Jose-Da-Silva-Um-Pregador-Leigo-Com-Ilustracoes.pdf

June 9, 2018 | Author: Ezequias Amancio Marins | Category: Bible, Faith, Gospel Of Luke, Jesus, Sin
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Jerry Stanley Key

2012 Rio de Janeiro 10ª edição

Todos os direitos reservados. Copyright © 2012 da Convicção Editora Convicção Editora

Junta de Missões Nacionais

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Diretor Editorial

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Sandra R. Bellonce do Carmo Ilustrações, por Hudson Silva Revisão, por Adalberto Alves de Souza Capa e projeto gráfico, por Rogério de Oliveira Diagramação, por Jolsimar A. Oliveira

Gerência Executiva de Planejamento e Estratégia

Jeremias Nunes

Key, Jerry Stanley José da Silva, o pregador leigo / Jerry Stanley Key.K44j Rio de Janeiro: Convicção,2012. 120p. ; 23 cm. ISBN - 978-85-61016-33-3 1. Homilética. 2. Sermões ------ Preparo. I. Título. CDD 251 Índices para catálogo sistemático : 1. Sermões: 252 2. Pregação: preparo : 251.01 10ª edição: 2012 Tiragem: 3.000 Convicção Editora Rua: Senador Furtado, 56 – Maracanã – Rio de Janeiro, RJ – CEP: 20270-020 (21) 2157-5557 - [email protected] www.conviccaoeditora.com.br Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira Rua: Gonzaga Bastos, 300 – Vila Isabel – Rio de Janeiro, RJ – 20541-015 (21) 21 2107-1818 – www.missoesnacionais.org.br

Apresentação Muitos crentes brasileiros são pregadores por natureza. A divulgação do evangelho empolga e os tornana ousados. isso, anos atráspublicada houve a publicação de osuma série de artigos revista Por “O Cooperador”, pelo então Departamento de Homens da Junta de Educação Religiosa e Publicações. Os artigos foram escritos pelo pastor Jerry Stanley Key, que serviu como professor de homilética do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil de 1961 a 1996. A finalidade dos artigos era ajudar os pregadores leigos a se desenvolverem na arte do preparo e da pregação de sermões bíblicos. E da série de artigos nasceu este livro, que visava à mobilização do potencial masculino das igrejas. Dando asas à sua imaginação, o autor elaborou um estudo prático e fácil de ser entendido por aqueles que queriam aperfeiçoar sua transmissão do evangelho quando tinham a oportunidade de pregar em um lar, em sua igreja, ou em outro lugar ou igreja. O método usado para introduzir os assuntos era a criação do personagem José da Silva, um membro de uma igreja, como muitas outras igrejas, que precisava aumentar o grupo de pregadores leigos. Este método caiu na graça das igrejas, e o livro foi muito bem recebido no Brasil inteiro. Tanto é que houve nove edições e 29.000 exemplares publicados. Foi um “best seller” e um recurso que ajudou muitos pregadores leigos a se desenvolverem nesta arte de pregar. Nestes últimos anos muitos irmãos de igrejas em toda a parte têm dito que era preciso fazer algo e lançar uma nova edição do livro. Diante dos apelos e sentindo a necessidade mesma de estar disponível, o livro agora, depois de estar esgotado há bastante tempo, está sendo reeditado. Como antes, agora o livro se torna um subsídio precioso àqueles que, não sendo chamados para servir como pastores ou missionários, foram agraciados por Deus com a facilidade da comunicação, e que atuam como pregadores leigos. Que muitos possam fazer bom uso deste livro. Pr. Fernando Brandão Diretor Executivo da JMN

Sumário PARTE I - O SERMÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 - O texto bíblico do sermão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 - O alvo ou objetivo do sermão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 - O assunto ou tema do sermão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 - Como organizar os pensamentos do sermão. . . . . . . . . . . . 5 - A arte da introdução do sermão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 - A conclusão do sermão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 - Como fazer o apelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 - O uso de material ilustrativo no sermão . . . . . . . . . . . . . . . 9 - O uso de bons hábitos na pregação . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 - A preparação espiritual do pregador leigo . . . . . . . . . . . . PARTE II - SERMÕES ESBOÇADOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1. O homem que procura Jesus. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2. O maior fracasso na história da humanidade . . . . . . . . . . . . 3. O homem que está em falta com Deus . . . . . . . . . . . . . . . 4. Nova vida para você . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5. O maravilhoso convite de Deus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6. Jesus virá outra vez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7. Encontro inevitável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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PARTE III - ILUSTRAÇÕES EVANGELÍSTICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 - O pintor e o mendigo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 - Como o diabo trabalha. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 - Desejável transformação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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4 - Na curva da morte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 - O milagre do evangelho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 - Encontro inevitável. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 - Falsos profetas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Verificação de aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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1. Vantagens no uso de um texto bíblico 2. Como escolher o texto 3. O uso devido no sermão

O TEXTO BÍBLICO DO SERMÃO O pregador leigo naturalmente precisa de um bom texto para cada sermão que prega. O texto tem sido definido como a “passagem bíblica que serve de base para o sermão”. Essa passagem deve sempre fornecer a ideia ou verdade central do sermão. Muitas vezes as demais verdades empregadas no desenvolvimento da mensagem também serão encontradas nessa mesma passagem. (Para o esboço de um sermão desse tipo verifique o esboço “O Maravilhoso Convite de Deus” - pág. 79). Nunca se deve tomar um texto somente por pretexto, e logo se esquecer dele.

1. Vantagens no uso de um texto bíblico Há muitas vantagens, tanto para o pregador como para os ouvintes, no uso de um texto para cada sermão: 1) O texto dá ao sermão a autoridade da Palavra de Deus, porque o pregador, antes de tudo, e sobretudo, deve pregar a Palavra! 2) O texto constitui a base e a alma do sermão. 3) Na pregação por textos, o pregador ensina a Palavra de Deus e leva o povo a conhecê-la. O texto ajuda o povo a cultivar o gosto pela Palavra de Deus. 4) Também o uso do texto ajuda os ouvintes a reter as ideias principais do sermão.são As as duas partes das lembradas ilustrações e onossas texto. mensagens geralmente mais 5) O texto limita e unifica o sermão. Um bom texto nos ajuda no desenvolvimento da nossa mensagem. É muito mais fácil pregar com texto do que sem texto. 6) Há milhares de bons textos na Bíblia. Portanto, conseguimos melhor variedade nas mensagens quando temos textos variados. Assim 12 / José da Silva, um pregador leigo

não ficamos à mercê das sugestões circunstanciais, com a mente voltando-se às suas velhas rotinas. 7) A pregação bíblica por textos ajuda na conversão de almas e no fortalecimento dos crentes, por ser a Bíblia a arma, a espada do Espírito Santo.

2. Como escolher o texto Sem dúvida alguma, a escolha do texto é de grande importância. Quando é feliz nesta escolha, o pregador sente-se mais animado e os ouvintes prestam melhor atenção às suas palavras. Via de regra, o texto não deve ser extenso demais – normalmente um parágrafo das Escrituras é o bastante para um sermão edificante. Cinco a oito versículos nos parece o ideal. O uso de 20 a 30 versículos cria barreiras intransponíveis para o pregador, a não ser que se trate de passagem histórica, que o pregador esteja expondo e aplicando à situação contemporânea. O texto deve19.1-10; ser bemJoão claro. Exemplos: 1; Isaías 55.1-7; Marcos 10.17-27; Lucas 3.16-21; AtosSalmo 16.25-34. O texto deve provocar a nossa imaginação de forma a prender nosso coração e mente. Procure novas ideias e textos. Mas também não se esqueça dos textos bem conhecidos, e não despreze os textos do o Antigo Testamento. O assunto ou tema do sermão deve estar de acordo com o texto. Certo seminarista, tendo de pregar sobre as qualidades do lar, escolheu 2Timóteo 3.16 como texto: “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça.” A aplicação dele foi que o lar é proveitoso para ensinar e para corrigir. Como se pode notar, esse texto não tem qualquer relação com o lar ou a família. É claro que se refere às Escrituras Sagradas. O mais apropriado seria escolher passagens como Efésios 5.22-31. Faça a escolha de textos que tenham objetividade para os ouvintes, que falem à situação em que o nosso povo esteja vivendo. De sua leitura e estudo da Palavra de Deus o pregador leigo deve fazer e guardar uma lista de bons textos, para não ter de gastar muito tempo na Jerry Stanley Key / 13

procura de um texto quando receber convite para pregar. Assim terá mais tempo para dedicar à preparação do próprio sermão. Alguns textos, além dos já mencionados, que servem bem para sermões, são os seguintes: Salmo 23; Salmo 51.1-13; Isaías 53.1-7; Mateus 22.41-46; Mateus 25.24-30; Mateus 27.15-26; Marcos 10.17-22; Lucas 10.25-37; Lucas 12.15-21; Lucas 13.1-5; Lucas 14.16-24; Lucas 15.1-7; Lucas 15.11-24; Lucas 16.19-31; Lucas 18.914; Romanos 10.8-13; Romanos 12.1-2; Efésios 2.1-10; Hebreus 12.1-3; Apocalipse 22.17 e muitos outros.

3. O uso devido do sermão Na preparação do sermão deve haver bastante cuidado no uso do texto, para não ser usado como mero pretexto daquilo que se quer dizer! Estude bem a fraseologia e o contexto da passagem (aquilo que vem antes e depois), usando comentários bíblicos, se p ossível. Seria interessante fazer o estudo do texto em várias versões da Bíblia, tais como: (1) Bíblia Devocional de Estudo, Tradução de João Ferreira de Almeida, Versão Revista e Corrigida; (2) Bíblia Almeida Século 21; (3) A Bíblia Sagrada, Versão Revisada da Tradução de João Ferreira de Almeida, de Acordo com os Melhores Textos; (4) A Bíblia Viva, (5) e outras versões que o próprio pregador gostar de usar. A leitura assim muitas vezes ajuda o pregador a entender melhor certas ideias do texto.

14 / José da Silva, um pregador leigo

O ALVO OU OBJETIVO DO SERMÃO Todo sermão deve ter um alvo ou objetivo. Este é o primeiro requisito do sermão eficaz. O alvo ajuda a determinar o assunto ou o tema do sermão. Também ajuda na seleção das ideias que o pregador queira, e, ainda, controla a sequência das ideias. O sermão nãopoderá ser claro e inteligível para os ouvintes, se o próprio pregador não souber aonde quer chegar com a pregação, ou finalidade do sermão que tem em mente. Quando o pregador está procurando uma passagem bíblica em que basear sua mensagem, deve sempre pensar nos possíveis alvos. Muitos sermões não são interessantes porque lhes falta um alvo claro, positivo. Talvez a primeira consideração do pregador leigo, quando começa a pensar sobre sermão, deva “Que desejo que Deus opereque nos este corações dosproduzisse meus ouvintes com esteser: sermão? Que efeito eu gostaria sermão no pensamento e na vida do povo?” Portanto, é bom ter em mente a resposta que se deseja por parte da congregação, isto é, o que se quer alcançar como resultado do sermão. Um exemplo: num sermão baseado em João 3.16, com o tema “A Necessidade do Novo Nascimento”, é obvio que o pregador quer evangelizar os não crentes por intermédio de sua mensagem, mas deve especificar ainda mais. Nessa passagem o pregador quer ajudar os perdidos a receber o novo nascimento como o único meio ou caminho de salvação, mas este alvo só poderá ser alcançado quando se mostrar quão necessário é o novo nascimento. E, enquanto o pregador estiver preparando a sua mensagem, sempre estará pensando no alvo. O alvo é sempre bem formulado em termos de efeito dosermão na experiência dos ouvintes. Isso é muito importante! O pregador não apenas prega a verdade, mas também busca decisões, e espera que osouvintes mudem certas atitudes depois de ouvirem as mensagens.

18 / José da Silva, um pregador leigo

1. A definição do assunto do sermão 2. A necessidade de um assunto 3. Características de um bom assunto 4. Anunciando o assunto aos ouvintes Conclusão

O ASSUNTO OU TEMA DO SERMÃO Como nasce um sermão? Quando se descobre a ideia que se quer pregar. Na maioria das vezes essa ideia nasce relacionada com uma passagem das Escrituras Sagradas. Por exemplo, o pregador está lendo a Palavra de Deus e encontra uma passagem, como João 3.1-21, que ele quer usar como texto, e falar sobre o novo nascimento. Porém, a ideia do sermão também nasce, às vezes, sem ter um texto bíblico estabelecido. Isso acontece, por exemplo, quando o pregador quer falar sobre uma doutrina, como a fé, a graça, o céu, ou o inferno. Logo no início de sua preparação, o pregador leigo deve combinar ou “casar” o assunto do seu sermão com um texto da Palavra de Deus. Senão, ele estará falando da sua própria sabedoria e não da sabedoria de Deus!

1. A definição do assunto do sermão Que é assunto e como defini-lo? Assunto ou matéria é aquilo de que se trata no sermão. É a ideia central do sermão. É o nome próprio da mensagem que Deus coloca no coração do pregador.

2. A necessidade de um assunto Uma das fraquezas da pregação atual é que os assuntos nem sempre são formulados com precisão. Precisamos trabalhar mais para refinar os nossos assuntos. Quando uma criança nasce, recebe um nome e conserva esse nome durante toda a sua vida. Não devemos cair no erro de uma tentativa de comunicação com os ouvintes, sem dizer-lhes o que temos a transmitir. Uma editora não publicaria um livro sem título. As revistas capricham nos títulos dos seus artigos para conseguir mais vendas. Certa vez uma revista de circulação mundial aproveitou o título sensacional de um artigo, para despertar o interesse dos leitores: “Não cometerás adultério.” O artigo 22 / José da Silva, um pregador leigo

era o resumo de um sermão pregado numa igreja evangélica na América do Norte, e despertou grande interesse por se tratar de um problema de âmbito universal. Certo jornal publicou uma entrevista com um executivo do mundo do cinema. Entre outros assuntos, veio à tona o problema de dar às produções cinematográficas títulos adequados, para despertar o interesse público. O título é meio caminho para o sucesso. Será que tudo isso tem aplicação na arte de pregar? É claro que sim! O pregador deve empregar todo o esforço para conseguir o melhor assunto ou tema possível, pois muitas vezes é o assunto que fixa o sermão na mente dos ouvintes.

3. Características de um bom assunto O assunto ou tema deve ser preciso e exato. Ele deve obedecer aos limites do sermão. Se anunciamos que vamos falar sobre “As bênçãos na vida do dizimista”, não devemos alguns levantam quanto agastar dar o muito dízimo.tempo falando sobre as objeções que O assunto deve ser claro e simples, colocado em termos bem conhecido pelos ouvintes. A simplicidade e a clareza são forças poderosas na pregação da Palavra. O assunto deve ser interessante. Eis alguns exemplos: 1) “A grande pergunta da vida”; 2) “O Cristo perdido”; 3) “O bom samaritano do século vinte e um”; 4) “Quando as tragédias se tornam triunfos”; 5) “A grandeza do amor de Deus”; 6) “A mais importante das estruturas de base” (um sermão sobre o novo nascimento, pregado durante a época em que se falava muito em estruturas). O assunto deve ser expresso em termos de hoje e não de ontem. Isso é muito importante. Em vez de falar sobre “A vida de João Batista”, é melhor usar o seguinte assunto: “As características de um grande servo de Deus”. Jerry Stanley Key / 23

O assunto deve ser específico, e não geral. É melhor falar sobre “O significado do novo nascimento” do que sobre o assunto mais geral, “O novo nascimento”. Outro exemplo: “As bem-aventuranças de um lar feliz” é melhor do que apenas falar sobre “O lar”, que é um assunto demasiadamente generalizado para se esgotar em um só sermão. O assunto deve ser oportuno e de acordo com a necessidade dos ouvintes; deve ser breve (normalmente apenas 2 a 7 palavras); e deve ser formulado, via de regra, com as próprias palavras do pregador. Exemplo: em vez de falar sobre o assunto “Recebereis poder” seria melhor falar sobre o mesmo assunto, mas usando o tema: “O poder de Deus para a igreja de hoje”.

