INVESTIMENTO EM AÇÕES - PERCEPÇÃO DE RISCO E

May 17, 2018 | Author: Felipe De Paula Tcheco | Category: Risk, Standard Deviation, Capital Asset Pricing Model, Investing, Technical Analysis
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INVESTIMENTO EM AÇÕES: PERCEPÇÃO DE RISCO E FERRAMENTAS UTILIZADAS PARA ANÁLISE DO RISCO REAL

2009

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INVESTIMENTO EM AÇÕES: PERCEPÇÃO DE RISCO E FERRAMENTAS UTILIZADAS PARA ANÁLISE DO RISCO REAL

Trabalho de conclusão de curso de especialização em apresentado como requisito para obtenção de título de . Orientador:

2009

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INVESTIMENTO EM AÇÕES: PERCEPÇÃO DE RISCO E FERRAMENTAS UTILIZADAS PARA ANÁLISE DO RISCO REAL

Trabalho de conclusão de curso de especialização em apresentado como requisito para obtenção de título de . Orientador:

2009

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INVESTIMENTO EM AÇÕES: PERCEPÇÃO DE RISCO E FERRAMENTAS UTILIZADAS PARA ANÁLISE DO RISCO REAL Aprovada em de

de 2009.

COMISSÃO EXAMINADORA  _____________________________________ 

 _____________________________________ 

,

de

de 2009.

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“O único lugar em que o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário” Albert Einstein

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RESUMO Uma análise preliminar do risco em investimentos em ações deve ser feito na tentativa de redução da probabilidade de perda financeira. O investidor deve se conhecer, saber seu perfil de risco, e o mais importante, saber o risco de determinada ação para se fazer um investimento consciente e definir se o retorno almejado é compatível com o risco que está proposto a incorrer. Objetiva-se entender como o investidor analisa o risco de uma determinada ação antes de sua compra. Analisar a capacidade que o investidor possui de enxergar eventuais perdas ou oscilações de patrimônio ou retornos antes de montar sua estratégia de investimento, ou seja, analisar que ferramenta o investidor utiliza em seu dia-a-dia para mensurar o risco de se investir em determinada ação ou se a decisão de compra é tomada sem esta análise. A metodologia de pesquisa quanto à forma de abordagem do problema, foi de cunho quantitativo e do ponto de vista dos objetivos enquadra-se em uma pesquisa do tipo descritiva, com utilização de ferramentas quantitativas de análise e com a aplicação de um questionário com 13 questões abertas e fechadas e serem respondidas por  investidores em ativos financeiros. Observou-se desconhecimento e despreparo frente à análise preliminar do investimento, pois a grande maioria dos investidores entrevistados optou por investir em ações de elevado risco em um momento de turbulência do mercado financeiro, caracterizado no período de aplicação do questionário. A maioria dos investidores mostrou-se despreparada e desconhecem as ferramentas de análise de risco, visto que a minoria dos investidores optou por investir  nas ações com tendências contrárias às tendências do mercado atual. Notou-se uma busca por informações em sites especializados em investimentos em ações sem a preocupação com a credibilidade dessas informações. Verificou-se também que não é realizada uma análise de risco, mas sim uma busca por algum tipo de orientação, sugestão ou dica. Portanto, o sucesso do investimento em ações, depende da capacidade de análise do investidor, visto que toda ação possui um risco ou a probabilidade de perda financeira. À medida que o mercado de capitais se desenvolve, diminuem as chances do incauto que baseia suas decisões em boatos ou dicas, e para diminuir a probabilidade de perdas são necessárias a adoção e aplicação de uma ferramenta que mensure e possibilite a análise do risco.

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Palavras Chave: Ações. Risco. Ferramentas de Análise. Investimento.

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LISTA DE TABELAS Tabela 1: Faixa de idade dos investidores......................................................................32 Tabela 2: Formação profissional do investidor................................................................32 Tabela 3: Atuação profissional dos investidores.............................................................33 Tabela 4: Tempo de aplicação na bolsa de valores (anos).............................................34 Tabela 5: Tipos de investimento......................................................................................34 Tabela 6: Para quem se investe......................................................................................35 Tabela 7: Ferramentas utilizadas para análise de investimentos....................................36 Tabela 8: Utilização de site especializado em finanças..................................................36 Tabela 9: Participação em fóruns especializados em finanças.......................................37 Tabela 10: Perspectiva de retorno sobre o investimento................................................37 Tabela 11: Realização de curso na área de investimento em ações..............................38 Tabela 12: Corretoras......................................................................................................38 Tabela 13: Ações de baixo risco.....................................................................................39 Tabela 14: Ações com tendências contrárias às tendências do mercado atual.............39 Tabela 15: Ações de maior risco.....................................................................................40

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SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO INICIAL DO PROBLEMA EM ESTUDO .................................... 09 2. OBJETIVOS .............................................................................................................. 11 2.1. GERAL................................................................................................................ 11 2.2. ESPECÍFICO ...................................................................................................... 11 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................ 12 3.1. RISCO ................................................................................................................ 12 3.1.1. Fundamentos de Risco .............................................................................. 12 3.1.2. Avaliação de Risco de um Ativo Individual ............................................. 16 3.1.2.1.Análise de Sensibilidade ......................................................................... 16 3.1.2.2. Distribuições de Probabilidades ............................................................. 17 3.1.3. Mensuração de Risco ................................................................................ 17 3.1.3.1. Desvio Padrão........................................................................................ 17 3.1.3.2. Coeficiente de Variação ......................................................................... 18 3.1.4. Risco de uma Carteira ............................................................................... 19 3.1.4.1. Retorno e Desvio-Padrão ....................................................................... 19 3.1.4.2. Correlação.............................................................................................. 19 3.1.5. Risco e Retorno .......................................................................................... 21 3.1.5.1. Modelo de Precificação dos Ativos de Capital (CAPM).......................... 21 3.1.5.2. Coeficiente Beta..................................................................................... 22 3.2. FERRAMENTAS DE “AUXÍLIO” À ANÁLISE DE RISCO.................................... 24 3.2.1. Analise Fundamentalista ........................................................................... 24 3.2.1.1. Análise Relativa ou por Múltiplos ........................................................... 25 3.2.2. Análise Técnica .................................................................................... 26 3.2.2.1. Teoria de Down...................................................................................... 27 3.2.2.2. Fibonnacci e Teoria das Ondas de Elliot................................................ 28 4. METODOLOGIA ....................................................................................................... 30 5. RESULTADOS E ANÁLISES ................................................................................... 32 6. CONCLUSÕES ......................................................................................................... 41 7. RECOMENDAÇÕES ................................................................................................. 43 8. REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 45 ANEXO ANEXO A ...................................................................................................................... 49

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1. APRESENTAÇÃO INICIAL DO PROBLEMA EM ESTUDO A história recente mostra que o mercado financeiro mundial já atravessou grandes crises internacionais. A Bovespa, por exemplo, reflete de imediato essas crises. O segundo semestre de 1997 ficou marcado pela crise do mercado asiático. As bolsas de valores da Tailândia e da Malásia foram caracterizadas por movimentos de queda e que repercutiram em várias bolsas do mundo, inclusive na brasileira. Destacase, também, a crise da Rússia que em 1998 gerou prejuízos enormes aos investidores. Entretanto, o ano de 1999 até março de 2000 ficou caracterizado pela alta da Bolsa Nasdaq, patrocinada pelas ações de tecnologia e Internet dos EUA. E a crise financeira americana de setembro de 2008 que começa a bater à porta brasileira. O colapso do sistema financeiro americano já “reduziu a pó” cerca de US$ 17 trilhões das Bolsas de Valores de todo o planeta. A turbulência ronda a economia e os mercados brasileiros, inclusive, o financeiro. A crise “promete” se instalar com proporções de uma onda devastadora (LEONE, 2008). O momento atual é de instabilidade dos mercados financeiros mundiais e “com o sobe-e-desce intenso na Bolsa de Valores, uma palavra não sai da cabeça dos investidores: prejuízo. O risco existe, de fato. Mas ele pode ser minimizado se o aplicador souber enxergar oportunidades” (MURTA, 2008, p. 13) em meio ao mercado sensível e se souber em que investir. Diante deste cenário, o investidor que não souber analisar os riscos e as oportunidades do mercado podem estar cometendo um erro que poderá se tornar em perdas. Quem analisa o risco de um investimento de uma determinada ação e verifica se é compatível com seu perfil, continuará confiando na Bolsa de Valores como um bom investimento, visto que a rentabilidade dos investimentos em ações pode ser muito atrativa. O seu perfil como investidor (forma como você escolhe a relação entre risco e retorno mais adequada para sua situação financeira e suas necessidades) depende de vários fatores. Uma delas é em que ponto do ciclo financeiro de sua vida você se encontra e a idade do investidor.

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Portanto, a análise preliminar do risco em investimentos em ações deve ser feito na tentativa de redução da probabilidade de perda financeira. O investidor deve se conhecer. Saber seu perfil de risco, e, o mais importante, saber o risco de determinada ação para se fazer um investimento consciente e definir se o retorno almejado é compatível com o risco que está proposto incorrer. O sucesso do investimento em ações depende fundamentalmente da capacidade de análise do investidor, visto que toda ação possui um risco, ou seja, probabilidade de perda financeira. À medida que o mercado de capitais se desenvolve, diminuem as chances do incauto que baseia suas decisões em boatos ou dicas.

