Isolamento-purificação-e-caracterização-de-metabólitos-especias-de-nabo-forrageiro-Raphanus-sativus-L..pdf

February 6, 2019 | Author: Elizael De Jesus Gonçalves | Category: Plants, Chromatography, Fraction (Mathematics), Solvent, Root
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I Congresso de Pesquisa e Pós-Graduação do Câmpus Rio Verde do IFGoiano. 06 e 07 de novembro de 2012.

ISOLAMENTO, PURIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE METABÓLITOS ESPECIAS DE NABO FORRAGEIRO (Raphan us sati vus L.) BORGES, Elisângela Barbosa (Estudante IC) 1; ALVES, Cassia Cristina Fernandes Fernandes 1 1 (Orientador) ; ALVES,José Milton (Colaborador) (Colaborador) ; FERREIRA, Nelsimar Laurinda (Colaborador)1. 1

Instituto Federal de Educação, Ciência e T ecnologia Goiano  –  Câmpus  Câmpus Rio Verde - GO.

RESUMO: Os vegetais representam as maiores fontes de substâncias ativas que podem ser usadas na terapêutica. Tendo em vista a crescente demanda de alternativas aos combustíveis fósseis, diversas plantas vêm sendo estudadas com objetivo de fornecimento de óleo para produção de biodiesel, entre estas plantas  podemos destacar o Nabo forrageiro (Raphanus sativus L). O objetivo de desenvolver este trabalho é obter dados sobre metabólitos especiais de Nabo forrageiro, pois existem poucos dados na literatura sobre estudo fitoquímico desta espécie. O material vegetal foi colhido no campo e foram separados as folhas, flores e caule, todo o material vegetal foi moído e utilizando maceração a frio foram obtidos os extratos de diferentes polaridades. Os extratos foram submetidos a métodos cromatográficos utilizando sílica gel e sephadex e as frações obtidas obt idas foram analisadas através de CCDA, após diversos métodos cromatográficos de  purificação verificou-se que a planta apresenta extratos extratos ricos em flavonóides e terpenos.

INTRODUÇÃO A natureza, desde sempre, tem o poder de despertar no homem, um fascínio, não somente  pelos recursos oferecidos para sua alimentação e manutenção, mas por sua principal fonte de inspiração e aprendizado, buscando cada vez mais compreender a leis naturais e o desafio de transpor as barreiras a sua sobrevivência, como o clima e as doenças, levando assim o homem, ao atual estágio de desenvolvimento científico. (JUNIOR et al.,2006). Pesquisas mostram que as plantas  produzem princípios ativos de acordo com o ambiente em que elas vivem, e a presença de outras plantas podem comprometer a produção de metabólitos especiais. (MAIA et al., 2009). Os metabólitos secundários produzidos  por plantas, melhor conceituados, como metabólitos especiais, tiveram um papel fundamental no desenvolvimento da química orgânica sintética moderna. Historicamente, o desenvolvimento da química orgânica, ocorreu  paralelamente  paralelamente ao estudo das plantas,  principalmente a partir do século XIX, quando foram registrados os primeiros estudos sobre  plantas, com base científica. Isso resultou no isolamento de alguns princípios ativos de plantas,  já então conhecidas como medicinais. Desses estudos foram obtidas algumas substancias que se

consagraram como princípios ativos eficazes, e que até hoje ainda são muito empregados no tratamento de certas doenças, a exemplo de morfina, quinina, cânfora e cocaína (Montanari, 2001). O desenvolvimento desta pesquisa, tem como objetivo, isolar, purificar e caracterizar metabolitos especiais do nabo forrageiro (Raphanus sativus L).

MATERIAL E MÉTODOS O material vegetal foi obtido através do  plantio de experimento no campo experimental experimental do laboratório de Agroenergia do Instituto Federal Goiano  –   Campos/Rio Verde. Posteriormente ao  plantio e desenvolvimento desenvolvimento do Nabo forrageiro houve a coleta das plantas que não foram submetidas a nenhum tratamento denominadas de “Branco”, também coletou-se plantas que foram submetidas a tratamentos de nutrição mineral e calagem que serão estudadas posteriormente. Após a coleta, o material vegetal foi levado para o Laboratório de Química de produtos Naturais. No laboratório foram separadas manualmente a raiz, o caule, as folhas, as flores e os grãos. As raízes e os grãos separados foram descartados. As folhas do Nabo forrageiro após serem moídas, foram colocadas em um balão de vidro de 1

