KANT, Immanuel - Critica de la razon pura (Trad. Pedro Ribas)

January 13, 2017 | Author: Fernando De Gott | Category: N/A
Share Embed Donate


Short Description

Download KANT, Immanuel - Critica de la razon pura (Trad. Pedro Ribas)...

Description

Crítica de la razón pura Prólogo, traducción, notas e índices

Pedro Ribas

/IH clasicos AL

Crítica de la razón

Immanuel

Crítica de la razón pura Prólogo, traducción, notas e índices

Pedro Rivas

asicos

Crítica de la razón pura

T ítu lo original: K ritik der reinen vernunft © De la traducción: Pedro Ribas © De esta edición: 1997, Santillana, S. A. Torrelaguna, 60. 28043 Madrid Teléfono (91) 744 90 60 Telefax (91) 744 92 24

• A guilar, A ltea, T aurus, A lfaguara S. A. Beazley 3860. 1437 Buenos Aires • A guilar, A ltea, T aurus, A lfaguara S. A. de C. V. Avda. U niversidad, 767, Col. del V alle, M éxico, D.F. C .P . 0 3 1 0 0 • Ediciones Santillana, S. A. Calle 80 N° 10-23 B ogotá, C olom bia

ISBN: 84-204-0407-1 Depósito legal: M. 7.202-1998 Impreso en España - Printed in Spain Diseño de colección; José Crespo y Rosa Marín © Imagen de cubierta; Fragmento de El astrónomo, 1668. Johannes Vermeer

PRIMERA EDICIÓN' DICIEMBRE 1978 DECIMA EDICIÓN SEPTIEMBRE 1994 DECIMOPRIMERA EDICIÓN. ABRIL 1995 DECIMOSEGUNDA EDICIÓN OCTUBRE 1996 DECIMOTERCERA EDICIÓN: NOVIEMBRE 1997 DECIMOCUARTA EDICIÓN FEBRERO 1998

Todos los derechos reservados. Esta publicación no puede ser reproducida, ni en rodo ni en parre, ni registrada en o transmitida por, un sistema de recuperación de información, en ninguna forma ni por ningún medio, sea mecánico, fotoquínnco, electrónico, magnético, electroóptico, por fotocopia, o cualquier otro, sm el permiso previo por escrito de In edirorial

IN D I C E

I ntrodu cció n del t r a d u c t o r ............................. Vida ............................................................................. La «Crítica de la razón p u r a » .............................. O bservaciones sobre esta tra d u c c ió n ................ C ronología ................................................................. B iblio g ra fía se l e c t a ...............................................

X V II X IX X X III XXXV XLIII XLVII

C R IT IC A D E LA R A Z O N P U R A .................... L e m a ................................................................................. D e d ic a t o r ia ................................................................. P rólogo de la primera e d i c i ó n ......................... P rólogo de la segunda ed ició n .......................

1 4 5

I n t r o d u c c ió n ............................................................... I. D istinción entre el conocim iento pu ro y el e m p íric o .............................................. 41 II. E stam os en posesión de determ inados co ­ nocim ientos a priori que se hallan incluso en el entendim iento com ún ......................... III. La filosofía necesita una ciencia que deter­ m ine la posibilidad de los principios y la extensión de todos los conocim ientos a p r i o r i ......................................................... 45 IV. D istinción entre los juicios analíticos y los sintéticos ............................................................. V. Todas las ciencias teóricas de la razón con­ tienen juicios sintéticos a priori com o p rin ­ cipios ................................................................... VI. Problem a general de la razón p u r a ......... V IL Idea y división de una ciencia especial con el nom bre de «Crítica de la razón pura»

15

39

43

47

51 54 57

I.

D O C T R IN A TRASCENDENTAL LO S E L E M E N T O S .......................

P rimera

parte .

La

DE 63

estética trascen dental

§ 1 .......................................................................................

Sección prim era. E l e s p a c io ............ 67 § 2 E xposición m etafísica de este concepto § 3 E xposición trascendental del concepto de e sp a c io ....................................................... Consecuencias de los conceptos anteriores Sección segunda. E l ti e m p o ................................ § 4 E xposición m etafísica del concepto de tiem po ........................................................... § 5 E xposición trascendental del concepto de tie m p o ....................................................... § 6 C onsecuencias de estos conceptos . . . § 7 E xplicación ................................................ § 8 O bservaciones generales sobre la esté­ tica trascendental ....................................... C onclusión de la estética trascendental . . . . S egunda

pa r te .

La

65 65

67 70 71 74 74 75 76 79 82 90

..

92

I. La lógica en g e n e ra l..................................... II. La lógica tr a s c e n d e n ta l.............................. III. D ivisión de la lógica general en analítica y d ia lé c tic a ......................................................... IV . D ivisión de la lógica trascendental en ana­ lítica trascendental y dialéctica trascenden­ tal .........................................................................

92 95

100

tal

P rimera d iv is ió n . L a a n a lítica tra scen d en ­ ....................................................................................

102

L ibro prim ero. A nalítica de los c o n c e p to s......... C apítulo I. G uía para el d escubrim iento de todos los conceptos puro s del en ten d im ien to . . . . Sección prim era. U so lógico del entendim iento en general ............................................................. Sección s e g u n d a ....................................................... § 9 F un ció n lógica del entendim iento en los ju ic io s.................................................... Sección t e r c e r a ......................................................... § 10 Los conceptos p u ro s del en ten d i­ m iento o c a te g o r ía s ................................

103

lóg ica trascen d en ta l

97

104 105 106 106 111 111

§ 11 ........................................................................ § 12 ........................................................................

115 118

C a p ítu lo II. D e d u c c ió n d e los c o n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n to ..................................................

120

S e cció n p rim e ra ......................................................... § 13 P rin c ip io s d e u n a d e d u c c ió n tra sc e n ­ d e n ta l en g e n e ra l ...................................... § 14 P aso a la d e d u c c ió n tra sc e n d e n ta l de las c a te g o r ía s ................................................ S ección seg u n d a . D e d u c c ió n d e los c o n c e p to s p u ro s d el e n te n d i m i e n to ........................ T e x to d e la p rim e ra e d i c i ó n ................. T e x to de la se g u n d a e d ic ió n ............................. § 15 P o sib ilid a d d e u n a c o m b in a c ió n en g e n e r a l ............................................................ § 16 L a o rig in a ria u n id a d sin té tic a d e a p e r­ cep ció n ............................................................ § 17 E l p rin c ip io d e la u n id a d sin té tic a d e a p e rc e p c ió n es el p rin c ip io s u p re m o d e to d o u so del e n t e n d i m i e n t o .......... § 18 L a u n id a d o b je tiv a d e la a u to c o n c ie n c i a .......................................................... § 19 L a fo rm a ló g ica de to d o s los juicios c o n siste en la u n id a d d e a p e rc e p c ió n d e los c o n c e p to s c o n te n id o s en ella § 20 T o d a s las in tu ic io n e s sen sib les se h a ­ llan b ajo las c a te g o ría s c o m o ú nicas c o n d ic io n e s b ajo las cuales p u e d e c o in ­ c id ir la d iv e rsid a d d e esas in tu ic io n e s en u n a c o n c ie n c ia ........................... § 21 O b s e r v a c ió n ................................... § 22 L a c a te g o ría n o tie n e o tr o u so p a ra el c o n o c im ie n to d e las cosas q u e su a p licació n a o b je to s d e la ex p erien cia § 23 ........................................................................ § 24 L a ap licació n d e las c a te g o ría s a los o b je to s de los se n tid o s en g e n e ra l. . . § 25 ........................................................................ § 26 D e d u c c ió n tra sc e n d e n ta l d el u so e m ­ p íric o u n iv e rsa lm e n te p o sib le d e los co n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n to . .

120 120 125 129 129 152 152 153

156 158

159

161 161

163 164 165 170

171

§ 27 R e su lta d o d e esta d e d u c c ió n de los c o n c e p to s d e l e n te n d im ie n to .............. B rev e re su m e n d e esta d e d u c c i ó n ................. L ib ro se g u n d o . A n a lític a de los p rin c ip io s . . . . In tro d u c c ió n . E l ju icio tra sc e n d e n ta l en g e n e ­ ral .................................................................................

175 177 178 179

C a p ítu lo I. E l e sq u e m a tism o d e los c o n c e p to s p u ro s del e n te n d i m i e n to ....................................

182

C a p ítu lo II. S istem a d e to d o s los p rin c ip io s del e n te n d im ie n to p u ro .............................................

190

Sección p rim e ra . E l p rin c ip io su p re m o d e to ­ d o s los juicios a n a l í t i c o s .................................... Sección se g u n d a . E l p rin c ip io su p re m o d e t o ­ d o s los juicios s i n t é t i c o s .................................... S ección tercera. R e p re se n ta c ió n sistem ática de to d o s los p rin c ip io s d el e n te n d im ie n to p u ro 1. A x io m as de la in tu ic ió n ................................. 2. A n tic ip a c io n e s d e la p e r c e p c ió n ................... 3. A n alo g ías de la e x p e rie n c ia ............................. A . P rim e ra a n a lo g ía . P rin c ip io d e la p e r ­ m an en c ia d e la s u s ta n c ia .......................... B. S e g u n d a an a lo g ía . P rin c ip io d e la su c e ­ sió n te m p o ra l se g ú n la ley d e c a u salid ad C. T e rc e ra a n a lo g ía . P rin c ip io de la sim u l­ ta n eid ad se g ú n la ley d e la acció n re c í­ p ro c a o c o m u n id a d .................................... 4. L o s p o stu la d o s d e l p e n sa r e m p íric o en g e ­ n eral .......................................................................... R e fu ta c ió n d el id e a lis m o ......................................... O b se rv a c ió n g e n e ra l so b re el sistem a de los p r i n c i p i o s ................................................................... C a p ítu lo III. E l fu n d a m e n to d e la d is tin c ió n de to d o s los o b je to s en g e n e ra l en F e n ó m e n o s y n ú m e n o s ................................................................

191 194 197 200 203 211 215 220

235 241 246 255

259

A p én d ice. L a a n fib o lo g ía d e los c o n c e p to s d e reflex ió n a c a u sa d e la c o n fu sió n del u so e m p íric o del e n te n d im ie n to co n el tr a s ­ c e n d e n ta l ................................................................... O b s e rv a c ió n so b re la a n fib o lo g ía d e los c o n ­ c e p to s d e r e f le x i ó n ................................................

276 281

Segunda div isión. L a dia léctica tr asc end en­ tal .............................................................................. I n t r o d u c c i ó n ................................................................ I. La ilu sió n tr a s c e n d e n ta l................................... II. La razón p u ra c o m o sed e de la ilu sió n t r a s c e n d e n t a l......................................................... A. La razó n en g e n e r a l ....................................

297 297 297 300 300

B. E l uso ló g ic o de la r a z ó n ........................ C. E l uso p u ro de la r a z ó n .......................... L ib ro p rim e ro . L os c o n c e p to s de la ra zó n p u ra S ección p rim era . Las ideas e n g e n e r a l .............. Sección segunda. Las ideas tra sc e n d e n ta le s . . S ección tercera. S istem a d e las ideas tra sc e n ­ d en tales ....................................................................... L ib ro se g u n d o . Las in feren cias d ialécticas de la razó n p u r a ................................................................

303 304 308 309 314

C ap ítu lo I. P aralo g ism o s d e la ra zó n p u r a ........... T e x to d e la p rim e ra e d i c i ó n ................................. T e x to de la se g u n d a e d ic ió n ................................. R efu tac ió n de la p ru e b a d e la p erm a n e n c ia del alm a, de M e n d e ls s o h n ................................. C o n clu sió n acerca de la so lu c ió n del p a ra lo g is­ m o p s i c o ló g i c o ................................... 378 O b se rv a c ió n g en eral so b re el trá n sito de la p sico lo g ía racio n al a la c o s m o lo g ía 379

328 332 366

C ap ítu lo II. La an tin o m ia de la ra zó n p u r a . . . . Sección prim era . S istem a d e las id eas c o sm o ló ­ gicas ........................................................................... S ección seg u n d a. A n tité tic a de la razó n p u ra P rim e r co n flic to de las ideas tra sc e n d e n ta le s S e g u n d o c o n flic to d e las ideas tra sc e n d e n ta ­ les ............................................................................ T e rc e r co n flic to de las ideas tra sc e n d e n ta le s C u a rto c o n flicto de las ideas tra sc e n d e n ta le s S ección tercera. E l in terés de la ra z ó n en el co n flic to q u e so stie n e ........................................

382

322 326

.

371

S ección cu arta. L o s p ro b le m a s trasc e n d e n ta le s de la ra zó n p u ra y la n ecesid ad a b so lu ta de so lv e n ta rlo s ...................................................... S ección q u in ta . R e p re se n ta c ió n escéptica de las cu estio n es co sm o ló g ic a s m e d ia n te las c u a tro ideas tra sc e n d e n ta le s ......................... 433

384 391 394 400 407 413 419

428

Sección sexta. E l id e a lism o tra sc e n d e n ta l c o m o clave p a ra s o lu c io n a r la d ia lé c tic a c o sm o ló ­ gica ............................................................................... S ección sép tim a. S o lu c ió n c rític a d e l c o n flic to c o s m o ló g ic o d e la ra z ó n c o n sig o m ism a . . S ección o ctav a . E l p rin c ip io re g u la d o r d e la ra z ó n p u ra re sp e c to d e las ideas c o sm o ló g i­ cas ................................................................................. Sección n o v e n a . E l u so e m p íric o d el p rin c ip io re g u la d o r d e la ra zó n c o n re sp e c to a to d a s las ideas c o s m o ló g ic a s ......................................... I. S o lu ció n de la idea c o sm o ló g ic a de la to ta ­ lidad d e la c o m p o s ic ió n d e los fe n ó m e n o s de u n u n i v e r s o .................................................. II. S o lu ció n de la idea c o sm o ló g ic a d e la to ta ­ lidad d e la d iv isió n d e u n to d o d a d o en la in tu ic ió n ............................................................ O b se rv a c ió n final so b re la so lu c ió n d e las ideas m a te m á tic o -tra sc e n d e n ta le s y a d v e rte n c ia p re lim in a r so b re la so lu c ió n d e las ideas d in á m ic o - tra s c e n d e n ta le s .................................... III. S o lu ció n d e la idea c o sm o ló g ic a d e la to ta ­ lidad en la d e riv a c ió n d e lo s a c o n te c im ie n ­ to s c ó sm ico s a p a rtir d e sus c a u s a s ......... P o sib ilid a d d e c o n c ilia r la c a u salid ad p o r lib e rta d c o n la ley u n iv e rsa l d e la n ecesi­ d ad d e la n a tu r a le z a ........................................ E x p lic a c ió n d e la idea c o sm o ló g ic a d e li­ b e rta d en su rela c ió n c o n la u n iv e rsa l n e ­ cesid ad d e la n a tu r a le z a ................................. IV . S o lu c ió n d e la idea c o sm o ló g ic a d e la to ta ­ lid ad de la d e p e n d e n c ia d e los fe n ó m e n o s d esd e el p u n to d e v ista d e su existencia en g e n e ra l ...........................................................

437 441

448

453

454

458

460

463

467

469

479

O bservación final sobre to d a la antinom ia de la ra z ó n p u r a ........................................................... C a p ítu lo II I. E l id eal d e la ra z ó n p u r a ................. S ección p rim e ra . E l ideal en g e n e r a l................. S ección seg u n d a . E l ideal tr a s c e n d e n t a l.......... Sección te rcera . L o s a rg u m e n to s d e la ra z ó n esp e c u la tiv a en o rd e n a p ro b a r la existencia

483 485 485 487

de u n ser s u p r e m o ................................................

495

S ección c u arta. Im p o sib ilid a d de u n a p ru e b a o n to ló g ic a d e la e x isten cia d e D i o s .............. Sección q u in ta . Im p o sib ilid a d d e u n a p ru e b a c o sm o ló g ica de la e x isten cia de D i o s ......... D e s c u b rim ie n to y e x p licació n d e la ilu sió n d ialéctica en to d a s las p ru e b a s tra sc e n d e n ­ tales d e la existen cia d e u n ser n ecesario S ección sexta. Im p o sib ilid a d de la d e m o s tra ­ ció n f ís ic o - te o ló g ic a ............................................. S ección sép tim a. C rítica de to d a te o lo g ía f u n ­ d ad a en p rin c ip io s e sp e c u la tiv o s d e la ra z ó n A p é n d ic e a la dialéctica tra sc e n d e n ta l. E l u so re g u la d o r de las ideas de la ra z ó n p u ra . . . E l o b je tiv o final d e la d ialé c tic a n a tu ra l de la razó n h u m a n a .................................................... D O C T R IN A T R A S C E N D E N T A L D E L M E T O D O ................................................................ C ap ítu lo I. L a d iscip lin a d e la ra z ó n p u r a .......... S ección p rim era . L a d isc ip lin a d e la ra z ó n p u ra en su u so d o g m á t i c o ........................................... S ección seg u n d a. L a d isc ip lin a d e la ra z ó n p u ra c o n re sp ec to a su u so p o l é m i c o ............ Im p o sib ilid a d d e u n a satisfacció n escéptica d e la razó n p u ra en su d e sa c u e rd o c o n sig o m i s m a ..................................................................... S ección tercera. L a d isc ip lin a d e la raz ó n p u ra fre n te a las h ip ó te sis ........................................... S ección cu arta. L a d iscip lin a de la ra z ó n p u ra re sp e c to d e sus d e m o s tr a c io n e s ..................... C a p ítu lo II. E l ca n o n d e la ra z ó n p u r a .............. S ección p rim e ra . E l o b je tiv o fin al del u so p u ro

500 506

513 517 524 530 546

II.

d e n u e stra r a z ó n .................................................... S ección se g u n d a. E l ideal d el b ie n su p re m o c o m o fu n d a m e n to d e te rm in a d o r d el fin ú lti­ m o d e la razó n p u ra ........................................... S ección tercera. L a o p in ió n , el sab er y la c re e n ­ cia ................................................................................ C ap ítu lo III. L a a rq u ite c tó n ic a de la ra z ó n p u ra C a p ítu lo IV . H isto ria de la ra z ó n p u ra .................

569 572 574 590

601 608 616 624 625

629 639 647 659

In d ice d e n o m b re s d e p e r s o n a .................................... In d ice an alítico d e m a t e r i a s ........................................ N o tas del l e c t o r ................................................................

665 667 691

IN T R O D U C C IO N : K A N T Y L A «CRITICA D E LA R A Z O N PURA »

A D V E R T E N C IA P R E L IM IN A R

L a s letras y cifras que aparecen en los márgenes indican la numeración de las páginas de la prim era edición original, designada con la letra A , y de la segunda edición original, señalada con la letra B. A l iniciar la lectura de la C rítica de la ra z ó n p u ra , ténganse presentes las «Observaciones sobre esta traducción», p . X X X V de la Introducción del traductor.

A S

I. V i d a

Immanuel K ant nace en Konigsberg, el 2 2 de abril de 1724, en el seno de una fa m ilia de artesanos. Era el cuarto de once hijos. Su padre trabajaba como guarnicionero Tanto a él como a su madre se refirió siempre con cariño y g ra titu d , resaltando especialmente la integridad moral de ambos. A los ocho años ingresa en el C o lleg iu m F rid erician u m , donde tiene ocasión de estudiar lenguas clásicas, reli­ gión... y más religión. E l pietismo imperante en el colegio no sólo imprimirá una disciplina tendente a «despertar y conservar» en los niños «el recuerdo de Dios, presente en todas partes», sino que este lema impregnaba el mismo contenido de la enseñanza. Incluso las lenguas clásicas se estudiaban en el Nuevo Testamento. N o tiene nada de extraño que K a n t mostrara después tan poca sim patía hacia ese tipo de educa­ ción y que insistiera reiteradamente en la necesidad de dejar que la razón descubra por s í misma la verdad, sin imposiciones previas y sin poner barreras a su afán de saber. T ras ocho años de colegio, m uerta y a su m adre, K a n t ingresa en la U niversidad dt Konigsberg. A hora posee libertad para elegir las materias que le interesan. Acorde con una época en que el saber es universal y no se conoce todavía a l especialista en el sentido de hoy, K a n t quiere conocer un poco de todas las ciencias, pero las que realmente le atraen son la filosofía, las matemáticas y las ciencias na­ turales. N in g u n a de las tres fo rm a b a p a rte de las m aterias im ­ partidas por el C o lle g iu m F rid e ric ia n u m . D e a h í que encontrara en el joven profesor de lógica y m etafísica, M a r tin K n u tzen , a l maestro preferido. Knutzen, nacido también en Konigsberg, u n ía su saber filosófico y científico a un gran interés por lo religioso, todo lo cual se conjugaba bien con el horizonte teórico en el que se movía, es decir, el de W o lff y Leibniz. En cualquier caso, K a n t no sólo aprendió de él lo que pudo oírle en las clases y en la conversación privada, sino

1 Tomo la mayoría de los datos de estas notas biográficas de Karl Vorlánder; Kants Leben, Félix Meiner Verlag, Ham burg, ^1974.

XX

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

que tuvo a su disposición la interesante biblioteca del maestro, donde encontró, entre otras cosas, las obras de Newton, fig u ra clave en la visión científica del K ant maduro. Su padre muere en 174 6 . Terminados sus estudios universitarios, K a n t enseña como profesor particular. Esta dedicación, que dura unos siete años y que le impide consagrarse plenamente a su labor propiamente teórica, indica la fa lta de medios económicos del fu tu ro profesor universitario, pero no le distingue de otros muchos nombres célebres de la filosofía alemana, como, por ejemplo, Fichte o Hegel. A p a rtir de 1755, una vez realizados doctorado (P ro m o tio n zurn M agister) y habilitación ('DissercationJ, enseña en la Universidad de Kónigsberg, como P riv atd o zen t, durante 15 años (1 7 5 5 -1 7 7 0 ), sin un sueldo fijo. Por fin , tras haber rechazado ofertas de otras universidades, accede, a sus 4 6 años de edad, a l puesto de profesor ordinario de lógica y m etafísica en la U niversidad de Kónigsberg. Con motivo de este acontecimiento, defendió, en latín, su famosa Dissertacio. A l fin se sentirá liberado económicamente y, por ello mismo, cobrará la independencia suficiente para dedicarse a preparar a fondo las obras que le darían renombre universal. K ant era ya bastante conocido por entonces en A lem a n ia . D u ra n te sus años de profesor particular y los de P rivatd o zen t, había publicado una serie de trabajos que le habían colocado en el primer plano de la filosofía alemana. Un simple vistazo a esa producción distingue inmediatamente cierto viraje a partir de 1760. Antes de esta fecha K a n t se ocupó casi exclusivamente de temas científico-naturales. A partir de ahí, predominan los temas de lógica, antropología, moral. Después de la D issertatio de 1770, se pro­ duce, en cambio, un paréntesis de casi once años en que K ant no publica más que algunos trabajos marginales. Es la larga gestación de su obra cumbre, la C rític a de la razón pura, que aparece en 178 1 , cuando K ant ha cumplido ya 5 7 años, h a fuerza creadora de nuestro filósofo manifiesta su fecundidad en un período en que el espíritu comienza a decaer en muchos individuos. M ás que de fecundo, habría que calificar el período que transcurre entre los 5 0 y los 6 0 años de K ant como una época que, si bien constituye la culminación de la anterior, es, sobre todo, innovación. Es la inauguración del criticismo en la filosofía europea . La C rítica de la razón p ráctica aparece en 1 7 8 8 y, dos años más tarde, la C rític a del juicio. Tero las tres críticas no agotan la producción intelectual de K a n t entre 1 7 8 0 y 1790. En esta década aparecen trabajos tan relevantes como P ro leg ó m en o s a to d a fu tu ra m etafísica (1783), Idea de una h isto ria universal desde el p u n to de vista cosm opolita (17 8 4 ), R espuesta a la p reg u n ta: ¿qué es la Ilu stra c ió n ? (1 7 8 4 ), F u n d a m e n ta c ió n de la m e ta físic a m o ra l (1 7 8 5 ), F u n d am en to s m etafísicos de la ciencia n a tu ra l (1 7 8 6 ),

INTRODUCCION DEL TRADUCTOR

XXI

¿Q ué significa «orientarse en el p en sam ien to » ? (17 8 6 ). En 17 8 7 aparece la segunda edición de la C r ític a d e la ra z ó n p u ra , con importantes modificaciones. L a siguiente década, 1 7 9 0 - 1 8 0 0 , sigue siendo de gran actividad, pero se observa una notable disminución (tanto si se tienen en cuenta las cartas conservadas, cuyo volum en h a b ía aum en ta d o enormemente en la década anterior, como las obras publicadas) a l aproximarse el fi n de siglo. De todas formas, La relig ió n d e n tro de los lím ites de la m era razón (1 7 9 3 ), La paz p e rp e tu a (1 7 9 3 ) y El conflicto de las facultades (1 7 9 8 ) pertenecen a l catálogo de las obras destacadas de K ant. En relación con el primero de los tres títulos precedentes, habría que reseñar las presiones que la censura eclesiástica comenzó a ejercer sobre K ant. E n 1 7 8 6 había muerto Federico el Grande, cuyas sim patías hacia la Ilustración dieron lugar a una re la tiv a lib era liza ció n y, en la esfera religiosa, a u n a notable tolerancia. D e am bas cosas se beneficiaron todas las instituciones culturales de Frusta y, cómo no, el autor del que estamos tratando, entusiasta de las ideas de la Ilustración 2. L a dedicatoria a l Barón de Zedlitz, con que se abre la C rítica de la razón pura, no es un acto de adulación, sino un trib u to sincero a l «conocedor ilu stra d o y entusiasta» de las ciencias, como dice K a n t en la misma dedicatoria. Zedlitz, ministro de asuntos eclesiásticos y culturales, promovió de forma notable la modernización de las universidades y favoreció a los hombres que él creía capaces de llevarla a cabo. K ant recibió de este ministro, que en 1 7 7 8 se confesaba alumno suyo y le pedía el manuscrito de sus lecciones de geografía, atenciones personales y una admiración constante. K ant rechaza en este mismo año los 8 0 0 táleros — frente a los 2 3 6 que percibía en Konigsberg— ofrecidos por el ministro si se trasladaba a la universidad de Halle, centro de la A lem ania culta. Z e d litz pensaba que un hombre de las cualidades de K a n t tenía la obligación de d ifundir sus conocimientos ante un auditorio más amplio. Pues bien, Federico Guillermo II, sucesor de Federico el Grande, nombra a Wóllner como sustituto de Zedlitz. Wóllner, teólogo y enemigo de los ilustrados, promulga edictos de censura que, inicialmente, no parecen afectar a nadie, pero que en 1794 tienen como consecuencia, en lo que a K a n t se refiere, una dura reprensión redactada por Wóllner y firm a d a por el mismo emperador. En ella se dice, entre otras cosas: «Con gran disgusto

2 Véase Max Horkheimer: «Kants Philosophie und die Aufklárung», en Zur K ritik der instrumentalen Vernunft, A thenáum , Fischer Taschenbuch Verlag, Frankfurt am Main, 1974, pp. 203-215.

XXII

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

ha sabido nuestra Altísim a Persona, desde hace ya bastante tiempo, que abusáis de vuestra filosofía deformando y profanando no pocas doctrinas centrales y básicas de las Sagradas Escrituras y del Cristianismo, como habéis hecho especialmente en vuestro libro La religión den tro de los lím ite s de la m era razón». En el mismo texto se exige a K ant abstenerse de tales fa lta s en el futuro y contribuir, en cambio, «a que nuestro soberano propósito sea progresivamente alcanzado». De un temperamento tan poco dado a las brusquedades como el de Kant y de una conducta tan respetuosa con la autoridad’ nadie hubiese esperado una respuesta excesivamente enérgica a la admonición regia. Pero algunos de sus amigos le reprocharon el que, si bien rechazaba la acu­ sación de cometer abusos en su puesto y en sus escritos, se comprometiera a no tratar temas religiosos ni en clase ni por escrito. La decepción no quedó enmendada, sino todo lo contrario, cuando K ant afirmó\ tras la muerte del monarca, que el mencionado compromiso sólo se refería a l tiempo en que viviera Federico G uillerm o II. A l parecer, en esta ocasión el imperativo categórico se convirtió sutilmente en hipotético. Desde un punto de vista político podría decirse que K ant mostró un espíritu cada vez más ju ven il y reclamó más insistentemente la necesidad de libertad a medida que entraba en sus años de vejez. Su visión de la historia es típica del racionalismo del siglo XV/// y, si en algo se diferencia de él, es en su providencialismo. En cualquier caso, esa visión, que es en realidad una aplicación de las consecuencias que lleva consigo la moral de Kant, hace depender la racionalidad de la historia de la observancia de una ley universal. En efecto, sólo una sociedad fu n dada en la justicia puede hacernos pasar de un estado de naturaleza, es decir, regido por el instinto, a un estado legal, esto es, regido por la razón. En ta l sociedad son prioritarios los intereses de la comunidad. Los del individuo son respetados sólo en la medida en que sean compatibles con el bien de todos. En esta línea se mueven los escritos sobre filosofía de la historia en los últimos veinte años de la vida de K a n t3, que muere en Konigsberg en 1804.

3 El intento neokantia.no de enlazar a Kant con Marx surge, especialmente, tomando como base las ideas morales del filósofo de Konigsberg. Pero más que un esclarecimiento de éste, constituye una expresión del revisionismo que, a partir de la última década del siglo pasado, se introduce en la socialdemocracia alemana. Véase sobre esta cuestión Hans Jorg Sandkühler und Rafael de la Vega (eds.), Marxtsmus und Ethik; Subrkamp Verlag, Frankfort am Main, 21974, con introducción de H. J. Sandkühler. Esta cuestión reviste un interés que desborda los esquemas puramente teóricos. Para el historiador de las ideas el tema adquiere proporciones insospechadas ai estudiar el socialismo de los teóricos españoles del P.S.O.E., en lo que a España se refiere.

INTRODUCCION DEL TRADUCTOR

XXIII

II. LA CRÍTICA DE LA RAZÓN PURA K ant habla de una revolución copernicana del pensamiento. ¿Q uésentido tiene ta l revolución? E n el prólogo a la segunda edición de la C rític a d e la razó n p u ra nos dice que algunas disciplinas {las matemáticas y la física ) han encontrado el camino de la ciencia, h a metafísica, en cambio, no h a logrado descubrir ese cam ino. « Y ello — escribe K ant— a pesar de ser más antig u a que todas las demás y de que seguiría existiendo aunque éstas desaparecieran totalm ente en el abismo de una barbarie que lo a n iq u ila r a todo»45. D ado que la metafísica tra ta de las cuestiones «más importantes de nuestro anhelo de saber», sería de sumo interés el a verig u a r a qu é se deben sus fracasos. ¿P or qué no intentar seguir el camino de las ciencias en que el conocimiento avanza sobre un terreno firm e y no el sendero por el que se ha movido la metafísica? Los incesantes fracasos de ésta la han convertido en un mero tejer y destejer, en un «andar a tientas» (H e ru m ta p p e n ). L a revolución copernicana que propone K a n t es la de suponer que, en vez de ser nuestra fa c u lta d cognoscitiva la que se rige por la naturaleza del objeto, es éste el que se rige por aquélla. En palabras de K ant: el nuevo método p a rtirá de la premisa de que «sólo conocemos de las cosas lo que nosotros mismos ponemos en ellas»’1. De esta form a será posible conocer algo a p rio ri sobre la naturaleza del objeto, ta l como hacen las mencionadas ciencias que han encontrado el cam ino firm e . E l problem a consiste, pues, en ver cuáles son las condiciones de posibilidad del conocimiento a p rio ri. ¿Q ué es el conocimiento a p r io r i? Según Kant, es el «ab­ solutamente independiente de toda experiencia»6. Las proposiciones matemáticas poseen este carácter. L a universalidad y la necesidad son propiedades distintivas del mismo. Frente a este conocimiento está el empírico o a p o ste rio ri, que nunca es n i estrictamente universal — es simplemente una generalización inductiva— ni estrictamente necesario — su negación no implica contradicción— . K ant afirm a que no sólo hay juicios a p rio ri, sino también conceptos a p rio ri (por ejemplo, el de sustancia). A hora bien, ¿cuál es el alcance de nuestro conocimiento a p r i o r i '' E l poseer conocimientos independientes de la experiencia

4 P. 19. 5 P. 21. 6 P. 43.

XXIV

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

¿significa acaso que podemos construir una ciencia desentendiéndonos totalmente de lo empírico? A q u í distingue K a n t los juicios sintéticos y los analíticos. Estos últim os son aquellos en los que el predicado explica lo ya implícitamente contenido en el sujeto. «U n d ía lluvioso es un día húmedo» sería un juicio analítico, ya que, por una parte, el predicado «húmedo» no añade nada nuevo a l sujeto «día lluvioso» y, por otra, si negáramos ta l predicado a ese sujeto incurriríamos en una contradicción. Por eso dice K a n t que los juicios analíticos son sim ­ plemente explicativos; es decir, no hacen progresar nuestro conocimiento, sino que se lim itan a explicitarlo. Los juicios sintéticos añaden, en cambio, algo que no estaba contenido en el sujeto. «U n día lluvioso es un día frío» es un juicio de este tipo, y a que el predicado «frío» no se h alla incluido en el sujeto. L a verdad de este juicio no depende, pues, del principio de contradicción, sino de la experiencia, la cual puede ofrecernos un día lluvioso frío o un día lluvioso que no sea frío. Todos los juicios empíricos son sintéticos, es decir, am p lían el contenido del sujeto. Pero, como ya hemos dicho, carecen de universalidad y de necesidad en sentido estricto. S i la síntesis o adición se justifica siempre por la experiencia no habrá, por tanto, posibilidad de proposiciones que extiendan nuestro conocimiento y sean, a la vez, universales y necesarias. Es decir, si todos los juicios sintéticos son a p o sterio ri no salimos de la esfera de lo contingente y particular (o, a lo más, de una universalidad relativa). Tomemos ahora la proposición «Todo lo que sucede posee una causa». N o es un juicio analítico, teniendo en cuenta lo dicho sobre esta clase de juicios. Tampoco es un juicio justificable por la experiencia, dada su universalidad y su necesidad. Es, por tanto, un juicio sintético a p rio ri. Con esto hemos llegado a l núcleo del p la n ­ team iento k a n tia n o y, a la vez, a lo m ás problem ático de este planteam iento. Pero, dado que no pretendo ahora sino exponer a K a n t desde K a n t mismo, sigamos el desarrollo. E l concepto de juicio sintético a p rio ri es la base sobre la que se produce la revolución k a n ­ tiana, y a que es en él, o desde él, donde las estructuras cognoscitivas co n stru y en el objeto. En otras palabras, el acto intelectual de ese juicio representa la síntesis mediante la cual el sujeto cognoscente organiza la naturaleza, es decir, establece las leyes de ésta. A q u í se ha visto la gran contradicción de K a n t en el sentido de que no se habría decidido con claridad ni por el idealismo n i por el realismo, sino que habría oscilado entre las dos direcciones, acentuando en un lado lo que negaba en otro. En efecto, habría afirmado, por una parte, que la na­ turaleza determina el entendimiento, pero, a la vez, habría soste­ n id o que el en ten d im ien to d e te rm in a la n a tu r a le za . E sta i n ­

INTRODUCCION DEL TRADUCTOR

XXV

terpretación, in ic ia d a por Schopenhauer y pro p a g a d a por K uno Piscber, enlaza con las teorías que han interpretado la C rítica de la razón p u ra como un agregado de materiales que K a n t ja m á s habría llegado a unificar (A dickes, Vaikinger, N . K. Sm ith ). Pero a ta l interpretación se opone la que, p a rtie n d o de un a n á lis is de la coherencia interna de la obra, a firm a su consistencia y su u n id a d ( H .J . Patón, P. G ra yeffp . E l ejemplo que ofrece K a n t como juicio sintético a p rio ri ( « Todo lo que sucede posee u n a c a u sa » ) es la conexión entre el concepto «todo lo que sucede» y el concepto de causalidad. ¿ Q uées lo que perm ite u n ir ambos conceptos? E n términos de K ant: ¿ cu á l es la incógnita (la x ) en que se fu n d a ta l conexión necesaria, u n a vez excluida la experiencia y el simple a n á lisis de los conceptos? L a respuesta a esta pregunta constituye en rea lid a d toda la crítica de la razón p u ra , pero adelantem os y a que el medio en cuestión es el tiempo. Por de pronto, todas las proposiciones matemáticas constituyen juicios sintéticos a priori, tanto los de la aritmética (por ejemplo: 7 + 5 = 12) como los de la geometría (por ejemplo: «La línea recta es la más corta entre dos puntos»). En la física hay igualmente juicios sintéticos a priori. Por ejemplo: «En todas las modificaciones del mundo sensible permanece invariable la cantidad de materia». En la metafísica debiera ocurrir lo mismo, si tenemos en cuenta que se trata, por una parte, de una te n ta tiv a de a m p lia r nuestro conocimiento y, por otra parte, de hacerlo con independencia de la experiencia, es decir, a priori. Pero ¿puede la m etafísica d a r razón de ta l conocimiento? L a respuesta depende de la contestación que se dé a la pregunta general con la que K ant plantea el problema: «¿cómo son posibles los juicios sin té­

ticos a priori?» N aturalm ente, este planteam iento viene m otivado por la necesidad de aclarar la metafísica. D e las matemáticas y la física no hay que preguntar si son posibles, sino cómo lo son, y a que su existencia en cuanto ciencias es u n hecho. D e la m etafísica, en cambio, ha y que comenzar cuestionando su propia existencia como ciencia, y a que «la marcha negativa que hasta la fecha h a seguido hace d u d a r a todo el mundo, con razón, de su p o sib ilid a d » 8. S in 1

1 Sobre las interpretaciones de K ant véase Gerhard Lehmann, Beitráge zur Geschichte und Interpretation der Phtlosopbie Kants, W alter de Gruyter, Berlín, 1969, pp. 8*7-151. 8 P. 55.

XXVI

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

embargo, dado que «la razón hum ana vuelve inconteniblemente» a las cuestiones de la metafísica y dado que ésta es, por ello mismo, una realidad como «disposición n a tu ra l» , sean cuales sean sus p o ­ sibilidades de convertirse en ciencia, es indispensable esclarecer su estatuto. Esta tarea de esclarecimiento no es otra que el análisis del conocimiento hum ano, de sus fu en tes, de su mecanismo y de sus límites. E l problema con el que K a n t se enfrenta no es, por tanto, ninguna novedad. Es el viejo tema de la relación entre el pensa­ miento y la realidad. Lo nuevo se h a lla en la form a de plantearlo, form a que podríamos denominar, en términos de K. Popper, problema de la demarcación. L a respuesta a la pregunta acerca de la posibilidad de los juicios sintéticos a priori en las matemáticas y en la física viene dada en la a n a lític a trascendental (pp. 1 0 2 - 2 9 6 ) , aunque los juicios matemáticos quedan y a parcialmente explicados en la misma estética trascendental (pp. 6 3 -9 1 )■ Los juicios matemáticos son posibles porque sus conceptos son representables en el espacio y en el tiempo 9. L a respuesta a la p reg u n ta re la tiv a a la p o s ib ilid a d de los ju icio s sintéticos a p rio ri en la m etafísica constituye la dialéctica tra s­ cendental (pp. 2 9 7 -5 6 7 ). L a C rítica de la razón p u ra se presenta como una labor propedéutica o, como dice también K ant, no como un organon, sino como un canon de la fa c u lta d cognoscitiva. U n canon es un medio para ordenar los conocimientos. U n organon es un medio de a d q u i­ rirlos. D e a h í el nombre de crítica que lleva el libro de K a n t y de a h í también el que éste haya recalcado la u tilid a d negativa de su obra, que «no serviría p ara am p lia r nuestra razón, sino sólo p ara clari­ fica rla y preservarla de errores, con lo cual se habría adelantado ya mucho » 10. K a n t distingue dos fuentes del conocimiento que «proceden acaso de una ra íz común, pero desconocida p a ra nosotros: la sensi­ bilidad y el entendim iento. A través de la primera se nos dan los

9 Sobre la distinción entre el conocimiento filosófico y el matemático, véase pp. 574 y ss. Cfr., sobre esta cuestión, Lewis W hite Beck: «Can K ant’s Synthetic Judgem ents be made Analytic?», así como «Kant's Theory of Definition», en Kant: a Collectwn of Cntical Essays, Macmillan, London, 1968, pp. 4-22 y 23-36, respectivam ente; S. K órner, K ant, P enguin Books, M iddlesex, 1955, espe­ cialmente pp. 36-42; R. T orretti, «La geometría en el pensamiento de Kant», Anales del Seminario de Metafísica (Universidad Complutense de Madrid), Madrid, 1974, pp. 9-60 (con bibliografía sobre el tema). 10 P. 58.

INTRODUCCION DEL TRADUCTOR

XXVII

objetos. A través de la segunda los pensamos»11. L a parte de la C rític a dedicada a estudiar la sen sib ilid a d es la estética trascendental o «ciencia de todos los principios de la sensibilidad a p riori». 1. La esté tic a tra sc e n d e n ta l.—E n la estética trascendental se ana liza n los elementos a p rio ri del conocimiento sensible, o mejor dicho, del conocimiento en su aspecto sensible, puesto que el conocimiento sintético es para K a n t una u n id a d en la que intervienen todas las fa c u lta d e s cognoscitivas. Pues bien, en este aspecto sen sitivo el conocimiento es intuición (A n s c h a u u n g ), que puede ser externa e interna. Con la prim era aprehendemos los objetos externos; con la segunda, nuestros estados anímicos. L a intuición puede ser empírica y pura. A quélla se refiere a un objeto mediante la sensación', ésta no es más que la form a de la sensibilidad (espacio y tiempo) en cuanto intuida. K ant distingue la materia y la form a del fenómeno u objeto de la intuición empírica. L a materia es la sensación misma', la form a es el medio por el que organizamos la diversidad del fenómeno. Esta fo r m a reside en nosotros. K a n t observa que «ja m á s podem os representarnos la fa lta de espacio, aunque s í podemos muy bien pensar que no haya objetos en él» 112. E l espacio es la form a a p rio ri de los fenómenos externos. E l tiempo lo es, en cambio, de los internos (y, me­ diatamente, también de los externos). Podemos concebir el tiempo sin fenómenos, «pero el tiempo mismo (en cuanto condición general de su posibilidad) no puede ser suprimido» 13. L a consideración de espacio y tiempo como condiciones a p rio ri de la sensibilidad, es decir, como formas inherentes, no a los objetos, sino a l sujeto que los intuye, es una piedra a n g u la r de la teoría ka n tia n a del conocimiento. L a idealidad trascendental a tr i­ buida a l espacio y a l tiempo marca la distancia que separa a K a n t tanto de Newton, para quien constituyen realidades independientes de nosotros, como de Leibniz, el cual los considera como el conjunto de las relaciones que ligan a los objetos entre sí. De la explicación del espacio (con sus tres dimensiones) y del tiempo (con su única dimensión: la sucesión) como formas a p rio ri de la sensibilidad deriva el carácter fenoménico de nuestro conocimiento sensible. Lo que intuimos no es ta l como lo intuimos. Sólo conocemos nuestro modo de conocer los objetos, no lo que éstos sean en s í mismos. En otras palabras: a través de la sensibilidad conocemos fen ó m en o s,

11 Pp. 60-61. 12 P. 68. 13 P. 74.

XXVIII

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

no cosas en su realidad independiente del sujeto cognoscente, lo que K ant llam a el n ú m en o . E l carácter a la vez polémico e innovador de esta posición kantiana se pone de manifiesto cuando se la compara con la filosofía de W o lff y L eib m zl4. L a importancia y la fecu n d id a d de la explicación k a n tia ­ na del conocimiento sensible se aprecia sobre todo a l ser conectada con la a nalítica trascendental, pero queda y a en rea lid a d anticipada en la m ism a estética trascendental. K a n t no pretende convertir el fenómeno en «mera apariencia». A l contrario, a firm a que eso es lo que ocurre cuando consideramos el espacio y el tiempo como p ro ­ piedades de cosas en s í y no como normas a p rio ri de la sensibilidad, ya que entonces se toma el objeto por una cosa en s í y no por un ob­ jeto construido u organizado p or nosotros. Es decir, si queremos fo rm u la r juicios objetivamente válidos acerca de la naturaleza sólo podemos referirlos a fenómenos, esto es, a objetos dados en el espacio y el tiempo. Form ular juicios relativos a objetos no informados espacio-temporalmente equivale a fo rm u la r juicios sobre «meras aparien­ cias». Desde el punto de vista ka n tia n o es, por tanto, el carácter fenoménico del objeto lo que nos permite enunciar verdades acerca del mundo. 2. La a n a lític a tra sc e n d e n ta l.- U n a vez analizados en la estética trascendental cuáles son los elementos a p rio ri del conocimiento en su aspecto sensible, K a n t estudia en la a n a lítica trascendental cuáles son los elementos a p r i o r i d e l conocimiento en su aspecto intelectual. M ás que en decirnos cuáles son, K a n t se centra en realidad en decirnos cuáles han de ser. E l conocimiento procede, según él, de dos fuentes: la sensibilidad y el entendimiento. L a prim era intuye; la segunda entiende. A m bas funciones son indispensables, y a que el conocimiento no puede surgir de una sola de ellas, sino de la unión de am bas: «sin s e n s ib ilid a d n in g ú n objeto nos sería d ado y, sin entendimiento, ninguno sería pensado. Los pensamientos sin contenido son vacíos; las intuiciones sin conceptos son ciegas» 15. K a n t intenta en la analítica trascendental halla r el principio de u n id a d del pensar y lo descubre, no analizando todos los conceptos, sino su fuente y sus reglas. Es lo que él llam a la deducción trascendental de las categorías. Ese principio es p a ra el filósofo de Kónigsberg la relación entre el

^ Sobre la relación Kanc-Leibniz véase Gocrfried Martin, Immanuel Kant, Walcer de Gruyter, Berlín, 1969. 15 P. 93-

INTRODUCCION DEL TRADUCTOR

XXIX

concepto superior y el inferior 16. Como esa relación se produce en el juicio, hay lógicamente una interdependencia entre el juicio y el con­ cepto. Mejor dicho: concepto y juicio son equivalentes, y a que el último queda involucrado en la relación entre concepto superior e inferior. De a h í que las formas de juicio contengan las distintas «funciones del entendimiento», es decir, los diferentes tipos de síntesis conceptual o ca­ tegorías. Podemos, pues, derivar del esquema clásico de los juicios 17 las reglas básicas del pensamiento. h a deducción trascendental de las categorías (§ § 1 5 -2 7 ) es en realidad el núcleo a p a rtir del cual se desarrollan todas las demás secciones de la obra de K ant. Pero es también el más d ifíc il y con­ trovertido. En d efin itiva , tra ta de probar la realidad subjetiva y validez objetiva de las categorías, por una parte, y la necesidad de referirlas a los fenómenos, por otra. D ejando ahora a un lado la dependencia histórica de los supuestos en que se basa todo el libro (lógica aristotélica, geometría euclídea, física newtoniana) y de las limitaciones que tales supuestos implican, la lectura de las páginas dedicadas a este tema producen la impresión de que K a n t incurre en la contradicción siguiente: por un lado, las categorías carecen de contenido si van desligadas de la experiencia o, lo que es equivalente, dependen de ella; por otro, la experiencia es imposible sin tales conceptos o, lo que es equivalente, la experiencia depende de las categorías. Sin embargo, el p a rtir de a h í para proclamar que K a n t se contradice equivale a no entender que él no sostiene las dos tesis alternativamente. A l contrario, buena parte de su obra intenta mostrar cóm o se relacio n an ambas, prescindiendo ahora de que esta presentación del problema constituye ya una deformación, puesto que no hay p a ra K a n t experiencia y categorías, como no hay espacio y percepción, sino que hay experiencia conform e a las categorías, como hay percepción en el espacio. Sin entrar en detalles, podemos decir que K a n t establece la necesidad de que las categorías sean consideradas como las reglas que

1D Se trata de un punto de vista que nos muestra un aspecto importante de la lógica de Kant, a saber, que todo conocimiento se puede representar como un juicio, lo cual significa a la vez, que tal conocimiento es siempre mediato. «Por ejemplo es­ cribe Kant— , en el juicio ‘Todos los cuerpos son divisibles’ el concepto de lo di­ visible se refiere a otros conceptos; de éstos se refiere aquí, de modo especial, al concepto de cuerpo y este último, a su vez, a determinados fenómenos que se nos ofrecen.» «En efecto, para conocer el objeto se utiliza, en vez de una representación inmediata, otra superior, la cual comprende en sí la anterior y otras más; de esta forma se sintetizan muchos conocimientos posibles en uno solo» (p. 105). ^ Véase p. 106.

XXX

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

unifican o sintetizan la diversidad dada en espacio y tiempo. E l principio supremo de ta l unificación es la autoconciencia, lo que llama K ant la apercepción, es decir, el acto por el que el sujeto produce la unidad de la experiencia. Pero, aparte de esta unidad suprema, que refiere a m i yo todas mis percepciones, poseemos unos conceptos puros o categorías (doce, en total) que, en cierto modo, desempeñan respecto del pensamiento la misma función que el espacio y el tiempo respecto de la intuición. Es decir, mientras que estas formas a p rio ri de la sensibilidad permiten intuir los objetos, las categorías permiten pensarlos. E n este sentido las reconoce K ant como condiciones necesarias de la experiencia. A s í queda establecida, a la vez, la posibilidad de los juicios sintéticos a p rio ri. E l principio de causalidad, por ejemplo, recibe, desde estos supuestos, un a explicación opuesta a la de Hume. Este lo hab ía explicado diciendo que se reducía a una sucesión de fenómenos que nosotros vinculamos debido a la costumbre de ver que se suceden. Es, por tanto, un principio extraído de la experiencia y carente de nece­ sidad. K a n t afirm a, en cambio, que «constituye la condición de va­ lidez objetiva de nuestros juicios empíricos con respecto a la serie de per­ cepciones y, consiguientemente, la condición de su verdad empírica y, por ello mismo, la condición de la experiencia» 18. S i el principio de causalidad no fuese a p rio ri, las secuencias fenoménicas serían im ­ p ensables, ya que no estarían sometidas a un orden de sucesión o, lo que es lo mismo, no habría experiencia, que se basa en la «unidad sintética de los fenómenos, es decir, en una síntesis conceptual del objeto de los fenómenos en general» 19. N o habría más que «una rapsodia de percepciones que no adquirirían cohesión en ningún contexto regulado por normas de una (posible) conciencia completamente ligada..., un conglomerado de percepciones que no se acomodarían a la trascendental y necesaria u n id a d de apercepción»20. Esta posición no sólo se enfrenta a Hume, sino también a l «intelectualismo» de Leibniz, quien intentaba, por el contrario, según K ant, determinar los objetos sin ayuda de los sentidos, es decir, sólo concedía a aquéllos lo contenido en su concepto. Con ello olvidaba Leibniz que el uso objetivo de los conceptos consiste en su referencia a la intuición. E n otras palabras, olvidaba que el uso del entendimiento no es trascendental, sino empírico (véase la «Observación sobre la a n ­ fibología de los conceptos de reflexión», pp. 2 8 1 -2 9 4 ) . Sólo una

18 P. 229-230. '9 P. 195. 20 Ibíd

INTRODUCCION DEL TRADUCTOR

XXXI

intuición intelectual podría conocer el objeto en s í mismo o númeno. Pero nuestra intuición no es intelectual, sino sensible, y ésta sólo nos permite conocer el fenómeno. E l númeno u objeto trascendental no es, por tanto, negado, sino situado fu era del alcance de nuestro modo de conocer. E l númeno desempeña en la teoría ka n tia n a el papel de lo que llamaríamos hoy un concepto teórico, a l menos en el sentido de que sólo puede ser interpretado en el contexto de esa teoría. La dialéctica tra sc e n d e n ta l —M¿entras que en la analítica trascendental se nos dice cuáles son los conceptos primarios a p rio ri y las condiciones de su aplicación a las percepciones, la dialéctica trascendental se ocupa de la aplicación errónea de tales conceptos. Seguimos, pues, en el terreno de la lógica 21, pero ahora no en el nivel del entendimiento, que es la «facultad de la unida d de los fenómenos mediante las reglas», sino en el de la razón, que es la «facultad de la u n id a d de las reglas del entendim iento bajo p rin cip io s» 22. Form ulado de otra m anera: la dialéctica trascendental exam ina el intento de hacer un «uso material de los principios meramente formales del entendimiento puro y de form ular juicios indiscriminadamente sobre objetos que no nos son dados, e incluso sobre objetos que q u izá no se nos pueden d a r de ningún modo»23. L a razón es, pues, una fa cu lta d distinta del entendimiento y posee principios y conceptos que no toma n i de los sentidos n i del entendimiento. K ant distingue u n uso lógico y un uso puro de la razón. E l primero consiste en emplearla en el terreno formal, como fa cu lta d de inferir mediatamente. E l segundo es el que pretende descubrir la totalidad de las condiciones, esto es, completar la unidad de las categorías. A l igual que en la analítica K ant extrae las categorías de las formas del juicio, en la dialéctica extrae las ideas o conceptos puros de razón de las clases de injerencia mediata. «Consiguientemente, habrá que buscar: en p rim e r lu g a r, un incondicionado de la síntesis ca­ te g ó ric a en un sujeto; en se g u n d o lu g a r, un incondicionado de la síntesis hipotética de los miembros de una serie; en tercer lu g ar, un

Tanco ¡a analícica crascenderual como la dialéctica trascendental son partes de la lógica trascendental, es decir, de una lógica que no se lim ita a describir relaciones formales o que no prescinde del contenido, sino que tiene en cuenta las condiciones de la aplicación del pensamiento a los objecos. En otras palabras, la lógica trascendental no es una lógica puram ente deductiva, sino constructiva. (Véase Félix Grayeff, Deutung und Darjte/lung der theoretischen Phitosopbie Kanes, Félix Meiner, H am burg, 1951, p. 87. Sobre la relación y diferencia entre lógica formal y lógica trascendental en Kant véase Rainer Scahlmann-Laeisz, Kants Logik, Walcer de G ruytet, Berlín-New York, 1976). 22 P. 302; sobre el sentido de «principio» véase p 301. 23 P. 101

XXXII

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

incondicionado de la síntesis disyuntiva de las partes de un siste m a » 24. h a u n id a d de la razón es también d istinta de la u n id a d del enten­ dimiento. Esta últim a, expresada por la categoría, es relativa, y a que no hace más que representar la síntesis de la diversidad de los fenómenos. L a u n id a d de la razón tiende, en cambio, a ser absoluta, es decir, a «recapitular todos los actos del entendimiento relativos a cada objeto en un todo ab so lu to » 25, h a s tres ideas trascendentales o incondicionados absolutos derivados de las tres formas silogísticas son p ara K ant: la u n id a d absoluta del sujeto pensante o a lm a (objeto de la psicología racional), la unidad absoluta de la serie de las condiciones del fenómeno o mundo (objeto de la cosmología racional) y la u n id a d absoluta de la condición de todos los objetos del pensamiento en general o Dios (objeto de la teología trascendental). Con esto queda especificado el campo de la razón. D e la realidad que corresponda a esas ideas no podemos tener un concepto válido, sino, a lo más, u n concepto problemático. Los silogismos mediante los cuales llegamos a ellas son «sofismas, más que inferencias de la razón, si bien podrían llevar este último nombre en virtud de su motivación, ya que no se trata de ficciones ni de productos fortuitos, sino que han surgido de la naturaleza de la razón » 26. Los sofismas o «inferencias» reciben el nombre de paralogismo (psicología racional), antinom ia (cosmología racional) e ideal de la razón pura (teología trascendental). Naturalmente, hoy nos resulta d ifícil entender que K ant haya dedicado más de cincuenta páginas a la crítica de una «ciencia» como la psicología racional. Pero, aparte de mostrar que K ant es hijo de su tiempo, como todos los mortales, estas páginas ilustran su

24 Pp. 315-316. No hay duda de que los esquemas de la lógica escolástica han sum inistrado las claves de la sistem aticidad kantiana. Pero no sin un grado de artificiosidad que hace problemáticos algunos de sus pasos. Es difícil, por ejemplo, evitar la sospecha de que el alma, el mundo y Dios sean sólo proyecciones de una razón que, basándose en tres form as de inferencia, busca la totalidad de las condiciones o una premisa incondicionada, y no más bien la sombra de una metafísica — la de W olff— que opera ya en esos esquemas. Tan difícil, por lo menos, como entender que las leyes universales dictadas por la razón sean precisamente las de la moral cristiana. Pero la dificultad surge especialmente a la hora de explicar la función reguladora que Kant atribuye a las ideas de la razón, teniendo en cuenta que, por una parte, tales ideas tenderían a unificar las reglas del entendimiento, reglas que hacen posible la ciencia, mientras que, por otra, el mismo Kant afirma que la ciencia no necesita la idea de un absoluto. Véase sobre esta cuestión Wolfgang Ród, Dialektiscbe Philosophie der Neuzetí, C. H. Beck, München, 1974, vol. 1, p. 61 y ss. 25 P. 318. 26 P. 327.

INTRODUCCION DEL TRADUCTOR

XXXIII

posición fren te a Descartes y constituyen u na prolongación de lo anticipado en la analítica trascendental. L a antinomia de la razón pura, tema a l que K a n t dedica más de cien páginas (3 8 2 -4 8 5 ) es el más complejo de los estudios que dedica a los sofismas o inferencias dialécticas. L a razón no hace aquí, a l igual que en los otros dos, sino seguir su principio de que «si se da lo condicionado, se d a ta m b ié n la su m a de las condiciones y, p o r tan to , lo abso lu tam en te in co n d icio n ad o » 27. K ant propone que de­ jemos hablar libremente a los defensores de las contrapuestas tesis metafísicas y nos limitemos a detectar las insuficiencias lógicas de las respectivas argumentaciones. En la primera y segunda antinomias, el error se h a lla en presentar como compatible lo que es en s í mismo incompatible, es decir, el fenómeno como cosa en si misma; en la tercera y cuarta consiste en presentar como incompatible lo que es compatible. L a tercera inferencia dialéctica consiste en hipostasiar la idea de un todo del que derivaría el conjunto de las cosas. Por una «subrepción trascendental» ese todo queda convertido, como ser p a r­ ticular, en «el concepto de una cosa que se halla en la cúspide de la posibilidad de todas las cosas y que sum inistra las condiciones reales para determinarlas completamente»28. K a n t da a esta tercera idea el nombre de «ideal de la razón pura» por contener todas las perfecciones y ser, por tanto, un arquetipo que desempeñará un papel regulador en la moral, es decir, en la esfera de la razón práctica, aunque la razón especulativa sea, naturalm ente, incapaz de demostrar su realidad objetiva. En este capítulo se exam inan las pruebas de la existencia de Dios y se manifiesta la incorrección lógica de las mismas. Tras haber analizado las tres inferencias dialécticas de la razón, K a n t concluye que ésta posee u na tendencia n a tu r a l a so­ brepasar el campo de la experiencia; «que las ideas trascendentales son tan naturales a la razón como las categorías a l entendimiento, si bien con la diferencia de que m ientras la s ú ltim a s nos conducen a la verdad, es decir, a la concordancia de nuestros conceptos con su objeto, las primeras producen una simple ilusión, pero una ilusión que es irresistible y apenas n e u tra liza b le p o r medio de la crítica más severa» 29. ¿ N o hay entonces un uso correcto de las ideas? K a n t contesta que s í lo hay, y consiste en emplearlas, no como principios c o n stitu tiv o s, es decir, como representando objetos reales, sino como

27 P. 3H4. 2tf P. 494. 29 P. 530.

XXXIV

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

principios reguladores, es decir, como polos im aginarios en los que convergen las reglas del entendimiento. En la metafísica, representada por las tres ideas a n a li­ zadas en la dialéctica trascendental, son, por tanto, imposibles los juicios sintéticos a p rio ri, únicos capaces de constituir conocimiento científico, en opinión de K ant. Este expresa a s í ta l imposibilidad'. «A sí, pues, la razón pura, que parecía ofrecernos inicialmente nada menos que a m pliar nuestro conocimiento más a llá de todos los lím ites de la experiencia, no contiene otra cosa, cuando la entendemos co­ rrectamente, que principios reguladores. Es cierto que éstos imponen una u n id a d mayor de la que se h a lla a l alcance del uso empírico del entendimiento. Pero, precisamente por situ a r ta n lejos el objetivo a l que ese mismo entendim iento tiene que aproxim arse, d a n lugar, gracias a la u n id a d sistemática, a su m áxim o grado de coherencia interna. Por el contrario, si en v ir tu d de una ilusión que no por brillante es menos engañosa, se entienden erróneamente y se los toma por principios constitutivos de conocimientos trascendentes, ocasionan persuasión y saber im aginario, y, con ello, contradicciones y disputas inacabables» 30. Las pretensiones científicas de la metafísica quedan a s í privadas de fundam ento. Pero ello no significa — K a n t lo sub­ raya con énfasis— que las ideas de la metafísica tengan que ser re­ chazadas sin más. A l contrario, dado que constituyen, según K ant, un «anhelo inextinguible», h a brá que d a r cuenta de ellas por un camino distinto del especulativo, aparte de que, aun suponiendo que pudiéramos conocer teóricamente esas supuestas entidades a las que se refiere la m eta física , t a l conocim iento no se r v iría de mucho a nuestros fin es prácticos. N uestra razón nos impone unas leyes morales (K a n t parte de este hecho de modo parecido a como parte de la física newtoniana o de la geometría de Euclides). Por ello es posible un canon de la razón en su uso práctico o moral. Este canon regula, no su uso especulativo — y a hemos visto que éste carece de la necesaria referencia empírica— , sino su uso práctico. Este uso nos conducirá a los resultados que la razón nos había negado en su uso especulativo: inm ortalidad del alm a y existencia de Dios. «Es necesario que el curso entero de nuestra vida se someta a m áxim as morales, pero, a l mismo tiempo, es imposible que ello suceda si la razón no enlaza con la ley moral — que no es más que una idea— una causa eficiente que determine p ara la conducta que observe esa ley un resultado que corresponda exactamente a nuestros fin e s

30 P. 565.

INTRODUCCION DEL TRADUCTOR

XXXV

supremos, sea en ésta, sea en otra v id a » i l . Esta parte la trata K ant más apresuradamente en la C rític a de la razón p u ra, pero la desa­ rrolla extensamente en la C rític a de la razón p ráctica, y la F u n d am en tació n de la m etafísica m oral.

III. O

b s e r v a c io n e s s o b r e e s t a t r a d u c c ió n

E l texto traducido es el de A (primera edición, de 1 7 8 1 ) y el de B (segunda edición, de 1787). Los he diferenciado de la form a siguiente: los añadidos de B van entre corchetes3132; las modificaciones de redacción se superponen en la misma página, quedando B en la parte superior y A en la inferior. Cuando las modificaciones son muy extensas, como ocurre en la «deducción trascendental» de las categorías y en los cuatro «paralogismos de la razón pura», se traduce primero el texto de A y a continuación el de B. N o se hace constar, en cambio, lo que son modificaciones que pueden traducirse con el mismo término. Por ejemplo, en A 6 .B 1 0 puede leerse diese en la primera edición, 'mientras que en la segunda esta palabra ha sido sustituida por ein e solche. En estos casos mi preferencia ha obedecido en general a motivos puramente estilísticos. Cuando los cambios afectan a palabras que no pueden traducirse con el mismo término, como ocurre en A 5 8 4 -B 6 1 2, donde el nach de la primera edición ha sido corregido en la segunda por noch, se traduce siempre según B. En vida de K a n t aparecieron todavía otras tres ediciones (1 7 9 0 , 1 7 9 4 y 1 7 9 9 , esta ú ltim a en Leipzig, pero todas ellas a cargo del editor de las dos prim eras, H artknoch). S in embargo, apenas ofrecen novedades y, aunque se remite en esta traducción a algún cambio aparecido en esas tres ediciones, hay que considerar como texto básico el ofrecido por A y B. Las diferencias entre estas dos ediciones son consideradas por K a n t como cambios relativos a la fo rm a , no a l fondo. L as investigaciones sobre K a n t ponen, sin embargo, de m anifiesto interpretaciones cuyas líneas difieren, según se basen en A o en B, en puntos que van mucho más a llá de la simple form a. D e a h í la conveniencia de tener a la vista el texto de ambas ediciones.

31 Pp. 634-635. 32 El lector d istin g u irá fácilm ente de los corchetes que representan aclaraciones del traductor (en los comienzos de las nocas correspondientes a números volados, al final de las notas de K ant, señaladas con k voladita, y al comienzo de las notas del traductor),

XXXVI

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

L a mayoría de las observaciones críticas que aparecen como notas del traductor están hechas a p a rtir de la edición de R a ym u n d Schm idt de la K r itik d e r re in e n V e rn u n ft, F élix M einer Verlag, H amburg, 1 9 5 6 . En esa edición se halla rá n , pues, las referencias bibliográficas exactas, que no hago constar en dichas notas por no alargar excesivamente el y a extenso texto kantiano. También he tenido presente la excelente edición de Ingeborg H eidem ann ( K r i t i k d e r rein en V e rn u n ft, Reklam J u n ., Stuttgart, 1 9 6 6 ), donde se recogen variantes no anotadas por R. Schmidt. He manejado igualmente el texto de la Akademie-Ausgabe, pero sólo p a ra comprobar referencias de las dos ediciones mencionadas. L a razón por la que no he adoptado como texto básico el de la A k a d e m ie -A u sg a b e , a pesar de introducir en la traducción muchas de sus variantes, merecería una explicación algo detallada. Pero los pormenores del asunto requerirían un análisis erudito que no me parece apropiado aquí. B aste decir que el m a ­ nuscrito kantiano de la C rític a de la razó n p u ra no se ha conservado y que, en consecuencia, la fuente de toda edición crítica tiene que ser el texto de las ediciones originales, máxime teniendo en cuenta que K a n t mismo revisó en B el texto de A . Esto no quiere ser, por supuesto, un juicio sobre la A k a d e m ie -A u sg a b e , que es, globalmente, la edición más completa y más elaborada de la obra de K a n ti i . D ado que existen ya traducciones castellanas de la presente obra, las he tenido, naturalmente, en cuenta: sobre todo la de Perojo (incompleta), la de G arcía M orente (incompleta) y la de R o vira Armengol, que completa la de Perojo. Esto supone ciertas ventajas pa ra m í y espero que, sobre todo, p a ra el lector de un texto tan d ifíc il como es el de K a n t. H e tenido tam bién a la v ista la traducción ita lia n a de G . Gentile, la francesa de A . Tremesaygues y B. P acaud y la inglesa de N . K. Sm ith. M is deudas como traductor creo que son especialmente notables con esta ú ltim a , que considero la mejor de todas. A N . K. S m ith debo, sobre todo, la convicción de la p o ­ sib ilid a d y de la necesidad de cortar en dos, y a veces en tres o cuatro, las frases interm inables de K a n t, a s í como de la conveniencia de sustituir los pronombres personales (er, sie, es) por los nombres desig­ nados, siempre que la cla rid a d del texto perm ita ta l sustitución. Estos pronombres personales son y a de por si de un empleo oscuro en alemán, pero en el caso de nuestro filósofo la oscuridad llega a niveles de tortura intelectual. N o he seguido, en cambio, el procedimiento de

U Sobre el proyecto, realización e insuficiencias de la Akademie-Ausgabe véase, por ejemplo, Gerhard Lehmann, op. cit., pp. 3-85.

INTRODUCCION DEL TRADUCTOR

XXXVII

N. K. Sm ith de hacer de algunos pasajes kantianos una verdadera interpretación. E l escribir con m ayúsculas J u ic io , como traducción de U rteilskraft, y Fenómeno, como traducción de P h a e n o m e n o n o P h án o m e n , p a ra d istinguirlo s de ju ic io ( U r te il) y fenómeno (E rsch e in u n g ), creo que complica menos el texto que el escribir siempre la palabra alemana correspondiente entre paréntesis. Inicialmente pensé d istin g u ir tam bién «Objeto» (traducción de O b je k t,) y «objeto» (traducción de G egenstand). Pero d e c id í después tra d u cir ambos términos como «objeto» porque, si bien los dos vocablos son empleados por K a n t en sentido distinto, con frecuencia son intercambiables, h a traducción de G e m ü t como «psiquismo» me fu e sugerida por Ja vie r San M artín, quien la emplea en su artículo «La teoría del Yo tras­ cendental en K a n t y H usserl», A n a le s d e l S e m in a rio d e M e ta ­ física, M adrid, 1974«Completad» (traducción de V o lls tá n d ig k e itj no es una palabra del lenguaje ordinario, ni tiene en K a n t el sentido técnico que posee en los sistemas axiomáticos-, es simplemente el sustantivo de «com­ pleto»; pero me ha parecido un término más apropiado que «inte­ gridad», dadas las connotaciones morales que esta ú ltim a palabra tiene en castellano. Las dificultades que ofrece la traducción de términos tan importantes como d u rc h g á n g ig , S chein, ü b e rh a u p t. no son fáciles de subsanar, aun reconociendo que están muy lejos de constituir el proble­ ma más d ifícil en la versión del lenguaje kantiano. D u rc h g á n g ig debería traducirse mediante una frase ( «que recorre» o «que a tra ­ viesa»), y no mediante una palabra. S in embargo, normalmente he traducido este vocablo como «completo» o «de cada», ya que a menudo es imposible hacer una frase de un adjetivo sin desvirtuar el contexto dentro del cual se inserta. Schein posee varios sentidos. Con frecuencia lo he traducido como «apariencia» o «ilusión». Pero también como «verosimilitud». Ü b e rh a u p t es un vocablo no siempre fá c il de inter­ pretar en el lenguaje kantiano. Sin duda tiene razón Rovira Armengol34 a l advertir que ü b e rh a u p t es una partícula enfática y que el tra­ ducirla como «en general» ocasiona «frases absurdas». E l absurdo no puede producirse nunca, sin embargo, si se recuerda que «en general», como traducción de ü b e rh a u p t, se refiere a l término a l que acompaña,

34 Véase la «Advertencia del traductor» en su versión de la Crítica de la razón pura, II, Losada, Buenos Aires 4 1973, p. 8. En esta versión, los errores del traductor están notablemente aumentados por una edición no corregida.

XXXVIII

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

no a l verbo de la oración o a la oración entera. Lo más que puede producirse es redundancia. Y este es el problema, saber cuándo es redundante ü b e rh a u p t. M i criterio ha sido el de no traducir esta partícula siempre que es clara su redundancia. L a he vertido como «en general», aun estando convencido de que no es una buena traducción. Probablemente sería más correcto «sin más» o «como tal». Pero, dado que «en general» es una expresión y a consagrada por el uso, no me ha parecido indispensable modificarla. S í considero, en cambio, un error el no traducirla, error en que incurre a menudo Rovira Armengol. A este respecto citaré lo que dice R a tke sobre la partícula en cuestión: «Todos los términos acompañados de ‘en general’, como, por ejemplo, ‘n a ­ turaleza en general’, ‘experiencia en general’, ‘sensibilidad en general’, ‘objeto en general’, ‘intuición en general’, ‘diversidad en general’, ‘cosa en general’, no se refieren a conocimientos u objetos empíricos, sino siem­ pre a elementos puros del in tu ir o del pensar, elementos que son los que fu n d a n el conocimiento empírico» 3536. Con lo dicho queda claro que no he intentado reflejar el estilo de K ant. Por un lado, hay que reconocer que, desde criterios puramente estilísticos, el texto de la C rític a d e la razón p u ra no es, en líneas generales, un modelo literario, ni ha pretendido serloi6. Por otro, he partido del principio de que en una buena traducción, el lector

35 H einrich R atke, Systemathches Handlexikon zu Kanes K ritik der reinen Vernunft, Félix Meiner Verlag, H am burg (reimpr. de 1965), p. 256. 36 «... He preferido sacrificar la elegancia del lenguaje, que dificultar el idioma pedagógico con el menor obstáculo de comprensión», escribe Kant en la nota de la p. 330. Algunos criterios sobre el lenguaje de Kant pueden extraerse de Josef Lauter, Untersucbungen zur Sprache von Kants «Kritik der reinen Vernunft», W estd eu tsch er V erlag , K dln und O p lad en , 1966. Se tra ta de un estu d io cuantitativo donde se comparan algunas variables tomando como base el lenguaje de K ant, de G oethe y de H erder. Véase tam bién G erold U ngeheuer (ed.), Untersucbungen zur Sprache Kants, Helm ut Buske Verlag, Ham burg, 1970. El Allgemeiner Kantindex, tan gigantesco como ú til, ofrece posibilidades de interpretación que apenas se han iniciado. La obra (que tom a como base la Akademie-Ausgabé) fue com enzada en 1952 por G ottfried M artin, utilizandométodos tradicionales hasta 1958. A partir de este año empezaron las discusiones sobre la elaboración del Indice a base de computación electrónica. En 1963 se puso en marcha el proyecto, llevado a cabo conjuntam ente por tres institutos de la Universidad de Bonn: el Seminario de Filosofía (G. Martin), el Instituto de In ­ vestigación sobre Comunicación y Fonética (G. Ungeheuer) y la Sociedad de Ma­ tem áticas y Elaboración de Datos (H. Hunger). Según indica G. M artin en el prólogo del tom o X V I, se espera que el Indice (más de 20 volúm enes) esté terminado para 1994. Hasta la fecha sólo han aparecido tres tomos: el XVI, el XVII y el XX, más un extracto provisional sobre la Crítica de la razón pura.

INTRODUCCION DEL TRADUCTOR

XXXIX

no debe notar que está leyendo la versión de un texto escrito en otra lengua. Naturalmente, en el caso en que nos encontramos, es decir, en la traducción de la C rític a de la razón p u ra, este principio es irrea­ lizable; en primer lugar, por el grado de abstracción en que se mueve el discurso kantiano; en segundo lugar, por la distancia histórica de la obra. Este segundo punto es, en mi opinión, más d ifícil de salvar que el primero, ya que los contenidos designados por ese discurso, contenidos no totalmente desvinculables de un período histórico — el de K ant— no pueden traducirse sin más a un lenguaje que designa contenidos distintos, a l menos relativam ente distintos. En cualquier caso, he intentado conjugar la fid e lid a d a l texto de K a n t con las exigencias que lleva consigo el escribir en castellano. L a lite r a lid a d de la traducción no es entendida, por tanto, en el sentido de transcribir con palabras castellanas, pero con sintaxis alemana, como le ocurre con frecuencia a la versión de G arcía Morente. En cualquier caso, he sacrificado siempre, de acuerdo con el espíritu de Kant, la elegancia a la claridad. En los márgenes se ofrece la paginación de la prim era y segunda ediciones alemanas, A y B respectivamente. N o he hecho cons­ tar la paginación de la A kadem ie-A usgabe porque, a l tomar como ba­ se de la traducción las dos mencionadas ediciones, me ha parecido más oportuno el remitir también a ellas. D e todas formas, esta paginación es igualmente ú til de cara a los tomos II I (texto de B ) y I V (texto de A ) de la A k ad em ie -A u sg a b e , ya que también en ellos se recoge la paginación de A y B (en el caso del tomo IV, sólo hasta la página A 4 0 5 ) . L a traducción se completa, fin a lm en te, con un índice de nombres y un índice de materias. P. R . 1977

XL

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

N

o t a a la o c t a v a e d ic ió n

Tengo que expresar m i grata sorpresa a l aparecer ahora una octava edición de esta traducción de K ant, 15 años después de haber salido la primera. Doy por bien empleado el tiempo que le dediqué entre 1 9 7 3 -7 5 , época en la que «gozaba» de los años «sabáticos» con que el franquism o nos obsequió a un grupo de profesores que no caímos simpáticos a l que fu e rector de la recién estrenada U niversidad A u ­ tónoma, Ju lio Rodríguez. Algunos colegas me han hecho interesantes observaciones acerca de la traducción, gracias a las cuales he podido corregir algún que otro error. Pero soy muy consciente de que quedan muchos problemas por resolver. Tal como escribí ya en m i introducción de 1977, creo que el escollo más difícil de superar, en la traducción de un texto como éste, es reflejar, en el len­ guaje de hoy, lo designado por el lenguaje de un autor del siglo XVlli. Este problema sólo puede ser verdaderamente resuelto por los analistas de la obra de Kant, tanto extranjeros como españoles. En concreto, los estudios españoles pueden ofrecer a l traductor aclaraciones titiles para mejorar la traducción. Pero los especialistas saben muy bien — y esto me dispensa de entrar en m ultitud de detalles que ofrecen problemas de interpretación— que el traductor no puede ahorrar a los estudiosos el análisis histéricofilológico, ni la exégesis hermenéutica o el examen crítico de las múltiples facetas que comprende la obra de Kant. L a versión castellana de la C rític a d e la razón p u ra cumple satisfactoriamente su función, a m i juicio, si permite a l lector de len­ gua castellana acceder, sin más trabas que las normales, a l texto de Kant. Desentrañar su sentido en un nivel que no es del lector corriente, sino el del intérprete, es una tarea que no toca a l traductor, sino a l especialista. Creo que yerran quienes piden a l traductor que, además de traducir, resuelva los problemas de interpretación. Es más, en m i opinión, el buen traductor es el que ofrece una lectura fie l del texto traducido y desbroza el camino a los intérpretes, evitando conscien­ temente entrar en interpretaciones específicas, dejando éstas sea p ara un lugar distinto de la traducción, cuando el mismo traductor se consi­ dera especialista, sea para otros estudiosos del texto.

XLI

INTRODUCCION DEL TRADUCTOR

Los problemas que encierran la s p a la b ra s G e g e n s ta n d O b je k t, W irk lic h k e it-R e a litá t, dobletes que en castellano hay que traducir como «objeto» y «realidad», respectivamente, pero que son usados por K ant como cuatro conceptos distintos, constituyen un ejemplo de la labor con que el intérprete tiene que completar el trabajo del traductor. M i intención, a l poner en los márgenes la paginación de las ediciones originales prim era ( A ) y segunda (B), es precisamente fa c ilita r la confrontación con el texto alemán, texto que el especialista, a diferencia del lector corriente, debe tener siempre a la vista, como lo debe tener el intérprete de Aristóteles, de Spinoza o de Descartes. La traducción de G e m ü t como «psiquismo» no ha gustado a algunos lectores, como me han manifestado amablemente varios colegas. Confieso que a m í tampoco me satisface. A lg u n o me ha sugerido traducirlo por «mente»; otros, por «ánimo»; otros, por «espíritu». Lo cierto es que «mente» tiene en castellano un sentido intelectual que no recoge la dim ensión sensitivo-vo litiva que abarca el concepto kantia n o . «Animo» recogería, en cambio, esa dimensión (el propio K a n t emplea «animus» en latín), pero deja fuera el m atiz intelectual de G e m ü t. La palabra «espíritu» la reservo exclusivamente para traducir «Geist». Mientras no se descubra una palabra más adecuada, creo que es mejor traducir G e m ü t como «psiquismo», que, si bien tiene el inconveniente de su imprecisión y de su carácter culto, tan lejos del sabor ordinario de la palabra alemana, pienso que a p u n ta correcamente, con su com­ ponente p siq u e , a un fondo anímico que puede ser tanto intelectual como sensitivo-volitivo. En cualquier caso, la palabra G e m ü t debería ser explicada acudiendo a la psicología dominante en tiempo de K a n t y a la evolución histórica de los significados que el término ha tenido en la lengua alem ana. E l diccionario de G rim m (W o r te rb u c h d e r d e u tsc h e n Sprache) dedica 3 4 páginas a esta palabra. E l K a n t-In d e x de G ottfried M artin, a l que me refería en mi introducción de 1 9 7 7 y que quedó inacabado tras la muerte de su promotor, ocurrida en 1972, debe ser completado con el K a n t-In d e x de Norbert H inske1, profesor de la U niversidad de Tréveris. PEDRO RIBAS S a n Sebastián de los Reyes, enero de 1 9 9 3

] Norbert Hinske: K a n t-In d e x , Stuctgart, Fromman-Holzboog, 1988 y ss., 14 tomos. Hasta la fecha, han aparecido 4 tomos: el 1, el 2, el 3 (en tres vols.) y el 14.

>¿z¿Z5£35

& Z3Z3S&

C R O N O L O G ÍA 1724 Nace en Konigsberg, el 2 2 de abril, como cuarto hijo del guarnicionero Johann Georg K ant y de su mujer, A n n a Regina. 1 7 3 0 -1 7 3 2 Asiste a una H o sp ita lsc h u le . 1 7 3 2 -1 7 4 0 Se educa en el pietista C o lle g iu m F rid erician u m , dirigido entonces por el profesor de teología F ranz A lbert Schultz, hombre de influencia decisiva sobre Kant, que reaccionará, sin embargo, censurando duramente el pietismo extremado imperante en el centro. 1738 Muere su madre. 1 7 4 0 -1 7 4 6 Estudia Filosofía, matemáticas y ciencias naturales en la U n iversid a d de Konigsberg, contrayendo especial a m ista d con el profesor de lógica y metafísica, M a rtin Knutzen. D a clases privadas que le permiten vivir con independencia de sus padres. 1746 Muere su padre. Escribe P en sam ien to s sobre la verdadera estim ació n de las fuerzas vivas (aparece en 1747). 1 7 4 6 -1 7 5 5 Trabaja como profesor particular en casa de fa m ilia s de los alrededores de Konigsberg.

XLIV

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

1755 Ju n io : M e d ita tio n u m q u a r u m d a m d e ig n e s u c c in ta d e lin e a tio (tesis doctoral); septiembre: P rin c ip io ru m p r im o r u m c o g n itio n is m etap h y sica e n ova d ilu c id a tio (habilitación). 1756 M o n a d o lo g ia p h y sic a (disertación para recibir un puesto de profesor). 1758 N u e v o co n cep to d o c trin a l d el m o v im ie n to y el reposo. 1759 E nsayo de algu n as consideraciones sobre el o p tim ism o . 1 7 6 2 -1 7 6 4 Herder asiste a las clases de Kant. 1763 Recibe el «accessit» en el concurso organizado por la A ca ­ demia de Ciencias de Berlín, por su In v e stig a c ió n sobre la cla rid a d d e los p rin c ip io s de la te o lo g ía n a tu ra l y d e la m o ral. 1764 Rechaza la cátedra de poesía que le es ofrecida. 1765 Nombrado subbibliotecario de la biblioteca real de Kónigsberg, con lo que obtiene su prim er sueldo fijo. 1769 Clamado por las Universidades de Erlangen y Jena, como profesor ordinario. K ant no acepta, en espera de una p la za en Kónigsberg. 1770 Nombrado profesor ordinario de lógica y metafísica en la Universidad de Kónigsberg, ocasión para la cual escribe la dissertatio: D e m u n d i sensibilis a tq u e in te llig ib ilis form a et p rin cip iis.

XLV

CRONOLOGIA

1772 D eja el puesto de subbibliotecario. 1780 Ingresa en el senado académico de la Universidad de Konigsberg. 1781 C rític a d e la razón p u ra . 1783 P ro leg ó m en o s a to d a m etafísica fu tu ra q u e p u e d a p re ­ sentarse com o ciencia. 1785 F u n d a m e n ta c ió n d e la m e ta físic a m oral. 1786 N om brado rector de la universidad. P rin c ip io s m e ta físicos d e la ciencia n a tu ra l. 1787 Segunda edición de la C r ític a d e la ra z ó n p u ra . K a n t ocupa una casa propia en Konigsberg. 1788 C rític a de la razón p rá c tic a ; S obre el uso d e p rin c ip io s teleológicos en la filosofía. 1791 Sobre el fracaso d e to d o s los ensayos filosóficos en la teodicea. 1793 La re lig ió n d e n tr o d e los lím ite s d e la m e ra razó n ; Sobre el lu g a r co m ú n : esto p u e d e ser co rrecto en te o ría , p ero no vale p ara la p ráctica.

XLVI

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

1794 Conflicto con la censura prusiana. 1795 P ara la paz p e rp e tu a . 1797 Abandona su actividad docente. M etafísica m o ral. 1798 El co n flicto d e las facu ltad es. 1800 Su discípulo W asianski se encarga del cuidado de K ant, cuyas fuerzas disminuyen progresivamente. Alum nos y seguidores suyos inician la edición de los cursos y escritos inéditos de Kant. 1804 Muere el 12 de febrero.

B IB L IO G R A F ÍA U n a ú til b ib lio g ra fía d e las tra d u c c io n e s d e K a n t al castellan o , así com o de escrito s sobre K a n t en c astellan o , es la elab o rad a p o r J u a n M ig u e l P alacios y J o s é L uis M o lin u e v o en Anales del Seminario de M etafísica, U n iv e rs id a d C o m p lu te n se de M a d rid , 1 9 7 4 , p p . 1 9 5 -2 1 4 . La m ás c o m p le ta b ib lio g ra fía se h allará en los K a n stu d ie n , rev ista fu n d a d a p o r H . V a ih in g e r en 1 8 9 6 y c o n tin u a d a (con in te rm ite n c ia s , p u es n o ap areció e n tre 1 9 3 7 - 1 9 4 2 , n i e n t r e 1 9 4 4 - 1 9 5 4 ) h a s t a n u e s tr o s d ía s . La selección b ib lio g rá fic a a q u í o frecid a se refiere p re fe re n te m e n te a la C rítica de la razón pura.

O

bras generales

C assirer, E.: K ant, vida y doctrina, tra d u c c ió n d e W . R oces, M éxico, 1 9 4 8 , 4 9 7 p p . F isch er, K u n o : V ida de K a n t e historia de los orígenes de la filosofía crítica, escrito q u e fig u ra c o m o in tro d u c c ió n d e la v ersió n (p a rcial) d e la C rítica de la razón pura, e fe c tu a d a p o r Jo sé del P erejo y p u b lic a d a p o r E d ito ria l Losada, B u en o s A ires, 71973. G a o s,J.: Las «Críticas» de Kant, Caracas, 1962, 163 pp. G a rc ía M o r e n te , M .: L a filo s o fía de K a n t, M a d r id , 1917 (re im p re sió n en 1 9 6 1 , 3 4 2 p p .). K a u lb a c h , F rie d ric h : Im m a n u el K a n t, B e rlín , 1 9 6 9 (S a m m lu n g G ó sch en , N . 53 6 ). K o r n e r , S te p h a n : K a n t, H a r m o n d s w o r t h , 1 9 5 5 (21 9 6 0 ,3 1 9 6 4 , M 9 6 6 , H 9 6 7 ). K ojéve, A lexan d re: Kant, P a rís, 1 9 7 3 , 2 1 8 p p . K ü lp e : K ant, tra d u c c ió n d e D . M ira l L ópez, B a rc e ­ lona, 1 9 5 1 , 184 p p . (La p rim e ra e d ic ió n esp añ o la h a b ía a p a ­ recido en 1929).

XLVIII

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

O r te g a y G a sse t, J .: Tríptico: M ira b ea u o el político. Kant. Goethe desde dentro, B uenos A ires, 1 9 4 4 , 168 p p . (C ol. A u s­ tra l, N . 181). V a n n i R o v ig h i, S.: Introducción a l estudio de K a n t, tra d u c c ió n y p re se n ta c ió n d e R . C eñ al, M a d rid , 1 9 4 9 , 2 3 2 p p .

E s t u d io s

y c o m e n t a r io s

A lain: Lettres a Sergio Solm i sur la philosophie de K ant, P arís, 1946. B e n n e t, J .: K a n t’s A n alytic, C a m b rid g e , 1 9 6 6 , X X I + 251 pp. B ird , G ra h a m : K a n t’s Theory o f Knoudedge. A n Outline o f One C entral A rgum ent in the C ritique o f Puré Reason, L o n d o n , N e w Y ork, 1 9 6 2 , X + 2 1 0 p p . B rocker, W a lte r: K a n t über M etaphysik u n d Erfahrung, F ra n k fu rt a.M ., 1970. B u h r, M a n fre d y O is e r m a n n , T. I. (eds.): Revolution der D enkart oder D enkart der Revolution. Beitrdge zu r Philosophie Im m anuel Kants, B e rlín -E ste , 1 9 7 6 , 3 9 5 p p . Cassirer, H ein rich W alter: K a n t’s First Critique. A n A p praisal o f the Permanent Signifícame o f K ant’s Critique ofP ure Reason, London, 1955, 367 pp. (M uirhead Library o f Philosophy). C o h én , H e rm a n n : Commentar zu Im manuel K an t K ritik der reinen V ern u n ft, L e ip z ig , 1 9 0 7 , I X + 2 3 3 p p . ( P h i lo so p h isch e B ib lio th e k , N . 113). C o n in k , A . de: L a n a ly tiq u e transcendentale de K ant, 2 vols. L o u v ain , 1 9 5 5 -1 9 5 6 , 3 2 7 y 3 2 7 p p . re sp e c tiv a m e n te (B ib lio th é q u e p h ilo so p h iq u e d e L ouvain). C o rn e liu s, H a n s: Kommentar zu K ants K ritik der reinen Vernunft, E rla n g e n , 1 9 2 6 , V III + 1 5 2 p p . D re s c h e r, W il h e lm in e : V ern u n ft u n d T ranszendenz. E iu n fü b ru n g in K a n ts «K r it ik der reinen V e rn u n ft» , M e in s e h e im , 1 9 7 1 (M o n o g ra p h ie n z u r p h ilo s o p h is c h e n F o rs c h u n g , N . 7 3 ). D u fra n n e , M ik e l: h a notion d ’a priori, P a rís, 1 9 5 9 , 2 9 2 p p . (E p im eth ée). E w in g , A lfr e d C y ril: A short commentary on K a n t’s C ritique o f puré reason, C h ic a g o , 1 9 5 0 , V III + 2 7 8 p p . G r a y e f f , F é lix : D e u tu n g u n d D a r s te llu n g der theoretischen Philosophie Kants. E in Kommentar zu den grundlegenden

BIBLIOGRAFIA

XLIX

Teilen der K r itik der reinen Vernunft, H a m b u r g , 1 9 5 1 , X X II + 225 p p . G rau b n er, H an s: Forrn u n d Wesen. E in Beitrag zu r Deutung des Formbegriffs in K ants «K ritik der reinen Vernunft», B onn, 1972 (K a n t S tu d ien , E rg á n z u n g sh e ft 104). H eidegger, M artin: Die Frage nach dem Ding. Z u Kants Lehre von den transzendentalen Grundsatzen, T u b in g en , 1 9 6 2 , v n + 189 ppH e id e g e r, M a rtin : K a n t y el problema de la metafísica, tra d u c c ió n d e G . I. R o th , M éxico, 1 9 5 4 , 2 1 2 p p . H e id em a n n , Ing eb o rg : Spontaneitdt u n d Zeitlichkeit. Ein Problem der K r itik der reinen V ernunft, K ó ln , 1 9 5 8 , 2 7 5 p p . (K a n tstu d ie n , E rganzung sh efte, N . 75). H e im s o e th , H e in z : T ra n szen d en ta le D ia le k tik . E in Kommentar zu K ants «K r itik der reinen V ern u n ft» , B e rlín -N e w Y ork, 4 v ols., 1 9 6 6 -1 9 7 1 . H e in e m a n n , F ritz : D er A u fb a u von K ants K r itik der reinen Vernunft u n d das Problem der Zeit, G iefien , 1 9 1 3 . H olzhey, H e lm u t: K ants Erfahrungsbegriff. Quellengesebichtliche u n d bedeutu n g sa n a lytisch e U ntersuchungen, B a se lS tu ttg a r t, 1 9 7 0 . K a u lb a c h , F rie d ric h : D ie M eta p h ysik des Raum es bei Letbniz u n d K ant. K o ln , 1 9 6 0 , 1 5 2 p p . (K a n ts tu d ie n . E rg a n ­ zu n g sh efte. N . 79). K im p e l, B e n ja m in F ra n k lin : K a n t’s C ritica l Philosophy. C ritique o f Puré Reason a n d Prolegomena, B o sto n , 1 9 6 4 , X I + 155 p p . (V ital g u id e book). K o p p er, Jo a c h im y M alter, R u d o lf (eds.): M aterialien zu K ants « K ritik der reinen V ernunft», F ra n k f u rt a .M ., 1 9 7 5 , 361 p p . (S u h rk a m p T asc h en b u ch W is se n sc h a ft, N . 58). L achieze-R ey, P íerre: L ’idealisme kantien, P a rís, 1931 (21 9 5 0 , 31972). Ley, H e rm a n n (ed.): Z u m Kantverstándnis unserer Zeit, B e rlín -E ste , 1 9 7 5 . M a rtin , G .: Kant. Ontología y epistemología, tra d u c c ió n de L. F. C arrer y A. A. R ag g io , C ó rd o b a (A rg en tin a), 1 9 6 0 . M ille r, O sc a r W .: T he K a n tia n T h in g -in -its e lf or the Creative M ind, N e w Y ork, 1 9 5 6 , 1 4 2 p p . M o n te ro M o lin er, F.: E l empirismo kantiano, V alencia, 1 9 7 3 , 295 p p . M u ra lt, A n d ré de: L a conscience transcendentale dans le criticisme kantien. Essai sur l ’u n ité d ’apperception, P arís, 1 9 5 8 , 198 p p . (P h ilo so p h ie d e l ’esp rit).

L

KANT/CRÍTICA DE LA RAZÓN PURA

N a to rp , M .: K a n t y la escuela de Marburgo, tra d u c c ió n y p ró lo g o d e M . B ueno, M éxico, 1 9 5 6 . P a t ó n , H . J . : K a n t ’s M e ta p b y s ic o f E xperience. A Commentary on the F irst F la lf o f the « K ritik der reinen V ernunft», 2 vols., L o n d o n , 1 9 3 6 , 2 .a e d ., 1 9 5 1 , 585 y 5 1 0 p p ., re sp e c tiv a ­ m e n te (M u irh e a d L ibrary o f P h ilo so p h y ). P rau ss, G ero ld : Erseheinung bei K ant. E in Problem der K ritik der reinen Vernunft», B e rlín , 1971 (Q u e lle n u n d S tu d ie n zu r P h ilo so p h ie , 1), 3 3 9 p p . R á b a d e R om eo , Sergio: Kant. Problemas gnoseológicos de la «C rítica de la razón pura», M a d rid , 1 9 6 9 , 190 p p . S a c h ta , P e te r : D ie Theorie der K a u s a litd t in K a n ts « K ritik der reinen Vernunft», M e ise n h e im , 1 9 7 5 (M o n o g ra p h ie n zu r p h ilo so p h isc h e n F o rsc h u n g , n. 131). S a n tin e llo , G .: M etafísica e critica in K ant, B o lo g n a , 1 9 6 5 , V II + 3 5 3 pp. S m i t h , N o r m a n K e m p : A C o m m e n ta ry to K a n t ’s «C ritique o f Puré Reason», L o n d o n , 1 9 1 8 , L X I + 6 1 5 p p . (2 .a ed ., 1 9 2 3 , L X I + 651 p p .; R e m in g to n , N e w Y ork, 1 9 6 2 ). S traw so n , P e te r F red erick : Los límites del sentido. Ensayo sobre la C rítica de la razón de Kant, M a d rid , 1 9 7 5 , 2 6 l p p. S w in g , T h o m a s K aeh ao : K a n t’s Transcendental Logic, N ew H aven and London, 1969, X I + 399 pp. T o rretti, R .: M anuel Kant, estudio sobre los fundamentos de su filosofía crítica, S antiago de C hile, 1 9 6 9 , 6 0 3 p p . V aih in g er, H an s: Commentar zu K ants K ritik der reinen Vernunft, 2 vols., S tu ttg a rt, 1 8 8 1 -1 8 9 2 , X V I + 507 y V III + 563 p p ., respectivam ente. R eedición, A alen, 1 9 7 0 , 2 vols. V leesch au w er, H e rm á n J e a n de: L a déduction transcendentale dans l ’oevre de K ant, 3 vols., A tw e rp e n , 1 9 3 4 -1 9 3 7 , 3 3 2 , 597 y 7 0 9 p p -, re sp ectiv a m e n te . (H a y tra d u c c ió n e sp añ o la d e la v ersió n ab re v ia d a de esta o b ra, L ’évolution de la pensée kantienne, b a jo e l t í t u l o d e L a evolución d el pensam iento k a n tia n o . H is to ria d e u n a d o c trin a , M éxico, 19 6 2 ). W eld o n , T hom as D ew ar: Introduction to K ant’s Critique o f Puré Reason, O xford, 1945, V III + 205 p p ., 2.a ed., 1 9 5 8 , 331 p p . W o lff, R o b e rt P au l: K a n t’s Theory o f M en ta l A ctivity. A Commentary o f the Transcendental A n a ly tic o f the «C ritique o f Puré Reason», C a m b rid g e (M ass.), 1 9 6 3 , X II + 3 3 6 p p .

£ ritif f cec

reinen SBernunff .n----

■ g ga - . ■ . .

»

te n

3 mma n u c ( ^ a n t yrofeffec in Stnigífcerg.

i 9 n, fcerlrgts 3o^ann grtrbrid) J£)art?no$ x ? 8 i .

s: r f t í f ( er

reinen Sernnnfí b o w

3 m ma nu et Vt gf r Mec #st Jtóni gL K c a t c mi c

5? a tt t ,

tn K é n i i i t f r y , t«r

OD i fft n (4 • f t tn In SScrIIA

ÍW i t 9 l i e »,

3 » i p t « 6¡ n un» Mit btr n t r k i f f í r t i Sfufioji.

9t t fl a ,

6(9 S o b o n n $ri(br( a, el to d o es m ay o r q u e u n a d e sus p artes. Sin e m b a rg o , esto s m ism o s p rin ­ cipios sólo se ad m iten en m atem áticas, a p esar de ser in m ed ia­ ta m en te v álidos p o r sus m ero s c o n c e p to s, en c u a n to q u e son su scep tib les de rep resen ta c ió n in tu itiv a . L o ú n ic o q u e n o s hace creer, de o rd in a rio , q u e el p re d ic a d o de tales juicios a p o d íc ticos se halla ya en n u e stro c o n c e p to y q u e , c o n sig u ie n te m e n te , el juicio es an alítico , es la a m b ig ü e d a d de la e x p re sió n . E fe c tiv a ­ m ente, a u n c o n c e p to d ad o hay q u e a g re g a rle en el p e n sa m ie n to u n cierto p re d ic a d o , y tal n ecesid ad es in h e re n te a los co n c e p to s. P ero la c u e stió n n o resid e en q u é es lo q u e se debe a g re g a r al co n c e p to d ad o , sino en q u é sea lo q u e de hecho se p iensa en él, a u n q u e sólo sea de m o d o o sc u ro . E n to n c e s q u ed a claro q ue, si b ien el p re d ic a d o se h alla n e c esariam en te lig a d o a d ich o c o n c e p to 1, n o lo está en c u a n to p e n sa d o e n éste ú ltim o , sino gracias a u n a in tu ic ió n q u e ha de añ a d irse al c o n c e p to . 2. E a ciencia natural (física) contiene juicios sintéticos a priori como principios. S ólo vo y a p re s e n ta r u n p a r de p ro p o s ic io ­ nes co m o ejem p lo . Sea ésta: « E n to d a s las m o d ificacio n es del m u n d o c o rp ó re o p e rm a n e c e in v a ria b le la c a n tid a d de m a te ­ ria», o b ie n : « E n to d a tra n sm isió n de m o v im ie n to , acció n y reacción serán siem p re iguales». Q u e d a claro en am b as p r o p o ­ siciones n o sólo q u e su n ecesid ad es a p rio ri y, p o r c o n sig u ie n te , su o rig e n , sin o ta m b ié n q u e so n sin téticas. E n efecto , en el c o n c e p to de m ateria n o p ie n so la p e rm a n e n c ia , sin o só lo B 18 su p resen cia en el espacio q u e llena. S o b re p a so , p u es, realm en te el co n c e p to de m ateria y le a ñ a d o a p rio ri a lg o q u e n o p en sab a en él. La p ro p o s ic ió n no es, p o r ta n to , analítica, sin o sintética y, n o o b sta n te , es p en sa d a a priori. L o m ism o o c u rre en el re sto de las p ro p o sic io n e s p e rte n e c ie n te s a la p a rte p u ra de la ciencia n atu ral. 3. E n la metafísica — a u n q u e n o se la c o n sid e re hasta ah o ra m ás q u e co m o una te n ta tiv a de ciencia, si b ie n in d isp e n sa ­ ble te n ie n d o en cuenta la n atu ra le z a de la ra z ó n h u m a n a — deben contenerse conocimientos sintéticos a priori. Su tarea n o co n siste sim p lem en te en analizar c o n c e p to s q u e nos h acem o s a priori 1 Entendiendo, de acuerdo con Erdm ann, «jenem Begriffe», en lugar de «jenen Begriffen» (N. de! T.)

54

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

de alg u n as cosas y en e x p licarlo s a n a lític a m e n te p o r este m ed io , sino q u e p re te n d e m o s a m p lia r n u e s tro c o n o c im ie n to a priori. P ara ello te n e m o s q u e se rv irn o s de p rin c ip io s q u e a ñ a d a n al c o n c e p to d a d o a lg o q u e n o e stab a en él y a le ja rn o s ta n to del m ism o , m ed ian te ju icio s sin té tic o s a p rio ri, q u e n i la p ro p ia ex periencia p u e d e se g u irn o s, c o m o o c u rre en la p ro p o s ic ió n «E l m u n d o ha de te n e r u n p rim e r co m ien zo » y o tra s sem ejan tes. La m etafísica n o se c o m p o n e , p u e s, al m en o s según su fin , m ás q u e de p ro p o s ic io n e s sin té tic a s a priori.

b 19

VI.

P

roblem a

g en er a l

de

la

ra zó n

pura

R e p re se n ta u n g ra n a v a n c e el p o d e r re d u c ir m u ltitu d de in v estig acio n es a la fó rm u la d e u n ú n ic o p ro b le m a . N o sólo se alivia así el p ro p io tra b a jo d e te rm in á n d o lo con e x a c ti­ tu d , sino ta m b ié n la tarea c rítica de c u a lq u ie r o tra p e rso n a q u e q u iera ex am in ar si h em o s c u m p lid o o n o sa tisfa c to ria m e n te n u e stro p ro p ó s ito . P u e s b ien , la tarea p ro p ia de la ra z ó n p u ra se co n tie n e en esta p r e g u n t a : ¿cómo son posibles losjuicios sintéticos a priori ? E l q u e la m etafísica haya p e rm a n e c id o h asta el p re s e n te en u n esta d o ta n v acila n te , in s e g u ro y c o n tra d ic to rio , se d eb e ú n icam en te al h e c h o de n o h a b e rse p la n te a d o an te s el p ro b le m a — y q u izá ni siq u iera la d is tin c ió n — de los juicios analíticos y sintéticos. D e la so lu c ió n de e ste p ro b le m a o de u n a p ru e b a su ficien te de q u e n o existe en a b s o lu to la p o sib ilid a d q u e ella p re te n d e ver acla ra d a , d e p e n d e el q u e se so ste n g a o n o la m etafísica. D a v id H u m e , el filó so fo q u e m ás p e n e tró en este p ro b le m a , p e ro sin v er, n i de lejo s, su g e n e ra lid a d y su c o n c re c ió n d e fo rm a su fic ie n te , sin o q u e d á n d o se sim p le m e n B 20 te en la p ro p o s ic ió n sin tética q u e liga el efecto a su causa (principium causalitatis), cre y ó m o s tra r q u e sem ejan te p r o p o s i­ ció n era to ta lm e n te im p o sib le a priori. S e g ú n las co n clu sio n e s de H u m e , to d o lo q u e lla m a m o s m etafísica v en d ría a ser la m era ilu sió n de p re te n d id o s c o n o c im ie n to s racio n ales de alg o q u e , de h ech o , só lo p ro c e d e de la e x p erien cia y q u e a d q u ie re la ap arien cia de n ecesid a d g racias a la c o stu m b re . Si H u m e h u b iese te n id o p re s e n te n u e s tro p ro b le m a en su u n iv e rsa lid a d , jam ás se le h a b ría o c u rr id o sem e ja n te a firm a c ió n , q u e elim ina to d a filo so fía p u ra . E n e fecto , h u b ie ra v isto q u e, se g ú n su p ro p io ra z o n a m ie n to , ta m p o c o sería p o sib le la m atem ática

INTRODUCCION DE KANT

55

p u ra , ya q u e ésta c o n tie n e c ie rta m e n te p ro p o s ic io n e s sin téticas a priori. Su san o e n te n d im ie n to le h u b ie ra p re v e n id o de fo r m u ­ lar tal aserto . La so lu ció n de d ic h o p ro b le m a incluye, a la vez, la p o sib ilid a d del u so p u ro de la ra z ó n en la fu n d a m e n ta c ió n y d e sa rro llo de to d a s las ciencias q u e c o n te n g a n u n c o n o c im ie n ­ to te ó ric o a priori de o b je to s, es d ecir, incluye la resp u e sta a las siguientes p re g u n ta s: ¿Cómo es posible la matemática pura ? ¿Cómo es posible la ciencia natural pura? C o m o tales ciencias ya e stá n re a lm e n te dadas, es o p o r tu ­ n o p re g u n ta r cómo so n p o sib le s, ya q u e el hecho de q u e d e b e n serlo qu ed a d e m o s tra d o p o r su realidad*1. P o r lo q u e se refiere B21 a la metafísica, la m arch a n eg a tiv a q u e h asta la fecha ha se g u id o hace d u d a r a to d o el m u n d o , c o n ra z ó n , de su p o sib ilid a d . E s to p o r una p a rte ; p o r o tra , n in g u n a de las fo rm a s a d o p ta d a s hasta hoy p o r la m etafísica p e rm ite a firm a r, p o r lo q u e a su o b je tiv o esencial atañ e , q u e exista realm en te. N o o b sta n te , de alg u n a fo rm a se p u e d e c o n sid e ra r esa especie de conocimiento co m o d ad a y, si b ien la m etafísica no es real en c u a n to ciencia, sí lo es, al m e n o s, en c u a n to d is p o si­ ció n n atu ral (metaphysica na tura lis). E n efecto , la ra z ó n h u m an a avanza in c o n te n ib le m e n te hacia esas cu estio n e s, sin q u e sea sólo la v a n id ad de sab er m u c h o q u ie n la m u e v e a h acerlo . La p ro p ia n ecesid ad la im p u lsa hacia un as p re g u n ta s q u e no p u e d e n ser re sp o n d id a s n i m e d ia n te el u so e m p íric o de la ra z ó n ni m e d ia n te los p rin c ip io s d e riv a d o s de tal u so . P o r ello ha h a b id o siem p re e n to d o s lo s h o m b re s, así q u e su ra z ó n se ex tien d e hasta la e sp ecu lació n , a lg ú n tip o de m etafísi­ ca, y la seg u irá h a b ie n d o e n to d o tie m p o . P re g u n ta m o s, p u e s : ¿Cómo es posible la metafísica como disposición natural?, B 22 es d ecir, ¿có m o su rg e n de la n a tu ra le z a de la ra z ó n h u m a n a k Alguien podría quizá poner en duda esto último respecto de la ciencia natural pura. Sin em bargo, obsérvense simplemente las diferentes proposiciones que aparecen al comienzo de la física (empírica) propiam ente dicha: la de la permanencia de la cantidad de materia, la de la inercia, de la igualdad de acción y reacción, etc. P ronto nos convenceremos de que form an una physica pura (o rationaüs), cuya amplitud —sea pequeña o grande— bien merece ser tratada p o r entero separadamente, com o una ciencia independiente (Nota de Kant).

56

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

u n iv ersal las p re g u n ta s q u e la ra z ó n p u ra se p la n te a a sí m ism a y a las q u e su p ro p ia n e c e sid a d im p u lsa a re s p o n d e r lo m e jo r que puede? P e ro , te n ie n d o en c u e n ta q u e to d a s las te n ta tiv a s re a liz a ­ das h asta la fecha p a ra re s p o n d e r estas p re g u n ta s n a tu ra le s (p o r ejem p lo , si el m u n d o tie n e u n c o m ie n z o o ex iste d esd e to d a la e te rn id a d , etc.) sie m p re h a n c h o c a d o c o n in e lu d ib le s c o n tra d ic c io n e s, n o p o d e m o s c o n fo rm a rn o s c o n la sim p le d is­ p o sic ió n n a tu ra l hacia la m etafísica, es d ecir, c o n la fa c u lta d m ism a de la ra z ó n p u ra , d e la q u e sie m p re nace a lg u n a m e ta físi­ ca, sea la q u e sea. M ás b ie n ha de ser p o sib le lle g a r, g racias a dich a fa c u lta d , a la certeza so b re el c o n o c im ie n to o d e sc o n o c i­ m ie n to de lo s o b je to s, es d ecir, a u n a d e c isió n acerca de los o b je to s d e sus p re g u n ta s , o acerca de la cap a c id a d o falta de cap acid ad de la ra z ó n p a ra ju z g a r so b re ellos. P o r c o n si­ g u ie n te , ha de ser p o sib le , o b ie n a m p lia r la ra z ó n p u ra c o n co n fian za o b ie n p o n e rle b a rre ra s c o n c re ta s y se g u ra s. E sta ú ltim a c u e stió n , q u e se d e sp re n d e del p ro b le m a u n iv e rsa l a n te ­ rio r, sería, c o n ra z ó n , la sig u ie n te : ¿cómo es posible la metafísica como ciencia ? E n ú ltim o té rm in o , la c rítica de la ra z ó n n o s c o n d u c e , p u e s, n ec e sa ria m e n te a la ciencia. P o r el c o n tra rio , el u so d o g m á tic o de ésta, sin crítica, d e se m b o c a e n las afirm a c io n e s g ra tu ita s — a las q u e p u e d e n c o n tra p o n e rs e o tra s ig u a lm e n te B 23 ficticias— y, c o n sig u ie n te m e n te , e n el escepticismo. T a m p o c o p u e d e te n e r esta ciencia u n a e x te n sió n d e sa le n ­ ta d o ra m e n te la rg a , ya q u e n o se o c u p a d e lo s o b je to s de la ra z ó n , cuya v a rie d a d es in fin ita , sin o d e la ra z ó n m ism a, de p ro b le m a s q u e su rg e n e n te ra m e n te d esd e d e n tr o de sí m ism a y q u e se le p re s e n ta n , n o p o r la n a tu ra le z a de cosas d istin ta s de ella, sin o p o r la suya p ro p ia . U n a v ez q u e la ra z ó n ha o b te n id o u n p le n o c o n o c im ie n to p re v io d e su p ro p ia c ap acid ad re s p e c to d e lo s o b je to s q u e se le p u e d a n o fre c e r en la e x p e rie n ­ cia, tie n e q u e re s u lta rle fácil d e te rm in a r c o m p le ta m e n te y c o n p le n a s e g u rid a d la a m p litu d y lo s lím ite s d e su u so c u a n d o in te n ta s o b re p a sa r las fro n te ra s d e la ex p erien cia. T o d o s lo s esfu erz o s h asta a h o ra rea liz a d o s p a ra e la b o ra r dogmáticamente u n a m etafísica p o d e m o s y d e b e m o s c o n sid e ra rlo s c o m o n o o c u rrid o s , ya q u e c u a n to h ay e n ellos de an alític o o m era d e sc o m p o sic ió n de los c o n c e p to s in h e re n te s a p rio ri en n u e stra ra z ó n n o c o n stitu y e a ú n el fin , sin o só lo u n a p re p a r a ­ c ió n p a ra la m etafísica p ro p ia m e n te d ich a, es d ecir, p a ra a m p lia r

57

INTRODUCCION DE KANT

sin téticam en te los co n o c im ie n to s p ro p io s a priori. D ic h o a n á li­ sis n o nos vale p a ra tal am p lia c ió n , ya q u e se lim ita a m o stra r el c o n te n id o de esos c o n c e p to s, p e ro n o la fo rm a de o b te n e rlo s a priori. D e m o d o q u e n o nos sirv e c o m o p u n to de c o m p a ra c ió n p ara estab lecer d espués el u so v álid o de tales c o n c e p to s en relació n con los o b je to s de to d o c o n o c im ie n to en g e n e ra l. B 24 T a m p o c o hace falta g ra n e sp íritu de a b n e g a c ió n p ara a b a n d o n a r to d as esas p re te n sio n e s, ya q u e las c o n tra d ic c io n e s inn eg ab les — y, d esde su m é to d o d o g m á tic o , in e v ita b le s— de la ra z ó n hace ya m u c h o tie m p o q u e p riv a ro n a to d a m etafísica de su p re s tig io . M ás firm eza nos h a rá falta si n o q u e re m o s q u e la d ificu ltad in te rio r y la resisten cia e x te rio r nos h a g a n d esistir de p ro m o c io n a r al fin hasta u n p ró s p e ro y fru c tífe ro c re c im ie n ­ to (m ed ian te u n tra ta m ie n to c o m p le ta m e n te o p u e sto al hasta ah o ra seg u id o ) u na ciencia q u e es im p re sc in d ib le p ara la raz ó n h u m an a, una ciencia de la q u e se p u e d e c o rta r el tro n c o cada vez q u e re b ro te , p e ro de la q u e n o se p u e d e n a rra n c a r las raíces.

VII.

I

dea

y d iv is ió n

d e una

c ie n c ia

e s p e c ia l

C O N E L N O M B R E D E C R Í T I C A D E LA R A Z Ó N P U R A ]

D e A to d o lo a n te rio r se d e sp re n d e la idea de u n a ciencia especial q u e p u e d e llam arse la Crítica de la ración p ura, ya q u e ra z ó n es la facu ltad q u e p ro p o rc io n a los principios del co n o c im ie n to a priori. D e a h í q u e ra z ó n p u ra sea aq u ella q u e co n tien e los p rin c ip io s m e d ia n te lo s cuales co n o c e m o s alg o a b so lu ta m e n te a priori. U n organon de la ra z ó n p u ra sería la síntesis de aq u ello s p rin c ip io s de a c u e rd o c o n los cuales se p u e d e n a d q u irir y lo g ra r re a lm e n te to d o s los c o n o c im ie n to s B 25

A [Texto de A:] De todo ello se desprende la idea de una ciencia A 11 especial que puede servir para la crítica de la razón pura. Se llama puro todo conocim iento no mezclado con nada extraño, pero, en especial, recibe el nom bre de conocimiento absolutamente puro aquel en el que no se mezcla ninguna experiencia o sensación, aquel que, por consiguiente, es posible entera­ mente a priori. Ahora bien, la razón es la facultad que proporciona... [sigue como en B]

58

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

p u ro s a priori. La ap lic a c ió n e x h a u stiv a de se m ejan te organon su m in istra ría u n sistem a de la ra z ó n p u ra . A h o ra bien , este sistem a es m u y a p e te c id o y q u e d a to d a v ía p o r sab er si es p o sib le ta m b ié n [aquí], y e n q u é casos, a m p lia r 1 n u e stro c o n o ­ cim ien to . P o r ello p o d e m o s c o n sid e ra r u n a ciencia del sim p le exam en de la ra z ó n p u ra , de sus fu e n te s y d e sus lím ites, c o m o la p ro p e d é u tic a del sistem a d e la ra z ó n p u ra . T al p r o p e ­ d éu tica no d eb ería llam arse d o c trin a de la ra z ó n p u ra , sin o sim p lem en te crítica d e la m ism a. Su u tilid a d [co n re sp e c to a la esp eculación] sería, de h e c h o , p u ra m e n te n e g a tiv a . N o serv iría p ara a m p lia r n u e stra ra z ó n , sin o só lo p a ra clarificarla y p re se rv a rla de e rro re s, c o n lo cual se h ab ría a d e la n ta d o ya m u ch o . L lam o trascendental to d o c o n o c im ie n to q u e se o cu p a, n o ta n to d e los o b je to s, c u a n to de n u e s tro m o d o de c o n o c e rlo s, A 12 en c u a n to q u e tal m o d o ha de ser p o sib le a p r i o r i1 2. Un sistem a de sem ejan tes c o n c e p to s se llam aría filosofía transcenden­ tal. P o r su p a rte , ésta va [to d av ía] d e m a sia d o lejos p a ra e m p e ­ zar. E n efecto , d esd e el m o m e n to e n q u e esa ciencia debe c o n te n e r e n te ra m e n te ta n to el c o n o c im ie n to a n a lític o c o m o el sin tético a priori, p o se e , p o r lo q u e a n u e stro p ro p ó s ito se refiere, una excesiva a m p litu d , ya q u e só lo p o d e m o s p r o lo n ­ g a r n u e stro s análisis h asta d o n d e sea im p re sc in d ib le p a ra c o n o ­ cer en to d a su ex te n s ió n los p rin c ip io s de la síntesis a priori, q u e c o n stitu y e n n u e s tro ú n ico o b je to a tra ta r. N o s o c u p a m o s B 26 a h o ra de esta in v e stig a c ió n , q u e n o p o d e m o s llam ar p ro p ia m e n ­ te d o c trin a , sin o só lo crítica tra sc e n d e n ta l, ya q u e n o se p ro p o n e a m p liar el c o n o c im ie n to m ism o , sin o sim p le m e n te e n d e re z a rlo y m o s tra r el v a lo r o falta de v a lo r de to d o c o n o c im ie n to a priori. S em ejan te crítica es, p u e s, e n lo p o sib le , p re p a ra c ió n p a ra u n organon y, caso de n o lleg arse a él, al m en o s p ara u n c a n o n de la m ism a se g ú n el cual p o d ría acaso ex p o n e rse u n día, ta n to an alítica c o m o sin té tic a m e n te , to d o el sistem a de filo so fía de la ra z ó n p u ra , co n sista éste en a m p lia r su c o n o c im ie n to o sim p le m e n te e n lim ita rlo . Q u e tal sistem a es p o sib le , y m ás to d a v ía , q u e n o p u e d e te n e r una e x te n sió n ta n g ra n d e c o m o p ara h acer d e sc o n fia r de re alizarlo p o r e n te ro ,

1 En A : «tal form a de ampliar». 2 En A : «no canto de los objetos cuanto de nuestros conceptos a priori de los objetos en general».

INTRODUCCION DE KANT

59

se d esp re n d e de a n te m a n o del h e c h o de q u e el o b je to no es a q u í la n atu raleza de las cosas, q u e es in a g o ta b le , sin o el e n te n d im ie n to q u e enjuicia esa n a tu ra le z a de las cosas y, A 13 adem ás, c o n la p a rtic u la rid a d de ser el e n te n d im ie n to ú n ic a m e n ­ te re fe rid o a su c o n o c im ie n to a priori. D a d o q u e n o b u sc a re m o s fu era del e n te n d im ie n to lo q u e éste alm acen a, n o se n o s p u e d e o c u lta r, y, seg ú n to d a s las p re v isio n e s , lo alm a c e n ad o es lo b a stan te p o c o c o m o p a ra q u e, u n a vez p le n a m e n te a su m id o p o r n o so tro s, lo ju zg u e m o s de a c u e rd o c o n su v a lo r o falta de v a lo r y lo ev alu em o s c o rre c ta m e n te . [M enos to d a v ía se B 27 ha de e sp erar a q u í un a crítica de lo s lib ro s y sistem as de la ra zó n p u ra , sin o la c o rre s p o n d ie n te a la m ism a fa c u lta d de la razó n . U n icam e n te b a sá n d o n o s e n esta crítica te n d re m o s una p ie d ra de to q u e seg u ra p a ra v a lo ra r en este te rre n o el c o n te n id o filo só fico de las o b ra s a n tig u a s y m o d e rn a s. E n caso c o n tra rio , es el h is to ria d o r o juez in c o m p e te n te q u ie n juzga las afirm a cio n es g ra tu ita s de o tro s m e d ia n te las suyas p ro p ia s, q u e so n ig u alm en te g ra tu ita s.] La 1 filosofía tra sc e n d e n ta l es la idea de una ciencia 12 cuyo p la n tien e q u e ser e n te ra m e n te e sb o z a d o p o r la crítica de la razó n p u ra de m o d o a rq u ite c tó n ic o , es d ecir, a p a rtir de p rin c ip io s,.g a ra n tiz a n d o p le n a m e n te la c o m p le tu d y la c e rte ­ za de to d a s las p a rte s q u e c o m p o n e n este edificio. [E s el sistem a de to d o s los p rin c ip io s de la ra z ó n p u ra .] E l h e ch o de q u e esta crítica no sea p o r sí m ism a filosofía tra sc e n d e n ta l se debe ta n só lo a q u e, p ara c o n s titu ir u n sistem a c o m p le to , debería in clu ir u n análisis e x h a u stiv o de to d o el c o n o c im ie n to h u m a n o a priori. N u e stra crítica d e b e o fre c e r u n re c u e n to c o m p le to de los co n c e p to s básicos q u e c o n stitu y e n d ic h o c o n o ­ c im ien to p u ro . P e ro p u e d e ra z o n a b le m e n te ab ste n e rse de un análisis e x h a u stiv o de esto s c o n c e p to s, así c o m o ta m b ié n de dar una reseña co m p le ta de lo s q u e d e riv a n de ellos. La ra z ó n se halla en q u e, p o r una p a rte , este análisis sería in a d e c u a d o A 14; B 28 p a ra n u e stro o b je tiv o , ya q u e el análisis n o e n c u e n tra las d ificu ltad es c o n q u e tro p ieza la sín te sis; p o r ésta últim a existe en realid ad to d a la c rític a ; p o r o tra p a rte , iría c o n tra la u n id a d del p la n el asu m ir la re sp o n sa b ilid a d de realizar de m o d o e x h a u stiv o u n análisis y u n a d e riv a c ió n de los q u e, se g ú n 1 En A: Este párrafo va precedido de) siguiente epígrafe: «II. D IV I­ SION D E LA FILOSOFIA TRA SCEN D EN TA L». 2 En A : «es aquí simplemente la idea cuyo plan...».

60

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

n u e stro p ro p ó s ito , p o d e m o s d e s e n te n d e m o s . E s fácil, sin e m ­ b a rg o , c o m p le ta r ta n to el an álisis c o m o la d e riv a c ió n d e los c o n c e p to s a p rio ri q u e m ás ta rd e hay q u e su m in istra r, u n a vez q u e lo s te n e m o s en c u a n to p o rm e n o riz a d o s p rin c ip io s de la síntesis y u n a vez q u e n ad a falta en re la c ió n c o n este p ro p ó s ito esencial. S eg ú n lo a n te rio r, p e rte n e c e a la crítica de la ra z ó n p u ra to d o lo q u e c o n stitu y e la filo so fía tra sc e n d e n ta l. D ic h a crítica es la idea c o m p le ta de la filo so fía tra sc e n d e n ta l, p e ro sin lleg ar a ser esta ciencia m ism a, ya q u e la crítica só lo e x tien d e su análisis hasta d o n d e lo ex ig e el e x am e n c o m p le to del c o n o c im ie n to sin té tic o a priori. E n la d iv isió n de u n a ciencia sem e ja n te hay q u e p re s ta r un a p rim o rd ia l a te n c ió n a lo sig u ie n te : q u e n o se in tro d u z c a n c o n c e p to s q u e p o se a n a lg ú n c o n te n id o e m p íric o o , lo q u e es lo m ism o , q u e el c o n o c im ie n to a p rio ri sea c o m p le ta m e n te p u ro . P o r ello, a u n q u e los p rin c ip io s su p re m o s de la m o ra lid a d y sus c o n c e p to s fu n d a m e n ta le s c o n s titu y e n c o n o c im ie n to s a A 15 priori, n o p e rte n e c e n a la filo so fía tra sc e n d e n ta l, ya q u e 1 , B 29 si bien ellos n o b asan lo q u e p re s c rib e n en los c o n c e p to s de p lace r y d o lo r, de d eseo , in c lin a c ió n , e tc ., q u e so n to d o s de o rig e n e m p íric o [al c o n s tru ir u n sistem a de m o ra lid a d p u ra , tie n e n q u e d a r cab id a n e c e sa ria m e n te a esos c o n c e p to s e m p íri­ cos en el c o n c e p to de d e b e r, sea c o m o o b stá c u lo a su p e ra r, sea c o m o e stím u lo q u e n o d e b e c o n v e rtirs e e n m o tiv o ]. P o r ello c o n stitu y e la filo so fía tra sc e n d e n ta l u n a filo so fía de la ra z ó n p u ra y m e ra m e n te e sp e c u la tiv a . E n efecto , to d o lo p rá c ti­ co se refiere, en la m ed id a en q u e im p lica m o tiv o s , a se n tim ie n ­ to s p e rte n e c ie n te s a fu e n te s em p íric a s de c o n o c im ie n to . Si q u e re m o s d iv id ir, d esd e el p u n to de v ista de sistem a en g e n e ra l, la ciencia q u e a h o ra e x p o n e m o s , ésta d e b e c o n te n e r, en p rim e r lu g a r, u n a doctrina elemental y, en s e g u n d o lu g a r, u n a doctrina del método de la ra z ó n p u ra . C ada u n a d e estas p a rte s p rin cip ales te n d ría sus su b d iv isio n e s, cuyas ra z o n e s n o p o d e m o s o fre c e r a ú n . C o m o in tro d u c c ió n o n o ta p re lim in a r, sólo p a rece n ecesario in d ic a r q u e ex iste n d o s tro n c o s del c o n o ­ c im ie n to h u m a n o , lo s cuales p ro c e d e n acaso de u n a raíz c o m ú n ,

1 En A : «ya que entonces deberían presuponerse los conceptos de placer y dolor, de deseo e inclinaciones de la voluntad, etc., que son todos empíricos. Por ello constituye la filosofía trascendental...».

INTRODUCCION DE KANT

61

p e ro d esco n o cid a p a ra n o s o tr o s : la sensibilidad y el entendimiento. A trav és de la p rim e ra se n os dan lo s o b je to s. A tra v é s de la seg u n d a los pensamos. A sí, p u e s, en la m ed id a en q u e la sen sib ilid ad c o n te n g a re p re se n ta c io n e s a p rio ri q u e c o n stitu y a n B 30 la co n d ic ió n b ajo la q u e se n o s d a n lo s o b je to s, p e rte n e c e rá a la filosofía tra sc e n d e n ta l. La d o c trin a tra sc e n d e n ta l de los se n tid o s c o rre sp o n d e rá a la p rim e ra p a rte de la ciencia de A 16 los e lem en to s, ya q u e las únicas c o n d ic io n e s en las q u e se n o s d an los o b je to s del c o n o c im ie n to h u m a n o p re c e d e n a las c o n d icio n es bajo las cuales s o n p e n sa d o s.

CRITICA DE LA RAZON PURA I.

D O C T R IN A T R A S C E N D E N T A I D E LOS E L E M E N T O S

D O C T R IN A T R A S C E N D E N T A L D E LOS E L E M E N T O S

í a 19 1 B«

P r im e r a P a r t e L A E S T E T IC A T R A S C E N D E N T A L [ §

1]

Sean cuales sean el m o d o o los m ed io s c o n q u e u n c o ­ n o c im ie n to se refiera a los o b je to s , la intuición es el m o d o p o r m ed io del cual el c o n o c im ie n to se refiere in m e d ia ta m e n ­ te a d ich o s o b je to s y es a q u e llo a q u e a p u n ta to d o p e n sa ­ m ie n to en c u a n to m ed io . T al in tu ic ió n ú n ic a m e n te tien e lu g a r en la m ed id a en q u e el o b je to n o s es d a d o . P e ro éste, p o r su p a rte , só lo n o s p u e d e ser d a d o [al m en o s a n o s o tro s , los h u m an o s] si afecta de a lg u n a m an era a n u e stro p siq u ism o . La cap acid ad (re c e p tiv id a d ) de re c ib ir re p re se n ta c io n e s, al ser afectad o s p o r los o b je to s, se llam a sensibilidad. L os o b je to s nos v ien en , p u e s, dados m ed ia n te la sen sib ilid ad y ella es la única q u e nos su m in istra intuiciones. P o r m e d io del e n te n d im ie n ­ to , lo s o b je to s so n , en cam b io , pensados y de él p ro c e d e n los conceptos. P e ro , en d efin itiv a , to d o p e n sa r tie n e q u e h acer referen cia, d irecta o in d ire c ta m e n te [m ed ian te ciertas c a ra c te rís­ ticas], a in tu icio n es y, p o r c o n sig u ie n te (e n tre los h u m a n o s), a la sen sib ilid ad , ya q u e n in g ú n o b je to se n o s p u e d e d ar de o tra fo rm a . E l efecto q u e p ro d u c e so b re la cap acid ad de re p re se n ta - B 34 ció n u n o b je to p o r el q u e so m o s a fe c ta d o s se llam a sensación. A 20 La in tu ic ió n q u e se refiere al o b je to p o r m e d io de u n a sen sa c ió n es calificada de empírica. E l o b je to in d e te rm in a d o de u n a in tu i-

66

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

ció n em p írica recib e el n o m b re de fenómeno. L o q u e , d e n tro del fe n ó m e n o , c o rre s p o n d e a la sen sa c ió n , lo lla m o mate­ ria del m ism o . L lam o , en c a m b io , fo rm a del fe n ó m e n o a q u ello q u e hace q u e lo d iv e rso del m ism o p u e d a ser o r d e n a d o 1 en ciertas relacio n es. Las sen sacio n es só lo p u e d e n ser o rd e n a d a s y d isp u estas en cierta fo rm a e n a lg o q u e n o p u e d e ser, a su vez, sen sació n . P o r ello , la m a te ria de to d o fe n ó m e n o nos v ien e dada ú n ic a m e n te a posteriori. P o r el c o n tra rio , la fo rm a del fe n ó m e n o d eb e estar c o m p le ta m e n te a p rio ri d isp u e sta p ara el c o n ju n to de las sen sacio n es en el p siq u ism o y deb e, p o r ello m ism o , ser su sc e p tib le de u n a c o n sid e ra c ió n in d e p e n ­ d ie n te de to d a sensació n . L as re p re se n ta c io n e s en las q u e n o se e n c u e n tra n ad a p e rte n e c ie n te a la sen sa c ió n las lla m o puras (en se n tid o tra s c e n ­ d en tal). S eg ú n e sto , la fo rm a p u ra d e las in tu ic io n e s sen sib les en g e n e ra l, d o n d e se in tu y e en c iertas relac io n e s to d a la d iv e rs i­ d ad de los fe n ó m e n o s, se h allará a p rio ri en el p siq u ism o . B 35 E sta fo rm a p u ra de la sen sib ilid a d se lla m a rá ig u a lm e n te intuición pura. A sí, al a p a rta r de la re p re se n ta c ió n de u n c u e rp o lo q u e el e n te n d im ie n to p ie n sa de él — su sta n c ia , fu e rz a , d iv isib ili­ d ad , e tc .— y al a p a rta r ig u a lm e n te lo q u e en d ich a re p re se n ta A 21 c ió n p e rte n e c e a la se n sa c ió n — im p e n e tra b ilid a d , d u re z a , c o lo r, etc .— , m e q u e d a to d a v ía a lg o de esa in tu ic ió n em p íric a , a sab er, la e x te n s ió n y la fig u ra . A m b a s p e rte n e c e n a la in tu ic ió n p u ra y tie n e n lu g a r en el p siq u ism o c o m o m era fo rm a de la se n sib ilid ad , in clu so p re s c in d ie n d o del o b je to real de los se n tid o s o de la sen sació n . La ciencia de to d o s los p rin c ip io s de la sen sib ilid a d a p riori la llam o estética trascendental11-. T ie n e q u e ex istir, p u e s, esa

B 36 ciencia, y ella c o n stitu y e la p rim e ra p a rte de la d o c trin a tr a s ­ cen d e n ta l de los e le m e n to s, en o p o sic ió n a aq u ella o tra ciencia q u e c o n tie n e lo s p rin c ip io s del p e n sa r p u r o y q u e se llam a ló g i­ ca tra sc e n d e n ta l. 1 En A : «sea intuido com o ordenado» k Los alemanes son los únicos que emplean hoy la palabra «estética» para designar lo que otros denom inan crítica del gusto. Tal empleo se basa en una equivocada esperanza concebida po r el destacado crítico Baumgarten. Esta esperanza consistía en reducir la consideración crítica de lo bello a princi­ pios racionales y en elevar al rango de ciencia las reglas de dicha consideración crítica. Pero este em peño es vano, ya que las mencionadas reglas o criterios son, de acuerdo con sus fuentes [principales], meramente empíricas y, consi­ guientem ente, jamás pueden servir para establecer [determinadas] leyes a priori

67

EL ESPACIO

A sí, p u e s, en la estética tra sc e n d e n ta l aislaremos p rim e ra ­ A 22 m en te la se n sib ilid ad , se p a ra n d o to d o lo q u e en ella p ien sa el e n te n d im ie n to m e d ia n te sus c o n c e p to s, a fin de q u e n o q u e d e m ás q u e la in tu ic ió n em p írica. E n s e g u n d o lu g a r, a p a rta re m o s to d a v ía de esta últim a to d o lo p e rte n e c ie n te a la sen sació n , a fin de q u e d a rn o s só lo c o n la in tu ic ió n p u ra y c o n la m era f o r ­ m a de los fe n ó m e n o s, ú n ico s e le m e n to s q u e p u e d e su m in istra r la se n sib ilid ad a priori. E n el cu rso d e esta in v e stig a c ió n v e re ­ m os q u e hay d o s fo rm a s p u ra s de la in tu ic ió n sen sib le co m o p rin c ip io s del c o n o c im ie n to a p rio ri, es d ecir, e sp acio y tie m p o . N o s o c u p a re m o s ah o ra de e x a m in a r esas fo rm a s

L A E S T E T IC A T R A S C E N D E N T A L S

e c c ió n

B 37

p r im e r a

E L E S P A C IO [§

2

E xposición m etafísica de este concepto ] P o r m e d io del se n tid o e x te rn o (p ro p ie d a d de n u e stro p siq u ism o ) n o s re p re se n ta m o s o b je to s c o m o e x te rio re s a n o s o ­ tro s y c o m o e sta n d o to d o s en el esp acio , d e n tro del cual so n d e te rm in a d a s o d e te rm in a b le s su fig u ra , su m a g n itu d y sus relacio n es m u tu a s. E l se n tid o in te rn o p o r m e d io del cual el p siq u ism o se in tu y e a sí m ism o o su e sta d o in te rn o n o su m in istra in tu ic ió n alg u n a del alm a m ism a c o m o o b je to . Sin e m b a rg o , hay só lo u n a fo rm a d e te rm in a d a b a jo la q u e es A 23 p o sib le la in tu ic ió n de u n e sta d o in te rn o , de m o d o q u e to d o

por las que debiera regirse nuestro juicio del gusto. Es éste, por el contrario el que sirve de verdadera prueba para conocer si aquéllas son correctas. Por ello es aconsejable [o bien] suprim ir otra vez esa denom inación y reservarla B 36 para la doctrina que constituye una verdadera ciencia (con lo que nos acercamos, además, al lenguaje y al sentido de los antiguo, entre los cuales era muy conocida la división del conocim iento en ct’irrPriTOf tcon voTyta)1, [o bien com ­ partir este nom bre con la filosofía especulativa y entender la estética, parte en sentido trascendental, parte en sentido psicológico]. (Nota de K ant) 1 En A falta el paréntesis.

68

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

c u a n to p e rte n e c e a las d eterm in acio n es in te rn a s es re p re se n ta d o en relacio n es de tiem p o . E l tiem p o n o p u e d e ser in tu id o c o m o alg o e x te rio r, ni ta m p o c o el espacio c o m o a lg o en n o s o tro s . ¿ Q u é so n , p u e s, el esp acio y el tie m p o ? ¿S o n seres reales? ¿S on só lo d e term in acio n e s de las cosas o ta m b ié n relacio n es de éstas ? P e ro ¿lo son acaso en c u a n to p e rte n e c ie n te s a las cosas in clu so en el caso d e no ser in tu id a s o lo so n sólo en c u a n to in h e re n te s a la fo rm a de la in tu ic ió n y, p o r c o n sig u ie n te , B 38 en c u a n to in h e re n te s a la condición subjetiva d e n u e s tro psiquism o, co n d ició n sin la cual no p o d ría n a trib u irse esos p re d i­ cados a n in g u n a cosa? P a ra in fo rm arn o s so b re la c u e stió n , v a­ m o s a e x p o n e r p rim ero el con cep to d e esp acio 1. [P o r exposición ( expositio) en tie n d o la rep resen tació n clara (a u n q u e n o sea d e ta ­ llada) d e lo q ue perten ece a u n concepto. L a ex p o sició n es meta­ física c u an d o co n tie n e lo q u e nos m u e stra el c o n c e p to en cuanto dado apriori.\ 1. E l espacio n o es un c o n c e p to e m p íric o e x tra íd o de ex p erien cias externas. E n efecto, p a ra p o n e r cie rta s se n sa c io ­ nes en re lació n con a lg o ex terio r a m í (es d e c ir, c o n a lg o q u e se h alle en un lu g a r del esp acio d is tin to del o c u p a d o p o r m í) e, ig u alm en te, p a ra p o d e r re p re se n tá rm e la s u n as fu era [o al lad o ] de otras y, p o r tan to , n o só lo c o m o d istin ta s, sino c o m o situ ad as en lug ares d ife re n te s, d e b o p re s u p o n e r de a n te m a n o la rep re se n ta c ió n del espacio. 2. E l espacio es u n a necesaria re p re se n ta c ió n a prio ri q u e sirv e de base a to d as las intu icio n es ex te rn a s. Ja m á s p o d e ­ m os re p re se n ta rn o s la falta de esp acio , a u n q u e sí p o d e m o s B 39 m u y b ien p e n s a r que n o haya o b je to s en él. E l esp a c io es, p u e s, c o n sid e ra d o com o c o n d ició n de p o sib ilid a d de lo s fe n ó ­ m en o s, n o c o m o una d e te rm in a c ió n d e p e n d ie n te de ello s, y es u na re p re se n ta c ió n a p rio ri en la q u e se basan n e c e sa ria m e n te los fe n ó m e n o s externos. E n co nsecuencia, ta l re p re se n ta c ió n n o p u e d e to m a rse , m ed ia n te la ex p erien cia, d e las relacio n es del fe n ó m e n o e x tern o , sin o que esa m ism a ex p e rie n c ia e x te rn a es só lo p o sib le gracias a d ic h a re p re se n ta c ió n 12. A 24

1 E n A : «vamos a considerar primero el espacio». 2 En A; viene a continuación e] siguiente párrafo: «3.— En esta necesidad a priori se funda la certeza apodíctica de todos los principios geom étricos y la posibilidad de sus construcciones a priori.

EL ESPACIO

69

3. 1 E l espacio n o es u n c o n c e p to d isc u rsiv o o , c o m o se dice, u n c o n c e p to u n iv e rsa l d e relacio n es e n tre cosas en g en eral, sin o un a in tu ic ió n p u ra . E n e fecto , a n te to d o só lo p o d e m o s re p re se n ta rn o s u n e sp a c io ú n ico . C u a n d o se habla de m u ch o s esp acio s, n o se e n tie n d e n p o r tales sin o p a rte s

A 25

del m ism o esp a c io ú n ic o . E sas p a rte s ta m p o c o p u e d e n p re c e d e r al espacio ú n ico y o m n ic o m p re n s iv o c o m o si fu e ra n , p o r así d ecirlo , e le m e n to s de los q u e se c o m p o n d ría , sin o q u e so la m e n ­ te p u e d e n ser p en sa d a s d e n tro d e él. El e sp acio es esen c ia lm e n te u n o . Su m u ltip lic id a d y, p o r ta n to , ta m b ié n el c o n c e p to u n iv e r­ sal de espacio, su rg e ta n só lo al lim ita rlo . D e a h í se sig u e q u e to d o s los co n c e p to s del esp a c io tien en c o m o base una in tu ic ió n a priori, n o una em p íric a . D e igual fo rm a , ta m p o c o los p rin c ip io s g e o m é tric o s (p o r e je m p lo , q u e d o s la d o s ju n to s en u n triá n g u lo so n m ay o res q u e el te rc e ro ) d e riv a n n u n ca de los c o n c e p to s g en e ra le s de línea y triá n g u lo , sin o de la in tu ic ió n y, ad em ás, a priori, c o n certeza ap o d íc tic a . 4. 2 E l esp acio se re p re se n ta c o m o una m a g n itu d dada B 40 in fin ita. Se d eb e p e n sa r cada c o n c e p to c o m o una re p re se n ta c ió n q u e está c o n te n id a en u n a in fin ita c a n tid a d de d iferen tes re p re ­ se n tacio n es p o sib les (co m o su cara c te rístic a c o m ú n ) y q u e , c o n sig u ie n te m e n te , las subsume. P e ro n in g ú n c o n c e p to , en c u a n ­ to tal, p u e d e p en sarse c o m o c o n te n ie n d o en sí una m u ltitu d de re p re se n ta c io n e s. A sí es, n o o b s ta n te , c o m o se p ien sa el esp acio , ya q u e to d a s sus p a rte s c o e x iste n ad infinitum . La o rig in a ria re p re se n ta c ió n del e sp acio es, p u e s, u n a intuición a priori, n o u n c o n c e p to .

En efecto, si esta representación del espacio fuese un concepto adquirido a posteriori, tom ado de la experiencia externa general, los primeros principios de la determ inación matemática no serían más que percepciones. T endrían, pues, todo el carácter contingente de estás. Tam poco sería necesario que entre dos p untos hubiese una sola línea recta, sino que sería la experiencia la que lo enseñaría en cada caso. Lo que se extrae de la experiencia posee sólo una universalidad relativa, es decir, la obtenida mediante inducción. Por consiguiente, podríam os afirmar tan sólo que, según lo observado hasta ahora, no se ha encontrado ningún espacio que tenga más de tres dimensiones.» 1 En A : «4.—» 2 E n A : «5.— El espacio se representa com o una m agnitud dada infinita. Un concepto general de espacio (que es com ún a un pie lo mismo que a una vara), nada puede establecer respecto de la m agnitud. De no ser ilimitado el avance de la intuición, ningún concepto de relaciones conllevaría un principio de la infinitud de las mismas.»

70

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA [ §31

E xp o sició n trascendental del concepto de espacio E n tie n d o p o r exposición trascendental la e x p lic a c ió n de u n c o n c e p to c o m o p rin c ip io a p a rtir del cual p u e d e e n te n d e rse la p o sib ilid a d de o tr o s c o n o c im ie n to s sin té tic o s a priori. P ara tal o b je tiv o hace fa lta : 1) q u e esos c o n o c im ie n to s su rja n re a lm e n te del c o n c e p to d a d o ; 2) q u e esos c o n o c im ie n to s só lo sean p o sib le s s u p o n ie n d o u n a fo rm a dada d e ex p lic a c ió n de d ic h o c o n c e p to . La g e o m e tría es u n a ciencia q u e estab lece las p ro p ie d a ­ des del esp acio sin té tic a m e n te y, n o o b s ta n te , a priori. ¿C uál ha de ser, p u e s, la re p re se n ta c ió n del esp acio p a ra q u e sea p o sib le se m e ja n te c o n o c im ie n to del m ism o ? T ie n e q u e ser B 41 o rig in a ria m e n te u n a in tu ic ió n , ya q u e d e u n sim p le c o n c e p to

n o p u e d e n e x tra e rse p ro p o s ic io n e s q u e v ay a n m ás allá del c o n c e p to , cosa q u e , sin e m b a rg o , o c u rre e n la g e o m e tría (v er In tro d u c c ió n V ). E sa in tu ic ió n tie n e q u e h allarse en n o s o tro s a priori, es d ecir, p re v ia m e n te a to d a p e rc e p c ió n de o b je to s, y, c o n sig u ie n te m e n te , h a d e ser u n a in tu ic ió n p u ra , n o e m p íric a . E n efecto , las p ro p o s ic io n e s d e la g e o m e tría so n to d a s a p o d íc ticas, es decir, v an a c o m p a ñ a d a s de la co n c ie n c ia d e su n e cesid ad , c o m o p o r e je m p lo , la q u e afirm a q u e el esp acio só lo tien e tres d im e n sio n e s. T ale s p ro p o s ic io n e s n o p u e d e n ser juicios e m p íric o s o de ex p erie n c ia , c o m o ta m p o c o ser d e d u c id a s de ellos (v e r In tro d u c c ió n I I ) 12. ¿C ó m o p u e d e , p u e s, h allarse e n n u e stro p siq u ism o u n a in tu ic ió n e x te rn a q u e p re c e d e a lo s m ism o s o b je to s y en la q u e p o d e m o s d e te rm in a r a p rio ri el c o n c e p to de esos o b je to s ? E v id e n te m e n te , só lo en la m ed id a en q u e tal in tu ic ió n se a sien te en el s u je to c o m o p ro p ie d a d fo rm a l de éste de ser a fe c ta d o p o r o b je to s y d e re c ib ir, p o r e ste m e d io , u n a representa­ ción inmediata de lo s m ism o s, es d e c ir, u n a intuición. P o r c o n s i­ g u ie n te , só lo en c u a n to fo rm a del sentido e x te rn o en g e n e ra l.

1 En A : falta el § 3 2 Se observará que K ant reformula aquí lo dicho en A, pág. 24 (pág. 68 de la presente edición, nota 2) (N. del T.)

EL ESPACIO

71

E n co n secu en cia, só lo n u e stra ex p lic a c ió n hace c o m ­ p re n sib le la posibilidad de la geometría c o m o c o n o c im ie n to sin té ti­ co a priori. E l n o su m in istra r tal c o m p re n sió n c o n stitu irá el rasg o m ás s e g u ro p ara d is tin g u ir de la n u e stra c u a lq u ie r o tra explicación, a u n q u e a p rim e ra v ista se p arezca a lg o a ella.]

Consecuencias de los conceptos anteriores a) E l espacio n o re p re se n ta n in g u n a p ro p ie d a d de las cosas, n i en sí m ism as ni en sus re lacio n es m u tu a s, es decir, n in g u n a p ro p ie d a d in h e re n te a los o b je to s m ism o s y capaz de su b sistir u n a vez hecha a b stra c c ió n de to d a s las c o n d icio n es su b jetiv as d e la in tu ic ió n . P u e s n in g u n a d e te rm in a c ió n , sea ab so lu ta o relativ a, p u e d e ser in tu id a c o n a n te rio rid a d a la existencia de las cosas a las q u e c o rre sp o n d a ni, p o r ta n to , ser in tu id a a priori. b) F.1 esp acio n o es m ás q u e la fo rm a de to d o s los fe n ó ­ m enos de los se n tid o s e x te rn o s, es d e c ir, la c o n d ic ió n su b je tiv a de la sen sib ilid ad . S ólo b ajo esta c o n d ic ió n n os es p o sib le la in ­ tu ic ió n ex tern a. A h o ra bien , d a d o q u e la re c e p tiv id a d del su je ­ to , cu alid ad co n siste n te en p o d e r ser a fe c ta d o p o r los o b je to s, p re c e d e n ecesariam en te a to d a in tu ic ió n de esos o b je to s, es p o ­ sible e n te n d e r c ó m o la fo rm a d e to d o s lo s fe n ó m e n o s p u e d e darse en el p siq u ism o c o n a n te rio rid a d a to d a p e rc e p c ió n real, es d ecir, a p rio ri, y c ó m o p u e d e ella, en c u a n to in tu ic ió n p u ra en la q u e tie n e n q u e ser d e te rm in a d o s to d o s lo s o b je to s, c o n te ­ n er, p re v ia m e n te a to d a ex p erie n c ia , p rin c ip io s q u e re g u le n las relacio n es de esos o b je to s. S ólo p o d e m o s , p u e s, h a b la r del esp acio , del ser e x ten so , etc. desde el p u n to de vista h u m a n o . Si n o s d e sp re n d e m o s d e la única c o n d ic ió n su b je tiv a b ajo la cual p o d e m o s re c ib ir la in tu ic ió n e x tern a, a sab er, q u e seam o s a fectad o s p o r los o b je to s e x te rn o s, nada significa la re p re se n ta c ió n del esp acio . E ste p re d ic a d o sólo es a tr ib u id o a las cosas e n la m ed id a en q u e éstas se m an ifiestan a n o s o tro s , es decir, en la m ed id a en q u e so n o b je to s de la se n sib ilid a d . La fo rm a c o n sta n te de esa re c e p tiv id a d q u e llam am o s sen sib ilid a d es u n a c o n d ic ió n necesaria de to d a s las relacio n es en las q u e in tu im o s o b je to s c o m o e x te rio re s a n o so tro s y, si se a b stra e de tales o b je to s, ten em o s u n a in tu ic ió n p u ra q u e lleva el n o m b re de espacio.

72

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

N o p o d e m o s c o n sid e ra r las especiales c o n d ic io n e s de la se n sib i­ lid ad c o m o c o n d ic io n e s de p o s ib ilid a d de las cosas, sin o só lo de sus fe n ó m e n o s. P o r ello p o d e m o s d e c ir q u e el esp acio ab arca to d a s las cosas q u e se n o s p u e d e n m a n ife sta r e x te rio rm en te, p e ro n o to d a s las cosas e n sí m ism as, sean in tu id a s o n o y sea q u ie n sea el q u e las in tu y a . E n e fe c to , n o p o d e m o s ju zg ar si las in tu ic io n e s d e o tr o s seres p e n sa n te s e stá n so m e tid a s a las m ism as c o n d ic io n e s q u e lim ita n n u e stra in tu ic ió n y q u e tie n e n p a ra n o s o tro s valid ez u n iv e rsa l. Si a ñ a d im o s al c o n c e p to del su je to la lim ita c ió n de u n ju icio , éste p o se e e n to n c e s valid ez a b so lu ta . L a p ro p o s ic ió n : « T o d a s las cosas se h a lla n y u x ta p u e s­ tas en el espacio» es v álid a 1 si la lim ita m o s de fo rm a q u e esas cosas sean e n te n d id a s c o m o o b je to s de n u e stra in tu ic ió n sensible. Si a ñ a d o a h o ra la c o n d ic ió n al c o n c e p to y d ig o : « T o d a s las cosas, e n c u a n to fe n ó m e n o s e x te rn o s, se h a lla n y u x tap u estas e n el esp acio » , e n to n c e s la reg la es u n iv e rsa lm e n te válida y sin re s tric c ió n . N u e stra e x p o sic ió n e n s e ñ a 12, p u e s, B 44 la re alid ad (es d ecir, la valid ez o b je tiv a ) del esp a c io e n re la c ió n A 28 c o n to d o lo q u e p u e d e p re s e n tá rs e n o s e x te rio rm e n te c o m o o b je to , p e ro estab lece , a la vez, la idealidad del m ism o en re lació n co n las cosas c o n sid e ra d a s e n sí m ism as m e d ia n te la ra z ó n , es d ecir, p re s c in d ie n d o del c a rá c te r de n u e stra se n sib i­ lid ad . A firm a m o s , p u e s, la realidad empírica del esp acio (c o n re sp e c to a to d a ex p erie n c ia e x te rn a p o sib le ), p e ro so ste n e m o s, a la vez, la idealidad trascendental del m ism o , es d ecir, a firm a m o s q u e n o existe si p re s c in d im o s de la c o n d ic ió n de p o sib ilid a d de to d a exp erien cia y lo c o n sid e ra m o s c o m o a lg o su b y a c e n te a las cosas e n sí m ism as. E x c e p tu a n d o el esp acio , n o hay n in g u n a re p re se n ta c ió n su b je tiv a y re fe re n te a a lg o exterior q u e p u d ie ra llam arse a p riori o b je tiv a . P u e s A de n in g u n a de

A [Texto de A]: Por ello no puede esta condición subjetiva de todo fenóm eno externo com pararse con ninguna otra. El sabor de un vino no form a parte de las determ inaciones objetivas del vino ni, consiguientemente, délas determ inaciones de ningún objeto, aunque sea considerado com o fenóm e­ no, sino que pertenece a la especial naturaleza del sentido de quien lo saborea. Los colores n o son propiedades de los cuerpos a cuya intuición van ligados, sino que son simples modificaciones del sentido visual al ser éste afectado

1 En A : «sólo es válida» 2 Leyendo, de acuerdo con la cuarta edición, Erórterung lehrt, en lugar de Erórterungen lehren (N . del T.)

EL ESPACIO

73

tales re p resen tacio n es p u e d e n d e riv a rse p ro p o s ic io n e s sin téticas a priori c o m o p o d e m o s h ace rlo , e n c a m b io , de la in tu ic ió n del espacio ( § 3). P o r eso n o les c o rre sp o n d e , h a b la n d o co n p re c isió n , n in g u n a idealid ad , a u n q u e c o in c id e n c o n la re p re se n ­ tació n del espacio en el h e c h o de p e rte n e c e r a la sim p le n a tu ra le ­ za su b jetiv a de n u e stro m o d o d e se n tir, p o r eje m p lo d e la vista, del o íd o , del ta c to y su s re sp e c tiv a s sen sacio n es de co lo r, so n id o , calor, las cuales, al ser sim ples sen sacio n es y no in tu icio n es, n o p e rm ite n p o r sí m ism as re c o n o c e r o b je to a lg u n o , y m u c h o m en o s a priori. La in te n c ió n de esta o b se rv a c ió n es sim p le m e n te la B 45 de e v ita r q u e se le o c u rra a q u ie n d efien d a la id ealid ad del espacio el explicarla m e d ia n te eje m p lo s ta n in su ficien tes. E fe c ti­ v am en te, lo s co lo res, el sa b o r, e tc ., n o so n c o n sid e ra d o s, con razó n , c o m o p ro p ie d a d e s de las co sas, sin o co m o m eras m o d ifi­ caciones su b jetiv as q u e p u e d e n in c lu so ser d ife re n te s se g ú n las p erso n as. E n estos casos, lo q u e o rig in a ria m e n te só lo es p o r sí m ism o fen ó m e n o , p o r e je m p lo una ro sa, pasa en el e n te n d im ie n to e m p írico p o r un a cosa en sí q u e p u e d e , n o o b sta n te , p a re c e r d istin ta a cada m ira d a en lo q u e al c o lo r A 30 se refiere. E l c o n c e p to tra sc e n d e n ta l de fe n ó m e n o e n el esp acio , p o r el c o n tra rio , re cu erd a de m o d o c rític o q u e nada de c u a n to in tu im o s en el espacio co n stitu y e u n a cosa en sí y q u e ta m p o c o él m ism o es una fo rm a de las cosas, u n a fo rm a q u e les p e rte n e z ­ ca c o m o p ro p ia , sin o q u e los o b je to s e n sí n os so n d e sc o n o c id o s y q u e lo q u e n o so tro s llam am o s o b je to s e x te rio re s n o so n o tra cosa q u e sim ples rep re se n ta c io n e s de n u e stra se n sib ilid ad , cuya fo rm a es el espacio y c u y o v e rd a d e ro c o rre la to — la

de alguna forma p o r la luz. El espacio, en cambio, pertenece necesariamente, en cuanto condición de los objetos externos, al fenóm eno o intuición de éstos. Ni el sabor ni los colores son condiciones indispensables para que puedan convertirse en objeto de nuestros sentidos. Se hallan ligados al fenómeno como efectos, producidos de forma puram ente accidental, de nuestra peculiar organización. Consiguientemente, no constituyen representaciones a priori, sino que se basan en una sensación y, en el caso del sabor, incluso en un sentim iento (placer o displacer), com o efecto de la sensación. Nadie es capaz tam poco de representarse a priori un color o un sabor cualquiera. El espacio, en cambio, sólo hace referencia a la form a pura de la intuición. N o incluye, pues, ninguna sensación (nada empírico) y todas las clases y determinaciones del espacio pueden, e incluso deben, ser representadas a priori, si han de surgir tanto conceptos de figuras como relaciones. Si las cosas son para nosotros objetos externos es sólo gracias al espacio.

A 29

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

74

cosa en sí— n o n o s es, n i p u e d e se rn o s, c o n o c id o p o r m e d io de tales re p re se n ta c io n e s. P e ro ta m p o c o p re g u n ta n ad ie , en la ex p erien cia, p o r ese c o rre la to .

L A E S T E T IC A T R A S C E N D E N T A L

B 46

S

e c c ió n

seg u n d a

E L T IE M P O

t §4

E xp o sició n m etafísica del concepto de tiem po ] 1. E l tie m p o n o es u n c o n c e p to e m p íric o e x tra íd o de a lg u n a ex p erien cia . E n e fe c to , ta n to la c o ex isten cia c o m o la su cesió n n o sería n siq u ie ra p e rc ib id a s si la re p re s e n ta ­ ció n del tie m p o n o les sirv ie ra de b ase a priori. S ó lo p re s u p o ­ n ié n d o lo p u e d e u n o re p re se n ta rse q u e a lg o ex iste al m ism o tie m p o (s im u ltá n e a m e n te ) o en tie m p o s d ife re n te s (su cesiv a­ m en te). A 31

2. E l tie m p o es u n a re p re se n ta c ió n n ecesaria q u e sirv e de b ase a to d a s las in tu ic io n e s. C o n re s p e c to a los fe n ó m e n o s e n g e n e ra l, n o se p u e d e e lim in a r el tie m p o m ism o . Sí se p u e d e n elim in a r, e n c a m b io , lo s fe n ó m e n o s del tie m p o . E ste v ien e, p u e s, d a d o a p rio ri. S ó lo e n él es p o sib le la re a lid a d de los fe n ó m e n o s. E s to s p u e d e n d e sa p a re c e r to d o s , p e ro el tie m p o m ism o (en c u a n to c o n d ic ió n g e n e ra l d e su p o sib ilid a d ) 1 n o p u e d e ser s u p rim id o .

B 47

3. E n esa n e c e sid a d a p rio ri se basa ig u a lm e n te la p o sib ilid a d de fo rm u la r p rin c ip io s a p o d íc tic o s so b re las re la c io ­ nes te m p o ra le s o ax io m as del tie m p o e n g en e ra l. E s te n o p o se e m ás q u e u n a d im e n sió n : tie m p o s d ife re n te s n o so n sim u ltá n e o s, sin o su ce siv o s (al ig u al q u e esp acio s d is tin to s n o so n su cesiv o s, sin o sim u ltá n e o s). T a le s p rin c ip io s n o p u e d e n 1 E n A : falta el paréntesis

EL TIEMPO

75

ex traerse de la ex p erien cia, ya q u e ésta n o su m in istra ría ni u n iv ersalid ad e stricta ni certeza a p o d íc tic a . S ó lo n o s p e rm itiría d e c ir: así lo enseña la p e rc e p c ió n c o m ú n ; p e ro n o esto o tr o : así tiene q u e ser. E sto s p rin c ip io s tie n e n v alidez c o m o reglas bajo las cuales es p o sib le la e x p e rie n c ia 1 y n o s in fo rm a n co n a n te rio rid a d a ésta ú ltim a, n o a trav és de ella. 4. E l tie m p o n o es u n c o n c e p to d isc u rsiv o o, c o m o se dice, u n iv ersal, sino una fo rm a p u ra de la in tu ic ió n sensible. T ie m p o s d iferen tes son só lo p a rte s de u n m ism o tie m p o . La A 32 re p re se n ta c ió n q u e sólo p u e d e d a rse a trav és de u n o b je to ú n ico es una in tu ic ió n . La p ro p o s ic ió n q u e so stien e q u e d ife re n ­ tes tie m p o s n o p u e d e n ser sim u ltá n e o s n o p u e d e ta m p o c o d eriv arse de u n co n c e p to u n iv e rsa l. La p ro p o s ic ió n es sin tética y n o p u e d e d e riv a r de sim ples c o n c e p to s. Se h alla, p u e s, c o n te ­ nida in m ed iatam en te en la in tu ic ió n y en la re p re se n ta c ió n del tiem p o . 5. La in fin itu d del tie m p o q u ie re d ecir sim p le m e n te q u e cada m a g n itu d tem p o ra l d e te rm in a d a só lo es p o sib le in tr o ­ d u cien d o lim itacio n es en u n tie m p o ú n ico q u e sirv e de base. B 48 La o rig in a ria re p re se n ta c ió n tiempo d e b e estar, p u e s, dada c o m o ilim itada. P e ro c u a n d o las m ism as p a rte s y cada m a g n itu d de u n o b je to só lo p u e d e n re p re se n ta rse p o r m ed io de lim ita c io ­ nes, e n to n ce s la rep re se n ta c ió n e n te ra n o p u e d e esta r d ada m ed ian te co n c e p to s (ya q u e ésto s c o n tie n e n só lo re p re se n ta c io ­ nes p a rc ia le s )12, sin o q u e d e b e 3 b asarse en un a in tu ic ió n in m e ­ diata.

[ §5

E xposición trascendental del concepto de tiempo P u e d o re m itir a h o ra al n ú m e ro 3 4, d o n d e , p o r razo n es de b re v e d a d , he p u e sto b ajo el e p íg ra fe de « ex p o sició n m etafísi1 Leyendo, de acuerdo con Vorlánder, Erjahrung moglich ist, en Jugar de Erfahrungen moglich sind (N. del T.) 2 En A : dice así el paréntesis: «(ya que en éstos van prim ero las repre sentaciones parciales)» 3 E ntendiendo, de acuerdo con E rdm ann, ihr... %um Grunde liegen, en vez de ihnen... %um Grunde liegen (N. del T.) 4 Kant se refiere al núm. 3 del § 4 (N. del T.)

76

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

ca» lo q u e es, en realid a d , tra sc e n d e n ta l. A q u í a ñ a d iré q u e el c o n c e p to de cam b io , y c o n él el de m o v im ie n to (co m o cam b io de lu g a r), só lo es p o sib le e n la re p re se n ta c ió n del tiem p o y a tra v é s de e lla ; ig u a lm e n te , q u e si esta re p re se n ta c ió n n o fuese in tu ic ió n (in tern a ) a p rio ri, n o h a b ría c o n c e p to a lg u n o , fuese el q u e fu ese, q u e hiciera c o m p re n sib le la p o s ib ilid a d de u n cam b io , es d ecir, de u n a c o n e x ió n de p re d ic a d o s c o n tr a ­ d ic to ria m e n te o p u e sto s e n un a m ism a cosa (p o r eje m p lo , el q u e una m ism a cosa esté y n o e sté e n el m ism o lu g a r). S ólo B 49 en el tie m p o , es decir, sucesivamente, p u e d e n h allarse en u n a cosa las dos d e te rm in a c io n e s c o n tra d ic to ria m e n te o p u e sta s. N u e s tro c o n c e p to de tie m p o ex p lica, p u e s, la p o s ib ilid a d de ta n to s c o n o c im ie n to s 1 sin té tic o s a p rio ri c o m o o frece la teo ría g en eral del m o v im ie n to , q u e es b ie n fe cu n d a.]

[ §6 ] Consecuencias de estos conceptos a) E l tie m p o n o es a lg o q u e exista p o r sí m ism o o q u e in h iera en las cosas c o m o d e te rm in a c ió n o b je tiv a , es decir, alg o q u e subsista una vez h ech a a b stra c c ió n de to d a s las co n d icio n es su b jetiv a s de su in tu ic ió n . E n efecto , e n el p rim e r caso sería a lg o q u e p o se e ría re a lid a d a p e sa r de n o A 33 ser u n o b je to real. P o r lo q u e se refiere al s e g u n d o caso, el tie m p o , en c u a n to d e te rm in a c ió n o d isp o sic ió n in h e re n te a las cosas m ism as, n o p o d ría p re c e d e r a los o b je to s co m o c o n d ic ió n d e los m ism o s y ser c o n o c id o e in tu id o a p rio ri m ed ian te p ro p o s ic io n e s sin téticas. Sin e m b a rg o , e sto 12 ú ltim o se verifica p e rfe c ta m e n te si el tie m p o n o es m ás q u e la c o n d ic ió n su b jetiv a bajo la cual p u e d e n te n e r lu g a r e n n o so tro s to d a s las in tu icio n es. E n efecto , e n to n c e s p o d e m o s re p re se n ta rn o s esta fo rm a e n la in tu ic ió n in te rn a p re v ia m e n te a lo s o b je to s y, p o r ta n to , a priori. b) E l tie m p o n o es o tra cosa q u e la fo rm a del se n tid o in te rn o , e sto es, del in tu irn o s a n o so tro s m ism o s y n u e stro

1 E ntendiendo, de acuerdo con E rdm ann, Erkenntnisse, en lugar de Erkenntnis (N. del T .) 2 E ntendiendo, según Grillo, Dieses, en lugar de Diese (N. del T.)

EL TIEMPO

77

e sta d o in te rn o . P u e s el tie m p o n o p u e d e ser u n a d e te rm in a c ió n de fe n ó m e n o s e x te rn o s. N o se re fie re n i a u n a fig u ra n i a una p o sic ió n , etc., sin o q u e d e te rm in a la re la c ió n e n tre las re p re se n ta c io n e s ex isten te s e n n u e s tro e sta d o in te rio r. D e b id o p re c isa m e n te al h e c h o de q u e esta in tu ic ió n in te rn a n o nos o frece fig u ra a lg u n a , in te n ta m o s e n ju g a r tal d é fic it p o r m ed io de a n alo g ías y n o s re p re se n ta m o s la secu en cia te m p o ra l a c u ­ d ie n d o a u n a línea q u e p ro g re s a h asta el in fin ito , u n a línea en la q u e la m u ltip lic id a d fo rm a u n a serie u n id im e n s io n a l. D e ella d e d u c im o s to d a s las p ro p ie d a d e s del tie m p o , e x c e p to u n a, a sa b e r, q u e las p a rte s de la línea s o n sim u ltá n e a s, m ie n tra s q u e las del tie m p o so n sie m p re su cesiv as. D e ello se d e sp re n d e ig u a lm e n te c o n c la rid a d q u e la m ism a re p re se n ta c ió n del tie m p o es u n a in tu ic ió n , ya q u e to d a s sus rela c io n e s p u e d e n e x p resarse e n u na in tu ic ió n ex tern a . c) E l tie m p o es la c o n d ic ió n fo rm a l a p rio ri de los fe n ó m e n o s. E l esp acio , en c u a n to fo rm a p u ra de to d a in tu ic ió n ex te rn a , se refiere só lo , c o m o c o n d ic ió n a p rio ri, a lo s fe n ó m e n o s e x te rn o s. P o r el c o n tr a rio , to d a re p re se n ta c ió n , te n g a o n o p o r o b je to cosas e x te rn a s, c o rre s p o n d e e n sí m ism a, c o m o d e te rm in a c ió n del p s iq u is m o , al e sta d o in te rn o . A h o ra b ie n , éste se halla b ajo la c o n d ic ió n fo rm a l d e la in tu ic ió n in te rn a y, c o n sig u ie n te m e n te , p e rte n e c e al tie m p o . E n c o n se ­ cu en cia, el tie m p o c o n stitu y e u n a c o n d ic ió n a p rio ri de to d o s los fe n ó m e n o s e n g e n e ra l, a sa b e r, la c o n d ic ió n in m e d ia ta de lo s in te rn o s (de n u e stra s alm as) y, p o r ello m ism o , ta m b ié n la c o n d ic ió n m ed iata de lo s e x te rn o s. Si p u e d o a firm a r a p rio ri q u e to d o s lo s fe n ó m e n o s e x te rn o s se h a lla n e n el esp a c io y están d e te rm in a d o s a p rio ri se g ú n las rela c io n e s espaciales, p u e d o ig u a lm e n te a firm a r e n s e n tid o c o m p le ta m e n te u n iv e rsa l, p a rtie n d o del p rin c ip io del s e n tid o in te rn o , q u e a b so lu ta m e n te to d o s lo s fe n ó m e n o s, es d ecir, to d o s lo s o b je to s d e lo s se n tid o s, se h allan e n el tie m p o y p o se e n n e c e sa ria m e n te rela c io n e s te m p o ra le s. Si h a c e m o s a b stra c c ió n de n u e s tro m o d o d e in tu irn o s in te rio rm e n te a n o s o tro s m ism o s y d e c a p ta r en n u e stra fa c u lta d de re p re se n ta c ió n , a tra v é s de la in tu ic ió n a n te rio r, to d a s las d em ás in tu ic io n e s ex te rn a s y to m a m o s , p o r ta n to , lo s o b je to s tal c o m o sean en sí m ism o s, e n to n c e s el tie m p o n o es n ad a. E l tie m p o ú n ic a m e n te p o se e v alid ez o b je tiv a e n re la c ió n c o n lo s fe n ó m e n o s, p o r ser ésto s cosas q u e n o s o tro s c o n sid e ra m o s c o m o objetos de nuestros sentidos. P e ro deja d e ser o b je tiv o d esd e

B 50

to d o s A 34

B 51

A 35

78

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

el m o m e n to e n q u e h a c e m o s a b s tra c c ió n de la se n sib ilid a d de n u e stra in tu ic ió n , es d e c ir, del m o d o d e re p re se n ta c ió n q u e n o s es p ro p io , y h a b la m o s d e cosas en general. C o n s ig u ie n te ­ m en te, el tie m p o n o es m ás q u e u n a c o n d ic ió n su b je tiv a de n u e stra (h u m a n a ) in tu ic ió n (q u e es sie m p re sen sib le, es d ecir, en la m ed id a e n q u e so m o s a fe c ta d o s p o r o b je to s) y e n sí m ism o , fu e ra del su je to , n o es n a d a . Sin e m b a rg o , es n e c e sa ria ­ m e n te o b je tiv o e n re la c ió n c o n to d o s lo s fe n ó m e n o s y, p o r ta n to , e n re la c ió n c o n to d a s las cosas q u e p u e d e n p re s e n ta rs e en n u e stra ex p erien cia . N o p o d e m o s d e c ir q u e to d a s las cosas B 52 e sté n e n el tie m p o , ya q u e el c o n c e p to d e cosas en g e n e ra l p re s c in d e de c ó m o se a n in tu id a s . A h o ra b ie n , la fo rm a de ser in tu id a s es p re c isa m e n te la c o n d ic ió n b a jo la cual e n tra el tie m p o en la re p re se n ta c ió n d e lo s o b je to s. Si se in clu y e e n el c o n c e p to tal c o n d ic ió n y se a firm a q u e to d a s las co sas, e n c u a n to fe n ó m e n o s (en c u a n to o b je to s d e la in tu ic ió n se n s i­ ble) e stá n en el tie m p o , el p rin c ip io es, a p rio ri, o b je tiv a m e n te c o rre c to y u n iv e rsa l. S o ste n e m o s, p u e s , la realidad empírica del tie m p o , es decir, su v alid ez o b je tiv a en re la c ió n c o n to d o s lo s o b je to s q u e p u e d a n o fre c e rse a n u e s tro s se n tid o s. A l ser sie m p re se n si­ ble n u e stra in tu ic ió n , n o p u e d e d a rse en n u e stra ex p e rie n c ia n in g ú n o b je to q u e n o e sté s o m e tid o a la c o n d ic ió n del tie m p o . N e g a m o s, e n c a m b io , a é ste to d a p re te n s ió n d e re a lid a d a b s o lu ­ ta, es d ecir, q u e 1 p e rte n e z c a a las cosas c o m o c o n d ic ió n o A 35 p ro p ie d a d de las m ism as, in d e p e n d ie n te m e n te de su re fe re n c ia a la fo rm a de n u e s tra in tu ic ió n sen sib le. L as p ro p ie d a d e s p e r te ­ necie n tes a las cosas en sí n u n c a p u e d e n se rn o s d ad as a tra v é s de los se n tid o s. E n ello c o n siste , p u e s, la idealidad trascendental del tie m p o . S e g ú n esta id e a lid a d , el tie m p o n o es n ad a p re s c in ­ d ie n d o de las c o n d ic io n e s su b je tiv a s de la in tu ic ió n sen sib le y n o p u e d e ser a tr ib u id o a lo s o b je to s en sí m ism o s (in d e p e n ­ d ie n te m e n te de su re la c ió n c o n n u e stra in tu ic ió n ), ni en calid ad B 53 de s u b s iste n te , ni e n la de in h e re n te . Sin e m b a rg o , n o hay q u e c o m p a ra r tal id e a lid a d , c o m o ta m p o c o la del esp a c io , c o n las s u b re p c io n e s d e la se n sib ilid a d , ya q u e e n este ú ltim o caso se su p o n e q u e el m ism o fe n ó m e n o en el q u e esos p re d ic a ­ d o s in h ie re n tie n e re a lid a d o b je tiv a . E s ta re a lid a d n o se da e n el caso del tie m p o , sa lv o e n la m e d id a e n q u e es e m p íric o , 1 Leyendo, de acuerdo con Valentiner, iiafi, en lugar de da (N. del T.)

ESPACIO Y TIEMPO

79

es decir, salvo en la m edida en que se considera el objeto m ism o, com o m ero fenóm eno. S obre esta cuestión puede verse la observación anterior, en la p rim e ra sección.

[ §7]

E xp lica c ió n C ontra est? teoría que concede al tiem po realidad em píri­ ca, p ero le niega realidad absoluta y trascendental, he recibido de parte de hom bres agudos un a objeción cuya unanim idad me hace pensar que aparecerá espontáneam ente en to d o lector no acostum brado a estas consideraciones. Es la siguiente: las modificaciones son reales, com o lo dem uestra el cam bio de nuestras propias representaciones, aunque se quisieran negar A 37 todos los fenóm enos externos jun tam en te con sus m odificacio­ nes. A hora bien, las m odificaciones sólo son posibles en el tiem po. E n consecuencia, el tiem p o es algo real. La respuesta no ofrece ninguna dificultad. A cepto el arg u m en to en su to tali­ dad. El tiem po es, efectivam ente, algo real, a saber, la form a real de la intuición interna. T ie n e, pues, realidad subjetiva con respecto a la experiencia interna, es decir, poseo realm ente la representación del tiem po y la de mis determ inaciones en él. El tiem po ha de ser, pues, considerado com o real, no B 54 en cuanto objeto, sino en cuanto m odo de representarm e a mí m ism o com o objeto. P ero si yo m ism o u o tro pudiese intuirm e sin la condición de la sensibilidad, las m ism as determ i­ naciones que ahora nos representam os com o m odificaciones nos sum inistrarían un conocim iento en el que no habría rep re­ sentación del tiem po, ni, p o r ta n to , de la m odificación. C onsi­ guientem ente, queda la realidad em pírica del tiem po com o co n ­ dición de toda experiencia nuestra. S egún la m encionada teoría, es la realidad absoluta la que n o se le concede. El tiem po no es más que la form a de nuestra intuición in te rn a k. Si

k Puedo decir, claro está, que mis representaciones son sucesivas. Pero esto sólo quiere decir que tenemos conciencia de ellas com o situadas en una secuencia tem poral, es decir, somos conscientes de ellas de acuerdo con la forma de nuestro sentido interno. N o p o r ello el tiem po es algo en sí mismo, ni tampoco una determinación objetivam ente inherente a las cosas. (Nota de Kant)

80

K ANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

A 38 quitam os de él la peculiar condición de nuestra sensibilidad, desaparece el m ism o concepto de tie m p o ; no es inherente a los objetos m ism os, sino sim plem ente al sujeto qu e los intuye. P ero la razón p o r la que esa objeción es p resentada con tal unanim idad y, adem ás, p o r quienes, sin em b arg o , no B 55 tienen nada convincente que o b jetar frente a la doctrina de la idealidad del espacio, consiste en lo siguiente: no creían p o d er p ro b ar apodícticam ente la realidad absoluta del espacio p o rq u e se les o pone el idealism o, según el cual no es posible dem ostrar estrictam ente la realidad de objetos e x terio res; p o r el co ntrario, la realidad del ob jeto de nu estro sentido in tern o (yo m ism o y mi estado) es inm ediatam ente clara a través de la conciencia. Los objetos exteriores p o d ían co n stitu ir una mera apariencia. E l objeto in tern o posee, en cam bio, según creen ellos, algo innegablem ente real. P ero no p en saro n que, aunque no se pueda negar la realidad de am bas clases de objetos en cuanto representaciones, las dos se refieren sólo al fenóm eno. E ste tiene dos la d o s : un o en el que el objeto es considerado en sí m ism o (independientem ente del m odo de intuirlo, razón p o r la cual su naturaleza perm anece siem pre p ro b lem átic a); o tro en el que se tiene en cuenta la form a de in tuir ese objeto, form a que, si bien pertenece real y necesa­ riam ente al fenóm eno, no ha de buscarse en el objeto m ism o, sino en el sujeto al que éste se m anifiesta. T iem po y espacio son, pues, dos fuentes de conocim ien­ to de las que p u ed en surgir a priori diferentes conocim ientos A 39 sintéticos, com o lo m uestra de m odo particularm ente brillante B 56 la m atem ática p u ra en lo referente al conocim iento del espacio y sus relaciones. T o m ad o s juntam ente, espacio y tiem p o son form as puras de toda intuición sensible, gracias a lo cual hacen posibles las proposiciones sintéticas a priori. Al ser sim ­ ples condiciones de la sensibilidad, estas fuentes de co nocim ien­ to a priori se fijan sus p ropios lím ites refiriéndose a objetos considerados tan sólo en cuanto fenóm enos, pero no rep resen ­ tan cosas en sí m ism as. U nicam ente los fenóm enos constituyen el terreno de su validez. Si se va más allá de este terren o , dichas fuentes dejan de usarse objetivam ente. P o r o tra parte, esa realidad 1 del espacio y del tiem po deja intacta la certeza 1 Según E rdm ann, hay que entender aquí por realidad «la puram ente empírica, no absoluta» (N. del T.)

ESPACIO Y TIEMPO

81

del conocim iento em pírico, ya que poseem os de éste últim o la m ism a seguridad si dichas form as son necesariam ente in h e­ rentes a las cosas en sí m ism as que si son sólo inherentes a la intuición que de ellas tenem os. Q uienes, p o r el co n trario , sostienen la realidad absoluta del espacio y del tiem po, sea com o subsistente, sea com o inherente, tienen que estar en desacuerdo con los principios de la misma experiencia. E n efecto, si se deciden p o r lo p rim e ro (partido que suelen to m ar los que investigan m atem áticam ente la naturaleza), se ven o b li­ gados a adm itir dos no-seres eternos y subsistentes p o r sí m ism os (espacio y tiem po) que existen (aunque n o exista nada real) sólo para contener en sí to d o lo real. Si se deciden p o r lo segundo (partido q u e tom an algunos m etafísicos que estudian la naturaleza) y consideran espacio y tiem po com o relaciones en tre fenóm enos (coexistentes o sucesivos), com o relaciones abstraídas de la experiencia, si bien confusam ente representadas en tal separación, tienen que negar la validez, o al m enos la certeza apodíctica, a las doctrinas m atem áticas a priori respecto de las cosas reales (por ejem plo, en el espacio). E n efecto, la certeza apodíctica no se da a posteriori y los conceptos a priori de espacio y tiem po constituyen, según esa o p inión, sim ples p ro d u cto s de la im aginación, p ro d u cto s cuya fuente ha de buscarse efectivam ente en la exp erien cia; a p artir de las relaciones abstraídas de ésta últim a, la im agina­ ción ha elaborado algo que, si bien contiene lo universal de esas relaciones, no puede existir sin las restricciones que la naturaleza ha ligado a ellas. Los p rim eros consiguen despejar el terreno de los fenóm enos en favor de las afirm aciones de carácter m atem ático. Se enredan enorm em ente, en cam bio, a causa de esas mismas condiciones, cuando el enten d im ien to quiere sobrepasar dicho terreno. Los segundos consiguen, res­ p ecto de esto últim o, que las representaciones de espacio y tiem po no les esto rb en cuando quieren enjuiciar los objetos sim plem ente en relación con el entendim iento y no en cuanto fenóm enos. P ero no p ueden, en cam bio, dar razón de la p o sib i­ lidad de conocim ientos m atem áticos a priori (ya que carecen de una intuición a priori verdadera y objetivam ente válida), ni hacer concordar de form a necesaria las proposiciones em p íri­ cas y las afirm aciones m atem áticas. E n la teoría que sobre la naturaleza de esas dos form as originarias de la sensibilidad sostenem os no so tro s, quedan allanadas am bas dificultades. Finalm ente, que la estética trascendental no pued e conte-

A 40 B 57

ÍA 41 \B 58

82

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

ner más que esos dos elem entos, espacio y tiem po, se desprende claram ente del hecho de que todos los dem ás conceptos p e rte ­ necientes a la sensibilidad — incluido el del m ovim iento, que reúne am bos elem entos— p resuponen algo em pírico. E l m o v i­ m iento presu p o n e la percepción de algo m óvil. A h o ra bien, en el espacio, considerado en sí m ism o, no hay nada m óvil. C onsiguientem ente, lo m óvil tiene que ser algo que sólo se halla en el espacio gracias a la experiencia. Es, p o r ta n to , un dato em pírico. P recisam ente p o r ello tam p o co puede la estética trascendental contar entre sus datos a priori el con cep to de cam bio, ya que no es el tiem po m ism o lo que cam bia, sino algo contenido en el tiem po. Para ello se requiere, pues, la percepción de alguna existencia y de la sucesión de sus determ i­ naciones, es decir, se requiere la experiencia.

B 59

[ § 8]

Observaciones generales sobre la estética trascendental

I 1. Si querem os evitar toda falsa in terp retació n de conocim iento sensible, será necesario p rim ero explicar, lo más claram ente posible, cuál es nuestra opinión con respecto a A 42 la naturaleza básica de dicho conocim iento. H em os p rete n d id o afirm ar que todas nuestras in tu icio ­ nes no son más qüe una representación fen o m é n ica; que las cosas que intuim os no son en sí mismas tal com o las intuim os, ni sus relaciones tienen en sí m ism as el carácter con que se nos m anifiestan; que si suprim iéram os n uestro sujeto o sim plem ente el carácter subjetivo de los sentidos en general, to d o el carácter de los objetos, todas sus relaciones espaciales y tem porales, incluso el espacio y el tiem po m ism os, desaparece­ rían. C om o fenóm enos, no p ueden existir en sí m ism os, sino sólo en n osotros. Perm anece para n osotros absolutam ente des­ conocido qué sean los objetos en sí, independientem ente de toda esa receptividad de nuestra sensibilidad. Sólo conocem os n u estro m odo de percibirlos, m odo que nos es peculiar y que, si bien ha de con venir a todos los hum anos, no necesaria1 En A: falta el núm ero «I»

ESTETICA TRASCENDENTAL

83

m ente ha de convenir a todos los seres. N o so tro s únicam ente nos ocupam os de nuestro m odo de percibir. El espacio y el tiem po son sus form as p u r a s ; la sensación es su materia. B 60 Las prim eras podem os conocerlas sólo a priori, es decir, p rev ia­ m ente a toda percepción efectiva, y p o r ello se llam an intuicio­ nes puras. A la segunda se debe, en cam bio, lo que en nuestro conocim iento se llama a posteriori, es decir, intuición em pírica. A quéllas son inherentes, con absoluta necesidad, a nuestra sensibilidad, sean cuales sean nuestras sensaciones, que pued en A 43 ser muy diferentes. A unque fuéram os capaces de aclarar al m áximo esa nuestra intuición, no p o r ello estaríam os más cerca del carácter de los objetos en sí m ism os. Pues, en cualquier caso, sólo llegaríam os a conocer perfectam ente nuestro m odo de intuir, esto es, nuestra sensibilidad, p ero som etida ésta siem pre a las condiciones de espacio y tiem po, originariam ente inherentes al sujeto. E l más claro conocim iento del fenóm eno de los objetos, que es lo único que de ellos nos es dado, jamás nos haría conocer en qué consisten en sí mismos. Sostener, pues, que toda nuestra sensibilidad no es más que la confusa representación de las cosas, una representación que sólo contendría lo que pertenece a las cosas en sí mismas, p ero que las contendría en una masa de características y rep re­ sentaciones parciales que no distinguim os conscientem ente, constituye una falsificación de los conceptos de sensibilidad y de fenóm eno, una falsificación que inutiliza y vacía toda la teoría relativa a estos conceptos. La diferencia entre una representación clara y otra confusa es puram ente lógica y B 61 no afecta a su contenido. El concepto de derecho, del que el en tendim iento sano hace uso, contiene indudablem ente to d o lo que la especulación más sutil es capaz de desarrollar a p artir de él, pero en el uso com ún y práctico no se tiene conciencia de las diversas representaciones incluidas en este pensam iento 1. P o r ello no pued e decirse que el concepto com ún sea sensible ni que contenga un m ero fenóm eno, ya A 44 que el derecho no puede m anifestarse, sino que tenem os su concepto en el entendim iento y representa una propied ad (la p ropiedad m oral) de las acciones, una propiedad que pertenece a éstas en sí mismas. P o r el contrario, la representación de un cuerpo en la intuición no contiene absolutam ente nada que 1 Traduciendo de acuerdo con la cuarta edición original diesem Gedanken, en lugar de diesen Gedanken (N. del T.)

84

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

pueda pertenecer a u n objeto en sí m ism o, sino sim plem ente el fenóm eno de algo y el m o d o según el cual ese algo nos afecta. E sta receptividad de nuestra facultad cognoscitiva se llam a sensibilidad y es com pletam ente distinta del conocim iento del objeto en sí m ism o, aun en el caso de que pud iera p enetrarse hasta el fo n d o de dicho fenóm eno. La filosofía de L eibniz y W o lf ha intro d u cid o , pues, u n p u n to de vista com pletam ente equivocado en todas las investigaciones sobre la naturaleza y sobre el orig en de n u estro conocim iento al considerar la diferencia entre la sensibilidad y lo intelectual com o p u ram en te lógica, siendo así que es evidentem ente trascendental. T al diferencia no afecta sólo a B 62 la form a de la claridad o confusión, sino al o rigen y contenido de los conocim ientos. D e m odo que, a través de la sensibilidad, no sólo conocem os la naturaleza de las cosas en sí mismas de m anera confusa, sino que no la conocem os en absoluto. D esde el m om ento en que suprim im os nuestra condición subje­ tiva, el objeto representado y las propiedades que la intuición sensible le haya atrib u id o no se encu en tran en n ing u n a p arte, ni p ueden encontrarse, ya que es precisam ente esa condición subjetiva la que determ ina la form a del objeto en cuanto fenóm eno. A 45 P o r lo com ún, establecem os en los fenóm enos una p e r­ fecta distinción entre lo que es esencialm ente inherente a su in tuición y es válido para to d o sentido hum ano, y lo que pertenece a la intu ició n sólo de m odo accidental y no es válido en relación con la sensibilidad en general, sino en rela­ ción con una especial p osición o estru ctu ra de éste o aquel sentido. D ecim os de la p rim era form a de conocim iento que representa el ob jeto en sí m is m o ; de la segunda decim os que representa tan sólo el fenóm eno del objeto en sí m ism o. P ero tal diferencia es p u ram en te em pírica. Si nos quedam os en esa diferencia (com o suele ocu rrir) y consideram os aquella in tuición em pírica, n o com o m ero fenóm eno a su vez (com o debiera ocurrir), d o n d e no se encuentra nada que afecte a una cosa en sí m ism a, entonces se ha p erd id o nuestra distinción trascendental. E ntonces pensam os conocer cosas en sí m ismas, a pesar de que en n in g ú n lugar del m u n d o de los sentidos, B 63 ni siquiera en las más p rofundas investigaciones de sus objetos, nos ocupam os más que de fenóm enos. A sí, llam arem os al arco iris un m ero fenóm eno cuando se m ezclan el sol y la lluvia y direm os que ésta últim a es la cosa en sí. E sto es

ESTETICA TRASCENDENTAL

85

correcto si entendem os la lluvia en sentido p uram ente físico, es decir, com o algo que pertenece a la experiencia general y que, sea cual sea su posición respecto de los sentidos, se halla determ inado en la intuición así y no de o tro m odo. Pero si tom am os este elem ento em pírico en general y preguntam os, sin atender a su acuerdo o desacuerdo con el sentido de cada A 46 hom bre, si tal elem ento representa tam bién un objeto en sí m ism o (no las gotas de lluvia, ya que éstas, en cuanto fen ó m e­ nos, son ya objetos em píricos), la p reg u n ta sobre la relación que la representación g uarde con el objeto se convierte en trascendental, y no solam ente esas gotas son sim ples fenóm e­ nos, sino que incluso su figura redonda, incluso el espacio en que caen, no son nada en sí m ism os, sino sim ples m odifica­ ciones o fundam entos de nuestra intuición sensible. P ero el ob jeto trascendental perm anece desconocido para no so tro s. La segunda cuestión im p o rtan te de nuestra estética tras­ cendental consiste en que no sólo consiga una acogida favorable com o m era hipótesis verosím il, sino que sea tan cierta e in duda­ ble com o pueda exigirse de una teoría que ha de servir de organon. Con el fin de que esa certeza se haga plenam ente convincente, querem os elegir algún caso cuya validez salte a la vista [y pueda aum entar la claridad de lo dicho en § 3], B 64 S upongam os que espacio y tiem po son en sí m ism os objetivos y que constituyen condiciones de posibilidad de las cosas en sí mismas. A nte todo, vem os que de am bos, y especial­ m ente del espacio, derivan m ultitu d de proposiciones a priori apodícticas y sintéticas. P or ello exam inarem os aquí p referen te­ m ente el espacio a m odo de ejem plo. D ad o que las p ro p o sicio ­ nes de la geom etría son sintéticas a priori y conocidas con certeza apodíctica, form ulo la p reg u n ta siguiente: ¿de dónde A 47 sacamos sem ejantes proposiciones y en qué se apoya nuestro entendim iento para llegar a tales verdades absolutam ente nece­ sarias y universalm ente válidas? N o puede ser sino de conceptos o de intuiciones. A m bos están dados o bien a priori, o bien a posteriori. Los últim os, es decir, los conceptos em píricos, al igual que aquello en que se basan — la intuición em pírica— , no p ueden dar lugar a p roposición sintética alguna, a no ser que sea, a su vez, m eram ente em pírica, es decir, una p ro p o si­ ción de la experiencia, una proposición que, consiguientem ente, jamás puede contener ni necesidad ni absoluta universalidad, propiedades que constituyen, sin em bargo, lo característico de las proposiciones geom étricas. El prim ero y único m edio

86

B 65

A 48

B 66

A 49

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

sería llegar a tales conocim ientos m ediante sim ples conceptos o m ediante intuiciones a priori. A h o ra bien, es claro que, p artien d o de p u ro s conceptos, sólo se obtienen conocim ientos analíticos, no sintéticos. T om em os la siguiente p ro p o sició n : «D os líneas rectas no p ueden encerrar espacio a lg u n o » ; no perm iten, pues, construir una fig u ra ; tratem os ahora de d e d u ­ cirlo partien d o del concepto de línea recta o del concepto del n úm ero dos. O bien tom em os esta otra p ro p o sició n : «Tres líneas rectas perm iten construir una figura», e intentem os, igualm ente, deducirla p artiendo sólo de tales conceptos. Son inútiles to d o s los esfuerzos. N os vem os obligados a recu rrir a la intuición, com o hace siem pre la m ism a geom etría. N os dam os, pues, un objeto en la intuición. P ero, ¿de q ué clase de intuición p u ra se tr a ta : a priori o em pírica P Si fuera em pírica, jamás p odría derivar de ella una p ro p o sició n que tuviera validez universal y, m ucho m enos, que fuese apodíctica, ya que la experiencia nunca pu ede p ro p o rc io n ar tales proposiciones. T e ­ nem os, pues, que darnos el objeto a priori en la in tuición y basar en él nuestra prop o sició n sintética. Si no hubiese en n osotros una facultad de intuir a priori; si esta condición subjetiva no fuese, a la vez, p o r su form a, la condición universal a priori requerida indispensablem ente para hacer posible el objeto de esa intuición (externa) m ism a; si el objeto (el triá n g u ­ lo) fuera algo en sí m ism o, sin relación con n oso tro s com o sujetos, ¿cóm o podríam os decir que lo que se halla necesaria­ m ente en n osotros com o condición subjetiva para fo rm ar un trián gulo pertenece tam bién, de m odo necesario, al trián g u lo en sí m ism o? Pues no podem os añadir a nuestros conceptos (de tres líneas) nada nuevo (la figura) que tenga que hallarse necesariam ente en el objeto, ya que éste no viene dado a través de nuestro conocim iento, sino con anterioridad al m is­ mo. Si, pues, el espacio (e igualm ente el tiem po) n o fuese una sim ple form a de nuestra intuición, una form a que contiene las condiciones a priori sin las cuales no serían posibles para n o so tro s los objetos exteriores (que nada serían en sí m ism os prescindiendo de esas condiciones subjetivas), no po d ríam o s establecer nada sintéticam ente a priori sobre dichos objetos exteriores. P o r tanto, no sólo es posible o p robable que espacio y tiem po sean, en cuanto condiciones necesarias de to d a expe­ riencia (externa e interna), puras condiciones subjetivas de toda intuición hum ana, sino que es indudablem ente cierto. P o r ello, todos los objetos son m eros fenóm enos respecto

ESTETICA TRASCENDENTAL

87

de dichas condiciones, no cosas que existen en sí mismas y que se nos ofrecen com o fenóm enos. E sta es, igualm ente, la razón de que pueda decirse m ucho a priori sobre lo que se refiere a la form a de los fenóm enos y de que no pueda hacerse la m enor afirm ación sobre la cosa en sí misma que pueda servir de base a dichos fenóm enos. [II. La siguiente observación puede servir de m odo especial con vistas a confirm ar la teoría de la idealidad del sentido, tan to externo com o interno, es decir, la teoría de que todos los objetos de los sentidos son p uros fen ó m e n o s: todos los elem entos de nuestro conocim iento pertenecientes a la intuición (se exceptúan, pues, los sentim ientos de placer y displacer y la voluntad, que no constituyen conocim ientos) incluyen solam ente meras relaciones de lugar (extensión) en una intuición, de cam bio de lugar (m ovim iento) y leyes p o r B 67 las que se rige ese cam bio (fuerzas m otrices). Lo que está presente en el lugar o lo que actúa en las cosas mismas indepen­ dientem ente del cam bio de lugar, no nos es dado a través de la intuición. A hora bien, p o r m edio de simples relaciones no se conoce una cosa en sí misma. Hay que concluir, pues, que, desde el m om ento en que no se nos dan a través del sentido externo más que representaciones de relación, este sentido sólo puede contener en su representación la relación de un objeto con el sujeto, no lo interno, lo que pertenece al objeto en sí mismo. Lo mismo ocurre con la intuición interna. N o se trata sólo de que en esta últim a las representaciones de los sentidos externos constituyan la verdadera materia con la que ocupam os nuestro psiquism o, sino que el tiem po en el que situam os dichas representaciones —tiem po que, a su vez, precede a la conciencia de las mismas en la experiencia y les sirve de base en cuanto condición form al de nuestro m odo de situarlas en el psiquism o— contiene ya relaciones de suce­ sión, de sim ultaneidad y de aquello que coexiste con lo sucesivo (lo perm anente). A hora bien, lo que puede preceder, com o representación, a to d o acto de pensar algo es una intuición y, si ésta no contiene más que relaciones, es la form a de la intuición, form a que, a! no representar más que lo puesto en el psiquism o, no puede ser otra cosa que la manera según la cual el psiquism o es afectado p o r su propia actividad, es decir, p o r el acto de p o n er su representación y, consiguiente- B 68 m ente, p o r sí m ism o. E sto es, se trata de un sentido que, p o r su form a, es interno. T o d o lo que es representado p o r

88

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

u n sentido es, en esa misma m edida, siem pre fenóm eno. P or consiguiente, o bien habría que rechazar la existencia de un sentido interno, o bien el sujeto que es objeto de dicho sentido únicam ente podría ser representado p o r éste com o fenóm eno, no com o el sujeto juzgaría de sí m ism o si su intuición fu e­ ra sim ple actividad espontánea, es decir, si su intuición fuera intelectual. T oda la dificultad reside sólo en saber cóm o puede un sujeto intuirse interiorm ente a sí m ism o. A hora bien, esta dificultad es com ún a toda teoría. La conciencia de sí m ism o (apercepción) es la representación sim ple del yo y si, p o r m edio de ella sola, toda la diversidad existente en el sujeto fuera dada p o r la actividad espontánea, la intuición interna sería intelectual. Esa conciencia exige en el h om bre la interna p ercep ­ ción de la diversidad previam ente dada en el sujeto, y el m odo según el cual se da en el psiquism o tal diversidad de form a no espontánea tiene que llam arse, habida cuenta de esta diferencia, sensibilidad. Si la capacidad de adquirir concien­ cia de sí tiene que buscar (aprehender) lo que se halla en el psiquism o, dicha capacidad tiene que afectar a éste últim o, y sólo así puede dar lugar a una intuición de sí mismo. P ero la form a de tal intuición, que se halla previam ente en el p siq u is­ m o, establece, en la representación del tiem po, el m odo de B 69 estar reunido lo diverso en el psiquism o, ya que entonces éste se intuye, no com o se representaría inm ediatam ente con su actividad propia, sino del m odo según el cual es afectado interiorm ente y, p o r tanto, no tal com o él es, sino tal com o se manifiesta a sí m ism o. III. Al decir que tan to la intuición de los objetos externos com o la autointuición del psiquism o representan am ­ bas cosas en el espacio y en el tiem po, tal com o éstas afectan a nuestros sentidos, esto es, tal com o aparecen, no p reten d o afirm ar que estos objetos sean pura apariencia. E n efecto, en el fenóm eno, los objetos, e incluso las propiedades que les asignam os, son siem pre considerados com o algo realm ente dado. P ero, en la m edida en que, en la relación del objeto dado con el sujeto, tales propiedades dependen únicam ente del m odo de intuición del sujeto, establecem os una distinción entre dicho objeto en cuanto fenómeno y ese m ism o objeto en cuanto objeto en sí. Así, p o r ejem plo, no digo que los cuerpos sim plem ente parecen estar fuera de m í o que mi alma parece estar dada sólo en mi autoconciencia, cuando afirm o que la cualidad de espacio y tiem po (de acuerdo con la cual,

ESTETICA TRASCENDENTAL

89

com o condición de su existencia, p o n g o los cuerpos y el alma) no reside en tales objetos, sino en mi m odo de intuir. Sería una falta de p arte mía convertir en m era apariencia lo que debiera considerar com o fe n ó m e n o 15. P ero no sucede tal cosa B 7 0 según n uestro principio de la idealidad de todas nuestras in tu i­ ciones sensibles. Al contrario, es im posible evitar que to d o quede conv ertid o en m era apariencia cuando se atribuye realidad objetiva a esas form as de representación. E n efecto, si considera­ mos espacio y tiem po com o propiedades que, de ser posibles, tienen que hallarse en cosas en sí y pensam os, adem ás, en los absurdos en que nos enredam os (ya que, adm itim os que, incluso tras haber sido elim inadas todas las cosas existentes, q uedan dos cosas infinitas que no son sustancias ni algo real­ m ente inherente a éstas, pero sí algo que existe, es más, algo B 71 que condiciona necesariam ente la existencia de todas las cosas), entonces no podem os censurar al bueno de Berkeley p o r haber reducido los cuerpos a m era apariencia. Más todavía, nuestra pro p ia existencia, que de esta form a dependería de la realidad subsistente de un no-ser com o el tiem po, debería igualm ente convertirse en p u ra apariencia, ab su rd o del que, hasta el p resen ­ te, nadie ha querido hacerse responsable. IV . D ad o que en la teología natural se piensa un o b jeto que no sólo no es para n osotros objeto de intuición, sino que no puede ser objeto de intuición sensible para sí m ism o, se ha p rocedido cuidadosam ente a elim inar de toda su intuición (pues to d o su conocim iento ha de ser intuición y no pensamiento, que es siem pre lim itado) las condiciones tem porales y espaciales. P ero ¿con qué derecho puede hacerse k Los predicados del fenóm eno pueden atribuirse al mismo objeto en relación con nuestro sentido, po r ejem plo, el color rojo o el olor pueden B 70 asignarse a la rosa. Pero la apariencia jamás puede ser atribuida, en cuanto predicado, al objeto, y ello precisam ente porque tal apariencia añade al objeto * en si algo que sólo le pertenece en relación con el sentido o, de form a general, con el sujeto. Así ocurre, p o r ejem plo, con las dos asas prim itivam ente atribuidas a Saturno. Lo que no se encuentra en el objeto en sí m ism o y se halla siempre, p o r el contrario, en sus relaciones con el sujeto, siendo inseparable de la representación del prim ero, es fenóm eno. Está, pues, justificado el asignar los predicados de espacio y tiem po a los objetos de los sentidos en cuanto tales, sin que haya en este caso apariencia alguna. Si atribuyo, en cambio, la rojez a la rosa en sí, las asas a Saturno, o bien la extensión a todos los objetos exteriores en sí, sin atender a una determ inada relación de esos objetos con el sujeto y sin lim itar a ella mi juicio, entonces es cuando surge la apariencia. (N ota de Kant)

90

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

esto si espacio y tiem po han sido previam ente convertidos en form as de las cosas en sí m ism as y, adem ás, com o form as que, en cuanto condiciones a p rio ri de la existencia de las cosas, subsistirían incluso en el caso de haber suprim id o éstas últim as. E n efecto, com o condiciones de toda existencia, d eb e­ rían serlo tam bién de la existencia de D ios. Si no querem os B 72 hacer de espacio y tiem po form as objetivas de todas las cosas, no nos queda o tra alternativa que convertirlas en form as subje­ tivas de nuestra form a de intuir, ta n to externa com o interna. E sta form a de intuir se llama sensible p o r no ser originaria, es decir, p o r n o ser de tal naturaleza, que se nos dé a través de ella la m ism a existencia de su objeto (sólo al ser prim ordial pertenece, p o r lo que nosotros conocem os, esta clase de in tu i­ ción), sino que depende del objeto y, consiguientem ente, sólo es posible en la m edida en que la facultad de representación es afectada p o r dicho objeto. T am poco es necesario que lim item os el m odo de in tu ir en espacio y tiem po al m arco de la sensibilidad hum ana. Es posible que to d o ser pensante finito coincida necesariam ente con el hom bre en este p u n to , au n q u e no podem os resolver esta cuestión. P ero no p o r esa validez general deja de ser sensibilidad, ya que no es intuición originaria ( intuitus origina­ rias ) , sino derivada ( intuitus derivativas ) y, p o r consiguiente, no se trata de una intuición intelectual. P or la razón antes m encionada, tal intuición parece co nvenir únicam ente al ser p rim o rdial, jamás a un ser que, tan to desde el p u n to de vista de su existencia com o de su m odo de in tu ir (m odo que determ i­ na la existencia de este ser en relación con objetos dados), es dependiente. D e to d o s m odos, esta últim a observación a nuestra teoría estética debe ser considerada, no com o una d em ostración, sino com o sim ple aclaración.

B 73

Conclusión de la estética trascendental T enem os ya, en las puras intuiciones a p riori — espacio y tiem po— una de las partes requeridas para solucionar el pro b lem a general de la filosofía trascendental: ¿cómo son posibles las proposiciones sintéticas a prio ri ? C uando desde tales intuiciones querem os sobrepasar con un juicio a p rio ri el concepto dado, enco n tram os algo que no puede ser descubierto a p riori en el co ncepto, p ero sí en la intuición que le corresponde, y

ESTETICA TRASCENDENTAL

91

ese algo puede ligarse sintéticam ente a dicho concepto. Sin em bargo, p o r esta m ism a razón, esos juicios no pueden nunca ir más allá de los objetos de los sentidos y únicam ente poseen validez si se aplican a objetos de experiencia posible.]

so 1 B 74 / a

D O C T R IN A T R A S C E N D E N T A L D E LO S E L E M E N T O S S

eg u n d a

P

a rte

LA L O G IC A T R A S C E N D E N T A L

IN T R O D U C C IO N ID E A D E U N A L O G IC A T R A S C E N D E N T A L I

La

l ó g ic a

en

g en er a l

N u estro conocim iento surge básicam ente de dos fuentes del p siquism o: la prim era es la facultad de recibir representacio­ nes (receptividad de las im presio n es); la segunda es la facultad de conocer un objeto a través de tales representaciones (espon­ taneidad de los conceptos). A través de la prim era se nos da un o b je to ; a través de la segunda, lo pensamos en relación con la representación (com o sim ple determ inación del p siq u is­ mo). La intuición y los conceptos constituyen, pues, los elem en­ tos de to d o n u estro conocim iento, de m odo que ni los co n cep ­ tos p u eden sum inistrar conocim iento prescindiendo de una intuición que les corresponda de alguna form a, ni tam poco puede hacerlo la intuición sin conceptos. A m bos elem entos son, o bien p u ro s, o bien em píricos. Son empíricos si contienen una sensación (la cual presupone la presencia efectiva del o b je­ to). Son puros si no hay en la representación mezcla alguna de sensación. P odem os llam ar a ésta últim a la m ateria del conocim iento sensible. La intuición pu ra únicam ente contiene, B 75 pues, la form a bajo la cual intuim os algo. El concepto p u ro

LOGICA TRASCENDENTAL

93

no contiene, p o r su parte, sino la form a bajo la cual pensam os A 51 un objeto en general. T an to las intuiciones puras com o los conceptos p u ro s sólo son posibles a p rio ri, m ientras que las intuiciones em píricas y los conceptos em píricos únicam ente lo son a posteriori. Si llam am os sensibilidad a la receptividad que nuestro psiquism o posee, siem pre que sea afectado de alguna m anera, en o rd en a recibir representaciones, llam arem os entendimiento a la capacidad de producirlas p o r sí m ism o, es decir, a la espontaneidad del conocim iento. N uestra naturaleza conlleva el que la intuición sólo pueda ser sensible, es decir, que no contenga sino el m odo según el cual som os afectados p o r objetos. La capacidad de pensar el objeto de la intuición es, en cam bio, el entendimiento. N inguna de estas propiedades es preferible a la o tr a : sin sensibilidad ningún o bjeto nos sería dado y, sin entendim iento, ning u n o sería pensado. Los pensam ientos sin co ntenido son v acío s; las intuiciones sin conceptos son ciegas. P or ello es tan necesario hacer sensibles los conceptos (es decir, añadirles el objeto en la intuición) cóm o hacer inteligi­ bles las intuiciones (es decir, som eterlas a conceptos). Las dos facultades o capacidades no pueden intercam biar sus fu n ­ ciones. N i el entendim iento puede intuir nada, ni los sentidos p u ed en pensar nada. El conocim iento únicam ente puede su rg ir B 76 de la u nión de am bos. Mas no p o r ello hay que confundir su co n tribución respectiva. Al contrario, son m uchas las razo ­ nes para separar y distinguir cuidadosam ente una de otra. A 52 P or ello distinguim os la ciencia de las reglas de la sensibilidad en general, es decir, la estética, respecto de la ciencia de las reglas del entendim iento en general, es decir, de la lógica. La lógica, p o r su parte, sólo puede ser considerada desde una doble p ersp ectiv a: com o lógica de lo general o com o lógica del peculiar uso del entendim iento. La prim era incluye las reglas absolutam ente necesarias del pensar, aquéllas sin las cuales no es posible uso alguno del entendim iento. Se refiere, pues, a éste sin tener en cuenta la diferencia de los objetos a los que pueda dirigirse. La lógica del uso peculiar del entendim iento com prende las reglas para pensar correcta­ m ente sobre cierta clase de objetos. La prim era podem os llam ar­ la lógica de los elem entos. La últim a podem os denom inarla el organon de tal o cual ciencia. La última suele estudiarse en las escuelas com o propedéutica de las ciencias, a pesar de ser algo que la razón, de acuerdo con su proceder, alcanza

94

B 77

A 53

B 78

A 54

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

en últim o lugar, cuando dicha ciencia particu lar ya está acabada hace tiem po y no necesita para su corrección y perfección más que u n repaso final. E n efecto, hay que p oseer ya un notable conocim iento de los objetos cuando se q u ieren señalar las reglas sobre el m odo de constituirse una ciencia de los mismos. La lógica general es, o bien lógica p u ra, o bien lógica aplicada. E n la prim era hacem os abstracción de todas las condiciones em píricas bajo las cuales actúa nu estro enten d im ien to , p o r ejem plo, del influjo de los sentidos, del juego de la im agina­ ción, de las leyes de la m em oria, de la fuerza de la costum bre, de la inclinación, etc., y, consiguientem ente, tam bién de las fuentes de p reju icio s; más todavía, incluso de todas las causas de qu e podam os derivar o parezcan su rg ir ciertos co n o cim ien ­ tos. Pues tales causas únicam ente incum ben al enten d im ien to si éste es em pleado bajo ciertas circunstancias y, para conocer éstas últim as, hace falta la experiencia. P o r tanto, una lógica general pura sólo tiene que ver con principios a priori y es u n canon del entendimiento y de la razón, au n q u e sólo en relación con el aspecto form al de su uso, sea cual sea el co n ten id o (em pírico o trascendental). Se llam a aplicada la lógica general cuando se dirige a las reglas de uso del entendim ien to bajo las condiciones em píricas subjetivas que la psicología nos ense­ ña. E sta lógica posee, pues, principios em píricos, si bien es general en la m edida en que se refiere al uso del enten d im ien to sin atender a las diferencias de los objetos. P o r ello no es ni u n canon del entendim iento en general ni u n o rg an o n de ciencias particulares, sino sim plem ente u n catártico del en ­ tendim iento com ún. H ay que separar, pues, com pletam ente la p arte de la lógica general que debe constituir la doctrina p ura de la razón respecto de aquella otra parte que form a la lógica aplicada (aunque siga siendo general). Sólo la prim era es ciencia en sentido p ro p io , aunque concisa y árida, com o lo exige una exposición m etódica de la doctrina de los elem entos del e n ten d i­ m iento. E n esta ciencia los lógicos deben, pues, tener siem pre presentes las dos reglas sig u ien te s:1 1) com o lógica general, hace abstracción de to d o co n te­ n ido del conocim iento del entendim iento, así com o de la d iv er­ sidad de sus objetos, y no tiene que ver sino con la sim ple form a del p en sar;

95

LOGICA TRASCENDENTAL

2) com o lógica pura, no posee principios em píricos, es decir, no tom a nada (contra lo que a veces se cree) de la psicología, la cual no ejerce, consiguientem ente, n ingún influjo sobre el canon del entendim iento. La lógica pu ra es una doctrina dem ostrada y to d o tiene que ser en ella cierto enteram ente a priori. Lo que llam o lógica aplicada es (frente al sentido h ab i­ tual de esta palabra, sentido según el cual dicha lógica tiene que contener ciertos ejercicios cuyas reglas sum inistra la lógica p ura) una representación del entendim iento y de las reglas de su uso necesario en concreto, esto es, bajo las fortuitas condiciones del sujeto, condiciones que pueden im pedir o B 79 favorecer dicho uso y que sólo p u ed en ser dadas, en su to tali­ dad, de m odo em pírico. La lógica aplicada trata de la atención, de sus obstáculos 1 y consecuencias, del origen del erro r, del estado de duda, del escrúpulo, de la convicción, etc. La lógica general y pura guarda con esta lógica aplicada la misma relación que la m oral p u ra — que sólo contiene las leyes éticas necesarias A 55 de una voluntad libre en general— respecto de la doctrina de la v irtu d propiam ente dicha, la cual considera esas leyes teniendo en cuenta los obstáculos de los sentim ientos, inclina­ ciones y pasiones a los que los h om bres se hallan som etidos en m ayor o m enor grado. La doctrina de la v irtud no es capaz de p ro p o rc io n ar una ciencia verdadera y dem ostrada, ya que, al igual que la lógica aplicada, tiene que servirse de principios em píricos y psicológicos.

II

La

l ó g ic a

tr a sc en d en ta l

La lógica general abstrae, com o hem os visto, de to d o contenido del conocim iento, esto es, de toda relación de éste últim o con el objeto. Sólo considera la form a lógica de la relación que g u ard an entre sí los conocim ientos, es decir, la form a del pensam iento en general. A hora bien, al haber tan to intuiciones puras com o em píricas (según dem uestra la

1 Leyendo, de acuerdo con Erdmann, Hindernissen, en lugar de Hindernis (N. del T.)

96

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

estética trascendental), p odríam os igualm ente en co n trar una distinción entre el pensam iento p u ro de los objetos y el pensaB 80 m iento em pírico de los m ism os. E n este caso habría una lógica en la que no se abstraería de to d o co n ten id o de conocim iento, ya que una lógica que únicam ente co ntuviera las reglas del pensam iento p u ro de un objeto excluiría sólo 1 los co n o cim ien ­ tos de co ntenido em pírico. Sem ejante lógica se ocuparía tam A 56 bién del o rigen de nu estro conocim iento de los objetos, en cuanto que no se puede atrib u ir tal o rig en a esos objetos. La lógica general nada tiene, en cam bio, que ver co n el o rig en del conocim iento, sino que sim plem ente considera las rep resen ­ taciones — sean originariam ente a priori en n o so tro s o vengan dadas sólo em píricam ente— de acuerdo con las reglas según las cuales el entendim iento las relaciona m utuam ente cuando piensa. La lógica general sólo trata, pues, de la form a intelectual asignable a las representaciones, sea cual sea el o rig en de éstas. H aré ahora una observación que debe tenerse presen te y cuya influencia se extiende a todas las consideraciones que sig u e n : n o to d o conocim iento a priori debe llam arse trascen d en ­ tal (lo que equivale a la posibilidad del conocim iento o al uso de éste a priori), sino sólo aquél m ediante el cual conocem os que determ inadas representaciones (intuiciones o conceptos) son posibles o son em pleadas pu ram en te a priori y cóm o lo B 81 son. P o r ello, ni el espacio ni n inguna determ inación geom étrica a priori del m ism o constituye una representación trascendental. Sólo pu ed e llam arse representación trascendental el co n o ci­ m iento de que tales representaciones no poseen o rig en em p íri­ co, p o r una p arte, y, p o r otra, la posibilidad de que, no o bstante, se refieran 12 a priori a objetos de la experiencia. D e la m ism a form a sería tam bién trascendental el uso del espacio aplicado a objetos en general. P ero si se aplica sólo a los objetos de los sentidos, tal uso se llam a em pírico. La A 57 diferencia entre lo em pírico y lo trascendental sólo co rresponde, pues, a la crítica del conocim iento y no afecta a la relación en tre éste y su objeto. C on la esperanza, pues, de que haya tal vez conceptos 1 E ntendiendo, con Adickes, würde blofí alie... ausschliejlen, en lugar de würde alie... ausscbliejlen (N. del T.) 2 Leyendo, con E rdm ann, be%iehen kónnen, en lugar de beqtehen kónne (N . del T.)

LOGICA TRASCENDENTAL

97

que se refieran a priori a objetos, no en cuanto intuiciones puras o sensibles, sino sim plem ente en cuanto actos del en ten d i­ m iento p u ro — actos que son, p o r tanto, conceptos, p eró de o rigen no em pírico ni estético— , nos hacem os de antem ano la idea de una ciencia del conocim iento p u ro intelectual 1 y racional, un conocim iento a través del cual pensam os los objetos plenam ente a priori. Sem ejante ciencia, que determ inaría el origen, la am plitud y la validez objetiva de esos conocim ien­ tos, tendría que llam arse lógica trascendental, ya que sólo se ocupa de las leyes del entendim iento y de la razón, si bien únicam ente en la m edida en que tales leyes se refieren 12 a B 82 objetos a priori, a diferencia de lo que hace la lógica general, que se refiere indistintam ente a conocim ientos racionales, tan to em píricos com o puros.

III D

iv is ió n

de

la

l ó g ic a

g en era l

E N A N A L ÍT I C A Y D I A L É C T IC A

La antigua y conocida p reg u n ta, con la que se creía p o n er en apuros a los lógicos y con la que se intentaba llevarlos a una situación tal, que, o bien tuvieran que acogerse a un deplorable sofism a, o bien tuvieran que reconocer su ignorancia y, consiguientem ente, la vacuidad de to d o su arte, es ésta: A 58 ¿qué es la verdad? Se concede y se presupone la definición nom inal de verdad, a saber, la conform idad del conocim iento con su objeto. P ero se pretende saber cuál es el criterio general y seguro de la verdad de to d o conocim iento. Saber q ué es lo que hay que p reg u n tar razonablem ente constituye ya una notable y necesaria prueba de sagacidad y de penetración. E n efecto, cuando la p regunta es en sí misma absurda y requiere contestaciones innecesarias, supone a veces el inconveniente, adem ás de deshonrar a q uien la form ula, de inducir al oyente incauto a responder de form a igualm ente absurda, ofreciendo am bos el espectáculo ridículo B 83 1 Leyendo, de acuerdo con Erdm ann, Verstandes— , en lugar de Verstandes (N. del T.) 2 Entendiendo, con Erdm ann, werden, en lugar de wird (N. del T.)

98

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

de — com o decían los antiguos— o rdeñar un o al chivo m ientras el o tro sostiene la criba. Si la verdad consiste en la conform idad de un conoci­ m iento con su objeto, éste tiene que ser distinguido de o tro s en v irtud de tal conform idad. Pues u n conocim iento que no coincide con el objeto al que es referido, es falso, aunque dicho conocim iento contenga algo que pueda valer respecto de otros objetos. U n criterio universal de verdad sería aquel que tuviera validez para todos los conocim ientos, indep en d ien ­ tem ente de la diversidad de sus objetos. A hora bien, dado que este criterio hace abstracción de to d o contenido del conociA 59 m iento (de la relación con su objeto) y dado que la verdad se refiere precisam ente a tal contenido, es evidente lo ab so lu ta­ m ente im posible y lo ab su rd o de p reg u n ta r p o r un d istintivo de la verdad de ese contenido cognoscitivo. Q ueda clara, consi­ guientem ente, la im posibilidad de señalar un criterio de verdad que sea, a la vez, suficiente y universal. C om o ya antes hem os llam ado m ateria al contenido de u n conocim iento, tendrem os que concluir: p o r lo que a la m ateria concierne, no p uede exigirse n in g ú n criterio general sobre la verdad del co nocim ien­ to , p uesto que tal criterio es en sí m ism o contradictorio. P or lo que se refiere al conocim iento concerniente a la m era form a (prescindiendo de to d o contenido), es, en camB 84 bio, m anifiesto que una lógica tiene que exponer, en la medida en que presenta las reglas generales y necesarias del en ten d i­ m iento, unos criterios de verdad con esas mismas reglas. E n efecto, lo que se opo n e a ellas es falso, ya que el entendim iento se halla entonces en contradicción con sus reglas generales de pensam iento, es decir, consigo m ism o. Sin em bargo, tales criterios afectan sólo a la form a de la verdad, esto es, del pensam iento en general, y son, en este sentido, perfectam ente correctos, p ero no suficientes. Pues aunque un conocim iento esté enteram ente de acuerdo con la form a lógica, es decir, aunque no se contradiga a sí m ism o, puede seguir estando en co ntradicción con su objeto. P or consiguiente, el criterio m eram ente lógico de verdad — la conform idad de un conoci­ m iento con las leyes universales y form ales del entendim iento A 60 y de la razón— constituye una conditio sirte qrn non, esto es, una condición negativa de toda verdad. Pero la lógica no pasa de aquí. Carece de m edios para detectar un erro r que n o afecte a la form a, sino al contenido. La lógica general descom pone toda la labor form al

LOGICA TRASCENDENTAL

99

del en tendim iento y de la razón en sus elem entos y los expone com o p rincipios de toda apreciación lógica de nuestro co n o ci­ m iento. E sta p arte de la lógica pued e llam arse, pues, analítica y, p o r ello m ism o, constituye una p rueba — al m enos negativa— de la verdad, en cuanto que, antes de investigar el conocim iento en lo concerniente a su co ntenido, hay que exam inar y evaluar la form a del m ism o a la luz de estas reglas, a fin de determ inar si tal conocim iento contiene 1 una verdad positiva respecto del o bjeto. Sin em bargo, la m era form a del conocim iento B 85 está lejos, p o r m ucho que concuerde con las leyes lógicas, de ser suficiente para determ inar la verdad m aterial (objetiva) del conocim iento. P o r ello no pu ed e nadie atreverse a fo rm u lar juicios sobre los objetos con la sim ple lógica ni afirm ar algo sobre ellos antes de haber o b te n id o inform ación fidedigna con independencia de la lógica, a fin de tratar de ligar y de utilizar lueg o tal inform ación en un to d o coheren te a la luz de las leyes lógicas, o m ejor todavía, a fin de exam inar la inform ación de acuerdo con esas leyes. N o obstan te, hay algo tan te n tad o r en la posesión de ese arte ficticio que su m in is­ tra a to d os nuestros conocim ientos la form a del entendim iento, a pesar de ser quizá m uy p o b re y vacío su contenid o , que A 61 aquella lógica general, que constituye sim plem ente u n canon destinado a enjuiciar, es em pleada com o organon destinado a la p ro d u cc ió n efectiva, al m enos en apariencia, de afirm aciones objetivas. C on lo cual se com ete, de hecho, u n abuso. E m pleada de esta form a, com o p reten d id o o rg an o n , la lógica general recibe el nom bre de dialéctica. P o r m uy diferente que haya sido la acepción en que los an tiguos to m a ro n la ciencia o el arte de la dialéctica, se p u ed e colegir, p artien d o de la form a en que efectivam ente la em pleaban, que no significaba para ellos sino la lógica de B 86 la apariencia. Se trataba de un arte sofístico para dar apariencia de verdad a la ignorancia y a sus ficciones intencionadas, de m o d o que se im itaba el m étodo del rig o r que prescrib e la lógica en general y se utilizaba su tópica para encubrir cualquier p reten sió n vacía. Se puede, pues, anotar, com o advertencia segura y útil, que la lógica general, considerada como organon, es siem pre una lógica de la apariencia, esto es, una lógica dialéctica. La lógica no nos sum inistra inform ación alguna so ­ bre el co n ten id o del conocim iento, sino sólo sobre las condicio1 Leyendo, con Vorlánder, enthalte, en lugar de enthalten (N. del T.)

100

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

nes form ales de su conform idad con el en tendim iento , co n d i­ ciones que son com pletam ente indiferentes respecto de los objetos. P o r tal m otivo, la p rete n sió n de servirse de ella com o de un in stru m en to (organon) encam inado a extender o am pliar, al m enos ficticiam ente, los conocim ientos, desem boA 62 ca en una pura charlatanería, en afirm ar, con cierta plausibilidad, cuanto a u n o se le antoja, o en negarlo a capricho. Sem ejante enseñanza está en abso lu to desacuerdo con la dignidad de la filosofía. P o r ello se ha preferid o asignar a la lógica el nom bre de dialéctica, en cuanto crítica de la apariencia dialéctica, y éste es el sentido en que querem os que se entienda tam bién aquí.

