Jornal de Umbanda Sagrada - FEVEREIRO/2016
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Somos Templos Vivos de Olorum
A PALAVRA DO EDITOR
Por ALEXANDRE CUMINO Contatos:
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TODO MÉDIUM de Umbanda é um templo vivo da religião, portanto somos sacerdotes deste templo vivo. Sacerdocio é viver com alma, coração e verdade em tudo o que fazemos. Em tudo o que tem sua alma, coração e verdade é sagrado para você. Somos os templos vivos de Olorum, nosso coração é o nosso altar e a verdade a nossa doutrina colocada no topo deste altar onde mora a nossa alma. Se descobrir sua alma, coração e verdade na Umbanda então ali está o que é sagrado, que deve ser cuidado. Este cuidado com o Sagrado é sacerdócio. Primeiro devemos aprender a ser sacerdotes de nós mesmos antes de querer o sacerdocio para cuidar dos outros. O bem mais precioso é a vida e o sacerdocio é uma ferramenta para cuidar de nossa vida e da vida de quem nos procura. Respeito, amor e dedicação devem estar acima de tudo quando estamos exercendo o sacerdocio para nós ou para os outros. Aprender o sacerdocio é desenvolver um senso ético com relação a vida é estar acima de falsos moralismos e apegos que não levam a nada.
Podemos aprender muita teoria, muitos rituais e técnicas, no entanto o mais importante é aprender sobre o ser humano. Ao aprender sobre este ser humano vamos aprender sobre algo inseparável a ele que é sua relação com o sagrado e o divino. Estes valores são universais, portanto valem para todas as culturas e religiões. A Umbanda traz estes valores universais sob o manto da cultura brasileira unindo espiritualidade,
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Revisão: Equipe Umbanda, eu curto! Site: www.umbandaeucurto.com Diretor Fundador: Rodrigo Queiróz Tel.: (14) 3019-4155 E-mail:
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Embora as atividades de Umbanda estejam voltadas à assistência de quem lhe procura por meio das consultas com os guias espirituais nas giras e sessões de atendimento público e caritativo, a maior experiência da religião é vivida pelo medium que está em transe de incorporação e daqueles que compartilham a profundidade desta vivência. Sim a Umbanda é a manifestação do espírito para a pratica da caridade, embora esta caridade pareça se resumir em dar conselhos e
passes existe algo muito maior que é o despertar para uma verdade maior que nós mesmos. Sim esta é a maior de todas as caridades da Umbanda, despertar, acordar, desvelar as pessoas para um mundo maior, para a espiritualidade e por fim para a sua própria verdade. Somos sacerdotes desta realidade, somos sacerdotes da nossa verdade, somos sacerdotes da vida, somos sacerdotes do despertar, somos sacerdotes de Umbanda !!! Somos sacerdotes de alma, coração e verdade !!!
O JORNAL DE UMBANDA SAGRADA
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O enigma Exu Mirim Por RUBENS SARACENI – Contato:
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Afinal, que melhor momento há para fazer “artes” do que quando incorporado com seu Exu Mirim, não é mesmo?
No decorrer dos milênios, todas ou quase todas as religiões organizadas tiveram nos gêmeos infantis um dos seus mistérios, e eles ocuparam e ainda ocupam um lugar de destaque em muitas delas. Na África, em várias religiões, os gêmeos estão presentes ou, quando não aparecem juntos, pelo menos um se faz presente. Assim como ocorre entre os índios brasileiros, em que a criança é chamada de curumim e há seres sobrenaturais infantis ou mirins. Se assim foi, é e será, então temos que identificar melhor esse mistério e descobrir algumas de suas funções na Criação, porque a partir daí ele fica fundamentado e o entendimento sobre ele torna-se acessível a todos os umbandistas que, quer queiram ou não, têm à “Esquerda” uma entidade “infantil” cuja companhia não recomenda ao seu filhinho, pois preferem colocá-lo num jardim de infância freqüentados só por criancinhas da “Direita”. Afinal, essas crianças da “Esquerda” (os Exus e as Pombagiras Mirins) fumam, bebem, e ainda atazanam a vida de quem os ofende ou os desagrada, não é mesmo? São crianças condenadas ao purgatório ou ao abandono nas “ruas”, largadas não se sabe por quem, pois nenhum Orixá assumiu a paternidade delas e nenhum os recolheu aos seus Domínios na Criação, preferindo enviá-los para os de Exus que, ao contrário dos outros Orixás, não nega abrigo em seus domínios a ninguém. A todos Exu acolhe e com todos se relaciona amigavelmente.
E assim foi na Umbanda. Quando ninguém sabia o que fazem com os infantes da Esquerda, Exu deu-lhes casa e comida, digo, domínio e campo de ação. Firmado no lado de fora dos templos de Umbanda, mas ganhando aqui e acolá um “ebozinho” minguado para resolver complicações indissolúveis, Exu Mirim foi sobrevivendo à mingua e entre a própria sorte... ou azar quem sabe? Isolado no gueto ou no cortiço dos meninos mal-educados e desbocados, Exu Mirim raramente entra na “casa grande” (no templo) e, ainda assim, é para limpar e levar embora a sujeira alheia (dos consulentes). Afinal, só raramente o chamam para realizar um trabalho de ponta a ponta, ou seja, do começo ao fim! Mas, boa parte da má educação e do “desbocamento” dessas entidades infantes da Esquerda deve-se ao comportamento dos seus médiuns e não ao Orixá Exu Mirim.