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2. OBJETIVOS 2.1. GERAL Entender como o investidor analisa o risco de uma determinada ação antes de sua compra e verificar as possíveis ferramentas utilizadas para auxiliar a análise preliminar a compra. 2.2. ESPECÍFICO Analisar a capacidade que o investidor possui de enxergar eventuais perdas, oscilações de patrimônio ou retornos antes de montar sua estratégia de investimento, ou seja, analisar que ferramenta o investidor utiliza em seu dia-a-dia para mensurar o risco de se investir em determinada ação ou se a decisão de compra é tomada sem esta análise.

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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1. RISCO 3.1.1. Fundamentos de Risco Em tudo na vida há um tipo de risco associado. E nos negócios não é diferente. “[...] perigo ou possibilidade de perigo. Assim, risco se refere à chance de ocorrer algum evento desfavorável” (BRIGHAM, 1999, p. 158). [...] é a possibilidade de perda financeira. Os ativos considerados mais arriscados são os que oferecem maiores possibilidades de perda financeira. Em termos mais formais, a palavra risco é usada como sinônimo de incerteza e refere-se à variabilidade dos retornos associados a um ativo (GITMAN, 2007, p. 184).

Risco é a incerteza de obtenção do retorno esperado em uma determinada aplicação financeira ou investimento. Fazer um investimento em ações sem uma análise de risco pode se tornar perigoso. O perigo maior não está no risco do investimento, mas em seu desconhecimento. “O risco de um ativo pode ser analisado de duas maneiras: risco de um único ativo e risco de uma carteira (portfólio)” (BRIGHAM, 1999). “O risco ou volatilidade é uma das bases do tripé da análise de investimentos,  juntamente com a rentabilidade e liquidez“ (CAVALCANTE, MISUMI E RUDGE, 2005). É uma variável importante no mercado de ações e necessita ser entendida com cautela, paciência e inteligência, pois quanto mais volátil o mercado, mais incertezas em relação aos investimentos haverá. Isto representa riscos maiores, mas também, boas oportunidades para o investidor que sabe analisar em que está se investindo, visto que a rentabilidade nos investimentos mais ousados é sempre maior. É importante delimitar um nível aceitável de risco. “Há comportamentos diferentes em relação ao risco: aversão, indiferença e propensão. Para o investidor  indiferente a risco o retorno exigido em um investimento não varia quando o nível de risco varia. É uma situação que não faz sentido em quase nenhuma situação de investimento. Para o investidor avesso a risco o retorno exigido aumenta quando o risco aumenta. É exigido um retorno mais alto para compensar o risco mais elevado. O

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investidor propenso a risco, o retorno exigido cai se o risco aumenta. O retorno do investidor é compensado por algum benefício. No entanto, os investidores são avessos a risco. Para um certo aumento de risco, exigem aumento de retorno. Geralmente, tendem ser conservadores e não agressivos ao assumir riscos” (GITMAN, 2007). Conforme informações passadas pelo site especializado em Finanças Infomoney, quanto menor a idade do investidor, maior é o apetite ao risco, ou seja, mais disposto fica o investidor em apostar em aplicações menos seguras, com o objetivo de obter ganhos maiores. A conclusão é de uma pesquisa da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, e, apesar de refletir uma tendência mundial, foi baseada nos investidores norte-americanos. No Brasil, conforme pesquisa Expo Money (pesquisa feita pelo site Infomoney), realizada em algumas cidades do Brasil, mostra que o investidor brasileiro fica entre o conservador e o moderado, quando o assunto é investimento.”O perfil dos investidores não é de especuladores que querem ganhar  dinheiro rápido e sim de investidores que pensam em retornos a longo prazo. Pensam em investir em ações como forma de uma aposentadoria para o futuro” (ASSAD, 2008). O objetivo primário do investidor é garantir a proteção dos ativos críticos frente a determinadas ameaças. Uma ameaça em potencial afeta diretamente aqueles ativos que estão mais expostos, e esta exposição é medida pelo grau de vulnerabilidade àquelas ameaças principais. Neste contexto, a análise de riscos entra em cena. Tudo deve ser analisado para determinar o risco potencial e o impacto relacionado a vários desastres ou ameaças, o que é chamado processo de análise de riscos. Em artigo apresentado no periódico Resenha da BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), Duarte Júnior (1996, p. 26), conforme destaca Bruni (1998), “apresentou o conceito de risco numa classificação multidimensional, que cobriria quatro grandes grupos: risco de mercado, risco operacional, risco de crédito e risco legal”. Os riscos operacionais relacionam-se às perdas inesperadas de uma instituição, em virtude de seus sistemas, práticas e medidas de controle serem incapazes de resistir a erros humanos, à infra-estrutura de apoio danificada, a falha de modelagem, de serviços ou de produtos, e a mudanças no ambiente empresarial.

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Risco de crédito se refere a uma possível incapacidade da instituição financeira, responsável pela emissão de ativos financeiros usados em investimentos, de honrar  seus compromissos financeiros assumidos com os investidores. O risco legal pode ser definido como uma medida numérica da incerteza dos retornos de uma instituição caso seus contratos não possam ser legalmente amparados por falta de representatividade por parte de um negociador, por  documentação insuficiente, insolvência ou ilegalidade (DUARTE JÚNIOR; PINHEIRO; JORDÃO; BASTOS, acesso em 23 de jan. de 2009).

No entanto, nos interessa destacar o risco de mercado, visto que o comportamento dos preços dos ativos está em função das condições de mercado. Para entender e medir possíveis perdas devido às flutuações do mercado seria importante identificar e quantificar fatores que impactuam a dinâmica do preço do ativo. Pode ser  subdividido em quatro grandes áreas: acionária, câmbio, juros e mercadorias (commodities). O Risco de Mercado depende do comportamento do preço do ativo diante das condições de mercado. Para entender e medir possíveis perdas devido às flutuações do mercado é importante identificar e quantificar o mais corretamente possível as volatilidades e correlações dos fatores que impactam a dinâmica do preço do ativo. Risco de mercado pode ser dividido em quatro grandes áreas: risco do mercado acionário, risco do mercado de câmbio, risco do mercado de juros e risco do mercado de commodities. É possível que alguns instrumentos tenham seus riscos considerados separadamente dentro das quatro áreas acima. Por  exemplo, quando consideramos um contrato futuro no IBOVESPA negociado na BM&F temos dois tipos de risco: a) Risco do mercado acionário, que pode ser aproximado por um fator de mercado como o IBOVESPA. b) Risco do mercado de juros, que pode ser aproximado por um grupo de fatores de mercado relacionados à estrutura a termo dos juros brasileiros (DUARTE JÚNIOR, p. 3)

Também é importante analisar os tipos de riscos. “Há dois tipos de risco na economia: o risco sistemático e o risco não sistemático” (HULL, 1996, p. 78). O risco sistemático ou não diversificável é atribuível a fatores de mercado que afetam todas as empresas e não pode ser eliminado por meio de diversificação da carteira, tais como: guerras, inflação e incidentes internacionais. O risco não sistemático ou diversificável representa a parte do risco de um ativo associado a causas aleatórias, tais como:

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greves e ações judiciais. Este tipo de risco pode ser eliminado com a diversificação da carteira (GITMAN, 2007). O objetivo do investidor deve ser de eliminar o risco não sistemático. [...] qualquer investidor pode criar uma carteira de ativos capaz de eliminar todo o risco diversificável, o único risco relevante é o não diversificável. Qualquer  investidor ou empresa, portanto, deve-se preocupar-se somente com esse risco. Sua mensuração é de importância fundamental para a seleção de ativos com as características mais desejáveis em termos de risco e retorno (GITMAN, 2007, p. 200).

Hull complementa que [...] um investidor comumente demanda um retorno esperado maior que a taxa de juro livre de risco para manter posições de risco sistemático. Um investidor  também está preparado a aceitar um retorno esperado menor que a taxa de   juro livre de risco quando o risco sistemático de um investimento é negativo (HULL, 1996, p. 78).

A Análise de Riscos identifica as ameaças mais prováveis de ocorrência, analisando as vulnerabilidades encontradas e possibilitando a tomada de decisão em relação aos riscos principais. Conhecendo os riscos pode-se tomar a decisão de investir  ou não investir no ativo. Há várias ferramentas de avaliação de risco na análise de investimentos. Cálculo de risco pode ser definido como a tentativa de se medir o grau de incerteza na obtenção do retorno esperado em uma determinada aplicação financeira ou investimento realizado. Dessa forma, os investimentos podem ser classificados como de baixo, médio e alto risco. Geralmente, investimentos de baixo risco apresentam um maior nível de segurança ao investidor, mas em contrapartida costumam ter um retorno menor. Investimentos de alto risco, por outro lado, podem trazer um retorno mais alto, mas com um grau muito maior de incerteza, podendo até mesmo trazer prejuízos aos investidores. O nível aceitável de risco difere entre os investidores. Há três comportamentos em relação ao risco: aversão, indiferença e propensão. Para o investidor indiferente a risco, o retorno exigido não varia quando o nível de risco. Não haveria variação de retorno com o aumento do risco. Para o investidor avesso a risco, o retorno exigido

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aumenta quando o risco se eleva. Como esse administrador teme risco, ele exige um retorne esperado mais alto para compensar o risco mais elevado. Para o investidor  propenso a risco, o retorno cai se o risco aumenta. Este tipo de investidor gosta de correr riscos, esta disposto a assumir riscos maiores e assumir a hipótese de retornos menores. Portanto, o risco oferece uma oportunidade que deve ser percebida de forma diferente entre os investidores, em detrimento a análise, ao conhecimento, a informação para uma fundamentação técnica e teórica prévia a tomada de decisão, diminuindo riscos ou sua probabilidade de ocorrência e eliminando a figura do incauto que se baseia em boatos e dicas.

