Josephine Angellini - 03 Goddess (Deusa)

February 13, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Starcrossed Book 3

(Deusa)

Josephine Angelini

 

  “Ela deve subir, ou eles cairão” 

 

SINOPSE Depois de acidentalmente libertar os Deuses de seu cativeiro no Olimpo, Helen deve encontrar uma maneira de prendê-los de volta, sem iniciar uma guerra devastadora. Mas os deuses estão zangados, e sua sede de sangue já começa a acumular corpos pelo caminho. Para piorar a situação, o Oráculo revela que um Tirano diabólico está à espreita entre eles, o que leva um distanciamento distanciamen to entre o grupo, outrora sólido, de amigos. Então, enquanto os Deuses usam os descendentes uns contra os outros, a vida de Lucas corre perigo. Ainda sem ter certeza se ama ele ou Orion, Helen é forçada a tomar uma decisão terrível, pois a guerra está cada vez mais  próxima.

 

CAPÍTULO 1 Traduzido por I&E BookStore

H

elen podia ver o que ela adivinhou que era o rio Styx bem à sua esquerda. Era uma torrente que rugia, crivada de icebergs. Nenhuma pessoa sã se atreveria a nadar através dele. Sentindo-se encalhada, ela mancava ao redor em um círculo apertado. Um rápido exame do horizonte mostrou que não havia mais ninguém na planície árida.  —  Droga  Droga  —  ela  ela xingou para si mesma, com a voz embargada. Suas cordas vocais não foram completamente curadas. Menos de uma hora atrás, Ares tinha cortado sua garganta e, embora ainda doesse quando ela falava, xingar a fez se sentir melhor. —  Tão  Tão típico. Ela tinha acabado de fazer uma promessa a seu amigo Zach. Ele estava braços, ela jurou que ela tinha iria sesecertificar de que ele morrendo bebesse doem rioseus da alegria naevida futura. Zach sacrificado para ajudá-la, e em seus momentos finais, ele deu a ela a chave que lhe permitiu matar Automedon e salvar Lucas e Orion. Helen tinha intenção de cumprir sua promessa para Zach mesmo se ela tivesse que levá-lo para os Campos Elísios e até às margens do Rio da Alegria ela mesma —  com  com as costelas quebradas, pernas cambaleantes e tudo mais. Mas por alguma razão, sua maneira habitual de navegar no Mundo Inferior não estava funcionando. Normalmente, tudo o que ela tinha que fazer era dizer em voz alta o que ela queria e simplesmente acontecia. Ela era Aquela que Descia, o que significava que ela era uma das pouquíssimas Descendentes que poderia ir até o Mundo Inferior em seu corpo vivo e não apenas como um espírito. Ela poderia até mesmo controlar a paisagem até certo ponto, mas, é claro, justo quando ela mais precisava desse talento, ele encontrou uma maneira de parar de funcionar. Isso era tão grego . Uma das coisas que Helen mais se ressentia sobre ser uma Descendente era que isso significava que havia uma quantidade terrível de ironia em sua vida. Helen apertou os lábios machucados juntos em frustração e levantou a voz rouca para o céu vazio.  —   Eu disse Eu quero aparecer perto do espírito de Zach!”   —  Eu  Eu estou com a alma dele, sobrinha. Helen virou-se e viu Hades, o senhor do Mundo Inferior, que estava vários passos atrás dela. Alto e equilibrado, ele estava envolto em sombras que dissipavam como dedos de nevoeiro relaxando seu controle. O Elmo da Escuridão e os metros extras de tecido da toga preta que ele usava obscurecia a maior parte de seu rosto, mas ela podia apenas distinguir a sua boca exuberante e queixo quadrado. O resto de sua toga “  

 

foi estendida sobre seu corpo como um acréscimo decorativo. Metade do seu peito liso e seus poderosos braços e pernas estavam nus. Helen engoliu em seco e concentrou em focalizar seus olhos inchados.  —  Sente-se,  Sente-se, por favor. Antes que você caia —  ele  ele disse suavemente. Duas cadeiras simples dobráveis e estofadas apareceram, e Helen relaxou seu corpo machucado em uma delas, enquanto Hades pegou a outra. —   Você ainda está ferida. Por que você veio aqui quando você deveria estar se curando?  —   Eu tenho que orientar o meu amigo para o paraíso. Onde ele pertence. —   A A voz de Helen tremia de medo, apesar de Hades nunca ter machucado ela. Ao contrário de Ares, o deus que tinha acabado de torturá-la, Hades sempre foi relativamente agradável. Mas ele ainda era o senhor dos mortos, e as sombras em torno dele eram preenchidas com os sussurros de fantasmas.  —   O que faz você pensar que você sabe onde a alma de Zach pertence? —  ele  ele perguntou.  —  Ele   Ele foi um herói... talvez não no início, quando ele ainda estava sendo um idiota, mas no final, e essa é a parte que conta, certo? E heróis vão para os Campos Elísios.  —  Eu  Eu não estava questionando o valor de Zach —  Hades  Hades lembrou a ela suavemente.  —  O   O que eu perguntei foi: O que faz você  se   se encaixar para julgar sua alma?  —   Eu... hã?  —   Helen deixou escapar, confusa. Ela tinha levado pancadas demais na cabeça naquela noite, e ela não estava preparada para uma lição de semântica.  —   Olha, eu não vim aqui para julgar ninguém. Eu fiz uma promessa, e eu só quero cumpri-la.  —  E   E ainda assim eu sou a pessoa que toma as decisões aqui. Não você. Helen não tinha nenhum argumento para isso. Este era o mundo dele. Tudo o que ela podia fazer era olhar para ele suplicantemente. A boca macia de Hades se curvou em um sorriso distante, e ele parecia considerar o que Helen tinha dito.  —  A   A forma como você lidou com a libertação das Fúrias provou que você é compassiva. Um bom começo, mas eu receio que compaixão não seja suficiente, Helen. Você carece de entendimento.  —   Isso foi um teste, então? As Fúrias?  —   Uma nota acusatória penetrou em sua voz quando Helen lembrou o que ela e Orion tinham passado em sua última missão no Mundo Inferior. Ela ficou ainda mais irritada quando ela considerou o que as próprias Fúrias passaram. Se aquelas três meninas foram atormentadas por milhares de anos só para provar que Helen era uma pessoa compassiva, então havia algo terrivelmente errado com o universo.  —  Teste.  Teste. —  A  A boca adorável de Hades torceu amargamente em torno da palavra, como se ele pudesse ler os pensamentos de Helen e concordasse com ela. —  Se  Se a vida é um teste, então quem você acha que dá as notas?  —  Você?  Você? —  ela  ela adivinhou.  —  Você  —  Ele   Você entende.  para Ele suspirou.   Você  Você nem mesmo entende o queainda é isso.não  —  Ele  Ele apontou a terra ao —  seu redor, indicando

 

o Mundo Inferior. —  Ou  Ou o que você é. Chamam-lhe de Aquela que Desce porque você pode vir aqui à vontade, mas a capacidade de entrar no Mundo Inferior é a menor manifestação de seu poder. Você não entende o que você  é  é o suficiente para julgar os outros ainda.  —  Ajude-me,   Ajude-me, então.  —  Ele   Ele parecia tão triste, tão abatido pelo seu destino de vida. De repente, ela queria tanto ver seus olhos que inclinouse para Hades, tentando mergulhar a cabeça para baixo para ver sob o tecido obscurecendo seu rosto. —  Eu  Eu quero entender. As sombras giraram para fora outra vez, escondendo ele e murmurando os arrependimentos dos mortos. As entranhas de Helen congelaram. As palavras da profecia do Tirano vieram para sua mente —   nascido da amargura . Ela se afastou de volta.  —  Mestres  Mestres das Sombras  —  Helen  Helen sussurrou. —  Eles  Eles obtêm energia a partir de você?  —  Há   Há muito tempo atrás, uma mulher conhecida como Morgan La Fey da Casa de Tebas tinha o mesmo talento que você tem... o que lhe permite chegar ao Mundo Inferior. Ela me deu à luz um filho chamado Mordred, e desde então meu fardo tem assombrado a Casa de Tebas.  —   Sua voz foi sumindo com pesar antes de ele se levantar e estender a mão para ela. Ela enfiou a mão na sua e lhe permitiu ajudá-la a levantar.  —   Você deve voltar agora. Venha a mim quantas vezes você quiser, sobrinha, e eu vou tentar o meu melhor para fazê-la entender. —  Hades  Hades inclinou a cabeça para o lado e riu baixinho para si mesmo. Seus lábios se separaram, revelando incisivos em forma de diamante.  —  É   É por isso que eu permiti que você, e aqueles com o mesmo talento antes de você, entrassem no meu reino, para aprenderem sobre si mesmos. Mas agora você está ferida demais para estar aqui. O mundo mudou, e Helen sentiu a mão dele com metros de largura levantando-a para fora do Mundo Inferior e colocando-a gentilmente de volta em sua cama.  —  Espera!   Espera! E quanto a Zach?  —  ela   ela perguntou. Quando Hades a soltou, Helen ouviu ele sussurrar em seu ouvido.  —  Zach  Zach beberá do Rio da Alegria, eu juro. Agora descanse, sobrinha. Helen estendeu a mão para mover as sombras de seu rosto, mas Hades já havia ido. Ela caiu em um sono profundo, seu corpo quebrado avidamente absorvendo absorvendo o sono enquanto ele tentava curar a si mesmo.

*** Depois de Ares ser selado no Tártaro e a fenda no chão ser fechada, Daphne tinha recolhido cuidadosamente o corpo machucado de sua filha enquanto Castor carregava Lucas e Hector carregava Orion de volta para a mansão Delos. Daphne só tinha estado correndo por alguns momentos quando sua filha adormeceu em seus braços. Por um momento, Daphne ficou preocupada. As lesões de Helen tinham estado horríveis —  algumas  algumas das piores que Daphne já tinha visto, mas quando ela ouviu o som do coração de Helen, ela o ouviu batendo lento, mas firmemente. Não era muito além do amanhecer na hora que elas conseguiram voltar para Nantucket das cavernas em Massachusetts. Na luz do

 

amanhecer, Daphne levou Helen pela escada dos Delos e pelo corredor até o primeiro quarto que ela pôde achar que parecia pertencer a uma menina. Ela olhou com pesar para o edredom de seda bonito que sua filha suja e encharcada de sangue estava prestes a arruinar. Não que isso importasse. A Casa de Tebas tinha uma grande fortuna, o suficiente para substituí-lo. Uma fortuna que tinha, em parte, uma vez pertencido à Casa de Daphne e de Helen —  a  a Casa de Atreu.  Tantalus poderia gritar “guerra santa” e falar sobre como era a “chance dos Descendentes” de governar tanto quanto ele queria, mas ele nunca tinha enganado os chefes das outras casas. A Purgação cerca de vinte anos atrás era tanto uma garra para a riqueza das outras Casas como era uma garra para a imortalidade. A profecia que começou a Purgação dizia que, quando as Quatro Casas fossem unidas em Uma Casa pelo derramamento de sangue, então Atlântida subiria novamente. As palavras exatas que Daphne tinha memorizado afirmava que na nova Atlântida, os Descendentes poderiam poderiam encontrar a imortalidade. A profecia não chegou a dizer que os Descendentes se tornariam  imortais   imortais  —  apenas   apenas disse que eles poderiam encontrar a imortalidade lá. Daphne não estava otimista o suficiente para pensar que a imortalidade era uma coisa certa. Mas Tantalus estava, e ele tinha usado essa profecia para reunir os Cem Primos de Tebas em torno dele para matar todas as outras Casas. A coisa toda era uma farsa, tanto quanto Daphne sabia, santificada por um monte de superstições do último Oráculo  —  que   que todos sabiam que tinha enlouquecido depois de fazer sua primeira profecia. Mas funcionou. Vários Descendentes deixaram suas vastas propriedades para trás para serem saqueados pela Casa de Tebas, a fim de fingirem de mortos e evitarem o abate —  como  como Dédalo e Leda, os pais de Orion. Como a própria Daphne. Mas Daphne nunca ligou para o dinheiro. Mas, no entanto, ela nunca teve nenhum escrúpulo moral sobre tomar dinheiro quando ela precisava. Outros Descendentes, como Orion e seus pais, não tinham escrúpulos sobre roubar, e eles lutaram pelas duas últimas décadas, enquanto a Casa de Tebas vivia no luxo. Lembrando isso, Daphne colocou Helen na cama e destruiu o adorável edredom com um pequeno sorriso. Antes que Daphne pudesse virar para pegar água e gaze para limpar as feridas rapidamente se curando da sua filha, Helen desapareceu e um frio de drenagem de vida tomou seu lugar. Daphne assumiu que Helen tinha descido. O tempo passava. Daphne esperou, sua ansiedade crescendo a cada momento. Ela tinha pensado que viagens para o Mundo Inferior eram instantâneas  —  que  que o tempo não passava. Tanto tempo se passou que Daphne começou a se perguntar se ela devia acordar o resto da casa, mas antes que ela fizesse um movimento, Helen reapareceu. O corpo dela cheirava ao ar estéril do Mundo Inferior. Os dentes de Daphne batiam, não por causa do frio, mas pelas memórias de medo que o cheiro do ar despertou nela. Ela tinha quase morrido tantas vezes que agora ela podia adivinhar que parte do Mundo Inferior visitado. cheiro era áridodeo lama suficiente para serem asHelen terrastinha áridas, e havia O um toquenão de umidade nos pés de

 

Helen. Daphne adivinhou que significava que ela devia ter ido para as margens do próprio rio Styx.  —  Helen?   Helen?  —  Daphne   Daphne balbuciou. Ela alisou o cabelo de sua filha e olhou para seu rosto gelado. Helen tinha sido terrivelmente ferida em sua batalha com Ares, mas se ela fosse morrer, Daphne sabia que ela já estaria morta. Helen deve ter usado sua capacidade de descer ao Mundo Inferior de propósito, provavelmente para procurar seu amigo morto recentemente —  o  o invejoso que tinha infelizmente sido escravizado por Automedon. Mais de uma vez, Daphne tinha ido em uma viagem semelhante à procura de Ajax, mas ela não tinha a capacidade de sua filha para ir e vir no Mundo Inferior à vontade. Ela teve que praticamente morrer para chegar lá. Depois que Ajax tinha sido assassinado, ela não tinha nenhuma vontade de viver, mas ela sabia que se matar não iria reuni-la com o marido perdido. Daphne teve que morrer no campo de batalha como Ajax teve, ou ela nunca iria acabar na mesma parte do Mundo Inferior. Os heróis iam para os Campos Elísios. Suicidas iam para... quem sabe onde? Ela havia se jogado em cada luta honrosa que ela podia encontrar. Ela procurou os outros Descendentes na clandestinidade e de forma imprudente defendeu os fracos e os jovens justo como tinha feito com Orion, quando ele era um garotinho. Muitas vezes, Daphne tinha sido quase morta em batalha e fez a viagem até o Mundo Inferior, I nferior, sempre em busca de seu marido pelas margens do rio Styx. Mas tudo o que ela tinha encontrado foi Hades. O implacável e enigmático Hades, que não iria restaurar seu marido para a vida e levála ao invés, não importa o quanto ela tinha implorado ou negociado. O senhor dos mortos não fazia acordos. Ela esperava que Helen não tivesse descido na esperança de que ela pudesse trazer seu amigo de volta à vida. Era uma missão tola  —  por   por agora, de qualquer maneira. Mas Daphne vinha trabalhando há quase duas décadas para mudar isso.  —  Não  Não consigo ver você —  Helen  Helen murmurou, e os dedos flexionaram, como se estivesse tentando pegar alguma coisa. Daphne compreendeu imediatamente. Ela, também, queria desesperadamente ver Hades e tentou puxar o Elmo da Escuridão da cabeça dele. Eventualmente, depois de Daphne metade morrer vezes o suficiente para pagar todas as suas dívidas de sangue e livrar-se das Fúrias, Hades tinha finalmente mostrado seu rosto. Foi ao reconhecer Hades que ela tinha colocado seu plano em movimento. O plano que tinha partido o coração de sua única filha, separando-a de quem ela amava.  —   Oh. Desculpe  —   Matt disse da porta, tirando Daphne de seus pensamentos em espiral. Ela limpou o rosto úmido e se virou para ver que Matt tinha Ariadne envolta frouxamente através de seus braços. Ela era uma sombra medonha de cinza e estava quase inconsciente, tendo esgotado a si mesma tentando curar Jerry.  —  Ela  Ela queria dormir em seu próprio quarto.  —  Tenho  Tenho certeza que as duas vão caber —  ela  ela disse, apontando para a cama larga. —  Eu  Eu não sabia mais para onde levar Helen.

 

 —  Parece  Parece que há uma pessoa ferida em cada peça de mobiliário na casa  —   disse disse Matt. Ele carregou Ariadne e deitou-a gentilmente ao lado

de Helen. Menino forte , Daphne pensou, olhando para o amigo de Helen.  —  Vai   Vai ser mais fácil vigiá-las juntas, de qualquer maneira  —  disse   disse Daphne, ainda examinando Matt. Ele tinha ficado em forma e conseguido um monte de músculos desde a última vez que ela o viu, mas ainda assim. Ariadne era uma garota rechonchuda, não esbelta como Helen, e Matt não estava sequer respirando com dificuldade depois de carregá-la pelo longo corredor. Ariadne murmurou alguma coisa ininteligível para Matt antes de ele se afastar, seu rosto enrugando em protesto contra a sua partida. Ele parou para ajeitar seu cabelo. Daphne poderia quase sentir o cheiro do amor flutuando para fora dele e enchendo o quarto como algo doce e delicioso cozinhando em um forno.  —   Eu voltarei em breve  —   ele sussurrou. Os olhos de Ariadne vibraram e depois se acalmaram quando ela caiu em um sono profundo. Ele correu os lábios em sua bochecha, roubando o menor dos beijos. Ele se virou para Daphne e olhou para Helen.  —   Você precisa de alguma coisa?  —  Eu  Eu dou conta disso. Vá. Faça o que você precisa fazer. —  Ele  Ele deulhe um olhar agradecido, e ela observou-o caminhar para fora do quarto  —  com  com as costas retas e ombros elevados na nova luz da manhã. Como um guerreiro.

*** Helen se viu correndo para baixo de uma praia em direção ao maior farol que já tinha visto. Foi estranho no começo. Como ela poderia estar vendo a si mesma como se estivesse assistindo a um filme? Não parecia como um sonho. Nenhum sonho nunca pareceria tão real ou seria tão lógico. Ainda sem entender o que estava acontecendo, ela rapidamente ficou envolvida no drama e só seguiu com estava ele. A Helen do Sonho usando um vestido branco diáfano longo, envolto por um cinto ricamente decorado. Seu enorme véu tinha se soltado dos grampos em seu cabelo, e voava por trás dela enquanto ela corria. Ela parecia assustada. Quando o farol gigante apareceu mais perto, Helen viu seu eu do sonho reconhecer uma figura de pé em um dos pontos da base octogonal. Ela viu um flash de bronze quando uma figura desfez as fivelas em seu pescoço e cintura, e permitiu que sua armadura caísse na areia. Ela se viu gritar de felicidade e pegar velocidade. Depois de tirar metade de sua armadura, o jovem alto e moreno virou ao som da voz dela e correu em sua direção, encontrando-a no meio do caminho. Os dois amantes se aproximaram. Ele pegou-a contra o peito e beijou-a. Helen observou-se jogar seus braços em volta do pescoço dele e beijá-lo de volta, em seguida, se afastar para que ela pudesse beijar seu rosto repetidamente em uma dúzia de diferentes lugares  —  como  como se ela

 

quisesse cobrir cada pedacinho dele. A mente de Helen flutuou mais perto do par entrelaçado, já sabendo quem a outra Helen estava beijando. Lucas. Ele estava vestido estranhamente e usando uma espada na cintura. Ele tinha sandálias nos pés e suas mãos estavam envoltas com tiras de couro desgastado e cobertas com luvas de bronze, mas era realmente ele. Até mesmo a risada que ele deu quando a outra Helen sufocou-o de beijos era a mesma.  —  Eu  Eu senti sua falta! —  gritou  gritou a outra Helen.  —  Uma  Uma semana é muito tempo —  ele  ele concordou baixinho. As palavras não eram em inglês, mas Helen compreendeu-as da mesma forma. O significado ecoou em sua cabeça, assim como o alívio de se reencontrar com seu amor ecoou através dela —  como  como se fosse seu corpo que estivesse pressionado contra o dele. De repente, Helen sabia que era seu corpo, ou tinha sido, uma vez. Ela tinha falado esta língua, e ela tinha sentido aquele beijo antes. Isso não era um sonho. Parecia mais como uma memória.  —  Então  Então você vem comigo?  —  ele  ele disse com urgência, pegando seu rosto em suas mãos e forçando-a a olhar para ele. Seus olhos brilhavam com esperança. —  Você  Você vai fazer isso? O rosto da outra Helen murchou.  —  Por   Por que você sempre fala do amanhã? Não podemos apenas desfrutar do agora?  —  Meu  Meu navio parte amanhã. —  Ele  Ele a soltou e se afastou, ferido.  —  Paris...  Paris...  —   Você é minha mulher!  —   ele gritou, andando em círculo e arrastando a mão pelo cabelo exatamente como Lucas fazia quando ele estava frustrado. —   Eu Eu dei a Afrodite a maçã de ouro. Eu escolhi o amor... eu escolhi você   ao ao invés de tudo o que foi oferecido para mim. E você disse que me queria, também.  —  Eu  Eu quero. Eu ainda quero. Mas minha irmã não tem cabeça para a política. Afrodite não achou que era importante mencionar que, embora você pudesse ter estado cuidando de ovelhas naquele dia, você não era um pastor como eu acreditava, mas sim um príncipe de Troia. —  A  A outra Helen cedeu um suspiro exasperado para sua irmã e, em seguida, sacudiu a cabeça, desistindo. —  Maçãs  Maçãs douradas e tardes roubadas não importam. Eu não posso ir com você para Troia. Ela estendeu a mão para ele novamente. Por um momento, parecia que ele queria resistir, mas ele não o fez. Ele pegou a mão dela e puxoua para ele como se ele não pudesse se fazer rejeitá-la, mesmo quando ele estava com raiva.  —   Então Então vamos fugir. Deixar tudo para trás. Vamos parar de ser da realeza e nos tornar pastores.  —  Não   Não há nada que eu queira mais  —  ela   ela disse ansiosamente.  —   Mas não importa onde vamos, eu ainda seria uma filha de Zeus e você um filho de Apolo.  —  E  E se tivéssemos filhos, eles teriam o sangue de dois olimpianos —   ele disse, a impaciência tornando sua voz áspera. Aparentemente, ele já tinha ouvido esse argumento muitas vezes.  —  Você   Você realmente acredita que é suficiente para criar o Tirano? A profecia diz algo sobre a mistura

 

do sangue de quatro casas que são descendentes dos deuses. Seja lá o que isso signifique.  —  Eu  Eu não entendo nenhuma das profecias, mas as pessoas temem qualquer mistura do sangue dos deuses —  ela  ela disse. Sua voz abaixou de repente. —  Eles  Eles nos perseguiriam até os confins da Terra. Ele passou as mãos sobre sua barriga, tocando-a possessivamente.  —  Você  Você já poderia estar grávida, sabia. Ela parou as mãos dele. Seu rosto estava triste e  —   só por um momento  —  desesperado.   desesperado.  —  Essa   Essa é a pior coisa que poderia acontecer para nós.  —  Ou  Ou a melhor.  —  Paris,   Paris, pare  —  disse   disse Helen com firmeza.  —  Dói   Dói em mim sequer pensar nisso. Paris assentiu com a cabeça e tocou a testa dela.  —  E  E se o seu pai adotivo, o rei de Esparta, tentar casar você com um desses bárbaros gregos como Menelau? Quantos reis estão pedindo sua mão agora? Dez ou vinte?  —  Eu  Eu não me importo. Vou recusar todos eles —  disse  disse a outra Helen. Então ela abriu um sorriso. —  Não  Não é como se alguém pudesse me forçar. Paris riu e olhou em seus olhos. —  Não.  Não. Embora, eu gostaria de ver um ou dois deles tentar. Eu me pergunto se os gregos cheiram melhor depois de terem sido atingidos por um raio. Eles certamente não podem ficar com um cheiro pior.  —  Eu  Eu não mataria ninguém com o meu relâmpago  —  ela  ela disse com uma risada, entrelaçando os braços em volta do pescoço dele e moldando seu corpo mais perto do seu. —  Talvez  Talvez apenas os chamuscaria um pouco.  —   Oh, por favor, não faça isso! Chamuscar gregos soa como se fossem cheirar muito pior do que completamente fritos —  disse  disse Paris, sua voz ficando mais forte quando ele sorriu para ela. De repente, o humor saiu de seu olhar compartilhado e tristeza o substituiu.  —  Como   Como é que eu vou navegar para longe sem você de manhã? A outra Helen não tinha uma resposta. Seus lábios encontraram os dela, e ele enfiou os dedos pelos seus cabelos, inclinando sua cabeça para trás e tomando o seu peso quando ela entregou-se a ele. Assim como Lucas fazia. Helen sentia tanta falta dele que doía, mesmo durante o sono. Doía tanto que ela acordou e rolou gemendo quando ela acidentalmente colocou muita pressão sobre os ossos se curando.  —  Helen?  Helen? —  perguntou  perguntou Daphne suavemente, sua voz a centímetros de distância de Helen na escuridão. —  Precisa  Precisa de alguma coisa?  —  Não  Não —  respondeu  respondeu Helen, e deixou os olhos inchados derivarem e fecharem novamente. O sonho que a saudou fez ela desejar que ela permanecessee acordada, apesar de seus ferimentos. permanecess

* * *  Uma mulher aterrorizada estava lutando contra uma garra enorme que estava em volta de sua cintura. Asas enormes, adornadas com penas maiores do que uma pessoa, bateram no ar quando o pássaro gigante

 

arrastou-a para o céu noturno. A linha do horizonte da Cidade de Nova York passou enquanto a mulher lutava. Helen viu o pássaro inclinar sua cabeça bicuda para olhar para a mulher em suas garras. Por um breve momento, o olho ameaçador da águia arredondou até que ele tinha o formato do de um homem. Ele tinha olhos cor de âmbar. Um relâmpago azul brilhou no meio preto de suas pupilas. A águia gritou, congelando o sangue de Helen e enviando calafrios por seu corpo dormindo. O Empire State Building se elevou na frente deles, e, em seguida, Helen não viu mais nada.

* * *  Orion estava gritando muito alto. Helen se levantou ao som, empurrou a mãe de lado e começou a correr. Ela caminhou pelo corredor escuro e através do quarto, Lucas um borrão ao seu lado, antes de os dois de repente processarem a situação e congelarem.  —   Que diabos?  —   Hector rugiu da cama desdobrável que foi colocada ao lado da de Orion. Ele acendeu uma luz. Orion estava de pé em seu colchão, usando um par de calções curtos, apontando para uma pequena figura escura agachada na abertura estreita entre as duas camas. Era Cassandra, encolhida no chão de madeira com apenas um travesseiro e um cobertor fino para dormir.  —   O que você está fazendo aí?  —   várias vozes clamavam para Cassandra. Castor, Pallas e Daphne tinham vindo atrás de Helen e Lucas na porta.  —  Você   Você me mordeu!  —  Orion   Orion uivou, ainda dançando em cima da cama, assustando. Noel, Kate e Claire, correndo em um ritmo humano, chegaram em seguida e encheram o quarto.  —  Me  Me desculpe! —  Cassandra  Cassandra lamentou. —  Mas  Mas você pisou em mim!  —  Eu  Eu pensei que você fosse um gato até que eu... eu quase arranquei sua cabeça! Eu poderia ter te matado! —  Orion  Orion gritou enfurecido de volta para Orion ela, ignorando o grande  se Nunca se esgueire sobre mim! de repente apertoupúblico. o peito —  e  Nunca dobrou de dor. Hector saltou para agarrá-lo antes que ele caísse —  mas  mas não antes de todo mundo ver. Orion tinha duas feridas frescas em seu peito e estômago de sua luta com Automedon. Eles eram um vermelho irritado, mas estava curando rápido e em poucos dias elas iriam desaparecer completamente e deixá-lo sem marcas. Mas o que chamou a atenção de todos não foram as novas feridas, foram as longas cicatrizes que marcavam seu físico antes perfeito. Um corte em seu peito e outro em sua coxa esquerda. Quando ele caiu contra Hector, sua força exaurida, todos eles viram o pior em suas costas. Helen olhou para a medonha cicatriz branca como osso que corria paralela à sua espinha. Parecia que alguém tinha tentado cortá-lo em dois, de cima para baixo. Ela sentiu Lucas pegar a mão dela e ela se agarrou a ele, apertando de volta.

 

 —   Todo mundo para fora!  —   Hector gritou quando percebeu o

silêncio chocado e os olhares. Inclinando os ombros, ele tentou esconder Orion com seu corpo.  —  Você   Você também, pestinha  —  ele   ele disse baixinho para Cassandra, ainda agachada no chão.  —  Não  Não —  ela  ela protestou. A trança grossa preta que serpenteava pelas costas dela foi se desfazendo e ficando despenteada, e seu rosto era uma máscara teimosa de pele de alabastro, olhos selvagens e lábios vermelhos brilhantes.  Eu vou  Eu ficar aqui. Ele pode aprecisar de mim. Hector —  acenou com a cabeça, dando Cassandra seu assentimento relutante, e colocando o corpo desmaiado de Orion de volta na cama.  —   Saiam —  ele  ele disse por cima do ombro para o resto deles, silenciosamente desta vez. Todo mundo virou de uma vez. Passando pela porta, Helen e Lucas inclinaram-se em direção um do outro, ambos sentindo seus ferimentos novamente e precisando de apoio agora que a adrenalina tinha passado. Mas em vez de deixar os dois ajudarem um ao outro, Pallas pegou Lucas, e Daphne apoiou Helen, separando-os.  —   Você sabia sobre isso?  —   Lucas perguntou, antes de serem levados em direções opostas.  —  Não.  Não. Eu nunca o vi sem suas roupas  —  ela  ela respondeu, chocada demais para ser outra coisa além de rude. Ela tinha visto Morfeu  como   Orion seminu, ela recordou-se, mas não o próprio Orion. Lucas acenou com a cabeça, seu rosto sombreado com preocupação.  —  Volte  Volte para a cama, Helen  —  disse  disse sua mãe com firmeza, e pediu a ela para se virar. Helen deixou sua mãe deitá-la ao lado do corpo mole de Ariadne. Quando ela fechou os olhos e tentou voltar a dormir, ela ouviu Noel e Castor falando um com o outro no quarto ao lado. Por um momento, Helen tentou bloqueá-los e dar-lhes um pouco de privacidade, mas a urgência de suas vozes não permitiria até mesmo para um mortal com audição normal ignorá-los.  —  Como  Como ele conseguiu essas cicatrizes, Caz? —  Noel  Noel perguntou com a voz trêmula. —  Eu  Eu nunca vi nada parecido. E eu já vi muitas.  —  A  A única maneira de um Descendente ter cicatrizes como essa é se isso acontecer antes que ele ou ela seja maior de idade  —  disse  disse Castor, tentando manter a voz baixa.  —  Mas   Mas nossos meninos brigavam o tempo todo quando eles eram pequenos. Lembra quando Jason fixou Lucas com uma lança no teto   naquela época? Eles não têm cicatrizes  —  Noel  Noel estalou, muito chateada para tomar a sugestão de Castor para ficar quieta.  —  Nossos  Nossos meninos sempre tiveram muita comida e um lugar limpo para se curar depois de bater uns nos outros.  —  E  E Orion não tinha? É isso que você está dizendo? —  A  A voz de Noel falhou.  —  Não.  Não. Ele provavelmente não tinha. Helen ouviu o som de tecido farfalhando, seguido de suspiros profundos, como se Castor estivesse puxando Noel para perto contra seu peito.

 

 —   Essas cicatrizes significam que Orion era muito jovem quando

isso foi feito com ele. E depois disso, ele deve ter tido fome durante sua cura, sem nada para comer, beber ou alguém para cuidar dele. Você nunca viu essas cicatrizes em um Descendente antes porque a maioria não iria sobreviver ao que é preciso para obtê-las. Helen cerrou os dentes e virou o rosto em seu travesseiro, sabendo que todos no piso superior tinham ouvido o intercâmbio entre Noel e Castor. Seu rosto ficou quente quando ela pensou eles  —   comsobre estavam, provavelmente, julgando Orion penacomo do todos garotinho abusado e abandonado que ele já foi. Ele merecia mais do que isso. Ele merecia amor, não pena. Helen também sabia que sua mãe estava olhando para ela enquanto ela tentava, e falhava, não chorar com pena desse garotinho ela mesma. Ela puxou as cobertas sobre a cabeça. Daphne deixou-a chorar e voltar para um sono profundo.

* * *  Helen viu seu outro eu ser chutado por uma rua empoeirada por uma multidão enfurecida. O vestido da outra Helen estava rasgado, coberto de sujeira, e manchado com manchas de comida podre que haviam sido jogadas nela. Sangue vazava de um corte enorme na sua cabeça, de sua boca e das palmas das mãos, onde ela as tinha roçado no chão quando ela caiu várias vezes. A multidão estava reunida em torno dela, pegando pedras do lado da estrada enquanto eles se aproximavam. Um homem loiro, do dobro de sua idade e duas vezes o tamanho dela, correu para a frente para bater nela com os punhos —  como  como se sua raiva precisasse de um escape mais imediato do que apenas arremessar uma pedra. Parecia que ele tinha que usar seu próprio corpo para machucá-la, a fim de se sentir satisfeito.  —  Eu  Eu amei você mais do que ninguém! Seu pai adotivo lhe deu para mim! —  ele  ele gritou meio enlouquecido enquanto ele batia nela. Seus olhos se e saliva voou dede sua boca em um salpico branco.  —   Eu vouarregalaram tirar essa criança para fora você e ainda vou te amar! Helen podia ouvir o murmúrio da multidão: —  Mate  Mate ela, Menelau! —   e —  Ela  Ela pode carregar o Tirano! Você não deve tentar poupá-la! A outra Helen não revidou ou usou seu relâmpago para se defender contra Menelau. Helen observava seu outro eu sendo golpeada tantas vezes que ela perdeu a conta, mas cada vez a outra Helen voltava a ficar de pé novamente. Helen podia ouvir o bater dos punhos dele contra suas costas e ouvir o homem grunhindo com o esforço, mas a outra Helen não gritou ou implorou para ele parar. Ela não fez nenhum som, exceto o bufar de sua respiração, uma vez que saiu de seus pulmões pelos golpes que ele dava. Helen sabia como aqueles punhos eram, ela até sabia como Menelau cheirava enquanto ele batia nela. Ela lembrava. Finalmente, Menelau caiu de joelhos, incapaz de vencê-la por mais tempo. A outra Helen era simplesmente forte demais para morrer por

 

suas mãos, embora estivesse claro para Helen que morrer era o que a outra Helen tinha a intenção i ntenção de fazer desde o princípio. Quando a primeira pedra a atingiu, ela não se acovardou ou tentou cobrir-se. Mais pedras se seguiram, golpeando-a de todos os lados, até que a multidão correu para pegar mais pedras para atirar. Mas ainda assim a outra Helen não morreu. Assustada agora, a multidão começou a se afastar. Um silêncio caiuque sobre a multidão enquanto observavam o espetáculo macabro haviam criado. Ainda viva,eles a outra Helen se contraiu e se debateu em meio às pedras empilhadas, sua pele polposa e irregular sobre seus ossos quebrados. Ela começou a cantarolar baixinho uma música para si mesma  —  gemendo  gemendo em desespero para manter sua mente longe da dor insuportável em que estava. Ela balançava para frente e para trás, instável como uma bêbada. Ela foi incapaz de encontrar alívio em qualquer posição, mas ela balançava enquanto ela cantarolava para consolar-se do melhor jeito que pôde. Helen lembrou-se da dor. Ela desejou que ela não tivesse lembrado. A multidão começou a sussurrar: —  Decapitem  Decapitem ela. É o único jeito. Ela não vai morrer a menos que a decapitemos.  —  Sim,  Sim, peguem uma espada —  a  a outra Helen gritou fracamente, as palavras ilegíveis em sua boca arruinada. —  Eu  Eu imploro.  —  Alguém   Alguém tenha misericórdia e matem ela!  —  gritou   gritou uma mulher desesperadamente, e a multidão cedeu ao grito.  —   Uma espada! Precisamos de uma espada! Um jovem, pouco mais que um menino, saiu da multidão, com lágrimas escorrendo pelo seu rosto pálido com a visão da outra Helen. Ele desembainhou sua espada, levantou acima da cabeça e trouxe-a para baixo na bagunça ensanguentada a seus pés. Um braço fino lançou a lâmina para fora do caminho antes que pudesse golpear. Uma mulher apareceu, banhada em uma luz dourada, sua forma mudando repetidamente. Ela era jovem e velha, gorda e magra, de pele escura e clara. Em um instante, ela era toda mulher no mundo, e todas elas eram bonitas. Por escolha, ao que parecia, sua forma se estabeleceu em uma que parecia muito semelhante à de Helen.  —  Minha  Minha irmã! —  ela  ela gritou pateticamente, pegando a menina ferida dos escombros. Soluçando, Afrodite embalou a outra Helen nos braços, limpando o sangue de seu rosto com o véu cintilante. A multidão se encolheu quando a deusa chorou, suas emoções capturadas pela sua magia. Helen podia ver seus rostos se transformando em máscaras de tristeza enquanto seus corações partiam  junto com Afrodite.  —  Deixe-me  Deixe-me ir —  a  a outra Helen pediu a deusa.  —   Nunca  —   Afrodite prometeu.  —   Eu preferiria ver uma cidade queimar até o chão do que perdê-la. —  A  A outra Helen tentou argumentar, mas Afrodite a silenciou e levantou, embalando-a perto, como faria com um bebê.

 

A deusa do amor enfrentou a multidão, olhando para eles. Seus olhos e boca brilhavam quando ela amaldiçoou a todos em uma voz de trovão:  —  Eu   Eu abandono este lugar. Nenhum homem deve sentir desejo, e nenhuma mulher deve dar frutos. Todos vocês vão morrer mal-amados e sem filhos. Helen ouviu os apelos da multidão embaixo dela enquanto ela se sentiu voando no ar Logo juntooscom a deusa. Eles estavam em hesitantes e confusos no início. apelos se transformaram prantos, enquanto a multidão entendia o quão obscuro o seu futuro se tornou com algumas palavras de uma deusa com raiva. Afrodite voou para longe sobre a água com sua querida irmã em seus braços, deixando o lugar amaldiçoado para trás. Distante no horizonte estava o mastro de um grande navio  —   um navio de Troia, Helen lembrou. A deusa voou direto para ele, levando ambas as Helens com ela.

* * *  Matt olhou para o horizonte escuro. O vento fora da água estava frio, e o céu estava tão cheio de estrelas que parecia uma cidade de cabeça para baixo pendurada no ar. Ele tinha acabado de sobreviver aos dois dias mais longos de sua vida, mas Matt não estava cansado. Não fisicamente, pelo menos. Seus músculos não doíam, e suas pernas não se arrastavam. Na verdade, ele nunca tinha se sentido melhor em sua vida. Matt olhou para a antiga adaga em sua mão. Ela era feita de b bronze, ronze, e apesar de ser assustadoramente velha, ela ainda estava afiada e perfeitamente equilibrada da lâmina ao cabo. Matt segurou a coisa bonita através de sua palma da mão e observou ela acomodar-se nos músculos da sua mão como se um tivesse sido feito para o outro. Mas para o que , ele pensou amargamente. O sangue de Zach tinha sido lavado de suas bordas, mas Matt ainda imaginava elemorrido pudesse vê-lo. Mattcoração tinha conhecido toda a sua vida que tinha com estaAlguém adaga que em seu antes de legála para Matt. Mas há muito tempo tinha pertencido a outra pessoa, um mestre muito mais famoso. Os gregos acreditavam que a alma de um herói estava em sua armadura. A Ilíada   e A Odisseia   diziam que guerreiros eram os que lutaram até a morte além da armadura. Alguns até tinham se desonrado para colocar as mãos sobre as espadas e armaduras dos maiores heróis, a fim de absorver a alma e habilidade daquele herói. Ajax o Grande, um dos lutadores mais reverenciados no lado grego da Guerra de Troia, tinha ido em um tumulto para possuir a armadura de Hector. Quando Ajax acordou de sua loucura, ele estava tão horrorizado com a forma como ele tinha manchado o seu bom nome que ele caiu sobre sua própria espada e se matou. Matt sempre ficava intrigado com essa parte dasignificasse Ilíada. Ele nunca teria lutado além da armadura, nem mesmo se isso

 

que ele poderia se tornar o maior guerreiro do mundo já conhecido. Ele não estava interessado em glória. Matt jogou a adaga tão longe na água agitada quanto podia. Ela voou, sobre a extremidade final, por um tempo muito longo. Ele observoua afastando-se dele impossivelmente longe e rápido. Muitos segundos depois, Matt pôde ouvir o barulho dos salpicos fracos que a adaga fez quando bateu na água, apesar do barulho das ondas. Era humanamente impossível jogar algo tão longe, e duplamente impossível ouvi-lo salpicar para baixo. Matt sempre se baseou na lógica para resolver seus problemas, e a lógica estava dizendo a ele que para algo tão inacreditável a lógica já não se aplicava. Ele havia secretamente desejado isso. Mas não desse jeito . Não se esse for o papel que ele estava destinado a atuar. Matt nem sequer entendia... Por que ele? Ele tinha aprendido a lutar porque ele queria ajudar seus amigos, não porque ele queria machucar alguém. Matt só tinha querido proteger as pessoas que não podiam proteger-se. Ele não era um assassino. Ele não era nada como o primeiro homem a possuir a adaga. Uma onda jorrou aos pés de Matt, deixando algo brilhante e reluzente para trás na areia. Ele não teve que pegá-lo para saber o que era. Ele tinha jogado a adaga para o oceano três vezes, e as três vezes ela havia retornado para ele incrivelmente rápido. As Moiras estavam de olho nele agora, e não havia lugar para Matt se esconder.

* * *  O navio tinha velas quadradas e brancas. Acima delas, balançando no vento e pendurada no mastro mais alto, estava uma flâmula triangular vermelha gravada com um sol dourado. Fila após fila de remos estavam presos para fora dos lados do navio. Mesmo a partir do ar, Helen podia ouvir o bater rítmico de um timbale, soando com o ritmo das remadas. A água não era o azul marinho sinistro do Atlântico, mas um azul claro impressionante   o mesmo azul-joia dos olhos de Lucas. Azul-  celeste  , Helen pensou. —  Ainda agarrada à consciência, a outra Helen gemia nos braços de Afrodite quando a deusa levou-a para o convés do navio. Quando Afrodite pousou, vozes assustadas gritaram. A partir do local de comando por trás do leme, um homem grande deu um passo à frente. Helen o reconheceu instantaneamente instantaneamente.. Hector. Ele parecia exatamente o mesmo, exceto pelo cabelo e o estilo de vestir. Este Hector manteve seu cabelo mais longo do que o que Helen conhecia em Nantucket, e ele usava uma veste curta de linho amarrada na cintura com um cinto de couro. Tiras de couro estavam envolvidas em torno de suas mãos, e havia um ornamento de ouro grosso em volta de seu pescoço. Mesmo seminu ele parecia da realeza.  —  Eneias  Eneias —  Hector  Hector chamou por cima do ombro enquanto ele olhava sem acreditar na confusão nos braços de Afrodite. carbono de Orion, menos asangrenta cicatriz desfigurante sobre o seu Uma peitocópia nu e

 

costas, se adiantou e ficou em posição no n o ombro direito de Hector. —  Vá  Vá lá em baixo e acorde meus irmãos.  —  Depressa,  Depressa, meu filho —  Afrodite  Afrodite sussurrou para Eneias. —  E  E traga mel.  —  Ele   Ele assentiu respeitosamente à sua mãe e se afastou, mas seu olhar permaneceu na outra Helen enquanto ele se movia. Seu rosto estava cheio de tristeza.  —  Água!   Água!  —  Hector   Hector gritou, e muitos pés marcharam para longe de uma só vez para obedecêobedecê-lo. lo. Meio depois, Paris correudos de debaixo, com Jason um passo atrás. Comominuto as outras versões antigas homens que ela conhecia, Jason parecia exatamente o mesmo, exceto pelas roupas que ele usava. Um grito estranho e engasgado explodiu de Paris quando ele percebeu quem ele estava olhando, e ele correu para a outra Helen com as pernas bambas. Suas mãos tremiam quando ele a pegou de Afrodite, seu rosto ficando branco sob seu bronzeado.  —  Troilus  Troilus —  disse  disse Hector para Jason, indicando com o queixo para o seu irmão mais jovem para pegar o balde de água que tinha acabado de chegar. A outra Helen empurrou fracamente no peito de Paris, quando ele tentou levar água aos seus lábios.  —  O  O que aconteceu, Lady?  —  Troilus  Troilus perguntou a Afrodite quando ficou claro que Paris não iria, ou não podia, falar.  —   Menelau e sua cidade se voltou contra ela quando eles descobriram sobre o bebê —  disse  disse a deusa simplesmente. A cabeça de Paris se levantou rapidamente, com o rosto congelado com descrença. Hector e Eneias compartilharam um breve olhar desesperado desesperad o e, em seguida, ambos olharam para Paris.  —  Você  Você sabia, irmão? —  perguntou  perguntou Hector suavemente.  —  Eu   Eu esperava  —  ele   ele admitiu, com a voz abafada pela emoção.  —   Ela mentiu para mim.  Todos os homens menos Paris assentiram com a cabeça, como se pudessem compreender compreender a escolha de Helena.  —  O  O Tirano.  —  Eneias  Eneias mal sussurrou a palavra, mas era óbvio que todos estavam pensando isso.  —   Mãe. Como Menelau descobriu que Helena estava grávida? Afrodite carinhosamente roçou a ponta dos dedos ao longo dos ombros da sua meia-irmã.  —   Helena esperou que o seu navio desaparecesse desapareces se do horizonte e, em seguida, ela mesma disse a Menelau. Paris começou a tremer todo.  —  Por   Por quê?  —  ele  ele perguntou a outra Helen, sua voz alta com o esforço para conter as lágrimas. A outra Helen passou a mão sobre o peito ensanguentado de Paris, tentando acalmá-lo.  —  Eu  Eu sinto muito —  ela  ela sussurrou, e colocou a mão em sua barriga.  —  Eu  Eu tentei, mas eu não pude fazê-lo. Eu não pude nos matar.  Troilus inclinou-se contra o seu irmão, apoiando-o, enquanto todos eles observavam Helen com uma mistura de espanto e consternação.  —  Não  Não chore, Paris. Seu bebê vive —  disse  disse Afrodite. —  Ela  Ela vai crescer para parecer com a nossa bela Helena, e sua filha vai crescer para parecer com sua mãe e assim por diante e assim por diante, enquanto a linhagem durar. Eu vi isso, de modo que mesmo depois que minha irmã meia-

 

mortal se for, eu sempre posso olhar para o rosto que eu mais amo neste mundo. O brilho dourado da deusa iluminou, e ela observou os homens de  Troia um de cada vez, sua voz assumindo o timbre de um trovão à distância.  —   Vocês todos devem jurar para mim que vocês vão proteger a minha irmã e seu filho. Se Helena e sua linhagem de filhas morrer, não  —  ela haverá nada naem Terra eu ame  elapor disse, seus olhos caindo tom de desculpa seuque filho, Eneias, um momento antesemdeles endurecerem contra ele. Ele baixou a cabeça com um olhar ferido, e Afrodite virou para Hector.  —  Enquanto   Enquanto minha irmã e sua linhagem de filhas durar, haverá amor no mundo. Juro sobre o rio Styx. Mas se vocês deixarem a minha irmã morrer, Hector de Troia, filho de Apolo, vou deixar este mundo e levar o  próprio amor  comigo.  comigo. Os olhos de Hector fecharam por um momento quando a enormidade do decreto da deusa entrou em sua cabeça. Quando os abriu de novo o olhar que ele deu foi um de derrota. Que escolha eles tinham? Ele olhou ol hou em volta para seus irmãos e para Eneias, todos eles silenciosamente concordando que eles não poderiam dizer não, apesar das consequências que com certeza se seguiriam.  —  Nós  Nós juramos, Lady —  disse  disse Hector pesadamente.  —  Não,  Não, irmã. Não. Menelau e Agamenon juraram um pacto com os outros reis gregos. Eles virão para Troia com todos os seus exércitos —   a a outra Helen gemeu com urgência.  —  Sim,  Sim, eles vão. E vamos enfrentá-los —  disse  disse Paris obscuramente, como se ele já estivesse enfrentando os navios de guerra que inevitavelmente navegavam navegavam às suas margens. Ele levantou-a, e ela lutou desajeitadamentee em seus braços. desajeitadament  —  Jogue-me   Jogue-me para o lado e deixe-me afogar  —  ela   ela implorou.  —  Por   Por favor. Acabe com isso antes que comece. Paris não lhe respondeu. Segurando-a para o alto em seus braços para mantê-la perto, ele a levou para baixo do deque para seu beliche. A outra Helen finalmente perdeu a consciência, e a visita de Helen a este terrível sonho, visão ou seja lá o que for, foi interrompida bruscamente quando ela caiu em um sono natural.

 

CAPÍTULO 2 Traduzido por Polly

A

ndy olhou para o metrônomo no topo do órgão que ela estava tocando e desejou que isso explodisse. Ela respirou fundo, esperou um compasso, e mergulhou de volta em Bach. Dez balanços do metrônomo mais tarde e ela estava rosnando entre dentes cerrados e agitando os punhos no ar, em vez de batê-los nas teclas. Abusar de instrumentos era uma ofensa imperdoável na mente de Andy. Mas metrônomos, por outro lado...  —  Você  Você tem sorte de ser uma antiguidade  —  ela  ela disse a ele, apenas para deixá-lo saber o quão perto que tinha chegado de ser estilhaçado. Ela esvaziou sua mente e começou novamente. Desta vez, ela deixou Bach fazer o trabalho, e por vários compassos ela encontrou a arte dentro da matemática complicada da fuga. Felicidade. que de elaovo. foiOs interrompida pelos tilintares um temporizador em Até formato dedos de Andy deslizaram dasdeteclas com um barulho ensurdecedor trombeteando que apenas um órgão gigante de cem anos poderia fazer.  —  Sério?   Sério?  —  Andy   Andy disse para o brilho celeste da janela Tiffany que estava acima de sua cabeça. Até mesmo a beleza das cores dos retalhos, aquecendo seu rosto como uma colcha brilhante feita de luz, não foi suficiente para acalmá-la. Justamente quando ela estava conseguindo, ela teve que parar. Ela reprimiu o impulso de xingar na igreja e olhou para o relógio. Já era 8:00h. Droga. Seu tempo de ensaio acabou, e ela tinha que iirr andando até chegar na sua primeira aula. Estava frio. Lá fora, o sol estava começando a espreitar por cima da borda mais distante do campus. Andy sesua agachou das camadas da blusa xadrez que usava para esconder figura dentro impressionante e fez seu caminho através do matagal enrijecido e frio para o seu “atalho”. Verdade seja dita, era um longo atalho. O que importava era que ela estava fora do caminho e mais distante de todos os outros. Andy não estava à procura de amigos na escola. Ela gostava da sua solidão. Na verdade, isso não era bem verdade. Ela odiava a sua solidão, mas ela confiava mais nisso do que ela confiava nas pessoas.  —  Eu  Eu vi você tocando —  um  um jovem disse com uma voz musical. Andy gritou e se virou. Ela viu um belo jovem alto, coroado com cachos dourados. As bordas dele brilhavam à luz fina do sol da manhã fria de novembro.  —   O que você está fazendo aqui?  —   Andy disse calmamente. Ela piscou os olhos ofuscados pelo sol e olhou ao redor procurando outra pessoa. A Faculdade Wellesley era só para meninas da área mais sangue azul, mais alta classe e completamente tradicional de Massachusetts. A

 

menos que esse menino fosse um professor ou um guarda da segurança, ele não era autorizado a estar dentro do campus sem um crachá de visitante.  —  Você  Você é muito talentosa —  ele  ele disse, movendo-se em direção a ela.  —  Você  Você disse que me viu, não é?  —  Andy  Andy deu um passo para trás, não gostando desta situação.  —  Como   Como você pôde me ver na capela? Eu estava sozinha. Ele riu, dançando em torno das notas um carrilhão de  —  vento.   Eu Eusua nãovoz estava na capela, é claro. Eu vi como você através daquela grande janela.  —  Você   Você me viu através de uma janela com vitrais ? Como você fez isso?  —  Eu   Eu posso encontrar alguém tão bonita como você, não importa onde você se esconda. Você é tão radiante, eu aposto que você até mesmo brilha no escuro. A maneira como ele disse isso não soou falso. Ele não estava olhando de soslaio para ela ou sendo rude de qualquer maneira, mas ele ainda estava se movendo em direção a ela, embora ela obviamente não quisesse que ele o fizesse. Quando ele se aproximou, Andy viu algo errado em seus olhos —  algo  algo distintamente animal e não humano. Ela se lembrou da luz solar que atingiu seu rosto através da janela com vitrais e descobriu como ele a viu. Ela sabia com quem, ou melhor, com o que ela estava lidando agora. Andy se afastou rapidamente, sua respiração começando a raspar com medo real.  —  Você   Você vai correr de mim?  —  o   o jovem perguntou pungentemente, como tinha acontecido para ele muitas vezes antes.  —  Você  Você vai me perseguir? —  ela  ela perguntou, acrescentand acrescentando o a sua voz uma borda hipnótica de sedução que poderia conduzir os homens mortais à sua morte. Ela precisava ganhar tempo, talvez levá-lo a seguila de volta pelo caminho principal. Com certeza teria alguém lá para ajudá-la.  —  Claro   Claro que sim  —  ele  ele disse, seus olhos ardentes e sua voz baixa. Ele estava excitado, mas não hipnotizado  —  infelizmente   infelizmente para Andy.  —   Só as que correm são dignas de serem pegas. Não é engraçado? Ela pensou com aquela hilaridade desesperada que só acontece nas circunstâncias mais desesperadoras. Eu passei a minha vida inteira morrendo de medo de incitar um menino, e eu acabo sendo atacada em uma escola só para meninas. A luz brilhou sobre ele novamente, pegando suas bordas e fazendoo parecer mais real do que verdadeiro, como se ele fosse em 4-D. Andy sabia que isso não era um truque do sol do outono em ascensão. Ela também sabia que isso não era um garoto. Sua mãe tinha advertido da possibilidade de algo como isso, mas Andy nunca pensou que viria a acontecer.  —  Ei,  Ei, Andy! —  chamou  chamou uma garota intensamente tagarela que Andy tinha encontrado a mais de um mês atrás na orientação dos calouros e evitado desde então. Ela olhou para Andy e o menino duvidoso. O aglomerado barulhento de meninas atrás dela ficou em silêncio quando viram que Andy estava com um menino.  —  Você  Você vem para a aula?

 

 —  Oi...  Oi... Susan! —  Andy  Andy gritou de volta freneticamente, lembrando o nome da menina no último momento. —  Eu  Eu quero ir com você!

O belo jovem sorriu tristemente para Andy quando o grupo das  jovens tagarelas se aproximaram para pegá-la. Então ele se virou e saiu correndo em direção ao Lago Waban.  —  Onde  Onde o seu amigo vai? —  Susan  Susan perguntou, perplexa.  —  Ele  Ele não é meu amigo —  Andy  Andy disse, agarrando a mão coberta por luva de agora  Susan. com alívio.  —   Nós precisamos ir para a segurança do campus

***  —  Eu  Eu posso descrevê-lo!  —  gritou  gritou uma menina do bando de Susan

que tinha o cabelo preto brilhante e a pele cor de canela. Ela disse ao guarda da segurança,  —   Ele deve estar congelando porque ele estava vestindo apenas jeans e uma camisa apertada!  —   Ele tinha cabelos loiros encaracolados, e ele era realmente bronzeado. Como um surfista de Malibu —  uma  uma garota gordinha com um cabelo loiro liso que se soltava, como se ela não pudesse conter sua exuberância.  —  Ele  Ele tinha a pele muito suave também. Como um golfinho!  —  riu   riu

a menina cor de canela de volta para a loira, e as duas caíram em um ataque de risadinhas, babando pelo quase-estuprad quase-estuprador or de Andy. Andy deixou cair seu rosto em sua mão e esfregou os olhos enquanto ela ouvia mais do mesmo do resto das testemunhas —  ou  ou “fãs” como ela estava começando a pensar nelas. Ela lembrou a si mesma que elas não poderiam conter a sua reação. Elas eram apenas humanas. Depois de passar as próximas duas horas com a segurança, contando toda a experiência e levando os guardas para o local exato onde ela tinha sido abordada, Andy tinha aceito com gratidão um novo dispositivo de segurança para o seu chaveiro. Ela tinha um perseguidor oficial, que tinha feito isso dentro do campus, sem um passe, e os guardas não iriam deixá-la passear em torno sem tomar algumas precauções. O dispositivo de Se segurança eraavistasse um botãoo de pânico que lhes traria a ela em um instante. ela sequer garoto novamente, ela chamaria eles. Andy se perguntou se ela realmente iria pressioná-lo e pôr em perigo todos eles, ou se ela iria enfrentá-lo sozinha. Embora Susan e seu bando houvessem intensificado e confirmado a história de Andy, todas elas fizeram isso com um toque de confusão. Andy tinha relatado palavra por palavra o que o menino tinha dito a ela, e qualquer uma delas teria dado a ela algo em troca para ter as mesmas coisas ditas a elas por um cara gostoso. Andy não conseguia explicar que isto não era um romance. Os homens sempre tinham dito coisas assim para ela, mas não tinha nada a ver com amor. Ela estudou em escolas católicas só para garotas por toda a sua vida e tinha fugido de cada homem que a perseguia, mas isso não os impediu de persegui-la. Ela fugiu das delas. garotas que de haviam perseguido ela, também, e tinha havido muitas Depois uma experiência horrível na sétima série, quando sua melhor amiga tinha

 

tentado beijá-la na frente da aula de história da Irmã Mary Francis, ela nunca se permitiu ser amiga de meninas. Andy ficou longe de pessoas como uma regra. Era para o seu próprio bem. Seu tipo é muito perigoso para os mortais estarem ao redor. De alguma forma, depois de várias aulas, ela conseguiu se livrar de Susan e sua comitiva. Susan tinha olhado para ela com uma mistura de preocupação e anseio quando Andy deixou bem claro que ela estava deixando o grupo. se sentiu mal por isso. era bonitapore popular e parecia serAndy uma pessoa genuinamente boa.Susan Era exatamente isso que Andy tinha que cortar essa relação pela raiz. Ela não queria machucar alguém tão impressionante como Susan apenas para que ela pudesse ter uma amiga. Susan merecia coisa melhor do que isso. Era depois das 21:00h quando a classe de astronomia de Andy terminou, e ela fez seu caminho passando pelo Lago Paramecium para o seu dormitório. Seu nariz coçava. Ela colocou a mão no bolso, soltando o dispositivo por um momento, e sentiu um forte aperto de braços musculosos sobre o seu peito por trás.  —  Corra  Corra —  ele  ele sussurrou em seu ouvido. —  Eu  Eu amo perseguir.

*** Helen sonhou com golfinhos, mas não era nenhum pequeno sonho feliz em visitar o SeaWorld. Helen não viu eles fazendo piruetas ou truques. O golfinho no sonho estava caçando uma menina da idade de Helen. A menina tentou nadar para longe dele, mas o golfinho continuou empurrando-a para abaixo da superfície, atingindo-a com suas nadadeiras e cauda até que ela sangrou. A menina nadou para uma boia, balançando no meio do nada, ofegante e chorando enquanto ela lutava através das ondas. O golfinho atacou, mas desta vez, em vez de nadadeiras, braços de um homem se envolveram em torno da menina e apertaram. Os olhos de Helen se abriram e ela engasgou por ar, sentindo como se um torno estivesse apertando o seu peito. Ela acordou no escuro. Quantos ela tinhadaestado acordando ela see perguntou. Eladias se lembrou sua mãe limpandoe odormindo? pior do sangue sujeira com uma esponja molhada, Kate dando colherada de sopa para ela, e Claire dividindo uma laranja entre ela e uma Ariadne vermelha. Ela lembrou das cicatrizes de Orion, e seu coração apertou-se dolorosamente por ele de novo. Helen lembrou outras coisas, também  —  coisas  coisas que nunca tinham acontecido com ela, como amarrar uma toga (Túnica , ela lembrou-se. Os Gregos usavam túnicas, e os Romanos usavam togas ) e fazer cardagem de lã. Helen Hamilton tinha muita certeza que ela nunca tinha amarrado uma túnica ou feito lã em toda sua vida, mas ela se lembrou de fazer ambos. Estas “visões” de Helena de Troia sempre parecia como memórias, e agora que ela estava completam ente acordada, tinha certeza de que era exatamente isso completamente o que eram. Mas como elaHelen conseguia se lembrar de memórias de outra pessoa? Era impossível. E considerando o quão

 

horrível essas memórias emprestadas eram, o que Helen realmente queria saber era como ela poderia fazê-las parar.  —  Lennie?   Lennie?  —   o o sussurro de Claire veio de algum lugar aos pés de Helen. Helen olhou e viu Claire levantando sua cabeça do encosto do sofá que Ariadne tinha no pé da cama. Normalmente, Ariadne só jogava suas roupas sobre ele, então Helen pensou nisso mais como um lugar para empilhar roupas que algo para sentar. ou apenas visitando por um  —   Você estádoacordada de verdade segundo?  —   Claire perguntou. Mesmo sob a luz branqueada da madrugada entrando pela janela, Helen podia ver a preocupação nos olhos de Claire.  —   Eu estou acordada, Risadinha.  —   Helen sentou-se dolorosamente. —  Quanto  Quanto tempo eu estive fora?  —  Dois  Dois dias. Foi só isso? Para Helen, parecia semanas. Ela olhou para Ariadne, ainda dormindo. —  Ela  Ela vai ficar bem? —  Helen  Helen perguntou.  —  Sim   Sim  —  Claire   Claire respondeu, se sentando.  —  Ela   Ela e Jason vão ficar bem.  —  Orion?  Orion? Lucas?  —  Eles  Eles estão bem, machucados, mas ficando melhor. —  Claire  Claire olhou para longe, com a sobrancelha franzida.  —  Meu  Meu pai?  —   Ele tem acordado algumas vezes, mas apenas por alguns segundos. Ari e Jason estão fazendo o seu melhor. Essa não era a resposta que Helen tinha estado esperando. Ela concordou e engoliu o nó na garganta. Seu pai não era um Descendente, e ele ficou mais perto da morte do que qualquer um deles. Ele iria levar muito mais tempo para se recuperar. Helen empurrou o pensamento de que ele poderia nunca se recuperar totalmente para fora de sua mente e olhou para Claire.  —  Como  Como você está? —  perguntou  perguntou Helen, vendo o olhar triste no rosto de sua melhor amiga.  —  Cansada.  Cansada. Você?  —   Morrendo de fome.  —   Helen balançou as pernas para fora da cama, e Claire levantou-se para ajudá-la. As duas amigas cambalearam para o andar de baixo juntas e atacaram a geladeira. Embora Helen soubesse que tinha que comer o quanto ela pudesse empurrar para baixo a fim de ajudar seu corpo se reconstruir enquanto ela curava, ela não conseguia tirar os olhos de Claire.  —  O  O que foi, Risadinha? —  Helen  Helen perguntou em voz baixa depois de engolir apenas uma ou duas colheres de sopa de frango. —  É  É Jason?  —  São  São todos vocês. Todo mundo está ferido neste momento. E eu sei que isso não é o fim de tudo  —  Claire  Claire respondeu, ainda estranhamente triste. —  Há  Há uma guerra chegando, não é? Helen colocou a colher para baixo.  —  Eu   Eu não sei, mas os deuses estão livres para deixar o Olimpo e vir para a Terra novamente. Por minha causa.

 

 —  Não   Não é culpa sua  —  Claire   Claire começou defensivamente.  —  Você   Você foi

enganada.  —  E  E daí? Enganada ou não, eu falhei —  Helen  Helen disse de uma maneira simples.  —   Eu Eu deixei Ares me encurralar, mesmo eu sendo avisada de que algo estava para acontecer. Ela se sentia horrível, mas ela sabia que não podia permitir-se chafurdar na culpa, então ela manteve a autopiedade longe de sua voz. O Mundo Inferior nunca lhe ensinou que se entregar a negatividade, quão justificada, resolve nenhum dos seus problemas.não Elaimporta deixou essa revelação guardada para alguma outra conversa com Hades e voltou ao tema. —  Algum  Algum deus já apareceu em algum lugar? Eles fizeram alguma coisa? A imagem de um garanhão grande e bonito correndo em uma praia brilhou na cabeça de Helen. Havia sangue em suas patas dianteiras. A imagem a fez estremecer com repulsa.  —   Nós não ouvimos nada  —   Claire disse com um encolher de ombros. —  Pelo  Pelo menos, não há nada da ira dos deuses.  —  O  O que Cassandra tem previsto?  —  Nada.  Nada. Ela não fez nenhuma profecia desde que vocês três foram trazidos de volta para cá. Helen franziu os lábios juntos, perdida em pensamentos. Justo quando os Descendentes precisavam mais de um Oráculo, é claro, que ela ficaria em silêncio. Essa é a maneira que o drama Grego funcionava. Ainda assim, isso preocupou Helen. Grego ou não, tinha que haver uma razão para Cassandra não poder ver o futuro. “Porque é irônico” simplesmente não era mais uma resposta boa o suficiente para Helen.  —   Len?  —   Claire perguntou, sua voz um sussurro assustado.  —   Você pode parar os deuses?  —  Eu   Eu não sei, Risadinha.  —  Helen   Helen olhou para sua melhor amiga. Claire estava pálida de medo e falta de sono. —  Mas  Mas se algum deles tentar ferir qualquer um de nós, eu vou lutar contra eles com tudo o que eu tenho. Claire sorriu, finalmente relaxando um pouco. —  Tome  Tome sua sopa  —   ela repreendeu de repente, como se isso tivesse acabado de ocorrer a ela. Helen riu e obedeceu. Ela sabia que essa era a maneira de Claire de reassumir seu papel usual como a chefe, e ela obedientemente pegou a colher enquanto pensava sobre os deuses. Eles podem não estar movendo nenhuma montanha ainda, mas isso não significa que eles não estarão em breve. Depois de milhares de anos em uma prisão, eles tinham que estar de volta na Terra, mas onde estavam? Os Descendentes estavam fracos e dispersos. Se os deuses querem lutar com eles, agora seria o momento de atacar. O que eles estavam esperando? Helen tomou alguns goles de sopa antes de notar os olhos ol hos arregalados de Claire.  —  O  O que foi? —  Helen  Helen perguntou em torno de sua comida.  —  Você  Você nunca pegou sua colher —  Claire  Claire respondeu, seus olhos sem piscar quando ela olhou para a mão de Helen. —  Você  Você estendeu sua mão, e ela simplesmente voou  para  para você.

 

Helen olhou para a colher e tentou se lembrar de pegá-la. Ela se lembrou de estender a mão para ela, mas só isso. Ela colocou a colher para baixo e segurou a mão dela sobre ela. Nada aconteceu.  —  Eu  Eu acho que você precisa ir dormir, Risadinha —  Helen  Helen disse com um sorriso duvidoso.  —  Sim.  Sim. Talvez você esteja certa —  Claire  Claire disse, mas ela não parecia convencida. Quando Helen o seu grande Enquanto café da manhã, Claire a ajudou de volta para terminou cima e para o chuveiro. Helen esfregava o restante do sangue e sujeira, Claire sentou em cima da pia esfregando loção distraidamente nas pernas e pés, mantendo-se próxima no caso de Helen ficar tonta.  —  Tem  Tem certeza que você não precisa de ajuda? —  Claire  Claire perguntou pela décima vez.  —   Eu tenho certeza.  —   Helen riu enquanto se enxugava.  —   Honestamente, eu me sinto muito bem.  —  Você  Você realmente é a mais forte, não é? Helen olhou para longe. Embora ela e Claire tivessem tomado banho  juntas depois das corridas um milhão de vezes e não eeram ram nem um pouco tímidas em torno uma da outra, Helen de repente se sentiu nua. Ela não gostava de Claire pensando que ela era algum tipo de... bem, semideusa. Elas eram mais do que melhores amigas. Elas eram irmãs, na verdade, e Helen detestava ser lembrada de que havia algo desigual entre elas.  —  O  O que te faz dizer isso? —  ela  ela perguntou em uma voz tensa. Claire franziu os lábios.  —  Você  Você devia ver os caras assim que tiver acabado.  —  Meu  Meu pai primeiro —  Helen  Helen disse com um aceno definitivo. Claire ajudou Helen a se vestir e, em seguida, deixou Helen se inclinar sobre ela quando elas fizeram o seu caminho pelo corredor. A porta estava aberta para que ela pudesse ver Jerry deitado na cama, e Kate sentada em uma cadeira ao lado dele. Ambos estavam dormindo.  Jerry estava tão magro e abatido abatido que Helen não queria acre acreditar ditar que era o pai dela. Ela teve que lembrar a si mesma que deveria estar grata, mas era difícil sentir qualquer coisa além de medo quando ele parecia tão doente. Caminharam alguns passos até o quarto de Hector. Helen podia ouvir vozes profundas e masculinas atrás da porta. Parecia que qu e todos os caras estavam lá. Elas bateram na porta e entraram para descobrir que Hector tinha movido Jason e Lucas com Orion. Helen teve outra visão ou memória, ou seja lá o que fosse. Todos os homens estavam jogando juntos em uma tenda no meio de um grande campo empoeirado  —  o   o campo cercado logo abaixo da grande muralha de Troia. Ela balançou a cabeça, e a visão clareou.  —   Vocês Vocês não estão um pouco velhos para uma festa do pijama?  —   Claire brincou. Os caras riram da piada cautelosa de Claire.  —  Eu  Eu fiquei cansado de correr para cima e para baixo pelo corredor para checá-los, então eu simplesmente carreguei todas as camas para cá

 —  Hector  Hector admitiu timidamente.

 

Hector o Protetor , Helen pensou. Ele nunca poderia suportar ficar longe de qualquer um de seus homens quando eles estavam feridos  —    fossem generais indispensáveis como Eneias, ou simples soldados de infantaria . É por isso que cada um no seu exército o amava e o seguiu até a morte certa. Helen balançou a cabeça e tentou piscar para afastar as memórias indesejadas. Elas não eram sequer dela.  —  Eu  —  Orion  Ela Eu não posso queda você está andando  Orionde disse para Helen. podia ver acreditar que, apesar adrenalina da explosão energia quando Orion acordou eles com o seu grito, ele e Lucas ainda estavam acamados. Eles não estavam nem perto de se curar como ela estava, e  Jason estava completamente retorcido por salvar Jerry. Os três mal conseguiam sentar-se sem pestanejar pestanejar de dor, muito menos fi ficar car em pé.  —   Só Só estou tentando superar vocês. Fazer vocês parecerem mal  —   Helen brincou, tentando esconder o quanto estava preocupada com todos eles. Claire foi para Jason, e Helen automaticamente foi sentar na beirada da cama de Lucas. Ela percebeu o que ela estava fazendo no último minuto e mudou de direção para se juntar a Orion. Lucas olhou para ela, uma expressão tensa em seu rosto para esconder seus sentimentos. Helen engoliu em seco e se forçou a evitar os olhos dele. Nesta vida eles eram primos, ela lembrou a si mesma, independentemente do que ela tinha visto em seus sonhos. Ela pegou a mão de Orion e se sentiu melhor. Ele sorriu ternamente para ela, e seu coração vibrou. Ela ama  Orion,  Orion, ela pensou quando ela se encheu de um calor agradável. Então, o que era essa tontura que ela sentia em torno de Lucas? Talvez “tontura” não fosse a melhor maneira de passar a vida, de qualquer maneira.  —   O que vocês estão falando?  —   Helen perguntou levemente, tentando dizer a si mesma que iria ficar mais fácil um dia ver Lucas usando o olhar vazio que ele adotou conforme ele assistia ela segurando a mão de Orion. Por um momento, Helen pensou ter visto uma cor tóxica e verde-ácido piscando debaixo da pele de Lucas. Ela piscou e olhou para longe, esperando que sua visão não estivesse totalmente confusa por causa de seu olho danificado.  —  Nós  Nós estávamos falando de estratégia. Os Descendentes precisa precisam m de um plano, e rápido  —  Hector   Hector respondeu, seu rosto endurecendo.  —   Nós estamos fracos. Divididos. Esse é momento para nos atacar. Helen deu um riso sem alegria.  —   Eu estava pensando a mesma coisa.  —   Hector olhou para ela com aprovação, e Helen considerou a possibilidade de que ele poderia ter sido um soldado afinal.  —   Mas Mas não ouvimos nada. Tanto quanto nós sabemos, os deuses ainda estão no Olimpo —  Claire  Claire disse, franzindo a testa de preocupação.  Jason puxou-a para mais perto dele.  —  Matt   Matt descobriu algumas coisas. Ele está vindo agora explicar  —   ele disse para ela. Jason olhou para o irmão. —  Onde  Onde ele está, afinal?  —  Com  Com Ariadne —  Hector  Hector respondeu, irritado no início, e depois seu

tom mudou. —  Ele  Ele verifica ela cerca de uma dúzia de vezes por dia.

 

 —  Não   Não é uma dúzia de vezes  —  Matt   Matt protestou quando ele entrou

pela porta, sustentando Ariadne com uma mão e carregando o seu iPad na outra. —  Dez.  Dez. No máximo. Helen quase olhou duas vezes quando ela viu Matt. Ela tinha visto seu amigo ficar mais forte ao longo dos últimos meses. Ela havia notado que ele estava se transformando completamente em um pedaço de mal caminho, embora o pensamento de Matt como um interesse amoroso era nojento para ela. Mas era diferente. Ele parecia elétrico.  —   Como  —   Hector está se isso sentindo, irmãzinha? perguntou para Ariadne, mas seus olhos olharam Matt de cima a baixo, avaliando-o. O que quer que tivesse mudado, Hector viu, também, Helen tinha certeza disso.  —  Ugh  Ugh  —  ela  ela gemeu comicamente quando ela se sentou ao lado de seu irmão mais velho. —  Mastigada.  Mastigada.  —  Mastigada?   Mastigada?  —  Orion   Orion perguntou como se ele devesse ter ouvido errado.  —   Mastigada, engolida, vomitada e mastigada novamente  —   ela disse a ele com um sorriso.  —  Como  Como você está? —  Matt  Matt perguntou a Helen enquanto todos riam da analogia bruta de Ariadne. E de repente ele era apenas Matt novamente, seu velho amigo, e não havia nada de estranho com ele.  —  Eu   Eu estou bem  —  ela   ela disse, batendo na mão que ele colocou em seu braço.  —  Você  Você tem certeza? —  ele  ele pressionou, olhando profundamente em seu olho danificado. Helen lembrou que o seu confronto com Ares tinha deixado uma cicatriz azul correndo pela íris do seu olho direito. Foi dito para ela que parecia um raio, mas ela não tinha visto ainda. Havia coisas mais importantes para ela fazer do que se olhar em um espelho.  —  Sim,   Sim, eu estou bem  —  ela   ela disse, e então ela sorriu.  —  Eu   Eu ficaria melhor se eu conseguisse fazer Ari parar de chutar em seu sono.  —   Ei, pelo menos eu não ronco  —   Ariadne brincou de volta com Helen.  —  Vocês  Vocês duas  roncam  roncam  —  Claire  Claire entrou na conversa, sorrindo.  —  É  É como dormir com dois caras.  Todos eles começaram a rir às custas de Helen e Ariadne. Helen ficou impressionada com o quão feliz todos eles estavam em apenas estar  juntos  —   seguros seguros e confortáveis na companhia uns dos outros como se tivessem ficado juntos assim mil vezes. Mas nenhum deles podia ignorar por que estavam ali por muito tempo, e a sensação fácil rapidamente dissipou.  —   Então, o que você descobriu sobre os deuses, Matt?  —   Orion perguntou, sensível como sempre para a sutil mudança de humor.  —   Você ouviu alguma coisa?  —  Sim.  Sim. Houveram alguns... ataques —  Matt  Matt disse relutantemente.  —  O  O que isso significa? —  Claire  Claire perguntou. Matt mexeu no seu iPad e começou a folhear as manchetes dos  jornais, e todos se amontoaram. amontoaram.  —  Dois  Dois dias atrás, uma mulher em Nova York Y ork foi encontrada no topo do Empire State Building golpeada até a morte pelo que pareciam garras

 

gigantes. E esta manhã, o corpo de uma menina foi encontrado pisoteado até a morte por um cavalo em uma praia de Cape Cod. Ambas as mulheres foram estupradas antes de serem mortas. Hector pegou o iPad e olhou para ele.  —   Isto é uma manchete sensacionalista —  ele   ele disse em dúvida.  —  Aqui  Aqui diz que as testemunhas de Nova York afirmaram terem visto uma mulher sendo levada por um pássaro gigante.  —  Águia.  —  Helen  Águia. Era umaolhou águiapara  Helen disse reprimindouma um arrepio. Todo mundo ela por umsuavemente, momento, esperando explicação.  —  É   É só um palpite, mas eu tenho tido sonhos estranhos e lampejos estranhos, eu acho que você pode chamar eles assim  —   ela admitiu com um encolher de ombros, tentando minimizar as memórias desabrochando que ela estava experimentando até que ela entendesse um pouco melhor.  —  Quando  Quando eles começaram? —  perguntou  perguntou Lucas, preocupado. Helen franziu o rosto, tentando pensar de volta na primeira vez que ela viu ele e os outros caras em armaduras.  —  Halloween   Halloween  —  ela   ela disse, percebendo enquanto falava. Ela olhou para Orion.  —   Lembra de como eu esqueci de tudo por um segundo depois de tocar na água do rio? —  ela  ela perguntou. Ela evitou dizer o nome do rio Lete quase supersticiosamente, apenas no caso de fazer ela esquecer tudo de novo.  —  Hum-hum   Hum-hum  —  Orion   Orion respondeu com um pequeno sorriso. Helen sorriu nervosamente para ele, se lembrando de como eles tinham pulado em cima um do outro logo que eles se esqueceram quem eles eram. Pelo olhar quente que ele estava dando a ela, Helen tinha certeza que ele estava se lembrando disso também. Então seu rosto escureceu.  —  Você  Você não conseguia sequer lembrar seu próprio nome por um instante. Isso foi ruim.  —  Bem,  Bem, quando eu me lembrei de novo, era como se houvesse muito na minha cabeça ou algo assim. —  Helen  Helen suspirou com frustração. —  Eu  Eu não posso explicar isso ainda, mas agora eu estou recebendo várias imagens estranhas quando eu sonho.  —  E  E uma delas era de uma águia? —  Matt  Matt perguntou.  —   Sim. Por que? O que você está pensando, Matt?  —   Helen perguntou, apontando para o seu iPad e os artigos sobre as meninas assassinadas.  —  Eu   Eu sei que esse tabloide parece um absurdo, mas mitos gregos falam sobre mulheres sendo carregadas por deuses disfarçados de animais o tempo todo. Eu acho que a águia é Zeus e o cavalo é Poseidon  —  Matt  Matt disse.  —  Matt,  Matt, eu posso me transformar em um cavalo —  Orion  Orion disse com um olhar de desculpas. —  Todos  Todos da Casa de Atenas podem.  —   Fala sério  —   disse Helen, girando para Orion com os olhos arregalados.  —  O  O quê? Eu posso me transformar em um golfinho  —  Jason  Jason disse como se ele estivesse dizendo a elas a hora.  —  Cala  Cala a boca! —  Claire  Claire e Helen gritaram em uníssono. Jason riu.

 

 —   Alguns Descendentes podem mudar de forma para avatares animais do seu deus —  Hector  Hector disse, dando a Helen um olhar estranho.  —  Como  Como você pode não saber disso?  —  Ninguém   Ninguém me disse, e eu nunca fui capaz de fazer isso!  —  Helen   Helen gritou de volta. Ela virou para Orion novamente. —  Por  Por que você não me

contou?  —  Não  Não é como se isso fosse útil ou algo assim  —  ele   ele disse com um  —  Pense encolher  dias Pense em torno de da ombros. cidade nos de nisso. hoje? Quantos cavalos trotando você vê  —  Sim.   Sim.  —  Jason   Jason riu.  —  E  E então, quando você muda de volta, você está totalmente nu. Tente explicar isso. É divertidamente louco ser um animal, não me interpretem mal, mas é pouco prático.  —  Sim,  Sim, mas... —  Claire  Claire gaguejou. —  Oh  Oh meu Deus!  —  Isso   Isso é tão injusto. Eu recebo todos os talentos miseráveis como ser Aquela que Desce e ter sonhos esquisitos, e você pode se transformar em um golfinho.  —   Helen fez beicinho, jogando um travesseiro para  Jason.  —  Tudo   Tudo bem, tudo bem  —  Matt   Matt interrompeu, levantando as mãos para ter todos de volta ao assunto. —  Mas  Mas quantos Descendentes podem se transformar em uma águia grande o suficiente para carregar uma mulher?  —  Nenhum.  Nenhum. —  Hector  Hector inclinou a cabeça para o lado. —  Ok,  Ok, Matt. O que você acha que está acontecendo?  —   Eu acho que os deuses estão fazendo exatamente o que eles costumavam fazer antes que deles serem trancados no Olimpo... correndo por aí e estuprando mulheres mortais. Mas desta vez, eles não estão deixando suas vítimas vivas.  —  Hum.  Hum. —  Hector  Hector ficou orgulhoso. —  Eles  Eles não estão se arriscando.  —  Não.  Não. Não desta vez —  Matt  Matt respondeu.  —  O  O que você quer dizer?  —  Ariadne  Ariadne perguntou.  —  Em  Em cada uma das histórias hi stórias sobre um deus que aparece para uma mulher como um touro, um cisne ou uma chuva de ouro, nove meses depois um Descendente nasceu  —  Hector  Hector disse, abrindo os braços para indicar todos eles. —  É  É como se eles nunca falhassem. Lucas diplomaticamente ignorou o comentário de mau gosto de Hector e olhou para Helen. —  O  O que mais você viu nestes lampejos?  —   Que outros animais, você quer dizer?  —   Helen disse pausadamente. Ela quase deixou escapar,  —  Eu   Eu continuo nos  vendo,   vendo, e estamos casados! —  mas  mas se conteve a tempo. Lucas estreitou os olhos para ela, sentindo o atrapalhar estranho de Helen, e abriu a boca para começar o que ela tinha certeza de que seria um interrogatório embaraçoso.  —  Eu   Eu vi uma águia, um golfinho e um garanhão  —  ela   ela continuou antes que ele pudesse começar. Conhecendo Lucas do jeito que ela conhecia, Helen estava certa de que ela só tinha atrasado as suas perguntas. Ele não iria esquecer, e já que ele era um Detector de Mentiras  ela teria a escolha de dizer a verdade ou permanecer em silêncio. Mentir

para Lucas não era uma opção —  o  o que era uma grande chatice.

 

 —  E   E o golfinho é Apolo, certo?  —  Claire   Claire perguntou abruptamente,

olhando para cima a partir do iPad.  —  O  O golfinho, o lobo, o rato e o corvo são todos avatares animais de Apolo —  Ariadne  Ariadne respondeu. Claire mostrou a eles um artigo que ela tinha lido sobre um ataque estranho na Faculdade Wellesley. Todos eles inclinaram suas cabeças  juntas para ler. Uma menina, cujo nome foi deixado de fora da notícia, tinha sido com terrivelmente ferida selvagem por um homem na noite anterior. Ela lutou o seu atacante tempo louro o suficiente para que a segurança do campus respondesse ao alarme silencioso que ela conseguiu ativar. O jovem fugiu sob circunstâncias “suspeitas”. A polícia de Wellesley estava procurando pistas com o público. Eles consideraram o atacante dela extremamente perigoso. Aparentemente, mais de uma testemunha ocular da equipe de segurança responderam relatar terem visto o jovem voar para longe quando ele percebeu que estava cercado. A menina estava se recuperando de seus ferimentos em um hospital local.  —  E   E agora para o verdadeiro problema.  —  Claire   Claire rolou para baixo para mostrar um desenho de lápis de alguém que parecia quase exatamente como Hector.  —  Oh.  Oh. Isso é ótimo —  Hector  Hector brincou.  —  O   O que isto significa?  —  Ariadne   Ariadne perguntou, o medo arregalando os seus olhos quando ela olhou para todos. —  Eles  Eles não estão procurando Hector, estão? Ninguém tinha uma resposta.  —  Eu   Eu conheço alguns lugares onde você pode se esconder por um tempo —  Orion  Orion ofereceu calmamente.  —  Eles  Eles não são exatamente bons, mas as pessoas neles têm dificuldade em lembrar rostos. Momentaneamente atordoada, Helen estudou Orion, se perguntando que tipo de lugar que ele estava falando. Todos os tipos de imagens miseráveis passaram pela sua cabeça. Pela vida dela, Helen não podia imaginar Orion em algum cortiço decadente ou covil de ladrões. Mas ela teve que admitir para si mesma que ele era muito mais familiarizado com esse mundo do que qualquer um que ela tinha entrado em contato antes. Mais uma vez, ela se perguntou sobre a terrível infância de Orion e se ele nunca iria contar a ela sobre isso  —  e   e sobre como ele conseguiu essas cicatrizes.  —  Obrigado,   Obrigado, cara. Mas eu não vou deixar a minha família de novo  —  Hector  Hector disse, dando a Orion um olhar agradecido. Orion concordou, mas Ariadne começou a sacudir a cabeça com veemência. —  Não,  Não, Hector, não —  ela  ela disse, sua voz ficando em pânico.  —   Acabamos Acabamos de ter você de volta. Eu não quero que alguém venha aqui e arraste você para a prisão.  —   Está tudo bem  —   ele disse, puxando sua irmã para perto e acariciando seu ombro com uma das suas mãos grossas.  —   Ninguém sabe que eu estou na ilha. Todos pensam que eu ainda estou estudando na Europa. Eu vou me esconder aqui na casa. Eu vou ficar bem. Acreditando nele, Ariadne se acalmou e apertou o peito de seu irmão em um abraço apertado. Sobre sua cabeça Matt e Hector trocaram um

 

olhar, Matt silenciosamente prometendo cuidar de Ariadne se algo acontecesse com Hector. De alguma forma, Helen podia ver essas emoções passarem entre os dois jovens tão claramente quanto ela podia ver as cores pintadas em uma tela. Ela piscou os olhos furiosamente, esperando como louca que isso parasse.  —  O  O que... —  Orion  Orion exclamou de repente, se empurrando para cima e quebrando a linha de pensamento de Helen. Ele se virou para revelar Cassandra, que tinha subido atrás dele na cama. Ele relaxou assim que ele a reconheceu.  —  Você  Você estava aqui o tempo todo? —  Claire  Claire perguntou, incrédula. Cassandra deu de ombros de maneira evasiva, mas ela não disse nada.  —  Ela   Ela me assusta pra caramba, tipo, cinco vezes por dia. Eu juro, ela não faz barulho quando ela se move  —  Orion   Orion disse a Claire. Ele se virou para Cassandra.  —  Continue   Continue assim e eu vou colocar um sino em você. Como uma gatinha má —  ele  ele ameaçou com um olhar severo em seu rosto, mas ele não afastou ela. Em vez disso, ele a pegou e a colocou em cima de seu travesseiro, a trazendo para dentro do círculo da conversa.  —  Então,  Então, todos nós sabemos que alguém precisa encontrar aquela garota e trazê-la para cá o mais rápido possível —  Orion  Orion disse, apontando para o artigo. Todos os caras concordaram.  —  Espera.  Espera. Por que? —  Helen  Helen perguntou, surpresa.  —   Ela não está mais segura no mundo mortal. Apolo ainda não desistiu dela  —   Jason respondeu, com a voz sumindo no final. Helen olhou para Claire por uma resposta, mas Claire deu de ombros, perplexa.  —  Apolo  Apolo nunca deixa uma menina escapar —  Lucas  Lucas disse, como se ele odiasse admitir que ele era descendente de alguém tão repugnante. —   Quando ele quer uma mortal ele a persegue, mesmo que ela não queira que ele volte. Para qualquer lugar que ela corra, ele a segue. Ele não vai desistir.  —  A  A menos que ela implore para uma deusa transformá-la em uma árvore, ou um corpo de água ou algo que ele não possa violar  —  Matt   Matt disse, irritado. —  Vocês  Vocês nunca se perguntaram por que a Casa de Tebas, os descendentes de Apolo, tem tantos membros?  —   Todos os deuses são miseráveis, estupradores, bastardos belicistas. Não apenas Apolo  —  Hector   Hector disse com uma careta.  —  É   É por isso que nós temos que encontrar uma maneira de se livrar deles. Mais uma vez. Orion, Lucas e Helen trocaram um olhar de dor, cada um deles profundamente consciente de que foi culpa deles. Os três haviam acidentalmente se tornado irmãos de sangue quando eles lutaram com Ares, e tinham juntado as quatro Casas e soltaram os deuses sobre o mundo novamente.  —  Espera.  Espera. Eu não estava culpando vocês três —  Hector  Hector começou em tom de desculpa, mas Orion sorriu e colocou a mão no ombro do amigo.  —  Nós  Nós sabemos que você não quis dizer isso  —  Orion  Orion disse.  —  Mas   Mas ainda assim é culpa nossa  —  Helen   Helen lembrou todos eles.  —   Os deuses sempre apoiaram os Descendentes em um canto e nos obrigaram a fazer uma escolha entre ruim e pior, mas nós somos os

 

únicos que sempre caímos em suas armadilhas. Eu não vou deixar isso acontecer novamente. Lucas deu a Helen um olhar preocupado, mas antes que ele pudesse dar uma palestra para ela sobre os perigos do excesso de confiança pela décima vez, ela mudou de assunto. —  Então,  Então, quem quer vir comigo para pegar essa garota?  —  Você  Você não vai —  Lucas  Lucas e Orion disseram em uníssono.   Sim, eue Hector vou  —  Helen  não Helen respondeu ambos.   VocêsQuem  Vocês dois estão uma —  bagunça, pode mostrar oarosto em —  público. mais vai?  —   Eu vou com você, Len  —   disse Claire, cortando Lucas e Orion antes que eles pudessem discutir mais.  —  Não   Não se preocupem, pessoal, eu vou observar ela. Se ela cair, ela pode pousar sobre mim, tudo bem?  —  E  E eu —  Ariadne  Ariadne disse.  —   Você ainda está muito drenada  —   Jason disse, balançando a cabeça para sua gêmea.  —   E E aquela pobre garota acabou de ser atacada por um deus na noite passada. Ela está provavelmente muito ferida para se mover sem um curador. Eu também estou supondo que agora a última coisa que ela quer é que um homem coloque as mãos sobre ela, de modo que você está fora dessa —  Ariadne  Ariadne respondeu com firmeza para Jason.  —   Então, é Larry, Moe e Curly 1  para o resgate?  —   Hector disse, esfregando a testa como se o seu cérebro doesse.  —  Muito  Muito engraçado —  Helen  Helen disse, insultada. Ele olhou para Helen, seus olhos sérios.  —   Como estão os seus raios? Ela ergueu um globo cantarolando de poder e segurou na palma da sua mão. Ele chiou com energia comprimida e jogou calor no quarto em ondas. —  Melhor  Melhor do que nunca  —  ela  ela respondeu com uma sobrancelha levantada. —  É  É quase sem esforço, agora. Como se ele não estivesse mais me drenando.  —   Ótimo  —   Hector disse, visivelmente relaxando agora que sabia que Helen poderia defender as três.  —   Apolo está provavelmente à espreita em algum lugar perto do hospital, então mantenham os seus olhos abertos.  —  Eu  Eu vou. Mas ele provavelmente não vai chegar muito perto de mim depois do que eu fiz ao seu meio-irmão —  ela  ela disse sombriamente. Helen olhou para a bola de energia na mão, lembrando-se de como ela eletrocutou Ares e prendeu ele no Tártaro depois que ele a torturou. Era bom saber que ela tinha derrotado um deus. Quando ela olhou para cima, todo mundo estava olhando para ela. Ela fechou a mão e apagou o raio.