Que melhor oportunidade há para falar palavrões do que quando incorporado por um espírito “desbocado e mal-educado?” Há médiuns que chegam a enfiar os dedos nas narinas e comer ou fingirem que comem “ronhas”, chocando quem os veem fazendo tal coisa. Há outros que fazem micagens (gestos de macacos) e mostram a língua para os assistentes, além de gestos obscenos impublicáveis quando incorporados com seus Exus Mirins, fazendo uma pantomima nada religiosa. Mas isso não é inerente aos Exus Mirins, e sim à falta de informações dos seus médiuns, pois não se doutrinam nem aos espíritos que incorporam e os usam para extravasarem o que têm em seus íntimos. Exu Mirim é superior a tudo isso e, mesmo sendo relegado à mingua na maioria dos centros e por um grande número de médiuns umbandistas, vem sobrevivendo como um dos mais fechados dos mistérios da Umbanda e vem resistindo a comentários mais absurdos possíveis já publicados por pessoas que não só o desconhecem como nada sabem sobre ele.
Texto extraído do livro “Orixá Exu Mirim”, de Rubens Saraceni, Editora Madras
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O efeito placebo Por WALERIA ROSADO DE MELLO – Contato:
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Me encheu os olhos de lágrimas Por RONALDO PEREIRA (Mensagem do Sr. Exu Capa Preta) Contato:
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A Umbanda, assim como o Espiritismo, a passos lentos vem sendo contaminada por um movimento ilusionista que prefere agradar mais do que efetivamente curar. Esse movimento pode ser comparado a um Efeito Placebo. Placebo, meus irmãos, conforme definição facilmente encontrada nos dicionários, é o nome de um procedimento inerte ou fármaco, que apresenta resultados terapêuticos, devido aos efeitos psicológicos da crença do paciente que está a ser tratado. Muitos terreiros liderados por sacerdotes obsediados, fascinados e iludidos, estão promovendo um show à parte. Numa ilusão coletiva, atendem os irmãos que os procuram, na dor, de forma comercial e espetacular. Explorando a fé desses pequeninos, como os chamava Jesus, obtêm resultados aparentemente satisfatórios, promovidos por Quiumbas e outras entidades de igual ou pior faixa vibratória. A maioria dos irmãos que procuram os terreiros de Umbanda estão em busca de soluções rápidas para seus problemas. Comparemos a um medicamento alopático que age no sintoma e não na causa da doença. A ora-
ção, a reforma íntima e o tratamento espiritual são em doses homeopáticas. Cada frasco desses ‘remédios’ podem representar meses ou anos, pois agem em conjunto com a mudança moral do paciente, o que para muitos não interessa. Estes, então, acabam sendo arrebatados pelos caminhos da sombra e do engano. O placebo, como forma medicamentosa, age no sistema nervoso central e provoca reações psicossomáticas, levando a uma sensação de bem estar. Igualmente podemos comparar a atuação terapêutica aplicada em alguns terreiros, onde os irmãos das sombras atuam no sistema nervoso do paciente, irradiando em seus plexos e promovendo uma aparente cura. Com isso, o paciente cria uma dependência psíquica e uma ligação espiritual com essas entidades. Entidades que estão ganhando fama e dinheiro com ‘cirurgias espirituais’ confundem os pequeninos que estão procurando consolo nas casas espíritas e umbandistas. Alan Kardec deixa claro no livro ‘O Evangelho Segundo o Espiritismo’, capítulo XXVI, que “explorar a mediunidade
é, portanto, dispor de uma coisa da qual não é realmente o dono, afirmar o contrário é enganar aquele que paga”. E Jesus, no livro do Novo Testamento, em Mateus 10:8, nos diz: “ Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.” Contudo esses pequeninos poderiam se libertar dos manipuladores se procurassem a Verdade. “Conhecereis a Verdade e a Verdade te libertará”, segundo João 8:32. São poucos os que acordam do efeito hipnótico a que estão submetidos, mas existem aqueles que conseguem, pois utilizam o livre-arbítrio a seu favor, questionando as entidades; verificam quão raso é seu conhecimento medicinal e terapêutico, ou ainda quão superficial é a sua intenção sincera de ajudar. Mais uma vez, meus irmãos, fica claro que o estudo é o caminho. Jesus nos disse que Ele é o caminho, e esse caminho é de estudo e de fé crítica e racional. Disse ainda que poderíamos fazer o que Ele fez e muito mais, mas para isso há necessidade de aprimoramento moral, para podermos utilizar nossa bagagem intelectual com sabedoria.
Dentro de um terreiro de Umbanda, uma hora antes de começar a gira - e que por sinal era uma gira de Preto Velho - o dirigente do terreiro ajoelhado chorava e chorava. Alguns filhos da Casa que aquele dia chegaram mais cedo, vendo aquela cena, se emocionaram e se preocuparam também. Um deles foi até o dirigente e perguntou: - Meu Pai porque choras? O que aconteceu? Alguém aqui do terreiro te magoou? Fizemos algo para esse pranto estar vertendo tão forte dos seus olhos?
aplaudido. Quando tem gira de Preto Velho, de Caboclo ou de Crianças, são poucos os que vem aprender e há também alguns que vem e nem prestam atenção.
E o dirigente espiritual disse:
É só mais um velho, ou um índio, ou uma criança falando sem parar; só querem saber a que horas vão incorporar, se falar que ninguém ira incorporar vão sair falando mais ainda do terreiro.