3.1.2. Avaliação de Risco de um Ativo Individual 3.1.2.1. Análise de Sensibilidade É uma técnica que permite de forma controlada conduzir experimentos e investigações com o uso de um modelo de simulação. É usada para determinar a sensibilidade dos resultados de um estudo ou de uma revisão sistemática quando suas premissas são alteradas. Permite avaliar impactos associados: as alterações dos valores das variáveis de entrada e dos parâmetros do sistema, e das mudanças estruturais em um modelo. Estes impactos são determinados por meio de análises das variáveis de saída. Em análises de sensibilidade, ao se proceder várias rodadas de simulação e avaliar os cenários gerados, é possível constatar tendências e anomalias. Para proceder-se estas constatações pode-se utilizar das diferentes formas de proceder análises de resultados de simulação como as disponibilizados pela estatística clássica (SILVA, acesso em: 14 de out. de 2008).

Um procedimento bem simples para o cálculo de análise de sensibilidade “é a diferença do retorno estimado máximo (resultado otimista) e do retorno estimado mínimo (resultado pessimista) de uma determinada ação” (GITMAN, 2007). A metodologia é rudimentar, mas já oferece uma noção do comportamento dos retornos para se estimar o risco.

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Portanto, com a análise de sensibilidade é possível avaliar “o grau de confiança” dos resultados em situações de decisões incertas ou suposições sobre os dados e resultados usados. Em outras palavras, a análise de sensibilidade é fundamental para investigar a “heterogeneidade” dos estudos incluídos (SILVA, acesso em: 14 de out. de 2008). 3.1.2.2. Distribuições de Probabilidades Trata-se do processo de obter informações sobre uma população a partir de resultados observados de uma amostra. A probabilidade de um evento é definida como a possibilidade de que o mesmo venha a ocorrer. [...] Se todos os eventos possíveis, ou resultados, são relacionados, e se é atribuída uma probabilidade para cada evento, essa listagem é chamada de uma distribuição de probabilidades (BRIGHAM, 1999, p. 159).

“Toda conclusão tirada por uma amostragem, quando generalizada para a população, virá acompanhada de um grau de incerteza ou risco” (CORREA, 2003, p. 93). “As distribuições de probabilidades oferecem uma visão mais quantitativa do risco de um ativo” (GITMAN, 2007, p. 189). A distribuição de probabilidades é um modelo que associa probabilidades aos eventos correspondentes, como por exemplo, o retorno. O tipo mais simples é o gráfico de barras que mostra somente um número limitado de combinações entre eventos e probabilidades (GITMAN, 2007). Ao conjunto de técnicas e procedimentos que permitem dar ao pesquisador um grau de confiabilidade, de confiança nas afirmações que faz para a população, baseadas nos resultados das amostras, dá-se o nome de Inferência Estatística. No entanto, o grande problema da Inferência Estatística é medir o grau de incerteza ou risco dessas generalizações. Seus instrumentos permitem a viabilidade das conclusões por meio de afirmações estatísticas.

3.1.3. Mensuração de Risco 3.1.3.1 Desvio Padrão

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O desvio padrão é a medida mais comum da dispersão estatística. É definido de maneira a dar-nos uma medida da dispersão. Quanto maior o desvio padrão, maior a dispersão e mais afastados da média estarão os eventos extremos. Com o desvio padrão pode-se fazer previsões sobre eventos representados dentro das probabilidades definidas. Quanto mais estreita a distribuição de probabilidades dos retornos futuros esperados, menor será o risco de um dado investimento [...]. Para se obter o máximo proveito, qualquer medida de risco deve ter um valor definido – precisamos de uma medida de quão estreita é uma distribuição de probabilidades. Tal medida é o desvio padrão (BRIGHAM, 1999, p. 162).

O indicador estatístico mais comum do risco de um ativo é o desvio-padrão, σk, o qual mede a dispersão em torno do valor esperado, que é o retorno mais provável de um ativo. A grande questão é saber se esta média é uma boa representação, ou não, da distribuição de probabilidades. A resposta e esta questão é o desvio padrão, que nos informa o grau de concentração das probabilidades em torno da média [...]. [...] Dada uma distribuição de probabilidades de uma variável aleatória objeto a decisão será tomada com base na média da distribuição (SECURATO, 1996, p. 31).

Portanto, através do retorno de um ativo (dados históricos) pode-se mensurar o risco através do desvio padrão. Quanto maior o desvio padrão, mais alto é o risco. Assim, o investidor pode analisar o risco ao seu perfil e decidir aplicar ou não em um determinado ativo. 3.1.3.2. Coeficiente de Variação O problema do risco definido pelo desvio padrão é com relação às dificuldades no processo de comparação das alternativas em função do risco e do retorno, Securato (1996). Como, porém, escolher entre dois investimentos quando um deles tem o retorno esperado mais alto e o outro tem o desvio padrão mais baixo? (BRIGHAM, 1999, p. 165). Esta questão pode ser resolvida com o coeficiente de variação que é uma medida relativa de dispersão útil para a comparação em termos relativos do grau de concentração. O coeficiente de variação é a relação entre o desvio padrão e o retorno esperado. Indica a dispersão relativa.

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O coeficiente de variação mostra o risco por unidade de retorno e proporciona uma base de comparação que faz mais sentido quando o retorno esperado de duas alternativas não é o mesmo (BRIGHAM, 1999, p. 165).

É uma medida de dispersão útil na comparação dos riscos de ativos com retornos esperados diferentes. O uso do coeficiente de variação é mais eficaz na comparação de riscos de ativo do que o desvio padrão, pois também considera o retorno esperado dos ativos (GITMAN, 2007). O coeficiente de variação nos permite ordenar um conjunto de alternativas, o que é importante; no entanto, o critério é linear e, desta forma, pode nos conduzir a equivalências perigosas (SECURATO, 1996, p. 35). Portanto, embora o coeficiente de variação possibilite uma melhor comparação entre as alternativas, ele não deve ser considerado como um critério único e absoluto para decisões em investimentos.

3.1.4. Risco de uma Carteira 3.1.4.1. Retorno e Desvio-Padrão O objetivo do investidor é criar uma carteira eficiente, que maximize o retorno para certo nível de risco ou minimize o risco para certo nível de retorno (GITMAN, 2007). É necessário então, medir de alguma forma o retorno e o desvio padrão de uma carteira de ativos. O retorno de uma carteira de ações é obtido pela média ponderada dos retornos dos ativos individuais que a compõem. E o desvio padrão dos retornos de uma carteira é obtido aplicando-se o mesmo conceito de cálculo de desvio padrão de ativo individual. 3.1.4.2. Correlação A abordagem para mensurar risco e retorno de uma carteira começa com os cálculos dos desvios padrão e do retorno esperado de cada título da carteira. O objetivo é dividir o risco entre os vários ativos, reduzindo, assim, o risco total (risco diversificável + risco não diversificável) (GROPPELLI & NIKBAKHT, 2002).

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Após medir o retorno e o desvio padrão de uma carteira de ativos é necessário entender e calcular a correlação, processo subjacente ao processo de diversificação utilizado para construir uma carteira eficiente. Correlação [...] é a relação estabelecida após uma pesquisa. Com base nos resultados da pesquisa, são feitas comparações que eventualmente podem conduzir (ou não) à ligação entre as variáveis. A relação entre duas ou mais variáveis denominase correlação. A utilidade e importância das correlações entre duas variáveis podem conduzir à descoberta de novos métodos, cujas estimativas são vitais em tomadas de decisões (CORRÊA, 2003, p. 106 e 107).

A correlação entre duas variáveis indica a maneira como elas se movem em conjunto. A quantificação desse relacionamento é obtida estatisticamente por meio do coeficiente de correlação que pode variar de +1 a –1. Para Assaf Neto (1999), conforme destaca Cury (acesso em 23 de jan. de 2009), o valor de r, que sempre pertencerá ao intervalo [-1;1], representa uma medida de intensidade do inter-relacionamento entre duas variáveis. Se r = 1, há uma perfeita correlação positiva entre as variáveis, isto é, se os valores de uma variável aumentam (ou diminuem), em correspondência os valores da outra variável também aumentam (ou diminuem) na mesma proporção. Se, por outro lado, r = -1, há uma perfeita correlação negativa entre as variáveis, ou seja, os valores de uma variável variam em proporção inversa aos valores de outra variável. Se, entretanto, r = 0, não há correlação entre as variáveis (CURY, acesso em 23 de jan. de 2009).

Portanto, quando o coeficiente de correlação for igual a –1, diz-se que as variáveis em estudo estão inversamente correlacionadas, isto é, quando a variável Y diminui, a variável X tende a elevar-se, na mesma proporção. Quanto mais próximo de   –1 situar-se o coeficiente de correlação, mais negativa será a correlação entre as variáveis. E quando o coeficiente de correlação for igual a +1, conclui-se que as variáveis em estudo apresentam-se perfeitamente correlacionadas, na mesma proporção, ou seja, um crescimento de X leva também a um aumento correspondente de Y, e vice-versa. Quanto mais próximo de +1 estiver o coeficiente de correlação, mais perfeita será a correlação positiva entre as variáveis. Podem ser encontradas, ainda, variáveis que se comportam de maneira totalmente independentes entre si, ou seja, sem relação alguma entre os valores. Neste caso, o coeficiente de correlação é igual a zero.