1

 Larry,

Moe e Curly: Os Três Patetas (1922-1970).

 

CAPÍTULO 3 Traduzido por I&E BookStore

A

s ruas não ficaram ruins até chegarem ao centro da cidade. Helen olhou para fora da janela do Mini de Ariadne com um nó na garganta quando passaram pelas lojas vandalizadas. Os danos causados durante os tumultos do Halloween estavam localizados em torno da escola e da News Store, mas isso incluía uma grande área da cidade.  Janelas de lojas foram quebradas, carros demolidos ainda estavam na beira da estrada e alguns lugares estavam até mesmo mostrando os sinais de dano de fogo. Casas que pertenceram aos colegas de classe de Helen e seus vizinhos  —  casas   casas que eram mais velhas do que a própria região —  tinham  tinham sido assoladas, cobertas de pichações e queimadas. Ela se perguntou quantas pessoas com quem ela se preocupava tinham sido feridas ou mesmo mortas. Quantos de seus amigos ainda estavam terrivelmente feridos como seu pai?  —   Claire? Alguém que conhecemos... além de Zach?  —   Helen começou, sem saber como completar. Ela não teve que soletrar. Claire sabia o que ela queria dizer e assentiu.  —  Hergie   Hergie  —  disse  disse Claire, sua voz falhando.  —  Inalação  Inalação de fumaça. Ele estava tentando salvar os livros da biblioteca do incêndio na escola. Não havia nada a dizer. O Sr. Hergesheimer não era um parente ou mesmo um amigo, mas ainda assim Helen tinha amado aquele velho ranzinza. Agora que ele se foi, foi como se uma porta tivesse se fechado. Nantucket nunca mais seria a mesma. Ela engoliu em seco e reorientou-se para o que precisava fazer. Agora ela sabia que precisava ficar com raiva, não histérica. Eris e Terror, os pequenos deuses que haviam criado os motins, ainda estavam lá fora em algum lugar. de Helen cerroucom os punhos lembrou-se de ser paciente. Ela teria chance encontrar eles emebreve. Durante o longo passeio na balsa de Nantucket para o porto continental em Hyannis as três meninas aproveitaram a oportunidade para planejar que hospitais deveriam tentar. Sentando em uma mesa perto do posto de concessão no centro da balsa, elas rondaram através do iPad de Matt, checando os mapas na internet. No momento em que a balsa atracou, Helen sentiu que elas tinham uma lista bastante sólida de possibilidades. Os dois primeiros hospitais, embora mais próximos da Faculdade Wellesley, provaram serem becos sem saída. No momento em que chegaram ao terceiro, a maior parte do dia foi gasto. Quando elas entraram na estrutura do estacionamento, Claire apontou para um carro da polícia perto daClaire entrada.  —  Ela   Elaestacionado está aqui  —    disse  disse com um aceno de cabeça firme.  —   Eles estão de olho nela para ver se o perseguidor volta.

 

Ariadne estacionou e elas entraram, dividindo-se para economizar tempo. Helen foi direto para a enfermaria de traumas. Ela viu um policial uniformizado de guarda em uma porta no final do corredor, e mandou uma mensagem para Ariadne e Claire se encontrarem com ela. O oficial era um homem, e Helen precisava dele para deixá-la entrar no quarto. Ela caminhou até ele e sorriu.  —  Oi  Oi —  ela  ela disse calorosamente, e observou o rosto do policial ficar nebuloso. Helen tinha visto um monte de homens olharem para ela desse jeito  —  como  como se estivessem olhando para um anel de bronze brilhante que era brilhante demais para eles olharem diretamente e alto demais para que eles pudessem alcançar. Ela sempre tinha odiado este olhar, mesmo sabendo que ele dava a ela um tipo de poder de manipulação. Ela jurou que ela nunca iria usá-lo, mas agora o jogo mudou. Helen precisava de todo o poder que ela poderia ter nas mãos para proteger sua família. Ela tinha que parar de ser melindrosa, ou os Descendentes não teriam a menor chance contra os deuses.  —  Um   Um rapaz atacou uma amiga minha na noite passada  —   disse Helen. —  Acho  Acho que ela precisa de mim. Posso entrar?  —  Não   Não devemos deixar ninguém entrar, mocinha  —  disse   disse o oficial, mudando de um pé para o outro como se ele realmente sentisse muito por dizer não para ela. Helen podia ver que ele queria ajudar, tão claramente quanto ela podia ver o emblema da polícia em seu peito. Ela podia ver sua raiva e compaixão como uma bola de cores vivas rodando em torno de suas costelas. Helen notou que ele usava um anel de casamento, afundado profundamente na pele do dedo há muito tempo, e ela simplesmente soube .  —   Está tudo bem, sabe  —   Helen cantarolou. Ela ouviu e sentiu Claire e Ariadne se juntarem a ela. Ambas hesitaram, mas Helen acenoulhes para irem em frente até que elas estavam de pé em cada lado dela.  —  Você  Você pode deixar nós três entrarmos. Nós vamos cuidar dela. Você tem uma filha da nossa idade, certo? O policial olhou para Helen bruscamente, se perguntando como ela poderia ter adivinhado isso, em seguida, balançou a cabeça lentamente quando ele afundou mais profundamente em seu olhar.  —   Então você sabe que ela realmente precisa de nós. Em seu coração, você sabe que é a coisa certa a fazer. —  Helen  Helen sorriu seu sorriso deslumbrante. O oficial sorriu, acenando com a cabeça de uma maneira obscura.  —  É  É a coisa certa a fazer —  ele  ele disse com um aceno definitivo de sua cabeça, e imediatamente abriu a porta para elas.  —  Obrigada   Obrigada  —  disse   disse Helen gentilmente, puxando Claire e Ariadne com ela.  —  Como   Como você...?  —  Claire   Claire começou, mas Helen a cortou com um gesto de impaciência e se virou para a menina na cama. Ela estava acordada e olhando para elas. Seu rosto bonito estava cortado em alguns lugares, o braço esquerdo estava engessado, e seu

 

lábio estava inchado e roxo. Helen leu o boletim médico no final de sua cama rapidamente e encontrou o nome dela. Andy Faiakes.  —   Ah, merda  —   Andy gemeu, olhando para Helen com um olhar farto em seu rosto machucado. —  Então,  Então, qual deusa é você?  —  Eu  Eu não sou uma... espera. —  Helen  Helen olhou para Andy com os olhos apertados. —  O  O que você é ?  —  Você  Você primeiro —  Andy  Andy disse com a voz mais melodiosa que Helen  já tinha ouvido. Helende abriu a boca para responder e teve que deter-se deter-se à força para impedir-se contar tudo.  —  Você  Você tem uma baita voz —  disse  disse Helen, rangendo os dentes contra a tentação de responder à pergunta.  —  Você  Você tem um baita rosto  —  disse  disse Andy de volta, sua voz soando —  ela dentro da cabeça de Helen.  —  O que você é?   —   ela repetiu, amplificando a qualidade sedutora de sua voz.  —  Descendente   Descendente —  Claire  Claire deixou escapar, e, em seguida, bateu com a mão sobre sua boca. Seus olhos se arregalaram, e ela murmurou atrás de seus dedos. —  Eu  Eu sinto muito, gente. Eu não sei por que eu disse isso.  —  Porque  Porque você é completamente humana —  disse  disse Andy para Claire com um pequeno sorriso. Então ela olhou para Helen e Ariadne uma de cada vez. —  Mas  Mas elas não são.  —  E  E o que você é? —  perguntou  perguntou Ariadne cautelosamente.  —  Humana  Humana —  disse  disse Andy. Mesmo que ela tenha usado sua bela voz hipnótica, a palavra estalou fora de sintonia dentro da cabeça de Helen.  —  Mentirosa  Mentirosa —  declarou  declarou Helen, balançando a cabeça uma vez. Andy olhou para ela por um momento antes de continuar.  —  E  E metade sereia. Infelizmente —  ela  ela admitiu relutantemente. Era óbvio que Andy não gostava de pensar que metade dela era uma criatura que cantava para as pessoas até sua desgraça.  —  Então,   Então, o que vocês três estão fazendo aqui?  —  perguntou   perguntou Andy com cautela.  —  Você   Você sabe quem, ou melhor, o que, atacou você ontem à noite, certo?  —   perguntou perguntou Ariadne sem rodeios. Os ombros de Andy ficaram tensos com medo. Ela assentiu com a cabeça. Ariadne suavizou seu tom e foi colocar-se ao lado da cama de Andy, seus grandes olhos castanhos cheios de compaixão. —  Então  Então você sabe que ele voltará até você. Viemos levá-la para casa conosco, para nossa família, para que possamos protegê-la.  —  Vocês  Vocês não podem me proteger —  disse  disse Andy, sua encantadora voz embargada enquanto as lágrimas ameaçavam romper através de sua atuação de garota durona.  —  Não  Não de um deus. Nenhum Descendente é forte o suficiente para detê-los. Helen podia sentir o desespero de Andy, sua fé absoluta de que, eventualmente, ela iria sofrer e morrer nas mãos de algum sobrenatural bruto. Assim como Helen tinha certeza que Ares ia matá-la quando ele a tinha amarrado na caverna. Ela se lembrava de como Ares tinha abusado dela. Como ele se divertia com seu desamparo. Helen sabia só de olhar em seus olhos que Andy tinha sofrido algo similar. Furiosa, Helen ficou quente por toda parte, e os cabelos minúsculos em seus braços se arrepiaram. A sala encheu-se com o brilho azul-gelo

 

do relâmpago enquanto corria sobre sua pele em uma teia de fluxo de faíscas.  —  Diga  Diga isso a Ares. Oh, é mesmo, você não pode. Porque eu acabei com ele e o mandei para o Tártaro  —  disse   disse Helen. As faíscas caíram de seus dedos, saltaram e se separaram como bolas de glitter quebrando silenciosamente enquanto elas deslizavam pelo chão. Ela estava consciente de que sua voz tinha aumentado um pouco quando ela falou, mas elamorrendo não conseguia conter. para Tudo salvar no queseus ela podia pensar em Hergie em umseincêndio amados livros.era E era tudo culpa dos deuses.  —  Hum...  Hum... Len? —  Claire  Claire interrompeu com uma voz baixa. Helen notou as três meninas olhando para ela de boca aberta, e ela parou. Ela apagou a última das faíscas de suas mãos com um olhar tímido no rosto, limpou a garganta e tentou falar novamente.  —  Olha,   Olha, eu vou ser honesta. Não podemos prometer que você vai estar completamente segura —  ela  ela disse. —  Mas  Mas podemos prometer que, se Apolo vier até você, ele vai ter que lutar contra todos nós para levá-la. Agora. Não é melhor do que ficar deitada aqui, esperando que ele apareça e a leve como uma donzela indefesa em um mito grego?  —  Uh.  Uh. Sim —  Andy  Andy disse, com os olhos arregalados. Helen percebeu queClaire, ela estava a menina risada. Olhando para Helenassustando pegou uma pitada edeforçou medouma na expressão de sua melhor amiga antes de ela desviar o olhar.

*** Uma vez que elas conseguiram levar Andy para fora do hospital e através da garagem, ela estava tão exausta que ela adormeceu durante a viagem para Hyannis. Helen dirigia. Ariadne tinha esgotado a si mesma curando a perna quebrada de Andy antes que elas houvessem deixado o hospital, e, em seguida, tinha feito um pouco mais de cura durante a estrada enquanto elas cruzavam pela Rota 495. O empenho dela a deixou tão pálida e de aparência doentia como Andy no momento que elas embarcaram na balsa. Helen não podia evitar de achar que foi uma coisa boa que nem Andy nem Ariadne tinham forças para saírem do carro. Mesmo que fosse noite e a escuridão teria oferecido um pouco de cobertura, as lesões de Andy eram ainda óbvias demais para ela estar perambulando. Helen e Claire deixaram as duas no banco de trás e foram pegar um pouco de comida para todas elas.  —  Ele   Ele realmente a machucou, não foi?  —  Claire  Claire disse em uma voz frágil quando elas fizeram o caminho para o posto de concessão. Helen pôde apenas acenar, pressionando os lábios juntos. Ela olhou para o rosto preocupado de Claire e desejou que ela pudesse dizer algo para consolá-la, mas nada veio. Ela podia sentir Claire roubar pequenos olhares para ela enquanto elas colocavam na máquina de venda automática, rosto de Helen moedas por algum tipo de explicação. Mas Helen procurando não tinha aso palavras para explicar o que estava acontecendo.

 

 —  O   O que foi?  —  Helen   Helen perguntou defensivamente quando ela não

podia mais aguentar os olhares de Claire.  —   Nada  —   disse Claire, apertando os lábios. Um momento tenso passou entre elas, e a frustração de Helen cresceu.  —  Apenas  Apenas diga, Claire.  —  Você  Você está diferente. —  Claire  Claire reuniu sua refeição improvisada da parte inferior da máquina e se virou, mas Helen estendeu a mão e a parou.  —  Eu   Eu estou diferente porque eu tenho que ser  —  disse   disse Helen, sua voz áspera.  —   A A maneira que eu costumava ser não era suficiente. Não para isso.  —  E  E quanto mais você vai mudar?  —  O  O quanto eu tiver para poder ganhar.  —   E isso inclui a manipulação da polícia?  —   disse Claire com veemência. —  O  O que você fez  com  com ele, afinal? Helen se sentiu culpada sobre o policial, apesar de ela não entender completamente o que ela tinha feito. Havia algo de errado em ser capaz de manipular a vontade de alguém desse jeito. Helen sabia disso, mas ela não estava disposta a admitir isso a Claire.  —  Eu   Eu fiz o que tinha que fazer. Ou você acha que eu deveria tê-lo matado paraabriu chegara no quarto? Claire boca para dizer algo, mas rapidamente fechou novamente, andando longe dela enquanto caminhavam de volta para o carro. Helen percebeu que Claire estava realmente com medo dela, não apenas medo de algumas faíscas e uma voz forte. Helen sabia que ela deveria ter dito algo para fazê-la se sentir melhor. Mas ela não o fez. Uma grande parte de Helen estava zangada com Claire por ela não ser mais compreensiva. Mesmo que não fizesse nenhum sentido, Helen se ressentia por sua melhor amiga temer ela.  —  Eu   Eu não sei se você percebeu isso ou não, mas isso não é mais apenas sobre nossos amigos e familiares —  disse  disse Helen amargamente. —   E eu não preciso explicar minhas ações para você. Ou pedir sua permissão para usar os meus poderes.  —  Você  Você está certa —  Claire  Claire respondeu. —  Você  Você não tem que explicar nada para mim. Apenas certifique-se de que você possa explicar suas ações para a sua consciência. Elas não falaram muito depois disso. Helen e Claire acordaram Ariadne e a fizeram comer uma barra de granola da máquina de vendas e beber uma garrafa de água antes de Helen levar todas de volta para casa. Ela deixou Claire na casa de seus pais com alguns planos murmurados sobre se encontrar bem cedo de amanhã, e em seguida, continuou para a mansão Delos.  Já era tarde quando elas chegaram, chegaram, e Helen estava tão eexausta xausta que mal tinha energia para carregar as outras duas garotas para a cama de Ariadne antes de ela desabar no sofá.

***

 

Helen sentou-se de frente para si mesma dentro de uma carruagem coberta puxada por cavalos. Estava escuro no compartimento fechado. A única luz vinha de entre as ripas de uma pequena janela com venezianas. Helen se perguntou como ela iria entrar e sair da carruagem, porque ela não conseguia ver uma porta. Ela adivinhou que a janela podia ser grande o suficiente para deixá-la se espremer através... se não houvesse barras sobre ela. A outra Helen queusando estava sentada em frente a ela não tipo era adeespartana de antes. Esta estava um vestido feito de algum material áspero feito em casa. Havia cordões de tecido tingidos de azul em seu cabelo longo e louro e ela sentava-se sobre uma pilha de peles curtidas. As costas das mãos foram pintadas com mais corante azul em arabescos intrincados que Helen vagamente reconhecia como irlandês. A palavra Celta  borbulhava  borbulhava em sua mente e ela sabia que a descrição, mesmo que talvez não totalmente precisa, estava mais perto da verdadeira. Na cintura da outra Helen havia um punhal. Sua mão o agarrava desesperadamente a cada som que ela ouvia do lado de fora da janela fechada e barrada de sua carruagem estilo prisão. Esta outra Helen parecia uma selvagem e estava sendo tratada como um animal enjaulado. Helen se perguntou se essa “outra ela” era perigosa.  Minha  gritou uma voz familiar do lado de fora  —  da Minha janela. senhora Guinevere!  —  gritou A voz de Lucas. Guinevere abriu a veneziana sobre a janela, e Helen imediatamente viu por que esta versão de si mesma estava tão aterrorizada. As Fúrias começaram a chorar no canto da carruagem logo que Guinevere e o outro Lucas fizeram contato visual. Ele estava sentado no enorme cavalo preto que estava trotando ao lado da carruagem. Ele estava vestindo roupas de couro escuro, um casaco preto de lã grossa e no cinto na cintura havia uma longa espada. Ele parecia grande, feroz e bonito.  —   Você precisa se aliviar?  —   ele perguntou em uma estranha linguagem ritmada que Helen compreendeu, embora ela nunca tivesse ouvido antes.  —  Minha   Minha mãe me ensinou a falar latim perfeitamente, como você bem sabe —  Guinevere  Guinevere rosnou para ele em um idioma diferente que Helen também entendia sem nunca ter ouvido antes. Ela assumiu que era latim.  —   Ela Ela não era uma romana imunda como você, mas ela era do leste.  —  Eu  Eu não sou romano. Não me chame assim —  o  o outro Lucas disse com um brilho perigoso nos olhos. —  Senhor  Senhor Lancelot é bem melhor. Seus olhares cheios de ódio se encontraram e se mantiveram assim. As Fúrias lamentaram, fazendo tanto Guinevere quanto Lancelot se encolherem enquanto tentavam se controlar. Helen sabia que, se as barras da janela não os separasse eles teriam atacado um ao outro. Lancelot olhou para cima e para baixo da longa fila de guerreiros que os acompanhavam, como se lembrando-se que havia testemunhas que iriam impedi-lo de fazer qualquer coisa estúpida.

 

 —  Por   Por que você não me mata agora?  —  Guinevere   Guinevere sibilou para ele

em voz baixa. Seu tom de voz baixo disse a Helen que Guinevere também estava ciente de que havia outras pessoas observando, pessoas que não entenderiam seu ódio irracional por Lancelot ou o seu ódio por ela.  —  Esse   Esse prazer eu deixo para Arthur, meu primo e rei  —  Lancelot   Lancelot respondeu secamente, quase com relutância, como se algo sobre isso o incomodasse. —   Depois Depois que você se casar com ele e garantir a lealdade de seu clã, é claro. Então, eu tenho certeza que ele vai matá-la com alegria.  —  E  E você nos chama de bárbaros —  Guinevere  Guinevere estalou para ele. Ela fechou a janela e se jogou de volta na pilha de peles. Helen sabia  —  ela —  que   ela se lembrava   —   que as peles eram parte do grande dote do pai de Guinevere. Ele era o chefe do seu clã, e ele tinha enviado muitos presentes com sua filha neste comboio de casamento. Todos os presentes caros eram uma oferta de paz aos invasores invencíveis do leste, e Guinevere era o despojo final da guerra. A garota mais bonita da ilha oferecida como um presente para o grande invasor de cabelos dourados de uma terra distante. E eles desesperadamente esperavam que ele gostasse do presente  —   porque se não gostasse, o Rei Arthur simplesmente poderia matar todos eles. que seu pai a amava em sua maneira Ele não podiaGuinevere saber quesabia ele estava enviando a sua filha favorita pararude. a morte. Ele não era como esses homens do leste ou como sua falecida mãe tinha sido. Líder do clã ou não, seu pai era apenas um mortal normal, e ele acreditava que ele estava honrando sua filha acima de todos os outros, dando-a para o Alto Rei novo, jovem, e, segundo a opinião geral, bonito. Guinevere não tinha nenhuma razão defensável para se opor. Seu pai tinha todo o direito de casá-la com quem ele escolheu, e, a menos que ela estivesse pronta para revelar seu segredo, e o segredo de sua falecida mãe, ela teria que ir em frente com isso. Lágrimas de raiva e frustração encheram os olhos de Guinevere. Helen lembrou do sentimento de desespero de Guinevere nesta situação impossível distintamente, porque um dia tinha sido ela própria.  —   Você não respondeu minha pergunta  —   Lancelot gritou teimosamente na janela fechada.  —  Você   Você está trancada aí por mais de um dia agora. Você precisa aliviar-se, princesa? Guinevere orgulhosamente limpou as lágrimas de seus olhos, alisou ali sou seu cabelo despenteado, e abriu a janela.  —  Não!  Não!  —  ela  ela gritou, e fechou a janela novamente. Lancelot deu uma risada de surpresa. Alguns momentos de indecisão tensa se passaram. Seu cavalo preto empinou ansiosamente fora da janela gradeada de Guinevere como se ele estivesse relutante em deixá-la. Finalmente, ele estalou a língua para seu Golias de montaria e trovejou à distância. Guinevere deixou cair a cabeça sobre os braços cruzados e tentou não pensar no quanto ela precisava se aliviar. Momentos depois, ela levantou a cabeça em alarme. Gritos vinham da parte de trás do comboio de casamento  —  gritos   gritos e uivos estranhos.

 

Alguém gritou em agonia. Guinevere saltou para seus pés e tirou sua adaga, rosnando como a bárbara que ela era. Sua carruagem balançou em uma parada, e Helen podia ouvir homens gritando por toda parte. Algo sacudiu o lado da carruagem parada, enviando Guinevere contra a parede de sua prisão. Ela firmouse sobre os joelhos quando outro grande empurrão virou a carruagem de lado —  o  o lado da janela virado para baixo. O interior da carruagem ficou completamente escuro quando a única saída foi empurrada para dentro da terra.  —   Para a princesa!  —   ordenou a voz de Lancelot à distância.  —   Cerquem a carruagem! Houve um grande farfalhar de folhas, e o som de muitos homens se deslocando para a posição em torno dela. Guinevere ouviu o barulho de metal contra metal, e as batidas de pés correndo sobre sua carruagem. Havia homens grunhindo, gritando, berrando e morrendo em todas as direções. O baque surdo de corpos batendo na carruagem e no chão estava acoplado com os últimos suspiros de homens morrendo. Guinevere bateu repetidamente seu ombro no lado da carruagem, tentando virá-la e expor a janela, mas ela fez pouco mais do que balançar o enorme recinto de ferro e carvalho de um lado para o outro. Ela deixou escapar um gemido de frustração.  —  Senhora   Senhora Guinevere! Você está ferida?  —  Lancelot  Lancelot disse em uma voz estridente de fora da parede de sua derrubada prisão.  —  Não  Não —  disse  disse Guinevere de volta firmemente. —  Deixe-me  Deixe-me sair para que eu possa lutar. Lancelot fez um som frustrado. —  Eles  Eles correram para as árvores.  —   Pictos?  —   Guinevere adivinhou. Não houve nenhum som de Lancelot, provavelmente porque ele não sabia quem eram seus atacantes e não poderia responder a ela.  —   Eles vão estar de volta com mais guerreiros após o anoitecer  —  ela   ela prometeu a ele.  —  Por   Por favor, acredite em mim, você pode ter derrotado eles agora, mas eles não se foram.  —  Eu   Eu sei. Eu não consigo vê-los nas árvores, mas eu ainda posso sentir o cheiro deles.  —  Você  Você tem que me deixar sair daqui! —  Guinevere  Guinevere implorou. —  Eles  Eles  querem, não as riquezas r iquezas que levamos nesta festa. me  querem,  —   Como você sabe disso?  —   perguntou Lancelot, como se ele suspeitasse que ela estivesse dizendo a verdade.  —   Os Os pictos são um dos clãs mais antigos. Eles proferem histórias antigas sobre a nossa  espécie  espécie —  a  a sua e a minha, Senhor Lancelot. Eles sabem que não vale a pena lutar contra mim, ou você, de cabeça erguida. Em vez disso, eles vão tentar atraí-lo para longe, e eles vão me deixar nesta prisão para morrer de fome. Eles vão esperar até que eu esteja muito fraca, com fome e sede para detê-los. Eles não querem me matar. Eles querem... —  ela  ela parou e lutou por um momento. —  Eles  Eles querem uma criança de mim. Para fortalecer seu clã. Lancelot soltou um xingamento grosseiro. Ela podia ouvir sua respiração elevada enquanto lutava com ele mesmo. —  Mas  Mas se eu deixála sair... Eu não sei o que eu vou  fazer   fazer com você. Você tem certeza que não é pior?

 

 —   Eu prefiro morrer em uma luta honrosa com você do que ser usada como uma égua de cria. Pelo menos deixe-me lutar  —  ela   ela disse com a voz estrangulada. —  Não  Não me deixe para enfrentar isso.  —  Se  Se eu te libertar, li bertar, você pode tentar me matar.  —   Por favor  —   Guinevere engasgou, tentando desesperadamente não chorar. —  Por  Por favor, não me deixe trancada aqui. Eu sei que você me

odeia, mas não me abandone a um destino tão terrível.  —  Vá  —  ele Lancelot exalou bruscamente.  Vá paracom trásgolpes  elemaciços ordenou. As paredes da carruagem estremeceram quando Lancelot cortou um caminho através da parte inferior do assoalho de metal reforçado com uma espada. Quando a primeira lâmina estava arruinada, ele pegou mais uma de um homem caído e começou a cortar novamente.  Três, quatro, cinco espadas foram quebradas em pedaços, mas, finalmente, um corte grande o suficiente foi aberto para Guinevere se espremer para fora. Quando ela foi libertada, eles olharam um para o outro, ambos sem fôlego com medo e raiva e algum outro sentimento que não tinha nome ainda.  —  Você   Você salvou a minha vida  —  sussurrou  sussurrou Guinevere, sobrepujada pelo risco que ele correu, libertando-a. —  Agora  Agora eu vou salvar a sua.

Ela com olhou em volta para as dezenas corpos que chão. Homens armaduras do leste estavam de empilhados emcobriam cima doso pictos pequenos e pintados de azul que usavam apenas peles de animais básicas e carregavam armas de pedra.  Tantos morreram ou fugiram. Lancelot foi o único homem a ficar para trás para defendê-la, Helen notou. Guinevere tomou a mão de Lancelot e levou-o para longe do desperdício sem sentido de vida e para as árvores.  —  Uma  Uma armadilha  —  Lancelot  Lancelot rosnou, puxando-se para longe dela.  —  Você  Você vai me levar direto para eles!  —   Não. Eles não vão chegar perto de você enquanto você estiver comigo —  ela  ela explicou, tentando manter a calma.  —  Veja.  Veja. Guinevere ergueu a outra mão. Um globo de luz apareceu na sua palma da mão. Lancelot pulou para trás momentaneamente e, em seguida, aproximou-se, encantado com o poder nu que ele viu dançar na ponta dos dedos dela.  —   Por que você não usou isso para sair da carruagem?  —   ele perguntou, sempre curioso, assim como Lucas.  —  O   O metal soldado à madeira da carruagem me cercava em arcos. Meu poder teria morrido no chão —  ela  ela disse, e depois balançou a cabeça.  —  Eu  Eu vou explicar algum dia, eu prometo. Por agora, eu preciso lidar com eles . Guinevere segurou sua mão no ar e gritou para os ramos grossos.  —  Vocês   Vocês veem isso?  —  ela   ela disse em uma terceira língua estranha que Helen também pareceu entender, embora por pouco.  —   Se eu ver sequer uma flecha atirada no meu companheiro ou em mim, vou queimar sua floresta sagrada completamente. Vocês escutaram? Eu vou queimar sua deusa mãe como palha seca, e os deuses do céu vão governar esta ilha para sempre!

 

Os sons de casca raspando e galhos farfalhando se juntaram com suas vozes sussurrantes ao vento enquanto os pictos iam à uma distância enevoada. Lancelot levantou a cabeça e a manteve muito quieta por um longo tempo, ouvindo, cheirando e olhando tão cuidadosamente quanto pôde.  —  Eles  Eles foram embora —  ele  ele disse, finalmente, exalando com alívio.  —  Sim  Sim —  Guinevere  Guinevere arfava. —  Todos  eles  eles se foram.  —  Você  Você salvou minha se vida. Lancelot e Guinevere entreolharam com espanto, tanto os pictos

quanto as Fúrias finalmente saíram do seu caminho. Naquele instante, toda a raiva queimando que eles sentiram um pelo outro foi substituída por outro tipo de fogo —  um  um mais tenro que ardia mais do que consumia. Folhas caíam na floresta. O sol se moveu no céu e inclinou-se perfeitamente para iluminar os olhos de safira de Lancelot. O vento pegou mechas do cabelo longo e dourado de Guinevere e enviou-o flutuando em direção a Lancelot como fios de seda de aroma doce. Eles deram um passo em direção ao outro, ambos abertos e prontos para o presente enorme que eles viram oferecidos no outro. Eles pararam abruptamente.  —   Oh, não  —   Lancelot sussurrou, com mais medo agora do que tinha —  tido calor da batalha.  —    Seunorei...  Seu   disse  disse Guinevere, seus olhos cor de âmbar correndo freneticamente como se estivesse procurando uma saída.  —   Hector...  —  ela Arthur  —   ela disse tateando, quando sua boca multilíngue tentou dizer o nome em latim tradicional para o novo Alto Rei do leste, e a aproximação britânica desse nome.  —  Os   Os clãs nunca vão aceitar o seu governo, a menos que ele tome uma esposa entre eles. Eles precisam saber que seus filhos serão, pelo menos, parte britânicos  —  disse  disse Lancelot, balançando a cabeça.  —  Eles  Eles nunca vão parar de lutar a menos que você se case com ele. Muitos morrerão. Eles olharam um para o outro. Guinevere ainda estava com os olhos arregalados com descrença.  —  Eu  Eu tenho uma irmã mais nova, uma meia-irmã por parte do meu pai. Ela tem apenas dez anos agora, mas em poucos anos...  —   Em poucos anos, milhares já estarão mortos  —   disse Lancelot calmamente. Ele virou a cabeça, forçando-se a não olhar para ela. —  Você  Você deve se casar com Arthur, ou haverá guerra.

 

CAPÍTULO 4 Traduzido por I&E BookStore

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elen bateu no chão com um baque alto.  —  O-que-foi-isso?  O-que-foi-isso? —  Ariadne  Ariadne engasgou, levantando na cama.  —   Eu  —  Helen   Helen gemeu no chão, esfregando o galo na sua testa.  —   Eu caí.  —  Você   Você caiu do sofá?  —  Andy   Andy perguntou, incrédula.  —  Eu   Eu pensei que vocês semideusas devessem devessem ser graciosas. Feitas de gotas de orvalho, botões de rosa e porcarias.  —  Não,  Não, isso são as fadas —  disse  disse Ariadne. —  Menos  Menos as porcarias, é claro.  —  Então   Então ela riu, e Andy riu de volta. Helen espiou por cima da borda do colchão sacudindo e viu as outras duas meninas dando risadinhas.  —   Está bem, está bem. Não foi tão engraçado  —  lamentou   lamentou Helen quando ela se levantou e se arrastou até Andy. —  Estou  Estou faminta. Vamos comer. Helen ficou entre Andy e Ariadne, apoiando as duas meninas enquanto elas mancavam e as arrastou no caminho em direção ao glorioso cheiro de bacon e muffins vindo da cozinha.  —  Você  Você é nova —  disse  disse Kate alegremente, logo que as três meninas entraram.  —  Hum...  Hum... sim —  Andy  Andy respondeu, baixando os olhos.  —  Elas  Elas foram me pegar —  ela  ela murmurou, apontando para Helen e Ariadne.  —  Esta  Esta é a garota que foi atacada  —  disse  disse Ariadne. —  O  O nome dela é Andy.  —  Deixe-me  Deixe-me olhar para você  —  disse  disse Noel gentilmente. Ela pousou a fôrma de muffins de farelo de trigo que ela tinha acabado de retirar do forno e olhou para Andy. olhos se suavizaram com tristeza, e elaprofundamente balançou a cabeça uma Seus vez.  —    Você está realmente machucada. Mas mesmo assim, eu sou boa em reconhecer os tipos, e eu não consigo saber o seu.  —  Ela   Ela não é uma Descendente, tia Noel  —  disse   disse Ariadne.  —  Ela   Ela é metade sereia . Andy encolheu ligeiramente contra Helen, seus olhos correndo ao redor como se ela esperasse que algo terrível acontecesse.  —  Uh-oh!  Uh-oh! —  disse  disse Noel com fingido horror e apertou o peito. —  Não  Não é uma daquelas sereias assassinas!  —   Então ela riu e se virou para recuperar os muffins. —  Sentem-se,  Sentem-se, meninas. Antes que vocês desabem. Helen podia sentir Andy endurecer com a confusão. Helen ajudou-a a fugir para o banco de madeira longo entre ela e Ariadne.  —  Está  —   Andy perguntou   Está tudo —  bem? Ariadne colocou ovos realmente no prato dela.  Eu simplesmente  Eu apareciquando do nada. Vocês não têm que me alimentar nem nada.

 

 —  Há!  Há! Tente não comer por aqui —  disse  disse Helen. Então ela olhou para

Andy com olhos grandes e sérios e balançou a cabeça enfaticamente, em silêncio, murmurando a palavra “Não.” Ariadne balançou a cabeça em concordância com Helen, e as três meninas caíram na gargalhada tranquila.  —  Helen.  Helen. Seu pai acordou por alguns segundos, esta manhã —  Kate  Kate disse quando ela pegou uma panela escaldante de bacon fora do alcance e trouxe-a a mesa. A bocapara de Helen de repente ficou seca.  —  Eu  Eu verifiquei ele antes de eu sair ontem...  —  Está  Está tudo bem —  Kate  Kate interrompeu suavemente. —  Eu  Eu não estava te acusando de nada. Eu só queria que você soubesse o que está acontecendo com ele.  —  Alguém  Alguém já disse a ele alguma coisa?  —  Helen   Helen não tinha ideia de como abordar o assunto. Será que ele sabia que ela era uma Descendente? Ela deveria simplesmente chegar e perguntar se Jerry sabia que ele não era o pai dela, ou Kate ainda estava no escuro sobre esse ponto também? —  Daphne  Daphne já...?  —   Eles trocaram algumas palavras. Eu não sei sobre o que, no entanto  —   disse Kate rigidamente, girando para longe da mesa abruptamente.  Ele tempo suficiente para ter uma conversa, mas  —  ele Ele sabenão queficou Beth acordado  está de volta.  está Helen assentiu. “Beth” era  o apelido que Daphne tinha usado quando ela enganou Jerry, deixando Helen com ele quando ela era bebê antes dela fugir. Helen se perguntou como seu pai tinha lidado com vêla.  —  Daphne   Daphne está por aí?  —  perguntou   perguntou Helen.  —  Eu   Eu gostaria de falar com ela.  —  Não.  Não. Ela saiu há poucos minutos. Disse que tinha algumas coisas para cuidar —  disse  disse Kate com os lábios apertados. Helen podia ver uma dúzia de formas diferentes girando dentro de Kate. Raiva, tristeza, preocupação e ressentimento  —  um   um caleidoscópio ofuscante de emoções que continuou se movendo e mudando até que Helen teve que apertar os olhos e olhar para longe por um momento. Isso não era normal, e isso realmente estava assustandoassustando-a. a.  —  Helen?   Helen?  —  Os   Os olhos sempre vigilantes de Noel observaram Helen intensamente. —  Está  Está se sentindo bem?  —  Sim  Sim —  respondeu  respondeu Helen, agitando-se. Quando ela olhou para Kate novamente, as cores tinham diminuído e Helen descobriu que podia ignorá-las. —  Apenas  Apenas tonta. O que há com esses muffins? Noel terminou de transferir os muffins com melaço e passas para uma cesta e os trouxe para a mesa.  —   Não se queimem  —  ela   ela alertou inutilmente quando todas as três meninas pegaram um. Ariadne e Andy começaram a fazer malabarismos com os muffins escaldantes de mão para mão até que ambos os muffins quentes demais caíram em seus pratos. Helen simplesmente mordeu o dela e começou a mastigar presunçosamente. presunçosamente. Andy olhou para ela, de boca aberta.  —  Eu  Eu sou a prova de fogo —  Helen  Helen murmurou em torno de sua boca propositadamente bem cheia, mastigando-o.  —   Eu pensei que sereias tinham asas.

 

 —  Algumas   Algumas tem  —  Andy   Andy admitiu timidamente.  —  Minha   Minha mãe não

tinha, no entanto. Nós somos mais do tipo cantoras e aquáticas.  —   Você pode respirar debaixo d ’ água? água?  —   perguntou Kate animadamente. Andy corou e acenou com a cabeça. —  Incrível.  Incrível.  —  E  E onde está sua mãe, Andy?  —  Noel  Noel perguntou delicadamente.  —  Eu  Eu não tenho certeza. —  Andy  Andy olhou para o seu prato. Um silêncio desconfortável se seguiu.  —  Então.   Então. Você já sentiu o desejo de afogar alguém?  —  perguntou   perguntou Ariadne.  —  Não!  Não! —  Andy  Andy respondeu, horrorizada.  —  Ela  Ela está apenas brincando com você —  Helen  Helen assegurou. O rosto dela murchou.  —   Agora é sério. Qual é a sua posição sobre estrangulamento?  —  Você  Você quer dizer além de querer estrangular vocês duas agora?  —   perguntou Andy, um sorriso puxando seus lábios enquanto ela brincava  junto.  —   Você vai se encaixar muito bem por aqui, Andy  —   Noel disse quando todas elas riram.  —  Mulheres  Mulheres rindo —  Hector  Hector falou lentamente quando ele caminhou pela cozinha. —  Meu  Meu som favorito.

A reação Andy foi imediata e frenética. j ogou jogou o garfo na cabeça de Hector comdeum suspiro assustado. Hector Ela pegou o garfo facilmente e colocou-o de volta na mesa com um olhar chocado em seu rosto. Em seguida, ele pegou o muffin, o copo de água vazio e o guardanapo que se seguiu imediatamente. Andy pegou tudo e qualquer coisa ao alcance e atirou nele com toda sua força enquanto ela se esforçava para se levantar da mesa.  —  Que  Que diabos? —  disse  disse Hector, colocando tudo o que ele tinha pego de volta na mesa e, em seguida, segurando as mãos em um gesto apaziguador em direção a Andy. Fixada pelo banco, ela bateu as costas de suas pernas contra a madeira, tombou sobre ele, e, em seguida, engatinhou nas mãos e joelhos no chão da cozinha para ficar longe dele. Hector estendeu a mão para tentar ajudá-la.  —  Não,  Não, não, não, oh, por favor, não, de novo não!  —  ela  ela murmurou histericamente enquanto ela caminhava pelo chão.  —  Hector,  Hector, pare —  disse  disse Helen, girando em torno no banco e ficando f icando em pé entre os dois. Ainda confuso, Hector continuou se movendo em direção a Andy. Helen colocou as mãos em seus ombros e empurrou-o de volta. —  Ela  Ela acha que você é Apolo, seu grande idiota! —  Helen  Helen gritou na cara dele. —  Você  Você está assustando ela pra caramba! Hector de repente pareceu registrar o que Helen estava dizendo, endureceu, e parou de se mover para frente. Ariadne ajudou Andy a levantar do chão e, em seguida, lutou para impedi-la de fugir pela porta lateral enquanto Hector observava com um olhar congelado no rosto.  —  Você   Você tem que se acalmar, Andy! Você ainda está se curando, e seu corpo não pode aguentar isso  —  disse  disse Ariadne quando ela capturou os pulsos de Andy para impedi-la de ferir seus membros abusados.

 

Ofegante e de olhos arregalados, Andy finalmente parou de lutar e ficou imóvel nos braços de Ariadne.  —  Está  Está tudo bem! Esse não é Apolo. É apenas o meu irmão, Hector. Ele não vai te machucar —  Ariadne  Ariadne prometeu. Andy olhou sobre o ombro de Ariadne para Hector, seus lados ainda inchados com respirações aterrorizadas.  —  Sinto  Sinto muito —  Hector  Hector falou suavemente através da cozinha para Andy.O —   Eu não vermelho  Eu queria assustá-la. latejante escuro dentro do peito de Hector capturou o olhar de Helen e ela olhou para ele, estupefata, quando uma teia vermelho-dourada de luz iluminou Hector de dentro para fora. Foi a coisa mais encantadora que Helen já tinha visto.  —  Fique —  Andy   Fique longe de mim, Hector   —    Andy rosnou, quase como se ela estivesse zombando dele. —  Entendeu?  Entendeu? O brilho da luz de Hector vacilou. Helen olhou para o rosto de Hector. O Hector que Helen conhecia  —  e,  e, geralmente, queria dar um soco no rim —  teria  teria dito algo hilariante enquanto ele saía da cozinha, sorrindo para Andy de uma forma que faria com que ela não tivesse certeza se ela queria chutá-lo ou beijá-lo. Mas este novo e brilhante Hector apenas acenou para demanda de Andy. Ele tomou mais ummachucado, momento para olhar para os acortes e contusões escuros em seu rosto sua testa franzindo com tristeza. Ele virou-se para sair da cozinha sem dizer uma palavra. Quando Hector chegou à porta, Orion e Lucas estavam vindo através dela. Helen viu o olhar de Orion ir imediatamente para baixo do peito de Hector, em seguida, voltar para o rosto de Hector, os olhos arregalados com o choque.  —  Nós  Nós ouvimos gritos —  Orion  Orion disse, confuso. Hector empurrou Orion e Lucas. Procurando na cozinha, Orion rapidamente encontrou Andy, que ainda estava lançando olhares fulminantes nas costas de Hector. O peito de Andy era um ninho carrancudo de medo e raiva. Helen viu a expressão triste de Orion, e ela sabia que ele entendia a situação tão claramente quanto ela.  —  Ei,  Ei, raio de sol! Qual é o problema com você? —  Lucas  Lucas gritou para a figura recuando de Hector. A única resposta de seu primo foi a batida da porta da frente. Lucas olhou para todo mundo por uma resposta.  —  Eu  Eu te conto mais tarde  —  Orion  Orion disse baixinho para Lucas, com a voz tensa com preocupação. Helen sabia que Lucas estava prestes a dizer algo impaciente como: —  Não,  Não, me diga agora —  então  então ela interviu.  —  Pessoal.  Pessoal. Esta é Andy —  disse  disse Helen. Lucas e Orion sorriram para Andy e se apresentaram. Andy sutilmente olhou de um lado para o outro entre os dois jovens de tirar o fôlego  —   incerta quanto a quem ela queria olhar mais. Helen riu, simpatizando completamente com a situação difícil de Andy  —  os   os olhos de Lucas ou os lábios de Orion? Ela tinha problemas para decidir isso ela mesma. Helen colocou a mão sobre a boca, mas não antes que ela realmente bufasse. A explosão estranha lhe rendeu um par de olhares cautelosos.

 

Ocorreu a Helen que todas as emoções com as quais ela estava tão sintonizada não eram evidentes para nenhuma outra pessoa, exceto Orion. Olhando para cima, ela o viu estudando-a com cuidado, e seu medo voltou. Ela murmurou as palavras:  —  Nós  Nós precisamos conversar.  —  Orion  Orion assentiu em resposta.  —  O  O café da manhã está ficando frio —  disse  disse Noel com firmeza.  —  Talvez  Talvez esta seja uma má ideia —  disse  disse Andy, sacudindo a cabeça.  —  Eu  Eu não  —  Sua  Suadeveria famíliaestar podeaqui. protegê-la? —  perguntou  perguntou Lucas diretamente. Andy olhou para seus pés. —  Não  Não —  respondeu  respondeu ela. —  Eu  Eu não tenho

família, como vocês. Eu tenho um advogado e uma conta bancária. Sereias não são exatamente do tipo carinhosas.  —  Então  Então você vai ficar aqui com a gente. Agora sente e coma —  disse  disse Noel no tipo de tom que termina discussões.  Todo mundo fugiu para o banco ou puxou cadeiras e começou a passar em torno os pratos. Helen encontrou-se entre Orion e Lucas, mas não foi estranho ou embaraçoso. Parecia a coisa certa, como se todos eles pertencessem pertencesse m aqui a esta mesa juntos. Helen percebeu que os três foram amarrados uns aos outros por mais do que apenas respeito e atração mútua. Ela, Lucas e Orion eram irmãos de sangue agora, um deles sentia vínculo comem o outro tão profundamente comoe cada se tivesse estado lá odesde o dia que nasceram. Helen sentiu Lucas pressionar a perna contra a dela debaixo da mesa. Ela não se atreveu a olhar para ele quando ela sentiu o calor de sua coxa escoar através de suas calças jeans j eans e para sua pele. Ela apertou de volta contra sua coxa e sentiu ele chegar um pouquinho mais perto dela enquanto ele comia. Certo ou errado, Helen sabia que ela sempre procuraria uma maneira de tocar Lucas debaixo da mesa, ou esbarrar de encontro a ele enquanto ela passava por ele no corredor. Ela não estava superando ele. Na verdade, ela queria Lucas ainda mais agora do que ela queria semanas atrás, quando ela quase o beijou em sua cama na primeira noite depois que eles caíram. Seu cérebro encheu com algumas outras memórias de Helena sofrendo por causa de sua união. Elas eram horríveis, mas nem mesmo aquelas memórias emprestadas de destruição e fogo poderiam fazer Helen quebrar o contato entre sua perna e a dele. Mais memórias brilharam dentro de sua cabeça, como um rolo de filme passando em avanço rápido. Helen e Lucas foram casados por décadas. Eles tinham se conhecido há dois meses. Eles tinham compartilhando seu primeiro beijo. Ele a fez rir. Ele a fez chorar. Eles conversaram com ternura. Eles argumentaram amargamente. Mais e mais as imagens rolaram por trás dos olhos de Helen como ondas gigantes. Quando pararam, Helen podia ver tudo claramente como uma praia limpa depois de uma tempestade. Ela e Lucas foram tecidos do mesmo tecido, cortados e depois costurados de novo juntos de um ciclo para outro. As circunstâncias mudaram, mas eles sempre estiveram entrelaçados, não importa o quê.

 

A diferença agora era que nesta vida eles eram primos. Isso nunca tinha sido parte do acordo antes, e isso não parecia bom para Helen. Lucas, ou Paris, ou Lancelot, ou qualquer um dos variados nomes que ela o chamou ao longo dos séculos nunca  tinha   tinha sido antes seu primo. Eles sempre tinham compartilhado um amor predestinado e condenado, mas eles nunca haviam sido relacionados. O que tinha acontecido desta vez para tudo ser diferente?

Eu realmente não me importo mais ela se ele meu primo. Assim que Helen pensou nisso, se élembrou da maldição de Afrodite. Se Helen não tivesse uma filha, o amor em si seria retirado do mundo. E Ariadne tinha dito a Helen uma vez que parentes próximos como primos quase sempre tinham filhos insanos. Já que Helen tinha certeza de que Afrodite não iria esquecer de sua maldição de 3.300 anos, e já que Helen nunca poderia suportar a ideia de amaldiçoar uma criança inocente à insanidade, não havia opções para ela e Lucas. Ela empurrou sua perna para longe e inclinou os joelhos contra o outro lado, em direção a Orion. Sentindo sua inquietação, Orion olhou para Helen com olhos preocupados. Deixando de lado sua propensão para Lucas, Helen teve que admitir que Orion era o homem mais bonito que ela já vira. Ela sorriu para ele, e ele cutucou o cotovelo delacomida. de brincadeira com o seu antes que ambos voltassem a devorar a sua Algum tempo depois, Helen mudou sua atenção de seu prato tempo suficiente para perceber que Jason e Claire se juntaram a eles na mesa. Claire tinha um jornal com ela.  —  Ela  Ela encontrou algo —  disse  disse Jason, sério.  —  Não  Não é bom —  alertou  alertou Claire. Ela abriu o jornal e mostrou-lhes um artigo. —  Três  Três vulcões entraram em erupção na noite passada na Europa.  —  Isso  Isso não soa normal —  disse  disse Kate.  —   Não é  —   respondeu Jason.  —   Especialmente já que um dos vulcões tinha estado extinto há milhares de anos.  —  Hefesto?  Hefesto? —  perguntou  perguntou Andy.  —  Nós  Nós achamos que sim —  disse  disse Claire, olhando para Jason.  —  Mas   Mas por que ele faria vulcões entrarem em erupção? Só porque ele pode? —  Andy  Andy pressionou.  —  Não.   Não. Assim, ele pode forjar armas para o Olimpo  —  respondeu   respondeu Lucas. Várias pessoas começaram a falar ao mesmo tempo. No tumulto, Helen viu a oportunidade de conversar em particular com Orion. Ela passou as pernas em volta e levantou do banco, fazendo um gesto com o queixo para que ele a seguisse para o corredor. Quando ela passou, ela viu Lucas olhar para ela. Ele olhou para ela como se ela fosse o grande céu azul e ele estivesse assistindo-o cair. Algo brilhante e bonito dentro dele parecia queimar-se e voltar a ser fuligem. Cinzas obscureceram em torno de Lucas como um nevoeiro, escurecendo o ar e ardendo os olhos de Helen. Helen apertou sua mandíbula e se obrigou a continuar indo, indo i ndo às cegas para a porta da frente. Ela sentiu Orion atar os dedos em torno de seu braço. Eles estavam perto dos casacos pendurados no corredor da frente quando ele finalmente a virou para encará-lo.

 

 —  O  O que está acontecendo com você? —  ele  ele sussurrou. —  Eu  Eu podia

 jurar que você acabou de de ver...  —  Partes  Partes do interior de Lucas queimar-se  e  e sair de sua pele ? Ou você está falando sobre Hector literalmente ficar brilhante quando ele se apaixonou loucamente por uma garota que odeia ele? Porque eu acabei de ver ambas as coisas acontecerem  —   disse Helen em um sussurro maníaco.  —   É É como se tudo o que todo mundo está sentindo estivesse estampado entranhas, e eu das posso vê-lo! Eu tenho certeza que eu não deveriaem sersuas capaz de ver dentro pessoas! Orion deu um passo atrás, momentaneamente desconcertado, e depois balançou a cabeça em aceitação. Helen olhou para ele suplicante.  —  O  O que diabos está acontecendo comigo? —  ela  ela chiou. —  Eu  Eu posso ver o amor , Orion, e isso está me deixando totalmente agitada.  —   Sim, o amor faz isso  —   ele disse distraidamente. Helen saltou sobre seus dedos do pé, ansiosa por algum tipo de explicação ou garantia de... qualquer coisa, na verdade. Ele colocou as mãos nos ombros dela e apertou confortavelmente confortavelmente..  —  Você  Você está vendo emoções. É perfeitamente normal. Para os membros da Casa de Roma, de qualquer maneira.  —  Novidades  Novidades de última hora. Eu não sou da Casa de Roma.  —  E  E esse é o grande problema, não é?  Lucas  Lucas me dissevez uma vezjáque Descendentes seus —  talentos. Alguma você ouviu falar disso nascem antes? com todos os  —  O  O quê? Um Descende Descendente nte levando uma enorme surra e acordando com um novo talento? Não, eu não ouvi.  —  Ele   Ele esfregou os braços com as palmas das mãos algumas vezes e, em seguida, se reuniram para um abraço. —   Tem Tem que haver uma explicação. Nós vamos descobrir isso.  —  Eu  Eu não quero descobrir isso  —  resmungou  resmungou Helen, suas palavras abafadas no seu peito. —  Eu  Eu quero que ele vá embora.  —  Ela  Ela se afastou um pouco para que ela pudesse olhar para ele.  —  Como   Como você aguenta ? Eu costumo ter dificuldade o suficiente de lidar com minhas próprias emoções. O que diabos eu deveria fazer com a de todos os demais?  —  Você  Você se acostuma com isso —  ele  ele respondeu com um encolher de ombros. Helen deu a ele um olhar de dúvida e ele riu. —  Ok,  Ok, você não se acostuma com isso —  ele  ele admitiu. —  Mas  Mas você fica melhor para bloqueálas.  —   Sabe de uma coisa? Isso é uma droga . Eu estava acabando de pegar o jeito de todas as outras coisas que posso fazer  —   ela disse, levantando as mãos. —  E  E é como se eu tivesse acordado no outro dia com todo este novo grupo de truques de mágica para lidar, mas não há instruções para colocar o coelho de volta na cartola.  —  O   O que você quer dizer? O que mais está acontecendo aí dentro?  —  perguntou  perguntou Orion, batendo em Helen levemente na ponta do nariz com o dedo indicador.  —   Eu não sei  —   disse Helen com um suspiro de frustração.  —   Honestamente? Eu estou tão confusa agora que eu não sei se quero vomitar ou ir velejar. Orion sorriu e recostou-se contra a parede, deixando seu olhar derivar em pensamentos. Helen olhou para ele por alguns momentos,

 

apenas desfrutando de sua companhia e do fato de que ele estava lá com ela. Não. Melhor do que isso. Ele estava lá por ela. Orion tinha salvado ela tantas vezes agora, ouviu-a lamentar quando ela não conseguia pensar em algo. Ele a seguiu ao inferno e voltou, e ele ainda não parecia de saco cheio dela. A gratidão que ela sentia por ele, e por qualquer força que o colocou em sua vida, era esmagadora. Ele sentiu sua torrente de sentimentos e olhou para cima, assustada.  —  Há  —  Orion   Há algo que eu preciso te mostrar  Orion disse meio calmamente.  —  Claro  —  respondeu Claro  respondeu Helen, preocupada. O olhar com medo

meio triste no rosto dele a preocupava. Ainda mais confuso do que o olhar que ele deu a ela eram as cores que ela viu em ebulição dentro dele. Elas torciam e mudavam antes que Helen pudesse defini-las. Ele estava escondendo seus sentimentos dela, ela percebeu com um sobressalto. Ela sabia que Orion tinha passado por muita coisa em sua vida, e às vezes Helen teve que passar por toda to da a confusão em sua cabeça apenas apena s para continuar a seguir em frente. Orion era um Descendente Vadio. Seus pais eram os chefes das duas Casas opostas, a Casa de Roma e a Casa de Atenas. Ele tinha sido reivindicado pela Casa de Atenas, quando ele nasceu, então a Casa de Roma o odiava e queria vê-lo morto, mesmo que ele otivesse título deeleChefe da com Casaode Roma.para A Casa de Atenas odiavaherdado também,o porque nasceu talento causar terremotos. Criadores de Terremotos deveriam ser deixados para morrer no nascimento, mas o pai de Orion tinha ido contra esta regra. Quando outros membros da Casa de Atenas descobriram que Orion ainda estava vivo, eles haviam tentado matá-lo quando ele ainda era apenas um garotinho. Para defender o seu filho, o pai de Orion —  Dédalo  Dédalo  —  matou  matou um dos membros de sua família e se tornou um Banido, o que significava que, durante anos antes de as Fúrias serem finalmente libertadas, Orion não poderia estar em qualquer lugar perto de Dédalo sem sentir a influência das Fúrias e querer matar seu próprio pai. E seu pai querer matá-lo. Como se isso não bastasse, todo mundo estava apavorado que Orion ia se transformar em um cara super ruim, o Tirano. A profecia dizia que o Tirano viria se o sangue das Casas se misturassem, e Orion era filho de duas Casas diferentes. O Tirano também deveria ser capaz de reduzir todas as cidades mortais a escombros. Como um Criador de Terremotos, Orion se encaixava nessa descrição também.  Todos os Descendentes temiam o Tirano antes da Guerra de Troia. Como Helen lembrava, a Guerra de Troia tinha começado, não por causa de uma esposa infiel com um rosto bonito que fugiu com um belo príncipe, mas porque o resto do mundo acreditava que Helena e Paris tinham criado o Tirano. Os Descendentes não parariam por nada até matarem o tirano, antes e agora. A única razão de Orion ainda estar vivo era porque não sabiam com certeza que ele realmente era  o  o Tirano. E isso é o que mais incomodava Helen. As Moiras eram cruéis para os Descendentes em geral, mas Orion tinha sido caçado, negligenciado, evitado e temido desde que era um menininho e ele nunca tinha feito nada para ninguém. Foi como se no momento em que ele nasceu, ele

 

tivesse tirado o palito menor e as Moiras tivessem virado o mundo inteiro contra ele. Essa quantidade de adversidade era para Helen não-natural, mesmo para um Descendente. O que ele fez para merecer a tortura que ele viveu? E Helen tinha certeza de que Orion tinha sido literalmente torturado. Ela imaginou as cicatrizes horríveis no corpo lindo dele, e seu coração se partiu mais uma vez. Orion olhou para o peito de Helen quando a ternura por ele brotou dentro Era incrivelmente emoçãodela. ser exposta a alguém. intimista, Helen teve que admitir, uma  —  Hoje   Hoje à noite  —  ele   ele disse em uma voz grave, desviando os olhos com muito tato como se Helen estivesse de repente sem blusa. De certa forma ela estava, e ambos sabiam disso. Helen cruzou os braços sobre o peito timidamente. Ele empurrou-se da parede e endireitou-se até que ele estava em sua altura total sobre ela. Ocorreu a Helen novamente o quão grande Orion era. Talvez essa fosse outra razão pela qual todos o temiam. O cara era enorme.  —  Eu   Eu quero te levar lá hoje à noite. Antes que eu tenha que voltar para a escola amanhã. Helen quase riu, e então se conteve quando se lembrou que a escola dela   tinha tinha sido demolida nos tumultos do Halloween, não a dele. Depois de tudo, Orion ainda tinha que fingir que ele era um cara normal, que ia para fazia sua liçãodele. de casa, e não a mínima para ao escola que aspreparatória, outras pessoas pensavam Parecia tãodava ridículo, mas ninguém podia dizer ao certo o que iria acontecer no futuro. Ele estava apenas cobrindo todas as suas bases. Depois da grande reunião das Casas que deveria acontecer em algum momento ao longo dos próximos dias, Orion poderia ter que voltar a se esconder novamente. Talvez Helen e Lucas tivessem que se esconder também. Os três foram responsáveis pela quebra da trégua, e havia uma possibilidade de que eles pudessem ter que correr por suas vidas se os outros Descendentes se voltassem contra eles. Ou eles poderiam ter de enfrentar os deuses.  —  Onde  Onde você vai? Ambos Orion e Helen pularam ao som inesperado. Cassandra apareceu das sombras, esgueirando silenciosamente para a frente, sem piscar os olhos enquanto ela olhava de Orion para Helen e depois para a porta da frente que eles estavam diante.  —  Você  Você está indo embora? —  ela  ela perguntou a Orion gravemente. Os olhos de Cassandra estavam grandes e brilhantes no corredor escuro, como duas piscinas tranquilas de águas profundas em uma floresta sombria. Distraída com um brilho estranho, Helen olhou para o peito de Cassandra. A única esfera prateada capturou os olhos de Helen. Como uma lua cheia no inverno, ela ficava pendurada dentro da gaiola escura como a meia-noite e minúscula nas costelas de Cassandra e brilhava uma cor azul-fantasma dançando em seu rosto pálido. Tão solitária como uma rocha no espaço, Helen pensou, olhando para a esfera. Esse é o coração dela. Quando Helen olhou para Orion, esperando vê-lo fixado no brilho prateado no coração de Cassandra, ela ficou chocada ao vê-lo sorrindo

 

alegremente —   tão tão ensolarado e brilhante como ele poderia ser. Era como se o frio que Helen viu dentro de Cassandra fosse invisível para Orion.  —  Ei,  Ei, Kitty —  Orion  Orion disse, sorrindo para baixo para Cassandra. Cassandra não se opôs ao apelido que ele lhe dera. Na verdade, ela parecia gostar, o que era absolutamente desconcert desconcertante. ante. Ela sorriu para Orion, enviando a luz prateada no peito para fora em uma dança em ondas em seu rosto, para os braços e para fora para as pontas de seu cabelo  —  Você  trançado. Você disse que ia ficar por um tempo.  —  O   O olhar de Cassandra estava colado em Orion. —  Você  Você disse que ia me fazer um sino. Orion jogou a cabeça para trás e riu, seus dentes brilhantes piscando na entrada escura. —  Eu  Eu já fiz. Mas eu não vou forçá-la a usálo se você não gostar dele. Ele puxou uma fita longa e cintilante de fio de seda roxo do bolso. Ela estava cravejada com sinos em miniatura que eram menores do que sementes de girassol. Os olhos de Cassandra se iluminaram.  —  Eu  Eu gostei —  ela  ela disse com entusiasmo.  —  Nunca  Nunca ouvi falar de uma gatinha que realmente queria usar um sino antes  —   disse Orion com uma careta cômica. Ele fez sinal para Cassandra estender seu pulso, e quando ela o fez, ele começou a envolver o longo fioele aofazia redorisso. e ao redor, formando uma multicamada, tilintando enquanto  —  Isso  Isso é realmente bonito —  exclamou  exclamou Helen quando Orion começou a atar a pulseira ao pulso de Cassandra. Os materiais eram simples, mas o resultado final foi surpreendentemente elegante. Helen queria uma para ela mesma. —  Quando  Quando você teve a chance de fazer isso?  —   Oh, você sabe. Aqui e ali  —   ele respondeu com um sorriso misterioso, com os olhos em sua tarefa. —  Eu  Eu costumava fazer joias para os turistas quando eu estava andando em torno da Índia e do Tibete. Só para fazer um dinheirinho. Eu sou bom em fazer pequenas coisas como essa rapidamente.  —   Ele terminou de amarrá-la e soltou o pulso de Cassandra.  —  Quando   Quando você esteve no Tibete?  —  perguntou   perguntou Helen, surpresa e um pouco com inveja. Ela sempre quis ir para lá. Ele encontrou os olhos dela, com os lábios selados. Helen olhou para o peito de Orion, mas ele estava fazendo aquela coisa onde ele escondia as cores antes que Helen pudesse realmente vê-las.  —   Falaremos sobre isso quando sairmos esta noite  —   ele disse finalmente.  —   Ok. Mas você tem que me ensinar como fazer essa coisa de encobrimento, ou eu não vou a lugar nenhum com você  —   ela disse, apontando primeiro o peito dele, em seguida, o dela.  —  Estou   Estou em uma séria desvantagem aqui.  —   Então, você está   saindo  —   disse Cassandra ansiosamente, voltando-se para Orion. —  Vocês  Vocês dois estão saindo em um encontro?  —   Não exatamente  —   disse Orion, olhando para Helen com um sorriso enigmático. Helen não tinha ideia do que ele tinha em mente, então ela apenas deu de ombros.

 

 —  Você   Você não vai ficar longe por muito tempo, não é?  —  Cassandra   Cassandra

persistiu, uma nota desesperada rastejando em sua voz.  —   De jeito nenhum  —   disse Orion. Ele pegou a mão dela de brincadeira e apertou-a, fazendo com que os sinos em sua nova pulseira tilintassem por um momento.  —  Eu   Eu vou estar de volta antes que você perceba.  —  Que   Que bom  —  disse   disse Cassandra, suspirando a palavra com alívio. Ela notou Helen observando-a cuidadosamente e endireitou os ombros.

 —  Hector  Hector disse que n... nós todos devemos ficar juntos. E... Eu acho que

ele está certo. Pelo tempo que passou com ela, Helen não conseguia se lembrar de Cassandra ter gagueira antes, e ela se perguntou se Cassandra havia previsto algo sobre ela e Orion sair. Talvez que fosse muito perigoso eles saírem da mansão Delos? Então Helen lembrou que Cassandra não tinha feito uma única profecia há dias. Desde o Halloween , Helen pensou. Antes de Helen poder perguntar-lhe se isso era normal, Cassandra girou e deslizou pelo corredor.  —  Falando  Falando de Hector  —  disse  disse Orion, completamente imperturbável pelo comportamento estranho de Cassandra.  —   Eu provavelmente deveria ir buscá-lo. Ele não pode ficar vagando agora quando ele deveria ficar —  quieto, não  Helen importa o quão apaixonado ele esteja.   Sim  —  murmurou, ainda pensando em Cassandra. Se Orion podia ver corações, como ele poderia não ver quão diferente ela estava ao seu redor? Helen decidiu que ela tinha que estar imaginando.  —   Você está bem?  —   perguntou Orion, tocando seu braço gentilmente. Sua preocupação por ela só provou seu ponto. Se Orion não notou, então não poderia haver algo acontecendo dentro de Cassandra, ela era apenas uma garota estranha, e Helen devia ter interpretado mal o que viu.  —   Sim. Eu acho  —   ela acenou com a mão, dispensando seus pensamentos e sorrindo para ele.  —   Vá pegar Hector. Arraste aquele idiota de volta se tiver que fazer.  —  Ele  Ele provavelmente está no oceano. Ele gosta de nadar quando ele está chateado. Não deve levar muito tempo  —  ele   ele disse, e, em seguida, estudou-a de perto. —  Tem  Tem certeza que você vai ficar bem?  —  Sim.  Sim. Não se preocupe comigo. Os cantos da boca de Orion transformaram-se no mais fraco dos sorrisos.  —   Mais fácil falar do que fazer.  —   Ele se inclinou sobre os poucos centímetros separando-os e roçou os lábios nos dela. —  Eu  Eu estarei de volta em breve  —  ele   ele sussurrou, e se virou para sair antes de Helen ter a chance de beijá-lo de volta.

*** Matt podia sentir seus guerreiros se aproximando. Eles foram atados uns aos outros por juramentos de sangue e podiam sentir o outro, como se fossem todos membros mesmo corpo. dias suas tropas Em algum momentodiferentes ao longododos próximos chegariam nesta praia em navios, ecoando a viagem que tinham feito

 

milhares de anos antes para reivindicar Helena de Troia. Matt olhou para o seu mastro se aproximando da praia. Os restos deste outrora grande exército tinham começado sua jornada no momento em que o punhal tinha caído na mão escolhida, mas espalhados como estavam por todas as partes do globo, levaria tempo para eles chegarem a esta praia. Finalmente, depois de tantos milênios, eles iam se reunir com seu mestre recém-renascido. E com a adaga em que todos tinham comprometido suas vidas. Foi por causa da adaga, o dom mágico de prata de Thetis para seu único filho, que eles foram todos fadados a viver até que morreram em batalha por sua honra e glória. Eles haviam tido azar. Seu mestre quase indestrutível tinha morrido antes de terem tido a chance de morrerem por ele, mas seus juramentos ainda os unia. Eles não podiam morrer de velhice ou de doença, ou de corações partidos, não importa o quão terrivelmente o mundo os tratasse. Eles só poderiam morrer na batalha, e a maioria deles tinha. Nenhum além dos mais fortes foram deixados  —   os mais comprometidos com seu mestre e com a promessa para seu mestre de matar o Tirano. Apenas trinta e três ao todo. Matt sabia trintaoemundo três Myrmidons de 3.300 anos de idade eramMas suficientes paraque colocar em chamas.

 

CAPÍTULO 5 Traduzido por I&E BookStore

H

elen estava sobre seu pai e assistindo-o respirar. Cada ascensão e queda do seu peito era longa e difícil. Os gêmeos asseguraramlhe que ele não tinha nenhum ferimento deixado para eles curarem, mas, por algum motivo Jerry simplesmente não era capaz de ficar consciente. Era como se ele estivesse muito cansado. Pode ser que ele só precisasse descansar, eles disseram, mas se fosse esse o caso, não fazia sentido para Helen que seu pai não fosse fisicamente capaz de ficar acordado por mais do que alguns momentos de cada vez. Helen tentou reprimir o que estava sentindo, mas quando ela se perguntou como se sentia sobre o fato de que seu pai ainda estava em tão mau estado, e que ninguém sabia o que fazer sobre isso, sua mente começou a vagar. Pensamentos perturbadores continuaram aparecendo —  como  como Luis e seus filhos estavam indo depois de terem sido feridos por Automedon, como a loja havia se mantido desde o motim, e se alguém tinha ou não verificado a casa de seu pai para se certificar de que não foi vandalizada.  Todos esses pensamentos eram bastante lógicos, ma mass não eram as coisas coisas que ela deveria estar pensando quando seu pai mal estava se apegando à vida. Ela sentou-se na poltrona que foi puxada para o lado da cama de seu pai e se perguntou o que havia de errado com ela. Como ela podia estar tão distraída em um momento como este? Ela notou que a perna dela estava saltando para cima e para baixo e colocou a mão em seu  joelho para mantê-la quieta, mas não funcionou. Prestes a saltar de sua pele, Helen se levantou e começou a andar.  —  Mais  Mais alguns passos e você vai cavar um buraco no chão —  Lucas  Lucas disse suavemente da porta. Helen girou e o encarou, cerrando os punhos. Ela não estava com disposição para um encontro emocional, e pela primeira vez Helen desejou que Lucas simplesmente fosse embora. Encostado na moldura, os olhos de Lucas saltaram sobre ela. Ele deu um meio sorriso, apontando por cima do ombro com a cabeça.  —  Vamos  Vamos lá —  ele  ele disse, com a voz entrecortada.  —  Aonde?  Aonde? —  Helen  Helen desafiou. Ela cruzou os braços e olhou para ele.  —  Para  Para a gaiola  —  ele  ele disparou de volta, nem um pouco intimidado pelo olhar que ela lhe deu. Lucas se empurrou para fora da moldura da porta e caminhou para Helen lentamente. Quando ele chegou a ela, pegou-lhe os pulsos, desenrolou os braços apertados e os separou. Ele chegou mais perto, até que ele estava quase contra ela.  —  Você  Você precisa

baterHelen em alguma abriu coisa. a boca para discutir e imediatamente a fechou. Lucas estava certo. Ver seu pai tão mal fez ela sentir-se impotente e inútil. Ela

 

havia se acostumado a ser a única que tinha que lutar contra todas as lutas difíceis, mas ela não era a única pega nesta batalha. Seu pai era, e não havia nada que ela pudesse fazer para ajudá-lo. Ela precisava bater em algo ou alguém —  qualquer  qualquer coisa para liberar a tensão exasperante que ela sentia sentada nas arquibancadas, enquanto seu pai lutava. E Lucas sabia disso porque ele conhecia ela. Helen deixou seus braços relaxarem. Seus quadris balançaram ligeiramente em direção a ele, como um desafio.  —  Vamos  Vamos —  ela  ela disse, sua voz cantarolando profundamente em seu peito. Um músculo em sua mandíbula bombeou quando Lucas apertou os dentes. Calor saiu de sua pele como se o seu sangue estivesse fervendo. Helen podia sentir o cheiro dele —  pão  pão assado e neve nova, quente e frio, sol e escuridão  —  todos  todos os opostos que deviam se anular mutuamente, mas que de alguma forma conseguiam viver ao lado do outro dentro de Lucas. Helen fechou os olhos e respirou ele descaradament descaradamente. e. Lucas se afastou. Ele puxou com força o seu braço e tirou-a do feitiço. Realmente a irritava quando ele ficava fi cava dando ordens assim, e ela não tinha dúvidas de que ele sabia disso também. Ela torceu o pulso de seu aperto e empurrou-o em direção às escadas. Suas costas ficaram rígidas na Helen andou atrás de Lucas enquanto ele a levava através dafrente casa edela, até ae gaiola de lutas. Assim que chegaram aos degraus para o nível da gaiola, começaram tirando a roupa. Nem sapatos, nem joias, nem cintos, objetos duros ou cortantes de qualquer tipo eram autorizados na gaiola, mas eles não se importaram de colocarem equipamentos mais suaves para substituir o que eles tiraram tão freneticamente. Toda vez que Helen removia outra peça de roupa, tudo o que podia pensar era o quanto ela queria rasgar a dele. O amontoado de “outras” Helens dentro de sua cabeça tornava isso pior. Na maior parte de suas lembranças, ele tinha sido proibido para ela, fora de seu alcance uma e outra vez. Ela estava tão frustrada, que ela não precisava mais das Fúrias para querer matá-lo. E ela podia dizer pelo som de tecido rasgando enquanto ele arrancava sua camisa, e o barulho de couro enquanto ele arrancava o cinto dos cóses do seu jeans, que Lucas estava tão farto de sua situação impossível quanto ela. No momento em que chegaram até o ringue, eles estavam tão excitados que mal fecharam a porta da gaiola g aiola antes de eles começarem a rondar o outro. Helen começou. Ela partiu à direita e deu um soco na cara de Lucas. No último segundo, ele desviou a maior parte do golpe e atingiu as pernas dela, tentando trazer a luta imediatamente para o chão, que era sua especialidade. Ela virou e pulou antes que ele pudesse capturá-la debaixo dele, dando mais um impulso para ele quando ela fazia isso. Ele levou os braços para cima para bloquear, levou mais alguns golpes enquanto ele a puxava em um corpo-a-corpo, e, em seguida, empurrou Helen para trás contra a cerca de arame. Ele inclinou o ombro em seu esterno,

 

pressionando o ar para fora de seus pulmões enquanto segurava suas mãos.  —  O   O que você e Orion conversaram no corredor depois do café da manhã? —  ele  ele sussurrou em seu ouvido.  —  Quem  Quem disse que nós estávamos conversando? —  Ela  Ela disse isso de propósito para atingir ele, e funcionou. Uma expressão de dor cruzou seu rosto, e Helen teve a oportunidade de soltar um de seus pulsos de seu aperto e bater em seu estômago. Lucas grunhiu e se lançou para baixo para atingir sua perna. Ele derrubou Helen na esteira e, separando suas coxas, ele tomou a posição entre elas. Ela ficou em posição de defesa sob ele, envolvendo suas pernas firmemente em torno de sua cintura e apertando forte para cortar o seu ar.  —  Eu  —  ele  Eu ouvi vocês conversando  —   ele rosnou com os dentes cerrados. Ele estava usando toda a sua força para tentar fixar seus braços para baixo.  —  E   E é meio difícil falar quando sua língua está na boca de outra pessoa. Ela olhou para ele, sem responder a sua pergunta.  —  Diga-me  Diga-me o que você disse a ele, Helen! —  ele  ele gritou em seu rosto. Se esta fosse uma luta de MMA, o cara no topo iria começar a bater “ground and pound”. Mas no cara sob ele em um chamado Lucas não bateu nela. Namovimento verdade, Helen percebeu que, embora seu rosto estivesse machucado, e ele estivesse sangrando de um corte sobre seu olho, ele não tinha avançado para ela. Ele estava fazendo isso por ela, para que ela pudesse se livrar de sua frustração. Ele estava tentando ajudá-la. Quando ela percebeu isso, a raiva de Helen evaporou e ela ficou quieta. Ela não precisava ser capaz de ver através de seu peito para saber o quanto ele a amava. Ele estava constantemente provando isso pelo quanto de sua porcaria que ele estava disposto a aguentar.  —  Eu  Eu posso ver emoções, como alguém da Casa de Roma pode, e eu não tenho ideia por que —  ela  ela admitiu com um suspiro exasperado. Lucas olhou para ela com um olhar assustado enquanto ela lutava para continuar.  —  E   E eu não disse isso a Orion, mas eu acho que eu posso controlar os corações das pessoas, também.  —  Continue  Continue —  ele  ele disse quando ela parou de novo.  —  Eu  Eu fiz o policial que estava de guarda para Andy nos deixar entrar no quarto dela, e ele nem sequer perguntou os nossos nomes. No início, eu pensei que era por causa da coisa do “rosto que lançou mil navios”. Isso acontece às vezes com os homens. Mas quanto mais eu penso sobre isso, mais eu estou convencida de que não foi isso. Eu fiz alguma coisa com o coração dele. Parece errado fazer isso com alguém.  —  Hum.  Hum. —  Lucas  Lucas a soltou lentamente e sentou-se nos calcanhares, franzindo a testa. Helen sentou-se e esfregou seus pulsos doloridos, esperando que ele estivesse pronto para compartilhar o que estava acontecendo em sua cabeça.  —  Olhe  Olhe para mim —  ele  ele disse, de repente, inclinando-se e travando os olhos nos ela. —  Você  Você é a única garota que eu já beijei.

 

 —  Mentiroso  Mentiroso —  Helen  Helen disse tão rápido que ela praticamente o cortou.

Ele deu um sorriso para ela e rapidamente ficou sério de novo, olhandoa fixamente.  —  Como  Como você sabe que eu estou mentindo?  —  Além   Além do fato de que eu tenho certeza que você tenha feito um pouco mais do que apenas beijar outras meninas? Algo estava errado em sua voz, eu acho. E também uma sensação, como...  —   Como se você tivesse perdido alguma coisa. E você precisava encontrar.  —   Ela balançou a cabeça, concordando com ele. Ele olhou para ela por um momento, com o rosto em branco.  —   Você é uma Detectora de Mentiras, Helen. Você pode ouvir mentiras.  —  Mas  Mas como?  —  Nosso  Nosso sangue —  ele  ele disse, balançando a cabeça como se pudesse ouvir a verdade em suas próprias palavras.  —  Quando  Quando você, Orion e eu nos tornamos irmãos de sangue, você absorveu alguns de nossos talentos através de nosso sangue. Eu não tenho notado quaisquer novos talentos em mim, e eu não acho que Orion tenha um ou ele teria mencionado isso enquanto estávamos curando juntos. Mas, aparentemente aparentemente,, você tem algo de nós dois. Você pegou o talento de Orion para controlar corações, e o meu talento para reconhecer mentiras.  —  Ele   Ele inclinou a cabeça para o  —  ele lado. —   Talvez você  Talvez tenha pego ainda mais do Helen que isso  ele murmurou para si mesmo, ainda ponderando sobre isso. olhou para ele.  —  Por  Por quê? Por que isso está acontecendo comigo? —  ela  ela perguntou com medo. —  A  A última coisa que eu preciso é de mais poderes.  —  Eu  Eu não sei ainda. Mas eu vou descobrir —  ele  ele prometeu.  —  Você  Você descobre tudo —  ela  ela murmurou, adorando ele.  —  Você   Você descobriu qual o rio que as Fúrias precisavam beber. Não eu.  —   Sim, mas você ajudou. Você sempre ajuda.  —   Odiando os centímetros de ar frio entre eles, ela deslizou para mais perto dele, dolorosamente consciente de que ambos estavam em suas roupas íntimas. Seus ombros nus curvaram em direção a ela, e seu queixo inclinou para baixo para vir ao nível da boca dela. Com seu novo talento, Helen podia ver nuvens douradas saindo para fora de sua pele em rajadas inchadas e uma aconchegante lareira bruxuleante em sua barriga. Lucas estendeu a mão para ela, seus lábios se separando, fechando os olhos. Ele parou. A névoa dourada gloriosa que foi envolvendo-se congelou no meio do ar, solidificando e caindo no chão em cacos. Os olhos azuis brilhantes de Lucas escureceram quando a sombra avançou e apagou sua luz interior.  —   É por isso que você deve vir falar comigo quando você estiver confusa, Helen —  Lucas  Lucas disse pesadamente, e se afastou. —  Não  Não importa o que acontece entre você e Orion, eu sempre estarei aqui para ajudá-la com seus problemas. Mesmo que isso signifique que eu tenho que ter meu traseiro chutado em primeiro lugar.  —   Ele virou-se, limpando o sangue de seu olho e sacudindo-o no tatame.

 

 —  Está  Está doendo?  —  Helen  Helen engoliu em seco e se conteve de estender a mão e tocar sua ferida  —  se  se conteve de inclinar-se para frente e jogar

os braços em volta dele, na verdade.  —   Não  —   ele respondeu, balançando a cabeça.  —   Não em comparação com o resto.

***

Helen ficou no ringue por muito tempo depois que Lucas foi embora. Ela começou a ficar com frio na esteira com nada além das suas roupas íntimas, e eventualmente forçou-se a levantar-se e encontrar suas roupas. Com os jeans em uma das mãos, ela estava procurando sua blusa ao redor quando ouviu a porta abrir.  —  Por  Por que você está praticamente nua?  —  Hector  Hector gritou do alto da escada. Helen não se incomodou em saltar ou se sentir envergonhada. Era apenas Hector, voltando justo no momento errado para mexer com ela, como de costume. Ela finalmente entendeu sua relação controversa, mas ainda profundamente solidária com Hector. Não era exatamente como irmão e irmã, e nunca tinha sido. Ela tinha sido casada com o cara uma vez e, a partir dos trechos que Helen poderia vagamente lembrar, nenhum deles tinha sido muito feliz com esse fato, apesar de terem tentado o seu melhor para fazê-lo funcionar. Mais ou menos como ser permanentemente algemado a alguém que você ama, mas que também realmente te incomoda.  —  Lucas  Lucas e eu tivemos uma briga  —  disse  disse Helen, pensando que era mais fácil dizer apenas isso do que fazê-lo importuná-la. Hector desceu as escadas enquanto Helen vestia sua calça jeans.  —  Uh-hum.  Uh-hum. E suas roupas ficaram tão cansadas de todo o lamento e gemido que elas pularam para fora de seu corpo e fugiram? Helen teve que rir com isso. —  Não.  Não. Finalmente decidimos bater um no outro fisicamente em vez de apenas emocionalmente para variar.  —   Ela apontou para o ringue com o queixo enquanto ela fechava o zíper.  —   Engraçado, mas você não parece ter sido esmurrada. Despenteada , sim. Esmurrada? Não  —   ele disse, levantando uma sobrancelha e estendendo a blusa escura com decote em V. Ela ignorou seu comentário sugestivo. Helen pegou sua blusa quente e alegremente vestiu-a, e então olhou para Hector cuidadosamente.  —  Como  Como você está? —  ela  ela perguntou incisivamente. Hector deu de ombros e se virou, indo em direção a um dos sacos pesados.  —   Estou bem. Eu não sei por que você e Orion estão todos preocupados por causa de Andy.  —   Você é tão cheio de si  —   Helen alfinetou, mas sem maldade, enquanto o seguia. Ela ficou do outro lado do saco e segurou firme para que ele pudesse bater. —  Você  Você está se escondendo aqui. Do mesmo jeito que eu. Hector começou a bater no saco, dando-lhe indiferentes pancadas fortes na melhor das hipóteses. Ele lentamente aumentou a intensidade. Movendo seus pés enquanto ele trabalhava através de algumas

 

combinações, Helen observou o rosto de Hector endurecer e assumir a postura de um lutador de verdade. Não, mais do que isso, ela pensou. Ele é um guerreiro, saído direto de alguma lenda. Assim que esse pensamento cruzou sua mente, ela viu seu comportamento perder toda a sua ferocidade, e algo vulnerável e triste mudou e acalmou seu corpo inquieto.  —   Ela Ela não pode suportar me ver, Helen. A garota, a única garota que realmente me balançou, eu aterrorizo ela. —  Ele  Ele deixou cair seus punhos e se inclinou para o saco, de frente para Helen.  —  Eu  Eu poderia aceitar se ela achasse que eu era um idiota ou um porco. Eventualmente, eu provaria a ela que eu não sou. Mas medo?  —  Ele  Ele balançou a cabeça.  —   Eu não tenho nenhuma chance. Eu não posso persegui-la porque é isso que ele fez. A única coisa que posso fazer é ficar longe dela, como ela me disse para fazer. O problema é... eu não sei se eu posso fazer isso.  —   Sim, eu sei o que você quer dizer  —   disse Helen tristemente, abraçando o outro lado do saco.  —  Oh,   Oh, que ironia. Certo?  —  ele   ele brincou, e então franziu a testa de repente. —  Mas  Mas você tem outras possibilidades.  —  E   E você não?  —  Helen   Helen riu.  —  Ou   Ou você já dormiu com cada outra

menina quentefalando no mundo, não há mais ninguém?  —  Estou  Estou sérioe —   disse  disse Hector, já sem sorrir.  —  Você  Você sente alguma coisa por Orion, ou é como você e Matt? Ele é como um amigo para você?  —  Não,  Não, isso definitivamente não é. —  Ela  Ela pensou sobre o que Morfeu tinha revelado a ela, que, em alguns aspectos, ela podia querer Orion ainda mais do que ela queria Lucas.  —   Estou realmente atraída por Orion.  —  E  E você se preocupa com ele?  —  Bastante.  Bastante.  —  Então   Então se comprometa com ele.  —  Hector   Hector considerou Helen com total sinceridade. —  Ambos  Ambos estão esperando que você faça uma escolha. E nenhum de vocês vai seguir em frente até que você a faça. Você, Helen. Você tem que fazer essa escolha. Helen queria gritar “Lucas”, mas ela imaginou o olhar de nojo que ela sabia que Hector lhe daria por preferir seu primo ao invés de Orion, e engoliu o nome de Lucas.  —  Eu   Eu tenho  —  ela   ela disse com mais convicção do que sentia. —  Eu  Eu tenho —  ela  ela repetiu. Hector sorriu para ela.  —  A   A primeira vez que você disse, “eu tenho”  foi bastante crível. A segunda? Não muito.  —  O   O que eu vou fazer?  —  ela   ela gemeu em resposta, batendo a testa contra o saco. —  Eu  Eu me sinto como uma bola de pingue-pongue.  —  Eu   Eu acho que nós dois precisamos sair daqui e fazer algo útil.  —   Ele a pegou pelo pescoço em uma chave de pescoço de brincadeira e levou-a para a escada.  —  Vamos,   Vamos, princesa. Vamos ver se a loja do seu pai ainda está de pé.