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3 litros e coberta com hexano, depois de ficarem submersas no solvente hexano por três dias o material foi filtrado e o solvente recuperado através do evaporador rotativo, o solvente recuperado foi novamente colocado em contato com as folhas trituradas, este procedimento foi repetido diversas vezes até obter o extrato hexânico do nabo forrageiro. Foi obtido também extratos das folhas utilizando diclorometano como solvente e extratos das flores do nabo forrageiro utilizando diclorometano e metanol como solventes utilizando o método de maceração a frio. O extrato obtido das folhas com o solvente hexano foi denominado NFBrH (Nabo Folhas Branco Hexano) 9,6 gramas, e o extrato obtido com o solvente diclorometano foi denominado NFBrD (Nabo Folhas Branco Diclorometano) 5,5 gramas. O extrato das flores extraído com diclorometano foi denominado (NFlBrD) 3,3 gramas e o obtido com o solvente metanol foi denominado (NFlBrM) 6,3 gramas. Foi realizada partição com solvente com todos os extratos obtidos. Para realizar a partição dissolveu os extratos em metanol/água 1:1 e colocou em um funil de separação e adicionou-se diclorometano obtendo duas frações a fração metanol/agua e a fração solúvel em dicloromentano. As frações obtidas após as partições com solventes foram submetidas à cromatografia em coluna usando como fase estacionária sílica gel 60 0,2-0,5mm/35-70 mesh ASTM e coletadas frações com solventes de diferentes polaridades exceto a fração denominada NFlBrDM (Nabo Flores Branco Diclorometano Metanol) que foi submetida a cromatografia em coluna usando Shefadex LH 20 e um único solvente, neste caso o metanol. Após a partição com solventes do extrato hexânico das folhas a fração solúvel em hexano  NFBrHH (Nabo Folhas Branco Hexano Hexano) esta fração foi submetida a cromatografia em coluna com sílica gel e foram obtidas 331 frações, a outra fração das folhas solúvel em diclorometano denominada NFBrDD (Nabo Folhas Branco Diclorometano Diclorometano) também foi submetida a fracionamento cromatográfico em coluna usando sílica gel foram obtidas 276 frações.  No caso das flores a fração obtida com diclorometano denominada NFlBrDD (Nabo Flores Branco Diclorometano Diclorometano) após a submissão a cromatografia em coluna

utilizando como fase estacionária sílica gel foram obtidas 72 frações e a fração metanólica obtida a  partir da partição com solventes denominada  NFlBrDM (Nabo Flores Branco Diclorometano Metanol) que foi submetida a cromatografia utilizando como fase estacionaria sephadex e foram extraídas 11 frações. As frações obtidas após as cromatografias em coluna foram analisadas através de CCDA (Cromatografia em Camada Delgada Analítica) reunindo as frações semelhantes para serem submetidas a novos fracionamentos em colunas cromatográficas e identificando as amostras puras.

RESULTADO E DISCUSSÃO Após os processos de fracionamentos e  purificação dos extratos e frações obteve-se as seguintes frações: a fração NFBrDD 39/10283/85-01, a fração NFBrHH 45/48-44/50-04, a fração NFBrHH-149 e a fração NFlBrDD-18/2208 que após análise em CCDA e utilizando lâmpada de UV verificou-se que as mesmas apresentavam um ponto indicando a presença de uma substância, estas amostras foram enviadas  para análises expectométricas. No desenvolvimento desta pesquisa verificou-se indícios de que os extratos e frações obtidas das folhas e flores do nabo possuem em sua constituição flavonóides e terpenos. Os flavonóides podem desenvolver funções farmacólogicas como antibacteriana e antimicrobiana etc (Pires et al., 2011).

Os seres vivos possuem como características de suma importância à atividade metabólica, no caso das plantas, seu metabolismo é divido em metabólitos  primários e secundários, os terpenos são substâncias comuns nas plantas e é um metabólito secundário, compreendendo em si, mais de 1500 compostos que são de grande valor para a indústria farmacêutica (Calou, 2008).

CONCLUSÃO Através dos métodos utilizados foi  possível isolar e purificar alguns compostos, e verificar a presença de terpenos e flavonóides em algumas frações obtidas dos extratos de diferentes polaridades das folhas e flores do nabo forrageiro, sendo que a continuidade 2

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deste trabalho possibilitará isolar e identificar metabólitos especiais de diferentes classes. O desenvolvimento de pesquisa fitoquímica com esta espécie vegetal é muito importante, pois existem poucos dados na literatura sobre metabólitos especiais isolados do nabo, por isso a continuidade do desenvolvimento do projeto é importante.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PIRES, A., M., L.; SILVEIRA, E., R.; PESSOA,O., D., L.; Flavonóides de Lonchocarpus campestris (Leguminosae) Quím. Nova vol.34 N°.2, 2011.

Acido Centipedico e Lactona do Acido Hawtriwaico em Modelos de Dermatite de Contanto Induzida Por TPA e Oxazolona em Camundongos. Efeitos dos CALOU, I.,B., F.;

JUNIOR, Cláudio V.; BOLZANI, Vanderlan S.; BARREIRO,Eliezer J., Os produtos naturais e a química medicinal moderna. Química nova, v. 29, n.02, 2006. MAIA, J.T.L.S. et al. Influência do cultivo em consórcio na produção de fitomassa e óleo essencial de manjericão ( Ocimum basilicum L.) e hortelã ( Mentha x villosa Huds.). Rev. bras. plantas med. [online]. 2009, vol.11, n.2, pp. 137140. ISSN 1516-0572. MONTANARI, C. A.; BOLZANI, V. S.; Planejamento racional de fármacos baseado em  produtos naturais. Química Nova, Vol. 24, No. 1, 105-111, 2001.

terpenos 2008.

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