4. O anúncio do assunto aos ouvintes O pregador precisa informar os seus ouvintes sobre aquilo que ele vai falar. Quantas vezes temos ouvido um pregador que não anunciou o seu assunto, e não sabíamos o tema de que ele estava tratando até quase o fim da mensagem. Quando o pregador anuncia o seu assunto, não há qualquer confusão por parte dos ouvintes. O assunto pode ser anunciado assim: “Nosso assunto de hoje é...”, “O título do sermão que Deus tem colocado em meu coração para esta hora é...”; “Gostaria que pensássemos hoje sobre...”, etc.

Conclusão As ideias para sermões são as mais variadas. Faça o possível, amigo pregador leigo, para descobrir assuntos dignos que possam ajudar os seus sermões a serem mais bem entendidos e mais interessantes. E lembre-se também que, quando o pregador anuncia o assunto do seu sermão aos ouvintes, ele tem o compromisso solene de desenvolver aquele assunto.

24 / José da Silva, um pregador leigo

1. Qualidades do sermão bem organizado 2. Sugestões para melhorar os esboços 3. Análise de um esboço, aplicando algumas das sugestões acima 4. O número de divisões 5. Como anunciar as divisões

COMO ORGANIZAR OS PENSAMENTOS DO SERMÃO Um dos passos mais importantes na preparação de um sermão é a boa organização dos pensamentos que vão ser apresentados. A mensagem mal organizada é difícil de entender. Por outro lado, uma mensagem bem organizada e que pode ser seguida, ponto por ponto, até terminar num clímax satisfatório, é sempre uma inspi ração e uma ajuda para nossa vida espiritual. Quando o pregador leigo descobrir o seu texto bíblico, o objetivo e o assunto ou tema que vai pregar, deve começar a pensar em como organizar melhor as ideias que serão apresentadas. É mais fácil preparar a mensagem quando o nosso em bastam. vários pontos. Essas divisões não precisam serdividimos muitas. Duas, trêsassunto ou quatro Alguém pode perguntar: “Mas como descobrir essas divisões do nosso assunto?” Podemos fazer um estudo pormenorizado do texto, anotando as ideias principais da passagem. Essas ideias, por sua vez, vão nos ajudar a pensar em outras. Deve-se apresentar uma das ideias mais interessantes no começo da mensagem e se deve terminar com um desafio. Já temos dito que é necessário incluir algumas ilustrações para tornar o sermão mais interessante e mais claro.

1. Qualidades do sermão bem organizado As qualidades essenciais de um sermão bem organizado são: unidade, ordem lógica, proporção e progresso. UNIDADE – Alguém disse que muitos sermões são semelhantes aos dicionários – com ideias interessantes e observações importantes, mas sem um fio de pensamento para ligá-las. Para haver unidade, os pontos devem desenvolver o assunto ou tema, cada um ocupando o seu devido lugar. O sermão deve ter uma ideia central e harmonia no desenvolvimento dessa ideia. 28 / José da Silva, um pregador leigo

ORDEM LÓGICA – um filósofo observou certa vez que os bons pensamentos são abundantes, mas a arte de organizá-los não é nada fácil! Normalmente um sermão ou qualquer discurso alcança seu objetivo e é eficaz na proporção que é bem organizado, com ideias claras e ordem lógica. PROPORÇÃO – Esta é outra qualidade essencial de um sermão bem organizado. Quando falamos em proporção estamos nos referindo à porção de tempo de cada divisão de ideias. Por exemplo, uma dona de casa que vai dividir um bolo, o faz proporcionalmente. Pensaríamos que algo estaria descoordenado se uma das fatias fosse maior que a metade do bolo. Da mesma forma, quando um ponto do sermão ocupa quase todo o tempo, a distribuição deixa de ser proporcional e harmoniosa. PROGRESSO – O bom sermão deve marchar para o seu alvo com uma intensidade crescente. Progresso é o movimento dos pensamentos em direção ao alvo. “Cada divisão, subdivisão, e até ilustrações e explicação, tem de apontar como uma flecha na direção do alvo especifico, e em ordem de interesse crescente.” Se o esboço tiver essas quatro qualidades: unidade, ordem lógica, proporção e progresso, e se o assunto ou tema discutido for importante e interessante, o sermão alcancará êxito.

2. Sugestões para melhorar os esboços 1) O assunto deve abranger o pensamento de todas as divisões ou pontos, todos. 2) Cada divisão do esboço deve discutir uma faceta distinta do assunto.Uma das fraquezas mais comuns em muitos sermões é que as divisões têm praticamente o mesmo significado, porém em palavras diferentes. Por isso há muita repetição em nossos sermões. 3) Nenhuma divisão pode ser igual ou equivalente ao assunto. (Um pedaço de bolo não pode ser igual ao bolo todo!) 4) As divisões devem ser organizadas em ordem lógica e de interesse crescente, para que o sermão possa ter um bom clímax. Assim, o último ponto deve ser o mais interessante e persuasivo. Jerry Stanley Key / 29

5) As divisões devem ser formuladas de tal forma que sejam o mais interessante possível. Um famoso esboço de um sermão pregado sobre a parábola do bom samaritano, com o título “Três Filosofias de Vida”, mostra essa qualidade: (a) O que é teu é meu; vou tomá-lo (filosofia dos ladrões) (b) O que é meu é só meu; vou guardá-lo (filosofia do sacerdote e do levita) (c) O que é meu é teu; vamos repartir (filosofia do bom samaritano). 6) Cada ponto, se for subdividido, terá de ter pelo menos duas subdivisões. 7) As partes que chamamos de introdução e conclusão, bem como as ilustrações, não devem ser enumeradas no esboço. 8) As divisões devem ser formuladas de tal forma que haja significado para os ouvintes hoje. Depois de ter estudado a passagem que queremos usar como texto para a nossa mensagem, devemos notar o ensino, as possíveis divisões para o nosso sermão, fazendo a devida aplicação aos nossos dias. Por exemplo: O Salmo 51 é uma passagem das mais conhecidas. A primeira parte nos mostra como Davi reconheceu e confessou seu pecado contra Deus. Acompanhe com sua Bíblia aberta. A primeira ideia, portanto, é a confissão com o consequente pedido de perdão. Depois Daviquis receber novamente a alegria da salvação que gozara antes do seu pecado (Verifique os versículos 7 a 12). No versículo 13, Davi promete fazer algo para Deus quando for perdoado. Ele diz que ensinará aos transgressores os caminhos de Deus, e que por intermédio do seu testemunho os pecadores se converterão a Deus. O assunto de uma mensagem baseada nessa passagem poderia ser: “O crente e seu pecado”, ou,“Do pecado ao perdão”, com as seguintes divisões: (a) Quando o crente peca, deve confessar os seus pecados a Deus (vv. 1-6); (b) Quando o crente confessa os seus pecados, recebe o perdão de Deus (vv. 7-12); 30 / José da Silva, um pregador leigo

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Quando o crente recebe o perdão de Deus, testemunha desse perdão recebido (vv. 13-17). Esse assunto e esboço têm aplicação à vida de todos os ouvintes. Um assunto assim é muito mais interessante do que um assunto histórico, como “O perdão de Davi”, ou “Quando Davi foi perdoado”. 9) Tome cuidado para não desviar as divisões (pontos do assunto escolhido). Um autor dá os seguintes exemplos: O primeiro é de um sermão baseado em 2Coríntios 7.10, com o assunto: “O arrependimento verdadeiro”. O pregador começa assim: ”Vamos ver algumas ideias erradas sobre o arrependimento”. Ele faz a exposição de algumas dessas ideias, e realmente não entra na discussão sobre o arrependimento verdadeiro. Neste caso, o assunto dele seria: “Tipos de falso arrependimento”, em vez daquele anunciado. O segundo exemplo é de um sermão baseado em João 8.32, com o assunto “A verdade vos libertará”. O esboço consiste de dois pontos: (a) O que é a liberdade? (b) O que é a verdade? Neste caso, o pregador simplesmente não chegou a desenvolver o assunto, somente deu uma definição das palavras do assunto. Essa definição deveria ser feita na introdução ao sermão em foco. Outro esboço mais expressivo do mesmo assunto – “A verdade vos libertará”: (a) A verdade aponta-nos o nosso pecado. (b) A verdade mostra-noscomo somos escravosdo nosso pecado. (c) A verdade aponta-nos o Libertador, o Filho de Deus.

3. Análise de um esboço Gostaria que o leitor fizesse uma crítica do seguinte esboço, usando como base as sugestões mencionadas acima: Assunto: A salvação, dom de Deus Texto: Efésios 2. 8,9 Esboço: 1) A salvação não vem das obras. 2) A salvação é dom de Deus. Jerry Stanley Key / 31

3) Jesus morreu para nos salvar. 4) Cornélio não foi salvo pelas obras. Será que há unidade nesse esboço? Uma rápida observação nos mostrará o seguinte: A primeira divisão está de acordo com o assunto, mas a segunda é equivalente ao assunto, quando deveria tratar de apenas uma de suas facetas. A terceira divisão não foi extraída do assunto, muito embora contenha base bíblica. A quarta divisão nos parece mais uma ilustração que mesmo um ponto. A conclusão a que se pode chegar é que esse esboço não divide nem desenvolve o pensamento do assunto. Outro exemplo mais bem baseado no mesmo texto: Assunto: A salvação pela graça Texto: Efésios 2:.8,9 Esboço: 1) A salvação pela graça não depende das obras. 2) A salvação é dom de Deus. 3) A salvação é alcançada pela fé.

4. O número de divisões Não há número ideal de divisões, ou pontos, para um sermão. Devemos usar tantas divisões quantas forem necessárias para desenvolver o assunto e o texto de maneira adequada. Há, porém, fortes razões para que o número de pontos seja relativamente pequeno. Normalmente um sermão tem entre duas e cinco divisões principais.

5. Como anunciar as divisões O pregador deve anunciar as divisões principais, porque os ouvintes precisam saber como está progredindo o sermão. Pode-se usar o método tradicional de introduzir as divisões: “Em primeiro lugar”, “Em segundo lugar”, etc. Ou se pode usar um método mais indireto: “Uma das ideias que encontramos no texto lido é...” (e segue-se a declaração da divisão em foco). Não é necessário chamar a atenção para as subdivisões da mensagem, e, sim, somente para as divisões principais. 32 / José da Silva, um pregador leigo

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1. A finalidade da introdução 2. Características de uma boa introdução 3. Coisas a evitar na introdução 4. Vários métodos para a preparação de uma boa introdução

A ARTE DA INTRODUÇÃO DO SERMÃO O sermão constituídoTodas de três Introdução (ou Exórdio), Corpo e Conclusão (ouéPeroração). as partes: três partes são importantes, mas queremos focalizar a primeira delas. Certo autor diz que “não se pode exagerar a importância do bom início”. É importante que o pregador atraia a atenção dos ouvintes desde o começo da sua mensagem, e que mantenha esse interesse até o fim.

1. A finalidade da introdução A introdução deve provocar interesse e despertar a atenção dos ouvintes. Esse interesse não será independente, mas servirá para conduzir os ouvintes ao assunto que está sendo tratado no sermão. Para despertar a atenção dos ouvintes é necessário que comecemos com alguma coisa que interesse a eles, que digamos alguma coisa relacionada à vida deles. A introdução prepara a mente dos ouvintes, para que possam compreender o assunto do sermão e as ideias a serem desenvolvidas no corpo do sermão. Ela ajuda a captar a simpatia do povo.

2. Características de uma boa introdução Há várias características de uma boa introdução, sem as quais ela não pode atingir a finalidade que se propõe. Note as seguintes: Deve ser pertinente ao assunto. A introdução deve apresentar algum pensamento muito ligado ao assunto do sermão. Um exemplo deste ponto é o grande sermão do apóstolo Paulo, quando pregou sobre “O deus desconhecido”, em Atos 17. Ele começou falando sobre o altar dedicado ao deus desconhecido, e fez a aplicação de tal maneira que deixou uma impressão profunda. Algumas pessoas creram em Cristo (Atos 17.22-34). Deve ser breve e proporcional. Normalmente a introdução não deve ocupar mais de 15% do tempo do sermão. Uma senhora disse que o pas36 / José da Silva, um pregador leigo

tor da igreja dela levava tanto tempo preparando a mesa que ela perdia o apetite antes de comer. Muitos pregadores gastam a maior parte do tempo na introdução, e têm pouco tempo para o corpo do sermão. Devemos ser concisos e breves em tudo que temos a dizer. Para que a i ntrodução possa ser breve, é necessário limitar o material usado nela a um só pensamento. Deve ser clara e simples. Devemos evitar ideias confusas, palavras difíceis de serem entendidas, sentenças compridas, etc. O pregador não deve ser pretensioso, querendo mostrar-se grande orador ou i ntelectual. Deve ser interessante. Não podemos despertar o interesse dos ouvintes se não nos esforçamos, preparando introduções interessantes. Para que o pregador tenha introduções com estas características apresentadas é necessário preparar bem essa parte do sermão, que é vital. “Uma introdução improvisada apresenta-se quase sempre, imprecisa, obscura e hesitante. E isso impressiona mal os ouvintes.” Mas uma introdução com as qualidades acima mencionadas é uma grande ajuda à pregação, o que trará honra para o nosso Senhor Jesus Cristo e levará almas a Ele.

3. Coisas a evitar na introdução Há algumas coisas que precisam ser evitadas na introdução. Entre elas estão as seguintes: As desculpas. Geralmente as desculpas impressionam muito mal os ouvintes e criam uma atitude adversa ou negativa em relação à mensagem. Quando há desculpas na introdução há falta de firmeza e de segurança necessárias para um bom começo. O pregador nunca deve apresentar desculpas por si mesmo, por uma preparação inadequada, por enfermidade ou indisposição física, ou qu alquer outra sorte de acontecimento. Quando apresentamos tais desculpas estamos preparando nossa derrota antes de terminar a introdução. Um pregador começou uma mensagem: “Este distinto auditório merece ouvir um pregador à altura e não um pobre, muito atribulado e humilde servo de Deus como este que vos fala. Todavia, pela dificuldade de conseguir um outro, e pela pena que tive do pastor Fulano, eis-me aqui para vos aborrecer por alguns minutos. Creio que, dizendo os meus pensamentos mal aliJerry Stanley Key / 37

nhavados, estarei apenas reproduzindo os vossos pensamentos.” O pregador leigo deve ter o cuidado de nunca começar assim, usando tais expressões de falsa modéstia, fazendo comparação com “os mais dignos”. Deve-se evitar prometer mais do que o sermão encerra. Não é bom começar com alguma ideia dramática ou tão impressionante que o corpo do sermão se torne fraco em comparação. A introdução não deve ser tão fervorosa a tal ponto que se torne impossível manter o ritmo desenvolvido no início da mensagem. Alguém, ao ouvir um sermão desse tipo, fez essa observação: “O pregador começou por fazer um alicerce para um arranha-céu, mas acabou construindo apenas um galinheiro!”. Deve-se evitar o uso de argumentos e ideias que vão aparecer mais tarde na mensagem. É um erro fatal usar na entrada da casa uma pedra da qual precisaremos mais tarde na construção das paredes. Somente um perito pode prender a atenção depois de ter explicado tudo que ele pensa em dizer mais tarde na sua mensagem. sobrecarregar a introdução material. é semelhanteDeve-se àqueleevitar que tenta remar num barco comcom todamuito a carga pesadaIsso na proa. Talvez a melhor maneira de se evitar issoseja a introdução com apenas uma ideia. Devem-se evitar piadas que somente fazem o povo rir. O humor, se usado, é melhor no desenvolvimento do sermão, e não na introdução ou na conclusão. Devemos deixar as histórias jocosas e piadas mais para os palhaços, que têm o seu “ganha-pão” nisso!