***

 

Hector e Helen carregaram um pouco de madeira sobressalente do galpão, um kit de ferramentas e uma caixa de pregos para a parte de trás do caminhão de Hector. Depois de uma breve discussão sobre se Hector devia ou não arriscar de ser visto, tornou-se evidente que, se ele não saísse da casa que atualmente abrigava Andy, ele iria sair correndo gritando pelas ruas, de qualquer maneira, então Helen relutantemente concordou. Ela bateu o pé sobre quem dirigiria, no entanto. Helen pegou o volante para a viagem passando pela sua casa para se certificar de que estava tudo bem, e depois para a News Store enquanto Hector se escondia atrás. Hector ficou fora de vista dentro da loja, varrendo vidro e detritos que sobraram do motim enquanto Helen levava a escada do depósito para a frente e começou a pregar tábuas nas janelas quebradas. Era um trabalho deprimente. Toda vez que ela olhava ao redor, Helen era lembrada que a loja poderia ser reconstruída, mas nunca mais seria a mesma. Não realmente. Enquanto subia a escada e começava a fechar com tábuas as janelas destruídas da frente, Helen percebeu que algumas coisas ficariam um pouco quebradas para sempre  —  mesmo   mesmo depois de terem sido consertadas. Perdida em seus pensamentos, Helen não percebeu que alguém tinha —  vindo dela na calçada.  Sabeatrás  Sabe de uma coisa? Se essa tábua ficasse mais torta, ela iria virar ao redor do outro lado e ficar em linha reta como uma flecha  —  disse   disse Orion do chão atrás dela, como se ele estivesse temendo pelo péssimo trabalho que ela tinha feito. —  Você  Você está bêbada? Os ombros de Helen começaram a tremer de tanto rir.  —  Não!   Não! Eu nunca fiz isso antes!  —  Aparentemente.   Aparentemente.  —   Ele sorriu para ela e fez sinal para que ela descesse da escada. escada. Rindo, ela desceu e ficou ao lado dele. —  Ainda  Ainda tem ambos os polegares?  —   ele perguntou, inspecionando suas mãos. Ele pegou o martelo dela como se ele pudesse mordê-la. —  É  É melhor dar isso para o profissional.  —  Professional,   Professional, hein?  —   Helen não duvidou. Ela tinha dado uma olhada em sua acidentalmente sua jaqueta e carteira carteira,dee motorista ela sabiaquando que eleelaera autorizado a roubou operar máquinas pesadas.  —   Eu trabalhei em alguns locais de construção. Construindo algumas casas —  ele  ele disse com um sorriso cauteloso em seu rosto, como se tivesse feito mais do que apenas isso.  —  Fabricante  Fabricante de joias, carpinteiro... você é um verdadeiro pau-paratoda-obra —  ela  ela disse, sorrindo para ele.  —  Sim.  Sim. Para todas as obras que pagam —  ele  ele acrescentou com uma risada tímida.  —  Ei,  Ei, você é um filho de Afrodite. Você poderia ter tomado o caminho mais fácil. Enrugando os lábios bonitos para alguma mulher rica e fazendo ela ficar tão loucamente apaixonada por você que ela simplesmente teria  que   que dar-lhe uma mina de diamantes ou algo assim.  —   Helen sorriu para ele, amando como ele sempre minimizava seus

 

talentos  —  e   e não apenas os de Descendente.  —  Mas   Mas você não fez isso. Você trabalha pelo seu dinheiro.  —  Todos  Todos os cinco dólares dele —  ele  ele disse, revirando os olhos.  —  Um  Um dinheirinho honesto não pode comprar mais mantimentos do que um desonesto, mas ele sempre vai valer mais. Especialmente para mim  —  ela   ela respondeu seriamente. Ele era um homem que venceu pelo esforço próprio, assim como seu pai, e ela respeitava mais essa qualidade nele porque sua dignidade era algo que ele conquistou, e não algo com o que ele nasceu.  —   Ei, Orion? Coloque umas calças, atire ela sobre seu ombro, e carregue ela como um homem, pelo amor de Pete!  —  Hector   Hector gritou de dentro. Orion encolheu-se e trocou um olhar aflito com Helen.  —  A  A abordagem do homem das cavernas —  ele  ele sussurrou para Helen conspirativamente. —  Não  Não é realmente o meu estilo.  —   Ah, Hector. Nosso brutamontes adorável  —   Helen respondeu calmamente. Suas cabeças se inclinaram enquanto eles compartilhavam uma risada abafada.  —   Beija. Beija. Beija  —   Hector gritou, espiando-os entre as ripas desalinhadas sobre a janela quebrada.  —  Posso  Posso levar você em todos  os  os meus encontros? —  Orion  Orion perguntou a Hector, batendo as mãos em emoção fingida. através da coisa toda  —    —   Claro, amigo! Eu vou acompanhá-lo Hector respondeu com um sorriso perverso.  —   Primeiro, você pega a menina e a agarra pelo...  —  E  E é exatamente por isso que estou tão feliz de a testosterona não ser contagiosa —  disse  disse Helen em voz alta, cortando Hector. Ela empurrou Orion até a escada para consertar a bagunça que ela havia feito, e entrou para ajudar Hector a terminar de limpar. li mpar. De alguma forma, entre toda a caminhada ao redor, eles conseguiram fechar toda a loja com tábuas, varrer e esvaziar de todos os produtos perecíveis em decomposição. De vez em quando Helen tropeçava em algo pessoal em meio aos detritos  —   a escultura deformada de macarrão de “Eu amo meu pai” que ela tinha feito na escola primária, uma panela de fundo horrívelela e pesada-como-uma-ferradura que ela tinha feito para Kate quando estava tentando aprender a esculpir argila no ano de caloura, e alguns troféus de segundos lugares em corridas. O pior de tudo eram as fotos. Arrasou-a ver os quadros quebrados e os vidros esmagados que prendiam as imagens, arruinando-as. Algumas das fotos estavam penduradas na loja desde que ela era uma menininha. Ela tinha visto elas todos os dias e, quando ela jogou a maioria delas no lixo, ela estava consciente demais que ela nunca iria vê-las novamente. Cada vez que Helen deparava com um desses itens carregados de emoção, ela notava que Hector ou Orion fazia uma piada ou algo pateta para distraí-la. Ela sabia o que eles estavam fazendo, mas isso só tornou suas tentativas desastrosas para animá-la ainda mais comoventes. Eles sabiam que não era realmente sobre a perda de um monte de coisas. Quando Orion e Hector estavam jogando conversa fora para distraí-la, ela não podia pensar muito sobre o que realmente estava

 

incomodando ela —  que  que seu pai não parecia estar ficando melhor. Perder as fotos, a escultura de macarrão e a tentativa hedionda em cerâmica não eram nada comparado com o medo que ela sentia quando ela imaginava seu pai deitado inconsciente em uma cama. Por que ele não conseguia acordar? Ela queria dizer algo para os dois, para agradecer-lhes por ajudá-la a passar por isso, mas ela sabia o suficiente sobre esses dois caras para manter a boca fechada. Hector só iria provocá-la se ela desse uma de sincera para cima dele, e Orion já sabia o quanto ela era grata porque ele podia ver através dela, literalmente. Então Helen arquivou mentalmente as horas que eles passaram cavando através da sua infância devastada, sabendo que ela nunca poderia verdadeiramente reembols reembolsá-los á-los pelo que fizeram por ela.  —   Então... Hector vai levar o caminhão de volta  —   disse Orion, interrompendo os pensamentos tristes de Helen. —  Sozinho.  Sozinho.  —  Hum?  Hum? —  disse  disse Helen inexpressivament inexpressivamente. e. —  Não.  Não. Hector não deve dirigir. Ele não pode ser visto.  —  Eu  Eu não vou ser. Está muito escuro agora. Ninguém será capaz de me reconhecer  —  disse  disse Hector.  —  E   E eu posso me desfocar um pouco se eu me deparar com luzes se aproximando, o que eu provavelmente não vou. Helen olhou em volta e notou que ele estava certo. Em algum momento, quando ela não estava prestando atenção, o sol se pôs. Era noite, e ninguém estava nas ruas para começar. Muitas pessoas não se aventuravam fora de suas casas desde os motins. A Ilha de Nantucket tinha sido como uma cidade fantasma por dias agora.  —  Ok,  Ok, eu acho que você está certo. Obrigada por me ajudar hoje  —   disse Helen para Hector, dando-lhe um abraço. Ela parou antes que ela ficasse toda sentimental e dissesse algo que ele iria achar imperdoavelmente sentimental.  —  Divirta-se  Divirta-se hoje à noite, princesa. —  Hector  Hector respondeu, com a voz extraordinariamente suave quando ele a soltou. Ele olhou para Orion e acenou com a cabeça uma vez, e, em seguida, virou-se para sair sem uma piadaHelen ou comentário sarcástico. pegou a mão de Orion timidamente, sabendo que Hector tinha acabado de lhes dar o equivalente a passes de corredor de Hergie. Não importa o que os dois fizessem fi zessem naquela noite, eles tinham certeza de que Hector não iria colocá-los em detenção por isso.  —  Então  Então —  ela  ela disse, olhando para Orion. Sua garganta estava seca de repente e ela engoliu.  —  Você   Você disse que queria me mostrar alguma coisa?  —   Sim  —   ele respondeu, mordendo o lábio inferior como se ele estivesse arrependido. —  Você  Você teve um dia difícil, no entanto. E o que eu quero mostrar para você não é exatamente edificante.  —  Bem,  Bem, agora você tem que me mostrar —  disse  disse Helen, estendendo um braço amplamente para incluir toda a loja.  —   Eu não posso ser a única cuja vida é uma chatice total. Orion riu, mostrando seus brilhantes dentes afiados. Ele puxou Helen para perto, segurando-a contra seu peito. A risada desapareceu

 

rapidamente e ele beijou sua testa, mal tocando sua sobrancelha com o lábio inferior quando seu humor mudou. Uma parte de Helen estava ciente de que ele a tinha puxado para perto por duas razões. A primeira era que ele sinceramente queria abraçá-la, mas principalmente ele estava fazendo isso para que ela não pudesse ver o que estava acontecendo dentro de seu coração.  —  Confie  Confie em mim. Você não é a única cuja vida é uma chatice total  —  ele  ele sussurrou de forma desigual.  —  Então  Então me mostre. —  Helen  Helen se afastou e olhou-o nos olhos. —  Nós  Nós

fomos ao inferno e voltamos juntos, Orion. O que poderia ser mais difícil de lidar do que isso? Os cantos da boca adorável de Orion transformaram-se em um sorriso melancólico.  —  Família   Família  —  ele   ele respondeu. Helen se lembrava de quão triste Orion ficava cada vez que alguém mencionava seu pai, Dédalo. Ela sabia que havia uma história profunda e obscura.  —  Ah.  Ah. Seu pai.  —  Não  Não —  ele  ele disse, soltando-a e desviando o olhar ansiosamente. —    Talvez esta seja seja uma má ideia.  —  Ei,  Ei, você já saiu voando? —  ela  ela perguntou rapidamente. Orion deulhe um olhar perplexo, como se ele estivesse totalmente desconcertado, o  —  Não que exatamente a intenção de vez Helen. em um avião, eu quero  —  ela  —  Alguma dizerera  ela esclareceu.  Alguma você já Não voou como eu faço?  —  Não.  Não. Nunca.  —  Você  Você quer?

***  —   Esta é a coisa mais louca que eu já senti!  —   Orion deu uma

risadinha.  —   Shhh  —   advertiu Helen, de olhos fechados.  —   Pare de se movimentar. Você é como três  de  de Claire. —  Ela  Ela estava tentando não sorrir ao som de alegria absoluta na voz de Orion, mas ele estava tornando isso quase impossível. Ele era adorável quando ele ficava animado. Ela precisava distraí-lo para que ela pudesse se concentrar.  —  Tem  Tem alguém vindo? Orion tomou um momento para olhar de um lado para o outro atrás da News Store onde eles estavam de pé, com os braços em torno de si. —    Tudo limpo —  ele  ele disse. Helen sentiu sua respiração em sua testa quando ele voltou seu olhar para sua cabeça inclinada para baixo e olhos fechados. Foi quente e doce, e foi um pouco como se ele deixasse aparecer emoção. Ela quase teve a massa total dele em sua mente  —   a proporção exata da pele, sangue e ossos que estavam perpetuam perpetuamente ente caindo em direção ao centro da Terra. Ela estendeu a mão com o outro sentido dela, a coisa que soltava a gravidade, e ampliou-o até que ele escorregou em torno do grande corpo de Orion.  —  Isso  Isso faz cócegas! —  ele  ele engasgou, seus braços ao redor da cintura dela apertando-a com força.

 

 —  Shhh!  Shhh! —  ela  ela repetiu, concentrando-se muito. E então ela sentiu. Seu corpo de repente se encaixou em sua mente.  —   Consegui  —   ela

sussurrou, triunfante. Liberar sua gravidade foi fácil uma vez que ela tinha descoberto a forma e o peso dele. Ela abriu os olhos para que ela pudesse ver o rosto de Orion quando eles dispararam para o ar e pairaram entre nuvens que brilhavam branco-violeta com a luz das estrelas. Orion tinha um daqueles rostos que constantemente a surpreendia. Justamente quando ela pensava que ela estava ficando acostumada ao quão lindo ele era, ela via uma nova expressão em seu rosto, e uma grande parte do seu sistema nervoso ficava prejudicado.  —  Então.  Então. Para onde estamos indo?  —  ela  ela perguntou-lhe, com a voz mais firme do que ela pensava que seria.  —  Você   Você disse que queria me mostrar alguma coisa. Ele desviou os olhos da vista e a olhou, seu rosto murchando.  —   Helen —  ele  ele começou a dizer, consternado.  —  Não,   Não, estou falando sério, Orion  —  ela  ela interrompeu com firmeza.  —  Você  Você concordou em voar comigo, mesmo que você soubesse que eu só tentei isso com um passageiro uma vez antes, a ntes, mas você não vai me dizer o seu grande segredo? Então você confia a mim a sua vida, mas não o seu passado?  —   Não é isso  —   ele disse, e depois parou de lutar com seus pensamentos.  —  Como  Como eu pensaria menos de você por causa do que você passou? Quão crítica você acha que eu sou?  —   Não! Não! Não é por causa do que você vai pensar. Pelo menos, não totalmente  —  ele   ele disse, as palavras metade sufocando-o.  —   Dói voltar para lá.  —  E   E vai continuar a doer, desde que você mantenha escondido  —   disse Helen em um tom mais suave.  —   Eu sei quem você é, Orion. E talvez o processo que levou a fazê-lo não foi a coisa mais bonita de assistir, mas confie em mim.  —   Ela abaixou a cabeça para baixo, inclinando o rosto sob o seu para ele ter que olhar para ela. —  O  O resultado é espetacular. Ele riu baixinho, corando um pouco, e depois ficou sério novamente enquanto ele pensava sobre isso.  —  Além  Além disso —  ela  ela continuou, sorrindo para ele com determinação.  —  Você  Você sabe que eu nunca vou deixar você de volta no chão até que eu consiga o que quero.  —  Ok,  Ok, você venceu... como sempre —  ele  ele gemeu. —  Vá  Vá para o norte.  —  E  E onde estou nos levando? —  perguntou  perguntou Helen entusiasmada.  —  Terra  Terra Nova. Onde eu nasci. Da maneira destacada que Orion nomeou seu lugar de origem, Helen teve a nítida sensação de que ele não estava levando-a para um lugar que ele considerava uma casa. Ela não tentou distraí-lo ou fazer uma piada, como ela normalmente fazia quando o via cair em um de seus humores melancólicos. Em vez disso, ela se concentrou em voar tão rápido quanto ela ousou com um passageiro.

 

Depois de apenas alguns minutos e alguns ajustes de curso por Orion, foram pairando sobre um pedaço grande de rocha espumosa à beira do frígido Oceano Atlântico. Apegando-se ao topo de um alto e longo promontório havia uma pequena casa de campo quase sem janelas. Era uma noite escura. Um nevoeiro rolava para fora do oceano e apagava a luz da lua. Mal discernível, a casa estava iluminada do interior por uma única luz. Orion suspirou profundamente e balançou a cabeça, como se estivesse assumindo a responsabilidade por um ato infeliz de vandalismo.  —  É  É isso aí. É aí que os meus pais vivem.  —  Seus  Seus pais?  —  Helen  Helen repetiu, confusa.  —  Mas  Mas eu pensei que sua mãe estivesse morta. Seu pai se casou de novo?  —  Você  Você vai ver —  foi  foi tudo o que ele disse, balançando a cabeça. Orion direcionou ela para pousá-los do lado de fora do círculo de luz em torno da única janela semi-grande no piso térreo. Com cuidado para permanecer nas sombras, Helen olhou para dentro. A primeira coisa que viu foi um grande homem sentado em uma poltrona, lendo um livro. Ele usava jeans folgados, uma camiseta preta apertada, e ele tinha cabelo preto, que estava salpicado com grisalho prematuro nas têmporas. Ele era mais velho, talvez quarenta e poucos anos, ainda muito em forma. Os ângulos afiadosmas e aquilinos de seubonito rosto ee oincrivelmente bronzeado dourado que aquecia sua pele cor de oliva a lembrou de Lucas. Até mesmo a forma de sua mão como ele agarrava a lombada do livro era assustadoramente familiar. Perturbou Helen ver esse outro homem mais velho com as mãos de Lucas. Helen tinha ouvido várias vezes mencionado pela família que Lucas parecia um filho de Poseidon. Com base na semelhança impressionante, Helen sabia que tinha de estar olhando para Dédalo, Chefe da Casa de Atenas, o descendente direto de Poseidon, e pai de Orion. A segunda coisa que Helen viu foi sua própria mãe, Daphne, dormindo no sofá em frente a ele.

 

CAPÍTULO 6 Traduzido por I&E BookStore

H

elen se afastou da janela. Houve uma sensação de aperto na sua garganta, e seus pés bambearam sobre o terreno irregular com o choque. Orion estendeu a mão para ela, mas ela soltou as mãos dele cegamente. Implacável, Orion estendeu a mão para ela novamente e fechou a mão sobre a boca dela quando ele a capturou.  —   Se acalme! Não é o que você pensa  —   ele sussurrou em seu ouvido. Ele levou os dois para longe da casa, e tão longe para trás na parte de cima do promontório quanto se atreveu sem empurrar ambos para fora do penhasco antes de continuar.  —  Daphne  Daphne ajuda meu pai a lidar com a minha mãe quando ela tem um de seus ataques. Ela deve ter tido um hoje à noite, provavelmente porque meu pai tem que ir ao encontro das Casas. Minha mãe odeia todas as Casas, até mesmo a dela própria. —  Ele  Ele fez uma pausa no n o meio de sua explicação apressada, olhando para ver se Helen estava acompanhando.  —  Houve  Houve uma guerra de Descendentes antes de nascermos —  ele  ele disse. Ainda abafada por trás da mão de Orion, Helen relaxou os músculos e acenou com a cabeça, tanto em resposta à sua pergunta tácita sobre a guerra e para deixá-lo saber que ela não iria i ria sair correndo para a casa ou começar a gritar. Ele relaxou seu controle sobre a boca, mas manteve-a perto dele. Helen sabia que tinha havido algum tipo de confronto final entre as Casas Descendentes cerca de vinte anos atrás, e que tinha sido um banho de sangue  —   o Final dos Tempos  —   ou pelo menos assim parecia para eles.  —  Minha  Minha mãe era a Chefe da Casa de Roma, e ela matou um monte de gente. A guerra realmente mexeu com ela. E agora minha mãe não lida bem com qualquer menção das Casas  —  ele  ele tentou continuar, mas teve que parar por aí, cerrando os dentes para controlar sua voz.  —  Ela   Ela não lida bem com nada, na verdade. Ela está doente , Helen. Helen sabia que Descendentes só ficavam doentes de uma maneira. Orion estava tentando dizer a ela tão gentilmente quanto possível que sua mãe, Leda, estava louca. Baseado no fato de que Dédalo necessitava de Daphne para ajudálo a controlar Leda, Helen sabia que Leda não só era forte, mas que tinha de ser o tipo de louca que era verdadeiramente perigosa para se estar ao redor. A casa em que viviam era a quilômetros de distância de qualquer pessoa, tão longe da civilização quanto eles poderiam conseguir sem cair no mar. Helen só podia imaginar a quantidade de gritos que deve “ataques” como Orion havia chamado. Ela se perguntou acompanhar como era paraosele ter crescido com tudo isso quando era um menininho.

 

Orion soltou Helen suavemente e se afastou dela quando ele bateu a palma de sua mão em seu rosto. Helen estendeu a mão e pegou sua outra mão, embalando-a perto de seu peito enquanto ele se recompunha. Ela estudou-o cuidadosamente, esperando esperando até que ele se virou para ela e balançou a cabeça, deixando-a saber que ele tinha se recomposto, e então ele a levou de volta para a casa.  —   Você disse que ela estava morta  —   Helen sussurrou. Orion balançou a cabeça.  —  Você   Você achou que ela estava morta quando eu disse que eu era o Chefe da Casa de Roma, mas a morte não é a única úni ca maneira de uma Casa receber um novo chefe  —  ele   ele desviou o olhar.  —  Eu   Eu não conhecia você bem o suficiente, na época. Eu estava muito envergonhado de dizer a você... Helen assentiu com a cabeça, parando-o. Ele não precisava se explicar para ela. —  Está  Está tudo bem —  ela  ela disse calmamente. Outra luz foi ligada dentro da casa, e ambos Helen e Orion viraram a cabeça bruscamente para olhar na janela. Helen viu uma mulher frenética com longos cabelos castanhos descer as escadas com uma camisola. Descalça e despenteada do sono, seu estado desgrenhado só adicionava o seu apelo. Ela era mais velha, na casacastanho-avermelhado dos quarenta, mas ainda com oem corpo de uma garota pin-up. cabelo castanho-avermelhad o dançava torno dela em uma nuvemSeu de cachos gordos e sedosos que a maioria das mulheres levam horas com um secador de cabelo e babyliss para conseguir ter. Eles eram os cachos de Orion, e o arco longo e escultural de seus membros musculosos tinham o mesmo balanço, as mesmas proporções perfeitas como as dele. Metade saltava para fora de sua camisola de todas as maneiras corretas, embora ela fosse, obviamente, alheia a este fato, Helen adivinhou que esta mulher provavelmente ainda pareceria sedutora, mesmo se ela tivesse caído de bunda sobre uma chaleira ao descer os degraus. Ela era uma versão menor e do sexo feminino de Orion, e como tal ela era a tentação perfeita para o sexo oposto. Tudo nela gritava que esta mulher era Leda, uma filha de Afrodite, e a mãe de Orion.  —  Ele  —   Helen Ele está   ela  ela murmurou, correndo a janela. Orion puxou paraaqui! longe do círculo de luz assim que para Dédalo pulou de seu assento e puxou Leda de volta antes que ela pudesse dar uma boa olhada no exterior. Mesmo à distância, Helen podia ver o olhar feroz em seu rosto. Seus olhos estavam abertos tão grandes que eles estavam mostrando a parte branca, e eles estavam rolando ao redor como um cavalo assustado. Helen estremeceu involuntariamente.  —  Não  Não há ninguém aqui, amor —  disse  disse Dédalo em uma voz cansada, pegando os ombros de Leda e girando-a para longe da janela.  —  Adônis!  Adônis! Eu posso sentir  você  você aí fora! —  a  a mulher histérica gritou, lutando violentamente com o marido para fugir.  —   Eu não vou deixar você matar o meu bebê! Daphne estava levantada agora e agarrando Dédalo pelos ombros para que eles formassem uma gaiola em torno de Leda com seus corpos. Eles pressionaram ela de lados opostos, usando seu peso para conter os braços e impedi-la de rasgar seu cabelo e rosto. Helen podia dizer pela

 

maneira gentil, mas quase clínica que eles já fizeram isso, que Dédalo e Daphne tinha feito isso muitas vezes antes.  —  Eu   Eu vou te matar se você tentar ferir meu bebê!  —  Leda   Leda uivou, soluçando agora, sua voz triturando com loucura pura. —  Eu  Eu vou matálo eu mesma!  —  Adônis  Adônis está morto, Leda! Seu irmão está morto! —  Daphne  Daphne gritou para Leda até que a mulher perturbada parou de resistir e começou a relaxar.  —  Meu  Meu irmãozinho —  disse  disse Leda, acalmada momentaneamente por sua confusão.  —  Meu   Meu bebê. Meu irmãozinho. Mas qual é qual? Eu sei que eu matei um deles. Quem eu escolhi? Leda começou a balançar para trás e para frente, calmamente cantando as palavras “Meu bebê. Meu irmãozinho” repetitivamente  enquanto Dédalo e Daphne tentavam acalmá-la. Cada vez que ela repetia esse mantra lamentável, seu volume aumentava mais ainda até que ela estava gritando.  —   Tire-me daqui, Helen  —   Orion disse em um sussurro trêmulo. Helen olhou para ele e viu lágrimas correndo silenciosamente pelo seu rosto. Ela imediatamente colocou os braços ao redor dele e atirou-os para o ar, deixando trás o som do choro Leda. Orion enterrou o rostopara no pescoço de Helen. Elainconsolável podia sentirda suas lágrimas quentes fluindo através de sua pele e rapidamente ficando frias no ar ficando rarefeito à medida que ganhavam altitude.  Tremendo, eles pairaram por cima do oceano, agarrados um ao outro. Orion não fez qualquer barulho. Depois do que Helen adivinhou serem anos de prática, ele tinha se tornado bom em silenciar o som de seu próprio choro até que não havia nada  —  nem  nem mesmo a vibração de seu diafragma  —   apenas o pulsar rápido e profundo de seu coração. Helen o puxou para mais perto e voou para longe desse pesadelo, pesadelo, embora soubesse que ela nunca o levaria longe o suficiente para tornar isso melhor. Rumo ao sul ao longo da costa, ela levou-os para uma praia pequena e bonita em lugarsentaram-se ao redor deum Cape Ann do emoutro Massachusetts e baixou-os ao algum chão. Eles ao lado na areia, ele olhando para a água e ela olhando para seu perfil.  —  Eles  Eles eram próximos. Adônis e minha mãe —  ele  ele disse finalmente.  —  Eles  Eles se amavam muito, até que ela se apaixonou por meu pai. Todas as Casas, mas especialmente a Casa de Roma, não permitem que Descendentess de diferentes Casas tenham filhos juntos por medo de que Descendente isso crie o Tirano. —  Orion  Orion fez uma pausa e apontou para si mesmo com tristeza.  —  Quando   Quando minha mãe ficou grávida de mim, Adônis veio para me matar, e a ela, eu acho, já que ela ainda estava me carregando. Mas minha mãe matou-o ao invés. Helen inclinou-se contra o ombro de Orion e olhou para as ondas escuras quebrando na praia. Ela achava que era algo como isso, mas sentia que havia mais nessa história. As cores maçantes rastejando para fora do peito de Orion eram pesadas e fundidas com culpa e arrependimento.

 

 —  A  A pior parte veio mais tarde  —  Orion  Orion continuou com a voz tensa.  —   Você Você sabe como os membros de cada Casa tem certas características

físicas? Há sempre alguma variação, como Lucas, Jason e Ariadne, que não se parecem com os outros membros de sua casa. Mas, em geral,  Tebanos são loiros e parecidos com o pai de Lucas. —  Helen  Helen assentiu. —   Você também sabe que cada geração tem um punhado de personagens específicos que se repetem uma e outra vez? Eles são réplicas quase exatas dos principais personagens que lutaram em Troia. Assim que um desses personagens principais morre, outro nasce para tomar o seu lugar.  —  Não,   Não, eu não sabia disso.  —  Helen   Helen mordeu o lábio, processando isso. —  Eu  Eu não acho que a família Delos saiba disso, tampouco, ou eles teriam explicado para mim.  —  A  A Casa de Atenas descobriu isso há muito tempo, mas a Casa de  Tebas não deve ter descoberto. Os tebanos sempre tiveram muita variação em sua linha, e provavelmente não foram capazes de detectar o padrão ainda. Sua casa, a Casa de Atreu, é a única exceção. Você estabelece o arquétipo de Helena de mãe para filha, mas para o resto de nós, um sósia exato só pode acontecer se um personagem principal morre primeiro.  —  Como se as Moiras tivessem de reformular a peça com um bebê quando  Como um dos personagens principais morre  —  disse  disse Helen, pensativa.  —  Você  Você parece exatamente como Eneias, você sabe.  —   Sim, eu me lembro de Automedon me chamando de “General Eneias” depois de você eletrocutá-lo —  ele  ele disse, sorrindo um pouco com a memória. Seu rosto enrugou momentaneamente. —  Espera.  Espera. Como você poderia saber como Eneias era?  —   É uma longa história  —   disse Helen, acenando com a mão, desconsiderado. —  Continue  Continue você primeiro.  —  Bem,  Bem, além de Eneias, há alguém que eu pareço exatamente.  —  Seu  Seu tio Adônis. —  Helen  Helen nem sequer teve que ponderar sobre isso. Ela sabia quão cruéis as Moiras eram, e por algum motivo elas pareciam ser particularmente cruéis para Orion. Como se elas quisessem

machucá-lo. Assim que ela pensou nisso, ela fez um palpite sobre o motivo. Eneias foi um dos únicos sobreviventes masc masculinos ulinos de Troia. Ele escapou   do destino. De alguma forma, este personagem tinha ficado longe l onge de seu destino. Helen se perguntou como no mundo alguém poderia fazer isso, mas ela colocou esse pensamento em segundo plano quando Orion continuou.  —  Foi  Foi tudo bem enquanto eu ainda era um bebê, mas assim que eu fiquei um pouco mais velho, minha mãe começou a me confundir com o irmão. —  Ele  Ele parou e engoliu em seco. —  Ela  Ela começou a me ver como um inimigo. Eu não tenho sido capaz de ir a qualquer lugar perto dela desde que eu tinha oito anos. E meu pai não podia deixá-la sozinha por muito tempo. Então ele deixou eu cuidar de mim mesmo a maior parte do tempo. Helen podia ouvir a amargura em sua voz, embora ele tenha tentado usar um tom mais baixo. Um pensamento lhe ocorreu. Ela sentiu todos

 

os cabelos na parte de trás do pescoço dela se levantarem e uma raiva aqueceu sua pele. Sua voz tremeu quando ela falou. —  Foi  Foi sua mãe quem lhe deu essas cicatrizes, Orion?  —  Não  Não —  ele  ele disse bruscamente. —  O  O primo da minha mãe, Corvus. Ele não queria que eu sucedesse a minha mãe, quando se tornou claro que ela estava doente demais para liderar. Eu fui reivindicado pela Casa de Atenas, e vários dos meus primos ainda não achavam que eu deveria liderar a Casa de Roma. Corvus veio atrás de mim quando eu tinha onze anos. Ele perdeu. Helen viu um fogo escuro queimando dentro do peito de Orion. Chamas negras lamberam seu coração. Ele matou seu primo , ela pensou. Orion tinha apenas onze anos de idade quando ele tinha matado um homem. Helen balançou a cabeça e decidiu ficar com um tema que ela poderia realmente compreender neste ponto —  sua  sua mãe.  —   Sua mãe nunca tentou... você sabe... matá-lo?  —   Helen perguntou cuidadosamente. Orion apenas acenou com a cabeça, com os olhos colados às ondas. Helen virou a cabeça e olhou para a água com ele.  —  Foi  Foi a coisa mais assustadora que já me aconteceu —  ele  ele admitiu em um tom morto. Helen queria perguntar-lhe mais sobreem suas seu primo Corvus, mas ela sabia pelo olhar dormente seucicatrizes rosto que eOrion tinha desenterrado suficientes memórias memórias dolorosas por uma noite. Além disso, ela não sabia se podia suportar ouvir mais nada naquele momento.  —   Sabe o que me assusta?  —   ela perguntou depois de um longo silêncio. —  O  O oceano. Orion riu suavemente. —  Não  Não o Tártaro?  —  O   O Tártaro é ruim  —  Helen   Helen concordou com um aceno de cabeça definido. —  Mas  Mas o oceano realmente me assusta.  —   E E quanto a tudo o que você acabou de saber sobre mim?  —  ele   ele perguntou em voz baixa. —  Isso  Isso aterroriza você, também?  —  Não  Não —  ela  ela respondeu. Ela pensou em como o pai de Orion tinha deixado ele se defender por si próprio. Como esse tal de Corvus o caçou quando apenas umnunca garoto, e que praticamente a cada segundo de sua vidaele eleera sabia que ele iria conseguir nada que se assemelhasse ao amor das pessoas que deveriam cuidar dele.  —   Isso realmente   me irrita, no entanto. Eles compartilharam um silêncio confortável, cada um deles pensando seus próprios pensamentos.  —  Obrigado   Obrigado  —  disse   disse Orion após uma longa pausa. Ele começou a desamarrar suas botas.  —  O   O que você está fazendo?  —  ela   ela perguntou, intrigada, enquanto ele as chutava para fora.  —  Primeiro,  Primeiro, eu acho que é patético que você cresceu em uma ilha e você tenha medo da água  —   ele disse, levantando-se e tirando sua  jaqueta. —  Em  Em segundo lugar, eu acho que é hora de nós dois pararmos de ter medo. —  Ele  Ele estendeu a mão para ajudá-la a levantar da areia. —   Eu vou ensiná-la a nadar.

 

 —  Agora?  Agora? Espera —  ela  ela esquivou-se, puxando seu braço. —  Eu  Eu não

acho que posso fazer isso.  —  Claro  Claro que você pode. —  Ele  Ele sorriu para ela —  de  de volta para o seu  jeito doce e brincalhão novamente. novamente. —  Agora,  Agora, tire suas roupas. Helen riu, mas quando ele tirou a camisa e ela viu as cicatrizes no seu peito, sua risada morreu. Depois de um breve momento ela ajustou sua mente e ficou de pé. —  Por  Por que não? —  ela  ela disse, chutando os sapatos e puxando sua blusa sobre a cabeça. —  Eu  Eu matei um maldito Myrmidon. Quão ruim pode ser um tubarão?  —  Essa  Essa é a minha garota  —  ele  ele disse, tirando seus jeans. Helen fez o mesmo e imediatamente começou a tremer no ar frio.  —  Eu  Eu vou morrer de hipotermia lá?  —  Não  Não comigo. Essa água vai parecer como um banho quente —  ele  ele prometeu, pegando sua mão. —  Pronta?  Pronta?  —  Eu  Eu não posso acreditar que eu estou fazendo isso! —  Helen  Helen gritou com alegria, e correram em direção ao oceano escuro. Logo antes de Helen encontrar a primeira onda ela parou, quase arrancando o braço de Orion de seu encaixe. Ela dançou para cima e para baixo nas pontas dos pés.  —  Não.  Não. Eu não posso fazer isso! —  ela  ela gritou. A onda se separou e passou ao seu redor e de Orion, como Moisés e o Mar Vermelho.  —   Obrigada  —   ela disse, sorrindo para ele com alívio.  —   Eu totalmente me acovardei. —  Ela  Ela percebeu que seu rosto estava congelado e seus olhos estavam arregalados.  —  Eu  Eu não fiz isso —  ele  ele disse, observando o fluxo de água indo para trás em torno deles sem tocar sua pele. —  Você está  fazendo  fazendo isso. Helen parou mentalmente de empurrar a água para longe e, em vez disso, imaginou a água tocando-a. A barreira invisível que reteve a água entrou em colapso e uma onda veio correndo, cobrindo Helen e Orion até a cintura. Ela olhou para Orion com uma cara de desculpas.  —  Sim...   Sim... então, eu esqueci de mencionar que eu meio que absorvi alguns dos seus talentos quando nós três nos tornamos irmãos de sangue  —  ela  ela disse timidamente. —  Pelo  Pelo menos é isso que Lucas pensa.  Eu diria que ele está certo —  Orion  Eu  Orion respondeu, dando a Helen um olhar —  engraçado.  —  A —  disse   A única coisa que ele não descobriu foi  por quê   —    disse Helen, mordendo o lábio inferior. —  Alguma  Alguma teoria?  —   Sobre por que você está bastante forte?  —   ele perguntou distraidamente. —  Nenhuma   Nenhuma ideia. Mas eu tenho uma sensação que as Moiras estão envolvidas.  —  O  O quê? —  ela  ela perguntou com cautela. —  Você  Você está bravo comigo?  —  Não.  Não. É só que eu tenho um talento que eu não desejo a ninguém  —  ele  ele disse em voz baixa. Outra onda bateu em torno deles. —  Você  Você pode causar terremotos, Helen?  —  Eu  Eu não sei. Onde você os sente? —  perguntou  perguntou Helen, sabendo que ele saberia o que ela queria dizer. Ela sentia seu raio em sua barriga. Ela sentia a gravidade profundamente dentro de suas células individuais no menor nível e adivinhou que os terremotos tinham que ser sentidos em

 

algum lugar do corpo como esses outros sentidos. Orion se aproximou dela, com o rosto sério.  —  Aqui  Aqui —   ele ele disse, sacudindo as mãos até o interior de suas coxas nuas. —  É  É como montar um cavalo do tamanho de um continente —  ele  ele acrescentou, sua voz baixa. Helen colocou as mãos em seus ombros, seus  joelhos de repente fracos. fracos. O chão tremeu. Orion a pegou antes que suas pernas cedessem e puxou-a firmemente contra ele. —  Isso  Isso é um sim —  ele  ele sussurrou. Helen passou os dedos através da cicatriz em seu peito, e depois espalhou a palma da mão para tocar tanto dele quanto podia ao mesmo tempo. Ele abaixou a cabeça e beijou-a, puxando-a para baixo com ele sob a próxima onda que se aproximava. Helen não teve a chance de surtar sobre ser submersa —  ela  ela estava muito atenta em retribuir o beijo. Ela nem percebeu que ela estava respirando a água como se fosse ar quando ela deslizou as mãos em seus ombros e na parte de trás do seu pescoço. A única coisa que ela conseguia pensar era o quão incrível Orion era. Incrível. Mas não certo. Orion se afastou de repente. Helen abriu os olhos e viu claramente o olhar triste no rosto dele mesmo que a água estivesse escura. Ela sabia que fazendo umacara confusão depraticamente coisas. Sua única chance feliz  —  um  —  e comestava outro cara  um que era perfeito   e de elaser estava absolutamente prejudicando-a. Ela estendeu a mão para ele de novo, esperando desesperadamente empurrar para o passado sua fixação ridícula por Lucas. Se ela ficasse com Orion, realmente ficasse com ele esta noite, ela esperava que talvez ela fosse capaz de deixar Lucas para trás. Orion se esquivou de seu abraço, sua mandíbula rígida. Ele tomou sua mão com firmeza e andou para a superfície, arrastando-a atrás dele. Eles tinham afundado mais profundo e derivado para mais longe do que Helen pensou. Ela percebeu que ela podia ser capaz de controlar o oceano agora, mas ela ainda não sabia nadar. Não importava. Em poucos golpes poderosos Orion levou os dois de volta à costa. Ele não disse uma palavra no caminho. Assim até que aeles estavam areia, ele deixou cairsuas sua mão e voltou diretamente praia para na onde haviam deixado roupas.  —  Orion.   Orion. Eu sinto muito, ok?  —  Helen   Helen gritou, arrastando-se atrás dele. Ele nem sequer abrandou. Ela correu para acompanhá-lo, mas ele foi mais rápido. —  Você  Você pode apenas esperar ?  —  Por   Por quê?  —  ele   ele disse, girando ao redor.  —  Você   Você e eu vamos ser diferentes daqui a cinco minutos, ou daqui a cinco anos, por acaso? Eu poderia esperar toda a minha vida por você, e você ainda estaria apaixonada por Lucas.  —  Mas  Mas eu também te amo —  Helen  Helen gaguejou.  —  Eu   Eu sei que você me ama  —  ele   ele disse pesadamente.  —  Mas   Mas não como você o ama.  —  Orion   Orion sentou-se na areia. Helen estava sobre ele, torcendo as mãos aflitamente.  —   Talvez não seja o mesmo, mas isso não significa que, eventualmente... —  Helen  Helen parou.

 

Não haveria “eventualmente” e Helen sabia disso. Mesmo depois que ela tocou a água do rio Lete e não conseguia se lembrar de seu próprio nome, ela ainda se lembrava de Lucas. Ela nunca o superaria. Lucas era feito para ela. Orion a puxou para baixo ao lado dele e suspirou. —  Meus  Meus pais são como você e Lucas, sabe. Eles se amam mais do que amam qualquer um ou qualquer outra coisa no mundo... mais do que eles me amam. Toda a minha vida eu quis saber como é ser amado assim. Ser amado mais .  —   Ele olhou para Helen nos olhos, seu olhar intenso e magoado.  —  Eu   Eu sei que você me ama, Helen. Mas não mereço ser a primeira escolha de alguém para variar? Lágrimas ardiam nos olhos de Helen. O olhar no rosto de Orion era exatamente como o que ela tinha visto no rosto de Eneias quando sua mãe escolheu a outra Helen ao invés dele. Toda a sua vida, em cada vida que ele tinha vivido, Orion tinha sido a segunda opção de alguém.  —  Eu   Eu não consigo pensar em ninguém no mundo que merece ser amado, mais  amado,  amado, do que você  —  Helen  Helen disse, com a voz embargada.  —  Eu  Eu pensei que estar com você poderia me fazer esquecê-lo. Mas isso é apenas uma maneira agradável de dizer que eu estava usando você.  —   Ela inclinou a cabeça. —  Eu  Eu sinto muito. Orion o braço porvocê. cimaEu do me ombro dela enessa puxou-a para perto dele. —   Ei, colocou  Ei, fui eu quem beijou coloquei situação. E eu deveria saber melhor das coisas.  —  Mas  Mas eu quero te amar mais —  ela  ela disse lentamente, com medo de continuar. Ela se preparou e se afastou para encontrar seus olhos.  —   Você poderia me fazer te amar mais, não poderia?  —  Sim   Sim  —  ele   ele sussurrou.  —  Até   Até a próxima vez que você ver Lucas. Mas você já sabe disso. Você não apenas se apaixona por ele uma vez. Você se apaixona por ele toda vez que você olha para ele.  —  Então  Então eu vou ficar longe dele. Para sempre. Ele desviou o olhar e mordeu o lábio inferior, debatendo isso. —  Mas  Mas eu sempre vou saber —  ele  ele sussurrou. —  Eu  Eu sempre vou saber que eu te forcei a me amar, e que não é real. Eu acho que eu prefiro não ser amado do que saber disso. com a cabeça, olhando para as mãos sem vê-las. Ela Helen assentiu colocou os braços em volta do peito e deixou as lágrimas virem... por Orion, por si mesma, e por Lucas, mas principalmente porque ela estava tão cansada de tudo isso. Ela tinha poder sobre as forças mais magníficas na Terra, mas ela ainda não sentia como se ela tivesse poder sobre a coisa mais importante de tudo, seu próprio coração. Orion deitou na areia e puxou-a para baixo em cima dele. Ele baniu a água de sua pele e cabelos para que eles ficassem imediatamente secos, secos, e olhou para as estrelas enquanto Helen chorava algumas lágrimas frustradas. Quando ela se acalmou, ele empilhou suas roupas descartadas sobre eles, ainda segurando-a em cima dele para mantê-la fora da areia fria. Ela estava cansada demais para pensar direito.  —   Então somos amigos?  —   ele perguntou depois de um longo silêncio.

 

 —   Não parece o suficiente, não é?  —   ela disse enquanto o sono rapidamente vinha e começava a paralisá-la.  —   Somos mais do que

amigos. Nós somos irmãos. Irmãos de sangue. Seu peito estremeceu com uma risadinha sob sua bochecha, e ela sentiu ele sussurrar “irmãos” para si mesmo quando ele adormeceu. A última coisa que Helen pensou antes dela adormecer depois dele foi que ela tinha dormido em uma praia como esta antes com outro rapaz. Mas desta vez não havia nenhum buraco em forma de Helen para ela caber dentro.

***  —  Tio?  Tio? —  Helen  Helen gritou.  —  Eu  Eu estou aqui, sobrinha  —  Hades  Hades respondeu gentilmente. Helen

virou-se e encontrou-o caminhando até a praia infinita no Mundo Inferior  —  a  a que não levava a um oceano. Ela sorriu timidamente para ele quando ele se juntou a ela.  —   Obrigada por ter vindo. Eu tenho um monte de perguntas.  —  Sua   Sua voz estava tremendo com a incerteza. —  Quando  Quando eu estou sentada em frente mim mesma, e as outras estão me chamando decerto? n omes como nomes “de ”, eu estou Guinevere tendopessoas uma memória, não um sonho,  —  Correto.  Correto.  —  Como?   O elmo escuro de Hades brilhou.  —  Os   Os mortos têm escolhas. Eles não têm que ficar no Mundo Inferior para sempre se não quiserem. Mas, a fim de sair, eles devem lavar as memórias no rio Lete, antes que eles possam renascer.  —  E   E quando eu toquei algumas gotas daquela água do rio?  —  ela   ela perguntou, seguindo um palpite.  —  Experiências  Experiências de vida nunca são aniquiladas. O rio se lembra. Sua alma chamou essas memórias na água, e elas se juntaram a você nesta vida. É raro, mas acontece às vezes  —  ele   ele disse, e, em seguida, virou a cabeça encoberta para longe. —  Por  Por que você não se veste?  —  Oh.  Oh. Certo —  ela  ela disse. Envergonhada, ela cruzou os braços sobre o sutiã de renda. —  Eu  Eu não sei como.  —  Sim,  Sim, você sabe. Pense, Helen.  —   Eu quero estar vestindo roupas quentes e limpas  —   ela disse distintamente. Helen imaginou uma roupa robusta e completa com as galochas forradas que ela normalmente usava no Mundo Inferior, e ela apareceu instantaneamente em seu corpo. Helen levantou os olhos para o lugar por trás das sombras, onde ela adivinhou que os olhos de Hades seriam.  —  Ok,   Ok, primeira pergunta. Como posso fazer isso? Como posso controlar o Mundo Inferior?  —  Porque   Porque você tem um talento em comum comigo, com Morfeu e Zeus, para citar alguns —  ele  ele disse com firmeza. —  Cada  Cada um de nós pode criar um   mundo. mundo. Eu criei Hades. Morfeu criou a terra das sombras. As Fúrias criaram as terras áridas. Zeus criou o Olimpo, e Tártaro criou o  Tártaro eras antes de qualquer um de nós existir. E Tártaro deixou os

 

limites das suas terras abertas para todos aqueles que compartilham este poder, embora nenhum de nós a tenha visto.  —   Mas o que isso tem a ver comigo?  —   Helen deixou escapar, sentindo como se isso fosse além da sua capacidade de entendimento. entendimento. —   Eu nunca fiz nada. Eu nunca nem estive no quadro de honra.  —  Você  Você não fez nada ainda . Mas você vai se você escolher —  ele  ele disse com uma pequena risada que era assustadoramente familiar.  —   Houveram outros Descendentes com este talento antes. Você os chama de Aqueles que Descem, mas esse não é o nome correto, na verdade, uma vez que só descreve o subsídio que eu fiz para os Descendentes de seu tipo serem capazes de vir a mim para obter ajuda. O tipo de ajuda que posso oferecer, de qualquer forma  —   ele disse, sua voz carregada de arrependimento. —  Até  Até agora, eu falhei com todos vocês.  —  Meu  Meu tipo? —  As  As palmas de Helen começaram a suar.  —  Que  Que tipo eu sou?  —   Você é uma Construtora de Mundos, Helen. Você tem o poder para esculpir uma terra para quem você quiser que entre nela. Um mundo seu que permanece inteiramente por suas regras. Com juventude eterna. Atendimento de pedidos. Ou testes eternos e sofrimento... o que você achar que servir melhor. Um silêncio envolveu em torno deles quando Helen absorveu isso.

 —   Mas... isso é... simplesmente... terrível!  —   ela gaguejou, o ar saindo de seus pulmões por um momento.  —   Você viu   minhas modelagens de cerâmica? Eu não posso “esculpir” um mundo novo... isso

seria um desastre! Você não pode encontrar alguém que possa, pelo menos, desenhar ou algo assim?  —  Eu  Eu sinto muito, Helen, mas as Moiras não distribuem esse talento em particular muitas vezes.  —   Hades sorriu antes de ele ficar sério novamente.  —   Na verdade, houve apenas dois Descendentes antes de você que aprenderam a usar o talento bem o suficiente para criar suas próprias terras, e mesmo assim esses mundos duraram apenas um curto período de tempo.  —  Quem  Quem eram eles?  —   Morgan Morgan e Atlanta. Um criou o outro Atlântida. os mundos dissolveram nas névoas ouAvalon sob as eondas quando seus Ambos criadores foram derrotados, mas Descendentes lembram daquelas terras até hoje. Especialmente Atlântida. Eles ainda morrem por ela.  —  Espera.  Espera. Você está dizendo que Atlântida não  existe?  existe?  —  Não  Não mais. Cada Construtor de Mundo deve ser capaz de defender suas terras contra qualquer adversário. Morgan e Atlanta ambos perderam. Helen ajeitou-se na areia úmida, com a cabeça entre as mãos. Ela tinha em seus ombros uma grande responsabilidade porque ela não tinha outra escolha, mas isso estava além dela.  —  Não  Não —  ela  ela disse, balançando a cabeça. —  Eu  Eu não posso fazer isso. Eu fiz um monte de coisas, mas isso é demais.  —  E  E o que é isso? i sso? —  perguntou  perguntou Hades. —  O  O que você não pode fazer? Helen levantou a cabeça e olhou para Hades com olhos brancos e desesperados. —   Eu Eu não posso voltar para o resto dos Descendentes e

 

dizer-lhes que todo este assassinato que eles estão cometendo para que eles possam chegar a Atlântida têm sido para nada! —  A  A voz dela assumiu uma borda histérica. —  E  E quanto a toda essa baboseira do Oráculo sobre a existência de apenas uma Casa faltando, e que “Uma Casa” é a chave para a Atlântida? Eles foram matando uns aos outros por décadas, e você quer que eu volte para eles e diga que era tudo uma mentira, que não há Atlântida? Eu não posso fazer isso!  —   Não Não é uma mentira. Apenas uma má interpretação da profecia —   Hades disse calmamente. Ela olhou para ele, paralisada com o choque.  —   Isso não é bom o suficiente  —   ela respondeu com uma voz surpreendentemente surpreendentem ente nivelada. —  Você  Você precisa me dizer mais. Ele se sentou ao lado dela na areia, perto o suficiente para que as sombras se separassem um pouco para que ela pudesse ver o verde brilhante de seus olhos e uma marca de beleza familiar que pairava como uma lágrima alta e escura na inclinação de uma de suas maçãs do rosto perfeita.  —  A  A profecia foi cumprida. As casas são  uma,  uma, Helen. —  Hades  Hades tomou suas mãos entre as suas, embalando-as em calor.  —  Você   Você vai levantar Atlântida, ou Avalon, ou Helena —  o  o que quer que você queira chamar —   e uma vez que seu mundo estiver feito você pode decidir quem pode entrar, quem deve ficar ou ir, e o que cada habitante vivenciará em sua terra. Realmente tudo depende de você.  —   Isso é demais para uma pessoa  —   disse Helen, balançando a cabeça como se ela pudesse manter sua responsabilidade acuada ao rejeitar com veemência suficiente. —  É  É muito poder. Hades empurrou para trás o capuz cobrindo a cabeça, retirou o Elmo da Escuridão, e baniu as sombras que se agarravam a ele. Olhando para Helen estava um cara que ela conhecia e amava muito.  —   Haverá muitos Descendentes que concordarão com essa afirmação. Muitos seres, tanto mortais e imortais não vão parar até impedi-la de reivindicar o seu verdadeiro poder.  —   Os olhos verdes e brilhantes de Hades foram controlados pela tristeza. —  Se  Se você construir um mundo, muitas forças vão tentar destruí-lo. Você e seus Descendentes terão os quedeuses lutar para defendê-lo, e muitos de vocês podem morrer,aliados assim como querem.  —  Então  Então eu não vou construir um mundo. Hades pegou a mão dela. —  As  As Moiras irão certificar-se que você não tenha escolha.  —  Não  Não —  disse  disse Helen, sacudindo a cabeça teimosamente. —  Eu  Eu me recuso a acreditar que três anciãs gerenciam a minha vida. Eu não vou construir um mundo se o custo é que os meus amigos e família devam ir à guerra. Se eu nunca construir o meu próprio mundo, os deuses não vão nos desafiar e ninguém terá que lutar.  —  Você  Você é corajosa e compassiva, como uma Construtora de Mundos deveria ser, e estou muito orgulhoso de você. Mas a guerra está chegando as suas terras, sobrinha  —  Hades  Hades disse com tristeza. —  Você,  Você, como sua xará antes de você, deve decidir como enfrentá-la.

 

 

CAPÍTULO 7 Traduzido por I&E BookStore

O

chilrear estridente de um celular separou as pálpebras relutantes de Helen. Ainda estava escuro lá fora, e a madrugada estava longe de acabar. Debaixo dela, Orion sacudiu-se acordando e estendeu a mão para seu jeans que estava jogado nas costas de Helen como um xale. Com seus dedos trêmulos de frio e sonolência, ele finalmente conseguiu pegar seu celular do bolso e atender antes que parasse de tocar.  —  Lô?  Lô? —  ele  ele resmungou, sua voz ainda meio adormecida. —  Ei,  Ei, cara. Sim, ela está segura. Ela está aqui comigo. Helen centrou a sua audição para que ela pudesse ouvir.  —  Oh.  Oh. Ótimo —  Lucas  Lucas disse sobre o telefone em um tom pesado. —   Vocês dois podem voltar para a minha casa? Cassandra está prestes a fazer uma profecia. Ela está chamando por você especificamente, Orion. Eu não queria interromper nada. Os olhos de Helen encontraram os de Orion quando eles se alargaram em entendimento.  —  Nós   Nós estamos a caminho agora. Lucas, espere...  —   disse Orion, mas já era tarde demais. Lucas tinha desligado. Orion deu a Helen um olhar tímido. —  Sinto  Sinto muito por isso.  —   Por Por quê? Talvez seja melhor se ele achar que dormimos juntos.  Talvez ele... ele... —  ela  ela parou quando viu o olhar de dúvida no rosto de Orion.  —   Ele não vai superar você, Helen. Não importa com quantos homens você passe a noite. Helen assentiu com a cabeça, aceitando isso. Orion olhou para Helen e mudou de assunto.  —  Onde  Onde você conseguiu as roupas? —  ele  ele perguntou.  —  Eu  Eu meio que as criei no Mundo Inferior.  —   Quanto tempo você ficou lá em baixo?  —   ele perguntou, começando a ficar preocupado. —  O  O que aconteceu? Helen debateu sobre dizer a Orion tudo o que Hades disse a ela. Mas depois da noite que eles tinham acabado de ter, como ela deveria dizer a Orion que sua mãe tinha lutado em uma guerra que a levou à loucura por causa de uma profecia mal-entendida sobre um lugar que nem sequer existia mais? Ela não sabia se algum dia seria capaz de lhe dizer isso. Em vez disso, ela apenas deu de ombros.  —  Deixe-me  Deixe-me adivinhar —  ele  ele disse, virando-se para que ele pudesse agitar a areia para fora da calça jeans. —  É  É mais uma longa história. Você vai ter que começar a me contar algumas dessas histórias longas de vocês em algum momento, você sabe.  —  Eu  Eu sei  —  disse  disse Helen quando ela se levantou e limpou-se.  —  Eu  Eu só preciso de algum tempo para entender tudo isso em primeiro lugar.

 

Helen sabia que Orion podia ver a confusão que rodava em torno dentro dela, mas ele não a pressionou para confiar nele. Em vez disso, ele se vestiu e, em seguida, virou-se para ela com seus braços estendidos.  —   Posso pegar uma carona?  —   ele perguntou com um sorriso insolente. Helen colocou os braços ao redor dele e levou-os para o ar, rindo quando ela fez isso. Incentivado por seu riso, Orion continuou brincando.  —   Piloto? Há bebidas neste voo? Acho que tenho uma identidade falsa aqui em algum lugar.  —   Uma Uma identidade falsa? Por que eu iria servi-lo se você acabou de admitir que você é menor de idade?  —  Então  Então há  bebidas  bebidas  —  ele  ele persistiu em um tom de zombaria-sério.  —  Eu  Eu não estou surpreso. Olhe para todos os bolsos que você conjurou para si mesma.  —   Ele começou a revistar Helen, humoristicamente enfiando as mãos em suas calças de carga e escavando em torno de sua  jaqueta como se a segurança da nação nação dependess dependessee disso. —  De  De todas as vestimentas do mundo que você poderia ter imaginado para si mesma você escolhe algo que eu poderia revistar. Nunca soube que você tinha um fetiche por roupas L. L. Bean.  —  Eu  Eu estava com frio! —  ela  ela disse, quase gritando com o riso.  —  Frio,  Frio, e aparentemente predisposta a escolher flanela ao invés de pele.

 —  O  O que posso dizer? Eu sou da Nova Inglaterra. Nós gostamos de

flanela. Neste ponto, eles estavam pairando sobre o quintal dos Delos, e Helen teve que forçar-se a parar de rir para que ela pudesse se concentrar concentrar no desembarque. Novamente séria, ela balançou seus pés sob eles.  —  Oooh.  Oooh. Botas de borracha. Muito sexy —  disse  disse Orion. Helen perdeu a seriedade novamente no último segundo, e eles caíram no chão em um amontoado pateta.  —  Vocês  Vocês estão bem? —  Matt  Matt gritou com uma voz preocupada.  —  Não,  Não, estamos bem. Nós estamos ótimos  —  Helen   Helen gritou de volta para Matt, que estava de pé atrás da porta de seu carro novo, o motor e os faróis ainda ligados, como se ele tivesse saltado do banco do motorista a umHelen segundo atrás. tentou desembaraçar-se de Orion e parecer apresentável, mas ele continuou agarrando-a pelos joelhos e tornozelos, para que ela não pudesse levantar.  —  Então  Então foi isso  que  que aconteceu com as bebidas do voo —  disse  disse Orion reflexivamente quando ele inclinou sobre Helen pela terceira vez.  —   A piloto bebeu todas elas. Que beberrona você é, Hamilton. Helen tentou alegar sua inocência, mas já que ela não conseguia recuperar o fôlego ela não disse nenhuma frase coerente em sua própria defesa.  —  Vocês   Vocês dois já terminaram?  —  perguntou   perguntou Matt.  —  Quantos   Quantos anos vocês têm, nove? Helen e Orion pararam de brincar e se ajeitaram. —  Ariadne  Ariadne chamou você? —  Helen  Helen perguntou a Matt.  —  Hector  Hector que chamou —  ele  ele respondeu, ajudando Helen a levantar.  —  Onde  Onde está Claire? —  ela  ela perguntou.

 

 —  Trancada  Trancada em seu quarto. Sua avó não iria deixá-la sair de casa a esta hora  —   ele respondeu com uma risada.  —   Alguma ideia do que

Cassandra previu?  —  Ela   Ela chamou Orion. Isso é tudo que sabemos  —  disse   disse Helen. Os três fizeram o seu caminho para a garagem e a porta lateral que dava para a cozinha.  —  Hum  Hum —  Matt  Matt disse, olhando para Orion com uma testa enrugada.  —  Hector  Hector mencionou algo sobre o Tirano. Helen sentiu Orion endurecer e olhou para seu peito, tentando ler seus sentimentos. Ele estava rolando-os rápido demais para Helen discernir qualquer sentimento do que viu, mas ela podia dizer pelo jeito que ele apertou os lábios que ele estava preparando-se para algum tipo de luta. Helen decidiu então que se alguém tentasse dizer algo negativo sobre Orion, ela iria embora. Toda a sua vida ele tinha sido tratado como um mau presságio, e ele nunca tinha feito nada para merecê-lo. As palavras nascido da amargura  brotaram  brotaram na mente de Helen quando ela recordou alguns dos critérios para o Tirano. Depois do que ela tinha visto em Terra Nova, Helen sabia bem que a descrição se encaixava, mas ainda não tornava Orion um Tirano. O único erro de Orion foi nascer dos pais errados com o talento errado. Mas, aparentemente, isso era o suficiente para fazer com que todos fugissem dele. E por que? Por outra profecia enganosa, como aquela sobre Atlântida? Não havia nenhuma maneira de Orion ser esse monstro Tirano, e Helen tinha intenção de dizer isso. Antes mesmo de entrar, Helen podia ouvir o assombro, as múltiplas vozes em coro das Moiras falando através de Cassandra. Enquanto caminhava pela porta da cozinha uma gritaria horrível começou. Três vozes estavam entrelaçadas entrelaçadas em uma, e Matt, Helen e Orion correram em direção a fonte delas  —   a biblioteca onde Castor e Pallas tinham seu escritório conjunto. Em meio segundo, os três estavam na porta.  —  Nêmesis  Nêmesis enviou seu receptáculo para nos cegar! A escuridão vem!  —  lamentou  lamentou o coro das Moiras, as suas vozes cheias de medo. —  Ele  Ele deve ser morto, tudo será destruído! Orion,ou Matt e Helen irromperam pela porta para encontrar a família Delos reunida e olhando para cima. Cassandra estava pendurada no ar, brilhando um roxo, verde e azul com a aura de três-partes das Três Moiras. Ela estava se debatendo e uivando de dor enquanto as Moiras abriam caminho através dela e a obrigavam a ser sua mensageira. Cassandra, com seu rosto enrugado com a idade extrema, levantou a mão em garra e apontada diretamente para Orion.  —  Matem-no!  Matem-no! —  uma  uma das Moiras gritou pela boca de Cassandra.  —   Ele vai estragar tudo!  —   outra voz disse enquanto o rosto de Cassandra borbulhava e se rearranjava em outra mulher velha.  —  Por  Por que ele ainda vive? Ele deveria ter sido morto como um bebê!  —  disse  disse a terceira Moira raivosamente. Por um momento, Cassandra tomou o controle de seu corpo para longe de suas algozes. —  Não!  Não! —  disse  disse ela com força. —  Vão  Vão embora!

 

 —  Você  Você é NOSSA!  —  todas  todas as três Moiras gritaram.  —  Você  Você não vai

nos desobedecer! Cassandra começou a arranhar-se com as unhas, deixando vergões sangrentos e longos em sua pele. Seu rosto era uma máscara de medo, mas seus dedos continuavam cavando. As Moiras controlavam suas mãos, mas o resto dela estava ciente da punição que suas mãos possuídas estavam infligindo sobre ela. Helen deu um passo involuntário para trás em repulsa e percebeu que todo mundo na sala tinha feito o mesmo. Com exceção de Orion.  —   Chega!  —   ele ordenou, caminhando para a frente até que ele estava sob Cassandra. —  Deixem  Deixem ela em paz. As Moiras gritaram, e em uma rajada de vento estranha e um alargamento de roxo, verde e azul, elas abandonaram Cassandra, deixando-a cair do ar. Orion a pegou antes que ela pudesse bater no chão e segurou-a nos braços. Ela escondeu o rosto em seu peito e começou a soluçar.  —  Está  Está tudo bem agora. Shhh  —  ele   ele disse suavemente. Ele levou-a para o sofá e sentou-se, segurando-a no colo. Ele olhou em volta para todos na sala acusadoramente acusadoramente.. —  Vocês  Vocês todos ficaram aí e deixaram que aquelas bruxas fizessem isso com ela? —  ele  ele perguntou, com os olhos em direção a Castor.  —  Não  Não é nada disso —  disse  disse Jason, balançando a cabeça. —  Nós  Nós já tentamos de tudo.  —  Toda  Toda vez que tentei pará-las, elas apenas a machucavam mais —   disse Lucas. Orion olhou para Lucas, e seu olhar zangado se suavizou. Ele balançou a cabeça em tom de desculpa, aceitando que ele pode ter sido muito rápido para julgar.  —  Então,   Então, por que elas saem quando Orion manda?  —   perguntou Pallas. Seus olhos se estreitaram com desconfiança para Orion.  —  Por   Por que as Moiras têm tanto medo de você?  —   Talvez porque eu não tenho medo delas  —   rebateu Orion defensivamente. retesou-se para luta para e sentiu Lucas e Hector em alertaHelen com ela, todos os trêsuma prontos argumentar a favorficarem de Orion.  —   As As Moiras temem Orion porque eles não podem ver através dele. Algo sobre a irmã delas, uma mulher bonita com um véu sobre seus olhos. Ela encobre seus olhos quando ele se aproxima —  Cassandra  Cassandra disse cansada, encerrando a luta antes que ela pudesse começar. Ela respirou soluçando e ajeitou-se nos braços de Orion e olhou para ele.  —  Você   Você é como uma parede em branco para elas. Ou um beco sem saída.  —  Ela   Ela passou a mão em seu rosto. —  Eu  Eu não sei exatamente o que elas pensam.  Tudo que eu vejo são vislumbres aqui e ali. Mas eu sei que sempre que você é parte da equação, elas não podem ver a resposta.  —   É por isso que você não podia ver o meu futuro?  —   Helen perguntou a Cassandra.  —   Quando eu comecei a encontrar Orion no Mundo Inferior e passar um monte de tempo com ele, você disse que não podia mais ver o meu futuro.

 

Cassandra inclinou a cabeça para o lado, considerando isso.  —  Eu  Eu suponho que poderia ser isso. As Moiras não vão me dizer nada sobre Orion. Elas odeiam quando eu sequer penso nele.  —  Ótimo  Ótimo —  disse  disse Orion. —  Eu  Eu nunca gostei das Moiras. —  Ele  Ele sorriu para o rosto de Cassandra, como se ele tivesse acabado de perceber algo.  —  Então,  Então, é por isso que você está sempre me seguindo ao redor da casa? Ela sorriu e acenou com a cabeça timidament timidamente. e. —  Eu  Eu posso relaxar quando você está por perto porque eu sei que elas não virão. Helen olhou para Castor, Lucas e Hector, que estavam todos compartilhando olhares conturbados. Seus corações estavam cheios de nevoeiros confusos, como se eles não tivessem ideia de como eles deveriam se sentir sobre o que acabaram de ouvir. Helen desejou que tivesse estado lá mais cedo. Ela queria ouvir esta nova e revisada profecia do Tirano, de preferência antes de Orion.  —  E  E você não tem medo de mim?  —  Cassandra  Cassandra perguntou a Orion com cautela. Ele sorriu.  —  Já  Já esteve na Tailândia? —  ele  ele perguntou. Ela balançou a cabeça lentamente, confusa com a sua pergunta inesperada.  —  Vamos   Vamos apenas dizer que eu comi refeições que são mais assustadoras do que você. Maiores do que você, também. —  Cassandra  Cassandra riu, mas a exaustão a atingiu e ela começou a bocejar. —  Sim,  Sim, eu tenho esse efeito em muitas pessoas  —   ele disse, fazendo-a rir novamente através de seu bocejo. Orion levantou-se com Cassandra em seus braços.  —  Ok.   Ok. Eu acho que é sua hora de dormir, Kitty.  —  Você  Você vai ficar comigo até eu dormir? —  ela  ela perguntou, agarrandoo pelo braço.  —  Claro.  Claro. Em seu caminho para fora da porta, Orion deu a Helen um olhar significativo. Ela assentiu com a cabeça em resposta para deixá-lo saber que ela o informaria de qualquer coisa que ele perdesse enquanto ele cuidava de Cassandra. Assim que ele estava fora da sala, várias pessoas começaram a falar ao mesmo tempo.  —  Eu   Eu não posso acreditar que as Moiras foram embora desse jeito  —  Ariadne  Ariadne arfouque para seu irmão gêmeo.  —  Parecia  Parecia elas iam matá-la desta vez —  disse  disse Jason de volta.  —   É pior do que pensávamos  —   disse Pallas urgentemente para Castor, silenciando todas as outras conversas paralelas. —  Se  Se Orion fica,

somos cegos. Pelo menos com o Oráculo temos uma vantagem sobre os deuses. Uma pequena, mas melhor do que nada.  —  Eu  Eu sei —  respondeu  respondeu Castor, seu rosto apertado com tensão.  —   Ele é um bom homem. Qualquer um pode ver isso  —   Pallas persistiu.  —  Mas   Mas bom ou não, ele é muito perigoso. Ele não pode ficar com a gente.  —  Não.  Não. Vocês não podem enviar Orion para longe —  disse  disse Lucas, em voz baixa, seus olhos espetando seu pai. Todos os olhos voaram para Lucas, surpresos que ele de todas as pessoas iria defender Orion. O rosto de Lucas estava impassível.  —  Ele  Ele salvou minha vida e a de Helen. Nós somos irmãos de sangue agora.

 

 —  Eu  Eu concordo —  disse  disse Hector uniformemente. —  Orion  Orion tem lutado ao nosso lado. Ele é uma parte da nossa família  —   ele continuou,

apontando para Lucas e Helen.  —  Só   Só porque alguém lutou ao lado de você não faz dele uma parte desta família —  disse  disse Pallas ao seu filho em uma voz elevada e frustrada.  —   Você recorre muito a sua honra para fazer suas escolhas por você, Hector! Hector desviou do olhar intenso de seu pai, recuando. Ele era muito respeitoso para ir contra seu pai, mesmo se Pallas estivesse errado. Isso irritou Helen.  —   Isso não é sobre honra ou sobre Orion  —   Helen disse amargamente. Ela deu um passo para Pallas e sentiu Lucas, Hector e  Jason ficarem em posição atrás dela. —  Trata-se  Trata-se de Cassandra. Você está com muito medo de encarar o futuro sem alguém para dizer-lhe o que fazer. Você prefere deixá-la sofrer do que ter a dúvida do que está por vir.  Toda essa conversa sobre Orion ser perigoso é uma desculpa para que você possa manter o seu Oráculo e não se sentir muito culpado sobre o que isso faz com a sua própria sobrinha. Pallas deu um passo em direção a Helen, seus lábios se curvando em um rosnado. Destemida, Helen deu um passo para Pallas e inclinou o queixo para ele, provocando-o a avançar. Para Helen, essa luta já estava para acontecer a um bom tempo. Desde o primeiro momento que Pallas tinha posto os olhos em Helen, tudo que ele via era Daphne. Depois de tantos anos culpando Daphne pelo assassinato de seu irmão, ele não poderia deixar para lá. Pallas sempre olhou para Helen como se a qualquer momento ela fosse trair a família Delos, e ela já tinha tido o suficiente disso.  —  E  E você acha o mesmo de mim, Helen? Que eu deixaria minha filha passar por essa tortura para que eu pudesse... o que? Me sentir melhor sobre o amanhã? —  Castor  Castor disse baixinho quando ele andou entre Helen e Pallas. Helen sentiu Lucas colocar a mão na parte inferior das suas costas, e ela abrandou.  —  Não  Não —  ela  ela admitiu, deixando cair seu olhar.  —  Eu  Eu não acho isso de você,  —   ACastor. saúde de Cassandra sempre foi uma das minhas maiores preocupações. Mas o problema real para a nossa espécie é o Tirano. Ele sempre foi  —  Castor   Castor continuou, dirigindo-se ao grupo.  —  Eu   Eu sei como vocês se sentem sobre Orion, e eu acho que esses sentimentos os impediram de ver a verdade.  —  Isso  Isso de novo não! —  Helen  Helen bufou. —  Orion  Orion não é o maldito Tirano, ok?  —  Espere,  Espere, Helen —  disse  disse Matt levantando a mão. —  Nós  Nós não temos todos os fatos ainda. —  Ele  Ele se virou para Castor. —  O  O que o Oráculo disse sobre o Tirano antes de chegarmos aqui? Alguém anotou palavra por palavra?  —  Eu  Eu anotei —  disse  disse Ariadne por trás da mesa de seu pai. Em toda a comoção, Helen ainda não tinha notado ela lá, l á, rabiscando. —  Eu  Eu gravei a maior parte no meu celular, também. Mas eu não quero ouvir isso de novo. Você quer?

 

Matt balançou a cabeça. Ele estendeu a mão para as páginas de Ariadne, e ela as entregou. Helen leu junto por cima do ombro de Matt enquanto Ariadne explicava.  —  Ela  Ela repetiu esta primeira frase cerca de cem vezes, é por isso que eu adicionei os pontos depois. Eu acho que Cassandra estava tentando combatê-las durante o tempo que pudesse.  —  Ariadne   Ariadne baixou os olhos por um momento, se recompôs, e então apontou para as notas com firmeza.  —  Eu   Eu fiz um recuo cada vez que uma nova voz assumia. E no final eu destaquei em azul as palavras que todas elas falaram juntas.

O Tirano ergue-se... O Grande Ciclo, adiado por três mil e trezentos anos, está quase completo. O sangue das Quatro Casas foi misturado e todos do Olimpo estão contidos em um. A hora chegou. As crianças devem derrubar os pais, ou serem devoradas por eles. O Herói O Amante O Escudo O Tirano —  tomaram o palco. O Guerreiro espera nos bastidores, o último a se juntar à batalha. O Tirano se levantará com poder ilimitado. Em uma escolha o destino de todos será decidido. Nêmesis enviou seu receptáculo para nos cegar! Escuridão! A escuridão vem! Ele deve ser morto ou tudo será destruído! Helen e Matt pararam de ler neste momento e olharam um para o outro, com as sobrancelhas franzidas. Essa última frase ambos já tinham ouvido quando eles vieram para a biblioteca com Orion. “Receptáculo de Nêmesis” e “A escuridão vem” soou ameaçador para Helen. Se as Moiras estivessem falando sobre Orion, suas descrições dele certamente não ajudavam muito a situação dele.  —   Esta Nêmesis é uma deusa malvada ou algo assim?  —   Helen perguntou a Matt baixinho, confiando que ele tinha estudado mais do que ela, como de costume.  —  Não,   Não, ela não é má. E ela é mais velha do que os deuses  —  Matt  Matt respondeu. —  Ela  Ela é uma filha de Nyx, como as Moiras.  —  Então,  Então, Nêmesis é provavelmente a irmã com o véu que Cassandra estava falando? —  Helen  Helen perguntou esperançosam esperançosamente, ente, olhando ao redor.  —  É  É possível —  respondeu  respondeu Castor.  —  E   E esta foi a única vez que todas as três Moiras falaram juntas? Esta última frase? —  Matt  Matt perguntou a Ariadne urgentemente.  —  Sim.  Sim. Elas ficaram muito agitadas —  ela  ela respondeu.  —  Isso  Isso foi quando nós caminhamos para a cozinha  —  disse  disse Helen, pegando o papel de Matt.  —  Toda  Toda essa parte sobre Nêmesis e escuridão poderia ser apenas porque elas não podiam ver mais, porque Orion entrou.

 

 —   Orion poderia ter estado bloqueando sua profecia  —   Matt

continuou, otimista.  —   Então, é claro, as Moiras iriam querer vê-lo morto. Elas estão tentando matá-lo desde  antes   de ele nascer. Mesmo antes disso, na verdade. —  Helen  Helen parou e reiniciou, tentando explicar. —  As  As Moiras têm Orion como alvo desde Troia porque ele conseguiu sair vivo quando ele era Eneias. Ele escapou do seu destino. A única maneira de Eneias poder ter feito isso é se Nêmesis estivesse protegendo ele, também. Helen viu rostos confusos e preocupados onde quer que olhasse. Ela esfregou os olhos, sabendo que ela estava tornando isso uma bagunça e que ela provavelmente estava prejudicando as chances de Orion mais do que ajudando-o. Ela olhou para Lucas suplicantemente.  —  Eu  Eu estou mentindo? —  ela  ela perguntou a ele, clamando pelas suas habilidades de Detector de Mentiras.  —   Não  —   respondeu Lucas imediatamente.  —   Ela não está mentindo.  —   Oh, é claro  —   Pallas disse quando ele ergueu as mãos em exasperação. —  Bem,  Bem, é óbvio qual o papel que as Moiras deram a você, Lucas. Você é o amante. Você faria qualquer coisa por Helen.  —  Sim,   Sim, eu faria  —  Lucas   Lucas admitiu com honestidade brutal.  —  Mas   Mas ela ainda está dizendo a verdade.  —  O  O que ela sabe disso —  Castor  Castor disse em uma voz isolada. i solada. —  Sinto  Sinto muito, meu filho, mas só porque Helen acha que algo é verdadeiro não significa que seja a verdade.  —  O  O tom de Castor não foi conflituoso. Ele estava apenas tornando-os conscientes de uma brecha que ele obviamente passou um longo tempo considerando. Um fantasma de um pensamento passou através da mente de Helen  —  uma  uma pequena dúvida sobre algo que era importante, mas apenas fora do alcance.  —  Não  Não é só isso. Orion não pode ser o Tirano porque ele é o Escudo  —  disse  disse Lucas, desviando a objeção de seu pai. —  Quando  Quando Cassandra fez a profecia sobre Helen ser Aquela que Desce, ela disse que Helen iria descer ao Mundo Inferior com seu Escudo.  —  Com  —  disse  Com certeza  disse equitativamente, se ele já para tivesse  —   Mas pensado nisso. vocêMatt também encontrou como um caminho o Mundo Inferior, Lucas. E você foi lá para proteger Helen, para ser escudo dela.  —  Ok,   Ok, mas eu não a ajudei a libertar as Fúrias  —  Lucas   Lucas rebateu, recordando as palavras da profecia.  —  Sim,   Sim, você ajudou  —  disse  disse Helen timidamente, odiando ir contra Lucas sobre isso. —  Eu  Eu estava banida do Mundo Inferior até que você me deu o óbolo. E então você me ajudou a descobrir qual o rio que precisávamos.  —   Sim, mas Orion era o único que estava realmente lá com você quando você as libertou.  —  Luke  Luke —  Hector  Hector interrompeu suavemente. —  Você  Você tem que admitir

que ointerpretação argumento de levanta a possibilidade de que haja mais de uma daMatt profecia.

 

 —  Há   Há sempre mais de uma interpretação  —  Orion   Orion disse da porta.

 Todo mundo se virou para olhar para ele quando ele voltou para a biblioteca. —  Encarem  Encarem isso. As Moiras falam em enigmas porque elas não sabem o que diabos elas estão falando. Se soubessem, elas diriam algo simples como “Orion é o Tirano e ele quer comer o seu cérebro no café da manhã” ou algo assim. Os ombros de Hector começaram a saltar para cima e para baixo com uma risada silenciosa. Lucas virou a cabeça e tentou dar uma risada abafada também, mas ele cometeu o erro de encontrar os olhos de Jason.  —  Tirano  Tirano Zumbi  —  Jason  Jason sussurrou para Lucas, seu rosto ficando vermelho com uma risada reprimida.  —   Oba, morte  —   Lucas sussurrou de volta, rachando de rir. Aparentemente, isso era algum tipo de piada interna entre os meninos Delos porque todos os três explodiram em gargalhadas.  —  Chega  Chega de bobagem —  disse  disse Pallas, caminhando com raiva para a porta. Ele parou e se virou.  —  Que   Que parte de “reduzir todas as cidades mortais a escombros”  vocês não entenderam? Todos nós já fomos advertidos do que está em jogo aqui, e não apenas para os Descendentes. Eu não quero ser a pessoa que estava junto e deixou um tirano pior do que Stalin ou Hitler fugir porque ele parecia um cara tão legal quando eu o conheci.  —  Ele   Ele olhou diretamente para Orion, e depois para todos os outros. Ninguém estava mais rindo. —  E  E vocês?

***  —  Ariadne   Ariadne  —  Matt  Matt chamou calmamente pelo corredor no andar de

cima. Ariadne parou na porta de seu quarto e olhou para ele, levantando um dedo para sinalizar para ele esperar onde estava. Ela escutou procurando seu pai, irmãos e primo, mas não foi necessário. Matt podia ouvir todos os homens Delos, ele podia até mesmo sentir seus pulsos pulsando no ar, e ele sabia que eles estavam ocupados em outro lugar. Mas Ariadne não sabia disso, e ele não sabia como explicar isso para ela ainda. Depois de ouvir por muito mais tempo do que Matt precisava, Ariadne finalmente pareceu satisfeita.  —   Entre  —   ela sussurrou, acenando para ele segui-la para seu quarto. Ele entrou hesitantemente, de pé no meio de seu quarto enquanto ela transferia as roupas de uma peça de mobiliário para outra, sem sequer pensar em colocar qualquer coisa em seu armário. Ela sempre foi uma pateta. Passei metade da guerra fazendo limpeza  por causa dela, a nova parte de Matt lembrou. Pior escrava de todas. Matt balançou a cabeça e tentou empurrar de lado a outra consciência que continuava aparecendo sem ser convidada, assim como tentou suprimir o dilúvio de familiaridade e ternura que sentia em relação a garota que ele estava olhando. Sua cama estava a poucos passos de distância. Parte dele nunca tinha ficado ao lado dela e outra parte dele tinha passado dez anos dormindo ao lado dela  —  ela  ela e nenhuma outra até o dia que ele morreu. Suas mãos doíam para estender a mão e tocá-la pela primeira vez, então

 

ele empurrou-as nos bolsos. Ele virou a cabeça e olhou para a parede enquanto ela jogava algo macio e rendado em seu armário.  —  Matt?   Matt?  —  Ariadne   Ariadne perguntou do outro lado do quarto. Ele olhou para ela quando ela arremessou uma longa trança de seu cabelo castanho atrás de seu ombro, tentando desesperadamente não   se lembrar de quão suaves seu cabelo e seus ombros eram. —  Minha  Minha lingerie não vai atacar você, sabia.  —  Eu   Eu preciso fazer algumas perguntas  —  ele   ele disse laconicamente, deliberadamente deixando a conversa longe de suas roupas de baixo.  —   Ok.  —   Ariadne cruzou para ele e sentou-se na beira da cama. Matt pegou a cadeira que ela tinha acabado de liberar da carga de roupas e se sentou em frente a ela.  —  Conte-me  Conte-me sobre os diferentes papéis que as Moiras mencionaram esta noite —  ele  ele perguntou. Ariadne sorriu, quase como se ela estivesse esperando por isso.  —   Você sabia que os gregos amavam o teatro? —  Matt  Matt assentiu. —  Bem,  Bem, as Moiras também. Elas sempre amaram. É quase como se elas vissem o mundo como um palco, e os Descendentes são meramente seus atores. Em uma série de profecias, há menção de determinadas funções que devem ser preenchidas, ou que o mundo está à espera de ser preenchido, a fim de completar o “Grande Ciclo” no qual as Moiras parecem fixadas. A propósito, um ciclo também é outro nome para uma série de peças que estão interligadas —  como  como as peças de Ésquilo que contam a história do início das Fúrias. É chamada de Oresteia .  —  Sim  Sim —  Matt  Matt disse com tristeza. —  Eu  Eu li essa. Agora me diga sobre as funções específicas que as Moiras mencionaram esta noite. Você sempre soube sobre eles?  —   Sim. Sim. Ninguém sabe realmente o que esses papéis significam, no entanto. Ou qual a intenção i ntenção das Moiras para eles.  —  Por  Por que não?  —   Porque eles são vagos. Pense nisso. Os papéis são o Herói, o Escudo, o Amante e o Guerreiro, e sério? Isso poderia significar qualquer um dos Descendentes que nasceram, desde, tipo, sempre . Nós somos um bando de pessoas do tipo heróis, amantes, escudo-de —   ela guerreiros, pessoas-fracas-com-seu-corpo disse, levemente irritada com a forma como sua espécie era previsível.  —   O único papel que tem presságios específicos específicos ligados a ele é o Tirano, e todas as Casas ao longo das eras têm estado super vigilantes sobre os sinais que o cercavam, a fim de impedi-lo de aparecer. Mas você já sabe essa profecia.  —  O  O Tirano nasce da amargura. Ele tem o sangue de várias casas e deve ser capaz de reduzir todas as cidades mortais a escombros  —  Matt  Matt disse seriamente. Ele não gostava de concordar com Pallas, mas Matt sabia que ele estava certo. Ele imaginou alguém como Hitler com força de Descendente e a capacidade de destruir cidades apenas por querer. Matt lembrou de Zach fazendo para a turma uma pergunta hipotética, uma vez: Se eles tivessem uma máquina do tempo e pudessem voltar e matar Hitler antes tivesse chance de machucar eles fariam isso? Mesmo seque ele ele ainda fosseauma criança inocente alguém, quando eles voltassem e o matassem? Todos tinham respondido que sim.

 

 —  Matt  Matt —  Ariadne  Ariadne disse, estendendo a mão e colocando a mão sobre a dele. —  Você  Você está bem?  —  E  E os outros, como o Escudo e... o Guerreiro  —  ele  ele continuou.  —  

Esses são papéis definidos, papéis que devem   ser preenchidos? Esses papéis estiveram lá desde o início?  —   Cassandra Cassandra de Troia foi a primeira a mencioná-los... então sim.  Todos esses esses papéis estivera estiveram m lá desde o início.  —   E E cada papel deve ser preenchido antes que este ciclo possa ser completado e as Moiras possam passar para um novo ciclo?  —  Eu   Eu nunca ouvi isso ser colocado dessa forma antes  —   Ariadne respondeu com cautela. Sua mente afiada girou esta ideia nova rapidamente enquanto embaralhava através de dezenas de pedaços memorizados de detalhes, até que, finalmente, ela balançou a cabeça em aceitação. —  Mas  Mas eu acho que essa é uma interpretação plausível.  —  Então,  Então, estamos todos presos —  Matt  Matt respirou desesperadamente desesperadamente..  —  Temos  Temos que atuar em nossas peças ou as Moiras vão começar de novo e tentar novamente com o próximo lote de Descendente Descendentes. s. Ariadne franziu a testa em pensamento.  —  Talvez  Talvez seja por isso que parece como se nós nunca realmente deixamos Troia. Porque algo que deveria acontecer na época não aconteceu, e as Moiras continuam a tentar recriar isso. Matt sorriu, lembrando-se com firmeza para não inclinar-se e beijála, não importa o quão inteligente ela era. Ele esperou um momento até que ele sabia que sua voz estaria estável antes de falar.  —   É isso o que eu penso, também  —   ele disse.  —   É como se os Descendentes estivessem estivessem presos em um círculo interminável de audições enquanto as Moiras mudam novos atores para os mesmos papéis, procurando o elenco certo para fazer a sua peça dar certo.  —   Mas elas são as Moiras. Se elas querem que aconteça alguma coisa, por que não podem apenas fazer isso acontecer?  —  Eu  Eu não sei —  respondeu  respondeu Matt. —  Deve  Deve haver alguma outra força que move contra eles. Talvez sua irmã, Nêmesis.  —  Devemos  Devemos dizer a todos sobre isso  —  disse  disse Ariadne.  —  Mesmo  Mesmo se eles  —  pensarem que estamos errados.  Eu concordo.  Eu Eles ficaram sentados por um tempo, cada um deles tendo pensamentos privados. O sol estava começando a surgir, e Matt disse a si mesmo que era hora de ir, mesmo que ele poderia ter ficado sentado assim com ela por dias.  —  Boa  Boa noite, Ariadne —  Matt  Matt disse, enquanto se levantava.  —  Onde  Onde você está indo? —  Seus  Seus olhos castanhos luminosos estavam arregalados e conturbados.  —  Para   Para casa. Eu escapei quando Hector me chamou  —   ele disse, olhando para qualquer lugar menos para ela. —  Eu  Eu quero estar de volta antes de meus pais acordarem para que eles não se preocupem. Os motins realmente os assustaram.  —  Tudo  —  Você  Tudo bem —  ela  ela disse  Você voltar mais tarde? As Casas supostamente vão secalmamente. encontrar aqui esta vai noite.

 

 —  Eu  Eu não sei se eu vou poder —  disse  disse ele. Havia um navio na água,

levando seu exército para mais perto. Matt podia sentir isso como um membro fantasma  —   removido, mas ainda dolorido.  —   Eu posso ter alguma coisa para cuidar. Ariadne balançou a cabeça e olhou para o chão. Incapaz de resistir, Matt se inclinou e beijou o topo de sua cabeça. Seu cabelo cheirava do mesmo jeito, como mel e verão. Ele deixou-se passar a mão nas na s costas de seu pescoço inclinado, sentindo quão delgado era sob sua palma da mão calejada —  tão  tão frágil como um caule de uma flor.  —  Você  Você vai tentar? —  ela  ela sussurrou, sem olhar para cima.  —  Sim.  Sim. Vou tentar.

***  —  Ei.  Ei. Você está com raiva de mim? —  Lucas  Lucas ouviu Helen perguntar.

Ele virou-se e viu-a flutuar em direção a ele através do telhado da casa. Ele balançou a cabeça, e ela se sentou ao lado dele na beira do telhado sobre seu quarto.  —   Eu não queria discordar de você na frente da família naquela hora. —  Sobre ser o Você Escudo  ela continuou.  ela  Está Orion  Está tudo bem. só  —  estava trazendo à tona um bom ponto —   ele disse, sabendo que ela poderia ouvir a verdade em suas palavras. O novo talento de Helen como uma Detectora de Mentiras tornava as coisas mais fáceis e mais difíceis entre os dois. Ele nunca poderia mentir para ela novamente, nem mesmo para protegê-la. Não que mentir já tivesse mantido ela segura. Lucas brevemente se perguntou se ele já a tinha protegido alguma vez. —  Eu  Eu ainda acho que Orion é o Escudo, apesar de tudo.  —  Mas  Mas eu não preciso de um Escudo. Eu nunca precisei —  ela  ela disse, quase como se ela estivesse lendo sua mente. Com todas as coisas novas que ela poderia fazer, Lucas não iria descartar a telepatia.  —  Não.  Não. Eu acho que não —  ele  ele concordou. Algo sobre isso conturbou Lucas. Helen tinha sido sempre a mais forte, então do que o “escudo” iria protegê-la, exatamente?  —  Talvez   Talvez Orion seja o Amante. Ele é um filho de Afrodite  —  disse   disse Helen, como se estivesse considerando. Isso fazia sentido. E, embora o matasse pensar sobre isso, Lucas tinha certeza que Orion era o amante de verdade de Helen agora. Mas não importava o quão misturados todos os sinais para os diferentes papéis estavam, Lucas sabia a verdade.  —  Orion  Orion não é o Amante.  —  Como  Como você sabe?  —  Esse  Esse papel já foi preenchido. Helen olhou para ele, seus belos olhos incompatíveis nadando com pesar e, Lucas esperava desesperadamente desesperadamente,, não  pena,  pena, também.  —  Você   Você sabe... todos esses novos talentos que eu tenho...  —  Sua  Sua voz vacilou.  —   Um deles é controlar corações.  —  Você  Você mencionou isso.  —  Eu  Eu poderia tirar o seu amor por mim —  ela  ela ofereceu em voz baixa.

 

 —  E  E depois?