IV b

87

D

iv is ió n

d e

la

l ó g ic a

tr a sc en d en ta l

E N A N A L ÍT IC A T R A S C E N D E N T A L Y D I A L É C T IC A T R A S C E N D E N T A L

E n una lógica trascendental aislam os el enten d im ien to (al igual que hicim os antes con la sensibilidad en la estética trascendental) y tom am os de nuestros conocim ientos únicam en­ te la p arte del pensam iento que no p rocede más que del en ten d i­ m iento. A hora bien, el uso de este conocim iento p u ro se basa en la condición siguiente: que se nos den en la in tuición objetos a los que pueda 1 aplicarse. E n efecto, sin intuiciones to d o n uestro conocim iento carece de objetos y, co n sig u ien te­ m ente, se halla enteram ente vacío. La p arte de la lógica trascen­ dental que trata de los elem entos del conocim iento p u ro del enten d im iento y de los principios sin los cuales n in g ú n objeto pued e ser pensado es, pues, la analítica trascendental y co n stitu ­ ye, a la vez, una lógica de la verdad. P ues n in g ú n conocim iento A 63 pued e estar en contradicción con ella sin p erd e r, al m ism o tiem po, to d o contenido, esto es, toda relación con algún objeto y, consiguientem ente, toda verdad. Sin em bargo, resulta m uy atractivo y te n tad o r el servirse de esos conocim ientos p u ro s del en tendim iento y de esos principios p o r sí solos, e incluso el utilizarlos más allá de los lím ites de la experiencia, que es, no obstante, la única que puede sum inistrarnos la m ateria 1 Leyendo, con Erdmann, kónne, en lugar de kónnen (N. del T.)

LOGICA TRASCENDENTAL

101

(objetos) a la que pueden aplicarse dichos conceptos p u ro s B 88 del entendim iento. P or ello co rre peligro éste últim o de efec­ tuar, a base de vacías sutilezas, un uso m aterial de los principios m eram ente form ales del entendim iento p u ro y de form ular juicios indiscrim inadam ente so b re objetos que no nos son dados, e incluso sobre objetos que quizá no se nos pueden dar de ningún m odo. T eniendo, pues, en cuenta que esa analíti­ ca no debería ser, en realidad, sino un canon destinado a enjuiciar el uso em pírico, se hace de ella un em pleo abusivo cuando la hacem os valer com o o rg an o n de uso universal e ilim itado, cuando nos aventuram os a juzgar sintéticam ente, a afirm ar y decidir, con el sim ple entendim iento p u ro , sobre objetos en general. E n este caso, sería, pues, dialéctico el uso del entendim iento p u ro . C onsiguientem ente, la segunda p arte de la lógica trascendental tiene que ser una crítica de esa apariencia dialéctica. E sta p arte se llama dialéctica trascen­ dental, no com o arte de p ro d u cir dogm áticam ente sem ejante apariencia (un arte que, desgraciadam ente, es muy corriente en no pocas fantasm agorías metafísicas), sino com o una crítica del entendim iento y de la razón con respecto a su uso hiperfísico. E sta crítica tiene com o finalidad descubrir la falsa apariencia de las infundadas pretensiones del entendim iento y reducir su am bición de inventar y de am pliar — efectos que p reten d e conseguir a base de m eros principios trascendentales— , reba­ jando tales pretensiones al rango de sim ple juicio y al de d efen­ sa del entendim iento p u ro frente a los artificios sofísticos.

B 89

L O G IC A T R A S C E N D E N T A L P r im e r a

d iv is ió n

LA A N A L IT IC A T R A S C E N D E N T A L E sta analítica consiste en descom poner to d o nuestro conocim iento a priori en los elem entos del conocim iento p u ro del entendim iento. C on tal objeto hay q ue destacar los siguien­ tes p u n to s acerca de los c o n c e p to s: 1) que sean p u ro s y no em píricos; 2) que no pertenezcan a la intuición y a la sensibilidad, sino al pensar y al en ten d im ien to ; 3) que sean elem entales y se distingan perfectam ente de los derivados o com puestos; 4) que su tabla sea com pleta y q ue cubra to d o el cam po del entendim iento p u ro . Tal com pletud de una ciencia no p u ede suponerse g ara n ­ tizada p o r la estim ación aproxim ada de un agregado que ha sido ob ten id o a base de tentativas diversas. Sólo es posible m ediante una idea de conjunto del conocim iento a priori del en tendim iento y [m ediante] la clasificación — a p artir de dicha idea de co n ju n to — de los conceptos que la com ponen. Es decir, la com pletud es únicam ente posible m ostran d o la intercoA 65 flexión de los conceptos dentro de un sistema. E l en tendim iento p u ro no sólo se distingue com pletam ente de to d o lo em pírico, sino incluso de toda sensibilidad. C onstituye, pues, una unidad B 90 subsistente p o r sí m ism a, autosuficiente, no susceptible de re­ cibir adiciones exteriores. P or consiguiente, el con ju n to de su conocim iento constituirá un sistema co m prendid o y d eterm i­ nado bajo una idea. La com pletud y la articulación de tal sistema pueden, al m ism o tiem po, sum inistrar una p rueba de

ANALITICA DE LOS CONCEPTOS

103

la corrección o la autenticidad de tod o s los elem entos co gnosci­ tivos que entran en él. T oda esta p arte de la lógica trascendental consta de dos libros: el prim ero contiene los conceptos del en ­ tendim iento p u ro ; el segundo com prende los principios del entendim iento p u ro .

A N A L IT IC A T R A S C E N D E N T A L L ib r o

p r im e r o

A N A L IT IC A D E L O S C O N C E P T O S P or analítica de los conceptos no entiendo el análisis de los m ism os o el procedim iento corriente en las investigacio­ nes filosóficas consistente en descom poner, según su contenido, los conceptos que se presentan y en clarificarlos. E n tien d o , p o r el contrario, la descomposición — p o co practicada tod av ía— de la capacidad misma del entendimiento , a fin de investigar la A 66 posibilidad de los conceptos a p rio ri a base de buscarlos sólo en el entendim iento com o su lugar de procedencia y a base de analizar su uso p u ro en general. T al es la tarea p ropia de una filosofía trascendental. El resto pertenece al tratam iento B 91 lógico de los conceptos dentro de la filosofía en general. P erseguirem os, pues, los conceptos p u ro s hasta llegar a sus prim eros gérm enes y disposiciones en el entendim iento h u m a­ no, en los cuales se hallan preparados hasta que, finalm ente, la experiencia los desarrolla y hasta que, p o r obra del m ism o entendim iento, son presentados en su pureza, libres de las condiciones em píricas a ellos inherentes.

A N A L IT IC A D E L O S C O N C E P T O S C a p ít u l o I G U IA PA R A E L D E S C U B R IM IE N T O D E T O D O S LOS C O N C E PT O S PUROS D E L E N T E N D IM IE N T O

Al p o n er en juego una facultad cognoscitiva, se destacan distintos conceptos, según las diversas circunstancias, que p e r­ m iten reconocer tal facultad y que p u ed e n reunirse en una lista, más o m enos exhaustiva, una vez que hayan sido o b se rv a­ dos largo tiem po o con una agudeza algo m ayor. C on este p ro cedim iento m ecánico, p o r así decirlo, nunca se pued e p re d e ­ cir con seguridad d ó nde acaba esta investigación. Los concepA 67 tos que descubrim os así ocasionalm ente no se encuen tran tamB 92 p o co en u n o rd en o unidad sistem ática, sino que, en últim o térm ino, son em parejados p o r sim ple sem ejanza y o rdenados en series p o r la am p litu d de su co ntenido, desde los sim ples a los más com puestos. Estas series son igualm ente asistem áticas, aunque hayan sido obtenidas de una form a hasta cierto p u n to m etódica. La filosofía trascendental tiene la ventaja — y tam bién la o bligación— de buscar sus conceptos de acu erd o con u n p rincipio, ya que salen puro s y sin mezcla del entendim ien­ to en cuanto unidad absoluta y, consiguientem ente, deben estar interrelacionados, a su vez, de acuerdo con u n concepto o una idea. Sem ejante interrelación sum inistra una regla de acuerdo con la cual p o dem os señalar a priori el lug ar de cada concepto p u ro del entendim iento y la co m p letu d del co n ju n to de to dos ellos. D e no ser así, to d o eso dependería del capricho o del azar.

ANALITICA DE LOS CONCEPTOS

105

G U IA T R A S C E N D E N T A L PA R A E L D E S C U B R IM IE N T O D E T O D O S LOS C O N C E P T O S PU R O S D E L E N T E N D IM IE N T O

Sección primera U S O L Ó G IC O D E L E N T E N D IM I E N T O E N G E N E R A L

A nteriorm ente, hem os explicado el entendim iento desde un p u n to de vista puram ente negativo, com o una facultad cognoscitiva no sensible. A hora bien, si prescindim os de la sensibilidad, no podem os tener intuición alguna. P or ello mis- A 68 mo no es el entendim iento una facultad de intuición. Y com o B 93 no hay o tro m odo de conocer, fuera de la intuición, que el conceptual, resulta que el conocim iento de to d o entendim ien­ to —o al menos el del entendim iento hum ano— es un conoci­ m iento conceptual, discursivo, no intuitivo. T odas las intuicio­ nes, en cuanto sensibles, se basan en afecciones, m ie n tras1 que los conceptos lo hacen en funciones. E ntiendo p o r función la unidad del acto de ordenar diversas representaciones bajo una sola com ún. Los conceptos se fundan, pues, en la esponta­ neidad del pensam iento, del m ism o m odo que las intuiciones sensibles lo hacen en la receptividad de las im presiones. Estos conceptos no los puede utilizar el entendim iento más que para form ular juicios. C om o ninguna representación que no sea intuición se refiere inm ediatam ente al objeto, jamás puede u n concepto referirse inm ediatam ente a un objeto, sino a alguna otra representación de éste últim o (sea tal representación una intuición o sea concepto tam bién). El juicio es, pues, el conoci­ m iento m ediato de un objeto y, consiguientem ente, representa­ ción de una representación del objeto. E n to d o juicio hay un concepto válido para otras m uchas representaciones y, entre éstas m uchas, com prende una determ inada que se refiere inm e­ diatam ente al objeto. P o r ejem plo, en el juicio «T odos los cuerpos son divisibles»12 el concepto de lo divisible se refiere A 69 a o tro s co n c ep to s; de entre éstos se refiere aquí, de m odo especial, al concepto de cuerpo y éste últim o, a su vez, a

1 E ntendiendo, con Adickes, aber, en lugar de also (N. del T.) 2 Leyendo, de acuerdo con la cuarta edición, íeilbar, en lugar de veránAerlich (N. del T.)

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

106 B 94

A 70 B 95

determ inados fen ó m en o s1 que se nos ofrecen. E n consecuen­ cia, tales objetos se hallan m ediatam ente representados por el concepto de la divisibilidad. Según esto, todos los conceptos son funciones de unidad en tre nuestras representaciones. E n efecto, para conocer el objeto se utiliza, en vez de una rep resen ­ tación inm ediata, otra superior, la cual com prende en sí la an terior y otras más ; de esta form a se sintetizan m uchos conoci­ m ientos p osibles12 en uno solo. P odem os reducir to d o s los actos del entendim iento a juicios, de m odo que el entendimiento puede representarse com o una facultad de juagar, ya que, según lo dicho anteriorm ente, es una facultad de pensar. Pensar es conocer m ediante conceptos. E stos últim os, en cuanto p re d i­ cados de posibles juicios, se refieren, a su vez, a alguna rep re­ sentación de un objeto todavía desconocido. Así, el concepto de cuerpo significa algo — m etal, p o r ejem plo— capaz de ser conocido m ediante dicho concepto. C onsiguientem ente, sólo es concepto en la m edida en que com prende en sí otras representaciones p o r m edio de las cuales puede hacer referencia a objetos. Es, pues, el predicado de u n posible juicio, «T odo metal es cuerpo», pongam os p o r caso. Existe, p o r tan to , la posibilidad de hallar todas las funciones del entendim iento si podem os representar exhaustivam ente las funciones de u n i­ dad en los juicios. La sección siguiente p o n d rá de m anifiesto que ello es perfectam ente realizable.

1 J

G U IA PA R A E L D E S C U B R IM IE N T O D E T O D O S LO S C O N C E P T O S PU R O S D E L E N T E N D IM IE N T O

Sección segunda

[ § 9] F

u n c ió n

l ó g ic a

d e l e n t e n d im ie n t o

en

lo s ju ic io s

Si hacem os com pleta abstracción del contenido de un juicio y atendem os tan sólo a su sim ple form a intelectual, descubrim os que la función del pensam iento, d en tro del juicio, puede reducirse a cuatro títulos, cada uno de los cuales 1 E l mismo K ant corrigió en su ejemplar particular la palabra «fenóme­ nos» sustituyéndola p o r «intuiciones» (N. del T.) 2 Leyendo, de acuerdo con Valentiner, viele, en vez de viel (N. del T.)

107

TABLA DE LOS JUICOS

incluye tres m om entos. Pueden representarse de form a adecua­ da en la tabla siguiente: 1 Cantidad de los juicios

U niversales Particulares Singulares

2

3

Cualidad

delación

A firm ativos N egativos Infinitos

Categóricos H ipotéticos D isyuntivos 4 Modalidad

Problem áticos A sertóricos A podícticos E sta clasificación parece desviarse en algunos pu n to s, B 96 aunque no esenciales, de la técnica habitual de los lógicos. A 71 Por ello pueden ser de utilidad, frente a ocasionales m alentendi­ dos, las observaciones siguientes. 1. Los lógicos afirm an, con razón, que cuando se em ­ plean los juicios en los raciocinios, se pueden tratar los singula­ res del m ism o m odo que los universales, ya que, precisam ente p o r carecer de extensión, su predicado no puede referirse sim plem ente a una parte de lo que se halla incluido en el concepto del sujeto y ser excluido de la otra parte. Tal predica­ do posee, pues, validez para ese concepto, sin excepción alguna, igual que si fuese un concepto general con una extensión a cuyo significado total fuese aplicable el predicado. Si, en cam bio, com param os un juicio singular con uno universal, sim plem ente com o conocim iento, según la cantidad, ob serv a­ m os que el prim ero se relaciona con el segundo com o la unidad con la infinitud y que aquél es en sí mismo esencialm ente d istinto del universal. Por consiguiente, si evalúo un juicio singular (judicium singuiare), no sim plem ente por su validez interna, sino tam bién com o conocim iento en general, de acuer­ do con su cantidad en com paración con otros conocim ientos, tal juicio es ciertam ente diferente de los juicios generales {judi-

108

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

cia communia) y m erece ocupar u n p u esto especial en una tabla com pleta de los m om entos del pensam iento en general (aunque no, claro está, en una lógica que se lim ite sim plem ente al B 97 uso de los juicios en sus relaciones m utuas). 2. E n una lógica trascendental hay que d istin g u ir igua A 72 m ente los juicios infinitos de los afirmativos, aunque en la lógica general los p rim eros sean justificadam ente incluidos en los segundos sin form ar un m iem bro especial de la división. La lógica general hace abstracción de to d o contenido del predicado (aunque sea negativo) y tan sólo se ocupa de si éste es adscrito al sujeto o es co ntrapuesto a él. La lógica trascendental, en cam bio, considera el juicio teniendo tam bién en cuenta el valor o contenido de la afirm ación lógica efectuada po r m edio de un predicado m eram ente negativo. C onsidera igualm ente cuál es la ganancia que tal afirm ación sum inistra en relación con el conocim iento todo. Si yo dijera: «El alma no es m ortal» evitaría al m enos u n erro r p o r utilizar un juicio negativo. P ero con la p ro p o sició n : «El alma es no-m ortal» 1 hago en realidad una afirm ación, ya que, p o r su form a lógica, sitúo el alma en el cam po ilim itado de los seres que no m ueren. A h o ra bien, teniendo en cuenta que lo m ortal abarca una p arte del cam po to tal de los seres posibles y que lo no-m ortal com prende la otra, mi proposición sólo afirm a que el alma es una de las infinitas cosas que quedan una vez elim inado to d o lo m ortal. La infinita esfera de to d o lo posible únicam ente B 98 queda así lim itada en la m edida en que se separa de ella lo m ortal y se coloca el alma en la o tra parte de su exten sió n 12. P ero ésta sigue siendo infinita incluso tras la m encionada sepa­ ración. T odavía se pueden elim inar de ella diversas partes A 73 sin que se ensanche p o r ello en lo más m ínim o el concepto de alma ni sea determ inado afirm ativam ente. C onsiguientem en­ te, estos juicios, que son efectivam ente infinitos en relación con su extensión lógica, son sólo lim itativos en relación con el co n tenido del conocim iento. P o r ello m ism o no hay que pasarlos p o r alto en la tabla trascendental de todos los m o m en ­ tos del pensam iento en los juicios, ya que la función que

1 E ntendiendo, con E rdm ann, mchtsterb/ich, en lugar de nicht sterblicb (N. del T.) 2 E n A : in dem übrigen Umfang ibres Raums; E n B: in dem übrigen Raum ibres Umfangs

TABLA DE LOS JUICIOS

109

en ellos ejerce el entendim iento puede tener im portancia en el cam po de su conocim iento p u ro a priori. 3. T odas las relaciones del pensar en los juicios so n : a) del predicado con el sujeto; b) del fu n d am en to con la co n se­ cuencia; c) del conocim iento div id id o y de los m iem bros de la división entre sí. E n la p rim era clase de juicios hay sólo dos conceptos; en la segunda, dos juicios; en la tercera, varios juicios considerados en m utua relación. La p roposición h ip o té­ tica: «Si existe una justicia perfecta, se castiga al m alo o b stin a­ do» com prende propiam ente la relación entre dos p ro p o sicio ­ nes: «E xiste una justicia perfecta» y «Se castiga al m alo o b stin a­ do». El que sean en sí verdaderas am bas proposiciones es algo que queda aquí sin decidir. Lo único que se piensa m edian­ te el juicio es la consecuencia. Finalm ente, el juicio disy u n tiv o B 99 encierra una relación entre dos o más proposiciones, p ero no una relación de consecuencia, sino de oposición lógica, p o r cuanto la esfera de una excluye la de la otra. Sin em bargo, el juicio disyuntivo encierra, a la vez, una relación de co m u n i­ dad, p o r cuanto, todas juntas, las proposiciones ocupan la esfera del conocim iento en cuanto tal. D icho juicio com prende, pues, una relación de las partes de la esfera de un conocim iento, A 74 ya que la esfera de cada una de las partes es un com plem ento de la esfera de la o tra con vistas a la síntesis total del co n o ci­ m iento dividido. P o r ejem plo: «El m u n d o existe, sea p o r un ciego azar, sea p o r una necesidad interna, sea p o r una causa externa.» Cada una de estas proposiciones representa una p arte de la esfera del conocim iento posible acerca de la existencia de un m undo. T odas las partes juntas representan la esfera entera. E xcluir el conocim iento de una de estas esferas, significa situarlo en una de las otras. Por el contrario , situar el conocim iento en una esfera equivale a excluirlo de las restan­ tes. Hay, pues, en un juicio d isyuntivo cierta com unidad de conocim ientos consistente en que éstos se excluyen recíproca­ m ente. P ero ésta es la razón de que, en su totalidad, determ inen el conocim iento verdadero, ya que, tom ados conjuntam ente, constituyen el co ntenido total de u n único conocim iento dado. Y esto es cuan to creo necesario observar en relación con lo que sigue. 4. La m odalidad de los juicios constituye una especialísima fu nción de los m ism os y su carácter d istin tiv o consiste en no ap o rtar nada al co ntenido del juicio (ya que, fuera B 100 de la cantidad, la cualidad y la relación, no hay nada que

110

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

c o n stitu y a el c o n te n id o d e u n ju icio ) y e n a fe c ta r ú n ic a m e n te al v a lo r de la c ó p u la e n re la c ió n c o n el p e n s a r e n g en e ra l. L o s juicios problemáticos so n a q u e llo s e n q u e se to m a el a firm a r o el n e g ar c o m o a lg o m e ra m e n te posible (o p c io n a l). L o s asertóricos se llam an así p o r c o n sid e ra r la a firm a c ió n o la n e g a c ió n A 75 c o m o a lg o real (v e rd a d e ro ). L o s apodícticos so n a q u e llo s en q u e se co n cib e c o m o a lg o necesariok. A sí, los d o s ju icio s cuya re lació n c o n stitu y e el ju ic io h ip o té tic o (antecedens y consequens), e ig u a lm e n te aq u e llo s e n cu y a m u tu a re la c ió n c o n siste el d is y u n ­ tiv o (m iem b ro s de la d iv isió n ) so n to d o s m e ra m e n te p ro b le m á ­ tico s. E n el e je m p lo a n te rio r, la p ro p o s ic ió n : « E x iste u n a p e rfe c ta justicia» n o se fo rm u la a s e rtó ric a m e n te , sin o q u e se p ien sa c o m o u n ju icio o p c io n a l q u e a lg u ie n p o sib le m e n te a c e p ­ te , p e ro só lo su c o n se c u e n c ia es a se rtó ric a . P o r ello p u e d e n tales juicios ser e v id e n te m e n te falsos y, a p e sa r de to d o , c o n d i­ c io n a r — si se los to m a p ro b le m á tic a m e n te — el c o n o c im ie n to de la v erd ad . A sí, el ju ic io : «E l m u n d o ex iste p o r u n cie g o azar» p o see, d e n tr o d el ju ic io d is y u n tiv o , u n sig n ific a d o p u r a ­ m e n te p ro b le m á tic o ; es d e c ir, a lg u ie n p u e d e a d m itir m o m e n tá B 101 n eam e n te esta p ro p o s ic ió n . A p e sa r d e ello ay u d a (c o m o ay u d a la in d icació n del c a m in o falso e n tre el n ú m e ro d e los q u e u n o p u e d e to m a r) a e n c o n tra r la p ro p o s ic ió n v e rd a d e ra . La p ro p o s ic ió n p ro b le m á tic a es, p u e s, a q u e lla q u e ex p resa só lo u n a p o sib ilid a d ló g ic a (q u e n o es o b je tiv a ), es d e c ir, c o n stitu y e u n a lib re elecció n q u e d a v alid ez a d ic h a p ro p o s ic ió n , u n a a su n c ió n sim p le m e n te a rb itra ria d e la m ism a p o r p a rte del e n te n d im ie n to . La p ro p o s ic ió n a se rtó ric a fo rm u la u n a rea lid a d A 76 ló g ica o u n a v e rd a d . P o r e je m p lo , en u n ra z o n a m ie n to h ip o té ti­ co el a n te c e d e n te es p ro b le m á tic o en la p re m isa m a y o r y a se rtó rico en la m e n o r. T a l ra z o n a m ie n to m u e s tra q u e la p ro p o s ic ió n se halla ya lig ad a al e n te n d im ie n to d e a c u e rd o c o n las leyes d e éste ú ltim o . L a p ro p o s ic ió n a p o d íc tic a p ie n sa la a se rtó ric a c o m o d e te rm in a d a p o r esas leyes d el m ism o e n te n d im ie n to y, p o r ello , c o m o a firm a n d o a priori; así es c o m o expresa necesid ad lógica. P e ro , d a d o q u e d e este m o d o to d o se in c o r p o ­ ra g ra d u a lm e n te al e n te n d im ie n to , d e fo rm a q u e p rim e ro se ju zg a alg o p ro b le m á tic a m e n te , d e sp u é s se acep ta a se rtó ric a m e n ­ te c o m o v e rd a d e ro y, p o r fin , se c o n sid e ra c o m o in d iso lu b le k Como si e! pensar fuese en el juicio problem ático una función del entendimiento; del Juicio en el asertórico y de la ra%dn en el apodíctico. Esta observación quedará aclarada más adelante. (N ota de Kant)

TABLA DE LAS CATEGORIAS

111

m en te lig a d o al e n te n d im ie n to , es d e c ir, se a firm a c o m o n ecesa­ rio y a p o d íc tic o , estas tres fu n c io n e s d e la m o d a lid a d p u e d e n re c ib ir el n o m b re de o tro s ta n to s m o m e n to s del p e n sa r e n g eneral.

G U IA P A R A E L D E S C U B R IM IE N T O D E T O D O S LO S C O N C E P T O S PU R O S D E L E N T E N D IM IE N T O

B 102

Sección tercera [ §

L os

10]

C O N C E P T O S PU R O S D E L E N T E N D IM IE N T O O C A T E G O R ÍA S

T a l c o m o h em o s d ic h o re p e tid a s v eces, la ló g ic a g e n e ra l hace a b stra c c ió n de to d o c o n te n id o d e l c o n o c im ie n to y esp era q u e se le d e n re p re se n ta c io n e s d e sd e o tr o lad o , sea el q u e sea, p a ra c o n v e rtirla s en c o n c e p to s, p ro c e s o q u e se d e sa rro lla a n a líticam en te. L a ló g ica tra sc e n d e n ta l tie n e a n te sí, p o r el c o n tra rio , lo d iv e rso d e la se n sib ilid a d a prio ri q u e la estética A 77 tra sc e n d e n ta l le su m in istra , a fin d e d a r a los c o n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n to u n a m a te ria sin la cual q u e d a ría n 1 ésto s d e s p ro v is to s de to d o c o n te n id o y, p o r ta n to , e n te ra m e n te v a ­ cíos. E sp a c io y tie m p o c o n tie n e n lo d iv e rso d e la in tu ic ió n p u ra a priori y p e rte n e c e n , n o o b sta n te , a las c o n d ic io n e s de la re c e p tiv id a d de n u e stro p siq u is m o sin las cuales éste n o p u e d e re c ib ir re p re se n ta c io n e s d e o b je to s, re p re se n ta c io n e s q u e , p o r c o n sig u ie n te , sie m p re h a n d e a fectar ta m b ié n al c o n ­ c e p to de tales o b je to s. P e ro la e sp o n ta n e id a d d e n u e s tro p e n sa r exige q u e esa m u ltip lic id a d sea p rim e ra m e n te re c o rrid a , a s u m i­ da y u n id a d e u na fo rm a d e te rm in a d a , a fin d e h a c e r de ella u n c o n o c im ie n to . E ste a c to lo llam o síntesis. E n tie n d o p o r síntesis, en su s e n tid o m ás a m p lio , el a c to B 103 de re u n ir d ife re n te s re p re se n ta c io n e s y de e n te n d e r su v arie d a d en u n ú n ic o c o n o c im ie n to . S e m ejan te sín tesis es pura si la v a rie d a d n o está dad a e m p íric a m e n te , sin o a p rio ri (co m o la v arie d a d e n el esp acio y en el tie m p o ). A n te s de c u a lq u ie r 1 E ntendiendo, de acuerdo con Leciair, wurden, en lugar de wurde (N. del T.)

112

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

análisis d e n u e stra s re p re se n ta c io n e s, éstas tie n e n q u e e sta r ya d ad as, y n in g ú n c o n c e p to p u e d e s u rg ir a n a lític a m e n te en lo tocante a su contenido. L a síntesis d e a lg o d iv e rso (sea e m p íric o o d a d o a priori) p ro d u c e a n te to d o u n c o n o c im ie n to q u e , in icialm en te, p u e d e ser to d a v ía to s c o y c o n fu s o y q u e , p o r ello m ism o , n ecesita u n análisis. P e ro es p ro p ia m e n te la sín tesis A 78 la q u e re c o g e los e le m e n to s en o rd e n al c o n o c im ie n to y los re ú n e c o n vistas a c ie rto c o n te n id o . E lla c o n stitu y e , p u e s, lo p rim e ro a q u e d e b e m o s a te n d e r si q u e re m o s ju z g a r so b re el o rig e n p rim e ro de n u e s tro c o n o c im ie n to . C o m o v e re m o s d e sp u é s, la sín tesis es u n m e ro e fecto de la im a g in a c ió n , u n a fu n c ió n a n ím ica ciega, p e ro in d isp e n sa ­ ble, sin la cual n o te n d ría m o s c o n o c im ie n to a lg u n o y d e la cual, sin e m b a rg o , rara s veces so m o s co n sc ie n te s. R e d u c ir ta l síntesis a conceptos es u n a fu n c ió n q u e c o rre s p o n d e al e n te n d i­ m ie n to . S ó lo a tra v é s d e se m ejan te fu n c ió n n o s p ro p o rc io n a éste el c o n o c im ie n to en se n tid o p ro p io . B 104 L a síntesis p u ra , en su representación general, nos p r o p o r c io ­ na el c o n c e p to p u ro del e n te n d im ie n to . E n tie n d o p o r tal síntesis la q u e se basa e n un p rin c ip io d e la u n id a d sin té tic a a priori. A sí, p o r e jem p lo , n u e s tro c o n ta r (c o m o se o b se rv a e sp e c ia lm e n ­ te en los n ú m e ro s m a y o re s) es u n a síntesis según conceptos, ya q u e se d e sa rro lla d e a c u e rd o c o n u n p rin c ip io c o m ú n d e u n id a d (p o r e je m p lo , la decen a). B ajo e ste c o n c e p to , la u n id a d en la síntesis de lo d iv e rso se c o n v ie rte , p u e s, e n n ecesaria. R e p re se n ta c io n e s d iv ersas se re d u c e n a u n c o n c e p to p o r m e d io del an álisis, te m a del q u e se o c u p a la ló g ica g en e ra l. La ló g ica tra sc e n d e n ta l en señ a, e n c a m b io , a re d u c ir a c o n c e p ­ to s , n o las re p re se n ta c io n e s, sin o la síntesis pura de las re p re s e n ­ tacio n es. L o p rim e ro q u e se n o s tie n e q u e d a r p a ra c o n o c e r to d o s lo s o b je to s a p rio ri es lo diverso de la in tu ic ió n p u r a ; A 79 lo se g u n d o es la síntesis de tal d iv e rsid a d m e d ia n te la im a g in a ­ ció n , p e ro ello n o n o s p ro p o r c io n a to d a v ía c o n o c im ie n to . L o s c o n c e p to s q u e d a n unidad a esa sín tesis p u ra y q u e c o n siste n só lo e n la re p re s e n ta c ió n de esta n ecesaria u n id a d sin tética so n el te rc e r re q u is ito p a ra c o n o c e r u n o b je to q u e se p re s e n te , y se b asan e n el e n te n d im ie n to . La m ism a fu n c ió n q u e da u n id a d a las d istin ta s re p re s e n ­ tacio n es en un juicio p ro p o rc io n a ta m b ié n a la m era sín tesis B 105 de d iferen tes 1 re p re se n ta c io n e s en una intuición u n a u n id a d 1 Leyendo, con Mellin, verscbiedener, en vez de verschiedene (N. del T.)

113

TABLA DE LAS CATEGORIAS

q u e, e n té rm in o s g en e ra le s, se llam a c o n c e p to p u r o del e n te n d i­ m ien to . P o r c o n sig u ie n te , el m ism o e n te n d im ie n to y p o r m e d io ile los m ism o s a c to s c o n q u e p r o d u jo en lo s c o n c e p to s la fo rm a ló g ica de u n ju ic io a tra v é s d e la u n id a d an alítica, in tro d u c e ta m b ié n e n sus re p re se n ta c io n e s u n c o n te n id o tr a s ­ c e n d en tal a tra v é s de la u n id a d sin té tic a de lo d iv e rso de la in tu ic ió n ; p o r ello se lla m a n estas re p re se n ta c io n e s c o n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n to , y se a p lic a n a p rio ri a o b je to s, cosa q u e n o p u e d e h a c e r la ló g ica g e n e ra l. D e esta fo rm a , s u rg e n p re c isa m e n te ta n to s c o n c e p to s p u ro s re fe rid o s a p rio ri a o b je to s d e la in tu ic ió n e n g e n e ra l c o m o fu n c io n e s ló g ic a s su rg ía n d e n tr o de la a n te rio r ta b la en to d o s lo s ju icio s p o sib le s. E n e fe c to , d ich as fu n c io n e s a g o ta n el e n te n d im ie n to p o r e n te ro , así c o m o ta m b ié n c a lib ra n su cap acid ad to ta l. D e a c u e rd o c o n A ris tó te le s, lla m a re m o s a tales co n c e p to s categorías, p u e s n u e stra in te n c ió n c o in c id e p ri- A 80 m o rd ia lm e n te c o n la suya, a u n q u e su d e sa rro llo se a p a rte n o ta b le m e n te de ella.

TABLA

D E L A S C A T E G O R IA S 1 De la cantidad U n id a d P lu ra lid a d T o ta lid a d

2 De la cualidad R ealid ad N e g a c ió n L im ita c ió n

3 De la relación In h e re n c ia y su b sisten cia ( substantia et accidens) C a u sa lid a d y d e p e n d e n c ia (causa y efecto ) C o m u n id a d (acció n re c íp ro c a e n tr e a g e n te y p a c ie n te ) 4 De la modalidad P o sib ilid a d - im p o sib ilid a d E x iste n c ia - n o -ex isten c ia N e c e sid a d - c o n tin g e n c ia

B 106

114

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

E sta es la lista c o m p le ta de lo s c o n c e p to s p u ro s o rig in a ­ rio s 1 de la sín tesis c o n te n id o s a p rio ri e n el e n te n d im ie n to , d e b id o a lo s cuales éste es, a su vez, sim p le e n te n d im ie n to p u ro . E fe c tiv a m e n te , só lo a tra v é s de ello s es capaz de e n te n d e r a lg o de lo v a rio de la in tu ic ió n , es d e c ir, d e p e n s a r u n o b je to de ésta ú ltim a. La d iv isió n h a sid o h ech a siste m á tic a m e n te a p a rtir de u n p rin c ip io c o m ú n , el de la fa c u lta d d e ju z g a r A 81 (eq u iv alen te a la de p e n sa r) y n o ha s u rg id o de fo rm a ra p só d ic a , c o m o re s u lta d o de b u sc a r al azar c o n c e p to s p u ro s , d e cuya c o m p leta e n u m e ra c ió n n u n c a se p u e d e e sta r s e g u ro , ya q u e B 107 só lo está b asada e n u n a in d u c c ió n , c o m o ta m p o c o se a d v ie rte así p o r q u é so n p re c isa m e n te é sto s y n o o tr o s lo s c o n c e p to s q u e re sid e n en el e n te n d im ie n to p u r o . La b ú sq u e d a de e sto s c o n c e p to s b ásico s fu e u n p ro y e c to d ig n o d e u n h o m b re ta n a g u d o c o m o A ris tó te le s. P e ro , al n o p o s e e r éste n in g ú n p r in c i­ p io , los re c o g ió se g ú n se le p re s e n ta b a n y re u n ió , p o r de p r o n to , diez a lo s q u e lla m ó categorías (p re d ic a m e n to s). P o s te ­ rio rm e n te c re y ó h a b e r e n c o n tra d o o tr o s c in co , q u e fu e ro n a g re g a d o s b ajo el n o m b re de p o s t-p re d ic a m e n to s . D e to d a s fo rm as, su tab la c o n tin u ó sie n d o d e fic ie n te . E n ella se e n c u e n ­ tra n , ad em á s, a lg u n o s m o d o s de la se n sib ilid a d p u ra (quando, ubi, situs, al ig u a l q u e p riu s, simul) y u n o e m p íric o (motus) q u e n o p e rte n e c e n e n a b s o lu to a esta lista básica del e n te n d i­ m ie n to . Ig u a lm e n te , se h a n c o n ta d o en la m ism a c o m o o rig in a ­ rio s a lg u n o s c o n c e p to s q u e so n d e riv a d o s (actio, passio), m ie n ­ tras q u e a lg u n o s de lo s p rim e ro s e stá n to ta lm e n te a u se n te s. C o n re s p e c to a lo s c o n c e p to s o rig in a rio s hay q u e o b s e r­ v a r ta m b ié n q u e , a su vez, las c a te g o ría s p o se e n ig u a lm e n te , en c u a n to v e rd a d e ro s c o n c e p to s p rim a rio s del e n te n d im ie n to , sus conceptos p u ro s d e riv a d o s, lo s cuales n o p u e d e n de n in g ú n A 82 m o d o ser p a sa d o s p o r a lto en u n sistem a c o m p le to de filo so fía tra sc e n d e n ta l, a u n q u e e n este en sa y o p u ra m e n te c rític o m e c o n fo rm a ré c o n m e n c io n a rlo s n ad a m ás. B 108

Séam e p e rm itid o lla m a r predicables (en o p o sic ió n a los p re d ic a m e n to s) del e n te n d im ie n to p u ro a eso s c o n c e p to s p u ro s d e riv a d o s. T e n ie n d o lo s c o n c e p to s o rig in a rio s y p rim itiv o s , resu lta fácil a g re g a r lo s d e riv a d o s y su b a lte rn o s p a ra c o n fig u ra r e n te ra m e n te el á rb o l g e n e a ló g ic o del e n te n d im ie n to p u r o . D a d o

1 E! propio K ant afirma {N a chirage XLIV) que debe suprim irse la palabra «originarios» (ursprünghch) (N. del T.)

TABLA DE LAS CATEGORIAS

115

q u e n o m e o c u p o a q u í de la c o m p le tu d del sistem a, sino sim p lem en te de lo s p rin c ip io s p a ra c o n stru irlo , d ejo tal c o m p le ­ m e n to p ara o tra ocasió n . P e ro casi se p u e d e c o n se g u ir este o b je tiv o to m a n d o lo s m an u ales de o n to lo g ía y su b o rd in a n d o , p o r ejem p lo , a la cate g o ría de cau salid ad los p red ic a b le s de fu erza, acción, p a s ió n ; a la c a te g o ría de c o m u n id a d , la de p resen cia, de re s iste n c ia ; a los p re d ic a m e n to s d e m o d alid ad los del n acer, del m o rir, del ca m b io . Las cate g o ría s ligadas a lo s m o d o s de la sen sib ilid ad p u ra o lig ad as e n tre sí p r o p o r c io ­ n a n g ra n n ú m e ro d e c o n c e p to s a p rio ri d e riv a d o s. E l a n o ta rlo s y — si es p o sib le — re g istra rlo s e x h a u stiv a m e n te , c o n stitu iría una tarea útil y n o d esa g ra d a b le , p e ro in n ecesaria ah o ra. E n este tra ta d o o m ito in te n c io n a d a m e n te las d e fin ic io ­ nes de esas categ o rías, a p e sar de p o d e r co n o c e rla s. E n lo q u e sig u e d e sc o m p o n d ré esto s c o n c e p to s h asta d o n d e sea n ece­ A 83 sario en relación co n la d o c trin a del m é to d o q u e esto y e la b o ra n ­ B 109 d o . Ju s tific a d a m e n te se p o d ría e x ig ir d e m í q u e lo s exp u siera en u n sistem a de la ra z ó n p u ra . P e ro a q u í n o h aría n más q u e d esv iar la a te n c ió n resp ecto del p u n to p rin c ip a l del e stu d io , ya q u e d esp e rta ría n d u d as y a ta q u e s q u e , sin re sta r nada al o b je tiv o esencial, m uy b ien p u e d e n q u e d a r p ara o tra o casió n . D e to d o s m o d o s, se d e sp re n d e co n c larid ad de lo p o c o que llevam os d ich o , q u e u n d ic c io n a rio c o m p le to , c o n to d a s las explicaciones re q u e rid a s, n o só lo es p o sib le , sin o in c lu so de fácil realización. Las casillas e stá n ya ah í. S ólo hace falta lle n a r­ las. U na tópica sistem ática c o m o la p re se n te h ace q u e sea difícil e rra r el lu g a r c o rre sp o n d ie n te a cada c o n c e p to , a la vez q u e facilita el o b se rv a r d ó n d e hay to d a v ía u n lu g a r vacío.

[§ n Se p u e d e n hacer so b re esta tabla de cate g o rías o b se rv a ­ ciones atin ad as q u e p o d ría n te n e r acaso im p o rta n te s c o n se c u e n ­ cias en relació n c o n la fo rm a científica de to d o s los c o n o c im ie n ­ to s de la ra z ó n . E n efecto , el q u e en la p a rte te ó ric a de la filosofía esta tab la sea e x tra o rd in a ria m e n te útil, y h asta in d is­ p en sab le, p ara esb o zar el plan completo de toda una ciencia, en ta n to q u e se fu n d a en c o n c e p to s a priori, y p a ra dividirla m a te m á ­ ticam en te de acuerdo con determinados principios, es a lg o q u e se d esp re n d e co n evidencia del h e c h o de q u e dicha tab la c o n tie n e

116

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

e x h a u stiv a m e n te to d o s lo s c o n c e p to s elem e n ta le s del e n te n d i­ m ie n to e in clu so la fo rm a de u n sistem a d e lo s m ism o s en B 110 el e n te n d im ie n to h u m a n o . E s, p o r c o n sig u ie n te , a lg o q u e indica to d o s los momentos de una p ro y e c ta d a ciencia e sp e c u la tiv a e in clu so su orden, co m o he p ro b a d o en o tr o lu g a r 15. H e a q u í alg u n as de d ich as o b se rv a c io n e s. La p rim e ra de ellas es q u e esa ta b la , q u e inclu y e c u a tro clases de c o n c e p to s del e n te n d im ie n to , p u e d e d iv id irse , en p rim e r lu g a r, en d o s a p a rta d o s. E l p rim e ro se re fie re a o b je to s de la in tu ic ió n (ta n to p u ra c o m o em p íric a ). La se g u n d a se refiere a la existencia de esos o b je to s (sea en su re la c ió n m u tu a , sea en su relació n c o n el e n te n d im ie n to ). L lam aría a la p rim e ra clase la d e las c a te g o ría s m atem áti­ cas y a la se g u n d a , la de las c a te g o ría s dinámicas. C o m o se ve, la p rim e ra clase n o tie n e c o rre la to s. E sto s só lo a p a re c e n en la se g u n d a. T al d iferen cia h a de te n e r fu n d a m e n to en la n atu raleza del e n te n d im ie n to . La segunda o b se rv a c ió n c o n siste en q u e sie m p re es el m ism o el n ú m e ro de c a te g o ría s de cada clase, a sab er, tres, cosa q u e in v ita ig u alm e n te a la re fle x ió n , ya q u e , de o rd in a rio , to d a d iv isió n a priori p o r c o n c e p to s ha de ser d ic o tó m ic a . A ñ ád ase, ad em á s, q u e la terc e ra c a te g o ría de cada clase su rg e de la c o m b in a c ió n e n tre la se g u n d a y la p rim e ra . B 111

A sí, la universalidad (totalidad) n o es m ás q u e la p lu ra li­ dad co n sid e ra d a c o m o u n id a d ; la limitación es la realidad c o m ­ b in ad a co n la n e g a c ió n ; la comunidad es la cau salid ad d e su s ta n ­ cias q u e se d e te rm in a n re c íp ro c a m e n te ; la necesidad, fin a lm e n te , n o es m ás q u e la existen cia q u e e stá d a d a p o r la p o sib ilid a d m ism a. Sin e m b a rg o , n o se p ie n s e p o r ello q u e la terc e ra cate g o ría sea u n c o n c e p to p u ra m e n te d e riv a d o y n o p rim a rio , ya q u e la c o m b in a c ió n del p rim e ro c o n el s e g u n d o p a ra p r o d u ­ cir el te rc e ro ex ig e u n especial a c to del e n te n d im ie n to q u e no es id é n tic o al e fe c tu a d o p a ra el p rim e ro y el se g u n d o . A sí, n o siem p re q u e te n e m o s lo s c o n c e p to s de p lu ra lid a d y de u n id a d (p o r eje m p lo , en la re p re se n ta c ió n del in fin ito ), es p o sib le el c o n c e p to de u n número (q u e p e rte n e c e a la c ate g o ría de to ta lid a d ), c o m o ta m p o c o p u e d o , a p a rtir de la sim p le c o m b in a c ió n del c o n c e p to de u n a causa c o n el de una sustancia, e n te n d e r a u to m á tic a m e n te el influjo, es d ecir, c ó m o se c o n v ie rte k Principios metafísicos de la ciencia de la naturaleza (Nota de Kant)

TABLA DE LAS CATEGORIAS

117

u n a su stan cia en causa de a lg o e n o tra su stan cia. D e ello se d e sp re n d e c o n clarid ad q u e se necesita a q u í u n especial acto del e n te n d im ie n to , y lo m ism o o c u rre en lo s d em ás casos. La tercera o b se rv a c ió n c o n siste e n q u e hay u n a única c ate g o ría, la de comunidad, q u e se h alla e n el te rc e r títu lo , en la q u e n o es ta n ev id e n te c o m o en las d em ás la co in cid en cia co n la fo rm a de u n juicio d is y u n tiv o , fo rm a q u e le c o rre sp o n d e B 112 en la tab la de las fu n cio n e s ló g icas. P ara ase g u ra rse de tal c o in c id e n c ia hay q u e o b se rv a r q u e en to d o s los juicios d is y u n tiv o s la esfera (la p lu ra lid a d de to d o c u a n to el juicio inclu y e) se re p re se n ta c o m o u n to d o d iv id id o en p a rte s (los c o n c e p to s su b o rd in a d o s) y, d a d o q u e n in g u n o p u e d e h allarse c o n te n id o e n el o tro , so n p e n sa d o s c o m o coordinados e n tre sí, n o c o m o subordinados u n o s a o tro s , d e fo rm a q u e se d e te rm in a n , n o unilateralmente, c o m o o c u rre en u n a serie, sin o reciprocamente, c o m o en u n agregado (si se p o n e u n m ie m b ro de la d iv isió n , q u e d a n ex clu id o s lo s d em ás, y a la inversa). S em ejante co m b in a c ió n es p e n sa d a en u n conjunto de cosas c u a n d o n o se halla un a subordinada, c o m o e fecto , a la o tra , c o m o causa de su ex isten cia, sin o coordinada sim u ltán ea y re c íp ro c a m e n te c o n ella, c o m o c au sa re sp e c to a la d e te rm in a ­ ció n de las o tra s (co m o o c u rre , p o r eje m p lo , en u n c u e rp o cuyas p a rte s se a tra e n y re p e le n re c íp ro c a m e n te ), lo cual c o n s ti­ tu y e una fo rm a d e co n e x ió n c o m p le ta m e n te d is tin ta de la e x isten te en la m era relació n de cau sa a efecto (de fu n d a m e n to a co n secu en cia). E n esta ú ltim a re la c ió n la c o n secu en cia no d e te rm in a , a su vez, el fu n d a m e n to y, p o r ello m ism o , no c o n stitu y e u n to d o c o n éste (c o m o el m u n d o c o n el c re a d o r del m u n d o 1 ). E l p ro c e d im ie n to q u e sig u e el e n te n d im ie n to al re p re se n ta rse la esfera de u n c o n c e p to d iv id id o es el m ism o B 113 q u e sig u e c u a n d o p ien sa u n a cosa c o m o d iv isib le, y así c o m o en el p rim e r caso los m ie m b ro s d e la d iv isió n se ex clu y e n re c íp ro c a m e n te y están , sin e m b a rg o , e n laz ad o s e n u n a esfera, de la m ism a fo rm a el e n te n d im ie n to se re p re se n ta , en el ú ltim o caso, las p a rte s de la cosa c o m o p a rte s cuya ex isten cia, a u n sien d o in d e p e n d ie n te (p o r ser su stan cias) de las d e m á s, se halla c o m b in a d a c o n ellas d e n tro de u n to d o . 1 Leyendo, de acuerdo con Vaihinger, die Well mil dem Weltschopfer, en lugar de der Weltschopfer mil der Welt (N. del T.)

118

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

§

12

E n la filo so fía tra sc e n d e n ta l de lo s a n tig u o s se e n c u e n tra o tr o ca p ítu lo q u e c o n tie n e c o n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n to , los cuales, si b ien n o se in c lu y e n e n tre las c a te g o ría s, d e b ía n valer, en su o p in ió n , c o m o c o n c e p to s a p rio ri de o b je to s. P e ro en tal caso a u m e n ta ría el n ú m e ro de las c a te g o ría s, lo cual es im p o sib le. E s to s c o n c e p to s e stá n e x p u e sto s e n la p r o p o ­ sición, ta n fam o sa e n tre los esco lá stic o s, quodlibet ens est unum, verum, bonum. A h o ra b ien , a u n q u e la a p lic a c ió n de este p rin c ip io re s u ltó ser m u y p o b re en c u a n to a co n se c u e n c ia s (só lo p ro p o s i­ ciones ta u to ló g ic a s), y p o r ello en los tie m p o s m o d e rn o s se a c o stu m b ra p re s e n ta rlo en la m etafísica casi ú n ic a m e n te a títu lo de co rtesía , u n p e n sa m ie n to q u e se ha c o n se rv a d o ta n to tie m p o siem p re m erece, p o r m u y v acío q u e p a re z c a , un a in v e stig a c ió n so b re su o rig e n , a p a rte de ju stificar la so sp ech a de q u e se d eb e a u n a reg la del e n te n d im ie n to q u e , c o m o ta n ta s veces, ha sid o falsam e n te in te rp re ta d a . E so s su p u e sto s p re d ic a d o s B 114 tra scen d en tales de las cosas n o so n m ás q u e re q u isito s ló g ic o s y crite rio s de to d o conocimiento de las cosas e n g e n e ra l, c o n o c i­ m ie n to al q u e a trib u y e n c o m o fu n d a m e n to las ca te g o ría s de la c a n tid ad , es d ecir, la de unidad, la de pluralidad y la de totalidad. P e ro estas c a te g o ría s, q u e e n re a lid a d d e b e ría n to m a rse m a terialm en te, c o m o fo rm a n d o p a rte de la p o sib ilid a d de las cosas m ism as, de h e c h o fu e ro n u sad as p o r los a n tig u o s só lo en su se n tid o fo rm a l, c o m o fo rm a n d o p a rte de la exigencia lógica d e to d o c o n o c im ie n to , y, n o o b sta n te , ellos m ism o s c o n v irtie ro n d e sc o n s id e ra d a m e n te esto s c riterio s d el p e n sa ­ m ie n to en p ro p ie d a d e s de las cosas en sí m ism as. E n to d o c o n o c im ie n to d e u n o b je to hay unidad d e c o n c e p to , la cu al p u e d e llam arse unidad cualitativa, e n c u a n to q u e só lo se p ien sa en ella la u n id a d q u e re su m e lo v a rio de los c o n o c im ie n to s, a lg o así c o m o la u n id a d del tem a de u n a o b ra de te a tro , de u n d isc u rso o de u n a fáb u la. E n s e g u n d o lu g a r, e n to d o c o n o c im ie n to de u n o b je to hay verdad re s p e c to de las c o n se c u e n ­ cias. C u an tas m ás co n secu en cias v e rd a d e ra s se d e sp re n d a n de u n c o n c e p to d a d o , ta n to s m ás serán lo s c rite rio s de su realid a d o b je tiv a . E s to p o d ría lla m a rse la pluralidad cualitativa de las características p e rte n e c ie n te s a u n c o n c e p to e n c u a n to base c o m ú n (n o so n p e n sad a s c o m o m a g n itu d d e n tro del c o n c e p to ). E n te rc e ro y ú ltim o lu g a r está la perfección, c o n siste n te en

TABLA DE LAS CATEGORIAS

119

q u e esa p lu ra lid a d re c o n d u c e , p o r su p a rte , a la u n id a d del c o n c e p to y co in cid e p le n a m e n te c o n éste y c o n n in g ú n o tro , lo cual p u e d e re c ib ir el n o m b re d e completud cualitativa (to ta li­ dad). Q u e d a así c laro q u e en eso s c rite rio s ló g ic o s de la p o sib ili- B 115 dad del c o n o c im ie n to en g e n e ra l se u tiliz a n las tres ca te g o rías de m a g n itu d , en las cuales la u n id a d e n la p ro d u c c ió n de la can tid a d ha de ser to m a d a c o m o h o m o g e n e id a d a b so lu ta , de tal m o d o q u e só lo se e n c a m in a n a e n laz ar ta m b ié n c o n o c i­ m ien to s heterogéneos en u n a c o n cie n cia p o r m e d io de la c u alid ad de u n c o n o c im ie n to e n c u a n to p r i n c ip i o 1 . A sí, el c rite rio de p o sib ilid a d de u n c o n c e p to (n o el del o b je to del m ism o 12) es su d efin ició n , en la cual la unidad del c o n c e p to , la verdad de c u a n to p u e d e d e riv a rse in m e d ia ta m e n te de él y, fin a lm e n te , la c o m p le tu d de c u a n to ha sid o e x tra íd o del m ism o , c o n stitu y e n lo q u e p u e d e ex ig irse e n o rd e n a la fo rm a c ió n del c o n c e p to co m p le to . D e la m ism a fo rm a , el criterio de una hipótesis c o n siste en la in te lig ib ilid a d del fu n d a m e n to e x p lic a tiv o a su m id o , es decir, en su unidad (sin h ip ó te sis a u x ilia r); en la verdad de las con secu en cias q u e h a n de e x tra e rse de él (c o n c o rd a n c ia e n tre ellas m ism as y c o n la ex p e rie n c ia ) y, fin a lm e n te , en la completud del fu n d a m e n to e x p lic a tiv o en re la c ió n c o n las co n secu en cias, q u e n o n o s re m ite n a o tra cosa q u e a lo a su m id o en la h ip ó te sis y q u e n o s d e v u e lv e n a posteriori an alític a m e n te lo q u e había sid o p e n sa d o a p rio ri sin té tic a m e n te y, ad em á s, c o n c o rd a n d o am b as cosas. P o r c o n sig u ie n te , los c o n c e p to s de u n id a d , v e rd a d y p e rfe c c ió n n o c o m p le ta n la tab la tra sc e n ­ dental de las cate g o rías, c o m o si le faltara a lg o . L o ú n ico q u e h acen , al p re s c in d ir de su refe re n c ia a o b je to s, es re d u c ir B 116 su em p leo a las reglas ló g icas u n iv e rsa le s de la c o n c o rd a n c ia del c o n o c im ie n to c o n sig o m ism o .]

1 Esta oscura frase («Queda claro.,. en cuanto principio») ha sido traduci­ da teniendo en cuenta el intento de reconstrucción de Erdm ann (N. del T .) 2 Entendiendo, con H artenstein, desselben, en lugar de derselben (N. d e l T .)

'7?-'r:y r?

A 84

A N A L IT IC A D E L O S C O N C E P T O S 1

C a p ít u l o II D E D U C C IO N D E L O S C O N C E P T O S PU R O S D E L E N T E N D IM IE N T O

S ección primera



13]

Principios de una deducción trascendental en general A l h a b la r d e d e re c h o s y p re te n sio n e s, los ju ristas d is tin ­ g u e n en u n a su n to legal la c u e stió n d e d e re c h o (quid ju r is ) de la c u e stió n de h e c h o (quid fa c tí). D e a m b as e x ig en una d e m o s tra c ió n y llam an a la p rim e ra — la q u e e x p o n e el d e re c h o o la p re te n s ió n leg al— deducción. N o s o tr o s nos se rv im o s de m u ltitu d de c o n c e p to s e m p íric o s sin o p o sic ió n de n a d ie y nos se n tim o s, in c lu so p re s c in d ie n d o d e to d a d e d u c c ió n , a u to r i­ zad o s a asig n arle s u n se n tid o y u n a sig n ific a c ió n im a g in a ria 12 B 117 p o r el h e c h o de d is p o n e r sie m p re de la ex p e rie n c ia p a ra d e m o s ­ tr a r su realid ad o b je tiv a . P e ro hay ta m b ié n c o n c e p to s u s u r p a ­ d o s, c o m o , p o r e je m p lo , felicidad, destino, q u e , a p e sa r d e circ u la r to le ra d o s p o r casi to d o el m u n d o , a veces caen b ajo las e x ig e n ­ cias de la c u e stió n quid ju ris. E n to n c e s se p ro d u c e u n a g ra n A 85 p e rp le jid a d a n te la d e d u c c ió n de tales c o n c e p to s, ya q u e n o

1 Se cambia, de acuerdo con Michaelis, el epígrafe utilizado por K ant y se pone en concordancia con su correlato anterior, el de la pág. 104 (N. del T.) 2 Vaihinger sugiere que K ant escribió eine g iltig e («valedera»), y no eingebilóete («imaginaria») (N. del T.)

DEDUCCION TRASCENDENTAL

121

se p u e d e in tro d u c ir n in g u n a ju stific a c ió n clara, n i d e sd e la experiencia n i d esd e la ra z ó n , p a ra p o n e r d e m an ifiesto la leg itim id ad d e su em p leo . B ajo los m u c h o s c o n c e p to s q u e c o n tie n e la c o m p lic a d ísi­ m a tra m a del c o n o c im ie n to h u m a n o hay a lg u n o s q u e se d e sti­ n a n al u so p u r o a priori (co n e n te ra in d e p e n d e n c ia d e to d a experiencia). E l d e re c h o de ésto s ú ltim o s n ecesita sie m p re u n a d e d u c c ió n , ya q u e n o b a sta n p a ra le g itim a r se m ejan te u so las p ru e b a s ex traíd as de la ex p e rie n c ia y, sin e m b a rg o , hace falta c o n o c e r c ó m o se re fie re n esos c o n c e p to s a u n o s o b je to s q u e n o h a n to m a d o d e la e x p erien cia. L a ex p lic a c ió n de la fo rm a se g ú n la cual los c o n c e p to s a p rio ri p u e d e n re ferirse a o b je to s la llam o , p u e s, deducción trascendental d e los m ism o s y la d is tin g o de la d e d u c c ió n empírica. E sta ú ltim a m u e stra la m an era d e ser a d q u irid o u n c o n c e p to m e d ia n te e x p erien cia y reflex ió n so b re la ex p e rie n c ia y afecta, p o r ta n to , al h e c h o p o r el q u e h a su rg id o la p o se s ió n d el c o n c e p to , n o a su leg itim id ad . T e n e m o s ya d o s clases d e c o n c e p to s de ín d o le co m p le ta - B 118 m e n te d is tin ta , q u e c o in c id e n , sin e m b a rg o , en re fe rirse a o b je to s e n te ra m e n te a priori, a sab er, los c o n c e p to s d e esp acio y tie m p o c o m o fo rm a s d e la se n sib ilid a d , p o r u n a p a rte , y las c a te g o ría s c o m o co n c e p to s d el e n te n d im ie n to , p o r o tra . P re te n d e r d e d u c irlo s e m p íric a m e n te sería u n a ta re a to ta lm e n te in ú til, ya q u e el rasg o d is tin tiv o d e su n atu ra le z a c o n siste p re c isa m e n te e n q u e se re fie re n a sus o b je to s sin h a b e r to m a d o A 86 n ad a de la ex p erien cia p a ra re p re se n ta rlo s. Si hace falta d e d u c ir­ los, su d e d u c c ió n te n d rá , p u e s, q u e se r tra sc e n d e n ta l. N o o b sta n te , resp e c to d e esos c o n c e p to s, c o m o re sp e c to d e to d o c o n o c im ie n to , p u e d e b u sc a rse e n la e x p e rie n c ia , si n o el p rin c ip io d e su p o sib ilid a d , sí al m e n o s la causa o c asio n al d e su p ro d u c c ió n . E n este se n tid o , las im p re sio n e s d a n el im p u lso inicial p ara a b rir to d a la fac u lta d c o g n o sc itiv a en re lació n c o n ellos y p a ra realizar la ex p erien cia. E sta in clu y e d o s e lem en to s m u y h e te r o g é n e o s : u n a materia d e c o n o c im ie n to , ex traíd a de lo s se n tid o s, y cierta form a de o rd e n a rlo s, ex tra íd a d e la fu e n te in te rio r d e la p u ra in tu ic ió n y d el p e n sa r, los cuales, im p u lsa d o s p o r la m a te ria , e n tra n en acció n y p ro d u c e n co n c e p to s. S em ejan te in v e s tig a c ió n d e las p rim e ra s te n ta tiv a s d e n u e stra facu ltad c o g n o sc itiv a p a ra elev a rse d esd e las p e rc e p ­ cio n es sin g u la re s a los c o n c e p to s g en e ra le s, p o se e in d u d a b le - B 119 m e n te u n a g ra n u tilid a d , y hay q u e a g ra d e c e r al c o n o c id o

122

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

L o ck e el h a b e r sid o el p rim e ro en a b rir el c a m in o a este resp ecto . P ero jam ás se p ro d u c e p o r e ste m e d io u n a deducción de los c o n c e p to s p u ro s a priori, ya q u e n o se h a lla en esta d irecció n . E n efecto , esos c o n c e p to s h a n d e e x h ib ir, p o r lo q u e se refiere a su fu tu ro em p le o — q u e ha d e ser c o m p le ta m e n ­ te in d e p e n d ie n te de la ex p e rie n c ia — u n a p a rtid a d e n a c im ie n to A 87 e n te ra m e n te d is tin ta a la d e u n a p ro c e d e n c ia em p íric a . E se en say o de d e riv a c ió n fisio ló g ic a , q u e , al a fectar a u n a quaestio fa c ti, n o p u e d e llam arse e n a b s o lu to d e d u c c ió n , la lla m a ré ex p lica ció n d e la posesión d e u n c o n o c im ie n to p u ro . Q u e d a , p u es, c laro q u e d e éste só lo p u e d e h a b e r u n a d e d u c c ió n tra s c e n ­ d e n ta l, n o e m p írica, y q u e ésta ú ltim a n o c o n stitu y e , en re la c ió n c o n los c o n c e p to s p u ro s a prio ri, m ás q u e u n in te n to del q u e só lo p u e d e o c u p a rs e a lg u ie n q u e n o h ay a e n te n d id o la n atu raleza e n te ra m e n te p e c u lia r d e esos c o n o c im ie n to s. A h o ra b ie n , a u n q u e se ac e p te q u e n o h ay o tra fo rm a p o sib le de d e d u c c ió n del c o n o c im ie n to p u r o a prio ri q u e la tra sc e n d e n ta l, d e ello n o se d e sp re n d e q u e tal d e d u c c ió n sea ta n a b so lu ta m e n te necesaria. A n te rio rm e n te h e m o s p e rs e g u id o los c o n c e p to s d e esp acio y tie m p o h asta sus fu e n te s m e d ia n te u n a d e d u c c ió n tra sc e n d e n ta l, así c o m o h e m o s e sc la re c id o y B 120 c o n c re ta d o su v alid ez o b je tiv a a priori. L a g e o m e tría sig u e su cam in o se g u ro u tiliz a n d o c o n o c im ie n to s e n te ra m e n te a p rio ­ ri, sin n ecesid ad de p e d ir a la filo so fía u n c e rtific a d o d e la p ro c e d e n c ia p u ra y le g ítim a d e su c o n c e p to b ásico d e espacio. P e ro el e m p le o del c o n c e p to e n esta ciencia afecta só lo al m u n d o e x te rn o sen sib le , d e cuya in tu ic ió n el esp acio c o n stitu y e la fo rm a p u ra y e n el q u e , p o r c o n sig u ie n te , to d o c o n o c im ie n to g e o m é tric o es in m e d ia ta m e n te e v id e n te p o r b asarse e n u n a in tu ic ió n a priori. Ig u a lm e n te , los o b je to s v ie n e n d a d o s a p rio ri A 88 (p o r lo q u e a su fo rm a se refiere) a tra v é s del c o n o c im ie n to m ism o en la in tu ic ió n . C o n los conceptos puros del entendimiento em pieza, en c a m b io , la n e c e sid a d in e lu d ib le de b u sc a r la d e d u c ­ c ió n tra sc e n d e n ta l, n o só lo d e ellos m ism o s, sin o ta m b ié n del espacio. E n efecto , al tr a ta r d e o b je to s m e d ia n te p re d ic a d o s del p e n sa m ie n to p u ro a p riori, y n o m e d ia n te p re d ic a d o s d e la in tu ic ió n y la se n sib ilid a d , se re fie re n a o b je to s en se n tid o u n iv e rsa l, p re s c in d ie n d o d e to d a s las c o n d ic io n e s d e la se n sib ili­ d ad . C o m o tales c o n c e p to s 1 n o se b asan en e x p erien cia, ta m p o 1 Leyendo, de acuerdo con E rdm ann, und sie, en vez de und die (N.

del T.)

DEDUCCION TRASCENDENTAL

123

co p u e d e n a d u c ir o b je to a lg u n o so b re el q u e fu n d a m e n ta r su síntesis p re v ia a to d a ex p erien cia. P o r ello n o só lo d e sp ie rta n sospechas acerca d e su validez o b je tiv a y acerca d e los lím ites de su em p leo , sin o q u e c o n v ie rte n ta m b ié n en e q u ív o c o d ic h o concepto de espacio al te n d e r a e m p le a rlo m ás allá de las c o n d ic io - B 121 nes de la in tu ic ió n em p írica. D e b id o a ello, ha sid o n ecesario efectu ar m ás a rrib a u n a d e d u c c ió n tra sc e n d e n ta l de este c o n c e p ­ to . A n tes de h ab er d a d o u n só lo p a so en el c a m p o de la razó n p u ra , el le c to r ha de c o n v e n c e rse , p u e s, d e la necesid ad in elu d ib le de efectu ar sem ejan te d e d u c c ió n tra sc e n d e n ta l. D e lo c o n tra rio , p ro c e d e cieg a m en te y, d e sp u é s de m u c h o s e x tra ­ víos, v o lv erá a la m ism a ig n o ra n c ia de la q u e h abía p a rtid o . P ero ig u alm en te d eb e c o m p re n d e r d e a n te m a n o las in ev ita b le s d ificu ltad es, si no q u ie re q u e ja rse d e lo o sc u ro de u n a cosa q u e está, en sí m ism a, c u b ie rta de p ro fu n d a s e n v o ltu ra s, o bien cansarse 1 d em asiad o p r o n to d e re m o v e r o b stá c u lo s. E n A 89 efecto , se tra ta , o bien de re n u n c ia r p o r e n te ro a to d a p re te n sió n de c o n o c im ie n to su ste n ta d a p o r la ra z ó n p u ra en 12 su te rre n o m ás ap reciad o , es decir, el q u e so b re p a sa los lím ites d e to d a experiencia p o sib le, o bien de lle v a r h asta el fin esta in v e s tig a ­ ció n crítica. C o n o casió n de los c o n c e p to s de esp acio y tie m p o h e m o s p u e sto ya de m an ifiesto , sin g ra n d e s d ific u lta d e s, q u e , a u n sien d o c o n o c im ie n to s a priori, tie n e n q u e referirse n ece sa ria ­ m en te a o b je to s, h acie n d o p o sib le u n c o n o c im ie n to sin té tic o de éstos co n in d ep en d e n c ia de to d a ex p erien cia. E n efecto , si se tien e en cu en ta q u e só lo m e d ia n te esas fo rm a s p u ra s de la sen sib ilid ad se nos p u e d e m a n ife sta r u n o b je to , es d ecir, c o n v e rtirse en o b je to de la in tu ic ió n e m p írica, e n to n c e s esp acio y tie m p o co n stitu y e n in tu ic io n e s q u e c o n tie n e n a priori las c o n d icio n es de p o sib ilid ad de los o b je to s en c u a n to fe n ó m e n o s, B 122 y la síntesis q u e en dich as in tu ic io n e s se v erifica p o se e validez o b jetiv a. Las categ o rías d el e n te n d im ie n to n o n o s re p re se n ta n , en cam b io , las co n d icio n es b ajo las cuales se n o s d a n o b je ­ tos en la in tu ició n . P o r c o n sig u ie n te , se n o s p u e d e n m a n ife sta r o b je to s sin q u e te n g a n q u e re ferirse fo rz o sa m e n te a fu n c io n e s del e n te n d im ie n to y sin q u e , p o r ta n to , el e n te n d im ie n to co n 1 Entendiendo, con Hartenstein, verdrossen werde, en lugar de verdrossen iverden (N. del T.) 2 Leyendo, con Erdm ann, ais auf das, en vez de ais das (N. del T.)

124

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

te n g a a priori las c o n d ic io n e s d e los m ism o s. T a l es la ra z ó n d e q u e ap arezca e n este p u n to u n a d ific u lta d q u e n o h e m o s h alla d o e n el te rre n o de la se n sib ilid a d , a sab er, c ó m o p u e d e n te n e r valide£ objetiva las condiciones subjetivas del pensar, es d ecir, c ó m o p u e d e n éstas p r o p o r c io n a r las c o n d ic io n e s d e p o sib ilid a d A 90 de to d o c o n o c im ie n to d e los o b je to s, ya q u e , d e sd e lu e g o , p u e d e n d arse fe n ó m e n o s en la in tu ic ió n co n in d e p e n d e n c ia d e las fu n c io n e s del e n te n d im ie n to . T o m e m o s, p o r eje m p lo , el c o n c e p to de causa, q u e sig n ifica u n tip o especial d e sín tesis, p u es a c o n tin u a c ió n d e a lg o , A , se p o n e , d e a c u e rd o co n u n a reg la, alg o c o m p le ta m e n te d is tin to , B. N o es e v id e n te a priori p o s q u é tie n e n q u e in c lu ir los fe n ó m e n o s a lg o se m ejan te (p u es n o se p u e d e n a d u c ir e x p erien cias p a ra p ro b a r lo d esd e el m o m e n to en q u e h a d e ser p o sib le e x p o n e r a p rio ri la v a ­ lidez o b je tiv a de ese c o n c e p to ). P o r ello salta a p rio ri la d u d a d e si ese c o n c e p to está c o m p le ta m e n te v a c ío y d e si afecta a o b je to a lg u n o e n tre los fe n ó m e n o s. E n efecto , el q u e los o b je to s de la in tu ic ió n sen sib le h ay a n de c o n fo rm a rs e B 123 a las co n d ic io n e s fo rm a le s a p riori d e la se n sib ilid a d — q u e re sid e n en el p siq u ism o — se d e sp re n d e c o n c la rid a d d el h ec h o d e q u e , en caso c o n tra rio , n o c o n s titu iría n p a ra n o s o tro s o b je to n in g u n o . E n c a m b io , el q u e los o b je to s d e la in tu ic ió n sen sib le h a y an d e c o n fo rm a rs e , a d e m á s, a las c o n d ic io n e s q u e el e n te n d i­ m ie n to ex ig e p a ra la u n id a d 1 sin té tic a del p e n sa r es u n a c o n c lu ­ sió n n o ta n fácil d e ver. P u e s, e n to d o caso , los fe n ó m e n o s p o d ría n ser de tal n atu ra le z a , q u e el e n te n d im ie n to n o los h allara c o n fo rm e s a las c o n d ic io n e s d e su u n id a d , c o n lo cual se h allaría to d o en u n a c o n fu s ió n ta l, q u e en la serie d e los fe n ó m e n o s, p o r e je m p lo , n o se p re se n ta ría n ad a q u e p r o p o r c io ­ n ara u n a reg la de la sín tesis ni c o rre sp o n d ie ra , p o r ta n to , al c o n c e p to d e causa y e fe c to , d e fo rm a q u e este c o n c e p to re s u lta ría c o m p le ta m e n te v acío , n u lo y d e s p ro v is to d e se n tid o . A 91 A p e sa r d e lo cual, los fe n ó m e n o s o fre c e ría n o b je to s a n u e stra in tu ic ió n , ya q u e ésta n o n ecesita en a b so lu to las fu n c io n e s del p en sar. Si u n o q u isiera e lu d ir estas fatig o sa s in v e stig a c io n e s d ic ie n d o q u e la exp erien c ia o fre c e ejem p lo s in cesan tes d e sem e­ jan te re g u la rid a d de los fe n ó m e n o s, e jem p lo s q u e b a sta n p ara su sc ita r la a b stra c c ió n del c o n c e p to d e causa y, a la vez, c o n fir-

1 Leyendo, con Leclair, Vjnbeit, en vez de liinsicht (N. del T.)

DEDUCCION TRASCENDENTAL

125

m ar la validez o b je tiv a d e tal c o n c e p to , e n to n c e s n o se a d v e rti­ ría q u e es a b so lu ta m e n te im p o sib le q u e su rja así el c o n c e p to d e causa. E ste o bien d e b e fu n d a rse e n te ra m e n te a priori en el e n te n d im ie n to , o b ien d e b e se r a b a n d o n a d o p o r c o m p le to c o m o p u ra fa n tasm a g o ría . E n e fe c to , este c o n c e p to exige inape- B 124 lab lem en te q u e alg o , A , sea d e tal ín d o le, q u e o tra cosa, B, le siga necesariamente y según una regla absolutamente universal. L os fen ó m e n o s su m in istra n casos de los q u e p u e d e ex traerse u n a regla seg ú n la cual a lg o o c u rre h a b itu a lm e n te , p e ro n u n ­ ca u n a reg la se g ú n la cu al la se cu en cia te n g a c a rá c te r necesario. P o r ello es ig u alm en te in h e re n te a la síntesis u n a d ig n i­ dad q u e n o es p o sib le e x p re sa r e m p íric a m e n te y q u e co n siste en q u e el efecto n o sólo se añ ad e a la causa, sin o q u e es p u e sto por ésta y se sig u e de ésta. La estricta u n iv e rsa lid a d de la regla n o es ta m p o c o u n a p ro p ie d a d de las reg las em píricas. E stas n o p u e d e n a d q u irir p o r in d u c c ió n sin o un a u n iv e rsa lid a d A 92 c o m p a ra tiv a , es d ecir, u n a e x ten sa a p licab ilid ad . C am b iaría, p u es, c o m p le ta m e n te el u so de lo s c o n c e p to s p u ro s del e n te n d i­ m ie n to si los tra tá ra m o s c o m o sim p les p ro d u c to s em p írico s.

§

14 1

Paso a la deducción trascendental de las categorías S ó lo d o s casos so n p o sib le s en los q u e p u e d e n c o n c o rd a r las re p resen tacio n es 12 sin téticas c o n sus o b je to s, e n los q u e p u e d e n referirse n ecesa ria m e n te las unas a las o tra s y, p o r así d e c irlo , to p a r unas c o n o t r a s : el caso e n el q u e es el o b je to el q u e hace p o sib le la re p re se n ta c ió n y el caso en B 125 el q u e es ésta la q u e hace p o sib le el o b je to . Si o c u rre lo p rim e ro , la relació n es só lo e m p íric a y la re p re se n ta c ió n n unca es p o sib le a priori. E s lo q u e su ced e c o n los fe n ó m e n o s 3 en relació n co n su p a rte c o rre s p o n d ie n te a la sen sació n . Si

1 O m itido tanto en A com o en B. Pero en esta ultima edición se trata, probablem ente, de un descuido, pues en ella encontram os el correlato anterior, § 13, y el posterior, § 15 (N. del T.) 2 Leyendo, con E rdm ann, Vorstellungen, en lugar de X'orstellung (N. del T.) 3 E ntendiendo, con G rillo, Erscheinungen, en vez de Erscbeinung (N.

del T.)

126

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

o c u rre lo s e g u n d o , e n to n c e s, te n ie n d o en c u e n ta q u e la r e p r e ­ se n ta c ió n n o p ro d u c e en sí m ism a su o b je to por lo que se refiere a la existencia del m ism o (ya q u e n o tra ta m o s a h o ra de la cau salid ad d e la re p re se n ta c ió n m e d ia n te la v o lu n ta d ), ella (la re p re se n ta c ió n ) será, d e to d o s m o d o s , d e te rm in a n te a priori e n re la c ió n c o n su o b je to sie m p re q u e n o haya, fu era de ella, o tra p o sib ilid a d d e conocer a lg o como objeto. A h o ra b ien , hay só lo d o s c o n d ic io n e s b a jo las cuales p u e d e c o n o c e rse u n o b je to . E n p rim e r lu g a r, la intuición a tra v é s d e la cual vien e d a d o , a u n q u e ú n ic a m e n te e n c u a n to fe n ó m e n o . E n se g u n A 93 d o lu g a r, el concepto a tra v é s d el cual es p e n sa d o el o b je to c o rre s p o n d ie n te a dich a in tu ic ió n . P e ro de ello se d e sp re n d e cla ra m e n te q u e la p rim e ra c o n d ic ió n , es d e c ir, la ú n ica b a jo la cual p u e d e n in tu irse o b je to s, les sirv e 1 e fe c tiv a m e n te de base a priori en el p siq u ism o , p o r lo q u e a la fo rm a d e los m ism o s se refiere. T o d o s los fe n ó m e n o s c o n c u e rd a n , p u e s, n e c esariam en te c o n esta c o n d ic ió n fo rm a l d e la se n sib ilid a d , ya q u e só lo gracias a ella p u e d e m a n ife sta rse , es d e c ir, só lo g racias a ella p u e d e n ser e m p íric a m e n te in tu id o s y d a d o s. La c u e stió n resid e a h o ra en sa b e r si n o h ay ig u a lm e n te c o n c e p ­ to s a priori p re v io s q u e c o n d ic io n a n el q u e a lg o p u e d a ser, B 126 n o in tu id o , p e ro sí p e n sa d o c o m o o b je to en g en e ra l. E n tal caso, to d o c o n o c im ie n to e m p íric o d e los o b je to s h a de c o n f o r ­ m arse fo rz o sa m e n te a esos c o n c e p to s, ya q u e , si d e ja m o s de p re s u p o n e rlo s , nada p u e d e ser objeto de la experiencia. P ero re su lta q u e to d a exp erie n c ia c o n tie n e , ad em á s d e la in tu ic ió n sensible m e d ia n te la cual a lg o está d a d o , el concepto d e u n o b je to d a d o o m a n ife sta d o en la in tu ic ió n . C o n sig u ie n te m e n te , h a b rá c o n c e p to s de o b je to s q u e , c o m o c o n d ic io n e s a priori, sirv a n de b ase a to d o c o n o c im ie n to e x p e rim e n ta l. L a valid ez o b je tiv a de las c a te g o ría s c o m o c o n c e p to s a prio ri resid irá, p u es, en el h e c h o de q u e só lo g ra c ia s a ellas sea p o sib le la exp erien cia (p o r lo q u e hace a la fo rm a d el p en sa r). E n efecto , en tal caso se re fie re n d e m o d o n ecesario y a priori a o b je to s de la exp e rie n c ia p o rq u e só lo a tra v é s d e ellas es p o sib le p e n sa r a lg ú n o b je to d e la ex p erien cia. A 94 La d e d u c c ió n tra sc e n d e n ta l d e to d o s los c o n c e p to s a priori tie n e , p u e s, u n p rin c ip io p o r el q u e d e b e re g irse to d a la in v e s tig a c ió n y q u e c o n siste en q u e tales c o n c e p to s h an

i Leyendo, con Kehrbach, liegt, en vez de Hegen (N. del T.)

DEDUCCION TRASCENDENTAL

127

d e ser re c o n o c id o s c o m o c o n d ic io n e s a p rio ri de la p o sib ilid a d d e la ex p erien cia 1 , sea de la in tu ic ió n q u e h allam o s en ésta, sea del p e n sa m ie n to . L os c o n c e p to s q u e su m in istra n el fu n d a ­ m e n to o b je tiv o de la p o sib ilid a d d e la e x p erien cia so n , p o r ello m ism o , necesarios. A h o ra b ie n , el d e sa rro llo de la e x p e rie n ­ cia en la q u e se e n c u e n tra n n o c o n stitu y e su d e d u c c ió n , sino su ilu stra c ió n , ya q u e en tal d e sa rro llo re s u lta ría n ser m e ra m e n te accidentales. Sin esa o rig in a ria re fe re n c ia a la ex p erien cia p o si- B 127 ble, en la q u e se p re s e n ta n to d o s los o b je to s del c o n o c im ie n to , sería im p o sib le e n te n d e r la re la c ió n d e esos c o n c e p to s co n cu a lq u ie r o b jeto . E 1 a c o n o c id o L o c k e , al n o te n e r en cu e n ta este a sp ecto y e n c o n tra r en la ex p erien cia c o n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n ­ to , d e riv ó ta m b ié n de ella esos c o n c e p to s, p e ro p ro c e d ió co n tal inconsecuencia, q u e q u is o o b te n e r c o n ellos c o n o c im ie n to s qu e so b re p a sa n a m p liam e n te to d o s los lím ites de la experiencia. D a v id H u m e re c o n o c ió q u e , p a ra p o d e r lleg ar a esto ú ltim o , hacía falta q u e esos c o n c e p to s tu v ie ra n u n o rig e n a priori. P e ro él n o p o d ía explicarse c ó m o era p o sib le q u e el e n te n d i­ m ie n to tu v iese q u e c o n c e b ir n e c e sa ria m e n te lig a d o s en un o b je to c o n c e p to s q u e , c o n sid e ra d o s en sí m ism o s, n o se h a lla ­ ban lig ad o s en el e n te n d im ie n to , n i ta m p o c o a d v irtió q u e el m ism o e n te n d im ie n to p o d ría q u iz á , a tra v é s d e esos c o n c e p ­ to s, ser el a u to r de la ex p e rie n c ia en la q u e se h allan sus o b je to s. P o r ello , a p re m ia d o p o r la n ecesid ad , d e riv ó d ic h o s c o n c e p to s d é la ex p erien cia, es d e c ir, d e una necesidad su b je tiv a q u e su rg e en la ex perien cia p o r u n a re ite ra d a aso c ia c ió n y q u e llega, al final, a ser te n id a — fa lsa m e n te — p o r o b je tiv a :

A [En A sigue, en lugar de los tres párrafos de B, el texto siguiente:] Hay tres fuentes (capacidades o facultades anímicas) originarias que contienen las condiciones de posibilidad de toda experiencia, sin que puedan, a su vez, ser deducidas de otra facultad del psiquism o, a saber, el sen tid o , la im a g in a c ió n y la apercepción. E n ellas se basan: 1) la sin o p sis de lo vario a p r i o r i mediante el sentido; 2) la sín te sis de tal variedad mediante la imaginación y, finalmente, 3) la u n id a d de esa síntesis mediante la apercepción originaria. Todas estas facultades poseen, aparte del uso em pírico, un uso trascendental que afecta sólo a la forma y que es posible a p r io r i. A nteriorm ente, en la primera parte, nos hemos referido ya a él en ¡o concerniente a lo s sentidos. Intentarem os ahora A 95 com prender la naturaleza de las otras dos facultades.

1 Leyendo, con Erdmann, ELrfahrung, en lugar de Erfahrungen (N. del T.)

128

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

es la costumbre. P e ro d esp u é s fu e m u y c o n se c u e n te al d e c la ra r qu e n o era p o sib le ir m ás allá d e los lím ites de la ex p erien cia, B 128 ni c o n esos c o n c e p to s, ni co n los p rin c ip io s q u e ellos o rig in a n . La d e riv a c ió n empírica id eada p o r a m b o s a u to re s n o es c o m p a ­ tib le c o n la realidad de los c o n o c im ie n to s cien tífico s a priori q u e p o se e m o s, a sab er, la matemática pura y la ciencia general de la naturaleza, lo cual re fu ta tal d e riv a c ió n . E l p rim e ro de esos dos h o m b re s fam o so s a b rió las p u e rta s a la exaltación ya q u e, un a vez a u to riz a d a , la ra z ó n n o p e rm ite q u e se la te n g a a raya c o n vagas reco m en d acio n e s d e m o d e ra c ió n . E l se g u n d o , p e n ­ san d o h a b e r d e sc u b ie rto q u e lo q u e h a b ía sid o u n iv e rsa lm e n ­ te c o n sid e ra d o c o m o ra z ó n era só lo u n esp ejism o d e n u e stra facu ltad c o g n o sc itiv a , se e n tre g ó p o r e n te ro al escepticismo. V am o s a p ro b a r ah o ra si es p o sib le h a c e r q u e la ra z ó n h u m a n a pase felizm en te e n tre esas d os ro c a s, si es p o sib le señ alarle u n o s lím ites, d e ja n d o a b ie rto , n o o b s ta n te , to d o el c a m p o de activ id ad q u e c o rre sp o n d e a su fin . P e ro an tes q u ie ro to d a v ía d a r la explicación de las catego­ rías. E stas so n c o n c e p to s d e u n o b je to en g e n e ra l m e d ia n te el cual la in tu ic ió n de éste es c o n d id e ra d a c o m o determinada en relació n c o n un a d e las funciones lógicas del ju zg ar. A sí, la fu n c ió n del juicio categórico es la q u e c o rre sp o n d e a la relació n del su je to c o n el p re d ic a d o ; p o r e je m p lo , « T o d o s los c u e rp o s so n divisibles». P e ro e n lo to c a n te al u so m e ra m e n te ló g ic o B 129 del e n te n d im ie n to , q u e d a p o r d e te rm in a r a cu ál d e los d o s c o n c e p to s se asig n a la fu n c ió n d e su je to y a cuál la d e p re d ic a d o . E n efecto , se p u e d e d e c ir ta m b ié n « A lg o d iv isib le es c u erp o » . Si in tro d u z c o en la ca te g o ría d e su stan cia el c o n c e p to de u n c u e rp o , q u e d a esta b le c id o q u e su in tu ic ió n em p írica en la ex p erien cia n u n c a ha de ser c o n sid e ra d a c o m o m ero p re d ic a ­ d o , sin o só lo c o m o su je to . L o m ism o p u e d e d ecirse d e las d em ás cate g o rías.

D E D U C C IO N D E L O S C O N C E P T O S P U R O S D E L E N T E N D IM IE N T O ! ( según la prim era edición)

Sección segunda Los fundamentos a priori de la posibilidad de la experiencia E l q u e u n c o n c e p to haya de ser p ro d u c id o e n te ra m e n te a p riori y haya de referirse a u n o b je to , a u n q u e n o e sté in c lu id o en el c o n c e p to de ex perien cia p o s ib le ni fo rm a d o p o r elem e n to s de u n a ex p erien cia p o sib le , es a lg o c o m p le ta m e n te c o n tr a d ic to ­ rio e im p o sib le. E n efecto , tal c o n c e p to n o p o se e ría c o n te n id o a lg u n o , ya q u e , si ten em o s en c u e n ta q u e to d a s las in tu ic io n e s m ed ia n te las cuales se nos p u e d e n o fre c e r o b je to s c o n stitu y e n el cam p o u o b je to g lo b a l de la e x p erien cia p o sib le , n o le c o rre sp o n d e ría n in g u n a in tu ic ió n . U n c o n c e p to a p rio ri n o re fe rid o a la ex p erien cia sería só lo la fo rm a ló g ica d e u n c o n c e p to , n o el c o n c e p to m ism o p o r el q u e a lg o es p e n sa d o . Si hay, p u e s, c o n c e p to s p u ro s a priori, n o p u e d e n , claro está, in clu ir nada e m p íric o . T ie n e n q u e c o n s titu ir só lo c o n d ic io ­ nes de un a ex p erien cia p o sib le . U n ic a m e n te en ésta p u e d e basarse su realid ad . E n con secu en cia , si q u e re m o s sab er c ó m o so n p o sib le s c o n c e p to s p u ro s a p riori hay q u e an alizar cuáles sean las c o n d i­ ciones a p rio ri d e las q u e d e p e n d e y en las q u e se basa la A 96 p o sib ilid a d de la ex perien cia c u a n d o h acem o s a b stra c c ió n de to d o s lo s e le m e n to s em p íric o s d e lo s fe n ó m e n o s. U n c o n c e p to q u e ex p resara de m o d o u n iv e rsa l y su ficien te esta c o n d ic ió n 1 1 Se ofrece primeramente el texto de la Deducción según A. Seguida­ mente (págs, 152-177) se hallará el texto de B (N. del T.)

130

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

fo rm al y o b je tiv a de la ex p e rie n c ia re c ib iría el n o m b re de c o n c e p to p u r o del e n te n d im ie n to . U n a v ez q u e m e h allo en p o se s ió n d e c o n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n to , p u e d o ta m b ié n p e n sa r o b je to s q u e tal vez sean im p o sib le s o q u e , a u n sie n d o p o sib le s en sí m ism o s, n o p u e d e n ser d a d o s e n la ex p e rie n c ia , ya q u e al p o n e r e n co n e x ió n d ic h o s c o n c e p to s p u e d e h a b e rse o m itid o a lg o q u e p e rte n e z c a n e c e sa ria m e n te a la c o n d ic ió n de u n a e x p e rien cia p o sib le (c o m o o c u rre e n el c o n c e p to de u n e sp íritu ). O ta m b ié n es p o sib le q u e a lg u n o s c o n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n to se e x tie n d a n m ás allá d e lo q u e p u e d e ab arcar la ex p erien cia (co m o su ced e c o n el c o n c e p to d e D io s). P e ro los elementos de to d o c o n o c im ie n to a priori, in c lu so de las ficcio n es a rb itra ria s y d isp a ra ta d a s, tie n e n q u e in c lu ir sie m ­ p re , a u n q u e n o p u e d a n p ro v e n ir de la ex p e rie n c ia (si p r o v in ie ­ ra n de ella n o se ría n c o n o c im ie n to s a p rio ri), las c o n d ic io n e s p u ra s a p rio ri de u n a ex p erien cia p o sib le y de u n o b je to de ésta. D e lo c o n tra rio , n o só lo n o p e n sa ría m o s n ad a a tra v é s de ellos, sin o q u e , al carecer d e d a to s , ni ta n siq u iera s u rg iría n en el p e n sa m ie n to . A h o ra b ien , e n las c a te g o ría s e n c o n tra m o s esos c o n c e p ­ to s q u e c o n tie n e n a p rio ri el p e n sa m ie n to p u r o de to d a e x p e rie n ­ cia. Si so m o s capaces de d e m o s tra r q u e só lo p o r su m e d io A 97 p o d e m o s p e n s a r u n o b je to , ello c o n stitu y e ya u n a su fic ie n te d e d u c c ió n d e lo s m ism o s y u n a ju stific a c ió n de su valid ez o b je tiv a . S in e m b a rg o , d a d o q u e e n tal p e n sa m ie n to n o só lo in te rv ie n e la única fa c u lta d de p e n sa r, es d ecir, el e n te n d im ie n to y d a d o q u e éste m ism o , en c u a n to c a p acid ad c o g n o sc itiv a q u e d eb e re fe rirse a o b je to s, n ecesita ig u a lm e n te u n a e x p lic a ­ c ió n e n lo q u e to ca a la p o sib ilid a d de tal re fe re n c ia , te n e m o s q u e ex a m in a r p rim e ro las fu e n te s su b je tiv a s q u e c o n stitu y e n la base a p rio ri de la p o sib ilid a d d e la ex p erien cia y ello n o de a c u e rd o co n la n atu ra le z a e m p íric a d e esas fu e n te s, sin o de a c u e rd o c o n su n atu rale z a tra sc e n d e n ta l. Si cada re p re se n ta c ió n fu e ra c o m p le ta m e n te ex tra ñ a , sep arad a, p o r así d e cirlo , de cad a u n a d e las d em ás, y e stu v ie ra a p a rta d a de ellas, jam ás su rg iría a lg o c o m o el c o n o c im ie n to . E s te c o n stitu y e u n to d o de re p re se n ta c io n e s q u e se c o m p a ra n y se c o m b in a n e n tre sí. A sí, p u e s, si, p o r u n a p a rte , a trib u im o s al se n tid o u n a sin o p sis p o r el h e c h o de c o n te n e r e n su in tu ic ió n u n a m u ltip lic id a d , p o r o tra , sie m p re c o rre s p o n d e a ésta una síntesis. L a receptividad só lo p u e d e h ac e r p o sib le s los c o n o c i­ m ie n to s si va lig ad a a la espontaneidad. E sta c o n stitu y e el fu n d a -

DEDUCCION TRASCENDENTAL (A)

131

m e n tó de tres sín tesis q u e n e c e sa ria m e n te tie n e n lu g a r en to d o c o n o c im ie n to : aprehensión de las re p re se n ta c io n e s, c o m o m o d ificacio n es del p siq u ism o en la in tu ic ió n ; reproducción de d ich as re p re se n ta c io n e s en la im a g in a c ió n y reconocimiento de las m ism as e n el c o n c e p to . T a le s sín tesis s u m in is tra n u n a g u ía p a ra tres fu e n te s su b je tiv a s de c o n o c im ie n to , las cuales h a c e n p o sib le el e n te n d im ie n to m ism o y, a tra v é s d e él, to d a e x p e rie n ­ A 98 cia e n c u a n to p r o d u c to e m p íric o del e n te n d im ie n to .

Advertencia previa L a d e d u c c ió n de las c a te g o ría s tro p ie z a c o n ta n ta s d ifi­ cu ltad es y re q u ie re u n a ta n p ro f u n d a p e n e tra c ió n e n lo s f u n d a ­ m e n to s p rim e ro s de la p o sib ilid a d d e n u e s tro c o n o c im ie n to e n g e n e ra l, q u e m e ha p a re c id o o p o r tu n o p re p a ra r, m ás q u e in s tru ir, al le c to r en los c u a tro a p a rta d o s sig u ie n te s, a fin de e v ita r la p ro lijid a d de u n a te o ría c o m p le ta y d e n o o m itir, sin e m b a rg o , n a d a en u n a ta n n ecesaria in v e s tig a c ió n y a fin d e e x p o n e r siste m á tic a m e n te la e x p lic a c ió n d e esos e le m e n ­ to s del e n te n d im ie n to e n la secció n te rc e ra , q u e v ie n e a c o n ti­ n u a ció n . P o r ello n o deb e el le c to r d ejarse g a n a r p o r el d e sá n i­ m o a n te 1 u na o s c u rid a d q u e , e n u n c a m in o a ú n n o re c o rrid o , resu lta in ic ia lm e n te in e v ita b le . E s p e ro , n o o b s ta n te , q u e esa o s c u rid a d se ilu m in a rá h asta a lc a n z a r u n a c o m p le ta c la rid a d en dich a se cció n .

1.

i m síntesis de aprehensión en la intuición

C u a lq u ie ra q u e sea la p ro c e d e n c ia de n u e stra s re p re s e n ­ tac io n e s, b ie n se a n p ro d u c id a s p o r el in flu jo de las cosas e x te rio ­ res, b ie n sean re s u lta d o d e causas in te rn a s, lo m ism o si h a n s u rg id o a p rio ri q u e si lo h a n h e c h o c o m o fe n ó m e n o s e m p íric o s, A 99 p e rte n e c e n , e n c u a n to m o d ific a c io n e s del p siq u ism o , al se n tid o in te rn o y, d e sd e e ste p u n to d e v ista, to d o s n u e stro s c o n o c im ie n ­ to s se h a lla n , e n d e fin itiv a , so m e tid o s a la c o n d ic ió n fo rm a l de tal se n tid o , es d ecir, al tie m p o . E n él h a n de ser to d o s o rd e n a d o s , lig a d o s y re la c io n a d o s. E s to es u n a o b se rv a c ió n g e n e ra l q u e d e b e to m a rse c o m o b ase im p re sc in d ib le d e lo q u e sig u e. 1 Leyendo, con Leclair, bis dahin durcb die, en vez de bis dahin die (N. del T.)

132

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

T o d a in tu ic ió n c o n tie n e en sí u n a v a rie d a d q u e , de n o d is tin g u ir el p s iq u ism o el tie m p o en la su c e sió n de im p re sio ­ nes, n o sería re p re se n ta d a c o m o tal. E n e fe c to , en cuanto contenida en un instante del tiempo, n in g u n a re p re se n ta c ió n p u e d e ser o tra cosa q u e u n id a d a b so lu ta . P a ra q u e su rja, p u e s, u n a u n id a d in tu itiv a de esa d iv e rsid a d (co m o , p o r e je m p lo , en la re p re s e n ta ­ c ió n del esp acio ) hace falta p rim e ro re c o rre r to d a esa d iv e rsid a d y re u n irla d esp u és. E ste a c to lo lla m o síntesis de aprehensión p o r referirse p re c isa m e n te a u n a in tu ic ió n q u e o fre c e , e fe c tiv a ­ m en te, u n a v a rie d a d , p e ro u n a v a rie d a d c o n te n id a , c o m o tal, en una representación y q u e jam ás p u e d e p ro d u c irs e sin la in te rv e n ­ c ió n de u na sín tesis. E sta sín tesis de a p re h e n s ió n tie n e q u e v erific a rse a p rio ri, es decir, co n re s p e c to a re p re se n ta c io n e s n o e m p íric a s, p u e s, sin esa sín tesis, n o p o d ría m o s te n e r re p re se n ta c io n e s a p rio ri ni del esp acio ni del tie m p o , ya q u e éstas ú ltim as só lo p u e d e n A 100 p ro d u c irs e gracias a la sín tesis de lo v a rio o fre c id o p o r la sen sib ilid ad e n su o rig in a ria re c e p tiv id a d . T e n e m o s, p u e s, u n a síntesis p u ra de a p re h e n s ió n .

2.

L a síntesis de reproducción en la imaginación

E s sim p le m e n te e m p írica la ley se g ú n la cual las r e p r e ­ sen tacio n es q u e su elen su c e d e rse o a c o m p a ñ a rse u n a s a o tra s te rm in a n p o r aso ciarse y p o r lig a rse e n tre sí, de fo rm a q u e u n a sola de estas re p re se n ta c io n e s h ace q u e el p siq u ism o , in c lu ­ so sin la p re se n c ia del o b je to , p ase a la o tra re p re se n ta c ió n se g ú n u na reg la c o n sta n te . P e ro esta ley d e re p ro d u c c ió n s u p o ­ ne q u e los m ism o s fe n ó m e n o s e stá n , de h e c h o , so m e tid o s a esa reg la y q u e en la v a rie d a d d e re p re se n ta c io n e s de esos fe n ó m e n o s se da u n a c o m p a ñ a m ie n to o secu en cia c o n fo rm e a ciertas reglas, p u e s, d e lo c o n tra rio , n u e stra im a g in a c ió n em p írica n u n c a o b te n d r ía u n a tarea a d e c u a d a a su cap acid ad , es d ecir, p e rm a n e c e ría o c u lta en n u e s tro p s iq u is m o c o m o u n a fa c u lta d m u e rta y d esc o n o c id a p a ra n o s o tro s m ism o s. Si el c in a b rio fu e ra u n as veces ro jo y o tra s n e g ro , u n as veces lig e ro y o tra s p e s a d o ; si u n h o m b re to m a ra u n a s v eces esta fo rm a an im al y o tra s o t r a ; si e n el día m ás la rg o el c a m p o e stu v ie ra A 101 c u b ie rto de fr u to s u n as veces y o tra s de h ielo y de n iev e, e n to n c e s m i im a g in a c ió n n o te n d ría o p o rtu n id a d de lle v a r al p e n sa m ie n to el c in a b rio p e sa d o a n te la re p re se n ta c ió n del

DEDUCCION TRASCENDENTAL (A)

133

c o lo r ro jo . A l igual q u e, si se a sig n a ra u n a p a la b ra u n as veces a una cosa y o tra s a o tra , o se d e n o m in a ra u n a m ism a cosa u nas veces así y o tra s de o tr o m o d o , sin q u e h u b ie se en esta esfera cierta reg la a la cual e stu v ie se n so m e tid o s los fe n ó ­ m enos en sí m ism o s, e n to n c e s n o h a b ría síntesis em p írica de re p ro d u c c ió n . T ie n e , p u e s, q u e h a b e r a lg o q u e , p o r ser el fu n d a m e n to a p rio ri de su u n id a d sin tética in d isp e n sa b le , h ag a p o sib le esa re p ro d u c c ió n de los fen ó m e n o s. Se llega p r o n to a este re s u lta d o cu a n d o se re c u e rd a q u e los fe n ó m e n o s n o so n cosas en sí m ism as, sin o el m ero ju e g o de n u e stra s re p re se n ta c io n e s, las cuales se re d u c e n , en ú ltim o té rm in o , a d e te rm in a c io n e s del s e n tid o in te rn o . Si p o d e m o s m o s tra r q u e n i siq u iera n u e stra s m ás p u ra s in tu icio n es a p rio ri s u m in is tra n c o n o c im ie n to s, si n o c o n tie n e n u n a tal c o m b in a c ió n de lo v a rio , q u e p o sib ilite una c o m p leta síntesis de re p ro d u c c ió n , q u e d a rá fu n d a d a esa síntesis de la im ag in a c ió n , in c lu so c o n a n te rio rid a d a to d a ex p erien cia, en p rin c ip io s a priori. E n tal caso , nos v ere m o s o b lig a d o s a su p o n e r u n a síntesis tra sc e n d e n ta l p u ra de la im a g i­ n a c ió n , u n a síntesis q u e, a su vez, se rv irá de base a la p o sib ilid a d de to d a ex p erien cia, ya q u e ésta, e n c u a n to tal ex p erien cia, p r e ­ su p o n e n ecesariam en te la re p ro d u c tib ilid a d de lo s fe n ó m e n o s. E s e v id e n te q u e , si in te n to tra z a r 1 u n a línea e n m i p e n sa m ie n to A 102 o p e n sa r el tie m p o q u e tra n s c u rre d esd e u n m e d io d ía al s ig u ie n ­ te o sim p le m e n te re p re se n ta rm e u n n ú m e ro , m i p e n sa m ie n to tien e q u e co m e n z a r n e c e sa ria m e n te p o r a su m ir esas v arias r e ­ p re se n ta c io n e s u n a tra s o tra . Si m i p e n sa m ie n to dejara escap ar siem p re las rep re se n ta c io n e s p re c e d e n te s 2 (las p rim e ra s p a rte s de la línea, las p a rte s a n te c e d e n te s del tie m p o o las u n id ad es re p re se n ta d a s su cesiv a m e n te ) y n o las re p ro d u je ra al p asa r a las sig u ien tes, jam ás p o d ría s u rg ir u n a re p re se n ta c ió n c o m p le ­ ta, ni n in g u n o de los p e n sa m ie n to s m e n c io n a d o s. E s m ás, n i siq u iera p o d ría n ap a re c e r las re p re se n ta c io n e s básicas de esp acio y tie m p o , q u e so n las p rim a ria s y m ás p u ra s . La síntesis de a p re h e n s ió n se h alla, p u e s, in se p a ra b le ­ m en te lig ad a a la de re p ro d u c c ió n . T e n ie n d o e n c u e n ta q u e la p rim e ra c o n stitu y e el fu n d a m e n to tra sc e n d e n ta l de la p o s ib ili­ dad de to d o c o n o c im ie n to (n o só lo del e m p íric o , sin o ta m b ié n del p u r o a priori), la síntesis re p ro d u c tiv a de la im a g in a c ió n 1 Leyendo, con Erdm ann, %ieben, en vez de t(jehe (N. del T.) 2 Entendiendo, con Erdm ann, vorhergehenden, en lugar de vorhergehende. (N. del T.)

134

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

fo rm a p a rte de lo s a cto s tra sc e n d e n ta le s del p siq u ism o y p o r ello llam arem o s a esta fa c u lta d la fa c u lta d tra sc e n d e n ta l de la im ag in ació n .

103

3.

síntesis de reconocimiento en el concepto

Si n o fu é ra m o s c o n sc ie n te s d e q u e lo q u e a h o ra p e n s a ­ m os es lo m ism o q u e h a b ía m o s p e n s a d o hace u n in sta n te , to d a re p ro d u c c ió n e n la serie de las re p re se n ta c io n e s sería in ú til. E n efecto , lo a h o ra p e n sa d o se ría , e n su fo rm a a ctu a l, u na n u e v a re p re se n ta c ió n , u n a re p re s e n ta c ió n q u e de n in g ú n m o d o p e rte n e c e ría al a c to q u e d eb ía ir p ro d u c ié n d o la g r a d u a l­ m en te. L o v a rio de tal re p re se n ta c ió n jam ás fo rm a ría u n to d o , ya q u e carecería d e u n a u n id a d q u e só lo la co n cie n cia p u e d e su m in istra r. S u p o n g a m o s q u e , al c o n ta r, o lv id o q u e las u n id a ­ des q u e a h o ra flo ta n a n te m is se n tid o s h a n sid o su c e siv a m e n te añ ad id a s p o r m í. E n e ste caso , n o re c o n o c e ré , a tra v é s de la a d ic ió n su cesiv a, u n id a d p o r u n id a d , la p ro d u c c ió n del c o n ju n to g lo b a l, n i, p o r ta n to , el n ú m e ro , ya q u e este c o n c e p to c o n siste ú n ic a m e n te e n la co n c ie n c ia d e esa u n id a d d e la sín tesis. La p a la b ra « co n c e p to » p o d ría d a r p ie , p o r sí m ism a, a esta o b se rv a c ió n . E n e fe c to , es esa co n c ie n c ia única la q u e co m b in a e n u n a re p re se n ta c ió n la d iv e rsid a d , q u e es g r a d u a l­ m en te in tu id a y lu e g o ta m b ié n re p ro d u c id a . C o n frecu en cia 104 só lo p u e d e ser d ébil esa co n c ie n c ia , d e su e rte q u e n o la lig a m o s al m ism o a c to de p r o d u c c ió n de la re p re se n ta c ió n , es d ecir, in m e d ia ta m e n te , sin o só lo a su e fe c to . D e ja n d o a u n la d o tales d iferen cias, sie m p re tie n e q u e h a b e r u n a co n c ie n c ia , a u n ­ q u e carezca de especial c la rid a d . S in c o n c ie n c ia n o p u e d e h a b e r c o n c e p to s n i es, p o r ta n to , p o sib le c o n o c e r o b je to s. L le g a d o s a este p u n to , se h ace n e c e sa rio p o n e r e n c laro a n te n o s o tro s m ism o s q u é es lo q u e se e n tie n d e p o r la e x p re s ió n « o b je to d e las re p re se n ta c io n e s» . A n te rio rm e n te h e m o s d ic h o q u e los fe n ó m e n o s n o so n m ás q u e re p re se n ta c io n e s sen sib les q u e , d e igual m o d o , ta m p o c o h a n de ser c o n sid e ra d a s en sí m ism as c o m o o b je to s in d e p e n d ie n te s d e la fa c u lta d de re p r e ­ se n ta c ió n . ¿ Q u é se q u ie re , p u e s , d e c ir c u a n d o se h a b la de u n o b je to q u e c o rre s p o n d e al c o n o c im ie n to y q u e es, p o r ta n to , d is tin to d e él? Se v e fá c ilm e n te q u e tal o b je to hay q u e e n te n d e rlo sim p le m e n te c o m o a lg o e n g e n e ra l = X , ya q u e , fu era de n u e s tro c o n o c im ie n to , n o te n e m o s n a d a c o n fro n -

DEDUCCION TRASCENDENTAL (A)

135

tab le c o n ese m ism o c o n o c im ie n to c o m o c o rre s p o n d ie n te a él. A d v e rtim o s , e m p e ro q u e n u e s tro p e n s a m ie n to de la re lació n c o n o c im ie n to -o b je to c o n lle v a sie m p re e n sí cierta n e c e ­ sid ad , ya q u e el p rim e r e le m e n to es c o n sid e ra d o c o m o a lg o q u e se o p o n e al se g u n d o . O b s e rv a m o s , a d em á s, q u e n u e stro s c o n o c im ie n to s n o se p ro d u c e n al a z a r o a rb itra ria m e n te , sin o q u e se h allan d e te rm in a d o s d e u n a c ie rta fo rm a , ya q u e , al te n e r esos c o n o c im ie n to s q u e re fe rirse a u n o b je to , h a n de c o n c o rd a r n e c esariam e n te e n tr e sí c o n re s p e c to a éste ú ltim o , es d ecir, h a n de p o se e r la u n id a d q u e c o n stitu y e el c o n c e p to A 105 de u n o b je to . P e ro , d a d o q u e só lo n o s o c u p a m o s d e lo d iv e rso de n u e stra s re p re se n ta c io n e s y d a d o q u e la X a ellas c o rr e s p o n d ie n ­ te (el o b je to ) n o es — p o r ser e ste o b je to fo rz o sa m e n te d is tin to de to d a s n u e stra s re p re se n ta c io n e s— n ad a p a ra n o s o tro s , q u e d a claro q u e la u n id a d n e c e sa ria m e n te fo rm a d a p o r el o b je to só lo p u e d e ser la u n id a d fo rm a l de la co n c ie n c ia q u e efectú a la síntesis de lo d iv e rso d e las re p re se n ta c io n e s. D e c im o s , p u e s, q u e c o n o c e m o s el o b je to c u a n d o h e m o s p ro d u c id o la u n id a d sin tética e n lo d iv e rso d e la in tu ic ió n . A h o ra b ie n , n o es p o sib le tal u n id a d si la in tu ic ió n n o ha p o d id o ser o rig in a d a , se g ú n u n a reg la, p o r u n a fu n c ió n tal de sín tesis, q u e , p o r u na p a rte , h a g a p o s ib le u n c o n c e p to en el q u e la d iv e rsid a d se u n ifiq u e y, p o r o tra , h a g a n ecesaria a p rio ri la re p ro d u c c ió n d e esa m ism a d iv e rsid a d . P o r e je m p lo , p e n s a ­ m o s u n triá n g u lo c o m o o b je to , e n la m e d id a e n q u e so m o s c o n scien tes de la u n ió n d e tre s lín eas rectas c o n fo rm e a u n a reg la se g ú n la cual sie m p re p u e d e re p re se n ta rse tal in tu ic ió n . E sa unidad de la regla es la q u e d e te rm in a to d a la d iv e rsid a d y la so m e te a u n a s co n d ic io n e s q u e h a c e n p o sib le la u n id a d d e a p e rc e p c ió n . E l c o n c e p to d e esa u n id a d es la re p re se n ta c ió n del o b je to = X q u e p ie n s o a tra v é s de lo s m e n c io n a d o s p re d ic a ­ d o s d e u n triá n g u lo . T o d o c o n o c im ie n to re q u ie re u n c o n c e p to , p o r m u y A 106 im p e rfe c to u o s c u ro q u e é ste sea. P e ro el c o n c e p to es sie m p re , p o r su fo rm a , a lg o u n iv e rsa l y q u e sirv e d e re g la . A sí, el c o n c e p to d e c u e rp o sirv e de re g la , e n v ir tu d de la u n id a d de lo d iv e rso p e n sa d o a tra v é s d e él, al c o n o c im ie n to de los fe n ó m e n o s e x te rn o s. Y só lo p u e d e c o n s titu ir u n a reg la p a ra las in tu ic io n e s re p re s e n ta n d o e n lo s fe n ó m e n o s d a d o s la necesaria re p ro d u c c ió n d e su d iv e rsid a d y, p o r ta n to , la

136

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

u n id a d sin tética en la co n cie n cia de lo s m ism o s. A sí, c u a n d o p e rc ib im o s a lg o e x te rio r a n o s o tro s , el c o n c e p to d e c u e rp o req u ie re la re p re se n ta c ió n d e la e x te n s ió n y, c o n sig u ie n te m e n te , las de im p e n e tra b ilid a d , fo rm a , etc. T o d a n ecesid ad se basa sie m p re e n u n a c o n d ic ió n tr a s ­ c en d en tal. E n co n secu e n c ia , tie n e q u e h a b e r u n fu n d a m e n to tra sc e n d e n ta l de la u n id a d d e la c o n c ie n c ia en la sín tesis de la d iv e rsid a d c o n te n id a e n to d a s n u e stra s in tu ic io n e s y, p o r ta n to , de lo s c o n c e p to s d e o b je to s en g e n e ra l y, c o n s ig u ie n te ­ m en te, de to d o s lo s o b je to s d e ex p e rie n c ia . S in tal fu n d a m e n to , sería im p o sib le p e n s a r u n o b je to d e n u e stra s in tu ic io n e s, ya q u e este o b je to n o es m ás q u e el a lg o c u y o c o n c e p to expresa dich a n ecesid ad de síntesis. E s ta c o n d ic ió n o rig in a ria y tra sc e n d e n ta l n o es o tra A 107 q u e la apercepción trascendental. E n v ir tu d d e n u e stro e sta d o , la co n cien cia del yo e n la p e rc e p c ió n in te rn a es m e ra m e n te em p írica, sie m p re m u d a b le , sin p o d e r s u m in istra r u n y o fijo y p e rm a n e n te e n m e d io de esa c o rrie n te de fe n ó m e n o s in te rn o s. D ic h a c o n cie n cia suele llam arse sentido interno o apercepción em pí­ rica. L o q u e necesariamente tie n e q u e ser re p re s e n ta d o c o m o n u m é ric a m e n te id é n tic o n o p u e d e ser p e n sa d o c o m o tal a tra v é s d e lo s d a to s em p íric o s. A n te rio rm e n te a to d a e x p erien cia, ha de h a b e r u na c o n d ic ió n q u e h ag a p o sib le esa m ism a e x p e rie n ­ cia y q u e d é v alid ez a tal su p o s ic ió n tra sc e n d e n ta l. N o p u e d e n d arse e n n o s o tro s c o n o c im ie n to s, c o m o ta m ­ p o c o v in c u la c ió n ni u n id a d e n tre lo s m ism o s, sin u n a u n id a d de co n cie n cia q u e p re c e d a a to d o s lo s d a to s d e las in tu ic io n e s. S ó lo en re la c ió n c o n tal u n id a d so n p o sib le s las re p re se n ta c io n e s de o b je to s. E sa co n cie n c ia p u ra , o rig in a ria e in m u ta b le , la llam aré la apercepción trascendental. E l q u e m erezca tal n o m b re se d e sp re n d e c la ra m e n te del h e c h o de q u e h asta la m ás p u ra u n id a d o b je tiv a , es d ec ir, la d e lo s c o n c e p to s a p rio ri (esp acio y tie m p o ) só lo es 1 p o sib le g ra c ia s a la re la c ió n q u e c o n esa u n id a d d e co n c ie n c ia s o s tie n e n las in tu ic io n e s. La u n id a d n u m é ­ rica de esa a p e rc e p c ió n sirv e, p u e s, d e base a p rio ri a to d o s lo s c o n c e p to s, al ig u al q u e lo d iv e rso del esp acio y del tie m p o lo h ace re s p e c to de las in tu ic io n e s d e la se n sib ilid a d . A 108 La m ism a u n id a d tra sc e n d e n ta l d e la a p e rc e p c ió n hace, a p a r tir de to d o s lo s fe n ó m e n o s q u e p u e d a n a p a re c e r re u n id o s en u n a ex p e rie n c ia , u n c o n ju n to — re g u la d o p o r ley es— de 1 Leyendo, con Erdmann, sei, en lugar de sein (N. del T.)

DEDUCCION TRASCENDENTAL (A)

137

to d a s esas re p re se n ta c io n e s. E n e fe c to , tal u n id a d de co n cie n cia sería im p o sib le si, al c o n o c e r la d iv e rsid a d , el p siq u ism o n o p u d ie ra a d q u irir concie n cia d e la id e n tid a d de la fu n c ió n m e ­ d ia n te la cual c o m b in a sin té tic a m e n te esa m ism a d iv e rsid a d e n u n c o n o c im ie n to . C o n sig u ie n te m e n te , la o rig in a ria e in e lu d i­ ble con ciencia de id e n tid a d del y o es, a la vez, la co n cie n cia de un a ig u a lm e n te necesaria u n id a d de sín tesis de to d o s los fe n ó m e n o s se g ú n c o n c e p to s, es d ecir, s e g ú n reg las q u e no só lo tie n e n q u e p e rm itir re p ro d u c irlo s , sin o q u e , ad em á s, fijan así u n o b je to a la in tu ic ió n d e lo s m ism o s, e sto es, d e te rm in a n el c o n c e p to de a lg o d o n d e se h a lla n n e c e sa ria m e n te en laz ad o s. E n efecto, el p siq u ism o n o p o d r í a 1 p e n sa r, y m e n o s a priori, la id e n tid a d del yo en m ed io de la d iv e rsid a d de sus re p re s e n ta ­ ciones, si n o tu v ie ra p re se n te la id e n tid a d de su a c to , id e n tid a d q u e so m e te to d a síntesis de a p re h e n s ió n (q u e es e m p írica) a u n a u n id a d trascen d en ta l y q u e h ace p o sib le su in te rc o n e x ió n se g ú n reglas a priori. A h o ra p o d re m o s ya p re c isa r m e jo r n u e s tro c o n c e p to 12 de objeto en g e n e ra l. T o d a s las re p re se n ta c io n e s tien en , en c u a n to tales, su o b je to p ro p io y p u e d e n , a su vez, ser o b je to de o tra s re p re se n ta c io n e s. L os fe n ó m e n o s so n los ú nicos o b je to s q u e se n os p u e d e n d a r in m e d ia ta m e n te y lo A 109 q u e en ellos hace referen cia in m e d ia ta al o b je to se llam a in tu i­ ción. P e ro tales fe n ó m e n o s n o so n cosas en sí m ism as, sino m eras re p re se n ta c io n e s q u e, a su vez, p o se e n su p ro p io o b je to , u n o b je to q u e ya n o p u e d e ser in tu id o p o r n o s o tro s y que, c o n s ig u ie n te m e n te , p u e d e llam arse n o -e m p íric o , es decir, tra sc e n d e n ta l = X . E l c o n c e p to p u r o de este o b je to tra s c e n d e n ­ tal (que, d e h ech o , es id é n tic o e n to d o s n u e stro s c o n o c im ie n ­ to s, = X ) es lo q u e p o n e en re la c ió n to d o s 3 n u e stro s c o n c e p ­ to s em p íric o s c o n u n o b je to , es d ecir, lo q u e les p u e d e su m in is­ tra r realid ad o b je tiv a . E ste c o n c e p to n o p u e d e c o n te n e r u n a in tu ic ió n d e te rm in a d a y n o a fectará, p o r ta n to , m ás q u e a la u n id a d q u e fo rz o sa m e n te tien e q u e h a b e r e n tre la d iv e rsid a d de u n c o n o c im ie n to , sie m p re q u e tal d iv e rsid a d h ag a referen cia a u n o b je to . P e ro tal refe re n c ia n o es m ás q u e la n ecesaria u n id a d d e co n cie n cia y ta m b ié n , c o n sig u ie n te m e n te , de sín tesis

1 Leyendo, con Hartenstein, konnte, en vez de konnte (N. del T.) 2 Leyendo, con Adickes, unseren Begriff, en lugar de nnsere Begríffe (N. del T.) 3 E ntendiendo, con Erdm ann, alien, en lugar de in alien (N. del T.)

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

138

de lo d iv e rso m e d ia n te la fu n c ió n q u e realiza el p siq u ism o y q u e c o n siste e n u n ific a r esa d iv e rsid a d en u n a re p re se n ta c ió n . D a d o q u e esa u n id a d ha d e ser c o n sid e ra d a c o m o u n id a d n e c e sariam en te a priori (de lo c o n tra rio , el c o n o c im ie n to c a re c e ­ ría de o b je to ), la referen c ia a u n o b je to tra sc e n d e n ta l, es d ecir, A 110 la re alid ad o b je tiv a de n u e s tro c o n o c im ie n to e m p íric o , se basará en u n a ley tra sc e n d e n ta l se g ú n la cu al, si los fe n ó m e n o s h a n de p ro p o r c io n a rn o s o b je to s, tie n e n q u e so m e te rse a las reglas a p rio ri q u e u n ifican sin té tic a m e n te d ic h o s fe n ó m e n o s, reg las sin las cuales n o es p o sib le re la c io n a r lo s fe n ó m e n o s d e n tro de la in tu ic ió n em p íric a . E s d ecir, la re a lid a d o b je tiv a de n u e s tro c o n o c im ie n to se b asará en la ley se g ú n la cual, en la ex p e rien cia, esos fe n ó m e n o s h a n de e sta r so m e tid o s a las c o n d ic io n e s de in d isp e n sa b le u n id a d d e a p e rc e p c ió n , al igual q u e , en la sim p le in tu ic ió n , lo h a n d e e sta r a las c o n d ic io n e s fo rm ale s d e esp acio y tie m p o : so n esas c o n d ic io n e s las q u e hacen p o sib le el c o n o c im ie n to .

Explicación preliminar de la posibilidad de las categorías como conocimientos a priori

4.

H ay só lo u na ex p erien cia en la q u e to d a s las p e rc e p c io ­ nes se re p re s e n ta n c o m o c o n ju n to s c o m p le to s y c o n fo rm e s a leyes, al igual q u e só lo hay u n esp a c io y u n tie m p o en lo s q u e se d a n to d a s las fo rm a s del fe n ó m e n o y to d a rela c ió n del ser o del n o -ser. C u a n d o h a b la m o s de e x p erien cias d ife re n ­ tes, éstas só lo so n p e rc e p c io n e s d istin ta s q u e p e rte n e c e n , en c u a n to tales, a u n a ún ica e x p erien cia g e n e ra l. E n efecto , la u n id a d c o m p le ta y sin té tic a de las p e rc e p c io n e s c o n stitu y e p re c isa m e n te la fo rm a de la e x p erien cia y n o es o tra cosa q u e la u n id a d sin tética d e los fe n ó m e n o s o b te n id a m e d ia n te los c o n c e p to s. La u n id a d de sín tesis o b te n id a m e d ia n te c o n c e p to s sería Allí c o m p le ta m e n te a c c id e n ta l si é sto s n o se b a sa ra n e n u n fu n d a ­ m e n to tra sc e n d e n ta l d e u n id a d . D e n o o c u rr ir así, existiría la p o sib ilid a d de q u e u n to r re n te d e fe n ó m e n o s in v a d ie ra n u e stra alm a sin q u e jam ás su rg ie ra d e este h e c h o ex p erien cia a lg u n a . A d e m á s, d esap a re c e ría así to d a re la c ió n del c o n o c im ie n ­ to c o n los o b je to s ya q u e tal rela c ió n n o estaría re g u la d a p o r leyes u n iv ersale s y necesarias y, c o n sig u ie n te m e n te , te n d ría m o s u na in tu ic ió n sin p e n s a m ie n to , p e ro n u n c a u n c o n o c im ie n to .

DEDUCCION TRASCENDENTAL (A)

139

T al in tu ic ió n no p o see ría , p u e s, a b so lu ta m e n te n in g ú n v a lo r p ara n o so tro s. Las co n d ic io n e s a p rio ri d e la ex p e rie n c ia p o sib le en g e n eral so n , a la vez, co n d ic io n e s de p o sib ilid a d de lo s o b je to s de ex p erien cia. P u es b ien , so s te n g o q u e las categorías a n te s 1 m en cio n ad as n o so n m ás q u e las condiciones del pensar en una experiencia posible, al igual q u e espacio y tiempo c o n tie n e n las c o rre sp o n d ie n te s a la intuición e n u n a experiencia posible. P o r ta n to , esas ca te g o ría s so n ta m b ié n c o n c e p to s b ásico s p a ra p e n ­ sar o b je to s en g e n eral en re la c ió n c o n los fe n ó m e n o s y p o se e n valid ez o b je tiv a a priori, q u e es lo q u e en re a lid a d q u e ría m o s saber. P e ro la p o sib ilid a d , es m ás, la n ec e sid a d de tales c a te g o ­ rías, se basa e n la relació n q u e so stie n e la se n sib ilid a d — y, c o n s ig u ie n te m e n te , to d o s los fe n ó m e n o s p o sib le s— c o n la a p e r­ c e p ció n o rig in a ria . E n ésta to d o ha de e sta r n ecesa ria m e n te c o n fo rm e c o n las co n d ic io n e s de la c o m p le ta u n id a d de la au to c o n c ie n c ia , es d ecir, to d o ha de e sta r s o m e tid o a las fu n c io - A 112 nes u n iv ersale s de la sín tesis, e sto es, de la sín tesis lo g ra d a a tra v é s de c o n c e p to s. E s en esta sín tesis d o n d e la a p e rc e p c ió n p u e d e d e m o s tra r a p rio ri su c o m p le ta y n ecesaria id e n tid a d . A sí, el c o n c e p to de causa n o es o tra cosa q u e u n a sín tesis (de lo q u e ap arece en las secu en cias te m p o ra le s c o n o tro s fe n ó m e n o s) efectu ad a mediante conceptos. Sin esa unidad, q u e tiene su reg la a priori y q u e so m e te los fe n ó m e n o s a sí m ism a, n o h a b ría co m p le ta , g e n e ra l ni, p o r ta n to , n ecesaria u n id a d de co n cien cia en la d iv e rsid a d de las p e rc e p c io n e s. E n este ú ltim o caso, tales p e rc e p c io n e s n o p e rte n e c e ría n ta m p o c o a n in g u n a ex p erien cia, p o r lo q u e ca re c e ría n d e o b je to y n o se ­ rían m ás q u e u n ciego ju e g o d e re p re se n ta c io n e s, es d ecir, serían m en o s q u e u n su eñ o . S on, p u e s, c o m p le ta m e n te v a n as e in ú tiles cu a n ta s te n ta ­ tivas se h a n efe c tu a d o p a ra d e riv a r de la e x p erien cia esos c o n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n to y p a ra asig n a rle s u n o rig e n m era m e n te e m p íric o . A este re sp e c to , n o n e c e sito m e n c io n a r q u e el c o n c e p to de cau sa, p o r e je m p lo , c o n llev a el c a rá c te r de u n a n e c esid ad q u e n o p u e d e ser su m in istra d a p o r n in g u n a ex p erien cia. E sta n o s en señ a q u e a u n fe n ó m e n o suele se g u ir o tra co sa, p e ro n o q u e esta o tra cosa te n g a q u e se g u irle fo rz o s a ­ m en te, n i q u e deba in fe rirse tal secu en cia a p rio ri y de m o d o 1 Leyendo, con Erdmann, oben, en vez de eben (N. del T.)

140

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

e n te ra m e n te u n iv e rsa l, c o m o si se p a rtie ra de u n a c o n d ic ió n . E n c u a n to a la reg la e m p íric a d e la asociación, q u e d e to d o s A 113 m o d o s ha de ser c o m p le ta m e n te a c e p ta d a c u a n d o se afirm a q u e en la serie de a c o n te c im ie n to s to d o se halla de tal m an era so m e tid o a n o rm a s, q u e nada su c e d e q u e n o e sté p re c e d id o p o r a lg o a lo q u e sig u e sie m p re , fo r m u lo esta p r e g u n t a : ¿en q u é se basa el h e c h o , e n te n d id o c o m o ley de la n a tu ra le z a ? ¿C ó m o es p o sib le tal a so c ia c ió n ? E l fu n d a m e n to d e la p o s ib ili­ d a d de a so ciar lo d iv e rso se llam a, en c u a n to q u e se halla en el o b je to , afinidad d e lo d iv e rso . P re g u n to , p u e s, c ó m o p o d e ­ m o s h a c e r c o m p re n sib le p a ra n o s o tro s m ism o s la u n iv e rsa l afi­ n id a d de los fe n ó m e n o s (afin id a d g racias a la cual é sto s ú ltim o s se h allan so m e tid o s a leyes c o n sta n te s y a la cu al tienen que s u ­ jetarse). A la luz de m is p rin c ip io s, se e n tie n d e m u y b ie n esa afin id ad . T o d o s lo s fe n ó m e n o s p o sib le s p e rte n e c e n , en c u a n to re p re se n ta c io n e s, a to d a la a u to c o n c ie n c ia p o sib le . A h o ra b ien , esta a u to c o n c ie n c ia co n lle v a n e c e sa ria m e n te , en c u a n to r e p r e ­ se n ta c ió n tra sc e n d e n ta l, la id e n tid a d n u m é ric a , y es c ie rta a priori, ya q u e n ad a p u e d e e n tr a r e n el c o n o c im ie n to si no es a tra v é s de esta a p e rc e p c ió n o rig in a ria . T e n ie n d o en cu e n ta q u e , si ha de c o n v e rtirs e en c o n o c im ie n to e m p íric o , esta id e n ti­ d a d tie n e q u e e n tra r in e lu d ib le m e n te e n la sín tesis de to d a la d iv e rsid a d d e lo s fe n ó m e n o s , é sto s se h a lla n so m e tid o s a u n as c o n d ic io n e s a p rio ri a las q u e tie n e q u e c o n fo rm a rs e c o m p le ta m e n te su sín te sis (la d e a p re h e s ió n d e lo s fe n ó m e n o s). L a re p re se n ta c ió n de u n a c o n d ic ió n c o n fo rm e a la cual puede p o n e rs e u n a c ierta v arie d a d (c o n s ig u ie n te m e n te , de m o d o u n i­ fo rm e ) recib e el n o m b re de regla, y el de ley si tiene que p o n e rs e A 114 así. T o d o s lo s fe n ó m e n o s e stá n , p u e s, sin ex cep c ió n , lig a d o s se g ú n leyes n ecesarias y se h a lla n , p o r ta n to , en u n a afinidad trascendental. L a a fin id a d empírica es só lo u n a c o n secu en cia de ella. E l q u e la n atu ra le z a te n g a q u e re g irse p o r n u e stra b ase su b je tiv a d e a p e rc e p c ió n , es m ás, el q u e te n g a q u e d e p e n d e r de ella e n lo re fe re n te a su re g u la rid a d , su en a c ie rta m e n te a cosa ex trañ a y a b su rd a . Sin e m b a rg o , si se p ie n sa q u e esta n atu raleza n o es, e n sí m ism a , m ás q u e u n c o m p e n d io de fe n ó m e n o s, q u e n o es, p u e s, u n a cosa e n sí, sin o u n a m era p lu ra lid a d de re p re se n ta c io n e s del p siq u ism o , e n to n c e s n o c a u ­ sará ex trañ eza el q u e la v e a m o s só lo d esd e la fa c u lta d radical de to d o n u e s tro c o n o c e r (e sto e s, d esd e la a p e rc e p c ió n tra s c e n ­

DEDUCCION TRASCENDENTAL (A)

141

d e n ta l), d esd e u n a u n id a d q u e es la q u e p e rm ite q u e la llam em o s o b je to de to d a ex p erien cia p o sib le , es d e c ir, n a tu ra le z a . P re c isa ­ m e n te p o r ello p o d e m o s c o n o c e r d ic h a u n id a d a p rio ri y, c o n sig u ie n te m e n te , c o m o n ecesaria, cosa q u e sería im p o sib le si ella se d iera e n sí m ism a c o n in d e p e n d e n c ia de las p rim e ra s fu e n te del p e n sa r. E n e fecto , n o sa b ría m o s de d ó n d e e x tra e r las p ro p o s ic io n e s sin téticas d e esa u n id a d g en e ra l de la n a tu ra le ­ za, ya q u e , en tal s u p u e s to , h a b ría q u e d e riv a rla de los o b je to s de la m ism a n a tu raleza . P e ro , d e sd e el m o m e n to en q u e ello sólo p u e d e h acerse em p íric a m e n te , n o su rg iría de tal d e riv a c ió n m ás q u e un a u n id a d m e ra m e n te a c c id e n ta l, u n id a d q u e dista m u c h o de la necesaria c o h e sió n a q u e a lu d im o s al h a b la r de n atu raleza.

D E D U C C IO N D E L O S C O N C E P T O S P U R O S D E L E N T E N D IM IE N T O

Sección tercera L A R E L A C I O N D E L E N T E N D I M I E N T O C O N LOS O B J E T O S E N G E N E R A L Y LA P O S IB IL I D A D D E C O N O C E R L O S A P R IO R I

L o q u e h e m o s e x p u e sto a n te s p o r se p a ra d o y e n detalle, v am o s a p re s e n ta rlo a h o ra c o n ju n ta m e n te u n ific a d o . S o n tres las fu e n te s su b je tiv a s de c o n o c im ie n to e n las q u e se basa la p o sib ilid a d de la exp e rie n c ia e n g e n e ra l y del c o n o c im ie n to de lo s o b je to s de esa m ism a e x p e rie n c ia : el sentido, la imaginación y la apercepción. C ada u n a de ellas p u e d e ser c o n sid e ra d a e m p írica c u a n d o la a p licam o s a fe n ó m e n o s d a d o s, p e ro to d a s so n , ig u a l­ m en te, e le m e n to s de las bases a p rio ri q u e h a c e n p o sib le tal ap lic a c ió n em p írica. E l sentido re p re se n ta e m p íric a m e n te los fe n ó m e n o s e n la percepción; la imaginación en la asociación (y en la re p r o d u c c ió n ); la apercepción e n la conciencia empírica de la id e n tid a d q u e ex iste e n tre esas re p re se n ta c io n e s re p ro d u c tiv a s y lo s fe n ó m e n o s a tra v é s de lo s cuales se n o s h a b ía n d a d o las p rim e ra s, es d ecir, en el re c o n o c im ie n to . P o r lo q u e se refie re a las p e rc e p c io n e s c o n sid e ra d a s c o m o re p re se n ta c io n e s, to d a s ellas se b a sa n a p rio ri e n la in tu i­ c ió n p u ra (en el tie m p o , fo rm a d e la in tu ic ió n in te rn a ); la A 116 aso c ia c ió n se basa e n la sín tesis p u ra d e la im a g in a c ió n ; la co n cie n cia em p íric a , e n la a p e rc e p c ió n p u ra , es d ecir, e n la c o m p le ta id e n tid a d del y o a tra v é s de to d a s las p o sib le s re p r e ­ sen tacio n es. Si q u e re m o s a h o ra s e g u ir el fu n d a m e n to in te rn o de esta co n e x ió n de re p re se n ta c io n e s h asta el p u n to e n q u e d e b e n

D E D U C C IO N T R A S C E N D E N T A L (A)

143

c o n v e rg e r to d a s p a ra o b te n e r la u n id a d de c o n o c im ie n to n e c e ­ saria p a ra u n a p o s ib le ex p erie n c ia , e n to n c e s te n e m o s q u e p a rtir de la a p e rc e p c ió n p u ra . T o d a s las in tu ic io n e s n o so n n ad a p a ra n o s o tro s , ni n o s afe c ta n en a b s o lu to , m ie n tra s n o p u e d a n ser in c o rp o ra d a s a la co n c ie n c ia , ta n to si e n tra n e n ella d irecta c o m o si lo h acen in d ire c ta m e n te . S ó lo g racias a e sto es p o sib le el c o n o c im ie n to . T e n e m o s c o n cie n cia a p rio ri de la c o m p le ta id e n tid a d del y o e n re la c ió n c o n to d a s las re p re se n ta c io n e s q u e p u e d a n p e rte n e c e r a n u e s tro c o n o c im ie n to . T a l co n cie n cia la co n sid e ra m o s c o m o u n a n ecesaria c o n d ic ió n de la p o sib ilid a d de to d as las re p re se n ta c io n e s, ya q u e éstas só lo re p re se n ta n a lg o en m í en la m ed id a e n q u e fo rm a n p a rte , ju n ta m e n te co n to d o lo d em ás, de u n a m ism a c o n cie n cia y, c o n s ig u ie n te ­ m en te, h a n de p o d e r e sta r, al m e n o s d e n tr o de ésta, lig ad as e n tre sí. E ste p rin c ip io se halla e sta b le c id o a p rio ri y p u e d e llam arse el principio trascendental de la unidad d e to d o lo d iv e rso c o n te n id o en n u e stra s re p re se n ta c io n e s (y ta m b ié n , p o r ta n to , en la in tu ic ió n ). La u n id a d de lo d iv e rso en u n su je to es u n a u n id a d em p írica. P o r c o n sig u ie n te , la a p e rc e p c ió n p u ra su m in istra u n p rin c ip io de u n id a d sin té tic a de lo d iv e rso en A 117 to d a in tu ic ió n p o sib le k.

k Préstese especial atención a esta proposición, que posee gran im portan­ cia. T odas las representaciones guardan una necesaria relación con una p o s ib le conciencia empírica. D e no guardarla y de ser totalm ente imposible adquirir conciencia de las mismas, ello equivaldría a decir que no existen. Pero toda conciencia empírica está en necesaria relación con una conciencia trascen­ dental (que precede a toda experiencia particular), es decir, con la experiencia de mí yo como apercepción originaria. Es, pues, absolutam ente imprescindible que en mi conocim iento toda conciencia pertenezca a una sola conciencia (la de m í mismo). Hay aquí, p o r tanto, una unidad sintética de lo diverso (de la conciencia) que es conocida a p r i o r i y que proporciona así la base de las proposiciones sintéticas a p r i o r i concernientes al pensar puro, al igual que el espacio y el tiem po la sum inistran en el caso de las proposiciones relativas a la form a de la mera intuición. La proposición sintética «Todas las diversas conciencias e m p ír ic a s han de estar ligadas a una únicaJ autoconciencia» es eJ principio a b so lu ta m e n te prim ero y sintético de nuestro pensar en general. Pero no hay que olvidar que la simple representación «yo» es, en relación con todas las demás (cuya unidad colectiva hace ella posible), la conciencia trascendental. N o im porta ahora si esta representación es clara (conciencia empírica) u oscura; ni siquiera si existe. Se trata de que la posibilidad de la form a lógica de to d o conocim iento se basa necesariamente en su relación con esa apercepción comof a c u l t a d (N ota de Kant) 1 Leyendo, con V orlander, ein ^ig e n , en vez de einigen (N. del T.)

144

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

E sa u n id a d sin tética p re s u p o n e o in c lu y e u n a sín tesis y, si la p rim e ra tie n e q u e ser fo rz o s a m e n te a p rio ri, la se g u n d a d eb e serlo ta m b ié n . L a u n id a d tra sc e n d e n ta l de a p e rc e p c ió n se relac io n a, p u e s, “c o n la sín tesis p u ra de la im a g in a c ió n c o m o u n a c o n d ic ió n a p rio ri de to d a p o s ib ilid a d de c o m b in a r la d iv e rsid a d en u n c o n o c im ie n to . P e ro só lo la síntesis productiva de la imaginación p u e d e te n e r lu g a r a prio ri, ya q u e la re p ro d u c tiv a se basa e n co n d ic io n e s e m p íricas. E n c o n se c u e n c ia , el p rin c ip io de im p re sc in d ib le u n id a d de la sín tesis (p ro d u c tiv a ) p u ra de la im a g in a c ió n co n stitu y e , a n te s de la a p e rc e p c ió n , el fu n d a m e n ­ to de p o sib ilid a d de to d o c o n o c im ie n to y, e sp e c ia lm e n te , de la experiencia. L lam am o s tra sc e n d e n ta l a la sín tesis de lo d iv e rso en la im a g in a c ió n c u a n d o , sin d is tin c ió n d e in tu ic io n e s, se d irig e só lo a lig ar a p rio ri la d iv e rsid a d . D a m o s el n o m b re de tra s c e n ­ d en tal a la u n id a d de esa sín tesis c u a n d o tal u n id a d es re p re s e n ­ tad a c o m o n ecesaria a p riori e n re la c ió n c o n la o rig in a ria u n i­ d ad de a p e rc e p c ió n . D e sd e el m o m e n to e n q u e esta ú ltim a u n id a d fu n d a m e n ta la p o sib ilid a d de c u a lq u ie r c o n o c im ie n to , la u n id a d tra sc e n d e n ta l de la sín tesis d e la im a g in a c ió n c o n s titu ­ ye la fo rm a p u ra de to d o c o n o c im ie n to p o sib le y, c o n s ig u ie n ­ te m e n te , la fo rm a m e d ia n te la cual tie n e fo rz o sa m e n te q u e r e ­ p re s e n ta rs e a p rio ri to d o o b je to de e x p erien cia. U n relación con la síntesis de la imaginación, la unidad de A 119 apercepciones el e n te n d im ie n to ; en re la c ió n c o n la síntesis trascen­ dental d e la im a g in a c ió n , esa m ism a u n id a d es el entendimiento puro. E n el e n te n d im ie n to hay, p u e s, c o n o c im ie n to s p u ro s a p rio ri q u e c o n tie n e n la n ecesaria u n id a d de la sín tesis p u ra de la im a g in a c ió n , c o n re sp e c to a to d o s los fe n ó m e n o s p o s ib le s : so n las categorías, es d ecir, lo s c o n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n ­ to . L a fa c u lta d h u m a n a del c o n o c im ie n to e m p íric o c o n tie n e n ec e sa ria m e n te , p o r ta n to , u n e n te n d im ie n to q u e se refiere a to d o s lo s o b je to s de los se n tid o s, a u n q u e só lo p o r m ed io de la in tu ic ió n y la sín tesis d e los m ism o s a tra v é s de la im a g in a c ió n , u n e n te n d im ie n to , p u e s, al q u e 1 se h allan s o m e ti­ d o s to d o s lo s fe n ó m e n o s e n c u a n to d a to s de u n a p o sib le ex p erien cia. D ic h a re la c ió n de lo s fe n ó m e n o s c o n u n a e x p e rie n ­ cia p o sib le es ig u a lm e n te n ecesaria, ya q u e , sin ella, n o o b te n ­ d ría m o s c o n o c im ie n to a lg u n o a tra v é s de los fe n ó m e n o s ni, c o n sig u ie n te m e n te , n o s a fe c ta ría n ésto s e n a b so lu to . D e ello A 118

1 Leyendo, con Erdm ann, mlchem, en lugar de welchen (N. del T.)

D ED U C C IO N T R A S C E N D E N T A L (A)

145

se sig u e, p u e s, q u e el e n te n d im ie n to p u r o es u n p rin c ip io fo rm a l y sin té tic o de to d a s las e x p e rie n c ia s g ra c ia s a las c a te g o ­ rías y q ue los fe n ó m e n o s se h a lla n e n necesaria relación con ese mismo entendimiento. C o m e n z a n d o p o r a b a jo , es d e c ir, p o r lo e m p íric o , e x p o n ­ d re m o s a h o ra la n ecesaria c o n e x ió n del e n te n d im ie n to c o n lo s fe n ó m e n o s a tra v é s d e las c a te g o ría s. L o p rim e ro q u e A 120 n o s es d ad o es el fe n ó m e n o , q u e re c ib e el n o m b re de p e rc e p c ió n cu a n d o va lig a d o a la co n c ie n c ia (sin la re la c ió n c o n u n a conciencia q u e sea, al m e n o s, p o sib le , jam ás se c o n v e rtiría el fe n ó m e n o en o b je to de c o n o c im ie n to , ni sería n ad a p a ra n o s o t r o s ; co m o n o p o se e e n sí m ism o re a lid a d o b je tiv a a lg u n a , sino q u e sólo existe e n el c o n o c im ie n to , n o sería n a d a en a b so lu to ). P e ro , d a d o q u e cada fe n ó m e n o in clu y e u n a m u ltip li­ cid ad , es decir, s o n varias las p e rc e p c io n e s q u e in te rv ie n e n sep arad a e in d iv id u a lm e n te e n el p s iq u is m o , les hace falta u na co h esió n q u e n o p u e d e n te n e r en el se n tid o m ism o . H ay , p u e s, en n o s o tro s u n a fa c u lta d a c tiv a q u e sin te tiz a esa m u ltip li­ cid ad . La d e n o m in a m o s im a g in a c ió n , y a su a c c ió n , ejercid a d ire ctam en te so b re las p e rc e p c io n e s, le d o y el n o m b re de a p re ­ hensión*5. La im a g in a c ió n tie n e q u e re d u c ir a u n a sola imagen la d iv ersid ad de la in tu ic ió n . P re v ia m e n te d eb e , p u e s, e jercer su a c tiv id a d so b re las im p re sio n e s, es d ecir, a p re h e n d e rla s. P ero es c laro q u e in c lu so esta a p re h e n s ió n d e lo d iv e rso A 121 n o p ro d u c iría p o r sí sola n i u n a im a g e n n i u n a c o m b in a c ió n de las im p resio n es, si n o ex istiera u n fu n d a m e n to su b je tiv o , u na p e rc e p c ió n , a p a rtir d e la cual p a sa ra el p siq u is m o a o tra d istin ta p a ra tra sla d a rse de ésta a la sig u ie n te y fo rm a r así series e n teras de p e rc e p c io n e s, es d e c ir, si n o h u b ie ra u n a fa c u lta d re p ro d u c tiv a de la im a g in a c ió n , u n a fa c u lta d q u e es d e carácter m e ra m e n te e m p íric o . Si las re p re se n ta c io n e s se re p ro d u je ra n in d istin ta m e n te u n as a otras tal c o m o v a n c h o c a n d o e n tre sí, ta m p o c o se fo rm a ría c o m b in a c ió n d e te rm in a d a a lg u n a , sin o q u e sim p lek N o ha habido todavía psicólogo que cayera en la idea de que la imaginación constituye un indispensable ingrediente de la misma percepción. Ello se debe, por una parte, a que se ha circunscrito esta facultad a las meras reproducciones y, p o r otra, a la creencia de que los sentidos no sólo nos sum inistran im presiones, sino que incluso las com binan y producen im áge­ nes de los objetos. E s indudable que, para llevar a cabo esta tarea, se requiere algo más que la receptividad de las impresiones, es decir, hace falta una función que las sintetice (N ota de Kant)

146

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

m en te se a m o n to n a ría n de fo rm a d e so rd e n a d a sin q u e , p o r ta n to , su rg iera n in g ú n c o n o c im ie n to . La re p ro d u c c ió n de las re p rese n tacio n es d eb e, p u e s, re g irse p o r u n a reg la se g ú n la cual una re p re se n ta c ió n se c o m b in a m e jo r c o n ésta q u e con o tra d e n tro de la im a g in a c ió n . E s te fu n d a m e n to s u b je tiv o y empírico de re p ro d u c c ió n re g u la d a re c ib e el n o m b re de asocia­ ción de las rep resen tacio n e s. Si esta u n id a d de a so c ia c ió n n o tu v ie se ig u a lm e n te u n fu n d a m e n to o b je tiv o , de m o d o q u e lo s fe n ó m e n o s só lo p u d ie ­ ra n ser a p re h e n d id o s p o r la im a g in a c ió n b ajo la c o n d ic ió n de una p o sib le u n id a d sin tética e n tal a p re h e n s ió n , e n to n c e s sería ta m b ié n u n h ech o c o m p le ta m e n te fo r tu ito el q u e los fe n ó m e n o s se c o m p a g in a ra n en u n c o n ju n to del c o n o c im ie n to h u m a n o . E n efecto, a u n q u e tu v ié se m o s la fa c u lta d de aso ciar A 122 p e rcep cio n es, seg u iría sie n d o c o m p le ta m e n te in d e te rm in a d o y fo r tu ito el q u e ellas fu esen , a su vez, asociables. E n el caso de q u e n o lo fu e ra n , te n d ría m o s u n a m u ltitu d de p e rc e p ­ ciones — e in clu so una se n sib ilid a d e n te ra — d o n d e p o d ría h ab er m u c h o s elem en to s de co n cie n cia em p írica e n el p siq u ism o , p e ro sep arad o s y sin fo rm a r p a rte de un a ú nica co n cie n cia del yo, lo cual es im p o sib le. E n efe c to , só lo p u e d o a firm a r q u e soy co n scien te de to d a s las p e rc e p c io n e s si las a trib u y o a u n a m ism a co n cie n cia, a la a p e rc e p c ió n o rig in a ria . T ie n e q u e h a b e r, p u e s, u n fu n d a m e n to o b je tiv o a n te rio r a to d a s las leyes em p íricas de la im a g in a c ió n , es decir, re c o n o c ib le a priori, q u e sirva de base a la p o s ib ilid a d , m ás to d a v ía , a la n ecesidad, d e u n a ley q u e se ex tie n d a a to d o s los fe n ó m e n o s y q u e nos los haga e n te n d e r to d o s c o m o d ato s sensibles, asociables en sí m ism o s y so m e tid o s a las reglas gen erales de una c o m p leta c o n e x ió n en la re p ro d u c c ió n . L lam o a este fu n d a m e n to o b je tiv o de toda aso c ia c ió n de los fe n ó m e n o s a fini­ dad de los m ism os. P o r lo q u e resp ecta a to d o s los c o n o c im ie n ­ to s q u e d e b e n p e rte n e c e rm e , só lo p o d e m o s e n c o n tra r tal fu n d a ­ m e n to en el p rin c ip io de la u n id a d de a p e rc e p c ió n . S e g ú n este ú ltim o p rin c ip io , to d o s lo s fe n ó m e n o s, sin e x cep ció n , e n tra rá n en el p s iq u ism o o serán a p re h e n d id o s p o r él de m o d o q u e c o n c u e rd e n co n la u n id a d d e a p e rc e p c ió n , lo cual sería im p o sib le si p re sc in d ié ra m o s d e la u n id a d sin tética q u e los co m b in a , u n id a d q u e ta m b ié n es, p u e s, o b je tiv a m e n te necesaria. A 123 La u n id a d o b je tiv a de to d a co nciencia (em p írica) en úna conciencia (de la a p e rc e p c ió n o rig in a ria ) es, p o r ta n to , la c o n d ic ió n necesaria de to d a s las p e rc e p c io n e s p o sib le s, y

D E D U C C IO N T R A S C E N D E N T A L (A)

147

la afin id a d (p ró x im a o re m o ta ) de to d o s los fe n ó m e n o s c o n s titu ­ ye la co n secu en cia necesaria de u n a sín tesis c o n base a p rio ri e n unas reglas y c o n sede en la im a g in a c ió n . C o n sig u ie n te m e n te , la im a g in a c ió n es ta m b ié n u n a fa c u l­ tad de síntesis a priori. P o r ello la d e n o m in a m o s im a g in a c ió n p ro d u c tiv a . E n la m ed id a en q u e esa im a g in a c ió n n o p re te n d e ir m ás allá de la necesaria u n id a d en la sín tesis del fe n ó m e n o , en lo q u e a la d iv e rsid a d de éste se re fiere, p o d e m o s d ar a tal u n id a d el n o m b re de fu n c ió n tra sc e n d e n ta l de la im a g in a ­ ció n . E sta es la ra z ó n de q u e re su lte e x tra ñ o , si-bien se d e s p r e n ­ de de lo d ic h o h asta a h o ra , q u e só lo m e d ia n te esta fu n c ió n tra sc e n d e n ta l de la im a g in a c ió n sea p o sib le la m ism a a fin id a d de los fe n ó m e n o s y, c o n ella, su a so c ia c ió n , la cual p o sib ilita , fin a lm e n te , su re p ro d u c c ió n se g ú n leyes y, p o r ta n to , la m ism a ex p erien cia. Sin d ich a fu n c ió n tra sc e n d e n ta l n o se fu n d iría n e n un a ex p erien cia los c o n c e p to s de o b je to s. E n efecto , el yo fijo y p e rm a n e n te de la a p e rc e p c ió n p u ra c o n stitu y e el c o rre la to de to d a s n u e stra s re p re se n ta c io n e s, en la m ed id a e n q u e exista la m era p o sib ilid a d de a d q u irir co n cie n cia d e ellas. T o d a c o n cie n cia p e rte n e c e ig u a lm e n te a u n a o m n ic o m p re n siv a a p e rc e p c ió n p u ra , de la m ism a fo rm a A 124 q u e to d a in tu ic ió n sen sib le, en c u a n to re p re se n ta c ió n , p e rte n e c e a u n a in tu ic ió n p u ra in te rn a , es d ec ir, al tie m p o . T a l a p e rc e p ­ ció n es la q u e d eb e a ñ a d irse a la im a g in a c ió n p u ra c o n el fin de c o n v e rtir en in telectu al la fu n c ió n de esta ú ltim a. P u e s, en sí m ism a, la síntesis de la im a g in a c ió n es sie m p re sen sib le, a p esar de ser p ra c tic a d a a p rio ri, ya q u e se lim ita a c o m b in a r la d iv e rsid a d tal co m o se manifiesta e n la in tu ic ió n . P o r e je m p lo , la fig u ra de u n triá n g u lo . M e d ia n te la re la c ió n de lo d iv e rso c o n la u n id a d de a p e rc e p c ió n p o d rá n p ro d u c irs e c o n c e p to s p e rte n e c ie n te s 1 al e n te n d im ie n to , p e ro só lo a tra v é s de la im a g in a c ió n p u e d e n ser re la c io n a d o s c o n la in tu ic ió n sen sib le. T e n e m o s , p u es, u n a im a g in a c ió n p u ra c o m o fa c u lta d del alm a h u m a n a , co m o fa c u lta d q u e sirv e de base a to d o c o n o c im ie n to a priori. P o r m e d io de ella c o m b in a m o s lo d iv e rso de la in tu ic ió n , p o r u n a p a rte , y, p o r o tra , lo en la z a m o s co n la c o n d ic ió n d e u n id a d n ecesaria de la a p e rc e p c ió n p u ra . A m b o s e x tre m o s, es d ecir, se n sib ilid a d y e n te n d im ie n to , tie n e n fo r z o s a ­ m e n te q u e in te rre la c io n a rse a tra v é s de esta fu n c ió n tra sc e n d e n 1 C om pletando, con E rdm ann, werdetl Begripfe %ustancis kommetl kórnetl, ivelche... (N. del T.)

148

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

tal de la im a g in a c ió n , ya q u e , e n caso c o n tr a rio , d ic h o s e x tre m o s s u m in istra ría n fe n ó m e n o s, p e ro n o o b je to s d e c o n o c im ie n to em p íric o , ni, p o r ta n to , ex p e rie n c ia a lg u n a . L a v e rd a d e ra e x p e ­ rien cia, q u e c o n sta de a p re h e n s ió n , a so c ia c ió n (re p ro d u c c ió n ) y, fin a lm e n te , re c o n o c im ie n to d e lo s fe n ó m e n o s, in c lu y e e n A 125 este re c o n o c im ie n to , ú ltim o y su p re m o e le m e n to e n tre lo s m e ra m e n te e m p íric o s, lo s c o n c e p to s q u e h a c e n p o s ib le la u n i­ d a d fo rm a l de la ex p erien cia y, c o n sig u ie n te m e n te , to d a v alid ez o b je tiv a (v e rd a d ) del c o n o c im ie n to e m p íric o . T ale s fu n d a m e n ­ to s del re c o n o c im ie n to de lo d iv e rso so n , en la m e d id a en q u e sólo afectan a la fo rm a de una experiencia en general, las categorías. P o r ta n to , la u n id a d fo rm a l de la sín te sis de la im a g in a c ió n se basa sie m p re e n ellas, al ig u al q u e lo h ace, a tra v é s de esta sín tesis, to d o u so e m p íric o 1 de las m ism as en el re c o n o c i­ m ie n to , e n la re p ro d u c c ió n , a so c ia c ió n y a p re h e n s ió n , h asta b ajar a lo s fe n ó m e n o s. E n e fe c to , só lo m e d ia n te d ic h o s c o n c e p ­ to s p u e d e n lo s fe n ó m e n o s p e rte n e c e r al c o n o c im ie n to e n g e n e ­ ral 2> a la co n cie n cia y, p o r ta n to , a n o s o tro s m ism o s. S o m o s, p u e s , n o s o tro s m ism o s lo s q u e in tro d u c im o s el o rd e n y re g u la rid a d de los fe n ó m e n o s q u e lla m a m o s naturale­ za. N o p o d ría m o s d e sc u b rir n in g u n a d e las d o s cosas si n o h u b ie ra n sid o d ep o sita d a s allí d e sd e el p rin c ip io , b ie n sea p o r n o s o tro s m ism o s, b ie n sea p o r la n aturaleza, d e n u e s tro p siq u ism o . E n efecto , esta u n id a d de la n a tu ra le z a tie n e q u e ser u n a u n id a d n ecesaria, es d e c ir, cierta a prio ri; q u e lig u e los fe n ó m e n o s. A h o ra b ien , ¿ c ó m o p o d ría m o s esta b le c e r a p rio ri u n a u n id a d sin té tic a si en las fu e n te s c o g n o sc itiv a s o r ig i­ narias de n u e s tro p siq u is m o n o e stu v ie se n c o n te n id a s, ig u a l­ m e n te a priori, las bases su b je tiv a s de tal u n id a d y si, a la A 126 vez, n o fu esen o b je tiv a m e n te v álid as estas c o n d ic io n e s s u b je ti­ vas, p u e s to q u e so n las q u e fu n d a m e n ta n la p o sib ilid a d de c o n o c e r c u a lq u ie r o b je to e n la e x p e rie n c ia ? H e m o s e x p licad o ya el entendimiento de varias m a n e ra s: c o m o e sp o n ta n e id a d del c o n o c im ie n to (c o n tra p o n ié n d o lo a la re c e p tiv id a d de la se n sib ilid a d ), c o m o cap a c id a d del p e n sa r, c o m o fa c u lta d de lo s c o n c e p to s, o ta m b ié n c o m o fa c u lta d de lo s ju icio s. B ien m ira d o , estas ex p licacio n es se re d u c e n 12 1 Leyendo, con Adickes, etller e m p irisc b e G eb rcw cb , en lugar de a lie s e m p ir is chen Gebrauchs (N. del T.) 2 . Leyendo, con H artenstein, Erkenntms überhaupt, en lugar de Erkenntms und überhaupt... (N. del T.)

D E D U C C IO N T R A S C E N D E N T A L (A)

149

a u n a. A h o ra p o d e m o s c a ra c te riz a rlo c o m o la fa cu lta d de las reglas. T al ca ra c te riz a c ió n es fe c u n d a y se a p ro x im a m ás a la esencia del e n te n d im ie n to . L a se n sib ilid a d n o s o fre c e fo rm a s (de la in tu ic ió n ); el e n te n d im ie n to , re g la s. E l e n te n d im ie n to se o c u p a sie m p re de ex a m in a r los fe n ó m e n o s , a fin d e d e sc u b rir e n ellos a lg u n a reg la. E n la m e d id a e n q u e las reg la s so n o b je tiv a s (es d ecir, e n la m e d id a e n q u e so n n e c e sa ria m e n te in h e re n te s al c o n o c im ie n to del o b je to ), re c ib e n el n o m b re de leyes. A u n q u e a p re n d e m o s m u c h a s leyes p o r la e x p erien cia, tales leyes c o n s titu y e n só lo d e te rm in a c io n e s especiales de o tra s leyes to d a v ía m ás elev a d as, las su p re m a s d e las cuales (a las q u e e stá n so m e tid a s to d a s las d em ás) p ro c e d e n a p rio ri del m ism o e n te n d im ie n to , n o d e la e x p e rie n c ia . A l c o n tra rio , c o n ­ fie re n su re g u la rid a d 1 a lo s fe n ó m e n o s , d e b ie n d o h a c e r así p o s ib le la ex p erien cia. E l e n te n d im ie n to n o es, p u e s , u n a m era fa c u lta d d e stin a d a a e sta b le c e r leyes c o n fr o n ta n d o fe n ó m e n o s, sin o q u e él m ism o es la le g isla c ió n d e la n a tu ra le z a . E s d ecir, sin él n o h a b ría n atu ra le z a a lg u n a , e sto es, u n id a d sin té tic a y re g u la d a de lo d iv e rso de lo s fe n ó m e n o s. E n e fe c to , ésto s n o p u e d e n , en c u a n to tales fe n ó m e n o s, ex istir fu e ra de n o s o tro s . A 127 E x iste n só lo en n u e stra se n sib ilid a d . L a n a tu ra le z a 12 , e n c u a n to o b je to de c o n o c im ie n to e m p íric o e in c lu y e n d o to d o lo q u e ella p u e d a a b a rc a r, sólo es p o sib le en la u n id a d d e a p e rc e p c ió n . La u n id a d de a p e rc e p c ió n es, p u e s 3, el fu n d a m e n to tra s c e n d e n ­ tal q u e explica la n ecesaria re g u la rid a d d e to d o s lo s fe n ó m e n o s c o n te n id o s en u n a ex p erien cia. E sta m ism a u n id a d d e a p e rc e p ­ ció n es la reg la e n lo c o n c e rn ie n te a la d iv e rsid a d d e las re p re se n ta c io n e s (es d ecir, p a ra d e te rm in a r esta d iv e rsid a d a p a rtir de u n a sola). L a fa c u lta d de estas reg la s es el e n te n d im ie n ­ to . T o d o s lo s fe n ó m e n o s, en c u a n to p o sib le s e x p erien cias, se h allan , p u e s , a p rio ri en el e n te n d im ie n to y de él re c ib e n su p o sib ilid a d fo rm a l, al ig u a l q u e , e n c u a n to m eras in tu ic io n e s, re sid e n e n la se n sib ilid a d y só lo a tra v é s de ella so n p o sib le s, p o r lo q u e a su fo rm a re sp e c ta . P o r m u y ex a g e ra d o y a b s u r d o q u e p a re z c a el d ecir q u e es el m ism o e n te n d im ie n to la fu e n te de las leyes de la n atu raleza y, c o n sig u ie n te m e n te , de su u n id a d fo rm a l, tal a fir­ m ació n es c o rre c ta y c o n fo rm e al o b je to , es d ecir, a la e x p e rie n 1 Gesetqmáfítgkeit 2 Refiriendo, con E rdm ann, Diese a N atur (N. del T.) 3 Leyendo, con E rdm ann, also, en lugar de aber (N. del T.)

150

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

cia. C laro q u e ni las leyes em p íric a s p u e d e n , e n c u a n to tales, p ro c e d e r del e n te n d im ie n to p u r o , n i la in m en sa d iv e rsid a d de lo s fe n ó m e n o s p u e d e c o m p re n d e rs e de m o d o su fic ie n te a p a rtir de la fo rm a p u ra d e la in tu ic ió n sen sib le. P e ro to d a s A 128 las leyes em p íricas so n sim p les d e te rm in a c io n e s especiales d é la s leyes p u ra s del e n te n d im ie n to : las p rim e ra s so n p o sib le s si se so m e te n a las se g u n d a s y se c o n fo rm a n a sus n o rm a s. P o r su p a rte , los fe n ó m e n o s tie n e n q u e a su m ir u n a fo rm a l e g a l 1 , al igual q u e to d o s esos m ism o s fe n ó m e n o s tie n e n q u e h allarse sie m p re de a c u e rd o , in d e p e n d ie n te m e n te d e su d iv ersa fo rm a e m p írica , c o n las c o n d ic io n e s de la fo rm a p u ra d e la sen sib ilid ad . E l e n te n d im ie n to p u r o c o n s titu y e , p u e s, e n las c a te g o ­ rías, la ley d e u n id a d sin té tic a d e to d o s lo s fe n ó m e n o s y es lo q u e h ace así p rim o rd ia lm e n te p o sib le la e x p erien cia, p o r lo q u e a la fo rm a de ésta se refie re . E n la d e d u c c ió n tra sc e n d e n ta l de las c a te g o ría s p re te n d ía m o s só lo h a c e r c o m ­ p re n s ib le esta re la c ió n e n tre el e n te n d im ie n to y la se n sib ilid a d y, a tra v é s de ésta ú ltim a , la re la c ió n del e n te n d im ie n to c o n to d o s lo s o b je to s de la e x p erien cia. P re te n d ía m o s, p u e s, hacer c o m p re n sib le a prio ri la v alid ez o b je tiv a d e lo s c o n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n to , e sta b le c ie n d o así su o rig e n y su v e rd a d .

E xp o sició n sum aria sobre la corrección de esta deducción de los conceptos puros del entendimiento y sobre la única posibilidad de ta l deducción Si los o b je to s de lo s q u e se o c u p a n u e s tro c o n o c im ie n to fu e ra n cosas e n sí m ism as, n o p o d ría m o s te n e r de ellos c o n c e p ­ to s a priori, ya q u e ¿de d ó n d e íb a m o s a e x tra e rlo s? Si los A 129 d e riv á ra m o s del o b je to (sin in v e s tig a r de n u e v o c ó m o p o d r ía ­ m o s c o n o c e rlo ), n u e stro s c o n c e p to s se ría n m e ra m e n te e m p íri­ co s, n o a priori. Si lo s d e riv á ra m o s d e n o s o tro s m ism o s, e n to n ­ ces sería im p o sib le q u e a lg o q u e se h alla e n n o s o tro s d e te rm in a ­ ra la n a tu ra le z a de u n o b je to d is tin to de n u e stra s re p re se n ta c io ­ nes. E s d ecir, sería im p o sib le q u e ese a lg o ex p licara p o r q u é tie n e q u e h a b e r u n a cosa a la q u e p e rte n e z c a lo q u e te n e m o s 1 gesetyicbe

D E D U C C IO N T R A S C E N D E N T A L (A)

151

e n el p e n s a m ie n to y n o , m ás b ie n , la e v e n tu a l v a c ie d a d de to d a esa re p re se n ta c ió n . Si, p o r el c o n tra rio , n o s las h ab ern o s siem p re co n fe n ó m e n o s, n o ya só lo es p o sib le , sin o in c lu so necesario , q u e c ie rto s c o n c e p to s a p rio ri p re c e d a n al c o n o c i­ m ie n to e m p íric o de lo s o b je to s. E n e fe c to , é sto s c o n stitu y e n , en c u a n to fe n ó m e n o s, u n o b je to q u e se halla só lo en n o s o tro s , ya q u e u na sim p le m o d ific a c ió n d e n u e stra se n sib ilid a d n o p u e ­ de ex istir fu era de n o so tro s. La m ism a re p re se n ta c ió n de q u e to d o s e sto s fe n ó m e n o s y de q u e , c o n sig u ie n te m e n te , to d o s los o b je to s de lo s q u e p o d e m o s o c u p a rn o s se h allan en m í (es d e ­ cir, c o n stitu y e n d e te rm in a c io n e s de m i y o id é n tic o ) ex p resa la n ecesid ad de u n a c o m p le ta u n id a d de tales d e te rm in a c io n e s en el in te rio r de u n a m ism a y única a p e rc e p c ió n . P e ro esta u n id a d de la con cien cia p o sib le c o n stitu y e ta m b ié n la fo rm a de to d o c o n o c im ie n to de lo s o b je to s (c o n o c im ie n to a tra v é s del cual p e n sa m o s lo d iv e rso c o m o p e rte n e c ie n te a u n ú n ic o o b je to ). A sí, p u e s, el m o d o se g ú n el cual la d iv e rsid a d c o n te n id a en la re p re se n ta c ió n sensible (in tu ic ió n ) p e rte n e c e a u n a co n cie n cia es a lg o q u e , e n c u a n to fo rm a in telectu al del c o n o c im ie n to del o b je to , p re c e d e sie m p re a tal c o n o c im ie n to . E ste m o d o m ism o c o n stitu y e u n c o n o c im ie n to fo rm a l a prio ri de to d o s lo s o b je ­ A 130 to s, en la m ed id a e n q u e sean p e n sa d o s (categ o ría s). La sín tesis de esos o b je to s m e d ia n te la im a g in a c ió n p u ra y la u n id a d de to d a s las re p re se n ta c io n e s en re la c ió n c o n la a p e rc e p c ió n o r i­ g in a ria p re c e d e n a to d o c o n o c im ie n to e m p íric o . Si los c o n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n to so n p o sib le s, m ás to d a v ía , n ecesario s, e n re la c ió n c o n la ex p erien cia, ello se d eb e ta n só lo a q u e n u e s­ tr o c o n o c im ie n to n o se o c u p a m ás q u e de fe n ó m e n o s cuya p o ­ sib ilid ad resid e en n o s o tro s m ism o s y cuya c o m b in a c ió n y u n i­ dad (en la re p re se n ta c ió n de u n o b je to ) só lo existe ig u a lm e n te e n n o s o tro s . D ic h o s c o n c e p to s p re c e d e n , p u e s, a to d a e x p e ­ riencia y so n lo s q u e tie n e n q u e hacerla p o sib le en lo q u e a la fo rm a de ésta se refiere. D e sd e esta b ase, la única p o sib le , h e ­ m o s d e sa rro lla d o la d e d u c c ió n de las cate g o ría s.

c b

-- •■■b . .

--T -

D E D U C C IO N D E L O S C O N C E P T O S P U R O S D E L E N T E N D IM IE N T O

(según la segunda edición)

Sección segunda D

e d u c c ió n

tr a sc en d en ta l

d e los

C O N C E P T O S PU R O S D E L E N T E N D IM IE N T O

§ 15

Posibilidad de una combinación en general La v arie d a d c o n te n id a en las re p re se n ta c io n e s p u e d e d arse en u n a in tu ic ió n m e ra m e n te sen sib le , en un a in tu ic ió n q u e es só lo re c e p tiv id a d . La fo rm a de tal in tu ic ió n p u e d e hallarse a p rio ri en n u e stra fa c u lta d de re p re se n ta c ió n sin ser, a p esar de ello , o tra cosa q u e el m o d o s e g ú n el cual el su je to es a fe ctad o . P e ro la c o m b in a c ió n iconjunctio) d e u n a v a rie d a d en g en eral n u n c a p u e d e lleg ar a n o s o tro s a tra v é s de los B 130 sen tid o s ni, p o r c o n sig u ie n te , e sta r ya c o n te n id a , s im u ltá n e a ­ m en te, en la fo rm a p u ra de la in tu ic ió n sen sib le. E n efecto , es u n a c to d e la e sp o n ta n e id a d de la fa c u lta d de re p re se n ta r. C o m o esta fa c u lta d ha de llam arse e n te n d im ie n to , p a ra d is tin ­ g u irla de la sen sib ilid a d , to d a c o m b in a c ió n (seam os o n o c o n s ­ cientes de ella, trá te se de c o m b in a r lo v a rio de la in tu ic ió n o v ario s c o n c e p to s, sea, e n el p rim e r caso, c o m b in a c ió n de la in tu ic ió n sen sib le o de la n o sen sib le) c o n stitu y e u n a c to in telectu al al q u e d a r e m o s 1 el n o m b re g e n e ra l de síntesis. C on ello h a re m o s n o ta r, a la vez, q u e n o p o d e m o s re p re se n ta r1 Leyendo, con Hartenstein, werden, en lugar de wurden (N. del T.)

D E D U C C IO N T R A S C E N D E N T A L (B)

153

n o s n ad a lig a d o en el o b je to , si p re v ia m e n te n o lo h e m o s lig a d o n o s o tro s m ism o s, y q u e tal combinación es, e n tre to d a s las re p re se n ta c io n e s, la ú nica q u e n o v ien e d a d a m e d ia n te o b je to s , sin o q u e , al ser u n a c to de la e sp o n ta n e id a d del su je to , só lo p u e d e ser realizad a p o r éste. Se a d v ie rte fá c ilm e n te q u e e ste a c to h a d e ser o rig in a ria m e n te u n o , in d istin ta m e n te v á lid o p ara to d a c o m b in a c ió n y q u e la d is o lu c ió n , el análisis, q u e p a re c e ser su o p u e s to , sie m p re lo p re s u p o n e . E n efe c to , nada p u e d e d is o lv e r el e n te n d im ie n to allí d o n d e n a d a ha c o m b i­ n a d o , ya q u e ú n ic a m e n te p o r medio del mismo entendimiento ha p o d id o d arse a la fa cu lta d de re p re s e n ta r a lg o q u e aparezca lig a d o . P e ro el c o n c e p to d e c o m b in a c ió n incluye, ad e m á s de los c o n c e p to s de d iv e rsid a d y de sín tesis de ésta, el d e u n id a d de esa d iv e rsid a d . C o m b in a r q u ie re d e c ir re p re se n ta rse la u n i- B131 d a d sintética d e lo d iv e r s o k. La re p re se n ta c ió n de tal u n id a d n o p u e d e su rg ir, p u e s, de la c o m b in a c ió n , sin o q u e , al c o n tra rio , es esa re p re se n ta c ió n la q u e , a ñ a d ié n d o se a la re p re se n ta c ió n de la d iv e rsid a d , hace p o sib le el c o n c e p to de c o m b in a c ió n . E sa u n id a d , q u e p re c e d e a p riori a to d o s los c o n c e p to s de c o m b in a c ió n , n o es la c a te g o ría de u n id a d m e n c io n a d a e n § 10, ya q u e to d a s las c a te g o ría s se b a sa n en fu n c io n e s ló g icas en lo s juicios. P e ro re su lta q u e e n ésto s se p ie n sa ya una c o m b in a c ió n y, c o n s ig u ie n te m e n te , u n a u n id a d de c o n c e p to s d ad o s. La c a te g o ría p re s u p o n e , p u e s, la c o m b in a c ió n . E n c o n se ­ cuencia, te n e m o s q u e b u sc a r esa u n id a d (c o m o u n id a d c u a lita ti­ va, § 12) m ás a rrib a to d a v ía , es d ec ir, en a q u e llo m ism o q u e c o n tie n e el fu n d a m e n to de u n id a d de d iv e rso s c o n c e p to s en los juicios y, c o n sig u ie n te m e n te , el fu n d a m e n to de p o s i­ b ilid ad del e n te n d im ie n to , in c lu so e n su u so ló g ic o .

§16 L a originaria unidad sintética de apercepción

b 132

E l Yo pienso tie n e q u e poder a c o m p a ñ a r to d a s m is re p r e ­ sen tacio n es. D e lo c o n tra rio , sería re p re se n ta d o en m í a lg o k N o tenem os ahora en cuenta el que, a su vez, las mismas representaciones sean idénticas y puedan, p o r tanto, ser analíticam ente pensadas las unas a través de las otras. T ratando de lo diverso, hay que distinguir siempre —►

154

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

q u e n o p o d ría ser p e n sa d o , lo q u e e q u iv a le a d ecir q u e la re p re se n ta c ió n , o b ien sería im p o sib le o , al m e n o s, n o sería n ad a p a ra m í. La re p re se n ta c ió n q u e p u e d e d a rse c o n a n te r io r i­ d ad a to d o p e n s a r recib e el n o m b re de intuición. T o d a d iv e rsid a d d e la in tu ic ió n g u a rd a , p u e s, u n a n ecesaria re la c ió n c o n el Y o pienso en el m ism o su je to en el q u e se h alla tal d iv e rsid a d . P e ro esa re p re se n ta c ió n es u n a c to de la espontaneidad, es d ecir, n o p u e d e ser c o n sid e ra d a c o m o p e rte n e c ie n te a la sen sib ilid ad . La llam o apercepción pura p a ra d is tin g u irla de la e m p íric a , o ta m b ié n apercepción originaria, ya q u e és u n a a u to c o n c ie n c ia q u e, al d a r lu g a r a la re p re se n ta c ió n Yo pienso (q u e h a de p o d e r a c o m p a ñ a r a to d a s las d em ás y q u e es la m ism a en cada co n cie n cia), n o p u e d e e sta r a c o m p a ñ a d a 1 p o r n in g u n a o tra re p re se n ta c ió n . Ig u a lm e n te , lla m o a la u n id a d de a p e rc e p ­ c ió n la u n id a d tra sc e n d e n ta l de la a u to c o n c ie n c ia , a fin de señ alar la p o s ib ilid a d de c o n o c e r a p rio ri p a rtie n d o de ella. E n efecto , las d ife re n te s re p re se n ta c io n e s d ad as en u n a in tu i­ c ió n n o lleg arían a fo rm a r c o n ju n ta m e n te mis re p re se n ta c io n e s si n o p e rte n e c ie ra n to d a s a u n a sola a u to c o n c ie n c ia . E s d ecir, c o m o re p re se n ta c io n e s m ías (a u n q u e n o te n g a c o n cie n cia de ellas en calidad de tales) d e b e n c o n fo rm a rs e fo rz o sa m e n te a la c o n d ic ió n q u e les perm ite h allarse ju n ta s en u n a a u to c o n c ie n ­ cia g e n e ra l, p o rq u e , de lo c o n tra rio , n o m e p e rte n e c e ría n c o m B 133 p le ta m e n te . D e esta co n e x ió n o rig in a ria p u e d e n e x tra e rse m u ­ chas co n secu en cias. A sí, la c o m p le ta id e n tid a d de a p e rc e p c ió n de la d iv e rs i­ d a d dad a e n la in tu ic ió n c o n tie n e u n a sín tesis de las re p re s e n ta ­ cio n es y só lo es p o sib le g racias a la co n c ie n c ia de esa m ism a síntesis. E n efecto , la co n cie n cia e m p íric a q u e a c o m p a ñ a re p re ­ se n tacio n es d iv e rsa s es, e n sí m ism a, d isp ersa y carece de re la c ió n c o n la id e n tid a d del su je to . P o r c o n sig u ie n te , tal re la ­ c ió n n o se p ro d u c e p o r el sim p le h e c h o de q u e cada re p re s e n ­ ta c ió n m ía vaya a c o m p a ñ a d a de c o n c ie n c ia , sin o q u e hace falta p a ra ello q u e y o una una re p re se n ta c ió n a o tra y q u e sea co n sc ie n te de la síntesis de las m ism as. Si ex iste, p u e s, la p o s ib ilid a d de q u e yo m e re p re se n te la identidad de conciencia —> la conciencia de una respecto de la conciencia de la otra. Aquí nos referimos sólo a la síntesis de esta (posible) conciencia (N ota de Kant) 1 De acuerdo con G oldschm idt, habría que leer abgeleitet, en lugar de begleitet. E n este caso, la traducción sería: «...no puede derivarse de otra representación» (N. del T .)

D E D U C C IO N T R A S C E N D E N T A L (B)

155

en esas representaciones, ello se d eb e ta n só lo a q u e p u e d o c o m b i­ n ar en una co nciencia la d iv e rsid a d c o n te n id a en u n as re p re s e n ­ tacio n es d a d a s ; es d ecir, só lo es p o sib le la u n id a d analítica de a p e rc e p c ió n si p re s u p o n e m o s cierta u n id a d sintética'11-. El p e n sa m ie n to de q u e to d a s esas re p re se n ta c io n e s d adas en la B 134 in tu ic ió n me p e rte n e c e n e q u iv a le , se g ú n e so , al de q u e las u n ifico en una a u to c o n c ie n c ia o p u e d o , al m e n o s, h acerlo . E ste p e n sa m ie n to n o es to d a v ía la c o n cie n cia de la síntesis d e las rep re se n ta c io n e s, p e ro sí p re s u p o n e la p o sib ilid a d de tal síntesis. E s d ecir, só lo llam o mías a to d a s las re p re se n ta c io n e s en la m ed id a en q u e p u e d a a b a rc a r en u n a co n cie n cia la d iv e rsi­ dad de las m ism as. D e lo c o n tra rio , te n d ría u n yo ta n a b ig a rra d o y d iferen te c o m o re p re se n ta c io n e s — d e las q u e fu ese c o n sc ie n ­ te— po sey era. C o m o d a d a 1 a p rio ri, la u n id a d sin té tic a de lo d iv e rso de las in tu ic io n e s c o n stitu y e , p u e s, el fu n d a m e n to de la id e n tid a d de la m ism a a p e rc e p c ió n q u e p re c e d e a p rio ri a to d o m i p e n sa m ie n to d e te rm in a d o . P e ro la c o m b in a c ió n n o se halla en lo s o b je to s n i p u e d e ser to m a d a de ellos m e d ia n te p erc e p c io n e s, p o n g a m o s p o r caso, y asu m id a así p o r el e n te n d i­ m ie n to . Al c o n tra rio , esa c o m b in a c ió n es o b ra ex clu siv a del B 135 e n te n d im ie n to , q u e no es, a su vez, m ás q u e la fa c u lta d de c o m b in a r a p rio ri y de re d u c ir la d iv e rsid a d de las re p re s e n ta c io ­ nes dadas a la u n id a d de a p e rc e p c ió n . E ste p rin c ip io , el de la ap e rc e p c ió n , es el m ás e le v a d o de to d o el c o n o c im ie n to hum ano.

k La unidad analítica de la conciencia es inherente a todos los conceptos comunes en cuanto tales. Por ejemplo, cuando pienso lo rojo en general, me represento una propiedad que (como característica) puede hallarse en alguna parte o estar combinada con otras representaciones. Consiguientem ente, sólo puedo representarm e la unidad analítica en virtud de una posible unidad sintética previam ente pensada. Una representación que ha de ser pensada com o com ún a d ife r e n te s representaciones es considerada com o perteneciente a unas representa- B 134 ciones que poseen en sí mismas, además de ella, algo d ife re n te . Tal representación tiene que ser, pues, pensada en unidad sintética con otras representaciones (aunque sean meramente posibles) antes de que pueda pensar en ella la unidad analítica de la conciencia, la unidad que la convierte en co n cep ta s co m m u n is. La unidad sintética de apercepción es, por tanto, el concepto más elevado del que ha de depender todo uso del entendim iento, incluida la lógica entera y, en conform idad con ella, la filosofía trascendental. Es más, esa facultad es el entendim iento mism o (N ota de Kant) 1 Según Vaihinger debería leerse, en vez de a is a p r io r i g egeben , a is a p r io r i hervorgebracht. E n este caso, la traducción sería: «Como producida a p r io r i...» (N. del T.)

156

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

E l p rin c ip io d e la n ecesaria u n id a d de a p e rc e p c ió n es, a su vez, id é n tic o y c o n stitu y e , p o r ta n to , u n a p ro p o s ic ió n analítica, p e ro exp resa la n e c e sid a d d e e fe c tu a r u n a sín tesis de la v a rie d a d dad a e n la in tu ic ió n , sín tesis sin la cual es im p o sib le p e n s a r aq u ella c o m p le ta id e n tid a d de la a u to c o n c ie n cia. E n efecto , a tra v é s del y o , c o m o re p re se n ta c ió n sim p le, n o se n o s o frece v a rie d a d a lg u n a . S ó lo en la in tu ic ió n , q u e es d istin ta del yo, p u e d e d á rse n o s tal v a rie d a d , y só lo combinán­ dola en u n a co n cien cia p o d e m o s p e n sa rla . U n e n te n d im ie n to en el q u e se no s o frec ie ra s im u ltá n e a m e n te to d a la v a rie d a d a tra v é s de la a u to c o n c ie n c ia intuiría. P e ro el n u e s tro só lo p u e d e pensar, y tie n e q u e b u sc a r la in tu ic ió n d e sd e los se n tid o s. E n relació n , p u e s, c o n la v a rie d a d q u e m e o fre c e n las re p re s e n ­ tacio n es en u n a in tu ic ió n , te n g o co n c ie n c ia de la id e n tid a d del yo, ya q u e las lla m o a to d a s re p re se n ta c io n e s mías, q u e fo rm a n , p o r ta n to , una sola. E llo e q u iv a le a d ecir q u e te n g o conciencia a p rio ri d e u n a in e lu d ib le sín tesis d e esas re p re s e n ta ­ ciones, síntesis q u e rec ib e el n o m b re d e u n id a d sin té tic a o rig iB 136 n aria de a p e rc e p c ió n . A esta u n id a d h a n d e esta r so m e tid a s t o ­ das las re p re se n ta c io n e s q u e se m e d e n , y a ella h a n d e ser re ­ du cid as m e d ia n te u na síntesis.

§17

E l principio de la unidad sintética de apercepción es el principio supremo de todo uso del entendimiento E l p rin c ip io su p re m o de la p o sib ilid a d de to d a in tu ic ió n en re la c ió n c o n la sen sib ilid a d era, de a c u e rd o c o n la e stética tra sc e n d e n ta l, q u e to d a la d iv e rsid a d de la in tu ic ió n se h allab a sujeta a las c o n d ic io n e s fo rm a le s del esp acio y del tie m p o . E l p rin c ip io su p re m o de la m ism a p o sib ilid a d , en re la c ió n c o n el e n te n d im ie n to , c o n siste en q u e to d a la d iv e rsid a d de la in tu ic ió n se halla su jeta a las c o n d ic io n e s de la o rig in a ria u n id a d sin tética de a p e rc e p c ió n k. E n ta n to q u e dadas, to d a s k E l espacio, el tiem po y todas sus partes son intuiciones y, consiguiente­ mente, constituyen, con la diversidad que incluyen en sí (véase la estética trascendental), representaciones singulares. Es decir, no son meros conceptos

D E D U C C IO N T R A S C E N D E N T A L (B)

157

las d iv ersas re p re se n ta c io n e s de la in tu ic ió n se h alla n su jetas al p rim e ro de esto s dos p r in c ip io s ; e n ta n to q u e n ecesa ria m e n te combinables en un a co n cie n cia, se h alla n b a jo el s e g u n d o . E n B 137 efecto , si se p re s c in d e de la c o m b in a c ió n , n ad a p u e d e ser p e n sa d o o c o n o c id o a tra v é s d e las re p re se n ta c io n e s dadas, ya q u e n o co n lle v a ría n e n to n c e s el a c to c o m ú n d e a p e rc e p c ió n «Y o pien so » n i se u n ific a ría n , p o r ello m ism o , en u n a a u to c o n ciencia. E l e n te n d im ie n to es, p a ra d e c irlo en té rm in o s g en erales, la fa c u lta d de lo s conocimientos. E s to s c o n siste n e n la d e te rm in a d a relació n q u e las re p re se n ta c io n e s d ad as g u a rd a n c o n u n o b je to . Objeto es a q u e llo en cu y o c o n c e p to se halla unificado lo d iv e rso de u n a in tu ic ió n d ad a. A h o ra b ie n , to d a u n ific a c ió n de re p r e ­ sen tacio n es re q u ie re u n id a d de co n cie n cia en la sín tesis de las m ism as. P o r c o n sig u ie n te , es só lo la u n id a d d e co n cie n cia lo q u e c o n fig u ra la re la c ió n de las re p re se n ta c io n e s c o n u n o b je to y, p o r ello m ism o , la v alid ez o b je tiv a de tales re p re s e n ta ­ ciones. C o n sig u ie n te m e n te , es esa u n id a d de co n cie n cia la q u e hace q u e éstas se c o n v ie rta n e n c o n o c im ie n to y, p o r ta n to , la q u e fu n d a m e n ta la m ism a p o sib ilid a d del e n te n d im ie n to . A sí, p u e s, el p rim e r c o n o c im ie n to p u r o del e n te n d im ie n ­ to , aq u el q u e sirv e de base a to d o s sus re sta n te s u so s y q u e es, a la vez, e n te ra m e n te in d e p e n d ie n te de to d a s las c o n d ic io n e s de la in tu ic ió n sensible, es el p rin c ip io de la o rig in a ria u n id a d sintética de ap erc e p c ió n . A sí, el esp acio , m era fo rm a de la in tu ic ió n sen sib le ex tern a, n o c o n stitu y e a ú n c o n o c im ie n to alg u n o . Se lim ita a su m in istra r a u n c o n o c im ie n to p o sib le lo v a rio d e la in tu ic ió n a priori. P a ra c o n o c e r a lg o en el esp acio , u n a línea, p o r e je m p lo , h a y q u e trazarla y, p o r c o n si­ g u ie n te , efe c tu a r sin té tic a m e n te u n a d e te rm in a d a c o m b in a c ió n B 138 de la v aried ad dada, d e fo rm a q u e la u n id a d de este a c to es, a la vez, la u n id a d de c o n cie n cia (en el c o n c e p to de línea), y es a tra v é s d e ella c o m o se c o n o c e u n o b je to (u n esp acio d e te rm in a d o ). La u n id a d sin té tic a de la co n cie n cia es, p u e s, un a c o n d ic ió n o b je tiv a de to d o c o n o c im ie n to . N o es sim p lep o r m edio de los cuales una misma conciencia se halla contenida en muchas representaciones, sino muchas representaciones contenidas en una representa­ ción y en la conciencia de la misma, por lo cual aparecen como compuestas. La unidad de la conciencia es, pues, sintética y, no obstante, originaria. Este carácter de singulares que poseen las intuiciones es im portante a la hora de aplicarlas (véase §25) (Nota de Kant)

158

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

m e n te u na c o n d ic ió n necesaria p a ra c o n o c e r u n o b je to , sin o u n a c o n d ic ió n a la q u e d eb e so m e te rse to d a in tu ic ió n para convertirse en objeto para mí. D e o tr o m o d o , sin esa síntesis, no se u n ificaría la v arie d a d en u n a co n c ie n c ia . A u n q u e esta ú ltim a p ro p o s ic ió n hace de la u n id a d s in té ­ tica u n a c o n d ic ió n de to d o p e n sa r, ella m ism a es, c o m o se ha d ic h o , an alítica, p u e s n o a firm a sin o q u e to d a s m is re p re s e n ­ tacio n es e n a lg u n a in tu ic ió n d ad a d e b e n h a lla rse su jetas a la única c o n d ic ió n b ajo la cual p u e d o in c lu irla s e n tre las re p r e ­ sen tacio n es de m i yo id é n tic o y, c o n sig u ie n te m e n te , re u n irla s, c o m o lig ad as sin té tic a m e n te en u n a a p e rc e p c ió n , m e d ia n te la ex p re sió n g e n e ra l « Yo pienso». E s te p rin c ip io n o es, sin e m b a rg o , u n p rin c ip io a p licab le a to d o e n te n d im ie n to p o sib le , sin o só lo al e n te n d im ie n to a trav és de cuya a p e rc e p c ió n p u ra en la re p re se n ta c ió n « Yo soy» n o se da to d a v ía n in g u n a d iv e rsid a d . U n e n te n d im ie n to cuya a u to c o n c ie n c ia s u m in istra ra , a la vez, la v a rie d a d de la in tu ic ió n , B 139 u n e n te n d im ie n to grac ia s a cuya re p re se n ta c ió n e x istie ra n ya lo s o b je to s de ésta, n o n e cesitaría u n esp ecial a c to de síntesis de lo d iv e rso p a ra alca n zar la u n id a d de c o n cie n cia. P e ro sí lo n ecesita el e n te n d im ie n to h u m a n o , q u e n o in tu y e , sin o q u e sim p le m e n te p ien sa. E l m e n c io n a d o p rin c ip io es in e v ita b le ­ m en te el p rim e ro p a ra el e n te n d im ie n to h u m a n o , h asta el p u n to de q u e él m ism o es in cap az d e h acerse la m e n o r idea de o tr o e n te n d im ie n to p o sib le , ya se tr a te d e u n o q u e in tu y e ra directamente, ya de u n o q u e , a u n p o s e y e n d o in tu ic ió n sen sib le, la p o se y e ra d ife re n te de la q u e se basa en esp acio y tie m p o .

§ 18 L a unidad objetiva de la autoconciencia L a unidad trascendental de a p e rc e p c ió n es a q u ella q u e u n ifica en u n c o n c e p to del o b je to to d a la d iv e rsid a d dada e n u n a in tu ic ió n . P o r ello se llam a objetiva, y hay q u e d istin g u irla de la unidad subjetiva de la c o n cie n cia. E s ta ú ltim a u n id a d c o n s ti­ tu y e u n a determinación del sentido interno a tra v é s de la cual se da e m p íric a m e n te esa d iv e rsid a d de la in tu ic ió n en o rd e n a tal c o m b in a c ió n . E l q u e p u e d a y o te n e r co n cie n cia e m p írica de la d iv e rsid a d c o m o sim u ltá n e a o c o m o sucesiva d e p e n d e de c irc u n sta n c ia s o de c o n d ic io n e s e m p íric a s. D e a h í q u e la

D E D U C C IO N T R A S C E N D E N T A L (B)

159

u n id a d de la co n cie n cia m e d ia n te a so c ia c ió n de re p re se n ta c io n e s B 140 d ig a, a su v ez, re la c ió n c o n u n fe n ó m e n o y sea c o m p le ta m e n te a c cid en tal. P o r el c o n tra rio , la fo rm a p u ra de la in tu ic ió n e n el tie m p o só lo se halla, c o m o sim p le in tu ic ió n e n g e n e ra l q u e in clu y e u na v a rie d a d d a d a , b a jo la o rig in a ria u n id a d de co n cien cia gracias a la n ecesaria re la c ió n d e la v a rie d a d de la in tu ic ió n c o n u n a u n id a d , « Y o p ien so » , g racias, p o r ta n to , a la síntesis p u ra del e n te n d im ie n to , la cual sirv e d e base a p rio ri a la sín tesis em p íric a . S ó lo la p rim e ra u n id a d p o se e validez o b je tiv a . L a u n id a d e m p íric a de a p e rc e p c ió n (a la q u e n o n o s re fe rim o s a h o ra y q u e es u n m e ro d e riv a d o de la a n te rio r b ajo co n d ic io n e s d a d a s e n c o n c re to ) só lo tie n e v alid ez su b je tiv a . U n o s lig an la re p re se n ta c ió n de c ie rta p a la b ra a u na cosa, o tr o s a o t r a ; la u n id a d d e la co n c ie n c ia n o es, en lo e m p íric o , necesaria y u n iv e rsa l m e n te v álid a en re la c ió n c o n lo d a d o .

§19

L a fo r m a lógica de todos los ju icio s consiste en la unidad objetiva de apercepción de los conceptos contenidos en ellos N u n c a ha lle g a d o a sa tisfa c e rm e la ex p lic a c ió n q u e d an lo s ló g ic o s acerca del ju icio en g e n e ra l. S e g ú n ello s, éste c o n sis­ te en la re p re se n ta c ió n d e u n a re la c ió n e n tre d o s c o n c e p to s. Sin e n tra r a h o ra e n litig io c o n ellos so b re las d eficien cias B 141 de tal e x p licació n , q u e , e n c u a lq u ie r caso , só lo c o n v ie n e a los ju icio s categóricos, p e ro n o a lo s h ip o té tic o s y d is y u n tiv o s (ésto s, en c u a n to tales ju icio s, n o c o n tie n e n u n a re la c ió n e n tre c o n c e p to s, sin o in clu so e n tre ju icio s), só lo se ñ alaré q u e — p r e s ­ c in d ie n d o de q u e este d e sc u id o d e la ló g ica h a d a d o lu g a r a a lg u n as in c ó m o d a s c o n se c u e n c ia s k— n o se in d ica en dicha ex p lica ció n e n q u é c o n siste esa relación.

k La vasta teoría de las cuatro figuras silogísticas afecta sólo a los silogismos categóricos. Esa teoría no es otra cosa que el arte de obtener subrepticiam ente, a base de ocultar inferencias inmediatas ( consequentiae inmediatae) bajo las premisas de un silogism o puro, la apariencia de que hay más formas de inferencia que las de la prim era figura. A pesar de todo, la teoría no habría logrado sólo con eso una especial acogida si no hubiese conseguido —»

160

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

P e ro si an alizo m ás e x a c ta m e n te la re la c ió n e x iste n te e n tre lo s c o n o c im ie n to s d a d o s en cad a ju icio y la d is tin g o , e n c u a n to p e rte n e c ie n te al e n te n d im ie n to , d e la re la c ió n se g ú n leyes de la im a g in a c ió n re p ro d u c tiv a (esta ú ltim a re la c ió n só lo p o see v alidez su b je tiv a ), e n to n c e s o b s e r v o q u e u n ju ic io n o es m ás q u e la m an era de re d u c ir c o n o c im ie n to s d a d o s a la u n id a d objetiva d e a p e rc e p c ió n . A ello a p u n ta la c ó p u la «es» de lo s ju icio s, a estab lec e r u n a d ife re n c ia e n tre la u n id a d o b je tiB 142 va de re p re se n ta c io n e s d ad as y la u n id a d su b je tiv a . E n e fecto , la c ó p u la d esig n a la re la c ió n de esas re p re se n ta c io n e s c o n la a p e rc e p c ió n o rig in a ria y la necesaria unidad de las m ism as, a u n q u e el ju icio m ism o sea e m p íric o y, p o r ta n to , c o n tin g e n te , co m o , p o r e je m p lo : «L o s c u e rp o s s o n p e sad o s.» N o q u ie ro d ecir c o n ello q u e esas re p re se n ta c io n e s se c o rre s p o n d a n entre s í necesariamente e n la in tu ic ió n e m p íric a , sin o q u e se c o rr e s p o n ­ d e n e n tre sí en virtud de la necesaria unidad d e a p e rc e p c ió n en la síntesis de las in tu ic io n e s, es d e c ir, se g ú n lo s p rin c ip io s q u e d e te rm in a n o b je tiv a m e n te to d a s las re p re se n ta c io n e s su s ­ cep tib les d e p r o d u c ir a lg ú n c o n o c im ie n to . T o d o s e sto s p r in c i­ p io s d e riv a n del q u e fo rm a la u n id a d tra sc e n d e n ta l d e a p e rc e p ­ ció n . S ólo así s u rg e d e d ich a re la c ió n u n juicio, es d ecir, u n a re lació n objetivamente válida y q u e se d is tin g u e su fic ie n te m e n te de la re la c ió n q u e g u a rd a n e n tr e sí las m ism as re p re se n ta c io n e s. E sta ú ltim a só lo p o se e ría u n a v alid ez su b je tiv a , se g ú n las leyes de aso c ia c ió n , p o r e je m p lo . D e a c u e rd o c o n tales leyes, ú n ic a m e n te p o d ría d e c ir: « C u a n d o so s te n g o u n c u e rp o sie n to la p re s ió n del p eso » , p e ro no: « E l m ism o c u e rp o es p e sa d o » ; esta ú ltim a p ro p o s ic ió n in d ic a q u e las d o s re p re se n ta c io n e s se h allan c o m b in a d a s en el o b je to , es d ecir, in d e p e n d ie n te m e n te del e sta d o del su je to , n o sim p le m e n te q u e v a n u n id a s e n la p e rc e p c ió n (p o r m u ch a s v eces q u e ésta se rep ita).

—> para los juicios categóricos un prestigio exclusivo, considerándolos com o juicios a los que han de atenerse todos los demás, lo cual es falso, según se ha visto en § 9 (N ota de Kant)

D E D U C C IO N T R A S C E N D E N T A L (B)

161

§20

R 143

Todas las intuiciones sensibles se hallan bajo las categorías como únicas condiciones bajo las cuales puede coincidir la diversidad de esas intuiciones en una conciencia L o d iv e rso d a d o en u n a in tu ic ió n sen sib le se halla n e c e ­ sariam e n te su je to a la o rig in a ria u n id a d sin té tic a de a p e rc e p ­ ció n , ya q u e só lo tal u n id a d h ace p o s ib le la d e la in tu ic ió n (cf. § 17). P e ro el a c to del e n te n d im ie n to q u e u n ifica la d iv e rsid a d de las re p re se n ta c io n e s d ad as (sean in tu ic io n e s o c o n c e p to s) b a jo la a p e rc e p c ió n es la fu n c ió n ló g ica d e lo.s juicios (cf. § 19). E n la m e d id a e n q u e v ie n e d ad a e n una única in tu ic ió n e m p írica , to d a d iv e rsid a d se h alla, p u e s, determi­ nada c o n re s p e c to a u n a de las fu n c io n e s ló g ic a s del ju icio , fu n c ió n a tra v é s de la cual dicha d iv e rsid a d es llev ad a a la co n cien cia. A h o ra b ien , en la m e d id a e n q u e la d iv e rsid a d de u n a in tu ic ió n dada v ie n e d e te rm in a d a e n re la c ió n c o n las categorías, éstas n o so n o tra cosa q u e esas m ism as fu n c io n e s del juicio (cf. § 13). L o d iv e rso de u n a in tu ic ió n dada ta m b ié n se halla, p u e s, n e c esaria m e n te su je to a las cate g o ría s.

§21

Observación L a d iv e rsid a d c o n te n id a en u n a in tu ic ió n q u e llam o m ía es re p re se n ta d a , p o r m e d io de la sín tesis del e n te n d im ie n to , c o m o p e rte n e c ie n te a la necesaria u n id a d de la a u to c o n c ie n c ia , y ello o c u rre gracias a la c a te g o ría k. E s ta m u e stra , p u e s, q u e la co n cie n cia em p írica de u n a d iv e rsid a d dada e n u n a sola in tu ic ió n se halla su jeta a u n a a u to c o n c ie n c ia p u ra a p rio ri, al igual q u e la in tu ic ió n e m p íric a lo está a u n a in tu ic ió n p u ra sen sib le q u e tie n e lu g a r ig u a lm e n te a priori. E n la p ro p o s ic ió n a n te rio r se ha e stab lecid o , p u e s, el c o m ie n z o d e u n a deducción

k La razón que lo prueba se basa en la representada unidad de intuición mediante la cual se da un objeto. Esta unidad incluye siempre en sí una síntesis de la diversidad dada en una intuición y contiene ya la relación de tal diversidad con la unidad de apercepción (N ota de Kant)

B 144

162

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

de los c o n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n to . T e n ie n d o en c u e n ta q u e las ca te g o ría s su rg e n só lo e n el e n te n d im ie n to , con indepen­ dencia de la sensibilidad, m e v e o p o r a h o ra o b lig a d o a a b stra e r e n tal d e d u c c ió n del m o d o se g ú n el cual la d iv e rsid a d es dada a u n a in tu ic ió n em p íric a , a fin d e fija rm e só lo e n la u n id a d q u e e n tra e n la in tu ic ió n p o r m e d io de la c a te g o ría y a trav és del e n te n d im ie n to . E n lo q u e sig u e (cf. § 26) B 145 se p o n d rá de m a n ifiesto , a p a r tir del m o d o se g ú n el cual es dada la in tu ic ió n em p íric a e n la se n s ib ilid a d , q u e la u n id a d de tal in tu ic ió n n o es m ás q u e la p re s c rita p o r la c a te g o ría (de a c u e rd o c o n lo d ic h o e n § 20) a la v a rie d a d d e u n a in tu ic ió n dada e n g e n e ra l. Ig u a lm e n te , só lo u n a v ez q u e haya q u e d a d o exp licad a la v alid ez a p rio ri d e las c a te g o ría s c o n re sp e c to a to d o s lo s o b je to s d e n u e s tro s se n tid o s, se c o n se g u irá p le n a m e n te el p ro p ó s ito de la d e d u c c ió n . A h o ra b ien , hay e n la p ru e b a a n te rio r u n a sp e c to del q u e n o h e p o d id o h a c e r a b stra c c ió n , a sab e r, q u e la v a rie d a d o frecid a a la in tu ic ió n tie n e q u e e sta r d ad a c o n a n te rio rid a d a la síntesis del e n te n d im ie n to y c o n in d e p e n d e n c ia de ésta. Q u e d a , e n c a m b io , sin d e te rm in a r a q u í el m o d o se g ú n el cual ello o c u rre . E n efecto , si q u isie ra p e n s a r u n e n te n d im ie n to q u e in tu y e ra p o r sí m ism o (c o m o se ría , p o r e je m p lo , u n e n te n ­ d im ie n to d iv in o q u e n o se re p re se n ta ra o b je to s d a d o s, sin o q u e , a la vez, o fre c ie ra o p ro d u je ra é sto s c o n su re p re se n ta c ió n ), en to n c e s p e rd e ría n las c a te g o ría s to d o su sig n ific a d o en re la c ió n c o n tal c o n o c im ie n to . E sta s so n só lo reg las de u n e n te n d im ie n ­ to cuya c a p acid ad e n te ra c o n siste en el p e n sa r, es d ecir, en la tarea de re d u c ir a la u n id a d d e a p e rc e p c ió n la sín tesis de la v a rie d a d q u e , d esd e o tr o la d o , le o fre c e la in tu ic ió n , u n e n te n d im ie n to q u e , e n c o n se c u e n c ia , n o c o n o c e n a d a p o r sí m ism o , sin o q u e se lim ita a c o m b in a r y o rd e n a r la m ateria a c o n o c e r, e sto es, la in tu ic ió n q u e el o b je to ha de o fre c e rle . Sin e m b a rg o , n o se p u e d e d a r ra z ó n de la p e c u lia rid a d q u e n u e s tro e n te n d im ie n to p o se e — y q u e c o n siste en realizar a B 146 p rio ri la u n id a d de a p e rc e p c ió n só lo p o r m e d io d e c a te g o ría s y só lo p o r m e d io de este tip o y e ste n ú m e ro de c a te g o ría s— , c o m o n o se p u e d e señ alar p o r q u é te n e m o s p re c isa m e n te éstas y n o o tra s fu n c io n e s del ju icio o p o r q u é el tie m p o y el esp acio so n las únicas fo rm a s d e n u e stra in tu ic ió n p o sib le .

D E D U C C IO N T R A S C E N D E N T A L (B)

163

§22

h a categoría no tiene otro uso p ara el conocimiento de las cosas que su aplicación a objetos de la experiencia Pensar u n o b je to y conocer u n o b je to so n , p u e s, cosas d istin tas. E l c o n o c im ie n to in clu y e d o s e le m e n to s : en p rim e r lu g a r, el c o n c e p to m e d ia n te el cual es p e n s a d o u n o b je to e n g en eral (la c a te g o ría ); en s e g u n d o lu g a r, la in tu ic ió n p o r m ed io de la cual d ic h o o b je to es d a d o . Si n o p u d ié se m o s a sig n a r al c o n c e p to la in tu ic ió n c o rre s p o n d ie n te , te n d ría m o s u n p e n sa m ie n to , a te n d ie n d o a su fo rm a , p e ro c a re n te de to d o o b je to , sin q u e fuera p o sib le c o n o c e r cosa a lg u n a a trav és de él. E n efecto , en la m e d id a en q u e c o n o c ie ra , n o h a b ría ni p o d ría h a b e r nada a lo q u e p u d ie ra a p licarse m i p e n sa m ie n to . T o d a in tu ic ió n p o sib le p a ra n o s o tro s es sen sib le (cf. estética). C o n sig u ie n te m e n te , el p e n sa r, m e d ia n te u n c o n c e p to p u r o del e n te n d im ie n to , u n o b je to en g e n e ra l só lo p o d e m o s c o n v e rtirlo e n c o n o c im ie n to en la m ed id a e n q u e re fira m o s este c o n c e p to a o b je to s de lo s se n tid o s. La in tu ic ió n sen sib le es, o b ie n B147 in tu ic ió n p u ra (espacio y tie m p o ), o in tu ic ió n em p íric a de lo in m e d ia ta m e n te re p re se n ta d o , a tra v é s de la sen sació n , c o m o real en el esp acio y en el tie m p o . M e d ia n te la d e te rm in a c ió n de la p rim e ra p o d e m o s o b te n e r c o n o c im ie n to s a p rio ri d e o b je ­ to s (en las m atem áticas), p e ro só lo en c u a n to a su fo rm a , en c u a n to fe n ó m e n o s. E l q u e p u e d a h a b e r cosas q u e hay an de ser n e c e sariam en te in tu id a s e n esa fo rm a , q u e d a sin d ecid ir. C o n sig u ie n te m e n te , n in g ú n c o n c e p to m a te m á tic o es, p o r sí m ism o , u n c o n o c im ie n to , a n o ser q u e su p o n g a m o s la existencia de cosas q u e ú n ic a m e n te p u e d e n se rn o s p re s e n ta d a s se g ú n la fo rm a de dicha in tu ic ió n p u ra sen sib le. A h o ra b ien , las cosas en espacio j tiempo só lo se d a n e n la m ed id a e n q u e so n p e rc e p c io n e s (rep re se n ta c io n e s a c o m p a ñ a d a s de u n a se n sa ­ ció n ) y, p o r ta n to , sólo m e d ia n te u n a re p re se n ta c ió n em p írica. E n co n secu en cia, los c o n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n to , in c lu ­ so c u a n d o se ap lican a in tu ic io n e s a p rio ri (c o m o es el caso en las m atem áticas), só lo su m in istra n c o n o c im ie n to en la m e d i­ da en q u e estas in tu icio n e s — y, c o n sig u ie n te m e n te , ta m b ié n , a tra v é s de ellas, los c o n c e p to s del e n te n d im ie n to — p u e d e n ap licarse a in tu ic io n e s e m p íricas. P o r ta n to , ta m p o c o las c a te g o ­ rías n o s p ro p o r c io n a n c o n o c im ie n to de las cosas a tra v é s de

164

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

la in tu ic ió n p u ra 1 sino g racias a su p o sib le a p lic a c ió n a la intuición empírica, es decir, só lo sirv e n a n te la p o sib ilid a d de u n conocimiento empírico. E ste c o n o c im ie n to rec ib e el n o m b re de experiencia. L as c ate g o ría s n o tie n e n , p u e s, a p lic a c ió n , en re la c ió n co n el c o n o c im ie n to d e las co sas, sin o en la m ed id a B 148 en q u e éstas sean asu m id as c o m o o b je to s de u n a p o sib le e x p e ­ riencia.

§23 La p ro p o s ic ió n a n te rio r es de la m a y o r im p o rta n c ia , ya q u e señala los lím ites d el u so d e los c o n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n to re sp e c to d e los o b je to s, del m ism o m o d o q u e lo h izo la estética tra sc e n d e n ta l c o n los lím ites del u so de la fo rm a p u ra d e la in tu ic ió n sen sib le. E n c u a n to c o n d ic io n e s d e la p o sib ilid a d d e q u e se n o s d e n o b je to s, el e sp acio y el tie m p o só lo p o se e n v alidez e n re la c ió n c o n o b je to s d e los se n tid o s y, c o n sig u ie n te m e n te , c o n o b je to s d e la ex p erien cia. M ás allá d e estos lím ites n o re p re s e n ta n n ad a, ya q u e ú n ic a m e n ­ te se hallan en los se n tid o s y n o tie n e n realid ad a lg u n a fu era d e éstos. L os c o n c e p to s p u ro s d el e n te n d im ie n to e stá n e x e n ­ to s de tal lim ita c ió n y se e x tie n d e n a lo s o b je to s de la in tu ic ió n en g e n e ra l, sea ésta ig u a l o d e sig u a l a la n u e stra , siem p re q u e sea sensible y n o in te le c tu a l. P e ro esta e x te n sió n d e los c o n c e p to s m ás allá d e nuestra in tu ic ió n sen sib le n o n os sirv e de nada. E n e fecto , se tra ta e n to n c e s de c o n c e p to s vacíos de o b je to s, de lo s q u e n i siq u iera p o d e m o s ju zg ar, a tra v é s de esos c o n c e p to s, si so n p o sib le s o n o ; so n sim ples f o r ­ m as del p e n sa m ie n to sin re a lid a d o b je tiv a , ya q u e n o te n e m o s a m an o in tu ic ió n alg u n a a la q u e a p lic a r la u n id a d sin tética d e a p e rc e p c ió n , ú n ic o c o n te n id o de esas fo rm as. C o n tal aplicaB 149 ció n p o d ría n d e te rm in a r u n o b je to . S ó lo nuestra in tu ic ió n se n si­

ble y em p írica p u e d e d arles se n tid o y sig n ificació n . Si s u p o n e m o s , p u e s, d a d o el o b je to de u n a in tu ic ió n no sensible, p o d e m o s , claro está, re p re se n ta rlo a tra v é s de to d o s los p re d ic a d o s q u e se h allan de a n te m a n o e n la p re su p o sic ió n d e q u e nada de cuanto es propio de la intuición sensible le conviene: q u e no es, p u es, e x ten so o está en el e sp a c io ; q u e su d u ra c ió n 1 Leyendo, con Goldschm idt, (N. del T.)

rein en A n s c h a u u n g ,

en lugar de

A nsch a u u n g

DEDUCCION TRASCENDENTAL (B)

165

n o es tie m p o ; q u e n o h allam o s en él c a m b io a lg u n o (su cesió n de d e te rm in a c io n e s en el tie m p o ), etc. A h o ra b ien , lim itarse a in d icar lo q u e no es la in tu ic ió n d e l o b je to , sin p o d e r e stab lecer cuál es su c o n te n id o , no c o n stitu y e u n c o n o c im ie n to en se n tid o p ro p io . E n efecto , n o h a b ría m o s p re s e n ta d o e n to n c e s la m e n o r p o sib ilid a d d e u n o b je to re la tiv o a n u e s tro c o n c e p to p u ro del e n te n d im ie n to , ya q u e n o h a b ría m o s p o d id o o fre c e r n in g u ­ n a in tu ic ió n q u e c o rre sp o n d ie ra a d ic h o c o n c e p to , sin o sim p le ­ m en te d ecir q u e n u e stra in tu ic ió n n o tie n e v alid ez en re lació n co n él. P e ro lo m ás im p o rta n te en este p u n to es q u e ni una sola c ate g o ría p o d ría ap licarse a ese alg o . N o p o d ría ap licarse, p o r ejem p lo , el c o n c e p to de su sta n c ia , es d ecir, el de a lg o q u e nu n ca p u e d e existir c o m o m e ro p re d ic a d o , sin o c o m o su jeto . Sin un a in tu ic ió n em p íric a q u e m e d ie ra la o p o rtu n id a d d e ap licació n , n o sab ría si p u e d e e x istir a lg u n a cosa q u e c o rre s ­ p o n d ie ra a esa d e te rm in a c ió n d el p e n sa m ie n to . N o s e x te n d e re ­ m o s m ás so b re esta c u e stió n en lo q u e sigue.

§24

h a aplicación de las categorías a los objetos de los sentidos en general L os c o n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n to se re fie re n , a tra v é s del m e ro e n te n d im ie n to , a los o b je to s de la in tu ic ió n en g e n e ra l, in d e p e n d ie n te m e n te d e si ésta es la n u e stra u o tra c u alq u iera, siem p re q u e sea sen sib le. P e ro , p o r ello m ism o , tales c o n c e p to s so n m eras fo rm a s del pensamiento a tra v é s de las cuales no co n o c e m o s to d a v ía n in g ú n o b je to d e te rm in a d o . La síntesis o c o m b in a c ió n de lo d iv e rs o en ellos só lo se refería a la u n id a d d e a p e rc e p c ió n y c o n stitu ía así el fu n d a m e n to de la p o sib ilid a d del c o n o c im ie n to a priori, en la m e d id a en q u e éste se basa en el e n te n d im ie n to . P o r ta n to , la sín tesis no es só lo tra sc e n d e n ta l, sin o ta m b ié n p u ra m e n te in telectu al. P e ro , d e sd e el m o m e n to e n q u e h ay en n o so tro s cie rta fo rm a d e in tu ic ió n a priori basad a en la re c e p tiv id a d d e la fa cu ltad de re p re se n ta c ió n (sen sib ilid ad ), el e n te n d im ie n to p u e d e , en c u a n to e sp o n ta n e id a d , d e te rm in a r, m e d ia n te la d iv e rsid a d de las re p re se n ta c io n e s d ad as, el se n tid o in te rn o de a c u e rd o c o n la u n id a d sin tética d e a p e rc e p c ió n y p u e d e así p e n sa r la u n id a d sin tética d e a p e rc e p c ió n d e la d iv e rsid a d de la intuición sensible

B 150

166

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

a priori c o m o c o n d ic ió n a la q u e n e c e sa ria m e n te h a n d e s o m e te r­ se to d o s lo s o b je to s de n u e s tra in tu ic ió n (la h u m a n a ). D e esta fo rm a , las ca te g o ría s, c o m o m eras fo rm a s del p e n sa r, o b tie ­ n en , p u es, realid ad o b je tiv a , es d e c ir, a p lic a c ió n a o b je to s B 151 d a d o s en la in tu ic ió n , p e ro só lo c o m o fe n ó m e n o s, p u e s só lo d e éstos p o d e m o s te n e r in tu ic ió n a priori. E sta síntesis — n ecesaria y p o sib le a priori— d e la d iv e rs i­ d a d de la in tu ic ió n sen sib le p u e d e lla m a rse figurada (synthesis speciosa), p a ra d ife ren c ia rla de la q u e sería p e n sa d a en la m era c a te g o ría en re la c ió n c o n la d iv e rsid a d d e u n a in tu ic ió n en g e n e ra l y q u e recib e el n o m b re de c o m b in a c ió n del e n te n d i­ m ie n to synthesis intellectualis). A m b a s so n trascendentales, n o só lo p o r te n e r lu g a r a priori, sin o p o rq u e , a d em á s, sirv e n d e base a la p o sib ilid a d de o tro s c o n o c im ie n to s a priori. S in e m b a rg o , c u a n d o la sín tesis fig u ra d a se refiere só lo a la o rig in a ria u n id a d sin té tic a d e a p e rc e p c ió n , es d e c ir, a la u n id a d tra sc e n d e n ta l p e n sa d a en las c a te g o ría s, tie n e q u e llam arse síntesis trascendental de la imaginación, a fin de d ife re n c ia r­ la de la c o m b in a c ió n m e ra m e n te in te le c tu a l. L a imaginación es la fa c u ltad de re p re se n ta r u n o b je to en la in tu ic ió n in clu so cuando éste no se halla presente. A h o ra b ie n , te n ie n d o en cu e n ta q u e to d a in tu ic ió n n u e stra es sen sib le, la im a g in a c ió n , d e b id o a n u e stra c o n d ic ió n su b je tiv a , sin la cual n o p o d ría su m in istra r a los c o n c e p to s del e n te n d im ie n to la in tu ic ió n c o rre sp o n d ie n te , p e rte n e c e a la sensibilidad. N o o b sta n te , en la m e d id a en q u e su síntesis es u n a ac tiv id a d d e la e sp o n ta n e id a d (q u e n o es m e ra m e n te d e te rm in a b le , a la m a n e ra d el se n tid o , sin o d e te rm iB 152 n a n te y p u e d e , p o r ta n to , d e te rm in a r a priori el se n tid o c o n re sp e c to a la fo rm a de éste y d e a c u e rd o c o n la u n id a d de a p e rc e p c ió n ), la im a g in a c ió n es u n a fa c u lta d q u e d e te rm in a a priori la s e n s ib ilid a d ; la sín tesis d e las in tu ic io n e s e fectu ad a p o r esa facu ltad tie n e q u e ser u n a síntesis tra sc e n d e n ta l d e la ima­ ginación de acuerdo con las categorías. T al sín tesis c o n stitu y e u n a a c ció n del e n te n d im ie n to so b re la se n sib ilid a d y la p rim e ra ap lic a c ió n del m ism o (fu n d a m e n to , a la vez, d e to d a s las d em ás) a o b je to s de u n a in tu ic ió n p o sib le p a ra n o s o tro s . E n su calidad d e síntesis fig u ra d a , hay q u e d is tin g u irla d e la síntesis in te le c ­ tu a l, q u e , al n o c o n ta r c o n la im a g in a c ió n , se p ro d u c e sólo p o r o b ra del e n te n d im ie n to L E n la m e d id a en q u e la im ag in a- 1 1 Esta frase ha sido traducida según la reordenación de Górland (N.

del T.)

DEDUCCION TRASCENDENTAL (B)

167

ció n es e sp o n ta n e id a d , ta m b ié n la lla m o a v eces im a g in a c ió n productiva, c o n lo cual la d is tin g o d e la re p r o d u c tiv a , cuya síntesis se halla su jeta e x c lu siv a m e n te a leyes e m p íric a s, a sab e r, las d e la a so ciació n , y q u e , p o r ello m ism o , n o a p o rta n ad a a la e x p licació n de la p o sib ilid a d d el c o n o c im ie n to a priori. C o n sig u ie n te m e n te , la im a g in a c ió n re p ro d u c tiv a p e rte n e c e a la p sic o lo g ía , n o a la filo so fía tra sc e n d e n ta l.

E ste es el m o m e n to o p o r tu n o p a ra e x p lic a r la p a ra d o ja q u e d e b ió llam ar la a te n c ió n a to d o s los le c to re s c u a n d o ex p u se la fo rm a del s e n tid o in te rn o (cf. § 6 ) 1 , p a ra d o ja c o n siste n te en q u e este se n tid o no s p re s e n ta , in c lu so a n o s o tro s m ism o s, a la co n cie n cia só lo tal c o m o n o s o tro s n o s m a n ife sta m o s a n o s o tro s m ism o s, n o tal c o m o so m o s e n n o s o tro s m ism o s. B 153 E n efecto , n o s o tro s só lo n o s in tu im o s se g ú n so m o s afectados in te rio rm e n te , lo cu al p a re c e c o n tra d ic to rio , ya q u e e n to n c e s n o s te n d ría m o s q u e c o m p o rta r c o m o p a c ie n te s fre n te a n o s o ­ tro s m ism o s. D e ahí q u e en los sistem as d e p s ic o lo g ía se p re fie ra n o rm a lm e n te c o n sid e ra r al sentido interno c o m o id é n tic o a la fa cu ltad d e apercepción (cosas q u e n o s o tro s d ife re n c ia m o s cu id a d o sa m e n te ). E l s e n tid o in te rn o v ien e d e te rm in a d o p o r el e n te n d i­ m ien to y p o r su o rig in a ria c a p a c id a d de lig a r la d iv e rs id a d de la in tu ic ió n , es d ecir, p o r la fa c u lta d d e so m e te r ta l d iv e rsid a d a la a p e rc e p c ió n (la cual sirv e d e b ase a la m ism a p o sib ilid a d del e n te n d im ie n to ). A h o ra b ien , el e n te n d im ie n to h u m a n o n o c o n stitu y e p o r sí m ism o u n a fa c u lta d in tu itiv a , n i es capaz de a c o g e r en s í las in tu ic io n e s (ni siq u ie ra c o n ta n d o c o n q u e éstas se d ie ra n 12 en la se n sib ilid a d ) p a ra c o m b in a r, p o r así d e c irlo , la v a rie d a d de su p ro p ia in tu ic ió n . P o r ello , la sín tesis q u e p ro d u c e el e n te n d im ie n to , c u a n d o éste es c o n sid e ra d o en sí m ism o , n o es m ás q u e la u n id a d del a c to del q u e es co n sc ie n te e n c u a n to ta l ac to , in c lu so p re s c in d ie n d o d e la sen sib ilid ad . S in e m b a rg o , es a tra v é s d e tal a c to c o m o el e n te n d im ie n to es capaz d e d e te rm in a r in te rn a m e n te la se n sib ili­ d a d en re lació n c o n la v a rie d a d q u e , se g ú n la fo rm a d e la in tu ic ió n sen sib le, p u e d a serle d a d a . B ajo el n o m b re d e síntesis 1 Según G aw ronsky, debería leerse: «cf. § 8» (N. del T.) 2 Leyendo, con Vaihinger, gegeben varen, en fugar de gegeben ¡váre. (N.

del T.)