4. Vários métodos na preparação de boas introduções Há vários métodos que podem ser usados pelo pregador para introduzir os seus sermões. Alguns desses métodos são os seguintes: A introdução textual. Uma fonte do conteúdo pode ser o texto ou o contexto, especialmente se o significado do texto precisa ser explicado para que possa ser entendido. Esse tipo de introdução pode incluir uma explicação e aplicação do contexto ou fundo histórico do texto. O assunto ou tema do sermão pode fornecer material para a introdução. Um pregador falou certa vez sobre “A igreja dos meus sonhos”. Começou o sermão falando dos sonhos que tivera quando criança e jovem. Depois 38 / José da Silva, um pregador leigo

disse que os seus sonhos passaram a ser sobre a igreja de Cristo. No corpo do sermão falou sobre as qualidades que tinha a igreja dos seus sonhos, fazendo aplicação à sua própria igreja. Esse tipo de introdução serve muito bem quando o pregador trata de alguma necessidade ou problema atual. A ocasião pode fornecer material para a introdução. Esse método de começar o sermão é muito oportuno e válido, especialmente quando o sermão é pregado numa época de um feriado ou em ocasião que forneça a ideia para o assunto do sermão. Uma ilustração pode servir bem para introduzir um sermão. A ilustração evangelística “Como o Diabo trabalha” (pág. 88) foi usada certa vez para introduzir um sermão sobre “O perigo do amanhã”. Este é um dos melhores tipos de introdução.

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1. A importância da conclusão 2. Características da boa conclusão 3. Alguns erros a serem evitados na conclusão 4. Vários tipos de conclusão

A CONCLUSÃO DO SERMÃO Conclusão, também chamada peroração, é aquela parte do sermão que tem o propósito de levar o assunto tratado a umfim adequado. O ideal é que a conclusão relacione permanentemente a verdade pregada à vida dos ouvintes.

1. A importância da conclusão A conclusão é a parte do sermão que talvez receba menos atenção na sua preparação do que qualquer outra parte. Muitas conclusões são monótonas e fracas. E isso apesar do fato de a conclusão ser considerada a parte mais importante do sermão, com exceção do texto! “Em qualquer obra literária, escrita ou de oratória, nada há que tenha tanta importância como o princípio etância o fim.” O oque últimospode minutos do sermão de suma imporpara seuacontece êxito. O nos pregador começar bem e édiscutir o assunto de maneira admirável, mas se não terminar bem, é disso que os ouvintes vão se lembrar! Se as primeiras impressões são as mais notáveis, as últimas, muitas vezes, são as mais duradouras. Muitos sermões sobem como um foguete e também descem da mesma forma. Isso porque o pregador não tem forças para continuar no mesmo ritmo que começou. Alguém disse que o sermão “deve ser como um rio, que tem forças cada vez mais aumentadas”. Se devemos começar o sermão com alguma coisa interessante, também é necessário terminar com poder, levando ou ouvintes a quererem fazer a vontade de Deus. “Uma conclusão desanimada deixará os ouvintes desanimados. Uma econclusão confusa deixará os ouvintese confusos. Umaseguirem conclusão animada clara deixará os ouvintes animados prontos para o caminho marcado com o alvo do sermão.” O pregador leigo deve ter todo o cuidado ao preparar a conclusão para as suas mensagens. Ele sabe que, como o construtor nunca pensaria em construir um edifício sem ter em mãos a planta completa, o pregador precisa ter em mente como vai terminar o sermão, antes de começar a pregá-lo. Portanto, devemos pensar como terminar o sermão da forma mais eficiente possível. 42 / José da Silva, um pregador leigo

A melhor maneira de preparar a conclusão é voltar a pensar sobre o objetivo especifico que se tem em mente, a razão pela qual se quer pregar o sermão. O ouvinte precisa saber aquilo que o pregador quer que ele faça, à luz das verdades apresentadas na mensagem. Deve haver aplicação dessas verdades à vida dos ouvintes ao longo do sermão todo; mas a conclusão é oterminado clímax daaté aplicação, o éno dacoração mensagem Nenhumdos sermão está que sejacomo gravado e natoda. consciência ouvintes, fazendo-os sentir alguma coisa que possa modificá-los.

2. Características da boa conclusão A conclusão vem do assunto do sermão e deve ser, até certo ponto, necessária ao assunto que o pregador está discutindo. A conclusão deve terminar a discussão da maneira mais natural, própria e adequada. Ela deve ser a conclusão do sermão todo, e não apenas do ponto final ou da última ideia apresentada. Ela deve ser pessoal, o ponto alto da relação íntima entre o pregador e os ouvintes. A conclusão deve ter vida, deve mostrar o calor da alma daquele que está pregando. “A nota final deve vibrar de amor e compaixão.” A conclusão deve ser clara e específica. Nela o pregador dará mais ênfase às ideias positivas do que às negativas. A conclusão deve ser proporcional e breve. O pregador não deve pregar um segundo sermão na conclusão! Ela ocupará normalmente dez a quinze por cento do tempo do sermão, ou seja, três a cinco minutos.

3.Alguns erros a serem evitados na conclusão Há certos erros um tanto comuns entre nós quanto à conclusão. Vamos notar alguns, para evitá-los. A conclusão não deve introduzir pensamentos novos. Estes fazem parte da discussão ou corpo do sermão, o que vem antes da conclusão. Se o pregador começar a apresentar ideias novas na conclusão, dará a impressão de que está começando outra mensagem. O pregador não deve dar a impressão de que vai logo terminar. As frases como “por último”, “finalizando” e “em conclusão” devem ser usadas com muito cuidado. Nunca se deve usar uma expressão dessas mais de uma Jerry Stanley Key / 43

vez. Recentemente certo pregador disse: “Estamos chegando ao fim de nossa mensagem”. Porém continuou pregando mais uns quinze minutos. Depois daquela frase indicando o fim do sermão houve muita inquietação e movimento, porque psicologicamente o sermão estava terminado para os ouvintes. Nunca se deve pedir desculpas na conclusão. Se é ruim pedir desculpas no começo do sermão, é muito pior no fim. O pregador deve evitar o esgotamento físico. Sempre deve deixar alguma força de reserva. Nunca se deve mexer com alguma coisa, tal como relógio, óculos, etc. Isso tira a atenção daquilo que está sendo dito. O pregador deve evitar as piadas na conclusão. Esta é a parte mais séria do sermão. Conclusões barulhentas devem ser evitadas. O barulho é um mau substituto para ideias poderosas e certas. O pregador não deve ficar preso a quaisquer anotações, esboço ou manuscrito no fim do sermão.

4. Vários tipos de conclusão É bom que o pregador aproveite diferentes tipos de conclusão, não terminando todos os sermões da mesma maneira. Examinemos agora alguns tipos de peroração ou conclusão. Um dos melhores tipos de conclusão é com uma recapitulação, ou resumo, das ideias principais do sermão. Uma conclusão assim dá aos ouvintes uma última oportunidade de refletir sobre os vários pontos discutidos. “A introdução mostra aos ouvintes para onde irão; a conclusão, aonde foram.” Este método é mais útil quando pregamos sobre alguma doutrina ou verdade, para que os ouvintes gravem melhor os pontos principais do argumento. É o método mais fácil de concluir um sermão, mas por isso não se deve abusar dele. O pregador deve usar de variedade. Um outro tipo de conclusão é aquele em que o pregador faz uma aplicação final à vida dos ouvintes. A conclusão deve sempre ter elementos de aplicação e de desafio, porque é a parte do sermão cujo objetivo tem aplica44 / José da Silva, um pregador leigo

ção mais diretamente à vida dos ouvintes. A última parte do sermão precisa mostrar aquilo que o ouvinte deve fazer à luz da verdade apresentada na mensagem. “Ao contrário do que acontece com um ensaio ou uma conferência (não religiosa), o sermão deve conduzir à ação, mesmo que seja só no coração do pregador.” Como exemplo de aplicação prática nessa parte do sermão, ver a conclusão da parábola do profeta Natã, quando estava falando perante o rei Davi (2Sm 12. 7-14). A conclusão também pode ser o apelo à decisão, em que um grande esforço é feito para alcançar o coração, a consciência e a vontade do ouvinte. É muito oportuno o apelo direto para que a verdade pregada seja aceita. Conta-se que, quando o grande pregador inglês pastor Charles Spurgeon pregava, era como se cada ouvinte sentisse Deus falando com ele. Ver a conclusão do sermão de Josué, em Josué 24.14,15, que é um apelo claro, direto e muito oportuno. Muitas vezes o melhor tipo de conclusão é uma ilustração que esclareça a verdade central da mensagem. Este método pode ajudar muito a produzir o efeito desejado, iluminando o assunto e conduzindo os ouvintes a uma decisão. Porém o pregador deve usar todo o cuidado na escolha da ilustração a ser empregada na conclusão. Normalmente essa ilustração deve ser relativamente breve, focalizando a atenção naquilo que o pregador quer que os ouvintes façam. Há vários tipos de conclusão: uma exortação dirigida aos crentes, estimulando-os à ação; um reforço do texto, voltando à ideia do texto e seu fundo histórico, etc. Na preparação da conclusão o pregador talvez queira usar elementos de mais de um dos tipos acima descritos, e isso é perfeitamente cabível. O importante, porém, é que, qualquer que seja o tipo da conclusão, ela deve ser preparada com muito cuidado. A conclusão pode inutilizar ou salvar todo o resto do discurso. Por isso precisa ser bem preparada e nunca feita de improviso, o que dará a impressão de que o sermão foi interrompido sem terminar.

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1. Por que fazer apelo 2. Características do apelo que atinge seu objetivo 3. Como variar os métodos usados no apelo 4. Conselhos finais

COMO FAZER O APELO Alguém definiu o apelo como “uma chamada concreta à decisão por Cristo, depois de uma exposição clara do evangelho”. É um convite para viver de acordo com a vontade de Deus, tal como esta foi apresentada no sermão. O sermão em si deve ser um apelo ao coração de todos os ouvintes. Mas isso não quer dizer que o pregador leigo não deva fazer um apelo para uma manifestação pública de decisão ao lado de Cristo. O sermão evangelístico fica incompleto e deixa a desejar quando o pregador termina a sua mensagem sem fazer um apelo direto ao coração do ouvinte não crente.

1. Por que fazer apelo Háevarias razões quenecessária fazem do àapelo, ou chamada a umaNotemos manifestação pública concreta, parte pregação evangelística. algumas delas: O apelo é bíblico. Ele tem suas bases oriundas nas Escrituras Sagradas. A Bíblia está cheia de exortações e apelos ao povo para tomar posição ao lado de Deus. João Batista sempre apelava para decisões públicas (Mt 3.5,6). Os pecadores precisam fazer uma confissão pública de sua fé em Cristo (Mt 10.32,33). As seguintes passagens são suficientes para comprovar que o apelo é bíblico: Êxodo 32.36; Josué 24.15; Isaías 55.1-6; Marcos 5. 25-34 (eis aqui um caso digno de nota, no qual Jesus exige da mulher um testemunho público). At 2.40; At 3.19; At 19.8,26; At 20.20,31; At 26:28, At 28:23, Rm 10.10; Ap 22.17. O apelo é histórico. Grandes evangelistas e pastores ao longo dos séculos têm feito do apelo parte integrante de sua pregação. Ver as biografias de Wesley, Whitefield, Finney, Moody, Spurgeon, Billy Graham, etc. O apelo é lógico e natural. Ele é o clímax do sermão. A razão óbvia pela qual buscamos criar um ambiente espiritualmente favorável é para que resultados em decisões se materializem. 48 / José da Silva, um pregador leigo

Por exemplo: se um homem fosse pescar e, depois de muita despesa e tempo gasto, pegasse um grande peixe, e com muito esforço conseguisse trazê-lo para perto dele, será que permitiria que o peixe escapasse? Ou será que um pescador lançaria sua rede e depois abandonaria os peixes que nela caíssem? Ou será que um fazendeiro prepararia a terra, semearia a boa semente, cuidaria das tenras plantas que aparecessem e, na hora da ceifa, deixaria tudo apodrecer? Da mesma maneira, não há nada mais lógico e natural do que o pregador fazer o apelo ao chegar à conclusão de sua mensagem. O apelo é psicológico. A emoção da hora vai passar. O homem sem Cristo precisa fazer a sua decisão enquanto o Espírito Santo está tocando fortemente em seu coração. Há quem diga que não é bom tomar qualquer decisão sob a influência da emoção. Mas a verdade é que nenhuma das grandes decisões da vida é tomada sem emoção. Seria possível um moço abordar pela primeira vez o assunto de casamento com a namorada sem estar influenciado pelas emoções? Do mesmo modo, Deus usa o sermão evangelístico para tocar nas emoções, aspirações e desejos do ouvinte não crente! O apelo é prático. É prático por diversas razões: 1) É prático porque permite a identificação dos interessados e dos novos convertidos. Muitas vezes a pessoa quefaz uma decisão pública não tem compreensão bastante para fazer uma decisão real. Mas a sua decisão pública facilita a suaidentificação, e ela pode ser levada, por meio de melhores informações e explicações, a ter uma verdadeira experiência de salvação. Ao mesmo tempo, uma vez apessoa realmente convertida e identificada, a igreja pode acompanhá-la melhor em sua vida espiritual. 2) É prático porque permite a decisão pública, como demonstração da decisão tomada no íntimo, vem fortalecer a fé eé o começo de um bom testemunho. O apelo ensina o novo crente a não se envergonhar de sua nova fé em Cristo. O testemunho público o ajudará a vencer as inibições, e é o primeiro passo notestemunho de sua fé. 3) Também o apelo é prático porque, quando uma pessoa se decide, abre o caminho para outras pessoas maistímidas fazerem suas decisões ao lado de Jesus. Jerry Stanley Key / 49

4) Finalmente, o apelo é prático porque é motivo de inspiração para a igreja. Todos nós, que somos crentes, conhecemos a sensação de gozo ao ver outras pessoas se decidindo ao lado de Cristo em reuniões de caráter evangelístico. Quando há decisões, a igreja experimenta um novo impulso. Nada mais natural, porque a igreja vive para fazer discípulos. Uma senhora humilde foi convidada a falar num dos pontos de pregação de sua igreja. Deu seu testemunho e falou sobre uma passagem bíblica. Depois deu uma oportunidade aos ouvintes não crentes para que aceitassem a Cristo como Salvador. Ela ficou muito contente quando duas pessoas se decidiram. Se aquela senhora, com poucos recursos, pôde fazer assim, que podem fazer os nossos irmãos pregadores leigos com a ajuda de Deus?