- Filho, o ser humano muitas vezes não sabe o que fala, faz ou pensa. Muitos criticam o chefe da Casa pelos trabalhos realizados e querem mudar tudo da noite para o dia. Outras te criticam sem te conhecer e muitas vezes te batem sem você merecer. Outras pessoas entram aqui só para olhar e lá fora falar mal do que não conseguiram enxergar de verdade, pois seus olhos estavam fechados para o campo espiritual. Outras, então, vêm aqui apenas para querer brincar de incorporar. E o pior de todos é o filho mentiroso, que vem ao terreiro para uma gira de Exu e de Baiano, incorpora, mas muitas vezes não está incorporado, porém quer dar um show para uma plateia, pensando que um terreiro é um circo ou um teatro e assim, no fim da peça, quer ser ovacionado,
Tudo isso faz esse velho dirigente, que não é mais do que ninguém aqui dentro - só sou um irmão mais velho a chorar de dor e agonia, de tristeza - porque o que o campo espiritual prometeu ele está cumprindo: a paz, o amor, a caridade e a humildade. E o que vocês estão dando em troca? Nada! Quando ele se levantou viu seus médiuns e assistência todos em pé, de cabeça baixa, chorando. Ele saudou o congá, os atabaques e a tronqueira. Passou a direção dos trabalhos para a Mãe Pequena e foi embora. No dia seguinte souberam que ele tinha desencarnado.
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Prece-poema a “Pai Benedito de Aruanda” Por RONALDO LINARES
Meu bondoso Preto-Velho! Aqui estou de joelhos, agradecido contrito, aguardando sua benção. Quantas vezes com a alma ferida, com o coração irado, com a mente entorpecida pela dor da injustiça eu clamava por vingança, e Tu, oculto lá no fundo do meu Eu, com bondade compassiva me sussurravas ESPERANÇA. Quantas vezes desejei romper com a humanidade, enfrentar o mal com maldade, olho por olho, dente por dente, e Tu, escondido em minha mente, me dizias simplesmente: “Sei que fere o coração a maldade e a traição, mas, responder com ofensas, não lhe trará a solução. Para, pensa, medita e ofereça-lhe o perdão. Eu também sofri bastante, eu também fui humilhado, eu também me revoltei, também fui injustiçado. Das savanas africanas, moço, forte, livre, num instante transformado em escravo acorrentado, nenhuma oportunidade eu tive. Uma revolta crescente me envolvia intensamente, por que algo me dizia, que eu nunca mais veria minha Aruanda de então, não ouviria a passarada, o bramir dos elefantes, o rugido do leão, minha raça de gigantes que tanto orgulho tivera, jazia despedaçada, nua, fria, acorrentada num infecto porão. Um ódio intenso o meu peito atormentava, por que Oyá não mandava uma grande tempestade? Que Xangô com seus raios partisse aquela nave amaldiçoada, que matasse aquela gente, que tão cruel se mostrara, que até minha pobre mãezinha, tão frágil, já tão velhinha, por maldade acorrentara. E Iemanjá, onde estava que nossa
Umbanda, quem és? Por ELCYR BARBOSA
desgraça não via, nossa dor não sentia, o seu peito não sangrava? Seus ouvidos não ouviam a súplica que eu lhe fazia? Se Iemanjá ordenasse, o mar se abriria, as ondas nos envolveriam; ao meu povo ela daria a desejada esperança, e aos que nos escravizavam, a necessária vingança. Porém, nada aconteceu, minha mãezinha não resistiu e morreu; seu corpo ao mar foi lançado, o meu povo amedrontado, no mercado foi vendido, uns pra cá, outros pra lá e, como gado, com ferro em brasa marcado. Onde é que estava Ogum? Que aquela gente não vencia, onde estavam as suas armas, as suas lanças de guerra? Porém, nada acontecia, e a toda parte que olha, somente um coisa via: terra. Terra que sempre exigia mais de nossos corpos suados, de nossos corpos cansados. Era a senzala, era o tronco, o gato de sete rabos que nos arrancava o couro, era a lida, era a colheita que para nós era estafa, para o senhor era ouro. Quantas vezes, depois que o sol se escondia, lá no fundo da senzala, com os mais velhos aprendia, que no nosso destino no fim não seria sempre assim, quantas vezes me disseram que Zambi olhava por mim. Bem me lembro uma manhã, que o rancor era grande, vi sair da casa grande, a filha do meu patrão. Ingênua, desprotegida, meu pensamento voou: eis a hora da vingança, vou matar essa criança, vou vingar a minha gente, e se por isso morrer, sei que vou morrer contente. E a pequena caminhava alegre, despreocupada, vinha em minha direção, como a fera aguarda a caça, eu esperava ansioso, minha hora era chegada. Eu trazia
as mãos suadas, nesse momento odioso, meu coração disparava, vi o tronco, vi o chicote, vi meu povo sofrendo, apodrecendo, morrendo e nada mais vi então. Correndo como um possesso, agarrei-a por um braço e levantei-a do chão. Porém, para minha surpresa, mal eu ergui a menina, uma serpente ferina, como se ora o próprio vento, fere o espaço, errando, por minha causa, o seu bote tão fatal, tudo ocorreu tão de repente, tudo foi de forma tal, que ali parado eu ficara, olhando a serpente que sumia no matagal. Depois, com a criança em meus braços, olhei meus punhos de aço que a deviam matar... olhei seus lindos olhinhos que insistiam em me fitar. Fez-me um gesto de carinho, eu estava emocionado, não sabia o que falar, não sabia o que pensar. Meus pensamentos estavam numa grande confusão, vi a corrente, o tronco, as minhas mãos que vingavam, vi o chicote, a serpente errando o bote... senti um aperto no coração, as minhas mãos calejadas pelo machado, pela enxada, minhas mãos não matariam, não haveria vingança, pois meu Deus não permitira que morresse essa criança. Assim o tempo passou, de rapaz forte de antes, bem pouca coisa restou, até que um dia chegou e Benedito acabou... Mas, do outro lado da morte eu encontrei nova vida, mais longa, muito mais forte, mais de amor e de perdão, os sofrimentos de outrora já não importam agora, por que nada foi em vão... Fomos mártires nessa vida, desta Umbanda tão querida, religião do coração, da paz, do amor, do perdão”.