A testa de Helen franziu, como se estivesse confusa com sua pergunta.  —  Bem,   Bem, então você pode seguir em frente com sua vida. Nós teríamos que ficar longe um do outro, no entanto.  —  Nós  Nós já tentamos isso, lembra? —  Lucas  Lucas perguntou com um sorriso irônico. —  Não  Não funcionou. Lucas não tinha dúvida de que Helen poderia apagar seu amor por ela, mas ele também sabia que ele simplesmente iria se apaixonar por ela de novo na próxima vez que ele pusesse os olhos nela. Não havia “seguir em frente” para ele. Não importava o que Lucas faria em sua vida, seu amor por Helen sempre o definiria. Ele era o Amante.  —   Por Por favor, Lucas? Eu quero tornar isso mais fácil para você —  ela  ela disse em voz baixa, a cabeça inclinada para baixo.  —   Então pare de falar bobagem.  —   Ele bateu no ombro dela de brincadeira com o dele até que ela deixou seu olhar triste e sorriu. —  Nós  Nós  já passamos por isso uma dúzia de vezes. Nada nunca vai mudar a maneira como eu me sinto por você. Ela finalmente encontrou seus olhos e balançou a cabeça tristemente, aceitando o que ela podia ouvir em sua voz  —  a  a verdade.  —   Então talvez Orion seja o Herói?  —   ela perguntou, tentando mudar de assunto para algo mais produtivo.  —  Hector  Hector —  Lucas  Lucas respondeu imediatamente, balançando a cabeça.  —  Certo.  Certo. Isso é óbvio  —  disse  disse Helen, revirando os olhos um pouco.  —  A  A menos que Hector seja o Guerreiro?  —   O O Guerreiro entra na briga por último, e Hector não chega tarde para nenhuma luta em sua vida. Eu aposto qualquer coisa que Hector é o Herói e Orion o Escudo. Helen parecia lutar por um momento com sua próxima pergunta. —   O que foi? —  Lucas  Lucas perguntou persuasivamente.  —  O  O Tirano realmente é tão mau como Pallas disse? Lucas balançou a cabeça lentamente. Ele não queria assustá-la, mas ele também sabia que não podia mentir para ela.  —   O pouco da profecia que nos resta sobre o Tirano diz que ele é mais forte do que todos os deuses combinados. E supostamente haverá uma enorme batalhao com monstros e tempestades quando o Tirano se elevar. Até mesmo céu supostamente mudará as cores, como um caleidoscópio.  —  Parece  Parece com o apocalipse.  —  Sim  Sim —  Lucas  Lucas disse, sentindo Helen se arrepiar. Eles ficaram sentados lá por um tempo, balançando os pés do lado de fora da casa. Mesmo que a conversa tivesse tomado um rumo tão obscuro, apenas ter Helen perto dele relaxava Lucas e o ajudava a se concentrar. Ele podia não ser capaz de beijá-la, mas se ela estava sentada ao lado dele, ele não se torturaria sobre com quem mais ela poderia estar. E o que eles provavelmente estavam fazendo. Ele lembrou a si mesmo que era melhor assim e engoliu o nó na garganta. Ele queria que Helen fosse feliz, e ele confiava que Orion poderia darHelen isso aficar ela. miserável, Lucas certamente nunca o queessa ele fez foi fazer e assim que ele poderia. soubesseTudo que toda

 

confusão acabou, ele iria se certificar de que ele nunca fizesse mal a ela novamente. Enterrando estes pensamentos que o consumia, Lucas forçou sua mente a derivar, ao invés. Ele se arrastou através de cada imagem e uso de um escudo que ele poderia pensar.  —  Escudo,  Escudo, defesa, bastião, bloquear...  —  ele  ele murmurou.  —  Do  Do que Orion nos protege? O que ele bloqueia?  —   Bem. Ele parece muito bom no bloqueio de portas  —   Helen brincou. Seu sorriso desapareceu rapidamente quando um pensamento lhe ocorreu. —  E  E profecias.  —  E  E o futuro de qualquer pessoa que passa muito tempo com ele —   ele respirou. —  Orion  Orion protege você da visibilidade das Moiras, Helen. Se as Moiras não podem vê-la, elas não podem decidir a sua vida por você. Sabe o que isso significa? Você tem livre arbítrio. Eles olharam um para o outro, tão chocados que quase não podiam acreditar, mas ambos sentiram um formigamento no ar que disse a eles que descobriram algo enorme.  —  Mas  Mas por que eu? Por que eu sou a única que começa a escolher?  —  Os  Os olhos de Helen corriam em volta com medo.  —  Qual  Qual é o papel que eu estou atuando, Lucas?  —  Você  Você é Aquela que Desce.  —  Isso  Isso não está na lista.

Ela estava certa. Lucas sentiu um momento de ansiedade, e depois relaxou quando a solução veio para ele.  —   Fora todos nós, você foi a última a descobrir que você é uma Descendentes... a última a se juntar à luta. Você é a Guerreira, é claro. Helen se acalmou e sorriu timidamente.  —  Hum.   Hum. Vai entender.  —   Seu nariz enrugou enquanto ela pensava em alguma coisa. —  As  As Moiras sabem que eu sou ruim de luta, certo?  —   Você ficou melhor.  —   Ele realmente tentou manter uma cara séria, mas não conseguiu. Helen empurrou-o para fora do telhado. Ele flutuou na frente dela, levantando suas mãos em um gesto de “Eu me rendo”, ainda tentando não rir.com Ela cruzou os braços ofensivamente e desviou o olhar, tentando não rir ele.  —  Amante  Amante o caramba —  ela  ela disse, dando um sorriso e empurrandoo para longe dela com o pé. Ele pegou o tornozelo dela e puxou-se entre suas pernas balançando. Os olhos de Helen se arregalaram de surpresa e seus lábios se suavizaram e separaram.  —   É isso mesmo  —   ele sussurrou. Lucas inclinou-se perto dela, amando que, apesar de tudo o que tinha acontecido, ela não podia deixar de reagir a ele. —  Não  Não se esqueça disso. Ele roçou a curva de sua bochecha com as pontas dos dedos antes de voar para longe.

 

CAPÍTULO 8

 

Traduzido por I&E BookStore

H

elen ficou olhando do lado de fora da casa por um tempo, se perguntando se ela tinha feito a coisa certa. Uma parte dela sabia que estava magoando mais Lucas não esclarecendo o que estava acontecendo entre ela e Orion, mas no final ela não poderia fazer isso. Seus motivos eram egoístas, mas ainda assim válidos. Se Lucas pensass pensassee que ela estava com Orion, ele acabaria se afastando e ela realmente precisava que ele fizesse isso. Ela podia olhar para dentro dele e ver que ele ainda estava apaixonado por ela, mas que esse amor havia mudado ligeiramente. Independentemente do que Orion disse sobre não fazer qualquer diferença para Lucas se ela passasse a noite com outro homem, isso tinha

 —  alterado algo nele  não a quantidade de amor que sentido. ele sentia, mas quão profundamente ele o não sentia. Helen achava que fazia Mesmo com uma lesão física, só havia uma quantidade de dor que uma pessoa podia aguentar antes de começar a ficar dormente. Helen viu Matt sair de casa e ir para seu carro. Ela respirou, a ponto de chamá-lo e perguntar-lhe onde ele estava indo, mas ela se lembrou de todas as pessoas dormindo justo sob o telhado espaçoso que ela estava sentada e se conteve. Matt se virou e olhou na direção dela, de qualquer maneira. Impossível , Helen pensou quando ele sorriu e acenou para ela. Não há nenhuma maneira maneira de ele poder ter me ouvido inalar. Mas como mais ele  poderia ter sabido que tinha que olhar para o telhado? Helen acenou de volta, e Matt entrou em seu carro e foi embora. Ainda ponderando sobre isso, Helen voou na janela de Lucas e sentou-se em sua cama. Por um momento, ela considerou deitar nela, mas havia uma chance de Lucas voltar para casa e encontra-la lá. Não era justo fazer isso com ele. Helen arrastou seu corpo cansado e caminhou pelo corredor até o quarto de Ariadne. Ela ficou surpresa ao encontrar Ariadne acordada.  —   Ei  —   Ariadne disse, automaticamente deslizando para abrir espaço para Helen na cama dela.  —   Ei, você também  —   Helen respondeu com uma expressão preocupada. O coração de Ariadne era uma bagunça palpitante de emoção, e Helen sabia que tinha que ter algo a ver com Matt. Ela tirou os sapatos e foi para a cama.  —  Eu  Eu acabei de ver Matt indo embora. Vocês dois conversaram? Ariadne evitou qualquer menção de seus sentimentos e, em vez disso, disse a Helen que ela e Matt haviam discutido sobre os Descendentes estarem estarem presos em um ciclo de repetição. Ela explicou que Matt achava que as Moiras precisavam que todos os papéis fossem

 

preenchidos, e se eles não fossem, o ciclo só iria começar de novo com a próxima geração.  —  Eu   Eu acho que todo mundo está chegando à mesma conclusão  —   Helen disse com um aceno.  —   Isso explicaria por que todos nós parecemos com pessoas de Troia, nós estamos presos. Há algo que não aconteceu na época que as Moiras ainda estão tentando fazer que aconteça.  —   Mas o quê?  —  Ariadne   Ariadne perguntou, exasperada.  —  E   E tem outra coisa que eu não entendo. Por que as Moiras não podem simplesmente fazer que aconteça seja lá o que for que elas querem que aconteça? Não faz sentido.  —  O   O que Matt disse?  —  perguntou   perguntou Helen, sentindo uma sensação de afundamento em seu estômago.  —  Ele  Ele disse que deve haver uma força trabalhando contra as Moiras em cada ciclo. Algo que continua arruinando a peça antes de os Descendentes poderem percorrer todo o caminho da maneira exata que as Moiras querem. Ele disse que acha que é Nêmesis, trabalhando contra suas irmãs.  —  Bloqueando  Bloqueando as Moiras e dando livre arbítrio a uma Descendente  —  Helen   Helen sussurrou.  —  Pelo   Pelo menos é isso o que Lucas acha. Em cada ciclo alguém que deve tomar uma grande decisão tem livre arbítrio e arruína os planos das Moiras. Ariadne esfregou os olhos. —  Será  Será que Lucas tem ideia de quem tem livre arbítrio neste ciclo? Helen sentiu como se o universo continuasse apontando o dedo para acusá-la.  —  Não  Não temos certeza —  ela  ela mentiu.

*** Helen virou-se e abriu os olhos. Ela esperava ver Ariadne deitada ao lado dela. Em vez disso, ela viu as costas nuas de um homem, elevando e afundando com as respirações profundas do sono. Lucas , Helen pensou, reconhecendo a sua forma imediatamente. Ela queria correr a mão entre os músculos de seus ombros e para baixo da sua coluna vertebral, mas algo estava errado. O quarto que Helen tinha acordado era familiar, embora ela nunca tenha estado nele antes. A outra Helen sentou-se lentamente, olhando cuidadosamente seu marido para se certificar de que ela não iria perturbá-lo. Ela precisava fugir antes de Paris acordar, ou ela não seria capaz de fugir nesse dia como ela tinha planejado. Helen observou quando Helena de Troia amarrou sua túnica simples sobre seu ombro, pegou um cinto velho, um véu e as sandálias gastas. Ela notou que Helena de Troia tinha um olho castanho e um que ficou azul por uma cicatriz em forma de raio que corria para baixo do centro da sua íris. Helen sabia que isso tinha acontecido durante o apedrejamento. O espancamento de Helen Hamilton por Ares lhe dera a mesma marca.

 

A outra Helen correu por caminhos curtos para baixo do corredor de mármore escura sem calçar suas sandálias e parou em uma porta. Dentro do quarto estava uma menininha, com não mais do que três ou quatro anos, quieta em sua cama. A menina abriu os olhos com uma presciência estranha.  —  Mamãe?  Mamãe? —  sussurrou  sussurrou a menina, acordando instantaneamente. —   Vamos ver a tia Briseida hoje, como prometido?  —  Sim,   Sim, Atlanta  —  Helena  Helena disse baixinho, correndo para o quarto e fechando a porta atrás dela.  —   Vamos andar com a Lady primeiro?  —   perguntou Atlanta. Sensível ao humor de sua mãe, ela manteve a voz baixa.  —  Hoje  Hoje não. —  Helena  Helena vestiu Atlanta com uma saia velha e um xaile que ela havia pegado emprestado de uma serva.  —  Mas  Mas as pessoas gostam quando você e Lady caminham pelos seus  jardins. Elas abraçam umas as outras e beijam sua suass mãos.  —  Isso   Isso é porque Afrodite traz o amor aos animais e às coisas que crescem e se multiplicam  —  Helena  Helena disse com um sorriso triste quando ela se virou para terminar de vestir-se.  —  É   É por isso que o nosso povo tem durado tanto tempo sem passar fome dentro desses muros.  —  Passar  Passar fome... como eles estão lá fora?  —  perguntou  perguntou Atlanta com uma expressão preocupada.  —  Isso   Isso mesmo. É por isso que nós temos que ir ver a tia Briseida.  Temos que levar levar mais comida para ela. Helena de Troia pegou a filha e a colocou em seu quadril. —  Mude  Mude o seu rosto, como a mamãe te ensinou  —   ela disse, tocando metade do cinturão que estava pendurado no formato de um pingente de coração em torno do pescoço de Atlanta. Atlanta apertou os olhos em concentração, e seu rosto magicamente se alterou. —  Não  Não se esqueça do seu cabelo —  Helena  Helena a lembrou, e os cabelos loiros cacheados de Atlanta escureceram para um castanho. Helena alterou então sua própria aparência, adotando o rosto plano e a figura corpulenta de uma trabalhadora do campo antes de a dupla sair do quarto. Elas fizeram o seu caminho rapidamente através do palácio e até a cozinha. velha que tinha cuidado Briseidanas quando bebê entregou a HelenaUma um pacote preparado, que eladeamarrou costas. Um rápido olhar para se certificar de que ninguém além da velha leal estava observando, e ela saiu através de uma porta traseira e através das hortas familiares. Helena correu rapidamente para a parede, a filha agarrada a ela com força. Ganhando velocidade quando alcançou as fortificações, ela subiu de um lado da parede e desceu pelo outro mais rápido do que os guardas poderiam ver na luz baixa do amanhecer. Atlanta não estava com medo, embora ela soubesse que fora do muro ela e sua mãe estavam em perigo mortal. Helena sorriu para sua filha corajosa orgulhosamente, e deslizou através do acampamento de dormir no cerco. Elas pararam em uma das grandes tendas e assobiaram suavemente na entrada. Um momento uma mulher que em se parecia com Ariadne apareceu e envolveudepois, a mãe disfarçada e a filha um abraço quente.

 

 —  Briseida  Briseida —   Helena Helena disse baixinho para a mulher. As cunhadas se

beijaram calorosamente em ambas as bochechas.  —  Não  Não há muito tempo para uma visita —  Briseida  Briseida disse quando ela levou Helena e Atlanta para dentro da tenda.  —  Aquiles   Aquiles estará de volta em breve.  —   Há um remédio fácil para isso. Um que nos permite passar o máximo de tempo juntas como nós desejamos  —   disse Helena exemplificando quando ela permitiu que seu rosto real aparecesse aparecesse..  —  Não  Não comece —  Briseida  Briseida avisou. —  Eu  Eu não vou deixá-lo.  —   Eu sei.  —   Helena colocou Atlanta para baixo e deu-lhe uma pequena estatueta de madeira para brincar antes de entregar a Briseida um pacote de alimentos.  —   Você já pensou sobre o que vai acontecer quando Aquiles se unir as linhas de batalha de novo?  —  Ele  Ele talvez nunca se junte a eles. Ele detesta Agamenon e se recusa a seguir suas ordens novamente.  —  Ele  Ele não atravessou o mar com seu exército para nada, Briseida.  —   Eu estou ciente disso.  —   Os olhos de Briseida brilharam com raiva.  —  Mas   Mas ele está diferente agora. Ele me disse que não tem nada contra o meu irmão.  —  Não  Não importa se ele tem uma rixa com Heitor ou não. Esta é uma guerra. Não deixe seu amor por Aquiles cegá-la.  —  Eu   Eu não deixei.  —  Briseida   Briseida desviou o olhar.  —  Mas   Mas eu sei o lado do muro em que estou.  —  E  E o lado da guerra? E quanto a ela?  —  Helena  Helena perguntou em voz baixa, apontando para Atlanta. Ela viu os olhos de Briseida acentuaremse com preocupação, e sabia que o risco de trazer Atlanta valeu a pena só por essa razão. Helena pressionou-a enquanto ela teve a chance.  —   Aquiles veio aqui para matar o Tirano. Esse foi o argumento que Agamenon fez para convencê-lo a lutar.  —   Atlanta não tem nada a temer dele, eu juro  —   Briseida disse, olhando para Atlanta protetoramente.  —   Ele nunca iria matar uma criança. Você não o conhece. As duas cunhadas olharam uma para a outra. O único som na tenda era de sussurrando suaque boneca.  — Atlanta   Você gostou  Você do belo para jardim eu fiz? O sol nunca queima, as abelhas não picam e as pedras ficam fora de suas sandálias  —  Atlanta   Atlanta balbuciou, completamente perdida em seu jogo de faz-de-conta. Helena revirou os olhos comicamente e falou baixinho para Briseida.  —   Ela Ela passa o dia todo imaginando um mundo perfeito onde ninguém sofre. Aterrorizante, não é? Briseida olhou para longe novamente, seu rosto mostrando uma careta quando seus pensamentos se tornaram obscuros. —  Ajuda  Ajuda que ela nasceu uma menina. Ninguém suspeita que ela seja o Tirano agora. Não realmente.  —   Então, por que Aquiles ficou aqui, mesmo que seus homens estejam morrendo de fome?  —   Helena perguntou desesperadamente.  —  Irmã, Briseida não ele tinha umairia resposta.   Irmã, eu acredito você quando você diz que nunca matar uma criança. Aquiles em é um homem de princípios profundos... princípios que o trouxe a Troia. Você já pensou

 

que livrar o mundo do Tirano é tão importante para ele que ele poderia estar disposto a esperar que ela cresça antes de ele matá-la?  —  Você  Você deve ir —  Briseida  Briseida disse de repente, acenando para o ar como se tivesse preenchido com moscas.  —   Ele estará de volta a qualquer momento. Helena suspirou e baixou a cabeça em derrota e, em seguida, estendeu a mão para pegar sua filha.  —   Eu estarei de volta com mais comida em poucos dias. As duas mulheres se abraçaram, cautelosamente primeiro como se elas estivessem em um silencioso desacordo, e depois com verdadeira ternura antes de Helena e Atlanta assumirem seus disfarces e deixarem o campo inimigo.

*** Helen acordou com uma trança grossa do cabelo de Ariadne em sua boca. Ela cuspiu e mentalmente pediu desculp desculpas as por babar sobre ela toda antes de rolar de lado. Ela rolou sobre algo que rangia. Acabou por ser Andy, que bateu nela e fez sons de protesto em seu sono. Desejando que Noel apenas mais colchão as meninas dormirem, Helenarranjasse deslizou até o final daum cama e se para arrastou para fora o mais silenciosamente que pôde sem esmagar ninguém. Helen se abraçou enquanto ela saia do quarto, tentando sacudir a memória. Aquela parecia mais próxima dela do que as outras, como se ela fosse mais do que apenas uma espectadora neste momento. Na verdade, ela meio que tinha começado a sentir que era Helen de Nantucket, e não Helena de Troia, que estava naquela tenda. Ela poderia até sentir o peso quente de sua filhinha se contorcendo (correção  —   da filhinha de Helena de Troia) nos seus braços, então é claro que ela correu para Lucas no corredor. Ela sentia falta de segurar um deles, ou a menina ou o pai da menina, tão desesperadamente que na verdade ela gemeu.  —  Eu  Eu pensei que você tinha ido para casa  —  Lucas   Lucas disse depois de uma —  pausa.   Eu não vou lá há dias  —  disse  Eu   disse Helen, olhando-o com avidez.  —   Por que se dar ao trabalho quando todos estão aqui?  —  E  E mais a caminho —  disse  disse ele, de repente franzindo a testa. Helen assentiu. —  A  A reunião das Casas. Você ligou...  —   Orion? Sim  —   Lucas disse, terminando a frase.  —   Ele está esperando por nós na biblioteca.  —  Que  Que horas são? —  perguntou  perguntou Helen, e olhou piscando para a luz inclinada vindo por uma janela próxima.  —  Passam  Passam das duas. —  Ele  Ele riu ao ver a expressão de choque no rosto de Helen. —  Você  Você nos encontra no andar de baixo? —  ele  ele disse enquanto ele passava por ela e caminhava para a escada.  —   Precisamos fazer planos.  —  Eu  Eu só preciso de um minuto —  disse  disse Helen, apontando para suas roupas amarrotadas e cabelos bagunçados.  —  Tome  Tome o seu tempo —  disse  disse Lucas. Enquanto caminhava pelo seu caminho pelo corredor, ele inclinou-se perto dela, passando a mão pelo

 

seu braço. Sua mão grande engoliu cada curva de seus músculos delgados, colocando-os um por um na palma da sua mão e deixando um rastro de arrepios para trás. Sua pele estava tão quente na dela que ela estremeceu quando seu calor foi removido, o que foi muito rapidamente. Helen deu uma olhada em seu pai primeiro. Jerry ainda dormia profundamente, mas ainda de pé sobre ele ela podia ouvir seu coração batendo forte e constante. Ele parecia que estava em outro mundo, um pacífico que ele estava relutante em deixar. Helen não sabia se isso funcionava assim ou não, mas ela esperava que Jerry estivesse apenas dormindo, que Morfeu estivesse cuidando dele. Helen correu para o banheiro, antecipando Ariadne e Andy para o chuveiro antes que elas saíssem da cama. Ela correu para lá antes que elas sequer começassem a se coçar e fechou a porta atrás dela com um sorriso satisfeito. Helen abriu a torneira e começou a tirar sua roupa, a memória da mão de Lucas em seu braço ainda queimando vividamente. Ela tomou banho rapidamente. Enquanto ela se enxugava com a toalha, um outro encontro casual em outro corredor escuro, séculos atrás, ondulou-se na mente de Helen quando o vapor subiu pelo azulejo branco.

*** Lancelot tinha estado longe de Camelot por muitos meses. Os Bárbaros  —  invasores   invasores grandes e loiros de uma terra de gelo  —   tinham mantido os Cavaleiros da Távola Redonda ocupados. O pai de Guinevere tinha lutado contra os Bárbaros toda a sua vida, como o pai de seu pai tinha lutado antes dele. Agora, com o casamento entre Guinevere e Arthur finalizado, os adoradores de dragões e lobos do mundo da neve eram problema de Arthur e, portanto, o problema de todos os cavaleiros jurados a ele em Bretanha. Se a casa-ilha de Guinevere fosse sobreviver, a invasão dos bárbaros deveria ser interrompida, ou cada bretão nascido seria abatido antes do ano acabar. Arthur não estavatreinados preparadono para os Berserkers. homens soldados ordenados, estilo romano daSeus guerra. Eleseram não estavam acostumados aos transes induzidos por drogas que os Bárbaros empregavam para enviar as suas hordas fanáticas gritando para cima de homens, mulheres e crianças. Os horrores que viam durante esses ataques de bárbaros foram tendo um preço alto demais para todos os homens de Arthur. Os cavaleiros estavam em menor número, e uma guerra estava se formando. Arthur estava quieto sobre a campanha no norte, tentando encontrar uma solução. Lancelot tinha voltado para Camelot há dois dias, mas Guinevere não o tinha visto ainda. Ele estava evitando ficar a sós com ela, e ela suspeitava que não era apenas porque Arthur era seu marido, como ambos sabiam muito bem. Havia algo mais profundo lá, impedindo-o. Algo terrível que havia acontecido com ele. Guinevere podia ver nos olhos de Lancelot  —  queimando  queimando como duas velas recém-acesas. A cor ainda era feroz, mas todo o calor se foi.

 

Guinevere sabia que ela tinha que falar com Lancelot, endireitá-lo novamente, ou ele iria girar para longe de seu dever e sua família. Cabia a ela consertá-lo, mesmo que partisse seu coração estar perto dele, ver o olhar ferido no seu rosto enquanto ele imaginava Arthur em sua cama.  —  Lancelot  Lancelot —  Guinevere  Guinevere chamou, tocando seu cotovelo no corredor escuro. Ela persuadiu-o suavemente para virar e encará-la. —  Por  Por favor. Fale comigo.  —   Gwen  —   ele respirou suavemente, puxando-a para mais perto dele. Havia um olhar perdido em seus olhos, como um menininho. Ele puxou a mão dela, e ela seguiu sem uma palavra ou pensamento de protesto. Lancelot levou-a para longe da passarela principal e para baixo em um nicho em uma torre pequena que estava acima dos mouros escuros em torno de Camelot. O luar era transmitido na forma de cruz da seteira, dando luz suficiente para que ela pudesse ver o olhar pesado de luxúria pesando suas pálpebras. Os lábios de Guinevere se separaram com uma dúzia de palavras não ditas quando ela olhou fixamente em seus olhos. Os quadris de Lancelot se aproximaram mais dela por um momento tenso, e então ele se afastou, soltando-a inteiramente.  —  Você  Você não deveria ter vindo para mim esta noite.  —  Mas  Mas você não me trouxe nenhuma palavra do meu país de origem em Summer Country —  ela  ela respondeu, sorrindo em seus olhos brilhantes quando ela fechou a distância entre eles.  —  Você   Você me disse que iria se sentar com meu pai e trazer de volta um sinal de sua memória de mim. O rosto de Lancelot ficou pálido, arregalando os olhos com piedade, e Guinevere soube.  —  Não  Não pode ser —  ela  ela disse, sua voz de repente alta e juvenil. Seu pai estava morto. Aquele homem gigante e mal-humorado, esperto e surpreendentemente divertido não podia estar morto. Ele era muito teimoso para morrer. Mas Guinevere viu a verdade escrita por todo o rosto de Lancelot. O líder l íder de seu clã, seu pai, estava morto.  Tristeza tomou conta dela. Ela perdeu o controle por um momento, e a sala crepitou com a luz branco-azul de seu fogo-de-bruxa.  —   Eu Eu —  casei com Arthur meu —  pai Tudo e nosso clã ela ficar a salvo    dos  dos Bárbaros.  Ela chorou,  Ela sem para acreditar.  Tudo isso —   ela disse, fazendo um gesto de desgosto para as joias e o vestido rico que ela usava agora em vez do humilde e caseiro, —  era  era para proteger meu pai e meu clã.  —  Eu  Eu sei —  disse  disse Lancelot, caminhando para a frente para tomar as mãos de Guinevere. Ele saltou para trás involuntariamente quando seu fogo-de-bruxa correu para ele, mas ele aguentou sua dor e não a soltou.  —  Gwen  Gwen —  ele  ele suplicou, ofegante. —  Não  Não é culpa de Arthur. Nós lutamos e perdemos. Eu perdi. Arthur nem mesmo estava lá. A sala ficou escura quando Guinevere controlou a si mesma, e o fogo f ogo branco-azul foi extinto.  —  Mas  Mas eu me casei com Arthur em vez de você para salvar meu clã  —   ela ela disse. Sua voz estava instável e reduzida a um sussurro.  —   Eu

desisti  para a proteção clã. de Lancelot escureceram. —    —  E  — meu  de E ovocê  seu para clã se foi agora.de  Os olhos  Os Mas não por causa de Arthur. Por minha causa.

 

Lancelot sentou-se no chão da torre em um monte e passou a mão pelo cabelo. Ele contou sua história rapidamente e baixinho, tentando manter a voz firme. O Summer Country tinha inundado, como sempre fazia no fluxo e refluxo das marés anuais. As estradas estavam intransitáveis, e uma batalha impensável no terreno pantanoso. Com as mulheres e as crianças seguras na sua terra natal inundada, a maioria dos homens tinha saído para se juntar a campanha de Arthur contra os Bárbaros para o norte, como sempre faziam nesta época do ano. Lancelot tinha ficado para trás para aprender como as mulheres cultivavam todos os tipos de colheitas na água em vez do solo, e Arthur concordou que o conhecimento dessa técnica poderia ser útil em Camelot. Lancelot estava nos campos de água com as mulheres quando viu os navios com insígnia de dragão navegar direto para as planícies inundadas.  —  Eu  Eu fiquei com as mulheres nos campos em vez de ir até o seu pai  —  Lancelot   Lancelot disse asperamente.  —  Quando   Quando eu não podia mais lutar, eu roubei um navio e enviei tantas mulheres e crianças quanto eu poderia reunir para longe do abate. Seu pai foi... ele foi morto. Guinevere sabia que ele estava prestes a dizer torturado. Não importava quanto Lancelot tentasse suavizar suavizar o golpe para ela. O dano foi feito. Ela se permitiu ser oferecida em casamento a um homem que ela não amava, porque ela acreditava que, ao fazer isso, ela poderia salvar seu clã. Mas não tinha funcionado. Seu pai estava morto, e seu povo foi disperso. Ela se casou com um homem que ela não amava para nada.  —  Obrigada   Obrigada por salvar a parte do meu clã que você poderia  —  ela   ela sussurrou. —  Devo-lhe  Devo-lhe minha vida por isso. Mais uma vez. Lancelot olhou para ela com tal necessidade aberta e desespero que ela estendeu a mão, colocando seu rosto em suas mãos. —  É  É minha culpa  —  ele  ele disse, com o rosto quente.  —   Não. Eu não culpo você pelas vidas perdidas. Abençoo-o pelas vidas salvas  —   ela disse com ternura, falando sério cada palavra e esperando que ele nela o suficiente para perdoar a sidela mesmo.  —  Gwen  —  ele  Gwen  eleacreditasse respirou, agarrando seus braços em torno com força, todo o seu corpo empurrando contra o dela em uma onda de necessidade. Ele pressionou sua boca contra a dela, assustando-a. Além de todas as palavras sussurradas e olhares de saudade, ele nunca tinha ousado tocá-la. Este era seu primeiro beijo  —   a primeira vez que eles tinham atravessado essa linha. Guinevere sabia que Lancelot iria sofrer mais por trair Arthur, seu primo, o rei e seu amigo mais próximo, mais do que ela iria porque Lancelot amava Arthur, e ela não. Guinevere empurrou seus ombros por um momento, tentando poupá-lo da culpa que ela sabia que ele ia sentir, antes de ceder à onda de desespero que sentia subindo em Lancelot. mãoscaírem cavaram seu cabelo, fazendo grampos suas Suas tranças emem torno de seus dedosseus calejados emvoarem cachose bagunçados. Seus lábios separaram os dela. Guinevere caiu para trás

 

contra as lajes e puxou Lancelot para baixo em cima dela. Ele deslizou seu joelho entre suas coxas, empurrando suas muitas camadas de saias até a mão poder chegar na pele nua por baixo. Ele rasgou sua roupa de baixo, e ela gritou quando os laços de seda queimaram através de sua pele. Lancelot ficou imóvel e recuou.  —  Estou  Estou machucando você? —  ele  ele perguntou, a voz embargada e os olhos vulneráveis.  —   A A única vez que você me machucou foi quando você me deixou —   ela respondeu, envolvendo-se em torno dele.  —   Nunca mais me deixe novamente.

*** Com seu coração ainda martelando, Helen rapidamente secou os cabelos e meio que correu para a biblioteca para escapar da memória emprestada antes que ficasse mais gráfica. Ela parou na porta e começou a abanar o rubor em suas bochechas, lembrando-se que em sua memória Guinevere estava traindo seu marido, então ela não devia ter gostado muito, e nesta vida, ela e Lucas eram primos, então ela não tinha nenhum motivo dragar para Elapara podia ouviressas a vozmemórias profunda antigas de Lucas pelacomeçar. porta da biblioteca, e depois de um flashback tão vívido, só isso foi o suficiente para deixá-la tonta. Ela lembrou de Lancelot levando-a para seu quarto, desatando os laços em seu vestido e... outras coisas. Ela corou furiosamente. Pare de ser tão hormonal e entre lá, ela repreendeu-se, agitando as mãos. Não é como se todo mundo fosse saber o que você estava pensando. Ela abriu a porta e viu Orion olhar imediatamente para baixo em seu peito, olhar para cima para ela, e levantar uma sobrancelha enquanto um sorriso se espalhava pelo seu rosto.  Exceto, talvez, Orion , ela pensou, desejando que ela pudesse cair morta no local. Os homens se levantaram para cumprimentar Helen, mas Cassandra ficou na cadeira de couro gigante que ofuscava seu corpo frágil. Helen fez estava uma reverência parano o Oráculo respeitosamente e notou que Cassandra com seu iPad colo.  —  O  O que foi?  —  perguntou  perguntou Helen, ignorando o choque de calor que sentiu quando ela sentou-se na única vaga livre  —  ao   ao lado de Lucas, é claro.  —  Outro  Outro ataque —  Cassandra  Cassandra respondeu gravemente, entregando a Helen o iPad.  —  Um  Um tsunami na Turquia —  disse  disse Orion. Helen moveu através das imagens de terrenos alagados.  —  Mas  Mas por que aqui?  —  ela  ela disse, olhando para a área na Turquia, que havia sido atingida. —  Esta  Esta não é uma grande cidade.  —   Não mais  —   disse Lucas.  —   Mas há três mil e trezentos anos atrás, Troia estava lá.  —  Isso  Isso que é rancor —  Helen  Helen sussurrou, fechando o iPad.  —  Os  Os deuses estão ficando mais ousados. —  Cassandra  Cassandra recostou-se na cadeira gigante, a testa franzida com preocupação.  —   Os Descendentess não podem perder mais tempo. Temos que nos unir. Descendente

 

 —  E   E para fazer isso, precisamos descobrir como vamos lidar com esta reunião das Casas —  Hector  Hector disse, assumindo a liderança. —  Vocês  Vocês

três são todos Herdeiros, então vocês vão estar de pé atrás de seus chefes da Casa. Com exceção de Orion, é claro, que é o Chefe da Casa de Roma. Eu acho que você vai ter o seu segundo na Casa atrás de você.  —  De  De jeito nenhum eu vou ficar de pé com Phaon nas minhas costas  —   disse disse Orion com uma careta. Ele viu o olhar de questionamento no rosto de Lucas e Hector e sabia que tinha que explicar.  —  Phaon   Phaon e seu irmão mais velho, Corvus, disputaram minha sucessão quando eu era pequeno.  —  Espera.   Espera. Corvus?  —  perguntou   perguntou Lucas, inclinando para frente.  —   Meu pai matou Corvus antes de qualquer um de nós nascer.  —  Não.  Não. Castor  pensou  que  que ele matou Corvus. Mas ele sobreviveu —   disse Orion. Sua voz murchou. —  Acredite  Acredite em mim, eu gostaria que fosse de outra forma.  —  Orion.  Orion. Você não tem que explicar —  disse  disse Helen, tentando poupálo.  —   Está tudo bem, Helen. Eu teria que dizer-lhes sobre minhas cicatrizes, eventualmente, de qualquer maneira  —  disse   disse ele, dando-lhe um pequeno sorriso triste.  —   O primo da minha mãe, Corvus, oficialmente me desafiou quando eu tinha onze anos. Eu ganhei.  —   No Coliseu?  —   perguntou Hector. Orion assentiu.  —   Uau. É verdade que se os membros da Casa de Roma matarem uns aos outros no Coliseu, eles não se tornam Banidos?  —  É  É verdade. Romanos têm derramado tanto sangue nas areias do Coliseu que as Fúrias perderam a noção das dívidas de sangue. É um lugar amaldiçoado —  Orion  Orion disse em uma u ma voz suave. Os olhos de Hector brilhavam com inveja como se ele daria qualquer coisa para lutar no Coliseu, mas o olhar assombrado no rosto de Orion o impediu de expressar esse desejo.  —  Quando   Quando eu matei Corvus, Phaon perdeu seu único aliado, o homem que ele tinha criado como um filho. Phaon enfiará uma faca nas minhas costas assim que olhar para mim. Eu nunca vou ficar ao lado dele.  —  Bem.  Bem. Isso é algo a considerar  —  Lucas  Lucas disse em voz baixa, e um silêncio pesado se seguiu. Helen podia ver o coração de Hector inflamar pelo seu amigo. Fora todos eles, Hector era o que se relacionava mais com Orion. Era estranho para Helen pensar, mas ambos eram assassinos. Um flash brilhante na direção de Cassandra chamou a atenção de Helen. A esfera prateada que estava pendurada em seu peito ondulou como o luar refletindo em uma lagoa escura.  —   E E você não vai ficar em nenhum lugar perto de Phaon  —  Orion   Orion disse de repente, seguindo os olhos de Helen e apontando para Cassandra. Seu tom era estranhamente áspero.  —   Se ele tentar ficar sozinho com você, você vem direto para mim. Entendeu? Cassandra assentiu cautelosamente, intrigada pelo seu olhar

irritado.  —  Por  Por quê? —  perguntou  perguntou Lucas.

 

Os lábios de Orion torceram em uma careta amarga, como se houvesse um gosto vil em sua boca. Ele balançou a cabeça, como se estivesse sacudindo a pergunta de Lucas.  —  Por  Por quê? —  repetiu  repetiu Lucas, implacável.  —  Ele  Ele é um monstro. —  Orion  Orion olhou para longe, sua voz diminuindo.  —  Ele  Ele só gosta de menininhas. Cassandra olhou para o lado e franziu a testa, a luz dentro dela escurecendo em seu peito. —  Eu  Eu não sou uma menininha —  ela  ela disse em voz baixa, mas ninguém respondeu.  —  Você  Você tem certeza disso? —  Hector  Hector perguntou a Orion seriamente. Orion assentiu. —  A  A irmã do meu pai. —  Ele  Ele não deu mais detalhes.  —   Confie Confie em mim, Cassandra é o tipo dele. Que família que eu tenho, hein?  —  Eles  Eles não são sua família —  Lucas  Lucas disse bruscamente. Ele inclinou o queixo para Helen, Hector e Cassandra, incluindo todos antes de olhar para Orion niveladamente.  —   Nós somos sua família. Você fica com a gente.  —  Somos  irmãos  irmãos de sangue —  disse  disse Helen, lembrando-o.  —  Se  Se isso fizer você se sentir melhor, eu vou estar com uma faca nas costas, também  —  disse   disse Hector, seu rosto murchando.  —  Tantalus   Tantalus vai estar lá. Quem sabe o que ele vai fazer quando me ver? —  Ele  Ele olhou para Lucas, e os dois compartilharam um sorriso triste.  —  Que   Que famílias nós   temos, hein?  —  Eu  Eu acho que nós cinco temos que ficar juntos, não importa o quê  —  Helen  Helen disse antes que Hector pudesse ficar mais chateado. Ela mordeu o lábio, encontrando um obstáculo.  —  Exceto   Exceto que Cassandra deve ser neutra, certo? Ela é o Oráculo e ela é superior a todos nós, então ela vai ser a única sentada.  —  Certo  Certo —  Hector  Hector disse com um aceno rápido.  —  Quando  Quando as Casas se encontram, ela é considerada acima de todas as linhagens e senta-se sozinha. Helen olhou para Cassandra, tão pequena naquela cadeira grande. Ela estava sempre sozinha.  —  Vocês  Vocês estão bem com isso? —  Helen  Helen perguntou timidamente.  —   Nunca trabalhei assim antes  —   Hector disse lentamente. Um momento depois, ele olhou em volta, sorrindo, sua decisão tomada. —  Se  Se

estivermos juntos vai ser como se nós fôssemos nossa própria Casa, os Descendentes Herdeiros ou algo assim. Eu estou disposto a fazer isso, mas acho que os nossos pais vão ficar fi car putos.  —  E  E daí? —  disse  disse Lucas, com os olhos brilhando perigosamente.  —   Nós não estamos fazendo as coisas da maneira que eles fazem. Eu digo que devemos ficar juntos.  —  Eu   Eu concordo  —  Orion   Orion disse com um aceno definitivo.  —  Mas   Mas só se Helen for a nossa líder. Helen deu uma gargalhada. —  Você  Você está falando sério? —  Ela  Ela olhou em volta e viu que todo mundo estava balançando a cabeça em  —  Espera. concordância.  Espera. um pouco. Eu nãocom posso ser a líder.  —  Sim,  —   Na   Sim, você pode  — Voltem   disse Hector,  disse acenando a cabeça. verdade, você tem que ser a líder.

 

 —  Então,  Então, quando vocês todos começaram a comer tigelas de loucura no café da manhã?  —  perguntou  perguntou Helen, sua paciência ficando pequena. Ela nem sequer gostava de vencer corridas —  ela  ela com certeza não queria ser a líder dos Descendentes Herdeiros.  —   Eu sou a pior escolha.

Hector...  —  Hector  Hector não pode ser o líder, Helen. Ele não é um Herdeiro —  disse  disse Cassandra, com a voz baixa.  —   E Orion já tem muitos inimigos que tentam depô-lo. Pior do que isso, muitas pessoas pensam que ele é o  Tirano. Ele seria desafiado no momento em que ele desse um passo adiante como líder dos Herdeiros.  —  Lucas,   Lucas, então  —  disse   disse Helen, uma pitada de desespero entrando em seu tom. —  Ele  Ele é o mais inteligente. Ele deve nos liderar.  —   Lucas é o irmão do Oráculo  —   disse Cassandra, sacudindo a cabeça tristemente. —  Isso  Isso daria muito poder para a Casa de Tebas. Sua própria mãe iria combater isso. Tem que ser você.  —  Não  Não —  Helen  Helen disse simplesmente. —  Eu  Eu não quero fazer isso.  —  Azar,  Azar, Princesa. —  Hector  Hector sorriu para ela com irritante presunção.  —  Vamos.  Vamos. Você sempre soube que tinha que ser você.  —  Mas  Mas eu não faço ideia de como fazer isso! —  ela  ela disse, levantando de seu assento, ansiosa.  —  E  E sou a pior lutadora. E se alguém de outra Casa me desafiar para um duelo ou algo assim? Eu totalmente vou perder. —  Helen  Helen começou a andar, passando as mãos pelos cabelos.  —  Se   Se você é nossa líder, você nunca luta  —  disse  disse Lucas, gostando deste novo desenvolvimento cada vez mais.  —   Líderes escolhem campeões para lutar por eles quando são desafiados... geralmente o melhor lutador. É uma má ideia para o nosso melhor lutador ser o líder.  —  Ok,  Ok, estamos todos de acordo. Helen é a Chefe —  disse  disse Orion.  —   Nós não estamos de acordo  —   Helen interrompeu, mas Orion continuou falando.  —  Agora  Agora tudo que você precisa fazer é escolher um campeão. —  Ele  Ele se levantou e fez uma reverência formal para Helen.  —  Eu  Eu aceito.  —  Nada   Nada disso  —  disse   disse Lucas, levantando-se e afastando Orion.  —   Eu sou o campeão de Helen.  —  Não  Não posso deixá-lo fazer isso, mano —  disse  disse Orion com um agitar de cabeça apologético.  —  Você  Você acabou de dizer me deixar ? —  Lucas  Lucas perguntou em uma voz incrédula.  —  Senhoritas,  Senhoritas, por favor —  Hector  Hector disse quando ele cutucou Orion e Lucas para longe e ficou entre eles.  —  Vocês   Vocês não estavam ouvindo? O campeão deve ser o melhor  lutador.  lutador. Claramente, esse sou eu.  —  Sério?  Sério? Prove —  Lucas  Lucas disse friamente. Helen podia ver uma briga chegando. Matava ela pensar em qualquer um desses caras ferindo uns aos outros, e embora ela não estivesse pronta para enfrentar isso ainda, ela sabia que havia apenas um deles que ela jamais seria capaz de enviar para o perigo.  —  Hector  Hector —  ela  ela disse com firmeza. —  Se  Se eu sou a líder, eu quero que  —  Helen Hector  —  seja meu  Helen olhou para Lucas e Orion, seu rosto imóvel.  Ele  Ele é ocampeão. melhor lutador.

 

 —  Menina   Menina esperta. Já tomando as decisões certas. Você pode ser uma líder melhor do que você pensa. —  Hector  Hector sorriu.  —  Espera  Espera —  Lucas  Lucas se opôs.  —   Você aceita?  —   Cassandra perguntou a Hector, ignorando seu

irmão.  —  Eu  Eu aceito —  ele  ele respondeu imediatamente.  —   Eu Eu testemunho. Hector é o campeão de Helen a partir deste dia em diante. Se alguém desafiar Helen, Hector vai lutar em seu lugar.  —   Cassandra olhou atentamente para Orion.  —   Lucas será o segundo de

Hector.  —  Espere  Espere só um maldito minuto —  Orion  Orion estalou.  —   E você  vai   vai ser meu  campeão  campeão  —  disse   disse Cassandra bem alto sobre seus protestos.  —   Dessa forma Atreu lidera, Tebas protege Atreu, e Atenas e Roma protegem Tebas. Precisamos mostrar a todos que q ue o tempo de combates entre as Casas acabou. A melhor maneira de fazer isso é que nós cinco confiemos uns nos outros com as nossas vidas. Orion fechou a boca com um estalo, pensando sobre isso por um momento, e suspirou com relutância. —  Isso  Isso faz muito sentido.  —   Você aceita?  —   Cassandra perguntou-lhe, uma nota tímida entrando em seu tom. —  Você  Você será meu campeão?  —  Sim  Sim —  Orion  Orion respondeu sério. Então ele abriu um sorriso e deulhe um pequeno empurrão. —  É  É claro que eu aceito, Kitty. Cassandra sorriu, aliviada.  —  Eu  Eu vou testemunhar —  disse  disse Helen, sentindo que isso precisava ser proclamado.  —  Orion  Orion é o campeão de Cassandra.  —  Ela   Ela olhou para Lucas, que ela poderia dizer que mal estava segurando a língua. líng ua. —  Você  Você tem algo que queira dizer?  —  Eu  Eu não gosto de ser deixado de lado —  ele  ele disse, irritado. —  Mas  Mas eu vou lidar com isso.  —  Ok.  Ok. Então, nós somos um time agora —  Orion  Orion disse, olhando em volta para todos. —  Esta  Esta deve ser uma reunião interessante.

***

 —  Matt!  Matt! —  Claire  Claire estalou. —  Você  Você pode se concentrar, por favor?

A cabeça de Matt virou-se e olhou para Claire sem expressão. Ela tinha acabado de dizer algo sobre Helen, mas ele não tinha certeza do que. Ele estava distraído. Naquele momento, um navio estava pousando na praia de Great Point sob o farol. Era um pequeno navio. Matt não o ouviu raspar através da areia por todo o caminho de sua casa em Nantucket —  nem  nem viu o cofre que três Myrmidons levemente levaram para fora da embarcação, agarrando dos lados, e levando o barco até a praia em uma corrida sem esforço. Matt não estava fisicamente presente quando mais de dez navios de pequeno porte vieram depois e seus soldados tomaram a praia, mas ele estava ciente de que isso aconteceu, como se ele estivesse lá. Mesmo enquanto Claire acenava com a mão na cara dele e suspirava com frustração, seus olhos também podiam ver os passos precisos de seus

 

trinta e três homens enquanto eles caminhavam silenciosamente a partir da linha da água.  —  Saudações  Saudações  —  disse   disse Claire com uma careta preocupada.  —  Você   Você vai aterrissar dessa nave espacial e participar da conversa? Uma risada irônica explodiu de Matt.  —  Aterrissar   Aterrissar do navio  —  ele   ele repetiu quando sentiu membros do seu bando aterrissarem sobre o terreno com uma precisão de soldado. Com essa nova consciência dupla, Matt viu um guerreiro Myrmidon, sua pele negra e brilhante como uma carapaça, se ajoelhar e colocar a mão na areia fria em um movimento elegante e rápido.  —  Ele está aqui. A mente de nosso mestre está conosco agora  —   —  disse  disse  Telamon. Matt lembrou que Telamon era um príncipe de sua espécie, e um dos melhores capitães de Matt.  —  Outra praia, irmãos  —   —  ele  ele disse com tristeza. Telamon esfregou as mãos para limpar a areia. O olhar de desprezo dele deixou claro que ele ainda detestava areia depois de todos esses anos longe de Troia.  —   Quais são as suas ordens?  —  perguntou   perguntou um soldado com olhos negros facetados.  —   Acampar. Vamos esperar pelo nosso mestre aqui  —   Telamon decretou. —  Quando ele estiver pronto, ele vai se juntar a nós.  —  Você  Você está bem? —  Ariadne  Ariadne perguntou em tom de queixa. Matt piscou duro e finalmente foi capaz de banir a imagem em sua cabeça.  —  Eu   Eu estou bem  —  ele   ele disse, concentrando-se na tarefa em mãos.  —  Vá  Vá em frente, Claire.  —   Ok, então como eu disse, a primeira vez que vi algo estranho, bem, mais estranho do que o habitual, foi quando Lennie estava pegando uma colher. Ela balançou  por  por um segundo, como se estivesse tremendo, e então ele simplesmente voou em sua mão.  —   Nós três vimos algo semelhante a isso quando estávamos no quarto de hospital de Andy —  acrescentou  acrescentou Ariadne.  —  Descreva  Descreva —  disse  disse Matt, voltando-se para Andy.  —  Bem,   Bem, em primeiro lugar, ela ficou irritada e, em seguida, ela se acendeu. Faíscas começaram a sair de sua pele e cabelo como chuva  —   Andy disse, sua voz encantadora enchendo com temor enquanto ela se lembrava. —  Todo  Todo o equipamento no meu quarto começou a chacoalhar, e eu poderia jurar que senti minha cama se mexer. Por um momento, o quarto de Matt ficou em silêncio enquanto todos eles pensavam sobre isso.  —  Eu   Eu senti algo estranho assim que Helen ficou irritada no outro dia —  Jason  Jason acrescentou com relutância.  —  O  O que aconteceu? —  perguntou  perguntou Matt.  —  Ela   Ela e Lucas foram checar Jerry, e eles começaram a brigar. Eu acho que foi muito ruim, porque eles desceram para a gaiola de luta para se resolverem. Eu podia jurar que senti a casa vibrar por um segundo.  —  Isso  —  disse  Isso poderia terpara sidoabalar um tremor dequando impactobatem  disse  Eles são fortes o suficiente a casa no Matt. chão. —  Eles

 

 —   Foi antes de eles chegarem lá embaixo. Eles estavam apenas caminhando, Matt  —  Jason  Jason disse com um encolher de ombros. Matt fez

uma pausa, pensando.  —  Vocês  Vocês viram algum raio? —  ele  ele perguntou às três meninas.  —   Não realmente  —   Ariadne disse para eles.  —   O que vimos foi definitivamente eletricidade, mas eu não consigo descobrir por que faria chocalhar as coisas assim. A coisa toda foi simplesmente estranha. E assustadora.  —  A   A voz dela estava estranha  —  Claire   Claire acrescentou, esfregando os braços como se ela tivesse tido um calafrio.  —  Muito   Muito verberativa  —  Andy   Andy disse enfaticamente.  —  Eu   Eu sou uma sereia, eu conheço as vozes, e eu nunca ouvi nada parecido antes.  —  Ela  Ela parecia uma deusa —  Ariadne  Ariadne disse, resumindo para os três.  —  Algo  Algo aconteceu com ela, gente.  —  Você  Você acha? —  disse  disse Jason, revirando os olhos. —  Depois  Depois de tudo que ela passou, ela é obrigada a ter mudado um pouco. Isso não significa que ela mudou de uma maneira ruim. Deem a ela alguma folga. Ela acabou de lutar com um deus.  —  E   E ganhou  —  Matt  Matt acrescentou calmamente.  —  Ela   Ela lutou contra um deus e ganhou. Quão forte você acha que ela teria que ser para fazer isso?  —  Mais  Mais forte do que qualquer outro Descendente. De todos. —  A  A voz de Ariadne tremeu.  —  Ela  Ela foi torturada , gente —  Jason  Jason respondeu com firmeza.  —   Exatamente  —   respondeu Ariadne.  —   E você acha que uma experiência como essa vai mudá-la para melhor ?  —  Isso  Isso é ridículo —  Jason  Jason disse com raiva. Ele virou-se e foi para a porta.  —  Jason  Jason —  Claire  Claire começou, mas ele se virou para trás e a cortou.  —  Eu  Eu sei que você e Helen foram melhores amigas desde que eram pequenas, e que ela está mudando muito e está assustando você. Mas todo mundo muda. Só porque você não entende o que está acontecendo com Helen não significa que você tem alguma razão para ter medo dela. Espero que todos percebam isso antes de fazerem algo estúpido.  Jason deixou-os girando em em torno e olhando uns para os outros outros..  —  Há  Há mais uma coisa —  disse  disse Claire, sua voz forçando seu caminho através de sua garganta apertada.  —   Eu tentei falar com Helen sobre como ela está mudando. Ela deixou bem claro que ela não se importava. Ela só quer ganhar.  —  Claire   Claire esfregou os braços de novo, como se ela estivesse com frio.  —  A   A Helen que eu conhecia não se preocupava com ganhar. Ela nunca sequer tentou ganhar uma corrida de trilha antes. Ela estava com medo. Todos eles estavam. A pior parte era que Matt tinha a sensação de que eles deveriam  estar.  estar. Matt pensou novamente sobre aquela questão moral que Zach perguntou uma vez. Será que Matt realmente mataria alguém que não tinha feito nada ainda, para impedir essa pessoa de, possivelmente, matar milhões de pessoas? Isso era certo?

***

 

   —  Quanto mais tempo, capitão?  —   —  perguntou  perguntou um dos Myrmidons.  —   Em breve   —   Telamon respondeu.  —   O mestre ainda está em

conflito.  —   Impossível    —   disse outro soldado. Seus olhos brilhantes e vermelhos se estreitaram com emoção.  —   Não pode ser ele se ele oscila. Aquiles nunca se deixaria influenciar de nossa verdadeira missão. Ele morreu por isso.   —  Paciência  —   —  Telamon  Telamon disse em modo de comando.  —   Paciência   —   os Myrmidons gritaram de volta com reverência silenciosa, como se estivessem recitando o catecismo. Este era um ritual que tinham realizado muitas vezes.  —   Lealdades antigas de sua vida mortal ainda influenciam ele   —    Telamon continuou, momentaneamente colocando uma mão reconfortante no ombro de um companheiro, como um conselheiro simpático ou um padre.  —   Mas lealdades que são mais antigas ainda estão começando a surgir. Coragem.   —  Coragem  —   —  os  os soldados repetiram em uníssono, logo que Telamon pronunciou a palavra. Sua versão de soldado de “amém” trovejou através das dunas, e a força de suas vozes combinadas levantou ondas de areia nas dunas ondulantes e enviou-as no ar como fumaça sobre a água.  —   O fim deste ciclo está próximo    —   Telamon continuou com conhecimento de causa. —  E, no final, o coração de nosso mestre vai trazê-  lo de volta para nós. Amigos, lembrem-se. A lâmina escolheu este navio em especial porque a lâmina sabe que essa embarcação, acima de todas as outras, compartilha o nosso desejo.

***  —  Matt?  Matt? —  perguntou  perguntou Ariadne.

Matt piscou duro novamente e incidiu sobre ela. Ela parecia preocupada.  —  Primeiro  O que você achaque quedescobrir devemos ofazer?  —    O Primeiro temos quão longe ela está disposta a ir  —  ele  ele disse gravemente.  —  E  E então cada um de nós vai ter que decidir...

cada um de nós por nós mesmos... quão longe estamos dispostos a ir para impedi-la.

 

CAPÍTULO 9 Traduzido por I&E BookStore

N

aquela noite, Lucas se vestiu com cuidado. Ele sabia que a reunião das Casas era um assunto semiformal, mas isso não queria dizer que ele ia usar qualquer coisa que pudesse restringir seu movimento. Ele não confiava em nenhum dos convidados que estavam prestes a receber, e não havia nenhuma maneira de ele vestir qualquer coisa que possa atrapalhá-lo em uma luta. É claro, lutar era estritamente proibido nestas reuniões. Mas Lucas sabia que esta ia ser a primeira vez em vinte anos que a maioria destas pessoas tinha visto uma a outra. Além disso, muitas delas haviam matado alguém que outra pessoa na sala tinha amado muito. Era um  jogo de rancor esperando esperando para acontecer. Lucas desceu as escadas e encontrou a metade de osua família da se aglomerando ao redor da TV na sala de estar, ouvindo noticiário noite. As imagens na TV mostravam uma tempestade com raios intensa sobre o que parecia ser uma cidade às escuras.  —  Essa  Essa é Manhattan?  —  perguntou  perguntou Lucas, movendo-se mais perto da tela.  —  Sim  Sim —   sua sua mãe respondeu, com a voz tranquila com o choque. —   A cidade inteira está escura. Lucas só podia imaginar o caos que causaria em Nova York. Linhas de metrô seriam paradas nos trilhos com pessoas dentro, os elevadores ficariam fechados, pessoas ficariam encalhadas no topo dos edifícios  —   para não mencionar a anarquia que seria ser obrigado a sair no escuro.  —  Por  Por que Zeus faria algo assim? —  perguntou  perguntou Andy.  —   Para nos lembrar que ele pode  —   Hector respondeu, sua mandíbula imóvel. Houve uma batida na porta da frente, e Lucas ouviu todos inalarem uma respiração tensa.  —  Eu  Eu atendo —  Kate  Kate ofereceu, mas Noel colocou a mão no ombro de Kate para impedi-la.  —  Tem  Tem que ser eu —  Noel  Noel disse gentilmente. —  É  É o meu lar. Lucas seguiu até a frente da casa. Quando Noel abriu a porta, Lucas sentiu como se alguém o tivesse chutado no intestino. O homem de pé na porta tinha cabelo preto, olhos azuis brilhantes e um corpo alto e atlético. Parecia com Lucas daqui a vinte anos.  —  Dédalo  Dédalo —  Noel  Noel disse através de uma mandíbula cerrada.  —  Noel  Noel —  Dédalo  Dédalo respondeu. Ele cruzou os braços em um X sobre o peito e inclinou-se respeitosamente, mas estava claro que eles não tinham boas relações. Lucas não conseguiu respirar por um momento. Tinha sido dito a ele muitas vezes que parecia que ele era da Casa de Atenas, mas ele não

 

tinha ideia de que ele se parecia tanto com o homem que havia matado seu avô.  —  Bem-vindo  Bem-vindo  —  disse  disse Noel, mal querendo dizer isso.  —  Eu  Eu ofereço a minha hospitalidade.  —  Sinto-me   Sinto-me honrado  —  disse   disse Dédalo, e entrou. Seus olhos foram diretamente para Lucas, e ele sorriu com tristeza em reconhecimento. Então seus olhos passaram de Lucas e endureceram.  —  Olá,   Olá, meu filho  —   ele ele disse, e por um momento confuso Lucas se perguntou se Dédalo estava falando com ele.   —  Pai  Pai —  Orion  Orion disse formalmente. Lucas se virou para ver Orion em pé bem atrás dele com um olhar fechado em seu rosto. Ele estava tão atordoado com a aparência de Dédalo que ele não tinha notado Orion e Hector juntando-se a eles. Dédalo avançou, seu andar orgulhoso e mais que um pouco intimidante. Ele ofereceu sua mão para seu filho, e Orion sacudiu-a sem sorrir.  —  Você  Você parece forte —  disse  disse Dédalo, seus olhos medindo Orion.  —   Eu sou  —   Orion respondeu laconicamente. Seus olhos se encontraram, e Dédalo foi o primeiro a desviar o olhar. Lucas nunca tinha ouvido Orion falar tão friamente, mas depois da maneira como seu pai o tinha abandonado, Lucas não poderia culpá-lo. Se Dédalo notou que Orion estava sendo estranhamente duro, ele não demonstrou. Ele olhou para a direita atrás de seu filho com raiva para Hector.  —  Ajax  Ajax —  ele  ele disse em voz baixa. Por um momento, seu rosto parecia arrependido antes de endurecer novamente em uma carranca proibitiva.  —  Venha  Venha para dentro —  disse  disse Noel. —  Meninos,  Meninos, abram espaço. A reação instintiva de proteger seu território brotou em Lucas. Ele não queria deixar Dédalo passar, e ele podia dizer que Hector e Orion se sentiam da mesma maneira que ele. Todos eles se mantiveram firmes.  —  Oh,  Oh, vocês vão se afastar ? —  Noel  Noel resmungou impaciente quando ela passou por eles. —  Não  Não importa que as Fúrias se foram, vocês ainda agem como uma matilha de cães selvagens. Todo mundo tem que cheirar o traseiro de todo mundo. Dédalo conseguiu abrir um sorriso e seguiu Noel. Hector, Lucas e Orion finalmente relaxaram e o deixaram passar.  —  Embaraçoso  Embaraçoso —  Hector  Hector disse após Dédalo ter passado.  —   Um raio regular da luz do sol, não é?  —   Orion disse sarcasticamente,, agindo mais como ele novamente. —  Oh, sarcasticamente  Oh, e essa é a sua “cara feliz” a propósito.   —   Por Por que você não me avisou que eu pareço tanto com o seu pai?  —  perguntou  perguntou Lucas, olhando para Orion.  —  Eu  Eu achava que você sabia —  Orion  Orion respondeu, dando de ombros.  —  Eu  Eu sabia que havia algum tipo de semelhança, mas isso é ridículo. Como diabos eu deveria me sentir sobre isso?  —   Não Não é nenhum piquenique para mim, também. Toda vez que eu olho eu vejo meuque pai. todos As Moiras gostam de mexer a gente, Luke.para Elasvocê fazem issoopara nós pareçamos com acom pessoa que seria mais irônico nós parecermos.  —  Orion   Orion sorriu de repente.  —  Veja   Veja

 

Hector. Ele se parece com alguém que todos gostaram, mas ele é um idiota.  —   Obrigado, amigo  —  Hector   Hector respondeu brilhantemente, como se Orion tivesse acabado de lhe dar um elogio. Todos eles riram, e a tensão se dissipou um pouco.  —  Não   Não deixe que ele desconcerte você  —  Orion   Orion avisou seriamente, com as sobrancelhas levantadas. —  Temos  Temos outras coisas com o que lidar esta noite.  —  Eu  Eu não vou deixar —  Lucas  Lucas disse com firmeza. —  Eu  Eu sei por que eu estou aqui.  —   Ele sabia que Orion tinha entendido que ele estava falando sobre a proteção de Helen.

*** Helen podia ouvir muitas vozes desconhecidas do andar de baixo à medida que mais e mais Descendentes chegavam para a reunião das Casas. Ela podia sentir a tensão aumentando através do chão como o profundo tamborilar de uma caixa de autofalante. A nova sensibilidade de Helen às emoções a deixou aberta para as turbulências de todo mundo. Ela não sabiahavia todosmuitas os detalhes guerra que há vinte anos, mas ela estava certa de que contasdaantigas ainda precisavam ser ajustadas. Uma história acabada, uma mistura tóxica de ódio, amor e perda ameaçava explodir em violência a qualquer momento. Parecia para Helen como se ela estivesse de pé em cima de uma bomba. Helen puxou nervosamente sua roupa. Era um pouco mais sofisticada do que ela estava acostumada. Ela sempre foi uma espécie de garota de roupas de promoção, mas Daphne tinha lhe trazido um traje de um designer, insistindo que a faria se sentir mais confiante. Em vez disso, ele a deixou mais nervosa. Helen tinha certeza que as botas de couro amanteigado que ela usava valiam mais do que todo o seu guardaroupa. Ela se perguntou de onde sua mãe tirava o dinheiro para pagar todas as roupas, mas decidiu que não queria saber. Daphne não tinha nenhum problema roubar tesouros inestimáveis dedemuseus. Helen tinha certeza de queem os sistemas de segurança das lojas departamento nem sequer apareciam em seu radar. Por um momento, Helen imaginou sua mãe deixando um rastro de caos atrás dela enquanto ela vinha de Terra Nova a Nantucket da casa de Dédalo para a reunião na casa dos Delos  —   carros roubados, lojas roubadas, corações partidos se acumulando por trás dela enquanto ela viajava. Sua mãe tinha estado de volta por uma hora, e tudo que Helen conseguia pensar era em quantas leis Daphne tinha quebrado desde a última vez que viram uma a outra.  —  Pare  Pare de se mexer —  disse  disse Daphne. Ela puxou a corrente em volta do pescoço de Helen e pegou o colar de coração, colocando o amuleto sobre as roupas de Helen. —  A  A Casa de Atreu é descendente de Zeus, por isso é o ranking mais alto. Nós nos juntamos ao grupo inferior ao último  —  disse  disse Daphne, treinando Helen. —  O  O último, é claro, é o Oráculo.

 

Helen se afastou de sua mãe, pegando uma escova de cabelo para esconder o fato de que ela não queria ser tocada por ela. Daphne notou, de qualquer maneira.  —   Está na hora. Todo mundo está aqui  —   Daphne disse bruscamente.  —  Como  Como você sabe? —  perguntou  perguntou Helen.  —  Eu   Eu reconheço todas as suas vozes.  —  Daphne   Daphne riu sem alegria e colocou o cabelo atrás da orelha com o dedo mindinho.  —  Algumas  Algumas das pessoas lá embaixo eu conheço melhor do que você.  —  E  E de quem é a culpa?  —  Não  Não é culpa —  Daphne  Daphne disse gentilmente. —  Escolha.  Escolha. Foi minha escolha, Helen, e era o caminho certo. Você realmente estava melhor sem mim. Helen abriu a boca para discutir com Daphne, mas parou. Como uma Detectora de Mentiras, ela podia ouvir a verdade na voz de Daphne. Daphne não estava falando uma frase pronta ou tentando desculpar-se por ser uma mãe ruim. Ela realmente acreditava que ela tinha feito a coisa certa e, pensando em seu pai que ainda estava dormindo no final do corredor, Helen concordou. Ela tinha sido melhor sem sua mãe. Daphne poderia ter abandonado ela, mas ela a tinha abandonado em uma vida melhor  —  uma   uma vida mais feliz  —  com   com Jerry como seu pai, e Claire e Matt como seus melhores amigos. Daphne deve ter precisado de muita disciplina para fazer isso. Helen começou a entender quão sortuda ela tinha sido. Ela teve cerca de dezessete anos de vida normal que tinha transformado ela na pessoa que ela era agora. E Daphne tinha sido a única a dar isso a ela ao partir.  —  Obrigada  Obrigada —  Helen  Helen sussurrou.  —  De  De nada —  disse  disse Daphne de volta de forma vazia. Surpreendida com seu tom de voz, Helen olhou para o peito de Daphne e não viu nada além de um vazio —  um  um buraco negro constante, como um poço sem fim de vazio em vez de um coração. Ela afastou-se de sua mãe. O gesto não passou desperce despercebido bido por Daphne.  —  O  O que foi, Helen? O que foi?  —  ela  ela perguntou.  —  O   O seu coração se foi  —  Helen   Helen respondeu, muito sobrecarregada pelo buraco antinatural dentro de Daphne para se lembrar de esconder seus novos talentos.  —   Ele morreu no dia que Ajax morreu  —   Daphne respondeu simplesmente.  —  Mas   Mas não há nada  aí.   aí. Nem mesmo um coração partido  —   disse Helen, sacudindo a cabeça.  —   Você não está triste, com raiva ou magoada. Você não sente nada. Isso não pode ser natural.  —   Ela encontrou os olhos de Daphne e agarrou seu pulso para evitar que ela se afastasse. —  O  O que você fez, mãe? —  Daphne  Daphne tentou se afastar de Helen, mas sua filha era muito forte.  —   Tudo o que restava de meus sentimentos eu troquei a fim de realizar um objetivo. As mulheres fazem isso o tempo todo. Mulheres

Descendentes juravam dianteum de pensamento Hécate  —  disse  disse os  —  Mas olhos com suspeita quando lheDaphne, ocorreu.estreitando   Mas como

 

você pode saber o que eu não  sinto?  sinto? —  Daphne  Daphne murmurou, mais para si mesma do que para Helen.  —  Helen?  Helen? —  Andy  Andy disse quando ela bateu na porta. —  Você  Você está aí?  —  Sim  Sim —  Helen  Helen respondeu. Ela soltou sua mãe e rapidamente virouse para a porta. —  Entre.  Entre. Andy abriu a porta timidamente e olhou para dentro do quarto.  —   Noel está ficando... hum... inquieta  é  é a única palavra polida que me vem agora. Ela disse que você e sua mãe precisam descer antes que alguém mate alguém e suje de sangue todo o seu chão limpo.  —   Ela sorriu e ergueu as mãos. —  Eu  Eu estou citando ela, a propósito.  —  Eu  Eu aposto que sim. —  Helen  Helen riu. —  Estamos  Estamos indo. Ainda havia muito que ela e Daphne precisavam falar, mas como de costume, quanto a sua mãe, Helen ia ter que esperar até mais tarde para obter qualquer resposta. Ela e Daphne seguiram Andy para fora do quarto de Ariadne e foram pelo corredor em direção à escada.  —  Ai,   Ai, ai  —  Daphne   Daphne disse calmamente enquanto seguia a graciosa silhueta de Andy. —  Você  Você não é um peixe raro? Helen viu as costas de Andy endurecerem com a provocação de Daphne e seu andar estabilizou até parar.  —   Eu sou metade sereia  —   disse Andy. Ela se virou para olhar Daphne diretamente nos olhos. —  Você  Você tem algum problema com isso?  —   Não  —   respondeu Daphne. Ela encontrou o olhar de Andy e manteve-se firme. —  Mas  Mas você obviamente tem, e é hora de você superar isso. Daphne passou por Andy. Helen seguiu relutantemente, dando a Andy um olhar de desculpas enquanto ela passava.  —  Hector  Hector não é Apolo —  Daphne  Daphne acrescentou quando ela chegou às escadas. —  É  É hora de você superar isso também.  —  Você  Você não tem o direito —  Andy  Andy começou com raiva.  —   Hector é um dos melhores homens que já conheci, pequena metade sereia que se odeia  —  Daphne   Daphne interrompeu, silenciando Andy. Helen viu os olhos de Daphne endurecerem até que brilharam como diamantes. —  Você  Você não merece ele. Helen balbuciou as palavras eu sinto muito   para Andy enquanto descia as escadas, mas Andy virou nos calcanhares e se foi antes que Helen pudesse terminar. Ainda pensando em Andy, Helen seguiu a mãe para a tensa sala de estar. Seus olhos foram imediatamente para um homem grande e loiro que estava na frente de Castor e Pallas no lugar que ela sabia que estava reservada para o Chefe da Casa de Tebas. Ele tinha que ser Tantalus, e embora ela nunca o tenha encontrado antes, ela o reconheceu. Ela imaginou seu rosto, vermelho, suado, e torcido de raiva enquanto tentava tirar seu filho dela.  Tantalus olhou para Daphne. Foi da mesma forma que Menelau olhou para Helena de Troia. Com o novo talento de Helen ela podia ver seu peito cheio de necessidade. Por um momento, seus olhos se lançaram sobre o ombro de Daphne paravida, pousar em Helen. Elasido estremeceu repulsa, lembrando uma outra quando ela tinha forçada acom ser

 

sua esposa depois de Troia cair. Então seus olhos se voltaram para Daphne, onde permaneceram até o Oráculo entrar. Assim que Cassandra deslizou para a sala, sua pulseira de sininhos tilintou delicadamente, e Lucas, Hector, Orion e Helen se moveram como um só para se juntarem j untarem a ela. Cassandra sentou em sua cadeira gi gigante. gante. Orion situou-se em sua esquerda, Helen à sua direita. Hector e Lucas ficaram atrás de Helen, um em cada lado l ado dela. A explosão das pessoas foi imediata.  —  Helen!  Helen! Volte aqui!  —  Daphne  Daphne repreendeu. Helen de bom grado a ignorou.  —  Lucas...  Lucas... filho  —   —  disse  disse Castor, falando suas palavras bruscamente.  —  Você  Você deve ficar atrás de seu tio Tantalus. —  Lucas  Lucas desviou o olhar de seu pai, com os olhos para a frente e o rosto inexpressivo como um soldado treinado, e não deixou o seu lugar escolhido atrás de Helen.  —  Vocês   Vocês estão vendo? Eu disse a vocês!  —  sussurrou   sussurrou um homem magro, com lábios carnudos. Ele era mais velho, com mais ou menos a idade da mãe de Helen, mas ele era o tipo de cara que ficava mais bonito à medida que envelhecia. Definitivamente alguém da Casa de Roma, ela decidiu. Helen não reconheceu o rosto dele, mas da maneira como Orion e Dédalo lançavam olhares mortais para ele, ela sabia que ele tinha que ser Phaon. Phaon virou as costas para o grupo e se dirigiu a sua facção. —  Orion  Orion não vai mesmo ficar com a gente. Ele não se preocupa com a Casa de Roma, mas vocês ainda o chamam de seu Chefe? Será que precisamos de mais alguma prova de que ele não está apto para liderar? Helen olhou para a ferida supurada que deveria ter sido o seu coração, e seu estômago revirou. O rosto e o corpo de Phaon podiam ser bonitos, mas esta criatura  parecia  parecia que estava podre por dentro. Ela viu o coração de Orion incendiar com raiva. Ela capturou seus olhos e implorou a ele silenciosamente, tentando acalmá-lo.  —  Chega  Chega —  Cassandra  Cassandra ordenou em voz baixa. Um silêncio obediente descendeu quando a atenção de todos se voltou para o Oráculo.  —   Os dias de divisão acabaram. As Casas são uma só, e formamos uma coalizão por nós mesmos para expressar essa união. Cada Casa é representada pelo seu herdeiro, e nós escolhemos Helen como nossa líder.  —   Desafio  —   Phaon disse imediatamente, com um sorriso estampado em seu rosto quando ele avaliou os braços magros de Helen e as mãos macias.  —   Eu desafio Helen Atreu pelo direito de liderar os Herdeiros... e o Oráculo.  —  O   O Natal chegou mais cedo este ano?  —  Hector   Hector falou lentamente enquanto dava um passo para frente, sorrindo de orelha a orelha.  —  Eu  Eu sou o campeão de Helen, idiota. Você a desafia, você luta comigo. O rosto de Phaon empalideceu. Ele balbuciou algo sobre como a sua Casa não permitia campeões, que era uma lei municipal arcaica que devia ser removida. Hector olhou para Phaon quando ele recuou, cada centímetro brilhando como um herói de contos de fadas na frente de um covardedele servil.

 

 —   E você, Orion?  —   Dédalo chamou seu filho em um tom humilhante.  —   Você permite que Helen lidere, e Hector seja seu

campeão... Que honra que o Herdeiro da Casa de Atenas possui?  —  Orion   Orion é o meu campeão  —  Cassandra   Cassandra estalou. Sua boca estava comprimida de raiva enquanto olhava para Dédalo.  —  Isso   Isso é honroso o suficiente para você, Attica? Dédalo curvou-se reverentemente ao Oráculo, os braços cruzados em um X sobre o peito e seu tronco paralelo ao chão enquanto falava. —   Que o Orgulho de Atenas a sirva bem, Sibila, para a glória de nossa casa. Quando ele se levantou novamente ele considerou Cassandra estranhamente, seus olhos correndo dela para Orion e de volta como se não pudesse compreender a sua conexão com o outro. Helen viu a confusão dentro de Dédalo derivando em torno de seu coração como uma fumaça mal-humorada. Enquanto os Chefes da Casa conferenciavam com os seus membros sobre este novo desenvolvimento, Helen olhou para Cassandra e Orion. Cassandra era a mão fria do destino, e como tal ela não deveria ser capaz de ser apaixonada por nada. Ultimamente, ela estava se afastando de todos, incluindo sua própria família, e todos tinham aceitado isso como uma consequência inevitável da sua posição. Mas esse não era o caso com Orion. Ela rosnava como um gato encurralado sempre que alguém desprezava ele. Repreendido, Dédalo transferiu-se de volta para a sua posição na frente de outro homem moreno de olhos azuis da Casa de Atenas. Orion olhou para Cassandra e sorriu. Dentro de seu peito, Helen viu ternura, não atração. Ele, obviamente, gostava de sua “gatinha” e estava grato por ela o ter defendido na frente de seu pai, mas ele não a considerava como uma mulher. A esfera prateada no peito de Cassandra parecia estéril e remota para Helen, como uma estrela morta, mas resplandecente com a sua própria marca de luz mercurial quando Orion sorriu para ela. Ela dançava. Ela brilhava. Ela enchia e transbordava, assim como o coração de qualquer mulher estaria quando o homem que ela adorava sorria para ela.

Era exatamente o que Orion havia dito a Helen que ele sempre quis  —  ser —  e   ser amado mais   —    e lá estava isso, bem na frente dele. Mas ele não parecia ver. Helen olhou para a facção da Casa de Roma, se perguntando se algum deles viu o que ela viu. Phaon estava olhando para Cassandra. Ele olhava provocadoramente para a luz pura e cristalina dentro dela de uma maneira que deu arrepios em Helen. Obviamente, Phaon podia vê-la, mesmo que Orion não conseguisse. Mas o que Orion viu foi Phaon olhando para Cassandra.  —  Nem  Nem sequer olhe para ela  —  Orion  Orion rosnou, pisando na frente de Cassandra e protegendo-a da vista de Phaon. Dédalo e seu em direção a Phaon, tão comsensatos, os olhos gelo azul com ódio.segundo Mesmo caminhou Castor e Pallas, habitualmente reagiram à ameaça a Cassandra e toda a sala parecia se mover em direção

 

a Phaon como uma onda ameaçadora. Daphne interceptou todos eles com as mãos levantadas.  —  Déd,  Déd, eu sei. Eu sei. Mas não aqui, não agora  —  disse  disse Daphne em um tom baixo para Dédalo, com os olhos suplicantes.  —   Castor. Não quebre o seu juramento de hospitalidade. De novo não. Helen sabia que Daphne estava lembrando Castor de como ela tinha sido atacada por Pandora poucos meses atrás, enquanto ela estava sob a proteção de Castor. Dédalo, Castor e Pallas recuaram, mas seus rostos estavam lívidos. O riso estridente de Phaon encheu a sala.  —   Calma, mestiços  —   ele disse enquanto dava sua risada perturbadora. —  Ela  Ela é muito velha para mim.  —  Nojento  Nojento  —  Orion  Orion disse em voz baixa. Ele fez um som sufocado e suas mãos se esticaram, como se quisesse estrangular seu primo. Isso foi o suficiente para Phaon. Helen viu Phaon estender a mão para a lâmina presa às suas costas sob suas roupas. Era o mesmo tipo de bainha que Orion habitualmente usava, exceto que Orion não estava usando naquele momento. Nenhuma arma era permitida em reuniões das Casas, e Helen sabia que Orion estava indefeso. Ela também percebeu que, apesar de sua relutância em lutar com Hector em uma luta justa, em uma luta suja Phaon tinha mais experiência e provavelmente ganharia. Orion poderia ser prejudicado, ou até mesmo morto. Helen sentiu quando todos os seus interiores de repente brotaram asas e tentaram voar para fora de sua boca. Ela não pensou sobre o que ela devia ou não fazer, sobre as regras sagradas da hospitalidade, ou sobre o “cessar fogo” que todos tinham acordado. Tudo o que ela pensava era a lâmina nua na mão de Phaon. Ela chamou o metal. Era semelhante à forma como ela convocava os raios, só que desta vez, em vez de uma lasca brilhante de eletricidade, Helen pegou a mesma força e alargou-a em um campo. Foi como ter uma única moeda e aprender o truque simples de virá-la para descobrir uma cara completamente diferente. Ela usou este campo para arrebatar o punhal do aperto de Phaon.  —  Como  Como você se atreve! —  ela  ela gritou, sua voz saindo dela como um trovão. O punho da arma de Phaon bateu na palma da sua mão, e ela caminhou a frente, levantando a lâmina acima da cabeça para cortar e remover o coração distorcido de Phaon. O interior de suas coxas queimou, e Helen sentiu o chão tremer violentamente debaixo dela. Ela viu Phaon rolar no chão e rastejar na frente dela.  —   Helen! Não!  —   Lucas implorou em seu ouvido, seu corpo em convulsão contra o dela.  —  P...   P... Por favor, p... pare  —  ele   ele gaguejou, seu queixo tremendo incontrolavelmente. Ela olhou em volta, confusa, como se estivesse acordando de um sonho. Lucas tinha pegado ela pela cintura, e ele estava puxando-a para trás. Ela olhou para baixo e viu que sua pele estava brilhando rosa

perolada e azul com bola mais de raio. Lucas agarrou ela, mesmo que naquele momento ela uma estivesse quente do que a superfície do sol.

 

Ela desligou a corrente imediatamente, e ele caiu com um grito. Móveis tombaram, e todos os outros na sala tinham caído do terremoto que ela havia criado. O chão debaixo dela era um grande disco de carvão negro que ainda ardia em torno das bordas como um anel de fogo. Todo mundo olhou para ela, apavorado. Com exceção de Lucas. Suas mãos, peito e rosto estavam negros e sangrentos, queimados até os ossos pela bola de raio que ela havia criado. Ele se contorcia no chão em agonia.  —  Oh,  Oh, não! —  Helen  Helen gritou, agachando-se sobre Lucas. —  Não,  Não, não, não —  ela  ela gritou histericamente hi stericamente.. Lucas gemeu quando ela o tocou. Sua pele crocante descascava e derivava no ar como papel queimado. Ele estava tão terrivelmente ferido e com tanta dor que Helen sabia que não havia nenhum lugar no mundo que ela poderia levá-lo para poder aliviar seu sofrimento. Ela precisava de um novo mundo. Não que Helen tenha esquecido da promessa de Hades que as Moiras iriam trazê-la a isso. Também não se esqueceu sua advertência de que, logo que ela criasse seu próprio mundo, os deuses iriam desafiá-la por ele. Ela simplesmente não se importava. Ela construiria todo um novo universo a partir do zero e enviaria todos do Olimpo para o Tártaro se ela tivesse que fazer  —  qualquer   qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, para curar Lucas. Helen pegou Lucas nos braços. Quando seu coração parou e seus olhos se fecharam, ela criou um portal para seu novo mundo e levou-o para lá.

 

CAPÍTULO 10 Traduzido por I&E BookStore

D

aphne tocou na mão dela na crosta de gelo que se formou sobre o carvão. Insanidades estavam rodando sobre sua cabeça enquanto ela olhava para a superfície queimada que costumava ser um chão da sala, e o gelo como flocos de neve que tinha crescido por cima, abafando o fogo, quando sua filha desapareceu com Lucas. Como ela podia fazer isso?  Daphne  Daphne se perguntou. Daphne nunca tinha esperado que esta reunião fosse bem-sucedida, mas a briga que se seguiu logo que Helen tinha feito sua saída dramática estava subindo a um passo de febril. Antes que todo mundo começasse a cortar uns aos outros em pedaços, Daphne precisou assumir o controle.

Ela não perder estaterremoto? oportunidade.  —   pretendia Você criou esse  —   ela gritou para Orion, interrompendo o caos.  —  Não   Não  —  ele   ele disse. Quando ele recebeu vários olhares incrédulos, ele suspirou e continuou com relutância. —  Helen  Helen fez isso. Ela adquiriu o talento de Criadora de Terremotos de mim quando nos tornamos irmãos de sangue.  —  E  E como é que ela tirou o punhal de Phaon? —  perguntou  perguntou Dédalo.  —  Eletro  —  Pallas  Eletromagnetismo  —   Pallas respondeu. —  Embora  Embora eu nunca ouvi falar de nenhum atirador-de-raios ter voltagem suficiente para criar um campo magnético assim.  —  Ela   Ela é muito poderosa  —  Tantalus   Tantalus disse baixinho para Pallas.  —   Ela poderia matar todos nós. Pallas como Dédalo. A salaconcordou ficou emcom uma cabeça, silêncio assim atordoado enquanto todos eles contemplavam isso. Daphne não podia deixá-los se distrair com esse detalhe agora. Ela pegou o Ramo de Eneias, disfarçado como um punho de ouro no pulso de Orion enquanto ela se levantava.  —  Você  Você abriu um portal com isso e empurrou Helen e Lucas através dele?  —  Não.   Não. Eu só posso abrir portais permanentes, não criá-los  —  ele   ele respondeu. —  Apenas  Apenas Helen pode fazer seus próprios portais onde quer que ela queira.  —   O gelo?  —   perguntou Daphne, convidando-o a explicar. Ela precisava fazer com que todos pensassem na direção certa.  —  Há   Há sempre gelo quando ela desce. Mas se ela foi para o Mundo Inferior, ela estaria de volta quase que instantaneamente. O tempo para aqui enquanto se está no Mundo Inferior  —  Orion   Orion disse, confuso pela linha de questionamento de Daphne.

 

 —   Esse Esse nem sempre é o caso. Pelo menos não para Helen —  Daphne  Daphne respondeu.  —   Eu não sei por que, mas em uma ocorrência que eu

testemunhei, o tempo passou aqui na Terra enquanto Helen estava no Mundo Inferior. Castor olhou para Tantalus, que Daphne sabia que era um Detector de Mentiras. Tantalus assentiu. —  Ela  Ela está dizendo a verdade —  ele  ele disse.  — 

 — 

 — 

Inferior?  Castor sussurrou, sua voz embargada.   Por que OelaMundo iria levar Lucas para o Mundo Inferior?  Todos tinham sentido o terrível calor da tempestade elétrica de Helen. Exceto por Daphne, que poderia lidar com o intenso calor do relâmpago, o resto deles tinha queimaduras vermelhas e cruas na sua pele exposta. E Lucas tinha se agarrado a ela enquanto ela estava naquele estado. Juntando essa ideia com o Mundo Inferior, todos eles perceberam que Lucas estava morto ou morrendo.  —  Tio   Tio  —  Hector   Hector disse gentilmente. Os olhos de Castor corriam em volta, como se ele nem sequer tivesse ouvido o sobrinho. Hector olhou através da sala para Jason e Ariadne. Todos eles ficaram mudos e procurando uns aos outros para obter respostas.  —  Helen  Helen conhece o Mundo Inferior melhor do que ninguém. Talvez ela conheça um lugar que poderia ajudar Luke? Talvez por isso ela o levou lá  —  disse  disse Jason, pensando em voz alta. Na verdade, ele estava apenas se agarrando a qualquer coisa. Todos olharam para Orion por confirmação.  —  Poderia  Poderia ser isso? —  perguntou  perguntou Castor. Orion deu de ombros e balançou a cabeça como se quisesse dizer que ele não sabia. Ele não parecia muito esperançoso. Daphne permitiu que alguns segundos se passassem para que isso pudesse ser refletido. —  E  E se ela ficar lá com ele, Orion? —  Daphne  Daphne disse baixinho, lembrando-se de não forçar muito. Ela viu o rosto de Orion franzir com o pensamento de perder Helen para sempre. Ele a amava e faria qualquer coisa por ela, assim como Daphne tinha planejado quando ela empurrou os dois juntos no Mundo Inferior. Era previsível, na verdade. Dois adolescentes jovens e bonitos, confrontados com chances incríveis, unidos para combater uma causa comum. Tudo que Daphne tinha que fazer era tornar o relacionamento com Lucas impossível, dar a Orion a chance de ter esperança, e ele certamente se apaixonaria por Helen. Agora tudo que Daphne podia fazer era esperar que ele a amasse o   suficiente ... ... para que Daphne realmente pudesse controlá-lo.  —   Você poderia ir atrás dela?  —   ela continuou, incitando-o, tentando o ângulo certo nesta situação para fazer Orion perceber o que, ou melhor, qual o papel   que ele estava destinado a atuar no próximo Grande Ciclo. —  Você  Você poderia trazê-la de volta?  —  Dos  Dos mortos ? —  Dédalo  Dédalo deixou escapar antes que ele percebesse o que ele estava dizendo. Ele olhou para Castor se desculpando.  —  Sinto   Sinto muito, Castor. Mas seu filho nãoestava pareciatotalmente bem. Castor assentiu. Seu rosto branco, e seus olhos olhavam fixamente para o chão, como se eles não estivessem vendo nada.

 

 —   Nós não sabemos o que aconteceu ainda. Não deixe de ter esperança  —   Tantalus Tantalus sussurrou no ouvido de Castor. Ele apertou seu

irmão no ombro confortavelmente enquanto Daphne mordia a língua para impedir-se de rosnar com o som de sua voz. Ela queria gritar para Castor não confiar nele, mas ela sabia que não faria nenhum bem.  Tantalus falou d dee modo que o resto da sala fosse incluído, facilmente mudando para o papel de líder esteirapensou do desastre. Ele sempre foi o mais carismático de todos eles,na Daphne amargamente. Mesmo quando eles sabiam que ele era mau, eles confiavam nele, de qualquer maneira. Eles queriam  confiar   confiar nele, assim como Daphne tinha uma vez confiado.  —   Eu digo para utilizarem essa reunião para discutir o que nós testemunhamos e como devemos avançar  —  Tantalus   Tantalus disse quando ele se dirigiu ao grupo. Seus olhos se moveram para Phaon e endureceram.  —  Começando  Começando com a forma de punir Phaon por tentar assassinar o Chefe de sua Casa.

