Letra Freudiana #24 - Hans e A Fobia PDF

March 22, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
Share Embed Donate


Short Description

Download Letra Freudiana #24 - Hans e A Fobia PDF...

Description

 

MEMÓRA DE UM UM OMEM NVVEL NVVEL -  ERBERT GRAF RELEMBRA RELEMBRA

1

Ri Você d ttr r lmbrçs d ots ho hom mssfmosos q q r rm m migos d ss pis pis

Graf: Gusta Graf: Gustavv Mahler, meu padrinh, padrinh , era um hóspede eqüente eqüen te na nssa n ssa casa em Hieting Hiet ing Lembrme ttambém ambém de Oskar Kkschka e  arqui arquitet tet Adlf L Ls. s. Havia também Richard Strauss e Arnld Schen Schenberg, berg, cu cujj a imprância meu pai fi um d dss primeirs primei rs a recnhecer. recnhecer. Um ds meus clegas de clégi fi Raimund vn v n Hannsthal Hann sthal.. Outra gura familiar familiar ainda que remta é a de u viinh que eu via v ia quase diariame diariamente nte na ida para  cégi, cég i, um hmem alt e aristcra aristcraticamen ticamente te eegante, que chamávams Oscar Wilde". Seu verdadeir n nme, me, Alban erg, erg, só s ó viems a saber mais tarde tarde Ri:  q ocê lmb d id id msic msicll d éépoc poc Graf: ncerts ncerts sinf sin fônic ônicss dirigid dirigids s pr hmens c cm m iisc iisch, h, W Weeingartner, Mengelberg Men gelberg e s dis Bruckne Brucknerians, rians, Fran Sch Schalk alk e Ferdi Ferdinand nand Lewe. Ouvi  dbt vienense d j vem F Furtn urtngler gler Havia també também m muita música de câmera   quar quartet tet Rsé, Frit Kreisler e Adf Busch Bu sch,, Rud Rudlf lf Serkin n n  cmeç de sua car c arre reira, ira, s  s recitas de lidrs eclusi eclusivamente vamente de de Strauss pr Fr Fran an Steiner acmanhad d d  cmpsitr c mpsitr Mass meu gran Ma grande de amr era era a ópera m cític d Di Zit meu pai pa i ganhava sempre sempre um ingress i ngress para s espetáculs da Ópera da rte. Às vees, n últim intermédi, ele j á uvira  suficiente para para fa faer er sua resenha e entã eu ficava cm a sua su a pltrna pel res da nite. Mas meu hbitt nat natural ural era de pé cm tds ss utrs estudantes e amantes da músicas de pucs recurss nseguir um ugar na galeria de cima, cnhecid cnh ecidaa cm a Quarta" Quarta" pels espectad espectadres res que fficavam icavam de pé, sign signif ificava icava car na fila pr mei dia di a u mais R Q rtists o imprssiom mis raf: Em primeir primeir lugar Strauss Strauss.. A cidade de Vena lhe cncedera  us para tda vidaa de uma casa casa esplêndida esplênd ida sbr sbree  Bel Belvede vedere, re, mas cm a cnd cndiçà içà est estrit ritaa de que a vid ele dirigisse dirigis um númer raável de espetáculs temp temprada. S trauss er a nem um puc se avess as cnfr cnf rt tss mundan mundans s e parapr gar garant antir ir arada. casa ele subianã n n  era pdium cm reguardade reguardade eempar, par paraa nss nssaa srte Aé Aém m de suas sua s próprias óperas óperasArid era um pnt culminante culm inante eu  uvi dirigir Trist  ohg ohgri ri  Fldrm Fldrms s (uma gala de Réilo) e acima de tud Mart em que ele era suprem Além diss, havia cantres inesquecveis inesquecve is muit muitss ds quais haviam sid sid  tr traids aids pr Mahler Ainda h hje je lembr de alguns detalhes das intepretações de Sleak cm Otel e Lhengrin, de Erik Schmedes cm  jvem Siegfried, cantand teamente seu anel pela mãe, a maneira inimitável ini mitável de Mar interpre interpretar tar  lament de King Marke, B ahrMildenburg e Gutheil-S Gutheil -Schder chder na cn cnffrntaçã entre entre Electra e litemmestra. As pu pus s,, s  s ar artistas tistas da velha guarda eram alcançads pr nvs talents que se trnavam estrelas  Jerita Lhman e Piccaver, entre utrs Quand a Ópera de Dresden tentu pedir emprestad nss" Ochs, Richard Mar, cm substitu para seu bai que estava dente, de nte,  teatr (e grande pa parte rte de Viena) fi abalad pela questã de se a ausê ausência ncia de Mar deveria ser permitid permitida. a. Tmpi pssti

 



AN E A F FBA BA - ECOL ECOLA A LET LETRA RA FREU FREUDIANA DIANA Ri: Coo er s pdes pdes??

Graf: Bm B m apesar das fa famsas msas refrm refrmas as de MahlerRller e ds esfrçs de seus sucessres havia ainda uma distância entre  ideal da ópera cm teatr e  ue realmente acntecia n cenári fat triste ue eu antei mais de uma ve n meu diári ã ue u e eu pudesse ver muit da galeria na n a mair parte das vees ns cnt cnten en távams em fechar s lhs e imaginar prduções ideais. Ou senã ns sentávams ns degraus e acmpanhávams a funçã nas nssas partituras Ri: E qto à Volksoper? Graf: Era um caldeirã fer Graf: fervilhante vilhante de atividades ee c cm m camp de pprva rva para para ss jvens cantres era um cmplement inestimável da Ópe pera ra da Crte tant ta nt para s artistas artis tas cm cm para para  pb pblic lic O diret diretr r da Volksoperdava a meu pai uants ingresss ele uisesse prtant pude ver td  repertóri desde as frívlas peretas até trabalhs estava sb a respnsabilidade tterderg A mntagem de tds s trabalhs de um só hmem h mem Aug August ust Markwsk cuj cuj a abrd abrdagem agem era pr assim dier extrema mente pragmática. Diante Diapela nte da cena triumfal de ele faia um tra trabalh cm a cr: Vcês entram direita vcês pela esuerda e vcês nbalh meirápid arrastam estátua d tur sagrad até  prscêni" Ri: Ss téc técics ics d dee  otge otge for preserd preserds s ciddosete ciddoset e tés os dis de hoe