- Quem sou? É difícil determinar. Sou a fuga para alguns, a coragem para outros. Sou o tambor que ecoa nos terreiros, trazendo o som das selvas e das senzalas. Sou o cântico que chama ao convívio seres de outros planos. Sou a senzala do Preto Velho, a ocara do Bugre, a cerimônia do Pajé, a encruzilhada do Exu, o jardim da Ibejada, o nirvana do Indu e o céu dos Orixás. Sou o café amargo e o cachimbo do Preto Velho, o charuto do Caboclo e do Exu; o cigarro da Pombagira e o doce do Ibejê. Sou a gargalhada da Rosa Caveira do Cruzeiro das Almas, o requebro da Maria Padilha das Almas, a seriedade do Seu Marabô. Sou o sorriso e a meiguice de Maria Congá de Aruanda e de Pai José de Aruanda; a traquinada de Mariazinha da Praia, Risotinho, Joãozinho da Mata e a sabedoria do Caboclo Tupinambá. Sou o fluído que se desprende das mãos do médium levando a saúde e a paz. Sou o isolamento dos orientais onde o mantra se mistura ao perfume suave do incenso. Sou o Templo dos sinceros e o teatro dos atores. Sou livre. Não tenho Papas. Sou determinada e forte. Minhas forças? Elas estão no homem que sofre e que clama por piedade, por amor, por caridade. Minhas forças estão nas entidades espirituais que me utilizam para seu crescimento. Estão nos elementos. Na água, na terra, no fogo e no ar; na pemba, na tuia, no mandala do ponto riscado. Estão finalmente na tua crença, na tua Fé, que é o elemento mais importante na minha alquimia. Minhas forças estão em ti, no teu interior, lá no fundo, na última partícula da tua mente, onde te ligas ao Criador. Quem sou? Sou a humildade, mas cresço quando combatida. Sou a prece, a magia, o ensinamento milenar, sou cultura. Sou o mistério, o segredo, sou o amor e a esperança. Sou a cura.Sou de ti. Sou de Deus. Sou Umbanda. Só isso. Sou Umbanda.
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Morte: admirável mundo novo
Máscaras Por RAFAEL F. FERREIRA (Mensagem do Baiano Zé do Côco) – Contato:
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Por DOUGLAS RAINHO – Contato:
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ENTÃO, as cortinas da vida se fecham em definitivo e começamos o espetáculo do outro lado, agora nos domínios do teatro chamado Universo.
moral que irá abreviar nossa passagem pelas paragens mais densas. Deixamos tudo para o amanhã. Porém, não sabemos se o amanhã chegará.
Será que essa mudança de realidade é algo sutil? Estaríamos preparados? A morte é realmente a libertação da almas e o cessar dos sofrimentos?
A dor não é abrandada para aqueles que não se preparam. Sendo o ‘outro lado’ a verdadeira realidade, não há como fugir mais na ilusão sobre os nossos objetivos e nossas falhas.
Para aqueles que se preparam em vida a resposta é: sim. Mas sejamos honestos: quantos de nós estamos preparados para o desenlace final? Deixamos tudo para depois e relegamos a consciência espiritual para um momento mais oportuno, pois estamos assoberbados com as coisas da vida material, com o ganho financeiro, com a manutenção da matéria, com as festividades em família e nos conglomerados de amizade e, na maioria das vezes, nas nossas imperfeições e dores. É dito que o Espiritismo venceu a morte, pois ele simplesmente demonstra que a vida continua apenas alterando a realidade da morada da nossa consciência. Mas mesmo dentre os espíritas e espiritualistas, muitos se esquecem do estudo e da prática espiritual, além da lapidação
A crueldade da VERDADE se coloca diante de nossos olhos e nos sentimos completamente despidos de nossas defesas. Para isso só há uma solução: reforma íntima. E essa devendo ser constante e primordial, com total prioridade. Não devemos deixar para depois aspectos tão urgentes.
Quando desencarnamos, apenas a matéria fica no plano material, o nosso espírito – sede de nossa consciência – acaba fazendo a transição, mas não muda em sua índole e em sua essência. Logo, para alguns a morte pode ser surpreendentemente perturbadora. Um espírito que tenha consciência da continuidade da vida após o desencarne acaba sendo tomado de menos surpresa, podendo abreviar o tempo necessário para sua recuperação e adaptação no outro lado. Então, por isso que é tão importante fazer o que o Espírito de Verdade nos indicou: – Amai-vós e Instruí-vos!