2. Características do apelo que atinge seu objetivo Há certas características que corroboram a eficiência do apelo. Notemos as seguintes: O apelo deve ser claro e especifico. Certa vez um pastor fez o apelo numa grande reunião evangelística num ginásio coberto, e este foi tão confuso e vago que muitas pessoas que já eram crentes levantaram a mão! Os ouvintes precisam entender o que o pregador quer que eles façam, e a maneira pela qual devam expressar publicamente sua decisão (levantando a mão, indo à frente, etc.). O apelo deve ser breve, não se abusando da boa vontade dos ouvintes quando ninguém está se decidindo. Porém, não se deve parar o apelo se há pessoas se decidindo. O apelo deve ser baseado no ponto ou argumento mais forte do sermão. Se o sermão é sobre o novo nascimento, o apelo deve ser baseado nessa ideia. Se versou a respeito do arrependimento, o apelo deve ser ligado à ideia proeminente da mensagem. Deve-se fazer oapelo no espírito de oração edependência do Espírito Santo. Esta é a hora mais séria do culto. Todos os ouvintes devem estar em oração durante o apelo. O pregador não pode converter ninguém! Somente o Espírito Santo de Deus pode convencer “o mundo do pecado, da justiça e do juízo” 50 / José da Silva, um pregador leigo

(João 16.8). “Assim é que, em nossos apelos, devemos depender do Espírito e não da lógica de nossos argumentos ou dofervor de nossas exortações”. O apelo deve ser feito no espírito de fé e confiança. O otimismo é contagiante. O pregador deve ter fé que Deus vai abençoar a semente lançada (Is 55.11; Sl 126.6). O apelo deve ser positivo, sugerindo aos ouvintes o que precisam fazer, e não aquilo que eles não devem fazer. O apelo deve ser feito com cortesia e sem coação. O pregador nunca deve baratear o evangelho, usando truques e outros métodos que não convêm. Uma das razões por que muitos crentes reagem contra apelos para decisões visíveis é justamente o fato do abuso de alguns pregadores. Certo pregador estava pregando numa série de conferências em um dos nossos colégios e não estava conseguindo os resultados esperados. No último dia, quando poucos alunos haviam se decidido, o conferencista mostrou ao auditório a sua máquina fotográfica e disse que iria tirar a fotografia de todos os decididos. Continuou comapelo o apelo, e muitas crianças “fizeram Alguém já observou: “Fazer é como procurar frutos numa decisões”. árvore; se balançarmos normalmente, caem os maduros; mas se insistirmos demais, caem também os verdes.” O pregador deve apelar aos motivos; tais como o desejo de felicidade, o desejo para ter uma vida melhor, o desejo de ser bom, o desejo de ter segurança, o desejo de ser liberto dos pecados, o desejo de exercer uma influência benéfica, a necessidade de unir os lares a Cristo e à igreja, etc. O apelo deve ser feito com espírito compassivo. Devemos nos expressar como se apelássemos a uma questão de vida ou morte, o que realmente o apelo é. Devemos amar as almas com intensa compaixão. O apelo deve ser feito com toda a nossa sinceridade.

3. Como variar os métodos usados no apelo O pregador deve variar os métodos usados no apelo para não cair na rotina. Eis algumas possibilidades, que, entretanto, não esgotam o assunto: 1) Pode-se pedir aos que aceitam a Cristo como Salvador que levantem uma de suas mãos. Jerry Stanley Key / 51

2) Pode-se pedir aos que estão se decidindo que fiquem em pé, enquanto os outros ouvintes permanecem assentados. 3) Também pode-se pedir que os decididos venham à frente. 4) Pode-se apelar àquelas pessoas que têm aceitado a Cristo há algum tempo, porém sem dar a sua profissão de fé, que reafirmem a decisão de seguir a Cristo. 5) Pode-se fazer um apelo progressivo, perguntando quantas pessoas estão querendo as orações do povo de Deus. Depois da oração em favor daqueles que levantaram a mão,o apelo continua. Uma advertência: Este método não deve ser usadocomo “truque”. 6) Pode-se usar um versículo bíblico, tal como Provérbios 28.13 (“O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”), e depois prosseguir com o apelo. 7) No fim do apelo, pode-se pedir a qualquer pessoa que, por qualquer motivo, não haja feito a sua decisão publicamente na oportunidade, que fique para conversar com o pregador depois, recebendo melhores esclarecimentos.

4. Conselhos finais 1) Devemos ajudar o povo a reconhecer o apelo como um elemento básico nos cultos evangelísticos, quer sejam realizados em pontos de pregação, congregações ou cultos da igreja. 2) É sempre bom ter um grupo de pessoas preparadas para lidar com os decididos, dando literatura (folhetos, um exemplar de umEvangelho ou do Novo Testamento), com eles respeito da igreja, o horárioorando dos trabalhos, etc.e dando informações a 3) Também os decididos devem ser visitados o mais breve possível. 4) O pregador deve procurar sempre novas ideias a respeito de como fazer o apelo.

52 / José da Silva, um pregador leigo

1. Fontes de boas ilustrações 2. Características de boas ilustrações 3. Outras sugestões

O USO DE MATERIAL ILUSTRATIVO NO SERMÃO Um dos pontos mais fracos na pregação hodierna é a falta do uso de bom material ilustrativo nos sermões. Muitas mensagens, contendo forte alimento, deixam de atingir o coração dos ouvintes, passando como que por cima da cabeça, devido à falta de ilustrações que trariam luz e entendimento à verdade exposta. O material ilustrativo é semelhante a uma janela, que tem por finalidade deixar a luz entrar e iluminar a sala. As ilustrações permitem que os ouvintes vejam em suas mentes as verdades apresentadas no sermão. Elas despertam a atenção, explicam as verdades e fortalecem os argumentos apresentados, auxiliam os ouvintes a reter as ideias do sermão, tocam nos sentimentos e proporcionam descanso mental para os ouvintes. Sim, o bom material ilustrativo faz tudo isso! Os pregadores bíblicos usaram muitas ilustrações. O Senhor Jesus sempre tinha uma boa história para iluminar as verdades que ensinava ao povo. Ninguém pode deixar de ser impressionado pelo drama da história do bom samaritano. Os grandes pregadores neotestamentários, como Pedro, Paulo, Estêvão e outros empregavam boas ilustrações em suas mensagens. Uma das partes do sermão mais apreciadas é a parte das ilustrações. Elas são a vida da mensagem; esclarecem aquilo que sem elas ficaria obscuro, recontam aoé ouvinte, termos deque experiência, verdade bíblica bom já exposta. Portanto, de suma em importância o pregadora leigo empregue material ilustrativo nos seus sermões, assim tornando-os mais claros.

1-Fontes de boas ilustrações As fontes de boas ilustrações são muitas. Nós encontramos material ilustrativo em todos os lugares: 56 / José da Silva, um pregador leigo





A própria Bíblia é um verdadeiro tesouro de ilustrações para o pre-

gador leigo. As parábolas e histórias das Escrituras são uma grande força na pregação. O povo gosta de histórias que vêm da Bíblia. Encontramos material ilustrativo em nossas leituras diárias de jornais, revistas, livros, etc.



Há muito material ilustrativo na história geral e na história eclesiástica.



A letra de um hino é umas das maiores fontes de ilustrações.



Muitas vezes ouvimos uma ilustração de outro pregador, que deve-

mos anotar para usar no futuro. •

Experiências pessoais, que vêm por intermédio da própria observação



Prestar atenção aos acontecimentos cotidianos são fontes de muito

valor. Além de tudo, o pregador pode falar da sua própria experiência de salvação, dando testemunho daquilo que ele mesmo tem experimentado em sua vida. Como estamos vendo, o campo não tem limites. Realmente há ilustrações em todos os lugares. O material ilustrativo existe em toda a parte. Precisamos ficar sempre com a mente e a imaginação abertas, para que possamos aproveitar ao máximo os incidentes que podem servir como ilustrações para as nossas mensagens. Encerramos nosso estudo sobre o material ilustrativo no sermão citando a Palavra de Deus. O profeta Habacuque estava ansioso, querendo receber a mensagem do Senhor para anunciar ao povo. Em Habacuque 2.2 encontramos o seguinte: “Então o Senhor me respondeu, e disse: Escreve a visão, e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler quem passa correndo.” Estaosé ouvintes a nossa responsabilidade. clara a nossa mensagem, de forma que possam entenderTornar e levartão a mensagem a outrem!

2 – Características de boas ilustrações Entre as características de boas ilustrações se destacam as seguintes: •

Elas devem ser simples, e o pregador não deve encobrir a verdade

central dela com detalhes. Jerry Stanley Key / 57



Elas devem ter unidade de pensamento com o tema que estamos

pregando. •

Elas devem ter movimento ou progresso.



Elas devem fornecer fatos de interesse humano.

• •

Elas devem estar cheias de vida. Elas devem ser aplicadas à verdade que está sendo ilustrada.



E elas devem ter um ponto alto ou um clímax.

3– Outras sugestões É bom que o pregador leigo tenha algum sistema para guardar as boas ilustrações que ele encontra com o passar do tempo. Pode escrever os pontos essenciais num caderno de ilustrações, usando um caderno comum para este fim. Também pode usar uma espécie de álbum. Alguns pregadores gostam de colocar as ilustrações em envelopes. Mas, qualquer que seja o método usado, o pregador deve seguir um sistema ou método para que não perca o material muito útil para sermões que ele encontra quase que constantemente.

58 / José da Silva, um pregador leigo

1. Usar linguagem simples e clara 2. Procurar usar o próprio estilo 3. Falar de tal forma que todos possam ouvir 4. Falar diretamente aos ouvintes 5. Falar com o corpo todo 6. Falar com convicção 7. Falar com entusiasmo 8. Falar com amor 9. Ser breve 10. Pregar no poder do Espírito

O USO DE BONS HÁBITOS NA PREGAÇÃO Um fator muito importante na comunicação da mensagem do evangelho é a maneira como falamos quando temos a incumbência de pregar. Todos nós já ouvimos vários tipos de pregador e orador: alguns interessantes, outros fracos e sem nenhum brilho; alguns falando com ideias breves e claras, outros demorando muito em expressar o que querem dizer; alguns com uma mensagem vital, outros sem nada para dizer, usando palavras destituídas de sentido, valor e clareza. Pense um momento. Como podemos ser mais atraentes ao proferir ou apresentar as mensagens? O nosso desejo, por certo, é prender a atenção dos ouvintes para que ganhem o máximo daquilo que Deus tem colocado em nosso coração. Quais são alguns bons hábitos que o pregador leigo deve mostrar na sua fala?

1- Usar linguagem simples e clara O nosso Senhor Jesus Cristo, embora Deus-Homem, falou emtermos claros e perfeitamente compreensíveis para o povo comum. Ele poderia terusado uma linguagem profunda e difícil. Masescolheu palavras simples para o povo. Se ele é nosso exemplo em todas as coisas, devemos segui-lo nessa parte.

2- Procurar usar o próprio estilo Não deve o pregador imitar ninguém, deve ser natural e usar a própria personalidade que Deus tem lhe dado. Especialmente quanto ao tom de voz que usa ao falar, o pregador deve usar o seu próprio tom habitual.

3- Falar de tal forma que todos possam ouvir Um dos principais problemas de muitas pessoas que falam em público é o de serem ouvidas ou entendidas. Às vezes o volume ou força de voz não é suficiente para que os que estão mais afastados possam ouvir semdificuldade. 62 / José da Silva, um pregador leigo

O pregador precisa pronunciar distintamente cada palavra. Alguns falam depressa demais, quase em ritmo de metralhadora. Devemos tomar o máximo cuidado com a articulação ou enunciação de nossas palavras.

4- Falar diretamente aos ouvintes Normalmente não temos problemas em falar aos nossos vizinhos oua outros crentes de nossa igreja. Falamos com amigos sem nenhum embaraço. Do mesmo modo, quando falamos a um grupo é mais fácil, se considerarmos os ouvintes como amigos, falando-lhes em tom de conversa. Não devemos nunca causar a ideia de que somos superiores a eles. Devemos olhar às várias partes da congregação, procurando falar como se tivéssemos algo depessoal para dizer a cada ouvinte. Os olhos podem ser usados como uma espécie de “segunda voz”. Assim manteremos uma comunicação direta com osnossos ouvintes.

5- Falar com o corpo todo a pregação uma espécie devemos utilizar nossasSemãos para daré ênfase àquilo de que“conversa dizemos. animada”, Se a mensagem estiver cheiaas de vida, não teremos muito problema em reforçar as nossas palavras com gestos. Todo pregador representa o Rei dos reis. Deve apoiar-se em ambos os pés e permanecer ereto, com um pé à frente do outro, por ser mais confortável. De quando em vez, enquanto está falando, deve mudar de posição.

6- Falar com convicção Convicção é uma característica dos grandes pregadores de todos os tempos. Para alcançarmos êxito na pregação, muito depende da convicção com que falamos. Uma das fontes principais de popularidade e magnetismo pessoal no púlpito é uma convicção inabalável, um alvo definido. O ex-presidente Wilson, dos Estados Unidos da América do Norte, disse, certa vez, que “onde há fogo, aí os homens levarão seus lampiões para serem acesos”. Um auditório responde ao pregador que fala com convicção. Se não temos esta qualidade, seremos como “o metal que soa ou o sino que tine”. É impossível convencer alguém de alguma coisa em que nós mesmos não cremos! Jerry Stanley Key / 63

7- Falar com entusiasmo O entusiasmo é uma outra qualidade que está ligada à convicção. O entusiasmo ajuda muito a qualquer palestra ou sermão. Esta qualidade é atraente e contagiante. Entusiasmo por parte do pregador gerará entusiasmo nos ouvintes. Devemos mostrar o nosso entusiasmo em nossa voz, expressão facial e também em nossa maneira de falar. Se vale a pena pregarmos a nossa mensagem, valerá também sermos entusiasmados com ela. Se os professores e as pessoas que fazem palestras se entusiasmam ao proferir aulas e palestras, quanto mais nós, que temos a Boa-Nova de salvação e perdão para os nossos ouvintes!

8- Falar com amor Que prazer é ouvir algumas pessoas falarem! O rosto delas parece radiar o gozo, a paz e o de amor do quando Senhor. Éfalam. fácil prestar atenção dizem. Sentimos o amor Deus Como têm umaàquilo atitudeque simpática e não de condenação ou superioridade! Sigamos o exemplo dessas pessoas, e não o exemplo negativo de algumas que falam sem manifestar o amor e a compaixão do nosso Mestre.

9- Ser breve Se temos cinco minutos para falar, no culto ao ar livre, não devemos ir além do tempo designado. Se vamos pregar num ponto de pregação, é melhor que a nossa falta esteja em falar menos. É melhor deixar os ouvintes com o desejo de ouvir mais, do que deixá-los preocupados com a hora em que vamos terminar. A mensagem breve tem uma oportunidade melhor de alcançar êxito do que aquela que é cansativa.

