LIBANEO resumo
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DIDÁTICA - Velhos e novos temas José Carlos Libâneo Então, o que é didática?
A Didática trata dos objetivos, condições e meios de realização do processo de ensino, ligando meios pedagógico-didáticos a objetivos sócio-políticos. Não há técnica pedagógica sem uma concepção de homem e de sociedade, como não há concepção de homem e sociedade sem uma competência técnica para realizá-la educacionalmente. A forç forçaa impu impuls lsio iona nado dora ra do proc proces esso so de ensi ensino no é um adeq adequa uado do ajus ajuste te entr entree os objetivos/ objetivos/cont conteúdo eúdos/mét s/métodos odos organizado organizadoss pelo professor professor e o nível nível de conhecim conhecimento entos, s, experiências, requisitos prévios e desenvolvimento mental presentes no aluno. ...uma aprendizagem de qualidade é aquela que desenvolve raciocínio, que faz saber lidar com os conceitos e as relações, que permite aplicar o conhecimento em situações novas ou diferentes, explicar uma idéia com as próprias palavras... pela qual os alunos aprendem a lidar de forma independente independente com os conhecimentos. conhecimentos. Os professores que se julgam mais atualizados (vamos chamá-los de progressistas) variam bastante os métodos de ensino. Preocupam-se mais com as diferenças individuais e sociais dos alunos, costumam fazer trabalho em grupo ou estudo dirigido, tentam usar mais diálogo no relacionamento com as crianças, são mais amorosos. (obse (observaçã rvação: o: Libâ Libâneo neo SEMP SEMPRE RE destaca a afetividade)
Na perspectiva sócio-construtivista, a aprendizagem é resultado da relação ativa sujeitoação do sujei sujeito to sobre sobre o objet objeto o é social socialmen mente te mediad mediada a . Implica, objeto, sendo que a ação portanto, o pape papell do prof profes esso sorr enqu enquan anto to port portad ador or de conh conhec ecim imen ento toss elab elabor orad ados os socialmente, e interações sociais entre os alunos. A sala de aula é o lugar compartilhamento e troca de significados entre o professor e os alunos e entre os alunos. Sobre a escola
A escola é o lugar de se prover os meios cognitivos de compreender o mundo e transformálo, a pedagogia é uma forma de ação cultural de atribuição de significados. A escola continua sendo o caminho para a igualdade e a inclusão social. Não é possível democracia numa sociedade precariamente desenvolvida em termos econômicos, sociais, culturais, sem a escolarização. Cultura organizacional ou cultura da escola está diretamente ligada ao projeto pedagógico da escol escolaa e às prátic práticas as de gestão gestão:: para para além além das das diret diretriz rizes, es, normas normas,, proced procedime imento ntoss operacionais, rotinas administrativas, há aspectos de natureza cultural que diferenciam as escolas umas das outras, sendo que a maior parte deles não são claramente perceptíveis nem explícitos. Esses aspectos tem sido denominados de “currículo oculto”. Currículo define-se como projeção do projeto pedagógico, ou seja, é um desdobramento necessário do projeto pedagógico, materializando intenções e propósitos em objetivos e conteúdos. A proposta curricular é a orientação prática da ação de acordo com um plano
mais amplo, é um nível do planejamento entre o projeto pedagógico e a ação prática. Enquanto projeção do projeto pedagógico, o currículo explicita o que ensinar, o para que ensinar e o como ensinar, com base em decisões pedagógicas e didáticas.
Há uma exigência visível de mudança na identidade profissional e nas formas de trabalho dos professores. O tipo de trabalho convencional do professor está mudando em decorrência das tran transf sfor orma maçõ ções es no mund mundoo do trab trabal alho ho,, na tecn tecnol olog ogia ia,, nos nos meio meioss de comu comuni nica caçã çãoo e informação, nos paradigmas do conhecimento, nas formas de exercício da cidadania. Isso afeta os saberes pedagógicos e didáticos, os modos de formação, os métodos de ensino, as técnicas.