*** Andy sentou-se na cozinha com o resto dos não-Descendentes  —   o o restante dos não-Descendentes que não precisavam se deitar. Kate tinha levado Noel para o andar de cima depois que ficou claro que ela não seria capaz de parar de chorar. Noel era uma mulher forte, Andy podia ver isso, mas depois do que aconteceu com Lucas, qualquer mãe teria desmoronado. Matt e Claire esperaram Kate e Noel saírem antes de falarem.  —  Eu   Eu nunca pensei que Helen faria mal a Lucas. Nunca  —  Claire   Claire sussurrou, com os olhos em branco com tristeza.  —   Eu não posso acreditar nisso.  —  Ela   Ela está completamente fora de controle  —   Matt sussurrou de volta. Os dois amigos sentaram-se com os rostos imóveis como máscaras pálidas. Andy não mas elatinha sabiaassegurado o que era malícia quando elaconhecia a via. TerHelen uma como sereiaeles, como mãe isso.  —  Mas  Mas foi um acidente —  disse  disse Andy, defendendo Helen. —  Ela  Ela não teve a intenção de fazer isso.  —   Isso faz com que seja ainda pior  —   Matt respondeu acaloradamente.  —   Você pode imaginar o que teria acontecido se ela quisesse  fazer  fazer isso? Matt, Claire e Andy ficaram sentados em silêncio na mesa e ouviram o resto da reunião. Os Descendentes discutiam sobre como eles iriam dilacerar Phaon. Aparentemente, esse Phaon era muito popular, especialmente com a geração mais velha. Todos queriam um pedaço dele, mas foi Dédalo da Casa de Atenas que reivindicou a maior queixa, e não apenas para vingar o que quase aconteceu com seu filho quando Phaon tentou matá-lo há poucos momentos. Houve a menção de uma jovem chamada Cassiopeia, e a sala ficou

em silêncio. Em seguida, foi unanimemente decidido que Dédalo e Phaon

 

iriam se reunir ao amanhecer para um duelo mortal. Depois disso, a reunião foi encerrada. Segundos depois, Ariadne e Jason se juntaram a eles na cozinha. Os olhos de Ariadne se encheram de lágrimas assim que ela viu Matt.  —   Lucas...  —   ela sussurrou enquanto ela colocava os braços em volta do seu peito. Claire foi para —  Jason e procurou silenciosamente lhe uma pergunta.  É ruim,  É Claire. seu Nósrosto, sentimos seu coração fazendoparar  —    Jason disse sem emoção.  —  Ele  Ele vai sair dessa mesmo assim. Não é? —  disse  disse Claire. Jason deu de ombros, seus lábios tremendo. Claire puxou sua cabeça para baixo e a deixou descansar em seu ombro.  Jason e Ariadne eram talentosos Curadores. Eles sabiam a verdadeira extensão dos ferimentos de Lucas. Eles podem não ter compartilhado os detalhes enquanto eles estavam na reunião, mas aqui na segurança da cozinha de Noel, podiam expressar o que não podiam na frente das outras Casas. Nenhum deles achava que Lucas iria sobreviver. Matt e Claire confortaram os gêmeos o melhor que podiam, mas não havia muito que pudessem fazer além de abraçá-los. Matt e Claire trocaram um olhar sombrio sobre os ombros de Jason e Ariadne. Andy sabia o que eles estavam pensando. Se Helen poderia matar Lucas, a pessoa que ela mais amava, ela poderia matar todos eles. Andy assistiu seus novos amigos se abraçarem por um momento, e depois começou a sentir como se estivesse atrapalhando. Ela não tinha conhecido Lucas realmente, e ela não tinha ideia de como era ter um irmão ou uma irmã —  e  e muito menos qual seria a sensação dele ou dela morrer. Ela sempre quis alguém para amar tanto quanto eles obviamente amavam Lucas. Confusa por ela parecer querer  sofrer   sofrer como eles estavam sofrendo, que ela se sentia quase ciumenta do quão profundamente todos sentiam isso, Andy caminhou para a porta da cozinha que dava para o quintal. Ela era uma criatura do mar, e o mar sempre foi seu maior conforto. Andy imaginou que talvez um mergulho rápido iria clarear sua cabeça o suficiente para que ela pudesse estar lá para ajudar esta família que a tinha ajudado tanto. Pela primeira vez desde que ela tinha sido levada para a casa Delos, Andy deixou a propriedade e se dirigiu para a praia.  —  Ela  Ela caminha na beleza, como a noite —  disse  disse uma voz melodiosa que era profunda, obscura, brilhante e inocente de uma só vez. Inconfundível. Andy congelou, embora ela soubesse que era tarde demais. Ele já tinha visto ela, então não havia nenhum ponto em tentar ficar parada como um cervo mudo no meio da estrada. Apolo não era um carro  —  ele  ele era um lobo. Veados precisam correr dos lobos.  —  Você   Você realmente não achou que eu tinha esquecido de você, não  —  Apolo perguntou quando ele caminhou em direção a ela, iluminado é? pelos Apolo longos raios do sol poente.

 

A borda da água estava apenas a poucos passos de distância. Talvez ela pudesse chegar lá?  —   Eu não iria se eu fosse você  —  disse   disse Apolo, percebendo a sua intenção. Ela sentiu o fundo da garganta fechar com um soluço, convencida de que era isso. Este era o lugar onde ela iria ter uma morte horrível.  — Apolo  —  disse  E eu não  E iria selugar eu fosse  disse o que parecia ser o eco da você  —  voz de de algum da água. A cabeça de Andy se virou para ver Hector emergir das ondas. Sem camisa e vestindo apenas uma calça jeans encharcada, ele atravessou a maré facilmente, como se a água fosse sua aliada. Seu rosto, uma cópia exata de Apolo, estava rígido com raiva. Apolo sorriu para seu Descendente duplicata.  —   Talento interessante você tem sobre a água, filho. Onde você conseguiu isso? Hector não respondeu. Ele foi direto para Andy.  —  Você  Você está bem?  —   ele ele perguntou-lhe suavemente. Ela assentiu com a cabeça e lançou o olhar desconfiado na direção de Apolo, como se dissesse “Por enquanto”. Hector angulou Andy para trás dele e enfrentou Apolo.  —  Ai,   Ai, ai. Quão ousado você é  —  o   o deus advertiu.  —  Você   Você não está nem um pouco preocupado por me desafiar?  —  Não  Não  —  Hector  Hector disse em uma voz firme. Apolo começou a rir. Foi uma risada com sonoridade estranha  —   nem humana, e um pouco menos do que sã.  —   Você deveria estar.  —   Os olhos de Apolo brilharam. Sua pele brilhava com sua própria luz, e, de repente, era como se o deus usasse armadura e carregasse uma espada de bronze grande e pesada. Embora ele estivesse desarmado e seminu, Hector não vacilou e não demonstrou nem um pouco de medo. Depois de um momento, o brilho envolvendo Apolo sumiu e a visão da armadura desapareceu. desapareceu.  —   Você realmente é ele  —   Apolo disse, impressionado.  —   Heitor renascido. E eu deveria saber. Eu andava com ele em sua carruagem em  Troia. Hector não respondeu. Ele olhou para seu adversário, cada músculo acordado sob sua pele. Estando apenas a centímetros de distância de suas costas nuas, Andy podia sentir uma tempestade se agitando dentro de Hector. Ele queria  lutar  lutar com este deus, ela percebeu. O rosto de Apolo contraiu. Ele tinha medo de Hector. Pela primeira vez no que pareciam eras, Andy sentiu algo próximo de alívio.  —   Em breve, filho  —   Apolo disse, falando sobre o confronto que Hector tão obviamente queria. —  Em  Em breve estaremos de volta no campo de batalha, mas desta vez eu lutarei pelo Olimpo, e você pela sua recémfeita Atlântida. E se Zeus não nos obrigar a recorrer a truques como fez da última vez, vamos, finalmente, completar o ciclo das Moiras e provar quem é superior, os pais ou seus Descendente Descendentes. s. Apolo saltou para o céu e voou para longe. Hector o observou ir, pensando no que Apolo tinha acabado de revelar. Andy sabia que ela

deveria estar pensando sobre o que oHector. deus tinha também, o que ela podia fazer era observar Ela dito queria saber mas comotudo ela poderia ter confundido ele com Apolo.

 

Claro, suas características e corpo eram os mesmos, mas os olhos de Hector eram vivos e cheios de emoção, enquanto os de Apolo estavam faltando algo crucial. Algo humano , ela supôs. Os olhos do deus eram mortos como o de uma escultura em mármore, enquanto os de Hector eram rápidos e ferozes... tão cheios de sentimento que pareciam queimar com ele.   Obrigada  —  ela  Obrigada   ela sussurrou, toda a sua vida devida a ele nessas duas —  palavras. Ele olhou para ela e acenou com a cabeça uma vez, então de repente virou-se para ir embora. Ele andou até sua camisa e sapatos, amontoados em uma pilha na praia. Andy seguiu sua figura silenciosa, atordoada.  —  Só  Só isso ? —  ela  ela disse, com a voz ficando incrédula no final. —  Você  Você não vai nem mesmo dizer uma palavra para mim? Você acaba de salvar a minha vida, acena e vai embora como se você fizesse isso toda terçafeira ou algo assim? Hector não olhou para ela. Virando o rosto para longe, ele puxou a camisa sobre a cabeça e estendeu a mão para pegar seus sapatos.  —   Ei!  —   ela gritou. Ele a ignorou.  —   Ei!  —   Ela correu até ele, e empurrou-o mais forte que ela podia.  —   O quê?  —   ele disse, frustrado, enquanto tropeçava para longe dela.  —  O   O que você quer dizer com o quê ?  —  ela   ela gritou de volta para ele sarcasticamente.  —  Quero  Quero dizer, o que você quer de mim, Andy? Você quer que eu vá, ou fique, ou caia morto? O quê?   Seus olhos procuraram os dela. Eles saltaram de um lado para o outro, à procura de algo dentro dela. Andy deu de ombros. Ela não tinha ideia do que ele estava procurando. Ele sentou-se na areia com os sapatos na mão, como se estivesse desistindo.  —   Eu não posso fazer isso com você. Não esta noite  —   ele disse calmamente.  —   Eu acabei de ver o meu irmão ser queimado bem na minha frente... Ele parou e olhou para longe dela, os ombros inchando com uma respiração profunda. Ele se segurou antes que se transformasse em lágrimas. Andy ajoelhou-se na areia ao lado dele enquanto ele lutava, se sentindo horrível. Ele mal estava se contendo, mas ainda assim ele colocou todos os seus outros sentimentos de lado e arriscou sua vida para salvar a dela. E então ela gritou com ele. Não foi seu melhor momento.  —  Sinto  Sinto muito, Hector. —  Andy  Andy tocou em seu braço com as pontas dos dedos. Ele se inclinou um pouco mais perto.  —   A A pior parte é não saber para onde eles foram ou como ele está —   ele confidenciou. —  Eu  Eu odeio  que  que eu não posso ajudá-los. Entende? Ela entendia. Hector era bom em salvar as pessoas. Ela tinha acabado de ver por si mesma que Hector era o tipo de cara que preferiria lutar com um deus do que se sentir inútil. Não ser capaz de fazer alguma coisa era provavelmente o pior tipo de tortura para ele.

 

 —   Orion pode encontrá-los no Mundo Inferior? Oh! Talvez ele poderia até mesmo levá-lo com ele? Você poderia ir buscá-los —  ela  ela disse,

tentando ser útil.  —   Orion não consegue encontrar Helen. É ela quem encontra ele   quando eles se encontram no Mundo Inferior  —   Hector respondeu, balançando a cabeça.  —  Eles  Eles passaram todo esse tempo lá juntos, e eles não têm um ponto de encontro?  —  Tempo   Tempo e espaço não são como são aqui, e Helen é Aquela que Desce, não Orion. Ele podia procurar por ela, mas a menos que ela saiba que ele está procurando por ela, e ela vá até ele, eles nunca se encontrarão. —   Hector Hector empurrou um pouco de areia ao redor com suas mãos, girando os dedos através dela em frustração. —  Helen  Helen é a única no controle.  —  Eu  Eu tenho ouvido isso bastante ultimamente. —  Andy  Andy olhou para as formas que ele estava fazendo na areia e franziu a testa. —  Então,  Então, tudo o que podemos fazer é esperar que Helen volte? Isso I sso é muito chato.  —   É É por isso que eu precisava de um mergulho. Há alguma ninfa ni nfa da água na minha família, e eu sempre me senti em casa no oceano  —  ele   ele disse, sorrindo e olhando para a areia. —  Ajuda  Ajuda a me acalmar.  —  Eu   Eu também.  —  Ela   Ela olhou para seu perfil, se perguntando como eles já tinham tanto em comum. Eles nunca tinham dito mais do que algumas palavras um para o outro, mas ela o entendia perfeitamente. —   E quase entrar em uma briga com um deus não é exatamente calmante. Me desculpe por isso.  —  Não.  Não. Não diga isso. Ele olhou para ela, e ela se esqueceu de como respirar. Ele era bonito, com certeza. Mas a beleza é fácil. Não foi isso o que a moveu. O que a moveu foi toda a vida que ela viu dentro dele. Ele tinha um espírito tão forte que parecia sair de seus olhos e agarrá-la.  —  Você  Você aparecer foi a melhor coisa que me aconteceu durante todo o dia —  ele  ele disse, arruinando totalmente o momento. Andy se encolheu. —  É,  É, bem. Obrigada? —  ela  ela disse duvidosamente.  —  Mas  Mas eu ficaria mais impressionada com essa frase se eu não n ão soubesse a porcaria de dia que você teve. Ambos riram.  —  Essa  Essa frase foi bastante patética, não foi? —  ele  ele perguntou, tirando sarro de si mesmo.  —  Eu  Eu já ouvi piores, mas sim. Foi muito ruim. —  Ela  Ela sorriu para ele e ergueu as mãos, incrédula. —  O  O que aconteceu? Eu soube que você era totalmente bom de papo.  —  O  O que posso dizer? Eu estou fora de forma —  ele  ele riu, e olhou para longe, ficando quase tímido.  —  Então   Então eu não vou ficar de papo ao seu redor.  —  Que   Que bom  —  ela   ela disse calmamente, deixando a piada continuar.  —  Eu  Eu gosto mais de você desse jeito, de qualquer maneira.

olhou para ela comcom o canto olhos Não e sorriu, Andy sabiaQuando que ela ele nunca o confundiria mais dos ninguém. importava quem ele era. Hector era único. Andy também sabia que, gostando ou

 

não, a partir daquele momento nenhum outro homem jamais se igualaria a ele em sua mente.

*** Matt observou Apolo deixar Hector e Andy na praia e relaxou seu controle sobre o seu punhal, grato que nada tivesse acontecido. Ele sabia que não poderia ter permitido Apolo ferir a garota, mas interferir teria causado uma confusão inteira de problemas. Matt ainda estava tentando se convencer de que ele poderia viver com algumas dúvidas, desde que o mal maior fosse exterminado. Ele estava feliz que ele não teve que enfrentar essas dúvidas ainda, e ele esperava que os deuses não o colocassem em uma posição onde ele teria que fazer isso. Matt foi até a praia em silêncio. Silencioso Si lencioso como ele estava, ele sabia que a única razão de Hector não ter ouvido ele era que ele estava distraído por Andy. Ele e Andrômaca foram reunidos. Pelo que Matt viu eles tinham o mesmo tipo de amor de antes. Um companheirismo afetuoso e humorístico que poderia sobreviver a qualquer coisa  —   até mesmo a guerra, a fome e a perda de outros entes queridos. Seu amor era uma das razões pela qual Troia tinha resistido ao cerco. Matt desejava-lhes o melhor e esperava que se desenrolasse de uma forma diferente desta vez. Ele realmente gostava de Hector. Ele sempre gostou, apesar de suas diferenças políticas profundas. Hector era o único que realmente o entendia. Essa é a coisa sobre muralhas , pensou Matt. Os homens de cada lado delas, por vezes, têm quase tudo em comum —  exceto  exceto por um detalhe que eles estão dispostos a matar uns aos outros. Correndo até a praia para o Farol F arol Great Point, Matt podia vagamente distinguir as tendas de acampamento de seu exército. Bem camuflado mesmo durante o dia, parecia nada mais do que dunas de areia para um observador casual, mas Matt podia vê-los pelo que eles eram. Ninhos de Myrmidons.  —  Mestre  Mestre —  disse  disse Telamon, aparecendo silenciosamente ao lado de Matt. Matt sorriu e apertou-lhe calorosamente pelos antebraços em saudação. Ele ficou surpreso ao sentir um laço tão profundo com o capitão. Boas recordações brotaram em Matt, lembrando-o do vínculo que compartilharam um dia. Telamon olhou para o rosto de Matt.  —  Eu   Eu não pareço nada com ele, Telamon  —  Matt   Matt disse com uma risada.  —  Não  Não é a aparência que importa —  ele  ele respondeu com sinceridade.  —  É  É sua convicção que conta.  —   Eu sei no que eu acredito. Eu teria acreditado mesmo que o punhal nunca tivesse chegado a mim. Sei disso agora, e eu sei o que tenhoEle quetomou fazer —   Matt disse comdetristeza,  Matt soltou de seu homens velho amigo. conhecimento uma emassa que se deslocavam para fora das dunas. Eles se reuniram em torno de Matt

como uma névoa que se eriçava com as flechas e espadas.

 

 —  E  E é precisamente por isso que o punhal escolheu você. —  Telamon  Telamon

recuou e levantou a voz ligeiramente, incluindo os outros trinta e dois Myrmidons neste reencontro.  —  O   O mestre nunca forçaria suas crenças sobre outra pessoa. É por isso que demorou tanto tempo. Ele esperou até que encontrasse um espírito que combinava com o seu próprio. Os soldados que aparentemente surgiram do nada passaram na frente Matt, dos cada rostos um deles seu rosto como características Telamon tinha feito. de Alguns deprocurando seus soldados tinham monstruosas como de uma formiga, com antenas, olhos brilhantes totalmente pretos, ou pele de lagosta vermelha que pareciam ser feitas de carapaça. Alguns pareciam quase humanos do lado de fora, mas Matt sabia que não eram. Matt reconheceu-os um por um. Eles devem ter reconhecido algo familiar sobre ele também, porque quando cada um deles olhou para ele, olhares satisfeitos estavam espalhados por seus rostos.  —  Eu  Eu conheço todos vocês, e noto que muitos de nós foram perdidos ao longo do caminho —  disse  disse Matt com emoção real. Eles haviam esperado por ele por tanto tempo, e cada um deles tinha vindo quando foram chamados. Matt não poderia viver consigo mesmo se ele não fosse honesto sobre a dúvida que ele ainda sentia. —  Sinto  Sinto muito, irmãos. Eu não tenho certeza que esta guerra é justa. Não é nosso objetivo que eu questiono. Eu sei o que é certo, e eu sei que eu preciso fazer isso, não importa o quão difícil seja para mim. Mas eu ainda tenho reservas sobre qual lado nós lutaremos.  —  Como  Como você fez em Troia —  Telamon  Telamon disse com um meio sorriso de cumplicidade, como se estivesse lembrando Matt que nada tinha mudado. —   Você Você não luta por nenhum rei e nenhum país, Mestre. Você luta pelo direito de cada homem decidir seu próprio destino. Como cada um de nós decidimos por nós mesmos quando nós juramos sobre a espada.  —  Juramos sobre a espada  —   —  a  a massa de Myrmidons sussurrou.  —  Um  Um homem, um voto —  Telamon  Telamon solicitou.  —  Um homem, um voto  —   —  os  os Myrmidons gritaram de volta. Matt esperou o coro de fiéis se estabelecer estabelecer antes de continuar. Havia algo sobre a sua obstinação que o perturbou, especialmente por que o que eles estavam repetindo em uníssono era a base do pensamento individual  e  e a joia da filosofia grega. A ideia de “um homem, um voto” foi o início da democracia. Pobre ou rico, deus ou mortal, Matt acreditava que cada ser deveria ser contado de forma igual. O fraco tinha tanto direito de decidir por si mesmo como os poderosos. Essa crença era algo que ele morreria para defender. Matt também sabia que quando um indivíduo adquiria muito poder, aqueles sem poder sofriam e, geralmente, morriam. Ele não podia viver consigo mesmo se ele deixasse isso acontecer. Não quando ele podia impedir. Mas ele não queria cometer os mesmos erros que ele cometeu em Troia.  —  O  O deus Hermes me informou que vários Descendentes desejam se  juntar nossa causa causa contra Tirano, Tirano, mas eu não confio cDevemos onfio neles. O que eu quero éàque cada um de vocêsoconsidere o seguinte: ir sozinhos?  —   perguntou Matt, dando um passo para trás e erguendo a voz para

 

incluir todos os seus homens na presente decisão decisão.. —  O  O que vocês dizem? Deveríamos deixar Hermes organizar para todos nós um encontro com os Descendentes?? Ou podemos fazer isso sem fazer alianças com as pessoas Descendentes e com os deuses que não são muito melhores do que o mal que lutamos contra?  —   Nós lutamos e morremos por um propósito, Mestre  —   disse  Telamon. A palavra sussurrada através homens em Mestre   foi Matt concordância, e transtornaram novamente.  —   dos Sozinho ou com aliados, não importa. Quando você luta, aqueles que buscam o mesmo objetivo que você irão reivindicar o crédito pelas suas vitórias quer você queira eles ou não. Só uma coisa realmente importa. Matt assentiu, sua decisão tomada, apesar de tudo o que sabia que iria custar-lhe. —  O  O Tirano deve morrer.

*** Helen estava na grama, olhando para Lucas enquanto ele dormia. Em seus primeiros momentos, este novo mundo que ela criou não era nada mais que isso  —  grama   grama macia sob ela, um sol no céu azul acima dela e Lucas ao lado dela. Então, o mundo cresceu, porque ele estava sofrendo. Ela desejou que o sol levasse sua dor embora, o ar curasse suas feridas e o chão o alimentasse para que ele não precisasse de comida ou água. Em segundos, Lucas estava saudável e perfeito novamente. Seus olhos se abriram e encontraram os dela, e todo o mundo de Helen estava nele.  —  Oi  Oi —  ele  ele disse, um sorriso se espalhando pelo seu rosto.  —  Oi  Oi —  ela  ela respondeu, sorrindo para ele.  —  Eu  Eu estou morto?  —  Nem  Nem um pouco.  —  Oh,  Oh, que bom. —  Ele  Ele olhou para o céu brilhante e branco. Helen não tinha tido a chance de colocar quaisquer nuvens nele ainda. Nuvens surgiram existência quando elasnão ocorreram a ela, escondendo o sol amarelo na perfeitamente para Lucas ser cegado por ele.  —  Você   Você tem certeza que eu não estou morto? Porque eu me sinto meio morto —  ele  ele disse, desconfiado. Helen riu e colocou a mão em seu peito. Por um momento, o bater constante de seu coração era o único som no mundo de Helen.  —  Você   Você não parece morto para mim.  —  Isso  Isso é tudo o que importa —  ele  ele disse, virando a cabeça para olhar para ela. A preocupaçã preocupação o obscureceu seus olhos. —  Eu  Eu sei que isso não é possível. O que você fez, Helen?  —  Eu  Eu criei um mundo para você. Lucas sentou-se e olhou em volta, e ela sentiu-se subitamente tímida, como se sentada ele estivesse olhando paracavalete. uma pintura inacabada, e ela ainda estivesse em frente a seu Helen desejou que a grama se esticasse e se transformasse em um campo. Ela colocou flores

na grama, abelhas nas flores e encheu o ar com o cheiro e os sons da

 

primavera. Ele viu o mundo crescer, como um tapete desenrolando em todas as direções e olhou para Helen. Ele baixou a cabeça, sacudindo-a.  —  Faz   Faz sentido. Se alguém fosse dotado o suficiente para criar um mundo totalmente novo, seria você, não é?  —  Eu  Eu não sou a única que já fez isso —  ela  ela admitiu, sentando-se ao lado de Lucas e observando-o seriamente. —  Hades  Hades fez isso. Zeus fez isso. Morfeu isso. E... fez ?isso.  —  Atlanta.   fez Atlanta. A deAtlanta Atlântida   —  ele   ele perguntou, franzindo a testa em reflexão. Helen assentiu. Lucas se virou para ela, muito sério.  —  Helen,  Helen, você sabe onde Atlântida está? Helen engoliu em seco e assentiu. Como a remoção de um Band-Aid, ela achou que seria melhor se ela acabasse com isso rapidamente.  —  Ela  Ela se foi. Eu não sei todos os detalhes, mas Hades me disse que ela afundou para sempre quando Atlanta perdeu algum tipo de desafio.  —   Helen Helen observou o rosto de Lucas murchar, como se algo em seu corpo doesse. —  Sinto  Sinto muito, Lucas. Não há Atlântida.  —  Não.   Não. Mas há isso aqui  —  ele   ele disse, elevando seu humor. Helen olhou para ele, intrigada.  —  Sim,  Sim, mas sem Atlântida significa que não há imortalidade. Todos esses anos as casas estiveram matando umas as outras para chegar a Atlântida e se tornarem imortais... e tudo isso é um conto de fadas.  —   Eu aposto qualquer coisa que seu mundo é melhor do que Atlântida foi. E eu aposto que se Atlanta podia tornar as pessoas imortais, você também pode.  —   Bem, Bem, obrigada, mas tudo o que eu fiz até agora foi um campo de flores. Nada de vida eterna. Ele olhou para ela por alguns momentos. Helen conhecia este olhar. Ele dava a ela quando ele estava tentando descobrir a melhor maneira de explicar algo complicado para ela.  —  Desembucha   Desembucha  —  ela   ela gemeu, sorrindo para a lição inevitável que ele estava prestes a lhe dar.  —  Eu   Eu só estou pensando em como o seu mundo funciona. Tudo o que você quer que aconteça, acontece, não importa o quão louco é, certo? Mas ainda há regras  —   disse Lucas, falando e pensando ao mesmo tempo. —  Deixe-me  Deixe-me colocar desta forma. Você curou meu corpo. E eu sei que eu estava muito perto de morto.  —  Sim,  Sim, mas...  —  Quando  Quando voltarmos para o outro mundo. Ah, a Terra  —  ele  ele disse, fazendo uma careta para o quão estranho era dizer isso.  —  Eu  Eu suponho que minhas feridas não vão voltar, não é?  —  Claro  Claro que não. Você está curado.  —  Então   Então você mudou meu corpo. Tudo o que você fez com o meu corpo aqui permanecerá quando voltarmos para a Terra. Essa é uma das regras.  —  Lucas  Lucas esperou que Helen acenasse, o que ela fez lentamente, ainda tentando acompanhar ele.  —   Então isso quer dizer que você poderia me tornar imortal aqui e eu ficaria desse jeito, para sempre, não importa para qual mundo fôssemos? Helen olhou para ele.  —  Como   Como você faz isso? Como você descobre tudo tão rápido?

 

 —   Você pode ser toda-poderosa, mas nada bate a velha lógica simples. —  Ele  Ele sorriu para ela. —  Estou  Estou certo? Você pode tornar qualquer

um imortal, trazendo-os aqui e desejando isso? Ela concordou em silêncio, pensando em como ela se machucou em Hades e acordou em sua cama na Terra ainda ferida. Ela sabia por experiência que se algo acontecesse com o corpo em um mundo isso seria transportado paraisso todos os outros. mesmo seria para a imortalidade. Helen sabia que estava certo, O implicitamente, da mesma maneira que ela sabia que seus pés estavam lá, mesmo quando ela não estava pensando sobre eles. Ela poderia tornar a si mesma e Lucas imortais apenas pensando nisso aqui em seu mundo. Apenas um desejo feito aqui neste mundo, sentada na grama, e ela e Lucas podiam viver juntos, jovens e saudáveis para sempre.  —  Não   Não  —   disse disse Lucas, com o rosto imóvel. Ele sabia o que Helen estava considerando. —  Precisamos  Precisamos realmente pensar sobre isso antes de fazermos qualquer coisa permanente. Helen pensou em como Lucas estava quando ela o trouxe para o mundo dela há poucos momentos —  sua  sua pele queimada, o osso à mostra e o vermelho em algumas das piores manchas. Ela sabia que ela era forte, mas também sabia que havia algumas coisas com o que ela poderia lidar e algumas coisas que ela não podia. Perder Lucas não era algo que ela poderia suportar. Nem agora, nem nunca.  —   Claro. Nós vamos falar sobre isso mais tarde.  —   Ela sorriu serenamente para ele.  —  Helen  Helen —  ele  ele começou, arregalando os olhos para ela em sinal de advertência. Ela levantou-se antes de Lucas ter a chance de dar um sermão nela, e puxou-o de pé. —  Vamos,  Vamos, sabichão. Eu quero ir a Paris. Ou Roma. Ou Estocolmo. Ele não sabia o que ela queria dizer, até que a linha do horizonte da cidade apareceu na borda do campo de grama e flores silvestres. Não havia passagens feias, nenhum monte de lixo ou centros de transporte público mal projetados, apenas flores e pavimentos. Uma cidade reluzente apareceu, perfeita e contida do mundo natural bem próximo a ela, como um reino em um globo de neve. Eles pisaram na calçada, e a cidade e todo o seu barulho, agitação e vida rodeou eles. O cheiro de café torrando e pão assado encheu o ar, e seus narizes os levou a um café murmurante e barulhento, metade de um quarteirão abaixo.  —  É  É como se Nova Iorque, Viena e Reykjavík tivesse um bebê com a Escócia —  disse  disse Lucas em reverência. Ele olhou para os edifícios, alguns antigos e no estilo de castelos e alguns reluzentes e novos. À direita fora dos edifícios altos, um deserto perfeito de florestas, lagos e montanhas esperava para ser caminhado, nadado e escalado. Lucas balançou a cabeça para clareá-la. —  É  É Everycity.  —  Sim  Sim —  Helen  Helen riu suavemente. —  Todas  Todas as cidades que eu nunca

estive.

 

 —  Eu   Eu prometi a você uma vez que íamos viajar  —  ele   ele disse, com o rosto triste.  —   Eu sinto muito, Helen. Teria levado só uns poucos

momentos, e nós poderíamos ter voado para qualquer lugar juntos. Mas eu nunca te levei.  —   Nós tínhamos outras coisas em nossas mentes  —   ela disse, pegando sua mão.  —  Eu   Eu não construí isso para envergonhar você. Eu construí para compartilhar compara você. o céu, absorvendo as camadas Lucas levantou o rosto complexas de cheiros e vozes.  —  Bem,  Bem, você fez tudo certo, exceto por uma coisa. —  Lucas  Lucas engoliu em seco e sorriu, olhando para ela.  —   É muito mais limpo do que qualquer cidade que eu já estive.  —   O que eu posso dizer, eu sou de Nantucket  —   disse Helen, encolhendo os ombros. —  Nós  Nós não somos imundos.  —   Sim, Sim, eu tenho notado. Até mesmo a sujeira lá é limpa.  —  Lucas  Lucas riu e virou todo o seu corpo para enfrentar o dela. Por apenas um momento, Helen sentiu que ele iria beijá-la, e em todos os lugares em Everycity o sol brilhou um pouco mais brilhante. Mas ele não a beijou. No último segundo, ele recuou e mudou de assunto.  —  Pistas  Pistas de contexto. Eu sei que você quer algo para comer porque você nos fez aparecer ao lado de um café —  ele  ele disse, sua voz profunda e texturizada. Ele virou-se e apertou a mão dela, como se ele estivesse tentando acordar ambos de um sonho.  —  Vamos.  Vamos. Vamos ver o que você colocou no cardápio.  —  Espera.  Espera. Por quê? —  ela  ela perguntou, de repente tímida.  —  Este  Este mundo é um reflexo de seus desejos. —  Ele  Ele levou Helen para o café ocupado antes que ela tivesse uma chance de remover qualquer coisa de forma discreta. Ele olhou para a esquerda e para a direita para as mesas de ferro forjado com tampo de azulejo, louças incompatíveis e as vigas abertas acima de suas cabeças e sorriu.  —   Este é o seu subconsciente. Eu quero saber o que você realmente  quer.  quer.  Tarde demais para impe impedi-lo, di-lo, Helen seguiu Luc Lucas as quand quando o ele entrou em seu subconsciente. Havia arte nas paredes —  combinações  combinações estranhas de imagens que nunca estariam na mesma parede em um museu. Ansel Adams e Toulouse-Lautrec de alguma forma viviam em perfeita harmonia no pequeno mundo de Helen. Garotas de Cancan mostravam as pernas ao lado de pinheiros nobres enterrados na pureza branqueada do inverno. Era tudo o que Helen amava sobre a arte, e tudo o que ela amava sobre a natureza humana. Ela olhou para outra parede e viu um Van Gogh vibrante e de aparência quase violenta pendurado apenas a centímetros de distância de um Mondrian suave e ordenado. Helen sabia que Lucas viu cada nuance, cada diálogo entre as obras de arte. Uma imagem preenchia as outras enquanto Helen ia e voltava em seu subconsciente sobre o que era mais atraente  —  a  a habilidade da humanidade para ser racional e pura ou a sua necessidade de ser confusa e sexy. Lucas caminhou direto para um argumento interno inacabado de

Helen e viu tudo o que estava enterrado dentro dela    pele pele nua e fresca

 

de um banho quente e bétulas polvilhadas com neve. Helen se sentiu nua   e exposta com ele olhando para isso. Foi tão embaraçoso que ela gemeu. Ela puxou Lucas em uma pequena cabine no canto perto da janela e levantou o seu cardápio, como uma barricada. Ela tentou ler o cardápio, mas estava em branco. Assim como sua mente.  —   Helen?  —   Lucas disse gentilmente, puxando para baixo seu cardápio. —   Você Você não tem que esconder nada de mim. Você sabe disso, certo?  —  S...  S... sei —  ela  ela gaguejou, tremendo.  —  Eu  Eu não tenho medo de nada dentro de você  —  ele  ele pressionou. —   Bom. Mau. Horripilante. Eu conheço a escuridão. E eu nunca a julgaria por ter algumas gotas dela em você.  —  Oh.   Oh.  —  Helen   Helen olhou ao redor da sala. A pintura perturbadora de Goya, Saturno Devorando Um Filho, capturou seu olhar e ela o manteve.  —  E  E se for mais do que algumas gotas? Lucas riu. Ele pegou o seu cardápio, jogou-o no chão e pegou suas duas mãos. —  Eu  Eu não te disse que eu te amo?  —  Sim.  Sim.  —  Eu  Eu quis dizer você toda . Até mesmo as partes estranhas.  —  Lembre-me  Lembre-me de queimar este lugar assim que sairmos —  ela  ela disse, adorando ele.  —   Absolutamente não.  —   Ele olhou para os clientes. Pessoas de todas as raças, idades e períodos de tempo pareciam estar saindo juntas. Nativos americanos com cocares de penas conversavam agradavelmente com piratas. Meninas com franjas dos anos oitenta flertavam com caras da Inglaterra Elisabetana.  —   Eu gosto disso dentro de sua cabeça. É estranho, mas combina comigo. Helen olhou ao redor e tudo fez sentido para ela. Como seria legal ser capaz de ir para um café e iniciar uma conversa com alguém de outro tempo e lugar? Era algo que ela sempre imaginou fazendo, e agora parecia que ela não tinha que imaginar mais. Ela podia ser uma parte disso. Nenhum deles estava com fome ou com sede, eles estavam ali apenas para provar algo gostoso e desfrutar a companhia do outro. Estava frio, mas agradável também, e quando Helen olhou para o que eles estavam vestindo, ambos estavam vestidos perfeitamente para um dia de outono. Ela não se lembrava de vesti-los, mas eles estavam definitivamente vestindo roupas novas.  —  Vamos  Vamos lá —  ele  ele disse, levantando-se l evantando-se e vestindo seu casaco recémcriado. —  Eu  Eu quero dar um passeio antes que neve. Eles deixaram o café e começaram a vaguear pela rua de paralelepípedos, lojas e edifícios que foram ocupados com todos os tipos de pessoas indo e vindo. Helen não tinha ideia de onde todas essas pessoas vieram. Ela achava que ela as criou ou se lembrava delas. Qualquer que seja o caso, Helen sabia que elas foram baseadas na realidade e isso era reconfortante para ela. Teria sido estranho passear em uma cidade vazia, ou pior, uma cidade cheia de robôs estilo manequim. O sol estava se pondo, e Helen cheirou a neve no ar, assim como

Lucas havia previsto. Janelas iluminaram com brilhos quentes quando

 

as pessoas ligaram suas luzes ou acenderam velas. Lucas estava com seu braço por cima do seu ombro enquanto caminhavam pela rua.  —  Não  Não há pessoas pobres. Nem sem-tetos  —  ele  ele disse de repente.  —  Não  Não —  Helen  Helen respondeu. —  Todo  Todo mundo tem o que precisa aqui.  —  Mas  Mas como alguém poderia ser grato pelo que tem, se ele não sabe como é não  ter  ter o que eles precisam?  —  Eu Helenera balançou a cabeça olhou de para baixo.   Eu sempre achei que esse o argumento maise idiota, que precisamos que algumas pessoas sejam pobres, a fim de lembrar o resto de nós para sermos gratos. Tudo o que realmente significa é que alguém tem que sofrer com a pobreza para que outras pessoas possam se sentir melhores sobre si mesmos. Que maneira egoísta de olhar para o mundo. Lucas riu e apertou-a contra seu lado. l ado. —  Eu  Eu concordo. Mas você tem que admitir que é da natureza humana só realmente apreciar algo se você  já trabalhou por isso ou se você você sabe que você pode perdê-lo. Como Como você irá fazer os habitantes de seu pequeno paraíso se sentirem realizados se tudo vem a eles facilmente?  —   Ah. O velho problema do “o céu é chato”, hein? Não neste universo. —  Helen  Helen olhou para Lucas, e eles sorriram um para o outro. —   Nós vamos descobrir alguma coisa. Temos tempo de sobra.  —  Espere  Espere  —  ele  ele disse, estreitando os olhos para ela.  —  O  O que você quer dizer com temos tempo de sobra?  —  Só  Só que somos jovens  —  Helen  Helen respondeu cautelosamente. Antes de Lucas poder continuar a fazer perguntas, Helen imaginou um parque de diversões e ele apareceu na frente deles. Luzes multicoloridas brilhantes brilhavam na luz da noite e música alegre soava ao redor deles. O aroma de algodão doce adoçava o ar, e em outros lugares eles podiam sentir o cheiro de algo suculento e picante sendo grelhado.  —  Incrível  Incrível —  Lucas  Lucas respirou. —  Tudo  Tudo o que ela quer ela recebe. Helen puxou seu braço, sorrindo maliciosamente.  —   E o que eu quero agora é montar o carrossel.

*** Matt ouviu Telamon soar o alarme. Nenhum ser humano ou Descendente jamais seria capaz de discernir os ruídos que os Myrmidons faziam do coro de ruídos naturais em uma praia, mas Matt poderia facilmente dizer a diferença entre as vozes dos insetos e as de seus soldados. Ele deixou sua tenda para assistir a um grupo de Descendentes chegando à praia. Matt tinha conhecido a maioria deles em Troia e não gostava da maioria deles. Odisseu era o único digno de respeito.  —   Então é verdade  —   disse um homem grande e loiro. Matt o conhecia como Menelau. —  O  O Guerreiro finalmente entrou para a luta.  —    Tantalus. Chefe de Tebas  —   Telamon sussurrou no ouvido de Matt. Matt assentiu.  —   Quando Hermes me disse que Myrmidons estavam se

concentrando na costa, eu sabia que a última peça do quebra-cabeça

 

tinha sido encontrada e que você estava vindo para lutar  —   Tantalus continuou, embora Matt não tivesse pedido. Um silêncio desconfortável se seguiu quando Matt olhou para Tantalus, ainda relutante em fazer uma aliança com este homem, embora ele soubesse que era inevitável. Os Myrmidons tinham votado por isso.  —   Você Você contratou um dos meus soldados. Automedon. Ele foi um dos meus amigos mais próximos um dia —  Matt  Matt disse, sem expressão. —   Antes de se desviar do seu caminho.  —  Sim  Sim —  Tantalus  Tantalus disse cautelosamente enquanto ele avaliava Matt.  —  Eu  Eu não tive nada a ver com sua morte, no entanto.  —   Uh-hum.  —   Matt olhou para os dois homens de cada lado de  Tantalus  —  Odisseu   Odisseu à sua esquerda e Agamenon à sua direita. Pallas Delos, como Matt conhecia Agamenon agora.  —  Como  Como isso aconteceu, Matt? —  Pallas  Pallas perguntou, desanimado. Ele gesticulou para os guerreiros Myrmidons, dispostos em fileiras precisas.  —  Ele  Ele foi escolhido —  Telamon  Telamon disse defensivamente. —  Isso  Isso é tudo que você precisa saber. Nós o aceitamos como nosso Mestre. Os Myrmidons sussurraram a palavra Mestre   na sua maneira fantasmagórica, fazendo os Descendentes compartilharem uma rodada de olhares nervosos. Eles estavam com medo dos homens de Matt, como deveriam estar.  —   E você tem todas as habilidades de Aquiles?  —   perguntou o homem que Matt conhecia como Odisseu. Matt inclinou a cabeça perto de Telamon.  —   Dédalo Attica, Chefe de Atenas  —   Telamon disse-lhe imediatamente.  —  Essa  Essa não é a sua real pergunta —  disse  disse Matt, observando Dédalo uniformemente. —  Você  Você quer saber se tenho a fraqueza de Aquiles. A boca de Dédalo transformou-se em um meio sorriso.  —   Todo mortal tem pelo menos uma. Matt sorriu para ele, com os lábios fechados, não confirmando nem negando o que o astuto estava perguntando. Eles olharam um para o outro até Dédalo desviar o olhar.  —  Como  Como quiser —  disse  disse Dédalo. Ele considerou Tantalus e Pallas e ergueu as sobrancelhas. —  Bem,  Bem, eu estou convencido.  —  Você  Você tem certeza sobre isso? —  Pallas  Pallas perguntou a Tantalus.  —  Os  Os deuses vão esmagar a todos nós se não cumprirmos a nossa parte do acordo  —   Tantalus respondeu, olhando para Matt com desconfiança aberta.  —  Trazemos   Trazemos o Guerreiro para a luta, ou todos os Descendentess morrem. Zeus jurou no rio Styx que se fizermos isso nossas Descendente casas serão preservadas preservadas.. Era como sempre foi. Em Troia, os reis gregos fizeram o seu próprio negócio com Zeus e salvaram suas peles, e as crianças inocentes de Troia foram lançadas da parte superior da muralha. Matt aprendeu há muito tempo que os reis só se preocupavam com a preservação de seus próprios reinos e estavam mais interessados com o que poderiam tirar de qualquer situação do que fazer o que era certo. Matt estava de repente tão revoltado com a cobertura e a postura política que viu nos Descendentes que ele

virou para voltar para a sua tenda. Não foi para isso que ele tinha vindo.

 

 —   Espere  —   Dédalo chamou, dando um passo para Matt. Os

Myrmidons se moveram como um só para interceptar Dédalo. Ele levantou os braços em sinal de rendição.  —   Calma. Todo mundo se acalme.  —  Eu   Eu vou lutar com ou sem vocês.  —  Matt   Matt parou e virou-se para enfrentá-los, falando claramente. —  Eu  Eu estou aqui para matar o Tirano. Se é isso que você quer, então você pode se juntar a mim. Se não, saia do caminho.

*** Helen levou Lucas para o labirinto de cabines, puxando seu braço. Ele ficou atrás de brincadeira, agindo relutante em segui-la, então ela teve que arrastá-lo. No caminho, um pregoeiro chamou sua atenção com um estranho desafio e Lucas teve  de   de parar e atirar uma bola em uma pilha de garrafas de leite. Ele precisou de três tentativas, o que ele insistiu que nunca tinha acontecido com ele antes, mas, eventualmente, ele ganhou um prêmio para Helen. Havia um elefante fofo que chamou sua atenção por um momento, mas ela finalmente pegou uma varinha brilhante. Ela tinha uma estrela prateada na parte superior e dezenas de fitas saindo da parte inferior. A varinha parecia certa em sua mão e fácil de transportar. Ela balançou-a algumas vezes, desejando que faíscas saíssem para fora dela quando pararam na frente da cabine de esculturas de vidro e viram um homem fazer um pequeno dragão de vidro. Nenhum deles conseguia parar de sorrir. Helen ouviu o carrossel e correu os últimos passos. Ela pulou para a parte traseira de um unicórnio assim que ele passou, acenando sua varinha reluzente no ar como se fosse um chicote.  —  Upa,   Upa, upa!  —  ela   ela gritou para sua montaria de cerâmica pintada, mas não foi mais rápido. O pole do meio do unicórnio era de bronze, e tinha cheiro picante no frio do outono. Lucas para pulousiaomesmo. seu lado, pé ao seuseu lado em vez de pegar um cavalo Eleficando estava de sobre ela, casaco aberto em volta dela quando ele agarrou o pole de bronze. Eles olharam um para o outro por um longo tempo enquanto o resto do mundo girava em torno deles. As cores brilhantes do parque de diversões correram de forma borrada pelo canto dos olhos de Helen, mas Lucas estava quieto.  —  Por  Por que você não me beija? —  ela  ela perguntou em voz baixa.  —   Você não pode me obrigar?  —   ele respondeu, levantando uma sobrancelha em provocação para ela.  —   Eu não iria querer isso. Especialmente no nosso primeiro encontro de verdade. Lucas riu suavemente.  —   Eu estava pensando a mesma coisa quando estávamos no café. Você e eu fomos a um café juntos uma vez antes da escola, mas nós nunca realmente tivemos um encontro, não foi?  —   Nós  Nós nunca tivemos a chance. O mundo estava sempre prestes a acabar, ou um de nós estava em chamas ou algo igualmente irritante. —  

 

Ele riu. Ela olhou para ele e tentou não corar. —  Sabe,  Sabe, nós podemos fazer o que quisermos aqui. Posso me certificar de que não haja consequências. Ela podia sentir sua respiração acelerar e ver seus olhos brilharem com mais do que apenas o frio. —  Você  Você se lembra, meses atrás, que você me deu alguns conselhos sobre como eu deveria agir com decisões difíceis? —  ele  ele perguntou.  —   Decida  Decida o que você não pode lidar e faça o oposto  —  ela  ela disse, surpresa que absolutamente ele estivesse trazendo isso à tona quando ela

tinha pensado praticamente a mesma coisa não muito tempo atrás.  —  É  É por isso que eu não vou te beijar. —  Ele  Ele levantou a mão e tocoulhe o rosto, e rapidamente a deixou cair.  —  Eventualmente,   Eventualmente, nós vamos ter que voltar, e eu vou perder você de novo. Eu sei de fato que eu não posso lidar com isso. Nem Helen poderia, e ela estava começando a considerar outras opções. Como descobrir uma maneira de Afrodite remover a maldição que exigia que Helen tivesse uma filha em primeiro lugar. Talvez em vez de aceitar a sua situação, o que era ridiculamente injusto, ela precisava, pelo menos, tentar corrigi-la.  —  Estou  Estou cansada de dar voltas e voltas  —  Helen  Helen suspirou. O carrossel parou. Ela se levantou e saltou para baixo, as luzes do parque de diversões desligando seção por seção em torno dela quando ela saiu do parque. Ela baixou a varinha, e a neve começou a cair. Milhares de estrelas minúsculas foram apagadas e pareceram cair através do céu noturno como cristais pequenos e únicos. Parecia que o ar em torno deles girava com pedaços cintilantes de estrelas congeladas.  —  Helen  Helen —  Lucas  Lucas começou, seguindo-a. Ela o ouviu preparando-se para mais um dos seus argumentos lendários.  —   Eu Eu não estou brava com você porque você não vai me beijar —  ela  ela disse, virando-se e parando-o.  —  Eu   Eu entendo por que você não vai me beijar. Eu não posso passar por tudo isso de novo, tampouco.  —  Então,  Então, qual é o problema? —  ele  ele perguntou pacientemente.  —   Eu estou cansada de acreditar que existem essas divindades sombrias toda-poderosas que são maiores do que eu, me impedindo de fazer o que eu quero. Porque isso é uma mentira. Eu sou tão forte quanto qualquer um dos seres que me controlam. E eu sei que posso vencê-los.  —  Ah.  Ah. Helen?  —  Lucas  Lucas arriscou.  —  Você   Você não vai fugir e começar a entrar em brigas com os deuses ou qualquer coisa assim, não é?  —  Bem,  Bem, não —  ela  ela disse, mudando inseguramente de pé para pé. —   Eu estava pensando que eu ia começar fazendo algumas perguntas e partir daí.  —  Ótimo  Ótimo —  Lucas  Lucas disse, aliviado. Ele estendeu a mão e pegou a mão dela, estreitando os olhos com determinação. —  E  E se falar não funcionar, vamos enterrá-los. Helen observou uma sombra escura passar pelo seu rosto. —  Vamos  Vamos pensar sobre isso mais tarde  —  ela  ela disse, levando-o a um caminho que serpenteava para a floresta.  —   Eu não estou pronta para o nosso encontro acabar ainda.

 

CAPÍTULO 11 Traduzido por I&E BookStore

C

erca de meia hora depois de Tantalus, Dédalo e Pallas deixarem seu acampamento, Matt ouviu o alarme novamente. Houve uma comoção do lado de fora, o som de luta e momentos depois Telamon estava na entrada da tenda de Matt com um relatório.  —   Uma Descendente foi encontrada se esgueirando em torno da praia e foi capturada  —  Telamon   Telamon informou.  —  Eu   Eu teria enviado ela de volta para sua Casa, só que... é ela , Mestre.  —  Está  Está tudo bem  —  disse  disse Matt, acenando com a cabeça.  —  Traga Tragaa. Ariadne foi levada para a tenda, segurada por ambos os lados por um Myrmidon. Seu cabelo estava embaraçado, e seu rosto estava vermelho com o esforço. Ela, obviamente, esteve em uma luta, mas ela não era páreo para nem sequer um dos soldados de Matt, e muito menos vários deles.  —   Soltem ela. Em seguida nos deixem a sós.  —   Os guardas obedeceram silenciosamente. Ele se virou para Ariadne.  —   Como você nos encontrou?  —  Eu  Eu segui meu pai. Ele estava agindo de forma estranha esta noite  —  ela  ela sussurrou. Ariadne ficou tão longe de Matt quanto pôde e esfregou os braços, onde os guardas tinham segurado ela.  —  Eles  Eles te machucaram? —  ele  ele perguntou em voz baixa. Ela ignorou a pergunta.  —  Como  Como você pode ser ele ? Você não é um Descendente. Descendente.  —  Nem  Nem Aquiles. o rosto nas palmas das mãos esfregou os olhos  —  Não  —  força.Ela  deixou Não —  ela  cair ela disse, levantando a cabeça de erepente.  Não,  Não, eucom não acredito em nada disso. Eu não posso. Ela correu para a saída, mas Matt se moveu mais rápido do que ela  jamais poderia e estava lá ant antes es dela. Ele Ele p pegou egou o p pulso ulso dela para impedila de sair. Ela olhou para ele em choque.  —  Acredite.   Acredite.  —  Sua   Sua pele estava macia e quente na sua mão. Ele a soltou e se afastou. Ele sabia que era melhor assim, apesar de não gostar disso. —  Vá  Vá para casa. Meus homens não vão impedi-la. Ela não foi embora. Matt ouviu ela atravessar o espaço até ele e se virou, já balançando a cabeça. —  Não  Não faça isso. Ela o beijou, de qualquer maneira. Ele sabia que deveria parar com isso. Ela podia conhecer a história palavra por palavra, mas ela realmente não se lembrava  do  do final do jeito que ele lembrava. Ele estava prestes a se afastar e enviá-la para casa para os irmãos dela quando ela pressionou

 

seu polegar no oco em forma de U sob o seu pomo de Adão enquanto ela o beijava. Assim como ela costumava fazer cem vidas atrás. Quando Matt pegou-a e levou-a até sua cama, ele ficou maravilhado com o quão simples esse gesto era. Na verdade, era um hábito tolo que ela tinha de tocar sua garganta com o polegar. Mas uma vez que ela fez isso, Matt não se importava mais com quem ele teria que matar.

***  —  Cante   Cante para mim  —  Helen   Helen pediu. Ela levantou a cabeça do peito

de Lucas e olhou para ele.  —  Agora?   Agora? Sem acompanhamento?  —  perguntou   perguntou Lucas. Deitado de costas, ele olhou para o teto de sua pequena cabana na floresta e corou um pouco.  —  Sim.  Sim. Por favor? Eu realmente quero ouvir música, mas eu quero que seja algo de você, não da minha imaginação. Ela rolou de cima dele. As pedras em frente à lareira eram agradáveis e quentinhas sob o seu cobertor, apesar da tempestade de neve que rolava fora de sua cabana. Helen agarrou sua caneca de chá das lajotas quentes na frente do fogo e ofereceu-a a Lucas.  —  Para  Para sua garganta, se estiver rouca e você achar que pode cantar mal —  ela  ela disse com um sorriso desafiador.  —   Minha garganta está bem  —   ele disse, empurrando-a de brincadeira com o pé. Ele sentou-se de repente.  —  Eu   Eu vou cantar para você. Mas eu sou um guitarrista melhor do que um cantor.  —   Sério?  —   Helen pegou suas mãos e as levantou, olhando para elas. Elas eram calejadas, como as de um lutador, mas ainda assim sensíveis, como as de um artista. Assim como tudo mais sobre ele, suas mãos eram a mistura perfeita de opostos. Ela passou a dedo nos calos em suas pontas dos dedos, observando-os pela primeira vez.  —  Por  Por que você nunca tocou para mim antes?  —  Por  Por que eu nunca levei você em um encontro antes?  —  ele  ele disse  —  Há através devocê um sorriso  Há um monte de coisas que eu queria fazer com que eu agridoce. não fiz. Helen se balançou para mais perto dele. Apenas para respirar seu ar, ou sentir o calor do seu corpo... qualquer coisa para conseguir mais uma dose dele sem realmente beijá-lo e quebrar o entendimento sutil que eles tinham.  —  Como  Como você aprendeu?  —  ela  ela perguntou em voz baixa, um pouco envergonhada que ela não soubesse disso.  —   Meu pai me ensinou.  —   Lucas fez uma pausa com um olhar sereno, mas triste no rosto.  —   Ele me ensinou guitarra clássica espanhola, porque vivemos na Espanha por muito tempo e temos o dedo americano. Na verdade, eu não tenho tocado desde que saímos de Cádiz.  —  Mais  Mais uma vez, um olhar ligeiramente triste cobriu seu rosto.  —  Ele  Ele é

melhor que eu...tempo, mas euHelen aindatinha sou muito bom. certo que ela e Lucas Pordo um longo dado como

eram tão próximos como pele e ossos, que não havia nada sobre ele que ela não sabia. Mas aqui estava ela, aprendendo algo novo e importante

 

sobre quem ele era. Seu pai não apenas o ensinou a empunhar uma espada. Helen podia imaginar as horas que os dois passaram juntos, discutindo a arte que tanto amavam e tinham tão pouca oportunidade de desfrutar.  —   Eu aposto que sim.  —   Helen queria desesperadamente ouvi-lo tocar agora. Ela imaginou uma guitarra  —   a melhor guitarra que ela  —  podiaLucas imaginar.  Será que isto evai funcionar? pegou o Será instrumento virou-o, franzindo a testa. —  É  É boa. —   Ele riu do olhar ferido que Helen lhe deu. —  Estou  Estou brincando! É linda. Helen deu um tapa na coxa dele. —  Toque  Toque para mim! —  ela  ela exigiu. Lucas segurou a guitarra em seus braços, preparando-se para tocar, e parou. —  Sabe  Sabe o que eu fico me perguntando?  —  O  O quê? —   Helen Helen perguntou em um tom de falsa-frustração, como se ela pensasse que ele estava protelando de propósito.  —  Como  Como você pode fazer isso? —  ele  ele perguntou, sério. —  Como  Como você sabe como criar carrosséis, tempestades de neve e guitarras?  —  Eu   Eu tive um monte de prática  —  ela   ela disse calmamente. Helen se aproximou de Lucas e olhou-o com cuidado. —  No  No Mundo Inferior. Todo esse tempo que passei vagando por lá, bem... eu não entendia na época, mas Hades estava na verdade me ensinando a construir mundos.  —  Sério?  Sério? E eu suponho que ele fez isso por bondade do seu coração?  —  Lucas  Lucas perguntou em dúvida.  —  Bem,  Bem, sim. Na verdade, acho que tem muito a ver com isso —  ela  ela respondeu. —  Ele  Ele é um cara muito compassivo. Deus. Tanto faz.  —   E como Hades tem estado ensinando a você, exatamente?  —   Lucas continuou, colocando a guitarra de lado.  —  Da   Da maneira mais difícil  —  Helen   Helen respondeu, revirando os olhos para a memória de todas as suas experiências no Mundo Inferior, e todas as paisagens infernais que encontrou. A árvore que a aprisionou, a cidade devastada, a borda da mansão que ela se agarrou —  todos  todos os lugares que Helen achava que eram inteligentemente concebidos por Hades para torturá-la tinham na verdade saído de sua própria mente. Ela tinha criado seu próprio inferno, e agora que ela tinha aprendido a controlar seu medo, ela sabia como criar seu próprio paraíso.  —   O que você quer dizer com da maneira mais difícil?  —   ele perguntou enquanto estudava sua expressão pensativa. Seus olhos se estreitaram com raiva.  —   Não, Não, não, ele não fez nada comigo. Eu quem fiz tudo para mim.  —  Lucas  Lucas não parecia satisfeito com essa resposta, também. —  Deixe-me  Deixe-me começar de novo. Aquela que Desce  não  não é realmente o nome certo para o talento que eu tenho. Eu sou uma Construtora de Mundos, Lucas.  —   Helen estendeu as mãos para gesticular para o lugar ao seu redor. —  Ser  Ser Construtora de Mundos foi confundido com ser Aquela que Desce porque Hades permitiu que todos os Construtores de Mundo, não só eu, descessem descesse m para a sua terra, a ffim im de aprender a construir por si próprios.  —  Por  Por que ele faria isso?

Helen fez uma pausa, pensando em sua missão para libertar as Fúrias e quanto ela aprendeu no processo.

 

 —  Acho  Acho que é porque ele quer que nós realmente consideremos em

que tipo de mundo queremos viver... um baseado na justiça e compaixão pelos outros, ou um que só serve aos caprichos do construtor. Uau. Eu só percebi isso agora. —  Helen  Helen olhou para Lucas e sorriu. —  Você  Você sempre me ajuda a descobrir as coisas.  —  É  É para isso que eu estou aqui —  ele  ele disse, sorrindo para ela antes  —  Mas de ficar novamente.  Mas Helen, você poderia ter aprendido lições, sem ter sério que passar pelo inferno. eu me lembro o quãoessas doente você ficou. Como você voltava do Mundo Inferior coberta de lama, folhas e sangue, às vezes. Será que ele tinha que tornar tudo tão difícil?  —   Sim, ele tinha  —   Helen disse, e então parou novamente, se perguntando se ela queria que Lucas soubesse a próxima coisa que tinha acabado de lhe ocorrer.  —  Helen?   Helen?  —  ele   ele disse, levantando uma sobrancelha para ela.  —   O que você não está me dizendo? Ela sabia que não podia esconder isso dele por muito tempo, e ela odiava esconder coisas dele, de qualquer maneira, então ela contou a ele.  —   Hades teve que tornar isso difícil para que eu endurecesse. Porque uma vez que um Construtor de Mundos realmente constrói um mundo, ele tem que ser forte o suficiente para defendê-lo. Helen viu o rosto de Lucas endurecer. —  Defendê-lo  Defendê-lo de quem? —  ele  ele perguntou, com a voz baixa e perigosa.  —  Dos   Dos deuses, eu acho. “Desafiantes” foi tudo o que Hades disse, então eu acho que houve mais de um ao longo dos anos. Olha, eu não vou mentir para você. Morgan La Fey construiu Avalon, e desapareceu nas brumas quando ela perdeu a luta. Atlântida afundou no mar quando Atlanta perdeu a dela. Essas são as únicas duas outras Descendentes que eu conheço que foram Construtoras de Mundos, e ambas perderam. As probabilidades não estão a meu favor.  —   Dane-se as probabilidades  —   Lucas disse com um aceno de desprezo de sua mão.  —   Não é isso que me incomoda.  —   Seus olhos saltaram ao redor enquanto ele pensava. —  O  O que eu quero saber é quem vai desafiá-la, e por que Hades se deu ao trabalho de prepará-la para revidar? O que ele realmente quer? Helen deu de ombros. —  Eu  Eu não sei. Eu poderia perguntar, mas eu duvido que ele me diria de uma maneira que eu entenda. Hades não dá respostas fáceis.  —  Eu  Eu aposto que não —  Lucas  Lucas murmurou, ainda pensando. Helen pegou a guitarra e lentamente empurrou-a em suas mãos. Ele estava sobre ela, no entanto.  —  Isso  Isso é uma insinuação?  —  Uma  Uma grande e gorda. —  Helen  Helen sorriu para ele. Lucas dedilhou algumas cordas e fez uma careta, apertando e desapertando os botões enquanto isso.  —  Eu  Eu imaginei. Você é tão surda de tons que até mesmo suas guitarras perfeitamente construídas ficam fora de sintonia.  —  O  O corpo de Helen amarrotou quando ela riu ao ver a

expressão de dor no rosto de Lucas.  —  E   E essa guitarra é amarrada por um canhoto. Eu não sou Matt, sabia.

 

 —  Aqui,   Aqui, deixe-me corrigir isso.  —  Helen   Helen se concentrou, e todas as

cordas se reorganizaram. Lucas dedilhou a guitarra e revirou os olhos quando ela fez um som fanhoso cômico.  —  Está  Está fora de sintonia novamente.  —  Você  Você fez isso de propósito —  ela  ela disse, agarrando seu dedo do pé e apertando-o. —  Apenas  Apenas toque!  —   Sim, deusa.  Sim, Deitada de lado, com o fogo quente a seus pés, o riso de Helen

morreu quando Lucas de repente passou da afinação para tocar. Era como uma orquestra em um instrumento. Ele tocou com as duas mãos  —  não  não uma mão dedilhando e a outra segurando abaixo as cordas —  mas  mas com as duas mãos para que parecesse mais do que uma guitarra sendo tocada. Às vezes ele batia nas cordas para fazê-las cantarolarem como uma harpa, e às vezes ele batia no corpo da guitarra como um tambor para adicionar um baixo e manter o tempo. Foi a coisa mais fascinante que Helen já tinha visto, como se Lucas tivesse uma dúzia de vozes em sua cabeça, todas cantando a mesma canção, e ele descobriu uma maneira de fazê-las sair dos dez dedos. Helen olhou para seu rosto e poderia dizer por que ele adorava isso. Era como pensar por ele, só que este era um quebra-cabeça que ele podia compartilhar com ela enquanto ele resolvia. Ele tinha entrado em sua cabeça quando ele tinha vindo ao seu mundo. E ela entrou na sua quando ela finalmente o ouviu tocar. Era o paraíso.

***  —  Onde  Onde você estava? —  Helen  Helen repreendeu.  —  Esperando,   Esperando, desesperado e desolado pelo seu retorno  —  Morfeu   Morfeu

respondeu languidamente, seus olhos prateados fundindo-se nos dela. Ela riu e apertou sua mão. Helen e Lucas tinham adormecido na frente do fogo, e ela tinha acordado na terra das sombras, deitada de costas, ombro a ombro com o deus dos sonhos. Seus rostos estavam voltados um para o outro e as suas mãos firmemente entrelaçadas.  —  Que  Que furtivo. Como você sabia que eu precisava de sua ajuda?  —   ela perguntou.  —  Você   Você trouxe a si mesma aqui. Eu não posso fazer você vir aqui, tudo o que posso fazer é deixar a porta aberta para você.  —   Foi isso que você fez?  —  disse   disse Helen, pensando nas diferentes fronteiras que Hades tinha feito para o seu mundo, e Morfeu tinha feito para o dele. Hades deixou a porta aberta para os mortos, e Morfeu deixou a porta aberta para mentes sonhadoras. Helen virou a cabeça e olhou para o céu noturno do Palácio dos Sonhos de Morfeu. Sua cabeça estava embalada em almofadas de seda manchadas de tinta, e as estranhas luzes ao redor pareciam uma chama de velasedentro de uma bolha de sabão dançando sobre ela e seu anfitrião como elas quisessem brincar.

 

  As fronteiras de nossos mundos são separadas do próprio

mundo?

 

 —   Eu suponho que sim. Mentes vão e vem, despenteando meu

cabelo na brisa enquanto elas entram e saem da minha terra, mas elas não controlam a minha terra uma vez que estão aqui. Eu crio os sonhos  —  Morfeu  Morfeu respondeu.  —   Mas em Hades é o oposto  —   comentou Helen, começando a entender. —  As  As fronteiras são difíceis de atravessar, você geralmente tem que seprópria matar para fazê-lo,Ou mas uma vez dentro seu mundo, vocêlá. cria a sua existência. pelo menos eu crieide quando eu estava  —  Eu  Eu nunca pensei nisso desta maneira, mas sim, eu diria que as fronteiras são separadas do mundo. Elas seguem um conjunto diferente de regras, mas elas ainda são controladas pelo criador. —  Então  Então ele olhou para ela com os olhos apertados.  —   O que está incomodando tanto a minha Bela que ela teve que vir a mim para falar filosofias?  —  Preciso  Preciso da sua ajuda. Quem é que vai me desafiar agora que eu construí meu mundo, Morfeu?  —  O  O Olimpo. Zeus, principalmente. No passado, os pequenos deuses desafiaram alguns dos outros Criadores de Mundos enquanto os olimpianos estavam presos pelo juramento a Zeus.  —   Morfeu riu.  —   Odisseu era realmente inteligente.  —   Mas por que nós temos que lutar? Por que Zeus não pode continuar com o Olimpo e eu com Everyland e ficar tudo bem?  —  O  O Grande Ciclo, é claro.  —  Oh,  Oh, sim. O Grande Ciclo.  —  Helen  Helen revirou os olhos e olhou para ele novamente. —  Que  Que diabos é isso? Morfeu riu e sentou-se.  —  As   As crianças devem derrubar seus pais, como os deuses fizeram com os Titãs, e os Titãs fizeram com seus pais, Gaia e Urano. As Moiras irão fazer acontecer novamente. É a vez dos Descendentess derrubarem os deuses. Descendente  —  E  E Zeus quer me impedir de derrubar ele.  —   Claro. Se os Descendentes derrotarem o Olimpo, os Doze vão passar a eternidade no Tártaro como os Titãs. Isso não é agradável.  —   Não. Não é agradável.  —   Helen concordou.  —   Mas por que escolher a mim? Qual é a grande coisa sobre eu ser uma Criadora de Mundos?  —   Porque Porque você pode levar os Descendentes para a sua Everyland e tornar todos eles imortais, se desejar. E, como uma Criadora de Mundos, você também é a única de seu tipo que pode abrir os portais para o  Tártaro e enviar os Doze para lá... mas esteja avisada, Helen. Zeus é um Criador de Mundos também. Ele também pode lhe enviar para o Tártaro, como fez com os Titãs. Helen fez uma pausa para pensar sobre isso. Se Helen tornasse todos os Descendentes imortais e eles enfrentassem o Olimpo, seria um exército contra um punhado de gente. Não haveria nenhuma maneira do Olimpo ganhar.  —  Então,  Então, e quanto a você e Hades? Algum de vocês poderia desafiar Zeus, mas ele deixou vocês em paz. Como vocês evitam uma briga?  —   Eu Eu nunca deixei a minha terra, e seria suicídio para Zeus tentar lutar comigo aqui, onde eu sou o único deus.

 —  E  E Hades?

 

 —  Hades  Hades raramente sai de sua terra, também, e quando o faz, seu Elmo da Escuridão o torna invisível aos seres humanos e deuses.  —  

Helen lembrou de Eris andando através dela e Lucas quando ele tinha tornado eles invisíveis no corredor na escola, justo antes dos motins. Antes que ela pudesse pensar muito profundamente sobre essa conexão, Morfeu continuou.  —   O mais importante, Zeus precisa de seu irmão Hades. Os que mortos termortos. uma terra própria, e a última coisa que Zeus quer é ter lidardevem com os  —   Então, o que eu deveria fazer?  —   Helen perguntou suplicantemente.  —  Lute.  Lute. Ou se esconda em sua Everyland onde Zeus não pode tocar em você. —  Morfeu  Morfeu sorriu calorosamente.  —  Eu  Eu sugiro o último, mesmo que eu saiba que você não vai me ouvir. Você não é do tipo que se esconde.  —  Eu   Eu não posso ficar em Everyland. Eu não posso deixar a Terra para os deuses. Eles a arruinariam totalmente. Mas talvez haja uma maneira de evitar uma luta completamente?  —   perguntou Helen. Ela duvidava disso, mas não doeria, pelo menos, tentar parar uma guerra horrenda que, provavelmente, mataria um monte de gente.  —  Você  Você pode evitar o seu destino? Muitos têm tentado evitá-lo, como Édipo, mas alguém já foi capaz de escapar no final? —  Morfeu  Morfeu perguntou em troca.  —  Sim.  Sim. Existe livre arbítrio  —  Helen  Helen respondeu, meditando quando uma ideia lhe ocorreu. —  Tudo  Tudo que se precisa é de um escudo. Morfeu olhou para ela interrogativamente, sem entender. Ela balançou a cabeça e mudou de assunto.  —  Por   Por que você e Hades estão me ajudando?  —  ela   ela perguntou em voz baixa.  —  Eu  Eu sou o deus dos sonhos, mas nem mesmo m esmo eu sonharia em falar por Hades —  Morfeu  Morfeu respondeu com um olhar malicioso em seus olhos.  —  Mas   Mas se eu tivesse que adivinhar, diria que é porque ele sabe o quão destrutivo o seu irmão mais novo é. Hades, ao contrário da maioria dos outros deuses, se preocupa com os mortais e não quer vê-los em guerra. Provavelmente porque ele tem que cuidar de suas almas quando morrem. Ele teve de julgar milhões de almas e isso lhe deu um forte senso de  justiça. Deixar você lutar contra Zeus sem tre treinamento inamento é algo que ele iria considerar injusto. Helen fez uma careta. Ela lembrou-se de perguntar a Orion uma vez o que era mais importante para ele do que a alegria eterna. Ele disse  justiça. Era mais um traço que que Orion compartilhava com Hades. Hades.  —   E quanto a você?  —   perguntou Helen, deixando de lado esse pensamento.  —  Eu  Eu tenho um motivo muito mais egoísta e muito mais simples. Eu a ajudo porque eu amo você e não posso suportar te perder. Você não sabia disso?  —  E?  —   —  ela  ela perguntou, levantando uma sobrancelha cínica.  —   E  eu   eu não acredito que eu tenha nada a temer de você. Eu não acho que você iria tentar me mandar para o Tártaro.

 

 —  Nunca.  Nunca. Eu não gostaria de viver em um mundo sem sonhos. Nem mesmo no meu próprio —  disse  disse Helen, estendendo a mão para acariciar seu cabelo brilhante e preto.  —  Eu   Eu realmente senti sua falta. Toda vez

que eu fecho meus olhos ultimamente parece que eu estou muito ocupada para sonhar.  —   Mas eu já lhe enviei sonhos... principalmente para informá-la sobre as dos deuses na terra.  —    Oações  O que você quer dizer?  —  perguntou  perguntou Helen. Então ela entendeu rapidamente. —  Todos  Todos aqueles sonhos de águias transportando mulheres e golfinhos e garanhões atacando humanos. Isso I sso foi horrível, Morfeu.  —   Sinto muito, Bela. Eu não queria assustá-la. Eu só não podia permitir que aquela pobre sereia obtivesse mais atenção  daquele  daquele moleque Apolo sem tentar fazer algo sobre isso.  —  Morfeu  Morfeu afofou um travesseiro, agitado.  —   Eu sou muito grato por você ir buscá-la. Eu odeio enviar pesadelos para qualquer pessoa, mas às vezes eu tenho que fazer isso para alertar as pessoas. Você me perdoa?  —  É  É claro —  Helen  Helen respondeu, sentando-se. Ela lembrou-se de Orion dizendo a ela uma vez que tinha sido enviado um sonho a ele sobre um campo cheio de ossos de Descendentes. Descendentes. Ele tinha interpretado isso como da extinção dos Descendentes. Descendente s. Aparentemente, ele estava certo.um Umaviso arrepio percorreu Helen, e Morfeu colocou um braço por cima do seu ombro, preocupado com sua angústia.  —  Sabe,  Sabe, você realmente é um grande molenga  —  ela  ela disse a ele.  —  Eu  Eu sou. Eu deveria tentar ser mais terrível e ganhar mais respeito e temor e tudo isso. Mas eu continuo esquecendo.  —   Ele fez beicinho docemente. Helen deu-lhe um sorriso caloroso, então ficou em silêncio.  —  O  O que foi? —  perguntou  perguntou Morfeu.  —   Eu preciso da sua ajuda.  —   Helen olhou para seu amigo, esperando que ele soubesse o que fazer.  —  Eu   Eu preciso encontrar uma maneira de remover a maldição de Afrodite da minha linhagem.  —   Posso perguntar por quê?  —   Morfeu perguntou, sua cabeça inclinada curiosamente. Helen tinha uma resposta pronta  —  porque  porque ela queria ser capaz de estar com Lucas, mesmo ele sendo seu primo. Mas antes que ela pudesse pronunciar as palavras, ela percebeu que era muito mais do que isso.  —  Eu  Eu não quero dever a ela ou qualquer outra pessoa uma criança  —  ela  ela disse. —  Se  Se algum dia eu tiver um bebê, vai ser por minha escolha, não de outra pessoa.  —   Ah.  —   Morfeu a olhou com tristeza.  —   Não há poder que eu conheça que possa remover a praga de uma deusa. Mas se você não quer ter um filho, não tenha. Tudo que você precisa fazer é viver para sempre e o Rosto sempre vai existir.  —  Morfeu   Morfeu riu suavemente.  —  Eu   Eu acredito que foi o objetivo de Afrodite para começar, não foi? Helen deu um suspiro surpreso.  —  Você   Você está certo.  —  Um   Um sorriso lento se espalhou pelo rosto de Morfeu, e Helen o compartilhou.  —   Obrigada.  —  De  De nada.  —  Eternidade,  Eternidade, então. —  Helen  Helen franziu a testa de repente. —  Como  Como é

que é, realmente ?

 

 —  Eu  Eu estou gostando —  Morfeu  Morfeu disse com um encolher de ombros.

Ele apontou para sua grande cama, as estrelas cintilantes, e as pessoas de elfo que dançavam e tocavam nos campos de papoula perifericamente.  —   Ajuda passá-la em seu próprio mundo, fazendo o que você ama, e cercado com as pessoas certas, é claro. Ou pessoa. Morfeu mudou sua aparência para a de Lucas e rastejou através da cama gigantesca em direção a ela.  —   Minha oferta  Minha ainda está de pé, você sabe —  ele  ele sussurrou na voz de Lucas. —  Fique  Fique aqui comigo e seja minha rainha. Ou podemos trocar, se preferir. À noite, podemos vir aqui, e durante o dia podemos viver em seu mundo. Helen deslizou para longe de Morfeu-barra-Lucas, gemendo lastimosamente. —  Você  Você está totalmente trapaceando. Ele a pegou e rolou-a sob ele, seu rosto apenas a centímetros acima dela. —  Fique  Fique —  ele  ele suplicou. —  Aqui  Aqui comigo ou em sua Everyland com o Lucas verdadeiro. Ou qualquer combinação que você gostar. Nós todos podemos compartilhar. Mas seja lá o que você decidir, é melhor você nunca voltar para a Terra. Você vai se machucar muito se você voltar. A garganta de Helen ficou seca com a seriedade de seu olhar. —  Eu  Eu não  —  posso uma briga comde Z eus Zeus me Eu escondendo.   Euevitar não estava falando Zeus. estava falando de pessoas próximas a você. Elas estão conspirando, mesmo em seus sonhos, para trair você. Helen endureceu e empurrou-o para trás.  —  Onde   Onde está a minha mãe neste  momento?   momento?  —  ela   ela perguntou, sem dúvida em sua mente sobre quem em seu círculo interno a trairia. Morfeu voltou para seu próprio rosto, parecendo confuso.  —  Ela   Ela está drogando seu pai, é claro  —  ele   ele disse.  —   Mas não foi isso...  —  O  O quê? —  Helen  Helen garganteou, cortando-o enquanto ela pulava da cama, tremendo de raiva. —  Daphne  Daphne tem estado drogando  o  o meu pai?  —   Sim  —   respondeu Morfeu de sua maneira gentil.  —   Não está prejudicando o seu corpo de forma alguma. É por isso que os belos gêmeos Curadores não conseguem detectá-lo.  —   Que diabos?  —   Helen balbuciou, quase histérica com o pensamento. —  Por  Por que ela está drogando meu pai?  —   Para mantê-lo dormindo, é claro. Não se preocupe. Eu me certifiquei de que ele tenha nada além de sonhos maravilhosos. Helen cerrou os punhos para se impedir de gritar, gri tar, e depois inclinouse para dar em Morfeu um rápido beijo de despedida.  —  Obrigada   Obrigada por cuidar do meu pai, Morfeu. Eu lhe devo uma. E se você precisar de alguma coisa de mim, qualquer coisa, é só pedir.  —  Espera,   Espera, você está em perigo!  —  Morfeu   Morfeu começou, mas Helen já sabia disso. Ela não podia ficar e ouvir mais outro apelo bemintencionado de Morfeu para ficar longe de Zeus. Ela precisava voltar porque sua mãe tinha muitas explicações a dar. E, em seguida, Helen ia chutar a bunda daquela vaca sem-coração.

***

 

Helen apareceu no meio da sala de estar dos Delos centímetros longe de Claire, que estava dormindo em uma cadeira. Uma rajada de ar frio tomou conta de Claire, acordando-a.  —  Helen!  Helen! —  Claire  Claire engasgou, pulando imediatamente.  —  Desculpe  Desculpe —  Helen  Helen disse quando viu o olhar aterrorizado no rosto de Claire. —  Onde  Onde está todo mundo?  —  É  É o meio acha que todo mundo está? Helen olhouda aonoite, redoronde dos você restos carbonizados da sala de estar. A

cadeira que Claire estava dormindo era a única peça de mobiliário na sala que não tinha sido queimada, e Helen a reconheceu r econheceu como sendo da sala de estudo.  —  O   O que você está fazendo aqui?  —  perguntou   perguntou Helen, apontando para a sala destruída.  —  Por  Por que não está em sua casa ou no andar de cima?  —  Estou  Estou esperando para ver se algum de vocês volta. Imaginei que o local que vocês deixaram seria a melhor opção —  respondeu  respondeu Claire. Ela olhou para trás de Helen em expectativa, e seu rosto murchou.  —  Sem   Sem Lucas? —  ela   ela perguntou, arregalando os olhos com tristeza e algo mais que Helen não conseguiu identificar. Quase parecia desconfiança.  —  Ele  Eleque estásentia. bem  —   Helenestava  Helen disse rapidamente, a pitadaque de decepção Claire agindo como ignorando se ela pensasse Helen estava mentindo para ela. —  Eu  Eu o deixei no... Não se preocupe com isso. Ele está completamente curado e totalmente seguro.  —  Como?  Como?  —   perguntou perguntou Claire. Ela fez um gesto para a sala ao seu redor.  —   Foi Foi você quem fez isso. E Lucas estava segurando você. Como ele poderia sobreviver a isso? Helen deslocou de pé para pé. Ela não estava realmente pronta para dizer a Claire sobre o fato de que ela tinha construído um novo mundo. Uma coisa era discutir com Morfeu, que compartilhava sua habilidade, mas de pé aqui com Claire já não parecia uma coisa tão normal criar um mundo.  —   Longa história. Mas confie em mim, ele está perfeito.  —   Ela precisava mudar de assunto.  —   Você sabe onde minha mãe está?  —   perguntou Helen, ouvindo a respiração de todos os habitantes da casa. Ela não ouviu sua mãe entre eles.  —  Não  Não tenho ideia. Não que isso seja algo novo. Ela é realmente boa em fugir. —  Claire  Claire olhou para Helen com cautela.  —   Sim. Ela realmente é  —   Helen disse distraidamente, tentando pensar onde Daphne poderia estar. Ela teve que admitir para si mesma que ela não conhecia sua mãe o suficiente para saber onde ela estaria a qualquer hora do dia, muito menos onde ela dormia à noite. Sair de casa para procurar por ela provavelmente seria um desperdício de tempo. Eventualmente, Daphne teria de voltar, e depois Helen iria confrontá-la. Helen sorriu alegremente para Claire, mas Claire não sorriu de volta. Ela ainda estava olhando para Helen estranhamente. Como se ela não a reconhecesse.  —  O  O que foi? —  Helen  Helen perguntou defensivamente. defensivamente.

 

 —   Você

está estranha. Meio assustadora.  —   Claire olhou rapidamente para o chão, como se ela não pudesse olhar mais para Helen.  —  Jason  Jason está no andar de cima?  —  perguntou  perguntou Helen, mudando de assunto novamente. Ela já sabia a resposta. Ela podia ouvir Jason respirando em seu quarto.  —  Por que você precisade dele?  —   Por Porque eu preciso um Curador. Vamos lá  —   disse Helen, virando as costas para Claire e subindo as escadas.  —   Eu pareço

estranha porque eu estou chateada. Eu acabei de descobrir que meu pai está sendo drogado.  —  Não   Não acredito!  —  Claire   Claire disse em voz alta, e depois baixou a voz.  —  Por  Por que? —   ela ela sussurrou quando elas chegaram ao topo das escadas.  —  A  A bruxa má que é a minha mãe. Quem mais? —  Helen  Helen respondeu.  —  Eu  Eu estou esperando que os gêmeos possam ajudá-lo.  —  Jason  Jason pode. Mas Ari não está aqui, então ele vai ter que trabalhar sozinho  —   disse Claire, mordendo o lábio inferior quando as duas meninas chegaram à porta de Jason. Helen poderia dizer que Claire também estava preocupada com Ariadne, e onde elaetinha ido naquela noite. Não que era Claire como achava se Ariadne tivesse simplesment simplesmente desaparecido, e Helen sentiu que algo suspeito estava acontecendo.  —  Há  Há quanto tempo Ari foi embora? —  perguntou  perguntou Helen.  —  Eu  Eu não sei —  Claire  Claire respondeu, desviando da questão. —  Espera  Espera aqui um segundo. —  Helen  Helen parou do lado de fora enquanto Claire entrava no quarto de Jason para trazê-lo. Quando Claire tocou no ombro de Jason para acordá-lo, Jason respondeu saindo de seu sono para puxar Claire para baixo na cama com ele. Claire resistiu gentilmente, e Helen desviou para permitir-lhes alguma privacidade. Ela podia ver a necessidade de Jason como um flash brilhante e a reciprocidade de Claire foi imediata, embora ela reprimiu rapidamente. Helen podia ler emoções tão claramente agora que era constrangedor para ela estar em torno dos casais. Era como caminhar dentro de pessoas nuas quando ela estava em torno de seus velhos amigos. Helen se perguntou como Orion lidava com isso. Talvez ele fosse mais compreensivo sobre as emoções porque ele tinha aprendido a aceitar quão vulneráveis as pessoas eram em geral. Estamos todos nus sob alguns milímetros de roupas , Helen lembrouse, recordando um momento maravilhosamente tenso em sua vida quando Lucas tinha ficado do lado de fora de sua porta do chuveiro. Helen ouviu Jason dizer: —  Lucas  Lucas está vivo? Tem certeza?  —  E,  E, em seguida, se mover para o corredor. Claire se juntou a Helen fora do quarto de Jason enquanto ele vestia algumas roupas. Momentos depois, ele se encontrou com elas no corredor.  —  A   A condição de Jerry mudou?  —  Jason   Jason perguntou a Helen num sussurro animado.  —   Bem, não  —   disse Helen. Eles foram até o quarto de Jerry e entraram, fechando a porta atrás deles para que eles pudessem falar

mais livremente. —  Eu  Eu acabei de descobrir que ele está sendo drogado.

 

 —  Drogado?  Drogado? —  Jason  Jason repetiu em um tom incrédulo. —  Se  Se fosse uma

droga, eu teria sido capaz de perceber o dano que faria ao seu corpo.  —   É exatamente isso. Morfeu me disse que a droga não está machucando-o. Só mantendo ele dormindo.  —   Morfeu. O deus dos sonhos.  —   Jason olhou para ela sem expressão. —  Vocês  Vocês dois saem agora, ou algo assim?  —   Você pode, por favor, apenas verificar?  —   Helen perguntou urgentemente, apontando para baixo para a forma adormecida de seu pai.  —  Sinto  Sinto muito, Helen. Meu poder não funciona como um exame de sangue. Eu não posso detectar os produtos químicos, só os danos ao organismo. Eu não posso remover produtos químicos, também, a menos que eles sejam o patógeno que está prejudicando o paciente. Meu talento só permite que eu conserte o que está machucado.  —  Então,  Então, o que podemos fazer para ajudá-lo? —  perguntou  perguntou Claire.  —  Nada  Nada —  respondeu  respondeu Jason. —  Tudo  Tudo o que podemos fazer é esperar que a droga saia. E manter quem está drogando-o longe, para que não possa administrar mais. Quem está fazendo isso com ele, afinal? Helen cerrou os dentes, irritada demais até mesmo para dizer o

nome de sua mãe.  —   —  Claire  Daphne  Daphne  Claire disse a ele, quando se tornou óbvio que Helen não podia. Jason suspirou e assentiu.  —  Pensando  Pensando bem, Daphne sempre parecia aparecer apenas quando  Jerry estava acordando. Ela aparecia para vê-lo, e alguns minutos mais tarde ele adormecia outra vez. —  Ele  Ele olhou para Helen contritamente. —   Sinto muito, Helen. Nunca passou pela minha mente que Daphne faria isso com ele.  —   Não Não é culpa sua, Jason. É minha. Eu sei o pesadelo que ela é, e eu ainda assim a deixei ficar perto dele  —  Helen   Helen disse com tristeza.  —   Alguma ideia de quanto tempo ele levará para acordar de novo?  Jason segurou a mão brilhando sobre a cabeça de Jerry, com os olhos fechados em concentração.  —  Ele  Ele está completamente apagado —  ele  ele disse, abrindo os olhos. —   Ele poderia ficar assim por mais doze a dezesseis horas, eu diria. Isso é apenas uma estimativa aproximada, no entanto.  —  Obrigada  Obrigada —  Helen  Helen respondeu.  —  Então.  Então. Como está Lucas? —  Jason  Jason perguntou timidamente.  —  Ele  Ele está totalmente bem  —  disse  disse Helen, sorrindo. —  Na  Na verdade, eu tenho que ir buscá-lo.  —  Buscá-lo?  Buscá-lo? —  perguntou  perguntou Jason, seu olhar aliviado desaparecendo.  —   Ele não pode voar? Ou ele ainda está muito ferido para caminhar? Vamos buscar ajudar... Hector!  —  Jason   Jason se virou e começou a chamar em voz alta pelo seu irmão.  —  Jason...   Jason... espera. Não é nada disso  —  disse   disse Helen, estendendo a mão para detê-lo. Mas Hector já tinha vindo para a porta do quarto. Atrás dele, Helen podia ver Orion sair da cama de hóspedes no quarto de Hector.

 

 —  O   O quê?  —  Hector   Hector rosnou irritado para seu irmão, e então notou Helen.  —   Onde você estava?  —   ele perguntou a ela, saindo para o

corredor.  —  Helen?  Helen? —  perguntou  perguntou Orion, seguindo Hector.  —  Oh,  Oh, ótimo. Você está aqui —  ela  ela disse. —  Não  Não vá a lugar nenhum.  —   Ok  —   Orion disse timidamente, sem entendê-la.  —   Onde está Lucas?  Tanto ele como como Hector estav estavam am olhando de um lado para o outro do corredor procurando Lucas.  —   Oh, pelo amor de Deus  —   Helen murmurou para si mesma, passando a mão sobre o rosto.  —  Ele  Ele está bem! Eu estaria vagando por aqui, sem chorar, se ele estivesse morto? Neste ponto, Castor e Noel, Pallas, Cassandra, Kate e Andy estavam todos acordados e olhando para fora de suas portas do quarto para Helen. Ela levantou as mãos antes que todo mundo pudesse começar a falar ao mesmo tempo.  —   Lucas está absolutamente cem por cento vivo e saudável e esperando por mim em um lugar seguro  —  ela  ela anunciou.  —  Onde?   Onde?  —  perguntou   perguntou Castor, seu rosto tanto esperançoso como confuso.  —   Ah... seguro  —   Helen disse, sem saber o quanto ela devia compartilhar.  —   Onde você levou o meu filho?  —   Noel exigiu, caminhando furiosamente pelo corredor em direção à Helen. Seu rosto estava inchado e seus olhos estavam vermelhos brilhantes de chorar a noite toda. Helen percebeu que Noel a culpava. Ela olhou ao redor para os rostos de todos. Ela viu dúvida, desconfiança, e no melhor dos casos, confusão. Ela estava acostumada a Pallas olhando para ela como se ele não confiasse nela mais longe do que ele poderia jogá-la, mas não Castor e Noel. Ou Claire.  —  Lucas  Lucas e eu o chamamos de Everyland.  —  Helen  Helen ergueu as mãos e só disse isso. —  Mas  Mas todos vocês o conhecem como Atlântida.