10- Pregar no poder do Espírito O apóstolo Paulo assim escreveu em 1Coríntios 2.4,5: “A minha linguagem e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder; para que a vossa fé não 64 / José da Silva, um pregador leigo

se apoiasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.” Portanto, o alvo do pregador e de sua pregação está à nossa frente. Devemos sempre procurar pregar com poder. Só assim é que teremos o êxito que todos nós almejamos. Foram estes os conselhos que o irmão José ouviu na aula que o pastor João lhe ministrou. Que os nossos prezados irmãos pregadores os utilizem para honra e glória do nosso Senhor Jesus Cristo!

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1. O preparo do coração 2. Oração e preparo espiritual Conclusão

A PREPARAÇÃO ESPIRITUAL DO PREGADOR LEIGO Deve o pregador leigo depender de si mesmo? Falará ele de si mesmo? Pregará a sua própria palavra? Não! Ele é um instrumento de Deus. Um arauto. Uma voz. E só isso! As nossas mensagens devem ser preparadas na presença de Deus e com a ajuda de Deus. Porque a mensagem não é nossa, e, sim, dele! A pregação é mais do que uma palestra; não são apenas algumas palavras humanas faladas durante alguns minutos. A pregação representa uma vida. O sermão verdadeiro tem vida. O sermão brota e frutifica na mente do pregador, porque tem vida. O sermão é santo, porque o homem é santo em sua vida de crente. Por isso o pregador deve chegar ao momento da pregação já tendo cuidado do preparo espiritual. Se nós vamos comunicar a verdade de Deus aos homens, devemos ouvir a voz de Deus e nos preparar em comunhão com ele. Mas como podemos cultivar a espiritualidade? Este é o problema por excelência do crente, especialmente o problema do pregador do evangelho. O sucesso do seu esforço dependerá da sua espiritualidade. Como a comida é necessária ao desenvolvimento do corpo, do mesmo modo a vida espiritu al depende da alimentação do espírito. A “pedra de esquina” da pregação da Palavra de Deus é a vida devocional do pregador. A palavra positiva do profeta Zacarias ainda está em vigor: “Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos” (Zc 4.6).

1 - O preparo do coração Um coração preparado é mais importante do que um sermão preparado. Um coração realmente preparado fará um sermão preparado. Alguém disse: “Gênio, cérebro, brilhantismo, força, dons naturais não salvam. O evangelho derrama-se através dos corações.” 68 / José da Silva, um pregador leigo

Um dos erros mais sérios e mais comuns na pregação hodierna é o de colocar em nossas mensagens mais pensamentos do que oração, mais cérebro do que coração! A nossa necessidade é a preparação do coração. Ainda é verdade: “Um sermão que contenha mais cérebro do que coração, não terá eficácia nos ouvintes... A oração faz do pregador um pregador de coração. A oração o coração pregador na mensagem; a oração coloca a mensagem do põe pregador no seudocoração.”

2 - Oração e preparo espiritual A mensagem só pode ser poderosa se sua preparação é marcada com oração fervorosa ao Deus Altíssimo. A oração tem sido chamada de chave ou segredo da preparação. Sem a oração nenhuma mensagem prevalecerá. Não queremos desprezar o estudo, mas se o pregador tem usado os seus talentos ao máximo em estudar a Palavra de Deus e na preparação de sua mensagem, deve completar a sua preparação nos seus joelhos, buscando a unção de Deus. “A oração dá inteligência, traz sabedoria, alarga e fortalece a mente. O recinto secreto é um perfeito professor e escola para o pregador. O pensamento não só é iluminado e aclarado na oração mas o pensamento nasce na oração.” O grande pastor batista inglês Spurgeon disse, certa vez: “Não há nada que possa substituir a oração na vida do pregador: nem a cultura recebida nem as vastas bibliotecas. Quanto maior for a familiaridade com a corte do céu, tanto melhor realizará a sua função na terra. “Mediante a oração a sós com Deus crescemos em graça, aumentamos em fé e chegamos a ser poderosos em palavras e atos. “Na preparação da mensagem, de joelhos na presença do Senhor, obteremos a direção sábia e, em resposta aos nossos clamores sinceros, ele despertará as ideias, esclarecerá a mente e revelará a sua vontade... A presença de Deus é o melhor gabinete de estudo. Ali novos pensamentos brotarão do texto como rios... Empregando diligentemente a oração para penetrar nas profundidades da Palavra de Deus, como se emprega a ferramenta para explorar a mina, achareis veios tão ricos de metal precioso que vos assombrareis. “Ninguém terá mais influencia sobre os homens do que aqueles que lutam em secreto com Deus. Não existe melhor eloquência do que a do co-

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ração, e em nenhuma escola se pode aprendê-la como se aprende ao pé da cruz. A retórica possui o seu valor, porém a unção divina, nascida de um coração movido pelo Espírito Santo, é infinitamente superior... “Enquanto prega, o mensageiro sentirá a iluminação celeste, como resultado da íntima comunhão com Deus.”

O pregador não pode salvar os ouvintes nem persuadi-los a receber a verdade. Pode, sim, rogar aDeus em favor deles para que Deusos converta e salve. Spurgeon outra vez diz: “Como o jardineiro rega a sua planta, deve o pregador umedecer com lágrimas a semente lançada. O talento e a instrução se tornam vãos ou se anulam, se não sabeisabundar em intercessão pelos vossos ouvintes.” O pregador leigo pode trabalhar muito napreparação de sua mensagem, pode se esforçar para tornar claro e simples aquilo que vai dizer, pode usar a técnica moderna de comunicação, mas se faltar a preparação espiritual, a vida devocional, a oração, a meditação na Palavra de Deus, tudo será vão. A oração é a chave que desvenda os mistérios da Palavra de Deus, e faz com que o pregador pregue com poder. João Wesley disse certa vez que, “Deus nada faz, a não ser em resposta à oração”. É a oração que dá vida e poder às nossas mensagens. A oração é a arma mais poderosa do pregador. Só quando os pregadores se tornam homens de oração é que o Espírito Santo pode usá-los para efetuar o seu trabalho. É obvio, então, que o segredo de poder da mensagem está na oração. Como alguém tem observado: “Muita oração, muito poder; pouca oração, pouco poder.” Se queremos que os nossos sermões sejam caracterizados pelo poder e calor do Espírito Santo, devemos orar. Deus aumenta o calor do fogo em nossos corações somente quando somos zelosos na oração! Cada fase da preparação para pregar exige que haja uma preparação espiritual adequada. É comum entre alguns pregadores trabalhar muito na preparação de seus sermões. Depois, na hora de pregar, acrescentam uma oração para que o sermão seja abençoado por Deus. Neste caso a oração vem tarde demais, quando o sermão já está preparado. As orações que ajudam os nossos sermões são aquelas que acompanham cada passo do preparo da mensagem. Não é alguma coisa acrescentada somente depois de tudo pronto, como uma espécie de formalidade. O texto, o 70 / José da Silva, um pregador leigo

assunto a ser tratado, o corpo, tudo é feitoem oração. Devemos orar enquanto preparamos a mensagem. Devemos orar antes depregá-la. Devemos orar enquanto pregamos. E devemos orar depoisde ter pregado o sermão. O pregador que ora muito durante a preparação da mensagem manter-se-á no caminho certo, dando prioridades às ideias mais importantes. A bússola das suas orações fixará o roteiro seguro para seu sermão. É claro que a oração não substitui o trabalho árduo que é necessário para se estar preparado para pregar. A oração e o estudo andam de mãos dadas na preparação. Devemos ser alunos na escola de oração, pois somente nela é que podemos aprender a pregar. O pregador nunca falará bem e com êxito aos homens, até que tenha aprendido como falar a Deus em favor dos homens. “O ar não é mais necessário aos pulmões do que a oração àquele que prega.” Uma vida santificada exige que oremosna preparação de nossos sermões. A oração é o segredo da vida santa. Daniel orava várias vezes por dia. O apóstolo Paulo nos exorta que devemos orar sem cessar. O nosso Mestre nos encoraja: “Pedi e dar-se-vos-à; buscai eachareis; batei, e abrir-se-vos-á” (Mt 7.7). A santidade é o segredo da unção, esta qualidade mística na pregação, que é por demais difícil de definir e que é impossível imitar. A unção é uma das qualidades que distingue a pregação cristã de todas as outras formas de oratória e discursos. É a unção que torna a Palavra de Deus “viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir ospensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). É um fato mais do que comprovado que a unção somente vem por intermédio da comunhão com Deus. Pela unção o pregador mostra que o recado que ele prega vem deDeus, e não de si mesmo.

Conclusão Quando Edward Payson estava prestes a morrer, disse: “A oração é a primeira, a segunda e a terceira coisa necessária ao pregador”. O pregador deve gastar muito tempo em oração, respirando fundo a atmosfera celestial. Oremos, irmãos, e muito! Que Deus abençoe os nossos irmãos pregadores leigos para que sempre sejam homens espirituais, buscando a preparação espiritual para as suas mensagens, acima de todas as coisas! Jerry Stanley Key / 71

1. O homem que procura Jesus 2. O maior fracasso na história da humanidade 3. O homem que está em falta com Deus 4. Nova vida para você 5. O maravilhoso convite de Deus 6. Jesus virá outra vez 7. Encontro inevitável

1 - O HOMEM QUE PROCURA JESUS Assunto ou Tema: O homem que procura Jesus Texto: Lucas 19.1-10 Objetivo ou Alvo: Levar os ouvintes não crentes a desejarem procurar Jesus, para que encontrem a verdadeira salvação e testemunhem da transformação que Jesus efetua. Introdução: Temos no texto uma das conversões notáveis do ministério de Jesus. Descreve o texto a curiosidade de Zaqueu, a sua busca e ansiedade por ver Jesus, etc. Pode-se começar o sermão com alguma coisa a respeito de alguém que procurou alguma coisa. Esboço:

1. O homem que procura Jesus vence todos os obstáculos para que possa vê-lo (vv. 2,4). 1) Vence o obstáculo de sua profissão. (Zaqueu tinha uma profissão que era uma dificuldade para a sua vida de crente – era publicano, chefe dos publicanos de Jericó. Isso significa que ele era o chefe da Divisão de Imposto de Renda da região.) 2) Vence o obstáculo desua posição na sociedade.(Zaqueu era um rejeitado, um malvisto da sociedade por causa da profissão que exercia.) 3) Vence o obstáculo de sua condição financeira.(Zaqueu era rico e tinha vendido a sua honra para ganhar muito dinheiro. Mas o dinheiro não o fez feliz. O pregador pode mostrar também como os pobres, às vezes, têm certos obstáculos no caminho que lhes dificultam a vida de crentes.) 4) Vence o obstáculo de sua condição física. (Zaqueu era homem de pequna estatura, e talvez tivesse problemas e complexos por causa 76 / José da Silva, um pregador leigo

do seu tamanho. Outros têm problemas, os mais diversos, de ordem física, para serem vencidos antes de serem salvos.) 5) Vence a multidão. (Podemos imaginar a situação embaraçosa de Zaqueu, com a multidão zombando dele, enquanto tentava subir numa árvore para ver Jesus.) 2. O homem que procura Jesus verifica, com surpresa, que Jesus também está à sua procura (vv. 5, 7, 10) 1) Jesus está à procura de todos os pecadores. (Jesus chamou Zaqueu pelo nome – conhecia Zaqueu e suas necessidades espirituais. Que graça maravilhosa! Verifique o verso 7. Que acusação mesquinha! Mas que bênção Jesus ter esta característica – a de amar os pecadores!) 2) Jesus quer salvar todos aqueles que se reconhecem perdidos e afastados de Deus (v. 10). 3. O homem que procura Jesus encontra a verdadeira salvação e paz para

a sua alma (vv. 6 ,9). 1) Apressa-se para hospedar Jesus no seu coração (v. 6). 2) Recebe de bom grado Cristo no coração (v. 6). (Esta era a última oportunidade de Zaqueu, porque foi a última vez que Jesus passou por ali. Zaqueu foi um dos últimos homens ganhos por Jesus antes de morrer na cruz.) 3) Torna-se um verdadeiro filho de Abraão, pela fé em Cristo (v.9) 4. O homem que procura Jesus mostra ao mundo, por meio de sua vida e seu testemunho, a transformação que Jesus efetua (v.8) 1) O novo crente quer confessar publicamente a nova fé em Cristo. 2) O novo crente quer endireitar a sua vida (v.8). (Não é questão de quanto o novo crente terá de deixar quando aceitar Jesus, mas de quanto pode fazer por aquele que o procurou e salvou!). 3) O novo crente quer ser uma bênção para a humanidade. (Ver o verso 8 – “... dou aos pobres metade dos meus bens.”)

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Conclusão: O pregador pode terminar o sermão mais ou menos como o que segue: Você pode ter a mesma paz e felicidade que Zaqueu experimentou quando encontrou Jesus naquele dia em Jericó. Jesus Cristo, o Salvador e Mestre, convida agora, hoje! os seus problemas, as suas necessidades e osvocê, seus pecados. Ele Ele sabeconhece tudo a seu respeito! Jesus quer salvar você, como salvou Zaqueu. Zaqueu foi um homem que procurou Jesus. Você também deve procurar Jesus. Deve procurar a salvação naquele que morreu na cruz por você. Jesus quer salvar você agora mesmo. Faça, meu amigo, a mesma decisão que Zaqueu fez. Se ele tivesse esperado mais, talvez nunca mais tivesse encontrado a salvação, porque Jesus nunca mais voltou a passar em Jericó. Hoje, Cristo está passando, e convida você. Receba Jesus agora como o seu Salvador pessoal. Jesus vê você; Jesus conhece você; Jesus quer você; Jesus precisa de você. Dê o seu coração a ele, hoje, agora! Hinos que podem ser usados com este sermão: Cantor Cristão: 229, 245, 396, 403, 425; HCC - 250, 252, 255, 256; Cânticos - “Tua vida em minha vida”, Lieza Coelho Carpeggiani; “No poder do teu amor”,Ana Paula Valadão.

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2 - O MAIOR FRACASSO NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE Assunto ou Tema: O maior fracasso na História da humanidade Texto: Mateus 26.14-25; 47-50; 27.1-5. Objetivo ou Alvo: Levar os ouvintes não crentes a aproveitar a oportunidade que têm agora de aceitar Cristo, recebendo o perdão de Deus. Introdução: O pregador pode começar a sua mensagem contando a história de alguém que fracassou na vida. Pode dizer que essa pessoa não pode ser considerada o maior fracasso na história da humanidade. Consideramos Judas Iscariotes o maior fracasso na história da humanidade, pelos motivos que seguem:

Esboço: 1. Judas perdeu a maior oportunidade 1) Judas foi chamado para ser apóstolo de Jesus. (Que bênção singular! Que privilégio extraordinário!) 2) Judas tinha excelentes qualidades: (a) Capacidade fora do comum em assuntos financeiros. (Foi escolhido como tesoureiro do grupo de apóstolos – João12.6). (b) Um bom nome.“louvor”. (“Judas” Maria, era ummãe nome naquele época. Significa de predileto Jesus, tinha outro filho com este nome. Um grande herói do século II a.C., tinha esse nome – Judas Macabeu.) (c) Muito respeitado pelos outros apóstolos. (Ninguém disse, na ocasião da última ceia, que suspeitava de Judas. Ninguém perguntou a Jesus: “Judas Iscariotes éo traidor, não é?”. Somente Jesus sabia o que estava no coração de Judas.) Jerry Stanley Key / 79

3) Viveu com Jesus. (Durante os três anos do ministério de Jesus, ouviu os ensinos de toda a história de Cristo, presenciou os milagres, e mesmo assim não aceitou Cristo como Salvador de sua alma!) 4) Pregou o evangelho a outros, mas não foi salvo. (Aplicação: Hoje também há muitos não crentes que são membros de igreja – Mt 7.21-23; Jo 6.64.) (Pode-se concluir o ponto, falando das muitas oportunidades de ouvir o evangelho, le r a Bíblia, conhecer Jesus pessoalmente , e receber o perdão dos pecados. Que é que estamos fazendo para aproveitar as oportunidades que Deus nos tem concedido? A pessoa que não aproveita as oportunidades e privilégios que Deus concede é semelhante a Judas Iscariotes!)