168

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

trascendental de la imaginación el e n te n d im ie n to realiza, p u e s, d ic h o a c to so b re el su je to pasivo, s u je to del cu al el m ism o e n te n d im ie n to c o n stitu y e la fa c u lta d , y así d e c im o s ju stificad aB 154 m e n te q u e a tra v é s d e ésta es a fe c ta d o el s e n tid o in te rn o . A sí, p u es, la a p e rc e p c ió n y su u n id a d sin té tic a n o s o n en a b so lu to lo m ism o q u e el s e n tid o in te rn o , h a sta el p u n to de q u e a q u élla se refiere, c o m o fu e n te d e to d a c o m b in a c ió n , a la d iv e rsid a d d e las intuiciones en general y b a jo el n o m b re de ca te g o ría s, a o b je to s e n g e n e ra l, p re v ia m e n te a to d a in tu ic ió n sensible. E l s e n tid o in te rn o c o n tie n e , p o r el c o n tra rio , la m era fo rm a d e la in tu ic ió n , n o la c o m b in a c ió n d e lo d iv e rso in c lu id o en ella ni, c o n sig u ie n te m e n te , in tu ic ió n a lg u n a determinada, la cual só lo es p o s ib le gracias a la co n c ie n c ia d e la d e te rm in a c ió n de lo d iv e rs o a tra v é s d e la a c c ió n tra sc e n d e n ta l d e la im a g in a ­ c ió n (in flu jo sin té tic o e je rc id o p o r el e n te n d im ie n to so b re el se n tid o in te rn o ), a c c ió n q u e h e d e n o m in a d o la sín tesis f i­ g u ra d a . E s to lo p e rc ib im o s sie m p re e n n o s o tro s . N o p o d e m o s p e n sa r u n a línea sin trabarla en el p e n sa m ie n to , ni u n c írc u ­ lo sin describirlo, c o m o ta m p o c o re p re s e n ta r tre s d im e n sio n e s del esp acio sin construir tres lín eas p e rp e n d ic u la re s a p a rtir del m ism o p u n to . N i siq u ie ra p o d e m o s p e n sa r el tie m p o sin o gracias a q u e , al trabar u n a lín ea rec ta (q u e ha de ser la re p re se n ta c ió n e x te rn a y fig u ra d a d el tie m p o ), só lo a te n d e m o s al acto d e síntesis de la d iv e rsid a d , u n a síntesis m e d ia n te la cual d e te rm in a m o s su c e siv a m e n te el se n tid o in te rn o y m e ­ d ia n te la cual p re s ta m o s a te n c ió n a la su c e sió n de tal d e te rm in a ­ c ió n en ese m ism o se n tid o in te rn o . E s el m o v im ie n to , c o m o B 155 acto del su je to , n o c o m o d e te rm in a c ió n d e u n o b je t o k, y, c o n sig u ie n te m e n te , la sín tesis d e la d iv e rsid a d e n el esp acio , lo q u e p ro d u c e el m ism o c o n c e p to d e su c e sió n c u a n d o h a cem o s a b stra c c ió n d el esp acio y a te n d e m o s só lo al a c to a tra v é s del cu al d e te rm in a m o s el s e n tid o interno se g ú n su fo rm a . E l 1 1 Leyendo, con G órland, und unter, en vez de simplemente unter (N. del T.) k El m ovim iento de un objeto en el espacio no pertenece a una ciencia pura ni, p o r tanto, a la geom etría, ya que sólo podem os saber que algo es móvil p o r experiencia, no a priori. Sin em bargo, el m ovim iento, com o descripción de u n espacio, es un acto p u ro de la síntesis sucesiva de la variedad contenida en la intuición externa en general por medio de la imaginación productiva, y no sólo pertenece a la geom etría, sino incluso a la filosofía trascendental (N ota de Kant)

DEDUCCION TRASCENDENTAL (B)

169

e n te n d im ie n to n o e n c u e n tra , p u e s, en el s e n tid o in te rn o se m e ­ jan te c o m b in a c ió n de la d iv e rsid a d , sin o q u e la produce afectándo­ lo. C ó m o se d istin g a el yo q u e p ie n sa 1 del yo q u e se in tu y e a sí m ism o (ya q u e p u e d o re p re se n ta rm e o tr o tip o de in tu ic ió n , al m en o s co m o p o sib le) sien d o , n o o b sta n te , id é n tic o al s e g u n ­ d o , p o r tra ta rse del m ism o su je to ; es d ecir, c ó m o p u e d a yo afirm a r: «yo, c o m o in telig en cia y su je to pensante, m e c o n o z c o a m í m ism o c o m o o b je to pensado en la m ed id a en q u e m e soy d a d o a m í m ism o c o m o a lg o a p a rte de lo d a d o e n la in tu ició n , si b ien , al igual q u e o c u rre c o n o tro s F e n ó m e n o s, no c o m o yo soy fre n te al e n te n d im ie n to , sin o c o m o m e m a n i­ fiesto » ; to d a s éstas so n c u e stio n e s q u e ta m p o c o o fre c e n ya ni m ay o r ni m e n o r d ific u lta d q u e la sig u ie n te : ¿có m o p u e d o ser yo o b je to p a ra m í m ism o , o b je to d e la in tu ic ió n y de B 156 las p e rcep cio n es in te rn a s? Si se da al esp acio el v a lo r de una sim ple fo rm a p u ra d e los fe n ó m e n o s e x te rn o s, p u e d e m o stra rse co n claridad q u e ello ha de ser e fe c tiv a m e n te así p a rtie n d o del h ech o de q u e só lo p o d e m o s re p re se n ta rn o s el tie m p o (que n o es un o b je to de in tu ic ió n e x te rn a ) c o n la im ag en de u n a línea q u e tra z a m o s. S in esta ú ltim a fo rm a de m o s tra r, n o seríam o s capaces de c o n o c e r la u n ic id a d de su d im en sió n . P o d ría m o s m o s tra rlo ig u a lm e n te p a rtie n d o del h ech o de q u e en to d a s las p e rc e p c io n e s in tern as n os v em o s o b lig a d o s a to m a r la d e te rm in a c ió n d e la lo n g itu d o d el p u n to te m p o rales de los elem e n to s m u d a b le s q u e las cosas ex tern as nos p resen tan . P o r co n sig u ie n te , las d e te rm in a c io n e s del se n ti­ d o in te rn o te n e m o s q u e d isp o n e rla s en el tie m p o p re c isa m e n te del m ism o m o d o se g ú n el cual d is p o n e m o s e n el espacio las de los sen tid o s ex te rn o s. Si a d m itim o s , p u e s, co n re sp e c to a éstos, q u e só lo c o n o c e m o s o b je to s a tra v é s de ellos en la m ed id a en q u e som o s e x te rn a m e n te afectad o s, d e b e m o s afirm a r ig u alm en te, co n re sp e c to al se n tid o in te rn o , q u e nos in tu im o s a n o so tro s m ism o s a tra v é s d e él só lo se g ú n so m o s afectad o s por nosotros mismos. E s d e c ir, p o r lo q u e a la in tu ic ió n in tern a se refiere, só lo c o n o c e m o s n u e stro p ro p io su jeto en c u a n to fen ó m e n o , n o se g ú n lo q u e él es en sí m is m o k.1

1 Leyendo, con Vaihinger, das leb, das denkt, en lugar de das ¡ch. der icb detlke (N. del T.) k N o veo cómo pueden hallarse tantas dificultades en el hecho de sostener que el sentido interno sea afectado por nosotros mismos. T odo acto B 157 de atención puede sum inistrar un ejemplo de ello. En la atención, el entendim iento —)

170 B 157

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA §25

E n la síntesis tra sc e n d e n ta l de lo d iv e rso de las re p re se n ­ taciones en g en eral y, p o r ta n to , e n la o rig in a ria u n id a d sin tética de ap ercep ció n , te n g o , e n c a m b io , c o n cie n cia, n o d e c ó m o m e m an ifiesto ni d e c ó m o so y en m í m ism o , sin o sim p le m e n te de q u e soy. T al representación es u n pensamiento, n o u n a intuición. A h o ra bien, a p arte del ac to d el p e n sa m ie n to q u e u n ifica la varied ad d e cada in tu ic ió n p o sib le , h ace falta, p ara conocernos a n o so tro s m ism o s, una d e te rm in a d a clase de in tu ic ió n a trav és de la cual se da dicha v aried ad . E sta es la ra z ó n de q u e m i p ro p ia existencia n o sea u n fe n ó m e n o (y m u c h o m en o s, u n a m era ilusión). N o o b sta n te , la d e te rm in a c ió n de m i ex isten B 158 c ia k só lo p u ed e p ro d u c irse de a c u e rd o c o n la fo rm a d e l se n tid o in te rn o , se g ú n el m o d o p e c u lia r e n q u e la v a rie d a d q u e c o m b in o m e sea dada en la in tu ic ió n in te rn a . S e g ú n esto , n o me conozco tal como soy, sin o só lo c o m o m e m an ifie sto a m í m ism o . P o r co n sig u ie n te , la concien cia de sí m ism o d ista m u c h o d e ser c o n o c im ie n to d e sí m ism o , a p e sa r d e to d a s las c ate g o rías q u e c o n stitu y e n el p e n sa r de u n objeto en general m e d ia n te la c o m b in a c ió n de lo d iv e rso en u n a ap e rc e p c ió n . A l igual q u e p a ra c o n o c e r u n o b je to d is tin to de m í m e hace falta, adem ás del p e n sa m ie n to de u n o b je to e n gen eral (en la c a te ­ g o ría ), una in tu ic ió n co n la q u e d e te rm in a r ese c o n c e p to g e ­ neral, de la m ism a fo rm a n ec e sito p ara c o n o c e rm e a mí m ism o , ad em ás de m i co n cie n cia o ad em á s de p e n sa rm e a m í m ism o, una in tu ic ió n de lo d iv e rso en m í c o n la cual d e te r-

—y determina siempre el sentido interno» de acuerdo con la com binación que piensa, en orden a la intuición interna que corresponde a la variedad en la síntesis del entendim iento. Cada cual puede observar en sí mismo con cuanta frecuencia el psiquism o es afectado de este m odo (Nota de Kant) k El «Yo pienso» expresa el acto de determ inar mi existencia. Por consi­ guiente, la existencia está ya dada a través de él. Pero el modo según el cual debo determ inarla, es decir, poner en mí la variedad que a ella pertenece, no se halla todavía determinado a través de ese acto. Para eso se requiere una autoíntuición, la cual se basa en una forma dada a priori, esto es, el tiem po, que es sensible y pertenece a la receptividad de lo determinable. B 158 Como no poseo otra autointuición que me suministre lo determinante (de cuya espontaneidad sólo tengo conciencia) antes del acto de determinar, a la manera como el tiem po suministra lo determinable, no puedo determ inar mi existencia com o existencia de un ser activo p o r sí m ismo, sino que simplemente me repre­ sento la espontaneidad de mi pensar, es decir, del determinar. Mi existencia si­ gue siendo siempre meramente sensible, esto es, determinable, en cuanto exis- —>•

DEDUCCION TRASCENDENTAL (B)

171

m inar tal p e n sa m ie n to . E x isto c o m o in telig en cia q u e es c o n s ­ ciente só lo de su fa c u lta d de c o m b in a c ió n , p e ro so m e tid a , e n B 159 lo re la tiv o a la v aried ad q u e ha d e c o m b in a r, a u n a c o n d ic ió n restrictiv a llam ada se n tid o in te rn o . La re s tric c ió n co n siste en q u e la in telig en cia só lo p u e d e h ac e r in tu ib le 1 esa c o m b in a c ió n de a c u e rd o c o n relacio n es te m p o ra le s q u e se h allan c o m p le ta ­ m en te fu era de los co n c e p to s del e n te n d im ie n to 2 p ro p ia m e n te dich o s y en q u e, c o n sig u ie n te m e n te , só lo p u e d e c o n o c e rse a sí m ism a tal c o m o se m anifiesta c o n re sp e c to a u n a in tu ic ió n (que no p u e d e ser in telectu al ni v en ir d ada p o r el e n te n d im ie n to ), n o tal c o m o se co n o cería si su intuición fu e ra in telectu al.

§26

Deducción trascendental del uso empírico umversalmente posible de los conceptos puros del entendimiento E n la deducción metafísica p u sim o s de m a n ifie sto el o rig e n a priori de las categ o ría s m e d ia n te su to ta l c o n c o rd a n c ia co n las fu n cio n es ló g icas u n iv ersale s d el p e n sa m ie n to . E n la deduc­ ción trascendental se m o s tró , en c a m b io , la p o sib ilid a d d e las ca te g o ría s c o m o c o n o c im ie n to s a priori de los o b je to s d e la in tu ic ió n (cf. § § 20 y 21). A h o ra d e b e m o s ex p licar la p o sib ili­ d a d de c o n o c e r a priori, m e d ia n te categorías, c u a n to s o b je to s puedan presentarse a nuestros sentidos, y ello n o se g ú n la fo rm a de su in tu ic ió n , sin o de a c u e rd o c o n las leyes de su c o m b in a ­ ción. T e n e m o s q u e ex p licar, p u e s, si p o d e m o s im p o n e r la ley a la n a tu raleza, p o r así d e c irlo , e in clu so h ac e r ésta p o sib le. B 16D E n efecto , si p re sc in d ié ra m o s de la a p licab ilid ad de las c a te g o ­ rías, n o se vería p o r q u é to d o lo q u e p u e d e p re se n ta rse a n u e stro s se n tid o s tien e q u e so m e te rs e a unas leyes q u e su rg e n a priori del e n te n d im ie n to ta n só lo . A d v e rtiré , en p rim e r lu g a r, q u e p o r síntesis de aprehensión e n tie n d o aq u el enlace de la v a rie d a d de u n a in tu ic ió n e m p írica m ed ian te el cual se hace p o sib le la p e rc e p c ió n , e sto es, la tencia de un fenómeno. Sin em bargo, es esa espontaneidad la que hace que me denom ine inteligencia (N ota de Kant) 1 Leyendo anschaulich machen, en lugar de anschaulich machen (N, del T.) 2 Leyendo, con Valentiner, aujserhaib der, en vez de aufierhalh den (N,

del T.)

172

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

conciencia em p írica de esa m ism a in tu ic ió n (co m o fe n ó m e n o ). E n las re p resen ta c io n e s d e esp acio y tie m p o te n e m o s form as a priori d e la in tu ic ió n sen sib le , ta n to e x te rn a co m o in tern a, y a ellas d eb e c o n fo rm a rs e sie m p re la sín tesis d e a p re ­ h e n sió n de la d iv e rsid a d del fe n ó m e n o , ya q u e d ich a síntesis só lo p u e d e te n e r lu g a r de a c u e rd o c o n ta l fo rm a . A h o ra bien , espacio y tie m p o se re p re se n ta n a priori, n o sim p le m e n te co m o form as de la in tu ic ió n sen sib le, sin o d ire c ta m e n te c o m o intuicio­ nes q u e c o n tie n e n u n a v arie d a d y, c o n sig u ie n te m e n te , c o n la d e te rm in a c ió n de la unidad d e tal v a ried ad (cf. estética tra sc e n B 161 d e n ta l)k. P o r lo ta n to , la m ism a unidad de la síntesis de lo v ario , d e n tro o fu era d e n o so tro s, y, e n co n secu en cia, ta m b ié n un a combinación a la q u e d e b e c o n fo rm a rs e c u a n to te n g a m o s q u e re p re se n ta r c o m o d e te rm in a d o e n el esp acio o en el tie m p o , están sim u ltá n e a m e n te d ad as a priori — c o m o c o n d ic ió n de la síntesis de to d a aprehensión— con esas in tu ic io n e s, n o en ellas. P e ro esta u n id ad sin té tic a n o p u e d e ser o tra q u e la co m b in a c ió n , en una c o n cie n cia o rig in a ria , de lo v ario de una intuición d ad a en general, c o n fo rm e a las cate g o ría s y ap licad a só lo a la intuición sensible. C o n sig u ie n te m e n te , to d a síntesis, q u e hace p o sib le la m ism a p e rc e p c ió n , se halla su jeta a las categ o rías. A d em ás, te n ie n d o e n c u e n ta q u e la ex p erien cia es un c o n o c im ie n to o b te n id o p o r m e d io de p e rc e p c io n e s e n laz a­ das, las cate g o rías so n c o n d ic io n e s d e p o sib ilid a d d e la e x p e rie n ­ cia y, p o r ello m ism o , p o se e n ig u a lm e n te validez a priori re sp e c ­ to d e to d o s los o b je to s de ex p erien cia.

B 162

Si c o n v ie rto , p o r e je m p lo , la in tu ic ió n em p írica de una

k El espacio, representado com o objeto (tal como !o requiere efectivamen­ te la geometría), contiene algo más que la mera forma de la intuición: es una fusión, dentro de una representación intuitiva, de la variedad dada según la forma de la sensibilidad. De modo que la forma ele la intuición sólo suministra variedad a la representación, mientras que la intuición formal le proporciona la unidad. Con el fin de hacer notar que esta unidad precede a cualquier B 161 concepto, sólo la había atribuido, en la estética, a la sensibilidad, pero, de hecho, presupone una síntesis que, sin pertenecer a los sentidos, es la que hace posibles todos los conceptos de espacio y tiempo. En efecto, es a través de ella (dado que el entendim iento determina la sensibilidad) com o se dan el espacio o el tiem po en cuanto intuiciones. Por eso pertenece la unidad de esa intuición a priori al espacio y al tiem po, no al concepto del entendimiento (cf. ^24) (Nota de Kant)

DEDUCCION TRASCENDENTAL (B)

173

casa en u n a p e rc e p c ió n , m e d ia n te la a p re h e n s ió n 1 d e la v a rie ­ d ad q u e c o n tie n e , m e b aso e n la necesaria unidad d e l esp acio y de la in tu ic ió n sen sib le e x te rn a en g en e ra l. D ib u jo , p o r así d e c irlo , la fig u ra d e la casa d e a c u e rd o c o n esa u n id a d sin tética d e lo d iv e rso en el esp acio . Si h a g o a b stra c c ió n de la fo rm a del esp acio , esa m ism a u n id a d sin té tic a se asie n ta en el e n te n d im ie n to , y es la c a te g o ría d e la sín tesis d e lo h o m o g é n e o e n la in tu ic ió n en g e n e ra l, es d e c ir, la c a te g o ría d e la magnitud, a la q u e , p o r ta n to , ha d e c o n fo rm a rs e e n te r a ­ m e n te aquella sín tesis d e a p re h e n s ió n , es d e c ir, la p e rc e p c ió n k. O tro e je m p lo : c u a n d o p e rc ib o la c o n g e la c ió n d el a g u a , so n d o s e sta d o s los q u e a p re h e n d o c o m o tales, el líq u id o y el só lid o , y los d o s en u n a m u tu a re la c ió n te m p o ra l. Sin e m b a rg o , e n el tie m p o q u e p o n g o en la b ase del fe n ó m e n o B 163 c o m o intuición in te rn a , m e re p re s e n to n e c e sa ria m e n te u n a unidad sin tética d e lo d iv e rso sin la c u a l h a b ría sid o im p o sib le q u e se d iera d ic h a re la c ió n c o m o determinada (en lo re fe re n te a la su cesió n te m p o ra l) en u n a in tu ic ió n . A h o ra b ie n , si h a g o a b stra c c ió n de la fo rm a c o n s ta n te d e m i in tu ic ió n in te rn a , es d ecir, del tie m p o , esa u n id a d sin té tic a c o n stitu y e , en c u a n to c o n d ic ió n a p rio ri b ajo la cu al c o m b in o la v a rie d a d d e u n a intuición, la c a te g o ría de causa. Al ap lic a rla a m i se n sib ilid a d , determino, a tra v é s d e esta c a te g o ría , todo cuanto sucede en el tiempo de acuerdo con su relación. A sí, p u e s, la a p re h e n s ió n se halla en se m ejan te su ceso (al ig u a l, p o r ta n to , q u e el su ceso m ism o , si se tie n e en c u e n ta la p e rc e p c ió n p o sib le ) b a jo el c o n c e p to de relación causas-efectos, y así en to d o s los d em ás casos.

L as ca te g o ría s so n c o n c e p to s q u e im p o n e n leyes a prio ri a los fe n ó m e n o s y, c o n s ig u ie n te m e n te , a la n a tu ra le z a c o m o c o n ju n to d e to d o s los fe n ó m e n o s (natura materialiter spectata). L a c u e stió n resid e a h o ra , te n ie n d o en c u e n ta q u e tales leyes n o d e riv a n de la n atu ra le z a ni se rig e n p o r ella c o m o m o d e lo 1 Cuarta edición o riginal: «apercepción» (N. del T.) k D e esta form a queda probado que la síntesis de aprehensión, que es empírica, ha de conform arse necesariamente a la síntesis de apercepción, que es intelectual y que está contenida por entero a priori en la categoría. Es exactamente la misma espontaneidad la que, allí con el nom bre de imaginación y aquí con el de entendim iento, introduce la conexión de la variedad de la intuición (N ota de Kant)

174

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

su y o (si fu era así, serían sim p les leyes e m p íric a s), en c ó m o d e b e m o s e n te n d e r el h e c h o d e q u e la n a tu ra le z a sí tie n e q u e reg irse p o r ellas, es d e c ir, en c ó m o p u e d e n esas leyes d e te rm in a r a priori la c o m b in a c ió n d e lo d iv e rso d e la n a tu ra le z a sin d e riv a r de ésta tal c o m b in a c ió n . H e a q u í la so lu c ió n del e n ig m a . B 164

N o es m ás e x tra ñ o el h e c h o de q u e las leyes d e los fe n ó m e n o s en la n atu ra le z a te n g a n q u e c o n c o rd a r c o n el e n te n ­ d im ie n to y c o n su fo rm a a priori, es d e c ir, c o n su c a p acid ad d e ligar lo d iv e rso en g e n e ra l, q u e el h e c h o de q u e los fe n ó m e ­ n o s m ism o s d e b a n c o n c o rd a r c o n la fo rm a d e la in tu ic ió n sen sib le a priori. E n efecto , las leyes n o se h a lla n en los fe n ó m e ­ n o s, sin o q u e ex isten só lo en re la c ió n c o n el su je to en el q u e los fe n ó m e n o s in h ie re n (en la m e d id a en q u e tal su je to p o se a e n te n d im ie n to ), al ig u al q u e los fe n ó m e n o s n o tie n e n existencia en sí, sin o só lo en re la c ió n c o n el m ism o ser (en la m ed id a en q u e p o sea se n tid o s). Las cosas en sí m ism as se c o n fo rm a ría n n e c e sa ria m e n te c o n sus leyes c o n in d e p e n d e n ­ cia de q u e u n e n te n d im ie n to c o n o c ie ra tal c o n fo rm id a d . P e ro los fe n ó m e n o s so n sim p les re p re se n ta c io n e s d e cosas q u e nos so n d e sc o n o c id a s, p o r lo q u e re sp e c ta a lo q u e ellas sean en sí. E n c u a n to m eras re p re se n ta c io n e s, n o se h allan su je to s a o tra ley d e c o n e x ió n q u e a la im p u e sta p o r n u e stra c a p acid ad c o n e c to ra . A h o ra b ie n , lo q u e c o n e c ta lo d iv e rso d e la in tu ic ió n sen sib le es la im a g in a c ió n , la cual d e p e n d e del e n te n d im ie n to en lo q u e se refiere a la u n id a d d e su sín tesis in te le c tu a l, m ie n tra s q u e d e p e n d e de la se n sib ilid a d en lo q u e se refiere a la d iv e rsid a d d e la a p re h e n sió n . T e n ie n d o e n c u e n ta q u e to d a p e rc e p c ió n p o sib le d e p e n d e d e la sín tesis de a p re h e n s ió n y q u e esta m ism a sín tesis e m p íric a d e p e n d e , p o r su p a rte , de la síntesis tra sc e n d e n ta l — y, c o n sig u ie n te m e n te , d e las c a te ­ g o ría s— , d e b e n so m e te rse a las c a te g o ría s to d a s las p e rc e p c io ­ nes p o sib le s y, p o r ta n to , to d o lo q u e p u e d a lleg ar a n u e stra B 165 co n cie n cia em p írica. E n o tra s p a la b ra s, to d o s los fe n ó m e n o s de la n atu ra le z a tie n e n q u e so m e te rse , en lo q u e a su c o m b in a ­ c ió n se refiere, a las c ate g o ría s, d e las cu ales, c o m o fu n d a m e n to o rig in a rio d e la n ecesaria leg a lid a d 1 d e la n a tu ra le z a (en c u a n to natura form aliter spectata), d e p e n d e ésta (c o n sid e ra d a sim p le m e n ­ te en c u a n to n a tu ra le z a en g en eral). Sin e m b a rg o , la c ap acid ad del e n te n d im ie n to p u ro n o es ta m p o c o su fic ie n te p a ra im p o n e r

1 Geset^mafiigkeit

DEDUCCION TRASCENDENTAL (B)

175

a priori a los fenóm enos, por m edio de sim ples categorías, otras leyes que aquellas en que se basa la naturaleza en general

com o legalidad de los fenóm enos en espacio y tiem po. D esde el m o m ento en que se refieren a fenóm enos em píricam ente determ inados, las leyes particulares no p ueden derivarse totalmente de las categorías, si bien todas aquéllas se hallan sujetas a éstas. E s necesario que intervenga, adem ás, la experiencia para conocer las leyes particulares. A hora bien, sólo las m encionadas leyes a priori nos enseñan qué es la experiencia en general y qué es lo que podem os conocer com o objeto de la misma.

§27

Resultado de esta deducción de los conceptos del entendimiento N o podem os pensar u n objeto sino m ediante categorías ni podem os conocer nin g ú n objeto pensado sino a través de intuiciones que correspondan a esos conceptos. Igualm ente, todas nuestras intuiciones son sensibles y este conocim iento, en la m edida en que su objeto es dad o , es em pírico. A hora bien, el conocim iento em pírico es la experiencia. N o podemos, pues, tener conocimiento a p rio ri sino de objetos de experiencia posible11. B 166

A u nque tal conocim iento está lim itado a la experiencia, no procede totalm ente de ésta, sino que tan to las intuiciones puras com o los conceptos puro s del entendim iento son elem en­ tos cognoscitivos que se hallan a p rio ri en nosotros. A h o ra bien, dos son los m odos según los cuales podem os pensar una necesaria concordancia de la experiencia con los conceptos de sus objetos: o bien es la experiencia la que hace posibles

k Con el fin de evitar que el lector choque demasiado de prisa con las inquietantes y perniciosas consecuencias de esta proposición, me lim itaré a recordar que las categorías no se hallan limitadas, en el pensar, p o r las condiciones de nuestra intuición sensible, sino que poseen un campo ilimitado. Es sólo el conocimiento de lo que pensam os, la determ inación del objeto, lo que requiere una intuición. A unque falte ésta, el pensam iento del objeto puede seguir teniendo sus consecuencias verdaderas y provechosas sobre el uso de la rayón por parte del sujeto. Pero este uso no podem os analizarlo ahora, ya que no siempre se refiere a la determ inación del objeto ni, consiguientemente, al conocim iento, sino que se refiere tam bién a la determ inación del sujeto y a la del querer de éste (N ota de Kant)

176

B 167

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

estos conceptos, o bien son estos conceptos los que hacen posible la experiencia. Lo p rim ero no ocurre, por lo que hace a las categorías (ni por lo que hace a la intuición pura sensible), ya que ellas son conceptos a priori y, p o r ello m ism o, independientes de la experiencia (sostener que tienen un origen em pírico sería una especie d e. generatio aequivoca). C onsiguiente­ m ente, nos queda sólo la otra alternativa (un sistema, p or así decirlo, de epigénesis de la razón pura), a saber, que las categorías contengan, desde el entendim iento, las bases que posibiliten toda la experiencia en general. D e qué manera hacen posible la experiencia y q ué principios de posibilidad de la misma sum inistran al ser aplicadas a los fenóm enos, lo verem os p o r extenso en el capítulo siguiente acerca del uso trascendental del Juicio.

Es posible que alguien p ro p u g n ara una tercera vía entre las dos únicas alternativas citadas, a saber: las categorías no son ni prim eros principios a priori, espontáneamente pensados *, de nuestro conocim iento, ni están extraídas de la experiencia, sino que son disposiciones subjetivas para pensar, puestas en nosotros desde el com ienzo de nuestra existencia; estas d isposi­ ciones habrían sido organizadas de tal suerte p o r nuestro crea­ d o r, que su uso estaría en perfecta concordancia con las leyes de la naturaleza, leyes según las cuales se desarrollaría nuestra experiencia (especie de sistema de preformación de la razón pura). B 168 Pero la objeción decisiva a esta vía media (aparte de que no se ve en la hipótesis hasta qué lím ite puede extenderse el supuesto de disposiciones predeterm inadas en relación con juicios futuros) consistiría en que las categorías carecerían entonces de necesidad, propiedad que form a parte esencial de su concepto. El concepto de causa, p o r ejem plo, que expresa la necesidad de que algo se produzca, una vez supuesta una co n ­ dición, sería falso si se basara sim plem ente en una arbitraria y subjetiva necesidad — im plantada en nosotros— de enlazar d e­ term inadas representaciones em píricas según tal norm a de rela­ c ió n 12 . N o podría afirm ar entonces que el efecto se halla ligado a la causa en el objeto (es decir, necesariam ente), sino que mi disposición es tal, que no puedo pensar esa representación sino com o enlazada de este m odo. E sto es precisam ente lo que más

1 selbsgedachte. 2 Entiéndase: «de relación causal» (N. del T.)

DEDUCCION TRASCENDENTAL (B)

177

desea el escéptico, ya que entonces to d o nu estro conocim iento a través de la supuesta validez objetiva de nuestros juicios no es más que pura ilusión. T am p o co faltaría quien no adm itiera tal necesidad subjetiva (que ha de ser sentida). L o cierto es que no po d ríam os discutir con nadie sobre algo basado sim plem en­ te en la form a de estar organizado el sujeto.

Breve resumen de esta deducción La deducción consiste en la exposición de los conceptos p uros del entendim iento (y, con éstos, de to d o conocim iento teórico a priori) com o principios de posibilidad de la experien­ cia. E sta se expone com o determinación de los fenóm enos en el espacio y en el tiem po en general. Se expone, p o r fin, esta B 169 últim a determ inación p artien d o del principio de la originaria unidad sintética de apercepción com o form a del entend im ien to en su relación con espacio y tiem po, form as originarias de la sensibilidad.

Sólo hasta aquí m e parece necesaria la división en p á rra ­ fos, dado que hem os estado tratan d o de conceptos elem entales. C om o ahora querem os m ostrar el uso de los m ism os, la exposi­ ción p odrá prescindir de los párrafos y avanzar seg ú n un hilo in interrum pido.

A N A L IT IC A T R A S C E N D E N T A L L

ib r o

seg u n d o

A N A L IT IC A D E LO S P R IN C IP IO S La lógica general está construida sobre un plan que coincide exactam ente con la división de las facultades superiores de conocim iento. Tales facultades son: entendimiento, Juicio y ra^ón. Precisam ente de acuerdo con las funciones y el o rd en A 131 de las facultades psíquicas com prendidas bajo el am plio n o m b re de en tendim iento, la lógica trata, pues, en su analítica, de conceptos, juicios e inferencias. B 170 D ad o que la m encionada lógica es m eram ente form al, hace abstracción de to d o contenido del conocim iento (sea p u ro o em pírico) y se ocupa tan sólo de la form a del pensar (o sea, del conocim iento discursivo). P or ello puede incluir en su p arte analítica el canon de la razón, cuya form a posee una norm a segura, una norm a que puede ser conocida a prio ri con sólo analizar los diversos elem entos de los actos de la razón, sin to m ar en cuenta la peculiar naturaleza del co n o ci­ m iento utilizado en ella. Al lim itarse la lógica trascendental a u n conten id o d eter­ m inado, es decir, al de los conocim ientos puros a p riori, no puede tener la m ism a división que la lógica general. E n efecto, se com prueba que el uso trascendental de la rascón no posee validez objetiva y que, consiguientem ente, no pertenece a la lógica de la verdad, es decir, a la analítica, sino que, com o ló­ gica de la ilusión, requiere una parte especial del edificio escolás­ tico bajo el n o m b re de dialéctica trascendental. E l entendim iento y el Juicio tienen, pues, el canon de su uso objetivam ente válido — y, consiguientem ente, verda-

ANALITICA DE LOS PRINCIPIOS

179

dero — en la lógica trascendental y pertenecen, p o r tan to , a su parte analítica. Pero la rascón es com pletam ente dialéctica en sus intentos encam inados a establecer algo a p rio ri acerca de algunos objetos y a extender el conocim iento más allá de los lím ites de la experiencia posible. Sus afirm aciones iluso­ rias no se acom odan en absoluto a un canon com o el que debe contener la analítica. La analítica de los principios no será, pues, más que un canon del Juicio, un canon que le enseña a aplicar a los fenóm enos aquellos conceptos del entendim iento que co n ­ tienen a priori las condiciones relativas a las reglas. P or ello, al ad o p tar com o tem a los principios del entendimiento propiam ente dichos, utilizaré la denom inación de doctrina del Juicio, con lo cual queda especificada la tarea con m ayor exactitud.

In

j ^j ’-j

t r o d u c c ió n

E L JU IC IO T R A S C E N D E N T A L E N G E N E R A L Si definim os el entendim iento en general com o la facul­ tad de las reglas, entonces el Juicio consiste en la capacidad de subsumir bajo reglas, es decir, de d istinguir si algo cae o no bajo una regla dada (casus datae legis). La lógica general no incluye absolutam ente ninguna norm a destinada al Juicio, ni puede incluirla. E n efecto, al hacer abstracción de todo contenido del conocimiento, no le queda sino la tarea de exponer analítica- A 133 m ente la m era form a del m ism o en conceptos, juicios e inferen- B 172 cias, estableciendo así las reglas form ales de to d o uso del entendim iento. Sólo m ediante una nueva regla podría esa lógica señalar, en térm inos generales, cóm o subsum ir bajo tales reglas, es decir, cóm o distinguir si algo cae o no bajo ellas. A hora bien, esa nueva regla exigiría a su vez, precisam ente p o r ser regla, una educación del Juicio. Q ueda así claro que, si bien el en tendim iento puede ser enseñado y equipado con reglas, el Juicio es un talento peculiar que sólo puede ser ejercitado, no enseñado. P or ello constituye el factor específico del llam ado ingenio natural, cuya carencia no puede ser suplida p o r ed u ca­ ción alguna. E n efecto, ésta p uede ofrecer a un entendim iento co rto reglas a m ontones e inoculárselas, por así decirlo, to m á n ­ dolas de o tra inteligencia, pero la capacidad para em plearlas correctam ente tiene que hallarse en el aprendiz m ism o. N inguna

180

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

de las reglas que se im pongan a éste con tal p ro p ó sito se halla exenta del riesgo de ser usada inadecuadam ente, si falta B 1L3 dicha disposición n a t u r a l E l l o explica el que un m édico, un juez o un conocedor de los asuntos del estado puedan tener en la cabeza m uchas y m uy herm osas reglas sobre p a to lo ­ gía, derecho o política, hasta el p u n to de pod er ser perfectos m aestros en sus respectivas m aterias, y el que, sin em bargo, tropiecen fácilm ente al aplicarlas; bien sea p o rque les falta Juicio natural (aunque no entendim iento) y no saben d istinguir, a pesar de com prender lo universal en abstracto, si un caso concreto cae bajo tales reglas; bien sea p orque no se les ha adiestrado suficientem ente para este Juicio con ejem plos y prácticas efectivas. Este es, p o r otra parte, el único servicio im portante que prestan los ejem plos, el de aguzar el Juicio. E n efecto, los ejem plos suelen tener, en lo que a la corrección y precisión de la com prensión intelectual se refiere, efectos más bien negativos, ya que m uy pocas veces cum plen adecuada­ m ente los requisitos de la regla (com o casus in terminis). Adem ás, suelen reducir el esfuerzo del entendim iento p o r com prender las reglas en su universalidad, atendiendo a su propia suficiencia e independientem ente de las especiales circunstancias em píricas. P or ello nos acostum bran a aplicar las reglas com o fórm ulas, más que com o principios. Así, pues, los ejem plos son com o B 174 las andaderas del Juicio, las andaderas de las que nunca puede. prescindir quien carece del talento natural del Juicio. A 135 A hora bien, aunque la lógica general no puede im poner norm as al Juicio, no ocurre lo m ism o con la lógica trascendental, hasta el p u n to de que parece que la últim a tiene com o labor propia el corregir y asegurar el Juicio en el uso del entendim ien­ to p u ro m ediante reglas determ inadas. E n efecto, com o p rete n ­ sión de am pliar el cam po de los conocim ientos puro s a priori del entendim iento y, consiguientem ente, com o doctrina, la filosofía no parece necesaria en absoluto. Al contrario , parece inadecuada en tal sentido, ya que, después de todas las tentativas habidas hasta ahora, poco o nada se ha avanzado. Se acude, A 134

k La falta de esta capacidad es, de hecho, lo que llamamos necedad y tal defecto no tiene remedio. Una cabeza obtusa o limitada, a la que no falta sino el correspondiente grado de entendim iento y los conceptos propios de éste, puede muy bien llegar, a base de estudio, hasta la misma erudición, Pero teniendo en cuenta que también en tales casos sude faltar el Juicio B 173 {secunda Petri), no es raro encontrar hom bres muv cultos que, al hacer uso de su especialidad científica, dejan traslucir ese incorregible defecto (Nota de Kant)

181

ANALITICA DE LOS PRINCIPIOS

más bien, a la filosofía con to d a su penetración y su arte analítico com o crítica tendente a evitar los pasos en falso del Juicio (lapsusjudicií) al utilizar los escasos conceptos intelec­ tuales que poseem os (por más que éste sea un servicio p u ram e n ­ te negativo). La filosofía trascendental tiene la peculiaridad de p o d er señalar a priori, adem ás de la regla (o más bien, de la condición universal de las reglas) dada en el concepto p u ro del en ten d i­ m iento, el caso al que debem os aplicarla. El m o tiv o de su B 175 ventaja, en este sentido, respecto de todas las dem ás ciencias educativas (con excepción de las m atem áticas) reside precisa­ m ente en que trata de conceptos que han de referirse a prio ri a sus objetos y cuya validez objetiva no puede, p o r tan to , ser m ostrada a posteriori. E n efecto, ello significaría olv id ar 1 A 136 su dignidad. La filosofía trascendental debe, más bien, exponer, a la vez (utilizando características generales, pero suficientes), las condiciones bajo las cuales pueden darse objetos co n c o rd an ­ tes con tales conceptos. D e lo co n trario , éstos carecerían de to d o contenido y, consiguientem ente, serían m eras form as ló g i­ cas, no conceptos puros del entendim iento. E sta do ctrin a trascendental del Juicio incluirá dos capí­ tu lo s: el primero trata de las condiciones sensibles que hacen posible el uso de conceptos puros del entendim iento , es decir, del esquem atism o del entendim iento p u ro ; el segundo trata de los juicios sintéticos que, bajo tales condiciones, su rg en a priori de los conceptos puro s del entendim iento y qu e sirven de base a to d o s los dem ás conocim ientos a p rio ri , es decir, de los principios del entendim iento puro.

1 Leyendo, de acuerdo con V ahinger, (N. del T.)

u n b e r iic k s tc h tig t,

en vez de

u n b e rü h rt.

a s a s 2 S 2 £ 2 £ S £ *.

A 137 B 176

1

D O C T R IN A T R A S C E N D E N T A L D E L JU ICICU (O A N A L IT IC A D E L O S P R IN C IP IO S ) C

a p ít u l o

I

E L E S Q U E M A T IS M O D E LO S C O N C E P T O S P U R O S D E L E N T E N D IM IE N T O E n todas las subsunciones de un objeto bajo un concepto la representación de tal ob jeto tiene que ser homogénea con el concepto, es decir, éste tiene que incluir lo representado en el objeto que haya de subsum ir, ya que esto es precisam ente lo que significa la expresión: «un objeto está co n ten id o en un conceptos. Así, el concepto em pírico de un plato guarda hom ogeneidad con el concepto p uram ente geom étrico de círcu­ lo, ya que la redondez pensada en el prim ero puede intuirse en el segundo 12 . C om parados con las intuiciones em píricas (o incluso con todas las sensibles), los conceptos puro s del entendim iento son totalm ente heterogéneos y jamás pueden hallarse en in tu i­ ción alguna. ¿C óm o podem os, pues, subsumir ésta bajo tales conceptos y, consiguientem ente, aplicar la categoría a los fenóB 177 m enos, ya que a nadie se le ocurrirá decir que una categoría, A 138 la causalidad, p o r ejem plo, pueda ser intuida po r los sentidos ni hallarse contenida en el fenóm eno? E n realidad, es esta natural e im p o rtan te p reg u n ta la que hace necesaria una d o c tri­ na trascendental del Juicio, una doctrina que m anifieste la posibilidad de aplicar a los fenóm enos en general los conceptos puros del entendimiento. N o hace falta una especial explicación 1 Urteihkraft 2 Según Vaihinger, debería leerse: «ya que la redondez pensada en éste, puede intuirse en el primero» (N. del T .)

ESQUEMATISMO

183

sobre la aplicación de los 1 conceptos p u ro s del enten d im ien to al o b jeto en ninguna de las otras ciencias en las que los conceptos m ediante los cuales se piensa el objeto en su generali­ dad no sean tan distintos ni heterogéneos respecto de aquellos que representan ese objeto en concreto, tal com o es dado. Q ueda clara la necesidad de un tercer térm in o que sea ho m ogéneo con la categoría, p o r una parte, y co n el fenóm eno, p o r otra, un térm in o que haga posible aplicar la prim era al segundo. E sta reptesentación m ediadora tiene que ser p ura (libre de to d o elem ento em pírico) y, a pesar de ello, debe ser intelectual, p o r u n lado, y sensible, p o r o tro . T al rep re­ sentación es el esquema trascendental. E l concepto del entendim iento contiene la unidad sin té­ tica p u ra de lo diverso en general. E l tiem po, com o condición form al de tal diversidad del sentido interno y, consiguien tem en ­ te, de la conexión de todas las representaciones, contiene una diversidad a priori en la intuición pura. A hora bien, una d eter­ m inación trascendental del tiem po guarda hom ogeneidad con la categoría (que constituye la unidad de esa determ inación) en la m edida en que es universal y en que está basada en una regla a priori. Y es igualm ente hom ogénea con el fenómeno en la m edida en que el tiem po se halla contenido en to d a B 178 representación em pírica de la diversidad. Será, pues, posible A 139 aplicar la categoría a los fenóm enos p o r m edio de la determ in a­ ción trascendental del tiem po cuando tal aplicación perm ita, com o esquem a de los conceptos del entendim iento, subsumir los fenóm enos bajo la categoría. E sp ero que, tras lo m ostrado en la deducción de las categorías, nadie tenga dudas a la hora de contestar la p reg u n ta de si estos conceptos puro s del entendim iento son de uso m eram ente em pírico o tam bién de uso trascendental; en otras palabras: si tales conceptos, en cuanto condiciones de una experiencia posible, se refieren a p rio ri sólo a fenóm enos, o bien si, en cuanto condiciones de la posibilidad de las cosas en general, p u eden extenderse a objetos en sí m ism os (sin lim itarse en ab soluto a nuestra sensibilidad). E n efecto, hem os visto en dicha deducción que los conceptos no son posibles en ab soluto, ni pueden tener significación alguna, si no les es d ado un ob jeto a ellos directam ente o, al m enos, a los 1 Leyendo, con V orlánder, der, en lugar de des (N. del T.)

184

B 179 A 140

B 180

A 141

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

elem entos de que constan. E n consecuencia, no p ueden referirse a cosas en sí (independientem ente de si nos son dadas y de cóm o lo sean). H em os visto, adem ás, que el único m o d o según el cual p u ed en dársenos objetos es la m odificación de nuestra sensibilidad. H em os visto, p o r fin, que los conceptos p u ro s a priori deb en contener a priori, aparte de la fu nción realizada p o r el entendim iento en la categoría, condiciones form ales de la sensibilidad (sobre to d o , del sentido interno) que incluyan la condición universal sin la cual no podem os aplicar la categoría a nin g ú n objeto. L lam arem os a esa co n d i­ ción form al y p u ra de la sensibilidad, a la que se halla restrin g i­ d o el uso de los conceptos del entendim iento, esquema de esos conceptos y denom inarem os esquematismo del en ten d im ien ­ to p u ro al proced im ien to seguido p o r el entendim ien to con tales esquem as. E n sí m ism o, el esquem a es siem pre un sim ple p ro d u cto de la im aginación. P ero, teniendo en cuenta que la síntesis de la im aginación no tiende a una intuición particular, sino a la unidad en la determ inación de la sensibilidad, hay que d istin guir entre el esquem a y la im agen. A sí, si escribo cinco p u n to s seguidos..... , tengo una im agen del n úm ero cinco. Si, p o r el contrario, pienso sim plem ente un núm ero en general, sea el cinco, sea el cien, tal pensar es u n m étodo para represen­ tar, de acuerdo con cierto concepto, una cantidad (mil, p o r ejem plo) en una im agen, más que esa im agen mism a, que, en este últim o caso, difícilm ente podría yo abarcar y com parar con el concepto. A esta representación de un proced im ien to universal de la im aginación para sum inistrar a un concepto su p ro p ia im agen es a lo que llam o esquem a de este concepto. D e hecho, nuestros conceptos puros sensibles no reposan sobre im ágenes, sino sobre esquem as. N inguna im agen de u n trián g u lo se adecuaría jamás al concepto de trián g u lo en general. E n efecto, la im agen no alcanzaría la universalidad conceptual que hace que el concepto sea válido en relación co n todos los triángulos, sean rectángulos, oblicuángulos, etc., sino que siem pre estaría lim itada a una sola p arte de esa esfera. E l esquem a del trián g u lo no puede existir más que en el pensam iento, y significa una regla dé síntesis de la im aginación respecto de figuras puras en el espacio. U n o b jeto de la experiencia o una im agen suya quedan todavía más lejos de alcanzar el concepto em pírico: éste se refiere siem pre inm ediatam ente al esquem a de la im aginación com o

ESQUEMATISMO

185

a una regla que determ ina nuestra intuición de acuerd o con cierto concepto universal. E l concepto de p erro significa una regla conform e a la cual mi im aginación es capaz de dibujar la figura de un anim al cu adrúpedo en general, sin estar lim itada ni a una figura particular que m e ofrezca la experiencia ni a cualquier posible im agen que pueda representar en concreto. E n relación con los fenóm enos y con la m era form a de éstos, el esquem atism o del entendim iento constituye un arte o cu lto B 181 en lo p ro fu n d o del alma hum ana. E l verdadero funcionam iento de este arte difícilm ente dejará la naturaleza que lo conozcam os y difícilm ente lo p ondrem os al descubierto. Lo único que p odem os decir es lo siguiente: la imagen es un p ro d u cto de la capacidad em pírica de la im aginación p ro d u ctiv a 1 ; el esquema de los conceptos sensibles (com o el de las figuras en el espacio) A 142 es un p ro d u cto y u n m onogram a, p o r así decirlo, de la facultad im aginativa pura a priori. Es m ediante ésta y conform e a ella com o son posibles las im ágenes, pero tales im ágenes sólo deberán ser vinculadas al concepto p o r m edio del esquem a que designan, y, en sí m ism as, no coinciden plenam ente con el concepto. E l esquem a de un concepto del entendim iento p u ro , p o r el contrario, no puede ser llevado a im agen ninguna. Es sim plem ente la síntesis pura, conform e a una regla de unidad conceptual — expresada p o r la categoría— y constituye un p ro d u cto trascendental de la im aginación, p ro d u cto que concierne a la determ inación del sentido interno en general (de acuerdo con las condiciones de la form a de éste, el tiem po) en relación con todas las representaciones, en la m edida en que éstas tienen que hallarse ligadas a priori en un concepto, conform e a la unidad de apercepción. N o nos detenem os ahora en un árido y p rolijo análisis de los requisitos que el esquem a trascendental de los conceptos p u ro s del entendim iento conlleva. Preferim os exponer tales conceptos en conexión con las categorías y según el o rden de éstas. E n relación con el sentido externo, el espacio constituye B la im agen pu ra de todas las m agnitudes (quanta), m ientras que el tiem po lo es de todos los objetos de los sentidos. E l esquema p u ro de la magnitud (quantitas), entendida com o concepto del entendim iento, es, en cam bio, el número, el cual 1 Según Vaihinger, debería leerse «reproductiva», en vez de «productiva» (N. del T.)

182

186

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

constituye una representación que com prende la sucesiva adición de unidades hom ogéneas. El núm ero no es, pues, otra cosa que la unidad de síntesis de lo diverso de una intuición hom ogénea en general, unidad obtenida al p roducir yo el tiem po m ism o en la aprehensión de la intuición. La realidad es, en el concepto p u ro del entendim iento, lo que corresponde a una sensación en general. Es, pues, aquello cuyo concepto en sí m ism o indica un ser (en el tiem po). La negación es aquello cuyo concepto representa un no-ser (en el tiem po). La oposición entre am bos consiste, pues, en su diferencia dentro de un m ism o tiem po, según se trate de tiem po lleno o de tiem po vacío. Pero el tiem po no es sino la form a de la intuición y, consiguientem ente, la form a de los objetos en cuanto fenóm enos. D e ahí que lo que en esos objetos corresponde a la sensación sea 1 la materia trascendental de todos los objetos com o cosas en sí (coseidad, realidad). T oda sensación posee un grado o m agnitud a través de los cuales puede llenar el m ism o tiem po (es decir, el sentido interno con respecto a una misma representación de un objeto) en m ayor o m enor grado, hasta reducirse a nada ( = 0 = negado). B 183 Hay, pues, una relación y una conexión, o más bien un tránsito, de la realidad a la negación que convierten cada realidad en representable com o un quantum. El esquem a de una realidad, com o cantidad de algo, en la m edida en que llena el tiem po, consiste precisam ente en esa continua y uniform e producción de tal realidad en el tiem po, ya que, o bien se desciende desde una sensación que posee cierto grado hasta la desapari­ ción de la misma en el tiem po, o bien se asciende gradualm ente desde su negación hasta una m agnitud de la misma. A 144 El esquem a de la sustancia es la perm anencia de lo real en el tiem po, esto es, la representación de tal realidad com o sustrato de la determ inación em pírica tem poral en g en e­ ral, sustrato que, consiguientem ente, perm anece m ientras cam ­ bia to d o lo dem ás. (N o es el tiem po el que pasa, sino que es la existencia de lo transitorio lo que pasa en él. Al tiem po, que es, por su parte, perm anente y no transitorio, le co rresp o n ­ de, pues, en el fenóm eno lo que posee una existencia no transitoria, es decir, la sustancia. Sólo desde ésta podem os determ inar tem poralm ente la sucesión y la sim ultaneidad de los fenóm enos.) A 143

1 Según Wille, debería leerse: «no sea» (N. del T.)

ESQUEMATISMO

187

El esquem a de la causa y de la causalidad de una cosa en general es la realidad a la que sigue algo distinto, una vez puesta esa realidad, cualquiera que sea. C onsiste, pues, en la sucesión de lo diverso, en la m edida en que tal sucesión se halla som etida a una regla. El esquem a de la com unidad (acción recíproca) o de la causalidad recíproca de la sustancia respecto de sus accidentes es la coexistencia de las determ inaciones de una en relación B 184 con las de las otras conform e a una regla universal. E l esquem a de la posibilidad es la concordancia de la síntesis de distintas representaciones con las condiciones del tiem po en general (por ejem plo, q u e 1 lo opuesto sólo puede existir en una misma cosa de form a sucesiva, no sim ultá­ nea). El esquem a consiste, pues, en determ inar la representación de una cosa en relación con un tiem po. El esquem a de la realidad es la existencia en un tiem po determ inado.

A 145

El esquem a de la necesidad es la existencia de un objeto en to d o tiem po. A p artir de lo dicho, vem os lo que el esquem a de cada categoría contiene y hace representable: el de la m agnitud, la p ro d ucción (síntesis) del tiem po m ism o en la aprehensión sucesiva de un objeto; el de la cualidad, el hecho de llenar el tiem po o la síntesis de la sensación (percepción) con la representación del m ism o; el de la relación, el lazo q u e liga las percepciones entre sí en to d o tiem po (es decir, de acuerdo con una regla de determ inación del tiem po); el de la m odalidad y sus categorías, p o r fin, el tiem po m ism o, en cuanto correlato que determ ina si un objeto pertenece al tiem po y cóm o lo hace. Los esquem as no son, pues, más que determinaciones del tiempo realizadas a priori según unas reglas que, según el orden de las categorías, se refieren a los siguientes aspectos del tiem ­ B 185 p o : serie, contenido, orden y, finalm ente, conjunto, en relación todos ellos con la totalidad de los objetos posibles. E s claro, po r tanto, que el esquem atism o del en ten d i­ m iento, que se desarrolla p o r m edio de la síntesis trascendental de la im aginación, se reduce a la unidad de toda la diversidad de la intuición en el sentido intern o y así, indirectam ente, a la unidad de apercepción que, com o función, corresponde 1 Leyendo, con Paulsen, dajt, en lugar de da (N. del T.)

188

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

al sentido interno (que es receptividad). E n consecuencia, los esquemas de los conceptos puros del entendim iento constituyen las verdaderas y únicas condiciones que hacen que tales concep­ tos se refieran a objetos y, consiguientem ente, que posean una significación. En definitiva, las categorías no tienen, pues, o tro uso posible que el em pírico, ya que sirven tan sólo para som eter los fenóm enos a unas reglas universales de síntesis tom ando com o base una unidad necesaria a p riori (en virtud de la necesaria unificación de toda conciencia en una apercep­ ción originaria) y para adecuar así tales fenóm enos a una com pleta conexión en una experiencia. T odos nuestros conocim ientos residen en la experiencia posible tom ada en su conjunto, y la verdad trascendental, que precede a toda verdad em pírica y la hace posible, consiste en la relación general con esa experiencia. Pero es igualm ente evidente que, si bien son los esquemas de la sensibilidad los que realizan las categorías, son tam bién ellos los que las restringen, es decir, las lim itan a unas condiciones que residen fuera del entendim iento (a saber, en la sensibilidad). E n realidad, el esquem a se reduce, pues, al fenóm eno o concepto sensible de un objeto concordante con la categoría. N um erus est quantitas phaenomenon, sensatio realitasphaenomenon, constans etperdurabile rerum substantiaphaeno­ menon, aeternitas necessitas phaenomenon^, etc.) Si prescindim os A 147 de una condición restrictiva am pliam os, según parece, el c o n ­ cepto antes lim itado. Así, pues, las categorías, consideradas en su pura significación y dejando a un lado las condiciones de la sensibilidad, deberían ser aplicables a las cosas en general tal como son éstas, no tal como se manifiestan en los esquemas que sim plem ente las representan. D esde este supuesto, las cate­ gorías deberían tener, pues, una significación m ucho más am ­ plia e independiente de to d o esquem a. Es verdad que, incluso tras haber sido elim inada toda condición sensible, los conceptos puros del entendim iento conservan una significación, pero es la significación m eram ente lógica de la unidad de las rep re­ sentaciones, sin que pueda atribuirse a dichos conceptos objeto alguno ni, consiguientem ente, significación alguna capaz de sum inistrarnos un concepto 12 del objeto. Así, por ejem plo, B 186

1 Leyendo, con Erdm ann, phánomenon, en vez de phanomena (N. del T) 2 «un conocimiento», según Kant en Nacbtráge LXI (N. del T.'l

ESQUEMATISMO

189

si elim ináram os del concepto de sustancia la determ in ació n sensible de la perm anencia, tal concepto se lim itaría a significar algo capaz de ser pensado com o sujeto, no com o p redicado de otra cosa. E sta representación no m e sirve de nada, ya que no indica qué determ inación posee la cosa que debem os B 187 considerar com o tal sujeto prim ario. Si prescindo, pues, de los esquem as, las categorías se reducen a sim ples funciones intelectuales relativas a conceptos, p ero no representan n in g ú n objeto. Tal significación les viene de la sensibilidad, la cual, al tiem po que restringe el entendim iento, lo realiza.

D O C T R IN A T R A S C E N D E N T A L D E L JU IC IO (O A N A L IT IC A D E LO S P R IN C IP IO S )

A 148

C

a p ít u l o

II

S IS T E M A D E T O D O S L O S P R IN C IP IO S D E L E N T E N D IM IE N T O P U R O E n el capítulo anterior hem os considerado el Ju icio trascendental teniendo en cuenta sólo las condiciones u n iv ersa­ les bajo las cuales, y sólo bajo las cuales, puede usar los conceptos puro s del entendim iento en o rden a juicios sintéticos. N uestra tarea consistirá ahora en exponer en su conexión sistem ática los juicios que, con esta reserva crítica, el e n ten d i­ m iento efectúa de hecho a priori. N o cabe duda de q ue nuestra tabla de categorías nos prop o rcio n ará una guía natural y segura para lograrlo. E n efecto, es la relación de esas categorías con una experiencia posible la que tiene que constitu ir to d o el conocim iento p u ro a priori del entendim iento y, si exponem os exhaustiva y sistem áticam ente to d o s los principios trascendenB 188 tales del uso del entendim iento, será en virtud de la relación de tales categorías con la sensibilidad en general. Los principios a priori llevan este nom bre no sólo p o r co n tener en sí las bases de o tro s juicios, sino tam bién p o r no basarse ellos m ism os en conocim ientos más generales ni A 149 de rango superior. Sin em bargo, esta característica no les exime sin más de una prueba. E n efecto, aunque tal pru eb a no pudiera realizarse de m odo objetivo, al no fundarse dichos principios en consideraciones objetivas y servir, más bien, de base a to d o conocim iento de su o b je to 1, ello no im pediría 1 La frase ha sido traducida según la interpretación de Wille (N. del T.)

PRINCIPIOS DEL ENTENDIMIENTO PURO

191

el que fuera posible, e incluso necesario, ofrecer una d em o stra­ ción p artien d o de las fuentes subjetivas de la posibilidad de conocer el objeto en general. La razón se halla en que, de no ser así, el principio despertaría la m ayor sospecha de que se trataba de una m era afirm ación subrepticia. E n segundo lugar, nos lim itarem os a los principios rela­ tivos a las categorías. C onsiguientem ente, los p rincip io s de la estética trascendental, según los cuales espacio y tiem p o constituyen las condiciones de posibilidad de todas las cosas en cuanto fenóm enos, al igual que la restricción de tales p rin ci­ pios, según la cual no pueden referirse a cosas en sí m ism as, no form an parte del cam po dem arcado para nuestra investiga­ ción. D e igual form a, tam poco los principios m atem áticos constituyen una parte de este sistem a, al estar extraídos sólo de la intuición, y no de los conceptos puro s del entendim iento. B 189 N o o bstante, dado que se trata, a la vez, de juicios sintéticos a priori, su posibilidad deberá tener cabida aquí sim plem ente para deducir y hacer com prensible la posibilidad de sem ejantes conocim ientos evidentes a priori, no para d em ostrar q u e son correctos y apodícticam ente ciertos, cosa que no les hace n in g u ­ na falta. T endrem os que hablar tam bién del principio de los juicios analíticos contrastán d o lo con el de lo s 1 sintéticos, que A 150 son los que nos ocupan propiam ente, ya que es este contraste el que despeja to d o m alentendido relativo a la teoría de éstos últim os y los presenta con claridad y según su peculiar n a tu ra ­ leza.

E L S IS T E M A D E LO S P R IN C IP IO S D E L E N T E N D IM IE N T O P U R O

Sección primera E

l

P R I N C I P I O S U P R E M O D E T O D O S L O S JU IC IO S A N A L ÍT IC O S

La ausencia de contradicción interna constituye la c o n d i­ ción universal — aunque sea únicam ente negativa— de to d o s 1 Leyendo, con Mellin, mil liem der, en vez de mil der (N. del T.)

192

B 190

A 151

B 191

A 152

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

nuestros juicios, sea cual sea el contenido del conocim iento y el m odo según el cual se refiera al objeto. D e no cum plir tal condición, esos juicios no significan nada en sí m ism os (incluso prescindiendo del objeto). P ero aun en el caso de hallarse exento de contradicción, el juicio puede ligar conceptos de m odo d istin to al requerido p o r el objeto, o tam bién de m odo que no se dé m otivo alguno, ni a priori, ni a posteriori, que justifique sem ejante juicio. Así, pues, un juicio puede ser falso, o carecer de fundam ento, a pesar de estar libre de toda contradicción interna. La p roposición: «A ninguna cosa le es adecuado un predicado que la contradiga» recibe el nom bre de principio de contradicción y constituye un criterio universal, aunque m eram ente negativo, de toda verdad. Pero sólo pertenece, p o r ello m ism o, a la lógica, ya que vale para los conocim ientos considerados sim plem ente com o conocim ientos en general, con independencia de su contenido. El principio afirm a que la contradicción anula y suprim e tales conocim ientos. N o obstante, se puede tam bién em plear el principio de form a positiva, es decir, no sólo para rechazar la falsedad y el erro r (en cuanto basados en la contradicción), sino tam bién para conocer la verdad. E n efecto, si el juicio es analítico , sea negativo o afirm ativo, siem pre debe sernos posible conocer suficientem ente su verdad atendiendo al principio de co n trad ic­ ción. Siem pre es correcto negar lo co ntrario de aquello que se halla incluido com o concepto en el conocim iento del objeto y que es pensado en él. T enem os que afirm ar necesariam ente, en cam bio, el concepto m ism o del objeto, ya que lo contrario de tal concepto sería contrario al objeto. D ebem os, pues, considerar el principio de contradicción com o principio universal y plenam ente suficiente de todo conoci­ miento analítico. Pero ni su autoridad ni su aplicabilidad van más allá de un criterio suficiente de verdad. E n efecto, el hecho de que ningún conocim iento pueda oponerse a él sin autonegarse hace del principio una conditio sine qua non del conocim iento, pero no la base que determ ina su verdad. D ado que tenem os que habérnoslas sólo con el aspecto sintético de nuestro conocim iento, tendrem os siem pre el cuidado de no ir nunca en contra de este inviolable principio, pero jamás podem os esperar de él una explicación en lo que a la verdad de tal aspecto del conocim iento se refiere. A unque este conocido principio está despro v isto de

PRINCIPIOS DEL ENTENDIMIENTO PURO

193

to d o co ntenido y es m eram ente form al, existe una form ulación del m ism o que incluye una síntesis, una síntesis que, descuida­ dam ente y sin necesidad alguna, ha sido m ezclada con tal form ulación. Es la siguiente: «Es im posible que algo sea y no sea a la ve^y>. A parte de que se ha in tro d u cid o superfluam ente la certeza apodíctica (m ediante la palabra imposible), que debe suponerse autom áticam ente a p artir del principio, éste se halla afectado p o r una condición tem poral. El principio viene a q u ed ar así: una cosa = A que es algo = B no pu ed e ser B 192 sim ultáneam ente no B, pero sí puede ser las dos cosas (B y no B) sucesivam ente. P o r ejem plo, una persona joven no puede ser, sim ultáneam ente, vieja, p ero sí puede ser joven en un tiem po y no joven, es decir, vieja, en o tro tiem po. A h o ra bien, en cuanto m eram ente lógico, el principio de co n ­ tradicción no debe lim itar sus aserciones a circunstancias te m ­ porales. Sem ejante form ulación es, pues, com pletam ente opues- A 153 ta a la intención del principio. El m alentendido viene, p o r tan to , del sim ple hecho de separar p rim ero del concepto de una cosa u n predicado de la m ism a y de ligar después a este p redicado su contrario, lo cual nunca origina una co n tra ­ dicción con el sujeto, sino únicam ente con ese predicado que hem os ligado sintéticam ente al sujeto, y ello sólo en el caso de que afirm em os los dos predicados al m ism o tiem po. Si d igo que una persona inculta no es culta, debo añadir la condición de simultaneidad, ya que quien es inculto en un m o m ento puede ser culto en o tro m om ento. Si afirm o, en cam bio: «N inguna persona inculta es culta», tenem os una p ro p o sición analítica, ya que la p ropiedad de la incultura form a p arte del sujeto ; con ello cobra una inm ediata claridad la p ro p o sición negativa a p artir del principio de contradicción, sin necesidad de añadir la condición de simultaneidad. Esta es igualm ente la razón de que haya m odificado antes la fo rm u la­ ción del principio de m odo que reflejara con claridad su carácter B 193 de p ropo sició n analítica.

194 A

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA S IS T E M A D E L O S P R IN C IP IO S

154

D E L E N T E N D IM IE N T O PU R O

Sección segunda E

l

P R I N C I P I O S U P R E M O D E T O D O S LO S JU IC IO S S IN T É T IC O S

La ex p licació n de la p o sib ilid a d de juicios sin té tic o s es u n a tarea co n la q u e n o tie n e a b so lu ta m e n te n ad a q u e v er la ló g ica g e n era l, la cual n o necesita siq u ie ra c o n o c e r el n o m b re d e la m ism a. E sta ex p lic a c ió n c o n stitu y e , sin e m b a r­ g o , el q u e h a c e r p rin c ip a l de u n a ló g ica tra sc e n d e n ta l, e in clu so el ú n ico cu a n d o se tra ta de la p o sib ilid a d d e juicios sin té tic o s a priori o de las c o n d ic io n e s y alcan ce d e su v alidez. E n efecto , u n a vez acab a d o este q u e h a c e r, es c u a n d o p u e d e realizar p le n a m e n te su o b je tiv o , es d e c ir, d e lim ita r la a m p litu d y las fro n te ra s del e n te n d im ie n to p u ro . E n el caso del ju icio a n alítico , n o salim o s del c o n c e p to d a d o p a ra d e cid ir a lg o so b re él. Si el ju ic io es a firm a tiv o , m e lim ito a a ñ a d ir a ese c o n c e p to lo ya p e n sa d o en él. Si es n e g a tiv o , n o h a g o m ás q u e ex clu ir d el m ism o c o n c e p to su c o n tra rio . E n el caso del juicio sin té tic o , en c a m b io , m e veo o b lig a d o a salir fu e ra del c o n c e p to d a d o p ara c o n sid e ra r, B 194 en re lació n c o n éste, a lg o c o m p le ta m e n te d is tin to d e lo p e n sa d o en él. E sta re lació n n u n c a es, p u es, ni u n a rela c ió n d e id e n tid a d A 155 ni d e c o n tra d ic c ió n , y p o r ello n o p u e d e d e sc u b rirse e n el juicio, c o n sid e ra d o en sí m ism o , ni la v e rd a d ni el e rro r. U n a vez c o n c e d id o q u e hay q u e ir m ás allá de u n c o n c e p to d a d o p a ra c o n fro n ta rlo sin té tic a m e n te c o n o tro , h ace falta u n te rc e r e le m e n to q u e es el q u e p e rm ite la síntesis de los d o s co n c e p to s. ¿ E n q u é c o n siste este te rc e r e le m e n to en c u a n to m ed io de to d o s los juicios sin té tic o s? N o hay m ás q u e un to d o en el q u e se h allen c o n te n id a s to d a s n u e stra s rep re se n ta c io n e s, a sab er, el se n tid o in te rn o , y la fo rm a a priori del m ism o , el tie m p o . La sín tesis d e las re p re se n ta c io n e s se basa en la im ag in a c ió n . La u n id a d sin tética de las m ism as (u n id ad n ecesaria p a ra el ju icio ) lo hace en la u n id a d de a p e rc e p ­ ció n . E s, p u e s, en el s e n tid o in te rn o , e n la im a g in a c ió n y en la a p e rc e p c ió n d o n d e hay q u e b u sc a r la p o sib ilid a d de juicios sin tético s y, d a d o q u e estas tre s fa cu ltad es c o n tie n e n las fu e n te s d e las re p re se n ta c io n e s a priori, h a b rá q u e b u scar

PRINCIPIOS DEL ENTENDIMIENTO PURO

195

ig u a lm e n te e n ellas la p o sib ilid a d d e ju icio s sin té tic o s p u ro s . P o r ello se rá n ésto s in c lu so n e c e sa rio s si q u e re m o s lle g a r a u n c o n o c im ie n to de, los o b je to s q u e se base e x c lu siv a m e n te en u n a síntesis d e las re p re se n ta c io n e s. Si u n c o n o c im ie n to h a d e p o se e r re a lid a d o b je tiv a , es d ecir, re fe rirse a u n o b je to y re c ib ir de él sig n ific a c ió n y s e n tid o , tien e q u e ser p o sib le q u e se d é el o b je to d e a lg u n a fo rm a . D e lo c o n tra rio , los c o n c e p to s so n v acío s y, a u n q u e h ay am o s p e n sa d o p o r m e d io d e ello s, n a d a h e m o s c o n o c id o a tra v é s d e ta l p e n s a m ie n to : n o h e m o s h e c h o , en re a lid a d , m ás q u e ju g a r c o n rep re se n ta c io n e s. D a rse u n o b je to n o sig n ifica o tr a cosa (si q u e re m o s d e c ir c o n ello la p re s e n ta c ió n in m e d ia ta de ta l o b je to en la in tu ic ió n , y n o u n d a rse q u e só lo sea, a su vez, m e d ia to ) q u e re fe rir su re p re se n ta c ió n a la ex p e rie n c ia , sea real o p o sib le . In c lu so el esp acio y el tie m p o , a p e sa r de tra ta rse d e c o n c e p to s ta n lim p io s d e to d o e le m e n to e m p íric o y d e ser ta n c ie rto q u e el p s iq u ism o lo s re p re se n ta e n te ra m e n te a priori, care c e ría n d e v alid ez o b je tiv a y d e sig n ific a c ió n si n o se p u sie ra de m a n ifie sto la n e c esid ad d e ap lic a rlo s a los o b je to s de ex p erien cia. E s m ás, la re p re se n ta c ió n d e esos c o n ­ c e p to s es u n m e ro e sq u e m a re fe rid o sie m p re a la im a g in a c ió n re p ro d u c tiv a , la cual re ú n e los o b je to s d e la e x p erien cia. Sin tales o b je to s c a recería n d e sig n ific a c ió n d ic h o s c o n c e p to s. Y lo m ism o p u e d e decirse d e to d o s lo s c o n c e p to s, sean los q u e sean. E s, p u e s, la posibilidad de la experiencia lo q u e d a re a lid a d o b je tiv a a to d o s n u e stro s c o n o c im ie n to s a priori. A h o ra b ie n , la e x p e rien cia se basa en la u n id a d sin té tic a d e los fe n ó m e n o s, es d ecir, e n u n a sín tesis c o n c e p tu a l del o b je to de lo s fe n ó m e ­ n o s e n g e n e ra l. Sin esta sín tesis, la e x p erien cia n o sería siq u ie ra c o n o c im ie n to . Sería u n a ra p so d ia d e p e rc e p c io n e s q u e n o a d ­ q u iriría n c o h e sió n en n in g ú n c o n te x to re g u la d o p o r n o rm a s de u n a (p o sib le) co n cie n c ia c o m p le ta m e n te lig ad a y, p o r ta n to , un c o n g lo m e ra d o de p e rc e p c io n e s q u e n o se a c o m o d a ría n a la tra sc e n d e n ta l y n ecesaria u n id a d de a p e rc e p c ió n . L a e x p e ­ rien cia p o see, p u e s, p rin c ip io s q u e s irv e n de base a su fo rm a a priori, a sa b e r, reg las u n iv e rsa le s d e la u n id a d q u e h a lla m o s e n la síntesis de los fe n ó m e n o s, reg las d e las q u e , en c u a n to c o n d ic io n e s necesarias, sie m p re p o d e m o s e x h ib ir la re a lid a d o b je tiv a e n la ex p erien cia, e in c lu so en la p o sib ilid a d d e ésta. F u e ra de esta re la c ió n so n a b s o lu ta m e n te im p o sib le s las p r o p o ­ sicio n es sin téticas a priori, ya q u e care c e n d e u n te rc e r e le m e n to ,

B 195 A 156

B 196

A 157

196

KANT/CRITICA DF. LA RAZON PURA

es d ecir, carecen de u n o b je t o 1 en el q u e la u n id a d sin té tic a p u e d a m o s tra r la realid a d o b je tiv a d e sus c o n c e p to s 12. A sí, p u e s, a u n q u e c o n o c e m o s a priori en lo s juicios sin tético s m u c h a s cosas acerca d el esp a c io en g e n e ra l o de las fig u ra s q u e en él d iseñ a la im a g in a c ió n p ro d u c tiv a (de m o d o q u e, re a lm e n te , n o nos hace falta en este se n tid o n in g u n a ex p erien cia), si n o tu v ié se m o s q u e c o n sid e ra r el esp a c io c o m o c o n d ic ió n d e los fe n ó m e n o s q u e c o n s titu y e n la m a te ria de la exp erien cia e x tern a tal c o n o c im ie n to só lo e q u iv a ld ría a e n tr e ­ te n e rn o s co n u n m e ro fan tasm a . E n c o n se c u e n c ia , d ic h o s ju i­ cios sin tético s a priori se re fie re n , a u n q u e só lo m e d ia ta m e n te , a la exp erien cia p o sib le , o m ás b ie n , a la m ism a p o sib ilid a d de la ex p erien cia, y la v alid ez o b je tiv a d e su sín tesis se basa ú n icam en te en ta l referen cia. T e n ie n d o , p u e s, en c u e n ta q u e la ex p e rie n c ia , c o m o síntesis em p írica, es, en su c o n d ic ió n d e p o sib le , el ú n ic o tip o de c o n o c im ie n to q u e da re a lid a d a to d a o tra sín tesis, esta o tra sín tesis, en c u a n to c o n o c im ie n to a priori, só lo p o se e B 197 v erd ad (c o n c o rd a n c ia c o n el o b je to ) p o r el h e c h o d e n o in c lu ir A 158 sino aq u e llo q u e es in d isp e n sa b le a la u n id a d sin tética de la ex p erien cia en g en eral. P o r c o n sig u ie n te , el p rin c ip io su p re m o de to d o s los juicios sin té tic o s c o n siste en q u e to d o o b je to se halla so m e tid o a las co n d ic io n e s necesarias d e la u n id a d q u e sin te tiz a en u n a ex p erien cia p o sib le lo d iv e rso d e la in tu ic ió n . L os ju icio s sin té tic o s a priori so n así p o sib le s c u a n d o relacio n am o s las co n d ic io n e s fo rm ale s d e la in tu ic ió n a priori, la síntesis de la im a g in a c ió n y la n ecesaria u n id a d d e esta ú ltim a sín tesis e n u na a p e rc e p c ió n tra sc e n d e n ta l c o n u n p o sib le c o n o c im ie n to e m p íric o en g en e ra l. E n to n c e s a firm a m o s: las c o n d ic io n e s de posibilidad de la experiencia e n g e n e ra l c o n s titu ­ yen, a la vez, las c o n d ic io n e s d e posibilidad de los objetos de la experiencia y p o r ello p o se e n v alid ez o b je tiv a en u n ju icio sin té tic o a priori.

1 Leyendo, de acuerdo con Grillo, keinen Gegenstand, en vez de reinen Gegenstand. (N. del T .) 2 Leyendo, con Vaihinger Einheit die objektive Kealitát ihrer Begriffe, en lugar de Einheit ihrer Begri/je objektive Kealitat (N. del T.)

PRINCIPIOS DEL ENTENDIMIENTO PURO

197

S IS T E M A D E L O S P R IN C IP IO S D E L E N T E N D IM IE N T O PU R O

Sección tercera R e p r e se n t a c ió n sist e m á t ic a de todos los p r in c ip io s del e n t e n d im ie n t o puro

Si en a lg u n a p a rte ex isten p rin c ip io s, ello se d eb e ú n ic a ­ m en te al e n te n d im ie n to p u ro . E s te n o es só lo la facu ltad d e las reglas relativ as a lo q u e su ced e, sin o q u e es la m ism a B 198 fu e n te de los p rin c ip io s en v irtu d de los c u a le s 1 to d o c u a n to A 159 se nos p u e d e p re s e n ta r só lo c o m o o b je to se halla n ecesariam en te so m e tid o a reglas. E n efecto, si p re sc in d ié ra m o s de éstas, jam ás p o d ría n los fe n ó m e n o s p ro p o rc io n a r c o n o c im ie n to de u n o b je to q u e les c o rre sp o n d ie ra . Las m ism as leyes n atu rales, si las c o n sid eram o s c o m o p rin c ip io s fu n d a m e n ta le s del u so e m p írico del e n te n d im ie n to , c o n lle v a n un a ex p re sió n de n e cesi­ d ad y, c o n sig u ie n te m e n te , la so sp e c h a , al m en o s, de h ab er sido d ete rm in a d a s a p a rtir de u n as bases válidas a priori y p rev ias a to d a experiencia. T o d a s las leyes de la n atu raleza, sean las q u e sean, se h allan so m e tid a s a su p e rio re s p rin c ip io s del e n te n d im ie n to , ya q u e las p rim e ra s n o h acen m ás qu e aplicar los se g u n d o s a casos fe n o m é n ic o s especiales. S o n , p u es, los p rin c ip io s del e n te n d im ie n to lo s q u e su m in istra n el c o n c e p ­ to , el cual incluye la co n d ic ió n y el e x p o n e n te , p o r así d ec irlo , de u n a regla en general. E s, e n cam b io , la ex p erien cia la q u e p ro p o rc io n a el caso q u e se halla so m e tid o a la regla. N o hay, en realid ad , p e lig ro n in g u n o de q u e se to m e n p o r p rin c ip io s del e n te n d im ie n to p u ro los p rin c ip io s m e ra m e n ­ te em p írico s, o al revés. E n efecto , la n ecesid ad c o n c e p tu a l12 p u ed e e v ita r c o n facilidad esta c o n fu sió n . T al necesidad c a ra c te ­ riza los p rin c ip io s del e n te n d im ie n to p u r o 3, y su carencia se n o ta fácilm en te en to d a p ro p o s ic ió n em p írica, p o r m u y g en eral q u e sea la validez de ésta. H ay , sin e m b a rg o , p rin c ip io s p u ro s a priori q u e n o d e b ié ra m o s a trib u ir p ro p ia m e n te al e n te n ­ d im ie n to , ya q u e , si bien h an sid o e x traíd o s m e d ia n te el en te n d í- B 199

1 Leyendo, con Erdmann, welchen, en lugar de mlcehem (N. del T.) 2 Notmndigkeit nach Begriffen 3 Refiriendo die let^tere, de acuerdo con Erdmann, a die Grundsat^e des remen Ver standes (N. del T.)

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

198

m ie n to , n o d e riv a n de c o n c e p to s p u ro s , sin o d e in tu ic io n e s la fa c u lta d de los c o n c e p to s. Las m atem áticas e x h ib e n tales p rin c ip io s, p e ro su a p licació n a la ex p erien cia y, c o n sig u ie n te m e n te , su v alidez o b je tiv a — es m ás, la p o sib ilid a d d e se m e ja n te c o n o c im ie n to sin té tic o a priori

A 160 p u ra s, y es el e n te n d im ie n to

(la d e d u c c ió n del m ism o )— d esc a n sa sie m p re en el e n te n d i­ m ie n to p u ro . N o c o n ta ré , p u es, e n tre m is p rin c ip io s los d e las m a te m á ­ ticas, p e ro sí a q u éllo s en los cuales se basan la p o sib ilid a d y la v alidez o b je tiv a a priori d e las m atem áticas. E sto s ú ltim o s, q u e d e b em o s c o n sid e ra r, p o r ta n to , c o m o f u n d a m e n to 1 de los p rim e ro s , van d e los conceptos a la in tu ic ió n , n o d e la intuición a los c o n cep to s.

Al aplicar los conceptos p u ro s del entendim iento a la experiencia posible el uso de su síntesis es o matemático o dinámico, ya que en parte va d irigido a la intuición de un fenóm e­ no en general y en parte a la existencia del m ism o. Las co n dicio­ nes a priori de la intuición son enteram ente necesarias en relación con una experiencia posible; las de la existencia de los objetos de una posible intuición em pírica son, en sí mismas, m eram ente accidentales. Los principios del uso m atem ático serán, pues, incondicionalm ente necesarios, es decir, apodícticos, m ientras los del uso dinám ico, si bien conllevarán igual­ m ente el carácter de una necesidad a priori, sólo la conllevarán bajo la condición del pensar em pírico en una experiencia, B 200 es decir, sólo m ediata e indirectam ente. E n consecuencia, los del uso dinám ico no poseen (aunque dejem os a salvo su certeza, referida, en térm inos generales, a la experiencia) la evidencia A 161 inm ediata propia de los prim eros. D e todos m odos, tendrem os más elem entos de juicio sobre esto al concluir este sistema de los principios. L a ta b la d e las c a te g o ría s n o s lleva c o n la m a y o r n a tu ra li­ dad a la tab la de lo s p rin c ip io s, ya q u e ésta n o es o tra cosa q u e las reglas del u so o b je tiv o d e aq u éllas. A sí, p u e s, to d o s los p rin c ip io s del e n te n d im ie n to p u ro so n :

1 Prinapium

PRINCIPIOS DEL ENTENDIMIENTO PURO

199

1

A xiom as de la intuición 3 Analogías de la experiencia

2 Anticipaciones de la percepción 4 Postulados del pensar em pírico en general

H e elegido cuidadosam ente estas denom inaciones con el fin de recalcar las diferencias relativas a la evidencia y al em pleo de estos principios. P ro n to se p o n d rá de m anifiesto que los principios de la cantidad y de la cualidad (si atendem os B 201 sólo a la form a de estas dos categorías) se distin g u en n o tab le­ m ente de los principios de las otras dos, ta n to p o r lo que se refiere a la evidencia com o a la determ inación a priori A 162 de los fenóm enos según dichas categorías de cantidad y cuali­ dad, ya que, si bien am bos g rupos de principios son susceptibles de una certeza absoluta, los de la cantidad y cualidad son capaces de certeza intuitiva; los o tro s, sólo de certeza d iscu rsi­ va. P o r ello llam aré a los prim eros matemáticos y a los últim os dinámicos^. D ebe advertirse que no me refiero aqu í ni a los k T oda 1 combinación (conjunctio) es o bien composición (compositio), o bien conexión (nexus). La prim era es la síntesis de una diversidad cuyas partes no necesariamente se implican unas a otras. P or ejemplo, dos triángulos que corten un cuadrado por la diagonal no se implican po r sí el uno al otro necesariamente. ! u mismo ocurre con la síntesis de lo homogéneo en todo aquello que es susceptible de ser tratado matemáticamente (esta síntesis puede dividirse, a su vez, en síntesis de agregación y síntesis de coalición; la prim era se aplica a las m agnitudes extensivas, la segunda a las intensivas). La segunda com binación {nexus) es la síntesis de lo diverso, en la medida en que sus elem entos se implican necesariamente unos a otros. Por ejem plo, el accidente respecto de la sustancia o el efecto respecto de la causa. E n consecuencia, tal conexión es representada com o ligada a priori, a pesar de serlo en cuanto heterogénea. Llamo a esta misma conexión dinámica p o r no ser arbitraria y po r referirse a la conexión de la existencia de lo diverso (conexión que puede dividirse, B 202 una vez más, en conexión física de los fenóm enos entre sí y conexión metafísica en la facultad de conocer a priori). (Nota de Kant) 1 Esta nota fue añadida en B (N. del T.)

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

200

B

202

p rin c ip io s de las m atem áticas en el p rim e r caso n i a los de la din ám ica g e n eral (física) en el se g u n d o , sin o sim p le m e n te a los del e n te n d im ie n to p u r o en su re la c ió n c o n el se n tid o in te rn o , sean cuales sean las re p re se n ta c io n e s d ad as en él. E n efecto , a tra v é s de los p rin c ip io s del e n te n d im ie n to p u ro se h acen p o sib les to d o s a q u éllo s. Les h e p u e s to , p u e s, el n o m b re te n ie n d o m ás en cu e n ta su a p lic a c ió n q u e su c o n te n id o . P aso a h o ra a an alizarlo s se g ú n el m ism o o rd e n en q u e h a n sid o p re se n ta d o s e n la tabla.

1 AXIOMAS DE LA INTUICION Su principio es: todas las intuiciones son magnitudes extensivasA [Prueba A te n d ie n d o a su fo rm a , to d o s los fe n ó m e n o s c o n tie n e n un a in tu ic ió n en el esp acio y el tie m p o , in tu ic ió n q u e les sirv e a to d o s d e base a priori. N o p o d e m o s , p u e s, a su m ir los fe n ó m e n o s en la co n cie n cia e m p íric a , e sto es, a p re h e n d e rlo s, sin o m ed ian te un a sín tesis de lo d iv e rso a tra v é s d e la cual se p ro d u c e n las re p re se n ta c io n e s d e u n esp acio o u n tie m p o d e te rm in a d o s, es d ecir, m e d ia n te la u n ific a c ió n de lo h o m o g é B 203 neo y m e d ia n te la co n cie n cia d e la u n id a d sin tética d e tal d iv e rsid a d h o m o g é n e a . E n la m e d id a en q u e esta co n cie n cia de la d iv e rsid a d h o m o g é n e a d a d a en la in tu ic ió n en g en e ra l es la q u e hace p o sib le la re p re se n ta c ió n d e u n o b je to , c o n stitu y e el c o n c e p to de u n a m a g n itu d (quantum ). A sí, p u es, só lo p o d e ­ m os p e rc ib ir u n o b je to c o m o fe n ó m e n o g racias a esa m ism a u n id a d q u e sin tetiza la d iv e rsid a d de la in tu ic ió n sen sib le dad a y m ed ia n te la cual p e n sa m o s e n el c o n c e p to de u n a magnitud la u n id a d d e la c o m p o sic ió n d e la d iv e rsid a d h o m o g é n e a .

A [Epígrafes en A:] A X IOM AS D E LA IN T U IC IO N

Principio del entendimiento puro. — Todos los fenómenos son, en virtud de su intuición, magnitudes extensivas.

AXIOMAS DE LA INTUICION

201

E s d ecir, to d o s los fe n ó m e n o s so n m a g n itu d e s , magnitudes exten­ sivas, ya q u e , en c u a n to in tu ic io n e s e n el esp acio y el tie m p o , d e b e n ser rep re se n ta d a s m e d ia n te la m ism a sín tesis q u e d e te rm i­ na el espacio y el tie m p o en g en eral.] L lam o m a g n itu d ex te n siv a a aq u ella en la q u e la re p re ­ sen tació n de las p artes hace p o sib le — y, c o n sig u ie n te m e n te , p re c e d e n ecesariam en te a— la re p re se n ta c ió n del to d o . Soy incapaz de re p re se n ta rm e un a lín ea, p o r p e q u e ñ a q u e sea, sin trazarla en el p e n sa m ie n to , es d e c ir, sin p ro d u c irla g ra d u a l­ m en te a p a rtir de u n p u n to . S ó lo así p u e d o señ alar esa in tu ic ió n . A 163 Y lo m ism o o c u rre co n el tie m p o , p o r b re v e q u e sea. N o p ie n so en él m ás q u e el p ro c e so su cesiv o d e sd e u n m o m e n to a o tr o , p ro c e s o q u e g e n e ra , c o m o re s u lta d o de las p artes y de su ad ic ió n , u n a d e te rm in a d a m a g n itu d te m p o ra l. C o m o el tie m p o y el espacio c o n stitu y e n la m era in tu ic ió n d e to d o s los fe n ó m e n o s, to d o fe n ó m e n o es, en c u a n to in tu ic ió n , una B 204 m a g n itu d ex ten siv a, ya q u e só lo p o d e m o s c o n o c e rlo e n la a p re h e n sió n m e d ia n te u n a sín tesis sucesiva (d esd e u n a p a rte a o tra p arte). C o n sig u ie n te m e n te , to d o s los fe n ó m e n o s so n ya in tu id o s c o m o a g re g a d o s ( c o n ju n to s 1 de p a rte s p re v ia m e n te dadas). E llo n o o c u rre co n to d a clase d e m a g n itu d e s, sin o só lo co n aquellas q u e, en c u a n to tales m a g n itu d e s , a p re h e n d e ­ m os y re p re se n ta m o s extensivamente. E n esta síntesis sucesiva d e la im a g in a c ió n p ro d u c tiv a se b asan , p ara p ro d u c ir las fig u ra s, las m a te m á tic a s de la e x te n ­ sió n (g e o m etría) co n sus ax io m as. S o n ésto s los q u e e x p resan las co n d ic io n e s d e la in tu ic ió n sen sib le a priori b ajo las cuales, y sólo b ajo las cuales, p u e d e su rg ir el esq u em a de u n c o n c e p to p u ro de los fe n ó m e n o s e x te rn o s; p o r e je m p lo : « E n tre dos p u n to s no p u e d e h a b e r m ás q u e u n a línea recta» ; « D o s líneas rectas n o c ie rra n u n espacio», etc. E sto s so n los ax io m as q u e só lo se refieren p ro p ia m e n te a m a g n itu d e s (quanta) en c u a n to tales. P o r lo q u e to ca a la m a g n itu d (quantitas) , e sto es, a la re sp u e sta a la p re g u n ta «¿Q ué ta m a ñ o tien e e sto ?» , n o hay axio m as p ro p ia m e n te d ic h o s, si b ien a lg u n as de estas p r o ­ A 164 p o sicio n es son sintéticas e in m e d ia ta m e n te ciertas (indemostrabilia). E n efecto , las p ro p o s ic io n e s : «Si su m am o s c a n tid ad es iguales a can tid ad es ig u ales, o b te n e m o s c a n tid ad es iguales», 1 Leyendo, con Vorlánder, Mengen, en lugar de Menge (N. del T.)

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

202

B 205

A 165

B 206

«Si restam o s c a n tid ad e s iguales de c a n tid a d e s ig u ales, o b te n e ­ m os can tid ad es iguales» so n an alíticas, ya q u e so y in m ed iatam en te co n scien te de la id e n tid a d q u e ex iste e n tre la p ro d u c c ió n de una y o tra m a g n itu d e s. P e ro los ax io m as tie n e n q u e ser p ro p o sic io n e s sin téticas a priori. Las p ro p o s ic io n e s e v id en tes de la relación n u m éric a so n , e n c a m b io , sin téticas, p e ro no universales c o m o las de la g e o m e tría , y p o r ello p re c isa m e n te n o p o d e m o s llam arlas ta m p o c o a x io m as, sin o fó rm u la s n u m é ri­ cas. 7 + 5 = 12 n o es u n a p ro p o s ic ió n analítica. E n efecto, ni en la re p re se n ta c ió n de 7, ni e n la d e 5, ni en la c o rre s p o n d ie n ­ te a la u n ió n de am b o s, p ie n so el n ú m e ro 12. (E l q u e ten g a q u e p e n sa rlo a l sumar los dos n o es lo q u e a h o ra interesa. E n la p ro p o s ic ió n an alítica la c u e stió n está en si realm en te p ien so el p re d ic a d o al re p re se n ta rm e el su je to .) P e ro , a p esar d e ser sin tética, la p ro p o s ic ió n es sim p le m e n te sin g u la r. E n la m edida en q u e se atie n d e só lo a la sín tesis de lo h o m o g é n e o (de las u n id ad es), tal síntesis so la m e n te p u e d e d esa rro lla rse de una m an era única, si b ien d e sp u é s el uso de esto s n ú m e ro s es u n iv ersal. Si a firm o q u e c o n tres líneas, de las cuales dos juntas so n m ay o res q u e la te rc e ra , se p u e d e tra z a r u n triá n g u lo , te n g o la sim ple fu n c ió n de la im a g in a c ió n p ro d u c tiv a , la cual p u e d e tra z a r las líneas m ay o res o m e n o re s, al igual q u e p u e d e hacerlas cru z a r se g ú n to d o s los á n g u lo s q u e q u iera. E l n ú m e ­ ro 7, en cam b io , só lo es p o sib le d e un a m an era, y lo m ism o o c u rre co n el 12, q u e resu lta d e la síntesis del 7 c o n el 5. Sem ejantes p ro p o s ic io n e s n o d e b e m o s, p u e s, llam arlas axiom as (si lo h iciéram o s, ésto s serían in fin ito s), sin o fó rm u la s n u m é ri­ cas. E ste p rin c ip io tra sc e n d e n ta l d e las m atem áticas d e los fe n ó m e n o s am p lía n o ta b le m e n te n u e s tro c o n o c im ie n to a priori. E n efecto, só lo él p e rm ite a p licar la m atem ática p u ra , co n to d a su p recisió n , a los o b je to s de la ex p erien cia, lo cual no resu ltaría c laro p o r sí m ism o si p re sc in d ié ra m o s de él. E s m ás, ello ha p ro v o c a d o n u m e ro sa s c o n tra d ic c io n e s. Los fe n ó m en o s no so n cosas en sí m ism as. La in tu ic ió n em p írica só lo es p o sib le m ed ia n te la in tu ic ió n p u ra (del esp acio y del tiem p o ). C o n sig u ie n te m e n te , lo q u e la g e o m e tría afirm a de ésta ú ltim a vale ta m b ié n in c u e stio n a b le m e n te p ara la p rim era . H ay q u e e lim in ar los p re te x to s se g ú n los cuales los o b je to s de los se n tid o s n o p u e d e n 1 c o n fo rm a rs e a las reglas de cons1 Leyendo, del T .)

con

E rdm ann,

dürften, müssen,

en

lugar

de

dürfe,

(N .

ANTICIPACIONES DE LA PERCEPCION

203

tr a c c ió n en el esp acio (p o r e je m p lo , la d e la in fin ita d iv isib ilid a d de las líneas y los á n g u lo s). E n e fe c to , c o n ello se n ie g a validez o b je tiv a al esp acio y, p o r ello m ism o , a to d a la m a te m á ­ tica, c o n lo cual d ejam o s d e sa b e r p o r q u é y h a sta q u é p u n to es ap licab le esa ciencia a los fe n ó m e n o s. L a sín tesis d e esp acio s y tie m p o s, en c u a n to f o r m a s 1 d e to d a in tu ic ió n , es, a la vez, la q u e hace p o sib le a p re h e n d e r los fe n ó m e n o s, es d e c ir, A 166 la q u e p e rm ite to d a e x p erien cia e x te rn a e ig u a lm e n te , p o r ta n to , to d o c o n o c im ie n to d e los o b je to s d e esa ex p erien cia. L o q u e la m a tem ática d e m u e s tra , e n su u so p u r o , re s p e c to de aq u ella sín tesis es ta m b ié n n e c e sa ria m e n te v á lid o re s p e c to d e d ich a ex p erien cia e x tern a. T o d a s las o b je c io n e s a e sto no so n m ás q u e tra b a s de u n a ra z ó n m al fo rm a d a , de u n a ra z ó n B 207 q u e p re te n d e , e q u iv o c a d a m e n te , d e slig a r los o b je to s sen sib les d e las c o n d ic io n e s fo rm ale s d e n u e stra se n sib ilid a d y q u e re p r e ­ sen ta d ic h o s o b je to s c o m o o b je to s e n sí m ism o s q u e se d a n al e n te n d im ie n to , c u a n d o n o so n m ás q u e fe n ó m e n o s. Si p a rtié ­ ram o s d e tal su p u e s to , n o p o d ría m o s , c la ro está, c o n o c e r de ellos a priori nad a en a b so lu to n i, p o r ta n to , sin té tic a m e n te , m e d ia n te c o n c e p to s p u ro s del esp acio . L a m ism a g e o m e tría , q u e es la ciencia q u e d e te rm in a esto s c o n c e p to s, n o sería p o sib le.

2 ANTICIPACIONES DE LA PERCEPCIONA Su principio es: en todos los fenómenos, lo real que sea un objeto de la sensación posee magnitud intensiva, es decir, un grado

A [Epígrafes en A;] LAS A N T IC IP A C IO N E S D E LA P E R C E P C IO N

E l principio que anticipa todas las percepciones en cuanto tales es como sigue: en todos los fenómenos, la sensación —-y lo real que a ella corresponde en los objetos (realitas phaenom enon)— posee una magnitud intensiva, es decir, un grado.

1 Leyendo, con Erdmann, Formen, en vez de Form (N. del T.)

204

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

[Prueba P ercepción quiere decir conciencia em pírica, es decir, una conciencia en la cual tenem os, a la vez, sensación. Los fenóm enos, en cuanto objetos de la percepción, no son in tu icio ­ nes puras (m eram ente form ales), com o el espacio y el tiem po (éstas no podem os percibirlas, en sí m ism as, en absoluto). Los fenóm enos incluyen, pues, aparte de la intuición, la m ateria relativa a algún objeto en general (m ateria m ediante la cual nos representam os algo que existe en el espacio o en el tiem po), es decir, lo real de la sensación com o m era representación subjetiva, que sólo nos hace conscientes de que el sujeto esB 208 tá afectado y que referim os a un objeto en general. P ero existe la posibilidad de una m odificación gradual desde la conciencia em pírica hasta llegar a la conciencia pura, una m o d i­ ficación d onde desaparece com pletam ente lo real, qu ed an d o tan sólo una conciencia m eram ente form al (a priori) de la variedad en espacio y tiem po. E xiste, pues, la posibilidad de una síntesis que genere la m agnitud de la sensación, desde su com ienzo com o intuición pu ra = O , hasta una m ag n itu d cualquiera. T eniendo en cuenta que la sensación no es, en sí m ism a, una representación objetiva, ni hay en ella intuición del espacio ni del tiem po, es cierto que no le corresp o n d e una m agnitud extensiva, pero sí una m agnitud (que se origina m ediante una aprehensión de ésta en la que la conciencia em pírica se acrecienta, en un determ inado tiem po, desde nada = O , hasta llegar a una sensación que posea las dim ensiones dadas). C onsiguientem ente, la sensación o btendrá una magnitud intensiva, en correspondencia con la cual hay que asignar a todos los objetos de la percepción (en la m edida en que ésta contenga sensación) una magnitud intensiva, es decir, un g rad o de influencia sobre el sentido.] T o d o conocim iento m ediante el cual p uedo determ inar y conocer a priori lo perteneciente al conocim iento em pírico puede denom inarse anticipación, y éste es indudablem ente el A 167 sentido en el que usaba E picuro el térm ino 7tpoA.f]\|/lc;. Si te n e ­ m os en cuenta que hay en to d o fenóm eno algo (a saber, la sensación com o m ateria de la percepción) que nunca co n o ce­ mos a priori y que constituye, p o r ello m ism o, la diferencia B 209 p ro p iam ente dicha entre el conocim iento em pírico y el co n o ci­ m iento a priori, llegam os a la conclusión de que es, en realidad, la sensación lo que no puede ser anticipado. P odríam os, en

ANTICIPACIONES DE LA PERCEPCION

205

c a m b io , llam ar a n tic ip a c io n e s d e lo s fe n ó m e n o s a las d e te rm in a ­ cio n es p u ra s en esp acio y tie m p o , ta n to re s p e c to d e la fig u ra c o m o re sp e c to de la m a g n itu d , ya q u e tales d e te rm in a c io n e s re p re se n ta n a priori to d o lo q u e p u e d e d á rse n o s a posteriori en la experiencia. Si s u p o n e m o s q u e ex iste en to d a se n sació n , en c u a n to sen sació n en g e n e ra l (p re sc in d ie n d o d e q u e se dé u na en c o n c re to ) alg o c o g n o sc ib le a p riori, ese a lg o d e b e ría llam arse a n tic ip a c ió n e n s e n tid o ex c e p c io n a l, ya q u e p are c e e x tra ñ o q u e n o s a n tic ip e m o s a la e x p e rie n c ia p re c isa m e n te en el te r re n o re la tiv o a su m a te ria , la cual só lo p u e d e su rg ir de d ich a ex p erien cia. P e ro e sto es, d e h e c h o , lo q u e o c u rre . La a p re h e n s ió n realizad a só lo p o r m e d io d e la se n sa c ió n se lim ita a llen ar u n m o m e n to (si n o te n g o en c u e n ta la su cesió n de varias sen sacio n es). E n c u a n to alg o fe n o m é n ic o 1 y en c u a n to a lg o cuya a p re h e n s ió n n o c o n stitu y e u n a síntesis sucesiva q u e p ro c e d a d e sd e las p a rte s a la re p re se n ta c ió n to ta l, la sen sació n n o tien e, p u e s, m a g n itu d e x ten siv a. La falta de sen sació n en el m e n c io n a d o m o m e n to sig n ificaría re p re se n ta r A 168 éste c o m o v a cío , es d e c ir, = O . A h o ra b ie n , lo q u e e n la in tu ic ió n e m p írica c o rre s p o n d e a la se n sa c ió n es rea lid a d ( realitas phaenomenon). L o q u e c o rre s p o n d e a la falta d e la m ism a es n e g a c ió n = O . Sin e m b a rg o , to d a se n sa c ió n es su sc e p tib le B 210 de re d u c c ió n , de fo rm a q u e p u e d e d is m in u ir y lle g a r g ra d u a l­ m en te a d esap arecer. E n tr e la re a lid a d fe n o m é n ic a y la n e g a c ió n hay, p u e s, u n a cad en a c o n tin u a d e m ú ltip le s sen sacio n es in te r­ m ed ias p o sib les. La d ista n c ia e n tre ellas es sie m p re m e n o r q u e la e x isten te e n tre la se n sa c ió n d a d a y el c e ro o n e g a c ió n ab so lu ta . E s d e c ir, lo real fe n o m é n ic o p o se e sie m p re u n a m a g n i­ tu d , p e ro un a m a g n itu d q u e n o se e n c u e n tra en la a p re h e n ­ s ió n 2, ya q u e la a p re h e n s ió n realizad a m e d ia n te la m e ra se n sa ­ c ió n tie n e lu g a r en u n m o m e n to , y n o a tra v é s d e m ú ltip le s sen sacio n es, y, c o n sig u ie n te m e n te , n o p ro c e d e d e sd e las p a rte s al to d o . L o real en el c a m p o d el fe n ó m e n o , tien e, p u e s, u n a m a g n itu d , p e ro no ex ten siv a. L la m o magnitud intensiva a a q u ella q u e ú n ic a m e n te a p re ­ h e n d e m o s c o m o u n id a d y en la q u e só lo p o d e m o s re p re se n ta r la m u ltip lic id a d p o r a p ro x im a c ió n a la n e g a c ió n = O . A sí, p u e s, to d a realid ad en el c a m p o d el fe n ó m e n o p o se e m a g n itu d

1 A is eiwas in der pprscheinmg 2 Según Wille, debería leerse welche über nur in der Apprehension. en lugar de welche aber nicht in der Apprehension. La traducción sería entonces: «que sólo se encuentra en la aprehensión». (N. del T.)

206

A 169

B 211

A 170

B 212

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

in te n siv a , es d ecir, u n g ra d o . Si c o n sid e ra m o s esa re a lid a d c o m o causa (sea d e la se n sació n , sea d e o tra realid a d fe n o m é n i­ ca, de u n c a m b io , p o n g a m o s p o r caso ), lla m a m o s m o m e n to al g ra d o de re a lid a d c o m o c a u sa ; p o r e je m p lo , el m o m e n to de la g ra v e d a d . A d o p ta m o s este n o m b re d e b id o a q u e el g ra d o d esig n a sim p le m e n te u n a m a g n itu d cuya a p re h e n s ió n n o es sucesiva, sin o in sta n tá n e a . E s ta c u e stió n la to c o só lo d e p asad a, ya q u e n o e stu d io a ú n la cau salid ad . C o n sig u ie n te m e n te , to d a se n sa c ió n — y, p o r ta n to , to d a realid ad en la esfera del fe n ó m e n o , p o r p e q u e ñ a q u e sea— tien e un g ra d o , es d e c ir, u n a m a g n itu d in te n siv a c ap az de ser red u cid a. E n tr e rea lid a d y n e g a c ió n h ay u n a cad en a c o n tin u a de realid ad es y de p o sib les p e rc e p c io n e s m ás p e q u e ñ a s. T o d o c o lo r, el ro jo , p o r e je m p lo , p o se e u n g ra d o q u e , p o r in s ig n ifi­ can te q u e sea, n u n c a es el m ás p e q u e ñ o . L o m ism o o c u rre c o n el calo r, c o n el m o m e n to de la g ra v e d a d , etc. L a p ro p ie d a d d e las m a g n itu d e s en v ir tu d d e la cual n in g u n a p a rte suya es la m ás p e q u e ñ a p o sib le (o p a rte sim p le) se llam a c o n tin u id a d d e esas m a g n itu d e s. E sp a c io y tie m p o so n quanta continua p o r el h e c h o d e q u e n o p u e d e d a rse n in g u n a p a rte suya q u e n o esté c o m p re n d id a e n tre u n o s lím ites (p u n to s e in stan tes) y q u e , c o n sig u ie n te m e n te , n o c o n stitu y a , a su vez, u n esp acio o u n tie m p o . E l esp a c io só lo se c o m p o n e , p u es, de esp acio s, y el tie m p o , d e tie m p o s. P u n to s e in sta n te s n o so n m ás q u e lím ite s, esto es, p o sic io n e s q u e lim ita n esp acio y tie m p o . P e ro las p o sic io n e s p re s u p o n e n sie m p re las in tu ic io ­ nes a lim ita r o a d e te rm in a r: si p a rtim o s d e m eras p o sic io n e s o de c o m p o n e n te s q u e p u d ie ra n d a rse c o n a n te rio rid a d al esp acio o al tie m p o n o p o d re m o s c o m p o n e r n in g u n o d e los d o s. T e n ie n d o en c u e n ta q u e la sín tesis (de la im a g in a c ió n p ro d u c tiv a ) g e n e ra d o ra de esas m a g n itu d e s re p re se n ta u n p r o ­ g re s o te m p o ra l cu y a c o n tin u id a d su ele d e sig n a rse c o n el té rm ino flu ir (c o rre r), p o d e m o s ta m b ié n calificar tales m a g n itu d e s c o m o fluyentes. T o d o s los fe n ó m e n o s so n , p u e s, m a g n itu d e s c o n tin u a s, ta n to p o r lo q u e se refiere a su in tu ic ió n , en c u a n to m a g n itu d e s ex ten siv as, c o m o p o r lo q u e to c a a su m era p e rc e p c ió n (sen sa­ c ió n y, c o n sig u ie n te m e n te , re a lid a d ), en c u a n to m a g n itu d e s in ten siv as. Si se in te rru m p e la sín tesis d e los fe n ó m e n o s, te n e ­ m o s u n a g re g a d o d e m ú ltip le s fe n ó m e n o s (n o p ro p ia m e n te u n fe n ó m e n o q u e fo rm e u n quantum), u n a g re g a d o p ro d u c id o p o r la re p e tic ió n de u n a sín tesis sie m p re in aca b ad a, n o p o r

ANTICIPACIONES DE LA PERCEPCION

207

la m era p ro g r e s ió n d e u n a sín tesis p ro d u c tiv a d e c ie rto tip o . Si d e n o m in a ra 13 tále ro s u n quantum d e d in e ro , m i d e n o m in a ­ ció n sería c o rre c ta en la m e d id a en q u e e n te n d ie ra p o r ello el c o n te n id o de u n m a rc o d e p la ta fin a. E l m a rc o sí c o n stitu y e u n a m a g n itu d c o n tin u a , e n la q u e n in g u n a p a rte es la m ás p e q u e ñ a , sin o q u e cad a u n a d e ellas p o d ría ser u n a m o n e d a q u e sie m p re c o n tu v ie ra , a su vez, m a te ria p a ra m o n e d a s to d a v ía m ás p e q u e ñ a s. Si, en c a m b io , e n te n d ie ra p o r ta l d e n o m in a c ió n 13 tá le ro s re d o n d o s , c o m o o tra s ta n ta s m o n e d a s (sea el q u e sea su c o n te n id o de p la ta ), e n to n c e s sería in a d e c u a d o el e m ­ p le a r el té rm in o quantum de tá le ro s. E l n o m b re q ü e d eb ería e m p le a r e n to n c e s es el de a g re g a d o , es d ecir, n ú m e ro de m o n e - A 171 das. S in e m b a rg o , te n ie n d o e n c u e n ta q u e to d o n ú m e ro d eb e te n e r c o m o base un a u n id a d , el fe n ó m e n o c o n stitu y e , c o m o u n id a d , u n quantum y en c u a n to tal, es sie m p re u n c o n tin u o . Si to d o s los fe n ó m e n o s, ta n to c o n sid e ra d o s ex te n siv a c o m o in te n siv a m e n te , so n m a g n itu d e s c o n tin u a s, la p ro p o s i­ c ió n : « T o d o cam b io (trá n sito d e u n a cosa d e sd e u n e sta d o B 213 a o tr o ) e s 1 c o n tin u o » p o d ría ser d e m o s tra d a fá c ilm e n te y c o n e v id en c ia m atem á tic a . P e ro n o s e n c o n tra m o s c o n q u e la cau salid ad d e u n c a m b io en g e n e ra l resid e e n te ra m e n te fu era d e lo s lím ites de u n a filo so fía tra n sc e n d e n ta l y p re s u p o n e p rin c ip io s em p írico s. E n e fe c to , el e n te n d im ie n to n o n o s rev ela a p rio ri en a b s o lu to si es o n o p o sib le u n a causa q u e m o d ifiq u e el e s ta d o d e las cosas, es d ecir, q u e las d e te rm in e en se n tid o o p u e s to a u n e sta d o d a d o . N o nos lo rev ela, n o só lo p o rq u e n o ve ta l p o sib ilid a d (p u es esta v is ió n n o s falta en m u c h o s c o n o c im ie n to s a priori), sin o p o rq u e la m o d ific a b ilid a d afecta ú n ic a m e n te a ciertas d e te rm in a c io n e s d e los fe n ó m e n o s q u e só lo la ex p erien cia p u e d e m o s tra rn o s . P o r o tra p a rte , la causa de tales d e te rm in a c io n e s ha d e e n c o n tra rse en lo in m u ta b le . P e ro , d a d o q u e n o te n e m o s a h o ra a n te n o s o tro s co sa a lg u n a de q u e se rv irn o s sin o los p u ro s c o n c e p to s b ásico s d e to d a ex p erien cia p o sib le — c o n c e p to s e n los q u e n o tie n e q u e h a b e r el m e n o r e le m e n to e m p íric o — , n o p o d e m o s a n tic ip a r, sin le sio ­ n ar la u n id a d d el siste m a , la cien cia u n iv e rsa l d e la n a tu ra le z a , q u e es u n a ciencia e d ificad a so b re d e te rm in a d a s e x p erien cias A 172 básicas. N o o b s ta n te , n o n o s fa lta n p ru e b a s acerca del e n o rm e in flu jo q u e n u e s tro p rin c ip io tie n e e n o rd e n a a n tic ip a r las 1 Leyendo, con la 4.a edición original, se¡, en lugar de sein (N. del T.)

208

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

p e rc e p c io n e s e in clu so e n o rd e n a s u p lir la au se n c ia d e éstas c e rra n d o el p a so a las falsas c o n c lu sio n e s q u e p u d ie ra n d e riv a rse de tal ausencia. B 214

Si to d a realid a d en la p e rc e p c ió n 1 p o se e u n g ra d o , hay u n a in fin ita escala d e g ra d o s sie m p re m e n o re s e n tr e él y la n e g a c ió n . Ig u a lm e n te 12, si cad a s e n tid o d e b e te n e r u n d e te rm in a d o grado- de re c e p tiv id a d d e las sen sa c io n e s, n o es p o sib le p e rc e p c ió n ni, p o r ta n to , ex p e rie n c ia n in g u n a , q u e p re s e n te u n a falta a b so lu ta d e re a lid a d fe n o m é n ic a 3, sea in m e ­ d iata, sea m e d ia ta (in d e p e n d ie n te m e n te d e los ro d e o s q u e se d e n e n el ra z o n a m ie n to ). E s d e c ir, n u n c a p o d e m o s d e riv a r p ru e b a a lg u n a de u n esp acio o d e u n tie m p o v acío s a p a rtir d e la ex p erien cia. L a ra z ó n está en q u e , en p rim e r lu g a r, la m ism a falta a b so lu ta d e re a lid a d en la in tu ic ió n sen sib le n o p u e d e ser p e rc ib id a y, en s e g u n d o lu g a r, n o p o d e m o s in ferirla d esd e n in g ú n fe n ó m e n o n i d e la d ife re n c ia d e g ra d o de su re a lid a d , c o m o ta m p o c o p o d e m o s su p o n e rla p a ra ex p lic a r esa re a lid a d . E n efec to , in c lu so en el caso d e q u e to d a la in tu ic ió n de u n esp a c io o d e u n tie m p o d e te rm in a d o s sea real d e u n e x tre m o a o tr o (es d e c ir, in c lu so si n in g u n a p a rte de la in tu ic ió n está vacía), tie n e q u e h a b e r in fin ito s g ra d o s d ife re n te s q u e o c u p e n el esp acio o el tie m p o , ya q u e cada re a lid a d p o see su g ra d o , u n g ra d o q u e es capaz d e d is m in u ir, A 173 p a sa n d o p o r in fin ito s escalo n es, h a sta la n ad a (v acío ), q u e d a n d o in a lte ra d a la m a g n itu d ex te n siv a d el fe n ó m e n o . L a m a g n itu d in te n siv a tie n e q u e p o d e r ser m a y o r o m e n o r en d ife re n te s fe n ó m e n o s, a u n q u e la m a g n itu d e x te n siv a d e la in tu ic ió n sea igual. B 215

V eam o s u n eje m p lo . A l p e rc ib ir u n a g ra n d iferen cia en la c a n tid a d de d is tin ta s clases d e m a te ria q u e p o se e n el m ism o v o lu m e n (ya sea d e b id o al m o m e n to d e g ra v e d a d o p e so , ya sea d e b id o al m o m e n to d e resisten cia fre n te a o tra s m a terias en m o v im ie n to ), casi to d o s los físicos c o n c lu y e n u n á ­ n im e m e n te q u e tal v o lu m e n (m a g n itu d ex te n siv a d e lo s fe n ó m e ­ nos) tie n e q u e esta r v ac ío e n to d a s las m a te ria s, si b ie n en d is tin to g ra d o . ¿ Q u ié n h u b ie ra p e n sa d o q u e esos físico s, d e d ic a ­ d o s la m ay o ría d e ellos a las m a te m á tic a s y a la m ecán ica, n o b asan su c o n c lu s ió n m ás q u e e n u n su p u e s to m etafísico , 1 a lie R e a /it á t in d er W a h r m h m u n g . 2 Leyendo, con E rdm ann, ebensow obl , en vez de g le ich w o h l (N. del T.) 3 einen gan stficb en M a n g e l a lie s R e a le n in d er E rscb ein n n g

ANTICIPACIONES DE LA PERCEPCION

209

u n su p u e s to q u e ta n to p re te n d e n e v ita r? S u p o n e n , en efecto , q u e lo real en el esp acio (n o lo lla m a ré a q u í im p e n e tra b ilid a d o p eso p o rq u e e sto s so n c o n c e p to s e m p íric o s) es en todas partes uniforme y q u e só lo p u e d e d is tin g u irs e en v irtu d d e la m a g n itu d ex ten siv a, es d ecir, d e la c a n tid a d . A esta h ip ó te sis, q u e ellos n o p u e d e n fu n d a m e n ta r en la e x p e rie n c ia y q u e es, p o r ta n to , m e ra m e n te m etafísica, o p o n g o yo u n a p ru e b a tra sc e n d e n ta l, u na p ru e b a q u e n o p re te n d e ex p lic a r la d iferen cia en la o c u p a ­ c ió n d e esp acio s, p e ro q u e elim in a p o r c o m p le to la su p u e sta necesid ad d e esa h ip ó te sis se g ú n la cual n o se p u e d e ex p licar dich a d iferen cia sin o s u p o n ie n d o esp acio s v acíos. La p ru e b a tra sc e n d e n ta l p o se e , a d e m á s, el m é rito d e d e ja r en lib e rta d al e n te n d im ie n to p a ra p e n sa r d e o tr o m o d o tal d ife re n c ia , en el caso de q u e la ex p lic a c ió n física h iciera necesaria a lg u n a h ip ó te sis en re lació n c o n este p ro b le m a . E n efecto , v e m o s así q u e , si b ien espacio s ig u ales p u e d e n e sta r c o m p le ta m e n te o c u p a d o s p o r d istin ta s m a te ria s, d e m o d o q u e en n in g u n o d e ellos 1 q u e d a u n p u n to sin m a te ria , cada rea lid a d p o see — al tie m p o q u e c o n se rv a su c u a lid a d — u n g ra d o (de resisten cia o de p eso ) q u e , sin q u e d ism in u y a su m a g n itu d e x te n siv a , p u e d e ser cada vez m ás p e q u e ñ o , en una g ra d a c ió n hasta el in fin ito , a n tes d e q u e la cu a lid a d p ase al v ac ío y d esap arezca. A sí, u na d ila ta c ió n q u e o c u p e u n e sp acio , p o r e je m p lo el c a lo r, al igual q u e c u a lq u ie r o tra re a lid a d (fe n o m é n ic a ), p u e d e d is m in u ir g ra d u a lm e n te h asta el in fin ito sin d e ja r vacía la m e n o r p o rc ió n d e ese e sp a c io , ya q u e in c lu so c o n esta d is m in u ­ c ió n de g ra d o p u e d e o c u p a r el e sp a c io d e la m ism a fo rm a en q u e lo hace o tr o fe n ó m e n o c o n u n g ra d o m a y o r. N o p re te n d o so s te n e r q u e e sto es lo q u e o c u rre c o n la d iferen cia de m aterias en v irtu d d e su p e so esp ecífico . P re te n d o sim p le ­ m e n te m o s tra r, p a rtie n d o d e u n p rin c ip io d el e n te n d im ie n to p u r o , q u e la n atu ra le z a d e n u e stra s p e rc e p c io n e s p o sib ilita se m ejan te tip o d e ex p lic a c ió n y q u e se y erra al s u p o n e r la realid ad fe n o m é n ic a c o m o ig u al e n v irtu d d e su g ra d o y c o m o d is tin ta en v ir tu d sim p le m e n te d e la a g re g a c ió n y d e la m a g n i­ tu d ex ten siv a de ésta, q u e se y erra c u a n d o se p re té n d e in c lu so a firm a r esto a priori b a sá n d o se en u n p rin c ip io del e n te n d i­ m ien to . D e to d a s fo rm a s, esta a n tic ip a c ió n d e la p e rc e p c ió n sie m p re en c ie rra e n sí a lg o s o r p re n d e n te p ara u n in v e s tig a d o r 1 Leyendo, con Erdmann, ihnett, en lugar de beiden (N. del T.)

A 174

B 216

A 175

B217

210

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

q u e se haya h a b itu a d o a la re fle x ió n tr a s c e n d e n ta l1 y q u e , p o r ello m ism o , se hay a v u e lto c irc u n sp e c to . S u rg e n , en e fe c to , a lg u n as reserv as so b re la p o sib ilid a d d e q u e el e n te n d im ie n to a n tic ip e 123 u n p rin c ip io c o m o el d e l g ra d o d e to d o lo real fe n o m é n ic o y, c o n sig u ie n te m e n te , c o m o el d e la p o s ib ilid a d de la d iferen cia in te rn a de la m ism a se n sa c ió n , h a c ie n d o a b s tra c ­ c ió n de su cu alid ad em p íric a . P o r ello n o es su p e rflu o el re s o lv e r la c u e s tió n acerca d e c ó m o p u e d e el e n te n d im ie n to e fe ctu ar a p rio ri en u n c ia d o s re la tiv o s a lo s fe n ó m e n o s y acerca de c ó m o p u e d e in clu so a n tic ip a r tales fe n ó m e n o s en u n te rre n o — el de la sen sació n — q u e es p ro p ia y m e ra m e n te e m p íric o . L a cualidad d e la se n sa c ió n sie m p re es m e ra m e n te e m p íri­ ca. N o p o d e m o s re p re se n ta rla a p rio ri (p o r e je m p lo , c o lo re s, g u s to , etc.). P e ro lo real c o rre s p o n d ie n te a las sen sa c io n e s en g e n e ra l só lo re p re se n ta , e n o p o s ic ió n a la n e g a c ió n = O , a lg o c u y o c o n c e p to c o n tie n e e n sí u n ser y n o sig n ific a m ás A 176 q u e la sín tesis realizad a en u n a c o n c ie n c ia e m p íric a en g en e ra l. La co n cie n cia em p íric a p u e d e , e fe c tiv a m e n te , c recer en el s e n ti­ d o in te rn o d esd e 0 h asta c u a lq u ie r g ra d o , de fo rm a q u e una m ism a m a g n itu d ex te n siv a d e u n a in tu ic ió n (p o r e je m p lo , u n a su p erficie ilu m in ad a) p ro v o q u e u n a se n sa c ió n ta n g ra n d e c o m o u n a g re g a d o de m u ch a s su p erfic ie s m e n o s ilu m in ad as. P o d e B 218 m o s, p u e s, p re s c in d ir p o r c o m p le to d e la m a g n itu d ex te n siv a del fe n ó m e n o y, n o o b sta n te , re p re se n ta rn o s en la m era se n sa ­ c ió n , en u n m o m e n to , u n a sín tesis d el c re c im ie n to u n ifo rm e d esd e 0 h asta la co n cie n c ia e m p íric a d ad a. C o n sig u ie n te m e n te , a u n q u e to d a se n sació n se da só lo , en c u a n to ta l, a posterioriz , el h e c h o de q u e ta l sen sa c ió n p o sea u n g ra d o p u e d e ser c o n o c i­ d o a priori. E s c u rio so q u e de las m a g n itu d e s en g e n e ra l só lo p o d a m o s c o n o c e r a p rio ri u n a ú n ic a cualidad, a sab e r, la c o n tin u id a d , m ie n tra s q u e d e to d a c u a lid a d (lo real d e los fe n ó m e n o s) n o p o d e m o s c o n o c e r a priori m ás q u e la cantidad in te n siv a , es d ecir, el q u e p o se a n u n g ra d o . T o d o lo d em ás q u e d a p a ra la experien cia.

1 Leyendo, con E rdm ann, d er tra nsipendentalen Ü b e r h g u n g , en vez de sim ­ plem ente der tra n s ^e n d e n ta le n (N. del T.) 2 A ñadiendo, con V alentiner, a n ti^ ip ie r e n k d tin e (N. del T.) 3 Leyendo, con Mellin, p o s te r io r i », en vez de « a p r /o r it, (N. del T.)

ANALOGIAS DE LA EXPERIENCIA

211

3 A N A L O G IA S D E LA E X PE R IE N C IA 1

S u principio es: la experiencia sólo es posible mediante la representación de una necesaria conexión de las percepciones [Prueba La e x p e r ie n c ia es u n c o n o c im ie n to e m p íric o , es d ecir, u n c o n o c im ie n to q u e d e te rm in a u n o b je to m e d ia n te p e rc e p c io ­ nes. C o n siste, p u e s , en un a síntesis de p e rc e p c io n e s, p e ro una síntesis q u e n o se h a lla c o n te n id a en la p e rc e p c ió n , sino q u e c o n tie n e en u n a c o n c ie n c ia la u n id a d sin tética d e la d iv ersid ad de tal p e rc e p c ió n . E s t a u n id a d sin té tic a c o n stitu y e lo esencial del c o n o c im ie n to d e los objetos d e los se n tid o s, es d ecir, de la ex p erien cia (n o s ó lo d e la in tu ic ió n o se n sació n de los B219 sen tid o s). L as p e r c e p c io n e s se ju n ta n en la ex p erien cia de m o d o p u ra m e n te a c c id e n ta l, de fo rm a q u e n o im p lican la n ecesidad de q u e s e c o n e c te n . N i p u e d e n im p licarla, ya q u e la a p re h e n s ió n c o n s i s t e sim p le m e n te en ju n ta r lo d iv e rso de la in tu ic ió n e m p í r i c a , p e ro n o hay en ella re p re se n ta c ió n a lg u n a de la necesid ad d e enlazar en el esp acio y en el tie m p o la existencia d e los f e n ó m e n o s q u e u n e. A h o ra b ie n , la experiencia es u n c o n o c im ie n to de los o b je to s p o r m ed io d e p ercep cio n es y, c o n s ig u ie n te m e n te , la re lació n e n tre lo d iv e rso ha d e ser re p re se n ta d a en e l l a tal c o m o es o b je tiv a m e n te en el tie m p o , n o tal c o m o es j u n t a d a en el tie m p o , q u e , a su vez, no p u ed e ser p e rc ib id o . D e a h í q u e la d e te rm in a c ió n de la existencia de los o b je to s en e l tie m p o só lo p u e d a o c u rrir m e d ia n te su c o m b in a c ió n en e l tie m p o en g e n e ra l y, c o n sig u ie n te m e n te , só lo m e d ia n te c o n c e p t o s q u e lo s c o n e c te n a priori. A sí, p u e s, te n ie n d o en c u e n t a q u e esto s c o n c e p to s c o n lle v a n sie m p re

1 [E p íg ra fe s e n A :]

l a s

analogías

de

la

experiencia

Su principio es: tcfdos los fenómenos se hallan sometidos a priori, en lo que a su existencia se refiere, a las reglas que determinan su relación mutua en un tiempo dado.

A 177

212

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

n ecesid ad , la ex p erien c ia só lo es p o sib le m e d ia n te u n a re p re s e n ­ ta c ió n d e la fo rz o sa c o n e x ió n d e las p e rc e p c io n e s.] L os tre s m o d o s del tie m p o s o n : permanencia, sucesión y simultaneidad. P a ra to d a s las re la c io n e s te m p o ra le s d e los fe n ó m e n o s h a b rá , p u e s, tre s reg la s en v ir tu d d e las cuales p o d rá d e te rm in a rs e la ex isten cia d e cada, u n o d e ellos c o n re sp e c to a la u n id a d d e to d o tie m p o . E sta s tre s reg las p re c e d e ­ rá n a to d a e x p e rien c ia y se rá n las q u e la h a g a n p o sib le . B 220 E l p rin c ip io g e n e ra l d e las tre s an a lo g ía s se basa en la necesaria unidad d e a p e rc e p c ió n c o n re s p e c to a to d a c o n c ie n ­ cia em p írica (de la p e rc e p c ió n ) p o sib le en todo tiempo. Se b asa, p u es — te n ie n d o e n c u e n ta q u e la u n id a d d e a p e rc e p c ió n su b y a ­ ce a priori— , e n la u n id a d sin té tic a d e to d o s lo s fe n ó m e n o s, p o r lo q u e a su re la c ió n te m p o ra l c o n c ie rn e . E n e fe c to , la a p e rc e p c ió n o rig in a ria se refiere al s e n tid o in te rn o (al c o n ju n to de to d a s las rep re se n ta c io n e s). Se re fie re a prio ri a la fo rm a del m ism o , es d ecir, a la re la c ió n te m p o ra l d e la c o n cie n cia em p íric a d iv e rsa . T o d a esta d iv e rsid a d tie n e q u e ser u n ific a d a en la a p e rc e p c ió n o rig in a ria d e a c u e rd o c o n su s re lacio n es d e tie m p o . E n efe c to , e sto es lo q u e sig n ifica la u n id a d tra s c e n ­ d e n tal a p rio ri d e la a p e rc e p c ió n , a la q u e se so m e te c u a n to haya de p e rte n e c e r a m i c o n o c im ie n to (es d e c ir, a m i c o n o c i­ m ie n to u n ific a d o ) y, c o n sig u ie n te m e n te , c u a n to p u e d a c o n v e r­ tirse en o b je to p a ra m í. E sta unidad sintética en la re la c ió n te m p o ra l de to d a s las p e rc e p c io n e s, relación que se halla determina­ da a priori, c o n stitu y e el p rin c ip io s e g ú n el cual to d a s las A 178 d e te rm in a c io n e s e m p íric a s te m p o ra le s d e b e n e sta r so m e tid a s a las reg las d e d e te rm in a c ió n u n iv e rsa l d el tie m p o . L as a n a lo ­ gías de la e x p e rien cia , d e las q u e q u e re m o s tra ta r a h o ra , d e b e n ser reg las d e este tip o . E s to s p rin c ip io s tie n e n la p a rtic u la rid a d d e q u e n o se re fie re n a lo s fe n ó m e n o s ni a la sín tesis d e su in tu ic ió n em p íric a , sin o sim p le m e n te a la existencia d e tales fe n ó m e n o s y a la relación q u e g u a rd a n e n tre sí c o n re s p e c to a esa su ex istencia. A h o ra b ie n , el m o d o se g ú n el cual a p re h e n d e m o s a lg o en B 221 el fe n ó m e n o p u e d e e sta r d e te rm in a d o a prio ri de tal fo rm a , q u e la reg la d e la sín tesis d e ese m ism o fe n ó m e n o p u e d a su m in istra r, e sto es, p u e d a , a la vez, p ro d u c ir esa in tu ic ió n a p rio ri en c u a lq u ie r e je m p lo q u e se p re s e n te e m p íric a m e n te . P e ro la ex isten cia d e lo s fe n ó m e n o s n o p u e d e ser c o n o c id a a p rio ri y, a u n q u e p u d ié s e m o s lle g a r p o r e ste c a m in o a in fe rir a lg u n a e x isten cia, n o la c o n o c e ría m o s d e fo rm a d e te rm in a d a ,

ANALOGIAS DE LA EXPERIENCIA

213

es d ecir, n o seríam os capaces d e a n tic ip a r a q u e llo en v irtu d de lo cual su in tu ic ió n em p íric a se d is tin g u iría d e las d em ás. L os d o s p rin c ip io s q u e lla m é an tes m a te m á tic o s — p o r justificar la ap licació n de las m a te m á tic a s a lo s fe n ó m e n o s— se referían a los fe n ó m en o s se g ú n su m era p o sib ilid a d y e n se ñ a ­ ban la m an era se g ú n la cual p o d ía n ésto s ser p ro d u c id o s, ta n to en lo re fe re n te a su in tu ic ió n c o m o e n lo to c a n te a lo real de su p e rc e p c ió n , d e a c u e rd o c o n las reg las d e u n a síntesis m atem ática. T a n to si a c u d im o s a u n o c o m o al o tr o de estos p rin c ip io s, p o d e m o s , p u e s , e m p le a r las m a g n itu d e s n u m éricas y, co n éstas, las d e te rm in a c io n e s del fe n ó m e n o e n A 179 c u a n to m a g n itu d . A sí, p o r e je m p lo , p o d ré fo rm a r y d e te rm in a r a priori, es d ecir, p o d ré c o n s tru ir, el g ra d o de las sen sacio n es de la luz so lar c o n unas 200.000 ilu m in a c io n e s lu n ares. P o d e ­ m os, p u es, d e n o m in a r c o n stitu tiv o s a esto s p rim e ro s p rin c ip io s. E l caso tien e q u e ser c o m p le ta m e n te d is tin to c o n los p rin c ip io s q u e hay an de re g u la r a prio ri la ex istencia de los fe n ó m e n o s. E n efecto , d a d o q u e n o p o d e m o s c o n s tru ir tal existencia, esos p rin c ip io s se re fe rirá n ú n ic a m e n te a la re la c ió n B 222 de la existencia y n o p o d rá n su m in istra r p rin c ip io s reguladores. A q u í n o p o d e m o s p en sar, p u e s, n i en ax io m as, ni en a n tic ip a c io ­ nes. Se trata sim p lem e n te de q u e , al d á rse n o s una p e rc e p ­ ció n se g ú n una relació n te m p o ra l c o n o tra (a u n q u e esta o tra sea in d e term in ad a), n o p o d re m o s e stab lecer a priori cuál sea esta o tra ni de qué magnitud. P o d re m o s estab lecer só lo c ó m o e s ­ ta últim a p e rc e p c ió n se halla, e n su ex isten cia, n e c esariam en te ligada a la p rim e ra en este m o d o te m p o ra l 1 . Las an alo g ías sig n ifican en la filosofía a lg o m uy d is tin to de lo q u e re p re se n ta n en las m atem áticas. E n éstas c o n stitu y e n fó rm u la s q u e ex p resan la ig u ald ad de d o s relaciones c u a n tita tiv a s y so n siem p re consti­ tutivas; d e fo rm a que, dad o s tre s m ie m b ro s de la p ro p o rc ió n , se da tam b ién el cu a rto , es d e c ir, p u ed o co n stru irlo . E n filosofía, en cam bio, la an alo g ía n o es la igu ald ad de dos relaciones cuantitativas, sin o la d e d o s relaciones cualitativas. E s u n a igualdad en la que, dados tres m iem b ro s, p u ed o sim ple- A ixo m e n te c o n o c e r e in d ic a r a p riori la relación c o n u n c u a rto m iem b ro , p ero n o co n o c e r este cuarto miembro d irectam en te. L o que sí po seo es u n a regla p a ra b u scarlo e n la ex p erien cia y u n a característica p a ra d escu b rirlo e n ella. C o n sig u ien tem en te,

1

in d ie se m m odo der Z e i t

214

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

la analo g ía de la ex p erien cia c o n s titu irá só lo u n a reg la en v irtu d d e la cual su rg irá de las p e rc e p c io n e s la u n id a d de la experiencia, n o el m o d o se g ú n el q u e se p ro d u c irá la p e rc e p ­ c ió n m ism a c o m o in tu ic ió n e m p íric a en g en eral. C o m o p rin c i­ p io de los o b je to s (de los fe n ó m e n o s), esta reg la p o se e rá u n B 223 v a lo r m era m e n te regulador, n o constitutivo. L o m ism o p u e d e decirse d e los p o stu la d o s del p e n sa m ie n to e m p íric o e n g en eral, los cuales se re fieren c o n ju n ta m e n te a la síntesis de la m era in tu ic ió n (de la fo rm a del fe n ó m e n o ), d e la p e rc e p c ió n (de la m ateria d e ésta) y de la ex p erien cia (de la re la c ió n de esas p e rcep cio n es), en el se n tid o de q u e tales p o stu la d o s so n sim ples p rin c ip io s re g u la d o re s, d istin to s d e los m a te m á tic o s, q u e so n c o n stitu tiv o s. La d istin c ió n n o resid e en la certeza, q u e se halla sen tad a a priori e n am bas clases de p rin c ip io s, sin o en el tip o de ev id en c ia, es decir, en la n a tu raleza in tu itiv a de la m ism a y, c o n sig u ie n te m e n te , ta m b ié n e n el tip o de d e m o s tra ­ ción. L o q u e h em o s d ic h o en relació n c o n to d o s los p rin c ip io s y d e b em o s hacer n o ta r a q u í de fo rm a especial es lo sig u ie n te : q u e estas an alogías p o se e n v alidez y sig n ificació n ú n ic a y e x clu ­ siv am en te c o m o p rin c ip io s del u so e m p íric o d el e n te n d im ie n to , A 181 n o c o m o p rin c ip io s de su u so tra sc e n d e n ta l; c o n sig u ie n te m e n ­

te, só lo p u e d e n ser d e m o stra d a s e n c u a n to tales p rin c ip io s e m p íric o s; q u e los fen ó m e n o s n o d e b e n ser su b su m id o s bajo las cate g o rías sin m ás, sin o sim p le m e n te b ajo sus esquem as. E n efecto, si los o b je to s a los q u e h an de referirse esto s p rin c ip io s fu esen cosas e n sí m ism as, n ada p o d ría m o s c o n o c e r d e ellas sin té tic a m e n te a priori. P e ro n o so n m ás q u e fe n ó m e n o s cuyo c o n o c im ie n to p le n o (al q u e , e n d e fin itiv a , h a n d e ir a p a ra r to d o s los p rin c ip io s a priori) es sim p le m e n te la e x p e rie n ­ cia p o sib le. E n co n se c u e n c ia , d ic h o s p rin c ip io s n o p u e d e n B 224 te n e r o tr o o b je tiv o q u e el de se rv ir de c o n d ic io n e s de la u n id ad del c o n o c im ie n to e m p íric o e n la sín tesis de los fe n ó m e ­ nos. P e ro esta síntesis só lo es p e n sa d a en el esq u em a del c o n c e p to p u ro del e n te n d im ie n to . L a c a te g o ría incluye la f u n ­ ció n , q u e n o se halla re s trin g id a p o r n in g u n a c o n d ic ió n sen si­ ble, de la u n id a d — en c u a n to sín tesis g e n e ra l— del esq u e m a 1 . M ed ian te esto s p rin c ip io s p o d re m o s, p u e s, en lazar los fe n ó m e ­ nos co n la u n id a d lóg ica y u n iv e rsa l d e los c o n c e p to s, p e ro 1 Leyendo, de acuerdo con Kehrbach, dessen, en vez de deren (N. del T.)

PRIMERA ANALOGIA

215

só lo se g ú n u n a an alo g ía . P o r ello p o d re m o s ig u a lm e n te s e r v ir­ nos d e la c a te g o ría en el p rin c ip io m ism o , p e ro en su realizació n (en su aplicació n a los fe n ó m e n o s) su s titu ire m o s la c a te g o ría 1 p o r el esq u em a d e ésta c o m o clav e de su u so , o m ás bien lo p o n d re m o s , c o m o c o n d ic ió n re s tric tiv a , al la d o de la c a te g o ­ ría c o n el n o m b re de fó rm u la d e la m ism a.

A P

r im e r a

A 182

A

n a l o g ía

PRINCIPIO DE LA PERMANENCIA ¡DE LA SUSTANCIA] E « todo cambio de los fenómenos permanece la sustancia, y el quantum de la misma no aumenta ni disminuye en la naturalezaA PruebaAA T o d o s AAA los fe n ó m e n o s se h allan e n el tie m p o . S ólo en éste, c o m o su s tra to (co m o fo rm a p e rm a n e n te d e la in tu ic ió n in tern a) p o d e m o s re p re se n ta r ta n to la simultaneidad c o m o la sucesión. A sí, p u e s, el tie m p o , en el cual h e m o s de p e n sa r to d a m o d ificació n de los fe n ó m e n o s, p e rm a n e c e y n o cam b ia, ya q u e fo rm a el su s tra to del cual la su ce sió n y 12 la sim u lta n e id a d B 225 re p re se n ta n m eras d ete rm in a c io n e s. A h o ra bien , c o m o n o p o d e ­ m os p e rc ib ir el tie m p o p o r sí m ism o , h a b rá q u e e n c o n tra r en los o b je to s de la p e rc e p c ió n , es d ecir, en los fe n ó m e n o s, el su s tra to q u e rep re se n te el tie m p o en g e n e ra l y q u e n o s

A [ A : ] Todos los fenómenos contienen lo permanente (sustancia) como el objeto mismo y lo mudable como mera determinación suya, es decir, como un modo según el cual existe el objeto. AA [A :] Prueba de esta primera analogía. AAA [ T e x t o d e A e n l u g a r d e l p á r r a f o « T o d o s l o s f e n ó m e n o s . . . e n l a n a ­ tu ra le z a » :] T o d o s lo s f e n ó m e n o s s e h a lla n e n e l tie m p o . E s te p u e d e d e te r m in a r la r e l a c i ó n s e g ú n l a c u a l

multáneos. E n e l c o m o amplitud.

1 L eyendo,

des ersteren 2

existen

d e u n a d o b le fo rm a : c o m o

p r i m e r c a s o , c o n s i d e r a m o s el t ie m p o c o m o

con

M ax

M ü lle r,

deren... der ersteren,

sucesivos o serie; e n el

en

lu g a r

(N . d e l T .)

L ey en d o , co n E rd m an n ,

und,

en vez de

oder

(N . d el T .)

com o

si­

segundo,

de

dessen.,

216

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

sirv a de p u n to d e referen cia al q u e re m itir to d o c a m b io o sim u ltan eid ad p e rc ib id o s en la a p re h e n s ió n a tra v é s d e la re la ­ c ió n d e los fe n ó m en o s. A h o ra b ie n , el su s tra to d e to d o lo real, es d ecir, lo p e rte n e c ie n te a la ex isten cia d e las cosas, es la su sta n c ia : c u a n to p e rte n e c e a la ex isten cia só lo p u e d e ser p e n sa d o c o m o d e te rm in a c ió n de la su stan cia. E n c o n se c u e n ­ cia, lo p e rm a n e n te , ú n ic o fa c to r q u e n o s p e rm ite d e te rm in a r to d a s las relacio n es te m p o ra le s,d e lo s fe n ó m e n o s es la su sta n c ia en la esfera del fe n ó m e n o 1, es d e c ir, lo real d el m ism o , lo q u e p e rm an ece siem p re id é n tic o en c u a n to s u s tra to d e to d o cam b io . C o m o esta su stan cia n o p u e d e , p u e s, c a m b ia r e n su existencia, ta m p o c o p u e d e a u m e n ta r ni d is m in u ir su quantum en la natu raleza. N u e stra aprehensión de lo d iv e rso del fe n ó m e n o es siem p re sucesiva y, c o n sig u ie n te m e n te , c a m b ia n te . P o r m e d io d e ella sola n u n ca p o d e m o s , p u e s, d e te rm in a r si tal d iv e rsid a d , en c u a n to o b je to de la ex p erien cia, es sim u ltá n e a o sucesiva. H ace falta p ara ello q u e la e x p erien cia p o se a c o m o base a lg o q u e B 226 exista siempre, es d ecir, alg o durable y permanente cu y o cam b ia r o co ex istir n o fo rm e sin o o tra s ta n ta s m o d a lid a d e s (m o d o s te m p o rales) se g ú n las cuales ex iste lo p e rm a n e n te . Las re la c io ­ nes de tie m p o só lo so n , p u e s, p o sib le s d e sd e lo p e rm a n e n te (ya q u e n o hay m ás relacio n es d e este tip o q u e las d e sim u lta n e iA 183 d ad y las de su c e sió n ); es d e c ir, lo permanente es el su s tra to d e la re p re se n ta c ió n e m p írica d el tie m p o m ism o . U n ic a m e n te a p a rtir de este s u s tra to es p o sib le la d e te rm in a c ió n te m p o ra l. C o m o c o n sta n te c o rre la to d e to d a ex isten cia de lo s fe n ó m e n o s, d e to d o cam b io y de to d a c o n c o m ita n c ia , la p e rm a n e n c ia e x p re ­ sa el tiem p o . E n efecto , el c a m b io n o afecta al tie m p o m ism o , sin o sim p lem en te a los fe n ó m e n o s en el tie m p o (c o m o la sim u ltan eid ad n o c o n stitu y e ta m p o c o u n m o d o del tie m p o m ism o . Las p a rte s d e éste n o s o n , en c u a n to tales, sim u ltán eas, sin o q u e so n to d a s sucesivas). Si q u isié ra m o s asig n a r al tie m p o m ism o u n a secuencia, d e b e ría m o s p e n sa r o tr o tie m p o en el q u e ella fu era p o sib le . La existencia se g ú n d iferen tes p artes de la serie te m p o ra l só lo p u e d e a d q u irir una magnitud a tra v é s de lo p e rm a n e n te . E sta m a g n itu d re c ib e el n o m b re de duración. E n efecto, es en la sim p le secu en cia d o n d e la existencia está siem p re d e sa p a re c ie n d o y v o lv ie n d o a ap arecer, sin q u e jam ás p o sea la m e n o r m a g n itu d . Si p re s c in d im o s d e lo p e rm a n e n te , 1

óie Substans^ in óer E jsc b e in u n g

PRIMERA ANALOGIA

217

n o hay, p u e s, relació n te m p o ra l alg u n a . A h o ra b ien , d a d o q u e n o p o d e m o s p e rc ib ir el tie m p o e n sí m ism o , ese e le m e n to p e rm a n e n te q u e hay en los fe n ó m e n o s c o n stitu y e el su s tra to d e to d a relació n d e tie m p o y, c o n s ig u ie n te m e n te , la c o n d ic ió n d e p o sib ilid a d d e to d a u n id a d sin té tic a d e las p e rc e p c io n e s, B227 es d ecir, d e la experien cia. D e sd e tal e le m e n to p e rm a n e n te hay q u e c o n sid e ra r to d a ex isten cia y to d o c a m b io en el tie m p o c o m o u n sim p le m o d o de la ex isten cia d e aq u e llo q u e d u ra y p erm an ece. L o p e rm a n e n te es, p u e s, en to d o s los fe n ó m e n o s, el o b je to m ism o , es d e c ir, la su sta n c ia (F e n ó m e n o ), m ie n tra s q u e to d o lo q u e cam b ia o p u e d e c a m b ia r p e rte n e c e ú n ic a m e n te A 184 al m o d o se g ú n el cual esa su sta n c ia o esas su stan cias existen y, c o n s ig u ie n te m e n te , a sus d e te rm in a c io n e s. V eo q u e n o ha sid o só lo el filó so fo q u ie n ha su p u e s to , y s u p o n d rá sie m p re c o m o a lg o fu e ra d e to d a d u d a , esa p e rm a ­ nencia c o m o s u s tra to d e to d o c a m b io de los fe n ó m e n o s, sin o in clu so el e n te n d im ie n to o rd in a rio . L o q u e o c u rre es q u e el filó so fo se expresa c o n m a y o r p re c isió n al d e c ir q u e b ajo to d a s las m o d ificacio n e s d ad as en el m u n d o p e rm a n e c e la sustancia, y so n só lo los accidentes lo s q u e cam b ian . N o veo, en c a m b io , ni q u e se in te n te siq u ie ra p ro b a r esta p ro p o s ic ió n tan sintética. E s m ás, raras veces se h alla, c o m o le c o rre sp o n d e , a la cabeza d e las leyes p u ra s y p le n a m e n te a p rio ri d e la n atu raleza. D e h e c h o , la p ro p o s ic ió n : «La su stan cia perm an ece» es ta u to ló g ic a . E n efecto , la ú n ica ra z ó n d e q u e a p liq u e m o s la c a te g o ría d e sustancia al fe n ó m e n o es esta p e rm a n e n c ia , p e ro te n d ría m o s q u e h a b e r p ro b a d o q u e hay a lg o p e rm a n e n te en to d o s los fe n ó m e n o s y q u e lo q u e hay d e c a m b ia b le en ese alg o es só lo una d e te rm in a c ió n d e su existen cia. A h o ra b ien , sem ejan te p ru e b a n u n c a p o d e m o s efectu arla d o g m á tic a ­ m en te, es d e c ir, a p a rtir de c o n c e p to s, ya q u e afecta só lo B 228 a u n a p ro p o s ic ió n sin tética a priori. P o r o tra p a rte , jam ás se a d v irtió q u e estas p ro p o s ic io n e s só lo p o se e n validez en relació n c o n la experien cia p o sib le y q u e , c o n sig u ie n te m e n te , só lo p u e d e n ser d e m o stra d a s d e d u c ié n d o la s de la p o sib ilid a d d e esta últim a. N a d a tien e, p u e s, d e so rp re n d e n te el q u e d ic h o A 185 p rin c ip io haya sid o p u e sto c o m o fu n d a m e n to de to d a e x p e rie n ­ cia (ya q u e se siente su n ecesid ad en el c o n o c im ie n to e m p íric o ) y q u e , sin e m b a rg o , jam ás haya sid o p ro b a d o . Se p re g u n tó a u n filó so fo c u á n to p esa b a el h u m o . R es­ p o n d ió él: «R éstese d el p e so d e la m ad era q u e m a d a el de la ceniza q u e ha d e ja d o y se o b te n d rá el p e so del h u m o .»

218

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

El filó so fo asum ía, p u e s, c o m o s u p u e s to in d isc u tib le q u e , in c lu ­ so en el fuego, la m a te ria (su stan cia) n o d esap a re c ía , sin o q u e sim plem ente se m o d ificab a su fo rm a . D e ig u al m o d o , la p ro p o sic ió n : « N ad a su rg e d e la nada» n o es m ás q u e o tra consecuencia del p rin c ip io de la p e rm a n e n c ia , o m ás b ien , de la perpetua existen cia de u n v e rd a d e ro su je to d e los fe n ó m e ­ nos. E n efecto, si lo q u e lla m a m o s su sta n c ia en los fe n ó m e n o s ha de co n stitu ir el s u s tra to p ro p io d e to d a d e te rm in a c ió n te m ­ p o ra l, tenem os q u e p o d e r d e te rm in a r ú n ica y ex c lu siv a m e n te d esd e él toda existencia, ta n to e n el p a sa d o c o m o en el fu tu ro . D e ahí que sólo p o d a m o s d a r a u n fe n ó m e n o el n o m b re de sustancia p o rq u e p o stu la m o s su ex isten cia in cesan te, lo B 229 cual n o queda bien e x p re sa d o p o r el té rm in o « p erm an en cia» , q u e se refiere m ás b ie n al fu tu ro . Sin e m b a rg o , la necesidad in te rn a de p erm an ecer va in se p a ra b le m e n te lig a d a a la n ecesid ad A 186 de h a b e r sido siem p re. P o r ello p o d e m o s d e ja r así la ex p re sió n . Gigni de nihilo nihil; in nihilum nilposse revertí e ra n d o s p ro p o s ic io ­ nes q u e los a n tig u o s u n ía n d e fo rm a in d iso lu b le y q u e hoy so n de vez en c u a n d o sep arad as e q u iv o c a d a m e n te , p o r creerse q u e se refieren a cosas en sí m ism as y q u e la p rim e ra p o d ría o p o n e rs e a la d e p en d e n c ia del m u n d o (in clu so en lo q u e se refiere a su su stan cia) re s p e c to d e u n a cau sa p rim e ra . E llo c o n stitu y e una p re o c u p a c ió n su p e rflu a , ya q u e se tra ta só lo de fe n ó m en o s en el ca m p o d e la ex p erien cia, cuya u n id a d n u n ca sería p o sib le si a d m itié ra m o s q u e se p ro d u c e n cosas n u ev as (en c u a n to a la su stan cia). E n efecto , en este ú ltim o caso d esap arecería lo ú n ic o q u e p u e d e re p re se n ta r la u n id a d del tie m p o , es d ecir, la id e n tid a d d el su s tra to , q u e es d o n d e to d o c am b io p o see u n a u n id a d c o m p le ta . D e to d a s fo rm a s, esta p erm a n e n c ia n o es m ás q u e el m o d o se g ú n el cual nos re p re se n ta m o s la existen cia d e las cosas (en el fe n ó m e n o ). Las d e te rm in a c io n e s d e una su stan cia, q u e n o so n o tra cosa q u e m o d o s p a rtic u la re s se g ú n los cuales existe, se llam an accidentes. E s to s so n sie m p re reales p o r afectar a la existen cia de la su stan cia. (L as n e g a c io n e s n o so n m ás q u e d e te rm in a c io B 230 nes q u e ex p re sa n la n o ex isten cia d e a lg o en la su stan cia). A h o ra b ien , si se asign a 1 a esa re alid ad p re se n te en la su stan cia u n a e x isten cia p e c u lia r (p o r e je m p lo , al m o v im ie n to en c u a n to a ccid en te d e la m ateria), tal ex isten cia recib e el n o m b re de in h eren cia, c o n el fin d e d is tin g u irla de la ex isten cia d e la Lcyencto, con H artenstein, beilegt, en lugar de beigelegt (N. del T.)

219

PRIMERA ANALOGIA

su stan cia, la c u a l1 recib e el n o m b re de su b sisten cia. P e ro de a q u í su rg e n in fin id a d d e in te rp re ta c io n e s e rró n e a s. E s m ás A 187 ex acto y c o rre c to d e sig n a r el a c c id e n te p o r el m o d o se g ú n el cual la existencia de u n a su sta n c ia es p o s itiv a m e n te d e te rm i­ nada. E n c u a lq u ie r caso , d ad as las c o n d ic io n e s d el u so ló g ic o del e n te n d im ie n to , es in e v ita b le q u e se p a re m o s, p o r así d e c irlo , lo q u e es su scep tib le d e v a ria c ió n en la existencia d e una su stan cia, m ie n tra s ésta p e rm a n e c e ; es in e v ita b le q u e lo c o n si­ d e rem o s en relació n c o n lo p ro p ia m e n te p e rm a n e n te y radical. D e ah í q u e ta m b ié n esta c a te g o ría se halle bajo el títu lo de las relacio n es, m ás co m o c o n d ic ió n d e éstas q u e c o m o c o n te ­ n ien d o ella m ism a una relació n . La co rre c ta c o m p re n s ió n del c o n c e p to de cambio2 d e ­ p e n d e ig u a lm e n te de esta p e rm a n e n c ia . E l su rg ir y el d e sa p a re ­ cer no so n cam bios de lo q u e s u rg e o desap arece. E l ca m b io c o n stitu y e u n m o d o de ex istir q u e sig u e al a n te rio r m o d o de existir del m ism o o b je to . T o d o lo q u e cam bia es, p u e s, perm a­ nente: só lo cambia su estado. C o m o este ca m b io n o afecta más q u e a las d ete rm in a c io n e s q u e p u e d e n dejar de ser o e m p ez ar a ser, p o d e m o s , u tiliz a n d o un a e x p re sió n a p a re n te m e n te p a ra - B 231 d ójica, d ecir lo sig u ie n te : só lo lo p e rm a n e n te (la su stan cia) c a m b ia ; lo m u d a b le n o su fre c a m b io a lg u n o , sin o modificación3, ya q u e a lg u n as d e te rm in a c io n e s d e sap arecen y o tra s ap arecen . N o p o d e m o s , p u e s, p e rc ib ir c a m b io s m ás q u e en las A 188 sustancias. E l s u rg ir o el p e re c e r sin m ás, q u e n o sean una m era d e te rm in a c ió n de lo p e rm a n e n te , no p u e d e n c o n stitu ir u n a p e rc e p c ió n , ya q u e es p re c isa m e n te d ich a p e rm a n e n c ia la q u e hace p o sib le re p re se n ta rse el p a so de u n e sta d o a o tro , al igual q u e el del n o -se r al ser. C o n sig u ie n te m e n te , n o p o d e m o s c o n o c e r esto s p aso s de m o d o e m p íric o sin o c o m o d e te rm in a c io ­ nes tra n sito ria s d e alg o q u e p e rm a n e c e . S u p o n g a m o s q u e algo em pieza, en té rm in o s a b so lu to s, a ser. T ie n e q u e h a b e r u n p u n to del tie m p o en el q u e n o existía. P e ro ¿ d ó n d e vam os a fijar este p u n to si n o es a p a rtir d e lo ya e x iste n te ? P o rq u e u n tie m p o v acío a n te rio r n o es o b je to d e p e rc e p c ió n alg u n a. Si, en c a m b io , lig am o s este e m p e z a r a ser c o n co sas q u e ya ex istían y q u e c o n tin ú a n e x istie n d o h asta el m o m e n to de s u rg ir lo n u e v o , en to n c e s ese e le m e n to n u e v o n o es m ás q u e 1 Leyendo, de acuerdo con H artenstein, T.) V e rá n d e ru n g

3

W e c b se l

lías, en

lugar de

die (N.

del

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

220

B 232

A 189

una determ inación de lo que ya existía com o base perm anente. Lo m ism o ocurre con el perecer, ya que éste presup o n e la representación em pírica de un tiem po en el que un fenóm eno deja de existir. Las sustancias (en la esfera fenom énica) son los sustratos de todas las determ inaciones tem porales. Si algunas de estas sustancias em pezaran a ser y otras dejaran de ser, quedaría incluso elim inada la única condición de la unidad em pírica del tiem po, con lo que los fenóm enos se referirían a dos tipos de tiem po coexistentes en los que discurriría la existencia, lo cual es absurdo. E n efecto no existe más que un tiem po y en él hay que situar to d o s los tiem pos de form a sucesiva, no sim ultánea. C onsiguientem ente, la perm anencia es una condición necesaria sin la cual no podríam os determ inar los fenóm enos com o cosas u objetos en una experiencia posible. E n cuanto a cuál sea el criterio em pírico de esta perm anencia necesaria y, con ella, el de la sustancialidad de los fenóm enos, lo que sigue nos dará ocasión de observar al respecto lo que haga falta.

B S

e g u n d a

A

n a l o g ía

PRINCIPIO DE LA SUCESION TEMPORAL SEGUN LA LEY DE CAUSALIDAD

lodos los cambios tienen lugar de acuerdo con la ley que enlaja causa y efectoA [Prueba (El principio anterior ha dem ostrado que todos los fenóm enos de la sucesión tem poral no son más que cambios,

A [E p íg r a f e s e n A :]

Principio de la producción

Todo lo que sucede (empieza a ser) presupone algo a lo cual sigue de acuerdo con una regla.

SEGUNDA ANALOGIA

221

es decir, un sucesivo ser y no-ser de las determ inaciones de la sustancia que perm anece. H a dem ostrado, pues, que no es posible que el ser de la m ism a sustancia siga a su no-ser o que su no-ser siga a su ser. E n otras palabras, ha dem ostrado que no hay en ella com enzar a ser o dejar de ser. El principio p odría tam bién enunciarse así: toda modificación (sucesión) de los fenómenos no es más que un cambio. E n efecto, el com enzar a ser o el desaparecer de la sustancia no constituyen cam bios de la mism a, ya que el concepto de cam bio p resup o n e el m ism o sujeto con dos determ inaciones opuestas y, consiguien­ tem ente, presupone el sujeto com o perm anente.— Tras esta nota previa viene la dem ostración.) Y o percibo que los fenóm enos se siguen unos a otros, es decir, que el estado de las cosas en un tiem po es opuesto al estado anterior. E n realidad, lo que hago es, pues, enlazar dos percepciones en el tiem po. A hora bien, el enlace no es obra del sim ple sentido y de la intuición, sino que es, en este caso, p ro d u cto de una facultad sintética de la im aginación, la cual determ ina el sentido intern o con respecto a la relación tem poral. Pero la im aginación puede ligar los dos m encionados estados de dos form as distintas, de m odo que sea un o o el o tro el que preceda en el tiem po. E n efecto, no podem os percibir el tiem po en sí m ism o, com o no podem os determ inar en el o bjeto, em píricam ente, por así decirlo, lo que precede y lo que sigue. D e lo único que tengo, pues, conciencia es de que mi im aginación pone una cosa antes y la otra después, no de que un estado preceda al o tro en el objeto. O , en .otras palabras, con la m era percepción queda sin determ inar cuál sea la relación objetiva de los fenóm enos que se suceden unos a otros. Para que ésta sea conocida de form a determ inada, tenem os que pensar de tal form a la relación entre am bos estados, que quede determ inado necesariam ente cuál es el esta­ do que hem os de poner antes, cuál el que hem os de p o n er después y que no los hem os de p o n er a la inversa. Pero un concepto que conlleve la necesidad de unidad sintética no puede ser más que un concepto p u ro del entendim iento, un concepto que no se halla en la percepción y que es, en este caso, el de la relación de causa y efecto. El p rim ero de estos térm inos determ ina al segundo en el tiem po com o conse­ cuencia, no com o algo que sólo pueda preceder en la im agina­ ción (o que pueda incluso no ser percibido en absoluto). C onsiguientem ente la m ism a experiencia, es decir, el conoci-

B 233

B 234

222

B 235 A

190

B

236

A 191

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

m iento em pírico de los fenóm enos, sólo es posible gracias a que som etem os la sucesión de los m ism os y, consig u ien tem en ­ te, to d o cam bio, a la ley de la causalidad. Los fenóm enos sólo son, pues, posibles, considerados com o objetos de la experiencia, en virtu d de esta m ism a ley.] La aprehensión de la variedad del fenóm eno es siem pre sucesiva. Las representaciones de las partes se siguen unas a otras. Si se siguen o no tam bién en el objeto constituye un segundo p u n to de la reflexión no contenido en el prim ero. P odem os llam ar objeto a to d o , incluso a toda representación, con tal de que tengam os conciencia de ella. Lo que ocurre es que el significado de la palabra objeto en relación con los fenóm enos, cuando éstos no son (en cuanto representacio­ nes) objetos, sino que sim plem ente designan objetos, requiere una investigación más honda. E n la m edida en que tales fen ó ­ m enos, considerados com o sim ples representaciones son, a la ve 2 , objetos de la conciencia, no se distinguen en absoluto de su aprehensión, es decir, de su recepción en la síntesis de la im aginación. D ebem os, pues, afirm ar que la diversidad p ropia de los fenóm enos siem pre es p roducida en el psiquism o de form a sucesiva. Si los fenóm enos fuesen cosas en sí m ism as, nadie podría establecer, a partir de la sucesión de las rep resen ta­ ciones, cóm o se com bina en el objeto la variedad de las m ism as, ya que sólo tenem os que habérnoslas con nuestras rep resen ta­ ciones. C óm o sean las cosas en sí mismas (con independencia de las representaciones m ediante las cuales nos afectan) es algo que se halla com pletam ente fuera de nuestra esfera de conocim iento. A u nque los fenóm enos no sean cosas en sí m ism as, son lo único que nos puede ser dado a conocer. P or ello ten g o que m o strar qué clase de enlace tem poral co rres­ p o n d e a la diversidad de los m ism os, ya que la representación de tal diversidad en la aprehensión es siem pre sucesiva. Así, p o r ejem plo, la aprehensión de lo diverso en el fenóm eno de una casa que se halla delante de mí es sucesiva. L a cuestión es entonces si la diversidad de esta casa es, en sí m ism a sucesiva, cosa que nadie adm itirá. T an p ro n to com o m e rem o n to al significado trascendental de mis conceptos de un o bjeto, la casa deja de ser una cosa en sí para convertirse en u n sim ple fenóm eno, es decir, en una representación cuyo objeto trascen ­ dental nos es desconocido. ¿Q ué entiendo, pues, p o r la c u e stió n : cóm o estará ligada la diversidad en el fenóm eno m ism o (que no es nada en sí)? A quí se considera lo que se halla en

SEGUNDA ANALOGIA

223

la aprehensión sucesiva com o representación, m ien tras que el fenóm eno que m e es dado se considera, a p esar de no ser más que el co n ju n to de estas representaciones, com o el o b jeto de las m ism as, objeto con el que tiene que co n co rd ar el concepto que extraigo de las representaciones de la ap reh en ­ sión. C om o la concordancia del conocim iento con el o b jeto constituye la verdad, se aprecia en seguida que sólo podem os p reg u n ta r aquí p o r las condiciones form ales de la v erd ad em p í­ rica, y que el fenóm eno, a diferencia de las representaciones de la aprehensión, sólo puede ser representado co m o o b jeto distin to de ellas si se halla som etido a una regla que lo diferencie de toda o tra aprehensión y que im ponga una form a de co m b in a­ ción de lo diverso. A quello que contiene en el fenóm eno la condición de esta regla necesaria de la aprehensió n es el objeto. P rosigam os ahora con n uestro tem a. E l que alg o suceda, es decir, el que se produzca algo o algún estado que antes no era, no podem os percibirlo em píricam ente 1 si no hay antes un fenóm eno que no contenga en sí dicho estado. E n efecto, una realidad que venga después de un tiem p o vacío y, p o r ta n to , un em pezar a ser no precedido p o r u n estado de cosas es algo tan im posible de aprehender com o el tiem po vacío m ism o. T o d a aprehensión de un suceso es, pues, una percepción que sigue a otra. D ad o que esto es lo norm al en toda síntesis, com o antes m ostré con el ejem plo del fen ó m e­ no de la casa, no nos basta todavía para d istinguir una ap reh en ­ sión de otra. P ero tam bién o b servo que si en u n fenóm eno que contiene u n suceso llam o A al estado preceden te y B al estado siguiente, B no puede hacer más que seguir a A en la aprehensión, m ientras que la percepción A sólo puede preceder a B, no seguirla. V eo, po r ejem plo, un barco n av eg an ­ do río abajo. M i percepción de la posición que ocupa más ab a­ jo sigue a la percepción de la p o sición que ocup ab a más arriba en la corriente del río. E s im posible que en la aprehensión de este fenóm eno percibam os el barco prim ero abajo y después más arriba. C onsiguientem ente, el o rd en de sucesión de las percepciones en la aprehensión se halla aquí p redeterm in ad o y ésta se encuentra ligada a ese orden. E n el an terio r ejem plo de la casa, mis percepciones podían em pezar con la aprehensión

1 M e l l i n s u p r i m e la p a l a b r a « e m p í r i c a m e n t e » ( N . d e l T . )

B 237 A 192

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

224 B 238

A 193

del tejado y term inar con la del suelo. P odían tam bién em pezar p o r abajo y acabar arriba, al igual que podía ap reh en d er la variedad de la intuición em pírica de derecha a izquierda o de izquierda a derecha. E n la serie de estas percepciones no había, pues, nin g ú n o rden preestablecido que m e obligara a com enzar la aprehensión en un p u n to 1 para enlazar em p írica­ m ente la variedad. Pero sí se hallará siem pre esta regla en la percepción de lo que sucede, y es ella la que hace necesario el o rd en de las percepciones (en la aprehensión del fenóm eno). E n tal caso habrá, pues, que deducir la sucesión subjetiva de la aprehensión de la sucesión objetiva de los fenóm enos, ya que, de lo contrario, la prim era queda com pletam ente in d e­ term inada y no distingue nin g ú n fenóm eno de o tro . Al ser com pletam ente arbitraria, la sucesión subjetiva no dem uestra nada, p o r sí sola, sobre la conexión de la diversidad en el objeto. La sucesión objetiva consistirá, pues, en aquel o rd en de la diversidad del fenóm eno en v irtu d del cual la aprehensión de una cosa (lo que sucede) sigue a la aprehensión de o tra cosa (lo que precede) de acuerdo con una regla. Sólo así p uedo afirm ar legítim am ente que hay una sucesión en el m ism o fen ó ­ m eno y no sólo en mi aprehensión, lo que equivale a decir que no p u ed o organizar esta últim a sino precisam ente según esa sucesión.

B 239 A 194

Así, pues, según esta regla ha de haber en lo que precede a un suceso la condición de una regla conform e a la cual ese suceso sigue siem pre y necesariam ente. N o p u ed o , en cam bio, volver atrás desde el suceso y determ inar (m ediante aprehensión) lo que precede, pues ninguna aprehensión retro ce­ de desde el p u n to tem poral siguiente al anterior, au n q u e sí guarda relación con algún punto temporal precedente. Al co n trario , hay que pasar desde u n tiem po dado al tiem po determ in ad o siguiente. D ado, pues, que hay algo que sigue, me veo oblig ad o a relacionarlo con algo que es an terio r y d istinto , y tras lo cual sigue, de acuerdo con una regla, es decir, de m odo necesa­ rio ; de form a que el suceso, en cuanto condicionado, rem ite in dudablem ente a alguna condición que es la que lo determ ina. S upongam os un suceso en las condiciones siguientes: no hay nada que lo preceda, nada a lo cual tenga que seguir conform e a una regla necesaria. E n este supuesto, to d a sucesión 1 L e y e n d o , c o n M e llin ,

u>o,

e n lu g a r d e

wenti

( N . d e l T .)

SEGUNDA ANALOGIA

225

de la p ercepción se hallaría exclusivam ente en la aprehensión, es decir, no sería más que una sucesión subjetiva. Q uedaría, en cam bio, sin determ inar de m o d o objetiv o qué es p ro p iam en ­ te lo que debiera preceder y lo que debiera seguir en las percepciones. D e este m odo no tendríam os más que u n juego de representaciones, u n juego que no se referiría a objeto alguno. E s decir, a través de nuestra percepción no se d istin g u i­ ría en absoluto un fenóm eno de o tro , en lo que a la relación tem poral concierne, ya que la sucesión en el ap reh en d er es B 240 siem pre idéntica y nada habría en el fenóm eno que la especifica­ ra de tal m odo, que la convirtiera en una sucesión objetiv am en ­ te necesaria. N o afirm aré, pues, que dos estados consecutivos se siguen en la esfera del fenóm eno, sino sim plem ente que una aprehensión sigue a otra, lo cual no pasa de ser algo A 195 subjetivo, algo que no determ ina objeto alguno y que, co n si­ g uientem ente, no puede tener validez para 1 el conocim iento de u n objeto (ni siquiera en la esfera del fenóm eno). C uando conocem os, pues, que algo sucede, siem pre estam os presu p o n ien d o que algo antecede y que a ese algo sigue lo que sucede conform e a una regla. E n efecto, de no ser así, no afirm aría que el ob jeto sigue, ya que la sim ple secuencia en mi aprehensión no perm ite — a no ser que haya una regla que determ ine tal secuencia en relación con algo p recedente— suponer 12 una secuencia en el objeto. C onvierto, pues, en objetiva mi síntesis subjetiva (de aprehensión) siem pre en relación con una regla en v irtu d de la cual los fenóm enos se hallan determ inados en su secuencia, es decir, a m edida que van produciéndose. Sólo bajo esta condición es posible la experiencia de algo que sucede. E sto parece contradecir todas las observaciones qu e se han hecho acerca de cóm o es el uso del entendim iento. Según tales observaciones, si hem os llegado a descubrir una regla se­ g ú n la cual hay ciertos sucesos que siguen siem pre a ciertos fe ­ n óm enos, ello sólo se debe a m uchas secuencias percibidas y B 241 com parativam ente coincidentes con fenóm enos an terio res; esto sería lo que nos llevaría a form ar el concepto de causa. P ero si este concepto tuviera una base sem ejante, sería u n con- A 196 cep to m eram ente em pírico. La regla que él sum inistra, según für, e n v e z d e vor att^mehmen berechtigt,

1 L e y e n d o , c o n H a rte n s te in ,

(N . del T .)

2 L ey en d o , co n E rd m a n n ,

e n v e z d e s ó lo

(N . d e l T .)

berechtigt

226

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

la cual to d o lo que sucede tiene una causa, sería tan accidental com o la experiencia misma. T a n to la universalidad com o la n e­ cesidad de este concepto serían entonces m eram ente ficticias, ya que estarían fundam entadas sobre una sim ple inducción, y no a priori. O curre aquí lo m ism o que en el caso de otras re ­ presentaciones p uras a priori (por ejem plo, las de espacio y tiem po): únicam ente podem os extraerlas de la experiencia com o conceptos claros p o r haberlas p u esto antes en ella, de m odo que si hem os o b ten id o la experiencia misma ha sido g ra ­ cias a ellas. Bien es verdad que la claridad lógica de esta re p re ­ sentación de una regla que determ ina — com o co n cep to de causa— la serie de los sucesos sólo es posible una vez q u e la hem os em pleado en la experiencia. P ero el haber te n id o en cuenta esta regla com o condición de la unidad sintética de los fenóm enos en el tiem po ha co n stitu id o el fu ndam en to de la misma experiencia y, consiguientem ente, la ha p reced id o a priori. Se trata, pues, de m ostrar en el ejem plo que nunca, ni siquiera en la experiencia, atribuim os sucesión (de u n evento B 242 en el que sucede algo que antes no existía) al objeto, y que no la distinguim os de la sucesión subjetiva de nuestra ap reh en ­ sión, salvo que haya una regla que nos sirva de base y que nos obligue a o b servar este o rden de percepciones más bien A 197 que otro. Más todavía, salvo que sea en realidad este obligarnos lo que haga posible la representación de una sucesión en el objeto. T enem os representaciones en noso tro s de las que p o d e ­ m os tam bién llegar a ser conscientes. P ero, p o r m ucho que se extienda esta conciencia, p o r m uy exacta o precisa que sea, seguirán siendo sim ples representaciones, es decir, determ i­ naciones internas de n uestro psiquism o en esta o aquella rela­ ción tem poral. P ero ¿cóm o es que asignam os un o b jeto a esas representaciones o que les atrib u im o s, adem ás de la reali­ dad subjetiva que poseen com o m odificaciones, no se sabe qué realidad objetiva? La significación objetiva no puede co n ­ sistir en la relación con o tra representación (de aquello que se quería afirm ar del objeto), ya que, de ser así, surge de n u evo el p ro b lem a: ¿cóm o sale esta representación, a su vez, de sí m ism a para obten er, aparte de la significación subjetiva que le es pro p ia en cuanto determ inación del estado del psiq u is­ m o, una significación objetiva? Si investigam os qué propiedad nueva confiere a nuestras representaciones la referencia a un

SEGUNDA ANALOGIA

227

objeto y qué d ignidad adquieren m ediante tal referencia, o b se r­ vam os que ésta no hace más que obligarnos a ligar esas rep re­ sentaciones de una m anera determ inada, p o r una p arte, y, p o r o tra, som eterlas a una regla. O bservam os, a la inversa, que si conferim os significación objetiva a nuestras rep resen ta­ ciones ello se debe tan sólo a la necesidad de un determ in ad o B 243 o rd en en la relación tem poral de las mismas. La diversidad de las representaciones se sucede siem pre A 198 de m odo consecutivo en la síntesis de los fenóm enos. Con ello no representam os nin g ú n objeto, ya que a través de esta sucesión, que es com ún a todas las aprehensiones, no d istin g u i­ m os n inguna cosa de otra. P ero tan p ro n to com o percibo o p resu p o n g o que esta sucesión guarda una relación con el estado previo, del cual surge la representación con fo rm e a una regla, me re p re s e n to 1 algo com o suceso o com o algo que sobreviene. E s decir, capto u n objeto que te n g o que situar en un determ inado p u n to del tiem po, u n p u n to que, ten ien do en cuenta el estado anterior, no puede serle asignado de o tro m odo. C uando percibo, pues, que algo sucede, lo prim ero que tal representación contiene es que algo precede, ya que precisam ente con respecto a ese algo obtiene el fen ó m e­ no su relación tem poral, a saber, la de existir después de un tiem po precedente en el que no existía aún. P ero en esa relación el fenóm eno sólo puede o btener ese preciso p u n to tem poral si suponem os algo en el estado anterior, algo a lo que sucede siem pre, es decir, según una regla. D e ello se deduce, en prim er lugar, que no p uedo invertir la serie, p o n ien d o lo que sucede antes de aquello a lo cual sigue; en segundo lugar, se deduce que, una vez p uesto el estado p recedente, sigue indefectible y necesariam ente ese determ in ad o B 244 suceso. C on ello tenem os, pues, que hay un o rd en entre nuestras representaciones, o rd en en el que lo presente (en la m edida A 199 en qu e ha llegado a ser) rem ite a u n estado anterio r com o co rrelato de este suceso dado y, aunque este correlato se halla todavía indeterm inado, guarda una relación determ in an te con el suceso com o consecuencia suya, conectándolo necesariam en­ te consigo en la serie del tiem po. Si hay, pues, una ley necesaria de nuestra sensibilidad y, consiguientem ente, una condición form al de todas las percep1 Leyendo, con Erdmann, stelle ich, en lugar de stellt sich (N. del T.)

228

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

ciones, consiste en que el tiem po precedente determ ina necesa­ riam ente el tiem po siguiente (ya que no p uedo llegar a este últim o sino a través del prim ero). A s í,. pues, hay tam bién una indispensable ley de la representación empírica de las series tem porales consistente en que los fenóm enos del tiem po a n te ­ rio r determ inan toda existencia en el tiem po siguiente y en que los fenóm enos del tiem po siguiente no tienen lugar, en cuanto sucesos, sino en la m edida en que los fenóm enos del tiem po an terio r determ inan su existencia tem poralm ente, es decir, la establecen de acuerdo con una regla. E n efecto, sólo en los fenómenos podemos captar empíricamente esta continuidad en la conexión de los tiempos.

Para toda experiencia y para su posibilidad nos hace falta el entendim iento. Lo prim ero que éste hace no es esclarecer la representación de los objetos, sino posibilitar la rep resen ta­ ción de un objeto en general. P ero esto ocurre gracias a B 245 que el entendim iento transfiere el o rden tem poral a los fen ó m e­ nos y a su existencia, en el sentido de que asigna a cada uno de ellos —en cuanto consecuencia— una posición tem poral determ inada a priori con respecto a los fenóm enos anteriores. A 2 0 0 Si no fuera así, los fenóm enos no concordarían con el tiem po m ism o, el cual determ ina a p riori la posición de cada una de sus partes. A hora bien, no podem os extraer tal d eterm in a­ ción de posiciones partien d o de la relación de los fenóm enos con el tiem p o absoluto (que no es objeto de percepción). Al contrario, los fenóm enos m ism os tienen que determ inar su posición tem poral entre sí y c o n v e rtirla 1 en necesaria. E s decir, lo que sigue o sucede debe seguir a lo con ten id o en el estado anterio r de acuerdo con una regla universal. D e ello resulta una serie de fenóm enos que, m ediante el en ten d i­ m ien to, p ro d u ce e im pone en la serie de las percepciones posibles exactam ente el m ism o orden y perm anente conexión que encontram os a p rio ri en la form a de la intuición interna (tiem po), en la cual todas las percepciones han de 2 tener su posición. E l que algo sucede constituye, pues, una percepción perteneciente a una posible experiencia que se co nvierte en real cuando considero el fenóm eno com o determ inado p o r lo que a su posición tem poral se refiere, es decir, com o un 1 L e y e n d o , c o n G ó rla n d , 2 L ey en d o , co n E rd m a n n ,

dieseíben, e n müssen, e n

lu g a r d e lu g a r d e

dieselbe ( N . d e l T . ) mupten ( N . d e l T . )

SEGUNDA ANALOGIA

229

o b jeto que siem pre puede, en v irtu d de una regla, ser hallado B 2 4 6 en la conexión de las percepciones. E sta regla, que determ ina algo según su secuencia tem poral, se form ula así: podem os hallar en lo que precede la condición bajo la cual sigue siem pre (es decir, de m odo necesario) el suceso. E l principio de razón suficiente, es, pues, el fu ndam ento de la experiencia posible, A 201 es decir, el fu n d am en to del conocim iento objetivo con respecto a su relación en la serie del tiem po. La d em ostración de este principio se basa sólo en los p u n to s 1 siguientes : a to d o conocim iento em pírico co rresp o n ­ de, p o r m edio de la im aginación, una síntesis de lo diverso que es siem pre sucesiva, es decir, las representaciones se dan en ella una después de otra. A h o ra bien, en la im aginación no se halla preestablecido, en lo que al o rden de secuencia se refiere, qué es lo que debe preceder y qué es lo que ha de seguir. La serie de las representaciones consecutivas puede tom arse ta n to hacia atrás com o hacia adelante. Si esa síntesis es una síntesis de aprehensión 12 (de lo diverso de un fenóm eno dado), el o rd en viene determ inado en el objeto, o, para ex p re­ sarlo con m ayor exactitud, hay u n o rd en de síntesis sucesiva el cual determ ina u n objeto. S egún este orden, hay algo que debe necesariam ente preceder y, una vez p uesto ese algo, ha de seguir necesariam ente otra cosa. Si mi percepción tiene, pues, que incluir el conocim iento de u n suceso en el que algo sucede realm ente, debe co n stitu ir un juicio em pírico en el que se piense que la secuencia se halla determ inada. Es decir, tal percepción ha de suponer un fenóm eno distin to — desde el p u n to de vista tem poral— al cual siga necesariam en­ te, o conform e a una regla. Si, p o r el contrario, el suceso no siguiera necesariam ente, una vez puesto lo precedente, te n ­ dríam os que to m a r tal suceso com o un m ero juego subjetivo de nuestra fantasía. Si, a pesar de to d o , nos lo representáram os com o o bjetivo, deberíam os calificarlo de m ero sueño. Así, pues, la relación de los fenóm enos (en cuanto posibles p erc ep ­ ciones) según la cual lo que sigue (lo que sucede) se halla necesariam ente determ inado en su existencia p o r algo que precede y definido en el tiem po conform e a una regla; o sea, la relación causa-efecto, constituye la condición de validez objetiva de n uestros juicios em píricos con respecto a la serie 1

Momenten

2 S e g ú n W ille , d e b e ría le e rs e « a p e rc e p c ió n » (N . d e l T .)

B 247

A 202

230

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

de percepciones y, consiguientem ente, la condición de su v er­ dad em pírica y, p o r ello m ism o, la condición de la experiencia. E l principio de la relación causal en la secuencia de los fen ó m e­ nos posee, pues, validez con anterioridad a to d o s los objetos de la experiencia (bajo las condiciones de la sucesión) 1, ya que tal principio es, a su vez, el fu ndam ento de posibilidad de esa m ism a experiencia.

B 248

A 203

Sin em bargo, aquí se nos presenta una nueva dificultad que debem os resolver. E l principio que liga causalm ente los fenóm enos se halla lim itado, en nuestra form ulación, a la suce­ sión de los m ism os. Pero, al hacer uso del principio, nos encontram os con que es igualm ente aplicable a fenóm enos concom itantes, con que causa y efecto p u ed en ser sim ultáneos. Por ejem plo: hay en la habitación un calor que no hallam os al aire libre. B usco la causa de este hecho y encuen tro una estufa encendida. E sta existe, en cuan to causa, en sim ultaneidad con su efecto, el calor de la habitación. A quí no tenem os, pues, sucesión tem poral entre causa y efecto, sino que am bos son sim ultáneos. A pesar de ello, la ley sigue siendo válida. La m ayoría de las causas eficientes que encontram o s en la naturaleza son coexistentes con sus efectos. La secuencia te m p o ­ ral de estos últim os se debe únicam ente al hecho de que la causa no puede p ro d u cir to d o su efecto en un instante. P ero en el m om ento de surgir el efecto, éste es siem pre sim ultá­ neo con la causalidad de su causa, ya que si la causa hubiese dejado de existir un m om ento antes, el efecto no se habría p ro d u cido. H ay que observar aquí que consideram os el o rd en del tiem po, no su curso, La relación sigue existiendo aun q u e no haya tran scu rrid o tiem po alguno. El tiem po entre la causali­ dad de la causa y su efecto inm ediato puede ser ju g a \ (pueden, pues, ser am bos sim ultáneos), pero la relación de la una respecto del o tro sigue siendo determ inable desde un p u n to de vista tem poral. Si considero com o causa la bola que se halla sobre una alm ohada p ro d u cie n d o en ella u n pequeño hoyo, entonces la causa es sim ultánea con el efecto. A pesar de to d o , los d istingo m ediante la relación tem poral de la conexión dinám ica entre am bos. E n efecto, si p o n g o la bola sobre la alm ohada, tenem os el hoyo que sigue tras su an terio r form a lisa. P ero 1 S e g ú n E r d m a n n , e s t e e n u n c i a d o d e K a n t n o s e r e f i e r e a la u n i v e r s a l i d a d d e l u s o e m p í r i c o d e la c a t e g o r í a d e c a u s a l i d a d , s i n o a s u f u n c i ó n c o m o f u n d a m e n ­ t o d e p o s i b i l i d a d d e la e x p e r i e n c i a ( N . d e l T . )

SEGUNDA ANALOGIA

231

del hecho de que la alm ohada tenga un hoyo (ig n o ran d o yo el p o r qué) no se sigue que haya una bola de plom o. B 249 C onsiguientem ente la secuencia tem poral es, de to d o s m odos, el único criterio em pírico del efecto en relación con la causalidad de la causa que lo precede. E l vaso es la causa A 204 de que suba el agua p o r encim a de su superficie ho rizontal, aun q u e am bos fenóm enos sean sim ultáneos. E n efecto, tan p ro n to com o saco agua de un recipiente m ayor con el vaso, algo sigue, a saber, se m odifica el estado horizo n tal que el agua poseía en dicho recipiente para ad o p tar la form a cóncava del vaso. E sta causalidad nos lleva al concepto de acción, éste al concepto de fuerza y m ediante éste últim o llegam os al de sustancia. C om o no quiero com plicar m i p royecto crítico, que únicam ente se refiere a las fuentes del conocim iento sin téti­ co a priori, con análisis que sólo afectan al esclarecim iento (no a la extensión) de los conceptos, dejo para un fu tu ro sistema de la razón pu ra la exposición detallada de los m ism os. Sin em bargo, sem ejante análisis se encuentra ya en g ran parte en los libros de texto de este tip o ya conocidoá. D e to d o s m odos, no p u ed o dejar de referirm e al criterio em pírico de la sustancia, en la m edida en que ésta parece m anifestarse m ejor y más fácilm ente a través de la acción que a través de la perm anencia del fenóm eno. D o n d e hay acción y, consiguientem ente, actividad y B 2 5 0 fuerza, hay tam bién sustancia. E s en ésta d onde hay que buscar el asiento de esa fecunda fuente de los fenóm enos. E sto queda m uy bien. P ero si se quiere explicar qué entendem os p o r sustancia y evitar el círculo vicioso, entonces no es ta n fácil la respuesta. ¿Cóm o se quiere inferir en seguida la permanencia A 2 0 5 del agente a p a rtirtie la acción, a pesar de que aquélla constituye una característica tan esencial y tan peculiar de la sustancia (F enóm eno)? A u n q u e la cuestión sería com pletam ente in so lu ­ ble según el m odo com ún de p roceder (sim ple análisis de conceptos), no presenta sem ejantes dificultades ten ien d o en cuenta lo dicho anteriorm ente. La acción im plica ya una rela­ ción del sujeto de la causalidad con el efecto. A h o ra bien, com o to d o efecto consiste en lo que sucede y, p o r tan to , en el aspecto de m utabilidad expresado, desde el p u n to de vista de la sucesión, p o r el tiem po, es lo permanente — en cu an to su strato de to d o lo que cam bia— , es decir, la sustancia, el últim o sujeto de to d o lo m udable. E n efecto, según el prin cip io

232

B 251

A 206

B 252

A 207

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

de causalidad, las acciones constituyen siem pre el p rim er fu n d a­ m ento de to d o cam bio de los fenóm enos. Las acciones no pueden hallarse, pues, en un sujeto que cam bie, a su vez, ya que entonces necesitaríam os otra acción y o tro sujeto que determ inaran ese cam bio. C onsiguientem ente, la acción, com o criterio em pírico suficiente, dem uestra la sustancialidad, sin que hayam os tenido que com enzar p o r buscar la perm anencia com parando percepciones, cosa que tam poco habríam os p o d i­ do hacer, con este m étodo, con to d o el detalle que la am plitud y estricta universalidad del concepto requieren. E n efecto, que el prim er sujeto de la causalidad de to d o em pezar a ser y dejar de ser no puede, a su vez (en el cam po de los fen ó m e­ nos), em pezar a ser y dejar de ser, es una conclusión firm e que conduce a la necesidad em pírica y a la perm anencia en la existencia, y, consiguientem ente, al concepto de sustancia com o fenóm eno. C uando algo sucede, el sim ple em pezar a ser es ya en sí m ism o, independientem ente de lo que sea lo que em pieza a ser, un objeto de investigación. El sim ple paso de un estado desde el no-ser al ser, suponiendo que tal estado no incluya ninguna cualidad en la esfera del fenóm eno, requiere ya una indagación. Tal com o se m ostró en el apartado A, este em pezar a ser afecta al estado de la sustancia, no a la sustancia m ism a, ya que ésta no tiene un com enzar a ser. El em pezar a ser es, p o r tanto, una m era m odificación, no un o rig en desde la nada. C onsiderado com o efecto de una causa exterior, este origen recibe el nom bre de creación. E sta últim a no puede ser adm itida com o suceso entre los fenóm enos, ya que su m era posibilidad elim inaría la unidad de la experiencia. D e todos m odos, si consideram os todas las cosas com o cosas en sí y no com o fenóm enos, si las consideram os com o objetos del sim ple entendim iento, entonces podem os verlas, a pesar de ser sustancias, com o dependientes de una causa exterior, en lo que a su existencia se refiere. P ero esto conllevaría en las palabras una significación com pletam ente distinta y no se adecuaría a los fenóm enos en cuanto posibles objetos de experiencia. Acerca de cóm o pueda algo cam biar, de cóm o sea posible que en un p u n to tem poral suceda a un estado o tro estado opuesto, no poseem os a priori el m ínim o concepto. Para ello hace falta conocer las verdaderas filerzas, conocim iento que sólo puede dársenos em píricam ente. Así ocurre, p o r ejem plo,

233

SEGUNDA ANALOGIA

con el conocim iento de las fuerzas m otrices, o lo qu e es equivalente, con el conocim iento de ciertos fenóm enos sucesi­ vos (en cuanto m ovim ientos) que indican tales fuerzas. Pero, cualquiera que sea el contenido de la m odificación, es decir, el estado que cam bie, podem os considerar a priori, de acuerdo con las leyes de la causalidad y con las condiciones del tiem po, la form a de toda m odificación, la condición bajo la cual, y sólo bajo la cual, puede tener lugar en cuanto surg im ien to de un nuevo estado y, consiguientem ente, la m ism a sucesión de los estados (lo su ced id o )k. C uando una sustancia pasa desde un estado a a o tro b, el p u n to tem poral del últim o es distin to del p u n to tem poral del p rim ero, al cual sigue. D e la m ism a form a, el segundo estado, com o realidad (en la esfera del fenóm eno), se distingue del p rim ero , en el que no había tal realidad, al igual que se distingue b de cero. Es decir, aun en el caso de que el estado b sólo se distinguiera del estado a p o r su m ag n itu d , el cam bio consistiría en el com enzar a ser de b-a, cosa que no teníam os en el estado anterior. E n relación con ello, tal estado an terio r es igual a cero. El problem a reside, pues, en cóm o una cosa pasa desde un estado = a a o tto = b. E n tre dos instantes hay siem pre un tiem po y entre dos estados correspondientes a esos instantes encontram os siem pre una diferencia con una determ inada m ag ­ n itu d , ya que todas las partes de los fenóm enos constituyen, a su vez, m agnitudes. C onsiguientem ente, to d o trán sito desde un estado a o tro ocurre en u n tiem po co ntenido en tre dos instantes. El prim ero de éstos determ ina el estado del cual la cosa sale. E l segundo determ ina el estado al cual la cosa llega. A m bos instantes delim itan, pues, el tiem po de u n cam bio y, p o r ta n to , el estado interm edio entre los dos estados. A m bos estados form an parte, com o tales, de la totalidad del cam bio. A hora bien, to d o cam bio tiene una causa, la cual m anifiesta su causalidad d u ran te to d o el tiem po en que aquél tiene lugar. D icha causa no p roduce el cam bio repentinam ente (de una vez o en un instante), sino en un tiem po, de m odo q ue así com o aum enta el tiem po desde el instante inicial a hasta su k O b s é r v e s e q u e n o h a b lo d e c a m b io d e c ie rta s re la c io n e s e n g e n e ra l, s in o d e c a m b io d e e s ta d o . A sí, c u a n d o u n c u e r p o se m u e v e u n if o r m e m e n te , no

c a m b ia

su

e s ta d o

(d e m o v im ie n to ), p e r o

d is m in u y e s u m o v im ie n to ( N o ta d e K a n t)

sí lo

h ac e c u a n d o a u m e n ta

y

B 253

A 208

B 254

234

A 209

B 255

A 210

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

c o m p le tu d en b, así ta m b ié n la m a g n itu d d e la re a lid a d (b -a ) se p ro d u c e a tra v é s d e sus g ra d o s m e n o re s c o n te n id o s e n tre el p rim e ro y el ú ltim o . E l c a m b io es, p u e s, p o sib le ú n ic a m e n te a trav és de u n a a c c ió n c o n tin u a d e la c a u sa lid a d , la cual, e n la m e d id a e n q u e es u n ifo rm e , re c ib e el n o m b re d e m o m e n to . E l cam b io n o c o n siste en e sto s m o m e n to s , sin o q u e es p r o d u c i­ d o p o r ellos c o m o e fe c to suyo. N o s h allam o s a n te la ley d e c o n tin u id a d d e to d o ca m b io . E l fu n d a m e n to d e esta ley resid e en q u e n i el tie m p o ni el fe n ó m e n o e n el tie m p o c o n sta n d e p a rte s q u e sean las m ás p e q u e ñ a s y e n q u e , a p e sa r d e ello , al c a m b ia r u n a cosa, pasa d esd e su e sta d o p rim e ro al s e g u n d o a tra v é s d e to d a s esas p a rte s c o m o ele m e n to s. N in g u n a diferencia d e lo real en la esfera del fe n ó m e n o — c o m o ta m p o c o en la m a g n itu d de los tie m p o s — es la más pequeña. P o r e llo su rg e el n u e v o e sta d o d e la re a lid a d a p a r tir d el p rim e r e sta d o en el cual n o ex istía tal re alid ad , a tra v e sa n d o cad a u n o d e lo s in fin ito s g ra d o s de la m ism a, g ra d o s q u e se d is tin g u e n e n tr e sí c o n un as d iferen cias to d a s las cuales so n m e n o re s q u e la e x iste n te e n tre ce ro y a. N o n o s im p o rte a h o ra la u tilid a d q u e este p rin c ip io p u e d a te n e r e n la in v e s tig a c ió n d e la n a tu ra le z a . L o q u e sí re q u ie re , e n c a m b io , ser e x a m in a d o p o r n o s o tro s es c ó m o es p o sib le , to ta lm e n te a p riori, u n p rin c ip io sem e ja n te , q u e p a rece e x te n d e r d e tal m o d o n u e s tro c o n o c im ie n to d e la n a tu r a ­ leza. Y ello p o r m ás q u e las a p a rie n c ia s m u e s tre n q u e este p rin c ip io es real y c o rre c to y p o r m ás q u e se p re te n d a , p o r ello m ism o , q u e d e b e m o s d eja r d e la d o la c u e stió n rela tiv a a c ó m o sea p o sib le . E n efecto , so n ta n n u m e ro sa s las in fu n d a d a s p re te n sio n e s d e am p lia r n u e s tro c o n o c im ie n to m e d ia n te la ra ­ z ó n p u ra , q u e d e b e m o s a d o p ta r c o m o p rin c ip io g e n e ra l u n a to ta l d e sc o n fian za y u n a n e g a tiv a a c re e r y a su m ir en a b s o lu to , in c lu so a n te la p ru e b a m ás clara y d o g m á tic a , se m ejan tes p re te n sio n es, a n o ser q u e v ay an a c o m p a ñ a d a s d e e le m e n to s capaces de s u m in istra r u n a d e d u c c ió n rig u ro sa . T o d o a u m e n to d el c o n o c im ie n to e m p íric o y to d o av an ce de la p e rc e p c ió n , c u a le sq u ie ra q u e se a n sus o b je to s — fe n ó m e ­ n o s o in tu ic io n e s p u ra s — , n o so n o tr a co sa q u e u n a m p lia r la d e te rm in a c ió n del s e n tid o in te rn o , es d e c ir, u n p ro g re s o en el tie m p o . E s te p ro g r e s o d e te rm in a to d o sin q u e se halle, p o r su p a rte , d e te rm in a d o p o r n in g u n a o tra cosa. E s d ecir, las p a rte s d e ta l p ro g r e s o v ie n e n d a d a s só lo en el tie m p o y a tra v é s de la sín tesis d e é ste ; n o e stá n d ad as a n tes del

TERCERA ANALOGIA

235

tiem p o . E sta es la ra z ó n de q u e to d o trá n s ito , e n la p e rc e p c ió n , hacia alg o q u e sig u e en el tie m p o c o n stitu y a u n a d e te rm in a c ió n te m p o ra l a tra v é s de la p ro d u c c ió n d e esta p e rc e p c ió n , y c o m o esa d e te rm in a c ió n del tie m p o es sie m p re y en to d a s sus p a rte s una m a g n itu d , to d o trá n sito es ig u a lm e n te la p ro d u c c ió n de u n a p e rc e p c ió n q u e re c o rre to d o s los g ra d o s — n in g u n o de los cuales es el m ás p e q u e ñ o — d e sd e el c e ro h asta su g ra d o d e te rm in a d o . Q u e d a así clara la p o sib ilid a d de c o n o c e r a priori u n a ley d e los cam b io s se g ú n la fo rm a d e éstos. N o h ac e m o s m ás q u e a n tic ip a r n u e stra p ro p ia a p re h e n s ió n , cu y a c o n d ic ió n fo rm al d e b e m o s p o d e r c o n o c e r, d e to d o s m o d o s , a priori, ya q u e se halla en n o so tro s p re v ia m e n te a to d o fe n ó m e n o d ad o . C o n sig u ie n te m e n te , así c o m o el tie m p o c o n tie n e la c o n ­ d ic ió n sensible a priori d e la p o sib ilid a d de u n a v a n c e c o n tin u o d esde lo q u e existe h asta lo q u e sig u e , del m ism o m o d o el e n te n d im ie n to es la c o n d ic ió n a priori, g racias a la u n id a d de a p e rc e p c ió n , de la p o sib ilid a d d e d e te rm in a r de m o d o c o n ti­

B 256

n u o , m e d ia n te la serie de causas y efe c to s, to d o s los p u n to s d e los fe n ó m e n o s en ese tie m p o . L as causas c o n lle v a n in e v ita ­ b lem en te la existencia de los e fe c to s, c o n lo cual h acen del c o n o c im ie n to e m p íric o d e las relac io n e s te m p o ra le s u n c o n o c i­ m ie n to v álid o p ara to d o tie m p o (u n iv e rsa l) y, p o r ta n to , u n c o n o c im ie n to o b je tiv a m e n te v álid o .

A 21 1

C

T ercera A nalogía PRINCIPIO DE LA SIMULTANEIDAD SEGUN LA LEY DE LA ACCION RECIPROCA O COMUNIDAD

Todas las sustancias, en la medida en que podamos percibirlas como simultáneas en el espacio, se bailan en completa acción recíprocaA

A [ E p í g r a f e s e n A :]

Principio de la comunidad Todas

la s s u s t a n c i a s s e h a l l a n , e n la m e d i d a e n

e n c o m p l e t a c o m u n i d a d (e s d e c i r , e n a c c i ó n r e c í p r o c a ) .

que sean

simultáneas,

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

236

Prueba [Las cosas so n simultáneas c u a n d o e n la in tu ic ió n e m p íri­ ca la p e rc e p c ió n d e u n a p u e d e s e g u ir a la p e rc e p c ió n d e la B 257 o tra , y al revés (cosa q u e , tal c o m o se m o s tró en el se g u n d o p rin c ip io , n o p u e d e o c u rr ir en la serie te m p o ra l d e los fe n ó m e ­ nos). A sí, p u e d o d irig ir m i p e rc e p c ió n p rim e ro a la lu n a y d esp u és a la tie rra , o a la in v e rsa , d irig irla p rim e ro a la tie rra y d esp u és a la lu n a . D ig o q u e e sto s o b je to s e x iste n s im u ltá n e a ­ m e n te p o rq u e sus p e rc e p c io n e s p u e d e n se g u irse d e m o d o re c í­ p ro c o . P u es b ie n , la sim u lta n e id a d es la ex isten cia d e lo d iv e rso e n el m ism o tie m p o . P e ro , c o m o n o p o d e m o s p e rc ib ir el tie m p o m ism o , ta m p o c o p o d e m o s c o n c lu ir q u e las p e rc e p c io n e s de las cosas p u e d e n se g u irse re c íp ro c a m e n te p a rtie n d o del h e c h o de q u e hay cosas p u e sta s e n el m ism o tie m p o . La síntesis de la im a g in a c ió n en la a p re h e n s ió n só lo señ alaría cada u na d e estas p e rc e p c io n e s c o m o ta l p e rc e p c ió n si se halla en el su je to c u a n d o n o está la o tra y, al re v é s, p e ro n o in d icaría q u e los o b je to s sean s im u ltá n e o s, es d e c ir, n o in d icaría q u e c u a n d o u n o b je to está a h í ta m b ié n lo está el o tr o al m ism o tie m p o , n i q u e ta l co sa sea necesaria p a ra q u e las p e rc e p c io n e s p u e d a n se g u irse u n a s a o tra s. E n c o n se ­ cu en cia, si q u e re m o s a firm a r q u e la su c e sió n re c íp ro c a de las p erc e p c io n e s se basa en el o b je to y q u e re m o s re p re se n ta rn o s así la sim u lta n e id a d c o m o a lg o o b je tiv o , n o s hace falta u n c o n c e p to de la su c e sió n re c íp ro c a d e las d e te rm in a c io n e s de B 258 estas cosas q u e c o e x iste n u n as fu e ra d e o tra s. P e ro la re la c ió n d e las su stan cias e n la q u e u n a c o n tie n e d e te rm in a c io n e s c u y o fu n d a m e n to se h alla en la o tra , es la re la c ió n d el in flu jo y c u a n d o , a la in v e rsa , cad a su sta n c ia 1 c o n tie n e el fu n d a m e n to de las d e te rm in a c io n e s e x isten tes e n las o t r a s 12 , nos h alla m o s a n te la re la c ió n d e c o m u n id a d o d e a c c ió n re c íp ro c a . C o n s i­ g u ie n te m e n te , n o p o d e m o s c o n o c e r e m p íric a m e n te la sim u lta ­ n eid ad d e las su sta n c ia s e n el esp acio sin o b a jo las c o n d ic io n e s de u n a a c ció n re c íp ro c a e n tre las m ism as. E s ta es, p u e s, ta m b ié n la c o n d ic ió n de p o sib ilid a d d e las cosas m ism as en c u a n to o b je to s de ex p erien cia.] L as cosas so n sim u ltá n e a s en la m e d id a en q u e ex iste n al m ism o tie m p o . ¿C ó m o sa b e m o s q u e e x iste n al m ism o tie m 1 L eyendo, con

W i lle ,

jede (SubstansQ,

2 L e y e n d o , d e a c u e r d o c o n W ille ,

denf

dieses (N. d e l T.) dem ( N . d e l T.

e n lu g a r d e en vez de

TERCERA ANALOGIA

237

p o ? L o sab em o s cu a n d o es in d ife re n te el o rd e n e n la síntesis de a p re h e n s ió n de esa v a rie d a d , es d e c ir, c u a n d o p o d e m o s p a sa r d esd e A h asta E , a tra v é s d e B, C, D , o al rev és, d esd e E h asta A . E n efecto , si la sín tesis fu ese te m p o ra lm e n te sucesiva (en el o rd e n q u e em p ie z a e n A y te rm in a en E ) sería im p o sib le iniciar la a p re h e n s ió n en la p e rc e p c ió n d e E y seg u ir re tro sp e c tiv a m e n te h asta A , ya q u e A p e rte n e c e ría al p a sa d o y, c o n sig u ie n te m e n te , n o p o d ría ya ser o b je to de a p re h en sió n . S u p o n g a m o s q u e en una v a rie d a d de su stan cias e n c u a n ­ to fe n ó m e n o s estu v iese cada u n a d e éstas c o m p le ta m e n te aisla­ d a, es d ecir, q u e n in g u n a in flu y e ra s o b re las d em ás n i recib iera, p o r su p a rte , in flu jo alg u n o d e ellas. A firm o q u e , en tal caso, la simultaneidad de esas su stan cias n o sería o b je to de p e rc e p c ió n a lg u n a p o sib le y q u e la existen cia d e u n a d e ellas n o p o d ría c o n d u c irn o s, a trav és d e n in g ú n c a m in o de la sín tesis e m p írica, a la existencia d e o tra . E n e fe c to , si im a g in a m o s q u e tales sustancias está n separadas p o r u n esp acio to ta lm e n te v acío, la p e rc e p c ió n q u e avan za en el tie m p o d e una a o tra p o d ría c ie rta m e n te d e te rm in a r la ex isten cia de ésta ú ltim a m e d ia n te u n a p e rc e p c ió n su b sig u ie n te , p e ro n o d is tin g u ir si el fe n ó m e n o sigue o b je tiv a m e n te a la p rim e ra o es, p o r el c o n tra rio , sim u ltá ­ n eo resp e c to de ella.

A 212

B 259

T ie n e , p u e s, q u e h a b e r a lg o , a p a rte de la sim p le e x iste n ­ cia, m e d ian te lo cual A d e te rm in a a B su lu g a r en el tie m p o , y a la in v ersa, ya q u e só lo b ajo esta c o n d ic ió n p o d e m o s re p re ­ se n ta rn o s dichas su stan cias c o m o existiendo simultáneamente. A h o ra b ien , la ú nica cosa q u e fija a o tra su lu g a r en el tie m p o es la causa d e esta o tra cosa o d e sus d e te rm in a c io n e s. Si h em o s, p u es, de c o n o cer la sim u lta n e id a d en a lg u n a ex p erien cia p o sib le , to d a su stan cia (ya q u e só lo p u e d e ser efecto desd e el p u n to d e vista de sus d e te rm in a c io n e s) d e b e c o n te n e r en sí la cau salid ad d e ciertas d e te rm in a c io n e s en las o tra s su stan cias y, a la vez, los efectos de la c a u salid ad de éstas ú ltim a s; A 2 1 3 es d ecir, las su stan cias tie n e n q u e h a llarse en c o m u n id a d d in á m i­ ca (in m ed iata o m ed iatam e n te ). P o r o tra p a rte , to d o aq u e llo sin lo cual la exp erien cia de los o b je to s sería im p o sib le c o n s titu ­ ye a lg o necesario en re lac ió n c o n tales o b je to s de esa m ism a experiencia. C o n sig u ie n te m e n te , es n e c e sa rio q u e to d a s las su s­ B 260 tancias en la esfera del fe n ó m e n o se h allen e n tre sí, en la m ed id a en q u e so n sim u ltán eas, e n u n a c o m p le ta c o m u n id a d d e in te ra c c ió n recíp ro ca.

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

238

A 214

B 26 1

La p a la b ra G emeinschaft1 es e q u ív o c a en alem án . P u ed e sig n ificar ta n to communio c o m o ta m b ié n commercium. L a e m p le a ­ m o s a q u í en el ú ltim o se n tid o , e n el de u n a c o m u n id a d d in á m i­ ca, sin la cual jam ás p o d ría m o s c o n o c e r e m p íric a m e n te ni la m ism a c o m u n id a d local ( communio sp a tii). E s fácil de o b s e r­ v ar d e sd e n u e stra ex p erien cia q u e só lo los in flu jo s c o n tin u o s en to d o s los lu g ares del e sp a c io p u e d e n c o n d u c ir n u e s tro se n tid o d e sd e un o b je to a o tr o ; q u e la luz q u e ju eg a e n tre n u e stro o jo y los c u e rp o s del u n iv e rs o p r o d u c e 12 u n a c o m u n i­ d ad m ed iata e n tre ellos y n o s o tro s , d e m o s tr a n d o 3 así la sim u l­ tan e id a d d e esos c u e rp o s ; q u e n o p o d e m o s c a m b ia r e m p íric a ­ m e n te d e lu g a r (p e rc ib ir este c a m b io ) si la m a te ria n o n os p e rm ite p e rc ib ir p o r to d a s p a rte s n u e stra p o sic ió n . E sta m ateria só lo p u e d e m o s tra r la sim u lta n e id a d de sus p a rte s a tra v é s d el in flu jo re c íp ro c o d e éstas. S ó lo m e d ia n te tal in flu jo p u e d e d ich a m ateria m an ifesta r la co e x iste n c ia d e los o b je to s, h asta la de los m ás lejan o s (a u n q u e só lo m e d ia ta m e n te ). Sin c o m u n id ad , to d a p e rc e p c ió n (del fe n ó m e n o en el esp acio ) se hallaría d esg ajad a de las d em ás, co n lo c u al la cad en a de re p re se n ta c io nes em p íricas, es d ecir, la ex p erie n c ia , e m p ez aría d e sd e el p rin c i­ p io c o n cada n u e v o o b je to , sin q u e la re p re se n ta c ió n a n te rio r tu v ie ra co n él ni la m e n o r c o n e x ió n ni re la c ió n te m p o ra l alg u n a. N o p re te n d o c o n e s to re b a tir el esp acio v acío , ya q u e éste p u e d e ex istir en lu g a re s a d o n d e n o lle g a n n u e stra s p e rcep cio n es y d o n d e , c o n s ig u ie n te m e n te , n o te n e m o s n in g ú n c o n o c im ie n to e m p íric o acerca de la co ex isten cia. C la ro q u e e n to n ce s ta m p o c o c o n stitu y e o b je to a lg u n o de n u e stra e x p e ­ riencia po sib le. L o q u e sig u e p u e d e a y u d a r a esclarecer lo d ic h o . E n c u a n to in clu id o s en una p o sib le ex p e rie n c ia , to d o s los fe n ó m e ­ nos tie n e n q u e e star en n u e s tro p siq u ism o in se rto s en u n a co m u n id a d (communio) de a p e rc e p c ió n y, en la m ed id a en q u e los o b je to s h a n d e ser re p re se n ta d o s se g ú n u n lazo q u e lig u e su co ex isten cia, tie n e n q u e d e te rm in a r e n tre ellos su p o sic ió n te m p o ra l d e m o d o re c íp ro c o , fo rm a n d o así u n to d o . Si esta c o m u n id a d su b je tiv a ha de d e sc a n sa r e n u n fu n d a m e n to o b je ti­ v o o referirse a fe n ó m e n o s en c u a n to su stan cias, la p e rc e p c ió n

1 C o m u n id a d ( N . d el T .) 2 L e y e n d o , c o n A d ic k e s , 3 L e y e n d o , c o n A d ic k e s ,

bewirke, e n v e z d e bewirkm ( N . beweise, e n l u g a r d e bemisen ( N .

d el T .) d e l T .)

TERCERA ANALOGIA

239

de u n fe n ó m e n o tie n e q u e h ac e r p o sib le , c o m o fu n d a m e n to , la p e rc e p c ió n del o tr o , y al rev é s, a fin d e q u e n o se asig n e su cesió n (q u e sie m p re h ay en las p e rc e p c io n e s e n c u a n to a p re ­ h e n sio n es) a los o b je to s, sin o q u e p u e d a n é sto s ser re p re s e n ta ­ d o s c o m o c o ex isten tes. E s to es p re c isa m e n te u n in flu jo re c íp ro ­ co , es d ecir, u n a c o m u n id a d real (commercium) d e las su stan cias, sin la cual n o sería p o sib le e n la e x p e rie n c ia la re la c ió n e m p íric a A 215 de sim u lta n e id a d . M e d ia n te este commercium lo s fe n ó m e n o s — en la m ed id a e n q u e se h a lla n lig a d o s e n tre sí, a p e sa r de esta r u n o s fu e ra d e o tr o s — fo r m a n u n c o m p u e s to (composi- B 262 tum realé). T ales c o m p u e s to s s o n p o sib le s d e d iv e rsa s m an eras. Las tres re lacio n es d in ám ic a s d e las q u e su rg e n to d a s las d em ás so n , p u e s, las d e in h e ren c ia , d e c o n se c u e n c ia y d e c o m p o sic ió n .

E sta s so n , p u e s, las tre s a n a lo g ía s d e la ex p erien cia. N o so n m ás q u e lo s p rin c ip io s q u e d e te rm in a n la ex isten cia de lo s fe n ó m e n o s e n el tie m p o d e a c u e rd o c o n lo s tre s m o d o s de é s te : la re la c ió n co n el tie m p o m ism o c o m o m a g n itu d (la m a g n itu d de la existencia, es d ecir, la d u ra c ió n ), la re la c ió n en el tie m p o c o m o serie (su cesió n ) y, fin a lm e n te , la re la c ió n en el tie m p o c o m o c o n ju n to de to d o lo q u e ex iste (s im u lta n e i­ dad). E sta u n id a d d e la re la c ió n te m p o ra l es to ta lm e n te d in á m i­ c a ; es d ecir, el tie m p o n o es c o n sid e ra d o c o m o a lg o en d o n d e la ex p erien cia señala in m e d ia ta m e n te su lu g a r a cad a ex isten cia, lo cual es im p o sib le. E n e fe c to , el tie m p o a b s o lu to n o c o n s titu ­ ye u n o b je to d e p e rc e p c ió n c o n el q u e p u e d a n c o m p a ra rse los fe n ó m e n o s. E s la reg la d el e n te n d im ie n to , ú n ic o m e d io p o r el cu al la ex isten cia d e é sto s ú ltim o s p u e d e a d q u irir u n id a d sin tética d e sd e el p u n to d e v ista te m p o ra l, la q u e señ ala su lu g a r en el tie m p o a cada u n o d e los fe n ó m e n o s. C o n s ig u ie n te ­ m e n te , esa reg la d e te rm in a a p rio ri y c o n valid ez u n iv e rsa l p a ra to d o tie m p o . f A 216 E n te n d e m o s p o r n a tu ra le z a (en s e n tid o e m p íric o ) el I b 263 c o n ju n to d e lo s fe n ó m e n o s c o n sid e ra d o s en su e x isten cia de a c u e rd o c o n reg las necesarias, es d e c ir, d e a c u e rd o c o n leyes. H ay , p u e s, ciertas leyes q u e so n a p rio ri y q u e so n las q u e h acen p o sib le u n a n atu ra le z a . L as leyes em p íric a s o 1o p u e d e n ex istir y ser e n c o n tra d a s m e d ia n te la ex p e rie n c ia y c o m o c o n se ­ cuen cia de esas leyes o rig in a ria s, q u e s o n las q u e h a c e n p o sib le la m ism a ex p erien cia. A sí, p u e s, n u e stra s a n a lo g ía s p re s e n ­ ta n la u n id a d de la n atu ra le z a c o m o la in te rc o n e x ió n de to d o s

240

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

los fe n ó m e n o s b a jo c ie rto s e x p o n e n te s, lo s cuales n o ex p re sa n o tra cosa q u e la re la c ió n d el tie m p o (en la m e d id a e n q u e éste ab arca en sí to d o lo q u e ex iste) c o n la u n id a d d e a p e rc e p ­ c ió n , u n id a d q u e só lo p u e d e te n e r lu g a r e n u n a sín tesis realizad a de a c u e rd o c o n reglas. E sta s a n a lo g ía s, e n su c o n ju n to , e x p re ­ san, p u es, lo sig u ie n te : to d o s lo s fe n ó m e n o s se h a lla n en u n a n a tu ra le z a y tie n e n q u e h allarse e n ella, p u e s, d e n o e x istir tal u n id a d a priori, n o h a b ría u n id a d d e e x p erien cia y, c o n s i­ g u ie n te m e n te , n o sería p o sib le d e te rm in a r los o b je to s en esa experiencia. S o b re el tip o d e d e m o s tra c ió n q u e h e m o s e m p le a d o en estas leyes tra sc e n d e n ta le s y so b re la p e c u lia rid a d d e esa m ism a d e m o s tra c ió n , te n e m o s q u e h ac e r n o ta r a lg o q u e será, a la vez, de la m a y o r im p o rta n c ia c o m o n o rm a a se g u ir sie m p re q u e se in te n te d e m o s tra r a prio ri p ro p o s ic io n e s q u e so n , a u n tie m p o , sin téticas e in telectu ales. Si h u b ié se m o s q u e rid o d e m o s tra r d o g m á tic a m e n te , es d ecir, a p a rtir d e c o n c e p to s, B 264 estas a n a lo g ías, a sab e r, q u e to d o c u a n to ex iste se h alla só lo en lo p e rm a n e n te ; q u e to d o su ceso p re s u p o n e e n el e sta d o A 217 a n te rio r a lg o a lo cual s i g u e 1 d e a c u e rd o c o n u n a re g la ; q u e , fin a lm e n te , en la v a rie d a d c o e x iste n te los esta d o s so n e n tre sí sim u ltá n e o s c o n fo rm e a u n a reg la (están en c o m u n id a d ), en to n c e s h u b ie s e sid o in ú til to d o n u e s tro esfu e rz o . E n efecto , n o se p u e d e p asar d e u n o b je to y d e su ex isten cia a la ex isten cia d e o tr o o a su fo rm a d e ex istir m e d ia n te m e ro s c o n c e p to s d e tales cosas, cu a lq u ie ra q u e sea el análisis q u e d e esos c o n c e p ­ to s se efectúe. ¿Q u é salida n o s q u e d a b a e n to n c e s? N o s q u e d a b a la p o sib ilid a d d e la ex p e rie n c ia c o m o u n c o n o c im ie n to en el q u e to d o s los o b je to s d e b e n , e n d e fin itiv a , p o d e r sern o s d a d o s, si es q u e su re p re se n ta c ió n h a d e te n e r p a ra n o s o tro s realid ad o b je tiv a . E n este te rc e r té rm in o , cuya fo rm a esencial c o n siste e n la u n id a d sin té tic a d e a p e rc e p c ió n d e to d o s los fe n ó m e n o s, e n c o n tra m o s c o n d ic io n e s a prio ri d e la c o m p le ta y n ecesaria d e te rm in a c ió n te m p o ra l d e to d a ex isten cia e n la esfera del fe n ó m e n o , c o n d ic io n e s sin las cuales sería im p o sib le la m ism a d e te rm in a c ió n e m p íric a d el tie m p o . Ig u a lm e n te , e n ­ c o n tra m o s reg las d e la u n id a d sin té tic a a priori m e d ia n te las cuales p o d e m o s a n tic ip a r la e x p erien cia. Si ha fra c a sa d o el re p e tid o in te n to d e s u m in istra r u n a p ru e b a del p rin c ip io de ra z ó n su fic ie n te , ello se h a d e b id o a la falta d e este m é to d o 1 Leyendo, de acuerdo con Hartenstein, sie, en vez de es (N. del T.)

POSTULADOS DEL PENSAR EMPIRICO

241

y a la ilu sió n de d e m o s tra r d o g m á tic a m e n te p ro p o s ic io n e s B 265 sintéticas q u e el u so e m p íric o del e n te n d im ie n to h acía p a sa r p o r p rin c ip io s suyos. A p e sa r d e q u e n o s se rv ía m o s tá c ita m e n te de las d o s an alo g ías re s ta n te s k, n ad ie ha p e n sa d o en ellas A 218 p o r fa lta r el h ilo c o n d u c to r d e las c a te g o ría s. E s este h ilo c o n d u c to r el q u e p u e d e d e te c ta r y h a c e r n o ta r to d a la g u n a del e n te n d im ie n to , ta n to e n el caso d e los c o n c e p to s c o m o en el d e los p rin c ip io s.

4 LOS POSTULADOS DEL PENSAR EMPIRICO EN GENERAL 1. L o q u e c o n c u e rd a c o n las c o n d ic io n e s fo rm a le s de la exp erien cia (desde el p u n to d e v ista d e la in tu ic ió n y de los c o n c e p to s) es posible. 2. L o q u e se halla en in te rd e p e n d e n c ia c o n las c o n d i- B 266 ciones m ateriales de la ex p e rie n c ia (d e la se n sa c ió n ) es real. 3. A q u e llo cuya in te rd e p e n d e n c ia c o n lo real se halla d e te rm in a d o se g ú n co n d ic io n e s u n iv e rsa le s d e la ex p e rie n c ia es (existe c o m o ) necesario.

E xp lica c ió n L o p e c u lia r de las c a te g o ría s d e la m o d a lid a d c o n siste en q u e, en c u a n to d e te rm in a c io n e s del o b je to , n o a m p lía n en lo m ás m ín im o el c o n c e p to al q u e sirv e n d e p re d ic a d o , sin o q u e e x p re sa n sim p le m e n te la re la c ió n d e ta l c o n c e p to c o n la fa cu ltad co g n o sc itiv a . A u n q u e el c o n c e p to d e u n a cosa k E videntem ente, la unidad del universo, en el cual han de hallarse ligados todos los fenóm enos, es una simple consecuencia del principio — tácita­ mente asum ido— de la com unidad de todas las sustancias que son simultáneas. En efecto, si las sustancias estuvieran aisladas, no constituirían partes de un todo, y si su conexión (acción recíproca de lo diverso) no fuera necesaria ya a causa de su simultaneidad, entonces no podríam os inferir de esta última, en cuanto relación meram ente ideal, una conexión de carácter real. A unque ya hemos m ostrado en su lugar que la com unidad es, en sentido propio, el fundam ento de la posibilidad de conocer de m odo em pírico la coexistencia y que, en realidad, sólo se infiere retrospectivam ente dicha com unidad partiendo de esa coexistencia, considerando aquélla com o condición de ésta (N ota de Kant)

A 219

242

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

esté ya c o m p le to , p u e d o se g u ir p r e g u n ta n d o si ese o b je to es sim p le m e n te p o sib le , si es real o , e n el caso d e q u e sea real, si es in c lu so n ecesario . A tra v é s d e to d a s estas c u e stio n e s n o p e n sa m o s m ás d e te rm in a c io n e s e n el o b je to m ism o , sin o q u e p re g u n ta m o s sim p le m e n te en q u é re la c ió n se h alla tal o b je to (ju n ta m e n te c o n to d a s sus d e te rm in a c io n e s) c o n el e n te n ­ d im ie n to y c o n su u so e m p íric o , c o n el Ju ic io e m p íric o y co n la ra z ó n e n su a p lic a c ió n a la e x p erien cia. P o r ello m ism o , los p rin c ip io s d e la m o d a lid a d n o so n m ás q u e ex p licacio n es d e los c o n c e p to s d e p o sib ilid a d , rea lid a d y n ecesid ad en su u so e m p íric o , c o n lo cual lim ita n , a la vez, to d a s las c a te g o ría s al sim p le u so e m p íric o , n o p e rm itie n d o 267 ni a u to riz a n d o el u so tra sc e n d e n ta l. E n e fe c to , si las c a te g o ría s n o h an de p o se e r u n a sig n ific a c ió n m e ra m e n te ló g ic a ni e x p re ­ sar an a lític a m e n te la fo rm a del pensar, sin o q u e h a n d e a fectar a las cosas y a su p o sib ilid a d , su re a lid a d y su n e cesid ad , en to n c e s tie n e n q u e re fe rirse a la ex p e rie n c ia p o sib le y a su u n id a d sin tética. E s en esta u n id a d d o n d e se d a n los o b je to s de la experiencia. 220 E l p o s tu la d o d e la p o sib ilid a d de las cosas exig e, p u e s, q u e el c o n c e p to d e éstas c o n c u e rd e c o n las c o n d ic io n e s fo rm a le s de u n a ex p erien cia en g en e ra l. P e ro ésta, es d ecir, la fo rm a o b je tiv a de la ex p erien cia en g e n e ra l, es la q u e c o n tie n e to d a síntesis re q u e rid a p a ra el c o n o c im ie n to d e los o b je to s. U n c o n c e p to q u e in clu y a en sí u n a sín tesis ha d e ser c o n sid e ra d o vacío y n o re fe rid o a n in g ú n o b je to c u a n d o tal sín tesis n o p e rte n e c e a la ex p e rie n c ia , sea c o m o to m a d a de ésta, caso en el q u e recib e el n o m b re de concepto empírico, sea e n el se n tid o d e q u e la ex p e rie n c ia en g e n e ra l (la fo rm a d e ésta) se b ase e n ella c o m o c o n d ic ió n a p riori, caso en el q u e c o n stitu y e u n concepto puro. E s te c o n c e p to p u r o p e rte n e c e , n o o b s ta n te , a la e x p erien cia, ya q u e es en ésta d o n d e p u e d e h allarse su o b je to . E n e fecto ¿de d ó n d e se q u ie re d e riv a r el c a rá c te r de la p o s ib ilid a d d e u n o b je to q u e ha sid o p e n sa d o a tra v é s de u n c o n c e p to sin té tic o a priori, si n o es de u n a sín tesis q u e c o n stitu y a la fo rm a d el c o n o c im ie n to e m p íric o d e los o b je to s? E l q u e u n c o n c e p to se m e ja n te se h alle lib re d e to d a 268 c o n tra d ic c ió n es u n a c o n d ic ió n ló g ic a necesaria. P e ro ello n o basta, ni d e lejo s, e n re la c ió n c o n la re a lid a d o b je tiv a del c o n c e p to , es d e c ir, c o n la p o sib ilid a d d e u n o b je to c o m o el p e n sa d o a tra v é s d el c o n c e p to . A sí, el c o n c e p to d e u n a fig u ra e n c e rra d a e n tre d o s rectas n o im p lica c o n tra d ic c ió n

POSTULADOS DEL PENSAR EMPIRICO

243

a lg u n a , ya q u e lo s c o n c e p to s de d o s re c ta s y su cru c e n o im - A 221 p lic a n la n e g a c ió n de n in g u n a fig u ra . La im p o sib ilid a d n o descan sa en el c o n c e p to c o m o ta l, sin o en la c o n s tru c c ió n d e tal fig u ra en el esp acio , es d e c ir, en las c o n d ic io n e s del esp acio y d e la d e te rm in a c ió n d e éste. A h o ra b ie n , estas c o n d i­ cio n es p o se e n , a su vez, re a lid a d o b je tiv a , es d e c ir, se re fie re n a cosas p o sib le s, p o r c o n te n e r a p rio ri e n sí m ism as la fo rm a de la exp erien cia en g en eral. Q u e re m o s a h o ra p o n e r d e m a n ifie sto la g ra n u tilid a d y el in flu jo de este p o s tu la d o d e la p o sib ilid a d . Si m e re p re s e n to u n a cosa p e rm a n e n te , d e fo rm a q u e c u a n to en ella c am b ie p e rte n e z c a só lo a su e sta d o , n u n c a p u e d o sa b e r q u e tal cosa sea p o sib le p a rtie n d o sim p le m e n te d e d ic h o c o n c e p to . O b ie n , si m e re p re s e n to alg o q u e haya d e ser d e tal n a tu ra le z a , q u e , u n a vez p u e s to , siem p re siga in v a ria b le m e n te o tra co sa d is tin ta , ello p u e d e ser p e n sa d o e fe c tiv a m e n te sin c o n tra d ic c ió n . P e ro ta l p e n s a m ie n to n o m e p e rm ite ju z g a r si esa p ro p ie d a d (en c u a n to c au salid ad ) se e n c u e n tra e n a lg u n a co sa p o sib le . F in a l­ m e n te , p u e d o re p re se n ta rm e d ife re n te s cosas (su stan cias) d e B 269 tal n atu ra le z a , q u e el e sta d o de u n a d e ellas im p liq u e a lg u n a c o n sec u en cia en el e sta d o d e la o tra , y a la in v e rsa . P e ro a p a rtir de esto s c o n c e p to s, q u e c o n tie n e n u n a sim p le sín tesis a rb itra ria , n o p u e d o d e d u c ir q u e se m e ja n te re la c ió n p u e d a c o n v e n ir a a lg u n a cosa. C o n sig u ie n te m e n te , só lo p o r el h e c h o de q u e esto s c o n c e p to s e x p re sa n a prio ri las rela c io n e s d e las p e rc e p c io n e s en cad a ex p e rie n c ia c o n o c e m o s la re a lid a d o b je tiv a de los m ism o s, es d e c ir, su v e rd a d tra sc e n d e n ta l, A 222 y la c o n o c e m o s c o n in d e p e n d e n c ia d e la e x p erien cia, a u n q u e n o c o n in d e p e n d e n c ia d e to d a re la c ió n c o n la fo rm a d e u n a exp erien cia en g en eral y co n la u n id a d sin té tic a . E s en ésta d o n d e p u e d e n co n o c e rse los o b je to s d e m o d o e m p íric o . P e ro si q u isié ra m o s fo rm a r c o n c e p to s c o m p le ta m e n te n u e v o s de su stan cias, d e fu e rz a s, d e accio n es re c íp ro c a s, p a r ­ tie n d o d e la m a te ria o frecid a p o r las p e rc e p c io n e s, sin to m a r de la ex p erien cia m ism a el e je m p lo d e su c o n e x ió n , cae ría m o s en p u ra s fa n ta sm a g o ría s cuya p o sib ilid a d carece de to d o c rite ­ rio , ya q u e e n el caso d e sem ejan tes fa n ta sm a g o ría s n o se to m a p o r m a e stra la ex p e rie n c ia , c o m o ta m p o c o se e x tra e n de ella tales c o n c e p to s. A d ife re n c ia d e las c a te g o ría s , e sto s c o n c e p to s im a g in a rio s n o p u e d e n re c ib ir a p rio ri el c a rá c te r de su p o sib ilid a d c o m o c o n d ic io n e s d e las q u e d e p e n d e to d a e x p erien cia, sin o a posteriori, c o m o c o n c e p to s q u e só lo se d a n

244

KANT/CRIT1CA DE LA RAZON PURA

B 270 a trav és de la experien cia m ism a, y su p o sib ilid a d ha de c o n o c e r­ se o bien a posteriori y e m p íric a m e n te , o bien n o p u e d e ser co n o cid a en a b so lu to . U na su stan cia q u e se h allara e n el esp acio de m o d o p e rm a n e n te , p e ro sin llen arlo (al m o d o de ese té rm in o m ed io q u e alg u n o s h a n q u e rid o in tro d u c ir y q u e se hallaría e n tre la m ateria y el ser p e n sa n te ); o u n a especial facu ltad psíquica 1 capaz de intuir (n o só lo de in ferir) a n tic ip a d a m e n te los sucesos fu tu r o s ; o u n p o d e r del p siq u ism o q u e p e rm ita A 223 estar en c o m u n id a d de p e n sa m ie n to c o n o tra s p e rso n a s (p o r m uy alejadas q u e e sté n ); to d o s ellos c o n stitu y e n co n c e p to s cuya p o sib ilid ad carece de to d o fu n d a m e n to , ya q u e n o p u e d e basarse en la experien cia ni e n sus c o n o c id a s leyes. S in estas instancias, tal p o sib ilid a d se re d u c e a una a rb itra ria c o m b in a ­ ción de p e n sam ien to s, c o m b in a c ió n q u e no p u e d e reiv in d ic a r p ara sí, a u n q u e se halle e x en ta de c o n tra d ic c ió n , u n a realid ad o b jetiv a ni, c o n sig u ie n te m e n te , la p o sib ilid a d del o b je to q u e se p re te n d e p en sar. P o r lo q u e hace a la realid ad , n o p o d e m o s, claro está, p en sarla en c o n c re to sin a c u d ir a la ex p erien cia, ya q u e esa realidad só lo p u e d e referirse a la sen sació n , co m o m ateria de la experien cia. N o afecta a la fo rm a de la relación. C on la fo rm a p o d ría m o s, d e sd e lu e g o , ju g a r a las ficciones.