Graf: Sim Graf: Si m a ópera ópera instantânea nã é na nada da nv e as raões pa para ra iss permanecem as de sempre: falta de temp e dinheir. Mas até as prduções temprárias eram sucientes para incendiar minha imaginaçã e lg cmecei a tentar reprduir as maravilhas ue eu vira na óper óperaa  primeir cm um tteat eatr r de brinued ue cnstru cns truii em casa cm a aju ajuda da da minha irmã irmã dep depis is nas n as prduçõe prduçõess d clé clégi. gi. Ri: Fo Foii etã etãoo q qee oc ocêê de decid cidi i se to tor r  dire diretor? tor? Graf ã Graf ã  a idéia id éia vei um pu puc c depis Cm a prim primeir eiraa guerr guerraa mundial as cndições c ndições de vi vida da em Viena car caram am bastante ruin ruins s Tentand escapar dis diss s meus me us pais me mandaram para Berlin para passar  verã cm minha tia ue tinha uma casa períd íd M Max ax Reinhardt era diretr diretr de nad nadaa agradável ns subrbis da cidade. esse per mens ue três teatrs teatrs de Berlin Berlin ue el elee cupava cm uma prduçã brilhante atrás da utra cnhe cid de Arhur Arhur Kahane  Drtrg de Reinhard Reinhardtt Meu pa era um velh cnhecid e deume uma um a cartã seu n ual dpis de gravar seu nme escrevera: Gs Gstaria taria ue vcê desse a meu flh Herbert Herbert um ingress para uma de suas funções funçõe s Mas dep depis is de experimentar experimen tar a mágica de Rei Reinhardt nhardt eu uis ver mui muit t mais d ue uma ffun un çã  e armad armad d e u ma pilha de cartões cartões repet repetii  pedid aprximand aprximand  máxim

 

MEMÓRA MEMÓR AS DE UM OMEM NVSÍVEL NVSÍVEL -  ERBERT ERBERT G RAF RELEMBRA RELEMBRA.. ..

3

pssíel mnh m nhaa letr letraa da de me meuu pa. m Kaha Kahane ne nunca dsse nnã ã acab acabe e end quase três meses das prduções de Renhardt. Os atres eram eram mara marahs hss s mas  que mas me mpressn mpressnu u fra a mane manera ra detahadamente relsta de dar dar cm as cenas de multdã em peça peçass épcas cm Jlio Cés u Dto de Rlland Quand chegu a hra de tar para Vena gue para Kahane para agredecer sua gentea Mande recrdações mnhas a seu pa" ele dsse e cm uma rsada saga acrescentu A prpóst nã precsaa ter cpad tds esses cartões  eu ter tera a lhe dad s s ngresss de quaquer frma frma Apesar de energnhad pel meu sut suterf erfúg úg  eess ssee e erã rã cm Renhardt Renhardt sg nfcu uma rada na mnha vda. Sent que era mnha mssã mssã fae faerr pela ópera  que Renhardt fer feraa n teatr teatr ffalad alad Eu tnha deesses ans an s ness nessaa épca e estaa aca band  cég Estaa tã absrd pe s band snh nh de me trnar dretr dretr que nã nã  cnse cnse gua me cncentrar ns estuds e quase perd  an. Assm que lte para Vena mpre para que me dexassem mntar a cena d f frum rum delio Cés n estád d clég mas cm eu preste bem mens atençã nas nuances das grandes falas d que ns us e assbs da mutdã rmana  dret dretrr g pôs fm a mnh mnhaa tentata tentata  barulh tnha cmeçad a atrapalhar as auas De uma frma u de utra acabe passand meu t e me frme frme mas nã sem alguns cmentárs sarcástcs ds prfessrs prf essrs e ds meus cegas  r escla esclarr anual de  92   sb  tí títu tu dtces d an" an"  la lase se : Her Herbert bert Graf quer se trna trnarr um dretr dretr de ópera". ópera" . R Po qe s s  biçã biçãoo pec peci i  idio idiotice tice?? Graf:: Bem Graf Bem cm eeuu dsse a prfssã prfssã de dr dret etr r d e ópera ópera cm a cnhecems hje h je nã exsta naquea épca. Aém dss nã haa nenhuma facudade nem curs ndee estudar. nd estudar. Eu dea nentá nentá-l -l  R: Se pi o eco ecoo  ? Graf Gr af m era típc típc dele ele nem me ncentu nem me mped mpedu u Anda que suas arasse nanças nã estessem este nd mut bem ele pps me para queem eu e utrês me prep preparasse para a car carre rera rassem esclhda. ã f fá fác c s deu tve s quemes me m e nscreer unersdades un ersdades a mes mesm m temp. Meu prmer prmer bjetv bjetv era cn cnseg segur ur meu dutrad dutra d que eu e u pre prepar pare e na n a unersdade unersdade de Vena Vena ssb b a rentaçã de Gud Ader  dretr d departament de músca. Ee era um exceente acadêmc e um prfessr de rara sensbldade que acredtaa na necessdade de dexar s auns se desenlerem de acrd cm suas própras capacdades e asprações m eu quera ser dretr de ópera ee sugeru que eu esse mnha tese sbre Wagner cm dretr de cena. rmer r mer el elee me fe cmplar e resumr uma bblgraa exausta sbre Wagner e e  para mnha mn ha surpresa descbr qu quee entre as centenas de lrs e ar artgs tgs dedcads a a  cm pstr nenhum daa cm sua abrdagem pstr abrdagem ds prbl prblemas emas de mntagem. Qisf fo sses es o ot tos os p pf fesso essoes es  Uies Uiesidd iddee ? R Qis

 



AN E A FOB FOBA A - ECOLA ECOLA LETRA LETRA FRE FREUDAN UDANA A

Graf Um deles fi Rbert Lach. Outr cujas aulas sbre ntaã biantina eu freqüentava cm regularidade regularidade escrupulsa fi Egn We Welle lles. s. S ó havia hav ia mais um alun na turma e pr iss  prfessr Welles ns telefnava antes da aula se precisava falt altar. ar. m m nen nenhum hum de nós usava usa va ser respnsável respnsável pr cancelar uma au aula la nã nã faltá faltá vams nunca. Ri Qis otrs mtéris ocê crso Graf O curs de Alfred Rller sbre desenh de cenári na Escla de Artes e Ofcis. Tend sid cntratad pela Opera d Estad durante  regime de Mahler Rller cumpria cumpri a a fun funã ã dupla dup la de principal artista de cena e diretr da escla. escl a. Era Era um prfessr meticuls e eigente e nunca deiava de eplicar as raões práticas que justificavam suas eschas Ele insistia em que  alun deveria dminar as bases de seu fci fci antes de se lanar la nar em vôs selvagens de eperimentaã. Lembr Lemb r d primeir primeir desenh que lhe m mstr strei ei  um cenári d primeir at de Der Fliegede Hollder que cnsistia de uma escada sólida e empinada em cuj tp estava a imensa vela vermlha d barc fantasma Rller deu uma lhada nele e me pediu cm severidade que tirasse  casac me ajelhasse e medisse cuidadsamente a alura da escada que eu cncebera cm tant rgulh É cert que cm minha desatenã desafrt desafrtunada unada da dass inhas de visã vis ã eu nã cnsegu cnseguira ira perceber perceber que s cantres ficariam ficariam inv invisveis isveis até dis di s te ters rs da descida da escada es cada Minh Mi nhaa terceira terceira escla fi a Academia ddee Música nde além das aulas fereci fereci das pel meu meu pai estude harmnia harmnia cm Jseph Mar. Aliás escrevi algumas peas d tip Kleie Phtsie für sses rchester, mas descn que nã era melhr cmpsitr d que meu pai. Também estudei cant cm Jseph Geiringer. Pbre Geiringer ele usava muit  pedal e realiava rnamentaões rnamentaões elab elabrad radas as ns acrdes cm a finalidade finalidade de me abafa abafar enquant eu abria espa cm um vcalis vc alise e Rainer Simns Sim ns  diretr diretr da Volksoper, também trabalhava na Academia treinand cantres para a atuaã na ópera mea meams ms n cr e chegam chegamss até as pa partes rtes sl  um prgress que pr puc nã cnsegui realiar. Lembr Lemb r particular particularmente mente de uma prduã da Academia de Der Freischütz a primeira cena eu faia uma pnta cm  caadr que prende Ma Eu mergulhei n papel cm tant entusiasm que quand minha mã bateu n seu mbr a culatra d meu rifle bateu n seu nari de massinha e  deiu trt pel rest da cena a Chd Ch d do obo obo vlte cm um ds fantasmas fantasmas Quand se uvissem de badala das nós devams desaparecer magicamente. nfeimente a caveira que eu usava cm parte da minha fantasia me impediu de uvir  sin da meia nite e entã  públic púb lic em ve de ver uma uma canhada deserta divertiuse divertiuse cm a vi visã sã iluminad ilum inadaa pela lua de um fantasma vagand sinh e desesperad à prcura de uma sada para s bastidres. Quand finalmente cnsegui sair Simns estava me esperand cm uma ra rajad jadaa de i ingaments ngaments e imprpéri imprpéris s digns dign s d própri Samiel Samie l Apesar Ape sar desse inci puc prpci prpci as pucs cmecei a bter papéis peque ns s e fi entã qued tive srte de estudar mntagem cm Jdiret sefr. Turnau n hmem que mais quea ninguém ni nguém me deu técnicas uma basede prát prática ica n n  fci fci dJsef diretr. Ele me cntratu cm seu assistente na prduã de Fgro, em que eu também faia   papel de Antôni. Trabalhams na ópera durante um an inteir alteand quatr

