IWAGBAYE IFÁ 04

April 25, 2017 | Author: Oyekale Ayoka Ifasowunmi | Category: N/A
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Grupo de Estudos de Ifá...

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IWAGBAYE IFÁ GRUPO DE ESTUDOS DE IFÁ

TEXTO 04-O CONCEITO DE IFÁ SOBRE A COSMOLOGIA COMO BASE PARA DIVINAÇÃO TEXTO ORIGINAL: AWO FA'LOKUN FATUNMBI

IWAGBAYE IFÁ O CONCEITO DE IFÁ ACERCA DA CRIAÇÃO Cosmologia é o estudo da estrutura do universo que procura descobrir os princípios da essência que sustenta a Criação. A Cosmologia de Ifá é baseada na crença de que o microcosmo (ambiente imediato) é uma reflexão do macrocosmo (o universo). Isto significa que as forças que criaram as estrelas e as galáxias também criaram a Terra, incluindo as plantas e os animais que se desenvolveram no planeta. Devido a esta seqüência, Ifá ensina que todo problema enfrentado pelos humanos tem uma contraparte análoga em todas as esferas de existência. As escrituras de Ifá descrevem freqüentemente os problemas encontrados por animais e plantas com a suposição básica que a condição humana encontra as mesmas lutas para sobreviver. Uma das funções da divinação é identificar os meios pelos quais as forças universais se manifestam na vida quotidiana. Isto é feito através do uso do mito. Devido o mito fazer uso de elementos metafóricos, um conhecimento de símbolos torna possível ao divinador relacionar determinado mito a uma dada situação. O paradigma cosmológico fundamental que Ifá utiliza para interpretar símbolos é a crença que a manifestação do Universo é o resultado do equilíbrio entre polaridades. A maioria dos sistemas metafísicos são baseados na crença que a polaridade primordial que sustenta o universo físico é a tensão entre contração e expansão. Em Ifá, essa polaridade é freqüentemente descrita como a relação entre escuridão e luz. Este relacionamento não é considerado como um conflito entre as de forças do “bem” e as forças do “mal”. A polaridade entre expansão e contração é entendida como sendo a qualidade fundamental da dinâmica e forma como eles existem na Natureza. Usando o sistema divinatório de Dafa, expansão ou luz é representada por um traço vertical (I) e contração ou escuridão é representada por dois traços verticais (II). Utilizando o sistema divinatório que faz uso de búzios, luz é representada pelo lado côncavo aberto da concha e escuridão pelo lado convexo da mesma. A curva do lado

convexo forma uma barriga. Na pratica, essa barriga é removida, expondo uma coluna única abaixo do centro. Este lado do búzio é chamado de “estomago” ou “inú” em yoruba. O lado côncavo possui dois lábios que se curvam para dentro com uma abertura no meio. Este lado da concha é chamado de “boca” ou “enu” em yoruba. A cosmologia de Ifá ensina o princípio que luz vem da escuridão e escuridão vem da luz. Ela também ensina que todas as coisas existentes são uma manifestação do ase. A palavra yoruba ase possui vários significados. Em um contexto cosmológico, é a Força que sustenta a Criação. A manifestação primordial do ase seria a Força invisível que cria tanto luz quanto escuridão. A Física chama esta força eletromagnetismo. as coisasdos no padrões universo material geramécampos de força Odeformato esférico Todas da maioria energéticos representado eletromagnéticos. As forças eletromagnéticas que se expandem além de suas fontes na divinação emcampo Ifá pelo uso de círculoo espectro bidimensional de geram um de radiação queum abrangem visível daem luz.forma As forças eletromagnéticas contraem pelo movimento em direção a sua fonte desenha luz tabuleiro (O pó n Ifá).que O se Mé rìndinlogun geralmente representa a esfera numa fora do espectro visível dentro da escuridão. Na Natureza, um padrão energético (ase) peneiraforma (Àté uma Òrìsesfera. à). Toda esfera é definida seus e Todas as coisas desde o pela menordistância átomo atéentre a maior daspólos estrelas contém forças de expansão e contração em uma arena esférica. seu equador. Os pólos e o equador são determinados pela colocação de uma O formato esférico da maioria dos padrões energéticos é representado na linha horizontal e Ifá outra seus bidimensional ângulos retos pelo centro divinação em pelovertical uso de umem círculo em passando forma de tabuleiro (Opón Ifá). OEstas Mérìndinlogun geralmente a esferano numa (Àté Òrìsà). Toda da esfera. linhas em Dafa representa são traçadas pópeneira de iyerosun que é esfera é definida pela distância entre seus pólos e seu equador. Os pólos e o equador espalhado na superfície tabuleiro. Estas no e Mé rìndinlogun são são determinados pela do colocação de uma linha linhas horizontal outra vertical em seus ângulos centro da esfera. Estas linhas em Isto Dafa resulta são traçadas pó traçadas no póretos de passando efun quepelo é espalhado sobre a peneira. em no uma de iyerosun que é espalhado na superfície do tabuleiro. Estas linhas no Mérìndinlogun imagemsão que é nouma bidimensional de Isto uma realidade traçadas pó derepresentação efun que é espalhado sobre a peneira. resulta em uma imagem que é uma representação bidimensional de uma realidade tridimensional: tridimensional:

, o padrão simbólico paraluz luzpura pura seria seria uma em UsandoUsando Dafa, Dafa o padrão simbólico para umalinha linhasimples simples cada um dos dois pólos e em cada extremo do equador como na figura: em cada um dos dois pólos e em cada extremo do equador como na figura:

Usando Dafa, o padrão simbólico para luz pura seria uma linha simples em cada um dos dois pólos e em cada extremo do equador como na figura:

Quando estas quatro linhas são postas juntas, formando uma única coluna, elas se tornam uma notação linear que é utilizada para representar uma realidade tridimensional específica. O símbolo para luz é como segue:

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I I I I

Pelo mesmo processo, a representação simbólica para a esfera de escuridão seria uma coluna com quatro linhas duplas:

II II II II Em adição aos pólos e ao equador, toda esfera possui um centro chamado núcleo, que forma um coração oculto dentro dos limites de outra camada exterior. O núcleo de uma esfera também forma uma esfera no ponto onde as linhas dos pólos e equador se cruzam. Dafa utiliza duas linhas verticais para representar o limite externo e o núcleo interno dos padrões de energia que existem na Natureza. Usando exemplos já dados, uma esfera de luz com luz em seu núcleo seria representado por duas colunas de linhas simples. Na divinação em Ifá este símbolo é chamado “Ejí Ogbe” ou “Ogbe Meji”. Ele aparece da seguinte maneira:

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Os padrões são lidos da direita para a esquerda. O lado direito é o exterior visível e o lado esquerdo é o interior invisível. Em termos metafóricos o lado direito é masculino e o lado esquerdo é feminino. Em Ifá, a associação entre expansão, luz e energia masculina e a associação entre contração, escuridão e energia feminina é relatado na natureza expansiva e contrativa dos órgãos reprodutores masculino e femininos. Um não é considerado melhor que o outro. A polaridade entre expansão e contração, entre claro e escuro e entre macho e fêmea são todos vistos como os princípios dinâmicos que geram diversidade no interior da Criação. Para representar uma esfera que é escura na circunferência e clara em seu núcleo, Dafa utiliza duas colunas de linhas duplas. Na divinação em Ifá este símbolo é chamado “Oyeku Meji”.

II II II II

II II II II

Utilizando estes dois exemplos, é possível fazer uma representação simbólica da Terra. A bola de fogo no centro da Terra seria representada por uma coluna de linhas simples situadas ao lado esquerdo do octograma. A superfície da Terra seria descrita como luz que foi transformada em matéria e seria representada por uma coluna de linhas duplas. Em Dafa apareceria da seguinte maneira:

I I I I

II II II II

Novamente, usando as mesmas técnicas, nós poderíamos fazer uma imagem simbólica do Sol pela representação da luz que emana de sua superfície como uma coluna de linhas simples ao lado direito do octograma. O combustível no centro do Sol contrai luz, formando uma massa de partículas que seria representada por uma coluna de linhas duplas ao lado esquerdo do octograma. Em Dafa apareceria da seguinte maneira:

II II II II

I I I I

Dentro da religião de Ifá, é creditado ao Profeta Òrúnmilà o uso deste sistema para simbolizar o espectro de polaridades que existe na Natureza. Em dias anteriores à colonização a marcação do Odu foi usada como uma forma de linguagem escrita. Foi e é possível transmitir uma série complexa de idéia pela marcação do Odu com giz ou carvão em um pedaço de cerâmica. Mensagens foram trocadas entre sacerdotes utilizando variações neste método da mesma maneira que alguém escreveria uma carta nos tempos modernos. Em yoruba esta forma de comunicação é chamada “àrókò”. O simbolismo em Dafa é baseado no uso de elementos binários. Isto significa que ele é construído sobre dois componentes. Os elementos binários são uma linha simples e uma linha dupla. Estes componentes são agrupados em duas colunas reunindo quatro elementos cada. Esta é a mesma estrutura matemática que é utilizada para programar os computadores modernos. A maior diferença é que uma é formada por linhas simples e duplas e os computadores utilizam impulsos 0/1 elétricos para formar elementos binários. Ambos sistemas fazem uso de octagramas como uma estrutura para armazenamento de informações. Nesta estrutura, cada quadragrama possui dezesseis variações (4 x 4). Pela combinação de dois quadragramas formamos um octagrama, há 256 combinações (16 x 16). Na cultura Yoruba, Dafa é usado como um meio não mecânico de armazenamento de informação. Como um novo discernimento foi acrescentado em uma esfera particular da Natureza, esta informação foi reunida e adicionada aos versos de um octagrama particular associado a uma esfera em particular da Natureza, exatamente como informação e unida e armazenada sob tópicos específicos em um moderno computador. Ifá chama de Odu “cada um dos 256 octagramas usados em Dafa”. O uso do Odu como um paradigma para estudo e catalogação de Forças na Natureza é uma tentativa precoce em formular um modelo científico que explique dinâmica e forma no universo. O que na superfície pode parecer um conjunto relativamente simples de símbolos, é de fato um mapa muito complexo da estrutura da realidade como percebida pelos ancestrais que formularam os conceitos associados a cada Odu. De

acordo com a cosmologia em Ifá, a fonte da Criação é Olorun. A palavra Olorun traduz-se como “Senhor do Paraíso”. Senhor é usado aqui no sentido metafísico de possuindo um segredo ou sendo a Fonte de um Mistério. Na cosmologia em Ifá, Céu é o reino invisível que guia a evolução. Olorun é o Mistério da Fonte que é considerado estar por trás da compreensão humana. Quando Ifá descreve Forças na Natureza, se refere àquelas manifestações invisíveis da Criação que se acredita fluírem de Olorun. Todos os espíritos que são reconhecidos por Ifá são considerados como aspectos conhecidos de Olorun, enquanto a essência de Olorun permanece um Mistério. Quando o universo passou a existir no momento da Criação, foi Olodunmare quem deu a tarefa de sustentação para tudo aquilo. Olodunmare vem da raiz Olo Odu, significando “Senhor do Odu” ou “Senhor dos Primeiros Princípios”. Mare é a contração de Osumare que é o espírito do Arco-íris. Na Natureza, o Arco-íris é uma das mais puras manifestações da luz. Olodunmare poderia ser traduzido como “A Fonte das Forças na Natureza geradoras do espectro da luz”. Como Senhor do Odu, Olodunmare pode ser descrito como Caldeirão Místico que contém todas as formas potenciais que se manifestam a partir da Criação. Como Força Espiritual, Olodunmare existe em polaridade com o espírito Ela. Não há uma tradução direta para a palavra Ela. Alguns dos mais velhos em Ifá dizem significar “Pureza”. Outros dizem significar “Aquele que cria”. Quando estas formas que existem em potencial no útero de Olodunmare se manifestam, é Ela que sustenta esta manifestação. Em termos simbólicos, Ela trás a luz da Criação para fora da escuridão do Útero da Criação. A tarefa de moldar a Criação foi conferida originalmente a Obatala. A palavra Obatala significa: “Senhor das Vestes Brancas”. O termo “Vestes Brancas” é referencia a substância primordial que forma o alicerce do universo físico. A Física ensina que a primeira manifestação de dinâmica no universo foi luz. No ponto de vista Ocidental, Obatala pode ser compreendido como a essência da luz. A ciência moderna ensina que a evolução é um processo de transformação da luz solar em meio planetário. Evolução é a reorganização da luz solar para as multidimensões da vida na Terra. O mito de Ifá diz que a tarefa de moldar a Criação foi dada a Oduduwa por Olodunmare após Obatala se embriagar. A polaridade entre Oduduwa e Obatala é a expressão simbólica da teoria Ocidental cientifica que luz forma matéria e que matéria dissipa-se na luz. Ifá expressa o mesmo conceito pela afirmação que luz provem da escuridão e que escuridão provem da luz. A referência à bebedeira de Obatala é uma expressão simbólica da observação de que o movimento da luz para escuridão e vice-versa nem sempre tem lugar em uma progressão uniforme. As imagens utilizadas para representar os Odu podem ser consideradas cópias dos modos pelos quais a transmissão entre luz e sombra ou expansão e contração têm lugar. A essência dos Odu é a expressão de uma idéia científica que matéria nunca se cria nunca é destruída, é simplesmente transformada.