B 271

P aso ah o ra p o r alto to d o a q u e llo cuya p o sib ilid a d só lo p u ed a d e riv arse de la realid ad em p írica. C o n sid e ra ré sim p le ­ m e n te la p o sib ilid ad de las cosas m ed ia n te c o n c e p to s a priori. D e tales cosas sigo a firm a n d o q u e n o so n p o sib les p a rtie n d o de esos co n cep to s a priori p o r sí so lo s, sin o p a rtie n d o de ellos en cu a n to sim ples c o n d ic io n e s fo rm ale s y o b jetiv as 12 de la exp erien cia en g eneral.

P arece, efectiv am en te, c o m o si la p o sib ilid ad de un triá n g u lo p u d ie ra ser c o n o c id a a p a rtir del c o n c e p to en sí m ism o (que es, d esde lu e g o , in d e p e n d ie n te de la experiencia). E n efecto , p o d e m o s su m in istra r, e n te ra m e n te a priori, u n o b je to a tal co n c e p to , es d ecir, p o d e m o s c o n stru irlo . P e ro d a d o q u e A 224 eso es sólo la fo rm a de u n o b je to , seg u iría sien d o u n p ro d u c to de la im ag in ació n y c o n tin u a ría sien d o d u d o sa la p o sib ilid ad del o b je to de ese p ro d u c to , en el se n tid o de q u e esa p o sib ilid a d req u iere alg o m ás, a sab er, q u e sem ejan te fig u ra sea p en sad a bajo las p u ra s c o n d ic io n e s en las q u e se b asan to d o s los o b jeto s 1 Grundkraft mseres Gemdts 2 Leyendo, con Erdm ann, formalen und objektwen, en lugar de fórmale and objektive ( N . del T.)

POSTULADOS DEL PENSAR EMPIRICO

245

d e la ex p erien cia. L o q u e en laz a la re p re se n ta c ió n d e la p o s ib ili­ d ad de u n tr iá n g u lo c o n su c o n c e p to e m p íric o es el h e ch o d e q u e el esp acio c o n stitu y a u n a c o n d ic ió n fo rm a l a p riori d e la ex p erien cia e x tern a , el h e c h o d e q u e la sín tesis c re a d o ra m e d ia n te la cual c o n stru im o s ese tr iá n g u lo en la im a g in a c ió n sea e x a c ta m e n te la m ism a q u e a q u ella q u e p ra c tic a m o s en la a p re h e n s ió n d e u n fe n ó m e n o p a ra fo rm a rn o s d e él u n c o n c e p ­ to em p íric o . A sí, p u e s, la p o sib ilid a d d e m a g n itu d e s c o n tin u a s, e in clu so de m a g n itu d e s sin m ás, n u n c a se ve clara d esd e sus c o n c e p to s c o n sid e ra d o s e n sí m ism o s, ya q u e é sto s so n to d o s sin té tic o s, sin o d e sd e tales c o n c e p to s c o n sid e ra d o s c o m o B 272 c o n d ic io n e s fo rm ale s d e la d e te rm in a c ió n d e los o b je to s en la ex p erien cia en g en era l. P e ro ¿ d ó n d e ire m o s a b u sc a r o b je to s q u e c o rre s p o n d a n a los c o n c e p to s si n o es en la e x p erien cia, q u e es el m e d io a tra v é s d el cu al se n o s d a n los o b je to s? P o d e m o s , n o o b sta n te , in c lu so sin a c u d ir p re v ia m e n te a la e x p erien cia, c o n o c e r y c a ra c te riz a r la p o sib ilid a d d e las cosas en lo q u e a ta ñ e a las m e ra s c o n d ic io n e s fo rm a le s p o r las q u e to d o s sus o b je to s v ie n e n d e te rm in a d o s , y en c o n se c u e n c ia , p o d e m o s h a c e rlo e n te ra m e n te a prio ri, a u n q u e só lo en rela c ió n c o n la ex p erien cia y d e n tr o d e sus lím ites. E l p o s tu la d o se g ú n el cual c o n o c e m o s la realid a d d e A 225 las cosas n o ex ig e la percepción (y, c o n sig u ie n te m e n te , la se n sa ­ c ió n , d e la cual so m o s c o n sc ie n te s) in m e d ia ta del o b je to m ism o cuya ex isten cia se tra ta d e c o n o c e r 1 , p e ro sí exige la c o n e x ió n d e tal o b je to c o n a lg u n a p e rc e p c ió n e fectiv a d e a c u e rd o c o n las an alo g ías de la e x p e rie n c ia , las cuales e sta b le c e n to d o enlace real en un a ex p erien cia en g en e ra l. N o p o d e m o s e n c o n tr a r e n el mero concepto d e u n a cosa el d is tin tiv o de su ex isten cia, p u e s, a u n en el caso d e q u e el c o n c e p to sea ta n c o m p le to , q u e n o le falte nada e n a b s o lu to de lo re q u e rid o p a ra p e n sa r u n a co sa en to d a s sus d e te rm in a c io ­ nes in te rn a s, la ex isten cia n o tie n e n ad a q u e v e r c o n to d o eso. S ó lo tie n e q u e v e r c o n la c u e stió n de si se m e ja n te cosa no s es d ad a d e fo rm a q u e su p e rc e p c ió n p u e d a p re c e d e r al c o n c e p to . E n efecto , q u e el c o n c e p to p re c e d a a la p e rc e p c ió n B273 sig n ifica q u e el p rim e ro es p o sib le . P e ro el ú n ic o d is tin tiv o de la re a lid a d es la p e rc e p c ió n , la cual su m in istra la m a te ria al c o n c e p to . N o o b sta n te , se p u e d e c o n o c e r la e x isten cia de 1 Esta frase ha sido traducida de acuerdo con la reordenación aconsejada por V alentiner (N. del Tú

246

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

la cosa p re v ia m e n te a la p e rc e p c ió n y, en co n se c u e n c ia , a priori d esd e u n p u n to de v ista c o m p a ra tiv o , sie m p re q u e esa cosa sólo esté re lacio n a d a c o n a lg u n a s p e rc e p c io n e s d e a c u e rd o c o n los p rin c ip io s de su c o n e x ió n e m p íric a (las an alo g ías). A 226 L a ra z ó n está en q u e , en ese caso, la ex isten cia d e la cosa y n u estras p e rc e p c io n e s en u n a e x p erien cia p o sib le se h allan en in te rd e p e n d e n c ia , d e m o d o q u e p o d e m o s p a sa r, c o n la g u ía d e esas a n alo g ías, d e sd e n u e stra s p e rc e p c io n e s efectiv as a la cosa en la serie d e las p e rc e p c io n e s p o sib le s. A sí, a p esar de q u e n u e stra c o n stitu c ió n o rg á n ic a n o n o s p e rm ite c o n o c e r d ire c ta m e n te la m ateria m a g n é tic a , c o n o c e m o s esa m ateria, q u e p e n e tra to d o s los c u e rp o s, p a rtie n d o d e la a tra c c ió n de las lim ad u ras d e h ie rro . E n e fe c to , sim p le m e n te c o n q u e n u e s­ tro s se n tid o s fu e ra n m ás fin o s, lle g a ría m o s ta m b ié n en una ex p erien cia, s e g ú n las leyes de la sen sib ilid a d y el c o n te x to de n u e stra s p e rc e p c io n e s, a la in tu ic ió n em p írica in m e d ia ta de esa m ateria m ag n étic a . P e ro la to s q u e d a d de n u e stro s se n ti­ d o s n o afecta en a b so lu to a la fo rm a d e la ex p erien cia p o sib le . A sí, p u es, n u e s tro c o n o c im ie n to de la ex isten cia d e las cosas llega h asta d o n d e llega la p e rc e p c ió n y su d e s a r r o llo 1 c o n fo rm e B 274 a las leyes em p íricas. Si n o c o m e n z a m o s p o r la ex p erien cia o n o p ro c e d e m o s c o n fo rm e a las leyes d e c o n e x ió n em p írica de los fe n ó m e n o s, en v a n o h a re m o s a lard e d e a d iv in a r o de in v e stig a r la ex istencia d e u n a cosa. [C o m o el idealismo p re se n ta una fu e rte o b je c ió n a estas re g la s s e g ú n las cuales c o n o c e m o s m e d ia ta m e n te la ex isten cia, es o p o r tu n o re fu ta rlo aq u í.

Refutación del idealismo E l id ealism o (en el se n tid o de id ealism o material) es la te o ría q u e so stien e q u e la e x isten cia d e las cosas d el esp acio fu era d e n o s o tro s es, o b ie n d u d o sa e indemostrable, o b ien fa lsa e imposible. La p rim e ra p o s tu ra , q u e d e fie n d e q u e só lo la afirm a ció n em p írica « Y o existo» es in d u d a b le , c o n stitu y e el id ealism o problemático d e D e sc a rte s. L a se g u n d a p o s tu ra es el id ealism o dogmático de B erkeley. E ste id ealism o a firm a q u e el esp acio , co n to d a s las cosas a las q u e va lig a d o y a las q u e sirv e de c o n d ic ió n in se p a ra b le , es a lg o im p o sib le en sí 1 Leyendo, con Wille, Fortgang, en vez de Anhang (N. del T.)

REFUTACION DEL IDEALISMO

247

m ism o y q u e , c o n sig u ie n te m e n te , las cosas del esp acio c o n s titu ­ yen m eras fantasías. El id ealism o d o g m á tic o es in e v ita b le si se co n sid era el esp acio c o m o p ro p ie d a d q u e ha d e c o rre s p o n d e r a las cosas en sí m ism as, ya q u e e n to n c e s el esp acio , ju n ta m e n te c o n to d o aq u e llo a lo q u e sirv e d e c o n d ic ió n , es u n a b su rd o . E l fu n d a m e n to d e este id e a lism o ha sid o ya e lim in a d o p o r n o s o tro s en la estética tra sc e n d e n ta l. E l id ealism o p ro b le m á tic o no afirm a n ad a de esto. S o stien e sim p le m e n te q u e so m o s in c a ­ paces d e d e m o s tra r, a tra v é s de la e x p erien cia, u n a ex isten cia fu era d e la n u e stra . E ste id e a lism o es ra z o n a b le y p ro p io B 275 d e u n p e n sa m ie n to filo só fic a m e n te rig u ro s o , c o m o lo es el co n siste n te en n o a d m itir u n ju ic io d e fin itiv o m ie n tra s n o se haya e n c o n tra d o un a p ru e b a su ficien te. La p ru e b a re q u e rid a d eb e, p u es, m o s tra r q u e te n e m o s experiencia d e las cosas e x te r­ nas, n o sim p le imaginación. E llo n o p o d rá o c u rr ir m ás q u e en el caso de q u e p o d a m o s d e m o s tra r q u e n u e stra m ism a ex p erien cia interna — in d u d a b le p a ra D e sc a rte s— só lo es p o sib le si su p o n e m o s la ex p erien cia externa.

T esis L a mera conciencia, aunque empíricamente determinada, de m i propia existencia demuestra la existencia de los objetos en el espacio fuera de mi.

Prueba S oy co n sc ie n te de m i e x isten cia en c u a n to d e te rm in a d a en el tie m p o . T o d a d e te rm in a c ió n te m p o ra l s u p o n e alg o perm a­ nente e n la p erc e p c ió n . P e ro ese e le m e n to p e rm a n e n te n o p u e d e ser a lg o en m í, ya q u e m i p ro p ia ex isten cia só lo p u e d e ser d e te rm in a d a e n el tie m p o m e d ia n te d ic h o e le m e n to 1 . L a p e r ­ ce p c ió n de éste só lo es, p u es, p o sib le a tra v é s d e u n a cosa e x te rio r a m í, n o a tra v é s de la sim p le representación d e una cosa e x te rio r a m í. C o n sig u ie n te m e n te , la d e te rm in a c ió n te m p o ­ ral d e m i existencia só lo es p o sib le g racias a la ex isten cia d e cosas reales q u e p e rc ib o fu era d e m í. A h o ra b ie n , la c o n c ie n - B 276 1 Véase la corrección que de esta frase propone K ant en la nota de B X X X IX (N. del T.)

248

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

cia de m i ex isten cia en el tie m p o v a n e c e sa ria m e n te lig a d a a la co n cie n cia de la p o sib ilid a d d e esta d e te rm in a c ió n te m p o ra l. L a co n cien cia de m i ex isten cia en el tie m p o se halla, p u e s, n ecesariam en te ligada ta m b ié n a la e x isten cia d e cosas fu era de m í, c o m o c o n d ic ió n de la d e te rm in a c ió n te m p o ra l. E s d e ­ cir, la con cien cia de mi p ro p ia ex isten cia c o n stitu y e , a la vez, la co n cien cia in m e d ia ta d e la e x isten cia d e o tra s cosas fu e ra de mí. Observación 1. Se n o ta rá e n la p ru e b a a n te r io r q u e la arg u c ia esg rim id a p o r el id e a lism o se v u e lv e c o n tra él m ism o co n m a y o r d e re c h o . E l id ealism o su p o n ía q u e la ú n ic a e x p e rie n ­ cia in m ed iata era la in te rn a y q u e só lo a p a r tir d e ésta se injerían las cosas e x te rio re s. P e ro , ta l c o m o o c u rr e c u a n d o se d e d u c e n causas determinadas p a rtie n d o d e efe c to s d a d o s, la d e d u c c ió n es in se g u ra , ya q u e las re p re se n ta c io n e s q u e n o s o ­ tro s su p o n e m o s — acaso e rró n e a m e n te — c a u sad as p o r cosas ex te rio re s p u e d e n te n e r su causa e n n o s o tro s m ism o s. L o q u e se d e m u e s tra en la p ru e b a a n te r io r es q u e e n realid a d B 277 la exp erien cia ex te rn a es in m e d ia ta k, q u e só lo a tra v é s de ella es p o sib le , n o la co n c ie n c ia d e n u e stra p ro p ia ex isten cia, p e ro sí su d e te rm in a c ió n en el tie m p o , es d e c ir, la ex p e rie n c ia in tern a. L a re p re se n ta c ió n « Yo existo», q u e ex p resa la c o n c ie n c ia q u e p u e d e a c o m p a ñ a r a to d o p e n sa m ie n to , c o n stitu y e lo in m e ­ d ia ta m e n te in c lu id o p o r la e x isten cia d e u n su je to , p e ro n o es to d a v ía u n conocimiento de este su je to ni es, c o n s ig u ie n te m e n ­ te, u n c o n o c im ie n to e m p íric o , es d ecir, n o es to d a v ía e x p e rie n ­ cia. P ara q u e lo fu era haría falta u n a in tu ic ió n , a p a rte del p e n ­ sa m ie n to de q u e a lg o ex iste, y, en este caso, u n a in tu ic ió n in ­ te rn a . E l su je to tie n e q u e ser d e te rm in a d o c o n re s p e c to a ésta — el tie m p o — , lo cual re q u ie re q u e haya o b je to s e x te rio re s. La exp erien cia in te rn a es, p u e s, sim p le m e n te m ed iata y só lo es p o ­ sible a tra v é s de la ex p erien cia ex te rn a . k E n la presente tesis no suponem os, sino que dem ostram os, la concien­ cia inmediata de la existencia de las cosas exteriores, independientem ente de si entendem os la posibilidad de esa conciencia o no. La cuestión acerca de esta posibilidad consistiría en indagar si tenem os sólo un sentido interno, en si carecemos de un sentido externo y poseem os simplemente imaginación. Pero está claro que, incluso para imaginarnos algo com o exterior, es decir, B 277 para presentarlo a la intuición, debemos tener ya un sentido externo y distinguir inm ediatamente, a través del mismo, entre la mera receptividad de una intuición externa y la espontaneidad que caracteriza toda imaginación. F n efecto, el simple hecho de imaginarse un sentido externo, anularía la facultad de intuición, la cual ha de ser determ inada por la facultad imaginativa (N ota de Kant)

REFUTACION DEL IDEALISMO

249

Observación 2. T o d o u so e m p íric o d e n u e stra facu ltad co g n o sc itiv a en la d e te rm in a c ió n d el tie m p o c o n c u e rd a p e rfe c ­ ta m e n te c o n ello. N o se tra ta ú n ic a m e n te de q u e só lo p o d e m o s p e r c ib ir 1 las d e te rm in a c io n e s te m p o ra le s a tra v é s de la m o d ifi­ cación en las telacio n es e x te rn a s (el m o v im ie n to ) c o n re sp e c to a lo p e rm a n e n te en el esp acio (p o r eje m p lo , el m o v im ie n to so lar re sp e c to de los o b je to s d e la tie rra ), sin o de q u e no te n e m o s nada p e rm a n e n te en q u e b a sar el c o n c e p to d e su s ta n ­ B 278 cia, c o m o in tu ic ió n , sa lv o la materia. P e ro esta p e rm a n e n c ia n o es ex traíd a d e la ex p erien cia e x te rn a , sin o q u e la su p o n e m o s a priori, c o m o c o n d ic ió n n ecesaria de to d a d e te rm in a c ió n te m ­ p o ra l y, c o n sig u ie n te m e n te , c o m o d e te rm in a c ió n del se n tid o in te rn o re s p e c to d e n u e stra p ro p ia ex istencia a tra v é s de la existencia d e las cosas e x te rio re s. L a a u to c o n c ie n c ia en la rep res e n ta c ió n jo no es un a in tu ic ió n , sin o u n a sim p le re p re se n ta c ió n intelectual d e la e s p o n ta n e id a d 12 d e u n su je to p e n sa n te . P o r ello carece ese yo del m e n o r p re d ic a d o in tu itiv o q u e , como permanente, p u d ie ra se rv ir en el se n tid o in te rn o de c o rre la to a la d e te rm in a c ió n te m p o ra l, a la m a n e ra c o m o lo h ace, p o r eje m p lo , la impenetrabilidad en la m a te ria c o n sid e ra d a c o m o in tu ic ió n empírica. Observación 3. D el h e c h o d e q u e la p o sib ilid a d de una a u to c o n c ie n c ia d e te rm in a d a re q u ie ra la ex istencia de o b je to s e x terio res n o se sig u e q u e to d a re p re se n ta c ió n in tu itiv a de tales o b je to s im p liq u e a u to m á tic a m e n te la ex istencia de los m ism o s, ya q u e esa re p re se n ta c ió n p u e d e ser u n m e ro p ro d u c to de la im a g in ació n (ta n to en los su e ñ o s c o m o en la lo cu ra). Sin e m b a rg o , la re p re se n ta c ió n en c u e stió n só lo lo es gracias a q u e re p ro d u c e a n te rio re s p e rc e p c io n e s e x tern as, las cuales só lo so n p o sib le s, tal c o m o h e m o s m o s tra d o ya, g ra c ia s a la realid ad de o b je to s e x te rio re s. A q u í só lo se ha p re te n d id o m o s tra r q u e la ex p erien cia in te rn a en g en e ra l só lo es p o sib le a tra v é s d e la ex p erien cia e x tern a. E l q u e esta o aq u ella su p u e sta B 279 ex p erien cia n o sea un a m era fan tasía es a lg o q u e d e b e d ilu c id a r­ se de a c u e rd o c o n sus especiales d e te rm in a c io n e s y e fe c tu a n d o u n co te jo c o n los crite rio s d e to d a ex p erien cia efectiv a.]

1 Leyendo, con G rillo, wahrnebmen, en vez de Vornehmen (N. del T.) 2 Selbsttatigkeit

250

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

F in a lm e n te , en lo q u e al te rc e r p o s tu la d o se refiere, afecta a la n ecesid ad m a te ria l e n la e x isten cia, y n o a la m era n ecesidad fo rm a l y ló g ic a en la c o n e x ió n d e los c o n c e p to s. A h o ra b ien , c o m o la ex isten cia d e o b je to s sen sib les n o es co g n o sc ib le e n te ra m e n te a priori, a u n q u e sí lo sea c o m p a ra tiv a ­ m e n te a p rio ri — c o n referen cia a o tr a ex isten cia p re v ia m e n te A 277 d ad a— y c o m o , in clu so en e ste ú ltim o su p u e s to , só lo p o d e ­ m o s 1 lle g a r a u n a ex isten cia q u e te n g a q u e e sta r c o n te n id a e n u n d e te rm in a d o c o n te x to d e la e x p e rie n c ia d e q u e fo rm a p a rte la p e rc e p c ió n d a d a , n u n c a n o s es p o sib le c o n o c e r la necesid ad de la ex isten cia p a rtie n d o d e c o n c e p to s, sin o p a rtie n ­ d o sie m p re de su c o n e x ió n , se g ú n las u n iv e rsa le s leyes de la ex p erien cia, c o n lo p e rc ib id o . P e ro la ú n ica ex isten cia q u e p u e d e ser c o n o c id a c o m o n ecesaria, te n ie n d o e n c u e n ta o tro s fe n ó m e n o s d a d o s, es la de los efe c to s p ro d u c id o s p o r causas dadas d e a c u e rd o c o n los p rin c ip io s d e la c a u salid ad . C o n si­ g u ie n te m e n te , la n e c esid ad q u e p o d e m o s c o n o c e r n o es la de la ex isten cia de las cosas (su sta n c ia s), sin o la de su e sta d o , B 280 y ello a p a rtir de o tro s e sta d o s q u e so n d a d o s en la p e rc e p c ió n se g ú n las leyes e m p íric a s d e la cau sa lid a d . D e ello se sig u e q u e el c rite rio de necesid ad resid e e x c lu siv a m e n te en la ley d e la exp erien cia p o sib le , ley se g ú n la cual to d o c u a n to su ced e se halla d e te rm in a d o a p rio ri p o r su causa en la esfera del fe n ó m e n o . S ó lo co n o c e m o s, p u e s, la n ecesid ad d e a q u ello s efecto s en la n atu ralez a cuyas causas n o s so n d ad as. E l c a rá c te r de n ecesid ad e n la ex isten cia só lo tie n e a p lic a c ió n d e n tr o del c a m p o de la ex p erien cia p o sib le , e in c lu so en este c a m p o carece de v alid ez c o n re s p e c to a la ex isten cia d e las cosas e n c u a n to su stan cias, ya q u e n u n c a p o d e m o s c o n sid e ra r estas ú ltim as c o m o efecto s e m p íric o s o c o m o a lg o q u e su ced e y se p ro d u c e . E n c o n se c u e n c ia , la n e c esid ad afecta ú n ic a m e n te A 228 a las relacio n es d e lo s fe n ó m e n o s d e a c u e rd o c o n la ley d in ám ica d e la cau salid ad y a la p o sib ilid a d — b asad a en ella— d e in fe rir a priori u n a n u e v a ex isten cia (la del efe c to ) a p a rtir d e u n a ex isten cia d ad a (la d e la causa). T o d o c u a n to su ced e es h ip o té ti­ cam e n te n ecesario . E s te es u n p rin c ip io q u e so m e te a u n a ley los ca m b io s o c u rrid o s e n el m u n d o . E s d ecir, los so m e te a la reg la d e la ex isten cia n ecesaria, a u n a reg la sin la cual n o h a b ría siq u ie ra n a tu ra le z a . E l p rin c ip io « N ad a su ced e p o r u n cie g o azar» (/'« mundo non datur casus) es, c o n sig u ie n te m e n te , 1 Añadiendo, de acuerdo con Mellin, la partícula man (N. del T.)

REFUTACION DEL IDEALISMO

251

u n a ley de la n a tu ra le z a a priori. E n la n a tu ra le z a n o hay n ecesidad ciega, sin o n ecesid ad c o n d ic io n a d a y, p o r ello m ism o , su scep tib le de ser e n te n d id a (non datur fa tu m ). L o s d o s c o n s titu - B 281 yen los p rin c ip io s q u e n o s p e rm ite n so m e te r el ju e g o d e los cam b io s a u n a naturaleza de las cosas (en c u a n to fe n ó m e n o s), o lo q u e es lo m ism o , a la u n id a d d el e n te n d im ie n to . E s d esd e ésta 1 d esd e d o n d e p u e d e n fo rm a r p a rte de u n a e x p e rie n ­ cia en c u a n to u n id a d sin té tic a d e los fe n ó m e n o s. A m b o s p rin c i­ p io s so n d in ám ico s. E l p rim e ro c o n stitu y e e n realid a d u n a co n secu en cia del p rin c ip io d e cau salid ad (e n tre las a n alo g ías d e la ex p eriencia). E l se g u n d o p e rte n e c e a los p rin c ip io s de la m o d a lid a d , la cual a ñ ad e a la d e te rm in a c ió n causal el c o n c e p ­ to de n ecesid ad , q u e se halla so m e tid a , n o o b s ta n te a una regla del e n te n d im ie n to . E l p rin c ip io de la c o n tin u id a d p ro h ib e c u a lq u ie r salto {in mundo non datur saltus) en la serie d e los fe n ó m e n o s (cam bios). P ro h ib e ig u a lm e n te c u a lq u ie r lag u n a o g rie ta e n tre d o s fe n ó m e n o s en el c o n ju n to d e las in tu ic io n e s A 229 em p íricas en el espacio (non datur hiatus). E l p rin c ip io p u e d e en u n c ia rse , p u e s, así: n ad a q u e ex h ib a u n v acío o sim p le m e n te lo to le re c o m o p a rte d e la síntesis e m p íric a p u e d e e n tra r en la ex p erien cia. E n efecto , lo q u e se re fiere al v acío q u e p o d e m o s c o n c e b ir fu era del c a m p o d e la e x p erien cia p o sib le (fu era del m u n d o ) no c o n stitu y e u n a c u e stió n q u e caiga d e n tro d e la ju risd ic c ió n del m e ro e n te n d im ie n to . E ste só lo d ecid e acerca de cu estio n e s relativ as al u so q u e de los fe n ó m e n o s d a d o s se hace c o n vistas al c o n o c im ie n to em p íric o . E sa c u e stió n es u n p ro b le m a d e la ra z ó n ideal, la cual va m ás allá de la esfera de la experien cia p o sib le y p re te n d e ju z g a r so b re B 282 lo q u e ro d e a y lim ita ta l esfera. La te n d re m o s q u e tra ta r, p u es, en la dialéctica tra sc e n d e n ta l. Sería fácil p re s e n ta r esto s c u a tro p rin c ip io s {in mundo non datur hiatus, non datur saltus, non datur casus, non datur fa tu m ), al ig u al q u e to d o s los p rin c ip io s de o rig e n tra sc e n d e n ta l, a te n d ie n d o a su o rd e n , se g ú n el o rd e n de las cate g o rías. P o d ría m o s se ñ alar la p o sic ió n d e cada u n o , p e ro el le c to r eje rc ita d o lo h ará p o r sí m ism o o d e sc u b rirá fácilm en te las d irectric e s p a ra h ac e rlo . E l p u n to d e u n ió n e n tre to d o s ellos c o n siste en q u e n o a d m ite n e n la síntesis em p írica n ad a q u e p u e d a ir en d e trim e n to o p e rju ic io del e n te n d im ie n to y del lazo c o n tin u o de to d o s lo s fe n ó m e n o s, 1 Leyendo, de acuerdo con Erdm ann, welcher, en lugar de welchem (N.

del T.)

252

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

A 230 es decir, en d e trim e n to o p e rju ic io d e la u n id a d de los c o n c e p to s del e n te n d im ie n to . E n efecto , es e n el e n te n d im ie n to d o n d e se hace p o sib le la u n id a d de la e x p erien cia en la q u e to d a s las p ercep cio n es d e b e n te n e r lu g a r. S aber si el c a m p o de la p o sib ilid a d es m a y o r q u e el c am p o q u e c o n tie n e to d o lo real y éste, a su v ez, m a y o r q u e el c o n ju n to de lo n ecesario , so n cu e stio n e s o p o rtu n a s y de so lu c ió n sin tética, p e ro q u e só lo e n tra n e n la ju risd ic c ió n de la razó n . E n efecto , e q u iv a le n a p ro x im a d a m e n te a p re g u n ta r si las cosas p e rte n e c e n , en c u a n to fe n ó m e n o s, al c o n ju n to y al c o n te x to de una ex p erien cia ú n ica de la q u e cada p e rc e p c ió n dada es u n a p a rte , u n a p a rte q u e n o p o d e m o s , c o n sig u ie n te m e n ­ te, lig ar a o tr o s fe n ó m e n o s; o si m is p e rc e p c io n e s p u e d e n B 283 p erte n e c e r a m ás de u n a ex p erien cia p o sib le (en su co n e x ió n universal). E l e n te n d im ie n to se lim ita a su m in istra r a priori a la ex p eriencia en gen eral las reg las relativ as a las c o n d ic io n e s su b jetiv as y fo rm ales d e la se n sib ilid a d y de la a p e rc e p c ió n , reglas q u e so n las q u e hacen p o sib le la ex p erien cia. A u n en el caso de q u e sean p o sib les o tras fo rm a s de in tu ic ió n qu e el espacio y el tie m p o , al ig u al q u e o tra s fo rm a s de e n te n d im ie n ­ to q u e las d iscu rsiv as del p e n sa r o del c o n o c im ie n to c o n c e p tu a l, nos es to ta lm e n te im p o sib le p e n sarlas o hacerlas co n ceb ib les. P e ro in clu so si p u d ié ra m o s h a c e rlo , tales fo rm a s n o p e rte n e c e ­ ría n a la ex p erien cia, q u e es el ú n ic o c o n o c im ie n to en el q u e se nos d a n o b je to s. La c u e stió n re la tiv a a si p u e d e h ab er A 231 o tras p ercep cio n es q u e las p e rte n e c ie n te s a n u e stra ex p erien cia p o sib le en su c o n ju n to y a si p u e d e h a b e r, p o r ta n to , u n c am p o d e m ateria to ta lm e n te d ife re n te , n o es d ecid ib le p o r el e n te n d im ie n to . E s te só lo se o cu p a de la síntesis de lo q u e se da. Salta a la vista, p o r lo d em ás, la p o b re z a de n u estras h ab itu ales in feren cias, c o n las q u e c o n stru im o s u n re in o de p o sib ilid a d ta n v a sto , q u e to d o lo real, es d ecir, to d o s los o b jeto s em p íric o s, fo rm a n só lo u n a p e q u e ñ a p a rte d e él. T o d o lo real es p o sib le. D e ah í se sig u e n a tu ra lm e n te , de a c u e rd o co n las reglas ló g icas de la c o n v e rs ió n , este o tro p rin c ip io m era m e n te p a rtic u la r: a lg ú n p o sib le es real. E llo p arece signifiB 284 car q u e hay m u c h o s p o sib le s q u e n o so n reales. T al p la n te a ­ m ie n to p ro d u c e , efe c tiv a m e n te , la im p re sió n de q u e se p u e d e a u m e n ta r el v o lu m e n de lo p o sib le p o r en cim a del v o lu m e n de lo real, d e b id o a q u e hay q u e a ñ a d ir a lg o a lo p rim e ro p ara c o n v e rtirlo en lo se g u n d o . P e ro yo n o c o n o z c o esa a d ic ió n a lo p o sib le, ya q u e lo q u e h u b ie se q u e añ a d irle sería im p o sib le.

REFUTACION DEL IDEALISMO

253

L o ú n ic o q u e p u e d e a ñ a d irse a m i e n te n d im ie n to , ad em ás de la c o n c o rd a n c ia c o n las c o n d ic io n e s fo rm a le s d e la e x p e rie n ­ cia, es su c o n e x ió n c o n a lg u n a p e rc e p c ió n . A h o ra b ie n , lo q u e está c o n e c ta d o c o n u n a p e rc e p c ió n se g ú n leyes em p íric a s es real, a u n q u e n o sea p e rc ib id o in m e d ia ta m e n te . Q u e en la c o m p le ta in te rre la c ió n c o n a q u e llo q u e se m e d a en la p e rc e p ­ c ió n sea p o sib le o tra serie d e fe n ó m e n o s y, c o n sig u ie n te m e n te , A 232 sea p o sib le m ás de u n a e x p e rie n c ia o m n ic o m p re n s iv a 1 , n o es a lg o q u e p u e d a in fe rirse d e lo q u e está d a d o , y m u c h o m e n o s sin q u e a lg o se d é, ya q u e sin m a te ria n o p o d e m o s p e n s a r nad a. L o q u e só lo es p o s ib le b a jo c o n d ic io n e s q u e so n , a su vez, m e ra m e n te p o sib le s, n o es p o sib le desde cualquier punto de vista. S in e m b a rg o , c u a n d o se in d a g a si la p o sib ilid a d de las cosas se e x tien d e m ás allá d e lo q u e p u e d e a b a rc a r la ex p erien cia, la c u e stió n se to m a d e sd e esta p e rsp e c tiv a . H e m e n c io n a d o estas c u e stio n e s c o n el ú n ic o fin de ñ o d e ja r la g u n a s en lo q u e , se g ú n o p in ió n g e n e ra l, fo rm a B 285 p a rte de lo s c o n c e p to s d el e n te n d im ie n to . D e h e c h o , la p o s ib ili­ d a d a b so lu ta (la q u e p o se e v alid ez d e sd e c u a lq u ie r p u n to de v ista) n o c o n stitu y e u n m e ro c o n c e p to del e n te n d im ie n to ni p u e d e , en m o d o a lg u n o , te n e r a p lic a c ió n em p írica. A l c o n tra rio , c o rre s p o n d e ex c lu siv a m e n te a la ra z ó n , la cual va m ás allá d e to d o p o sib le u so e m p íric o d el e n te n d im ie n to . P o r ello n o s h e m o s te n id o q u e c o n fo rm a r a q u í c o n u n a sim p le o b s e rv a ­ c ió n crítica, d e ja n d o el a s u n to e n la o sc u rid a d h a sta q u e lle g u e ­ m o s a su p o s te rio r d e sa rro llo . C o m o q u ie ro a c a b a r en se g u id a este a p a rta d o c u a tro , y c o n él el sistem a de to d o s los p rin c ip io s del e n te n d im ie n to p u ro , d e b o señ alar to d a v ía p o r q u é he d a d o a los p rin c ip io s d e la m o d a lid a d el n o m b re d e p o stu la d o s. N o to m o esta d e n o ­ m in a c ió n en el se n tid o q u e le h a n a tr ib u id o a lg u n o s filó so fo s A 233 re c ien tes, s e n tid o o p u e s to al de los a u to re s a q u ie n e s p e rte n e c e p ro p ia m e n te , q u e so n los m a te m á tic o s. S e g ú n el se n tid o de esos filó so fo s, p o s tu la r e q u iv a ld ría a to m a r u n a p ro p o s ic ió n c o m o in m e d ia ta m e n te c ie rta , p re s c in d ie n d o d e su ju stific a c ió n o d e m o s tra c ió n . E n e fe c to , si, p o r m u y e v id e n te s q u e sean las p ro p o s ic io n e s sin té tic a s, las a d m itim o s in c o n d ic io n a lm e n te , sin d e d u c c ió n , p o r la a u to rid a d de su p ro p ia fó rm u la , e n to n c e s se v ien e ab a jo to d a crítica d e l e n te n d im ie n to . A d e m á s, si te n e ­ m o s e n c u e n ta q u e n o fa lta n las p re te n sio n e s m ás au d aces a las q u e la m ism a creen cia c o m ú n (q u e n o es n in g u n a g a ra n tía 1 alies bejassemte Erfabrung

254

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

de v e rd a d ) p re s ta o íd o s, q u e d a rá e x p u e sto n u e s tro e n te n d im ie n B 286 to a to d a s las fan tasía s, sin q u e p u e d a n éstas n e g a r su a p ro b a ­

ció n a aquellas fó rm u la s q u e , si b ie n c arecen d e ju stific a c ió n , reclam an el ser a d m itid a s c o m o v e rd a d e ro s ax io m as y lo h acen en el m ism o to n o de suficien cia q u e ésto s. C o n sig u ie n te m e n te , en u n a p ro p o s ic ió n d o n d e se a ñ a d e sin té tic a m e n te u n a d e te r m i­ n ació n a p riori al c o n c e p to d e u n a co sa, d eb e a c o m p a ñ a rse in e lu d ib le m e n te , si n o u n a d e m o s tra c ió n , sí al m e n o s u n a d e d u c c ió n q u e le g itim e esa p ro p o s ic ió n . L os p rin c ip io s de la m o d a lid a d n o so n o b je tiv a m e n te sin tético s, ya q u e , si b ie n los p re d ic a d o s d e p o sib ilid a d , re alid ad y necesidad a ñ a d e n a lg o a la re p re se n ta c ió n del o b je to , n o am p lía n en lo m ás m ín im o el c o n c e p to del cual se p re d ic a n . Y a u n q u e siem p re sean, en d e fin itiv a , sin té tic o s, só lo lo so n A 234 su b je tiv a m e n te . E s d ec ir, a ñ a d e n al c o n c e p to d e u n a cosa (de alg o real), del q u e n o a firm a n n ad a m ás, la fa c u lta d c o g n o s ­ citiv a de la cual su rg e y en la cu al se asien ta ese c o n c e p to . D e m o d o q u e si só lo en el e n te n d im ie n to está lig a d o a las c o n d ic io n e s fo rm ale s d e la e x p e rie n c ia , su o b je to es calificado de p o sib le ; si el c o n c e p to e stá en c o n e x ió n c o n la p e rc e p c ió n (sen sació n en c u a n to m a te ria d e los se n tid o s) y d e te rm in a d a p o r ella a tra v é s del e n te n d im ie n to , su o b je to es re a l; si está d e te rm in a d o p o r la c o n e x ió n d e las p e rc e p c io n e s se g ú n c o n c e p ­ to s , el o b je to es lla m a d o n ecesa rio . A sí, p u e s, lo ú n ic o q u e B 287 los p rin c ip io s d e la m o d a lid a d e x p re sa n re sp e c to d e u n c o n c e p to es el a cto d e la fa c u lta d c o g n o sc itiv a a tra v é s del cual se o rig in a . A h o ra b ien , lo q u e en m atem áticas se llam a p o stu la d o es un a p ro p o s ic ió n p rá c tic a q u e n o c o n tie n e m ás q u e la síntesis a tra v é s d e la cual n o s d a m o s u n o b je to y p ro d u c im o s su c o n c e p to . P o r eje m p lo , d e sc rib ir u n c írc u lo c o n u n a línea d ad a, p a rtie n d o d e u n p u n to d a d o , en u n p la n o . S em ejan te p ro p o s ic ió n n o p u e d e d e m o s tra rse , ya q u e el p ro c e d im ie n to q u e exige es p re c isa m e n te el m e d io a tra v é s del cual p ro d u c im o s el c o n c e p to d e esa fig u ra . P o d e m o s p o s tu la r, p u e s, c o n el A 235 m ism o d e re c h o , los p rin c ip io s de la m o d a lid a d , ya q u e n o am p lían k n u e s t r o 1 c o n c e p to d e las co sas, sin o q u e sim p le m e n ­ te in d ican el m o d o se g ú n el cual se enlaza este c o n c e p to c o n la fa c u lta d c o g n o sc itiv a . 1 Leyendo, de acuerdo con la sugerencia de E rdm ann, utisern, en lugar de ihren (N. del T.) k Naturalm ente, con la realidad de una cosa pongo algo más que la posibilidad, pero no en la cosa, ya que ésta no puede poseer en la realidad —►

REFUTACION DEL IDEALISMO

255

Observación general sobre el sistem a de los p rin cipios

b 288

E s d ig n o de n o ta rse el h e c h o de q u e n o p o d e m o s e n te n d e r la p o sib ilid a d d e u n a co sa a te n d ie n d o a la m era c a te g o ría , sin o q u e d e b e m o s d is p o n e r s ie m p re d e u n a in tu ic ió n p a ra m o s tra r en ella la re a lid a d o b je tiv a d e l c o n c e p to p u ro del e n te n d im ie n to . T o m e m o s, p o r e je m p lo , las c a te g o ría s de re la c ió n : n o se p u e d e e n te n d e r, p a rtie n d o d e sim p les c o n c e p to s, 1) c ó m o p u e d e e x istir a lg o c o m o m e ro sujeto, y n o c o m o sim p le d e te rm in a c ió n d e o tra s c o sa s ; es d e c ir, c ó m o p u e d e a lg o ser sustancia; 2) c ó m o , p o r el h e c h o de q u e a lg o es, tie n e q u e h a b e r o tr a c o sa ; es d e c ir, c ó m o p u e d e ser u n a c a u sa ; 3) c ó m o , al h a b e r v arias co sas, d el h e c h o d e e sta r una a h í se sig u e a lg o c o n re s p e c to a las o tra s , y a la in v e rsa , y c ó m o .p u e d e h a b e r así u n a c o m u n id a d d e su sta n c ia s. L o m ism o p u e d e decirse del re s to d e las c a te g o ría s. P o r e je m p lo , c ó m o p u e d e u n a cosa ser ig u al a m u c h a s cosas ju n ta s, es d ecir, c ó m o p u e d e ser u n a m a g n itu d . M ie n tra s falte, p u e s, la in tu ic ió n , ig n o ra m o s si p e n sa m o s u n o b je to a tra v é s de las ca te g o ría s, e in c lu so si p u e d e c o rre s p o n d e rle s siq u ie ra u n o b je to . C o n ello se c o n firm a q u e las c a te g o ría s n o c o n stitu y e n p o r sí solas conocimiento a lg u n o , sin o m eras fo rm a s del pensamiento d e stin a d a s a c o n v e rtir en c o n o c im ie n to s las in tu ic io n e s d ad as. B 289 E sta es p re c isa m e n te la ra z ó n d e q u e ta m p o c o sea p o sib le c o n s tru ir u n a p ro p o s ic ió n sin té tic a a p a rtir d e sim p les c a te g o ­ rías. N o p o d e m o s , p o r e je m p lo , d e c ir q u e e n to d a ex isten cia haya su sta n c ia , es d e c ir, a lg o q u e só lo p u e d a e x istir c o m o su je to y n o c o m o sim p le p re d ic a d o . C o m o n o p o d e m o s d e c ir ta m p o c o q u e to d a co sa sea u n quantum, e tc ., p ro p o s ic io n e s d o n d e n o hay nad a q u e n o s p u e d a a y u d a r a ir m ás allá de u n c o n c e p to d a d o y a e n la z a rlo c o n o tro . P o r ello ta m p o c o se h a c o n s e g u id o jam ás d e m o s tra r u n a p ro p o s ic ió n sin té tic a a p a r tir d e sim p les c o n c e p to s p u ro s d e l e n te n d im ie n to . T o m e ­ m o s, p o r eje m p lo , la p ro p o s ic ió n : « T o d a e x isten cia c o n tin g e n te tie n e u n a causa». N u n c a h a sid o p o sib le ir m ás allá d e p ro b a r q u e , sin esta re la c ió n , no podríamos entender la e x isten cia de

_l más que lo que poseía en su posibilidad global. Pero, mientras la posibilidad era sim plem ente un poner la cosa en relación con el entendim iento (con su uso em pírico), la realidad es, a la vez, un ponerla en conexión con la percepción (N ota de Kant)

256

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

lo co n tin g e n te , es d ecir, n o p o d ría m o s c o n o c e r a priori, p o r m edio del e n te n d im ie n to , la ex isten cia d e una cosa sem ejante. P ero de ello n o se sig u e q u e tal rela c ió n sea ta m b ié n la c o n d i­ ción de la p o sib ilid ad de las cosas m ism as. Si se q u ie re re tro c e ­ d er a n u estra d e m o stra c ió n del p rin c ip io de cau salid ad , se o b serv ará q u e só lo p u d im o s p ro b a rlo en relació n co n lo s o b je ­ to s de la exp erien cia p o sib le : « T o d o lo q u e su ced e (to d o ev en to ) p re s u p o n e una causa». Y lo h icim o s de tal m an era, q u e só lo p u d im o s d e m o s tra rlo c o m o p rin c ip io de la p o sib ilid a d de la ex periencia, es d ecir, c o m o p rin c ip io del conocimiento de u n o b je to d a d o en la intuición empírica, n o a p a rtir de sim ples co n cep to s. E s v e rd a d q u e n o se p u e d e n e g a r q u e la p ro p o s ic ió n : « T o d o lo c o n tin g e n te ha de te n e r u n a causa» B 290 sea e v id en te p ara cu alq u ie ra d e sd e los sim ples c o n c e p to s. P e ro en este caso el co n c e p to de lo c o n tin g e n te es e n te n d id o de m o d o q u e n o c o n tien e la c a te g o ría de la m o d a lid a d (co m o a l­ g o cuyo no-ser p u e d e pensarse), sin o la de la relació n (co m o algo q u e só lo p u e d e existir en c u a n to efecto de o tra cosa), sien d o en to n ce s, n atu ra lm e n te , una p ro p o s ic ió n id é n tic a : «L o q u e sólo p u e d e existir c o m o efe c to tie n e una causa». D e h e c h o , cu an d o te n e m o s q u e p o n e r e jem p lo s de la existencia c o n tin g e n ­ te acu d im o s siem p re a los cambios, y n o sim p le m e n te a la p o sib ilid ad del pensamiento de lo contrario k. A h o ra b ien , el cam B 291 b io es un suceso q u e, en c u a n to tal, só lo es p o sib le gracias a u na causa. C o n sig u ie n te m e n te , el n o -ser de este su ceso es en sí m ism o p o sib le. C o n o c e m o s, p u e s, la c o n tin g e n c ia p a rtie n ­ d o del hech o de q u e hay alg o q u e só lo p u e d e existir c o m o efecto de u na causa. P o r ta n to , si c o n sid e ra m o s u n a cosa corno c o n tin g e n te y decim o s q u e p o see u n a causa, nos h allam o s an te u n a p ro p o s ic ió n analítica. M ás d ig n o d e n o ta rse es to d a v ía el h e c h o de q u e p ara k F.s fácil pensar el no-ser de la materia. Pero los antiguos no inferían aún de ello su contingencia. Ni siquiera la modificación del ser y del no-ser del estado de una cosa —en esto»consiste todo cambio— demuestra en absoluto la contingencia de ese estado a partir de su contrario, digámoslo así. Por ejemplo, el reposo que sigue al movim iento de un cuerpo no es todavía la contingencia de ese m ovim iento por el simple hecho de que el reposo sea lo contrario del movim iento. En efecto, ese contrario se opone al otro térm ino en sentido puram ente lógico, no en sentido real. Para probar la contingencia de ese m ovim iento, debería demostrarse que, en lugar del movimien­ to en el instante anterior, hubiese sido posible que el cuerpo estuviese entonces en reposo, no que esté en reposo después, ya que, en este último caso, pueden muy bien coexistir ambos contrarios (N ota de Kant)

REFUTACION DEL IDEALISMO

257

e n te n d e r la p o sib ilid a d d e las cosas c o n a rre g lo a las cate g o ría s y, c o n sig u ie n te m e n te , p a ra m o s tra r la realidad objetiva d e éstas ú ltim as, n o só lo n o s h a g a n falta in tu ic io n e s, sin o in c lu so intui­ ciones externas. Si to m a m o s , p o r e je m p lo , los c o n c e p to s p u ro s de la relación, h allam o s q u e , 1) p a ra s u m in istra r alg o p e rm a n e n te e n la in tu ic ió n q u e c o rre s p o n d a al c o n c e p to d e sustancia (y p a ra m o s tra r así la realid ad o b je tiv a d e este c o n c e p to ), n e c e sita m o s u n a in tu ic ió n en el espacio (m a te ria ), ya q u e só lo el esp a c io está i d e te rm in a d o de m o d o p e rm a n e n te , m ie n tra s q u e el tie m p o — y, p o r c o n s i­ g u ie n te , to d o c u a n to se halla en el se n tid o in te rn o — flu y e in c e s a n te m e n te ; 2) p a ra m o s tra r el c a m b io c o m o in tu ic ió n c o rr e s p o n ­ d ie n te al c o n c e p to d e causalidad, d e b e m o s to m a r c o m o e je m p lo el m o v im ie n to c o m o c a m b io en el e sp a c io ; es m ás, só lo p o r este m ed io p o d e m o s lle g a r a in tu ir los c a m b io s, cuya p o sib ili­ d a d es incap az d e c o m p re n d e r u n e n te n d im ie n to p u ro . E l c a m b io es la c o n e x ió n , e n la ex isten cia d e u n a m ism a cosa, de d e te rm in a c io n e s q u e se o p o n e n e n tre sí c o n tr a d ic to ria ­ m en te. A h o ra b ien , c ó m o sea p o sib le q u e siga a u n e sta d o d a d o o tr o e sta d o o p u e s to e n esa c o sa es alg o q u e n o só lo b n o p u e d e ser c o n c e b id o p o r u n a ra z ó n q u e carezca d e u n e je m p lo , sin o q u e ni siq u ie ra p u e d e e n te n d e rlo sin in tu ic ió n . E sta es la d el m o v im ie n to de u n p u n to en el esp acio . E l e sta r el p u n to e n d is tin to s lu g a re s (c o m o secu en cia de d e te r m i­ n acio n e s o p u e sta s) es lo q u e n o s p e rm ite in tu ir el ca m b io . E n efecto , p a ra hacer p e n sa b le s p o s te rio rm e n te los c am b io s in te rn o s, te n e m o s q u e h ac e r c o n c e b ib le el tie m p o c o m o fo rm a del se n tid o in te rn o re p re s e n tá n d o lo en u n a línea y el c a m b io in te rn o tr a z a n d o esa línea (m o v im ie n to ), es d e c ir, te n e m o s q u e h acer c o n c e b ib le la e x isten cia su c e siv a d e n o s o tro s m ism o s e n d ife re n te s esta d o s m e d ia n te la in tu ic ió n ex te rn a . La v e rd a d e ­ ra ra z ó n d e ello se h alla en q u e to d o c a m b io p re s u p o n e , sim p le m e n te p a ra ser p e rc ib id o c o m o tal, a lg o p e rm a n e n te en la in tu ic ió n . P e ro n o hay n in g u n a in tu ic ió n p e rm a n e n te en el se n tid o in te rn o . F in a lm e n te , ta m p o c o p o d e m o s e n te n d e r la p o sib ilid a d d e la ca te g o ría d e comunidad p o r m e d io d e la m era ra z ó n . S o m o s, p o r ta n to , in cap aces de c o m p re n d e r la re a lid a d o b je tiv a de este c o n c e p to p re s c in d ie n d o de u n a in ­ tu ic ió n , d e u n a in tu ic ió n ex te rn a en el esp acio . E n e fe c to , ¿có- 1 1 A ñadiendo, con E rdm ann, ist (N. del T.)

258

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

m o v am o s a p e n sa r la p o sib ilid a d de q u e , al e x istir d ife re n te s sustancias, p u e d a seg u irse , d e sd e la ex isten cia de u n a, alg o (co m o efecto ) re la tiv o a la e x isten cia de las d e m á s, y a la in v e rsa ; q u e c o n s ig u ie n te m e n te , p o r el h e c h o de h a b e r a l­ g o en la p rim e ra ten g a q u e h a b e r ta m b ié n e n las d em ás a lg o B 293 q u e n o p u e d e ser e n te n d id o d e sd e la ex isten cia de éstas c o n sid e ­ radas aisla d a m e n te ? P o rq u e éste es el re q u isito p ara q u e haya co m u n id a d , re q u isito q u e n o es c o n c e b ib le e n tre cosas q u e , en v irtu d d e su su b siste n c ia , se h allen aisladas u n as de o tras. L eibniz a trib u y ó una c o m u n id a d a las su stan cias. P e ro , al c o n sid e ra r éstas só lo c o m o el e n te n d im ie n to las c o n c ib e , n e cesi­ tó una d iv in id a d m ed ia d o ra . E n e fe c to , la c o m u n id a d le p a re c ió , c o n ra z ó n , in co n ce b ib le d esd e el p u n to d e v ista e x c lu siv o de la existencia d e las su stan cias. P e ro p o d e m o s m u y b ien hacer c o n c eb ib le la p o sib ilid a d d e esa c o m u n id a d (de las s u s ta n ­ cias en c u a n to fe n ó m e n o s) si n o s re p re se n ta m o s las su stan cias en el espacio, es d ec ir, en la in tu ic ió n e x tern a. E n e fecto , el espacio c o n tie n e ya e n sí re la c io n e s fo rm a le s e x te rn a s a priori c o m o co n d icio n e s de la p o sib ilid a d de las relacio n es reales (las d e acció n y re acció n y, p o r ta n to , las de la c o m u n i­ dad). E s ig u a lm e n te fácil m o s tra r q u e la p o sib ilid a d de las cosas en c u a n to magnitudes y, c o n s ig u ie n te m e n te , la realid ad o b je tiv a d e la c a te g o ría de m a g n itu d , ta m p o c o p u e d e p o n e rse d e m a n ifiesto sin o en la in tu ic ió n e x te rn a y q u e só lo a tra v é s d e ésta p u e d e ser d e sp u é s ap licad a al se n tid o in te rn o . P e ro d e jo a la reflex ió n d e l le c to r lo s e je m p lo s so b re esta c u e stió n , c o n el fin d e n o ser p ro lijo . T o d a esta o b se rv a c ió n es d e g ra n im p o rta n c ia , n o só lo p a ra c o n firm a r n u e stra a n te rio r re fu ta c ió n d e l id ealism o , sin o , B 294 m ás to d a v ía , p ara in d ic a rn o s las fro n te ra s q u e lim ita n la p o s i­ b ilid a d del autoconocimiento e x tra íd o de la m era c o n cie n cia in te r­ na y de la d e te rm in a c ió n d e n u e stra n a tu ra le z a , sin in te rv e n ­ ció n d e in tu ic io n e s em p íricas e x te rn a s, c u a n d o de tales c o n o c i­ m ie n to s se tra te . A sí, p u e s, la ú ltim a c o n c lu s ió n d e to d a esta sección es q u e los p rin c ip io s del e n te n d im ie n to p u ro n o s o n o tra cosa q u e p rin c ip io s a prio ri d e la p o sib ilid a d de la ex p erien cia y q u e a ésta se refie re n to d a s las p ro p o s ic io n e s sin téticas a priori. E s m ás, la m ism a p o sib ilid a d d e tales p ro p o sic io n e s n o tien e o tra b ase q u e esta refere n c ia .]

D O C T R IN A T R A S C E N D E N T A L D E L JU IC IO (O A N A L IT IC A D E L O S PR IN C IP IO S)

C

a p ít u l o

III

E L F U N D A M E N T O D E L A D IS T IN C IO N D E T O D O S LOS O B JE T O S E N G E N E R A L EN FEN O M EN O S Y NUM ENOS

N o só lo h em o s re c o rrid o el te r rito rio d el e n te n d im ie n to p u ro y e x a m in ad o c u id a d o sa m e n te cada p a rte d el m ism o , sin o q u e, ad em ás, h em o s c o m p ro b a d o su e x te n sió n y se ñ alad o la p o sic ió n de cada cosa. E se te r rito rio es un a isla q u e ha sid o en c e rra d a p o r la m ism a n a tu ra le z a e n tre lím ites in v ariab les. E s el te r rito rio de la v e rd a d — u n n o m b re a tra c tiv o — y está ro d e a d o p o r u n o céan o a n c h o y b o rra sc o so , v e rd a d e ra p a tria B 295 de la ilu sió n , d o n d e a lg u n as nieb las y a lg u n o s h ielo s qu e se d esh acen p ro n ta m e n te p ro d u c e n la a p arien cia d e n u ev as tie rra s y e n g a ñ a n u n a y o tra vez c o n vanas e sp eran zas al n a v e g a n te an sio so de d e sc u b rim ie n to s , lle v á n d o lo a a v e n tu ra s A 236 q u e n u n ca es capaz d e a b a n d o n a r, p e ro q u e ta m p o c o p u e d e c o n c lu ir jam ás. A n tes de a v e n tu ra rn o s a ese m a r p ara e x p lo ra rlo en d etalle y a se g u ra rn o s de q u e p o d e m o s e sp e ra r a lg o , será c o n v e n ie n te ech ar an tes u n v ista z o al m ap a d el te r rito rio q u e q u e re m o s a b a n d o n a r e in d a g a r p rim e ro si n o p o d ría m o s acaso c o n te n ta rn o s co n lo q u e c o n tie n e , o b ien si n o te n d re m o s q u e h acerlo p o r no e n c o n tra r tie rra e n la q u e esta b le c e rn o s. A d em ás, ¿con q u é títu lo s p o se e m o s n o so tro s este m ism o te r ri­ to r io ? ¿P o d em o s se n tirn o s se g u ro s fre n te a c u a lq u ie r p re te n ­ sió n e n e m ig a ? A u n q u e ya h e m o s d a d o c u m p lid a resp u e sta a estas cu e stio n e s en el c u rso d e la analítica, es p o sib le q u e

260

ís 296 A 237

B 297

A 238

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

un b re v e balance de sus so lu c io n e s refu erce su a c e p ta c ió n al u n ificar los d iv e rso s asp e c to s e n u n so lo p u n to . H em o s v isto q u e to d o c u a n to el e n te n d im ie n to ex trae de sí m ism o n o lo tie n e p a ra o tr o fin , a u n q u e n o lo haya to m a d o de la exp erien cia, q u e el de u n u so ex clu siv a m e n te em p írico . L os p rin c ip io s del e n te n d im ie n to p u ro , sean c o n s titu ­ tiv o s a priori (co m o los m a te m á tic o s) o m e ra m e n te re g u la d o re s (com o los d in ám ico s), no c o n tie n e n sin o el esq u e m a , p o r así decirlo , de la experien cia p o sib le . E n efe c to , ésta só lo o b tie n e su u n id ad desd e la u n id a d sin té tic a q u e el e n te n d im ie n to c o n fie ­ re o rig in a ria m e n te y p o r sí m ism o a la síntesis de la im ag in ació n en relación c o n la a p e rc e p c ió n y c o n la q u e tie n e n q u e re la c io ­ narse y c o n c o rd a r a priori los fe n ó m e n o s en c u a n to d ato s de u n c o n o c im ie n to p o sib le. E stas reglas del e n te n d im ie n to n o só lo so n v e rd ad e ra s a priori, sin o q u e c o n stitu y e n in clu so la fu e n te d e to d a v e rd a d , es d e c ir, de la c o n c o rd a n c ia de n u e stro c o n o c im ie n to con o b je to s, ya q u e c o n tie n e en sí el fu n d a m e n to de p o sib ilid a d de la e x p erien cia, c o n sid e ra d a ésta c o m o c o n ju n to de to d o c o n o c im ie n to en el q u e se n o s p u e d a n d ar o b je to s. N o o b sta n te , n o n os p a rece su ficien te lim ita rn o s a e x p o n e r lo q u e es v e rd a d , sin o q u e q u isié ra m o s ex am in ar tam b ién lo q u e d eseam o s saber. Si n o a p re n d e m o s, p u e s, con esta in v e stig a c ió n crítica m ás q u e lo q u e ya h a b ría m o s a d q u iri­ d o p o r n o so tro s m ism o s con el sim p le u so e m p íric o del e n te n d i­ m ie n to , in clu so sin análisis ta n su tiles, n o p a rece q u e las g a n a n ­ cias o b te n id a s co m p e n se n ni los g a sto s ni los p re p a ra tiv o s. C laro q u e se p u e d e re p lic a r q u e n o hay p e o r im p e rtin e n c ia co n re sp e c to a la a m p lia c ió n de n u e s tro c o n o c im ie n to que la del q u e siem p re q u ie re sa b e r sus v en tajas an tes d e e n tra r en la in v e stig a c ió n , an tes in c lu so d e q u e sea p o sib le te n e r la m e n o r idea de tales v en tajas, a u n q u e éstas se h allaran an te n u e stro s ojos. H ay , sin e m b a rg o , u n a v e n ta ja q u e p u e d e h acerse e n te n d e r y, a la vez, in te re sa r, h asta al m ás difícil y d e sg a n a d o p rin c ip ia n te q u e estu d ie esta crítica tra sc e n d e n tal. C o n siste en q u e el e n te n d im ie n to q u e só lo se o c u p a d e su u so e m p íric o , q u e n o reflex io n a so b re las fu e n te s de su p ro p io c o n o c im ie n to , p u e d e m u y b ien av a n z a r, p e ro hay a lg o q u e n o p u e d e h acer, a sab er, fijarse a sí m ism o lo s lím ites de su u so . T a m p o c o p u e d e sab er q u é es lo q u e se halla d e n tro d e su esfera p ro p ia y fu era de ella, ya q u e h acen falta p a ra ello las h o n d a s in v e stig a ­ cio n es q u e h em o s in iciad o . Si el e n te n d im ie n to n o es capaz de d is tin g u ir si ciertas c u e stio n e s se h allan o n o a su alcance,

FENOMENOS Y NUMENOS

261

n u n ca te n d rá se g u rid a d ni s o b re sus p re te n sio n e s ni so b re lo q u e po see. T e n d rá q u e c o n ta r, p o r el c o n tra rio , c o n m ú ltip le s rectificacio n es h u m illa n te s si — c o m o es in e v ita b le — so b re p a sa in c esan tem en te los lím ites d e su te r rito rio y se p ie rd e e n ilu sio ­ nes y en g añ o s. P o r c o n sig u ie n te , el u so q u e el e n te n d im ie n to p u e d e h a cer d e to d o s sus p rin c ip io s a priori, d e to d o s sus c o n c e p to s, es u n u so e m p íric o , n u n ca tra sc e n d e n ta l. E sta p ro p o s ic ió n tien e co n secu en cias im p o rta n te s, u n a vez q u e la h e m o s c o n o c i­ d o y a c e p tad o . E l u so tra sc e n d e n ta l d e u n c o n c e p to en a lg ú n p rin c ip io c o n siste en re fe rirlo a cosas en general y en s i mismas *, B 298 m ien tra s q u e el u so e m p íric o de ese m ism o c o n c e p to co n siste en refe rirlo só lo a fe n ó m e n o s, es d ec ir, a o b je to s d e u n a experiencia p o sib le . L a im p o sib ilid a d d e o tr o u so q u e este ú ltim o A 239 se ve clara a p a rtir de lo q u e sig u e. L o p rim e ro q u e se exige de to d o c o n c e p to es la fo rm a ló g ic a del c o n c e p to (p en sar) en g en eral. E n se g u n d o lu g a r, se le ex ig e la p o sib ilid a d de d arle u n o b je to al q u e se refiera. S in ta l o b je to n o tien e se n tid o a lg u n o y carece p o r c o m p le to d e c o n te n id o , p o r m ás q u e siga p o se y e n d o la fu n c ió n ló g ic a capaz de c o n s tru ir u n c o n c e p to a p a rtir d e d a to s e v e n tu a le s. A h o ra b ien , n o p o d e m o s su m in istra r un o b je to al c o n c e p to sin o m e d ia n te la in tu ic ió n . A u n q u e sea p o sib le a priori u n a in tu ic ió n p u ra c o n a n te rio rid a d al o b je to , esa m ism a in tu ic ió n só lo p u e d e re c ib ir su o b je to , es d ecir, su v alidez o b je tiv a , a tra v é s d e la in tu ic ió n e m p íric a , de la q u e c o n stitu y e u n a m era fo rm a . A sí, p u e s, a u n sie n d o po sib les a priori, to d o s los c o n c e p to s, y c o n ellos to d o s los p rin c ip io s, se refieren a in tu ic io n e s em p íric a s, es d e c ir, a d ato s de una exp erien cia p o sib le. D e n o ser así, carecen de to d a validez o b je tiv a y se re d u c e n a u n ju e g o de la im a g in a c ió n o del e n te n d im ie n to c o n sus re sp e c tiv a s re p re se n ta c io n e s. P o r ejem p lo , to m e m o s sim p le m e n te los c o n c e p to s d e las m a te m á ti­ B 299 cas c o m e n z a n d o p o r sus in tu ic io n e s p u ra s : el e sp acio tie n e tre s d im e n sio n e s, e n tre d o s p u n to s só lo p u e d e h a b e r u n a recta, etc. A u n q u e to d o s esto s p rin c ip io s y la re p re se n ta c ió n del o b je to d el q u e esa ciencia se o c u p a se p ro d u c e n e n te ra m e n te A 240 a priori e n el p siq u ism o , n ad a sig n ific a ría n si n o p u d ié ra m o s 1 1 K ant corrigió en el ejemplar manejado por él las palabras «cosas en general y en sí mismas» y escribió en su lugar: «objetos que no nos son dados en la intuición y que, consiguientem ente, no son sensibles». Noc/j/rage Z«r Kritik, C X V II (N. del T.)

262

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

m o s tra r su sig n ificació n en los fe n ó m e n o s (o b je to s e m p írico s). E l c o n c e p to aislad o tien e q u e se r, p u e s, convertido en sensible, es decir, ha de serle p re s e n ta d o e n la in tu ic ió n el o b je to c o rre s ­ p o n d ie n te , ya q u e , de faltar este re q u is ito , el c o n c e p to q u e d a ría p riv a d o de sentido (seg ú n se dice), e sto es, p riv a d o de sig n ifica­ ción. Las m atem áticas c u m p le n este re q u isito c o n stru y e n d o la fig u ra, la cual c o n stitu y e p a ra lo s se n tid o s u n fe n ó m e n o p resen te (a p esar d e ser p ro d u c id o a priori). E n esta m ism a ciencia busca el c o n c e p to de m a g n itu d su so p o rte y su se n tid o en el n ú m e ro , m ien tras q u e éste lo hace en los d e d o s, en los corales del áb aco o en las ray as y lo s p u n to s q u e se p re se n ta n a la vista. E l c o n c e p to es p ro d u c id o sie m p re a priori, igual q u e los p rin c ip io s sin té tic o s o fó rm u la s d e riv a d a s de esos c o n c ep to s. P ero su u so , al ig u a l q u e su referen cia a su p u e sto s o b je to s, n o p u e d e b u sc a rse , en d e fin itiv a , sin o en la experiencia. La p o sib ilid a d d e ésta c o n tie n e ya a priori esos co n c e p to s (p o r lo q u e a su fo rm a se refiere). B 300 Q u e lo m ism o o c u rre co n to d a s las ca te g o ría s y co n los p rin c ip io s d e riv a d o s de ellas se d e d u c e co n clarid ad del h ech o de q u e n o p o d e m o s d a r u n a d e fin ic ió n [real] de n in g u n a de ellas [es d e c ir, h acer c o m p re n sib le la p o sib ilid a d de u n o b je to ], sin d esc e n d e r in m e d ia ta m e n te a las c o n d ic io n e s de la sen sib ilid ad y, c o n sig u ie n te m e n te , a la fo rm a de los fe n ó m e A 241 n o s, a los cuales, c o m o ú n ico s o b je to s d e las c a te g o ría s, tie n e n éstas q u e lim itarse. Si p re sc in d im o s d e esas c o n d ic io n e s, d e sa p a ­ rece to d a sig n ificació n , es d e c ir, to d a referen cia al o b je to , c o n lo cual no hay n in g ú n e je m p lo q u e nos p e rm ita e n te n d e r q u é es lo q u e se q u iere d ecir re a lm e n te c o n sem ejan tes c o n c e p ­ t o s A.

A [Tras punto y seguido viene en A el siguiente texto, om itido en B:] Anteriorm ente, en la presentación de las tablas de las categorías, nos abstuvimos de definir cada una de ellas diciendo que nuestro objetivo, encaminado exclusiva­ mente al uso em pírico de las mismas, no lo requería y que no debíamos entrar en empresas innecesarias cargando así con responsabilidades de las que podíamos eximirnos. N o era una evasiva, sino una im portante regla de prudencia que aconseja no lanzarse inmediatamente a definir ni intentar conseguir —o fingir que se consigue— la com pletud o la precisión en la delimitación del concepto cuando puede bastarnos una u otra característica suya, sin necesidad de efectuar un exhaustivo recuento de todas las que lo constituyen. Queda claro ahora que el fundam ento de esta prudencia es incluso más hondo. En efecto, no podíam os definirlas ni aun en el caso de que hubiéramos querido

FEM O M E N O S Y N U M EN O S

263

N o se p u e d e explicar el c o n c e p to de m a g n itu d e n g e n e ­ ral sin o d ic ie n d o acaso q u e es la d e te rm in a c ió n de u n a cosa, una d e te rm in a c ió n a tra v é s de la cual p u e d e p e n sa rse cu á n ta s veces está c o n te n id a la u n id a d en esa cosa. P e ro ese « cu án ta s veces» se basa e n la re p e tic ió n y, c o n s ig u ie n te m e n te , e n el tie m p o y e n la síntesis de lo h o m o g é n e o e n el tie m p o . La re a li­ dad só lo p u e d e ser explicad a c o m o o p u e sta a la n e g a c ió n p e n ­ san d o u n tie m p o (co m o c o n ju n to de to d o s lo s seres) q u e o b ien está llen o de ser, o b ie n está vacío . Si p re s c in d o de la p e r ­ m anencia (q u e es existen cia e n to d o tie m p o ) n o m e q u e d a del c o n c e p to de su stan cia sin o la re p re se n ta c ió n ló g ic a del su je to , la q u e m e fig u ro realizar re p re s e n tá n d o m e a lg o q u e só lo p u e d e te n e r lu g a r c o m o su je to (n o c o m o p re d ic a d o ). P e ro n o só lo n o a 243 c o n o z c o c o n d ic io n e s bajo las cuales esta p re fe re n c ia ló g ica co - B 301 rre sp o n d a a alg u n a cosa, sin o q u e ta m p o c o p u e d o h acer nada c o n ella, n i sacar la m ás in sig n ific a n te co n se c u e n c ia , ya q u e n o sé d ete rm in a a tra v é s de la m ism a n in g ú n o b je to al q u e se a p li­ q u e este c o n c e p to , ni se sabe, p o r ta n to , si éste significa alg o . Si en el c o n c e p to de causa p re s c in d ie ra del tie m p o en el q u e a lg o sig u e a o tra cosa c o n fo rm e a u n a reg la, n o e n c o n tra ría en la p u ra c ate g o ría m ás q u e el h e c h o de q u e hay a lg o de lo q u e p u e d e in ferirse la existen cia de o tra cosa. P e ro de esta fo rm a no só lo n o p o d ría m o s d is tin g u ir el e fe c to de la cau sa, sin o q u e ,

—► hacerlo1. Al contrario, si eliminamos de las categorías todas las condiciones A 242 de la sensibilidad que hacen de ellas conceptos de posible uso em pírico y tom am os1 esas mismas categorías por conceptos de cosas en general (y, consi­ guientem ente, por conceptos de uso trascendental), entonces no podem os hacer con ellas sino considerar la función lógica en los juicios com o condición de posibilidad de las cosas mismas, pero sin poder señalar en absoluto dónde p ueden2 tener aplicación y objeto ni, po r tanto, cóm o pueden tener en el entendim iento puro, prescindiendo de la sensibilidad, significación y validez objetiva.

k Me refiero a la definición real. Esta no se limita a sustituir el nom bre de una cosa p o r otras palabras más comprensibles, sino que contiene en sí un distintivo claro por el que puede conocerse siempre con seguridad el objeto [definitum ) y que hace que pueda aplicarse el concepto explicado. La A 242 explicación real sería, pues, aquella que no sólo explica un concepto, sino que explica, a la vez, la realidad objetiva del mismo. Las explicaciones matemáticas, donde se presenta en la intuición el objeto correspondiente al concepto, son de esta últim a clase. (N ota de Kant) 1 Leyendo, con H artenstein, n im m t , en vez de nebmen (N. del T.) 2 Leyendo, con Hartenstein, kdnnert, en lugar de konne (N. del T.)

264

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

te n ie n d o en cu en ta q u e esa p o sib ilid a d de in fe re n c ia 1 im plica c o n d ic io n e s q u e ig n o r o , el c o n c e p to n o p o se e ría n in g u n a d e ­ te rm in a c ió n acerca de c ó m o p o d ría c o n v e n ir a a lg ú n o b je to . El s u p u e s to p rin c ip io : « T o d o lo c o n tin g e n te tie n e u n a causa» se p re s e n ta co n u n m a rc a d o aire so le m n e , c o m o si tu v ie ra en sí m ism o su p ro p ia d ig n id a d . P e ro yo o s p r e g u n to : ¿ q u é se e n ­ tie n d e p o r « co n tin g e n te » ? M e re s p o n d é is q u e es a q u e llo cu y o n o -se r es p o sib le . E n to n c e s m e g u sta ría sa b e r c ó m o c o n o céis esa p o s ib ilid a d de n o -s e r, si n o os re p re se n tá is u n a su c e sió n en la serie de los fe n ó m e n o s y, e n esta su c e sió n , u n a existencia q u e sig u e al n o -se r (o al re v é s), es d ecir, si n o os re p re se n tá is A 244 una m o d ificació n . E n e fe c to , q u e el n o -se r de u n a cosa n o se B 302 c o n tra d ig a a sí m ism o es a p e la r p o b re m e n te a u n a c o n d ic ió n q u e , si b ie n es n ecesaria p a ra el c o n c e p to , d ista m u c h o de ser su ficien te p a ra la p o sib ilid a d real. P u e d o s u p rim ir en el p e n s a ­ m ie n to to d a su stan cia ex iste n te sin c o n tra d e c irm e , p e ro n o p u e ­ d o d e d u c ir de ello q u e su ex isten cia sea o b je tiv a m e n te c o n tin ­ g e n te , es d ecir, n o p u e d o d e d u c ir la p o sib ilid a d de su no-s.er en sí. P o r lo q u e hace al c o n c e p to d e c o m u n id a d , se c o n c ib e fácil­ m e n te q u e , d esd e el m o m e n to e n q u e las c a te g o ría s p u ra s de su stan cia y d e cau salid a d n o a d m ite n n in g u n a ex p lic a c ió n q u e d e te rm in e el o b je to , ta m p o c o la a d m ite la ca u sa lid a d re c íp ro c a e n la re la c ió n de las su sta n c ia s e n tre sí (commercium). C u a n d o se ha p re te n d id o e x traer las d e fin ic io n e s 12 de p o sib ilid a d , e x is te n ­ cia y n ecesid ad a p a rtir e x c lu siv a m e n te del e n te n d im ie n to p u r o , las ú nicas ex p lica c io n e s q u e de esos c o n c e p to s se h a n p o ­ d id o o fre c e r h an sid o e v id e n te s ta u to lo g ía s. E n e fe cto , la ilu ­ sió n de su s titu ir la p o s ib ilid a d ló g ica del concepto (se g ú n la cual n o se c o n tra d ic e a sí m ism o ) p o r la p o sib ilid a d tra s c e n d e n ta l3 d e las cosas (seg ú n la cual u n o b je to c o rre s p o n d e al c o n c e p to ), só lo p u e d e e n g a ñ a r y d eja r satisfe c h o a u n in e x p e rto A’k. A [Tras p u n to y aparte, viene en A el siguiente texto, suprim ido en B :] Hay algo extraño e incluso absurdo en la afirmación de que tenemos un concepto al que ha de convenir una significación y, sin em bargo, no susceptible de ser explicado. Y es que las categorías tienen la peculiaridad

1 Schliefíenhornen 2 Leyendo, con E rdm ann, D efinitionen, en vez de D efinition (N. del T.) 3 K ant corrige la palabra «trascendental» sustituyéndola por «real». N a ch trage %ur Kritik, C X X I. (N. del T.) ** En una palabra, si prescindim os de la intuición sensible (la única que tenemos), no podem os ju s tific a r ninguno de estos conceptos ni, consiguiente- —►

FE N O M E N O S Y N U M E N O S

265

D e ello se d e sp re n d e in c u e s tio n a b le m e n te q u e los c o n ­ B 303 ce p to s p u ro s del e n te n d im ie n to só lo p u e d e n te n e r un uso em píri­ co, nunca un uso trascendental y q u e los p rin c ip io s d e ese m ism o e n te n d im ie n to só lo p u e d e n re fe rirse , b a jo las c o n d ic io n e s u n i­ versales de un a exp erie n c ia p o sib le , a o b je to s d e los se n tid o s, n u n c a a cosas e n g e n e ra l (in d e p e n d ie n te m e n te d e c ó m o las in tu y a m o s) b

—“ de que sólo pueden poseer una significación determ inada y una referencia A 245 a algún objeto por medio de la condición sensible general. Si eliminamos de la categoría esta condición, aquélla no puede contener otra cosa que la función lógica de som eter la diversidad a un concepto. Pero esta función, es decir, la simple form a del concepto, no nos basta para conocer y distinguir qué objeto le corresponde, ya que precisam ente se ha hecho abstracción de la condición sensible, que es la que hace posible que le correspondan objetos. Las categorías necesitan, pues, además del concepto puro del entendim iento, determ inaciones de su aplicación a la sensibilidad en general (esquem as)2 . Sin tales determ inaciones, no constituyen conceptos m ediante los cuales sea posible conocer un objeto y distinguirlo de otro, sino que constituyen simples m odos de pensar un objeto de posibles intuiciones y de conferirle significación (bajo otras condiciones que se requieren) de acuerdo con alguna función del entendim iento, es decir, m odos de definirlo. Las categorías mismas no pueden ser, pues, definidas. Las funciones lógicas de los juicios en g eneral: unidad y pluralidad, afirmación y negación, sujeto y predicado, no pueden ser definidas sin incurrir en círculo vicioso, ya que la misma definición tiene que ser un juicio y, consiguientem ente, debe contener ya esas funciones. Las categorías puras no son otra cosa que representaciones de las cosas en general, en la medida en que lo diverso de su intuición tiene que ser pensado mediante una u otra de estas funciones: la m agnitud es la determ inación que sólo puede ser pensada m ediante un juicio que posea cantidad ijudicium commune); la realidad es la determ inación que sólo puede ser pensada mediante un juicio A 246 afirm ativo; la sustancia es aquello que ha de constituir, en relación con la intuición, el sujeto últim o de todas las restantes determ inaciones. Pero queda sin determ inar qué cosas sean las que requieren que nos sirvam os de esta función, en vez de servirnos de otra. Así, pues, sin la intuición sensible de la que contienen la síntesis, las categorías no se refieren a ningún objeto determ inado. N o pueden, consiguientem ente, definirlo, ni, por tanto, poseer en sí mismas la validez de conceptos objetivos.12 —> mente, m ostrar su posibilidad real. N o nos queda, en este supuesto, más que la posibilidad lógica , es decir, la posibilidad del concepto (pensamiento), Pero la cuestión no es ésta. La cuestión es si el concepto se refiere a un objeto y si, consiguientem ente, significa algo. [Esta nota fue añadida por K an t en B]. 1 En N a chira ge %ur K r it ik , C X X IV corrige K ant: «...nunca' pueden referirse sintéticam ente a cosas en general (independientem ente de cóm o las intuyam os), si han de sum inistrarnos algún conocimiento». (N. del T.) 2 Leyendo, con Valentiner, Schemata, en vez de Schema (N. del T.)

B 303

266

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

L a an alítica tra sc e n d e n ta l llega, p u e s, a este im p o rta n te re s u lta d o : lo m ás q u e p u e d e h a c e r a prio ri el e n te n d im ie n to es a n tic ip a r la fo rm a de u n a ex p erien cia p o s ib le ; n u n c a p u ed e s o b re p a sa r los lím ites d e la se n sib ilid a d — es e n el te rre n o d e m a rc a d o p o r esos lím ite s d o n d e se n o s d a n los o b je to s— , A 247 ya q u e a q u e llo q u e n o es fe n ó m e n o n o p u e d e ser o b je to de ex p erien cia. L os p rin c ip io s d el e n te n d im ie n to p u r o n o so n m ás q u e p rin c ip io s d e la e x p o sic ió n d e lo s fe n ó m e n o s. El a rro g a n te n o m b re d e u n a O n to lo g ía q u e p re te n d e su m in istra r en u n a d o c trin a siste m á tic a c o n o c im ie n to s sin té tic o s a priori de cosas en g e n e ra l (el p rin c ip io d e c a u sa lid a d , p o r ejem p lo ) tie n e q u e d e ja r su sitio al m o d e s to n o m b re d e u n a m era an alítica del e n te n d im ie n to p u ro . B 304 E l p e n sa r es el a c to d e re fe rir u n o b je to a u n a in tu ic ió n d ad a. Si esa clase d e in tu ic ió n n o es d a d a , e n to n c e s el o b je to es m e ra m e n te tra sc e n d e n ta l, y el c o n c e p to d el e n te n d im ie n to n o tie n e o tr o u so q u e el tra sc e n d e n ta l, a sa b e r, c o m o u n id a d d el p e n sa m ie n to de u n a v a rie d a d e n g e n e r a l1. C o n sig u ie n te ­ m e n te , n in g ú n o b je to es d e te r m in a d o 12 m e d ia n te u n a c a te g o ría p u ra en la q u e se p re sc in d a d e to d a c o n d ic ió n d e la in tu ic ió n sen sib le, q u e es la ú n ica p o sib le p a ra n o s o tro s . L o q u e se ex p resa m e d ia n te esa c a te g o ría es sim p le m e n te el p e n sa m ie n to de u n o b je to en g e n e ra l se g ú n m o d o s d ife re n te s. A h o ra bien, el u so de u n c o n c e p to c o n lle v a o tra fu n c ió n d el Ju ic io m ed ia n te la c u a l3 u n o b je to es s u b s u m id o b a jo ese c o n c e p to . E s d ecir, c o n llev a, al m e n o s, la c o n d ic ió n fo rm a l re q u e rid a p a ra q u e p u e d a d á rse n o s a lg o en la in tu ic ió n . Si falta esa c o n d ic ió n del J u ic io (esq u em a), d e sa p a re c e to d a su b s u n c ió n , ya q u e no se d a nad a q u e su b s u m ir b a jo el c o n c e p to . A sí, p u e s, el uso m e ra m e n te tra sc e n d e n ta l d e las c a te g o ría s n o es, en realid ad , u n u s o 4, ni p o se e o b je to a lg u n o d e te rm in a d o o siq u ie ra d e te rA 248 m in ab le p o r su fo rm a . D e ello se sig u e q u e ta m p o c o basta la c a te g o ría p u ra p a ra u n p rin c ip io sin té tic o a prio ri y q u e los p rin c ip io s del e n te n d im ie n to p u ro so n d e uso e x c lu siv a m e n ­ te e m p íric o , n u n ca d e u so tra sc e n d e n ta l. M ás allá d el c am p o 1 Kant, N úchirage %ur K ritik, CXXV : «...de la variedad de una intuición posible». (N. del T.) 2 K ant, Nacbtráge •gur Kritik, C X X V I: «...ni, consiguientem ente, conoci­ do». (N. del T.) 3 Leyendo, con E rdm ann, woeiurch, en lugar de worauf (N. del T.) 4 K ant, Nachtráge %ur Kritik, C X X V II: «...uso para conocer algo», (N. del T.)

FE N O M E N O S Y N U M E N O S

267

de la experiencia p o sib le no puede haber principio sintético B 305 a priori alguno. P o r ello p u e d e se r aco n sejab le e x p re sa rse a sí: sin las c o n d ic io n e s fo rm a le s d e la sen sib ilid ad , las c a te g o ría s p u ra s só lo p o seen u na s ig n ific a c ió n tra sc e n d e n ta l, p e r o c a re c e n de u so tra sc e n d e n ta l, y a q u e éste es im p o sib le en sí m ism o p o r faltar a las c a te g o ría s las co n d ic io n e s d e c u a lq u ie r u so (en lo s ju icio s), a sa b e r, las c o n d ic io n e s fo rm ale s p a ra s u b s u m ir u n su p u e s to o b je to b a jo eso s c o n c e p to s. A sí, p u e s, si te n e m o s en c u en ta q ue ( e n te n d id a s c o m o cate g o ría s p u ra s ) n o d e b e n usarse e m p íric a m e n te ni p u e d e n u sarse tra sc e n d e n ta lm e n te , las c a te g o ría s carecen d e a p lic a c ió n c u a n d o las se p a ra m o s de to d a sen sib ilid ad . E s d e c ir , n o p u e d e n e n to n c e s ser ap lic a d a s a n in g ú n o b jeto . S ó lo c o n s titu y e n la fo rm a p u ra del u so del e n te n d im ie n to c o n re la c ió n a lo s o b je to s en g e n e ra l y c o n relació n al p e n sa r, p e r o n o es p o sib le p e n sa r o d e te rm in a r u n o b je to co n ellas so las \ [E n c u a lq u ie r c a so , nos h allam o s a q u í a n te una ilu sió n difícil de ev itar. D e s d e el p u n to de v ista de su o rig e n , las

A [El texto de A continúa con los pasajes siguientes, om itidos en B:] Los fenóm enos 1 pensados com o objetos en virtud de la unidad de las categorías reciben el nom bre de F enóm enos12 . Sí presupongo cosas que A 249 únicam ente son objetos del entendim iento, pero que pueden, en cuanto tales, ser dadas a una intuición, aunque no a una intuición sensible (com o coram intuitu intellectuali), entonces esas cosas se llamarán mímenos ( intelligibilia). Debería pensarse q u e el concepto de los fenómenos acotado en la estética trascendental nos ofrece p o r sí solo la realidad objetiva de los mámenos, asi com o la división de los objetos en Fenóm enos y númenos. Nos perm ite, p o r tan to , dividir el m undo en m undo de los sentidos y m undo del entendim ien­ to (mundus sensihilis et intelligibilis). Y nos lo perm ite de form a que su diferencia no se refiere sim plem ente a la form a lógica de la oscuridad o claridad con que se conozca una misma cosa, sino que se refiere a la diferencia según la cual pue­ den ofrecerse originariam ente esos dos m undos a nuestro conocim iento, dife­ rencia que, al mismo tiem po, los distingue en sí mismos po r su género. E n efec­ to , si los sentidos sólo nos presentan alg o ta l como se manifiesta, ese algo tiene que ser tam bién una cosa en sí misma y un objeto de una intuición no sensible, esto es, del entendim iento. Es decir, ha d e ser posible un conocim iento en el que n o se baile sensibilidad alguna y q u e posea absoluta realidad objetiva, un conocim iento por medio del cual se representen los objetos ta l como son, a dife­ rencia de lo que ocurre con el uso em pírico de nuestro entendim iento, donde, \ 250

1 Erscbeinungen 2 Phaenomena

268

K A N T /C R IT IC A D E LA RA Z O N PURA

categ o rías, al ig u al q u e las fo rm a s de intuición espacio y tie m p o , n o se basan en la sen sib ilid ad . P o r ello p a re c e n aplicables a o b jeto s q u e se h allen fu e ra del alcance de los sen tid o s. P o r o tra p arte, las cate g o rías n o so n m ás q u e form as del pensamienB 306 to q u e co n tien en sim p le m e n te la cap acid ad ló g ica de u n ificar

a priori en una concie n cia la v a rie d a d d ad a en la in tu ic ió n . Si les q u ita m o s la in tu ic ió n — la única in tu ic ió n de q u e so m o s capaces— , e n to n ce s sus p o sib ilid a d e s de sig n ificació n so n to d a ­ vía m en o res q u e las de las fo rm a s sensibles p u ra s, ya q u e a trav és de éstas ú ltim as se da al m e n o s u n o b je to . E n cam b io , el m o d o em p lead o p o r n u e stro e n te n d im ie n to p ara c o m b in a r la d iv ersid ad n o p o see sig n ific a d o a lg u n o si n o se le añ ad e la in tu ició n , q u e es d o n d e p u e d e d arse esa d iv e rsid a d . N o o b sta n te , c u a n d o d am o s a c ie rto s o b je to s, en c u a n to fe n ó m e ­ nos, el n o m b re de en tes sensibles (F e n ó m e n o s) n u e stro c o n c e p ­ to im plica ya (al d is tin g u ir el m o d o de in tu irlo s de la n atu raleza q u e en sí m ism o s p o se e n ) q u e n o s o tro s to m a m o s esas en tid a d e s (tal c o m o so n en su n a tu raleza, a u n q u e n o la in tu y a m o s en sí m ism a) u o tras cosas p o sib le s (q u e n o so n e n a b so lu to

—> pot el contrario, sólo conocemos las cosas ta l como se m anifiestan. Consiguiente­ mente, aparte del uso empírico de las categorías (limitado a las condiciones sen­ sibles), habría o tro uso puro, pero objetivam ente válido. En este caso, no p o ­ dríam os afirmar lo que hemos sostenido hasta ahora, que nuestros conocim ien­ tos puros del entendim iento no son otra cosa que principios de la exposición de los fenómenos, principios que, incluso a prio ri, no se referirían más que a la p o ­ sibilidad formal de la experiencia. En efecto, aquí se nos abriría ante los ojos un campo completamente nuevo, un m undo, por así decirlo, pensado en el espíritu (tal vez intuido incluso). El entendim iento puro podría considerar este m undo nuevo y podría hacerlo incluso con mayor nobleza. De hecho, nuestro entendim iento refiere todas las representaciones a algún objeto. Com o los fenómenos no son más que representaciones, el entendi­ miento los refiere a un algo como objeto de la intuición sensible. Pero, en este sentido, ese algo es sólo el objeto trascendental. Este, a su vez, significa algo = x de lo que nada sabemos, ni podem os (dada la disposición de nuestro entendim iento) saber. Sólo p u ed e1 servir, com o correlato de la unidad de apercepción, para la unidad de lo diverso en la intuición sensible, unidad mediante la cual el entendim iento unifica esa diversidad en el concepto de un objeto. N o se puede separar ese objeto trascendental de los datos sensibles, ya que entonces no queda nada por m edio de lo cual sea pensado. ConsiguienteA 251 mente, no constituye en sí mismo un objeto de conocim iento, sino la simple representación de los fenómenos bajo el concepto de un objeto en general, objeto que es determ inable por m edio de la diversidad de esos fenómenos. —►

1 Leyendo, con Hartenstein, welcbes, en lugar de welcher (N. del T.)

FE N O M E N O S Y N U M EN O S

269

o b je to s de n u e stro s se n tid o s) y las o p o n e m o s , p o r así d e c irlo , c o m o o b je to s m e ra m e n te p e n sa d o s p o r el e n te n d im ie n to , a aq u ello s o b je to s, llam án d o las entes inteligibles (n ú m e n o s). La c u e stió n q u e e n to n c e s se p re s e n ta es la de si n u e stro s c o n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n to n o p u e d e n te n e r sig n ific a c ió n c o n relació n a esto s n ú m e n o s , si n o p u e d e n ser u n tip o d e c o n o c i­ m ie n to d e los m ism o s. D e sd e el c o m ie n z o se o b se rv a a q u í u n a a m b ig ü e d a d capaz de p ro v o c a r u n g ra v e m a le n te n d id o . C o n siste en q u e c u a n d o el e n te n d im ie n to llam a m e ro F e n ó m e n o a u n o b je to d esd e u n p u n to de v ista , se hace, a la vez, d e sd e fu e ra de ese p u n to de v ista, u n a re p re se n ta c ió n d e u n objeto en s í mismo, cre y e n d o así q u e p u e d e h acerse ig u a lm e n te u n concepto de se m e ­ jante o b je to . A h o ra b ien , c o m o el e n te n d im ie n to n o su m in istra b 307 o tro s c o n c e p to s q u e las c a te g o ría s, su p o n e q u e , al m e n o s a tra v é s de esto s c o n c e p to s p u ro s d el e n te n d im ie n to , h a d e ser p o sib le p e n sa r el o b je to en el s e n tid o d e o b je to en sí m ism o . P ero co n ello cae en el e rro r de c o n sid e ra r el c o n c e p to de un en te in te lig ib le , q u e es e n te ra m e n te indeterminado, en c u a n to Precisamente p o r ello no representan las categorías ningún objeto particu­ lar, dado sólo al entendim iento, sino que sim plem ente sirven para determ inar el objeto trascendental (el concepto de algo en general) m ediante lo dado en la sensibilidad, con el fin de que conozcamos así los fenóm enos em píricam ente bajo los conceptos de objetos. La razón de que no nos baste el sustrato de la sensibilidad y de que añadamos a los Fenóm enos unos núm enos que sólo el entendim iento puede pensar, se basa en lo siguiente. La sensibilidad, y su cam po —el de los fenóm e­ nos— , se hallan, a su vez, limitados por el entendim iento, de forma que no se refieren a las cosas en sí mismas, sino sólo al m odo según el cual, debido a nuestra constitución subjetiva, las cosas se nos manifiestan. Tal ha sido el resultado de toda la estética trascendental, resultado que se desprende espontáneam ente del concepto de fenóm eno en general, a saber, que tiene que corresponder al fenóm eno algo que no sea en sí mismo fenóm eno. La razón se halla en que éste no puede ser nada po r sí mismo, fuera de nuestro m odo de representación. Consiguientem ente, si no querem os perm anecer en un círculo constante, la palabra fenóm eno hará referencia a algo cuya representa- A 252 ción inmediata es sensible, pero que en sí mismo (prescindiendo incluso de la naturaleza de nuestra sensibilidad, base de la forma de nuestra intuición) licne que ser algo, es decir, un objeto independiente de la sensibilidad. El concepto de núm eno se desprende de lo dicho, pero no se trata m de un concepto positivo ni de un conocim iento determ inado de una cosa, sino que significa simplemente el pensam iento de algo en general, pensam iento rn el que se hace abstracción de toda forma de la intuición sensible. Para que un núm eno signifique un objeto verdadero, diferenciable de todo Fenóm e­ no, no basta que libere mis pensam ientos de todas las condiciones de la intuición —►

270

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

alg o e x te rio r a n u e stra se n sib ilid a d , c o m o u n c o n c e p to determi­ nado de u n e n te q u e p o d ría m o s c o n o c e r d e a lg ú n m o d o p o r m ed io del e n te n d im ie n to . Si e n te n d e m o s p o r n ú m e n o u n a co sa que no sea objeto de la intuición sensible, este n ú m e n o está to m a d o e n se n tid o negativo, ya q u e hace a b stra c c ió n d e n u e s tro m o d o d e in tu ir la cosa. Si, p o r el c o n tra rio , e n te n d e m o s p o r n ú m e n o el objeto de una intuición no sensible, e n to n c e s su p o n e m o s u n a clase especial d e in tu ic ió n , a sab er, la in te le c tu a l. P e ro esta clase n o es la n u e stra , ni p o d e m o s siq u ie ra e n te n d e r su p o sib ilid a d . E ste sería el n ú m e n o en su se n tid o positivo. L a d o c trin a d e la se n sib ilid a d es, a la vez, la d o c trin a de lo s n ú m e n o s e n se n tid o n e g a tiv o , es d e c ir, la d o c trin a de las cosas q u e el e n te n d im ie n to d e b e p e n s a r sin esta referen cia a n u e s tro m o d o d e in tu ir, d e las cosas, p o r ta n to , q u e el e n te n d im ie n to d e b e p e n sa r c o m o cosas e n sí, n o c o m o m e ro s fe n ó m e n o s. P e ro al e fe c tu a r d ic h a se p a ra c ió n , el e n te n d im ie n to c o m p re n d e , a la vez, q u e n o p u e d e h a c e r n in g ú n u so de —> sensible. D ebo, además, tener razones para suponer una intuición distinta de la sensible, una intuición bajo la cual pueda darse semejante objeto. D e lo contrario, aunque mi pensam iento carezca de contradicción, está vacío de contenido. A nteriorm ente no hemos podido probar que la intuición sensible fuera la única intuición posible, sino la única posible para nosotros. T am poco hem os podido dem ostrar que fuera posible otra clase de intuición. A unque nuestro pensam iento puede hacer abstracción de to d a 1 sensibilidad, queda la cuestión de si tal pensam iento no es entonces la mera form a de un concepto A 253 y de si sigue habiendo un objeto, una vez efectuada tal abstracción. El objeto al cual refiero el fenóm eno en general es el objeto trascendental, es decir, el pensam iento com pletam ente indeterm inado de algo en general. Este objeto no puede llamarse númeno, ya que ignoro qué es en sí mismo y no tengo de él o tro concepto que el de un objeto de la intuición sensible en general, que es, p o r tanto, idéntico en todos los fenóm enos. N o puedo pensarlo m ediante ninguna categoría12 . E n efecto, ésta posee validez respecto a la intuición em pírica para someterla al concepto de objeto en general. Es posible 3 hacer un uso pu ro de la categoría, es decir, sin caer en contradicción, pero tal uso carece de validez objetiva, ya que la categoría no se refiere a ninguna intuición que haya de obtener la unidad de objeto gracias a esa misma categoría. E n efecto, ésta es una m era función del pensar a través de la cual no se nos da objeto alguno. Al contrario, es simplemente el medio p o r el que pensam os lo que pueda darse en la intuición.

1 Leyendo, con Hartenstein,yWé?r, en lugar de jener (N. del T.) 2 Leyendo, con Rosenkranz, Kategorie, en vez de Kategorien (N. del T.) 3 K ant, Nacbtrage %ur K ritik , C X X X V III: «...lógicam ente posible» (N. del T.)

F E N O M E N O S Y N U M EN O S

271

las categorías si considera las cosas de esta form a. E n efecto, dado que 1 las categorías sólo tienen significado en relación B 308 con la unidad de las intuiciones en espacio y tiem po, tam poco pueden determ inar a priori esta unidad m ediante conceptos universales de enlace sino gracias a la sim ple idealidad de espacio y tiem po. D onde no puede hallarse tal unidad tem poral — y, consiguientem ente, en el n úm eno— allí se acaba totalm ente el uso, y hasta la significación, de las categorías, ya que ni la misma posibilidad de las cosas que hayan de corresponder a las categorías puede entenderse. P or ello me lim itaré a rem itir al lector a lo dicho al principio de la observación general, al final del capítulo anterior. A hora bien, nunca podem os dem ostrar la posibilidad de una cosa partiendo de la sim ple no contradicción del concepto de la misma. Sólo podem os hacerlo confirm ándola a través de la intuición correspondiente. C onsiguientem ente, si quisiéram os aplicar las categorías a obje­ tos no considerados com o fenóm enos, tendríam os que suponer una intuición distinta de la sensible, y entonces el objeto sería un núm eno en sentido positivo. Sin em bargo, teniendo en cuenta que sem ejante intuición, es decir, la intelectual, se halla absolutam ente fuera de nuestra capacidad cognoscitiva, tam poco puede el uso de las categorías extenderse más allá de los lím ites de los objetos de la experiencia. Es verdad que a los entes sensibles corresponden entes inteligibles, y B 309 puede haber incluso entes inteligibles con los que nuestra capacidad intuitiva sensible no tenga ninguna relación. Pero nuestros conceptos del entendim iento, considerados com o sim ­ ples form as del pensam iento para nuestra intuición sensible, no pueden aplicarse en absoluto a esos entes. Así, pues, lo que llam am os núm eno debe entenderse com o tal en un sentido puram ente negativo.] Si elim ino de un conocim iento em pírico to d o p ensa­ m iento (por categorías) no queda conocim iento de objeto alg u ­ no, ya que nada se piensa a través de la sim ple intuición. El hecho de que esta afección de la sensibilidad se halle en mí no hace en absoluto que sem ejante representación se refiera a un objeto. Si, p o r el contrario, prescindo de toda intuición, queda todavía la form a del pensar, es decir, el m odo de d eterm i­ A 254 nar un objeto a la diversidad de una posible intuición. Las 1 Leyendo, con E rdm ann, u>eil, da diese, en lugar de weil diese (N. del

T.)

272

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

categorías se extienden, pues, más que la intuición sensible, ya que piensan objetos en general, sin tener en cuenta el especial m odo (la sensibilidad) 1 según el cual pued an darse. Pero no p o r ello determ inan una más am plia esfera de objetos, ya que no puede suponerse que éstos se den, a no ser que supongam os igualm ente la posibilidad de una intuición distinta de la sensible. Pero esta últim a hipótesis no podem os justificarla de ningún m odo. D oy el nom bre de problem ático a un concepto que carece de contradicción, que se halla, com o lim itación de co n ­ ceptos dados, en conexión con otros conocim ientos, p ero cuya realidad objetiva no es en m o d o alguno cognoscible. El concep­ to de númeno, es decir, el de una cosa que ha de ser pensada (sólo m ediante un entendim iento p u ro ) com o cosa en sí misma, y no com o objeto de los sentidos, no es en absoluto co n trad icto ­ rio. E n efecto, no se puede afirm ar que la sensibilidad sea la única clase de intuición posible. A dem ás, el concepto de núm eno nos hace falta para no extender la intuición sensible a las cosas en sí mismas y, consiguientem ente, para lim itar la validez objetiva del conocim iento sensible (en efecto, las A 255 demás cosas a las que no alcanza dicha intuición reciben el nom bre de núm enos a fin de m ostrar precisam ente que esos conocim ientos no pueden aplicarse a to d o cuanto el en ten d i­ m iento piensa). Sin em bargo, el resultado es que no se entiende la posibilidad de tales núm enos. L o que está fuera del cam po de los fenóm enos es (para nosotros) vacío. E n otras palabras, tenem os un entendim iento que rebasa, problemáticamente, los fenóm enos, p ero no una intuición — ni siquiera el concepto de una intuición posible— m ediante la cual puedan dársenos objetos fuera del cam po de la sensibilidad y m ediante la cual sea posible em plear asertóricamente el entendim iento más allá de esa sensibilidad. Así, pues, el concepto de núm eno no B 311 es más que un concepto límite destinado a poner co to a las pretensiones de la sensibilidad. N o posee, p o r tan to , más que una aplicación negativa. A un así, aun teniendo en cuenta que el núm eno no puede establecer nada positivo fuera del dom inio de la sensibilidad, no se trata de una ficción arbitraria, sino que se halla ligado a la lim itación de la misma. B 310

1 Leyendo, con E rdm ann, Hit Sitmhchkeit, en lugar de der SinnUchkeit (N. del T.)

FE N O M E N O S Y N U M EN O S

273

P or consiguiente, la división de los objetos en F en ó m e­ nos y núm enos, al igual que la del m u n d o en m und o sensible y m u n d o inteligible, no puede ser adm itida [en sentido p o siti­ vo], aunque sí podem os dividir los conceptos en sensibles e intelectuales. E n efecto, no podem os señalar n in g ú n objeto a éstos últim os, ni, p o r ta n to , considerarlos com o o b jetiv am en ­ te válidos. Si se prescinde de los sentidos ¿cóm o vam os a hacer com prender que nuestras categorías (que serían los únicos conceptos que quedarían para los núm enos) co ntinú an signifi­ A 256 cando algo, teniendo en cuenta que, para que hagan referencia a algún objeto, tiene que darse algo más que la sim ple unidad del pensar, a saber, una posible intuición a la que p uedan aplicarse esas categorías? Sin em bargo, el concepto de n úm eno to m ado en sentido sim plem ente problem ático, no sólo sigue siendo adm isible, sino que en cuanto concepto que po n e lím ites a la sensibilidad, es inevitable. C laro que entonces no es un especial objeto inteligible para nu estro entendim iento. Al co n tra ­ rio, un entendim iento al cual correspondiera tal objeto co n sti­ tuiría, a su vez, un p roblem a, consistente en que este en ten d i­ m iento conocería intuitivam ente su objeto en una intuición B 312 no sensible, no discursivam ente p o r m edio de categorías. D e la posibilidad de un entendim iento así no podem os hacernos la m enor representación. N u estro entendim iento o btiene de esta form a una am pliación negativa. E n otras palabras, al llam ar núm enos a las cosas en sí m ism as (no consideradas com o fenóm enos), el entendim iento no es lim itado p o r la sensibilidad, sino que, p o r el co n trario , es él el que lim ita ésta últim a. P ero inm ediatam ente el entendim iento se p one lím ites a sí m ism o adm itiendo que no las conoce p o r m edio de ninguna categoría y que, consiguientem ente, sólo puede pensarlas bajo el nom bre de un algo desconocido. E n los escritos de los autores m odernos veo que las expresiones mundus sensibilis y mundus intelligibilisk se usan de un m odo enteram ente distin to , apartándose p o r co m p leto del sentido de los antiguos. E s cierto que nada se opone a sem ejante A 257 uso, pero tam poco ofrece o tra cosa que vana palabrería. Según k N o se debe usar, en lugar de esta expresión, la de m u n d o in te le c tu a l com o suele hacerse en alemán, ya que sólo los conocim ientos son sensibles o inte­ lectuales. Lo que sólo puede ser objeto de una u otra clase de intuición — es de­ cir, los objetos— debe llamarse, por muy ásperas que sean las palabras, inteligi­ ble o sensible. (Nota añadida por K ant en B). 1 Intellektuellen Welt.

274

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

este uso, algunos se c o m p la c e n en llam ar m u n d o sensible al co n ju n to de los fenóm enos e n ta n to que intuid o , m ientras q u e llam an m undo inteligible a la interrelación de esos m ism os B 313 fen ó m enos en tanto que p e n s a d a según leyes universales del en tendim iento. La a s tro n o m ía te ó ric a , que sólo trata de la o bservación del cielo estre lla d o , representaría el p rim er m u n ­ d o , m ientras que la astro n o m ía c o n te m p la tiv a 1 (por ejem plo, la explicada de acuerdo co n el sis te m a copernicano o incluso de ac u erd o con las leyes n e w to n ia n a s de la gravitación) rep re­ sentaría el segundo, es decir, el m u n d o inteligible. P ero sem e­ jante tergiversación de palab ras es u n p u ro subterfu g io sofístico co n el fin de soslayar una c u e s ti ó n difícil, tran sfo rm an d o su se n tid o de acuerdo con las p r o p ia s conveniencias. E n relación con los fenóm enos pod em o s u s a r , en cualquier caso, tan to el en ten d im ien to com o la raz ó n . L a cuestión reside en si am bas facultades poseen o tro uso c u a n d o el objeto no es un fenóm eno (cu ando es un núm eno), y é s te es el sentido en que se tom a el o b je to cuando lo pensam os e n sí c o m o m eram ente inteligible, es d ecir, com o dado sólo al e n te n d im ie n to y no a los sentidos. E l p ro b lem a consiste, pues, e n s a b e r si, adem ás de ese uso em p írico del entendim iento ( in c lu s o en la representación newto n ia n a de la estructura del m u n d o ) existe la posibilidad de o tro uso trascendental que se r e f ie r a al núm eno com o objeto. A este problem a le hem os d a d o u n a respuesta negativa. Así, pues, cuando d e c im o s q u e los sentidos representan los o bjetos ta l como se m anifiestan, m ie n tra s que el entendim iento los representa ta l como son, h a y q u e entender esto ú ltim o en sen tido m eram ente em pírico, n o trascendental. Es decir, los B 314 o b jetos han de ser representados c o m o objetos de la experiencia en la com pleta conexión de lo s fen ó m en o s, no de acuerdo con lo que sean fuera de la re la c ió n con una experiencia p osible y, co nsiguientem ente, f u e r a de la relación con los sen tid o s, esto es, com o o b je to s d e l entendim iento p u ro . En efecto, esto seguirá siéndonos s ie m p re desconocido. S eg u ire­ m os ig n o ran d o incluso si se m e ja n te conocim iento trascendental (excepcional) es posible, al m e n o s com o conocim iento que se desarrolle bajo nuestras c a te g o ría s ordinarias. E l entendimiento y la sensibilidad que nosotros p o s e e m o s sólo pueden d eterm inar o b jetos si actúan conjuntamente. Si los separam os, tendrem os

A 258

1 Según Wille, debería invertirse el o r d e n así: «La astronomía contem pla­ tiva..., mientras que la astronom ía te ó ric a ...» . (N. del T.)

FEN O M EN O S Y N UM ENOS

275

intuiciones sin conceptos, o conceptos sin intuiciones. E n los dos casos tendrem os representaciones que no podrem o s referir a n in g ún ob jeto determ inado. Si, después de todas estas aclaraciones, alguien sigue vacilando y no se decide a renunciar al uso m eram ente trascen ­ dental de las categorías, que haga una prueba con alguna afirm ación sintética. E n efecto, una afirm ación analítica no hace avanzar el entendim iento, y, tenien d o en cuenta que éste sólo se ocupa de lo ya pensado en el concepto, deja sin resolver si tal concepto se refiere en sí m ism o a objetos o expresa sim plem ente la unidad del pensar (la cual prescinde A 259 to talm ente del m o d o según el cual un objeto sea dado). Al en ten d im iento 1 le basta saber lo que hay en su concepto. Le es indiferente a qué se refiera. Q ue haga, pues, una prueba B 315 con algún principio sintético e hipotéticam ente trascendental. P or ejem plo: «T odo lo que existe, existe com o sustancia o com o determ inación inherente a ella», o bien: «T odo ser co n tin ­ gente existe com o efecto de o tra cosa, a saber, de su causa», etc. A h ora p re g u n to : ¿de d ónde quiere extraer estas p ro p o sicio ­ nes si los conceptos no son válidos respecto de la experiencia, sino respecto de cosas en sí m ism as (m ím enos)? ¿D ónde está aquí el tercer té rm in o 12 que hace falta siem pre en una p ro p o si­ ción sintética y que sirve de m edio para ligar entre sí conceptos que no poseen ninguna afinidad lógica (analítica)? N unca será capaz de d em ostrar tal proposición. Es más, nunca p o d rá ju sti­ ficar la posibilidad de sem ejante afirm ación si no tiene en cuenta el uso em pírico del entendim iento y renuncia así p o r entero al juicio p u ro e independiente de los sentidos. El concep to de objetos p u ro s, m eram ente inteligibles, carece p o r com pleto de p rin cipios relativos a su aplicación, ya que no som os capa­ ces de im aginar cóm o tendrían que darse. A unque el pen sam ien ­ to p ro b lem ático deja sitio para tales objetos, sólo sirve, com o A 260 un espacio vacío, para lim itar los principios em píricos, p ero sin co ntener en sí ni revelar o tro objeto de conocim iento fuera de la esfera de esos principios.

1 E rdm ann e x p l i c a : «en su uso analítico» ( N . del T.) 2 K ant, N a c h tr á g e K r i t i k , C X X X IX : «el tercer térm ino de la intui­ ción». (N. del T.)

^5ff563S3BS6S5362S36BS8£8S8SB£iBSS585QSfc

A P E N D IC E

b 316

La anfibología de los con ceptos de reflexión

A

C A U SA D E L A C O N F U S IÓ N D E L U SO E M P ÍR IC O

D E L E N T E N D IM I E N T O C O N E L T R A S C E N D E N T A L

La reflexión (reflexio) no se ocupa de los objetos mismos para recibir directam ente de ellos los conceptos, sino que es el estado del psiquism o en el que nos disponem os a descubrir las condiciones subjetivas bajo las cuales podem os obtener conceptos. Es la conciencia de la relación que existe entre representaciones dadas y nuestras diferentes fuentes de conoci­ m iento. Sólo a través de esta conciencia pueden determ inarse correctam ente sus relaciones m utuas. A ntes de tratar u lte rio r­ m ente nuestras rep resen tacio n es1, la prim era cuestión que surge es ésta: ¿en qué facultad cognoscitiva se hallan interrela­ cionadas? ¿Son enlazadas o com paradas p o r 12 el entendim iento o por los sentidos? A lgunos juicios son asum idos por costum bre o asociados po r inclinación. Al no haber reflexión A 261 previa, o no haberla, por lo m enos después, de form a crítica, se consideran tales juicios com o surgidos del entendim iento. N o todos los juicios requieren una investigación, es decir, una atención dirigida a los fundam entos de la verdad. E n efecto, cuando son inm ediatam ente ciertos, com o por ejem plo: «E ntre B 317 dos puntos sólo puede haber una recta», no puede exhibirse un m ejor criterio de verdad que el expresado por ellos mismos. 1 Leyendo, con E rdm ann,

V o rs te llu n g e n ,

en vez de

V o r s te llu n g

T.) 2 Leyendo, con E rdm ann,

ron,

en lugar de

vor.

(N. del T.)

(N. del

C O N C EPT O S D E R E F L E X IO N

277

T odos los juicios, e incluso todas las com paraciones, necesitan, en cam bio, una reflexión, es decir, una distinción de la facultad cognoscitiva a la que pertenecen los conceptos dados. El acto m ediante el cual uno la com paración de las representaciones con la facultad cognoscitiva en la que se realiza y a través de la cual d istingo si son com paradas en tre sí com o p erten ecien ­ tes al entendim iento puro o com o pertenecientes a la intuición sensible lo llam o reflexión trascendental. A hora bien, las relacio­ nes 1 que en tre sí pueden g uardar los conceptos en un estado psíquico son las de identidad y diferencia, concordancia y oposición, interior y exterior y, finalm ente, de determinable y determinación (m ateria y form a). La correcta determ inación de tales relaciones depende de cuál sea la facultad cognoscitiva en la que esos conceptos se hallan subjetivamente vinculados, de si es la sensibili­ dad o el entendim iento. E n efecto, la diferencia de estas faculta­ des implica una gran diferencia en el m o d o según el cual debem os pensar dichas relaciones. A ntes de form ular cualquier juicio objetivo, co m para­ A 262 mos los conceptos: en relación con su id e n tid a d (de m uchas representaciones bajo un concepto) en ord en a los conceptos universales; en relación con su d ife re n c ia , con el fin de p ro d u cir B 318 juicios particulares ; en relación con su c o n c o rd a n c ia para llegar a juicios afirm ativos ; en relación con la o p o s ic ió n para o btener juicios negativos, etc. Parece que, p o r este m otivo, deberíam os llam ar conceptos de com paración (conceptas comparationis) a los conceptos m encionados. Sin em bargo, cuando se trata del co n tenido de los conceptos, y no de su form a lógica, es decir, cuando se trata de si las cosas mismas son idénticas o diferentes, concordantes u opuestas, etc., las cosas pueden tener una doble relación con nuestra facultad cognoscitiva, a saber, con la sensibilidad y con el enten d im ien to ; la clase de relación que guard en entre sí depende de la facultad a que correspondan. P o r ello es la reflexión trascendental — es decir, la relació n 12 que las representaciones dadas tienen con una u otra clase de co n ocim iento— la que puede determ inar la m utua relación de las representaciones. El que las cosas sean idénticas o d iferen­ tes, co ncordantes u opuestas, etc., no podem os establecerlo 1 Leyendo, con Hartenstein, die V e r h d ltn is s e , en vez de d a s V e r b a l tm s (N. del T.) 2 Según Mellin, debería leerse: «la conciencia de la relación» (N. del T.)

278

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

inm ediatam ente a p artir de los conceptos m ism os, p o r m era com paración (comparatio ). Sólo podem os establecerlo, m ediante una reflexión (reflexio ) trascendental, distinguiendo a qué clase de conocim iento corresponden. Se podría, pues, decir que la reflexión lógica es sólo una com paración, ya que en ella se hace total abstracción de la facultad cognoscitiva a la que corresponden las representaciones dadas. Estas han de ser trataB 319 das, p o r tan to , en lo que a su asiento en el psiquism o se refiere, com o representaciones hom ogéneas. P or el contrario, la reflexión trascendental (que se refiere a los objetos m ism os) contiene el fundam ento de la posibilidad de com parar o b jetiv a­ mente las representaciones entre sí. E s, p o r consiguiente, m uy A 263 distinta de la reflexión ló g ic a 1 , ya que la facultad lógica a la que pertenecen no es la misma. E sta reflexión trascendental es un deber del que no puede librarse nadie que quiera form ular juicios a p riori sobre las cosas. V am os a ocuparnos ahora de ella, con lo cual obtendrem os no poca luz en o rden a determ inar la genuina tarea del entendim iento. 1. Identidad y diferencia.— Si un objeto se nos presen muchas veces y siem pre con las m ism as determ inaciones in te r­ nas (qualitas et quantitas ), entonces, si lo consideram os com o objeto del entendim iento pu ro , es siem pre el m ism o. N o es muchas cosas, sino una sola (numérica identitas). Pero si es fenóm eno, entonces ya no se trata de la com paración de concep­ tos, sino que, p o r m uy idéntico que sea to d o con respecto a éstos, la diferencia de lugares de ese fenóm eno a un m ism o tiem po justifica suficientem ente la diferencia numérica del objeto (de los sentidos) m ism o. Así, podem os prescindir de todas A 264 las diferencias internas (de cualidad y de cantidad) que haya en B 32Q dos gotas de agua. Basta que las intuyam os sim ultáneam ente en lugares distintos para considerarlas com o num éricam ente distintas. Leibniz to m ó los fenóm enos p o r cosas en sí mismas y, consiguientem ente, p o r inteligibles, esto es, p o r objetos del entendim iento p u ro (si bien les dio el nom bre de fenóm enos debido a la confusión de sus representaciones). Su principio de los indiscernibles (principium identitatis indiscernibilium ) era así indiscutible. P ero, com o los fenóm enos son objetos de la sensibilidad, com o el entendim iento no posee respecto de ellos un uso p u ro , sino un uso m eram ente em pírico, la plurali-

1 Leyendo, con Vaihinger,

erstereti,

en vez de

le t^ te r e n

(N. del T.)

C O N C EPT O S D E R E F L E X IO N

279

dad y la diferencia num érica vienen ya dadas p o r el espacio m ism o com o condición de los fenóm enos externos. E n efecto, una parte del espacio puede ser perfectam ente sem ejante e igual a otra, pero al estar fuera de ésta, es, precisam ente p o r ello, diferente de la prim era, añadiéndose a ella para co n sti­ tu ir un espacio m ayor. Lo m ism o debe decirse, pues, de cuantas cosas se hallan sim ultáneam ente en los diversos lugares del espacio, po r m uy sem ejantes e iguales que sean desde o tro p u n to de vista. 2. Concordancia y oposición.— C uando la realidad es representada sólo p o r m edio del entendim iento p u ro ( realitas noumenon) no puede concebirse oposición alguna entre las reali­ dades, es decir, no puede concebirse una relación en la que, unidas esas realidades en un sujeto, se anulen recíprocam ente A 265 sus respectivas consecuencias, com o en 3 — 3 = 0. P or el co n ­ trario , lo real en el fenóm eno (realitas pbaenomenorí) p uede h a­ llarse en oposición. U nidos en un m ism o sujeto los elem entos B 321 de esa realidad, puede uno de ellos elim inar, total o parcialm en­ te, las consecuencias del otro, com o ocu rre con dos fuerzas m otrices en la m ism a línea recta cuando tiran de un p u n to o hacen p resión sobre él en dirección opuesta, o com o sucede con un placer que neutraliza un dolor. 3. Lo interior y lo exterior. — E n un objeto del en ten d i­ m iento p u ro sólo es interior aquello que carece de relación (desde el p u n to de vista de su existencia) con algo distinto. P o r el contrario, las determ inaciones internas de una substantia phaenomenon en el espacio no son más que relaciones 1 y esta misma sustancia es toda ella un conjunto de sim ples relaciones. Sólo conocem os la sustancia en el espacio a través de las fuerzas que actúan en el m ism o, sea im pulsando hacia él otras fuerzas (atracción), sea im pidiendo que penetren en él (rep u l­ sión e im penetrabilidad). N o conocem os otras propiedades que constituyan el concepto de sustancia que se m anifiesta en el espacio y que llam am os materia. Pero toda sustancia debe poseer, en cuanto objeto del entendim iento pu ro , d eterm i­ naciones y fuerzas internas que se refieran a su realidad interior. A hora bien, ¿qué accidentes p u ed o yo pensar, sino los ofrecidos A 266 p o r mi sentido interno, a saber, lo que es, a su vez, pensamiento , 1 K ant, N a chira g e ?nr Kritik, C X L V III: «en el espacio sólo hay relaciones externas; en el sentido interno, sólo relaciones internas; falta lo absoluto». (N. del T.)

280

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

o lo que es análogo a éste? E sta fue la razón de que Leibniz, tras haber elim inado — en el pensam iento— de las sustancias B 322 to d o cuanto significara relación exterior y, consiguientem ente, composición, las convirtiera todas (por representárselas com o m ím enos), incluyendo las partes integrantes de la m ateria, en sujetos sim ples dotados de facultades de representación, es decir, en m ó n a d a s . 4. Materia y form a.— E stos dos conceptos están tan i solublem ente ligados a to d o uso del en tendim iento, que sirven de base a toda otra reflexión. E l p rim e ro de ellos significa lo d eterm inable sin más. El segundo significa su determ inación (am bos en sentido trascendental, ya que se hace abstracción de cualquier diferencia p ropia de lo que se da y del m o d o según el cual viene determ inado). E n la antigüedad, los lógicos llam aban m ateria a lo general y form a a la diferencia específica. E n to d o juicio se puede denom inar m ateria lógica (del juicio) a los conceptos dados, y form a del juicio a la relación de tales conceptos (por m edio de la cópula). E n to d o ser, la m ateria está constituida p o r los elem entos que lo co m p o n en {essentialia). El m o d o según el cual se hallan ligados en una cosa, es la form a esencial. Igualm ente, en relación con las cosas, se consideraba la realidad ilim itada com o la m ateria de to d a posibilidad, m ientras que la lim itación de las mismas A 267 (negación) era considerada com o la form a m ediante la cual una cosa se distingue de otra según conceptos trascendentales. B 323 E fectivam ente, para que pueda determ inar algo de un m o d o co n creto, el entendim iento exige, ante to d o , que algo sea dado (al m enos en el concepto). E n el concepto del entendim iento p u ro , la m ateria precede, pues, a la form a. P o r ello adm itió p rim e ro L eibniz cosas (m ónadas) con una interna capacidad de representación para fundar en ella sus relaciones exteriores y la com unidad de sus estados (a saber, de las representaciones). D e ahí que el espacio y el tiem po fueran posibles, el prim ero sim plem ente gracias a la relación de las sustancias, el segundo gracias a la conexión de las determ inaciones de las mismas en tre sí, com o causas y efectos. Así tendría que o cu rrir, de hecho, si el entendim iento p u ro pudiera referirse inm ediata­ m ente a los objetos y si el espacio y el tiem po fueran d eterm in a­ ciones de las cosas m ismas. Pero si no son más que intuiciones sensibles en las que determ inam os todos los objetos com o sim ples fenóm enos, entonces la form a de la intuición precede (com o prop ied ad subjetiva de la sensibilidad) a to d a m ateria

CO N CEPTO S D E R E F L E X IO N

281

(a las sensaciones) y, consiguientem ente, el espacio y el tiem po son anteriores a todos los datos de la experiencia. Es, p o r el co n trario, esa form a de la intuición la que hace posible la experiencia. El filósofo intelectualista no podía tolerar que la form a debiera preceder a las cosas mismas y determ inar su posibilidad. E ra ésta una p o stu ra perfectam ente coherente p artien do del supuesto de que nosotros intuim os las cosas tal com o son (si bien en una representación confusa). A hora bien, si tenem os en cuenta que la intuición sensible constituye A 268 una condición subjetiva m uy especial en la que se basa a B 324 priori toda percepción, com o form a originaria de ésta, resulta que la form a viene dada p o r sí m ism a y, lejos de que la m ateria (o las cosas mismas que se m anifiestan) deba servir de base (tal com o debería afirm arse desde el p u n to de vista de los sim ples conceptos), la posibilidad de esta m ateria supone, p o r el contrario, una intuición form al (espacio y tiem po) p rev ia­ m ente dada. O

b s e r v a c ió n s o b r e l a a n f ib o l o g ía

DE LOS C O N C EPTO S D E R E F L E X IÓ N

Perm ítasem e llam ar lugar trascendental al sitio que asigna­ m os a un concepto en la sensibilidad o en el entendim iento puro. D e este m odo, la estim ación del sitio correspondiente a cada concepto según la diferencia de su uso, al igual que la m anera de determ inar este lugar, según reglas, para todos los conceptos, sería la tópica trascendental. Esta doctrina sería una sólida defensa frente al em pleo subrepticio del enten d im ien ­ to p u ro y frente a las ilusiones derivadas de tal em pleo, ya que distinguiría siem pre a qué facultad cognoscitiva pertenecen propiam ente los conceptos. Podem os denom inar lugar lógico a to d o concepto, a to d o títu lo , que incluya m uchos conocim ien­ tos. E n esto se basa la tópica lógica de A ristóteles, de la que po d rían servirse los m aestros y los oradores para buscar en ciertos títulos del pensam iento lo más apropiado para el tem a de que se trate y para sutilizar o hablar am pulosam ente sobre él con apariencias de rigor. La tópica trascendental, en cam bio, no contiene otra cosa que los cuatro m encionados títulos de toda com paración y distinción. E stos títulos se diferencian de las categorías p or el hecho de que a través de ellos no se presenta el objeto según aquello que constituye el concepto de tal objeto (m agni-

^

282

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

tu d , realidad...), sino que sólo se presenta, en toda su d iv ersi­ dad, la com paración de las representaciones que precede al concepto de cosas. Pero esta com paración requiere p rim era­ m ente una reflexión, es decir, requiere que se determ ine el lugar al que corresponden las representaciones de las cosas que se com paran, señalándose si es el entendim iento p u ro el que las piensa o bien es la sensibilidad la que las sum inistra en el fenóm eno. Los conceptos pueden ser com parados desde un p u n to de vista lógico, sin atender al lugar al que corresp o n d en sus objetos, es decir, prescindiendo de que éstos sean núm enos para el entendim iento o F enóm enos para la sensibilidad. Pero si con dichos conceptos querem os llegar a los objetos, necesita­ m os prim ero una reflexión trascendental que determ ine de qué facultad cognoscitiva han de ser objetos, si del en ten d i­ m iento p u ro o de la sensibilidad. Si om ito esta reflexión, usaré esos conceptos con una notable falta de seguridad y se originarán supuestos principios sintéticos que la razón crítica no puede reconocer, principios cuya única base reside en una anfibología trascendental, es decir, en la confusión del objeto del entendim iento p u ro con el fenóm eno. A falta de esta tópica trascendental y, consiguientem en­ te, engañado p o r la anfibología de los conceptos de reflexión, co nstruyó el conocido L eibniz un sistema intelectual del mundo, o, m ejor dicho, creyó conocer la naturaleza interna de las cosas com parando los objetos todos sólo con el entendim iento y con los conceptos form ales y aislados de su pensam iento. N uestra tabla de los conceptos de reflexión posee la inesperada ventaja de pon er ante nuestros ojos lo distintivo del sistema de L eibniz en todas sus partes, a la vez que nos revela el m o tivo fundam ental de ese peculiar m odo de pensar, que no se basa más que en un m alentendido. Leibniz se lim itó a com parar entre sí todas las cosas po r m edio de conceptos. N aturalm ente, descubrió que no había más diferencias que aquéllas p o r m edio de las cuales el entendim iento distingue sus conceptos unos de otros. N o consideró com o originarias las condiciones de la intuición sensible, las cuales conllevan sus propias diferencias. La razón de no hacerlo se hallaba en que él tenía la sensibilidad p o r un tipo de representación confusa, no p o r una especial fuente de representaciones. El fenóm eno era para él la representación de la cosa en sí misma, si bien distinta, p o r su form a lógica del conocim iento o b ten id o

283

C O N C EPTO S D E R E F L E X IO N

p o r m edio del entendim iento, ya que el fenóm eno, dada su ordinaria falta de d iv is ió n 1 , intro d u ce cierta mezcla de rep re­ sentaciones concom itantes en el concepto de la cosa, mezcla que el entendim iento sabe separar. E n una p a la b ra : Leibniz intelectuali^ó los fenóm enos, al igual que L ocke sensi/icó todos los conceptos del entendim iento de acuerdo con un sistema noogónico (si se me perm ite servirm e de estos térm inos), es decir, no los consideró más que com o conceptos de reflexión em píricos o aislados. E n vez de buscar en el entendim iento y en la sensibilidad dos fuentes de representaciones que, si bien son com pletam ente distintas, sólo cuando actúan conjunta­ mente pueden juzgar con validez objetiva, cada uno de esos dos grandes hom bres se atuvo tan sólo a una de las dos fuentes, a aquella que, en su opinión, se refería inm ediatam ente a las cosas en sí mismas, m ientras que la otra fuente no h aría12 otra cosa que confundir las representaciones de la p rim e­ ra, o bien ordenarlas.

A 271 B 327

E n consecuencia, Leibniz sólo com paró entre sí los objetos de los sentidos en el entendim iento, considerándolos com o cosas en general. E « prim er lugar, los com paró en el sentido de si el entendim iento debe juzgarlos idénticos o dife­ rentes. C om o sólo tenía a la vista los conceptos de esos objetos, no sus lugares en la intuición, que es donde los objetos pueden darse; com o, p o r otra parte, dejó totalm ente de lado el lugar trascendental de esos conceptos (si el objeto debe ser contado entre los fenóm enos o entre las cosas en sí mismas), el resultado no podía ser o tro que el de extender a los objetos de los A 272 sentidos (mundus phaenomenon) su p rincipio de los indiscernibles, B 328 que sólo tiene validez respecto de los conceptos de cosas en general, y el de creer que había sum inistrado así un considerable avance en el conocim iento de la naturaleza. Si conozco una gota de agua com o cosa en sí m ism a según todas sus d eterm in a­ ciones, no puedo, claro está, adm itir que una gota sea distinta de la otra, teniendo en cuenta que el concepto en tero de la prim era es idéntico al de la segunda. Si, en cam bio, la gota es u n fenóm eno en el espacio, entonces no sólo tiene su lugar en el entendim iento (bajo conceptos), sino en la intuición sensible externa (en el espacio), donde los lugares físicos son totalm ente indiferentes en relación con las determ i1 Z ergliederutig 2 Leyendo, con G órland,

la te ,

en vez de

la t

(N. de) T.)

284

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

naciones internas de las cosas. U n lugar = b puede contener una cosa que sea perfectam ente sem ejante e igual a otra que ocupa el lugar = a, exactam ente del m ism o m odo que si la prim era cosa fuese m uy distinta de la segunda. La diferencia de lugares, sin más condiciones, hace que la pluralidad y diferencia de los objetos en cuanto fenóm enos no sólo sea posible p o r sí sola, sino incluso necesaria. Así, pues, esa ap aren ­ te ley no es una ley de la naturale 2 a. N o es más que una regla analítica de la com paración de las cosas p o r m edio de simples conceptos.

A 273 B 329

B 330 A 274

En segundo lugar, el p rincipio según el cual las realidades (com o meras afirm aciones) nunca se o p onen lógicam ente unas a otras es una proposición enteram ente verdadera acerca de la relación de los conceptos, pero no tiene el m enor significado ni respecto de la naturaleza ni respecto de cosa alguna en sí misma (de ésta no tenem os ningún concepto). E n efecto, la oposición real se encuentra en todas las partes donde A — B = O , es decir, donde tenem os dos cosas ligadas en un sujeto, una de las cuales elim ina el efecto de la otra. D e ello tenem os un ejem plo perm anente en los obstáculos y en las reacciones que se p roducen en la naturaleza y que, sin em bargo, p o r estar basados en fuerzas, deben llam arse realitates phaenomena. La mecánica general puede incluso precisar en una regla a priori la condición em pírica de esa oposición, ya que tiene en cuenta la contraposición de las direcciones. Tal condición em pírica es totalm ente ignorada po r el concepto trascendental de la realidad. A unque el señor von Leibniz no anunció dicha proposición con la pom pa de un nuevo principio, sí se sirvió de él para form ular nuevas afirm aciones, y sus sucesores lo in trodujeron en el sistem a leibnizio-w olfiano. D e acuerdo con ese principio, todos los males, p o r ejem plo, son simples conse­ cuencias de las lim itaciones de las criaturas, es decir, negaciones, ya que éstas son lo único que se opone a la realidad (lo cual es efectivam ente así en el m ero concepto de la cosa en general, pero no en las cosas en cuanto fenóm enos). D e igual form a, los defensores del principio no sólo creen posible, sino incluso natural, unir toda realidad en un ser, sin tem or a oposición alguna, ya que no conocen otra que la de co n trad ic­ ción (por la cual se elim ina el m ism o concepto de la cosa), ign orando la de anulación recíproca 1 , en la que un m otivo 1

m c b s e ls titig e n A b b r u c h s

CO N CEPTO S D E R E F L E X IO N

285

real elim ina el efecto del otro. Sólo en la sensibilidad e n c o n tra ­ m os las condiciones para representarnos esta últim a oposición. E n tercer lugar, el único fu n d am en to de la m onadología de Leibniz reside en que este filósofo sólo refirió al en te n d i­ m iento la diferencia entre lo in te rio r sólo y lo exterior. Las su stan ­ cias en general deben poseer algo interior, algo exento de to ­ das las relaciones externas y, consiguientem ente, exento de com posición. Lo sim ple es, pues, el fundam ento de lo in terio r de las cosas en sí mismas. Pero lo interior de su estado no puede consistir en el lugar, la figura, el contacto o el m o v im ien ­ to (determ inaciones todas ellas que constituyen relaciones e x ter­ nas). E n consecuencia, no podem os asignar a las sustancias o tro estado interno que aquel m ediante el cual nosotros m ism os determ inam os interiorm ente n u estro sentido, a saber, el estado de las representaciones. Así fue com o q uedaron perfiladas las m ónadas, que deben constituir la m ateria básica del u n iv erso entero, pero cuya fuerza activa no consiste más que en rep resen ­ taciones, una fuerza en virtud de la cual sólo son realm ente activas d en tro de sí mismas. E sta es precisam ente la razón de que su principio de la posible comunidad de las sustancias entre sí tuviera que ser una armonía preestablecida. N o podía ser un influjo físico. E n b 331 efecto, dado que to d o es m eram ente interior, es decir, está A 275 ocupado con sus propias representaciones, el estado de las representaciones de una sustancia no podía tener ningun a co n e­ xión efectiva con el de la otra. T enía que haber alguna tercera causa que influyera en todas y que hiciera correspon d er sus estados respectivos, no p o r m edio de una intervención ocasio­ nal y practicada en cada caso particular (systema assistentiae), sino m ediante la unidad de la idea de una causa válida para todas. D esde esta idea deben ob ten er todas las sustancias su existencia y su perm anencia y, consiguientem ente, tam bién su correspondencia recíproca de acuerdo con leyes universales. E n cuarto lugar, la fam osa teoría leibniziana del tiem po y del espacio, teoría en la que intelectualizó estas form as de la sensibilidad, no tu v o o tro origen que ese m ism o espejism o de la reflexión trascendental. E n el caso de que quiera represen­ tarm e relaciones externas de las cosas p o r m edio del sim ple entendim iento, sólo p o d ré hacerlo m ediante el concepto de su acción recíproca, y si tengo que ligar un estado con o tro estado de la m ism a cosa, sólo p o d ré realizarlo en el o rden de los fundam entos y de las consecuencias. Leibniz concibió,

286

)

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

pues, el espacio com o cierto o rd en en la com un id ad de las sustancias y el tiem po com o la serie dinám ica de sus estados. Lo que u no y o tro parecen tener en sí de peculiar e in d ep en d ien ­ te de las cosas lo atribuyó a la confusión de sus conceptos, la cual hace 1 que lo que es una sim ple form a de relaciones dinám icas, sea considerado com o una intuición que subsiste p o r sí y que precede a las cosas mismas. E spacio y tiem po se conv irtiero n , pues, en la form a inteligible de la conexión de las cosas (sustancias y sus estados) en sí m ismas. Las cosas se co n v irtiero n en sustancias inteligibles (substantiae noúmeno). A pesar de to d o , Leibniz quería que estos conceptos fueran tenidos por fenóm enos, ya que él no asignaba a la sensibilidad ninguna clase de intuición, sino que buscaba todas las rep resen ­ taciones en el entendim iento, incluso la representación em pírica de los objetos. N o concedió a los sentidos más que el desprecia­ ble papel de co nfu ndir y deform ar las representaciones del entendim iento.

Pero incluso suponiendo que pudiéram os, p o r m edio del entendim iento p u ro , afirm ar sintéticam ente algo acerca de las cosas en s í mismas (lo que es, sin em bargo, im posible), ello no podría referirse12 de nin g ú n m odo a los fenóm enos, los cuales no representan cosas en sí mismas. E n tal caso, sólo ten d ré que com parar mis conceptos en la reflexión trascen ­ dental bajo la condición de la sensibilidad, con lo cual espacio y tiem po no serán determ inaciones de las cosas en sí, sino A 277 de los fenóm enos. L o que sean las cosas en sí m ism as no B 333 lo sé, ni necesito saberlo, ya que no se me puede presentar una cosa más que en el fenóm eno. D el m ism o m odo pro ced o tam bién con los restantes conceptos de reflexión. La m ateria es substantia phaenomenon. Lo que le corresponda interiorm ente lo busco en todas partes del espacio que ocupa y en todos los efectos que ocasiona y que, naturalm ente, sólo pueden ser fenóm enos de los sentidos externos. N o poseo, pues, nada que sea absolutam ente interior, sino sólo algo com parativam ente interior, algo que consta, a su vez, de relaciones exteriores. D e to d o s m odos, lo ab so lu ta­ m ente interio r de la m ateria tam poco es, desde el p u n to de vista del entendim iento, más que una quim era. E n efecto, la m ateria nunca es ob jeto del entendim iento puro . E l objeto 1 Leyendo, con V orlánder, m a c h i, en vez de m a ch te (N. del T.) 2 Leyendo, con Valentiner, be^ogen, en lugar de g esp g en (N. del T.)

C O N C EPT O S D E R E F L E X IO N

287

trascendental que pueda m o tiv ar el fenóm eno que llam am os m ateria es un sim ple algo del que no com prenderíam os lo que es ni siquiera en el caso de q ue alguien pudiera decírnoslo E n efecto, no som os capaces de entender sino lo que conlleva en la intuición algo que corresponda a nuestras palabras. Si las quejas acerca de que no conocemos en absoluto lo interior de las cosas han de significar que no com prendem os, p o r m edio del entendim iento p u ro , qué sean en sí las cosas que se nos m anifiestan, entonces carecen de toda justificación y sensatez. La razón reside en que esas quejas pretenden que conozcam os cosas sin los sentidos, es decir, que las intuyam os y, consiguien­ tem ente, que tengam os una facultad cognoscitiva distinta de A 278 la hum ana, distinta no sólo p o r el grado, sino incluso p o r la B 334 intuición y p o r la especie; preten d en , pues, que no seamos hom bres, sino seres de los que ni siquiera podem os decir si son posibles y, m ucho m enos, cóm o están constituidos. Son la observación y el análisis de los fenóm enos los que p enetran en el interior de la naturaleza, sin que podam os saber hasta dónde puede llegar tal penetración con el tiem po. Por el contrario, las cuestiones trascendentales que desbordan la naturaleza nunca podríam os contestarlas con tod o s estos m edios, ni aun suponiendo que se nos revelara la naturaleza entera, ya q u e 1 ni siquiera nos es dado observar nuestro propio psiquism o con otra intuición que la de nuestro sentido interno. E n efecto, es en el psiquism o donde reside el secreto acerca del origen de nuestra sensibilidad. La referencia de ésta a un objeto, al igual que el m otivo trascendental de es­ ta unidad, se halla, indudablem ente, a una p rofundid ad excesi­ va com o para que nosotros — que sólo nos conocem os a nosotros m ism os m ediante el sentido interno y, consiguiente­ m ente, en cuanto fenóm enos— podam os em plear un in stru ­ m ento tan inadecuado para descubrir otra cosa que nuevos fenóm enos, a pesar de que bien quisiéram os investigar la causa no sensible de éstos. Lo que convierte esta crítica de las conclusiones, extraída de los sim ples actos de reflexión, en algo tan extraordinariam en­ te útil es, p o r una parte, que pone de m anifiesto la nulidad de toda inferencia relativa a objetos que únicam ente son com p a­ rados entre sí en el entendim iento y, p o r otra, que confirm a, a la vez, lo que más hem os recalcado: que, si bien es cierto ÍA 279 1 B 335

1

B : « y a q u e » ; A : «y»

288

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

que los fenóm enos no se cuentan entre los objetos del en ten d i­ m iento com o cosas en sí, son ellos los únicos objetos capaces de ofrecer realidad objetiva a nu estro conocim iento , es decir, los únicos d onde hay una intuición que co rrespo n d a a los conceptos. Si sólo reflexionam os desde un p u n to de vista lógico, nos lim itam os a com parar entre sí nuestros conceptos en el en tendim iento, co m p ro b an d o si am bos poseen el m ism o co n te­ nido, si se contradicen o no, si algo se halla interio rm en te incluido en el concepto o se añade a él; com pro b an d o , ig u al­ m ente, cuál de los dos debem os considerar com o d ad o y cuál sim plem ente com o u n m odo de pensar el concep to dado. Si, en cam bio, aplico esos conceptos a un objeto en general (en sentido trascendental) sin precisar si se trata de un objeto de la intuición sensible o de la intuición intelectual, entonces aparecen inm ediatam ente lim itaciones (que im piden el ir más allá del concepto) que desv irtú an to d o uso em pírico de tales c o n c ep to s1 , que dem uestran, p o r ello m ism o, que la rep resen ­ tación de un objeto com o cosa en general, no sólo es insuficiente, sino que, en el caso de no determ inarla sensiblem ente y de tom arla independientem ente de la condición em pírica, es en sí m ism a contradictoria; dem uestran, p o r tan to , que o bien hay que hacer abstracción de to d o objeto (com o o cu rre en la lógica), o bien que, si aceptam os un o , debem os concebirlo bajo las condiciones de la intuición sensible. C onsigu ien tem en ­ te, lo inteligible exigiría una intuición m uy especial — una B 336 in tuición que no poseem os— sin la cual no es nada para A 280 nosotros. P o r otra parte, los fenóm enos no pueden tam p o co ser objetos en sí m ism os. E n efecto, si pienso cosas consideradas sólo com o cosas en general, la diferencia de sus relaciones externas no crea, naturalm ente, la diferencia de las cosas m is­ mas. Al co n trario , la supone. Si el concepto de una no se distingue del concepto de otra, entonces no hago m ás que p o n er una m ism a cosa en relaciones distintas. A dem ás, el añadir una sim ple afirm ación (realidad) a otra aum enta lo p o sitiv o ; no le sustrae o elim ina nada. C onsecuentem ente, 1 El texto de K ant dice: Einschrankungeti ( nicht aus diesem Begriffe himus^ugehen), welche alien empirischen Gebrauch derselhen verkehren. Según Vaihinger debería leerse: Einschrankungeti (nicht aus... nicht empirischen.,. vertebren. La traducción quedaría entonces así: «limitaciones (que impiden el ir más allá del concepto) que prohíben to d o uso no em pírico de tales conceptos». (N. del T.)

C O N C E PT O S D E R E F L E X IO N

289

lo real en las cosas en general no p u ed e hallarse en opo sició n consigo m ism o. E tcétera.

S egún se ha p uesto de m anifiesto, los co n cep to s de reflexión poseen, en virtu d de cierta in te rp re tac ió n errónea, una influencia tal sobre el u so del en ten d im ien to , q u e han sido incluso capaces de llevar a u n o de los filósofos más sagaces a un supuesto sistem a de co n o c im ien to intelectual donde se intenta determ inar los objeto s sin ayuda de los se n ti­ dos. Precisam ente p o r ello, el revelar la causa que o rig in a la anfibología de esos con cep to s, los cuales d an , a su vez, lugar a falsos principios, es de g ra n utilidad con vistas a determ inar y establecer con seguridad los lím ites del en ten d i­ m iento. Se debe decir que lo que conviene en general a un concepto o lo contradice, conviene igualm ente a, o se halla en co n tradicción con, to d o el co n ten id o p articu lar de ese m ism o concepto (dictum de omni et nulló). P ero sería a b su rd o m odificar este p rincipio de m odo que se fo rm u lara así: lo que no está co n ten ido en un concepto general n o lo está tam p o co en los particulares incluidos p o r él. E n efecto, si estos últim os son particulares, lo son precisam ente p o r co n ten er más de lo pensado en el concepto general. Sin em b arg o , to d o el sistem a intelectual de Leibniz está, de hecho, edificado sobre el p rin ci­ pio en este últim o sentido. E l sistem a cae, pues, al caer el p rincipio y, juntam ente con él, to d a la am bigüedad que o rigina en el uso del entendim iento. El p rincipio de los indiscernibles se basaba en realidad en el su puesto de que, si no hay cierta diferencia en el co ncepto de una cosa en general, tam poco la h abrá en las cosas m ism as; de que, consiguientem ente, todas las cosas que no se d istin g u en ya en su concepto (por su cualidad o su cantidad) son co m p leta­ m ente idénticas (numero eadem). A hora bien, dado que en el m ero concepto de una cosa se hace abstracción de m uchas condiciones necesarias de su intuición, aquello de lo q u e se abstrae se convierte, en virtu d de una extraña precipitación, en algo inexistente, y no se concede a la cosa sino lo contenido en su concepto. El concepto de u n espacio de un pie cúbico — piénselo yo todas las veces que sea y d o n d e sea— es en sí m ism o plenam ente idéntico. P ero dos pies cúbicos se distin g u en en

B

337

A 281

B 338 A 282

290

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

el espacio, au nque sólo p o r sus lugares (numero diversa). E stas son condiciones de la intuición en la que se da el objeto de ese concepto, condiciones que no pertenecen a éste últim o, sino a to d a la sensibilidad. D el m ism o m odo, en u n concepto d onde no se ha enla 2 ado algo negativo con algo afirm ativo no hay oposición alguna. U niendo conceptos m eram ente afir­ m ativos no se p ro d u ce ninguna supresión. P ero en la intuición sensible en la que se da realidad (m ovim iento, p o r ejem plo) encontram os condiciones (direcciones contrapuestas) de las que se había hecho abstracción en el concepto de m o v im ien to en general y que hacen posible una oposición — n o lógica, naturalm ente— consistente en p ro d u c ir un cero p artien d o de algo enteram ente p ositivo. N o se p o d ría 1 pues, decir que todas las realidades estén en arm onía p o r el hecho de no B 339 1 A 283 J haber contradicción entre sus conceptos*1. D esde el p u n to de vista de los sim ples conceptos, lo interior es el su strato de toda relación12 o de las determ inaciones externas. P o r tanto, si hago abstracción de todas las condiciones de la in tuición y me aten g o sólo al concepto de una cosa en general, p u ed o prescindir de toda relación externa, debiendo quedar, no o b s­ tan te, un concepto de aquello que no significa relación, sino sim ples determ inaciones internas. A hora bien, de esto parece seguirse que en cada cosa (sustancia) hay algo absolutam ente in terio r y p revio a todas las determ inaciones externas, siendo lo que las hace posibles. T al sustrato sería, pues, algo que ya no contendría en sí relaciones externas, es decir, algo simple (pues las cosas corporales nunca son más que relaciones, al m enos en el sentido de partes unas fuera de otras). C om o n o sotros no conocem os otras determ inaciones absolutam ente internas que las de nuestro sentido interno, ese sustrato no sólo 1 Leyendo, con Erdm ann, kó 'rn te , en vez de k o n n te (N. del T.) k Si se quiere recurrir aquí a la habitual escapatoria consistente en decir que al menos las r e a lita te s noum ena no pueden actuar unas contra otras, debería aportarse un ejem plo de semejante realidad pura e independiente de los sentidos, con el fin de que se entendiera si esa realidad representa algo B 339 o no representa absolutam ente nada. Pero no puede presentarse ejem plo alguno que no esté tom ado de la experiencia, la cual no nos ofrece más que fenóm enos. Dicha escapatoria no significa, por tanto, sino esto: un concepto que sólo incluye afirmaciones, no contiene nada negativo, lo cual constituye una proposi­ ción de la que en ningún m om ento hemos dudado (N ota de Kant) 2 Según H artensteín, debería leerse I c r h a ltn n — , en lugar de V e r h ó ttn is . La traducción sería entonces: «de todas las determ inaciones relaciónales o externas». (N. del T.)

C O N C EPT O S D E R E F L E X IO N

291

sería sim ple, sino que incluso estaría determ inado (por analogía con nuestro sentido interno) m ediante representaciones. E s decir, todas las cosas serían, en realidad, mónadas o entidades sim ples b 340 dotadas de representaciones. T o d o esto sería perfectam ente co­ rrecto si las condiciones bajo las cuales se nos p ueden dar o b je­ tos de la intuición externa, condiciones de las que el concepto p u ro hace abstracción, no fueran más allá del concepto de una cosa en general. E n efecto, aq u í se po n e de m anifiesto que A 284 un fenóm eno perm anente en el espacio (extensión im penetrable) puede no contener más que relaciones, sin nada absolutam ente interior, y ser, no obstante, el sustrato p rim ario de todas las percepciones. P o r m edio de m eros conceptos no puedo, naturalm ente, pensar nada exterior sin algo in terior, precisa­ m ente p o rq u e los conceptos de relación presu p o n en cosas absolutam ente dadas, sin las cuales no son posibles. E n la in tuición hay algo que no se halla en el m ero concep to de una cosa en general y que es lo que sum inistra el sustrato (el cual n o es en absoluto conocido p o r m edio de conceptos), a saber, el espacio, que sólo consta — él y to d o cu an to él incluye— de relaciones form ales o reales. P or ello no p u edo d e c ir: dado que ninguna cosa puede, por medio de simples concep­ tos, ser representada sin algo absolutam ente interior, tam poco hay ni en las cosas m ism as subsum idas bajo esos conceptos ni en su intuición nada exterior que no tenga p o r base algo absolutam ente interior. E n efecto, si hem os prescin d id o de todas las condiciones de la intuición, esta claro que no nos queda en el m ero concepto más que lo interior en general B 341 y la relación de sus elem entos, que es la que hace posible lo exterior. P ero esta necesidad, cuya única base es la ab strac­ ción, no se pro d u ce en las cosas en cuanto dadas en la intuición A 285 con unas determ inaciones que sólo expresan relaciones, sin basarse en nada interior. N o se p ro d u ce p o rq u e tales cosas no so n cosas en sí m ism as, sino m eros fenóm enos. L o único que de la m ateria conocem os son puras relaciones: lo que llam am os determ inaciones internas de ésta sólo es in terio r desde u n p u n to de vista com parativo. H ay, sin em barg o , alg u ­ nas de esas relaciones que son independientes y perm anentes, que sirven de m edio a través del cual se nos da u n objeto d eterm inado. El hecho de que, al hacer abstracción de esas relaciones, no me quede nada que pensar, no elim ina el co n cep ­ to de una cosa en cuanto fenóm eno, ni tam poco el co ncep to de un o b je to en abstracto. Lo que sí elim ina es toda posibilidad

292

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

de u n o b je to q u e sea d e te rm in a b le p o r m e d io d e sim ples c o n c e p to s, es d ecir, la p o sib ilid a d d e u n n ú m e n o . P ro d u c e d e sc o n c ie rto o ír q u e u n a co sa tie n e q u e c o n sta r ex clu siv a m e n te de relacio n es. P e ro tal cosa es ig u a lm e n te sim p le fe n ó m e n o , y de n in g ú n m o d o p u e d e ser p e n sa d a a tra v é s de c a te g o ría s p u ras. N o c o n siste , a su vez, m ás q u e en las relacio n es de alg o en g e n eral c o n los se n tid o s. D el m ism o m o d o , si c o m en z aB 342 m o s c o n sim ples c o n c e p to s, n o p o d e m o s p e n sa r las relacio n es de las cosas en a b stra c to m ás q u e v ie n d o en u n a d e éstas la causa d e las d e te rm in a c io n e s en la o tra , ya q u e éste es n u e stro c o n c e p to de las relac io n e s m ism as. P e ro c o m o e n to n c e s p re sc in d im o s de to d a in tu ic ió n , d e sa p a re c e u n o d e los m o d o s se g ú n los cuales p u e d e n los e le m e n to s d e lo d iv e rso d e te rm in a rA 286 se re c íp ro c a m e n te sus lu g a re s, es d e c ir, d e sap arece la fo rm a d e la se n sib ilid ad , el esp acio , a p e sa r d e q u e éste p re c e d e a to d a cau salid ad em p írica. Si e n te n d e m o s p o r o b je to s m e ra m e n te in telig ib les las cosas p en sad as 1 m e d ia n te c a te g o ría s p u ra s, sin n in g ú n e sq u e ­ m a de la se n sib ilid ad , e n to n c e s so n im p o sib les tales o b je to s. E n efecto , la c o n d ic ió n del u so o b je tiv o d e to d o s los c o n c e p to s d el e n te n d im ie n to es só lo la ín d o le d e n u e stra in tu ic ió n sen sib le, q u e es el m e d io a tra v é s del cual se n o s d a n o b je to s. L os c o n c e p to s carecen d e refe re n c ia a u n o b je to si se p re sc in d e d e esa in tu ic ió n . E s m ás, in c lu so si su p u sié ra m o s u n a clase de in tu ic ió n d is tin ta d e la se n sitiv a q u e p o se e m o s, n u estras fu n cio n es d el p e n sa r n o te n d ría n , sig n ific a c ió n a lg u n a en re la ­ c ió n co n ella. Si, p o r el c o n tra rio , só lo e n te n d e m o s p o r o b je to s in telig ib les los q u e so n p ro p io s d e u n a in tu ic ió n n o sensible — a los q u e , n a tu ra lm e n te , n o so n ap licab les n u e stra s c a te g o ­ rías— y d e los q u e , c o n sig u ie n te m e n te , n o p o d e m o s te n e r c o n o c im ie n to a lg u n o (ni in tu ic ió n ni c o n c e p to ), e n to n c e s hay q u e a d m itir n ú m e n o s en el se n tid o p u ra m e n te n e g a tiv o . E sto s n o in d ican , en e fecto , m ás q u e lo sig u ie n te : n u e s tro B 343 m o d o d e in tu ir n o alcanza a to d a s las cosas, sino só lo a o b ­ jeto s de n u e stro s se n tid o s y, c o n sig u ie n te m e n te , se halla lim i­ tad a su valid ez o b je tiv a , d e ja n d o así la p u e rta a b ie rta a o tr o ti­ p o de in tu ic ió n y, p o r e llo m ism o , a cosas en c u a n to o b je ­ to s de ella. P e ro en este caso, es p ro b le m á tic o el c o n c e p to de n ú m e n o , es d e cir, co n siste en la re p re se n ta c ió n de u n a cosa 1 Kant, Nachtrige %ur Kritik, CL: «pensadas por nosotros» (N. del T.)

C O N C EPT O S D E R E F L E X IO N

293

cuya p o sib ilid a d no p o d e m o s n i a firm a r ni n e g a r, ya q u e no p o se e m o s o tra in tu ic ió n q u e la sen sib le, c o m o ta m p o c o

A 287

p o seem o s o tra clase de c o n c e p to s q u e las c a te g o ría s , y n in g u n o de esto s d o s in s tru m e n to s c o g n o sc itiv o s es a d e c u a d o fre n te a los o b je to s su p rasen sib les. N o p o d e m o s , p u e s, a m p lia r p o s iti­ v a m en te el c a m p o de los o b je to s d e n u e s tro p e n sa r so b re p a sa n ­ d o las co n d ic io n e s d e n u e stra se n sib ilid a d , ni a c e p ta r, ad em ás de los fe n ó m e n o s, o b je to s d el p e n sa m ie n to p u ro , e sto es, m ím e ­ n o s, ya q u e tales o b je to s carecen d e u n a sig n ific a c ió n p o sitiv a y especificable. E n efecto , d e b e m o s c o n fe sa r q u e las c a te g o ría s n o b astan , p o r sí solas, p a ra el c o n o c im ie n to de las cosas en sí m ism as: sin los d a to s d e la se n sib ilid a d , serían sim ples fo rm a s su b jetiv as de la u n id a d del e n te n d im ie n to , p e ro c a ren tes de o b je to . A u n q u e el p e n sa m ie n to n o es en sí m ism o p ro d u c to de los s e n tid o s ni se halla, p o r ta n to , lim ita d o p o r ellos, ta m p o c o p o se e in m e d ia ta m e n te u n u so p ro p io y p u ro , sin ay u d a d e la sen sib ilid ad , ya q u e , d e se r así, c a recería de o b je to . T a m p o c o p o d e m o s llam ar n ú m e n o a tal objeto, ya q u e el p rim e ro significa p re c isa m e n te el c o n c e p to p ro b le m á tic o de u n o b je to para u n a in tu ic ió n c o m p le ta m e n te d is tin ta d e la n u e stra y B 344 para u n e n te n d im ie n to ta m b ié n d is tin to d el q u e p o seem o s. E l n ú m e n o es, p u es, u n p ro b le m a en sí m ism o . E l c o n c e p to d e n ú m e n o no es, p o r ta n to , el c o n c e p to de u n o b je to , sin o el p ro b le m a — in e v ita b le m e n te lig a d o a la lim ita c ió n de n u e stra se n sib ilid a d — d e saber si n o p u e d e h a b e r o b je to s c o m p le ta m e n ­ te in d e p e n d ie n te s de esa in tu ic ió n . E s ésta u n a c u e stió n cuya A 288 re sp u e sta só lo p u e d e ser in d e te rm in a d a , a sa b e r: d a d o q u e la in tu ic ió n sensible no llega in d istin ta m e n te a to d a s las cosas, q u ed a sitio p a ra o b je to s d ife re n te s y m ás n u m e ro so s. C o n si­ g u ie n te m e n te , n o se n ie g a n ésto s d e m o d o d e fin itiv o , p e ro , a falta d e u n c o n c e p to d e te rm in a d o (p u e sto q u e n in g u n a c a te g o ­ ría se ad ecú a a ellos), ta m p o c o p u e d e n ser a firm a d o s co m o o b je to s d e n u e s tro e n te n d im ie n to . S eg ú n lo d ic h o , el e n te n d im ie n to lim ita la se n sib ilid ad sin p o r ello a m p lia r su p ro p io ca m p o . C o m o a d v ie rte a ésta q u e n o p re te n d a referirse a cosas e n sí m ism as, sin o só lo a fe n ó m e n o s, co n cib e él u n o b je to e n sí m ism o (p e ro sim p le ­ m e n te c o m o o b je to tra sc e n d e n ta l) q u e es la causa d el fe n ó m e n o (sin ser él m ism o fe n ó m e n o , p o r ta n to ) y q u e n o p u e d e ser p e n sa d o n i c o m o m a g n itu d , ni c o m o realid a d , ni c o m o su s ta n ­ cia, etc. (ya q u e esto s c o n c e p to s re q u ie re n sie m p re fo rm a s sensibles en las cuales d e te rm in a n u n o b je to ); c o n c ib e , p u es,

294

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

u n o b je to , sin sa b e r si se h a lla e n n o s o tr o s o fu era de n o so tro s,

B 345 si q u e d a s u p r im id o al s u p rim irs e la se n sib ilid a d o si se g u iría e x is tie n d o u n a v ez d e sa p a re c id a é sta . Si q u e re m o s lla m a r n ú m e n o a e ste o b je to p o r n o se r s e n s ib le su re p re se n ta c ió n , so m o s m u y lib re s d e h a c e rlo . P e ro , c o m o n o p o d e m o s ap licarle n in g u ­ n o 1 d e lo s c o n c e p to s de n u e s tro e n te n d im ie n to , esa re p re se n ta ­ c ió n s ig u e e sta n d o vacía p a ra n o s o tro s . N o sirv e m ás qu e p a ra se ñ a la r los lím ite s d e n u e s tro c o n o c im ie n to se n sib le y A 289 p a ra d e ja r a b ie rto u n c a m p o q u e n o p o d e m o s o c u p a r ni m e d ia n ­ te la e x p e rie n c ia p o sib le , n i m e d ia n te el e n te n d im ie n to p u ro . A sí, p u e s, la c rític a d e e ste e n te n d im ie n to p u ro n o nos p e rm ite e sta b le c e r u n n u e v o c a m p o de o b je to s, adem ás d e los q u e se le p u e d a n p re s e n ta r c o m o fe n ó m e n o s, ni ta m p o c o a d e n tr a rn o s en m u n d o s in te lig ib le s , n i siq u ie ra en el c o n c e p to d e ésto s. E l e rr o r q u e m ás o b v ia m e n te c o n d u c e a estas e x tra li­ m ita c io n e s — e rr o r q u e p o d e m o s , e n to d o caso, d isc u lp a r, a u n ­ q u e n o ju s tific a r— re sid e e n q u e el e n te n d im ie n to sea u s a d o 12, en c o n tra d e su d e te r m in a c ió n , tra sc e n d e n ta lm e n te , y e n q u e lo s o b je to s , e sto es, las in tu ic io n e s p o s ib le s , te n g a n q u e reg irse p o r c o n c e p to s y n o los c o n c e p to s p o r in tu ic io n e s p o sib les (q u e es d o n d e se a p o y a la v a lid e z o b je tiv a de a q u éllo s). El q u e e s to o c u rra se d e b e , a su v e z , a q u e la a p e rc e p c ió n , y c o n ella el p e n s a m ie n to , p re c e d e a to d a p o sib le o rd e n a c ió n d e te rm in a d a d e las re p re s e n ta c io n e s . P e n sa m o s, p u e s, a lg o en B 346 g e n e ra l y, p o r u n a p a rte , lo d e te r m in a m o s sen sib le m e n te , p e ro , p o r o tr a , d is tin g u im o s el o b je to g e n e ra l re p re se n ta d o en a b s­ tr a c to y ese m o d o d e in tu irlo . N o s q u e d a en to n c e s u n a m an era de d e te r m in a r el o b je to e m p le a n d o s ó lo el p e n sa m ie n to , la cual n o s p a re c e , a p e sa r d e se r u n a sim p le fo rm a ló g ica c a ren te de c o n te n id o , u n a m a n e ra d e e x is tir el o b je to en sí (n ú m e n o ), p re s c in d ie n d o d e la in tu ic ió n , q u e se h a lla lim itad a a n u e stro s s e n tid o s.

A 290

A n te s de a b a n d o n a r la a n a lític a tra sc e n d e n ta l, te n e m o s q u e a ñ a d ir to d a v ía a lg o q u e , si b ie n carece en sí m ism o de esp ecial im p o rta n c ia , p o d ría c o n s id e ra rs e necesario p a ra c o m ­ p le ta r el sistem a. E l c o n c e p to s u p r e m o c o n el q u e suele e m p ez ar 1 L e y e n d o , c o n E r d m a n n , keinen, e n v e z d e keine (N . del T .) 2 L e y e n d o , c o n E r d m a n n , gemacht u/ird, e n lu g a r d e gemacht (N . del T .)

C O N C EPT O S D E R E F L E X IO N

295

u n a filo so fía tra sc e n d e n ta l es, n o rm a lm e n te , la d iv is ió n en lo p o sib le y lo im p o sib le. A h o ra b ie n , d a d o q u e to d a d iv isió n p re s u p o n e u n c o n c e p to d iv id id o , d e b e se ñ a la rse to d a v ía o tr o c o n c e p to s u p e rio r, q u e es el d e u n o b je to e n g e n e ra l (to m a d o en se n tid o p ro b le m á tic o , sin d e c id ir si es a lg o o n ad a). C o m o las c ate g o rías c o n stitu y e n lo s ú n ic o s c o n c e p to s q u e se re fie re n a o b jeto s en g en eral, la d is tin c ió n acerca d e si u n o b je to es alg o o nada p ro c e d e rá se g ú n el o rd e n y la in d ic a c ió n de las m ism as. 1. A los c o n c e p to s d e to d o , m u c h o y u n o se o p o n e B 347 el q u e lo su p rim e to d o , es d e c ir, ninguno. A sí, el o b je to de u n c o n c e p to al q u e n o c o rr e s p o n d e n in g u n a in tu ic ió n p re c isa b le es igual a nada. E n o tra s p a la b ra s, es u n c o n c e p to sin o b je to , c o m o los n ú m e n o s, q u e n o p u e d e n ser c o n ta d o s e n tre las p o sib ilid a d e s, a u n q u e ta m p o c o p o r ello h a y an de se r c o n s i­ d e ra d o s im p o sib les (ens rationis), o c o m o cie rta s fu e rz a s básicas n u ev as, q u e, si b ien se c o n c ib e n sin c o n tra d ic c ió n , A 291 so n pen sad as sin u n e je m p lo e x tra íd o d e la ex p e rie n c ia y, c o n sig u ie n te m e n te , n o d e b e n in c lu irse e n tre las p o sib ilid a d e s. 2. R ealidad es algo, n e g a c ió n es nada, es d e c ir, c o n siste en el c o n c e p to de la falta d e o b je to , c o m o la so m b ra , el frío inihil privativum). 3. La m era fo rm a d e la in tu ic ió n , sin su sta n c ia , no es en sí m ism a u n o b je to , s in o la m era c o n d ic ió n fo rm a l de éste (en c u a n to fe n ó m e n o ). T a l o c u rre c o n el esp a c io y el tie m p o p u ro s (ens imaginarium) , q u e , si b ien c o n s titu y e n a lg o en c u a n to fo rm as d e in tu ic ió n , n o s o n e n sí m ism o s o b je to s in tu id o s. 4. E l o b je to de u n c o n c e p to q u e se c o n tra d ic e a sí B348 m ism o es nada, ya q u e el c o n c e p to es n ad a , lo im p o sib le , c o m o , p o r ejem p lo , la fig u ra re c tilín e a de d o s la d o s ( nihil negativum ). A sí, p u es, la tab la d e e sta d iv isió n d e l c o n c e p to de nada (ya q u e la paralela d iv isió n d e l c o n c e p to d e a lg o se d e s p r e n ­ de p o r sí m ism a) d eb ería p re s e n ta rs e así:

296

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

A 292

N ada, com o

I C o n c e p to v a c ío sin o b je to ens rationis II O b je to vacío de un c o n c e p to , nihil privativum

III In tu ic ió n vacía sin o b je to , ens imaginarium

IV O b je to v a c ío sin c o n c e p to , nihil negativum

Se ve q u e el e n te d e ra z ó n (I) se d is tin g u e d el nihil negativum (IV ) p o r el h e c h o d e q u e el p rim e ro n o p u e d e in clu irse e n tre las p o sib ilid a d e s, ya q u e es só lo ficció n (a u n q u e n o c o n tra d ic to ria ), m ie n tra s q u e el nihil negativum se o p o n e a la B 349 p o sib ilid a d , ya q u e el c o n c e p to se a u to s u p rim e . P e ro a m b o s so n c o n c e p to s vacío s. E l nihil privativum (II) y el ens imaginarium (III) so n , en c a m b io , d a to s v a c ío s re la tiv o s a c o n c e p to s. Si la luz no ha sid o d a d a a los s e n tid o s , n o p o d e m o s re p r e s e n ta r­ nos las tin ie b la s, y, si n o p e rc ib im o s seres ex te n so s, so m o s ig u a lm e n te in capaces d e re p r e s e n ta r n o s el esp acio . E n au sen cia d e alg o real, ni la n e g a c ió n n i la sim p le fo rm a d e la in tu ic ió n c o n stitu y e n o b jeto s.

L O G IC A T R A S C E N D E N T A L Segu nda

A 293

d iv is ió n

D IA L E C T IC A T R A S C E N D E N T A L IN T R O D U C C I Ó N

I L a il u s ió n t r a s c e n d e n t a l A n te s h e m o s lla m a d o a la d ialéctica en g e n e ra l lógica de la ilusión. E s to n o sign ifica q u e sea u n a d o c trin a d e la proba­ bilidad, ya q u e ésta es v e rd a d , si b ie n u n a v e rd a d c o n o c id a p o r m e d io d e ra z o n e s in su fic ie n te s, c u y o c o n o c im ie n to es, p o r ta n to , d e fe c tu o so , p e ro n o falaz. C o n s ig u ie n te m e n te , n o d e b e se p a ra rse de la p a rte an a lític a d e la ló g ic a . M u c h o m e n o s se d e b e to m a r el fenómeno y la ilusión c o m o id é n tic o s. E n B 350 efecto , ni la v e rd a d n i la ilu sió n se h a lla n e n el o b je to en c u a n to in tu id o , sin o en el ju icio s o b r e éste e n c u a n to p e n sa d o . E s, p u e s, c o rre c to d ec ir q u e los s e n tid o s n o se e q u iv o c a n , p e ro n o p o r q u e ju z g u e n c o rre c ta m e n te , sin o p o rq u e n o ju z g a n en a b s o lu to . A sí, p u es, la v e rd a d y el e r r o r y, c o n s ig u ie n te m e n ­ te, ta m b ié n la ilu sió n en c u a n to c o n d u c e n te al e rr o r, só lo p u e d e n h a lla rse en el ju icio , es d e c ir, e n la re la c ió n del o b je to c o n n u e s tro e n te n d im ie n to . E n u n c o n o c im ie n to e n te ra m e n te c o n c o rd a n te c o n las leyes d e l e n te n d im ie n to , n o hay e rro r. T a m p o c o lo hay en u n a re p re se n ta c ió n d e los se n tid o s, al A 294 no in c lu ir ju icio a lg u n o . N in g u n a p o te n c ia d e la n atu ra le z a p u e d e , p o r sí so la, a p a rta rse d e sus p ro p ia s leyes. P o r ta n to , ni el e n te n d im ie n to p o r sí so lo (sin in flu jo de o tra cau sa), ni los se n tid o s p o r sí m ism o s, se e q u iv o c a n . E l p rim e ro p o rq u e , si

298

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

só lo actú a de a c u e rd o c o n su s leyes, el e fecto (el ju icio ) c o n c o r­ d a rá n e cesariam en te c o n esas leyes. E n ta l c o n c o rd a n c ia c o n sis­ te p re c isa m e n te lo fo rm a l d e to d a v e rd a d . E n los se n tid o s n o h ay juicio, ni v e rd a d e ro ni falso. C o m o n o te n e m o s m ás q u e estas d o s fu en tes de c o n o c im ie n to , lle g a m o s a la c o n c lu s ió n d e q u e el e rro r só lo es p ro d u c id o p o r el in a d v e rtid o in flu jo d e la sen sib ilid ad so b re el e n te n d im ie n to . A c a u sa d e ta l in flu jo ,

B 351 ocurre que los m otivos subjetivos del juicio se funden con los objetivos, haciendo que éstos se aparten de su d eterm in a ció n k del m ism o m odo que u n cuerpo en m ovim iento seguiría siem ­ pre, de por sí, la línea recta en la m ism a dirección, pero al reci­ bir el influjo de o tra fuerza en dirección distinta, se desvía en A 295 línea c u rv a. P ara d is tin g u ir el a c to p ro p io del e n te n d im ie n to re sp e c to d e la fu e rz a q u e se le añ a d e , será, p u e s, n ecesario c o n ­ sid e ra r el ju icio e rró n e o c o m o la d ia g o n a l d e d o s fu e rz a s q u e d e te rm in a n el ju icio en d o s d ire c c io n e s d istin ta s y q u e d e sc ri­ b e n u n á n g u lo , p o r así d ecirlo . S erá n e c e sa rio d e sc o m p o n e r el efecto c o m p u e s to en los efecto s sim p les d el e n te n d im ie n to y d e la sen sib ilid ad . E n los juicios p u ro s a priori, e sto tie n e q u e h a ­ cerse p o r m e d io d e la reflex ió n tra sc e n d e n ta l, a tra v é s d e la cual se asig n a a cada re p re se n ta c ió n (c o m o ya h e m o s p u e s to de m a n ifie sto ) su lu g a r en la fa c u lta d c o g n o sc itiv a q u e le c o rre s ­ p o n d a y a tra v é s d e la cual se d is tin g u e ta m b ié n , c o n sig u ie n te ­ m e n te , el in flu jo de u n fa c to r so b re el o t r o 1. N u e s tra ta re a p re s e n te n o c o n siste e n tr a ta r d e la ilu sió n em p íric a (la ilu sió n ó p tic a , p o r e je m p lo ) c o n la q u e n o s e n c o n B 352 tra m o s en el u so e m p íric o d e reg las — q u e , p o r lo d em ás, so n c o rre c ta s— del e n te n d im ie n to y a tra v é s d e la cual el Ju ic io es d e sv ia d o p o r in flu jo d e la im a g in a c ió n . N o s o c u p a m o s só lo d e la ilusión trascendental, q u e in flu y e e n p rin c ip io s c u y o u so ni siq u iera se b asa en la ex p e rie n c ia , caso en el q u e te n d r ía ­ m o s al m en o s u n a p ie d ra de to q u e p a ra c o n tro la r si es c o rre c to , sin o q u e n o s lleva, c o n tra to d a s las a d v e rte n c ia s de la crític a , m ás allá del u so e m p íric o d e las c a te g o ría s y n o s e n tre tie n e

B 351

k La sensibilidad, subordinada al entendim iento, com o objeto al cual aplica aquél su función, constituye la fuente de conocim ientos reales. Pero, en la medida en que ella influye sobre el acto mismo del entendim iento y en que lo determ ina a juzgar, constituye tam bién el fundam ento del error. (N ota de Kant) 1 E s difícil saber exactamente a qué se refiere K ant. El texto alemán dice así: m ith in auch der E in flu fí der let^teren a u j je n e unterschieden m r d . (N. del T.)

DIA LECTIC A T R A SC E N D EN TA L

299

co n el esp ejism o de un a a m p lia c ió n del entendimiento puro. L la­ m arem o s inmanentes a los p rin c ip io s cuya a p lic a c ió n se c irc u n s­ cribe to ta lm e n te a los lím ites de la ex p erien cia p o sib le . D e n o ­ m in arem o s trascendentes a los p rin c ip io s q u e so b re p a se n esos lí­ m ites. N o e n tie n d o p o r esto s ú ltim o s p rin c ip io s el u so trascen­ dental o ab u so de las cate g o rías, q u e es u n sim p le e rro r del J u i­ cio p o r n o ser co n v e n ie n te m e n te re fre n a d o m e d ia n te la crítica y p o r n o p re s ta r una a te n c ió n su fic ie n te a los lím ites del te r re ­ no so b re el q u e p u ed e a c tu a r el e n te n d im ie n to p u ro . E n tie n d o p o r v erd a d e ro s p rin cip io s tra sc e n d e n te s aq u ello s q u e nos in ci­ tan a d e rrib a r to d o s los p o stes fro n te riz o s y a a d ju d ic a rn o s u n te rrito rio n u e v o q u e no a d m ite d e m a rc a c ió n a lg u n a . Trascen­ dental no es, p u es, lo m ism o q u e trascendente. Los p rin c ip io s del e n te n d im ie n to p u ro q u e an tes h e m o s m e n c io n a d o só lo d eb e n aplicarse em p írica, n o tra sc e n d e n ta lm e n te , esto es, so b re p a sa n ­ d o los lím ites d e la experiencia. U n p rin c ip io q u e elim in e tales lím ites, q u e o rd e n e inclu so so b re p a sa rlo s, se llam a, en c am b io , trascendente. Si n u estra crítica es capaz de lleg ar a d e sc u b rir la ilusión de estos p re s u n to s p rin c ip io s, p o d re m o s lim ar inmanentes a los m en cio n ad o s p rin c ip io s del uso m e ra m e n te e m p íric o , en o p o sic ió n a los trascen d e n te s. La ilu sió n ló gica, c o n siste n te en la m era im ita c ió n de la fo rm a de la ra z ó n (la ilu sió n d e lo s so fism as), se d ebe ex c lu si­ v am en te a la falta de a te n c ió n a la reg la lógica. D e a h í q u e desaparezca p o r c o m p le to esa ilu sió n ta n p ro n to c o m o la a te n ­ ció n se c o n c e n tra so b re el caso d e q u e se tra te . La ilu sió n tra sc e n d e n ta l n o cesa, en ca m b io , a u n q u e haya sid o ya d e sc u ­ b ierta y se haya c o m p re n d id o c la ra m e n te su n u lid a d a trav és de la crítica tra scen d en ta l (p o r eje m p lo , la ilu sió n en la p ro p o s i­ c ió n : « D esd e u n p u n to de vista te m p o ra l, el m u n d o d ebe te n e r u n com ien zo » ). La ra z ó n d e e sto se halla en q u e hay en n u e stra ra z ó n (co n sid erad a su b je tiv a m e n te c o m o u n a fa c u l­ tad c o g n o sc itiv a del h o m b re ) reg las básicas y m áx im as p ara aplicarla q u e tie n e n to d o el a sp e c to de p rin c ip io s o b je tiv o s. D e b id o a tales p rin c ip io s, se to m a la necesidad su b je tiv a de cierta c o n e x ió n ^ fa v o ra b le al e n te n d im ie n to — d e n u e stro s co n c e p to s p o r u n a necesidad o b je tiv a de d e te rm in a c ió n de las cosas en sí m ism as. Se tra ta d e u n a ilusión in e v ita b le , ta n in ev itab le c o m o q u e el m ar n o s p arezca m ás alto hacia el m ed io q u e en la orilla, p u e sto q u e allí lo v e m o s a tra v é s d e rayos d e luz m ás alto s q u e a q u í. M e jo r to d a v ía : ta n in e v ita b le c o m o q u e la lu n a le p arezca al m ism o a s tró n o m o m a y o r a

A 296

B 353

A 297

B 354

300

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

la salida, p o r m ás q u e él n o se d e je e n g a ñ a r p o r esta ilu sió n . L a d ialéctica tra sc e n d e n ta l se c o n fo rm a rá , p u e s, c o n d e te c ta r la ilu sió n d e lo s ju icio s tra sc e n d e n te s y c o n e v ita r, a la vez, q u e n o s e n g a ñ e . N u n c a p o d rá lo g r a r q u e d e sa p a re z c a A 298 in clu so (co m o la ilu sió n ló g ic a ) y d eje d e ser ilu sió n . E n efecto , n o s las h ab ern o s c o n u n a ilusión natural e in e v ita b le , q u e se ap o y a, a su vez, e n p rin c ip io s su b je tiv o s h a c ié n d o lo s p asar p o r o b je tiv o s . L a dialéctica ló g ic a só lo tie n e , en c a m b io , q u e h ab érselas, p a ra re s o lv e r lo s so fism as, c o n u n e rr o r en la ap lic a c ió n de lo s p rin c ip io s o c o n u n a ilu sió n artificial q u e los im ita. H ay , p u e s, u n a n a tu ra l e in e v ita b le d ialéctica de la ra z ó n p u ra , n o u n a d ialéctica en la q u e se e n re d a u n ig n o ra n te p o r falta de c o n o c im ie n to o q u e h a y a in v e n ta d o a rtific ia lm e n te a lg ú n sofista p a ra c o n fu n d ir a la g e n te sen sata. Se tra ta , m ás b ien , de una d ialéctica q u e in h ie re d e fo rm a in e v ita b le en la ra z ó n h u m a n a y q u e , ni siq u ie ra d e sp u é s d e d e sc u b ie rto B355 su esp ejism o , d ejará su s p re te n sio n e s d e e n g a ñ o n i sus c o n s ta n ­ tes incitacio n es a lo s e x tra v ío s m o m e n tá n e o s , los cuales re q u ie ­ re n u n a c o n tin u a co rre c c ió n .

II L a r a zó n pu ra co m o sede

DE

l a il u s ió n t r a s c e n d e n t a l

A

\ m ra^ón en general T o d o n u e s tro c o n o c im ie n to co m ie n z a p o r los se n tid o s, p asa d e éstos al e n te n d im ie n to y te rm in a en la razó n . N o h ay en n o s o tro s n ad a su p e rio r a ésta p a ra e la b o ra r la m ate ria A 299 de la in tu ic ió n y so m e te rla a la su p re m a u n id a d del p e n sa r. C o m o te n g o q u e d a r a h o ra u n a e x p lic a c ió n d e esta fa c u lta d c o g n o sc itiv a s u p e rio r, m e e n c u e n tro en u n a situ a c ió n alg o e m b arazo sa. A l ig u al q u e en el ca so d el e n te n d im ie n to , hay u n u so m e ra m e n te fo rm a l d e la m ism a , es d e c ir, u n u so ló g ic o , ya q u e la ra z ó n h ace a b stra c c ió n d e to d o c o n te n id o del c o n o c i­ m ie n to . P e ro hay ta m b ié n u n u so real, p u e s to q u e esta fac u lta d e n cie rra el o rig e n de c ie rto s c o n c e p to s y p rin c ip io s q u e n o to m a n i d e los se n tid o s n i del e n te n d im ie n to . H ace ya m u c h o

D IA LE C T IC A T R A S C E N D E N T A L

301

q u e los ló g ico s ex p lic a ro n la p rim e ra d e las d o s facu ltad es c o m o la cap acid ad de in fe rir m e d ia ta m e n te (a d ifere n c ia de las inferencias in m ed iata s, consequentiae inmediatae). L a seg u n d a facu ltad c o g n o sc itiv a , en c a m b io , la cu al p ro d u c e c o n c e p to s ella m ism a, n o se c o m p re n d e d e esta fo rm a . P e ro , d a d o q u e a q u í la ra z ó n se p re se n ta d iv id id a e n fa c u lta d ló g ica y fa c u lta d B 356 tra sc e n d e n ta l, te n e m o s q u e b u sc a r u n s u p e rio r c o n c e p to de esta fu e n te co g n o sc itiv a el cual a b a rq u e los d o s c o n c e p to s. D e m o m e n to p o d e m o s e sp e ra r, en v irtu d d e la a n a lo g ía co n los c o n c e p to s d el e n te n d im ie n to , q u e el c o n c e p to ló g ic o n os d é ta m b ié n la clave del tra sc e n d e n ta l y q u e la ta b la de fu n c io n e s del p rim e ro n o s p ro p o rc io n e ig u a lm e n te el á rb o l g e n e a ló g ic o d e los c o n c e p to s d e la razó n . E n la p rim e ra p a rte d e la ló g ica tra sc e n d e n ta l h e m o s d ic h o q u e el e n te n d im ie n to es la fa c u lta d d e las reg las. A q u í lo d is tin g u ire m o s d e la ra z ó n lla m a n d o a ésta facu lta d de los principios. E l té rm in o «prin cip io » es a m b ig u o . O rd in a ria m e n te n o A 300 significa m ás q u e u n c o n o c im ie n to su sc e p tib le de ser u sa d o c o m o p rin c ip io , a u n q u e n o sea tal ni en sí m ism o ni en su o rig e n . T o d a p ro p o s ic ió n g e n e ra l, in c lu so si es to m a d a d e la ex p erien cia (p o r in d u c c ió n ), p u e d e h acer d e p re m isa m a y o r en u n silo g ism o . P e ro n o p o r ello es u n p rin c ip io . L os axiom as m a tem átic o s (p o r e je m p lo : « E n tre d o s p u n to s só lo p u e d e h a b e r u n a recta») so n in c lu so c o n o c im ie n to s u n iv e r­ sales a priori y p o r eso es c o rre c to llam arlo s p rin c ip io s en relació n c o n los casos su b s u m id o s b ajo los m ism o s. P e ro no p o r ello p u e d o afirm a r q u e c o n o z c a esa p ro p ie d a d d e la re c ta B 357 en g en eral y en sí, p o r p rin c ip io s, sin o sim p le m e n te en la in tu ic ió n p u ra. C o n sig u ie n te m e n te , llam aría c o n o c im ie n to p o r p rin c i­ p io s a aq u el en el q u e , p o r m e d io de c o n c e p to s, c o n o z c o lo p a rtic u la r en lo u n iv e rsa l. A sí, to d o silo g ism o es u n m o d o de d e riv a r u n c o n o c im ie n to p a rtie n d o de u n p rin c ip io . E n efecto , la p rem isa m ay o r su m in istra sie m p re u n c o n c e p to q u e hace q u e c u a n to q u e d a s u b s u m id o b ajo la c o n d ic ió n del m ism o sea c o n o c id o a p a rtir d e él c o n fo rm e a u n p rin c ip io . A h o ra b ien , d a d o q u e to d o c o n o c im ie n to u n iv e rsa l p u e d e se rv ir de m a y o r en u n silo g ism o y d a d o q u e el e n te n d im ie n to ofrece esas p ro p o s ic io n e s u n iv ersale s a priori, p o d e m o s llam ar ta m ­ b ién p rin c ip io s a estas ú ltim as en re lació n c o n su p o sib le uso.

302

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

A 301

Si, en ca m b io , c o n sid e ra m o s e sto s p rin c ip io s d el e n te n ­ d im ie n to p u ro e n sí m ism o s d e sd e el p u n to d e v ista d e su o rig e n , n o c o n s titu y e n c o n o c im ie n to s s u rg id o s d e c o n c e p to s, n i m u c h o m en o s. E n e fe c to , n i siq u ie ra se ría n p o sib le s a priori si n o a c u d ié ra m o s a la in tu ic ió n p u ra (en las m a te m á tic a s) o a las c o n d ic io n e s d e u n a e x p e rie n c ia p o sib le e n g en e ra l. Q u e to d o lo q u e su ced e te n g a u n a cau sa n o p o d e m o s in fe rirlo del c o n c e p to d e lo q u e su ced e. A l c o n tr a rio , el p rin c ip io indica q u e só lo de lo q u e su ced e p o d e m o s o b te n e r u n c o n c e p to em p íric o d e te rm in a d o . E l e n te n d im ie n to es, p u e s, in c a p a z , a p a r tir d e c o n c e p ­ to s , d e s u m in is tra r c o n o c im ie n to s sin té tic o s, q u e so n los q u e B 358 yo d e n o m in o p rin c ip io s en se n tid o p ro p io . N o o b sta n te , p o d e ­ m o s lla m a r p rin c ip io s, en se n tid o c o m p a ra tiv o , a to d a s las p ro p o s ic io n e s univ e rsa le s.

H ay u n a n tig u o d eseo q u e tal v ez lle g u e — q u ié n sabe c u á n d o — a realizarse. C o n siste en b u sc a r, e n vez d e la in fin ita v arie d a d d e las leyes civ iles, sus p rin c ip io s , ya q u e es en ésto s d o n d e p u e d e h allarse el se c re to d e la llam ad a sim p lific a ­ c ió n d e la leg islació n . L as leyes n o h a c e n sin o lim ita r n u e stra lib e rta d a u n as co n d ic io n e s b a jo las cuales ésta se a rm o n ic e p e rfe c ta m e n te c o n sig o m ism a. E n c o n se c u e n c ia , las leyes se re fie re n a a lg o q u e es p o r e n te ro o b ra n u e stra , a lg o d e lo cual p o d e m o s se r la causa n o s o tro s m ism o s p o r m e d io d e A 302 esos c o n c e p to s. P re te n d e r, en c a m b io , sa b e r c ó m o los o b je to s e n sí m ism o s, c ó m o la n a tu ra le z a d e las co sas, se h allen b ajo p rin c ip io s y te n g a n q u e ser d e te rm in a d o s m e d ia n te sim p les c o n c e p to s, c o n stitu y e u n a e x ig en c ia, si n o im p o sib le , al m e n o s c o n tra d ic to ria . Sea d e ello lo q u e fu e re (la in v e s tig a c ió n al re sp e c to n o s q u e d a to d a v ía p o r h a c e r) a lg o se d e sp re n d e c o n c la r id a d : q u e el c o n o c im ie n to d e riv a d o d e p rin c ip io s (en sí m ism o s) es a lg o c o m p le ta m e n te d is tin to del sim p le c o n o c im ie n ­ to d el e n te n d im ie n to . E ste ú ltim o c o n o c im ie n to p u e d e p re c e ­ d e r, en fo rm a de p rin c ip io , a o tro s c o n o c im ie n to s, p e ro en sí m ism o (en c u a n to c o n o c im ie n to sin té tic o ) n o se basa só lo en el p e n sa r ni c o n tie n e a lg o u n iv e rsa l p o r c o n c e p to s. B 359 Si el e n te n d im ie n to es la fa c u lta d d e la u n id a d d e los fe n ó m e n o s m e d ia n te las re g la s, la ra z ó n es la fa c u lta d d e la u n id a d de las reg la s del e n te n d im ie n to b a jo p rin c ip io s. La ra z ó n n u n c a se re fie re , p u e s, d ire c ta m e n te a la ex p e rie n c ia o a a lg ú n o b je to , sin o al e n te n d im ie n to , a fin de d a r u n id a d a priori, m e d ia n te c o n c e p to s, a los d iv e rso s c o n o c im ie n to s

DIALECTICA TRASCENDENTAL

303

d e éste. Tal u n id a d p u e d e lla m a rse u n id a d d e la es de ín d o le to ta lm e n te d istin ta d e la q u e es capaz de el en te n d im ie n to . E ste es el c o n c e p to g e n e ra l d e la facu ltad d e tal c o m o ha p o d id o hacerse c o n c e b ib le sin n in g ú n (éstos v e n d rá n en lo q u e sigue).

B

ra z ó n , y p ro d u c ir la ra z ó n e jem p lo

A 303

E l uso lógico de la rascón Se establece una d is tin c ió n e n tre lo in m e d ia ta m e n te c o ­ n o c id o y lo q u e sim p le m e n te es in fe rid o . Q u e hay tre s á n g u lo s en u n a fig u ra lim itad a p o r tre s líneas rectas es alg o q u e c o n o c e ­ m os de m o d o in m ed ia to . E l q u e esos á n g u lo s su m e n dos rectos n o es, en c a m b io , sin o una in feren cia. D a d o q u e te n e m o s q u e in fe rir c o n tin u a m e n te , n o s h a b itu a m o s a ello, y lleg a u n m o m e n to en q u e ya no n o ta m o s esta d istin c ió n . A m e n u d o c o n sid eram o s c o m o in m e d ia to — c o m o o c u rre en el llam ad o en g a ñ o de los se n tid o s— a lg o q u e sim p le m e n te h e m o s in ferid o . E n to d o ra z o n a m ie n to hay una p ro p o s ic ió n q u e sirv e de base B 360 |y] o tra , la co n c lu sió n , q u e es e x tra íd a de ella; fin a lm e n te , está la inferencia (consecu en cia) en v irtu d de la cual la v erd ad de la ú ltim a q u e d a in d e fe c tib le m e n te lig ad a a la v erd a d de la p rim e ­ ra. Si el ju icio in fe rid o se halla ya de tal m an era en el p rim e ro , q u e p u e d e d eriv a rse de éste sin la m e d ia c ió n de u n te rc e ro , e n ­ to n ces el ra z o n a m ie n to se llam a in m e d ia to ( consequentia inmedia­ ta ). Y o p re fe riría llam arlo in feren cia d el e n te n d im ie n to . E n cam b io , si, p a ra p ro d u c ir la c o n c lu s ió n , hace falta o tr o juicio, adem ás del c o n o c im ie n to q u e sirv e de b ase, e n to n c e s se llam a inferencia de la razó n . E n la p ro p o s ic ió n « T o d o s lo s h o m b re s so n m ortales» te n e m o s ya estas p ro p o s ic io n e s : « A lg u n o s h o m ­ bres so n m o rtales» , « A lg u n o s m o rta le s so n h o m b res» , « N in g ú n A 304 ser q u e sea in m o rta l es h o m b re » . E stas p ro p o s ic io n e s so n , p ues, con secu en cias in m e d ia ta s d e la p rim e ra . P o r el c o n tra rio , la p ro p o s ic ió n « T o d o s los sab io s son m o rtales» n o se halla in ­ cluida en el ju icio q u e n o s sirv e d e b ase (ya q u e el c o n c e p to de sabios n o in te rv ie n e en él) y só lo p u e d e ser d e d u c id a de d ich o juicio m e d ian te o tr o juicio in te rm e d io . E n to d a inferen cia de la ra z ó n p ie n so p rim e ro un a refila (major) p o r m ed io del entendimiento. E n se g u n d o lu g a r,

304

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

su b su m o u n c o n o c im ie n to b a jo la c o n d ic ió n d e la re g la ( minor) B 361 p o r m e d io del Juicio. F in a lm e n te , determino m i c o n o c im ie n to

m e d ian te el p re d ic a d o de la reg la (conclusio) y, c o n s ig u ie n te ­ m en te, a p rio ri p o r m e d io d e la ra^ón. A sí, p u e s , la re la c ió n q u e la p re m isa m a y o r re p re se n ta en c u a n to re g la , e n tre u n c o n o c i­ m ie n to y su c o n d ic ió n , c o n stitu y e las d is tin ta s clases de silo g is­ m os. E s to s , al igu al q u e to d o s lo s ju icio s, so n p re c isa m e n te tre s, si te n e m o s e n c u e n ta q u e se d is tin g u e n p o r el m o d o se g ú n el cual e x p re sa n la re la c ió n del c o n o c im ie n to e n el e n te n d i­ m ie n to : categóricos, hipotéticos y disyuntivos. S u p o n g a m o s q u e c o m o su ced e a m e n u d o , la c o n c lu s ió n se p la n te a c o m o u n ju ic io : p a ra a v e rig u a r si flu y e de juicio s ya d a d o s, es d ecir, d e juicio s a tra v é s d e lo s cuales se p ie n sa u n o b je to c o m p le ta m e n te d is tin to , b u sc o e n el e n te n d im ie n to la ase rc ió n d e esa c o n c lu s ió n p a ra sa b e r si se h alla en él b ajo ciertas c o n d ic io n e s, de a c u e rd o c o n u n a reg la u n iv e rsa l. Si e n c u e n tro esa c o n d ic ió n y es p o s ib le su b s u m ir el o b je to de la A 305 c o n c lu s ió n b ajo la c o n d ic ió n d a d a , tal c o n c lu s ió n es in ferid a de una reg la que es igualmente válida para otros objetos de conocimiento. D e ello se d e sp re n d e q u e , al in fe rir, la ra z ó n in te n ta re d u c ir la e n o rm e v a rie d a d del c o n o c im ie n to del e n te n d im ie n to al m e n o r n ú m e ro de p rin c ip io s (c o n d ic io n e s u n iv e rsa le s), c o n el fin de p ro d u c ir la su p re m a u n id a d de lo s m ism o s.

B 362

C

E l uso puro de la rascón ¿P o d e m o s aislar la ra z ó n ? ¿S igue sie n d o ésta, u n a vez aislada, u n a fu e n te específica d e c o n c e p to s y juicio s q u e su rg e n ex c lu siv a m e n te de ella y p o r m e d io d e lo s cuales se refiere a los o b je to s ? ¿O es u n a sim p le fa c u lta d su b a lte rn a d e stin a d a a c o n fe rir c ierta fo rm a a u n o s c o n o c im ie n to s d a d o s, cierta fo rm a q u e se llam a ló g ic a y a tra v é s d e la cual se s u b o rd in a n u n o s a o tro s los c o n o c im ie n to s d el e n te n d im ie n to , p o r una p a rte , y, p o r o tra , las reg las in fe rio re s c o n re s p e c to a o tra s su p e rio re s (cuya c o n d ic ió n ab a rc a e n su esfera la c o n d ic ió n d e las p rim e ra s), e n la m e d id a e n q u e ello p u e d a llev arse a cab o c o m p a rá n d o la s e n tre sí? E s te es el p ro b le m a del q u e n o s o c u p a m o s a h o ra d e m o d o p u ra m e n te p ro v isio n a l. L a d iv e r­ sid ad d e las reg las y la u n id a d d e lo s p rin c ip io s es, d e h e c h o ,

DIALECTICA TRASCENDENTAL

305

u n a exigencia de la ra z ó n te n d e n te a o b te n e r una to ta l c o n c o r­ dancia del e n te n d im ie n to c o n sig o m ism o , al ig u al q u e el e n te n ­ d im ie n to so m ete a co n c e p to s la d iv e rsid a d de la in tu ic ió n co n sig u ie n d o así estab lecer una c o n e x ió n d e n tr o de tal d iv e rsi­ dad 1 . P ero sem ejan te p rin c ip io , ni im p o n e una ley a los o b je ­ to s, ni c o n tie n e el fu n d a m e n to d e p o sib ilid a d de c o n o c e rlo s y d e te rm in a rlo s en c u a n to tales. N o es m ás q u e u n a ley su b je tiv a d estin ad a a a d m in is tra r las p o se sio n e s d el e n te n d im ie n to y a re d u c ir al m áx im o el n ú m e ro de sus c o n c e p to s c o m p a rá n d o lo s e n tre sí. P e ro n o p o r ello esta m o s a u to riz a d o s a ex ig ir de los o b je to s m ism o s u n a u n ifo rm id a d q u e fav o re z c a la c o m o d i­ dad y la a m p liació n de n u e stro e n te n d im ie n to ni a co n c e d e r validez o b jetiv a a esa m áxim a. L a c u e stió n , e n u n a p a la b ra , reside en sab er si la ra z ó n en sí, es d e c ir, la ra z ó n p u ra , c o n tien e p rin c ip io s sin té tic o s a p rio ri y reg las, y en q u é c o n sis­ te n esos p rin cip io s.

A 306

B 363

E l p ro c e d im ie n to fo rm a l y ló g ic o de la ra z ó n e n los silo g ism o s nos indica su fic ie n te m e n te en q u é fu n d a m e n to se ap o y ará el p rin c ip io tra sc e n d e n ta l de la m ism a ra z ó n en el c o n o c im ie n to sin té tic o o b te n id o p o r m e d io d e la ra z ó n p u ra . E n prim er lugar, el silo g ism o n o se refiere a in tu ic io ­ nes co n o b je to de so m e te rla s2 a reg las (c o m o hace el e n te n d i­ m ien to co n sus cate g o ría s), sin o a c o n c e p to s y ju icio s. C o n s i­ g u ie n te m e n te , au n q u e la ra z ó n p u ra se refiera ta m b ié n a o b ­ jetos, no se refiere a ésto s ni a su in tu ic ió n d e m o d o in m e d ia ­ to , sin o só lo al e n te n d im ie n to y a sus ju icio s, los cuales se d i­ rig en an te to d o a los sen tid o s y a su in tu ic ió n co n el fin de d e te r­ A 307 m in ar el o b je to de éstos ú ltim o s. La u n id a d de la ra z ó n n o es, p u es, la u n id a d de u n a e x p erien cia p o sib le , sin o q u e es ese n c ia l­ m en te d ife re n te de ésta, q u e es u n a u n id a d d el e n te n d im ie n to . E l q u e to d o c u a n to suced e te n g a u n a causa n o es u n p rin c ip io c o n o c id o y p re s c rito p o r la ra z ó n . E s u n p rin c ip io q u e h ace p o sib le la experiencia sin to m a r n ad a d e la ra z ó n , la cual B 3 6 4 h u b iese sid o incapaz, sin esa referen cia a la ex p erien cia p o sib le , p o r sim ples c o n c e p to s, de im p o n e r sem ejan te u n id a d sin tética. E n segundo lugar, la ra z ó n b u sca en su u so ló g ic o la c o n d ic ió n g e n e ra l de su juicio (de la co n c lu sió n ). E l m ism o silo g ism o n o es m ás q u e u n juicio o b te n id o m e d ia n te la su b su n c ió n d e su c o n d ic ió n bajo u n a re g la g e n e ra l (m ay o r). A h o ra 1 Leyendo, con Erdm ann, jenes, en vez de jene (N. del T.) Leyendo, con H artenstein, dieselben, en lugar de dkselbe (N. del T.)

306

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

bien , si se tien e en cu e n ta q u e esta reg la se halla, a su vez,

A 308

B 365

A 309

ex p u esta al m ism o esfu erzo d e la ra z ó n y q u e , p o r ta n to , hay q u e b u sc a r la co n d ic ió n d e la c o n d ic ió n (p o r m e d io de u n p ro s ilo g ism o ) m ien tra s ello sea factib le, se c o m p re n d e q u e el g e n u in o p rin c ip io de la ra z ó n en g en e ra l (en su u so ló g ic o ) es éste: e n c o n tra r lo in c o n d ic io n a d o d el c o n o c im ie n to c o n d i­ c io n a d o del e n te n d im ie n to , a q u e llo c o n lo q u e la u n id a d de éste q u e d a co m p letad a . P e ro esta m áxim a ló g ic a só lo p u e d e ser u n p rin c ip io de la ra^ónpura si su p o n e m o s q u e , c u a n d o se da lo c o n d ic io n a ­ d o , to d a la serie de c o n d ic io n e s s u b o rd in a d a s e n tre s í '— serie q u e, c o n sig u ie n te m e n te , es in c o n d ic io n a d a — se da ig u a lm e n ­ te, es decir, se halla c o n te n id a en el o b je to v su co n e x ió n . S em ejan te p rin c ip io de la ra z ó n p u ra es e v id e n te m e n te sintético, ya q u e , si b ien lo c o n d ic io n a d o se refiere a n a lític a m e n te a alg u n a c o n d ic ió n , n o se refiere a lo in c o n d ic io n a d o . D e él d eb en salir ta m b ié n d ife re n te s p ro p o s ic io n e s sin téticas de las q u e nada sabe el e n te n d im ie n to p u r o : éste só lo tie n e q u e ver c o n o b je to s de u n a ex p e rie n c ia p o sib le c u y o c o n o c im ie n to y cuya síntesis so n sie m p re c o n d ic io n a d o s. P e ro lo in c o n d ic io ­ n a d o , si re a lm e n te tien e lu g a r, p u e d e ser e sp ecialm en te c o n sid e ­ ra d o c o n fo rm e a to d a s las d e te rm in a c io n e s q u e lo d is tin g u e n d e c u a n to es c o n d ic io n a d o , y p o r ello d e b e su m in istra r m ateria p ara alg u n as p ro p o s ic io n e s sin té tic a s a priori. Sin e m b a rg o , los p rin c ip io s q u e d e riv a n d e este p rin c ip io su p re m o d e la ra z ó n p u ra se rá n trascendentes en re la c ió n con to d o s los fe n ó m e n o s, es d ec ir, jam ás p o d rá h acerse d e él u n u so em p íric a m e n te a d e c u a d o . E n co n se c u e n c ia , será c o m p le ta ­ m e n te d is tin to d e to d o s los p rin c ip io s del e n te n d im ie n to (cuyo u so es p o r c o m p le to inmanente, ya q u e p o se e n c o m o ú n ic o tem a la p o sib ilid a d d e la e x p erien cia). N u e s tro q u e h a c e r en la dialéctica tra sc e n d e n ta l q u e q u e re m o s a h o ra d e sa rro lla r d esd e sus fu e n te s, las cuales se h a lla n p ro fu n d a m e n te o c u lta s en la ra z ó n h u m a n a , c o n sistirá e n : e x a m in a r si el p rin c ip io se g ú n el cual la serie de las co n d ic io n e s (en la sín tesis de los fe n ó m e n o s o d el p e n sa m ie n to d e las cosas e n g e n e ra l) se e x tie n d e h asta lo in c o n d ic io n a d o es o n o o b je tiv a m e n te c o rre c to ; a v e rig u a r q u é co n secu en cias se d e riv a n de ello c o n re sp e c to al u so e m p íri­ co del e n te n d im ie n to o si n o ex iste sem e ja n te p rin c ip io de la ra z ó n c o n validez o b je tiv a , sin o q u e , p o r el c o n tra rio , hay so la m e n te u n a p re s c rip c ió n ló g ica q u e n o s o b lig a , al asc e n d e r a c o n d ic io n e s cada vez m ás e lev a d as, a a c ercarn o s hacia la

DIALECTICA TRASCENDENTAL

307

to ta lid a d de las m ism as, a p o rta n d o así la su p re m a u n id a d de ra z ó n q u e nos es p o sib le e n n u e s tro c o n o c im ie n to ; esclarecer I I 166 si, d e b id o a u n m a le n te n d id o , tal n ecesid ad d e la ra z ó n ha sido to m a d a p o r u n p rin c ip io tra sc e n d e n ta l d e la ra z ó n p u ra q u e p o stu la p re m a tu ra m e n te e n los o b je to s m ism o s esa ilim ita ­ da c o m p le tu d d e la serie de las c o n d ic io n e s; a v e rig u a r, in c lu so en este caso, q u é m a le n te n d id o s y o fu sc a c io n e s se h a n d esliz a ­ d o en los silo g ism o s, cuya m ay o r (tal vez una p e tic ió n , m ás q u e u n p o stu la d o ) ha sid o to m a d a de la ra z ó n p u ra , y q u e van e le v á n d o se d esd e la ex p erien cia hacia sus c o n d ic io n e s. D iv id ire ­ m os la dialéctica en d o s p a rte s fu n d a m e n ta le s : la p rim e ra tra ta rá de los conceptos trascendentes de la ra z ó n p u ra ; la se g u n d a se o c u p a rá de los silogismos tra sc e n d e n te s y dialécticos.

a

310

D IA L E C T IC A T R A S C E N D E N T A L L ib ro P rim ero LOS C O N C E PT O S D E LA R A Z O N PURA

B 367

A 311

Sea cual sea la e x p lic a c ió n so b re la p o s ib ilid a d de lo s c o n ­ ce p to s p ro c e d e n te s de la ra z ó n p u ra , se tra ta de c o n c e p to s in ­ fe rid o s, n o o b te n id o s p o r sim p le refle x ió n . L os c o n c e p to s del e n te n d im ie n to so n ta m b ié n p e n sa d o s a priori c o n a n te r io r i­ d ad a la ex p erien cia y v a n d e stin a d o s a ésta. P e ro n o c o n tie n e n m ás q u e la u n id a d de la re fle x ió n so b re los fe n ó m e n o s en el se n tid o d e q u e ésto s h a n d e p e rte n e c e r n e c e sa ria m e n te a u n a p o sib le c o n cie n cia em p írica. S ó lo m e d ia n te e sto s c o n c e p to s es p o sib le c o n o c e r y d e te rm in a r u n o b je to . E llo s so n , p u e s, los q u e d an p re v ia m e n te m a te ria a la in feren cia. A n te s de ellos n o hay c o n c e p to s a prio ri d e o b je to s , c o n c e p to s d e los q u e ellos p u d ie ra n d e riv a rse . A l c o n tra rio , su rea lid a d o b je tiv a se basa ex c lu siv a m e n te en q u e , d a d o q u e c o n stitu y e n la fo rm a in telectu al d e to d a ex p e rie n c ia , sie m p re h a d e ser p o sib le m o s ­ tr a r su a p licació n e n ésta. Sin e m b a rg o , la d e n o m in a c ió n « c o n c e p to d e razón» m u e s tra ya de a n te m a n o q u e éste n o p e rm ite q u e se lo c o n fin e a la e x p erien cia, p u es se refie re a u n c o n o c im ie n to del q u e to d o c o n o c im ie n to e m p íric o es só lo u n a p a rte (q u izá la to ta li­ d a d d e la ex p erien cia p o sib le o d e su sín tesis e m p íric a ); a u n q u e n in g u n a ex p erien cia real lle g u e p le n a m e n te a tal c o n o c im ie n to , sie m p re p e rte n e c e a él. L os c o n c e p to s d e la ra z ó n sirv e n p a ra concebir 1 , al ig u al q u e los d el e n te n d im ie n to sirv e n p a ra enten­ der 12 (las p erc e p c io n e s). Si tales c o n c e p to s c o n tie n e n lo in c o n d i­ 1 begreifen 2 versteben

LAS IDEAS EN GENERAL

309

c io n a d o , se refieren a a lg o b a jo lo cual está c o m p re n d id a to d a ex p erien cia, p e ro sin se r n u n c a u n o b je to de ex p erien cia, alg o hacia lo cual se d irig e la ra z ó n en sus in feren cias a p a rtir de la experiencia y a la lu z de lo cual ev alú a y m ide el g ra d o d e su u so e m p íric o , p e ro sin q u e ello c o n stitu y a B 368 jam ás u n m ie m b ro de la sín tesis em p írica. Si esos c o n c e p to s p o seen , n o o b sta n te , validez o b je tiv a , p o d e m o s llam arlo s concep­ tas ratiocinati (co n c e p to s c o rre c ta m e n te in ferid o s). E n caso c o n ­ tr a rio , se h a n deslizad o gracias a u n a in feren cia ficticia, y p o d e m o s llam arlo s conceptas ratiocinantes (c o n c e p to s sofísticos). P e ro , d a d o q u e este p ro b le m a só lo p u e d e ser re su e lto en el c a p ítu lo so b re las in feren cias dialécticas de la ra z ó n p u ra , n o lo te n d re m o s e n c u e n ta a h o ra . D e m o m e n to , tal c o m o h icim o s al d e n o m in a r c a te g o ría s a los c o n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n to , d a rem o s a los c o n c e p to s de la ra z ó n p u ra u n n u e v o n o m b re y los llam arem o s ideas tra sc e n d e n ta le s, d e n o m i­ n ació n q u e v am o s a h o ra a ex p lic a r y justificar.

L IB R O P R IM E R O D E LA D IA L E C T IC A TRA SCEN D EN TAL

A 312

Sección primera L as

id e a s e n

g en era l

A p e sa r d e la g ra n riq u e z a d e n u estras le n g u a s, el p e n sa ­ d o r tien e a m e n u d o d ific u lta d e s p a ra e n c o n tra r el té rm in o q u e c o rre s p o n d e ex actam e n te a su c o n c e p to . A falta del m ism o , n o p u e d e hacerse e n te n d e r a d e c u a d a m e n te ni fre n te a los o tro s ni fre n te a sí m ism o . F o rja r n u e v a s p alab ras es u n a p re te n s ió n B 369 d e leg islar en los id io m as, p re te n s ió n q u e raras veces tien e éxito. A n tes d e a c u d ir a este m e d io d e se sp e ra d o , co n v ie n e ex am in ar si n o se halla ya tal c o n c e p to , ju n ta m e n te c o n su p alab ra ad ecu ad a, en u n a le n g u a m u e rta cu lta. In c lu so si el a n tig u o u so d el té rm in o se h u b ie se v u e lto a lg o flu c tu a n te p o r d e sc u id o d e sus crea d o re s, sería m e jo r a se g u ra r el sig n ific a ­ d o q u e p re fe re n te m e n te p o seía (a u n q u e siga sie n d o d u d o s o si era éste e x actam en te el s e n tid o q u e se le d a b a en to n c e s) q u e el in v a lid a r la p ro p ia o b ra p o r el sim p le h e c h o de h acerse in c o m p re n sib le .