2. Na pessoa de Judas Iscariotes encontramos o maior fracasso na história, porque ele cometeu o maior erro: Traiu Jesus! (Judas estava em posição de honra na última ceia. A pergunta que fez a Jesus uma sou aquele de traí-lo, sou?” esperava O valor das 30resposta moedasnegativa: era de 80“Eu diasnão de trabalho paraque umhátrabalhador comum.) 1) Judas traiu o seu bom nome. (Hoje, quase ninguém usa mais esse nome. Usam, sim, os nomes: Pedro, João, Davi, Paulo e outros.) 2) Judas traiu o seu talento. (Recusou usar o seu talento no serviço do Mestre. Podemos imaginar o que ele poderia ter feito, se consagrasse seus talentos ao serviço de Cristo. Mas usou os talentos para glorificar-se a si mesmo, e não para trazer honra e glória a Deus.) 3) Judas traiu o Senhor. (Deveria ter recebido fortes impressões dos acontecimentos que observava na companhia de Jesus. Mas ele tomou a oportunidade que tinha de estar perto do Senhor para traí-lo, a serviço dos seus inimigos. Por que ele traiu Jesus? Será porque foi vítima de ressentimento s? Ou porque não era um do gr upo de apóstolos mais íntimos de Jesus? Será porque foi o único apóstolo não Galileu? Ou porque era supernacionalista, querendo mais a libertação do seu povo das mãos romanas do que as bênçãos do reino de Deus?) 80 / José da Silva, um pregador leigo

3. Na vida de Judas aconteceu o maior fracasso porque ele recusou a maior oferta: o perdão do Senhor Jesus Cristo (Mt 27.1-5). 1) Depois de ter traído Jesus, Judas ainda poderia ter-se arrependido. (A palavra “arrependimento”, em Mateus 27.3, significa “com remorso” ou “com senso de culpa”. Judas sentiu muito o que fizera. Porém, a palavra usada aqui é bem diferente daquela que significa “arrependimento para a salvação”, como consta em Mateus 3.2 e noutras passagens. O arrependimento carnal produz a morte (2Co 7.10). 2) Judas confessou o seu erro com uma consciência pesada, mas não confessou a quem deveria ter confessado (Mt 27.3-5). 3) Judas procurou o suicídio, ao invés de procurar, arrependido, o perdão de Jesus (Mt 27.5; At 1.25). 4) Perdendo tantas oportunidades, Judas foi para o seu próprio destino, o inferno (João 17.12; At 1.25). Conclusão: Segue um exemplo de como o pregador poderia terminar o sermão: Assim termina a história do exemplo clássico de um amigo falso. Assim termina o maior fracasso na história da humanidade. Consideramos Judas o maior fracasso, porque ele perdeu a maior oportunidade, a da convivência com Jesus por três anos sem tornar-se crente nele. Judas cometeu o maior erro: traiu o seu melhor amigo. E ele éo maior fracasso, porque recusou a maior oferta, a de ter o seu pecado perdoado por nosso Salvador e Mestre. Esta é uma das histórias mais trágicas. Mas é uma história que se repete simbolicamente quando alguém rejeita a salvação que Cristo oferece, ou quando alguém não obedece ao que Cristo manda. E você, meu amigo? Qual é a suaVocê posição Você também está traindo Cristo perante o mundo? está perante pronto Jesus? para receber Cristo como seu Salvador? Então receba-o agora, neste momento. E pode ficar certo de que este será o momento mais feliz da sua vida! Hinos que podem ser usados com este sermão: Cantor Cristão: 197, 210, 226, 228, 289 e 306; HCC - 275, 285, 286; Cânticos - “Coração igual ao teu”, Ana Paula Valadão; “O meu coração”, Eddie Espinosa. Jerry Stanley Key / 81

3 - O homem que está em falta com Deus

Assunto ou Tema: O homem que está em falta com Deus Texto: Daniel 5.18-31 (especialmente o versículo 27) Objetivo ou Alvo: Levar os ouvintes não crentes a reconhecer que estão em falta com Deus, para que aceitem o remédio que Deus providenciou para o homem pecador. Introdução: Não é preciso argumentar muito para fazer sentir que estamos em falta com Deus. A consciência de cada um aprova ou reprova, vindo disso a satisfação, ou o vazio; a paz com Deus, ou a morte espiritual. Esboço: 1. Há várias razões por que o homem se acha em falta com Deus. (E essas razões sempre são as mesmas, em qualquer geração. ) 1) O homem se acha em falta com Deus porque não aprende as lições que a história ensina (vv. 18-21). (a) Não aprende a lição de que todas as bênçãos vêm de Deus (vv. 18,19,21). (b) Não aprende a lição de que a confiança em si mesmo conduz à destruição (vv. 20,21). 2) O homem se acha em falta com Deus porque não humilha o seu coração perante ele (v. 22). (O problema básico do homem é o orgulho próprio, a vaidade. O homem em falta com Deus, muitas vezes, não compreende que aquilo que ele semear, isso ceifará.) 3) O homem se acha em falta com Deus porque não respeita nem adora o Deus único, o Deus criador (v. 23). 82 / José da Silva, um pregador leigo

(a)

Profana as coisas sagradas. (Ver o versículo 23, e comparar também os versículos 2 e 3 deste mesmo capítulo.) (b) Adora os deuses imaginados pelo homem e feitos por mãos humanas (vv. 23,24). (c) Não glorifica o Deus que o criou e que é o sustentador da vida (v. 23). 2. Os resultados de estar em falta com Deus também são sempre os mesmos. 1) As bênçãos são tiradas e dadas a outrem (v. 28). 2) Vêm a ruína e a morte (v. 30). 3. O homem que está em falta com Deus deve aceitar o remédio para a sua situação perigosa. 1) Deve humilhar-se perante Deus. 2) Deve confessar os seus pecados a Deus. 3) Deve adorar o Deus vivo, aceitando o Senhor Jesus Cristo como Salvador. 4) Deve dedicar a sua vida ao serviço a Deus.

Conclusão: O homem que está em falta com Deus cai no desagrado de Deus; não pode ser um homem feliz. Será sempre um perdido. Não seja essa a sua condição. Humilhe-se hoje. Confesse. Adore o Deus vivo. Aceite o seu Cristo. Salve-se agora. Hinos que podem ser usados com este sermão: Cantor Cristão: 37, 113, 198, 243graça”, e 249;L.HCC – 136, Barbosa 259; Cânticos – “Estrela da manhã”, Gesiel “É tua Liash;237, Manhães/T.

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4 - NOVA VIDA PARA VOCÊ Assunto ou Tema: Nova vida para você Texto: João 3.1-21 Objetivo ou Alvo: Levar os ouvintes não crentes a desejarem experimentar o novo nascimento, para que possam ter uma vida completamente nova. Introdução: Pode-se falar sobre Nicodemos como um homem de grande cultura, de proeminência social, de integridade moral, de realizações religiosas, mas com a alma insatisfeita. Esboço: 1. É indispensável a cada homem o novo nascimento. 1) O homem precisa nascer de novo porque é um pecador (v. 19). (a) Uma pessoa não nasce no mundo como filho de Deus. Somos por natureza pecadores. (Ver o Salmo 51, onde se diz que fomos concebidos em pecado, e Efésios 2.3, que diz que o pecador é por natureza filho da ira.) (b) Não podemos ter um novo mundo até que os homens experimentem uma nova vida! 2) O homem precisa nascer de novo, porque está perdido e condenado. (Vercondenado.) o versículo 18 do nosso texto, que diz: O homem pecador já está 2. O novo nascimento foi providenciado por Deus por causa do nosso pecado (vv. 14-16). Jesus é mais do que “Rabi” ou “Mestre”, o termo usado por Nicodemos. Ele é Deus encarnado. 2Coríntios 5.21 nos informa que ele, que não conheceu o pecado, se fez pecado por nós. 84 / José da Silva, um pregador leigo

3. O nascimento traz uma grande transformação à vida do homem pecador. 1) Muitas pessoas têm uma concepção errada a respeito do que seja o novo nascimento. Por exemplo: (a) (b) (c) (d)

Uns acham queque é uma herança pais. moral. Outros acham é apenas umados reforma Há os que acham que é mera profissão de fé, com os lábios. E outros acham que é batismo, ou tornar-se membro de uma igreja.

2) A verdadeira natureza do novo nascimento é outra. (a) É uma transformação divina (vv. 6,7) (b) É uma transformação misteriosa (v. 8) (c) É uma transformação absoluta. (ver 2Coríntios 5.17) (d) É uma transformação que é operada pela fé. (Ver o versículo 16 – “... para que todo aquele que nele crê...”.) (e) É uma transformação que faz com que o Espírito Santo habite em nós (v.6) (f) É uma transformação que nos faz herdeiros da vida eterna. (g) É uma transformação que nos leva a crescer mais e mais. (O novo nascimento é apenas o ponto de partida).

Conclusão: Fazer um resumo dos pontos principais do sermão, e terminar mostrando que cada ouvinte pode experimentar a nova vida, pode ter a sua vida transformada, se aceitar Cristo como Salvador. Hinos que podem ser usados com este sermão: Cantor Cristão: 191, 195, 201, 217, 235 e 236; HCC – 136, 279; Cânticos – “Oferta de amor”, Willen Soares; “Quero te louvar”, Dalton Bianchi

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5 - O MARAVILHOSO CONVITE DE DEUS Assunto ou Tema: O maravilhoso convite de Deus Texto: Isaías 55.1-7 Objetivo ou Alvo: Levar o ouvinte não crente a decidir aceitar o maravilhoso convite que Deus está fazendo. Introdução: O pregador pode falar sobre vários convites que tem recebido, e fazer uma comparação com o convite que Deus nos faz. Uma coisa interessante é considerar o fato de que encontramos o imperativo “vinde” ou outra forma do verbo “vir” mais de 600 vezes na Bíblia. O nosso Deus se caracteriza pelo seu “vinde”! 1. O convite deDeus é oferecido atodos, sem distinção: (Ver o versículo 1 – “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas...”). 2. O maravilhoso convite é baseado na condição triste e perigosa dos homens. (Ver o versículo 2 – “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer?”) 3. O maravilhoso convite de Deus só pode ser oferecido por causa do sacrifício redentor do seu Filho. (Os versículos 3 e 4 falam do Filho de Davi, o Príncipe e Governador dos povos, o Salvador prometido. O profeta já dissera que Jesus sofreria para trazer-nos a salvação. Ver também Isaías 53.) 4. O maravilhoso convite de Deus é de tempo limitado (v.6). (Ver também Jeremias 8.20. Não podemos buscar a Deus ao nosso bel-prazer. Devemos buscá-lo “enquanto se pode achar... enquanto está perto”.) 5. O maravilhoso convite de Deus tem certas condições e implicações (v.7). 86 / José da Silva, um pregador leigo

1)

Que o ímpio deixe o seu caminho. (“Deixe o ímpio o seu caminho.” Foi isso que o Filho pródigo fez. Ver Lucas 15.17-20.) 2) Que o homem maligno deixe os seus maus pensamentos. (“E o homem maligno os seus pensamentos.”) 3) Que o pecador se conver ta ao Senhor, voltan do-se para Deus. (“...volte-se ao Senhor!”) 6. O maravilhoso convite de Deus traz bênçãos incontáveis àquele que o aceita (v.7). 1) Traz a bênção da misericórdia de Deus, porque ele é misericordioso com o pecador que confessa o seu pecado. (“... que se compadecerá dele...”) 2) Traz a bênção do perdão de Deus, porque ele é grandioso em perdoar. 3) Traz a bênção de ser filho de Deus por adoção, e de ter comunhão com Deus. Conclusão: Perguntar aos ouvintes se eles já aceitaram o maravilhoso convite de Deus. Se qualquer ouvinte ainda não o aceitou, deve aproveitar a oportunidade que Deus está lhe concedendo, aceitando o perdão que Deus promete dar. Os convites de Deus encontramos em Mateus 11.28, João 6.37, João 7.37 e Apocalipse 22.17 também podem ser usados, se o pregador quiser. Hinos que podem ser usados com este sermão: Cantor Cristão: 213, 222, 236, 237,usa-me”, 238, 241,Aline 244,Barros 245;e“Tu 259; – 202, 277,Borba 282; Cânticos –228, “Sonda-me, ésHCC o oleiro”, Asaph

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6 - JESUS VIRÁ OUTRA VEZ Assunto ou Tema: Jesus virá outra vez Texto: Mateus 25.1-13 (ver também Atos 1.6-11). Objetivo ou Alvo: Esclarecer a doutrina da segunda vinda de Cristo, para que os não crentes aceitem o Cristo vitorioso, e para que os crentes estejam preparados para o dia glorioso. Introdução: Dizer que a parábola das dez virgens fala da volta de Cristo. Ele é o noivo que vai chegar, e os seus são os que estão indo preparados ao seu encontro. As cinco virgens prudentes simbolizam os que estão no caminho do encontro errado, com o noivo Cristo. As imprudentes representam os que estão no caminho são os– que se perderam do noivo.

Esboço: 1. A certeza da volta de Cristo é confirmada. 1) A Bíblia ensina a segunda vinda de Cristo claramente. (Alguém contou 318 vezes este ensino no Novo Testamento.) 2) Jesus também afirma que virá outra vez. (Ver João 14.3; Mateus 26.64; Apocalipse 22.20. Todas as palavras de Jesus são verdadeiras, e podemos confiar em todas as suas promessas!) 3) A ceia do Senhor nos fala da segunda vinda de Cristo. (Ver 1Coríntios 11.26.) 4) Os anjos proclamam a chegada do Senhor. (Ver Atos 1.11. Os anjos falaram com Maria, a mãe de Jesus, sobre o Messias prometido, e isso antes do nascimento dele; depois cantaram na noite do nascimento; mais tarde comunicaram a ressurreição de Jesus às mulheres que foram ao sepulcro. E esses mesmos anjos informaram que Cristo virá outra vez.) 88 / José da Silva, um pregador leigo

2. A maneira da volta de Cristo é revelada 1) Será pessoal. (Ver 1Tessalonicenses 4.16,17, onde se diz que Cristo, ele mesmo, descerá do céu.) 2) Será visível. (Ver Apocalipse 1.7.) 3) ção; Será gloriosa e triunfante. (A primeira vinda de Cristo foi em humilhaa segunda será em glória. (Ver 1Tessalonicenses 1.5-10.) 3. O tempo da segunda vinda do Senhor é desconhecido. (Ver Mateus 24.36; 1Tessalonicenses 5.1,2; 2Pedro 3.10.)