cópias dos modos pelos quais a transmissão entre luz e sombra ou expansão e contração têm lugar. A essência dos Odu é a expressão de uma idéia científica que matéria nunca se cria nunca é destruída, é simplesmente transformada. De maneiraa compreender a compreender a natureza do sua Odu em sua primordial, manifestação De maneira a natureza do Odu em manifestação é de primordial, é de grande auxílio representar a Criação como é simbolizada, grande auxílio representar a Criação como é simbolizada, tanto no tabuleiro de Ifá no Méde rìndinlogun : no Mé rìndinlogun: tanto noquanto tabuleiro Ifá quanto

Desta representação simbólica da Criação é possível iniciar o processo de visualização dos relacionamentos primordiais representados pelos Odu. 10 Olodunmare é a Fonte de movimento e forma, o universo oculto em potencial. Ela é a manifestação de movimento e forma como ele existe no momento presente. Obatala é a fonte de luz e Oduduwa é luz transformada em matéria. A Fonte de Equilíbrio no universo é Olorun, o núcleo invisível do qual a Criação emerge. Neste paradigma, equilíbrio é o elemento chave. Forças opositoras que coexistem em um estado de equilíbrio geram o ase (poder) necessário para dar nascimento ao próximo estágio da evolução As forças espirituais que passam a existir como resultado das polaridades entre Olodunmare e Ela são chamadas Imole. Os Imole são aquelas Forças invisíveis que guiam a interação entre luz e matéria. Através dos Imole, os Odu que existem no útero de Olodumare manifestam-se como Força primordial na Natureza.

O CONCEITO DE IFÁ ACERCA DA EVOLUÇÃO

A interação entre luz e matéria resulta na formação das estrelas. A estrela que Ifá chama de Olofi e que é conhecida no ocidente como sol, deu nascimento aos planetas. A Força Espiritual que passa a existência através da evolução que lidera a criação da Terra são chamados Irunmole. É através dos Irunmole que Odu, que

existe no útero de Olodumare, manifesta-se como fenômeno natural na esfera do planeta. A palavra yoruba Ilé possui vários significados, porém aqui é usado Neste ponto na evolução quando Odu manifestou-se na Terra, aqui emergiu como sinônimo planeta Usando a iyé imagem simbólica uma dimensão da de realidade que Terra. Ifá chama de w’à . A palavra w’àiyé doé freqüentemente como superfície da Terra. De uma perspectiva tabuleiro e datraduzida peneira, O lo run e Ilé são polaridades que cosmológica, existem ao w’àiyé é aquele lugar que permite a interação entre os Espíritos do Òrun e os redor do núcleo de w’àiyé. A polaridade externa que se encontra na Espíritos de Ilé. Em termos míticos, w’àiyé é o portal entre Céu e Terra. esfera Adepalavra w’àiyé está Ilé entre as vários pessoas que vivem na aqui Terra e aqueles yoruba possui significados, porém é usado como sinônimo de planeta Terra. Usando a imagem simbólica do tabuleiro e da peneira, espíritos ancestrais que participam nos afazeres mais próximos. A Olorun e Ilé são polaridades que existem ao redor do núcleo de w’àiyé. A palavra yoruba para espírito ancestral é Ẽgún. A palavra yoruba para polaridade externa que se encontra na esfera de w’àiyé está entre as pessoas que corpo é ara. Uma representação simbólica vivem nahumano Terra e aqueles espíritos ancestrais que participam nos afazeresdestes mais próximos. A palavraaparece yoruba para espírito ancestral é Ẽgún. A palavra yoruba para relacionamentos assim: corpo humano é ara. Uma representação simbólica destes relacionamentos aparece assim:

Os Espíritos do Olorun se referem a aquelas Forças que foram listadas no Os Espíritos do OOlodunmare, lo run se referem aquelaseForças que. foram paradigma anterior; Ela, aObatala Oduduwa Olorunlistadas é tanto esfera dos ancestrais quantoOFonte de todas Forças que see manifestam no paradigma anterior; lo dunmare , Easla, O batala Oduduwa.naO Criação. lorun é Os espíritos que vivem na Terra são conhecidos como Ogboni. A palavra Ogboni é tanto esfera dos ancestrais quanto Fonte de refere todasa as Forças que que se imprecisamente traduzida como “da Terra”. Ara se aquelas pessoas manifestam na aCriação. Osnespíritos queelevadas vivem daqueles na Terraque sãopassaram conhecidos caminham sobre Terra e Ẽgú são as almas desta vida. como Ogboni. A palavra Ogboni é imprecisamente traduzida como “da É nessa conjuntura que o espectro completo das Forças Espirituais Terra”. Ara se Os refere a aquelas pessoas caminham sobre a TerraOse intermisturam-se. espíritos de Olorun geramque movimento e forma no cosmos. Espíritos Ogboni movimento e forma planeta. Com a descida Ẽgún sãodeas almas geram elevadas daqueles que no passaram desta vida. do ase de Olorun ao Ilé, ele é plantado no corpo humano e cada indivíduo torna-se uma reflexão daquelas Forças que estruturam toda a Criação. No centro deste circulo está a esfera invisível de w’à i yé , o qual é aquela dimensão invisível ao longo da superfície da Terra que une a vida Humana com as influências Espirituais. Esta fenda invisível entre w’à i yé e Olorun é chamada de “Yangi” que significa “Encruzilhada”. Nas escrituras de Ifá, Yangi é considerado como o lar de Esu que é o Mensageiro Divino, a fonte de comunicação entre Ilé e Òrun. Ifá ensina que se há equilíbrio e harmonia entre as forças do Céu e da Terra, aqueles que habitam sobre a Terra irão experimentar boa saúde, ganho de sabedoria,

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paz e abundância. E quando estas forças entram em conflito, há doença, confusão, violência e escassez. Freqüentemente esta cosmologia e mal-interpretada como punição dos Espíritos àqueles que os negligenciam. Seria mais correto dizer que a violação das Leis da Natureza tem conseqüências inevitáveis. Se você polui a água, em algum momento ela se tornará intragável. Se você polui o ar, em algum momento ele se tornará sufocante. Se você joga toxinas na Terra, em algum momento ela tornar-se-á árida. Se você continuar a queimar as florestas, em algum momento elas nunca mais crescerão. Cada circulo usado neste texto representa um paradigma de equilíbrio em Ifá em uma dada dimensão da realidade. Eu criei estas imagens para auxiliar explicar conceitos espirituais que são cada qual parte integral da cultura Yoruba, muitos awo africanos os consideram como auto-evidente. Quando os apetrechos da divinação são jogados no tabuleiro ou peneira, suas colocações e orientações identificam áreas de equilíbrio ou desequilíbrio. Esta informação da ao divinador uma visão simbólica da estrutura do problema dado. Uma vez que uma área de desequilíbrio ou atrito foi identificada, as forças contra equilibrantes podem ser identificadas, dando direção visual em como trazer a situação para um estado de harmonia. De acordo com Ifá, harmonia do Eu com o mundo, do propósito com destino e da vontade pessoal com responsabilidade Espiritual é a fonte de longa vida, boa fortuna e abundância.