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3.1.5. Risco e Retorno 3.1.5.1.

Modelo de Precificação dos Ativos de Capital - Capital Asset Pricing  Model (CAPM)

Corrêa (1997, p. 26), conforme destacam Limão, Cardoso e Souza (2001), mencionam que o Modelo de Precificação dos Ativos de Capital (CAPM) “é considerado um dos mais tradicionais no campo das finanças, foi desenvolvido separadamente e independentemente por três pesquisadores Sharpe, em 1964, Lintner, em 1965, e Monsin, em 1966”. O CAPM divide o risco em duas partes: risco diversificável e risco nãodiversificável. A premissa é que existe um relacionamento estrito entre os retornos dos títulos individuais e os retornos do mercado. Esses retornos, para uma determinada ação ou para o mercado, consistem em ganhos de capital mais o retorno dos dividendos (GROPPELLI & NIKBAKHT, 2002, p. 88).

Modelo baseado na proposição de que a taxa de retorno exigida de qualquer  ação é igual à taxa de retorno livre de risco, mais um prêmio de risco que corresponde ao risco remanescente após a diversificação (BRIGHAM, 1999, p. 174). O modelo permite encontrar a taxa justa de retorno de um ativo financeiro a um determinado nível de risco. É dividido em duas partes: a primeira (RF) corresponde a taxa livre de risco e a segunda (RM-RF). βII,M ,corresponde ao prêmio de risco. RI = RF + (RM-RF). βII,M Onde: RI = Retorno do ativo RF = Retorno do ativo sem risco RM = Retorno da carteira de mercado βII,M = beta do ativo

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O modelo CAPM combina um ativo livre de risco com um nível de retorno mínimo a uma carteira formada por ativos com riscos, ou seja, o grau de risco de uma determinada ação é a contribuição percentual dessas ações ao grau de risco da carteira. Uma determinada ação pode apresentar um alto risco, se mantida isoladamente, mas se analisada a carteira, o risco diminui devido à diversificação. Podem-se obter maiores lucros e diminuir o risco com a formação de uma carteira. Contudo o montante de recursos investidos em cada ativo disponível deve ser  criteriosamente determinado. Diversificar não significa simplesmente “colocar  ovos em cestas diferentes”, mas um processo de avaliação de alocação de capital em diversas oportunidades de ganho (ou perda), por meio da determinação de suas contribuições para a otimização da relação risco-retorno (CORREA & SOUZA, 2001, p. 16).

No entanto, “após a diversificação o que permanece é o risco de mercado, ou o risco que é inerente ao mercado” (BRIGHAM, 1999), ou seja, o investidor fica exposto a um risco que pode ser influenciado por uma notícia ou acontecimento de compra, venda, fusão ou incorporação de uma empresa por outra, de descobertas de matériaprima, de aumento da taxa de juros entre outros que venham acarretar mudanças no mercado. 3.1.5.2.

Coeficiente Beta (β)

A medida de sensibilidade de uma ação ao mercado é chamada de beta (β) (GROPPELLI & NIKBAKHT, 2002, p. 92). É uma medida de volatilidade de uma ação em relação ao mercado. É uma medida relativa de risco não diversificável. É um indicador do grau de variabilidade do retorno de um ativo em resposta a uma variação do retorno do mercado. Os retornos históricos de um ativo são usados na determinação de seu coeficiente beta. O retorno de mercado é o da carteira de mercado formada pó todos os títulos negociados (GITMAN, 2007, p. 200)

O coeficiente beta mede a volatilidade de uma ação em relação a uma ação média, que por definição tem β=1. A análise para o cálculo do beta deve ser feita da seguinte maneira: deve-se considerar as coordenadas do retorno do mercado e os retornos dos ativos individuais. Construir um gráfico cartesiano onde a ordenada será

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composta pelo risco de carteira (retorno histórico dos ativos individuais) e a abscissa será composta pelo número de títulos da carteira (retorno histórico do mercado). O coeficiente angular será o coeficiente beta. No entanto, através de técnicas estatísticas pode-se calcular o coeficiente beta sem a construção desse gráfico. O beta pode ser estimado pela seguinte expressão:

(2)

Sendo Cov(Ri,Rm), a covariância entre os retornos da ação da empresa i e os retornos do índice de mercado e Var(Rm), a variância dos retornos do índice de mercado. Como

(3)

onde DP(Ri) é o desvio padrão dos retornos da ação i e DP(Rm) é o desvio padrão do retorno do índice de mercado. Substituindo a expressão acima na anterior, temos:

(4)

Esta expressão é muito útil na prática no caso de se ter que estimar um beta indiretamente, por exemplo, para uma empresa que não tem retornos no mercado. Pode-se tentar inferir, talvez por observação de empresas assemelhadas, qual seria a razão de variâncias e qual seria a correlação entre a ação da empresa e o mercado (LEAL, 2007, p. 02).

O coeficiente beta revela o grau de influência das variações globais do mercado na evolução da cotação dessa ação ou carteira de ações. Por exemplo: se o índice do mercado apresentar uma valorização de 10%, a cotação de uma ação cujo coeficiente beta seja de 0.5, valorizará 5%. A ação cujo coeficiente beta seja igual a zero, significa dizer que o ativo não é afetado pelas variações do mercado. Se o coeficiente beta for positivo, significa dizer  que variam na mesma direção da carteira de mercado. β=0,5 significa que a sensibilidade é igual à metade da sensibilidade da carteira de mercado. β=1, sensibilidade igual a do mercado e se β=2, sensibilidade duas vezes maior que a do

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mercado. Entretanto, se o coeficiente beta for negativo, significa dizer que as ações variam em direção apostas à da carteira de mercado. O raciocínio é idêntico para os betas iguais a 0,5; 1 e 2. Na construção de uma carteira, os investidores que selecionarem ações com betas menores terão provavelmente retornos menores que aqueles que selecionarem ações com betas maiores e, portanto, mais arriscadas (GROPPELLI & NIKBAKHT, 2002, p. 92). No entanto, caso um investidor adicione uma ação cujo beta seja maior do que 1,0 a uma carteira com β=1, logo o beta da carteira, e consequentemente, o seu grau de risco irão aumentar. Da mesma forma que, adicionada uma ação que o beta seja menor do que 1,0 a uma carteira com β=1, o beta da carteira e seu grau de risco irão diminuir. “Assim, como o beta de uma ação mede a sua contribuição ao grau de risco de uma carteira, o beta é a medida correta, do ponto de vista teórico, do grau de risco da ação” (BRIGHAM, 1999, p. 178). 3.2. FERRAMENTAS DE “AUXÍLIO” À ANÁLISE DE RISCO Após a mensuração do risco, o investidor, ainda possui, outras ferramentas de auxílio para a tomada de decisão. O investidor, após mensurar os riscos das ações e optar pela compra das ações X, Y ou W, ainda pode utilizar ferramentas que irão auxiliá-lo no melhor momento da compra deste ativo. Irão auxiliá-lo na questão preço  justo da ação entre outras teorias e técnicas que se aplicadas ajudarão o investidor na tomada de decisão, incorrendo em riscos compatíveis com seu perfil, comprando no momento certo a um preço justo e, fazendo ainda, análises sobre a empresa e às ações que o ajudarão na obtenção maiores retornos. Destacam-se as Análises Fundamentalista, Técnica e Gráfica.

3.2.1. Analise Fundamentalista A Análise Fundamentalista é um conjunto de técnicas que tem como objetivo principal a precificação de empresas e como conseqüência, no caso de companhias abertas, também, a precificação de ações dessas empresas.

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Através da determinação do preço justo de uma ação, pode-se compará-la com o preço atual negociado na bolsa, e decidir a compra ou venda, minimizando riscos e almejando retornos maiores. O preço justo de uma ação se fundamenta na expectativa de resultados futuros. O preço da ação na bolsa não é o próprio preço justo, pois reflete uma média de expectativas entre compradores e vendedores da ação. A cotação na bolsa de valores é um dado de mercado. O preço justo é uma avaliação individual. O que determina o preço justo da ação são fatores como custo de oportunidade de renda fixa, prêmio de risco inerente ao investimento na empresa, liquidez na ação no mercado secundário, geração de resultados e taxa de crescimento (CAVALCANTE, MISUMI E RUDGE, 2005). Os adeptos da análise fundamentalista baseiam as suas decisões em dados estatísticos extraídos do balanço patrimonial (análise contábil), informações sobre a situação do mercado, do patrimônio da empresa, do relatório da auditoria, da qualidade dos administradores, da estratégia da empresa no setor e em aspectos macroeconômicos (TREUHERZ, 1972). Teoricamente, quando o valor patrimonial da ação se situar acima do preço de mercado, ocorre uma indicação de compra; ao contrário, preço de mercado superior ao valor patrimonial indica conveniência de venda. Por outro lado, conforme se visualiza no mercado, algumas ações podem passar longos períodos com preços sistematicamente superiores a seus valores patrimoniais e nem por isso deixam de ter ofertas de compra proveniente de investidores tecnicamente qualificados. Entretanto, a constatação de fatos desta natureza conduziu ao aprimoramento dos instrumentos da escola fundamentalista, e à criação de certos índices que se tornaram clássicos para a avaliação de empresas. 3.2.1.1. Análise Relativa ou por Múltiplos Através da comparação e análise de uma empresa em relação à outra é possível tomar decisões de investimentos. Caso os investidores tenham perspectivas de um determinado setor de atividade econômica sejam bastante promissoras; neste caso a