 

MEMÓS MEMÓ S EE UM MM  SÍ SÍ -   T T G G  E EM M 

5

nco dirn Como você pod imaginar acai aprndndo Fga d cor  aado Rio o og o g  aaa  ooa ooao o Gra Em  925 925  u já inha acaado acaado d crv crvr r min minha ha diação  Rh ag al Rg como Adlr niu ni u u l l ar nãoral ra alrana capa caBi palioca d julgá jul gála la oi oinho nho  convid co nvidou ou Rollr  Joph Grgor diror douaruivo ar uivo a Bil ioca Nacional Com a apro rci plo mu o orço rço vação dl dl  oiv oiv mu hD Ma a mlhor rcompna u rci oi o convi conv i d Sigrid S igrid Wagnr Wagnr a um ddicaa minha , para ir ao Fival d Biru como u convidado A primira produçõ d pógurra avam ndo camaro da produida produi da m Bayruh o ua dirção ud vr aim odo o O al do camaro amlia Wagnr El amém m rcu na Villa Wahnrid, u oviamn ainda ava dcorada com o goo duvidoo do próprio compoior Foi uma um a p priê riênci nciaa muio mocionan paa paa mim wagnriano rvoroo como u ra,  lmro d Sigrid m morando o manucrio d D Mg u ava aro aro or o piano pia no Si Sigri gridd ra ra muio parc parcido ido com u pai  uando alav alavaa Papaii coumava Papa co umava dir dir , apai  al  al coia) uava o mmo dialo aão pung pungn u Wagnraoparc paouvilo rc r uado uado  Como  raa raa d um almão aaa po mai imprionan u o aan ua aparência do do n hohh raiam d vola para a ralidad da vida Rio o a     o o a ao o ooo  o og g   alho Gra: Conguir Cong uir um raalho raalho como canor canor plo mno não ra ra nada dicil Havia Ha via ro no no  pa pa d lngua alm almãã  Áur uria ia B oêmia Almanha  Suça mai d cm a mai aro  o diror diror vinham rünmn rünmn a Vina ucando um  ovm alno No comço d  925 o diror diror da Ópr praa Municipal d Münr vium como Spalanani numa nu ma produ produ ção da Acadmia d O oo o o  Hoa  alou comTurnau comTurnau or minh m inhaa conraação conraação como canor Turnau o convncu d m conraa como diror  icou cominado u l m uma produção como D an d ainar o conraoudiniivo A dariam ópra m uão acaou ndo apy d Marchnr um m raalho ão ucdo naa época ano hoj m dia Acii na hora  ó dpoi uando comci a udar a pariura ão pouco amiliar prci prci com pânico crcn u o daio ra grand dmai Alguma mana an d minha parida  o u parcia minha prdição) um lgrama d Münr aviava Turnau u a prdução do apy ora canclada cancl ada Eu podria pod ria u a lvar a cao a monagm monagm d uma oua ópra Figaro na vrdad Turnau, mpr um auo como uma rapoua rapoua  rclamou pla nocia dada ão m cima da hora, ma acaou dindo u im Eu aria Figaro não Você pod imagnar como l caram uando i a monagm d oda a produção dando apna apna uma olhada na pariura Com o uco inuionávl do mu é rci um conrao conra o d mpo mpo ingral ingral  com vin  doi ano vi minha mi nha vida proional proional dcola dco larr

OA  Ea nvia oi pulica pulicada da na Rvia Opa Nw d 05 d vrro vrro d 1 92 Nda)

 

Sabr e gz: snhs e Hans Co Vieir

Saber. Há um que se d a que se c cca ca cm buradr buradr d surgmen da verda de, marcand uma ressênca a pscaná pscanáse se dencada c cm m a pese pr Freud. Freud. Ese é  saber da cênca que end cm base  pensamen cesan  abaad cm a chegada d ncnscene ncnscene Prém, Lacan ns aa que na pscanáse traase de um ur saber: O nconcnt é um Sbr on o ujto prmnc nrmno   ) O ujto ujto  ntrmn no br o ul  tém nt o o    o u  uto to tom m u no no crtz   tom u mo mo no puro f fto to

o o    Fru ntrou  nâmc o nconcnt  no l torz é o ror t ponto oclnt  utão obr o o       torz nc  br.

