUPDF Inc.
SUPPORT KUPDF