Eita meus fios! Deus em sua sabedoria deu o livre arbítrio a cada um de vocês para que sejam felizes e trilhem por caminhos prósperos. A cartilha de aprendizado e experiências que cada um deve passar fica a cargo da Lei Maior através de seus mentores a lhes guiar. Não tenham medo das pedras e nem dos espinhos que encontrarão ao longo do percurso, pois se com Fé fizerem, verão que sozinhos não estarão e, ainda que caiam, do chão logo levantarão. Contudo, enquanto vocês vestirem a máscara do ego e da vaidade, mais se afastarão da plenitude da felicidade, que há de se alcançar e vivenciar quando suas atitudes caminham junto de suas Verdades, seus Corações. Muitos insistem em escolher caminhos diferentes daquele que lhes indica o coração, e vestidos de máscaras a esconder a beleza de suas feições, vemos se afastarem cada vez mais do seu Verdadeiro Eu, e com o tempo se perderem até que esquecem quem são. Oxi, porque não deixam de besteira? OUÇAM O QUE LHES DIZEM SEUS CORAÇÕES E ASSIM ESTARÃO NA DIREÇÃO CERTA; caminhando pela verdade, tenham a certeza que mais perto estarão da Plenitude e da Felicidade. Do Amigo, Zé do Coco
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PNL UMBANDA 1: A Mediunidade à luz da PNL Por MÁRCIO MARTINS MOREIRA – Contato:
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Você já pensou que estrutura de pensamento, que “raciocínio” os Guias utilizam para transformar a vida das pessoas, muitas vezes com simples perguntas? Essa foi a pergunta que me motivou a iniciar uma pesquisa que durou 18 meses, analisando a mediunidade de incorporação a partir das técnicas da Programação Neurolinguística, área que estudo há 15 anos, com três livros publicados até o momento. O estudo se compôs da leitura da estrutura subjetiva do médium não incorporado em comparação com as estruturas apresentadas pelos guias e entidades incorporadas. Traduzindo, como era a maneira de pensar do médium,
suas estratégias mentais para buscar soluções, seu modo de ver a vida, suas limitações e carências e, em seguida, comparando com as respostas dos guias. Através do levantamento de meta-programas, movimentos oculares, canais representacionais, palavras significativas e níveis neurológicos, fizemos a modelagem de 48 indivíduos (18 médiuns e 30 entidades). Destaco, dentre várias análises a serem feitas: - Em 86% dos casos, o padrão do movimento ocular e o Canal Representacional dominante mudaram do médium incorporado para seu guia (o que denota “outra personalidade”);
- Conceitos diferentes, e às vezes discordantes, entre médium e guia (26%); - As respostas dos médiuns eram no nível neurológico de Capacidades (44%) ou Identidade (30%), significando que os médiuns estavam focados em apresentar seus aprendizados pessoais ou quem eram. As respostas dos guias, majoritariamente, estiveram no nível Sistêmico (impressionantes 75%), demonstrando que dirigiam suas respostas para algo maior-que-eles, para os relacionamentos interpessoais, para a coletividade e para o bem comum. - Utilização de perguntas de Meta-Modelo de Linguagem ade-
quadamente (médiuns=22%, guias=65%) Em termos simples, isso mostra que nossos guias têm inúmeros recursos para ajudar o próximo a transformar sua própria vida, o que chamamos em PNL de mudança evolutiva. Existe muita coisa para aprendermos com nossos guias. Incorporar estes recursos semanalmente e não termos o preparo suficiente para entender como o processo funciona é uma grande perda. Devemos APRENDER A APRENDER com eles o mais rápido possível. Aprendendo mais sobre “como” eles pensam, quais seus objetivos ao questionar o indivíduo e saber
antecipadamente qual a mudança desejada na pessoa, faz com que o nível de ansiedade diminua no momento da incorporação/consulta diminuindo a interferência do médium e aumentando o conforto e a segurança para o trabalho espiritual. “A Umbanda é linda”, como repete incansavelmente o Pai Alexandre Cumino. Imagine se melhorarmos ainda mais nossa percepção, ouvindo “de verdade” as mensagens, sentindo “de verdade” as sensações e vendo “o oculto” daquilo que é mostrado? Certamente, descobriremos dentro de nós e com o auxílio de nossos mentores, um mundo muito mais amplo, belo e rico do que jamais ousaríamos ter sonhado.