O CONCEITO DE IFÁ ACERCA DA SOCIOLOGIA A cultura Yoruba usou o paradigma de Ifá do cosmos como base para a construção de suas maiores cidades. A estrutura da Nação Yoruba era uma federação de cidades-estado. Cada cidade era regida por um Oba. Em tempos antigos o Oba nunca era visto por seus súditos, tornando-se então o núcleo invisível do círculo que formou a cidade. Ele era circundado por um conselho feminino de anciãs chamado Odu e um predominante conselho masculino de anciãos chamado Egboni. A cidade em si era sustentada por trabalho parte masculino e parte feminino o que inclinou a dividir seus labores ao longo de linhas de gênero. Os homens eram tradicionalmente fazendeiros e as mulheres controlava tradicionalmente o lugar no mercado. Tanto homens quanto mulheres participaram em orientar o grupo que preservou as técnicas usadas nas artes. As cidades foram construídas em forma circular com o composto do Oba no centro. A imagem simbólica da cultura Yoruba aparece como segue:

Existem algumas evidências arqueológicas nas cidades yorubas de Ilé Ifé e Existem algumasqueevidências nasbase cidades de Ilé Oyo que sugerem esse desenhoarqueológicas foi utilizado como para a yorubas atual disposição destasque cidades. A extensão ao desenho qual isto foi ocorreu em outras cidades ser Ifé e Oyo sugerem que esse utilizado como base não parapôde a atual completamente pesquisada. Parece que esta estrutura foi usada em tempos prédisposição destas A extensão ao qual ocorreutanto em políticas outras cidades coloniais comocidades. a base do estabelecimento de isto instituições quanto religiosas o qual foram construídas sob um modelo encontradofoi em Ifá . não pôde ser completamente pesquisada. Parececosmológico que esta estrutura usada Variações nesta estrutura envolveram o sistema de estabelecimento da em tempos pré-coloniais como a base do estabelecimento de instituições tanto localização dos santuários. O sistema é chamado Gede que é uma antiga forma de políticas quanto religiosas o qual foram construídas sob umem modelo astrologia. Em Gede o caminho dos corpos solares e planetas é marcado ralação ao modoencontrado que eles percorrem cosmológico em Ifá. a paisagem. Acredita-se que os corpos celestes intensificam o ase (poder inerente) das forças naturais que se originam da Terra. Pela correlação influência entre Olorun e Ilé, oso antigos divinadores estavam aptos da a Variaçõesdanesta estrutura envolveram sistema de estabelecimento consagrar seus santuários em locais que refletissem a essência do Odu específico. localização dos santuários. O sistema é chamado Ge de que é uma antiga forma A Terra (Ilé) era considerada um reflexo do Céu (Orun), o traçado das cidades de astrologia. Ge de opara caminho solares planetas é marcado yorubas foiEm desenhada faze-lasdos um corpos espelho da ordem ecósmica. A religião de Ifáem é originária da cidade de Ilépercorrem Ifé. Nas escrituras de Ifá, esta cidade é descrita o lar ralação ao modo que eles a paisagem. Acredita-se que como os corpos original dos humanos. As palavras Ilé Ifé significam “Terra Espalhada”. Então Ilé Ifé celestes intensificam o ase (poder inerente) das forças naturais que se é uma cidade e situa-se em algum lugar onde o solo formou a Terra permitindo a originam da Terra. Pela correlação da influência entre Ose lo run e Ilé , osIféantigos evolução humana tomar lugar. As escrituras de Ifá também referem a Ilé como um lugar estavam Espiritual. Éaptos o lar daqueles ancestraisseus que retornaram à Fonte. divinadores a consagrar santuários em locais que

refletissem a essência do Odu específico.

Ifá gbe wa o, Babarinde Ayoka Ifasowunmi Oyekale. A Terra (Ilé ) era considerada um reflexo do Céu ( O run), o traçado das Domingo 22 de maio de 16. cidades yorubas foi desenhada para faze-las um espelho da ordem cósmica. A

religião de Ifá é originária da cidade de Ilé Ifé . Nas escrituras de Ifá, esta cidade é descrita como o lar original dos humanos. As palavras Ilé Ifé significam “Terra Espalhada”. Então Ilé Ifé é uma cidade e situa-se em algum lugar onde o solo formou a Terra permitindo a evolução humana tomar lugar. As escrituras de Ifá também se referem a Ilé Ifé como um lugar Espiritual. É o lar daqueles ancestrais que retornaram à Fonte.

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