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análise comparativa entre as empresas deste setor poderia determinar a decisão sobre em qual das empresas poderia efetuar a compra das ações. Foram desenvolvidos diversos índices a partir de informações como preço das ações, lucro, receita, custo dívida. Informações obtidas dos balanços e informações diárias de preço de negociação na Bolsa de Valores. Além destas informações, podese, ainda, projetar lucro e receita e desta forma projetar o valor futuro destes indicadores; neste caso os valores obtidos estão sujeitos a percepção subjetiva de cada analista. As corretoras publicam um boletim diário, denominado Stock Guide (http://www.fundacaofia.com.br/labfin/pesquisa/analise/stockguide/default.asp), ou guia de ações. Este site apresenta uma espécie de planilha com vários tipos de dados, onde as empresas estão agrupadas nos diversos setores de atividade; desta forma é possível que as empresas e investidores compararem os indicadores das empresas/ações de um mesmo setor. Portanto, é importante observar que a comparação só é válida entre empresas semelhantes, e é por esta razão que é recomendável comparar empresas do mesmo setor. Um dos benefícios da análise relativa é a apresentação ordenada e comparativa dos números das empresas/ações, de forma que se pode rapidamente detectar  oportunidades de compra ou venda, mas que deverão ser confirmadas pela verificação mais detalhada das informações.

3.2.2. Análise Técnica A Análise Técnica possui a mesma essência da Análise de Balanços: estuda no presente os comportamentos passados para se chegar aos comportamentos futuros, nas tentativas de minimizar riscos, sejam eles quais forem, e maximizar retornos. [...] O analista técnico observa tendências deste comportamento e avalia como o mercado reage a estas. Em sua essência, a análise técnica assume que os mercados exibirão comportamentos futuros que são consistentes com o passado, ou seja, o técnico se orienta pela repetição de padrões de comportamento do mercado. A análise tem como objetivo, a predição de quando os preços irão se mover, quando é a hora certa para entrar ou sair do mercado (CHAVES, 2004, p. 04).

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Dentro da Análise Técnica há aqueles que baseiam suas análises em gráficos e os que baseiam suas análises na Estatística. Os principais objetivos da Escola Técnica são: conhecer e mensurar a Lei de Oferta e Procura, identificar oportunidades de operações atraentes, otimizar  ingressos e saídas do mercado, determinar limites de oscilações nos preços e estabelecer estratégias de risco (CAVALCANTE, MISUMI & RUDGE, 2005, p. 214).

3.2.2.1. Teoria de Dow Charles Henry Dow (1851-1900) foi o criador do “The Wall Street Journal ”, que surgiu a partir de informativos financeiros publicados por ele sobre o comportamento do mercado, no final do século XIX e início do XX. Esses escritos se tornaram a base da teoria da Análise Técnica, apesar de nunca ter publicado um livro a respeito dessas teorias. Dow foi o idealizador do primeiro índice de bolsa, o Dow Jones Industrial   Average (DJIA). Na atualidade é o índice de ações mais famoso e acompanhado do

mundo. No início do século passado, Dow observou o comportamento da massa dos investidores, atraído para o mercado de investimentos, e o processo de divulgação de informações sobre o mercado, para construir sua famosa teoria de prognósticos de tendências de preços com base em informações gráficas de preços e volumes passados. Sua teoria original vinculava uma tendência de marcado, desde que confirmada por movimentos de preços semelhantes as médias Dow Jones que ele próprio calculava e divulgava (CAVALCANTE, MISUMI & RUDGE, 2005). A Teoria Dow baseava-se em dois princípios: O primeiro princípio diz que "os preços descontam tudo", ou seja, o julgamento de todos os investidores atuando no mercado é considerado ao ocorrerem variações nos índices. O segundo princípio indica que existem três tipos de oscilação. São elas: longo prazo (compreende períodos iguais ou superiores há um ano), médio prazo (tem duração de três semanas a alguns meses), e curto prazo (duram de seis dias a três semanas).

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De acordo com a Teoria Dow, as ações seguem uma tendência (que pode ser de alta ou de baixa). Assim, para se entender o mercado deve-se utilizar uma média da evolução dos preços, usando uma amostra relevante dos ativos em questão (MALACARNE, 2008, p. 99). As tendências de Dow são divididas em três: primária, secundária e terciária. As três tendências juntas compõem uma movimentação nos preços completa. Uma não existe sem a outra. Toda alta deve ser corrigida para ter força e continuar  subindo. Esse é o papel da secundária, corrigir a primária, assim como a terciária corrige a secundária. A tendência de alta significa que há uma força compradora maior  magnitude, enquanto que a tendência de baixa significa que a força vendedora é de maior magnitude. A tendência de alta se caracteriza por fundos ascendentes, enquanto que a de baixa por topos descendentes. Assim, os fundos são pontos de suporte em que à força dos comparadores é maior que a força dos compradores. Os fundos ascendentes indicam que quem está comprando tem disposição de comprar a preços ainda mais altos, sustentando e dando prosseguimento a essa tendência. Entretanto, topos são pontos de resistência em que a força dos vendedores é maior que a dos compradores. Os topos descendentes mostram a disposição dos vendedores em vender a preços cada vez menores, seguindo-se, então, a uma tendência de baixa. 3.2.2.2. Fibonnacci e Teoria das Ondas de Elliot A Bolsa de Valores tem movimentos imponderáveis, baseados em circunstâncias totalmente imprevisíveis. Entretanto, alguns analistas garantem que se pode, dentro de certos limites, diminuir os riscos nos investimentos e identificar momentos potenciais de lucro ou prejuízo, ao longo do tempo, através de uma análise gráfica das flutuações de períodos anteriores (LOPES, 2004). Segundo Noronha, citado por Guarnieri (2005, p. 3), “por volta da segunda década do século XIX, Ralph Nelson Elliot, um analista financeiro norte-americano, enquanto trabalhava na auditoria de empresas na América Central, contraiu uma doença tropical. No período de recuperação, Elliot dedicou-se a estudar o movimento

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do índice Dow Jones. Com isto identificou um comportamento recorrente de movimentação do índice. Estes padrões eram formados por ondas de avanço e declínio e apresentavam repetições ao longo do tempo. Após o regresso aos Estados Unidos, Elliot concentrou-se nos estudos realizados em sua convalescença, aprimorou e organizou as observações, culminando na publicação da monografia Princípio das Ondas”. Elliot

estudou

a

série

criada

pelo

matemático

italiano

Fibonacci.

A série de Fibonacci é composta pela s seguintes sequências: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377,... É uma série iniciada com 1 e cujos números seguintes são a soma do número atual e seu anterior. Por exemplo, 5 = 3+2, 8=5+3, 13 = 8+5 e assim por diante. Uma importante questão que se verifica é que após o quarto número da série, ao dividir um número por seu sucessor, o resultado obtido é sempre 0,618 (aproximadamente). Dividindo um número por seu antecessor, o resultado é aproximadamente 1,618, também conhecido como "Proporção Áurea", denominada φ. Percebe-se que 13/8 ≈ 1,62; 21/34 ≈ 1,62; 144/89 ≈ 1,62; e assim por diante. Portanto, a Teoria das Ondas de Elliot teorizou um padrão encontrado nos gráficos, ou seja, um ciclo completo da onda. A interação das ondas de forma continua criam outras ondas e ciclos de temporalidade maior. Assim, cada onda vista acima poderá de acordo com a teoria ser formada por um conjunto de ondas em periodicidade de menor ou de maior amplitude. Assim, esta teoria se destaca como mais uma ferramenta para a análise de investimentos em ações.

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4. METODOLOGIA A metodologia de pesquisa do ponto de vista da forma de abordagem do problema consiste em uma pesquisa de cunho quantitativa, visto que se traduz em números, opiniões e informações classificadas e analisadas com o uso de recursos e de técnicas matemáticas e estatísticas. Do ponto de vista dos objetivos da pesquisa, enquadra-se em uma pesquisa do tipo descritiva, pois visa descrever as características de determinada população de investidores. Envolve o uso de técnica padronizada de coleta de dados, com aplicação de um questionário, conforme anexo A, com 13 questões abertas e fechadas. Os questionários foram aplicados do dia 17 de setembro de 2008 ao dia 12 de   janeiro de 2009 nas cidades da região da Grande Vitória, através de visitas às empresas e investidores e envio de e-mails. O questionário também foi aplicado na cidade de Brasília no Distrito Federal, em um evento nacional do Governo Federal sobre Orçamento e Finanças dos dias 26 a 30 de novembro de 2008, a qual o mesmo foi aplicado a investidores de várias regiões do Brasil. Tomou-se o cuidado para que o investidor não participasse duas vezes da pesquisa para não mascarar a mesma, através de um controle próprio feito por nome e empresa ou instituição a qual o investidor trabalhava. A amostra, portanto, foi não probabilística ou por conveniência. Foram feitas visitas às empresas Kurumá Veículos, DLS Representações, Corretora Uniletra e a Transportadora Colatinense para a aplicação do questionário. Visitas aos Bancos do Brasil e Banestes para o suprimento de algumas dúvidas quanto à intermediação dos mesmos na compra e venda de ações e fundo de ações. Na aplicação dos questionários, tomou-se o cuidado para que o mesmo não fosse aplicado aos investidores de fundos de ações, visto que o investidor que aplica em fundos de ações não possui o poder de escolha em qual ativo aplicar. Entretanto, os investidores que utilizam os bancos como mediadores às corretoras em investimento em ações, possuem o poder de escolha e análise. A opção em utilizar o banco como mediador  está no “sentimento de segurança”, pois há investidores que não conseguem ou temem