310

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA P o r ello, si, p o r e je m p lo , n o se e n c u e n tra m ás q u e

A 313

B 370

A 314

B 371

u n a p alab ra, en un a ace p ció n ya e sta b le c id a , e x a c ta m e n te a d e ­ cu ad a a u n c o n c e p to d e te rm in a d o , c o n c e p to q u e in te re sa m u c h o d is tin g u ir d e o tro s afines, es a c o n se ja b le n o p ro d ig a r esa p a la b ra ni em plearla, sim p le m e n te p o r v a ria r, c o m o s in ó n im o d e o tra s, sin o co n se rv a rle c u id a d o s a m e n te su sig n ific a c ió n g e n u in a . D e lo c o n tra rio , su ced e fácilm e n te q u e , u n a vez q u e n o se p o n e especial a te n c ió n en el v o c a b lo , sin o q u e éste se p ie rd e e n tre un a m u ltitu d de p a lab ra s de sig n ific a d o m u y d is tin to , se p ie rd e ta m b ié n el p e n sa m ie n to q u e só lo esta p a la b ra h u b ie se p o d id o co n serv ar. P la tó n se sirv ió del v o c a b lo idea d e tal su e rte , q u e es ev id e n te q u e él e n te n d ió p o r tal a lg o q u e n o só lo n o es e x traíd o de los se n tid o s, sin o q u e so b re p a sa c o n m u c h o los m ism o s c o n c e p to s del e n te n d im ie n to , d e los q u e se o c u p ó A ristó te le s, ya q u e n u n c a se halla en la ex p erien cia a lg o q u e c o n c u e rd e c o n esa idea. Las ideas so n p a ra P la tó n a rq u e tip o s de las cosas m ism as, n o sim ples clav e s, al m o d o de las c a te g o ­ rías, de experien cias p o sib le s. E n su o p in ió n , su rg ía n d e la ra z ó n su p re m a , d e sd e la cual h a b ría n lle g a d o a la ra z ó n h u m a n a . P ero ésta n o se e n c u e n tra ya en su e sta d o p rim itiv o , sin o q u e se ve o b lig a d a a e v o c a r tra b a jo sa m e n te , p o r m e d io de la rem in iscen cia (que se llam a filo so fía), las a n tig u a s ideas, ya m u y o scu recid as. N o q u ie ro e m b a rc a rm e a h o ra e n una in v e stig ació n literaria p a ra d ilu c id a r el se n tid o q u e el g ra n filó so fo d ab a a esta p alab ra. M e lim ita ré a o b se rv a r q u e n o es ra ro q u e, c o m p a ra n d o los p e n sa m ie n to s ex p re sad o s p o r u n a u to r acerca d e su te m a , ta n to en el le n g u aje o rd in a rio c o m o en los lib ro s, lle g u e m o s a e n te n d e rle m e jo r d e lo q u e él se ha e n te n d id o a sí m ism o . E n efecto , al n o p rec isa r su ficien tem en te su c o n c e p to , ese a u to r h a b la b a , o p e n sab a in clu so , d e fo rm a c o n tra ria a su p ro p io o b je tiv o . P la tó n o b s e rv ó p e rfe c ta m e n te q u e n u e stra cap acid ad co g n o sc itiv a e x p e rim e n ta u n a n ece sid a d m u y su p e rio r a la co n siste n te e n u n m e ro d e le tre o de la u n id a d sin té tic a de los fe n ó m e n o s, si q u e re m o s lee rlo s c o m o u n a ex p erien cia. O b s e rv ó ta m b ié n q u e n u e stra ra z ó n se eleva n a tu ra lm e n te hacia c o n o c im ie n to s ta n alto s, q u e n in g ú n o b je to o fre c id o p o r la ex p erien cia p u e d e c o n v e n irle s, a p e sa r de lo cual estos c o n o c im ie n to s n o so n m eras ficcio n es, sin o q u e p o se e n su realidad o b jetiv a. E l te rre n o p re fe re n te d o n d e P la tó n h a lló sus ideas fue

LAS IDEAS EN GENERAL

311

el de to d o lo p r á c tic o 11, es d e c ir, el de la lib e rta d , la cual d e p e n d e , a su v ez, de c o n o c im ie n to s q u e so n p ro d u c to g e n u in o A 3 1 5 d e la razó n . Q u ie n q u isie ra d e riv a r de la e x p e rie n c ia los c o n c e p ­ to s d e la v irtu d y c o n v e rtir lo q u e , e n el m e jo r d e los casos, es u n sim p le eje m p lo de e x p licació n im p e rfe c ta en m o d e lo d e fu e n te c o g n o sc itiv a (q u e es el m o d o d e p ro c e d e r d e m u c h o s), h aría d e la v irtu d a lg o a m b ig u o y m u d a b le se g ú n el tie m p o y las circ u n sta n c ia s, alg o in se rv ib le p a ra c o n s titu ir u n a regla. E n ca m b io , c u a n d o a lg u ie n es p re s e n ta d o a c u a lq u ie r p e rs o n a B 372 c o m o m o d e lo d e v irtu d , esta p e rs o n a sabe q u e só lo en su cabeza se halla el v e rd a d e ro o rig in a l c o n el q u e c o n fro n ta el su p u e s to m o d e lo y a la luz del cu al e m ite su v ered icto . E se o rig in a l es la idea de v ir tu d , c o n re s p e c to a la cual to d o s los p o sib les o b je to s de e x p e rie n c ia sirv e n d e eje m p lo s (p ru e b a s de q u e lo o rd e n a d o p o r el c o n c e p to d e ra z ó n es factib le hasta c ie rto p u n to ) , p e ro n o de a rq u e tip o s. E l q u e u n h o m b re jam ás ac tú e de fo rm a ad ecu ad a al c o n te n id o d e la idea d e v irtu d , n o d e m u e s tra q u e este p e n sa m ie n to sea q u im é ric o . E n efecto , só lo p o r m e d io d e esta idea es p o sib le ju z g a r so b re el v a lo r m o ral o falta d e v alo r. C o n sig u ie n te m e n te , es ella la q u e n ecesa­ ria m e n te sirv e de base a to d a a p ro x im a c ió n a la p e rfe c c ió n m o ra l, p o r m u y a p a rta d o s d e la m ism a q u e n o s te n g a n los o b stá c u lo s de la n a tu rale z a h u m a n a , o b stá c u lo s cuya im p o r ta n ­ cia es im p o sib le p recisar. L a República d e P la tó n se ha h e c h o p ro v e rb ia l c o m o su p u e s to eje m p lo so rp re n d e n te de p e rfe c c ió n so ñ a d a , la cual só lo p u e d e a sen tarse en el c e re b ro de u n p e n sa d o r o c io so . B ru c k e r cree rid ic u la la a firm a c ió n del filó so fo se g ú n la cual n u n ca re g irá b ien u n p rín c ip e q u e n o p a rtic ip e d e las ideas. D e to d a s fo rm a s, en vez de d e ja r a u n la d o c o m o in ú til este p e n sa m ie n to co n el m íse ro y c o n tra p ro d u c e n te p re te x to d e ser im p racticab le, sería m ás o p o r tu n o te n e rlo m ás e n c u e n ta e ilu m in a rlo (allí d o n d e el g ra n filó so fo n o s deja d e sa m p a ra d o s) co n n u e v o s esfu erzo s. U n a c o n stitu c ió n q u e p ro m u e v a la mayor k Es cierto que Platón extendía tam bién su concepto a los conocim ientos especulativos cuando éstos se daban puros y totalm ente a priori, e incluso a las matemáticas, a pesar de que esta ciencia sólo recibe su objeto en la experiencia posible. E n este pu n to no puedo seguirlo, com o tam poco en la deducción mística de estas ideas o en las extrapolaciones en virtud de las cuales las hipostasió, p o r así decirlo, si bien el lenguaje selecto que él empleaba en este terreno es muy susceptible de una interpretación más suave, de una interpretación acorde con la naturaleza de las cosas (Nota de Kant)

A 316

B 373

312

KANT/CRIT1CA DE LA RAZON PURA

libertad humana d e a c u e rd o c o n leyes q u e h a g a n que la libertad de cada uno sea compatible con la de los demás (n o u n a c o n s titu c ió n q u e p ro m u e v a la m a y o r felicid ad , p u e s ésta se se g u irá p o r sí sola), es, c o m o m ín im o , u n a idea n ecesaria, q u e ha de se rv ir d e base, n o só lo al p ro y e c to d e u n a c o n s titu c ió n p o lític a , sin o a to d a s las leyes. P ara ello d e b e h acerse a b stra c c ió n , d esd e el c o m ie n z o , d e lo s o b stá c u lo s actu a le s, q u e acaso n o p ro v e n g a n in e v ita b le m e n te d e la n a tu ra le z a h u m a n a , sin o m ás b ie n d el d e sc u id o d e las ideas a u té n tic a s e n la leg islació n . E n efecto , n a d a h ay m ás p e rn ic io so e in d ig n o d e u n filó so fo q u e la p leb ey a ap e la c ió n a u n a p re s u n ta e x p e rie n c ia c o n tr a d ic to ­ ria, la cual n o te n d ría lu g a r d e h a b e r e x istid o a tie m p o tales A 317 in stitu c io n e s d e a c u e rd o c o n ideas y d e n o e x istir, e n vez de éstas, b u rd o s c o n c e p to s — p re c isa m e n te e x tra íd o s d e la e x p e ­ rien cia— q u e h ic ie ra n fra c a sa r to d a b u e n a in te n c ió n . C u a n to m ás de a c u e rd o c o n esta idea e sté n o rg a n iz a d o s leg isla c ió n y g o b ie rn o , ta n to m ás ra ro s se rá n lo s c a stig o s. E s to ta lm e n te ra cio n al, p o r ta n to , q u e en u n a p e rfe c ta o rd e n a c ió n d e am b as cosas n o h ag a falta — c o m o so stie n e P la tó n — el m e n o r c astig o . B 374 A u n q u e e sto n o lleg u e a p ro d u c irs e n u n c a , la idea q u e p re s e n ta ese máximum c o m o a rq u e tip o es p le n a m e n te a d e c u a d a p a ra a p ro x im a r p ro g re s iv a m e n te la c o n s titu c ió n ju ríd ic a d e los h o m ­ bres a la m ay o r p e rfe c c ió n p o sib le . E n efecto , n ad ie p u e d e ni d eb e d e te rm in a r cuál es el su p re m o g ra d o en el cual tie n e q u e d e te n e rse la h u m a n id a d , n i, p o r ta n to , cuál es la d istan cia q u e n e c esariam en te sep ara la idea y su realizació n . N a d ie p u e d e ni d eb e h a c e rlo p o rq u e se tra ta p re c isa m e n te d e la lib e rta d , la cual es capaz de fra n q u e a r to d a fr o n te ra p re d e te rm in a d a . C laras p ru e b a s d e p ro c e d e n c ia ideal n o só lo las ve el filó so fo g rie g o — c o n ra z ó n — e n a q u e llo e n q u e la ra z ó n h u m a n a rev ela v e rd a d e ra c a u sa lid a d , d o n d e las id eas se to r n a n causas eficien tes (de lo s a c to s y d e sus o b je to s), es d ecir, en lo moral, sin o in c lu so en rela c ió n c o n la n a tu ra le z a m ism a. U n a p la n ta , u n an im a l, la re g u la r d is trib u c ió n del co sm o s (y, p o r ta n to , es p re s u m ib le q u e ta m b ié n el o rd e n n a tu ra l en su to ta lid a d ) re v e la n c la ra m e n te q u e só lo s o n p o sib le s de A 318 a c u e rd o c o n id e a s; q u e , si b ie n n in g u n a c ria tu ra p a rtic u la r c o n c u e rd a , p o r las c o n d ic io n e s sin g u la re s d e su ex isten cia, c o n la idea de lo m ás p e rfe c to en su esp ecie (c o m o ta m p o c o lo hace el h o m b re c o n la idea d e h u m a n id a d , idea q u e él lleva in clu so e n el alm a c o m o a rq u e tip o d e su s accio n es), tales ideas e stá n in d iv id u a l, p e rfe c ta e in v a ria b le m e n te d e te rm i­

LAS IDEAS EN GENERAL

313

nadas en el e n te n d im ie n to s u p re m o , sie n d o las cau sas o rig in a ­ rias de las cosas. U n ic a m e n te la to ta lid a d d e su c o n e x ió n B 375 en el u n iv e rso es p le n a m e n te a d e c u a d a a d ich a idea. Si p re s c in ­ d im o s de la e x ag eració n d e sus té rm in o s , el e m p e ñ o e sp iritu a l de P la tó n p o r asc e n d e r d e sd e la c o n sid e ra c ió n d el co sm o s físico c o m o c o p ia 1 h asta su c o n e x ió n a rq u ite c tó n ic a se g ú n fines, es d e c ir, se g ú n ideas, c o n stitu y e u n esfu e rz o d ig n o de ser re s p e ta d o y p ro s e g u id o . U n m é rito m u y esp ecial d e P la tó n se halla e n lo re la tiv o a los p rin c ip io s d e la m o ra l, d e la leg islació n y d e la re lig ió n , d o n d e so n las ideas las q u e h acen p o sib le la m ism a ex p erien cia (del b ien ), a u n q u e tales ideas n unca p u e d a n ser p le n a m e n te e x p resad as e n ella. E l q u e este m é rito n o sea re c o n o c id o se d e b e ú n ic a m e n te a q u e se juzga d esd e reg las em p íricas cu y a v alid ez, e n c u a n to p rin c ip io s, tu v o q u e ser elim in ad a p re c isa m e n te p o r esas ideas. E n e fe c to , si la ex p erien cia n o s su m in istra las re g la s y es la fu e n te d e la v e rd a d en lo q u e afecta a la n a tu ra le z a , esta m ism a e x p erien cia es (d e sg ra c ia d a m e n te ), e n lo q u e to c a a las leyes m o ra le s, A 319 m a d re de la ilusión. E s m u y re p ro b a b le el to m a r las leyes relativas a lo q u e se debe hacer de a q u e llo q u e se hace o bien lim itarlas en v irtu d d e e sto ú ltim o . E n lu g a r d e estas c o n sid e ra c io n e s, c u y o p e rtin e n te d e sa ­ rro llo c o n stitu y e , de h e c h o , la g e n u in a d ig n id a d de la filo so fía, n o s o c u p a re m o s a h o ra d e u n a ta re a m e n o s b rilla n te , p e ro n o care n te de m é rito , a sa b e r, allan ar y c o n so lid a r los c im ie n to s B 376 de esos m a je stu o so s ed ificio s m o ra le s en los cu ales se e n c u e n ­ tr a n to d a clase d e pasillo s su b te rrá n e o s ex cav ad o s p o r un a ra z ó n q u e , c o n firm e co n fia n z a , a u n q u e en v a n o , b u sca te so ro s e sc o n d id o s. T ales pasillo s d a ñ a n la firm ez a d el edificio . L o q u e n o s to c a h acer a h o ra es, p o r ta n to , c o n o c e r c o n e x a c titu d el u so tra sc e n d e n ta l d e la ra z ó n p u ra , sus p rin c ip io s y sus ideas, a fin d e q u e p o d a m o s d e te rm in a r y a p re c ia r c o n v e n ie n te ­ m e n te el in flu jo de la ra z ó n p u ra y el v a lo r de ésta. Sin e m b a rg o , a n te s d e te rm in a r esta in tro d u c c ió n p re lim in a r, p id o a to d o s los q u e sien ta n in terés p o r la filo so fía (q u e es m ás p ro c la m a d o q u e p ra c tic a d o ) q u e , si están c o n v e n c id o s d e e sto y de lo q u e sig u e, to m e n b ajo su tu te la el té rm in o «idea» se g ú n su sig n ificad o p rim itiv o , c o n el fin de e v ita r q u e recaig a e n tre las dem ás ex p resio n e s c o n las q u e se d e sig n a n , en d e sc u i­ d a d o d e s o rd e n , to d a clase d e re p re se n ta c io n e s y c o n el fin ro n d e r copeilichen B e ira c b /u n g des P h y sisc h tn der W e lto rd n u n g

314

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

d e e v itar q u e vaya en d e trim e n to de la ciencia. N o n os faltan

A 320 d e n o m in a c io n e s ad ecu ad as a c ad a clase d e re p re se n ta c ió n . N o necesitam o s in v a d ir el te rre n o de n in g u n a . H e a q u í u n a clasifi­ cación d e las m ism as: el g é n e ro es la representación en g en e ra l (¡repraesentatio); b ajo ésta se halla la re p re se n ta c ió n c o n c o n c ie n ­ cia (perceptio). U n a percepción q u e se re fie re e x c lu siv a m e n te al B 377 su jeto , c o m o m o d ific a c ió n del e sta d o d e éste, es u n a sensación (sensatio); una p e rc e p c ió n o b je tiv a es u n conocimiento (cognitio'). E l c o n o c im ie n to es, o b ien intuición, o b ie n concepto (intuitus vel conceptus). La p rim e ra se re fie re in m e d ia ta m e n te al o b je to y es s in g u la r; el s e g u n d o lo h ace d e m o d o m e d ia to , a tra v é s d e una característica q u e p u e d e ser c o m ú n a m u ch as cosas. E l c o n c e p to es, o b ie n empírico, o b ie n puro. E ste ú ltim o , en la m ed id a en q u e n o se o rig in a sin o en el e n te n d im ie n to (no en la im ag en p u ra de la se n sib ilid a d ), se llam a noción (notio). U n c o n c e p to q u e esté fo rm a d o p o r n o cio n e s y q u e rebase la p o sib ilid ad d e la ex p e rie n c ia es u n a idea o c o n c e p to d e razó n . A q u ie n se haya a c o s tu m b ra d o a esta d ife re n c ia c ió n tien e q u e re su lta rle in s o p o rta b le o ír lla m a r idea a la re p re s e n ta ­ ció n del c o lo r ro jo . T al re p re se n ta c ió n n o d e b e llam arse siq u iera n o c ió n (c o n c e p to del e n te n d im ie n to ).

A

321

L IB R O P R IM E R O D E L A D IA L E C T IC A TRA SCEN D EN TAL

Sección segunda L as

id e a s t r a s c e n d e n t a l e s

La an alítica tra sc e n d e n ta l n os o fre c ió u n e je m p lo de có m o la m era fo rm a ló g ica del c o n o c im ie n to p u e d e c o n te n e r la fu e n te d e n u e stro s c o n c e p to s p u ro s a priori, los cuales re p re B 378 sen tan o b je to s p re v io s a to d a ex p e rie n c ia o m u e stra n , m ás bien, la u n id ad sin tétic a q u e h ace p o sib le u n c o n o c im ie n to em p íric o de los o b je to s. La fo rm a de los juicios (c o n v e rtid a en un c o n c e p to de la sín tesis de las in tu ic io n e s) o rig in ó c a te g o ­ rías q u e d irig e n to d o u so del e n te n d im ie n to en la ex p erien cia. Ig u a lm e n te , p o d e m o s e sp e ra r q u e , si ap licam o s la fo rm a de los silo g ism o s a la u n id a d sin té tic a d e las in tu ic io n e s, b ajo la g u ía de las c a te g o ría s, tal fo rm a c o n te n d rá el o rig e n de especiales c o n c e p to s a priori q u e p o d e m o s d e n o m in a r c o n c e p to s p u ro s d e la ra z ó n o ideas trascendentales, las cuales d e te rm in a rá n ,

315

LAS ID EA S T R A SC E N D EN TA L ES

de a c u e rd o c o n p rin c ip io s, el u so del e n te n d im ie n to en la ex p erien cia to m a d a en su c o n ju n to . L a fu n c ió n d e la ra z ó n en sus in feren cias c o n siste 1 en la u n iv e rsa lid a d del c o n o c im ie n to c o n c e p tu a l12 E l m ism o silo g ism o es u n ju icio q u e se halla d e te rm in a d o a priori en to d a 'a ex te n sió n d e su c o n d ic ió n . L a p ro p o s ic ió n «C ayo es m o rtal» só lo p o d ría p ro d u c irla , m e d ia n te el e n te n d im ie n to , p a rtie n d o de la ex perien cia. P e ro b u sc o u n c o n c e p to (el de « h o m b re» , en este caso) q u e c o n te n g a la c o n d ic ió n b ajo la cual el p re d ic a d o (aserció n en g e n e ra l) de este ju icio viene

A 322

d ad o . U n a vez q u e l o 3 h e su b s u m id o b a jo esta c o n d ic ió n en to d a su ex ten sió n (« T o d o s los h o m b re s so n m o rtales» ), d e te rm in o , en la fo rm a c o rre s p o n d ie n te , el c o n o c im ie n to de m i o b je to («C ayo es m o rtal» ). C o n sig u ie n te m e n te , u n a v ez q u e , en la m a y o r del silo g is­ m o , h em o s to m a d o el p re d ic a d o en to d a su e x te n s ió n , b a jo cierta c o n d ic ió n , lo re s trin g im o s a c ie rto o b je to en la c o n c lu ­ sión. E sta m a g n itu d p le n a de la e x te n sió n , en re la c ió n c o n tal c o n d ic ió n , se llam a universalidad (universalitas). A ésta c o rre s ­ p o n d e e n la síntesis d e las in tu ic io n e s la totalidad (universitas) d e las co n d ic io n e s. E l c o n c e p to tra sc e n d e n ta l d e ra z ó n n o es, p u es, o tr o q u e el de la totalidad de las condiciones de u n c o n d ic io n a d o d ad o . T e n ie n d o en c u e n ta q u e só lo lo in c o n d ic io ­ n a d o hace p o sib le la to ta lid a d de las c o n d ic io n e s y, a la in v ersa, la to ta lid a d d e las c o n d ic io n e s es sie m p re in c o n d ic io n a d a , p o d e ­ m os explicar ei c o n c e p to p u r o d e ra z ó n c o m o c o n c e p to de lo in c o n d ic io n a d o , e n el se n tid o d e q u e c o n tie n e u n fu n d a m e n to de la síntesis de lo co n d ic io n a d o . L os c o n c e p to s d e ra z ó n p u ra serán ta n to s c u a n ta s sean las clases de relació n q u e el e n te n d im ie n to se re p re se n ta p o r m ed io d e las cate g o rías. C o n sig u ie n te m e n te , h a b rá q u e b u sc a r: en primer lugar, u n incondicionado d e la sín tesis categórica en u n sujeto; en segundo lugar, u n in c o n d ic io n a d o de la sín tesis hipotética de los m ie m b ro s de un a serie; en tercer lugar, u n in c o n d ic io ­ n ad o de la sín tesis disyuntiva de las p a rte s en u n sistema. H ay , p u e s, o tra s ta n ta s clases d e silo g ism o s, cad a una d e las cuales avanza h asta lo in c o n d ic io n a d o p o r m e d io de p ro s ilo g is m o s : u n a h asta u n su je to q u e ya n o es, a su vez, 1 L e y e n d o , c o n A d ic k e s , 2

besteht,

e n vez d e

bestand

(N . d e l T .)

lérkenntnii n¿ich Beynjfen

3 L e y en d o , c o n E rd m a n n ,

ich ibn unter,

en vez de

ich unter

(N . del

T .)

B 379

A 323

316

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

B 380 p re d ic a d o ; o tra , h asta u n a su p o s ic ió n q u e n o su p o n e nada m ás, y la te rc e ra , h asta u n a g re g a d o d e lo s m ie m b ro s de la d iv isió n d o n d e nad a falta p a ra c o m p le ta r la d iv isió n d e u n c o n c e p to . S o n , p u e s, n ecesario s lo s c o n c e p to s p u ro s de ra zó n — de la to ta lid a d en la sín tesis d e las c o n d ic io n e s, al m en o s c o m o p ro y e c to s te n d e n te s a p ro s e g u ir, d e n tr o d e lo p o sib le , la u n id a d del e n te n d im ie n to h a sta lo in c o n d ic io n a d o . E sto s c o n c e p to s tra sc e n d e n ta le s se b a sa n , ad e m á s, e n la n a tu r a ­ leza d e la ra z ó n h u m a n a , a u n q u e , d e sd e o tr o p u n to d e v ista, carezcan de u n u so c o n c re to a d e c u a d o n i p o se a n , p o r ta n to , m ás u tilid ad q u e la de lle v a r al e n te n d im ie n to en u n a d ire c c ió n e n la q u e éste, al a m p lia r al m á x im o su u so , se p o n e en p e rfecta a rm o n ía c o n sig o m ism o .

A 324

D a d o q u e h a b la m o s a q u í d e la to ta lid a d d e las c o n d ic io ­ nes y d e lo in c o n d ic io n a d o c o m o sie n d o u n títu lo c o m ú n de to d o s lo s c o n c e p to s d e ra z ó n , c h o c a m o s, u n a vez m ás, c o n u n té rm in o d el q u e , p o r u n a p a rte , n o p o d e m o s p re s c in d ir, p e ro q u e , p o r o tra , n o p o d e m o s e m p le a r c o n se g u rid a d d e b id o a la a m b ig ü e d a d q u e c o n lle v a d e sp u é s d e u n u so e rró n e o ta n p ro lo n g a d o . L a p a la b ra absoluto es u n o d e los p o c o s té r m i­ nos q u e , e n su sig n ificac ió n o rig in a ria , se a d e c u a b a a u n c o n c e p ­ to al q u e n in g u n a o tr a p a la b ra del m ism o id io m a c o n v e n ía ex actam en te. La p é rd id a d e tal v o c a b lo , o lo q u e es lo m ism o ,

B 381 su u so in estab le, ha te n id o q u e o rig in a r, c o n sig u ie n te m e n te , la p é rd id a del c o n c e p to m ism o . D a d o q u e la ra z ó n se o cu p a m u c h o de este c o n c e p to , n o p o d e m o s p riv a rn o s d e él sin p e rju d ic a r n o ta b le m e n te c u a lq u ie r c o n sid e ra c ió n tra sc e n d e n ta l. L a p ala b ra absoluto se usa a h o ra c o n fre c u e n c ia p a ra in d ic a r sim p le m e n te q u e se atie n d e a a lg o en el se n tid o de q u e p e rte n e c e a u n a co sa en s i m ism a, a lg o q u e , e n c o n se c u e n c ia , p o see v alid ez intrínsecamente. « A b so lu ta m e n te p o sib le » sig n ificaría, en esta a c e p ció n , lo q u e es e n sí m ism o (interne) p o sib le , lo cual c o n s ti­ tu y e , d e h e c h o , lo menos q u e p o d e m o s d e c ir d e u n o b je to . P o r o tra p a rte , suele u sarse ta m b ié n « a b so lu to » p a ra in d ic a r q u e a lg o es v á lid o d e sd e c u a lq u ie r a sp e c to (ilim ita d a m e n te ), c o m o , p o r e je m p lo , el p o d e r a b so lu to . « A b so lu ta m e n te posib le» sig n ificaría e n to n c e s lo q u e es p o sib le (en to d o s lo s se n tid o s) desde cualquier aspecto} , lo cual c o n stitu y e lo más q u e p o d e m o s

de

^ L e y e n d o , c o n E r d m a n n , (in aller Absicht) in aller üe^iebung, e n v e z in aller Absicht in aller Be^iehurig, q u e e s ta l v e z u n a r e p e t i c i ó n t a c h a d a

p o r K a n t y e r r ó n e a m e n te c o n s id e ra d a c o m o u n s u b r a y a d o (N . d e l

T.)

LAS ID EA S T R A S C E N D E N T A L E S

317

d e c ir so b re la p o sib ilid a d d e u n a cosa. A veces e n c o n tra m o s ju n to s esto s se n tid o s. A sí, p o r e je m p lo , lo q u e es in trín se c a m e n ­ te im p o sib le lo es, a la v e 2 , en to d o s lo s a sp e c to s y, p o r ta n to , a b so lu ta m e n te . P e ro e n la m a y o ría de los caso s, am b o s se n tid o s se h a llan a in fin ita d istan cia u n o del o tr o , d e m o d o q u e n o p o r ser alg o p o sib le e n sí m ism o p o d e m o s in ferir q u e lo sea ta m b ié n en c u a lq u ie r a sp e c to y, c o n sig u ie n te m e n te , de fo rm a ab so lu ta . E s m ás, en lo q u e sig u e m o s tra ré q u e la n ecesid ad a b so lu ta n o sie m p re d e p e n d e d e la n ecesid ad in trín seca y q u e, p o r ta n to , n o d e b e ser c o n sid e ra d a e q u iv a le n te a ésta últim a. Si lo o p u e s to d e u n a cosa es in trín se c a m e n te im p o sib le, lo es, claro está, d e sd e c u a lq u ie r p e rsp e c tiv a y esa cosa es, p o r ta n to , a b s o lu ta m e n te necesaria. P e ro n o p o d e m o s in ferir, en se n tid o in v e rso , q u e lo o p u e s to a lo a b so lu ta m e n te n ecesario sea in trín se c a m e n te im p o sib le , es d e c ir, q u e la absoluta necesid ad d e las cosas sea u n a n ecesid ad intrínseca, ya q u e ésta ú ltim a es, e n cierto s caso s, u n a e x p re sió n c o m p le ta m e n te vacía a la q u e n o p o d e m o s lig a r n in g ú n c o n c e p to . E l c o n c e p to d e n ecesid ad d e un a cosa en to d o s los se n tid o s (co n re sp e c to a to d o lo p o sib le ) co n lle v a , en c a m b io , m u y especiales d e te r m i­ n acio n es. T e n ie n d o en c u e n ta q u e la p é rd id a d e u n c o n c e p to de am p lia ap licació n en la filo so fía esp e c u la tiv a n u n c a p u e d e ser in d ife re n te al filó so fo , e sp e ro q u e ta m p o c o le sea in d ife re n te la d e te rm in a c ió n y c u id a d o sa c o n se rv a c ió n del té rm in o , del q u e el c o n c e p to d ep en d e. E m p le a ré , p u e s, la p a la b ra absoluto en este se n tid o m ás am p lio , o p o n ié n d o la a lo q u e só lo p o se e v alid ez d e sd e u n p u n to d e vista c o m p a ra tiv o o en u n a sp e c to especial, ya q u e este ú ltim o se n tid o se halla re s trin g id o a c iertas c o n d ic io n e s, m ie n tra s q u e el p rim e ro es v á lid o sin restriccio n es. E l c o n c e p to tra sc e n d e n ta l de ra z ó n só lo se refiere a la a b so lu ta to ta lid a d en la sín tesis d e las c o n d ic io n e s y n o se acaba m ás q u e en lo a b so lu ta m e n te in c o n d ic io n a d o , es d e ­ cir, en lo in c o n d ic io n a d o en to d o s los a sp e c to s. E n e fecto , la ra z ó n p u ra lo deja to d o p a ra el e n te n d im ie n to , q u e es el qu e se refiere de in m e d ia to a lo s o b je to s de la in tu ic ió n o , m ejo r d ic h o , a su sín tesis en la im a g in a c ió n . 1.a ra z ó n se reserv a ú n ic a m e n te la a b so lu ta to ta lid a d en el u so d e los c o n c e p ­ to s del e n te n d im ie n to »e in te n ta c o n d u c ir h asta lo a b so lu ta m e n te in c o n d ic io n a d o la u n id a d sin té tic a p e n sa d a en la ca te g o ría . P o d e m o s , p u e s, llam ar esta u n id a d de los fe n ó m e n o s unidad de la rascón, al ig u al q u e p o d e m o s d e n o m in a r unidad del entendí-

A 325

B 382

A 326

B 383

318

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

miento

a la e x p resad a p o r la c a te g o ría . C o n sig u ie n te m e n te , la ra z ó n só lo se refiere al u so del e n te n d im ie n to , n o en el se n tid o de q u e este u so c o n te n g a el fu n d a m e n to d e la e x p erien cia p o sib le (ya q u e la to ta lid a d a b so lu ta d e las c o n d ic io n e s n o es u n c o n c e p to ap licab le e n la e x p e rie n c ia , p u e s to q u e ésta n u n ca es in c o n d ic io n a d a ), sin o p a ra im p o n e rle u n a p ro y e c c ió n hacia cierta u n id a d d e la q u e el e n te n d im ie n to n o p o se e n in g ú n c o n c e p to , u n id a d q u e tie n e c o m o o b je tiv o re c a p itu la r to d o s A 327 los actos del e n te n d im ie n to re la tiv o s a cada o b je to en u n to d o absoluto. P o r ello es sie m p re trascendente el u so o b je tiv o d é lo s c o n c e p to s p u ro s de ra z ó n , m ie n tra s q u e el d e los c o n c e p ­ to s p u ro s del e n te n d im ie n to tie n e q u e ser, co n a rre g lo a su n atu raleza, siem p re inmanente, ya q u e se lim ita a la sim p le ex p erien cia p o sib le. E n tie n d o p o r «idea» u n c o n c e p to n ecesario d e ra z ó n del q u e n o p u e d e d arse en los se n tid o s u n o b je to c o rre sp o n d ie n te . L os c o n c e p to s p u ro s d e ra z ó n q u e a h o ra c o n sid e ra m o s so n , B 384 p u es, ideas trascendentales. S o n c o n c e p to s de la ra z ó n p u ra , p u e s to q u e c o n te m p la n to d o c o n o c im ie n to e m p íric o c o m o d e te rm in a d o p o r un a a b so lu ta to ta lid a d d e c o n d ic io n e s. N o so n in v en cio n es a rb itra ria s , sin o q u e v ie n e n p la n te a d a s p o r la n a tu raleza m ism a d e la ra z ó n y, p o r ello , se refie re n n e c e sa ria ­ m en te a to d o el u so del e n te n d im ie n to . S o n , p o r fin , tra s c e n d e n ­ tes y reb asan el lím ite d e to d a e x p e rie n c ia , en cu y o c a m p o n o p u e d e h allarse n u n c a u n o b je to q u e sea a d e c u a d o a la idea tra sc e n d e n ta l. C u a n d o se m e n c io n a u n a idea, se dice muchí­ simo d esd e el p u n to de vista del o b je to (en c u a n to o b je to del e n te n d im ie n to p u ro ), p e ro poquísimo d e sd e el p u n to de vista del su je to (es d ecir, en re la c ió n c o n la realid ad de ese o b je to bajo c o n d ic io n e s em p íric a s), p re c isa m e n te p o rq u e tal idea n u n ca p u e d e d arse en c o n c re to , en c u a n to c o n c e p to de u n máximum, d e m o d o q u e te n g a c o rre sp o n d e n c ia . D a d o q u e A 328 en el u so m e ra m e n te e sp e c u la tiv o de la ra z ó n e sto ú ltim o c o n stitu y e re a lm e n te to d o lo q u e ella p e rsig u e y d a d o q u e la a p ro x im a c ió n a u n c o n c e p to q u e nu n ca es alca n z a d o en la p rá c tic a eq u iv a le a u n c o n c e p to c o m p le ta m e n te fa llid o , d e c i­ m os d e éste q u e es un a simple idea. A sí, p o d ría m o s a firm a r q u e el to d o a b s o lu to d e to d o s los fe n ó m e n o s es una simple idea, p u es, te n ie n d o en cu e n ta q u e n u n c a p o d e m o s fo rm a rn o s d e él u n a im a g e n , se q u e d a en problema c a re n te de to d a so lu c ió n . P o r el c o n tra rio , d a d o q u e en el u so p rá c tic o del e n te n d im ie n to B 385 só lo se tra ta d e a c tu a r se g ú n u n as reg la s, la idea de la ra z ó n

LAS ID EA S T R A S C E N D E N T A L E S

319

p ráctica p u e d e d arse sie m p re en c o n c re to d e m o d o real, a u n q u e sólo p arcialm en te. E s m ás, tal id ea c o n stitu y e la c o n d ic ió n in ­ d isp en sab le de to d o u so p rá c tic o d e la raz ó n . L a realizació n de la m ism a es siem p re lim ita d a y d efic ie n te , p e ro d e n tro d e lím ites n o d e te rm in a b le s y, p o r c o n sig u ie n te , se halla sie m p re b a jo el in flu jo del c o n c e p to d e u n a p le n itu d a b so lu ta . S e g ú n e sto , la idea p rá c tic a es sie m p re m u y fe c u n d a y, en re lació n c o n los acto s efectiv o s, n ecesaria e in d isp e n sa b le . L a ra z ó n p u ra p o see e n ella in clu so la c a u sa lid a d de c o n v e rtir e n real lo c o n te n id o en su c o n c e p to . N o p o d e m o s , p u e s, d e c ir d e s d e ñ o ­ sam en te q u e la sab id u ría sea una simple idea. A l c o n tra rio , p re c isa m e n te p o r ser la idea d e la n ecesaria u n id a d de to d o s los fines p o sib le s, d eb e se rv ir, en c u a n to c o n d ic ió n o rig in a ria o , al m en o s re s tric tiv a , de n o rm a p a ra to d o lo p rá c tic o . A u n q u e te n g a m o s q u e a firm a r q u e los c o n c e p to s tra s- A 329 cen d en tales son sólo ideas, n o d e b e m o s c o n sid e ra rlo s su p e rflu o s ni caren tes d e v alo r. E n e fecto , si b ie n es c ie rto q u e n o p o d e m o s d e te rm in a r n in g ú n o b je to p o r m e d io de ello s, en el fo n d o p u e d e n serv ir, d e fo rm a im p e rc e p tib le , d e c a n o n del a m p lio y u n ifo rm e u so del e n te n d im ie n to , el cual n o c o n o c e p o r este m e d io m ás o b je to s d e los q u e c o n o c e ría a tra v é s d e sus p ro p io s c o n c e p to s, p e ro sí está m e jo r y m ás e x te n sa m e n te g u ia d o en re la c ió n c o n este m ism o c o n o c im ie n to . A p a rte de q u e tal vez p o sib ilite n el p a so d e los c o n c e p to s d e la n a tu ra le z a B 386 a los p rá c tic o s, su m in istra n d o así c o n siste n c ia a las ideas m o r a ­ les y c o n e c tá n d o la s c o n lo s c o n o c im ie n to s e sp e c u la tiv o s de la razó n . S o b re to d o esto h ay q u e e sp e ra r p o ste rio re s a c la ra c io ­ nes. D e a c u e rd o c o n n u e s tro p la n , d eja m o s a q u í a u n la d o las ideas p rácticas y só lo c o n sid e ra m o s la ra z ó n en su u so esp e c u la tiv o , y d e n tro d e éste, re s trin g ie n d o m ás to d a v ía , en su u so tra sc e n d e n ta l. T e n e m o s q u e se g u ir a q u í el m ism o c a m in o q u e an tes a d o p ta m o s p a ra la d e d u c c ió n d e las c a te g o ría s, a sab er, ex a m in a r la fo rm a ló g ic a del c o n o c im ie n to de la ra z ó n y c o m p ro b a r si ésta n o se c o n v ie rte ta m b ié n así en una fu e n te de c o n c e p to s d e stin a d o s a c o n sid e ra r los o b je to s en sí m ism o s c o m o d e te rm in a d o s sin té tic a m e n te a priori c o n re s p e c to a una u o tra fu n c ió n d e la razó n . C o n sid e ra d a co m o fa c u lta d d e cierta fo rm a ló g ic a del A 330 c o n o c im ie n to , la ra z ó n es la cap acid ad de in fe rir, e sto es, de ju zg ar m e d ia ta m e n te (s u b su m ie n d o la c o n d ic ió n d e u n ju icio p o sib le b ajo la c o n d ic ió n d e u n ju icio d a d o ). E l ju icio d a d o

320

B 387

A 331

B 388

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

es la reg la u n iv e rsa l (p rem isa m a y o r, major). L a s u b s u n c ió n d e la c o n d ic ió n d e o tr o ju ic io p o sib le b a jo la c o n d ic ió n de la reg la es la p re m isa m e n o r {miñor). El ju ic io e fe c tiv o q u e e n u n c ia la a se rc ió n de la reg la en el caso subsumido es la c o n c lu sió n {conclusio). L a reg la afirm a , en e fe c to , alg o u n iv e rsa l bajo cierta c o n d ic ió n . E n to n c e s se v erific a en u n caso la c o n d ic ió n d e la reg la. C o n sig u ie n te m e n te , lo q u e era u n iv e rsa lm e n te v álid o b a jo aq u ella c o n d ic ió n , es c o n sid e ra d o ta m b ié n v á lid o en el caso p re s e n te (el cual llev a c o n sig o esta c o n d ic ió n ). E s fácil d e v e r q u e la ra z ó n o b tie n e el c o n o c im ie n to a tra v é s de acto s d el e n te n d im ie n to q u e c o n s titu y e n u n a serie de c o n d i­ ciones. Si só lo lleg o a la p ro p o s ic ió n « T o d o s los c u e rp o s so n alterab les» p a rtie n d o d el c o n o c im ie n to m ás le ja n o (en el cual n o se p re s e n ta to d a v ía el c o n c e p to d e c u e rp o , a u n q u e sí la c o n d ic ió n de este c o n c e p to ), se g ú n el cual to d o c o m p u e s to es alterable; si p a so d esd e este c o n o c im ie n to a o tr o m ás c e rc a n o , el cual se halla c o n d ic io n a d o p o r el p rim e ro , c o m o : «L os c u e rp o s so n c o m p u e s to s» ; si só lo d e sd e éste p a so a u n te rc e ro q u e enlaza el c o n o c im ie n to m ás le ja n o (alterab le) c o n el q u e te n g o d e la n te , c o n c lu y e n d o q u e los c u e rp o s so n altera b le s, e n to n c e s h e lle g a d o a u n c o n o c im ie n to (c o n c lu sió n ) p o r m e d io de u n a serie d e co n d ic io n e s (p rem isas). A h o ra b ie n , to d a serie c u y o e x p o n e n te (sea del ju icio c a te g ó ric o , sea del ju icio h ip o té ­ tico ) está d a d o , p u e d e p ro lo n g a rse . C o n sig u ie n te m e n te , el m is ­ m o a cto de la ra z ó n n o s c o n d u c e a la ratiocinatio polysyllogistica, la cual 1 c o n s titu y e u n a serie d e in feren cias q u e p u e d e n p r o s e ­ g u irse in d e fin id a m e n te , b ie n sea p o r el la d o d e las c o n d ic io n e s (per prosyllogismos), b ien p o r el d e lo c o n d ic io n a d o (per episyllogis-

mos). P e ro p r o n to se a d v ie rte a lg o re sp e c to d e la cad en a o serie de los p ro s ilo g ism o s, e sto es, d e los c o n o c im ie n to s d e d u c id o s p o r el la d o d e los fu n d a m e n to s o c o n d ic io n e s de u n c o n o c im ie n to d a d o ; en o tra s p a la b ra s: se a d v ie rte q u e la serie ascendente de los silo g ism o s tie n e q u e g u a rd a r c o n la ra z ó n u n a re la c ió n d is tin ta de la q u e g u a rd a la serie descendente, e sto es, el p ro g re s o d e la ra z ó n , m e d ia n te e p islo g ism o s, en el te r re n o d e lo c o n d ic io n a d o . E n efecto , d a d o q u e , en el p rim e r c aso , el c o n o c im ie n to ( conclusio) v ie n e d a d o c o m o m e ra ­ m e n te c o n d ic io n a d o , só lo p o d e m o s acced er a él, m e d ia n te

1 Leyendo, con E rdm ann, welche, en vez de welches (N. del T .)

LAS ID EA S T R A S C E N D E N T A L E S

321

la ra z ó n , si su p o n e m o s q u e e n el te r re n o d e las c o n d ic io n e s e stá n d a d o s to d o s los m ie m b ro s d e la serie (to ta lid a d d e la cad en a de p rem isas), p u e s só lo s u p o n ié n d o lo es p o sib le el p re s e n te juicio a priori. P o r el la d o d e lo c o n d ic io n a d o o d e las co n secu en cias n o p e n sa m o s, en c a m b io , m ás q u e u n a serie en desarrollo 1 , es d e c ir, u n p ro g r e s o m e ra m e n te p o te n c ia l, n o u n a serie enteramente p re s u p u e sta o d ad a . P o r ello , c u a n d o c o n sid e ra m o s u n c o n o c im ie n to c o m o d a d o , la ra z ó n se ve o b lig a d a a s u p o n e r c o m p le ta y d a d a en su to ta lid a d la serie a sc e n d e n te d e las co n d ic io n e s. P e ro si, a la vez, c o n sid e ra m o s este m ism o c o n o c im ie n to c o m o c o n d ic ió n de o tro s q u e fo rm a n u n a serie de co n secu en c ia s en lín ea d e sc e n d e n te , la e x te n sió n q u e alcance la serie a parte posteriori, o el q u e sea siq u ie ra p o sib le su to ta lid a d , p u e d e ser a lg o p e rfe c ta m e n te in d ife re n te p ara la razó n . E n efecto , ésta n o tie n e n ecesid ad d e se m e ja n te serie p a ra lleg ar a la p re s e n te c o n c lu s ió n , ya q u e esa serie q u e d a su fic ie n te m e n te esp ecificad a y c o n so lid a d a p o r sus bases a parte priori. E s p o sib le q u e la serie d e las p re m isa s te n g a , p o r el la d o d e las c o n d ic io n e s, u n primer e sla b ó n c o m o c o n d i­ c ió n su p re m a , o q u e n o lo te n g a y q u e , c o n sig u ie n te m e n te , n o e s té 12 lim ita d a a parte priori. E n to d o caso , a u n s u p o n ie n d o 3 q u e n u n c a p u d ié ra m o s a b a rc a r la to ta lid a d d e las c o n d ic io n e s, esa serie d eb e c o n te n e rla y ser in c o n d ic io n a lm e n te v e rd a d e ra , si se p re te n d e te n e r p o r v e rd a d e ro lo c o n d ic io n a d o q u e c o n sid e ­ ram o s c o n secu en cia re s u lta n te d e la serie. E sta es u n a e x ig en c ia de u na ra z ó n q u e d e te rm in a a priori su c o n o c im ie n to y lo p ro c la m a n e c esario , sea en sí m ism o , caso en el q u e n o le hace falta fu n d a m e n to n in g u n o , sea — si se tra ta d e u n c o n o c i­ m ie n to d e riv a d o — c o m o m ie m b ro d e u n a serie d e fu n d a m e n to s la cu al es, p o r su p a rte , in c o n d ic io n a lm e n te v e rd a d e ra .

1

werdende

2

A ñ a d ie n d o , c o n H a rte n s te in ,

3 A ñ a d ie n d o , c o n A d ic k e s ,

set ( N . d e l T . ) aucb ( N . d e l T . )

A 332

B 389

322 A 333 B 390

í

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

L IB R O P R IM E R O D E L A D IA L E C T IC A TRA SCEN D EN TAL

Sección tercera S is t e m

a

d e la s id e a s t r a s c e n d e n t a l e s

N o no s o c u p a m o s a q u í d e u n a d ialéctica ló g ic a , la cual p re s c in d e to ta lm e n te del c o n te n id o d el c o n o c im ie n to y se lim ita a p o n e r d e m a n ifie sto la falsa ilu sió n en la fo rm a d e los silo g ism o s. N o s o c u p a m o s de la dialéctica tra sc e n d e n ta l, la cual tie n e q u e in clu ir, e n te ra m e n te a prio ri, el o rig e n d e c ie rto s c o n o c im ie n to s d e riv a d o s d e la ra z ó n p u ra y el d e c o n c e p to s in fe rid o s cu y o o b je to n o p u e d e d a rse e m p íric a m e n te , de c o n ­ ce p to s q u e se h allan , p o r ta n to , fu e ra d el alcance c o g n o sc itiv o del e n te n d im ie n to p u ro . A p a rtir d e la n a tu ra l re la c ió n q u e ha de ex istir e n tre el u so tra sc e n d e n ta l y el u so ló g ic o de n u e stro c o n o c im ie n to , ta n to en in feren cias c o m o en ju icio s, h e m o s c o m p ro b a d o , p o r u n a p a rte , q u e n o p u e d e h a b e r m ás q u e tre s tip o s de in feren cias d ialécticas, las cuales se refieren a las tre s clases d e in feren cias m e d ia n te las q u e la ra z ó n p u e d e o b te n e r c o n o c im ie n to s d esd e los p rin c ip io s y, p o r o tra , h em o s c o m p ro b a d o q u e la tare a d e la ra z ó n en to d o ello c o n siste en re m o n ta rse d esd e la síntesis c o n d ic io n a d a , a la q u e sie m p re q u e d a o b lig a d o el e n te n d im ie n to , h a sta u n a síntesis in c o n d ic io ­ nad a q u e él n u n c a p u e d e alcanzar. L o u n iv e rsa l d e to d a s las rela c io n e s q u e p u e d e n te n e r B 391 n u e stra s re p re se n ta c io n e s e s : 1) la re la c ió n co n el su je to ; A 334 2) la r e la c ió n c o n o b je to s , sea c o m o f e n ó m e n o s , sea c o m o o b je to s d e l p e n s a m ie n to e n g e n e ra l.

Si c o n e c ta m o s esta su b d iv isió n c o n la d iv isió n a n te rio r, to d a re la c ió n q u e afecte a las re p re se n ta c io n e s y d e la q u e p o d a m o s h a c e rn o s u n c o n c e p to o u n a idea es u n a d e estas tre s : 1) c o n el s u je to ; 2) c o n la v a rie d a d del o b je to en el fe n ó m e n o ; 3) c o n to d a s las cosas en g en eral. T o d o s los c o n c e p to s p u ro s tie n e n q u e v e r c o n la u n id a d sin té tic a de las re p re se n ta c io n e s, p e ro lo s c o n c e p to s d e la ra z ó n

LAS ID E A S T R A S C E N D E N T A L E S

323

p u ra (las ideas tra sc e n d e n ta le s) tie n e n q u e v er c o n la u n id a d sin té tic a in c o n d ic io n a d a de to d a s las c o n d ic io n e s. C o n s ig u ie n te ­ m e n te , to d a s las ideas tra sc e n d e n ta le s p o d rá n re d u c irse a tres clases: la primera de ellas in clu irá la unidad a b so lu ta (in c o n d ic io ­ n ad a) del sujeto pensante; la segunda, la unidad a b so lu ta de la serie de ¡as condiciones del fenómeno; la tercera, la unidad a b so lu ta d e la condición de todos los objetos del pensamiento en general. E l su je to p e n sa n te es el o b je to d e la psicología; el c o n ju n ­ to d e to d o s los fe n ó m e n o s (el m u n d o ) es el o b je to d e la cosmología, y la cosa q u e e n c ie rra la su p re m a c o n d ic ió n de la p o sib ilid a d d e c u a n to p o d e m o s p e n s a r (el ser d e to d o s los seres) c o n stitu y e el o b je to de la teología. A sí, p u e s, la r a ­ z ó n p u ra su m in istra la idea de u n a d o c trin a tra sc e n d e n ta l del alm a (psychologia rationalis), de u n a ciencia tra sc e n d e n ta l del m u n d o (cosmología rationalis) y, fin a lm e n te , de u n c o n o c i- B 392 m ie n to tra sc e n d e n ta l d e D io s (Theologia transcendentalis). N i A 335 siq u ie ra el sim p le esb o z o d e c u a lq u ie ra d e estas ciencias p ro c e d e en a b s o lu to del e n te n d im ie n to , ni a u n en el caso d e q u e éste sea aso c ia d o al su p re m o u so ló g ic o d e la ra z ó n , e sto es, a to d a s las in feren cias p e n sa b le s c o n v istas a a v a n z a r d e sd e u n o d e sus o b je to s (fe n ó m e n o ) hacia to d o s los o tro s , h a sta lle g a r a los m ás re m o to s m ie m b ro s d e la sín tesis em p íric a . A l c o n tr a ­ rio , n o es m ás q u e u n p u ro y g e n u in o p r o d u c to o p ro b le m a de la ra z ó n p u ra. E n el sig u ie n te c a p ítu lo e x p o n d re m o s de fo rm a e x h a u sti­ va cuáles so n los m o d o s de los c o n c e p to s p u ro s de la ra z ó n c o m p re n d id o s b ajo esto s tre s títu lo s d e to d a s las ideas tra s c e n ­ d en tales. S ig u e n el c a m in o tra z a d o p o r las c a te g o ría s. E n e fe c to , la ra z ó n p u ra n u n c a se refie re d ire c ta m e n te a los o b je to s, sin o a los c o n c e p to s d e ésto s. D e ig u a l m o d o , será c u a n d o h ay am o s d e sa rro lla d o p le n a m e n te esta c u e stió n c u a n d o q u e d a rá c la ro : q u e , si la ra zó n d e b e n e c e sa ria m e n te lle g a r al c o n c e p to de la u n id a d ab so lu ta d el sujeto pensante, ú n ic a m e n te p u e d e h acerlo a tra v é s del u so sin té tic o d e la m ism a fu n c ió n de la q u e se sirv e p ara fo rm a r el silo g ism o c a te g ó ric o ; q u e el p ro c e s o ló g ic o d e las ideas h ip o té tic a s co n lle v a n e c e sa ria m e n te la id e a 1 d e lo a b so lu ta m e n te in c o n d ic io n a d o en una serie de co n d ic io n e s d a d a s ; fin a lm e n te , q u e la m era fo rm a d el silo g ism o B 393 d is y u n tiv o c o n llev a n e c e sa ria m e n te el c o n c e p to su p re m o d e 1 L e y e n d o , c o n H a rte n s te in ,

in hypothetiscben Ideen die Idee vom,

de in hypothetiscben Iden die vom. (N. del T.)

e n lu g a r

324

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

A 336 la razón, el de un ser de todos los seres, lo cual constituye, a prim era vista, un pensam iento de lo m ás paradójico. D e estas ideas tra sc e n d e n ta le s n o p o d e m o s re a liz a r u n a e n se n tid o p ro p io , al m o d o c o m o la h ic im o s de las c a te g o ría s, ya q u e , p re c isa m e n te p o r ser sim p le s ideas, n o hacen en realid ad re feren cia a u n o b je to q u e p u e d a d árseles c o m o c o rre sp o n d ie n te . P e ro sí p o d ría m o s e fe c tu a r u n a d e riv a ­ c ió n 1 su b je tiv a d e las m ism as p a rtie n d o d e la n a tu ra le z a d e n u e stra razó n . E s to es lo q u e h e m o s h e c h o e n el p re s e n te c a p ítu lo .

deducción objetiva

E s fácil de v er q u e la ra z ó n p u ra n o p e rs ig u e o tr o o b je tiv o q u e el de la a b so lu ta to ta lid a d d e la sín tesis por el lado de las condiciones (de in h e re n c ia , d e d e p e n d e n c ia o d e c o n c u rre n c ia ) y q u e la a b so lu ta c o m p le tu d por el lado de lo condicionado n o es de su in c u m b e n c ia . E n e fe c to , lo ú n ic o q u e le hace falta p a ra p re s u p o n e r to d a la serie d e c o n d ic io n e s y p a ra o frecérsela a priori al e n te n d im ie n to es d ic h a to ta lid a d . U na vez q u e te n e m o s u n a c o n d ic ió n c o m p le ta m e n te (e in c o n d i­ cio n a lm e n te ) d a d a , n o hay ya n e c e sid a d d e u n c o n c e p to d e B 394 la ra z ó n p ara c o n tin u a r la serie, ya q u e el e n te n d im ie n to d e s ­ cien d e e sc a lo n a d a m e n te , p o r sí so lo , d e sd e la c o n d ic ió n a lo condicionado. D e esta m a n e ra , las ideas tra sc e n d e n ta le s só lo sirv e n p a ra ascender e n la serie de c o n d ic io n e s h a sta lle g a r a lo in c o n d ic io n a d o , es d e c ir, a los p rin c ip io s. P o r lo q u e A 337 to c a al descenso hacia lo c o n d ic io n a d o , n u e stra ra z ó n h ace u n a m p lio u so ló g ic o d e las leyes d el e n te n d im ie n to , p e ro n o u n u so tra sc e n d e n ta l. Si n o s h a c e m o s u n a idea d e la a b so lu ta to ta lid a d de se m ejan te sín tesis (del progressus), p o r e je m p lo , de la serie c o m p le ta d e los c a m b io s fu tu ro s e n el m u n d o , nos h allam o s a n te u n p ro d u c to d el p e n sa m ie n to (ens rationis) c o n c e b id o p o r sim p le a rb itra rie d a d , n o a n te u n a idea q u e haya sid o n ec e sa ria m e n te su p u e sta p o r la ra z ó n . E n e fecto , la p o sib ilid a d d e lo c o n d ic io n a d o su p o n e la to ta lid a d d e sus c o n d ic io n e s, p e ro n o la d e sus c o n se c u e n c ia s. C o n s ig u ie n te m e n ­ te, se m ejan te c o n c e p to n o c o n stitu y e u n a idea tra sc e n d e n ta l, q u e es n u e s tro ú n ic o o b je to d e a te n c ió n a h o ra. P o r fin , n o ta m o s ig u a lm e n te q u e e n tre las m ism as ideas tra sc e n d e n ta le s se v islu m b ra cierta c o n e x ió n y u n id a d . E s ta n n a tu ra l p a sa r del c o n o c im ie n to d e sí m ism o (d el alm a) al

1 Leyendo, con Mellin, Ableitung, en vez de Anleitung (N. del T.)

LAS ID EA S TR A SC E N D EN TA L ES

325

c o n o c im ie n to del m u n d o y d e sd e éste al ser o rig in a rio , q u e p arece sem ejan te al p aso ló g ic o d e la ra z ó n d esd e las p rem isas a la c o n c lu s ió n 11. L a p o sib ilid a d de q u e se o c u lte a q u í una v erd a d e ra afin id ad del m ism o tip o q u e la ex iste n te e n tre el p ro c e s o ló g ic o y el tra sc e n d e n ta l c o n stitu y e ig u a lm e n te una d e las c u estio n es cuya re sp u e sta d e b e rá e sp e ra r el p o s te rio r d e sa rro llo de estas in v estig a c io n e s. D e m o m e n to , h e m o s c o n se ­ g u id o n u e stro o b je tiv o , ya q u e los c o n c e p to s de la ra z ó n , q u e las teo rías filosóficas su elen c o n fu n d ir c o n o tro s , sin d is tin ­ g u irlo s siq u iera c o n v e n ie n te m e n te d e los c o n c e p to s d el e n te n d i­ m ie n to , h an sid o p u e sto s a salv o d e esta a m b ig ü e d a d . H em o s p o d id o señalar ig u alm e n te su o rig e n y, p o r m ed io d e éste, su n ú m e ro p re c iso , q u e n o p u e d e ser re b a sa d o , y p re se n ta rlo s en un c o n ju n to sistem ático . C o n ello h em o s in d ic a d o y d e lim ita ­ d o un cam p o específico de la ra z ó n p u ra .

k La fin a lid a d p r o p ia

d e la i n v e s t i g a c i ó n

a tr e s id e a s : D io s, lib erta d e inm ortalidad, d e m o d o

d e la

m e ta f í s i c a s e

red u ce

q u e el s e g u n d o c o n c e p t o

d e b e , si lo l i g a m o s c o n el p r i m e r o , c o n d u c i r n o s al t e r c e r o . T o d a o t r a c o s a e s tu d ia d a

p o r e s t a c i e n c ia s ó l o le s i r v e

de

m e d io p a r a

ll e g a r a e s t a s

id e a s

y a s u r e a l i d a d . N o la s n e c e s i t a , p u e s , c o n v is ta s a la c i e n c ia d e la n a t u r a l e z a , s i n o p a r a r e b a s a r e s t a ú l t i m a . E l c o n o c i m i e n t o d e e s ta s id e a s h a r í a d e p e n d e r la teología, la m oral y , a tr a v é s d e la c o m b i n a c i ó n

d e a m b a s , la religión — y,

c o n s i g u i e n t e m e n t e , lo s f in e s s u p r e m o s d e n u e s t r a e x i s t e n c i a — , s im p l e y e x c l u s i ­ v a m e n t e , d e la f a c u l t a d e s p e c u l a t i v a d e la r a z ó n . E n u n a e x p o s i c i ó n s is te m á ti c a d e e s a s id e a s , el o r d e n m á s a d e c u a d o s e r ía e l c i t a d o , p o r s e r el o r d e n sintético. E n la e l a b o r a c i ó n

q u e n e c e s a r i a m e n t e d e b e p r e c e d e r , e l o r d e n an a lítico , q u e

i n v i e r t e el a n t e r i o r , s e r á , e n c a m b i o , e l m á s a d e c u a d o al o b j e t i v o d e c o m p l e t a r n u e s t r o g r a n p r o y e c t o , y a q u e n o s o t r o s a v a n z a m o s d e s d e lo q u e la e x p e r i e n c i a nos

o fre c e

in m e d ia ta m e n te , a sa b e r,

desde

la doctrina del alm a a

la

doctrina

d el m undo y d e a q u í a l c o n o c i m i e n t o d e D io s. [ N o t a a ñ a d i d a p o r K a n t e n B .]

B 395

A 338

B 396

D IA L E C T IC A T R A S C E N D E N T A L L

ib r o

S

e g u n d o

L A S I N F E R E N C I A S D IA L E C T IC A S D E LA R A Z O N PURA

A 339

B 397

P o r m ás q u e la sim p le idea tra sc e n d e n ta l haya sid o p ro d u c id a n e c esariam e n te en la ra z ó n d e a c u e rd o c o n sus leyes o rig in a ria s, p o d e m o s d e c ir q u e el o b je to d e ta l idea eS a lg o d e lo q u e n o te n e m o s c o n c e p to n in g u n o . E n e fecto , n o es re a lm e n te p o sib le fo rm a r u n c o n c e p to in te le c tu a l1 de u n o b je to q u e te n g a q u e a d e c u a rse al re q u isito d e la ra z ó n , es d ecir, u n c o n c e p to su sc e p tib le d e ser m o s tra d o e in tu id o e n u n a ex p erien cia p o sib le . S ería m ás e x acto y m e n o s e x p u e sto a los m a le n te n d id o s d ec ir q u e n o p o d e m o s c o n o c e r el o b je to q u e c o rre s p o n d a a u n a idea, a u n q u e sí p o d e m o s te n e r de él u n c o n c e p to p ro b le m á tic o . A l m e n o s la realid a d tra sc e n d e n ta l (su b je tiv a ) d e los c o n c e p to s p u ro s d e ra z ó n se basa en q u e n o so tro s so m o s c o n d u c id o s a tales ideas p o r u n s ilo g is m o 12 n ecesario . H a b rá , p u e s, silo g ism o s c aren te s d e p re m isa s e m p íric a s, p o r m e d io d e los cuales d e d u c im o s, a p a rtir d e u n a cosa c o n o c id a , alg o de lo q u e n o te n e m o s c o n c e p to , a lg o a lo q u e , n o o b sta n te , c o n c e d e m o s re a lid ad o b je tiv a d e b id o a u n a ilu sió n in ev itab le. T e n ie n d o e n c u e n ta su re s u lta d o , tales silo g ism o s so n sofismas, 1

Verstandesbegriff

2 L a p a la b ra

que

e m p le a

K a n t es

Vernunftschlufí,

cuya

s ig n ific a c ió n

e s , e n r e a l i d a d , m á s a m p l i a q u e la d e s i l o g i s m o . L a t r a d u c c i ó n m á s p r e c i s a s e r ía la d e la s

inferencia mediata.

e je m p lific a c io n e s

que

s ilo g ís tic a s (N . d e l T .)

S in e m b a r g o , la t r a d u z c o c o m o s i l o g i s m o p o r q u e

nos

o fre c e

K ant

son

ca si

e x c lu s iv a m e n te

fo rm a s

IN FE R E N C IA S D IA LECTIC A S

327

m ás q u e in feren cias de la ra z ó n , si b ie n p o d ría n lle v a r este ú ltim o n o m b re en v irtu d d e su m o tiv a c ió n , ya q u e n o se tra ta d e ficcio n es ni d e p ro d u c to s fo r tu ito s , sin o q u e h a n su rg id o d e la n a tu ra le z a d e la ra z ó n . S o n so fism as d e la ra z ó n m ism a, n o de los h o m b re s. N i el m ás sab io d e é sto s p u e d e lib ra rse de ellos. P u ed e , tal vez, e v ita r el e r r o r a b ase de m u c h o e sfu erzo , p e ro n u n c a d e sh a c e rse d e l to d o d e la ilu sió n q u e le acosa in s iste n te m e n te y q u e se b u rla d e él. A sí, p u es, hay so la m e n te tre s clases d e silo g ism o s d ia lé c ­ tic o s, ta n ta s c o m o ideas e n las q u e d e se m b o c a n su s c o n c lu s io ­ nes. E n la prim era clase p a rto d el c o n c e p to tra s c e n d e n ta l d e su je to , q u e n o c o n tie n e v a rie d a d , p a ra in fe rir la u n id a d a b so lu ta de ese m ism o su je to , del cu al n o p o s e o , d e este m o d o , n in g ú n c o n c e p to . E s ta in feren cia d ialéctica re c ib irá el n o m b re d e paralo­ gismo tra sc e n d e n ta l. L a segunda clase d e in feren cias so físticas se p ro p o n e c o n s e g u ir u n c o n c e p to tra sc e n d e n ta l d e la a b so lu ta to ta lid a d de la serie de c o n d ic io n e s re la tiv a s a u n fe n ó m e n o d a d o en g e n e ra l: del h e c h o d e q u e p o se o d e la in c o n d ic io n a d a u n id a d sin té tic a de la serie u n c o n c e p to q u e es, d e sd e cierta p e rs p e c tiv a , sie m p re c o n tra d ic to rio , in fie ro q u e la u n id a d c o ­ rre c ta es la o p u e sta , a p e sa r d e q u e n o p o se o d e ella n in g ú n c o n c e p to . L la m a ré antinomia d e la ra z ó n p u ra a la situ a c ió n en q u e se e n c u e n tra al h ac e r estas in feren cias d ialécticas. E n la tercera clase d e in feren cias so físticas, p a ra te rm in a r, in fie ro de la to ta lid a d de las c o n d ic io n e s re q u e rid a s p a ra p e n s a r o b je to s en g e n e ra l q u e se m e p u e d a n d a r la a b so lu ta u n id a d sin té tic a d e to d a s las c o n d ic io n e s d e p o sib ilid a d d e las co sas e n g en e ra l. E s d ecir, de las cosas q u e n o c o n o z c o p o r su m e ro c o n c e p to tra sc e n d e n ta l in fiero u n ser d e to d o s los seres q u e m e es to d a v ía m e n o s c o n o c id o p o r u n c o n c e p to tr a s c e n d e n ta l1 y d e cuya in c o n d ic io n a d a n e c esid ad soy in cap a z d e h a c e rm e u n c o n c e p to . L la m a ré a esta in feren cia dialéctica el ideal d e la ra z ó n p u ra .

1 L e y e n d o , d e a c u e r d o c o n la 4 .a e d i c i ó n o r i g i n a l , lu g a r d e

trans^endml.

(N . d e l T .)

trans^endentalen,

en

A 340 B 398

328

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

B 3411

L IB R O S E G U N D O D E L A D IA L E C T IC A

B 399J

TRA SCEN D EN TAL C

a p ít u l o

I

P A R A L O G IS M O S D E L A R A Z O N P U R A

B 400 A 342

E l p a ra lo g ism o ló g ic o es la in c o rre c c ió n del silo g ism o d esd e el p u n to de vista d e su fo rm a , sea cual sea su c o n te n id o . U n p a ra lo g ism o tra sc e n d e n ta l p o se e u n fu n d a m e n to tra sc e n ­ d en tal c o n siste n te en q u e in d u c e a in feren cias fo rm a lm e n te in co rrectas. A sí, p u e s, sem e ja n te falacia tie n e q u e basarse en la n a tu raleza de la ra z ó n h u m a n a y c o n lle v a r una ilu sió n in e v ita ­ ble, a u n q u e n o insolub le. L leg am o s a h o ra a u n c o n c e p to q u e n o c o n sig n a m o s antes en la lista g e n era l de c o n c e p to s tra sc e n d e n ta le s y q u e d eb e in clu irse en ella, p e ro sin q u e tal in c lu sió n la in c re m e n te en lo m ás m ín im o o rev ele q u e a lg o le. faltab a. E l c o n c e p to o, si se p re fie re , el ju icio , es é ste : « Y o pienso». E s fácil de v er q u e este c o n c e p to c o n stitu y e el v e h íc u lo de to d o s los d em ás, in clu id o s, p o r ta n to , los c o n c e p to s tra sc e n d e n ta le s; q u e , c o n sig u ie n te m e n te , sie m p re es c o n c e b id o en c o n c o m ita n ­ cia co n éstos y q u e , en co n se c u e n c ia , es ig u a lm e n te tra sc e n d e n tal, p e ro sin p o d e r te n e r u n títu lo esp ecífico , p u e sto q u e tan sólo sirve p a ra in d icar q u e to d o p e n sa m ie n to p e rte n e c e a la co nciencia. D e to d o s m o d o s , p o r m u y lim p io q u e esté de elem en to s e m p írico s (de la im p re sió n de los se n tid o s), sirv e p ara d is tin g u ir d o s clases de o b je to s d e riv a d o s de la n atu raleza d e n u e stra facu ltad d e re p re se n ta c ió n . Yo, en c u a n to p e n sa n te , soy u n o b je to del se n tid o in te rn o y re c ib o el n o m b re de alm a. L o q u e es o b je to de los se n tid o s e x te rn o s se llam a c u e rp o . C o n sig u ie n te m e n te , el yo, en c u a n to ser p e n sa n te , significa el o b je to d e la p sic o lo g ía , q u e p u e d e d e sig n a rse c o ­ m o d o c trin a racio n al del alm a, si es q u e n o p re te n d o sa b er acerca de ésta m ás qu e lo d e d u c ib le , c o n in d e p e n d e n c ia de la ex p erien cia (que m e d e te rm in a m ás d e ta lla d a m e n te y en c o n c re to ), del c o n c e p to «yo», q u e in te rv ie n e en to d o p e n sa ­ m ien to . La d o c trin a racional del alm a es, efe c tiv a m e n te , una tarea d e esta ín d o le , ya q u e , de m ezc larse e n tre los fu n d a m e n to s de esta ciencia el m e n o r e le m e n to e m p íric o de m i p e n sa r o alg u n a especial p e rc e p c ió n d e m i e sta d o in te rn o , n o sería

PARALOGISM OS D E LA R A Z O N PURA

329

ya d o c trin a racio n al, sin o d o c trin a empírica. A sí, p u e s, n os h allam o s ya a n te u n a p re s u n ta ciencia ed ificad a so b re la única p ro p o s ic ió n «Y o pien so » , u n a c ien c ia c u y o fu n d a m e n to o falta d e fu n d a m e n to p o d e m o s in v e s tig a r a q u í c o n to d a p ro p ie d a d y d e a c u e rd o c o n la n a tu ra le z a d e u n a filo so fía tra sc e n d e n ta l. N o hay q u e d e te n e rse en la d ific u lta d d e q u e esta p ro p o s ic ió n , B 401 qu e ex p resa la a u to p e rc e p c ió n , in clu y a u n a ex p erien cia in te rn a A 343 y de q u e, c o n sig u ie n te m e n te , la d o c trin a ra cio n al del alm a, edificada so b re tal p ro p o s ic ió n , n u n c a sea p u ra , sin o q u e se halle p a rc ia lm e n te fu n d a d a en un p rin c ip io e m p íric o . E n efecto , esta p e rc e p c ió n n o es o tra cosa q u e la sim p le a p erc e p c ió n «Y o p ien so » , la cual hace in c lu so p o sib le s to d o s los c o n c e p to s tra scen d en tales q u e d ic e n : «Y o p ie n s o la su sta n c ia , la causa», etc. P ues la ex p erien cia in te rn a e n g en e ra l y su p o sib ilid a d , o la p e rc e p c ió n en g en e ra l y su re la c ió n co n o tra p e rc e p c ió n , n o p u e d e n ser co n sid e ra d a s, a n o se r q u e se dé a lg u n a d iferen cia especial de las m ism as o a lg u n a d e te rm in a c ió n e m p íric a , c o m o c o n o c im ie n to e m p íric o , sin o q u e d e b e n ser te n id a s p o r c o n o c i­ m ie n to de lo em p íric o en g en eral. L a ex p erien cia in te rn a p e rte ­ nece a la in v e stig a c ió n de la p o sib ilid a d de to d a e x p erien cia, in v e stig a c ió n q u e es, en c u a lq u ie r caso , tra sc e n d e n ta l. E l m e n o r o b je to de p e rc e p c ió n (p o r e je m p lo , el p lace r o el d o lo r) q u e se a ñ ad ie ra a la re p re se n ta c ió n g en e ra l de la a u to c o n c ie n c ia c o n v e rtiría in m e d ia ta m e n te la p sic o lo g ía ra cio n al en p sic o lo g ía em pírica. «Y o p ien so » es, c o n sig u ie n te m e n te , el ú n ic o te x to de la p sic o lo g ía racio n al a p a rtir del cual d eb e d e sa rro lla r to d o su saber. E s fácil de v e r q u e , si este p e n sa m ie n to ha d e re ferirse a u n o b je to (a m í m ism o ), n o p u e d e c o n te n e r m ás q u e p re d ic a ­ dos tra sc e n d e n ta le s de este m ism o o b je to , ya q u e el m e n o r p r e ­ d ic a d o e m p íric o d e stru iría la p u re z a racio n al y la in d e p e n d e n ­ cia de esta ciencia re s p e c to de to d a ex p erien cia. S ólo te n d re m o s q u e se g u ir a q u í la g u ía de las cate g o rías. A h o ra b ien , p u e sto q u e lo p rim e ro q u e se n os d a es el yo í A 344 | B 402 en c u a n to su stan cia p e n sa n te , n o c a m b ia re m o s el o rd e n se g ú n el cual a p arecían las cate g o ría s d e la ta b la , p e ro c o m e n z a re m o s p o r la c a te g o ría d e su stan cia, m e d ia n te la cual re p re se n ta m o s u n a cosa e n sí m ism a, sig u ie n d o d e sp u é s la serie re tro s p e c tiv a ­ m en te. L a tó p ic a d e la d o c trin a racio n al del alm a, de la cual d e riv a to d o lo dem ás q u e p u e d a c o n te n e r es, p u e s, co m o sig u e :

330

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

1 E l alm a es

sustancia1

2

3

D esd e el p u n to d e vista de su cu alid ad , es simple

D e sd e el p u n to d e vista d e lo s d ife re n te s tie m p o s en q u e ex iste, es n u m é ric a m e n te id én tica, es d ecir, es unidad (n o p lu ra lid a d )

4 E stá en relación c o n p o sib le s o b je to s en el espacio*4

A 345 \ B 403 ]

T o d o s los "conceptos de la d o c trin a p u ra del alm a d e riv a n de esto s e lem en to s p o r sim ple c o m p o sic ió n , sin re c o n o c e r en lo m ás m ín im o o tr o p rin c ip io . E sta su stan cia, c o m o m ero o b je to del se n tid o in te rn o , n o s d a el c o n c e p to de inmaterialidad. C o m o su stan cia sim ple, n o s da el de incorruptibilidad. La id e n ti­ dad de la m ism a, en c u a n to su sta n c ia in te le c tu a l, nos o frece la personalidad, y las tres p ro p ie d a d e s ju n tas, la espiritualidad. La relació n c o n los o b je to s e n el esp acio nos da el comercio co n los cu e rp o s. C o n sig u ie n te m e n te , re p re se n ta la su stan cia p e n sa n te en c u a n to p rin c ip io v ital e n la m ateria, es d ecir, en c u a n to alm a ( anima) y fu n d a m e n to d e la animalidad. E sta ú ltim a, en c u a n to lim itad a p o r la e sp iritu a lid a d , n o s da la

inmortalidad. E n relació n co n ello te n e m o s c u a tro p a ra lo g ism o s de

B 404 una d o c trin a tra sc e n d e n ta l del alm a — falsam e n te co n sid e ra d a

A 346

c o m o ciencia de la ra z ó n p u r a — q u e estu d ia la n a tu raleza de n u e stro ser p e n san te . N o p o d e m o s señ alar c o m o fu n d a m e n to de tal d o c trin a sin o la re p re se n ta c ió n «yo», q u e es sim ple y, p o r sí m ism a, c o m p le ta m e n te vacía de c o n te n id o . N o p o d e 1 K a n t,

Nachtráge...

C L X I : « e x is te c o m o su sta n c ia » (N . d e l T .)

k E l le c to r q u e n o v e a c o n fa c ilid a d e x p re s io n e s d e b id o a s u a b s tra c c ió n

B 403

el s e n tid o

tr a s c e n d e n ta l,

a t r i b u t o d e l a l m a p e r t e n e c e a la c a t e g o r í a d e la

p s ic o ló g ic o

ni p o r

existencia,

qué

e s te

d e e s ta s ú ltim o

h a lla rá s u e x p lic a c ió n

y ju s tific a c ió n s u fic ie n te s e n lo q u e s ig u e . P o r lo d e m á s , c o m o d is c u lp a p o r el u s o

d e lo s té r m in o s la tin o s q u e , e n

lu g a r d e su s e q u iv a le n te s a le m a n e s

y c o n t r a v i n i e n d o e l e s t i l o d e b u e n g u s t o , s e h a n d e s l i z a d o t a n t o e n la p r e s e n t e s e c c i ó n c o m o e n e l r e s t o d e la o b r a , d e b o d e c i r q u e h e p r e f e r i d o s a c r i f i c a r la e l e g a n c i a d e l l e n g u a j e q u e d i f i c u l t a r e l i d i o m a p e d a g ó g i c o o b s tá c u lo d e c o m p r e n s ió n ( N o ta d e K a n t).

c o n el m e n o r

PA RA LO G ISM O S D E LA R A Z O N PURA

331

m os siq u ie ra d e c ir q u e esta re p re s e n ta c ió n sea u n c o n c e p to , sin o la m era co n cie n c ia q u e a c o m p a ñ a c u a lq u ie r c o n c e p to . P o r m e d io de este yo, o él, o ello (la co sa), q u e p ie n sa n o se re p re se n ta m ás q u e u n su je to tra sc e n d e n ta l d e los p e n sa m ie n ­ to s = x , q u e só lo es c o n o c id o a tra v é s d e lo s p e n sa m ie n to s q u e c o n stitu y e n sus p re d ic a d o s y d el q u e n u n c a p o d e m o s te n e r el m ín im o c o n c e p to p o r se p a ra d o . P o r eso n o s m o v e m o s en u n círcu lo p e rp e tu o en to r n o a él, ya q u e , si q u e re m o s en ju ic ia rlo , n o s v e m o s o b lig a d o s a se rv irn o s ya d e su re p re s e n ­ tació n . E sta d ific u lta d es in se p a ra b le del m ism o , ya q u e la co n cie n cia n o es en sí u n a re p re s e n ta c ió n d e stin a d a a d is tin g u ir u n o b je to esp ecífico , sin o q u e es u n a fo rm a d e la re p re se n ta c ió n e n g e n e ra l, en la m ed id a en q u e se la d e b a lla m a r c o n o c im ie n to . E n efecto , si p u e d o d ec ir q u e p ie n s o a lg o , es só lo a tra v é s de ella. S in e m b a rg o , d e b e p a re c e r e x tra ñ o , ya d e e n tra d a , q u e , p o r u n a p a rte , la c o n d ic ió n b a jo la cu al p ie n so y q u e c o n stitu y e , c o n sig u ie n te m e n te , u n a p ro p ie d a d d e m i su je to , d e b a te n e r ta m b ié n v alid ez re sp e c to d e to d o lo q u e p ie n sa , y q u e , p o r o tra , p re te n d a m o s b asar en u n a p ro p o s ic ió n q u e es, al p a re c e r, em p íric a m i ju icio a p o d íc tic o y u n iv e rsa l, a sab e r, q u e to d o B 405 lo q u e pien sa p o se e la n a tu ra le z a q u e la v o z d e m i a u to c o n c ie n cia le a trib u y e . La ra z ó n d e ello re sid e e n q u e d e b e m o s a sig n a r a priori y n ec e sa ria m e n te a to d a s las cosas las p ro p ie d a d e s q u e c o n s titu y e n las co n d ic io n e s q u e n o s p e rm ite n p e n sa rla s. A 347 A h o ra b ien, la m ás p e q u e ñ a re p re se n ta c ió n q u e de u n ser p e n sa n te p u e d a yo te n e r n o p ro c e d e d e u n a ex p e rie n c ia e x te rn a , sin o ú n ic a m e n te de la a u to c o n c ie n c ia . P o r ta n to , tales o b je to s n o so n m ás q u e tra sp o sic io n e s d e esta m i co n c ie n c ia a o tra s cosas q u e só lo a tra v é s d e la m ism a so n re p re se n ta d a s c o m o seres p e n sa n te s. Sin e m b a rg o , la p ro p o s ic ió n «Y o p ie n so » ta n só lo es to m a d a a q u í c o m o p ro b le m á tic a , n o c o m o c o n te n ie n d o la p e rc e p c ió n d e u n a ex isten cia (el c a rte sia n o cogito ergo su m ), sin o se g ú n su m era p o sib ilid a d , c o n el fin d e v e r q u é p ro p ie d a ­ des d e riv a n d e esta p ro p o s ic ió n ta n sim p le c o n re s p e c to a su su je to (exista éste o n o ). Si el c o n o c im ie n to q u e d e los seres p e n sa n te s e n g e n e ra l o b te n e m o s m e d ia n te la ra z ó n p u ra tu v ie ra m ás fu n d a m e n to q u e el cogito; si a c u d ié ra m o s ta m b ié n a las o b se rv a c io n e s so b re el ju e g o d e n u e s tro s p e n sa m ie n to s y a las leyes n a tu ra le s q u e d e b e m o s e x tra e r del m ism o en re la c ió n c o n el y o p e n sa n te , e n to n c e s s u rg iría u n a p sic o lo g ía e m p íric a q u e sería u n a especie

332

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

d e fisiología d el se n tid o in te rn o . E sta p o d ría tal v ez s e rv irn o s p ara explicar lo s fe n ó m e n o s re la tiv o s a tal se n tid o , p e ro n unca B 406 p ara d esv elar aq u ellas p ro p ie d a d e s q u e n o p e rte n e c e n a la exp erien cia p o sib le (co m o las d e lo sim p le ) n i p a ra e n se ñ a rn o s apodícticamente acerca d e los seres p e n sa n te s en g e n e ra l alg o c o n c e rn ie n te a su n atu raleza. E s d e c ir, n o sería u n a psicología

racional. A 348

D a d o q u e la p ro p o s ic ió n « Y o p ien so » (to m a d a p ro b le ­ m á ticam en te) c o n tie n e la fo rm a de to d o ju icio del e n te n d im ie n ­ to y a co m p a ñ a to d a s las c a te g o ría s c o m o su v e h íc u lo , es claro q u e las c o n c lu sio n e s ex traíd as d e la m ism a só lo p u e d e n reflejar u n u so tra sc e n d e n ta l del e n te n d im ie n to , u so q u e ex clu y e to d o a ñ a d id o e m p íric o y de c u y o p ro g re s o n o p o d e m o s , se g ú n lo d ich o a n te rio rm e n te , fo rm a rn o s d e a n te m a n o u n c o n c e p to fa v o rab le. Q u e re m o s , p u e s, se g u irlo c o n o jo c rític o a trav és d e to d o s los p re d ic a m e n to s de Ja d o c trin a p u ra del alm a.

P

r im e r

p a r a l o g is m o

d e

l a

s u s t a n c ia l id a d

(según la primera edición) 1 Sustancia es aq u e llo cu y a re p re se n ta c ió n c o n stitu y e el sujeto absoluto d e n u e stro s ju icio s, a q u e llo q u e n o p u e d e , p o r ta n to , ser e m p le a d o c o m o d e te rm in a c ió n d e o tra cosa. Y o, en c u a n to ser p e n sa n te , soy el sujeto absoluto de to d o s m is juicios p o sib le s, p e ro esta re p re se n ta c ió n d e m í m ism o n o p u e d e ser u sad a c o m o p re d ic a d o d e o tra cosa. C o n sig u ie n te m e n te , y o , en c u a n to ser p e n sa n te (alm a), so y sustancia.

C rítica del p rim e r paralogismo de la psicología p ura E n la p a rte analítica de la ló g ica tra sc e n d e n ta l p u sim o s de m an ifiesto q u e las ca te g o ría s p u ra s (e n tre ellas la de su sta n A 349 cia) carecían de sig n ificació n p o r sí solas, si n o ib a n ap o y a d a s p o r u na in tu ic ió n a cuya v a rie d a d p o d ía n , en c u a n to fu n c io n e s de la u n id a d sin tética, ser ap licadas. Sin tal a p o y o , las cate g o ría s n o so n m ás q u e fu n c io n e s d e u n ju icio sin c o n te n id o . P u e d o

1 Se ofrece, en prim er lugar, el texto de A. El texto de B se hallará en las págs. 366-381 (N. del T.)

PA R A L O G ISM O S D E LA R A Z O N PURA (A)

333

lla m a r su stan cia a c u a lq u ie r c o sa , sie m p re q u e la d istin g a de lo s sim p les p re d ic a d o s y d e te rm in a c io n e s de las cosas. A h o ra b ie n , el j o es en n u e s tro s p e n sa m ie n to s el su je to en el q u e to d o s ello s in h ie re n c o m o m eras d e te rm in a c io n e s, y ese yo n o p u e d e ser e m p le a d o c o m o d e te rm in a c ió n d e o tra cosa. A sí, p u e s, cada u n o tie n e n e c e sa ria m e n te q u e c o n sid e ra rse a sí m ism o c o m o su sta n c ia , m ie n tra s q u e d e b e c o n sid e ra r el p e n sa m ie n to c o m o a c c id e n te d e su e x isten cia y c o m o d e te rm i­ n a c ió n d e su e stad o . P e ro ¿qué u so d e b o y o h ac e r d e e ste c o n c e p to d e s u s ta n ­ cia ? Q u e y o , c o m o ser p e n s a n te , perdure p o r m í m ism o , q u e , d e m o d o n a tu ra l, n o ñatoca n i perezca, so n p ro p ie d a d e s q u e , de n in g ú n m o d o , p o d e m o s d e d u c ir de tal c o n c e p to . S in e m b a r­ g o , si el c o n c e p to d e su sta n c ia lid a d d e m i s u je to p e n sa n te p o se e a lg u n a u tilid a d , es en este se n tid o . D e lo c o n tra rio , p o d ría m u y b ie n p re s c in d ir d e él. L ejos de q u e p o d a m o s d e riv a r tales p ro p ie d a d e s d e la p u ra c a te g o ría de su s ta n c ia , o c u rre , p o r el c o n tr a rio , q u e te n e m o s q u e basarlas e n la p e rm a n e n c ia de u n o b je to d a d o en la ex p erien cia, si q u e re m o s a p licar a ese o b je to el c o n c e p to de su stan cia de m o d o e m p íric a m e n te v álid o . A h o ra b ien , en el caso de n u e stra p ro p o s ic ió n n o n o s h e m o s a p o y a d o en la e x p erien cia, sin o q u e n o s h e m o s lim ita d o a sacar c o n c lu sio n e s d el c o n c e p to d e la re la c ió n q u e to d o p e n sa r g u a rd a c o n el A 350 yo e n c u a n to su je to c o m ú n e n el q u e in h iere. P o r m ás q u e n o s esfo rz á ra m o s, n o lo g ra ría m o s d e m o s tra r esa p e rm a n e n c ia p o r m e d io de n in g u n a o b s e rv a c ió n se g u ra . E n e fe c to , a u n q u e el yo se halla e n to d o s lo s p e n sa m ie n to s, la re p re se n ta c ió n d el m ism o n o va u n id a a la m e n o r in tu ic ió n q u e lo d istin g a d e o tr o s o b je to s de la in tu ic ió n . P o d e m o s , p u e s, a d v e rtir q u e tal re p re se n ta c ió n in te rv ie n e e n to d o p e n s a m ie n to , p e to n o q u e haya u na in tu ic ió n c o n tin u a y p e rm a n e n te en la cual los p e n sa m ie n to s (en c u a n to v ariab les) cam b ien . D e ahí se sig u e q u e el p rim e r silo g ism o de la p sic o lo g ía tra sc e n d e n ta l no s o frece u n c o n o c im ie n to q u e só lo es n u e v o en su p re te n s ió n , ya q u e h a c e p asar p o r c o n o c im ie n to del su je to real d e la in h e re n c ia lo q u e es el su je to ló g ic o p e rm a n e n te d el p en sar, D e ese su je to re a l n o te n e m o s, ni p o d e m o s te n e r, el m e n o r c o n o c im ie n to , ya q u e es la c o n cie n cia la q u e c o n v ie rte las re p re se n ta c io n e s en p e n s a m ie n to s y es, p o r ta n to , en ella, c o m o su je to tra sc e n d e n ta l, d o n d e h a n d e e n c o n tra rse to d a s n u e stra s p e rc e p c io n e s. F u e ra d e tal sig n ific a d o ló g ic o de! yo,

334

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

n o c o n o c e m o s en sí m ism o al su je to q u e , c o m o s u s tra to , le sirv e d e b ase a él y a to d o s los p e n sa m ie n to s. P o d e m o s , n o o b s ta n te , a d m itir la p ro p o s ic ió n «E l alm a es su stan cia» si n o s re sig n a m o s a q u e tal c o n c e p to n o n o s 1 h ace a v a n z a r A 351 lo m ás m ín im o ni p u e d e o fre c e rn o s n in g u n a d e las c o n s e c u e n ­ cias h a b itu a le s d e la d o c trin a so fística d el alm a, p o r e je m p lo , la p e rp e tu a d u ra c ió n d e ésta a tra v é s d e to d o s sus c a m b io s e in c lu so al m o rir el h o m b r e ; si n o s re s ig n a m o s , p o r ta n to , a q u e el c o n c e p to d e sig n e só lo u n a su sta n c ia en la id ea, n o en la realid ad .

S

eg u n d o

p a r a l o g is m o

de

la

s im p l ic id a d

U n a cosa cuya a c c ió n n u n c a p u e d e ser c o n sid e ra ­ da c o m o la c o n c u rre n c ia d e v a rio s a g e n te s es simple. A h o ra b ien , el alm a, o y o p e n sa n te , es u n a co sa de esta ín d o le. P o r c o n sig u ie n te , ...

C rítica

del

segundo

paralogism o trascendental

de

la

psicología

E s te es el A q u ile s d e to d a s las in feren cias d ialécticas d e la d o c trin a p u ra del alm a. N o se tra ta d e u n m e ro ju e g o so fístico , in v e n ta d o p o r a lg ú n d o g m á tic o c o n el fin d e d a r a sus afirm a c io n e s u n a lig era v e ro s im ilitu d , sin o d e u n a in fe re n ­ cia q u e p a rece re s istir el e x am e n m ás rig u ro s o y la in v e s tig a c ió n m ás esc ru p u lo sa . E s c o m o sig u e. T o d a su sta n c ia compuesta c o n stitu y e u n a g re g a d o d e v arias su sta n c ia s, y la a c ció n de u n c o m p u e s to o d e lo q u e le es, e n c u a n to ta l, in h e re n te , c o n stitu y e u n a g re g a d o de v a rio s a c to s o a c c id en tes q u e se d is trib u y e n e n tre las v arias su stan cias. U n e fecto p u e d e m u y A 352 b ie n ser re s u lta d o d e la c o n c u rre n c ia d e m u c h a s su stan cias a c tu a n te s, si tal efecto es só lo e x te rio r (co m o , p o r e je m p lo , el m o v im ie n to de u n c u e rp o es el m o v im ie n to c o n ju n to de to d a s sus p a rte s). P e ro c o n lo s p e n sa m ie n to s, q u e so n a c c id en tes in te rn o s de u n ser p e n sa n te , la c u e stió n es d istin ta . E n e fe c to , s u p o n ie n d o q u e el c o m p u e s to p e n sa ra , cada p a rte del m ism o in c lu iría u n a p a rte d e l p e n sa m ie n to y só lo el c o n ju n to de 1 Leyendo, con H artenstein, uns, en lugar de unser (N. del T.)

PA RA LO G ISM O S D E LA R A Z O N PURA (A)

335

to d a s ellas n o s d aría el p e n s a m ie n to e n te ro . A h o ra b ie n , esto es c o n tra d ic to rio , ya q u e , te n ie n d o e n c u e n ta q u e las re p re s e n ta ­ cio n es (p o r eje m p lo , cad a u n a d e las p a la b ra s d e u n v e rso ) d is trib u id a s e n tre d is tin to s seres n u n c a c o n s titu y e n u n p e n s a ­ m ie n to c o m p le to (u n v e rso ), el p e n s a m ie n to n o p u e d e ser in h e re n te a u n c o m p u e s to en c u a n to tal. A sí, p u e s, el p e n s a ­ m ie n to só lo es p o sib le en u n a su sta n c ia q u e n o fo rm e u n a g re g a d o de v arias su sta n c ia s, q u e sea, p o r ta n to , a b so lu ta m e n te sim p le k. E l lla m a d o nervus probandi d e este a rg u m e n to resid e e n la p ro p o s ic ió n se g ú n la cual p a ra q u e u n a m u ltitu d de re p re se n ta c io n e s fo rm e u n so lo p e n s a m ie n to , es n e c esa rio q u e estén c o n te n id a s e n la a b so lu ta u n id a d d el su je to p e n sa n te . P e ro n a d ie p u e d e p ro b a r esta p ro p o s ic ió n p a rtie n d o d e conceptos, ya q u e ¿cóm o in iciar se m e ja n te ta re a ? N o p o d e m o s c o n sid e ra r an alítica la p ro p o s ic ió n « U n p e n sa m ie n to só lo p u e d e ser e fecto A 353 de la a b so lu ta u n id a d del ser p e n sa n te » . E n e fe c to , la u n id a d del p e n sa m ie n to , la cual c o n sta d e m u c h a s re p re se n ta c io n e s, es c o lec tiv a y p u e d e re fe rirse , a te n d ie n d o só lo a lo s c o n c e p to s, ta n to a la u n id a d c o lec tiv a d e las su sta n c ia s q u e o p e ra n c o n ju n ­ ta m e n te (ig u al q u e el m o v im ie n to d e u n c u e rp o es el m o v im ie n ­ to c o n ju n to de to d a s sus p a rte s) c o m o a la u n id a d a b so lu ta del su je to . D e sd e la reg la d e la id e n tid a d , n o p o d e m o s , p u e s, e n te n d e r la n ecesid ad d e s u p o n e r u n a su sta n c ia sim p le , en el caso de u n p e n sa m ie n to c o m p u e s to . N in g u n a p e rs o n a q u e c o m p re n d a el fu n d a m e n to d e p o sib ilid a d d e las p ro p o s ic io n e s sin téticas a priori, ta l c o m o a n tes lo e x p u sim o s, se a tre v e rá a s o s te n e r q u e d e b a m o s c o n o c e r esa p ro p o s ic ió n sin té tic a y e n te ra m e n te a priori, p o r sim p les c o n c e p to s. E s ig u a lm e n te im p o sib le d e riv a r d e la ex p e rie n c ia esa n ecesaria u n id a d del su je to c o m o c o n d ic ió n d e p o sib ilid a d de cada p e n s a m ie n to , ya q u e la e x p erien cia n o n o s d a a c o n o c e r n ecesid ad a lg u n a , p re s c in d ie n d o d e q u e el c o n c e p to d e u n id a d a b so lu ta reb asa a m p lia m e n te su esfera. ¿D e d ó n d e to m a m o s , p u es, esa p ro p o s ic ió n e n la q u e se a p o y a to d o el ra z o n a m ie n to 1 de la p sic o lo g ía ? k Resulta muy fácil recubrir esta prueba con la habitual corrección que le dan las escuelas. Para lo que yo pretendo me basta, sin em bargo, con poner de manifiesto el simple argum ento, aunque sea en forma popular. (Nota de Kant). * V trn u n ftsch lu fí

336

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

E s e v id e n te , p o r u n a p a rte , q u e , si q u e re m o s re p re s e n ­ ta rn o s u n ser p e n sa n te , d e b e m o s s itu a rn o s e n el lu g a r del A 354 m ism o y, c o n sig u ie n te m e n te , s u s titu ir p o r el p ro p io

su je to el o b je to q u e se p re te n d ía c o n s id e ra r (cosa q u e n o o c u rre en n in g u n a o tra clase de in v e s tig a c ió n ) y, p o r o tra , q u e , si ex ig im o s la a b so lu ta u n id a d d el su je to en re la c ió n c o n u n p e n sa m ie n to , ello se d e b e ú n ic a m e n te a q u e , en ca so c o n tra rio , n o p o d ría m o s d e c ir: « Y o p ie n s o (la v a rie d a d c o n te n id a en u n a re p resen tació n )» . E n efecto , a u n q u e el to d o d el p e n sa m ie n ­ to p o d ría d iv id irse y d is trib u irs e e n tre v a rio s su je to s, c o n el yo s u b je tiv o n o p u e d e , en c a m b io , h acerse ni lo u n o ni lo o tr o , y es este yo el q u e s u p o n e m o s e n to d o p e n sa m ie n to . A sí, p u e s, al ig u a l q u e e n el p a ra lo g ism o a n te rio r, lo q u e q u e d a a q u í c o m o fu n d a m e n to so b re el q u e la p sic o lo g ía ra c io n a l p re te n d e b asar su p ro g re s o c o g n o sc itiv o , es la p r o p o s i­ c ió n fo rm a l de la a p e rc e p c ió n « Y o pien so » . E sta p ro p o s ic ió n n o es, n a tu ra lm e n te , u n a ex p e rie n c ia , sin o la fo rm a d e la a p e r­ cep ció n in h e re n te y p re v ia a cad a e x p erien cia. E sa fo rm a só lo d e b e m o s to m a rla e n re la c ió n c o n u n c o n o c im ie n to p o sib le , como mera condición del mismo, p e ro n o s o tro s la c o n v e rtim o s, e q u iv o c a d a m e n te , e n c o n d ic ió n d e p o sib ilid a d d e u n c o n o c i­ m ie n to de o b je to s, a sab e r, en concepto del ser p e n sa n te en g e n e ra l, al n o ser capaces d e re p re se n ta rn o s éste sin p o n e rn o s n o s o tro s m ism o s, c o n la fó rm u la d e n u e stra co n cie n c ia , en el lu g a r de to d o ser in te lig e n te d is tin to . L a sim p lic id a d d e m i ser (en cuando alm a) ta m p o c o es re a lm e n te inferida de la p ro p o s ic ió n « Y o p ie n so » , sin o q u e A 355 se halla ya en cada p e n sa m ie n to . L a p ro p o s ic ió n «S oy sim ple» tien e q u e ser c o n sid e ra d a c o m o u n a in m e d ia ta e x p re s ió n de la a p e rc e p c ió n , del m ism o m o d o q u e la su p u e s ta in feren cia cartesian a cogito ergo sum es, de h e c h o , ta u to ló g ic a , ya q u e el cogito (sum cogitans) e x p resa la re a lid a d d e m o d o in m e d ia to . «Soy sim ple» n o sig n ific a sin o q u e la re p re se n ta c ió n «yo» n o in clu y e e n sí la m e n o r v a rie d a d , p o r u n a p a rte , y, p o r o tra , q u e es u n id a d a b so lu ta , a u n q u e ló g ica ta n sólo. A sí, p u e s, la c o n o c id a d e m o s tra c ió n p sic o ló g ic a n o p o ­ see o tr o fu n d a m e n to q u e la u n id a d in d iv isib le d e u n a re p re s e n ­ ta c ió n la cu al lo ú n ic o q u e d irig e , e n re la c ió n c o n la p e rs o n a , es el v e rb o . P e ro es e v id e n te q u e , p o r m e d io d el y o q u e in h ie re e n n u e s tro s 1 p e n sa m ie n to s, só lo d e sig n a m o s el su je to 1 Leyendo, con E rdm ann, den, en lugar de dem. (N. del T.)

PA RA LO G ISM O S D E LA R A Z O N PURA (A)

337

de in h e re n c ia d e m o d o tra sc e n d e n ta l, sin a d v e rtir e n él la m e n o r p ro p ie d a d y sin c o n o c e r o sa b e r n ad a acerca del m ism o . Significa ta n só lo a lg o (su je to tra sc e n d e n ta l) cuya re p re s e n ­ ta c ió n tien e q u e ser in d u d a b le m e n te sim p le, p re c isa m e n te p o r no d e te rm in a rse nada re s p e c to de él. E n e fe c to , es im p o sib le re p re se n ta rse u n a cosa de m o d o m ás sim p le q u e m e d ia n te el c o n c e p to de u n m e ro alg o . P e ro la sim p lic id a d d e la re p re s e n ­ ta c ió n de u n su je to n o c o n stitu y e a u to m á tic a m e n te u n c o n o c i­ m ie n to d e la sim p licid a d d e l su je to m ism o , ya q u e h a cem o s to ta l a b stra c c ió n de sus p ro p ie d a d e s c u a n d o ta n só lo lo d e sig n a ­ m o s c o n el v acío té rm in o «yo» (q u e p u e d o a p lic a r a to d o su je to p en san te). L o q u e sí es c ie rto es q u e , p o r m e d io d e l y o , c o n c ib o A 356 u n a c o n sta n te u n id a d a b so lu ta , a u n q u e ló g ic a , d el su je to (sim ­ p licid ad ). N o lo es, e n c a m b io , q u e c o n o z c a a tra v é s del m ism o la sim p licid ad real d e m i su je to . A l ig u al q u e la p ro p o s i­ ció n «Y o soy sustancia» n o sig n ificab a m ás q u e la c a te g o ría p u ra , d e la q u e n o p u e d o h ac e r u so (e m p íric o ) en c o n c re to , del m ism o m o d o p u e d o d e c ir q u e so y u n a su sta n c ia sim p le, es d e c ir, u na su stan cia cuya re p re se n ta c ió n n u n c a c o n tie n e u n a síntesis de lo d iv e rso . P e ro este c o n c e p to , o ta m b ié n esta p ro p o s ic ió n , n o n o s en se ñ a lo m ás m ín im o en re la c ió n c o n m ig o e n c u a n to o b je to de la ex p e rie n c ia , ya q u e el c o n c e p to m ism o d e su stan cia sólo se em p lea c o m o fu n c ió n d e la sín tesis, sin te n e r c o m o base u n a in tu ic ió n , es d ecir, sin o b je to , y só lo es ap licab le a n u e s tro c o n o c im ie n to , n o a a lg ú n o b je to q u e p u d ie ra señ alarse. H a g a m o s u n a p ru e b a so b re la p re s u n ta u tilid a d de la p ro p o s ic ió n . T o d o el m u n d o tie n e q u e c o n c e d e r q u e el a firm a r la sim p licid ad d e alm a só lo p o se e v a lo r en la m ed id a en q u e m e p e rm ite d is tin g u ir este su je to re s p e c to d e to d a m a te ria y, c o n sig u ie n te m e n te , ex im ir al alm a d e la c a d u c id a d a q u e esa m a te ria está siem p re so m e tid a . E n el se n tid o m ás p ro p io , era éste el u s o al q u e a p u n ta b a la m e n c io n a d a p ro p o s ic ió n . D e a h í q u e ta m b ié n se e x p rese así m u c h a s v eces: «E l alm a n o es co rp ó re a » . P ues b ie n , si so y capaz d e m o s tra r q u e , A 357 a u n q u e se c o n c e d a valid ez o b je tiv a a e sta p ro p o s ic ió n card in a l de la p sic o lo g ía racio n a l (« T o d o lo q u e p ie n sa es su sta n c ia sim ­ ple»), en el se n tid o d e m e ro ju icio d e la ra z ó n (a p a rtir d e c a te ­ g o rías p u ra s), n o p u e d o em p le a rla e n a b so lu to en re la c ió n c o n la a fin id ad o h e te ro g e n e id a d e n tre alm a y m ate ria , e n to n c e s ello e q u iv a ld rá a d e ste rra r ese p re te n d id o c o n o c im ie n to p sico -

338

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

ló g ic o al c a m p o de las m eras id eas care n te s d e la re a lid a d p r o ­ pia del u so o b je tiv o . E n la estética tra sc e n d e n ta l h e m o s d e m o s tra d o d e m o d o in c u e stio n a b le q u e los c u e rp o s so n sim p les fe n ó m e n o s d e n u e s ­ tr o se n tid o e x te rn o , n o cosas e n sí m ism as. T e n ié n d o lo en c u en ta , e stam o s a u to riz a d o s a d e c ir q u e n u e s tro su je to p e n sa n te n o es c o rp ó r e o ; es d e c ir: d a d o q u e n o s lo re p re se n ta m o s c o m o o b je to del se n tid o in te rn o n o p u e d e ser — e n la m e d id a en q u e p ie n s a — u n o b je to d e lo s se n tid o s e x te rn o s, e sto es, u n o b je to e n el espacio . A h o ra b ie n , ello e q u iv a le a d ecir q u e n u n c a p u e d e n o fre c é rse n o s, e n tre los fe n ó m e n o s, o b je to s p en sa n te s en cuanto tales, o b ie n q u e n o p o d e m o s in tu ir e x te rn a ­ m e n te sus p e n sa m ie n to s, su c o n c ie n c ia , sus d e se o s, e tc ., ya q u e to d o ello c o rre s p o n d e al s e n tid o in te rn o . E n re a lid a d , p are c e ser ig u a lm e n te éste el a rg u m e n to n a tu ra l y p o p u la r A 358 d e sc u b ie rto , d esd e los tie m p o s m ás re m o to s , in c lu so p o r el e n te n d im ie n to m ás c o m ú n , y c o n el q u e se c o m e n z ó , ya d esd e e n to n c e s, a c o n sid e ra r las alm as c o m o seres c o m p le ta m e n te d is tin to s d e los cu erp o s. L a e x te n s ió n , la im p e n e tra b ilid a d , la c o h e sió n y el m o v i­ m ie n to , en u n a p a la b ra , c u a n to p u e d e n s u m in istra rn o s los se n tid o s e x te rn o s, n o so n , n i c o n tie n e n , p e n sa m ie n to s, s e n ti­ m ie n to , in c lin a c ió n o d e c isió n , los cuales n u n c a c o n stitu y e n o b je to s de la in tu ic ió n ex te rn a . A p e sa r d e ello, ese alg o q u e sirv e de base a los fe n ó m e n o s e x te rn o s y q u e afecta de tal m o d o a n u e s tro se n tid o , q u e éste o b tie n e las re p re se n ta c io ­ nes de esp acio , m ateria, fo rm a , e tc ., ese a lg o , d ig o , c o n sid e ra d o c o m o n ú m e n o (o m e jo r d ic h o , c o m o o b je to tra sc e n d e n ta l) p o d ría ser, a la vez, el su je to d e los p e n sa m ie n to s 1 , si b ie n n o o b te n e m o s p o r el m o d o se g ú n el cual afecta a n u e stro se n tid o e x te rn o u n a in tu ic ió n d e las re p re se n ta c io n e s, d e la v o lu n ta d , e tc., sin o só lo d el esp a c io y de las d e te rm in a c io n e s de éste. P e ro ese alg o n o es e x te n so , n i im p e n e tra b le , ni c o m p u e s to , ya q u e to d o s e sto s p re d ic a d o s se re fie re n ú n ic a m e n ­ te a la sen sib ilid ad y a su in tu ic ió n , en la m e d id a e n q u e n o s v e am o s afectad o s p o r tales o b je to s (d e sc o n o c id o s, p o r o tra p a rte , p a ra n o so tro s). Sin e m b a rg o , esto s té rm in o s n o n o s d a n a c o n o c e r d e q u é o b je to se tra ta , sin o sim p le m e n te q u e , c o n s id e rá n d o lo c o m o o b je to en sí m ism o , sin re la c ió n 1 E rdm ann interpreta: «el sujeto de los pensam ientos (que le pertenecen)». (N. del T.)

PA RA LO G ISM O S D E LA R A Z O N PURA (A)

339

c o n los se n tid o s e x te rn o s, n o p u e d e n serle a sig n a d o s eso s A 359 p re d ic a d o s de lo s fe n ó m e n o s e x te rn o s. P o r o tr o la d o , lo s p r e d i­ cad o s del se n tid o in te rn o , las re p re se n ta c io n e s y el p e n sa m ie n to n o se h allan en c o n tra d ic c ió n c o n él. C o n sig u ie n te m e n te , in c lu ­ so a d m itie n d o la sim p lic id a d d e n a tu ra le z a del alm a h u m a n a , no q u e d a ésta su fic ie n te m e n te d ife re n c ia d a re s p e c to d el s u s tra to de la m a te ria , si la co n sid e ra m o s (tal c o m o d e b e m o s h acer efe c tiv a m e n te ) c o m o sim p le fe n ó m e n o . Si la m a te ria fu ese u n a cosa e n sí m ism a , sería, en c u a n to ser c o m p u e s to , e n te ra m e n te d is tin ta del alm a, en c u a n to e n tid a d sim ple. A h o ra b ie n , la m a te ria es u n sim p le fe n ó m e n o y n o c o n o c e m o s su s u s tra to p o r m e d io d e n in g ú n p re d ic a d o especificable. E n c o n se c u e n c ia , p u e d o s u p o n e r q u e ta l s u s tra to es sim p le, a p e sa r de q u e su m o d o d e a fectar a n u e stro s se n tid o s p ro d u z c a en n o s o tro s la in tu ic ió n d e lo e x te n so y, p o r ta n to , d e lo c o m p u e s to . P u e d o , p u e s, s u p o n e r ig u a lm e n te q u e e n la su stan cia q u e , en re la c ió n c o n n u e stro s e n tid o e x te rn o , p o see e x te n sió n , h ay p e n sa m ie n to s su sc e p tib le s, e n v ir tu d de su p ro p io s e n tid o in te rn o , d e ser re p re se n ta d o s c o n sc ie n te m e n ­ te. D e este m o d o , lo q u e es c o rp ó r e o d e sd e u n p u n to de v ista, eso m ism o es, a la vez, y d e sd e o tr o p u n to d e v ista, u n ser p e n sa n te cu y o s p e n sa m ie n to s n o p o d e m o s in tu ir d ire c ta ­ m e n te , p e ro sí en sus sig n o s en el c a m p o fe n o m é n ic o . Q u e d a ría así elim in ad a la afirm a c ió n 1 d e q u e só lo las alm as (en c u a n to su stan cias específicas) p ie n sa n . In d ic a ría m o s, p o r el c o n tra rio , c o m o es n o rm a l, q u e los h o m b re s p ie n sa n , es d e c ir: lo q u e , A 360 en c u a n to fe n ó m e n o e x te rn o , es e x te n so , eso m ism o es, in te r io r ­ m en te (en sí m ism o ), u n su je to n o c o m p u e s to , sin o sim p le y p en san te. P o d e m o s , sin to le ra r se m ejan tes h ip ó te sis, h a c e r la o b ­ se rv a c ió n g e n e ra l sig u ie n te : si e n tie n d o p o r alm a u n ser p e n s a n ­ te en sí, es ya in ad ec u a d a , d e p o r sí, la p re g u n ta a cerca de si es o n o de la m ism a especie q u e la m a te ria (q u e n o es una co sa en sí m ism a, sin o u n tip o d e re p re se n ta c ió n q u e ten em o s). E n efecto , el q u e u n a co sa en sí m ism a sea de d is tin ta n a tu ra le z a q u e las d e te rm in a c io n e s q u e só lo c o n stitu y e n su e sta d o , es a lg o q u e cae p o r su p ro p io p eso . Si, e n c a m b io , c o m p a ra m o s el y o p e n sa n te , n o c o n la m ateria, sin o c o n lo in te lig ib le , lo cual sirv e d e fu n d a m e n to a los fe n ó m e n o s e x te rn o s q u e lla m a m o s m a te ria , e n to n c e s, 1 der A u s d r u c k

340

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

d a d o q u e n ad a sab em o s d e ese in te lig ib le , ta m p o c o p o d e m o s d e c ir q u e el alm a se d is tin g a d e él en n in g ú n se n tid o . C o n sig u ie n te m e n te , la sim p lic id a d d e c o n c ie n c ia n o c o n stitu y e u n c o n o c im ie n to d e la sim p lic id a d d e n u e s tro su je to , si es q u e p re te n d e m o s c o n ello d ife re n c ia r e ste ú ltim o d e la m a teria en c u a n to ser c o m p u e s to . Si, en el ú n ic o caso en q u e p u e d o a p licar este c o n c e p to , a sab er, en la c o m p a ra c ió n d e m í m ism o c o n o b je to s d e la ex p erien cia e x te rn a , n o m e sirv e p a ra esp ecificar lo p e c u lia r y d is tin tiv o d e la n atu ra le z a d el y o , p u e d o p re te n d e r c o n o c e r A 361 q u e el yo p e n sa n te , el alm a (n o m b re d el o b je to tra sc e n d e n ta l del se n tid o in te rn o ), es sim p le. P e ro n o p o r ello a d q u ie re este ú ltim o té r m in o u n u so q u e se e x tie n d a a o b je to s reales, ni es, p o r ta n to , capaz de a m p lia r lo m ás m ín im o m i c o n o c i­ m ien to . Se v ien e a b ajo , en c o n se c u e n c ia , la p sic o lo g ía racio n al e n te ra , ju n ta m e n te c o n su a p o y o p rin c ip a l. N i a q u í ni en o tr a p a rte p o d e m o s esp e ra r q u e v e a m o s p ro g re s a r n u e stro s c o n o c im ie n to s p o r m e d io d e sim p les c o n c e p to s (y, m e n o s to d a ­ vía, p o r m e d io d e la fo rm a m e ra m e n te s u b je tiv a d e los c o n c e p ­ to s , es d ecir, p o r m e d io d e la c o n c ie n c ia ), sin re la c ió n c o n la exp erien cia p o sib le . E n efecto , el m ism o c o n c e p to fu n d a m e n ­ tal de naturaleza simple es d e tal ín d o le , q u e n o lo e n c o n tra m o s en n in g u n a e x p e rien cia y, c o n sig u ie n te m e n te , n o h ay fo rm a d e o b te n e rlo c o m o o b je tiv a m e n te v álid o .

T

e r c e r p a r a l o g is m o d e la p e r s o n a l id a d

L o q u e es c o n sc ie n te d e la id e n tid a d n u m é ric a d e sí m ism o en tie m p o s d is tin to s es p e rso n a . A h o ra b ie n , el alm a... L u e g o , el alm a es p e rso n a .

C rítica del tercer paralogism o de la psicología trascendental

A 362

Si q u ie r o c o n o c e r la id e n tid a d n u m é ric a d e u n o b je to e x te rn o m e d ia n te la e x p erien cia, a te n d e ré a lo p e rm a n e n te d e aq u el fe n ó m e n o al q u e , e n c u a n to su je to , se re fie re n to d o s los d em ás c o m o d e te rm in a c ió n y o b se rv a ré su id e n tid a d en el tie m p o , m ie n tra s c a m b ia n lo s d e m á s fe n ó m e n o s q u e lo d e te rm in a n . A h o ra b ie n , y o soy u n o b je to del s e n tid o in te rn o ,

PA RA LO G ISM O S D E LA R A Z O N PURA (A)

341

y to d o tie m p o n o es m ás q u e la fo rm a d e tal se n tid o . C o n si­ g u ie n te m e n te , re fie ro to d a s y cada u n a d e m is d e te rm in a c io n e s sucesiv as al yo n u m é ric a m e n te id é n tic o e n to d o tie m p o , es d ecir, e n la fo rm a d e la in tu ic ió n in te rn a d e m í m ism o . D e sd e esta base, n o d e b e ría m o s c o n sid e ra r la p e rs o n a lid a d del alm a ni siq u ie ra c o m o in ferid a , sin o c o m o u n a p ro p o s ic ió n e n te r a ­ m e n te id é n tic a de la a u to c o n c ie n c ia e n el tie m p o , lo cual explica ta m b ié n el q u e p o se a v a lid e z a priori. E n efecto , lo ú n ic o q u e esta p ro p o s ic ió n a firm a es q u e e n to d o el tie m p o en el cual so y c o n sc ie n te d e m í m ism o , so y c o n sc ie n te de q u e este tie m p o p e rte n e c e a la u n id a d d e m i yo, y ta n to da si d ig o q u e to d o este tie m p o está en m í en c u a n to u n id a d in d iv id u a l, c o m o si d ig o q u e yo m e e n c u e n tro , c o n id e n tid a d n u m é ric a , en to d o este tie m p o . C o n sig u ie n te m e n te , la id e n tid a d d e la p e rs o n a d e b e h a ­ llarse in d e fe c tib le m e n te en m i p ro p ia c o n cie n cia. Si m e c o n te m ­ p lo a m í m ism o d esd e el p u n to d e v ista d e o tr o (en c u a n to o b je to d e su in tu ic ió n e x te rn a ), ese o b s e r v a d o r e x te rn o c o m ie n ­ za p o r considerar/*^ en el tiempo, ya q u e en la a p e rc e p c ió n el tie m p o , e n su se n tid o p ro p io , só lo se h alla re p re se n ta d o en mi. E n co n se c u e n c ia , del yo q u e , c o n p le n a id e n tid a d , a c o m ­ p añ a en to d o tie m p o las re p re se n ta c io n e s d e m i co n c ie n c ia A 363 el o b s e rv a d o r n o in fe rirá to d a v ía , a u n q u e la a d m ita , la p e rm a ­ nen cia o b je tiv a d el p ro p io yo. E n e fe c to , d a d o q u e el tie m p o en q u e m e sitú a el o b s e rv a d o r n o es el d e m i se n sib ilid a d , sin o el d e la su y a, la id e n tid a d q u e va n e c e sa ria m e n te lig ad a a m i c o n cie n cia n o p o r ello va lig ad a a la su y a, es d e c ir, a la in tu ic ió n e x te rn a de m i su je to . L a id e n tid a d de la co n c ie n c ia d e m í m ism o en d is tin to s tie m p o s n o es, p u e s, m ás q u e u n a c o n d ic ió n fo rm a l d e m is p e n sa m ie n to s y de su c o h e sió n . P e ro n o d e m u e s tra en a b so lu to la id e n tid a d n u m é ric a d e m i su je to , el cual p u e d e h a b e r c a m b ia ­ d o ta n to , a p e sa r d e la id e n tid a d ló g ic a del yo, q u e n o p e rm ita s e g u ir so s te n ie n d o su id e n tid a d , a u n q u e sí se p u e d a s e g u ir a trib u y é n d o le el h o m ó n im o «yo», el cual p o d ría , e n c u a lq u ie r e sta d o , in c lu id o el q u e su p u sie ra tra n s fo rm a c ió n d el su je to , c o n se rv a r el p e n s a m ie n to d el su je to p re c e d e n te , así c o m o tr a n s ­ m itirlo al s ig u ie n te k. k Una bola elástica que choca con otra igual y que se mueve en la misma línea recta le comunica todo su m ovim iento y, consiguientemente, todo su estado (si sólo atendem os a las posiciones en el espacio). Supongamos ahora, por analogía con esos cuerpos, unas sustancias de las que una comunica

—4

342

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

A 364

A u n q u e la afirm a c ió n de a lg u n a s escuelas a n tig u a s, se ­ g ú n la cual to d o fluye y n a d a es permanente n i d u ra d e r o , n o p u e d e so ste n e rse ta n p r o n t o c o m o a d m itim o s su sta n c ia s, ta m ­ p o c o es d e sm e n tid a p o r la u n id a d d e la a u to c o n c ie n c ia . E n efecto , n o p o d e m o s a p re c ia r n o s o tro s m ism o s si, en c u a n to alm as, so m o s o n o p e rm a n e n te s , ya q u e só lo a sig n a m o s a n u e s tro yo id é n tic o a q u e llo d e lo q u e te n e m o s c o n cie n cia. P o r ello d e b e m o s , en c u a lq u ie r caso , ju z g a r n e c e sa ria m e n te q u e so m o s los m ism o s en to d o el tie m p o d el q u e p o se e m o s con cien cia. A h o ra b ien , n o p o d e m o s d a r to d a v ía p o r v á lid o este ju icio d esd e el p u n to d e v ista d e o tr o , ya q u e , al n o e n c o n tra r en el alm a o tr o fe n ó m e n o p e rm a n e n te q u e la r e p r e ­ se n ta c ió n del yo, la cual las a c o m p a ñ a y enlaza to d a s , n u n c a p o d e m o s esta b le c e r si e ste yo (m e ro p e n sa m ie n to ) n o flu y e igual q u e los o tro s p e n sa m ie n to s q u e él liga e n tre sí. A 365 L lam a la a te n c ió n el q u e sea ahora c u a n d o haya q u e d e m o s tra r la p e rs o n a lid a d y su re q u is ito , la p e rm a n e n c ia , es d ecir, la su sta n c ia lid a d del alm a. E n efecto , si p u d ié se m o s su p o n e r estas cu alid ad e s, n o se se g u iría to d a v ía la c o n tin u id a d d e la c o n cie n cia, a u n q u e sí la p o sib ilid a d de u n a co n c ie n c ia c o n tin u a en u n su je to p e rm a n e n te , lo cual c u m p le su fic ie n te ­ m e n te lo s re q u isito s d e la p e rs o n a lid a d , ya q u e ésta n o deja d e ex istir a u to m á tic a m e n te p o r el h e c h o de q u e su a c tiv id a d se in te rru m p a p o r a lg ú n tie m p o . P e ro esa p e rm a n e n c ia p re v ia a la id e n tid a d n u m é ric a d e n o s o tro s m ism o s, q u e e x tra e m o s d e la a p e rc e p c ió n id é n tic a , n o n o s es o fre c id a p o r n in g u n a cosa. A l c o n tra rio , la d e d u c im o s d e tal id e n tid a d (si p ro c e d ié ra ­ m o s c o rre c ta m e n te , ésta d e b ie ra d e d u c irse del c o n c e p to de su sta n c ia , q u e só lo es ap lic a b le e m p íric a m e n te ). A h o ra b ien , esta id e n tid a d d e la p e rs o n a n o se sig u e en a b so lu to d e la id e n tid a d del yo e n la co n c ie n c ia d e to d o el tie m p o en q u e m e c o n o z c o . P o r ello n o s fu e ya a n te s ig u a lm e n te im p o sib le b asar e n ella la su stan c ia lid a d del alm a.

A 364 sus representaciones y la conciencia de éstas a la otra. Surgiría así una serie ^ de sustancias, la prim era de las cuales transm itiría su estado y la conciencia de éste a la segunda; ésta, a su vez, su estado propio y el de la anterior a la tercera; ésta, igualm ente, los estados de todas las sustancias precedentes, juntam ente con la conciencia propia y la de las demás. La última sustancia sería, pues, consciente de todos los estados de las sustancias previam ente cambiadas com o de estados propios, ya que tales estados, juntam ente con la conciencia de los mismos, le habrían sido transm itidos. A pesar de ello, esta última sustancia no habría sido la misma persona en todos esos estados. (N ota de Kant).

343

PA R A L O G ISM O S D E LA R A Z O N PURA (A)

D e c u a lq u ie r fo rm a , p o d e m o s c o n tin u a r c o n el c o n c e p to de p e rs o n a lid a d , tal c o m o h e m o s h e c h o c o n el d e su stan cia y c o n el de lo sim p le (en la m e d id a en q u e el p rim e ro de los tres es m e ra m e n te tra sc e n d e n ta l, es d e c ir, in d ic a 1 la u n id a d de u n su je to q u e nos es, p o r lo d e m á s, d e sc o n o c id o , p e ro en cuyas d e te rm in a c io n e s ex iste u n a p e rfe c ta c o n e x ió n m e d ia n te la a p e rc e p c ió n ). E n este se n tid o , el c o n c e p to d e p e rs o n a lid a d n o s h ace falta c o n vistas al te r re n o p rá c tic o y n o s b asta p a ra éste. P e ro , d a d o q u e este c o n c e p to g ira sie m p re e n to r n o A 366 a sí m ism o y n o n o s hace p ro g r e s a r e n re la c ió n c o n n in g u n a c u e stió n q u e tie n d a a u n c o n o c im ie n to sin té tic o , n o p o d e m o s e x h ib irlo c o m o a m p lia c ió n d e n u e s tro a u to c o n o c im ie n to m e ­ d ia n te la ra z ó n p u ra , la cual n o s o fre c e , ilu so ria m e n te , una in in te rru m p id a c o n tin u id a d d el su je to p a rtie n d o d el sim p le c o n c e p to del yo id é n tic o . D e sc o n o c e m o s p o r e n te ro q u é sea la m a te ria en sí m ism a (en c u a n to o b je to tra sc e n d e n ta l). Sin e m b a rg o , te n ie n d o en c u e n ta q u e es re p re se n ta d a c o m o alg o e x te rn o , su p e rm a n e n c ia es o b se rv a b le en c u a n to fe n ó m e n o . A h o ra b ien , si q u ie ro o b se rv a r el sim p le y o c u a n d o c a m b ia n to d a s las re p re se n ta c io n e s, o tra vez m e e n c u e n tro sin m ás c o rre la to d e la c o m p a ra c ió n q u e yo m ism o , c o n to d a s las c o n d ic io n e s u n iv e rsa le s d e m i co n cie n c ia . P o r ello n o p u e d o re s p o n d e r a las p re g u n ta s sin o c o n ta u to lo g ía s , ya q u e c o n c e d o su b re p tic ia m e n te a m i c o n c e p to y a su u n id a d las p ro p ie d a d e s q u e m e c o rre s p o n d e n e n c u a n to o b je to , c o n lo cual d o y p o r s u p u e s to lo q u e se p re te n d ía saber.

C

u a rto

(d

p a r a l o g is m o e la

r e l a c ió n

de

la

id e a l id a d

ex ter n a

)

A q u e llo cuya ex isten cia só lo p u e d e ser in fe rid a c o m o causa d e p e rc e p c io n e s d ad as p o se e u n a ex isten cia m e ra m e n te d u d o sa . A h o ra b ien , to d o s los fe n ó m e n o s e x te rn o s so n d e tal A 367 ín d o le , q u e su ex isten cia n o es in m e d ia ta m e n te p e rc ib id a , sin o q u e só lo p u e d e n ser in fe rid o s c o m o cau sa d e p e rc e p c io n e s dadas. P o r c o n sig u ie n te , la e x isten cia de to d o s los o b je to s de lo s s e n tid o s e x te rn o s es d u d o sa . T al in c e rtid u m b re es lo 1

A ñadiendo, con G órland, besagt. (N. del T.)

344

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

q u e lla m o la id ealid ad d e los fe n ó m e n o s e x te rn o s. L a d o c trin a de esta id ealid ad se llam a idealismo, fre n te al cu al re c ib e el n o m b re de dualismo la tesis d e q u e es p o sib le la certe z a acerca de los o b je to s d e los se n tid o s e x te rn o s.

C rítica del cuarto paralogism o de la psicología trascendental C o m e n c e m o s p o r el e x a m e n d e las p re m isa s. P o d e m o s a firm a r ra z o n a b le m e n te q u e só lo a q u e llo q u e está en n o so tro s p u e d e ser in m e d ia ta m e n te p e rc ib id o y q u e só lo m i p ro p ia existencia p u e d e ser o b je to d e u n a sim p le p e rc e p c ió n . P o r ta n to , la ex isten cia de u n o b je to real fu e ra d e m í (si esta ú ltim a p a la b ra es e n te n d id a en s e n tid o in te le c tu a l) n u n c a se da d ire c ta m e n te e n la p e rc e p c ió n , sin o q u e só lo p u e d e ser a d ic io n a lm e n te p e n sa d a y, c o n sig u ie n te m e n te , in fe rid a c o m o causa e x te rn a de ta l p e rc e p c ió n , la cual c o n stitu y e u n a m o d ific a ­ c ió n d el se n tid o in te rn o . D e a h í q u e D e sc a rte s tu v ie ra ra z ó n al lim ita r to d a p e rc e p c ió n , e n te n d id a e n el se n tid o m ás e stric to , a la p ro p o s ic ió n «Y o (en c u a n to ser p e n sa n te ) existo». La A 368 cosa es c la r a : d a d o q u e lo e x te rio r n o se h alla e n m í, n o p u e d o e n c o n tra rlo en m i a p e rc e p c ió n n i, c o n sig u ie n te m e n te , en n in g u n a p e rc e p c ió n , q u e n o es p ro p ia m e n te sin o u n a d e te r­ m in a c ió n d e la a p e rcep c ió n . N o p u e d o , p u es, h a b la n d o c ó n p ro p ie d a d , p e rc ib ir las cosas e x te rio re s, sin o só lo in fe rir su ex isten cia d e sd e m i p e rc e p ­ c ió n in te rn a c o n sid e ra n d o ésta c o m o e fe c to d e a lg o e x te rio r q u e es su causa p ró x im a . A h o ra b ie n , el in fe rir u n a causa d e te rm in a d a a p a r tir d e u n e fecto d a d o es sie m p re in s e g u ro , ya q u e el e fecto p u e d e p ro c e d e r d e m ás d e u n a causa. E n la re lació n de la p e rc e p c ió n c o n su cau sa q u e d a , p u e s, sie m p re la d u d a d e si esta causa es in te rn a o e x te rn a y, p o r c o n sig u ie n te , d e si to d a s las llam ad as p e rc e p c io n e s e x te rn a s n o so n u n sim p le ju e g o d e n u e s tro s e n tid o in te rn o ; d e si se re fie re n a v e rd a d e ro s o b je to s e x te rio re s c o m o causas de las m ism as. La ex isten cia d e tales o b je to s es sim p le m e n te in fe rid a y c o rre el p e lig ro de to d a s las d e d u c c io n e s. E l o b je to d el s e n tid o in te rn o (yo m ism o , c o n to d a s m is re p re se n ta c io n e s) es, en c a m b io , p e rc ib i­ d o in m e d ia ta m e n te y su ex isten cia n o o fre c e d u d a s. A sí, p u e s, el idealista n o es a lg u ie n q u e n ie g a la ex isten cia de o b je to s e x te rio re s de lo s se n tid o s, sin o a lg u ie n q u e n o A 369 a d m ite q u e la ex isten cia d e eso s o b je to s sea c o n o c id a p o r m e d io de u n a p e rc e p c ió n in m e d ia ta y q u e d e d u c e , d e este

PA RA LO G ISM O S D E LA R A Z O N PURA (A)

345

h e c h o , q u e jam ás p o d e m o s e sta r e n te ra m e n te se g u ro s d e la existencia de esos m ism o s o b je to s e n v irtu d d e c u a lq u ie r e x p e ­ riencia p osible. A n tes d e m o s tra r el a sp e c to falaz d e este p a ra lo g ism o , d e b o h acer n o ta r la n ecesid ad d e d is tin g u ir d o s clases de id ealis­ m o : el tra sc e n d e n ta l y el e m p íric o . E n tie n d o p o r idealismo trascendental la d o c trin a se g ú n la cu al to d o s los fe n ó m e n o s so n c o n sid e ra d o s c o m o m eras re p re se n ta c io n e s, y n o c o m o cosas e n sí m ism as. D e a c u e rd o c o n esta d o c trin a , esp acio y tie m p o s o n sim p les fo rm a s d e n u e stra in tu ic ió n , n o d e te r m i­ n acio n e s d ad as p o r sí m ism as o c o n d ic io n e s d e los o b je to s e n c u a n to cosas en sí m ism as. A e ste id e a lism o se o p o n e u n realismo trascendental q u e c o n sid e ra esp a c io y tie m p o c o m o alg o d a d o en sí (in d e p e n d ie n te m e n te d e n u e stra sen sib ilid ad ). E l realista tra sc e n d e n ta l se re p re se n ta los fe n ó m e n o s e x te rio re s (en el caso d e q u e se a d m ita su re a lid a d ) c o m o cosas en sí m ism as, ex isten tes c o n in d e p e n d e n c ia d e n o s o tro s y d e n u e s­ tra sen sib ilid ad y q u e , c o n sig u ie n te m e n te , e x istiría n fu e ra de n o s o tro s in c lu so se g ú n c o n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n to . E n re a lid a d , es ese realista tra sc e n d e n ta l el q u e h ace lu e g o d e idealista e m p íric o : u n a vez q u e ha p a rtid o , e rró n e a m e n te , d el su p u e s to d e q u e , si los o b je to s d e los se n tid o s h a n de ser e x te rio re s, tienen, q u e e x istir en sí m ism o s, p re s c in d ie n d o d e los se n tid o s, d e sc u b re q u e , d e sd e tal p u n to d e v ista , to d a s n u estras re p re se n ta c io n e s d e los se n tid o s so n in cap aces de g a ra n tiz a r la re a lid ad d e esos m ism o s o b je to s. E l id ealista tra sc e n d e n ta l p u e d e , en c a m b io , ser u n rea lis­ A 370 ta e m p íric o y, c o n sig u ie n te m e n te , u n dualista, c o m o suele decirse. E s d e c ir, p u e d e a d m itir la ex isten cia d e la m a te ria sin salir d e la m era a u to c o n c ie n c ia y a su m ir alg o m ás q u e la certeza de sus re p re se n ta c io n e s, e sto es, el cogito, ergo sum. E n efecto , al n o a d m itir esta m a te ria , e in c lu so su p o sib ilid a d in te rn a , sin o en c u a n to fe n ó m e n o q u e n ad a sig n ifica se p a ra d o de n u e stro s se n tid o s , tal m a te ria n o es p a ra él m ás q u e u n a clase d e re p re se n ta c io n e s (in tu ic ió n ) q u e se lla m a n e x te rn a s, n o c o m o si se re firie ra n a o b je to s exteriores en s í mismos, sin o p o rq u e re la c io n a n p e rc e p c io n e s c o n u n esp a c io e n el q u e to d a s las cosas se h a lla n u n as fu e ra d e o tra s, m ie n tra s q u e él m ism o está e n n o so tro s. D e sd e el co m ie n z o n o s h e m o s p ro n u n c ia d o en fa v o r de este id ealism o . C o n n u e stra d o c trin a q u e d a , p u e s, e lim in a d a to d a rese rv a re la tiv a a a c e p ta r, p o r el te s tim o n io d e n u e stra

346

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

au to c o n c ie n c ia , la existen cia d e la m a te ria y a p ro c la m a rla así d e m o s tra d a , de la m ism a m a n e ra q u e la e x isten cia d e m í m ism o c o m o ser p e n sa n te . S o y , en e fe c to , c o n sc ie n te de m is re p re se n ta c io n e s. P o r lo ta n to , e x iste n éstas v vo q u e las p o se o . A h o ra b ien , lo s o b je to s e x te rio re s (los c u e rp o s) so n sim p le s fe ­ n ó m e n o s , no sie n d o , c o n sig u ie n te m e n te , m ás q u e u n a clase de m is re p re se n ta c io n e s, cu y o s o b je to s só lo so n a lg o a tra v é s de éstas, p e ro n o s o n nada se p a ra d o s de ellas. E x iste n , p u e s , cosas A 371 e x te rio re s, c o m o e x isto y o m ism o , y tal existencia es, en a m b o s casos, p ro c la m a d a p o r el te s tim o n io in m e d ia to de m i a u to c o n ­ ciencia, c o n la sim p le d iferen cia de q u e la re p re se n ta c ió n de m í m ism o , e n c u a n to su je to p e n sa n te , es ú n ic a m e n te re fe rid a a mi s e n tid o in te rn o , m ie n tra s q u e las re p re se n ta c io n e s q u e d e sig ­ n a n seres ex te n so s so n re fe rid a s ta m b ié n al se n tid o e x te rn o . M i n ecesid ad de in fe rir es ta n in e x iste n te en re la c ió n c o n la re a li­ dad de lo s o b je to s ex te rio re s c o m o en re la c ió n c o n la realid a d del o b je to de m i s e n tid o in te rn o (de m is p e n sa m ie n to s), ya q u e , en a m b o s casos, se tra ta ta n só lo de re p re se n ta c io n e s cuya p e rc e p c ió n in m e d ia ta (c o n cien cia) c o n stitu y e , a la v ez, u n a s u ­ ficien te p ru e b a de su realid ad . E l id ealista tra sc e n d e n ta l es, p u e s, u n realista em p íric o . C o n ced e a la m a te ria , en c u a n to fe n ó m e n o , u n a re a lid a d q u e n o hay q u e d e d u c ir, sin o q u e es in m e d ia ta m e n te p e rc ib id a . E l realism o tra sc e n d e n ta l, en c a m b io , al c o n sid e ra r lo s o b je to s d e los se n tid o s e x te rn o s c o m o a lg o d is tin to d e lo s se n tid o s m ism o s y los sim p les fe n ó m e n o s c o m o e n tid a d e s in d e p e n d ie n ­ tes, q u e se h allan fu e ra d e n o s o tro s , se e n c u e n tra n e c e sa ria m e n te e n a p u ro s y se ve o b lig a d o a c e d e r te rre n o al id ea lism o . E n efecto , es e v id e n te q u e , p o r p e rfe c ta q u e sea la co n c ie n c ia q u e de la re p re se n ta c ió n d e esas cosas te n e m o s, n o esta m o s to d a v ía se g u ro s, ni d e lejo s, d e q u e , si la re p re se n ta c ió n existe, ex iste ta m b ié n el o b je to q u e le c o rre s p o n d e . E n n u e s tro sistem a, A 3 7 2 p o r el c o n tr a rio , estas cosas e x te rio re s, a sab e r, la m a te ria e n to d a s sus fo rm a s y m o d ific a c io n e s, n o so n m ás q u e fe n ó m e ­ n o s, es d e c ir, re p re se n ta c io n e s n u e stra s d e cuya re a lid a d p o s e e ­ m o s c o n cie n cia in m ed iata. D a d o q u e to d o s los p s ic ó lo g o s p a rtid a rio s del id e a lism o e m p íric o so n , h asta d o n d e yo sé, realistas, h a n p ro c e d id o m u y c o n se c u e n te m e n te al c o n c e d e r u n a n o ta b le im p o rta n c ia a tal id e a lism o , to m á n d o lo p o r u n o d e los p ro b le m a s a n te los cuales la ra z ó n h u m a n a n o sab e q u é p a rtid o to m a r. E n e fe c to , si c o n sid e ra m o s lo s fe n ó m e n o s c o m o re p re se n ta c io n e s p ro d u c id a s

PA R A L O G ISM O S D E LA R A Z O N PURA (A)

347

e n n o s o tro s p o r sus o b je to s en c u a n to cosas en sí y ex te rio re s a n o s o tro s , n o se c o n c ib e c ó m o p o d e m o s c o n o c e r su ex isten cia de o tr o m o d o q u e d e d u c ie n d o la causa a p a rtir del efecto , c o n lo cual q u e d a rá sie m p re o sc u ro si esa causa se h alla en n o s o tro s o fu era de n o so tro s. Se p u e d e c o n c e d e r q u e la causa de n u e stra s in tu ic io n e s e x te rn a s sea a lg o q u e esté fu e ra de n o s o tro s , e n se n tid o tra sc e n d e n ta l, p e ro ese alg o n o es el o b je to q u e e n te n d e m o s p o r las re p re se n ta c io n e s d e la m a te ria y de las cosas c o rp ó re a s, ya q u e éstas n o so n m ás q u e fe n ó m e ­ n o s, es d ecir, sim ples m o d o s d e re p re se n ta c ió n q u e n u n c a se e n c u e n tra n m ás q u e en n o s o tro s y cuya re a lid a d se basa en la c o n cie n cia in m ed ia ta , e x a c ta m e n te ig u a l q u e la co n c ie n c ia de m is p ro p io s p e n sa m ie n to s. E l o b je to tra sc e n d e n ta l n o s es d e sc o n o c id o , ta n to en re la c ió n c o n la in tu ic ió n in te rn a c o m o en re la c ió n c o n la e x te rn a . P e ro n o tra ta m o s de él, sin o del o b je to e m p íric o , el cual se llam a exterior cuando es re p re se n ta d o A 373 en el espacio e interior cuando sólo es re p re se n ta d o en su relación temporal. A h o ra b ien , esp acio y tie m p o só lo se h a lla n en n o s o ­ tro s. S in e m b a rg o , la e x p re s ió n «fu era de n o so tro s» co n lle v a u n a a m b ig ü e d a d in e v ita b le , ya q u e u n as veces sig n ifica lo q u e existe c o m o cosa en s í m isma, d is tin ta d e n o s o tro s , y o tra s, lo q u e p e rte n e c e al fenómeno e x te rn o . P o r ello , c o n el fin de e v ita r la a m b ig ü e d a d de este c o n c e p to — e n te n d id o en el ú ltim o se n tid o , ta l c o m o es re a lm e n te to m a d o p o r la c u e stió n p s ic o ló ­ gica acerca de la realid ad d e n u e stra in tu ic ió n e x te rn a — , d is tin ­ g u ire m o s lo s o b je to s empíricamente exteriores d e los q u e p u e d e n llam arse e x te rio re s en se n tid o tra sc e n d e n ta l lla m á n d o lo s d ire c ­ ta m e n te cosas q u e se encuentran en el espacio. E sp a c io y tie m p o so n re p re se n ta c io n e s a p riori q u e se h allan e n n o s o tro s c o m o fo rm a s d e n u e stra in tu ic ió n sen sib le an tes d e q u e , m e d ia n te la sen sa c ió n , n in g ú n o b je to real haya d e te rm in a d o n u e s tro se n tid o p a ra re p re se n ta rlo b a jo esas re la ­ ciones sen sib les. P ero ese e le m e n to m a te ria l o real, ese alg o q u e ha d e ser in tu id o e n el esp acio , p re s u p o n e n e c e sa ria m e n te u n a p e rc e p c ió n . N in g u n a im a g in a c ió n p u e d e in v e n ta rlo o p r o ­ d u c irlo c o n in d e p e n d e n c ia d e esta p e rc e p c ió n , q u e es la q u e A 374 indica la re a lid a d de a lg o en el esp acio . L a se n sa c ió n es, p u e s, lo q u e d esig n a u n a re a lid a d en el esp acio o en el tie m p o , se g ú n se re fie ra a u n a u o tra esp ecie de in tu ic ió n sensible. U n a v ez d a d a la sen sa c ió n (q u e se llam a p e rc e p c ió n si es ap licad a a u n o b je to en g e n e ra l sin d e te rm in a rlo ), la v a rie d a d

348

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

de ésta p e rm ite in v e n ta r e n la im a g in a c ió n m u c h o s o b je to s q u e n o p o se e n , fu era d e ésta, lu g a r e m p íric o a lg u n o e n el espacio o en el tie m p o . E s to se h alla fu e ra d e to d a d u d a . T a n to si to m a m o s las se n sacio n es d e p la c e r y d o lo r c o m o las de los s e n t id o s 1 e x te rn o s, p o r e je m p lo , los c o lo re s, el calo r, etc., será a tra v é s de la p e rc e p c ió n c o m o se n o s d a rá la m a teria p a ra p e n s a r o b je to s d e la in tu ic ió n sen sib le. E sta p e rc e p c ió n re p re se n ta , p u e s, a lg o real e n el esp acio (p a ra lim i­ ta rn o s a h o ra a las in tu ic io n e s ex tern a s). E n efecto , la p e rc e p c ió n es, en p rim e r lu g a r, la re p re se n ta c ió n d e la re a lid a d , m ie n tra s q u e el esp acio es la re p re se n ta c ió n d e u n a m era p o s ib ilid a d d e co ex isten cia. E n se g u n d o lu g a r, esta re a lid a d es re p re se n ta d a a n te el s e n tid o e x te rn o , es d e c ir, en el esp acio . E n te rc e r lu g a r, el esp acio m ism o n o es m ás q u e sim p le re p re se n ta c ió n y, c o n sig u ie n te m e n te , lo ú n ic o q u e p u e d e c o n sid e ra rs e real A 375 en él es lo q u e en él es re p r e s e n ta d o k, y, a la in v e rsa , lo q u e se da en él, es d e c ir, lo re p re s e n ta d o m e d ia n te la p e rc e p c ió n , es ig u a lm e n te real. Si n o lo fu e ra , e sto es, si n o se d iera a tra v é s de la in tu ic ió n , sería im p o sib le im a g in a rlo , ya q u e lo real de las in tu ic io n e s n o p u e d e ser in v e n ta d o a priori. E n c o n se cu en cia , to d a p e rc e p c ió n e x te rn a d e m u e s tra in m e d ia ta m e n te alg o real en el e sp a c io , o m ás e x a c ta m e n te , es lo real m ism o y, e n ta l se n tid o , el re a lism o e m p íric o está fu era de to d a d u d a . E s d e c ir, h ay a lg o real en el esp acio q u e c o rre s p o n d e a n u e stra s in tu ic io n e s e x tern as. E l esp acio m ism o , c o n to d o s sus fe n ó m e n o s en c u a n to re p re se n ta c io n e s, se halla só lo e n m í, n a tu ra lm e n te . Y , sin e m b a rg o , en este esp acio se d a, re a lm e n te y c o n in d e p e n d e n c ia de c u a lq u ie r in v e n c ió n , lo real o la m a te ria d e to d o s lo s o b je to s d e la in tu ic ió n e x tern a. E s im p o sib le , a d em á s, q u e se d é en este espacio a lg o fu era de nosotros (en se n tid o tra sc e n d e n ta l), ya q u e el esp acio m ism o n o es n ad a fu e ra d e n u e stra se n sib ilid a d . C o n sig u ie n te m e n te , ni el m ás rig u ro s o id ealista p u e d e ex ig ir 1 Añadiendo, con Erdm ann, Sinne. (N. del T.) k Hay que prestar atención a esta proposición, que es paradójica, pero correcta: «No hay en el espacio más que lo representado en él». E n efecto, el mismo espacio es sólo representación y, consiguientemente, lo que hay en A 375 él debe estar incluido en la representación. E n el espacio no hay más que lo que en él sea efectivam ente representado. La proposición, al afirmar que una cosa sólo puede existir en su representación, tiene, desde luego, que producir extrañeza. P ero lo chocante desaparece, en este caso, por no ser las cosas de que nos ocupam os cosas en sí, sino simples fenóm enos, es decir, representaciones (Nota de Kant).

PA RA LO G ISM O S D E LA R A Z O N PURA (A)

349

que dem ostrem os que corresp o n d e a nuestra percepción un o b jeto fuera de nosotros (en sentido estricto), ya que, si hubiera A 376 tal o bjeto, no podríam os rep resentarlo ni intuirlo com o exterior a n o so tros, debido a que el hacerlo p resupone ya el espacio. Pero la realidad en el espacio, en cuanto m era representación, no es otra cosa que la percepción m ism a. A sí, pues, lo real de los fenóm enos externos sólo es real en la percepción. N o puede serlo en n ingún o tro sentido. U n conocim iento de objetos derivado de la percepción puede surgir m ediante el sim ple juego de la im aginación o m ediante la experiencia. Y aquí pueden producirse, desde lue­ g o , representaciones engañosas, a las que no corresponde n in ­ g ú n o bjeto y en las que el eng añ o se debe unas veces a una ilusión de la fantasía (en los sueños) y otras, a u n error del Juicio (en el llam ado engaño de los sentidos). Para evitar la ilusión engañosa se procede según la regla siguiente: es real lo que, de acuerdo con las reglas empíricas, se halla vinculado a una percepción. Pero este engaño, al igual que la precaución

frente a él, afecta tan to al idealism o com o al dualism o, ya que sólo nos referim os ahora a la form a de la experiencia. Para refutar el idealism o em pírico com o actitud de errónea resistencia a aceptar la realidad objetiva de nuestras percepcio­ nes externas basta decir lo siguiente: la percepción externa dem uestra inm ediatam ente una realidad en el espacio, el cual, A 377 si bien no es en sí m ism o más que una sim ple form a de la representación, posee realidad objetiva en relación con todos los fenóm enos externos (que no son, a su vez, más que simples representaciones); sin percepción, p o r otra parte, ni siquiera son posibles la invención ni el sueño, y, p o r tan to , en lo que se refiere a los datos de los que puede surgir la experiencia, los sentidos poseen en el espacio los objetos reales que les corresponden. E l idealista dogmático sería aquel que negara la existencia de la m ateria; idealista escéptico sería el que la pusiera en duda p o r considerarla indem ostrable. La prim era posición se basa en que el idealista dogm ático cree hallar contradicciones en la posibilidad de la materia. D e m om ento, no nos ocuparem os de él. La sección siguiente sobre los silogism os dialécticos presentará el conflicto interno de la razón en to rn o a sus conceptos relativos a la posibilidad de lo que 1 pertenece al 1 Leyendo, con E rdm ann, Begriffi van der Moglichkeit dessen, ¡ras..., en lugar de Begrif/e, die sich van der Moglichkeit dessen, ¡ras... (N. del T.)

350

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

c o n te x to 1 de la ex p erien cia y c o n trib u irá a h a c e r d e sv a n e c e r esta d ific u lta d . E l idealista e sc é p tic o , e n c a m b io , q u e só lo im p u g n a el fu n d a m e n to d e n u e stra a firm a c ió n y d e c la ra in su fi­ cien te n u e stra c o n v ic c ió n acerca d e la ex isten cia d e la m a te ria (co n v ic c ió n q u e n o s o tro s c re e m o s b a sa r en la p e rc e p c ió n ), es u n b ie n h e c h o r de la ra z ó n h u m a n a , ya q u e n o s o b lig a a a b rir b ie n lo s o jo s al d a r el m ás in sig n ific a n te p a so en A 378 la ex p erien cia o rd in a ria y a n o su m a r e n se g u id a a n u e stra p ro p ie d a d , c o m o a lg o le g ítim a m e n te a d q u irid o , lo q u e tal vez o b te n e m o s só lo d e m o d o s u b re p tic io . L as v e n tajas q u e estas o b je c io n e s idealistas n o s re p o r ta n sa lta n a la v ista. N o s im p elen c o n fu e rz a , si n o q u e re m o s e m b ro lla rn o s e n n u e stra s m ás o rd in a ria s a firm a cio n e s, a c o n s id e ra r to d a s las p e rc e p c io ­ nes, sean in te rn a s o e x te rn a s, c o m o sim p le co n c ie n c ia d e lo q u e d e p e n d e d e n u e stra sen sib ilid ad . N o s im p e le n ig u a lm e n te a n o te n e r p o r cosas en sí m ism as lo s o b je to s e x te rn o s de tales p e rc e p c io n e s, sin o a to m a rlo s p o r m eras re p re se n ta c io n e s d e las q u e p o d e m o s , al ig u a l q u e en el caso d e o tra c u a lq u ie ra , ser in m e d ia ta m e n te c o n sc ie n te s. E sta s re p re se n ta c io n e s se lla ­ m a n ex tern as p o r d e p e n d e r d el s e n tid o q u e lla m a m o s e x te rn o y cuya in tu ic ió n es el esp acio , el cual n o es, a su vez, m ás q u e u n m o d o d e re p re se n ta c ió n in te rn a e n la q u e ciertas p e rc e p ­ cio n es se e n la z a n e n tre sí. Si to m a m o s los o b je to s e x te rio re s p o r cosas en sí, es a b s o lu ta m e n te im p o sib le c o m p re n d e r c ó m o p o d ría m o s lle g a r a c o n o c e r su re a lid a d fu e ra d e n o s o tro s , ya q u e n o s a p o y a m o s ú n ic a m e n te e n la re p re se n ta c ió n q u e te n e m o s. E n e fecto , n ad a p o d e m o s s e n tir fu e ra d e n o s o tro s , sin o só lo d e n tr o d e n o so tro s m ism o s. E n co n se c u e n c ia , la a u to c o n c ie n c ia n o n o s su m in istra m ás q u e n u e stra s p ro p ia s d e te rm in a c io n e s. E l id e a lism o e sc é p ti­ co n o s o b lig a , p u e s, a to m a r la ú n ic a e sc a p a to ria q u e nos q u e d a , es d e c ir, a re fu g ia rn o s en la id ealid ad d e to d o s los fe n ó m e n o s, id e a lid a d q u e d e m o s tra m o s ya en la e stética tra s c e n ­ d e n ta l c o n in d e p e n d e n c ia d e estas co n se c u e n c ia s, q u e n o p o d ía A 379 m o s e n to n c e s p re v e r. Si a lg u ie n p re g u n ta a h o ra si, d e b id o a ello, el d u a lism o só lo tie n e lu g a r en la p sic o lo g ía , la re sp u e sta es la sig u ie n te : p o r s u p u e s to ; p e ro só lo en el se n tid o e m p íric o , es d e c ir: en el c o n te x to d e la e x p e rie n c ia se d a re a lm e n te al se n tid o e x te rn o m a te ria , e n c u a n to su sta n c ia e n la esfera d el fe n ó m e n o , del m ism o m o d o q u e se d a al se n tid o in te rn o 1

Zusammenhang.

PA RA LO G ISM O S D E LA R A Z O N PURA (A)

351

el yo p e n sa n te , ig u a lm e n te en c u a n to su sta n c ia en la esfera del fe n ó m e n o . E n am b o s c aso s, lo s fe n ó m e n o s tie n e n q u e lig arse e n tre sí s e g ú n las reg las q u e esta c a te g o ría in tro d u c e en la c o n e x ió n de las p e rc e p c io n e s — ta n to e x te rn a s c o m o in te rn a s— de la ex p erie n c ia . P e ro si, c o m o su ele o c u rrir, se q u ie re am p lia r el c o n c e p to d e d u a lism o p a ra to m a rlo en se n tid o tra sc e n d e n ta l, ta n to este d u a lism o , c o m o su o p u e s to , el pneumatismo, c o m o , p o r o tr a p a rte , el materialismo, c a re c e ría n del m e n o r fu n d a m e n to , ya q u e h a b ría m o s d e se n fo c a d o la d e te r m i­ n a c ió n de n u e stro s c o n c e p to s y h a b ría m o s c o n s id e ra d o la d ife ­ rencia de lo s m o d o s de re p re se n ta c ió n de los o b je to s (los cuales p e rm a n e c e n d e sc o n o c id o s p a ra n o s o tro s en lo q u e se refiere a lo q u e s o n en si m ism o s) c o m o d ife re n c ia d e esas cosas m ism as. E l yo, re p re s e n ta d o p o r m e d io d el s e n tid o in te r­ n o e n el tie m p o , y lo s o b je to s e n el esp acio fu e ra d e m í, c o n stitu y e n fe n ó m e n o s e s p e c ífic a m e n te 1 d is tin to s , p e ro n o p o r ello so n p e n sa d o s c o m o cosas d is tin ta s. E l objeto trascendental q u e sirv e de b ase a los fe n ó m e n o s e x te rn o s, al ig u a l q u e A 380 el q u e sirv e de b ase a la in tu ic ió n in te rn a , n o es en sí m ism o m a teria ni ser p e n sa n te , sin o u n fu n d a m e n to — d e sc o n o c id o p a ra n o s o tro s — de lo s fe n ó m e n o s q u e s u m in is tra n el c o n c e p to e m p íric o ta n to d e la p rim e ra c o m o d el se g u n d o . A sí, p u e s, si, tal c o m o , e v id e n te m e n te , n o s o b lig a a h acer la p re s e n te c rítica , c u m p lim o s la a n te rio rm e n te e sta b le c i­ da reg la de n o lle v a r n u e stra s p re g u n ta s m ás allá d el te rre n o en el q u e la exp erien cia p o sib le p u e d a su m in istra rn o s su o b je to , ni siq u ie ra se n o s o c u rrirá b u sc a r in fo rm a c ió n so b re lo q u e los o b je to s d e los s e n tid o s p u e d a n ser en sí m ism o s, esto es, p re s c in d ie n d o d e to d a re la c ió n c o n los se n tid o s. P e ro si el p sic ó lo g o to m a lo s fe n ó m e n o s p o r cosas en sí m ism as, sea c o m o m a te ria lista , a d m itie n d o en su d o c trin a só lo y e x c lu si­ v a m e n te la m ate ria , sea c o m o e sp iritu a lista , n o a c e p ta n d o en ella m ás q u e seres p e n sa n te s (es d e c ir, seres q u e c o n c u e rd e n c o n la fo rm a d e n u e s tro se n tid o in te rn o ), sea c o m o d u a lista , a d m itie n d o am b as cosas c o m o e x iste n te s p o r sí m ism as, sie m p re se v e rá p a ra liz a d o p o r su tiliz a r, e rró n e a m e n te , so b re el m o d o de ex istir en sí m ism o a lg o q u e n o c o n stitu y e u n a co sa en sí, sin o el sim p le fe n ó m e n o d e u n a cosa en g en eral.

1 Leyendo, según la corrección del m ism o K ant en el prólogo de A, speepfisch, en lugar de skepiiscb (N. del T.)

352

A 381

K A N T/CRITIC A D E LA RA Z O N PURA

Consideración sobre el conjunto de la psicología p ura a la vista de estos paralogismos

Si co m p aram o s la psicología, en c u a n to fisio lo g ía del sen tid o in te rn o , c o n la doctrina del cuerpo, en c u a n to fisio lo g ía de los o b je to s de los sen tid o s e x te rn o s, d e sc u b rim o s, a p a rte de la p o sib ilid ad de co n o c e r e m p íric a m e n te m u c h o s e lem en to s en am bas, la im p o rta n te diferen cia de q u e , m ie n tras en la últim a ciencia p o d e m o s c o n o c e r sin té tic a m e n te a priori m uchas cosas p a rtie n d o del sim p le c o n c e p to de ser ex te n so e im p e n e tra ­ ble, en la p rim e ra n o p o d e m o s c o n o c e r sin té tic a m e n te a priori n in g u n a , p a rtie n d o del c o n c e p to d e ser p en sa n te . La razó n es la sig u ie n te : a u n q u e am b o s sean fe n ó m e n o s, el del se n tid o e x te rn o tien e cierta estab ilid ad o p e rm an en cia, la cual su m in is­ tra u n su s tra to a las d e te rm in a c io n e s cam b ian tes y, c o n sig u ie n ­ te m e n te , u n c o n c e p to sin té tic o , a sab er, el de esp acio y el de fe n ó m e n o en el espacio. E l tie m p o , p o r el c o n tra rio , q u e es la única fo rm a de n u e stra in tu ic ió n in tern a, n o p o see nada p e rm a n e n te y, en co n secu en cia, n o nos da a c o n o c e r m ás q u e el cam b io de las d e te rm in a c io n e s, n o el o b je to d eterm in able. E n efecto, en lo q u e llam am o s alm a to d o está en c o n tin u o flu ir y nada hay p e rm a n e n te , e x c e p to acaso (si q u e re m o s lla m a r­ lo así) el yo, q u e, si c o n stitu y e u n a re p re se n ta c ió n ta n sim ple, es p o r carecer de co n te n id o y n o p o se e r, c o n sig u ie n te m e n te , A 382 variedad n in g u n a. P o r ello parece re p re se n ta r, o m ejo r d ich o , d esig n a r, un o b je to sim ple. P ara q u e fu era p o sib le p ro d u c ir u n co n o c im ie n to de ra z ó n p u ra 1 acerca d e la n atu raleza del ser p e n sa n te , ese yo d eb ería ser u n a in tu ic ió n q u e, al h a b e r sido p o stu la d a p o r el p e n sa m ie n to en g en eral (p re v io a to d a experiencia), su m in istrara , c o m o in tu ic ió n , p ro p o sic io n e s sin té ­ ticas a priori. P ero ese yo n o es ni in tu ic ió n ni c o n c e p to de n ig ú n o b je to , sino la m era fo rm a d e la co n cien cia q u e p u ed e a c o m p a ñ a r a am b as clases d e re p re se n ta c ió n y q u e p u e d e co n v e rtirla s en c o n o c im ie n to si se da o tra cosa en la in tu ic ió n q u e p ro p o rc io n e la m ateria d e la re p re se n ta c ió n d e un o b je to . A sí, p u es, to d a la psico lo g ía racio n al se v ien e abajo, en c u a n to ciencia q u e so b rep asa to d a s las fuerzas d e la ra z ó n h u m an a. N o nos q u ed a m ás rem e d io q u e e stu d ia r n u estra alm a g u ia d o s de la experiencia y q u e lim ita r las cu estio n es a u n m arco q u e n o rebase el co n te n id o q u e la p o sib le experiencia in te rn a p u e d e ofrecer. 1 eine reine Vernunfterkenntnis

PARALOGISMOS DE LA RAZON PURA (A)

353

A h o ra b ien , a u n q u e la p sic o lo g ía ra c io n a l n o sirv a p a ra am p lia r el c o n o c im ie n to , sie n d o , e n c u a n to c o n o c im ie n to , u n c o n ju n to d e p u ro s p a ra lo g ism o s, n o se le p u e d e n e g a r u n a im p o rta n te fu n c ió n n e g a tiv a , c u a n d o la c o n sid e ra m o s c o m o sim p le tr a ta m ie n to c rític o d e n u e stra s in feren cias d ialécticas, in feren cias q u e su rg e n d e la ra z ó n o rd in a ria y n a tu ra l. ¿P ara q u é n ece sita m o s u n a p sic o lo g ía b a sa d a e n m e ro s A 383 p rin c ip io s de la ra z ó n ? In d u d a b le m e n te , p a ra el o b je tiv o p r i­ m o rd ia l de d e fe n d e r n u e s tro y o p e n sa n te fre n te al p e lig ro d el m ate ria lism o . P e ro este o b je tiv o lo alcanza el c o n c e p to racio n al del yo p e n sa n te q u e h e m o s e x p u e sto aq u í. E n e fe c to , lejos d e q u e q u e d e , en v irtu d d e ese c o n c e p to , a lg ú n te m o r d e q u e , e lim in a n d o la m a te ria , s u p rim a m o s to d o p e n sa m ie n to e in c lu so la existen cia d e seres p e n sa n te s, se p o n e c la ra m e n te d e m a n ifie sto , p o r el c o n tra rio , q u e , si e lim in o el su je to p e n s a n ­ te , d esap arece n e ce sa ria m e n te to d o el m u n d o c o rp ó r e o , al n o ser éste m ás q u e el fe n ó m e n o e n la se n sib ilid a d d e n u e stro su je to y u n a clase d e sus re p re se n ta c io n e s. E s c ie rto q u e , d e este m o d o , n o c o n o z c o m e jo r a este yo en lo q u e a sus p ro p ie d a d e s se refiere, ni p u e d o c o m p re n d e r su p e rm a n e n c ia , y, lo q u e es m ás, ni siq u ie ra la in d e p e n d e n c ia d e su ex isten cia re s p e c to d el e v e n tu a l s u s tra to tra sc e n d e n ta l d e los fe n ó m e n o s e x te rn o s, ya q u e éste m e es ta n d e sc o n o c id o c o m o aquél. E s p o sib le , a p e sa r d e to d o , q u e e x tra ig a de bases d is tin ta s d e las m e ra m e n te esp ec u la tiv a s las ra z o n e s q u e m e h a c e n c reer q u e m i n a tu ra le z a p e n sa n te p o se e u n a ex isten cia q u e es in d e p e n d ie n te y q u e p e rm a n e c e b a jo to d o s lo s p o sib le s cam b io s d e m i e sta d o . P o r ello re p re se n ta ya u n g ra n av a n c e el a d m itir lib re m e n te m i ig n o ra n c ia , ya q u e p u e d o re c h a z a r los a taq u e s d o g m á tic o s d e u n a d v e rs a rio e sp e c u la tiv o y m o s- A 384 tra rle q u e jam ás p u e d e sa b e r acerca d e la n a tu ra le z a d e m i su je to , p a ra n e g a r la p o sib ilid a d de m is e x p e c ta tiv a s, m ás d e lo q u e sé yo p a ra a te n e rm e a ellas. O tra s tres cu e stio n e s d ialécticas se b asan en esta ilu sió n tra sc e n d e n ta l d e n u e stro s c o n c e p to s p sic o ló g ic o s. L as tre s c o n s ­ titu y e n el v e rd a d e ro o b je to d e la p sic o lo g ía ra c io n a l y só lo p u e d e n ser so lu c io n a d a s m e d ia n te las a n te rio re s in v e s tig a c io ­ nes. S o n las sig u ie n te s: 1) p o sib ilid a d de la u n ió n d el alm a c o n u n c u e rp o o rg á n ic o , es d e c ir: la a n im a lid a d y el e sta d o del alm a en la v ida del h o m b r e ;

354

A 385

A 386

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

2) c o m ie n z o d e esa u n ió n , es d e c ir: el alm a e n el n a c i­ m ie n to del h o m b re y a n tes d e él; 3) fin d e esa u n ió n , es d e c ir: el alm a en la m u e rte del h o m b re y d esp u és d e ella (la c u e s tió n d e la in m o rta lid a d ). S o ste n g o q u e to d a s las su p u e sta s d ific u lta d e s h allad as en estas cu e stio n e s — d ific u lta d e s m e d ia n te las cu ales, en c u a n to o b jecio n es d o g m á tic a s , se p re s u m e d e u n m ás p ro f u n d o c o n o c i­ m ie n to de la n a tu ra le z a d e las cosas d e lo q u e le es p o sib le al e n te n d im ie n to o rd in a rio — se b a sa n 1 e n u n a sim p le ilu sió n . E sta c o n siste en h ip o s ta sia r lo q u e só lo ex iste en el p e n sa m ie n to y en c o n sid e ra r q u e p o se e la m ism a c u a lid a d q u e el o b je to re a lm e n te e x iste n te fu era del su je to p e n sa n te . E s d e c ir, c o n siste en to m a r la e x te n sió n , q u e n o es m ás q u e u n fe n ó m e n o , p o r la c u a lid ad p e rte n e c ie n te a las cosas e x te rio re s e in d e p e n ­ d ie n te d e n u e stra se n sib ilid a d , e n c o n sid e ra r el m o v im ie n to c o m o efecto d e esas m ism as cosas, c o m o e fe c to q u e se p ro d u c e re a lm e n te e n sí, p re s c in d ie n d o in c lu so d e n u e stro s se n tid o s. E n efecto , la m ateria, cuya u n ió n c o n el alm a ta n ta s rese rv a s suscita, n o es m ás q u e la sim p le fo rm a o el m o d o c o m o re p re se n ta m o s u n o b je to p o r m e d io d e la in tu ic ió n q u e lla m a ­ m o s se n tid o e x te rn o . L a m a te ria n o sig n ifica, p u e s, u n a su s ta n ­ cia ta n d is tin ta y h e te ro g é n e a re s p e c to d el o b je to d el s e n tid o in te rn o (alm a), sin o la sim p le h e te ro g e n e id a d d e lo s fe n ó m e n o s d e o b je to s (d e sc o n o c id o s en sí m ism o s) cuyas re p re se n ta c io n e s llam am o s ex tern as p o r c o m p a ra c ió n c o n las q u e a sig n a m o s al se n tid o in te rn o , si b ie n p e rte n e c e n só lo , al ig u a l q u e los d em ás p e n sa m ie n to s, al su je to p e n sa n te . C o n la d ifere n c ia de q u e estas re p re se n ta c io n e s e x te rn a s c o n lle v a n el c a rá c te r e n g a ­ ñ o so sig u ie n te : d a d o q u e re p re se n ta n o b je to s en el e sp acio , se sep a ra n , p o r así d e c irlo , del alm a y p a re c e n flo ta r fu e ra d e ella. S in e m b a rg o , el esp acio e n el q u e tales re p re se n ta c io n e s so n in tu id a s n o es, a su vez, m ás q u e u n a re p re se n ta c ió n de la q u e n o es p o sib le e n c o n tra r u n a im a g e n q u e le c o rre s p o n da y q u e p o se a la m ism a cu alid a d . L a c u e stió n ya n o es, p u e s, la u n ió n del alm a c o n o tra s su stan cias co n o c id a s y e x tra ­ ñas fu e ra d e n o s o tro s , sin o só lo la c o n e x ió n d e las re p re s e n ta ­ cio n es del s e n tid o in te rn o c o n las m o d ific a c io n e s d e n u e stra sen sib ilid ad e x te rn a y la d e c ó m o se en laz an u n as c o n o tra s se g ú n leyes c o n sta n te s, d e m o d o q u e estén u n id a s e n u n a experiencia. * Leyendo, con Rosenkranz, beruhen, en lugar de berube (N. del T.)

PARALOGISMOS DE LA RAZON PURA (A)

355

M ien tras m a n te n g a m o s ju n to s los fe n ó m e n o s in te rn o s y e x te rn o s, c o m o m eras re p re se n ta c io n e s en la ex p erien cia, n o e n c o n tra m o s n ad a a b s u rd o n i q u e p ro v o q u e d e sa c u e rd o en la u n ió n de am bas clases d e se n tid o s. H ip o sta sie m o s a h o ra los fe n ó m e n o s extiernos y d e je m o s d e c o n sid e ra rlo s c o m o re p re ­ sen tacio n es p ara to m a rlo s p o r cosas que existen p or s í mismas fuera de nosotros j según la misma cualidad que poseen en nosotros, m ien tras referim o s a n u e stro su je to los acto s q u e los p re s e n ta n c o m o fe n ó m e n o s re lac io n a d o s e n tre sí. T a n p r o n to c o m o lo h ag a m o s, nos e n c o n tra re m o s c o n u n a s causas eficien tes fu era de n o so tro s q u e n o c o n c u e rd a n c o n los efecto s q u e p ro d u c e n en n o s o tro s , ya q u e las causas só lo se re fie re n a los sen tid o s e x te rn o s, m ien tras q u e los efecto s se re fie re n al se n tid o in te rn o , y a u n q u e am b o s se n tid o s se h a lle n u n id o s en u n su je to , se d iferen cian co n sid e ra b le m e n te . N o te n e m o s, p u e s, m ás efectos ex te rn o s q u e cam b io s de lu g a r, n i m ás fu erzas q u e ten d e n c ia s q u e acab an en relaciones espaciales c o m o efectos d e las m ism as. P e ro los efecto s so n en n o so tro s p e n sa m ie n to s e n tre los cuales n o h ay ni re la c ió n de lu g a r, n i m o v im ie n to , ni fig u ra , ni d e te rm in a c ió n espacial. P o r o tr a p a rte , p e rd e m o s to ta lm e n te el h ilo c o n d u c to r de las causas en los efecto s q u e de ellas te n d ría n q u e m o s tra rse en el se n tid o in te rn o . P e ro d e b e ría m o s re c o rd a r q u e los c u e rp o s n o s o n o b je to s en sí, q u e estén p resen tes en n o s o tro s , sin o u n m e ro fe n ó m e n o de n o se sabe q u é o b je to ; q u e el m o v im ie n to n o es el efecto de esa causa d esc o n o c id a , sin o el sim p le fe n ó m e n o del in flu jo q u e ésta ejerce en n u e stro s s e n tid o s; q u e a m b as cosas n o so n , p u es, a lg o fu era de n o s o tro s , sin o re p re se n ta c io n e s en n o s o tro s ; q u e, c o n s ig u ie n te m e n te , n o es el m o v im ie n to de la m ateria el q u e o casio n a rep re se n ta c io n e s en n o s o tro s , sin o q u e el m o v i­ m ie n to m ism o (y, p o r ta n to , ta m b ié n la m ateria q u e se nos da a c o n o c e r p o r m ed io d e él) n o es m ás q u e re p re se n ta c ió n . E n d efin itiv a , to d a la d ific u lta d q u e n o so tro s m ism o s h e m o s cre a d o se c o n v ie rte en la c u e stió n sig u ie n te : c ó m o y p o r q u é causa se hallan las re p re se n ta c io n e s de n u e stra sen sib ilid ad ligadas e n tre sí d e tal su e rte , q u e las q u e llam am o s in tu ic io n e s ex tern as p u e d e n ser re p re se n ta d a s, d e a c u e rd o c o n leyes e m p íri­ cas, c o m o o b je to s fuera d e n o so tro s. A h o ra bien, esta c u e stió n n o en c ie rra en a b so lu to la d ific u lta d de ex p licar el o rig e n d e las re p re se n ta c io n e s d e causas eficien tes q u e se h alla n fu era d e n o s o tro s y q u e nos so n c o m p le ta m e n te e x tra ñ a s, d ific u lta d d e b id a a q u e to m a m o s los fe n ó m e n o s de u n a causa d e sc o n o c id a

A 387

356

A 388

A 389

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

p o r u n a causa fu era de n o s o tro s , p la n te a m ie n to q u e n o p u ed e p ro v o c a r m ás q u e c o n fu sió n . C u a n d o c h o c a m o s c o n juicios q u e o frecen u n a in te rp re ta c ió n q u e es e rró n e a , p e ro q u e se halla a rraig ad a en u n a p ro lo n g a d a c o stu m b re , re su lta im p o sib le d a r a su c o rre c c ió n la c larid ad e x ig ib le 1 e n los casos en q u e n in g u n a ilu sió n sem ejan te e in e v ita b le c o n fu n d a el c o n c e p ­ to . P o r ello será difícil q u e esta n u e s tra lib era c ió n de la razó n fre n te a las teo rías sofísticas p o se a la tra n sp a re n c ia q u e necesita para ser p le n a m e n te satisfacto ria. C reo q u e lo sig u ie n te p u e d e c o n trib u ir a ella. P o d e m o s d iv id ir to d a s las objeciones e n dogmáticas, criticas y escépticas. La d o g m á tic a es la d irig id a c o n tra u n a proposición. L a crítica es la d irig id a c o n tra la demostración de u n a p ro p o s i­ ción. La p rim e ra re q u ie re c o n o c e r la n a tu ra le z a del o b je to p a ra p o d e r a firm a r lo c o n tra rio d e lo q u e so stien e la p r o p o s i­ ció n re sp ecto de ese m ism o o b je to . E lla m ism a es, p u e s, un a o b jeció n d o g m á tic a . P re te n d e c o n o c e r la n a tu ra le z a en c u e stió n m e jo r q u e el ad v e rsa rio . La o b je c ió n crítica, en c a m b io , no necesita c o n o c e r m e jo r el o b je to , o p re s u m ir de c o n o c e rlo m ejo r, ya q u e n o e n tra en la v alid ez o falta de valid ez de la p ro p o s ic ió n y sólo im p u g n a su d e m o s tra c ió n ; se lim ita a p o n e r de m a n ifie sto q u e la p ro p o s ic ió n carece de fu n d a m e n to , n o q u e sea in co rrecta. La escép tica e n fre n ta p ro p o s ic ió n y c o n tra p ro p o sic ió n , in te rc a m b iá n d o la s c o m o o b jec io n e s d e ig u al ra n g o , c o n sid e ra n d o a lte rn a tiv a m e n te u n a de ellas c o m o d o g m a y la o tra c o m o su o b jec ió n . E s, p u e s, u n a o b je c ió n q u e p arece d o g m á tic a d esd e los d o s la d o s o p u e sto s y q u e an u la e n te ra m e n ­ te to d o ju icio so b re el o b je to . E n co n secu en cia, ta n to la o b je ­ ció n d o g m á tic a c o m o la e scép tica tie n e n q u e p re s u m ir de co n o c e r su o b je to en el g ra d o e n q u e h ag a falta p a ra d ecir d e él alg o afirm a tiv o o n e g a tiv o . S ó lo la o b je c ió n crítica es de tal ín d o le , q u e d e rrib a la te o ría , m o s tra n d o q u e n o se hace, p a ra a p o y ar la p ro p ia a firm a c ió n , sin o a c u d ir a alg o q u e carece de v a lo r o q u e es u n sim p le p ro d u c to de la im a g in a ­ ción. La d e rrib a al dejarla p riv a d a del su p u e s to fu n d a m e n to , sin p re te n d e r, p o r o tra p a rte , d e c id ir n a d a so b re la n a tu ra le z a del o b jeto . A h o ra b ien , so m o s d o g m á tic o s en relació n c o n n u e stro s o rd in a rio s c o n c e p to s racio n ales acerca de la c o m u n id a d en q u e n u e s tro su je to p e n sa n te se h alla c o n las cosas fu era de 1 Leyendo, con Rosenkranz, gefordert, en lugar de gefórdert (N. del T.)

PARALOGISMOS DE LA RAZON PURA (A)

357

n o s o tro s . C o n sid e ra m o s tales cosas c o m o o b je to s re a lm e n te ex isten tes c o n in d e p e n d e n c ia d e n o s o tro s , se g ú n u n d u a lism o tra sc e n d e n ta l q u e n o a trib u y e eso s fe n ó m e n o s e x te rn o s al su je to c o m o re p re se n ta c io n e s suyas, sin o q u e , tal c o m o n o s lo su m in is­ tra la in tu ic ió n sen sib le, lo s sitú a c o m o o b je to s fu e ra d e n o s o ­ tro s y lo s sep ara to ta lm e n te d e l su je to p e n sa n te . E sta s u b re p ­ ció n c o n stitu y e la base d e to d a s las te o ría s so b re la u n ió n de alm a y c u e rp o . N u n c a se c u e stio n a si esa realid ad o b je tiv a de los fe n ó m e n o s es e n te ra m e n te c o rre c ta , sin o q u e se p a r ­ te d e ella c o m o de u n h e c h o a d m itid o y to d o se re d u c e a su tiliz a r so b re el m o d o se g ú n el cu al hay q u e ex p licarla y e n te n d e rla . L os tre s sistem as n o rm a lm e n te id e a d o s so b re esta c u e stió n , y los ú n ic o s re a lm e n te p o sib le s, s o n : el del influjo físico, el d e la armonía preestablecida y el d e la asistencia sobrenatural. L as d o s ú ltim as e x p licacio n es de la u n ió n d el alm a c o n la m a teria se b asan en o b je c io n e s a la p rim e ra , q u e es la re p re se n ta c ió n d el e n te n d im ie n to c o m ú n 1 . E s d e c ir, se o b je ­ ta q u e lo q u e se m an ifiesta c o m o m a te ria n o p u e d e ser, c o n su in flu jo in m e d ia to , la cau sa d e re p re se n ta c io n e s q u e so n efecto s d e ín d o le c o m p le ta m e n te h e te ro g é n e a . L o s q u e así a rg u y e n n o p u e d e n ap licar a lo q u e e n tie n d e n p o r o b je to d e los s e n tid o s e x te rn o s el c o n c e p to d e m a te ria , q u e n o es m ás q u e fe n ó m e n o y, c o n sig u ie n te m e n te , sim p le re p re se n ta c ió n q u e h a sid o , a su vez, p ro d u c id a p o r a lg ú n o b je to e x te rio r. Si lo h ic ie ra n , a firm a ría n q u e las re p re se n ta c io n e s d e o b je to s e x te rio re s (los fe n ó m e n o s) n o p u e d e n ser causas e x te rio re s d e las re p re se n ta c io n e s d e n u e s tro p siq u ism o , lo cual c o n s titu i­ ría u n a o b je c ió n care n te d e s e n tid o , ya q u e a n a d ie se le o c u rr irá te n e r p o r causa e x te rio r lo q u e a n tes ha re c o n o c id o c o m o sim p le re p re se n ta c ió n . S e g ú n n u e stro s p rin c ip io s d e b e n , p u e s, o rie n ta r su te o ría en el s e n tid o d e q u e lo q u e es el v e rd a d e ro o b je to (tra sc e n d e n ta l) d e n u e stro s se n tid o s e x te rn o s n o p u e d e se r la causa d e las re p re se n ta c io n e s (fe n ó m e n o s) q u e e n te n d e m o s b a jo el n o m b re d e m ateria. P u e sto q u e n ad ie A 391 tie n e ra z o n e s p a ra p re te n d e r q u e c o n o c e alg o d e la causa tra s c e n d e n ta l d e n u e stra s re p re se n ta c io n e s de los s e n tid o s e x te r­ n o s, su a firm a c ió n es c o m p le ta m e n te g ra tu ita . S u p o n g a m o s a h o ra q u e esos p re s u n to s c o rre c to re s d e la te o ría del in flu jo físico a d o p te n la o rd in a ria re p re se n ta c ió n del d u a lism o tra s c e n ­ d e n ta l y c o n s id e re n la m a te ria , e n c u a n to tal, c o m o c o sa en 1 gemeinen Verstandes

358

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

sí m ism a (n o c o m o m e ro fe n ó m e n o d e u n a co sa d e sc o n o c id a ), d irig ie n d o su o b je c ió n a m o s tra r q u e u n o b je to e x te rio r q u e no o ste n te en sí o tra ca u sa lid a d q u e la d e los m o v im ie n to s n u n ca p u e d e ser la causa e fic ie n te d e re p re se n ta c io n e s, sin o q u e tie n e q u e in te rv e n ir u n te rc e r té rm in o , si n o p a ra in tro d u c ir u n a in te ra c c ió n re c íp ro c a , sí, al m e n o s , u n a a rm o n ía y c o rre s ­ p o n d e n c ia e n tre am b o s. T al s u p o s ic ió n sig n ific a ría q u e esos c o rre c to re s c o m e n z a ría n su re fu ta c ió n a su m ie n d o e n su d u a lis­ m o el 7IToV v|/e05o

372

K A N T /C R IT IC A D E LA RA Z O N PURA

m o hay q u e d ecir de la fa c u lta d d e la a u to c o n c ie n c ia , así B 415 c o m o de las d em ás facu ltad es. La p e rm a n e n c ia del alm a, en c u a n to sim ple o b je to del se n tid o in te rn o , sig u e, p u e s, in d e m o s­ trad a, e in clu so in d e m o stra b le , a u n q u e sea clara su p erm a n e n c ia en la vida d e b id o a q u e el ser p e n sa n te (en c u a n to ser h u m a n o ) es, a la vez, o b je to de sus se n tid o s e x te rn o s. P e ro el p s ic ó lo g o racional n o se da p o r satisfech o c o n esto e in te n ta d e m o s tra r la p erm an en cia ab so lu ta del alm a, in clu so m ás allá de la vida, a p a rtir d e m ero s co n c e p to s k.

—) representación de otras. Si la conciencia es suficiente para distinguirla, pero no para la conciencia de su distinción, la representación debería seguir llamando se oscura. Así, pues, son infinitos los grados que van desde la conciencia hasta su desaparición (Nota de Kant). k Quienes para introducir una nueva posibilidad creen haber hecho bastante obstinándose en que no es posible señalar una contradicción en los supuestos que han asumido (como ocurre con todos aquellos que se imaginan saber que es posible pensar incluso después de que la vida ha cesado, siendo así que el único ejemplo que del pensar poseen son las intuiciones empíricas de la vida humana), pueden verse en serios apuros en virtud de otras posibilidaB 416 des que en absoluto son más audaces. Tal sucede con la posibilidad de dividir una sustancia simple en varias y, a la inversa, con la posibilidad de unificar (coalición) varias sustancias en una única sustancia simple. E n efecto, aunque la divisibilidad presuponga un com puesto, no implica necesariamente un com ­ puesto de sustancias, sino simplemente de grados (de las diversas potencíalida des) de una misma sustancia. Podem os imaginar todas las facultades y capacida­ des anímicas, incluso la de la conciencia, com o reducidas a la mitad, de modo que, no obstante, siga habiendo sustancia; com o podem os representarnos, sin contradicción, esta mitad desaparecida como conservada, aunque no en el alma, sino fuera de ella; igualmente podem os pensar que, por haber sido reducido a la mitad todo lo que es real en el alma, todo lo que posee, consiguientemente, un grado (es decir, toda la existencia del alma, de modo que nada falte), surgiría fuera de la misma una sustancia especial. E n efecto, la pluralidad dividida existía ya antes, no com o pluralidad de sutancias, sino como pluralidad de cada realidad considerada como quantum de la existencia en ella. La unidad de la sustancia era sólo un m odo de existir, un modo B 417 que se ha convertido en pluralidad de subsistencia en virtud de tal división. De la misma forma, varias sustancias simples podrían, a su vez, unificarse en una sola sin que se perdiera más que la pluralidad de subsistencia, ya que la nueva sustancia reuniría en sí el grado de realidad de las anteriores. Acaso las sustancias simples que nos sum inistran el fenóm eno de la materia (no en virtud de un influjo recíproco de tipo mecánico o químico, naturalmente, sino en virtud de un influjo que desconocemos y del que el primero constituiría un m ero fenóm eno) podrían producir las almas de los hijos mediante una semejante división dinámica de las almas de los padres, en cuanto magnitudes intensivas, recuperando las de los padres su pérdida por coalición con nuevo material de la misma clase. Lejos de mí la idea de conceder la menor importancia o validez a semejantes quimeras. Además, los anteriores principios de la analítica

PA RA LO G ISM O S D E LA R A Z O N PURA (B)

373

Si to m a m o s a h o ra n u e stra s p ro p o s ic io n e s a n te rio re s en co n e x ió n sintética y c o m o v álid as p a ra to d o s los seres p e n sa n te s — tal c o m o d e b e n ser to m a d a s e n el sistem a d e la p sic o lo g ía ra c io n al— y, c o n la p ro p o s ic ió n « T o d o s los seres p e n sa n te s so n , c o m o tales, su stancias» , re c o rre m o s re g re siv a m e n te la serie de las ca te g o ría s, p a rtie n d o d e la d e re la c ió n , h a sta c e rra rse el c írcu lo , tro p e z a m o s , fin a lm e n te , c o n la existencia d e esos seres p e n sa n te s, existen cia de la cual — se g ú n d ic h o siste m a — n o só lo so n c o n scien tes c o n in d e p e n d e n c ia d e las cosas e x te rio ­ res, sin o q u e p u e d e n in c lu so d e te rm in a rla p o r sí m ism o s (en relació n c o n la p e rm a n e n c ia , la cu al p e rte n e c e n e c e sa ria m e n te al ca rá c te r de la su stan cia). P e ro d e a h í se sig u e q u e , en tal sistem a ra c io n alista , el idealismo es in e v ita b le , al m e n o s el id ealism o p ro b le m á tic o : si n o n o s hace falta la ex isten cia de cosas e x te rio re s p a ra d e te rm in a r la p ro p ia ex isten cia en el tie m p o , la p rim e ra es a su m id a g ra tu ita m e n te , y n o es p o sib le d e m o stra rla . Si, p o r el c o n tra rio , se g u im o s el p ro c e d im ie n to analítico, d o n d e la p ro p o s ic ió n « Y o p ien so » in clu y e e n sí u n a ex isten cia c o m o d a d a y, c o n sig u ie n te m e n te , sirv e d e base en c u a n to m o d a lid a d , y an alizam o s esta p ro p o s ic ió n p a ra c o n o c e r su c o n te n id o , es d ecir, si y c ó m o ese yo d e te rm in a su ex isten cia en el tie m p o y el espacio en v irtu d d e ese sim p le c o n te n id o , e n to n c e s n o a rra n c a rá n las p ro p o s ic io n e s d e la p sic o lo g ía ra c io ­ nal del c o n c e p to de ser p e n sa n te en g e n e ra l, sin o q u e a rra n c a rá n d e u na realid ad . D e l m o d o se g ú n el cu al es p e n sa d a tal realid a d , u n a vez q u e se ha h e c h o a b stra c c ió n d e c u a n to h ay en ella d e e m p íric o , se d e d u c irá lo q u e c o n v ie n e a u n ser p e n sa n te , ta l c o m o m u e s tra el c u a d ro sig u ie n te :

B 416

B 417

B418

B419

—► nos han recom endado ya suficientemente no hacer de las categorías (por ejemplo, de la sustancia) un uso que no sea em pírico. Sin em bargo, el racionalista tiene la suficiente audacia para hacer de la simple facultad del pensar, sin ninguna intuición perm anente que le ofrezca un objeto, un ser que subsiste p o r sí m ism o, fundándose tan sólo en que no puede explicar la unidad de B 418 la apercepción en el pensar a partir de lo com puesto. Si el racionalista, en vez de confesar que no es capaz de explicar la posibilidad de una naturaleza pensante, adopta semejante postura, ¿por qué no iba a tener derecho el materialis­ ta, aunque tam poco pueda recurrir a la experiencia para apoyar sus posibilidades, a la misma audacia que su adversario y a servirse de su principio para hacer de él un uso opuesto, conservando la unidad formal que le sirve de base? (N ota de Kant).

374

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA 1) Yo pienso,

2) como sujeto

3) como sujeto simple 4)

como sujeto idéntico

en to d o e sta d o d e m i p e n sa m ie n to . D a d o q u e en la se g u n d a p ro p o s ic ió n n o se d e te rm in a si sólo p u e d o ex istir y ser p e n s a d o e n c u a n to su je to , y n o ig u a lm e n te e n c u a n to p re d ic a d o d e o tr o ser, el c o n c e p to de su jeto p o se e a q u í u n se n tid o m e ra m e n te ló g ic o , q u e d a n d o sin d ecid ir si d e b e m o s o n o e n te n d e r p o r ello u n a su sta n c ia . Ig u a lm e n te , e n la te rc e ra p ro p o s ic ió n a d q u ie re im p o rta n c ia p o r sí m ism a la u n id a d a b so lu ta d e la a p e rc e p c ió n , el yo sim ple de la re p re se n ta c ió n , a la q u e se refie re to d a c o n e x ió n o se p a ra c ió n q u e c o n stitu y e el p e n sa m ie n to , a u n q u e to d a v ía n o se haya esta b le c id o n ad a so b re la n a tu ra le z a o su b siste n c ia del su jeto . L a a p e rc e p c ió n es alg o real y su sim p lic id a d resid e ya en su p o sib ilid a d . A h o ra b ie n , en el esp a c io n o h a y nada real q u e sea sim p le, ya q u e lo s p u n to s (q u e so n lo ú n ic o sim ple en el esp acio ) so n só lo lím ite s, n o a lg o q u e sirv a, p o r sí m ism o , p a ra c o n s titu ir, c o m o p a rte , el esp acio . D e ello se sig u e la im p o sib ilid a d d e e x p lic a r la n a tu ra le z a del B 420 yo, en c u a n to m e ro su je to p e n sa n te , p a rtie n d o d e las bases del materialismo. P e ro , te n ie n d o e n c u e n ta q u e en la p rim e ra p ro p o s ic ió n m i ex isten cia es c o n sid e ra d a c o m o d a d a (p u e s to q u e n o se d ic e : « T o d o ser p e n sa n te existe», lo cual in c lu iría , a la vez, u n a n ecesid ad a b so lu ta y, c o n sig u ie n te m e n te , a firm a ría d e m a sia d o re s p e c to de tales seres, sin o q u e se dice s im p le m e n te : «Y o ex isto p e n sa n d o » ), es e m p íric a tal p ro p o s ic ió n , y c o n tie n e la d e te rm in a b ilid a d d e m i ex isten cia só lo e n re la c ió n c o n m is re p re se n ta c io n e s en el tie m p o . P e ro , u n a vez m ás, n e cesito p a ra e sto a lg o p e rm a n e n te q u e , e n la m e d id a en q u e m e p ie n s o , n o m e es d a d o en la in tu ic ió n in te rn a . P o r ello es im p o sib le , p o r m e d io de esta a u to c o n c ie n c ia sim p le, d e te rm in a r cu ál es el m o d o de m i e x is te n c ia : si es c o m o su sta n c ia o c o m o a c c id e n ­ te. A sí, p u e s, si el materialismo n o es id ó n e o p a ra ex p licar m i ex isten cia, el espiritualismo es ta m b ié n in su fic ie n te a este m ism o re sp e c to . L a c o n se c u e n c ia es q u e n o h ay m o d o n in g u n o q u e no s p e rm ita c o n o c e r a lg o d e la c o n s titu c ió n d el alm a en lo q u e se re fie re a la p o sib ilid a d d e su existencia sep arad a.

PARALOGISMOS DE LA RAZON PURA (B)

375

¿C óm o iba, ad em á s, a ser p o sib le , p o r m e d io d e la u n id a d d e la co n cie n cia — u n id a d q u e só lo n o s es c o n o c id a p o r el h e c h o d e sern o s im p re sc in d ib le p a ra la p o sib ilid a d de la ex p erien cia— , ir m ás allá d e la ex p e rie n c ia (n u e stra ex isten cia en esta vida) e in clu so e x te n d e r n u e s tro c o n o c im ie n to a la n a tu raleza d e to d o s lo s seres p e n sa n te s m e d ia n te la p ro p o s ic ió n «Y o pienso», q u e es e m p íric a , p e ro in d e te rm in a d a re sp e c to B 42I d e to d a clase d e in tu ic ió n ? N o existe, p u e s, u n a p sic o lo g ía ra c io n a l q u e am p líe, en c u a n to doctrina, el c o n o c im ie n to d e n o s o tro s m ism o s. E x iste tan só lo c o m o disciplina q u e fija a la ra z ó n esp e c u la tiv a , en este cam p o , u n o s lím ites in fra n q u e a b le s, c o n el fin d e e v ita r, p o r u n a p a rte , q u e n o s e n tre g u e m o s a u n m a te ria lism o sin alm a y, p o r o tra , q u e n os p e rd a m o s en las fan tasía s d e u n e sp iritu a lism o q u e , p ara n o s o tro s v iv ie n te s, carece d e fu n d a ­ m e n to . M ás b ie n n o s re c u e rd a q u e esa n e g a tiv a d e la ra z ó n a c o n te s ta r sa tisfa c to ria m e n te las cu rio sa s p re g u n ta s so b re alg o q u e rebasa la vida p re s e n te d e b e ser c o n sid e ra d a c o m o u n a a d v e rte n c ia q u e la m ism a ra z ó n n o s hace p a ra q u e d ejem o s la estéril y ex altad a esp e c u la c ió n en to r n o a n o s o tro s m ism o s y n o s a p liq u e m o s al fe c u n d o u so p rá c tic o . A u n q u e éste se d irig e sie m p re a o b je to s d e e x p erien cia, to m a sus p rin c ip io s de u n a fu e n te su p e rio r y d e te rm in a n u e stra c o n d u c ta c o m o si n u e s tro d e stin o re b a sa ra in fin ita m e n te la ex p erien cia y, p o r ta n to , la v id a p re se n te . D e to d o ello se d e sp re n d e q u e la p sic o lo g ía racio n al d eb e su o rig e n a u n sim p le m a le n te n d id o . Se to m a la u n id a d d e co n cie n cia, q u e sirv e de base a las c a te g o ría s, p o r in tu ic ió n del su je to en c u a n to o b je to y se le aplica la c a te g o ría de B 422 su stan cia. A h o ra bien , tal u n id a d es só lo la u n id a d d el pensamien­ to. N in g ú n o b je to se da e n v ir tu d d e ella sola y, c o n s ig u ie n te ­ m e n te , n o p o d e m o s ap licarle la c a te g o ría de su sta n c ia , q u e p re s u p o n e siem p re u n a intuición d a d a ; en co n sec u e n c ia , n o p o d e m o s c o n o c e r ese su je to . A sí, p u e s, el sim p le h e c h o de p e n sarlas no significa q u e el su je to d e las c a te g o ría s a d q u ie ra d e sí m ism o u n c o n c e p to en c u a n to o b je to d e las m ism as, ya q u e p a ra p e n sarlas se ve o b lig a d o a basarse e n su a u to c o n ciencia p u ra , q u e era p re c isa m e n te lo q u e d e b ía m o s explicar. A sim ism o , el su je to en el q u e tie n e su fu n d a m e n to o rig in a rio la re p re se n ta c ió n del tie m p o n o p u e d e ta m p o c o d e te rm in a r su p ro p ia ex isten cia en el tie m p o m e d ia n te esa re p re se n ta c ió n ; y si n o es p o sib le esto ú ltim o , ta m p o c o lo es lo p rim e ro ,

376

K A N T /C R IT IC A D E LA RA ZO N PURA

es decir, la d e te rm in a c ió n d e sí m ism o (en c u a n to su je to p e n s a n ­ te en g en eral) m e d ia n te c a te g o ría s k. D esap arece así u n c o n o c im ie n to q u e ha sid o p e rs e g u id o m ás allá de la ex p erien cia p o sib le y q u e , n o o b sta n te , fo rm a p a rte del m ás alto in terés de la h u m a n id a d ; d esap arece en B 424 la fru stra c ió n , en la m ed id a en q u e es la filo so fía esp ecu lativ a la q u e d eb e su m in istra rlo . Sin e m b a rg o , la se v e rid a d de la crítica, al d e m o s tra r, a la vez, la im p o sib ilid a d d e d e c id ir d o g m á tic a m e n te , acerca d e u n o b je to d e e x p erien cia, a lg o q u e rebase la ex p erien cia, p re sta a la ra z ó n , c o n re sp e c to a este in terés su y o , el im p o rta n te se rv ic io d e p o n e rla ig u a lm e n te a salvo d e to d a s las afirm a cio n es q u e d ig a n lo c o n tra rio . L o cual só lo p u e d e su ced e r si se d e m u e s tra a p o d íc tic a m e n te la p ro p o s ic ió n q u e se so stie n e o , e n el caso d e q u e n o se co n sig a h acerlo , se b u sc a n los m o tiv o s d e ta l in cap acid ad . Si esos m o tiv o s resid en en los lím ites n ecesario s de n u e stra ra z ó n , o b lig a rá n a to d o a d v e rs a rio a so m e te rse a la m ism a ley de ren u n cia c o n re sp e c to a to d a s las a firm a cio n es d o g m á tic a s. B 423

P ero c o n ello n o h e m o s p e rd id o lo m ás m ín im o en k El «Yo pienso» constituye, según se ha dicho ya, una proposición empírica e incluye en sí la proposición «Y o existo». Sin em bargo, no podemos afirmar que todo lo que piensa exista, ya que, en tal caso, la propiedad del pensamiento convertiría todos los seres que la poseen en seres necesarios. N o puedo, pues, considerar mi existencia com o deducida de la proposición «Yo pienso», com o sostenía Descartes (puesto que para ello debería presuponer esta mayor: «Todo lo que piensa existe»), sino que es idéntica respecto de ella. La proposición «Yo pienso» expresa una intuición empírica indeterminada, B 423 es decir, una percepción (consiguientem ente, demuestra que hay ya una sensa ción, la cual pertenece a la sensibilidad, que sirve de base a esta proposición existencial), pero precede a la experiencia que ha de determinar, por medio de la categoría, el objeto de la percepción con respecto al tiempo. La existencia no constituye todavía, en este caso, una categoría, ya que ésta no se refiere a un objeto dado indeterminadamente, sino sólo a un objeto del que poseemos un concepto y del que queremos saber si está o no puesto también fuera de este mismo concepto. Una percepción indeterminada sólo significa aquí algo real, algo dado al pensamiento en general, algo que, p o r consiguiente, no se da en cuanto fenóm eno, ni tam poco com o cosa en sí (numeno), sino como algo que existe realmente y que es designado com o tal en la proposición «Yo pienso». Téngase presente que, al calificar de empírica esta proposición no quiero decir que el yo constituya en ella una representación empírica. Al contrario, es una representación puram ente intelectual, ya que pertenece al pensam iento en general. Ahora bien, no tendría lugar el acto «Yo pienso» sin alguna representación empírica que suministrara la materia del pensam iento; lo em pírico es sólo la condición de la aplicación o uso de la facultad intelectual pura (nota de Kant).

PARALOGISM OS D E LA R A Z O N PURA (B)

377

relación c o n el d e re c h o , e in c lu so c o n la n ece sid a d , d e s u p o n e r u n a vida fu tu ra , d e a c u e rd o c o n lo s p rin c ip io s d el u so p rá c tic o de la ra z ó n , u so q u e va lig a d o al e sp e c u la tiv o . E n efecto , la p ru e b a m e ra m e n te esp ecu lativ a jam ás ha sid o capaz de in flu ir en la ra z ó n h u m a n a o rd in a ria . E sta p ru e b a está m o n ta d a so b re tales su tilezas, q u e si la m ism a escu ela la c o n se rv a ta n to tie m p o , ello se d eb e ú n ic a m e n te a q u e n o deja d e h acerla g ira r so b re sí m ism a c o m o a un a p e o n z a , p e ro ni siq u ie ra a los o jo s de la escuela p ro p o rc io n a u n fu n d a m e n to p e rm a n e n te so b re el q u e p u ed a ed ificarse alg o . T o d a s las p ru e b a s q u e so n ú tiles B 425 p ara el m u n d o c o n se rv a n su v a lo r sin m e rm a n in g u n a . Al c o n tra rio , su clarid ad y su fu e rz a p e rsu a siv a , d e sp ro v ista ésta d e artific io sid a d , salen fa v o re c id a s c o n el rec h a z o d e esas p re ­ te n sio n es, ya q u e sitú a n la ra z ó n en su te rre n o p ro p io , q u e es el o rd e n de los fines, el cual es, a la vez, o rd e n d e la n atu raleza. A l ser ta m b ié n u n a fa c u lta d p rá c tic a en sí m ism a, no lim itad a p o r las c o n d ic io n e s del o rd e n de la n a tu ra le z a , la razó n está a u to riz a d a a e x te n d e r el o rd e n d e los fines y, c o n éste, n u e stra p ro p ia ex isten cia, m ás allá de los lím ites d e la ex p erien cia y d e la v id a. E n re la c ió n c o n los seres v iv ien tes d e este m u n d o , la ra z ó n d e b e n ecesa ria m e n te a d o p ta r c o m o p rin c ip io lo sig u ie n te : n o hay n in g ú n ó rg a n o , n in g u n a fa c u lta d , n in g ú n im p u lso , n ad a en su m a , q u e sea su p e rflu o o d e s p ro p o rc io n a d o a su u so , es d e c ir, in a d e c u a d o ; al c o n tra rio , to d o c o n v ie n e ex actam en te a su d e stin o en la vida. Si el h o m b re , q u e es el ú n ic o q u e p u e d e c o n se rv a r 1 en sí el fin ú ltim o de to d o ello, ju zg ara se g ú n la analogía con la naturaleza d e d ich o s seres, d eb ería ser la ú n ic a c ria tu ra q u e c o n stitu y e ra u n a ex cep ció n re sp e c to d e ese p rin c ip io . E n efecto , sus fa c u lta ­ des natu rales — n o só lo p o r sus a p titu d e s y sus im p u lso s a h acer u so d e ellas, sin o , so b re to d o , la ley m o ra l in se rta en él— su p e ra n d e tal m an era to d a u tilid a d y v en ta ja q u e p u d ie ra el h o m b re ex tra e r d e ellas en la v id a p re s e n te , q u e la ley m o ral le en señ a a ap recia r p o r en cim a d e to d o la sim p le c o n c ie n ­ cia d e la re c titu d d e in te n c ió n , a u n q u e n o re p o rte v en ta ja B 426 n in g u n a , e in clu so p re s c in d ie n d o d e la irreal g lo ria p o stu m a . E l h o m b re se sien te in te rio rm e n te lla m a d o a h acerse d ig n o , co n su c o n d u c ta en este m u n d o y su re n u n c ia a m u ch as v en ta ja s, de h a b ita r o tr o m u n d o m e jo r, u n m u n d o q u e él p o se e en Probablem ente debería leerse in sich enthalten, en lugar de in sich erhalten. E n tal caso, la traducción sería contener, no conservar. (N. del T.)

378

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

la idea. A l ir a c o m p a ñ a d a p o r u n cad a v ez m a y o r c o n o c im ie n to de q u e to d o lo q u e v e m o s a n te n o s o tro s es a d e c u a d o a su fin y p o r la v isió n de la in m e n sid a d d e la c re a c ió n ; al ir, c o n sig u ie n te m e n te , ac o m p a ñ a d a p o r la c o n c ie n c ia d e cierta ilim itació n en la p o sib ilid a d de a m p lia r n u e s tro c o n o c im ie n to y p o r u n im p u ls o c o rre s p o n d ie n te a tal p o sib ilid a d , c o n tin ú a ex istie n d o esta p o d e ro s a e irre fu ta b le d e m o s tra c ió n , p o r m ás q u e te n g a m o s q u e re n u n c ia r a c o m p re n d e r la n ecesaria p e r d u r a ­ ció n d e n u e stra existen cia p a rtie n d o d e u n c o n o c im ie n to p u r a ­ m e n te te ó ric o de n o s o tro s m ism o s.

Conclusión acerca de la solución del paralogism o psicológico L a ilu sió n dialéctica d e la p sic o lo g ía ra c io n a l se basa en la c o n fu s ió n d e u n a idea d e la ra z ó n (de u n a in te lig e n c ia p u ra ) c o n el c o n c e p to to ta lm e n te in d e te rm in a d o d e ser p e n sa n te en g e n eral. M e p ie n s o a m í m ism o en re la c ió n c o n u n a e x p e rie n ­ cia p o sib le , p re s c in d ie n d o d e to d a e x p erien cia efectiv a. D e ello in fiero q u e p u e d o te n e r ta m b ié n co n c ie n c ia d e m i p ro p ia B 427 ex isten cia fu e ra d e la ex p e rie n c ia y d e sus c o n d ic io n e s em p íricas. E n c o n se cu en cia, c o n fu n d o la p o sib le abstracción d e m i e x is te n ­ cia em p írica d e te rm in a d a c o n la su p u e s ta c o n cie n cia d e u n a p o sib le ex isten cia separada d e m i yo p e n s a n te ; m e im a g in o q u e , al te n e r e n el p e n sa m ie n to la u n id a d d e c o n cie n cia — q u e sirv e de b ase, en c u a n to m era fo rm a d el c o n o c im ie n to , a to d a d e te rm in a c ió n — conozco lo su sta n c ia l en m í c o m o su je to tra sc e n d e n ta l. E l e x p licar la u n ió n d el alm a c o n el c u e rp o n o c o n stitu y e u n p ro b le m a p ro p io de la p sic o lo g ía d e la q u e a q u í h a b la m o s, ya q u e p re te n d e d e m o s tra r la p e rs o n a lid a d del alm a in clu so d e sp u é s de esa u n ió n (tras la m u e rte ). E s , p u e s, trascendente, e n te n d id a e n su s e n tid o p ro p io , ya q u e , si b ie n se o c u p a d e u n o b je to de ex p e rie n c ia , lo h ace só lo en la m e d id a en q u e deja d e ser o b je to d e e x p erien cia. S in e m b a rg o , ta m b ié n en este caso p o d e m o s re s p o n d e r sa tisfa c to ria m e n te d e sd e n u e s­ tra d o c trin a . L a d ific u lta d q u e h a d a d o lu g a r a este p ro b le m a co n siste , c o m o sa b e m o s, en la a su m id a h e te ro g e n e id a d e n tre el o b je to del s e n tid o in te rn o (alm a) y los o b je to s d e los se n tid o s e x te rn o s. E n efecto , la c o n d ic ió n fo rm a l d el p rim e ro es só lo el tie m p o , m ie n tra s q u e la d e ésto s ú ltim o s in clu y e, ad em á s,

PARALOGISMOS DE LA RAZON PURA (B)

379

el espacio. A h o ra b ien , la d ific u lta d d e sa p a re c e si se tie n e e n c u e n ta q u e am b as clases d e o b je to s n o se d is tin g u e n en ello in te rio rm e n te , sin o só lo en la m e d id a e n q u e u n o se B 428 manifiesta al o tr o c o m o e x te rio r y q u e , c o n sig u ie n te m e n te , lo q u e sirv e d e b ase al fe n ó m e n o d e la m a te ria e n c u a n to co sa e n sí m ism a n o es q u iz á ta n h e te ro g é n e o . L a ú n ica d ific u l­ ta d q u e q u e d a es é sta : c ó m o es p o sib le u n a c o m u n id a d de su stan cias. P e ro la so lu c ió n d e la m ism a resid e, sin d u d a n in g u ­ n a, fu era del c a m p o d e la p sic o lo g ía , y ta m b ié n , c o m o fá c ilm e n ­ te d e d u c irá el le c to r tra s lo d ic h o en la a n alítica acerca de las p o te n c ia s y fa c u ltad e s fu n d a m e n ta le s, fu e ra del c a m p o del c o n o c im ie n to h u m a n o .

Observación general sobre el tránsito de la psicología racional a la cosmología «Y o p ien so » o «Y o ex isto p e n sa n d o » es u n a p ro p o s ic ió n em p írica. A h o ra b ien , este tip o d e p ro p o s ic io n e s se b asa en u n a in tu ic ió n em p íric a y, p o r ello m ism o , en el o b je to p e n sa d o c o m o fe n ó m e n o . D e a h í q u e p a re z c a c o m o si en n u e stra te o ría el alm a se to r n a ra e n te ra m e n te fe n ó m e n o , in c lu so e n el p e n s a ­ m ie n to , y c o m o si, de esta fo rm a , n u e stra p ro p ia co n cie n c ia , e n c u a n to m era ilu sió n , n o se re firie ra re a lm e n te a nada. E l p e n sa m ie n to , to m a d o e n sí m ism o , n o es m ás q u e la fu n c ió n ló g ica y, c o n sig u ie n te m e n te , la sim p le e s p o n ta n e id a d d e la u n ió n de la d iv e rsid a d d e u n a in tu ic ió n m e ra m e n te p o s i­ ble. N o n o s m u e s tra en a b s o lu to el su je to , e n c u a n to fe n ó m e n o , d e la co n cien cia. N o lo hace d e b id o se n c illa m e n te a q u e n o B 429 tie n e en c u e n ta cuál es el m o d o d e la in tu ic ió n : si es sen sib le o in telectu al. A tra v é s del p e n sa m ie n to n o m e re p re se n to , p u e s, n i c o m o soy, ni c o m o m e m a n ifie sto a m í m ism o , sin o q u e só lo m e p ie n s o c o m o c u a lq u ie r o tr o o b je to en el q u e p re s c in d o de cuál sea el m o d o d e su in tu ic ió n . Si m e re p re s e n to c o m o sujeto de los p e n sa m ie n to s o c o m o fundamento del p e n sa r, tales fo rm a s d e re p re se n ta c ió n n o sig n ific a n las c a te g o ría s de su stan cia n i d e causa, ya q u e éstas c o n stitu y e n fu n c io n e s del p e n sa r (del ju z g a r) ya ap licad as a n u e stra in tu ic ió n sen sib le, q u e m e h a r í a 1 falta, n a tu ra lm e n te , si q u isie ra conocerme. Si, e n c a m b io , só lo q u ie ro ser c o n sc ie n te d e m í m ism o en c u a n to l

Leyendo, con Erdmann, würde, en lugar de würden (N. del T.)

380

K A N T /C R IT IC A D E LA RA Z O N PURA

p en san te y d ejo a u n la d o c ó m o se da el y o en la in tu ic ió n , en to n ce s p o d ría ser p ara m í u n m e ro fe n ó m e n o el yo q u e piensa, p e ro n o en c u a n to q u e p ien sa. E n la co n c ie n c ia d e m í m ism o , en el caso del m e ro p e n sa r, so y el ser mismo, p e ro , n a tu ra lm e n te , nada d e él m e es d a d o to d a v ía al p e n sa m ie n ­ to . La p ro p o s ic ió n « Y o p ien so » , en la m e d id a en q u e afirm a q u e existo pensando, n o es u n a sim p le fu n c ió n ló g ic a , sin o q u e d e te rm in a el su je to (q u e e n to n c e s es, al m ism o tie m p o , o b je to ) en relació n co n su ex isten cia, y n o p u e d e te n e r lu g a r sin el s e n tid o in te rn o , cuya in tu ic ió n su m in istra sie m p re el o b je to c o m o m e ro fen ó m e n o , n o c o m o cosa e n sí. C o n sig u ie n B 430 te m e n te , ya n o hay en ella sim p le e sp o n ta n e id a d d el p e n sa r, sin o ta m b ié n re cep tiv id a d d e la in tu ic ió n . E s d e c ir, el p e n sa ­ m ie n to d e m í m ism o se ap lica a la in tu ic ió n e m p írica de ese m ism o su jeto . E n esta ú ltim a in tu ic ió n d e b e ría b u scar, p u es, el yo p e n sa n te las c o n d ic io n e s d el u so d e sus fu n c io n e s c o m o cate g o rías de su stan cia, cau sa, e tc ., si n o q u ie re calificarse a sí m ism o c o m o o b je to en sí só lo p o r m e d io del yo, sin o d e te rm in a n d o , ad em ás, el m o d o de su ex istencia, es d ecir, si q u ie re co n o c e rse c o m o n ú m e n o . L o cual es im p o sib le , ya q u e la in tu ic ió n em p írica in te rn a es sen sib le, y n o su m in istra m ás d ato s q u e los del fe n ó m e n o . T ales d a to s n o p u e d e n p r o p o r ­ c io n a r al o b je to d e la conciencia pura n ad a q u e p e rm ita c o n o c e r la existencia sep arad a d e esa c o n cie n cia. A l c o n tra rio , só lo p u e d e n se rv ir p a ra la ex p erien cia. S u p o n g a m o s q u e , m ás a d e la n te , e n c o n trá ra m o s m o ti­ v o s, n o en la exp erien cia, sin o en ciertas leyes d el u so p u ro de la ra z ó n (n o só lo lóg icas, sin o leyes estab lecid as a priori y relativas a n u e stra existencia), p a ra c o n sid e ra rn o s c o m o legisla­ dores e n te ra m e n te a priori en re la c ió n co n n u e stra p ro p ia existen­ cia y p a ra c o n sid e ra r q u e so m o s n o so tro s m ism o s q u ien es d e te rm in a m o s esta existencia. E n tal caso, su rg iría u n a e sp o n ta ­ n eid ad en v irtu d de la cual n u e stra realid ad sería d e te rm in a b le sin necesid ad d e las c o n d ic io n e s d e la in tu ic ió n em p írica. Y en to n ce s a d v e rtiría m o s q u e en la c o n cie n cia d e n u e stra e x iste n ­ cia hay alg o c o n te n id o a priori q u e p u e d e se rv irn o s p a ra d e te rB 431 m in ar ésta, la cual, si b ien n o es p e rfe c ta m e n te d e te rm in a b le m ás q u e d e m o d o sensib le, p u e d e ser d e te rm in a d a en rela c ió n co n cierta fa cu ltad in te rio r q u e se re fiere a u n m u n d o in te lig ib le (sólo p e n sa d o , claro está). P e ro esto no haría p ro g re s a r en lo m ás m ín im o las te n ­

PA RA LO G ISM O S D E LA R A Z O N PURA(B)

381

tativ as de la p sic o lo g ía ra c io n a l, ya q u e , si b ie n p o se e ría p o r m ed io de esa m arav illo sa fa c u lta d , q u e só lo m e es rev elad a p o r la ley m o ra l, u n p rin c ip io p u ra m e n te in te le c tu a l p a ra d e te r ­ m in a r m i ex isten cia, ¿con q u é p re d ic a d o s la d e te rm in a ría ? N o p o d ría n ser o tro s q u e los q u e se m e tie n e n q u e d a r en la in tu ic ió n sen sib le, c o n lo cual v o lv e ría u n a vez m ás, a la si­ tu a c ió n en q u e m e hallab a e n la p s ic o lo g ía ra c io n a l. E s d ecir, de n u e v o n ecesitaría in tu ic io n e s se n sib les p a ra d a r sig n ific a c ió n a los c o n c e p to s in tele c tu a le s d e su sta n c ia , cau sa, e tc ., q u e so n los ú n ico s c o n c e p to s m e d ia n te los cuales p u e d o a d q u irir c o n o c im ie n to d e m í m ism o . P e ro tales in tu ic io n e s jam ás m e p e rm ite n re b a s a r el c a m p o d e la e x p erien cia. N o o b sta n te , en re la c ió n c o n su u so p rá c tic o , q u e se d irig e sie m p re a o b je to s de ex p erien cia, m e esta ría p e rm itid o a p lic a r esos c o n c e p ­ to s , d e a c u e rd o c o n su sig n ific a c ió n a n á lo g a e n su u so te ó ric o , a la lib e rta d y al su je to d e ésta. E n e fe c to , só lo e n tie n d o p o r tales co n c e p to s las fu n c io n e s ló g ic a s d e su je to y p re d ic a d o , B 432 de fu n d a m e n to y c o n se c u e n c ia , c o n fo rm e a las cuales d e te rm i­ n am o s los a cto s o efecto s a te n o r d e d ic h a s leyes, d e su e rte q u e sie m p re p u e d e n ser e x p lic a d o s, ju n ta m e n te c o n las leyes n a tu ra le s, de a c u e rd o c o n las c a te g o ría s d e su sta n c ia y d e causa, a u n q u e d e riv e n d e u n p rin c ip io c o m p le ta m e n te d ife re n te . H e m o s h e ch o esta o b se rv a c ió n p a ra e v ita r el m a le n te n d id o al q u e fá c ilm e n te se halla e x p u e sta la d o c trin a de la a u to in tu ic ió n en c u a n to fe n ó m e n o . M ás a d e la n te te n d re m o s o c a sió n de hacer u so de ella.

D IA L E C T IC A T R A S C E N D E N T A L L

ib r o

C

S

e g u n d o

a p ít u l o

II

LA A N T IN O M IA D E LA R A Z O N P U R A E n la in tro d u c c ió n a esta p a rte d e n u e stra o b ra h e m o s m o s tra d o ya q u e to d a ilu sió n tra sc e n d e n ta l d e la ra z ó n p u ra se basa en in feren cias d ialécticas. E n las tre s clases fo rm ale s A 406 de silo g ism o s n o s p re s e n ta la ló g ica el e sq u e m a d e tales in fe re n ­ cias, al ig u al q u e las c a te g o ría s e n c u e n tra n el su y o e n las c u a tro fu n c io n e s d e to d o s lo s ju icio s. L a prim era clase d e esas in ferencias so físticas se refería a la u n id a d in c o n d ic io n a d a de las c o n d ic io n e s subjetivas de to d a s las re p re se n ta c io n e s en g e n e ­ ral (del su je to o alm a), en c o rre sp o n d e n c ia c o n los silo g ism o s B 433 ca te g ó ric o s, cuya m a y o r, en c u a n to p rin c ip io , ex p resa la re la ­ c ió n de u n p re d ic a d o c o n u n sujeto. La segunda clase te n d rá , p u e s, c o m o c o n te n id o , en a n a lo g ía c o n los silo g ism o s h ip o t é ti­ cos, la u n id a d in c o n d ic io n a d a de las c o n d ic io n e s o b je tiv a s en la esfera d el fe n ó m e n o . D e ig u al m o d o , la tercera clase, q u e tra ta re m o s e n el c a p ítu lo sig u ie n te , p o se e c o m o te m a la u n id a d in c o n d ic io n a d a d e las c o n d ic io n e s o b je tiv a s de la p o sib ilid a d d e lo s o b je to s e n g en e ra l. E s c u rio so q u e el p a ra lo g ism o tra sc e n d e n ta l p ro d u je ra só lo u n a ilu sió n u n ila te ra l c o n re s p e c to a la idea d e su je to d e n u e stro p e n sa m ie n to . N o se e n c u e n tra en él la m e n o r ilu sió n en fa v o r d e lo c o n tra rio , p a rtie n d o d e c o n c e p to s d e ra z ó n . L a v en taja está to ta lm e n te d e p a rte del p n e u m a tis m o . P e ro , a p e sa r d e la ap a rie n c ia q u e le fa v o re c e , n o p u e d e d isim u la r su d e fe c to h e re d ita rio , c o n siste n te en c o n v e rtirse en p u ro h u m o a la h o ra d e p a sa r la p ru e b a d e fu e g o d e la crítica.

A N T IN O M IA D E LA RA Z O N PURA

383

M uy o tra cosa su ced e c u a n d o ap lic a m o s la ra z ó n a la síntesis objetiva d e los fe n ó m e n o s. E n este caso , ella p re te n d e h acer v aler, d e fo rm a n o ta b le m e n te ilu so ria, su p rin c ip io de la u n id a d in c o n d ic io n a d a , p e ro p r o n to se e m b ro lla en c o n tr a ­ d iccio n es tales, q u e se ve o b lig a d a a d e sistir d e su s p re te n sio n e s en el te rre n o d e la co sm o lo g ía . Se nos o frece a q u í, e fe c tiv a m e n te , u n n u e v o F e n ó m e ­ n o 1 de la ra z ó n h u m a n a , a sa b e r, u n a a n tité tic a p e rfe c ta m e n te n a tu ra l, o b te n id a sin necesid ad de tre n z a r su tilezas n i de p o n e r B 434 tra m p a s artificiales. Al c o n tra rio , la ra z ó n cae en ella p o r sí sola y, ad em ás, in e v ita b le m e n te . C o n ello se d e fie n d e del s o p o r de u n a c o n v ic c ió n ficticia, p ro d u c to d e u n a sim p le ilu sió n u n ilateral, p e ro cae, a la vez, e n la te n ta c ió n d e a b a n d o n a rs e a u n a d e se sp e ra c ió n escép tica o de a d o p ta r u n d o g m a tis m o ten az, e m p e ñ á n d o se en s o s te n e r c iertas afirm a c io n e s sin h acer justicia ni p re s ta r o íd o s a las ra z o n e s en fa v o r d e lo c o n tra rio . A m b as p o s tu ra s sig n ifican la m u e rte de una filo so fía sana, si b ie n la p rim e ra p o d ría d e n o m in a rse acaso eu tanasia de la ra z ó n p u ra. A n tes d e h acer v e r la d e sa v e n e n c ia y el d e s o rd e n a q u e d a lu g a r el c o n flic to (a n tin o m ia ) d e las leyes de la ra z ó n p u ra , o fre c e re m o s alg u n as o b se rv a c io n e s q u e p u e d a n esclarecer y ju stificar el m é to d o q u e se g u im o s e n el tra ta m ie n to d e n u e stro o b je to . L lam o a to d a s las ideas tra sc e n d e n ta le s, en la m e d id a en q u e se re fie re n a la a b so lu ta to ta lid a d en la sín tesis de los fe n ó m e n o s, conceptos cósmicos. T a l d e n o m in a c ió n se d eb e, p o r u n a p a rte , a esa m ism a to ta lid a d in c o n d ic io n a d a en la A 408 q u e se basa ta m b ié n el c o n c e p to d e u n iv e rso , q u e es, a su vez, u n a sim p le idea, y, p o r o tra , a q u e esas ideas tra sc e n d e n ta le s só lo h acen referen cia a la sín tesis d e los fe n ó m e n o s, sín tesis q u e es, p o r ta n to , em p íric a , m ie n tra s q u e la to ta lid a d a b so lu ta en la síntesis d e las c o n d ic io n e s de to d a s las cosas p o sib les B 435 d ará lu g a r, p o r el c o n tra rio , a u n ideal de la ra z ó n p u ra , el cual se d is tin g u e p o r c o m p le to d el c o n c e p to c ó sm ic o , a u n q u e te n g a relació n co n él. A sí, p u e s, al ig u a l q u e los p a ra lo g ism o s de la ra z ó n p u ra sen ta b a n las bases de u n a p sic o lo g ía dialéctica, del m ism o m o d o nos o fre c e rá la a n tin o m ia de la ra z ó n p u ra los p rin c ip io s tra sc e n d e n ta le s de una su p u e sta c o sm o lo g ía p u ra (racio n al), n o p a ra q u e la c o n sid e re m o s válid a ni p a ra q u e nos la a p ro p ie m o s, sin o — tal c o m o in d ica el sim p le n o m b re 1 Pbanomen

384

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

de c o n flic to de la r a z ó n — p a ra e x p o n e rla c o m o u n a idea de ap arien cia d e s lu m b ra d o r a , p e ro falsa, c o m o u n a idea in c o m ­ p a tib le c o n lo s fe n ó m e n o s .