PNL UMBANDA 2: No texto anterior escrevi sobre a pesquisa realizada, utilizando a PNL , sobre a mediunidade de incorporação, onde apresentei alguns resultados que nos impelem a APRENDER A APRENDER com nossos guias, a cada incorporação, a cada consulta, a cada mensagem. Aprender a entender a estrutura do pensamento dos Guias traz muitas vantagens práticas em nossa vida: - Já percebeu como os Guias, certas vezes, ficam calados, esperando o momento certo para fazer
uma pergunta transformadora? (Como estamos fazendo? Será que falando demais e ouvindo de menos?);
rem “mestres”. (Você tem falado os “nãos” que você gostaria de falar ou fica inseguro se vai desagradar alguém?);
- As colocações das entidades são, na maioria das vezes, diretas, objetivas e incisivas, indo ao ponto sem rodeios. (Como está sua vida? Dando voltas-e-voltas sem objetividade?);
- Os Guias têm implícitos em seus discursos um nível de pensamento sistêmico, onde pensam na coletividade, na união, no bem comum, nos relacionamentos como ponto de evolução, sabendo que o indivíduo e o sistema podem crescer juntos. (Seus planos futuros, materiais ou não, envolvem a coletividade ou somente sua individualidade?);
- Os mentores utilizam a franqueza e a objetividade sem medo de melindrar a quem ouve, apesar do altíssimo respeito ao próximo, sabendo que eles não estão lá para serem “bonzinhos”, mas para se-
- Nem todas as palavras do
mundo podem expressar o jeito terno e carinhoso das entidades quando é necessário acolher o irmão, bastando um abraço ou até mesmo um olhar. (Como estão seus comportamentos frente àqueles que sofrem?). - Quando não há mais nada a ser dito que atenda aos objetivos daquela conversa, os Guias encerram com firmeza e tranquilidade. (Como estão suas conversas, reuniões, bate-papos? Elas têm objetivo e são encerradas sem rodeios?); Muitas outras lições existem para serem aprendidas com estes
seres que, com tanto carinho e dedicação, e por amor, vêm nos ensinar. Cabe a nós aprendermos a perceber tais ensinamentos . A Programação Neurolinguistica pode ajudar o umbandista a entender o processo de transformação que ocorre frente a um Guia, a entender a estrutura do raciocínio do Guia e sua forma de pensar. Sobretudo, a PNL pode ajudar no crescimento espiritual, no aprendizado na Umbanda e, principalmente, no CONHECE-TE A TI MESMO.
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A Umbanda é cristã?
Minha Umbanda Por MARCELO GOMES – Contato:
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Por MICHEL OLISKOVISCZ – Contato:
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ESTA É UMA PERGUNTA muito pertinente à prática religiosa dentro do contexto umbandista, pois existem aqueles que afirmam que não somos cristãos, que falam que nossa religião tem origem na lendária Atlântida, na África, nos cultos indígenas, etc.
Ao invés de querer incrementar a religião, adicionando excessos, porque não simplificamos a mesma e a tornamos mais fácil a sua compreensão por aqueles que não vivenciam a prática religiosa do lado de dentro da Umbanda?
Para que possamos esclarecer, a Umbanda é uma religião cristã desde o primeiro dia de culto, realizado em Niterói, no dia 16 de novembro de 1908, quando o senhor Caboclo das 7 Encruzilhadas iniciou o novo culto através de seu médium Zélio Fernandino de Moraes.
Como poderemos disseminar a nossa religião, se ao invés de simplificarmos a nossa prática religiosa, vivemos colocando empecilhos para aqueles que tentam se aproximar dela?
Em entrevista ao escritor J. Alves de Oliveira, Zélio de Moraes relatou o que aconteceu no dia 16 de novembro de 1908: “A prática da caridade, no sentido do amor fraterno, seria a característica principal desse culto, que teria por base o Evangelho de Jesus e como Mestre Supremo o Cristo.” Este texto foi retirado da obra ‘Umbanda Brasileira – Um século de História’, de Diamantino Fernandes Trindade. Isso significa que a Umbanda é sim cristã e não podemos negar isso. Infelizmente, vemos muita gente querendo inventar a roda ao invés de se preocupar com aquilo que realmente importa dentro dos Terreiros que é a prática da caridade. Como umbandistas compromissados com a religião, precisamos entender que muitas vezes menos é mais. Mas como assim? Simplicidade é a resposta para a pergunta acima e a chave para muitas práticas religiosas dentro do contexto umbandista.
O cristianismo é um dos maiores segmentos religiosos do mundo e nós fazemos parte dele, como pudemos ler acima; Zélio de Moraes e o Caboclo das Sete Encruzilhadas afirmam isso. Portanto, é mais fácil aceitar isso do que ficar querendo se achar dono da razão numa religião que é muito universal, que reúne práticas das mais diversas crenças e religiões do mundo. Ainda não temos alguém que una a nossa religião em torno de si, e provavelmente não teremos essa pessoa tão cedo. É por esse motivo existem tantas vertentes umbandistas no país. O que não podemos negar é a origem da Umbanda, com Zélio de Moraes e o Caboclo das Sete Encruzilhadas, e eles disseram que a Umbanda é cristã e pronto: somos cristãos. No mais, que possamos seguir o exemplo dos fundadores da Umbanda e procuremos servir mais do que sermos servidos, pois assim foi o Mestre de Nazaré, nosso querido Jesus Cristo. Um Axé luminoso e que a paz do Criador esteja com todos!