Lacan, n Semnár s Pblems Crciis pr  Psicálise rabaha rês eemens  saber nã sabd  suje evand à cerea da mpssbdade (da aa de saber) e  se cm a mpssbdade de saber Eses denem um suje que em cm únca cerea a mpssbdade de saber sbre  se. A arcuaçã arcuaçã des deses es rês se dá num pn precs que é  desej d anasa, quesã  da ver verdad dade. e. A eperênca ana anaíca íca va enã en ã cm unçã que apna para a quesã cmprar um saber cm ee de verdade nde vgra a dvsã d suje e que ndca a mpssb mpssbdade dade d saber saber sbre  se. Quem é  suje cm cranças É  suje d ncnscene dvdd, barrad Lacanda nspscanáse d u  o o  nrouz g gn ntcm tcmn n n ht ht   crnç tuo É o u o u pr  florcrá tnto n form  u po   crátr  u ntom  mté u é  no  u n ntr

Em 99 numa cara à Jnn Aubr, Lacan msrans as derenes respsas que a crança pd dar a dscurs amar e anasmác cm suas respecvas cnseqüêncas. Em prmer ugar u gar,, aa da crança respndend cm seu sn s nma ma a que ese de snmác na esruura amar, represenand a verdade d par amar e pr an marcand uma esruura nde peru a meára paerna. Deps, cca ur cas nde  Nme d Pa nã vgru e a crança se rna bje da mãe reaa a bje  n seu anasma, anasma, suurand, segun ee  md de aa nde presença d bje se especca  desej (da mãe), quaquer que seja a esruura especa dese desej neuróc pervers pervers uu pscóc" pscóc" 

 

8

AN A N E A FOB FOBA A  ECOLA ECOLA LERA LERA FREUD FRE UDANA ANA

frm rmaa disingue a criana c cm m fa fa  da mãe, cm c m sinma d ppar ar fa fami mi Desa f iar e reaiand  bje d fanasma da mãe. Esas diferenas sã marcadas pea escua d discurs da criana que de aguma ffr rma, ma, respnde respnde c cm m  ugar que vai cupar cup ar n dese desejj  d Our. O anaisa deve pran, perar de um ugar que prpicie um jg, camp de ransfe ran sferência rência n qua vaise ccar  fanasma.    jg, r raase aase de um umaa respsa dd rea n pn que se define cm impssibiidade da reaã seua. ee  sujei cca c caLacan  que ns ee édi nag dese desejsbre j  d quee cai cm b bjj e cm de deje je. . d i sb re Our is é qu S l é lgo u suport to t  jogo é ss go u s prou no rnontro o sujto o nunto sujto om st lgo plo ul o jogor s sb l msmo o jto  go u s jogou m outro lugr outro lugr  too rso outro lugr  on  u o sjo os sus ps.4

a anáise,  sujei nã quer saber que nã há saber resise, mna d um ri e espera, e  que vem a saber é que nã há saber sbre  se. O sujei imaginári imaginá indeerminad passa a sujei da cerea de ser faa em saber, cerea de faa de saber,, cer saber cerea ea de que nã hháá saber sbre  se O anaisa numa psiã éica, deve respnder nã à parir de um saber prmvedr de idenificaões a ideais mas sim, a parir d a, pssibiiand a sada d ugar que  sujei cupava n fanasma d Our e  anamen de seu desej. O desin da cura é demacar  impssve e ese cnrn dispara a angsia que  anaisa deve aparar. A angsa, que supõe um bje, vem crreaa à dss uã da unidade imaginária, a esfareamen da iusã a parir d cre. Traase d reencn reencn  cm  bje bje d fantasma e da queda dese b bje je end cm ef efei ei a barra n Our ( e a mesm emp a baa n sujei  pss pssibii ibiidade dade de reguaã reguaã d g. verdad dadee  ns di Lacan  esá em em dier sbre  se, se , e é pr is que é A ver impssíve É na cnsrucã de um saber que apna para a verdade que vems ans passar pes snhs aé fmuar um sinma. Vej ams s snhs (aqui nã esã reaadas das as suas assciaões, mas esã send cnsi cnside dera radas das vide e de Feud) Feud) Primeir snh Com  msm  om 3 no noss  no mss) Hn Hnss f f su prmr prmroo rlto  um sonho "Hoj uno u st ormno ns u st m Gmunn om Mrl Mrl.  Quno o p  Hns ont o sonho  su mã n prsnç l l o orrgu no: Não fo om Mrl ms sm bm  ss om Mrl6

Marca-se  be a sós indicand quesões sbre a rigem ds bebês, a irmã, a curisidade remeend cn sruões ões das erias erias suas in inffanis (Freud) e a cmpe de dseua, e in in rusã rusã  (Lacan).às cnsru Segund sn

 

ABER E GOZO ONO DE AN



Hns  nos  tês tês mss. Sonho Ns Nss s mn mnhã hã Hns co codo do   dss Sb ontm  not pns ssm: Algém dss Qm  v té mm? ntão lgém dss  o. ntão l tv  obg l  fz pp

Marcase  brigar ele a faer pipi tratase d seu Wiwicher pipi. O snh apnta para uma relaçã masturbatória c  g, g fálic, numa cena de seduçã nde alguém Terceir snh: (sujeit impessal) tem que faêl faer pipi. no v mss) dspt dspto o m lágms ct ct mn mnhã hã Qndo Hns 4 nos  nov lh pgntm po  stv chondo  dss  s mã: Qndo  stv domndo pns  você tnh do mbo   fcv sm  Mmã p mmmos jntos.8

Marca-se  mimarms, signicante fundamental escutad pr Freud. Snh e angstia que antecede  desencadeament da fbia. A presenticaçã d Desej d Outr encntra a a falta d Outr e da tems  surgiment da sua angstia. Freud ns fala d snh cm uma tentativa de realiaçã de desej, há um abalh envlvend  cnted manifest e  cnted latente, pdend estar ass ciad u nã nã  as rests diurns diurns  que vã ser rela relatads tads pel snhadr. Snh Sn h snhad sn had u melhr, snh cntad, é esta elabraçã d snh que ns interessa. Tratase de uma frmaçã d incnsciente  prtant põe em e m jjg g a castraçã   g que autriam  desej. O dese desej j nã nã  elabrad elabrad da dass crianças, dese desej j que qu e vem d in incnsciente cnsciente fr rcad cad d a satisf satisfaçã açã da necessidade surgind também la pulsã, aparece entã mais além da m freq freqüên üência cia ns n s snhs de angstia nde encntram e ncntramss  dese desejj  sem ddisf isfarc arces es Ve ams duas ntas de rdapé de Freud (925 e 9 respectivamente): A pênc tm dmonstdo  os sonhos dstocdos  ncsstm d ntptção já s ncontm m cnçs d 4 o   nos stndo sso d plno co codo do com nossos pontos d vst tcos sob s condçõs dtmnnts d dstoção nos sonhos Dvs  mncon o f Dvs fto to d  s cn cnçs çs logo comçm  t sonho sonhoss ldo ooss dlt dltos os ms complcdos  mnos ntlgvs   po oto ldo m cts ccnstâncs md tm sonhos d ntz smhnt smpls  nfntl A  d mtl nspdo  pod oco nos sonhos d cnçs d 4 o  nos pod s d dmonst monstd d po mplo m mnh Anás d m fob nm mnno d cnco nos   . 