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operar as plataformas das corretoras e optam pelos bancos, tomando as decisões por  telefone. Foram aplicados 38 questionários aos investidores de ativos financeiros, sendo que, algumas questões não foram preenchidas de maneira satisfatória. As questões de 1 a 12 que não foram respondidas foram destacadas nas tabelas de 1 a 11 como “não opinadas”. Entretanto, na questão 13 foram consideradas, somente, as questões respondidas de maneira completa, visto que é uma questão de análise quantitativa e parte fundamental para o resultado final do trabalho. Do total de respondentes, apenas 28 questionários retornaram preenchidos de maneira satisfatória. De acordo com o questionário que se encontra no Anexo A, na questão 13 foram elencadas 30 ações visando avaliar o grau de conhecimento que os respondentes tinham sobre o risco dessas ações. Na relação, há ações de baixo e alto riscos e com tendências contrárias ao mercado atual, ou seja, ações em que o risco diminui em períodos de crise. Utilizou-se como medida de risco o Coeficiente Beta. Cada respondente escolheu as 10 ações mais interessantes para aplicar, na sua opinião, tendo-se, então, um total de 280 escolhas.

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5. RESULTADOS E ANÁLISES Constata-se que a idade média dos respondentes é de 33,6 anos (dois investidores não responderam sua idade). A idade média dos foi calculada, tomando como base 36 investidores, somando todas a idades e dividindo o total por 36, obtendo assim a média aritmética. Tabela 1: Faixa de idade dos investidores Faixa de Idade Menos de 21 anos Entre 21 e 30 anos Entre 31 e 40 anos Entre 41 e 50 anos Acima de 50 anos Total

Qtde 0 18 7 9 2 36

% 0,0 50,0 19,4 25,0 5,6 100

De acordo com a tabela 2, apenas 7,9% dos participantes não possuem nível superior, enquanto que 45% possuem curso de graduação, 34,2% com especialização, 10,5% são mestres e 2,6% são doutores. Nota-se que os participantes são instruídos, pois 92,1% dos entrevistados possuem pelo menos curso superior. Os cursos superiores de maior freqüência entre os pesquisados foram Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas. Estes cursos fornecem instruções técnicas acerca do mercado financeiro. Tabela 2: Formação profissional do investidor  Formação Frequência % Segundo Grau 3 7,9 Graduação

17

44,7

Especialização

13

34,2

Mestrado

4

10,5

Doutorado Total

1 38

2,6 100

Área/ Curso Design, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Estatística, Ciências Econômicas, Direito, Administração, Comércio Exterior, Gestão de Empresas e Ciências Contábeis. Análise Contábil e Financeira, Gestão Financeira de Empresas, Auditoria, Gestão Financeira, Controle da Administração Pública, Gestão Pública, Gestão em Recursos Humanos, Administração Financeira, Gestão Economia, Pesquisa Operacional e Inteligência Computacional e Ciências Contábeis. Administração

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Suas profissões são bastante heterogêneas, conforme destaca a tabela 3, pois há professores universitários, profissionais de setores financeiros de grandes empresas, servidores municipais, estaduais, federais e estudantes universitários. Percebe-se, que os respondentes possuem certa estabilidade financeira (89,5% estão empregados) para poderem aplicar no mercado financeiro. Destaca-se que em “Outros” e “Vários” da Tabela 3 refere-se ao agrupamento de freqüências únicas de empresas e cargos de 57,9% dos investidores. Há investidores que atuam no IBGE, BANDES, MEC, VALE, DLS Representações, Cyrela Brazil Realty, Flex Invest , INMETRO, Arcelor Brasil, SL Avicultura, Transportadora Colatinense, Secretaria do Tesouro Nacional e Polícia Militar. Possuem cargos de Contador, Auditor, Consultor, Traynee, Administrador, Analista Financeiro, Gerentes, Diretor Financeiro, Assistentes Administrativos, Professor Universitário, entre outros. Tabela 3: Atuação profissional dos investidores Empresa Banco do Brasil UFES Corretora Uniletra CCTVM Banco do Brasil Outros Não Opinaram

Cargo Frequência Assistente Escriturário 2 Assistente Administrativo 4 Assistente Administrativo 3 Gerente de Relacionamento 3 Vários 22 4 Total 38

% 5,3 10,5 7,9 7,9 57,9 10,5 100

A tabela 4 destaca o tempo de aplicação de cada respondente na bolsa de valores em anos. O tempo médio de aplicação é de 3,7 anos. Há aplicadores que já aplicam há 20 anos e há àqueles com um mês de aplicação. Percebe-se que a grande maioria aplica há pouco tempo na Bolsa de Valores. O tempo médio de aplicação foi obtido pela soma do tempo de aplicação de cada um dos investidores e dividido por 37 (quantidade de investidores que responderam à questão) Aplicação em Bolsa de Valores ainda é um assunto novo para esses investidores analisados, pois com idade média de 33,6 anos, o tempo médio de aplicação de 3,7 anos é pequeno. Conforme tabela 4, do total dos investidores, 70,3% dos respondentes só conhece a “boa fase da Bovespa” (possuem até quatro anos de aplicação), ou seja, o período compreendido entre 2003 a 2007 e, somente agora, no ano de 2008 e início

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de 2009 estão acompanhando a crise do mercado financeiro iniciada no mês de outubro de 2008 nos Estados Unidos. Tabela 4: Tempo de aplicação na Bolsa de Valores (anos) Faixa de tempo de aplicação em bolsa Menos de 1 ano Entre 1 e 2 anos Entre 2,1 e 3 anos Entre 3,1 a 4 anos Mais de 4 anos Total

Qtde 6 13 5 2 11 37

% 16,2 35,1 13,5 5,4 29,7 100

Na tabela 5 observa-se que 78,9% dos respondentes optaram por investir em ações e não somente em opções e no mercado de futuros. Os respondentes que investem nestes dois últimos responderam que também aplicam em ações. Estes dados mostram certo conservadorismo, pois analisando os três tipos de investimento, investir em ações é o menos complicado e arriscado, já que o investidor possui técnicas de análise de risco e mais entendimento sobre o funcionamento de compra e venda do ativo, enquanto que nos investimentos em opções, o mecanismo de funcionamento é mais complexo e arriscado e as corretoras, na prática, limitam um percentual de seu crédito em conta para sua compra, com o intuito de impedir uma possível perda financeira. O mercado de futuros é gerido pela Bolsa de Mercadoria e Futuros (BM&F) em que as ordens de compra e venda são realizadas por telefone e não por plataformas de acesso e, ainda, possui regras próprias de funcionamento, visto que o bem comercializado é uma commodity  tal como: ouro, prata, cobre, boi gordo, aço, alumínio, feijão, arroz, entre outros. Tabela 5: Tipos de investimento Ativos Frequência Ações 30 Opções 0 Mercado de Futuros 0 Ações e Opções 6 Ações, Opções e 2 Mercado de Futuros Total 38

% 78,9 0,0 0,0 15,8 5,3 100

35

Com a tabela 6 percebe-se que quase todos os respondentes aplicam para si próprio e mesmo os que aplicam para as empresas onde trabalham, também aplicam para si. Nota-se que 92,1% dos respondentes são pessoas físicas. Tabela 6: Para quem se investe Tipo de Investimento Para si próprio Para empresa onde trabalha Para si próprio e para a empresa onde trabalha Total

Frequência 35 0 3 38

% 92,1 0,0 7,9 100

Observa-se pela tabela 7 que somente 42,1% dos respondentes utilizam ferramentas de análise de risco, adotando somente uma ou várias ferramentas de forma conjugada. Entretanto, 44,7% dos entrevistados destacaram que utilizam outras “ferramentas de análise” como: sites especializados em mercado financeiro; Análises Fundamentalista, Técnica e Gráfica; serviços de consultores em finanças; e analises aos Demonstrativos Financeiros das empresas. Cabe destacar que estes “outros” da tabela 7 são ferramentas de auxílio à análise de risco, como é o caso das Análises Fundamentalista, Técnica e Gráfica ou são, meramente, meios informativos para a tomada de decisão, como por exemplo, a obtenção de dados pela Internet através de sites ditos especializados que muitas vezes possuem informações defasadas. Portanto

dos 38 investidores pesquisados, somente 42,1% utilizam de ferramentas de análise de risco propriamente ditas. Este dado sinaliza a fragilidade do investidor frente ao investimento. Nota-se um desconhecimento técnico sobre risco de 57,9% dos investidores entrevistados frente às analises.