Minha Umbanda está livre de sobrenomes, não me apego se é Branca, Pura, Sagrada, Traçada, Omolokô, Tradicional, Umbandomblé, Esotérica, Exotérica, Iniciática, Mística, Umbandec, Magística, etc, sei lá quantos sobrenomes são possíveis de existir ou de darem a esta prática religiosa que transformou minha vida e ainda continua transformando a cada dia que piso no terreiro, ou seria templo, cabana, choça, núcleo, escola ou tenda? Enfim, a minha Umbanda está muito além de sobrenome ou lugar onde se pratica. Ela está em minha vida, em meu coração. A minha Umbanda é aquela em que há “manifestação do espírito para a prática da caridade”, e isto independe de local, vertente ou influência; minha Umbanda está onde eu estiver. Minha Umbanda tem canto ao som de atabaque, tem defumação, tem bater cabeça, tem respeito, tem amor, tem incorporação, tem oferendas, tem firmeza, tem imagens de santos, de africanos, de mentores, de hindus, de orientais, tem guias e colares, tem sacerdote, ou seria pai de santo, mãe de santo, babalaô, babalaorixá, babá, ialorixá, padrinho, madrinha ou dirigente? E novamente digo: pouco importa o nome que se dá a quem se disponibilizou a estar à frente dos trabalhos. Afinal, na minha Umbanda, este merece todo meu respeito, amor e gratidão por doar seu tempo a me ajudar em meu encontro com o sagrado, com o divino. Na minha
Umbanda sinto estar no meu lugar, “enfim encontrei meu lugar”; quem nunca se perguntou onde é seu lugar? A minha Umbanda é nossa Umbanda, Umbanda de todos nós, aquela que nos foi presenteada pela espiritualidade e que transforma a vida de milhares de pessoas em todos os lugares onde se baixa um espírito. Esta Umbanda é de caridade, humildade, simplicidade, amor, união, verdade. Na minha Umbanda sou apenas instrumento nas mãos de Deus, ou seria Tupã, Jeová, Elohim, Adonai, Zambi, Olorum, Zeus, Brahma, Amom, Odin? Acho que Deus é Deus, também não me importo o nome que se dá a ele; afinal, procuro senti-lo em minha vida e isto já me basta. Enfim, se quem leu tudo isto e achou algo em comum, bem vindo: somos da mesma religião, UMBANDA! Me perdoem os mais radicais, mas a minha Umbanda é a que me deixa livre, independente, que me libertou das amarras da ignorância e das mãos de líderes interessados em outras coisas menos na liberdade do meu espírito. Portanto, não me deixarei ser influenciado por este ou aquele grupo, por esta ou aquela vertente, por este ou aquele líder. Tenho compromissos com meus sentimentos, com minhas verdades e com minha espiritualidade. Ser umbandista pra mim é isso!
Jornal de Umbanda Sagrada - FEVEREIRO/2016
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Respeite. Respeite hoje, respeite sempre Por PAULO BREDARIOL (Mensagem do Caboclo Sete Pedreiras da Cachoeira) Contato:
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Respeite aquele que julga não merecer respeito; veja um lado bom onde só enxerga defeito. Aceite, aceite sempre, mesmo que não deseje, mesmo que entenda não merecer teu entendimento. Entenda as importâncias bem como cada função. Entenda, entenda sempre, pois em um dia determinado verás que era preciso todos estes sentimentos, todos estes entendimentos, todos estes conhecimentos. Abra e expanda teus pensamentos, tente entender os caminhos. Entenda a existência de diversos caminhos, assim saberá que precisará aceitar as diferenças que vier a conhecer. Sempre, em tudo que viver, tudo que vivenciar, cada qual terá a sua importância, sua devida importância, até mesmo os que menos valorizar terá seu valor, terá sua função. Em cada trabalho do mais braçal ao mais intelectual, todos tem sua devida importância e merecem respeito; deve-se todos o reconhecimento. Nenhum destes são merecedores do desprezo, diferenciação, muito menos a exclusão; a soma de cada um transforma-se em um Todo. Não existe um sem o outro. Cada um exerce sua parte e na junção das partes chegam ao Todo. Isso ocorre da mesma forma com as crenças, templos e devidas identificações, as chamadas religiões. Todas e em todos os momentos merecem o respeito e a aceitação de todos seus filhos que neste templo entram ou os que em outro templo vão.
Cada um destes templos possuem suas devidas funções em atendimento a um único Deus. Em todas existe o amor, a adoração aos filhos e o respeito dos irmãos. Todas devem ter como essência o amor. A aceitação com o amor não se pode chegar a uma conclusão do por que, em nome deste Deus, pode ter no interior de seus filhos a intolerância e o desrespeito aos outros templos, sendo estes os únicos verdadeiros. Como pode o homem colocar a intolerância para se julgar maior do que outro homem em nome de um Deus? Deus está em todos os ambientes ao mesmo tempo, em todas as casas, com todos os seus filhos. Sem exceção. Como pode o homem afirmar que em um canto qualquer Deus não está presente, que um determinado filho por não possuir o mesmo pensamento que o outro é e será eternamente renegado? Com qual finalidade um homem exerce o poder da certeza e do certo poder criado pela intolerância e pela ignorância? Deus, em sua infinita bondade, jamais permitirá que um homem atinja um outro seja da maneira mais densa até a mais cruel, utilizando e agindo em seu nome. O homem não aceita as diferenças e se julga na importância de diminuir o valor de um outro, com a fútil finalidade de ter a verdade suprema. Entenda que uma crença pode ser comparada à sua casa, comparada às portas de sua casa, às portas
que dividem cada espaço, que te trazem segurança, que lhe dá a individualidade de cada espaço. A casa onde tu faz morada, em teu lar, para que entenda. Transfira as crenças existentes em tua mente, estabeleça que cada crença que entendas, aceitas, tolera seja cada uma, como as portas de sua casa deverá, cada crença destas, cada religião, ser transformada em uma porta, cada uma que respeite, transforme-a em uma porta e a coloque no lugar que decida tua mente colocar. Se tens em tua mente apenas uma porta, coloque em sua casa apenas uma porta e veja como se sentirás; apenas esta porta será responsável pela proteção e segurança de tua casa. Tire todas as outras portas e deixe apenas a que escolheu no devido lugar que escolheu. Veja se as portas que decidiu abrir mão realmente não lhe farão falta. Com o tempo entenda que é preciso conhecer o diferente para entende-lo e aceitá-lo; a cada aceitação coloca-se de volta cada porta tirada por ti cada uma das portas de sua casa tem a sua devida importância, da mesma maneira que cada crença, cada filho, cada trabalho, todos tem a sua devida importância, merecendo o mesmo respeito de todos. Não pense que um será melhor que o outro, mas cada uma exerce a sua função, cada um tem uma permissão, todos com a mesma adoração. O mesmo ocorre em nome deste único Deus: apenas respeite e ame seus irmãos, ame mesmo com suas diferenças.