Cultura e escola
A idéia é de que na escola convivem simultaneamente diferentes culturas, que influenciam o currículo explícito e o currículo oculto: a cultura elaborada, que está nas disciplinas científicas; a cultura acadêmica , que é o currículo, as disciplinas escolares; a cultura escolar , que são os comportamentos, as rotinas que caracterizam as relações e as práticas organizativas entre os professores, alunos, funcionários, dirigentes; a cultura social, que são os significados sociais e os comportamentos dominantes numa comunidade, num grupo social, numa certa época e que são passados espontaneamente como o individualismo, conformismo etc.; a cultura dos alunos, que é a cultura social que se projeta individualmente, conforme a história e o contexto de vida de cada um e que forma a diversidade escolar e a cultura de massa, que muitos chamam de “escola paralela; é a cultura televisiva, os vídeos, o cinema, a imprensa, as revistas populares, o rádio.. A escola paralela faz parte da educação informal e não-formal que tem hoje um papel central na socialização e iniciação cultural dos alunos, influindo poderosamente na forma de se ver o mundo O desafio da didática é ajudar o aluno a interagir a cultura elaborada e a sua cultura cotidiana. Sociedade do conhecimento, novas tecnologias e qualidade da educação
Sociedade do conhecimento = desenvolvimento científico + inovação tecnológica. A tecnologia da informação promove um fenômeno sumamente segregador para a população de baixa renda, com baixa escolarização, com baixíssima capacidade crítica frente à avalanche informativa vinda especialmente pela televisão. Número grande de trabalhadores apenas vê televisão e só recebe imagens pré -fabricadas. Na classe média, adultos e adolescentes utilizam as mídias, computadores, Internet etc., mas têm em relação a elas uma atitude eminentemente passiva, com baixa capacidade de leitura crítica da informação recebida. Ou seja, a revolução tecnológica atinge a todos, mas de modo diferente. As mesmas pessoas que estão à margem da economia, também estão à margem das tecnologias. Os produtos da tecnologia aparecem não só como meios de consumo, influindo poderosamente na educação informal, como também como meios de produção, levando mudanças qualitativas nos processos educativos de tipo formal e não -formal. perfil dos novos trabalhadores = alto nível de escolaridade formal pautado no desenvolvimento de capacidades intelectuais, de abstração, de rapidez de raciocínio, de visão global do processo de trabalho. As propostas de educação influenciadas pela ênfase nas novas tecnologias teriam como objetivo desenvolver competências cognitivas e operacionais através de uma nova racionalidade nos processos de aprendizagem baseada na informática. Surgiria daí o paradigma da qualidade - tendência reconhecida como neotecnicista, instaurando novos paradigmas e novas práticas educacionais onde não haveria mais lugar para a escola convencional. A escola como “espaço de síntese”
Uma escola que seja o lugar de síntese entre a cultura experienciada que acontece nas mídias, na cidade, na rua, no cotidiano da cultura, e a cultura formal. Ou seja, um lugar onde os alunos aprendem a razão crítica para poderem atribuir significados às mensagens e informações recebidas das mídias, multimídias e formas de intervenção educativa urbana. Várias pesquisas têm mostrado a fragmentação dos programas de TV, dos vídeos, da propaganda, que propiciam uma cultura em mosaico. À escola cabe prover as condições cognitivas e afetivas para o aluno poder re -ordenar e re-estruturar essa cultura, tornandose, propiciando aos alunos os meios de buscá-la, analisá-la, para darem-lhe significado pessoal e produzir conhecimento.
Para isso são necessários os professores. É preciso superar a idéia de que essas tecnologias servem meramente como “recursos didáticos” ou como um elemento a mais dos “recursos audiovisuais”. Não basta que os professores disponham, na escola, dos meios de comunicação e da informática ou apenas saberem usá-los. É preciso que aprendam a elaborar e a intervir no processo comunicacional que se realiza entre professores e alunos através de múltiplas mídias, escolares e não-escolares. Pode-se dizer que estamos frente a uma transição do peso do social para o do cultural e do cultural para o subjetivo.
Dentro do tema da cultura destaca-se a diversidade cultural. O discurso da diferença e da pluralidade constitui o tema do multiculturalismo, de uma educação multicultural. Na esfera dos sistemas de ensino, leva à políticas de integração de minorias sociais, étnicas e culturais ao processo de escolarização. Na esfera da escola e do currículo, ao acolhimento da diversidade, das diferenças, à diversificação da cultura escolar, a um currículo multicultural. O sentido de ensinar e o sentido de aprender
Trabalhar com o cotidiano é lidar com um objeto de conhecimento, é investigar o real e, portanto, implica raciocínio, habilidades de pensamento. Por um lado, é verdade que raciocinamos e aprendemos sem necessidade de que alguém nos ensine a pensar e aprender. Mas é verdade, também, que sem instrução especifica poucas pessoas podem desenvolver algumas formas dessas duas habilidades humanas. Ou seja, quem esta aprendendo precisa tomar consciência do que está fazendo e organizar suas ações mentais para conseguir melhores resultados. Lidar com o cotidiano, portanto, não significa ficar patinando nele, ficar no intuitivo; é preciso aceder ao conhecimento organizado. Para isso, é preciso considerar a aprendizagem escolar como uma atividade planejada e controlada.
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