LA A N T IN O M IA D E L A R A Z O N PU R A

S ección primera S

A 409

B 436

A 410

is t e m a

d e

l a s

id e a s

c o s m o l ó g ic a s

C o n el fin d e p o d e r e n u m e ra r esas id eas d e a c u e rd o c o n u n p rin c ip io , c o n p re c is ió n siste m á tic a , h ay q u e o b s e rv a r, en prim er lu gar, q u e lo s c o n c e p to s p u r o s y tra sc e n d e n ta le s só lo p u e d e n s u r g ir d el e n te n d im ie n to ; q u e la ra z ó n n o p ro d u c e c o n c e p to s, e n s e n tid o p ro p io , sin o q u e , a lo m á s, libera el concepto del entendimiento d e las in e v ita b le s lim ita c io n e s d e u n a ex p erien cia p o s ib le , in te n ta n d o e x te n d e rlo h a sta m ás allá de las lim itacio n es d e lo e m p íric o , a u n q u e sie m p re e n c o n e x ió n co n ello. T al lib e ra c ió n se d e sa rro lla d e la s ig u ie n te m a n e ra : la ra zó n exige p a ra u n c o n d ic io n a d o d a d o u n a to ta lid a d a b s o lu ­ ta p o r el lad o d e las c o n d ic io n e s (a las q u e el e n te n d im ie n to so m ete to d o s los fe n ó m e n o s d e la u n id a d sin té tic a ); al h a c e rlo c o n v ie rte la c a te g o ría e n u n a idea tra sc e n d e n ta l, c o n el fin d e c o n fe rir u n a c o m p le tu d a b so lu ta a la sín te sis e m p íric a , p ro s ig u ié n d o la h a sta lo in c o n d ic io n a d o (q u e n u n c a e n c o n tra ­ m o s en la e x p e rie n c ia , sin o só lo en la idea). L a ra z ó n lo exige d e a c u e rd o c o n el p rin c ip io d e q u e , si se da lo condicionado, se da también la suma de las condiciones j , p o r tanto, lo absolutamente incondicionado, q u e c o n s titu y e el m e d io q u e h a c e p o sib le lo c o n d ic io n a d o . E n p rim er lugar, p u e s, las ideas tra sc e n d e n ta le s n o se rán , e n re a lid a d , m ás q u e c a te g o ría s e x te n d id a s h a sta lo in c o n d ic io n a d o y p o d r á n fo rm a r u n c u a d ro o rd e n a d o de a c u e rd o c o n los títu lo s d e éstas. E n se g u n d o lu gar, n o to d a s las c a te g o ría s s e r v irá n a este re s p e c to , sin o só lo aq u é lla s en las q u e la sín tesis c o n s titu y a u n a serie d e las c o n d ic io n e s de u n c o n d ic io n a d o , u n a serie q u e esté fo rm a d a p o r c o n d ic io n e s s u b o rd in a d a s, n o c o o rd in a d a s e n tre sí. L a to ta lid a d a b so lu ta só lo es ex ig id a p o r la ra z ó n en la m e d id a e n q u e esa to ta lid a d se refiere a la serie a sc e n d e n te d e las c o n d ic io n e s d e u n c o n d ic io ­ n a d o d a d o . N o es e x ig id a , p o r ta n to , c u a n d o se tra ta d e u n a cad en a d e c o n d ic io n e s e n s e n tid o d e sc e n d e n te , n i c u a n d o se tra ta de u n a g re g a d o d e c o n d ic io n e s c o o rd in a d a s re sp e c to

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

385

de tales co n secu en cias. E n e fe c to , las c o n d ic io n e s se d a n p o r su p u estas en re lació n c o n el c o n d ic io n a d o d a d o y, c o n s ig u ie n te ­ B 437 m e n te , p u e d e n c o n sid e ra rse c o m o d a d a s ju n ta m e n te c o n éste ú ltim o . P o r o tra p a rte , c o m o n o so n las co n se c u e n c ia s las q u e h acen p o sib les sus c o n d ic io n e s, sin o q u e , al c o n tra rio , las p re s u p o n e n , se p u e d e p re s c in d ir, e n el a scen so hacia las co n secu en cias (o en el d e sc e n so d e sd e la c o n d ic ió n d a d a h asta lo c o n d ic io n a d o ), d e si la serie te rm in a o n o . L a c u e stió n d e su to ta lid a d n o es u n p re s u p u e s to d e la ra 2 Ón. A sí ta m b ié n , el tie m p o tr a n s c u rr id o h asta el m o m e n to p re s e n te es n e c e sariam e n te p e n sa d o c o m o d a d o (a u n q u e n o c o m o d e te rm in a b le s p o r n o s o tro s ). L a c u e stió n es d istin ta en lo q u e se refiere al tie m p o fu tu ro . E n efecto , al n o ser éste u n a c o n d ic ió n p a ra lle g a r al m o m e n to a c tu a l, re su lta del to d o in d ife re n te , p a ra c o n o c e rlo , el m o d o se g ú n el cual lo c o n sid e ra m o s, sea h a c ié n d o lo cesar en u n p u n to , sea h a c ié n d o lo se g u ir h asta el in fin ito . Sea, p o r e je m p lo , la serie tn, n, o, d o n d e n está d a d o c o m o c o n d ic io n a d o c o n re sp e c to a m, p e ro , a la v ez, c o m o c o n d ic ió n d e o. L a serie ascie n d e d esd e el c o n d ic io n a d o n a m (/, k , i, e tc .), al ig u a l q u e d e scien d e d esd e la c o n d ic ió n n al c o n d ic io n a d o o (p, q, r, etc.). T e n g o , p u es, q u e p re s u p o n e r la p rim e ra serie p a ra c o n sid e ra r n c o m o d a d o . A d e m á s, se g ú n la ra z ó n (se g ú n la to ta lid a d de las c o n d i­ A 411 cio n es), n es só lo p o sib le g racias a esa serie. T a l p o sib ilid a d n o se b asa, sin e m b a rg o , en la serie sig u ie n te , o, p , q, r, q u e , p o r ello m ism o , ú n ic a m e n te p u e d e ser c o n sid e ra d a c o m o B 438 dabilis, n o c o m o dada. L a sín tesis d e u n a serie p o r el la d o de las c o n d ic io n e s, es d ecir, la q u e va d e sd e las c o n d ic io n e s m ás p ró x im a s al fe n ó m e n o d a d o h asta las m ás re m o ta s, la lla m a ré regresiva. L a q u e va, p o r el la d o de lo c o n d ic io n a d o , d e sd e la c o n se c u e n c ia m ás p ró x im a h asta la m ás re m o ta la d e n o m in a ré sín tesis progresi­ va. La p rim e ra va in antecedentia\ la se g u n d a , in consequentia. Las ideas co sm o ló g ic a s se o c u p a n , p u e s, de la to ta lid a d de la síntesis re g re siv a y v a n in antecedentia, n o in consequentia. C u a n d o o c u rre e sto ú ltim o , n o s h a lla m o s a n te u n p ro b le m a a rb itra rio , n o a n te u n p ro b le m a n e c e sa rio d e la ra z ó n p u ra , ya q u e , si q u e re m o s e n te n d e r de fo rm a c o m p le ta lo q u e se n o s da en el fe n ó m e n o , n e c e sita m o s, e fe c tiv a m e n te , sus f u n d a ­ m e n to s, p e ro n o sus c o n secu en cias. P a ra d is p o n e r la ta b la d e las ideas d e a c u e rd o c o n la de las ca te g o ría s, p ro c e d e re m o s así:

386

A 412

B 439

A 413 B 440

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

P rim e ro : to m a re m o s lo s d o s quanta o rig in a rio s d e to d a s n u e stra s in tu ic io n e s : tiempo y espacio. C o m o el tie m p o es en sí m ism o u n a serie (y la c o n d ic ió n fo rm a l d e to d a s las series), hay q u e d is tin g u ir en él a p riori, c o n re s p e c to a u n p re s e n te d a d o , lo s a n te c e d e n te s en c u a n to c o n d ic io n e s (el p a sa d o ) d e las co n secu en cias (el fu tu ro ). P o r ta n to , la idea tra sc e n d e n ta l d e la to ta lid a d a b so lu ta d e la serie d e las c o n d ic io n e s d e u n c o n d ic io n a d o d a d o se refiere ta n só lo al tie m p o p a sa d o . E n co n so n a n c ia c o n la idea d e la ra z ó n , se p ie n sa to d o el tie m p o tr a n s c u rrid o c o m o n ec e sa ria m e n te d a d o , en c u a n to c o n d ic ió n del m o m e n to d a d o . E n c u a n to al e sp a c io , n o h ay en él d ife re n c ia e n tre p ro g r e s o y re g re so , ya q u e fo rm a , e fe c tiv a m e n te , u n agregado, p e ro no u n a serie, p u e s to d a s sus p a rte s so n c o e x iste n te s. E n re la c ió n c o n el p a sa d o , só lo p o d ría 1 c o n sid e ra r el in s ta n te p re s e n te c o m o c o n d ic io n a d o , n o c o m o c o n d ic ió n , ya q u e tal in s ta n te só lo se p ro d u c e al tr a n s c u rr ir el tie m p o (o m ás e x a c ta ­ m e n te , gracias al p a so del tie m p o p re c e d e n te ). A h o ra b ien , d a d o q u e las p a rte s d el esp acio n o g u a rd a n e n tre sí rela c io n e s de s u b o rd in a c ió n , sin o d e c o o rd in a c ió n , n in g u n a p a rte del m ism o es c o n d ic ió n de p o sib ilid a d d e o tra . A d ife re n c ia , p u e s, del tie m p o , n o c o n stitu y e en sí m ism o u n a serie. Sin e m b a rg o , la síntesis de las d iv ersa s p a rte s del esp a c io m e d ia n te las cuales lo a p re h e n d e m o s es sucesiv a y, c o n sig u ie n te m e n te , se d e sa rro lla en el tie m p o e in clu y e u n a serie. Si en esta serie d e e sp acio s ag re g a d o s (p o r e je m p lo , d e los pies en u n a vara), p a rtim o s de u n o d a d o , los q u e le v am o s a ñ a d ie n d o en el p e n sa m ie n to c o n stitu y e n sie m p re la condición del lím ite d e lo s a n te rio re s. P o r ello d e b e m o s c o n sid e ra r ta m b ié n la medición d e u n esp a c io c o m o síntesis de la serie d e c o n d ic io n e s de u n c o n d ic io n a d o d a d o . L a d iferen cia está en q u e el la d o de las c o n d ic io n e s n o se d is tin g u e e n sí m ism o d el la d o d e lo c o n d ic io n a d o y, c o n sig u ie n te m e n te , regressus y progressus en el esp acio p a re c e n id en tificarse. P e ro , c o m o u n a p a rte d el esp acio n o se d a en v ir tu d d e o tra , sin o q u e só lo es lim ita d a p o r ella, to d o esp a c io lim ita d o ha de ser c o n sid e ra d o p o r n o s o tro s c o m o c o n d ic io n a ­ d o , c o m o u n esp acio q u e p re s u p o n e o tr o esp acio c o m o c o n d i­ c ió n de sus lím ites, y así su c e siv a m e n te . P o r c o n sig u ie n te , el av a n c e en el esp acio es ta m b ié n u n re g re so en re la c ió n c o n la lim ita c ió n , y se aplica ta m b ié n al esp acio la idea tra sc e n d e n ta l d e la to ta lid a d a b so lu ta d e la sín tesis en la serie d e las c o n d ic io 1 Leyendo, con G órland, kotinte, en lugar de kontite. (N. del T .-)

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

387

nes. L o m ism o p u e d o p re g u n ta r p o r la to ta lid a d a b so lu ta del fe n ó m e n o en el esp acio q u e p o r la del tie m p o p asa d o . M ás ad e la n te p re c isa re m o s si sie m p re es p o s ib le re s p o n d e r a tales p re g u n ta s. S e g u n d o : la rea lid a d e n el esp a c io , es d e c ir, la materia, es u n c o n d ic io n a d o . Sus c o n d ic io n e s in te rn a s so n su s p a rte s y sus c o n d ic io n e s re m o ta s so n las p a rte s d e las p a rte s. T e n e m o s, p u e s, a q u í u n a síntesis re g re siv a cu y a to ta lid a d a b so lu ta es ex ig id a p o r la razó n . S e m ejan te to ta lid a d só lo p u e d e lo g ra rse p o r m e d io de u n a c o m p le ta d iv isió n en v irtu d d e la cual la re a lid ad de la m a te ria d esa p a re z c a e n la n a d a o en lo q u e ya n o es m a te ria , es d e c ir, e n lo sim p le. T a m b ié n a q u í n o s h allam o s, p u e s, a n te u n a serie de c o n d ic io n e s y a n te u n p r o g r e ­ so hacia lo in c o n d ic io n a d o . T e rc e ro : en c u a n to a las c a te g o ría s d e la re la c ió n real B 441 e n tre los fe n ó m e n o s, la c a te g o ría d e su sta n c ia , c o n sus a c c id e n ­ tes, n o es a p ro p ia d a p a ra ser u n a idea tra sc e n d e n ta l. E s d e c ir, A 414 c o n re sp e c to a ella, la ra z ó n n o tie n e m o tiv o s q u e la h a g a n ir re g re siv a m e n te a las c o n d ic io n e s, ya q u e lo s a c c id e n te s se h allan (en la m ed id a en q u e in h ie re n e n u n a ú n ica su sta n c ia ) c o o rd in a d o s e n tre sí, y n o fo rm a n u n a serie. L o s accid e n te s n o se h allan p ro p ia m e n te su b o rd in a d o s re s p e c to d e la su sta n c ia , sin o q u e s o n el m o d o se g ú n el cual ex iste la su sta n c ia m ism a. L o q u e sí p o d ría p a re c e r a q u í u n a idea d e la ra z ó n tra sc e n d e n ta l sería el c o n c e p to de lo sustancial. S in e m b a rg o , si te n e m o s en c u e n ta q u e éste n o sig n ifica sin o el c o n c e p to del o b je to e n g e n e ra l q u e su b siste (en la m e d id a en q u e só lo lo p e n sa m o s c o m o su je to tra sc e n d e n ta l d e s p ro v is to d e p re d ic a d o s) y q u e a q u í sólo tra ta m o s d e lo in c o n d ic io n a d o e n la serie d e los fe n ó m e n o s, se v e rá claro q u e lo su sta n c ia l n o p u e d e c o n s titu ir u n m ie m b ro d e esta serie. L o m ism o p u e d e d ec irse d e las su stan cias en c o m u n id a d , q u e so n m e ro s a g re g a d o s y n o o fre ­ cen n in g u n o d e los in d icio s d e u n a serie, ya q u e n o se h allan su b o rd in a d a s e n tre sí c o m o c o n d ic io n e s d e su p o sib ilid a d , cosa q u e h e m o s p o d id o d e c ir, en c a m b io , d e lo s e s p a c io s : el lím ite d e ésto s n u n ca q u e d a b a d e te rm in a d o en ellos m ism o s, sin o e n v irtu d d e o tr o esp acio . A sí, p u e s, n o s q u e d a ta n só lo la c a te g o ría d e causalidad, q u e n o s p re s e n ta la serie d e B442 causas de u n e fecto d a d o , serie en la cu al p o d e m o s a sc e n d e r d e sd e este ú ltim o , en c u a n to c o n d ic io n a d o , h a sta las p rim e ra s, e n c u a n to c o n d ic io n e s, y re s p o n d e r a la p re g u n ta de la ra z ó n . C u a rto : lo s c o n c e p to s d e lo p o sib le , d e lo real y d e

388

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

A 415 lo necesario n o n o s llev an a n in g u n a serie, c o m o n o sea en la m ed id a e n q u e d eb e m o s sie m p re c o n s id e ra r lo contingente de la existencia c o m o c o n d ic io n a d o y e n la m e d id a en q u e , de a c u e rd o c o n la reg la del e n te n d im ie n to , lo c o n tin g e n te im plica u na c o n d ic ió n d e la q u e n e c e sa ria m e n te d e p e n d e y q u e re m ite , a su vez, a u n a c o n d ic ió n s u p e rio r, h a sta lle g a r al p u n to en q u e la ra z ó n e n c u e n tra la necesidad in c o n d ic io n a d a en — y só lo e n — la to ta lid a d d e esta serie. A sí, p u e s, n o s q u e d a n só lo c u a tro ideas c o sm o ló g ic a s se g ú n los c u a tro títu lo s d e las c a te g o ría s , si e sc o g e m o s, d e e n tre éstas, las q u e c o n lle v a n n e c e sa ria m e n te u n a serie en la síntesis de lo d iv erso . 1 L a absoluta completud de la c o m p o s ic ió n del c o n ju n to d a d o d e to d o s los fe n ó m e n o s

B 443

2

3

L a absoluta completud de la d iv is ió n de u n c o n ju n to d a d o en la esfera del fe n ó m e n o

L a absoluta completud del o rig e n d e u n fe n ó m e n o en g e n e ra l

4 L a absoluta completud de la d e p e n d e n c ia de la e x iste n c ia d e lo m u d a b le en la esfera d el fe n ó m e n o

A 416

A este re sp e c to d e b e m o s a d v e rtir , e n p rim e r lu g a r, q u e la idea d e to ta lid a d a b so lu ta n o se refie re m ás q u e a la ex p o sició n de lo s fenómenos, n o al c o n c e p to in te le c tu a l p u ro de u n to d o de las cosas en g en e ra l. C o n sid e ra m o s, p u e s, los fe n ó m e n o s c o m o d a d o s, y, en la m e d id a en q u e c o n stitu y e n u na serie, la ra z ó n exige la c o m p le tu d a b so lu ta d e las c o n d ic io ­ nes de su p o sib ilid a d . E s d ecir, la ra z ó n exige u n a síntesis a b so lu ta m e n te (esto es, en to d o s lo s a sp e c to s) c o m p le ta , m e ­ d ia n te la cual p u e d a e x p o n e rse el fe n ó m e n o se g ú n las leyes del e n te n d im ie n to . E n s e g u n d o lu g a r, lo q u e la ra z ó n b u sca al p ro s e g u ir, B 444 e n fo rm a d e serie re g re siv a , esta sín te sis d e las c o n d ic io n e s

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

389

es, p o r así d e c irlo , la c o m p le tu d d e la serie d e las p re m isa s, c u y o c o n ju n to n o re q u ie re ya n in g u n a m ás. E ste incondicionado se halla sie m p re in c lu id o en la totalidad de la serie c u a n d o n o s re p re se n ta m o s ésta en la im a g in a c ió n . A h o ra b ie n , esta síntesis a b s o lu ta m e n te c o m p le ta es, a su vez, u n a sim p le idea, ya q u e n o p o d e m o s sa b e r, al m e n o s d e a n te m a n o , si es ta m b ié n p o sib le en el te r re n o d e los fe n ó m e n o s. Si n o s lo re p re se n ta m o s to d o c o n m e ro s c o n c e p to s p u ro s d el e n te n d im ie n to , p re s c in ­ d ie n d o de las c o n d ic io n e s d e la in tu ic ió n sen sib le, p o d e m o s re a lm e n te d e c ir q u e , al d á rse n o s u n c o n d ic io n a d o , se n o s da ta m b ié n la serie c o m p le ta d e sus c o n d ic io n e s su b o rd in a d a s e n tre sí, ya q u e , si se n o s d a tal c o n d ic io n a d o , es p re c isa m e n te gracias a estas c o n d ic io n e s. A h o ra b ie n , en el ca so d e los fe n ó m e n o s, e n c o n tra m o s u n a p e c u lia r lim ita c ió n e n el m o d o se g ú n el cu al se n o s d a n las c o n d ic io n e s. E n e fecto , éstas se n o s d a n a tra v é s d e la su cesiv a sín te sis de la d iv e rsid a d c o n te n id a en la in tu ic ió n , sín tesis q u e h a d e ser c o m p le ta en su re g re so . E l q u e tal c o m p le tu d sea p o sib le en el p la n o de lo sen sib le c o n stitu y e o tr o p ro b le m a . D e to d a s fo rm a s, la idea d e esta c o m p le tu d se h alla en la ra z ó n , sea o n o p o sib le lig ar a ella c o n c e p to s e m p íric o s d e m o d o a d e c u a d o . A si, p u es, d a d o q u e la a b so lu ta to ta lid a d d e la sín tesis re g re siv a de la d iv e rsid a d e n la esfera del fe n ó m e n o (síntesis efe c tu a d a b ajo la g u ía de las ca te g o ría s, las cuales la re p re se n ta n c o m o la serie d e c o n d ic io n e s d e u n c o n d ic io n a d o d a d o ) c o n tie n e n e c esariam en te lo in c o n d ic io n a d o , p u d ié n d o s e d e ja r sin d e c id ir si y c ó m o es p o sib le p ro d u c ir esa to ta lid a d , la ra z ó n a d o p ta a q u í c o m o p u n to d e p a rtid a la idea de to ta lid a d , si b ie n es lo incondicionado — sea d e to d a la serie, sea d e una p a rte de ella— lo q u e p e rs ig u e c o m o o b je tiv o final.

A 417

B 445

D e d o s m o d o s p o d e m o s p e n s a r ese in c o n d ic io n a d o : b ie n c o m o fo rm a d o p o r la serie e n te ra e n la q u e , c o n s ig u ie n te ­ m e n te , so n c o n d ic io n a d o s to d o s lo s m ie m b ro s, sin e x c e p c ió n , sie n d o só lo su to ta lid a d lo a b so lu ta m e n te in c o n d ic io n a d o , y e n to n c e s el re g re s o se llam a in fin ito ; o b ien lo a b s o lu ta m e n te in c o n d ic io n a d o es só lo u n a p a rte d e la serie, u n a p a rte a la q u e e stá n su b o rd in a d o s lo s d e m á s m ie m b ro s d e esa se rie , y q u e n o d e p e n d e , p o r su la d o , d e n in g u n a o tr a c o n d ició n * 1. k L a t o t a l i d a d a b s o l u t a d e la s e r i e d e c o n d i c i o n e s d e u n c o n d i c i o n a d o d a d o es s ie m p r e in c o n d ic ío n a d a , ya q u e n o q u e d a n f u e r a d e e sa s e rie c o n d ic io n e s c o n r e s p e c t o a la s c u a l e s p u d i e r a d i c h a t o t a l i d a d s e r c o n d i c i o n a d a . D e t o d a s

—\

390

A 418

B 446

A 419

B 447

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

E n el p rim e r caso, la serie es, a parte p rio ri ilim ita d a (sin co m ie n z o ), es d e c ir, in fin ita , a p e sa r d e lo cu al está d a d a p o r e n te ro . P e ro el re g re so n u n ca es en ella c o m p le to . P o r ello só lo p u e d e lla m a rse p o te n c ia lm e n te in fin ita. E n el se g u n d o caso, hay u n p rim e ro en la serie, el cual re c ib e los sig u ie n te s n o m b r e s : en re la c ió n c o n el tie m p o p a sa d o , comiendo del mundo; en re lació n c o n el esp a c io , lim ite del mundo; e n re la c ió n c o n las p a rte s de u n to d o d a d o en sus lím ite s, lo simple; e n re la ­ c ió n c o n las causas, la espontaneidad absoluta (lib e rta d ); e n r e ­ lació n c o n la existencia d e las cosas m u d a b le s, la a b so lu ta necesidad natural. T e n e m o s d o s té rm in o s , m u n d o y n a tu ra le za , q u e s u e ­ len c o n fu n d irse . E l p rim e ro sig n ifica el to d o m a te m á tic o 1 de to d o s los fe n ó m e n o s y la to ta lid a d d e su sín te sis, e n lo g ra n d e c o m o en lo p e q u e ñ o , es d e c ir, ta n to en el d e sa rro llo de la m ism a p o r c o m p o s ic ió n c o m o p o r d iv isió n . P e ro ese m ism o m u n d o es d e n o m in a d o n a tu ra le z a 11 en la m e d id a en q u e lo co n sid e ra m o s c o m o u n to d o d in á m ic o , n o a te n d ie n d o al a g re g a d o de esp acio o tie m p o p a ra p ro d u c irlo c o m o m a g n itu d , sino a la u n id a d en la existencia d e los fe n ó m e n o s. E n este caso, la c o n d ic ió n d e lo q u e su c e d e se llam a causa. La cau salid ad in c o n d ic io n a d a de esa cau sa en la esfera fe n o m é n ic a se d e n o m in a lib e rta d ; la ca u sa lid a d c o n d ic io n a d a se llam a, en se n tid o e s tric to , cau sa n a tu ra l. L o c o n d ic io n a d o en la e x is­ ten cia en g e n e ra l se d e n o m in a c o n tin g e n te y lo in c o n d ic io n a d o , n ecesario. A la in c o n d ic io n a d a n e c esid ad d e los fenómenos p o d e ­ m o s d arle el n o m b re d e n ecesid ad n a tu ra l. Si he lla m a d o a n tes c o sm o ló g ic a s a las ideas d e q u e n o s o c u p a m o s a h o ra , se d eb e , en p a rte , a q u e se e n tie n d e

— ► fo rm a s , s e m e ja n te to ta lid a d

a b s o lu ta

de una

s e rie e s s ó lo

una

id e a , o

m ás

e x a c ta m e n te , u n c o n c e p to p r o b le m á tic o , c u y a p o s ib ilid a d re q u ie r e u n a in v e s tig a ­ c i ó n q u e e x a m i n e c ó m o p u e d e ta l c o n c e p t o c o n t e n e r l o i n c o n d i c í o n a d o , q u e e s la id e a t r a s c e n d e n t a l q u e a h o r a r e a l m e n t e n o s i m p o r t a ( N o t a d e K a n t ) .

1 das mathematische Gansee g

446

k L a p a la b r a n a tu r a le z a s ig n ific a , to m a d a a d je tiv a m e n te la c o n e x i ó n

d e la s d e t e r m i n a c i o n e s

de una

d e c a s u a lid a d . T o m a d a s u s ta n tiv a m e n te , c o n ju n to

[dea InbesgrifJ]

(formaliter),

co sa s e g ú n u n p rin c ip io

materialiter,

in te r n o

s i g n i f i c a , e n c a m b i o , el

d e lo s f e n ó m e n o s , e n la m e d i d a e n q u e , g r a c i a s a u n

p r i n c i p i o i n t e r n o d e c a u s a l i d a d , s e h a l la n e n u n a c o m p l e t a i n t e r d e p e n d e n c i a . E n e l p r i m e r s e n t i d o , s e h a b l a d e la n a t u r a l e z a d e la m a t e r i a l í q u i d a , d e la m a t e r i a d e l f u e g o e tc ., y se e m p le a e s ta p a la b r a e n s e n ti d o a d je tiv o . C u a n d o h a b la m o s , e n c a m b i o , d e « la s c o s a s d e la n a t u r a l e z a » e s t a m o s p e n s a n d o e n u n t o d o s u b s i s ­ te n te ( N o ta d e K a n t).

391

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

p o r m u n d o el c o n ju n to d e to d o s lo s fe n ó m e n o s y a q u e , ig u a lm e n te , n u e stra s ideas só lo se d ir ig e n a lo in c o n d ic io n a d o en los fe n ó m e n o s ; en p a rte ta m b ié n , a q u e la p a la b ra « m u n d o » sig n ifica, e n s e n tid o tra sc e n d e n ta l, la a b so lu ta to ta lid a d d el c o n ju n to de las cosas e x isten tes y a q u e ú n ic a m e n te a te n d e m o s a la c o m p le tu d d e la sín tesis (a u n q u e , e n s e n tid o p ro p io , só lo en el re g re so a las c o n d ic io n e s). Si c o n sid e ra m o s, ad em á s, q u e to d a s esas ideas so n tra sc e n d e n te s y q u e lle v a n su sín tesis h asta un grado q u e so b re p a sa to d a ex p e rie n c ia p o sib le — si b ie n n o re b a sa n , por su índole, el o b je to , es d e c ir, los fe n ó m e n o s, sin o q u e se o c u p a n d el m u n d o se n sib le , n o d e m ím e n o s— , p o d e m o s , e n m i o p in ió n , llam arlas to d a s y c o n to d a p ro p ie d a d c o nce pto s c ó sm ic o s . P o r lo q u e se refie re a la d is tin c ió n e n tre el in c o n d ic io n a d o m a te m á tic o y el in c o n d ic io n a d o d in á ­ m ico al q u e a p u n ta el re g re so , lla m a ría a los d o s p rim e ro s c o n c e p to s có sm ico s en se n tid o e stric to (del m u n d o en lo g ra n d e y en lo p e q u e ñ o ) y conce pto s trascendentes d e la n a tu ra le za a los d o s se g u n d o s . E sta d is tin c ió n n o re v iste , d e m o m e n to , especial im p o rta n c ia , p e ro p u e d e a d q u irirla m ás ad e la n te .

A 420

B 448

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PU R A

Sección segunda A

n t it é t ic a

d e

l a

r a z ó n

p u r a

Si llam am o s tétic a a to d o c o n ju n to d e d o c trin a s d o g m á ­ ticas, e n tie n d o p o r an tité tic a , n o las a firm a c io n e s d o g m á tic a s en fa v o r de lo c o n tra rio , sin o a q u e l c o n flic to de c o n o c im ie n to s a p a re n te m e n te d o g m á tic o s (tbesis cum antithesi) 1 en el q u e n o se c o n ced e m a y o r p la u sib ilid a d a n in g u n a d e las d o s p o sic io n e s. L a a n tité tic a n o se o c u p a , p u e s, d e a firm a c io n e s u n ila te ra le s, sin o q u e c o n sid e ra lo s c o n o c im ie n to s g e n e ra le s d e la ra z ó n te n ie n d o só lo en cu e n ta el c o n flic to q u e los e n fre n ta e n tre sí y las causas del m ism o . L a a n tité tic a tra sc e n d e n ta l es u n a in v e s tig a c ió n so b re la a n tin o m ia d e la ra z ó n p u ra y so b re sus causas y su re s u lta d o . Si, al h a c e r u so d e los p rin c ip io s del e n te n d im ie n to , n o n o s lim ita m o s a a p lic a r la ra z ó n a los 1 Leyendo, con E rdm ann, tbesis, en lugar de thesin. (N. del T.)

A 42 1

B 449

392

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

A 422

o b je to s de ex p erien cia, sin o q u e n o s a tre v e m o s a e x te n d e r esos p rin c ip io s m ás allá d e los lím ite s de la m ism a, su rg e n las tesis pseudorracionales. T ales tesis n o n e cesitan ni esp e ra r un a c o n firm a c ió n e m p íric a , n i te m e r u n a re fu ta c ió n . N o só lo está cada u n a d e ellas lib re en sí m ism a de to d a c o n tra d ic c ió n , sino q u e e n c u e n tra las c o n d ic io n e s d e su n ece sid a d en la n a tu r a ­ leza d e la ra z ó n m ism a. E l p ro b le m a resid e , d e sg ra c ia d a m e n te , en q u e la tesis o p u e sta tie n e e n su fa v o r u n o s fu n d a m e n to s q u e g o z a n d e la m ism a valid ez y necesidad. A sí, p u e s, las cu e stio n e s q u e se p re s e n ta n d e m o d o n a tu ra l en sem ejan te dialéctica d e la ra z ó n p u ra so n : 1) ¿C uáles so n p ro p ia m e n te las p ro p o s ic io n e s b ajo las cuales la ra z ó n p u ra se halla in e v ita b le m e n te so m e tid a a una a n tin o m ia ? ; 2) ¿D e q u é causas d e p e n d e tal a n tin o m ia ? ; 3) ¿ Q u ed a a b ie rto , n o o b s ta n te , u n c a m in o q u e c o n d u z ­ ca la ra z ó n a la certeza e n esta situ a c ió n de c o n flic to ? ¿C ó m o ? U n a tesis dialéctica d e la ra z ó n p u ra d e b e , p u e s, d istin g u irse en sí d e to d a s las p ro p o s ic io n e s sofísticas p o r lo sig u ie n ­

B 450

te : en p rim e r lu g a r, p o r n o re fe rirse a una c u e stió n a rb itra ria , p la n te a d a c o n un p ro p ó s ito p a rtic u la r, sino a u n a c u e stió n c o n la q u e n ecesariam en te tro p ie z a to d a ra z ó n h u m a n a al a v a n ­ z a r; en s e g u n d o lu g a r, p o r el h e c h o de q u e ta n to esta tesis c o m o su c o n tra ria im p lic a n , n o u n a sim p le ilu sió n artificial q u e, u n a vez c o n o c id a , d esa p a re c e al in sta n te , sin o u n a ilu sió n n a tu ra l e in ev itab le. In c lu so c u a n d o esta ilu sió n ha d eja d o de e n g a ñ a rn o s sig u e p a re c ie n d o lo q u e n o es, a u n q u e ya no nos c o n fu n d a . P o d e m o s, p u e s, c o n tra rre s ta r su e fecto , p e ro nu n ca b o rra rla . S em ejan te d o c trin a d ialéctica n o se refiere a la u n id a d del e n te n d im ie n to e n lo s c o n c e p to s e m p íric o s, sin o a la u n i­ dad de la ra z ó n en m eras ideas. Las c o n d ic io n e s de esta u n id a d — q u e tie n e q u e c o n c o rd a r p rim e ra m e n te , en c u a n to síntesis se g ú n reg las, c o n el e n te n d im ie n to , y, a la vez, en c u a n to u n id a d a b so lu ta de las m ism as, c o n la ra z ó n — s o n 1 e x ­ c e siv am en te g ra n d e s p a ra el e n te n d im ie n to c u a n d o so n a d e c u a ­ das p a ra la ra z ó n , s ie n d o 12 d e m a sia d o p e q u e ñ a s p a ra ésta c u a n ­ d o so n ad ecu ad as p a ra el e n te n d im ie n to . D e a q u í su rg irá , p u e s, u n co n flic to in ev itab le, h a g a m o s lo q u e h ag am o s. 1 L eyendo

and,

¿sí ( N . d e l T . ) warden, e n v e z d e mtrd

e n lu g a r d e

2 L eyendo, co n E rd m a n n ,

( N . d e l T .)

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

393

E stas afirm acio n es so físticas nos re v e la n , p o r ta n to , u n cam p o de batalla dialéctico e n el q u e triu n fa la p a rte q u e p u e d e atac ar y en el q u e sale in d u d a b le m e n te v en cid a la q u e se ve o b lig ad a a a d o p ta r u n a p o s tu ra m e ra m e n te defen siv a. In c lu so los caballeros fo rn id o s sa b e n m u y b ien , ta n to si so stie ­ n e n u n a b u en a causa c o m o u n a m ala, q u e c o n se g u irá n la c o ro n a de la v icto ria si se a se g u ra n el p riv ile g io de e fectu ar el ú ltim o ata q u e y n o están o b lig a d o s a a g u a n ta r un a n u ev a em b estid a del ad v e rsa rio . E c h a se de v e r fá cilm en te q u e esta plaza ha e stad o siem p re m uy c o n c u rrid a y q u e m u ch as v icto rias h an sid o g an ad as p o r am b as p a rte s. P e ro , a la h o ra de la ú ltim a, de la q u e p o n e p u n to fin a l, sie m p re se ha tra ta d o de q u e el m a n te n e d o r de la b u e n a causa d o m in a ra la plaza p o r m e d io de u n a p ro h ib ic ió n q u e im p id ie ra al a d v e rsa rio seg u ir e m p u ñ a n d o arm as. C o m o jueces im p arciales d eb e m o s p re sc in d ir de si los co m b a tie n te s lu c h a n p o r un a b u en a o p o r una m ala causa, d e ja n d o q u e d e c id a n la c u e stió n e n tre ellos. A caso v ean p o r sí m ism o s, u n a vez q u e e sté n m ás a g o ta d o s q u e h e rid o s, la n u lid a d de su lu ch a y se sep aren c o m o b u en o s am igos. E ste m o d o de o b se rv a r u n a lu ch a, o m ás e x actam en te, de p ro v o c a rla , n o p a ra p ro n u n c ia rse e n fa v o r d e u n a u o tra p a rte , sin o p a ra a v e rig u a r si el o b je to d e la c o n tie n d a no es acaso u n p u ro espejism o in ú tilm e n te a m b ic io n a d o p o r am b o s co m b atien tes y c o n el q u e n ad a se p u e d e g a n a r, in clu so en el caso de q u e n o h u b iese o b stá c u lo s q u e se o p u sie ra n ; ese p ro c e d e r, d ig o , p o d e m o s d e n o m in a rlo el m é to d o escéptico. Se tra ta de a lg o co m p le ta m e n te d is tin to del escepticismo, q u e c o n stitu y e u n p rin c ip io de ig n o ra n c ia m etó d ica y científica q u e socava las bases de to d o c o n o c im ie n to , re s ta n d o a éstas to d a la co n fian za y seg u rid a d p o sib le s. E n efecto , el m é to d o escép tico a p u n ta a la certeza, tra ta n d o de d e sc u b rir en esa lu ch a, q u e es sincera p o r am b as p a rte s y está llev ad a co n la cabeza, el p u n to qu e h a d e se n c a d e n a d o el m a le n te n d id o y h acie n d o c o m o los leg islad o res p ru d e n te s, q u e de la c o n fu sió n de los jueces en los pleito s e x tra e n en señ an zas p ara sí m ism o s acerca de los d efecto s e im p recisio n es de sus leyes. La a n tin o m ia q u e se revela al ap licar las leyes es, d esd e n u e stra lim itad a sab id u ría, la m e jo r p ru e b a de la n o m o té tic a p a ra h ac e r q u e la razó n , q u e en la esp ecu lació n a b stra c ta n o a d v ie rte fácilm en te sus e rro re s, se fije en los facto res q u e in te rv ie n e n en la d e te rm i­ nació n d e sus p rin cip io s.

A 423

B 451

A 424

B 452

394

A 425

B 453

A 426] B 454/

K A N T /C R IT IC A D E LA RA ZO N PURA

E ste m é to d o escép tico só lo es esen c ia lm e n te p ro p io d e la filosofía tra sc e n d e n ta l. P u e d e p re s c in d irse d e él e n to d o o tr o c am p o d e in v estig a c ió n . S ó lo e n éste es in d isp en sab le. Sería a b su rd o e m p learlo e n las m atem áticas, ya q u e en esta ciencia n in g u n a afirm a c ió n falsa p u e d e o c u lta rse o h acerse invisible, p u es las d e m o stra c io n e s d e b e n se g u ir sie m p re el h ilo de la in tu ic ió n p u ra y a v a n z a r a tra v é s de u n a sín tesis siem p re e v id en te. E n la filo so fía e x p e rim e n ta l p u e d e ser útil una d u d a d ila to ria , p e ro n o hay, al m en o s, p o sib ilid a d de q u e se p ro d u z c a u n m a le n te n d id o q u e n o p u e d a ser fá c ilm e n te re ­ su elto . E s, ad em ás, en la ex p erien cia d o n d e d e b en re sid ir los m ed io s q u e — ta rd e o te m p ra n o — p e rm ite n d irim ir el c o n flic ­ to . La m o ral p u e d e ta m b ié n p re s e n ta r to d o s sus p rin c ip io s en c o n c re to , ju n ta m e n te c o n sus co n se c u e n c ia s p rá c tic a s, e n un a experiencia p o sib le al m en o s, e v ita n d o así el m a le n te n d id o p ro d u c id o p o r la ab stra c c ió n . Las afirm a c io n e s tra sc e n d e n ta ­ les, q u e se a rro g a n c o n o c im ie n to s q u e d e sb o rd a n el c a m p o de to d a ex periencia p o sib le , so n , p o r el c o n tra rio , de tal ín d o le, q u e ni p o d ría d arse su síntesis a b stra c ta e n u n a in tu ic ió n a priori, ni p o d ría d e scu b rirse su m a le n te n d id o p o r m ed io de n in g u ­ na experiencia. La ra z ó n tra sc e n d e n ta l n o a d m ite , p u e s, o tra p ied ra de to q u e q u e la c o n siste n te en el in te n to de e stab lecer una c o m p a tib ilid a d e n tre sus a firm a c io n e s y, an te to d o , p o r ta n to , e n tre sus en fre n ta d a s p o sic io n e s en u n a c o m p e tic ió n li­ b re y sin o b stá c u lo s. E sta c o m p e tic ió n es lo q u e v am o s a p r e ­ se n ta r a h o ra k. A 427

LA A N T IN O M I A D E L A R A Z O N P U R A

P r im e r c o n f l ic t o d e la s TRASCENDENTALES

B 455

id e a s

Tesis

A n títe sis

E l m u n d o tien e u n c o ­ m ien zo en el tie m p o y, co n re sp e c to al esp acio , está ig u a l­ m en te e n c e rra d o e n tre lím ites.

E l m u n d o n o tien e c o ­ m ie n z o , así c o m o ta m p o c o lí­ m ites en el espacio. E s in fin ito ta n to re sp e c to del tie m p o c o m o del espacio.

k L a s a n tin o m ia s

se su c e d e n

de a c u erd o

tr a s c e n d e n ta le s a n te s c ita d a s ( N o ta d e K a n t).

con

el o rd e n

de

la s

id e a s

395

PRIM ERA A N T IN O M IA

Prueba

Prueba

S u p o n g a m o s q u e el m u n ­ d o n o te n g a u n c o m ie n z o en el tie m p o . E n este caso, ha tr a n s c u rr id o u n a e te rn id a d h asta cada in s ta n te d a d o y, c o n sig u ie n te m e n te , u n a serie in fin ita de e sta d o s su c e siv o s d e las cosas q u e h ay en el m u n d o . A h o ra b ie n , la in fin i­ tu d de u n a serie c o n siste en q u e n u n c a p u e d e te rm in a rse p o r m e d io d e sín tesis su c e si­ vas. P o r ta n to , es im p o sib le u n a in fin ita serie có sm ic a p a ­ sada y, en co n se c u e n c ia , c o n s ­ titu y e u n a c o n d ic ió n in d isp e n ­ sable de la ex isten cia del m u n ­ d o el q u e éste hay a te n id o u n c o m ie n z o , q u e es el p rim e r p u n to q u e q u e ría m o s d e m o s ­ trar.

S u p o n g a m o s q u e p o se e u n c o m ie n z o . Si te n e m o s en c u e n ta q u e el c o m ie n z o es una ex iste n c ia a la q u e p re c e d e u n tie m p o en el q u e la co sa n o ex iste, es p re c iso q u e haya h a ­ b id o u n tie m p o a n te rio r en el q u e el m u n d o n o ex istía, es d e c ir, u n tie m p o vacío. A h o ra b ie n , e n u n tie m p o v ac ío es im p o sib le q u e se p r o ­ d u z c a co sa a lg u n a , ya q u e n in ­ g u n a p a rte d e se m e ja n te tie m ­ p o p o se e en sí u n a c o n d ic ió n q u e , fre n te a o tra p a rte , sirv a p a ra d is tin g u ir su ex isten cia m e jo r q u e su in ex isten cia (ta n ­ to si se a d m ite q u e n ace p o r sí m ism o , c o m o si se afirm a q u e es p ro d u c id o p o r o tra cau sa). P o r lo ta n to , p u e d e n c o m e n z a r a lg u n a s series de cosas en el m u n d o , p e ro el m u n d o m ism o n o p u e d e t e ­ n er u n c o m ie n z o , sie n d o , c o n sig u ie n te m e n te , in fin ito re s p e c to del tie m p o p a sa d o .

R e sp e c to del segundo, s u ­ p o n g a m o s de n u e v o lo c o n ­ tr a rio : el m u n d o será e n to n ­ ces u n to d o in fin ito d a d o de cosas c o e x iste n te s. A h o ra b ien , só lo m e d ia n te la síntesis de sus p a rte s p o d e m o s c o n c e ­ b ir la m a g n itu d d e u n quantum q u e n o se dé a la in tu ic ió n A 4281 d e n tr o de c ie rto s lím ite s k, II 456 J c o m o no p o d e m o s co n c e b ir la to ta lid a d d e sem ejan te quantum sin o m e d ia n te la sín-

k Un

quantum

E n c u a n to al se g u n d o p u n to , c o m e n c e m o s p o r s u ­ p o n e r lo c o n tr a rio : q u e el m u n d o es fin ito y lim ita d o , p o r lo q u e al esp a c io re sp e c ta . Se e n c u e n tra , p u e s, en u n es­ p a c io v ac ío e ilim ita d o . T e n -

in d e te rm in a d o p u e d e ser in tu id o

com o

u n t o d o si e s tá

c o n f in a d o e n tr e lím ite s , d e m o d o q u e n o n e c e s ite m o s c o n s tr u ir s u to ta lid a d H 456

con En

una

m e d ic ió n , e s

e fe c to ,

lo s

l í m it e s

d e c ir ,

m e d ia n te

se ñ a la n

por



una

s u c e s iv a

m ism o s

d i v i s i ó n e n t r e él y t o d o lo d e m á s ( N o t a d e K a n t ) .

su

s ín te s is

c o m p le tu d

de al

sus

p a rte s .

tra b a r

una

396

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

tesis c o m p le ta o su m a de u n i­ d a d tra s u n id a d k. C o n si­ g u ie n te m e n te , p a ra co n c e b ir c o m o u n to d o el m u n d o q u e o cu p a to d o s lo s esp acio s, d e ­ bería c o n sid e ra rs e c o m o c o m ­ p le ta la síntesis sucesiva d e las p a rte s de u n m u n d o in fin ito ; es d ecir, d eb ería co n sid e ra rse u n tie m p o in fin ito c o m o p a ­ sad o e n la e n u m e ra c ió n d e t o ­ das las cosas c o ex isten te s, lo cual es im p o sib le. A sí, p u e s, u n a g re g a d o in fin ito de cosas reales n o p u e d e ser c o n s id e ra ­ d o c o m o u n to d o d a d o ni, c o n sig u ie n te m e n te , c o m o d a ­ d o simultáneamente. P o r ta n ­ to , el m u n d o no es infinito, p o r lo q u e re sp e c ta a su ex te n s ió n e n el esp acio , sin o q u e se h a ­ lla e n c u a d ra d o d e n tr o de lí­ m ites, q u e era el se g u n d o p u n to a d e m o s tra r.

d ría m o s, p o r ta n to , n o só lo u n a re la c ió n d e las cosas en el espacio, sin o ta m b ié n d e las co sas con el espacio. A h o ra b ie n , si te n e m o s e n c u e n ta q u e el m u n d o es u n to d o a b so lu to fu e ra d el cual n o h ay o b je to s f A 429 d e in tu ic ió n , n i, c o n s ig u ie n te - \ b 457 m e n te , c o rre la to n in g u n o c o n el q u e p u e d a re la c io n a rse , la re la c ió n d e l m u n d o c o n el e s­ p a c io v ac ío sería u n a re la c ió n c o n ningún objeto. P e ro se m e ­ ja n te re la c ió n y, c o n s ig u ie n te ­ m e n te , ta m b ié n la lim ita c ió n d el m u n d o p o r el esp acio v a ­ c ío , n o es n ad a. P o r ta n to , el m u n d o es ilim ita d o en re la ­ c ió n c o n el esp acio , es d e c ir, es in fin ito re s p e c to d e la e x te n s ió n kk.

k El concepto de totalidad no es, en este caso, más que la representación de la síntesis completa de sus partes, ya que, teniendo en cuenta que no podem os derivar tal concepto de la intuición del todo (que es aquí imposible, com o tal intuición), sólo podem os abarcarlo gracias a la síntesis de las partes hasta com pletar —al m enos en la idea— el infinito (N ota de Kant). kk El espacio es sólo la form a de la intuición externa (intuición for- B 457 mal), no un objeto real susceptible de intuición externa. Con anterioridad a to ­ das las cosas que lo determ inan (llenan o limitan), o más exactamente, que su­ ministran una intuición empírica adecuada a su form a, el espacio no es, bajo su deno­ minación de espacio absoluto, sino la simple posibilidad de los fenóm enos ex­ ternos, en la medida en que, o bien existen en sí, o bien pueden añadirse a otros fenómenos dados. P or consiguiente, la intuición empírica no está com puesta de fenóm enos y de espacio (de percepción y espacio vacío). L o uno no es correlato de la síntesis de lo otro, sino que ambas cosas se hallan unidas en una misma intuición empírica com o materia y form a. En cuanto querem os poner uno de los dos factores fuera del otro (el espacio fuera de todos los fenóm enos) surgen toda suerte de vacías determ inaciones de la intuición externa, pero que no constituyen percepciones posibles. P or ejem plo, el m ovim iento o el reposo del m undo en el infinito espacio vacío, lo cual es una determ inación —»

397

PRIM ERA A N T IN O M IA

A 430 1 B 458 j

O b s e r v a c ió n s o b r e l a p r im e r a a n t in o m ia

I. Sobre la tesis

II . Sobre la antítesis

A l p re s e n ta r esto s a r g u ­ m e n to s c o n tra p u e s to s , n o h e b u sc a d o a rtificio s, in te n ta n d o o fre c e r un a d e m o s tra c ió n de a b o g a d o (se g ú n se dice), q u e a p ro v e c h a en fa v o r p ro p io la d eb ilid a d del a d v e rs a rio y da g u s to s a m e n te p o r válid a la ley a la q u e éste ac u d e e rró n e a ­ m e n te , c o n el fin de estab lecer lu e g o sus p ro p ia s p re te n s io ­ nes ilegítim as so b re la re fu ta ­ c ió n d e esa ley. C ada u n a de estas p ru e b a s está sacada d e la n atu raleza m ism a d e la co sa1. H e m o s d e ja d o a u n la d o la v en taja q u e p u d ie ra n c o n c e ­ d e rn o s las c o n c lu sio n e s e r r ó ­ neas efectu ad as p o r los d o g ­ m ático s d e u n a y o tra p a rte . H u b ie se p o d id o ta m b ié n p r o p o n e r u n a p se u d o -p ru e b a de la tesis, p a rtie n d o (c o m o su elen h acer los d o g m á tic o s ) de u n d e fe c tu o so c o n c e p to acerca d e la in fin itu d d e u n a m a g n itu d dad a. U n a m a g n i­ tu d es infinita c u a n d o es im p o ­ sible o tra s u p e rio r (es d ecir, m a y o r q u e la c a n tid a d q u e de u n a u n id a d d a d a c o n tie n e ). A h o ra b ie n , n in g u n a c a n tid a d

L a d e m o s tra c ió n d e la in fi­ n itu d d e la serie c ó sm ica d ad a y d el m u n d o en su c o n ju n to se b a sa e n q u e , d e lo c o n tr a ­ rio , lo s lím ite s del m u n d o es­ ta ría n c o n s titu id o s p o r u n tie m p o y u n esp acio v acios. N o ig n o r o q u e se ha p re te n d i­ d o so sla y a r esa co n se c u e n c ia c o n la p re te n s ió n d e q u e es p o s ib le u n lím ite del m u n d o , en lo q u e a ta ñ e al tie m p o y al e sp a c io , sin n ecesid ad de s u p o n e r u n tie m p o a b so lu to a n te s d el c o m ie n z o d el m u n d o ni u n esp a c io a b s o lu to q u e se e x tie n d a fu e ra d el m u n d o real, lo c u a l es im p o sib le . E sto y p e rfe c ta m e n te d e a c u e rd o c o n la ú ltim a p a rte de esta o p in ió n s o s te n id a p o r lo s filó so fo s de la escu ela leib n izian a. E l e sp a ­ cio es só lo la fo rm a d e la in tu i­ c ió n e x te rn a , n o u n o b je to real su s c e p tib le d e ser in tu id o ex ­ te rn a m e n te , n i u n c o rre la to de los fe n ó m e n o s , sin o la fo rm a d e é sto s. A l n o ser u n o b je to , sin o la sim p le fo rm a d e o b je ­ to s p o sib le s, el esp a c io n o p u e d e in te rv e n ir en la e x is te n ­ cia d e las cosas e n s e n tid o ab-

—► de la relación que m undo y espacio guardan entre sí, relación que jamás podem os percibir y que no constituye, consiguientem ente, más que el predicado de un m ero producto mental (N ota de Kant). 1 Leyendo, con Valentiner, aus der N a tur der Sache, en vez de aus der Sache N a tur (N. del T.)

f A 431

1 B 459

398

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

es la m a y o r, ya q u e siem p re se le p u e d e n a ñ a d ir u n a o v a ­ rias u n id ad es. A sí, p u e s, es im p o sib le u n a m a g n itu d in fi­ n ita d ad a y, c o n s ig u ie n te m e n ­ te , ta m b ié n u n m u n d o in fin ito (ta n to re s p e c to de la serie tra n s c u rrid a c o m o re sp e c to de la e x ten sió n ). E l m u n d o es, p o r ta n to , lim ita d o d esd e a m ­ bo s asp ecto s. A sí h u b ie se p o ­ d id o d e sa rro lla r m i d e m o s tra ­ ción. A h o ra b ie n , este c o n c e p ­ to n o c o n c u e rd a co n lo q u e e n te n d e m o s p o r « to d o in fin i­ to». E s te n o re p re se n ta cuánto mide, ni es, c o n s ig u ie n te m e n ­ te, el c o n c e p to d e u n m á x i­ A 432 1 m um , sino q u e p e n sa m o s a tr a ­ B 460 J vés d e él la re la c ió n q u e g u a r ­ da co n u n a u n id a d cu a lq u ie ra q u e p u e d a a d o p ta rs e : c o n re s­ p e c to a ésta, el to d o in fin ito es siem p re s u p e rio r a c u a l­ q u ie r n ú m e ro . P u es b ie n , se­ g ú n q u e la u n id a d a d o p ta d a fu era m ay o r o m e n o r, el in fi­ n ito sería ig u a lm e n te m a y o r o m e n o r. Si, e n c a m b io , te n e ­ m o s en c u e n ta q u e la in fin itu d só lo c o n siste en la re la c ió n c o n esa u n id a d d a d a , seg u iría sien d o la m ism a. D e este m o d o no c o n o c e ría m o s , c laro está, la m a g n itu d ab so lu ta del to d o , p e ro ta m p o c o tra ta m o s de ella en este caso.

s o lu to (p o r sí so lo ), c o m o a lg o d e te rm in a n te . P o r c o n s i­ g u ie n te , las cosas, en c u a n to fe n ó m e n o s, d e te rm in a n c ie r­ ta m e n te el esp acio , es d ecir, h a c e n q u e e sto s o a q u e llo s p re d ic a d o s — d e e n tre to d o s los p o sib le s p re d ic a d o s d el es­ p a c io (m a g n itu d y re la c ió n )— p e rte n e z c a n a la realid ad . P e ro n o a la in v e rsa : el esp acio , en c u a n to a lg o q u e ex iste p o r sí, n o p u e d e d e te rm in a r la re a ­ lid a d d e las cosas re s p e c to de su m a g n itu d o d e su fo rm a , ya q u e n o es en sí m ism o alg o real. P u e d e h a b e r, p u e s, u n esp a c io (sea llen o o v a c ío )k lim ita d o p o r fe n ó m e n o s, p e ro ésto s n o p u e d e n esta r limitados por un espacio vacio fu e ra de ellos. L o m ism o p u e d e d ecirse del tie m p o . P e ro , a u n a d m i­ tie n d o to d o e sto , es in n e g a b le q u e , si s u p o n e m o s u n lím ite del m u n d o en el esp acio o en el tie m p o , nos v em o s o b lig a ­ d o s a a su m ir p o r e n te ro e sto s d o s a b s u r d o s : u n esp acio v a ­ c io fu e ra del m u n d o y u n tie m p o v acio a n te rio r al m u n ­ do. E n efecto , la e sc a p a to ria c o n la q u e se in te n ta e lu d ir la co n se c u e n c ia en v ir tu d d e la cual d e cim o s q u e , si el m u n ­ d o es lim ita d o (d esd e u n p u n -

k Es fácil de ver que lo que querem os decir es que el espacio vacío, B 461 en cuanto ¡imitadopor fenómenos, es decir, el espacio vacío en el mundo, no contradice al menos los principios trascendentales, pudiendo ser, por tanto, adm itido p o r lo que a ellos respecta (aunque no por ello se afirma inmediatamente su posibilidad) (N ota de Kant).

PRIM ERA A N T IN O M IA

E l v e rd a d e ro c o n c e p to (trascen d en tal) d e la in fin itu d indica lo sig u ie n te : q u e la sín ­ tesis sucesiva de u n id a d e s c o n q u e m ed im o s un quantum n u n ­ ca p u e d e ser c o m p l e t a D e ello se sig u e c o n to d a s e g u ri­ dad q u e n o p u e d e h a b e r tra n s ­ c u rrid o un a e te rn id a d de e sta ­ d o s reales c o n se c u tiv o s h asta u n m o m e n to d a d o (el actu a l) y q u e, p o r ta n to , el m u n d o ha de te n e r u n co m ien zo . E n c u a n to a la se g u n d a p a rte de la tesis, n o te n e m o s en ella la d ific u lta d de u n a se­ rie q u e es in fin ita y, a la vez, ya tra n sc u rrid a , p u e s to q u e la d iv ersid ad d e u n m u n d o in fi­ n ito p o r su ex te n sió n viene d ad a simultáneamente. Sin e m ­ b a rg o , te n ie n d o en cu en ta q u e no p o d e m o s a c u d ir a u n o s lí­ m ites q u e d efin a n p o r sí m is­ m os la to ta lid a d en la in tu i­ ció n , nos v em o s o b lig a d o s, a la h o ra d e c o n c e b ir la to ta li­ dad qu e fo rm a d ich a d iv e rs i­ dad , a d a r cu en ta d e u n c o n ­ c e p to q u e n o p u e d e , en este caso, p asar d esd e el to d o a la c an tid ad d e te rm in a d a d e sus p a rte s, sino q u e d eb e ex p o n e r la p o sib ilid a d d e u n to d o m e ­ d ia n te la su cesiv a síntesis de las p artes. P e ro , co m o esta síntesis d eb ería c o n stitu ir siem p re u n a serie im p o sib le d e c o m p le ta r, n o p u e d e p e n -

399 to d e v ista te m p o ra l y e sp a ­ cial), la ex isten cia d e las cosas reales tie n e q u e e sta r d e te rm i­ n a d a , e n su m a g n itu d , p o r el v a c ío in fin ito , se red u c e , e n el fo n d o , a lo sig u ie n te : en vez d e u n mundo sensible, se p ie n sa n o se sabe q u é m u n d o in te lig ib le ; en lu g a r del p r i­ m e r c o m ie n z o (u n a ex istencia p re c e d id a p o r u n tie m p o de n o -s e r), se p ien sa u n a e x iste n ­ cia q u e no presupone ninguna otra condición en el m u n d o ; en vez d e lím ites d e la e x te n sió n , lí­ m ite s del u n iv e rso , c o n to d o lo c u a l’ se d e se m b a ra z a del tie m p o y del esp acio . P e ro a q u í tra ta m o s ú n ic a m e n te del mundus pbaenomenon y d e su m a g n itu d , m u n d o en el q u e n o se p u e d e p re s c in d ir d e las m e n c io n a d a s c o n d ic io n e s de la sen sib ilid a d sin a n u la r su esencia. Si el m u n d o sen sib le es lim ita d o , se halla n ec e sa ria ­ m e n te en el v acío in fin ito . E n c u a n to q u e re m o s p re s c in d ir a p rio ri d e este v acío , es d ecir, d el esp acio en g e n e ra l en c u a n to c o n d ic ió n d e p o sib ili­ d a d de los fe n ó m e n o s, d e sa p a ­ rece el m u n d o se n sib le en su to ta lid a d , q u e es el ú n ic o q u e se n o s da en este p ro b le m a . E l mundus intelligibilis n o es m ás q u e el c o n c e p to u n iv e rsa l d e u n m u n d o en g e n e ra l en el q u e se p re s c in d e de su in-

k Ese quantum contiene, pues, una cantidad (de la unidad dada) mayor que cualquier núm ero. Este es el concepto matemático de infinitivo (N ota de Kant).

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

400

sarse u n a to ta lid a d an tes de sem ejan te sín tesis, ni, c o n si­ g u ie n te m e n te , p o r m e d io de ella. E n efecto , el c o n c e p to m ism o de to ta lid a d es, en este caso, la re p re se n ta c ió n d e u n a síntesis c o m p le ta d e las p a rte s, c o m p le tu d q u e es im p o sib le, c o m o lo es, p o r ello m ism o , su c o n c e p to .

A 4341 B 462 j

tu ic ió n y acerca del cual n o p o d e m o s , c o n sig u ie n te m e n te , fo r m u la r p ro p o s ic io n e s s in té ­ ticas, ni a firm a tiv a s ni n e g a ti­ vas.

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N P U R A S

eg u n d o

c o n f l ic t o



d e la s id e a s

TRASCENDENTALES

Tesis

A n ii tesis

T o d a su stan cia c o m p u e sta c o n sta d e p a rte s sim p les y n o existe m ás q u e lo sim p le o lo c o m p u e s to d e lo sim p le e n el m undo.

N in g u n a co sa c o m p u e s ta c o n sta d e p a rte s sim p les y n o ex iste n ad a sim p le en el m undo.

Prueba

Prueba

E n efecto , si s u p o n e m o s q u e las su stan cias co m p u e sta s n o c o n sta n d e p a rte s sim p les, n o q u ed a — si s u p rim im o s m e n ta lm e n te to d a c o m p o s i­ c ió n — n in g u n a p a rte c o m ­ p u e sta ni (al n o h a b e r p a rte s sim ples) n in g u n a p a rte sim ­ ple. N o q u e d a , p u e s, n a d a , ni p u e d e d a rse , c o n s ig u ie n te ­ m e n te , n in g u n a su stan c ia . P o r ta n to , o b ie n es im p o sib le s u ­ p rim ir m e n ta lm e n te to d a c o m p o s ic ió n , o b ie n d e b e q u e d a r, tra s la su p re s ió n d e

S u p o n g a m o s q u e u n a cosa c o m p u e s ta (en c u a n to s u s ta n ­ cia) c o n sta d e p a rte s sim p les. C o m o to d a re la c ió n e x te rn a , y, c o n sig u ie n te m e n te , to d a c o m p o s ic ió n fo rm a d a p o r su s­ ta n c ia s, só lo es p o sib le en el e sp a c io , éste d e b e c o n sta r d e ta n ta s p a rte s c o m o en él o c u p e lo c o m p u e s to . A h o ra b ie n , el e sp a c io n o c o n sta d e p a rte s, sin o d e esp acio s. P o r c o n s i­ g u ie n te , cad a p a rte d e lo c o m ­ p u e s to tie n e q u e o c u p a r u n esp a c io . P e ro las p a rte s ab so -

í A 435 í B463

S EG U N D A A N T IN O M IA

ésta, a lg o q u e su b sista sin c o m p o s ic ió n , es d e c ir, lo sim ­ ple. E n el p rim e r caso, lo c o m p u e s to n o co n sta ría , p o r su p a rte , de su stan cias (p u e sto q u e la c o m p o s ic ió n es u n a re ­ lació n m e ra m e n te accid en tal en las su stan cias, las cuales, en su calidad d e seres p e rm a ­ n e n tes, tie n e n q u e su b sistir c o n in d e p e n d e n c ia de ella). C o m o este caso se halla en c o n tra d ic c ió n c o n lo q u e h e ­ m o s su p u e s to , n o s q u e d a só lo el se g u n d o , a sa b er, q u e los c o m p u e s to s su stan ciales del m u n d o c o n ste n de p artes. L a c o n secu en cia in m e d ia ta q u e de ello se sig u e es q u e las cosas d el m u n d o s o n to d a s e n tid a d e s sim p le s; q u e la c o m p o s ic ió n es u n e sta d o m e ­ ra m e n te e x te rio r a las m ism as, y q u e , si b ien n u n ca p o d e m o s aislar o sep a ra r p o r c o m p le to de su e stad o d e c o h e sió n las su stan cias elem en tales, la ra ­ z ó n tie n e q u e c o n c e b irla s c o m o los su je to s p rim a rio s d e to d a c o m p o s ic ió n y, p o r ello m ism o , c o m o e n tid a d e s sim ­ ples y a n te rio re s a ésta.

401 lu ta m e n te p rim e ra s d e to d o c o m p u e s to s o n sim p les. L o sim p le o c u p a , p u e s, u n e sp a ­ cio. A h o ra b ie n , to d o lo real q u e o c u p a u n esp acio c o m ­ p re n d e en sí u n a v a rie d a d de e le m e n to s q u e se h a lla n u n o s fu e ra d e o tr o s , sie n d o , p o r ta n to , c o m p u e s to , u n c o m ­ p u e s to real fo rm a d o , n o p o r a c c id e n te s (q u e , sin u n a su s ­ ta n c ia , n u n c a p u e d e n e sta r u n o s fu e ra d e o tro s ), sin o p o r su sta n c ia s. L o sim p le sería, p u e s, u n c o m p u e s to s u s ta n ­ cial, lo cual es c o n tra d ic to rio . L a se g u n d a p ro p o s ic ió n d e la a n títe sis, se g ú n la cual n o h ay n ad a sim p le en el m u n ­ d o , só lo q u ie re d e c ir lo si­ g u ie n te : la ex isten cia d e lo a b ­ s o lu ta m e n te sim p le n o p u e d e d e m o s tra rs e a p a rtir d e n in g u ­ na ex p e rie n c ia o p e rc e p c ió n , ni e x te rn a n i in te rn a . L o a b s o ­ lu ta m e n te sim p le es, p u e s, una sim p le idea cuya re a lid a d o b ­ jetiv a jam ás p u e d e h acerse e v id e n te en u n a e x p erien cia p o sib le . C arece, p o r ta n to , d e a p lic a c ió n y d e o b je to e n la e x p o sic ió n d e los fe n ó m e n o s. E n e fe c to , s u p o n g a m o s q u e fu ese p o sib le e n c o n tra r u n o b ­ je to e m p íric o p a ra esta idea. E n e ste caso , h a b ría q u e c o n o ­ cer la in tu ic ió n e m p íric a de c ie rto o b je to c o m o u n a in tu i­ c ió n q u e n o c o n tu v ie ra a b s o ­ lu ta m e n te n in g u n a v a rie d a d de e le m e n to s u n o s fu e ra de o tr o s y lig a d o s en u n a u n id a d .

402

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

A h o ra b ie n , d a d o q u e carece d e v alid ez el d e d u c ir q u e es im p o sib le tal v a rie d a d en to d a in tu ic ió n d e u n o b je to p a r ­ tie n d o del h e c h o d e q u e n o te n e m o s c o n c ie n c ia d e ella y n o s es, a la vez, in d isp e n sa b le esa in tu ic ió n p a ra o b te n e r la sim p lic id a d a b so lu ta , n o p o ­ d e m o s d e riv a r ésta d e n in g u n a p e rc e p c ió n , sea la q u e sea. C o n sig u ie n te m e n te , n a d a s im ­ p le n o s es d a d o e n el m u n d o se n sib le si te n e m o s e n c u e n ta q u e jam ás p u e d e d á rse n o s a lg o c o m o o b je to a b s o lu ta ­ m e n te sim p le e n u n a e x p e rie n ­ cia p o sib le y q u e , al m ism o tie m p o , te n e m o s q u e c o n sid e ­ ra r el m u n d o sen sib le c o m o el c o n ju n to d e to d a s las e x p e ­ rien cias p o sib les. E s ta s e g u n d a p ro p o s ic ió n d e la a n títe sis va m u c h o m ás lejos q u e la p rim e ra . E s ta eli­ m in a b a lo sim p le ta n só lo en la in tu ic ió n d e lo c o m p u e s to , m ie n tra s q u e a q u élla lo e x c lu ­ ye d e la n a tu ra le z a e n te ra . P o r ello n o se h a p o d id o ta m p o c o d e m o s tra r esta s e g u n d a p r o ­ p o s ic ió n p a rtie n d o del c o n ­ c e p to d e o b je to d a d o d e la in tu ic ió n e x te rn a (de lo c o m ­ p u e s to ), sin o a p a rtir de la re fe re n c ia de este m ism o c o n c e p to a una p o sib le e x p e ­ rien cia e n g en e ra l.

403

SEG U N D A A N T IN O M IA A 4381 B 466 J

O

b s e r v a c ió n

sobre la

seg u n d a

I. Sobre la tesis C u a n d o h a b lo de u n to d o q u e co n sta n ecesariam e n te de p a rte s sim ples, m e re fie ro a u n to d o su stan cial e n te n d id o c o m o el c o m p u e s to en se n tid o p ro p io , es d e c ir, c o m o la u n i­ dad accid en tal d e un a d iv e rsi­ d ad q u e se nos da separadamen­ te (al m en o s en el p e n sa m ie n ­ to ) y q u e n o s o tro s p o n e m o s e n co n ex ió n m u tu a , g racias a lo cual se c o n stitu y e en u n i­ dad . E n rig o r, el espacio n o d eb ería llam arse compositum, sin o totum, ya q u e sus p a rte s só lo so n p o sib les en el to d o , no el to d o a tra v é s de las p a r­ tes. A caso p o d ría d e n o m in a r­ se compositum ideale, p e ro no compositum reale. Sin e m b a rg o , e sto no so n m ás q u e sutilezas. D a d o qu e el espacio no es u n c o m p u e s to d e su stan cias (ni siq u iera d e accid en tes reales), un a vez q u e elim in o to d a c o m p o s ic ió n en él, n o d eb e q u e d a r nada, ni ta n siq u ie ra el p u n to , ya q u e éste só lo es p o sib le en c u a n to lím ite d e u n espacio (es d e cir, de u n c o m ­ A 440 1 p u e sto ). E sp a c io y tie m p o n o B 468 J c o n sta n , p u es, d e p a rte s sim ­ ples. L o q u e só lo p erte n e c e al esta d o de u n a su stan cia n o se c o m p o n e ta m p o c o , a u n q u e 1

a n t in o m ia

II. Sobre la antítesis F re n te al p rin c ip io d e la in fin ita d iv isib ilid a d de la m a ­ te ria , cu y a d e m o s tra c ió n es sim p le m e n te m a te m á tic a , los m o n a d ista s tie n e n alg u n a s o b ­ jecio n es q u e p re se n ta r. P ero e sto s o b je ta n te s re s u lta n ya so sp e c h o so s p o r el sim p le h e ­ c h o d e n eg a rse a a d m itir q u e las p ru e b a s m atem áticas m ás claras c o n stitu y a n u n c o n o c i­ m ie n to de la n a tu rale z a del e sp a c io 1 , e n el se n tid o d e q u e é ste sea e fe c tiv a m e n te la c o n ­ d ic ió n fo rm a l de la p o sib ilid a d d e to d a m ateria. Al c o n tra rio , las c o n sid e ra n c o m o m eras c o n c lu s io n e s sacadas de c o n ­ c e p to s a b stra c to s y a rb itra ­ rio s, n o su scep tib les d e se r re ­ fe rid o s a cosas reales. C o m o si fu era p o sib le id e a r u n tip o d e in tu ic ió n d is tin to d el q u e se n o s da en la in tu ic ió n o rig i­ n aria del esp acio y c o m o si las d e te rm in a c io n e s a priori d el m ism o n o afe c ta ra n , a la vez, a c u a n to es p o sib le p re c i­ sa m e n te p o r o c u p a r ese e sp a ­ cio . Si h iciéram o s caso a esos m o n a d ista s d e b e ría m o s p e n ­ sa r ad em á s del p u n to m a te m á ­ tic o — q u e es sim p le, p e ro n o p a rte del esp acio , sin o m e ro lím ite del m ism o — , u n o s p u n -

Einsichteti m die Bescbaffetiheit des

R aums

í A 439 \B 467

404

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

p o sea u n a m a g n itu d (p o r ejem p lo , el c a m b io ), de lo sim ple. E s d ecir, n o se p r o d u ­ ce cie rto g ra d o d e cam b io p o r ad ició n de m ú ltip les cam b io s sim ples. In fe rim o s lo sim ple p a rtie n d o de lo c o m p u e sto , p e ro tal inferencia só lo tien e validez re sp e c to de las cosas q u e éx isten p o r sí m ism as. A h o ra b ien , los accid en tes p ro p io s de u n e stad o n o exis­ te n p o r sí m ism o s. P o d e m o s, p u es, in v alid ar fácilm e n te la p ru e b a de la n ecesid ad d e lo sim ple (en c u a n to fo rm a d o p o r las p a rte s in te g ra n te s de to d o c o m p u e s to sustancial), y co n ella to d a la a rg u m e n ta ­ ció n , si esa p ru e b a es e x te n d i­ da en exceso y co n sid e ra d a c o m o ap licable in d istin ta m e n ­ te a to d o c o m p u e s to , c o m o ha o c u rrid o ya varias veces. P o r lo d em ás, só lo m e re ­ fiero a q u í a lo sim p le en la m ed id a en q u e viene necesa­ riam en te d a d o en lo c o m p u e s­ to , en el se n tid o de q u e esto ú ltim o p u e d e reso lv erse en sus e lem en to s sim ples c o m o p a rte s in te g ra n te s de q u e co n sta. La v e rd a d e ra sig n ifi­ cación d e la p ala b ra monas (se­ g ú n la em plea L eib n iz) sólo d eb ería referirse a aq u e l ele­ m e n to sim ple q u e se da in m e­ d ia ta m e n te c o m o su stan cia sim ple (p o r eje m p lo , en la auto co n cien cia), no c o m o ele­ m e n to de lo co m p u e sto . Sería m ás c o rre c to llam ar a éste últi-

to s físico s q u e , a p e sa r de ser ig u a lm e n te sim p les, p o se e ría n la v en taja de o c u p a r el e sp a ­ c io , e n c u a n to p a rte s in te g ra n ­ te s , p o r m era a g re g a c ió n . N o re p e tiré a h o ra las c o n o c id a s y claras re fu ta c io n e s d e este a b ­ s u rd o , q u e so n a b u n d a n te s, ya q u e es in ú til p re te n d e r e lim i­ n a r, c o n sofism as ex tra íd o s de c o n c e p to s m e ra m e n te d is c u r­ siv o s, la ev id en c ia d e las m a ­ tem á tic a s. M e lim itaré a o b ­ se rv a r q u e , si la filo so fía se d ed ic a a q u í a in c o rd ia r fre n te a las m atem áticas, ello se d e b e a q u e la p rim e ra o lv id a q u e la c u e stió n se refiere ú n ic a m e n te a fenómenos y a la c o n d ic ió n de é sto s. E n este caso , n o basta e n c o n tra r el c o n c e p to de lo sim p le p a ra lleg ar al concepto intelectual p u r o de lo c o m ­ p u e s to , sin o q u e hay q u e h a ­ llar la in tu ic ió n de lo sim ple p a ra lleg ar a la intuición de lo c o m p u e s to (m ateria), cosa q u e , se g ú n las leyes de la s e n ­ sib ilid a d y, e n co n secu en cia, ta m b ié n en los o b je to s de los se n tid o s, es e n te ra m e n te im ­ p o sib le . A sí, p u e s, p o d e m o s a d m itir, en re lació n c o n u n to d o fo rm a d o p o r su stan cias y p e n sa d o ú n ic a m e n te p o r el e n te n d im ie n to p u ro , q u e d e ­ b e m o s te n e r lo sim p le co n a n ­ te rio rid a d a to d a co m p o sic ió n de ese to d o . P e ro tal c o n c lu ­ sió n n o es válida re sp e c to de u n totum substantiale phaenomenon, q u e , e n c u a n to in tu ic ió n

405

S EG U N D A A N T IN O M IA

m o átomo. T e n ie n d o en c u e n ta q u e só lo q u ie ro d e m o s tra r las su stan cias sim p les e n re la c ió n c o n lo c o m p u e s to , e n c u a n to e lem en to s q u e c o m p o n e n éste ú ltim o , p o d ría llam ar la tesis 1 de la se g u n d a a n tin o m ia ato­ mística tra sc e n d e n ta l. A h o ra b ien , c o m o esta p a la b ra se e m ­ plea d esd e h ace m u c h o tie m p o p a ra d e sig n a r u n a especial m a ­ n era d e ex p licar los fe n ó m e ­ n o s c o rp ó re o s ( moléculae) y s u p o n e , p o r ello m ism o , c o n ­ ce p to s e m p íric o s, d a re m o s a la tesis el n o m b re de p rin c ip io d ialéctico d e la monadología.

e m p íric a en el esp a c io , im p li­ ca n e c e sa ria m e n te el q u e n in ­ g u n a d e su s p a rte s sea sim p le, ya q u e ta m p o c o lo es n in g u n a p a rte del e sp a c io . Sin e m b a r­ g o , lo s m o n a d ista s h a n sid o lo su fic ie n te m e n te su tiles c o m o p a ra so slay ar la d ific u l­ ta d p a rtie n d o del s u p u e s to de q u e el esp a c io n o es u n a c o n ­ d ic ió n de p o s ib ilid a d de lo s o b je to s de la in tu ic ió n e x te r­ na (los c u e rp o s ), sin o q u e , al c o n tra rio , lo s c u e rp o s y la r e ­ la c ió n d in á m ic a d e las s u s ta n ­ cias e n g e n e ra l so n la c o n d i­ c ió n d e p o sib ilid a d del e sp a ­ cio. A h o ra b ie n , só lo te n e m o s c o n c e p to d e lo s c u e rp o s e n su c alid ad de fe n ó m e n o s y, en c u a n to tales, p re s u p o n e n n e ­ c e sa ria m e n te el e sp a c io c o m o c o n d ic ió n de p o s ib ilid a d de to d o fe n ó m e n o e x te rn o . E sta e sc a p a to ria es, p u e s, in ú til, c o m o ya h e m o s e sta b le c id o su fic ie n te m e n te en la estética tra sc e n d e n ta l. Si lo s c u e rp o s fu e se n cosas e n sí m ism as, la d e m o s tra c ió n d e lo s m o n a d is ­ tas sería e fe c tiv a m e n te válida. L a se g u n d a a firm a c ió n d ialéctica p o se e la p e c u lia ri­ d a d d e te n e r en c o n tra una a firm a c ió n d o g m á tic a — la d e q u e el o b je to d el s e n tid o in te r­ n o , el yo q u e allí p ie n sa , es u n a su sta n c ia a b so lu ta m e n te sim p le — , q u e es la ú n ic a , en-

1 L e y e n d o , c o n M e llin , Tbese o , d e a c u e r d o c o n V a le n tin e r , e n lu g a r d e Antithese (N . del T .)

Thesis,

A 443 B 471

406

KANT'CRITICA DE LA RAZON PURA tre to d a s las a se rc io n e s so físti­ cas, q u e in te n ta d e m o s tra r de fo rm a e v id e n te en u n o b je to e m p íric o la realid a d d e lo q u e a n te s h e m o s in c lu id o e n tre las ideas tra sc e n d e n ta le s, a sab er, la sim p lic id a d a b s o lu ta de la su sta n c ia . Sin e n tra r a h o ra en m a y o re s c o n sid e ra c io n e s s o ­ b re el te m a (q u e h a sid o ya tr a ta d o d e ta lla d a m e n te ) m e li­ m ita ré a o b se rv a r lo sig u ie n te : si a lg o es p e n sa d o só lo c o m o o b je to , sin a ñ a d irle u n a d e te r­ m in a c ió n sin té tic a d e su in tu i­ c ió n (c o m o su ced e c o n la r e ­ p re s e n ta c ió n «yo», to ta lm e n te d e sn u d a ), n o p u e d e p e rc ib irse n i c o m p o s ic ió n ni d iv e rsid a d en se m e ja n te re p re se n ta c ió n . C o m o , ad em á s, los p re d ic a d o s c o n q u e p ie n so este su je to so n m eras in tu ic io n e s d el se n tid o in te rn o , n ad a p u e d e e n c o n ­ tra rs e a h í q u e d e m u e s tre u n a d iv e rsid a d de e le m e n to s u n o s fu e ra d e o tro s , ni, p o r ta n to , c o m p o s ic ió n efectiv a. C o m o el su je to q u e p ie n sa es, a la vez, su p ro p io o b je to , la a u to c o n c ie n c ia im plica la im p o si­ b ilid a d d e d iv id irse a sí m ism a (a u n q u e sí p u e d e d iv id ir las d e te rm in a c io n e s q u e en ella in h ie re n ), p u e s to d o o b je ta c o n stitu y e u n a u n id a d a b so lu ta en re la c ió n c o n sig o m ism o . S in e m b a rg o , si este su je to fu e ra c o n sid e ra d o exteriormente, c o m o u n o b je to d e la in tu i­ c ió n , m o s tra ría , n a tu ra lm e n te , c o m p o s ic ió n en el fe n ó m e n o .

407

T ER C ER A A N T IN O M IA

Y así es c o m o hay q u e c o n s i­ d e ra rlo si q u e re m o s sa b e r si h ay o n o h ay en él v a rie d a d d e e le m e n to s u n o s fuera de o tro s.

A 444] B 472 J

LA A N T IN O M IA D E LA R A Z O N P U R A T

er c er

c o n f l ic t o

d e l a s id e a s ,t r a s c e n d e n t a l e s

Tesis

A n títe sis

La cau salid ad se g ú n leyes de la n atu raleza n o es la ú n i­ ca de la q u e p u e d e n d e riv a r los fe n ó m e n o s to d o s del m u n d o . P ara ex p licar ésto s n o s hace falta o tra cau salid ad p o r lib e r­ tad.

N o hay lib e rta d . T o d o c u a n to su ced e e n el m u n d o se d e sa rro lla e x c lu siv a m e n te se g ú n leyes d e la n a tu ra le z a .

Prueba

Prueba

S u p o n g a m o s q u e n o hay o tra cau salid ad q u e la q u e o b ed ece a leyes d e la n a tu ra le ­ za. E n este caso , to d o c u a n to sucede p re s u p o n e u n esta d o p re v io al q u e sig u e in e v ita b le ­ m e n te de a c u e rd o co n u n a re ­ gla. A h o ra b ien , tal e stad o p r e ­ v io d eb e ser a lg o q u e , a su vez, ha su c e d id o (q u e h a lle g a ­ d o a ser en u n tie m p o en el q u e an tes n o existía), ya q u e si h u b iese e x istid o siem p re , su

S u p o n g a m o s q u e haya u n a libertad en se n tid o tr a s c e n d e n ­ tal c o m o tip o esp ecífico de c a u salid ad c o n fo rm e a la cual p u e d a n p ro d u c irs e los a c o n te ­ c im ie n to s del m u n d o , es d e c ir, u n a fac u lta d capaz d e in ic ia r en se n tid o a b s o lu to u n e sta d o y, c o n sig u ie n te m e n te , u n a se­ rie d e c o n se cu en cias d el m is ­ m o . E n este caso , n o só lo c o ­ m e n z a rá , en té rm in o s a b s o lu ­ to s , u n a serie en v ir tu d d e esa e sp o n ta n e id a d , sin o la d e te r ­ m in a c ió n d e ésta p a ra p r o d u ­ cirla. E n o tra s p a la b ra s, c o ­ m e n z a rá a b s o lu ta m e n te la

consecuencia n o se hab ría p o ­ d id o p ro d u c ir ah o ra, sin o q u e h u b ie s e e x is tid o sie m p re .

A 445 B 473

408

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

C o n sig u ie n te m e n te , la cau sa li­ d ad d e la causa e n v irtu d de la cual alg o su ced e es, a su vez, alg o sucedido y q u e , de a c u e rd o c o n la ley de la n a tu ­ raleza, p re s u p o n e ig u a lm e n te u n e sta d o p re v io y la ca u sa li­ d ad del m ism o . E s te , d e n u e ­ v o , su p o n e u n e sta d o to d a v ía a n te rio r, y así su cesiv am e n te. Si to d o su ced e, p u e s, só lo se ­ g ú n las leyes d e la n atu ra le z a , n o hay m ás q u e c o m ie n z o s s u b a lte rn o s , n u n c a u n p rim e r co m ie n z o . E n co n secu e n c ia , jam ás se c o m p le ta la serie p o r el la d o d e las causas d e riv a d a s u n as de o tras. A h o ra b ie n , la ley d e la n atu ra le z a co n siste p re c isa m e n te e n q u e nad a s u ­ cede sin u n a causa su fic ie n te ­ m e n te d e te rm in a d a a priori. A sí, p u e s, la p ro p o s ic ió n se ­ g ú n la cual to d a cau salid ad es só lo p o sib le se g ú n leyes de la n atu ra le z a se c o n tra d ic e a sí m ism a e n su u n iv e rsa lid a d ili­ m itad a. N o p o d e m o s , p o r ta n ­ to , a d m itir q u e ta l cau salid ad sea la única. T e n ie n d o esto e n c u e n ta , d e b e m o s s u p o n e r u n a cau sa li­ d a d en v irtu d d e la cual su ced e a lg o sin q u e la causa d e este a lg o siga e s ta n d o , a su vez, d e te rm in a d a p o r o tra a n te rio r se g ú n leyes n ecesarias; es d e ­ cir, d e b e m o s s u p o n e r u n a ab­ soluta espontaneidad causal q u e inicie por s í m ism a u n a serie d e fe n ó m e n o s q u e se d e s a rro ­ llen se g ú n leyes d e la n a tu ra le -

c a u sa lid a d , d e su e rte q u e n o h a b rá n ad a p re v io q u e p e rm i­ ta d e te rm in a r m e d ia n te leyes c o n sta n te s el a c to q u e se-está p ro d u c ie n d o . A h o ra b ie n , to d o c o m ie n z o d e a c c ió n s u ­ p o n e u n e sta d o a n te r io r p r o ­ p io d e la causa q u e to d a v ía n o a c tú a , y u n p rim e r c o m ie n ­ zo d in á m ic o d e a c c ió n su p o n e u n e sta d o q u e n o está u n id o p o r n in g ú n v ín c u lo causal c o n el a n te r io r e sta d o d e la m ism a c a u sa , es d e c ir, n o se sig u e e n m o d o a lg u n o d e ese e sta d o a n te rio r. A sí, p u e s, la lib e rta d tra sc e n d e n ta l se o p o n e a la ley d e cau sa lid a d . P o r lo ta n to , u n a c o n e x ió n de e sta d o s su c e ­ siv o s de las cau sas eficien tes se g ú n la cual es im p o sib le to d a u n id a d de la e x p erien cia y q u e , c o n sig u ie n te m e n te , ta m p o c o se h alle e n n in g u n a e x p e rie n c ia , n o es m ás q u e u n p u r o p r o d u c to m e n ta l. S ó lo e n la naturalec^a d e b e ­ m o s, p u e s, b u sc a r la in te rd e ­ p e n d e n c ia y el o rd e n d e los su ceso s. L a lib e rta d (in d e p e n ­ d e n c ia ) re s p e c to d e las leyes d e esta n a tu ra le z a n o s libera d e la coacción d e las reg las, p e ro ta m b ié n d e l hilo conductor q u e to d a s ellas re p re se n ta n . E n e fe c to , n o p o d e m o s d e c ir q u e , e n lu g a r d e las leyes d e la n a ­ tu ra le z a , in te rv e n g a n e n la ca u sa lid a d d e la m arc h a del m u n d o leyes d e la lib e rta d , ya q u e si ésta e stu v ie ra d e te rm i­ n a d a se g ú n leyes, ya n o sería

T ERC ER A A N T IN O M IA

409

za, e sto es, u n a lib e rta d tr a s ­ c e n d en tal. Si falta ésta, n u n c a es c o m p le ta la serie d e fe n ó ­ m en o s p o r el la d o d e las c a u ­ sas, ni siq u iera e n el c u rso de la n atu raleza.

A 4481 II 476J

O

lib e rta d . N o se ría , a su vez, m ás q u e n a tu ra le z a . P o r c o n s i­ g u ie n te , n a tu ra le z a y lib e rta d tra sc e n d e n ta l se d is tin g u e n c o m o le g a lid a d y a u se n c ia d e le g a lid a d 1 . L a p rim e ra im p o ­ n e al e n te n d im ie n to la d ific u l­ ta d d e re m o n ta rs e cad a vez m ás lejo s e n b u sca d e l o rig e n d e lo s a c o n te c im ie n to s e n la serie cau sal, ya q u e la c a u sa li­ d a d es sie m p re c o n d ic io n a d a en tales a c o n te c im ie n to s ; p e ro , c o m o c o m p e n s a c ió n , p ro m e te u n a u n id a d d e e x p e ­ rie n c ia , u n a u n id a d c o m p le ta y c o n fo rm e a leyes. P o r el c o n tr a rio , si b ie n el e sp e jism o d e la lib e rta d p ro m e te u n r e ­ p o s o al e n te n d im ie n to q u e e s­ c u d riñ a la cad en a cau sal, c o n ­ d u c ié n d o lo a u n a ca u sa lid a d in c o n d ic io n a d a q u e c o m ie n z a a o p e ra r p o r sí m ism a, ro m p e , d e b id o a su p ro p ia c e g u e ra , el h ilo c o n d u c to r d e las reg las, q u e es el q u e p e rm ite u n a e x ­ p e rie n c ia p e rfe c ta m e n te c o h e ­ re n te .

A 449 b se r v a c ió n

sobre la t e r c e r a

a n t in o m ia

I. Sobre la tesis

II. Sobre la antítesis

L a idea tra sc e n d e n ta l d e la lib e rta d d ista m u c h o d e c o n s­ titu ir to d o el c o n te n id o del c o n c e p to p sic o ló g ic o d e este

F re n te a la d o c trin a d e la lib e rta d , el d e fe n so r d e la o m ­ n ip o te n c ia d e la n a tu ra le z a (fi­ siocracia tra sc e n d e n ta l) fo r m u -

i

Gesetsrmáfíigkeit uná Geset^losigkeit

B 477

410

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

n o m b re , c o n c e p to q u e es e m ­ p íric o en g ra n p a rte. Se lim ita, m ás bien , a e x p resar el d e la a b so lu ta e sp o n ta n e id a d del a cto , e n te n d id a co m o fu n d a ­ m e n to p ro p io de la im p u tab ilidad de este m ism o acto . D i­ cha idea es, sin e m b a rg o , la v e rd ad era p ie d ra d e escán d alo d e la filo so fía, la cual e n c u e n ­ tra in su p erab le s d ificu lta d e s a la h o ra d e a d m itir sem ejan te causalidad in c o n d ic io n a d a . L o q u e desde siem p re ha s u p u e s ­ to p ara la ra z ó n especu lativ a u n g ra n p ro b le m a an te la c u e stió n de la lib e rta d d e la v o lu n ta d es, en rig o r, m e ra ­ m en te trascendental y se refiere só lo a si d e b em o s a d m itir una facu ltad capaz de iniciar por s i misma un a serie d e cosas o e stad o s su cesiv o s. N o es tan n ecesario el q u e p o d a m o s d e ­ cir có m o sea p o sib le se m e ­ jan te cosa, ya q u e ta m b ié n en la cau salid ad seg ú n leyes de la n atu raleza ten em o s q u e c o n fo rm a rn o s c o n co n o c e r a priori la necesidad d e p re s u p o ­ n er esa cau salid ad , a u n q u e no e n te n d a m o s e n m o d o a lg u n o c ó m o es p o sib le q u e la ex is­ tencia d e una cosa sea p u esta p o r la existencia de o tra y a u n ­ q u e d e b a m o s, p o r ello m ism o , a te n e rn o s ta n só lo a la ex p e­ riencia. Si h em o s d e m o s tra d o la necesidad d e u n p rim e r c o ­ m ien zo — s u rg id o d e la lib e r­ ta d — en un a serie d e fe n ó m e ­ n o s, ha sid o só lo e n la m ed id a

laría así su p o sic ió n c o n tra las in feren cias so físticas de la p r i­ m era : S i no suponéis algo mate­ máticamente primero en el mundo desde un punto de vista temporal, tampoco os hace fa lta buscar algo dinámicamente primero desde un punto de vista causal. ¿ Q u ié n os ha m a n d a d o id e a r u n e sta d o d el m u n d o q u e sea a b so lu ta ­ m e n te p rim e ro y, p o r ta n to , u n c o m ie n z o a b so lu to d e la serie fe n o m é n ic a q u e va d e s a rro ­ llá n d o se p ro g re s iv a m e n te ? ¿ Q u ié n os ha m a n d a d o p o n e r lím ites a la ilim itad a n a tu ra le ­ za p a ra su m in istra r u n p u n to d e re p o s o a v u e stra im a g in a ­ c ió n ? T e n ie n d o en c u e n ta q u e las su sta n c ia s sie m p re han e x istid o en el m u n d o — esto es, al m e n o s, lo q u e la u n id a d d e la ex p erien cia n o s o b lig a a s u p o n e r— , ta m p o c o hay d i­ fic u lta d en a d m itir q u e el c a m ­ b io de e sta d o d e tales su s ta n ­ cias (es d ecir, u n a serie de sus c a m b io s) ha e x istid o siem p re y q u e , p o r ta n to , n o hace falta b u sc a r u n p rim e r co m ie n z o , ni m a te m á tic o ni d in á m ic o . La p o sib ilid a d de sem ejan te d e ri­ v a c ió n in fin ita, sin u n p rim e r m ie m b ro en relació n c o n el cual to d o el re sto sea m era su b se c u e n c ia , n o p u e d e h a c e r­ se co n c e b ib le p o r lo q u e a su p o sib ilid a d se refiere. P e ro si, d e b id o a ello, n o ad m itís este e n ig m a d e la n atu raleza, os v e ­ réis en la necesidad de re c h a ­ z a r m u ch as p ro p ie d a d e s sin té-

TERCERA ANTINOMIA en q u e es in d isp e n sa b le p a ra h acer in te lig ib le u n o rig e n del m u n d o , p e ro to d o s sus e s ta ­ d o s su b s ig u ie n te s p u e d e n ser c o n sid e ra d o s c o m o u n a se ­ cu en cia re g u la d a p o r sim ples leyes d e la n atu raleza. A h o ra b ien, d a d o q u e c o n ello se ha d e m o s tra d o (a u n q u e n o c o m ­ p re n d id o ) la p o sib ilid a d de q u e u n a serie co m ien c e p o r sí m ism a en el tie m p o , p o d e ­ m o s a d m itir ig u a lm e n te q u e d istin ta s series c o m ie n c e n p o r sí m ism as en el c u rso del m u n ­ d o c o n fo rm e a la cau salid ad y a trib u ir a las su stan cias de esas series el p o d e r de a c tu a r p o r lib e rta d . N o caig a m o s a q u í en las red es del m a le n te n ­ d id o sig u ie n te : c o m o u n a se ­ rie sucesiva q u e se d esa rro lle e n el m u n d o só lo p u e d e te n e r u n p rim e r c o m ie n z o en s e n ti­ d o re la tiv o , ya q u e este c o ­ m ie n z o sie m p re va p re c e d id o d e u n e sta d o a n te rio r d e las cosas, acaso n o haya p o sib ili­ dad de u n p rim e r c o m ie n z o d e las series en el c u rso del m u n d o . E n efecto , n o n o s re ­ fe rim o s a q u í a u n c o m ie n z o a b so lu ta m e n te p rim e ro d esd e u n p u n to de v ista te m p o ra l, sino d esd e u n p u n to d e vista causal. P o r e je m p lo : si a h o ra m e le v a n to d e la silla de m o d o p le n a m e n te lib re y sin el in flu ­ jo n ec e sa ria m e n te d e te rm i­ n a n te de las causas d e la n a tu ­ raleza, u n a n u e v a serie se in i­ cia, en té rm in o s a b so lu to s, en

411 ticas fu n d a m e n ta le s (fuerzas fu n d a m e n ta le s) q u e os so n ig u a lm e n te in c o m p re n sib le s. In c lu so la p o sib ilid a d d e u n c a m b io en g e n e ra l tie n e q u e ser u n e sc án d alo p ara v o s o ­ tr o s , ya q u e , si n o d e s c u b rie ­ rais su rea lid a d en la e x p e rie n ­ cia, n u n c a p o d ría is c o n c e b ir a prio ri c ó m o es p o sib le se m e ­ ja n te su c e sió n d e ser y n o -ser. A u n c u a n d o se c o n ced a u n a fa c u lta d tra c e n d e n ta l de la lib e rta d cap az de in ic ia r los c a m b io s del m u n d o , ta l fa c u l­ ta d d e b e ría , en c u a lq u ie r caso, h a lla rse só lo fu e ra d e él (a p e ­ sar d e lo cual, sig u e sie n d o u n a p re te n s ió n au d a z la d e a d ­ m itir, fu e ra del c o n ju n to de to d a s las in tu ic io n e s p o sib le s, u n o b je to q u e n o p u e d e d a rse e n n in g u n a p e rc e p c ió n p o s i­ ble). P e ro n u n c a p u e d e p e rm i­ tirse q u e sem e ja n te facu lta d sea a trib u id a a las su stan cias del m u n d o m ism o , ya q u e e n ­ to n c e s d e sa p a re c e ría e n su m a ­ y o r p a rte la in te rd e p e n d e n c ia d e lo s fe n ó m e n o s q u e se d e ­ te r m in a n n e c e sa ria m en te u n o s a o tr o s se g ú n leyes u n iv e rsa le s — la in te rd e p e n d e n c ia q u e lla ­ m a m o s n a tu ra le z a — , c o m o d e sa p a re c e ría , ju n ta m e n te c o n ella, el c rite rio d e v e rd a d e m ­ p íric a q u e nos p e rm ite d is tin ­ g u ir la ex p e rie n c ia d el su e ñ o . E n e fe c to , ap en as cab e se g u ir c o n c ib ie n d o una n atu ra le z a ju n to a se m ejan te fa c u lta d de la lib e rta d , q u e n o está re g u la -

412

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

este su ceso y e n sus c o n se ­ cu encias n a tu ra le s h asta el in ­ fin ito , a u n q u e , d esd e u n p u n ­ to te m p o ra l, este m ism o su c e ­ so n o sea m ás q u e la c o n tin u a ­ ció n d e u n a serie a n te rio r. E n efecto , la d e c isió n y el a c to n o fo rm a n p a rte e n m o d o al­ g u n o de la secu en cia d e m ero s efectos n a tu rales ni so n u n a sim ple c o n tin u a c ió n d e los m ism os. A l c o n tra rio , c o n re s­ p e c to a este a c o n te c im ie n to las causas n a tu ra le s d e te rm i­ n an tes cesan p o r c o m p le to fu era de esos efecto s. A u n q u e el su ceso sig u e a estas causas n atu rales, n o se sig u e d e ellas. C o n sig u ie n te m e n te , d e b e lla­ m arse u n c o m ie n z o a b s o lu ­ ta m e n te p rim e ro de u n a se­ rie de fe n ó m e n o s, si b ie n n o co n re s p e c to al tie m p o , si­ n o c o n re s p e c to a la cau sali­ dad. La c o n firm a c ió n d e q u e la ra z ó n n ecesita re c u rrir a u n p rim e r c o m ie n z o , o rig in a d o p o r lib e rta d , e n la serie d e las causas n a tu ra le s se hace p a lp a ­ ble en el h e c h o sig u ie n te : t o ­ d o s lo s filó so fo s de la a n tig ü e ­ d ad (a e x cep ció n d e la escuela epicú rea) se v ie ro n o b lig a d o s a a su m ir, a la h o ra de ex p licar los m o v im ie n to s del m u n d o , u n prim er motor, es d ec ir, una causa q u e o p e ra ra lib re m e n te y q u e in iciara p o r sí m ism a esa serie d e e stad o s. E n efecto , n o se a tre v ie ro n a h a c e r c o n ­ ceb ib le u n p rim e r c o m ie n z o

da p o r ley n in g u n a , p u e sto q u e las leyes d e la n a tu ra le z a se v e ría n c o n tin u a m e n te m o ­ d ific a d a s p o r el in flu jo d e la lib e rta d , m ie n tra s q u e el c u rso d e lo s fe n ó m e n o s — c u rs o r e ­ g u la r y u n ifo rm e , c o n sid e ra d o d e sd e la sim p le n a tu ra le z a — q u e d a ría c o n fu n d id o y falto d e co h e sió n .

413

CUA RTA A N T IN O M IA

a p a rtir d e la sim p le n a tu r a ­ leza.

A 452] B48dj

LA A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PU R A C

uarto

c o n f l ic t o

d e

las id e a s

tra sc en d en ta les

Tesis

A n títe sis

A l m u n d o p e rte n e c e alg o q u e , sea en c u a n to p a rte s u ­ ya, sea en c u a n to causa su y a, c o n stitu y e u n ser a b s o lu ta ­ m e n te necesario.

N o ex iste en el m u n d o n in g ú n ser a b s o lu ta m e n te n e ­ c e sa rio , c o m o ta m p o c o existe fu e ra d e él en c u a n to causa suya.

Prueba

Prueba

E n c u a n to c o n ju n to d e t o ­ d o s lo s fe n ó m e n o s, el m u n d o sensible c o n tie n e , a la vez, u n a serie de m o d ificacio n e s, ya q u e , sin ella, ni siq u iera se n o s d aría la re p re se n ta c ió n d e la serie te m p o ra l c o m o c o n d i­ c ió n d e p o sib ilid a d del m u n d o s e n s ib le 15. T o d o cam b io d e ­ p e n d e d e su c o n d ic ió n , la cual es a n te rio r en el tie m p o y en v ir tu d de la cu al es necesario ese cam b io . A h o ra b ien , to d o c o n d ic io n a d o d a d o p re s u p o n e re sp e c to de su ex isten cia una serie c o m p le ta d e co n d ic io n e s

S u p o n g a m o s q u e el m u n ­ d o m ism o sea u n ser n e c e sa rio o q u e haya en él u n ser n ec e sa ­ rio . E n este caso , o b ie n h a ­ b ría e n la serie d e sus c am b io s u n c o m ie n z o in c o n d ic io n a d a ­ m e n te n e c e sa rio y, p o r ta n to , c a re n te d e cau sa, lo cu al se h alla en c o n tra d ic c ió n c o n la ley d in á m ic a de d e te rm in a c ió n d e to d o s los fe n ó m e n o s en el tie m p o ; o b ie n la serie m ism a ca re c e ría d e c o m ie n z o y, a p e ­ sa r d e ser c o n tin g e n te y c o n d i­ c io n a d a en to d a s sus p a rte s, sería, en c u a n to to ta lid a d , ab -

k E n cuanto condición formal de posibilidad de los cambios, el tiempo es objetivam ente anterior a ellos1. Pero, subjetivam ente y en la realidad de la conciencia, esta representación no está m otivada, al igual que cualquier otra, más que por las percepciones (N ota de Kant). 1 Leyendo con Erdm ann, diesen en lugar de dieser (N. del T.)

í A 453 1 B 481

414

A 4S4 B 482

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

q u e lleg u e hasta lo a b s o lu ta ­ m en te in c o n d ic io n a d o , q u e es lo ú n ic o a b so lu ta m e n te nece­ sario. P o r c o n sig u ie n te , si el cam b io existe c o m o c o n se ­ cuencia de lo ab so lu ta m e n te necesario , tien e q u e ex istir alg o q u e lo sea. P e ro ese alg o a b so lu ta m e n te necesario fo r­ m a p a rte del m u n d o sensible. E n efecto, su p o n g a m o s que esté fu era de él. E n este caso, la serie de los cam b io s c ó sm i­ cos d e riv aría su co m ie n z o de él sin q u e esta causa necesaria p e rten eciera, p o r su p a rte , al m u n d o de lo s sen tid o s. L o cual es im p o sib le, ya q u e , si te n e m o s en c u e n ta q u e el c o ­ m ien zo d e u n a serie te m p o ra l sólo p u e d e ser d e te rm in a d o en v irtu d de a q u e llo q u e es a n te ­ rio r en el tie m p o , la c o n d ic ió n su p rem a del co m ie n z o de una serie d e cam b io s tien e q u e ex istir en el tie m p o 1 en q u e to ­ davía no existía la serie (pues el co m ie n z o es u n a exis­ ten cia a la q u e p rece d e u n tie m p o en el q u e n o existía to d a v ía la cosa q u e com ienza). P o r ta n to , la cau salid ad d e la n ecesaria causa d e los cam b io s y, c o n sig u ie n te m e n te , la causa m ism a, p e rte n e c e al tie m p o y, p o r ello m ism o , al fe n ó m e n o

so lu ta m e n te n ecesaria e in c o n ­ d ic io n a d a , lo cual es en sí m is­ m o c o n tra d ic to rio , ya q u e no p u e d e se r n ecesaria la e x is te n ­ cia d e u n a m u ltip lic id a d en q u e n in g u n a de las p a rte s q u e la in te g ra n p o se e existencia n ecesaria. S u p o n g a m o s , p o r el c o n ­ tr a rio , q u e hay u n a causa del m u n d o a b so lu ta m e n te n ecesa­ ria, p e ro fu e ra d e él. E n tal caso , esa causa sería la q u e, en c u a n to m ie m b ro su p re m o d e la serie de las causas de los c a m b io s del m u n d o , c o m e n z a ­ r í a 15 la ex isten cia de ésto s y la serie q u e fo rm a n . D esd e este su p u e s to , ta m b ié n ella te n d ría q u e c o m e n z a r a a c ­ tu a r , y su cau salid ad fo rm a ría p a rte d el tie m p o y, p o r ello m ism o , d el c o n ju n to d e los fe n ó m e n o s, es d ecir, d el m u n ­ d o . L a causa m ism a n o e staría , p u e s, fu e ra d el m u n d o , lo cual se halla e n c o n tra d ic c ió n co n la h ip ó te sis inicial. C o n si­ g u ie n te m e n te , n o existe n in ­ g ú n se r a b so lu ta m e n te necesa­ rio , ni e n el m u n d o ni fu e ra del m u n d o (si es en rela c ió n causal c o n él).

k La palabra «comenzar» es tom ada en dos sentidos, El prim ero es activo y significa que la causa inicia ( infit) , como efecto producido por ella, una serie de estados. El segundo es pasivo y significa que la causalidad se inicia (fit) en la causa misma. Infiero aquí el últim o sentido del primero. (N ota de KantJ 1 4.a ed. original: «en el mundo»,

A 455 B 483

415

CUARTA ANTINOMIA (sólo en el fe n ó m e n o es p o s i­ ble el tie m p o , e n c u a n to fo rm a de aquél). E n co n secu e n c ia , n o p o d e m o s p e n s a r dich a c a u ­ salidad c o m o sep a ra d a del m u n d o sen sib le, q u e es el c o n ­ ju n to d e to d o s los fe n ó m e n o s. A sí, p u e s, en el m u n d o m ism o se halla c o n te n id o a lg o a b s o ­ lu ta m e n te n ecesario (ya se tr a ­ te d e la c o m p le ta serie cósm ica m ism a, ya d e u n a p a rte de ella).

A 456] B 484/

O

b se r v a c ió n

sobre la

cu a rta

a n t in o m ia

I. Sobre la tesis

II. Sobre la antítesis

P ara d e m o s tra r la e x iste n ­ cia d e u n ser n ecesario n o p u e ­ d o u sa r, en este caso , o tr o a r­ g u m e n to q u e el cosmológico, el cual ascien d e d e sd e lo c o n d i­ c io n a d o en la esfera del fe n ó ­ m e n o a lo in c o n d ic io n a d o en la del c o n c e p to , en el se n tid o de q u e este ú ltim o in c o n d ic io ­ n a d o es c o n s id e ra d o c o m o la c o n d ic ió n n ecesaria de la to t a ­ lid ad a b so lu ta d e la serie. E l in te n ta r u n a d e m o s tra c ió n p a rtie n d o de la m era idea del ser su p re m o e n tr e to d o s los seres c o rre s p o n d e a o tr o p r in ­ cip io d e la ra z ó n , q u e p o r ello tra ta re m o s sep a ra d a m e n te . L a p ru e b a p u ra m e n te c o s­ m o ló g ic a n o p u e d e d e m o s tra r la ex isten cia de u n ser n ec e sa ­ rio de o tr o m o d o q u e d e ja n d o

Si c re e m o s e n c o n tr a r d ifi­ c u lta d e s q u e se o p o n e n a la e x isten cia d e u n a causa a b s o ­ lu ta m e n te n ecesaria c u a n d o a sc e n d e m o s en la serie d e los fe n ó m e n o s, tales d ific u lta d e s n o d e b e n b a sa rse en m e ro s c o n c e p to s re la tiv o s a la e x is­ te n c ia n ecesaria d e u n a cosa en g e n e ra l n i ser, c o n s ig u ie n ­ te m e n te , o n to ló g ic a s , sin o q u e tie n e n q u e o rig in a rs e al re la c io n a r c a u sa lm e n te esa co sa n ecesaria c o n u n a serie d e fe n ó m e n o s e n la q u e se s u ­ p o n e u n a c o n d ic ió n q u e es, p o r su p a rte , in c o n d ic io n a d a ; d ic h a s d ific u lta d e s tie n e n q u e ser, p u e s, d e c a rá c te r c o s m o ­ ló g ic o y, c o n sig u ie n te m e n te , d e b e n ser d e d u c id a s c o n a r r e ­ g lo a leyes e m p íricas. E n efec-

í A 457 \B 4 8 5

416

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

sin d e c id ir si ese ser es el m u n ­ d o m ism o o u n a cosa d istin ta de él. E n efe c to , p a ra c o m p r o ­ b a r esto ú ltim o se nec e sita n p rin c ip io s q u e ya n o so n c o s­ m o ló g ic o s ni c o n tin ú a n e n la serie de los fe n ó m e n o s. Se n e ­ cesitan c o n c e p to s d e seres c o n tin g e n te s e n g e n e ra l (en la m ed id a e n q u e só lo so n c o n s i­ d e ra d o s c o m o o b je to s d el e n ­ te n d im ie n to ) y u n p rin c ip io q u e p e rm ita p o n e rlo s e n rela­ ció n co n u n ser n ecesario p o r m ed io de m ero s c o n c e p to s, to d o lo cual p e rte n e c e a u n a filo so fía trascendente 1 cuyo tra ta m ie n to c o rre s p o n d e a o tr o lu g a r p o s te rio r. A h o ra b ie n , un a v e 2 q u e se ha e m p e z a d o la p ru e b a al m o d o c o sm o ló g ic o , p o n ie n d o c o m o base la serie d e fe n ó m e ­ n o s y el re g re so de los m ism o s se g ú n las leyes em p íric a s de la cau salid ad , n o se p u e d e ya saltar d esd e esa base a alg o q u e n o fo rm a p a rte d e la serie en calidad de m ie m b ro suyo. E n efecto , lo q u e se to m a c o m o c o n d ic ió n deb e ser c o n sid e ra d o en el m ism o se n ­ tid o en q u e se to m ó la relació n de lo c o n d ic io n a d o c o n su c o n d ic ió n d e n tr o d e la serie q u e d eb ía, c o n su p ro g re s o in in te rru m p id o , c o n d u c irn o s a esa c o n d ic ió n su p re m a . Si esa re la c ió n es sen sib le y p e r ­ ten ec e al p o sib le u so e m p íric o

to , h ay q u e m o s tra r , p o r u n a p a rte , q u e el a sc e n so e n la se ­ rie d e las cau sas (en el m u n d o sen sib le) n u n c a p u e d e a lc a n ­ z a r c o m o té r m in o u n a c o n d i­ c ió n e m p íric a m e n te in c o n d i­ c io n a d a y, p o r o tr a , q u e el a rg u m e n to c o sm o ló g ic o d e ri­ v a d o d e la c o n tin g e n c ia d e los e sta d o s c ó sm ic o s — c o n tin ­ g e n c ia d e b id a a sus c a m b io s— re su lta ser c o n tr a rio a la h ip ó ­ tesis d e u n a causa p rim e ra q u e in icie la serie en té rm in o s a b ­ so lu to s. E n esta a n tin o m ia se p o n e d e m a n ifie sto u n e x tra ñ o c o n ­ tr a s te : las m ism as razo n e s de las q u e se in firió e n la tesis la ex isten cia d e u n p rim e r ser, so n e m p lead as e n la an títe sis p a ra in fe rir, c o n el m ism o r i­ g o r, su n o -ex isten c ia. P rim e ro se d ijo : existe un ser necesario p o rq u e to d o el tie m p o p a sa d o in clu y e en sí la serie de to d a s las c o n d ic io n e s y, c o n s ig u ie n ­ te m e n te , ta m b ié n lo in c o n d i­ c io n a d o (lo n e cesario ). A h o ra se d ic e : no hay un ser necesario, ya q u e to d o el tie m p o p a sa d o in clu y e en sí la serie d e to d a s las c o n d ic io n e s (q u e, c o n s i­ g u ie n te m e n te , so n , a su vez, to d a s c o n d ic io n a d a s). L a r a ­ z ó n d e tal c o n tra ste es la si­ g u ie n te : el p rim e r a rg u m e n to a tie n d e ta n só lo a la totalidad absoluta d e la serie d e c o n d i­ cio n es q u e se d e te rm in a n u n as

* S e g ú n G ó r la n d , d e b e ría le e rs e « tra s c e n d e n ta l» (N . d e l T .)

CUA RTA A N T IN O M IA

del e n te n d im ie n to , la c o n d i­ c ió n o causa su p re m a só lo p u e d e re m a ta r el re g re so se­ g ú n las leyes de la sen sib ilid a d y, c o n sig u ie n te m e n te , só lo en c u a n to q u e ella m ism a fo rm a p a rte de la serie te m p o ra l. E n c o n se cu en cia, el ser n e cesario tie n e q u e ser c o n sid e ra d o c o m o el m ie m b ro su p re m o de la serie cósm ica. N o o b s ta n te , ha h a b id o qu ien es se h a n to m a d o la lib e rta d de p ra c tic a r el sa l­ to al q u e h em o s a lu d id o (pexa(3o(cní; eit;

t

/ . / . o y é v o q ).

E n efe cto , p a rtie n d o d e los cam b io s del m u n d o , h a n in fe ­ rid o la c o n tin g e n c ia em p íric a , es d ecir, la d e p e n d e n c ia , de tales ca m b io s re s p e c to de c a u ­ sas e m p íric a m e n te d e te rm in a bles, o b te n ie n d o u n a serie a s­ c e n d e n te d e co n d ic io n e s e m ­ p íricas. L a d e d u c c ió n era p e r ­ fe c ta m e n te c o rre c ta . A h o ra b ien , c o m o n o se p o d ía e n c o n ­ tr a r a q u í ni u n p rim e r c o m ie n ­ zo ni u n m ie m b ro su p re m o , se a b a n d o n a b a d e p r o n to el c o n c e p to e m p íric o de c o n tin ­ g en c ia p a ra to m a r la c a te g o ría p u ra , la cu al d a b a lu g a r e n to n ­ ces a u n a serie m e ra m e n te in ­ te lig ib le , cu y a c o m p le tu d se b asab a e n la ex isten cia d e una causa a b s o lu ta m e n te n ec e sa ­ ria, u n a causa q u e , al n o h a ­ llarse lig ad a a n in g u n a c o n d i-

417 a o tra s en el tie m p o , lle g a n d o así a u n ser in c o n d ic io n a d o y n ecesario . E l s e g u n d o a r g u ­ m e n to a tie n d e , p o r el c o n tr a ­ rio , a la contingencia d e to d o c u a n to se h alla d e te rm in a d o en la serie temporal (ya q u e cada m ie m b ro va p re c e d id o d e u n tie m p o en el q u e la m ism a c o n d ic ió n d e b e , a su vez, estar d e te rm in a d a c o m o c o n d ic io ­ n a d a ), c o n lo cu al d e sap arece p o r c o m p le to to d o in c o n d i­ c io n a d o y to d a n e c e sid a d a b ­ so lu ta . P e ro el m o d o d e a r g u ­ m e n ta r es en a m b o s casos p e r ­ fe c ta m e n te c o n fo rm e a la r a ­ z ó n h u m a n a o rd in a ria , la cual tie n e fre c u e n te s d e sa v en en cias c o n s ig o m ism a al c o n sid e ra r su o b je to d e sd e d o s p u n to s d e v ista d is tin to s. E l d e b a te e n tr e d o s céleb res a s tró n o m o s d e b id o a u n p ro b le m a se m e ­ ja n te en to r n o a la e lec ció n d e u n p u n to d e v ista fu e p a ra el se ñ o r d e M airan 1 u n F e n ó ­ m e n o lo su fic ie n te m e n te n o ta ­ b le c o m o p a ra e sc rib ir so b re él u n tra ta d o especial. U n o de los d o s a s tró n o m o s so ste n ía : la luna gira alrededor de su eje p u e s to q u e sie m p re e n se ñ a a la tie rra la m ism a cara. E l o tro a firm a b a : la luna no gira alrede­ dor de su eje, ya q u e sie m p re e n se ñ a a la tie rra la m ism a cara. A m b as c o n c lu sio n e s e ra n c o rre c ta s se g ú n el p u n to

1 Jean-jacques D ortouse de M airan (1678-1771). Filósofo y matemático francés. (N. del T .)

A 461 B 489

418

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

ció n sensible, q u e d a b a ig u a l­ m e n te lib re d e la c o n d ic ió n te m p o ra l q u e im plicaba el q u e su causalidad tu v ie ra ta m b ié n u n co m ien zo . E ste p ro c e d i­ m ie n to es to ta lm e n te in c o ­ rre c to , c o m o se v erá en lo q u e sigue. E n el se n tid o estric to de la c ate g o ría, « co n tin g en te » es aq u ello cu y o o p u e sto c o n tra ­ d ic to rio es p o sib le. A h o ra bien, n o se p u e d e in ferir la c o n tin g e n c ia in te lig ib le a p a r ­ tir d e la c o n tin g e n c ia e m p íri­ ca. L o o p u e sto d e lo q u e ca m ­ bia (lo o p u e sto a su estad o ) es real en u n tie m p o d is tin to y, c o n sig u ie n te m e n te , es p o s i­ ble. E ste n u e v o e stad o n o es, pu es, lo o p u e sto c o n tra d ic to ­ rio del estad o a n te rio r. Para q u e lo fu era h aría falta q u e, al m ism o tie m p o en q u e ex is­ tía el estad o a n te rio r, h u b iese p o d id o hallarse, en vez de él, su c o n tra rio . P e ro esto no p u e d e d ed u c irse del cam bio. U n c u e rp o q u e estaba en m o ­ v im ie n to = A se p o n e en re ­ p o so = n o A . E l h e c h o de q u e al estad o A siga u n estad o o p u e s to n o p e rm ite c o n c lu ir q u e el o p u e sto c o n tra d ic to rio de A sea p o sib le ni, p o r lo ta n to , c o n tin g e n te . P ara ello haría falta q u e , al m ism o tie m ­ p o en q u e existía el m o v im ie n ­ to , h u b iese p o d id o existir, en su lu g a r, el re p o so . P e ro lo ú n ico q u e sab em o s es q u e el re p o s o fu e real — y, p o r ta n -

d e v ista q u e se a d o p ta ra p ara o b s e rv a r el m o v im ie n to de la luna.

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

419

to , p o s ib le — d e sp u é s del m o ­ v im ie n to . A h o ra b ie n , u n m o v im ie n to e n u n tie m p o y u n re p o s o e n o tr o tie m p o n o se o p o n e n e n tre sí c o n tr a d ic to ­ riam en te. A sí, p u e s, la su c e ­ sió n de d e te r m in a c io n e s o p u e sta s, es d e c ir, del ca m b io , n o d e m u e s tra e n a b s o lu to la c o n tin g e n c ia se g ú n co n c e p to s del e n te n d im ie n to p u ro ni puede, c o n s ig u ie n te m e n te , c o n d u c irn o s a la existen cia de u n ser n ecesario c o n c e b id o se ­ g ú n esos m ism o s co n c e p to s p u ro s del e n te n d im ie n to . E l cam b io n o d e m u e s tra m ás q u e la c o n tin g e n c ia em p írica. E n o tra s p a la b r a s : d e m u e s tra , en v irtu d de la ley de la c a u sa ­ lid a d , q u e , d e n o h a b e r u n a causa p e rte n e c ie n te al tie m p o a n te rio r, n o h a b ría p o d id o p ro d u c irs e p o r sí m ism o el n u e v o e sta d o . In c lu so si es t o ­ m ada c o m o a b s o lu ta m e n te n e ­ cesaria, esa causa tie n e q u e h allarse e n el tie m p o e n su calid ad de tal y fo rm a r p a rte de la serie d e lo s fe n ó m e n o s.

LA A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PU R A

S ección tercera E

l

INTERÉS DE LA RAZÓN EN EL CONFLICTO QUE SOSTIENE

T e n e m o s ya to d o el ju e g o d ia lé c tic o de las ideas c o s m o ­ ló g icas. E sta s ideas n o p e rm ite n q u e se d é en a lg u n a ex p erien cia p o sib le u n o b je to q u e c o n c u e rd e c o n ellas. N o p e rm ite n siq u ie ­

f A 462 \ B 490

420

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

ra q u e la ra z ó n las piense en c o n so n a n c ia c o n las leyes em p íricas u n iversales. P e ro ta m p o c o so n p ro d u c to s m en tales a rb itra rio s . A l c o n tra rio , al p ro lo n g a r in in te rru m p id a m e n te la sín tesis e m ­ pírica,, la ra z ó n se ve n e c e sa ria m e n te c o n d u c id a a ellas, en el caso d e q u e q u iera lib e ra r d e to d a c o n d ic ió n y a b a rc a r en su to ta lid a d in c o n d ic io n a d a lo q u e , se g ú n las reg las de la ex p erien cia, n u n ca p u e d e ser d e te rm in a d o sin o e n c u a n to c o n d ic io n a d o . E sas afirm a cio n es so físticas so n o tro s ta n to s ensayos te n d e n te s a re so lv e r c u a tro p ro b le m a s n atu ra le s e in e v i­ tables d e la razó n . N o p u e d e n ser m ás q u e p re c isa m e n te c u a tro , ni u n o m ás ni u n o m e n o s, d e b id o a q u e n o hay m ás q u e c u a tro series d e p re su p o sic io n e s sin téticas q u e lim ite n a priori la síntesis em pírica. N o s h em o s lim ita d o a p re s e n ta r c o n fó rm u la s árid as, q u e só lo c o n tie n e n el fu n d a m e n to d e las leg ítim as asp iracio n es de la razó n , las b rillan tes p re te n sio n e s q u e e x tie n d e n m ás allá A 4631 B 491 j de to d o lím ite e m p íric o el á m b ito d e esa m ism a ra z ó n . T al c o m o c o n v ien e a una filo so fía tra sc e n d e n ta l, las h em o s d e sp o ja ­ d o d e to d o e le m e n to e m p íric o , a u n q u e las a firm a cio n es de la ra z ó n só lo p u e d e n a d q u irir to d o su e sp le n d o r c u a n d o son p u estas en re la c ió n co n lo e m p íric o . E s p re c isa m e n te al a p lic a r­ las, al e x te n d e r p ro g re siv a m e n te el u so de la ra z ó n , c u a n d o la filosofía, q u e p a rte d el c a m p o d e la ex p erien cia y se eleva p a u la tin a m e n te h asta esas ideas excelsas, p o n e d e m an ifiesto u n a d ig n id a d tal q u e, si p u d ie ra so s te n e r sus p re te n sio n e s, su p eraría c o n m u c h o el v a lo r d e las o tra s ciencias h u m a n a s, ya q u e nos p ro m e te la base de n u e stra s m ás altas ex p ectativ as y de n u estras p o sib ilid a d e s re sp e c to d e los fines ú ltim o s, fines en los q u e tie n e n q u e c o n v e rg e r, e n d e fin itiv a , to d o s los e sfu e r­ zos d e la razó n . Las cu e stio n es s ig u ie n te s : si el m u n d o tien e u n c o m ien zo y su e x te n sió n p o se e a lg ú n lím ite en el e sp a c io ; si hay o n o en a lg u n a p a rte , acaso en m i yo p e n sa n te , una u n id a d in d iv isib le e in d e s tru c tib le , o b ie n n o existe m ás q u e lo d iv isib le y p a sa je ro ; si soy lib re en m is accio n es, o bien , c o m o o c u rre c o n o tro s seres, e sto y so m e tid o a la d ire c c ió n d e la n a tu raleza y del d e s tin o ; si existe, fin a lm e n te , u n a causa su p re m a del m u n d o , o b ie n so n las cosas n a tu rales y su o rd e n lo q u e c o n stitu y e el o b je to d e fin itiv o al q u e d e b em o s a te n e rn o s en to d a s n u estras c o n sid e ra c io n e s; to d a s ellas so n cu estio n e s p o r cuya so lu c ió n el m a te m á tic o e n tre g a ría g u sto so to d a su ciencia, ya q u e ésta n o p u e d e p ro p o rc io n a rle satisfacció n a lg u n a A 4641 en lo to c a n te a los fines su p re m o s y d e m ás in terés para

B 492 J

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

421

la h u m a n id a d . La m ism a d ig n id a d g e n u in a d e las m atem áticas (ese o rg u llo de la ra z ó n h u m a n a ) se basa en el h e c h o de q u e, al o rie n ta r a la ra z ó n p a ra c o m p re n d e r (m u c h o m ás allá d e lo q u e p o d e m o s e sp e ra r d e u n a filo so fía q u e edifica so b re la ex p erien cia o rd in a ria ) la n a tu ra le z a — ta n to e n lo g ra n d e co m o en lo p e q u e ñ o — en su o rd e n y re g u la rid a d , así c o m o en la a d m ira b le u n id a d de las fu e rz a s q u e la m u e v e n , las m ism as m atem áticas in c ita n a p ra c tic a r u n u so d e la ra z ó n m ás allá d e la ex p erien cia, al tie m p o q u e p r o p o r c io n a n a la filosofía q u e se o c u p a de ello lo s m ás ex celen tes m ateriales p ara a p o y a r sus in v e stig a c io n e s c o n in tu ic io n e s a p ro p ia d a s, en la m ed id a en q u e el c a rá c te r d e tales in v e s tig a c io n e s lo p erm ita. D e sg ra c ia d a m e n te p a ra la e sp e c u la c ió n (a u n q u e q u izá a fo rtu n a d a m e n te p ara el d e stin o p rá c tic o del h o m b re ) la ra z ó n se e n c u e n tra , en m ed io de sus m ás altas e x p e c ta tiv a s, su m id a en u n in so lu b le co n flic to de a rg u m e n to s y c o n tr a a r g u m e n to s : al n o p o d e r — ta n to p o r m o tiv o s d e h o n o r c o m o de s e g u rid a d — ni re tira rse y c o n te m p la r la d is c o rd ia c o m o u n m e ro to rn e o , ni, m en o s to d a v ía , im p o n e r la p az d e b u en as a p rim e ra s, ya q u e el o b je to d el e n fre n ta m ie n to le in teresa en g ra d o su m o , n o le q u e d a o tra a lte rn a tiv a q u e re fle x io n a r so b re el o rig e n d e esta d isc o rd ia de la ra z ó n c o n sig o m ism a, c o n el fin de a v e rig u a r si tal d isc o rd ia se d e b e a u n sim p le m a le n te n d id o . P o d ría ser q u e, u n a vez a cla rad o éste, d e sa p a re c ie ra n las u fan as p re te n sio n e s d e a m b o s b a n d o s y q u e se iniciara, e n su lu g a r, u n tra n q u ilo y d u ra d e ro g o b ie r n o d e la ra z ó n so b re el e n te n d i­ m ie n to y lo s sen tid o s. P o r el m o m e n to , v a m o s a d e ja r esa ac la ra c ió n rig u ro sa . A n tes de ac o m e te rla , c o n sid e ra re m o s cuál sería el b a n d o de n u e stra s p referen cias si n o s v iésem o s o b lig a d o s a to m a r p a rtid o . C o m o la c o n su lta n o va, en este caso , d irig id a al c rite rio ló g ic o d e v e rd a d , sino a n u e stro s in terese s, la in v e stig a c ió n serv iría — a u n q u e no re so lv ie ra n a d a en re la c ió n c o n el c o n tr o ­ v e rtid o d e re c h o de am b as p a rte s— p ara h acer c o m p re n d e r cuáles h an sid o las razo n es q u e h a n in d u c id o a los p a rtic ip a n te s en la c o n tie n d a a dec id irse p o r u n o de los b a n d o s, sie n d o así q u e n o e stán m o v id o s p o r u n m e jo r c o n o c im ie n to del o b je to . L a c o n su lta se rv iría ig u a lm e n te p ara e x p licar o tra s cosas q u e v an ligadas a ello. P o r e je m p lo , el celo a rd ie n te d e u n a d e las p artes y la fría a firm a c ió n d e la o tra , o b ie n p o r q u é se a p la u d e c o n jú b ilo a n te u n a d e ellas, m ie n tra s

422

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

se ad o p ta de a n te m a n o u n a p o sic ió n de in tra n sig e n c ia fre n te a la o tra. H ay, sin e m b a rg o , en este ju icio p re v io alg o q u e d e te r­ m ina el p u n to de vista a p a rtir del cual p o d ría fo rm u la rse este m ism o juicio c o n el rig o r d e b id o . E se a lg o es la c o m p a ra ­ ció n de los p rin c ip io s de los q u e p a rte n a m b o s b a n d o s. E n las afirm acio n es de la an títesis o b se rv a m o s u n a c o m p le ta u n if o r­ m id ad en el m o d o de p e n sa r y u n a p erfe c ta u n id a d en sus A 4661 m áxim as. E s d e cir, o b se rv a m o s el p rin c ip io del empirismo p u ro , B 494 j n o só lo en la explicació n de lo s fe n ó m e n o s del m u n d o , sin o tam b ién en la so lu ció n d e las ideas tra sc e n d e n ta le s del u n iv e rso m ism o. La a firm a ció n de la tesis, p o r el c o n tra rio , a d o p ta co m o fu n d a m e n to , adem ás de la e x p licació n e m p írica en la serie de los fe n ó m e n o s, co m ie n z o s in telectu ales, co n lo cual la m áxim a deja de ser sim ple. P o r ello , te n ie n d o e n c u en ta su carácter d is tin tiv o fu n d a m e n ta l, llam aré a la tesis el dogmatis­ mo de la ra zó n p u ra. E n la d e te rm in a c ió n de las ideas c o sm o ló g icas de la ra z ó n se p o n e , p u es, de m a n ifie sto , p o r p a rte del dogmatismo o tesis, lo sig u ie n te : E n prim er lugar, c ie rto interés práctico q u e es c o m p a rtid o de c o razó n p o r to d a p e rso n a b ie n in te n c io n a d a 1 q u e c o m p re n ­ da cuál es su v e rd a d e ro p ro v e c h o . Q u e el m u n d o te n g a un c o m ie n z o ; q u e m i yo p e n sa n te sea sim p le y, c o n sig u ie n te m e n te , d e n atu raleza in c o rru p tib le ; q u e este m ism o yo sea, a la vez, lib re en sus acto s v o lu n ta rio s y este p o r encim a de la co acció n de la n a tu ra le z a ; q u e , fin a lm e n te , to d o el o rd e n de las cosas q u e co n stitu y e n el m u n d o p ro c e d a de u n p rim e r ser del q u e to d o reciba su u n id ad y su a d e cu ad a c o n e x ió n ; to d o ello fo rm a o tro s ta n to s pilares de la m o ra l y d e la relig ió n . La antítesis n o s a rre b a ta esto s so p o rte s, o al m e n o s p arece h acerlo .

< CQ

E n segundo lugar, se m an ifiesta ta m b ié n e n la tesis u n interés especulativo d e la raz ó n . E n e fe c to , si se a d m ite n y em p lean 467\ las ideas trasc e n d e n ta le s de ese m o d o , se p u e d e a p re h e n d e r 495 J a priori la cad en a en te ra de las c o n d ic io n e s y c o m p re n d e r la d eriv a c ió n de lo c o n d ic io n a d o , ya q u e se p a rte de lo in c o n d i­ cio n ad o . La a n títesis n o p u e d e p ro d u c ir este re su lta d o , y se halla en d esv en taja al n o ser capaz de d ar a la c u estió n relativ a a las c o n d icio n es de su síntesis n in g u n a resp u e sta q u e cierre 1

Wohtgesinnter

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

423

la p o sib ilid a d d e se g u ir p r e g u n ta n d o in d e fin id a m e n te . C o n fo r­ m e a la a n títe sis, h ay q u e a sc e n d e r d e sd e u n c o m ie n z o d a d o a o tr o s u p e r io r; cada p a rte n o s c o n d u c e a u n a p a rte m e n o r ; to d o su ceso tie n e c o m o causa o tr o su c e so a n te r io r ; las c o n d ic io ­ nes de la ex isten cia en g e n e ra l se a p o y a n sie m p re en o tra s, n o a lca n zán d o se jam ás u n a sid e ro y u n re p o s o in c o n d ic io n a d o s en u n a e n tid a d in d e p e n d ie n te q u e c o n stitu y a el p rim e r ser. E n tercer lugar, la tesis p o se e ta m b ié n la v e n ta ja d e la popularidad, v e n ta ja q u e n o es, p o r d e s c o n ta d o , el m o tiv o m ás in sig n ific a n te de la a c o g id a q u e e n c u e n tra . E l e n te n d im ie n ­ to o rd in a rio n o d e sc u b re la m e n o r d ific u lta d e n la idea de u n p rim e r c o m ie n z o in c o n d ic io n a d o e n to d a sín te sis, ya q u e , de to d o s m o d o s , está m ás h a b itu a d o a d e sc e n d e r en la serie de las co n secu en cias q u e a a sc e n d e r en la d e los fu n d a m e n to s. E l e n te n d im ie n to c o m ú n e n c u e n tra en el c o n c e p to d e p rim e ro a b so lu to (so b re cu y a p o sib ilid a d n o se ro m p e la cabeza) u n so sieg o y u n asid e ro firm e q u e le p e rm ite g u ia r sus p a so s, p u e sto q u e, e n caso c o n tra rio , es in cap a z d e h a lla r satisfa c c ió n a sc e n d ie n d o in c e sa n te m e n te de u n a c o n d ic ió n a o tra , lo cual le p ro d u c e la im p re sió n de te n e r sie m p re u n p ie en el vacío . V eam o s a h o ra el empirismo o antítesis. E n prim er lugar, no e n c o n tra m o s e n su d e te rm in a c ió n d e las ideas c o sm o ló g ic a s el in terés p rá c tic o (d e riv a d o d e lo s p rin c ip io s p u ro s d e la razó n ) q u e la m o ra l y la re lig ió n c o n lle v a n . A l c o n tra rio , el m e ro e m p irism o p a re c e p riv a r a am b a s d e to d a su fu erza e influencia. Si n o h ay u n ser o rig in a rio q u e sea d is tin to del m u n d o ; si éste n o tie n e c o m ie n z o n i, c o n sig u ie n te m e n te , c re a d o r; si n u e stra v o lu n ta d n o es lib re ; si el alm a es d iv isib le y tra n s ito ria c o m o la m a te ria ; e n to n c e s p ie rd e n las ideas y p rin c ip io s morales to d a su v alid ez, c a y e n d o , ju n ta m e n te c o n las ideas trascendentales, q u e so n las q u e su m in istra b a n a a q u éllo s su c o b e rtu ra teó rica. E l e m p irism o o frece, en cambio, al in te ré s e sp e c u la tiv o de la ra z ó n v en tajas q u e so n m u y a tra c tiv a s y q u e su p e ra n co n m u c h o las q u e p u e d e p ro m e te r el q u e d e fie n d e la d o c trin a d o g m á tic a de las ideas d e la ra z ó n . E n el e m p irism o , el e n te n d i­ m ie n to está sie m p re en su te rre n o p ro p io , a sab er, en el c a m p o de las sim p les ex p erien cias p o sib le s, cuyas leyes p u e d e n ser in d ag ad a s p o r ese m ism o e n te n d im ie n to , a la v ez q u e sirv e n d e m e d io p a ra a m p lia r in d e fin id a m e n te su c o n o c im ie n to se g u ro y c o m p re n sib le . A q u í p u e d e y d e b e el e n te n d im ie n to p re s e n ta r el o b je to a la in tu ic ió n , ta n to en sí m ism o c o m o e n sus re la c io ­

A 468 B 496

424

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

nes, o b ien p re s e n ta rlo en c o n c e p to s cu y a im a g e n p u e d e ser su m in istra d a de fo rm a clara y m a n ifie sta en sim ilares in tu ic io n e s d adas. N o só lo n o n ecesita el e n te n d im ie n to a b a n d o n a r esa cadena del o rd e n n a tu ra l y a c u d ir a ideas cu y o s o b je to s n o c o n o ce d e b id o a q u e — c o m o p ro d u c to s m e n ta le s q u e s o n — n o se p u e d e n d a r, sin o q u e ni siq u ie ra le está p e rm itid o a b a n d o ­ n ar su ta rea, so p re te x to d e h a b e rla ya a c a b a d o , y p a sa r al te r re n o d e la ra z ó n id ealizan te y a lo s c o n c e p to s tra sc e n d e n te s. U n a vez en este te rre n o , el e n te n d im ie n to ya n o n ecesita o b s e r­ v ar ni in v e s tig a r e n c o n fo rm id a d c o n las leyes d e la n a tu ra le z a , sino só lo pensar e inventar, c o n la s e g u rid a d d e q u e n o p o d rá ser re fu ta d o p o r h ech o s d e la n a tu ra le z a , ya q u e se h alla d e slig a d o de su te s tim o n io . A l c o n tr a rio , p o d rá p e rm itirs e h acer caso o m iso d e esos h e c h o s o in c lu so su b o rd in a rlo s a u n a a u to rid a d s u p e rio r, es d e c ir, la d e la ra z ó n p u ra . E l e m p irista n u n c a p e rm itirá , p u e s, to m a r c o m o a b s o lu ­ ta m e n te p rim e ra u n a ép o c a d e la n a tu ra le z a , c o m o n o p e rm itirá c o n sid e ra r c o m o ú ltim o a lg ú n lím ite d e su v is ió n d e lo q u e ab a rc a esa n a tu ra le z a , n i p a sa r d e sd e lo s o b je to s d e ésta, o b je to s q u e el e n te n d im ie n to p u e d e d e sc ifra r m e d ia n te la o b se rv a c ió n y las m a tem áticas y d e te rm in a r sin té tic a m e n te en la in tu ic ió n (lo e x ten so ), a los o b je to s q u e n o p u e d e n ser re p re se n ta d o s en c o n c re to n i p o r el se n tid o n i p o r la im a g in a c ió n (lo sim p le). T a m p o c o a d m itirá q u e se asu m a e n la naturaleza m ism a u n a fa c u lta d capaz de o b ra r c o n in d e p e n d e n c ia d e sus leyes (lib e r­ ta d ), lo cual re s trin g iría la ta re a del e n te n d im ie n to , ta re a q u e co n siste en in v e s tig a r el o rig e n d e lo s fe n ó m e n o s b a jo la g u ía d e reg las necesarias. F in a lm e n te , n o a d m itirá q u e se b u sq u e u n a causa (u n p rim e r ser) fu e ra d e la n a tu ra le z a , ya q u e n o c o n o c e m o s m ás q u e ésta, q u e es la ú n ic a q u e p u e d e o fre c e rn o s o b je to s e in fo rm a rn o s so b re sus leyes. Si el filó so fo em p íric o n o p re te n d ie ra c o n su a n títe sis m ás q u e a n u la r la im p e rtin e n c ia y o sa d ía d e u n a ra z ó n q u e d e sc o n o c e su v e rd a d e ra fu n c ió n 1 , q u e p re s u m e d e conocer y saber allí d o n d e p re c isa m e n te se ac a b a n el c o n o c e r y el sab e r, q u e p re te n d e h a c e r p a sa r p o r fo m e n to del in terés e sp e c u la tiv o lo q u e só lo p o se e v alid ez re s p e c to d el in te ré s p rá c tic o , q u e ro m p e , se g ú n le c o n v ie n e , el h ilo d e las in v e s tig a c io n e s relativ as a la n a tu ra le z a p a ra a ta rlo , c o n la p re te n s ió n d e a m p lia r el 1 'ñestimmung

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

425

c o n o c im ie n to , a ideas tra sc e n d e n ta le s c o n las q u e p re c isa m e n te se c o n o ce ta n só lo que no se conoce nada; si el filó so fo e m p irista , d ig o , se c o n te n ta ra c o n e sto , e n to n c e s su p rin c ip io sería u n a m áxim a q u e im p o n d ría m o d e ra c ió n e n n u e stra s p re te n sio n e s, m o d e stia en n u e stra s a firm a c io n e s y, a la vez, la m a y o r e x te n ­ sión p o sib le de n u e s tro e n te n d im ie n to p o r m e d io d el ú n ic o m a e stro d e q u e e n realid ad d is p o n e m o s , a sab e r, p o r m e d io de la ex p erien cia. E n efecto , en este caso , n o n o s v e ría m o s p riv a d o s ni d e lo s supuestos in te le c tu a le s n i d e la f e q u e a p o y a n n u e s tro in terés p rá c tic o . L o ú n ic o q u e p asa ría es q u e n o se p e rm itiría q u e esos su p u e s to s y esa fe se p re s e n ta ra n c o n f A 471 el p o m p o s o títu lo d e ciencia o d e c o n o c im ie n to d e la ra z ó n , \ B 499 ya q u e el g e n u in o saber e sp e c u la tiv o n o p u e d e re fe rirse a o tr o o b je to q u e el de la ex p e rie n c ia . La sín tesis q u e busca c o n o c im ie n to s n u e v o s e in d e p e n d ie n te s d e la e x p e rie n c ia n o e n c u e n tra s u s tra to a lg u n o d e in tu ic ió n so b re el q u e p u e d a ejercerse si re b asam o s los lím ites de lo em p íric o . A h o ra b ien , c u a n d o el e m p irism o se v u e lv e , a su vez, d o g m á tic o en re la c ió n c o n las ideas (cosa q u e su ced e a m e n u d o ) y nieg a in s o le n te m e n te lo q u e se h alla m ás allá d e la esfera de sus c o n o c im ie n to s in tu itiv o s , es él m ism o el q u e in c u rre en la falta de m o d e stia , falta q u e es ta n to m ás re p ro c h a b le c u a n to q u e e n este caso o c a sio n a al in te ré s p rá c tic o d e la razó n u n d a ñ o irrep ara b le . E sta es p re c isa m e n te la o p o sic ió n q u e e n fre n ta al epicu­ reismo k co n el platonismo. k Queda abierta, sin em bargo, la pregunta de si E picuro defendió jamás esos principios com o afirmaciones objetivas. Si sólo eran máximas relativas al uso especulativo de la razón, entonces manifestaba E picuro un espíritu filosófico más genuino que ninguno de los otros filósofos de la antigüedad. Q ue para explicar los fenóm enos hay que proceder com o si el cam po de investigación no tuviera ningún lím ite o com ienzo del m undo; que debemos tom ar la materia del m undo tal com o ha de ser si querem os aprender de ella p o r medio de la experiencia; que no hay que acudir a un m odo de producción de los acontecim ientos distinto de aquel que nos los presenta com o determ inados p o r leyes naturales inm utables; que, finalm ente, no hay que hacer uso de una causa distinta del m undo; todos ellos siguen siendo principios perfectam ente correctos —aunque poco seguidos— en orden a am- ' pliar la filosofía especulativa, así com o para descubrir, prescindiendo de fuentes auxiliares ajenas, los principios de la m oral. Lo cual no quiere decir que haya que im putar la voluntad de negar las mencionadas afirmaciones dogmáticas a quienes exigen que las ignoremos mientras nos ocupem os de la simple especula­ ción. (N ota de Kant)

426

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

C ada u n o d e los d o s sistem as d ice m ás d e lo q u e c o n o c e , p e ro d e su e rte q u e , si b ie n el p rim e ro a lie n ta y fo m e n ta el sab er, lo hace en d e trim e n to d e lo p rá c tic o . E l s e g u n d o su m in is­ tra ex celentes p rin c ip io s a lo p rá c tic o , p e ro , p o r ello m ism o , p e rm ite a la ra z ó n — en to d o lo q u e só lo p o d e m o s c o n o c e r e sp e c u la tiv a m e n te — a c u d ir a ex p lic a c io n e s ideales d e los fe n ó ­ m en o s, d e sa te n d ie n d o así la in v e s tig a c ió n d e la n a tu r a le z a 1. E n c u a n to al tercer fa c to r q u e p u e d e ser c o n sid e ra d o en la elec ció n p re v ia d e u n a d e las d o s p a rte s en c o n flic to , llam a p o d e ro s a m e n te la a te n c ió n el h e c h o de q u e el e m p irism o n o g o c e d e n in g u n a p o p u la rid a d , c u a n d o sería n o rm a l p e n sa r q u e el e n te n d im ie n to c o m ú n a c o g ie ra c o m p la c id o u n p la n te a ­ m ie n to q u e le p ro m e te q u e será sa tisfe c h o m e d ia n te c o n o c i­ m ie n to s ex c lu siv a m e n te e m p íric o s y la in te rc o n e x ió n ra c io n a l de los m ism o s, e n vez d e o p ta r p o r u n a d o g m á tic a tra sc e n d e n ta l q u e o b lig a al e n te n d im ie n to c o m ú n a re m o n ta rse a c o n c e p to s q u e reb asan c o n m u c h o el c o n o c im ie n to y la ca p a c id a d rac io n a l d e las cabezas m ás ejerc ita d a s en el p e n sa m ie n to . P e ro éste es p re c isa m e n te su a rg u m e n to , ya q u e ese e n te n d im ie n to se e n c u e n tra e n to n c e s en u n a situ a c ió n en la q u e ni el m ás sab io p u e d e alzarse so b re él. Si es c ie rto q u e e n tie n d e p o c o o n ad a d e esa d o g m á tic a , ta m b ié n lo es q u e n a d ie p u e d e p re c ia rse de e n te n d e r m u c h o m ás y, a u n q u e n o p u e d a ex p re sa rse c o n la c o rre c c ió n acad ém ica d e o tro s , p u e d e p ro lo n g a r in fin ita m e n ­ te m ás sus a rg u m e n to s p se u d o rra c io n a le s, ya q u e se lim ita a in te rc a m b ia r sim p les ideas. E l q u e m e jo r d ise rta so b re éstas d eb e su e lo cu e n cia p re c isa m e n te al h e c h o d e no saber nada de ellas. Si, p o r el c o n tra rio , el p la n te a m ie n to se m o v ie ra al n iv el de la in v e s tig a c ió n d e la n a tu ra le z a , se v ería o b lig a d o a callarse y a c o n fe sa r su ig n o ra n c ia . L a c o m o d id a d y la v a n id a d c o n stitu y e n , p u e s, u n im p o rta n te m o tiv o d e a c o g id a d e esos p rin c ip io s. A d e m á s, a u n q u e le re s u lte m u y difícil al filó so fo a d o p ta r c o m o p rin c ip io a lg o q u e n o p u e d e ju stific a r, o in clu so in tro d u c ir c o n c e p to s cuya rea lid a d o b je tiv a n o p u e d e c o n o c e r­ se, n ad a es m ás c o rrie n te p a ra el e n te n d im ie n to c o m ú n . E ste q u ie re p o se e r a lg o q u e le p e rm ita c o m e n z a r c o n se g u rid a d . L a d ific u lta d d e c o m p re n d e r esa m ism a s u p o s ic ió n n o le q u ita el su e ñ o , ya q u e a él (q u e n o sabe q u é sig n ifica c o m p re n d e r) ni siq u iera se le o c u rre . D a p o r c o n o c id o lo q u e se ha h e c h o c o rrie n te d e b id o al fre c u e n te u so . A l fin al, d e sap arece en él 1 die physische Nachforschung

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

427

to d o in terés esp e c u la tiv o a n te el in terés p rá c tic o , im a g in á n d o se q u e c o m p re n d e y sabe lo q u e sus in q u ie tu d e s o esp eran zas í A 502 \ B 474 le h acen su p o n e r o creer. D e esta fo rm a , el e m p irism o se ve c o m p le ta m e n te p riv a d o de to d a la p o p u la rid a d de la ra z ó n tra s c e n d e n ta l-id e a liz a d o ra 1 y, p o r m u c h o s q u e sean s u s 12 ele ­ m e n to s capaces d e ir en c o n tra de lo s p rin c ip io s p rá c tic o s su p re m o s, no hay p o r q u é te m e r q u e jam ás se ex tien d a m ás allá de los m u ro s d e la escuela p a ra a d q u ir ir en la v id a c o rrie n te u n p re s tig io de alg u n a im p o rta n c ia y cierto- fa v o r de p a rte d e la g ra n m asa. La ra z ó n h u m a n a es a rq u ite c tó n ic a p o r n a tu ra le z a , es d ecir, c o n sid era to d o s lo s c o n o c im ie n to s c o m o p e rte n e c ie n te s a u n p o sib le sistem a y p o r ello p e rm ite ta n só lo a q u ello s p rin c ip io s q u e al m en o s n o im p id e n q u e el c o n o c im ie n to q u e se p e rs ig u e p u e d a in se rta rse e n el sistem a ju n to a los o tro s. Las p ro p o s ic io n e s d e la a n títe sis so n d e tal ín d o le, q u e h acen im p o sib le el c o m p le ta r u n ed ificio d e c o n o c im ie n to s. Si nos aten e m o s a ellas, hay m ás allá d e cada e sta d o d el m u n d o o tr o e sta d o a n te r io r ; en cada p a rte , o tra p a rte q u e es, a su vez, d iv isib le ; an tes d e cada su ceso , o tr o q u e ta m b ié n ha sid o p ro d u c id o p o r o tra c o sa ; to d o , e n fin , está c o n d ic io n a d o en su ex istir y n o se re c o n o c e u n a ex isten cia in c o n d ic io n a d a y p rim e ra . La an títe sis n o a d m ite jam ás ni u n p rim e ro a b s o lu ­ to ni u n co m ie n z o q u e p u e d a se rv ir de fu n d a m e n to a b s o lu to del edificio. D e sd e tales su p u e sto s n o q u e d a , p u e s, p o sib ilid a d alg u n a d e c o m p le ta r el sistem a del c o n o c im ie n to . P o r c o n si­ | A 475 1 B 503 g u ie n te , el in terés a rq u ite c tó n ic o d e la ra z ó n (in teré s q u e exige, n o u n a u n id a d racio n a l em p írica, sin o una u n id a d racio n al p u ra a priori) co n llev a u n a n a tu ra l re c o m e n d a c ió n en fa v o r d e las afirm a cio n es de la tesis. Si a lg u ie n p u d ie ra d e slig a rse d e to d o in terés y lim itarse a c o n sid e ra r las afirm a cio n es de la ra z ó n in d e p e n d ie n te m e n te de sus co n secu en cias, a te n d ie n d o só lo al c o n te n id o de los fu n d a m e n to s d e tales a firm a c io n e s, ese a lg u ie n se e n c o n tra ría — su p o n ie n d o q u e no viese o tra salida al c o m p ro m iso q u e la d e a d h e rirse a u n a d e las d o s p o sic io n e s e n litig io — en 1 Leyendo, con Erdm ann, aller Popularitat der transcendental-idealisierenden "Vernunft, en vez de der transcendental-idealisierenden Vernunft aller Popularitat (N. del T.) 2 Leyendo, de acuerdo con Mellin, er... er, en lugar de ste... sie (N. del T.)

428

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

u n e sta d o d e p e rm a n e n te v acilació n . H o y e sta ría c o n v e n c id o de q u e la v o lu n ta d h u m a n a es libre; m a ñ a n a , al c o n te m p la r la in d iso lu b le cad en a d e la n a tu ra le z a , s o s te n d ría q u e la lib e rta d es un p u r o a u to e n g a ñ o , q u e to d o es sim p le naturaleza. A h o ra bien , c u a n d o se tra ta ra d e a c tu a r p rá c tic a m e n te , d e sa p a re c e ría sem ejan te ju e g o d e la m era ra z ó n e sp e c u la tiv a c o m o d e sa p a re ­ cen las so m b ra s d e u n su e ñ o : el in d iv id u o elig iría sus p rin c ip io s te n ie n d o só lo en c u e n ta su in te ré s p rá c tic o . Sin e m b a rg o , es c o n v e n ie n te q u e u n ser q u e re fle x io n a e in v e stig a d e d iq u e a lg ú n tie m p o ex c lu siv a m e n te al ex a m e n d e su ra z ó n , e v ita n d o to d a p a rc ia lid a d , e x p o n ie n d o a b ie rta m e n te a o tro s las p ro p ia s o b se rv a c io n e s c o n el fin d e q u e ésto s d e p su o p in ió n so b re ellas. Si te n e m o s en cu e n ta esa c o n v e n ie n c ia , a n a d ie se p u e d e re p ro c h a r, ni m e n o s p ro h ib ir, q u e p re s e n te a rg u m e n to s y c o n ­ A 4761 tr a a rg u m e n to s tal c o m o se p u e d e n d e fe n d e r, sin te m o r de B 504 J

n in g u n a am en aza, an te u n tr ib u n a l q u e e sté c o n s titu id o p o r m ie m b ro s p e rte n e c ie n te s al m ism o e sta m e n to q u e el de q u ie n los p re s e n ta , es d e cir, a n te h o m b re s d éb iles.

LA A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PU R A

S ección cuarta LOS PROBLEMAS TRANSCENDENTALES DE LA RAZON PURA Y LA NECESIDAD ABSOLUTA DE SOLVENTARLOS La p re te n s ió n de re s o lv e r to d o s lo s p ro b le m a s y de re s p o n d e r a to d a s las p re g u n ta s c o n stitu iría u n a sim p le fa n fa ­ rro n a d a y s u p o n d ría una p re s u n c ió n ta n e x tra v a g a n te , q u e p ro d u c iría u n a in m ed ia ta p é rd id a d e to d a c o n fian za. H a y , sin e m b a rg o , ciencias cuy a n a tu ra le z a im p lica q u e cada u n a de sus p re g u n ta s sea re s p o n d id a p a rtie n d o de lo ya c o n o c id o , d e b id o a la n ecesid ad d e q u e la re sp u e sta su rja d e las m ism as fu en tes d e las q u e p ro c e d e la p re g u n ta . Se tra ta d e ciencias d o n d e n o está en a b s o lu to p e rm itid o a le g a r u n a ig n o ra n c ia in ev itab le, sin o q u e p u e d e ex ig irse la s o lu c ió n del p ro b le m a . E n c u a lq u ie r caso p o sib le d e b e m o s se r capaces de c o n o c e r, se g ú n un a re g la, lo q u e es legitimo y lo q u e es ilegitimo, ya q u e ello fo rm a p a rte d e n u e stra s o b lig a c io n e s, y n o te n e m o s o b lig a c ió n n in g u n a en re la c ió n c o n lo que no podemos saber.

A 477 1 B 505 A l ex p licar los fe n ó m e n o s de la n a tu ra le z a , en c a m b io , so n

J

A N T IN O M IA D E LA RA Z O N PURA

429

m uchas las cosas q u e q u e d a n e n la in c e rtid u m b re y m u c h o s los p ro b le m a s q u e sig u e n in so lu b le s, ya q u e lo q u e sab em o s d e la n atu raleza n o es en to d o s los casos su fic ie n te , ni de lejos, en re la c ió n c o n lo q u e d e b e m o s ex p licar. La c u e stió n es, p u es, si h ay en la filo so fía tra sc e n d e n ta l a lg u n a p re g u n ta q u e se refiera a a lg ú n o b je to p re s e n ta d o a la ra z ó n y q u e esta m ism a sea incapaz de re s p o n d e r; si p o d e m o s e lu d ir le g íti­ m am en te el d ar ta l re sp u e sta d e c isiv a u tiliz a n d o el p ro c e d im ie n ­ to de asig n arla — p o r ser in c ie rta , p a rtie n d o d e lo q u e p o d e m o s c o n o c e r— a u n á m b ito del q u e p o se e m o s, e fe c tiv a m e n te , c o n ­ c e p to s suficientes c o m o p a ra p la n te a r u n a p re g u n ta , p e ro en el q u e n o s so n del to d o in su ficien tes los m e d io s o la cap acid ad d e d a r un a c o n testació n . P ues b ien , s o s te n g o q u e la filo so fía tra sc e n d e n ta l se d is tin g u e e n tre to d o s los c o n o c im ie n to s e sp e c u la tiv o s p o r lo sig u ie n te : n in g u n a p re g u n ta re fe re n te a u n o b je to d a d o a la ra z ó n p u ra es in so lu b le p a ra esta m ism a ra z ó n h u m a n a y n in g ú n p re te x to b asad o en u n a ig n o ra n c ia in e v ita b le o en un a in so n d a b le p ro fu n d id a d del p ro b le m a p u e d e e x im ir de la o b lig a c ió n d e re s p o n d e rla rig u ro s a y c o m p le ta m e n te . E n efecto , el m ism o c o n c e p to q u e n os p o n e en d is p o sic ió n de h acer u n a p re g u n ta d e b e c a p a c ita rn o s ta m b ié n p e rfe c ta m e n te p ara re s p o n d e rla , ya q u e el o b je to (c o m o o c u rre en el caso de lo le g ítim o y d e lo ile g ítim o ) n o se e n c u e n tra fu era del co n cep to . Las c u e stio n es c o sm o ló g ic a s so n las únicas en la filo so fía tra sc e n d e n ta l an te las cuales p u e d e e x ig irse le g ítim a m e n te u n a resp u esta sa tisfacto ria so b re la ín d o le del o b je to , re sp u e sta a la q u e el filó so fo n o p u e d e n e g a rse a le g a n d o su o sc u rid a d im p en etrab le. T ales cu e stio n e s só lo p u e d e n refe rirse a ideas c o sm o ló g icas, p u es el o b je to tie n e q u e d arse e m p íric a m e n te y la c u e stió n só lo a ta ñ e a si es a d e c u a d o a u n a idea. Si el o b je to es tra sc e n d e n ta l y, p o r ta n to , d e sc o n o c id o , a su v e z ; si, p o r eje m p lo , el a lg o c u y o fe n ó m e n o (en n o so tro s m ism o s) es el p e n sa m ie n to (alm a) c o n stitu y e u n ser sim p le ; si hay un a causa d e to d a s las cosas q u e sea a b s o lu ta m e n te n ecesaria, e tc ., e n to n c e s es p reciso b u sc a r u n o b je to p a ra n u e stra idea, u n o b je to q u e p o d e m o s a firm a r n o c o n o c e r, p e ro n o q u e sea im p o sib le d e b id o a tal d e s c o n o c im ie n to lt. Las ideas c o sm o -

A 478 B 506

k N o podem os responder a la pregunta relativa a cuál sea la naturaleza de un objeto trascendental; no podem os decir qué es ese objeto. Pero sí podem os —»

430

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

ló g icas so n las ú nicas q u e p o se e n la p e c u lia rid a d d e p o d e r p re s u p o n e r c o m o d a d o s su o b je to y la sín tesis e m p íric a q u e el c o n c e p to de ese o b je to re q u ie re . La p re g u n ta d e riv a d a d e tales ideas se refiere ta n só lo a la c o n tin u a c ió n d e esa sín tesis h asta la to ta lid a d a b so lu ta . E s ta ú ltim a ya n o es em p íric a , p u e sto q u e n o p u e d e d a rse e n n in g u n a ex p e rie n c ia . A l n o tra ta rse en este caso m ás q u e d e u n a cosa en c u a n to o b je to d e u na ex p erien cia p o sib le , y n o e n c u a n to cosa e n sí m ism a , la re sp u e sta a la c u e stió n c o sm o ló g ic a tra sc e n d e n ta l só lo p u e d e h allarse en la idea, ya q u e esa c u e s tió n n o a ta ñ e a n in g ú n o b je to en sí m ism o . P o r lo q u e h ace a la e x p e rie n c ia p o sib le , n o se p re g u n ta p o r a lg o q u e p u e d a d a rse e n c o n c re to en u n a ex p erien cia, sino p o r a lg o q u e resid e en la idea. P e ro la síntesis em p íric a d e b e lim ita rse a u n a a p ro x im a c ió n a la idea. S ólo a p a rtir d e ésta tie n e , p u e s, q u e ser so lv e n ta b le la c u e stió n , ya q u e la idea es u n m e ro p r o d u c to de la ra z ó n , la cual, p o r ello m ism o , n o p u e d e e lu d ir la re s p o n s a b ilid a d 1 c a rg á n d o la so b re el o b je to d e sc o n o c id o . N o es ta n e x tra o rd in a rio c o m o a p rim e ra v ista p a r e ­ ce el q u e u n a ciencia só lo p u e d a ex ig ir y e sp e ra r, en rela c ió n c o n to d a s las cu e stio n e s p e rte n e c ie n te s a su esfera ( quaestiones domestícete), so lu c io n e s q u e sean se g u ra s, a u n q u e n o h ay a n sid o e n c o n tra d a s h asta el p re s e n te . A p a rte d e la filo so fía tra s c e n d e n ­ tal, hay o tra s d o s ciencias d e la ra z ó n , d e c o n te n id o m e ra m e n te e sp e c u la tiv o la u n a y de c o n te n id o p rá c tic o la o tra . Se tra ta , re s p e c tiv a m e n te , d e las matemáticas puras y d e la m oral pura. ¿A caso ha o íd o a lg u ie n d e c ir q u e , d e b id o a u n a in e v ita b le ig n o ra n c ia d e las c o n d ic io n e s, p o r así d e c irlo , se haya c o n s id e ra ­ d o in cierta la re lació n exacta q u e , en n ú m e ro s rac io n a le s o irracio n ales, g u a rd a n el d iá m e tro y el c írc u lo ? C o m o n o p u e d e afirm ar que la misma pregunta no es nada, ya que no se nos ha dado ningún objeto de ella. T odas las preguntas de la psicología trascendental pueden ser, y son efectivam ente, contestadas en este sentido, ya que se refieren al sujeto trascendental de todos los fenóm enos internos, sujeto que, al no ser, p o r su parte, un fenóm eno, ní está dado com o objeto, ni reúne las condiciones requeridas para que le sean aplicables las categorías (a las que, sin em bargo, apunta la pregunta). Este es, pues, un caso en el que se verifica el dicho de que el no contestar es tam bién una contestación, es decir: preguntar por la naturaleza de algo que, debido a que está puesto enteram ente fuera del cam po de los objetos que pueden dársenos, no podem os pensar mediante ningún predicado determ inado, es plantear un problem a nulo y vacío. (N ota de Kant) 1 Según Mellin, debería leerse heantwortung, en lugar de Verantwortung. E n este caso la traducción sería: «respuesta» (N. del T.)

A N T IN O M IA D E LA RA ZO N PURA

431

d arse u n a so lu c ió n ad e c u a d a m e d ia n te los n ú m e ro s ra cio n ales n i se ha d e sc u b ie rto to d a v ía m e d ia n te los irra c io n a le s, se ha lle g a d o a la c o n c lu s ió n d e q u e es p o sib le , al m e n o s , c o n o c e r c o n se g u rid a d q u e es im p o sib le tal so lu c ió n . L a m b e r t 1 ha d e m o s tra d o esa im p o sib ilid a d . E n lo s p rin c ip io s g e n e ra le s d e la m o ra l n o tie n e q u e h a b e r n a d a in c ie rto , ya q u e , o b ie n las p ro p o s ic io n e s so n to ta lm e n te n u la s y c a re n te s d e se n tid o , o b ie n tie n e n q u e d e riv a r d e n u e stro s c o n c e p to s d e ra z ó n . E n las ciencias d e la n a tu ra le z a h a y , e n c a m b io , u n a in fin id a d de c o n je tu ra s re s p e c to d e las cu ales n u n c a p o d e m o s e sp e ra r se g u rid a d , ya q u e lo s fe n ó m e n o s d e la n a tu ra le z a c o n s titu y e n o b je to s q u e se n o s d a n in d e p e n d ie n te m e n te d e n u e s tro s c o n c e p ­ to s y cuya clave n o se h alla, p o r ta n to , ni e n n o s o tro s ni e n n u e s tro p e n sa m ie n to p u ro , sin o fu e ra d e n o s o tro s . E sta es la ra z ó n d e q u e m u c h a s veces n o p o d a m o s e n c o n tra rla , í A 481 \ B 509 ni c o n sig u ie n te m e n te , e sp e ra r u n a so lu c ió n se g u ra . N o in c lu y o a q u í las c u e stio n e s d e la an alítica tra sc e n d e n ta l re la tiv a s a la d e d u c c ió n de n u e s tro c o n o c im ie n to p u ro d e b id o a q u e só lo tra ta m o s a h o ra d e la c e rte z a d e lo s juicios e n rela c ió n c o n los o b je to s, n o en re la c ió n c o n el o rig e n d e n u e stro s c o n c e p to s m ism o s. L a o b lig a c ió n d e d a r u n a s o lu c ió n , al m e n o s crítica, de las cu e stio n e s racio n a le s p la n te a d a s n o p o d e m o s , p u e s, e lu ­ d irla a base d e la m e n ta rn o s d e los e stre c h o s lím ite s d e la ra z ó n ni a base d e c o n fe sa r, c o n la falsa m o d e stia d e l c o n o c i­ m ie n to p ro p io , q u e reb asa la cap a c id a d d e n u e s tra ra z ó n el d e c id ir si el m u n d o existe d e sd e to d a la e te rn id a d o si tie n e u n c o m ie n z o ; si el esp acio c ó sm ic o está o c u p a d o p o r seres h asta el in fin ito o b ie n está e n c e rra d o d e n tr o d e c ie rto s lím ite s ; si existe en el m u n d o a lg o sim p le , o b ie n h ay q u e d iv id irlo to d o h asta el in fin ito ; si h ay u n m o d o de p ro d u c ir y o rig in a r d e b id o a la lib e rta d , o b ie n d e p e n d e to d o d e la c a d e n a del o rd e n n a tu ra l; si ex iste, fin a lm e n te , u n ser c o m p le ta m e n te in d e p e n d ie n te y n ecesa rio en sí o si to d o está c o n d ic io n a d o en su ex isten cia y es, p o r ello m ism o , d e p e n d ie n te d e o tra cosa y c o n tin g e n te e n sí. E n e fe c to , to d a s estas p re g u n ta s a tañ e n a u n o b je to q u e n o p u e d e d a rse m ás q u e en n u e stro s p e n sa m ie n to s. E s te o b je to es la to ta lid a d d e la sín te sis de 1 Lam bert, Jean H enri (1728-1777). Sabio francés ocupado, preferente­ mente, en cuestiones geom étricas y astronóm icas. Desde Berlín, m antuvo co n ­ tacto epistolar con K an t (N. del T.)

432

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

los fe n ó m e n o s. Si, p a rtie n d o d e n u e stro s p ro p io s c o n c e p to s, 5^0 j n o P oclem o s d ecir ni d e c id ir n ad a se g u ro acerca d e esas c u e s tio ­ nes, no d e b e m o s ech ar la cu lp a a la cosa q u e se n o s o c u lta , ya q u e ésta (q u e no se e n c u e n tra m ás q u e e n n u e stra idea) n o se n o s p u e d e d a r en a b so lu to . T e n e m o s q u e b u sc a r el m o tiv o en la idea m ism a, la cu al c o n stitu y e u n p ro b le m a in so lu b le, a u n q u e nos e m p e ñ e m o s e n s u p o n e r q u e hay re a lm e n ­ te un o b je to q u e le c o rre sp o n d e . U n a clara e x p o sic ió n de la d ialéctica e x isten te en n u e stro s c o n c e p to s p r o n to nos d aría p len a certeza acerca de cuál ha d e ser n u e stro ju icio fre n te a una c u e stió n sem ejan te. A la o b je c ió n basada e n la in c e rtid u m b re a n te esto s p ro b le m a s p o d ría m o s o p o n e r, e n p rim e r lu g a r, la p re g u n ta sig u ie n te , q u e d eb e ser, d e sd e lu e g o , c la ra m e n te re p o n d id a p o r los o b je ta n te s : ¿de d ó n d e su rg e n las ideas cuya so lu c ió n os su m e en tales d ific u lta d e s? ¿E s acaso una ex p lic a c ió n de los fe n ó m e n o s lo q u e n ecesitáis, fe n ó m e n o s d e los q u e , en v irtu d d e esas ideas, só lo te n é is q u e b u sc a r los p rin c ip io s o reglas de e x p o sic ió n ? S u p o n e d q u e la n a tu ra le z a se os rev ela p o r e n te ro , q u e nada se o cu lta a v u e stro s se n tid o s ni a la co n cien cia d e to d o c u a n to se o fre c e a v u e stra in tu ic ió n . A u n así, n in g u n a ex p erien cia os p e rm itirá c o n o c e r en c o n c re to el o b je to d e v u e stras ideas. P a ra c o n o c e rlo necesitaríais, ad em á s de esta in tu ic ió n co m p le ta , u n a sín tesis ig u a lm e n te c o m p le ta B 511 y la co n cie n cia de su ab so lu ta to ta lid a d , lo cual n o es p o sib le A 483 m ed ia n te n in g ú n c o n o c im ie n to e m p íric o . C o n sig u ie n te m e n te , v u e stra c u e stió n n o p u e d e ser necesaria p a ra ex p licar el fe n ó m e ­ n o q u e se p re s e n te ni p u e d e , p o r ello m ism o , p la n te a rs e en v irtu d del o b je to m ism o , p o r así d e c irlo . E n efecto , el o b je to jam ás se os p u e d e p re s e n ta r, p u e s to q u e n o p u e d e d arse m e ­ d ia n te n in g u n a ex perien cia p o sib le . T o d a s v u e stra s p e rc e p c io ­ nes sig u e n e sta n d o so m e tid a s a condiciones, sea en el esp acio , sea en el tie m p o , y n o alcanzáis nad a in c o n d ic io n a d o q u e os p e r ­ m ita d ecid ir si ese in c o n d ic io n a d o ha de ser situ a d o en u n c o ­ m ien zo a b s o lu to de la sín tesis o en la a b so lu ta to ta lid a d de una serie c a re n te de co m ien z o . E n su se n tid o e m p íric o , el to d o es siem p re re la tiv o . E l to d o a b s o lu to de la m a g n itu d (el u n iv e r­ so), de la d iv isió n , de la d e riv a c ió n , de la c o n d ic ió n de la ex is­ tencia en g e n e ra l, c o n to d a s las c u e stio n e s so b re si tie n e q u e p ro d u c irs e en v ir tu d de una sín tesis fin ita o en v irtu d de una síntesis p ro s e g u id a hasta el in fin ito , to d o ello n o tie n e q u e ver c o n n in g u n a p o sib le ex p erien cia. P o r ejem p lo , n o p o rq u e su -

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

433

p o n g á is q u e u n c u e rp o se c o m p o n e de p a rte s sim p les ex p lic a ­ réis los fe n ó m e n o s de ese c u e rp o m e jo r, ni a u n de fo rm a d is­ tin ta, qu e si su p o n é is q u e co n sta de p a rte s sie m p re c o m p u e s ­ tas, ya q u e jam ás p u e d e p re s e n ta rs e n i u n fe n ó m e n o sim p le ni una c o m p o s ic ió n in fin ita. S ólo hay q u e ex p licar los fe n ó m e n o s en la m edida en q u e sus c o n d ic io n e s de ex p lic a c ió n estén dadas B 512 en la p e rc e p c ió n . P e ro lo q u e p u e d e d arse e n tales c o n d ic io n e s, to m a d o c o n ju n ta m e n te c o m o u n todo absoluto, e s 1, p o r su p a r ­ te, una p e rc e p c ió n . Y la ex p lic a c ió n q u e se p id e en los p r o b le ­ A 484 m as tra sc e n d e n ta le s de la ra z ó n es p re c isa m e n te la de ese to d o . A sí, p u e s, n u n ca p o d e m o s e n c o n tra r en la ex p erien cia la so lu c ió n d e esto s p ro b le m a s. P o r ello n o p o d é is ta m p o c o d ecir q u e sea in c ie rto q u é es lo q u e hay q u e a trib u ir al o b je to en esto s casos. E n efecto , ese o b je to se halla ú n ic a m e n te en v u e stro c e re b ro y no p u e d e d arse fu era de él. C o n sig u ie n te m e n ­ te, só lo tenéis q u e p re o c u p a ro s d e p o n e ro s de a c u e rd o co n v o so tro s m ism o s y de e v ita r la a n fib o lo g ía q u e c o n v ie rte v u e s ­ tra idea en una su p u e sta re p re se n ta c ió n d e alg o e m p íric a m e n te d a d o y, p o r ta n to , en re p re se n ta c ió n de u n o b je to c o g n o sc ib le seg ú n las leyes de la ex p erien cia. L a so lu c ió n d o g m á tic a n o es, p u es, in cierta, sin o im p o sib le . L a so lu c ió n crítica, q u e p u e d e , en ca m b io , ser p le n a m e n te c ie rta , n o c o n sid e ra la c u e s­ tió n en té rm in o s o b je tiv o s, sin o a te n d ie n d o a los fu n d a m e n to s del c o n o c im ie n to en q u e tal c u e s tió n se basa.

LA A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PU R A

Sección quinta R

e p r e s e n t a c ió n

e s c é p t ic a d e las c u e st io n e s

C O S M O L Ó G IC A S M E D I A N T E LAS C U A T R O ID E A S T R A S C E N D E N T A L E S

D e ja ría m o s g u sto sa m e n te d e ex ig ir q u e n u e stra s c u e s tio ­ nes fu esen c o n te sta d a s d o g m á tic a m e n te si c o m p re n d ié ra m o s de a n te m a n o q u e , sea cual sea la re sp u e sta , n o hará m ás q u e a u m e n ta r n u e stra ig n o ra n c ia , lle v á n d o n o s de u n in c o n c e b ib le a o tr o , de u n a o sc u rid a d a o tra m a y o r, y q u izá in c lu so a co n tra d ic c io n e s. Si n u e stra c u e stió n só lo a p u n ta a u n a a firm a 1 Según Mellin, debería leerse «no es» (N. del T.)

í A 485 l B 513

434

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

ció n o a u na n e g a c ió n , es a c o n se ja b le d e ja r m o m e n tá n e a m e n te a u n la d o los su p u e s to s m o tiv o s d e la re s p u e sta y c o n sid e ra r p rim e ro q u é es lo q u e se g a n a ría s e g ú n la c o n te s ta c ió n recay era en u n a d ire c c ió n o en la c o n tra ria . Si d e sc u b rim o s q u e en a m b o s casos se p ro d u c e u n m e ro sin s e n tid o (nonsens), te n e m o s u n m o tiv o fu n d a d o p a ra in v e s tig a r esa c u e stió n c rític a m e n te , c o n el fin d e v e r si d escan sa e n u n a s u p o s ic ió n in fu n d a d a y si juega c o n u n a idea cuya fa lse d a d se rev ela m ás fá c ilm e n te al ser a p licad a y o b se rv a d a s su s c o n se c u e n c ia s q u e e n la re p r e ­ se n ta c ió n aislada. E sta es la g ra n v e n ta ja q u e el m é to d o e sc é p ti­ co p o see en el tra ta m ie n to d e las c u e stio n e s q u e la ra z ó n p u ra p la n te a a la ra z ó n p u ra . M e d ia n te e ste m é to d o p o d e m o s d e s h a ­ ce rn o s, c o n u n o s co sto s m u y re d u c id o s , d e u n a in fin id a d de e le m e n to s d o g m á tic o s , p o n ie n d o e n su lu g a r u n a crítica so b ria , u n a crítica q u e , c o m o v e rd a d e ro c a tá rtic o , e lim in a rá , a f o r tu n a ­ d a m e n te , las ilu sio n es v an as y su c o n se c u e n c ia , la p re s u n c ió n de sa b e rlo to d o . Si yo p u d ie se , p u e s, v e r p o r a n tic ip a d o q u e u n a idea c o sm o ló g ic a — in d e p e n d ie n te d e cu ál sea el in c o n d ic io n a d o d e la síntesis re g re siv a d e los fe n ó m e n o s p o r el q u e ella ha to m a d o p a rtid o — era, o b ie n demasiado grande, o b ie n demasiado pequeña, e n re la c ió n co n c u a lq u ie r concepto del entendimiento, e n ­ to n c e s c o m p re n d e ría q u e , al n o re fe rirse esa idea c o sm o ló g ic a m ás q u e a u n o b je to e m p íric o q u e 1 n ecesita ad e c u a rse a u n p o sib le c o n c e p to del e n te n d im ie n to , ta l idea tie n e q u e ser c o m p le ta m e n te vacía y c a re n te d e sig n ific a d o , ya q u e el o b je to n o c o n c u e rd a c o n ella, y n o c o n c u e rd a p o r m u c h o q u e yo h ag a p o r a c o m o d a rlo a la m ism a. E s to es lo q u e o c u rre c o n to d o s los c o n c e p to s có sm ic o s y es p re c isa m e n te p o r eso q u e la ra z ó n se halla su m id a , m ie n tra s se a te n g a a ellos, en u n a a n tin o m ia in e v itab le. E n e fe c to , a d m ita m o s u n a d e las s ig u ie n ­ tes h ip ó te sis: E « primer lugar, q u e el mundo no tenga comiendo. E n este caso, es demasiado grande en re la c ió n c o n el c o n c e p to q u e de él p o se e m o s, ya q u e este c o n c e p to , q u e c o n siste e n u n re g re so su cesiv o , jam ás p u e d e a lca n zar to d a la e te rn id a d p asad a. S u p o n ­ g am o s a h o ra q u e el mundo tiene un comiendo. E n este caso , es demasiado pequeño en re la c ió n c o n n u e s tro c o n c e p to in te le c tu a l en el n ecesario re g re so e m p íric o . E n e fe c to , c o m o el c o m ie n z o 1 Leyendo, con E rdm ann, welcher, en vez de ivetcbe (N. del T.)

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

435

su p o n e o tr o tie m p o a n te rio r, n o es to d a v ía in c o n d ic io n a d o , p o r lo cual n o s o b lig a la ley d el u so e m p íric o del e n te n d im ie n to a p re g u n ta r p o r o tra c o n d ic ió n te m p o ra l su p e rio r y, c o n s ig u ie n ­ te m e n te , el m u n d o es e x c e siv a m e n te p e q u e ñ o en re la c ió n c o n esa ley. L o m ism o su ced e c o n la d o b le re sp u e sta a la p re g u n ta so b re la m a g n itu d del m u n d o d e sd e u n p u n to d e v ista espacial. E n efecto , si es infinito e ilim ita d o , e n to n c e s es excesivamente grande en re la c ió n c o n c u a lq u ie r c o n c e p to e m p íric o p o sib le . Si es finito y lim ita d o , e n to n c e s p o d e m o s s e g u ir p re g u n ta n d o ra z o n a b le m e n te : ¿qué es lo q u e d e te rm in a su lím ite ? E l esp acio v acío n o es u n c o rre la to su b s iste n te d e las cosas. N o es ni u n a c o n d ic ió n en la q u e p o d a m o s d e te n e rn o s ni, m u c h o m e n o s to d a v ía , u n a c o n d ic ió n e m p íric a q u e c o n stitu y a u n a p a rte de u n a exp erien cia p o sib le . (¿ Q u ié n p u e d e , en efecto , te n e r e x p e ­ rien cia d e lo a b so lu ta m e n te v a c ío ? ) A h o ra b ie n , p a ra la to ta li­ d a d a b so lu ta de la síntesis e m p íric a hace falta sie m p re q u e lo in c o n d ic io n a d o sea u n c o n c e p to d e e x p erien cia. U n m u n d o limitado es, p o r ta n to , excesivamente pequeño e n re la c ió n c o n n u e s tro c o n c e p to . E n segundo lugar, q u e to d o fe n ó m e n o e n el esp acio (m a te ­ ria) c o n ste de u n a multitud infinita de partes. E n este caso, el re g re so d e la d iv isió n es sie m p re excesivamente grande en re la c ió n c o n n u e s tro c o n c e p to . Si, e n c a m b io , la división del esp acio cesa e n u n m ie m b ro d e te rm in a d o (en lo sim p le), e n to n ­ ces es excesivamente pequeño en re la c ió n c o n la idea d e lo in c o n d i­ c io n a d o . E n efecto , ese m ie m b ro p e rm ite to d a v ía u n re g re so hacia o tra s p a rte s c o n te n id a s en él. E n tercer lugar, su p o n g a m o s q u e e n to d o c u a n to su ced e e n el m u n d o n o h ay n a d a q u e n o sea re s u lta d o d e las leyes d e la naturaleza. E n este caso, la cau sa lid a d d e la causa será sie m p re a lg o q u e , a su vez, su ced e, c o n lo cual ex ig e q u e n u e s tro re g re s o siga h asta lleg ar a u n a causa to d a v ía su p e ­ rio r. E s d ecir, ex ig e q u e la serie de c o n d ic io n e s a parte priori c o n tin ú e in d e fin id a m e n te . P o r c o n sig u ie n te , la sim p le naturaleza o p e ra n te es excesivamente grande en re la c ió n c o n to d o el c o n c e p to q u e de ella p o se e m o s e n la sín tesis d e los a c o n te c im ie n to s có sm ico s. Si a d m itim o s , e n a lg u n o s caso s, a c o n te c im ie n to s p r o d u ­ cid o s por sí mismos, es d e c ir, p ro d u c id o s p o r libertad, e n to n c e s nos sig u e a c o sa n d o el p o r q u é , se g ú n u n a in e v ita b le ley n a tu ra l, y n o s o b lig a a reb a sa r este p u n to p a ra ir m ás allá d e a c u e rd o

436

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

c o n la ley causal em p íric a , e n c o n tr á n d o n o s c o n q u e se m e ja n te to ta lid a d de in te rc o n e x ió n es excesivamente pequeña e n re la c ió n con n u e s tro n ecesario c o n c e p to e m p íric o . E n cuarto lugar, si a d m itim o s u n ser absolutamente necesario (sea el m u n d o m ism o , a lg o en el m u n d o o la causa d e éste), lo situ am o s e n u n tie m p o in fin ita m e n te a le ja d o d e to d o in s ta n te te m p o ra l d a d o . D e lo c o n tra rio , d e p e n d e ría d e o tr o ser to d a v ía a n te rio r. P e ro e n to n c e s tal e x isten cia es in accesib le a n u e stro c o n c e p to e m p íric o y, a la vez, excesivamente grande c o m o p a ra q u e p o d a m o s alca n zarla a tra v é s d e la p ro s e c u c ió n d e u n reg reso . Si se o p in a , en c a m b io , q u e to d o c u a n to p e rte n e c e (sea en calid ad de c o n d ic io n a d o , sea en c a lid a d d e c o n d ic ió n ) al m u n d o es contingente, e n to n c e s c u a lq u ie r ex isten cia q u e se dé es excesivamente pequeña en re la c ió n c o n el c o n c e p to , ya q u e esa ex isten cia o b lig a a se g u ir b u sc a n d o o tra d e la cual d e p en d a. H e m o s d ic h o q u e la idea del mundo es en to d o s esos casos, o b ie n d e m a sia d o g ra n d e o b ie n d e m a sia d o p e q u e ñ a en re la c ió n c o n el re g re so e m p íric o y, c o n sig u ie n te m e n te , en relació n c o n c u a lq u ie r p o sib le c o n c e p to del e n te n d im ie n to . ¿ P o r q u é n o lo h e m o s e x p re sa d o al rev és d ic ie n d o q u e , en el p rim e r caso , el c o n c e p to e m p íric o es sie m p re ex c e siv a m e n te p e q u e ñ o en re la c ió n c o n la idea y e x c e siv a m e n te g ra n d e en el s e g u n d o , d a n d o , p u e s , la c u lp a, p o r así d e c irlo , al re g re so e m p íric o ? ¿ P o r q u é , en lu g a r d e ello , n o h e m o s e c h a d o la cu lp a a la idea c o sm o ló g ic a en el s e n tid o d e q u e se d e sv ia b a , p o r exceso o p o r d e fe c to , d e su fin , es d e c ir, d e la ex p e rie n c ia p o sib le ? L a ra z ó n es é sta : la e x p e rie n c ia p o sib le es lo ú n ic o q u e p u e d e c o n fe rir re a lid a d a n u e s tro s c o n c e p to s. S in tal e x p e ­ rien cia, to d o c o n c e p to es sim p le idea, c a re c ie n d o d e v e rd a d y d e re lació n c o n u n o b je to . D e a h í q u e el c o n c e p to e m p íric o p o sib le haya te n id o q u e se rv irn o s d e m o d e lo a p a rtir d el cual ju z g a m o s si la idea es m era idea y p ro d u c to m e n ta l, o b ie n e n c u e n tra su o b je to en el m u n d o . E n e fecto , ú n ic a m e n te d ecim o s q u e u n a co sa es d e m a sia d o g ra n d e o d e m a sia d o p e q u e ­ ña en re la c ió n c o n o tra cosa c u a n d o se to m a la p rim e ra a causa d e la se g u n d a y c u a n d o a q u é lla tie n e q u e d is p o n e rse de a c u e rd o c o n ésta. U n ju e g o d e las escuelas d ialécticas a n ti­ g u as co n sistía e n p r e g u n ta r : c u a n d o u n a b o la n o p a sa p o r u n a g u je ro , ¿q u é h ay q u e d e c ir: q u e la b o la es d e m a sia d o g ra n d e o q u e el a g u je ro es d e m a sia d o p e q u e ñ o ? E n este caso,

437

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

da lo m ism o cuál sea el m o d o d e e x p re s ió n q u e esco jam o s, ya q u e ig n o ra m o s cuál de las d o s co sas es la q u e está ahí a causa de la o tra . N o d e c im o s, en c a m b io : este h o m b re es d em a sia d o g ra n d e p a ra el tra je , sin o el tra je es d e m a sia d o p e q u e ñ o p a ra este h o m b re . A sí, p u es, al m en o s h e m o s sid o c o n d u c id o s a la fu n d a d a so sp ech a de q u e las ideas c o sm o ló g ic a s, y c o n ellas to d a s las afirm a cio n es sofísticas en c o n flic to m u tu o , se b a san acaso en u n c o n c e p to vacío y m e ra m e n te im a g in a rio d e c ó m o se nos da el o b je to d e tales ideas. E sta so sp e c h a p u e d e p o n e rn o s en la p ista ad ecu ad a p ara d e s c u b rir la ilu sió n q u e ta n to tie m p o nos ha m a n te n id o ex tra v ia d o s.

LA A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PU R A

S ección s e x ta E

l id e a l is m o

tr a sc en d en ta l

com o

cla v e pa ra

S O L U C IO N A R L A D I A L É C T I C A C O S M O L Ó G IC A

E n la estética tra sc e n d e n ta l h e m o s d e m o s tra d o su fic ie n ­ te m e n te q u e to d o c u a n to in tu im o s en el e sp acio o en el tie m p o , esto es, to d o s los o b je to s de la e x p e rie n c ia q u e n os es p o sib le , no so n o tra cosa q u e fe n ó m e n o s, es d ec ir, sim ples re p re s e n ta ­ í A 491 1 B 519 ciones q u e, tal c o m o so n re p re se n ta d a s , c o m o seres ex ten so s o c o m o series d e c am b io s, n o p o se e n existen cia p ro p ia , in d e p e n ­ d ie n te m e n te d e n u e stro s p e n sa m ie n to s. E sta d o c trin a es lo q u e llam o idealismo trascendentalk. E l realista en se n tid o tra sc e n ­ d e n ta l c o n v ie rte esas m o d ific a c io n e s d e n u e stra sen sib ilid ad en cosas su b siste n te s y, c o n sig u ie n te m e n te , hace d e las meras representaciones cosas en sí m ism as. Se co m e te ría u n a in ju sticia c o n n o so tro s si se n o s a tr ib u ­ yera el idealism o e m p íric o , ta n d e sa c re d ita d o d esd e hace ya m u c h o tie m p o . E ste id ealism o n ie g a la ex istencia d e las cosas 1 1 E n otras ocasiones lo he denom inado también idealismo formal con vistas a distinguirlo del idealismo material, es decir, del idealismo com ún, el cual pone incluso en duda o niega la existencia de las cosas exteriores. En algunos casos parece más aconsejable servirse de esta denominación que de la mencionada antes, si se quiere evitar todo m alentendido. [Nota añadida por Kant en B.]

438

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

extensas en el espacio, al tie m p o q u e a d m ite la p ro p ia realid ad de éste, o al m en o s e n c u e n tra d u d a s e n to r n o a d ich a ex isten cia, n o p e rm itie n d o , en este asp e c to , un a d is tin c ió n su fic ie n te m e n te n o to ria e n tre su e ñ o y realid ad . P o r lo q u e a los fe n ó m e n o s del sen tid o in te rn o en el tie m p o se refie re , el id ealism o e m p íric o no e n c u e n tra d ificu ltad e n c o n sid e ra rlo s c o m o cosas reales. E s m ás, afirm a q u e só lo esta e x p erien cia in te rn a d e m u e s tra su ficien tem en te la existencia real d e su o b je to (en sí m ism o , c o n to d a la d e te rm in a c ió n te m p o ra l) 1 .

B 520

N u e s tro idealism o tra sc e n d e n ta l p e rm ite , en ca m b io , q u e los o b je to s de la in tu ic ió n e x te rn a sean reales tal c o m o so n in tu id o s en el esp acio , así c o m o to d o s los cam b io s en el tie m p o , tal c o m o los re p re se n ta el se n tid o in te rn o . E n efecto , te n ie n d o e n cu e n ta q u e el e sp a c io es ya un a fo rm a de la in tu ic ió n q u e llam am o s e x te rn a y q u e, si n o h u b iese A 492 o b jeto s en él, n o h a b ría ta m p o c o re p re se n ta c ió n em p írica n in ­ g u n a , p o d e m o s y d e b em o s a d m itir c o m o reales los seres e x te n ­ sos q u e hay en él, y lo m ism o o c u rre c o n el tie m p o . A h o ra bien, ese m ism o espacio , ju n ta m e n te c o n ese tie m p o , a la vez q u e los fen ó m e n o s to d o s , n o so n cosas e n sí m ism as, sino m eras re p resen tacio n e s, y n o p u e d e n e x istir fu era de n u e s­ tr o p siq u ism o . N i siq u iera la in tu ic ió n in te rn a y se n sib le de éste (en c u a n to o b je to de la c o n cie n cia), cuya d e te rm in a c ió n se re p re se n ta m ed ian te la su c e sió n d e d ife re n te s e stad o s en el tie m p o , es el yo g e n u in o tal c o m o existe en sí — o su jeto tra sc e n d e n ta l— , sino u n sim p le fe n ó m e n o q u e de este ser d e sc o n o c id o p a ra n o so tro s se d a a la sen sib ilid ad . N o p u e d e a d m itirse la existencia de este fe n ó m e n o in te rn o en c u a n to a lg o q u e exista en sí, ya q u e su c o n d ic ió n es el tie m p o , el cual n o p u e d e c o n s titu ir n in g u n a d e te rm in a c ió n de un a cosa en sí m ism a. P e ro la v e rd a d em p íric a de los fe n ó m e n o s q u e d a su ficien tem en te g a ra n tiz a d a en el esp acio y en el tie m p o , así c o m o su ficien tem en te d is tin g u id a del p a re n te sc o c o n el su e ñ o ,

B 521 en el caso de que la realidad y el sueño se hallen verdadera y com pletam ente entrelazados en una experiencia según leyes empíricas. L os o b je to s em p íric o s n u n ca se nos d a n , p u e s, en sí mismos, sin o só lo en la ex p erien cia. N o ex isten fu era d e ésta. A 493 La p o sib ilid a d de q u e haya h a b ita n te s e n la lu n a d e b e ser U niendo, de acuerdo con E rdm ann, los dos paréntesis (N. del T.)

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

439

ad m itid a a u n q u e n ad ie los haya p e rc ib id o jam ás. A d m itirlo sólo significa q u e p o d ría m o s e n c o n tr a r tales h a b ita n te s en el p o sib le avan ce d e la ex p erien cia. E n efecto , es real to d o c u a n to se halla en c o n e x ió n c o n u n a p e rc e p c ió n se g ú n las leyes del p ro g re s o e m p íric o . D ic h o s o b je to s so n , p o r ta n to , reales si se h allan en c o n e x ió n e m p íric a c o n m i co n cie n cia real, a u n q u e n o sean p o r ello reales en sí m ism o s, es d ecir, fu era d e ese p ro g re s o de la ex p erien cia. N o se n o s da de m o d o real m ás q u e la p e rc e p c ió n y el p ro g re s o em p íric o d e sd e esta a o tra p e rc e p c ió n p o sib le , ya q u e, en c u a n to sim p les re p re se n ta c io n e s, lo s fe n ó m e n o s só lo p o se e n realid ad en la p e rc e p c ió n , la cual n o es, d e h e c h o , sin o la realid ad d e u n a re p re se n ta c ió n e m p íric a , es d e c ir, fe n ó ­ m en o . L lam ar cosa real a u n fe n ó m e n o a n tes d e la p e rc e p c ió n significa, o b ien q u e h em o s de e n c o n tra rn o s c o n esa p e rc e p ­ ció n en el d e sa rro llo de la e x p erien cia, o b ien n o tie n e n in g ú n sig n ificad o . E n efecto , si tra tá ra m o s d e u n a cosa en sí m ism a, se p o d ría d e c ir q u e existe e n sí m ism a, sin relació n c o n n u e stro s B 522 sen tid o s ni c o n la ex p erien cia p o sib le . P e ro tra ta m o s só lo de u n fe n ó m e n o en el esp acio y en el tie m p o , q u e n o c o n s titu ­ yen, ni el u n o ni el o tr o , d e te rm in a c io n e s d e las cosas en sí m ism as, sin o sim ples d e te rm in a c io n e s de n u e stra se n sib ili­ d ad. L o q u e hay en el e sp acio y e n el tie m p o (los fe n ó ­ m en o s) n o es, p u es, a lg o en sí, sin o m era re p re se n ta c ió n A 494 q u e, de n o sern o s dada (en la p e rc e p c ió n ), n o p o d e m o s e n c o n tra r en n in g u n a p a rte . L a facu ltad de in tu ic ió n sen sib le n o es re a lm e n te sino una re c e p tiv id a d capaz de ser afectad a, de u n m o d o d e te rm in a ­ d o , p o r rep re se n ta c io n e s cuya m u tu a relació n c o n stitu y e una in tu ic ió n p u ra del esp acio y del tie m p o (m eras fo rm a s de n u estra sen sib ilid ad ), p o r re p re se n ta c io n e s q u e , en la m e d id a en q u e se h a lla n en tre la z a d a s y e n q u e so n d e te rm in a b le s en esa re lació n (en el esp acio y e n el tie m p o ) se g ú n las leyes de la u n id a d d e la ex p erien cia, re c ib e n el n o m b re d e objetos. La causa n o sen sib le d e esas re p re se n ta c io n e s n o s es c o m p le ta ­ m e n te d e sc o n o cid a. N o p o d e m o s , p u e s, in tu irla c o m o o b je to , ya q u e éste n o d eb ería ser re p re se n ta d o ni en el esp acio ni en el tie m p o (q u e so n m eras c o n d ic io n e s de la re p re se n ta c ió n sen sib le), y, sin estas c o n d ic io n e s, n o p o d e m o s c o n c e b ir in tu i­ c ió n n in g u n a . P o d e m o s llam ar o b je to tra sc e n d e n ta l a la causa m eram en te in telig ib le de lo s fe n ó m e n o s en g e n e ra l, p e ro só lo p ara q u e te n g a m o s alg o q u e c o rre sp o n d a a la sen sib ilid ad

440

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

en c u a n to re c e p tiv id a d . A este o b je to tra sc e n d e n ta l p o d e m o s

B 523 a trib u ir to d a la ex te n sió n y c o h e sió n d e n u e stra s p e rc e p c io n e s p o sib les, c o m o p o d e m o s ta m b ié n d e c ir q u e tal o b je to está d a d o en sí m ism o c o n a n te rio rid a d a c u a lq u ie r ex p erien cia. P e ro , en re la c ió n co n él, los fe n ó m e n o s n o se d a n e n sí, sin o só lo e n esa ex p erie n c ia , p u e s to q u e s o n m eras re p re se n ta A 495 ciones q u e ú n ic a m e n te en c u a n to p e rc e p c io n e s in d ic a n u n o b je ­ to re a l; es d ecir, ú n ic a m e n te lo in d ic a n c u a n d o esta p e rc e p c ió n se halla re lacio n ad a 1 c o n to d a s las d em ás se g ú n las reg la s de la u n id a d d e la ex p erien cia. P o d e m o s d ecir, p o r e je m p lo , q u e las cosas reales d el p a sa d o e stá n d a d a s e n el o b je to tra s c e n ­ d e n ta l de la ex p erien cia. A h o ra b ie n , tales cosas só lo so n o b je to s p a ra m í y só lo so n reales e n el tie m p o p a sa d o en la m ed id a en q u e m e re p re s e n to (b ie n sea b a jo la g u ía d e la h is to ria , b ie n sea sig u ie n d o las h u ellas de las causas y efecto s) q u e u na serie re g re siv a d e p e rc e p c io n e s p o sib le s s e g ú n las leyes em p íricas — es d ecir, el c u rs o d e l m u n d o — c o n d u c e a u n a serie te m p o ra l p a sa d a c o m o c o n d ic ió n del tie m p o p re s e n ­ te , a u n a serie q u e n o es re p re se n ta d a c o m o real en sí m ism a, sin o c o m o real en c u a n to c o n e c ta d a c o n u n a ex p e rie n c ia p o s i­ b le ; de esta su e rte , to d o s los su ceso s o c u rrid o s d e sd e tie m p o s in m e m o ria le s, c o n a n te rio rid a d a m i e x isten cia, só lo sig n ific a n la p o sib ilid a d de p ro lo n g a r la cad e n a d e la e x p erien cia p a rtie n d o d e la actu a l p e rc e p c ió n y re m o n tá n d o m e a las c o n d ic io n e s q u e la d e te rm in a n te m p o ra lm e n te . C u a n d o m e re p re se n to , p u e s, to d o s los o b je to s q u e d e los s e n tid o s e x isten en to d o tie m p o y en to d o s lo s esp acio s, B 524 n o sitú o tales o b je to s en el tie m p o y el esp acio a n te s de la ex p erien cia. A l c o n tra rio , esa re p re se n ta c ió n n o es m ás q u e el p e n sa m ie n to d e u n a p o sib le ex p e rie n c ia en su c o m p le tu d ab so lu ta . S ó lo e n esa ex p e rie n c ia se d a n a q u ello s o b je to s (q u e A 496 n o so n m ás q u e sim p les re p re se n ta c io n e s). D e c ir q u e ex isten an tes d e to d a m i ex p erie n c ia só lo sig n ifica q u e se e n c u e n tra n en la p a rte d e la m ism a hacia la cual só lo a v a n z a ré si p a rto d e la p e rc e p c ió n . L a cau sa d e las c o n d ic io n e s em p íric a s de este av a n z a r — y, c o n sig u ie n te m e n te , la causa q u e ex p lica a q u é m ie m b ro s o h asta d ó n d e lle g a ré en las c o n d ic io n e s del re g re so — es tra sc e n d e n ta l y, p o r ta n to , n ecesa ria m e n te d e s c o ­ n o c id a p a ra m í. P e ro n o te n e m o s q u e h a b é rn o sla s c o n esta 1 Según E rdm ann, debería leerse «estas percepciones... relacionadas» (N. de! T.)

441

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

causa, sin o só lo c o n las reg las d el p ro g re s o d e la ex p erien cia en la q u e se n o s d a n o b je to s, es d ec ir, fe n ó m e n o s. A d e m á s, al final da lo m ism o el q u e d ig a q u e p u e d o lle v a r m i p ro g re s o e m p íric o en el esp acio h asta e n c o n tr a r estrellas cien veces m ás alejadas q u e las m ás re m o ta s q u e a h o ra v eo , o q u e d ig a q u e esas estrellas ex isten tal vez en el e sp acio c ó sm ic o a u n q u e n ad ie las haya p e rc ib id o ni las vaya a p e rc ib ir. E n efecto , in clu so si se d ie ra n c o m o co sas e n sí m ism as, sin re la c ió n co n la ex p erien cia p o sib le , n o serían nada p a ra m í, es decir, n o serían o b je to s sin o e n la m e d id a en q u e e s tu v ie ra n c o n te n i­ das en la serie del reg re so e m p íric o . E s só lo d esd e o tr o a sp e c to , es d ecir, al ser esos fe n ó m e n o s e m p le a d o s c o n v istas a la idea c o sm o ló g ic a de u n to d o a b s o lu to y al tra ta rs e , c o n sig u ie n - B 525 te m e n te , de u n a c u e stió n q u e reb asa los lím ites d e la e x p erien cia p o sib le c u a n d o la d is tin c ió n re la tiv a al m o d o se g ú n el cual c o n sid e ra m o s la realid a d de d ic h o s o b je to s de los s e n tid o s A 497 a d q u ie re relev an cia en o rd e n a p re v e n ir u n a e n g a ñ o sa ilu sió n q u e tien e q u e s u rg ir n e c e sa ria m e n te de u n a falsa in te rp re ta c ió n d e n u e stro s p ro p io s c o n c e p to s del e n te n d im ie n to .

LA A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PU R A

Sección séptim a So

l u c ió n

c r ít ic a

d e l c o n f l ic t o

c o s m o l ó g ic o

D E L A R A Z Ó N C O N S IG O M ISM A

T o d a la a n tin o m ia d e la ra z ó n p u ra se basa e n el sig u ie n te a rg u m e n to d ia lé c tic o : si se da lo c o n d ic io n a d o se da ta m b ié n la serie e n te ra de sus c o n d ic io n e s. A h o ra b ien , los o b je to s d e los se n tid o s se n o s d a n c o m o c o n d ic io n a d o s. P o r c o n s ig u ie n ­ te... E n v irtu d d e este silo g ism o , cuya m a y o r p a re c e ta n n a tu ra l y e v id e n te , se in tro d u c e n , se g ú n las d iv ersas c o n d ic io n e s (en la síntesis de los fe n ó m e n o s), sie m p re q u e c o n stitu y a n un a serie, o tra s ta n ta s ideas c o sm o ló g ic a s q u e p o stu la n la a b so lu ta to ta lid a d d e esas series y q u e , p o r ello m ism o , p o n e n a la ra z ó n en u n in e v ita b le c o n flic to c o n sig o m ism a. P e ro an tes de d e sc u b rir el asp e c to falaz d e este a rg u m e n to so fístic o d e b e - B 526 m os p re p a ra rn o s p ara ello c o rrig ie n d o y d e te rm in a n d o a lg u n o s c o n c e p to s q u e in te rv ie n e n en él. E n prim er lugar, la p ro p o s ic ió n sig u ie n te es clara e in d u -

442

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

d a b le m e n te c ie rta : si se da lo c o n d ic io n a d o se n o s p lantea A 498 u n re g re so en la serie d e to d a s su s c o n d ic io n e s, ya q u e , el

c o n c e p to d e lo c o n d ic io n a d o c o n lle v a p o r sí m ism o el q u e a lg o se refiera a u n a c o n d ic ió n ; si ésta es, a su vez, c o n d ic io n a ­ d a, se refiere a o tr a c o n d ic ió n m ás lejan a, y así a tra v é s d e to d o s los m ie m b ro s d e la serie. C o m o esta p ro p o s ic ió n es an alítica, n o te m e u n a c rític a tra sc e n d e n ta l. P ro s e g u ir y e x te n ­ d e r h asta d o n d e sea p o sib le , m e d ia n te el e n te n d im ie n to , la relació n q u e enlaza u n c o n c e p to c o n sus c o n d ic io n e s, re la c ió n in h e re n te a ese m ism o c o n c e p to , es u n p o s tu la d o ló g ic o de la razó n . A dem ás, si ta n to lo c o n d ic io n a d o c o m o su c o n d ic ió n so n cosas e n sí m ism a s, e n to n c e s, u n a vez d a d o lo c o n d ic io n a ­ d o , n o só lo se n o s plantea el re g re so hacia la c o n d ic ió n , sin o q u e ésta nos es re a lm e n te dada. C o m o e sto p u e d e d ec irse d e to d o s los m ie m b ro s d e la serie, se n o s d a la serie e n te ra de las c o n d ic io n e s y, en c o n se c u e n c ia , ta m b ié n a la v ez, lo in c o n d ic io n a d o , o m ás e x a c ta m e n te , se p re s u p o n e q u e se n o s da p o r el h e c h o de d á rse n o s lo c o n d ic io n a d o , q u e só lo era p o sib le gracias a esa serie. L a sín tesis d e lo c o n d ic io n a d o c o n su c o n d ic ió n es, en este caso , u n a sín tesis del m e ro e n te n d i­ m ie n to , el cual re p re se n ta las co sas ta l como son, sin a te n d e r B 527 a si p o d e m o s lle g a r a c o n o c e r esas co sas ni a c ó m o p o d e m o s . Si te n e m o s, p o r el c o n tr a rio , q u e h a b é rn o sla s c o n fe n ó m e n o s q u e , en c u a n to m eras re p re se n ta c io n e s, n o e stá n d a d o s a n o A 499 ser q u e lle g u e m o s a c o n o c e rlo s (es d e c ir, q u e lle g u e m o s a los fe n ó m e n o s m ism o s, ya q u e n o so n o tra co sa q u e c o n o c i­ m ie n to s e m p íric o s), e n to n c e s n o p o d e m o s d e c ir en el m ism o se n tid o q u e , si lo c o n d ic io n a d o está d a d o , se h a lle n d ad as ig u a lm e n te to d a s sus c o n d ic io n e s (en c u a n to fe n ó m e n o s), n i p o d e m o s , c o n s ig u ie n te m e n te , in fe rir d e n in g ú n m o d o la a b s o ­ lu ta to ta lid a d d e la serie de esas m ism as c o n d ic io n e s. E n efecto , los m ism o s fenómenos n o so n , en la a p re h e n s ió n , o tra cosa q u e u n a sín tesis em p íric a (en el esp a c io y e n el tie m p o ) y n o se d a n , p o r ta n to , sin o en esa síntesis. P e ro d e ello n o se sig u e q u e , si lo c o n d ic io n a d o (en la esfera del fe n ó m e n o ) está d a d o , ta m b ié n esté d a d a y p re s u p u e s ta la sín tesis q u e c o n stitu y e su c o n d ic ió n e m p írica. E s ta sín tesis só lo se p ro d u c e en el re g re so y n u n c a tie n e lu g a r si falta éste. L o q u e sí p o d e m o s d e c ir e n ta l caso es q u e , p o r u n a p a rte , se im p o n e o se plantea u n regreso hacia las c o n d ic io n e s, es d e c ir, u n a c o n tin u a c ió n de la sín tesis e m p íric a p o r el la d o d e éstas y,

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

443

p o r o tra , q u e n o p u e d e n fa lta r c o n d ic io n e s q u e se d e n en v irtu d d e este re g re so . D e ello se d e sp re n d e q u e la m a y o r d el silo g ism o c o s m o ­ ló g ic o to m a lo c o n d ic io n a d o en el s e n tid o tra sc e n d e n ta l de un a ca te g o ría p u ra , m ie n tra s q u e la m e n o r lo to m a e n el se n tid o e m p íric o de u n c o n c e p to in te le c tu a l a p lic a d o a m e ro s fe n ó m e n o s. C o n sig u ie n te m e n te , h a lla m o s en ta l silo g ism o la falacia dialéctica q u e lla m a m o s sophisma figurea dictionis. P e ro esta falacia n o es u n in v e n to artific ia l, sin o u n a ilu sió n p e rfe c ta m e n te n a tu ra l d e la ra z ó n o rd in a ria . D e b id o a esta ilu sió n p re s u p o n e m o s (en la m a y o r), sin ningún reparo, p o r así d e c irlo , las co n d ic io n e s y la serie de c o n d ic io n e s d e a lg o q u e se n o s da c o m o c o n d ic io n a d o . T al p re s u p o s ic ió n n o es o tra cosa q u e la ex ig en cia ló g ic a d e a su m ir q u e las p re m isa s sean lo c o m p letas q u e h ag a falta p a ra u n a c o n c lu s ió n d ad a . E n la m a y o r n o e n c o n tra m o s o rd e n te m p o ra l n in g u n o en la re la c ió n q u e liga lo c o n d ic io n a d o c o n su c o n d ic ió n ; se d a p o r su p u e s to q u e las c o n d ic io n e s y la serie q u e ellas fo rm a n se d a n a la ve£. Ig u a lm e n te n a tu ra l es c o n sid e ra r (en la m e n o r) los fe n ó m e n o s c o m o cosas en sí y c o m o o b je to s d a d o s al m e ro e n te n d im ie n to , tal c o m o su ced ía en la m a y o r, al p re s c in d ir de to d a s las c o n d ic io n e s d e la in tu ic ió n sin las cuales n o p u e d e n d a rse o b je to s. P e ro e n to n c e s n o h a b ía m o s te n id o en c u e n ta u na im p o rta n te d is tin c ió n e n tre lo s c o n c e p to s. L a s ín te ­ sis d e lo c o n d ic io n a d o c o n sus c o n d ic io n e s y la serie e n te ra d e éstas (en la m a y o r) n o im p lic a b a n i lim ita c ió n en v irtu d del tie m p o ni c o n c e p to n in g u n o d e su c e sió n . L a sín tesis e m p íri­ ca y la serie de las c o n d ic io n e s e n el fe n ó m e n o (serie q u e es su b s u m id a en la m e n o r) es, p o r el c o n tra rio , n e c e sa ria m e n te sucesiv a y só lo se da e n c u a n to fo rm a d a p o r m ie m b ro s q u e se sig u en u n o s a o tro s e n el tie m p o . C o n sig u ie n te m e n te , n o p o d ía m o s p re s u p o n e r en este c aso , la totalidad a b so lu ta de la síntesis ni d e la serie re p re se n ta d a p o r ella d e la m ism a fo rm a q u e lo h a b ía m o s h e c h o en la m ay o r. E n e fe c to , en ésta se d a b a n to d o s los m ie m b ro s d e la serie en sí m ism o s (sin c o n d ic ió n te m p o ra l). E n la m e n o r, e n c a m b io , lo s m ie m ­ b ro s d e la serie ú n ic a m e n te so n p o sib le s m e d ia n te el re g re so su cesiv o , el cu al só lo n o s es d a d o g ra c ia s a q u e lo lle v a m o s re a lm e n te a cab o . U n a vez m o s tra d a la falta e n q u e in c u rre el a rg u m e n to básico y c o m ú n de las a se rc io n e s c o sm o ló g ic a s, p o d e m o s ra z o ­ n a b le m e n te re c h a z a r ta n to la u n a c o m o la o tra d e las d o s

B 528 A 500

B 529

A 501

444

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

p a rte s en litig io , ya q u e su p o sic ió n n o está re p a ld a d a p o r n in g ú n títu lo só lid o . S in e m b a rg o , su d is p u ta n o h a te rm in a d o p o r el h e c h o d e q u e se haya p ro b a d o q u e a m b as p a rte s, o u n a d e ellas, e sta b a n e q u iv o c a d a s en la m ism a d o c trin a q u e so ste n ía n (en la c o n c lu sió n ) al n o ser capaces d e c im e n ta rla co n a rg u m e n to s su ficien tes. N a d a h a y m ás c la ro q u e lo s ig u ie n ­ te : c u a n d o u n o d e los d o s c o n te n d ie n te s a firm a q u e el m u n d o tie n e u n c o m ie n z o y el o tr o so stie n e q u e el m u n d o n o tie n e co m ie n z o , sin o q u e ex iste d e sd e to d a la e te rn id a d , la ra z ó n está n e c e sariam en te de p a rte d e u n o d e los d o s. P e ro , a u n sien d o así, al ser la m ism a la cla rid a d d e los d o s a rg u m e n to s , resu lta im p o sib le d e c id ir cuál es la p a rte q u e tie n e ra z ó n . E l c o n flic to sig u e, p u e s, en p ie, a u n q u e las d o s p a rte s h a y a n re c ib id o del trib u n a l d e la ra z ó n la o rd e n d e g u a rd a r la paz. Si se q u ie re , p u e s, p o n e r fin al c o n flic to d e m o d o d e fin itiv o y a g u s to d e am b as p a rte s, n o q u e d a o tr o re m e d io q u e éste: p u e s to q u e am b as sab e n re fu ta rs e ta n b ie n , c o n v e n c e rla s a las d o s de q u e lu c h a n p o r n ad a, d e q u e c ie rta ilu sió n tra sc e n d e n B 530 tal les ha h e c h o c re e r q u e h ay u n a rea lid a d d o n d e n o existe A 502 n in g u n a . E s te es el ca m in o q u e v a m o s a se g u ir a h o ra p a ra so lu c io n a r u n a d is p u ta so b re la q u e n o es p o sib le p ro n u n c ia r u n a sen ten cia d e fin itiv a .

Z e n ó n de E lea, su til d ia lé c tic o , fu e d u ra m e n te a ta c a d o p o r P la tó n , q u ie n lo calificó d e so fista p e tu la n te p o rq u e , p a ra m o s tra r su h a b ilid a d , tra ta b a de d e m o s tra r c o n p s e u d o a rg u m e n to s u n a p ro p o s ic ió n q u e re b a tía lu e g o c o n a rg u m e n to s ig u a lm e n te fu e rte s. Z e n ó n afirm a b a q u e D io s (p ro b a b le m e n te , éste n o era p a ra él m ás q u e el m u n d o ) n o era ni fin ito ni in fin ito ; q u e n o estab a e n m o v im ie n to ni en re p o s o ; q u e n o era se m ejan te ni d e se m e ja n te a o tr a cosa. Q u ie n e s lo ju z g a ­ b an so b re el p a rtic u la r te n ía n la im p re sió n d e q u e p re te n d ía n e g a r e n te ra m e n te d o s p ro p o s ic io n e s o p u e sta s e n tre sí, lo cual es a b su rd o . P e ro n o c re o q u e sea ra z o n a b le a trib u irle ta l in te n ­ ció n . L a p rim e ra d e las afirm a c io n e s la e stu d ia ré d e sp u é s c o n m ás d etalle. E n c u a n to a las d em ás, si e n te n d ía p o r la p a la b ra «dios» el u n iv e rso , en to n c e s te n ía q u e d e c ir q u e ni éste se halla p e rm a n e n te m e n te p re s e n te en su lu g a r (en re p o s o ) ni ta m p o c o cam b ia d e lu g a r (se m u e v e ), ya q u e , si to d o s los lu g a re s e stá n en el u n iv e rso , éste n o se h alla, p o r su p a rte , en ningún lugar. Si el u n iv e rso c o m p re n d e en sí m ism o to d o

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

445

c u a n to existe, e n to n c e s n o g u a rd a sem ejan za n i d e sem ejan za B 531 c o n otra cosa, p u e s to q u e n o ex iste fu e ra d e él otra cosa c o n la q u e p u e d a ser c o m p a ra d o . Si d o s ju ic io s c o n tra p u e s to s A 503 p re s u p o n e n u n a c o n d ic ió n in a d m isib le , a m b o s q u e d a n e lim in a ­ d o s in d e p e n d ie n te m e n te d e cuál sea su o p o sic ió n (q u e n o c o n stitu y e u n a v e rd a d e ra c o n tra d ic c ió n ), ya q u e cae la c o n d i­ c ió n sin la cual n in g u n a d e las d o s p ro p o s ic io n e s p o se e v alidez. Si alg u ie n dice q u e to d o c u e rp o o h u e le b ie n o n o h u e ­ le b ien , o lv id a q u e hay u n a te rc e ra p o s ib ilid a d : q u e n o h u ela en a b s o lu to (q u e n o d e sp re n d a o lo r), c o n lo cual p u e d e n ser falsas las d o s p ro p o s ic io n e s o p u e sta s. Si d ig o q u e to d o c u e rp o es de o lo r a g ra d a b le o d e o lo r d e sa g ra d a b le (ve/ suaveolens vel non suaveolens'), e n to n c e s a m b o s ju icio s se o p o n e n c o n tr a d ic to ­ ria m e n te y só lo el p rim e ro es falso. P e ro , en este caso , su o p u e s to c o n tr a d ic to rio (« A lg u n o s c u e rp o s n o so n d e o lo r a g ra ­ dable») c o m p re n d e ta m b ié n e n sí lo s c u e rp o s que no huelen. E n la c o n tra p o s ic ió n a n te rio r (per disparata), la c o n d ic ió n c o n ­ tin g e n te (el o lo r) del c o n c e p to d e c u e rp o 1 seguía existiendo en el ju icio o p u e s to y, c o n sig u ie n te m e n te , n o era e lim in ad a p o r éste, q u e , p o r ello m ism o , n o se o p o n ía c o n tra d ic to ria m e n te al o tr o juicio. E n c o n se cu en cia , si d ig o q u e el m u n d o , d e sd e u n p u n to d e v ista espacial, es, o b ie n in fin ito , o b ie n n o in fin ito (non est infinitas) y la p rim e ra p ro p o s ic ió n es falsa, e n to n c e s su o p u e s to c o n tr a d ic to rio (es d e c ir, q u e el m u n d o n o es in fin ito ) tie n e q u e ser v e rd a d e ro . D e esta fo rm a , m e lim ito a n e g a r u n m u n d o in fin ito sin p o n e r o tr o , es d e c ir, el m u n d o fin ito . Si d ijera, en c a m b io : el m u n d o es o b ie n in fin ito o b ie n | A 504 fin ito (n o -in fin ito ), en to n c e s p o d ría n ser falsas a m b as p ro p o s i­ cio n es. E n efecto , al d e c ir e sto , c o n sid e ro el m u n d o c o m o d e te rm in a d o e n sí m ism o d e sd e el p u n to d e v ista d e su m a g n i­ tu d , ya q u e en la p ro p o s ic ió n o p u e sta n o só lo e lim in o la in fin itu d d el m u n d o , y c o n ella tal v ez su ex isten cia e n te ra sep arad a, sin o q u e a ñ a d o u n a d e te rm in a c ió n al m u n d o c o n sid e ­ ra d o c o m o cosa real en sí m ism a. E s ta p ro p o s ic ió n p u e d e ser ig u a lm e n te falsa si el m u n d o no se da. en absoluto como una cosa en sí y si, c o n sig u ie n te m e n te , n o se d a, d e sd e el p u n to d e vista de su m a g n itu d , n i c o m o in fin ito n i c o m o fin ito . P e rm íta se m e lla m a r oposición dialéctica a este tip o d e c o n tr a p o s i­ c ió n y oposición analítica a la d e la c o n tra d ic c ió n . L o s d o s 1 1 Leyendo, con H artenstein, des Kórpers, en vez de der korper (N. del T.)

446

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

juicios q u e se o p o n e n d ia lé c tic a m e n te p u e d e n , p o r ta n to , ser a m b o s falso s, ya q u e el u n o n o se lim ita a c o n tra d e c ir al o tr o , sin o q u e a ñ ad e a lg o m ás d e lo q u e la c o n tra d ic c ió n

A 505} B 533/

A 506} B 5341

req u iere. C u a n d o c o n sid e ra m o s c o m o o p u e sta s c o n tr a d ic to ria ­ m e n te las d o s p r o p o s ic io n e s : « E l m u n d o es in fin ito d esd e el p u n to d e v ista de su m a g n itu d » y «E l m u n d o es fin ito d e sd e el p u n to de vista d e su m a g n itu d » , su p o n e m o s q u e el m u n d o (la serie en te ra de lo s fe n ó m e n o s) es u n a cosa en sí m ism a ya q u e , in clu so su p rim ie n d o el re g re so , in fin ito o fin ito , d e la serie de lo s fe n ó m e n o s d el m u n d o , éste sig u e ex istie n d o . Si, e n c a m b io , p re s c in d o de tal su p u e s to o ilu sió n tra sc e n d e n ta l y n ie g o q u e el m u n d o sea u n a cosa en sí m ism a, en to n c e s la o p o sic ió n c o n tra d ic to ria d e am b as a se rc io n e s se c o n v ie rte en u n a sim p le o p o s ic ió n d ia lé c tic a : d a d o q u e el m u n d o n o existe en sí (in d e p e n d ie n te m e n te d e la serie re g re siv a de m is re p re se n ta c io n e s), n o ex iste ni c o m o u n to d o infinito en s i ni c o m o u n to d o fin ito en sí. S ó lo p o d e m o s e n c o n tra rlo e n el re g re so e m p íric o d e la serie d e los fe n ó m e n o s, n o en sí m ism o . Si esta serie es sie m p re c o n d ic io n a d a , n u n c a n o s es to ta lm e n te d ad a y, c o n sig u ie n te m e n te , el m u n d o n o c o n s titu ­ ye u n to d o in c o n d ic io n a d o n i existe c o m o tal to d o , sea de m a g n itu d in fin ita , sea d e m a g n itu d fin ita. L o q u e a q u í h e m o s d ic h o acerca d e la p rim e ra idea c o sm o ló g ic a , es d ecir, acerca d e la to ta lid a d a b so lu ta e n la esfera fe n o m é n ic a , es ig u a lm e n te ap licab le a to d a s las dem ás. La serie d e las c o n d ic io n e s só lo p u e d e e n c o n tra rse en la m ism a sín tesis re g re siv a , n o en sí e n el fe n ó m e n o c o n sid e ra d o c o m o a lg o d a d o c o n a n te rio rid a d a to d o re g re so . Ig u a lm e n te , te n d r e ­ m o s, p u e s, q u e d ecir q u e el n ú m e ro de p a rte s d e u n fe n ó m e ­ no d a d o n o es en sí ni fin ito ni in fin ito , ya q u e el fe n ó m e n o n o es a lg o e x isten te en sí m ism o y sus p a rte s só lo se d an en v ir tu d d el re g re so q u e d e sc o m p o n e la sín tesis 1 y d e n tro d e este m ism o re g re so , el cu al n o está n u n c a d a d o c o m o a b so lu ta m e n te completo, n i e n c u a n to fin ito ni e n c u a n to in fin i­ to . E s to es ig u a lm e n te a p licab le a la serie de causas s u b o r d in a ­ das unas a o tra s , o a la serie q u e va d esd e las ex istencias c o n d ic io n a d a s h asta la ex isten cia in c o n d ic io n a d a m e n te n e c e sa ­ ria. E n lo q u e a su to ta lid a d se refiere, estas series n o p u e d e n c o n sid e ra rse en sí ni c o m o fin ita s n i c o m o in fin itas, ya q u e , 1 1 durch den Regressus der dekompomerenden Sj/nthesis

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

447

c o m o series d e re p re se n ta c io n e s su b o rd in a d a s , só lo c o n siste n e n u n re g re s o d in á m ic o . A n te s de e ste re g re s o y c o n sid e ra d a s c o m o cadenas su b siste n te s d e cosas 1 , estas series n o p u e d e n ex istir e n sí m ism as. A sí, p u e s, la a n tin o m ia d e la ra z ó n p u ra en sus ideas co sm o ló g ic a s q u e d a su p e ra d a al m o s tra rs e q u e es p u ra m e n te dialéctica y q u e n o c o n stitu y e m ás q u e el c o n flic to d e u n a ilu sió n su rg id a del h e c h o d e a p lic a r la idea d e to ta lid a d a b so lu ta , q u e só lo es v álid a c o m o c o n d ic ió n d e las cosas en sí, a fe n ó m e ­ nos q u e ú n ic a m e n te ex iste n en la re p re se n ta c ió n y, en el caso de q u e fo rm e n u n a serie, e n el re g re so su c e s iv o ; a p a rte de ésta, los fe n ó m e n o s n o p o se e n a b s o lu ta m e n te n in g u n a e x is te n ­ cia. A h o ra b ien , d esd e u n p u n to d e v ista o p u e s to , esta a n tin o ­ m ia p u e d e p re s ta rn o s u n se rv ic io , n o d o g m á tic o , p e ro sí c rític o y d o c trin a l. E n efecto , la a n tin o m ia d e m u e s tra in d ire c ta m e n te — p o r si a lg u ie n n o ha q u e d a d o sa tisfe c h o c o n la d e m o s tra c ió n d ire c ta o fre c id a en la esté tic a — la id e a lid a d tra sc e n d e n ta l de los fe n ó m e n o s. L a d e m o s tra c ió n c o n sistiría en este d ile m a : si el m u n d o es u n to d o e x iste n te e n sí, e n to n c e s es, o b ie n fin ito , o b ien in fin ito . A h o ra b ie n , ta n to lo p rim e ro c o m o lo se g u n d o es falso (te n ie n d o en c u e n ta las p ru e b a s a d u cid a s en la tesis, p o r un a p a rte , y en la a n títe sis, p o r o tra ). P o r c o n sig u ie n te , es ig u a lm e n te falso q u e el m u n d o (el c o n ju n to B 535 d e to d o s los fe n ó m e n o s) c o n stitu y a u n to d o ex iste n te e n sí A 507 m ism o . D e ello se sig u e q u e los fe n ó m e n o s en g e n e ra l n o so n nad a fu e ra d e n u e stra s re p re se n ta c io n e s, q u e es p re c isa m e n ­ te lo q u e q u e ría m o s d ec ir al re fe rirn o s a su id ealid ad tra s c e n d e n ­ tal. E s ta o b se rv a c ió n es im p o rta n te . D e ella se d e d u c e q u e , si su p o n e m o s q u e los fe n ó m e n o s — o b ie n u n m u n d o d e los se n tid o s q u e a b a rq u e to d o s los fe n ó m e n o s— so n cosas en sí m ism as, e n to n c e s las p ru e b a s p re s e n ta d a s e n las c u a tro a n ti­ n o m ias n o era n ilu sio n e s, sin o q u e e ra n d e m o s tra c io n e s r ig u r o ­ sas. P e ro el c o n flic to d e las p ro p o s ic io n e s d e riv a d a s d e las a n tin o m ia s rev ela la ex isten cia d e u n e rr o r en tal su p o sic ió n . G racias a ello, el co n flic to n o s c o n d u c e al d e sc u b rim ie n to de la v e rd a d e ra n a tu ra le z a d e las cosas en c u a n to o b je to s de los se n tid o s. C o n sig u ie n te m e n te , la dialéctica tra sc e n d e n ta l n o a b o n a el te r re n o del e sc e p tic ism o , sin o el d el m é to d o escép ti1 Si, com o sugiere Erdm ann, se suprim e la coma, la frase queda así: «...de cosas en sí mismas, estas series no pueden existir». (N. del T.)

448

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

co, el cual p u e d e e x h ib ir, a tra v é s d e ta l d ialéctica, u n e je m p lo del g ra n serv icio q u e p u e d e p re s ta r sie m p re q u e se p e rm ita q u e los a rg u m e n to s d e la ra z ó n se e n fre n te n u n o s a o tro s co n la m a y o r lib e rta d . A u n q u e e sto s a rg u m e n to s n o p ro d u z c a n los re su lta d o s q u e se b u sc a b a n , sie m p re nos se rá n d e a lg u n a u tilid a d y n o s a y u d a rá n a c o rre g ir n u e stro s juicios.

LA A N T IN O M IA D E LA R A Z O N P U R A

Sección octava E l

p r in c ip io

r eg u la d o r

d e

la

ra zó n

pu ra

R E S P E C T O D E LAS ID E A S C O S M O L O G IC A S

Si te n e m o s en c u e n ta q u e no se da, m e d ia n te el p rin c ip io co sm o ló g ic o d e la to ta lid a d , u n m áxim um en la serie de c o n d ic io ­ nes de u n m u n d o de los se n tid o s c o m o co sa en sí, sin o q u e só lo p u e d e plantearse en el re g re so p ra c tic a d o en esa serie, el re fe rid o p rin c ip io d e la ra z ó n , c o rre g id o d e esta su e rte , sig u e p o se y e n d o validez. E s d ecir, n o es ap licab le c o m o u n axiom a se g ú n el cual p en sam o s la to ta lid a d c o m o real en el o b je to , sin o c o m o u n p ro ­ blema p la n te a d o al e n te n d im ie n to , e sto es, al s u je to ; c o m o u n p ro b le m a q u e in sta a este su je to p a ra q u e , d e a c u e rd o c o n la co m p le tu d ex ig id a p o r la idea, e m p re n d a y p ro sig a el re g re so en la serie d e las c o n d ic io n e s d e u n c o n d ic io n a d o d a d o . E n efec­ to , en la se n sib ilid ad , e sto es, en el esp acio y en el tie m p o , to d a c o n d ic ió n a la q u e p o d e m o s lle g a r en la e x p o sic ió n d e fe n ó m e n o s d a d o s es, a su vez, c o n d ic io n a d a , ya q u e ésto s n o c o n stitu y e n o b je to s en sí m ism o s. Si lo fu esen p o d ría m o s acaso e n c o n tra r en ellos lo a b so lu ta m e n te in c o n d ic io n a d o , p e ro n o so n m ás q u e re p re se n ta c io n e s em p íricas q u e sie m p re tie n e n q u e h a lla r en la in tu ic ió n la c o n d ic ió n q u e las d e te rm in a en el esp acio o en el tie m p o . P o r c o n sig u ie n te , el p rin c ip io d e la ra zó n n o es en re a li­ d ad m ás q u e la regla q u e im p o n e en la serie d e las c o n d ic io n e s de fe n ó m e n o s d a d o s u n re g re so al q u e n u n c a está p e rm itid o d e ­ te n erse en u n in c o n d ic io n a d o a b so lu to . N o es, p u e s, ni u n p r in ­ cip io de p o sib ilid a d de la ex p e rie n c ia y d el c o n o c im ie n to e m p í­ rico de los o b je to s de los se n tid o s n i, c o n sig u ie n te m e n te , u n p rin c ip io del e n te n d im ie n to , ya q u e cad a ex p erien cia está e n c e ­ rra d a (c o n fo rm e a la in tu ic ió n d a d a) en sus p ro p io s lím ites. N o

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

449

es ta m p o c o u n principio constitutivo d e la ra z ó n d e stin a d o a a m ­ p lia r el c o n c e p to d e m u n d o sen sib le m ás allá d e to d a ex p erien cia p o sib le , sin o u n p rin c ip io q u e n o s h ace p ro s e g u ir y a m p lia r lo m ás p o sib le la exp erien c ia y q u e n o p e rm ite q u e n in g u n a fr o n te ­ ra em p írica sea c o n sid e ra d a c o m o a b so lu ta . E s, p u e s, u n p rin c i­ p io de la razó n q u e p o stu la , en c u a n to regla, lo q u e h e m o s de h acer en el re g re so , p e ro q u e no anticipa q u é es lo d a d o en sí en el objeto co n a n te rio rid a d a to d o re g re so . P o r ello lo llam o p r in ­ cip io regulador de la ra z ó n . E l p rin c ip io d e la a b so lu ta to ta lid a d d e la serie d e las c o n d ic io n e s (c o n sid e ra d a esta to ta lid a d c o m o dad a en sí en el o b je to , es d ecir, en los fe n ó m e n o s) sería, en c a m ­ b io , u n p rin c ip io c o s m o ló g ic o c o n s titu tiv o . C o n esta d is tin c ió n he q u e rid o , p o n e r de m a n ifie sto la falta d e v a lo r 1 del p rin c ip io c o n s titu tiv o p o r u n a p a rte , y, p o r o tra , im p e d ir q u e se a trib u y a realidad o b je tiv a a u n a idea q u e só lo sirv e d e reg la, c o m o o c u ­ rre in e v ita b le m e n te (en v irtu d d e u n a su b re p c ió n tra s c e n d e n ­ tal) si n o se hace ta l d is tin c ió n . P ara esp ecificar d e m o d o a d e c u a d o el se n tid o d e esta regla de la ra z ó n p u ra d e b e m o s o b s e rv a r a n te to d o q u e ella n o p u e d e d e c ir qué sea el objeto, sin o cómo hay que efectuar el regreso empírico si se q u ie re o b te n e r u n c o n c e p to c o m p le to de ese m ism o o b je to , p u e s to q u e , si o c u rrie ra lo p rim e ro , la regla sería u n p rin c ip io c o n s titu tiv o , p rin c ip io q u e jam ás p u e d e p ro c e d e r d e la ra z ó n p u ra . N o se p u e d e , p u e s, p re te n d e r c o n ello d e c ir q u e la serie de las c o n d ic io n e s d e u n c o n d ic io n a d o d a d o sea en sí fin ita o in fin ita , ya q u e e n to n c e s o c u rriría lo sig u ie n te : u n a sim p le idea d e la to ta lid a d , idea sim p le m e n te e n c e rr a d a 12 en ella m ism a, c o n c e b iría u n o b je to q u e n o p u e d e d arse en n in g u n a ex p erien cia. E n e fe c to , se a trib u iría realid ad o b je tiv a , c o n in d e p e n d e n c ia d e la sín te sis em p íric a , a u n a serie de fe n ó m e n o s. L a idea d e la ra z ó n se lim ita rá , p u e s, a im p o n e r a la síntesis re g re siv a e n la serie d e las c o n d ic io n e s u n a reg la en v irtu d de la cual esa m ism a idea a v a n z a rá d e sd e lo c o n d ic io ­ n a d o , re c o rrie n d o las c o n d ic io n e s s u b o rd in a d a s u n as a o tra s, h asta lo in c o n d ic io n a d o . S in e m b a rg o , éste n u n c a es alca n z a d o , ya q u e lo a b s o lu ta m e n te in c o n d ic io n a d o n u n c a es e n c o n tra d o en la ex p erien cia. P ara ello d e b e m o s c o m e n z a r p o r d e te rm in a r c o n exacti1 Nicbtigkeit 2 Leyendo, con E rdm ann, gescblossen, en lugar de geschafjeti (N. del

T.)