O JORNAL DE UMBANDA SAGRADA
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Jornal de Umbanda Sagrada - FEVEREIRO/2016
Jornal de Umbanda Sagrada - FEVEREIRO/2016
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Exu, Hellboy, Demônios Goéticos e a Umbanda Por DAVID VERONEZI – Contato:
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DEFINITIVAMENTE: Exu não tem chifres, rabo ou pé de bode. Se é assim que você enxerga Exu, tá precisando limpar suas “lentes espirituais”. E o pior: se é assim que você vê o Exu que trabalha, sinto em lhe informar que está trabalhando com um ser trevoso ou fruto da sua fértil imaginação. Exu, segundo a Umbanda, são espíritos humanos que tiveram diversas encarnações, e errando e acertando fizeram a sua caminhada evolutiva. Despertados consciencialmente, se assentaram à esquerda dos Orixás e trabalham hoje em favor da evolução dos seres. São vitalizadores de nossas qualidades positivas e absorvem, neutralizam e esgotam nosso negativo. O melhor a fazer é estudar melhor a essência Exu, suas qualidades, atributos e campos de atuação antes de fazer afirmações bizarras. Agora, se preferem dar asas à imaginação, vislumbrar Exu como um ser equiparado com as estórias em quadrinhos e personagens de desenhos animados, o problema é de cada um. Exu é realidade; Conde Drácula é mito. Exu existe; Batman é ficção. Exu é real; Hellboy é de mentirinha. As imagens vendidas em lojas de artigos religiosos caracterizando Exu (ou seria descaracterizando) são puramente comerciais e tem a intenção de serem vendidas para mentes supersticiosas. Não condizem com a realidade na maioria das vezes (salvo exceções). Se dentro da Umbanda existem umbandistas comparando Exu com demônios
goéticos, dando a eles formas diabólicas, rabos, chifres, cor avermelhada e etc, fica difícil para os estudiosos e praticantes sérios da Umbanda realizar um verdadeiro trabalho de desmistificação no tocante à esquerda da religião. Alguns querem criar e criam estórias mirabolantes sobre Exu e Pombagira. Não sei se para saciar sua vaidade ou por puro devaneio. Outros usam a figura de Exu para assustar pessoas, imitando o mito do Diabo usado pela Igreja de Roma para ter os fiéis “debaixo” de seus dogmas e mandamentos. Quanto desfavor fazem pseudoumbandistas em se tratando da esquerda da Umbanda! Preferem a fantasia que comove do que a verdade racional que custa, mas convence. Não quero nem falar sobre os de fora da Umbanda, que se utilizam dos nomes SAGRADOS de Exu e Pombagira para realizarem práticas de magia negativa, amarrações. Eles deverão prestar conta com a verdadeira Maria Padilha, Mulambo, Quitéria, Marabô, Tranca Ruas, Caveira que usam indevidamente os nomes para suas práticas repugnantes. E as beberagens de sangue, que alguns realizam dizendo incorporados de Exu? E as festas a fantasia que vemos em diversas “festas da esquerda’? E as luxúrias praticadas em nome das entidades da esquerda? Bom, passarinho que come pedra sabe o que tem; cada um segundo as suas obras. No fim das contas, quero acreditar que tanta distorção feita sobre Exu e Pombagira é por ignorância, mas a realidade é outra:
muita marmotagem, brincadeira, ilusão, devaneio, fantasia, palhaçada... E os que procedem com babaquices espirituais, uso indevido dos mistérios de Deus, prática de magia negativa usando o nome de Exu e Pombagira, ensinos distorcidos e irreais, podem apostar serão atuados pela Cruz Tridentada, atuados pela parte masculina negativa do fator congregador que no negativo gera a ilusão, iludindo os que se afastaram do positivo da fé, além de serem atuados pela espiral tridentada, atuados pela parte feminina negativa do fator congregador que no negativo gera a possessividade, fanatizando os que se afastaram da religiosidade positiva. Pombagira não é meretriz do astral, não esconde rabo debaixo de sua saia, não tem chifres pequeninos e redondinhos; é Mistério de Deus, é Desejo pela Vida. Exu não é o demônio: é polarizador com quem o ativa. Como Umbanda é religião e só pode fazer o bem **, Exu só polariza com o bem na Umbanda, porque umbandista só o ativa para o bem. Definitivamente: EXU É EXU, KIUMBA É KIUMBA, MAGIA É MAGIA, HARRY POTTER É HARRY POTTER E UMBANDA É UMBANDA! O caminho racional da ciência divina na Umbanda serve para fundamentar a religião. A fantasia serve para denegrir esses mesmos fundamentos. Não sabe não fala. É lunático, procure um psiquiatra. Gosta de conto de fadas, escreva um livro de estorinhas, mas, por favor, não maculem o Mistério da Esquerda da Umbanda.
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Jornal de Umbanda Sagrada - FEVEREIRO/2016