 

CAPÍTULO 12 Traduzido por I&E BookStore

H

elen terminou de explicar e um longo silêncio se seguiu. Olhares estavam sendo trocados em torno da mesa da cozinha dos Delos, onde todos eles se sentaram.  —  Quantos  Quantos Criadores de Mundos já existiram? —  Castor  Castor perguntou, finalmente calmo.  —   Não muitos. Hades, Morfeu, Zeus e as Fúrias, todos têm suas próprias terras. Outros Descendentes na história tiveram o talento, mas eu só consigo me lembrar de dois.  —   Lembrar? Como você pode lembrar dos outros Criadores de Mundos se eles viveram há muito tempo atrás? —  Orion  Orion perguntou.  —  Bem,   Bem, lembra quando eu toquei algumas gotas de água daquele   rio?  —   Helen Helen sorriu para ele e Orion assentiu, sorrindo com ela com a menção de sua aventura no Halloween. Pelo menos Orion ainda estava do lado dela. —  Quando  Quando recuperei minha memória, eu recuperei mais do que apenas as minhas memórias. Eu ganhei memórias de outras mulheres, também. Uma delas era Helena de Troia. Hector murmurou um colorido palavrão.  —  A  A vida dela era uma droga, por sinal. —  Helen  Helen olhou para Castor.  —  Você  Você era Priam, rei de Troia. Seu irmão, Tantalus? Ele era totalmente Menelau. E você era Agamenon —  ela  ela disse para Pallas. Hector e Orion se entreolharam e começaram a rir.  —  Você   Você foi o grande Heitor e você era Eneias, seu melhor amigo e

general  disse  disse os ombros quando ela olhou para eles.  —   Mas  —   Mas vocês já Helen, sabiamencolhendo disso.  —  Sim,  Sim, nós meio que sabíamos —  Orion  Orion admitiu com um sorriso.  —  Espera   Espera  —  disse   disse Claire, levantando a mão.  —  Não   Não foi Helena de  Troia que traiu a cidade que estava protegendo-a e deixou os gregos abaterem seus amigos e família? A risada fraca que Claire adicionou no final não tornou a pergunta engraçada. Helen não podia acreditar na acusação na voz de Claire e olhou para seu coração. Estava cheio de medo.  —  Isso  Isso é terrível. Você construiu um mundo —  Cassandra  Cassandra suspirou, trazendo à tona seus próprios pensamentos para se juntar à conversa de alguns minutos atrás. —  Zeus  Zeus vai lutar com você. Ele deve lutar com você ou arriscar ser derrubado. Era isso que as Moiras queriam o tempo todo. Elas querem que as crianças derrubem os pais.

 —  Sim  Sim —  Helen  Helen admitiu. —  E  E até que os Descendentes derrub derrubem em os

deuses eles vão ficar presos no mesmo ciclo, repetindo os erros de nossos

 

antepassados em cada nova geração até que as Moiras consigam o que elas querem.  —  Apolo  Apolo disse algo semelhante —  disse  disse Hector, balançando a cabeça em concordância. —  E  E depois de passar alguns al guns milhares de anos enfiado no Olimpo, ele parece pronto para uma luta. Várias pessoas fizeram perguntas a Helen de uma só vez, mas quando elas começaram a debater as virtudes da luta e de evitar uma luta, Helen sentiu Lucas acordar em Everyland, e felizmente ela voltou sua atenção para ele. Ele estava preocupado com ela. Ela fez um bilhete aparecer no travesseiro ao lado dele, explicando onde ela estava e o que ela estava dizendo a família.  —   Espera... uma coisa?   —  —  ele  ele perguntou em voz alta antes de ler o bilhete. Estranhamente, Helen não o ouviu dizer isso. Ela sentiu as palavras aparecerem em sua cabeça ligada a algum tipo de essência que ela entendia como Lucas. Era como um segundo sentido estranho, muito mais sutil do que a audição de verdade, e ela sabia que podia ajustá-lo se ela tivesse que fazer. Mas ela não queria. Ela queria gastar tanto tempo quanto podia sentindo Lucas dentro de seu mundo, dentro de sua mente, desse jeito.  —   Qualquer coisa    —   Helen respondeu, colocando a palavra suavemente em seus pensamentos para que ele não se assustasse com algum vozeirão no céu nem nada muito Antigo Testamento.  —   Você pode deixá-lo, tipo, muito mais quente? O que há com vocês garotas da Nova Inglaterra e a neve, a propósito? Eu cresci em Cádiz. Eu gosto do sol. Helen riu alto e imaginou um lugar quente para Lucas.  —  Helen?  Helen? —  perguntou  perguntou Orion, tocando-lhe o braço para trazer seus pensamentos de volta para a Terra. Ela olhou para ele e viu que seu comportamento estranho o tinha assustado. Ele estava com medo dela.  Todos eles estavam, Claire. Agora, Claire estava olhando para Helen como seespecialmente ela tivesse acabado de atropelar o cachorro de alguém. Helen sabia que ela precisava se sentar e ter uma conversa com Claire, mas ela não queria tomar um tempo para se explicar ainda. Ela estava muito ansiosa para voltar para Lucas e seu próprio paraíso pessoal.  —   Eu tenho que ir  —   ela disse, encolhendo os ombros se desculpando. Ela se virou para Orion e apontou para ele.  —  Não   Não vá a lugar nenhum, ok?  —  Eu  Eu vou estar aqui —  disse  disse Orion. Ela levantou-se da mesa e se afastou para que ela não congelasse a todos quando ela abrisse um portal. Ela olhou para Noel.  —  Eu   Eu estarei de volta com Lucas em breve. Eu prometo. Então, ela desaparece desapareceu. u.

***

 

  Em algum lugar entre a Terra e Everyland, Helen abriu os olhos. Ela tinha estado através do processo de visualizar as memórias que ela tinha herdado do Rio Lete tempo suficiente para saber quando ela estava fazendo isso novamente. E ela estava fazendo isso novamente. Exceto que, desta vez, quando ela acordou com o corpo nu de Paris enroscado com o dela, ela não viu a cena como uma terceira pessoa fantasmagórica no quarto. Ela sentiu como se estivesse acontecendo com ela. E de todas as memórias que ela reviveu, esta foi a que mais doeu. Foi a noite em que Troia caiu. Helen entrou na memória quando Paris estava escorregando em um sono profundo, pouco depois de terem feito amor pela última vez. Ela sentiu seu corpo ficar pesado, suas articulações afrouxarem, e viu sua mão calejada enrolar-se em um punho. Ela queria desesperadamente ficar, abraçá-lo e observá-lo enquanto ele assistia seus sonhos passarem por trás de suas pálpebras. Mas ela não podia. Ela tinha feito arranjos com Ulisses e precisava fugir o mais rápido possível para cumprir a sua oferta infeliz. Ela já tinha chorado o suficiente por Paris. A única coisa que restava agora era proteger sua filha e se certificar de que algo de Paris fosse deixado quando tudo acabasse. Ulisses a tinha convencido lentamente. Ele tinha explicado que os imortais não podiam lutar contra os mortais até a morte. Hécate, a única  Titã mais poderosa do que Zeus, proibiu. Mas essa tecnicidade não ficaria no caminho dos deuses. Eles eram incrivelmente bons em fazer com que os semideuses quisessem matar uns aos outros, de qualquer maneira. Ao longo dos anos ela observou herói atrás de herói cair em um único combate, cada um deles instigado por seu pai-deus, e ela viu que Ulisses devia estar certo. Helen compreendeu agora que os deuses estavam propositadamente perpetuando guerra, e os ela semideuses concordou seriam que a exterminados. menos que um lado ganhasse, em abreve todos E isso, como Ulisses tinha apontado, era exatamente o que os deuses queriam, e não só pelo show. Afrodite tinha dito a Helen que os deuses gostavam de assistir e apostar em quais Descendentes iria contra quem. Mas o que os deuses realmente queriam era que a maior ameaça ao seu poder fosse eliminada. As Moiras tinham decretado abertamente que os deuses iriam cair pelas mãos de seus filhos. Cassandra tinha feito a profecia quase ininteligível sobre Casas ou linhagens que nem sequer existiam ainda, e dos “filhos derrubando seus pais” dez anos atrás, no início da guerra.  Todos eles eles tinham ouvido isso, deuse deusess e sem semideuses. ideuses. Ma Mas, s, neste caso, os deuses tinham acreditado. Só os deuses sabiam que Cassandra estava dizendo a verdade. Os semideuses achavam que Cassandra era louca.

Helen sabia que ela não era. Sua irmã, Afrodite, havia dito a ela sobre a maldição de Apolo. Enquanto a guerra estava começando,

 

Cassandra tinha recusado os avanços amorosos de Apolo e ele tinha amaldiçoado ela para sempre a profetizar corretamente, mas nunca para ser acreditada. Helen não conseguia pensar em uma maldição mais torturante —   sempre sempre saber que horrores o futuro reservava, mas nunca ser capaz de orientar as pessoas que você ama para longe da destruição. Helen tinha assistido ao longo dos anos enquanto Cassandra gritava para sua família. Ela tentou dizer-lhes que Helena iria trair a todos e deixar a cidade cair, mas ninguém acreditou nela. Quanto mais ela gritava, mais louca ela parecia. E enquanto os deuses riam, mais e mais semideuses morriam. Mas Cassandra estava certa. Helena ia trair sua família. Ela ia deixar os gregos entrarem em Troia, e eles iam destruí-la. Ela sentiu a cabeça do marido escorregar do seu ombro enquanto ele saía de seus braços para os de Morfeu, e ela sabia que essa era sua única chance. Ela afastou seus quadris de debaixo dos dele, e deslizou imperceptivelmente imperceptivelme nte para fora da cama quando ele rolou para o lado dele. Ela sabia que ele ia morrer. Ela quase o acordou, desesperada para contar-lhe tudo. Ela pensou em sua filha e soube que Paris não podia ser salvo. Esse era o acordo que ela tinha feito com Ulisses —  toda  toda Troia pela vida de sua filha. Era um preço alto a pagar, mas não um totalmente egoísta. Os gregos não acreditaram quando ela tentou argumentar com eles. Eles se recusaram a parar a sua busca pela menina que podia ou não ser o  Tirano. Helena tinha tentado dizer-lhes que, se Atlanta morresse, todo o amor no mundo iria morrer com ela. Eles viram seus apelos como uma tentativa desesperada desesperada de uma mãe para salvar sua única filha, mas isso não era inteiramente verdade. Se Atlanta morresse, o Rosto iria morrer com ela, e Afrodite iria punir todos eles. O amor de Helena por Paris e o resto de sua família, não importa o quão profundo, não cumprir poderia seu se comparar a isso. Ela só esperava que Ulisses conseguisse lado. Se ele não prendesse os deuses como ele prometeu que poderia, então tudo isso seria para nada. Eles simplesmente esperariam uma geração ou duas e começariam outra guerra para matar todos os semideuses. Estranhamente, Helena confiava em Ulisses nisso. Ela tinha ouvido seu plano e, por mais louco que parecesse, ela o conhecia bem o suficiente para saber que, se alguma vez houve alguém que pudesse encontrar uma maneira de enganar os deuses, seria ele. Helena inclinou-se sobre o marido e correu os lábios levemente em seu ombro nu em um adeus. Talvez, algum dia, ela iria encontrá-lo pelo rio Styx. Lá, eles poderiam lavar todas as suas memórias de ódio, e caminhar para uma nova vida juntos, uma vida que não tinha as impressões das mãos sujas de uma dúzia de deuses e uma dúzia de reis

estragando isso.

 

Era um belo pensamento. Helena jurou que ela iria viver uma —   centena de vidas de sofrimento por uma vida  —  uma  uma vida de verdade   —  com Paris. Eles poderiam ser pastores, assim como eles tinham sonhado uma vez, quando eles se encontraram no grande farol há muito tempo. Ela seria qualquer coisa, na verdade, uma lojista, ou uma agricultora, o que quer que seja, desde que eles fossem autorizados a viver suas vidas e amar um ao outro livremente. Ela vestiu-se rapidamente rapidamente,, imaginandose administrando uma loja em algum lugar à beira-mar, na esperança de que algum dia esse sonho se tornasse realidade. Ainda era cedo, uma ou duas horas após o pôr do sol, quando Helena saiu do palácio, pegando sua rota habitual até a cozinha. Enquanto ela deslizava através do jardim de ervas em seu caminho para a muralha ela viu Eneias subir a colina para o templo do Oráculo. Helena fez uma pausa. Ninguém mais visitava o Oráculo, a menos que fosse convocado. O que Cassandra queria com Eneias esta noite... a noite?   Helena se perguntou. Ela não podia segui-lo justo agora, mas ela percebeu que era um golpe de sorte que ele estava distraído. Diferente de todos eles, Eneias não sentia a influência do cinturão. Ele era filho de Afrodite, e não poderia ser influenciado. Isso era mais do que sorte, ela percebeu. Mais uma vez, Helena teve a sensação de que ela era apenas um peão das Moiras. Eneias era o único que poderia lhe dar problemas para realizar seu objetivo, e o próprio Oráculo tinha intervindo para removê-lo do seu posto na muralha. Era o destino, então. Troia estava condenada. Em outro momento, Helena foi subindo os degraus até a torre. Os soldados que guardavam essa estação se separaram e se inclinaram para ela. Helena olhou para o lado da muralha, para baixo, para o grande cavalo de madeira que os gregos tinham deixado na praia.  —  Tragam  Tragam ele para dentro —  ela  ela ordenou.  —  Princesa,  Princesa, posso falar? —  perguntou  perguntou o comandante. Helena odiava   ser chamada mas como esteseera tecnicamente aqui seu em  Troia ela nãoassim, teve escolha senão submeter a ele.seu Elatítulo assentiu consentimento para o soldado continuar.  —   O general Eneias nos ordenou a deixar o cavalo ali. Ele acha que é um truque.  —  Como  Como é que pode ser um truque? —  ela  ela perguntou inocentemente.  —  Os  Os gregos se foram. Navegaram para longe. Troia ganhou a guerra. Os homens se entreolharam, sem saber o que fazer. Um jovem soldado, que provavelmente não se lembrava de muito antes da guerra, falou com uma voz vacilante: —  Desculpe-me,  Desculpe-me, Princesa. Mas a enfermeira do meu primo disse que seu marido, o pescador, viu todos os navios dos gregos se concentrarem na praia.  —  Bem,  Bem, eu tenho certeza que o marido da enfermeira do seu primo, o pescador, sabe muito mais sobre política e guerra do que eu  —  Helena  Helena disse alegremente e o resto dos soldados riu enquanto o jovem corava e

olhava para seus pés. —  Mas  Mas eu acho que é seguro assumir que o cavalo de madeira gigante é uma oferenda a Poseidon. Os gregos estão tentando

 

comprar uma passagem segura através do mar. Se tomarmos o cavalo, então aceitamos a sua oferta e talvez Poseidon irá esmagar alguns navios gregos antes de eles chegarem em casa. O que vocês acham disso? A maioria dos homens se animaram com o tom empolgante de Helena, mas alguns ainda pareciam apreensivos. O tempo estava acabando, e ela sabia que não tinha escolha. Quando Helena usou o cinturão para influenciar o último dos soldados, ela sentiu verdadeiro ódio pela primeira vez. E foi por si mesma.  —   Tragam ele para dentro  —   ela repetiu, e todos os homens na muralha correram com rostos aturdidos e os olhos em branco para cumprir suas ordens. Quando o grande portão estava sendo aberto pela primeira vez em mais de uma década, Helena correu para longe da muralha e fez seu caminho através da cidade para o templo do Oráculo. Se Eneias voltasse ao seu posto agora, ele iria estragar todo o seu esforço. Helena tinha que se certificar que ele ficasse ocupado e longe do portão, ou ela teria que fazer algo drástico. Ela não podia matá-lo antes do amanhecer. O acordo que Ulisses havia feito com Zeus era que Ulisses poderia fazer o grande portão de  Troia ser aberto e todo o exército grego entraria na cidade em uma noite sem matar uma única pessoa antes do sol nascer. Então, ao amanhecer, enquanto a cidade ainda dormia, os gregos iriam matar os cidadãos de  Troia em suas suas camas. Em troca de um fim tão rápido de uma guerra que estava virando todos os deuses uns contra os outros, Zeus tinha jurado que os deuses não voltariam para a Terra a menos que os Descendentes se unissem e ameaçassem seu governo. Helena tinha que se certificar de que ela não mataria ninguém enquanto ela cumpria sua parte. Isso não queria dizer que ela não poderia incapacitar Eneias e amarrá-lo, no entanto. Seu corpo tremia quando ela agarrou sua adaga. Ela não queria ferir Eneias, que fosse sempre tinha sido homem e verdadeiro, massuas ela faria o que necessário. Jáum havia tantobom sangue inocente em mãos que a adição do dele não iria fazer diferença, de qualquer maneira. Por um momento, Helena pensou em Astíanax, o filhinho de Heitor e Andrômaca, e seus olhos se encheram de lágrimas.  Todas as as mulheres, incluindo Helen, deveriam ser poupada poupadass —  com  com uma adaptação. Elas deveriam ser divididas entre os reis gregos como despojos de guerra. Helena seria de Menelau. Ela estremeceu, reprimindo a memória dele tentando bater nela até a morte, e sabia que ela iria enfrentar isso repetidamente nos anos vindouros. Ele era impotente agora, por causa da maldição que Afrodite lançou em sua cidade, e ele estaria determinado a descontar em Helena durante o tempo que ela conseguisse viver através de sua brutalidade. Helena sentia como se isso fosse justo. As mulheres deviam ser

casadas com os reis gregos, mas exceto Atlanta, todos os filhos de Troia

 

iam morrer naquela noite. Em comparação, Helena estimou que seu sofrimento era pequeno. Ulisses se recusou a ceder sobre as crianças, não importa o quanto Helena tinha implorado por suas vidas. Os gregos não arriscariam a chance de que os bebês crescessem como homens que poderiam caçá-los para vingar a morte de seus pais. O Oráculo lhes tinha avisado que os gregos poderiam matar todos os filhos de Troia, mas o sangue pelo sangue ainda era o destino dos semideuses. Cassandra Cassandra previu que as Fúrias não iriam tolerar a matança de crianças e parentes, e que iria punir todos os semideuses pela matança de inocentes. Mas, claro, ninguém acreditou nela. Helena manteve seu punhal na bainha até que ela precisasse, e subiu a colina rochosa e íngreme até o templo onde Cassandra vivia na solidão. Muitas vezes, ao longo dos anos, Helena tinha olhado para os pilares brilhando da prisão luxuosa de Cassandra e pensado que a irmãzinha de seu marido era como a lua. Ela era maior do que qualquer um deles, remota e muito solitária. Poucos passos à frente, Helen ouviu alguns sons inconfundíveis.

Impossível , Helen pensou quando ouviu as duas vozes gritarem em uníssono. Helena correu de coluna para coluna e fez seu caminho através da floresta de mármore no interior do templo, até que ela estava perto o suficiente do santuário interior para confirmar com seus próprios olhos o que os seus ouvidos já tinham dito a ela. Eneias e Cassandra eram amantes. E pelo olhar de surpresa no rosto de Eneias enquanto ele se deitava ao lado de Cassandra, ainda ofegante, Helena podia ver que sua intimidade era um novo acontecimento. Eneias sentou-se na pilha de roupas descartadas e cortinas rasgadas que tinham servido como sua cama e passou a mão em seu rosto as suado como se ele não tivesse ideia rasgadas do que fazer a seguir. olhou para ânforas derrubadas, as cortinas e o caos geralEle que sua união tinha causado no templo agora profanado, e, em seguida, para baixo, para Cassandra, completamente atordoada.  —  Eu  Eu machuquei você? —  ele  ele perguntou a ela com urgência. Surpreendia Helena que um guerreiro brutal como Eneias, que havia passado os últimos dez anos de sua vida derramando rios de sangue grego, poderia ter essas emoções sensíveis. Ele estava mais preocupado com o bem-estar de Cassandra do que com o fato de que ele tinha acabado de cometer um crime que era punível com a morte. O Oráculo era sagrado. Helena não podia acreditar que as Moiras tinham permitido esta união em absoluto. Pelo que ela entendia, o destino em si entrava em cena e impedia os Oráculos de terem intimidade com os homens. Oráculos poderiam tentar, mas o homem que elas

queriam inevitavelmente teriam um acidente fatal, seriam enviados para uma terra distante e nunca mais voltariam, ou haveria algum outro

 

infortúnio devastador antes que o amor pudesse ser consumado. Por alguma razão, obviamente esse não era o caso aqui. Ou as Moiras não iriam —  ou  ou não podiam —  interferir  interferir com Eneias. Cassandra sorriu e estendeu a mão para tocar a boca bonita de seu amante com a ponta dos dedos.  —   Ouvi dizer que é de se esperar na primeira vez. Valeu a pena mil vezes —  ela  ela disse calmamente. Ele tomou-lhe sua mão e virou-a para que ele pudesse beijar o centro de sua palma.  —   Sinto muito, de qualquer maneira  —   ele sussurrou, colocando sua pequena mão sobre os músculos grossos que escondiam seu coração sensível. Cassandra olhou para ele vagamente, seus olhos nadando. Eneias pegou-a, puxou-a para o seu colo, e beijou-a. Cassandra desmaiou por um momento em seus braços, mas depois pareceu endurecer a si mesma. Ela se afastou de seu beijo e sacudiu a cabeça.  —  Você   Você deve ir  —  ela   ela falou arrastado, embebida por ele.  —  Agora,   Agora, antes que alguém descubra.  —  Eu  Eu não vou a lugar nenhum —  Eneias  Eneias respondeu com uma risada baixa. —  Eu  Eu não vou desonrar você correndo para salvar minha própria pele.

Eneias deslocou para que Cassandra pudesse sentar-se confortavelmente montada nele e ainda ver cada mudança de seu rosto quando ele comprometeu-se com ela.  —   Eu estou livre para me casar de novo  —   ele disse, sorrindo suavemente.  —   Minha Minha esposa morreu no parto anos atrás, e meu luto acabou há muito tempo. Seu irmão pode querer a minha vida pelo que eu fiz com você, mas eu tenho todo o direito de pedir a sua mão antes de chegar a esse ponto. Cassandra se afastou de Eneias, empurrando-o para trás para que ambos pudessem ver com mais clareza.  —  Eu  Eu não sou simplesmente a irmã do meu irmão, e este não é um encontro bobo quecomo podese sereleperdoado um casamento apressado  —   disse Cassandra, estivessecom perdendo o ponto inteiramente.  —   Eu sou Cassandra de Troia e o receptáculo das Moiras. Você contaminou o referido receptáculo, Eneias. A punição para você é certa.  —   Cassandra falou com ele duramente, tentando fazê-lo entender os riscos. —  Você  Você deve  fugir.  fugir. Esta noite. Agora. Ou você vai morrer.  —  Eu  Eu não vou deixar você, Cassandra. Eu vou me arriscar, me jogar na misericórdia de Paris. Vou pedir-lhe para permitir que você seja minha esposa, se for preciso. Mas eu não vou fugir.  —  Uma   Uma expressão de dor atravessou seu rosto quando um pensamento preocupante lhe ocorreu.  —   Você Você não quer ser minha esposa? Eu pensei... já que você deu a si mesma para mim... que você me amava. Cassandra baixou a cabeça em suas mãos. Eneias tentou acalmála. Acariciou-a, abraçou-a e incitou-a a olhar para ele. Quando ela

finalmente encontrou seu olhar de novo, seus olhos azuis penetrantes

 

afundaram profundamente nos seus brilhantes e verdes, e ela falou com toda a autoridade do próprio destino.  —  Eu  Eu não poderia te amar mais se você viesse para mim segurando o sol em sua mão direita e todas as estrelas do céu na sua esquerda  —   ela disse a ele, sua voz tão definitiva como um canto fúnebre.  —   Eu poderia viver cem vidas e nunca desejar um homem mais perfeito do que você. Eu o amei desde o segundo que eu vi você, e infelizmente para mim, eu sei como um  fato  que   que eu nunca vou amar alguém ou alguma coisa tanto quanto eu te amo. O coração de Helena saltou para a garganta. Ela se escondeu atrás da coluna que a escondia e enfiou a mão sobre a boca para impedir seu coração, e o som engasgado que o seguiu, de pular para fora. Cassandra sabia que Troia ia cair naquela mesma noite. Ela tinha seduzido Eneias de propósito, a fim de forçá-lo a fugir. Foi uma tentativa desesperada de salvar sua vida. Cassandra tinha arriscado irritar as Moiras para salvar o homem que amava, mas em vez disso, seu plano tinha se virado e se devorado como uma cobra comendo o próprio rabo. Ao amar Eneias, Cassandra não tinha feito ele querer fugir de Troia como ela tinha planejado, mas em vez disso, ela tinha lhe dado um desejo inabalável de ficar. Por toda a sua previsão, a única coisa que Cassandra não tinha contabilizado foi que Eneias poderia se apaixonar loucamente por ela. Mas isso tinha acontecido. E agora ela tinha que fazê-lo mudar de ideia ou vê-lo morrer nas mãos dos gregos.  —  Eu   Eu sei que Paris vai apoiar o nosso casamento  —  disse   disse Eneias, fazendo planos excitados. —  Você  Você vai ter que sair de sua alta posição no templo, é claro, mas isso não seria tão ruim, não é?  —   Seria o paraíso  —   Cassandra admitiu tristemente. Ela saiu do colo dele, procurou a sua túnica na pilha e a vestiu enquanto ela falava.  —   Mas Mas você tem mais a temer do que apenas o meu irmão. Todos nós temos.  —   Você está falando sobre a queda de Troia de novo?  —   ele perguntou, seu rosto cauteloso. Ele se preparou, como se estivesse se preparando para Cassandra começar a delirar.  —  Não.  Não. Eu nunca vou falar sobre isso novamente —  Cassandra  Cassandra disse calmamente, e Eneias relaxou. —  Eu  Eu estou falando de outro assunto que não tem nada a ver com uma profecia. Assim, ele podia acreditar nela , Helena pensou, tentando descobrir a estratégia de Cassandra. Sua maldição é que sua profecia não deve ser acreditada, não outras verdades que ela poderia saber.  —   Você Você deve deixar Troia antes do sol nascer ou Apolo vai ver que você se tornou meu amante.  —  O  O que Apolo tem a ver com isso? —  Eneias  Eneias perguntou com cautela.  —  Eu  Eu o recusei anos atrás. A única razão pela qual eu ainda estou

viva é porque até ele teme as Moiras, e elas me reivindicaram primeiro.  —  A   A voz de Cassandra vacilou quando viu o olhar horrorizado no rosto

 

de Eneias, mas ainda assim, ela continuou.  —  Apolo  Apolo vem com o sol. Se ele ver que eu me entreguei a você ele vai amaldiçoar você, seu filho e seu pai. Eneias olhou para Cassandra, seu rosto pálido à luz das tochas.  —   Eu sinto muito.  —   Ela estendeu a mão para ele, mas Eneias afastou as mãos e empurrou-se para longe dela.  —   Por quê?  —  ele   ele perguntou a ela desesperadamente.  —  Por   Por que você fez isso comigo?  —  Sinto  Sinto muito —  ela  ela repetiu. Ele levantou-se, procurou a sua túnica, e amarrou-a com raiva.  —  Eu   Eu estava pronto para morrer por você, se essa fosse a minha punição, mas o meu filho e o meu pai não têm nada a ver com isso. Você deveria ter me contado. —  Sua  Sua voz tremia de traição. —  Você  Você amaldiçoou a minha família para sempre.  —  Não  Não —  disse  disse Cassandra, lágrimas caindo de sua bochecha.  —  Se  Se você sair agora, pegar o seu pai e seu filho e sair de Troia antes do amanhecer, Apolo não irá persegui-lo.  —  Claro   Claro que ele vai!  —  Eneias   Eneias gritou, finalmente levantando a voz para ela.  —   Não, ele não será capaz de tocá-lo nunca mais, eu  juro !  —   ela gritou de volta. Isso fez Eneias parar. Oráculos não juravam levianamente.  —  Pouco   Pouco depois do amanhecer, Apolo vai estar preso no Olimpo por um voto que Zeus fez no rio Styx. Zeus achou que seria impossível para os semideuses cumprirem o combinado, mas ao amanhecer, vai ser assim. O voto perpétuo de Zeus fará ele e os Doze ficarem presos no Olimpo por muitas gerações.  —  E  E o que é essa coisa impossível que os semideuse semideusess terão cumprido pela madrugada?  —  perguntou   perguntou Eneias, como se estivesse começando a ser convencido.  —  Você  Você não vai acreditar em mim.  —  Cassandra  Cassandra suspirou como se Atlas acabado seu fardo sobre seus ombros. Então ela riu, e tivesse murmurou paradesirolar mesma.  —   Um cavalo gigante de madeira. Ridículo.  —   O que tem o cavalo?  —   perguntou Eneias, sua voz abaixando perigosamente. —  Aquele  Aquele fora do grande portão?  —  Já  Já é tarde demais —  ela  ela disse, sacudindo a cabeça. —  Pegue  Pegue seu filho. Pegue seu pai. Saia de Troia. Se você ficar, Apolo punirá a todos nós. Os ombros de Eneias se encolheram, e a expressão ferida no seu rosto o fez parecer tão jovem quanto ele tinha sido quando Helena o encontrou pela primeira vez há uma década.  —  Eu  Eu realmente acreditei em você quando você disse que me amava  — 

 ele disse a ela  —    Talvez umcalmamente. dia você olhe para trás para hoje à noite e acredite

novamente. —  Cassandra  Cassandra inclinou a cabeça, e Eneias a deixou.

 

*** Andy acordou muito antes do amanhecer. Ela estava sozinha na cama de Ariadne pela primeira vez desde que a família Delos a tinha trazido e parecia muito estranho. Ela tinha se acostumado ao ronco de Ariadne e a Helen se debatendo. Em poucos dias, tinha começado a parecer como se as três houvessem crescido empilhadas uma em cima da outra, e agora que o quarto estava quieto, ele parecia muito calmo para dormir.  Também não ajudou ajudou que cada vez que ela fec fechava hava os olhos, a única coisa que ela podia ver era Hector levantando-se da água para vir em seu socorro, todo molhado, com o peito nu, e isso não era exatamente indutor de sono. Desistindo de ter mais algum descanso, Andy jogou as pernas para fora da cama e despenteou seu cabelo curto e escuro com os dedos até que a parte de trás se levantou. Ela decidiu descer para ver o que podia fazer para ajudar Noel e Kate a preparar o café da manhã monumental que eles iriam servir antes de Dédalo e Phaon duelar ao amanhecer. Noel não esperava que Andy fizesse tarefas, mas Andy insistiu. Ela tinha estado cuidando de si mesma toda a sua vida, e ela não estava confortável sentada ao redor enquanto outras pessoas serviam ela. Se ela ia ser protegida por esta família, ela imaginou que o mínimo que podia fazer era ajudar. Além disso, havia leite e cookies na cozinha  —  cookies  cookies de Kate, nada menos. Andy pode não ter estado em Nantucket por muito tempo, mas ela já havia aprendido que Kate cozinhava o tipo de cookies que fazia uma pessoa querer sair da cama. Entrando na cozinha, Andy viu uma grande forma escura sentada à mesa e engasgou de surpresa.  —   Você não está pensando em tentar nadar outra vez, não é?  —   Hector perguntou em voz baixa.  —  Não  Não  —  Andy  Andy sussurrou, puxando para cima a alça da camisola. Ariadne era um pouco maior do que Andy e a maioria das roupas que ela tinha emprestado pareciam cair de seu ombro de forma inadvertidamente sedutora. —  Eu  Eu não conseguia dormir.  —  Eu  Eu sei —  ele  ele disse, observando-a. —  Eu  Eu ouvi.  —  Como  Como você pode... —  Andy  Andy começou, e se interrompeu quando ela viu o brilho de seu sorriso no escuro. Claro que ele podia ouvi-la se virar e revirar na cama. Ele era um Descendente. Ele provavelmente poderia ouvi-la suspirando seu maldito nome em seu sono. O pensamento a fez querer virar e correr de volta para cima, mas em vez disso ela ficou presa ao chão, olhando para a sua forma, enquanto seus olhos se adaptavam à escuridão.  —  Pegue  Pegue um copo. —  Hector  Hector apontou para a garrafa de leite e o prato

de cookies na frente dele.

 

 —  Aha.  Aha. Os cookies de Kate. Você chegou antes de mim. —  Andy  Andy riu.

Ela pegou uma caneca e deslizou ao lado de Hector no banco. Ele estava vestindo apenas um par de calças de moletom bem-desgastadas que diziam REAL MADRID em letras desaparecendo do lado.  —  Você   Você nunca veste uma camisa?  —   ela perguntou. Ela estava tentando fazer uma piada, mas sua voz saiu trêmula e ofegante, arruinando o efeito garotadescolada que ela estava pretendendo.  —  Não  Não para dormir. —  Ele  Ele sorriu e pegou sua caneca para enchê-la. Andy assistiu os músculos em seus antebraços flexionarem e relaxarem enquanto ele servia. Suas mãos a fascinava. Ela gostava do modo como ele segurava as coisas de uma maneira tão sólida e confiante. As mãos de Andy tinham uma tendência a se agitar delicadamente quando ela se movia, algo que ela culpava sua herança de sereia. Mas quando as mãos de Hector tocavam em algo, elas tomavam o controle da coisa. Andy mordiscou um cookie e viu-se maravilhada com a diferença entre eles. Hector era assumidamente masculino em tudo o que ele fazia, e só de estar sentada ao lado dele fazia Andy se sentir mais feminina do que ela nunca sentiu antes. Feminilidade era algo geralmente igualado com fraqueza na mente de Andy, mas agora que ela estava perto de Hector, Andy percebeu qual era realmente a sensação de uma mulher estar prestes a fazer a coisa mais poderosa que ela já tinha experimentado.  —   Você gosta de futebol?  —   ela perguntou, apontando para o logotipo em sua calça de moletom.  —  Eu  Eu gosto de Madrid  —  ele  ele respondeu. —  A  A minha família passou muitos anos na Espanha. Eu adoraria voltar algum dia.  —   Eu gostei da Espanha, mas eu acho que eu prefiro a Escandinávia. Alguma vez você já nadou em um fiorde?  —  Ele  Ele balançou a cabeça. —  O  O gelo brilha debaixo da água leitosa-azul. É... —  Ela  Ela parou e sorriu timidamente.  —  Talvez   Talvez nós possamos fazer isso juntos algum dia. O silêncio se estendeu entre eles quando eles olharam um para o outro. Ela podia ouvir seu pulso batendo em seus ouvidos e sabia que Hector podia ouvi-lo, também.  —  Você  Você viajou muito enquanto crescia? —  ele  ele finalmente perguntou.  —   Quando eu era jovem. Antes da minha mãe, ah... seguir seu próprio caminho.  —  Andy   Andy olhou para sua caneca.  —  Sereias   Sereias não criam seus filhos como os humanos. Minha mãe ficou por perto muito mais tempo do que a maioria teria. Ela realmente tentou ficar comigo.  —  Quando   Quando ela seguiu seu próprio caminho?  —  perguntou   perguntou Hector, usando a frase de Andy.  —  Quando   Quando eu tinha sete anos ela me deixou no colégio interno.  —    —  Uau. Ela viu Hector estremecer.  Uau. Emdeve voz alta, issochoque soa horrível, não De é?  —  Sim  Sim  —  ele  ele riu baixinho.  —  Isso  Isso ser um para você.

repente ser parte da minha família grande e louca.

 

 —  Não,   Não, eu gosto disso  —  Andy   Andy respondeu de imediato, consciente do fato de que ele a incluiu na sua família. —  Eu  Eu amo isso, na verdade.

Parecia que uma bolha quente estava se expandindo dentro dela, preenchendo espaços que ela nem sabia que ela tinha e, de repente, ela queria muito tocar Hector. Ela se inclinou para mais perto dele, na esperança de que, se ela o convidasse a chegar mais perto ele viria o resto do caminho.  —   Andy. Você é uma convidada em minha casa. Existem regras sobre isso  —   Hector sussurrou suplicantemente. Ela olhou para seu rosto, detida pelo seu tom de voz.  —  Você   Você não passou muito tempo em torno dos homens. Não foi.  —  Não  Não era realmente uma pergunta, mas ela balançou a cabeça em resposta, de qualquer maneira.  —   Ajeite a sua camisola —  ele  ele disse suavemente. Andy pegou a alça caída com as pontas dos dedos e deslizou por cima do ombro, amando o modo como os olhos de Hector seguiram cada movimento que ela fez, como se estivesse tenta tentando ndo ler algo escrito em sua pele.  —  Vamos  Vamos lá  —  ele  ele suspirou com pesar, levantando-se e tomando-a pela mão. Ele a levou de volta para cima para o quarto de sua irmã, parando fora da porta.  —  Sinto  Sinto muito —   ela ela disse, sentindo que ela tinha feito algo errado.  —  Você  Você nem sabe pelo que está pedindo desculpas, não é? —  Hector  Hector perguntou com um brilho bem-humorado em seus olhos.  —  Não  Não faço ideia —  ela  ela admitiu, sentindo-se um pouco tola. Ele inclinou-se para ela e roçou os lábios contra sua bochecha. Andy sentiu um arrepio irradiar para fora de onde ele a beijou, como ondulações se espalhando na superfície de uma lagoa.  —  Eu  Eu vou te mostrar mais tarde  —  ele  ele prometeu, sua voz tremendo ligeiramente. Hector abriu a porta do quarto de Ariadne e empurrou uma Andy muito confusa para ele.

*** Helen sentou-se na cama. O som do bater das ondas cumprimentoua e o ar do mar claro, adoçado com o perfume das flores da floresta tropical, envolveram Helen no calor úmido. Ela passou as mãos sobre o lençol debaixo dela e sentiu a depressão ao lado dela que ainda cheirava a Lucas. Ela passou as pernas nuas para o lado, abrindo a cortina de gaze de mosquiteiros que pairava sobre a cama larga e branca. O piso de teca estava brilhante e fresco sob seus pés. Um carrilhão de vento de conchas anunciava onde a entrada da cabana era, e Helen caminhou descalça em direção a ela.

Lá fora, água espumante e azul-esverdeada abrigava recifes cheios de corais. Além da expansão aquática, ilhas impossivelmente íngremes e

 

verdejantes projetavam-se para fora da água azul-piscina deslumbrante como cotovelos de gigantes. Helen andou a circunferência do deque envolvente e viu que sua pequena cabana foi erguida sobre palafitas no meio da água da enseada rasa. Ela encontrou Lucas —  lá  lá fora dando um mergulho ao amanhecer. Helen sentou-se no deque ao lado de uma tartaruga do mar cético e viu Lucas brincando com um tubarão-limão. Ela sabia que os animais não eram animais de estimação aqui, porque ela tinha criado isso. A tartaruga do mar não estava disposta a arriscar a entrar na água com todos os que tinham tantos dentes quanto o tubarão-limão. Helen não a culpava. Respeito pelo poder de outros animais era algo que Helen não iria ignorar, nem mesmo no paraíso. Por que ter um tubarão se ele não for perigoso? Onde estava a emoção nisso? Lucas parecia estar ciente do fato de que o tubarão-limão não era um brinquedo, e encontrou-o na água com todo o respeito que a criatura merecia. Mas eles corriam sob as ondas quase como se eles estivessem brincando de pega-pega. Isso lembrou Helen de como Lucas se movia em torno do ringue quando ele e Hector estavam lutando. Ela decidiu que era o que Lucas estava fazendo. Ele estava aperfeiçoando seus reflexos e melhorando suas habilidades de luta com uma criatura com a qual ele nunca tinha tido a oportunidade de treinar antes. Talvez o tubarão-limão também. Lucas notou Helen observando-o. Ele flutuava sob a água, inclinando-se em direção a ela, seus braços estendidos como asas. A barriga de Helen bateu no chão e ela sorriu para ele, espantada que ele ainda podia fazer isso com ela depois de tudo o que tinham passado. Foram tantas vidas que ela podia se lembrar  —  algumas   algumas que duraram apenas alguns breves anos e outras que duraram décadas —  e  e ele ainda fazia ela formigar como uma menina que nunca tinha sido beijada. Ele puxou-se para fora da água e sentou-se ao lado dela, todo molhado e banhado pelo sol nascente.  —  Eu  Eu sempre quis fazer isso, permanecer submerso e não precisar respirar  —  ele   ele disse, tão animado que sua voz estava alta e juvenil.  —   Hector e Jason podem ter me invejado quando eu voei, mas eu morri um pouco quando eles pularam na água juntos e desapareceram por horas. Eu não podia segui-los. Helen ouviu uma nota de fluência triste em seu tom de voz, e ela percebeu que ele deve ter estado sempre um pouco isolado de seus primos. Ele não podia levá-los para voar com ele, e eles não podiam leválo sob a água com eles. Helen sabia que não era por que Lucas invejava Hector e Jason pelo que eles poderiam fazer. Ele invejava que eles podiam compartilhar seus talentos um com oapareceu. outro, e ele não podia compartilhar o seu com ninguém  —   até que  até Helen

 

Lucas olhou para as ondas suavemente se dobrando, pensando.  —   Eu vou ser assim de agora em diante?  —  ele   ele perguntou.  —  Eu   Eu vou ser capaz de respirar debaixo d’ água água na Terra?  —  Sim   Sim  —  Helen  Helen respondeu calmamente.  —  Em   Em Hades, ele faz com que ninguém tenha poderes especiais, exceto ele, é claro. Dessa forma, ele não concede talentos para as pessoas que não nasceram com eles. Hades é muito inteligente. Ele evita toda a questão de dar poder demais, suspendendo todos os poderes quando você está com ele.  —  Você  Você não fez isso —  Lucas  Lucas disse calmamente.  —   Eu não podia. Eu precisava curar você. E agora eu só quero agradá-lo  —  Helen   Helen admitiu.  —  Eu   Eu quero que você aproveite tudo o que tenho para lhe dar. Mas, a fim de tornar possível que você possa respirar debaixo d’ água água aqui, eu tive que mudar o seu corpo permanentemente. É por isso que eu não sei quantos Descendentes devo trazer aqui. Eu quero que todos vejam isso, mas e se eu...  —   Inadvertidamente criar um exército de Descendentes que têm uma infinidade de talentos que nem mesmo os olimpianos têm? —  Lucas  Lucas terminou por ela. —  É  É uma grande coisa a considerar.  —  Poder  Poder ilimitado. Lucas pensou um pouco mais.  —  Por  Por que Zeus não fez isso? Deu a si mesmo e a todos os olimpianos tantos dons diferentes quanto ele poderia pensar?  —  Eu   Eu não sei. Eu não acho que ele queira compartilhar poder  —   Helen adivinhou. —  Também  Também poderia ser porque, como Hades, ele decidiu criar certas regras para o seu mundo que o proíbe de dar poderes. Mas eu não sei qual é o problema com o Olimpo. Eu nunca estive lá.  —  Ouvi  Ouvi dizer que há um monte de festas  —  Lucas  Lucas disse brincando.  —  Ambrosia,  Ambrosia, néctar dos deuses, ninfas. Muitas ninfas.  —  Mantenha-os  Mantenha-os alimentados e felizes para que eles não se revoltem  —   disse disse Helen com um aceno e um sorriso. Eles riram um com o outro, seus olhos travados. Lucas pegou sua mão e desviou o olhar. Seus olhos examinaram o horizonte, varrendo a vista deslumbrante como se ele estivesse tentando memorizá-la. Ele se virou para ela e ficou sério. —  Como  Como está a família?  —  Ansiosa.  Ansiosa. Nós devíamos voltar —  ela  ela respondeu com relutância. —   O tempo corre aqui como na Terra, e eles estão esperando eu voltar com você. Embora Helen teria gostado de passar a eternidade na cabana sobre a água com Lucas, eles tinham mais de um motivo para retornar à Terra. Ela tinha que voltar para Orion, seu escudo, então as Moiras não poderiam vê-la enquanto ela tentava encontrar uma maneira de impedir uma guerra contra os deuses. Ela sabia que não tinha muito tempo. Agora ela tinha próprio mundo, sem Zeuster iria persegui-la, ela nãoque poderia nem criado mesmoseu começar a planejar a certeza de quee

as Moiras não podiam vê-la.

 

Ela queria dizer a Lucas sobre tudo isso, mas ela sabia que não podia. Mesmo em sua Everyland as Moiras ainda podiam vê-la, e se as Moiras achassem que ela estava tentando evitá-las, elas encontrariam uma maneira de afastá-la de Orion. Elas já podiam saber o que Helen estava planejando, quer ela dissesse em voz alta ou não, mas ela achava que falar com certeza iria dar má sorte. Ela tinha que esperar até que ela estivesse com Orion novamente para dizer a todos o que ela estava planejando.  —   Eu posso sentir você inquieta  —   disse Lucas com um sorriso indulgente. —  Mas  Mas antes de irmos, posso pedir um favor a você?  —  Qualquer  Qualquer coisa.  —  Não  Não traga mais ninguém aqui, nesta enseada, ok? Deixe que este lugar seja nosso.  —  Para  Para todo o sempre —  ela  ela prometeu.

 

CAPÍTULO 13 Traduzido por I&E BookStore

L

ucas lançou o seu último olhar para o paraíso.  —  Pronto?  Pronto? —  Helen  Helen perguntou a ele, segurando sua mão com força na dela.  —   Não  —   ele suspirou, observando seus olhos em constante mudança captar a luz do sol nascente.  —  Mas   Mas vamos embora, mesmo assim. Uma pontada de frio surpreendente surpreendente,, como ser mergulhado em água gelada, e eles estavam de volta em sua casa. Estava tranquilo de uma forma que a mansão Delos quase nunca estava.  —  Eu   Eu achei que você tinha dito que todo mundo estava esperando  —  ele por nós  ele disse, começando se preocupar.  —  Eles  —  ela  —  Orion?  Eles estavam  ela disse,a hesitante.  Orion? —  Helen  Helen chamou. O ciúme atravessou Lucas, quente e branco. Ele tentou reprimi-lo, mas não conseguiu. Ela ainda estava segurando sua mão, mas ela estava pensando em Orion. Em Everyland, Helen poderia mimá-lo e tratá-lo como se ele fosse a única pessoa no mundo, mas de volta à Terra ela tinha alguém para amar, alguém que não era seu primo.  —  Meu  Meu pai —  ela  ela disse, lançando a ele um olhar preocupado.  —  Vamos  Vamos lá —  ele  ele disse, usando o momento para puxar a mão dela antes que ela visse a batalha em seu coração. Lucas e Helen subiram as escadas e encontraram Kate cuidando de seu pai, ainda dormindo.  —  Por  Por que você é a única aqui, Kate? —  Helen  Helen perguntou com raiva.  —  Você  Você não é forte o suficiente para impedir Daphne se ela tentar drogálo novamente.  —  Daphne  Daphne foi para a praia com todos os outros para o duelo —  disse  disse Kate, seus olhos procurando em Lucas alguma lesão.  —   Onde você esteve?  —   Que duelo?  —   Lucas olhou para Helen para ver se ela sabia. Quando Helen deu de ombros, Kate explicou rapidamente o que aconteceu depois que ele e Helen tinham desaparecido.  —   E quanto a Orion?  —   perguntou Helen.  —   Phaon está apenas fazendo isso para chegar até ele. Lucas cerrou os dentes e tentou lembrar a si mesmo que ele deveria ter esperado por isso. Ela adorava Orion, e Lucas não poderia culpá-la. Era mais fácil amar Orion —  menos  menos complicado.  —  Não  Não importa.  —  Kate  Kate balançou a cabeça.  —  Dédalo  Dédalo e Phaon não foram autorizados a escolher... como vocês chamam? Substitutos?

Braços-direito?  —  Segundos  Segundos —  Lucas  Lucas disse, fornecendo o nome.

 

 —  É  É isso aí, nenhum segundo é permitido nessa luta deles.  —  Mesmo  Mesmo se Phaon viver, ele não será capaz de ir atrás de Orion  —   disse Lucas a Helen para tranquilizá-la.  —  Não   Não que ele iria. Orion iria

esmagá-lo em um duelo aberto.  —  Mas  Mas se Phaon ganhar e matar Dédalo... —  Helen  Helen começou.  —  Se   Se ele ganhar, ele ganhou. Ninguém pode retaliar. Nem mesmo Orion. —  Lucas  Lucas assistiu Helen tentar digerir isso, e ele podia ver que ela estava tendo problemas com isso. —  É  É melhor assim. A matança tem que parar em algum lugar. Helen finalmente concordou, aceitando isso mesmo que ela não quisesse. Lucas não a culpava. Ele não queria ver um pedófilo assassino se safar se Dédalo perdesse para Phaon, mas não havia maneira de contornar isso. Duelos tinham regras rígidas. A Titã Hécate, deusa de todos os portais e encruzilhadas, tornou a interferência deles impossível. Foi dito que nem mesmo Zeus poderia desafiar Hécate. Ela era a única  Titã que ele não poderia enviar enviar para o Tártaro.  —   Você Você quer ir? Eu provavelmente deveria ficar caso Daphne volte  —  disse  disse Helen para Kate em uma voz fraca. Ela, obviamente, não queria ficar, mas ela sentia como se tivesse que oferecer.  —   Ir? E assistir a dois caras suados que eu não conheço tentar cortar fora pedaços um do outro com espadas?  —  Kate   Kate perguntou com uma sobrancelha levantada.  —   Não, obrigada. Eu vou ficar aqui com  Jerry.  —   Você é incrível. Você sabe disso, certo?  —   disse Helen à Kate, dando-lhe um abraço.  —   Eu sei  —   Kate respondeu. Ela se afastou e olhou para Helen, alisando a mão sobre seu rosto por um momento e ficando séria.  —   E quanto menos você desaparecer em uma bola de fogo e gelo menos meu cabelo fica cinza. Você sabe disso, certo? —  Helen  Helen riu. Kate virou-se para Lucas e apontou para ele. —  E  E não agarre mais Helen quando ela estiver como tocha humana, ok?  —   Conselhos muito sensatos  —   ele respondeu quando Kate o abraçou. Deixando Kate para vigiar Jerry, eles se apressaram para descer para a praia. Quando eles fizeram o seu caminho para o grande grupo de espectadores reunidos perto da água, Lucas não tentou pegar a mão de Helen novamente. Ele poderia dizer que ela estava ansiosa para chegar a Orion, e ele não queria fazê-la se sentir como se ele estivesse impedindo ela. Assim que ela teve um vislumbre de Orion, ela subiu para o ar e voou para ele em uma corrida. Lucas andou o resto do caminho para darlhes um momento a sós e dar a si mesmo um momento para se acalmar. Não era que ele achava que Helen não o amava. Ele sabia que ela o amava. Mas Orion poderia dar a ela o que ela precisava, e ele não podia.  Tudo que Lucas Lucas tinha que fazer para Helen ser feliz feliz era sair do caminho. caminho. Era simples —  mesmo  mesmo se isso também o estivesse matando.  —  Lucas?  Lucas?  —   seu seu pai chamou, avistando ele. Ele veio correndo pela

praia em um borrão.

 

Castor pode ter corrido primeiro, mas Hector e Jason o venceram chegando antes dele onde Lucas ficou para trás, caminhando lentamente até a praia.  —  Eu  Eu não posso acreditar! —  Hector  Hector uivou, agarrando Lucas em um abraço de urso. —  Todos  Todos nós pensamos que você tinha sido tostado.  —  Eu  Eu fui —  disse  disse Lucas, rindo enquanto seu primo o fazia girar.  —  Solta  Solta ele, idiota —  Jason  Jason disse irritado ao seu irmão. —  Deixe-me  Deixe-me pelo menos verificá-lo antes de você quebrar suas costelas.  —  Eu   Eu estou bem, Jase  —  Lucas   Lucas insistiu quando Hector o colocou para baixo. —  Completamente  Completamente curado. Pareceu uma eternidade para ele cumprimentar o resto de sua família. Enquanto ele tentava provar a sua mãe que ele ainda tinha toda a sua pele, ele teve um vislumbre de Helen tendo uma conversa intensa com Orion. Quando Lucas roubou novamente um vislumbre de Helen, ela estava olhando para sua mãe, e Lucas poderia dizer que elas tiveram uma conversa rápida sobre Jerry. Ele não sabia o que elas tinham dito uma a outra, mas ele tinha certeza que elas decidiram deixar sua briga para mais tarde.

grupo formou um círculoprovavelmente em torno de uma área parecida de areia nivelada. Era O uma arena improvisada, muito com as primeiras arenas de luta. Descendentes desconhecidos —  Lucas  Lucas assumiu que eram membros dos Cem Primos  —  terminaram  terminaram sua tarefa e saíram do ringue, jogando uma tocha, uma chave e uma serpente na área limpa. Uma mulher apareceu, e os três símbolos que a tinham conjurado desapareceram. desaparecera m. Ela não era jovem, e suas feições não eram perfeitas, mas ainda assim ela era adorável. E aterrorizante, Lucas decidiu.  —   Hécate  —   Hector sussurrou. Lucas assentiu distraidamente, momentaneamente paralisado com a única Titã que restou a vagar pelo mundo, antes dela desaparece desaparecerr novamente. Lucas olhou de um lado para o outro da praia. Era novembro, pouco depois do amanhecer, e estava muito frio, mas ainda havia algumas pessoas espalhadas ao longo da costa. E se alguém visse?  —  Como   Como eles estão esperando realizar um duelo sem espectadores chamarem a polícia? —  Hector  Hector murmurou para Lucas.  —   Hécate  —   Lucas murmurou de volta.  —   Uma vez que o duelo começa, nada pode pará-lo. Ela vai manter qualquer interferência à distância. Especialmente mortais indesejados. Lucas olhou para Orion. Seus olhos estavam em seu pai, que estava a poucos passos na frente dele, com a espada pronta. Helen estava a seu lado. Lucas rapidamente desviou o olhar quando ele viu Helen e Orion  juntar as mãos. Ele voltou sua atenção para Phaon, que estava do outro lado do ringue. Sua postura estava frouxa, apática, como se ele realmente não estivesse prestando prestando atenção. Em comparação com Dédalo, que estava em posição de defesa e ansioso para entrar na luta, a mente de Phaon parecia estar em outro lugar.

 

 —   Ele já está morto  —   disse Hector no ouvido de Lucas. Lucas

concordou com a cabeça. Phaon tinha desistido. Embora Lucas soubesse que Phaon merecia esta morte, ele sentiu pena dele.  —  Eu  Eu só quero dizer uma última coisa, se me permite? —  A  A voz fina de Phaon mal atravessou as ondas.  —  Eu   Eu não fui sempre uma pessoa horrível, embora eu tenha feito coisas horríveis. Eu entendo agora que o que fiz foi errado. Lucas sentiu sua pena se aprofundar. Ele deu um passo à frente para dizer que este duelo devia ser interrompido, quando Phaon caiu de  joelhos com um grito. Ele agarrou o peito, como se alguém tivesse acabado de esfaqueá-lo lá.  —  Tente  Tente isso de novo e eu vou arrancar o que sobrou de seu coração  —  Orion  Orion disse, com o rosto lívido. Seja qual for a batalha interna que os dois estavam lutando com os seus talentos da Casa de Roma, Orion ganhou. O chão tremeu e por um momento parecia que Orion estava pronto para rasgar Phaon com as mãos nuas, mas Helen estirou o braço e o parou. Lucas já não sentia pena, embora Phaon nunca tenha parecido mais patético. Sua simpatia tinha estranhamente desaparecido. Ele percebeu que as suas em voltaPhaon para odeve restoterdoestado grupo,controlando Lucas viu que todosemoções. estavam Olhando tão furiosos com Phaon por manipulá-los como ele estava.  —  Levante-se  Levante-se  —  Orion  Orion ordenou, e Phaon se levantou.  —  Pegue   Pegue sua espada. —  Phaon  Phaon pegou o punho da espada na mão e um olhar malicioso e lascivo atravessou seu rosto de uma forma feia.  —   Por que tão frustrado? Eu já lhe disse, você pode ficar com a pequena, Orion. Você sabe que ela quer isso de você.  —   Phaon sorriu obscenamente para Cassandra. Lucas sentiu Hector e Jason agarrarem seus braços, e ele percebeu que tinha estado avançando para chegar ao bastardo deformado.  —  Não  Não —  Hector  Hector rosnou em seu ouvido. —  Não  Não é sua vida para tirar.  —   Vejo todos vocês em Hades  —   Phaon disse com uma risada despótica.  —  Não  Não —  disse  disse Helen, sua voz soando como a de uma deusa. —  Você  Você não verá. Ela falou com tanta certeza que o sorriso maníaco de Phaon derreteu. Ele olhou para ela, sabendo que ela sabia melhor do que qualquer um deles o que o esperava. O olhar no rosto de Helen era o de uma esfinge. Impiedoso. Isso o aterrorizou, como deveria.  —   Comecem  —  disse   disse Orion. Ele moveu-se para fora do círculo da arena como se soubesse exatamente o que estava fazendo. Por um momento, Lucas se perguntou se Orion tinha duelado com mais de um homem no Coliseu.  —  Pela  Pela minha irmã, Cassiopeia —  Dédalo  Dédalo disse em voz baixa, quase como se estivesse orando. E então ele atacou Phaon com toda a habilidade e poder de um guerreiro experiente.

Lucas contou quatro ataques antes de ver o sangue de Phaon  jorrando de uma ferida na perna. Phaon mancou ao redor, chutando

 

areia para distrair o seu adversário, mas isso não impediu um veterano como Dédalo. Ele fintou, passou por Phaon, e inverteu a sua pressão com a ponta de sua lâmina para perfurar Phaon nas costas —  especificamente  especificamente no rim, uma ferida muito dolorosa.  Jason cutucou Lucas. Eles se entreolharam, entreolharam, e perceberam juntos o que Dédalo estava fazendo. Ele não estava tentando causar uma morte rápida.  —  Ele  Ele vai sangrar Phaon até a morte —  Jason  Jason sussurrou.  —  Ótimo  Ótimo —   Lucas Lucas respondeu. Ele olhou para a direita e viu Hector concordando com a cabeça. Levou quase vinte minutos. Um corte aqui, um golpe de quebra de osso ali, e assim por diante, e até mesmo Lucas, Jason e Hector se sentiram desconfortáveis. Dédalo foi implacável. Ele infligiu cada lesão como se ele estivesse assinalando fora da lista o item final. Isso era obviamente algo sobre o qual Dédalo tinha pensado por um tempo muito longo. Ninguém falou ou se moveu para impedi-lo. Lucas olhou para seu pai, esperando vê-lo ficar desconfortável enquanto observava a tortura sistemática de outro ser humano. Mas em vez disso, tudoseoseu quepai eleestivesse viu foi uma expressão de distante no rostoque de Castor, como se lembrando algo doloroso ainda permanecia com ele há muito tempo. Olhando para todos os membros da geração mais velha, Lucas viu expressões similares, e ele sabia que todos os presentes acreditavam que Phaon merecia a punição extrema que ele estava sofrendo agora. Phaon se debateu. Em agonia, ele tagarelou que ele não estava arrependido. Ele falou e falou que ele possuía a inocência porque ele a roubou, e agora ele era o deus da inocência. Ele insistiu que ele poderia ser um monstro, mas todos eles não eram? A resposta foi um não decidido. O restante dos Descendentes, com todos os seus defeitos, não era como ele. Quando Dédalo, finalmente, cortou a cabeça de Phaon com um golpe direto e limpo, eles assentiram comoCatarse  um só,, virando o rosto para o céu. Lucas pensou.  —  Muito  Muito bem, meu filho —  disse  disse uma voz ressonante. O círculo se virou e olhou para a linha da água. Avançando para fora das ondas estava um jovem de peito nu com cabelo preto e olhos azuis penetrantes. Ele carregava um tridente, mas por causa do olhar em seu rosto, para Lucas parecia ser mais como um tridente nas mãos de um demônio. Um diabo que parecia exatamente com Lucas. Ele ouviu suspiros do grupo, e ele sentiu Hector cutucá-lo.  —  Aquele  Aquele é o seu gêmeo do mal —  disse  disse Hector baixinho, com o rosto animado pelo perigo que ele sentiu no ar. Lucas sabia que ele deveria ter estado mais impressionado com a aparência de um deus, mas ele não estava. Estranhamente, ele só podia pensar em seu nado com o tubarão-limão alguns minutos atrás. Helen tinha acabado de lhe dar um novo poder sobre o oceano. Ele podia

respirar debaixo d’ água. água. Não pela primeira vez, Lucas se perguntou se ela tinha dado a ele mais poderes do que isso.

 

 —  Meus   Meus Descendentes sempre foram mais fortes do que os seus,

sobrinha, e aqui de novo, meu Dédalo provou a superioridade física da minha descendência, matando o seu Phaon.  —   Como se eu me preocupasse com uma demonstração de força bruta —  disse  disse outra voz que ronronou sedutoramente sedutoramente.. Mais uma vez, o grupo virou como um só para ver uma mulher alta, seu cabelo loiro caindo em nuvens para baixo da parte de trás de seus  joelhos e seu ondulante corpo voluptuoso como ondas abaixo dele. Vestida apenas com um vestido branco e leve, ela passeou pela praia, os dedos dos pés tocando o vinco espumoso onde as ondas se reuniam na areia.  —  Não  Não é a força do braço, mas a paixão dentro dos corações daqueles que lutam que finalmente determina o vencedor da guerra, Poseidon. Nós  já passamos por isso. —  Ela  Ela foi diretamente para Helen e ficou na frente dela enquanto ela falava.  —   Muitas vezes, em muitas guerras, vimos como os corações dos homens e mulheres decidem o resultado das batalhas. —  Ela  Ela sorriu e pegou as duas mãos de Helen nas dela. —  Olá   Olá de novo, Helen.  —  Olá,  Olá, Afrodite  —  Helen  Helen respondeu, lágrimas se reunindo em seus olhos. Helen realmente se lembrava dela , Lucas pensou. Pela primeira vez ele considerou o que isso significava. Helen se lembrava de Troia. Ela sabia o que realmente aconteceu.  —  Eu  Eu senti tanto sua falta —  disse  disse Afrodite.  —  E   E eu senti a sua  —  disse  disse Helen, sua voz presa, como se ela não estivesse apenas surpresa por estar dizendo isso, mas surpresa por estar sentindo isso também.  —  Engraçado,   Engraçado, não é? Eu conheci todo amor possível, mas quando os anos passaram, o amor que eu ansiava mais é o que eu partilhava com a minha irmã. As duas mulheres se abraçaram com ternura e o brilho dourado que cresceu em torno delas era fascinante de se ver, como olhar para a magia. Lucas podiae ouvir os corações Descendentes baterem lentamente com Helen Afrodite. Foi uma dos sincronicidade forte, uma ligação que Lucas sabia que todos eles iriam se lembrar, não importa quão opostos estariam no futuro. Medo inchou dentro de Lucas. Não porque os deuses estavam entre eles novamente, mas porque Helen estava no centro de tudo. Ela inspirou tal amor nele, em Orion, até mesmo em uma deusa. Não havia ódio, sem amor, e Lucas não poderia evitar de achar que todos eles em breve estariam enfrentando uma luta desesperada por causa do amor puro que todos eles sentiram naquele momento.  —  Uma   Uma reunião tocante  —  disse   disse o homem de peito nu com cabelo preto. —  Mas  Mas seu homem perdeu, Afrodite. E você ainda me deve a nossa aposta. Lucas abriu caminho entre o grupo e enfrentou o que parecia uma versão molhada e ligeiramente cruel de si mesmo.  —  Isso  Isso não é um jogo

para os deuses apostarem. Estas são as nossas vidas.

 

Poseidon estudou Lucas, e riu.  —  As   As Moiras colocaram meu rosto em um tolo moralizante. Deixe-me dizer-lhe uma coisa, rapaz. Eu não ligo para o que as Moiras querem. No mar, os peixes grandes comem os pequenos. Você vai ter que crescer um pouco de pele mais espessa, se for você aquele que deveria tentar me substituir.  —  Pelo  Pelo menos ele é inteligente  —  disse  disse outra voz familiar. Um deus que parecia gêmeo de Hector desceu da outra extremidade da praia, interrompendo Lucas antes que ele pudesse questionar a última observação de Poseidon. —  Meu  Meu candidato a substituto é valente, mas ele tem que ser o mais idiota de todos os mestiços Descendentes. Na verdade, ele realmente queria me desafiar, mesmo sendo um mortal, como ele é. É constrangedor, na verdade. Lucas agarrou Hector automaticamente pelo braço. Ele podia sentir seu primo coçando para saltar em Apolo, imortal ou não, e que, provavelmente, faria todos serem mortos. Uma explosão de ar gelado a partir do centro do círculo interrompeu uma luta antes que pudesse começar.  —  Ora,   Ora, ora, Apolo  —  disse   disse o jovem loiro que estava no pedaço de gelo recém-formado. Uma rajada de ar passou sobre Lucas, mas não foi ar do mar. oCheirava as montanhas, carregado ervas —  e  fracamente cheiro decomo pedras. Tinha que ser de outrocom mundo. Nenhum de nós toma decisões sábias quando se trata de mulheres. Hector não é exceção. Ele quer sua Andrômaca para si mesmo. Você pode culpá-lo? O jovem loiro era alto, mas não gigante. Ele não era excepcionalmente musculoso, também, mas apesar do fato de tanto Poseidon quanto Apolo serem maiores e mais fisicamente desenvolvidos, ele irradiava poder enquanto caminhava para Helen e Afrodite. A deusa acenou para o deus respeitosamente, mas foi a Helen a quem ele se dirigiu.  —  Bem,   Bem, filha. Você tem estado ocupada  —  Zeus   Zeus disse em um tom suavemente repreensivo. Lucasele paralisou seu rostoisso parafreneticamente. que ele não mostrasse suas emoções enquanto pensava sobre Ele havia sabido há algum tempo que as Moiras atribuíam papéis, criando novos atores em cada novo ciclo para que tudo permanecesse o mesmo até mesmo quando isso mudasse. Lucas rapidamente olhou para os deuses e seus Descendentes duplicata duplicata antes do seu olhar cair sobre Orion. O gêmeo de Orion estava faltando.  —  O   O que você quer de nós?  —  perguntou   perguntou Helen, encarando  Zeus. Lucas não poderia deixar de se sentir orgulhoso dela, mesmo que fosse louco falar com um deus assim. Zeus tinha tinh a amaldiçoado gerações inteiras por delitos menores, mas Helen não mostrava nenhuma gota de medo.  —  Não  Não nós . É o que eu quero de você , Helen. —  Zeus  Zeus falou baixinho, mas sua voz ainda parecia aumentar.  —  O  O que é? —   Helen Helen perguntou com cautela, sua bravata esgotando. Poseidon e Apolo se posicionaram atrás de Zeus. Afrodite beijou o

rosto de Helen, soltou sua mão e relutantemente foi ficar atrás de seu

 

pai. Hector, Lucas e Jason reagiram do mesmo jeito, e se angularam atrás de Helen e Orion.  —  Eu  Eu quero o seu novo mundo brilhante —  Zeus  Zeus respondeu. Mais deuses se juntaram a ele. Uma enorme mulher em armadura veio primeiro. Em seguida, um rapaz que se moveu tão rápido que parecia zumbir como um colibri, um corcunda carregando um martelo, um homem com videiras em seu cabelo, e, finalmente, uma outra mulher com um vestido de penas de pavão; todos foram para trás de Zeus. Helen olhou para Orion. Lucas mordeu com força, rangendo os dentes para se impedir de gritar. Ela não acabou de dizer-lhe algumas horas atrás que ele  era  era a pessoa que a ajudava a descobrir tudo? Lucas assistiu quando uma compreensão passou entre Orion e Helen. Ele não sabia o que era porque ela estava retendo informações. Novamente. Helen e Orion fizeram um acordo silencioso e ela virou-se para enfrentar Zeus.  —  Você  Você não pode tê-lo —  Helen  Helen disse deliberadament deliberadamente. e. Zeus sorriu como se Helen tivesse acabado de lhe dar as chaves para o mundo que ele realmente  queria.  queria. —  Desafio.  Desafio.

*** Helen esperava que isso funcionasse.  —  Aceito  Aceito —  disse  disse Hector, movendo-se para frente até que ele estava à direita de Helen e olhando para Zeus sobre alguns centímetros de areia. Vozes gritaram, e vários desafios foram feitos de uma só vez, enquanto toda a multidão de Descendentes reagia ao movimento de Hector contra os deuses.  —   Espera!  —   Helen levantou um braço para impedir Hector de começar uma luta ali mesmo. Lucas e Jason vieram para manter Hector sob controle.  —  Eu   Eu não vi tal fogo em uma centena de gerações  —   disse Zeus, rindo. —  Você  Você está certo, Apolo. Ele é corajoso, até mesmo mais corajoso do que o seu menino em Troia, mas mais burro do que um bloco de mármore.  —  Calma  Calma —  Orion  Orion disse a Hector. —  Confie  Confie em nós. Zeus se inclinou para perto de Hector, perto o suficiente para Helen ver os raios que brilhavam dentro de seus olhos âmbar. —  Se  Se ele tivesse um pingo de juízo, ele iria lembrar que não importa quão habilidoso ele seja, ele não pode me matar.  —  Exatamente  Exatamente  —  disse  disse Helen em uma voz controlada.  —  Portanto,   Portanto, não é um verdadeiro desafio. Os deuses não estão autorizados a lutar com mortais em duelos, razão pela qual em Troia apenas semideuses lutaram com semideuses. Os deuses podem tentar matar Descendentes com ondas do mar, relâmpagos e maldições. Mas eles não estão autorizados a participar no combate corpo-a-corpo com a gente, a menos que eles sejam mortais também. Como quando Ares me torturou no portal. Ele não era imortal lá, então ele podia me matar. Mas longe de um

portal, os deuses precisam encontrar uma forma de nos fazer lutar uns contra os outros ao invés. Como fizeram f izeram em Troia.

 

 —   E

como eles estão fazendo agora  —   Orion continuou incisivamente, de modo que mais Descendentes podiam ouvir e entender que os deuses estavam apenas tentando matar a todos.  —   Existem regras para estas coisas. Você já é meu campeão escolhido —  disse  disse Helen. —  E  E você é mortal, de modo que Zeus tem que escolher um campeão mortal, também.  —  Como  Como você aprendeu tudo isso?  —  Zeus  Zeus perguntou a Helen com os olhos apertados.  —   Um pequeno rio me disse  —   ela respondeu, internamente suspirando de alívio que suas memórias de Helena de Troia estivessem corretas. Helen viu Hector relaxar e sorrir. Lucas e Jason recuaram, finalmente confiando que Helen e Orion sabiam o que estavam fazendo. A maioria dos outros Descendentes relaxaram também. Mesmo que as outras Casas não conhecessem Hector pessoalmente, todos tinham ouvido falar de sua reputação. Ele tinha matado Creon, um Mestre das Sombras, com as mãos nuas. Para eles, aquilo era prova suficiente de sua habilidade em combate livre. Realmente não havia Descendente que poderia estar no mesmo nível

de Hector, exceto a própria Helen.Hector. Ele era Não o herói perfeito. A maior ameaça física era talvez Daphne e ela adorava importa quais eram os motivos de Daphne, e Helen admitiu abertamente a si mesma que ela não tinha ideia do que eles poderiam ser, Helen sentia que sua mãe nunca iria matar Hector. Ele a lembrava muito de Ajax. Pelo menos, é nisso o que Orion e Helen estavam apostando. Nenhum deles poderia pensar em um Descendente que poderia derrotar Hector, então eles esperavam que o número de mortos do dia iria terminar em dois  —   Phaon e qualquer outro pobre coitado, que ela esperava que fosse um dos Cem Primos ou um ramo distante da Casa de Atenas.  Todo esse último segundo de planejamento que ela e Orion tinha feito deveria ter deixado Helen à vontade, mas isso não aconteceu. Quando elanotou olhouuma paraperturbação Zeus, seu sorriso tinha ficado mais Helen em torno deles, como seamplo. as dunas de areia estivessem se tornando vivas. Um momento depois, as dunas estavam cobertas de homens estranhos, vestidos com armadura arcaica. Helen podia ver que alguns tinham os olhos vermelhos brilhantes, e outros tinham pele dura tipo armadura ou tenazes como mãos. Myrmidons. Ela lembrou-se de Automedon matando Zach, e as pontas dos seus dedos crepitaram com raios raivosos.  —   Você acha que você pode derrotar um Myrmidon?  —   Helen perguntou à parte para Hector, percebendo que ela e Orion não tinham contado com isso.  —  Eu  Eu consigo —  ele  ele sussurrou de volta com confiança. Helen olhou de Hector para Lucas, que apertou os lábios e balançou a cabeça, em silêncio, confirmando que ele achava que Hector poderia derrotá-lo também.

também.

 

 —   Eu escolhi um campeão também, Helen  —   Zeus anunciou.  Triunfo brilhava em seus olhos.  —   Aquiles, para combinar com seu

Hector. Os Myrmidons se separaram e deixaram um único guerreiro passar por suas fileiras para ficar em frente a Hector. Helen conhecia este guerreiro  —  seu   seu caminhar, o seu corte de cabelo, até mesmo a camisa que ele vestia, embora naquele momento estava na maior parte coberta por uma armadura estranha. Ele tinha aquela camisa por dois anos agora, e Helen sabia que era a sua favorita. Tudo nele era familiar para Helen, exceto pelo poder recém-desenvolvido que ela podia sentir nele agora.  —   Matt?   —   Helen gritou, incrédula.  —   O que diabos você está fazendo saindo com um monte de Myrmidons? Ele olhou para ela e rapidamente voltou sua atenção para Hector.  —  Não  Não é você que eu quero —  disse  disse Matt para Hector. —  Há  Há apenas uma vida que eu quero tirar, e nunca foi a sua. Eu vim para matar o  Tirano.  —  Matt  Matt —  Lucas  Lucas disse calmamente enquanto Hector e Matt olhavam um para o outro. —  Não  Não há nenhum Tirano.  —  Oh,  —  Matt disse duramente. Ele olhou para Helen.  Oh, sim, há Eles tinham sido  Matt amigos desde que eram muito pequenos para ficar fi car

de pé, e ela nunca tinha visto seu rosto assim. Era como se ele a odiasse.  —   Ela pode não fazer nada para prejudicá-lo agora, Lucas  —   ele continuou.  —  Mas   Mas o poder absoluto corrompe absolutamente, e nunca houve um ser com mais poder do que Helen. Helen sentiu-se tonta e um pouco enjoada. Porque ela sabia que ele estava certo.  —  Helen?  Helen? O Tirano? —  Orion  Orion disse, gargalhando com descrença.  Tantalus, Dédalo e Pallas se afastaram de Helen e se posicionaram atrás de Matt.  —  Pai   Pai  —   Orion Orion sibilou, mas rapidamente fechou a boca. Helen viu seus olhos endurecerem, e ela podia ver em seu coração que Orion estava repreendendo-s repreendendo-se e por ter previsto isso. Helen olhou paranão Hector e viu-o olhando para seu pai, Pallas. Havia uma verdadeira dor em seus olhos, mas nenhuma culpa. Eles eram tão diferentes que não era surpreendente qualquer um encontrar o outro no lado oposto da guerra. Castor ficou firmemente atrás de Lucas, olhando para os seus irmãos. Helen sentiu Daphne tomar uma posição atrás dela e de Orion. Mais Descendentes se misturaram ao redor na periferia do grupo. Argumentos tensos e murmurados inflamaram-se e depois diminuíram quando membros individuais desertaram de suas Casas e decidiram por si mesmos que lado eles preferiam  —   o de Helen ou dos deuses. Dois lados distintos foram sendo desenhados. Matt levantou a voz para que todos pudessem ouvi-lo.  —   A profecia diz que o Tirano é o receptáculo onde o sangue das

Quatro Casas foi misturado . Diga me, Orion, quantos poderes Helen adquiriu no intercâmbio de irmãos-de-sa i rmãos-de-sangue ngue com você e Lucas? —  disse  disse Matt. —  Quase  Quase todos eles, certo? Isso é o que nós imaginamos.

 

Matt fez um gesto para Claire e Ariadne, e elas se moveram para se  juntar ao seu lado. Helen sentiu-se deslizar de barriga para baixo como se estivesse em uma montanha russa. De repente, ela não conseguia respirar. Perder Matt foi um golpe grande o suficiente, mas perder Claire era impensável. Sua Risadinha. Sua melhor amiga, escolheu o outro lado. Helen sabia que Claire tinha dúvidas sobre ela. Ela deveria ter tentado falar com Claire em vez de guardar segredos, mas em vez disso ela deixou a fenda entre elas crescer mais e mais. E todo aquele medo que ela viu no coração de Claire tinha assumido. Helen ouviu Jason sussurrar o nome de Claire para si mesmo, e quando ela olhou para ele, parecia que ele estava morrendo por dentro. Helen teve um breve flash de memória de Troilus, cuja esposa, Cressida, o traiu, escolhendo um amante grego ao invés dele. Helen podia ver o coração de Claire, e era óbvio quão despeda despedaçada çada ela estava. Mas quando Helen olhou para o coração de Matt, não havia conflito. Ele acreditava que ele estava fazendo o certo.  —  Matt.   Matt. Como você pode fazer isso?  —  perguntou   perguntou Helen, tentando ser dura para não chorar.  —  Porque   Porque pode controlar a terra, o mar eaoo seu céu  —    Matt  Matt  —  Você enquanto mais você e mais Descendentes se juntavam lado.  disse Você pode convocar relâmpagos, manipular a gravidade e retirar todas as espadas das mãos de um exército através da geração de um campo magnético. Você pode controlar corações, e agora eu descobri que você até mesmo criou seu próprio mundo. Helen, há alguma força que você não comanda, exceto talvez a si mesma? Você quase matou Lucas  quando  quando suas emoções estavam fora de controle, e pelo que eu vi o seu comportamento está ficando cada vez mais errático à medida que o tempo passa, e não menos.  —  Helen  Helen olhou para o lado e fez um som frustrado, mas Matt continuou.  —  O   O mais importante, por favor, explique-me, se você pode criar o seu próprio mundo, um mundo perfeito que você controla totalmente, o que impede você de destruir este se não fizermos

exatamente como você disser? Silêncio.  Tudo que Helen podia ouvir eram ondas e gaivotas. Matt seria o  primeiro a descobrir isso. Ele sempre se mpre foi tão inteligente.  —  Você   Você se lembra das boas-vindas do primeiro ano?  —  perguntou   perguntou Matt. Ele mudou de posição de pé para pé, hesitante, com os olhos tristes.  —  Sim  Sim —  disse  disse Helen, com um encolher de ombros. —  Vários  Vários de nós passamos a noite inteira conversando ao redor da fogueira, uns cinco minutos da praia a partir daqui.  —   Você se lembra de Zach nos perguntando se pudéssemos construir uma máquina do tempo, poderíamos usá-la para voltar e assassinar Hitler quando ele era apenas um bebê?  —  Sim  Sim  —  Helen  Helen respondeu, sua voz saindo como um coaxar.  —  Eu  Eu lembro. Então eu levo você a pensar que eu sou Hitler.  — 

 — 

 — 

 Não. Eu acho que você é o Tirano potencial para ser muito pior.

 disse Matt.

 Você tem o

 

 —  Minha  Minha filha não pode ser o Tirano. Me escutem!  —  Daphne  Daphne disse

apaixonadamente enquanto ela agitava as mãos para chamar a atenção de todos. Era a primeira vez que Daphne defendia ela, e mesmo que Helen ainda estivesse furiosa com sua mãe pelo que ela tinha feito com Jerry, ela não podia deixar de se sentir tocada.  —   O Tirano deveria substituir Hades. Ele deveria se tornar o Descendente senhor dos mortos. Helen foi feita para governar o céu e substituir Zeus, e é exatamente por isso que ele escolheu um campeão para desafiá-la.  —   Daphne apontou um dedo acusador para Zeus e ganhou ao longo alguns crentes. —  Pensem  Pensem nisso. Zeus Zeu s está prestes a ser derrubado por uma Descendente com mais poderes do que ele tem, e ele está tentando nos voltar contra ela para a matarmos para ele. Ela é poderosa, sim, mas Helen não pode ser o Tirano.  —   Onde está escrito que o Tirano tem que substituir Hades?  —   perguntou Matt, sua voz assustadoramente calma.  —   Os três deuses principais devem ser substituídos por três Descendentes... isso é o que sabemos da profecia. Nós sempre assumimos que o Tirano governaria Hades, mas o tirano poderia facilmente governar o céu. fez uma pausa. Todo vigor  —  saiu do seumuito argumento, e um  —   Daphne olharDaphne temeroso atravessou seu orosto.   Sinto sussurrou para Helen, com o rosto pálido.  —   Está tudo bem, mãe. Eu já suspeitava disso a alguns dias. Nascido da amargura?  —  perguntou   perguntou Helen, lembrando a sua mãe sem maldade da profecia.  —  Existe   Existe alguém no mundo mais amarga do que você?  —   Não. Você não entende  —   Daphne continuou, e depois parou quando Helen deu um passo adiante e se atreveu a pisar na linha na areia que se formou entre os dois lados.  —  Matt  Matt está certo. Eu sou o Tirano. Ou eu deveria ser, se as Moiras fizerem as coisas à sua maneira. Mas vocês têm que confiar em mim. Eu vou me certificar de que isso não aconteça.  —   Eu sei —   —   disse que vai tentar e suspirou profundamente.  Vocêvocê  Você vai querer fazer apenas coisasMatt, boas com os seus poderes, e, no início, você vai corrigir erros e defender os mais fracos. Eu sei que você vai. Mas isso vai mudar eventualmente. Nenhuma pessoa, não importa quão bem-intencionada, serve para governar o mundo. Helen podia ver a mudança elétrica nele que ela tinha notado antes, aquela coisa que o tornava mais do que apenas Matt. Ele estava diferente, mais forte e cheio de magia estranha, mas ainda assim, Helen sabia que ele estava fazendo as mesmas escolhas que ele teria feito um ano atrás. Ele ainda era Matt  —  uma   uma bússola da verdadeira moral  —  e,   e, como de costume, ele estava certo.  —  Você   Você sempre odiou os valentões. E eu acho que eu sou a maior valentona do bloco agora, hein? —  disse  disse Helen com um sorriso carinhoso. Matt sorriu com ela. Nenhum dos dois queria que isso acontecesse.

 

  Todo Todo mundo espere um momento  

  Claire Claire disse ansiosamente,

correndo para ficar entre as facções como se ela pudesse fazer uma ponte entre as duas. —  Lennie,  Lennie, talvez haja uma maneira de você poder devolver

 

alguns desses poderes? Existe algo que você possa fazer para, eu não sei, ser você  de  de novo para que não tenhamos que surtar?  —  Desculpe,  Desculpe, Risadinha —  Helen  Helen respondeu, sabendo que ela estava prejudicando sua melhor amiga mais do que ela já fez antes. —  Esta  Esta sou eu. Sempre foi. Os olhos de Claire se encheram de lágrimas. Mas não importava o quanto ela amava todas as pessoas que estavam do outro lado do muro imaginário que estava sendo construído entre as duas facções, Helen sabia que Claire iria fazer o que ela achava que era certo. Quando ela tomou seu lugar novamente atrás de Matt, Helen não a culpou. Na verdade, ela admirava Claire por sua força e coragem, mesmo que isso magoasse bastante. Helen desejou que ela pudesse gritar seu plano, dizer a seus amigos e familiares por que ela estava fazendo isso, mas ela não podia. As Moiras podiam não ser capazes de ouvi-la enquanto ela estava com Orion, mas Zeus certamente podia, e enquanto as Moiras podiam ser seu pior inimigo, Zeus era aquele que ela tinha que encontrar uma maneira de aprisionar. Até que ela fizesse isso, Helen não poderia dar para trás nenhuma pitada de poder ou ela sabia que não seria forte o suficiente para lutardeles. com ele. E então Zeus iria encontrar uma maneira de matar cada um Como Helena de Troia antes dela, Helen Hamilton sabia que ela iria felizmente interpretar o cara mau e fazer com que todos a odiassem antes de ela permitir que todas as pessoas que ela amava morressem. Ela lembrou-se de Ariadne dizendo a ela uma vez que um Descendente nomear sua filha de Helen era como um cristão nomear seu filho de  Judas. Como todas as outras Helens antes dela, Helen Hamilton tinha decidido que ser Judas para sua família valia a pena —  contanto  contanto que ela sobrevivesse.  —   Sinto muito, Claire  —  ela   ela disse, tentando em vão fazer um elo mental com sua amiga e levá-la a entender sem dizer nada.  —  Mas   Mas eu não vou desistir dos meus poderes.  —  E  —  disse  noss E é isso  disse Matt, verdadeiramente entristec entristecido. ido. —  Ela  Ela nunca vai ser a “Lennie ” novamente, Claire. Ela fez a sua escolha, poder ao invés de nós. Matt inclinou a cabeça sobre o ombro e fez um barulho desumano. Helen reconheceu. Automedon tinha usado para comandar os seus homens quando atacou Helen, Hector e Claire nos bosques em um encontro numa pista de corrida. Os Myrmidons reagiram ao comando de Matt se endireitando e formando um semicírculo em seu lado do “muro”. Um deles avançou e recuperou o corpo de Phaon, e um segundo grupo veio para frente e limpou a areia. Eles eram tão eficientes como um exército de formigas, e em poucos segundos um novo campo de batalha tinha sido feito dentro da arena improvisada na praia. Uma oferenda foi trazida para o círculo. Uma abóbora.

 

  O O que está acontecendo?  

  Helen Helen perguntou a Orion, enquanto

memórias de cozinhar com o seu pai, transformando abóboras em panquecas, tortas e picolés lotaram sua mente.

 

 —  É  É um de seus símbolos. O poder de Hécate abrange uma série de coisas diferentes  —   ele sussurrou em resposta à sua pergunta meioformada.  —  Portais,   Portais, encruzilhadas, fronteiras, permutas e negócios são

os maiores, e é por isso que ela oficializa os duelos, que são uma espécie de negócio, se você pensar sobre isso. Mas ela é também a deusa bruxa. Algo sobre Macbeth e a negociação de sua alma. A abóbora é um de seus símbolos, porque ela é a primeira bruxa. Helen olhou para essa abóbora tola, certa de que as Moiras estavam rindo dela. Ela adorava abóboras. De todas as memórias das muitas vidas as quais Helen tinha sido recentemente submetida, as memórias que ela criou em Nantucket eram suas favoritas. Jerry tinha lhe dado a melhor vida que ela tinha tido em todas as suas muitas existências. Daphne tinha razão quando ela disse que Helen deveria agradecê-la por fazê-la pensar que Jerry era o pai dela. Um olhar para aquela maldita abóbora, e ela sabia que ela trocaria toda essa bobagem de Descendente, Descendente, todos os seus poderes maravilhosos, por mais uma noite de baseball e sorvete com seu pai. Apenas uma noite em que Lucas poderia vir para comer alguma massa, comer desajeitadamente na frente do seu pai superprotetor, e, em seguida, todos podiam assistirema Massachusett eventos desportivos e discutir política, como todos os outros Massachusetts. s. Mas aquela noite sobre perfeita nunca iria acontecer. Helen nunca seria uma criança normal do ensino médio novamente. Um flash luminoso e um fogo laranja estranho entrou em erupção em torno dos limites da arena. Hécate não reapareceu, mas sua presença foi manifestada no zumbido de poder que rodeava o ringue. A abóbora desapareceu. O fogo se apagou. O desafio foi definido. A multidão atrás de Helen sussurrou freneticamente. Nuvens de trovoada rolaram para fora da água, e relâmpagos brilharam à distância. Zeus e os olimpianos rearranjaram-se para terem a melhor vista. Eles estavam gostando disso. Helen tentou entrar na arena e descobriu que não podia. Um fogo laranja Uma pessoa teriaMatt sidoandou queimada por ele,para masseu ele só jogoubrilhou. Helen alguns passosnormal para trás. facilmente lugar, três metros de distância da linha na areia no meio do ringue oval. Ele desembainhou sua espada, uma coisa de má aparência e espessa que fez a respiração de Helen parar. Ela tentou de novo entrar no círculo, apenas para descobrir uma barreira invisível impedindo-a. Helen tentou usar seu talento para criar um portal para entrar no ringue, mas nada aconteceu. Hécate poderia mesmo impedir uma Criadora de Mundos de cruzar uma fronteira, se quisesse. Helen fez uma pausa para meditar sobre isso.  —   O que você está fazendo, bobinha?  —   Hector perguntou a ela, metade de um riso em sua voz. Enquanto ela tinha estado rememorando panquecas de abóbora e contemplando o poder de Hécate, Lucas, Jason e Orion tinham estado ocupados colocando uma armadura peça por peça

em Hector no que parecia a ela como um ritual.