Hans passa entã ds snhs a sintma. A angstia de Hans transfrmase em med eds infants segund Freud, n a estr estrutur uturaçã açã d su sujeit jeit perve pervers rs plimrf plimrf. . Pr Prém ém Hans vai além,  esperads na la para um deslcament, duma medfbia, d pai passagiratória" a med cnstitutiva, d caval, prduind fóbic Traa-se de placa sentinela  intma nçada frente a angstia. É um recurs que utilia, apeland a pai enquant se

 

ANS E A FOBA FOBA  ESC ESCOLA OLA LERA FRE FREUD UDIANA IANA

30

conclu a contução do fantama que eponde ao fuo Fa-e neceo que a cataçãoo e efetve cataçã efetve e o ggoo oo e cccunceva cunceva O ntoma do fó fóco co é algo qu quee ele não pode dexa de encon encont ta a no mundo mundo   o mpoível a evta que e coloca como o mpoível a upota: o ofmento a foa à ecudão tão feqente na cança tem o não ve como uma expeão píquca expeão do ecalque onde quanto ma e que ve meno e tolea a mpoldade de ve. Sntoma queado apea de eta naaée da fomaçõe do nconcente do que pode e decfado decf e cf cfado ado v e d dtngudo tngudo po Lacan j utameneée ea tando ete ponto do ofmento o onho memo no peadelo que é a fom fom ação do n nconcente concente ma póxma do ntoma não h ete ete of ofmento mento A pat pat do on onho ho de angúta an  an pecou contu o ntoma ntoma ffóco óco como uma poteção poteção como co mo um apelo ape lo a algo que faça faça a aa a a uma po poível ível atfação É um pono de evtação do eal onde o ojeto é evtado no egto do magno como defea fente ao eal  um ojeto da angúta que leva a de que a angúta não engana. Lacan fala do nó oomeano onde a coda do mólco magno e eal e amaam faendo uma motação da angúta como a dolução da undade magna do coo no enconto (na oda) com o a ão h pcane em angúta o que equvale a de que não h pcanle em ojeto. Paga-e com um ntoma paa não ve o novo a angúta ava que o ojeto como eal et al al  e que a ae aea a da defe defeaa e om ompea peam. m. In Inceve ceve o mpoível mpo ível que dpaa a angúta é então o detno da cua A pcanle ta o cote. Sonho e ntoma epetção do memo cada ve de foma dfeente é o que d Feud: m um nál no ntnto um co qu não fo compn ntmnt rprc como um fntm nquto não po cnr té qu o mtéro tnh  oo rolo  qu o ncnto tnh o qubro.

OAS  RFRÊIAS OGRFIAS   LACA LACA J J  Polema Polema Cuca da Panl Panle e (nédto) (néd to) 2 d d 3 Do nota oe e[ io" n teecioes  Textos 2 Manantal Ed p.56 Polema Cuca da Pcanle nédto. 4 5. d 6  FREUD S Anle de uma Foa em um Menno de Cnco Ano" n: bs Coplets Vol. X Ro de Janeo Imago Ed 969 p22   d. p29 8  d p34 A Int Inte epe petaç tação ão do do Son Sonho" ho" ( l a pat pate)  n bs Coplets Vol 9.  R  Roo de Jane Janeo o mago mago Ed Ed   969 969 p. p.36 nota nota  











 

ABER E GOZO ONO DE AN

3

0. Id p 40, not notaa 2. Ane de uma Foa em um Menno de Cnco Ano op.ct, 1 1 p.129.

BBORI CA,  O Sntoma, nédto De um Outro ao Outro nédto. 







 Seiário iro 4 A Relção de beto Ro de anero oge Zahar

Ed., 995.

 

Hans e a antasa a banheia Sofí Sré

O pequeno ans nos d Lacan no Semno IV não pssou peo compexo de castação mas po outa va va v a esta ndcada peo mto o  nstaado nstaado. . a manhã manh ã de 2 de mao de 908 ans eata a seu pa o que hava pensado Vo o n nlo lo om um pnç pnç oum pm o   po m u ouo  po o fzpp l  "Mom o     u v  v-m  l o ou  logo  "Mo o pp 

Segundo Feud o pa de ans apeende o cate a fantaa e não uvda nem um momento da nca ntepetação autoada: Ee te eu u fapp mao e um taseo mao" Fente ao assentmento do ho ee possege Como os do papa poque você gostaa de se o papa". Sm e tamé gosta e te uns godes como os seu s euss e esses peo peos" s" competa competa ans. Essa fantasa ama Feud vem etfca a ntepetação da fantsa anteo na qua o seaheo (schlosser) desap desapaaf aafusa usa a anhea nnaa qua Hans se encon en contta e depos enfa uma gande oca na sua aga O pa de ans hava auo ass a fantasa de  de a: Eu estou na cama com mamãe. Então ve papa e e expusa Com seu gande pêns me desaoja da mamãe' A posto vecase que a anhea sgnfca o taseo Essas duas fantasa são dêntcas acescenta Feud emoa a segunda não sej sej a uma mea epetção da anteo anteo mas uma fa fantasa ntasa de eaação e desejo desejo que d d conta da supeação da angsta de castação De modo supeenente na fantasa que encea a anse e a osevação que ocoe nteessa taseo de ans ou seja à sua eaçãoo com sua mãe ao nvésfundaentamente de de espeto ao seu sexo Paaa Lacan é necesso toma Pa toma o texto ta como ee é j qque ue naa nnaa faa do pequeno ans ndca a susttução do seu fapp (wiicher) o nstaado desapaaf desapa afus usaa seu taseo taseo e he d outo pede então ent ão que qu e se ve do ouo ado É seu pa com a anuênca de Feud que se pecpta em dehe que he deam um wiicher mao J na fantasa anteo fca ndcado que a etamofose a se opeada te a ve com sua ase sto é com o supote mateo e as fantasas de devoação voação e a angsta que este acaeta Po maoes que tenham sdo os esfoços do pequeno ans na convocação ncessante do compexo de castação não podemos enconta encont a no caso snas que este tenha sdo satsfatoamente eaado. O pecuso noma compexo de castaçã castaçãoo após mp mpca ca que enno possua pos pêns so a condção quedo tenha sdo eencontado te sdoo peddo ou sua sejaseu é o que ee tenha sdo etado e depos devovdo O fao paa tona-se necesso necess

 

3

AN AN  E A FOBA FOBA - ECO ECOLA LA LETR LETRA A FREUD FR EUD ANA

g nfcante te gnfcante tem m de er corta cortado do e rentegrado O drama da tuação é que o oco ocorre rre apena no móco Como demo d emo, , não n ão h vetígo vetígo que ete perc percuro uro tenha e ompetado ompetado no cao ca o do pequeno an Seu pên é ret retra rado do molcamente, molcamente, ma não nã o devolvdo Adm tndo tn do portanto porta nto que a ameaça de catração catração e cumpra, o wiicher, o pên, o órgão etar no campo operatóro do ojeto comum, manpulvel, na mão da mãe catradora cat radora que o havera h avera cortad cortado o É  oo o etranho etranho da tuação, tuaç ão, etranho etran ho muto fam fam (heilihe), lar preença do rea quenoanguta anSemno guta A catração catra çãomedda é empre catração do Se h catração, no d Lacan IV é na emcatração que o com Outo pexo de Édpo é catração Ela tem, tem, contudo, tanto relação relação com a mãe quanto com o pa, endo que a catração materna mplca, para a crança, a podade da mor dda e da devoração A catração materna é ogcamente anteror à paterna endo eta útma útm a u uttuto da prmera prmera A catração catração patea é ma ucetíve u cetíve a dedo ded o ramento ra mento do lado do pa, exte a podade de uma rvadade de um aa nato ou memo uma evração o que não e aplca à mãe o text textoo ore Leonardo Leonardo da Vnc Freud ntrodu ntrodu a mportânca mportânca da função da mãe e da muher fca para a crança dependente do Outro repreentado ncal mente pea mãe A vão nutent nutentve ve do órgão órgão exua femnno femnno ganha gan ha eu en etrutura uturante nte para o uje ujeto, to, pelo fato fato que oper operaa como reveação  evantamento tdo etr