A 510 B 538

450

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

os >

tu d la síntesis d e u n a serie e n la m e d id a en q u e n u n c a es c o m p leta. Se su elen em p le a r en e ste s e n tid o d o s e x p re sio n e s q u e p re te n d e n d is tin g u ir a lg o , p e ro sin q u e se sep a in d ic a r c o n p re c isió n cuál es el m o tiv o d e la d is tin c ió n . L o s m a te m á ti­ cos só lo h a b la n d e u n progressus in infinitum. L o s in v e s tig a d o re s A 5111 de c o n c e p to s (filó so fo s), en c a m b io , só lo q u ie re n a d m itir la B 539/ e x p re sió n progressus in indefinitum. S in d e te n e rm e a a n alizar ni los e sc rú p u lo s q u e h a n in d u c id o a é sto s a a d o p ta r ta l d is tin ­ c ió n ni la u tilid a d o in u tilid a d d e su u so , v o y a tr a ta r de p re c isa r esto s c o n c e p to s c o n e x a c titu d en re la c ió n c o n m i p ro p ó s ito . E s c o rre c to d e c ir q u e u n a lín ea re c ta p u e d e p ro lo n g a rs e h a sta el in fin ito . E n este caso sería u n a su tileza vacía el d is tin ­ g u ir e n tre lo in fin ito 1 y el p ro g r e s o in d e fin id a m e n te p r o lo n g a ­ d o {progressus in indefinitum). E n e fe c to , c u a n d o se d ic e : « P ro lo n ­ g a d u n a linea», sería m ás c o rr e c to a ñ a d ir in indefinitum q u e in infinitum, ya q u e lo p rim e ro só lo sig n ific a : « P ro lo n g a d la mientras queráis», e n ta n to q u e lo s e g u n d o q u ie re d e c ir: « N o ceséis n u n c a de p ro lo n g a rla » (lo cu al n o es lo q u e en este caso se p re te n d ía ). A p e sa r d e ello , c u a n d o só lo n o s re fe rim o s a lo q u e se halla en n u e s tro poder, es p e rfe c ta m e n te c o rre c ta la p rim e ra e x p re s ió n , p u e s to q u e sie m p re p o d e m o s p r o l o n ­ g a r la línea h asta el in fin ito . L o m ism o su c e d e e n to d o s los casos e n q u e ú n ic a m e n te se tra ta d el p ro g r e s o , es d e c ir, del av an ce d esd e la c o n d ic ió n a lo c o n d ic io n a d o . E s te av a n c e p o sib le se e x tie n d e h a sta el in fin ito en la serie de los fe n ó m e n o s. P a rtie n d o d e u n a p are ja d e p a d re s , p o d e m o s p ro s e g u ir sin fin la línea g e n e ra c io n a l en s e n tid o d e sc e n d e n te , c o m o ta m b ié n 5121 p o d e m o s p e rfe c ta m e n te p e n sa r q u e esa lín ea av a n z a e fe c tiv a ­ 540/ m e n te así e n el m u n d o . E n e fe c to , la ra z ó n n o n ecesita u n a a b so lu ta to ta lid a d e n e sto s caso s, ya q u e n o la su p o n e c o m o c o n d ic ió n y c o m o d a d a {datum), sin o só lo c o m o a lg o c o n d ic io ­ n a d o y sim p le m e n te cap az d e d a rse {dabile), c o m o a lg o q u e va a ñ a d ié n d o se sin fin. M u y d e o tr o m o d o su c e d e c o n el p ro b le m a d e h asta d ó n d e llega el re g re so q u e a sc ie n d e d e sd e lo c o n d ic io n a d o d a d o h asta las c o n d ic io n e s d e u n a serie. ¿ P o d e m o s d e c ir q u e es u n re g re s o h a s ta el in fin ito o só lo u n re g re so q u e se extiende 1 E rdm ann sugiere que se lea unendlichen, en lugar de XJnendlichen. E n este caso la traducción sería: «...distinguir entre un progreso infinito y un progreso...» (N. del T.)

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

451

indefinidamente ( in indefinitum) ? ¿ P o d e m o s a sc e n d e r h asta el in fi­ n ito p a rtie n d o d e lo s h o m b re s a c tu a lm e n te v iv ie n te s, c o n sid e ra ­ d o s en la serie d e sus a n te p a sa d o s, o b ie n só lo p o d e m o s d ecir q u e , p o r m u y lejos q u e lle g u e m o s en el re g re so , n u n c a e n c o n tra re m o s u n fu n d a m e n to e m p íric o q u e n o s p e rm ita c o n s i­ d e ra r la serie c o m o lim ita d a en a lg ú n p u n to , d e su e rte q u e p o d e m o s y d e b e m o s se g u ir b u sc a n d o a los p ro g e n ito re s de cu a lq u ie ra d e n u e s tro s p rim e ro s p a d re s , a u n q u e n o s u p o n e rlo s ? C o n s ig u ie n te m e n te a firm o : si se ha d a d o el to d o en la in tu ic ió n e m p írica, e n to n c e s el re g re so en la serie d e sus co n d ic io n e s in te rn a s llega al in fin ito . Si lo ú n ic o q u e se da d e la serie es u n m ie m b ro a p a rtir del c u al tie n e q u e efectu a rse el re g re so hacia la to ta lid a d a b so lu ta , e n to n c e s só lo se p ro d u c e u n re g re so de tip o in d e te rm in a d o ( in indefinitum ) . A sí, d e b e m o s d e c ir q u e la d iv is ió n d e u n a m a te ria (d e u n c u e rp o ) d ad a e n tre u n o s lím ites va al in fin ito , ya q u e , en la in tu ic ió n e m p íric a , esta m a te ria se da en su to ta lid a d y, c o n sig u ie n te m e n te , en to d a s sus p a rte s p o sib le s. A h o ra b ie n , si te n e m o s en c u e n ta q u e la c o n d ic ió n d e este to d o c o n stitu y e u n a p a rte del m ism o y la c o n d ic ió n d e esta p a rte es la p a rte d e u n a p a rte , y así s u c e s iv a m e n te ; si te n e m o s e n c u e n ta q u e e n e ste re g re so d e la d e sc o m p o sic ió n n u n c a e n c o n tra m o s u n m ie m b ro in c o n d i­ c io n a d o (in d iv isib le) en la serie d e las c o n d ic io n e s, e n to n c e s no só lo n o hay jam ás u n fu n d a m e n to e m p íric o q u e hag a d e te ­ n e r la d iv isió n , sin o q u e in clu so los m ie m b ro s m ás alejados de la d iv isió n a p ro s e g u ir están ya d a d o s e m p íric a m e n te antes de p ro s e g u irla ; es d e c ir, la d iv isió n se e x tie n d e al in fin ito . La serie d e a n te p a sa d o s d e u n h o m b r e d a d o , en c a m b io , n o se d a, en su to ta lid a d a b so lu ta , en n in g u n a e x p erien cia p o sib le , sin o q u e el re g re so se e x tie n d e d e sd e cada m ie m b ro d e la g e n e ra c ió n a o tr o s u p e rio r, de su e rte q u e n o se h alla n in g u n a fro n te ra q u e n o s p re s e n te u n m ie m b ro c o m o a b so lu ta m e n te in c o n d ic io n a d o . A h o ra b ie n , d a d o q u e los m ie m b ro s q u e p u d ie ­ ran o fre c e r la c o n d ic ió n n o se h a lla n en la in tu ic ió n em p íric a del to d o a n te s del re g re so , éste n o se e x te n d e rá al in fin ito (en la d iv isió n d e lo d a d o ), sin o q u e te n d rá u n alca n ce in d e fin i­ d o en la b ú s q u e d a d e los d iv e rso s m ie m b ro s de los m ie m b ro s d a d o s, los cuales se d a n sie m p re c o m o c o n d ic io n a d o s a su vez. E n n in g u n o d e los d o s caso s, ni en el regressus in infinitum ni en el regressus in indefinitum , se c o n sid e ra q u e la serie de c o n d ic io n e s se d é en el o b je to c o m o in fin ita. Las series n o

452

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

se c o m p o n e n de cosas d ad as en sí m ism a s, sin o só lo d e fe n ó m e ­ n o s q u e , en c u a n to c o n d ic io n e s u n o s d e o tr o s , só lo p u e d e n d arse en el re g re so m ism o . C o n sig u ie n te m e n te , la c u e stió n n o es h asta d ó n d e se e x tie n d e en sí m ism a esa serie d e c o n d ic io ­ nes, si es fin ita o in fin ita , ya q u e n o es n a d a en sí m ism a. L a c u e stió n es c ó m o d e b e m o s d is p o n e r el re g re so e m p íric o y h asta d ó n d e d e b e m o s p ro s e g u irlo . Y e n to n c e s h a y u n a d ife ­ ren cia c o n sid e ra b le en lo q u e se re fie re a la re g la d e ese p ro g re so . Si el to d o se ha d a d o e m p íric a m e n te , e n to n c e s es posible re tro c e d e r en la serie d e sus c o n d ic io n e s in te rn a s hasta el infinito. P e ro si n o se ha d a d o , sin o q u e tie n e q u e d a rse p re v ia m e n te p o r m e d io d e u n re g re so e m p íric o , e n to n c e s só lo p o d e m o s d e c ir q u e es posible hasta el infinito se g u ir a v a n z a n d o d e n tro d e la serie hacia c o n d ic io n e s to d a v ía m ás elev ad as. E n el p rim e r caso p o d e m o s d e c ir: sig u e h a b ie n d o m ás m ie m ­ b ro s , m ás m ie m b ro s e m p íric a m e n te d a d o s, d e los q u e n o s o tro s alcan zam o s m e d ia n te el re g re so (de la d e sc o m p o sic ió n ). E n el s e g u n d o , p o d e m o s , en c a m b io a firm a r: p o d e m o s ir to d a v ía m ás lejos en el re g re so , ya q u e n in g ú n m ie m b ro está d a d o de m o d o e m p íric o c o m o a b s o lu ta m e n te in c o n d ic io n a d o ; u n m ie m b ro m ás e le v a d o c o n tin ú a sie n d o , p u e s, p o sib le y, p o r ello m ism o , p e rm ite q u e c o n sid e re m o s n e cesario p ro s e g u ir n u e stra s in d a g a c io n e s en to r n o a él. A llí existía la n ecesid ad de encontrar m ás m ie m b ro s en la serie. A q u í es, en c a m b io , necesario s e g u ir preguntando p o r m ás m ie m b ro s, ya q u e n in g u n a ex p erien cia cierra la serie en té rm in o s a b so lu to s. E n efecto , o b ien n o te n e m o s u n a p e rc e p c ió n q u e lim ite el re g re so e m p íri­ co de fo rm a a b so lu ta , y e n to n c e s n o d e b e m o s c o n sid e ra rlo c o m p le to , o b ie n la te n e m o s, y e n to n c e s n o p u e d e c o n s titu ir u n a p a rte de la serie o b je to d el re g re so (p u es el fa c to r q u e lim ita tie n e q u e ser d is tin to d e lo limitado p o r él). E n co n se c u e n c ia , d e b e m o s p ro s e g u ir n u e s tro re g re so ta m b ié n hacia esa c o n d i­ c ió n , y así su cesiv am e n te . L a a p licació n d e estas o b se rv a c io n e s en la secció n si­ g u ie n te p ro y e c ta rá so b re ellas la c la rid a d ad ecu ad a.

453

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

L A A N T IN O M I A D E L A R A Z O N P U R A

Sección n oven a E l DE

LA

u so e m p ír ic o

RAZÓN

CON

d e l p r in c ip io

RESPECTO

A

reg u la d o r

TODAS

LAS

ID E A S

C O S M O L Ó G IC A S

Si te n e m o s en c u e n ta lo s ig u ie n te : q u e lo s c o n c e p to s p u ro s , ta n to los del e n te n d im ie n to c o m o lo s d e la ra z ó n , carecen de u so tra sc e n d e n ta l, s e g ú n h e m o s m o s tra d o en varias o c a sio n e s; q u e la to ta lid a d a b so lu ta d e las series d e c o n d ic io n e s en el m u n d o sensible se basa e x c lu siv a m e n te en u n u so tra sc e n ­ d en tal d e la ra zó n , la cual ex ig e tal c o m p le tu d in c o n d ic io n a d a d e a q u e llo q u e c o n sid era d e a n te m a n o c o m o cosa e n sí m ism a ; qu e el m u n d o sensible n o c o n tie n e , e m p e ro , tal c o m p le tu d , e n to n ce s n u n ca p o d e m o s ya h a b la r d e una m a g n itu d a b so lu ta de las series ex isten tes en este m u n d o sen sib le, d e si son lim itad as o d e si so n en s í ilim itad as. D e lo ú n ic o q u e p o d e m o s h a b la r es d e lo q u e sig u e : h asta d ó n d e d e b e m o s re m o n ta rn o s en el re g re so em p íric o - -h a c ie n d o re tro c e d e r la ex p erien cia hacia sus c o n d ic io n e s— , si n o q u e re m o s, c o n fo rm e a la regla d e la ra z ó n , a te n e rn o s a o tra s re sp u e sta s relativ as a sus p ro p ia s cu e stio n e s q u e las q u e se a d e c ú e n al o b je to . A sí, p u es, un a vez q u e ha q u e d a d o su fic ie n te m e n te d e m o s tra d a la in ap licab ilid ad del principio de la rascón e n te n d id o c o m o p rin c ip io c o n s titu tiv o de los fe n ó m e n o s en sí m ism o s 1 , n o s q u e d a ta n só lo la valide% de este p rin c ip io e n te n d id o c o m o reg la de la prosecución y m a g n itu d de u n a ex p erien cia p o sib le. Si p o d e m o s p re s e n ta r esa v alid ez sin q u e o frezca d u d a s, q u e d a rá ta m b ié n te rm in a d o p o r c o m p le to el c o n flic to d e la ra z ó n c o n s i­ g o m ism a. E n e fecto , n o só lo d e sa p a re c e rá , g racias a la so lu c ió n crítica, la ilu sió n q u e la d iv id ía , sin o q u e , en lu g a r d e ésta, se m an ifestará el se n tid o en el q u e la ra z ó n c o n c u e rd a c o n s i­ g o m ism a. E ra só lo la m ala in te rp re ta c ió n de este se n tid o lo q u e p ro v o c a b a el c o n flic to . D e esta su e rte se tra sfo rm a rá en u n p rin c ip io doctrinal lo q u e , e n caso c o n tra rio , sería u n p rin c i­ p io dialéctico. D e h ech o , si p o d e m o s c o n firm a r q u e tal p r i n ­ cipio d e te rm in a , se g ú n su sig n ific a d o su b je tiv o , el m ay o r u so p o sib le del e n te n d im ie n to en u n a ex p erien cia q u e sea c o n fo r-

1 E rdm ann lee: «...de los fenóm enos en cuanto cosas en sí mismas». (N. del T.)

454

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

m e a los o b je to s de ésta, e n to n c e s es c o m o si el p rin c ip io , a m a ­

A 517 1 nera de axiom a (el cual es im p o sib le a p a rtir de la ra z ó n p u ­ B 545 | ra), d e te rm in a ra a priort los o b je to s en sí m ism o s. E n efecto ,

en relació n c o n lo s o b je to s e m p íric o s, el m a y o r in flu jo q u e el axiom a p o d ría e jerc e r en la a m p lia c ió n y c o rre c c ió n de n u e stro c o n o c im ie n to sería el d e m o s tra rse a c tiv o en el e x te n ­ sísim o u so e m p íric o del e n te n d im ie n to .

I

Solución de la idea cosmológica de la totalidad de la composición de los fenómenos de un universo T a n to a q u í c o m o en las re sta n te s cu e stio n e s c o s m o ló g i­ cas, el fu n d a m e n to del p rin c ip io re g u la d o r d e la ra z ó n es la p ro p o s ic ió n se g ú n la cu al n o p o d e m o s e n c o n tra r en el re g re so e m p íric o la experiencia de ningún lím ite absoluto ni, c o n si­ g u ie n te m e n te , u n a c o n d ic ió n q u e sea, en c u a n to tal, absolutamen­ te incondicionada desde un punto de vista empírico. La ra z ó n de ello resid e en q u e en ta l ex p e rie n c ia los fe n ó m e n o s d e b e ría n h allarse lim ita d o s p o r la nad a o p o r u n v acío q u e p o d ría m o s d e sc u b rir c o n la p e rc e p c ió n al p ro s e g u ir el re g re so , lo cual es im posible. T al p ro p o s ic ió n , q u e e q u iv a le a d e c ir q u e en el re g re so em p íric o só lo alcan zam o s u n a c o n d ic ió n q u e d eb e, a su vez, A 5181 ser co n sid e ra d a c o m o e m p íric a m e n te c o n d ic io n a d a , c o n tie n e B 546 j in terminis la sig u ie n te reg la: p o r m u y lejos q u e lleg u em o s en la serie a sc e n d e n te , d e b e m o s se g u ir p re g u n ta n d o siem p re p o r u n m ie m b ro s u p e rio r, ta n to e n el caso d e q u e este m ie m b ro n o s sea c o n o c id o p o r e x p erien cia c o m o en el caso c o n tra rio . P ara re s o lv e r el p rim e r p ro b le m a c o sm o ló g ic o só lo n ece­ sitam o s, p u es, d e c id ir si este n u n c a lim ita d o asc e n d e r en el re g re so hacia la m a g n itu d in c o n d ic io n a d a del u n iv e rso (en el tie m p o y en el espacio) p u e d e llam arse regreso a l infinito o só lo regreso proseguido indefinidamente (in indefinitum). La m era re p re se n ta c ió n g e n e ra l d e la serie de to d o s los e stad o s p a sa d o s d el m u n d o , al ig u al q u e la c o rre sp o n d ie n te a to d a s las cosas q u e c o e x iste n en el esp acio c ó sm ic o , no es o tra cosa q u e u n p o sib le re g re s o e m p íric o q u e yo c o n c ib o , a u n q u e d e fo rm a in d e fin id a , y q u e es el ú n ic o m ed io a tra v é s del cual p u e d e s u rg ir el c o n c e p to de esa serie de c o n d icio n es

455

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

de la p e rc e p c ió n dada*1. A h o ra b ie n , só lo en el c o n c e p to p o se o el to d o có sm ic o , d e n in g ú n m o d o (en c u a n to to d o ) e n la in tu ic ió n . C o n sig u ie n te m e n te , n o h a y q u e in fe rir la m a g n i­ tu d del re g re so p a rtie n d o d e la m a g n itu d del c o n c e p to , d e te r m i­ n a n d o la p rim e ra p o r la se g u n d a , sin o q u e d e b o p ro d u c ir p rim e ro el c o n c e p to de la m a g n itu d có sm ica sirv ié n d o m e de la m a g n itu d del re g re so e m p íric o . P e ro lo ú n ic o q u e sé de este re g re so es q u e te n g o q u e s e g u ir a v a n z a n d o e m p íric a m e n te d esd e cada m ie m b ro d a d o en la serie d e c o n d ic io n e s hacia o tr o m ie m b ro m ás ele v a d o to d a v ía (m ás alejad o ). A tra v é s del re g re so no q u e d a , p u e s, d e te rm in a d a d e m o d o a b s o lu to la m a g n itu d del to d o d e los fe n ó m e n o s , n i p u e d e d ecirse, c o n sig u ie n te m e n te , q u e este re g re so se ex tie n d a al in fin ito . E n efecto , ello e q u iv a ld ría a a n tic ip a r m ie m b ro s a los q u e n o se h a lle g a d o to d a v ía y a re p re s e n ta r u n n ú m e ro ta n g ra n d e de ellos, q u e n in g u n a síntesis e m p íric a p o d ría a b a rc a rlo s ; e q u i­ v a ld ría, p u e s, a determinar (a u n q u e só lo fu e se en se n tid o n e g a ti­ v o ) la m a g n itu d del m u n d o a n te s d el re g re so , lo cual es im p o s i­ ble. E n efecto , el m u n d o n o se da (en c u a n to to ta lid a d ) en n in g u n a in tu ic ió n . T a m p o c o se d a , p o r ta n to , su m a g n itu d c o n a n te rio rid a d al re g re so . A sí, p u e s, n ad a p o d e m o s d ec ir acerca d e la m a g n itu d del m u n d o en sí, n i siq u ie ra q u e te n g a lu g a r en él u n re g re s o in infinitum . L o ú n ic o q u e p o d e m o s h acer es b u scar el c o n c e p to d e su m a g n itu d de a c u e rd o c o n la regla q u e d e te rm in a el re g re so e m p íric o en él. P e ro esta reg la só lo in d ica q u e , p o r m u y lejos q u e h a y a m o s lle g a d o en la serie de las c o n d ic io n e s e m p íric a s, n u n c a d e b e m o s a d m itir u n lím ite a b s o lu to . A l c o n tra rio , cad a fe n ó m e n o tie n e q u e ser (en c u a n to lim ita d o ) s u b o rd in a d o a o tr o c o m o c o n d ic ió n suya, v ié n d o n o s , p u e s , o b lig a d o s a a v a n z a r hacia ésta, lo cual c o n stitu y e el regressus in indefinitum. E s te regressus n o d e te rm in a la m a g n itu d del o b je to , y p o r ello h ay q u e d is tin g u irlo co n su ficien te cla rid a d del regressus in infinitum . E n co n se c u e n c ia , n o p u e d o d ec ir q u e el m u n d o sea in fi­ nito, ni re s p e c to del tie m p o p a sa d o ni re s p e c to del esp a c io , ya k E s ta s e rie c ó s m ic a n o p u e d e s e r, p u e s , n i m e n o r n i m a y o r q u e el p o s ib le r e g r e s o e m p ír ic o , q u e es la ú n ic a b a se e n q u e se a p o y a el c o n c e p to d e a q u é lla . T e n ie n d o e n c u e n ta q u e e s te re g r e s o es in c a p a z d e s u m in is tr a r ta n to u n in fin ito d e te r m in a d o c o m o u n f in ito

d e te r m in a d o

( a b s o lu ta m e n te

lim ita d o ) , r e s u lta c la ro q u e n o p o d e m o s c o n s id e r a r la m a g n itu d d e l m u n d o n i c o m o f in ita n i c o m o in fin ita , ya q u e el re g r e s o (a tra v é s d e l c u a l r e p r e s e n ta m o s e sa m a g n itu d ) n o p e r m ite ni u n a c o s a n i o tr a ( N o ta d e K a n t)

456

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

q u e u n c o n c e p to de m a g n itu d c o m o el d e u n a in fin itu d d ad a es e m p íric a m e n te im p o sib le y, p o r lo ta n to , lo es ta m b ié n e n re la ­ c ió n c o n el m u n d o c o n sid e ra d o c o m o o b je to de lo s se n tid o s. T a m p o c o d iré : el re g re so d esd e u n a p e rc e p c ió n dada hacia to d o c u a n to la lim ita d e n tro d e u n a serie, ta n to e n el esp acio c o m o e n el tie m p o p a sa d o , se e x tie n d e a l infinito, ya q u e ello es d ar p o r su p u e sta la m a g n itu d in fin ita del m u n d o . N i d iré ta m ­ p o c o : el m u n d o es fin ito . E n e fe c to , u n lím ite a b s o lu to es ig u a lm e n te im p o sib le d esd e u n p u n to de v ista e m p íric o . D e a c u e rd o c o n to d o ello , nada p o d r é d ec ir acerca del o b je to g lo ­ bal de la ex p erien cia o m u n d o sen sib le . S ó lo p o d r é re fe rirm e a la regla se g ú n la cual se d e b e o rg a n iz a r y p ro s e g u ir la e x p e rie n ­ cia de m o d o q u e ésta se ad e c ú e a su o b je to . A sí, p u e s, la p rim e ra y n e g a tiv a re sp u e sta a la p re g u n ta co sm o ló g ic a re lativ a a la m a g n itu d del m u n d o e s: d esd e u n p u n to de vista te m p o ra l, el m u n d o n o tie n e u n p rim e r c o m ie n ­ zo y, d esd e u n p u n to de v ista esp acial, carece de u n lím ite q u e sea el ú ltim o . E n caso c o n tra rio , el m u n d o estaría re s p e c tiv a m e n te lim ita d o p o r u n tie m p o v acío y p o r u n e sp a c io v acío . P e ro A 5211 e n to n c e s, te n ie n d o en c u e n ta q u e el m u n d o , en c u a n to fe n ó m e ­ B 549J n o , n o p u e d e h allarse en sí m ism o en n in g u n a d e am b as situ acio n es — p u e s to q u e u n fe n ó m e n o n o es u n a co sa en sí m ism a— , d e b e ría ser p o sib le q u e p e rc ib ié ra m o s su lim ita c ió n p o r u n tie m p o a b s o lu ta m e n te v acío o p o r u n esp a c io a b s o lu ta ­ m e n te v acío y q u e en tal p e rc e p c ió n se d iesen esos lím ites del m u n d o en u n a p o sib le e x p erien cia. A h o ra b ie n , es im p o sib le sem ejan te exp erien cia p o r c a recer de c o n te n id o * 5. E n c o n se ­ cu en cia, u n lím ite a b s o lu to d el m u n d o es im p o sib le e m p íric a ­ m e n te y, p o r ta n to , a b so lu ta m e n te . D e ello se sig u e , a la vez, la s ig u ie n te re sp u e sta a firm a ti­ va: el re g re so e n la serie d e los fe n ó m e n o s c ó sm ic o s, c o m o d e te rm in a c ió n d e la m a g n itu d d el m u n d o , se e x tie n d e in indefinik Se observará que la dem ostración sigue un cam ino com pletam ente distinto del adoptado antes po r la prueba dogmática en la antítesis de la primera antinom ia. Allí habíam os considerado el m undo sensible, de acuerdo con el m odo ordinario y dogm ático de representación, com o una cosa dada en sí misma y en su totalidad previam ente a todo regreso. Igualm ente, negába­ mos allí al m undo sensible cualquier lugar determ inado en el tiem po o en el espacio a m enos que u no y otro fueran ocupados por él en su totalidad. P or ello era tam bién distinta la conclusión, es decir, inferíamos la infinitud real del m undo (N ota de Kant)

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

457

tum , lo cual e q u iv ale a d e c ir: el m u n d o sen sib le n o tie n e u na m a g n itu d a b so lu ta , sin o q u e el re g re so e m p íric o (q u e es el ú n ic o m e d io a tra v é s del cu al p u e d e d a rse p o r el la d o d e sus c o n d ic io n e s) p o se e su reg la p ro p ia . E sta c o n siste en a v an zar sie m p re (sea m e d ia n te la p ro p ia e x p erien cia, sea si­ g u ie n d o el h ilo d e la h is to ria o la ca d e n a d e cau sas y efecto s) d esd e cada m ie m b ro d e la serie, e n c u a n to c o n d ic io n a d o , hacia o tr o m ás lejan o y en n o d e ja r jam ás d e e x te n d e r el p o sib le u so em p íric o d e n u e stro e n te n d im ie n to , lo cu al c o n stitu y e la v e rd a d e ra y ú n ic a tare a d e la ra z ó n al a p lic a r sus p rin c ip io s. E sta n o rm a n o n o s im p o n e u n d e te rm in a d o re g re so e m p íric o q u e a v a n c e sin cesar a tra v é s d e c ie rto tip o d e fe n ó m e ­ n o s. N o se p re s c rib e , p o r e je m p lo , q u e a sc e n d a m o s d e sd e u n h o m b re v iv ie n te y q u e sig a m o s in in te rru m p id a m e n te la serie d e sus a n te p a sa d o s sin e sp eran za d e e n c o n tra r u n a p rim e ra p areja, ni q u e , en el caso d e la serie d e los c u e rp o s c ó sm ic o s, n o se a d m ita u n ú ltim o sol. L o ú n ic o q u e p re sc rib e es el p a sa r d e fe n ó m e n o s a fe n ó m e n o s, a u n q u e ésto s n o p r o p o r c io ­ n e n n in g u n a p e rc e p c ió n real (en el caso d e q u e ésta só lo lleg u e a u n g ra d o q u e sea, re sp e c to d e n u e stra co n cie n c ia , d e m a sia d o d éb il p a ra c o n v e rtirse en e x p e rie n c ia ), p u e s, in d e ­ p e n d ie n te m e n te d e ello , los fe n ó m e n o s p e rte n e c e n a la e x p e rie n ­ cia p o sib le. T o d o c o m ie n z o se h alla e n el tie m p o , así c o m o to d o lím ite de lo ex te n so , e n el esp a c io . P e ro esp a c io y tie m ­ p o se h allan só lo e n el m u n d o sen sib le. C o n sig u ie n te m e n te , m ien tras q u e lo s fe n ó m e n o s en el mundo e stá n lim ita d o s de m o d o c o n d ic io n a d o , el mundo mismo n o está lim ita d o ni de m o d o c o n d ic io n a d o n i in c o n d ic io n a d o . Si el c o n c e p to d e m a g n itu d d el m u n d o só lo se d a en v irtu d del re g re so y n o en u n a in tu ic ió n co le c tiv a a n te rio r a él, se d e b e p re c isa m e n te a e sto y a q u e el m u n d o n u n c a p u e d e darse por completo, c o m o n o p u e d e darse por completo la serie de c o n d ic io n e s — en c u a n to serie có sm ica— d e u n c o n d ic io n a d o d a d o . P e ro ese re g re so n o c o n siste m ás q u e e n determinar la m a g n itu d . N o su m in istra , p u e s, u n c o n c e p to determinado ni el c o n c e p to d e u n a m a g n itu d q u e sea in fin ita re sp e c to d e c ie rta m e d id a . N o se e x tie n d e , p o r ta n to , h a sta u n in fin ito d a d o , p o r así d e c irlo , sin o q u e p o se e u n alcance in d e fin id o y o frece a la ex p erien cia u n a m a g n itu d q u e só lo se c o n v ie rte e n real a tra v é s d e este m ism o re g re so .

458

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

II

Solución de la idea cosmológica de la totalidad de la división de un todo dado en la intuición

A 524j B 552

A l d iv id ir u n to d o d a d o en la in tu ic ió n , p a so d e u n c o n d ic io n a d o a las co n d ic io n e s de su p o sib ilid a d . L a d iv isió n d e las p a rte s (subdivisio o decompositio) fo rm a u n re g re so en la serie de tales co n d ic io n e s. U n ic a m e n te se daría la to ta lid a d de esta serie si el re g re so p u d ie ra lle g a r a p a rte s q u e fu e ra n sim ­ ples. Si to d a s las p a rte s de un a d e sc o m p o sic ió n q u e se p r o ­ sigue in in te rru m p id a m e n te so n , a su vez, d iv isib les, e n to n c e s la d iv isió n , esto es, el re g re so , se e x tie n d e d e sd e lo c o n d ic io n a ­ d o hacia sus c o n d ic io n e s in infinitum , p u e s to q u e las c o n d ic io nes (las p a rte s) se hallan c o n te n id a s e n el m ism o c o n d ic io n a d o y, c o m o éste está to ta lm e n te d a d o en u n a in tu ic ió n e n c e rra d a e n tre lím ites, to d a s sus c o n d ic io n e s se d a n ju n ta m e n te c o n él. P o r ta n to , no p o d e m o s llam ar al re g re so sim p le re tro c e so in indefinitum , a d iferen cia d e lo q u e p e rm itía la idea c o sm o ló g ic a a n te rio r, ya q u e en este ú ltim o caso d e b ía m o s a v a n z a r d esd e lo c o n d ic io n a d o hacia sus c o n d ic io n e s, q u e se h alla b a n fu era d e él y q u e , c o n s ig u ie n te m e n te , n o se d a b a n ju n ta m e n te co n él, sin o q u e se le ib an a ñ a d ie n d o en el re g re so em p íric o . A p e sa r de ello, n o p u e d e a firm a rse q u e u n to d o q u e sea d iv isib le al in fin ito conste de un número infinito de partes. E n e fecto , a u n q u e to d a s las p a rte s e sté n c o n te n id a s en la in tu ic ió n del to d o , n o está c o n te n id a e n ella la división completa, la cual n o c o n siste sin o en la p ro g re s iv a d e sc o m p o sic ió n o en el re g re so m ism o , q u e es el q u e c o n v ie rte la serie en real. C o m o este re g re so es in fin ito , to d o s los m ie m b ro s (p a rtes) a los q u e llega se e n c u e n tra n e fe c tiv a m e n te c o n te n id o s e n el to d o d a d o en c u a n to agregado, p e ro n o así la serie completa de la división, q u e es u n in fin ito su c e siv o y n u n ca completo. E sta serie no p u e d e p re s e n ta r, p u e s, n i u n n ú m e ro in fin ito d e m ie m ­ b ro s n i u n a c o n e x ió n d e los m ism o s en u n to d o . E s, en p rim e r lu g a r, e n el esp a c io d o n d e p o d e m o s ap licar fácilm en te esta o b s e rv a c ió n g e n e ra l. T o d o espacio in tu i­ d o en sus lím ites c o n stitu y e u n todo de este tip o : to d a s las p a rte s q u e p ro c e d e n d e su d e sc o m p o sic ió n so n , a su vez, espacio s y, c o n sig u ie n te m e n te , es d iv isib le al in fin ito . D e ella se sig u e ta m b ié n c o n to d a n a tu ra lid a d la se g u n d a ap lic a c ió n , esta vez a u n fe n ó m e n o e x te rn o (c u e rp o ) e n c e rra d o

}

A 525 B 553

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

459

en sus lím ites. L a d iv isib ilid a d d el m ism o se b asa e n la d iv isib ili­ d ad del esp acio q u e c o n stitu y e la p o s ib ilid a d del c u e rp o en c u a n to to d o ex ten so . E ste c u e rp o es, p u e s , d iv isib le al in fin ito sin p o r ello c o n sta r d e u n n ú m e ro in fin ito de p a rte s. E s c ie rto q u e , d e b id o al h e c h o d e q u e el c u e rp o ha de ser, en c u a n to su sta n c ia , re p re s e n ta d o e n el esp a c io , p a rece q u e te n g a q u e ser d is tin to d e éste p o r lo q u e a la ley de d iv isib ilid ad del esp acio se refiere. E n e fe c to , se p u e d e a d m itir en to d o caso q u e la d e sc o m p o sic ió n d el esp a c io n u n c a p u e d e su p rim ir e n él to d a c o m p o s ic ió n , ya q u e e n to n c e s d ejaría de ex istir to d o el e sp acio m ism o , q u e n o p o se e , p o r o tr o la d o , nad a in d e p e n d ie n te (lo cu al es im p o sib le ). D e c ir q u e n ad a q u e d a ría si to d a c o m p o s ic ió n d e la m a te ria fu e ra m e n ta lm e n te su p rim id a , n o p a re c e co n c ilia b le c o n el c o n c e p to d e u n a s u s ta n ­ cia q u e d eb e ser el su je to p ro p io d e to d a c o m p o s ic ió n y q u e te n d ría q u e su b s istir en sus e le m e n to s in c lu so en el caso de q u e la co n e x ió n de ésto s en el esp a c io — c o n e x ió n g racias a la cual c o n stitu y e n u n c u e rp o — q u e d a ra su p rim id a . A h o ra b ien , c o n lo q u e llam a m o s su sta n c ia fe n o m é n ic a 1 n o o c u rre lo q u e sí p o d ría co n c e b irse p e rfe c ta m e n te d e u n a co sa en sí m ism a p e n sa d a p o r m e d io d e u n c o n c e p to p u r o del e n te n d i­ m ie n to . La p rim e ra n o es u n su je to a b s o lu to , sin o u n a im a g e n p e rm a n e n te de la sen sib ilid a d . E s só lo u n a in tu ic ió n en la q u e n o h allam o s nad a in c o n d ic io n a d o . L a reg la del av a n c e in fin ito e n la s u b d iv is ió n d e u n fe n ó m e n o , c o n sid e ra d o éste c o m o m e ra o c u p a c ió n del esp acio , se cu m p le sin lu g a r a d u d a s. P e ro , a u n te n ié n d o lo en c u e n ta , esa reg la n o p o see v alid ez c u a n d o p re te n d e m o s e x te n d e rla a u n c o n ju n to de p a rte s q u e se h a lla n ya sep a ra d a s d e u n m o d o d e te rm in a d o en el to d o d a d o , d e fo rm a q u e c o n stitu y e n u n quantum discretum. S u p o n e r q u e e n to d o c o n ju n to a rtic u la d o (o rg a n iz a d o ) cada p a rte se h alla, a su v ez, a rtic u la d a y q u e de este m o d o se g u ire m o s e n c o n tra n d o sie m p re , m e d ia n te la d e sc o m p o sic ió n , n u ev a s p a rte s o rg a n iz a d a s ; su p o n e r, en una p a la b ra , q u e el to d o se h alla a rtic u la d o in infinitum , c o n stitu y e u n a h ip ó te sis im p en sa b le . Sí es, en c a m b io , p e n sa b le q u e las p a rtes de la m a te ria p u d ie ra n , u n a v ez d e sc o m p u e sta s h asta el in fin ito , ser a rtic u la d a s e n tre sí. E n efecto , la in fin itu d de la d iv isió n d e u n fe n ó m e n o d a d o en el esp acio se basa in der Erscheinung Substaw.£

460

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

ta n só lo en q u e e n v irtu d d e ese m ism o fe n ó m e n o se n o s da la sim ple d iv isib ilid a d , es d e c ir, u n a c a n tid a d a b s o lu ta m e n ­ te in d e te rm in a d a d e p a rte s, las cuales só lo se d a n y d e te rm in a n , a su vez, m e d ia n te u n a su b d iv is ió n ; e n u n a p a la b ra , se basa e n q u e el to d o n o se h alla a ú n d iv id id o e n sí m ism o . La d iv isió n p u e d e , p o r ta n to , señ alar en él u n a c a n tid a d q u e llega h asta d o n d e se q u ie ra se g u ir en el re g re so d e la d iv isió n . E n el caso d e u n c u e rp o o rg á n ic o a rtic u la d o in infinitum nos re p re se n ta m o s, en c a m b io , el to d o c o m o ya d iv id id o , p re c isa ­ m e n te en v ir tu d de ese m ism o c o n c e p to , y e n él e n c o n tra m o s u n a m u ltitu d d e p a rte s d e te rm in a d a en sí m ism a e in fin ita c o n a n te rio rid a d a to d o re g re so d e la d iv isió n , lo cual es c o n tra d ic to rio , ya q u e este d e sa rro llo in fin ito es c o n s id e ra ­ d o c o m o u n a serie q u e n u n c a se acab a (in fin ita ) y, a la vez, c o m o u n c o n ju n to acab ad o . La d iv isió n in fin ita es só lo u n a c a racterística del fe n ó m e n o c o m o quantum continuum, y es in se p a ­ rab le d e la o c u p a c ió n d e esp acio , ya q u e es p re c isa m e n te en tal o c u p a c ió n d o n d e re sid e el fu n d a m e n to d e su in fin ita d iv is ib i­ lid ad . T o m e m o s a h o ra a lg o c o m o quantum discretum. T a n p ro n to ■como lo h a g a m o s , la c a n tid a d de u n id a d e s c o n te n id a s en ese a lg o es un a c a n tid a d d e te rm in a d a y, c o n sig u ie n te m e n te , ig u al a u n n ú m e ro . A sí, p u e s, só lo la e x p erien cia p u e d e d e c id ir h asta d ó n d e llega la o rg a n iz a c ió n d e u n c u e rp o o rg a n iz a d o y, a u n q u e la ex p erien c ia n o o b te n g a c o n se g u rid a d p a rte s in o rg á n ic a s, éstas tie n e n q u e h allarse al m e n o s en la ex p erien cia p o sib le. H a sta d ó n d e se e x tie n d e la d iv isió n tra sc e n d e n ta l de u n fe n ó m e n o en g e n e ra l n o es, en c a m b io , a s u n to d e la e x p e ­ rien cia, sin o u n p rin c ip io de la ra z ó n q u e d ic e : e n la d e s c o m p o ­ sició n de lo e x te n so y en c o n fo rm id a d c o n la n a tu ra le z a d e ese fe n ó m e n o , n u n c a h ay q u e c o n sid e ra r el re g re so e m p íric o c o m o a b so lu ta m e n te c o m p le to .

Observación fin a l sobre la solución de las ideas matemáticotrascendentales y advertencia preliminar sobre la solución de las ideas dinámico-trascendentales C u a n d o re p re se n ta m o s en u n a ta b la la a n tin o m ia de la ra z ó n p u ra o rig in a d a p o r to d a s las ideas tra sc e n d e n ta le s in d ic a n d o el fu n d a m e n to del c o n flic to y el ú n ic o m e d io de su p e ra rlo — m e d io q u e c o n sistía e n p ro c la m a r falsas am b as afirm a cio n es c o n tra p u e s ta s — , re p re se n ta m o s las c o n d ic io n e s

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

461

co m o p e rte n e c ie n te s, en to d o s los casos, a su c o n d ic io n a d o se g ú n relaciones d e esp acio y tie m p o , lo cual c o n stitu y e el p re s u p u e sto o rd in a rio d el e n te n d im ie n to h u m a n o c o m ú n , p re ­ su p u e s to so b re el q u e d e scan sab a ta m b ié n la to ta lid a d d e ese co n flicto . D e sd e este p u n to de v ista, to d a s las re p re se n ta c io n e s dialécticas de la to ta lid a d , en la serie de c o n d ic io n e s de un c o n d ic io n a d o d a d o , eran e x a c ta m e n te d e la misma índole. E n to d o s los casos se tra ta b a d e u n a serie en la cual c o n d ic ió n y c o n d ic io n a d o e ran lig ad o s c o m o m ie m b ro s de ella, en v irtu d de lo cual eran am b o s homogéneos, ya q u e el re g re so n unca era c o n c e b id o c o m o c o m p le to o , en el caso de q u e tu v iese q u e serlo , h ab ía q u e a su m ir — e rró n e a m e n te — c o m o p rim e ro , esto es, c o m o in c o n d ic io n a d o , u n m ie m b ro q u e era e n sí m ism o c o n d ic io n a d o . P o r c o n sig u ie n te , lo q u e se c o n sid e ra b a 1 n o era siem p re el o b je to , es d e c ir, lo c o n d ic io n a d o , sin o la serie de sus c o n d ic io n e s d esd e el sim p le p u n to de vista de la m a g n itu d de ésta. Y a q u í su rg ía u n a d ificu ltad q u e no p o d ía vencerse p o r m e d io d e n in g ú n c o m p ro m iso , sin o só lo c o rta n d o el n u d o e n te ro . La d ific u lta d c o n sistía e n q u e la razó n p re se n ta b a al e n te n d im ie n to una so lu c ió n q u e o bien iba demasiado lejos, o bien se q u e d a b a corta, de m o d o q u e el e n te n d im ie n to n o p o d ía n u n c a situ a rse al n iv el d e la idea d e la razón. P e ro h em o s o m itid o a q u í u n a d iferen cia esencial que existe e n tre los o b je to s, es d ecir, e n tre lo s c o n c e p to s del e n te n ­ d im ie n to q u e la razó n tra ta de c o n v e rtir en ideas. E n efecto , se g ú n la a n te rio r tab la d e c a te g o ría s, d o s de ellas c o n stitu y e n una síntesis matemática de los fe n ó m e n o s, m ien tras q u e las o tra s d o s re p re se n ta n u n a sín tesis dinámica de los m ism o s. Si hem os p o d id o p re s c in d ir h asta a h o ra de tal d istin c ió n ha sid o p o rq u e así c o m o e n la re p re se n ta c ió n g e n e ra l de to d a s las ideas tra scen d en tale s n o s h e m o s m o v id o sie m p re e n tre c o n d icio n es fenoménicas, ta m p o c o te n ía m o s en las d o s ideas m atem á tic o -tra sc e n d e n ta le s o tr o objeto q u e el de la esfera del fe n ó m e n o . P ero a h o ra q u e a v a n z a m o s hacia los c o n c e p to s dinámicos del e n te n d im ie n to , e n la m e d id a en q u e d e b e n a c o m o ­ d arse a la idea de la ra z ó n , c o b ra im p o rta n c ia esa d istin c ió n , a b rié n d o n o s u n n u e v o h o riz o n te re sp e c to del litig io e n q u e la razó n se halla e n v u e lta . E ste litig io fu e an tes recusado p o r

Leyendo, con Grillo, wurde, en vez de würde. (N. del T.)

A 529 B 557

462

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

b asarse en su p u e s to s falsos p o r a m b o s lad o s. P e ro te n ie n d o en c u e n ta q u e ta l vez te n g a a h o ra lu g a r e n la a n tin o m ia d in á m i­ ca u n s u p u e s to capaz d e c o e x istir c o n las p re te n s io n e s de la ra zó n y q u e el juez su p le las d eficien cias d e las bases ju ríd ic a s q u e h a b ía n sid o ig n o ra d a s p o r a m b a s p a rte s , se p u e d e , te n ie n d o e sto p re s e n te , lle g a r a u n a avenencia e n tre las d o s, cosa q u e la a n tin o m ia m a tem átic a n o p e rm itía . T o d a s las series d e c o n d ic io n e s so n d e sd e lu e g o h o m o ­ g én eas si só lo se a tie n d e a su extensión, e sto es, a si tales series so n a d ecu ad as a la idea o a si ésta es ex c e siv a m e n te g ra n d e o e x c esiv am en te p e q u e ñ a p a ra ellas. P e ro el c o n c e p to in telectu al q u e sirv e de base a esas ideas c o n tie n e , o bien u n a m era síntesis de lo homogéneo (lo cual se da p o r su p u e s to ta n to en la c o m p o s ic ió n c o m o en la d iv isió n d e to d a m a g n itu d ), o b ien u n a síntesis de lo heterogéneo, lo cual p u e d e a d m itirse en la síntesis d in ám ic a al m e n o s, ta n to en la d e c o n e x ió n causal c o m o en la q u e liga lo n e c e sa rio y lo c o n tin g e n te . A ello se d e b e el q u e só lo p u e d a in te rv e n ir e n la c o n e ­ x ió n m a te m á tic a d e las series d e fe n ó m e n o s u n a c o n d ic ió n q u e sea sensible, es d e c ir, u n a c o n d ic ió n q u e sea, a su vez, p a rte de la serie. La serie d in á m ic a d e las c o n d ic io n e s sen sib les p e rm ite , p o r el c o n tra rio , u n a c o n d ic ió n q u e sea h e te ro g é n e a , q u e n o [sea] p a rte de la se rie , sin o q u e se h alle, en c u a n to c o n d ic ió n meramente inteligible, fu e ra d e ella. D e esta fo rm a la ra z ó n o b tie n e u n a satisfa c c ió n , y se a n te p o n e u n in c o n d ic io ­ n a d o a los fe n ó m e n o s sin q u e ello c o n fu n d a el c a rá c te r sie m p re c o n d ic io n a d o de la serie q u e fo r m a n ni se in frin ja n lo s p r in c i­ p io s del e n te n d im ie n to . A h o ra b ien , el q u e las ideas d in á m ic a s p e rm ita n u n a c o n d ic ió n de lo s fe n ó m e n o s e x te rio r a la serie q u e ésto s c o m p o ­ n e n , es d ecir, u n a c o n d ic ió n q u e n o sea, a su vez, fe n ó m e n o , hace q u e su ced a a lg o c o m p le ta m e n te d is tin to d el re s u lta d o d e la a n tin o m ia 1 . E s ta , e n e fe c to , e ra la causa d e q u e las d o s c o n tra p u e sta s afirm a c io n e s d ialécticas tu v ie ra n q u e ser d ecla rad as falsas. P o r el c o n tra rio , el c a rá c te r e n te ra m e n te c o n ­ d ic io n a d o d e las series d in á m ic a s, c a rá c te r q u e les es in s e p a ra ­ ble, en c u a n to fe n ó m e n o s q u e so n , va u n id o a u n a c o n d ic ió n q u e , si b ie n es e m p íric a m e n te in c o n d ic io n a d a , es ta m b ié n no-sensible, lo cu al p u e d e d a r satisfa c c ió n al entendimiento, p o r u n a 1 H a r te n s te in le e : « a n tin o m ia m a te m á tic a » (N . del T .)

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

463

p a rte , y a la razón, p o r otra*1. A d e m á s, m ie n tra s d e sa p a re c e n los a rg u m e n to s d ialéctic o s q u e , d e u n a u o tra fo rm a , p e rs e g u ía n u na to ta lid a d en los sim p les fe n ó m e n o s , las p ro p o s ic io n e s de la ra z ó n p u e d e n , en ca m b io , u n a vez c o rre g id a s en este s e n tid o , | A 532 1 B 560 ser ambas verdaderas. E n el caso d e las ideas c o sm o ló g ic a s, q u e só lo se re fie re n a u n a u n id a d m a te m á tic a m e n te in c o n d ic io ­ n ad a, n u n ca p u e d e o c u rr ir e sto ú ltim o , ya q u e n o se e n c u e n tra e n tales ideas n in g u n a c o n d ic ió n q u e lo sea d e la serie d e los fe n ó m e n o s, p u e s to q u e esa c o n d ic ió n es ella m ism a u n fe n ó m e n o y, en c u a n to ta l, c o n stitu y e u n m ie m b ro d e la serie.

III

Solución de la id ea 1 cosmológica de la to ta lid a d de la deriva­ ción de los acontecimientos cósmicos a p a r tir de sus causas S ó lo p o d e m o s c o n c e b ir d o s clases d e ca u sa lid a d en relació n c o n lo q u e su c e d e : la q u e d e riv a d e la naturaleza y la q u e p ro c e d e d e la libertad. La p rim e ra c o n siste en re la c io n a r, d e n tr o del m u n d o d e lo s se n tid o s, u n e sta d o c o n o tr o a n te rio r, al cual sig u e c o n fo rm e a u n a reg la. Si se tie n e e n c u e n ta q u e la causalidad d e lo s fe n ó m e n o s se basa e n c o n d ic io n e s te m p o ra le s y q u e si el e sta d o a n te rio r h u b ie se e x istid o sie m p re n o h a b ría p ro d u c id o u n e fe c to q u e só lo su rg e e n el tie m p o , e n to n c e s la c a u salid ad d e la cau sa d e a q u e llo q u e su c e d e o nace ha nacido ta m b ié n y, se g ú n el p rin c ip io del e n te n d im ie n to , n ecesita, a su v ez, u n a causa. A 533 B 561

el c o n tra rio , la cap acid a d d e in ic ia r por si mismo u n e sta d o . N o se tra ta , p u e s, d e u n a cau sa lid a d q u e se h alle, a su vez,

k En efecto, el entendim iento no adm ite entre los fenómenos ninguna condición que sea, a su vez, empíricam ente incondicionada. A hora bien, si fuese posible concebir una condición inteligible de un condicionado (en la esfera del fenóm eno), una condición que no fuera, p o r tanto, un m iem bro de la serie de los mismos, sin po r ello interrum pir en lo más mínimo la serie de las condiciones empíricas, entonces tal condición podría ser admitida como empíricamente incondicionada, de suerte que no se produciría con ello ningún corte en el regreso continuo (N ota de Kant) 1 Leyendo, con E rdm ann, Idee, en vez de Ideen (N. del T.)

{

464

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

b ajo o tra cau sa q u e , sig u ie n d o la ley d e la n a tu ra le z a , la d e te r m i­ ne te m p o ra lm e n te . La lib e rta d es e n este s e n tid o u n a idea p u ra tra sc e n d e n ta l q u e , en p rim e r lu g a r, n o c o n tie n e n ad a to m a d o de la ex p erien cia y c u y o o b je to , en s e g u n d o lu g a r, no p u e d e d a rs e de m o d o d e te rm in a d o en n in g u n a ex p e rie n c ia , ya q u e hay u n a ley g e n e ra l, q u e re g u la la m ism a p o sib ilid a d de to d a ex p e rie n c ia , se g ú n la cual to d o c u a n to su c ed e ha de te n e r un a causa. C o n sig u ie n te m e n te , la m ism a c a u salid ad de la causa, la cu al ha sucedido o n a c id o a su ve%, tie n e q u e p o se e r p o r su p a rte u n a n u e v a causa. D e esta fo rm a , to d a la esfera de la exp erie n c ia se c o n v ie rte , p o r m u c h o q u e se e x tien d a, en u n c o n ju n to 1 d e m e ra n a tu ra le z a . A h o ra b ien, c o m o n o es p o s ib le o b te n e r d e e ste m o d o u n a to ta lid a d a b s o lu ­ ta de las c o n d ic io n e s e n la re la c ió n cau sal, la ra z ó n crea la idea d e u na e sp o n ta n e id a d capaz d e c o m e n z a r a a c tu a r p o r sí m ism a, sin n ecesid ad d e q u e o tra causa a n te r io r la d e te rm in e a la acció n en c o n fo rm id a d c o n la ley del en lace causal. M erece especial a te n c ió n el h e c h o d e q u e la idea trascen­ dental de la libertad sirv a d e fu n d a m e n to al c o n c e p to p rá c tic o de ésta y q u e aquélla re p re se n te la v e rd a d e ra d ific u lta d q u e A 5341 ha im p lic a d o d e sd e sie m p re la c u e stió n acerca d e la p o sib ilid a d B 562 J de esa lib e rta d . E n su sentido práctico, la libertad es la in d e p e n d e n ­ cia d e la v o lu n ta d re s p e c to d e la imposición d e lo s im p u lso s de la se n sib ilid ad . E n e fecto , u n a v o lu n ta d es sen sib le en la m e d id a e n q u e se h alla patológicamente afectada (p o r m ó v ile s de se n s ib ilid ad ). Se llam a anim al (arbitrium brutum ) si p u e d e imponerse patológicamente2. La v o lu n ta d h u m a n a es arbitrium sensitivum, p e r o n o brutum, sin o liberum, ya q u e la se n sib ilid a d n o d e te rm in a su a c ció n d e m o d o n e c e sa rio , sin o q u e el h o m b re g o za d e la c a p acid ad d e d e te rm in a rs e e sp o n tá n e a m e n te a sí m ism o c o n in d e p e n d e n c ia d e la im p o sic ió n d e lo s im p u lso s sen sitiv o s. E s fácil de v e r q u e , si to d a la cau sa lid a d q u e h ay en el m u n d o se n sib le fu ese m e ra n a tu ra le z a , to d o a c o n te c im ie n to estaría te m p o ra lm e n te d e te rm in a d o p o r o tr o se g ú n leyes n e c e ­ sarias. P o r ta n to , te n ie n d o e n c u e n ta q u e lo s fe n ó m e n o s d e b e ­ rían , en la m e d id a en q u e d e te rm in a n la v o lu n ta d , h a c e r n e cesa­ ria to d a a c c ió n c o m o re s u lta d o n a tu ra l d e los m ism o s, la su p re sió n d e la lib e rta d tra sc e n d e n ta l sig n ificaría, a la vez,

1

In b e g p iff

2 pathologisch mcessitiert iverden kann

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

465

la d e s tru c c ió n de to d a lib e rta d p rá c tic a . E n e fe c to , ésta p r e s u p o ­ ne q u e a lg o h a debido su c e d e r, in c lu so e n el caso d e q u e n o haya su c e d id o , y, q u e p o r c o n sig u ie n te , la cau sa d e ese a lg o n o p u e d e te n e r en la esfera d e l fe n ó m e n o u n c a rá c te r ta n d e te rm in a n te , q u e n o p u e d a h a b e r en n u e stra v o lu n ta d u n a cau salid ad cap az d e p ro d u c ir — c o n in d e p e n d e n c ia d e esas causas n a tu ra le s e in c lu so c o n tra su p o d e r y su in flu jo — alg o q u e en el o rd e n te m p o ra l se h alle d e te rm in a d o se g ú n leyes em p íricas, u n a cau salid a d q u e sea, p o r ta n to , cap az d e in iciar c o n entera espontaneidad u n a se rie d e a c o n te c im ie n to s. O c u rre , p u e s , a q u í lo q u e se d e sc u b re sie m p re en el co n flic to d e u n a ra z ó n q u e se a v e n tu ra m ás allá d e los lím ites de la ex p erien cia p o sib le : q u e el p ro b le m a n o es fisiológico, sin o trascendental. D e a h í q u e la c u e s tió n so b re la p o sib ilid a d de la lib e rta d afecte a la p sic o lo g ía , p e ro , te n ie n d o en c u e n ta q u e se basa en lo s a rg u m e n to s d ia lé c tic o s d e la m era ra z ó n p u ra , es e x c lu siv a m e n te la filo so fía tra sc e n d e n ta l la q u e ha de o c u p a rs e d e ella y d e su so lu c ió n . L a ra z ó n n o p u e d e n e g a rse a d a r u n a re sp u e sta sa tisfa c to ria a esta c u e stió n , p e ro p ara q u e esté p re p a ra d a p a ra o fre c e rla d e b e m o s a n te s h ac e r a lg u n as p re c isio n e s so b re el p ro c e d im ie n to se g u id o p o r la ra z ó n en este p ro b le m a . Si lo s fe n ó m e n o s fu e se n cosas e n sí m ism as y esp acio y tie m p o fu e ra n , c o n sig u ie n te m e n te , fo rm a s d e e x isten cia de las cosas en sí m ism as, e n to n c e s las c o n d ic io n e s y lo c o n d ic io n a ­ d o se ría n sie m p re m ie m b ro s p e rte n e c ie n te s a u n a m ism a serie. D e ello su rg iría en este caso la a n tin o m ia c o m ú n a to d a s las ideas tra sc e n d e n ta le s y q u e c o n siste en q u e esa serie re s u lta ­ ría in e v ita b le m e n te , o b ie n d e m a sia d o g ra n d e , o b ie n d e m a sia d o p e q u e ñ a p a ra el e n te n d im ie n to . A h o ra b ie n , los c o n c e p to s d in á m ic o s de la ra z ó n , d e los q u e n o s o c u p a m o s e n este n ú m e ro y en el p ró x im o , p o se e n la sig u ie n te p e c u lia rid a d : c o m o n o se re fie re n a u n o b je to c o n sid e ra d o c o m o m a g n itu d , sino só lo a su existencia, p o d e m o s p re s c in d ir ta m b ié n d e la m a g n itu d de la serie d e las c o n d ic io n e s; n o a te n d e m o s en tales c o n c e p to s m ás q u e a la re la c ió n d in á m ic a e n tre c o n d ic ió n y c o n d ic io n a d o , d e su e rte q u e e n la c u e stió n re la tiv a a la n atu ra le z a y la lib e rta d tro p e z a m o s c o n el p ro b le m a d e si la lib e rta d es p o sib le en a b s o lu to y d e si, e n el caso d e q u e lo sea, es c o m p a tib le c o n la u n iv e rsa lid a d de las leyes n a tu ra le s de la c a u salid ad . E l p ro b le m a es, p u e s, é ste : ¿es c o rre c ta la d is y u n c ió n s e g ú n la cual to d o e fe c to en el m u n d o tie n e q u e

í A 535 l B 563

ÍA 536 \ B 564

466

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

d e riv a r, o bien d e la n a tu ra le z a , o bien de la lib e rta d ? ; ¿no h ab rá q u e d ecir, p o r el c o n tra rio , q u e ambas a lte rn a tiv a s p u e d e n cu m p lirse sim u ltá n e a m e n te y d e sd e u n p u n to de v ista d is tin to en el m ism o a c o n te c im ie n to ? L a v alid ez d el p rin c ip io q u e afirm a la c o m p le ta in te rd e p e n d e n c ia de to d o s los e v e n to s d el m u n d o sensible c o n fo rm e a leyes n a tu ra le s in m u ta b le s q u e d ó ya establecida c o m o u n p rin c ip io d e la an alítica tra sc e n d e n ta l y no p e rm ite in fracció n n in g u n a . La c u e stió n se re d u c e , p u es, a si, a p esar d e ello, p u e d e h a b e r lib e rta d re sp e c to d el m ism o efecto d e te rm in a d o p o r la n a tu ra le z a o si, p o r el c o n tra rio , esa lib ertad q u ed a c o m p le ta m e n te ex clu id a p o r d ich a regla in v io lab le. La c o m ú n y e n g a ñ o sa su p o sic ió n d e la realidad absoluta d e los fe n ó m e n o s rev ela a q u í su p e rn ic io so in flu jo en la c o n fu s ió n de la ra z ó n . E n efe c to , si los fe n ó m e n o s so n cosas en sí m ism as, la lib e rta d es insalvable. E n este caso, la n atu raleza es la causa c o m p le ta y en sí m ism a su fic ie n te ­ m en te d e te rm in a n te de to d o a c o n te c im ie n to . L a c o n d ic ió n de éste no se hallará en to n c e s sin o e n la serie de los fe n ó m e n o s, los cuales serán , ellos y su efe c to , n ecesario s e n v irtu d de A 537 la ley n atu ral. Si, p o r el c o n tra rio , los fe n ó m e n o s n o so n B 565 c o n sid erad o s sin o c o m o lo q u e so n en realid ad , es d e c ir, n o co m o cosa en sí, sin o c o m o m eras re p re se n ta c io n e s q u e se hallan v in cu lad as c o n fo rm e a leyes em p íric a s, e n to n c e s tie n e n q u e p o seer fu n d a m e n to s q u e n o sean fe n ó m e n o s. A h o ra b ien , la causalidad de sem ejan te causa in te lig ib le n o está d e te rm in a d a p o r fe n ó m e n o s, a u n q u e sus e fecto s se m a n ifie ste n y p u e d a n ser así d e te rm in a d o s p o r m e d io d e o tro s fe n ó m e n o s. T al causa se halla, p u e s, ju n ta m e n te co n su c a u salid ad , fu era de la serie. Sus efectos, en c a m b io , se e n c u e n tra n en la serie de las c o n d ic io ­ nes em píricas. C o n sig u ie n te m e n te , p o d e m o s c o n sid e ra r el e fec­ to c o m o lib re c o n re sp e c to a su causa in telig ib le, p e ro , c o n re sp e c to a los fe n ó m e n o s, p o d e m o s to m a rlo , a la vez, p o r re su lta d o de esos m ism o s fe n ó m e n o s se g ú n la necesid ad de la n atu raleza. E sta d is tin c ió n p a re c e rá m u y su til y o sc u ra si es p re se n ta d a en su u n iv e rsa lid a d y en su fo rm a to ta lm e n te a b strac ta, p e ro la ap lic a c ió n e c h a rá luz so b re ella. A q u í só lo he p re te n d id o h acer n o ta r q u e la c o m p le ta in te rd e p e n d e n c ia d e to d o s los fe n ó m e n o s en u n c o n te x to d e la n a tu raleza c o n s ti­ tu y e u n a ley in e x o rab le y q u e, p o r ello m ism o , esta ley d eb e ría b a rre r n ecesariam en te to d a lib e rta d en el caso de q u e nos a fe rrá ra m o s o b s tin a d a m e n te a la realid ad de los fe n ó m e n o s. A ello se d e b e el q u e los d e fe n so re s de la o p in ió n c o m ú n

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

467

en este p u n to jam ás c o n sig a n h a c e r c o m p a tib le s n a tu ra le z a y lib ertad .

Posibilidad de conciliar la causalidad p o r libertad con la ley universal de la necesidad de la naturaleza D o y el n o m b re d e inteligible a a q u e llo q u e n o es fe n ó m e n o en u n o b je to de los se n tid o s. T e n ie n d o e sto en c u e n ta , si aq u e llo q u e en el m u n d o sen sib le ha d e ser c o n sid e ra d o c o m o fe n ó m e n o p o see en sí m ism o u n a fa c u lta d q u e n o sea o b je to de la in tu ic ió n sen sib le, p e ro q u e le p e rm ita ser cau sa de fe n ó m e n o s, e n to n c e s p o d e m o s c o n sid e ra r la causalidad d e ese ser d esde d o s p u n to s d e vista d is tin to s : en c u a n to cau salid ad p ro p ia de u n a cosa en sí m ism a, c o m o inteligible p o r su acción; en c u a n to cau salid ad p ro p ia d e u n fe n ó m e n o d el m u n d o sen si­ ble, c o m o sensible p o r sus efectos. D e la fa c u lta d de cau sar q u e tal su je to p o see nos fo rm a ría m o s , p u es, ta n to u n c o n c e p to e m p íric o c o m o u n c o n c e p to in te le c tu a l, re firié n d o se a m b o s c o n c e p to s a un m ism o efecto . S em e ja n te d u p lic id a d de p u n to s d e vista al c o n c e b ir u n o b je to de los se n tid o s n o c o n tra d ic e n in g u n o d e los c o n c e p to s q u e d e b e m o s h a c e rn o s d e los fe n ó m e ­ nos y d e un a ex p erien cia p o sib le . E n e fecto , al n o ser éstos cosas en sí, tie n e q u e h a b e r u n o b je to tra sc e n d e n ta l q u e les sirv a de base y q u e los d e te rm in e c o m o m eras re p re se n ta c io n e s. N ad a im p id e, p o r ta n to , q u e a trib u y a m o s a ese o b je to tra s c e n ­ d e n tal, adem ás d e la p ro p ie d a d a tra v é s d e la cual se m an ifiesta, u n a causalidad q u e no sea fe n ó m e n o , a u n q u e su efecto ap arezca e n u n fe n ó m e n o . P e ro to d a causa e ficien te d e b e p o se e r un carácter, es d e cir, un a ley de cau sa lid a d sin la cual n o sería causa. E n u n su je to del m u n d o se n sib le e n c o n tra ría m o s e n to n ­ ces: en p rim e r lu g a r, u n carácter empírico en v irtu d del cual sus acto s e sta ría n , en c u a n to fe n ó m e n o s, lig a d o s a o tro s fe n ó ­ m en o s c o n fo rm e a leyes n a tu ra le s c o n sta n te s, y p o d ría n d e riv a r­ se de esto s o tro s fe n ó m e n o s c o m o c o n d ic io n e s suyas. E n la z a d o s c o n esos fe n ó m e n o s, los acto s se ría n , p u e s, m ie m b ro s d e una ú n ica serie del o rd e n n a tu ra l. E n s e g u n d o lu g a r, h a b ría q u e c o n c e d e r, ad em á s, a d ic h o su je to u n carácter inteligible en v irtu d del cual fu era e fe ctiv a m e n te causa d e esos acto s en c u a n to fe n ó m e n o s, p e ro q u e n o se h allara so m e tid o a n in g u n a c o n d i­ c ió n de la se n sib ilid ad n i fu ese, p o r su p a rte , u n fe n ó m e n o . P o d ría m o s ig u a lm e n te llam ar al p rim e ro c a rá c te r d e la cosa

468

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

e n la esfera del fe n ó m e n o y c a rá c te r d e la co sa en sí m ism a al seg u n d o . D e sd e el p u n to d e v ista d e su c a rá c te r in te lig ib le , este su je to a g e n te n o se h allaría, p u e s, s o m e tid o a n in g u n a c o n d ic ió n te m p o ra l, ya q u e el tie m p o só lo e s-c o n d ic ió n d e los fe n ó m e n o s, n o d e las cosas en sí m ism as. N o comentaría n i cesaría en él n in g ú n acto; n o estaría , p o r ta n to , so m e tid o a la ley de to d a d e te rm in a c ió n te m p o ra l, d e to d o lo m u d a b le , es d ecir, a la ley se g ú n la cual to d o c u a n to su c e d e tie n e su causa en los fenómenos (de su e sta d o a n te rio r). E n u n a p a la b ra , al ser in telectu al la cau salid ad d e ese su je to , n o se h a lla ría en la serie d e las co n d ic io n e s em p íricas q u e c o n v ie rte n en n e cesario el a c o n te c im ie n to del m u n d o sen sib le. A u n q u e n u n c a p o d r ía ­ m o s c o n o c e r d ire c ta m e n te ese c a rá c te r in te lig ib le , ya q u e só lo p e rc ib im o s lo q u e se m an ifiesta, d e b e ría concebirse de a c u e rd o c o n el ca rá c te r e m p íric o , ig u al q u e d e b e m o s su p o n e r u n o b je to tra sc e n d e n ta l q u e sirv a d e base a los fe n ó m e n o s a p e s a r de q u e nad a sep am o s acerca d e lo q u e tal o b je to sea en sí rú ism o . A sí, p u e s, d esd e el p u n to d e v ista d e su c a rá c te r e m p íri­ c o , ese su je to e staría , en c u a n to fe n ó m e n o , s o m e tid o a to d a s las leyes q u e d e te rm in a n p o r 1 c o n e x ió n causal. E n este s e n tid o , no sería m ás q u e u n a p a rte d el m u n d o sen sib le, y sus efectos d e riv a ría n in d e fe c tib le m e n te d e la n a tu ra le z a c o m o d e riv a c u a l­ q u ie r o tr o fe n ó m e n o . D e la m ism a fo rm a en q u e in flu iría n en él los fe n ó m e n o s e x te rn o s y e n q u e c o n o c e ría m o s a trav és de la ex p erien cia c ó m o es su c a rá c te r e m p íric o , es d e c ir, la ley de su c a u salid ad , así d e b e ría n ser ta m b ié n e x p licad o s to d o s sus acto s de a c u e rd o c o n leyes n a tu ra le s ; to d o s los re q u isito s de u n a d e te rm in a c ió n c o m p le ta y necesaria d e esos a cto s d e b e ­ ría n h allarse en u n a p o sib le e x p erien cia. D e sd e el p u n to d e v ista d e su c a rá c te r in te lig ib le , en c a m b io (a u n q u e no p o d a m o s te n e r d e él m ás q u e el c o n c e p to g e n e ra l), ese m ism o su je to d e b e ría ser d e c la ra d o lib re d e to d o in flu jo de la sen sib ilid a d y d e to d a d e te rm in a c ió n p o r los fe n ó m e n o s. P o r o tra p a rte , en la m e d id a en q u e es númeno, n ad a sucede en él; n o e x p e rim e n ta n in g ú n c a m b io q u e re q u ie ra u n a d e te rm in a c ió n te m p o ra l ni se e n c u e n tra en él, c o n s ig u ie n te ­ m e n te , n in g u n a c o n e x ió n c o n fe n ó m e n o s en c u a n to causas. P o r lo ta n to , este ser a c tiv o sería e n sus a c to s in d e p e n d ie n te Suprim iendo la coma, de acuerdo con E rdm ann (N. del T .)

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

469

y lib re d e to d a n ecesid ad n a tu ra l, ya q u e ésta só lo se halla e n el m u n d o d e lo s se n tid o s. S ería p e rfe c ta m e n te c o rre c to d e c ir q u e ese ser inicia p o r s i mismo sus efecto s en el m u n d o sensible sin q u e la acció n c o m ie n c e en él; y eso sería v álid o sin q u e lo s efecto s tu v ie ra n q u e c o m e n z a r p o r sí m ism o s en ese m ism o m u n d o sen sib le, d o n d e sie m p re se h alla n e fe c tiv a ­ m en te p re d e te rm in a d o s p o r c o n d ic io n e s em p íric a s a n te rio re s, a u n q u e só lo a tra v é s d e su c a rá c te r e m p íric o (q u e n o es sin o el fe n ó m e n o d e su cará c te r in te lig ib le ), y d o n d e só lo so n p o sib les c o m o c o n tin u a c ió n d e la serie d e las cau sas n atu rales. D e esta fo rm a , lib e rta d y n a tu ra le z a c o e x istiría n en lo s m ism o s acto s sin c o n tra d e c irse , cada u n a en su sig n ific a c ió n c o m p le ta , se g ú n se c o n fro n ta ra esos acto s c o n su causa in te lig ib le o c o n su causa sensible.

E xp lica ció n de la idea cosmológica de libertad en su relación con la universal necesidad de la naturaleza H e c o n sid e ra d o o p o rtu n o e sb o z a r p rim e ro el c o n to r n o de la s o lu c ió n d e n u e s tro p ro b le m a tra sc e n d e n ta l c o n el fin d e q u e ello p e rm ita v er c o n m ás c la rid a d el c a m in o q u e sig u e la ra z ó n p ara so lu c io n a rlo . A h o ra v am o s a e x p o n e r los p aso s de la d ecisió n , q u e es lo q u e re a lm e n te in teresa , y a c o n sid e ra r cada u n o p o r sep arad o . La ley n a tu ra l se g ú n la cual to d o c u a n to su ced e p o see u n a c a u sa; se g ú n la cual la c au salid ad de esa cau sa, e sto es, la acción, p o see su p ro p ia causa (ya q u e , si te n e m o s en c u e n ta q u e es a n te rio r en el tie m p o , n o ha p o d id o e x istir sie m p re en relació n c o n u n efecto q u e ha surgido, sin o q u e tie n e , a su vez, q u e h a b e r su c e d id o ) e n tre los fe n ó m e n o s q u e la d e te r m i­ n a n ; se g ú n la cual to d o s los a c o n te c im ie n to s se h allan , p o r ta n to , e m p íric a m e n te d e te rm in a d o s en u n o rd e n n a tu ra l, esa ley, en v irtu d d e la cual los fe n ó m e n o s p u e d e n c o n s titu ir un a naturaleza y ser o b je to s d e u n a e x p erien cia, es u n a ley del e n te n d im ie n to . B ajo n in g ú n p re te x to es lícito d e sv ia rse d e ella o e x c e p tu a r u n fe n ó m e n o , ya q u e , de h a c e rlo , s itu a ría ­ m os tal fe n ó m e n o fu era de to d a ex p e rie n c ia p o sib le y, en ese caso, lo d is tin g u iría m o s d e to d o s los o b je to s de esta m ism a ex p erien cia p o sib le , c o n v irtié n d o lo en u n m e ro p ro d u c to m e n ­ tal y e n u n a q u im era. A u n q u e te n g a m o s la im p re sió n de h a lla rn o s a n te una

w >

470

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

m era cad en a de causas q u e n o p e rm ite u n a totalidad absoluta en el re g re so hacia sus c o n d ic io n e s, ta l d ific u lta d n o tie n e p o r q u é d e te n e rn o s , p u e s to q u e ha q u e d a d o ya re su e lta en la d isc u sió n g en eral de la a n tin o m ia d e la ra z ó n c u a n d o ésta p e rs ig u e lo in c o n d ic io n a d o en la serie d e los fe n ó m e n o s. Si n o s d ejam o s v e n c e r p o r la ilu sió n d el re a lism o tra sc e n d e n ta l, n o q u ed a ni n atu ra le z a ni lib e rta d . L a c u e stió n re sid e e n si sig u e sie n d o p o sib le , e n el caso d e q u e a d m ita m o s q u e en la serie e n te ra d e to d o s los a c o n te c im ie n to s n o h ay m ás q u e necesid ad n a tu ra l, c o n sid e ra r c o m o p o sib le q u e esa m ism a n ecesid ad n a tu ra l sea m e ro e fe c to d e la n a tu ra le z a , p o r u n la d o , y efecto d e la lib e rta d , p o r o tr o ; e n si n o h a y u n a c o n tra d ic c ió n d ire c ta e n tre estas d o s clases d e cau salid ad . D e sd e lu e g o , e n tre las causas fe n o m é n ic a s n o p u e d e h a b e r nad a capaz d e in iciar, p o r sí m ism o y e n té rm in o s a b so lu to s, u n a serie. E n c u a n to fe n ó m e n o , to d o a c to q u e p ro d u z c a u n a c o n te c im ie n to es, a su vez, u n a c o n te c im ie n to o suceso q u e p re s u p o n e o tr o e sta d o e n el q u e se h alla su causa. T o d o lo q u e su ced e n o es, p o r ta n to , m ás q u e c o n tin u a 1 c ió n d e la serie, n o sie n d o p o sib le e n ésta u n c o m ie n z o q u e 572 j se p ro d u z c a p o r sí m ism o . A sí, p u e s, to d o s los a c to s d e las causas n a tu ra le s en la serie te m p o ra l so n , a su vez, efecto s q u e p re s u p o n e n ig u a lm e n te sus causas en la serie te m p o ra l. U n a acció n originaria en v irtu d d e la cual se p ro d u z c a u n a n o v e d a d q u e a n te s n o existía n o es a lg o q u e p u e d a esp e ra rse de la re la c ió n q u e enlaza c a u sa lm e n te los fe n ó m e n o s. P e ro , si los efecto s so n fe n ó m e n o s ¿sigue sie n d o ig u a l­ m e n te n ecesario q u e la c a u salid ad d e su causa, la cual (es d ecir, la causa) es, a su vez, fe n ó m e n o , sea e x c lu siv a m e n te em p íric a ? ¿ N o es p o sib le , p o r el c o n tra rio , q u e , a p e sa r de la n ecesid ad d e q u e to d o e fecto e n la esfera d el fe n ó m e n o se h alle lig a d o a su causa se g ú n las leyes d e la cau salid ad e m p írica, esta m ism a ca u sa lid a d e m p íric a sea, sin in te rru m p ir e n a b s o lu to su re la c ió n c o n las causas n a tu ra le s, efecto de u n a c a u salid ad , n o em p íric a , sin o in te lig ib le ? E s d ecir, efecto de u n a c to q u e sea o rig in a rio en re la c ió n c o n los fe n ó m e n o s y q u e p ro c e d a d e u n a causa q u e n o sea, p u e s, fe n ó m e n o , sin o q u e , e n v irtu d d e tal cap a c id a d , sea in telig ib le , y ello a p e sa r d e q u e , en c u a n to m ie m b ro d e la cad en a n a tu ra l, ese a c to te n g a q u e ser e n te ra m e n te in c lu id o en el m u n d o sensible. N e c e sita m o s el p rin c ip io d e cau sa lid a d re c íp ro c a de los

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

471

fe n ó m e n o s p ara p o d e r b u sc a r e in d ic a r las c o n d ic io n e s n a tu rales de los a c o n te c im ie n to s n a tu ra le s, es d e c ir, p a ra p o d e r b u sc a r e in d icar sus causas fen o m én icas. Si este p rin c ip io es a d m itid o sin n in g u n a ex cep ció n q u e lo a te n ú e , el e n te n d im ie n to , q u e n o ve en su u so e m p íric o m ás q u e n a tu ra le z a en to d o s los a c o n te c im ie n to s — cosa q u e p u e d e h a c e r c o n to d a le g itim i­ d a d — , p o see to d o c u a n to p u e d e ex ig ir. Las ex p licacio n es físicas sig u e n su c u rs o sin n in g ú n o b stá c u lo . A h o ra b ie n , n o causa n in g ú n p e rju ic io al e n te n d im ie n to el a d m itir, a u n q u e só lo fu era fic tic ia m e n te , q u e a lg u n a s d e las causas n a tu ra le s p o se a n una facu ltad q u e sea só lo in telig ib le , en el s e n tid o d e q u e su d e te rm i­ n a c ió n a la acció n n u n c a se b ase e n c o n d ic io n e s em p íric a s, sin o en m e ro s fu n d a m e n to s del e n te n d im ie n to , p e ro d e su e rte q u e la acción de esa causa en la esfera del fenómeno sea c o n fo rm e a to d a s las leyes d e la cau salid ad e m p írica. E n efecto , d e esta m an era el s u je to a g e n te se h allaría, c o m o causa phaenomenon, lig a d o a la n atu raleza, y to d a s sus accio n es d e p e n d e ría n e s tre ­ c h a m e n te de ella. S ó lo el phaenomenon1 de ese su je to (con to d a su causalidad en la esfera del fe n ó m e n o ) c o n te n d ría ciertas c o n d icio n es q u e d e b e ría n ser c o n sid e ra d a s c o m o m e ra m e n te in telig ib les c u a n d o se q u isie ra a sc e n d e r d e sd e el o b je to e m p íric o al o b je to tra sc e n d e n ta l. E n efecto , si só lo se g u im o s la reg la n a tu ra l en aq u ello q u e p u e d e ser la causa e n tre lo s fe n ó m e n o s, en to n ce s p o d e m o s d e sp re o c u p a rn o s d e q u é fu n d a m e n to de esos m ism o s fe n ó m e n o s y d e su in te rd e p e n d e n c ia se c o n cib a en el su je to tra sc e n d e n ta l, su je to q u e n o s es e m p íric a m e n te d e sc o n o c id o . E ste fu n d a m e n to in te lig ib le n o afecta a las c u e s­ tio n es em p íricas, sino só lo al p e n sa m ie n to d el e n te n d im ie n to p u ro . A u n q u e los efecto s d e este p e n sa m ie n to y este o b ra r del e n te n d im ie n to p u ro se h allen e n los fe n ó m e n o s, ello no im p id e q u e éstos te n g a n q u e p o d e r ser p e rfe c ta m e n te ex p licad o s a p a rtir d e su causa fe n o m é n ic a se g ú n leyes n a tu ra le s, ya q u e se to m a c o m o fu n d a m e n to su p re m o de ex p lic a c ió n su carácter m e ra m e n te em p íric o y se p re sc in d e to ta lm e n te de su c a rácter in telig ib le — causa tra sc e n d e n ta l del c a rá c te r e m p íri­ co — , q u e n o s es d e sc o n o c id o salv o en la m e d id a en q u e viene in d ic a d o p o r tal ca rá c te r e m p íric o c o m o sig n o sen sib le suyo. A p liq u e m o s esto a la ex p erien cia. E l h o m b re es u n o d e los fe n ó m e n o s del m u n d o sensible. E n este se n tid o , es 1 T eniendo en cuenta el contexto, parece que se trata de un error y que debiera leerse mumenon, com o hace Hartenstein. (N. del T .)

472

A 547 B 575

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

ta m b ié n u n a de las cau sas n a tu ra le s cu y a c a u sa lid a d h a d e esta r re g u la d a p o r leyes e m p íric a s. C o m o cau sa n a tu ra l, d e b e p o se e r, c o n sig u ie n te m e n te , u n c a rá c te r e m p íric o , c o m o lo p o ­ seen to d a s las o tra s cosas n a tu ra le s. C o n o c e m o s ese c a rá c te r a tra v é s d e las fu erzas y d e las fa c u lta d e s q u e m a n ifie sta en sus acto s. E n la n atu ra le z a in a n im a d a y e n la sim p le m e n te an im al, n o h allam o s fu n d a m e n to n in g u n o q u e n o s h a g a c o n c e ­ b ir u na fa c u lta d q u e se h alle c o n d ic io n a d a d e m a n e ra d is tin ta de la m e ra m e n te sensib le. P e ro el h o m b re , q u e , p o r lo d em ás, n o c o n o c e la n a tu ra le z a e n te ra m ás q u e a tra v é s d e los se n tid o s, se c o n o c e ta m b ié n a sí m ism o a tra v é s d e la sim p le a p e rc e p c ió n , y ello m e d ia n te a cto s y d e te rm in a c io n e s in te rn a s q u e n o p u e d e en m o d o a lg u n o in c lu ir en las im p re s io n e s ' d e lo s se n tid o s. E l h o m b re es, p u e s, F e n ó m e n o 1 , p o r u n a p a rte , y, p o r o tra , e sto es, en re la c ió n c o n ciertas fa c u lta d e s, o b je to m e ra m e n te in telig ib le, ya q u e su a c ció n n o p u e d e e n a b s o lu to ser in c lu id a en la re c e p tiv id a d de la se n sib ilid a d . L la m a m o s a estas fa c u lta ­ des e n te n d im ie n to y ra z ó n . E s e sp e c ia lm e n te ésta ú ltim a la q u e se d is tin g u e d e m o d o m u y p e c u lia r y p re fe re n te d e to d a s las facu ltad es e m p íric a m e n te c o n d ic io n a d a s, ya q u e só lo c o n s i­ d era sus o b je to s d esd e el p u n to d e v ista de ideas, d e te rm in a n d o de a c u e rd o c o n ellas al e n te n d im ie n to , el cual e fe c tú a d e sp u é s u n u so e m p íric o de sus c o n c e p to s (ig u a lm e n te p u ro s ). Q u e esta ra z ó n p o se e c a u sa lid a d , o q u e al m e n o s n o s re p re se n ta m o s q u e la p o se e , es a lg o q u e q u e d a c la ro e n v irtu d de los imperativos q u e e n to d o lo p rá c tic o p ro p o n e m o s c o m o reglas a las fac u lta d e s activ as. E l deber ex p resa u n tip o de n ecesid ad y de re la c ió n c o n fu n d a m e n to s q u e n o a p a re c e en n in g u n a o tra p a rte d e la n a tu ra le z a . E l e n te n d im ie n to só lo p u e d e c o n o c e r d e ésta ú ltim a lo que es, fu e o será. E s im p o sib le q u e a lg o deba ser en la n a tu ra le z a d e m o d o d is tin to d e c o m o es en re a lid ad e n to d a s estas rela c io n e s te m p o ra le s. E s m ás, el d e b e r n o p o se e a b so lu ta m e n te n in g ú n s e n tid o si só lo n o s a te n e m o s al c u rs o de la n a tu ra le z a . N o p o d e m o s p re g u n ta r q u é d e b e su ced er en la n a tu ra le z a , n i ta m p o c o q u é p ro p ie d a d e s d e b e te n e r u n círc u lo , sin o q u e p re g u n ta m o s q u é su c e d e en la n a tu ra le z a o , e n el ú ltim o caso , q u é p ro p ie d a d e s p o se e el círcu lo . E se d e b e r ex p resa u n a c to p o sib le c u y o fu n d a m e n to n o es o tra cosa q u e u n m e ro c o n c e p to , m ie n tra s q u e el f u n d a ­ 1

Pbánomen

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

473 í A 548

m e n tó c o rre sp o n d ie n te a u n m e ro a c to n a tu ra l tie n e q u e ser \ B 576 siem p re un fe n ó m e n o . E l a c to al q u e se ap lica el d e b e r tien e q u e ser re a lm e n te p o sib le b a jo c o n d ic io n e s n atu ra le s. P e ro éstas no afectan a la d e te rm in a c ió n d e la v o lu n ta d m ism a, sin o a su efecto y re s u lta d o e n la esfera d el fe n ó m e n o . P o r m u c h o s q u e sean los m o tiv o s n a tu ra le s y lo s e stím u lo s s e n s iti­ vos q u e m e im p u lse n a querer, so n in cap aces d e p ro d u c ir el deber. U n ic a m e n te p u e d e n d a r lu g a r a u n q u e re r q u e , lejos d e ser n ecesario , es sie m p re c o n d ic io n a d o . E l d e b e r p ro n u n c ia ­ d o p o r la ra z ó n im p o n e , en c a m b io , m e d id a y fin , e in c lu so p ro h ib ic ió n y a u to rid a d . T a n to si se tra ta de u n o b je to de la m era sen sib ilid ad (lo a g ra d a b le ) c o m o d e la ra z ó n p u ra (lo b u e n o ), la ra z ó n n o cede a n te u n m o tiv o q u e se dé e m p íric a ­ m en te, ni sig u e el o rd e n de las cosas ta l c o m o se m a n ifie sta n en la esfera del fe n ó m e n o , sin o q u e c o n stru y e p a ra sí m ism a, co n p len a e sp o n ta n e id a d , u n o rd e n p ro p io se g ú n ideas q u e ella hace c o n c o rd a r c o n las c o n d ic io n e s em p íricas y a la luz d e las cuales p ro c la m a la n e c esid ad de accio n es q u e no han sucedido y q u e tal vez n o su c e d a n n u n ca. A p e sa r de ello, la ra z ó n p a rte del su p u e s to de q u e p u e d e ejercer .causalidad so b re to d a s esas accio n es, ya q u e , en caso c o n tra rio , n o e sp e ra ­ ría d e sus ideas efecto e m p íric o n in g u n o . D e te n g á m o n o s a q u í y su p o n g a m o s al m en o s la p o s ib ili­ 1 A 549 dad de q u e la ra z ó n posea e fe c tiv a m e n te cau salid ad en relació n \ B 577 co n los fe n ó m e n o s. D e sd e tal su p u e s to , la ra z ó n tie n e q u e ex h ib ir, p o r m u y razó n q u e sea, u n c a rá c te r e m p íric o , ya q u e to d a causa su p o n e una reg la c o n fo rm e a la cual se sig u e n cierto s fe n ó m e n o s c o m o efecto s. T o d a re g la exige ig u a lm e n te h o m o g e n e id a d d e efecto s, h o m o g e n e id a d q u e sirv e d e base al c o n c e p to d e causa (en c u a n to facu ltad ). E n la m e d id a en q u e ha de d e sp re n d e rse de m e ro s fe n ó m e n o s, p o d e m o s llam ar e m p íric o a ese c a rácter, q u e es c o n sta n te , a d iferen cia de los efectos, los cuales se m a n ifie sta n e n fo rm a s v aria b les, se g ú n sean las c o n d ic io n e s q u e los a c o m p a ñ a n y q u e , en p a rte , los lim itan. La v o lu n ta d de to d o h o m b re tie n e así u n c a rá c te r e m p íri­ co , q u e n o es o tra cosa q u e c ierta cau salid ad de su ra z ó n , en la m ed id a en q u e lo s efecto s fe n o m é n ic o s de ésta rev elan una reg la a p a rtir de la cual p o d e m o s d e riv a r, se g ú n su clase y su g ra d o , los m o tiv o s y los acto s de la ra z ó n , así c o m o a p reciar los p rin c ip io s su b je tiv o s d e su v o lu n ta d . D a d o q u e este m ism o ca rá c te r e m p íric o ha d e se r e x tra íd o , en c u a n to

474

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

efecto , d e los fe n ó m e n o s y de la reg la p o r la q u e ésto s se re g u la n y q u e n o s es su m in istra d a p o r la ex p e rie n c ia , to d o s los acto s del h o m b re se h allan en la esfera d el fe n ó m e n o d e te rm in a d o s, se g ú n el o rd e n n a tu ra l, p o r su c a rá c te r e m p íric o y p o r las o tra s causas c o o p e ra n te s. Si p u d ié ra m o s in v e stig a r a fo n d o to d o s los fe n ó m e n o s d e la v o lu n ta d h u m a n a , n o h ab ría n in g u n a acció n del h o m b re q u e n o fu ese p re d e c ib le c o n certeza y q u e n o fu ese c o n o c id a c o m o necesaria te n ie n d o en cu e n ta sus co n d ic io n e s p rev ia s. C o n re s p e c to a este c a rá c te r em p íric o n o hay, p u es, lib e rta d . Sin e m b a rg o , es ú n ic a m e n te d esd e él d e sd e d o n d e p o d e m o s c o n sid e ra r al h o m b re , si es q u e só lo q u e re m o s o b s e rv a rlo e in v e s tig a r fisio ló g ic a m e n te — c o m o hace la a n tro p o lo g ía — las causas q u e m o tiv a n sus acciones. C o n sid e re m o s a h o ra las m ism as accio n es en re la c ió n c o n la ra z ó n , p e ro n o la e sp e c u la tiv a , q u e tra ta d e explicar esas acciones d esd e el p u n to d e v ista d e su o rig e n , sin o só lo en la m ed id a en q u e ella es la causa q u e las produce. E n un a p a la b ra , c o n fro n te m o s esas a ccio n es c o n la ra z ó n en su asp e c to práctico. E n este caso, ap a re c e u n a reg la y u n o rd e n c o m p le ta m e n te d is tin to s d el o rd e n n a tu ra l. E n e fecto , d esd e tal p e rs p e c tiv a es p o sib le q u e c u a n to ha sucedido y d eb ía su c e d e r d e m o d o in ev itab le te n ie n d o e n c u e n ta sus fu n d a m e n to s e m p íri­ co s, no debiera haber sucedido. Sin e m b a rg o , a veces e n c o n tra m o s , o creem o s e n c o n tra r, q u e las ideas d e la ra z ó n h a n m o s tra d o v erd a d e ra cau salid ad re sp e c to d e los a c to s h u m a n o s c o n sid e ra ­ d o s c o m o fe n ó m e n o s y q u e , si tales a c to s h a n te n id o lu g a r, ello se ha d e b id o , n o a q u e h a y a n sid o d e te rm in a d o s p o r causas e m p íricas, sin o p o r m o tiv o s d e la razó n . S u p o n g a m o s q u e p u e d e d e c irse q u e la ra z ó n p o se e c a u ­ salidad re s p e c to d el fe n ó m e n o : ¿ p o d ría llam arse e n to n c e s lib re su acto , te n ie n d o en c u e n ta q u e , en su c a rá c te r e m p íric o (en su asp e c to sen sib le), es u n a c to n ece sa rio y d e te rm in a d o co n to d a e x a c titu d ? E n su c a rá c te r in te lig ib le (co m o a sp e c to del p e n sa m ie n to ) se halla ig u a lm e n te d e te rm in a d o . P e ro este ú ltim o a sp e c to n o nos es c o n o c id o . L o in d ic a m o s a tra v é s d e fe n ó m e ­ nos q u e en realid ad n o n o s p e rm ite n c o n o c e r d ire c ta m e n te m ás q u e su asp e c to sen sib le (su c a rá c te r em pírico*1). A h o ra k La verdadera moralidad de nuestros actos (mérito y culpa), incluso la de nuestra propia conducta, permanece, pues, oculta para nosotros. Nuestras imputaciones sólo pueden referirse al carácter empírico. Cuál sea en este carácter —>

A N T IN O M IA D E LA RA Z O N PURA

475

b ien , en c u a n to a trib u ib le al a sp e c to del p e n sa m ie n to , c o n sid e ­ ra d o éste c o m o causa d e la ac c ió n , ésta n o es resultado de tal asp ecto se g ú n leyes e m p íric a s ; es d e c ir, n o lo es en el se n tid o de q u e haya en la ra z ó n p u ra c o n d ic io n e s q u e sean anteriores; sí lo es e n el se n tid o d e q u e sus efecto s preceden en el fe n ó m e n o del se n tid o in te rn o . E n c u a n to fa c u lta d p u r a ­ m e n te in te lig ib le , la ra z ó n p u ra n o se halla so m e tid a a la fo rm a d el tie m p o , c o m o n o lo e stá , c o n sig u ie n te m e n te , a las co n d ic io n e s d e la serie te m p o ra l. La cau sa lid a d de la ra z ó n en su c arácter in telig ib le no nace o c o m ien za en u n tie m p o d e te rm in a d o p ara p ro d u c ir u n e fecto . Si fu ese así, esa cau salid ad I ' ^ L

1

^ D

JO U

se hallaría so m e tid a a la ley n a tu ra l d e los fe n ó m e n o s, q u e es la q u e d e te rm in a te m p o ra lm e n te las series causales. La c a u sa ­ lid ad no sería e n to n c e s lib e rta d , sin o n a tu raleza. P o d e m o s, p u es, d ecir q u e si la ra z ó n p u e d e te n e r cau salid ad en re lació n c o n los fe n ó m e n o s, e n to n c e s c o n s titu y e u n a facu ltad en virtud de la cual c o m ien za la c o n d ic ió n se n sib le d e u n a serie em p íric a de efecto s, ya q u e la c o n d ic ió n q u e resid e en la ra z ó n n o es sensible y, c o n sig u ie n te m e n te , n o co m ien za. E n c o n tra m o s , p u es, a q u í lo q u e ech á b a m o s d e m e n o s en to d a s las series em p íricas, a sab er, q u e la condición d e u n a serie su cesiv a de a c o n te c im ie n to s p u e d e ser, p o r su p a rte , e m p íric a m e n te in c o n ­ d ic io n ad a, ya q u e en este caso , tal c o n d ic ió n se halla fuera d e la serie d e fe n ó m e n o s (en lo in telig ib le ), n o e sta n d o , p u e s, so m etid a p o r n in g u n a causa tra n s ito ria a n in g u n a c o n d ic ió n sensible ni a d e te rm in a c ió n te m p o ra l alg u n a . N o o b sta n te , la m ism a cau sa p e rte n e c e ta m b ié n , d e sd e o tr o p u n to de v ista, a la serie d e los fe n ó m e n o s. E l m ism o h o m b re es fe n ó m e n o . Su v o lu n ta d p o se e u n c a rá c te r e m p íric o q u e es la causa (em p írica) d e to d o s sus a cto s. E n tre las c o n d ic io ­ nes q u e d e te rm in a n al h o m b re d e a c u e rd o c o n ese c a rá c te r no hay n in g u n a q u e n o esté c o n te n id a en la serie de los efectos n a tu ra le s y q u e n o o b e d e z c a a la ley q u e los rig e, ley se g ú n la cu al n in g u n a c a u sa lid a d d e lo q u e su c e d e en el tie m p o es e m p íric a m e n te in c o n d ic io n a d a . P o r c o n sig u ie n te , i A553 n in g ú n a cto d a d o p u e d e c o m e n z a r p o r sí m ism o en té rm in o s 1 a b so lu to s, ya q u e só lo p u e d e ser p e rc ib id o c o m o fe n ó m e n o . —» la parte que pueda considerarse com o puro efecto de la libertad y cuál la debida a la simple naturaleza y al defecto, no culpable, de tem peram ento o a la afortunada condición de éste (mérito fortume), es algo que nadie puede averiguar. E n consecuencia, nadie puede tam poco juzgar con plena justicia. (Nota de Kant)

476

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

N o p o d e m o s d ecir, en c a m b io , q u e el e sta d o en el cual la ra z ó n d e te rm in a la v o lu n ta d se h alle p re c e d id o d e o tr o p o r el cual sea, a su vez d e te rm in a d o , ya q u e , te n ie n d o en c u e n ta q u e la ra z ó n n o es fe n ó m e n o n i está so m e tid a a las c o n d ic io n e s de la se n sib ilid a d , n o h ay en ella, ni siq u ie ra p o r lo q u e a su cau salid ad se refiere , n in g u n a su c e s ió n te m p o ra l. E n c o n se ­ cuencia, ta m p o c o p u e d e ap licarse a ella la ley d in á m ic a n a tu ra l q u e re g u la la su cesió n en el tie m p o . L a ra z ó n es, p u e s, la c o n d ic ió n p e rm a n e n te d e to d o s los acto s v o lu n ta rio s en q u e se m a n ifie sta el h o m b re . C ada u n o d e ellos se halla p re d e te rm in a d o , ya a n te s d e q u e su ced a, en el ca rá c te r e m p íric o del h o m b re . E n re la c ió n c o n el c a rá c te r in telig ib le — del cu al el a n te r io r es só lo el e sq u e m a sen sib le — n o h ay antes ni después; cad a a c to es, in d e p e n d ie n te m e n te de la re lació n te m p o ra l q u e g u a rd e c o n o tro s fe n ó m e n o s, el efecto in m e d ia to del c a rá c te r in te lig ib le d e la ra z ó n p u ra , la cual o b ra , p o r ta n to , lib re m e n te , sin q u e haya en la ca d e n a d e las causas n a tu ra le s m o tiv o s , e x te rn o s o in te rn o s , q u e la p re c e ­ d a n en el tie m p o y la d e te rm in e n d in á m ic a m e n te . E sta lib e rta d de la ra zó n n o p u e d e c o n sid e ra rse só lo n e g a tiv a m e n te , c o m o in d e p e n d e n c ia de las c o n d ic io n e s em p íric a s (p u es, de esta f o r ­ m a, la fa c u lta d de la ra z ó n d ejaría d e ser la causa d e los fe n ó m e n o s), sin o q u e ha d e ser p re s e n ta d a ta m b ié n d e sd e u n p u n to d e v ista p o s itiv o , c o m o cap a c id a d d e in ic ia r p o r sí m ism a u n a serie de a c o n te c im ie n to s , de su e rte q u e n ad a c o m ien ce en la ra z ó n m ism a sin o q u e ella, c o m o c o n d ic ió n in c o n d ic io n a d a d e to d o a c to v o lu n ta rio , n o a d m ita n in g u n a c o n d ic ió n a n te r io r en el tie m p o . Su e fe c to c o m ien za n o o b s ta n ­ te e n la serie de lo s fe n ó m e n o s, a u n q u e n u n ca p u e d a ser p rim e ro e n té rm in o s a b so lu to s d e n tr o d e la serie. C o n el fin de ilu stra r el p rin c ip io re g u la d o r d e la r a ­ z ó n c o n u n e je m p lo e x tra íd o del u so e m p íric o del m ism o (n o c o n el fin de c o n firm a rlo , p u e s se m e ja n te s p ru e b a s so n in a ­ p licab les a las afirm a c io n e s tra sc e n d e n ta le s), su p o n g a m o s u n a c ­ to v o lu n ta rio ; p o r e je m p lo , u n a m e n tira m aliciosa c o n la cual u n a p e rs o n a ha p ro v o c a d o c ie rta c o n fu s ió n en la so cied ad . P rim e ra m e n te se in v e s tig a n los m o tiv o s d e los q u e h a su rg id o y d esp u és se d ec id e c ó m o p u e d e im p u ta rse tal m e n tira , ju n ta ­ m e n te c o n su s c o n sec u e n c ia s, a d ic h a p e rso n a . E n lo q u e co n c ie rn e al p rim e r p u n to , se ex am in a el c arácter e m p íric o d e esa p e rs o n a h a sta sus fu e n te s, las cuales se b u sc a n en la m ala e d u c a c ió n , e n las m alas c o m p a ñ ía s, en p a rte ta m b ié n

A N T IN O M IA D E LA R A Z O N PURA

477

e n la p e rv e rsid a d de u n c a rá c te r in se n sib le a la v e rg ü e n z a y en p a rte se a trib u y e n a la lig e re z a y a la im p ru d e n c ia , sin d e sa te n d e r las causas c irc u n sta n c ia le s. E n to d a esta in v e s tig a ­ c ió n se p ro c e d e c o m o e n c u a lq u ie r e x a m e n d e la serie d e causas q u e d e te rm in a n u n e fe c to n a tu ra l d a d o . A u n q u e se p ien se q u e el a c to está d e te rm in a d o d e esta su e rte , n o p o r í A 555 \ B 583 ello se deja d e re p r o b a r a su a u to r , y n o p re c isa m e n te a causa de su ca rá c te r d e s a fo rtu n a d o n i d e las c irc u n sta n c ia s q u e h a n in flu id o en él. T a m p o c o se le re p ru e b a p o r el tip o de v id a q u e haya lle v a d o a n te s , ya q u e se p re s u p o n e q u e se p u e d e d e ja r a u n la d o c ó m o h a y a sid o ese tip o d e v ida, q u e se p u e d e c o n sid e ra r c o m o n o su c e d id a la serie d e c o n d ic io ­ nes p asad as y q u e se p u e d e to m a r el a c to e n c u e stió n c o m o e n te ra m e n te in c o n d ic io n a d o en re la c ió n c o n el e sta d o a n te rio r, e x actam en te c o m o si su a u to r e m p e z a ra , c o n e sp o n ta n e id a d to ta l 1 , u n a serie d e c o n secu en cias. E s ta re p ro b a c ió n se basa en u n a ley de la ra z ó n en v ir tu d d e la cual se c o n sid e ra la m ism a ra z ó n c o m o causa q u e p o d ía y d e b ía h a b e r d e te rm in a ­ d o de m o d o d is tin to el c o m p o rta m ie n to del h o m b re , y ello c o n in d e p e n d e n c ia d e to d a s las c o n d ic io n e s em p íric a s m e n c io ­ nadas. E sta cau salid ad d e la ra z ó n n o es to m a d a c o m o sim p le fa c to r c o o p e ra n te 12, sin o c o m o c a u sa lid a d c o m p le ta e n sí m is­ m a, in clu so e n el caso de q u e lo s im p u lso s sen sib les le sean c o n tra rio s en vez de fa v o ra b le s. E l a c to es im p u ta d o al c a rá c te r in te lig ib le del a u to r. D e sd e el m o m e n to en q u e m ie n te , to d a la cu lp a es suya. In d e p e n d ie n te m e n te d e to d a s las c o n d ic io n e s em p íricas del a c to , la ra z ó n era, p u e s , lib re p o r c o m p le to y, e n c o n se cu en cia, ese a c to tie n e q u e serle a tr ib u id o c o m o falta e n te ra m e n te suya. E s te ju icio de im p u ta c ió n re v e la c la ra m e n te q u e en él se p ien sa q u e la ra z ó n n o es a fe c ta d a p o r to d o s esos asp e c to s d e la s e n s ib ilid a d ; q u e la ra z ó n m ism a n o se m o d ifica (a u n q u e I A 556 l B 584 sí se m o d ifiq u e n sus fe n ó m e n o s, es d e c ir, el m o d o se g ú n el cual ella se m an ifie sta a tra v é s d e sus e fe c to s); q u e n o h ay en ella u n e sta d o a n te rio r q u e d e te rm in e el sig u ie n te ; q u e n o p e rte n e c e , p o r ta n to , e n m o d o a lg u n o , a la serie de c o n d ic io n e s sensibles q u e c o n v ie rte n lo s fe n ó m e n o s en n e cesa­ rio s d esd e el p u n to de v ista d e las leyes n a tu ra le s. L a ra z ó n está p re s e n te y es la m ism a en to d a s las accio n es d el h o m b re 1 KílriK, von selbst 2 bloJI wie Konkurren%

478

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

y en to d a s las circ u n sta n c ia s d e tie m p o . P e ro ella m ism a n o se halla en el tie m p o n i pasa a u n n u e v o e sta d o e n el q u e n o se hallaba an tes. C o n re sp e c to a ese n u e v o e sta d o la ra z ó n es determinante, n o determinable. E n c o n se c u e n c ia , n o se p u e d e p re g u n ta r: ¿p o r q u é la ra z ó n n o se ha d e te rm in a d o d e o tr o m o d o ? L o q u e hay q u e p re g u n ta r e s: ¿ p o r q u é la ra z ó n n o ha d e te rm in a d o los fenómenos de o tr o m o d o ? P e ro n o hay p o s ib ili­ d ad de re s p o n d e r a tal p re g u n ta , ya q u e u n c a rá c te r in te lig ib le d is tin to h a b ría d a d o u n c a rá c te r e m p íric o ig u a lm e n te d is tin to . Y si d ecim o s q u e el a u to r d e la m e n tira h u b ie ra p o d id o , in d e p e n d ie n te m e n te del m o d o d e v id a q u e h asta el m o m e n to haya lle v a d o , a b ste n e rse d e m e n tir , ello só lo sig n ifica q u e la m e n tira se halla in m e d ia ta m e n te b a jo el p o d e r d e la ra z ó n y q u e la cau salid ad de ésta n o está so m e tid a a n in g u n a c o n d ic ió n del fe n ó m e n o ni del c o rre r d el tie m p o . E s v e rd a d q u e la d iferen cia d e tie m p o d is tin g u e d e m o d o fu n d a m e n ta l u n o s fe n ó m e n o s d e o tro s , p e ro , al n o se r ésto s cosas en sí ni, p o r ta n to , causas en sí, tal d ife re n c ia n o p u e d e d is tin g u ir los a cto s d esd e el p u n to de v ista d e su re la c ió n c o n la ra z ó n . A 557] Al en ju ic ia r los a cto s lib res en re la c ió n c o n su c a u salid ad B 585/ só lo p o d e m o s lleg ar, p u e s, a la causa in te lig ib le , p e ro n o ir más allá de ella. P o d e m o s c o n o c e r q u e esa causa es lib re , es d ecir, d e te rm in a d a c o n in d e p e n d e n c ia d e la se n sib ilid a d y q u e , d e este m o d o , es capaz d e c o n s titu ir u n a c o n d ic ió n de los fe n ó m e n o s n o c o n d ic io n a d a sen sib le m e n te . P o r q u é el ca rá c te r in te lig ib le d a p re c isa m e n te e sto s fe n ó m e n o s y este ca rá c te r e m p íric o en u n a s c irc u n sta n c ia s d ad as es a lg o q u e so b re p a sa la cap acid ad de n u e stra ra z ó n , e in c lu so to d o el á m b ito e n q u e ésta tie n e c o m p e te n c ia p a ra p re g u n ta r, e q u iv a ­ lie n d o a esta o tr a p re g u n ta : ¿ p o r q u é el o b je to tra sc e n d e n ta l de n u e stra in tu ic ió n sen sib le e x te rn a da só lo u n a in tu ic ió n en el espacio y n o o tr o tip o de in tu ic ió n ? P e ro el p ro b le m a q u e q u e ría m o s re s o lv e r n o n o s o b lig a a re s p o n d e r tales p r e g u n ­ tas, ya q u e se tra ta b a sim p le m e n te d e si lib e rta d y n e c esid ad es­ tá n en c o n flic to en u n m ism o ac to . H e m o s re s p o n d id o ya c u m ­ p lid a m e n te a e sto m o s tra n d o q u e , d a d o q u e la lib e rta d p u e d e g u a rd a r re lació n c o n c o n d ic io n e s de tip o c o m p le ta m e n te d is tin ­ to a las de la n a tu ra le z a , la ley q u e rig e é sta n o afecta a a q u é ­ lla, y q u e , c o n sig u ie n te m e n te , u n a y o tr a p u e d e n e x istir in d e ­ p e n d ie n te m e n te la u n a de la o tra y sin in te rfe re n c ia s m u tu a s.

ANTINOMIA DE LA RAZON PURA

479

H a y q u e te n e r p re s e n te q u e n o h e m o s p re te n d id o d e ­ m o s tra r a q u í la realidad d e la lib e rta d c o m o u n a d e las fac u lta d e s ÍA 558 [ B 586 q u e c o n tie n e n la causa de los fe n ó m e n o s d el m u n d o sen sib le, ya q u e , ad em ás de q u e ésta n o h a b ría sid o u n a c o n sid e ra c ió n tra sc e n d e n ta l — q u e só lo se o c u p a d e c o n c e p to s — , n o lo h a b ría ­ m o s lo g ra d o , p u e s to q u e , p a rtie n d o d e la ex p e rie n c ia , n u n c a p o d e m o s in fe rir a lg o q u e n o d e b a ser p e n sa d o se g ú n leyes de la ex p erien cia. E s m ás, ni siq u ie ra h e m o s p re te n d id o d e m o s ­ tr a r la posibilidad d e la lib e rta d , ya q u e ta m p o c o lo h a b ría m o s c o n se g u id o , te n ie n d o en c u e n ta q u e , p a rtie n d o d e m e ro s c o n ­ ce p to s a priori, n o p o d e m o s c o n o c e r la p o sib ilid a d d e n in g ú n fu n d a m e n to real ni d e n in g u n a c a u salid ad . A q u í c o n sid e ra m o s la lib e rta d c o m o sim p le idea tra sc e n d e n ta l g ra c ia s a la cual la ra z ó n pien sa in iciar, e n té rm in o s a b s o lu to s , la serie de c o n d i­ cio n es en la esfera del fe n ó m e n o m e d ia n te a lg o q u e es in c o n d i­ c io n a d o d esd e el p u n to d e v ista sen sib le. L a ra z ó n d e se m b o c a así en u n a a n tin o m ia co n las leyes q u e ella m ism a im p o n e al u so e m p íric o del e n te n d im ie n to . E l ú n ic o re s u lta d o al q u e p o d ía ­ m o s lleg ar y lo ú n ic o q u e q u e ría m o s c o n se g u ir era d e ja r claro , al m e n o s, q u e esa a n tin o m ia re p o sa so b re u n a m era ilu sió n , q u e n a tu raleza y cau salid ad p o r lib e rta d no so n incompatibles.

IV

Solución de la idea cosmológica de la totalidad de la depen­ dencia de los fenómenos desde el punto de vista de su existen­ cia en general E n el n ú m e ro a n te rio r h e m o s c o n s id e ra d o los c a m b io s del m u n d o sen sib le e n su serie d in á m ic a , e n la q u e cad a u n o d e los cam b io s se halla s u b o rd in a d o a o tr o c o m o su causa. A h o ra , dich a serie de e sta d o s n o s se rv irá ta n só lo de g u ía p a ra lleg ar a u n a ex isten cia q u e p u d ie ra ser la c o n d ic ió n s u p e ­ rio r d e to d o lo ca m b ia n te , es d e c ir, al ser necesario. N o n o s o c u p a re m o s a q u í d e la c a u salid ad in c o n d ic io n a d a , sin o d e la ex isten cia in c o n d ic io n a d a d e la su sta n c ia m ism a. C o n s ig u ie n te ­ m e n te , la serie q u e te n e m o s d e la n te es e n re a lid a d u n a serie de m ero s c o n c e p to s, n o d e in tu ic io n e s q u e se c o n d ic io n e n unas a o tras. E s fácil d e v er q u e , p u e s to q u e to d o c u a n to h ay en el c o n ju n to d e los fe n ó m e n o s es m u d a b le y p o se e , p o r ello

A 559 B 587

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

480

m ism o , u n a ex isten cia c o n d ic io n a d a , n o p u e d e h a b e r e n to d a la serie d e la ex isten cia d e p e n d ie n te u n m ie m b ro in c o n d ic io n a ­ d o , u n m ie m b ro cuya ex isten cia sea a b s o lu ta m e n te necesaria. E n c o n secu en cia, si lo s fe n ó m e n o s fu e se n cosas en sí m ism as y, p o r ta n to , c o n d ic ió n y c o n d ic io n a d o p e rte n e c ie ra n sie m p re a la m ism a serie d e in tu ic io n e s, n u n c a p o d ría h a b e r u n ser necesario c o m o c o n d ic ió n d e la e x isten cia d e lo s fe n ó m e n o s del m u n d o sensible. E l re g re so d in á m ic o p o se e en sí la sig u ie n te cara c te rístic a d is tin tiv a re s p e c to del re g re so m a te m á tic o : d a d o q u e éste ú lti­ m o sólo se refiere a la c o m p o s ic ió n d e las p a rte s e n o rd e n a u n to d o o a la d e sc o m p o sic ió n d e u n to d o e n sus p a rte s, las c o n d ic io n e s de esta serie h a n d e se r sie m p re c o n sid e ra d a s c o m o p a rte s de la m ism a , es d e c ir, c o m o h o m o g é n e a s y, c o n s i­ g u ie n te m e n te , c o m o fe n ó m e n o s. E n el re g re so d in á m ic o , en c a m b io , n o se tra ta d e la p o sib ilid a d d e u n to d o in c o n d ic io n a d o fo rm a d o p o r p a rte s d ad as o d e u n a p a rte in c o n d ic io n a d a en o rd e n a u n to d o d a d o , sin o d e d e riv a r u n e sta d o d e su cau sa o d e d e riv a r la ex isten cia c o n tin g e n te de la su sta n c ia m ism a de la 1 ex isten cia n ecesaria. P re c isa m e n te p o r ello n o es n e c e sa ­ rio en el re g re so d in á m ic o q u e la c o n d ic ió n fo rm e p a rte de la serie em p íric a ju n ta m e n te c o n lo c o n d ic io n a d o . A sí, p u e s, fre n te a la a p a re n te a n tin o m ia q u e te n e m o s d e la n te n o s q u e d a la sig u ie n te s a lid a : las d o s p o sic io n e s en c o n flic to p u e d e n ser v e rd a d e ra s al m ism o tie m p o si las c o n sid e ­ ram o s d esd e p u n to s de v ista d is tin to s. P u e d e ser v e rd a d , p o r e jem p lo , q u e , p o r u n a p a rte , to d a s las cosas del m u n d o sen sib le sean e n te ra m e n te c o n tin g e n te s y n o p o se a n , p o r ta n to , m ás q u e u n a ex isten cia e m p íric a m e n te c o n d ic io n a d a , m ie n tra s q u e , p o r o tra , exista ta m b ié n u n a c o n d ic ió n n o e m p íric a , es d e c ir, u n ser in c o n d ic io n a d o y n ecesario . E n e fe c to , éste, en c u a n to c o n d ic ió n in te lig ib le , n o fo rm a ría p a rte d e la serie c o m o m ie m ­ b ro d e la m ism a (ni siq u ie ra c o m o m ie m b ro su p re m o ). T a m p o ­ co c o n v e rtiría e n e m p íric a m e n te in c o n d ic io n a d o n in g ú n m ie m ­ b ro d e la serie, sin o q u e d e ja ría to d o el m u n d o sen sib le en su ex isten cia e m p íric a m e n te c o n d ic io n a d a , q u e es la p ro p ia d e cad a u n o d e sus m ie m b ro s. A sí, p u e s, este m o d o d e b asar los fe n ó m e n o s e n u n a ex isten cia in c o n d ic io n a d a se d is tin g u irá de la cau salid ad e m p íric a m e n te in c o n d ic io n a d a (de la lib e rta d ), 1 L eyendo,

dem,

e n lu g a r d e

dir

(N . d el T .)

ANTINOMIA DE LA RAZON PURA

481

a la q u e n o s h e m o s re fe rid o e n el a rtíc u lo a n te rio r, p o r el h e ch o de q u e , e n el caso d e la lib e rta d , la co sa m ism a p e rte n e c ía , en c u a n to causa (substantia phaenomenon), a la serie d e c o n d ic io ­ nes y só lo su causalidad era c o n c e b id a c o m o in te lig ib le . A q u í, en c a m b io , d e b e p en sa rse el ser n e c e sa rio c o m o c o m p le ta m e n te e x te rio r a la serie del m u n d o sen sib le (c o m o ens extramundanum) y c o m o p u ra m e n te in te lig ib le . E s te es el ú n ic o m o d o d e e v ita r q u e el ser n ecesario se h alle, a su vez, s o m e tid o a la ley de la c o n tin g e n c ia y s u b o rd in a c ió n d e to d o s los fe n ó m e n o s. E l principio regulador d e la ra z ó n c o n re s p e c to a este p ro b le m a es, p u e s, el sig u ie n te : e n el m u n d o sen sib le to d a existencia es e m p íric a m e n te c o n d ic io n a d a ; n o hay e n él n in g u n a p ro p ie d a d q u e sea in c o n d ic io n a d a m e n te n e c e sa ria ; n o h ay n in ­ g ú n m ie m b ro de la serie d e c o n d ic io n e s d el q u e n o d e b a m o s e sp e ra r — y, e n la m ed id a e n q u e p o d a m o s , b u sc a r— la c o n d i­ c ió n en u n a p o sib le e x p e rie n c ia ; n ad a n o s p e rm ite d e riv a r n in g u n a ex isten cia de u n a c o n d ic ió n e x te rio r a la serie e m p írica ni c o n sid e ra r n in g u n a ex isten cia, d e n tr o d e la serie m ism a, c o m o a b s o lu ta m e n te in d e p e n d ie n te y a u tó n o m a . P e ro n o p o r ello n o s a u to riz a este p rin c ip io a n e g a r q u e la serie e n te ra se p u e d a b asar en alg ú n ser in te lig ib le (q u e , p o r eso m ism o , n o só lo está e x e n to d e to d a c o n d ic ió n e m p íric a , sin o q u e c o n tie n e el fu n d a m e n to de p o sib ilid a d d e to d o s sus fe n ó m e n o s). N o p re te n d e m o s c o n ello d e m o s tra r la e x isten cia de u n ser in c o n d ic io n a d a m e n te n e c e sa rio ; n i siq u ie ra in te n ta m o s b asar e n tal d e m o s tra c ió n la p o sib ilid a d de u n a c o n d ic ió n d e la existencia d e los fe n ó m e n o s sen sib les q u e sea p u ra m e n te in telig ib le. L o ú n ic o q u e p re te n d e m o s es lo sig u ie n te : así c o m o e n c u a d ra m o s la ra z ó n d e n tr o d e lím ites d e m o d o q u e no a b a n d o n e la g u ía de las c o n d ic io n e s em p íric a s n i se d esv íe to m a n d o fu n d a m e n to s e x p lic a tiv o s trascendentes e in cap a ces de u na e x p o sic ió n c o n c re ta , lim ita r así ta m b ié n la ley d el uso m e ra m e n te e m p íric o d el e n te n d im ie n to d e m o d o q u e n o d ecid a so b re la p o s ib ilid a d de las cosas en g e n e ra l, de su e rte q u e , n o p o r el h e c h o d e q u e lo in te lig ib le n o n o s sirv a p a ra ex p licar los fe n ó m e n o s, lo d e c la re m o s imposible. C o n ello n o s lim ita m o s, p u e s, a m o s tra r q u e la c o n tin g e n c ia p ro p ia d e to d a s las cosas n a tu ra le s y de sus c o n d ic io n e s (em p íricas) es p e rfe c ta m e n te c o m p a tib le c o n la h ip ó te sis o p c io n a l de u n a c o n d ic ió n q u e , si b ien es n ecesaria, p o se e u n c a rá c te r p u ra m e n te in te lig ib le y q u e, en co n se c u e n c ia , n o hay u n a c o n tra d ic c ió n real e n tre esas a firm a c io n e s, qu e p u e d e n , p o r ta n to , ser ambas verdaderas.

482

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

C abe sie m p re la p o sib ilid a d d e q u e se m e ja n te ser a b s o lu ta m e n te n ecesario , c o n c e b id o p o r el e n te n d im ie n to , sea e n sí m ism o im p o sib le, p e ro e sto n o p u e d e ser e n m o d o a lg u n o in fe rid o ^ jqj | de la c o n tin g e n c ia g e n e ra l ni d e la s u b o rd in a c ió n d e to d o c u a n to p e rte n e c e al m u n d o se n sib le , c o m o ta m p o c o d el p rin c i­ p io se g ú n el cual n o hay q u e d e te n e rse , p o r u n a p a rte , en n in g ú n m ie m b ro — p o r ser c o n tin g e n te — de la serie fo rm a d a p o r ese m ism o m u n d o , n i a p e la r, p o r o tra , a u n a cau sa q u e se halle fu e ra del m u n d o . La ra z ó n sig u e u n c a m in o en su u so e m p íric o y o tr o ca m in o esp ecial e n su u so tra sc e n d e n ta l. E l m u n d o sen sib le n o c o n tie n e m ás q u e fe n ó m e n o s, los cuales so n m eras re p re se n ta c io n e s. E sta s se h a lla n , a su vez, se n sib le m e n te c o n d ic io n a d a s y, c o m o n u e s tro s o b je to s n u n ca so n cosas e n sí m ism as, n a d a tie n e de e x tra ñ o el q u e n u n ca p o d a m o s d a r u n sa lto q u e n o s lle v e d e sd e u n m ie m ­ b ro d é la s e r ie 1 em p íric a , sea el q u e sea, al e x te rio r del c o n te x to d e la se n sib ilid a d , c o m o si n o s h a llá ra m o s en p re se n c ia de cosas en sí m ism as q u e e x istie ra n fu e ra de su fu n d a m e n to tra sc e n d e n ta l y q u e n o s o tro s p u d ié ra m o s a b a n d o n a r p a ra b u s ­ c ar fu era d e ellas la causa de su ex isten cia. E s to es, e fe c tiv a m e n ­ te, lo q u e d e b e ría h ac e rse c o n cosas c o n tin g e n te s , p e ro n o c o n m eras representaciones d e co sas cu y a c o n tin g e n c ia es, a su vez, sim p le F e n ó m e n o 12 y n o p u e d e c o n d u c irn o s a o tr o re g re so q u e al q u e d e te rm in a los F e n ó m e n o s , es d e c ir, al em p íric o . A h o ra b ie n , el c o n c e b ir u n fu n d a m e n to in te lig ib le de lo s fe n ó m e n o s, e sto es, del m u n d o sen sib le, y c o n c e b irlo , ad em á s, c o m o e x e n to d e la c o n tin g e n c ia p ro p ia d e éste ú ltim o , n o se o p o n e n i al re g re so e m p íric a m e n te ilim ita d o en la serie de fe n ó m e n o s n i a la c o n tin g e n c ia d e cad a u n o d e ellos. E ste es el ú n ic o re s u lta d o al q u e te n ía m o s q u e lle g a r p a ra s u p rim ir la a p a re n te a n tin o m ia , lo cual só lo p o d ía h acerse de esta m an era. E n efecto , si la c o n d ic ió n d e cad a c o n d ic io n a d o (d esd e el p u n to d e v ista d e su ex isten cia) es sen sib le y fo rm a , c o n s ig u ie n ­ te m e n te , p a rte d e la serie, e n to n c e s ésta es, a su vez, c o n d ic io n a ­ da (tal c o m o m u e s tra la a n títe s is d e la c u a rta a n tin o m ia ). A sí, p u e s, o b ien d e b ía q u e d a r en p ie u n c o n flic to d e la ra z ó n , la cual exige lo in c o n d ic io n a d o , o b ie n h a b ía q u e situ a r éste fu era d e la serie, en lo in te lig ib le , cuya n e c esid ad n o re q u ie re ni p e rm ite c o n d ic ió n e m p íric a n in g u n a , sie n d o , p o r

)

1 Leyendo, con Erdm ann, Rtibe, en vez de Reihen (N. del T.) 2 P bañomen

ANTINOMIA DE LA RAZON PURA

483

ta n to , in c o n d ic io n a d a m e n te n e c e sa rio re s p e c to d e lo s fe n ó m e ­ nos. P o r el h e c h o de a d m itir u n ser p u ra m e n te in te lig ib le n o q u e d a a fe c ta d o el u so e m p íric o d e la ra z ó n (c o n re sp e c to a las c o n d ic io n e s d e la ex isten cia e n el m u n d o sen sib le), sin o q u e , d e a c u e rd o c o n el p rin c ip io d e la c o m p le ta c o n tin g e n c ia , va d esd e las c o n d ic io n e s e m p íric a s a o tra s c o n d ic io n e s s u p e rio ­ res q u e sig u e n sie n d o ig u a lm e n te e m p íric a s. P e ro , c u a n d o n o s re fe rim o s al u so p u ro d e la ra z ó n c o n re s p e c to a los fin es, este p rin c ip io re g u la d o r n o ex clu y e la h ip ó te sis d e una causa in te lig ib le q u e n o se h alle en la serie, ya q u e esa causa n o significa e n to n c e s m ás q u e el fu n d a m e n to tra sc e n d e n ta l — d e s c o n o c id o p a ra n o s o tro s — d e la p o sib ilid a d d e u n a serie sen sib le en g e n eral. L a ex isten cia d e tal fu n d a m e n to , la cual es in d e p e n d ie n te de to d a s las c o n d ic io n e s d e esa serie e in c o n d i­ c io n a d a m e n te n ecesaria re s p e c to d e ella, n o se o p o n e en a b s o lu ­ to a la ilim itad a c o n tin g e n c ia d e la m ism a n i, p o r ta n to , al sie m p re in a c a b a d o re g re so en la cad en a d e las c o n d ic io n e s em p íricas.

Observación fin a l sobre toda la antinomia de la rascón pura M ie n tra s lo s c o n c e p to s d e la ra z ó n n o p o se a n o tro s o b je to s q u e la to ta lid a d d e las c o n d ic io n e s del m u n d o sen sib le y lo q u e p u e d e se rv ir a la m ism a ra z ó n c o n re sp e c to a ella, n u e stra s ideas so n cosmológicas, a u n sie n d o tra sc e n d e n ta le s. P e ro , ta n p r o n to c o m o situ e m o s lo in c o n d ic io n a d o (q u e es lo q u e e n realid ad in teresa ) en a q u e llo q u e se h alla to ta lm e n te fu era d el m u n d o sen sib le y, c o n sig u ie n te m e n te , fu era d e to d a e x p e ­ rien cia p o sib le , las ideas se c o n v ie rte n e n trascendentes; n o sirv e n só lo en o rd e n a la c o m p le tu d del u so e m p íric o de la ra z ó n (q u e, si b ie n es. u n a idea a p e rs e g u ir, sig u e sie n d o irrealizab le). A l c o n tra rio , se a p a rta n to ta lm e n te d e este o b je ti­ v o y p ro d u c e n p a ra sí m ism as o b je to s cuya m a te ria n o se t o ­ m a de la ex p erien cia y cuya re a lid a d o b je tiv a ta m p o c o se basa en la c o m p le tu d d e la serie e m p íric a , sin o e n c o n c e p to s p u ro s a priori. E sas ideas tra sc e n d e n te s p o se e n u n o b je to p u r a ­ m e n te in te lig ib le q u e nos es líc ito a d m itir, c ó m o n o , e n c u a n to o b je to tra sc e n d e n ta l d el q u e n o sa b e m o s n ad a m ás. P e ro p a ra c o n c e b ir ta l o b je to c o m o u n a co sa d e te rm in a b le p o r sus p re d i­

Í A 565 I b 593

484

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

cad o s d is tin tiv o s e in te rn o s n o p o s e e m o s , d e n u e s tra p a rte , ni fu n d a m e n to s de p o sib ilid a d (al tra ta rse d e a lg o in d e p e n d ie n te d e to d o s los c o n c e p to s e m p íric o s) n i ju stific a c ió n n in g u n a p ara ac e p ta rlo . N o es, p o r ta n to , m ás q u e u n p r o d u c to m e n ta l. S in e m b a rg o , e n tre to d a s las ideas c o sm o ló g ic a s es a q u ella q u e o c a sio n ó la c u a rta a n tin o m ia la q u e n o s im p e le a d a r este p aso . E n efecto , la ex isten cia d e lo s fe n ó m e n o s, ex iste n c ia q u e n o p o se e n in g ú n fu n d a m e n to p ro p io , sin o q u e es c o n d ic io ­ n ad a, n o s in v ita a b u sc a r a lg o d is tin to d e to d o s los fe n ó m e n o s, es d ecir, u n o b je to in te lig ib le en el q u e cese tal c o n tin g e n c ia . A h o ra b ien , u n a vez q u e n o s h e m o s p e rm itid o a s u m ir u n a re alid ad su b s iste n te fu e ra del c a m p o de la se n sib ilid a d g lo b a l, los fe n ó m e n o s só lo p u e d e n ser c o n sid e ra d o s 1 c o m o re p re s e n ta ­ ciones a c c id en tales d e o b je to s in te lig ib le s, de seres q u e sean , a su vez, in telig en cias. T e n ie n d o e sto e n c u e n ta , n o n o s q u e d a , a la h o ra d e fo rm a rn o s a lg ú n c o n c e p to d e las cosas in te lig ib le s — de las cuales n o c o n o c e m o s en a b s o lu to q u é sean en sí m ism as— , m ás q u e la a n a lo g ía c o n el u so q u e h a c e m o s de los c o n c e p to s em p íric o s. D a d o q u e n o c o n o c e m o s lo c o n tin g e n ­ te de o tr o m o d o q u e a tra v é s d e la ex p e rie n c ia y q u e a q u í tra ta m o s de cosas q u e n o d e b e n ser o b je to s d e ex p e rie n c ia , te n d re m o s q u e e x tra e r el c o n o c im ie n to d e las m ism as d e a q u e llo q u e es e n sí m ism o n e c e sa rio , es d e c ir, d e c o n c e p to s p u ro s de cosas en g e n eral. E l p rim e r p a so q u e d a m o s fu e ra del m u n d o sen sib le n o s o b lig a , p o r ta n to , a e m p e z a r n u e stro s c o n o c im ie n to s n u e v o s c o n la in v e s tig a c ió n del ser a b s o lu ta m e n ­ te n ecesario y a d e riv a r d e los c o n c e p to s d e l m ism o los c o n c e p ­ to s de to d a s las d em ás cosas e n la m e d id a e n q u e sean p u ra m e n te in telig ib les. E s lo q u e v a m o s a in te n ta r h a c e r en el c a p ítu lo sig u ien te.

1 L e y e n d o , c o n H a r te n s te in , ativuseben sind, e n v e z d e sind, anvuseben (N . d e l T .)

D IA L E C T IC A T R A S C E N D E N T A L L IB R O S E G U N D O

C

a p ít u l o

III

E L ID E A L D E L A R A Z O N PU R A

Sección primera E l

id e a l

en

g en er a l

H e m o s v is to a n te s q u e , m e d ia n te los conceptos p u ro s del entendimiento, p re s c in d ie n d o de to d a s las c o n d ic io n e s de la se n sib ilid a d , n o p o d e m o s re p re s e n ta r o b je to a lg u n o , ya q u e n o s fa lta n e n to n c e s las c o n d ic io n e s d e su rea lid a d o b je tiv a , n o h a llá n d o se e n tales c o n c e p to s m ás q u e la m era fo rm a del p en sar. S in e m b a rg o , p u e d e n ser p re s e n ta d o s e n c o n c re to si lo s a p licam o s a fe n ó m e n o s, ya q u e es en é sto s d o n d e e n c u e n tra n la m a te ria p a ra c o n stitu irs e e n c o n c e p to s e m p íric o s, q u e n o so n o tra cosa q u e c o n c e p to s d el e n te n d im ie n to in concreto. Las ideas, en c a m b io , se h alla n to d a v ía m ás alejad as d e la rea lid a d o b je tiv a q u e las categorías, ya q u e n o p o d e m o s e n c o n tra r n in g ú n fe n ó m e n o q u e p e rm ita re p re se n ta rla s e n c o n c re to . C o n tie n e n í A 568 c ierta c o m p le tu d a la q u e n o lle g a n in g ú n c o n o c im ie n to e m p íri­ \ B 596 co p o sib le . C o n las ideas la ra z ó n p e rs ig u e ta n só lo u n a u n id a d sistem ática a la q u e in te n ta a p ro x im a r la u n id a d e m p íric a p o s i­ b le sin jam ás c o n s e g u irlo p le n a m e n te . P e ro m ás to d a v ía q u e la id ea p a re c e alejarse d e la realid ad o b je tiv a lo q u e llam o el ideal. E n tie n d o p o r éste la idea n o só lo in concreto, sin o in individuo, es d e c ir, u n a cosa sin g u la r q u e es ú n ic a m e n te d e te rm in a b le , o in c lu so d e te rm in a d a , a tr a ­ vés d e la idea.

486

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

E n te n d id a e n to d a su p e rfe c c ió n , la idea d e h u m a n id a d n o só lo am p lía to d a s las p ro p ie d a d e s q u e so n esenciales a esta n atu ra le z a (y q u e c o n s titu y e n el c o n c e p to d e la m ism a) h asta h acerlas c o rre s p o n d e r e n te ra m e n te c o n sus fin es, lo cual re p re se n ta ría la idea d e la h u m a n id a d p e rfe c ta , sin o q u e c o n tie ­ ne, ad em á s, to d o a q u e llo q u e , fu e ra d e ese c o n c e p to , p e r te n e ­ ce a la c o m p le ta d e te rm in a c ió n de la idea. E n e fe c to , de to d o s los p re d ic a d o s c o n tra p u e s to s só lo u n o p u e d e c o n v e n ir a la idea del h o m b re m ás p e rfe c to . L o q u e p a ra n o s o tro s c o n stitu y e u n ideal, era p a ra P la tó n u n a idea del entendimiento divino, u n o b je to p a rtic u la r d e la in tu ic ió n p u ra d e éste, lo m ás p e rfe c to de cada un a de las especies de seres p o sib le s y el a rq u e tip o de to d a s las re p ro d u c c io n e s fe n o m é n ic a s. A 569 Sin d e sv ia rn o s ta n to h a c ia a rrib a , d e b e m o s c o n fe sa r B 597 1 q u e la ra z ó n h u m a n a n o só lo c o n tie n e id eas, sin o ta m b ié n ideales q u e , a d iferen c ia d e lo s p la tó n ic o s , n o p o se e n fu erza c re a d o ra , p e ro sí fu e rza práctica (c o m o p rin c ip io s re g u la d o re s), y la p e rfe c c ió n de d e te rm in a d a s acciones e n c u e n tra en ellos su base d e p o sib ilid a d . L o s c o n c e p to s m o ra le s n o so n c o n c e p to s de ra z ó n e n te ra m e n te p u ro s , ya q u e se b a sa n en a lg o e m p íric o (p lacer o d o lo r). Sin e m b a rg o , en re la c ió n c o n el p rin c ip io m e d ia n te el cual la ra z ó n p o n e lím ite s a la lib e rta d , q u e carece en sí de leyes (es d e c ir, si a te n d e m o s só lo a la fo rm a de esos c o n c e p to s), p u e d e n m u y b ie n se rv irn o s c o m o e jem p lo s d e c o n c e p to s p u ro s de ra z ó n . L a v ir tu d , y c o n ella la sa b id u ría h u m a n a en to d a su p u re z a , c o n s titu y e n ideas. E l sab io (el d el e sto ic o ) es u n ideal, e sto es, u n h o m b re q u e só lo existe en el p e n sa m ie n to , p e ro q u e c o rre s p o n d e p le n a m e n te a la idea d e sa b id u ría . A sí c o m o la idea o fre c e la regla, así sirv e el ideal, en este caso, c o m o arquetipo d e la c o m p le ta d e te rm in a ­ c ió n de la co p ia. N o p o se e m o s o tra g u ía d e n u e stra s acciones q u e el c o m p o rta m ie n to d e ese h o m b re d iv in o q u e lle v a m o s en n o s o tro s , c o n el q u e n o s c o m p a ra m o s , a la lu z del cual n o s ju zg am o s y e n v ir tu d d el cu al n o s h a c e m o s m e jo re s, a u n q u e n u n c a p o d a m o s lleg ar a ser c o m o él. A u n q u e n o se c o n c e d a realid ad o b je tiv a (existen c ia) a esos ideales, n o p o r ello hay q u e to m a rlo s p o r q u im e ra s. A l c o n tra rio , s u m in is tra n u n m o d e ­ lo in d isp e n sa b le a la ra z ó n , la cual n ecesita el c o n c e p to de A 570 1 aq u e llo q u e es e n te ra m e n te c o m p le to e n su especie c o n el B 598 fin de ap re c ia r y m e d ir el g ra d o d e in su ficien cia d e lo q u e es in c o m p le to . A h o ra b ie n , el id eal n o es realizab le en u n e je m p lo , es d ecir, e n la esfera del fe n ó m e n o ; n o se p u e d e ,

EL IDEAL DE LA RAZON PURA

487

p o r ejem p lo , re p re se n ta r al sa b io e n u n a n o v e la , a d em á s d e q u e es a b su rd o y p o c o e d ific a n te e n sí m ism o , ya q u e los lím ites n atu rales q u e c o n tin u a m e n te a te n ta n c o n tra la co m p le tu d d e la idea h acen im p o sib le la ilu sió n d e se m e ja n te e m p re sa , p ro v o c a n d o in clu so so sp ech as acerca d el b ie n q u e resid e en esa idea, el cual q u e d a c o n v e rtid o en a lg o se m e ja n te a u n a p u ra ficción. A sí o c u rre c o n el ideal d e la ra z ó n , q u e sie m p re tien e q u e basarse e n d e te rm in a d o s c o n c e p to s y se rv ir d e reg la y a rq u e tip o , sea p a ra o b ra r d e a c u e rd o c o n e llo s, sea p a ra e fe c tu a r v alo racio n es. M u y d is tin to es el caso d e las crea c io n e s d e la im ag in ació n . N a d ie p u e d e ex p licarlas n i d a r d e ellas u n c o n c e p to co m p re n sib le . S o n c o m o monogramas q u e só lo p re s e n ­ ta n rasg o s aislad o s y n o d e te rm in a d o s p o r n in g u n a re g la q u e p u e d a se ñ alarse; so n m ás u n a esp ecie d e e sb o z o q u e flo ta e n tre d istin ta s experien cias q u e u n a im ag en d e te rm in a d a ; a lg o así c o m o lo q u e los p in to re s y fisio n o m ista s d ic e n te n e r en la cabeza y q u e n o es, p o r lo v isto , sin o u n b o sq u e jo , n o c o m u n icab le, d e sus p ro d u c c io n e s o in c lu so d e sus v a lo ra c io ­ nes. T ales re p re se n ta c io n e s p u e d e n llam arse, a u n q u e sea só lo de m o d o im p ro p io , ideales de la se n sib ilid a d , ya q u e h a n de ser el m o d e lo inalcanzab le de in tu ic io n e s em p íric a s p o sib le s sin o fre cer, a p esar d e ello, n in g u n a reg la su sc e p tib le d e e x p lic a ­ c ió n ni d e análisis. La ra z ó n , p o r el c o n tra rio , p e rs ig u e c o n su ideal la co m p le ta d e te rm in a c ió n se g ú n reg las a priori. P o r ello c o n c ib e u n o b je to q u e sea c o m p le ta m e n te d e te rm in a b le d e a c u e rd o c o n p rin c ip io s, a u n q u e su m ism o c o n c e p to sea tra sc e n d e n te al n o h a b e r e n la ex p erien cia c o n d ic io n e s su ficien tes p a ra ello.

C

a p ít u l o

III

Sección segunda E

l

ID E A L T R A S C E N D E N T A L

( Prototypon transcendentale) E n re la c ió n c o n lo q u e n o se halla c o n te n id o e n él, to d o concepto es in d e te rm in a d o y está s o m e tid o al p rin c ip io de la determinabilidad, se g ú n el cual só lo u n o d e cada p a r de p re d ic a d o s o p u e sto s e n tre sí c o n tra d ic to ria m e n te p u e d e c o n v e ­

488

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

n ir al c o n c e p to . E s te p rin c ip io se b asa e n el d e c o n tra d ic c ió n y es, c o n sig u ie n te m e n te , u n p rin c ip io m e ra m e n te ló g ic o q u e p re s c in d e de to d o c o n te n id o c o g n o s c itiv o y n o a tie n d e m ás q u e a la fo rm a ló g ic a del c o n o c im ie n to . P ero to d a cosa se h alla ig u a lm e n te , d e sd e el p u n to de vista de su p o sib ilid a d , so m e tid a al p rin c ip io d e la completa d e ­ te rm in a c ió n se g ú n el cual tie n e q u e c o n v e n irle u n o d e cada p a r d e p re d ic a d o s o p u e s to s , en la m ed id a en q u e h a y a n sid o c o n ­ fr o n ta d o s c o n sus c o n tra rio s todos los p re d ic a d o s posibles de las cosas. E ste p rin c ip io n o se basa sim p le m e n te e n el de c o n tr a d ic ­ ció n , ya q u e , a d em á s de c o n sid e ra r la re la c ió n e n tre d o s p r e d i­ cad o s o p u e s to s , tie n e en c u e n ta la re la c ió n de cada cosa c o n la posibilidad global e n c u a n to c o n ju n to d e to d o s los p re d ic a d o s de las c o s a s ; al p re s u p o n e r tal p o sib ilid a d g lo b a l c o m o u n a c o n d i­ c ió n a priori, el p rin c ip io re p re se n ta cada cosa c o m o si d e riv a ra su p ro p ia p o s ib ilid a d del g ra d o e n q u e p a rtic ip a de esa m ism a p o sib ilid a d g lo b a lk. E l p rin c ip io d e la c o m p le ta d e te rm in a c ió n afecta, p u e s , al c o n te n id o y n o só lo a la fo rm a ló g ic a . E s el p rin c ip io de la sín tesis de to d o s lo s p re d ic a d o s q u e e n tr a n en el c o n c e p to e n te ro d e u n a co sa, y n o só lo el p rin c ip io d e la r e ­ p re s e n ta c ió n analítica de u n o de lo s d o s p re d ic a d o s c o n tr a ­ p u e sto s. E l m ism o p rin c ip io c o n tie n e u n a p re s u p o s ic ió n tr a s ­ c e n d e n ta l, es d ecir, de la m a te ria d e toda posibilidad, la cu al d e b e c o n te n e r a p rio ri lo s d a to s d e la p o sib ilid a d particular de cada cosa. L a p r o p o s ic ió n : « Todo existente está completamente determi­ nado» n o sig n ifica ta n só lo q u e d e to d o p a r d e p re d ic a d o s c o n tra p u e s to s dados u n o tie n e q u e c o n v e n irle , sin o q u e sig n ifica, ad em á s, q u e d e to d o p a r d e p re d ic a d o s c o n tra p u e s to s posibles u n o tie n e q u e c o n v e n irle . E n esta p ro p o s ic ió n n o só lo se c o n fr o n ta n p re d ic a d o s d e sd e u n p u n to d e v ista ló g ic o , sin o q u e se c o n fro n ta tra sc e n d e n ta lm e n te la co sa m ism a c o n el c o n ju n to d e to d o s los p re d ic a d o s p o sib le s. La p ro p o s ic ió n k E n virtud de este principio cada cosa queda, pues, referida a un correlato com ún, a saber, la posibilidad global. D e hallarse ésta (es decir, la materia de todos los predicados posibles) en la idea de una cosa individual, dem ostraría que hay afinidad entre todo lo que es posible debido a la identidad de fundam ento de su completa determ inación. La determinabilidad de todo concepto se halla sometida a la u n iv e rsa lid a d (universalistas) del principio que excluye un medio entre dos predicados contrapuestos, mientras que la determina­ ción de una cosa lo está a la totalidad (universitas) o conjunto de todos los predicados posibles (N ota de Kant)

EL IDEAL DE LA RAZON PURA

489

e q u iv ale a d e c ir q u e , p a ra c o n o c e r u n a co sa p o r c o m p le to , hay q u e c o n o c e r to d o lo p o sb ile y d e te rm in a rla a tra v é s de ello, ya sea p o sitiv a , ya n e g a tiv a m e n te . E n c o n se c u e n c ia , la c o m p le ta d e te rm in a c ió n es u n c o n c e p to q u e n u n c a p o d e m o s e x p o n e r en c o n c re to y en su to ta lid a d . Se b asa, p u e s, en u n a idea cu y o ú n ic o a sie n to es la ra z ó n , q u e es la q u e im p o n e al e n te n d im ie n to las reg las d e su u so c o m p le to . E sa idea del conjunto de toda posibilidad, e n te n d id o c o m o c o n d ic ió n en la q u e se basa la c o m p le ta d e te rm in a c ió n d e cada cosa, es, a su vez, in d e te rm in a d a e n re la c ió n c o n los p re d ic a d o s q u e e n tra n e n tal c o n ju n to , m e d ia n te el cual n o p e n sa m o s, p o r ta n to , m ás q u e el c o m p le jo d e to d o s lo s p re d ic a ­ d o s p o sib le s. A p e sa r d e ello , c u a n d o la an a liz a m o s m ás d e cerca, v e m o s, p o r u n a p a rte , q u e esa id ea, en c u a n to c o n c e p to p rim a rio , excluye g ra n c a n tid a d d e p re d ic a d o s q u e ya están d a d o s c o m o d e riv a d o s d e o tro s o q u e n o p u e d e n c o e x istir y, p o r o tra , q u e se d e p u ra h a sta re s u lta r u n c o n c e p to d e te rm in a ­ d o c o m p le ta m e n te a priori, c o n v irtié n d o s e así e n el c o n c e p to de u n o b je to p a rtic u la r q u e se h alla c o m p le ta m e n te d e te rm in a d o p o r la m era id ea, d e b ie n d o d e n o m in a rse , p u e s, ideal d e la ra z ó n p u ra . Si c o n sid e ra m o s to d o s los p re d ic a d o s p o sib le s, n o d esd e u n p u n to de v ista ló g ic o , sin o d e sd e u n o tra sc e n d e n ta l, es d ecir, te n ie n d o en c u e n ta su c o n te n id o c o n c e b ib le a priori, v e re m o s q u e m e d ia n te a lg u n o s d e ellos se re p re se n ta u n ser y p o r m e d io de o tro s , u n m e ro n o -se r. L a n e g a c ió n ló g ic a , in d icad a p o r la sim p le p a rtíc u la «no», n u n c a in h ie re p ro p ia m e n ­ te en u n c o n c e p to , sin o só lo en la re la c ió n d e éste c o n o tr o c o n c e p to d el ju icio . L a n e g a c ió n n o b a sta , p u e s, n i d e lejo s, p a ra d e sc rib ir u n c o n c e p to a te n d ie n d o a su c o n te n id o . L a e x p re s ió n « n o -m o rta l» n o p u e d e d a rn o s a c o n o c e r la re p re s e n ta ­ c ió n d e u n sim p le n o -s e r e n el o b je to , sin o q u e d eja in ta c to el c o n te n id o de éste. U n a n e g a c ió n tra sc e n d e n ta l sig n ifica, p o r el c o n tr a rio , el n o -se r en sí m ism o al q u e se o p o n e la afirm a c ió n tra sc e n d e n ta l. E s ta in d ica a lg o cu y o c o n c e p to e x p re ­ sa ya en sí m ism o u n ser, y se d e n o m in a , p o r ello m ism o , re a lid ad (co seid ad ), ya q u e , si lo s o b je to s so n a lg o (cosas), es a tra v é s d e ella y h a sta d o n d e ella se ex tie n d e . L o o p u e sto , en c a m b io , es d e c ir, la n e g a c ió n , in d ic a u n a m era a u sen cia, y d o n d e só lo ésta es p e n sa d a se re p re se n ta la su p re sió n d e to d a cosa. A h o ra b ie n , n ad ie p u e d e c o n c e b ir u n a n e g a c ió n d e te r m i­

490

K'ANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

nada sin b asarse e n la a firm a c ió n o p u e sta . E l cie g o d e n a c im ie n ­ to n o p u e d e h a c e rse la m e n o r re p re se n ta c ió n d e la o sc u rid a d d e b id o a q u e n o tien e n in g u n a d e la lu z, c o m o ta m p o c o el salvaje de la p o b re z a , p u e s to q u e d e sc o n o c e la riq u e z a k. E l ig n o ra n te n o p o se e u n c o n c e p to d e su ig n o ra n c ia p o r n o te n e r n in g u n o d e la cien cia, etc. T o d o s los c o n c e p to s de n e g acio n es so n , p u e s, d e riv a d o s. S o n las rea lid a d e s las q u e c o n tie n e n lo s d a to s y, p o r así d e c irlo , la m a te ria o c o n te n id o tra sc e n d e n ta l de la p o sib ilid a d y c o m p le ta d e te rm in a c ió n de to d a s las cosas.

A 576 B 604

A sí, p u e s, si p o n e m o s c o m o fu n d a m e n to d e la c o m p le ta d e te rm in a c ió n d e n u e stra ra z ó n u n s u s tra to tra sc e n d e n ta l q u e sea u n a especie d e stock capaz d e s u m in is tra r la m a te ria a to d o s los p re d ic a d o s p o sib le s d e las co sas, ta l s u s tra to n o es o tra co sa q u e la idea d e u n to d o d e la re a lid a d (omnitudo realitatis). T o d a v e rd a d e ra n e g a c ió n n o es e n to n c e s m ás q u e lím ite, cosa q u e n o p o d ría d ec irse d e ella si fio tu v ie ra c o m o fu n d a m e n to lo ilim ita d o (el to d o ). P e ro ta m b ié n se re p re se n ta m e d ia n te esa p o s e s ió n del to d o real el c o n c e p to de u n a cosa en s í misma c o m o c o m p le ta m e n ­ te d e te rm in a d a . E l c o n c e p to de ens realissimum es el de u n ser p a rtic u la r, ya q u e e n su d e te rm in a c ió n se e n c u e n tra u n p r e ­ d ic a d o de e n tre to d o s lo s p re d ic a d o s p o sib le s c o n tra p u e s to s , el q u e p e rte n e c e al ser sin m ás. Se tra ta , p u e s, d e u n ideal tra sc e n d e n ta l q u e sirv e d e b ase a la c o m p le ta d e te rm in a c ió n q u e e n c o n tra m o s n e c e sa ria m e n te e n to d o c u a n to existe. E s la su p re m a y c o m p le ta c o n d ic ió n m a te ria l d e to d o lo e x iste n te , c o n d ic ió n a la q u e tie n e q u e re tro tra e rs e to d o p e n sa m ie n to d e los o b je to s en g en e ra l en lo q u e al c o n te n id o d e ésto s se refiere. P e ro es ta m b ié n el ú n ic o ideal v e rd a d e ro del q u e es capaz la ra z ó n h u m a n a . E n e fe c to , só lo en este caso o c u rre q u e el c o n c e p to — en sí u n iv e rsa l— d e u n a cosa se d e te rm in e c o m p le ta m e n te p o r sí m ism o y sea c o n o c id o c o m o re p re s e n ta ­ c ió n d e u n in d iv id u o . k Las observaciones y los cálculos de los astrónom os nos han enseñado muchas cosas adm irables, pero lo más im portante es, sin duda, el habernos revelado el abism o de nuestra ignorancia. Sin tales conocim ientos, la razón hum ana nunca hubiese pensado que ese abism o fuese tan grande. La reflexión sobre el m ism o tiene que transform ar notablem ente los objetivos finales señala­ dos al uso de nuestra razó n 1 (N ota de Kant) 1 Según W ille, la nota debería ir al final de la frase siguiente, después de «etc.». (N . del T .)

EL IDEAL DE LA RAZON PURA

491

L a d e te rm in a c ió n ló g ica d e u n c o n c e p to p o r la ra z ó n se basa en u n silo g ism o d is y u n tiv o en el q u e la m a y o r c o n tie n e u n a d iv isió n ló g ica (la d e la esfera d e u n c o n c e p to u n iv e rsa l), m ie n tra s q u e la m e n o r lim ita esa esfera a u n a p a rte , y la c o n c lu s ió n d e te rm in a el c o n c e p to m e d ia n te esta p a rte . E l c o n ­ c e p to u n iv e rsa l de u n a rea lid a d e n g e n e ra l n o p u e d e d iv id irse a priori, ya q u e, sin ex p e rie n c ia , n o sa b e m o s q u é clases d e realid ad d e te rm in a d a p u e d a c o n te n e r ese g é n e ro . C o n s ig u ie n te ­ m e n te , la m a y o r tra sc e n d e n ta l de la c o m p le ta d e te rm in a c ió n d e to d a s las cosas n o es o tra co sa q u e la re p re se n ta c ió n del c o n ju n to de to d a la re a lid a d ; n o es u n sim p le c o n c e p to q u e a b a rq u e bajo s i to d o s los p re d ic a d o s en lo q u e al c o n te n id o tra sc e n d e n ta l d e éstos se refie re , sin o u n c o n c e p to q u e los c o m p re n d e en si. L a c o m p le ta d e te rm in a c ió n d e cad a u n a d e las cosas se basa e n la lim ita c ió n d e ese todo d e la re a lid a d , en el s e n tid o d e q u e u n a p a rte d e ésta es a trib u id a a la co sa y el re sto es e x c lu id o d e ella, lo cu al c o n c u e rd a c o n el «o b ie n ... o bien» de la p re m isa d is y u n tiv a m a y o r y c o n la d e te r m i­ n a c ió n del o b je to m e d ia n te u n o d e los m ie m b ro s d e esa d iv isió n e n la m e n o r. D e a c u e rd o c o n ello , el u so d e la ra z ó n al b asarse en el id eal tra sc e n d e n ta l p a ra d e te rm in a r to d a s las cosas p o sib le s es a n á lo g o a aq u e l d e l q u e se sirv e e n los silo g ism o s d is y u n tiv o s, lo cual c o n s titu y e el p rin c ip io en el q u e a n tes a p o y é la d iv isió n siste m á tic a d e to d a s las id eas tr a s ­ c e n d en tales y e n v irtu d d el cual éstas se p ro d u c e n p a ra le la y c o rre la tiv a m e n te a las tre s clases d e silo g ism o s. E n re la c ió n c o n este o b je tiv o , el d e re p re se n ta rse ú n ic a ­ m en te la n ecesaria d e te rm in a c ió n c o m p le ta d e las c o sa s, es c laro q u e la ra z ó n n o p re s u p o n e la e x isten cia d e u n se r q u e | c o n c u e rd e c o n el ideal, sin o só lo la idea del m ism o , p a ra así d e riv a r de u n a in c o n d ic io n a d a to ta lid a d d e la c o m p le ta d e te rm in a c ió n u n a to ta lid a d c o n d ic io n a d a , es d ecir,, la d e lo lim ita d o . E n c o n se cu en c ia , el ideal es p a ra la ra z ó n el a rq u e tip o (prototypon) de to d a s las cosas. A l ser éstas, e n su c o n ju n to , co p ias (ectjpa) d e ficien te s, to m a n d e él la m a te ria de su p o s ib ili­ d a d , y a u n q u e se a p ro x im e n al m ism o e n m a y o r o m e n o r g ra d o , sie m p re se q u e d a n a in fin ita d ista n c ia d e él. ■ A sí, p u e s, to d a p o sib ilid a d de las cosas (d e la sín tesis d e lo d iv e rso d e sd e el p u n to d e v ista d e su c o n te n id o ) se c o n sid e ra d e riv a d a . S ó lo la d e a q u e llo q u e in clu y e en sí to d a la re alid ad se to m a c o m o o rig in a ria . E n efecto , las n e g a c io n e s (q u e so n , sin e m b a rg o , los ú n ic o s p re d ic a d o s m e d ia n te los

j ^^

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

492

cuales to d o lo d em ás p u e d e d is tin g u irs e d el ser realísim o ) n o so n m ás q u e lim ita c io n e s d e u n a re a lid a d m a y o r y, en ú ltim o té rm in o , d e la re a lid a d su p re m a . C o n sig u ie n te m e n te , to d a s las n eg a c io n e s la p re s u p o n e n y s o n sim p les d e riv a c io n e s de ella e n lo q u e a su c o n te n id o se refie re . T o d a la m u ltip lic id a d de las cosas es só lo u n m o d o ig u a lm e n te d iv e rso d e lim ita r el c o n c e p to de la re alid a d su p re m a , q u e c o n stitu y e su su s tra to c o m ú n , así c o m o to d a s las fig u ra s só lo so n p o sib le s en c u a n to m o d o s d e lim ita r el esp acio in fin ito . D e a h í q u e el o b je to del ideal, o b je to q u e só lo se h alla en la ra z ó n , se llam e ta m b ié n ser originario (ens originarium) . E n la m e d id a en q u e n in g u n o , se halla p o r en cim a d e él, se d e n o m in a ser supremo ( ens sum m um ) y, en la m e d id a en q u e to d o se h alla, e n c u a n to c o n d ic io n a d o , A 579 1 so m e tid o a él, ser de todos los seres ( ens entium) . P e ro to d o B 607 J ello n o significa q u e ex ista u n a re la c ió n o b je tiv a e n tre u n o b je to real y o tra s cosas, sin o la re la c ió n e n tre u n a idea y u n o s c o n c e p to s. T o d o ello n o s deja en u n a ig n o ra n c ia to ta l acerca de la ex isten cia d e u n ser de p e rfe c c io n e s ta n e x tra o rd in a ­ rias. T a m p o c o p u e d e d ec irse q u e u n ser o rig in a rio c o n ste d e m u c h o s seres d e riv a d o s. E n e fe c to , cad a u n o d e éstos lo p re s u p o n e y n o p u e d e n , p o r ta n to , c o n s titu irlo . E l ideal del ser o rig in a rio ha d e ser, p u e s, c o n c e b id o c o m o sim ple. P o r ta n to , el d e riv a r to d a s las d em ás p o sib ilid a d e s de este ser o rig in a rio n o p u e d e c o n sid e ra rse , h a b la n d o c o n p r o p ie ­ d a d , c o m o u n a limitación d e su re a lid a d su p re m a y c o m o u n a especie de división d e la m ism a, ya q u e en este caso se to m a ría el ser o rig in a rio p o r u n m e ro a g re g a d o d e seres d e riv a d o s, lo cual es im p o sib le , se g ú n lo d ic h o , y ello a p e sa r d e q u e lo re p re se n tá ra m o s así e n el to s c o e sb o z o inicial. T o d a s las cosas se b asa ría n e n to n c e s, n o l e n el ser su p re m o c o m o to ta li­ d a d 12, sin o c o m o fundamento; la d iv e rsid a d d e las cosas n o descan saría en la lim ita c ió n d el ser o rig in a rio m ism o , sin o en to d a s sus c o n secu e n c ia s, d e las q u e n u e stra se n sib ilid a d e n te ra , así c o m o to d a la rea lid a d fe n o m é n ic a , fo rm a ría n p a rte , ya q u e n o p u e d e n p e rte n e c e r, c o m o in g re d ie n te s, a la idea del ser su p re m o . A 5801 A h o ra b ie n , si se g u im o s h a sta m ás allá esta n u e stra B 608 ] idea, h ip o s ta siá n d o la , p o d re m o s , m e d ia n te el m e ro c o n c e p to 1 L e y e n d o , c o n M e llin , nicht, e n lu g a r de nichts (N . del T .) 2 Jnbegriff

EL ID E A L D E LA R A Z O N PURA

493

d e la re alid ad su p re m a , calificar al ser o rig in a rio d e u n o , sim p le, o m n isu fic ie n te , e te r n o ,.e tc .; en u n a p a la b ra , p o d re m o s d e te rm i­ n a rlo e n su p le n itu d in c o n d ic io n a d a c o n to d o s los p re d ic a m e n ­ to s. E l c o n c e p to d e se m e ja n te ser es el d e Dios, c o n c e b id o e n se n tid o tra sc e n d e n ta l. E l ideal d e la ra z ó n p u ra es, p u e s, el o b je to de u n a teología tra sc e n d e n ta l, tal c o m o a n te s h e in d i­ cad o ya. S in e m b a rg o , este u so d e la idea tra sc e n d e n ta l so b re p a sa ­ ría los lím ites de su d e te rm in a c ió n y v alid ez, ya q u e la ra z ó n , al b asar en ella la c o m p le ta d e te rm in a c ió n d e las cosas en g e n e ra l, ú n ic a m e n te la to m ó c o m o concepto d e to d a la re a lid a d , sin ex ig ir q u e to d a esta rea lid a d e stu v ie se d a d a o b je tiv a m e n te ni c o n stitu y e ra , a su vez, u n a cosa. E s to ú ltim o es u n a m era ficció n m e d ia n te la cu al re u n im o s y realiz a m o s e n u n ideal, c o m o ser p a rtic u la r, la d iv e rsid a d d e n u e stra idea. N o esta m o s a u to riz a d o s a h a c e r e sto , n i siq u ie ra a a su m ir la p o sib ilid a d de ta l h ip ó te sis. D el m ism o m o d o , ta m p o c o a fe c ta n to d a s las co n secu en cias q u e d e riv a n d e ese ideal a la c o m p le ta d e te r m i­ n a c ió n de las cosas e n g e n e ra l — ú n ic o o b je tiv o p a ra el q u e se n ecesitab a la id ea— n i p o se e n e n ella in flu en cia n in g u n a . N o b asta d e sc rib ir el p ro c e d im ie n to y la d ialéctica de í A 581 l B 2 Wille lee «relativa» (N. del T.)

495

EL ID E A L D E LA R A Z O N PURA

C a p ít u l o I I I

Sección tercera L os

A R G U M E N T O S D E LA R A Z Ó N E S P E C U L A T I V A E N

O R D E N A P R O B A R LA E X IS T E N C IA

D E UN SER SUPREM O

In d e p e n d ie n te m e n te de esta a p re m ia n te n ecesid ad de la ra z ó n de su p o n e r a lg o q u e p u e d a se rv ir al e n te n d im ie n to de fu n d a m e n to su ficien te d e la c o m p le ta d e te rm in a c ió n de sus c o n c e p to s, la m ism a ra z ó n a d v ie rte el c a rá c te r ideal y m e ra m e n ­ te ficticio d e sem ejan te su p o s ic ió n c o n d e m asiad a facilid ad c o m o p ara ser llev ad a só lo p o r e so , a a c e p ta r en seg u id a c o ­ A 584 B 612 m o ser real una sim p le a u to c re a c ió n d e su p e n sa m ie n to , a no ser q u e se viese im p elid a, p o r a lg ú n o tr o m o tiv o , a b u s ­ car re p o s o en alg u n a p a rte del re g re s o d e sd e lo c o n d ic io n a ­ d o d a d o h asta lo in c o n d ic io n a d o , q u e n o está d a d o en sí m ism o c o m o real p o r su sim p le c o n c e p to , p e ro q u e es lo ú n ic o q u e p u e d e c o m p le ta r la serie d e las c o n d ic io n e s c u a n d o las re tro tra e m o s a sus fu n d a m e n to s. E sta es la m an era n a tu ra l d e p ro c e d e r de to d a raz ó n h u m a n a , in c lu so de la m ás c o m ú n , a u n q u e no to d o s la sigan h asta el fin. N o p a rte de c o n c e p to s, sin o de la ex p erien cia c o m ú n y se basa, p o r ta n to , en a lg o ex isten te. D e to d o s m o d o s , e ste su e lo se h u n d e c u a n d o n o d escansa en la ro ca in a m o v ib le d e lo a b so lu ta m e n te n ecesario . Y esta ro ca flo ta , a su vez, e n el aire si hay a ú n esp acio vacío fu era y d e b a jo d e ella, si n o lo llena to d o p o r sí sola d e m o d o q u e no deje m a rg e n al p o r q u é , es d e c ir, si n o es in fin ita en su realid ad . Si alg o existe, sea lo q u e sea, hay q u e a d m itir q u e alg o existe de modo necesario. E n e fecto , lo c o n tin g e n te só lo existe b ajo la co n d ic ió n d e o tr a co sa q u e sea causa suya. A ésta se aplica, un a vez m ás, la m ism a c o n c lu sió n , h asta lleg ar a un a causa q u e n o sea c o n tin g e n te y q u e , p o r ello m ism o , exista n e c e saria m e n te sin c o n d ic ió n n in g u n a . E ste es el a rg u m e n to en q u e se ap o y a la ra z ó n p a ra a v a n z a r hacia el ser o rig in a rio . —> mismos (en la simple sensibilidad), sino en la conexión de su variedad por medio del entendimiento (en una apercepción). Consiguientem ente, la unidad de la realidad suprem a y la completa determ inahilidad (posibilidad) de todas las cosas parecen hallarse en un entendim iento suprem o, es decir, en una inteligencia (Nota de Kant)

496

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

A h o ra b ien, si la ra z ó n b u sca el c o n c e p to d e u n ser q u e se am olele a u n a p re rro g a tiv a ta l c o m o es la d e la n ecesid ad in c o n d ic io n a d a , n o es ta n to p a ra in fe rir lu e g o a p rio ri del c o n c e p to de ese ser la e x isten cia d e l m ism o (p u es si o sa ra h a c erlo , la ra z ó n p o d ría lim ita rse a in v e s tig a r e n tre m e ro s c o n c e p to s y n o n ecesitaría b asarse en u n a e x isten cia d a d a ), c u a n to p a ra d e s c u b rir cuál es e n tre to d o s lo s c o n c e p to s d e cosas p o sib le s el q u e n o p o se e en sí n ad a in c o m p a tib le co n la necesid ad a b so lu ta . E n e fe c to , q u e a lg o tie n e q u e ex istir de m o d o a b so lu ta m e n te n e c e sa rio lo d a la ra z ó n p o r s e n ta d o en c o n fo rm id a d c o n la p rim e ra in feren cia. Si lu e g o es capaz de e lim in a r to d a s las cosas in c o m p a tib le s c o n ta l n ecesid ad a ex cep ció n d e u n a sola, ésta es el ser a b s o lu ta m e n te n e c e sa rio , in d e p e n d ie n te m e n te d e q u e se e n tie n d a o n o su n e c e sid a d , es d ecir, in d e p e n d ie n te m e n te d e si es o n o d e d u c ib le d e su sim ple c o n c e p to . A h o ra b ien, aq u e llo c u y o c o n c e p to c o n tie n e la re sp u e sta a to d o p o r q u é , aq u e llo q u e en to d o s lo s a sp e c to s carece en a b s o lu to d e d e fe c to s, a q u e llo q u e es sie m p re su fic ie n te c o m o c o n d ic ió n , p are c e , p o r ello m ism o , c o n s titu ir el ser a d e c u a d o a la n ecesid ad a b so lu ta , ya q u e , al p o se e r p o r sí m ism o las co n d ic io n e s d e to d o lo p o sib le , n o n ece sita , p o r su p a rte , c o n d ic ió n n in g u n a . E s m ás, ni siq u ie ra la ad m ite . P o r ello da satisfacció n , al m e n o s en u n a sp e c to , al c o n c e p to de n ecesid ad in c o n d ic io n a d a . E n e ste p u n to , n in g ú n o tr o c o n ­ c e p to es capaz d e ig u a la rse a él, ya q u e , d ad as las d eficien cias de lo s d em ás c o n c e p to s y su n e c esid ad d e ser c o m p le ta d o s , n in g u n o d e ellos e x h ib e en sí el d is tin tiv o d e la in d e p e n d e n c ia re s p e c to de to d a u lte rio r c o n d ic ió n . E s c ie rto q u e d e lo a n te rio r n o p u e d e d e d u c irse to d a v ía c o n se g u rid a d q u e lo q u e n o c o n te n g a en sí la c o n d ic ió n su p re m a y c o m p le ta e n to d o s los se n tid o s te n g a , p o r ello m ism o , q u e ser c o n d ic io n a d o en su ex isten cia. L o q u e sí p u e d e d ec irse es q u e carece e n sí de la cara c te rístic a de la ex isten cia in c o n d ic io n a d a , q u e es la única gracias a la cual la ra z ó n es capaz, m e d ia n te u n c o n c e p to a priori, de c o n o c e r u n ser c o m o in c o n d ic io n a d o . A sí, p u e s, e n tre to d o s lo s c o n c e p to s d e cosas p o sib les el m ás a p ro p ia d o p a ra el c o n c e p to d e u n ser in c o n d ic io n a d a ­ m e n te n ecesario sería el d e u n ser d e re a lid a d su p re m a y, a u n q u e éste no lo satisfag a p le n a m e n te , n o te n e m o s o p c ió n , sin o q u e n o s em o s o b lig a d o s a a te n e rn o s a él, ya q u e n o p o d e m o s re c h a z a r a la lig era la ex isten cia d e u n ser n ecesario .

EL ID E A L D E LA R A Z O N PURA

497

P e ro , si la a d m itim o s , n o p o d e m o s e n c o n tra r en el c a m p o e n te ro de la p o sib ilid a d n ad a q u e p u e d a re c la m a r tal p re e m in e n ­ cia ex isten cial c o n m a y o r fu n d a m e n to q u e d ic h o ser d e realid ad su p rem a. A sí, p u e s, el m o d o n a tu ra l d e p ro c e d e r d e la ra z ó n h u m a n a es éste. P rim e ro lleg a al c o n v e n c im ie n to d e q u e existe algún ser n ecesario . E n éste re c o n o c e u n a ex isten cia in c o n d ic io ­ nada. L u e g o b u sca el c o n c e p to d e lo q u e es in d e p e n d ie n te d e to d a c o n d ic ió n y lo e n c u e n tra e n a q u e llo q u e c o n stitu y e , a su vez, la c o n d ic ió n su fic ie n te d e to d o lo d e m á s, es d e c ir, en aq u e llo q u e c o n tie n e to d a re a lid a d . P e ro el to d o ilim ita d o es u n a u n id a d a b so lu ta , e im p lica el c o n c e p to d e u n ser p a rtic u ­ lar, es d e c ir, el c o n c e p to del ser su p re m o . D e ello infiere q u e éste, en c u a n to fu n d a m e n to p rim a rio d e to d a s las cosas, existe d e m o d o a b so lu ta m e n te n e cesario . C u a n d o d e resoluciones se tra ta , es d ecir, u n a v ez q u e la ex isten cia de u n ser n e c e sa rio ha sid o a d m itid a y se ha lleg ad o al a c u e rd o d e q u e h ay q u e to m a r p a rtid o acerca de d ó n d e situ a rlo , n o p u e d e n e g a rse al c o n c e p to de ser s u p re m o cie rto fu n d a m e n to , ya q u e e n ese caso n o se p u e d e e leg ir d e u n m o d o m ás o p o r tu n o , o m e jo r d ic h o , n o hay elec ció n , sin o q u e se está o b lig a d o a a c e p ta r la u n id a d a b so lu ta de la realid ad c o m p le ta c o m o fu e n te o rig in a ria de la p o sib ilid a d . A h o ra b ien , si nad a nos im p ele a to m a r u n a d e c isió n y p re fe ri­ m o s d ejar a u n la d o to d o este a s u n to h asta ta n to q u e el p e so to ta l d e lo s a rg u m e n to s n o s o b lig u e a a s e n tir; es d e c ir, si só lo se tra ta de valorar c u á n to sa b e m o s acerca d e este p r o b le ­ m a y c u á n to n o s im a g in a m o s sa b e r, e n to n c e s la m e n c io n a d a inferen cia n o p re s e n ta ya u n a sp e c to ta n fa v o ra b le , y n ecesita cierta b e n e v o le n c ia q u e su p la su falta d e títu lo s legales. E n efecto , a u n a d m itie n d o el p la n te a m ie n to p re s e n ta d o , es d ecir, q u e , e n p rim e r lu g a r, d e u n a ex isten cia d a d a (a u n q u e sea só lo la m ía) se in fie ra c o rre c ta m e n te la ex isten cia d e u n ser in c o n d ic io n a d a m e n te n e c e sa rio ; q u e , e n s e g u n d o lu g a r, u n ser q u e c o n tie n e to d a la re a lid a d y, p o r ta n to , to d a s las c o n d ic io n e s, tie n e q u e ser c o n sid e ra d o p o r m í c o m o a b s o lu ta ­ m e n te in c o n d ic io n a d o y q u e , c o n sig u ie n te m e n te , haya d e s c u ­ b ie rto c o n ello el c o n c e p to d e la cosa a d e c u a d a a la n e c esid ad a b s o lu ta ; a u n a d m itie n d o to d o e sto , n o p u e d o sacar d e ello la c o n c lu s ió n de q u e el c o n c e p to de u n ser lim ita d o c o n tr a d i­ g a la n ecesid ad a b s o lu ta p o r el h e c h o de n o p o se e r la re a lid a d su p re m a . E n efec to , del h e c h o de q u e n o se e n c u e n tre en

498

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

el co n c e p to d e ese ser lim ita d o lo ilim itad o q u e el to d o de las co n d icio n es im plica n o p u e d e in fe rirse q u e te n g a q u e ser lim itada su existencia, c o m o n o p u e d o ta m p o c o d ecir en u n silo g ism o h ip o té tic o : d o n d e falta cierta c o n d ic ió n (en este caso la c o m p le tu d se g ú n c o n c e p to s) falta ig u a lm e n te lo c o n d i­ cio n ad o . A l c o n tra rio , n o s está p e rm itid o c o n sid e ra r ta m b ié n c o m o in c o n d ic io n a d a m e n te n ecesario s to d o s los re sta n te s seres lim itad o s, a u n q u e n o p o d a m o s d e d u c ir su n ecesid ad del c o n ­ ce p to g en eral q u e de ellos te n e m o s. P e ro , si ello es así, el a r g u ­ m e n to n o nos p ro p o rc io n a el m e n o r c o n c e p to de las p ro p ie d a ­ des de u n ser necesario , ni llega a re s u lta d o n in g u n o . Sin e m b a rg o , este a rg u m e n to c o n se rv a cierta im p o rta n ­

A 5891 cia, así c o m o u n p re s tig io q u e n o p u e d e serle in m e d ia ta m e n te B 617 J

a rre b a ta d o p o r el h e c h o d e esta insuficiencia o b je tiv a . E n efecto, su p o n g a m o s q u e h u b ie se o b lig a c io n e s q u e fu esen p e r­ fectam en te co rre c ta s e n la idea de la ra z ó n , p e ro sin realid ad ap licable a n o so tro s m ism o s, es d e c ir, o b lig acio n es q u e ca re c e ­ rían de m o tiv o s de n o su p o n e rse u n ser su p re m o q u e p u d ie ra d a r efectiv id ad y firm eza a las leyes p rácticas. E n este caso, te n d ría m o s ta m b ié n o b lig a c ió n de se g u ir c o n c e p to s, q u e , si b ien p u e d e n no ser o b je tiv a m e n te su ficien tes, so n p re p o n d e ra n ­ tes a te n d ie n d o a la n o rm a 1 d e la ra z ó n y, c o m p a ra d o s co n o tro s c o n c e p to s, so n lo m e jo r y m ás c o n v in c e n te q u e c o n o c e ­ m os. La o b lig a c ió n d e e le g ir ro m p e ría a q u í, m e d ia n te una ad ició n p rá c tic a , la in d ecisió n en la q u e se e n c u e n tra la e sp e c u la ­ ción. E s m ás, la ra z ó n , c o m o juez e x tre m a d a m e n te rig u ro so , n o e n c o n tra ría en sí m ism a n in g u n a excusa en el caso de q u e no h u b ie ra seg u id o , a u n q u e fuese p o r m o tiv o s ap re m ia n te s y con in su ficien te c o m p re n sió n , esto s p rin c ip io s de sus juicios q u e so n , en c u a lq u ie r caso, los m ejo res q u e co n o cem o s.

A p esar de ser e fe c tiv a m e n te tra sc e n d e n ta l, d a d o q u e se basa en la insuficiencia in trín se c a d e lo c o n tin g e n te , este a rg u m e n to es ta n sim p le y n a tu ra l q u e se ad ecú a al e n te n d im ie n ­ to m ás c o m ú n ta n p ro n to c o m o éste d irig e hacia él su a te n c ió n . Se ve c ó m o las cosas ca m b ia n , nacen y m u e re n . T ales cosas d e b e n te n e r, p u e s, u n a causa, o al m e n o s d eb e ten erla su A 5901 estad o . A h o ra b ien , an te cada u n a de las causas q u e p u e d e n B 618j’ d arse en la ex p erien cia p o d e m o s de n u e v o d ecir lo m ism o . ¿ D ó n d e situ a re m o s, p u e s, la cau salid ad últim a c o n m ás ra z ó n 1 wch dem Majte

EL ID E A L D E LA R A Z O N PURA

499

q u e d o n d e se halla ta m b ié n la cau salid ad suprema, es d ecir, en aq u el ser q u e c o n tie n e en sí o rig in a ria m e n te la suficiencia en re la c ió n co n el efecto p o sib le y c u y o c o n c e p to se p ro d u c e ta m ­ bién c o n g ra n facilid ad m e d ia n te el ú n ic o ra sg o de u n a p e r ­ fecció n o m n ic o m p re n siv a ? E sta causa su p re m a la c o n sid e ra ­ m o s d esp u és c o m o a b so lu ta m e n te n ecesaria d e b id o a q u e nos p arece ta m b ié n a b so lu ta m e n te n e c e sa rio e le v a rn o s h asta ella, y no h allam o s razo n es p ara se g u ir a sc e n d ie n d o m ás allá de la m ism a. D e ah í q u e v eam o s e n to d o s los p u e b lo s, in clu so a tra v é s de su m ás cieg o p o lite ísm o , a lg u n o s d este llo s del m o n o te ís m o . Y n o es q u e h a y a n lle g a d o a él p o r reflex ió n o p o r u n a h o n d a esp ec u la c ió n , sin o p o r u n p ro c e s o n atu ral del e n te n d im ie n to c o m ú n , u n p ro c e s o q u e ha id o v o lv ié n d o se cada vez m ás co m p ren sib le .

N o hay m ás que tres modos posibles de dem ostrar la existencia de D ios a p a r tir de la rascón especulativa T o d o s los cam in o s q u e se h a n p ro p u e s to a este re sp e c to c o m ien zan , o b ien p o r la ex p e rie n c ia d e te rm in a d a y p o r la p e c u lia r c o n d ic ió n d e n u e stro m u n d o sen sib le, q u e c o n o c e m o s a trav és de tal ex p erien cia, y se e le v a n d esd e ella, c o n fo rm e a las leyes de la cau salid ad , h asta la causa su p rem a fu e ra del m u n d o ; o b ien se basan sim p le m e n te en u n a e x p erien cia in ­ d e te rm in a d a , es decir, en la e x p erien cia d e a lg u n a e x iste n c ia ; o b ien , fin a lm e n te , p re sc in d e n d e to d a ex p erien cia e in fiere n , c o m p le ta m e n te a priori, p a rtie n d o d e sim ples c o n c e p to s, la existencia de u n a causa su p re m a . L a p rim e ra d e m o s tra c ió n es la físico-teológica, la se g u n d a , la cosmológica y la te rc e ra , la ontológica. N o hay ni p u e d e h a b e r m ás p ru eb as. D e m o s tra ré q u e la ra z ó n n o c o n sig u e n in g ú n re s u lta d o p o s itiv o ni p o r u n cam in o (el e m p íric o ) n i p o r el o tr o (el tra sc e n d e n ta l) y q u e en v an o e x tie n d e sus alas p a ra reb a sa r el m u n d o sensible c o n el p o d e r d e la sim p le esp ecu lació n . P o r lo q u e se refiere al o rd e n e n q u e hay q u e ex a m in a r esas d iv ersas d e m o s tra c io n e s, será p re c isa m e n te el in v e rso al q u e a d o p ta la ra z ó n en su e x p a n sió n p ro g re s iv a , q u e ha sid o ig u a l­ m e n te el q u e h e m o s p re s e n ta d o en p rim e r lu g a r. E n efecto , se p o n d rá d e m an ifiesto q u e , si b ie n es la ex p erien cia la q u e d a a la ra z ó n el p rim e r im p u lso , es ta n só lo el concepto trascenden­ tal el q u e la d irig e en su e sfu e rz o y el q u e señala en to d a s

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

500

esas te n ta tiv a s el o b je tiv o q u e ella se h a p ro p u e s to . C o m e n z a ré , p u es, p o r la d e m o s tra c ió n tra sc e n d e n ta l y e x a m in a ré d e sp u é s q u é p ap el p u e d e d e se m p e ñ a r la a d ic ió n d e lo e m p íric o c o n vistas a a u m e n ta r su fu e rz a d e m o s tra tiv a .

C

a p ít u l o

III

Sección cuarta I

m p o s ib il id a d

d e una

pru eba

o n t o l ó g ic a

D E L A E X IS T E N C IA D E D lO S

P o r lo d ic h o h a sta a q u í se c o m p re n d e c o n facilid ad q u e el c o n c e p to de u n ser a b s o lu ta m e n te n e c e sa rio es u n c o n c e p to p u r o d e ra z ó n , es d e c ir, u n a m e ra idea cuya rea lid a d o b je tiv a d ista m u c h o d e q u e d a r d e m o s tra d a p o r el h e c h o de q u e la ra z ó n la n ecesite. E n re a lid a d , tal idea, q u e in d ica sim p le m e n te c ie rta c o m p le tu d in a lc a n z a b le , sirv e p a ra lim ita r el e n te n d im ie n to , m ás q u e p a ra e x te n d e rlo a n u e v o s o b je to s. N o s e n c o n tra m o s a q u í c o n el caso e x tra ñ o y a b s u rd o d e q u e , p o r u n a p a rte , p a re c e a lg o u rg e n te y c o rre c to el in fe rir u n a existen cia a b s o lu ta m e n te n ecesaria a p a rtir d e u n a ex isten cia d ad a en g e n e ra l, p e ro , p o r o tra , to d a s las c o n d ic io n e s re q u e rid a s p o r el e n te n d im ie n to p a ra h ace rse u n c o n c e p to d e ta l n ecesid ad se o p o n e n a ello. E n to d o s los tie m p o s se h a h a b la d o d e u n ser absolutamen­ te necesario, p e ro ha h a b id o m e n o s p re o c u p a c ió n p o r c o m p r e n ­ d e r si es p o sib le — y c ó m o lo es— c o n c e b ir sim p le m e n te u n a cosa se m ejan te, q u e p o r d e m o s tra r su existencia. E s, p o r su p u e s to , m u y sen cillo d a r u n a d e fin ic ió n n o m in a l d e este c o n c e p to d ic ie n d o q u e es a lg o c u y o n o -s e r es im p o sib le . P e ro c o n ello n o sa b e m o s m ás q u e a n te s acerca d e las c o n d ic io n e s q u e h a c e n n ecesario 1 c o n sid e ra r el n o -s e r d e u n a cosa c o m o a b so lu ta m e n te im p e n sa b le y q u e so n p re c isa m e n te lo q u e p r e ­ te n d e m o s c o n o c e r, es d e c ir, si m e d ia n te este c o n c e p to p e n sa m o s a lg o o n o p e n sa m o s n ad a. E n e fe c to , el h e c h o d e re c h a z a r p o r m e d io d e la p a la b ra « in c o n d ic io n a d o » to d a s las c o n d ic io n e s q u e so n sie m p re in d isp e n sa b le s al e n te n d im ie n to p a ra c o n sid e ­ Leyendo, con Noiré, notmndig, en lugar de unmoglicb (N. del T.)

IMPOSIBILIDAD D E LA PRUEBA O N T O LO G IC A

501

rar a lg o c o m o n ecesario , d ista m u c h o d e h a c e rn o s c o m p re n d e r si p e n sa m o s a lg o o q u iz á nada en a b s o lu to a tr a v é s d el c o n c e p to de u n ser in c o n d ic io n a d a m e n te n ecesario . M ás a ú n : se h a c re íd o e x p lic a r e ste c o n c e p to — p u e sto en circ u la c ió n al azar, p e ro c o n v e rtid o al fin a l en m o n e d a c o rrie n te — m e d ia n te u n a m u ltitu d d e e je m p lo s , d e su e rte q u e ha lle g a d o a p a re c e r su p e rflu a p o r c o m p le to c u a lq u ie r o tra p re g u n ta re lativ a a su in te lig ib ilid a d . T o d a p ro p o s ic ió n de la g e o m e tría , p o r e je m p lo , q u e u n tr iá n g u lo p o s e e tre s á n g u lo s, es a b so lu ta m e n te necesaria. E n el m ism o s e n tid o se h a h a b la d o d e u n o b je to c o m p le ta m e n te e x te rio r a la e s fe ra d e n u e stro e n te n d im ie n to , c o m o si c o m p re n d ié ra m o s a la p e rfe c c ió n lo q u e su c o n c e p to q u ie re d ecir. T o d o s lo s e jem p lo s o fre c id o s e stá n to m a d o s , sin n in g u ­ na e x cep ció n , n o d e cosas ni d e su e x iste n c ia , s in o d e sim p les juicios. A h o ra b ie n , la n e c esid ad a b s o lu ta d e lo s ju ic io s n o es u n a n ecesid ad a b so lu ta d e las cosas. E n e fe c to , la n e c esid ad ÍA 594 ab so lu ta del ju icio c o n stitu y e ta n só lo u n a n e c e s id a d c o n d ic io ­ | B 622 nada d e la cosa o del p re d ic a d o d el ju ic io . L a p ro p o s ic ió n a n te rio r n o a firm a b a q u e h u b ie se tre s á n g u lo s a b so lu ta m e n te n ecesario s, sin o q u e d e c ía : si te n e m o s a q u í u n tr iá n g u lo (si está d a d o ), te n e m o s ta m b ié n n e c e sa ria m e n te (e n él) tre s á n g u ­ los. S in e m b a rg o , la fu e rz a d e ilu sió n q u e e sta n e c e sid a d ló g ica ha re v e la d o es ta n g ra n d e , q u e del h e c h o d e q u e u n o se haya fo rm a d o de u n a cosa u n c o n c e p to a p rio ri d e caracte rístic a s tales, q u e — e n o p in ió n de u n o m ism o — a b a r q u e e n su c o m p r e n ­ sió n la ex isten cia, se ha c re íd o p o d e r in fe rir c o n to d a s e g u r id a d : q u e , c o m o la ex isten cia e n tra d e m o d o n e c e s a rio en el o b je to de ese c o n c e p to — es d ecir, si p o n e m o s esa c o sa c o m o d ad a (ex isten te)— , q u e d a rá p u e sta su ex isten cia d e m o d o ig u a lm e n te necesario (seg ú n la reg la de la id e n tid a d ) ; q u e , c o n s ig u ie n te ­ m en te, este ser será, a su vez, a b s o lu ta m e n te n e c e sa rio , ya q u e su ex isten cia es p e n sa d a en u n c o n c e p to a rb itra ria m e n te a d o p ta d o y b ajo la c o n d ic ió n d e q u e p o n g a m o s su o b je to . Si en u n ju icio id é n tic o e lim in o el p r e d ic a d o y c o n s e r­ v o el su je to , su rg e u n a c o n tra d ic c ió n , y p o r e llo d ig o q ü e el p rim e ro c o rre s p o n d e al se g u n d o d e m o d o n e cesario . P e ro si elim in o a u n tie m p o su je to y p r e d ic a d o n o se p r o ­ du ce c o n tra d ic c ió n n in g u n a , ya q u e no queda nada su sc e p tib le de c o n tra d ic c ió n . E s c o n tra d ic to rio p o n e r u n tr iá n g u lo y s u p r i­ m ir sus tre s á n g u lo s . P e ro n o lo es el s u p r im ir el triá n g u lo y los tres á n g u lo s a la vez. E x a c ta m e n te lo m is m o o c u rr e c o n

502 A 595 B 623

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

el c o n c e p to de u n ser a b s o lu ta m e n te n ec e sa rio . Si s u p rim im o s su ex isten cia, su p rim im o s la co sa m ism a c o n to d o s sus p re d ic a ­ d o s. ¿D e d ó n d e se q u ie re sacar e n to n c e s la c o n tra d ic c ió n ? E n el a sp ecto e x te rn o n o se c o n tra d ic e n a d a , ya q u e se su p o n e q u e la cosa n o es n ecesaria d e sd e u n p u n to d e v ista e x te rn o a ella. T a m p o c o se c o n tra d ic e n a d a in te rn a m e n te , p u e s to q u e , al s u p rim ir la co sa m ism a, h a q u e d a d o ta m b ié n su p rim id o to d o lo in te rn o . « D io s es o m n ip o te n te » c o n stitu y e u n ju icio necesario . N o p o d e m o s s u p rim ir la o m n ip o te n c ia si p o n e m o s u na d iv in id a d , es d ecir, u n ser in fin ito , ya q u e el c o n c e p to de lo u n o es id é n tic o al d e lo o tr o . P e ro si d e c im o s q u e Dios no existe n o se da ni o m n ip o te n c ia n i n in g u n o d e sus p re d ic a d o s re s ta n te s, ya q u e to d o s h a n q u e d a d o e lim in a d o s ju n ta m e n te c o n el su je to , p o r lo cu al n o ap are c e en este p e n s a ­ m ie n to c o n tra d ic c ió n n in g u n a .

H e m o s v is to , p u e s, q u e si e lim in a m o s a la vez el p re d ic a ­ d o y el su je to de u n ju icio n u n c a p u e d e s u rg ir u n a c o n tra d ic c ió n in te rn a , sea cu al sea el p re d ic a d o . N o q u e d a e n to n c e s o tra esca p a to ria q u e la de s o s te n e r q u e hay su je to s q u e n o p u e d e n ser s u p rim id o s , su jeto s q u e d e b e n , p o r ta n to , su b sistir. P e ro ello e q u iv a ld ría a d e c ir q u e hay su je to s a b so lu ta m e n te n ec e sa ­ rio s, lo cual c o n stitu y e p re c isa m e n te la su p o s ic ió n cuya le g itim i­ d ad he p u e s to en d u d a y cu y a p o sib ilid a d se tra ta b a d e m o s tra r. E n efecto , n o p u e d o h a c e rm e el m e n o r c o n c e p to d e u n a cosa A 5961 q u e , u na vez su p rim id a c o n to d o s sus p re d ic a d o s, d ejara tra s B 624 J sí u n a c o n tra d ic c ió n , y sin ésta, c o n m e ro s c o n c e p to s p u ro s ap rio ri, n o p o se o c rite rio n in g u n o q u e in d iq u e la im p o sib ilid a d . F re n te a to d a s estas c o n c lu sio n e s g e n e ra le s (q u e n a d ie p u e d e n e g a r) m e desafiáis c o n u n caso q u e p re se n tá is c o m o p ru e b a de q u e h ay efe c tiv a m e n te u n c o n c e p to , y uno so lo , el n o -se r d e cu y o o b je to o la su p re sió n del m ism o c o n stitu y e alg o c o n tr a d ic to rio e n sí m ism o . E se c o n c e p to es el d e ser realísim o . V o s o tr o s d ecís q u e este ser p o se e la re a lid a d to d a y q u e ten éis d e re c h o a a su m irlo c o m o p o sib le (cosa q u e yo, d e m o m e n to , c o n c e d o , a u n q u e u n c o n c e p to q u e n o se c o n tr a d i­ ce está m u y lejos d e d e m o s tra r la p o sib ilid a d d e su o b je t o k). k El concepto es siempre posible si no se contradice. Tal es el criterio lógico de la posibilidad, el cual nos sirve para distinguir. el objeto de ese mismo concepto respecto del nihil negativum. Ahora bien, esto no quita que pueda tratarse de un concepto vacío en el caso de que la realidad objetiva de la síntesis mediante la cual se produce el concepto no sea demostrada —►

IM POSIBILIDAD D E LA PRU EBA O N T O LO G IC A

503

A h o ra b ien, en «la rea lid a d to d a » va in c lu id a la ex isten cia. C o n sig u ie n te m e n te , ésta se h alla en el c o n c e p to d e u n a cosa p o sib le. Si su p rim im o s esta co sa, s u p rim im o s su p o sib ilid a d , lo cual es c o n tra d ic to rio . M i re sp u e sta e s : h ab éis in c u r rid o ya en c o n tra d ic c ió n al in tro d u c ir — o c u ltá n d o la b a jo el n o m b re q u e sea— la e x is te n ­ cia e n el c o n c e p to d e u n a co sa q u e p re te n d ía is p e n s a r d e sd e el p u n to de v ista ex clu siv o d e su p o sib ilid a d . Si se a d m ite v u e stro a rg u m e n to , h ab éis o b te n id o u n a v ic to ria , p o r lo q u e parece. P e ro en re a lid a d n o h a b é is d ic h o n a d a , ya q u e h ab éis fo rm u la d o u n a sim p le ta u to lo g ía . A h o ra os p r e g u n to y o : la p ro p o s ic ió n q u e a firm a q u e esta o aquella cosa (q u e os a d m ito c o m o p o sib le , sea la q u e sea) existe, ¿es a n alítica o sin té tic a ? Si es lo p rim e ro , c o n la ex isten cia d e la co sa n o añ a d ís n ad a a v u e s tro p e n sa m ie n to d e la cosa. P e ro e n to n c e s, o b ie n el p e n sa m ie n to q u e se halla en v o s o tro s tie n e q u e ser la cosa m ism a, o b ien h ab éis su p u e s to u n a e x isten cia q u e fo rm a p a rte d e la p o sib ilid a d y, en este caso , h ab éis in fe rid o — p re te n d id a ­ m e n te — la ex isten cia de la p o sib ilid a d in te rn a , lo cu al es u n a sim p le y m ísera ta u to lo g ía . L a p a la b ra « realid ad » , q u e su en a en el c o n c e p to de la cosa d e o tr o m o d o q u e «existencia» en el c o n c e p to d el p re d ic a d o , n o re su e lv e el p ro b le m a . E n efecto , si llam áis ta m b ié n rea lid a d a to d o p o n e r (sea lo q u e sea lo q u e p o n g á is ), h ab éis p u e s to ya la cosa c o n to d o s sus p re d ic a d o s en el c o n c e p to del su je to y la h ab éis a c e p ta d o c o m o real. E n el p re d ic a d o n o h acéis m ás q u e re p e tirla . Si a d m itís, p o r el c o n tra rio , c o m o d e b e ra z o n a b le m e n te a d m itir to d a p e rs o n a sen sata, q u e las p ro p o s ic io n e s existen ciales so n sie m p re sintéticas ¿có m o vais a so s te n e r q u e n o se p u e d e s u p rim ir el p re d ic a d o «existencia» sin in c u rrir en c o n tra d ic c ió n , te n ie n d o en c u e n ta q u e este p riv ile g io c o rre s p o n d e p ro p ia y ú n ic a m e n te a las p ro p o s ic io n e s a n alíticas, las cuales b asan p re c isa m e n te en él su c a rá c te r d e ta le s? C re o q u e p o d ría te rm in a r d e u n a vez p a ra sie m p re y de fo rm a r o tu n d a c o n esta a rg u m e n ta c ió n 1 so fística m e d ia n te —> de m odo particular. Tal dem ostración se basa em pero, según expusimos antes, en los principios de la experiencia posible, no en el principio del análisis (en el principio de contradicción). E sto constituye una advertencia en el sentido de que n o deduzcamos de inm ediato la posibilidad de las cosas (posibilidad real) a partir de la posibilidad de los conceptos (posibilidad lógica) (N ota de Kant) 1 Leyendo, con H artenstein, Argumentation, en vez de Argutation (N. del T.)

A 597 B 625

A 598 B 626

504

TO>

A 5991 B 627 J

60ol 628j

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

u n a exacta d e te rm in a c ió n d e l c o n c e p to d e e x isten cia si n o h u b iese a d v e rtid o q u e la ilu sió n c o n siste n te e n to m a r p o r real u n p re d ic a d o ló g ic o (es d e c ir, en to m a rlo p o r u n a d e te r m in a ­ c ió n d e la co sa) es p o c o m e n o s q u e re fra c ta ria a to d a c o rre c c ió n . C u a lq u ie r cosa p u e d e se rv ir d e predicado lógico. In c lu so el su je to p u e d e p re d ic a rse de sí m ism o , ya q u e la ló g ic a hace a b stra c c ió n de to d o c o n te n id o . P e ro la determinación es u n p re d ic a d o q u e se añ ad e al c o n c e p to del su je to y lo am p lía. N o d e b e , p o r ta n to , estar ya c o n te n id o e n él. E v id e n te m e n te , «ser» n o es u n p re d ic a d o real, es d ecir, el c o n c e p to de a lg o q u e p u e d a a ñ a d irse al c o n c e p to d e u n a cosa. E s sim p le m e n te la p o s ic ió n d e u n a cosa o de ciertas d e te rm in a c io n e s en sí. E n su u so ló g ic o n o es m ás q u e la c ó p u la d e u n juicio. La p ro p o s ic ió n «.Dios es omnipotente» c o n tie ­ ne do s c o n c e p to s q u e p o se e n su s o b je to s : «D io s» y « o m n ip o te n ­ cia». La p a rtíc u la «es» n o es u n p re d ic a d o m ás, sin o a q u e llo q u e relaciona su je to y p re d ic a d o . Si to m o el su je to («D ios») co n to d o s sus p re d ic a d o s (e n tre lo s q u e se halla ta m b ié n la « o m ­ n ip o ten cia» ) y d ig o « D io s es», o « H a y u n D io s» , n o a ñ a d o n a ­ da n u e v o al c o n c e p to de D io s , sin o q u e p o n g o el su je to en sí m ism o c o n to d o s sus p re d ic a d o s, y lo h a g o re la c io n a n d o el objeto c o n m i concepto. A m b o s d e b e n p o s e e r e x a c ta m e n te el m ism o c o n te n id o . N a d a p u e d e a ñ a d irse , p u e s, al c o n c e p to , q u e só lo e x p resa la p o sib ilid a d , p o r el h e c h o d e c o n c e b ir su o b je to (m e d ia n te la e x p re s ió n «él es») c o m o a b so lu ta m e n te d a d o . D e este m o d o , lo real n o c o n tie n e m ás q u e lo p o sib le . C ien tá lero s reales n o p o se e n e n a b s o lu to m a y o r c o n te n id o q u e cien tá le ro s p o sib le s. E n e fe c to , si los p rim e ro s c o n tu v ie ra n m ás q u e los ú ltim o s y te n e m o s, a d e m á s, e n c u e n ta q u e los ú ltim o s sig n ifican el c o n c e p to , m ie n tra s q u e los p rim e ro s in d i­ can el o b je to y su p o sic ió n , e n to n c e s m i c o n c e p to n o ex p re sa ría el o b je to e n te ro ni sería, c o n sig u ie n te m e n te , el c o n c e p to a d e ­ c u a d o del m ism o . D e sd e el p u n to d e v ista d e m i situ a c ió n fin an ciera, en c a m b io , cien tá le ro s reales so n m ás q u e cien tá le ro s en el m e ro c o n c e p to d e los m ism o s (en el d e su p o s ib ili­ d a d ), ya q u e , en el caso d e ser real, el o b je to n o só lo está c o n te n id o a n a lític a m e n te e n m i c o n c e p to , sin o q u e se añ a d e sin té tic a m e n te a tal c o n c e p to (q u e es u n a m era d e te rm in a c ió n d e m i e sta d o ), sin q u e los m e n c io n a d o s cien tá le ro s q u e d e n a u m e n ta d o s en a b s o lu to en v ir tu d d e esa ex isten cia fu e ra de m i c o n c e p to . P o r c o n sig u ie n te , c u a n d o c o n c ib o u n a co sa m e d ia n te

IMPOSIBILIDAD D E LA PRUEBA O N TO LO G IC A

505

p re d ic a d o s, cu a le sq u ie ra q u e sean su clase y su n ú m e ro (in clu so en la c o m p le ta d e te rm in a c ió n ), n a d a se añ a d e a ella p o r el h e c h o de d ecir q u e es. Si se a ñ a d ie ra a lg o , lo q u e e x istiría no sería lo m ism o , sin o a lg o m ás d e lo q u e h a b ía p e n sa d o e n el c o n c e p to , así c o m o ta m p o c o p o d ría d e c ir q u e fu ese p re c isa m e n te el o b je to d e m i c o n c e p to el q u e ex istiría e n to n c e s. C o n c ib a m o s u n a cosa q u e c o n te n g a to d a s las rea lid a d e s m e n o s u n a ; p o r el h e c h o de d ec ir q u e se m e ja n te cosa d e fic ie n te e x is­ te n o se le a ñ a d e la re a lid a d q u e le fa lta b a , sin o q u e existe c o n la m ism a d eficien cia c o n q u e la h a b ía c o n c e b id o . E n caso c o n tra rio , sería a lg o d is tin to d e lo p e n sa d o lo q u e e x istiría. A sí, p u e s, si c o n c ib o u n ser c o m o re a lid a d su p re m a (sin d e fe c to n in g u n o ), q u e d a to d a v ía la c u e stió n d e si ex iste o n o , ya q u e , si b ie n n ad a falta al c o n c e p to q u e y o p o se o del p o sib le c o n te n id o real d e u n a cosa en g e n e ra l, sí falta a lg o e n su re lació n c o n m i e sta d o e n te ro d e p e n sa m ie n to , a sa b e r: q u e sea ta m b ié n p o sib le c o n o c e r a posteriori ese o b je to . Y a q u í se m an ifiesta ta m b ié n el o rig e n d e la p re s e n te d ific u lta d . Si tra tá ra m o s d e u n o b je to d e los se n tid o s, sería im p o sib le q u e c o n fu n d ié ra m o s el sim p le c o n c e p to d e la co sa c o n la e x isten cia de la cosa. E n efecto , m e d ia n te el c o n c e p to só lo se p ie n sa el o b je to c o m o c o n fo rm e c o n las c o n d ic io n e s u n iv e rsa le s d e u n c o n o c im ie n to e m p íric o p o sib le en g e n e ra l, m ie n tra s q u e p o r m ed io d e la ex isten cia se p ie n sa u n o b je to c o m o fo r m a n d o ÍA 601 p a rte d e la ex p erien cia g lo b a l. E l lig a r el c o n c e p to del o b je to | B 629 c o n el c o n te n id o g lo b a l d e la e x p e rie n c ia n o s u p o n e , p u e s, la m e n o r a m p lia c ió n d e ta l c o n c e p to , p e ro n u e s tro p e n sa m ie n to o b tie n e en v ir tu d d e ello u n a p o sib le p e rc e p c ió n n u e v a . N a d a tie n e así d e e x tra ñ o q u e , si p re te n d e m o s , p o r el c o n tra rio , c o n c e b ir la ex isten cia m e d ia n te la p u ra y sim p le c a te g o ría , n o p o d a m o s se ñ a la r c rite rio a lg u n o c ap az de d is tin g u ir la existencia de la m e ra p o sib ilid a d . A sí, p u e s, sea cual sea el c o n te n id o de u n c o n c e p to , ta n to en su cu a lid a d c o m o e n su e x te n s ió n , n o s v e m o s o b lig a ­ d o s a salir d e él si q u e re m o s a trib u ir e x isten cia a su o b je to . E n los o b je to s d e los s e n tid o s ello su c e d e re la c io n á n d o lo s, d e a c u e rd o c o n las leyes e m p íric a s, c o n a lg u n a d e n u e stra s p erc e p c io n e s. E n el caso d e los o b je to s del p e n sa r p u ro , n o h ay m e d io n in g u n o d e c o n o c e r su e x isten cia, p u e s to q u e t e n ­ d ríam o s q u e c o n o c e rla c o m p le ta m e n te a priori. P e ro n u e stra co n cien cia d e to d a ex isten cia (sea in m e d ia ta , en v irtu d d e la p e rc e p c ió n , sea m e d ia n te in feren cias q u e e n la c e n a lg o c o n la

K.A N T/CRITIC A D E LA R A Z O N PURA

506

p e rc e p c ió n ) p e rte n e c e p o r e n te ro a la u n id a d d e la e x p e rie n ­ cia. N o p o d e m o s a firm a r q u e u n a ex isten cia fu e ra d e e ste c a m p o sea a b so lu ta m e n te im p o sib le , p e ro c o n s titu y e u n s u p u e s ­ to q u e n o p o d e m o s ju stificar p o r n in g ú n m ed io . E l c o n c e p to de u n ser s u p re m o es u n a idea m u y ú til en n o p o c o s a sp ecto s. P e ro , p re c isa m e n te p o r tra ta rs e d e u n a sim p le idea, es to ta lm e n te in cap az d e a m p lia r p o r sí so la n u e s tro c o n o c im ie n to re s p e c to d e lo q u e ex iste. N i siq u ie ra es cap az de in fo rm a rn o s s o b re la p o sib ilid a d d e u n a p lu ra lid a d . N o p u e d e n e g a rse a esa idea el c rite rio a n a lític o d e la p o sib ilid a d , c o n siste n te en q u e las m eras p o sic io n e s (realid ad es) n o o rig in e n n in g u n a c o n tra d ic c ió n . A h o ra b ie n , si te n e m o s e n c u e n ta q u e la co n e x ió n d e to d a s las p ro p ie d a d e s reales e n u n a c o sa c o n s titu ­ ye u n a síntesis cuya p o sib ilid a d n o p o d e m o s d e c id ir a p rio ri; q u e las realid ad es n o se n o s d a n en su c a rá c te r esp ecífico — y a u n q u e así fu ese, n o te n d ría lu g a r n in g ú n ju ic io — ; q u e el c rite rio d e la p o sib ilid a d d e los c o n o c im ie n to s sin té tic o s só lo tie n e q u e b u sc a rse en la ex p e rie n c ia , a la cu al n o p u e d e p e rte n e c e r el o b je to d e u n a id e a ; si te n e m o s en c u e n ta to d o esto , e n to n c e s el c o n o c id o L e ib n iz n o c o n sig u ió , ni de lejos, su p re te n s ió n de c o m p re n d e r a p rio ri la p o s ib ilid a d d e u n ser ideal ta n excelso, re s u lta d o d el q u e él se g lo ria b a . T o d o el e sfu e rz o y el tra b a jo in v e rtid o s e n la c o n o c id a p ru e b a o n to ló g ic a (cartesian a) d e la ex isten cia d e u n ser s u p r e ­ m o a p a rtir d e c o n c e p to s so n , p u e s, in ú tiles. C u a lq u ie r h o m b re estaría ta n p o c o d is p u e sto a e n riq u e c e r sus c o n o c im ie n to s c o n m eras ideas c o m o lo esta ría u n c o m e rc ia n te a m e jo ra r su p o sic ió n a ñ a d ie n d o a lg u n o s cero s a su d in e ro e n e fectiv o .

C

a p ít u l o

III

S ección quinta Im

p o s ib il id a d

d e

una

pru eba

c o s m o l ó g ic a

D E L A E X IS T E N C IA D E D lO S

La p re te n s ió n d e e x tra e r d e u n a idea p u ra m e n te a r b itr a ­ ria la ex isten cia del o b je to c o rre s p o n d ie n te a esa m ism a idea ha sid o a lg o to ta lm e n te a n tin a tu ra l, u n a sim p le in n o v a c ió n del in g e n io a cad ém ico . E n re a lid a d , n u n c a se h a b ría p ro d u c id o tal in te n to si n u e s tra ra z ó n n o h u b ie se p re v ia m e n te e x p e rim e n ­ ta d o , p o r u n a p a rte , la ex ig en c ia d e a su m ir a lg o n ecesario

IMPOSIBILIDAD DE LA PRUEBA COSMOLOGICA

507

(en lo q u e p o d e r d e te n e rse en su asce n so ) c o m o base de la existen cia e n g e n e ra l y si, p o r o tra , n o se h u b ie ra v isto o b lig a d a , te n ie n d o en c u e n ta q u e esa n e c e sid a d tie n e q u e ser in c o n d ic io n a d a y cierta a priori, a b u sc a r u n c o n c e p to q u e c u m p lie ra en lo p o sib le esto s re q u isito s y q u e n o s p e rm itie ra , to ta lm e n te a priori, c o n o c e r u n a e x isten cia. Se c re y ó e n c o n tra r ta l c o n c e p to en la idea d el ser re a lísim o y, así, ésta fu e em p le a d a ta n só lo c o n v istas al c o n o c im ie n to m ás esp ecífico d e a q u e llo — es d ecir, del ser n ece sa rio — d e la n e c e sid a d de cu y a ex isten cia se estab a ya c o n v e n c id o o p e rs u a d id o p o r o tra s razo n es. E sta m an era n a tu ra l de p ro c e d e r d e la ra z ó n fu e , sin e m b a rg o , o c u lta d a y, en vez de te rm in a r p o r e ste c o n c e p to , se in te n tó e m p ez ar p o r él p a ra d e riv a r d el m ism o la n e c esid ad d e la ex isten cia, a p e sa r de q u e estab a d e s tin a d o ta n só lo a se rv ir A 604 d e c o m p le m e n to a tal ex isten cia. D e a h í su rg ió la d e sd ic h a d a B 632 p ru e b a o n to ló g ic a , q u e ni satisface al e n te n d im ie n to n a tu ra l y san o ni resiste u n ex a m e n rig u ro so . L a prueba cosmológica, q u e v a m o s a e x a m in a r a h o ra , c o n ­ serv a el lazo e n tre la n ecesid ad a b so lu ta y la rea lid a d su p re m a , p e ro , en lu g a r de in fe rir la n e c esid ad de la ex isten cia a p a rtir de la realid ad su p re m a , c o m o hacía la p ru e b a a n te rio r, in fiere , a p a rtir de la in c o n d ic io n a d a n e cesid ad , p re v ia m e n te d ad a , de u n ser, la realid ad ilim ita d a d el m ism o . E n este se n tid o , la p ru e b a sig u e u n a vía d e a rg u m e n ta c ió n , n o sé si rac io n a l o so fística, p e ro al m e n o s n a tu ra l. E sta vía c o n lle v a la m a y o r c o n v ic c ió n , n o só lo p a ra el e n te n d im ie n to c o m ú n , sin o in c lu so p a ra el e sp e c u la tiv o , al tie m p o q u e tra z a v isib le m e n te las p rim e ­ ras lín eas básicas de to d a s las d e m o s tra c io n e s d e la te o lo g ía n a tu ra l, líneas q u e sie m p re se h a n s e g u id o y se se g u irá n en el f u tu ro , p o r m u y fro n d o s o s q u e sean los a d o rn o s q u e las e n g a la n e n o d isim u le n . V a m o s a e x p o n e r a h o ra y so m e te r a ex am e n esta p ru e b a q u e L e ib n iz d e n o m in ó ta m b ié n a contingentia mundi. E l a rg u m e n to es el sig u ie n te : si a lg o ex iste, tie n e q u e ex istir ta m b ié n u n ser a b so lu ta m e n te n ecesario . A h o ra b ie n , ex isto al m e n o s yo. P o r c o n sig u ie n te , ex iste u n ser a b s o lu ta m e n ­ te n ecesario . L a m e n o r c o n tie n e u n a e x p erien cia. L a m a y o r f A 605 l B 633 in fiere la ex isten cia d e lo n e cesario a p a rtir d e u n a e x p erien cia en g e n e r a lk. A sí, p u e s, la p ru e b a a rra n c a d e la e x p e rie n c ia y

k Esta inferencia es demasiado conocida como para necesitar ahora una exposición más amplia. Se apoya en la presunta ley trascendental de la —4

508

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

n o p ro c e d e , p o r ta n to , e n te ra m e n te a p rio ri u o n to ló g ic a m e n te ; si recib e el n o m b re d e cosmológica, se d e b e a q u e el o b je to de to d a p o sib le exp erien c ia se llam a m u n d o . L a d e m o s tra c ió n p re s c in d e ta m b ié n de to d a s las e sp eciales p ro p ie d a d e s de los o b je to s em p íric o s m e d ia n te las cu ales p u e d e d is tin g u irs e este m u n d o de c u a lq u ie r o tr o p o sib le . P o r ello se d ife re n c ia esta p ru e b a , en su m ism a d e n o m in a c ió n , d e l a rg u m e n to físic o -te o ló ­ g ic o , el cual n ecesita ap o y a rse en o b se rv a c io n e s so b re la especial n atu ra le z a d e n u e s tro m u n d o sen sib le.

^

L a p ru e b a d e d u c e , a d e m á s, q u e el ser n e c e sa rio só lo p u e d e ser d e te rm in a d o de u n m o d o , es d e c ir, q u e d e e n tre to d o s los p o sib le s p a re s d e p re d ic a d o s c o n tra p u e s to s só lo p u e d e serlo p o r u n o . C o n sig u ie n te m e n te , el ser n e c e sa rio tie n e q u e estar completamente d e te rm in a d o p o r su c o n c e p to . A h o ra b ie n , el ú n ico c o n c e p to q u e p u e d e a prio ri d e te rm in a r c o m p le ta m e n te la cosa d e la q u e es c o n c e p to es el del ens realissimum. E ste J c o n c e p to es, p u e s, el ú n ic o p o r m e d io d el cual p u e d e c o n c e b irse u n ser n e c e sa rio ; es d ec ir, ex iste n e c e sa ria m e n te u n ser s u p r e ­ m o.

S o n ta n to s lo s p rin c ip io s so fístic o s q u e se re ú n e n en este a rg u m e n to c o sm o ló g ic o , q u e la ra z ó n e sp e c u la tiv a p are c e h a b e r d e sp le g a d o to d o su a rte d ia lé c tic o p a ra p ro d u c ir la m a y o r ilu sió n tra sc e n d e n ta l p o sib le . V a m o s a d e ja r d e la d o p o r u n m o m e n to su ex am e n c o n el fin d e m o s tra r u n a rtific io m e d ia n te el cual la ra z ó n e sp ecu la tiv a d isfra z a u n v iejo a rg u m e n to y lo p re s e n ta c o m o n u e v o , re c u rrie n d o al re fre n d o de los te s tim o ­ n io s, u n o de ra z ó n p u ra y el o tr o c o n c e rtific a d o e m p íric o , ya q u e en re a lid a d es só lo el p rim e ro el q u e cam b ia de traje y de v o z c o n v istas a q u e se lo to m e p o r o tr o . P ara p o n e r b ie n a salv o su fu n d a m e n to , esta p ru e b a se basa en la e x p e rie n ­ cia, lo cual le p e rm ite o fre c e r de sí m ism a una im a g e n d istin ta del a rg u m e n to o n to ló g ic o , q u e p o n e to d a su co n fia n z a en m ero s c o n c e p to s p u ro s a priori. P e ro la d e m o s tra c ió n c o s m o ló ­ g ica n o se sirv e de esta e x p e rie n c ia m ás q u e p a ra u n ú n ic o p a so , el re q u e rid o p a ra lle g a r a u n ser n ecesario . S o b re cuáles sean las p ro p ie d a d e s d e éste, el a rg u m e n to e m p íric o n o p u e d e f'35 } in fo rm a rn o s , y la ra z ó n lo a b a n d o n a e n e ste p u n to p a ra in v e stí—> causalidad, según la cual todo lo contingente posee una causa que, en el caso de ser, a su vez, contingente, dehe poseer igualm ente una causa, hasta que la serie de causas subordinadas unas a otras se acabe en una que sea absolutam en­ te necesaria, requisito sin el cual no sería com pleta esa serie (N ota de Kant)

IMPOSIBILIDAD DE LA PRUEBA COSMOLOGICA

509

g a r, sirv ié n d o se d e m e ro s c o n c e p to s , q u é p ro p ie d a d e s d e b e p o se e r u n ser a b so lu ta m e n te n e c e sa rio , es d e c ir, cu ál es e n tre to d a s las cosas p o sib le s la q u e c o n tie n e e n sí las c o n d ic io n e s re q u e rid a s (requisita) p a ra c o n s titu ir u n a n e c e sid a d a b so lu ta . L a ra z ó n cree e n c o n tr a r tales re q u isito s ú n ic a y e x c lu siv a m e n te en el c o n c e p to de u n ser re a lísim o , c o n c lu y e n d o lu e g o q u e éste es el ser a b s o lu ta m e n te n ec e sa rio . A h o ra b ie n , e stá c la ro q u e se p re s u p o n e a q u í q u e e l c o n c e p to d e u n ser de re a lid a d su p re m a satisface p le n a m e n te el c o n c e p to d e n e c esid ad a b so lu ta de la ex isten cia, es d e c ir, q u e se p u e d e in fe rir lo ú ltim o de lo p rim e ro , lo cual c o n stitu y e u n a p ro p o s ic ió n so ste n id a p o r el a rg u m e n to o n to ló g ic o . E s te es, p u e s, a p e sa r d e q u e se p re te n d ía e lu d irlo , a su m id o y to m a d o c o m o b ase e n la d e m o s ­ tra c ió n c o sm o ló g ic a , ya q u e la n e c esid ad a b so lu ta es u n a e x is­ te n c ia e x traíd a d e m e ro s c o n c e p to s. Si d ig o q u e el c o n c e p to del ens realissimum es u n c o n c e p to q u e c o n v ie n e y se ad ec ú a , él y só lo él, a la ex isten cia n e cesaria, e n to n c e s te n g o q u e a d m itir ta m b ié n q u e ta l e x isten cia p u e d e se r in fe rid a d e él. T o d a la fu erza d e m o s tra tiv a c o n te n id a e n el lla m a d o a rg u m e n to c o s m o ló g ic o n o co n siste , p u e s, e n o tra c o sa q u e en el a rg u m e n ­ to o n to ló g ic o , c o n s tru id o c o n m e ro s c o n c e p to s ; la su p u e sta ex p erien cia es su p e rflu a ; ta l vez p u e d e c o n d u c irn o s al c o n c e p to d e n ecesid ad a b so lu ta , p e ro n o d e m o s tra r tal n e c esid ad en u n a cosa d e te rm in a d a . E n e fe c to , ta n p r o n to c o m o p re te n d e m o s h a c e rlo , n o s v e m o s o b lig a d o s a a b a n d o n a r to d a ex p erien cia y a b u sc a r e n tre lo s c o n c e p to s p u ro s cu ál d e ellos c o n tie n e las c o n d ic io n e s d e p o sib ilid a d d e u n ser a b so lu ta m e n te n e c e sa ­ rio . Si d e este m o d o se c o m p re n d e sim p le m e n te q u e u n ser se m ejan te es p o sib le , q u e d a ta m b ié n d e m o s tra d a su ex isten cia, ya q u e ello e q u iv a le a d e c ir q u e e n tre to d o s lo s p o sib le s h ay u n o q u e im plica n e c esid ad a b so lu ta , es d e c ir, q u e este ser existe c o n a b so lu ta necesid ad . E l m o d o m ás fácil d e v e r to d a s las falacias d e u n a d e d u c c ió n c o n siste e n e x p o n e rla s en fo rm a silo g ística. H e a q u í tal ex p o sició n . Si la p ro p o s ic ió n q u e afirm a q u e to d o ser a b so lu ta m e n te n ecesario es, a la vez, el ser re a lísim o (lo cu al c o n stitu y e el nervus probandi de la p ru e b a c o sm o ló g ic a ) es c o rre c ta , tie n e q u e ser c o n v e rtib le , c o m o to d o s lo s ju icio s a firm a tiv o s , al m e n o s per accidens. C o n sig u ie n te m e n te , te n e m o s : a lg u n o s seres realísim o s so n , a la vez, seres n ecesario s. A h o ra b ie n , u n ens realissimum n o se d is tin g u e en n a d a d e o tr o , y lo q u e

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

510

es ap licab le a algunos d e lo s c o n te n id o s en este c o n c e p to es ta m b ié n ap licab le a todos. P o r c o n s ig u ie n te , p u e d o (en este caso) ta m b ié n c o n v e rtir la p ro p o s ic ió n simpliciter, c o n lo cual te n d r e m o s : to d o ser re a lísim o es u n ser n ec e sa rio . A h o ra b ien, c o m o esta ú ltim a p ro p o s ic ió n só lo e stá d e te rm in a d a p o r sus 1 c o n c e p to s a priori, el sim p le c o n c e p to d e ser rea lísim o tie n e q u e im p lic a r ya la n e c esid ad a b so lu ta d e ese m ism o ser, q u e es p re c isa m e n te lo q u e el a rg u m e n to o n to ló g ic o s o s te ­ nía y lo q u e el c o s m o ló g ic o n o q u e ría a d m itir, a p e sa r de q u e el p rim e ro su b y acía so la p a d a m e n te a las c o n c lu sio n e s del se g u n d o . A sí, p u e s, el se g u n d o c a m in o to m a d o p o r la ra z ó n e sp ecu lativ a p a ra d e m o s tra r la ex isten cia d el ser su p re m o n o só lo es ta n falaz c o m o el p rim e ro , sin o q u e , e n c im a , in c u rre en un a ignoratio elencbi, p u e s to q u e n o s p ro m e te c o n d u c irn o s p o r u n se n d e ro n u e v o y n o s d e v u e lv e , tra s u n p e q u e ñ o ro d e o , al m ism o d e a n te s, al q u e h a b ía m o s a b a n d o n a d o p o r su causa. H e d ic h o antes, q u e en este a rg u m e n to c o sm o ló g ic o se e sc o n d e to d o u n n id o d e p re s u n c io n e s d ialécticas q u e la crítica tra sc e n d e n ta l p u e d e d e sv e la r y d e s tru ir. M e lim ita ré a h o ra a señalarlas y a d e ja r al le c to r ya e je rc ita d o la ta re a d e se­ g u ir in v e s tig a n d o y re fu ta n d o los p s e u d o p rin c ip io s. E n el a rg u m e n to e n c o n tra m o s , p o r e je m p lo : 1 ) el p rin c ip io tra sc e n d e n ta l c o n siste n te en in fe rir q u e lo c o n tin g e n te p o see u n a causa, p rin c ip io q u e só lo tie n e a p lic a ­ ció n en el m u n d o sen sib le y q u e c arece in c lu so d e s e n tid o fu era d e él. E n efecto , el m e ro c o n c e p to in te le c tu a l d e lo c o n tin g e n te es incap az d e o rig in a r u n a p ro p o s ic ió n sin té tic a c o m o la d e la c a u sa lid a d ; el p rin c ip io d e ca u sa lid a d só lo tie n e v a lo r y c rite rio de ap licació n en el m u n d o d e los se n tid o s. Sin e m b a rg o , en este a rg u m e n to se p re te n d e q u e sirv a p re c isa m e n te p a ra re b a ­ sa r ese m ism o m u n d o ; 2 ) la in feren cia d e u n a p rim e ra causa a p a rtir d e la im p o sib ilid a d d e u n a serie in fin ita d e cau sas d a d a s, s u b o r d in a ­ das u n as a o tra s , e n el m u n d o sen sib le, co sa q u e los p rin c ip io s d el u so d e la ra z ó n n o n o s p e rm ite n e n la m ism a e x p e rie n c ia ; m en o s a ú n p o d e m o s e x te n d e r e ste p rin c ip io m ás allá d e ella (a d o n d e n o p u e d e lle g a r la c a d e n a );

1

T.)