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Tabela 7: Ferramentas utilizadas para análise de investimentos Ferramentas Desvio Padrão do Retorno Coeficiente de Variação Coeficiente Beta Outros Desvio Padrão do Retorno e outro Desvio Padrão do Retorno e Coeficiente de Variação Desvio Padrão do Retorno e Coeficiente Beta Não opinou Total

Frequência 7 4 1 17 2

% 18,4 10,5 2,6 44,7 5,3

1

2,6

1

2,6

5 38

13,2 100

Na tabela 8 verifica-se que 52,6% investidores entrevistados utilizam algum site especializado em análise de investimentos para obtenção de informações. Os sites mais visitados são: site de Compra e Venda de Ações do Banco do Brasil, site do Portal Infomoney e site do Portal ADVFN. Do total de entrevistados, apenas 34,2% respondentes não utilizam meio eletrônico para obtenção de informações e 13,2% não opinaram. Percebe-se que 52,6% dos respondentes utilizam algum meio informativo para tomada de decisão. Entretanto, somente foram destacados sites que fornecem informações sobre investimento em ações, sobre o preço do ativo em determinado dia e sobre informações políticas e econômicas que poderia alterar a perspectiva do mercado. Não foi mencionado nenhum site que forneça os riscos dos ativos nos últimos meses ou anos. Tabela 8: Utilização de

site

especializado em finanças

Utilização de site especializado em finanças Sim Não Não Opinou Total

Frequência 20 13 5 38

% 52,6 34,2 13,2 100

Na tabela 9 observa-se que 18,4% dos investidores entrevistados participam, ainda, de algum fórum especializado em investimento. Os fóruns mais citados foram os fóruns do Portal ADVFN e Portal Infomoney. Dos respondentes, 71,1% destacaram que não utilizam este tipo de contato com outros investidores para obtenção de informações e 10,5% não opinaram. É uma forma de trocar informações com investidores e se caso

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seja um grupo de amigos ou profissionais entendidos no assunto, pode ser um meio bastante interessante e construtivo. Caso contrário, pode estar recebendo dicas e não uma orientação ou instrução técnica de uma pessoa ou profissional entendido em mercado financeiro. A decisão não deve ser tomada tomando como base informações obtidas nesses fóruns. No entanto, podem servir de “detectores de tendências”. A partir  daí, entrando a análise preliminar do risco, pode-se tomar a decisão em investir ou não em um determinado ativo. Tabela 9: Participação em fóruns especializados em finanças Participação em fóruns especializados em finanças Sim Não Não Opinou Total

Frequência 7 27 4 38

% 18,4 71,1 10,5 100

Quanto à perspectiva de retorno em aplicações no mercado de capital, destacam-se os dados da tabela 10. Dos investidores entrevistados, 63,2% optaram por  investimentos a longo prazo. Este dado mostra certa maturidade dos mesmos, pois na Bovespa há preços de ativos que nos últimos seis anos aumentaram mais de 1.000%. Tabela 10: Perspectiva de retorno sobre o investimento Perspectiva de Retorno Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo Médio e Longo Prazos Curto, Médio e Longo Prazos Não Opinaram Total

Frequência 3 7 24 2 1 1 38

% 7,9 18,4 63,2 5,3 2,6 2,6 100

A tabela 11 menciona que 44,7% dos respondentes já fizeram algum curso voltado a investimento em ações. Destaca-se cursos oferecidos pelas corretoras. Este dado confirma o conhecimento, entendimento e aplicação por parte de alguns investidores em análise de risco e até mesmo de ferramentas de auxílio à análise de risco como as Análises Fundamentalista, Técnica e Gráfica. Com a instabilidade do mercado financeiro atual é necessário todo o conhecimento técnico possível para evitar  um investimento mal sucedido e uma possível perda financeira.

38

Tabela 11: Realização de curso na área de investimento em ações Curso na área de investimento em ações Sim Não Não Opinou Total

Frequência 17 15 6 38

% 44,7 39,5 15,8 100

A tabela 12 elenca as corretoras e instituições financeiras pelas quais os investidores investem. Observa-se que há bastantes bancos intermediando o investidor  à corretora de valores, visto que em seu pacote de serviços está incluso a intermediação entre o investidor e a corretora. Para àquele investidor que teme utilizar  as plataformas (homebroker ) e suas ferramentas para aquisição e venda dos ativos, é uma ótima alternativa já que transmite certa tranqüilidade, pois o mesmo pode ordenar  a compra e a venda até mesmo pelo telefone. Ainda há a questão de segurança, já que há investidores que confiam mais em uma instituição financeira de renome do que em uma corretora não tão conhecida. O destaque de “outros” da tabela 12 refere-se a freqüência única de várias corretoras, tais como: Investor, Fator, Banco Real, Ativa, Título, Banestes DTVM, Caixa Econômica Federal, entre outros. Tabela 12: Corretoras Corretora Uniletra Banco do Brasil Ágora Uniletra/Banco do Brasil Outros Não opinaram Total

Frequência 14 8 2 2 11 1 38

% 36,8 21,1 5,3 5,3 28,9 2,6 100

Na questão 13 foram elencadas 30 ações visando avaliar o grau de conhecimento que os respondentes tinham sobre o risco. Na relação, há ações de baixo e alto riscos e com tendências contrárias ao mercado, ou seja, ações em que o risco diminui em períodos de crise. Utilizou-se como medida de risco o Coeficiente Beta. Cada respondente escolheu as 10 ações mais interessantes para aplicar, na sua opinião, tendo-se, então, um total de 280 escolhas (já que apenas 28 respondentes preencheram de maneira satisfatória esta questão).

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As ações de baixo risco na ordem crescente de risco seriam, conforme tabela 13: Tabela 13: Ações de baixo risco Setor Inst.Finan Miner/Met Autpç/Vei Siderurgia Comércio Telecom Inst.Finan Siderurgia Siderurgia En.Eletr

Ação Unibanco ON Vale do Rio Doce PNA Marcopolo PN Sid. Nacional ON Lojas Renner PN Embratel Part. ON Itaubanco ON Sid. Tubarao PN Belgo Min. PN Eletrobras PNB

Coeficiente Beta 0,227569456 0,509649777 0,558126441 0,616318997 0,660470503 0,661646777 0,66637765 0,713399494 0,7335215 0,759407911

Total

Frequencia de Escolhas 15 26 4 17 4 5 20 4 3 13

280

%

5,4 9,3 1,4 6,1 1,4 1,8 7,1 1,4 1,1 4,6 39,6

O Coeficiente Beta destas ações está mais próximo de zero, e, portanto, riscos menores. Dos investidores entrevistados, 39,6% optaram por estes ativos. As ações com menores riscos foram uma das mais aceitas. Um exemplo é a ação Unibanco ON e Vale do Rio Doce PNA. Estas ações foram escolhidas, provavelmente, por investidores mais conservadores e que há mais tempo estão operando no mercado financeiro. Destaca-se que é um dado interessante, pois o momento é de crise no mercado financeiro mundial e a opção em investimentos de baixo risco é de fundamental importância. As ações mais interessantes para investimentos neste período de turbulência do mercado financeiro seriam, conforme tabela 14: Tabela 14: Ações com tendências contrárias às tendências do mercado atual Setor Text/Vest En.Eletr Telecom Comércio Telecom Inst.Finan Text/Vest

Ação Buettner PN Transm. Paulista PN Tele Sudeste ON Lojas Americanas PN Tim Part. S.A. PN Banespa PN Pettenati PN

Total

Coeficiente Beta -0,525454271 -0,502373828 -0,360382306 -0,324228649 -0,276038128 -0,218111141 -0,185840956

Frequencia de Escolhas 1 7 1 12 3 3 0

280

%

0,4 2,5 0,4 4,3 1,1 1,1 0,0 9,6

40

Estas ações possuem riscos contrários ao mercado, ou seja, são ações que em períodos de queda da bolsa seu risco diminui, pois o Coeficiente Beta é negativo. Como o mercado financeiro atual está em queda, devido à crise financeira mundial, seriam os ativos mais interessantes para investimento. Entretanto, apenas 9,6% dos investidores entrevistados optaram por estas ações. Este dado mostra certo despreparo dos investidores, frente aos investimentos em ações, mesmo sendo, alguns, conhecedores de ferramentas de análise, ainda, são poucos os que optaram por investir nestes ativos. Confirmando o despreparo técnico, foi constatado, conforme tabela 15, que 50,7% dos investidores optaram pelos ativos de maior risco. O momento atual é de crise e seria interessante esperar a crise passar para investir em investimentos de maior risco. Tabela 15: Ações de maior risco Setor Al/Beb/Fum Siderurgia Holding Holding Petr/Deriv Petr/Deriv Siderurgia Holding Autpç/Vei Holding Al/Beb/Fum Siderurgia Text/Vest

Ação Souza Cruz ON Gerdau PN Gerdau Met. ON Itausa PN Petrobras PN Petrobras ON Acesita PN Itausa ON Bic. Monark ON Gerdau Met. PN Sadia S.A. ON Usiminas PNB Cambuci PN

Total

Coeficiente Beta 0,849700353 0,865571589 0,927988751 0,975540694 0,977224171 0,998785695 1,024298991 1,206333747 1,210681588 1,236084267 1,694856316 1,72614219 -

Frequencia de Escolhas 11 19 4 15 24 16 4 8 1 9 10 21 0

280

%

3,9 6,8 1,4 5,4 8,6 5,7 1,4 2,9 0,4 3,2 3,6 7,5 0,0 50,7

Portanto, o percentual de investidores aplicando em ativos de alto grau de risco é muito grande, sinalizando uma falta de preparação técnica frente às tomadas de decisão. Não há espaço no mercado financeiro para investidores que utilizam de “achismo”, “sugestões” e “dicas”. Há a necessidade de uma ferramenta de análise que forneça um parâmetro real para a análise antes do investimento para quem não quiser  viver com o fantasma do prejuízo. Ferramentas existem, basta escolher a que combine com seu perfil e aplicá-la.