4. Há muitas lições importantes e preciosas ensinadas na Bíblia sobre a vinda de Cristo. 1) Devemos preparar-nos. (Ver Lucas 12.40, que fala da necessidade de estarmos preparados.) (a) Devemos preparar-nos,aceitandoCristo como nosso Salvador. (b) Devemos preparar-nos, vivendo vidas santas e piedosas. 2) Devemos vigiar. (Ver 1Tessalonicenses 5.4-6. Os vizinhos e conhecidos de Noé não esperavam a grande enchente. Nós não devemos ser apanhados de surpresa.) 3) Devemos ter paciência, aguardando a vinda de Cristo. 4) Devemos estar alegres, esperando por Cristo. (Ver 1Pedro 4.12,13.) 5) Devemos trabalhar. (A igreja em Tessalônica tinha alguns membros que deixaram de trabalhar porque estavam aguardando a volta do Mestre. Paulo disse que não deveriam fazer isso, que deveriam continuar a trabalhar. Ver também as parábolas de Mateus 24,25.)

Conclusão: Você está pronto para a vinda de Cristo? Reconheça o perigo e venha a Cristo sem mais demora! “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém; vem, Senhor Jesus” (Apocalipse 22.20). Que cada ouvinte possa dizer: “Venha, Senhor Jesus.” Hinos que podem ser usados com este sermão: Cantor cristão: 37,100, 102, 112, 113, 114, 210, 228 e 337; HCC – 155; Cânticos – “Jesus está voltando”, Andréa Fontes; “Jesus está voltando”, Damares; “Jesus voltará”, Elaine de Jesus Jerry Stanley Key / 89

7 - ENCONTRO INEVITÁVEL : Encontro Inevitável Assunto ou Tema Texto: Hebreus 9.27,28 Objetivo ou Alvo : Alertar os ouvintes sobre o encontro inescapável que todos nós teremos com a morte, para que cada um se prepare para esse encontro.

Introdução: Há um encontro que o homem tem uma só vez na vida, inescapável, inevitável: a morte. Ela vem para tirar a vida física, e vem sem perguntar quem é a vítima. Não há quem possa dizer: “A morte não é para mim.” Urge estar preparado! Esboço: 1. A morte é inevitável – todos morreremos. 1) Esse encontro inevitável vem mais cedo do que muitos imaginam. (a) a morte é iminente. (b) A vida é por demais breve. 2) Esse encontro se dará repentinamente em muitos casos. 3) Muitos têm um medo terrível desse encontro. 2. A maior parte dos que enfrentam esse encontro não está devidamen-

te preparada. 1) Muitos não estão convencidos da necessidade de se prepararem para esse encontro. (a) Os seus pecados não são perdoados. (b) Têm um julgamento pela frente, para o qual não estão devidamente preparados. (c) Enfrentarão a eternidade no inferno. 90 / José da Silva, um pregador leigo

2) Muitos não estão interessados em se preparar agora. 3) Alguns têm confiado esse problema a Deus e aceitaram seu plano.

3. Você pode preparar-se hoje mesmo para esse encontro inevitá vel. 1) Aceitando a morte de Cristo como base do seu encontro com Deus, após a morte (Hebreus 3.14,15 e 2Timóteo 1.10). 2) Crendo em Cristo como seu único Salvador.

Conclusão: Você está pronto para o encontro inevitável com a morte? Hoje é o dia da sua salvação. Aceite o Senhor da vida. Você já está preparado? Hinos que podem ser usados com este sermão: Cantor cristão: 403, 319, 243 e 259; HCC – 311, 349, 360; Cânticos – “Mudar de atitude”, Eudes Jansen “Me derramar”, Craig Musseau

Jerry Stanley Key / 91

1. O pintor e o mendigo 2. Como o Diabo trabalha 3. Desejável transformação 4. Na curva da morte 5. O milagre do evangelho 6. Encontro inevitável 7. Falsos profetas

1 - O PINTOR E O MENDIGO O grande evangelista D. L. Moody contou, num dos seus sermões, uma história que tinha lido acerca de um artista que queria pintar um quadro do filho pródigo. O pintor buscou por toda parte, até nas prisões, para ver se encontrava um homem cujo aspecto fosse bastante miserável, para lhe servir de modelo. Porém foi muito difícil encontrar a pessoa que procurava. Certo dia, ao atravessar uma rua, o artista encontrou o homem que lhe convinha para o seu quadro. Logo disse ao pobre mendigo que lhe pagaria bem, se ele comparecesse à sua sala de trabalho para lhe servir de modelo. O mendigo concordou, e o dia foi marcado. Esse dia chegou, e o homem compareceu ao estúdio do pintor. - O senhor combinou comigo – disse o mendigo ao pintor, quando este lhe abriu a porta. O artista olhou para ele, e disse: - Mas eu não o conheço de parte nenhuma! Como é que pode ter combinado alguma coisa comigo? - Sim – disse ele – eu combinei de vir hoje aqui a esta hora. - Deve estar enganado. Deve tratar-se de algum outro artista. Eu estou à espera de um mendigo. - Mas eu sou esse mendigo. - Não pode ser. - Mas sou eu mesmo. -- Bem, Que éeuque fez? que devia me arranjar um pouco melhor antes de servir pensei de modelo. Replicou então o artista: - Eu não o quero assim. Eu o queria exatamente como estava. Agora o senhor já não serve para a minha pintura. Deus deseja que cada pecador venha a ele precisamente como está! 96 / José da Silva, um pregador leigo

2 - COMO O DIABO TRABALHA Conta-se a seguinte fábula, a respeito do perigo de adiar a decisão de aceitar Jesus. Um dia Satanás convocou os demônios para uma conferência, a fim de discutir planos para atrair milhares de pessoas ao inferno. Pediu a alguns deles sugestões sobre o problema espiritual do homem. Um deles disse: “Deveríamos dizer a todos os homens que não há Deus, que Deus não existe.” Com isso todos os demônios concordaram, acenando as cabeças em sinal de consentimento. Outro fez a sua sugestão: “Não seria melhor dizer a todos que há Deus, mas que ele não os ama?”. Os demônios bateram palmas em aprovação, concordando plenamente. Um terceiro demônio declarou o que pensava sobre isso: “Vamos dizer aos homens que Deus existe e que ele os ama, mas que não há possibilidade para ele fazer conhecido o seu amor para com eles.” Este plano ganhou aplausos ainda mais vigorosos. Depois de todos, Satanás ficou em pé, e disse: “Todas essas ideias são boas, mas eu tenho um plano que funcionará melhor: Vamos dizer aos homens que há Deus e céu e inferno. Diremos que Deus os ama e fez conhecido o seu amor quando o seu Filho morreu no Calvário. Ainda mais, diremos a eles que pela fé em Cristo eles podem ser salvos do inferno e estar eternamente no céu. Mas, nessa altura, daremos ênfase à ideia de que não há pressa, que eles podem esperar outra oportunidade para aceitar Cristo como Salvador. Este meu plano deve ajudar a ganhar muitas pessoas para oinferno, deve atrapalhar muita gente que esteja pensando em fazera decisão ao lado de Cristo.” Esta, sem dúvida, é mera fábula. Masé justamente assim que o Diabo trabalha. Quão grande é o número depessoas que rejeitam Cristo com estas palavras: “Algum dia, agora não, mais tarde farei minha decisão ao lado de Cristo!” Devemos buscar a Cristo “enquanto se pode achar” (Isaías 55.6). “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações” (Hebreus 3.7,8). Jerry Stanley Key / 97

3 - DESEJÁVEL TRANSFORMAÇÃO Certa época morávamos numa cidade onde havia uma grande fábrica de papel. Não sei se o processo para fazer papel é conhecido de todos! Mas as toras passam por vários processos químicos e, finalmente, transformam-se em papel. Durante quase todo esse processo os pedaços de tora se apresentam desfigurados e horríveis, sujos mesmo. Porém, depois de passar por todos aqueles processos, sai um papel branco, puro, bonito. Aqui temos um exemplo do novo nascimento. Estávamos sujos, feios, sem valor. Mas, por meio do precioso sangue de Cristo e por causa do amor do Pai celeste, tornamo-nos limpos e puros. “Ainda que os vossos pecados são como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve” (Isaías 1.18).

98 / José da Silva, um pregador leigo

4 - NA CURVA DA MORTE Apareceu, no dia 18 de junho de 1968, em um dos jornais do Rio de Janeiro um artigo, acompanhado de fotografias, intitulado: “Na Curva da Morte.” Aconteceu um grande desastre na estrada Rio-Bahia, na altura do quilômetro 315, quando um ônibus da “Cearense de Transportes” e outro da “Transcolin”, trafegando em sentido oposto, se chocaram. Morreram 17 pessoas. A grande tragédia dessa história é que os dois motoristas não prestaram atenção às placas de advertência que estão nos dois lados da estrada. Nelas estão os seguintes dizeres: “CUIDADO, CURVA PERIGOSA. REDUZA A VELOCIDADE.” E porque os condutores dos dois ônibus não deram atenção à advertência, da Morte”. bem visível para todos, 17 pessoas perderam a vida na “Curva Será que há alguma aplicação nesta reportagem? Creio que sim! Muitas pessoas estão viajando no caminho que tem várias curvas da morte. Deus coloca suas placas de advertência pelo caminho, mostrando o perigo de continuar sem ele, e sem a salvação que ele providenciou para tirar os homens do caminho da morte. Mas as pessoas continuam a não acreditar nessas advertências, e não tomam providencias para evitar o pior desastre – MORRER SEM CRISTO e SEM SALVAÇÃO – na curva da morte.

Jerry Stanley Key / 99

5 - O MILAGRE DO EVANGELHO Conta-se que, há uns 200 anos, vivia na África um chefe chamado Africander. Ele era tão mau que se tornou um salteador e assassino terrível, o terror de toda a região. Sua mão era contra todos, e a mão de todos contra ele. As autoridades chegaram a oferecer uma grande quantia a quem prendesse o terrível bandido. Contudo, ninguém quis arriscar a sua vida. Naquela época, a 13 de janeiro de 1817, chegou à África um jovem missionário chamado Robert Moffat, que mais tarde se tornou o sogro de um outro grande missionário, o Dr. David Livingstone. Logo que Moffat soube do mau Africander, em vez de fugir, buscou-o para lhe falar de Jesus. Moffat mandou pedir a Africander permissão para visitar a sua aldeia. a resposta a autorização desejada. Moffat fez os preparativos para aVeio viagem, apesarcom de todos os conhecidos darem conselhos contrários a tal loucura. Africander recebeu o missionário muito bem. Um dia veio à cabana de Moffat uma porção de mulheres que carregavam esteiras e paus. Que seria isso? Moffat não podia imaginar o que lhe ia acontecer! Talvez fosse queimado vivo ou algo pior ainda. Mas Africander veio logo para explicar que iam construir uma casa para ele, e que acabariam logo. Moffat exerceu sobre Africander uma influência tão grande que ele se converteu a Cristo, tornando-se também o amigo fiel e protetor do missionário. Passaram-se dois anos e Moffat tinha de fazer uma viagem à cidade do Cabo. Ele convidou o ex-criminoso a acompanhá-lo. Africander estava receoso e disse que as autoridades o prenderiam, mas o missionário prometeu a sua proteção, visto que agora Africander era umanova criatura em Cristo. Por fim, Africander resolveu ir. Quando chegaram à cidade, ele foi apresentado ao governador, que teve grande satisfação em verificar o triunfo do evangelho. Na viagem para a cidade do Cabo, pararam em casa de um fazendeiro para beber água. 100 / José da Silva, um pregador leigo

– Quem é o senhor? – perguntou o fazendeiro. – Sou Robert Moffat – respondeu o missionário. – Mas é impossível – disse o fazendeiro – O senhor não pode ser Robert Moffat, porque ele foi assassinado por Africander há dois anos. Moffat disse Africander tinha mais onão desejo de matar, mas foi transformado peloque poder de Deus.não O fazendeiro acreditou, dizendo: – Se isso é verdade, tenho um só desejo: ver Africander antes de morrer. – Terá o seu desejo satisfeito agora mesmo – foi a resposta do missionário – Africander, vem cá – pediu Moffat. O chefe aproximou-se e cumprimentou o fazendeiro com tanta delicadeza que este ficou espantado. E, levantando os olhos para o céu, exclamou: “Ó Deus, que milagre é este?”. Assim é o poder do evangelho para transformar os mais corruptos e os mais vis pecadores!

Jerry Stanley Key / 101

6 - ENCONTRO INEVITÁVEL Há alguns anos, na Itália, caiu uma montanha. Nessa montanha fora construída uma grande represa para fornecer luz para muitas vilas e cidades próximas. Mas houve um problema. Quando a represa começou a se encher de água, pouco a pouco, aquela montanha começou a cair. Providências foram tomadas para que os moradores de perto fossem avisados e saíssem urgentemente daquele lugar, ameaçado por uma iminente catástrofe. De fato, no dia 3 de outubro de 1963, aconteceu ali um acidente de grandes proporções. Os engenheiros que haviam projetado aquela represa não puderam prever que tal desgraça viesse a acontecer. Aquela montanha se deslocou, aquela represa se fendeu, e a água correu impetuosa, com ondas de mais de 100 metros de altura, destruindo casas e tudo o que encontrava. Mais de 200 pessoas morreram naquela catástrofe. Mas a coisa mais impressionante foi que as 200 pessoas que moravam ali tinham sido avisadas, e a polícia, para se certificar, foi verificar antes se realmente elas tinham fugido de lá. De fato, a polícia não as encontrara porque se esconderam, e, por isso, perderam as suas vidas. Elas foram avisadas, mas não acreditaram naquele aviso, e suas vidas foram ceifadas. E você, meu amigo? Você tem sido avisado do perigo iminente do inferno, do encontro inevitável com a morte. Você já está pronto para esse encontro inevitável?