 

 —   O que você quer dizer com o que eu estou fazendo?  —   Helen perguntou  —  irritada   irritada como de costume quando Hector ria dela.  —  Ele   Ele

não quer lutar com você, ele disse que quer a mim. Hector apenas riu mais forte com o seu tom melodramático. —  Você  Você não vai roubar a minha glória, princesa. Ela realmente odiava quando ele a chamava assim.  —  Não  me  me chame...  —  Ele   Ele é seu campeão, Helen!  —  Lucas   Lucas estalou, e seu tom não era brincalhão como o de Hector. Helen olhou para Lucas. O medo e a frustração em seus olhos a silenciou imediatamente. Ela sabia que Lucas estava chateado com ela por não entregar Everyland quando Zeus pediu por ele. Ela queria gritar para ele que ela tinha um plano , caramba, mas é claro, ela não se atreveu a fazer isso.  —  Você  Você fez um juramento, e para nós, isso não são apenas palavras  —  Lucas  Lucas continuou. —  Você  Você não pode  entrar  entrar nessa arena. Apenas Hector pode aceitar seu desafio agora.  —  E...  E... espera —  disse  disse Helen tropeçando, sua língua ficando pesada em sua boca com o medo quando a primeira parte de seu plano foi desfeita.  —    Matt ele não queria Hector, ele só quer a mim. Portanto, esta é a disse minhaque luta.  —   Não, não é  —   disse Hector, sério. Toda a sua brincadeira despreocupada despreocupad a desapareceu, e Helen podia ouvir a voz de um antigo herói nele. Por um momento ela viu Hector de pé sobre uma grande muralha, observando Aquiles meio louco de pesar pela morte de Pátroclo, golpeando os cavalos de sua carruagem, enquanto chamava o nome de Heitor para encontrá-lo em um combate. Matt não parecia Aquiles, mas ele tinha a mesma presença, o mesmo poder. Ela não sabia como tinha acontecido, mas de alguma forma, Matt tinha se tornado Aquiles, o Guerreiro.  —  Essa  Essa sempre foi a minha luta —  Hector  Hector disse gentilmente.  —  ela  Não façadaisso  Não  ela sussurrou, sua voz falhando ao se lembrar do que  —  aconteceu última vez.  —  Não  Não faça isso! —  ecoou  ecoou outra voz muito mais estridente. Helen virou-se e viu Andy empurrando seu caminho através da multidão perturbada. Seu rosto ficou chocado, como se não pudesse acreditar no que estava dizendo e fazendo, mas não conseguia se conter. Andy fez seu caminho através da confusão e ficou a centímetros de distância de Hector, implorando-lhe com os olhos. —  Não  Não lute contra ele.  —  Tentador   Tentador  —   ele disse, sorrindo para o rosto lindo e totalmente confuso. —  Mas  Mas quem eu seria se eu não lutasse? Não eu mesmo, isso é certo. Você sabe que eu tenho que fazer isso, Andy.  —  Eu  Eu te amo —  ela  ela deixou escapar, completamente horrorizada que ela estivesse dizendo algo tão sentimental na frente de uma multidão como essa.

 

  Bem, Bem, já estava na hora  

  Hector Hector respondeu sarcasticament sarcasticamente. e.

 

Por um segundo, parecia que Andy ia dar um soco nele, então Hector fez a coisa sensata e a beijou. Quando ele finalmente se afastou ele o fez com relutância.  —  Você  Você espera aqui? —  ele  ele perguntou a ela, seus olhos vulneráveis. Andy balançou a cabeça lentamente e libertou-o. Hector virou-se para Lucas, Jason e Orion, estendendo a mão para a espada. Lucas entregou a ele, com o rosto escurecido com frustração. Abraçando seus irmãos um por um, Hector entrou no ringue sozinho. Helen foi para Lucas, pedindo em voz baixa.  —  Existe  Existe alguma coisa que possamos fazer para impedir isso? Pense, Lucas.  —   Não. Apenas um deles pode deixar esse ringue vivo  —   ele respondeu, irritado. —  Eu  Eu espero que você saiba o que está fazendo. Ela não sabia. Helen não tinha ideia se o seu plano iria funcionar. A única coisa que ela sabia era que ela tinha que tentar mudar as coisas, e ficar perto de seu Escudo enquanto ela pensava era a única chance que ela tinha. Helen recuou até que ela estava encostada em Orion para preparar-se. Lucas engoliu em seco e desviou o olhar.  —  Ele  Ele está magoado —  Orion  Orion sussurrou em seu ouvido. —  Ele  Ele acha que você está me escolhendo ao invés dele. disso. Ela também cada segundo ela ficavaHelen pertosabia de Orion feria Lucas aindasabia mais.que Masa não havia nada que que ela pudesse fazer sobre isso nesse momento.  —   Só Só me ajude a descobrir uma maneira de salvar Hector  —  Helen  Helen sussurrou de volta.  —  Eu  Eu não posso —  Orion  Orion respondeu. Ele passou os braços em torno de Helen e apertou, mais para confortar-se do que a ela. Ela ficou perto dele, esperando que não só ela fosse protegida das Moiras pela presença de Orion, mas que Hector também fosse.  —  Poderia  Poderia ser diferente desta vez  —  ela  ela disse, sentindo-se otimista, enquanto observava Hector e Matt se enfrentarem. Ela baixou a voz ao mais suave dos sussurros e apertou os lábios ao ouvido de Orion para se certificar de que os deuses não ouvissem.  —   Com você por perto, as Moiras não assentiu, podem usá-lo. Orion e quando ele se afastou e olhou para Helen havia um otimismo cauteloso em seus olhos. Os primeiros golpes vieram tão rápidos que Helen mal podia vê-los. Mesmo que Helen tivesse lutado com Hector muitas vezes, e mesmo que ele a tivesse treinado desde o primeiro dia, ela ainda não podia acreditar que um cara tão grande poderia se mover tão graciosamente e com tanta rapidez. Mas este novo e sobrecarregado Matt era tão rápido quanto ele. Ele desviou de golpes ofuscantes de Hector, girou e manteve o equilíbrio, apesar de seu adversário tentar usar o seu tamanho maior para pressionar e intensificar o ângulo. Em vez de ficar preso sob a chuva de movimentos descendentes de Hector, Matt foi capaz de criar um espaço entre eles sem perder o equilíbrio na areia.

Helen sentiu Lucas, Orion e Jason inalarem bruscamente quando viu Matt avançar e tirar o primeiro sangue.  —  Hector!  Hector! —  gritou  gritou Ariadne.

 

Hector se afastou de Matt, deixando cair a ponta da espada e tocando suas costelas. Sua mão voltou vermelha. Ele olhou através da arena para sua irmã e seu pai, que estavam com Tantalus. Eles haviam se aliado contra ele. Assim que Hector olhou para ela, Ariadne correu para a borda do círculo, quase dançando na ponta dos pés ao longo da borda selada magicamente, como se ela estivesse tentando atirar-se para ele e acabar com essa luta. Hector sorriu para a irmã.  —  Está  Está tudo bem, Ari —  ele  ele disse, perdoando-a. —  Eu  Eu entendo. Hector enfrentou Matt novamente de forma severa, consciente agora que ele tinha descoberto sua jogada. Ele não perdeu tempo, fintando e girando através de Matt, e cortando o calcanhar de Matt quando ele se afastou. O sangue correu livremente do calcanhar de Aquiles de Matt, mas ele não morreu. Ele mancou para longe de Hector e tomou posição do outro lado da arena.  —   Calcanhar errado, meu amigo  —   Matt disse simpaticamente quando a ferida foi fechada imediatamente.  —  Valeu   Valeu a pena a tentativa  —  Hector   Hector respondeu com um encolher de ombros, e então ele pressionou novamente com abandono imprudente. Descendentes Descendente s se sua curavam mas para levou apenas segundos para que pele rapidamente, selasse de volta comoMatt se nada tivesse acontecido. Depois de ver isso, Hector sabia que sua única chance de derrotar Matt era encontrar sua única fraqueza. Matt tinha que ter uma. Ele tinha que ser pelo menos parcialmente mortal ou Hécate não teria lhe permitido participar desta luta, mas havia um monte de partes do corpo para escolher. Hector tentou o outro calcanhar primeiro, mas Matt só se recuperou mais rápido desta vez.  —  Corte   Corte a cabeça dele!  —  Daphne   Daphne gritou, os olhos arregalados de medo por Hector agora que esfaquear os dois calcanhares de Aquiles não funcionou.  —  O  O coração dele! Atinja o coração dele! —  Orion  Orion gritou depois dela. Assim que essas duas primeiras ideias foram oferecidas, os Descendentes do lado de Helen a no gritar sugestões em um turbilhão de vozes. Hector lutou, começaram apunhalando coração, no fígado de Matt, e até mesmo tentando cortar a cabeça dele, mas nenhum deles acabou por ser o certo. Matt sentia a lesão, mas curava imediatamente, e todo o tempo Hector estava ficando ferido e não curava tão rapidamente. Com cada troca furiosa, Hector era o único que ficava mais fraco. Os deuses olhavam com expressões extasiadas. Estava claro que esta era a melhor luta que eles tinham visto em mais de três mil anos. Eles foram absorvendo cada minuto de dor de Hector e Matt como se estivessem torcendo em um jogo de futebol. Isso I sso era um esporte para eles. Incapaz de suportar assistir os deuses sanguinários, Helen olhou para Lucas por conforto. Ele nem estava mais assistindo a luta. Ele estava olhando fixamente para a areia, quebrando seu cérebro em torno de que parte do corpo que Matt iria escolher como sua única fraqueza.

Ela podia vê-lo falando sozinho, frenético por uma maneira de descobrir isso. Ela pensou ter ouvido Lucas repetindo a palavra “calcanhar” repetidamente para si mesmo.

 

Lucas levantou a cabeça e fez contato visual com Helen, seu rosto brilhante de esperança. Ele tinha descoberto. Naquele exato momento, Helen e Lucas ouviram Hector gritar. Suas cabeças viraram-se a tempo de ver Hector cair de joelhos. A espada de Matt foi enterrada até o punho em seu peito. Muitas vozes gritaram ao mesmo tempo, e os corpos dos dois lados do círculo da arena se pressionaram contra a barricada invisível em uma onda, enquanto membros amorosos de ambas as facções tentavam correr para a arena e vir em auxílio de Hector. Mas a magia do campo de batalha impediu qualquer ser de interferir. Matt estava sobre Hector, seus lábios tremendo e os ombros curvados com pesar. Quase fora de si, Ariadne estava gritando coisas odiosas para Matt enquanto Claire tentava segurá-la. Hector caiu para o lado, ainda segurando a lâmina grossa que tinha corrido através do seu coração. Ele bateu no chão com a cabeça voltada para cima, seus olhos olhando diretamente para o sol nublado. Ele puxou uma respiração tensa, depois outra e depois nenhuma. Sua boca parecia sorrir para o céu, mas seus olhos, que sempre tinham sido tão ferozes e cheios de vida, secaram. Hector estava morto.

 

CAPÍTULO 14 Traduzido por I&E BookStore

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lhando para o corpo de Hector deitado na areia, Helen não poderia evitar de pensar “Eu o escolhi como meu campeão porque eu não  podia suportar isso se Lucas ou Orion estivesse ali. Isso é minha culpa  .  —  Desafio!  Desafio! —  Lucas  Lucas gritou, sua voz profunda perfurando através da comoção. Os deuses contraíram em um grupo apertado para conferir.  —  Como   Como pode ser isso?  —  perguntou   perguntou Poseidon.  —  Eu   Eu pensei que você tinha dito que o Rosto o levou para o seu mundo.  —  Ela  Ela levou  —  Hermes  Hermes respondeu defensivamente. —  Ela  Ela não deve tê-lo tornado...  —  Espera   Espera  —  Zeus   Zeus disse, levantando a mão para silenciá-los antes de Hermes conseguir finalizar. —  Hécate  Hécate ainda tem que decidir. Lucas chegou à beira da arena e caminhou para o ringue sem impedimentos pela barreira que mantinha todos os outros fora. f ora. Seja qual for a velha magia que testava a aptidão do desafiante, ela tinha aceitado Lucas. Os deuses trocaram olhares de confusão. Helen seguiu Lucas em transe, sem se preocupar com a reação dos deuses. Ela sabia por que era possível para Lucas entrar no ringue. Ela só não sabia por que ele iria querer. Não fazia qualquer sentido. Matt tinha matado seu campeão e agora ele deveria desafiá-la.  —  Lucas?  Lucas? O que você está fazendo? —  ela  ela perguntou, o medo fazendo sua respiração vibrar. Ele não respondeu nem mesmo reconheceu que ele tinha ouvido ela.  —  Lucas  Lucas é o segundo de Hector, Helen. É o seu direito desafiar Matt antes de Matt poder desafiar você.  —  A   A voz de Jason estava falhando. Helen olhou para ele. Lágrimas estavam caindo livremente pelo seu rosto por causa de seu irmão. Ela pegou sua mão e apertou-a.  —  Eu  Eu posso detê-los? —  ela  ela sussurrou.  —  Não.  Não. É isso o que significa ser o segundo de um campeão. Helen sabia que era tolice dela não ter percebido isso, mas sinceramente nunca lhe ocorreu que alguém pudesse derrotar Hector em primeiro lugar. E se o derrotassem, ela achava que era ela própria quem iria lutar. Ela olhou para Orion suplicantemente, e ele deu de ombros, impotente. Dentro do círculo, Lucas tinha se agachado sobre o corpo de Hector. Matt se afastou respeitosamente quando Lucas fechou os olhos de seu irmão morto. Helen podia ouvir Pallas e Ariadne chorando do outro lado ” ”    

da arena. Helen sabia que ela estava chorando, também, mas mais importante para ela do que sua própria tristeza era a culpa que ela via em Lucas.

 

 —  Só  Só mais um segundo —  Lucas  Lucas sussurrou para o corpo de Hector.

Um soluço explodiu dele de forma inesperada, como se tivesse escapado sem a sua permissão. Era um ruído áspero e zangado. Lucas pegou Hector e o carregou para Orion e Jason que estavam à espera na borda da barreira. Quando ele entregou o corpo de Hector, Andy abriu caminho para o círculo apertado que esperava para reivindicar o herói caído.  —   Acorde!   —   Andy ordenou, sua voz carregando uma nota de assombro que fazia terminações nervosas se esforçarem para obedecer. Ele não se moveu. Suas bochechas coraram com um vermelho brilhante enquanto ela concentrava cada pitada de poder que tinha.  —   Eu disse, acorde !  —   ela repetiu, agarrando-o pelos ombros e sacudindo-o. Sua voz de sereia ecoou através das dunas e da água. Areia e salpicos saltaram para o ar como se eles estivessem tentando fugir dela. Mas ainda assim, Hector não se mexeu. Quando Andy começou a gritar e chamá-lo de todos os tipos de nomes feios por deixá-la para trás, Castor foi o único a ir até ela e, finalmente, arrastá-la para longe do corpo de Hector.  —   É o suficiente! Ele se foi, e nem mesmo você pode acordá-lo  —   Castor  É disse, tentando chegar até ela. Ela não tinha a força de um Descendente, mas ela lutou com ele por um momento antes de ela desmoronar. Noel estava lá para segurá-la enquanto ela chorava. Mas mesmo que ela confortasse Andy, seus olhos estavam fixos em Lucas, que ainda tinha que lutar. Lucas estava com a mão no bolso direito, seus dedos preocupados com algo que ele guardava ali.  —  Arco  Arco e flecha —  Lucas  Lucas pediu para Jason. Um murmúrio assustado começou a se elevar entre os espectadores. Vários dos deuses riram.  —  Este  Este não decepcionou —  Apolo  Apolo disse com entusiasmo à deusa na armadura. Helen assumiu que ela era Atena. —  É  É como da última vez.  —   É isso estavam  É que me preocupa  disse  disse Atena de volta para Apolo. Seus olhos astutos grudados —  em Lucas.  —  Por   Por que ele não pega uma espada?  —  Helen   Helen perguntou a Orion, ignorando os deuses enquanto eles faziam apostas.  —  Eu  Eu não faço ideia —  respondeu  respondeu Orion.  —  Bem...  Bem... quantas flechas ele ganha?  —  Apenas  Apenas uma. A cabeça de Helen girou e ela olhou para Lucas enquanto ele estava de pé calmamente no ringue. —  Por  Por que ele iria pegar essa arma, então? Isso não faz nenhum sentido —  ela  ela pressionou. O olhar perplexo de Orion aprofundou o medo de Helen.  —  Vamos,   Vamos, Luke  —  disse   disse Jason, levantando as mãos em um gesto exasperado, como se ele não soubesse o que Lucas esperava dele.  —  Arco  Arco e flecha —  Lucas  Lucas repetiu distintamente.

Vermelho de raiva por causa da escolha aparentemente suicida de Lucas, Jason pegou um arco e uma flecha da caixa de armas mantida na

 

beira da terra do duelo. Ele puxou o arco e olhou para baixo no eixo da flecha para testá-lo e, em seguida, levou para Lucas.  —  Você  Você não está nem mesmo usando uma armadura —  disse  disse Jason para ele em um tom áspero. —  Você  Você está tentando se matar? Assim que Helen ouviu Jason dizer isso, ela percebeu que não tinha considerado essa possibilidade. E se Lucas estivesse tão farto que ele queria morrer? Lucas pegou sua arma sem responder Jason e se afastou da borda do ringue. Ele não tentou se comunicar com o pai ou a mãe. Ele não abraçou Jason ou deu um discurso de última hora sobre o que ele estava fazendo e por quê. Ele nem sequer olhou para Helen ou tentou avisá-la que ele ia ficar bem. Lucas simplesmente pegou sua arma e se enquadrou ao lado de Matt, sinalizando que ele estava pronto. Mas Helen não estava.  —  Espera   Espera aí  —  ela   ela disse, com a voz saindo ofegante e estridente de medo.  —  Você   Você não quer morrer realmente, não é?  —   ela perguntou freneticamente. Quando ela olhou para seu peito, tudo o que ela viu foi uma massa sem brilho e sem vida dentro dele que eram partes iguais de tristeza e resignação. Parecia para Helen como se ele não se importasse muito se ele morresse ou não. E essa era a única coisa que poderia matá-lo. Ela correu para a barreira invisível em torno da arena, enviando fogo laranja percorrendo ao longo da superfície da barreira em estilo cúpula. Mesmo se ela pudesse encontrar uma maneira de derrubá-la, ela sabia que era tarde demais.  Tudo pareceu acontecer acontecer em câmera lenta. Lucas levantou seu seu arco, e Matt sua espada antes de Helen poder gritar. Quando ela se jogou na barreira e foi impedida uma segunda vez, Matt avançou. Ambas as suas mãos estavam envolvidas em torno do punho da sua espada e os braços erguidos sobre um ombro, a lâmina erguida, para cortar Lucas para baixo com um único golpe poderoso. Lucas soltou sua flecha. Matt parou abruptamente, com o rosto chocado. A flecha prendeu na mão esquerda de Matt. Dentre o calcanhar   espada, de sua mão esquerda. Matt deixou cair a  de e Lucas baixou o arco. Olhando para a mão por um momento, Matt sorriu e acenou.  —  Eu  Eu não deveria ter dito aquilo  —  disse  disse Matt, olhando para Lucas enquanto suas pernas vacilavam e enfraqueciam.  —  Eu   Eu não deveria ter dito a palavra calcanhar   para Hector. Eu deveria saber que você descobriria isso. Lucas deixou cair o arco e alcançou Matt quando ele tombou para pegá-lo e aparar sua queda. Lucas colocou seu inimigo derrotado respeitosamentee na areia. respeitosament  —  Ela   Ela é muito poderosa  —  Matt   Matt sussurrou enquanto sua vida era drenada.  —  Eu  Eu estarei aqui para equilibrá-la  —  Lucas  Lucas prometeu.  —  Pior  Pior do que os olimpianos —  disse  disse Matt, sua voz falhando. —  Pelo  Pelo

menos com eles, haviam doze.  —  Nós  Nós não queremos governar, Matt —  Lucas  Lucas disse-lhe suavemente, mas em vão.

 

Matt já estava morto. Lucas fechou seus olhos, assim como ele tinha feito há alguns minutos com Hector anteriormente. Por um momento, o único som era de Ariadne chorando. Sombras escuras saíram de Lucas como um nevoeiro negro, e Helen ouviu suspiros ao redor dela, enquanto a multidão temerosa sussurrava a palavra Mestre das Sombras. Ele se levantou e apontou o dedo para Helen.  —  Não  Não me siga —  ele  ele ordenou. A escuridão aumentou em torno dele como uma capa e o escondeu. Antes de Helen poder sequer processar o que ele disse, Lucas lançou-se para o céu e desapareceu.

*** Lucas subiu até as nuvens carregadas e turbulentas, escondido em seu manto de sombras. Ele conhecia Helen bem o suficiente para saber que ordenar-lhe para não segui-lo iria deixá-la determinada a fazer exatamente isso. Lucas queria chutar a si mesmo. Ele apostaria uma de suas pernas que Helen tinha o talento detinha Mestre das Sombras também podia ver através da escuridão, mas ele certeza que ela não tinhae aprendido a usá-lo ainda. Essa era a única vantagem de Lucas, e quando ele se virou para trás e confirmou que Helen não estava seguindo ele, ele foi direto para a casa dela. Do ar, ele podia ver que estava milagrosamente intacta, embora ninguém estivesse em casa a dias. A lona azul ainda estava cobrindo a  janela do do quarto dela de quando Helen tinha atirad atirado o acidentalmente acidentalmente uma pedra através dela. Lucas passou por baixo dela e voou para o quarto dela. Estava frio, vazio e o cheiro dela ao redor o fez sentir dor. Lucas foi diretamente para sua cama, ainda desforrada e suja do momento que Orion e Helen tinham emergido do Mundo Inferior para ela  —  pousando   pousando em cima de Lucas no processo. Jogando a roupa de cama no chão, ele deitou-se em cima do colchão nu. Alcançando no bolso direito da frente da calça jeans, Lucas tirou o último dos três óbolos que ele tinha roubado do Getty e enfiou debaixo da sua língua. Ele fechou os olhos e os abriu de novo.  —  Sabe,   Sabe, perseguir um ente querido para o Mundo Inferior nunca acaba bem, meu amigo. —  Morfeu  Morfeu suspirou. Lucas sentou-se ao lado do deus dos sonhos, pegou o óbolo de debaixo da sua língua e ofereceu a ele.  —  Por   Por favor  —  ele   ele implorou, estendendo o pagamento do deus.  —   Por favor, deixe-me, pelo menos, falar com Hades.  —  Oh, —  Morfeu  Oh, você é tão nobre   —   Morfeu bufou, esmurrando uma de suas almofadas de seda para mostrar o quão ofendido ele estava.  —   Você

realmente pensou em tudo? Você acha que Helen ia querer que você fizesse isso?

 

 —  É  É claro que ela não iria querer. Mas Helen não está tomando esta decisão, e sim, eu tenho pensado sobre isso —  Lucas  Lucas disse calmamente.  —  Não  Não há nada mais para mim lá.

Ele não estava tendo autopiedade; era a verdade simples. Depois de Lucas ter se recusado a beijá-la em Everyland, Helen havia deixado claro que ela tinha escolhido Orion logo que eles estavam de volta na Terra. Ela mal conseguia tirar as mãos de cima dele, e Lucas só podia culpar a si mesmo. Ele não poderia esperar que Helen se comprometesse com ele, se ele não iria nem mesmo beijá-la. Lucas sempre soube que Orion poderia dar a Helen o que ela precisava, e agora ele estava apenas tornando mais fácil para ela e tornando-se útil ao mesmo tempo. Andy realmente amava Hector. Todo mundo adorava Hector. Lucas era um corpo extra agora, o amante que não foi autorizado a amar. Então por que não fazer algo de bom com a sua vida?  —  Eu  Eu só quero falar com ele —  repetiu  repetiu Lucas.  —  Tudo  Tudo bem —  Morfeu  Morfeu disse relutantemente, pegando a sua moeda e levantando-se da cama enorme. —  Vou  Vou levá-lo para a árvore. Morfeu levou Lucas através das muitas salas do seu palácio dos sonhos. Ao passarem, os elfos impossivelmente longos e magros que dançavam dentro dos círculos incandescentes de cogumelos e perseguiam as bolhas brilhantes e iridescentes que pareciam acenar “sigam-me, pararam de pular para olhar. Lucas podia ouvi-los ofegarem enquanto ele passava. Ele pensou ter ouvido um sussurro baixo de “Mão da Escuridão”, mas ele não podia ter certeza. Fora do palácio, eles atravessaram a planície que beirava Hades e pararam na beira da terra de Morfeu. Ambos pararam por um momento, olhando para a árvore dos pesadelos. Ela era tão grande que parecia ocupar acres ao longo da fronteira entre a terra dos sonhos e a terra dos mortos. Os ramos entalhados alargavam para fora como se fossem um milhão de dedos de ossos se estendendo e tentando arranhar o céu noturno muito negro.  —  E  —   E Fique ramos  Morfeu  Morfeu  —    Fique não sob olheos para cima  —   Lucas começou.  Lucas terminou por ele, lembrando-se de

sua última viagem à árvore.  —  Tente  Tente não ser condenado ou lançado no Tártaro ou qualquer coisa horrível assim, está bem? —  disse  disse Morfeu com carinho genuíno.  —  Obrigado,  Obrigado, Morfeu —  Lucas  Lucas disse sinceramente. —  Devo-lhe  Devo-lhe uma.  —   Você e Helen devem  —   Morfeu respondeu com um aceno preguiçoso de sua mão. Ele se virou e se afastou, sumindo no borrão das luzes irritantes para os olhos. Lucas podia ouvir os pesadelos que se deslocavam através dos ramos. Ele prendeu a respiração quando uma sensação de calor passou por ele. Ele se forçou a caminhar sob os galhos, as pernas marchando para frente com passos um pouco duros. Era um medo frio que ele sentia, respondendo a pesadelos que não

o ameaçavam da maneira usual. A árvore sabia que ele não tinha medo de morrer ou de dor como tinha sido da última vez que ele estava sob estes ramos. Essas coisas não eram o que ele realmente mais temia.

 

Desta vez, em vez de garras e dentes raspando a casca, Lucas ouviu vozes familiares que sussurravam acima dele. Ele ouviu Matt. Ele ouviu Hector. Ele ouviu sua tia Pandora. Ele ouviu Helen chorando “Eu estou sangrando” repetidamente. As vozes e as formas de todas as pessoas que ele tinha amado e perdido pairavam sobre ele nos galhos da árvore do pesadelo. Lucas ficou surpreso que a presença e o tom de voz de Matt eram tão familiares para ele depois de apenas alguns meses curtos de amizade. Mas, no entanto, eles haviam compartilhado muito mais do que apenas mesas de almoço e trabalhos de casa. Eles tinham compartilhado o último momento da vida de Matt, e como Lucas foi aquele quem a tirou, ele carregaria uma parte de Matt com ele para sempre.  —  Hades!   Hades!  —  Lucas   Lucas chamou, forçando-se a gritar por cima do som do pesadelo de Helen chorando. —  Por  Por favor, apenas me ouça! Os pesadelos ficaram em silêncio e desapareceram. Lucas olhou para cima para ver Hades caminhando em direção a ele. Ele parou do seu lado da fronteira. Era a primeira vez que Lucas tinha visto o senhor dos mortos, mas quando Hades tirou o Elmo da Escuridão e revelou o rosto de Orion, Lucas não se surpreendeu. Ele já tinha adivinhado a conexão entre Hades e Orion. O que Lucas não esperava era ver Hades envolto em sombras, exatamente como as sombras que Lucas fazia. Enquanto Lucas olhava, Hades enfiou o elmo que o tornava invisível debaixo do braço. Eu posso me tornar invisível, Lucas pensou. Algo sinalizou em sua cabeça. Lucas queria gritar que isso era tão irônico.  —  Olá,  Olá, filho —  Hades  Hades disse suavemente, confirmando a suspeita de Lucas.  —   Como?  —   perguntou Lucas, embora ele não tivesse certeza se queria saber. —  A  A minha mãe...?  —  Não   Não  —  Hades   Hades disse com firmeza.  —  Eu   Eu tive um filho com uma mulher da Casa de Tebas centenas de anos atrás.  —  Ele   Ele parou por um momento olhar deháarrependimento pordeseu mesmo quequando tivesse um acontecido muito tempo. — passou  O sangue  O umrosto, deus não dilui... somos imortais e também os nossos... bem, os nossos genes, eu acho que você poderia chamá-los. Você é meu e de Apolo, mas eu vejo mais de mim do que dele em você.  —  Você  Você pode aquecer a si mesmo?  —   Não. Não. Essa característica você pegou de Apolo. Você pode suportar qualquer calor, com exceção do de Helen. Ela pode ficar ainda mais quente do que o sol.  —  Eu  Eu percebi —  disse  disse Lucas com um risinho triste.  —  Mas  Mas a maioria dos seus talentos, você tem de mim. Tenho certeza que você acha tudo isso perturbador.  —  Nem  Nem um pouco —  Lucas  Lucas respondeu. —  Isso  Isso realmente torna tudo mais fácil. Como se tivesse que ser desse jeito.

 —  Vá  Vá para casa, meu filho —  ele  ele disse gentilmente. —  Sua  Sua ausência

está causando turbulência onde é menos necessária.

 

 —   Como alguém pode saber que eu estou ausente?  —  perguntou   perguntou Lucas, confuso. —  Eu  Eu pensei que o tempo parava no Mundo Inferior.  —  Ele  Ele para, a menos que você esteja com Morfeu ou comigo, nesse

caso o tempo passa como acontece na Terra. Nós devemos viver no  tempo  tempo certo a fim de afetar a vida. Lucas pensou sobre isso rapidamente e assentiu.  —   Ou vocês estariam presos em um eterno momento, e ninguém jamais iria encontrar qualquer um de vocês.  —  Muito  Muito bom —  Hades  Hades disse pensativo. —  Nem  Nem mesmo Helen notou isso, e ela é muito inteligente.  —   Ele sorriu para Lucas como se ele estivesse satisfeito com ele antes de continuar.  —  Eu  Eu sei que você chora pelo seu primo, mas eu não permito que as pessoas se troquem pelos seus entes queridos falecidos. Se eu o fizesse, colocaria muita culpa sobre aqueles que preferem viver do que sacrificar-se pelos mortos. Isso iria prejudicar mais pessoas do que iria ajudar. Ele até soava como Orion, exceto que sua maneira de falar era um pouco mais formal. Ambos tinham a compaixão pelos outros que Lucas respeitava.  —  Isso   Isso faz todo o sentido  —  Lucas   Lucas admitiu.  —  E   E eu acho que você está absolutamente certo. Mas eu não vim aqui para me trocar por Hector. Eu vim aqui para me trocar por você.  —   Por mim?  —  repetiu   repetiu Hades, surpreendido pela primeira vez no que Lucas assumiu serem milênios.  —  Eu   Eu sei que você não escolheu ser o senhor dos mortos. Isso foi forçado em você. Eu sei como é isso. Eu sinto como se as Moiras estivessem tentando tentando me forçar ao papel de Poseidon. Mas eu vou rejeitar esse destino de minha própria vontade em favor de outro. Lucas passou por cima da fronteira e entrou na terra de Hades, sabendo que se ele conseguisse, ele nunca poderia deixá-lo novamente.  —  Traga  Traga Hector de volta à vida, e eu vou tomar o seu  lugar  lugar no Mundo Inferior pelo resto da eternidade.

*** Helen olhou para Lucas, facilmente vendo dentro de sua nuvem de sombras. Ela sabia que poderia segui-lo, mas se o fizesse, ela teria de deixar todos os outros desprotegidos. Orion e Jason eram grandes lutadores, Daphne era um monstro a pleno vapor, e Helen sabia que Castor tinha habilidades, mas havia vinte vezes mais lutadores do lado dos deuses do que do dela. Quase toda a Casa de Roma e metade da Casa de Atenas se juntou a ela e Orion, mas ainda não era suficiente para vencer ambos os Cem Primos e os Myrmidons. Se Helen partisse ela sabia que seu lado não teria a menor chance.  —  Queremos  Queremos honrar nossos mortos —  Castor  Castor falou do outro lado da arena, da areia que ainda estava manchada com o sangue de Hector... e

com o de Matt. Helen sentiu seus olhos se encherem e seu peito aquecer com os soluços. Duas pessoas que ela amava muito estavam mortas. Isso não era o que ela tinha planejado.

 

Enquanto os deuses aconselhavam-se com os generais de seu exército mortal, uma determinação solidificou Helen e congelou as lágrimas em seu caminho. Ela sabia que, se ela se permitisse ceder à tristeza, ela não seria de qualquer utilidade para ninguém. Deixe Andy chorar por Hector, e deixe Ariadne chorar por Matt. Helen já não tinha o luxo de chorar.  —   Não podemos negar-lhes o direito de preparar seus mortos  —    Tantalus gritou para Castor, suas emoções iluminando suas entranhas como espadas sendo afiadas em rochas.  —   Mas o campeão do Tirano desapareceu. —  Tantalus  Tantalus continuou em um tom falsamente inocente. —   Como vocês podem provar que ele não fugiu porque ele recebeu um ferimento mortal do nosso campeão?  —  Ridículo!  Ridículo! —  Orion  Orion gritou. —  Matt  Matt nunca sequer tocou em Lucas.  Todos vimos o duelo. duelo. Helen se virou e olhou para sua mãe. —  O  O que está acontecendo? —   ela perguntou em um sussurro.  —  Você   Você está em perigo  —  Daphne   Daphne respondeu laconicamente, mas ela não teve a chance de elaborar antes de Tantalus continuar.  —  O  O Campeão do Tirano não está aqui para provar que ele está ileso  —   Tantalus Tantalus disse com um aceno de proibição de sua cabeça.  —  Provem  Provem

que o seu campeão ainda está vivo  ou  ou entreguem o Tirano.  —  E  E quem irá impor isso? —  Orion  Orion falou de volta. —  Os  Os deuses não podem lutar contra nós.  —  Meu  Meu exército irá —  Tantalus  Tantalus respondeu calmamente. Orion e seu séquito de atenienses leais se moveram como um enxame, se reunindo entre Helen e o batalhão de Cem Primos que parecia se materializar do ar em torno de Tantalus.  —  A  A Casa de Tebas foi longe demais! —  sibilou  sibilou um parente de Orion que Helen não conhecia.  —  Mais  Mais uma vez, Tantalus quer acabar com todas as outras Casas, começando com Atreu e Atenas —  disse  disse outro, ainda mais corajosamente.  —  E   E quando estivermos mortos, os deuses vão deixá-lo saquear nossas Casas. Novamente. Helen sentiu uma mão em seu ombro e olhou para ver que sua mãe estava puxando-a para trás. De repente, parecia que a praia estava cheia de centenas de homens. De onde é que todos eles vieram?   Helen se perguntou atordoada.  —  Para   Para trás deles  —  disse   disse Daphne para Helen em voz baixa. Uma inundação de romanos com armaduras parecia se mover adiante para ficar com os atenienses ao lado de Orion.  —   Para trás, para trás!  —   Daphne rosnou no ouvido de Helen quando ela puxou sua filha longe das linhas de frente. Na debandada de homens armados, Helen foi derrubada no chão. Daphne estava sobre sua filha, suas mãos crepitantes com um relâmpago. O cheiro seco e ruim de ozônio queimado flutuava ao redor dela, e o brilho acre fez a leva de soldados decolar em torno delas quando

Daphne ajudou Helen a ficar de pé.

 

 —   Castor!  —   Daphne gritou desesperadamente, procurando nas multidões de soldados amontoados por um rosto familiar. —  Abrigo  Abrigo para

a Herdeira de Atreu! Helen colocou os braços ao redor de sua mãe desesperadamente e disparou para o ar, levando as duas para longe do perigo do exército pisoteio.  —  Você  Você pode me carregar? —  perguntou  perguntou Daphne, atordoada. —  Ajax  Ajax não podia me carregar quando ele voava.  —  Daphne  Daphne sorriu, emocionada com a sensação do voo, apesar da situação desesperadora.  —  Meu   Meu pai podia voar?  —  perguntou   perguntou Helen, curiosa que ninguém tivesse mencionado isso para ela antes.  —  Oh,  Oh, sim, ele podia voar. A voz de Daphne soou fora de sintonia no ouvido de Helen.  —  Meu  Meu pai  pode  pode voar?  —  Helen  Helen perguntou de novo, levantando voo acima dos exércitos amontoados na praia.  —   Sim  —   Daphne repetiu distraidamente, ainda rindo com a sensação edificante de leveza que Helen lhe deu. Helen encolheu-se com a mentira e o sorriso de Daphne murchou.  —   Você é uma Detectora de Mentiras agora, não é?  —   Daphne perguntou resignadamente, como se soubesse que ela já tinha perdido.  —  Sim  Sim —  Helen  Helen sussurrou. O meio felpudo de uma nova nuvem cobriu as faces da mãe e da filha. A luz solar nublada atravessou as nuvens de tempestade densas que Zeus tinha invocado, fazendo com que o orvalho nos cabelos loiros idênticos de Helen e Daphne parecessem pequenos arco-íris. Dois pares de olhos cor de âmbar se cruzaram, mas o raio azul da cicatriz na íris direita de Helen brilhou quando ela falou.  —   Ajax é o meu pai?  —   Helen perguntou em um tom monótono perigoso, já sabendo a resposta —  isso  isso estava bem na cara dela por uma semana agora, mas ela tinha acabado de juntar os pedaços em sua mente. Ajax parecia Hector  —  eles   eles eram o mesmo personagem na grande peça das Moiras, separados porde uma geração. E Orion tinhacom ditoum a Helen que os personagens principais Troia eram substituídos novo bebê quando eles morriam. Hector tinha substituído Ajax quando Ajax morreu. Mas Hector era um ano mais velho que Helen, então Ajax tinha que ter sido morto um ano antes de Helen ser concebida.  —   Me responda  —   Helen ameaçou, necessitando ouvir isso de Daphne.  —  Não  Não —  Daphne  Daphne respondeu, sua voz oca. —  Jerry  Jerry é seu pai. Helen se perguntou se ela deixasse sua mãe cair desta altura ela iria sobreviver. Daphne olhou para baixo, como se soubesse o que Helen estava pensando. Sua respiração acelerou em pânico.  —  Foi   Foi por isso que você o drogou? Para impedi-lo de acordar e me dizer a verdade?  —  Não  Não levaria muito tempo para você descobrir que eu menti se você

falasse com ele. Eu sabia que não era uma solução permanente, mas eu só precisava de mais alguns dias —  Daphne  Daphne respondeu assumidamente.

 

Elas derivaram por alguns momentos, as palavras de Daphne correndo na cabeça de Helen como se fossem grandes e horríveis demais para parar e pousar em algum lugar.  —  Diga-me  Diga-me por que eu não deveria matá-la. —  A  A voz de Helen estava completamente estável.  —  Porque   Porque eu não matei Jerry, e eu poderia ter matado  —  Daphne   Daphne respondeu imediatamente. —  Você  Você me deve por isso.  —  Por   Por quê?  —  A   A voz de Helen vacilou, e mergulhou perigosamente no céu. —  Por  Por que você mentiu?  —   Helen... devíamos ir para baixo agora  —   Daphne disse ansiosamente quando ela agarrou Helen mais perto. —  Me  Me matar não irá beneficiá-la. Pense com clareza.  —  Eu  Eu estou pensando com clareza. Você nunca fez nada além de me machucar. Por que eu deveria deixá-la viver?  —  Eu  Eu mandei Orion para você.  —  E  E por que você fez isso?  —  Helen  Helen perguntou, desconfiada.  —  Eu  Eu tenho certeza que você tinha uma razão que serviu aos seus fins e não aos meus. Daphne abriu a boca para responder e a fechou novamente.  —  Você  Você acabou de se lembrar que você não pode mais mentir para mim e decidiu segurar sua língua?  —  Helen  Helen zombou.  —  É   É isso mesmo  —  Daphne   Daphne respondeu, seus olhos duros.  —  E   E se você realmente quer respostas de mim, você vai ter de pousar. Se você me matar agora, você nunca saberá. Eu não vou dizer outra palavra até que você me leve de volta para a casa de Castor.  —  Tudo   Tudo bem  —  disse   disse Helen, com os lábios apertados com ódio.  —   Mas não acho que você está mais segura no chão do que você está aqui em cima. Helen voou em um ritmo desconfortavelmente rápido para a casa Delos e sentiu Daphne se contorcer em seus braços com medo. Quando elas ainda estavam seis metros acima, Helen soltou Daphne e a deixou cair no gramado. Enquanto ela observava sua mãe rolar o ombro para

evitar quebrar perna, percebeu quevez. ela pousou no mesmo local que Lucasuma a levou paraHelen voar pela primeira Lucas. Não  seu  seu primo. Tudo o que tinham passado juntos, a maneira que eles tinham torturado um ao outro e empurrado o outro para longe, foi baseado em uma mentira. Helen pousou na grama centímetros longe de Daphne, criando uma grande vala no quintal de Noel e envolvendo Daphne com a sujeira. Helen apenas tinha sentido este tipo de ódio por um outro ser, e ela o mandou para o Tártaro. Enquanto Daphne se debatia sobre o terreno irregular tentando ficar longe de sua filha furiosa, Helen agarrou-a pela parte de trás de sua jaqueta e puxou-a para cima como se ela estivesse lidando com uma boneca, e, em seguida, jogou-a para o terreno mais plano.  —  Comece  Comece a falar —  Helen  Helen ordenou quando ela caminhou para sua mãe, que estava lutando para ficar longe dela nas mãos e nos joelhos. —  

Eu quero saber de tudo.

 

 —   Helen!  —   Castor gritou, e um segundo depois ele estava segurando seus braços e tentando puxá-la para trás. —  O  O que aconteceu?  —  ele  ele perguntou, sem fôlego com o esforço para controlá-la.

Helen poderia facilmente dominar Castor, mas mesmo quando ela pensou em fazer exatamente isso, ele falou em seu ouvido.  —  Não  Não vale a pena  —  disse  disse Castor em um tom simpático. —  Tudo  Tudo o que ela fez com você, não vale a pena. Isso é o que eles querem   que façamos, Helen. Eles querem que a gente mate uns aos outros e, em seguida, todos os seus problemas estarão resolvidos. Lembre-se disso. Ela se lembrava. Isso já havia acontecido em várias das vidas que ela podia recordar. Os piores casos queimavam mais brilhante. Ela se lembrou de quando Arthur, o campeão dos deuses, tinha lutado com seu sobrinho Mordred, o campeão de Avalon. Dois grandes homens ferindo mortalmente um ao outro, e ambos foram mortos em uma luta. Avalon se dissolveu nas névoas, e Camelot ruiu, apagando as duas luzes brilhantes em uma era de escuridão. Os únicos vencedores dessa luta foram os deuses. Helen relaxou e acenou com a cabeça para deixar Castor saber que ela não ia matar sua mãe. Ele a soltou, e ela se virou para ver Noel se  juntar ao marido.  —  O   O que está acontecendo?  —  disse   disse Noel, olhando para o quintal destruído. —  Por  Por favor. Venham para dentro e se acalmem.  —  Ela   Ela mentiu. Eu não sou filha de Ajax. Eu sou filha de Jerry  —   disse Helen em uma voz robótica. —  Lucas  Lucas e eu não somos primos.  —   Como?  —   perguntou Noel. Ela e Castor trocaram olhares confusos. —  Lucas  Lucas ouviu ela dizer...  —  Que  —  Helen  Que todos éramos uma família  —   Helen interrompeu, descobrindo como Daphne tinha feito isso.  —   Foi isso o que ela disse, palavra por palavra, na frente de Lucas. E, tecnicamente, ela está certa. Todos os deuses estão relacionados, por isso estamos também, bem distante.  —   Ela parou e engoliu o sentimento engasgado em sua garganta.  —  Fui  Fui eu   quem disse a Lucas que eu era filha de Ajax quando ele e eu estávamos sozinhos, Helennão fez ela. uma pausa, lembrando como ela quase cedeu a Lucas na estufa, justo antes de ela falar a grande mentira da sua mãe. Ela se lembrou de como Lucas a beijou como se ele pudesse respirá-la através de sua pele. Como ele puxou suas roupas quando ele guiou-a para o chão tão suavemente. Ela ainda podia senti-lo, ainda podia ver a forma de seus grandes ombros sobre ela, e ela sabia que o momento em que ela o empurrou para longe dela foi o momento em que ela tinha decidido toda a sua vida. Lucas. Sua casa. A mansão que ela tinha pago um milhão de vezes, mas não tinha vivido nela ainda. Ela e Lucas estavam destinados a ficar juntos. Eles deveriam ter ficado juntos naquela noite, mas em vez disso, ela empurrou para longe

a maior bênção de sua vida em poralgum causalugar de sua mãe. Ódio a atingiu uma cãibra, e Helen pairou entre a náusea e a dor.como

 

 —  Eu   Eu acreditava nisso, então Lucas ouviu a verdade, mesmo que fosse uma mentira.  —  Helen  Helen terminou em voz baixa, tentando controlar

a necessidade quase física de esmurrar sua mãe.  —  Meu  Meu pai costumava fazer isso comigo  —  admitiu  admitiu Castor, como se ele entendesse o que Helen estava sentindo. —  Ele  Ele me fazia acreditar em uma mentira, em seguida, me fazia dizer para Tantalus, então tudo o que meu irmão iria ouvir era a verdade, a verdade como eu entendia. Essa é a única maneira de contornar um Detector de Mentiras. Tornar as pessoas que você mais confia em bodes expiatórios.  —  Ajax   Ajax me disse que Paris costumava fazer isso com todos vocês para contornar o talento de Tantalus —  Daphne  Daphne sussurrou. —  Onde  Onde você acha que eu tive a ideia? —  Ela  Ela e Castor trocaram um olhar, recordando algo que ambos pareciam se lembrar.  —   Bem, você está sem bodes expiatórios, mãe  —   Helen disse amargamente. —  Levante-se.  Levante-se.  —   Helen  —   Castor disse, tentando lembrá-la de manter a calma. Helen ignorou e manteve sua raiva acumulada focada em sua mãe.  —  Levante-se  Levante-se e me diga por que você fez isso i sso comigo. Daphne olhou para ela, mas antes que Helen pudesse obter uma resposta, todos ouviram um barulho vindo de dentro da cada dos Delos

 —  sons  sons de suspiros e gritos.  —  Todo  Todo mundo, entrem aqui!  —  Jason  Jason gritou para eles.  —  Ele   Ele está

vivo! Hector está vivo!  —  Ele   Ele não pode estar  —  disse   disse Daphne, saltando para cima. Todos eles correram para dentro. Hector estava deitado na mesa da cozinha, sua armadura e a maioria de suas roupas arrancadas. Tigelas de água sangrenta o cercavam, e uma esponja estava ao lado dele, manchada de vermelho. Jason já tinha começado a limpar seu irmão em preparação para a pira. Mas Hector certamente não estava morto. Não mais. Ele estava pálido e fraco pela perda de sangue. Seus lábios estavam azuis, e suas mãos tremiam terrivelmente quando ele sentou-se e agarrou os ombros de Jason, tentando tiniuEra contra seusque dentes, e fazendo caretas, ele cuspiu uma falar. moedaAlgo de ouro. o óbolo seu pai tinha colocado sob sua língua para pagar o barqueiro. Hector levou um momento para olhar para o disco brilhante na mão, contemplando o equivalente de sua própria lápide para os Descendentes.  —  É  É a primeira vez —  ele  ele murmurou. Ele deu o óbolo para Andy.  —   Para mais tarde —  ele  ele murmurou para ela, com a voz fraca.  —  Muito,  Muito, muito mais tarde. Não faça isso de novo —  ela  ela repreendeu, com o belo rosto inchado e coberto de lágrimas de alegria.  —  Você  Você entendeu.  Todo o corpo de Hector de repente tremeu quando ele tentou ficar sentado.  —   Ele precisa de sangue  —   disse Jason, preocupado, quando ele

apoiou seu irmão ea colocou-o de volta na mesa. Jason ergueu as mãos elas começaram brilhar. Ele colocou as mãos sobre Hector parae começar a curá-lo, mas Hector o deteve.

 

 —  Espere,  Espere, Jase —  disse  disse Hector, sua voz quase um sussurro. —  Não  Não

me nocauteie ainda. Onde está Helen?  —  Aqui  Aqui  —  Helen  Helen respondeu, dando um passo à frente de seu lugar atrás de Noel para Hector poder vê-la. —  O  O que foi?  —   Vá para o Mundo Inferior. Agora. Tente falar com Hades para desfazer —  ele  ele disse em um tom fraco se tornando urgente.  —  Desfazer  Desfazer o quê? —  perguntou  perguntou Helen.  —   Desfazer a troca. Não deixe que Lucas fique lá por mim  —   ele disse, agarrando o braço de Helen e sacudindo-o como se para acordá-la.  —  Luke  Luke trocou  a  a si mesmo.  —   Impossível!  —   Daphne gritou, assustando a todos com sua veemência.  —  Hades   Hades não deixa ninguém se trocar por outro. Eu tentei uma dúzia de vezes.  —  Luke  Luke não negociou a si mesmo por mim —  Hector  Hector disse ofegante, os olhos rolando em sua cabeça com o esforço para ficar consciente.  —  Shhh,   Shhh, não  —  disse   disse Noel, vindo para a frente para colocar uma mão reconfortante no ombro de Hector. —  Jason.  Jason. Nocauteie ele antes que ele se mate novamente.  —  Ele —  disse   Ele trocou-se por Hades   —    disse Hector para Noel. Ele puxou o braço de Helen até que seu rosto estava centímetros longe do dele.  —   Lucas tomou o lugar de Hades como o senhor dos mortos.

 

CAPÍTULO 15 Traduzido por I&E BookStore

H

elen sabia que sua mãe estava dizendo alguma coisa várias vezes, mas levou um momento para sua mente sobrecarregada realmente entendê-la.  —   Deveria ser Orion  —  Daphne   Daphne se manteve murmurando para si mesma. Quando ela encontrou os olhos de Helen, como se estivesse tentando se explicar, parecia que ela estava prestes a ruir. —  Quer  Quer dizer... Orion é Hades. Eles parecem exatamente o mesmo, não é? Orion Ori on é o único além de você que pode ir para o Mundo Inferior. Ele é um Criador de  Terremotos e pode “reduzir todas as cidades mortais a escombros”, então eu pensei que ele fosse o Tirano... todos nós pensamos. Todos nós pensamos o Tirano substituir Hades. Todos os sinais estavam lá. Sempreque se supôs quedeveria seria Orion. Como se convocado pela repetição de seu nome por Daphne, Orion apareceu na porta da cozinha com Cassandra ao seu lado.  —  Castor  Castor —  disse  disse Orion caminhando apressadamente. —  Os  Os deuses exigem que mostremos Lucas, ou Tantalus enviará o seu exército contra nós. E os Myrmidons quererem matar Helen com ou sem Matt conduzindo-os. Sei que você está de luto... todos nós estamos, mas eu preciso de você na linha de frente.  —   Ele está vivo!  —   Cassandra gritou antes que seu pai pudesse responder e correu para Hector.  —  Fique  Fique aí atrás, Cass —  Jason  Jason disse em advertência enquanto suas mãos brilhavam azul. —  Deixe-me  Deixe-me trabalhar nele.  —   Como?  —   perguntou Orion, com os olhos colados ao peito de Hector enquanto ele se enchia de respirações óbvias.  —  Seu  Seu coração foi cortado em dois. Ele estava morto.  —  Uma  Uma troca —  respondeu  respondeu Noel. Ela estava tão dividida entre sentirse feliz que Hector estava vivo e destruída pelo que Lucas tinha tin ha feito que ela não conseguia terminar.  —  Lucas  Lucas concordou em tomar o lugar de Hades no Mundo Inferior, a fim de trazer Hector de volta —  Andy  Andy terminou por ela.  —  Por  Por quê? —  perguntou  perguntou Cassandra, com o rosto suplicante. —  Será  Será que ele pensa que o amamos menos do que amamos Hector? Orion olhou para Helen. —  Ele  Ele fez isso porque ele acha que estamos  juntos. Lucas acha que nós... nós...  —  Eu  Eu sei —  Helen  Helen sussurrou, tentando desesperadamente descobrir uma maneira de consertar isso.  —  Eu   Eu tenho que descer e dizer-lhe que

não é verdade.  —  Helen.  Helen. Eu sinto muito —  Daphne  Daphne disse, com os olhos arregalados de pânico. —  Você  Você tem que acreditar em mim. Se eu soubesse que ia ser Lucas, eu teria deixado vocês dois em paz. Você tem que explicar isso

 

para Lucas... fazê-lo entender que não era que eu não gostava dele. Por favor.  —  Do  Do que você está falando? —  perguntou  perguntou Helen, com uma sensação de afundamento em seu estômago. —  Mãe,  Mãe, o que você fez?  —   Foi por isso que eu menti  —   ela disse rapidamente e bem baixinho, como se estivesse tentando acelerar a história. —  Se  Se Orion fosse se tornar o novo senhor dos mortos, por que ele não iria querer restaurar a vida do pai do seu único amor verdadeiro?  —  O  O quê? —  disse  disse Helen, perplexa.  —   Uma dúzia de vezes eu quase morri. Toda vez que eu fui para baixo para o rio Styx, eu implorei a Hades, mas por que ele deveria me ouvir? Minha única esperança era a profecia que dizia que um Descendente viria a substituí-lo  —  ela   ela disse, uma luz desesperada em seus olhos. —   Quem Quem mais poderia ser além de Orion? Orion é gêmeo de Hades! —  Ela  Ela olhou para todos suplicantemente.  —  E   E se eu substituísse Hades?  —  perguntou   perguntou Orion, com um olhar de horror em seu rosto.  —   Você ainda teria que concordar em me dar o que eu quero, e mesmo que você se importasse comigo, não havia nenhuma garantia. Eu tive que me perguntar, o que  me  obrigaria   obrigaria a fazer alguma coisa? Amor, obviamente. Se você se apaixonasse por uma menina, e essa menina achasse que ela havia perdido seu pai, por que você não iria restaurar seu pai à vida por ela? Helen estremeceu, como se alguém tivesse se aproximado de seu túmulo.  —  Ela  Ela não deveria se apaixonar por Lucas —  disse  disse Daphne, girando sobre Helen e apontando um dedo acusador para ela irracionalmente. —   Você deveria encontrar Orion primeiro e se apaixonar por ele. Teria sido perfeito. Você teria Orion e eu teria Ajax e ninguém teria se machucado.  Tentei mantê-la longe de Lucas. Tentei levá-la para fora da ilha logo que vi a conexão que vocês dois tinham. Helen se lembrou. Quando a família Delos mudou-se para Nantucket, sua mãe,várias disfarçada uma mulher mais velha, tinha tentado sequestrá-la vezes como para levá-la para longe deles. Daphne havia dito a Helen que era para protegê-la da família Delos para que eles não a matassem, mas sua mãe sempre soube que Helen usava o cinturão e era imune às armas. Ela também sabia que Helen era mais forte do que todos eles juntos e não precisava ser resgatada. O objetivo real de Daphne tinha sido tentar manter Helen longe de Lucas.  —  Eu  Eu pretendia que você encontrasse Orion primeiro. Eu pensei que eu tinha mais tempo, você não tinha dezessete anos ainda, e o único menino que você já tinha beijado foi Matt. Eu achei que tinha mais tempo  —  ela  ela repetiu, como se isso fosse o que ela mais lamentava. Helen meio entrou em colapso meio se sentou no banco que havia sido empurrado para trás da mesa da cozinha e olhou para o chão.

 —  atordoada. Quanto tempo você tem estado me observando?  —   perguntou Helen,  —  Toda  Toda a sua vida. Sempre com um rosto diferente, mas eu nunca deixei você por muito tempo, Helen  —  disse   disse Daphne, caindo de joelhos

 

na frente de sua filha e pegando suas mãos.  —  Um  Um dia, eu era a turista pedindo para tirar uma foto sua, outro dia a cliente na News Store que conversou com você, fazendo perguntas sobre o seu dia na escola. Uma vez, eu era até mesmo uma estudante de intercâmbio que veio por um mês. Você se lembra de Ingrid? Ela soube de todas as fofocas, e depois desapareceu? Todas elas eram eu. Eu nunca deixei você por muito tempo. Rostos pareciam brilhar na frente dos olhos de Helen. Dezenas de pessoas que tinham iniciado conversas com ela ao longo dos anos eram todas Daphne para Helen agora, e ela teve a sensação assustadora que a maior parte de sua vida tinha sido encenada. Ela olhou para Orion e viu um olhar correspondente de descrença no seu rosto. Mas mesmo através do choque, Helen percebeu que Daphne não tinha estado tão longe da verdade. Orion era o único cara com quem Helen já tinha considerado realmente ficar além de Lucas. E ela sabia que Orion faria qualquer coisa por ela  —  até   até mesmo trazer à vida seu “pai” morto, que ela nunca teve a chance de conhecer, por ela  —  se   se ele tivesse o poder de fazê-lo. O plano de sua mãe, tão louco quanto parecia, poderia ter realmente funcionado. Exceto pelo fato de que ele não funcionou e, no processo, tinha partido os corações de todos eles.  —  Você  Você é louca —  Helen  Helen sussurrou.  —  Não.  Não. Apenas disposta a fazer qualquer coisa pelo homem que eu amo. Helen viu Andy, Noel e Cassandra se assustarem com essa admissão, como se fosse perto demais da verdade para seu conforto.  —   Então todos nós temos algo em comum  —   Helen disse calmamente enquanto se levantava. Ela olhou para Orion. Lucas tinha se trocado, mas não era uma troca justa, porque ele tinha sido enganado. Até quem ela poderia ir se ela quisesse se opor a troca? Quem poderia sequer ouvir seu caso no Mundo Inferior? Helen teve uma ideia —  ela  ela só esperava que desse certo.  —  Fique  Fique perto de Cassandra —  disse  disse Orion. —  Mesmo  Mesmo que as Moiras sejam capazes de meeuver no Mundo Inferior, falar por ela e talvez possa consertar isso. elas não serão capazes de Ele balançou a cabeça uma vez em entendimento.  —   Peça a Lucas para me dar Ajax. Por favor, Helen. Eu estou te implorando!  —  Daphne   Daphne soluçou, agarrando o braço de Helen. Todos os seus planos foram arruinados, mas ela ainda estava tentando tê-lo de volta. Helen se perguntou se ela agiria diferente se fosse Lucas. Ela só podia esperar que o faria, mas ela duvidava. Helen puxou o braço de sua mãe e desapareceu em uma nuvem de ar que era tão fria que deixou um disco de geada no chão da cozinha de Noel.

***

A crosta de gelo mal tinha começado a derreter quando Daphne percebeu o que ela precisava fazer e correu para a porta da cozinha.  —  Onde   Onde você está indo?  —  Orion   Orion exigiu, bloqueando seu caminho para impedi-la.

 

 —  Descobrir  Descobrir o que está acontecendo no outro campo, e tentar dar a Helen algum tempo para trazer Lucas de volta.  —   Ela se esquivou ao

redor dele para correr para fora. Ela ouviu Castor dizer: —  Deixe-a  Deixe-a ir —  e  e continuou sem obstáculos a ir para a praia. Quando ela correu para a linha de frente ela mudou de aparência para esconder-se. Lembrando que havia Myrmidons do lado de Tantalus, ela alterou o cheiro de seu corpo também. Ela elevou sua altura e olhou para baixo para examinar a situação. Havia pessoas demais se acumulando na praia —  centenas  centenas de homens e mulheres. Quando Daphne olhou mais de perto, percebeu que mais do que apenas Descendentes estavam se juntando a multidão. Mortais normais estavam correndo a partir do centro da cidade e de todos os tipos de barcos que vinham da água para engrossar as fileiras dos deuses. Alguns dos soldados dos deuses estavam até começando a flanquear os soldados de Orion para o sul e oeste. Na água, Daphne viu todos os tipos de barcos que chegavam à costa. Iates, navios de pesca, até mesmo pequenos barcos a remos estavam se juntando a Tantalus para lutar pelo Olimpo. Claro, a maioria dos novos recrutas eram completos mortais, e dezenas deles poderiam facilmente ser ceifados por um punhado de Descendentes com armaduras, mas a perda de vidas seria surpreendente. Por que um mortal completo consideraria lutar nesta guerra? Não fazia sentido. Daphne se aproximou e percebeu que todos os mortais se moviam de uma forma rígida e pouco natural, como marionetes. Quando ela chegou ainda mais perto, ela viu os olhos abertos e os olhares mortos em todos os seus rostos. Daphne se encolheu. Era como se eles fossem todos zumbis. Ou estivessem hipnotizados.  —  Hipnos  Hipnos —  Daphne  Daphne murmurou para si mesma. Hipnos, o deus do estado de transe em qualquer pessoa que pode ser facilmente controlada, obviamente estava trabalhando com os olimpianos. Não adeuses surpreendeu que ajudarem os olimpianos estivessem fazendo os pequenos como Hipnos os Doze. Os pequenos deuses não podiam lutar e matar mortais, mas eles ainda poderiam usar seus talentos para ajudar o Olimpo a vencer. Agora que o Olimpo estava aberto, os pequenos deuses teriam que lidar com os olimpianos pelo resto da eternidade, a menos que Helen conseguisse enviar todos para o  Tártaro. Helen tinha conseguido com Ares Ares,, mas Dap Daphne hne podia ver que os pequenos deuses não estavam tão certos que Helen poderia fazê-lo com Zeus. Eles estavam fazendo suas apostas através do apoio ao Olimpo. O exército de humanos hipnotizados que vinham por terra e por mar era apenas o começo. Daphne pensou em todos os diferentes pequenos deuses e sabia que horrores maiores aguardavam os defensores leais de Helen. Havia verdadeiros monstros pelo mundo. Daphne tinha visto

alguns deles em sua vida, e ela sabia que Zeus não hesitaria em soltálos. Daphne correu passando pelas multidões hipnotizadas, indo rápido demais para os seus olhos atordoados verem, mesmo em plena luz do

 

dia. Ela tinha que saber se os deuses estavam planejando uma guerra de proporções míticas, e se eles estivessem, ela tinha que encontrar uma maneira de retardá-la ou, pelo menos, advertir Helen sobre o que estava por vir. Alterando o rosto para corresponder a um dos Cem Primos, Daphne atravessou o grupo em rápido crescimento, procurando nas tendas o mais rápido que pôde as únicas pessoas que ela poderia pedir informações. Finalmente, ela ouviu a voz familiar que ela procurava e correu em direção a ela.  —   Os deuses não poderiam estar mais felizes com Hector e Matt estarem mortos —  disse  disse Claire, seu tom pesado com amargura. Daphne se aproximou ao lado da tenda e ouviu.  —  Eles  Eles querem isso. Eles querem que a gente mate uns aos outros até que esteja tudo acabado  —  Ariadne   Ariadne fungou.  —  Isso   Isso não pode estar certo. Matt não poderia ter sabido sobre esta parte. É como se os deuses estivessem ficando de fora vendo pessoas que se amam lutarem até a morte.  —   Isto está tudo errado. Nós temos que ir, Ari. Agora  —   Claire sussurrou com medo. —  Matt  Matt foi enganado pelos deuses. E nós também. Daphne tinha ouvido o suficiente. Ela se apressou através da aba frontal da tenda, e viu as duas meninas olhando para ela, espantadas. Ela permitiu que seu rosto mudasse de volta para o verdadeiro.  —   Eu posso conseguir tirar Claire daqui  —   Daphne disse rapidamente, pois ambas engasgaram com sua identidade revelada. Daphne ignorou seus protestos e continuou a falar.  —  Claire   Claire é apenas uma mortal para eles e não é uma ameaça. Mas Ariadne, eu sinto muito. Você é uma curandeira, o que a torna muito valiosa. Eles não podem se dar ao luxo de deixá-la ficar com Helen, então você tem que ficar aqui.  —  Por   Por que nós confiaríamos em você?  —  disse   disse Claire, um olhar de desgosto em seu rosto. —  Você  Você drogou o Sr. Hamilton!  —  Oh,  Oh, é verdade, eu esqueci. Porque nenhuma de vocês já traiu as pessoas que vocês amam. —  As  As palavras frias de Daphne fizeram Claire e Ariadne recuarem.  —  Não  Não foi nada disso —  disse  disse Ariadne em um tom abafado. Daphne a ignorou, sabendo que tudo que Ariadne dissesse a partir desse ponto seria apenas uma desculpa para o seu comportamento, não uma solução para o problema.  —  O  O que vocês descobriram para ajudar a causa de Helen desde que vocês entraram para o lado errado? —  Daphne  Daphne perguntou impaciente. i mpaciente. Claire e Ariadne se entreolharam, se aconselhando com os olhos. Claire foi a primeira a falar.  —  Bastante   Bastante  —  Claire   Claire admitiu.  —  Mas   Mas eu não acho que eu deveria dizer-lhe nada disso.  —   Eu Eu não esperaria que você confiasse em mim, Claire. Mas se eu a levasse até Orion, você diria a ele o que você descobriu?  —   Daphne

estendeu as  —  mãos em tom de queixa.  —   Sim   disse Claire, balançando a cabeça em um movimento definido. —  E  E quanto a Ariadne?

 

 —  Não  Não se preocupe comigo, Claire. Meu pai está aqui comigo. Diga a Jason...  —   Ariadne Ariadne fez uma pausa enquanto os olhos dragavam outra rodada de lágrimas. —  Eu  Eu não sei. Que faça alguma coisa por mim.  —   Ok  —  Claire   Claire respondeu com um encolher de ombros derrotado.  —  Mas  Mas eu duvido que ele vá me ouvir novamente.

As duas meninas se abraçaram, sussurrando encorajamentos para a outra e, em seguida, Claire virou e olhou para Daphne com um olhar nivelado, tão determinada quanto Daphne lembrava que ela era quando ela era uma garotinha.  —  Você  Você precisa que eu faça alguma coisa para fazermos isso? —  ela  ela perguntou.  —   Apenas pareça como uma prisioneira  —   Daphne respondeu quando ela agarrou Claire pelo pescoço e empurrou-a rudemente para fora da tenda. Daphne instantaneamente mudou seu rosto para se parecer com uma das meninas da Casa de Roma  —  uma  uma das poucas da Casa que se voltaram contra Orion, Daphne recordou —  e  e fez um pequeno show como se ela tivesse tomado Claire como refém enquanto ela a arrastava através do acampamento. Os Myrmidons notaram imediatamente, como sempre faziam.  —   Por que você está maltratando ela?  —   perguntou o que eles chamavam de Telamon. —  Ela  Ela foi leal ao meu senhor até o fim.  —   Até o fim e não mais, ao que aparece. Desde a morte de seu mestre, o coração dela mostra sinais de dúvida  —  Daphne   Daphne respondeu, olhando para o peito de Claire como se tivesse o talento romano de ler emoções.  —  Pergunte   Pergunte a qualquer outra pessoa da Casa de Roma. Esta menina tem dúvidas. Ela não tem mais o compromisso de matar o Tirano.  —  Então   Então ela deve morrer  —  Telamon   Telamon respondeu com um aceno de cabeça triste. Claire tremia sob as mãos de Daphne, mas ela não tentou fugir. Daphne tinha muitas vezes desejado que ela tivesse tido uma filha que não a lembrasse tanto de si mesma. Claire era tudo que uma garota deveria forte, brava e  ela não tinha o maldito Rosto.  —   ser. IssoInteligente, não é necessário  —  Daphne respondeu calmamente, puxando Claire para perto dela para que o Myrmidon não tivesse ideias sobre levá-la embora.  —  Ela  Ela ainda é útil. Eu só vou levá-la para Hipnos e fazê-la mudar de ideia.  Telamon olhou para Claire ceticamente. Tudo o que ele viu foi uma garota mortal magra que poderia ser cortada em dois pelo mesmo Descendente.  —   Ela foi a melhor amiga do Tirano durante toda a sua vida  —   Daphne disse sedutoramente sedutoramente.. —  Ela  Ela pode saber os planos do inimigo. O rosto de Telamon mudou, e ele assentiu com a cabeça.  —  Leve-a  Leve-a para Hipnos, então —  ele  ele disse. —  Ele  Ele está no desembarque da balsa no centro da cidade, recrutando os mortais do continente que estão

chegando. Daphne e Claire correram pelo acampamento. Ele havia aumentado a uma taxa exponencial. Claire olhou ao redor, dominada pela explosão populacional. Tendas surgiram abaixo da costa. Os sons de armaduras

 

rangendo e o cheiro de fogueiras pairava no ar do mar de nevoeiro. As nuvens de tempestade de Zeus escureciam o céu da tarde e Poseidon fez o oceano agitar, enviando ondas raivosas se quebrando na areia.  —   Mas só se passaram algumas horas  —   Claire murmurou, espantada.  —  Eles  Eles são deuses, Claire. Eles fazem as coisas rapidamente. Claire esticou a cabeça e observou um dos “recrutas” hipnotizados passar por elas, com os olhos em branco.  —   Eu o conheço  —   ela sussurrou freneticamente, praticamente apontando para o menino com o fetiche de couro. —  Ele  Ele é um sênior na minha escola.  —   Bem, Bem, se ele viver, eu duvido que ele vai se lembrar de algo disto.  —  Daphne  Daphne forçou Claire a continuar caminhando como se ela fosse uma prisioneira de verdade.  —  Os  Os meus pais —  disse  disse Claire, sua voz fina.  —  A   A melhor maneira de protegê-los agora é ajudar Helen  —   disse Daphne.  —  Eu —  disse   Eu queria parar isso   —    disse Claire, apontando para o exército crescente.  —   Eu sei  —  respondeu   respondeu Daphne, silenciando-a com uma pequena sacudida. Hermes passou por elas, seus olhos e ouvidos abertos por informações que ele poderia levar para Zeus. Por um momento, seu olhar pousou em Claire, mas ele desviou o olhar e passou acelerado. Daphne e Claire alcançaram a terra sem dono entre os dois campos e começaram a correr para a tenda de Orion. No meio do caminho, o céu escureceu como uma sombra passando sobre o sol. Daphne olhou para cima para ver a tempestade de flechas dos arcos dos Myrmidon atingindo um alvo no céu.  —  Anda,  Anda, anda, anda! —  Daphne  Daphne gritou para Claire, pedindo-lhe para ir em frente. As flechas atingiram seu ápice e começaram uma queda mortal de volta à Terra.

*** Quando ela desceu, Helen esperava encontrar-se em uma das muitas paisagens do Mundo Inferior que se tornou familiar para ela. Ela estava esperando aparecer na praia infinita, que nunca levava a um oceano, ou no cemitério dos gigantes de gelo, onde Cerberus tinha perseguido ela e Orion, ou até mesmo nos campos cada vez mais assustadores de Asfódelo onde os fantasmas famintos se alimentavam na florescência branca das flores de asfódelo. Mas em vez disso ela encontrou-se dentro de um grande salão que ela nunca tinha visto antes. Pisos de mármore pretos cravejados de colunas dóricas se estendiam como uma floresta escura e petrificada subindo e descendo em um espaço aparentemente infinito. Braseiros de bronze gigantes, com o dobro de sua

altura, cintilavam com o fogo de ouro do óleo de queima limpa perfumado com jasmim e âmbar. O ar estava seco do deserto. Joias, incorporadas em cada costura decorativa nas colunas, captavam a luz. Elas a refratavam em torno de Helen de modo que onde quer que ela olhasse,

 

havia pequenos arco-íris —  arco-íris  arco-íris noturnos que não eram criados nem com sol nem com chuva. Houve uma outra vez que Helen tinha visto o brilho do ar como esse ao seu redor. Foi quando Lucas a tornou invisível.  —  Lucas?  Lucas? —   Helen Helen gritou, sua voz baixa se ramificando nos muitos corredores de colunas no que ela só poderia assumir que era o palácio de Hades.  —  Eu  Eu estou aqui —  Lucas  Lucas respondeu. Helen correu em direção a sua voz, o som de seus sapatos batendo contra o chão, tocando em todas as direções através da floresta petrificada de colunas. Ela atingiu o começo do corredor e derrapou até parar na frente de um gigante trono de mármore branco em cima de uma plataforma elevada. Foi esculpido para se parecer com centenas de esqueletos contorcidos em agonia para apoiar o homem que tinha reivindicado ele. Ela parou. Lucas estava sentado no trono da morte, com sombras negras escoando para fora dele como alcatrão escorrendo. Helen olhou para o seu coração e viu apenas escuridão.  —  Oh,  Oh, Lucas —  ela  ela disse, com a voz alta e ofegante com descrença.  —  O  O que você fez?  —  A  A única coisa útil que me restava a fazer.  —  Você  Você geralmente está certo  —  ela  ela disse, cerrando os punhos em frustração. —  Mas  Mas desta vez você está tão  errado.  errado.  —  Hector  Hector é o único que todo mundo precisa em suas vidas. Não eu.  —  Eu  Eu preciso de você.  —  Você  Você tem Orion.  —  Eu  Eu não tenho  Orion.  Orion. Nós somos apenas amigos.  —  Helen.   Helen.  —  Ele   Ele suspirou cansado como se ele não quisesse ouvir isso.  —   Eu sei que o senhor dos mortos tem que ser capaz de julgar corações. Então julgue o meu  —  ela   ela disse, caminhando para a frente e subindo os degraus que levavam ao seu trono. t rono. —  Olhe  Olhe para mim, Lucas. Eu estou mentindo?enquanto ela se aproximava, e a dúvida começou a Ele estudou-a rastejar em seus olhos.  —  Eu  Eu não estou com Orion —  Helen  Helen continuou, subindo os degraus lentamente em direção ao seu trono.  —   Eu realmente nunca estive, e tenho certeza agora que eu nunca estarei, e você sabe por quê? Porque é impossível para mim amar alguém como eu te amo... e eu realmente   tentei com Orion.  —  Tenho  Tenho certeza que você tentou  —  disse  disse Lucas, tentando parecer ameaçador, mas havia a sugestão de um riso em sua voz.  —   Não funcionou. É como se eu tivesse uma pessoa desordeira dentro da minha cabeça. Eu não posso nem mesmo sair com outro cara sem ouvir esta voz estúpida, me dizendo que eu sou uma idiota e eu estou

estragando tudo.  —    Helen alguns e todavou a brincadeira deixou seu tom. — subiu  Você é mais  Você a única pessoadegraus, que eu sempre amar. O único que eu sou capaz de amar completamente. Você é feito para mim.

 

Ele desviou o olhar e engoliu em seco. —  Então  Então nós nos amamos. E daí? Isso não muda o fato de que não podemos ficar juntos. Sua voz soou convincente, mas, mesmo quando ele falou, o olhar de dúvida em seu rosto começou a se aprofundar, como se ele não acreditasse no que ele estava dizendo. Como se ele não entendesse completamente por que eles não poderiam ficar juntos. Helen se arrastou até os últimos degraus, o peso do que ela estava prestes a dizer de repente pressionando ela para baixo, diminuindo seu ritmo. Ela sabia qual era a sensação de ter seu coração partido. Lucas tinha feito isso com ela uma vez. Isso não era simples e direto assim  —  como  como uma única facada que era tão dolorosa que você preferiria que apenas matasse você logo. O que ela sentia agora tinha tantas farpas ligadas a ele que não importava o modo que ela girasse a situação em torno de sua cabeça, ela encontrava uma nova maneira de ser ferida por ela. Ela atravessou o estrado onde Lucas estava sentado em seu trono e subiu em seu colo. Ele endureceu com surpresa quando ela caiu contra ele, mas ficou tão impressionado com sua tristeza que ele instintivamente a abraçou. Ela não podia fazer-se dizer em voz alta, então ela colocou os braços em volta do seu pescoço, colocou seus lábios perto de seu ouvido, e sussurrou toda a verdade para ele. Helen podia sentir sua pele esquentar com emoção enquanto ela lhe contava sobre o plano desesperado de Daphne para levantar Ajax dos mortos. Helen não tinha certeza do que ela disse. Ela simplesmente deixou toda a bagunça feia sair de sua boca para o ouvido dele. Algumas vezes ela o sentiu estremecer e a respiração dele acelerar em descrença quando uma nova revelação era descoberta. Finalmente, quando ela começou a falar sobre o seu comportamento em relação a Orion na praia e disse a palavra “Escudo”, Lucas recostou-se e segurou um dedo em seus lábios.  —   Não me diga mais nada  —   ele sussurrou. Ele entendeu que, quando ela deixava a presença de Orion, qualquer esperança de salvar seu plano deuses estava perigo. —  Nem  Nem sequer pense nisso aqui.para Vocêderrotar precisaos voltar para Orionem imediatamente.  —  Eu  Eu não vou a lugar nenhum sem você.  —  Você  Você tem que voltar, Helen —  ele  ele disse com firmeza, mas em vez de empurrá-la para longe, só a segurou mais apertado. —  Eu   Eu tenho que ficar aqui. Eu fiz um juramento.  —   Ele engasgou com a palavra, percebendo a enormidade de seu erro.  —  Mas  Mas Lucas, os deuses estão usando a sua ausência para dizer que você está morto e que você não venceu realmente o duelo. Isso não é apenas sobre você e eu. Você tem que vir e aparecer para os deuses, ou eles vão enviar o exército de Tantalus contra nós.  —   Meu irmão mais novo irá enviar o seu exército contra você, independente do que você fizer, sobrinha. Se Lucas retornar ao campo de

batalha e provar que ele estátriste vivo, Zeus vai apenas razão  —   disse para atacar a voz de Hades. Helenencontrar levantou outra do colo de Lucas e os dois ficaram lado a lado, de mãos dadas, enquanto Hades se aproximava da escada.

 

 —  Você  Você sabia? —  Helen  Helen perguntou a Hades. —  Sobre  Sobre Daphne? Você

sabia o que ela estava fazendo?  —   Eu vejo um monte, mas eu não vejo tudo  —   disse Hades, balançando a cabeça. —  Nenhum  Nenhum ser é onisciente. Até mesmo as Moiras têm Nêmesis para bloqueá-las.  —  Eu  Eu preciso dele —  ela  ela sussurrou, apertando a mão de Lucas.  —  E   E eu disse isso a ele várias vezes, mas ele não quis me ouvir  —   Hades respondeu, olhando para longe. —  Não  Não importa o quanto eu sinta por vocês dois, não posso libertá-lo. Ele fez um juramento, um que me compromete, também.  —  Não  Não era ele quem deveria fazer esse juramento. Ele não está apto para ser seu sucessor.  —  Helen  Helen separou-se de Lucas e ergueu a voz.  —   Eu chamo as Euménides para testemunharem a minha reivindicação. Lucas não está apto para governar os mortos.  —   Menina inteligente  —   Hades disse em voz baixa, num tom meditador, como se a tática de Helen não tivesse ocorrido a ele. Quando as três meninas que costumavam ser as Fúrias vieram deslizando para fora da escuridão por trás do trono, Hades sorriu para Helen quase como se ele estivesse orgulhoso dela. As três ex-Fúrias, agora conhecidas como as Euménides ou As Gentis, eram como as advogadas de defesa sobrenaturais para o Mundo Inferior, e deviam bastante a Helen. As Euménides dispuseram-se à direita do trono de Lucas, enquanto Hades ficou à esquerda. A menor sorriu brevemente para Helen, e Helen sorriu de volta, resistindo à vontade de acenar para ela como uma amiga. A menor acalmou o rosto completamente e desviou os olhos. As Euménides podiam dever a Helen sua liberdade do sofrimento que elas suportaram como as Fúrias, mas Helen podia ver agora que elas iriam fazer o que era certo, não importava o que Helen precisasse.  —  Deixem  Deixem os mortos entrarem e julgarem —  as  as Euménides disseram como uma só. Houve suspiros fantasmagóricas no ar quando presenças invisíveis pressionaram contra Helen e Lucas, neles um lado ecom do outro enquanto eles passavam. Em esbarrando momentos, a salade encheu-se centenas, depois milhares, então bilhões de almas mortas empilhadas até a escuridão impenetrável do teto e abrigadas na esquina mais distante.  —  Que  Que as qualidades do candidato sejam conhecidas  —  a  a líder das Euménides disse, caminhando para frente e acenando com um braço pálido na direção de Lucas. —  Em  Em primeiro lugar, ele é inteligente. Prova disso, ele é o único suplicante a oferecer ao senhor dos mortos um prêmio que ele procura, oferecendo-se como substituto de Hades. Em termos de inteligência, o candidato é o melhor que eu já vi. Helen mordeu o lábio e franziu a testa. Claro, Lucas era a pessoa mais inteligente que Helen já conhecera. Inteligente o suficiente para lidar com ser o senhor de um lugar confuso como o Mundo Inferior.

 Ele comanda  Ele e pode tornar-se invisível vontade. Elea  —  disse pode —  caminhar entreas ossombras vivos sem ser visto, como Hades àfaz   disse única que Helen sempre achou que era uma chorona. Mais uma vez, Helen não tinha uma contraprova.

 

O ar crepitava baixinho, como o som de folhas fo lhas queimadas, enquanto os mortos se reuniam.  —  Ele   Ele é um Detector de Mentiras e pode julgar corações, como o senhor dos mortos deve —  disse  disse a menor das Euménides, quase como se ela estivesse triste por adicionar sua voz ao caso contra Lucas. —  E  E ele é imortal.  —  Não,  Não, ele não é —  Helen  Helen opôs imediatamente.  —   Fato. Ele não pode ficar doente, envelhecer, ser morto por qualquer um dos elementos naturais ou por qualquer arma  —   a líder lembrou ao júri dos mortos, como uma moderadora de um debate. —  Ele  Ele carrega a luz de um imortal nele. Os mortos podem vê-la. Helen ouviu Lucas suspirar e o sentiu voltar-se para ela, prestes a fazer um milhão de perguntas. Ela estendeu a mão para impedir Lucas de dizer qualquer coisa e continuou.  —   Eu Eu entendo. E você está certa. Ele não pode ser morto por uma fonte externa —  Helen  Helen respondeu com um aceno de cabeça. —  Mas  Mas Lucas ainda pode morrer. Prova disso foi dada quando Hécate o deixou entrar no ringue de fogo para lutar contra Matt. Ele não poderia ter lutado com Matt se ele fosse um imortal.  —  Helen  Helen fala a verdade  —  Hades  Hades disse, impressionando Helen com a justiça, mesmo sabendo que a justiça era uma de suas maiores preocupações. —  Hécate  Hécate nunca permitiria que um imortal lutasse contra um mortal até a morte. Deve haver algo que possa matar Lucas. As Euménides falaram em voz baixa entre si. Finalmente, a chorona levantou a voz.  —   Se Se isso é um truque, e ele só pode ser morto por algo que é impossível, como uma lâmina feita de um metal faz-de-conta que não existe, então vamos considerá-lo imortal.  —  Exigimos  Exigimos saber o que é que pode matá-lo —  disse  disse a líder.  —  Sua   Sua própria vontade  —  disse   disse Helen.  —   Se ele não quiser mais viver, ele vai morrer. É sua escolha. Eu nunca tiraria isso dele.  —  Helen  Helen virou-se para Lucas para se certificar de que ele estava bem com isso, mas o olhar em seu rosto era ilegível. Ela se virou para a multidão de  —  Se ele quiser morrer, ele irá, e se vocês o tornarem mortos e continuou. o senhor dos mortos o  Se que o impede de um dia ele ficar cansado de tudo e apenas deixar-se morrer, deixando vocês sem ninguém para liderar? Os mortos movimentaram-se em agitação, tornando a ferver o ar. Helen viu a menor Euménides inclinar a cabeça, como se estivesse ouvindo uma voz em seu ouvido.  —  Os  Os mortos julgaram que ele é honrado demais para quebrar sua palavra, agora ou nunca —  ela  ela disse. —  Hades  Hades pode ver que seu coração tem o compromisso de que necessitam, e eles confiam que o candidato não vai deixar-se morrer e deixá-los ao caos.  —   Mas Mas como vocês podem ter certeza? Ele não quer isso  —  Helen   Helen alegou.  —   Nem Nem Hades. Mas o candidato escolheu isso, o que é mais do que

Hades fez  —  edisse a momento, líder das eEuménides. Ela olhou para Helen  —  O desculpando-se desculpando-s por um depois continuou estoicamente.  O candidato não foi coagido ou subornado de qualquer forma. Hades tentou o seu melhor para dissuadi-lo de voltar para a luz, mas ele não quis. Ele

 

voluntariamente e conscientemente escolheu ser a Mão da Escuridão. O candidato nega isso?  —  Não  Não —  Lucas  Lucas disse, deixando cair a cabeça. —  Eu  Eu não nego isso. Helen sabia que Lucas não diria que ele foi enganado, apesar de ele ter sido, porque ele era muito honroso para fugir da sua responsabilidade. Helen foi lembrada do tempo que Lucas tinha agarrado ela à deriva na borda do espaço e puxado de volta à Terra. Eles tinham resolvido sua luta horrível na caminhada de volta, e ela lhe perguntou se Castor tinha sido aquele a fazer ele afastá-la, mas Lucas não colocou a culpa em seu pai. Ele só disse que tinha sido a sua escolha. Ela o amava ainda mais por seu senso de responsabilidade. O que só reforçou sua determinação de dizer o pior sobre ele  —   quer ela acreditasse ou não. Ela só esperava que seu palpite sobre o que Perséfone tinha dito no Halloween estivesse correto.  —   Ele Ele é inteligente e leal, e ele tem um forte senso de justiça. Ele tem todos os talentos de Hades. Mas ele está perdendo a qualidade mais importante  —  disse   disse Helen em voz alta para todas as almas que podiam ouvi-la. —  Orion  Orion e eu fomos os que passaram no teste das Fúrias. Nós as libertamos com compaixão e os mortos nos julgaram dignos de governar. Lucas nunca passou por esse tipo de teste. Helen fez uma pausa e respirou fundo, porque ela sabia que o que ela estava prestes a dizer feriria Lucas e, provavelmente, mudaria a maneira como ele a via. Independentemente disso, ela sabia que tinham acabado suas opções e ela tinha que fazer isso.  —  Lucas  Lucas não está apto para ser o senhor dos mortos, porque ele não provou a ninguém que ele é um homem compassivo  —  Helen   Helen disse em voz alta. A cabeça de Lucas girou para olhar para Helen em surpresa. Ela não olhou de volta, mesmo que ela o sentisse olhando para ela. As Euménides pararam de falar umas com as outras em silêncio. O tempo todo Lucas ficou olhando para Helen, mas ela não iria olhar para ele.  —  Ele   Ele trocou a si mesmo por seu primo  —  a   a líder das Euménides  —  Isso disse —  em refutação.  Isso necessita compaixão.   Isso  Isso foi culpa  —   disse  disse Helen, de deliberadamente, voltando-se para Hades para que ele pudesse ler a verdade nela. —  Quando  Quando Hector morreu, eu vi culpa, tristeza e resignação no coração de Lucas. Essas foram as emoções que o tornaram disposto a trocar a si mesmo. Não compaixão. Se é a compaixão que os mortos valorizam acima de todas as outras qualidades, então Lucas não está apto para governar aqui. Os mortos conversaram, o farfalhar e ranger de suas vozes lembrando Helen do som do vento em um campo de grama alta do pântano. Helen não podia suportar olhar ol har para Lucas. Ela só esperava que ele a perdoasse por isso algum dia. Em vez disso, ela olhou para Hades, que estava olhando para ela com um pequeno sorriso no rosto. Ela queria dizer a ele que ela estava triste por agir contra ele assim, mas ela sabia

que não era preciso. Ele podiainclinou l er o pesar ler no seu para coração. A líder das Euménides a cabeça o lado, ouvindo o veredito dos mortos.

 

 —  O  O candidato foi julgado indigno —  ela  ela disse, e Helen quase entrou em colapso com alívio. Mas as Euménides não tinham concluído.  —  

Contudo, ele ainda deve cumprir o seu juramento.  —   O que isso significa?  —   Helen perguntou aos espíritos no ar, mesmo que ela não conseguisse entender sua fala sussurrante.  —  Isso  Isso significa que algum dia a Mão da Escuridão deve substituir Hades —  respondeu  respondeu a menor das Euménides.  —  Ele  Ele não pode governar até que ele seja considerado digno, mas algum dia  ele   ele deve oferecer-se para ser testado pelos mortos, e se ele passar, ele deve tomar o lugar de Hades no Mundo Inferior. Helen não podia falar. Ela vasculhou seu cérebro por uma razão para se opor, algo que sobrepujaria o juramento de Lucas, mas ela não descobriu nada.  —  Helen  Helen  —  Lucas  Lucas sussurrou em seu ouvido.  —  Deixe  Deixe para lá. Está tudo bem.  —  Não,   Não, não está!  —  Helen   Helen sibilou para ele.  —  Isso   Isso significa que a qualquer momento você pode ser chamado aqui em baixo. Nós não sabemos quando ou como, mas algum dia os mortos vão chamar o seu número e você vai ter que vir para Hades. Lucas riu e balançou a cabeça. —  Assim  Assim é a vida , Helen. Isso é o que todo mundo enfrenta. Significa apenas que eu vou ter que viver cada dia como se ele pudesse ser meu último dia na Terra. Eu posso fazer isso. —   Ele olhou para Hades, com os olhos brilhando com a luz interior que Helen não tinha visto nele em semanas. —  Obrigado.  Obrigado.  —  Você  Você deve ir. Agora —  Hades  Hades respondeu gravemente. —  Vocês  Vocês dois são necessários na Terra. E Helen? Não deixe que Zeus vença. Não importa o que você tenha que fazer para detê-lo... faça. Helen suspirou e acenou com a cabeça, sabendo o que Hades queria dizer, mas não tendo certeza se ela era forte o suficiente para passar por isso agora que ela sabia que Lucas teria que governar Hades algum dia . Ela poderia enfrentar o longo futuro, sabendo que, se ela quisesse ficar com Lucas teria que fazê-lo em Hades? Será que ela acabaria como Perséfone?  —  Obrigada  Obrigada novamente, tio —  ela  ela disse. —  Mande  Mande lembranças à sua rainha.