41

6. CONCLUSÕES O objetivo da presente pesquisa foi entender como o investidor analisa o risco de uma ação antes de sua compra e que ferramentas são utilizadas para análise preliminar  à compra. Analisou-se qual ferramenta o investidor utiliza em seu dia-a-dia para mensurar o risco de se investir em determinada ação ou se a decisão de compra é tomada sem esta análise. A pesquisa, quanto à forma de abordagem do problema, foi de cunho quantitativo e do ponto de vista dos objetivos enquadra-se em uma pesquisa do tipo descritiva, com utilização de ferramentas quantitativas de análise e com a aplicação de um questionário com 13 questões abertas e fechadas a serem respondidas por investidores em ativos financeiros. Foram enviados e-mails a investidores em ativos financeiros e feitas várias visitas a investidores, empresas, a Corretora Uniletra e a instituições financeiras para a aplicação do mesmo e para o suprimento de algumas dúvidas sobre o funcionamento do mercado financeiro. Apesar de os investidores possuírem uma idade média de 33,6 anos, uma idade que, teoricamente, traz certa maturidade para os negócios, de estarem, aparentemente, estabilizados e empregados, de investirem com o objetivo de retorno a longo prazo, de terem boa instrução com cursos superiores, pós-graduações e cursos técnicos voltados a investimento em ações, apenas 42,1% dos investidores pesquisados (tabela 7) utilizam alguma ferramenta de análise de risco antes da aquisição de uma ação. Observou-se desconhecimento e despreparo frente à análise preliminar do investimento, pois 50,7% (tabela 15) dos investidores entrevistados optaram por investir  em ações de elevado risco em um momento de turbulência do mercado financeiro, que foi o período de aplicação do questionário. Dos investidores, 52,9 % (tabela 7) mostraram-se despreparados e desconhecerem as ferramentas de análise de risco, visto que apenas 9,6% (tabela 14) dos investidores optaram por investir nas ações com tendências contrárias às tendências de queda de preço dos ativos, no período da aplicação do questionário. Observou-se uma busca por informações em sites especializados em investimentos em ações sem preocupação com a credibilidade

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dessas informações. Evidenciou-se também que não é realizada uma análise de risco, mas sim uma busca por algum tipo de orientação, sugestão ou dica. Do total de investidores entrevistados, 50,7% investiram em ações de alto risco, não indicando o uso de ferramentas à análise de risco ou de auxílio à análise de risco como Análises Fundamentalista, Técnica e Gráfica. Portanto, mostraram-se desconhecedores e não aplicadores dessas ferramentas. Estão despreparados frente a várias alternativas de investimento em ações, visto que podem estar aplicando e tomando decisões através de dicas, sugestões e informações coletadas até mesmo nos sites especializados em finanças, conforme destacaram utilizar.

43

7. RECOMENDAÇÕES Antes de se aventurar na compra de ações, o investidor iniciante e sem experiência ou noção técnica de como funciona o mercado financeiro, deve começar  investindo em um fundo de ações ou participando de um clube de investimento em ações, pois contará com a assessoria de um profissional especializado, enquanto vai aprendendo conceitos, conhecendo as faces do mercado, os pontos fortes e fracos das empresas de capital aberto, os fatores determinantes do ciclo, a política econômica do período, a relação entre câmbio e o preço das ações, enfim, obter toda uma idéia de como tudo funciona. Um curso sobre “como investir em ações” seria de fundamental importância para que o investidor ou futuro investidor possa adquirir o conhecimento inicial básico de como tudo funciona. Instituições como o SENAC e as próprias corretoras, as quais, o investidor é ou futuramente será cliente fornecem esses cursos. Somente após esse estágio, o investidor estará preparado a atuar no mercado financeiro e, assim, montar sua carteira de ações. Para obter melhores oportunidades de sucesso, é necessário montar um plano de trabalho com suas estratégias e estabelecer uma disciplina de atuação no mercado de ações. O investidor deve saber o grau de risco que quer incorrer em seus investimentos. Por isso, é fundamental que o investidor adote uma ferramenta para a análise do risco antes do investimento. Além disso, o investidor deve-se ater a alguns erros cometidos. O diretor de Marketing da Bovespa, Luiz Abdal, o diretor da Corretora Uniletra, Leonardo Bortoline, e o economista Marcos Crivelaro, citados por Murta (2008, p. 13) enumeram os erros mais comuns dos investidores: 1. Não conhecer as regras básicas do investidor: cada ação possui sua especificidade, com seu estatuto, gestor e política de distribuição de dividendos; 2. Desespero de iniciante: fazer retiradas dos investimentos em um momento de instabilidade ou mesmo de deixar de realizar lucro em um momento de alta. Deve-se acompanhar a rentabilidade dos ativos; 3. Não enxergar e entender o cenário político e econômico externos: o acompanhamento do cenário externo mundial ajudará na tomada de decisão da compra e venda do ativo; 4. Evitar riscos e não aprender com os erros: a maioria dos investidores evita correr riscos quando há possibilidade de ganho, mas correm-nos quando

44

5. 6.

7. 8. 9.

confrontados com perdas, e isso não deve acontecer. Deve-se incorrer a um determinado risco com consciência; Perder o interesse no investimento; Não fazer uma avaliação prévia do investimento: antes de investir, o investidor deve se fazer três questionamentos. “Para que estou investindo?” “Quanto tempo tenho antes de precisar do dinheiro?” e “Quanto tempo posso investir?”. Com as respostas deve-se definir o risco disposto a incorrer; Colocar todos os ovos numa mesma cesta: aconselha-se diversificar os investimentos em ações; Não confiar nas pessoas certas: é necessário uma corretora preparada, autorizada a operar e que forneça um mínimo de suporte técnico possível; Não admitir o seu perfil: é aconselhável ao investidor uma auto-análise do risco disposto a incorrer.

Acrescenta-se, ainda, a estes nove tópicos o cuidado com sites ditos especializados em investimentos em ações e seus fóruns, pois há muitos “lixos” na Internet e não se sabe, no caso dos fóruns, quem está do outro lado. As tomadas de decisões não devem ser feitas considerando opiniões e informações contidas nestas páginas. Recomenda-se cuidado com este tipo de informação. O momento atual é de instabilidade das Bolsas de Valores. “A desconfiança generalizada acabou por ser o combustível que inflamou e ajudou o caos financeiro a se alastrar mundo afora” (LEONE, p. 45, 2008) Agir com prudência e cautela é o conselho do economista Carlos Langoni, diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas (FGV), para investidores neste período de crise financeira. Quando há incerteza, o melhor conselho é a prudência e a cautela. Ou seja, evitar operações de elevado risco [...]. [...] A ordem é buscar mercados que tenham maior liquidez com um retorno menor, porém, mais seguro (LANGONI, acesso em 29 de dez. de 2008).

Portanto, o investidor deve analisar e não incorrer em erros, visto que o momento atual é de instabilidade das Bolsas de Valores de todo mundo, devido à crise financeira mundial. As incertezas no mercado financeiro prevalecem. O melhor é a prudência e a cautela. Sugere-se evitar operações de elevado risco e buscar ativos que tenham maior  liquidez com um retorno menor, porém, mais seguro, aguardar esta “tempestade mundial” passar e esperar que os mercados voltem a operar sem uma crise dessa magnitude.

45

8. REFERÊNCIAS ASSAD, Rafael Motta. O perfil do investidor capixaba no mercado de ações. Monografia (Graduação em Administração) – Departamento de Administração, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2008. BRIGHAM, Eugene F. Fundamentos da moderna administração financeira. Rio de Janeiro: Campus, 1999. BRUNI, Adriano Leal. Risco, retorno e equilíbrio: uma análise do modelo de precificação de ativos financeiros na avaliação de ações negociadas na Bovespa (19881996). Disponível em:. Acesso em 15 de ago. de 2008. CAVALCANTE, Francisco. YOSHIO, Jorge Misumi. RUDGE, Luiz Fernando. Mercado

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para

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tipos,

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47

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justo

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48

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Pedro

Paulo

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Análise

fundamentalista.

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análise

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ANEXO ANEXO A – QUESTIONÁRIO QUESTIONÁRIO 1. Idade:___________  2. Formação Profissional (área). Primeiro Grau Primeiro Grau incompleto Segundo Grau Segundo Grau incompleto Graduação (Curso:__________________________________) Especialização (Curso:_______________________________) Mestrado (Curso:____________________________________) Doutorado (Curso:___________________________________) 3. Atuação Profissional. Empresa: _____________________________________  Cargo: _______________________________________  4. Há quanto tempo aplica na Bolsa de Valores ou BM&F?_______________  5. Investe em? Ações Opções Mercado de Futuros 6. Você investe para: Si próprio Para a empresa onde trabalha Para si próprio e para a empresa 7. Qual (is) ferramenta (s) utiliza para analisar (mensurar) risco em investimentos em ativos financeiros? Desvio Padrão do Retorno Coeficiente de Variação Coeficiente Beta Outro. Qual?____________________________________  8. Utiliza algum site especializado em análise de investimentos em ativos financeiros para a obtenção dessa informação? Qual: _________________________________________  9. Participa de algum fórum de informações especializado em investimento em ativos financeiros? Qual: _________________________________________ 

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