do da fata enquanto tal A do função véu éque fundamental relação comvéu o mundo Com a preença véu, do aqulo et ma na aém, to do é, aujeto fata enquanto ta, o fao enquanto que fata à muher, tende a realare como magem Freud recomenda o etudo do fetchmo a todo aquee que poam duvdar da extênca do d o compexo de ca cataç tação ão ou que q ue poam crer crer que o te terr rror or ante o genta ge nta femnno tem outro fundamento O fetchmo afrma Lacan, nace htorcamente na lnha demarcatóra entre angúta e culpadade entre a relação dua magnra e a reação ternra mó ca A angúta an gúta de catraç catração ão etar etaraa lgada am à mnênca mnên ca de uma perda, de uma relação de engodo magnro que e deetaa até o ponto de deaparecer para er uplantada por outra ago que o ujeto não pode enfrentar em vertgem ndca ca Freud, Freud, apear de tuare no campo da perverõe, perverõe, deve O fe che, no nd er decfrado como um ntoma ou uma menagem A quetão do fetchmo não concerne, porém ao afeto recalcado, ma à denegação de uma déa Am o fetche e conttura como o uttuto do falo da mulher mormente da mãe, no qual o menno acredtou na nfânca e ao qual não quer renuncar, j que to acarre tara a perda de eu órg órgão, ão, nvetdo, nvetdo , então narccamente Com a metamorfoe da puerdade ocoe a ecoha do ojeto ecolha eta que e fa ncamente na efera da magnação no capo da fantaa, ou eja, repreentaçõe rep reentaçõe não de d en nada ada a conver co nverte tere re em at ato o ee tempo tempo  quand qua ndoo h emer emer gênca do fetche ete urg como e foe uma emrança encordora reto e de cantação da fae equecda da prmera nfânca, preervando am a déa da mãe forma denega de nega ao memo me mo tempo que qu e afr afr flca do epultamento (tergg) Dea forma ma a catração Ma votemo a an e à paagem peo complexo de catração catração paagem eta que va da ameaça de devoração materna à ncrção móca ncrção de todo do: o: a uetão do a en ueto nauo ue conttu o âmago do comexo de Éd u quanto sigc ant e e Como dssemos, H  terá feo esse perrso po uma um a otra o tra v  po um cro splemenar e pssa pelo domío do d o falo f alo maeo.

 

S E   T TS S   

35

A fobi foi neceári  Hn como c de gurd frente o rel d ngti e como rm cntr  depriçã depriçãoo do d o deej deej o  Su nálie, nál ie, termi termind nd de form premtur permitiu-lhe permitiulhe del precindir. A fobi fobi  no n o entnto entnto terá terá deixdo deixdo trço trço  A prtir prtir d obervção obervção do pequeno Hn, Lcn Lcn vilu vilumbr mbr eu futuro no que qu e diz di z repeito  u unção exul e u ecolh de objeto fto que e relizm n puberdde tempo lógico lóg ico do reencontro com co m  ctrção ctrção A mrc  cictriz deixd ctrção é fundmentl pr pr  normlizção do u ujei jeito to no plno pelo complexo de ctrção genit, tnto em termo termo d economi do eu inconciente como do eu imginário. Pr todo ujei Pr ujeito to torn-e torn- e neceário o f fto to d ctrção ctrção pr um um  exulidde exulid de oci oci  lizd n qul, como c omo no diz LéviStru, há proibiçe m tmbém pr pref efer erênci ênci Hn per per d ecolh hetero heteroexu exul l de eu  eu objeto, objeto, iture-i iture-i num poição poiçã o pivd eri um dquele encntdore rpze que no etilo d gerção de 1 4 eperm eperm que  iniciti in iciti enhm do do outro exo Etio E tio ee que Lcn firm firm er conhe conhecio cio em u époc. époc. E tlvez tlvez pudéemo penr penr no etilo fmilir mil ir em noo di como o revero d mem medlh medlh quele no qul, n f flt de poder dquirir imboli im bolicmente cmente  legiti legitimidde midde e  potênci potênci  de eu exo o rpze recorrem recorrem  método que lhe dêem no rel do corpo tmnho e forç fic pr poder e proximr d uhere.

OAS  RFR R FRÊAS ÊAS OGR OGRF FAS AS Anál ii de l fobi de de un nio de cinco o", in i n O O o ople ple Vol. . FREUD, S. Análii X Bueno Bueno  Aire Aire Amo Amor ror ortu tu Edi Editor tore e  6 pg. 8   2 Ibid p8. 3. bid p

OGRAFA FREUD, S Tre enyo de teor teor exul ex ul,, in O ople Vol VII Bueno Aire Air e Amorr Amorrort ortuu Editore, 6  6.. Fetichimo", in: O ope Vo. XXI, Bueno Aire Amorortu Editore, Editor e, 6 6  Equem Eq uem de Picon Piconli lii" i" i n O ople Vol XXIII Bueno Aire Air e Amorro Amorrortu rtu Editore  6. 6 . L eciión de yo en e proce L proceoo defeni defenivo", vo", i n : O ople Vol XXIII, Bueno Aire Amorortu Editore 6. ACAN, AC AN, J . O eo l 4  el elção ção e o ojeo jeo Rio de Jneiro Jnei ro Jorge hr hr Edtor 4. Obervcion obre e infome de Dniel Lgche Piconlii y etrut et rutur ur de de l peronlidd" i n: o México México Siglo Si glo Ventiun Ventiunoo Editore Editore 83. 















Hmlet" in: hepee D ee oye Libo Ario Ario &  Alvin Editor Edit or 8  8 Seminário A Angúti inédito). Seminário De um outr outroo o Out Outro ro inédito) iné dito) 







 

36

S  S   F  SC SC LT LT  FU FU 

Fetichimo tichimo O Simó Sim óico ico,, o Imginário Imginário e o Rel Rel inédito). ACAN J e GNO W Fe REYFAUD H Co Fr Fr  va ll ééh h   révna la p pychaal ychaal Pri Édition Pyot & Ri vge vge 994.