 

CAPÍTULO 16 Traduzido por I&E BookStore

H

elen e Lucas apareceram na praia. Na esperança de acabar perto de Orion, Helen achou que o melhor lugar para aparecer seria perto do local da arena improvisada onde os duelos tinham ocorrido. Ela estava esperando descobrir que as linhas de batalha que estavam sendo formadas na praia não estariam muito maiores do que quando ela tinha partido, para que ela pudesse saber instantaneamente qual caminho percorrer para encontrar Orion. Ela não poderia ter estado mais errada. Quando Helen e Lucas deram um passo para fora do ringue de gelo, eles encontraram-se no meio de um campo gigantesco cheio de milhares de combatentes. Descendentes, Myrmidons e mortais, todos estavam se preparando para a batalha.  —   Filho da mãe  —  disse   disse Helen, ao de longo boca aberta como uma quando Filho pessoas da cidade surgiram da praia. Helen viucaipira o Sr.  Tanis da loja de ferragens afiar uma espada em uma pedra grande e redonda. Seus olhos pareciam em branco e estranhos. Helen estava prestes a gritar para o Sr. Tanis e verificar se ele estava bem, quando sentiu Lucas puxar rudemente o seu braço.  —  Para  Para cima!  —  ele  ele rosnou com medo e jogou-a para o ar. Quando ela liberou a gravidade, ele passou voando por ela e pegou sua mão para puxá-la. —  Lado  Lado errado! —  ele  ele gritou de volta para ela, dirigindo-os para longe do mar. Do ar, Helen pôde ver os dois campos, mas ela ainda não podia acreditar na dimensão de tudo isso. Ela e Lucas flutuaram por alguns momentos, estudando o novo mapa que tinha sido elaborado sobre a

praia no lado aocidental da ilhaalinhada de Nantucket. Nantucket até o Lago Sesachacha, costa estava com asDetendas do exército de  Tantalus. Orion e seus soldados tinham recuado para as dunas, onde eles se amontoaram no chão alto, ridiculamente em desvantagem. Helen podia ouvir Lucas sussurrando para si mesmo, como se estivesse memorizando uma lista de coisas para mais tarde.  —  Nós   Nós não acabamos de sair?  —  Helen   Helen disse ofegante, incrédula. Havia muitas pessoas lá em baixo, muitas tendas.  —   Como isso aconteceu tão rápido?  —   Hefesto tem suficientes armas armazenadas no Monte Olimpo para colocar uma espada nas mãos de cada homem, mulher e criança no mundo —   Lucas Lucas respondeu distraidamente. Helen observava seus olhos saltarem ao redor, e seus lábios l ábios se moverem enquanto contava as tendas

baixinho e as linhas de suprimentos marcadas. Flechas começaram a zunir ao redor deles. Algumas delas ricochetearam Helen, e Lucas instintivamente empurrou-a para fora do seu caminho. Eles haviam sido localizados por um grupo de Myrmidons, e mais flechas se seguiram até que o ar estava espesso com elas.

 

 —  Eu  Eu estou bem —  ela  ela disse, tirando uma chuva de flechas longe de

seu rosto. Ela tocou o coração de ouro que ela usava no pescoço para lembrar Lucas que ela usava a metade do cinturão que a protegia de armas.  —  Elas  Elas doem, mas as flechas não podem me matar. Nem matar você, também. Lucas assistiu quando flechas ricochetearam ao redor dele, sua expressão vazia. Helen olhou para o seu coração e viu uma dúzia de emoções diferentes girando dentro dele.  —   Você está com raiva de mim?  —   ela perguntou suplicante, colocando a mão em seu peito. Lucas olhou para Helen, mas seus olhos estavam tão selvagens que ela não tinha ideia do que se passava em sua cabeça.  —  Eu   Eu sei que eu te tornei em maior parte imortal sem sequer perguntar-lhe primeiro. Mas ainda depende de você. Se você quiser morrer, você ainda pode, no momento que quiser. Não que você queira morrer agora. Mas digamos que algum dia no futuro... você sabe, você ainda pode. O rosto de Lucas enrugou com confusão. Uma bola de fogo catapultou ao redor deles, quase acertando-os, mas nem Helen nem Lucas prestaram atenção. Outra chuva de flechas escureceram o céu em torno deles, mas era tudo um ruído de fundo, facilmente ignorados, agora que ela teve essa oportunidade de dizer tudo a Lucas.  —   E então há todas as coisas que eu disse sobre você não ser compassivo  —   Helen continuou, os olhos subitamente cheios de lágrimas. —  Você  Você tem que saber que eu realmente não acho isso de você. Eu só disse isso porque você não tinha sido testado como Orion e eu. Era a única coisa que eu poderia pensar para usar no julgamento, a única razão para os mortos votarem contra você. A expressão de Lucas ainda estava em branco. Helen achou que isso significava que o que ela tinha dito sobre ele durante o julgamento o havia feito vê-la de forma diferente, assim como ela temia. A fim de salvá-lo, ela o fez parar de amá-la. Lágrimas escorreram pelo rosto de Helen.  —  Você  Você me odeia agora, não é? Mas eu tinha de apontar uma grande falha sua, mesmo que o fizesse mudar a maneira como você se sente sobre mim. Eu fiz isso para ter você de volta, mesmo que isso signifique que eu perca você.  —  Você   Você não pode me perder, Helen. Nem mesmo se você tentar  —   ele disse, puxando seu braço para trazê-la para perto dele. —  E  E para que conste, eu concordo com você. Eu deveria ser mais compassivo. Eu nunca esperei que você achasse que eu era perfeito. Eu sei que eu não sou.  —  Você  Você é para mim.  —  Isso  Isso é tudo que importa para mim —  Lucas  Lucas disse calmamente. —   Não -mais-minha-prima -mais-minha-prima Helen. Por apenas um momento, Helen temeu que ele não fizesse isso. Ela elevou suas esperanças tantas vezes e se desapontou, que ela duvidava

que jamais iria realmente novamente. Mas aconteceu. Ele enterrou suas mãos em seu acontecer cabelo, a puxou para ele, e beijou-a. O céu encheu de flechas flamejantes e projéteis gigantes que cheirava como asfalto derretido. Tudo começou explodindo em torno

 

deles, mas Helen não poderia se importar menos. Ela estava em casa, e ela nunca mais queria partir novamente. Helen apertou os braços ao redor dele desesperadamente, e o beijo ficou frenético. Flechas voaram de um lado e do outro enquanto soldados de Orion retaliavam contra os Myrmidons. Notando que eles foram pegos no fogo cruzado, Lucas terminou o beijo, mas ainda a manteve perto.  —  Nós  Nós vamos terminar isso mais tarde  —  ele  ele prometeu, sem fôlego, pressionando sua testa na dela por um momento para se acalmar. Então ele se virou e levou-a de volta ao chão. Eles voaram rapidamente, evitando o ataque pungente do armamento da melhor forma que podiam, e pousaram sobre o seu lado da linha de batalha. Arqueiros atiravam suas flechas. Armaduras tiniam e couro rangia. Um exército de Descendentes, por pequeno que fosse, enfrentava a primeira onda do Exército de Tantalus  —   trinta e três Myrmidons que estavam em frente a eles em uma ampla faixa de areia, com Tantalus em pé na parte de trás como seu líder. Helen ouviu ordens gritadas por Tantalus para o exército a postos e decidiu que ela tinha que dar-lhe algum crédito. Ele tinha sido seu bicho-papão pessoal há vários meses, mas ele não era um covarde. Assim que Helen e Lucas pousaram, Orion e Castor correram para encontrá-los.  —  Como  Como você...? —  Orion  Orion perguntou a Helen enquanto observavam Castor abraçar seu filho com firmeza.  —  Eu  Eu conto mais tarde  —  Helen  Helen respondeu.  —  Onde  Onde está Hector? —  perguntou  perguntou Lucas.  —  Na   Na minha tenda  —  Orion  Orion respondeu, levando Helen e Lucas até ela. —  Ele  Ele realmente acha que ele vai lutar.  —  Eu   Eu não acho que eu vou lutar, eu vou  lutar   lutar  —  disse   disse Hector em sua voz queixosa de dentro da tenda.  —  Hector,  Hector, se você se matar de novo, quando eu assumir Hades eu vou te dar um tempo muito longo no Tártaro  —  Lucas   Lucas disse brincando quando eles entraram. Helen e Lucas entraram, e a primeira coisa que Helen notou foram seis conjuntos de armaduras, penduradas em suas prateleiras como soldados ocos de guarda sobre a sala. Bronze para Hector, branca para Orion, prata para Castor, vermelha  para Jason e preta para Lucas, Helen pensou. Além do resto, havia um conjunto de armadura dourada de um tamanho e forma que indicavam que ela foi feita para uma mulher. Essa é minha . Sob os conjuntos de armaduras, Jason estava enrolando uma gaze em volta do peito de Hector. Jason estava pálido e trêmulo de curar seu irmão.  —  Lucas!  Lucas!  —  disse   disse Cassandra, e lançou-se para o irmão. Ele pegou sua irmã e a abraçou. Seus primos rodearam ele, abraçando-o e batendo em suas costas, mas apesar de sua felicidade ao vê-lo, todos tinham

ouvido tinha dito.  —  oOque queelevocê quis dizer com “quando você assumir Hades”?  —   perguntou Cassandra, liberando Lucas.

 

 —  O  O que aconteceu? —  Castor  Castor perguntou a Helen acusadoramente,

como se ela só tivesse feito metade do seu trabalho.  —  Pai,  Pai, olha, não há nenhuma maneira de escapar do juramento que eu fiz. Mas, graças a Helen, eu não tenho que assumir agora. Vamos focar na batalha próxima.  —  Lucas   Lucas apertou o ombro de seu pai, em seguida, virou-se para Hector. —  Helen  Helen e eu vimos por trás das linhas inimigas do ar. Onde está o mapa?  —  Parecia   Parecia que ele tinha planejado uma batalha um milhão de vezes. Cassandra levou os homens a uma mesa no canto, e Lucas imediatamente começou a analisar a organização do campo inimigo. Helen estava prestes a se juntar a eles quando ouviu uma voz familiar. Era distante e fraca, chamando a partir da terra sem dono entre os dois lados.  —  Alguém  Alguém me ajude! —  Claire  Claire estava gritando. Ela estava com dor.  —  Risadinha?  Risadinha? —  Helen  Helen chamou, e correu para fora da tenda às cegas em direção à borda da linha de ação. As bolas flamejantes que os Myrmidons tinham lançado em Helen e Lucas apagaram com enormes nuvens de fumaça negra.  —  Aqui!   Aqui!  —   Claire Claire gritou com uma voz rouca em algum lugar atrás da cortina de fumaça.  —  Helen,  Helen, não! —  Orion  Orion gritou, mas Helen não deu ouvidos. Não importava para Helen se Claire tinha escolhido Matt ao invés dela. O som da sua melhor amiga com dor apagou tudo. Helen caminhou para a terra sem dono. Uma nova onda de flechas fl echas foi desencadeada assim que Helen pôs os pés na linha de fogo —  tiros  tiros de alerta vieram a partir dos Myrmidons.  —  Lennie!  Lennie! —  Claire  Claire gritou, sua voz entrecortada com a dor. Claire estava em algum lugar lá fora nas dunas, mas Helen não podia vê-la. Muitas flechas estavam caindo, e os fogos lavravam nas roseiras e na grama do pântano. Helen sentiu uma onda gigantesca de poder surgir para dentro e para fora dela, quando uma necessidade desesperada para encontrar Claire ultrapassou ela. Várias coisas aconteceram ao mesmo tempo. Os incêndios no chão extinguiram em um silvo de gelo e vapor. Um grande vento soprou e chicoteou toda a fumaça para trás, revelando Claire e Daphne agachadas na areia. E uma centena de flechas pararam no ar, suas pontas de bronze pendendo na borda do campo magnético de Helen.  Tudo ficou quieto por um momento. momento. Com o coração na garganta, Helen viu que embora Daphne estivesse protegendo Claire do fogo com seu corpo, ambas haviam sido atingidas várias vezes com flechas. Claire estava sangrando muito. Helen correu para ela, com as mãos formigando com pânico. Ela tardiamente ficou ciente do fato de que, ao correr para a terra sem dono,

ela tinha tomado o campo. Helen tinha feito com que os Myrmidons pudessem ir Inadvertidamente, para o outro lado fazer o mesmo. Helen ouviu Lucas, Orion e Hector soarem seus gritos de guerra atrás dela para chamarem seus soldados. Como um só, eles foram de

 

cabeça para a luta que Helen tinha involuntariamente começado. Tudo o que ela podia ver eram risos, choros e flechas atingindo-a no peito.  —  Saiam   Saiam dela!  —  Helen  Helen gritou ilogicamente às flechas enfiadas em Claire. Todas elas obedeceram e pularam para fora da pele de Claire, tornando as coisas muito piores. Rios de sangue começaram a fluir do corpo de Claire. Helen chegou em Claire e Daphne antes dos exércitos armados. Ela puxou ambas para perto e disparou para o ar quando os descendentes e os Myrmidons reuniram-se em um choque de espadas e escudos debaixo dela. Enquanto ela levava Claire e Daphne para Jason, ela olhou para baixo e viu Castor, Hector, Orion e Lucas a caminho do grupo de Myrmidons sem suas armaduras. Lucas assumiu a liderança, bloqueando furiosamente. A visão de Lucas tirando lâminas fora do caminho com as próprias mãos enviou um arrepio através de Helen, e mesmo sabendo que uma espada ou uma flecha não poderia matá-lo, ela ficou aliviada de que ela tinha de se concentrar no voo e não podia assistir. Em um momento ela levou Claire e Daphne para a tenda.  —  Eu  Eu estou bem  —  Daphne  Daphne insistiu, mancando em direção à mesa e cadeiras. Helen colocou Claire para baixo na frente de Jason e Cassandra. Jason reagiu imediatamente, as mãos azuis incandescentes para parar o sangramento de Claire, mesmo com o seu coração cheio de mágoa pelo que ela tinha feito.  —  Jason,  Jason, espera! —  Claire  Claire pediu.  —  Claire,   Claire, por uma vez em sua vida, você poderia calar a boca?  —    Jason disse com raiva. Helen olhou eem m seu cora coração, ção, amarelo e magoado, e ela podia ver que ele estava tão ferido pela traição de Claire que ele não podia sequer olhar nos olhos dela.  —   Pallas não vai lutar contra você e Hector  —   ela suspirou, continuando teimosamente. —  Dédalo  Dédalo se recusa a lutar com Orion, e os deuses perderam o apoio da maioria dos Descendentes do lado deles, porque eles estão hipnotizando mortais. —  Sangue  Sangue começou a verter para fora da boca dela. O único maldito poder que Helen não tinha, era o que ela mais desejava  —   a a capacidade de curar os seus entes queridos quando eles estavam sofrendo.  —  Faça  Faça alguma coisa! —  Helen  Helen gritou com Jason.  —  O  O pulmão dela está perfurado —  ele  ele disse, enquanto Claire lutava sob suas mãos. —  Eu  Eu tenho que colocá-la para baixo.  —  Claire,   Claire, por favor, acalme-se  —   Cassandra disse suavemente.  —   Deixe Jason trabalhar.  —   Não!  —   Claire respondeu, empurrando as mãos brilhantes de  Jason para longe. Ela tentou se sentar-se, ntar-se, mas mais sangue derramou derramou para fora da sua boca. Ainda Ai nda assim, ela lutou para entregar a sua mensagem.  —   Tantalus, Tantalus, um punhado dos Cem Primos e os Myrmidons são tudo o

 —  ela  —  Tantalus que resta  eles. ela disse, sangue.  Tantalus lidera todos Ele éengasgando o cérebro, ecom ele seu estápróprio fortemente guardado pelos Myrmidons.

 

 —  Tente  Tente ficar quieta —  disse  disse Cassandra, empurrando Claire de volta

para baixo.  —   Eu sinto muito  —   Claire tossiu.  —   Ari e eu achamos que estávamos fazendo a coisa certa.  —  Eu  Eu sei —  respondeu  respondeu Jason, e a cor de mostarda da amargura que Helen viu em seu coração se transformou em uma linda nuvem vermelhodourado. —  Agora,  Agora, sério, cale a boca —  ele  ele sussurrou com ternura. Ele passou a mão brilhando sobre a cabeça de Claire, e ela desmaiou. Helen observou por um momento quando as feridas de Claire começaram a se fechar e o rosto de Jason ficou mais pálido com o esforço para curá-la antes dela se virar para Daphne.  —  Obrigada  Obrigada —  Helen  Helen disse a contragosto. —  Por  Por protegê-la. Daphne balançou a cabeça e olhou para uma ferida na coxa.  —  Eu  Eu não estou em posição de pedir nada em troca. Mas eu estou lhe pedindo para deixar Tantalus para mim.  —  Ele   Ele é todo seu  —  Helen   Helen disse insensivelmente, antes de sair da tenda para voar sobre a batalha e encontrar seus homens. Ela viu Lucas primeiro. Ele estava lutando ao lado de seu pai. Ela sabia que Lucas ficaria bem, e que ele iria proteger Castor. Ela olhou em torno procurando Orion. Flechas zuniam ao redor dela enquanto os Myrmidons por trás das linhas de frente esvaziavam suas aljavas. Vendo as flechas saltarem para longe dela, eles rapidamente preparavam os seus arcos, apontando e gritando com a visão impossível. i mpossível. Do ar, Helen encontrou Orion e Hector lutando de costas um para outro. Um círculo de seis Myrmidons os tinha fixado para baixo. Helen voou para eles, e uma vez que ela estava na linha de tiro, ela tirou as espadas das mãos dos Myrmidons. Seis espadas saltaram para o céu e pairaram lá quando Helen pousou com um baque de tremer a terra ao lado de Hector e Orion. Sua chegada não teve o efeito que ela esperava. Em vez de fugir, os Myrmidons começaram a se aproximar.  —   O Tirano  —   gritavam em uníssono enquanto se moviam em direção a ela como uma massa congelando de ódio. —  Matem  Matem o Tirano.  —  Não  Não foi a sua melhor jogada, Princesa  —  Hector  Hector repreendeu. Ele apontou um dedo frenético para Orion.  —  Leve-a  Leve-a para fora do campo de batalha! Antes de Helen conseguir descobrir por que Hector estava tão empenhado em tirá-la dali, Orion a jogou por cima do ombro e começou a correr para a tenda. Enquanto ela saltava desconfortavelmente contra as costas de Orion, ela conseguiu sustentar-se o suficiente para ver todo o grupo de trinta e poucos Myrmidons correrem atrás dela, e ela descobriu porquê. A rainha pode ser a peça mais versátil do tabuleiro de xadrez, mas se ela for retirada, o jogo não termina. E só acaba quando o rei fica encurralado e alguém fala xeque-mate. Tardiamente, Helen percebeu percebeu que

ela era o rei neste jogo, não a rainha. Enquanto pensava isso, Helen notou alguém correndo pelo campo de batalha vestido com uma armadura dourada  —   sua   armadura dourada.

 

 —   Espera!  —   Helen gritou, estendendo a mão para a menina em dourado que estava tolamente representando ela. —  Isso  Isso é suicídio!

Mas a menina desapareceu na fumaça, no nevoeiro, e as multidões se combateram sem pausa. Enquanto Descendentes da Casa de Atenas faziam fileiras atrás de Orion e enfrentavam os Myrmidons perseguindo-os, Helen percebeu que a menina em dourado só podia ser uma pessoa. A mãe dela.

*** Daphne esperou até que Jason tivesse quase desmaiado para curar Claire, e Cassandra tinha ido buscar para ele um pouco de comida e água para reanimá-lo, antes dela pegar a armadura dourada da prateleira. Ela vestiu-a rapidamente e, usando o rosto de Helen, caminhou para o campo de batalha. Ela sabia que nunca iria sair disso viva, mas ela nunca se preocupou com sua própria vida. Ajax estava perdido para ela. Finalmente, depois de todos esses anos, ela aceitou isso. Só havia uma coisa a fazer. Uma última promessa quetinha ela tinha que cumprir.  Tudo o que ela que fazer era atravessar as linhas de batalha, enquanto a maioria dos combatentes de Tantalus estivessem ocupados com a batalha. Então ela estaria perto o suficiente para matá-lo. Ela tinha negociado o seu coração para isso há meses —  seu  seu coração pela ajuda de Hécate em tirar a vida de um homem. Não importava que precauções Tantalus tenha tomado. Hécate, a guardiã de todas as encruzilhadas e entradas, tinha prometido que iria abrir qualquer porta para Daphne. Enquanto corria através da terra sem dono, parte de Daphne esperava que Helen acreditasse que ela estava fazendo isso para ajudála. Uma parte ainda maior de Daphne desejava que fosse verdade. Mas ela sabia a verdade. Ela estava fazendo isso principalmente por vingança. O fato que isso ajudaria era apenas um bônus. OsdeMyrmidons estavamHelen distraídos, perseguindo a verdadeira Helen, que estava jogada sobre o ombro de Orion e sendo levada de volta para atrás das linhas. Embaraçoso, mas Daphne sabia que a remoção da sua filha do campo de batalha era o melhor. Mesmo com todo o seu poder intimidante-inspirador, Helen não era uma lutadora nata, e Daphne estava feliz que Orion teve o bom senso de tirá-la do caminho. Ao contrário de sua filha generosa e facilmente desnorteada, Daphne tinha estado em muitas batalhas e sabia como usar uma espada. Ignorando as feridas rapidamente se curando em sua coxa e em seu ombro, ela passou por alguns membros dos Cem Primos onde eles se erguiam e começavam a caminhar para a linha inimiga. Daphne se virou em um círculo para envolver o maior número deles

que podia para distrair o inimigo de Hector, Lucas e Castor. Nenhum dos homens de Helen estavam vestindo armadura e eles precisavam se reagrupar. A única maneira para que isso aconteça seria se Daphne pudesse ganhar o campo e empurrar o inimigo para trás. Enquanto os

 

Myrmidons estavam perseguindo a verdadeira Helen, Daphne só poderia ter uma chance de andar através das linhas e ir ao seu objetivo real. Ela matou três homens e eletrocutou outro antes de seu relâmpago chamar a atenção de Castor.  —   Helen!  —   ele gritou. Vendo Daphne cercada por mais e mais soldados, ele começou a correr em seu socorro.  —   Volte, Caz!  —   Daphne gritou, propositadamente usando seu antigo apelido. Ele era um homem inteligente e rapidamente percebeu que a menina na armadura dourada não era Helen, mesmo que ela parecesse exatamente como ela. Castor estendeu um braço para impedir Lucas de voar até ela e explicou rapidamente as coisas ao seu filho. Os dois voltaram sua atenção para a luta contra os Cem Primos, e Daphne matou o último dos homens que a tinham cercado. Caminhando através das linhas inimigas, Daphne chutou uns poucos mortais hipnotizados para fora de seu caminho. Todos os Descendentes e Myrmidons estavam no campo de batalha, e os mortais reservas ainda não haviam sido posicionados. Daphne não queria usar sua espada sobre os mortais completos e embainhou a espada em favor do combate não-letal corpo a corpo. Mesmo com as mãos nuas, ela derrotou as reservas em segundos e se dirigiu para um aglomerado de barracas grandes, chamando seu desafio.  —   Tantalus! Vamos decidir isso agora!  —   Daphne-como-Helen gritou. —  Uma  Uma vida em vez de mil! —  A  A multidão começou a sussurrar a palavra Tirano   ao redor de Daphne. Eles estavam acreditando.  —   Sua vida ou a minha. Vamos acabar com esta guerra antes que comece.  Tantalus virou pa para ra trás a aba da fre frente nte d dee ssua ua te tenda nda e saiu em uma armadura completa. Daphne deixou cair a viseira do rosto e torceu o punho da sua espada entre as mãos.  —  Mas  Mas eu não tenho nenhum raio. Eu não posso criar terremotos. Eu não posso voar  —   disse Tantalus, estendendo as mãos enquanto caminhava em direção a ela, como se ele não tivesse nada a esconder.  —   Espada contra espada  —   Daphne-como-Helen respondeu.  —   Nenhum outro talento será permitido. Apenas sua lâmina contra a minha. A multidão murmurou seu assentimento, com exceção de uma pessoa.  —  Helen,  Helen, não! —  Ariadne  Ariadne gritou. Seu pai a impedia de correr para o lado de Daphne. —  Ele  Ele é muito bom.  —  Nenhum  Nenhum outro talento e nenhum truque? —  Tantalus  Tantalus perguntou a Daphne incertamente. Ele não queria enfrentá-la, a menos que ele estivesse certo de que poderia ganhar.  —  Nenhum  Nenhum  —  disse  disse Daphne, sem pausa, sabendo que ela já havia pago por essa mentira com todo o seu coração.

 —  Deixe  —  disse Hécate  disse Tantalus, aquecendo com a ideia  —  Oferta! de ser o Deixe grande heróidecidir ao vencer a guerra em umseduelo.  Oferta! Pallas avançou e jogou um punhado de açafrão no ar entre Tantalus e Daphne. Um fogo laranja irrompeu para fora da areia para formar um

 

círculo oval. Tantalus e Daphne entraram sem obstáculos na arena.  Tantalus desembainhou desembainhou sua espada lenta lentamente mente e sorriu para ela.  —   Pallas me disse que você é uma  péssima   espadachim  —   ele sussurrou com um sorriso frio. Daphne deixou seu próprio rosto aparecer por apenas um momento para que Tantalus soubesse quem ele estava enfrentando. Quando ela viu o reconhecimento paralisar sua expressão, ela rapidamente mudou de volta para a versão juvenil do rosto de Helen e sorriu para ele.  —  Eu  Eu acho que você vai me achar muito melhor —  ela  ela disse. Os deuses convergiram para o duelo avidamente, cada um deles tomando uma posição valorizada na borda da arena selada. Tantalus virou, prestes a protestar que era Daphne e não Helen com quem ele estava lutando, mas foi recebido com uma parede de fogo laranja. Vendo que era impossível voltar atrás agora, Tantalus sorriu tristemente para si mesmo e acenou para a areia.  —  Cada   Cada coisa ruim que eu já fiz, eu fiz porque eu te amo  —  disse   disse  Tantalus apenas alto o suficiente para Daphne ouvir.  —  Você,   Você, de todas as pessoas, deveria entender isso por agora.  —  Eu   Eu entendo  —  ela   ela respondeu calmamente.  —  E   E eu te odeio por me fazer entender. Ele ficou em uma das extremidades da arena oval, e Daphne na outra. Ao colocar a maior distância possível entre eles, eles tinham optado por um duelo de um único golpe. Isso não ia ser uma luta longa, cheia de sapateado e esgrima gentil. Como justadores medievais ou pistoleiros de faroeste, ambos estavam indo para um único golpe mortal. Eles começaram a correr ao mesmo tempo e alcançaram o outro. Acabou em um momento. Daphne ignorou a ferroada quente que rastejou através de seu pescoço e cortou a cabeça de Tantalus com um golpe. Assim como ele tinha feito com Ajax. Ela viu a cabeça de Tantalus rolar na frente dela e atingir a barreira de fogo laranja, com os olhos mortos olhando para ela. Finalmente tinha acabado. Daphne caiu de joelhos enquanto ela ouvia seu corpo decapitado cair no chão em estágios atrás dela. Um silêncio se seguiu —  em  em seguida, um zumbido em seus ouvidos. Daphne sentiu um frio familiar se infiltrando. Olhando para baixo, ela viu o acúmulo de sangue na areia em volta dela. Ela tentou inspirar, e sugou um líquido salgado em vez de ar, como lágrimas de aspiração. Seu corpo entrou em colapso, e ela tombou na areia quando seu pescoço quase completamente cortado sangrou em um instante. Uma fala de “A Peça  Escocesa” passou  por sua cabeça: Os que dormem e os mortos são como pinturas.  Ajax gostava de desenhá-la enquanto ela dormia. Ele era um artista incrível...

Orion jogou Helen para baixo ao lado de Jason, que estava dormindo  —  ou  ou desmaiado —  no  no chão ao lado de Claire. Ele estava tão irritado que

 

Helen não sabia se deveria ao menos tentar fazer com que ele se acalmasse. Ela decidiu arriscar um pedido de desculpas.  —  Orion,  Orion, me descul... —  ela  ela começou.  —  Psiu!  Psiu! —  disse  disse Orion, levantando a mão para silenciá-la. Ele tomou algumas respirações profundas para se acalmar antes de começar novamente. —  Que  Que diabos você estava pensando?  —  Que   Que esta é a minha luta, não a sua. Nem a de Lucas. Nem a de Hector. Minha —  disse  disse Helen, de pé e de frente para Orion.  —  Eu  Eu estava tentando lutar por mim mesma.  —  Você  Você sabe que não é assim que estas coisas são feitas, não é? Nós escolhemos campeões por uma razão, porque se você morrer, nós perdemos. Achei que você tivesse entendido isso.  —   Sim, eu entendi. Helena de Troia não tinha escolha a não ser sentar e deixar que outras pessoas lutassem por ela, e todos nós sabemos o quanto isso deu certo para Troia  —   ela disse incisivamente. Orion fechou a boca e se virou para o arsenal.  —  Você  Você realmente está me irritando, Helen  —  ele  ele disse, tirando seu cinto e arrancando suas roupas para que ele pudesse entrar em sua armadura. Helen se moveu rapidamente para ajudá-lo.  —   Eu sei que eu estou  —   ela respondeu, puxando para baixo do peitoral branco de Orion.  —  Porque   Porque eu sou muito covarde para fazer o que eu realmente tenho que fazer.  —  E   E o que é?  —  ele   ele perguntou, estendendo os braços para Helen amarrar seu peitoral nas laterais. Cassandra apareceu no cotovelo de Helen, a pulseira que Orion fez tilintando lindamente. —  Kitty,  Kitty, o que você ainda está fazendo aqui? —  Orion  Orion perguntou a ela, impaciente, como se tivesse acabado de notar sua presença.  —  Eu...  Eu... —  ela  ela começou.  —  Vá  Vá para casa para Noel e Kate. Este lugar é muito perigoso para você  —  ele   ele repreendeu. Cassandra vacilou, a ponto de colocar as luvas que ela carregava, mas Helen agarrou a mão dela e a deteve.  —  Cassandra   Cassandra está aqui para estar perto de você para que ela não profetize —   Helen Helen o lembrou. Ela se atrapalhou com as tiras na armadura de Orion por um momento e rapidamente levantou as mãos. —  E  E ela está aqui para vesti-lo. Eu não tenho nenhuma ideia de como essas malditas coisas são colocadas. Helen recuou e deixou Cassandra fazer o que ela tão obviamente queria fazer. Tocar Orion. Ele nem sequer olhou para ela.  —  Então,  Então, continue. Estou morrendo de vontade de saber o que é que você é “muito covarde” para fazer —  Orion  Orion disse com um olhar duvidoso, como se ele não acreditasse que Helen poderia ser covarde sobre qualquer coisa.  —  Me  Me tornar imortal  —  Helen  Helen respondeu, com a voz embargada.  —   E não em maior parte imortal... e não imortal exceto por uma cláusula pequena onde eu possa morrer em alguns anos se eu ficar cansada de

tudo isso, mas realmente, honestamente imortal como as estrelas para  —  Helen que eu possa lutar com o próprio Zeus. Eu não quero ser imortal.  Helen sentiu as lágrimas pinicarem em seus olhos.  —  Eu   Eu estou com medo do para sempre.

 

Orion se afastou de Cassandra como se ela não estivesse lá e abraçou Helen.  —  Ok,  Ok, sim. Isso me aterroriza, também —  Orion  Orion disse, segurando-a com cuidado para que ele não a esmagasse contra sua armadura. Helen abriu os olhos quando Orion segurou-a e viu Cassandra olhando para eles, seus olhos azuis arregalados e vidrados com mágoa. Helen se afastou de Orion e colocou alguma distância entre eles. Como Orion poderia ser tão insensível com Cassandra? Será que ele simplesmente não gostava dela? Helen sabia que isso não era verdade. Ele realmente gostava da sua “gatinha” —   ele simplesmente não a via como uma mulher. Sim, ela era um pouco jovem para ele no momento, mas ainda havia algo estranho sobre como ele não conseguia ver dentro dela do jeito que ele podia com outras pessoas. Como as Moiras não podiam ver através dele, ela pensou. Eneias era um filho de Afrodite, mas ele nunca suspeitou que Cassandra de Troia o amava, também. Helen percebeu que as Moiras deviam esconder Cassandra de Orion da mesma forma que Nêmesis escondeu Orion das Moiras.  —  Por  Por que você tem de se tornar imortal, em primeiro lugar?  —  ele  ele perguntou, interrompendo a linha de pensamento de Helen e trazendo-a de volta para a situação mais premente.  —  Para  Para fazer ser minha luta. l uta. Como deveria ter sido desde o início —   Helen murmurou, esfregando as palmas das mãos contra o seu jeans nervosamente. Eles ouviram barulhos fora da tenda  —   o som de seu exército recuando. Helen ouviu Descendentes da Casa de Roma, dizendo:  —  Ele   Ele está morto! Tantalus está morto! Os deuses não têm mais campeões! Mas Helen sabia que os deuses não seriam abatidos tão facilmente. Eles desencadeariam cada tempestade, tempestade, cada terremoto e cada onda à sua disposição antes de permitirem Helen ir embora com uma vitória.  —  Quem  Quem o matou?  —  Orion  Orion gritou feliz, caminhando até a entrada da tenda.  —  Minha  Minha mãe —  Helen  Helen respondeu atrás dele. Ela correu e agarrouo pelos ombros antes que ele pudesse se juntar a seus homens na celebração. —  Orion.  Orion. Não deixe Poseidon destruir esta ilha. Lute contra seus terremotos e lute contra as ondas da maré. Você é forte o suficiente para detê-lo assim?  —  Eu   Eu vou tentar  —  disse   disse Orion, com o rosto empalidecendo.  —   É nesta direção que esta guerra está indo?  —   Sim  —   Cassandra entoou. Helen estremeceu ao som, como se alguém tivesse derramado água gelada em suas costas. Orion e Helen viraram-se para olhar para o Oráculo. O ar ao redor dela brilhou com cor, e seu corpo se ricocheteou como se estivesse sendo perfurado a partir do interior, mas seu rosto e voz permaneceram sendo dela mesma enquanto ela lutava contra as Moiras.

 —   Os Doze imortais não podem lutar com mortais em combate aberto. Tirano, eles vão desencadear as suas armas mais obscuras para lutar com você até você encontrar Zeus na batalha de igual para igual. Não demorem. Um de vocês deve ir para o Tártaro e completar o ciclo.

 

 —  Veremos  Veremos —  Helen  Helen disse, desafiadoramente.

O frágil corpo de Cassandra sacudiu como se estivesse sendo eletrocutado. Seu rosto enrugou e seus olhos giraram ao redor com cataratas quando a mais terrível das três Moiras, Átropos  —  ela   ela quem corta o fio da vida —  surgiu  surgiu e possuiu Cassandra.  —  O   O véu de Nêmesis nem sempre funciona para aquele já cego  —   disse Átropos, enfiando o dedo no olho de Cassandra.  —  Orion!  Orion! —  Helen  Helen gritou, e ele correu para Cassandra para parar a profecia violenta que estava tentando quebrá-la de dentro para fora. Mas a velha dançou para longe dele no corpo de Cassandra.  —   Você não vai roubar o nosso receptáculo de novo, bonitão  —   Átropos gargalhou. Ela fez os quadris de Cassandra balançarem sugestivamente, provocando Orion.  —   Poseidon está elevando seus animais de estimação mais obscuros do fundo do oceano. O Kraken irá matá-lo desta vez! Orion passou os braços em torno de Cassandra, e ela desmaiou quando as Moiras foram finalmente expulsas. Ele a pegou tão facilmente como se fosse uma boneca e levou-a para uma cadeira para que ele pudesse se sentar e segurá-la no colo.  —   Kitty?  —   ele disse gentilmente, tocando seu rosto. Ela não respondeu. —  Vamos,  Vamos, agora, acorde. —  Ele  Ele sacudiu-a, o medo deixandoo com raiva.  —   Cassandra!  —   ele ordenou, mas ela nem sequer pestanejou. Helen viu algo alargando dentro de Orion, e antes que ele pudesse arrancar a emoção para longe, ela reconheceu. Era um flash brilhante de amor. Gritos e gritos de pânico começaram a soar dos soldados no campo de batalha. Lucas, Hector e Castor entraram na tenda em uma corrida, os rostos totalmente em branco e encarando.  —   O que está acontecendo?  —   perguntou Helen, temendo o pior, mas os homens ainda estavam atordoados demais para falar. Do lado de fora da parte de trás da tenda, no lado interior, Helen ouviu a voz de sereia de Andy comandando soldados para se manterem alinhados. Um momento depois, Andy abaixou sob a aba na parte de trás e fez uma dança enojada como se sua pele estivesse rastejando.  —   Há coisas  saindo   saindo da água!  —  Andy   Andy gritou, cheia de histeria.  —   Homens-peixe esquisitos, mulheres-caranguejo e... —  ela  ela parou e mexeu os dedos, um olhar de horror em seu rosto.  —  Eles  Eles são todos pegajosos ! Eu sou uma metade sereia. Eu vi a maioria dos bichos rastejantes no fundo do mar, mas essas coisas são nojentas! O surto de Andy acordou Jason e ele cambaleou até o grupo, com o rosto tão esticado que estava quase esquelético. Ele apontou para Cassandra esparramada no colo de Orion.  —  O  O que aconteceu? —  ele  ele resmungou.  —  Profecia  Profecia —  Orion  Orion respondeu. —  Ela  Ela não vai acordar.

 —  O que ela disse? —  perguntou Lucas.  —   O Que eu tenho que perguntou fazer alguma coisa, porque se não fizer os

deuses irão... e eu não posso acreditar que estou dizendo isso... soltar o

 

Kraken. —  Helen  Helen ainda não conseguia compreender isso.  —  O  O Kraken é mesmo grego? —  ela  ela falou rápido e desarticulado. Castor foi o que reagiu primeiro, e correu para pegar todas as suas armaduras. —  Meninos!  Meninos! —  ele  ele disse asperamente.  —  Ajudem-se  Ajudem-se com as suas armaduras. Rápido! Helen ficou imóvel enquanto todos eles tiravam a roupa e, em seguida, começaram a amarrar um ao outro em suas armaduras. Ela podia ouvir seu coração batendo em seus ouvidos. Como ela podia ver todas essas pessoas que ela amava morrerem?  —  Todos  Todos vocês gostariam de ver Everyland? —  ela  ela gritou, com a voz trêmula. Todo mundo parou, espantados com a oferta aparentemente insana de Helen.  —  Helen?   Helen?  —  disse   disse Lucas, sua voz mortalmente séria.  —  Você   Você está pensando em tornar todos imortais?  —  Não  Não —  ela  ela respondeu. —  Se  Se eu tornar todos imortais, e eu perder para Zeus, ele não terá escolha a não ser colocar todos vocês no Tártaro durante toda a eternidade. Não há outra maneira de se livrar de um imortal completo. Eu não posso fazer isso com vocês.  —  Helen   Helen estava ofegante. Ela não conseguia respirar. Quando ela falou em seguida, sua voz estava tão alta que rangia. —  Mas  Mas vocês gostariam de estar em maior  parte  imortais,  imortais, como Lucas? Um som ensurdecedor ressoou pelo céu e sacudiu o chão. Caindo de joelhos, Helen sentiu Lucas lançar-se sobre ela, cobrindo as orelhas. Gritos de pânico foram abafados pelo único urro sobrenatural que Helen sabia que só podia significar uma coisa. O Kraken estava vindo.

 

CAPÍTULO 17 Traduzido por I&E BookStore

H

elen sentiu Lucas puxando-a de pé e, em seguida, eles correram para a frente da tenda com Orion e Hector para olhar para fora para a cena apocalíptica que se desenrolava na frente deles. O sol e o céu foram apagados por uma enorme cúpula que surgia acima da água. Uma coisa longa como uma corda, com a largura de um quarteirão da cidade, disparou para o ar e depois desabou em frente à praia, esmagando mortais, Descendentes e Myrmidons indiscriminadamente. O Kraken era tão grande que a ponta de seu tentáculo atingia todo o caminho desde o fundo do oceano e ao largo de onde a cabeça da lula gigante irrompia da superfície, cruzava léguas de água e terminava dentro do campo de Helen. Tinha uma cor vermelha de raiva, era estriado com veias grossas como troncos de árvore e coberto de ventosas. Soldados eram cortados pelo tentáculo do Kraken uma vez que ele deslizava por eles, tentando cortá-lo. Em retaliação, o tentáculo agarrou um dos seus agressores, se envolvendo em torno dele como uma cobra e o apertando. Lucas puxou Helen de volta para a tenda enquanto o soldado tinha uma morte horrível. Mesmo que ela não tivesse que assistir, ela ainda podia ouvi-lo gritar. Helen se virou para ver olhares estupefatos e horrorizados em cada rosto. Eles não tinham ideia de como lidar com algo tão enorme. Ela olhou para as formas inconscientes de Claire e Cassandra. Voltando-se para todos os outros, ela viu um consenso sendo construído.  —  Quem  Quem está comigo? —  perguntou  perguntou Helen. Hector paraninguém. Andy, suas emoções de uma —  maneira que  —  Só nunca eram olhou com mais  Só se vocênuas vir também  ele disse.  ele  —  Ok  Ok  —  ela  ela sussurrou, e pegou a mão dele. Ele a pegou e a puxou contra seu lado, acenando para Helen para avisá-la que eles estavam.  —  E  E quanto a Claire? —  Jason  Jason perguntou ansiosamente.  —   Leve-a  —   disse Helen.  —   Orion. Leve Cassandra.  —   Orion estreitou os olhos em interrogação. Ele olhou para baixo para o coração de Helen, o leu, e um olhar perturbado vincou sua testa.  —  Confie   Confie em mim —  ela  ela disse a ele.  —  Castor?  Castor? —  perguntou  perguntou Helen, voltando-se para ele.  —  Sinto  Sinto muito, Helen. Eu sonhei com Atlântida toda a minha vida. Mas eu não posso ir com você  —  Castor  Castor disse com tristeza.  —  Não   Não sem Noel.

 —  Pai  Pai —  Lucas  Lucas começou a discutir, mas Castor levantou a mão para

detê-lo.  —  Eu  Eu vivi tempo suficiente para saber que eu não quero viver muito além do tempo estipulado para mim, de qualquer maneira  —  ele   ele disse

 

balançando a cabeça com firmeza. —  Isso  Isso não significa que eu estou fora da luta. Eu ainda estou do seu lado, Helen.  —  Se  Se você não vier com a gente você não pode lutar —  Lucas  Lucas insistiu.  —  É  É muito perigoso.  —  Não,   Não, não é  —  disse   disse Helen quando um pensamento lhe ocorreu. Ela soltou o colar de coração que ela tinha usado desde que era um bebê, e deu a Castor. —  Eu  Eu não sei se você é capaz de usar isso ou não. Castor assentiu e puxou sua adaga.  —  Pode   Pode ser uma relíquia que apenas as filhas da Casa de Atreu podem usar  —   ele disse com conhecimento de causa. Ele entregou a adaga para Helen e mostrou seu antebraço para ela, encontrando seus olhos sem um pingo de medo. Sem tempo a perder, Helen passou a lâmina rapidamente através de sua pele. Ela não o cortou.  —  Só  Só não deixe o Kraken capturar você —  disse  disse Helen, aliviado que ela não tinha ferido ele. —  O  O cinturão só irá protegê-lo de armas, não das forças da natureza.  —  Vou   Vou me lembrar disso  —  disse   disse Castor, fixando o fecho atrás do seu pescoço. Assim que Castor o estava usando, a forma de coração foi alterada, mas ele rapidamente colocou-o sob a sua armadura antes que alguém pudesse ver a forma que ele assumiu.  —  Obrigado  Obrigado  —  Castor  Castor disse, abraçando Helen firmemente antes de deixá-la ir. —  Agora  Agora se apressem.  —   Todo mundo junte as mãos  —   disse Helen. Orion pegou Cassandra quando Jason levantou Claire.  Todas as pessoas que eles não estavam  trazendo   trazendo com eles passou pela cabeça de Helen  —  seu  seu pai, Kate, Ariadne, e sim, até mesmo Matt. Havia tantas pessoas que eles tiveram de deixar para trás a fim de fazer isso que ela mal conseguia se forçar a sair. Mas ela sabia que tinha que fazer isso, ou todos eles morreriam neste dia.  —  Volto  Volto em um segundo —  ela  ela prometeu. Helen ouviu o Kraken fazer aquele som terrível de novo, e depois desapareceu.

*** O único som era o vento nas flores silvestres. O sol estava alto e quente, e as montanhas que margeavam o vale ao noroeste estavam cobertas com neve. A leste, a linha do horizonte eclética de Everycity brilhava, parte de vidro e aço moderno e parte cidadela de pedra antiga. Ao sul, o cheiro do mar acenava.  —   Linda  —   Andy arfou em admiração quando uma borboleta iridescente passou, apenas a centímetros de seu rosto.  —  Definitivamente  Definitivamente  —  Hector   Hector murmurou, olhando para Andy e não para a borboleta.

Os olhos de Cassandra se abriram sonolentos, e ela se abraçou como um gatinho nos braços de Orion, sorrindo para ele. Orion observou Cassandra e aquele mesmo olhar perturbado atravessou seu rosto novamente. Helen podia ver seu coração vacilar entre a ternura e o medo.

 

 —  Você  Você se lembra daquela conversa que tivemos sobre mais  na  na praia naquela noite?  —   disse Helen para Orion. Ele assentiu. Helen fez um gesto para Cassandra com o queixo. —  Confie  Confie em mim, é ela —  ela  ela disse

a ele. Enquanto Orion estava intrigado com isso, Claire inalou bruscamente quando ela recobrou a consciência, se debateu e, acidentalmente, bateu no rosto de Jason.  —  Obrigado  Obrigado —   Jason Jason disse sarcasticamente quando ele a colocou no chão.  —  Desculpa!   Desculpa!  —  Claire   Claire timidamente tocou no ponto em seu queixo onde ela tinha atingido ele. O tom dela murchou, mas manteve a mão em seu rosto. —  Você  Você me perdoa? —  ela  ela sussurrou, querendo dizer além do tapa acidental. Jason balançou a cabeça e puxou-a para um abraço.  —   Onde estamos?  —   Cassandra perguntou grogue quando Orion colocou-a no chão.  —  Everyland  Everyland —  Lucas  Lucas respondeu, sorrindo para Helen de uma forma que a fez vibrar. —  O  O mundo de Helen. Lucas se abaixou e pegou uma única flor fl or selvagem branca do campo, tirou a carteira do bolso de trás e dobrou-a com segurança dentro dela. Ele olhou para Helen e sorriu, derretendo-a. Seus ferimentos foram curados e todos eles foram atualizados.  Todos os seus sentidos foram aumentados, como se um filme chato tivesse sido eliminado, tornando o mundo em torno deles mais brilhante. Cada sensação, desde o vento fresco em suas bochechas até o sol quente em seus braços era como uma torrente de prazer. Enquanto sua família embebia tudo isso, Helen tomou o momento de silêncio para fazer a escolha mais difícil de sua vida.  —  Helen?  Helen? —  disse  disse Lucas, daquela forma astuciosa dele, como se ele pudesse sentir algo de errado com ela. —  O  O que você está fazendo?  —  Está   Está feito.  —  Helen   Helen sorriu e balançou a cabeça, recusando-se a dizer a ele. —   O O tempo não para aqui. Nós temos que voltar para a luta.  —  O  O que está feito? —  Claire  Claire sussurrou para Jason.  —  Ah...  Ah... —  ele  ele começou, e olhou para Helen suplicantemente.  —  Eu  Eu tornei você praticamente imortal, Risadinha —  disse  disse Helen. —  

 Todos vocês. Vocês só podem morrer quando vocês decidirem que não querem mais viver. Claire olhou para Helen, ainda não acreditando nisso totalmente.  —   Então não se preocupe em ser morta na batalha, apenas mantenha a sua cabeça abaixada e fique fora do caminho. Todo mundo  junte as mãos  —  Helen   Helen disse urgentemente. Quando eles juntaram as mãos, ela olhou para o círculo, o círculo que ela iria levar com ela tão longe para o futuro quanto poderiam ir, e ela estava grata pela companhia, mesmo que eles achassem que não podiam ficar com ela para sempre.

Ela olhou nos olhos de Lucas por último, seus olhos azuis brilhantes que possuíam uma piscina de força mais profunda qualquer oceano, e pensou sobre o seu juramento de tomar o lugardodeque Hades algum dia. Helen sabia que quando chegasse a hora, ela iria para baixo com ele.

 

O inferno era em qualquer lugar onde Lucas não estava. Eles nunca se separariam novamente, não importa quanto tempo o para sempre seria. A menos, é claro, que Zeus vencesse e a mandasse para o Tártaro. Nessa  eternidade,  eternidade, Helen sabia, ela teria de sofrer sozinha.

*** O ar estava espesso com fumaça acre e preta. Assim que Helen e seu grupo apareceram, corpos pareciam correr para eles de todos os lados. Um Myrmidon com a pele vermelha e lisa e olhos negros correu até Helen, sua espada balançando sobre sua cabeça. Quando a lâmina desceu, Helen a pegou com sua mão nua e arrancou a espada da sua mão. Ela virou-se, atingindo ele, e o assistiu cair. Ela olhou para a espada na sua mão, e não tinha ideia do que fazer com ela, então ela entregou a Jason. Quando em seguida ela olhou para cima, ela viu que Lucas, Orion, Hector e Jason tinham formado sua própria linha de defesa com Andy, Claire e Cassandra atrás deles. Elas podiam ser em maior parte imortais, mas Claire, Cassandra e Andy não eram Descendentes fortes, e elas eram lutadoras piores do que Helen. Helen ouviu o grito de gelar o sangue de Cassandra e viu Orion ficar na frente dela para cortar a cabeça de um dos monstros do mar de Poseidon. A criatura continuou indo até Cassandra de qualquer maneira, como se ele não precisasse de sua cabeça, e provavelmente não precisava.  —   Profeta!  —   a criatura sibilou de um dos seus muitos buracos. Orion balançou sua espada e cortou sua carapaça em duas  —  cortando  cortando a criatura parecendo uma lagosta ao meio e matando-a, mas era tarde demais. Alertados pela presença dela, uma onda de criaturas disformes começou a deslizar em direção à Cassandra. Como pesadelos sem graça, eles não eram feitos para a terra, e as suas partes do corpo demasiadas moles ou muito duras desabavam terrivelmente enquanto eles se arrastavam direçãodela! à preciosa Oráculo.  —   Zeusem precisa Apolo anseia por ela! Poseidon exige que a capturemos para o Olimpo!  —   eles gargarejavam, esticando seus membros fedendo a peixe em direção a Cassandra. Ela gritou de terror quando a maior das criaturas agarrou seu braço com uma de suas garras, e num piscar de olhos, arrastou-a sob sua concha.  —  Não!   Não!  —  Orion   Orion berrou, pulando em cima da criatura-caranguejo que havia aprisionado Cassandra, martelando sua concha blindada com as próprias mãos. O Kraken soou novamente, agitando Helen de dentro para fora. O barulho intolerável fez ela e todos ao seu redor taparem suas orelhas e cair em seus joelhos. Uma sombra escureceu o céu acima dela. Helen esticou a cabeça para ver um dos tentáculos do Kraken descer

diretamente sobre ela.  —  Pare!  Pare! —  Helen  Helen gritou. O tentáculo do Kraken caiu em cima dela e ela o pegou, tal como tinha feito segundos antes com a lâmina do Myrmidon. Cada músculo em seu corpo ficou tenso sob o peso impossível do golpe do Kraken, mas

 

Helen não cedeu. Em vez disso, ela jogou o membro elástico coberto de ventosas de lado e lançou-se no ar. Helen convocou nuvens de tempestade e relâmpagos até a sua presença. Ela fez o vento uivar ao redor dela. Ela parou as ondas e tornou o Atlântico em um espelho aguado. Ela torceu o campo magnético da  Terra atédos a Aurora pegadas anjos. Boreal se curvar e brilhar ao seu redor como as  —  Eu   Eu desafio Zeus!  —  ela   ela gritou, sua voz ecoando através de sua ilha natal e a vasta extensão de oceano além dela.  —   Enfrente-me ou perca o Olimpo! Nada aconteceu. Helen percebeu tardiamente que não tinha oferta para fornecer a Hécate a fim de tornar o duelo oficial. O número três apareceu na cabeça de Helen, e por algum motivo ela pensou em desejos. Ela não tinha ideia se imortais trabalhavam em um sistema de trocas ou não, mas, naquele momento, Helen não tinha nada para dar além da sua palavra e nada a perder além do mundo inteiro.  —  Titã   Titã Hécate. Eu ofereço-lhe três favores em troca de sua guarda sobre os limites.  —  Helen   Helen mordeu o lábio e tentou não pensar em nada muito incriminador, caso as Moiras estivessem ouvindo. —  Contanto  Contanto que você guarde todos os limites. Faça isso por mim, eu lhe peço, e eu vou fazer o que você ordenar três vezes no futuro. Fogo laranja surgiu em uma bola gigante em torno de Helen, fazendo uma arena no ar. Um jovem de peito nu passou pelas chamas e flutuou na frente dela. Zeus era lindo e cruel e tão parecido com Helen que ela mal podia ficar olhando para ele. Eles estavam sozinhos aqui. Ninguém estava olhando além da Titã Hécate. Esta batalha não era para espetáculo ou para a diversão dos olimpianos. Toda a Terra, Everyland e o Olimpo estavam por um fio, mas isso era tão privado que Helen sentiu como se tivesse entrado no quarto dele.  —  Olá,  Olá, filha —  Zeus  Zeus ronronou. Ela sentiu a atração. Mesmo sabendo que ela precisava derrotá-lo, Helen não era imune à presença meio-animal, meio-divina que o rodeava. E ele era fascinante.  —  Como   Como você é poderosa  —  ele   ele disse, aproximando-se dela.  —   As nuvens mudam de cor ao seu comando, mas elas ainda são pálidas em comparação com a sua beleza. Elas choram de inveja se você simplesmente as faz chover.  —  Eu  Eu não sou sua filha —  ela  ela respondeu calmamente. —  Meu  Meu pai é um lojista. Ele foi o único pai que me criou sozinho. Ele trabalhava doze horas por dia, seis dias por semana, toda a sua vida, a fim de manter um teto sobre nossas cabeças. Meu pai dá de dez a zero para você, e provavelmente de dez a zero para mim, também. Você não pode dizer que você é meu pai. Você não ganhou esse direito como Jerry.

 

  Ele Ele está acordado, sabia  

  Zeus Zeus disse de forma improvisada.  

 

Me dê Everyland, e eu vou Jerryé eclaro. sua mulher, Kate, em paz. Depois que eu enviar-lhe paradeixar o Tártaro, Helen estreitou os olhos para ele. —  Você  Você vai deixá-los em paz se eu lhe der Everyland?

 

 —  Juro  Juro pelo rio Styx —  ele  ele disse, e o céu rolou ao redor deles como um lençol em um varal, ondulando ao vento.  —   Não tenho nenhum

interesse em punir os mortais que não me ofenderam. Eu nunca tive. Helen sabia que isso era verdade. Zeus nunca teve ressentimentos contra os mortais. Era sua esposa, Hera, que tinha.  —  E  —    Hector, E quanto a minha família quase  perguntou  perguntou Helen. Lucas, Orion, Cassandra, Jason,imortal? Claire, —  Andy... você vai deixálos em paz, também?  —  Sim,  Sim, sim. Eles também —  Zeus  Zeus disse com um aceno entediado de sua mão. —  Por  Por que não? Eles não vão querer enfrentar a eternidade sem você, de qualquer maneira. Alguns séculos e eles vão optar por uma morte pacífica.  —  Sim  Sim —  Helen  Helen disse recatadamente. Ela olhou para ele através de seus cílios.  —  Mas   Mas você não vai amaldiçoar nenhum deles, ou Ariadne, de qualquer maneira, contanto que eu dê Everyland a você?  —  Pelo  Pelo rio Styx —  ele  ele jurou, e estendeu a mão para tocar seu rosto com a mão.  —   Tão preocupada com aqueles que você ama. Mas você entende que você enfrentará uma eternidade no Tártaro, não é?  —  Eu  Eu já estive lá —  Helen  Helen disse com firmeza. —  Eu  Eu acho que passar a eternidade preso em qualquer lugar, mesmo no paraíso, é o mesmo que o inferno depois de muito tempo. Em mil anos, eu aposto que mesmo um campo de flores silvestres começa a parecer como um pântano apodrecido.  —   Como você está certa  —   Zeus murmurou sombriamente. Seus olhos mudaram estranhamente, descontroladamente, quase como se ele tivesse perdido o controle sobre o aqui e o agora.  —  E   E tanto tempo de sobra.  —  E  E o que acontece com o resto do Olimpo? Será que eles vão retaliar contra os meus amigos e família com maldições se eu fizer esse acordo?  —  Helen  Helen perguntou inocentemente.  —   Juro pelo rio Styx que os olimpianos não vão amaldiçoar seu grupinho —  disse  disse Zeus. Helen fingiu pensar sobre isso. Ela mordeu o lábio e torceu as mãos. Por fim, ela concordou rapidamente em asse assentimento, ntimento, como se para tirar isso do caminho.  —   Hécate Hécate não permitirá que você cumpra esse acordo uma vez que você concorde com ele —  Zeus  Zeus lembrou-lhe timidamente, apontando para o espaço sagrado em torno deles, esculpido em pleno ar no fogo laranja.  —  Eu  Eu sei  —  disse  disse Helen, realmente triste por um momento que ela tinha que desistir de seu mundo. Ela podia senti-lo dentro dela. Cada lago, cada árvore e cada painel de vidro em sua cidade arrebatadora era uma parte dela  —   uma parte dela que ela teria que abandonar para sempre para o seu inimigo para salvar sua família. Sua voz falhou com verdadeira dor quando ela falou. —  Vou  Vou te dar Everyland.

 

  Jure Jure perante Hécate.

 —   Juro perante Hécate que lhe dou Everyland em troca da segurança dos meus amigos e família. Zeus sorriu para ela, um raio piscando através de seu rosto.  —   Afrodite me disse que você faria qualquer coisa para proteger as pessoas

 

que você ama. Ela disse que era a qualidade que ela mais adorava em você. Isso certamente irá salvar muitas vidas. Por agora. Helen baixou o olhar, então ele não veria a ânsia e o pesar em guerra um com o outro em seus olhos. —  Então,  Então, como isso funciona? Nós vamos para Everyland primeiro?  Sim.  Sim. que Quando chegarmos lá, vocêapenas simplesmente umadisse, nova  —   Zeus regra — para Everyland responda a mim criará colocando seu cabelo atrás da orelha, quase como se ele se importasse com ela. —  E  E então eu vou levá-la para o Tártaro.

*** Lucas viu Helen lançar os tentáculos do Kraken para o lado e lançarse no ar. Ele estava prestes a segui-la por puro hábito, mas ele viu Orion no topo de um monstro caranguejo gigante, gritando o nome de Cassandra. A irmã mais nova de Lucas era quase imortal, mas isso não significava que ela não poderia ser capturada pelos olimpianos e usada como seu Oráculo até que ela se obrigasse a morrer. Depois de ver como ela lidou com o Kraken, Lucas confiava que Helen poderia cuidar de si mesma e correu para ajudar Orion a pegar sua irmã de volta. O monstro era enorme, e tinha espinhos projetados de seus lados e um longo membro parecendo uma espada como uma cauda que era utilizado para cortar qualquer um que chegasse perto. Evitando a cauda afiada, Lucas correu para a frente, se agachou e tentou girá-lo, apenas para descobrir uma dúzia de pernas peludas que terminavam em tenazes sob a parte de cima de sua carapaça superior, estendendo-se para ele. Ele ouviu sua irmã gritando em algum lugar de lá com todas aquelas pernas.  —  Luke,   Luke, segure-o para que ele não possa chegar à água!  —  Orion   Orion gritou, e deslizou para o lado da carapaça. Lucas segurou o monstro no lugar enquanto Orion começava a cortar seu caminho da Orion florestafreneticamente de membros. Ambos podiam ouvir Cassandra gritar o através nome de e, finalmente, eles viram seu rosto branco e sua mão pequena estendendo-se para fora dos pêlos sufocantes e garras. Orion puxou Cassandra, enquanto Lucas girava o monstro de costas.  —  Como  Como se mata ele? —  perguntou  perguntou Lucas, subindo nele e cortandoo na barriga sem nenhuma ideia de onde apontar.  —  Eu  Eu não sei —  respondeu  respondeu Orion, pasmo.  —  Você  Você é o cara deus do mar! —  Lucas  Lucas gritou.  —  Ele   Ele não tem um coração central ou um cérebro!  —  Orion   Orion gritou de volta. —  Talvez  Talvez tentar queimá-lo?  —   Filho de uma...  —   Lucas xingou, e pulou da criatura lutando. Lucas queria acabar com sua miséria, mas ele não sabia como. Ele se

arrastou para —  longe e voltou soluçou sua atenção para irmã mais nova.  —  Orion!  Orion!  Cassandra  Cassandra contra seusua peito.  —   Está tudo bem, Kitty  —   Orion disse suavemente, passando as mãos sobre ela para ter certeza que nada foi quebrado ou estava sangrando.

 

Cassandra se acalmou, e ele verificou cada membro e todas as articulações em seu corpo. Em seguida, ela estendeu a mão para colocar os dedos em seu cabelo espesso e virou a boca até a dele como uma flor tímida se abrindo pela primeira vez. Atordoado, Orion baixou os lábios e beijou-a. O estar pé deciente Lucasde bateu no estava lado dacom cabeça sequer que ele raiva.de Orion antes de Lucas  —  Ela  Ela é apenas uma criança! —  Lucas  Lucas rosnou, saltando em cima do corpo estendido de Orion e batendo nele tão forte e tão rápido quanto podia.  —  Eu  Eu não  sou!  sou! —  Cassandra  Cassandra gritou. Lucas estava vagamente consciente de que Cassandra estava arranhando seu rosto e tentando afastá-lo de Orion. Ela repetia que ela o amava, mas não importava muito para Lucas. Sua irmã mais nova era realmente como uma gatinha. Suas unhas furavam, mas elas não tinham força para ferir.  —  Eu  Eu sei! —  Orion  Orion gritou. —  Eu  Eu não deveria ter... me desculpe! Orion estava segurando seus braços para proteger a si mesmo, e Lucas notou que ele não estava nem mesmo tentando lutar de volta.  —  É   É melhor você me matar agora, Lucas, porque eu não vou ficar longe dela. Eu não posso .  —   A voz de Orion estava rompendo com a emoção.  —  O  O que diabos vocês dois idiotas estão fazendo?  —  Hector  Hector gritou, puxando Lucas de cima de Orion. Antes que Lucas tivesse a chance de dizer a Hector o que Orion tinha feito, a voz de Helen ressoou através da ilha emitindo um desafio para Zeus. Lucas percebeu que como uma completa imortal, ela poderia encontrá-lo em um combate, e nenhum de seus campeões parcialmente mortais poderia intervir para detê-lo, nem mesmo ele. Menina inteligente , Lucas pensou. Eu poderia estrangulá-la agora mesmo.  Todos olharam para cima e viram as nuvens relampejarem com relâmpagos. As ondas se acalmaram como se o tempo tivesse parado e a aurora boreal apareceu, enviando cores neon sinistras dançando através do céu. A batalha caótica na praia parou por um momento, enquanto homens e animais esticavam a cabeça para assistir ao espetáculo impossível.  Trovões soaram. Um fogo laranja irrompeu no ar quando Hécate definiu o campo de batalha no céu. Lucas pensou em voar até Helen.  —  Ela   Ela pode lidar com isso, Luke  —  Hector   Hector disse urgentemente.  —   Preciso de você aqui. Os Myrmidons usaram aquele momento em particular para se reagruparem em seu grupo estrito, com escudos na frente e em cima, lanças apontadas como um porco-espinho. Como uma unidade completa

de novo, eles avançaram como uma máquina de guerra antiga.  —   Formar a linha!  —   Hector ordenou, segurando sua espada sangrenta no alto. Lucas, Orion e Jason pularam como se um chip em suas cabeças os tivesse feito responder automaticamente ao seu general. Eles se

 

espalharam em toda a linha de frente, cada um deles tendo um batalhão para conduzir, e sua infantaria formou fileiras atrás deles. Os Myrmidons avançaram.

*** Helen e Zeus apareceram no meio do campo de flores silvestres. Zeus olhou em volta, observando as montanhas roxas e as metrópoles meiomodernas, meio antigas, que funcionavam como um contrapeso à distância através da pastagem alpina. Ele olhou para cada flor, cada erro, cada rajada de vento, medindo todos eles.  —   Muito bem  —   ele disse, aprovando.  —   Vivo em cada detalhe. Hades lhe ensinou muito sobre a vida, fazendo você se cansar daquela vista infernal e estéril dele, não foi?  —  Ele  Ele ensinou. Por mais difícil que fosse, eu o amo pelo treinamento que ele me deu. Eu posso ver mais claramente por causa disso. Zeus respirou o ar, deixando a cabeça cair para o lado de prazer, apreciando todas as nuances do mundo de Helen, como um gourmet faria com um bom vinho.  —  Você  Você aprendeu bem. Você é realmente talentosa, doce menina. Pena que você não pode fazer mais com Everyland. Ainda está inacabado.  —   Não, não está. Ele serviu ao seu objetivo  —   Helen disse calmamente. —  E  E eu dou a você sem reserva. Você é o único governante de Everyland. Zeus testou o comando de Helen fazendo uma flor branca se tornar vermelha e depois branca novamente com um pensamento.  —   Obrigado  —   ele disse, sorrindo para ela. Ele estendeu a mão galantemente. —  Vamos  Vamos para o Tártaro? Helen olhou para a mão oferecida e balançou a cabeça lentamente.  —  Esse  Esse não foi realmente o trato, como você vai se lembrar  —  ela  ela disse.  —  Eu  Eu concordei em dar-lhe Everyland em troca da segurança da minha família. Eu nunca concordei em ir para o Tártaro.  —   Eu Zeus suspirou como se luta. ele lamentasse a decisão realmente queria evitar uma Você sabe que eu voude terHelen. que destruíla se você fizer isso —  ele  ele disse relutantemente.  —   Como?  —   perguntou Helen, afastando-se dele.  —   Eu lhe dei Everyland... meu presente para você... mas eu não lhe dei suas fronteiras. Eu as guardei para mim. Zeus olhou em volta em pânico. Helen sabia que ele estava tentando abrir um portal e sair. Ela podia sentir isso, mas ele não podia. E enquanto Helen existisse e mantivesse a posse das fronteiras, ele nunca seria capaz de sair.  —  Bem-vindo   Bem-vindo ao meu cavalo de Troia  —  ela   ela disse com um sorriso tenso. —  Aprecie.  Aprecie. Você vai ficar preso dentro dele pela eternidade. Helen viu o rosto de Zeus congelar com horror, e então ela o deixou,

trancado em sua prisão celestial para sempre.

***

 

Helen apareceu no campo de batalha e olhou ao redor freneticamente. Uma parte dela esperava encontrar Zeus em pé bem atrás dela, rindo de sua tentativa insana de prendê-lo, mas ele não estava. Ela se concentrou e pôde senti-lo em Everyland, gritando para o céu azul bonito. Ele realmente estava preso. Helen permitiu-se um riso meioHelen enlouquecido antes dela começar a correr. observou o terreno irregular, tentando espiar pela confusão de fumaça, gritos e os combatentes que corriam de um lado para o outro. O Kraken ainda estava andando pela praia com seus tentáculos, matando indiscriminadamente. Combatentes Combatentes de ambos os lados se moviam sobre as dunas na sua tentativa desesperada de fugir dele. Ela cambaleou para frente, seus pés tropeçando em algo e enviandoa ao chão. Quando ela olhou para trás, viu que ela tropeçou em um Myrmidon morto. Algo se moveu debaixo dela, e ela percebeu que tinha caído em outro Myrmidon. Este estava quase morto, mas ele ainda a reconheceu.  —  Tirano  Tirano —  ele  ele sussurrou, apertando seus pulsos. Helen se soltou e saiu de cima dele. Ela olhou em volta e viu dezenas de corpos —  de  de Descendentes, Myrmidons e monstros estranhos do mar  —   todos mortos e enredados após o que deve ter sido um grande confronto. Ela subiu de pé e correu para a tenda. Felizmente, ela encontrou sua família lá enquanto ela esperava. Havia várias dezenas de soldados restantes, reunidos em torno da mesa do mapa, que tinham colocado do lado de fora na frente da tenda para que eles tivessem espaço para se reunir em torno dela. Lucas viu Helen primeiro e correu para ela.  —  O  O que aconteceu? —  ele  ele perguntou, segurando-a com força contra seu peito. —  Nós  Nós ouvimos você desafiar Zeus. Helen se afastou e olhou Lucas nos olhos. —  Eu  Eu o venci —  ela  ela disse, nem ela mesma acreditando totalmente nisso ainda. Os outros Descendentes agruparam em torno dela, fazendo sons chocados. —  Eu  Eu o enganei e prendi em Everyland. Enquanto eu existir, ele nunca sairá. E quanto aos Myrmidons? —  ela  ela perguntou.  —   Achamos que há apenas três deles sobrando  —   Castor disse sombriamente. —  Telamon  Telamon os fez recuar. Eles estão acabados... por hoje, pelo menos.  —  Nós  Nós ainda temos o Kraken para lidar —  Hector  Hector lembrou a ela, seu rosto sombrio. Helen balançou a cabeça e virou-se para Orion. —  É  É Poseidon quem controla o Kraken? —  ela  ela perguntou.  —   Mais ou menos  —   Orion respondeu.  —   Ele pode libertá-lo e chamá-lo de volta, mas uma vez que ele está livre, ele na maior parte faz o que ele quiser.  —  Ele  Ele apontou para a carnificina descuidada em torno deles.

 —  Tudo  Tudo bem —  disse  disse Helen, com um aceno de cabeça afiado.  —  Eu  Eu

acho —  que Poseidon é ocerteza próximo.que isso é o mais sensato...  —   Jason   Helen? Tem começou, mas Helen não o deixou terminar.

 

 —  Desafio!   Desafio! Eu desafio Poseidon!  —  ela   ela gritou, em algum lugar na direção do oceano. Nada aconteceu.  —  Droga!  Droga! —  Helen  Helen xingou, virandose para o grupo. —  Alguém  Alguém tem uma abóbora?

Cassandra foi para uma das fogueiras e puxou uma panela do fogo. Ela despejou o líquido rapidamente e voltou para Helen, colocando a panela sobre a areia na frente dela. Helen olhou para a panela com ceticismo.  —  Caldeirão  Caldeirão —  Cassandra  Cassandra disse com um encolher de ombros, como se fosse autoexplicativo. A panela desapareceu, e um fogo laranja entrou em erupção em um círculo quando Hécate aceitou a oferta. Poseidon apareceu acima da praia, ladeado por todos os lados por seus colegas olimpianos. Ele parou do lado de fora do anel de fogo, mas não entrou. Hermes estava ao seu lado, falando com ele urgentemente.  —  Ela  Ela fez o quê? —  Poseidon  Poseidon observou, sua surpresa fazendo-o soar alto o suficiente para Helen ouvir. Ele olhou para Atenas, e ela acenou uma vez para confirmar o que Hades tinha dito a ela.  —  Ela  Ela derrotou Zeus —  Atenas  Atenas anunciou. Helen podia jurar que viu um pequeno sorriso inclinar-se nas bordas da linda boca de Afrodite antes que ela a deixasse em linha reta novamente.  —   Poseidon. Eu estou te desafiando. Entre no ringue  —   Helen ordenou, tentando ignorar o fato de que ele parecia exatamente com Lucas.  —  E   E por que eu faria isso?  —  Poseidon   Poseidon respondeu com um sorriso de escárnio. —  Então  Então você pode me enviar direto para o Tártaro? Eu não sou nenhum Criador de Mundos. Eu não posso controlar os portais como você.  —   Está certo. Eu posso controlar os portais, e nenhum de vocês pode. É melhor vocês se lembrarem disso  —  Helen   Helen gritou de volta, sua raiva subindo até suas bochechas ficarem quentes e seus dedos faiscarem nas pontas, como se suas mãos estivessem derramando estrelas na areia.  —  E  E se qualquer um de vocês sequer respirar  perto  perto de um mortal, eu juro que vou lhe caçar e enviá-lo para o Tártaro. Agora, entre no ringue, Poseidon. Ou perca essa luta, pegue todos os seus monstros fedorentos e vá para bem longe da minha família. Poseidon deu um passo adiante e olhou para Helen através do ringue enquanto Atenas sussurrava freneticamente em seu ouvido. Finalmente, Fi nalmente, ele se assentou, mas Helen viu um ressentimento crescente em seus olhos.  —  Eu  Eu perdi!  —  Poseidon  Poseidon rosnou. Helen sentiu os joelhos tremerem com alívio, mas ela não podia relaxar ainda.  —   Mais alguém?  —   ela disse, olhando cada olímpico no rosto.  —   Alguém mais quer lutar comigo?  —  Todos   Todos eles desviaram seus olhares.  —  Ótimo!   Ótimo! Agora tirem daqui essa lula gigante e podre ou eu vou enviar ele... e um de vocês... para o Tártaro por princípio.

Helen lançou um longo olhar extra para Apolo, apenas para que ele soubesse quemdeiria se juntar ao Krakenos nodela Tártaro se chegasse isso. Os olhos Poseidon perfuraram do outro lado doaringue. Seu peito nu inchou com respirações enraivecidas. Helen encontrou seu olhar e não vacilou. Ela tinha todas as cartas. Ele não poderia nem

 

mesmo amaldiçoá-la, e de alguma forma, ele parecia saber disso. Depois de alguns momentos tensos, ele levantou a mão, concentrado, e o Kraken começou a recuar. Trombetas estranhas soaram, e o resto de seu exército de criaturas do mar recuaram, deslizando ou correndo para a água.  —  A  A eternidade é muito tempo, Helen  —  Poseidon  Poseidon avisou enquanto seu exército recuava. Ele estreitou os olhos para ela.  —  Nós   Nós a veremos novamente.  —  E  E nós vamos estar de olho em vocês —  Helen  Helen alertou, apontando para seu grupo de Descendentes. A menos que Helen colocasse todos os deuses no Tártaro, ela não poderia impedi-los de vagar pela Terra. Tudo o que ela e sua família podia fazer era garantir que os olimpianos não ferissem ninguém. Ela compartilhou um olhar com Hector e viu sua preocupação espelhada lá. Os Descendentes podiam ter ganho a guerra, mas isso não significava que a ameaça tinha desaparecido. Poseidon virou-se e caminhou até as ondas, desaparecendo abaixo delas. Quando o resto dos olimpianos dispersaram, alguns com aparência de amargura, outros com respeito, Afrodite veio para a frente e pegou as duas mãos de Helen nas dela.  —  Irmã  Irmã  —  ela  ela disse, beijando Helen na bochecha como se tivessem acabado de se encontrar para o almoço. Helen riu, sacudindo a cabeça. Afrodite sempre odiou guerras e tendia a ignorar que elas estavam acontecendo por completo.  —  Venha  Venha me visitar em breve. Você e Lucas. Vou deixar que vocês saibam onde eu estou, mas estou pensando em Chipre no inverno.  —  Veremos  Veremos você em breve  —  Helen  Helen prometeu, rindo e balançando a cabeça. Mesmo que Afrodite tivesse causado a Helen tantos problemas quanto Zeus, não havia nenhuma maneira de ela poder ficar chateada com ela por muito tempo. Como Claire, não importava o que Afrodite fizesse, Helen sabia que ela acabaria por perdoá-la em cerca de cinco segundos. Irmãs eram chatas dessa forma. Afrodite deu um passo para trás e acariciou o rosto de Helen. —  Que  Que belo rosto —  ela  ela murmurou, antes de voar em um halo de luz dourada. Helen virou-se para olhar para a multidão reunida atrás dela e viu seu pai pela primeira vez. Jerry estava apoiado entre Kate e Noel. Ele parecia pálido e magro, mas ele conseguiu levantar-se principalmente por si mesmo.  —  Pai!  Pai! —  disse  disse Helen, surpresa.  —   Ei, Len  —   ele disse. Ele deu-lhe um aceno fraco, parecendo estranho e incerto —  e  e com um pouco de medo dela.  —   Você vai ficar todo estranho comigo agora?  —   ela perguntou, temendo isso.  —  Não  Não —  ele  ele respondeu um pouco rápido demais.  —  É   É melhor não  —  ela   ela disse, dando-lhe um abraço. Demorou um

segundo antes de ele relaxar e abraçá-la de volta, mas quando o fez, ela sabia tempo.que as coisas iriam se resolver entre os dois, depois de algum

 

Depois que ela e seu pai se separaram, houve um borrão de parabéns e abraços de todos  —  com   com exceção de Lucas. Ela examinou a cena ao seu redor, procurando por ele. Helen viu Hector ordenando as pessoas a ficarem ocupadas, direcionando-os para desmontar o acampamento e levar os mortais atordoados para longe da multidão corpos Ela estranhos na praia antes que acordassem da influência de de Hipnos. viu Pallas e Dédalo tentando explicar-se a Castor, que os ouviu em um silêncio sepulcral. Ela viu Jason e Ariadne correndo para ajudar o maior número de feridos mais graves que podiam. Ela até mesmo viu Orion e Cassandra. Eles tinham se separado do grupo e estavam falando coisas bobas um para o outro. Mas nada de Lucas. Helen girou ao redor em um círculo, o coração afundando enquanto procurava por ele. Ela encontrou-o a alguns passos atrás dela, esperando pacientemente que ela o encontrasse lá.  —  É  É a minha vez? —  ele  ele perguntou com um pequeno sorriso. Helen balançou a cabeça, pensando como era estranho que ele e Poseidon parecessem exatamente iguais, mas Poseidon fazia sua pele arrepiar, enquanto Lucas a fazia formigar.  —  Eu   Eu acho que é a nossa  vez   vez  —  ela   ela disse, caminhando para seus braços.  —  Finalmente  Finalmente —  ele  ele respirou, e beijou-a, sem culpa ou vergonha ou qualquer preocupação sobre o que isso significava para o futuro. Ele beijou-a lá fora abertamente, na frente de todos, e pela primeira vez não havia nada a esconder e não havia razão para qualquer um deles parar. Era como se eles estivessem se beijando pela primeira vez.

 

EPÍLOGO Traduzido por I&E BookStore

O

s Patriots ganharam, então o pai de Helen estava de ótimo humor durante toda a noite. Kate fez Lucas e Helen comerem bastante no jantar, insistindo que já que o Natal era daqui a três dias, não havia nenhum motivo em tentar comer saudavelmente até depois do Ano Novo, de qualquer maneira. Kate não tinha oficialmente se mudado ainda, mas ela estava lá quase todos os dias. Jerry e Kate estavam esperando até depois do casamento em maio para viver oficialmente juntos. Para Helen, era o domingo à noite perfeito “ jantando  jantando com o namorado” que ela pensou que nunca teria. Eles ainda argumentaram um pouco sobre política. Eles ficaram acordados até tarde, apenas conversando. Helen e Lucas nãopor tinham manhã  —  não  não porque a escola estava passando umaescola grandedereconstrução (o que estava), masainda porque eles estavam em férias de inverno. Apesar do fato de a escola secundária ter sido metade derrubada, os estudantes tinham continuado a ter as suas aulas regulares se esquivando dos escombros e vestindo suas jaquetas nas salas de aula congelando sem perder muitos dias, porque os Whalers são teimosos assim. O clube de teatro tinha até mesmo começado a ensaiar Sonho de uma Noite de Verão  novamente,  novamente, embora eles tivessem que fazê-lo no estacionamento com um frio abaixo de zero e nada de verão porque o auditório não existia mais. O show tem que continuar. Hergie teria ficado orgulhoso. Ainda havia muita confusão sobre o que tinha acontecido. Durante o mês passado e meio, todos em Nantucket tinham estado ao redor ” que coçando cabeças infelizes, sobre a e“onda tinhamais, invadido praia, matando suas doze pessoas ferindo muitas logo aapós os motins do Halloween. Esse foi o único tema de conversas na News Store e na Bolos da Kate. Cada vez que um cliente perguntava a Helen o que ela se lembrava daquele dia, ela dizia que ela estava muito longe do mar para ver realmente a onda, e ela estava feliz por isso. Então ela se apressava para longe para pegar mais café. Algumas pessoas se lembravam do Kraken, mas eles estavam lentamente falando que isso eram as chamadas alucinações. Quando alguém ficava beligerante sobre o que tinha visto, a família Delos se certificava de que Andy se encontrasse com ele para ter uma pequena “conversa”. Seus poderes como uma sereia vieram a calhar quando eles

precisavam se certificar de que ninguém entrasse em pânico e contasse uma história para os repórteres que tinham começado a passear em torno de Nantucket. Helen tinha encarregado Hipnos de reabilitar os piores casos  —   hipnotizando-os para relembrarem da coisa toda como algo mais. Isso funcionou na maior parte, mas sempre haveria histórias sobre a lula gigante que tinha atacado a Ilha I lha de Nantucket. Um novo mito tinha

 

nascido, e Helen se perguntou se era assim que a maioria deles tinha começado. Como Hipnos, os outros pequenos deuses estavam ansiosos para ficarem do lado de Helen. Eles apostaram errado quando eles ficaram do lado do Olimpo e agora eles estavam fazendo tudo o que ela pedia para  — e fazer as pazes com  começando  começando limpar a bagunça quemaremoto. a batalha tinha deixado paraela trás ajudando apor espalhar mentira do Helen não poderia dar a essas doze pessoas suas vidas de volta; ela estava apenas feliz que as vítimas mortais tinham sido tão baixas. Os Descendentes não tinham tido tanta sorte. Cada casa tinha sofrido severas perdas, mas principalmente a Casa de Tebas. Castor era agora o Chefe, e havia muitos adeptos que sussurravam que ele sempre deveria ter sido, independentemente de qual irmão Delos nasceu primeiro. Dédalo tinha de alguma forma encontrado um jeito de não ser derrubado. Ele tinha dado um grande discurso, concordado em compartilhar a liderança com Orion, e sua casa o havia perdoado. Todas as Casas iriam se reconstruir, como o faria o exército de criaturas de Poseidon, infelizmente. Helen sabia que algum dia os Descendentes teriam que lidar com essa ameaça novamente. Poseidon e os outros olimpianos não podiam amaldiçoar seus amigos e familiares, mas eles ainda poderiam encontrar maneiras de trabalhar contra eles. Os Descendentess teriam que estar sempre prontos para isso. Descendente Assim como Helen teria que estar pronta para pagar as três tarefas que ela prometeu a Hécate. Helen esperava que a Titã não pedisse para ela fazer qualquer coisa imoral. Mas mesmo que ela o fizesse, um dia Hécate cobraria a dívida, e Helen teria que pagar, não importa o que fosse pedido dela. Sua dívida não preocupava Helen tanto quanto a de Lucas. Ambos estavam dolorosamente conscientes do fato de que Lucas ainda podia ser chamado para servir no Mundo Inferior a qualquer momento. Ele tinha insistido que Helen ficaria na Terra quando ele fosse para Hades, o que ela achava que era uma ideia ridícula. Era um argumento em processo, mas Helen tinha certeza que ela ia ganhar. Não havia nenhuma maneira de ela viver sem ele novamente, e ela sabia que ele não podia viver sem ela, tampouco. Ela imaginava que em outro século ou dois, ele desistiria. Ao contrário dos Myrmidons. Havia apenas três deles sobrando, para o qual Helen estava grata. Ela sabia que eles iriam caçá-la para sempre, sempre procurando uma maneira de se livrar dela. Hector observava sua família como um falcão e se mantinha em alerta por causa dos Myrmidons. Helen tinha a suspeita de que ele gostava que fosse dessa forma. Hector era sempre mais feliz quando havia alguém próximo a ele que precisava de proteção. A única pessoa que Hector não poderia salvar era Ariadne. Ela ficou arrasada por causa de Matt e estava começando a se afastar da família.

Helen checava ela todos os dias, mas ela sabia que não havia solução. Ariadne iria sentir falta dele para sempre. Pelo menos ela e Helen tinham isso em comum. As coisas ainda estavam um pouco instáveis entre Lucas e Orion, apesar do fato de Orion ter feito pouco mais do que segurar a mão de

 

Cassandra. Helen sabia por experiência que Orion iria esperar o tempo que ele tivesse para Cassandra estar pronta para algo mais, mas Lucas ainda estava se mantendo de olho na situação. Helen supunha que um irmão mais velho era um irmão mais velho, especialmente quando o cara que está seguindo sua irmãzinha como um cachorrinho era um Adônis de verdade, como Orion. Eventualmente, Lucas iriaobviamente aceitar. Cassandra e Orion eram opostos de muitas maneiras, mas eles adoravam um ao outro mais e mais a cada dia que passava. Helen não conseguia pensar em duas pessoas que mereciam a felicidade mais do que eles. Exceto, talvez, Daphne. Helen sabia que sua mãe tinha feito algumas coisas terríveis; a maioria delas para a própria Helen, mas Helen não sentia raiva quando pensava em Daphne. Ela sentia tristeza. Ela realmente esperava que Hades concedesse a Daphne seu desejo e a reunisse com Ajax nos Campos Elísios. Ela tinha ganho, afinal. No final, a bruxa má da mãe de Helen acabou por ser uma heroína. O último na lista de preocupações intermináveis intermináveis de Helen era Zeus. Ela ainda podia senti-lo em Everyland quando ela direcionava sua concentração para ele, o que ela fazia várias vezes ao dia, só para ter certeza. Everyland. A perda dele ainda doía bastante, mas só pôr os pés lá seria impossível para Helen agora. Ela tinha pego Zeus de surpresa quando ela o enganou, mas ela não tinha ilusões sobre o que aconteceria se ela tentasse voltar para Everyland. Zeus estaria pronto para ela, e ele a mandaria para o Tártaro antes que ela desse três passos. Isso não impedia Helen de sonhar com isso todas as noites. Quando ela fechava os olhos, Helen podia cheirar as flores silvestres e ouvir o vento.  —  Helen   Helen  —  Lucas   Lucas sussurrou, acordando-a. Sua cabeça estava em seu colo, e sua mão estava acariciando seus cabelos. —  Eu  Eu tenho que ir. Helen sentou-se no sofá e balançou a cabeça, esfregando a testa e tentando afastar o sonho. Lucas estreitou os olhos, estudando-a.  —  Você  Você está bem? —  ele  ele perguntou delicadamente. —  Foi  Foi Everyland de novo?  —  Sempre  Sempre —  ela  ela admitiu, olhando para as mãos.  —  Helen!  Helen! Para cima, agora —  seu  seu pai chamou impaciente. —  É  É hora de Lucas ir para casa. Helen e Lucas sorriram um para o outro e se levantaram. Ambos pensaram que era adorável quando Jerry ficava todo superprotetor.  —   Eu já volto  —   Lucas sussurrou em seu ouvido, roçando seus lábios através da pele sensível de sua mandíbula antes de se afastar rapidamente.  —  Provocação  Provocação —  Helen  Helen sussurrou enquanto ele ia para a porta.  —  Boa  Boa noite, Sr. Hamilton —  Lucas  Lucas falou lá para cima enquanto ele ia.

 —  Boa noite , Lucas —  Jerry  Jerry respondeu, irritado.

Cerca de uma hora depois, Helen ouviu uma batida na janela que o Sr. Tanis tinha finalmente consertado cerca de uma semana antes, e ela correu para abri-la. Lucas subiu para o quarto silenciosamente, polvilhado com neve. Helen começou a beijá-lo antes que ele tivesse a

 

chance de pousar, direcionando seu corpo sem peso para sua cama e puxando-o para baixo sobre ela.  —  Espere  Espere um segundo  —  ele  ele disse com um sorriso caloroso. Lucas levantou um presente embrulhado e deu a Helen. —  Eu  Eu não podia esperar para o Natal. Elaouvindo retirou oo papel de seu embrulho o mais silenciosamente possível, ambos som de pai em alerta, e encontrou uma foto emoldurada de uma única flor branca. Quando Helen olhou mais de perto, viu que era na verdade uma flor silvestre seca, prensada e montada por trás do vidro. Lágrimas encheram seus olhos instantaneamente. Era a única úni ca coisa de seu mundo que existia neste  —  a   a única recordação que ela tinha de Everyland.  —  Obrigada  Obrigada —  Helen  Helen sussurrou, agarrando o quadro ao peito. Lucas acenou, enxugando suas lágrimas. Ele tirou o retrato das mãos dela e colocou-o sobre a mesa ao lado de sua cama antes de se levantar.  —  Onde  Onde está sua roupa de banho?  —  ele  ele perguntou, esfregando as mãos com entusiasmo.  —  P...  P... por quê? —  Helen  Helen respondeu, confusa. Estava vinte graus lá fora. E nevando. Helen era imortal, não louca.  —  Porque  Porque você vai precisar dele quando chegar em Porto Rico. Ainda vai ficar escuro por mais algumas horas, mas podemos nadar, ver o sol nascer e estar de volta antes de seu pai acordar. Helen saltou da cama e correu para sua cômoda. Ela tirou um pequeno biquíni de bolinhas vermelho e acenou-o no ar como uma bandeira antes de pegar o casaco e colocá-lo no bolso.  —   Viver Viver cada dia como se fosse o nosso último dia na Terra juntos  —   ela ela disse, começando o seu novo lema enquanto ela saltava para fora da janela.  —   Para sempre, se pudermos escapar ilesos  —   Lucas terminou, alegremente seguindo-a.

FIM!

 

 

Starcrossed Trilogy

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