102 / José da Silva, um pregador leigo

7 - FALSOS PROFETAS No dia 3 de fevereiro de 1962, o Sol e a Lua, juntamente com cinco outros planetas – Mercúrio, Vênus, Marte, Júpter, e Saturno – iniciaram o seu movimento conjunto em direção à casa de Capricórnio. Esse fenômeno ocorreu pela última vez no ano de 1285, embora houvesse ocorrido também em outros lugares no ano de 1821. Nos dias que antecederam o fenômeno, verificaram-se, em muitos países, verdadeiras ondas de terror, em consequência das previsões dos astrólogos, que vaticinavam o fim do mundo. Na Índia, milhões de fiéis se banharam ininterruptamente nos rios sagrados. Numerosas caravanas dirigiam-se para Benares, a cidade sagrada. Em todas implorando-lhes as regiões do país, o povo ergueu precesdeàsanimais deusas foi da destruição do fogo, clemência. A matança suspensa, eenas cidades o comércio ficou quase totalmente paralisado. Na Inglaterra e nos Estados Unidos da América do Norte diversas sociedades religiosas também acreditaram naquelas previsões e convocaram seus seguidores para preces coletivas. Alguns, certos de que nada impediria a consumação da catástrofe, se refugiaram em locais quase inacessíveis, numa última tentativa de escapar à morte! Em Portugal, um cidadão construiu uma “arca de Noé” e publicou anúncio na imprensa lisboeta, aceitando inscrições de candidatos à sobrevivência. Assim foi a noticia publicada na revista “Visão”, no seu número de 9 de fevereiro de 1962, e na revista “Time”, na mesma data. Sempre estão aparecendo alguns “profetas” que falam no “fim do mundo”. Lembremos que a Palavra de Deus nos previne acerca dos falsos profetas. De uma coisa podemos estar certos: o mundo só vai acabar depois da vinda do nosso Senhor Jesus Cristo. E o próprio Jesus nos diz que daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas unicamente o Pai. E você? Já está preparado para a vinda de Cristo? Jerry Stanley Key / 103

VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM Capítulo 1 1. Assinale a resposta correta, colocando um x entre os parênteses. O texto bíblico deve ser usado: a) (

) para enriquecer o sermão

b) (

) para complementar o sermão

c) (

) para servir de base para o sermão

d) (

) para provar que o sermão é bíblico

2. Coloque nas linhas a palavra “certo” ou “errado”, como achar conveniente.

a) O texto dá ao sermão a autoridade da Palavra de Deus _____________ b) As duas partes de nossas mensagens geralmente mais lembradas são a divisão do sermão e a introdução _________________ c) Devemos usar em nossas mensagens os textos mais conhecidos do público _________________ d) O assunto ou tema do sermão deve estar em acordo com o texto ________________ __________________________________ e) Não devemos usar o texto como mero pretexto ____________________

3. Assinale a alternativa correta, colocando um x entre os parênteses. 1) Para cada sermão o pregador leigo precisa de um texto: a) (

) longo

b) (

) conhecido Jerry Stanley Key / 105

c) (

) bom

d) (

) difícil

2) Para o pregador, o uso de um texto longo cria: a) ( b) (

) vantagens ) barreiras

c) (

) srcinalidade

d) (

) autoconfiança

Trabalho prático: Excluindo os textos citados no Capítulo 1, escolher um que sirva para a preparação de um sermão.

Capítulo 2 1. Assinale a resposta correta, colocando um x entre os parênteses. O primeiro requisito do sermão eficaz é: a) (

) ser rico em ilustrações

b) (

) ter harmonioso esboço

c) (

) ter um boa conclusão

d) (

) ter objetividade

2. Coloque nas linhas a palavra “certo” ou “errado”, como achar conveniente. a) O pregador espera que os ouvintes mudem certas atitudes depois de ouvirem a mensagem. ______________________ b) O alvo do sermão é aquilo que o pregador deseja que Deus faça no coração dos seus ouvintes. ______________________ 106 / José da Silva, um pregador leigo

c) Enquanto prega a mensagem, o pregador deve estar pensando no alvo do seu sermão. ______________________ d) Muitos sermões não são interessantes porque lhes falta um alvo claro. ______________________

3. Assinale a resposta correta, colocando um x entre os parênteses. 1) O alvo ou objetivo ajuda o pregador a: a) (

) ser mais eloquente

b) (

) introduzir o sermão

c) (

) não ficar preso ao assunto

d) (

) determinar o assunto ou tema do sermão

2) O alvo é sempre formulado em termos do: a) ( b) (

) desejo do pregador em se tornar notório ) gosto dos ouvintes por determinados assuntos

c) (

) efeito do sermão na experiência dos ouvintes

d) (

) tempo disponível para a pregação da mensagem

Trabalho prático: Textos ilustrativos (como João 4.5-15; Lucas 15.11-24 e outros), usados como base na preparação de um sermão, impressionam bem, e levam os ouvintes a pensarem profundamente nas possíveis decisões que precisam tomar à luz das verdades apresentadas na mensagem.

Capítulo 3 1. Assinale a resposta correta, colocando um x entre os parênteses. A origem do sermão, na maioria das vezes, nasce de uma ideia relacionada com: Jerry Stanley Key / 107

a) (

) os problemas cotidianos

b) (

) uma passagem bíblica

c) (

) uma conversa com um amigo

d) (

) um fato jornalístico

2. Coloque nas linhas a palavra“certo” ou “errado”, como acharconveniente.

a) O assunto é a ideia central do sermão ______________________ b) Uma das fraquezas da pregação atual é que os assuntos nem sempre são formulados com precisão ______________________ c) O assunto ou tema deve ser vago e confuso ______________________ d) O assunto deve ser expresso em termos de hoje e não de ontem ______________________

3. Assinale a resposta correta, colocando um x entre os parênteses. 1) O que fixa o sermão na mente dos ouvintes, muitas vezes, é o: a) ( b) (

) esboço ) assunto

c) (

) pregador

d) (

) cântico

2) O tema do sermão deve ser: a) ( ) preciso e exato b) ( ) vago e confuso c) ( ) extravagante d) (

) geral

Trabalho prático: Tomando o texto que você escolheu, no Capítulo 1, descubra-lhe o tema para um sermão. 108 / José da Silva, um pregador leigo

Capítulo 4 1. Assinale a resposta correta, colocando um x entre os parênteses. Uma mensagem bem organizada é aquela que: a) (

) é feita sem se olhar as anotações

b) (

) pode ser seguida, ponto por ponto, até terminar num clímax satisfatório

c) (

) o pregador não gasta muito tempo

d) (

) oferece aos ouvintes resultados positivos, mas não imediatos

2. Coloque nas linhas a palavra “certo” ou “errado”, como achar conveniente.

a) Uma das finalidades essenciais de um sermão bem organizado é a unidade. ______________________ b) Quando não há boa proporção do tempo gasto na divisão do sermão este é desorganizado. ______________________ c) Num sermão, a divisão é igual ou equivalente ao assunto. ______________

3. Assinale a resposta correta, colocando um x entre os parênteses. 1) No desenvolvimento da ideia central do sermão deve haver: (a) (

) independência

(b) (

) divergência

(c) (

) desarmonia

(d) (

) harmonia

2) Um bom sermão deve marchar para o seu alvo, com uma intensidade: a) ( b) (

) crescente ) decrescente Jerry Stanley Key / 109

c) ( d) (

) estável ) moderada

Trabalho prático: Agora que você já escolheu o texto bíblico e descobriu-lhe tema, está capacitado para organizar osdopensamentos do sermão. Faça isso,o lembrando sempre as recomendações autor.

Capítulo 5 1. Assinale a resposta correta, colocando um x entre os parênteses. 1) As 3 partes que constituem um sermão são: a) (

) introdução, ilustração e conclusão

b) (

) introdução, corpo e conclusão

c) ( d) (

) introdução, peroração e conclusão ) corpo, conclusão e apelo

2) Uma boa introdução requer as seguintes características: a) (

) pertinente ao assunto, breve e clara

b) (

) tomando 50% do tempo total do sermão

c) (

) atraente e que faça o povo rir

d) ( ) apresentandouma boa ilustração,mas que nada tenha a ver com o sermão 2. Coloque nas linhas a palavra “certo” ou “errado”, como achar conveniente.

a) A finalidade da introdução é provocar o interesse e a atenção dos ouvintes. __________________________ b) Obrigatoriamente a introdução não precisa ser pertinente ao assunto do sermão. ______________________ 110 / José da Silva, um pregador leigo

c) Se ocorrer o fato de o pregador não estar preparado para a mensagem, é correto e louvável ele se justificar publicamente. ______________________ d) A introdução textual é aquela que é tirada do próprio texto bíblico que vai servir de base para o sermão, e pode ser usada sem ferir os princípios homiléticos. ______________________ 3. Assinale a resposta correta, colocando um x entre os parênteses. Uma boa introdução normalmente gasta do tempo total do sermão: a) (

) 50%

b) (

) 30%

c) (

) 20%

d) (

) 15%

Trabalho prático: Já que o esboço do seu sermão está pronto, escreva uma boa introdução. Aplique as ideias contidas no capítulo 5 do livro.

Capítulo 6 1. Assinale a resposta correta, colocando um x entre os parênteses. 1) A conclusão, geralmente, é a parte do sermão: a) (

) mais bem cuidada

b) (

) menos preparada

c) (

) mais atraente

d) (

) mais longa

2) Um dos melhores tipos de conclusão é: a) (

) uma recapitulação das ideias principais do sermão Jerry Stanley Key / 111

b) (

) uma ilustração jocosa

c) (

) introdução de novo pensamento

d) (

) alguns “gritos” para ficar na memória dos ouvintes

2. Coloque nas linhas a palavra “certo” ou “errado”, como achar conveniente. a) Na conclusão, não se deve usar qualquer anotação. ________________ b) O uso de ilustrações não é permitido na conclusão. _________________ c) A conclusão deve ser de todo o sermão e não apenas do último ponto. ______________________

3. Assinale a resposta correta, colocando um x entre os parênteses. 1) A conclusão do sermão é a parte mais importante, depois: a) ( b) (

) do texto ) da introdução

c) (

) do corpo

d) (

) das ilustrações

2) Uma conclusão, normalmente, deve levar mais ou menos: a) (

) de 10 a 15% do tempo do sermão

b) (

) de 15 a 20% do tempo do sermão

c) ( ) de 20 a 25% do tempo do sermão d) ( ) de 25 a 40% do tempo do sermão Trabalho prático: Já que o esboço do seu sermão está pronto, agora escreva uma boa conclusão. Aplique as ideias contidas no Capítulo 6 do livro. 112 / José da Silva, um pregador leigo

Capítulo 7 1. Assinale a resposta correta, colocando um x entre os parênteses. 1) O apelo, parte importante do sermão, deve ser: a) (

) longo e cansativo

b) (

) breve, mas objetivo

c) (

) com coação, se necessário

d) (

) feito de maneira brusca

2. Coloque nas linhas a palavra “certo” ou “errado”, como achar conveniente. a) Devemos fazer o apelo público porque sua srcem é bíblica. ___________ b) O apelo deve ser longo e insistente .______________________ c) O apelo deve ser baseado no ponto ou argumento mais forte do sermão. ______________________ d) O pregador leigo também tem direito de fazer apelo. ________________

3. Assinale a resposta correta, colocando um x entre os parênteses. 1) O sermão fica incompleto e deixa a desejar, sem: a) (

) ilustração

b) (

) apelo

c) (

) cântico

d) (

) introdução

2) O apelo deve ser feito com: a) ( b) (

) coação ) cortesia Jerry Stanley Key / 113

c) ( d) (

) timidez ) muita insistência

3) Para lidar com os decididos é sempre bom ter um grupo de pessoas: a) ( ) neófitas b) ( ) conversadeiras c) (

) idosas

d) (

) preparadas

Trabalho prático: Reportando-se às passagens citadas pelo autor no Capítulo 7, vemos que, até o Apocalipse, a Bíblia toda está repleta de apelos. Uma passagem bíblica apelatória, como base para um sermão, reforça a mensagem, levando os ouvintes a atenderem o chamado de Cristo.

Capítulo 8 1. Assinale a resposta correta, colocando um x entre os parênteses. Uma das características de uma boa ilustração é: a) (

) ser longa

b) (

) ser breve

c) ( d) (

) ser simples ) ser dissociada do sermão

2. Coloque nas linhas a palavra “certo” ou “errado”, como achar conveniente. a) Um dos pontos mais fracos na pregação hodierna é a falta do uso de bom material ilustrativo nos sermões. ____________________ 114 / José da Silva, um pregador leigo

b) Apesar de ser o “pregador modelo”, Jesus Cristo não gostava de usar ilustrações quando ensinava o povo. ______________________ c) Umas das partes mais apreciadas do sermão são as ilustrações. ______________________

3. Assinale a resposta correta, colocando um x entre os parênteses. 1) O autor compara o material ilustrativo a: a) ( b) (

) um telhado ) uma porta

c) (

) uma janela

d) (

) um alicerce

2) As ilustrações podem ser encontradas: a) ( ) somente nas revistas b) ( ) somente na Bíblia c) ( d) (

) em todos os lugares ) somente em nossa experiência

Trabalho prático: você já sentiu a necessidade de ilustrações em seus sermões. Por isso você irá, a partir deste instante, organizar seu arquivo de ilustrações. Adquira envelopes ou pastas de cartolina e comece o trabalho de coleta. Se você ouviu um pregador contar certa ilustração que achou interessante, anote-a em um papel. Se for um recorte de revista ou jornal, anote à margem do artigo o nome e a data da publicação. Sua mensagem tem mais autoridade quando você cita a fonte da ilustração. Não se limite às ilustrações de livros especializados sobre o assunto. Você mesmo, com a sua mente inteligente e criativa, vai extrair ilustrações dos fatos observados ao seu redor. Jerry Stanley Key / 115

Como trabalho prático, você vai selecionar três ilustrações que se coadunam com o sermão que você está preparando.

Capítulo 9 1. Assinale a resposta correta, colocando um x entre os parênteses. Como um bom hábito a ser usado pelo pregador leigo, destacamos: a) (

) linguagem simples e clara

b) (

) linguagem profunda e difícil

c) ( d) (

) linguagem técnica ) linguagem empolada

2. Coloque nas linhas a palavra “certo” ou “errado”, como achar conveniente. a) As nossas palavras devem ser reforçadas com gestos. _________________ b) Mesmo nas mensagens mais duras, o pregador deve irradiar amor. ______________________ c) A mensagem que pretendemos comunicar aos ouvintes deve ser longa e mesmo cansativa. ______________________ d) Considerando a nossa preparação prévia, não devemos depender do Espírito Santo na hora da pregação. ______________________

3. Assinale a resposta correta, colocando um x entre os parênteses. 1) Na apresentação da sua mensagem, pregador precisa ser: a) (

) imitador

b) (

) autêntico

c) (

) erudito

d) (

) imóvel

116 / José da Silva, um pregador leigo

2) Considerando que a mensagem vem do alto, o pregador deve pregar: a) (

) com toda a superioridade

b) (

) com rancor

c) ( ) com toda a condenação d) ( ) com amor

Trabalho prático: Não com o propósito de crítica, você vai, no próximo sermão que ouvir, observar alguns hábitos não recomendáveis ao bom comportamento do mensageiro na pregação da mensagem. (Lembre-se: isso é apenas para o seu governo!...)

Capítulo 10

1. Assinale a resposta correta, colocando um x entre os parênteses. O sucesso da mensagem do pregador dependerá primeiramente: a) (

) do seu preparo intelectual

b) (

) de sua espiritualidade

c) (

) do esboço do sermão

d) (

) da capacidade de assimilação dos seus ouvintes

2. Coloque nas linhas a palavra “certo” ou “errado”, como achar conveniente. a) Para o autor, só a mensagem que é pregada com fervorosa oração é poderosa. ______________________ b) É o pregador que, com sua mensagem, vai salvar os ouvintes. ______________________ Jerry Stanley Key / 117

c) Se o pregador não orar antes da pregação da mensagem, ele pode fazê-lo na hora da pregação. ______________________

3. Assinale a resposta correta, colocando um x entre os parênteses. 1) O que torna a Palavra de Deus viva e eficaz é a: a) (

) oração

b) (

) meditação

c) (

) unção

d) (

) pregação

2) A arma mais poderosa do pregador é a: a) (

) técnica da comunicação

b) (

) cultura

c) (

) oração

d) (

) teologia

Trabalho prático: Ao escolher o texto bíblico para o seu sermão, e ao preparar a sua mensagem, lembre-se de que a oração é a mola que impulsiona a nossa mente, que eleva o nosso pensamento, ligando-nos com o Espírito de Deus.

118 / José da Silva, um pregador leigo

Este livro foi produzido pela oliverartelucas com as fontes ZapfHumnst BT e Kozuka Gothic Pro; impresso no papel de miolo Pólen 70g e capa Cartão Supremo 250g em janeiro de 2012.

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