 

A cragem cragem a fb baa An n T r Ann radução nl nl  Tx x   R R 

obi a paradoxo u ubbj acene a ea obervação obervaç ão É paradoxa faar da corage da fobia lvã ãoo   Han eva reud e eu pai a ugare onde dede enão o de Lacan e Tlv anaia ene edo Se há cora corage ge é porque o ujeio ujeio da fobia não e  e conena e dar à angia ua repoa inoáica Aravé do epaço deiado à angia no inoa a repoa fóbica uena ua queão que e equiva ou e fecha de novo e ouro inoa Aé dio di o acrecenari acrecenariaa que que ea é ua bendia queão no enido e que

não deixa de uciar peo ujeio queHan a ané abera do Há einário ai do que ipe vegio dioadiração no exo de reud obre na ee de Lacan  Rlção  Ojo\ é caro nea auão de T lvã lv ão o Ma abé é ua queão bendia abençoada poi não dexa de ear igada ao capo do agrao coniderado no eu dupo enido: aquio que enquano conagrado ao deue é venerado e eido facinane e inocáve A queão fóbica ouaria ocar no que é anáea *

reud voa a e deparar co a foba quando e 926 reoa a queão do noa e ua gação gaçã o co co  a anga e a queão queão da angia e u uaa gação co o recaque. Traae enão para ee de reoar a hipóee inicia egundo a qua o inoa é o ubiuo de ua aifação puiona ipedida peo recaque raae de reoar ea bagage eórica e cínica à u uzz da nova ópica que já já inroduz ua civag ci vage e no Ich fazendo fazendoo o dependene dependene e aé aé eo e o eeeno do io i o e do d o upereu reud inviga nada eno que a eruura do ujeio e o proceo de recacaeno na neuroe Lacan por ua vez rabaha ongaene obre a fobia de Han e eu einário  Rlção  Ojo apó o einário bre a picoe e agun ee ane da redação redação a Queão preiina preii nar r Porano não foi foi nua daa quaquer Co Han no n o dia  3 de arço de de 1 97 eo ua da da prieira prieira (a prieira?) prieira?) ocorrên ocorrênia ia a noção de ua upência à e eáf áfoa oa paerna à faa faa do gnfcan  gnfcanee do pa bóco bó co  eguire Provaveene ee rihaeno eria eria ido reoado reoado o e einár inário io que devia eguire ao da Angia o einário O Noe o Pai inerropido por oivo de ua excounhãodoEe eará orde do dia noo einário ano 70 oconeporâno da prieira experiência pa e pae aé na ocupa o paco co einári obre Joyce Joyce    Joyce que não nã o deixaa de aprenar deix aprenar inoa fóbic fóbico o oi a reoada reoada da fobia fobia de a e aceori aceoriaene aene da do Hoe do Lobo Lobo  nnoo exo de 192 nibição Sinoa e Angia que evou reud a opear ua

 



AN E A FOBI FOBIA A  E ECO COLA LA LE LERA RA FREDIANA

evavta teóca e a eaõe ete agta e ecaue A agta dea de e  efet ctempâe d ecaue, ugda uad d ecaue, pduzda pea tafmaçã deta da d ã epeetada a agta tae, euat agta de cataçã, a pópa caua e  mt d ecaue É  ue e evea a fa, e me mete te  a ffa a A ag agt taa da fa fa,, paa F Feud, eud, é a ag agta ta de cataã, ateada, ã mdcada, ugda ate um peg ea (Relgst) ue Feud pae ce dtgu d tgu da d a agta ate ate um peg peg pua (Triebgst) ma ue tavez d ue au paa  ua tede a Triebgst Paa aém d fmet ue mtva a uea e à veze a pcua da ae,  tma tma apeeta apeetaee   dcu aatc fmuada O O ca de ff aa ã ecaecede cm uma epta a uma uetã ã fmuada paa a cíca aaítca p ee umam a cudade: a ue dzem epet à etutua d u ujet jet, , à ua ujeçã ujeçã a a  g gfcate, fcate, a pce de ecacamet e a eu faca; a ue dzem epet à eaã d ujet cm  gz, paa aém d pcíp de paze, ta cm ee pde e peetfca, em eduze a , a agem m e  det da puõe O u ujj et ue e utet utetam am a f fa a em p mtage mt  ã u ujet jet fe e  dcu aa aatc tc ee põem à pva, de md pa patcua tcua,,  dptv e a cduta da ae Adae aga a epta e a uetã fóca ted cm efeêca  jet, mut peete  tet de Feud, mem ã ed  jet acaa Vu dt gu  j j et fóc fóc,, d ad da epta, e  jet jet da agta, d d  ad da uetã, paa cfta a fmuaçã feudaa, ue vcua a agta à peda d jet, cm a de Laca, ue chega a afma ue a agta ã é em jet Se a agta fata a fata", a fa, ua jet et fatad et pedd? E ua jet  jet ã et fatad?

O objeto fóbco responde  angústa mda e de ue e caa  ef efu uee de Laca, Ha tem med de ue cava  mda  cava fuca a  a ffa a a tí títu tu de u gcate gcate é um me paa um med ue ujuga a agta, pe me em pate aze dee um gcate pemte e ta-e  text de Feud, a eucuaçõe de Ha e a tepeaçõe d pa, e cevamte apeada em tede Ee etatut de gcate deve-e a Ha Ma ea j etete, ó fca amad  e cm Feud De fa, Feud deg deg  paa  md md de Ha um  jet jet ue ã é  cava, é m jet jet auete ue Ha u ecta: eu a, euat va Feud ae d jg de Ha cm ua mãe acca d fa, fa, ae ae da d a cmacêca da ãe uat uat a ua u a evdcaã  ca, ca, egt  fc fc   upõe upõe em vadade vadade edpaa c c   pa cdea taad  egt Ee he d ea chave paa e ua agm Feud autza  a fa a m tae azed  cava dze uta ca, e pete ue a faa dee u gcate pvaet p vaete, e, ue ev ev  tat paa a mãe,  ppa, a,  pê, uat paa  póp a a  Ee gfcate gfcate eta eta um jg de peutaõe peutaõe e aata  u gfcate da eeva da caa aa cuõe mítca e fatamtca Paepecc Pa epecca a a mdadade e ffuamet uamet dee  g gc cate ate pvaete, Laca faa em eevaçã Laca eevaçã d mag mag pe mc, e paagem de I a S e e vaçã ue ae um eev gu temete, a ectua d ó Ha uta a magem  egt óc óc  O ffataa ataa da af afa a a e peca   

 