E rdm ann lee «conceptos puros», en vez de «sus conceptos» (N. del

IMPOSIBILIDAD DE LA PRUEBA COSMOLOGICA

511

3) la falsa a u to s a tisfa c c ió n de la ra z ó n c o n re s p e c to a la c o m p le tu d de la se rie ; tal sa tisfa c c ió n es o b te n id a e lim in a n ­ d o , fin a lm e n te , to d a s a q u ellas c o n d ic io n e s sin las cuales n in g ú n c o n c e p to d e n ec e sid a d p u e d e te n e r lu g a r ; c o m o e n to n c e s n o p u e d e e n te n d e rse ya n a d a m ás, se to m a tal e lim in a c ió n c o m o c o m p le tu d del c o n c e p to ; 4) la c o n fu s ió n d e la p o sib ilid a d ló g ic a del c o n c e p to d e to d a la re a lid a d ju n ta (sin c o n tra d ic c ió n in te rn a ) c o n la p o s ib ilid a d tra s c e n d e n ta l; ésta ú ltim a re q u ie re u n p rin c ip io q u e establezca la fac tib ilid a d d e se m e ja n te sín tesis, p e ro tal p rin c ip io só lo p u e d e , a su vez, re fe rirse al c a m p o d e las e x p e ­ riencias p o s ib le s ; etc. E l a rtilu g io d e la d e m o s tra c ió n c o sm o ló g ic a tie n e c o m o ú n ic o o b je tiv o e lu d ir el p ro b a r a p rio ri, m e d ia n te sim p les c o n ­ c e p to s , la ex isten cia d e u n ser n e c e sa rio ; tal p ru e b a te n d ría q u e p ro c e d e r a la m an e ra del a rg u m e n to o n to ló g ic o , y n o s o tro s n o s se n tim o s in capaces to ta lm e n te d e lle v a rla a feliz té rm in o . C o n este fin , in fe rim o s d e u n ser real (u n a e x p e rie n c ia en g en eral) q u e n o s sirv e d e base a lg u n a c o n d ic ió n a b so lu ta m e n te n ecesaria y lo h acem o s d e la m e jo r m a n e ra p o sib le . D e esta fo rm a , n o te n e m o s n ecesid ad d e ex p lic a r la p o sib ilid a d de tal c o n d ic ió n . E n efec to , u n a vez d e m o s tra d o q u e ex iste, es c o m p le ta m e n te s u p e rflu o p r e g u n ta r p o r su p o sib ilid a d . A h o ra b ien , si q u e re m o s d e te rm in a r m ás d e ta lla d a m e n te ese ser n ec e sa ­ rio en lo q u e a su n a tu ra le z a se re fie re , n o b u sc a re m o s lo q u e es su ficien te p a ra c o m p re n d e r la n e c esid ad d e la ex isten cia de ese ser p a rtie n d o d e su sim p le c o n c e p to , ya q u e , si p u d ié r a ­ m o s h a c e rlo , n o n ec e sita ría m o s su p o s ic ió n e m p íric a n in g u n a . N o , b u sc a m o s ta n só lo la c o n d ic ió n n e g a tiv a (conditio sine qua non) a falta d e la cu al u n ser n o sería a b so lu ta m e n te necesario . E n c u a lq u ie r o tr o tip o d e silo g ism o s sería c o rre c to el ir d esd e u n e fecto d a d o a su causa. E n n u e s tro caso , en c a m b io , te n e m o s la d e sg ra c ia d e q u e la c o n d ic ió n q u e h ace falta p a ra la n ecesid ad a b so lu ta só lo p u e d e e n c o n tra rse en un ú n ic o ser q u e d e b e ría , p o r ta n to , c o n te n e r en su c o n c e p to to d o c u a n to se re q u ie re p a ra la n e c esid ad a b so lu ta y q u e h ace así p o sib le q u e p o d a m o s in fe rirla a priori. E s d e c ir, d e b e ría m o s p o d e r in v e rtir la c o n c lu s ió n a firm a n d o : c u a lq u ie r co sa a la q u e c o n v e n g a este c o n c e p to (de la re a lid a d su p re m a ) es a b s o lu ­ ta m e n te n ecesaria. Si n o p u e d o h a c e r esta in fe re n c ia (c o m o te n g o e fe c tiv a m e n te q u e a d m itir si q u ie ro e v ita r el a rg u m e n to o n to ló g ic o ), e n to n c e s h e fra c a sa d o ta m b ié n en el n u e v o c a m in o

512

A 612 B 640

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

y m e e n c u e n tro , u n a vez m ás, en el p u n to d el q u e h a b ía p a rtid o . E l c o n c e p to de ser su p re m o satisface to d a s las c u e s tio ­ nes a priori relativ as a las d e te rm in a c io n e s in te rn a s d e u n a cosa y c o n stitu y e ta m b ié n , p o r ello m ism o , u n id eal sin p a r, ya q u e u n c o n c e p to q u e es u n iv e rsa l d e sig n a , a la v ez, tal ideal c o m o u n in d iv id u o e n tre to d a s las cosas p o sib le s. L o q u e n o satisface, en c a m b io , es la c u e stió n re la tiv a a su p ro p ia ex isten cia, q u e es p re c isa m e n te lo ú n ic o d e lo q u e se tra ta b a , y si alg u ie n q u e h u b ie se a d m itid o la e x isten cia d e u n ser n ecesario q u isiera sim p le m e n te sa b e r cuál es e n tre to d a s las cosas la q u e d e b e ser c o n sid e ra d a c o m o tal ser, n o p o d ría m o s re s p o n d e rle : éste es el ser n e cesario . C o n el fin de fa c ilita r a la ra z ó n la u n id a d d e los fu n d a m e n to s e x p licativ o s q u e ella b u sc a , p o d e m o s c ie rta m e n te suponer c o m o causa d e to d o s los efe c to s p o sib le s la ex isten cia de u n ser de suficiencia su p re m a . P e ro el p e rm itirn o s la lib e rta d de d ecir q u e ese ser existe necesariamente d eja d e ser la m o d e sta afirm a c ió n de u n a h ip ó te sis le g ítim a p a ra c o n v e rtirs e e n la osada a rro g a n c ia de u n a certe z a a p o d íc tic a . E n e fe c to , el c o n o c i­ m ie n to de lo q u e se p re s u m e c o n o c e r c o m o a b s o lu ta m e n te n ecesario tien e q u e im p lic a r, a su vez, a b so lu ta n ecesid ad .

A 6131 B 641 J

T o d o el p ro b le m a del ideal tra sc e n d e n ta l se re d u c e a e n c o n tra r, o b ie n u n c o n c e p to q u e c o n v e n g a a la n ecesid ad a b so lu ta , o b ie n u n a necesid ad a b so lu ta q u e c o n v e n g a al c o n ­ c e p to d e u n a cosa c u a lq u ie ra . Si u n a d e a m b a s cosas es factib le, tie n e q u e se rlo ta m b ié n la o tra , ya q u e la ra z ó n só lo re c o n o c e c o m o a b s o lu ta m e n te n e c e sa rio a q u e llo q u e es n e c e sa rio p o r su p ro p io c o n c e p to . A h o ra b ie n , las d o s cosas so b re p a sa n p o r e n te ro c u a lq u ie r e sfu e rz o , p o r g ra n d e q u e sea, q u e p re te n d a dar satisfacción al e n te n d im ie n to so b re este p u n to , e in c lu so c u a lq u ie r te n ta tiv a p a ra tra n q u iliz a rlo en re la c ió n c o n tal in c a ­ p acid a d suya. La in c o n d ic io n a d a n ecesid ad q u e nos hace falta d e m o d o ta n in d isp e n sa b le c o m o ú ltim o a p o y o d e to d a s las cosas c o n s ti­ tu y e el v e rd a d e ro a b is m o p a ra la ra z ó n h u m a n a . L a m ism a e te rn id a d está m u y lejo s, a p e sa r d e la te rrib le su b lim id a d co n q u e la d e sc rib e H a lle r 1 , d e p ro d u c ir en n u e s tro á n im o ta n ta im p re sió n d e v é rtig o . E n e fe c to , la e te rn id a d se lim ita

1 A lbrecht von Haller (1708-1777). A utor nacido en Berna y que profesó en G óttingen. A pesar de que no quería ser más que un cultivador de las ciencias naturales, pasó a la historia com o poeta. (N. del T.)

513

ILUSION EN LAS PRUEBAS TRASCENDENTALES

a medir la d u ra c ió n d e las co sas, p e ro n o las sostiene. N o p o d e m o s n i e v ita r n i s o p o r ta r el p e n sa m ie n to d e q u e u n ser q u e n o s re p re se n ta m o s c o m o el s u p re m o e n tre to d o s los p o s i­ bles se d ig a a sí m ism o e n c ie rto m o d o : — E x is to de e te rn id a d a e te r n id a d ; n a d a h a y fu e ra de m í, ex c e p to lo q u e es a lg o p o r v o lu n ta d m ía, p e ro ¿de dónde p ro c e d o y o? A q u í n o e n c o n tra m o s su e lo firm e ; la m a y o r p e rfe c c ió n , así c o m o la m ás p e q u e ñ a , flo ta e n el aire sin a p o y o n in g u n o fre n te a la ra z ó n e sp e c u la tiv a , a la q u e n a d a c u e sta h a c e r d e sap arecer, sin el m e n o r o b stá c u lo , ta n to u n a c o m o o tra . M u ch as fu erzas d e la n a tu ra le z a q u e re v e la n su ex isten cia a tra v é s de c ierto s efec to s p e rm a n e c e n in e sc ru ta b le s p a ra n o s o ­ tro s , ya q u e n o p o d e m o s o b se rv a rla s h a sta d o n d e sería p re c iso . E l o b je to tra sc e n d e n ta l q u e sirv e d e b a se a los fe n ó m e n o s, así c o m o la ra z ó n d e q u e n u e stra se n sib ilid a d e sté so m e tid a a tales c o n d ic io n e s su p re m a s, en lu g a r d e e sta rlo a o tra s, j so n y p e rm a n e c e n p a ra n o s o tro s in e s c ru ta b le s; a u n q u e la cosa ' m ism a esté d a d a , n o es c o m p re n d id a . N o p u e d e , e n c a m b io , decirse q u e u n ideal de la ra z ó n p u ra sea inescrutable, ya q u e el ú n ic o c e rtific a d o q u e p u e d e p re s e n ta r p a ra a c re d ita r su re a lid a d es la n ecesid a d q u e la m ism a ra z ó n sie n te d e se rv irse de él p a ra c o m p le ta r to d a u n id a d sin té tic a . T e n ie n d o , p u e s, en c u e n ta q u e el ideal n o está d a d o ni siq u ie ra c o m o o b je to p en sab le, ta m p o c o es in e sc ru ta b le en c alid ad de tal. A l c o n tr a ­ rio , c o m o m era id ea, tie n e 1 q u e h a lla r su sed e y su so lu c ió n en la n a tu raleza de la ra z ó n y, c o n sig u ie n te m e n te , h a d e ser su scep tib le d e in v e stig a c ió n . E n e fecto la ra z ó n c o n siste p re c isa ­ m e n te en la cap acid ad d e d a r c u e n ta d e to d o s n u e stro s c o n c e p ­ to s , o p in io n e s y a firm a c io n e s, sea d e sd e bases o b je tiv a s, sea — en el caso de q u e c o n stitu y a n u n a m era ilu sió n — a p o y á n d o ­ n o s e n fu n d a m e n to s su b je tiv o s.

D

e s c u b r im ie n t o

l é c t ic a

y e x p l ic a c ió n

de

la

il u s ió n

d ia

­

E N T O D A S LAS PR U E B A S T R A S C E N D E N T A L E S D E L A E X IS T E N C IA D E U N S E R N E C E S A R IO

L as d o s d e m o s tra c io n e s e x p u e sta s e ra n tra sc e n d e n ta le s, es d ecir, c o n s titu ía n en say o s lle v a d o s a c a b o c o n in d e p e n d e n c ia 1

Leyendo, con Hartenstein, es, en lugar de er (N. del T.)

^^

514

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

d e p rin c ip io s em p íric o s. E n e fe c to , si b ie n la p ru e b a c o s m o ló g i­ ca se basa en u n a ex p erien cia en g e n e ra l, n o p a rte d e n in g u n a p ro p ie d a d especial de tal ex p e rie n c ia , sin o d e p rin c ip io s p u ro s d e ra zó n re la tiv o s a u n a e x isten cia d a d a p o r m e d io d e la A 6151 co n cien cia em p íric a e n g e n e ra l; in c lu so lle g a a a b a n d o n a r esta B 643 j línea p a ra ap o y arse en sim p les c o n c e p to s p u ro s . ¿C uál es en estas p ru e b a s tra sc e n d e n ta le s la causa d e u n a ilu sió n q u e es dialéctica, p e ro ta m b ié n n a tu ra l, d e u n a ilu sió n q u e enlaza los c o n c e p to s d e n ecesid a d y d e re a lid a d s u p re m a y q u e realiza e h ip o sta sia lo q u e n o p u e d e ser m ás q u e id ea? ¿C uál es la causa d e q u e , p o r u n a p a rte , te n g a m o s q u e a su m ir in e v ita b le ­ m e n te e n tre las cosas e x isten tes a lg o q u e sea n e c e sa rio en sí y de q u e , p o r o tra , re tro c e d a m o s a su s ta d o s a n te la ex isten cia d e u n ser sem ejan te c o m o a n te u n a b is m o ? ¿ C ó m o hacer q u e la ra z ó n vea c laro acerca d e este p u n to y c o n se g u ir q u e pase de las o scilacio n es d e u n a tím id a a p ro b a c ió n , u n a y o tra vez re tira d a , a u n a c o m p re n s ió n se re n a ?

< PQ

L lam a p o d e ro s a m e n te la a te n c ió n el q u e , si s u p o n e m o s q u e a lg o existe, n o p o d a m o s e lu d ir la c o n c lu s ió n d e q u e alg o existe de m o d o n ecesario . E l a rg u m e n to c o sm o ló g ic o re p o sa b a so b re esta in feren cia p e rfe c ta m e n te n a tu ra l (a u n q u e n o p o r ello seg u ra). Sin e m b a rg o , si to m o u n c o n c e p to c u a lq u ie ra de un a cosa, v eo q u e n u n c a p u e d o re p re s e n ta rm e la e x is te n ­ cia de ésta c o m o a b s o lu ta m e n te n e c e s a ria ; q u e nada m e im p id e , sea lo q u e sea lo q u e existe, p e n sa r su n o -s e r; q u e , c o n s ig u ie n te ­ m e n te , si b ien te n g o q u e s u p o n e r a lg o n e c e sa rio en re la c ió n c o n lo e x isten te en g e n e ra l, n o p u e d o p e n sa r n in g u n a co sa p a rtic u la r c o m o n ecesaria en sí. E s d e c ir, n u n c a so y capaz 6161 d e completar el re g re so a las c o n d ic io n e s del e x istir sin a d m itir 644] un ser n e c esario , p e ro ta m p o c o p u e d o n u n c a arrancar d e él. Si, p o r u n a p a rte , m e v e o o b lig a d o a p e n sa r a lg o n e cesa­ rio c o m o c o n d ic ió n d e las cosas e x iste n te s y, p o r o tra , n o m e es lícito c o n c e b ir n in g u n a co sa c o m o n ecesaria e n sí m ism a, la c o n c lu s ió n in e v ita b le es q u e n e c e sid a d y c o n tin g e n c ia n o tie n e n q u e re fe rirse ni a fe c ta r a las co sas m ism as. Si fuese así, se p ro d u c iría u n a c o n tra d ic c ió n . C o n sig u ie n te m e n te , n in g u ­ n o d e a m b o s p rin c ip io s es o b je tiv o , sin o q u e p u e d e n ser acaso p rin c ip io s su b je tiv o s d e la ra z ó n d e stin a d o s a b u sc a r, p o r u n la d o , a lg o n ecesario c o m o c o n d ic ió n d e to d o c u a n to está d a d o c o m o e x iste n te , e sto es, a n o c esar n u n c a la b ú sq u e d a h asta lleg ar a u n a ex p licació n q u e sea c o m p le ta a p rio ri y, p o r o tr o , a n o e sp e ra r n u n c a c o n s e g u ir tal c o m p le tu d , es

ILUSION EN LAS PRUEBAS TRASCENDENTALES

515

d e cir, a n o to m a r p o r in c o n d ic io n a d o a lg o q u e sea e m p íric o , así c o m o a n o s u s tra e rn o s, en v ir tu d d e ese a lg o , a u lte rio re s d e riv acio n es. E n este se n tid o , a m b o s p rin c ip io s, c o n sid e ra d o s m era m e n te co m o h e u rístic o s y reguladores, q u e n o afe c ta n m ás q u e al in terés fo rm a l de la ra z ó n , p u e d e n m u y b ien co ex istir. E n efecto , el p rim e ro afirm a q u e d e b e m o s filo so fa r so b re la n atu raleza c o m o si h u b ie se u n in d isp e n sa b le fu n d a m e n to p rim a rio d e to d o c u a n to p e rte n e c e a la e x isten cia y q u e d e b e m o s h acerlo p e rs ig u ie n d o esa idea, e s to es, u n im a g in a rio fu n d a m e n ­ to su p re m o , p e ro c o n el ú n ic o fin d e d a r u n id a d sistem ática a n u e s tro c o n o c im ie n to . E l s e g u n d o n o s a d v ie rte q u e n o c o n s i­ d e re m o s c o m o tal fu n d a m e n to su p re m o , e sto es, c o m o a b s o lu ­ í A 617 { B 645 ta m e n te n ecesario , n in g u n a d e te rm in a c ió n re la tiv a a la e x iste n ­ cia de las cosas, sin o q u e d eje m o s el c a m in o a b ie rto a u lte rio re s d e riv a c io n e s y q u e , p o r ta n to , tra te m o s sie m p re esas d e te rm in a ­ ciones c o m o c o n d icio n a d a s. P e ro , si te n e m o s fo rz o sa m e n te q u e c o n sid e ra r to d o lo p e rc ib id o en las cosas c o m o c o n d ic io n a ­ d am e n te n ecesario, n in g u n a cosa (q u e se dé e m p íric a m e n te ) p u e d e ser c o n sid e ra d a c o m o a b so lu ta m e n te necesaria. P e ro d e ah í se sig u e q u e d e b e m o s s u p o n e r lo a b s o lu ta ­ m e n te n ecesario c o m o exterior al m u n d o , p u e sto q u e só lo tie n e q u e se rv ir de p rin c ip io d e la m a y o r u n id a d p o sib le de los fe n ó m e n o s, en c u a n to fu n d a m e n to su p re m o de ésto s, u n i­ dad a la q u e n u n ca p o d e m o s lle g a r en el m u n d o , ya q u e la se g u n d a regla n o s o b lig a a c o n sid e ra r to d a s las causas e m p íri­ cas d e la u n id a d c o m o d e riv ad as. L os filó so fo s de la a n tig ü e d a d c o n sid e ra b a n to d a fo rm a d e la n atu raleza c o m o c o n tin g e n te , m ie n tra s q u e , sig u ie n d o el juicio d e la ra z ó n c o m ú n , to m a b a n la m ateria p o r o rig in a ria y necesaria. Si, en ca m b io , h u b ie se n c o n sid e ra d o ésta en si misma y en relació n c o n su ex iste n c ia , y n o re la tiv a m e n te , en c u a n to s u s tra to d e los fe n ó m e n o s, la idea d e la n ecesid ad a b so lu ta h u b iese d esa p a re c id o e n seg u id a. E n e fecto , n ad a v in cu la la ra z ó n a esa ex isten cia de m o d o a b so lu to , sin o q u e siem p re está e n su p o d e r el su p rim irla m e n ta lm e n te y sin c o n tra d ic c ió n n in g u n a , al igu al q u e só lo m e n ta lm e n te p o seía c o n sisten cia la necesidad a b so lu ta . T a l c o n v ic c ió n ten ía , p u e s, í A 618 \ B 646 q u e basarse en c ie rto p rin c ip io re g u la d o r. E n realid ad , la e x te n ­ sió n y la im p e n e tra b ilid a d (q u e c o n stitu y e n , c o n ju n ta m e n te , el c o n c e p to d e m ateria) so n ta m b ié n el p rin c ip io e m p íric o su p re m o de la u n id a d d e los fe n ó m e n o s y, en la m e d id a en q u e es e m p íric a m e n te in c o n d ic io n a d o , e ste p rin c ip io p o se e

516

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

e n sí el c a rá c te r de u n p rin c ip io re g u la d o r. S in e m b a rg o , d a d o q u e to d a s las d e te rm in a c io n e s d e la m a te ria q u e c o n s titu ­ yen lo real de ésta — in c lu id a , p u e s, la m ism a im p e n e tra b ili­ d a d — so n ta m b ié n efecto s (accio n es) q u e h a n d e te n e r su causa y q u e so n , p o r ta n to , ig u a lm e n te d e riv a d o s, la m a te ria n o se c o m p a g in a c o n la idea del ser n e c e sa rio c o m o p rin c ip io de to d a u n id a d d e riv a d a . E n e fe c to 1 , si te n e m o s e n c u e n ta q u e cada u n a de las p ro p ie d a d e s reales d e la m a te ria p o se e , en c u a n to d e riv a d a , u n a n ecesid ad m e ra m e n te c o n d ic io n a d a y p u e d e , p o r ta n to , ser s u p rim id a en sí, c o n lo cual se s u p rim iría la ex isten cia e n te ra de la m a te ria ; si te n e m o s e n c u e n ta ig u a l­ m e n te q u e si n o fu ese así, h a b ría m o s alc a n z a d o el fu n d a m e n to su p re m o de la u n id a d d e m o d o e m p íric o , lo cual q u e d a p r o h ib i­ d o p o r el se g u n d o p rin c ip io re g u la d o r, e n to n c e s se sig u e : la m a teria y to d o c u a n to fo rm a p a rte d el m u n d o es in c o m p a tib le c o n la idea de u n p rim e r ser n e c e sa rio en c u a n to sim p le p rin c i­ p io d e la m áx im a u n id a d em p írica. E se ser h ay q u e situ a rlo fu era del m u n d o y e n to n c e s p o d e m o s sie m p re d e riv a r c o n fia d a ­ m e n te los fe n ó m e n o s d el m u n d o , así c o m o su e x isten cia, a p a rtir d e o tr o s fe n ó m e n o s, p ro c e d ie n d o c o m o si n o h u b ie se n in g ú n ser n ecesario , lo cual n o im p e d iría el q u e p u d ié ra m o s a sp ira r in c e sa n te m e n te a c o m p le ta r la d e riv a c ió n , c o m o si d ié se ­ m o s p o r su p u e s to ese ser en c u a n to fu n d a m e n to su p re m o . D e a c u e rd o c o n estas c o n sid e ra c io n e s, el ideal d e l ser su p re m o n o es o tr a cosa q u e u n principio regulador d e la ra z ó n q u e n o s p e rm ite c o n sid e ra r to d a c o n e x ió n en el m u n d o como si p ro c e d ie ra d e u n a cau sa n ecesaria y o m n isu fic ie n te . Su fin a li­ d ad es se rv ir de fu n d a m e n to a la re g la d e u n a u n id a d sistem ática y n ecesaria se g ú n leyes u n iv e rsa le s a la h o ra d e ex p lic a r d ich a co n e x ió n . E se ideal n o es, p u e s, la a firm a c ió n d e u n a ex isten cia n ecesaria en sí. P e ro n o p o d e m o s e v ita r, al p ro p io tie m p o , el re p re se n ta rn o s este p rin c ip io fo rm a l, p o r m e d io d e u n a su b re p c ió n tra sc e n d e n ta l, c o m o c o n s titu tiv o y el c o n c e b ir esa u n id a d c o m o h ip o s tá tic a . H a g a m o s u n a c o m p a ra c ió n c o n el espacio. A p e sa r d e c o n s titu ir u n m e ro p rin c ip io d e la se n sib ili­ d a d , el esp acio es c o n sid e ra d o c o m o alg o a b so lu ta m e n te n e c e sa ­ rio y s u b s iste n te , c o m o u n o b je to d a d o a p riori en sí m ism o , d e b id o al h e c h o de h ac e r o rig in a ria m e n te p o sib le s to d a s las fig u ra s, q u e n o so n o tr a co sa q u e d istin ta s lim ita c io n e s del

1 Leyendo, con Górland,

denn mil, en

lugar de sólo

mil.

(N. del T.)

IMPOSIBILIDAD DE LA DEMOSTRACION FISICOTEOLOGICA 517 m ism o espacio. D e ig u al fo rm a , y de m o d o p e rfe c ta m e n te n a tu ra l, la idea de u n ser re a lísim o es re p re se n ta d a c o m o u n o b je to real y éste, a su vez — p o r ser la c o n d ic ió n su p re m a — , c o m o n ecesario , d e b id o a q u e la u n id a d sistem ática de la n a tu raleza n o p u e d e de n in g ú n m o d o ser esta b le c id a c o m o p rin c ip io del u so em p íric o d e n u e stra ra z ó n , sa lv o q u e nos b asem o s e n esa idea del ser re a lísim o en c u a n to causa su p re m a ; se tra n sfo rm a , c o n sig u ie n te m e n te , u n principio regulador en u n principio constitutivo. T al s u b re p c ió n se p o n e d e m a n ifie sto en el h ec h o de q u e , al c o n sid e ra r c o m o co sa e n sí ese ser su p re m o q u e era a b so lu ta m e n te (in c o n d ic io n a d a m e n te ) n e cesario c o n re sp e c to al m u n d o , so m o s in cap aces d e fo rm a rn o s u n c o n c e p to de su n ecesid ad . E n c o n se c u e n c ia , ésta só lo d e b e h allarse en m i ra z ó n a títu lo de c o n d ic ió n fo rm a l d el p e n sa m ie n to , no c o m o c o n d ic ió n m ateria l e h ip o s tá tic a d e la existencia.

C

a p ít u l o

III

Sección sexta Im

p o s ib il id a d

de

la

d e m o s t r a c ió n

F IS I C O T E O L O G I C A

Si ni el c o n c e p to de cosas en g e n e ra l ni la ex p erien cia de a lg u n a existencia en general p u e d e d a rn o s el re s u lta d o re q u e r i­ d o , q u e d a to d a v ía u n a p u e rta ab ie rta c o n siste n te en en say ar si u n a experiencia determinada y, c o n sig u ie n te m e n te , la d e las cosas de este m u n d o , su n atu ra le z a y su o rd e n , n o p u e d e n s u m in istra rn o s u n a rg u m e n to cap az de a y u d a rn o s a o b te n e r u na c o n v ic c ió n firm e acerca d e la ex isten cia d e u n ser su p re m o . U na p ru e b a de este tip o la lla m a ría m o s fisicoteológica. E n el caso de re s u lta r n e g a tiv o este n u e v o in te n to , sería im p o sib le to d a p ru e b a su fic ie n te , d e sd e la ra z ó n m e ra m e n te e sp e c u la tiv a , en re lació n c o n la ex isten cia d e u n ser q u e c o rre s p o n d ie ra a n u e stra idea tra sc e n d e n ta l. Si te n e m o s p re se n te s to d a s las o b se rv a c io n e s a n te rio re s, se v erá in m e d ia ta m e n te q u e p u e d e e sp e ra rse u n a re sp u e sta fácil y c o n c lu y e n te so b re esta c u e stió n . E n efecto , ¿có m o p u e d e d arse jam ás u n a exp erie n c ia ad e c u a d a a u n a id e a ? L o p e c u lia r de ésta resid e p re c isa m e n te en su in cap a cid ad d e a d ecu arse a u n a ex p erien cia. L a idea tra sc e n d e n ta l d e u n p rim e r ser necesario y o m n isu fic ie n te es ta n in m e n sa m e n te g ra n d e , ta n

518

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

s u p e rio r a to d o lo e m p íric o — s ie m p re c o n d ic io n a d o — , q u e jam ás p o d e m o s re u n ir e n la e x p e rie n c ia m a te ria su fic ie n te p a ra lle n a r este c o n c e p to . P o r o tr o la d o , n u e s tro s ta n te o s se p r o d u ­ cen e n tre lo c o n d ic io n a d o , y sie m p re se b u sc a rá e n v a n o lo in c o n d ic io n a d o , ya q u e n o h ay ley d e sín tesis e m p íric a a lg u n a q u e n o s d é u n e jem p lo ni n o s sirv a d e g u ía al re sp e c to . Si el ser su p re m o se h a lla ra e n e sta cad e n a d e c o n d ic io ­ nes, sería u n m ie m b ro d e la serie y, p o r ello m ism o , e x ig iría, de la m ism a fo rm a q u e los m ie m b ro s a n te rio re s a él, el se g u ir in v e s tig a n d o cu ál es su fu n d a m e n to su p e rio r. Si se p re te n d e , p o r el c o n tr a rio , se p a ra rlo d e la serie d e las cau sas n a tu ra le s y e x c lu irlo , e n c u a n to ser in te lig ib le , d e esta se rie ¿qué p u e n te te n d e rá e n to n c e s la ra z ó n p a ra lle g a r h a sta é l? E n e fe c to , to d a s las leyes q u e re g u la n el p a so d e los efecto s a las cau sas, e in clu so to d a síntesis y a m p lia c ió n d e n u e s tro c o n o c im ie n to , n o a p u n ta n sin o a la ex p e rie n c ia p o sib le y, c o n sig u ie n te m e n te , A 622 1 a los o b je to s del m u n d o se n sib le ; só lo en re la c ió n c o n ésto s B 650/ so n su scep tib les de sig n ific a c ió n d ic h o s e le m e n to s. E l m u n d o p re s e n te n o s o fre c e u n e sc e n a rio ta n in m e n so de v a rie d a d , o rd e n , p ro p o r c ió n y b elleza, ta n to si lo c o n s id e ra ­ m o s e n la in fin itu d del esp a c io c o m o e n la ilim ita d a d iv isib ili­ d ad d e sus p a rte s, q u e in c lu so d esd e lo s c o n o c im ie n to s q u e de él ha p o d id o a d q u ir ir n u e s tro d é b il e n te n d im ie n to , la le n g u a p ie rd e su e x p re siv id a d a la h o ra d e p la s m a r ta n ta s y ta n g ra n d e s m arav illas, lo s n ú m e ro s su c a p a c id a d d e m e d ir y n u e stro s p ro p io s p e n sa m ie n to s d e ja n de e n c o n tr a r lím ite s, d e su e rte q u e n u e s tro ju icio acerca d el to d o d e se m b o c a e n u n a so m b ro in efable, p e ro ta n to m ás e lo c u e n te . P o r to d a s p a rte s v e m o s u n a cad en a de causas y e fecto s, d e fin es y m e d io s, así c o m o u n a re g u la rid a d en el n a c im ie n to y d e sa p a ric ió n . C o m o n ad a p asa p o r sí m ism o al e sta d o en q u e se e n c u e n tra , éste re m ite sie m p re a o tr a cosa c o m o causa su y a, la cual n o s o b lig a a su vez, a fo rm u la r de n u e v o la c u e stió n . A sí, p u e s, el u n iv e rso e n te ­ ro te n d ría q u e caer en el a b ism o d e la n ad a si no su p u sié ra m o s a lg o in d e p e n d ie n te y o rig in a rio q u e e x istiera p o r sí m ism o , fu e ra de esta in fin ita cad e n a d e c o n tin g e n te s , alg o q u e s o s tu v ie ­ ra esta m ism a cad en a y q u e , c o m o cau sa d e su n a c im ie n to , le a se g u ra ra , a la vez, su p e rd u ra c ió n . ¿Q u é m a g n itu d ha de te n e r esa causa su p re m a (co n re s p e c to a to d a s las cosas A 623 I del m u n d o ) ? N o c o n o c e m o s el c o n te n id o e n te ro del m u n d o B651J y m e n o s to d a v ía so m o s capaces de e v a lu a r su m a g n itu d en c o m p a ra c ió n c o n to d o lo p o sib le . P e ro ¿q u é n o s im p id e q u e ,

IMPOSIBILIDAD DE LA DEMOSTRACION FISICOTEOLOGICA 519 u n a vez q u e n e cesitam o s u n ser ú ltim o y su p re m o d e sd e el p u n to de v ista causal, lo situ e m o s más allá de todo otro ser posible, e n lo q u e to c a a su g ra d o d e p e rfe c c ió n ? P o d e m o s h acerlo fá c ilm e n te , a u n q u e , p o r s u p u e s to , só lo g ra c ia s al te n u e e sq u em a 1 de u n c o n c e p to a b s tra c to , si n o s re p re se n ta m o s en él to d a la p e rfe c c ió n p o sib le re u n id a en u n a su sta n c ia única. E ste c o n c e p to está d e a c u e rd o c o n la ex ig e n c ia ra c io n a l de e c o n o m iz a r p rin c ip io s. Se halla, a d e m á s, lib re d e to d a c o n tr a ­ d ic c ió n y fa v o re c e in c lu so la a m p lia c ió n d el u so d e la ra z ó n e n el c a m p o de la ex p erien cia, d e b id o a q u e tal idea o rie n ta la ra z ó n hacia el o rd e n y la fin a lid a d , n o o p o n ié n d o s e de fo rm a d ecisiv a a n in g u n a e x p erien cia. E sta d e m o s tra c ió n m erece ser m e n c io n a d a sie m p re c o n re sp e to . E s la m ás a n tig u a , la m ás clara y la m ás a p ro p ia d a a la ra z ó n o rd in a ria . F o m e n ta el e s tu d io d e la n a tu ra le z a , e s tu d io del cu al recib e su ex isten cia y d el cual o b tie n e m ás v ig o r to d a v ía . L a p ru e b a lleva fines y p ro p ó s ito s d o n d e n u e stra o b se rv a c ió n n o lo s h u b ie se d e s c u b ie rto p o r sí sola y ex tie n d e n u e stro s c o n o c im ie n to s d e la n a tu ra le z a b a jo la g u ía d e u n a u n id a d p e c u lia r cu y o p rin c ip io se h alla fu e ra d e esa m ism a n atu raleza. T ales c o n o c im ie n to s re p e rc u te n , a su vez, so b re la causa, es d ecir, so b re la idea q u e les d io o rig e n , a c re c e n ta n d o así la creen cia e n u n c re a d o r su p re m o h asta c o n v e rtirla en u n a c o n v ic c ió n irresistib le . L a p re te n s ió n d e re sta r p re s tig io a este a rg u m e n to n o só lo sería, p u e s , fru s tra n te , sin o c o m p le ta m e n te in ú til. La r a ­ z ó n , in c e s a n te m e n te elev a d a p o r m e d io d e a rg u m e n to s ta n p o d e ro s o s y c re cien te s en n ú m e ro , a u n q u e sean m e ra m e n te e m p íric o s, n o p u e d e caer, d e b id o a d u d a s a b stra c ta s y su tiles, e n u n a d e p re s ió n ta n g ra n d e , q u e n o p u e d a salir d e su e n sim is­ m ada in d e c isió n , c o m o d e u n su e ñ o , al d irig ir la m ira d a hacia la m arav illa d e la n a tu ra le z a y hacia la m a je stu o sid a d del m u n d o , asc e n d ie n d o de g ra n d e z a en g ra n d e z a , d e lo c o n d ic io n a d o a la c o n d ic ió n , h asta lle g a r al su p re m o e in c o n d ic io n a d o c re a ­ d o r. A u n q u e nad a te n e m o s q u e o b je ta r a la ra c io n a lid a d y u tilid a d de este p ro c e d im ie n to , sin o q u e m ás b ie n p o se e m o s razo n es p a ra re c o m e n d a rlo y fo m e n ta rlo , n o p o r ello p o d e m o s a d m itir la c erteza a p o d íc tic a o la a p ro b a c ió n — in c lu so sin 1

durch den parten Umrifí

A 624 B 652

520

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

necesidad de b en ev o le n c ia o a p o y o e x te rio r— q u e este tip o d e a rg u m e n to reclam a. N o p u e d e ir en d e trim e n to de la b u en a causa el h acer q u e el le n g u a je d o g m á tic o y a lta n e ro d e un so fista a d o p te el to n o m o d e ra d o y h u m ild e d e u n a creencia A 6251 q u e , a u n sin im p o n e r u n a su m isió n in c o n d ic io n a d a , sea su fi­ B 653 j cien te p ara tra n q u iliz a r. D e a c u e rd o c o n ello, so s te n g o q u e la p ru e b a fisic o te o ló g ic a n u n ca p u e d e d e m o s tra r p o r sí sola la existencia de u n ser s u p re m o , sin o q u e sie m p re se ve o b lig a d a a dejar q u e sea el a rg u m e n to o n to ló g ic o (al q u e el fisic o te o ló g ico sirv e d e sim p le in tro d u c c ió n ) el q u e su p la la in su ficien cia del p rim e ro . A firm o , p o r ta n to , q u e la p ru e b a o n to ló g ic a sig u e sien d o (si es q u e hay u n a p ru e b a esp e c u la tiv a) la q u e co n tie n e el único argumento posible, el a rg u m e n to q u e n in g u n a razó n h u m a n a p u e d e elu d ir. L os p u n to s p rin c ip a le s d e la m e n c io n a d a d e m o s tra c ió n fisico teo ló g ica so n los s ig u ie n te s:

1) en el m u n d o se e n c u e n tra n p o r to d a s p a rte s in d icio s d e un o rd e n se g ú n u n p ro p ó s ito d e te rm in a d o , el cual ha sido realizad o c o n g ra n sa b id u ría y en u n u n iv e rso d e v a rie d a d ta n in d e sc rip tib le en su c o n te n id o c o m o ilim itad a m a g n itu d en su e x te n s ió n ; 2 ) este o rd e n c o n fo rm e a fines es e x tra ñ o a las cosas del m u n d o , y só lo se e n c u e n tra en ellas d e m o d o c o n tin g e n te ; es d ecir, la n atu ra le z a de cosas d is tin ta s n o p o d ría 1 p o r sí m ism a c o n v e rg e r, a tra v é s de ta n to s m e d io s, en u n o b je tiv o final d e te rm in a d o si esas cosas del m u n d o n o h u b ie se n sid o elegidas y d isp u estas p re c isa m e n te p a ra ello p o r u n p rin c ip io racio n al y o rd e n a d o r de a c u e rd o c o n u n a s ideas b ásicas; 3) existe, p u es, u n a cau sa su b lim e y sabia (o varias) q u e ha d e ser la causa del m u n d o , n o só lo m e d ia n te la fecundidad, c o m o n atu raleza o m n ip o te n te q u e a ctú a c ie g a m e n te , sin o m e ­ d ia n te la libertad, c o m o in te lig e n c ia ; 4) la u n id ad d e esta cau sa p u e d e in ferirse c o n certeza a p a rtir d e la u n id a d d e la re la c ió n re c íp ro c a ex iste n te e n tre A 6261 B 654 | las p a rte s del m u n d o c o n sid e ra d a s c o m o m ie m b ro s d e una c o n stru c c ió n artificial, b a sá n d o n o s e n los elem e n to s h asta los q u e p u e d e lleg ar n u e stra o b s e rv a c ió n ; m ás allá de ésta sólo p o d e m o s , en ca m b io , in ferirla c o n p ro b a b ilid a d , de a c u e rd o c o n to d o s los p rin c ip io s d e la a n alo g ía. 1 Leyendo, con V orlánder, kbnnte, en vez de konnte (N. del T.)

IM PO SIB IL ID A D D E LA D E M O S T R A C IO N F IS IC O T E O L O G IC A 521

D e la a n a lo g ía q u e existe e n tre a lg u n o s p r o d u c to s n a tu ­ rales y lo q u e es re s u lta d o del a rte h u m a n o c u a n d o la ra z ó n v io le n ta la n a tu ra le z a y la o b lig a a n o se g u ir sus fin e s, sin o a d o b le g a rse a los n u e stro s, in fie re esta m ism a ra z ó n (a p o y á n d o ­ se e n la a n a lo g ía e x iste n te e n tre esos p r o d u c to s n a tu ra le s y casas, b arco s, relojes) q u e h ay e n la n a tu ra le z a u n a ca u salid ad de este m ism o t i p o ; es d e c ir, al d e riv a r la in te rn a p o s ib ili­ dad de u n a n atu raleza q u e ac tú a p o r sí m is m a 1 (la cual h a ­ ce p o sib le to d o a rte y q u iz á la ra z ó n m ism a ) de o tr o a rte , de u n a rte s o b re h u m a n o , la ra z ó n in fie re q u e la n a tu ra le z a se basa en el e n te n d im ie n to y la v o lu n ta d . Sin e n tra r a h o ra en d isp u ta s so b re esta in feren cia d e la ra z ó n n a tu ra l, q u e q u iz á n o resistiría u n a crítica tra sc e n d e n ta l rig u ro s a , d e b e m o s c o n fe ­ sar q u e, a la h o ra de señ alar u n a cau sa, n o p o d e m o s h a lla r u n p ro c e d im ie n to m ás se g u ro q u e el d e la a n a lo g ía c o n esos p ro d u c to s d o ta d o s de fin a lid a d . S o n lo s ú n ic o s cuya causa y c u y o m o d o de o p e ra r c o n o c e m o s p e rfe c ta m e n te . L a ra z ó n n o p o d ría ju stificarse a n te sí m ism a si q u isie ra p a sa r d esd e u n a cau salid ad q u e c o n o c e a causas ex p lic a tiv a s o sc u ra s e in d em o strab les. D e a c u e rd o c o n este ra z o n a m ie n to , la fin a lid a d y a r m o ­ nía de ta n ta s cosas d e la n a tu ra le z a te n d ría q u e d e m o s tra r só lo la c o n tin g e n c ia d e la fo rm a , p e ro n o d e la m a te ria , esto es, de la su stan cia en el m u n d o . E n e fe c to , p a ra d e m o s tra r lo ú ltim o h aría falta p o d e r d e m o s tra r q u e las cosas d el m u n d o serían en sí m ism as in se rv ib le s p a ra ese o rd e n y a rm o n ía se g ú n leyes u n iv ersale s e n el caso d e q u e n o fu e se n en su sustancia misma p r o d u c to d e u n a sa b id u ría su p re m a . P e ro ello re q u e ría a rg u m e n to s m u y d is tin to s d e los b a sa d o s en la an a lo g ía c o n el a rte h u m a n o . L o m ás q u e p o d ría , p u e s, d e m o s tra r la p ru e b a sería, n o u n creador del mundo, a cuya idea to d o e stu v ie ra s o m e ti­ d o , sin o u n arquitecto del mundo q u e e sta ría sie m p re m u y c o n d i­ c io n a d o p o r la a p titu d d e la m a te ria q u e tra b a ja ra . E s te re s u lta ­ d o está m u y lejos de c u m p lir el g ra n o b je tiv o p e rs e g u id o , es d ecir, el d e m o s tra r u n p rim e r ser o m n isu fic ie n te . Si q u is ié ra ­ m o s d e m o s tra r la c o n tin g e n c ia d e la m a te ria m ism a d e b e ría m o s a c u d ir a u n a rg u m e n to tra sc e n d e n ta l, co sa q u e p re c isa m e n te ha q u e rid o e v ita rse aquí. E l ra z o n a m ie n to p a rte , p u e s, d el o rd e n y fin a lid a d , ta n u n iv e rsa lm e n te o b se rv a b le s en el m u n d o , en c u a n to o rg a n i­ 1 freiwirkenden Natur

522

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

zació n c o n tin g e n te , p a ra in fe rir la e x isten cia de u n a causa proporcionada al mismo. P e ro el c o n c e p to d e e sta cau sa tie n e q u e d a rn o s a c o n o c e r de ella a lg o c o m p le ta m e n te determina­ do, y n o p u e d e , p o r ta n to , ser o tr o q u e el de u n ser q u e p o sea to d o el p o d e r, la sa b id u ría , e tc .; en u n a p a la b ra , to d a la p e rfe c c ió n c o rre s p o n d ie n te a u n ser o m n isu fic ie n te . E n e fe c ­ to , los p re d ic a d o s «m u y g ra n d e » , « a so m b ro so » , « in m en so » , ap licad o s a su p o d e r y a su ex celen cia, n o n o s s u m in istra n u n c o n c e p to d e te rm in a d o ni n o s d ic e n en rea lid a d q u é sea la cosa en sí m ism a, sin o q u e so n só lo re p re se n ta c io n e s re la tiv a s de la m a g n itu d d el o b je to q u e el o b s e r v a d o r (del m u n d o ) co m p a ra c o n sig o m ism o y c o n su c a p a c id a d d e c o m p re n s ió n ; o b je to y o b s e rv a d o r re su lta n té rm in o s p o n d e ra tiv o s , ta n to si se a g ra n d a el o b je to c o m o si se e m p e q u e ñ e c e el su je to q u e o b se rv a en re la c ió n co n ese o b je to . C u a n d o se tra ta d e la m a g n itu d (de la p e rfe c c ió n ) d e u n a co sa en g e n e ra l n o hay m ás c o n c e p to d e te rm in a d o q u e el q u e a b a rc a to d a la p e rfe c c ió n p o sib le , y só lo el to d o ( omnitudo) d e la rea lid a d está c o m p le ta ­ m e n te d e te rm in a d o e n el c o n c e p to . Q u ie ro s u p o n e r q u e n ad ie se a tre v e rá a s o s te n e r q u e c o m p re n d e q u é re lació n g u a rd a la m a g n itu d d el m u n d o (ta n to en su e x te n s ió n c o m o e n su c o n te n id o ) p o r él o b se rv a d a c o n la o m n ip o te n c ia , ni la d el o rd e n d el m u n d o c o n la sa b id u ría su p re m a , ni la d e la u n id a d del m u n d o c o n la u n id a d a b so lu ta del cre a d o r. C o n sig u ie n te m e n te , la fisic o te o lo g ía n o p u e d e p ro p o r c io n a r u n c o n c e p to d e te rm in a d o d e la causa su p re m a del m u n d o ni p u e d e , p o r ta n to , ser su fic ie n te p a ra se rv ir d e p rin c ip io a u n a te o lo g ía q u e te n g a , a su vez, q u e c o n s titu ir el fu n d a m e n to d e la relig ió n . E l p a so a la to ta lid a d a b so lu ta es e n te ra m e n te im p o sib le p o r vía em p írica. N o o b sta n te , es lo q u e h ace el a rg u m e n to fisic o te o ló g ic o . ¿C uál es el m e d io u tiliz a d o p a ra fra n q u e a r u n a b is m o ta n a n c h o ? U n a vez q u e se ha lle g a d o a a d m ira r la g ra n d e z a de la sa b id u ría , del p o d e r, e tc ., d el c re a d o r del m u n d o y q u e n o se p u e d e ir m ás allá, se a b a n d o n a d e re p e n te este a rg u m e n to b asad o e n e le m e n to s e m p íric o s y se p asa a la c o n tin g e n c ia d el m u n d o , in ferid a , ya d e sd e el p rin c ip io , a p a rtir del o rd e n y fin alid ad del m ism o . Sin o tr o a p o y o q u e esta c o n tin g e n c ia , se pasa d e sp u é s, sirv ié n d o s e e x c lu siv a m e n te d e c o n c e p to s tr a s ­ cen d e n ta le s, a la existen cia de u n ser a b so lu ta m e n te n e cesario , p a ra p a sa r lu e g o d el c o n c e p to d e n e c e sid a d a b so lu ta d e la

IM PO SIB ILID A D D E LA D E M O S T R A C IO N F IS IC O T E O L O G IC A 523

p rim e ra causa al c o n c e p to e n te ra m e n te d e te rm in a d o o d e te rm i­ n a n te de d ic h o ser n ec e sa rio , es d e c ir, al c o n c e p to d e u n a realid ad o m n ic o m p re n siv a . E l a rg u m e n to fisic o te o ló g ic o se atasca, p u e s, a m e d io c a m in o , salta d e sd e su d ific u lta d a la d e m o s tra c ió n c o sm o ló g ic a y, c o m o ésta n o es m ás q u e u n a rg u m e n to o n to ló g ic o so la p a d o , c u lm in a su p r o p ó s ito g racias a la ra z ó n p u ra , a p esa r de h a b e r n e g a d o al c o m ie n z o q u e tu v iese nada q u e v er c o n la ra z ó n p u ra y d e h a b e r se ñ alad o q u e to d o s sus p aso s se b a sarían e n d e m o s tra c io n e s em p íric a s ev id en tes. L os d e fe n so re s de la p ru e b a fisic o te o ló g ic a n o tie n e n , p u e s, m o tiv o p a ra rec h a z a r ta n c o n tu n d e n te m e n te el a rg u m e n to tra sc e n d e n ta l ni p a ra m ira rlo c o n el d e sp re c io p re s u n tu o s o co n q u e los cla riv id e n te s c o n o c e d o re s d e la n a tu ra le z a c o n te m ­ p la n la m arañ a c o n s tru id a p o r o sc u ro s sofistas. E n efecto , b astaría q u e se e x a m in a ra n a sí m ism o s p a ra c o m p ro b a r q u e , v ién d o se ellos, tra s h a b e r a v a n z a d o u n b u e n tre c h o so b re el su elo de la n atu ra le z a y d e la e x p e rie n c ia , ta n lejos c o m o al p rin c ip io d el o b je to q u e ap arece fre n te a su ra z ó n , a b a n d o n a n de p r o n to ese su e lo y se p asan al re in o d e las m eras p o s ib ilid a ­ des, d o n d e e sp e ra n a p ro x im a rse , v o la n d o c o n las alas de las ideas, a lo q u e se h ab ía su s tra íd o a to d a su in v e stig a c ió n em p írica. F in a lm e n te , c re y é n d o se en su e lo firm e g racias a u n salto ta n co n sid e ra b le , e x tie n d e n el c o n c e p to ya d e te rm in a d o (a cuya p o se s ió n h a n lle g a d o sin sa b e r c ó m o ) al c a m p o e n te ro de la c reació n , y ex p lican e m p íric a m e n te u n ideal q u e n o era m ás q u e u n p ro d u c to d e la ra z ó n p u ra , a u n q u e lo h a c e n b a sta n te in a d e c u a d a m e n te y d e m o d o m u y in fe rio r a la d ig n id a d del o b je to ; a p e sa r d e ello , n o q u ie re n re c o n o c e r q u e h a n lleg ad o a ta l c o n o c im ie n to o h ip ó te sis p o r u n c a m in o d is tin to del e m p írico . A sí, p u e s, a la h o ra d e d e m o s tra r la ex isten cia d e u n ú n ico ser o rig in a rio c o m o ens sum mum , la p ru e b a fisic o te o ló g ic a se basa en la c o sm o ló g ic a y ésta, a su vez, en la o n to ló g ic a . T e n ie n d o en c u e n ta q u e la ra z ó n e sp e c u la tiv a n o p o se e o tro cam in o fu e ra de esto s tre s, re su lta q u e el a rg u m e n to o n to ló g ic o , b asad o ex c lu siv a m e n te en c o n c e p to s p u ro s d e ra z ó n , es el ú n ico p o sib le , si es q u e cabe siq u ie ra d e m o s tra r u n a p ro p o s ic ió n ta n s u p e rio r a to d o u so e m p íric o del e n te n d im ie n to .

524

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

C

a p ít u l o

III

Sección séptim a C

r ít ic a

de to d a

t e o l o g ía

fu n d a d a

en

p r in c ip io s

E S P E C U L A T IV O S D E L A R A Z Ó N

Si e n tie n d o p o r te o lo g ía el c o n o c im ie n to del ser o rig i­ n ario , se tra ta , o bien del c o n o c im ie n to b a sa d o e n la sim p le r a ­ z ó n (tbeologia rationalis), o b ien del b a sa d o e n la re v e la c ió n (revelata)|. La p rim e ra c o n cib e su o b je to , o b ie n a tra v é s de la ra z ó n p u ra , m ed ian te sim ples c o n c e p to s tra sc e n d e n ta le s (ens originarium, realissimum, ens entium), y se llam a teología tra s c e n d e n ta l, o bien lo co n cib e , a trav é s de u n c o n c e p to to m a d o de la n a tu ­ raleza (de n u estra alm a), c o m o in te lig e n c ia su p re m a , y e n to n ­ ces d eb ería llam arse teología n a tu ra l. Q u ie n só lo a d m ite una te o lo g ía tra sc e n d e n ta l se llam a deísta; q u ie n acep ta, adem ás, una te o lo g ía n a tu ra l recibe el n o m b re d e teísta. E l p rim e ro a d ­ m ite q u e p o d e m o s c o n o c e r en to d o caso la ex istencia d e u n ser o rig in a rio m ed ian te la m era ra z ó n , p e ro so stien e q u e n u e stro c o n c e p to del m ism o es só lo tra sc e n d e n ta l, a sab er, el de un ser q u e p o see to d a la realid ad , p e ro q u e n o p o d e m o s d e te rm in a r m ás d etallad am en te. E l s e g u n d o afirm a q u e la ra z ó n es capaz de d e te rm in a r m ás d e ta lla d a m e n te el o b je to p o r an alo g ía c o n la n atu raleza, a sab er, c o m o u n ser q u e , a tra v é s del e n te n d im ie n ­ to y la lib e rta d , c o n tie n e e n sí el fu n d a m e n to p rim a rio d e to d a s las d em ás cosas. A q u el se re p re se n ta , p u es, u n a sim ple causa del mundo (q u e d a n d o sin d e c id ir si lo es p o r n ecesid ad o lo es lib re ­ m e n te ); éste se re p resen ta , en c a m b io , u n creador del mundo. La te o lo g ía tra sc e n d e n ta l, o b ien in ten ta d e riv a r la ex is­ tencia del ser o rig in a rio a p a rtir d e u n a ex p erien cia e n g en eral (sin especificar nada m ás acerca del m u n d o al q u e tal e x p e rie n ­ cia p e rten ece) y se llam a cosmoteología, o bien cree c o n o c e r la existencia de d ic h o ser sin a p o y o de ex p erien cia n in g u n a , p o r m ed io de sim ples c o n c e p to s, y se llam a ontoteología. L a teología natural in fiere las p ro p ie d a d e s y la existencia de un c re a d o r del m u n d o p a rtie n d o de la c o n stitu c ió n , o rd e n y u n id ad q u e e n c o n tra m o s en ese m ism o m u n d o , en el cual ten em o s q u e s u p o n e r d o s clases d e cau salid ad , c o n sus reg las, es d ecir, la n atu raleza y la lib e rta d . La te o lo g ía n a tu ra l se eleva, p u es, d esd e este m u n d o a la in te lig e n c ia su p re m a , c o n s i­ d e rá n d o la c o m o el p rin c ip io de to d o o rd e n y p e rfe c c ió n , ya

CRITICA D E T O D A T E O L O G IA

525

sean n a tu ra le s, ya sean ético s. E n el p rim e r caso se llam a teología física; en el s e g u n d o , teología m oraft. D a d o q u e suele e n te n d e rse p o r el c o n c e p to d e D io s, n o una n atu raleza e te rn a q u e o b re c ie g a m e n te , c o m o raíz de las cosas, sin o u n ser su p re m o q u e c o n sid e ra m o s c re a d o r de las m ism as m e d ia n te el e n te n d im ie n to y la lib e rta d ; d a d o , ad em á s, q u e es ese c o n c e p to el ú n ic o q u e n o s in teresa , p o d r ía ­ m o s, e n rig o r, n e g ar al deísta su c reen cia e n D io s y a d m itirle ú n ic a m e n te la afirm a c ió n d e u n p rim e r ser o causa su p re m a . Sin e m b a rg o , c o m o n o p u e d e a c u sa rse a n a d ie d e p re te n d e r n e g ar a lg o q u e n o se a tre v e a a firm a r, es m ás b e n é v o lo y ju sto d e c ir q u e el deísta cree e n Dios, m ie n tra s q u e el teísta cree e n 'u n Dios vivo (summa intelligentia). V a m o s a in v e s tig a r a h o ra las p o sib le s fu e n te s d e to d a s esta s te n ta tiv a s d e la ra z ó n . M e lim ita ré a d e fin ir a q u í lo s c o n o c im ie n to s te ó ric o y p rá c tic o del m o d o sig u ie n te : el te ó ric o es aq u e l e n v ir tu d del cual co n o z c o lo q u e es; el p rá c tic o es aq u el e n v irtu d del cual m e re p re s e n to lo q u e debe ser. D e a c u e rd o c o n e sto , el u so te ó ric o d e la ra z ó n es a q u e l m e d ia n te el cual c o n o z c o a priori (c o m o n ecesario ) q u e a lg o es, m ie n tra s q u e el p rá c tic o es aq u e l p o r m e d io d el cual se c o n o c e a priori q u é d e b e su ced er. A h o ra b ie n , si es in d u d a b le m e n te c ie rto , p e ro só lo de m o d o c o n d ic io n a d o , q u e a lg o es o q u e a lg o d e b e su c e d e r, e n to n c e s, o b ie n p u e d e h a b e r re s p e c to d e ese alg o u n a d e te r m i­ nada c o n d ic ió n a b so lu ta m e n te n e cesaria, o b ie n d e b e su p o n e rse tal c o n d ic ió n c o m o a rb itra ria y c o n tin g e n te . E n el p rim e r caso se p o s tu la la c o n d ic ió n (per thesiri)\ en el se g u n d o la su p o n e m o s (per hypothesirí). H a y leyes p rá c tic a s q u e so n a b s o lu ­ ta m e n te necesarias (las m o ra le s); si estas leyes su p o n e n n e c e sa ­ ria m e n te a lg u n a ex isten cia c o m o c o n d ic ió n de p o sib ilid a d de su fu erza obligatoria, esa ex isten cia h a d e ser p o stu la d a , ya q u e lo c o n d ic io n a d o d e d o n d e p a rtim o s p a ra d e d u c ir esa c o n d i­ c ió n d e te rm in a d a es, a su vez, c o n o c id o a priori c o m o a b s o lu ta ­ m e n te n ecesario . M ás a d e la n te m o s tra re m o s q u e las leyes m o ra ­ les n o só lo p re s u p o n e n la ex isten cia de u n ser su p re m o , sin o q u e , al ser ellas m ism as a b s o lu ta m e n te n ecesarias d e sd e o tr o p u n to d e v ista, lo p o s tu la n c o n ra z ó n , a u n q u e , c la ro está, k N o moral teológica, ya que ésta contiene leyes éticas que presuponen la existencia de un suprem o gobernador del m undo, La teología moral es, en cambio, una convicción — basada en leyes éticas de la existencia de un ser suprem o (N ota de Kant)

526

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

só lo d esd e u n a p e rs p e c tiv a p rá c tic a . P o r el m o m e n to d e ja re m o s a u n lad o esta d ed u cció n . C u a n d o tra ta m o s só lo de lo q u e es (n o d e lo q u e d eb e ser) co n c e b im o s lo c o n d ic io n a d o q u e se n o s da e n la ex p erien cia c o m o a lg o c o n tin g e n te . E n c o n se c u e n c ia , la c o n d ic ió n de este alg o n o p u e d e , p a rtie n d o d e esta base, ser c o n o c id a c o m o a b so lu ta m e n te necesaria, sin o q u e n o s sirv e ta n só lo d e h ip ó te ­ sis capaz de lle v a rn o s al c o n o c im ie n to racio n a l de lo c o n d ic io ­ n ad o , una h ip ó te sis re la tiv a m e n te n ecesaria, o m e jo r, necesaria, p e ro en sí m ism a a rb itra ria y a priori. A sí, p u e s, si se p re te n d e q u e co n o c e m o s te ó ric a m e n te la n e c e sid a d a b so lu ta de una cosa, ello só lo p u e d e o c u rrir a base de c o n c e p to s a priori, p e ro n u n ca p o d e m o s c o n o c e r esa n ecesid ad c o m o cau sa de una existencia em p íric a m e n te d ada. U n c o n o c im ie n to te ó ric o es especulativo c u a n d o se re fiere a un o b je to o a c o n c e p to s de u n o b je to q u e n o p u e d e n ser A 635] alcanzados en n in g u n a ex p erien cia. A él se o p o n e el conocimiento B 663 j de la naturaleza, q u e no se refiere a o tro s o b je to s o p re d ic a d o s de o b je to s q u e a los su sc e p tib le s de d arse en una ex p erien cia p o sib le. El p rin c ip io q u e in fiere u n a causa a p a rtir de a q u e llo q u e su ced e (de lo e m p íric o c o n tin g e n te ), c o n sid e ra d o c o m o efecto , es u n p rin c ip io del c o n o c im ie n to de la n a tu ra le z a , no del c o n o c im ie n to esp ec u la tiv o . E n efe c to , c u a n d o se p re sc in d e de él c o m o d e u n p rin c ip io q u e c o n tie n e la c o n d ic ió n de la experiencia p o sib le en g e n e ra l y se lo q u ie re ap lic a r, e lim in a n ­ d o to d o lo e m p íric o , a lo c o n tin g e n te en g en e ra l, n o q u e d a n ada q u e ju stifiq u e sem ejan te p ro p o s ic ió n sin té tic a , n ad a q u e nos h aga ver c ó m o p o d e m o s p a sa r de alg o q u e está a h í a a lg o c o m p le ta m e n te d is tin to (llam ad o causa). E s m ás, el c o n ­ c e p to d e causa, ig u al q u e el de lo c o n tin g e n te , p ie rd e en este u so m e ra m e n te e sp e c u la tiv o to d o sig n ific a d o cuya realid ad o b je tiv a p u e d a c o m p re n d e rse en c o n c re to . C u a n d o se infiere la causa del m u n d o p a rtie n d o de las cosas q u e hay e n él, se em p lea la ra z ó n en su u so especulativo, n o en su u so natural. E n efecto , lo q u e éste ú ltim o refiere a a lg u n a causa n o so n las cosas m ism as (su stan cias), sin o só lo lo q u e sucede, es d e c ir, los estados de esas cosas en c u a n to alg o e m p íric a m e n te c o n tin g e n te . Q u e la su stan cia m ism a (la m ateria) es c o n tin g e n te , en lo q u e a su existencia se refiere, te n d ría q u e ser u n c o n o c im ie n to ra c io n a l m e ra m e n te e sp e c u la ti­ B 664

v o . P e ro in c lu so si se tra ta ra ta n só lo de la fo rm a del m u n -

CRITICA D E T O D A T E O L O G IA

527

d o , de su tip o de c o h e sió n y d e su c a m b io , y q u is ié ra m o s in ferir de to d o ello u na causa c o m p le ta m e n te d is tin ta d el m u n d o , de n u e v o te n d ría m o s u n ju icio d e la ra z ó n m e ra m e n te e sp e c u la ­ tiv a, ya q u e el o b je to in fe rid o n o sería el d e u n a ex p e rie n c ia p o sib le. Y al h acer esta in fe re n c ia , el p rin c ip io d e c a u salid ad , q u e só lo es ap licab le e n el c a m p o e m p íric o y q u e , fu e ra de este c a m p o , carece de u so e in c lu so d e sig n ific a d o , se d esv ía c o m p le ta m e n te d e su fin alid ad . S o ste n g o , p u e s, q u e to d a s las te n ta tiv a s d e u n a ra z ó n m e ra m e n te esp e c u la tiv a e n re la c ió n c o n la te o lo g ía so n e n te ra ­ m en te estériles y, co n sid e ra d a s d e sd e su ín d o le in te rn a , nu las y v acías; q u e los p rin c ip io s d e su u so n a tu ra l n o c o n d u c e n a n in g u n a te o lo g ía ; q u e , c o n sig u ie n te m e n te , d e n o b a sa rn o s en p rin c ip io s m o ra le s o se rv irn o s d e ellos c o m o g u ía , n o p u e d e h a b e r te o lo g ía ra c io n a l n in g u n a , ya q u e to d o s los p rin c i­ p io s sin té tic o s del e n te n d im ie n to so n d e u so in m a n e n te , m ie n ­ tras q u e el c o n o c e r u n ser su p re m o re q u ie re h acer de ellos u n u so tra sc e n d e n te p a ra el q u e n u e s tro e n te n d im ie n to n o está e q u ip a d o . P ara q u e el p rin c ip io d e c a u sa lid a d , c o n valid ez em p írica, n o s c o n d u je ra a u n p rim e r ser, éste te n d ría q u e fo rm a r p a rte d e la cad en a d e o b je to s e m p íric o s. P e ro , e n este caso, sería, a su v ez, c o n d ic io n a d o , c o m o to d o s los fe n ó m e ­ nos. In c lu so s u p o n ie n d o q u e fu e ra líc ito sa lta r m ás allá de los lím ites de la exp erie n c ia m e d ia n te el p rin c ip io d in á m ic o de la relació n e n tre los efecto s y sus cau sas, ¿q u é c o n c e p to p o d ría m o s o b te n e r d e este p ro c e d im ie n to ? D e sd e lu e g o , n in g u ­ n o d el ser s u p re m o , ya q u e la e x p e rie n c ia n u n c a n o s o frece el m a y o r e n tre los efecto s p o sib le s (es en calid ad d e tal c o m o tie n e q u e d a r te s tim o n io d e su causa). S u p o n g a m o s , c o n el ú n ic o fin de n o d e ja r h u e c o n in g u n o en n u e stra ra z ó n , q u e se p u e d a s u p lir esta falta dé d e te rm in a c ió n c o m p le ta m e d ia n te la sim p le idea d e u n a p e rfe c c ió n su p re m a y d e u n a n ecesid ad o rig in a ria . T al h ip ó te sis es a c e p ta b le a títu lo d e fa v o r, p e ro n o es ex ig ib le c o m o d e re c h o b a sa d o e n u n a d e m o s tra c ió n in c o n te sta b le . A sí, p u e s, la p ru e b a fisic o te o ló g ic a p o d ría tal vez re fo rz a r o tra s p ru e b a s (si es q u e las h ay ) p o r el h e c h o de u n ir esp e c u la c ió n e in tu ic ió n . P e ro , p o r sí sola, m ás q u e c o n c lu ir la ta re a , lo q u e hace es p re p a ra r el e n te n d im ie n to p a ra el c o n o c im ie n to te o ló g ic o , o rie n tá n d o lo , en este s e n tid o , recta y n a tu ra lm e n te . D e ello se d e sp re n d e c la ra m e n te q u e las c u e stio n e s tr a s ­ cen d en tales só lo p e rm ite n re sp u e sta s tra sc e n d e n ta le s, es d e c ir,

A 637 B 665

528

A 6381 B 666 J

A 6391 B 667 j

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

re sp u estas c o n s tru id a s c o n m e ro s c o n c e p to s a p rio ri sin in g r e ­ d ie n te e m p íric o a lg u n o . L a c u e s tió n es e n e ste caso e v id e n te ­ m e n te sin té tic a y exige u n a a m p lia c ió n d e n u e s tro c o n o c im ie n to h asta m ás allá d e to d o s los lím ites d e la e x p e rie n c ia , e sto es, h asta lle g a r a la ex isten cia d e u n ser q u e c o rre s p o n d a a n u e stra sim p le idea del m ism o , id ea q u e n in g u n a ex p e rie n c ia p u e d e ig u alar. A h o ra b ie n , se g ú n h e m o s p ro b a d o a n te s , el c o n o c im ie n to sin té tic o a prio ri só lo es p o sib le e n la m e d id a en q u e e x p resa las co n d ic io n e s fo rm a le s d e u n a e x p erien cia p o sib le. E n co n secu e n c ia , to d o s los p rin c ip io s p o se e n u n a validez p u ra m e n te in m a n e n te , es d e c ir, n o se refie re m ás q u e a o b je to s d el c o n o c im ie n to e m p íric o o fe n ó m e n o s. M e d ia n te el p ro c e d im ie n to tra sc e n d e n ta l n o se c o n sig u e , p u e s, n ad a c o n re s p e c to a la te o lo g ía d e u n a ra z ó n m e ra m e n te esp ecu la tiv a . A u n q u e se p re fie ra p o n e r e n tela d e ju icio to d a s las a n te rio re s p ru e b a s d e la an alític a , a n te s q u e d eja rse a rre b a ta r la fu erza p e rs u a siv a d e lo s a rg u m e n to s ta n to tie m p o e m p le a d o s, n o se m e p o d rá n e g a r m i e x ig en c ia d e ju stific a r al m e n o s c ó m o y p o r m e d io d e q u é ilu m in a c ió n se a tre v e u n o a v o la r p o r en cim a d e to d a ex p e rie n c ia p o sib le b a sá n d o se en el p o d e r de m eras ideas. Y o p e d iría q u e n a d ie m e v in iera c o n n u e v o s a rg u m e n to s o c o n lo s v iejo s re m o z a d o s. E s c ie rto q u e n o hay m u c h o q u e ele g ir en este te rre n o , ya q u e to d a s las d e m o s tra ­ cio n es m e ra m e n te e sp e c u la tiv a s d e se m b o c a n en u n a sola, q u e es la o n to ló g ic a , y no h ay , p o r ta n to , ra z o n e s p a ra te m e r excesi­ vas m o lestias d e p a rte d e los d o g m á tic o s a b o g a d o s d e esa ra z ó n lib e ra d a d e los se n tid o s. A u n así, y sin p o r ello p re s u m ir d e c o m b a tiv o , n o voy a re h u ir el d e sa fío a d e sc u b rir la falacia su b y a c e n te a to d a te n ta tiv a d e esa clase y a fr u s tr a r así su a rro g a n c ia . S in e m b a rg o , n o p o r e sto p ie rd e n jam ás del to d o la esp eran za de m e jo r su e rte q u ie n e s e stá n ya a c o stu m b ra d o s a la p e rs u a s ió n d o g m á tic a . P o r ello m e a te n g o a esta única exig en cia ra z o n a b le : q u e se ju stifiq u e , en té rm in o s u n iv e rsa le s y p a rtie n d o d e la n atu ra le z a del e n te n d im ie n to , así c o m o de to d a s las d em ás fu e n te s c o g n o sc itiv a s, c ó m o es p o sib le a m p lia r el c o n o c im ie n to p ro p io c o m p le ta m e n te a priori y e x te n d e rlo h asta d o n d e n in g u n a e x p erien cia p o sib le alcanza, h a sta allí d o n d e , c o n s ig u ie n te m e n te , n o h ay m e d io a lg u n o su fic ie n te p a ra g a ra n tiz a r re a lid a d o b je tiv a a u n c o n c e p to p ro d u c id o p o r n o s o tro s m ism o s. Sea cual sea el m o d o se g ú n el cual llega el e n te n d im ie n to a tal c o n c e p to , es im p o sib le e n c o n tra r e n él, a n a lític a m e n te , la ex isten cia d el o b je to al q u e se refiere,

CRITICA D E T O D A T E O L O G IA

529

ya q u e c o n o c e r la existencia del o b je to c o n siste p re c isa m e n te e n p o n e r éste e n sí m ism o , fuera del pensamiento. A h o ra b ien , es c o m p le ta m e n te im p o sib le salir d e u n c o n c e p to p a rtie n d o d e él s ó lo ; es ig u a lm e n te im p o sib le d e s c u b rir n u e v o s o b je to s y seres tr a s c e n d e n te s 1 sin se g u ir la c o n e x ió n e m p íric a (m e d ia n ­ te la cual n o se n o s d a n m ás q u e fe n ó m e n o s). Sin e m b a rg o , a u n q u e la ra z ó n , en su u so m e ra m e n te e sp e c u la tiv o , esté m u y lejos de ser cap az d e c o n c lu ir u n p ro y e c ­ to ta n g ra n d e , es d ecir, de lle g a r a la e x isten cia d e u n se r su p re ­ m o , ta l p ro y e c to n o d eja de p re s ta rle u n im p o rta n te se rv ic io , I A 6 4 0 B 668 en el se n tid o d e corregir el c o n o c im ie n to d e ese ser en el caso de q u e este c o n o c im ie n to fu ese d e riv a b le d e o tra s fu e n te s; en el se n tid o de h a c e rlo c o n c o rd a r c o n sig o m ism o y c o n to d a p e rs p e c tiv a in te lig ib le ; en el s e n tid o d e d e p u ra rlo de to d o c u a n to sea in c o m p a tib le c o n el c o n c e p to d e u n ser s u p re ­ m o y de to d a m ezcla d e lim ita c io n e s em p íric a s. D e a c u e rd o c o n ello , la te o lo g ía tra sc e n d e n ta l sig u e p o se y e n d o , in d e p e n d ie n te m e n te d e to d a su in su ficien cia, u n im p o rta n te uso n e g a tiv o , sie n d o u n a p e rm a n e n te c e n su ra d e la ra z ó n , al n o o c u p a rs e ésta m ás q u e d e ideas p u ra s q u e , p re c isa m e n te p o r serlo , n o p e rm ite n q u e se las m id á sin o a escala tra sc e n d e n ta l. E n e fe c to , si la suposición d e u n ser su p re m o y o m n isu fic ie n te , c o m o in te lig e n c ia su p re m a , p ro c la ­ m ara su validez in d isc u tib le d e sd e o tra p e rs p e c tiv a — tal vez la p rá c tic a — , sería de la m a y o r im p o rta n c ia d e te rm in a r c o n e x actitu d este c o n c e p to en su p e rfil tra sc e n d e n ta l, c o m o c o n c e p ­ to de u n ser n ecesario y re a lísim o , e lim in a n d o c u a n to se o p o n e a la realid ad su p re m a , c u a n to p e rte n e c e al sim p le fe n ó m e n o (al a n tr o p o m o rf is m o en se n tid o a m p lio ) y h a c ie n d o d e sa p a re ­ cer, al m ism o tie m p o , to d a s las a firm a c io n e s c o n tra p u e sta s, sean ateas, deístas o antropomórficas. E s m u y fácil esta tarea en sem ejan te tr a ta m ie n to c rític o , ya q u e los m ism o s m o tiv o s en v irtu d de lo s cuales se d e m u e stra la in c a p a c id a d d e la ra z ó n p a ra a firm a r la ex isten cia de ese ser, tie n e n q u e ser s u ­ ficien tes p a ra p r o b a r lo in a d e c u a d o d e to d a a firm a c ió n en se n tid o c o n tra rio . E n e fe c to , ¿de d ó n d e se va a sacar, p o r p u ra e sp e c u lació n d e la ra z ó n , el c o n o c im ie n to de q u e n o hay u n ser su p re m o c o m o fu n d a m e n to p rim a rio d e to d o ; o de q u e n o le c o n v ie n e n in g u n a d e las p ro p ie d a d e s q u e , 1 überschwengltcher Wesen

A 641 j^ 669

530

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

p o r sus c o n secu en cias, n o s re p re s e n ta m o s c o m o a n á lo g a s a las realid ad es d in ám ica s d e u n ser p e n s a n te ; o d e q u e , en el caso d e q u e le c o n v e n g a n , tie n e n q u e e sta r so m e tid a s a to d as las lim itacio n es q u e la se n sib ilid a d im p o n e in e v ita b le m e n ­

g

te a las in telig en cias q u e c o n o c e m o s a tra v é s d e la e x p e rie n c ia ? E l ser su p re m o se q u e d a , p u e s, en m e ro ideal d el u so m e ra m e n te e sp e c u la tiv o d e la ra z ó n , a u n q u e sea u n ideal perfecto, c o n c e p to q u e c o n clu y e y c o ro n a el c o n o c im ie n to h u m a n o e n te ­ ro y cuya realid ad o b je tiv a n o p u e d e ser d e m o s tra d a p o r este ca m in o , p e ro ta m p o c o re fu ta d a . Si tie n e q u e h a b e r u n a te o lo g ía m o ra l capaz de su p lir esta d e ficien cia, la a n te s m e ra ­ m e n te p ro b le m á tic a te o lo g ía tra sc e n d e n ta l se rev ela in d isp e n sa ­ ble d e b id o a q u e d e te rm in a su c o n c e p to y c e n su ra p e rm a n e n te ­ m en te u na ra z ó n q u e a m e n u d o es e n g a ñ a d a p o r la se n sib ilid a d y q u e no sie m p re está e n a rm o n ía c o n sus p ro p ia s ideas. L a n ecesid ad , la in fin itu d , la u n id a d , la ex isten cia fu e ra del m u n d o (n o c o m o alm a del m u n d o ), la e te rn id a d sin c o n d ic io n e s de tie m p o , la u b ic u id a d sin c o n d ic io n e s d e esp a c io , la o m n ip o ­ tencia, etc., n o so n m ás q u e p re d ic a d o s tra sc e n d e n ta le s y, p o r ello m ism o , su c o n c e p to d e p u ra d o , ta n n e c e sa rio a to d a te o lo g ía , só lo p u e d e ser e x tra íd o d e la te o lo g ía tra sc e n d e n ta l.

A P E N D I C E A L A D IA L E C T I C A T R A S C E N D E N T A L E l

u so

reg u la d o r

de

l a s id e a s

de

LA R A Z Ó N PU R A

E l re s u lta d o de to d a s las te n ta tiv a s dialécticas de la r a ­ z ó n p u ra n o só lo co n firm a lo q u e ya d e m o s tra m o s e n la a n a líti­ ca, q u e to d a s las in feren cias q u e p re te n d e n re b a sa r el c a m p o de la ex p erien cia p o sib le so n falaces y c a re n te s de fu n d a m e n to , sin o q u e n o s en señ a, a la v ez, lo sig u ie n te : q u e la ra z ó n h u m a n a p o se e u n a te n d e n c ia n a tu ra l a so b re p a sa r ese c a m p o ; q u e las ideas tra sc e n d e n ta le s s o n ta n n a tu ra le s a la ra z ó n c o m o las ca te g o ría s al e n te n d im ie n to , si b ie n c o n la d ife re n c ia de q u e , m ie n tra s las ú ltim a s n o s c o n d u c e n a la v e rd a d , es d ecir, a la c o n c o rd a n c ia de n u e stro s c o n c e p to s c o n su o b je to , las p rim e ra s p ro d u c e n u n a sim p le ilu sió n , p e ro u n a ilu sió n q u e es irre sistib le y ap en as n e u tra liz a b le p o r m e d io d e la crítica m as severa.

USO REG U L A D O R D E LAS IDEAS

531

T o d o lo fu n d a d o en la n a tu ra le z a d e n u e stra s fu erzas será a p ro p ia d o y c o n fo rm e al c o rre c to u so d e las m ism as si p o d e m o s e v ita r c ie rto m a le n te n d id o y d e sc u b rir cuál es su v erd a d e ra d irecció n . E s, p u e s, de s u p o n e r q u e las ideas trascen d en tales te n g a n u n u so a p ro p ia d o y, p o r ta n to , inmanente, p o r m ás q u e , en el caso de q u e se d esc o n o z c a su sig n ificad o y se las to m e p o r cosas reales, p u e d a n ser d e u so tra sc e n d e n te y, p o r ello m ism o , en g añ o sas. E n efecto , n o es la idea e n sí m ism a, sin o su u so , lo q u e p u e d e , o b ien tra sp a sa r to d a la ex p erien cia p o sib le (uso trascendente), o b ien re s p e ta r los lím ites d e ésta (u so inmanente), se g ú n q u e la idea sea aplicada d ire c ta m e n te a u n o b je to q u e se su p o n e c o rre sp o n d e rle , o sólo al u so del e n te n d im ie n to re sp e c to d e los o b je to s d e los q u e trata. T o d o s los casos de su b re p c ió n so n faltas a trib u ib le s al Ju ic io , nun ca al e n te n d im ie n to o a la razón. La razó n n u n ca se refiere d ire c ta m e n te a u n o b je to , sin o sólo al e n te n d im ie n to y, p o r m e d io de éste, a su p ro p io uso em p írico . La ra z ó n n o produce, p u e s, c o n c e p to s (de o b je to s), sino q u e sim p le m e n te los ordena y les da aq u ella u n id a d q u e p u e d e n te n e r al ser am p lia d o s al m á x im o , es d ecir, en relació n co n la to ta lid a d de las series, to ta lid a d q u e n o c o n stitu y e el o b je tiv o del e n te n d im ie n to . E s te só lo a p u n ta a aq u ella c o n e ­ x ió n en virtud de la cual se producen en to d a s p a rte s, d e a c u e rd o co n c o n c e p to s, las series de c o n d ic io n e s. Así, p u es, el v e rd a d e ro o b je to de la ra z ó n n o es m ás q u e el e n te n d im ie n to y su ad ecu ad a ap licació n al o b je to . A sí c o m o el e n te n d im ie n to u n ifi­ ca p o r m ed io d e c o n c e p to s la d iv e rsid a d del o b je to , así u n ifica la ra z ó n , p o r su p a rte , la d iv e rsid a d de los c o n c e p to s p o r m ed io de ideas, ya q u e p o n e c ie rta u n id a d c o lec tiv a co m o fin de los actos del e n te n d im ie n to , a cto s q u e, en o tr o caso, sólo se o c u p a n de la u n id a d d is trib u tiv a . S o ste n g o , p u es, q u e las ideas tra sc e n d e n ta le s n u n ca so n de u so c o n s titu tiv o , de su e rte q u e se d e n en v irtu d de ellas los co n c e p to s d e cierto s o b je to s ; e n te n d id a s así, n o so n m ás q u e c o n c e p to s sofísticos (dialéctico s). T ie n e n , p o r el c o n tra rio , u n d e sta c a d o uso re g u la d o r, in d isp e n sa b le m e n te n ecesario , a sa b e r: d irig ir el e n te n d im ie n to a u n o b je tiv o d e te rm in a d o en el q u e c o n v e rg e n las líneas d ire c tric e s de to d a s sus reglas. E ste p u n to de c o n v e rg e n c ia , a u n q u e n o sea m ás q u e un a idea (focus imaginarias) , es d ecir, u n p u n to del q u e n o p a rte n realm en te los c o n c e p to s del e n te n d im ie n to , ya q u e se halla to ta lm e n te fu era d e los lím ites de la ex p erien cia, sirv e p ara

í A 643 l B 671

í A 644 \ B 672

532

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

d a r a esos c o n c e p to s la m a y o r u n id a d , a la vez q u e la m a y o r am p litu d . E s d e a q u í d e d o n d e s u rg e el e rr o r d e c re e r q u e esas líneas d ire c tric e s p ro c e d e n 1 d e u n o b je to m ism o q u e se halla fu e ra d el c a m p o d e la e x p e rie n c ia p o sib le (al ig u al q u e se v e n lo s o b je to s d e trá s d e la su p e rfic ie d el esp ejo ). A 6451 E sta ilu sió n (cu y o e n g a ñ o p o d e m o s im p e d ir) es, sin e m b a rg o , B 673 J in e v ita b le m e n te necesaria d e sd e el m o m e n to e n q u e p re te n d e ­ m os v er, ad em ás de los o b je to s q u e te n e m o s d e la n te , los q u e se h allan lejos y d e trá s d e n o s o tro s ; es d e c ir, d e sd e el m o m e n to e n q u e , e n n u e stro caso , p ro y e c ta m o s n u e s tro e n te n ­ d im ie n to m ás allá de to d a ex p e rie n c ia d a d a (p a rte d e la e x p e rie n ­ cia g lo b a l p o sib le ) y q u e re m o s, c o n s ig u ie n te m e n te , o b te n e r p a ra él la m a y o r a m p lia c ió n p o sib le . Si e c h am o s u n a o jead a a n u e stro s c o n o c im ie n to s del e n te n d im ie n to en to d a su e x te n ­ sió n , v em o s q u e lo p e c u lia r d e la ra z ó n a este re s p e c to , lo q u e ella in te n ta lo g ra r, es la sistematización d el c o n o c im ie n to , es d ecir, su in te rc o n e x ió n a p a rtir d e u n so lo p rin c ip io . E sta u n id a d de la ra z ó n p re s u p o n e sie m p re u n a idea, la d e la fo rm a d e u n to d o del c o n o c im ie n to , u n to d o q u e es a n te r io r al c o n o c im ie n to c o n c re to d e las p a rte s y q u e c o n tie n e las c o n d ic io ­ nes q u e d e te rm in a n a prio ri la p o sic ió n d e cad a p a rte , así c o m o su re la c ió n c o n las d em ás. E n c o n se c u e n c ia , esta idea p o s tu la en el c o n o c im ie n to d e l e n te n d im ie n to u n a u n id a d c o m ­ pleta g racias a la cu al este c o n o c im ie n to sea, n o u n a g re g a d o fo r tu ito , sin o u n sistem a lig a d o p o r leyes necesarias. E n realid ad n o p u e d e d e c irse q u e esta idea sea el c o n c e p to d e u n o b je to , sin o el de la c o m p le ta u n id a d d e los c o n c e p to s e n la m ed id a en q u e d ic h a idea sirv e d e re g la al e n te n d im ie n to . T ales c o n c e p ­ to s del e n te n d im ie n to n o so n e x tra íd o s d e la n a tu ra le z a . A l A 646 \ c o n tra rio , in te rro g a m o s a la n a tu ra le z a d e sd e estas ideas y, B 674 j m ie n tra s n o se ad ecú e a ellas, c o n sid e ra m o s n u e s tro c o n o c i­ m ie n to c o m o d eficien te . Se a d m ite q u e es difícil e n c o n tra r tierra pura, agua pura, aire puro, etc. S in e m b a rg o , n o s h acen falta tales c o n c e p to s (q u e n o p ro c e d e n , p u e s, e n lo q u e a su p len a p u re z a se refiere , m ás q u e de la ra z ó n ) a la h o ra de d e te rm in a r a d e c u a d a m e n te cuál es en el fe n ó m e n o la p a rte d e b id a a cad a u na de esas causas n a tu ra le s. Y así se re d u c e n to d a s las m a terias a tie rra (c o m o m e ro p e so ), a sales, c o m b u s ti­ bles (co m o en e rg ía ) y, fin a lm e n te , a ag u a y aire c o m o v eh íc u lo s (co m o m á q u in a s, m e d ia n te las cuales o p e ra n las e n tid a d e s a n te1 Leyendo, con Mellin, gefíossen, en lugar de ausgescblossen (N. del T.)

USO R E G U L A D O R D E LAS IDEAS

533

rio res), c o n el fin d e ex p licar lo s p ro c e s o s q u ím ic o s de las m aterias se g ú n la idea de u n m e c a n ism o . E n e fecto , a u n q u e n o sea éste el m o d o real de e x p re s ió n , es fácil d e sc u b rir este influjo de la ra z ó n en las clasificacio n es e fectu ad as p o r los in v e stig a d o re s de la n atu raleza. Si la ra z ó n es la fa c u lta d de d e riv a r lo p a rtic u la r de lo u n iv ersal, p u e d e ser q u e este u n iv e rsa l sea en s i cierto y esté d a d o , caso en el q u e n o h a c e falta m ás q u e u n Ju ic io q u e su b su m a p a ra q u e lo p a rtic u la r q u e d e n e c e sa ria m e n te d e te r­ m in ad o . E s lo q u e llam aré el u so a p o d íc tic o de la razó n . P ero p u e d e ser ta m b ié n q u e lo u n iv e rsa l sea só lo a su m id o c o m o problemático y q u e sea u n a m era idea. E n este caso, lo p a rtic u la r es c ie rto , p e ro sig u e sie n d o u n p ro b le m a la u n iv e r­ salidad de la reg la q u e c o n d u c e a tal re su lta d o . A sí, se h acen ensayos co n m u c h o s casos p a rtic u la re s, to d o s ellos c ie rto s, ( A 647 p ara v er si d e riv a n de la reg la. Si e fe c tiv a m e n te d e riv a n de \ B 675 ella y se tien e la im p resió n de q u e to d o s lo s casos p a rtic u la re s señalables se sig u e n de la m ism a, se in fiere la u n iv e rsa lid a d de la re g la ; de esta u n iv e rsa lid a d se in fie re n lu e g o to d o s los casos, in clu so los n o d ad o s e n sí. E s lo q u e llam aré el u so h ip o té tic o de la razón. E l u so h ip o té tic o de la ra z ó n b a sa d o en ideas en c u a n to co n c e p to s p ro b le m á tic o s 1 n o es p ro p ia m e n te constitutivo. E s d ecir, n o es de tal ín d o le , q u e de él se siga, si q u e re m o s ser p le n a m e n te rig u ro so s , la v e rd a d de la reg la g en eral asu m id a c o m o h ip ó tesis. E n efecto , ¿ c ó m o v am o s a c o n o c e r to d a s las co n secu en cias p o sib le s de u n p rin c ip io cuya u n iv e rsa lid a d tien e q u e ser d e m o s tra d a p re c isa m e n te p o r las co n secu en cias q u e de él d e riv a n ? E ste u so es sim p le m e n te re g u la d o r y su fin alid ad co n siste en u n ificar, e n la m e d id a de lo p o sib le , los c o n o c im ie n to s p artic u la re s y e n aproxim ar así la reg la a la u n iv ersalid ad . C o n sig u ie n te m e n te , el u so h ip o té tic o de la ra z ó n tie n d e a la u n id a d sistem ática del c o n o c im ie n to del e n te n d im ie n to y esta u n id a d es el criterio de verdad d e las reg las. In v e rsa m e n te , la u n id a d sistem ática (en c u a n to m era idea) es só lo u n a u n id a d proyectada. H a y q u e c o n sid e ra rla c o m o u n p ro b le m a , n o c o m o u n id a d dada e n sí. A p e sa r de ello , sirv e p a ra h allar u n p rin c ip io en la d iv e rsid a d y en el u so p a rtic u la r del e n te n d im ie n to y 1 Leyendo, con Erdm ann, problematischen Begriffen, en lugar de problematischer begrtjfe (N. del T.)

534

A 648) B 676)

A 649) B 677J

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

para así g u ia r y d a r co h e re n c ia a éste al ap licarse a los casos n o dados. L o ú n ico q u e se d e sp re n d e d e ello es q u e la u n id a d sistem ática o racional de la d iv e rsid a d d e lo s c o n o c im ie n to s del en te n d im ie n to co n stitu y e u n p rin c ip io lógico d e stin a d o a q u e la ra z ó n ayude co n ideas al e n te n d im ie n to e n los casos en q u e éste n o sea p o r sí s ó lo cap az d e esta b le c er reglas y, a la vez, a dar u n id a d siste m á tic a , b ajo u n so lo p rin c ip io , a las d iv ersas reglas del e n te n d im ie n to y a p ro p o rc io n a rle así co h eren cia en la m ed id a de lo p o sib le . Q u e la c o n stitu c ió n d e los o b je to s o la n atu ra le z a del e n te n d im ie n to q u e lo s co n o c e en calidad d e tales esté en sí d e stin a d a a tal u n id a d ; q u e ésta p u e d a h asta c ie rto p u n to ser p o stu la d a a priori, in c lu so p re s c in d ie n d o de este in te ré s d e la ra z ó n ; q u e p u e d a d ecirse, c o n sig u ien tem en te, q u e to d o s los p o sib le s c o n o c im ie n to s del e n te n d im ie n to (entre ellos los e m p íric o s) tie n e n u n id a d de ra z ó n y se h allan b ajo p rin c ip io s c o m u n e s de los q u e p u e d e n d e riv a rse esos co n o cim ie n to s in d e p e n d ie n te m e n te d e su d iv e rsi­ dad ; sab er to d o esto , c o n stitu iría u n p rin c ip io trascendental de la ra z ó n q u e co n v ertiría en necesaria la u n id a d sistem ática, n o só lo su b je tiv a y ló g ic a m e n te , c o m o m é to d o , sin o o b je tiv a ­ m ente. V am o s a ilu strar esto c o n u n eje m p lo re la tiv o al u so de la razó n . E n tre la s d iv e rsa s clases de u n id a d se g ú n c o n c e p to s del e n te n d im ie n to se halla la de la c au salid ad de u n a su stan cia, la u n id a d q u e llam am os fac u lta d . L os d ife re n te s fe n ó m e n o s de una m ism a sustancia m u e stra n a p rim e ra v ista ta n ta d iv e rs i­ d a d , q u e o b lig a n a s u p o n e r in ic ia lm e n te en esa su stan cia casi tan tas clases de facultades c o m o efecto s se p re s e n ta n , c o m o , p o r ejem p lo , en el p siq u ism o h u m a n o , la sen sació n , la c o n c ie n ­ cia, la im aginación, la m e m o ria , el in g e n io , el d isc e rn im ie n to , el p lace r, el deseo, etc. D e e n tra d a , un a reg la ló g ica exige q u e re d u zcam o s lo m ás p o sib le esa a p a re n te d iv e rsid a d d e sc u ­ b rie n d o , p o r c o m p aració n , la id e n tid a d o c u lta y q u e e x am in e­ m os si la im ag in ació n , aso ciad a a la c o n cie n cia, n o e q u iv a ld rá al re c u e rd o , al ingenio, al d is c e rn im ie n to o acaso in c lu so al e n te n d im ie n to y a la ra z ó n . A u n q u e la ló g ica n o p u e d a c o m p r o ­ b a r si existe u n a ¡acuitad básica, esta idea c o n stitu y e al m en o s el p ro b le m a de una re p re se n ta c ió n sistem ática d e la d iv e rsid a d d e facu ltad es. E l p rin cip io ló g ic o d e la ra z ó n exige q u e c o n sig a ­ m os tal u n id a d en la m ed id a d e lo p o sib le , y c u a n ta m ás id e n tid ad se d escubra e n tre los fe n ó m e n o s de un as y o tras

USO R E G U L A D O R D E LAS IDEAS

535

facu ltad es, ta n to m ás p ro b a b le será q u e n o c o n stitu y a n sin o d iferen tes m an ifestacio n e s d e u n a m ism a facu ltad q u e p o d e m o s llam ar, d esd e u n p u n to de vista re la tiv o , su fa cu lta d básica. L o m ism o p u e d e decirse de o tra s cap acid ad es. Las facu ltad es básicas rela tiv a s tie n e n q u e ser, a su vez, co m p a ra d a s e n tre sí co n el fin de a p ro x im a rla s, m ed ia n te el d e sc u b rim ie n to de su c o in c id e n c ia , a u n a ú n ica y rad ical facu ltad básica, es d ecir, a un a fa c u lta d a b so lu ta . A h o ra bien , esta u n id a d d e ra z ó n es p u ra m e n te h ip o té tic a . N o se afirm a q u e te n g a m o s q u e e n c o n tra rla d e h e c h o , sin o q u e , p o r u n a p a rte , hay q u e buscarla en b e n e fic io d e la ra z ó n , es d ecir, p ara estab lecer cie rto s p rin c ip io s so b re las d iv ersas reg las q u e la experiencia p u e d a su m in istra rn o s y, p o r o tra , hay q u e u n ificar así el co n o c im ie n to , en la m e d id a en q u e ello sea factible. Sin e m b a rg o , cu a n d o a te n d e m o s al u so tra sc e n d e n ta l del e n te n d im ie n to , o b se rv a m o s q u e la idea de u n a facu ltad básica e n g en eral n o só lo se d e stin a , e n te n d id a c o m o p ro b le m a , al u so h ip o té tic o , sino q u e se a rro g a u n a realid ad o b je tiv a en v irtu d d e la cual p o stu la la u n id a d sistem ática de las d iv ersas facu ltad es d e una su stan cia y se c o n v ie rte e n u n p rin c ip io ap o d íc tic o de razó n . E n efecto , in c lu so sin h a b e r in te n ta d o e n c o n tra r la co in cid en cia d e las d iv e rsa s facu ltad es, m ás to d a ­ vía, in clu so si fracasan to d o s n u e stro s in te n to s d e d e sc u b rirla , d am o s p o r su p u e s to q u e tien e q u e h ab erla. Y n o só lo se su p o n e esto d e b id o a la u n id a d de la su stan cia, c o m o en el ejem p lo ex p u e sto , sin o q u e in c lu so d o n d e hay m u c h a s f u e r 1 zas, au n q u e h o m o g é n e a s h asta c ie rto p u n to , c o m o o c u rre co n la m ateria en g e n eral, la ra z ó n p re s u p o n e la u n id a d siste m á ­ tica d e las d iv ersas fuerzas, ya q u e las leyes n a tu ra le s p a rtic u ­ lares se hallan so m etid as a o tra s m ás g e n e ra le s; la n o m u ltip li­ cación de p rin c ip io s n o só lo q u e d a c o n v e rtid a en u n p rin c ip io eco n ó m ico d e la razó n , sin o en u n a ley in trín seca d e la n a tu ­ raleza. D e h e c h o , n o se e n tie n d e c ó m o p u e d e h a b e r u n p rin c ip io ló g ic o de u n id a d racio n al d e las reg las si n o p re s u p o n e m o s o tr o de tip o tra sc e n d e n ta l p o r el q u e se a d m ita a priori sem ejan te u n id ad sistem ática co m o necesaria, c o m o in h e re n te a los o b je to s m ism os. E n efecto , ¿con q u é d e re c h o p u e d e la ra z ó n ex ig ir en su u so ló g ic o q u e la d iv e rsid a d de cap acid ad es q u e la n atu raleza n o s p re se n ta sea tra ta d a c o m o u n a u n id a d m e ra m e n te o c u lta ? ¿C óm o p u e d e ex ig ir q u e ésta sea d e riv a d a , en la m e d id a en q u e de la m ism a ra z ó n d e p e n d a , de un a facu lta d b ásica?

536

A 652

B 680

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

¿C óm o p o d ría re clam a r e sto si fu e ra lib re d e c o n c e d e r q u e es ig u a lm e n te p o sib le q u e to d a s las fu e rz a s sean h e te ro g é n e a s y q u e la u n id a d sistem á tic a de su d e riv a c ió n n o se ad e c ú e a la n a tu ra le z a ? P o rq u e e n to n c e s a c tu a ría d ire c ta m e n te en c o n ­ tra de su fin a lid a d , ya q u e la ra z ó n se p ro p o n d r ía c o m o o b je tiv o u n a idea c o m p le ta m e n te o p u e sta a la c o n s titu c ió n d e la n a tu r a le ­ za. T a m p o c o p o d e m o s d ec ir q u e la ra z ó n haya d e riv a d o p re v ia ­ m e n te esta u n id a d g u iá n d o s e p o r p rin c ip io s ra c io n a le s, p e ro p a rtie n d o de la c o n s titu c ió n c o n tin g e n te d e la n a tu ra le z a . E n efecto , la ley ra c io n a l q u e d irig e la b ú sq u e d a d e tal u n id a d p o see ca rá c te r n e c esario , p u e s, a falta d e esa ley, care c e ría m o s d e ra z ó n y, sin ésta, n o h a b ría n in g ú n u so c o h e re n te del e n te n d im ie n to y, e n au sen cia de este u so , n o te n d ría m o s c rite rio a lg u n o su ficien te d e v e rd a d e m p íric a ; e n o rd e n a este c rite rio , n o s v e m o s, p o r ta n to , o b lig a d o s a d a r p o r su p u e s to q u e esa u n id a d sistem ática de la n a tu ra le z a es n ecesaria y p o se e p le n a validez o b je tiv a . E sta m ism a p re s u p o s ic ió n tra sc e n d e n ta l la e n c o n tra m o s a d m ira b le m e n te v elad a en los p rin c ip io s d e los filó so fo s, a u n ­ q u e n o sie m p re ésto s lo h ay an v is to o a d m itid o . Q u e to d a la v aried ad d e las d iv e rsa s cosas n o ex clu y e su id e n tid a d de especie; q u e d e b e m o s c o n sid e ra r las d is tin ta s especies c o m o d iferen tes d e te rm in a c io n e s d e u n o s p o c o s géneros y é sto s, a su vez, c o m o d e te rm in a c io n e s d e clases a ú n m ás elev a d as, e t c .; q u e h ay, c o n sig u ie n te m e n te , q u e b u sc a r cierta u n id a d sistem ática d e to d o s los c o n c e p to s e m p íric o s p o sib le s e n la m ed id a e n q u e sean d eriv a b le s d e o tr o s m ás e le v a d o s y u n iv e r­ sales; to d o ello c o n stitu y e u n a re g la d e escuela o p rin c ip io ló g ic o sin el cual n o h a b ría u so a lg u n o d e la ra z ó n , ya q u e só lo p o d e m o s in fe rir lo p a rtic u la r d e lo u n iv e rsa l en la m e d id a en q u e n o s b asam o s e n p ro p ie d a d e s u n iv e rsa le s d e las c o ­ sas en las cuales e stá n c o m p re n d id a s las p ro p ie d a d e s p a r tic u ­ lares. E n la c o n o c id a reg la esco lástica se g ú n la cual n o hay q u e in c re m e n ta r in n e c e sa ria m e n te los p rin c ip io s {entia praeter necessitatem non esse multiplicanda), los filó so fo s p re s u p o n e n q u e tal u n id a d se h alla ta m b ié n en la n a tu ra le z a . La reg la q u ie re d e c ir q u e la n a tu ra le z a d e las cosas m ism as o frece m a te ria a la u n id a d d e la ra z ó n y q u e la a p a re n te d iv e rsid a d in fin ita n o tie n e p o r q u é im p e d irn o s s u p o n e r d e trá s d e ta l v a rie d a d u n a u n id a d d e p ro p ie d a d e s b ásicas q u e n o s p e rm ita n d e riv a r esa m ism a v a rie d a d c o n sim p les d e te rm in a c io n e s d iv ersas. A

U SO R E G U L A D O R D E LAS ID EA S

537

p e sa r d e c o n s titu ir u n a m era id ea, esta u n id a d h a sid o ta n a fa n o s a m e n te p e rs e g u id a en to d o s los tie m p o s , q u e m ás b ien se h a n v isto razo n es p a ra m o d e ra r el afá n q u e p a ra fo m e n ta rlo . F u e u n g ra n lo g ro el q u e los q u ím ic o s p u d ie ra n re d u c ir to d a s las sales a d o s clases fu n d a m e n ta le s, ác id o s y alc a lin o s, p e ro in c lu so in te n ta n c o n sid e ra r esta d ife re n c ia c o m o u n a sim p le | ^ ^ v a rie d a d o m a n ife sta c ió n d is tin ta d e u n a m ism a m a te ria básica. Se h a n h e c h o esfu erz o s p o r re d u c ir las d iv e rsa s clases de tie rra s (la m a te ria de las p ie d ra s e in c lu so d e lo s m etales) a tre s, fin a lm e n te a d o s. P e ro , in sa tisfe c h o s to d a v ía c o n este re s u lta d o , los q u ím ic o s n o p u e d e n a p a rta r d e sí la so sp ech a d e q u e , tras esa v a rie d a d se e sc o n d e u n ú n ic o g é n e ro , la so sp e c h a in clu so d e q u e esas tie rra s y esas sales p o se e n u n p rin c ip io co m ú n . A caso p u d ie ra c re e rse q u e éste es u n sim p le p re te x to d e e c o n o m ía d e p a rte de la ra z ó n te n d e n te a d isp e n sa r a ésta del m a y o r e sfu e rz o p o sib le y u n h ip o té tic o in te n to q u e , d e re s u lta r b ie n , c o n c e d e ría p ro b a b ilid a d , p re c isa m e n te e n v irtu d de la u n id a d lo g ra d a , al p rin c ip io e x p lic a tiv o q u e se hab ía s u p u e s to . A h o ra b ie n , es m u y fácil d is tin g u ir se m ejan te p r o p ó s ito in te re sa d o d e la id ea se g ú n la cu al cad a u n o s u p o ­ n e, p o r u n a p a rte , q u e esa u n id a d d e la ra z ó n es a d e c u a d a a la n a tu ra le z a m ism a y, p o r o tra , q u e la ra z ó n , a p e sa r de se r incapaz de d e te rm in a r los lím ites d e esta u n id a d , n o im p lo ra e n este caso , sin o q u e im p o n e . Si la d iferen cia — n o v o y a d e c ir d e fo rm a , ya q u e d esd e este p u n to de v ista p u e d e n ser se m ejan tes los fe n ó m e n o s, sin o d e sd e el p u n to d e v ista d el c o n te n id o , es d ecir, a te n d ie n d o a la d iv e rsid a d de lo s seres e x iste n te s— e n tre los fe n ó m e n o s q u e se n o s o fre c e n fu era ta n g ra n d e , q u e el m ás a g u d o e n te n d i­ m ie n to h u m a n o fu ese in cap a z d e e n c o n tra r la m e n o r sem ejanza al c o m p a ra rlo s e n tre sí (u n caso q u e es p e rfe c ta m e n te im a g in a ­ b le), e n to n c e s n o ex istiría la ley ló g ic a d e los g é n e ro s , c o m o n o h a b ría ta m p o c o c o n c e p to a lg u n o d e g é n e ro ni c o n c e p to s u n iv ersale s. E s m ás, n o h a b ría n i e n te n d im ie n to , p u e s to q u e el ú n ico q u e h a c e r de éste s o n tales c o n c e p to s. C o n s ig u ie n te ­ m e n te , el p rin c ip io ló g ic o d e los g é n e ro s p re s u p o n e u n p rin c i­ p io tra sc e n d e n ta l si ha d e ser ap lic a b le a la n a tu ra le z a (p o r ésta e n tie n d o , en este caso , só lo o b je to s q u e se n o s d en ). D e a c u e rd o c o n este p rin c ip io tra sc e n d e n ta l, se p re s u p o n e n e c esariam en te u n a h o m o g e n e id a d e n la d iv e rsid a d d e u n a exp erien cia p o sib le (si b ie n n o p o d e m o s d e te rm in a r a prio ri cu ál es su g ra d o ), ya q u e , d e n o e x istir tal h o m o g e n e id a d ,

j ^^

538

A 655 B 683

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

n o serían p o sib le s lo s c o n c e p to s e m p íric o s n i, c o n s ig u ie n te m e n ­ te , ex p erien cia n in g u n a . F re n te al p rin c ip io ló g ic o d e lo s g é n e ro s , q u e p o s tu la c ierta id e n tid a d , te n e m o s o tr o p rin c ip io , el d e las especies, el cu al exige m u ltip lic id a d d e cosas y d ife re n c ia s e n tre las m ism as, in d e p e n d ie n te m e n te d e su c o in c id e n c ia re s p e c to de u n m ism o g é n e ro , y el cual im p o n e al e n te n d im ie n to n o m e n o s a te n c ió n a la c o in cid en cia q u e a las d iferen cias. E s te p rin c ip io (de la a g u d eza o d is c e rn im ie n to ) re s trin g e c o n sid e ra b le m e n te la lig e ­ reza del p rim e ro (el del in g e n io ). A la vez, la ra z ó n m an ifiesta a q u í d o s in terese s c o n tra p u e s to s : p o r u n a p a rte , el in terés d e la extensión (u n iv e rsa lid a d ) re s p e c to -d e lo s g é n e ro s y, p o r o tra , el del contenido (c o n c re c ió n ) re s p e c to d e la d iv e rsid a d d e esp ecies; m ie n tra s q u e e n el p rim e r caso el e n te n d im ie n to c o n c ib e m u c h o bajo su s c o n c e p to s, en el se g u n d o p ie n sa m ás en ellos. E llo se p o n e ig u a lm e n te d e m a n ifie sto e n los m o d o s d e p e n sa m ie n to , ta n d iv e rso s, d e los in v e s tig a d o re s d e la n a tu r a ­ leza. A lg u n o s de ellos (los p re fe re n te m e n te e sp e c u la tiv o s) so n , p o r así d e c irlo , en e m ig o s d e la h e te ro g e n e id a d y p e rs ig u e n siem p re la u n id a d d e g é n e ro . O tro s (las cabezas p re fe re n te m e n ­ te em p íricas) tr a ta n in c e sa n te m e n te d e d iv id ir la n a tu ra le z a en tal d iv e rsid a d , q u e casi h a c e n p e rd e r la e sp e ra n z a de a p re c ia r sus fe n ó m e n o s a la lu z d e p rin c ip io s u n iv e rsa le s. E ste ú ltim o m o d o d e p e n sa m ie n to se basa ta m b ié n , e v id e n te m e n te , e n u n p rin c ip io ló g ic o q u e tie n d e a c o m p le ta r de m an era sistem ática to d o s los c o n o c im ie n to s : c u a n d o , a r r a n ­ c a n d o del g é n e ro , d e sc e n d e m o s a la d iv e rsid a d q u e p u e d a h allarse c o n te n id a en él, tra ta m o s d e d a r e x te n sió n al sistem a, al igual q u e en el p rim e r caso , c u a n d o a sc e n d ía m o s al g é n e ro , tra tá b a m o s d e d arle u n id a d . E n e fe c to , ta n im p o sib le es a v e ri­ g u a r, d esd e la esfera a b a rc a d a p o r el c o n c e p to de u n g é n e ro , h asta d ó n d e p u e d e lle g a r su d iv isió n , c o m o el sa b e r h asta d ó n d e p u e d e lle g a r la d iv isió n d e la m a te ria p a rtie n d o del esp acio q u e ésta p u e d e o c u p a r. T o d o género exig e, p u e s, d iv e rsa s especies y éstas, d iv e rsa s subespecies. C ada u n a d e éstas p o se e , a su vez, u n a esfera (e x te n sió n en c u a n to conceptus communis). P o r ello ex ig e la ra z ó n , a la h o ra d e a m p lia r su c o n o c im ie n to , q u e n in g u n a especie sea c o n sid e ra d a en sí m ism a c o m o la ínfim a, ya q u e , d e sd e el m o m e n to en q u e esta su p u e sta ín fim a especie sig u e sie n d o u n c o n c e p to q u e só lo c o n tie n e lo c o m ú n a varias cosas, tal c o n c e p to n o p u e d e e sta r c o m p le ta m e n te d e te rm in a d o ni ser, p o r ta n to , in m e d ia ta m e n te re fe rid o a u n

USO R E G U L A D O R D E LAS ID EA S

539

in d iv id u o ; d eb e, p u e s, c o n te n e r o tro s c o n c e p to s, es d e c ir, subespecies. P o d ría m o s e x p re sa r así esta ley d e esp ecific a c ió n : entium varietates non temere esse minuendos. Se c o m p re n d e c o n facilid ad q u e esta ley ló g ic a carecería d e se n tid o y d e ap licació n si n o se b asara en u n a ley tr a s c e n d e n ­ tal de especificación. E sta ú ltim a n o ex ig e de las cosas su sc e p tib le s de c o n v e rtirse e n o b je to s n u e s tro s u n a efectiv a infinitud en lo q u e a sus d iferen cias se re fie re , ya q u e el p rin c ip io ló g ic o , q u e só lo afirm a q u e la esfera ló g ica es indeterminada c o n re sp e c to a la p o sib le d iv isió n , n o d a p ie a tal c o n c lu sió n . P e ro sí im p o n e al e n te n d im ie n to el d e b e r d e b u sc a r su b esp ecies en cada especie q u e se nos p re se n te , así c o m o d iferen cias m e n o re s en cada d iferen cia, p u es si n o h u b ie se c o n c e p to s inferiores, ta m p o c o los h a b ría superiores. T o d o s los c o n o c im ie n to s del e n te n d im ie n to so n o b te n id o s a tra v é s d e c o n c e p to s. C o n s i­ g u ie n te m e n te , p o r m u c h o q u e d iv id a , n u n c a c o n o c e p o r m era in tu ic ió n , sin o siem p re g racias a n u e v o s c o n c e p to s in ferio res. P ara c o n o c e r los fe n ó m e n o s en su c o m p le ta d e te rm in a c ió n (que n o es p o sib le sin o m e d ia n te el e n te n d im ie n to ) hace falta p ro s e g u ir in in te rru m p id a m e n te la e sp ecificació n de los c o n c e p ­ to s y a v a n z a r hacia d iferen cias q u e sig u e n q u e d a n d o y de las q u e el c o n c e p to de especie — p e ro m ás to d a v ía el d e g é n e ­ ro — hace ab stra c c ió n . E sta ley de esp ecificació n n o p u e d e ta m p o c o d e riv a rse d e la ex p erien cia, ya q u e ésta es incapaz de re v e la rn o s tal a m p litu d . La esp ecificació n em p íric a p r o n to se p a ra en la d ife ­ re n ciac ió n d e lo d iv e rso si n o va d irig id a p o r la ley tra sc e n d e n ta l de especificación — q u e es a n te r io r— , ley q u e , en su calid ad de p rin c ip io de la ra z ó n , hace q u e b u sq u e m o s d iferen cias y q u e so sp ech em o s q u e e x isten a u n q u e n o se re v e le n a los s e n ti­ dos. P ara d e sc u b rir q u e las tie rra s a b so rb e n te s so n d e clases d istin tas (calcáreas y m u riá tic a s) h acía falta p rim e ro una reg la de ra z ó n q u e , d a n d o p o r s u p u e s to q u e la riq u eza n a tu ra l es ta n g ra n d e , q u e cabe p re s u m ir d ife re n c ia s, p ro p u s ie ra al e n te n d im ie n to la tarea de b u scarlas. E n e fecto , só lo te n e m o s e n ­ te n d im ie n to si s u p o n e m o s, p o r u n a p a rte , q u e hay diferencias en la n a tu raleza y, p o r o tra , q u e sus o b je to s p o se e n h o m o g e n e i­ d ad , ya q u e p re c isa m e n te la d iv e rsid a d re u n ib le en u n c o n c e p to es lo q u e c o n stitu y e el c a m p o d e ap lic a c ió n del m ism o y el cam p o d e tra b a jo del e n te n d im ie n to . La ra z ó n p re p a ra , p u e s, el te r re n o del e n te n d im ie n to d e la m an era sig u ie n te :

540

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

1 ) m e d ia n te u n p rin c ip io d e homogeneidad de lo d iv e rso b ajo g é n e ro s m ás e lev a d o s; 2 ) m e d ia n te u n p rin c ip io de variedad d e lo h o m o g é n e o b ajo especies in fe rio re s; p a ra c o m p le ta r la u n id a d siste m á tic a , la ra z ó n a ñ ad e to d a v ía 3) la ley d e afinidad de to d o s lo s c o n c e p to s ; esta ley A 658 | o b lig a siem p re a p asar d e u n a esp ecie a o tra sin ro m p e r la B 686 c o n tin u id a d , in c re m e n ta n d o g ra d u a lm e n te la v a rie d a d . P o d e ­ m o s llam arlo s p rin c ip io de homogeneidad, d e especificación y de continuidad d e las fo rm a s. E l ú ltim o es re s u lta d o d e la u n ió n de lo s d o s p rim e ro s , u n a vez c o m p le ta d a en la idea la co n e x ió n sistem ática m e d ia n te el ascen so a lo s g é n e ro s s u p e rio re s y el d escen so a las especies in fe rio re s, ya q u e e n to n c e s to d a s las d iferen cias se h allan re la c io n a d a s e n tre sí, p u e s to d a s d e r i­ v an , a tra v é s d e los d iv e rso s g ra d o s d e d e te rm in a c ió n p ro g r e s i­

va, de u n ú n ic o g é n e ro su p re m o . L a u n id a d sistem ática d e p e n d ie n te d e los tre s p rin c ip io s ló g ico s p u e d e ilu stra rse del m o d o sig u ie n te : to d o c o n c e p to p u e d e ser c o n sid e ra d o c o m o u n p u n to q u e , en c u a n to lu g a r d e un o b s e rv a d o r, p o se e su h o riz o n te , es d e c ir, u n n ú m e ro de cosas re p re se n ta b le s d e sd e el m ism o y, p o r así d e c irlo , d o m ín a b le s c o n la vista. D e n tro d e ese h o riz o n te tie n e q u e p o d e r señ alarse u n a in fin ita m u ltitu d de p u n to s d e sd e cada u n o d e los cuales se d o m in e , a su vez, u n p a n o ra m a m ás re d u c id o . E s d ecir, to d a especie c o n tie n e su b esp ecies, d e a c u e r­ d o c o n el p rin c ip io d e e sp ecificació n , y el h o riz o n te ló g ic o co n sta só lo de h o riz o n te s m ás e x ig u o s (su b esp ecies), n o de p u n to s sin e x te n s ió n (in d iv id u o s). F re n te a los d ife re n te s h o ri­ zo n te s, e sto es, fre n te a los g é n e ro s d e te rm in a d o s p o r o tro s ta n to s c o n c e p to s, p u e d e c o n c e b irse u n h o riz o n te c o m ú n d e sd e el cual sea p o sib le a b a rc a rlo s to d o s c o m o d esd e u n p u n to c en tral, q u e es el g é n e ro su p e rio r, h asta lleg ar, fin a lm e n te , al g é n e ro s u p re m o co m o h o riz o n te u n iv e rsa l y v e rd a d e ro , el cual es d e te rm in a d o d e sd e el p u n to d e vista del c o n c e p to su p re m o y ab arca en sí to d a la v a rie d a d : g é n e ro s, especies y subespecies. L o q u e m e lleva a este p u n to de vista su p re m o es la ley d e la h o m o g e n e id a d , m ie n tra s q u e la de esp ecificació n m e c o n d u c e a los p u n to s de vista in fe rio re s y a su m áxim a B 669 B 687

v aried ad . C o m o n ad a h a y vacío en to d a la e x te n sió n d e to d o s los c o n c e p to s p o sib les n i p u e d e h a b e r nad a fu era d e ella, su rg e d e la s u p o s ic ió n d e ese h o riz o n te u n iv e rsa l y d e su

[

USO R E G U L A D O R D E LAS ID EA S

541

c o m p leta d iv isió n el p rin c ip io : non datur vacuum fo rm a ru m ; es d ecir, n o hay d ife re n te s g é n e ro s o rig in a rio s y p rim e ro s q u e se hallen, p o r así d e cirlo , aisla d o s y se p a ra d o s (p o r u n in te rv a lo vacío), sin o q u e to d o s los d ife re n te s g é n e ro s so n sim p les d iv i­ siones d e u n ú n ic o g é n e ro su p re m o y u n iv e rsa l. D e este p rin c i­ p io se sig u e el q u e es su co n se c u e n c ia in m e d ia ta : datur continuum fo rm a ru m ; es d ecir, to d a s las d ife re n c ia s d e especie so n c o lin d a n ­ tes, y n o se p u e d e p a sa r d e u n a a o tr a m e d ia n te u n salto , sino a tra v e sa n d o to d o s los g ra d o s m e n o re s q u e las d is tin g u e n y q u e p e rm ite n el p a so d e u n a a o tra . E n u n a p a la b ra : n o hay especies o sub esp ecies q u e (d esd e el c o n c e p to d e la ra z ó n ) sean las m ás p ró x im a s, sin o q u e cab en s ie m p re especies in te rm e ­ dias cuya d iferen cia e n tre sí sea m e n o r q u e la q u e las sep ara de las p re s u n ta m e n te m ás p ró x im a s. L a p rim e ra ley im p id e , p u e s, q u e n o s p e rd a m o s en la m u ltitu d d e g é n e ro s o rig in a rio s d is tin to s y re c o m ie n d a la h o m o g e n e id a d . P o r el c o n tra rio , la se g u n d a re s trin g e d e n u e v o la te n d e n c ia a la u n ifo rm id a d y n o s h ace d is tin g u ir, an tes de d irig irn o s a lo s in d iv id u o s c o n u n c o n c e p to g e n e ra l, las d iferen tes su b esp ecies del m ism o . La te rc e ra en laza las d o s a n te rio re s y p re s c rib e 1 h o m o g e n e id a d , en m e d io d e la e x tre m a m u ltip lic id a d , al p a sa r g ra d u a lm e n te d e u n a especie a o tra , lo cual rev ela u n a su e rte d e p a re n te sc o e n tre las d ife re n te s ram as, d e b id o a q u e to d a s p ro c e d e n d el m ism o tro n c o . P ero esta ley ló g ica d el continuum specierum (formarum logicarum) p re s u p o n e u n a ley tra sc e n d e n ta l ( ¡ex continui in natu­ ra ). Sin ésta, la p rim e ra n o h a ría m ás q u e d e s o rie n ta r el u so del e n te n d im ie n to , p o r lo q u e é s te 2 to m a ría acaso u n c a m in o p re c isa m e n te o p u e s to a la n atu ra le z a . E sta ley tie n e q u e b asarse, p u es, en fu n d a m e n to s p u ra m e n te tra sc e n d e n ta le s, n o e n f u n d a ­ m e n to s e m p íric o s, ya q u e , d e o c u rr ir e sto ú ltim o , la ley sería p o s te rio r a lo s sistem a s, c u a n d o ha sid o p re c isa m e n te ella la q u e ha d a d o lu g a r a la siste m a tiz a c ió n d el c o n o c im ie n to d e la n atu raleza. T ra s estas leyes n o hay ta m p o c o a lg o así c o m o la in te n c ió n o c u lta d e h a c e r c o n ellas u n a p ru e b a , c o n sid e ­ rá n d o las c o m o m e ro s e n say o s, si b ie n es c ie rto q u e , c u a n d o la in te rd e p e n d e n c ia se p ro d u c e , su m in istra u n a base p o d e ro s a p ara c o n sid e ra r c o m o fu n d a d a la u n id a d h ip o té tic a m e n te c o n c e ­ b id a ; c o n sig u ie n te m e n te , in c lu so d e sd e este p u n to de v ista 1 Leyendo, con Hartenstein, es, en lugar de sie (N. del T.) 2 Leyendo, con Erdm ann, er, en lugar de sie (N. del T

542

A 662 B 690

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

so n ú tiles d ichas leyes. P e ro es e v id e n te q u e éstas ju z g a n la e c o n o m ía d e causas fu n d a m e n ta le s, la d iv e rsid a d d e efecto s y la c o n sig u ie n te a fin id a d e n tre lo s m ie m b ro s d e la n a tu ra le z a c o m o a lg o q u e es e n sí m ism o c o n fo rm e a la ra z ó n y a d e c u a d o a la n atu raleza. E s m a n ifie sto , p o r ta n to , q u e estas leyes llev an su carta d e re c o m e n d a c ió n en sí m ism as y n o en c alid ad d e m ero s p ro c e d im ie n to s m e to d o ló g ic o s. Se ve fá c ilm en te q u e esa c o n tin u id a d d e las fo rm a s es u n a sim p le idea cu y o o b je to c o rre s p o n d ie n te n o p o d e m o s d e sc u b rir en la ex p erien cia, d e b id o no sólo a q u e las especies se h allan efe c tiv a m e n te d iv id id a s en la n a tu ra le z a , sie n d o , p o r ta n to , n ecesario q u e fo rm e n u n quantum discretum — si el g ra d u a l a v an ce de su afin id a d fu era in in te rru m p id o , la c o n tin u id a d te n d ría q u e a b a rc a r u n n ú m e ro re a lm e n te in fin ito de m ie m b ro s in te rm e d io s e n tre d o s especies d a d a s, lo cual es im p o sib le — , sino también a q u e no p o d e m o s a p lic a r d e m o d o e m p íric a m e n te d e te rm in a d o esta ley, p u e s to q u e ella n o señala el m e n o r c rite rio de afin id a d q u e n o s g u íe en la b ú sq u e d a d e sus d iferen cias g ra d u a le s y q u e n o s in d iq u e h a sta d ó n d e te n e m o s q u e b u s c a r­ las; la ú n ica ap lic a c ió n d e la ley es la d e m o s tra rn o s a b s tra c ta ­ m e n te q u e hay q u e b u sc a r esa a fin id ad . Si cam b ia m o s a h o ra el o rd e n d e tales p rin c ip io s c o n el fin de d is p o n e rlo s d e fo rm a a p ro p ia d a al uso empírico, los p rin c ip io s d e la unidad sistem ática q u e d a ría n así p o c o m ás o m e n o s : diversidad, afinidad y unidad, p e ro to m a n d o cada u n o d e ellos c o m o idea en el g ra d o su p re m o d e p e rfe c c ió n . L a ra z ó n p re s u p o n e lo s c o n o c im ie n to s q u e el e n te n d im ie n to aplica d ire c ta m e n te a la ex p erien cia y tra ta d e u n ific a rlo s m e d ia n te ideas. L a u n id a d así o b te n id a va m u c h o m ás allá d e la fro n te ra alca n zab le p o r la ex p erien cia. A u n te n ie n d o en c u e n ta la m u lti­ p lic id a d d e lo d iv e rs o , su a fin id a d b a jo u n p rin c ip io d e u n id a d se refiere m u c h o m ás a las p ro p ie d a d e s y c a p a cid ad es d e las cosas q u e a éstas m ism as. P o r ello , si, p o r e je m p lo , la ó rb ita de lo s p la n e ta s se n o s da c o m o c irc u la r (en u n a e x p erien cia n o c o rre g id a to d a v ía ) y d e sc u b rim o s q u e hay d e sv ia c io n e s, so sp e c h a m o s éstas en a q u e llo q u e p u e d e tra n s fo rm a r el c írc u lo , d e a c u e rd o co n u n a ley c o n sta n te y a tra v é s de in fin ito s g ra d o s in te rm e d io s, en u n a 1 d e estas ó rb ita s d iv e rg e n te s ; es d e c ir, lo s m o v im ie n to s p la n e ta rio s n o circ u la re s se a p ro x im a rá n m ás o m e n o s a las p ro p ie d a d e s del c írc u lo d e se m b o c a n d o en u n a 1 Leyendo, con H artenstem , einem, en vez de einer (N. del T.)

USO R E G U L A D O R D E LAS ID EA S

543

elipse. L os co m etas p re s e n ta n u n a tra y e c to ria m ás d iv e rg e n te to d a v ía , p u e sto q u e ni siq u ie ra re to rn a n c irc u la rm e n te (a ju z g a r p o r lo q u e p o d e m o s o b se rv a r). N o o b s ta n te , su p o n e m o s q u e su ó rb ita es p a ra b ó lic a , q u e re p re se n ta , d e sp u é s de to d o , u n a fig u ra afín a la elip se ; c u a n d o el eje m a y o r d e ésta es m u y e x ten so , to d a s n u e stra s o b se rv a c io n e s so n incapaces d e d is tin ­ g u ir la elipse d e la p a rá b o la . G u ia d o s p o r esos p rin c ip io s, lleg am o s a la u n id a d d e g é n e ro e n la fo rm a de estas ó rb ita s y, g racias a ello , a la u n id a d d e cau sa e n to d a s las leyes q u e rig e n sus m o v im ie n to s (la g ra v ita c ió n ); d e sd e a q u í e x te n d e ­ m os lu e g o n u e stras c o n q u ista s y tra ta m o s in c lu so d e ex p licar d esd e u n so lo p rin c ip io to d a s las v a ria c io n e s y a p a re n te s d e sv ia ­ ciones re sp e c to de d ich as reglas. F in a lm e n te , v am o s a ú n m ás lejos de lo q u e la ex p erien cia p u e d e c o n firm a r, es d e c ir, tr a ta ­ m o s in clu so de c o n c e b ir, s ig u ie n d o la reg la d e afin id a d , tra y e c ­ to ria s h ip e rb ó lic a s en los co m e ta s, m e d ia n te las cuales lle g a n éstos a a b a n d o n a r p o r c o m p le to n u e s tro sistem a so la r, u n ie n d o en su c u rs o , d a d o q u e v a n de u n sol a o tr o , las re g io n e s m ás d ista n te s de u n u n iv e rso q u e es ilim ita d o p a ra n o so tro s y cuya co h e sió n se d e b e a u n a m ism a fu e rz a m o triz . L o n o ta b le d e esto s p rin c ip io s y lo ú n ic o q u e d e ellos nos in teresa es e sto : q u e p a re c e n ser tra sc e n d e n ta le s y, si bien n o c o n tie n e n m ás q u e ideas d e stin a d a s a p o n e r en p rá c tic a el u so e m p íric o d e la ra z ó n , id eas q u e este u so só lo p u e d e se g u ir a sin tó tic a m e n te , p o r así d e c irlo , e sto es, a p ro x im á n d o se a ellas sin alcanzarlas n u n c a , p o se e n , en c u a n to p ro p o s ic io n e s sintéticas a priori, u n a v alidez q u e , a u n q u e in d e te rm in a d a , es o b je tiv a ; estos p rin c ip io s s irv e n , ad e m á s, c o m o reg la d e la ex p erien cia p o sib le. E m p le a d o s c o m o p rin c ip io s h e u rístic o s, d an ta m b ié n b u e n o s re su lta d o s e n la e la b o ra c ió n d e la e x p e rie n ­ cia, sin q u e, n o o b s ta n te , p u e d a lle v a rse a c a b o u n a d e d u c c ió n tra sc e n d e n ta l d e lo s m ism o s, lo cual es sie m p re im p o sib le en relació n c o n las ideas, tal c o m o ya d e m o s tra m o s an tes. E n la an alítica tra sc e n d e n ta l h e m o s d is tin g u id o , e n tre los p rin c ip io s d el e n te n d im ie n to , los dinámicos d e los m atem áti­ cos: los p rim e ro s so n p rin c ip io s m e ra m e n te re g u la d o re s d e la intuición; lo s s e g u n d o s so n c o n s titu tiv o s re sp e c to d e la m ism a. N o o b sta n te , d ic h o s p rin c ip io s d in á m ic o s so n c o n s titu tiv o s en re la c ió n c o n la experiencia, p u e s to q u e h a c e n p o sib le a priori los conceptos sin los cuales n o h ay ex p erien cia a lg u n a . L os p rin c ip io s d e la ra z ó n p u ra , p o r el c o n tra rio , n o p u e d e n ser c o n s titu tiv o s , ni siq u iera en re la c ió n c o n los conceptos e m p íri-

544

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

eos, ya q u e n o p u e d e d árseles el c o rre s p o n d ie n te e sq u em a de la se n sib ilid ad , ni p u e d e n , p o r c o n sig u ie n te , te n e r u n o b je to en c o n c re to . A h o ra b ie n , si re c h a z a m o s este u so e m p íric o d e los p rin c ip io s, e n te n d id o s c o m o c o n s titu tiv o s , ¿ c ó m o v a m o s a a seg u rarles u n u so re g u la d o r y, c o n él, cierta v alid ez o b je tiv a ? ¿Q u é sig n ific a d o p u e d e te n e r este u so re g u la d o r? E l e n te n d im ie n to c o n stitu y e u n o b je to d e la ra z ó n , al igual q u e la sen sib ilid a d lo es d el e n te n d im ie n to . U n ific a r siste m á tic a m e n te to d o s lo s p o sib le s a c to s e m p íric o s del e n te n ­ d im ie n to c o n stitu y e un a tarea de la ra z ó n , así c o m o el e n ­ te n d im ie n to enlaza la d iv e rsid a d de lo s fe n ó m e n o s m e d ia n te c o n c e p to s y la so m e te a leyes e m p íric a s. P e ro , sin esq u e m a s de la se n sib ilid ad , lo s a c to s del e n te n d im ie n to s o n indetermi­ A 6651 nados. Ig u a lm e n te indeterminada e n sí m ism a es la unidad de ra ­ B 693J

zón en lo q u e se refiere a las c o n d ic io n e s b a jo las q u e el e n te n ­ d im ie n to d eb e ría en laz a r siste m á tic a m e n te sus c o n c e p to s y en lo q u e c o n c ie rn e al g ra d o h asta el cu al d e b e ría h ac e rlo . P e ro , a u n q u e n o p u e d a h allarse en la intuición u n e sq u e m a c o rr e s p o n ­ d ie n te a la c o m p le ta u n id a d siste m á tic a d e to d o s los c o n c e p to s del e n te n d im ie n to , sí p u e d e y tie n e q u e d a rse u n análogo d e tal esq u em a. E s te a n á lo g o es la idea d el m áxim u m d e d iv isió n y u n ific a c ió n del c o n o c im ie n to d el e n te n d im ie n to en u n so lo p rin c ip io . E n e fe c to es p o sib le c o n c e b ir d e m o d o d e te rm in a d o lo m a y o r y a b s o lu ta m e n te c o m p le to , ya q u e se o m ite n to d a s aq u ellas c o n d ic io n e s re stric tiv a s q u e o c a sio n a n la d iv e rsid a d in d e te rm in a d a . C o n sig u ie n te m e n te , la idea de la ra z ó n es el a n á lo g o d e u n esq u e m a d e la se n sib ilid a d , p e ro c o n la d ife re n c ia d e q u e la ap lic a c ió n d el c o n c e p to d el e n te n d im ie n to al e sq u e m a d e la ra z ó n n o c o n stitu y e u n c o n o c im ie n to del o b je to m ism o (a d iferen cia de lo q u e o c u rre al a p lic a r las c a te g o ría s a su s esq u em as sen sib les), sin o u n a sim p le reg la o p rin c ip io d e la u n id a d sistem ática de to d o u so del e n te n d im ie n to . A h o ra b ie n , d a d o q u e to d o p rin c ip io q u e im p o n e a p rio ri al e n te n d im ie n to u n a c o m p le ta u n id a d en su e m p le o , p o se e ta m b ié n v alid ez, a u n q u e só lo in d ire c ta m e n te , re s p e c to d el o b je to e m p íric o , los p rin c ip io s d e la ra z ó n p u ra te n d rá n ig u a lm e n te realid ad o b je tiv a co n re sp e c to a ese o b je to , si b ie n n o p a ra determinar a lg o e n é l 1 , sino p a ra in d ic a r el p ro c e d im ie n to se g ú n el cual p u e d e B 694 el uso e m p íric o y d e te rm in a d o del e n te n d im ie n to c o n c o rd a r A 666 p le n a m e n te c o n sig o m ism o , p ro c e d im ie n to c o n siste n te en q u e 1 Leyendo, con Wille, ibm, en vez de ihnen (N. del T.)

USO RE G U L A D O R D E LAS IDEAS

545

el uso del e n te n d im ie n to sea, en la medida de lo posible, en laz ad o co n el p rin c ip io d e la c o m p le ta u n id a d y d e riv a d o de él. A to d o s los p rin c ip io s su b je tiv o s n o d e riv a d o s de la c o n stitu c ió n del o b je to , sin o del in te ré s de la razó n co n re sp ecto a cierta p o sib le p erfec c ió n del c o n o c im ie n to de ese o b je to , los llam o m áxim as de la ra z ó n . H ay , p u e s, m áx im as de la ra z ó n esp ecu lativ a q u e no p o se e n o tra base q u e su in terés esp ecu lativ o , a u n q u e p arezcan p rin c ip io s o b je tiv o s. Si se c o n sid e ra n c o m o c o n s titu tiv o s los p rin c ip io s q u e so n m e ra m e n te re g u la d o re s, p u e d e n e n tra r e n c o n flic to u n o s c o n o tro s p o r to m á rse lo s c o m o o b je tiv o s . P e ro si los c o n sid e ra ­ m os c o m o sim ples m áxim as, n o hay c o n flic to a lg u n o , sin o só lo diferen tes in terese s de la ra z ó n , lo cual da lu g a r a la sep aració n de d is tin to s m o d o s de p e n sa m ie n to . D e h e c h o , la razó n p o see un so lo in te ré s; el c o n flic to de sus m áxim as rio hace m ás q u e ex p resa r una d iferen cia y una re c íp ro ca lim ita ­ ción de los m é to d o s te n d e n te s a satisfacer ese interés. H ay así p en sa d o re s e n los q u e d estaca el in terés de la variedad (seg ú n el p rin c ip io de esp ecificació n ), m ie n tra s q u e en o tro s sob resale el de la unidad (de a c u e rd o c o n el p rin c ip io d e la ag reg ació n ). C ada u n o d e ellos c ree e x tra e r su juicio del c o n o c im ie n to del o b je to , c u a n d o en realid ad n o lo ap o y a en o tra cosa q u e en la m a y o r o m e n o r a d h e sió n a u n o de los d o s p rin c ip io s, n in g u n o de los cuales se fu n d a en bases o b jetiv as, sin o en el sim p le in te ré s d e la razó n . S ería, p u e s, m ás p ro p io llam arlo s m áxim as q u e p rin c ip io s. C u a n d o veo p erso n a s in te lig e n te s q u e d is c u te n e n tre sí so b re las c a ra c te rísti­ cas de los h o m b re s, los an im ales o p la n ta s, o in c lu so de los cu erp o s del re in o m in e ra l; c u a n d o v eo q u e u n o s su p o n e n , p o r e jem p lo , caracteres n acio n a les p ecu lia re s, d e riv a d o s de la estirp e , o ta m b ié n decisiv as d ifere n c ia s h e re d a d a s de la fa m i­ lia, raza, etc., m ie n tra s q u e o tro s in sisten en q u e la n a tu ra le z a ha p ro d u c id o en este s e n tid o u n as d isp o sic io n e s q u e so n c o m ­ p le ta m e n te iguales y en q u e to d a s las diferen cias se basan ú n icam en te en asp ecto s e x te rio re s d e cará c te r a c c id e n ta l; c u a n ­ d o v eo e sto , só lo necesito c o n sid e ra r la n a tu raleza d el o b je to para c o m p re n d e r q u e ésta se halla d e m a sia d o o cu lta a am b as p artes c o m o p ara q u e p u e d a n h a b la r b asán d o se en el c o n o c i­ m ien to de la m ism a. N o se tra ta m ás q u e de d o s d is tin to s intereses de la ra z ó n de los q u e una de las p a rte s atie n d e a u n o , m ien tras la o tra atie n d e , o hace q u e atien d e, al o tro . C o n sig u ie n te m e n te , n o hay m ás q u e u n a d iferen cia d e m áxim as

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

546

relativ as a la d iv e rsid a d o a la u n id a d d e la n atu ra le z a . E sta s m áxim as so n co n ciliab le s, p e ro m ie n tra s se las to m e p o r c o n o c i­ m ien to s o b je tiv o s , n o só lo o c a sio n a rá n d is p u ta s, sin o q u e c re a ­ rán o b stá c u lo s capaces de re tra sa r c o n sid e ra b le m e n te la a p a ri­ A 6681 c ió n d e la v e rd a d , h asta q u e te rm in e p o r e n c o n tra rs e el m e d io B 696 j q u e h ag a co m p a tib le s los in terese s e n c o n flic to y q u e saisfaga la ra z ó n a este re sp ecto . L o m ism o p u e d e d e c irse so b re la d efe n sa o im p u g n a c ió n d e la co n o c id a ley d e la escala continua d e las c ria tu ra s, p u e sta en c irc u la c ió n p o r L eib n iz y ta n c e rte ra m e n te a p o y a d a p o r B o n n e t *. E sta ley no indica o tra co sa q u e la p u e sta en p rá c tic a del p rin c ip io d e afin id a d fu n d a d o e n el in terés d e la ra z ó n , y, c o m o a serció n o b je tiv a , n o p u e d e p ro c e d e r d e la o b se rv a c ió n y c o n o c im ie n to de la e stru c tu ra de la n a tu ra le z a . L os p e ld a ñ o s d e esa escalera, tal c o m o la ex p e rie n c ia p u e d e o fre c e rlo s, se hallan d e m a sia d o sep a ra d o s u n o s d e o tro s , y las d iferen cias q u e n o s o tro s su p o n e m o s p e q u e ñ a s su elen ser en la n a tu ra le z a m ism a sim as ta n e n o rm e s, q u e n o p o d e m o s c o n ta r c o n q u e tales o b se rv a c io n e s (esp e c ia lm e n te en el caso d e u n a g ra n v aried ad d e co sas, d o n d e sie m p re será fácil e n c o n tra r se m e ja n ­ zas y a p ro x im a c io n e s) re v elen in te n c io n a lid a d en la n atu ra le z a . P o r el c o n tra rio , el m é to d o c o n siste n te e n b u sc a r o rd e n en la n atu raleza sig u ie n d o este p rin c ip io , así c o m o la m áx im a d e c o n sid e ra r ese o rd e n en u n a n a tu ra le z a en g e n e ra l c o m o fu n d a d o , c o n s titu y e n , a u n q u e d e je n sin d e te rm in a r d ó n d e o h asta q u é g ra d o , u n le g ítim o y a c e rta d o p rin c ip io re g u la d o r d e la razó n . A h o ra b ie n , este p rin c ip io va, en c u a n to tal, d e m a sia d o lejos c o m o p a ra q u e la ex p e rie n c ia u o b se rv a c ió n p u e d a n h a c e rle 2 ju sticia ; d e to d a s fo rm a s, n o d e te rm in a nada, sin o q u e se lim ita a señ alar a la ra z ó n el c a m in o d e la u n id a d sistem ática.

A 6691 B 697 J

E

l

OBJETIVO FINAL DE LA DIALECTICA NATURAL DE LA RAZÓN HUMANA

L as ideas d e la ra z ó n p u ra n u n c a p u e d e n ser e n sí m ism as dialécticas. E l q u e su rja d e ellas u n a ilu sió n d ialéctica 1 C h a rle s B o n n e t (1 7 2 0 -1 7 9 3 ). F iló s o fo y n a tu r a lis ta n a c id o e n G in e b r a .

K ant se refiere a su obra Contemplation de la nature (1764-1765), donde traza una escala continua en la que cada ser queda situado de acuerdo con su grado de perfección. (N. del T .) 2 Leyendo, con E rdm ann, ihm ... ih r, en vez de ih r... ihr (N. del T.)

DIA LECTIC A N A T U R A L D E LA R A Z O N H U M A N A

547

tien e q u e d eb erse al u so in a d e c u a d o de las m ism as, ya que v ien en plan tead as p o r la n atu ra le z a de n u e s tra ra z ó n , y es im p o si­ ble q u e este trib u n a l su p re m o de to d o s los d e re c h o s y p re te n s io ­ nes c o n te n g a , p o r su p a rte , e n g a ñ o s e ilu sio n es o rig in a rio s. E s, p u e s, d e su p o n e r, q u e las ideas p o se a n en la d isp o sic ió n n a tu ral de n u e stra razó n su fin a lid a d a d e c u a d a y a p ro p ia d a . P e ro , c o m o d e c o stu m b re , la p le b e de so fistas le v a n ta el g rito so b re el a b s u rd o y las c o n tra d ic c io n e s, d ifa m a n d o a un g o b ie r­ n o en el tra sfo n d o de cuyos p lan es es in cap a z de p e n e tra r, u n g o b ie rn o a cuya benéfica acció n d e b e ría a g ra d e c e r su p ro p io s u s te n to e in clu so la c u ltu ra q u e la c a p acita p a ra c e n su ra rlo y co n d e n a rlo . U n c o n c e p to a prio ri n o p u e d e se r e m p le a d o c o n s e g u ri­ d ad si n o se ha e fe c tu a d o an tes su d e d u c c ió n tra sc e n d e n ta l. Las ideas de la ra z ó n p u ra n o a d m ite n u n a d e d u c c ió n se m ejan te a la d e las c a te g o rías. P e ro , si q u e re m o s q u e p o se a n p o r lo m e n o s a lg u n a v alidez o b je tiv a , a u n q u e sea in d e te rm in a d a , y q u e n o re p re se n te n m e ro s p ro d u c to s m e n ta le s vacío s (entia jrationis ratiocinantis), tie n e q u e ser p o sib le e fe c tu a r u n a d e d u c ­ c ió n d e las m ism as, a u n q u e sea m u y d is tin ta , p o r su p u e s to , de la q u e p u e d e realizarse c o n las cate g o ría s. E s to c o m p le ta la tarea crítica de la ra z ó n p u ra y es lo q u e v am o s a h acer ah o ra. E l q u e a lg o m e sea d a d o c o m o objeto sin más y el q u e m e sea d a d o c o m o sim p le objeto en la idea so n cosas m u y d istin tas. E n el p rim e r caso, m is c o n c e p to s se d irig e n a la d e te rm in a c ió n del o b je to ; e n el se g u n d o , n o h ay e n realid ad m ás q u e u n esq u em a al q u e n o se a sig n a d ire c ta m e n te o b je to a lg u n o , ni siq u ie ra h ip o té tic a m e n te , y q u e só lo sirv e p a ra re p re se n ta rn o s o tro s o b je to s m e d ia n te la rela c ió n q u e g u a rd a n c o n esta idea, a te n d ie n d o a la u n id a d sistem ática de los m ism o s, es d e c ir, in d ire c ta m e n te . A sí, d ig o q u e el c o n c e p to d e u n a intelig en cia su p re m a es u n a m e ra id e a ; e sto es, la realid ad o b je tiv a d e este c o n c e p to n o se ha de e n te n d e r e n el se n tid o de q u e se refiera d ire c ta m e n te a u n o b je to (p u es e n tal se n tid o seríam o s incapaces d e ju stificar su v alid ez o b je tiv a ), sin o q u e se tra ta só lo d e u n esq u e m a — o rd e n a d o d e a c u e rd o c o n las c o n d ic io n e s d e la su p re m a u n id a d de ra z ó n — d el c o n c e p to de u n a co sa en g en eral. T a l e sq u e m a n o sirv e m ás q u e p a ra lo g ra r la m a y o r u n id ad sistem ática p o sib le en el u so e m p íric o d e n u e stra ra z ó n m e d ia n te el p ro c e d im ie n to d e d e riv a r, p o r así d e c irlo , el o b je to de la e x p erien cia d el p re s u n to o b je to

548

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

de esa idea e n te n d id a c o m o fu n d a m e n to o cau sa d el p rim e ro . P o r ello se dice, p o r e je m p lo , q u e h a y q u e c o n sid e ra r las cosas del m u n d o como si re c ib ie ra n su e x isten cia d e u n a in te li­ gen cia su p re m a . D e esta fo rm a , la idea n o es en rea lid a d m ás q u e u n c o n c e p to h e u rístic o , n o o s te n s iv o ; n o indica q u é es un o b je to , sino c ó m o h ay q u e buscar, b ajo la d ire c ­ c ió n de ese c o n c e p to , q u é so n y c ó m o e stá n e n laz ad o s los o b je ­ to s de la ex p erien cia en g e n e ra l. P u e s b ien , si so m o s capaces de m o s tra r, p o r u n a p a rte , q u e , si b ie n las tres clases de ideas tra sc e n d e n ta le s {psicológicas, cosmológicas y teológicas') n o se refieren d ire c ta m e n te a u n o b je to q u e les c o rre s p o n d a ni a la determinación d e u n o b je to , re d u c e n a u n id a d siste m á tic a to d a s las reg las del u so e m p íric o d e la ra z ó n s u p o n ie n d o tal objeto en la idea y q u e , p o r o tra , a m p lía n el c o n o c im ie n to de la ex p erien cia y n u n c a p u e d e n o p o n e rs e a é l; si so m o s capaces de m o s tra r e sto , el p ro c e d e r sie m p re d e a c u e rd o c o n tales ideas es u n a m áx im a n ecesaria d e la razó n . Y en e sto c o n siste la d e d u c c ió n tra sc e n d e n ta l d e to d a s las ideas d e la ra z ó n esp e c u la tiv a , n o c o m o p rin c ip io s constitutivos d e stin a d o s a ex te n d e r el c o n o c im ie n to a m ás o b je to s d e los q u e la e x p e rie n ­ cia p u e d e o fre c e rn o s, sin o c o m o p rin c ip io s reguladores d e la u n id a d sistem ática e n la d iv e rsid a d d el c o n o c im ie n to e m p íric o en g e n e ra l, q u e refu erz a y c o r r i g e 1 así sus p ro p io s lím ites m ás señ a la d a m e n te de lo q u e p o d ría h a c e rlo sin esas ideas, co n el m e ro u so de lo s p rin c ip io s d el e n te n d im ie n to . V o y a clarificar e sto u n p o c o . E n prim er lugar, y de a c u e rd o c o n las m en c io n a d a s ideas e n c u a n to p rin c ip io s, re la ­ c io n a re m o s (en la p sic o lo g ía ), g u ia d o s p o r la ex p e rie n c ia in te r­ n a, to d o s los fe n ó m e n o s, a c to s y re c e p tiv id a d d e n u e s tro p siq u is m o como si éste fuese u n a su sta n c ia sim p le y c o n id e n tid a d p e rs o n a l p e rm a n e n te (al m e n o s d u ra n te esta v id a), a p e sa r de q u e c a m b ie n c o n tin u a m e n te sus e sta d o s, e n tre los cuales só lo fig u ra n lo s 2 del c u e rp o c o m o c o n d ic io n e s ex te rn a s. E n segundo lugar, te n e m o s q u e p e rs e g u ir (en la c o sm o lo g ía ) las c o n d ic io n e s d e lo s fe n ó m e n o s n a tu ra le s, ta n to in te rn o s c o m o e x te rn o s, en u na in v e stig a c ió n q u e n u n c a llega a u n fin al, como si ésta fu ese in fin ita en sí y careciese de u n m ie m b ro p rim e ro o s u p r e m o ; e sto n o n o s p e rm ite n e g a r q u e , fu e ra d e to d o s los fe n ó m e n o s, ex ista n lo s fu n d a m e n to s p rim e ro s , p u ra m e n te in te lig ib le s, d e los m ism o s, p e ro , al se rn o s d e sc o n o 1 Kirchm ann lee «justifica» (berechtigt, en lugar de berichtigt). (N. del T.) 2 Leyendo, con K irchm ann, rntcben, en lugar de wetcher (N. del T.)

DIA LECTIC A N A T U R A L D E LA R A Z O N H U M ANA

549

cidos tales fu n d a m e n to s, n u n c a p o d e m o s in tro d u c irlo s en el co n te x to de las explicacio n es n a tu ra le s. U n tercer lugar, fin a lm e n ­ te, ten em o s q u e c o n sid e ra r (en re la c ió n co n la te o lo g ía ) to d o aq u ello q u e só lo p u e d e fo rm a r p a rte d el c o n te x to d e la e x p e rie n ­ cia p o sib le como si ésta c o n stitu y e ra u n a u n id a d a b so lu ta , p e ro e n te ra m e n te d e p e n d ie n te y sie m p re c o n d ic io n a d a d e n tro del m u n d o sensible y, al m ism o tie m p o , como si el c o n ju n to de to d o s los fe n ó m e n o s (el m u n d o sen sib le m ism o ) tu v ie ra u n ú n ico fu n d a m e n to su p re m o y o m n isu fic ie n te fu e ra d e c u a n to abarca, es d ecir, una ra z ó n q u e fu ese, p o r así d e c irlo , in d e p e n ­ diente, o rig in a ria y c re a d o ra ; esta ra z ó n se rv irá de p u n to de referen cia p ara o rie n ta r to d o u so e m p íric o de nuestra ra z ó n hacia su m áxim a e x te n sió n como si los o b je to s m ism o s p ro c e d ie ­ ran de ese a rq u e tip o de to d a ra z ó n ; e sto e s: los fe n ó m e n o s an ím ico s in te rn o s n o h an d e ser d e riv a d o s de u n a su stan cia p en san te sim ple, sin o q u e h ay q u e d e riv a rlo s u n o s d e o tro s de a c u e rd o co n la idea de u n ser sim p le ; el o rd e n y u n id a d sistem ática del m u n d o n o h a n de ser d e riv a d o s de u n a in te lig e n ­ cia su p re m a , sin o q u e d e b e m o s e x tra e r de la idea d e una causa ú ltim a la reg la q u e in d iq u e cu ál es el m e jo r em p le o p o sib le de la ra z ó n c o n vistas a e n laz ar las causas y efectos del m u n d o , el em p leo q u e m e jo r satisfag a la p ro p ia razó n . N ad a nos im p id e asumir esas ideas c o m o o b je tiv a s e h ip o stá tic a s, e x c e p tu a n d o la c o sm o ló g ic a , en la cual la ra z ó n choca co n una a n tin o m ia al in te n ta r d e sa rro lla rla (la p sic o ló g ic a y la te o ló g ic a n o in clu y en esta d ific u lta d ). E n efecto , n o h a b ie n ­ d o en ellas c o n tra d ic c ió n ¿có m o p u e d e d isc u tirse su realid ad , te n ie n d o en c u en ta q u e el q u e lo h a g a sabe ta n p o c o p a ra n eg ar la p o sib ilid a d de las m ism as c o m o sab em o s n o so tro s p a ra afirm a rla ? Sin e m b a rg o , p a ra a su m ir a lg o n o b asta la sim ple au sencia d e o b stá c u lo s p o sitiv o s. N o n o s es líc ito in tr o ­ d u c ir c o m o o b je to s reales y d e te rm in a d o s u n o s p ro d u c to s m en tales q u e reb asan to d o s n u e stro s c o n c e p to s, a u n q u e no se h allen en c o n tra d ic c ió n c o n ellos, b a sá n d o n o s en el sim p le re sp a ld o d e u n a razó n esp e c u la tiv a d eseo sa de c o n c lu ir su tarea. Así, p u e s, esas ideas n o h a n d e a c e p ta rse e n sí m ism as, sin o sim p le m e n te co m o realid ad de u n e sq u em a d el p rin c ip io re g u la d o r q u e unifica siste m á tic a m e n te to d o el c o n o c im ie n to de la n atu raleza. E n co n secu en cia, n o d e b e m o s b a sa rn o s en ellas en c u a n to cosas en sí m ism as, sin o en c u a n to a n á lo g o s de las cosas reales. D el o b je to de la id ea su p rim im o s las c o n d i­ ciones q u e lim ita n el c o n c e p to del e n te n d im ie n to , co n d ic io n e s

í A 673 \ B 701

í A 674 j B 702

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

550

q u e c o n stitu y e n , sin e m b a rg o , el ú n ic o m e d io q u e h ace p o sib le el q u e te n g a m o s u n c o n c e p to d e te rm in a d o d e u n a cosa. N o s re p re se n ta m o s e n to n c e s u n a lg o d el q u e n o te n e m o s c o n c e p to a lg u n o re la tiv o a lo q u e sea en sí m ism o , p e ro q u e c o n c e b im o s lig ad o al c o n ju n to d e los fe n ó m e n o s p o r u n a re la c ió n a n á lo g a a la q u e ésto s g u a rd a n e n tre sí. A l a su m ir d e esta su e rte esos seres ideales, n o a m p lia m o s en realid ad n u e stra ex p erien cia m ás allá d e los o b je to s de la ex p erien cia p o sib le , sin o só lo la u n id a d em p íric a d e ésta gracias a la u n id a d sistem ática. E sta ú ltim a n o s es su m in istra d a p o r la idea, q u e , c o n sig u ie n te m e n te , só lo p o se e v a lo r en c u a n to p rin c ip io re g u la d o r, n o en c u a n to p rin c ip io c o n s titu tiv o . E n efecto , el h e c h o de q u e p o n g a m o s u n a co sa, a lg o , u n ser real, q u e c o rre s p o n d a a la idea, n o q u ie re d e c ir q u e p re te n d a m o s am p liar el c o n o c im ie n to de las cosas c o n c o n c e p to s tra s c e n d e n ­ tes 1 , ya q u e ese ser só lo es p u e s to c o m o fu n d a m e n to en A 675\ la idea, n o en sí m ism o , y, c o n sig u ie n te m e n te , p a ra e x p re sa r B 703 j la u n id a d sistem ática q u e h a b rá d e s e rv irn o s d e g u ía en el u so e m p íric o de la razó n . P e ro c o n ello n o se estab lece cuál es el fu n d a m e n to d e esa u n id a d o la p ro p ie d a d in trín seca d e ese ser en el cu al, en c u a n to cau sa, se basa tal u n id a d .' E n su se n tid o m ás e stric to , el c o n c e p to tra sc e n d e n ta l d e D io s — ú n ic o c o n c e p to d e te rm in a d o q u e d e D io s n o s o frece la ra z ó n e sp e c u la tiv a — es, p u e s, deísta. E s d e c ir, la ra z ó n no indica siq u ie ra la v alid ez o b je tiv a d e este c o n c e p to , sin o q u e sim p le m e n te n o s d a la idea d e a lg o q u e sirv e de base a la su p re m a y necesaria u n id a d de to d a realid ad em p írica y q u e só lo p o d e m o s re p re se n ta rn o s p o r a n a lo g ía c o n una su stan cia real q u e sea, c o n fo rm e a las leyes d e la ra z ó n , la causa d e to d a s las cosas. A sí es c o m o se n o s p re se n ta ese a lg o si q u e re m o s c o n c e b irlo c o m o u n se r p a rtic u la r y no p re fe rim o s, c o n te n tá n d o n o s c o n la m e ra idea del p rin c ip io re g u la d o r, d e ja r a u n la d o , c o m o a lg o fu e ra del alcan ce del e n te n d im ie n to , la c o m p le tu d d e to d a s las c o n d ic io n e s del p e n ­ sar. A h o ra b ien , este d e ja r a u n la d o es in c o m p a tib le c o n el o b je tiv o d e u n a u n id a d p e rfe c ta m e n te sistem ática d e n u e stro c o n o c im ie n to , u n id a d a la q u e la ra z ó n n o p o n e lím ite a lg u n o . S u ced e, p u e s, q u e , al s u p o n e r u n se r d iv in o , n o p o s e e ­ m o s el m e n o r c o n c e p to d e la in te rn a p o sib ilid a d de su p e rfe c ­ A 6761 c ió n su p re m a n i d e la n ecesid ad de su ex isten cia, p e ro sí B 704 J

1

4.a ed.: «trascendentales» (N. del T.)

D IA LECTIC A N A T U R A L D E LA R A Z O N H U M A N A

551

p o d e m o s re s p o n d e r a to d a s las d e m á s c u e stio n e s re la tiv a s a lo c o n tin g e n te y s u m in is tra r a la ra z ó n la m ás c o m p le ta satisfa c ­ c ió n en lo re fe re n te a la m áx im a u n id a d q u e p e rs ig u e en su u so e m p íric o , a u n q u e n o en lo re fe re n te a la su p o s ic ió n m ism a. E llo d e m u e s tra q u e es el in te ré s e sp e c u la tiv o d e la ra z ó n , y n o su c o n o c im ie n to , lo q u e ju stifica el q u e ella p a rta de u n p u n to ta n a lejad o d e su esfera p a ra c o n te m p la r d esd e él sus o b je to s en u n to d o c o m p le to . E n u n a m ism a su p o s ic ió n te n e m o s a q u í u n a d iferen cia de m o d o de p e n sa m ie n to q u e es b a sta n te su til, p e ro de g ra n im p o rta n c ia en la filo so fía tra sc e n d e n ta l. P u e d o te n e r m o tiv o su ficien te p ara s u p o n e r alg o d e m o d o re la tiv o (suppositio relati­ va) sin e sta r a u to riz a d o a s u p o n e rlo en té rm in o s a b so lu to s {suppositio absoluta). E sta d is tin c ió n c o rre s p o n d e a los casos en q u e só lo se tra ta de u n p rin c ip io re g u la d o r cuya n ecesid ad c o n o c e m o s e n sí m ism a , p e ro n o el o rig e n d e esta n ecesid ad . Si su p o n e m o s u n fu n d a m e n to s u p re m o , es só lo c o n la in te n c ió n d e p e n sa r m ás d e te rm in a d a m e n te la u n iv e rsa lid a d del p rin c ip io , c o m o o c u rre , p o r e je m p lo , c u a n d o c o n c e b im o s c o m o e x iste n te u n ser q u e c o rre s p o n d e a u n a m era idea tra sc e n d e n ta l. E n efecto , e n este c aso , n u n c a p u e d o s u p o n e r la e x isten cia de esa cosa e n sí m ism a , ya q u e n in g u n o d e los c o n c e p to s q u e m e p e rm ite n p e n s a r u n o b je to c o m o d e te rm in a d o so n su fic ie n ­ tes p a ra ello, a p a rte d e q u e la idea m ism a ex clu y e las c o n d ic io n e s de la validez o b je tiv a d e m is c o n c e p to s. L o s c o n c e p to s de realid ad , su sta n c ia , cau sa lid a d , in c lu so lo s d e n ecesid ad en la ex isten cia, n o p o se e n , fu e ra d el u so p o r el q u e h a c e n p o sib le el c o n o c im ie n to e m p íric o d e u n a co sa, sig n ific a d o a lg u n o q u e d e te rm in e u n o b je to . T ales c o n c e p to s so n , p u e s, ap licab les p a ra ex p licar la p o sib ilid a d d e las co sas en el m u n d o d e los se n tid o s, p e ro n o p a ra ex p licar la p o sib ilid a d del universo mismo, ya q u e este fu n d a m e n to d e e x p lic a c ió n te n d ría q u e h a lla rse fu era d el m u n d o y n o p o d ría , p o r ta n to , ser u n o b je to d e exp erien cia p o sib le . A u n q u e n o p o d e m o s su p o n e r en sí m ism o sem ejan te ser in c o n c e b ib le , o b je to d e u n a sim p le idea, sí p o d e ­ m o s su p o n e rlo en rela c ió n c o n el m u n d o sen sib le , ya q u e si el m a y o r u so e m p íric o p o sib le d e m i ra z ó n se basa en u n a idea (de la u n id a d siste m á tic a m e n te c o m p le ta , a la q u e en seg u id a m e re fe riré d e fo rm a m ás específica) q u e , si b ie n n u n ca es, e n sí m ism a , a d e c u a d a m e n te re p re se n ta b le e n la ex p erien cia, es in d isp e n sa b le m e n te n ecesaria p a ra a p ro x im a r la u n id a d e m p íric a al m á x im o g ra d o p o sib le , e n to n c e s n o

552

A 678 I B 706 /

A 6791 B 707/

KANT/CRITICA DE LA RAZON PURA

só lo estam o s a u to riz a d o s , sin o o b lig a d o s , a rea liz a r esa idea, es d ecir, a p o n e rle u n o b je to real, p e ro só lo c o m o a lg o en g e n e ra l q u e d e sc o n o c e m o s e n sí m ism o , a lg o a lo q u e a tr ib u i­ m o s — só lo en c u a n to fu n d a m e n to d e a q u e lla u n id a d s iste m á ti­ ca— p ro p ie d a d e s a n álo g a s a los c o n c e p to s d el e n te n d im ie n to en su uso e m p íric o . E n a n a lo g ía c o n las re alid ad es m u n d a n a s , c o n las su stan cias, c o n la cau sa lid a d y c o n la n e c e sid a d , m e re p re se n ta ré , p u e s, u n ser q u e p o se a to d o e sto en su m á x im o g ra d o d e p e rfe c c ió n ; c o m o esta idea n o tie n e o tra b ase q u e m i ra z ó n , p u e d o c o n c e b ir ese ser c o m o u n a ra^ón independiente q u e sea, a tra v é s d e las ideas d e la m áx im a a rm o n ía y u n id a d , causa del u n iv e rs o ; d e esta su e rte , d e jo a u n la d o to d a s las co n d ic io n e s q u e lim ita n la id ea, c o n el ú n ic o o b je tiv o de h acer p o sib le , c o n el a p o y o d e ese fu n d a m e n to p rim a rio , la u n id a d sistem ática d e la d iv e rsid a d del u n iv e rso y, p o r m e d io de esta u n id a d , el u so e m p íric o m ás a m p lio p o sib le d e la razó n . P o r ello c o n sid e ro to d a s las re lacio n es como si fu e se n d isp o sicio n es d e u n a ra z ó n su p re m a d e la q u e la n u e stra n o es sino u n a d éb il co p ia. C o n c ib o , p u e s, este ser su p re m o p o r m e d io d e sim p les c o n c e p to s q u e en re a lid a d só lo p o se e n a p lic a ­ ció n en el m u n d o sensible. P e ro , al n o d e s tin a r esa su p o s ic ió n tra sc e n d e n ta l a o tr o u so q u e el re la tiv o , es d e c ir, a q u e s u m in is ­ tre el s u s tra to d e la m a y o r u n id a d p o s ib le de la e x p erien cia, p u e d o m u y b ie n c o n c e b ir, m e d ia n te p ro p ie d a d e s e x c lu s iv a m e n ­ te p e rte n e c ie n te s al m u n d o sen sib le, u n ser d is tin to d e este m ism o m u n d o . E n efe c to , n o p re te n d o — n i esto y a u to riz a d o a h a c e rlo — c o n o c e r el o b je to de m i idea e n lo q u e se refiere a q u é p u e d a ser e n sí m ism o , p u e s carezco d e c o n c e p to s p ara ello. In c lu so lo s c o n c e p to s d e re a lid a d , su sta n c ia , c a u sa li­ d a d ; m ás to d a v ía , in c lu so el d e n e c e sid a d en la ex isten cia, p ie rd e n to d o sig n ific a d o y c o n stitu y e n vacías d e sig n a c io n e s de c o n c e p to s c aren tes d e to d o c o n te n id o c u a n d o o sa m o s s e r v ir­ n o s d e ellos p a ra salir d el c a m p o d e los se n tid o s. S im p le m e n te c o n c ib o la re la c ió n q u e u n ser, e n sí m ism o c o m p le ta m e n te d e sc o n o c id o p a ra m í, g u a rd a c o n la m a y o r u n id a d sistem ática del u n iv e rso , sin o tr o o b je tiv o q u e el de c o n v e rtirlo e n e s q u e ­ m a del p rin c ip io re g u la d o r del u so e m p íric o m ás a m p lio p o ­ sible de la razó n . Si d irig im o s la v ista h acia el o b je to tra sc e n d e n ta l de n u e stra idea, a d v e rtim o s q u e n o p o d e m o s p re s u p o n e r su re a li­ d ad en s í misma d e a c u e rd o c o n los c o n c e p to s d e re a lid a d , su stan c ia, c a u salid ad , e tc ., ya q u e e sto s c o n c e p to s n o so n a p lic a ­

D IA LECTIC A N A T U R A L D E LA R A Z O N H U M A N A

553

bles a a lg o c o m p le ta m e n te d is tin to d el m u n d o sensible. C o n si­ g u ie n te m e n te , c u a n d o la ra z ó n su p o n e u n ser su p re m o c o m o causa ú ltim a, tal su p o s ic ió n es sim p le m e n te re la tiv a ; está d e sti­ nada a la u n id a d sistem ática d el m u n d o sen sib le y c o n stitu y e u n m ero a lg o en la idea, u n a lg o del q u e n o te n e m o s c o n c e p ­ to p o r lo q u e se refiere a q u é sea en sí. E s to explica p o r qu é, p o r u n a p a rte , nos hace falta la idea de u n p rim e r ser necesario en relac ió n c o n lo d a d o a los se n tid o s c o m o ex iste n te , m ie n tra s q u e, p o r o tra , n u n ca p o d e m o s te n e r el m e n o r c o n c e p to de ese ser ni de su ab so lu ta necesidad. A h o ra p o d e m o s ya p re s e n ta r c la ra m e n te el re su lta d o A 680 d e to d a la dialéctica tra sc e n d e n ta l, así c o m o d e te rm in a r co n B 708 p re c isió n el o b je tiv o final de las ideas de la ra z ó n p u ra , qu e, si se v u elv en d ialécticas, só lo se d e b e a m a le n te n d id o s y a falta de cautela. La raz ó n p u ra n o se o c u p a , d e h e c h o , m ás q u e de sí m ism a, ni p u e d e te n e r o tra o c u p a c ió n , ya q u e lo q u e se le da n o so n los o b je to s p ara ser u n ific a d o s en el c o n c e p to em p íric o , sin o los c o n o c im ie n to s del e n te n d im ie n to p ara ser u n ificad o s en el c o n c e p to de ra z ó n , es d ecir, p a ra ser in te rre la c io n a d o s m e d ia n te u n p rin c ip io . La u n id a d de la ra z ó n es la u n id ad d el sistem a, y esta u n id a d sistem ática sirve a la ra z ó n , no o b je tiv a m e n te , c o m o u n p rin c ip io q u e la h ag a lleg ar m ás allá de los o b je to s, sin o su b je tiv a m e n te , co m o u n a m áx im a q u e e x tie n d a su ap lic a c ió n m ás allá de to d o c o n o c im ie n to e m p íric o p o sib le de esos o b je to s. Sin e m b a r­ g o , la co h eren cia sistem ática q u e la ra z ó n p u e d e p ro p o rc io n a r al uso em p íric o del e n te n d im ie n to n o só lo a seg u ra su a m p lia ­ ció n , sin o in clu so su c o rre c c ió n . E l p rin c ip io de esta u n id a d sistem ática es ta m b ié n o b je tiv o , p e ro de m o d o in d e te rm in a d o (principium vagum), n o c o m o p rin c ip io c o n s titu tiv o d e stin a d o a d e te rm in a r cuál es el o b je to d ire c to d e a lg o , sin o c o m o p rin c ip io m e ra m e n te re g u la d o r y c o m o m áx im a d e stin a d o s a fo m e n ta r y re fo rz a r h asta lo in fin ito (in d e te rm in a d o ) el u so em p írico d e la ra z ó n , a b rie n d o n u e v o s c am in o s d e sc o n o c id o s p ara el e n te n d im ie n to , p e ro sin jam ás o p o n e rse c o n ello a las leyes d e d ic h o u so em p írico . f A 681 La ra z ó n es incapaz de c o n c e b ir tal u n id a d de o tr o \ B 709 m o d o q u e d a n d o un o b je to a su idea, p e ro u n o b je to q u e n in g u n a ex p erien cia p u e d e d a rn o s. E n efecto , ésta n o n os ofrece n u n ca u n ejem p lo d e p e rfe c ta u n id a d sistem ática. U n en te d e ra z ó n (ens rationis raciocinatae) de este tip o es una m era idea y, c o n sig u ie n te m e n te , n o es a d m itid o en té rm in o s a b ­

554

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

s o lu to s y en s í c o m o a lg o real, sin o só lo c o m o fu n d a m e n ­ to en se n tid o p ro b le m á tic o (ya q u e n in g ú n c o n c e p to del e n te n d i­ m ie n to n o s p e rm ite lleg ar a él), c o n el fin de c o n sid e ra r t o ­ das las c o n e x io n e s d e las cosas del m u n d o se n sib le como si se b asaran en ese e n te de raz ó n . P e ro só lo se a d o p ta la h ip ó te sis c o n o b je to d e fu n d a r en d ic h o e n te aq u e lla u n id a d sistem ática q u e p u e d e ser in d isp e n sa b le a la ra z ó n y fa v o re c e r en to d o caso el c o n o c im ie n to e m p íric o d el e n te n d im ie n to sin p o d e r, en ca m b io , o b sta c u liz a r tal c o n o c im ie n to . T a n p r o n to c o m o c o n sid e ra m o s esa id ea c o m o a firm a ­ ció n o sim p le m e n te c o m o s u p o s ic ió n d e u n a cosa a la q u e se p re te n d a a sig n a r el fu n d a m e n to d e la e s tru c tu ra sistem ática d el m u n d o , d e sc o n o c e m o s el sig n ific a d o q u e esa id ea tiene. Q u é n atu raleza p o sea en sí el fu n d a m e n to q u e se su stra e a n u e stro s c o n c e p to s es alg o q u e q u e d a sin d e c id ir. L o ú n ic o q u e se h ace es afirm a r u n a idea c o m o p u n to d e v ista d e sd e el cu al, y só lo d e sd e el cu al, es p o sib le a m p lia r esa u n id a d A 682] ta n esencial a la ra z ó n y ta n p ro v e c h o s a al e n te n d im ie n to . B 710/ E n u n a p a la b ra : esa cosa tra sc e n d e n ta l n o es m ás q u e el esq u em a del p rin c ip io re g u la d o r m e d ia n te el cu al la ra z ó n , en lo q u e de ella d e p e n d e , e x tie n d e la u n id a d sistem ática m ás allá d e to d a ex p erien cia. E l p rim e r o b je to d e se m e ja n te idea soy yo m ism o , c o n sid e ra d o c o m o sim p le n a tu ra le z a p e n sa n te (alm a). Si q u ie ro a v e rig u a r cuáles so n las p ro p ie d a d e s c o n q u e ex iste en sí u n ser p e n sa n te , te n g o q u e in te rro g a r a la e x p e rie n c ia ; ni siq u iera p u e d o a p licar a este o b je to n in g u n a d e las c a te g o ría s si n o se m e d a su e sq u e m a en la in tu ic ió n sen sible. P e ro así jam ás o b te n g o la u n id a d siste m á tic a d e to d o s lo s fe n ó m e n o s del se n tid o in te rn o . P o r ello la ra z ó n , en vez d e to m a r el c o n c e p to e m p íric o (de lo q u e el alm a es re a lm e n te ), q u e es incapaz d e lle v a rn o s lejo s, to m a el de la u n id a d em p íric a de to d o el p e n sa r y, c o n c ib ie n d o esta u n id a d c o m o in c o n d ic io n a d a y o rig in a ria , la c o n v ie rte en el c o n c e p to d e ra z ó n (idea) de una su stan cia sim p le q u e es in m u ta b le en sí m ism a (p e rso n a l­ m e n te id én tica) y q u e se halla aso ciad a a o tra s cosas reales fu e ra d e ella; en u n a p a la b ra , la c o n v ie rte en la idea d e u n a in telig en cia sim p le e in d e p e n d ie n te . A l p ro c e d e r así, la ra z ó n só lo tie n e e n c u e n ta p rin c ip io s d e la u n id a d sistem ática p a ra explicar los fe n ó m e n o s del alm a, es d ecir, tie n d e a c o n s id e ­ ra r to d a s las d e te rm in a c io n e s c o m o p ro p ia s d e u n ú n ic o su je to , to d a s las fa c u lta d e s, d e n tr o d e lo p o sib le , c o m o d e riv a d a s

D IA LECTIC A N A T U R A L D E LA R A Z O N H U M A N A

555

d e u n a sola fa cu ltad b ásica, to d o c a m b io c o m o p e rte n e c ie n te í A 683 a los estad o s d e u n m ism o ser p e rm a n e n te ; tie n d e a re p re se n ta r \ B 711 to d o s los fenómenos en el esp acio c o m o e n te ra m e n te d is tin to s de los acto s d el pensar. La sim p lic id a d d e su sta n c ia , así c o m o o tra s p ro p ie d a d e s del alm a, só lo p re te n d ía n ser el e sq u e m a de ese p rin c ip io re g u la d o r; n o so n a d o p ta d a s c o m o c o n s titu y e n ­ d o el v e rd a d e ro fu n d a m e n to de las p ro p ie d a d e s d el alm a, ya q u e éstas p u e d e n ta m b ié n e star b asad as en fu n d a m e n to s c o m p le ­ ta m e n te d is tin to s, d e sc o n o c id o s p a ra n o s o tro s . T a m p o c o p o ­ d ría m o s en realid ad c o n o c e r el alm a e n sí m ism a m e d ia n te esto s p re d ic a d o s s u p u e s to s, p o r m ás q u e q u isié ra m o s a p lic á rse ­ los, ya q u e c o n stitu y e n u n a sim p le id ea n o su sc e p tib le de re p re se n ta c ió n c o n creta . D e esta idea p sic o ló g ic a n o p u e d e n d e riv a r m ás q u e v en tajas si n o s g u a rd a m o s d e d a rle u n v a lo r s u p e rio r al de u n a sim p le idea, es d e c ir, si só lo la a p licam o s en el u so siste m á tic o de la ra z ó n c o n re s p e c to a lo s fe n ó m e n o s del alm a. E n efecto , si lo h a cem o s así, n o se in tro d u c e n leyes em p íricas de fe n ó m e n o s c o rp o ra le s, q u e so n d e ín d o le c o m p le ­ ta m e n te d is tin ta , en la ex p lic a c ió n de lo q u e só lo p e rte n e c e al sentido interno; e n to n c e s n o se a d m ite n h ip ó te sis fú tile s c o m o las d e la g e n e ra c ió n , e x tin c ió n y p a lin g é n e sis de las alm as, etc. A sí, p u e s, el análisis d e este o b je to del se n tid o in te rn o se efectúa c o n to d a p u re z a , sin in tro d u c ir p ro p ie d a d e s h e te r o g é ­ neas. A d em ás, la in v e s tig a c ió n d e la ra z ó n tie n d e a re d u c ir los fu n d a m e n to s ex p lic a tiv o s en este su je to , d e n tr o d e lo p o s i­ f A 684 ble, a u n ú n ic o p rin c ip io . E l m e jo r m o d o d e c o n se g u ir to d o [ B 712 esto , m ás to d a v ía , el ú n ic o m o d o d e c o n se g u irlo , es c o n sid e ra r d ic h o esq u em a c o m o si fu ese u n se r real. La idea p sic o ló g ic a n o p u e d e sig n ificar o tra cosa q u e el e sq u e m a de u n c o n c e p to re g u la d o r, p u e s si p re g u n ta ra sim p le m e n te si el alm a es en sí de n a tu raleza esp iritu a l, la p re g u n ta carecería d e se n tid o . E n efe cto , sem ejan te c o n c e p to n o só lo su p rim e la n a tu ra le z a c o rp ó re a , sin o to d a n a tu ra le z a , es d e c ir, to d o s los p re d ic a d o s d e c u a lq u ie r ex p erien c ia p o sib le y, c o n s ig u ie n te m e n te , to d a s las c o n d ic io n e s q u e p e rm ite n c o n c e b ir u n o b je to c o rr e s p o n ­ d ie n te a ese m ism o c o n c e p to , lo cual c o n stitu y e la ú n ica ra z ó n d e q u e d ig a m o s q u e tie n e se n tid o . L a se g u n d a idea re g u la d o ra de la ra z ó n m e ra m e n te e sp ecu lativ a es el c o n c e p to d el m u n d o e n g en e ra l. E n e fe c to , la n a tu ra le z a es e n realid ad el ú n ic o o b je to d a d o c o n re s p e c to al cual la ra z ó n n ecesita p rin c ip io s re g u la d o re s. E sta n a tu ra le z a es d o b le : p e n sa n te y c o rp ó re a . P a ra c o n c e b ir esta ú ltim a , e n

556

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

lo q u e a su p o sib ilid a d in trín se c a se re fiere, es d e c ir, p a ra d e te rm in a r la ap licació n d e las c a te g o ría s a la n a tu ra le z a c o rp ó ­ rea, n o n ecesitam o s n in g u n a id ea, e sto es, n in g u n a re p re s e n ta ­ ció n q u e reb ase la experien cia. T a l re p re se n ta c ió n es im p o sib le en relación c o n la n atu ra le z a c o rp ó re a , ya q u e en ésta só lo n o s g u ía la in tu ic ió n sen sib le, a d ifere n c ia d e lo q u e o c u rre co n el c o n c e p to b ásico d e la p sic o lo g ía (el y o ); éste c o n tie n e a priori cierta fo rm a del p e n sa r, a sab er, la u n id a d de éste A 685] ú ltim o . P o r c o n sig u ie n te , n o n o s q u e d a p ara la ra z ó n p u ra B 713 J sin o la n atu raleza en g e n e ra l y la c o m p le tu d d e sus c o n d ic io n e s de a c u e rd o co n a lg ú n p rin c ip io . La a b so lu ta to ta lid a d de las series d e estas co n d ic io n e s, en la d e riv a c ió n de sus m ie m b ro s, es una idea q u e , si bien n u n c a p u e d e realizarse p o r c o m p le to en el u so e m p íric o d e la ra z ó n , n o s sirv e d e reg la acerca de c ó m o p ro c e d e r en este caso, es d ecir, n o s p re s c rib e q u e , al ex p licar los fe n ó m e n o s d a d o s (sea en el d e scen so , sea en el ascenso), c o n sid e re m o s la serie como si fu ese in fin ita en sí m ism a, esto es, in indefinitum. C u a n d o se to m a la raz ó n m ism a co m o causa d e te rm in a n te (en la lib e rta d ), es d ecir, en el caso de los p rin c ip io s p rá c tic o s , n o s p re sc rib e , en cam b io , q u e p ro c e d a m o s c o m o si n o n o s h allá ra m o s a n te u n o b je to de los se n tid o s, sino a n te u n o b je to del e n te n d im ie n to p u ro , caso en el cual las c o n d ic io n e s ya n o p u e d e n p o n e rs e en la serie d e los fe n ó m e n o s, sin o fu e ra d e la m ism a, y p o d e m o s c o n sid e ra r la serie d e los e sta d o s como si (en v irtu d d e una causa in telig ib le) se iniciara en té rm in o s a b so lu to s. T o d o ello d e m u e stra q u e las ideas c o sm o ló g ic a s n o so n m ás q u e p rin c ip io s re g u la d o re s y q u e e stá n m u y lejo s d e esta b le c e r c o n s titu tiv a ­ m e n te , p o r así d e c irlo , la to ta lid a d real de dichas series. L os d em ás p u n to s so b re esta c u e stió n los e n c o n tra rá el le c to r en el análisis d e la a n tin o m ia d e la ra z ó n p u ra . L a te rc e ra idea d e la ra z ó n p u ra , idea q u e c o n tie n e la sim ple su p o sic ió n de u n ser en c u a n to causa ún ica y o m n isu ficien te d e to d a s las series c o sm o ló g ic a s, es el c o n c e p to racio n al A 6861 de Dios. N o te n e m o s fu n d a m e n to a lg u n o p a ra a d m itir en té rm i­ B 714 J nos a b so lu to s el o b je to de esta idea (para suponerlo en sí). E n efecto , ¿qué p u e d e in d u c irn o s, o in c lu so d a rn o s d e re c h o , a cre e r o a firm a r en sí m ism o u n ser de p e rfe c c ió n su p re m a y a b so lu ta m e n te necesa rio p o r su n a tu ra le z a , sin c o n ta r m ás q u e c o n el c o n c e p to del m ism o ? S ó lo en re la c ió n c o n el m u n d o p u e d e ser necesaria esta su p o sic ió n . E n to n c e s se ve c laram en te q u e la idea d e ese ser, al ig u al q u e to d a s las ideas

D IA LE C T IC A N A T U R A L D E LA R A Z O N H U M A N A

557

esp ecu lativ as, ú n ic a m e n te q u ie re d e c ir q u e la ra z ó n n o s o b lig a a c o n sid e ra r to d a s las c o n e x io n e s del m u n d o se g ú n los p rin c i­ p io s d e u na u n id a d sistem ática y, p o r ta n to , como si to d a s ellas p ro c e d ie ra n d e u n ú n ic o ser o m n ic o m p re n s iv o , c o n s id e ra ­ d o c o m o causa su p re m a y o m n isu fic ie n te . D e ello se d e sp re n d e c o n c larid ad q u e la ra z ó n n o p u e d e p e rs e g u ir a q u í o tra cosa q u e su p ro p ia reg la fo rm a l en la a m p lia c ió n d e su u so e m p íric o , p e ro n u n ca u n a a m p lia c ió n más allá de iodos los lím ites del uso empírico. E n esa idea n o se e sc o n d e , p u e s, n in g ú n p rin c ip io c o n s titu tiv o al ser ap licad a a la e x p e rie n c ia p o sib le. E sta u n id a d fo rm a l su p re m a , q u e só lo se a p o y a en c o n c e p to s d e ra z ó n , es la u n id a d d e las cosas conforme a fines. E l in terés especulativo d e la ra z ó n n o s hace c o n sid e ra r to d a o rd e n a c ió n e n el m u n d o c o m o si d im a n a ra del p ro p ó s ito de u n a ra z ó n su p re m a . S e m ejan te p rin c ip io a b re a la ra z ó n , a p lic a ­ J A 687 d a al c a m p o e m p íric o , p e rsp e c tiv a s c o m p le ta m e n te n u e v a s en I B 715 o rd e n a en lazar las cosas del m u n d o se g ú n leyes te le o ló g ic a s y en o rd e n a lo g r a r así la m áx im a u n id a d d e las m ism as. A sí, p u e s, la su p o s ic ió n d e u n a in te lig e n c ia su p re m a en c u a n to ún ica causa del u n iv e rso , a u n q u e só lo en la idea, c la ro está, sie m p re p u e d e ser ú til a la ra z ó n , n u n c a p e rju d ic a rla . E n efecto , si n o su p o n e m o s re sp e c to d e la fo rm a d e la tie rra (q u e es re d o n d a , p e ro alg o a p la s ta d a )k, re s p e c to d e las m o n ta ­ ñas, los m ares, etc., m ás q u e sab io s d e sig n io s d e u n c re a d o r, p o d e m o s realizar m u ltitu d d e d e sc u b rim ie n to s . Y si nos q u e d a ­ m os en esta su p o s ic ió n e n c u a n to p rin c ip io regulador, n i siq u ie ra el e rro r p u e d e p e rju d ic a rn o s, ya q u e las co n se c u e n c ia s n o p u e d e n en n in g ú n caso ir m ás allá d e e n c o n tra rn o s c o n u n m e ro n ex o m e c á n ic o o físico (nexus effectivus) d o n d e n o so tro s A 688 B 716 e sp e ráb am o s h a lla r u n n ex o te le o ló g ic o (nexus fin o lis). E n este caso h a b re m o s p e rd id o u n a u n id a d , p e ro n o d e s tru id o la de la ra z ó n e n su u so em p íric o . N i siq u ie ra este c o n tra tie m p o p u e d e afectar en a b s o lu to a la ley m ism a en su a sp e c to g e n e ra l k La ventaja que ofrece la form a esférica de la tierra es sobradam ente conocida. Pocos saben, en cambio, que su achatam iento, propio de un esferoide, es lo que impide que las elevaciones de la tierra firm e o incluso de m ontañas pequeñas, tal vez producidas por terrem otos, desplacen continuam ente y de form a apreciable en poco tiem po el eje de la tierra. Es lo que ocurriría si la hinchazón de la tierra en el ecuador no constituyera una montaña tan grande, que el empuje de cualquier otra fuese incapaz de m overla de su sitio de form a apreciable respecto del eje. Y , sin em bargo, esta sabia disposición se explica sin dificultad partiendo del equilibrio de la prim itiva masa líquida que form aba la tierra (N ota de Kant)

558

A 6891

B 717 j

A 6901

B 718 f

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

y te le o ló g ic o . E n efe c to , a u n q u e p o d a m o s c o n v e n c e r a u n a n a to m is ta de q u e ha c o m e tid o u n e r r o r al re fe rir a lg ú n m ie m ­ b ro de u n c u e rp o an im a l a u n fin q u e , se g ú n p u e d e p ro b a rs e c la ram en te, n o se sig u e d e ah í, es c o m p le ta m e n te im p o sib le e n c o n tra r u na d isp o sic ió n n a tu ra l, sea la q u e sea, q u e demuestre un a a b so lu ta au sen cia d e fines. D e a h í q u e ta m b ié n la fisio lo g ía (de lo s m é d ico s) se sirv a , p a ra a m p lia r su re d u c id o c o n o c im ie n ­ to e m p íric o d e lo s fines d e la e s tru c tu ra d e u n c u e rp o o rg á n ic o , de u n a ley q u e es p ro d u c to e x c lu siv o d e la ra z ó n p u ra , h asta el p u n to d e q u e e n ella se s u p o n e sin v acilar y, a d e m á s, co n la a p ro b a c ió n d e los e n te n d id o s , q u e to d o c u a n to hay en el an im al p o se e su u tilid a d y su p ro p ó s ito . C u a n d o se to m a esta s u p o s ic ió n c o m o c o n s titu tiv a , se va m u c h o m ás lejos d e lo q u e las o b se rv a c io n e s h a sta a h o ra realizad as nos p e rm ite n afirm a r. D e ello se d e s p re n d e , p u e s, q u e n o es m ás q u e u n p rin c ip io re g u la d o r d e la ra z ó n , d e stin a d o a lle g a r a la m áx im a u n id a d sistem ática m e d ia n te la idea d e la c a u salid ad final de la ú ltim a causa, como si ésta fu ese, en c u a n to in te lig e n c ia su p re m a , la causa d e to d o c o n fo rm e al m ás sa b io p ro p ó s ito . Si, en c a m b io , p re s c in d im o s d e esta re s tric c ió n d e la idea al u so m e ra m e n te re g u la d o r, la ra z ó n se e x tra v ía d e m ú lti­ ples fo rm a s p o r a b a n d o n a r la v ía e m p íric a , q u e es la q u e tien e q u e señ alar los h ito s d e su m a rc h a , y p o r a v e n tu ra rse , m ás allá de esa vía, hacia lo in c o m p re n sib le e in e sc ru ta b le , d e sd e cuya a ltu ra n o p u e d e m e n o s d e ser v íc tim a d el v é rtig o , ya q u e al verse d e sd e tal p e rs p e c tiv a , se e n c u e n tra c o m p le ta ­ m e n te d eslig ad a d e to d o u so a c o rd e c o n la ex p erien cia. E l p rim e r e r r o r q u e se c o m e te al e m p le a r la idea de u n ser su p re m o e n se n tid o n o m e ra m e n te re g u la d o r, sin o c o n s titu tiv o (s e n tid o q u e se o p o n e a la n a tu ra le z a d e la idea), es el d e la ra z ó n p ere z o sa (¡¿nava ratio) k. P o d e m o s d a r este n o m b re a to d o p rin c ip io q u e n o s h a g a c o n sid e ra r la in v e s tig a ­ c ió n d e la n a tu ra le z a c o m o a b s o lu ta m e n te te rm in a d a e n u n p u n to , sea el q u e sea, c o n lo c u a l la ra z ó n se re tira c o m o si h u b ie s e c o n c lu id o su tarea. D e a h í q u e el e m p le o d e la m ism a idea p sic o ló g ic a c o m o p rin c ip io c o n s titu tiv o p a ra ex p lík Este es el nom bre que los antiguo daban al siguiente sofisma : «Si tu destino es que te cures de esa enfermedad, así sucederá, tanto si acudes al m édico com o si no». Cicerón afirma que el nom bre de esta form a de argum entar procede de que, en el caso de seguirla, la razón queda privada de to d o uso en la vida. A esto se debe el que haya calificado con el mismo nom bre el argum ento sofístico de la razón pura (N ota de Kant)

DIALECTICA N A TU RA L D E LA R A Z O N H UM ANA

559

car los fen ó m e n o s d el alm a y, c o n sig u ie n te m e n te , p ara am p lia r n u e s tro c o n o c im ie n to de este su je to in c lu so m ás allá de to d a ex p erien cia (su e stad o d esp u és d e la m u e rte ), facilita e n o rm e ­ m en te el q u e h a c e r de la ra z ó n , p e ro v ic ia n d o y d e s tru y e n d o , a la vez, to d o u so n a tu ra l q u e d e ella h a g a m o s b ajo la gu ía d e la experiencia. Y así, el e sp iritu a lista d o g m á tic o explica la u n id a d de la p e rso n a , q u e p e rm a n e c e in v aria b le a trav és d e to d o s sus cam b io s d e e sta d o , p a rtie n d o de la u n id a d de la su stan cia p e n sa n te , u n id a d q u e cree p e rc ib ir in m e d ia ta m e n te en el y o ; el in terés q u e to m a m o s p o r lo q u e su c e d e rá d e sp u és de la m u e rte lo explica p a rtie n d o d e la co n cie n c ia de la n a tu ra le ­ za inm aterial del su je to p e n sa n te , etc. A l m ism o tie m p o , elu d e to d a in v e stig a c ió n n atu ra l q u e p a rta de fu n d a m e n to s e x p lic a ti­ vos de tip o físico p ara an alizar la cau sa de esto s fe n ó m e n o s in te rn o s, ya q u e , p o r u n a especie de d e c isió n so b e ra n a de una razó n tra sc e n d e n te , pasa p o r alto las fu e n te s c o g n o sc itiv a s in m an e n tes de la ex p erien cia, c o n lo cual el d o g m á tic o o b ra en fa v o r de su p ro p ia c o m o d id a d , p e ro en d e trim e n to de to d o c o n o c im ie n to . E sta d e sfa v o ra b le c o n secu en cia es to d a v ía m ás p alp ab le en el d o g m a tis m o de n u e stra idea de un a in te lig e n ­ cia su p rem a y en el sistem a de la n a tu raleza (fisico teo lo g ía) e rró n e a m e n te b asa d o en ella. E n e fecto , to d o s los fines q u e se m an ifiestan en la n a tu ra le z a , y q u e su elen se r in v e n to s n u e stro s, sirv e n en este caso p ara fa c ilita rn o s c o n sid e ra b le m e n te la in v e stig a c ió n de las causas, es d ecir, p a ra q u e , e n vez de b u sc a r éstas en las leyes u n iv ersale s del m eca n ism o de la m a te ­ ria, ap elem o s d ire c ta m e n te a los d e sig n io s in escru ta b le s de la su p re m a sab id u ría y p ara q u e c o n sid e re m o s c o n c lu id o s los esfuerzos de la ra z ó n c u a n d o n o s a h o rra m o s el hacer u so de ella, a pesar de q u e este u so n o e n c u e n tra u n h ilo c o n d u c to r sino allí d o n d e nos lo su m in istra n el o rd e n de la n a tu raleza y la serie de los cam b io s se g ú n leyes in te rn a s y u n iv ersale s. Si n o nos lim itam o s a c o n sid e ra r d esd e la p e rsp e c tiv a de los fines só lo a lg u n o s asp ec to s, c o m o , p o r e je m p lo , la d is trib u c ió n de la tie rra firm e, su e s tru c tu ra , la ín d o le y la situ a c ió n de las m o n ta ñ a s, o só lo la o rg a n iz a c ió n de los rein o s v eg eta l y anim al, sin o q u e c o n v e rtim o s la u n id a d sistem ática d e la n atu raleza en u n a u n id a d completamente universal e n relació n c o n la idea de u n a in telig en cia su p re m a , e n to n c e s p u e d e ev ita rse el e rro r. E n efecto , en este caso n o s a p o y a m o s en u n a fin alid ad c o n fo rm e a leyes u n iv e rsa le s de la n a tu raleza, de las q u e no se ha ex c e p tu a d o n in g u n a d isp o sic ió n e sp ecial; sim p le m e n -

A 691 B 719

560

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

te se ha d e sta c a d o p o r su m a y o r o m e n o r c o g n o sc ib ilid a d . T e n e ­ m o s así u n p rin c ip io re g u la d o r d e la c o n e x ió n te le o ló g ic a , la cual n o p u e d e ser d e te rm in a d a d e a n te m a n o . L o ú n ic o q u e p o d e m o s h a c e r es se g u ir la c o n e x ió n físic o -m e c á n ic a se g ú n leyes u n iv ersale s e sp e ra n d o e n c o n tr a r la c o n e x ió n te le o ló g ic a . A 6921 Sólo así p u e d e se rv irn o s el p rin c ip io d e la u n id a d te le o ló g ic a 1 B 720 J p a ra a m p lia r el u so d e la ra z ó n c o n re s p e c to a la ex p e rie n c ia sin p e rju d ic a r este u so en n in g ú n caso. E l s e g u n d o e rr o r p ro c e d e n te d e u n a m ala in te rp re ta c ió n del m e n c io n a d o p rin c ip io d e la u n id a d siste m á tic a es el de la ra zó n e q u iv o c a d a ( perversa ratio, UCTTEpoV 7tpÓT£poV rationis). L a idea de la u n id a d sistem ática só lo d e b ie ra se rv ir, en c u a n to p rin c ip io re g u la d o r, p a ra b u sc a r esa u n id a d en la c o n e x ió n d e las cosas se g ú n leyes u n iv e rsa le s d e la n a tu ra le z a y p a ra c re e r q u e , c u a n d o e n c o n tra m o s a lg o d e esa m ism a u n id a d p o r vía e m p írica, no s a p ro x im a m o s a la c o m p le tu d d e su ap licació n , a u n q u e , e v id e n te m e n te , n u n c a v a y am o s a alcanzarla. E n lu g a r de ello, se in v ie rte el p ro c e d im ie n to y se co m ie n z a p o n ie n d o p o r fu n d a m e n to la re a lid a d , h ip o sta sia d a , d el p rin c i­ p io de la u n id a d te le o ló g ic a ; d a d o q u e es in e s c ru ta b le en sí m ism o , el c o n c e p to de esa in te lig e n c ia su p re m a es d e te rm in a ­ d o a n tro p o m ó rfic a m e n te ; d e sp u é s se im p o n e n fines a la n a tu r a ­ leza d e fo rm a v io le n ta y d ic ta to ria l, en vez d e b u sc a rlo s m e d ia n ­ te la in v e s tig a c ió n física d e esta m ism a n a tu ra le z a , c o m o sería razo n ab le. D e esta fo rm a , n o só lo la te le o lo g ía , q u e d e b ie ra se rv ir ú n ic a m e n te p a ra c o m p le ta r la u n id a d d e la n a tu ra le z a A 6931 se g ú n leyes u n iv e rsa le s, se d irig e a h o ra a la su p re sió n de B 721J tal u n id a d , sin o q u e , a d em á s, la ra z ó n se d esv ía d e su p ro p io fin , el d e d e m o s tra r d ich a causa in te lig e n te su p re m a , d e a c u e rd o c o n esas le y e s2, p a rtie n d o d e la n a tu ra le z a . E n e fe c to , si n o p o d e m o s p re s u p o n e r la su p re m a fin a lid a d d e la n atu ra le z a a priori, es d e c ir, c o m o fo rm a n d o p a rte d e la esencia d e ésta, ¿có m o v a m o s a se n tir n e c esid ad d e b u sc a rla y d e a p ro x im a rn o s, d esd e su escala g ra d u a l, a la su p re m a p e rfe c c ió n d e u n c re a d o r c o n sid e ra d o c o m o p e rfe c c ió n a b so lu ta m e n te n ecesaria y, c o n s i­ g u ie n te m e n te , c o g n o sc ib le a p rio ri? E l p rin c ip io re g u la d o r e x i­ g e q u e s u p o n g a m o s la u n id a d siste m á tic a , en c u a n to unidad de la naturaleza (q u e n o só lo es s u p u e s ta e m p íric a m e n te , sin o a priori, a u n q u e to d a v ía d e fo rm a in d e te rm in a d a ) c o m o a b so lu Zweckmáfíigen Einheit Leyendo, con Wille, diesen, en lugar de diesem

(N .

del T.)

DIALECTICA N A TU RA L D E LA R A Z O N HUM ANA

561

ta, es d ecir, c o m o d im a n a n d o d e la esencia de las cosas. P ero si co m ie n z o p o r b asarm e e n u n o rd e n a d o r su p re m o , lo q u e h a g o es su p rim ir la u n id a d de la n a tu ra le z a , ya q u e e n to n ce s es e n te ra m e n te ajena y a ccid en tal a la n atu ra le z a d e las cosas, no p u d ie n d o ta m p o c o ser c o n o c id a a p a rtir de las leyes u n iv e r­ sales q u e rig e n esas m ism as cosas. A ello se d e b e el círc u lo v icio so de la d e m o s tra c ió n , ya q u e se p re s u p o n e p re c isa m e n te aq u ello q u e h abía q u e p ro b a r. T o m a r p o r c o n s titu tiv o el p rin c ip io re g u la d o r de la u n id a d sistem ática de la n a tu ra le z a y p re s u p o n e r h ip o stá tic a m en te, c o m o causa, lo q u e só lo en la idea se p o n e c o m o fu n d a m e n to d e la a rm o n ía en el e m p le o de la ra z ó n , n o es o tra cosa q u e c o n fu n d ir esta m ism a razó n . La in v e stig a c ió n de la n atu raleza sig u e su c a m in o sin a p a rta rse d e la cadena de las causas n atu rales y p ro c e d ie n d o se g ú n sus leyes u n iv e rsa ­ les. T ra ta c ie rta m e n te de lle g a r a la idea de u n c re a d o r, p e ro n o p ara d e riv a r d e él la fin alid ad q u e b u sca en to d a s p a rte s, sin o p ara c o n o c e r la existencia d e ese c re a d o r p a rtie n d o de la finalidad b u scad a en la esencia de las cosas de la n a tu raleza y ta m b ié n , en la m ed id a d e lo p o sib le , e n la esencia de to d a s las cosas en g e n eral, es d ecir, p a ra c o n o c e r la existencia de d ich o c re a d o r c o m o a b so lu ta m e n te necesaria. C o n síg ase o no esto ú ltim o , la idea sig u e sie n d o c o rre c ta , así c o m o su u so , siem p re q u e se ciña a las c o n d ic io n e s de u n p rin c ip io m era m e n te re g u lad o r. La u n id a d teleo ló g ic a c o m p le ta es la p e rfe c c ió n (en se n tid o ab so lu to ). Si n o la e n c o n tra m o s e n la esencia de las cosas q u e c o n stitu y e n el o b je to g lo b a l d e la ex p erien cia, es d ecir, d e to d o n u e s tro c o n o c im ie n to o b je tiv a m e n te v álid o , ni, c o n sig u ie n te m e n te , en las leyes u n iv ersale s y n ecesarias de la n atu raleza ¿cóm o v am o s a in fe rir de ella la idea de la p e rfe c c ió n su p re m a y a b so lu ta m e n te necesaria de u n p rim e r ser q u e sea la fu e n te de to d a c a u sa lid a d ? La m a y o r u n id a d sistem ática y, p o r ta n to , ta m b ié n la u n id a d te le o ló g ic a , es la escuela, e in clu so el fu n d a m e n to , d e la p o sib ilid a d del m ás a m p lio u so de la razó n . La idea de tal u n id a d va, p u e s, lig ad a de m o d o in sep arab le a la esencia de n u e stra razó n . P o r c o n si­ g u ie n te , esa idea es p a ra n o so tro s leg islativ a, y p o r ello es m u y n a tu ra l su p o n e r u n a ra z ó n le g isla d o ra (intellectus archetypus) en c o rre sp o n d e n c ia co n ella, u n a ra z ó n de la q u e hay q u e d e riv a r to d a u n id a d sistem ática d e la n atu ra le z a , c o n sid e ra n d o esta u n id a d c o m o el o b je to de la razó n .

562

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

Al tra ta r de la a n tin o m ia d e la ra z ó n p u ra d ijim o s q u e to d a s las c u e stio n e s p la n te a d a s p o r ésta tie n e n q u e ser so lu b les y q u e el p re te x to b asa d o en la lim ita c ió n d e n u e stro c o n o c im ie n to — p re te x to ta n in e v ita b le c o m o ra z o n a b le en m u ch as cu e stio n e s rela tiv a s a la n a tu ra le z a — n o es a d m isib le en este caso, ya q u e las c u e stio n e s a q u í p re se n ta d a s n o se refieren a la n a tu ra le z a d e las co sas, sin o q u e so n ú n ic a m e n te las p la n te a d a s p o r la ra z ó n acerca d e su p ro p ia c o n s titu c ió n in te rn a . A h o ra p o d e m o s c o n firm a r esta a se rc ió n , a p rim e ra v ista a tre v id a , en re la c ió n c o n las d o s c u e stio n e s en las q u e la ra z ó n d e p o sita su m a y o r in te ré s, y c o m p le ta r así n u e s tro análisis de la dialéctica de la ra z ó n p u ra . Si alg u ie n (co n la v ista p u e sta en u n a te o lo g ía tr a s c e n ­ d en tal) k p re g u n ta , en p rim e r lugar, si h ay a lg o d is tin to del m u n d o q u e c o n te n g a el fu n d a m e n to del o rd e n y c o h e sió n de este m ism o m u n d o , la re sp u e sta es la sig u ie n te : sin duda. E n efecto , el m u n d o es u n a su m a d e fe n ó m e n o s. E sto s tie n e n q u e p o se e r, p u e s, a lg ú n fu n d a m e n to tra sc e n d e n ta l, es d e c ir, a lg ú n fu n d a m e n to q u e só lo es p e n sa b le p o r el e n te n d im ie n to p u ro . Si, en segundo lugar, la p re g u n ta es si ese ser es su sta n c ia , de la m a y o r re alid ad , n e cesario , e tc ., r e s p o n d o : esta pregunta no tiene significado alguno, ya q u e las c a te g o ría s m e d ia n te las cuales tr a to de h a c e rm e u n c o n c e p to de se m e ja n te o b je to n o p o se e n o tr o u so q u e el e m p íric o , c a re c ie n d o de se n tid o c u a n d o n o so n aplicadas a o b je to s d e la e x p e rie n c ia p o sib le , es d ecir, al m u n d o sensible. F u e ra d e este c a m p o , n o h a c e n m ás q u e d e sig n a r c o n c e p to s q u e , si b ie n so n a d m isib le s, n o n o s p e rm ite n e n te n d e r nada. Si, en tercer lugar, se p re g u n ta , fin a lm e n te : ¿no p o d e m o s al m en o s p e n sa r ese ser d is tin to del m u n d o por analogía c o n los o b je to s d e la e x p e rie n c ia ? , la re sp u e sta es: desde luego, p e ro só lo c o m o o b je to en la id ea, n o e n la re a lid a d ; es d ecir, só lo en la m e d id a en q u e tal o b je to re p re se n ta u n s u s tra to , d e s c o n o c id o p a ra n o s o tro s , d e la u n id a d sistem ática, o rd e n y fin alid ad d e la o rg a n iz a c ió n del m u n d o , a sp e c to s q u e la ra z ó n se ve o b lig a d a a e rig ir en p rin c ip io re g u la d o r de su in v e stig a c ió n de la n a tu ra le z a . M ás to d a v ía , p o d e m o s p erfe c k Lo que antes dije sobre la idea psicológica y su finalidad propia en cuanto principio del uso m eram ente regulador de la razón me exime ahora de extenderm e en detalles sobre la ilusión trascendental en virtud de la que se hipostasia la unidad sistemática de toda la diversidad del sentido interno. El procedim iento es aquí muy similar al seguido por la crítica con respecto al ideal teológico (N ota de Kant)

D IALECTICA N A T U R A L D E LA R A Z O N HUM ANA

563

ta m e n te , y sin vacilar, p e rm itir e n esa idea cie rto s asp ecto s a n tro p o m ó rfic o s q u e re fu e rc e n d ic h o p rin c ip io re g u la d o r. E n efecto , n o se tra ta m ás q u e de un a idea q u e n o se refiere d ire c ta m e n te a u n ser d is tin to del m u n d o , sin o al p rin c ip io re g u la d o r de su u n id a d sistem ática, y só lo m e d ia n te u n esq u em a de esta u n id a d , es d ec ir, m e d ia n te u n a in te lig e n c ia su p re m a q u e sea la causa del m u n d o c o n fo rm e a sabios d esig n io s. C o n ello n o se ha p re te n d id o p e n sa r q u é sea e n sí m ism o ese fu n d a m e n to o r i g in a r i o 1 de la u n id a d del m u n d o , sino c ó m o d e b em o s em p le a rlo , o m e jo r, c ó m o d e b e m o s em p le a r su idea, en relació n co n el u so siste m á tic o d e la ra z ó n c o n re sp e c to a las cosas del m u n d o . ¿Podemos, pues — se se g u irá p re g u n ta n d o — , su p o n e r u n c re a d o r del m u n d o q u e sea ú n ic o , sab io y o m n ip o te n te ? Sin ninguna duda. Y n o só lo p o d e m o s , sin o q u e tenemos que su p o n e rlo . A h o ra b ien , ¿ex te n d em o s así n u e stro c o n o c im ie n to m ás allá del c am p o de la ex p erien cia p o sib le ? De ningún modo, ya q u e nos h em o s lim ita d o a su p o n e r u n a lg o (u n m e ro o b je to trascen d en tal) del q u e n o p o se e m o s c o n c e p to a lg u n o rela tiv o a lo q u e sea en sí m ism o. U n ic a m e n te h e m o s c o n c e b id o ese ser, d e sc o n o c id o p ara n o so tro s, e n re la c ió n c o n el o rd e n siste ­ m ático y te le o ló g ic o de la e s tru c tu ra del m u n d o , o rd e n q u e nos vem o s o b lig a d o s a p re s u p o n e r al e stu d ia r la n a tu ra le z a ; lo h em o s c o n c e b id o só lo por analogía c o n una in telig en cia (que es u n c o n c e p to em p íric o ), es d e c ir, só lo e n re la c ió n co n los fines y la p e rfecció n q u e en él se b asan y c o m o d o ta d o p recisam en te de aquellas p ro p ie d a d e s q u e , de a c u e rd o co n las co n d icio n es de n u e stra ra z ó n , p u e d e n c o n te n e r el fu n d a m e n ­ to d e tal u n id ad sistem ática. A sí, p u e s, en lo que a l uso cosmológico de nuestra rascón se refiere, esta idea g o za de p le n o fu n d a m e n to . Si p re te n d ié ra m o s, en ca m b io , a trib u irle a b so lu ta validez o b je ti­ va, o lv id a ría m o s q u e se tra ta sim p le m e n te de u n ser en la idea, de u n ser q u e p e n sa m o s; al p a rtir de u n fu n d a m e n to no d e te rm in a b le p o r la o b se rv a c ió n del m u n d o , p e rd e ría m o s la p o sib ilid a d de aplicar este p rin c ip io de a c u e rd o co n el u so e m p írico de la razón. P e ro ¿ p u ed o — se p re g u n ta rá u n a vez m ás— em p le a r de esta fo rm a el c o n c e p to y la p re s u p o sic ió n de u n ser su p re m o en la c o n sid e ra c ió n racio n al del m u n d o ? A sí es; si la ra z ó n 1 Leyendo, de acuerdo con A, Urgrund, y no XJngrund, que figura en B. (N. del T.)

564

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

se ha b asad o e n esta idea, ha sid o p re c isa m e n te c o n este fin. P e ro ¿ p o d em o s e n to n c e s c o n sid e ra r c o m o in te n c io n e s aq u ellas d isp o sic io n e s q u e p a re c e n fin es, d e riv á n d o la s d e la v o lu n ta d d iv in a , a u n q u e sea a tra v é s d e d isp o sic io n e s d el m u n d o e sta b le ­ cidas al efe c to ? T a m b ié n p o d e m o s h a c e rlo , p e ro d e m o d o q u e p o sea la m ism a v alid ez el d ec ir q u e la d iv in a sa b id u ría lo ha o rd e n a d o to d o c o n fo rm e a sus fines su p re m o s o q u e la idea de sa b id u ría su p re m a sirv e d e re g u la d o r e n la in v e s tig a ­ c ió n de la n atu ra le z a y d e p rin c ip io d e su u n id a d sistem ática y te le o ló g ica se g ú n leyes n a tu ra le s u n iv e rsa le s, in c lu so allí d o n d e n o a d v e rtim o s esa u n id a d ; es d e c ir, in c lu so en los casos en q u e n o la p e rc ib im o s tie n e q u e d a r e x ac ta m e n te lo m ism o d e c ir q u e D io s lo ha q u e rid o así e n su sa b id u ría o q u e la n a tu ra le z a lo ha d is p u e s to así e n su sa b id u ría . E n efecto , fu e p re c isa m e n te la m áx im a u n id a d siste m á tic a y te le o ló ­ gica q u e la ra z ó n im p u so c o m o p rin c ip io re g u la d o r d e to d a in v e stig a c ió n d e la n a tu ra le z a la q u e le d io d e re c h o a basarse e n la idea de u n a in te lig e n c ia su p re m a c o m o e sq u e m a del p rin c ip io re g u la d o r. C u a n ta m ás fin a lid a d se d e sc u b ra en el m u n d o , d e a c u e rd o c o n tal p rin c ip io , ta n to m ás q u e d a rá c o n fir­ m ad a la le g itim id a d d e esa idea. C o m o d ic h o p rin c ip io n o p e rs e g u ía o tra co sa q u e b u sc a r la u n id a d n ecesaria y m a y o r p o sib le de la n a tu ra le z a , te n d re m o s q u e a g ra d e c e rla , e n la m ed id a e n q u e la e n c o n tre m o s , a la idea d e u n ser su p re m o . Sin e m b a rg o , si n o q u e re m o s in c u rrir e n c o n tra d ic c ió n , no p o d e m o s p asar p o r a lto las leyes u n iv e rsa le s de la n atu ra le z a — ya q u e h a b ía m o s a c u d id o a tal idea p re c isa m e n te c o n la v ista p u e sta e n ellas— y c o n te m p la r esa fin a lid a d d e la n a tu ra le ­ za c o m o a c c id en tal e h ip e rfísic a , e n lo q u e a su o rig e n se refiere. E n efe c to , n o n o s e ra líc ito su p o n e r, m ás allá de la n atu ra le z a , u n ser d o ta d o d e tales p ro p ie d a d e s, sin o só lo b a sa rn o s en la idea del m ism o , c o n el fin d e c o n sid e ra r los f e n ó m e n o s 1 c o m o siste m á tic a m e n te lig a d o s e n tre sí, p o r a n a lo ­ gía c o n la d e te rm in a c ió n causal. P re c isa m e n te p o r ello e sta m o s a u to riz a d o s a c o n c e b ir la causa del m u n d o e n la idea, n o só lo se g ú n u n a n tr o p o m o rf is ­ m o su til (sin el cu al n a d a p o d ría p e n sa rse d e e lla 12), es d ecir, c o m o u n ser d o ta d o d e e n te n d im ie n to , d e sen sacio n es de a g ra d o y d e sa g ra d o , así c o m o d el d e se o y la v o lu n ta d c o rre sp o n d ie n te s, 1 2

Leyendo, con H artenstein, d ie , en lugar de d e r (N. del T .) Leyendo, con Wille, tb r , en vez de ih m . (N. del T.)

D IALECTICA N A TU RA L D E LA R A Z O N HUM ANA

565

etc., sin o q u e e stam o s, ad em á s, a u to riz a d o s a a trib u irle u n a p e rfe c c ió n in fin ita, una p e rfe c c ió n q u e , c o n sig u ie n te m e n te , s o ­ brepasa co n m u c h o la q u e el c o n o c im ie n to e m p íric o nos ofrece. E n efecto , la ley re g u la d o ra d e la u n id a d sistem ática tien d e a q u e e stu d iem o s la n atu raleza como si en to d a s p a rte s existiese, ju n ta m e n te co n la m ay o r v a rie d a d p o sib le , u n a u n id a d siste m á ­ tica y teleo ló g ica in infinitum , p u e s, p o r m u y p o c o q u e sea lo q u e d e esta p e rfe c c ió n del m u n d o v islu m b re m o s o alca n ce­ m o s, el buscarla y el so sp e c h a r q u e ex iste en to d a s p artes fo rm a p a rte de las reglas im p u estas p o r la ra z ó n ; el p la n te a r la in v e stig ació n de la n atu ra le z a a la lu z de este p rin c ip io nu n ca será c o n tra p ro d u c e n te , sin o sie m p re v en ta jo so . P e ro tam b ién es e v id e n te q u e, al re p re se n ta rn o s la idea de u n c re a d o r su p re m o , idea q u e no s sirv e d e base, n o nos fu n d a m o s en la existencia ni en el c o n o c im ie n to de ta l ser, sin o sim p le m e n te en la idea del m ism o y q u e , p o r ta n to , nada d e riv a m o s en realidad de ese ser, sin o de su id e a ; es d e c ir, las d eriv a c io n e s so n d eriv acio n es de la n atu raleza d e las cosas m u n d a n a s te n ie n ­ d o en cu en ta esa idea. E l le n g u a je m o d e s to y ra z o n a b le de los filó so fo s d e to d o s los tie m p o s p a re c e d e b e rse a cierta co n cien cia, n o d e sa rro lla d a , del c o rre c to u so de este c o n c e p to de ra zó n , ya q u e ellos em p lean c o m o sin ó n im o s las e x p resio n es « sabiduría y p ro v id e n c ia de la n atu raleza» y « sab id u ría divina». E s m ás, c u a n d o de la sim p le ra z ó n esp e c u la tiv a se tra ta , p re fie ­ ren la p rim e ra e x p resió n , d e b id o a q u e ésta fren a las p re te n s io ­ nes de a firm a r m ás de lo q u e n o s está p e rm itid o , a la vez q u e rem ite la ra z ó n a su ca m p o p ro p io , la naturaleza. A sí, p u es, la raz ó n p u ra , q u e p arecía o fre c e rn o s in icial­ m e n te nad a m en o s q u e a m p liar n u e stro s c o n o c im ie n to s m ás allá de to d o s los lím ites de la e x p erien cia, n o c o n tie n e o tra cosa, c u a n d o la en te n d e m o s c o rre c ta m e n te , q u e p rin c ip io s r e ­ g u lad o res. E s c ie rto q u e ésto s im p o n e n u n a u n id a d m ay o r de la q u e se halla al alcance del u so e m p íric o del e n te n d im ie n to . P ero , p recisam en te p o r situ a r ta n lejos el o b je tiv o al q u e ese m ism o e n te n d im ie n to tie n e q u e a p ro x im a rse , d a n lu g a r, gracias a la u n id a d sistem ática, a su m áx im o g ra d o de c o h e re n ­ cia in tern a. P o r el c o n tra rio , si, en v irtu d de u n a ilu sió n que n o p o r b rilla n te es m en o s e n g a ñ o sa , se e n tie n d e n e rró n e a ­ m en te y se los to m a p o r p rin c ip io s c o n stitu tiv o s de c o n o c im ie n ­ to s tra sc e n d e n te s, o casio n a n p e rs u a sió n y saber im a g in a rio , y, co n ello, co n tra d ic c io n e s y d isp u ta s inacabables.

566

K A N T /C R IT IC A D E LA R A Z O N PURA

A sí, to d o c o n o c im ie n to h u m a n o se inicia c o n in tu ic io ­ nes, pasa d e éstas a los c o n c e p to s y te rm in a en las ideas. Si b ien p o see, en relació n c o n los tres e le m e n to s, fu en tes c o g n o scitiv as a priori q u e, a p rim e ra v ista , p a re c e n e lu d ir los lím ites de to d a experien cia, u n a c rític a c o m p le ta n o s lleva al c o n v e n c im ie n to d e q u e la ra z ó n , en su u so e sp e c u la tiv o , n u n ca p u e d e tra sp a sa r c o n esto s e le m e n to s el c a m p o d e la experiencia p o sib le y de q u e la v e rd a d e ra fin alid ad 1 de esta su p e rio r facu ltad c o g n o sc itiv a c o n siste en se rv irse de to d o s los m é to d o s y de to d o s los p rin c ip io s de ésto s c o n el ú n ico o b je to de p e n e tra r hasta lo m ás re c ó n d ito de la n a tu ra le z a , de a c u e rd o co n to d o s los p rin c ip io s de u n id a d p o sib le s — el m ás im p o rta n te de los cuales es el d e la u n id a d de fin es— , p e ro sin reb asar n u nca los lím ites de esa m ism a n a tu ra le z a , fu era de la cual n o hay para nosotros m ás q u e esp acio vacío. La in v e stig a c ió n crítica realizad a en la an alítica tra sc e n d e n ta l nos ha c o n v e n c id o ya su fic ie n te m e n te de q u e las p ro p o sic io n e s A 7031 susceptibles de am p lia r n u e stro c o n o c im ie n to m ás allá de la B 731 J ex p eriencia real jam ás p u e d e n c o n d u c irn o s m ás allá de u n a ex­ p erien cia p o sib le. Si n o d e sc o n fiá ra m o s in clu so de las d o c tr i­ nas m ás claras, ab stracta s y u n iv e rsa le s, si n o h u b ie se atray e n te s p ersp ectiv as q u e nos in c ita ra n a re c h a z a r la fu erza de esas d o c trin a s, sin d u d a p o d ría m o s h a b e rn o s a h o rra d o el fa tig o so in te rro g a to rio de to d o s los te s tig o s d ialéctico s llam ad o s p o r una razó n tra sc e n d e n te en a p o y o d e sus p re te n sio n e s. E n efecto, sabíam os de a n te m a n o y c o n p le n a se g u rid a d q u e , si b ien p o d ía n ser sinceras to d a s esas p re te n sio n e s, te n ía n q u e re su lta r ab so lu ta m e n te v anas p o r re fe rirse a c o n o c im ie n to s q u e n in g ú n h o m b re p u e d e alcanzar. T e n ie n d o en c u e n ta q u e n o h ay m o d o de acabar u n a d isc u sió n si n o se d e sc u b re la v e rd a d e ra causa de una ilu sió n q u e es capaz de e n g a ñ a r al m ás ju ic io so ; te n ie n d o en c u en ta , ad em ás, q u e la d e sc o m p o sic ió n de to d o n u e stro c o n o c im ie n to tra sc e n d e n te en sus e le m e n to s (en c u a n to e stu d io de n u e stra n atu raleza in te rio r) p o se e u n v a lo r n ad a in sig n ific a n ­ te p o r sí m ism o , a la vez q u e c o n stitu y e in c lu so una o b lig a c ió n p ara el filó so fo ; te n ie n d o e n c u e n ta to d o esto , era n ecesario in d ag ar m in u c io sa m e n te to d a s estas vanas elab o ra c io n e s de la ra z ó n esp ecu lativ a h asta sus fu e n te s p rim e ra s. Y d a d o q u e en este caso la ilu sió n d ialéctica n o só lo es e n g a ñ o sa e n lo 1 Bestimmung

D IA LECTIC A N A T U R A L D E LA R A Z O N HUM ANA

567

q u e se refiere al ju icio , sin o q u e es, a d em á s, te n ta d o ra y n a tu ra l — c o m o lo será siem p re — in clu so en lo q u e to c a al in terés p u e sto en este ju icio , m e ha p a re c id o aco n se ja b le re d a c ta r d eta lla d a m e n te las actas d e este p ro c e s o , p o r así d e c irlo , y arch iv arlas en la ra z ó n h u m a n a c o n el fin d e p re v e n ir e rro re s d e esta clase en el fu tu ro .

A 704 B 732

II.

D O C T R IN A T R A S C E N D E N T A L DEL M ETODO

f A 705 { B 733

-A »

^ r ‘ '-f^ T ^ r. ■&•■-* * • ■

View more...

Comments

Copyright ©2017 KUPDF Inc.
SUPPORT KUPDF