A CORAGEM DA FOBA

3

a giraa desenhada peuena ue dupica a girafa grande é ua iage coocada e função de signific sig nificante ante ou ais exataente exataente de etra No seinário s einário sore A den icaço Lacan fouará fouará coo essa etra recee seu se u noe póprio "aassada (zelze (zel zelt lte e  como toda etra toada e sua su a diensão de o ojet jeto o ea te u nnoe oe.. ste caráter itera do signicante fóico te agua reação co o fato de ue eora Hans evoue os cavaos reais ue ohou e afagou co a ão o cavao da angústia e a girafa são aniais de ivros de istas Taé saeos ue o cavao é u rinuedo ue Hans ganhou do anaista da ãe o próprio próprio Freu Freud d ssa iage coocada e função função de significante Lacan a situa no registro herádico ue entra e ntra na nção do escrito. Mas o ojeto fóico o signicante poivaente tendo vaor de etra constrói se taé a patir da ateriaidade sonora do signicante Feud evidencia esta diensão fônica ônic a graças graças à insistent ins istentee expicação expi cação de Hans wegen dem Pferd (por causa proxiidadee co Wagen. A Gire co a ua Hans responde ao do cavao na sua proxiidad pai ue he expica por insistncia de Freud ue as uheres não t pnis ta  é u ania de ivro e soretudo um signicante gráfico da reserva de Hans Mas ea está nua proxiidade surpreendente co o sorenoe de Hans e de seu ai Graf Ao assinaar ass inaar essas essas duas diensões itera itera e fônica fônica do ojeto ojeto-si -signi gnicante cante fóico óico  retendo suinhar sua conforidade co o nome prprio esse signicante ue e coo suporte ua etra e ua "eissão noeante (A Identcaço) e cuja onúncia repete a operação da identicação peo traço unário Descorimos Hans votass co ua operação operação de nominação nomi nação co ua tenta tentativa tiva de fa fae err noes. no es. Ta  vota entativa enta tiva era de foa singuar o savoir-faire de Joyce e a uestão ue u e ee ret reto o a de Shaespeare O ue há nu nome? a é escarecida no seinário O thoma as poderia por sua ve escarecer coo o ato de escrever pode às ve es servir de orda paa conter a angústia    ou despertá-a Ta tentativa tentativa taém i agua coisa sore a supncia à fata do significante do pai sióico e sore a sposta à cancia do pai pai rea ue "nunca "nu nca está presente para para faer as vees de deus ovão paa tirar o ojeto ojeto de sua satisfação. satisfação. sse sign si gnicante icante oedece à sustitui sus tituição ção etafóri etafórica ca o cavao e ugar do pai pai àriva É issoa ue paraaFreud assinaa o sinto a e o ganho do sintoa em reação angústia iniição evitação  é isso ue aa Lacan vai assinaar a euivancia entre a reaidade psíuica o copexo de ipo o pai coo sintoa e o uarto eo aarrando rea iaginário e sióico. Mas o sintoa sinto a fóico fóico é u ganho ga nho a asta stante nte e ea araçoso raçoso ppoi oiss assinaa ass inaa ue ne do do da angústia passou para a sioiação H á u resto de o ojeto jeto de angústia no óprio ojet fóico É esse resto ue Fre Fredd retoa e 926, uando oserva ue a ope operação ração de Hans vai ais ai s onge ong e do ue u recacaento recacaento nora e perite perite ue se tenda o processo do d o recaue peo seu próprio fracasso fracasso U recaue noa teria nsfoado a pusão hosti ao pai nua vontade de ue o cavao caísse e eventua dos Loos Loos   O ente e coportaento sádico para co o ania (c o Hoe dos nteúd n teúdoo da foia foia oré é o edo de de ser ordido ordido peo cavao ou ddoo cavao cavao cair É partir do nusitado desseiaconteúdo fóico ue oções Freud Freud rev teoria doco e a reação rea çãoiinus coitado a angústia angúst Descore Descorefóic ueoduas pusion pussua ionais ais para crecaue o o pai são ificadas ou recacadas ua hosti a outa tea e passiva Ao er a angústia de  deora deorado do coo ua regressão regressão ais profunda profunda da oção terna  ser aado aado peo

 

0

ANS E A FOA - ESCOLA ESCOLA LET LETA A F FEUD EUDANA ANA

pa i  ee fa pai fa desta desta regressão regressão o otivo a ais is deterinan deterinante te no recaue. recau e. Se o edo de ser ordido é ua expressão odificada da angústia de castração u novo eca niso de recacaento é articuado, no ua a angústia é otor e não efeito do recaue.

O objeto da angústa  mantdo na foba  sua carta carta fina a Freud, Freud, o pai de Hans insiste insi ste sore a voncia von cia da angústia ue acopanha a foia. Proponho-e a aordar esse iportane resto de angústia peo ue restou ininterpretado e enigático no cavao da angústia, e isto apesar da aundância de signicação signi cação ue o pai fornece fornece Dois eeentos, eeent os, su s uinhados inhados por Lacan, resiste à significação: a ancha preta e o aruhão (Kkwa O ue é auea aue a ancha preta, preta, infore, infore, ue Hans viu v iu na oca do cavao? cava o? O pai tenta ten ta dar darhe he for foraa e noeáa  poderia ser a focin focinheir heira. a. H Hans ans parece parece ceder ceder  as o pretoo votará pret vot ará,, par particu ticuare arente nte para caracteriar ua cacinha ca cinha Lacan fa deste pre to voador, nunca eucidado, u eeento aucinatório. ncontraos aí u eeen foias,s, a ffunçã unçãoo exercida por ua cor. Mas se s e a co corr pode ser açada to recorrente nas foia à função de significante ou até eso de etra, esse é u ponto iite, onde o significante na representação. o estatuto herádico dado fóico ao cavao Lacan insistefaha no caráter aissa desteSegundo preto, gura n a do rasão e he dá poré ua interpre interpretação tação é a "hiância rea, sepre escondida atrás atrás do véu e do espeho e ue se destaca do fundo sepre coo ua ancha ssa referncia à ancha, e 9 deve ser reida com a eaoração posterior de Lacan sore o ohar o har coo oto a ue vincua vincu a precisae precisaente nte o ojetoohar ojetoohar à diensão da ancha ancha (Se (S e inário Os Qua Quat t  concitosfun unantai antaiss a ps psicaná icanáis is  )  Mas ao eso tepo, a ancha é o próprio sujeito presentificado, ais do ue representado, forando ua ancha no uadro, uando este é ohado pode tornar-se ancha cga, puro ohar capturado à aneira do Hoe dos Loos Terá acontecido ago co Hans ue fosse da orde desta captura? O aruhão, o Krakwa, é dado por Hans coo u eeento angustiante deterinante e precipitante É u oviento e u aruho, por exepo o rein char do cavao ue cai, é um tuuto desordena desordenado do Lacan faa faa e "pânico "pâ nico auditivo, audit ivo, taé ininterpretado. Não asta reacionar esse aruho co os gritos de Anna e os da girafa, girafa, ou co o upf ue cai o isso i sso,, o eniga fica fica reforçad reforçadoo e dá a idéia de ue Hans toando coo apoio a girafa aassada, tenta desprender-se deste tu uto Isso sugere a Freud a idéia de ua cena priitiva tave por causa do apso de Hans, ue reúne o Kkwa e o ohar: "u aruhão, gosto uito de ver isso Poré, diferen diferentee teente nte de sua ostinação no caso cas o do Hoe dos Loo L oos,s, contenta-se c ontenta-se co as afirações do pai: eora dura no uarto dos pais, Hans, segundo ee, não viu ta cena Aé de ua preocupação de proteger o pai e a ãe, por respeito às convenincias, teria Freud considerado esta afiração do pai coo o reconhecien to de ua ausncia de ato sexua?  nessa ausncia viria precipitarse para Hans ua reação sexua ue cessaria de ser ipossíve, ue cessaria de não se escrever? Teríaos então aí, coo entahada e negativo, a indicação de u rea co o ua a angústia te de idar o o perigo rea encontrado aí, o ue estava aeaçado não era tanto tanto seu peueno peu eno e uerido pnis, pni s, as ee por inteiro inteir o A angústia de castração castração é

View more...

Comments

Copyright ©2017 KUPDF Inc.
SUPPORT KUPDF